produção da argamassa

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PRODUÇÃO DA ARGAMASSA UNIOESTE UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ CECE CENTRO DE ENGENHARIAS E CIÊNCIAS EXATAS DEQ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA DISCIPLINA PROJETOS E PROCESSOS DA INDÚSTRIA QUÍMICA DOCENTE CAMILO FREDDY MENDOZA MOREJON ACADÊMICO BRUNO HENRIQUE T AVARES BORBOREMA

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Page 1: Produção da Argamassa

PRODUÇÃO DA ARGAMASSA

UNIOESTE – UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ

CECE – CENTRO DE ENGENHARIAS E CIÊNCIAS EXATAS

DEQ – DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA

DISCIPLINA – PROJETOS E PROCESSOS DA INDÚSTRIA QUÍMICA

DOCENTE – CAMILO FREDDY MENDOZA MOREJON

ACADÊMICO – BRUNO HENRIQUE TAVARES BORBOREMA

Page 2: Produção da Argamassa

Tópicos Abordados Histórico;

Definições gerais;

Classificação em relação à vários critérios;

Argamassa industrializada;

Possíveis composições da argamassa industrializada;

Processo de transformação.

Page 3: Produção da Argamassa

Histórico Primeiras argamassas foram descobertas em Yftah´el, Galiléia,

hoje estado de Israel, com mais de 10000 anos de existência.

Eynan, Jericó, denota-se a presença de cal e gesso nas

construções e nas cabeças de estátuas modeladas.

Na mesma época, em Çatal Hüyüc, Turquia, usou-se gesso

como reboco de paredes.

Argamassas hidráulicas foram encontradas nas cisternas de

Jerusalém (mão-de-obra fenícia).

Romanos desenvolveram a formulação e o fabrico das

argamassas, selecionando os componentes ideais.

Naquela época, a argamassa era feita através de cozedores.

A maioria das argamassas romanas utilizavam unicamente a cal

como ligante (argamassa aérea).

Page 4: Produção da Argamassa

Histórico A construção da grande Roma (popular) era frágil, não

permitindo edifícios de grande porte.

Nas obras públicas e do Império, os romanos utilizavam outra

argamassa, com material pozolânico, que combinados com a

cal, formavam compostos estáveis (silicatos de cálcio).

Construções de abóbadas e arcos abobadados.

Page 5: Produção da Argamassa

Histórico 1812: Collet-Descotils descobre que cozinhando calcários

siliciosos e combinando com a cal, dá propriedades hidráulicas.

1826: primeira indústria de cal hidráulica artificial em

Moulineaux, França.

Cozinhava calcário e argila.

Processo muito caro para a época.

Otimização do processo: fornos sofisticados com temperatura

acima de 1000ºC.

Melhorou-se os níveis de hidraulicidade.

Endurecimento da argamassa se dava pela perda de água contida

na estrutura coloidal.

Problema: criação de vazios, o que originava fissuras.

Solução: implementação do saibro e do cimento na produção da

argamassa.

Page 6: Produção da Argamassa

Histórico Entre 1950 e 1960: Na Europa Central e EUA, a nova indústria

de construção com maior exigência em qualidade e rapidez de

execução obrigou a substituição da mistura de canteiro de obra

pela industrializada.

1990: Surgimento da industrialização nacional da argamassa.

Page 7: Produção da Argamassa

Definições Gerais Argamassas: são materiais de construção compostos de

aglomerantes, agregados, água e aditivos, com propriedades de

plasticidade, aderência, retenção de água, homogeneidade,

compacidade, resistência à infiltração, à tração e à compressão e

durabilidade.

Aglomerantes: tem a finalidade de aglutinar materiais,

influenciando a resistência do material resultante (cimento e cal

hidratada);

Obtenção: basicamente através de uma mistura homogênea de

um ou mais aglomerantes, agregado miúdo (areia) e água.

Pode conter aditivos químicos ou minerais.

Agregados: são materiais que combinado com os aglomerantes,

dão propriedades para a argamassa (cal virem, areia, gesso, etc.)

