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UNIDADE INTEGRADA SESI SENAI CATALÃOCURSO TÉCNICO EM ELETROTÉCNICA
REDE DE DISTRIBUIÇÃO URBANA
CLEITON RESENDESIMONE ALVES LUCENA
WELLINGTON ARAÚJO LEÃO
CATALÃO
CLEITON RESENDESIMONE ALVES LUCENA
WELLINGTON ARAÚJO LEÃO
REDE DE DISTRIBUIÇÃO URBANA
Projeto de conclusão de curso apresentado ao curso Técnico em Eletrotécnica como parte dos requisitos necessários à obtenção do título Técnico em Eletrotécnica sob orientação do Professor Márcio Florisbelo.
CATALÃO
CLEITON RESENDESIMONE ALVES LUCENA
WELLINGTON ARAÚJO LEÃO
REDE DE DISTRIBUIÇÃO URBANA
COMISSÃO EXAMINADORA
____________________________________Prof. Márcio Florisbelo
Orientador
____________________________________Prof. Rômulo Mendes Faria
Co-orientador
____________________________________Prof. Flávio Marcos de Souza
Convidado
CATALÃO
Agradecemos a Deus, pela sua bondade e grandeza para conosco. Aos nossos orientadores que tanto fizeram por nós. A todos os professores que contribuíram para que aprendêssemos cada vez mais. Aos colegas de classe pela constante interação e troca de conhecimentos.
RESUMO
O homem é um ser insaciável que está sempre buscando algo a mais para satisfazer suas necessidades sejam elas as mais básicas como a segurança individual ou de sua comunidade e mesmo auto realização. Para satisfação dessas necessidades, o mesmo conta também com o auxílio da energia elétrica, esta que caracteriza uma das maiores descobertas da humanidade. Com o grande desenvolvimento econômico das empresas e cidades, agregando valor a bens de consumo e de pessoas como, por exemplo, a eletricidade e a sua aplicação com novas tecnologias, torna-se inevitável pensar em maneiras mais ecológicas, sustentáveis e confiáveis de se distribuir a energia elétrica. Essa nova rede busca solucionar problemas como interrupções no fornecimento de energia em função de arborizações que são constantes, e provocam podas drásticas de árvores, causando grande impacto no meio ambiente; a diminuição de manutenções e outros. Apesar do investimento inicial da rede compacta ser maior do que o da rede convencional, esse investimento em longo prazo torna-se inferior em seu custo, uma vez que ela garante melhor confiabilidade no fornecimento da energia, na redução do impacto no meio ambiente, nas áreas da faixa de servidão, bem como seus custos de operação e manutenção. Portanto, será perceptível que todos esses fatores, contribuirão com a diminuição das reclamações dos consumidores e consequentemente melhorará a imagem da concessionária.
Palavras chave: Projeto elétrico, rede de distribuição urbana, demonstração de projeto.
SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO.............................................................................................................................7
1.1- Vantagens das principais usinas geradoras de energia elétrica...............................................8
1.2- Tensão alternada.....................................................................................................................9
2- DESENVOLVIMENTO...............................................................................................................10
2.1- História da Celg....................................................................................................................10
2.2- O que é rede de distribuição urbana......................................................................................11
2.3- Como Decidir pela Rede de Distribuição..............................................................................11
2.4- O que é um Projeto Elétrico..................................................................................................13
2.5- Planejamento........................................................................................................................13
2.6- Requisitos mínimos para requerimento e aceitação do projeto.............................................14
2.6.1- Memorial Descritivo.....................................................................................................16
2.6.2- Cronograma..................................................................................................................17
2.6.3- Orçamento....................................................................................................................17
2.6.4- Fiscalização..................................................................................................................17
2.7- Conjunto de componentes da rede.......................................................................................18
2.7.1- Rede Distribuição Primária – Convencional.................................................................18
2.7.2- Rede Distribuição Primária – Compacta.......................................................................21
2.7.3- Rede Distribuição Secundária – Multiplexada..............................................................24
2.7.4- Condutores de energia elétrica em rede de distribuição................................................27
2.7.5- Chave Fusível...............................................................................................................31
2.7.6- Para-raios......................................................................................................................32
2.7.7- Transformador de potência...........................................................................................33
2.7.8- Iluminação Pública.......................................................................................................34
3- CONSTRUTOR...........................................................................................................................35
4- BREVE COMPARAÇÃO ENTRE REDE CONVENCIONAL E COMPACTA.........................36
5- CUSTO DE UMA REDE.............................................................................................................37
6- ENERGIA ELÉTRICA X SEGURANÇA...................................................................................38
6.1- Choque elétrico.....................................................................................................................40
7- CONCLUSÃO.............................................................................................................................41
REFERÊNCIAS...................................................................................................................................58
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1- INTRODUÇÃO
Desde a pré-história o homem vem descobrindo meios que facilitem suas atividades
diárias e uma dessas conquistas foi a descoberta do fogo que trouxe luz e calor aos homens
pré-históricos, contribuindo também com sua alimentação, uma vez que vários alimentos a
partir de então, puderam ser consumidos pelos mesmos. Com essa descoberta o homem
passou a iluminar as noites com fogueiras, mas os anos se passaram e buscavam aprimorar
essa forma de iluminação. No ano 600 a.C. Tales de Mileto, filósofo e matemático grego,
“descobriu a eletricidade” ao friccionar um pedaço de âmbar, que é a seiva endurecida de
algumas árvores, em um pedaço de pele de carneiro, observou que o âmbar atraia pedaços de
palhas e fragmentos de madeira. Surgiu daí o nome eletricidade, uma vez que âmbar em grego
pode ser traduzido como elektron.
A partir de então vários estudos e experiências foram feitos buscando aperfeiçoar e
expandir essa descoberta, sendo a Revolução Industrial um dos fatores que aceleraram essas
pesquisas, uma vez que com o crescimento do consumo não era mais possível a produção de
forma artesanal. A descoberta da energia elétrica contribuiu para o surgimento da Segunda
Revolução Industrial (meados do século XIX), pois a luz elétrica trouxe maior lucratividade,
aos empresários, permitindo um acelerado crescimento industrial, surgindo paralelo a isso a
sociedade moderna, que impulsionou a indústria de utilidades domésticas, para atender a essa
nova sociedade, que devido ao aumento da renda familiar, estavam adquirindo cada vez mais
esses utensílios.
A eletricidade tornou-se indispensável na vida do ser humano e a cada dia esse
consumo aumenta devido a novos equipamentos que vão surgindo para darem conforto à vida
das pessoas, assim torna-se necessária que sua produção seja aumentada para atender essa
demanda. Quase toda a eletricidade no mundo é produzida por usinas termelétricas e
hidrelétricas. As usinas termelétricas utilizam a força do vapor da água fervente para gerar
eletricidade. No Brasil a eletricidade predominante é a produzida nas grandes usinas
hidrelétricas, entre elas Tucuruí no Rio Tocantins, Belo Monte no Rio Xingu, Ilha Solteira do
Rio Paraná, Jirau do Rio Madeira e a binacional Itaipu localizada no Rio Paraná que geram
energia através do movimento das águas de lagos e rios que passam por uma barreira, fazendo
girar as turbinas de um gerador produzindo assim a energia elétrica que é conduzida por
longos trechos de cabos e fios até chegar às cidades e ser distribuída para os consumidores.
Destacaremos a usina de Itaipu, que entrou em operação no ano de 1984 e atualmente
é considerada a principal hidrelétrica para o Brasil.
