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P E R G U N T E A O S Relatório Social 2014-2015

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P E R G U N T E A O S

Relatório Social2014-2015

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Ao longo deste relatório, confira os depoimentos reais dos nossos experts que, apesar da pouca idade, sabem muito bem o que temos de fazer pelo nosso futuro.

Sumário 4 Apresentação

5 Responsabilidade Socioambiental

11 Investimento Social

23 Pro Bono

27 Demonstrativo de Investimentos

34 Expediente

ENQUANTO CONTRIBUÍAMOS COM A CONSTRUÇÃO dE UM MUNdO MElhOR, pERCEBEMOS QUE TERÍAMOS dE CONSUlTAR OS MAIORES INTERESSAdOS NO ASSUNTO: A gERAÇÃO QUE IRá vIvER NElE.

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Comissão de Responsabilidade Social Sérgio Pinheiro Marçal – sócio da área contenciosa José Carlos Junqueira S. Meirelles – sócio da área empresarial Cristianne Saccab Zarzur – sócia da área contenciosa Rodrigo Persone P. Camargo – sócio da área contenciosa

Alexandre Bertoldi Sócio gestor

ResponsabilidadeSocioambiental

O propósito de tudoFoi em 2007 que Pinheiro Neto Advogados (PNA) colocou na ponta do lápis todos os itens de nossas atividades que emitiam gases do efeito estufa. Fomos uma das primeiras empresas a gerar inventário para compensação de emissões no Brasil. Os pioneiros no ramo da advocacia no país.

Nosso primeiro relatório apontava que tínhamos de plantar 9.129 árvores, de maneira a viabilizar a neutralização do carbono emitido naquele ano. Fincamos as primeiras mudas e, ao mesmo tempo, começamos a revitalizar a margem do rio Pinheiros. Tivemos certeza de que esse era um caminho sem volta. De lá para cá, o número anual de árvores plantadas para fins de compensação aumentou, mas bem pouco. Não ultrapassamos o patamar de 10 mil, mesmo com o crescimento orgânico e constante de nossa banca. Isso só foi possível porque controlamos com muito afinco os tais itens que fazem a conta da emissão crescer. Gastos de energia e água, deslocamentos, uso de materiais recicláveis, produção de lixo e até a escolha do papel (certificado) para impressão de publicações, a exemplo do presente relatório, o qual presta contas de nossas atividades sociais de 2014 e de 2015.

A propósito, terminamos esse biênio com um total de quase 78 mil mudas plantadas, todas nativas do Brasil. Imagine 376 piscinas olímpicas dispostas lado a lado e você terá ideia do tamanho da jovem floresta que cultivamos. A maior parte desse patrimônio verde está localizada no Vale do Itajaí, em Santa Catarina. Foi lá que, em 2010, encontramos pequenos agricultores interessados em reflorestar suas terras. Eles são remunerados para zelar pelas jovens árvores até que ganhem raízes e força vital. E, assim, transformamos nossa neutralização de carbono em benefício financeiro e social para dezenas de famílias.

Árvores demoram para crescer. Ao plantá-las, pensamos nas futuras gerações, no que as crianças de hoje esperam para o amanhã. Por isso, simbolicamente, convidamos um grupo de pequenos experts, de 6 a 10 anos, para que expressassem sua expectativa em relação ao mundo. Oito crianças, que, numa conversa informal em nosso escritório, disseram uma série de frases simples e inspiradoras, dispostas nas próximas páginas.

Para nossa grata surpresa, boa parte do que desejam passa por áreas fundamentais de nosso investimento social. O principal foco de nossos esforços continua a ser educação, com 33% do montante total de cerca de R$ 9,7 milhões, aplicados em 26 organizações entre 2014 e 2015. A seguir vêm cultura e artes (20%) e saúde (17%), sendo que a parte desses valores investidos mediante renúncia fiscal tem como únicos e diretos beneficiários as entidades e as iniciativas destinatárias dos recursos.

Nosso investimento social teve um crescimento real de mais de 20% em relação ao biênio anterior, descontada a inflação. Ao todo, contabilizamos mais de 56 mil pessoas beneficiadas no período aqui reportado e outras 170 mil atingidas indiretamente. Continuando nesse ritmo crescente, arredondamos para cima o número de mudas encomendadas para 2017: 10 mil para nossos dez anos de neutralização de carbono do escritório. Sabemos bem que árvores não crescem da noite para o dia. Mas não temos pressa. Só queremos que nossas crianças continuem a sonhar.

4 Apresentação

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“Uma cidade sem poluição é um lugar

para se viver.”L A R A , 6 A N O S

Sustentabilidade de vanguarda

Devastação era o que melhor resumia a situação no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, no início de 2010. Três grandes enchentes em uma década tornavam evidente o desafio imposto pelas mudanças climáticas na era pós-industrial. E a maior delas ainda viria no ano seguinte. Os enormes prejuízos para o agronegócio familiar local traziam uma única certeza: algo precisava mudar.

A percepção de que recuperar a mata nativa seria benéfico para o ecossistema consolidou-se rapidamente como saída. Na prática, significava plantar milhares de árvores e cuidar para que crescessem e vingassem, retomando o equilíbrio da natureza. Essa necessidade ia ao encontro de outra, a quilômetros dali: compensar a emissão de gases do efeito estufa (GEE), oriunda das atividades de uma das maiores bancas de advocacia da América, Pinheiro Neto Advogados.

Desde 2007, o escritório já se tornara uma das primeiras empresas brasileiras a optar pelo restauro florestal como mecanismo de compensação de GEE. Naquele ano, PNA começou a inventariar suas emissões anuais, sobretudo pelos deslocamentos (de automóvel ou avião) na prestação de serviços jurídicos, gasto de energia elétrica e até aquisição de mobiliário. E como tudo isso conversa com o Vale do Itajaí? Simples: foi lá que PNA passou a financiar o plantio de árvores, a partir de 2010, transformando agricultores familiares em empreendedores ambientais.

Dezenas de famílias dos municípios de Atalanta, Santa Terezinha, Aurora e Rio do Sul passaram a receber investimento do escritório para garantir vida longa a mudas de peroba, cabreúva e imbuia, entre outras espécies nativas. A abordagem contribui para a recuperação de nascentes, regularização do regime hidrológico local e ajuda a minimizar as consequências das mudanças climáticas. As árvores absorvem carbono da atmosfera, um dos principais gases responsáveis pelo aquecimento global. De quebra, a qualidade do solo também melhora e o Vale do Itajaí prospera.

