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Prof. Eng Vasco Peixoto de Freitas, Lda

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ISOLAMENTO TRMICO DE FACHADAS PELO EXTERIORREBOCO DELGADO ARMADO SOBRE POLIESTIRENO EXPANDIDOETICS

maxit Tecnologias de Construo e Renovao , Lda

(Sistema HOTSKIN)

Relatrio HT 191A/02

Porto, Dezembro de 2002


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ISOLAMENTO TRMICO DE FACHADAS PELO EXTERIOR

REBOCO DELGADO ARMADO SOBRE POLIESTIRENO EXPANDIDOETICS

maxit Tecnologias de Construo e Renovao , Lda

(SistemaHOTSKIN)

NDICE

1. INTRODUO ...................................................................................................................... 12. EVOLUO NA CONCEPO DE FACHADAS EM PORTUGAL..................................... 23. ISOLAMENTO TRMICO DE FACHADAS PELO EXTERIOR ........................................... 3

3.1 ASPECTOS GERAIS ......................................................................................................... 33.2 VANTAGENS DOS SISTEMAS DE ISOLAMENTO TRMICO PELO EXTERIOR ............................. 43.3 EVOLUO HISTRICA DOS ETICS.................................................................................. 6

4. DESCRIO E CARACTERIZAO DO SISTEMA........................................................... 74.1

ASPECTOS GERAIS ......................................................................................................... 7

4.2 SUPORTE....................................................................................................................... 74.3 MATERIAIS ..................................................................................................................... 8

4.3.1 Produto de colagem............................................................................................. 84.3.2 Isolamento trmico poliestireno expandido (EPS) ........................................... 84.3.3 Armaduras ........................................................................................................... 94.3.4 Produto de base ..................................................................................................94.3.5 Primrio................................................................................................................ 94.3.6 Revestimento final .............................................................................................104.3.7 Fixao mecnica do isolamento ...................................................................... 104.3.8 Acessrios ......................................................................................................... 10

4.4 PREPARAO DOS TRABALHOS .....................................................................................114.4.1 Identificao dos pontos singulares .................................................................. 114.4.2 Equipamento necessrio...................................................................................114.4.3 Andaimes........................................................................................................... 124.4.4 Anlise e tratamento do suporte........................................................................ 134.4.5 Condies de aplicao..................................................................................... 14

4.5 APLICAO DO SISTEMA................................................................................................ 144.5.1 Montagem dos perfis de arranque e laterais..................................................... 144.5.2 Preparao da cola............................................................................................154.5.3 Aplicao da cola............................................................................................... 154.5.4 Colocao do isolamento ..................................................................................174.5.5 Reforo dos pontos singulares..........................................................................184.5.6 Aplicao da camada de base armada ............................................................. 194.5.7 Aplicao da camada de primrio ..................................................................... 214.5.8 Aplicao da camada de acabamento .............................................................. 21

4.6 DESEMPENHO ESPERADO ............................................................................................. 21HT 191A_02.doc I


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5. PORMENORIZAO CONSTRUTIVA............................................................................... 226. HOMOLOGAO ............................................................................................................... 37

6.1 ASPECTOS GERAIS ....................................................................................................... 376.2 REQUISITOS ESSENCIAIS............................................................................................... 38

6.2.1 ER1 Resistncia mecnica e estabilidade ..................................................... 386.2.2 ER2 Segurana contra incndios ................................................................... 386.2.3 ER3 Higiene, sade e ambiente..................................................................... 386.2.4 ER4 Segurana na utilizao .........................................................................396.2.5 ER5 Proteco contra o rudo ........................................................................396.2.6 ER6 Economia de energia e reteno de calor.............................................. 396.2.7 Aspectos relativos durabilidade e aptido utilizao................................... 39

7. SELECO EXIGENCIAL..................................................................................................407.1 ASPECTOS GERAIS ....................................................................................................... 407.2 SELECO DO MODO DE FIXAO DO SISTEMA EM FUNO DO TIPO DE SUPORTE............. 407.3 DETERMINAO DA ESPESSURA DE ISOLAMENTO TRMICO A UTILIZAR ............................. 417.4 SELECO EM FUNO DA EXPOSIO DA PAREDE......................................................... 43

7.4.1 Exposio ao vento ...........................................................................................437.4.2 Exposio precipitao................................................................................... 447.4.3 Exposio aos choques e degradao........................................................... 44

7.5 SELECO EM FUNO DO TIPO DE ACABAMENTO .......................................................... 447.6

SELECO EM FUNO DA REGULAMENTAO DE INCNDIO ........................................... 45

8. PATOLOGIAS ..................................................................................................................... 46

8.1 ASPECTOS GERAIS ....................................................................................................... 468.2 INFLUNCIA DAS CONDIES DE PREPARAO, APLICAO E SECAGEM DA COLA E DO

REBOCO....................................................................................................................... 468.3 CAUSAS DAS PRINCIPAIS PATOLOGIAS DOS ETICS......................................................... 47

8.3.1 Fissurao ......................................................................................................... 478.3.2 Descolagem generalizada e queda do sistema ................................................ 488.3.3 Descolagem parcial do sistema......................................................................... 488.3.4 Destacamento e/ou empolamento do reboco ou do revestimento final............ 498.3.5 Manchas resultantes do desenvolvimento de microorganismos....................... 498.3.6 Outras anomalias do aspecto do revestimento................................................. 498.3.7 Outras patologias............................................................................................... 50

9. MANUTENO E REPARAO.......................................................................................519.1 ASPECTOS GERAIS ....................................................................................................... 519.2 MANUTENO DO SISTEMA ...........................................................................................51

9.2.1 Limpeza por lavagem ........................................................................................519.2.2 Eliminao de microorganismos........................................................................ 519.2.3 Renovao por pintura ......................................................................................52

9.3 REPARAO DE DANOS LOCALIZADOS............................................................................5210. POTENCIALIDADES DO SISTEMA E ANLISE TCNICO-ECONMICA ..................... 53

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11. APRECIAO DO SISTEMA HOTSKIN DA maxit ....................................................... 5612. EXEMPLOS DE APLICAO DO SISTEMA HOTSKIN................................................ 5713. CONCLUSES ................................................................................................................... 5814. BIBLIOGRAFIA...................................................................................................................59

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ISOLAMENTO TRMICO DE FACHADAS PELO EXTERIOR

REBOCO DELGADO ARMADO SOBRE POLIESTIRENO EXPANDIDOETICS

maxit Tecnologias de Construo e Renovao, Lda

(Sistema HOTSKIN)

1. INTRODUO

A concepo das fachadas tem sofrido uma grande evoluo, sobretudo nas ltimas dcadas,

exigindo uma permanente actualizao dos conhecimentos relativos s novas tecnologias.

Consideramos fundamental a preparao de informao tcnica sobre sistemas de construo,

que possa ser divulgada entre os intervenientes no processo construtivo, e que inclua:

Descrio do sistema e dos seus componentes;

Apresentao das vantagens do sistema;

Caracterizao da tecnologia de aplicao;

Definio das exigncias a satisfazer e controlo de qualidade; Pormenorizao construtiva;

Patologias associadas ao sistema;

Manuteno e reabilitao do sistema;

Exemplos de aplicao.

O presente estudo tem como principais objectivos definir as exigncias dos sistemas de

isolamento trmico de fachadas pelo exterior com reboco delgado armado (ETICS),

caracterizar o desempenho destes sistemas face s solicitaes a que esto sujeitos eapresentar uma perspectiva de evoluo do mercado nacional.

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2. EVOLUO NA CONCEPO DE FACHADAS EM PORTUGAL

Tem havido uma evoluo significativa na forma como se executam as fachadas dos edifcios

em Portugal (Figura 1).

Figura 1 Evoluo das fachadas em Portugal

At aos anos 40 as fachadas eram constitudas por um pano de elevada espessura em

alvenaria de pedra ou de tijolo macio. Na dcada seguinte surgiram as primeiras paredesduplas, com pano exterior de alvenaria de pedra e uma forra interior em alvenaria de tijolo.

Na dcada de 60, aligeirou-se a constituio das paredes utilizando alvenaria de tijolo vazado

em ambos os panos. Inicialmente o pano exterior era significativamente mais espesso que o

interior mas houve uma progressiva reduo dessa espessura at que, j nos anos 70, os dois

panos apresentavam dimenses idnticas, e por vezes muito reduzidas.

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Durante os anos 80 comearam a introduzir-se materiais de isolamento trmico (1) a preencher,

total ou parcialmente, a caixa-de-ar das paredes. Inicialmente no existia grande preocupao

com o tratamento das pontes trmicas, o que foi significativamente alterado aps a entrada emvigor, em 1991, do Regulamento das Caractersticas de Comportamento Trmico dos Edifcios

(RCCTE), Decreto-Lei n. 40/90, de 6 de Fevereiro [9].

Na ltima dcada, foram introduzidos em Portugal diferentes sistemas de isolamento trmico

pelo exterior e pelo interior, sendo estes ltimos menos correntes entre ns e normalmente s

utilizados em reabilitao. Geralmente, os sistemas de isolamento trmico pelo exterior so

aplicados sobre um suporte constitudo por uma parede em alvenaria ou em beto armado.

