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1 Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Educação Departamento de Práticas Educacionais e Currículo Curso de Ciências Sociais Professor: Francisco Vitorino de Andrade Junior Thiago Freire Dantas de Oliveira Sociologia no ensino médio e o uso de recursos imagéticos em sala de aula

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Page 1: RELATORIO FINAL - TCC - THIAGO FREIRE.doc

1

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Centro de Educação

Departamento de Práticas Educacionais e Currículo

Curso de Ciências Sociais

Professor: Francisco Vitorino de Andrade Junior

Thiago Freire Dantas de Oliveira

Sociologia no ensino médio e o uso de recursos imagéticos em sala de aula

Natal

Dezembro, 2014

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2

Thiago Freire Dantas de Oliveira

Sociologia no ensino médio com o uso de recursos imagéticos em sala de aula

COMISSÃO EXAMINADORA

________________________________________________________________

PROF.º Francisco Vitorino de Andrade Junior

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

(ORIENTADOR)

________________________________________________________________

PROF.º Dr. Elda Silva do Nascimento Melo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

(MEMBRO DA BANCA)

________________________________________________________________

PROF.º Julyana Villar

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

(MEMBRO DA BANCA)

Natal

Dezembro, 2014.

Relatório apresentado à Universidade Federal do Rio Grande do Norte/UFRN como requisito para avaliação da conclusão do curso para obtenção de título de Licenciatura em Ciências Sociais.

Orientador: Francisco Virotino de Andrade Junior

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3

AGRADECIMENTOS

Agradeço aos pais e amigos pelo apoio em todos os momentos e aos professores da

universidade que durante todos esses anos fizeram parte da construção de minha

formação acadêmica.

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4

SUMÁRIO

I. INTRODUÇÃO.............................................................................................................5

II. CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA............................................................................7

III. RELATO DAS ATIVIDADES ESENVOLVIDAS.......................................................10

IV. AVALIAÇÃO............................................................................................................29

V. CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................31

VI. REFERÊNCIAS…....................................................................................................33

ViI. ANEXOS.................................................................................................................35

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5

I - INTRODUÇÃO

O estágio em licenciatura é uma exigência segundo a resolução CNE/CP 2, de

19 de dezembro de 2002, bem como uma exigência da Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional (nº 9394/96), onde instituem como necessário a formação

profissional dos estudantes e futuros professores o cumprimento da carga horária de no

mínimo 400 horas destinadas ao Estágio Curricular Supervisionado. Dando então ao

licenciando a oportunidade de conhecer e vivenciar de forma prática as atividades

relacionadas à atividade docente e podendo então relacionar a teoria à prática vista em

sala de aula na universidade.

As disciplinas de estágio supervisionado para formação de professores têm por

finalidade envolver o aluno na prática docente e na realidade das escolas, levando-o à

reflexão e à apreensão da relação sociedade-escola-educação. Os objetivos de se

fazer o estágio, é de se ter um melhor entendimento sobre a vivência e práticas dos

profissionais que trabalham na escola, dos desafios em sala de aula, além de conhecer

a estrutura física e as condições de trabalho nas quais os funcionários estão inseridos,

tanto no ambiente da escola quanto em seus aspectos sociais, econômicos e,

sobretudo, político e cultural, pois um educador precisa ter uma consciência crítica da

realidade e suas articulações, para uma melhor qualificação profissional.

Dessa maneira, o estágio também nos proporciona a possibilidade de entrarmos

em contado com problemas reais da escola. Nesse momento do curso, o estagiário

deve estar apto a fazer uma juntura entre a teoria e a prática, ou seja, entre o saber e o

fazer.

Este trabalho tem como intenção relatar as atividades realizadas nas escolas,

das quatro disciplinas de estágio supervisionado, desde as observações, descrições e

entrevistas realizadas nos primeiros momentos até as experiências e vivências como

estagiário docente pelos períodos finais dos estágios. Assim, aqui tentarei expor

descritivamente os momentos de observação, integração e de ensino-aprendizagem

Page 6: RELATORIO FINAL - TCC - THIAGO FREIRE.doc

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vivenciados nas escolas onde realizei os estágios para formação de professores do

ensino médio.

Dito isto, este presente trabalho tem como objetivos: a) apresentar

características de forma descritiva das escolas onde foram realizados os estágios

supervisionados; b) relatar as atividades desenvolvidas na escola, desde as

observações as atividades desenvolvidas como estagiário docente; c) tratar da

importância do ensino da sociologia no ensino médio e apresentar as considerações

finais.

Este estudo é baseado em pesquisas bibliográficas, por meio de teses e artigos

científicos, bem como de obras de autores renomados da pedagogia e da sociologia, e

em experiências vivenciadas em salas de aula que estão aqui relatadas.

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II - CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA

Primeiramente irei fazer uma breve caracterização da Escola Estadual Professor

José Fernandes Machado, já que foi lá onde fiz o primeiro estágio. A escola supracitada

é uma das quatro novas escolas integradas ao Projeto PIBID IFRN1 no de 2012.

Fundada em 1982 pelo decreto de Criação N.º 8.531/82, está situada na Avenida Praia

de Muriú, s/nº. Ponta Negra, Natal – RN. A escola oferece os níveis Fundamental e

Médio de ensino, além da Educação de Jovens e Adultos – EJA.

Fundada no governo de José Agripino, a escola é dividida em cinco blocos, três

(3) de salas de aula, um (1) de banheiro e galpões e uma (1) de sala de professores,

coordenação, secretaria, biblioteca, sala de vídeo e laboratório de informática.

A escola também tem uma (1) grande área aberta com vista para uma bela

vegetação densa, principalmente quando é vista da quadra poliesportiva, que está

bastante deteriorada, mas ainda é muito utilizada como área de convivência, pelo

privilégio da sombra e da ventilação que contribui para um ambiente agradável. O

motivo de não ter continuado os demais estágios nesta escola, foi a dificuldade de

acesso a Escola, onde o transporte coletivo saindo do meu bairro não passava com

frequência e a parada ficava um tanto distante. Não obstante a Escola Estadual

Floriano Cavalcanti me permitia maior facilidade de acesso, então, diante destas

situações, preferi então continuar os demais estágios nesta ultima.

A Escola Estadual Floriano Cavalcanti, que foi onde os outros três estágios

foram realizados, foi fundada do ano de 1980, a escola fica localizada na Rua Dos

Manacás , s/n, Capim Macio, Natal  -  RN, telefone (84) 3232 2267. Atualmente, apesar

de a escola ter mais de 30 (trinta anos) e uma estrutura física antiga, ela se encontra

em bom estado. A escola possui uma escala 24 (vinte e quatro) sala de aula, uma (1)

sala de computação, um (1) laboratório de química, um (1) ginásio poliesportivo, uma

1 PIBID – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência.Este Programa tem o objetivo de conceder bolsas de incentivo a prática da docência para estudantes de cursos de licenciatura e para coordenadores e supervisores responsáveis institucionalmente pela implantação do PIBID na Entidade de Ensino.

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(1) sala para equipe de apoio, uma (1) videoteca, uma (1) biblioteca, um (1) refeitório

para os professores e uma (1) diretoria e (1) um auditório. A escola possui também

vaga no estacionamento e rampas de acesso que permitem a acessibilidade para

cadeirantes.