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Figura 1:Vista geral do conjunto da UHE Itaipu, em Foz do Iguaçu (PR).
Fonte: Acervo Eletrobrás
No entanto a maioria dos países depende de usinas movidas por combustíveis fósseis
para conseguir a força elétrica, de que necessitam.
Os recursos de combustíveis fósseis existentes na terra são particularmente limitados.
E como a demanda mundial de eletricidade aumenta anualmente, as usinas nucleares tendem a
tornarem-se cada vez mais importantes. Já as usinas hidrelétricas, se tornam opção mais
atraente, pois dependendo da capacidade hídrica produz energia suficiente para atender
grandes centros metropolitanos. Em contra partida os Engenheiros civis, ambientais, elétricos
entre outros, tem que solucionar problemas oriundos dessas grandes construções projetadas
pelo homem a seu benefício próprio.
1.1- Vantagens das principais usinas geradoras de energia elétrica
As usinas geradoras de forças, movidas por energia nuclear, tem duas vantagens
principais sobre as usinas alimentadas por combustíveis fósseis:
1º- Uma usina nuclear consome muito menos combustível que uma usina alimentada
por combustíveis fósseis.
2º- O urânio ao contrário dos combustíveis fósseis, não libera durante sua utilização
poluentes químicos ou sólidos que contaminam o ar.
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As usinas geradoras de força acionadas por energia nuclear, por conseguinte,
provocam muito menos poluição atmosférica do que as usinas alimentadas por combustíveis
fósseis.
As usinas hidrelétricas se sobressaem das demais geradoras de energia elétrica em
função de não gerar diretamente poluição, possuírem baixo custo na geração de energia
elétrica, utilizar o recurso natural renovável que existe com abundância principalmente em
países tropicais como o caso do Brasil.
Buscando atender cada vez melhor a demanda de energia que cresce cotidianamente,
as concessionárias investem em pesquisas que aprimorem tecnicamente as redes de
distribuição no intuito de atenderemos consumidores de forma eficaz. Estabelecendo os
critérios técnicos para análise e aprovação de projetos de Rede de Distribuição Urbana
obedecendo às normas técnicas da CELG, apresentando documentos, planilhas e memorial
descritivo.
Abordaremos as diferenças de redes convencionais e compacta ressaltando as
vantagens da rede compacta em relação à convencional especialmente com relação à
preservação do meio ambiente, a redução de custos com manutenção, a diminuição da
poluição visual na construção da rede, a melhoria da qualidade e o aumento de confiabilidade
no fornecimento da energia para os consumidores.
1.2- Tensão alternada
A tensão elétrica que chega a nossas casas é alternada e isso se dá pelo motivo de ser
gerado nas usinas hidrelétricas através de geradores que estão acoplados em turbinas e com o
auxílio da água as fazem girar. Nesse processo temos a transformação de energia mecânica
pela queda d água para energia elétrica através dos geradores que em sua saída a tensão
elétrica é alternada.
Outro fator que justifica a tensão ser alternada se faz necessário pelo fato de
transformadores funcionarem apenas com esse tipo de tensão. Basicamente transformadores
são equipamentos que aumentam ou diminuem a tensão elétrica. Os transformadores serão
objeto de estudo mais a frente no tópico 2.7.7 – Transformador de potência que é utilizado nas
redes de distribuição. Há de ressaltar que na maioria de equipamento eletroeletrônicos a
tensão de funcionamento interno dos componentes se dá na tensão contínua. Por exemplo, um
aparelho de rádio ou mesmo um player de CD quando conectados a tomada de uso residencial
a tensão alternada é convertida em tensão contínua através de conversores AC/DC.
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2- DESENVOLVIMENTO
Abordaremos a seguir um breve histórico da fundação da CELG, concessionário
responsável pela distribuição de energia no estado de Goiás, e os critérios básicos existentes
nas normas técnicas da companhia, para que seja aprovado pelo mesmo um projeto elétrico de
rede de distribuição urbana.
2.1- História da Celg
Em 19 de agosto de 1955, o governador José Ludovico de Almeida sancionou a Lei
Estadual nº 1.087, que criava a então denominada Centrais Elétricas de Goiás S.A. (Celg). No
dia 13 de março de 1956, seu funcionamento foi autorizado por meio do Decreto Federal nº
38.868. Suas atribuições eram: produção, transmissão e distribuição de energia elétrica. Em
1999, a CELG começou a prestar outros serviços, tais como diagnóstico energético, locação
de equipamentos, mapa digital, além da tradicional comercialização de energia e por isso
passou à denominação de Companhia Energética de Goiás.
Em 2004, a lei federal nº 10.848, determinou a segregação das diferentes atuações das
concessionárias de energia elétrica no País. Assim, as empresas tiveram que representar
atividades distintas e a Celg tornou-se então, Celg Distribuição S.A – Celg D, que é
responsável pela distribuição e comercialização de energia elétrica em 237 municípios
goianos, o que corresponde a mais de 98,7% do território do Estado de Goiás, atendendo a
2.048.251 unidades consumidoras, o que representa 2,4% do consumo de energia elétrica no
Brasil.
A Celg em seu código de ética destaca como sua missão prover soluções e serviços na
área de energia buscando a satisfação de seus clientes acionistas e colaboradores com
responsabilidade social. Sua visão é ser uma empresa que atende ao mercado em suas
necessidades de energia, infraestrutura e serviços correlatos. Como valores a empresa preza:
A satisfação dos clientes, acionistas, colaboradores e fornecedores;
A energia é um bem essencial á sociedade;
Remuneração justa do capiqtal, com ética e responsabilidade social;
Trabalhar com saúde, segurança e respeito ao meio-ambiente.
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Em sua política da qualidade o compromisso da empresa é com a melhoria contínua da
qualidade dos produtos e serviços, fruto do trabalho seguro e competente de toda a equipe,
para tanto deve assegurar o cumprimento das suas definições estratégicas que são a missão, a
visão e valores. Preocupada com o meio ambiente, adotou como politica a utilização de
recursos naturais de forma sustentável e de acordo com as normas vigentes. Dessa forma
propicia condições saudáveis de trabalho aos seus funcionários.
2.2- O que é rede de distribuição urbana
É um sistema de instalação elétrica alimentada pelo barramento secundário das
subestações rebaixadoras após a linha de transmissão de energia elétrica, composto pelas
redes primárias e redes secundárias, de responsabilidade da administração da companhia
distribuidora de eletricidade.
Os níveis de tensão em operação em distribuição no estado de Goiás são 13,8 kV e
34,5 kV, onde são utilizados transformadores para rebaixar para as tensões de 380 e 220 V,
níveis esses disponíveis para a maioria dos consumidores atendidos pela concessionária
CELG.
As redes de distribuição urbana como o próprio nome faz menção localiza-se nos
centros urbanos com o objetivo principal distribuir de forma ordenada e criteriosa através de
alimentadores pontos de derivação de redes de energia nas classes de alta tensão 13,8 kV e
34,5 kV para alimentar os primários dos transformadores rebaixadores de distribuição nas
tensões 380 volts entre fases e 220 volts entre fase e neutro, considerando esses níveis de
grandeza física na área de concessão da CELG D.
Faz parte integrante desse sistema as redes secundárias multiplexadas que são
responsáveis por deixar à disposição da concessionária fazer conexão dos consumidores
residenciais e pequenos consumidores comerciais para o fornecimento de energia elétrica.