Page 8: Produção da Argamassa

Trabalhabilidade e Aspectos

Reológicos das Argamassas Trabalhabilidade:

Propriedade das argamassas no estado fresco que determina a

facilidade com que elas podem ser misturadas, transportadas,

aplicadas, consolidadas e acabadas.

Resultante da conjunção de diversas outras propriedades:

Consistência: maior ou menor facilidade da argamassa

deformar-se sob ação de cargas;

Plasticidade: tendência a conservar-se deformada após a

retirada das tensões de deformação;

Retenção de água e de consistência: capacidade de manter sua

trabalhabilidade quando sujeita a solicitações que provocam

perda de água;

Coesão: forças físicas de atração existentes entre as partículas

sólidas da argamassa e as ligações químicas do aglomerante.

Page 9: Produção da Argamassa

Trabalhabilidade:

Resultante da conjunção de diversas outras propriedades:

Exsudação: tendência de separação da água da argamassa, de

modo que a água sobe e os agregados descem.

Argamassas de consistência fluida apresentam maior

tendência à exsudação.

Densidade de massa: relação entre a massa e o volume do

material.

Adesão inicial: união inicial da argamassa no estado fresco ao

substrato.

Retração:

Variação de volume da pasta aglomerante.

Ocorre retração na perda de água, no excesso de sua composição.

Reações químicas de hidratação do cimento e pela secagem.

Trabalhabilidade e Aspectos

Reológicos das Argamassas

Page 10: Produção da Argamassa

Aderência:

Resistência e a extensão do contato entre a argamassa e uma

base.

Sempre deve ser especificado o material em que será aplicada.

Trabalhabilidade e Aspectos

Reológicos das Argamassas

Page 11: Produção da Argamassa

Tipos de Argamassas Argamassa de assentamento de alvenaria:

Funções:

Unir as unidades da alvenaria e ajudar a resistir aos esforços

laterais;

Distribuir uniformemente as cargas atuantes na parede por toda a

área resistente dos blocos;

Absorver deformações naturais a qual a alvenaria estiver sujeita;

Selar as juntas.

Propriedades:

Trabalhabilidade (consistência, plasticidade e retenção de água);

Aderência;

Capacidade de absorver deformações;

Resistência mecânica.

Page 12: Produção da Argamassa

Tipos de Argamassas Argamassa de assentamento de alvenaria:

Figura 01 –Assentamento de alvenaria (Fonte: Panorama M. C., 2010)

Page 13: Produção da Argamassa

Tipos de Argamassas Chapisco:

Funções:

Garantir aderência entre a base e o revestimento de argamassa;

Contribuir com a estanqueidade da vedação.

Propriedade:

Aderência.

Contrapiso:

Função:

Regularizar a superfície para receber acabamento (piso).

Propriedades:

Aderência;

Resistência mecânica.

Page 14: Produção da Argamassa

Tipos de Argamassas Contrapiso:

Figura 02 – Contrapiso (Fonte: Construção e Cia, 2009)

Page 15: Produção da Argamassa

Tipos de Argamassas Emboço e camada única:

Funções:

Proteger a alvenaria e a estrutura contra a ação do itemperismo;

Integrar o sistema de vedação dos edifícios contribuindo com

diversas funções (estanqueidade, etc.);

Regularizar a superfície dos elementos de vedação e servir

como base para acabamentos decorativos.

Propriedades:

Trabalhabilidade (consistência, plasticidade e adesão inicial);

Aderência;

Baixa permeabilidade à água;

Capacidade de absorver deformações;

Resistência mecânica.

Page 16: Produção da Argamassa

Tipos de Argamassas Argamassa colante (assentamento de revestimento cerâmico):

Funções:

“colar” a peça cerâmica ao substrato;

Absorver deformações naturais que o sistema de revestimento

cerâmico estiver sujeito.

Propriedades:

Trabalhabilidade (retenção de água, tempo em aberto,

deslizamento e adesão inicial);

Aderência;

Capacidade de absorver deformações – principalmente para

fachadas.

