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Anexo da Decisão PL-0178/2004 RELATÓRIO INFORMATIVO 1. Dados profissionais: Nome: Sandra Raposo Anna Virgínia Muniz Machado Titulo Profissional: Engenheiro Civil 2. Dados dos objetivos da viagem: Finalidade da Viagem: Representar o CONFEA na Conferência Internacional sobre Desenvolvimento Sustentável : A Engenharia Civil e o Ambiente Construido” e 53ª Assembléia Geral do Conselho Europeu de Engenheiros Civis- ECCE , em Sliema e Valetta , entre os dias 5 a 7 de maio de 2011. De acordo com a Decisão Plenária Nº 0580/2011 (*), foram indicadas a Suplente de Conselheiro Federal Enga. Sandra Raposo para representar o Plenário do CONFEA e a Presidencia, e a Enga. Anna Virginia Machado para atual em representação ao Colégio de Entidades Nacionais – CDEN, por indicação da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental- ABES. (*)Ementa: Referenda a Portaria AD 137, de 2011 que aprovou "ad referendum" do Plenário a Deliberação nº 128/2011-CAIS que deliberou por constituir missão representativa do Sistema Confea/Crea com o objetivo de participar da “Conferência Internacional sobre Desenvolvimento Sustentável: Engenharia Civil e o Ambiente Construído”, concomitante à 53ª Assembléia Geral do Conselho Europeu de Engenheiros Civis – ECCE, em Valeta – Malta, entre os dias 05 a 07 de maio de 2011 e deu outras providências.

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Page 1: RELATÓRIO INFORMATIVO - confea.org.br · menciona em sua palestra a importância de coincidir a realização da “Conferência Internacional sobre Desenvolvimento Sustentável :

Anexo da Decisão PL-0178/2004

RELATÓRIO INFORMATIVO

1. Dados profissionais:

� Nome:

Sandra Raposo

Anna Virgínia Muniz Machado

� Titulo Profissional: Engenheiro Civil

2. Dados dos objetivos da viagem:

� Finalidade da Viagem: Representar o CONFEA na Conferência

Internacional sobre Desenvolvimento Sustentável : A Engenharia Civil e o

Ambiente Construido” e 53ª Assembléia Geral do Conselho Europeu de

Engenheiros Civis- ECCE , em Sliema e Valetta , entre os dias 5 a 7 de

maio de 2011. De acordo com a Decisão Plenária Nº 0580/2011 (*), foram

indicadas a Suplente de Conselheiro Federal Enga. Sandra Raposo para

representar o Plenário do CONFEA e a Presidencia, e a Enga. Anna

Virginia Machado para atual em representação ao Colégio de Entidades

Nacionais – CDEN, por indicação da Associação Brasileira de Engenharia

Sanitária e Ambiental- ABES.

� (*)Ementa: Referenda a Portaria AD 137, de 2011 que aprovou "ad referendum" do

Plenário a Deliberação nº 128/2011-CAIS que deliberou por constituir missão

representativa do Sistema Confea/Crea com o objetivo de participar da “Conferência

Internacional sobre Desenvolvimento Sustentável: Engenharia Civil e o Ambiente

Construído”, concomitante à 53ª Assembléia Geral do Conselho Europeu de Engenheiros

Civis – ECCE, em Valeta – Malta, entre os dias 05 a 07 de maio de 2011 e deu outras

providências.

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Anexo da Decisão PL-0178/2004

� Local: Hotel Le Meridien, Sliema, e Hotel Fenicia, Valetta, Malta

� Entidade Promotora do Evento: European Council of Civil Engineers-

ECCE

� Período do evento: 5- 7 de maio de 2011

� Definição dos objetivos a serem alcançados, indican do como e onde

serão aplicadosos conhecimentos adquiridos: Cumprir com a Agenda

determinada para os eventos citados acima.