2.3- Como Decidir pela Rede de Distribuição
Em função da demanda para atender consumidores após a etapa de planejamento o
próximo passo a ser dado é também muito importante e critico. É a etapa da determinação do
projeto, ou seja, o tipo do projeto, que pode se dar de três formas:
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Figura 2:Fluxograma – Determinação da Demanda
Fonte: NTD 08
A primeira é reforma de rede onde contempla uma medição das condições físicas e
técnicas da mesma em primária ou secundária.
A segunda, que é mais usada, a extensão de rede partindo de uma rede de distribuição
existente de forma estimativa define a forma que atenderá os consumidores secundários ou de
forma individual consumidores atendidos pelas redes primárias, onde estes deverão construir
e instalar subestação transformadora de forma particular.
E a terceira forma é a construção de alimentadores partindo do barramento secundário
das subestações rebaixadoras nas tensões 13,8 kV ou 34,5 kV. A principal vantagem dessa
última é poder desafogar redes existentes que possam estar no seu nível máximo de tolerância
suportada pelo sistema ou próximo disso.
Em ambos os casos, para uma avaliação definitiva, recomendamos considerar os
seguintes itens:
Os aspectos técnicos
As garantias
Os preços
Interesse pela rede
A especialidade
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A lista de clientes
A confiabilidade em manter o sistema o mais estável possível.
2.4- O que é um Projeto Elétrico
É o detalhamento dos critérios elétricos para construção do empreendimento. Consiste
no dimensionamento da carga total, na localização dos transformadores, divisão dos circuitos,
trajeto dos condutores incluindo o barramento, cálculo de queda de tensão, entre outros. O
projeto deve ser realizado por um profissional registrado e habilitado pelo CREA (Conselho
Regional de Engenharia e Agronomia), assim na elaboração e apresentação para aprovação o
profissional deve recolher uma taxa ao conselho, a ART (Anotação de Responsabilidade
Técnica) criando um vínculo de responsabilidade até a conclusão da obra.
Os projetos devem atender a um planejamento básico, que permita um
desenvolvimento progressivo, compatível com a área de estudo. Em áreas a serem implantado
totalmente o sistema elétrico deverão ser analisadas as condições locais, observando-se o grau
de urbanização das ruas, dimensões dos lotes, tendências regionais e áreas com características
semelhantes que possuam dados de carga e taxas de crescimento conhecidas.
Nas áreas que já possuem o serviço de energia elétrica deverá ser feita uma análise do
sistema elétrico disponível, elaborando-se o projeto em consonância com o planejamento
existente.
2.5- Planejamento
A fase mais crítica de qualquer projeto elétrico é o planejamento. É nesse momento
que os responsáveis técnicos habilitados pelo CREA determinarão condições seguras para
elaboração do projeto, obedecendo aos critérios e normas regulamentadoras e técnicas.
Esta é uma etapa sensível de qualquer processo de elaboração de projeto. É nela que
vamos identificar quais seriam as etapas do processo de elaboração até a aprovação do projeto
junto ao departamento de análise técnica da companhia, com maior probabilidade de sucesso.
Assim sendo, todos os passos a serem tomados nessa fase devem ser acompanhados de
bastante critério e diligência, ou seja:
Identificar em campo a área do empreendimento com cuidado apurado.
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Procurar definir o perfil perfeitamente adequado que atenda as necessidades do
empreendimento.
Avaliar os seguintes itens:
o Capacidade técnica
o Condições operacionais
o Situação jurídica
Conhecer detalhadamente as condições de legalidade do processo em planejamento.
Verificar os riscos potenciais.
Estudar caso a caso as suas particularidades.
Avaliar um cronograma do processo de elaboração até a aprovação do projeto elétrico.
2.6- Requisitos mínimos para requerimento e aceitação do projeto
São dados que devem ser apresentados a CELG, por escrito para análises e orientações
sendo eles:
Planta de situação (croqui)
Previsão de Carga a ser instalada
Demanda provável
Nome do Pretendente à ligação
Endereço para contato
Pedido de liberação de carga – (ver Anexo 1)
Após a concessionária analisar a viabilidade técnica e liberar a carga solicitada pelo
empreendedor, inicia-se o processo de elaboração do projeto que deve obedecer alguns
critérios, inclusos nas normas técnicas da Celg, no que se refere a projeto de rede nova:
Obtenção de Dados Preliminares
São dados necessários para que seja iniciada a elaboração do projeto, subdividem-se
em:
o Características do projeto, ou seja, tipo de projeto a ser desenvolvido (reforma
de rede, extensão de rede ou rede nova)
o Planejamento básico é a análise das condições existentes no local em função do
tipo de rede que será implantada, levando em conta um possível crescimento da
demanda naquele local.
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o Planos e projetos existentes, é a verificação junto aos órgãos competentes a
existência de algum projeto de expansão em análise, ou projeto aprovado e não
executado naquele local.
o Mapas e Plantas é a solicitação junto ao empreendedor ou mesmo na prefeitura,
da planta urbanística ou planta da área a ser projetada. Com as devidas
coordenadas, e informações necessárias, para a elaboração do projeto.
Obtenção de Dados de Carga
São levantamentos e estudos nos locais, de números de lotes, tipo provável de
ocupação e perspectivas de crescimento. Atualmente para fazer o cálculo dos valores de
demanda, utiliza-se 1 kVA (quilo volts amperes) para cada lote, incluindo-se nesse valor a
iluminação pública.
Locação dos Postes
Para que os postes sejam locados é preciso seguir algumas regras. Quanto à marcação
dos mesmos deve-se definir um alinhamento, quando não houver calçados ou meios fios nos
locais de locação, se já existir o alinhamento será dado pelo meio fio. Buscando evitar futuros
problemas com construções, a locação da posição de postes deve ser analisada de acordo com
alguns fatores que deverão ser observados no local como:
o Não locar postes em frente de garagens e guias rebaixadas em postos de
gasolina;
o Evitar a locação enfrente a anúncios luminosos, sacadas e marquises;
o No que se refere à implantação da rede buscar evitar sua implantação no lado
da rua com arborização, jardins ou praças públicas;
o Não se devem alinhar os postes a galerias pluviais, esgotos ou redes aéreas ou
subterrâneas de outras concessionárias;
o Os vãos entre os postes devem ser de 30m a 40m;
o Se for a implantação somente de rede primária esses vãos podem ter uma
distância de 60m a 80m, considerando futuras implantações de postes entre
eles;
o A locação dos postes, sempre que possível deve ser na divisa ou no meio dos
lotes;
o Evitar o desmate de árvores e o paralelismo com redes telegráficas ou
telefônicas com fio nu;
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o A posteação unilateral deve ser implantada em ruas com até 20m de largura,
incluindo o passeio. No caso de já existir uma rede segue-se a sequência dela,
senão, considera-se o lado que tenha maior número de construções;
o A posteação bilateral alternada é indicada para ruas entre 20m e 30m de
largura, os postes devem ser contrapostos, aproximadamente na metade do
lance da posteação contrária;
o Posteação bilateral frontal é indicada para ruas com largura superior a 25m ou
30m.
