relatório levantamento e projeto luminotécnico do lfpm - mli e mkc

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FUNDAÇÃO CERTI CENTRO DE METROLOGIA E INSTRUMENTAÇÃO LEVANTAMENTO E PROJETO LUMINOTÉCNICO LABORATÓRIO DE FORÇA, PRESSÃO E MASSA (LFPM) Maycon Luiz da Silva - MLI Matheus Kraemer Bastos do Canto - MKC Florianópolis, 09 de agosto de 2011.

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Page 1: Relatório Levantamento e Projeto Luminotécnico Do Lfpm - Mli e Mkc

FUNDAÇÃO CERTI

CENTRO DE METROLOGIA E INSTRUMENTAÇÃO

LEVANTAMENTO E PROJETO LUMINOTÉCNICO

LABORATÓRIO DE FORÇA, PRESSÃO E MASSA (LFPM)

Maycon Luiz da Silva - MLI

Matheus Kraemer Bastos do Canto - MKC

Florianópolis, 09 de agosto de 2011.

Page 2: Relatório Levantamento e Projeto Luminotécnico Do Lfpm - Mli e Mkc

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ÍNDICE

1 OBJETIVO ........................................................................................................................ 4

2 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 5

3 CARACTERÍSTICAS DO LOCAL ......................................................................................... 6

3.1 Dimensões físicas ....................................................................................................... 6

3.2 Layout ....................................................................................................................... 6

3.3 Cores do local ........................................................................................................... 7

3.4 Características do fornecimento de energia elétrica ..................................................... 7

3.5 Definição da iluminância adequada ........................................................................... 8

4 LEVANTAMENTO LUMINOTÉCNICO .............................................................................. 10

4.1 Tipo de lâmpadas, luminárias e reatores utilizados ................................................... 10

4.2 Distribuição das luminárias ...................................................................................... 11

4.3 Determinação do Índice do Local (RCR) .................................................................... 12

4.4 Determinação do Fator de Utilização (Fu) ................................................................. 12

4.5 Determinação do Fator de Depreciação (Fd) ............................................................. 13

4.6 Determinação do Fluxo Luminoso dos Ambientes (ΦT) .............................................. 13

4.7 Determinação do Fluxo Luminoso por Luminária (ΦL) ............................................... 13

4.8 Determinação do Número de Luminárias por Ambiente (N) ...................................... 14

4.9 Verificação da Iluminância média (Em) ..................................................................... 14

4.10 Avaliação do sistema de iluminação atual .............................................................. 15

5 PROJETO LUMINOTÉCNICO .......................................................................................... 16

5.1 Tipo de lâmpadas, luminárias e reatores .................................................................. 16

5.2 Determinação do Fator de Utilização (Fu) ................................................................. 17

5.3 Determinação do Fator de Depreciação (Fd) ............................................................. 17

5.4 Determinação do Fluxo Luminoso dos Ambientes (ΦT) .............................................. 18

5.5 Determinação do Fluxo Luminoso por Luminária (ΦL) ............................................... 18

5.6 Determinação do Número de Luminárias por Ambiente (N) ...................................... 18

5.7 Verificação da Iluminância média (Em) ..................................................................... 19

5.8 Distribuição das luminárias ...................................................................................... 19

5.9 Avaliação do sistema de iluminação projetado ......................................................... 20

6 RENTABILIDADE PROPORCIONADA PELO PROJETO ....................................................... 22

6.1 Potência total instalada ............................................................................................ 22

6.2 Características de uso .............................................................................................. 22

6.3 Custos dos equipamentos e serviços envolvidos ........................................................ 23

6.4 Custos dos investimentos .......................................................................................... 23

6.5 Custos operacionais ................................................................................................. 24

Page 3: Relatório Levantamento e Projeto Luminotécnico Do Lfpm - Mli e Mkc

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6.6 Avaliação de rentabilidade ....................................................................................... 25

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................... 27

REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 28

Page 4: Relatório Levantamento e Projeto Luminotécnico Do Lfpm - Mli e Mkc

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1 OBJETIVO

Avaliar se a iluminância do sistema de iluminação implantado atualmente no

Laboratório de Força, Pressão e Massa da Fundação CERTI atende à ABNT NBR 5413:1992 e

projetar uma possível alteração no sistema de iluminação, visando uma maior eficiência

energética das instalações, atendendo à norma de iluminância de interiores vigente no Brasil

e à qualidade desejada do sistema.

Page 5: Relatório Levantamento e Projeto Luminotécnico Do Lfpm - Mli e Mkc

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2 INTRODUÇÃO

A iluminação é uma necessidade do homem que deve satisfazer às condições

específicas de cada atividade executada por ele. Para estudar a aplicação correta da

iluminação artificial em qualquer ambiente existe a luminotécnica, uma das áreas tratadas no

curso de Eletrotécnica.

Um projeto de iluminação deve levar em conta a quantidade e a qualidade da luz,

buscando um conforto luminoso para as pessoas que utilizam o ambiente. A quantidade de

luz adequada para cada ambiente, considerando a atividade ali desenvolvida, é estabelecida

no Brasil pela norma NBR 5413, publicada em 1992 pela Associação Brasileira de Normas

Técnicas. Já os aspectos qualitativos referem-se basicamente a temperatura de cor, que varia

de acordo com a tonalidade da luz emitida, comparada a cor de um metal aquecido a esta

temperatura, e o índice de reprodução de cor (IRC), que compara a reprodução de cor da

iluminação artificial com a reprodução de cor solar, igual a 100%.

Além disso, é muito importante que o sistema de iluminação tenha alta eficiência

energética, ou seja, um bom aproveitamento da energia elétrica para a emissão de luz.

Quanto maior for a eficiência energética do sistema, mais econômico ele será.

Este relatório avaliará, num primeiro momento, os aspectos quantitativos e qualitativos

do atual sistema de iluminação implantado no Laboratório de Força, Pressão e Massa (LFPM),

localizado no Centro de Metrologia e Instrumentação da Fundação CERTI.

Em seguida será apresentado um projeto de substituição do sistema de iluminação,

visando uma maior eficiência energética das instalações, o atendimento à NBR 5413 e a

compatibilidade dos aspectos qualitativos com as atividades desenvolvidas no local.