3. ISOLAMENTO TRMICO DE FACHADAS PELO EXTERIOR3.1 ASPECTOS GERAIS

Para responder s crescentes exigncias de conforto higrotrmico, que esto intimamente

associadas s preocupaes com o consumo de energia e proteco ambiental, necessrio

isolar termicamente a envolvente dos edifcios, de modo a minimizar as trocas de calor com o

exterior, com consequente reduo das necessidades de aquecimento/arrefecimento e

diminuio dos riscos de ocorrncia de condensaes.

Tm sido desenvolvidos diversos sistemas de isolamento trmico de fachadas pelo exterior que

so de utilizao corrente em diversos pases europeus, quer na reabilitao de edifcios cuja

envolvente vertical apresente ndices de isolamento trmico insatisfatrios, infiltraes ou

aspecto degradado, quer em novas construes. Estes sistemas constituem uma ptima

soluo, tanto do ponto de vista energtico como do ponto de vista construtivo.

De um modo geral, os sistemas de isolamento pelo exterior so constitudos por uma camada

de isolamento trmico aplicada sobre o suporte e um paramento exterior para proteco, em

particular, das solicitaes climticas e mecnicas.

Podemos classificar os sistemas de isolamento de fachadas pelo exterior em trs grandes

famlias:

Revestimentos descontnuos fixados ao suporte atravs de uma estrutura intermdia

fachadas ventiladas;

Componentes prefabricados constitudos por um isolamento e um paramento, fixados

directamente ao suporte vture;

(1) Isolamento trmico material com condutibilidade trmica () inferior a 0,065 W/mC, com uma

espessura que conduza a uma resistncia trmica superior a 0,5 mC/W [9].

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Rebocos armados directamente aplicados sobre o isolamento trmico ETICS

(External Thermal Insulation Composite Systems with rendering).

A sigla ETICS designa, de acordo com a ETAG n. 004 [12], os sistemas compostos por

isolamento trmico prefabricado aplicado sobre um suporte, e revestido por um reboco armado

realizado em uma ou vrias camadas. A resistncia trmica do sistema dever ser de, pelo

menos, 1 mC/W.

Relativamente forma de fixao, os ETICS podem classificar-se em:

Sistemas colados (incluindo ou no fixaes mecnicas complementares);

Sistemas fixos mecanicamente (incluindo ou no colagem complementar).

3.2 VANTAGENS DOS SISTEMAS DE ISOLAMENTO TRMICO PELO EXTERIOR

O isolamento trmico pelo exterior hoje reconhecido, de forma incontestvel, como uma

soluo tcnica de alta qualidade, pois permite:

Reduo das pontes trmicas (2), o que se traduz por uma espessura de isolamento

trmico mais reduzida para a obteno de um mesmo coeficiente de transmisso

trmica global da envolvente (Figura 2);

Figura 2 Continuidade do isolamento trmico permite reduzir as pontes trmicas

(2) Ponte trmica toda e qualquer zona da envolvente dos edifcios em que a resistncia trmica significativamente alterada em relao zona corrente. Essa alterao pode ser causada pelaexistncia localizada de materiais de diferentes condutibilidades trmicas e(ou) por uma modificaona geometria da envolvente, como o caso das ligaes entre diferentes elementos construtivos.

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Diminuio do risco de condensaes;

Aumento da inrcia trmica interior dos edifcios, dado que a maior parte da massa

das paredes se encontra pelo interior da camada de isolamento trmico. Este facto

traduz-se na melhoria do conforto trmico de Inverno, por aumento dos ganhos

solares teis, e tambm de Vero devido capacidade de regulao da temperatura

interior;

Economia de energia devido reduo das necessidades de aquecimento e de

arrefecimento do ambiente interior;

Diminuio da espessura das paredes exteriores com consequente aumento da rea

habitvel;

Reduo do peso das paredes e das cargas permanentes sobre a estrutura;

Aumento da proteco conferida ao tosco das paredes face s solicitaes dos

agentes atmosfricos (choque trmico, gua lquida, radiao solar, etc.);

Diminuio do gradiente de temperaturas a que so sujeitas as camadas interiores

das paredes (Figura 3);

Melhoria da impermeabilidade das paredes;

Possibilidade de mutao do aspecto das fachadas e colocao em obra sem

perturbar os ocupantes dos edifcios, o que torna esta tcnica de isolamentoparticularmente adequada na reabilitao de fachadas degradadas;

Grande variedade de solues de acabamento.

Figura 3 Comparao entre os gradientes de temperaturas a que esto sujeitas trs paredes

com revestimento de cor clara

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3.3 EVOLUO HISTRICA DOS ETICS

Aps a 2. Guerra Mundial a Europa atravessou uma difcil situao econmica. O custo doaquecimento dos edifcios e a escassez de combustveis eram motivos de grande

preocupao.

Para reduzir o consumo de energia tornou-se inevitvel a aplicao de isolamento trmico na

envolvente dos edifcios. Estudos realizados na altura indicavam que o isolamento trmico

seria mais eficaz se aplicado pelo exterior.

Durante os anos 40, surgiu na Sucia um sistema de isolamento trmico de fachadas pelo

exterior que era constitudo por l mineral revestida com um reboco de cimento e cal.

De acordo com alguns autores, o responsvel pelo desenvolvimento dos sistemas de reboco

delgado armado sobre poliestireno expandido, tal como o conhecemos, foi Edwin Horbach.

Ter sido num pequeno laboratrio, que construiu na sua cave, que testou diferentes

composies de reboco, diversos produtos de reforo e materiais de isolamento. Aps

contactos com um fabricante alemo de poliestireno expandido, o seu sistema de isolamento

trmico comeou a ser usado no final dos anos 50.

Os ETICS foram introduzidos nos Estados Unidos da Amrica no final dos anos 60 por Frank

Morsilli (3). O sistema teve de sofrer algumas alteraes para que se adaptasse ao tipo de

construo existente e ao mercado americano (por exemplo, menor espessura de reboco).

Inicialmente existiu alguma resistncia utilizao do sistema nos Estados Unidos. Foi durante

a crise energtica do final dos anos 60 e incio dos anos 70, que aumentou o interesse pelo

isolamento trmico pelo exterior.

S no final do sculo XX que se verificou a introduo, de uma forma definitiva, dos sistemas

de reboco delgado armado sobre poliestireno expandido no nosso pas.

(3) Nos Estados Unidos da Amrica utiliza-se a sigla EIFS (Exterior Insulation and Finish Systems) paradesignar os ETICS.

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4. DESCRIO E CARACTERIZAO DO SISTEMA

4.1 ASPECTOS GERAIS

Os ETICS mais frequentes no mercado so constitudos por placas de poliestireno expandido

(EPS) revestidas com um reboco delgado, aplicado em vrias camadas, armado com uma ou

vrias redes de fibra de vidro (Figura 4). Como acabamento utilizado, geralmente, um

revestimento plstico espesso (RPE).

Figura 4 Composio esquemtica de um ETICS constitudo por reboco delgado armado

sobre poliestireno expandido

Neste estudo sero analisados os sistemas fixos por colagem.

4.2 SUPORTE

Os ETICS destinam-se a ser aplicados em superfcies planas verticais (4) exteriores de edifcios

novos ou existentes (reabilitao), e tambm em superfcies horizontais ou inclinadas desde

que no estejam expostas precipitao.

(4) Superfcies cujo ngulo com a vertical no seja superior a 5.

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Os suportes podem ser constitudos por:

Paredes em blocos de beto leve com argila expandida;

Paredes em alvenaria de tijolo, blocos de beto, pedra ou beto celular;

Paredes de beto de inertes correntes ou leves;

Painis prefabricados de beto.

possvel a aplicao do sistema em suportes rebocados, pintados ou com revestimentos

orgnicos ou minerais, desde que convenientemente preparados.

4.3 MATERIAIS

4.3.1 Produto de colagem

Produto utilizado para a preparao da cola que se destina a fixar, por aderncia, o isolamento

trmico ao suporte. Trata-se, geralmente, de um produto pr-preparado fornecido:

Em p, ao qual se adiciona apenas gua;

Em p para mistura com um determinado ligante (resina);

Em pasta (copolmero em disperso), qual se adiciona 30% em peso de cimentoPortland.

4.3.2 Isolamento trmico poliestireno expandido (EPS)

O isolamento trmico destina-se a aumentar a resistncia trmica da parede na qual aplicado

o sistema.

Os componentes qumicos do poliestireno expandido so o poliestireno, o agente expansor

(principalmente o pentano) e o ar. Pode ser fornecido em placas com contorno plano ou com

entalhe. A espessura de isolamento a utilizar dever ser definida pelo clculo trmico (ver

7.3).

As placas de poliestireno expandido que se destinam a integrar um sistema ETICS devero

satisfazer as especificaes do documento Polystyrne expans moul certifi ACERMI -

Spcifications particulires l'emploi comme support d'enduit mince (PSE coll et fix

mcaniquement) [6].