As vinte e quatro salas possuem uma capacidade para trinta alunos cada, e cada

sala possui um armário para a utilização do professor, lousa negra e ventiladores.

Apesar das salas serem grandes e ter uma boa ventilação, segundo a professora Inês2,

os alunos do período da tarde ainda sofrem com o calor, e o prédio, por ser antigo não

possui uma estrutura física e elétrica para que se coloque ar-condicionado em cada

sala, para se fazer isso, teria que fazer uma reforma em todo prédio. Na sala de

computação possui em cerca de 30 (trinta) computadores, dos quais apenas 18

(dezoito) estavam funcionando, a sala de computação não é aberta aos alunos para

que se utilize a qualquer hora, assim, os alunos só vão à sala de computação com

algum professor responsável. O ginásio poliesportivo está inutilizado, apesar de pronto,

pois sua obra foi embargada provisoriamente. A sala da equipe de apoio é uma sala

ampla e receptiva. A biblioteca da escola procura sempre estar atualizada, e aberta nos

três períodos para uso dos alunos, e este alunos também podem utilizar do empréstimo

para levar os livros para sua residência, a biblioteca também possui uma área de

leitura. A sala dos professores é ampla e aparentemente confortável, com ar

condicionado e sofás; na sala ao lado ficam os armários, setenta e cinco (75) ou todo,

porém são armários velhos e enferrujados.

O FLOCA, como é conhecida a escola na cidade, conta com o programa Mais

Educação3, programa no qual os alunos podem participar de atividades de educação

ambiental, direitos humanos; aulas/oficinas de dança, capoeira entre outros. Essas

aulas são lecionandas em turnos inversos aos de estudo para cada aluno.

A escola possui no ano de 2013 cerca de mil e quatrocentos (1.400) alunos

matriculados, cerca de 50% no período da tarde. A escola possui setenta e três (73)

2 Professora que nos supervisionou durante o estágio II.3 O Programa Mais Educação, instituído pela Portaria Interministerial nº 17/2007 e regulamentado pelo Decreto 7,083/10, constitui-se como estratégia do Ministério da Educação para induzir a ampliação da jornada escolar e a organização curricular na perspectiva da Educação Integral.

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professores formados e qualificados e cerca de trinta (30) funcionários trabalhando para

essa instituição. Funciona em três turnos, onde pela manhã funcionam turmas do

ensino fundamental, à tarde ensino médio e a noite, ensino médio e Educação de

Jovens e Adultos (EJA), perguntei qual a média de idade dos alunos que estudam no

turno visitado, a profissional entrevistada detalhou que há uma média de idade de vinte

e cinco (25) anos.

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III - RELATO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

Esta parte do trabalho trata dos relatos que tocam a parte prática dos estágios

realizados, que permitem a inserção do estudante de licenciatura na sala de aula da

escola de nível médio.

A disciplina de Estágio Supervisionado de Formação de Professores I foi

realizada na Escola Estadual José Fernandes Machado, as atividades desenvolvidas na

disciplina de estagio I foram realizadas em três momentos: (1) o de diagnóstico da

escola, histórico da escola e suas especificidades, como quais programas são

encaixados na filosofia e pedagogia da escola; (2) realizar entrevistas com professores,

alunos e funcionários e; (3) a auto avaliação do estagiário com considerações finais, de

todo conteúdo, por meio de entrevistas e dados coletados.

Como essas atividades eram feitas geralmente em conjunto, fiz também em

parceria com um colega de classe. Nós não tivemos maiores problemas para conseguir

a autorização da coordenação e realizar as atividades propostas no cronograma da

disciplina. As atividades foram basicamente compostas por entrevistas na forma de

questionários que foram feitas com alunos, professores e funcionários.

Nesse sentido, a disciplina de estágio I é de extrema importância se tratando de

seu primeiro contato com as rotinas administrativas de uma escola, que por meios dos

questionários e entrevistas nos fez perceber a forma com que os estudantes,

professores e funcionário viam essa instituição de ensino.

Buscando entender um pouco mais desse processe de ensino-aprendizagem

onde o educador tenta despertar o interesse do aluno e nesse mesmo processo é

cativado e passa também a fazer parte desse processo de ensino-aprendizagem:

Desta maneira, o educador já não é o que apenas educa, mas o que, enquanto educa, é educado, em diálogo com o educando que, ao ser educado, também educa. Ambos, assim, se tornam sujeitos do processo em que crescem juntos e em que os argumentos de autoridade já, não valem. (FREIRE, 1970, p. 39)

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Assim, as experiências no primeiro estágio são norteadores no sentido que dá ao

discente a oportunidade de se familiarizar com as instalações da escola, conhecer

professores e funcionários, conhecer o prédio e suas instalações. Podendo, assim, dar

uma ideia dos obstáculos que estão por vir com as outras disciplinas, além de dar-nos a

oportunidade de observar a prática docente na escola de ensino médio.

O Estágio Supervisionado II é o momento em que o estudante da disciplina

entra no universo escolar com uma perspectiva diferente da realizada no Estágio I.

Assim, no novo estágio está incumbida da tarefa de unir prática à teoria, e conciliar a

teoria à prática em sala de aula é uma tarefa difícil, nos exige esforço, dedicação e

acima de tudo comprometimento com a educação, onde sabemos que não existe uma

receita específica. Nesse momento o futuro professor pode colocar em prática os seus

conhecimentos adquiridos durante os anos de curso de licenciatura, além de poder

encontrar como será sua maneira de trabalhar em sala de aula, nesse período precisa-

se do apoio do corpo pedagógico da escola escolhida, sendo este então, o seu primeiro

contato com os alunos como participante do corpo docente, tendo a tarefa de

apresentar um projeto que os envolvam.

Nesse estágio colocamos em pratica o projeto de intervenção com abordagem

ao tema “Movimentos sociais e a mídia”, objetivando levar aos alunos da escola o

debate e reflexão acerca de temas relevantes no estudo sociologia, sendo esses o da

importância da participação política dos cidadãos e o da visão crítica sobre os meios de

comunicação e informação, principalmente as grandes mídias. Foram realizadas duas

(2) intervenções em sala de aula, todas elas ocorreram em conjunto com outros

estagiários e sobre a supervisão da professora da escola. Para a preparação das aulas

fizemos uma breve pesquisa na internet sobre os Parâmetros Curriculares Nacionais

para o Ensino Médio onde no site no Ministério da Educação consta:

Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio foi elaborado por especialistas e educadores de todo o país com o intuito de auxiliar as equipes escolares na execução de seus trabalhos servindo de estímulo e apoio à reflexão sobre a prática diária, ao planejamento de aulas e, sobretudo ao desenvolvimento do currículo da escola, contribuindo ainda para a atualização profissional (BRASIL, 2000)