Prestes a completar dez anos de continuidade em 2017, as ações anuais de compensação resultaram, até o fim de 2015, em cerca de 78 mil árvores plantadas, distribuídas por 47 hectares de jovens florestas. Mais do que fazer bem ao planeta como um todo, esses números revelam uma história de comprometimento ambiental, reconhecida inclusive internacionalmente. No fim de 2015, em plena Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em Paris, a COP 21, PNA recebeu seu certificado de adesão ao Protocolo Climático do Estado de São Paulo. O documento atesta o comprometimento e o esforço no combate às mudanças do clima, em conjunto com o poder público.

76 Responsabilidade Socioambiental

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“Queria que os rios de São Paulo fossem

para que eu pudesse nadar.”M A N U E L A , 6 A N O S

Verde e esperança para um rio

Em meio a árvores, folhagens e flores, pequenos animais ocupam a beira do rio Pinheiros, em frente ao Jockey Club, na zona sul da cidade de São Paulo. Num relance, avistam-se um exótico lagarto, uma tranquila família de capivaras e o colorido de várias espécies de pássaros. O que parecia um sonho há nove anos integra agora a realidade num trecho de 6 mil metros quadrados recuperado por PNA.

O feito integra, desde 1999, o Projeto Pomar Urbano, promovido pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente de São Paulo para arborizar as margens do rio, com o apoio de empresas privadas. Em 2007, o local escolhido pelo escritório estava abandonado. Foi preciso vencer um desafio de engenharia na correção da dinâmica de drenagem, que inviabilizava qualquer plantio. A água da chuva que escoava das pistas da avenida Marginal arrastava todo tipo de muda ali plantada. Daí em diante, a tarefa de conservação foi confiada por PNA à empresa Bioplan.

A outra face dessa moeda é menos evidente, bem demorada e infinitamente mais estratégica. O curso d’água de 22 quilômetros do Pinheiros ainda continua com aspecto turvo, escuro e malcheiroso. Em razão disso, nasceu dentro de PNA a Associação Águas Claras do Rio Pinheiros. Concebida em 2009, tem o propósito de contribuir para a recuperação de toda sua bacia hidrográfica. Ao longo dos últimos sete anos, 15 apoiadores, a maioria grandes empresas, abraçaram a causa.

Assim, a organização passou a trabalhar em várias frentes. De um lado, a educação ambiental em escolas públicas e a participação em debates para conscientizar a sociedade como um todo. De outro, a realização de estudos e projetos junto a organismos técnicos e ao poder público.

Em 2015, por exemplo, a Águas Claras se juntou à Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica (FCTH), Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) da Universidade de São Paulo, Sabesp, Cetesb e Prefeitura de São Paulo, para levar adiante uma proposta piloto de revitalização do córrego Jaguaré. Serão reunidas e sistematizadas técnicas aplicadas a esse afluente do Pinheiros que colaborem para sua recuperação e, consequentemente, para a melhoria das condições de todo o rio.

O último biênio também teve a adesão da associação à coalizão ambiental Aliança pela Água, ajudando a consolidar seu empenho. A fauna, a flora, os moradores e os visitantes da cidade agradecem.

O cOnjuntO de medidas será OferecidO para replicaçãO em OutrOs córregOs e bacias de águas urbanas

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Pequenas ações e grandes mudanças

No dia a dia, os 785 integrantes de PNA (total de dezembro de 2015) sabem que ações individuais fazem muita diferença para o bem-estar pessoal, do grupo e para a qualidade de vida do planeta. No último biênio, um dos momentos mais complicados foi a dura crise hídrica do Sudeste do país, com graves reflexos na cidade de São Paulo. Por isso, no verão de 2015, o escritório se juntou ao Instituto Akatu, a fim de divulgar a campanha Água pela Água. Uma série de mensagens foi distribuída dando conta do desperdício em situações cotidianas e estimulando hábitos como adesão às garrafas reutilizáveis e lavagem do carro a seco.

A maratona de conscientização surtiu efeito, e os resultados foram potencializados pelo complexo processo de obtenção do certificado Leadership in Energy and Environmental Design (LEED) para o prédio da capital paulista. Trata-se de uma certificação para construções sustentáveis, concebida e concedida pela ONG americana U.S. Green Building Council, de acordo com os critérios de racionalização de recursos atendidos por um edifício.

Tudo começou em meados de 2013, porém nos dois últimos anos o avanço envolveu diagnósticos, identificação de reduções, reeducação dos prestadores de serviços, planejamento de metas e, por fim, mapeamento dos resultados. O pedido protocolado junto ao órgão certificador, ainda em 2015, materializou-se em março de 2016, quando saiu o documento que atestou o sucesso da empreitada.

Em termos práticos, a gestão de consumo de energia foi aprovada, mas o escritório buscou melhorar sua performance, substituindo lâmpadas pelas de tecnologia LED. Torneiras com temporizadores e arejadores, instaladas em maio de 2014, reduziram o consumo de água em cerca de 100 m3 mensais. O sistema de ar condicionado ganhou exaustores mais potentes na cobertura do edifício, reforçando a troca de ar interno/externo. No quesito mobilidade, houve incentivo ao acesso por bicicleta, criando-se espaço adequado para estacioná-las.

Todos os fornecedores de materiais passaram por análise para garantir não apenas a origem dos produtos consumidos, mas o respeito às questões ambientais. Limpeza, controle de pragas e paisagismo foram avaliados quanto a procedimentos, maquinários e produtos utilizados. A coleta de lixo também entrou na devassa. Cabe dizer que em todas as unidades de PNA ocorre coleta seletiva. Mas algumas das melhores práticas recentemente aprendidas com a certificação LEED paulistana devem se estender para Rio de Janeiro e Brasília. A questão é que, nessas cidades, PNA ocupa prédios multiusuários, e é preciso negociar alterações com as gestoras dos respectivos condomínios.

Em meio a tantos avanços, uma ideia maior ganhou asas: transformar PNA num hub de reciclagem para os funcionários descartarem também seus materiais domésticos. O desafio, com o sugestivo nome de PNA Sustentável, está lançado e deve render boas novidades para o próximo relatório.