De acordo com sua medida, é definida pela NTD 08, em que locais esses postes podem
ser utilizados. Os postes de 9 metros somente deverão ser projetados em redes secundárias,
em ruas que não tenham nenhuma probabilidade de instalação de rede primária. Os postes de
10 metros em ruas que existam ou tenham probabilidade de existir redes primárias e
secundárias. Já os postes de 11 metros em ruas que existam ou tenham probabilidade de
existir redes primárias e suas derivações, transformadores, chaves etc. Os postes de 12metros
e 13 metros são projetados para casos especiais, como por exemplo, travessias, cruzamentos
aéreos, circuitos duplos primários etc.
Após a conclusão do pedido de aprovação de projeto por parte dos analistas
engenheiros e eletrotécnicos da Celg, a este projeto deverá ser anexado memorial descritivo,
cálculo de queda de tensão, desenho do projeto incluindo rede primária e secundária e
iluminação pública, desenho de detalhes complementares do projeto, relação e especificação
de materiais de conformidade com a padronização Celg. Ver relação de documentos Apêndice
1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7.
2.6.1- Memorial Descritivo
O memorial descritivo é um texto técnico que fornece informações objetivas, clara,
precisas, coerentes e concisas a fim de compreensão por parte do leitor. Deve ser redigido
com uso de linguagem técnica padrão ou norma culta. Deve ser evitado ressalvas ou reserva,
palavras do tipo “provável” ou “possível”, fazendo assim evita dúvidas ao leitor.
Nesse documento o profissional técnico deve redigir o máximo de descrição técnica
para o profissional ou empresa que executar a obra possa se orientar. Também é importante
compor detalhes operacionais, especificação de material a ser aplicado inclusive descrevendo
marca e/ou modelo de determinada máquina ou equipamento, cálculos realizados para
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dimensionar as grandezas físicas inerentes à obra, detalhes construtivos. Em casos de
procedimentos operacional padrão que por ventura vier a ser maior complexidade, onde exige
a presença de equipe especializada para manter a qualidade padronização e segurança, deve
constar os procedimentos no memorial e correções nos caso de possíveis falhas.
Ver Apêndice 2 – modelo de memorial descritivo.
2.6.2- Cronograma
O cronograma é um documento técnico que traz em seu conteúdo uma planilha com
layout otimizado a visualizar os recursos e insumos que serão aplicado em uma obra em
tempo determinado bem como valores. Com as informações que são atribuídas de forma
sequenciais em datas ou períodos permite acompanhar as etapas que estão em atividades de
forma programada ou mesmo se adiantada ou em atraso.
Paralelamente ao período outro fator acompanha o desenvolvimento de uma obra, que
é o financeiro. Para gestores de obras é importante ter o controle de gastos dos recursos e
insumos, pois depende de previsão de valores a ser disponibilizados pelos setores financeiros
dos empreendimentos imobiliários como é o caso deste trabalho.
Ver Apêndice 9 – Cronograma físico financeiro.
2.6.3- Orçamento
O orçamento é um documento que são descriminados todos os gastos com material e
mão de obra para atender de forma global o objeto do empreendimento.
Ver Apêndice 7 – Orçamento para execução da rede de distribuição urbana com a alta
tensão compacta e Apêndice 8 – Orçamento para execução da rede de distribuição com a alta
tensão convencional.
2.6.4- Fiscalização
Após a conclusão da obra de forma total, o responsável técnico pela execução ou
mesmo o responsável pela empresa que executou a obra deverá apresentar um documento
formal ao departamento de fiscalização da companhia solicitando um fiscal para vistoriar a
obra. Caso haja alguma observação apontada por parte do fiscal para o responsável pela
execução, este último deverá assim fazer ou apresentar argumentos que a obra foi executada
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de acordo com o projeto aprovado junto a companhia e que esta em conformidade com as
normas técnicas.
2.7- Conjunto de componentes da rede
As estruturas e seus componentes tem um papel importante no sistema de
fornecimento de energia elétrica até o ponto de consumo. Essas estruturas são conjunto de
materiais isolantes e condutores. Segundo Orbolato, et al. (2010) os materiais isolantes são
aqueles que possuem em suas propriedades físico químico, forte atração exercida pelo núcleo
atômico sobre os elétrons das camadas mais externas do átomo não possibilitando a existência
dos elétrons livres. Já os materiais condutores, existe mais elétrons livres na última camada
mais distante do núcleo que podem se movimentar de um átomo para outro com maior
facilidade. Vale ressaltar que não existe condutores perfeitos nem isolantes perfeitos. Isso
significa que um isolante pode conduzir corrente elétrica aplicando um potencial (uma tensão)
muito elevado para estabelecer fluxo de corrente.
Vejamos agora os componentes de redes primárias convencional, compacta,
multiplexada, estruturas entre outros.
2.7.1- Rede Distribuição Primária – Convencional
As redes de distribuição primárias convencional em alta tensão trifásica nas classes
13,8 e 34,5 kV caracterizam-se por utilizarem cruzeta horizontal de madeira ou poliméricas
no topo dos postes, isoladores de pino, isoladores de suspensão do tipo porcelana ou vidro,
cabos condutores nú. Esse sistema foi muito utilizado pela companhia CELG por sua forma
de montagem e manutenção simplificada. Entretanto não se torna confiável pelos condutores
estarem expostos às intempéries e contato diretos de objetos a rede, além de animais fechando
curto nos condutores e ferragens.
Para utilização desse sistema de rede as normas exigem uma ampla faixa de servidão
para garantir maior segurança no sistema elétrico. Entretanto em zonas rurais e em área
urbana, percebesse arborização próxima às redes convencionais. Para solucionar esses
problemas são realizadas constantes podas de galhos próximos às redes e em certos casos
ocorrem mutilação da árvore.
Nesse tipo de rede utiliza as estruturas denominadas:
N1 – Utilizadas no percurso da rede para sustentação de condutores e com um ângulo
de deflexão máximo de 6 graus sem a utilização de estai ancora.
Figura 3:
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Estrutura N1
Fonte: Produção Própria
N2 – Utilizadas em redes onde há a necessidade de utilizar um ângulo de deflexão
maior e em encabeçamento de rede para cruzamento aéreo e em instalação de
transformadores de distribuição.
Figura 4:Estrutura N2
Fonte: Produção Própria
N3 – Utilização em encabeçamento onde exige maior tração dos condutores em
função dos lances maiores de linha e também pode ser usado em instalação de
transformadores de distribuição.
Figura 5:
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Estrutura N3-N3
Fonte: Produção Própria
N4 – utilização em encabeçamento de grandes lances de redes
Figura 6:Estrutura N4
Fonte: Produção Própria
Além dessas nomenclaturas existem suas variações como beco e meio-beco.
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Figura 7:Estrutura M1
Fonte: Produção Própria
Figura 8:Estrutura B2
Fonte: Produção Própria
2.7.2- Rede Distribuição Primária – Compacta
Esse tipo de rede se caracteriza pela utilização de condutores protegidos e espaçadores
losangulares no seu percurso sustentado por cabo de aço denominado mensageiro, uso de
isoladores de ancoragem e de pino poliméricos.
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Para sua construção utiliza estrutura com braços metálicos ferragem com
dimensionamento reduzido, mantendo condições técnicas para disposição dos condutores.
As estruturas utilizadas nesse tipo de rede são:
CE1-A – Aplicação em vão em tangência ou com ângulo de deflexão máxima de 6
graus. Sua utilização se dá no meio do percurso das redes com objetivo de sustentação
do mensageiro e os condutores de distribuição.
Figura 9:Estrutura CE1-A
Fonte: Produção Própria
CE2 – Aplicação em vãos em deflexão com ângulos compreendidos entre 0º e 60º.