O nvel mnimo de aptido de utilizao do isolamento dever ser I2S4O3L4E2 (ACERMI) [15].

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4.3.3 Armaduras

So utilizadas armaduras de fibra de vidro (tecidas ou termo-coladas), incorporadas na camadade base, com tratamento de proteco anti-alcalino

Distinguem-se dois tipos de armaduras:

As armaduras normais tm como funo melhorar a resistncia mecnica do reboco

e assegurar a sua continuidade;

As armaduras reforadas so utilizadas como complemento das armaduras normais

para melhorar a resistncia aos choques do reboco.

As caractersticas das armaduras so definidas no documento Certification CSTBat des treillis

textiles pour enduits de faade - Dfinition des caractristiques des armatures utilises dans les

systmes d'isolation thermique extrieure par enduit sur isolants [2].

As armaduras normais devero dispor de um certificado CSTBat com a seguinte classificao

TRaME: T 1; Ra 1; M 1; E 1.

4.3.4 Produto de base

Produto que se destina preparao da argamassa de reboco a aplicar directamente sobre o

isolamento trmico (camada de base). Geralmente, o produto utilizado idntico ao produto de

colagem.

A camada de base consiste num reboco (barramento) com alguns milmetros de espessura,

realizado em vrias passagens sobre o isolamento, de forma a permitir o completo

recobrimento da armadura.

4.3.5 Primrio

O primrio consiste numa pintura opaca base de resinas em soluo aquosa, que aplicada

sobre a camada de base. necessrio que o produto seja compatvel com a alcalinidade da

camada de base.

A funo da camada de primrio regular a absoro e melhorar a aderncia da camada de

acabamento. Alguns sistemas no incluem esta camada.

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4.3.6 Revestimento final

Como revestimento final normalmente utilizado um revestimento plstico espesso (RPE).Podem, no entanto, ser utilizados outros revestimentos desde que convenientemente testados

e especificados no documento de homologao do sistema.

A camada de acabamento contribui para a proteco do sistema contra os agentes climatricos

e assegura o aspecto decorativo. aplicada sobre a camada de base ou sobre a camada de

primrio (caso exista).

4.3.7 Fixao mecnica do isolamento

Nos sistemas colados, apesar da sua estabilidade ser totalmente assegurada pela colagem,

possvel utilizar fixaes mecnicas complementares. As fixaes mecnicas destinam-se,

eventualmente, a fixar provisoriamente as placas de isolamento at secagem da cola ou, em

caso de descolagem do sistema, a evitar a sua queda.

So utilizadas fixaes compostas por buchas em plstico de cabea circular com, pelo menos,

50 mm de dimetro e por um prego ou parafuso metlico no seu interior.

4.3.8 Acessrios

Os ETICS incluem tambm outros produtos e componentes utilizados para reforo de pontos

singulares, ligao com elementos construtivos e para assegurar a continuidade do sistema.

Para reforo das arestas do sistema so utilizados perfis realizados em alumnio, ao

inoxidvel, fibra de vidro ou ainda em PVC ou alumnio com armaduras de fibra de vidro.

Os perfis metlicos de ligao com elementos construtivos podero ser em:

Alumnio ou ao inoxidvel (perfis de arranque, perfis laterais vista ou no, peitoris,

capeamentos);

Alumnio pr-lacado ou anodizado (perfis vista);

Zinco (rufos e capeamentos).

No devero ser utilizados perfis em ao galvanizado.

As faces dos perfis sobre os quais seja aplicado reboco, devero ter uma largura mnima de

30 mm e apresentar, pelo menos, duas fiadas de orifcios que correspondam a 15% da

superfcie (dimetro dos orifcios dever ter cerca de 6 mm).

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Os produtos utilizados para preenchimento de juntas, de forma a garantir a estanquidade

gua entre o sistema e os elementos construtivos, devero ser quimicamente compatveis com

o poliestireno expandido. So geralmente utilizados mastiques elastmeros ou plsticos de1. categoria (silicone, poliuretano, acrlicos, etc.) e cordes de espuma impregnada pr-

-comprimida.

Nas juntas de dilatao estruturais devero ser aplicados perfis cobre-juntas (PORMENOR 20).

4.4 PREPARAO DOS TRABALHOS

4.4.1 Identificao dos pontos singulares

Antes de se iniciarem os trabalhos de aplicao do sistema de isolamento, indispensvel arealizao de um exame detalhado da envolvente do edifcio a isolar, que permita a

identificao de todos os pontos singulares. S assim ser possvel a preparao dos

desenhos de pormenor necessrios e de um oramento rigoroso.

Devem ser analisados, nomeadamente, os seguintes aspectos:

rea de fachada a revestir, atendendo sua acessibilidade;

Caractersticas do suporte;

Dimenso e forma dos vos e dos peitoris; Caractersticas dos dispositivos de ocluso e forma de fixao;

Localizao e forma de fixao das tubagens da rede de drenagem de guas pluviais;

Grelhas de ventilao;

Terraos e varandas;

Juntas de dilatao;

Instalao elctrica;

Tipo de cobertura e configurao do seu contorno;

Identificao de todos os outros elementos a fixar nas fachadas.

4.4.2 Equipamento necessrio

Os equipamentos correntemente utilizados para a aplicao dos ETICS so:

Dispositivo mecnico para misturar os componentes, por exemplo, da cola (rotao

mxima de 300 rot./min);

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Colher de pedreiro e talocha dentada para aplicao da cola sobre as placas de

poliestireno expandido;

Talocha em madeira para colocao das placas de isolamento durante a colagem;

Esquadro, nvel e rguas (de 20 cm e 2 m) para garantir o correcto posicionamento

do isolamento;

Serrote e plaina elctrica para corte das placas e, eventualmente, talocha abrasiva

para eliminar irregularidades;

Tesoura para o corte da armadura;

Esptula em inox para a colocao de armadura;

Esptula de plstico, rolo ou equipamento de projeco para aplicao dorevestimento final;

Berbequim, martelo ou chave de fendas para fixao dos perfis e colocao das

fixaes mecnicas.

A limpeza dos equipamentos dever ser realizada com gua imediatamente aps terem sido

utilizados.

4.4.3 Andaimes

Para uma correcta aplicao do sistema indispensvel assegurar a estabilidade e segurana

dos operrios. Podero ser utilizados andaimes de plataforma fixos ou mveis, desde que

convenientemente estabilizados para os esforos e movimentos dos trabalhadores durante a

interveno (Figura 5). No aconselhvel a utilizao de andaimes suspensos.

Figura 5 Andaimes de plataforma

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4.4.4 Anlise e tratamento do suporte

Para que possa ser realizada a aplicao do sistema por colagem, os suportes deveroapresentar uma superfcie plana, sem irregularidades significativas ou desnveis superiores a

1 cm sob uma rgua de 20 cm.

Em edifcios novos necessrio atender ao seguinte:

A superfcie a revestir no dever apresentar poeiras ou partculas desagregadas;

O suporte no dever estar molhado;

indispensvel um perodo de secagem mnimo de 45 dias para os suportes em

beto e de 30 dias para as alvenarias;

Em paredes de beto, se o produto de descofragem utilizado no for compatvel com

a cola, devero ser realizados ensaios de aderncia. Se os resultados obtidos no

forem satisfatrios a superfcie dever ser decapada;

Caso seja necessrio realizar uma regularizao, dever ser utilizado um reboco

compatvel com a cola do sistema;

Nos suportes em beto celular devero ser realizados ensaios de aderncia.

Na preparao das fachadas de edifcios existentes, devero ainda ser respeitadas asseguintes recomendaes:

necessrio garantir a estabilidade do suporte. No possvel aplicar o sistema

sobre panos de alvenaria instveis;

As fissuras existentes devero ser tratadas;

Os suportes em beto que apresentem degradao por corroso das armaduras

devero ser reparados com produtos compatveis com a cola;

As paredes de alvenaria ou beto com reboco de ligantes hidrulicos, nas quais tenha

sido aplicado um produto hidrfugo de impregnao, devero ser lavadas com vaporou jacto de gua;

Dever ser realizada uma inspeco de toda a superfcie do suporte para aferir se

existem zonas em que o reboco apresenta falta de aderncia. Quando tal se verificar,

aps a remoo do reboco, devero ser preenchidos os vazios de profundidade

superior a 10 mm;

Todas as pinturas ou revestimentos orgnicos existentes (revestimentos de

impermeabilizao e revestimentos plsticos espessos ou semi-espessos) devem ser

removidos por decapagem. Em funo dos produtos a eliminar poder ser utilizada a

decapagem qumica, trmica, mecnica, com jacto de areia ou de gua. Dever serexecutada em toda a superfcie;

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S possvel a aplicao do sistema em suportes revestidos com elementos

cermicos se estes apresentarem aderncia adequada. Os elementos de

revestimento que estejam soltos devem ser retirados;

Aps a preparao do suporte devero ser sempre realizados ensaios de aderncia.

4.4.5 Condies de aplicao

A colagem das placas de isolamento trmico e a aplicao do reboco no devem ser realizados

durante perodos de chuva ou neve, nem quando a temperatura ambiente for inferior a 5 C.

