tfc - tópicos sobre materiais conjugados à base de argamassa de concreto e fibras - parte 3
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Trabalho Final de Curso apresentado ao Colegiado do Curso de Engenharia Civil da Universidade Federal de Juiz de Fora, como requisito parcial à obtenção do título de Engenheiro Civil.TRANSCRIPT
51
4.4.1.3 Tenacidade e resistência ao impacto
A maior vantagem da utilização do concreto reforçado com fibras é o aumento
na tenacidade à flexão. Cabe enfatizar que tenacidade é definida como a energia
absorvida pelo material até a sua fratura ou a resistência do material à propagação
de trincas. Dessa forma, como a propagação de trincas e a resistência à fadiga
estão relacionadas, o aumento destas também é significativo [36].
4.4.1.4 Durabilidade
Devido ao alto consumo de cimento e à baixa relação água/cimento, o
concreto reforçado com fibras possui alta durabilidade. Tal fato depende apenas das
fibras introduzidas estarem completamente imersas no cimento, de forma que a
corrosão não se torne um problema.
4.4.2 Possibilidade de utilização das fibras sem armadura convencional
Apesar da alta melhoria na resistência à tração na flexão, a introdução de
fibras de aço no concreto não proporciona grandes aumentos nas resistências à
compressão, à torção e ao cisalhamento. As barras de aço no concreto armado são
dispostas em posições específicas de forma a resistir a todos os esforços atuantes,
enquanto as fibras de aço são colocadas de dispersas em todo o concreto. Assim,
cabe destacar que a adoção de fibras de aço como substituição da armadura
convencional com barras de aço no concreto não é muito eficiente, já que seu foco é
o controle de fissuras [39].
No entanto, estudos comprovaram que o uso de fibras de aço em substituição
às barras de aço é possível quando sua finalidade é a construção de pisos
industriais, pavimentos e radiers apoiados sobre o solo, tubos pré-fabricados e
concreto projetado para revestimento de taludes e túneis. Esta utilização é possível
por se tratarem de estruturas onde a redistribuição de esforços é comum [7].
52
Capítulo 5
5 EXEMPLO: VERIFICAÇÃO NA FLEXÃO
5.1 Considerações iniciais
Um dos pontos mais significativos no detalhamento de estruturas de concreto
armado é o cálculo da armadura necessária para resistir a um determinado
momento fletor. Este acarreta em flexão das estruturas e ocasiona o surgimento de
tensões normais nas seções transversais [40].
As barras de aço de eixo reto e seção transversal circular são denominadas
armadura longitudinal. Estas se localizam nas regiões de tração da viga quando
utilizadas armaduras simples. Caso a armadura dupla seja utilizada, as barras são
posicionadas nas regiões de tração e compressão. A armadura simples deve resistir
aos esforços de tração causados pelo momento aplicado na viga. Já para a
armadura dupla, uma parte da barras de aço absorve os esforços de tração e a outra
parte aumenta a resistência da região comprimida [41].
Os estribos correspondem à armadura transversal ou de cisalhamento,
necessária para resistir às tensões de tração da região da alma da viga e são
dispostos perpendicularmente às armaduras longitudinais [41].
Os porta-estribos são necessários como suporte para os estribos, quando a
armadura é simples, ou seja, está localizada apenas na região de tração [41].
O momento máximo resistente de uma seção transversal corresponde ao
maior momento que esta seção consegue resistir, conhecidas as dimensões da
seção, o tipo e quantidade de aço, bem como a resistência do concreto [40].
53
5.2 Exemplo numérico
Para o exemplo a seguir, uma seção transversal de viga foi adotada, assim
como a armadura nela presente, de forma a comparar o máximo momento resistente
da seção com barras de aço a uma seção com uma taxa de fibras de aço
equivalente.
5.2.1 Dados adotados
A seção transversal adotada é retangular com largura (bw) igual a 15 cm e
altura (h) igual a 50 cm. Foram considerados estribos (Øtransv) e porta-estribos com
diâmetro igual 6,3 mm. Foram adotadas, também, brita #1 com dimensão máxima
característica de 19 mm (Øagregado) e barras de aço CA-50 (fyk = 50 MPa).