Investimento Social

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“A ciência é importante para descobrirmos coisas

que ainda não sabemos.”E D UA R D O, 1 0 A N O S

Conhecimento que se converte em saúde

Pronon e Pronas são siglas de programas de renúncia fiscal na área de saúde criados em 2012, no âmbito do governo federal, respectivamente para as áreas oncológica e de atenção à pessoa com deficiência. Com base nessas duas linhas, PNA abriu uma nova frente de investimento incentivado no último biênio.

Em 2014, o A.C. Camargo Cancer Center – localizado na capital paulista e um dos maiores centros integrados de oncologia do mundo – recebeu apoio em dois projetos. Um deles foca a reabilitação de pacientes com limitações impostas pela evolução ou pelo tratamento do câncer. O objetivo é fazer com que consigam aproveitar ao máximo seu potencial físico, psicológico e emocional na superação das dificuldades surgidas na vida pessoal e profissional.

O outro projeto visa a ampliação do banco de tumores do centro oncológico. Nessa unidade ficam guardadas para fins estatísticos – e disponíveis para estudos e pesquisas – amostras de tecidos e fluidos, coletadas de pacientes oncológicos de toda a rede de saúde paulista. Ali também acontecem ações de rastreamento e prevenção, que devem crescer em volume e abrangência. A previsão é que os dois trabalhos estejam concluídos em 2017.

A experiência positiva na nova área de aplicação de recursos incentivados estimulou outros voos em 2015. Uma das instituições beneficiadas foi o Complexo Pequeno Príncipe, de Curitiba, com um projeto de formação continuada. Ao longo de 20 meses, contados a partir de 2016, médicos e enfermeiras que atendem a crianças e adolescentes com câncer participarão de cursos de capacitação e receberão financiamento para frequentar cursos de pós-graduação. A iniciativa também prevê a preparação de uma equipe multiprofissional de resposta rápida ao paciente e a estruturação de laboratórios de simulação e telemedicina como centros de capacitação permanente.

Ainda em 2015, a Sociedade Hospital Samaritano, da cidade de São Paulo, recebeu investimento para um estudo que pretende avaliar a eficácia de exames e procedimentos usados na fundamentação de decisões sobre amputações ou a opção por tratamentos conservadores nos traumas graves em pés e pernas. Em um período de três anos, o trabalho envolverá parceria com duas universidades públicas paulistas (USP e Unicamp), entre outras instituições, bem como a publicação de uma série de artigos científicos e apresentações em congressos médicos. Melhores expectativas de reabilitação para uma quantidade incalculável de beneficiários.

CerCa de r$ 1,6 milhão apliCadoS em peSquiSa

e prátiCa médiCa

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“É muito ruim as crianças que precisam trabalhar, porque elas não podem brincar nem ir para a

M AT H E U S , 6 A N O S

”.

Transformar pela educação

O que jovens cariocas do morro da Mangueira têm em comum com adultos que moram no agreste sergipano, crianças do litoral norte de São Paulo e adolescentes da capital paulista? É que do Nordeste ao Sudeste do Brasil, o apoio de PNA mudou histórias pela via da educação.

Na cidade do Rio de Janeiro, o Colégio Estadual Professor Ernesto Faria (no bairro de São Cristóvão, próximo ao morro da Mangueira) foi adotado por PNA, entre 2009 e 2015, com o apoio da Oscip Parceiros da Educação. Durante esse longo relacionamento, mais de 4,5 mil jovens de famílias de baixa renda viram o ambiente de estudo ficar mais equipado por meio de doações, por exemplo, de carteiras, projetores (cada sala tem um) e acesso a eventos culturais.

Além disso, alunos do ensino médio participaram de atividades de reforço escolar e monitoria dos estudos. Centenas frequentaram cursos de inglês e de orientação profissional no Senac. Os impactos efetivos se traduzem em números: o índice de evasão do Ernesto Faria, que chegou a atingir 12,9% em 2010, foi de 1,1% em 2014; a atual média de resultados de seus alunos no Enem é a segunda maior da cidade.

No sertão nordestino, a frente de ensino ocorreu com a Alfasol, outra Oscip, que tem entre seus objetivos reduzir taxas de analfabetismo de jovens e adultos. Em Manari (PE) – um dos 20 municípios brasileiros com menor índice de desenvolvimento humano (IDH) – a proporção de analfabetismo absoluto atinge quase 40% da população. Lá, recursos de PNA foram aplicados de 2010 a 2014. Nesse último ano, 213 adultos, todos trabalhadores rurais, em sua maioria mulheres, aprenderam a ler e a escrever. Ao todo, foram mais de 1.500. Em 2015, o alvo passou a ser Campo de Brito, no interior de Sergipe, com cerca de 38% da população analfabeta. Resultado: 221 adultos alfabetizados.

Na praia de Barra do Sahy, município de São Sebastião (SP), alunos na faixa etária de 4 a 14 anos, de comunidades de baixa renda familiar, tiveram acesso ao Instituto Verdescola. No último biênio, participaram de projetos de iniciação artística teatral, por meio da Lei Rouanet. A Lei de Incentivo ao Esporte foi o mecanismo utilizado para apoiar o Verdesporte na Areia, que combina recreação com abordagens educativas em saúde e meio ambiente.

Completa esse rol de esforços a Academia de Futebol, do Instituto Muda Brasil. Trata-se de um torneio com crianças de 40 instituições, entre ONGs e escolas públicas da capital paulista. Ele utiliza o esporte como veículo de socialização e amadurecimento dos participantes, além de intercâmbio de melhores práticas entre as instituições.