Para alm disso, o reboco no dever ser aplicado em superfcies expostas ao sol durante os

meses de Vero ou sujeitas a ventos fortes.

Podero ser utilizados andaimes cobertos com toldos para proteger os trabalhos,

nomeadamente, da chuva e da radiao solar. Dever existir especial cuidado com a proteco

da parte superior do sistema, de modo a evitar a infiltrao de gua entre o suporte e o

isolamento trmico.

Em intervenes de reabilitao, os tubos de queda existentes no exterior das fachadas tero

de ser removidos devendo-se, no entanto, garantir que a evacuao das guas pluviais durante

os trabalhos realizada longe das fachadas

4.5 APLICAO DO SISTEMA

4.5.1 Montagem dos perfis de arranque e laterais

Aps a montagem dos andaimes e proteces individuais, remoo de todos os elementos

existentes na fachada que tenham de ser substitudos ou cuja posio deva ser alterada e

preparao dos suportes poder ser iniciada a montagem dos perfis de arranque do sistema.

Os perfis de arranque, com espessura adaptada s placas de isolamento trmico a utilizar, so

colocados horizontalmente no limite inferior da zona a revestir. Para sua fixao seroutilizados parafusos adequados ao suporte, com afastamento inferior a 30 cm. Dever existir

uma fixao a menos de 5 cm das extremidades.

Caso a face inferior do perfil seja revestida com o reboco armado, a armadura dever ser

colada directamente sobre o suporte, antes da aplicao do perfil, e posteriormente dobrada

sobre o isolamento (PORMENOR 1.C).

Entre os perfis dever existir um espao de 2 a 3 mm, de modo a permitir a sua dilatao

(Figura 6). Durante a sua colocao necessrio verificar o seu alinhamento.

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Se o suporte for irregular, os perfis devero ser colocados sobre uma faixa de cola para impedir

a ventilao da interface entre o isolamento e o suporte.

A fixao dos perfis laterais idntica dos perfis de arranque.

Figura 6 Reforo das juntas entre perfis de arranque e laterais

4.5.2 Preparao da cola

Na preparao da cola devero ser rigorosamente respeitadas as dosagens definidas pelo

fabricante do sistema.

A mistura dos diferentes componentes dever realizar-se com um dispositivo mecnico

(rotao mxima de 300 rot./min) para que se obtenha um produto homogneo. A cola s

dever ser aplicada cerca de 5 a 10 minutos aps a preparao da mistura.

4.5.3 Aplicao da cola

A cola deve ser aplicada sobre a placa de isolamento, excepto se tiver sido realizada uma

decapagem parcial do suporte. No dever ser utilizada para preencher as juntas entre as

placas (Figura 11).

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A distribuio da cola sobre as placas de isolamento poder ser realizada do seguinte modo:

Colagem contnua com talocha dentada (Figura 7) a cola aplicada sobre toda asuperfcie da placa, com uma talocha com entalhes de 6 a 10 mm. Dever ser

deixada uma faixa com cerca de 2 cm de largura no contorno da placa, para evitar

que a cola preencha as juntas entre as placas.

Colagem parcial por pontos (Figura 8) a cola aplicada em manchas de espessura

idntica, distribudas regularmente pela superfcie da placa razo de, pelo menos,

16 pontos por m (8 ou 10 numa placa de 0,5 1,0 m).

Colagem parcial por bandas (Figura 9) aplicada uma banda de cola de espessura

regular no contorno da placa, a pelo menos 2 cm do bordo, e duas faixas cruzadas no

centro, de modo a assegurar uma repartio homognea da cola. As bandas nodevero ser perfeitamente contnuas, para evitar o efeito de ventosa na colocao.

Figura 7 Colagem contnua com talocha dentada

Figura 8 Colagem por pontos

Figura 9 Colagem por bandas

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Nos mtodos de colagem parcial, a cola dever ser aplicada, no mnimo, em 20% da superfcie

da placa de isolamento.

A colagem contnua aconselhada para suportes com uma superfcie regular. Nos suportes

que apresentem maiores irregularidades, mas sempre inferiores a 1 cm, dever ser utilizada

uma colagem parcial.

Para o sistema possa ser aplicado continuamente em superfcies de grande altura, utilizando

um dos mtodos de colagem parcial, devero ser colocadas cantoneiras horizontais de 5 em

5 m, para que assegurem a estabilidade do isolamento at secagem da cola.

Independentemente do tipo de fixao utilizada em zona corrente, a aplicao pontual de

placas de isolamento com espessura no superior a 30 mm dever ser realizada por colagemcontnua.

4.5.4 Colocao do isolamento

As placas de isolamento so colocadas topo a topo, em fiadas horizontais a partir da base da

parede, sendo o nvel de referncia definido pelo perfil de arranque. So dispostas com juntas

desencontradas, quer em zona corrente, quer nos cantos (Figura 10).

Figura 10 Disposio das placas de isolamento trmico

As juntas entre placas de isolamento devero estar desfasadas, pelo menos, 0,10 m das juntas

entre dois perfis de arranque ou laterais (Figura 6). Alm disso, no dever haver coincidncia

entre as descontinuidades do suporte (por exemplo, juntas entre painis prefabricados de

beto) e as juntas das placas.

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As placas devem ser colocadas imediatamente aps a aplicao da cola. Para assegurar uma

colagem eficaz devero ser pressionadas contra o suporte com o auxlio de uma talocha de

madeira (no com a mo). A regularidade da superfcie dever ser permanentemente verificadacom uma rgua de 2 m.

O recorte e ajuste das placas, nomeadamente nos cantos e nos vos, deve ser realizado aps

a colagem do isolamento.

Nas ligaes do sistema com as caixilharias, peitoris ou outras salincias existentes na

fachada, dever existir uma folga com cerca de 5 mm, para realizao da masticagem

(PORMENOR 6).

As folgas existentes, devido degradao pontual do isolamento, e as juntas entre placas cujaespessura seja superior a 2 mm devero ser preenchidas com poliestireno expandido. No se

dever utilizar a cola ou o reboco para corrigir os defeitos das placas ou para preencher as

juntas (Figura 11).

No devero existir desnveis entre placas contguas (Figura 11). Caso contrrio, ser

necessrio eliminar as irregularidades por alisamento (por exemplo, com talocha abrasiva) e de

seguida limpar a superfcie de modo a remover os resduos resultantes. As eventuais aces

correctivas s devero ser realizadas aps a secagem da cola.

Figura 11 Posicionamento das placas de isolamento trmico

O sistema dever ser interrompido nas juntas de dilatao do edifcio (PORMENOR 20).

4.5.5 Reforo dos pontos singulares

Em todos as arestas do sistema so colocadas cantoneiras de reforo, coladas directamentesobre o isolamento com argamassa idntica da camada de base. So sempre aplicadas por

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baixo da armadura normal. No devero ser utilizados pregos para posicionar as cantoneiras

at sua colagem.

As juntas entre as cantoneiras no devero coincidir com as juntas entre placas de isolamento.

Antes da realizao da camada base, ainda necessrio reforar os cantos dos vos

(Figura 12) e a zona das juntas entre perfis metlicos (Figura 6) com faixas de armadura com

0,3 0,3 m, coladas sobre as placas de isolamento.

Reforo com armadura normalaplicada sobre o isolamento(0,30 0,30 m)

Junta de mastique

Figura 12 Reforo da armadura no contorno dos vos da fachada

4.5.6 Aplicao da camada de base armada

A camada de base dever ser realizada logo aps a secagem da cola para evitar a

deteriorao superficial do isolamento trmico. Esta degradao poder dever-se prolongada

exposio do poliestireno a intensa radiao solar (cerca de 4 dias). Quando tal ocorrer, toda a

superfcie dever ser lixada antes da aplicao do reboco.

A constituio da camada de base depende do grau de exposio da parede aos choques,

podendo ser utilizadas uma ou duas armaduras normais, ou ainda, uma armadura normal e

uma armadura reforada (ver 7.4.3).

A camada de base realizada em vrias subcamadas, sendo cada uma delas aplicada aps a

secagem da anterior (geralmente no dia seguinte). O perodo de secagem entre camadas no

dever ser muito prolongado para que exista uma boa aderncia.

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4.5.6.1 Camada de base com uma armadura normal

Aps a colagem das placas e dos elementos de reforo nos pontos singulares, a superfcie doisolamento trmico revestida com uma primeira camada de reboco. A armadura normal

aplicada sobre esta camada ainda fresca utilizando uma talocha em inox.

Nas emendas de armadura (Figura 13) dever existir uma sobreposio de cerca de 10 cm

(nunca inferior a 5 cm). A armadura dever envolver as arestas onde existam cantoneiras de

reforo.

Figura 13 Sobreposio das armaduras normais

Nunca aplicar a armadura directamente sobre o poliestireno expandido (Figura 14).

Figura 14 Posicionamento da armadura

Aps a secagem da primeira camada aplicada uma ltima camada de reboco de modo a

envolver completamente a armadura.