O levantamento e o projeto luminotécnico serão baseados no Método dos Lúmens,

que consiste em um processo de cálculo disposto em etapas, buscando a obtenção de todos

os dados necessários para o correto dimensionamento do nível de iluminação de um local.

Por último, serão avaliados os custos de implantação e manutenção do atual sistema

de iluminação e do projetado, verificando a rentabilidade proporcionada pelo projeto.

Este relatório também busca complementar as atividades desenvolvidas ao longo do

estágio curricular obrigatório, relacionando-o diretamente a alguns dos conhecimentos

adquiridos no Curso Técnico de Eletrotécnica Integrado ao Ensino Médio.

Page 6: Relatório Levantamento e Projeto Luminotécnico Do Lfpm - Mli e Mkc

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3 CARACTERÍSTICAS DO LOCAL

A elaboração de um levantamento ou projeto luminotécnico exige inicialmente o

levantamento de alguns dados, como as dimensões físicas do local, seu layout, suas cores e

as características da rede elétrica. Além disso, é extremamente necessário definir qual a

iluminância adequada para as atividades desenvolvidas no local, baseando-se na ABNT NBR

5413 – Iluminância de interiores.

3.1 Dimensões físicas

As dimensões físicas totais do LFPM são: 8,78 m de comprimento por 5,42 m de

largura. O laboratório é particionado, através de divisórias, em duas salas, intituladas área

MASSA e áreas FORÇA e PRESSÃO.

Para fins de cálculo, o LFPM foi dividido em três diferentes áreas, com as seguintes

dimensões:

Área MASSA: 3,56 m de comprimento por 3,46 m de largura. O pé direito é igual a

2,90 m e a altura mínima do plano de trabalho nesta área é de 0,70 m.

Áreas FORÇA e PRESSÃO: 5,18 m de comprimento por 5,42 m de largura. O pé

direito é igual a 3,25 m e a altura mínima do plano de trabalho nestas áreas é de

0,76 m.

Hall de Entrada: 3,58 m de comprimento por 1,80 m de largura. O pé direito é igual

a 2,90 m. Os colaboradores do LFPM não costumam permanecer durante muito

tempo nesta área. Nela existe apenas um armário onde ficam guardados alguns

instrumentos utilizados no laboratório. Para fins de cálculo, foi considerada a altura

do plano de trabalho igual a 0,80 m.

3.2 Layout

A Figura 1 apresenta o layout do LFPM e as divisões feitas em sua área total para a

realização dos cálculos.

Page 7: Relatório Levantamento e Projeto Luminotécnico Do Lfpm - Mli e Mkc

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Figura 1 - Layout do LFPM – sem escala

A área MASSA é representada na figura 1 pela área A1, as áreas FORÇA e PRESSÃO

são representadas pela área A2 e o Hall de Entrada é representado pela área A3.

3.3 Cores do local

A pintura das paredes do LFPM é de cor branca, o teto do laboratório também é

branco e o piso é de cor bege clara.

3.4 Características do fornecimento de energia elétrica

Os circuitos do laboratório possuem tensão estável de 220 V. A Fundação CERTI é

alimentada por um transformador trifásico de tensão nominal 15 kV.

A energia elétrica consumida pela Fundação CERTI é paga pela Universidade Federal

de Santa Catarina (UFSC), conforme um acordo entre as duas partes e burocracias desde a

sua criação. A CERTI tem o seu consumo de energia elétrica incluído na conta da área

principal da universidade, ocupada também por outros prédios, como o prédio da Reitoria e

o Centro de Eventos.

Sua tarifação é de acordo com a tarifação Horo-Sazonal Verde Trifásica da

concessionária CELESC. O valor pago por cada kWh consumido é de R$ 1,492063 nos

horários de ponta e de R$ 0,254606 fora da ponta, conforme tarifa vigente em 03 de agosto

de 2011.

Page 8: Relatório Levantamento e Projeto Luminotécnico Do Lfpm - Mli e Mkc

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3.5 Definição da iluminância adequada

A iluminância, segundo a NBR 5413, é o “limite da razão do fluxo luminoso recebido

pela superfície em torno de um ponto considerado, para a área da superfície quando esta

tende para o zero”, ou seja, iluminância é a quantidade de luz que incide sobre um plano de

trabalho situado a uma certa distância desta fonte.

A NBR 5413 apresenta três diferentes valores de iluminância para um local, de acordo

com a atividade desenvolvida nele. Laboratórios de metrologia não são especificados na

norma, mas esta apresenta os mesmos valores de iluminância para laboratórios químicos, de

escolas, de análises e industriais, que serão os utilizados nos cálculos seguintes. Os valores

mínimo, médio e máximo de iluminância para laboratórios são, respectivamente, 300, 500 e

750 lux.

É recomendável que a escolha entre os três valores de iluminância normatizados para

o ambiente seja de acordo com os procedimentos descritos no item 5.2 da NBR 5413. Este

item apresenta a seguinte tabela dos fatores determinantes da iluminância adequada:

Tabela 1 - Fatores determinantes da iluminância adequada. Fonte: ABNT NBR 5413:1992

Características da tarefa e do observador

Peso

-1 0 +1

Idade Inferior a 40 anos 40 a 55 anos Superior a 55 anos

Velocidade e precisão Sem importância Importante Crítica

Refletância do fundo da tarefa

Superior a 70% 30 a 70% Inferior a 30%

Após analisar os três fatores, determinando o peso correspondente a cada um deles,

deve-se somar algebricamente os três pesos obtidos. Se o somatório for igual a –2 ou –3,

utiliza-se a iluminância inferior do grupo. Se a soma for +2 ou +3, utiliza-se a iluminância

superior. Caso o somatório fique entre -1 e +1, a iluminância utilizada será a iluminância

média tabelada.

Para a área MASSA e as áreas FORÇA e PRESSÃO, a iluminância conveniente é de

500 lux. Levou-se em conta que a idade das pessoas que realizam o trabalho é de até 55

anos (peso 0), a velocidade e precisão das tarefas é crítica (peso +1) e a refletância do fundo

de tarefa para uma superfície clara é de cerca de 50% (peso 0). A somatória dos pesos é

igual a +1, ou seja, segundo o procedimento descrito na NBR 5413 é adequada a

iluminância média.