Figura 10:Estrutura CE2
Fonte: Produção Própria
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CE3 – Aplicação em terminação de rede para cruzamentos aéreos e instalação de
transformadores. Também utiliza na saída de ramal de derivação.
Figura 11:Estrutura CE3
Fonte: Produção Própria
CE4 – Aplicação em vãos em deflexão com ângulos compreendidos entre 0º a 90º.
Figura 12:Estrutura CE4
Fonte: Produção Própria
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NE-CE – Utilizada na transição de rede convencional a rede compacta
2.7.3- Rede Distribuição Secundária – Multiplexada
Rede destinada a atender com energia elétrica consumidores de centros urbanos e
pequenos comércios com demanda até 75 kVA nas tensões 380 / 220 V e iluminação pública
e em regiões onde o índice de arborização se encontra acentuada. Sua característica principal
são os condutores isoladores com cabos pré-reunidos utilização de rabichos para conexão das
derivações. Nesse tipo de rede aplicam-se conectores do tipo perfuração isolado, dispositivo
este que evita a ocorrência de pontos quentes mantendo o padrão de isolamento das redes.
Nesse tipo de rede utilizam-se as seguintes estruturas:
SI1 – utilização em vão em deflexão com ângulos compreendidos entre 0º e 60º
Figura 13:Estrutura SI1-A
Fonte: NTD 08
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Figura 14:Estrutura N1 e Estrutura SI1-A
Fonte: Produção Própria
SI3 – utilização em fim de rede
Figura 15:Estrutura SI3
Fonte: NTD 08
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Figura 16Estrutura SI3
Fonte: Produção Própria
SI4 – utilização em encabeçamento duplo.
Figura 17:Estrutura SI4
Fonte: NTD 08
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Figura 18:Estrutura SI4
Fonte: Produção Própria
2.7.4- Condutores de energia elétrica em rede de distribuição
Como visto anteriormente os isolantes são materiais que possuem poucos elétrons
livres. Segundo Boylestad (2004) um dos usos mais comuns do material isolante é o
encapamento de fios condutores. As pessoas que trabalham em manutenção de rede elétrica
usam luvas de borracha quando atuam em rede energizadas.
Nas redes de distribuição urbana em rede primária 13,8 e 34,5 kV convencional aplica
se os seguintes tipos de bitola de condutores 2 AWG, 1/0 AWG, 2/0 AWG, 4/0 AWG, 336,4
MCM.
Nas redes de distribuição urbana em rede primária 13,8 kV compacta aplica os
condutores cobertos com polietileno reticulado (XLPE 90º C) de bitolas 50mm², 95mm²,
120mm² e o mensageiro de aço 3/8 polegadas
Nas redes de distribuição urbana em secundário multiplexada 380/220V aplica-se os
condutores de alumínio isolados em bitolas 35mm² e 70mm², nas cores preto, cinza e
vermelho para identificação das fases A, B e C respectivamente, o neutro é em cabo nú.
28
Figura 19:Condutores de alumínio protegido
Fonte: Site SMR represetações
Figura 20:Condutor Aluminio nú
Fonte: Site SMR represetações
29
Figura 21:Cabo Aluminio Multiplexado
Fonte: Site SMR representações
Os postes utilizados nas redes de distribuição urbana seguem critério para alocação e
disposição nos loteamentos com objetivo de evitar transtornos como, por exemplo, não fazer
seu implante em frente de letreiros, luminosos, sacadas e marquises já existentes, evitar sua
utilização do lado da calçada com maior número de arborização, jardins ou praças públicas.
As distâncias entre postes devem obedecer aos critérios de vãos compreendidos entre 30 e 40
metros de preferência sempre que possível nas divisas entre lotes.
Os postes utilizados compreende os tamanhos entre 9 e 13 metros.
Postes de 9 metros são usados unicamente para circuito secundário
Postes de 10 metros pode comportar rede primária de distribuição convencional no
percurso da rede.
Poste de 11 metros utilizados para cruzamentos aéreos nas redes convencionais e
instalação de transformadores. Nas redes compacta esse tipo de poste é mais comum
por utilizar basicamente um único nível de estrutura.
Postes de 12 metros são utilizados para derivação das redes compactas.
Postes de 13 metros são utilizados em casos especiais como, por exemplo, travessia
de rodovias, linhas férreas.
Os tipos de poste podem ser circular ou duplo “T”, sua resistência nominal varia em
média no loteamento entre 150 a 1000 daN e os engastamento pode ser simples, com escora
de estai subsolo e com base concretada.
30
Figura 21:Postes circular
Fonte: Site Qualitec
Figura 22:Postes Duplo “T”
Fonte: Site Qualitec
2.7.5- Chave Fusível
É um equipamento elétrico utilizado em rede de distribuição, também conhecida pelas
equipes de trabalho por “Chave Mathews”. Sua utilização se faz necessário para manobra de
seccionamento e proteção de circuitos de derivação. Por ser um equipamento unipolar, deve
31
utilizar uma para cada fase do circuito. Elas possuem um porta fusível, destinados para
comportar os fusíveis dimensionados para cada ramal de derivação ou posto de
transformação. É operado por vara de manobra quando há necessidade de abrir o circuito em
manutenção quando for o caso.
O fusível é constituído por um filamento de chumbo, que tem baixo ponto de fusão.
Quando a corrente que passa no fusível ultrapassar o valor nominal de sua propriedade física,
provoca o rompimento desse filamento, interrompendo a passagem da corrente. (ÁLVARES,
1979).
Figura 23: Chave Fusível - Base C
Fonte: Site Isotrafo
2.7.6- Para-raios
São equipamento elétrico destinado para proteção de redes contra sobre tensão de
descargas atmosférica, em seu interior possui varistores de óxido de zinco, corpo revestido de
material polimérico, possui um centelhador em série que atua após a descarga na linha da
rede. Sua instalação se dá em paralelo com a rede conectada na parte superior do equipamento
e a um aterramento na parte inferior do mesmo. Geralmente possui baixas impedância e
32
quando recebe uma sobre tensão faz um caminho para o aterramento. É um equipamento
unipolar, por isso deve ser instalação um por fase e sempre nos finais de rede e em posto de
transformação. Deve realizar a substituição quando receber uma sobre tensão por descarga
atmosférica, pois seu funcionamento de proteção fica comprometido pela queima dos
varistores e do centelhador.
Segundo Boylasted (2004) varistores são resistores não-lineares, cuja resistência
depende da tensão aplicada, usados para suprimir transientes de alta tensão; ou seja, suas
características fazem com que limitem a tensão que pode aparecer entre os terminais de um
dispositivo ou sistema sensível.
Figura 24:Para-Raio polimérico
Fonte: Site Isotrafo
2.7.7- Transformador de potência
Equipamento Elétrico com objetivo de elevação ou abaixamento de tensão ou corrente,
é composto por conjunto de espiras que se dá o nome de bobinas, em seu interior possui óleo
33
mineral para isolação entre as bobinas e a carcaça do mesmo, ainda tem a função de
resfriamento em conjunto com as aletas externa instaladas no corpo do transformador para
troca de calor com o meio. Possui dois pontos de sendo um de entrada e um de saída o qual se
denomina primário e secundário. Nos transformadores de distribuição urbana o primário é
alimentado na tensão 13,8 kV em sistema delta e a saída secundária se dá nas tensões de 380
V entre fases e 220 V entre fase e neutro aterrado. Nos loteamentos geralmente dimensiona
transformadores com potencia de 45 kVA e 75 kVA de acordo com a carga instalação para
cada circuito.