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4.5.6.2 Camada de base com duas armaduras normais

aplicada uma camada de reboco armado realizada de acordo com o 4.5.6.1. Aps a sua

secagem, aplicada uma outra camada de reboco e colocada a segunda armadura normal, de

preferncia com as juntas desfasadas em relao primeira. Depois de um perodo de

secagem, aplica-se uma ltima camada que envolva totalmente a segunda armadura.

4.5.6.3 Camada de base com uma armadura normal e uma armadura reforada

Depois de terem sido aplicados os reforos de armadura na envolvente dos vos e nas juntas

dos perfis metlicos, mas antes de colocar as cantoneiras de reforo, reveste-se a superfciedo isolamento com uma camada de reboco. Sobre a camada ainda fresca aplica-se a armadura

reforada com uma talocha em inox. As emendas de armadura de reforo so realizadas sem

sobreposio.

De seguida colam-se as cantoneiras de reforo sobre a armadura reforada.

Aps secagem da camada inicial de reboco, a superfcie revestida com uma nova camada de

reboco que incorpore uma armadura normal (conforme o 4.5.6.1). As juntas da segunda

armadura no devero coincidir com as da armadura reforada.

4.5.7 Aplicao da camada de primrio

Depois da camada de base estar seca (no mnimo 24 horas), o primrio aplicado com rolo ou

trincha.

4.5.8 Aplicao da camada de acabamento

O revestimento final aplicado sobre a camada de primrio, ou se esta no existir, sobre a

camada de base armada.

4.6 DESEMPENHO ESPERADO

Numa fachada plana a flecha mxima admissvel sob uma rgua de 2 m para o revestimento

final de 7 mm [7].

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5. PORMENORIZAO CONSTRUTIVA

Nas figuras seguintes so apresentadas alguns exemplos de solues para a concepo e

realizao de pontos singulares [7].

Podero ser utilizadas outras solues desde que sejam respeitados os seguintes princpios:

Evitar a penetrao de gua nas ligaes do sistema com os outros elementos

construtivos;

Realizar goteiras nos limites inferiores do sistema;

Prever uma largura suficiente de recobrimento dos perfis perfurados nos limites dorevestimento.

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PORMENOR 1.ALimite inferior do sistema (corte vertical)

PORMENOR 1.B

Limite inferior do sistema (corte vertical)

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PORMENOR 1.CLimite inferior do sistema (corte vertical)

PORMENOR 2

Limite inferior do sistema sobre uma varanda (corte vertical)

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PORMENOR 3Limite inferior do sistema numa zona enterrada (corte vertical)

PORMENOR 4

Limite inferior do sistema sobre um terrao (corte vertical)

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PORMENOR 5Limites laterais do sistema (corte horizontal)

PORMENOR 6.A

Ligao do sistema com elementos construtivos (corte horizontal)

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PORMENOR 6.BLigao do sistema com elementos construtivos (corte horizontal)

PORMENOR 7.A

Limite lateral do sistema com perfil perfurado - reboco armado contorna a ombreira (corte horizontal)

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PORMENOR 7.BLimite lateral do sistema com perfil vista (corte horizontal)

PORMENOR 7.C

Limite lateral do sistema com perfil perfurado armadura contorna o perfil (corte horizontal)

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PORMENOR 8Limite superior do sistema beiral (corte vertical)

PORMENOR 9

Limite superior do sistema peitoril (corte vertical)

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PORMENOR 10Limite superior do sistema peitoril (corte vertical)

PORMENOR 11

Limite superior do sistema platibanda (corte vertical)

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PORMENOR 12Limite superior do sistema empena (corte vertical)

PORMENOR 13

Limite superior do sistema empena (corte vertical)

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PORMENOR 14Ligao do sistema com um vo mantendo o peitoril original (corte vertical)

PORMENOR 15

Ligao do sistema com um vos substituindo o peitoril original (corte vertical)

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PORMENOR 16Face inferior de uma consola (corte vertical)

PORMENOR 17

Ligao do sistema com vos portada exterior (corte horizontal)

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PORMENOR 18Ligao com outros sistemas de revestimento (corte horizontal)

PORMENOR 19

Grelha de ventilao (corte vertical)

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PORMENOR 20.AJunta de dilatao estrutural com perfil cobre-juntas (corte horizontal)

PORMENOR 20.B

Junta de dilatao estrutural sem perfil cobre-juntas (corte horizontal)

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PORMENOR 21Fixao do peitoril

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6. HOMOLOGAO

6.1 ASPECTOS GERAIS

Para fazer face aos entraves existentes comercializao de produtos de construo no

interior da Unio Europeia, decorrentes da disparidade que se verifica entre as normas

nacionais, aprovaes tcnicas e outras especificaes e disposies tcnicas dos diversos

Estados-membros, surgiu a Directiva dos Produtos de Construo 89/106/CEE CPD (5)[11].

De acordo com este documento, os produtos de construo s devero ser comercializados

se apresentarem caractersticas tais que as obras em que sejam incorporados, montados,

aplicados ou instalados, se tiverem sido convenientemente planeadas e realizadas, possam

satisfazer os Requisitos Essenciais.

Os seis Requisitos Essenciais so:

ER1 Resistncia mecnica e estabilidade

ER2 Segurana contra incndios

ER3 Higiene, sade e ambiente

ER4 Segurana na utilizao

ER5 Proteco contra o rudo

ER6 Economia de energia e reteno de calor

Estes requisitos devem ser satisfeitos durante um perodo de vida til economicamente

razovel.

As directrizes para a aprovao tcnica europeia ETAG (6) de um produto ou famlia de

produtos definem as exigncias que estes devem satisfazer, os processos de ensaio e os

critrios de avaliao necessrios apreciao do desempenho em funo da utilizao

prevista e das condies previsveis de concepo e execuo.

Estes documentos so elaborados pelos organismos pertencentes EOTA (7) e constituem a

base para a atribuio das aprovaes tcnicas europeias ATE.

(5) CPD Construction Products Directive.(6) ETAG European Technical Approvals Guidelines.(7) EOTA European Organisation for Technical Approvals. A EOTA composta pelos Organismos de

Aprovao nomeados pelos Estados-membros da Unio Europeia e pelos pases da EFTA (EuropeanFree Trade Association) que assinaram o acordo sobre o Espao Econmico Europeu.

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6.2 REQUISITOS ESSENCIAIS

6.2.1 ER1 Resistncia mecnica e estabilidade

As exigncias de resistncia mecnica e estabilidade dos elementos construtivos no

resistentes incluem-se no requisito Segurana na utilizao (ER4).

6.2.2 ER2 Segurana contra incndios

As exigncias de reaco ao fogo dos ETICS dependem da legislao, regulamentao e

disposies administrativas aplicveis ao edifcio. Sero classificados de acordo com a norma

EN 13501-1.

6.2.3 ER3 Higiene, sade e ambiente

6.2.3.1 Ambiente interior, humidade

Devero ser consideradas duas exigncias associadas presena de humidade em paredes

exteriores, em relao s quais o desempenho do ETICS decisivo: resistir humidade

proveniente do exterior e evitar a ocorrncia de condensao superficiais e internas.

As paredes devero impedir que a humidade do solo, a precipitao e a neve penetrem na

construo e se propaguem a outros elementos construtivos promovendo a sua degradao.

Geralmente a aplicao dos ETICS conduz reduo das condensaes superficiais e, em

condies normais de utilizao, no ocorrem condensaes internas no sistema. Nos casos

em que exista elevada produo de vapor de gua no interior de um edifcio, devero ser

tomadas precaues adequadas.

O sistema dever conservar as suas propriedades aps ter sido sujeito aos choques

provocados pela circulao e utilizao normal (resultantes de acidentes fortuitos ou causados

deliberadamente). Dever tambm permitir o apoio dos equipamentos de manuteno

correntes, sem que isso provoque a sua rotura ou a perfurao do reboco.

So avaliadas as seguintes caractersticas do sistema e/ou de alguns dos seus componentes:

absoro de gua, permeabilidade gua, resistncia aos choques, permeabilidade ao vapor

de gua e caractersticas trmicas (includas no requisito ER6).

6.2.3.2 Ambiente exterior

Os trabalhos de construo no devem ser fonte de poluio para o ambiente (ar, solo, gua).

A taxa de libertao de produtos poluentes para o ar exterior, solo e gua, dos materiais de

construo utilizados em paredes exteriores dever respeitar a legislao, regulamentao edisposies administrativas aplicveis ao local onde o produto aplicado.

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6.2.4 ER4 Segurana na utilizao

Embora os ETICS no tenham uma funo estrutural, a sua resistncia mecnica e a sua

estabilidade so alvo de exigncias. Os ETICS devem ser estveis e resistir s combinaes

das solicitaes resultantes das cargas normais tais como: peso prprio, temperatura,

humidade, retraco, movimentos da estrutura do edifcio e aco do vento (suco).

6.2.5 ER5 Proteco contra o rudo

As exigncias em matria de proteco ao rudo no so consideradas, uma vez que elas

devero ser satisfeitas pela parede no seu todo, incluindo o ETICS, e pelas janelas e outrasaberturas.