Page 17: Produção da Argamassa

Tipos de Argamassas Emboço e camada única, Argamassa colante:

Figura 03 – Revestimentos em geral (Fonte: Weber, 2010)

Page 18: Produção da Argamassa

Tipos de Argamassas Argamassa de rejuntamento (das juntas de assentamento das

peças cerâmicas):

Funções:

Vedar as juntas;

Permitir a substituição das peças cerâmicas;

Ajustar os defeitos de alinhamento;

Absorver pequenas deformações do sistema.

Propriedades:

Trabalhabilidade (consistência, plasticidade e adesão inicial);

Baixa retração;

Aderência;

Capacidade de absorver deformações – principalmente para

fachadas.

Page 19: Produção da Argamassa

Tipos de Argamassas Argamassa de rejuntamento (das juntas de assentamento das

peças cerâmicas):

Figura 04 –Assentamento de pedras e cerâmicas (Fonte: Marmorex, 2007)

Page 20: Produção da Argamassa

Tipos de Argamassas Argamassa de reparo de estruturas de concreto:

Função:

Reconstituição geométrica de elementos estruturais em

processo de recuperação.

Propriedades:

Trabalhabilidade;

Aderência ao concreto e armadura originais;

Baixa retração;

Resistência mecânica;

Baixa permeabilidade e absorção de água;

Durabilidade.

Page 21: Produção da Argamassa

Tipos de Argamassas Argamassa de reparo de estruturas de concreto:

Figura 05 –Aplicação da argamassa de reparo de estruturas de concreto

(Fonte: Revista Téchne, 2010)

Page 22: Produção da Argamassa

Classificação Com Relação a

Vários Critérios Quanto à natureza do aglomerante:

Argamassa aérea: Preparada com aglomerante aéreo, que

endurece por reação com o ar atmosférico.

Argamassa hidráulica: Preparada com aglomerante hidráulico,

que endurece por reações que envolvem a água.

Quanto ao tipo de aglomerante:

Argamassa de cal: Preparada com cal como único aglomerante.

Encontram-se dois tipos de cal, sendo a cal virgem (deve passar

por um processo de hidratação) e a cal hidratada (comprada

pronta).

Argamassa de cimento: Preparada com cimento Portland como

único aglomerante. Possui alta resistência e boa

trabalhabilidade.

Page 23: Produção da Argamassa

Quanto ao tipo de aglomerante:

Argamassa de cimento e cal: Preparada com proporções

adequadas de cada componente, deixando a mistura mais

completa. A cal é plastificante. O cimento é resistente e

aumenta a velocidade do endurecimento. Indicada para usos em

alvenaria.

Argamassa de gesso: mistura de gesso e areia (1:3). Primeira

camada do acabamento (a pasta de gesso é utilizada sobre a

argamassa).

Argamassa de cal e gesso: idem à mistura cimento e cal.

Propriedades do gesso bem como da cal. Acabamentos.

Classificação Com Relação a

Vários Critérios

Page 24: Produção da Argamassa

Quanto ao número de aglomerantes:

Argamassa simples: Possui um único aglomerante.

Argamassa mista: Possui dois ou mais aglomerantes.

Quanto à consistência da argamassa:

Argamassa seca: a pasta aglomerante somente preenche os vazios

entre os agregados, deixando-os ainda em contato. Devido ao

atrito entre as partículas, tem-se uma massa “áspera”.

Argamassa plástica: uma fina camada de pasta aglomerante

“molha” a superfície dos agregados, dando uma boa adesão

entre eles com uma estrutura pseudo-sólida.

Argamassa fluída: as partículas do agregado estão imersas no

interior da pasta aglomerante, sem coesão interna e com

tendência de depositar-se por gravidade. Os grãos de areia não

oferecem resistência ao deslizamento.

Classificação Com Relação a

Vários Critérios

Page 25: Produção da Argamassa

Classificação Com Relação a

Vários Critérios Quanto à consistência da argamassa:

Figura 06 – Variações das consistências da argamassa (Fonte: CABRAL,2009)

Page 26: Produção da Argamassa

Quanto à plasticidade da argamassa:

Argamassa pobre ou magra: áspera.

Argamassa média ou cheia: plástica.

Argamassa rica ou gorda: muito plástica.