De acordo com Carvalho (2011) os transformadores possuem uma caixa de ligação ou
bornes destinados para ligações, e para identificação do primário é utilizado a inscrição H
seguida de um número e para identificar os terminais do secundário dos transformadores é
utilizado a inscrição X seguida de um número para cada terminal.
O óleo dos transformadores deve ser testado periodicamente de acordo com a
especificação do fabricante, pois esse óleo tem um tempo de vida útil. Esses teste devem ser
feito por empresas especializada nesse tipo de prestação de serviços em laboratório em que
são verificado as propriedades físicas de isolação, presença de contaminantes como resíduos
do próprio transformador ou mesmo umidade. À esses testes denomina ensaios físico-
químicos.
Figura 25:Transformador de potência
Fonte: Site Centro Elétrico WEG
34
2.7.8- Iluminação Pública
Nos loteamentos são instalados sistema de iluminação pública para manter melhor
visualização por parte dos condutores de automóveis e transeuntes em vias públicas. São
compostos por luminárias com policarbonato simples ou alojados, braço curvos direcionado
com extensão de 2,5 metros a 3,0 metros, lâmpadas de vapor de sódio nas potências entre 70 a
150 watts nas ruas transversais e 250 a 400 watts nas avenidas, reatores internos ou externos
de alto fator de potência compatível com a lâmpada, são acionado por relés foto eletrônico.
Figura 26:Rede de Distribuição Urbana
Fonte: Produção Própria
3- CONSTRUTOR
A companhia CELG terceiriza parte de seus processos operacionais de rede,
permitindo assim os empreendedores de negócios imobiliários ou mesmo o empresário que
demanda uma potência acima das fornecida de forma padronizada como consumidores do
grupo B. E para isso ela disponibiliza a construtora de ordem privada qualificada e habilitada
pelo CREA com responsável Técnico à nível de eletrotécnico ou engenheiros para parceiros
nas execuções do serviços que ela gerencia. Para tanto é necessários se fazer um cadastro
35
junto ao órgão de habilitação e cadastro apresentando documentos por ela exigidos e ainda
conferência das condições físicas, técnicas, pessoal e ferramental mínimo necessários pelas
categorias pleiteadas pela terceira.
A empresa terceira prestadora de serviço para a CELG deverá ser estabelecida como
empresa regulamentada e habilitada. Deverá ter todas as autorizações e licenças públicas
necessárias.
As empresas prestadoras de serviços devem apresentar informações que possibilitam
aos tomadores de obras e mesmo a CELG conhecerem bem o seguinte:
O contrato social registrado na Junta Comercial.
Atividade fim.
A composição societária
o Capital social
o Bens patrimoniais
Todas as certidões negativas públicas
Patrimônio operacional
o Equipamentos
o Instrumentos
Administração de pessoal
o Equipe operacional para cada categoria
o Responsáveis técnicos
Entre outras exigências.
4- BREVE COMPARAÇÃO ENTRE REDE CONVENCIONAL E COMPACTA
A rede aérea de distribuição convencional é aquela composta por cabos nus sobre
isoladores fixos em cruzetas de madeira ou polimérica, que ficam diretamente expostas a
todas as influências do meio (tempestade, raio, ventania, acumulo de poeira, excesso de
umidade, arborizações etc.) e em função disso apresenta elevadas taxas de falhas, que
consequentemente aumentam o número de manutenções feitas nessas redes, além do forte
impacto ambiental que causam em função das podas drásticas que são feitas nas mesmas.
36
Buscando melhorar o fornecimento e diminuir as falhas no sistema, que ocasionam as
concessionárias multas elevadas, as mesmas investem em pesquisas no intuito de “criarem”
um tipo de rede mais confiável. Atualmente esse tipo de rede é a compacta, que é composta
por cabos de alumínio cobertos, mas não isolados, apoiados por condutores ou espaçadores
losangulares, sustentado por um cabo mensageiro de aço. O espaço ocupado pelo conjunto da
estrutura é menor que o da rede convencional. Em relação ao impacto ambiental pode-se
verificar na figura um comparativo entre as podas que são feitas nas árvores onde existem a
rede convencional e a rede compacta.
Figura 27:Rede convencional e rede compacta
Fonte: Adelayne Grippa
5- CUSTO DE UMA REDE
Basicamente uma obra de rede distribuição de energia elétrica é composta por:
Posteação
o Fixação com estai de subsolo
37
o Bases concretadas para postes acima de 600 DAN
Estruturas e ferragens
o Primário
o Secundário
Condutores
o Alta tensão
o Baixa tensão
Transformadores rebaixadores de distribuição
Equipamento de proteção, manobra e aterramento
Iluminação pública e mão de obra
Mão de obra de execução
Segue no final deste trabalho planilha detalhada contemplando todos os materiais
incluindo mão de obra necessária para execução. Referencia Apêndice 7.
6- ENERGIA ELÉTRICA X SEGURANÇA
A indústria da energia elétrica enfrenta muitos problemas. A preocupação quanto à
segurança de sua geração, transmissão e principalmente distribuição, essa última mais
presente nos centros urbanos, aumentou depois de sérios acidentes de forma fatais com o uso
incorreto da energia elétrica. O homem deve constantemente conscientizar dos riscos que
estão expostos diante dessas grandezas físicas inerentes a energia elétrica. Falhas mecânicas e
humanas provocam o colapso do sistema de distribuição. Cientistas, engenheiros e técnicos
conseguiram desenvolver sistemas de distribuição mais eficientes para tentar impedir
interrupções de energia elétrica e acidentes.
No que se refere à prevenção de acidentes, para garantir a segurança daqueles que
atuam direta ou indiretamente em serviços elétricos, foi publicada em 08/12/2004 a NR10,
Norma Regulamentadora que estabelece as condições mínimas de segurança, com o objetivo
de implantar medidas de controle e sistemas de prevenção.
A palavra segurança esta relacionada à proteção, ou seja, o colaborador deve se sentir
protegido no seu ambiente de trabalho, este deve possuir condições adequadas para que o
trabalho seja executado, incluindo a utilização dos Epis e Epcs que são equipamentos
obrigatórios.
38
Em trabalhos com eletricidade devem-se utilizar ferramentas de segurança como Epis
e Epcs, equipamentos esses que devem ser verificadas constantemente seu estado de
conservação e validade, pois são fundamentais para a saúde e segurança do trabalhador. Entre
os Epis mais utilizados em serviços elétricos podemos destacar: capacetes, óculos, luvas
isolantes, cinto de segurança, vestimenta especial entre outros. Como Epcs citamos: escadas,
dispositivo de manobras, aterramentos, equipamentos de medição e/ou detecção de tensão,
cesta aérea, cones de sinalização etc. Para cada tipo de serviço deve ser utilizado o
equipamento especifico e adequado a atividade. Em seguida deve-se fazer a análise de risco
da atividade, buscando verificar se existe uma medida de proteção coletiva viável capaz de
controlar os possíveis riscos. Lembrando que antes de começar a executar qualquer serviço o
primeiro procedimento que um trabalhador em eletricidade deve fazer é o ASTA (Abrir,
Sinalizar, Testar e Aterrar) a rede ou o local a ser trabalhado.
Uma das técnicas que devem ser utilizadas nos serviços que envolvem eletricidade em
alta tensão é a identificação das zonas de risco e zona controlada a partir do ponto energizado.