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Os métodos utilizados foram, no primeiro momento, o de aula expositiva4, tratando do

poder de influência da mídia em nosso país e da importância de se ter uma visão crítica

desses meios de comunicação massivos. E no segundo momento, fazendo uma

exposição fotográfica dos registros da colega Vanusa Maria5, que como militante

política e fotógrafa por paixão capturou, através das lentes de sua câmera, as

manifestações de junho de 2013 na cidade do Natal. Além da exposição do

documentário “Lutas.doc 3- Fábrica de Verdades6”, película esta que trata da influência

da mídia e da teledramaturgia na sociedade brasileira. Sobre a abordagem de temas

como estes e outros como, cultura e ideologia, constam no PCN+:

O trabalho destes conceitos permitem uma razoável compreensão do entorno do aluno, o que pode gerar ações transformadoras do social. Em uma sociedade desigual e injusta, como a brasileira, o debate provocado pelo estudo dos conceitos é necessário e inadiável. A compreensão do social pode facilitar sua transformação. (BRASIL, 2002, p. 89)

Seguem a baixo as diretrizes do projeto:

1° Momento (Exposição de fotográficas): Fizemos uma exposição de fotografias

da nossa colega e ativista Vanusa Maria que durante o mês de junho participou dos

protestos tomaram proporções gigantescas na cidade de Natal7. Ao todo expomos 27

fotografias como imagens monocromáticas (preto & branco) das manifestações de

junho de 2013 em Natal/RN. As fotos foram expostas do lado de fora do auditório onde

ocorreria a intervenção, pra que o aluno já pudesse adentrar no local com noção do que

seria tratado.

2° Momento (Introdução do Projeto e Apresentação): Tivemos uma apresentação

geral do projeto e suas partes. Fizemos registro ao corpo docente da escola e

convidamos a professora Inez Ferreira de Paiva como nossa anfitriã a abrir a fala para

construir um espaço para os passos seguintes do projeto.

4 A aula expositiva se caracteriza na “preleção verbal utilizada pelos professores com o objetivo de transmitir conhecimento” (GIL, 2009, p 133)5 Vanusa Maria é estudante de Ciências Sociais e fotógrafa amadora, e-mail: [email protected] 6 Lutas.Doc é uma parceria da TV Brasil com a Gullane e Buriti Filmes. Roteiro e Direção Daniel Augusto e Luiz Bolognesi, Produção Caio Gullane, Fabiano Gullane, Lais Bodanzky e Renata Galvão.7 Algumas das fotos utilizadas na exposição estão em anexo.

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3º Momento (Vídeo): Documentário “Uma fábrica de verdades” o terceiro

episódio da série documental Lutas.doc de Luiz Bolognesi e Daniel Augusto, somente

então, após exposição dos vídeos entramos na discussão do projeto.

4º Momento (Debate e discussão geral): Aproveitamos para esse último

momento para iniciarmos um debate o qual o iniciamos incitando os alunos presentes a

falarem acerca de suas impressões quanto aos vídeos. Perguntamos referente ao

último vídeo que abordava a questão da influência midiática e a partir dessa discussão

voltamos aos dois primeiros vídeos que trazia a discussão propriamente dita ligada ao

tema das Revoltas Sociais, que foram os vídeos do Arnaldo Jabour que polemicamente

falava contra às manifestações e o segundo sua retratação. Onde tivemos a

participação tanto dos alunos, quanta da professora de forma descontraída e

espontânea, surgindo um debate com perspectivas distintas a cerca da situação

político-social da cidade, com questionamentos que suscitariam polêmicas e todos

teriam algo a discorrer sobre, por terem se não participado, acompanhado. E como eles

interagiam diante dos meios de comunicação de massa e como interpretavam o seu

discurso

Os objetivos com essas etapas de nossa segunda intervenção em sala de aula

foram, primeiramente com a exposição fotográfica.

O de transmitir, através do uso das imagens estáticas da Vanusa, um olhar “de

perto e de dentro” (MAGNANI, 2002) das manifestações na cidade e uma leitura, dos

atores sociais nas manifestações de Junho, diferente da comumente retratada nas

grandes mídias televisivas, onde o manifestante que participa de um ato como tal é

muitas vezes retratado de forma negativa, como um vândalo ou baderneiro. Assim,

nosso objetivo era mostrar a manifestação e os cidadãos presentes, pela ótica do

militante, que exerce um papel fundamental em um governo democrático que é o da

participação política ativa.

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Abaixo estão algumas das imagens utilizadas na exposição:

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Já através do documentário “Uma fábrica de verdades” que aborda a influência

da mídia televisiva e da teledramaturgia para a sociedade brasileira e conta com a

participação de políticos, pensadores e representantes de movimentos sociais, nosso

objetivo foi o de fazer mostrar a forma crítica como o documentário aborda o

telespectador brasileiro em geral e sua forma passiva na qual recebe as informações

transmitidas por esse meio. Em um trecho de sua fala no documentário a professora e

filósofa Olgária Matos, diz: “Se você imagina que são as novelas que fazem a educação

do brasileiro... é uma inversão de princípio e de realidade impressionante”.

Dessa forma, é uma função pedagógica do professor conscientizar e ajudar seus

discentes a pensar criticamente a forma como absorvem as informações passadas por

esses meios, procurando enxergar os interesses dos que dominam esses meios de

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comunicação e as ideologias8 presentes nos discursos veiculados “cujo efeito é a

eficácia de sua dominação sobre os indivíduos, engendrada e reproduzida sem o

recurso da força.” (SOUZA FILHO, 2009, p. 3)

Essa intervenção em sala, com a exposição das fotografias e a utilização dos

vídeos nos fez perceber o quanto uma intervenção diferenciada em sala de aula pode

instigar o aluno que muitas vezes se sente cansado da monotonia que vem a ser a sala

de aula. Sendo então uma alternativa para a metodologia escolar e contribuindo para

aulas mais dialogadas e dinâmicas. Dessa mesma forma, talvez a familiaridade com a

imagem e com a televisão despertem no aluno do ensino médio uma atenção a mais:

A reprodutibilidade técnica da imagem não só mudou os nossos modos de expressão e comunicação, como mudou também os nossos modos de percepção da realidade, de um modo distinto do das culturas letradas, nas culturas eletrônicas audiovisuais, encontramos uma flexibilidade que permite a articulação de elementos de variados mundos culturais, coexistindo lado a lado com diferentes temporalidades. BENJAMIM (1996, apud COSTA, 2013, p. 5)

Reforçando a ideia do uso da imagem em sala, bem como a sua utilização em

conexão com os assuntos debatidos em sala, como abaixo:

Assim, mesmo sem a leitura de textos específicos, pode-se fazer deste recurso tecnológico, o filme, um instrumento à debates ou discussões sociológicas e filosóficas, porém a associação do filme com a leitura ordenada sobre as tematizações de questionamentos ou conceitos de ambas as disciplinas, podem acercar os discentes, no prazer pelo seu estudo, bem como com uma melhor significação e discernimento quando da leitura dos seus materiais textuais específicos MENESES (2005, apud COSTA, 2013, p. 9)

Importante mencionar que os vídeos escolhidos e utilizados em sala, tinham

como objetivo auxiliar na exposição do conteúdo, pois a utilização destes somente se

faz relevante quando estabelece relações com os objetivos e conteúdos sugeridos pela

disciplina. Assim, a sua utilização tem a função de aproximar os “[...] discentes com os

conteúdos da disciplina, de maneira mais atraente e prazerosa, já que atualmente as

8MARX, Karl; ENGEL, F. A ideologia alemã. São Paulo, HUCITEC, 1987

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produções cinematográficas e as imagens em geral tornaram-se parte integrante da

realidade de todos”. (COSTA, 2013, p. 13)

Agora com relação à disciplina de estágio III, os problemas para o inicio do

semestre foram com as greves dos professores nas escolas estaduais, que acabou

prejudicando o início das aulas e logo todo o cronograma inicialmente proposto teve de

ser adiado para se adequar as novas datas. Não intenciono com isso desmerecer o a

greve dos professores, pelo contrário, o direito a greve é legítimo e constitucional,

assegurado por Lei9, e deve ser exercido na luta pelos direitos e melhorias dos

trabalhadores.