educaçãO se mantém cOmO a área priOritária de investimentO sOcial de pna

1514 Investimento Social

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milhõescerca de R$

ToTal do invesTimenTo

Números em destaque

DESTINAÇÃO DO INVESTIMENTO

SOCIAL*

Formação de jovens para o trabalho/cidadania

Meio ambiente

Desenvolvimento comunitário Despesas operacionais e associativas

Assistência socialDefesa de direitos

Educação

Esporte e recreação

Saúde

Cultura e artes

PrINCIPAIS árEASDE DESTINAÇÃO DO

INVESTIMENTO SOCIAL

educação

saúde

cultura e artes

26 ENTIdAdES fORAM BENEfICIAdAS pOR ApORTE fINANCEIRO

Associação Águas Claras do Rio Pinheiros

Associação Alfabetização Solidária

Associação Amigos do Projeto Guri

Associação Parceiros da Educação - Escola Estadual Ernesto Faria

Bravo Consultoria Ambiental

Casa do Menino Jesus II

Centro Acadêmico 22 de Agosto da Faculdade de Direito da PUC

Centro Acadêmico XI de Agosto da Faculdade de Direito da USP

Complexo Pequeno Príncipe

Congregação Israelita Paulista - Lar das Crianças

Fundação Antônio Prudente - Hospital A.C. Camargo

Instituto Muda Brasil

Instituto Pro Bono

Instituto Verdescola

Liga Solidária

Mocaph

Moradia Associação Civil - Casas Taiguara

Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - Masp

Projeto Pomar

São Paulo Saracens Bandeirantes

Sociedade Cristã Maria e Jesus - Nosso Lar

Sociedade Hospital Samaritano

Tucca - Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer

United Way Brasil

Vida - Casa de Apoio da Granja Viana

Vocação* Alguns investimentos ficam no limite entre duas áreas, caso da Tucca, entidade cujo aporte é classificado em cultura (série de concertos internacionais) para aplicar numa causa de saúde (tratamento de câncer infantojuvenil).

mais de

pessoas beneficiadas diretamente

e mais de

indiretamente

foi o quanto aumentou

o investimento total de PNA no último biênio em relação ao anterior

(inflação de janeiro de 2014 a dezembro de 2015 = 17,76% pelo IPCA Geral)

Todos os projetos selecionados por Pinheiro Neto Advogados para receber verbas de renúncia fiscal apresentam interesse social e têm como beneficiárias as entidades que os executam.

1716 Investimento Social

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BENEfICIáRIOS EM SEIS ESTAdOS E dISTRITO fEdERAl

Lei RouanetRecurso do caixaLei de Incentivo ao Esporte

PronasPrononFumcad/CMDCA

FIA/Condeca

TIpOS dE ApORTE (caixa + incentivOs fiscais)

pEÇAS ARRECAdAdAS NAS CAMpANhAS dO AgASAlhO

2014 E 2015

CErCA DE 18 MIL MUDAS PLANTADAS DE 2014 A 2015

árvores desde 2007, crescendo em

47 hectares de jovens florestas

quase

Neutralização de carbono

piscinas olímpicas

Todos os projetos incentivados por meio de verbas de renúncia fiscal apresentam interesse social e têm como únicos e diretos beneficiários as entidades e as iniciativas destinatárias dos recursos.

1918 Investimento Social

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Vocação para ajudar

O voluntariado de Pinheiro Neto está sempre alerta. Basta um simples chamado, e um pequeno exército de solidários soldados se apresenta cheio de disposição para as mais diversas tarefas.

Em 11 de março de 2015, dezenas de colaboradores participaram da coleta de sangue realizada no escritório de São Paulo, pela equipe do Banco de Sangue do Hospital Sírio-Libanês.

Outra cruzada tradicional acontece em agosto, com a aquisição de tíquetes para o chamado McDia Feliz. Essa campanha reverte todo o lucro obtido com a venda do sanduíche Big Mac, no último sábado do mês, para entidades que se dedicam a crianças e adolescentes com câncer.

As organizações recebem talonários antecipados para fazer mobilizações em empresas. Os voluntários de PNA compraram 1.100 tíquetes em 2014 e 1.030 no ano seguinte. No biênio, o escritório adquiriu outros 760.

A Tucca – Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer, de São Paulo (SP) – foi novamente selecionada para receber o apoio. Parte da arrecadação seguiu para o ambulatório de Itaquera e seu Laboratório de Biologia Molecular.

Outra quantia destinou-se à construção de uma casa de apoio, voltada para a hospedagem de pacientes e acompanhantes durante o período de tratamento. Desfrutaram dos sanduíches crianças e jovens de cinco entidades parceiras de PNA: Tucca, Vocação, Liga Solidária, Casas Taiguara, Lar das Crianças (CIP) e Adus.

As campanhas do agasalho já são uma tradição e quebram recordes a cada inverno. No último biênio, foram contabilizadas 3.325 peças de roupas e sapatos apenas na unidade paulistana.

Em 28 de novembro de 2015, integrantes do escritório paulista fizeram um mutirão no Movimento Comunitário de Assistência e Promoção Humana (Mocaph), localizado no município de Itapecerica da Serra. Em cinco horas de integração com a comunidade, promoveram plantão jurídico, curso de culinária, leitura e contação de histórias, apresentações musicais e de capoeira.

No mesmo dia, voluntários do escritório de Brasília (DF) se reuniram com membros da Embaixada de Botsuana para finalizar a pintura da Casa do Menino Jesus II – entidade que também assiste a crianças com câncer. PNA forneceu materiais, equipamentos, refeições e o apoio de um profissional, que garantiu o sucesso da empreitada.

No Rio de Janeiro, colaboradores se cotizaram para ajudar na campanha de Natal do Projeto Educacional e Social Casa da Amizade (Pesca), na zona norte da capital fluminense. Eles doaram presentes para crianças de 2 a 3 anos que frequentam a creche da instituição.

Membros de PNA também fazem doações mensais, em folha de pagamento, para a ONG United Way Brasil. O escritório dobra o valor que é levantado entre seus colaboradores. O aporte vai para um fundo comum de financiamento dos projetos da entidade, voltado para a primeira infância e a juventude.

Em 2015, um apelo paralelo à campanha do agasalho permitiu arrecadar cintos, carteiras, bolsas e bijuterias, entregues ao segundo Bazar Social do Adus, o Instituto de Reintegração do Refugiado (veja mais informações na pág. 30).

2120 Investimento Social

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Vida nova para um amigo admirável

Dono de um dos acervos de arte clássica e contemporânea mais importantes do hemisfério sul, o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp) vem reavivando as características únicas e o brilho de grande ícone da vida cultural brasileira.

Exemplo prático foi a volta dos famosos cavaletes de vidro para suporte das obras em 2015. Preteridos por soluções convencionais de exposição ao longo das últimas décadas, admirados por sua originalidade e pureza conceitual, eles foram concebidos pela própria Lina Bo Bardi, responsável pelo projeto arquitetônico da sede da avenida Paulista.

O prédio, com enorme vão livre, para onde o museu fundado por Assis Chateaubriand em 1947 se mudou em 1968, fez do Masp um dos cartões-postais de São Paulo. O charme adicional dos cavaletes o firmaram no cenário internacional. Mais do que retomar um método, a decisão da administração de voltar a usá-los significa resgatar valores que simbolizam a alma do museu.