Quanto à densidade da argamassa (no estado fresco):

Argamassa leve: densidade menor que 1,4g/cm³. Aplicada para

isolamento térmico e acústico. Apresenta vermiculita, perlita e

argila expandida como principais agregados.

Argamassa normal: densidade entre 1,4 a 2,3g/cm³. É a

argamassa mais utilizada (convencional). Apresenta areia de rio

(quartzo) e calcário britado como principais agregados.

Argamassa pesada: densidade maior que 2,3g/cm³ com aplicação

em blindagem de radiação. Apresenta barita (sulfato de bário)

como principal agregado.

Classificação Com Relação a

Vários Critérios

Page 27: Produção da Argamassa

Quanto à forma de preparo ou fornecimento:

Argamassa preparada na obra: a mistura do(s) aglomerantes,

agregados, adições (pó calcário, saibro, solo fino, etc.), aditivos

químicos, etc. Produz-se no canteiro de obras.

Mistura semipronta para argamassa: a mistura preparada no

canteiro de obras já é basicamente pronta. Necessitando apenas

a adição de água.

Argamassa industrializada: proveniente da dosagem controlada

em instalação própria, de aglomerante(s) de origem mineral,

agregado(s) miúdo(s) e eventualmente, adição(ões) em estado

seco e homogêneo. O usuário somente necessita adicionar a

quantidade de água requerida”.

Classificação Com Relação a

Vários Critérios

Page 28: Produção da Argamassa

Argamassa Industrializada Mais cara que a argamassa virada no canteiro, porém, é mais

“rica” em propriedades;

Há argamassas específicas para cada tipo de utilização:

Argamassa para fachada: deve ter a propriedade de resistir ao

sol, umidade e vento (adição de polímeros, celulose e cimento).

Argamassa para revestimento de banheiros: deve ter a

propriedade de resistir a umidade, apenas (adição de

polímeros).

Page 29: Produção da Argamassa

Vantagens do Uso da Argamassa

Industrializada Elimina em até 80% as perdas, em comparação às argamassas

feitas em obra.

Produção com controle de qualidade.

Aumento da produtividade da mão-de-obra (liberando espaço no

canteiro de obras, já que com o uso da argamassa

industrializada, a quantidade de insumos no canteiro seria

reduzido).

O tempo em que o operário perde para levar o carrinho de areia

para ser misturado com o cimento e a água significa um

acréscimo de 30% sobre o custo de cada saco de areia.

Melhora a logística do canteiro, reduzindo o espaço de estoque.

Page 30: Produção da Argamassa

Possíveis Composições da

Argamassa Industrializada Argamassa básica:

Areia:

Cimento;

Cal.

Argamassa “completa”:

É a argamassa básica com aditivos químicos, que tendem a

alterar positivamente as propriedades do produto.

Page 31: Produção da Argamassa

Areia Se a areia estiver diferente às normas exigidas pela indústria, a

argamassa poderá apresentar uma rugosidade diferente da prevista.

Deve ter granulometria adequada e estar limpa.

É o insumo mais difícil de controlar, devido a:

Granulometria;

Constituição.

Umidade.

Tipos:

Areia seca:

Possui teor de inchamento próximo a zero;

Granulometria perfeita para argamassas para teto, pois há vazios

reduzidos entre os grãos;

Retração no produto industrializado é mínima;

Composição: 95% de quartzo.

Page 32: Produção da Argamassa

Areia Tipos:

Areia fina:

Jazida de arenito (Campo Largo/PR);

Granulometria perfeita para argamassas para teto.

Areia média:

Granulometria adequada para argamassa de assentamento.

Areia grossa:

Granulometria adequada para argamassa para contrapiso.

Page 33: Produção da Argamassa

Cimento Aglomerante hidráulico (endurece com a presença de água);

Dois tipos empregados: CP-III e CP-B. Motivos:

Ecologicamente corretos;

Alta resistência;

Durabilidade alta;

Tipos:

CP-III:

Impermeável;

Alta durabilidade;

Alta resistência à expansão;

É o mais ecológico de todos os cimentos produzidos no brasil.

Aplicações:

Argamassas de assentamento e de revestimento.