No tocante as instalações da escola, a sala na qual as aulas de sociologia eram

ministradas tinha dois ventiladores de teto, mesa para o docente e lousa negra.

Contudo, a surpresa menos esperada por parte dos estudantes era a de que a sala

estava também abrigando duas estantes com livros, uma minibiblioteca (com cerca de

200 a 300 livros) foi temporariamente – segundo o professor supervisor– instalada na

sala devido a uma pequena reforma que estava sendo feita em outra sala. Desse modo,

o transito de outros alunos que eventualmente fossem pegar algum livro emprestado

teria que passar pela sala durante a aula, o que tiraria a atenção dos alunos. Não

obstante, durante as intervenções em sala de aula, presenciei alunos entrando em sala

para pegar livros somente uma vez.

Como consta no cronograma da disciplina de Estágio Supervisionado III10, as

duas primeiras visitas a sala de aula tinham por finalidade a observação da prática do

docente supervisor. Sobre o método, o método utilizado pelo professor foi o da

tradicional aula expositiva e a sala se dividia entre alunos que se atentavam a fala do

docente e aqueles que faziam conversas paralelas ou não demonstravam tanta atenção

à aula. Dessa maneira se seguiram as duas que foi feita a observação da prática do

professor supervisor.

Já no tocante ao ciclo de intervenções em sala de aula por parte do estagiário,

as aulas foram ministradas com base no livro utilizado pela escola, sendo este o do

9 Constituição Federal, artigo9º, Lei nº 7.783/89.10 Cronograma da disciplina em anexo.

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Nelson Tomazi, “Sociologia para o ensino médio - 2º edição”. Conforme solicitado pelo

professor supervisor, o capítulo que vinha em sequencia e deveria ser passado para os

discentes era o “Capítulo 2 – Processo de socialização”.

No total foram três aulas ministradas em sala sob o acompanhamento do

professor supervisor, todas utilizando o livro do docente que esteve presente durante as

intervenções em sala. Os métodos utilizados para passar o conteúdo foram o da aula

expositiva e dialogada, métodos estes que são, certamente, o mais utilizado em todos

os níveis de ensino no Brasil. Durante as aulas expositivas, objetivou-se fazê-la de uma

maneira aberta a questionamentos dos alunos, valorizando a participação e almejando

tirar um caráter dogmático aonde o conteúdo venha a ser aceito pelos discentes sem

contestação.

Para isso, durante a exposição da matéria foram dirigidos questionamentos aos

alunos, objetivando um diálogo com a turma, assim havendo exposição de ideias de

ambos os lados. Fazer isso não é tarefa fácil, não são todos os alunos estão dispostos

a participar, o que pode ser originado por fatores como motivação ou concentração. A

motivação pode ser entendida como um força interna nos move em certa direção, esta

motivação podendo ser instigada a partir de uma força externa. É nesse sentido que é

interessante associar os temas propostos com atividades cotidianas e mostrar a sua

utilidade dos conteúdos, caso contrário os discentes não se sentirão atraídos.

A maioria das pessoas não aprendem coisas a não ser que haja um motivo para isso, em especial no contexto do trabalho, pessoas diferenciadas procuram diferentes benefícios incluindo: Um desejo de aumentar sua competência no trabalho atual; Um desejo de desenvolver sua competência em novas áreas de aptidão ou conhecimento; Um desejo de melhorar suas perspectivas de carreira; Um desejo de melhorar a satisfação pessoal que essas pessoas obtêm de seu trabalho; Um desejo menos imediato pelas recompensas referentes a qualquer dos pontos acima-financeiros, psicológicas ou sociais. (MUNFORD, 2001, p. 8)

Pode-se fazer uma analogia desta afirmação do Munford com a situação escolar,

o estudante que não vir finalidade, motivos ou benefícios nos assuntos apresentados

em sala de aula, da mesma forma não terá motivação para dedicar esforços na

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assimilação dos conteúdos. E foi intencionando relacionar o assunto proposto com

ações cotidianas por meio da aula expositiva e dialogada que se seguiram as três (3)

aulas ministradas na escola.

Foi possível ainda relacionar o assunto, já que tratava do processo de

socialização, com autores renomados da sociologia como Peter Bergman (BERGER,

Peter & LUCKMANN, Thomas. A construção social da realidade: Tratado de sociologia

do conhecimento, 1966), pois esses tratam de temas como “A interiorização da

Realidade” onde esta é concebida através da socialização. E está dividida em dois

subtemas: a socialização primaria e a socialização secundária, sendo a primeira todos

os conhecimentos interiorizados pela criança no âmbito familiar, escolar e social. E a

secundária quando a já não mais criança passa a adquirir novos conceitos em outros

universos simbólicos mais específicos, como uma universidade e cursos superiores.

Esse estágio foi o único dos três onde houve intervenção em sala de aula com a

utilização de recursos audiovisuais. Por razão do atraso inicial para o início das

intervenções escolares, ocasionado pelas greves dos professores, desse modo o tempo

para a exposição dos conteúdos ficou bastante reduzido e assim, das cinco (5) aulas

que constavam no cronograma da disciplina apenas três (3) foram realizadas.

Com relação ao estágio IV, foi o único em que não houve greves durante a

realização da disciplina, então foi possível desenvolver as atividades de maneira mais

completa e sem muitas surpresas. A escola não passou por reformas e mesmo o

quadro de funcionários se manteve mesmo que veio fazendo a recepção durante todos

os outros dois (2) semestres.

Nas datas seguintes que constam no cronograma das disciplinas11 já incluíam a

participação como docente em sala de aula, no dia da formalização do estágio o

professor Amadeu cedeu o livro “Sociologia para o ensino médio” do Nelson Dacio

Tomazi, livro este que a escola usava na disciplina de Sociologia há já alguns

semestres, e foi com base neste livro que as aulas foram desenvolvidas e ministradas.

11 Cronograma da disciplina de Estágio Supervisionada de Formação de Professores para o Ensino Médio em anexo.

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No cronograma da disciplina12 consta que as duas primeiras visitas a escola

eram a de sondagem e de formalização do estágio, respectivamente. Posteriormente

todas as visitas, que formam um total oito (8), eram de prática docente.