A classe de agressividade ambiental adotada para este exemplo foi a classe I,
com agressividade moderada para regiões urbanas em ambiente internos secos.
Com isto definido, convém avaliar que o cobrimento a ser utilizado para a classe I é
de 25 mm para vigas, de acordo com a NBR 6118:2014. Também para a classe I, a
resistência à compressão do concreto (fck) é de no mínimo 20 MPa, sendo adotado
o concreto de classe C30 com 30 MPa. As tabelas 8, 9 e 10 mostram,
respectivamente, as classes de agressividade ambiental, o cobrimento nominal (c)
da armadura e a classe de concreto, ambos em função da classe de agressividade
ambiental.
54
Tabela 8 – Classes de agressividade ambiental [42].
Tabela 9 – Cobrimento nominal para diferentes classes de agressividade ambiental [42].
55
Tabela 10 – Classes de concreto para diferentes classes de agressividade ambiental [42].
A figura 26 mostra um esquema da seção transversal adotada sem a
armadura longitudinal.
Figura 26 – Esquema da seção transversal adotada.
56
Para efeitos de cálculo foram consideradas as especificações técnicas da
fibra de aço Dramix da Arcelor Mittal de referência RC 80/60 BN, cujo fator de forma
(l/d) é igual a 80, a resistência à tração (fykfibra) é de 1100 MPa e o módulo de
elasticidade (Efibra) é de 210.000 MPa [43]. A figura 27 mostra a especificação
técnica dessa fibra.
Figura 27 – Especificações técnicas da fibra de aço adotada [43].
Foram definidos ainda, coeficientes de ponderação das resistências, tanto
para o aço quanto para o concreto, considerando combinações normais de
carregamento. Para o aço será utilizado um coeficiente de valor 1,15 (γs) e para o
concreto, de 1,40 (γc) [42].
5.2.2 Desenvolvimento do exemplo numérico
As barras de aço (Ølong) para o exemplo serão inicialmente 4 unidades de
diâmetro 16,0 mm. A área de aço (AØlong) para cada barra de 16,0 mm é de 2,01
cm2. Portanto, pode-se verificar a área de aço total (As).
�� = 4 ∗ �∅��
�� = 4 ∗ 2,01 = 8,04���
A largura útil (lÚTIL) é o espaço máximo em que podem ser inseridas as barras
de aço por camada (n) juntamente com seu espaçamento horizontal (eh).
57
�Ú��� = �� − 2 ∗ Ø���� − 2 ∗ �
�Ú��� = 15 − 2 ∗ 0,63 − 2 ∗ 2,5 = 8,74��
%ℎ ≥ ∅��; %ℎ ≥ 2��; %ℎ ≥ 1,2 ∗ ∅��)�*�
%ℎ ≥ 1,6��; %ℎ ≥ 2,0��; %ℎ ≥ 1,2 ∗ 1,9��(2,28��)
Portanto,
%ℎ = 2,28��
. ∗ Ø�� + (. − 1) ∗ %ℎ = �Ú���
1,6 ∗ . + 2,28 ∗ . − 2,28 = 8,74
. = 2,84�01102341�0�050
Dessa forma, apenas 2 barras serão utilizadas por camada e duas camadas
serão necessárias (n1 e n2) . Necessita-se, então, calcular o espaçamento vertical
(ev).
%6 ≥ ∅��; %6 ≥ 2��; %6 ≥ 0,5 ∗ ∅��)�*�
%6 ≥ 1,6��; %6 ≥ 2,0��; %6 ≥ 0,5 ∗ 1,9��(0,95��)
Portanto,
%6 = 2,0��
O centro de gravidade (d') das barras de aço será calculado a seguir, a partir
dos centros de gravidade das barras de cada camada (l1 e l2).
�7 = � + ∅���� +∅��2
�7 = 2,5 + 0,63 +1,62
= 3,93��
�� = � + ∅���� + ∅�� + %6 +∅��2
58
�� = 2,5 + 0,63 + 1,6 + 2,0 +1,62
= 7,53��
58 =.7 ∗ �∅�� ∗ �7 + .� ∗ �∅�� ∗ ��
(.7 + .�) ∗ �∅��
58 =2 ∗ 2,01 ∗ 3,93 + 2 ∗ 2,01 ∗ 7,53
(2 + 2) ∗ 2,01= 5,73��
De posse do centro de gravidade das barras de aço é possível calcular a
distância do centro de gravidade até o topo da seção transversal (d) e a distância do
fim do estribo até o centro de gravidade das barras (a).