Já o Hall de Entrada será considerado como local de armazenamento de volumes

muito pequenos. Segundo o item 5.3.57 da NBR 5413, os valores mínimo, médio e máximo

de iluminância para estes ambientes são, respectivamente, 200, 300 e 500 lux. A partir da

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avaliação do local seguindo a tabela 1, conclui-se que a iluminância conveniente é de 300

lux. Diferente das demais áreas, a velocidade e precisão das tarefas não é importante (peso -

1), mas os pesos para a idade das pessoas que utilizam o local (peso 0) e para a refletância

do fundo permanecem os mesmos (peso 0). A somatória dos pesos é igual a -1, valor que

também se inclui na iluminância adequada média.

Page 10: Relatório Levantamento e Projeto Luminotécnico Do Lfpm - Mli e Mkc

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4 LEVANTAMENTO LUMINOTÉCNICO

O levantamento do nível de iluminância de um local pode ser realizado através de

diversos métodos. O método prático mais utilizado é a verificação da iluminância de cada

metro quadrado do ambiente com o uso de um luxímetro (instrumento constituído por uma

célula fotoelétrica e um mili-amperímetro), fazendo uma média aritmética das medições

obtidas. Outro método existente é o cálculo aproximado através da potência total de

iluminação instalada no ambiente e o perímetro do mesmo.

Neste relatório, o levantamento do sistema de iluminação instalado foi feito com base

no Método dos Lúmens ou Método do Fluxo Luminoso, geralmente utilizado no projeto de um

sistema de iluminação. Este método pode ser utilizado em um levantamento luminotécnico

desde que se conheçam as características das lâmpadas, luminárias e reatores instalados. A

partir destas características e das características do local são calculados os fatores que

influenciam na iluminação do ambiente.

4.1 Tipo de lâmpadas, luminárias e reatores utilizados

As luminárias são equipamentos que alojam as lâmpadas e modificam a distribuição

espacial da luz. Atualmente estão instaladas luminárias genéricas de sobrepor para

iluminação direta, com refletor de chapa de aço pintada na cor branca, para lâmpadas

fluorescentes tipo T8 ou T10 e com receptáculo G13. Para fim de cálculos, serão utilizados os

dados da luminária modelo LIP, da marca LUMICENTER.

As lâmpadas, principais equipamentos de um sistema de iluminação, transformam a

energia elétrica em energia luminosa. Atualmente são utilizadas lâmpadas fluorescentes

tubulares da marca OSRAM, modelo T10 L40 W LDE. As características deste modelo de

lâmpada são as seguintes:

• Potência: 40 W

• Fluxo Luminoso: 2700 lm

• Temperatura de Cor: 5250 K

• Índice de Reprodução (IRC): 70-79

• Diâmetro: 33 mm

• Comprimento: 1200 mm

• Receptáculo: G13

• Vida útil: 7.500 h

Os reatores são equipamentos auxiliares para lâmpadas fluorescentes que tem a

função de proporcionar uma sobretensão no momento de partida da lâmpada e de

estabilizar a corrente durante o período em que ela permanecer em funcionamento. Hoje são

Page 11: Relatório Levantamento e Projeto Luminotécnico Do Lfpm - Mli e Mkc

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utilizados no LFPM reatores eletrônicos da marca INTRAL, modelo POUP-AFP 2x40/220/50-

60. Cada reator atende a duas lâmpadas fluorescentes tubulares de 40 W. As características

deste modelo de reator são as seguintes:

• Tensão nominal: 220 V

• Consumo do conjunto: 71 W

• Fator de potência: 0,97 capacitivo

• Fator de fluxo luminoso: 0,9

• Fator de eficácia: 1,27

• Distorção harmônica: ≤ 20%

• Frequência de operação: 50/60Hz

• Corrente de entrada: 0,34 A

4.2 Distribuição das luminárias

Atualmente as luminárias do LFPM estão distribuídas da seguinte forma:

• Área MASSA: quatro luminárias com quatro lâmpadas e dois reatores cada.

• Áreas FORÇA e PRESSÃO: quatro luminárias com quatro lâmpadas e dois reatores

cada.

• Hall de entrada: duas luminárias com duas lâmpadas e um reator cada.

A localização destas luminárias pode ser visualizada na Figura 2:

Figura 2 - Distribuição das luminárias – sem escala

Page 12: Relatório Levantamento e Projeto Luminotécnico Do Lfpm - Mli e Mkc

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Logo, existem instaladas no LFPM dez luminárias, 36 lâmpadas fluorescentes tubulares

e 18 reatores duplos.

4.3 Determinação do Índice do Local (RCR)

O Índice do Local ou do Recinto é a relação entre as dimensões do local, ou seja, a

altura da luminária em relação ao plano de trabalho. Este índice é utilizado para a

determinação do fator de utilização das luminárias, que será calculado no item 4.4. Alguns

fabricantes utilizam em seus catálogos o índice do local RCR, enquanto outros utilizam o

índice do local K. Como as luminárias da marca LUMICENTER baseiam-se no RCR para a

determinação do fator de utilização, este será calculado a partir da seguinte fórmula

matemática:

Obs.: O h utilizado para o cálculo é a altura do plano de trabalho até a luminária, ou

seja, o pé direito menos a altura do plano de trabalho e a altura da luminária (considerada

igual a 10 cm). O L é a largura do local e o C é o comprimento do local.

Para a área MASSA, o RCR calculado é de 5,98.

Nas áreas FORÇA e PRESSÃO, o RCR calculado é de 4,51.

Já no Hall de Entrada, o RCR é igual a 8,35.

4.4 Determinação do Fator de Utilização (Fu)

O Fator de Utilização (Fu) indica a eficiência luminosa do conjunto lâmpada +

luminária + local. Ele é utilizado para avaliar o fluxo luminoso final que irá incidir sobre o

plano de trabalho, considerando as perdas devido às características construtivas da

luminária.