� Programação das atividades previstas: Descrito no Anexo 1

3. Relatório Técnico:

� Descrição detalhada da realização do evento, anexan do folder,

destacando os resultados e conhecimentos adquiridos , no

desempenho da missão

Conferência Internacional sobre Desenvolvimento Sustentável: A Engenharia

Civil e o Ambiente Construido” 5/5/2011 – De acordo com a programação

prevista foram apresentadas palestras e trabalhos técnicos sobre os temas :

Educaçào em Engenharia Civil, Transporte, Planejamento e infraestrutura ,

sustentabilidade na construçào, eficiencia energética. e engenharia

estrutural.

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Suplente de Conselheiro Federal Enga. Sandra Raposo representante do Plenário do

CONFEA e a Presidencia, e a Enga. Anna Virginia Machado represente ao Colégio de

Entidades Nacionais – CDEN, por indicação da Associação Brasileira de Engenharia

Sanitária e Ambiental, participam da Conferência Internacional sobre Desenvolvimento

Sustentável: A Engenharia Civil e o Ambiente Construido

Nas palavras de Vincent Cassar ( Presidente da Câmara de Arquitetos e

Engenheiros Civis de Malta, o principal objetivo da instituição é “apoiar os

membros a alcançar excelência e na prática da arquitetura e engenharia no

interesse da comunidade”.

Os desafios apresentados aos designers e projetistas de ambientes

construidos, requerem muito esforço. A concepção de eficiência energética, o

uso de fontes renováveis de energia, a redução dos gases CO2, etc, estão

mobilizando os profissionais no sentido do desenvolvimento de novos

padrões de projeto e de execução na engenharia civil.

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A mudança de paradigma criou a necessidade de um quadro de profissionais

com capacidade de desenvolver novas soluções e requisitos para que

tenham a habilidade para alcançar a um modelo de desenvolvimento

sustentável, tendo em consideração os aspectos ambientais, sócio-

econômicos e culturais.

Destaca ainda que o desenvolvimento urbano reflete nossas aspirações

sociais e econômicas, e que o desenvolvimento econômico dependerá cada

vez mais de padrões ambientais.

Gorazd Humar, Presidente do Conselho Europeu de Engenheiros Civis

Gorazd Humar , Presidente do Conselho Europeu de Engenheiros Civis

menciona em sua palestra a importância de coincidir a realização da

“Conferência Internacional sobre Desenvolvimento Sustentável : A

Engenharia Civil e o Ambiente Construido” com a 53ª Assembléia Geral do

Conselho Europeu de Engenheiros Civis- ECCE, principalmente pela

locação escolhida, uma ilha, onde cada intervenção deve ser

cuidadosamente planejada.

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Ele defende o papel do engenheiro civil, como o primeiro de muitos

profissionais que podem trazer adequadas soluções para a sociedade

moderna, no sentido da melhoria da qualidade de vida, com uma atuação

mais ativa e socialmente comprometida.

A apresentação de Richard Coackley (Vice Presidente Senior da Institution of

Civil Engineers , Reino Unido), destaca que Malta, como uma ilha no Mar

Mediterrâneo, reflete as desafios globais da falta de água e da falta de

energia. Engenheiros se deparam com a tarefa de abordar questões de

sustentabilidade e segurança da água, enfrentar os desafios da resistência à

seca e a interdependência de infraestrutura.

A segurança da água está sob pressão do crescimento populacional,

urbanização, crescimento econômico e os as modificações no estilo de vida,

que vem junto com estes aspectos.

De acordo com Richard Coackley, a água é considerada como um recurso

livre, sendo que apenas tratamento, processamento e distribuição são

atualmente pagos em seu país. O valor real deste recurso requer mais

atenção, já que a água possui um valor econômico, social e ambiental. É

importante que todos esses sejam considerados ao tentar calcular o valor

dela.

Existem necessidades concorrentes para a água; imperativos econômicos,

sociais e ambientais, e estes precisam ser gerenciados corretamente. A

demanda competitiva da água – agricultura, industria e uso doméstico- não

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pode ser subestimado. De acordo com o palestrante, a agricultura demanda

70% da água doce de fontes superficiais e subterrâneas. O uso da água na

indústria representa aproximadamente 24%, e como os países em

desenvolvimento continuam a industrializar-se, a demanda deve crescer. A

necessidade de água para atender a crescente demanda de carne deverá

pressionar ainda mais os recursos hídricos. Uma vaca demanda 15,500 litros

de água por kilo, enquanto o milho apenas demanda 900 litros de água por

kilo.