5 = ℎ − 5′
5 = 50 − 5,73 = 44,27��
0 = 58 − � −∅����
0 = 5,73 − 2,5 − 0,63 = 2,60��
Assim, a verificação da razão entre a distância do centro de gravidade até o
topo da seção transversal e a distância do fim do estribo até o centro de gravidade
das barras pode ser calculada e não deve exceder 10%.
0ℎ≤ 10%
2,6050
= 5,20%
A figura 28 mostra a seção transversal adotada com as barras de aço
determinadas.
59
Figura 28 – Seção transversal com as barras de aço longitudinais.
Será definida a seguir a posição da linha neutra (x) e determinado o domínio
em que a viga está trabalhando, a partir do limite entre os domínios 2 e 3 (x23) , bem
como entre os limites 3 e 4 (x34) , para o CA-50. Os valores adimensionais kx e kz
também serão calculados.
< = �� ∗ =>5
0,68 ∗ �� ∗ =�5
< = �� ∗
=>?γA
0,68 ∗ �� ∗ =�?γB
< =8,04 ∗ 50
1,15
0,68 ∗ 0,15 ∗ 300001,4
= 15,99��
<�C = 0,259 ∗ 5
60
<�C = 0,259 ∗ 44,27 = 11,47��
<CD = 0,6283 ∗ 5
<CD = 0,6283 ∗ 44,27 = 27,81��
Portanto, como a linha neutra está posicionada entre os limites entre os
domínios 2 e 3, e 3 e 4, a viga trabalha no domínio 3, em que a armadura é simples.
?< = <5
?< =15,9944,27
= 0,3612
?E = 1 − 0,4 ∗ ?<
?E = 1 − 0,4 ∗ 0,3612 = 0,8555
A figura 29 mostra a posição da linha neutra na seção com barras de aço.
Figura 29 – Posição da linha neutra na seção transversal com barras de aço.
61
Com valor adimensional kz calculado, pode-se prever o momento máximo
resistente de cálculo (Mrdbarras) para a seção transversal adotada com a utilização de
barras de aço.
F15G����� =�� ∗ ?E ∗ 5 ∗ =>5
F15G����� = 8,04 ∗ 10HD ∗ 0,8555 ∗ 0,4427 ∗5000001,15
= 132,39IJ.�
A taxa de fibras (i) normalmente utilizada é de 2%, portanto iremos definir este
valor com máximo a ser empregado. Para a área de aço total adotada para as
barras de aço, é possível verificar o percentual de fibras de fato a ser utilizado em
uma nova seção transversal de dimensões iguais a anterior, através da adoção de
uma área preenchida com fibras (Afibras) equivalente a do aço na mesma altura.
�LMG��� = (ℎ − <) ∗ �� ∗ N
�LMG��� = (50 − 15,99) ∗ 15 ∗ 0,02 = 10,20���
Como a área das barras de aço é menor que a área equivalente de fibras,é
necessário verificar o percentual de fato utilizado (ifibras).
�LMG��� ∗ NLMG��� = �� ∗ N
10,20 ∗ NLMG��� = 8,04 ∗ 0,02
NLMG��� = 1,58%
A figura 30 mostra a seção transversal com fibras de aço.
62
Figura 30 – Seção transversal com fibras de aço.
Torna-se necessário calcular o módulo de elasticidade do concreto (Ec) C30
aos 28 dias, adotando o granito como agregado para o concreto (∝E=1,0).
QR = ∝S∗ 5600 ∗ T=�?
QR = 1,0 ∗ 5600 ∗ √30 = 30672,46FV0
A resistência do concreto, contendo as fibras, à primeira fissura (σT), material
conjugado, pode ser definida pela equação vista no capítulo 4. O módulo de
elasticidade do material conjugado (Econj) pode ser obtido através da regra das
misturas.