Page 34: Produção da Argamassa

Cimento Tipos:

CP-B:

Um dos tipos de cimento mais utilizados no Brasil;

Composição de 6 a 14% de pozolana;

Rica em silicatos vítreos.

Possuem elevado teor de sílica reativa (SiO2), capaz de reagir

com o óxido de cálcio (CaO), dando origem a silicatos

amorfos de caráter cimentante.

Cor natural esbranquiçada.

Aplicações:

Argamassas de assentamento e revestimento.

Page 35: Produção da Argamassa

Cal Função de aglomerante aéreo (endurece na presença de ar);

Propriedades:

Melhora na trabalhabilidade;

Aumento da resistência à penetração;

Aumento da capacidade de retenção de água.

Tipos:

Cal hidratada:

Resistência à compressão varia com a adição da cal hidratada.

diminui essa resistência tornando-a compatível com as

exigências estruturais comuns feitas para as alvenarias.

Maior deformabilidade (melhor absorção das acomodações

iniciais da estrutura);

É o plastificante mais recomendável na adição das argamassas.

Page 36: Produção da Argamassa

Cal Tipos:

Cal hidratada:

Uso normalizado pela ABNT;

Diminuição do custo do metro cúbico da argamassa (permite

usar uma maior quantidade de agregados para uma mesma

quantidade de cimento);

Hidratação completa;

Alcalina (pH maior que 11,5), o que torna o meio mais

asséptico;

Cor branca, que clareia as misturas, tornando-as mais refletivas

aos raios solares, transmitindo menos calor e diminuindo a

iluminação artificial;

Deve obedecer os padrões estipulados pela NBR 7175.

Page 37: Produção da Argamassa

Cal Tipos:

Cal virgem:

Hidratação parcial;

Muito desperdício:

Trincas e quedas do material.

Pouco utilizada.

Page 38: Produção da Argamassa

Aditivos Químicos Apenas algumas empresas utilizam;

Caro e poucas empresas produzem no Brasil (CIMENTAL

FERMAFLEX);

Grande parte é importado (FUNCTIONAL PRODUCTS,

KERNEOS, DOW CORNING, ARINOS QUÍMICA, ROHM

AND HAAS);

Devem ser usados em quantidades inferiores a 5% em volume;

Caracterizam propriedades especiais ao produto:

Retentores de água: finalidade de impedir que a evaporação

seja rápida, colaborando para a aderência do produto:

TOPCELL 7950, ESTEARATO DE CÁLCIO, PERAMIN®

CONPAC500, PERAMIN® SMF10, GLUCONATO DE

SÓDIO, MECELLOSE.

Page 39: Produção da Argamassa

Aditivos Químicos Caracterizam propriedades especiais ao produto:

Incorporador de ar: AGNIQUE® SLS2490CC, AERANTE 50.

Diminuição do tamanho da partícula: proporciona uma melhor

interação entre os componentes: ALUMINA ATIVA,

PERAMIN® CONPAC500.

Acelerador de cura: secagem rápida: CARBONATO DE

LÍTIO, FORMIATO DE CÁLCIO, ALUMINA ATIVA.

Retardador de cura: prolonga o tempo de uso: ÁCIDO

CÍTRICO, ÁCIDO TARTÁRICO, CIRATO DE SÓDIO.

Aumento da aderência: VAEPOL DM4, STARLOSE L,

FORMIATO DE CÁLCIO, VAEPOL DM1, VAEPOL AS-7,

VAEPOL DM2.

Aumento da flexibilidade: VAEPOL DM4, VAEPOL DM1,

VAEPOL AS-7, VAEPOL DM2.

Page 40: Produção da Argamassa

Aditivos Químicos Caracterizam propriedades especiais ao produto:

Hidrofugantes: BIOCIDA EM PÓ, ROCIMA™ 363.

Aumento da resistência: CARBONATO DE LÍTIO, VAEPOL

AS-7.

Impermeabilizante: SHP50, ESTEARATO DE ZINCO.

Plastificante: não deixa sobrar água, o que, em caso contrário

poderá ocasionar fissuras: PERAMIN® SMF10.