6.2.6 ER6 Economia de energia e reteno de calor

Esta exigncia dever ser respeitada pela parede, no seu conjunto.

Os ETICS melhoram o isolamento trmico e permitem reduzir as necessidades de aquecimento

(no Inverno) e de arrefecimento (no Vero). A resistncia trmica dos ETICS dever ser

avaliada, para que possa ser introduzida no clculo trmico exigido pela regulamentao

nacional.

As fixaes mecnicas podem causar diferenas localizadas de temperatura. A sua influncia

dever ser desprezvel para que a resistncia trmica do sistema no seja afectada.

6.2.7 Aspectos relativos durabilidade e aptido utilizao

Todos os Requisitos Essenciais mencionados acima devero ser satisfeitos durante a vida til

do sistema e para as aces a que estar sujeito. importante referir que o suporte poder

influenciar a durabilidade do sistema.

6.2.7.1 Durabilidade do sistema

Os ETICS devem ser estveis e resistir temperatura, humidade e retraco. No devero

ser destrudos ou sofrer deformaes irreversveis devido temperatura.

Devem ser tomadas medidas para evitar a formao de fissuras tanto ao nvel das juntas de

dilatao da estrutura como nas juntas entre diferentes materiais, por exemplo ligao com

janelas.

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6.2.7.2 Durabilidade dos componentes

Todos os componentes devem conservar as suas propriedades durante toda a vida til dosistema para as condies normais de utilizao e de manuteno, para que a qualidade do

sistema se mantenha.

7. SELECO EXIGENCIAL

7.1 ASPECTOS GERAIS

A seleco do ETICS que melhor se adapta a determinada situao dever ser feita em funo

dos seguintes aspectos:

Tipo de suporte;

Zona climtica e nvel de conforto pretendido;

Exposio da parede de fachada (choques, vento e chuva);

Tipo de acabamento pretendido;

Regulamentao de incndio.

S devero ser utilizados ETICS que estejam homologados.

7.2 SELECO DO MODO DE FIXAO DO SISTEMA EM FUNO DO TIPO DE

SUPORTE

Em edifcios novos a fixao do sistema dever ser assegurada por colagem, excepto se existir

incompatibilidade entre a cola e o suporte (por exemplo, presena de um produto de

descofragem que no permita a aderncia da cola).

A colagem prefervel porque permite minorar os eventuais movimentos do isolamento trmico

e assim limitar as tenses ao nvel das juntas entre as placas.

Quando se utilizam ETICS na reabilitao das fachadas de edifcios a opo entre fixao

mecnica e colagem mais complexa.

Em suportes pintados ou com revestimentos orgnicos, a utilizao de sistemas fixos

mecanicamente permite dispensar a decapagem das fachadas, que por vezes de difcil

realizao.

Pelo contrrio, em suportes constitudos por elementos perfurados poder ser necessria uma

grande densidade de fixaes mecnicas, devido aos reduzidos valores de carga admissvelpor fixao.

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7.3 DETERMINAO DA ESPESSURA DE ISOLAMENTO TRMICO A UTILIZAR

O Regulamento das Caractersticas de Comportamento Trmico dos Edifcios RCCTE [9] define os valores do coeficiente de transmisso trmica que devem ser tidos em conta na

concepo da envolvente opaca dos edifcios. No Quadro 1 so indicados os limites impostos

para os coeficientes de transmisso trmica de referncia e coeficientes de transmisso

trmica mximos admissveis para paredes exteriores, em funo das zonas climticas de

Inverno.

Quadro 1 Valores mximos e de referncia do coeficiente de transmisso trmica das

paredes da envolvente exterior, em funo da zona climtica [9]

Zona climtica de Inverno (8)Coeficiente de transmisso trmica

I1 I2 I3

Valor de referncia Kref(9)

[W/mC]1,40 1,20 0,95

Valor mximo admissvel Kmax(10)

[W/mC]1,80 1,60 1,45

Na publicao Metodologia para a Seleco Exigencial de Isolantes Trmicos. Nota de

Informao Tcnica NIT 001 [15] so propostos quatro nveis de qualidade para o coeficiente

de transmisso trmica dos elementos da envolvente (K) em funo dos valores de refernciapreconizados no RCCTE (Kref). O Quadro 2 traduz os valores correspondentes s paredes da

envolvente exterior.

Quadro 2 Nveis de qualidade trmica da envolvente vertical dos edifcios [15]

Coeficiente de transmisso trmica K [W/mC]Nvel dequalidade refK

KX =

I1 I2 I3

N1 0,9 < X Kmax 1,26 < X 1,80 1,08 < X 1,60 0,86 < X 1,45

N2 0,7 < X 0,9 0,98 < X 1,26 0,84 < X 1,08 0,67 < X 0,86

N3 0,5 < X 0,7 0,70 < X 0,98 0,60 < X 0,84 0,48 < X 0,67

N4 X 0,5 X 0,70 X 0,60 X 0,48

No Quadro 3 indicado o valor mnimo de resistncia trmica (11) que o sistema dever

apresentar para garantir os nveis de qualidade acima definidos, quando aplicado em diferentes

(8) Quadro III.1 do Anexo III do RCCTE [9].(9) Quadro II.1 do Anexo II do RCCTE [9].(10) Quadro II.3 do Anexo II do RCCTE [9].

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tipos de parede. tambm referida a correspondente espessura de isolamento trmico,

admitindo que a condutibilidade trmica () do poliestireno expandido de 0,040 W/mC [17].

Quadro 3 Resistncia trmica dos ETICS (e correspondente espessura de isolamento

trmico) em funo do nvel de qualidade definido a partir dos valores do RCCTE

Nvel de qualidadeTipo de parede

Zonaclimtica

N1 N2 N3 N4

I11,00 mC/W

(0,04 m)

1,00 mC/W

(0,04 m)

1,00 mC/W

(0,04 m)

1,00 mC/W

(0,04 m)

I21,00 mC/W

(0,04 m)

1,00 mC/W

(0,04 m)

1,00 mC/W

(0,04 m)

1,12 mC/W

(0,05 m)

Blocos de betoleve com argilaexpandida (12)

e 0,20 m

I31,00 mC/W

(0,04 m)

1,00 mC/W

(0,04 m)

1,00 mC/W

(0,04 m)

1,56 mC/W

(0,06 m)

I1 -1,00 mC/W

(0,04 m)

1,00 mC/W

(0,04 m)

1,00 mC/W

(0,04 m)

I2 -1,00 mC/W

(0,04 m)

1,00 mC/W

(0,04 m)

1,03 mC/W

(0,05 m)

Tijolo

e 0,22 m

I31,00 mC/W

(0,04 m)

1,00 mC/W

(0,04 m)

1,00 mC/W

(0,04 m)

1,47 mC/W

(0,06 m)

I11,00 mC/W

(0,04 m)

1,00 mC/W

(0,04 m)

1,00 mC/W

(0,04 m)

1,01 mC/W

(0,05 m)

I21,00 mC/W

(0,04 m)

1,00 mC/W

(0,04 m)

1,00 mC/W

(0,04 m)

1,25 mC/W

(0,05 m)

Blocos de betonormal

e 0,25 m

I31,00 mC/W

(0,04 m)

1,00 mC/W

(0,04 m)

1,08 mC/W

(0,05 m)

1,69 mC/W

(0,07 m)

Em meados do prximo ano entrar em vigor um novo documento que substituir o actual

RCCTE. Os valores dos coeficientes de transmisso trmica de referncia devero ser

reduzidos em cerca de 30%. O Quadro 4 apresenta uma estimativa das futuras exigncias.

(11) De acordo com a ETAG n. 004 [12], os ETICS no devero apresentar uma resistncia trmica

inferior a 1 mC/W.(12) De acordo com informao fornecida pelo fabricante, a resistncia trmica de uma parede realizada

com BLOCO LEVE INDUSTRIAL da maxit Prefabricao em Beto Leve, S.A ser de 1,8 m C/W(incluindo reboco interior e exterior e resistncias trmicas superficiais).