Este fator é tabelado de acordo com cada modelo de luminária e depende do índice

do local e das refletâncias do teto, parede e piso. As refletâncias das três áreas, de acordo

com as cores, são as seguintes:

• Refletância do teto: Cor branca → 70%

• Refletância da parede: Cor branca → 50%

• Refletância do piso: 20%

De acordo com a tabela de fatores de utilização da luminária modelo LIP, instalada

atualmente, o fator de utilização de cada uma das áreas é:

Page 13: Relatório Levantamento e Projeto Luminotécnico Do Lfpm - Mli e Mkc

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• Área MASSA: 0,42

• Áreas FORÇA e PRESSÃO: 0,51

• Hall de Entrada: 0,33

4.5 Determinação do Fator de Depreciação (Fd)

O Fator de Depreciação (Fd) considera todos os danos e deteriorações que podem vir

a ocorrer com a lâmpada, como o desgaste da camada de fósforo que a reveste e o acúmulo

de poeira sobre ela. Tais danos podem provocar uma redução no nível de iluminância da

lâmpada. Este fator eleva o número de luminárias previstas, evitando que o desgaste das

lâmpadas faça com que a iluminância fique abaixo do valor recomendado.

Considerando o fato da limpeza do laboratório ser feita com frequência e a

manutenção não tardar em resolver problemas como troca de reatores e lâmpadas, pode-se

adotar o valor de Fd igual a 0,8.

4.6 Determinação do Fluxo Luminoso dos Ambientes (ΦT)

Fluxo Luminoso (Φ) é a quantidade de luz emitida por uma fonte luminosa em todas

as direções, na tensão nominal de funcionamento. Este fluxo é medido em lumens (lm).

O fluxo luminoso de um ambiente é determinado a partir da iluminância

normatizada, das dimensões do ambiente, do fator de utilização e do fator de depreciação,

conforme a seguinte fórmula:

O fluxo luminoso calculado para cada um dos ambientes é de:

• Área MASSA: 18330 lm

• Áreas FORÇA e PRESSÃO: 34406 lm

• Hall de Entrada: 7323 lm

4.7 Determinação do Fluxo Luminoso por Luminária (ΦL)

O Fluxo Luminoso (Φ) de uma luminária é calculado através da multiplicação do

número de lâmpadas existentes em cada luminária pelo fluxo luminoso de uma lâmpada e o

fator de fluxo luminoso do reator.

Page 14: Relatório Levantamento e Projeto Luminotécnico Do Lfpm - Mli e Mkc

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O fluxo luminoso calculado é de 4860 lm para as luminárias com duas lâmpadas e

de 9720 lm para as luminárias com quatro lâmpadas.

4.8 Determinação do Número de Luminárias por Ambiente (N)

O Número de Luminárias por Ambiente (N) é determinado a partir da divisão do fluxo

luminoso do ambiente pelo fluxo luminoso de uma luminária, conforme a seguinte fórmula:

O número total de luminárias existentes em cada uma das áreas, de acordo com a

fórmula matemática acima deveria ser:

• Área MASSA: 1,89 luminárias

• Áreas FORÇA e PRESSÃO: 3,54 luminárias

• Hall de Entrada: 1,51 luminárias

4.9 Verificação da Iluminância média (Em)

A iluminância média (Em) é calculada a partir dos resultados obtidos nos cálculos

anteriores. Através dela pode-se verificar se a iluminância do sistema atende à iluminância

adequada, definida em 3.5 com base na NBR 5413. A iluminância média é calculada através

da seguinte fórmula:

Obs.: O N’ utilizado neste cálculo é igual ao número de luminárias instaladas

atualmente.

Atualmente a iluminância média de cada área do LFPM é:

• Área MASSA: 1061 lux

• Áreas FORÇA e PRESSÃO: 565 lux

• Hall de Entrada: 398 lux

Page 15: Relatório Levantamento e Projeto Luminotécnico Do Lfpm - Mli e Mkc

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4.10 Avaliação do sistema de iluminação atual

A partir dos resultados obtidos em 4.8 e 4.9 pode-se concluir que todas as três áreas

encontram-se em conformidade com a norma NBR 5413, excluindo a necessidade de haver

um aumento na luminosidade. Conforme desejado, a iluminância média das áreas FORÇA e

PRESSÃO encontra-se um pouco superior ao valor normatizado de 500 lux. O mesmo

acontece com o Hall de Entrada, onde o valor normatizado é de 300 lux.

Já na área MASSA fica explícito o superdimensionamento do sistema de iluminação.

Enquanto a NBR 5413 define a iluminância adequada como 500 lux, a iluminância atual é

pouco mais de duas vezes este valor. A retirada de duas luminárias da área MASSA

facilmente reduzirá os custos mensais com o consumo de energia elétrica e manutenção,

mantendo a iluminância dentro do valor determinado pela NBR 5413.

O atual sistema de iluminação é composto por lâmpadas e reatores compatíveis com

o desejado para esta aplicação. As lâmpadas possuem uma eficiência energética de 67,5

lm/W, valor obtido através da divisão do fluxo luminoso da lâmpada por sua potência

nominal. Este valor é compatível com os valores típicos de eficiência energética de uma

lâmpada fluorescente tubular comum, porém existem lâmpadas do mesmo tipo que são mais

eficientes. A vida útil destas lâmpadas, 7.500 horas, é muito boa, porém existem no mercado

lâmpadas semelhantes com maior vida útil.

Quanto aos aspectos qualitativos, a lâmpada possui uma excelente temperatura de

cor, 5250 K, valor muito próximo ao da luz solar ao meio dia, 5200 K. Esta temperatura de

cor caracteriza uma lâmpada com tonalidade fria, de luz branca, que induz seus usuários a

uma maior produtividade, o que é um objetivo da empresa. Já o índice de reprodução de cor

da lâmpada, entre 70 e 79% da reprodução de cor proporcionada pela luz natural, é

considerado bom pela norma alemã DIN 5035 e é compatível com o IRC típico das

lâmpadas fluorescentes tubulares. É possível a substituição das lâmpadas por outras com IRC

superior, porém para a atual aplicação delas o IRC entre 70 e 79 já é eficaz.

Os reatores eletrônicos duplos utilizados atualmente reduzem significativamente a

potência das lâmpadas, de duas vezes 40 W para 71 W, e possuem um alto fator de

potência, o que faz com que a potência consumida seja melhor aproveitada. Além disso,

estes reatores são mais leves do que os reatores eletromagnéticos, eliminam a perturbação

visual de objetos em movimento e não emitem ruído.