Oportuno mencionar que, outros dois (2) alunos da disciplina de Estágio

Supervisionado também estavam estagiando na mesma escola e no turno da noite

houve ocasiões onde dividimos a turma entre dois ou três estagiários, sendo essa a

única maneira que encontramos de poder fazer com que todos os estagiários

participassem da disciplina. A escola Floriano Cavalcante foi sempre - durante as três

disciplinas de estágio que participei - bastante concorrida pelos alunos de licenciatura

da UFRN. Tendo muitas vezes que falar com os professores e coordenadores da

escola com antecedência para assim garantir sua participação como estagiário.

No total foram seis aulas ministradas, somente uma sem a presença do

professor Amadeu que não pôde comparecer. A turma do 3º ano era constituída por

cerca de quinze (15) alunos e as instalações da sala eram: dois (2) ventiladores, um (1)

birô para professor, um (1) quadro negro e em torno de trinta (30) carteiras. A turma se

comportou sempre bem durante as aulas, não tendo muitos grupos de conversas

paralelas, o que facilitou bastante na exposição dos conteúdos.

O professor Amadeu indicou que fossem ministradas três aulas com base no

capítulo quatro do livro do Tomazi (2000, p. 97-113), capítulo de título “Poder, política e

Estado” no qual tinha como principais temas o Estado absolutista, Estado liberal e

Estado neoliberal e ainda, os Estados nacionais no século XX.

Com base no livro supracitado foi preparado um plano de aula13 para a primeira

intervenção em sala, nesta primeira intervenção participamos conjuntamente. O método

utilizado na intervenção foi a aula expositiva, inicialmente algumas anotações foram

feitas na lousa com passagens do capítulo para em seguida ser explanado o conteúdo.

Introduzimos o capítulo seguindo a mesma sequência do livro, que trata do Estado

absolutista, sua origem e seu contexto histórico.

12 Cronograma em anexo: Estágio Supervisionado de Formação de Professores para o Ensino Médio.13 Plano de aula enexo.

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24

Seguimos o mesmo esquema de apresentação do conteúdo no assunto

seguinte, que trata do Estado Liberal, da mesma forma fazendo um apanhado histórico

de sua origem e ascensão. Apesar de a aula vir sendo apresentada de forma

expositiva, entre apresentações dos conteúdos e conceitos, buscávamos lançar

perguntas aos alunos de forma a instigar um debate. A intenção era também manter

uma linguagem que fosse mais facilmente assimilada, pois “A Sociologia não valeria

nem uma hora de esforços se fosse um saber de especialista reservado aos

especialistas” (BOURDIEU, 1989, p. 58). Pensando dessa maneira, o principal objetivo

foi o de usar uma linguagem inteligível e acessível aos alunos do ensino médio,

deixando de lado fazer referências a autores e de fazer uso de palavras mais

rebuscadas.

A aula se seguiu dando oportunidades de para questionamentos por parte dos

discentes, que nesse momento, alguns estudantes mais desinibidos já se sentiam bem

a vontade para interromper e questionar sobre os assuntos expostos. Notório o

interesse dos alunos quando o assunto abordava desigualdades econômicas e sociais,

esses momentos eram bem propícios a intervenções por parte dos alunos, eram como

um tipo de assunto instigante, já que quando se abordava algo desse tipo era certo que

haveria algum questionamento por parte da turma.

Alguns em sua maioria ficaram bem interessados pelo tema, pediram exemplos

de empresas transnacionais que poderiam ilustrar megacorporações e o domínio de

mercados, então citados tais como Mcdonalds, Coca-Cola, Windows, Nike. O resultado

foram mais intervenções por parte dos alunos o que até nos surpreendeu.

Na segunda intervenção somente um outro estagiário compareceu, e

prosseguimos com os conteúdos do capítulo, sendo o “Os Estados nacionais do século

XX” que basicamente explora o Estado fascista e o Estado soviético.

Foi feita a distinção entre os dois, explicando que estava no projeto político que

cada um apresentava, no fascista “a participação política significava plena adesão ao

regime e a seu líder máximo” não podendo então se fazer qualquer crítica ou oposição

ao governo. Já no Estado soviético, “o desafio era criar mecanismos efetivos de

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25

participação dos camponeses, operários e soldados, desde que fossem organizados no

interior do Partido Comunista, que era a estrutura política dominante”. (TOMAZI, 2010,

p. 99)

Passando por esse assunto, o livro aborda de forma mais rápida a como essas

duas forças políticas acabaram por se enfrentar na Segunda Guerra mundial e a divisão

em blocos econômicos que se originaram como o fim da guerra. Mais a frente, também

de maneira mais breve, foi passado o assunto de Estado de bem-estar social, no qual

tinha como finalidade a intervenção estatal nas atividades econômicas “regulando-as,

subsidiando-as, executando grandes investimentos em obras, redistribuindo

rendimentos, visado sempre, pelo menos teoricamente, ao bem-estar da maioria da

população”. (TOMAZI, 2010, p. 100)

A utilização do livro didático em sala era algo sempre constante, já que o livro

continha uma linguagem mais acessível para os alunos. Não obstante, referências eram

feitas a autores renomados nas ciências sociais quando era oportuna a associação e

analogias. Quanto a isso é reforçado no PCN “[...] é importante considerar que o livro

didático não deve ser o único material a ser utilizado, pois a variedade de fontes de

informação é que contribuirá para o aluno ter uma visão ampla do conhecimento”

(BRASIL, 2000, p. 67)

No terceito dia de intervenção o professor supervisor não compareceu a escola,

contudo a coordenadora nos informou que a aula poderia ser feita mesmo sem a

presença do professor, ela chamou os alunos que estavam no pátio da escola para a

sala e informou que nós assumiríamos a turma naquele momento. Assim foi feito, essa

foi a terceira intervenção em sala de aula, foi introduzido o assunto de Estado neoliberal

e foi possível trazer mais exemplos podendo contrastar os assuntos com o Estado de

bem-estar social. Como o assunto que estava em voga eram as eleições, muitos

queriam comparar essas modelos de Estado com os modelos de governo apresentados

e defendidos pelos candidatos. Algo que foi bem interessante de poder fazer analogias

e ver como eles poderiam associar tais assuntos com o dia-a-dia deles.

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26

No final dessa aula, encerrando então um ciclo de três (3) aulas, foi passado aos

alunos uma atividade com três (3) questões discursivas para os mesmos responderem

e entregarem ao professor supervisor com um prazo de duas (2) semanas.

Nas próximas três aulas, ficamos de passar outro capitulo do livro, sendo agora o

capítulo doze (12) que se inicia com o tema “O Estado até o fim do século XIX” e faz

parte da mesma unidade “Poder, política e Estado no Brasil”; o capítulo segue a

mesma linha de análise, só que agora, com um recorte geográfico particular ao Brasil.

Esse se constituía como a quarta (4º) intervenção em sala, nesse dia os outros dois

estagiários não compareceram e a aula foi ministrada individualmente.

Nesse dia em questão, não compareceram muitos alunos em sala, que em

média eram quinze (15) alunos, e então comparecendo apenas seis (6). Foi mais fácil

ministrar aula para menos alunos, já que não se precisa falar mais alto para o que senta

mais distante ou dirigir olhares para tantos afim de capturar a atenção deles. Nota-se

que o desempenho por parte dos alunos também ficou diferente, com menos discentes

em sala outros colegas que não se sentiam a vontade para fazer perguntas se

manifestaram na ocasião. Foi um caso interessante de se observar na ocasião.