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Quadro 4 Resistncia trmica dos ETICS (e correspondente espessura de isolamento

trmico) em funo do nvel de qualidade definido a partir dos valores da nova regulamentao

Nvel de qualidadeTipo de parede Zona

climticaN1 N2 N3 N4

I11,00 mC/W

(0,04 m)

1,00 mC/W

(0,04 m)

1,00 mC/W

(0,04 m)

1,49 mC/W(0,06 m)

I21,00 mC/W

(0,04 m)

1,00 mC/W

(0,04 m)

1,15 mC/W(0,05 m)

1,83 mC/W(0,08 m)

Blocos de betoleve com argilaexpandida (12)

e 0,20 m

I31,00 mC/W

(0,04 m)

1,12 mC/W(0,05 m)

1,60 mC/W(0,07 m)

2,46 mC/W(0,10 m)

I11,00 mC/W

(0,04 m)

1,00 mC/W

(0,04 m)

1,00 mC/W

(0,04 m)

1,40 mC/W(0,06 m)

I21,00 mC/W

(0,04 m)

1,00 mC/W

(0,04 m)

1,06 mC/W(0,05 m)

1,74 mC/W(0,07 m)

Tijolo

e 0,22 m

I31,00 mC/W

(0,04 m)

1,03 mC/W(0,05 m)

1,51 mC/W(0,07 m)

2,37 mC/W(0,10 m)

I11,00 mC/W

(0,04 m)

1,00 mC/W

(0,04 m)

1,04 mC/W(0,05 m)

1,62 mC/W(0,07 m)

I21,00 mC/W

(0,04 m)

1,00 mC/W

(0,04 m)

1,28 mC/W(0,06 m)

1,96 mC/W(0,08 m)

Blocos de betonormal

e 0,25 m

I31,00 mC/W

(0,04 m)

1,25 mC/W(0,05 m)

1,73 mC/W(0,07 m)

2,59 mC/W(0,11 m)

7.4 SELECO EM FUNO DA EXPOSIO DA PAREDE

Os critrios de seleco a seguir apresentados tm como base a classificao reVETIR dos

sistemas de isolamento trmico de fachadas pelo exterior:

Exposio ao vento (V);

Exposio precipitao (E);

Exposio aos choques e degradao (T).

7.4.1 Exposio ao vento

A utilizao de sistemas colados condicionada pela exposio ao vento.

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Refira-se, no entanto, que a utilizao dos sistemas fixos mecanicamente limitada s

situaes previstas no seu documento de homologao (depresso mxima).

7.4.2 Exposio precipitao

A seleco do sistema de isolamento (classificado como E1 ou E2 na classificao reVETIR)

dever ser realizada em funo da exposio da parede de suporte e da sua constituio.

7.4.3 Exposio aos choques e degradao

O documento Systmes d'isolation thermique extrieure avec enduit mince sur polystyrne

expans - Cahier des prescriptions techniques d'emploi et de mise en oeuvre [7] define oseguinte critrio para a seleco do tipo de armadura a utilizar, em funo da exposio aos

choques e degradao da fachada:

Uma armadura normal fachadas inacessveis de pisos elevados ou do r/c (classe

T2);

Duas armaduras normais fachadas acessveis do r/c mas protegidas e pouco

solicitadas (sobretudo em habitao unifamiliar), varandas e terraos (classe T3);

Uma armadura normal e uma armadura reforada fachadas acessveis

desprotegidas (classe T4). A armadura reforada dever ser aplicada at uma alturamnima de 2 m, relativamente nvel do solo.

Todavia, consideramos no ser recomendvel a utilizao deste sistema ao nvel do r/c em

edifcios de habitao colectiva. Ser prefervel a utilizao de solues alternativas de

revestimento nas zonas de maior exposio degradao.

7.5 SELECO EM FUNO DO TIPO DE ACABAMENTO

Os documentos de homologao devero definir, para cada sistema, os tipos de revestimentofinal admissveis.

Os revestimentos plsticos espessos aplicados com rolo, devido sua textura, so mais

sensveis sujidade que outros acabamentos. O alisamento da superfcie com uma esptula

permite atenuar o relevo e melhorar o ser comportamento.

No devero ser utilizados revestimentos cujo coeficiente de absoro da radiao solar (s)

seja superior a 0,7, excepto se as fachadas estiverem protegidas quer da radiao directa, quer

indirecta.

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Caso existam diferentes cores de revestimento numa fachada, se a diferena dos coeficientes

de absoro entre cores justapostas for superior a 0,2, ser necessrio criar juntas de

fraccionamento.

7.6 SELECO EM FUNO DA REGULAMENTAO DE INCNDIO

As classes de reaco ao fogo mximas admissveis para os revestimentos exteriores de

paredes de edifcios de habitao so as que se indicam de seguida [10]:

M3 (materiais moderadamente inflamveis) nos edifcios de habitao unifamiliar ou

edifcios de habitao colectiva de altura no superior a 9 m (13);

M2 (materiais dificilmente inflamveis) nos edifcios de habitao de altura nosuperior a 28 m;

M1 (materiais no inflamveis) nos edifcios de habitao de altura superior a 28 m.

(13) Para efeitos de segurana contra incndios, a altura de um edifcio definida pela diferena entre acota do ltimo piso coberto susceptvel de ocupao e a cota mais elevada da via de acesso aoedifcio, em local de onde seja possvel aos bombeiros lanar eficazmente, para todo o edifcio, asoperaes de salvamento de pessoas e de combate a incndio. Se a ocupao do ltimo piso cobertose destinar apenas a operaes de manuteno e reparao, esse piso no entra no cmputo daaltura do edifcio.

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8. PATOLOGIAS

8.1 ASPECTOS GERAIS

Os ETICS, embora sejam sistemas relativamente recentes, representam uma importante fatia

do mercado de isolamento trmico de fachadas pelo exterior em diversos pases. A sua

crescente utilizao, sobretudo aps os anos 70, foi acompanhada pelo aparecimento de

algumas patologias cujas causas interessa conhecer.

Um estudo realizado em Frana, permitiu verificar quais as patologias mais frequentes dos

ETICS (Figura 15). Os dados so relativos s anomalias declaradas s companhias de seguros

entre 1979 e 1985.

12%

12%

6%

26%

3%

1%4%

7%

29%

Descolagem generalizada e queda do s istema

Descolagem parcial do sis temaInfiltraes atravs do sistema

Microfissurao

Destacamento e/ou empolamento do reboco e do revestimento finalBolores e algas

Anomalias associadas aos aspecto do revestimento

Degradao ao nvel do r/cOutras anomalias

Figura 15 Distribuio das patologias associadas ao sistema [16]

8.2 INFLUNCIA DAS CONDIES DE PREPARAO, APLICAO E SECAGEM DACOLA E DO REBOCO

Alguns dos constituintes dos ETICS so preparados em obra. Por esta razo, as suas

caractersticas e o seu comportamento podero ser afectados pelo modo de preparao e

pelas condies atmosfricas (temperatura, humidade e vento) durante a sua aplicao e

secagem.

A alterao das caractersticas da cola e do reboco poder dever-se ao desrespeito das

dosagens indicadas pelo fabricante, falta de homogeneizao das misturas ou adio de

gua quando esta no necessria.

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Quando aplicados com temperaturas muito baixas, a cola e o reboco podem perder a sua

capacidade de aderncia e coeso, tornando-se friveis.

Por outro lado, a aplicao do reboco em perodos de temperatura muito elevada ou de vento

seco, poder alterar as suas caractersticas mecnicas devido rpida evaporao da gua. O

risco aumenta se a espessura de reboco for demasiado reduzida.

8.3 CAUSAS DAS PRINCIPAIS PATOLOGIAS DOS ETICS

8.3.1 Fissurao

A fissurao poder resultar de erros associados execuo do sistema, nomeadamente:

Instabilidade do sistema devido m fixao do isolamento trmico ao suporte;

Preparao do reboco e condies atmosfricas (ver 8.2);

Colocao dos perfis de arranque e laterais (ausncia de juntas entre perfis

consecutivos, coincidncia entre as juntas dos perfis e das placas de isolamento,

coincidncia das juntas das placas de isolamento com as descontinuidades do

suporte, etc.);

Aplicao de reboco entre as placas de isolamento trmico;

Variaes na espessura da camada base resultantes, por exemplo, dodesnivelamento entre placas de isolamento e da existncia de elementos de fixao

mecnica demasiado cravados;

Espessura da camada de base insuficiente para envolver a armadura;

Mau posicionamento da armadura na espessura da camada de base (aplicada

directamente sobre o isolamento);

Insuficiente sobreposio de armadura nas emendas;

Inexistncia de reforos de armaduras no contorno dos vos;

Ausncia de desolidarizao na ligao do sistema com elementos construtivos;

Utilizao de revestimentos de cores escuras ou grande contraste de cores (choques

trmicos diferenciais).

A utilizao de placas de poliestireno expandido de insuficiente estabilidade dimensional

poder tambm provocar o aparecimento de fissuras.

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8.3.2 Descolagem generalizada e queda do sistema

A descolagem de todo o sistema geralmente consequncia do deficiente diagnstico oupreparao do suporte. Este tipo de patologia pode verificar-se quando o sistema aplicado

sobre suportes:

Que apresentam sujidade, poeiras, leo de descofragem ou produtos hidrfugos;

Muito molhados ou mesmo com gelo;

Com revestimentos orgnicos, sem que se proceda sua remoo por decapagem.

Figura 16 Aspecto de uma empena em que ocorreu a descolagem generalizada do sistema

8.3.3 Descolagem parcial do sistema

A descolagem dos sistemas poder ser apenas parcial resultando geralmente:

Das condies atmosfricas durante a aplicao. Em perodos muito hmidos ou

quando a temperatura muito baixa poder ser necessrio um maior intervalo desecagem da cola;

Da m repartio do produto de colagem e insuficiente compresso das placas contra

o suporte;

De Infiltraes de gua entre o isolamento e o suporte devido a insuficiente proteco

do limite superior do sistema (rufos, capeamentos, etc.) e deficiente tratamento dos

pontos singulares.