Resumindo, o atual sistema de iluminação do LFPM é compatível com os aspectos

quantitativos e qualitativos esperados dele. Apesar disso, suas lâmpadas podem ser

substituídas por outras, visando principalmente uma maior eficiência energética. No projeto

luminotécnico a seguir serão realizadas estas modificações.

Page 16: Relatório Levantamento e Projeto Luminotécnico Do Lfpm - Mli e Mkc

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5 PROJETO LUMINOTÉCNICO

A partir das conclusões resultantes do levantamento luminotécnico verificou-se a

necessidade de projetar um novo sistema de iluminação, visando principalmente uma maior

eficiência energética das instalações, ou seja, melhor aproveitamento do fluxo luminoso das

lâmpadas. Este aumento da eficiência energética das instalações pode ser alcançado através

da substituição das lâmpadas de 40 W por outras de potência menor, mas com fluxo

luminoso semelhante ao atual (2700 lm).

Este projeto buscará também a redução no número de lâmpadas existentes na área

MASSA, mantendo sua iluminância de acordo com a NBR 5413.

Com base nas dimensões do ambiente, nas atividades nele desenvolvidas e na faixa

etária do pessoal envolvido, a projeção de um ambiente com iluminação adequada e

cômoda é descrita nas etapas abaixo.

Levando em consideração as diversas atividades envolvidas no dia-a-dia de trabalho,

foi mantida a divisão do LFPM em três áreas, exatamente igual ao Levantamento

Luminotécnico apresentado no item 4. Nos cálculos, o LFPM foi dividido em área MASSA,

áreas FORÇA e PRESSÃO e Hall de Entrada.

5.1 Tipo de lâmpadas, luminárias e reatores

Buscou-se neste projeto a não substituição do modelo de luminárias existentes, devido

ao fato das mesmas estarem adequadas para esta aplicação. Portanto permanecerão

instaladas as mesmas luminárias citadas no item 4.1, luminárias modelo LIP, do fabricante

LUMICENTER.

Para a escolha da lâmpada buscou-se uma lâmpada fluorescente tubular tipo T8 ou

T10, que mantivesse o nível de iluminância atual, com um Índice de Reprodução de Cor igual

ou superior e com temperatura de cor semelhante a da lâmpada instalada atualmente.

Contudo as principais características buscadas foram a diminuição da potência nominal de

cada lâmpada e uma vida útil superior a da lâmpada utilizada atualmente, obtendo um fluxo

luminoso semelhante.

A lâmpada que melhor atendeu às características desejadas foi a lâmpada

fluorescente tubular da marca OSRAM, modelo T8 FO32W/850. De acordo com o catálogo

da OSRAM, esta lâmpada possui as seguintes características:

• Potência: 32 W

• Fluxo Luminoso: 2600 lm

• Temperatura de Cor: 5000 K

• Índice de Reprodução (IRC): 80-89

Page 17: Relatório Levantamento e Projeto Luminotécnico Do Lfpm - Mli e Mkc

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• Diâmetro: 26 mm

• Comprimento: 1200 mm

• Receptáculo: G13

• Vida útil: 13.000 h

Devido à diminuição da potência das lâmpadas, de 40W para 32W, houve a

necessidade de substituir os reatores por outro modelo, produzido para ser utilizado em

lâmpadas de 32W. Os reatores escolhidos foram os reatores eletrônicos da marca INTRAL,

modelo POUP-AFP 2x32/220/50-60, pertencentes a mesma linha dos reatores instalados

atualmente. Cada reator atende a duas lâmpadas fluorescentes tubulares de 32 W. As

características deste reator são as seguintes:

• Tensão nominal: 220 V

• Consumo do conjunto: 65 W

• Fator de potência: 0,97 capacitivo

• Fator de fluxo luminoso: 1

• Fator de eficácia: 1,54

• Distorção harmônica: ≤ 20%

• Frequência de operação: 50/60Hz

• Corrente de entrada: 0,32 A

5.2 Determinação do Fator de Utilização (Fu)

Os critérios para avaliação do valor do Fator de Utilização dependem da luminária

utilizada e do Índice do Local (RCR). Como as condições das luminárias e do local são as

mesmos mencionados no item 4, o fator de utilização de cada área também permanece o

mesmo calculado em 4.4:

• Área MASSA: 0,42

• Áreas FORÇA e PRESSÃO: 0,51

• Hall de Entrada: 0,33

5.3 Determinação do Fator de Depreciação (Fd)

Devido ao fato do laboratório possuir uma excelente manutenção e a limpeza ser

realizada frequentemente, adota-se o valor de Fd igual a 0,8 para ambientes limpos, da

mesma forma que foi utilizado no item 4.5.

Page 18: Relatório Levantamento e Projeto Luminotécnico Do Lfpm - Mli e Mkc

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5.4 Determinação do Fluxo Luminoso dos Ambientes (ΦT)

O fluxo luminoso dos ambientes, por depender da iluminância normatizada, das

dimensões do ambiente, do fator de utilização e do fator de depreciação, mantém-se o

mesmo calculado no item 4.6:

• Área MASSA: 18330 lm

• Áreas FORÇA e PRESSÃO: 34406 lm

• Hall de Entrada: 7323 lm

5.5 Determinação do Fluxo Luminoso por Luminária (ΦL)

Para satisfazer esse critério deve-se considerar que existem dois tipos de luminárias no

laboratório, uma com duas lâmpadas e a outra com quatro. Também para este cálculo deve-

se ter o fator de fluxo luminoso do reator, que é multiplicado pelo número de lâmpadas por

luminária e o fluxo luminoso de uma lâmpada.

O fluxo luminoso calculado é de 5200 lm para as luminárias com duas lâmpadas e

de 10400 lm para as luminárias com quatro lâmpadas.

5.6 Determinação do Número de Luminárias por Ambiente (N)

Através da divisão do fluxo luminoso do ambiente pelo fluxo luminoso de uma

luminária, conforme fórmula apresentada no item 4.8, determinou-se o número total de

luminárias ideais para cada uma das áreas, atendendo à NBR 5413. O número de

luminárias calculado para cada área é:

• Área MASSA: 1,76 luminárias

• Áreas FORÇA e PRESSÃO: 3,31 luminárias

• Hall de Entrada: 1,41 luminárias

A partir destes resultados, pode-se concluir que o número de luminárias presentes

atualmente no Hall de Entrada e nas áreas FORÇA e PRESSÃO permanecerá o mesmo, duas

luminárias com duas lâmpadas cada e quatro luminárias com quatro lâmpadas cada,

respectivamente.