Para a penúltima aula a ser ministrada estava previsto a continuação da unidade

quarto (4) indo mais afundo nos capítulos do livro, essa aula teve particularidades no

tocante a baixa produtividade, já que os alunos demoraram a ir para sala de aula, pois

estavam conversando no pátio da escola. E posteriormente quando foram copiadas as

anotações do assunto no quadro negro demoraram bastante para copiar as mesmas,

essa pareceu ser também uma prática comum por parte dos alunos. Essas atitudes

foram também observadas durante a fase de observação da prática docente.

No final da aula foi informado aos alunos que a ultima intervenção, agora

novamente em conjunto com os outros dois estagiários, seria feita a exposição de um

filme que se pudesse relacionar com os temas estudados. Na ocasião não foi revelado

o nome do filme, pois não tinha ainda sido decidido.

Como dito acima, nos planos para a ultima aula estava à apresentação de um

filme para fechar com o ciclo de docências em sala de aula. No próprio livro indicado

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27

pelo professor Amadeu tinham 2 indicações de filmes, sendo “V de Vingança” e “Brasil

em transe” do Glauber Rocha, porém os filmes tinham durações muito longas para se

passar em duas aulas de 50 minutos cada. Desse modo foram feitas buscas na internet

a procura de filmes com temáticas e duração que se adequassem a proposta, dentre os

encontrados, o mais adequado foi filme alemão “A onda” (Die Welle, no original), o filme

é de 2008 dirigido por Denis Gansel e tem a duração de 107 minutos. Seu enredo é

inspirado em um livro homônimo e mostra como é possível surgir um governo

autocrático na Alemanha moderna, como o foi na Alemanha nazista. O filme se

enquadrava muito bem na proposta pelo tema, assuntos como formas de governo e “Os

Estados nacionais do século XX” tema que trata entre outros, e mesmo que de forma

breve, da Alemanha nazista.

Como não foi localizada uma versão dublada do filme para download, somente

legendado com o áudio original em alemão, o filme foi rodado neste formato. Isso não

agradou muito os alunos, mas aparentemente eles acompanharam bem o filme já que

este conta com muitas cenas de impacto para os jovens, como uso de drogas,

vandalismo e violência.

Contudo, não foi possível passar o filme em sua duração completa pois na

ocasião alguns contratempos atrapalharam a aula como o atraso de alunos e uma

parada no filme para uma mensagem de estudantes de direito da UnP. Apesar disso,

deixamos com o professor Amadeu uma cópia do filme e uma atividade com algumas

questões sobre o filme e relações com os conteúdos para que fosse entregue ao

professor supervisor.

Existem diversos trabalhos que reforcem o uso de recursos audiovisuais para

estudantes das áreas humanas no ensino médio, da mesma forma, autores renomados

e também nos PCN’s são recomendam seu uso.

O conceito de cultura permite uma série de atividades escolares voltadas para a análise do cotidiano. O aluno pode trazer, da comunidade para dentro da Escola, diversas manifestações culturais com as quais se identifica. O uso de recursos audiovisuais também é facilitado, porque a televisão e o cinema deverão ser sem dúvida, objetos de análise e de debates em sala de aula. (BRASIL, 2002, pag. 88)

Page 28: RELATORIO FINAL - TCC - THIAGO FREIRE.doc

28

Importante atentar e se fazer notar a relevância da disciplina de sociologia no

ensino médio, uma disciplina que pode e deve contribuir para a formação crítica de

seus discentes. Segundo os PCNEM, “o estudo das Ciências Sociais no Ensino Médio

tem como objetivo mais geral introduzir o aluno nas principais questões conceituais e

metodológicas das disciplinas de Sociologia, Antropologia e Política”. (BRASIL, 2000, p.

36).

Contudo, fica por parte do professor essa postura política, cidadã e crítica da

realidade na qual estamos inseridos e nesse sentido os PCN’s não se posicionam com

clareza.

As DCNEM, os PCN’s e as OCN’s não propõem um posicionamento político que contradiga a ordem, divagam sobre os clichês como o de ‘cidadania’ e o de ‘trabalho’, mediante textos que apresentam uma linguagem erudita, e até poética, somente com a intenção de mascarar a contradições do projeto neoliberal de escola. A racionalidade orientadora dos textos é comprometida com a manutenção do status quo hegemônico (Ferreira, 2007, p. 50).

Em suma, as aulas foram bem proveitosas e os alunos aparentaram ter

absorvido bem os conteúdos passados tendo por base a primeira atividade proposta

que teve um amplo retorno por parte dos alunos. Com relação a exposição do filme os

alunos se comportaram e se enforcaram para se concentrar e prestar atenção, salvo

algumas poucas exceções que trocavam algumas palavras durante a exibição.

Page 29: RELATORIO FINAL - TCC - THIAGO FREIRE.doc

29

IV - AVALIAÇÃO

Todas as experiências vivenciadas nas escolas foram importantes e vieram a

somar e enriquecer na minha formação individual e como estudante universitário. O

estágio para professores se faz necessário na inserção, familiarização e construção dos

futuros docentes como agentes sociais de tal importância que virão a ser em um futuro

próximo. As experiências em sala com os estudantes do ensino médio vão além das

leituras e debates realizados em sala de aula na universidade, pois nos coloca em

situações, muitas vezes, que nunca foram debatidas em sala, são situações nunca

antes vistas ou esperadas e que terão de ser contornadas no momento.

Então a cada disciplina de estágio nos é dada a oportunidade de por em prática

o que se foi passado, debatido e discutido em sala de aula e tentar, dessa forma,

instigar uma análise crítica por parte dos estudantes do que se é vivido e

experimentado em sociedade, não vendo os fenômenos e instituições como algo dado,

mas construídos e com uma história, que é passível de mudanças e modificações.

Acredito que instigar uma visão crítica da realidade vivida por cada estudante deve ser

o objetivo de cada professor de sociologia no ensino médio.

Sobre a utilização dos recursos audiovisuais e que foram em todas as ocasiões

muito bem recebidas por partes dos alunos, se revelando então e ainda mais, de

grande importância para utilização por parte dos professores do ensino médio. “[...] a

utilização dos recursos audiovisuais está em grande parte presente no âmbito

educacional motivado pela sua relevância à edificação de um processo de ensino-

aprendizagem mais preponderante, com mais expressividade.” (COSTA, 2013, p. 17)

Assim, este como sendo o relatório final das disciplinas de estágio, marcando o

fechamento de uma maratona de disciplinas e anos de estudos, marcou também por ter

se caracterizado pelo maior feedback por parte dos alunos, algo que chegou a nos

surpreender, a mim e aos outros estagiários que participaram na mesma escola.

Fazendo-nos notar que o uso das películas em sala ajudaram como um elo de

Page 30: RELATORIO FINAL - TCC - THIAGO FREIRE.doc

30

aproximação do universo conceitual da disciplina e dos assuntos propostos no material

didático disponibilizado pelo professor da escola.

Da mesma forma a experiência que vinha se acumulando das outras disciplinas

que só ajudam a construir e embasar teoricamente para que pudesse ser feito este

trabalho final com os mínimos conhecimentos necessários para essa atividade.