Figura 28:Zona de risco
39
Fonte: Site Areaseg
De acordo com a NR 10 a distância da zona de risco compreende um afastamento de
38 cm a partir do ponto energizado, sendo considerada zona controlada um afastamento de
1,38m do ponto energizado e zona livre a partir de 1,38m.
6.1- Choque elétrico
Segundo Torres (2012, p. 58) o choque elétrico ocorre quando o organismo humano
sete a passagem de corrente elétrica. Uma corrente elétrica passando pelo corpo humano pode
causar desde uma sensação de formigamento até queimaduras gravíssimas. O maior perigo é
40
quando essa corrente elétrica passa pelo caminho de encontro o coração que pode parar até
mesmo com corrente de baixa intensidade.
41
7- CONCLUSÃO
Em função das ocorrências de interrupção do fornecimento de energia elétrica e das
constantes reclamações de clientes há multas por parte da ANEEL penalizando as
concessionarias de energia elétrica. Devido os planos de pesquisas e desenvolvimentos, no
sistema de distribuição as concessionarias tentam equilibrar o controle de qualidade e
fornecimento a custos compatíveis com seus orçamentos e em contra partida alinhando os
cuidados com preservação e seus impactos ambientais. Com um sistema confiável as
companhias melhoram seus serviços prestados e distanciam se das multas.
As redes de distribuição de energia elétrica compacta e multiplexada estão sendo
implantadas com o propósito de atenderem aos consumidores de forma mais eficiente e com
maior qualidade. Esse tipo de rede ocupa um espaço físico menor, diminuindo o impacto
ambiental tanto em sua construção como em sua manutenção, seus condutores são cobertos,
possibilitando menor número de falhas que ocorrem por contatos acidentais na redes
principalmente em tempestades e ventos fortes.
A área de poda das árvores diminui, assim como poluição visual, uma vez que não é
mais necessário podas drástica. Outro fator importante é a melhora do relacionamento dos
consumidores com as concessionarias, visto que diminuindo as falhas no sistema diminui o
número de reclamação e consequentemente a concessionaria melhora sua imagem com os
órgãos governamentais relacionados com a preservação do meio ambiente.
De acordo com os estudos realizados, foi possível mostrar que a preocupação com a
segurança deve ter um lugar de destaque, não apenas para as pessoas que trabalham
diretamente na área construção, como técnicos, analistas, fiscais, como também para as
pessoas que, de alguma forma, utilizam a eletricidade como ferramenta para facilitar seus
trabalhos.
Poderíamos citar inúmeras características, aspectos técnicos dos variados tipos de
estruturas de alta tensão, baixa tensão, subestações entre outras. Mas, terminamos apenas com
mais um, que deve ser a primeira de todas: devemos respeitar a eletricidade no que tange ao
uso racional evitando o desperdício e ao mesmo tempo protegendo o meio ambiente, devemos
fazer uso racional dos recursos hídricos naturais
42
e normas de segurança. Ler e estudar sobre esse assunto deve dar um grande prazer.
Montar um projeto, ver sua implementação e seu sucesso gradativo com proteção crescente
foi uma realização pessoal muito grande. Dificuldades existirão e não serão poucas, mas todas
possíveis de serem superadas.
43
ANEXO 1
FORMULÁRIO MODELO P/ SOLICITAR LIBERAÇÃO DE CARGA
Data: ........./........../..........
Consumidor:..............................................................................................................................
CPF/CNPJ.................................................................................................................................
Endereço da carga:....................................................................................................................
Nº do Poste mais próximo dacarga:........................................................................................
Município:.................................................................................................................................
Telefone p/ contato:...................................................................................................................
Potência do transformador a instalar:........................................................................................
Demanda a ser contratada: Canteiro de Obras: .......................................................................
Definitivo: ....................................................................................
Potência do transformador a retirar:..........................................................................................
Conta n.º........................................................................................
Tensão de fornecimento:...........................................................................................................
Responsável:.............................................................................................................................
Atividade:.................................................................................................................................
Data da Energização: Canteiro de Obras: ...............................................................................
Definitivo: ...........................................................................................
OBS: Quando se tratar de propriedade rural, favor anexar um croqui de localização, indicando as coordenadas U.T.M. (G.P.S.).
__________________________________________Assinatura do Requerente
44
APÊNDICE 1
Fonte: Adaptado do documento ART obra ou serviço
45
APÊNDICE 2
MEMORIAL DESCRITIVO
REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
NO LOTEAMENTO RESIDENCIAL (FICTÍCIO)
MUNICIPIO: CATALÃO GO.
O Presente memorial é destinado à implantação de energia elétrica no loteamento
Residencial (Fictício), sendo o proprietário: (Empreendimentos Imobiliários) no município de
Catalão – GO, o qual é constituído de 159 lotes. O qual será ligado ao sistema CELG, através
de 01 (uma) rede de distribuição de energia elétrica em tensão primária de 13,8 KV Trifásica
com cabo 3 #50+9,5.
Sua elaboração foi efetuada obedecendo a recomendações da NTD-08-17e 18 para
redes aéreas de distribuição de energia elétrica, considerando-se para efeito da capacidade dos
transformadores uma demanda de 0,7 KVA por cada lote a ser atendida bem como uma carga
de 0,16 KVA por poste para fins de iluminação. Serão utilizados 02 transformadores, sendo
que a potência nominal de cada um será de 75KVA.
Os postes empregados serão de concreto armado secção duplo “T” 9/150 e 9/300, para
rede BT e para AT postes secção duplo “T” 11/300 e postes secção circular 11/300 e 11/600.
Os cabos a serem utilizados serão de alumínio 3 # 50+9,5mm² para rede primária e
3x35+35mm² para rede secundaria, para o barramento secundário serão utilizados cabo
Multiplexado 3x70+70mm², terá uma extensão total de 2287 metros, sendo 1841 metros de
BT pura e 446 metros de rede mista.
Os transformadores a serem instalados serão de 75 kVA, para tensões primárias
13800, 13200, 12600 e 12000 V. A tensão secundária nos bornes do transformador será de
380 V entre fases e de 220 V entre fases e neutro, com frequência de 60HZ, impedância
média à 75º C de 3,45% e massa liquida variando de 421 kg a 530 kg, instalado em poste
11/300 CC e/ou 11/600CC exposto ao tempo, atendendo a ABNT NBR 5440:2011.
46
Nos transformadores deverão ser instalados três (uma para cada fase) chaves fusível,
base C, 15 kV, 100A, 10 kA, NBI 95 kV, preferencialmente usar marca Balestro ou Delmar,
bem como três (um para cada fase) para-raios de óxido de zinco polimérico de 12 kV, 10 kA.
Devera conter malha de aterramento com 5 hastes cantoneiras galvanizadas a fogo de
2,40 metros e cordoalha de cobre nu 35mm² conectados aos terminais de descargas dos para
raios bem como a carcaça do transformador juntamente com o borne de neutro e toda a
ferragem das estruturas metálicas do poste, com mensuração de resistência em relação a terra
igual ou inferior a 10 ohms em qualquer época do ano.
Para iluminação pública devera ser usado luminárias de 250 W em alumínio anodizado
com proteção de policarbonato, braço curvo com 2400 MM galvanizado a fogo, lâmpadas
vapor de sódio 150W das marcas Philips ou Osram e reatores externo de vapor de sódio com
alto fator de potência, ligados pode sistema de rele foto elétrico.