Já na área MASSA, constatou-se que o número de luminárias pode ser reduzido pela

metade sem que a área deixe de atender à NBR 5413. Ao invés de manter as quatro

luminárias presentes atualmente, sugere-se o uso de apenas duas luminárias com quatro

lâmpadas cada.

Page 19: Relatório Levantamento e Projeto Luminotécnico Do Lfpm - Mli e Mkc

19

5.7 Verificação da Iluminância média (Em)

A iluminância média calculada para cada uma das áreas, conforme fórmula

apresentada no item 4.9, é de:

• Área MASSA: 567 lux

• Áreas FORÇA e PRESSÃO: 605 lux

• Hall de Entrada: 426 lux

Obs.: O N’ utilizado nestes cálculos é igual ao calculado em 5.6 arredondado para o

primeiro número inteiro acima.

5.8 Distribuição das luminárias

A distribuição das luminárias nas áreas FORÇA e PRESSÃO e no Hall de Entrada deve

ser mantida, igual ao apresentado em 4.2.

Houve modificação apenas na quantidade de luminárias da área MASSA. Agora, ao

invés de quatro luminárias, é previsto o uso de duas luminárias com quatro lâmpadas cada.

A localização destas luminárias deve seguir o apresentado na Figura 3.

Figura 3 - Redistribuição das luminárias - sem escala

Na área MASSA, a distância entre o centro da luminária e as paredes, representada

na Figura 3 por DLPX deve ser de aproximadamente a metade do comprimento da sala, 1,78

m. A distância entre o centro das luminárias, representada na Figura 3 por DLLY deve ser de

aproximadamente a metade da largura da sala, 1,73 m. Já a distância DLPY, também

representada na Figura 3 deve ser a metade de DLLY, 0,86 m. Caso não seja possível seguir

DLPX DLPY

DLLY

Page 20: Relatório Levantamento e Projeto Luminotécnico Do Lfpm - Mli e Mkc

20

as dimensões sugeridas acima, deve-se posicionar as luminárias de forma semelhante ao

representado na Figura 3.

5.9 Avaliação do sistema de iluminação projetado

A partir dos resultados obtidos em 5.6 e 5.7 pode-se concluir que a implantação do

sistema de iluminação projetado atenderá satisfatoriamente aos aspectos quantitativos

desejados, estando em conformidade com a norma NBR 5413 e sem superdimensionamento

do número de lâmpadas necessárias para atender a iluminância desejada.

Conforme desejado, foi possível a redução pela metade no número de lâmpadas

instaladas na área MASSA, sem que o local ficasse com a iluminância abaixo da

normatizada.

O sistema de iluminação projetado é composto por lâmpadas fluorescentes tubulares

que possuem uma eficiência energética de 81,25 lm/W, cerca de 15% superior à eficiência

energética da lâmpada que está instalada atualmente. Este significativo aumento foi obtido

através da escolha de uma lâmpada com 80% da potência da lâmpada instalada hoje, mas

com fluxo luminoso semelhante. O projeto também proporciona um grande aumento na vida

útil das lâmpadas, de 7.500 para 13.000 horas, o que diminuirá a frequência com que as

lâmpadas são substituídas. As lâmpadas de 32 W utilizadas no projeto possuem diâmetro

inferior ao das lâmpadas de 40 W, mas são compatíveis com as luminárias atuais devido ao

fato de possuírem o mesmo comprimento e o mesmo receptáculo, conector da lâmpada com

a luminária.

Quanto aos aspectos qualitativos, a lâmpada escolhida para o projeto possui uma

excelente temperatura de cor, 5000 K, valor muito próximo ao da lâmpada utilizada

atualmente, 5250 K, e ao da luz solar ao meio dia, 5200 K. Esta temperatura de cor também

caracteriza uma lâmpada com tonalidade fria, de luz branca, que induz seus usuários a uma

maior produtividade. O projeto também proporciona um aumento significativo no índice de

reprodução de cor da lâmpada, agora compreendido entre 80 e 89% da reprodução de cor

proporcionada pela luz natural, tornando a iluminação ainda mais confortável visualmente.

Este IRC é considerado muito bom pela DIN 5035 e é superior ao IRC típico das lâmpadas

fluorescentes tubulares.

Foi necessária também a escolha de novos reatores, compatíveis com a potência de

32 W. Os reatores eletrônicos duplos utilizados no projeto são da mesma linha dos reatores

instalados atualmente e possuem um alto fator de potência, o que faz com que a potência

consumida seja melhor aproveitada. Além disso, estes reatores também são mais leves do

que os reatores eletromagnéticos, eliminam a perturbação visual de objetos em movimento e

não emitem ruído.

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Resumindo, o sistema de iluminação projetado para o LFPM é compatível com os

aspectos quantitativos e qualitativos desejados para um laboratório de metrologia. Em

relação ao sistema de iluminação instalado atualmente, o projeto prevê um significativo

aumento da eficiência energética, grande redução na potência total consumida pelas

instalações e maior vida útil das lâmpadas, garantida pelo fabricante. Consequentemente, os

custos mensais com consumo de energia elétrica e manutenção do sistema de iluminação

serão reduzidos, conforme apresentado a seguir na avaliação da rentabilidade

proporcionada pelo projeto.

Page 22: Relatório Levantamento e Projeto Luminotécnico Do Lfpm - Mli e Mkc

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6 RENTABILIDADE PROPORCIONADA PELO PROJETO

Através da análise comparativa de dois sistemas de iluminação é possível estabelecer

qual deles é o mais rentável. O cálculo de rentabilidade leva em consideração os custos de

investimento para implantação de cada sistema e os custos operacionais mensais com eles. A

utilização de lâmpadas com maior eficiência energética geralmente exige um investimento

maior, compensado nos custos operacionais.

A seguir serão apresentados os resultados dos cálculos de custos dos investimentos e

de custos operacionais, bem como a potência total instalada, o consumo mensal de energia

elétrica e a durabilidade média das lâmpadas.