De acordo com os dados das Nações Unidas, estima-se que 59 % da

população mundial estará vivendo em áreas urbans em 2030. Isto criará uma

competição adicional pelo uso água como um recurso, e haverá menos água

disponível para agricultura, que terá o preço de seus produtos aumentados.

Todos estes aspectos envolvendo água ,energia e o setor de alimentos,

envolvem governos, engenheiros, instituições profissionais, e a necessidade

de promover o gerenciamento dos recursos hídricos. Isto inclui os usos de

tecnologia e a disseminação efetiva da temática relacionada com a escassez

de água ao público. Uma mudança comportamental basea-se nesta ação.

Fatores como a necessidade do reúso e reciclagem da água, uso de

desalinização podem contribuir para reduzir a pressão, entre outros

aspectos.

O palestrante, que durante a realização da 53ª Assembléia Geral do

Conselho Europeu de Engenheiros Civis- ECCE seria proclamado como

Presidente Honorário, destacou o desafio a ser enfrentado pelos profissionais

no cenário futuro de elevada demanda pelo recurso hídrico, e a necessidade

de mudança de paradigmas em articulação com a sociedade.

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Cabe também destacar a apresentação sobre Educação e Engenharia Civil

apresentada por Iacint Manoliu ( Universidade Técnica de Engenharia Civil

de Bucharest, Romênia) apresentando o Processo Bolonha , com a

implementação da Declaração de Bolonha, assinado em 19 de Junho de

1999, por ministros da educação de 29 países, que busca promover uma

padronização na formação do engenheiro civil.

No ano acadêmico de 1999-2000 existiam básicamente dois sistemas, sendo

que na europa continental era oferecido por diferentes instituições programas

de longa duração (4,5 -5 – 6 anos) e programas de curta duração 3- 3,5 – 4

anos). Já na aglo-saxonica um sistema de dois níveis era oferecido, com um

primeiro degrau com 3-4 anos de duração, oferecendo o diploma de

Bacharel, seguido de uma segunda etapa que atribui o título de Mestre em

Engenharia , que viria a habilitar o profissional.

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A EUCEET (European Civil Engineering Education and Trainning) é um

grupo temático iniciado em 1997, que conduz projetos nesta area com apoio

da Comissão Européia, defende a mudança do sistema de longa duração (

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programas de 5 ou 6 anos) para um sistema de 2 níveis com programas do

tipo Bacharel-Master.

Em 2009 -2010 a maioria dos países já havia aderido ao Protocolo do

Bolonha.

A adoção de um sistema de formação do engenheiro que possa estar

referenciado em toda a Europa num mesmo padrão assume importância

significativa para a mobilidade profissional. Atualmente, os cidadãos da

Comissão Européia têm permissão de trabalho nos diferentes países. No

caso de profissionais, já está definido o reconhecimento das capacidades

nos diferentes países. Caberá ao ECCE estabelecer como será a

identificação profissional. Este tema estará também na pauta da 53ª

Assembléia Geral do Conselho Europeu de Engenheiros Civis- ECCE.

53ª Assembléia Geral do Conselho Europeu de Engenheiros Civis- ECCE

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Anexo da Decisão PL-0178/2004

Em contato com o Presidente do Conselho Europeu de Engenheiros Civis-

ECCE, Gorazd Humar, as representantes do CONFEA foram convidadas a

participar da atividade onde seriam discutidos aspectos diversos do

funcionamento do Conselho, e outros assuntos de importância para os

profissionais, destacando-se a aderência ao Protocolo de Bolonha, e a

mobilidade profissional entre os países.