Page 41: Produção da Argamassa

Outros Constituintes Dependendo da região onde a argamassa será produzida, a

constituição da mesma poderá ter compostos a mais, garantindo

a plasticidade:

Saibro;

Barro;

Argila;

Caulim;

Page 42: Produção da Argamassa

Genericamente:

Processo de Transformação

Page 43: Produção da Argamassa

Aplicando o modelo generalizado para a produção da

argamassa para revestimento:

Processo de Transformação

Page 44: Produção da Argamassa

Aplicando o modelo generalizado para a produção da

argamassa para revestimento:

Processo de Transformação

Page 45: Produção da Argamassa

Fluxograma em blocos do processo de transformação:

Processo de Transformação

Page 46: Produção da Argamassa

Recepção e Armazenamento da

Matéria-Prima

Page 47: Produção da Argamassa

Recepção e Armazenamento da

Matéria-Prima Areia seca transportada até a

indústria (no ponto de

recebimento) através de

caminhões;

Transporte para o silo por

meio de transportador por

canecas.

Figura 07 – Transportador por canecas (Fonte:

Transporte de Granéis, 2008)

Figura 08 – Desenho esquemático de um transportador

por canecas de uma coluna (Fonte: Transporte de

Granéis, 2008)

Page 48: Produção da Argamassa

Recepção e Armazenamento da

Matéria-Prima

Figura 10 – Silo retangular (Fonte: Astra, 2006)

Forma construtiva: quadrada,

retangular ou redonda.

Cone inferior: projetado para

o total escoamento da areia

seca.

Figura 09 – Desenho esquemático de um silo

para o armazenamento de areia com até 300 ton.

(Fonte: Sementsilo, 2009)

Page 49: Produção da Argamassa

Recepção dos Insumos (Cimento,

Cal Hidratada) e Embalagens

Page 50: Produção da Argamassa

Recepção dos Insumos (Cimento,

Cal Hidratada) e Embalagens O Cimento, a cal hidratada e

as embalagens chegam à

indústria através do

transporte de caminhões;

O Cimento e a cal hidratada

são armazenados em silos,

sendo transportados através

de transportadores por

caneca;

Nos silos:

Proteção das itempéries.

Embalagens analisadas

segundo a NBRarmazenadas

em um depósito.

Figura 11 – Silo para armazenamento do cimento

e cal hidratada (Fonte: Simentsilo, 2009)

Page 51: Produção da Argamassa

Recepção e Armazenamento dos

Insumos (Aditivos Químicos)

Page 52: Produção da Argamassa

Transporte dos aditivos

químicos até a indústria

através de caminhões;

Nem sempre os aditivos são

da mesma empresa, o que

pode acarretar em lotes com

entrega em períodos

distintos;

Cada aditivo passa pela

“sua” respectiva balança

(pesagem manual) e é

armazenado. Cada um em

um silo.

Recepção e Armazenamento dos

Insumos (Aditivos Químicos)

Figura 12 – Balança utilizada para a pesagem dos

aditivos químicos (Fonte C&F Balanças, 2004)

Page 53: Produção da Argamassa

Preparação da Matéria-Prima Peneiramento, moagem, secagem e análises da areia seca:

Page 54: Produção da Argamassa

Peneira vibratória inclinada:

Função: classificar e separar a areia fina e média da seca;

A areia é lançada sobre a caixa de entrada, que por sua vez

transporta o material para a superfície de peneiramento onde

encontra-se uma tela (chapa perfurada), tendo-se então a

classificação.

Processo contínuo ou batelada (devido à disponibilidade dos

fornecedores da matéria-prima).

Preparação da Matéria-Prima

(Peneiramento)

Page 55: Produção da Argamassa

Preparação da Matéria-Prima

(Peneiramento)

Figura 13 – Peneira vibratória Inclinada

(Fonte: Price Maq, 2010)

Figura 14 – PVI (Fonte: Price Maq, 2010)

Page 56: Produção da Argamassa

Preparação da Matéria-Prima Peneiramento, moagem, secagem e análises da areia seca:

Page 57: Produção da Argamassa

Moinho de bolas:

Função: triturar a areia seca, de modo a diminuir a

granulometria;

Funcionamento:

Rotação horizontal propulsionado por um motor.

