relatório sobre argamassa

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CENTRO DE TECNOLOGIA-CTEC DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Relatório sobre prática de laboratório em argamassas Felipe Emanuel da Silva Maceió- AL, 22 de Abril de 2015

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Relatório sobre ensaio de argamassa.

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Page 1: Relatório Sobre Argamassa

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

CENTRO DE TECNOLOGIA-CTEC

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

Relatório sobre prática de laboratório em argamassas

Felipe Emanuel da Silva

Maceió- AL, 22 de Abril de 2015

Page 2: Relatório Sobre Argamassa

Introdução

O uso de argamassas é essencial para a construção civil. Por isso é muito

importante trabalhar com matérias de qualidade. Daí a necessidade de se fazer estudos e

ensaios para avaliar eficiências dos diferentes tipos de argamassas. E assim aquedar os

tipos as suas melhores finalidades.

Aqui neste estudo foi analisada a argamassa com traço 1:2:9 (cimento:cal:areia)

em volume, típica de revestimento de paredes, Devido à plasticidade promovida pela

cal. E foi estudado o índice de consistência, a massa específica e o teor de ar

incorporado e a resistência à tração na flexão e resistência à compressão .

Objetivos

Preparar a argamassa e determinar: o índice de consistência, a massa específica e

o teor de ar incorporado e a resistência à tração na flexão e resistência à compressão.

Metodologia

1. Preparo da argamassa

Preparou-se no laboratório argamassa com traço 1:2:9 (cimento:cal:areia) em

volume e 1:1:11,475 em massa (essa proporção em massa é obtida multiplicando a

proporção em volume pela massa específica), usada, em geral, para revestimento de

alvenarias, por ser mais plástica devido a presença da cal. Utilizou-se 500g de cimento.

No preparo da mistura, de acordo com a NBR 13276/2002, para argamassa a

base de cimento e cal hidratada utilizou-se uma argamassa de cal (mistura de cal e areia

para maturação da cal) previamente misturada, com antecedência de 16h a 24h.

Misturamos a argamassa de cal por 4 minutos em velocidade baixa, pesamos a mistura;

após a maturação pesamos novamente a mistura e completamos com a água perdida.

Page 3: Relatório Sobre Argamassa

2. Determinação do Índice de consistência (NBR 13276/2002)

Nesse ensaio, segurou-se o molde sobre a mesa de consistência e encheu-se este

molde em 3 camadas de mesma altura aplicando em cada uma delas 15, 10 e 5 golpes

com soquete, respectivamente. Fez-se o rasamento, e acionou-se a manivela de modo a

promover 30 quedas em 30 segundos. Mediu-se o diâmetro de espalhamento em 3

pontos. O Índice de consistência é a média desses 3 pontos.

Esse ensaio foi feito duas vezes. Na primeira os diâmetros encontrados foram,

em mm: 270 e 200, onde encontrou-se índice de consistência igual a 235 mm. Na

segunda vez, chegou-se nos seguintes diâmetros, em mm: 250, 270 e 255. Calculou-se

novamente a média e encontrou-se que o índice de consistência nesse caso foi de 258,33

mm.

3. Determinação de massa específica e do teor de ar incorporado

(NBR 13278/2005)

Para o cálculo da massa específica, mediu-se o volume do recipiente cilíndrico

(diâmetro de 8 cm e altura de 7,6 cm) chegando no valor de 382,01 cm². Também

pesou-se o recipiente e encontramos 899,7 g.

Preencheu-se o recipiente com 3 camadas de altura iguais aplicando 20 golpes

com espátula em cada camada e efetuou-se 3 quedas de altura de 3 cm. Rasou-se o

recipiente e o pesamos. Agora a massa encontrada foi de 1579,1 g.

A massa específica é calculada pela fórmula d = (mrec+arg – mrec)/Vrec.

Substituindo os valores encontrados e calculando encontrou-se que para a argamassa em

questão a massa específica é d = 1,79 g/cm³.