WX = =�Y, =
WX = 1,5 ∗ =�Y,�
WX = 1,5 ∗ 0,3 ∗ =�?�/C
WX = 1,5 ∗ 0,3 ∗ 30�/C = 4,345FV0
63
W� = � ∗ WX ∗ (1 − [\) + ] ∗ [\ ∗�5
W� = 0,843 ∗4,3451,4
∗ (1 − 0,0158) + 2,93 ∗ 0,0158 ∗ 80 = 6,28FV0
QR�^ = QR ∗ _1 − NLMG��` + QLMG�� ∗ NLMG��
QR�^ = 30672,46 ∗ (1 − 0,0158) + 210000 ∗ 0,0158 = 33505,84FV0
Como o módulo de elasticidade do material conjugado com fibras é maior do
que o do concreto cabe agora calcular a área da seção homegeneizada em concreto
(Ah) para o estádio I, onde há a atuação de ações reais, utilizando os valores de área
do concreto e do material conjugado reforçado com fibras de aço (Ac e Aconj,
respectivamente). Para esta área, calcula-se o centro de gravidade da seção
homogeneizada (yh), a partir dos valores do centros de gravidade do concreto e do
material conjugado separados (yc e yconj). A figura 31 mostra a seção composta por
concreto com adição de fibras.
Figura 31 – Seção transversal adotada.
64
∝=QR�^QR
∝=33505,8430672,46
= 1,0924
�a = �R+∝∗ �R�^
�a = 15 ∗ 15,99 + 1,0924 ∗ 15 ∗ 34,01 = 797,14���
>a =�R ∗ >R+∝∗ �R�^ ∗ >R�^
�a
>a =15 ∗ 15,99 ∗ 9,56 + 1,0924 ∗ 15 ∗ 34,01 ∗ 31,43
797,14= 24,85��
A figura 32 mostra a seção transversal homogeneizada em concreto.
Figura 32 – Seção homogeneizada.
65
Com o centro de gravidade da seção homogeneizada pode-se calcular o
momento de inércia dessa seção (Ih), baseado nos momentos de inércia do concreto
e do material conjugado reforçado com fibras de aço separados (Ic e Iconj,
respectivamente). Estes por sua vez, utilizam as distâncias dos centros de gravidade
do concreto e do material conjugado até o centro de gravidade da seção
homogneizada (dc e dconj, respectivamente).
bR =�� ∗ ℎR
C
12+ �� ∗ ℎR ∗ 5R
�
bR =15 ∗ 15,99C
12+ 15 ∗ 15,99 ∗ 15,29� = 61183,52��D
bR�^ =�� ∗ ℎR�^
C
12+ �� ∗ ℎR�^ ∗ 5R�^
�
bR =15 ∗ 34,01C
12+ 15 ∗ 34,01 ∗ 6,58� = 71261,02��D
ba = bR+∝∗ bR�^
ba = 61183,52 + 1,0924 ∗ 71261,02 = 139029,06��D
Dessa forma, pode-se prever o momento máximo resistente de cálculo para a
seção adotada com fibras de aço (Mrdfibras).
F15LMG��� =ba ∗ W�>a
F15LMG��� =139029,06 ∗ 0,628
24,85= 3513,49IJ. �� = 35,13IJ.�
5.2.3 Análise dos resultados
Com base nos valores de momento máximo resistente de cálculo encontrada
nos cálculos anteriores para as seções de concreto armado e de concreto reforçado
66
com fibras de aço, pode-se perceber a seção de concreto armado resiste a um
momento muito maior que a de fibras de aço.
Para a seção de concreto armado foi encontrado um momento resistente igual
a 132,39 KN.m enquanto para a seção de concreto reforçado com fibras de aço foi
obtido um momento igual a 35,13 KN.m, que corresponde a cerca de 26,5% do
primeiro. Tal diferença pode ser atribuída ao fato da quantidade de fibras aplicadas
ter sido limitada a área de barras de aço utilizada na viga com concreto armado e as
fibras estarem dispersas no volume de concreto.
5.2.4 Comparativo de custos
A composição do concreto armado pode ser definida como o concreto (Vconc) ,
as formas (Fviga) a serem utilizadas para a viga do exemplo, adotando um
comprimento (L) de 3,0 metros, e a armadura de aço de 6,3 mm (A6,3) e de 16,0 mm
(A16,0). O peso das barras de aço de 6,3 mm e 16,0 mm verificado é de
respectivamente, 0,248 kg/m (PE6,3) e 1,570 kg/m (PE16,0) [44].