Tudo isso foi precedido de um extenso e intrincado trabalho de reorganização institucional que começou em 2014, com o redesenho da estrutura de governança, agora baseada nas práticas observadas nos maiores e melhores museus privados do mundo. Seguiu-se uma significativa renovação do Conselho Deliberativo e a formação de uma nova diretoria.

A valorização dos aspectos didáticos (mais um resgate das premissas originais da criação do museu) justificou a integração das equipes de educação e curadoria. O objetivo é abrir espaço para programações que vão muito além da simples exposição visual, com conteúdos educativos complementares, oficinas, seminários, debates.

A contribuição de PNA nesse processo se deu tanto por suporte financeiro (por meio da Lei Rouanet), quanto pela dedicação pessoal de membros de sua equipe – o sócio gestor de Pinheiro Neto integra o Conselho Deliberativo do museu, e o controlador financeiro do escritório compõe o Conselho Fiscal. Além disso, vários outros profissionais da banca se envolveram em trabalhos pro bono para o museu.

Nos últimos dois anos, quase 600 mil visitantes já puderam ver e sentir essas mudanças, que ainda se estenderão a melhorias nas instalações, facilidade de acesso às exposições e uma programação capaz de encher olhos, corações e mentes.

O masp tem reavivadO suas tradições e a histórica

vOcaçãO de levar a arte para pertO das pessOas

Pro Bono

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“Fico feliz em poder

pois assim faço ainda mais amigos.”J O Ã O, 6 A N O S

Uma pequena grande saga familiar

Analfabeta, mãe solteira de seis filhos e sem família, Luciana* se diz capaz de enfrentar qualquer privação, exceto separar-se dos filhos. Quando viu João, seu mais novo, ser levado pelo Conselho Tutelar, foi o fim da linha. Mas o destino mudava naquele momento. Para melhor.

Em busca de ajuda, Luciana bateu à porta da Rede Solidária Anjos do Amanhã (RSAA), programa da Vara da Infância e da Juventude do Distrito Federal que existe desde 2006. Com recursos de doações, trabalho pro bono e voluntariado, a RSAA lida com as implicações sociais, econômicas, culturais e emocionais das ações que tramitam pela Vara.

Os casos chegam ao programa por meio de instituições de abrigo e acolhimento de crianças em situações de risco. Em geral, elas permanecem nesses locais até que, por decisão judicial, sejam reintegradas à família de origem ou encaminhadas para adoção. O filho de Luciana foi para uma dessas entidades em agosto de 2014, por conta de seu grave quadro de saúde.

João tem psoríase, uma doença da pele. Suas lesões, de grande extensão, eram agravadas pelas condições de moradia – um pequeno barraco numa área invadida da periferia de Brasília.

Luciana não trabalhava por receio de deixar as crianças sozinhas naquela localidade perigosa. Por outro lado, a permanência ali parecia a única chance de conseguir do governo uma casa ou um lote próprio.

Com a constatação da existência de fortes vínculos afetivos entre mãe e filho, e a melhora da saúde de João, a Vara finalmente determinou seu retorno à família, condicionado, porém, à obtenção de uma casa melhor.

Era início de 2015, e especialistas da unidade de PNA em Brasília entravam em cena. Embora Luciana estivesse inscrita em uma cooperativa de habitação, seu processo seria invalidado em semanas pela falta de documentos.

O escritório assumiu, então, a missão de regularizar seu cadastro, não sem antes estabelecer uma relação de confiança com ela e seus meninos. Assim, históricos, documentos e certidões foram resgatados, expedidos e recuperados para garantir conformidade às exigências da cooperativa. O esforço rendeu a reabilitação integral do cadastro de Luciana, com previsão de entrega da casa ainda em 2016. Esse é um dos muitos finais felizes que dezenas de integrantes de PNA conseguiram promover com o trabalho pro bono realizado ao longo do último biênio.

* Os nomes são fictícios por solicitação da Vara da Infância e da Juventude do Distrito Federal.

Com tato e muita dediCação peSSoal, advogadoS de BraSília

reaproximaram mãe e filho

,

2524

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Combate ao crime internacional que mais cresce no mundo

No começo do século XIX, o político e filantropo William Wilberforce liderou uma campanha no Parlamento inglês, que resultou na aprovação do Ato contra o Comércio de Escravos, em março de 1807.

Decorridos exatos duzentos anos, uma série de entidades do Reino Unido se juntou ao ativista Phill Lane para criar uma organização de combate ao tráfico humano, chamada Stop the Traffik.

Um dos grandes feitos recentes dessa ONG foi requerer a inclusão de uma exigência de transparência na cadeia de abastecimento dentro de uma lei para combater a escravidão dos dias atuais. O Modern Slavery Act foi aprovado pelo Parlamento britânico, mais uma vez em março, no ano de 2015. Clandestino e ilegal, esse é o crime global que mais avança. Suas estimativas são incertas, mas estarrecedoras:

segundo o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, 1,2 milhão de crianças são traficadas todos os anos;

estudo de 2012 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) estimou que 20,9 milhões de pessoas são submetidas ao trabalho forçado em todo o mundo e que cerca de 44% delas foram vítimas de tráfico;

ainda de acordo com a OIT, a maioria dos traficados é dos países mais pobres e oriunda das camadas menos favorecidas economicamente.

Graças à recente legislação, empresas que quiserem negociar no Reino Unido precisam deixar claras suas providências para remover a escravidão de suas cadeias de fornecimento. Mas para evitar verdadeiramente o avanço no tráfico de seres humanos, é essencial que outros países adotem legislação semelhante.

Nesse sentido, a International Bar Association – principal organização mundial dos profissionais do Direito e das ordens e associações de advogados – liderou uma ação para indicar, em vários países, normas que devem tratar a questão pelos respectivos fornecedores de serviços para companhias abertas. O desafio consistia em verificar se havia regras ou regulamentos sobre o assunto em cada localidade. Em caso negativo, elaborar uma proposta de declaração a ser colocada nos comunicados que as companhias devem fazer aos acionistas.

Advogados de 28 países ofereceram seu tempo para desenvolver um documento sobre leis internacionais da cadeia de suprimentos. Ainda em fase de conclusão, ele está disponível em: <www.stopthetraffik.org/uk/page/legislative-development>. Com muito orgulho, Pinheiro Neto Advogados assumiu a tarefa no Brasil e seguirá acompanhando o tema, de forma a garantir a criação de instrumentos de combate a esse abuso dos direitos humanos.