Bolas de aço;

Princípio de funcionamento: a força centrífuga causada pela

rotação do tambor eleva as bolas de aço até certa altura, e

então o impacto da queda mói a areia seca.

Preparação da Matéria-Prima

(Moagem)

Page 58: Produção da Argamassa

Preparação da Matéria-Prima

(Moagem)

Figura 15 - Moinho de bolas (Fonte: Henan Liming Heavy Industry

Science e Technology (Break Day), 2010)

Page 59: Produção da Argamassa

Preparação da Matéria-Prima Peneiramento, moagem, secagem e análises da areia seca:

Page 60: Produção da Argamassa

Preparação da Matéria-Prima

(Secagem) Secador Rotativo:

Função: diminuir o teor de umidade da areia seca.

Para os processos mais complexos, deve-se ter ausência de

umidade na areia seca.

Princípio de funcionamento:

Tambor que gira na horizontal;

Várias pás que provocam um determinado passo de avanço

durante a rotação;

A rotação provoca o levantamento do material, na qual facilita

a troca térmica entre os gases quentes e a areia seca;

O fluxo dos gases quentes é em contra-corrente, em relação ao

fluxo da areia seca;

Após a secagem, a areia seca passa pelo bocal de descarga, na

qual será pesada, e posteriormente armazenada.

Page 61: Produção da Argamassa

Preparação da Matéria-Prima

(Secagem)

Figura 16 – Desenho esquemático de um secador

rotativo (Fonte: Almix, 2007)Figura 17 – Secador rotativo (Fonte: Engenharia

Térmica, 2008)

Page 62: Produção da Argamassa

Preparação da Matéria-Prima Peneiramento, moagem, secagem e análises da areia seca:

Page 63: Produção da Argamassa

Preparação da Matéria-Prima e

Insumos (Análise Qualitativa) Feita no laboratório;

Quantidade de material analisado: aproximadamente 1,5kg;

Cada composto apresenta uma norma da ABNT que indica a

quais compostos devem estar contidos na amostra.

Areia seca: NBR 7211:1983

Cimento: NBR: 5735:1991

Cal hidratada: NBR 7175:1992

Algumas análises:

Resíduo orgânico;

pH;

Umidade;

Granulometria.

Os materiais analisados são descartados (resíduo sólido).

Page 64: Produção da Argamassa

Preparação da Matéria-Prima e

Insumos (Análise Qualitativa) Peneiramento, moagem, secagem e análises da areia seca:

Page 65: Produção da Argamassa

Preparação da Matéria-Prima e

Insumos (Análise Qualitativa) Balança:

Funções: contabilizar a quantidade que vai para o processo de

transformação. Contabilizar a quantidade perdida, através de

resíduos.

Balança individual.

Os materiais são transportados para silos individuais.

Page 66: Produção da Argamassa

Transformação Dosagem, pré-misturação e misturação:

Page 67: Produção da Argamassa

Transformação (Dosagem) Dosagem:

Função: Transportar do silo ao pré-misturador uma quantia

determinada do material.

Para 1m³ de argamassa, utiliza-se 100kg de cal hidratada.

Proporções (areia:cimento:cal):

3:1:1;

4:2:1.

Para os aditivos químicos, o total da mistura não deve exceder

5% em volume.

Page 68: Produção da Argamassa

Transformação Dosagem, pré-misturação e misturação:

Page 69: Produção da Argamassa

Transformação (Pré-Misturador) Pré-misturador:

Função: homogeneidade

das misturas;

Dois pré-misturadores:

Areia e aditivos químicos;

Cimento e cal hidratada.

Da análise do controle de

qualidade, percebeu-se que

a qualidade da argamassa é

melhor quando há pré

misturadores.