O teor de ar incorporado é determinado pela fórmula A = 100*(1-d/dt), onde mi

são as massas dos materiais (mcim=500g, mcal=500g, mareia= 5737,5g e mágua=1396,52g),

di são as massas específicas dos materiais (cim=3g/cm³, cal=1,2g/cm³, areia=2,6g/cm³ e

água=1g/cm³) e dt = ∑mi/∑(mi/di). Resolvendo a equação temos que dt = 1,94. E

substituindo na primeira equação chegou-se em 7,73. Então o teor de ar incorporado

nessa argamassa é de A= 8%.

Page 4: Relatório Sobre Argamassa

4. Determinação da resistência à tração e resistência à compressão

(NBR 13279/2005)

Para a moldagem dos corpos-de-prova, maldou-se 6 corpos de prova prismáticos

de 4x4x16 cm para argamassa que trabalhada. Preencheu-se os moldes em 2 camadas

aplicando 30 quedas na mesa de adensamento para cada camada. Rasou-se os corpos de

prova. Desmoldou-se após 48h e manteve-se em ambiente de laboratório até a idade de

rompimento.

No ensaio de resistência à tração na flexão, posicionou-se o corpo-de-prova na

prensa de modo que a superfície rasada não ficasse em contato com os dispositivos de

suporte e de carga; aplicou-se a carga até a ruptura. A resistência à tração na flexão

pode calculada pela fórmula Rf = 1,5*Ff*L/40³, em MPa; Onde Ff é a carga, em N, e L

é a distância entre os suportes, que nesse caso foi de 100 mm. Ensaiou-se 3 corpos de

prova e os valores de carga encontrados foram: 58,55N, 50,41N, e 55,41N. Substituindo

os dados e calculando, temos as resistências à tração dos 3 corpos de prova são: 0,14

MPa, 0,12 MPa e 0,13 MPa. A média da resistência à tração dessa argamassa é 0,13

MPa.

O desvio padrão dos valores de carga no teste de resistência à tração foi de 0,01

MPa.

Para o ensaio de resistência à compressão axial, utilizou-se as metades dos

corpos-de-prova do ensaio de flexão, posicionou-se de modo que a superfície rasgada

não fique em contato com os dispositivos de suporte e carga. Aplicou-se a carga de

ruptura. Pode-se calcular a resistência à compressão pela expressão Rc = Fc/1600, em

MPa; onde Fc é a carga em N. Foram realizados 6 ensaios, onde as cargas encontradas

foram: 403,54 N, 422,67N, 366,38N, 440,22N, 462,97N, 380,11N. E substituindo esses

valores e calculando, temos que as resistências à compressão são: 0,25 MPa, 0,26 MPa,

0,23 MPa, 0,28 MPa, 0,29 MPa e 0,24 MPa. A média das resistências é 0,26 MPa.

A média dos valores de carga encontrados é 412,64 N. O desvio padrão das

cargas é 36,54 MPa. E o desvio padrão dos valores de resistência à compressão foi

0,023 MPa.

Page 5: Relatório Sobre Argamassa

Conclusão

O padrão de índice de consistência para argamassa de revestimento é 265 mm.

Logo, Na primeira realização do ensaio houve um desvio grande. Já na segunda, o

desvio foi bem menor.

O valor de resistência à tração na flexão (0,13MPa), indica que se trata de

argamassa da classe R1. Como o desvio padrão dos valores de resistência à compressão

foi menor que 0,3 MPa, então a resistência à compressão dessa argamassa é de fato 0,13

MPa, de acordo com a norma NBR 13281:2005.

O valor de resistência à compressão da argamassa (0,26MPa), indica que se trata

de argamassa da classe P1. Como o desvio padrão dos valores de resistência à

compressão foi menor que 0,5MPa, então a resistência à compressão dessa argamassa é

de fato 0,26 MPa, de acordo com a norma NBR 13281:2005.

Tanto no ensaio de tração, quanto no de compressão verificou-se que os valores

de desvio padrão das cargas foram altos. Isso pode ser explicado, entre outros fatores,

por falas no adensamento, no capiamento durante a preparação da argamassa.

Referências

1 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13276: resumos. Rio de Janeiro, 2002. 2 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13278: resumos. Rio de Janeiro, 2005. 3 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13279: resumos. Rio de Janeiro, 2005.