Jogos pelos direitos infantis

Pouco importava a colocação na prova. Afinal, algo muito mais forte e significativo estava em foco nos Street Child Games 2016: Eu sou alguém! O lema e a competição foram criados pelo Street Child United. Protagonizaram as competições meninos e meninas que já viveram pelas ruas de várias cidades mundiais e estiveram na capital carioca, entre 14 e 20 março, poucos meses antes de a cidade se transmutar em arena para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016.

Pelejas de nove modalidades aconteceram na área de esportes do Forte de São João, no bairro da Urca, disputadas por 70 adolescentes, entre 16 e 19 anos, de Argentina, Brasil, Burundi, Egito, Filipinas, Índia, Inglaterra, Moçambique e Paquistão. E nada melhor do que o espírito olímpico para evocar a causa maior desse encontro: garantias e direitos na infância.

Essa foi a primeira vez que o Street Child se inspirou nas Olimpíadas. Desde 2010, o movimento global – que nasceu dentro da organização Save The Children, baseada em Londres – organiza torneios de futebol nas nações sede da Copa do Mundo. Assim ocorreu, em março de 2014, o Street Child World Cup, também no Rio de Janeiro, ação que levou a ONG Associação das Crianças de Rua Unidas a se estabelecer na cidade.

Dessa vez, o torneio ganhou um reforço especial. O hotel Copacabana Palace abrigou um congresso no qual os jovens atletas viraram embaixadores de seus países em discussões sobre registro civil, educação e segurança, três dos princípios que norteiam a Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança. Dali saiu a Resolução do Rio – reforçando os postulados da Convenção – e uma petição, encaminhada ao Comitê Olímpico Internacional, para que inclua, entre as exigências às cidades que sediam os Jogos, dispositivos de resguardo à integridade e à segurança das crianças de rua nas obras e preparativos do evento.

Desde 2013, Pinheiro Neto Advogados tem papel preponderante na realização desses certames e no próprio estabelecimento da Street Child no Brasil. Para tanto, vários de seus profissionais trabalharam de forma pro bono. No caso dos jogos, eles se empenharam no sentido de obter dezenas de vistos para todas as delegações. Ao longo do último biênio, o escritório atendeu a várias outras necessidades da ONG. Um exemplo concreto foi a viabilização jurídica do campo de treinamento construído com apoio da General Motors no Complexo da Penha, bairro da capital fluminense. Mais do que aprendizado esportivo, o local foi concebido para proporcionar às crianças de famílias de baixa renda daquela comunidade lições de igualdade de gênero e de resolução de conflitos sem violência.

street child games 2016: eu sOu alguém!

2726 Pro Bono

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25 organizações sociais receberam assessoria pro bono de especialistas de PNA

Associação Águas Claras do Rio Pinheiros Associação de Municípios para Amparo ao Menor Osasquense (Amamos) Associação Esparatrapo Associação Feminina de Estudos Sociais Universitários Associação Hurra Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer (Tucca) Associação Parceiros da Educação Associação Saúde Criança Associação Sociedade de Cultura Artística Atados Casas Taiguara Cursinho FGV Gerando Falcões Instituto de Reintegração do Refugiado Instituto Think Twice Instituto Vencer para o Câncer Instituto Verdescola Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand – Masp Rede Solidária Anjos do Amanhã Sociedade Cristã Maria e Jesus - Nosso Lar Sociedade para Conservação das Aves do Brasil (Save Brasil) Street Child United Brasil The Nature Conservancy United Way Brasil Vocação

Uma comissão dedicada à solidariedade

Historicamente, PNA sempre investiu em causas socioambientais. A começar pelas contribuições do sócio fundador J.M. Pinheiro Neto, filantropo contumaz. Desde a constituição do escritório, há registro de destinações financeiras e de incontáveis horas de trabalho jurídico gratuito da banca pelo bem comum. Em 2005, constituiu-se uma Comissão de Filantropia para acompanhar essas iniciativas. Dois anos depois, ela passou a ser denominada Comissão de Responsabilidade Social (CRS). Formada por quatro sócios e amparada por um conselho de 16 integrantes, das áreas administrativa e jurídica, a CRS se reúne mensalmente para definir beneficiários, aportes e rumos dos investimentos.

Por seu aPoio à causa do instituto Pro Bono, Pna receBeu o selo amicus Platinum da instituição. a atuação de destaque em Prol de organizações sem fins lucrativos que Precisam de aPoio jurídico rendeu à Banca o título Pro Bono leading light, da PuBlicação inglesa Latin Lawyer, em 2014 e 2015.

2928 Pro Bono

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Apoio ao recomeço

É denominado refugiado o indivíduo que sofre algum tipo de perseguição ou violação de direitos e troca sua terra natal por outro país. Há quase dez anos, a pressão que leva um contingente de milhões de pessoas a imigrar com o propósito de salvar suas vidas foi a base para um estudo de campo de dois alunos do curso de Relações Internacionais da Faculdade Santa Marcelina, em São Paulo (SP). Hoje, Marcelo Haydu e Victor Mellão – os colegas de faculdade – são, com o urbanista Andrea Piccini, fundadores e principais nomes à frente do Instituto de Reintegração do Refugiado, o Adus.

Nos últimos anos, conflitos violentos como os da Síria, do Afeganistão e da Eritreia levaram essa questão ao status de crise global. Na ONU, o Alto Comissariado para Refugiados (Acnur) calcula em cerca de 21,3 milhões o número de refugiados e pessoas em situação análoga à de refúgio no mundo até o fim 2014. A estatística não inclui solicitantes e casos pendentes. O quadro fica mais dramático quando se considera que mais da metade do total é constituído por crianças e adolescentes. A Europa virou o palco principal dessa cruel onda migratória, mas o Brasil também recebe cidadãos na casa dos milhares por ano, movidos pela necessidade elementar de sobrevivência.

Sediado na capital paulista, o Adus funciona como um oásis em meio a esse caos. Oferece aulas gratuitas de português e acompanhamento psicológico (no caso das crianças, também pedagógico), utilizando métodos desenvolvidos para pessoas em processo de adaptação. Há ainda um curso de informática focado em qualificação profissional.