Figura 18 – Misturador de eixo duplo

(Fonte: Concrete Mixers, 2010)

Figura 19 – Eixo duplo (Fonte: Concrete Mixers, 2010)

Page 70: Produção da Argamassa

Transformação Dosagem, pré-misturação e misturação:

Page 71: Produção da Argamassa

Transformação (Misturador) Misturador de eixo duplo:

Funções:

Homogeneização;

Padronização do traço;

Figura 21 – Misturador em ação (Fonte: BHS, 2010)

Figura 20 – Misturador de eixo duplo

(Fonte: BHS, 2010)

Page 72: Produção da Argamassa

Acabamento Controle de qualidade, ensacadeira e depósito:

Page 73: Produção da Argamassa

Acabamento (Controle de

Qualidade) Feitas em laboratório, de acordo com a NBR 13749/1996

(argamassa para revestimento):

Resistência à compressão;

Densidade de massa aparente no estado endurecido;

Resistência à tração na flexão;

Coeficiente de capilaridade;

Densidade de massa aparente no estado fresco;

Retenção de água;

Resistência potencial de aderência à tração.

Page 74: Produção da Argamassa

Acabamento (Controle de

Qualidade)

Figura 22 – Controle de qualidade da argamassa

Page 75: Produção da Argamassa

Acabamento Controle de qualidade, ensacadeira e depósito:

Page 76: Produção da Argamassa

Acabamento (Ensacadeira) As embalagens que estavam armazenadas no depósito

(recebimento dos insumos) são transportadas até a ensacadeira.

Função: envolver e proteger o produto da variação de

temperatura, umidade e no transporte (batidas).

Funcionamento:

durante o enchimento do produto, o corte de fluxo é feito

mecanicamente, através do sensor indutivo.

O temporizador elétrico defasa o corte do solta saco, evitando a

queda do produto no chão.

Automaticamente o tombador retira o saco do bico, lançando-o

na esteira.

Page 77: Produção da Argamassa

Acabamento (Ensacadeira)

Figura 24 – Ensacadeira ES 5000 (Fonte: Sat

Paraná, 2009)

Figura 23 – Ensacadeira ER 5000 (Fonte: Sat

Paraná, 2009)

Page 78: Produção da Argamassa

Acabamento Controle de qualidade, ensacadeira e depósito:

Page 79: Produção da Argamassa

Acabamento (Depósito) Após embalado, o produto segue para o depósito

através do transporte por esteira.

Função: proteção contra itempéries.

O produto fica armazenado no depósito até algum cliente

desejar o produto, na qual será transportado até o remetente

através de transporte rodoviário (expedição).

Page 80: Produção da Argamassa

Expedição

Page 81: Produção da Argamassa

Processo de Transformação Fluxograma de equipamentos para a argamassa para revestimento:

Page 82: Produção da Argamassa

Processo de Transformação Fluxograma de blocos para a argamassa para reboco:

Page 83: Produção da Argamassa

Processo de Transformação Fluxograma de equipamentos para a argamassa para reboco:

Page 84: Produção da Argamassa

Referências Bibliográficas [01] http://www.fazfacil.com.br/reforma_construcao/paredes_emboco.html

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[03] http://www.piniweb.com.br/construcao/noticias/revestimento-decorativo-monocamada-79501-1.asp

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[05] http://www.granitorre.com.br/pisos_altaresist.htm

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[08] PAIVA, S. C.; GOMES, E. A. O.; OLIVEIRA, R. A.; Controle de qualidade da cal para argamassas -metodologias

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[09] http://www.cimentoitambe.com.br/massa-cinzenta/cal-virgem-ou-hidratada/

[10] http://www.revistatechne.com.br/engenharia-civil/146/imprime139046.asp

[11] CABRAL, E.; Apostila Sobre Argamassa; Universidade Federal do Ceará; Fortaleza – CE, 2009.

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[15] https://docs.google.com/viewer?url=http://www.engenhariatermica.eng.br/catalogos/Secador_Rotativo.pdf

[16] http://www.concretemixers.biz/twin-shaft-mixer.htm

[17] https://docs.google.com/viewer?url=http://www.bhs-sonthofen.de/misc/dowe-du-e.pdf

[18] http://www.satparana.com.br/ensac-es-5000.html

[19] https://docs.google.com/viewer?url=http://www.apfac.pt/congresso2005/comunicacoes/Paper%252051.pdf