Page 31: RELATORIO FINAL - TCC - THIAGO FREIRE.doc

31

V - CONSIDERAÇÕES FINAIS

Depois de tudo que foi dito, resta reiterar a importância da disciplina na construção do

estudante/professor e seu papel como o mesmo, sendo esse o de desempenhar como

auxiliador/mediador do processo ensino/aprendizagem que envolve a construção social

dos indivíduos na escola, bem como a sua educação. O estágio também nos permite

conhecer não só a escola e os alunos, mas, ir além e perceber a realidade social que

permeia diferentes classes sociais de diferentes indivíduos que na escola se fazem

presentes.

A proposta que esteve presente na maioria dos planos de aula, sendo o da utilização de

recursos imagéticos seja como auxílio ou mecanismo principal para a exposição dos

temas propostos pela disciplina pensando no impacto destes no processo de ensino

aprendizagem, tentando de certa forma, romper um pouco com a tradicional forma de

passar os conteúdos em sala. Contudo, sempre atento nas escolhas e utilizações

desses materiais, atentando para o relacionamento dos conteúdos e dos temas bem

como nas reflexões e análises propostas. E para isso, é de grande importância que o

docente conscientize seus discentes de seus contextos históricos e ideologias assim

como são os livros didáticos.

Notório também a demonstração de interesse e maior participação dos alunos durantes

as intervenções por meio de recursos imagéticos, tendo sempre um feedback positivo

por parte deles, trazendo assim outros modos de perceber e conhecer os temas

abordados, ultrapassando assim as expectativas quanto ao conteúdo da disciplina, indo

além de uma mera ilustração dos temas e conceitos expostos.

Importante também para o professor que se forma na universidade e que nunca passou

por uma escola pública ter a experiência vivida em uma escola pública de sua cidade, e

enxergar “de perto e de dentro” da real situação dessa instituição.

Realmente essas disciplinas de estágio são o momento de por em prática muito dos

conhecimentos adquiridos na universidade e em vida, pois estes são os primeiros

Page 32: RELATORIO FINAL - TCC - THIAGO FREIRE.doc

32

momentos de participação no processo de ensino/aprendizagem em sala de aula

vivenciados por nós estudantes.

Page 33: RELATORIO FINAL - TCC - THIAGO FREIRE.doc

33

VI - REFERÊNCIAS

ALVES, Ironete da Silva. Motivação no contexto escolar: novos olhares. / Serra:

Faculdade Capixaba da Serra, 2013.

ALVES, Maria Adélia. Filmes na Escola: Uma Abordagem sobre o uso de

audiovisuais (vídeo, cinema e programas de TV) nas aulas de Sociologia do

Ensino Médio - Campinas, SP: 2001.

BERGER, Peter & LUCKMANN, Thomas. A construção social da realidade: Tratado

de sociologia do conhecimento (1966)

BOURDIEU, Pierre. O Poder Simbólico II: introdução a uma sociologia reflexiva.

Lisboa; Rio de Janeiro: Difel, 1989.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Média e Tecnológica.

Parâmetros Curriculares Nacionais + (PCN+) - Ciências Humanas e suas

Tecnologias. Brasília: MEC, 2002.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica.

Parâmetros Curriculares Nacionais (Ensino Médio). Brasília: MEC, 2000.

COSTA, Giancarlo Marinho - A CONTRIBUIÇÃO DO CINEMA AO ENSINO DE

FILOSOFIA E SOCIOLOGIA NAS SÉRIES DO ENSINO MÉDIO. Revista Científica

Semana Acadêmica. Fortaleza, ano MMXII, Nº. 000014, 10/07/2013. Disponível em:

http://semanaacademica.org.br/contribuicao-do-cinema-ao-ensino-de-filosofia-e-

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FERREIRA, Eduardo Carvalho. Os Lugares da Sociologia no Ensino Médio: o caso

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Departamento de Ciências Sociais, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2007.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1996.

____________. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1970.

Page 34: RELATORIO FINAL - TCC - THIAGO FREIRE.doc

34

GIL, Antônio Carlos. Didática do Ensino Superior. São Paulo: Atlas, 2009.

MAGNANI, José Guilherme Cantor. De perto e de dentro: notas para

uma etnografiaurbanaDe perto e de dentro: notas para uma etnografia

urbana. Rev. bras. Ci. Soc., São Paulo ,  v. 17, n. 49, June  2002 .   Available from <

http://www.scielo.br/scielo.php?

script=sci_arttext&pid=S010269092002000200002&lng=en&nrm=iso >. access on  13 

Nov.  2014.  http://dx.doi.org/10.1590/S0102-69092002000200002

MARX, Karl; ENGELS, F. A ideologia alemã. São Paulo, HUCITEC, 1987.

MUMFORD, Alan. Aprendendo a Aprender. Editora: Nobel, São Paulo, 2001.

NOVAES, Silvia Caiuby (orgs.). O Imaginário e o Poético nas Ciências Sociais. São

Paulo: Edusc, 2005, p. 33-56.

SOUSA FILHO, Alípio. “Cultura, ideologia e representações sociais”. In:

CARVALHO, Maria do Rosário; PASSEGGI, Maria da Conceição; SOBRINHO, Moisés

Domingos (Orgs.). Representações sociais. Mossoró: Fundação Guimarães Duque,

2003

______, Alípio. Ideologia e transgressão, 2009. Disponível em:

<www.cchla.ufrn.br/alipiosousa>

______, Alípio. Medos, mitos e castigos. São Paulo: Cortez, [1995] 2001

TOMAZI, Nelson Dacio. - Sociologia para o ensino médio 2. Ed. – São Paulo :

Saraiva, 2010.

A ONDA. Direção: Dennis Gansel. Produção:  Rat Pack Filmproduktion, Alemanha,

2008. 1 DVD (107 min).

LUTAS.DOC 3 - FÁBRICA DE VERDADES. Roteiro e Direção: Daniel Augusto e Luiz

Bolognesi. Produção: Caio Gullane, Fabiano Gullane, Laís Bodanzky e Renata Galvão

(DE): TV Brasil com a Gullane e Buriti Filmes.2010, São Paulo.