Às vezes as demandas são pontuais, como a busca por vagas em creches públicas ou o auxílio para resolução de contratos de locação de imóveis. No campo ideológico, o instituto mantém uma área de advocacy dedicada à realização de estudos, além de combate ao preconceito. Eventos culturais integram etnias. Campanhas de conscientização mobilizam escolas, universidades e empresas.

Mais de 300 voluntários constituem a rede, que depende da colaboração de pessoas físicas e jurídicas. Iniciada em 2015, a participação de Pinheiro Neto nesse pool tem sido decisiva na resolução de questões jurídicas que vão de formatação contratual de projetos a dúvidas estatuárias, passando pelo atendimento direto a demandas de beneficiados. O escritório também doou materiais para a ONG e apoiou bazares.

Para o futuro, PNA pretende: sistematizar projetos de renúncia fiscal que ampliem a possibilidade de captação de recursos; auxiliar na formatação de eventos que valorizem tradições culturais e permitam levantar fundos; reunir um grupo de voluntários que dominem diferentes línguas, para atuar como tradutores em situações em que os refugiados precisam se comunicar dentro de órgãos públicos, por exemplo. Afinal, o simples, às vezes, é tudo.

Demonstrativo de Investimentos

gente que chega, sObretudO às grandes metrópOles, tOtalmente à deriva, sem dOmíniO da língua lOcal, desprOvida de mOradia e de expectativas prOfissiOnais.

30 Pro Bono

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Demonstrativo de Investimentos (2014-2015)

RECURSOS DO CAIXA VALOR INVESTIDO

Associação Águas Claras do Rio Pinheiros - Manutenção de atividades R$ 134.400,00

Associação Alfabetização Solidária - Projeto Alfabetização Inicial R$ 96.227,46

Associação Parceiros da Educação - Rio de Janeiro - Colégio Estadual Ernesto Faria R$ 232.334,65

Bravo Consultoria Ambiental - Plantio de mudas para neutralização de emissões de GEE R$ 143.000,00

Centro Acadêmico XI de Agosto da Faculdade de Direito da USP - Manutenção de atividades R$ 60.000,00

Centro Acadêmico 22 de Agosto da Faculdade de Direito da PUC-SP - Manutenção de atividades R$ 60.000,00

Despesas operacionais R$ 148.787,87

Despesas associativas - Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (Gife) R$ 1.500,00

Instituto Pro Bono - Manutenção de atividades R$ 61.200,00

Mocaph - Presentes de Páscoa, Natal e eventos R$ 20.375,45

Mocaph - Pagamento de guias Darf R$ 46.542,55

Projeto Pomar - Manutenção de área ajardinada na Marginal Pinheiros - Trecho Jockey Club R$ 82.684,81

Sociedade Cristã Maria e Jesus - Nosso Lar - Projeto Estimulação Precoce R$ 33.600,00

United Way Brasil - Fundo para financiamento de ações R$ 9.370,35

Tucca - Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer - Campanha McDia Feliz R$ 10.940,00

Vida - Casa de Apoio da Granja Viana - Programa de Proteção Básica R$ 60.000,00

Vocação - Programa Crê-Ser e Primeiras Letras R$ 100.987,44

Total parcial R$ 1.301.950,58

RECURSOS POR LEI DE INCENTIVO

Associação Amigos do Projeto Guri - Programa de Ensino Musical e Desenvolvimento Social (Lei Rouanet)

R$ 100.000,00

Congregação Israelita Paulista - Lar das Crianças - Projeto Pequenos Cidadãos (Fumcad) R$ 89.000,00

Fundação Antônio Prudente - Hospital A.C. Camargo - Projeto Banco de Tumores - A.C. Camargo (Pronon)

R$ 465.000,00

Fundação Antônio Prudente - Hospital A.C. Camargo - Projeto Programa Reabilitação do Paciente Tratamento/Tratado por Câncer (Pronas)

R$ 465.000,00

Instituto Verdescola - Projeto Verdefestival (Lei Rouanet) R$ 100.000,00

Liga Solidária - Projeto Histórias Compartilhadas do Polo de Prevenção à Violência (Fumcad) R$ 85.000,00

Moradia Associação Civil - Casas Taiguara - Projeto Formações para o Mercado Digital (Fumcad) R$ 56.000,00

Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - Masp (Lei Rouanet) - Plano Anual 2015 R$ 100.000,00

São Paulo Saracens Bandeirantes - Projeto Bandeirantes do Rugby (Lei de Incentivo ao Esporte) R$ 465.000,00

Tucca - Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer - Projeto Série Tucca de Concertos Internacionais (Lei Rouanet)

R$ 780.000,00

Vocação - Projeto Jovens de Ação (Fumcad) R$ 235.000,00

Vocação - Projeto Som, Ritmo e Movimento (Lei Rouanet) R$ 780.000,00

Total parcial R$ 3.720.000,00

TOTAL gERAL REALIzADO Em 2014 R$ 5.021.950,58

RECURSOS DO CAIXA VALOR INVESTIDO

Associação Águas Claras do Rio Pinheiros - Manutenção de atividades R$ 142.800,00

Associação Alfabetização Solidária - Projeto Alfabetização Inicial R$ 112.519,46

Associação Parceiros da Educação - Rio de Janeiro - Colégio Estadual Ernesto Faria R$ 226.419,55

Bravo Consultoria Ambiental - Plantio de mudas para neutralização de emissões de GEE R$ 121.340,00

Casa do Menino Jesus II - Pintura das instalações R$ 8.287,28

Centro Acadêmico XI de Agosto da Faculdade de Direito da USP - Manutenção de atividades R$ 60.000,00

Centro Acadêmico 22 de Agosto da Faculdade de Direito da PUC-SP - Manutenção de atividades R$ 60.000,00

Despesas operacionais R$ 30.807,08

Despesas associativas - Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (Gife) R$ 14.426,00

Instituto Pro Bono - Manutenção de atividades R$ 61.200,00

Mocaph - Presentes de Páscoa, Natal e eventos R$ 22.591,00

Mocaph - Pagamento de guias Darf R$ 30.227,61

Projeto Pomar - Manutenção de área ajardinada na Marginal Pinheiros - Trecho Jockey Club R$ 76.898,07

Sociedade Cristã Maria e Jesus - Nosso Lar - Projeto Estimulação Precoce R$ 33.600,00

United Way Brasil - Fundo para financiamento de ações R$ 9.863,75

Tucca - Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer - Campanha McDia Feliz R$ 11.130,00