Nos cálculos o atual sistema de iluminação será chamado de SISTEMA A, enquanto o

sistema projetado será chamado de SISTEMA B.

6.1 Potência total instalada

O primeiro passo do cálculo de rentabilidade é o cálculo da potência total instalada

de cada uma das áreas do LFPM. Os resultados abaixo foram obtidos através da

multiplicação da quantidade total de luminárias de cada área pela potência instalada em

cada luminária. Os resultados apresentados na Tabela 2 foram obtidos em Watt (W),

grandeza de potência, e convertidos para kW.

Tabela 2 - Potência total instalada em cada área

Área MASSA

Áreas FORÇA e PRESSÃO

Hall de Entrada

SISTEMA A SISTEMA B SISTEMA A SISTEMA B SISTEMA A SISTEMA B

Potência total instalada

0,57kW 0,26kW 0,57kW 0,52kW 0,14kW 0,13kW

6.2 Características de uso

O consumo mensal de energia elétrica, em kWh, é calculado através da multiplicação

da potência total instalada, calculada em 6.1, pelo tempo de uso mensal do sistema de

iluminação. Considerou-se o tempo de uso mensal igual a 720 horas por mês, o equivalente

ao funcionamento ininterrupto do sistema durante 30 dias.

A durabilidade média das lâmpadas foi calculada a partir da divisão da vida útil

média das lâmpadas, conforme apresentadas nos itens 4.1 e 5.1, pelo tempo de uso mensal

do sistema, 720 horas.

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O consumo mensal de energia elétrica e a durabilidade média das lâmpadas, de

acordo com a aplicação, são apresentados na Tabela 3.

Tabela 3 - Consumo mensal de energia e durabilidade média das lâmpadas

Área MASSA

Áreas FORÇA e PRESSÃO

Hall de Entrada

SISTEMA A SISTEMA B SISTEMA A SISTEMA B SISTEMA A SISTEMA B

Consumo mensal de energia

409kWh 187kWh 409kWh 374kWh 102kWh 94kWh

Durabilidade média das lâmpadas

10 meses 18 meses 10 meses 18 meses 10 meses 18 meses

6.3 Custos dos equipamentos e serviços envolvidos

Segundo pesquisa realizada na loja Santa Rita de São José/SC, especializada em

iluminação, os preços dos equipamentos envolvidos no SISTEMA A são os seguintes:

Lâmpada fluorescente tubular, marca OSRAM, modelo T10 L40 W LDE. Valor

unitário: R$ 4,38.

Reator eletrônico duplo, marca INTRAL, modelo POUP-AFP 2x40/220/50-60.

Valor unitário: R$ 27,90.

E no SISTEMA B:

Lâmpada fluorescente tubular, marca OSRAM, modelo T8 FO32W/850. Valor

unitário: R$ 7,68.

Reator eletrônico duplo, marca INTRAL, modelo POUP-AFP 2x32/220/50-60.

Valor unitário: R$ 27,90.

Obs.: Estes valores eram os aplicados pelo estabelecimento em 04 de agosto de 2011

e estão sujeitos a alterações.

O custo das luminárias foi desconsiderado devido ao fato de não haver substituição

delas ou aumento na quantidade das mesmas. O custo do projeto foi desconsiderado pelo

fato do mesmo ter sido desenvolvido durante estágio curricular obrigatório. Também foram

desconsiderados os custos com o serviço de instalação do sistema de iluminação, pois a

Fundação CERTI possui colaboradores preparados para a execução dos mesmos.

6.4 Custos dos investimentos

O custo dos equipamentos para instalação é igual a soma dos custos das lâmpadas e

reatores utilizados em cada área. A diferença entre os custos de investimentos é igual aos

custos de equipamentos do SISTEMA B menos os custos de equipamentos do SISTEMA A.

Page 24: Relatório Levantamento e Projeto Luminotécnico Do Lfpm - Mli e Mkc

24

A Tabela 4 traz os dados referentes aos custos dos investimentos.

Tabela 4 - Custos dos investimentos

Área MASSA

Áreas FORÇA e PRESSÃO

Hall de Entrada

SISTEMA A SISTEMA B SISTEMA A SISTEMA B SISTEMA A SISTEMA B

Custos de equipamento para

instalação R$293,28 R$173,04 R$293,28 R$346,08 R$129,12 R$142,32

Diferença entre os custos de

investimentos Menos R$120,04 R$52,80 R$13,20

6.5 Custos operacionais

O custo do consumo mensal de energia é calculado através da multiplicação do

consumo mensal de kWh, apresentado na Tabela 4, pelo custo médio de cada kWh.

Devido ao fato da Fundação CERTI pertencer a um grupo de consumo sazonal de

energia elétrica, onde o preço pago por cada kWh varia de acordo com a quantidade de

energia elétrica produzida pelas usinas geradoras no horário, foi necessário calcular a tarifa

média cobrada pela energia consumida. O cálculo levou em conta o fato da ponta de

consumo durar três horas, compreendidas entre as 17h e 22h, apenas nos dias úteis,

conforme a Lei n° 8.631 e o Decreto n° 774, ambos de 1993, que regulamentam o atual

sistema tarifário de energia elétrica brasileiro. Nos demais horários o consumo é tarifado

como “fora da ponta”. Através do cálculo, que utilizou as tarifas apresentadas em 3.4,

chegou-se a tarifa média de R$ 0,365093.

O custo médio mensal de reposição das lâmpadas é igual ao resultado da

multiplicação da quantidade de lâmpadas pelo tempo de uso mensal e o preço de cada

lâmpada, dividido pela vida útil da lâmpada.

O somatório dos custos operacionais é igual a soma entre o custo do consumo

mensal de energia e o custo médio mensal de reposição das lâmpadas. A diferença entre os

custos operacionais é igual aos custos operacionais do SISTEMA A menos os custos

operacionais do SISTEMA B.

A Tabela 5 apresenta os custos operacionais mensais de cada um dos sistemas de

iluminação.