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8.3.4 Destacamento e/ou empolamento do reboco ou do revestimento final

Estas anomalias devem-se s condies de aplicao do reboco ou do revestimento final:

Preparao do reboco e condies atmosfricas (ver 8.2);

Desrespeito pelos intervalos de secagem;

Ausncia de camada de primrio entre a camada de base e o revestimento final;

Aplicao do reboco sobre placas de poliestireno degradadas.

Podem tambm surgir aps o aparecimento de fissuras, associadas ou no a infiltraes de

gua atravs do sistema.

8.3.5 Manchas resultantes do desenvolvimento de microorganismos

Para o desenvolvimento de microorganismos tais como algas, fungos e lquenes, sobre o

revestimento final dos ETICS, indispensvel a presena de gua em quantidade suficiente.

A presena de vegetao na proximidade da fachada e a textura do revestimento so tambm

condicionantes ao aparecimento de algas e bolores. Verifica-se ainda, que os biocidas

incorporados em alguns RPE no garantem uma adequada proteco aos microrganismos.

8.3.6 Outras anomalias do aspecto do revestimento

O aspecto decorativo dos ETICS assegurado pelo seu revestimento final, geralmente

constitudo por um revestimento plstico espesso (RPE). As imperfeies de aspecto do

revestimento, quer resultem de insuficiente planeza da camada de base, quer da forma de

aplicao da camada de acabamento, no afectam a durabilidade e a qualidade do sistema.

As heterogeneidades na cor ou textura ou mesmo descolorao do revestimento numa fachada

e a demarcao das juntas entre as placas de isolamento (Figura 17) podero dever-se:

s condies atmosfricas durante a aplicao. Quando o tempo est frio e hmido a

secagem dos revestimentos lenta e irregular provocando diferenas de colorao.

Se o tempo estiver quente e houver vento seco, a secagem dos revestimentos ser

muito rpida podendo provocar irregularidades na superfcie;

inexistncia de proteces contra as intempries. A aco da chuva logo aps a

aplicao do revestimento poder danific-lo;

ausncia da camada de primrio o que poder, eventualmente, dificultar a

aplicao do RPE;

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aplicao de uma insuficiente quantidade de RPE, que no permita disfarar as

irregularidades de planeza da camada de base;

utilizao de elementos de fixao provisria ou de perfis sem proteco contra a

corroso, que conduzem ao aparecimento de manchas de ferrugem;

utilizao de andaimes no estveis para a aplicao do sistema.

Figura 17 Desnveis entre as placas de isolamento

Podem ainda verificar-se manchas provocadas pela poluio atmosfrica ou por salpicos (na

base das paredes).

8.3.7 Outras patologias

Em alguns edifcios revestidos com sistemas ETICS, verificam-se outros problemas tais como:

Degradao do sistema em zonas acessveis, quer devido a choques fortuitos (por

exemplo, provocados por automveis), quer a actos de vandalismo;

Humidificao da base de paredes em contacto com o solo, aps a aplicao do

sistema. Isto poder ter origem no aumento da cota de ascenso capilar provocado

pela reduo da capacidade de secagem da parede. No entanto, isto s se verifica se

a parede de suporte j estiver sujeita s humidades ascensionais;

Condensaes internas na camada de reboco do sistema devido colocao de

revestimentos de reduzida permeabilidade ao vapor como revestimento exterior.

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9. MANUTENO E REPARAO

9.1 ASPECTOS GERAIS

Como qualquer revestimento de fachada exposto s solicitaes climticas, os sistemas de

isolamento trmico por reboco delgado armado sobre poliestireno expandido precisam de

manuteno.

A manuteno corrente do sistema inclui a remoo de microorganismos e de outras manchas

do revestimento, e a conservao e limpeza dos capeamentos e rufos, rede de drenagem de

guas pluviais e de outros elementos que contribuam para a estanqueidade das fachadas.

Pode ser necessrio renovar o revestimento do sistema ao fim de 10 anos. Este perodopoder variar em funo da textura e da estrutura do revestimento final, do ambiente e da

exposio da fachada.

Para a reparao de danos pontuais do sistema de isolamento devero ser seguidas as

indicaes do 9.3.

9.2 MANUTENO DO SISTEMA

9.2.1 Limpeza por lavagem

Em grande parte dos casos, para eliminar a sujidade originada pela poluio atmosfrica ou

por salpicos na base das paredes, bastar uma lavagem com gua a baixa presso utilizando,

ou no, um detergente pouco agressivo, seguida de um abundante enxaguamento.

, no entanto, importante que esta operao no seja demasiado prolongada para limitar a

quantidade de humidade introduzida no sistema.

9.2.2 Eliminao de microorganismos

Existem numerosos produtos para o tratamento de sistemas que apresentam manchasprovocadas pelo desenvolvimento de microorganismos (algas, fungos, etc.), geralmente

formulados a partir de compostos orgnicos em disperso aquosa.

So geralmente aplicados com rolo ou trincha para que possam impregnar completamente o

revestimento. As superfcies devero ser previamente limpas por lavagem para remoo da

sujidade depositada no revestimento. As zonas a tratar devero ser protegidas da chuva

durante o perodo necessrio para que o biocida elimine os microorganismos, que poder ser

de vrios dias. Para determinados produtos necessrio escovar a superfcie no final do

tratamento.

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9.2.3 Renovao por pintura

Para a renovao de sistemas que no estejam degradados, dever ser utilizada uma pinturaou revestimento compatvel com todos os constituintes do sistema, resistente aos choques

trmicos e aos microorganismos. tambm muito importante que a permeabilidade ao vapor

do revestimento no seja reduzida.

9.3 REPARAO DE DANOS LOCALIZADOS

Como todas as paredes expostas s solicitaes exteriores, os ETICS podem sofrer

degradao devido a actos, geralmente, de vandalismo (choques, perfuraes, etc.). Estas

anomalias podem afectar a durabilidade do sistema pelo que devero ser rapidamente

reparados.

Quando a rea degradada no ultrapassa os 2 cm2, a reparao consiste em preencher o vazio

com produto idntico ao utilizado na camada de acabamento

A reparao de superfcies de maior dimenso implica a substituio do sistema na zona

afectada. Devero ser realizadas as seguintes operaes:

Delimitar uma superfcie rectangular ou quadrada, que envolva a parte degradada;

Cortar o reboco e o isolamento trmico com disco e remover todas as camadas dosistema at ao suporte;

Limpar o suporte e eliminar todos os resduos de cola;

A partir dos cantos da rea a tratar, fazer cortes a 45 no reboco da zona envolvente,

de forma a libertar a armadura at uma distncia de 10 cm;

Remover o reboco aderente armadura;

Recortar uma placa de isolamento com dimenso idntica da zona a tratar e aplic-

-la com uma cola idntica utilizada para fixao do sistema;

Aps secagem da cola, preparar um enxerto de armadura cujas dimenses sejamsuperiores em 5 cm rea de sistema a refazer;

Aplicar a primeira camada de reboco e colar o enxerto de armadura;

De seguida dobrar a armadura libertada na zona envolvente sobre o enxerto;

Aplicar a segunda camada de reboco de forma a revestir totalmente as armaduras;

Aps secagem aplicar o primrio e o revestimento final.

A reparao dos sistemas segundo o mtodo atrs descrito permitir o tratamento eficaz das

anomalias. No entanto, para que no sejam perceptveis as diferenas de aspecto entre as

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superfcies tratadas e as zonas envolventes, dever ser realizada uma pintura da fachada (total

ou por painis).

10. POTENCIALIDADES DO SISTEMA E ANLISE TCNICO-ECONMICA

As pontes trmicas tm uma grande importncia no s no desempenho energtico do edifcio

mas, sobretudo, na durabilidade dos elementos de construo. Se as pontes trmicas no

forem tratadas podero conduzir ao aparecimento de condensaes superficiais, mas a sua

correco inadequada poder gerar instabilidade nas alvenarias com consequente fissurao

(o que se observa frequentemente nas novas fachadas de alvenaria dupla).

O Regulamento das Caractersticas de Comportamento Trmico dos Edifcios RCCTE [9]utiliza o factor de concentrao das perdas trmicas (14) fc, para traduzir a heterogeneidade ou

descontinuidade do isolamento trmico das fachadas. O valor de referncia de f c proposto de

1,3. Ser bom referir que utilizando a construo tradicional, com paredes duplas e estrutura de

beto porticada, muito dificilmente se satisfaz este requisito. Pelo contrrio, a utilizao de

isolamento pelo exterior permite obter um fc prximo de 1, ou seja, praticamente no existe

heterogeneidade do ponto de vista do isolamento trmico.

Como j foi referido, os sistemas de isolamento de fachadas pelo exterior permitem um

aumento da rea til interior, devido reduo da espessura das paredes. Enquanto que uma

parede dupla correctamente executada exige uma espessura da ordem de 0,40 m, as fachadasisoladas pelo exterior podero ser realizadas em parede simples com 0,20 a 0,25 m de

espessura. O suporte do sistema poder

relatorio tecnico capoto

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