Vida - Casa de Apoio da Granja Viana - Programa de Proteção Básica R$ 60.000,00

Vocação - Programa Crê-Ser R$ 114.547,68

Vocação - Apoio Socioeducacional ao Mocaph R$ 9.118,87

Total parcial R$ 1.205.776,35

RECURSOS POR LEI DE INCENTIVO

Associação Amigos do Projeto Guri - Programa de Ensino Musical e Desenvolvimento Social (Lei Rouanet)

R$ 100.000,00

Associação Hospitalar de Proteção à Infância Dr. Raul Carneiro - Hospital Pequeno Príncipe - Projeto Formação Continuada (Pronon)

R$ 200.000,00

Congregação Israelita Paulista - Lar das Crianças - Projeto Hoje, Amanhã e Sempre (Condeca - FIA) R$ 89.000,00

Instituto Muda Brasil - Projeto Academia do Futebol (Lei de Incentivo ao Esporte) R$ 185.000,00

Instituto Verdescola - Projeto Fazer Teatral (Lei Rouanet) R$ 100.000,00

Instituto Verdescola - Projeto Verdesporte na Areia (Lei de Incentivo ao Esporte) R$ 280.000,00

Liga Solidária - Oficina de Ginástica Rítmica (Condeca - FIA) R$ 85.000,00

Moradia Associação Civil - Casas Taiguara - Centro de Tecnologia e Comunicação Digital (Condeca - FIA)

R$ 56.000,00

Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - Masp (Lei Rouanet) R$ 100.000,00

Sociedade Hospital Samaritano - Projeto de pesquisa translacional em pacientes com trauma grave em membros inferiores (Pronas)

R$ 465.000,00

Tucca - Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer - Projeto Série Tucca de Concertos Internacionais (Lei Rouanet)

R$ 780.000,00

Vocação - Projeto Vocação Sustentável (Condeca - FIA) R$ 235.000,00

Vocação - Plano Anual de Atividades Vocação (Lei Rouanet) R$ 780.000,00

Total parcial R$ 3.455.000,00

TOTAL gERAL REALIzADO Em 2015 R$ 4.660.776,35

MONTANTE INVESTIDO ULTRAPASSA R$ 9,6 MILhõES NO BIÊNIO

Todos os projetos incentivados por meio de verbas de renúncia fiscal apresentam interesse social e têm como únicos e diretos beneficiários as entidades e as iniciativas destinatárias dos recursos.

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ExpedienteConcepção e coordenação Comissão de Responsabilidade Social de Pinheiro Neto Advogados Cristianne Saccab Zarzur – sócia da área contenciosa José Carlos Junqueira S. Meirelles – sócio da área empresarial Rodrigo Persone P. Camargo – sócio da área contenciosa Sérgio Pinheiro Marçal – sócio da área contenciosa

Apoio Maria do Rosário Perez Vilas – assessora da Comissão de Responsabilidade Social Odair Marangoni – controller

Conselho de Responsabilidade Social Beatriz Von Hertwing Salles – estagiária da área empresarial Bianca Municelli Espindola – analista de aprimoramento Carla Cavalheiro – associada da área contenciosa Fernanda Abreu Tanure – associada da área contenciosa ambiental Lisa Shayo Worcman – consultora da área contenciosa Luana de Carvalho Ferreira M. Pablos – analista de relações institucionais Maria Christina M. Gueorguiev – associada da área contenciosa ambiental Maria do Rosário Perez Vilas – assessora da Comissão de Responsabilidade Social Mariana Yumi Hatanaka – associada da área trabalhista Nicole Recchi Aun – associada da área contenciosa Martina Zajakoff – associada da área empresarial Odair Marangoni – controller Renata Ginatário – tradutora jurídica Rodrigo Scatambulo de Lima – coordenador de assuntos institucionais Stephanie Sung A. Hong – associada da área empresarial Yuka Ono – associada da área empresarial

Agradecimentos Mariana Gracioso Barbosa Marli G. Simionato Borges Ricardo Dalmaso Marques Solange Passos

Pesquisa, redação, edição e produção editorial P&B Comunicação

Projeto gráfico, tratamento de imagens e diagramação Oz Estratégia + Design

Fotografias André Senra (pág. 22) Arquivo Pinheiro Neto Advogados (pág. 15) Arquivo Street Child (pág. 27) Ary Diesendruck (págs. 2, 3, 5, 11, 18, 23, 28, 31) Francisco Maciel - Bravo Ambiental (pág. 7) Mariane Castro - A. Camolez Produções Ltda. (págs. 20 e 21) Shutterstock (págs. 3, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 17, 18, 19, 24, 26, 35)

O Relatório Social 2014-2015 foi composto com as tipografias Cronos MM e Kings Caslon Display e impresso nos papéis Alta Alvura 120g/m2 (miolo) e Markatto Concetto Bianco 320g/m2 (capa), na Tom Artes Gráficas, em julho de 2016.

OUTROS APRENDIZADOS QUE TIVEMOS COM OS NOSSOS EXPERTS:

“Os cientistas pesquisam para que as pessoas possam viver melhor e sobreviver a algumas doenças.” João, 6 anos

“Acredito que no futuro as coisas serão melhores.” Matheus, 6 anos

“A gente tem que aproveitar, pois tem muita criança que não pode ir à escola, mas que gostaria muito.” sílvia, 8 anos

“Gosto de ajudar as pessoas e saber que elas me ajudarão de volta se eu precisar.” eduardo, 10 anos

“O rio poluído cheira muito mal e nenhum peixe consegue viver nele.” Manuela, 6 anos

“Tem muita criança que trabalha em coisas que vão deixar o mundo mais limpo. E muitas delas nem têm casa, elas precisam morar nas ruas.” João, 6 anos

“Se a gente economiza, fazemos um bem para nós mesmos.” sílvia, 8 anos

“As árvores são plantadas nas cidades, pois elas despoluem o meio ambiente ao fazer a fotossíntese.” eduardo, 10 anos

“Muitas pessoas jogam lixo na rua e isso polui muito, até as represas. Isso é muito ruim para nós.” laura, 8 anos

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A madeira usada na fabricação dos papéis dessa publicação provém de florestas certificadas de acordo com rigorosos critérios sociais, ambientais e econômicos e de outras fontes renováveis.

“Eu fico com a pureza das respostas das crianças” Gonzaguinha