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Tabela 5 - Custos operacionais

Área MASSA

Áreas FORÇA e PRESSÃO

Hall de Entrada

SISTEMA A SISTEMA B SISTEMA A SISTEMA B SISTEMA A SISTEMA B

Custo do consumo mensal de energia

R$149,31 R$68,35 R$149,31 R$136,69 R$37,33 R$34,17

Custo médio mensal de reposição das

lâmpadas R$6,73 R$3,40 R$6,73 R$6,81 R$1,68 R$1,70

Somatório dos custos operacionais

R$156,04 R$71,75 R$156,04 R$143,50 R$39,01 R$35,87

Diferença mensal entre custos

operacionais R$84,29 R$12,54 R$3,13

6.6 Avaliação de rentabilidade

Conforme os cálculos apresentados neste item 6, o atual sistema de iluminação do

LFPM tem potência total de 1,28 kW. Este sistema de iluminação consome mensalmente 920

kWh de energia elétrica e os custos totais com os equipamentos já instalados são iguais a R$

715,68.

Atualmente, o custo do consumo de energia e o custo médio mensal de reposição de

lâmpadas do LFPM são de R$ 335,94 e R$ 15,14, respectivamente. Estes custos operacionais

totalizam R$ 351,08 gastos mensalmente com o sistema de iluminação.

Já o sistema que foi projetado, com lâmpadas de 32 W, consome uma potência total

de 910 W. Se instalado, o novo sistema consumirá 368 W a menos que o sistema implantado

atualmente. Mensalmente o sistema de iluminação sugerido neste relatório consumirá 665

kWh, ou seja, 265 kWh a menos que o sistema atual. Os custos totais dos equipamentos

sugeridos são de R$ 661,44. Logo, o custo de investimento do SISTEMA B é de R$ 54,24 a

menos que o SISTEMA A.

Para o novo sistema de iluminação, o custo do consumo de energia e o custo médio

mensal de reposição de lâmpadas serão de R$ 239,21 e R$ 11,91, respectivamente.

Somados, estes custos operacionais mensais totalizarão R$ 251,12. Com a implantação do

sistema de iluminação apresentado neste projeto luminotécnico, serão economizados

mensalmente R$ 99,96, somente com energia elétrica e substituição das lâmpadas que estão

no final de sua vida útil. Em um ano, a economia chegará a aproximadamente R$ 1.200,00.

A implantação do novo sistema de iluminação para o Laboratório de Força, Pressão e

Massa da Fundação CERTI trará um rápido retorno do investimento. Os cerca de R$ 660,00

investidos na implantação do novo sistema retornarão ao caixa em apenas sete meses,

Page 26: Relatório Levantamento e Projeto Luminotécnico Do Lfpm - Mli e Mkc

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graças a significativa redução de quase R$ 100,00 nos custos mensais com o consumo de

energia e reposição de lâmpadas.

Page 27: Relatório Levantamento e Projeto Luminotécnico Do Lfpm - Mli e Mkc

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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este relatório avaliou, num primeiro momento, a iluminação artificial existente

atualmente no LFPM, verificando que a quantidade de luz existente neste ambiente está em

conformidade com a norma de iluminância de interiores vigente no Brasil. Verificou-se

também que a temperatura de cor e o índice de reprodução de cor do sistema de iluminação

são compatíveis com a aplicação, induzindo os usuários a uma maior produtividade e

proporcionando uma boa reprodução de cor.

Mesmo assim, buscou-se projetar um novo sistema de iluminação, com eficiência

energética superior a do atual, tendo em vista que existem no mercado lâmpadas similares

com potência mais baixa e fluxo luminoso semelhante.

O projeto de substituição do sistema de iluminação conseguiu obter o aumento

desejado na eficiência energética das instalações, mantendo o local em conformidade com a

NBR 5413 e compatível com a qualidade da atual iluminação. Ainda é sugerida no projeto a

correção do superdimensionamento da quantidade de lâmpadas existentes na área MASSA,

tornando o sistema de iluminação ainda mais econômico.

Baseando-se nos cálculos de rentabilidade realizados, recomenda-se a instalação do

sistema de iluminação projetado para o LFPM, utilizando 28 lâmpadas OSRAM T8

FO32W/850 e 14 reatores INTRAL POUP-AFP 2x32/220/50-60, pois este sistema

proporcionará uma economia mensal de R$ 100,00 nas mesmas condições de uso do

sistema de atual.

Recomenda-se também a utilização destas mesmas lâmpadas e reatores nos demais

ambientes do Centro de Metrologia e Instrumentação, acarretando em significativas reduções

nos custos mensais do sistema de iluminação e no aumento da eficiência energética do CMI.

Maycon Luiz da Silva – MLI

Estudante do Curso Técnico de Eletrotécnica Integrado ao Ensino Médio do IF-SC – 8ª fase

Estagiário do Centro de Metrologia e Instrumentação da Fundação CERTI

Matheus Kraemer Bastos do Canto – MKC

Estudante do Curso Técnico de Eletrotécnica Integrado ao Ensino Médio do IF-SC – 7ª fase

Estagiário do Centro de Metrologia e Instrumentação da Fundação CERTI

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REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5413: Iluminância de interiores. Rio

de Janeiro, 1992.

MACARI, Anésio José; PONTES, José Carlos; MELLO, Rogério. Instrumentação e Medidas

Elétricas. Florianópolis, 2009. Apostila – Curso Técnico de Eletrotécnica, Instituto Federal de

Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina.

MARTINS, Viviane C. S. E. Noções de Luminotécnica. Florianópolis, 2007. Apostila – Curso

Técnico de Eletrotécnica, Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina.

OSRAM. Iluminação: Conceitos e Projetos. Disponível em <http://www.usp.br/fau/cursos/

graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0262/Af_Apostila_Conceitos_e_Projetos.pdf>,

acesso em 20 de junho de 2011.

OSRAM. Lâmpadas Fluorescentes Tubulares e Circulares - Catálogo 2009/2010.

Disponível em <http://www.osram.com.br/osram_br/Ferramentas_%26_Catlogos/_pdf/Arqui

vos/Iluminao_Geral/Catalogo_Geral_2009-2010/OSRAM_catalogo09_10_fluorescentestubu

lares.pdf>, acesso em 22 de junho de 2011.

OSRAM. Manual Luminotécnico Prático. São Paulo, 2000.

PONTES, José Carlos. Projeto Elétrico Industrial - Luminotécnica. Florianópolis, 2008. Apostila

– Curso Técnico de Eletrotécnica, Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa

Catarina.