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35

VII. ANEXOS

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes

Curso de Ciências Sociais

Relatório Analítico de Prática Educacional

QUESTIONÁRIO SÓCIO-ECONÔMICO DO ALUNO

1. Quantos anos você tem? _______________________________________________________

2. Você mora com:

( ) Os pais ( ) Os avós

( ) A mãe ( ) Amigos

( ) O pai ( ) Outros parentes: _________________

3. Quantos irmãos você tem?

( ) 01 a 02 ( ) mais de 4

( ) 03 a 04 ( ) nenhum

4. Quantas das pessoas que moram em sua casa trabalham? ___________________________________________________________________

5. Sua família recebe alguma ajuda do governo, como bolsa-escola e outros? Quais? ______________________________________________________________________________________________________________________________________

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36

6. Você trabalha?

( ) sim e recebo remuneração ( ) sim, mas não recebo remuneração

( ) não

7. A casa em que você mora é própria?

( ) sim ( ) não

8. Quantos cômodos tem na casa em que mora? Quais?

______________________________________________________________________________________________________________________________________

9. Marque um X nos objetos que possuem na sua casa?

( ) televisão ( ) ar-condicionado ( ) cafeteira ( ) microondas

( ) celular ( ) som de cd ( ) ventilador ( ) geladeira

( ) carro ( ) forno elétrico ( ) DVD ( ) liquidificador

( ) freezer ( ) moto ( ) computador ( ) vídeo-cassete

( ) batedeira ( ) fogão elétrico ( ) bicicleta ( ) telefone

10. Você e sua família possuem plano de saúde?

( ) sim ( ) não

11. O que você faz nos momentos de folga?__________________________________________

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37

___________________________________________________________________

12. Você gosta de ler? O que?_____________________________________________________

___________________________________________________________________

13. Você se interessa por política? Por quê?__________________________________________

___________________________________________________________________

14. Marque um X os lugares que você costuma frequentar. Quais os seus preferidos?

( ) praia____________________________

________________________________

( ) casa de shows_____________________

________________________________

( ) cinema ___________________________

________________________________

( ) bar______________________________

________________________________

( ) teatro____________________________

________________________________

( ) exposições ________________________

________________________________

VIVÊNCIA ESCOLAR

1. Você já repetiu de série alguma vez? Que série? ___________________________________________________________________

2. Qual a matéria que você mais gosta? Por quê?

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_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3. Qual a matéria que você menos gosta? Por quê?

______________________________________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________

4. Qual a matéria mais interessante? Por quê?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

5. O que faz com que não goste de uma matéria?

______________________________________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________

6. A matéria que você menos gosta é a que você tira nota baixa?

( ) sim ( ) não

7. A matéria que você mais gosta é a que você tira nota alta?

( ) sim ( ) não

Page 39: RELATORIO FINAL - TCC - THIAGO FREIRE.doc

39

8. Você gosta dos seus professores?

______________________________________________________________________________________________________________________________________

9. O que faz com que você não goste de um professor? Como você acha que ele deve ser?

______________________________________________________________________________________________________________________________________

10. Por que estuda nesta escola?

______________________________________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________

11. O que você acha da matéria de Sociologia?

( ) interessante. Por quê? ___________________

( ) desinteressante. Por quê? _________________

12. O que você acha que poderia melhorar para tornar as aulas de Sociologia mais interessantes? (Assinale até três mais importantes)

( ) mudar a didática do professor tornando-a mais dinâmica

( ) mudar o material didático (ex.:livro didático, textos produzidos pelo professor etc)

( ) mudar os assuntos estudados

( ) introduzir recursos audio-visuais e de imagem (ex.: curtas-metragens em vídeo, músicas etc)

( ) tornar os assuntos mais próximos da realidade cotidiana do estudante

13. O que você acha da escola?

___________________________________________________________________

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40

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

14. Que sugestões você poderia dar para melhorar a escola?

______________________________________________________________________________________________________________________________________

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE PRÁTICAS EDUCACIONAIS E CURRÍCULO

Profa. Elda Melo

DIAGNÓSTICO LEGAL DA ESCOLA

Para funcionar harmonicamente, a escola deve se pautar em alguns

Documentos e posturas didático-pedagógicas e filosóficas. Dentre estes

Documentos estão os Projetos Políticos Pedagógicos, o Estatuto da escola e outros.

Pautado pelas questões abaixo, investigue o contexto legal e administrativo em que.

Insere-se a escola.

Não consegui obter informações sobre o diagnóstico legal da escola.

Questões norteadoras

1. Como se deu a elaboração do Projeto Político Pedagógico – PPP da escola,

Qual a sistemática de discussões internas e participação da comunidade

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41

escolar?

2. A escola tem estatuto? A comunidade o conhece? Estão descritas as

atribuições, funções direitos e deveres dos envolvidos com a escola?

3. Como funciona a gestão da escola?

4. A escola participa de programas de incentivo educacional/financeiro?Quais?

5. Na visão da coordenação/supervisão, qual o principal problema vivenciado

pela escola e como a equipe tem procurado resolver.

6. Em que medida a escola tem se situado no mundo contemporâneo.

7. Qual posição/medida adota na prevenção às drogas?

8. Como orienta a sexualidade e qual projeto tem desenvolvido para o

envolvimento da família.

9. Quais as principais dificuldades/avanços que a equipe tem

observado/viabilizado junto ao seu corpo docente, discente e comunidade.

10. Em que medida os recursos materiais dificultam/permitem o trabalho que

desenvolvem?

11. Qual a expectativa em relação ao estágio e estagiários?

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42

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE PRÁTICAS EDUCACIONAIS E CURRÍCULO

Profa. Elda Silva do Nascimento Melo

Estagiário: Thiago Freire Dantas de Oliveira

Diagnóstico – Entrevista com servidores da escola

Escolha profissionais que desempenham funções diversas na escola e busque perceber o

que pensam sobre o contexto escolar.

Função ou cargo que ocupa na escola

Vigia

Formação

Ensino médio incompleto

Há quanto tempo trabalha na escola?

3 anos

Como avalia a escola, os alunos e seu papel nesse contexto?

Tudo bem tranquilo, os alunos não arrumam confusão.

Participam de reuniões, conselhos ou comissões da escola?

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43

Só às vezes

Quais as principais dificuldades enfrentadas pela escola?

Os banheiros estão muito mal cuidados

Trabalha em outras escolas e turnos?

Não

O que acha da inserção de estagiários na escola?

Uma boa, que é pra perceber os erros e melhora-los quando forem trabalhar.

Qual o seu grau de satisfação com seu trabalho? Muito bom, por que vim pra natal pra

trabalhar e isso me motiva a fazer as coisas direto.

Qual a participação da comunidade na escola?

Sempre que tem reunião, vem muitos pais para saber o desenvolvimento do filho na escola.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

Page 44: RELATORIO FINAL - TCC - THIAGO FREIRE.doc

44

CENTRO DE EDUCAÇÃO

CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

DEPARTAMENTO DE PRÁTICAS EDUCACIONAIS E CURRÍCULO

DIAGNÓSTICO - CARACTERIZAÇÃO DO PROFESSOR

O professor alegou que estava sem tempo, e não me enviou por e-mail esse diagnóstico.

1. Formação do professor (onde se formou, quais eram suas expectativas ao

início da carreira, quais professores universitários ele teve e como foi sua formação

acadêmica,...).

2. Como esse professor avalia a escola, os alunos e seu próprio papel em sala de aula.

3. Conheça o material didático utilizado. Obtenha informações do uso/avaliação que o

professor faz desse material e dos demais recursos da escola (vídeos, bibliotecas,...).

4. Quais os conteúdos, metodologias e objetivos que nortearão a prática desse professor

durante o período do estágio.

5. Quais as turmas que o professor escolheu/sugeriu para ser seu campo de estágio e por

qual razão. Obtenha informação sobre o local da sala de aula e horário da sua disciplina.

6. Quais as expectativas desse professor sobre seu estágio e, por qual motivo o acolheu.

7. Que orientações ele daria para que você conheça um pouco melhor a escola antes de

iniciar o estágio, quais pessoas/instâncias ele orientaria que você conhecesse.