[R�R = �� ∗ ℎ ∗ c
[R�R = 0,15 ∗ 0,50 ∗ 3,0 = 0,225�C
d M� = 2 ∗ �� ∗ ℎ + �� ∗ c + 2 ∗ ℎ ∗ c
d M� = 2 ∗ 0,15 ∗ 0,50 + 0,15 ∗ 3,0 + 2 ∗ 0,50 ∗ 3,0 = 3,60��
�e,C = 2 ∗ VQe,C ∗ c
�e,C = 2 ∗ 0,248 ∗ 3,0 = 1,49?f
�7e,g = 4 ∗ VQ7e,g ∗ c
�7e,g = 4 ∗ 1,570 ∗ 3,0 = 18,84?f
A partir dos dados obtidos de concreto, formas e barras de aço para a viga de
concreto armado e de valores tabelados pelo Sinapi (Sistema nacional de pesquisa
67
de custos e índices), fornecido pela Caixa Econômica Federal, uma aproximação do
custo real da viga de concreto armado do exemplo foi definida. A tabela 11 mostra o
custo desta composição de insumos aplicando um BDI de 27,5% [45].
Tabela 11 – Custo da viga em concreto armado.
A composição do concreto com fibras pode ser definida como o concreto e as
formas calculadas anteriormente e as fibras de aço. De acordo, com o fabricante do
modelo de fibra adotado, cada 1 kg de fibra de aço contém 4600 fibras. A área
aproximada de cada fibra (Adramix) pode ser calculada, baseada no diâmetro da fibra
adotada (Øfibra). O volume de cada fibra (Vdramix) pode ser obtido a partir do
comprimento de 60 mm (Lfibra).
�*��hMi =j ∗ ∅LMG��
�
4
�*��hMi =j ∗ 0,075�
4= 0,00442���
[*��hMi = �*��hMi ∗ cLMG��
[*��hMi = 0,00442 ∗ 6 = 0,02651��C
Como o volume total de fibras da viga (Vfibras) é equivalente à área total de
fibras utilizada para o exemplo anterior, podemos definir a quantidade de fibras
(Nfibras) para a viga em questão através da taxa de fibras adotada.
[LMG��� = N ∗ �� ∗ ℎ ∗ c
[LMG��� = 0,0158 ∗ 15 ∗ 50 ∗ 300 = 3555��C
68
JLMG��� =[LMG���[*��hMi
JLMG��� =3555
0,02651= 134101=N�102
O peso de fibras a ser utilizado (Pfibras) pode, então, ser calculado.
VLMG��� =JLMG���4600
VLMG��� =1341014600
= 29,15?f
A partir dos dados obtidos de concreto, formas e fibras de aço para a viga de
concreto com fibras e de valores tabelados pelo Sinapi e fornecidos pela central de
distribuição da Arcelor Mittal, uma aproximação do custo real da viga de concreto
com fibras do exemplo foi definida. A tabela 12 mostra o custo desta composição de
insumos aplicando um BDI de 27,5% [45].
Tabela 12 – Custo da viga de concreto com fibras de aço.
Dessa forma, verifica-se que o custo de uma viga de concreto com fibras é
aproximadamente 50% maior que o custo da mesma viga com concreto armado.
69
Capítulo 6
6 CONCLUSÃO
A utilização de fibras de aço em estruturas de concreto tem sido alvo de
vastos estudos na atualidade. Quando as fibras de aço reforçam a estrutura de
concreto armado, a melhoria na resistência à flexão é considerável, assim como a
redução de fissuras.
Entretanto, no presente trabalho, torna-se evidente que a aplicação de fibras
de aço sem a armadura convencional depende do teor de fibras utilizado. Na flexão,
o momento obtido na viga de concreto armado superou aquele obtido na viga de
concreto reforçada com fibras de aço em pouca quantidade. O custo da viga com
fibras de aço superou o da viga com barras de aço.
Dessa forma, o alto custo das fibras de aço e o baixo momento resistente
para o exemplo descrito faz com que seja evidentemente preferível a utilização da
viga de concreto armado.
70
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