Fernando Branco , Representante de Portugal , Sandra Raposo , Anna Virginia Machado,

Representantes do CONFEA, e Gorazd Humar , Presidente do Conselho Europeu de

Engenheiros Civis

Conforme apresentado nas palestras anteriores, cabe ao Conselho definir o

formato de uma carteira que indique a qualificação do profissional de forma a

indicar sua habilitação e formação, refletindo as variações da formação

profissional nos diversos países.

Durante reuniões informais com os representantes dos diversos países

verificou-se que o mercado europeu está desaquecido, com baixa oferta de

postos de trabalho para engenheiros civis. A mobilidade profissional, definida

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pela Comissão Européia, deverá facilitar a locação destes profissionais nos

diversos países.

Suplente de Conselheiro Federal Enga. Sandra Raposo representante do Plenário do

CONFEA e a Presidencia, e a Enga. Anna Virginia Machado represente ao Colégio de

Entidades Nacionais – CDEN, por indicação da Associação Brasileira de Engenharia

Sanitária e Ambiental, participam da 53ª Assembléia Geral do Conselho Europeu de

Engenheiros Civis- ECCE

4. Proposições / Recomendações a serem aplicadas no s istema pela

experiência adquirida:

O mercado da Engenharia é globalizado, com instituições multinacionais,

normas técnicas com características internacionais, o que indica ao

CONFEA, a necessidade de acompanhar os movimentos deste mercado,

dada a influência e interação com os profissionais que atuam no Brasil.

O tamanho que a Engenharia brasileira assume no cenário internacional nos

dias de hoje, aumenta esta responsabilidade, uma vez que o Brasil está no

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centro das atenções do mercado internacional, tendo atraído profissionais

oriundos do mercado europeu.

Por outro lado, o processo que hoje ocorre na Comissão Européia com a

mobilidade de profissionais muito se assemelha ao que deverá ser

vivenciado pelas instituições brasileiras no ambiente o MERCOSUL no

futuro. Neste sentido, a participação no ECCE poderá agregar experiência

para a atuação do sistema CONFEA.

Conforme contato com Fernando Branco, representante de Portugal, existe

uma modalidade em que o CONFEA poderá formalmente participar Ca

ECCE, na qualidade de observador, como instituição congênere que atua

fora da Comissão Européia, sem a necessidade de anuidade.

Desta forma, recomendamos a formalização da participação do CONFEA

nesta instituição, ampliando assim a troca de experiências nesta área.

5. Conclusão:

O sistema profissional europeu é realizado por instituições de caráter

privado, não sendo obrigatório o registro. O modelo adotado é distinto do

adotado no Brasil, não havendo fiscalização do exercício. As diferentes

modalidades de cursos de formação do engenheiro, ainda persistem até

hoje, mas tem caminhado para uma padronização com 2 níveis -3 anos de

bacharelado e 2 anos de mestrado- devido ao acordo firmado no Protocolo

de Bolonha. O formato adotado no Brasil está mais próximo daquele adotado

em Portugal, agregando habilitação ao egresso após 5 anos de estudo,

sendo que o Mestrado seria possível apenas após este curso.

O contato com diversos representantes indicou que o mercado europeu

atualmente não oferece muitas oportunidades de empregabilidade.

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A Comissão Européia permite a mobilidade de trabalhadores e o

reconhecimento profissional em todos os países. Este foi um dos aspectos

discutidos durante a 53ª Assembléia Geral do Conselho Europeu de

Engenheiros Civis- ECCE, que busca estabelecer documento profissional

que possa indicar as qualificações, considerando especificidades de

formação.

Cabe ainda destacar a importância atribuída aos aspectos ambientais na

atuação do engenheiro civil, quer na inclusão dos parâmetros de eficiência

energética e economia da água nas edificações, quer no desenvolvimento de

atividades de planejamento e gestão de recursos hídricos.

A evolução da participação do CONFEA para um membro formal, ainda que

na qualidade de observador, permitirá uma continuidade na relação com a

ECCE, melhor planejamento das missões e possibilitando conhecer melhor

as experiências européias.

Informamos ainda que os custos relativos à inscrição participação na

Conferência e na Reunião, foram pagos diretamente à organização em

Malta, para posterior reembolso.