As Estruturas a serem usadas conforme relação em anexo, refere-se ao necessário para
a construção da obra em pauta.
As execuções dos serviços deverão obedecer aos critérios técnicos dos procedimentos
operacionais padrão, as normas técnicas e as exigências da Companhia pelo departamento de
fiscalização e ABNT de modo a oferecer segurança aos envolvidos diretamente e
indiretamente na obra e confiabilidade do sistema.
__________________________________________
Responsável Técnico – número de CREA
47
APÊNDICE 3: Cálculo de queda de tensão no T1
Fonte: Produção própria
48
APÊNDICE 4: Cálculo de queda de tensão no T2
Fonte: Produção própria
49
APÊNDICE 5: PROJETO
50
APÊNDICE 6
Catalão, 01 de Março 2012.
RELAÇÃO DE ESTRUTURAS Á INSTALAR (EM REDE ALTA TENSÃO COMPACTA)
ITEM MATERIAL QTDE01
Poste de Concreto CC11/30001
02Poste de Concreto CC11/600
07
03Poste de Concreto DT11/300
07
04 Poste de Concreto DT9/300 16
05Poste de Concreto DT9/150
24
06 Estrutura CE3/600CC 04
07 Estrutura CE4/600CC 01
08 Estrutura CE-FS/300DT 01
09 Estrutura CE-TR/600CC 01
10 Estrutura CE3-TR/600CC 01
11 Estrutura CE2/600CC 01
12 Estrutura CE1-A/300DT 06
13 Estrutura SI1/150 /300DT 27
14 Estrutura SI3/300 DT 08
15 Estrutura SI3/600 CC 01
16 Estrutura SI1-3/600 CC 02
17 Estrutura SI4/600 CC 01
18 Estrutura SI1/600 CC 01
19 Estrutura SI1/300 CC 01
20 Estrutura SI1-3/300 DT 05
21 Estrutura SI4/300 DT 08
51
22 Cabo protegido 50 mm 1.368m
23 Cordoalha 9,5mm 3/8 446m
24 Grampa de Ancoragem 50 mm 24
25 Espaçador losangular 30
26 Chave Fusível 09
27 Para-raios 18
28 Elo Fusível 8K 03
29 Elo Fusível 5H 06
30 Placa Concreto 56
31 Aterramento BT 09
32 Fita Isolante 10
33 Fita alto fusão 05
34 Conector Perfuração 35-120 282
35 Conector Cunha 80
36 Conector Perfuração iluminação 56
37 Conector Ampactinho iluminação. 56
38 Luminária 56
39 Reator 56
40 Relé Fotoelétrico c/base 56
41 Trafo 75 KVA 02
42 Cabo 70m multiplex 340m
43 Cabo 35m multiplex 1630m
44 Alça 35m 85
45 Laço 35m 31
46 Alça 70m 08
47 Laço 70m 06
52
APÊNDICE 7
PLANILHA ORÇAMENTO DE MATERIAIS E MÃO DE OBRA PARA EXECUÇÃO DA OBRA (EM REDE ALTA TENSÃO COMPACTA)
Item
Descrição Ud Qtd Preço
Unitário Preço Total
1 Alça pré-formada de distribuição 35 mm² Pc 85 3,00 255,002 Alça pré-formada de distribuição 70 mm² Pc 8 3,20 25,603 Alça pré-formada de estai 3/8 Pc 13 6,75 87,754 Armação Secundária 1 elemento Pc 35 11,50 402,505 Armação Secundária 2 elemento Pc 30 22,00 660,006 Arruela Quadrada 3x38x38 furo 18 mm Pc 207 0,55 113,857 Base Concreto para poste 600 Dan Pc 8 500,00 4.000,008 Base para Rele Pc 56 6,75 378,009 Braçadeira plástica Pc 128 0,20 25,6010 Braço "C" Pc 8 92,50 740,0011 Braço "L" Pc 7 67,25 470,7512 Braço anti-balanço Pc 7 28,26 197,8213 Braço curvo c/ Sapata 50x1,5x2400MM GF Pc 56 84,71 4.743,76
14 Cabo Al. XLPE 50mm² Mt1368
6,55 8.960,40
15 Cabo alumínio Quadruplex 3x35+35mm Mt1557
8,90 13.857,30
16 Cabo alumínio Quadruplex 3x70+70mm Mt 284 15,00 4.260,0017 Cantoneira auxiliar para braço "C" Pc 8 40,65 325,2018 Capa isolante para conector estribo tipo cunha Pc 24 92,14 2.211,3619 Chave fusível, base C, 15Kv, NB! 95 Kv Pc 9 140,00 1.260,0020 Cinta Ø adequada Pc 49 20,51 1.004,9921 Conector com estribo tipo cunha Pc 24 11,58 277,9222 Conector Cunha CDC tipo A Pc 56 2,80 156,8023 Conector Cunha CDC tipo 6 Pc 68 3,30 224,4024 Conector Cunha CDC tipo 7 Pc 117 3,20 374,40
25Conector de compressão formato "H" 50-70/50-70mm H3
Pc 18 2,05 36,90
26 Conector Perfuração CDP-70 Pc 56 4,24 237,4427 Conector Perfuração CDP-95 Pc 226 7,34 1.658,8428 Cordoalha Aço 1/4 pol. Mt 90 2,50 225,0029 Cordoalha aço 3/8 pol. Mt 446 3,65 1.627,9030 Cordoalha de Cobre nu, 25 mm Kg 64 32,00 2.048,00
31 Cruzeta de aço galvanizado, 1500 x 88 x 63 x 6 mm Pc 2 165,00 330,00
32 Espaçador Lozangular c/ Amarração Pc 42 75,11 3.154,6233 Estribo para braço "L" Pc 7 16,75 117,25
53
34 Fio Cu BWF 750V (rígido) - 1,5mm² - Azul Mt 294 0,52 152,8835 Fio Cu BWF 750V (rígido) - 1,5mm² - Preto Mt 294 0,52 152,8836 Grampo de ancoragem polimérico Pc 27 50,00 1.350,0037 Grampo de linha viva Pc 24 18,57 445,6838 Haste Cantoneira para aterramento 2,40 met. Pc 41 37,35 1.531,2039 Isolador ancoragem polimérico, 15 kV Pc 27 58,00 1.566,0040 Isolador de pino polimérico, 15 Kv Pc 9 35,00 315,0041 Isolador Roldana 72x72 Pc 95 3,10 294,5042 Laço pré-formado plástico de topo Pc 7 10,70 74,9043 Laço pré-formado plástico Lateral 57mm Pc 6 12,50 75,00
44Laço pré-formado plástico para espaçador e separador
Pc 21 17,25 362,25
45 Laço pré-formado roldana 35mm² Pc 31 2,50 77,5046 Laço pré-formado roldana 70mm² Pc 6 2,70 16,2047 Lâmpada Vapor de Sódio 150 W Pc 56 16,50 924,0048 Luminária 250W (X-25 C/ Policarbonato) Pc 56 74,00 4.144,0049 Manilha-sapatilha Pc 27 10,20 275,4050 Mão-Francesa plana Pc 4 8,23 32,9251 Olhal para parafuso Pc 97 8,21 795,9952 Parafuso cabeça abaulada, M16x45 mm Pc 73 1,86 135,7853 Parafuso cabeça abaulada, M16x70 mm Pc 32 2,17 69,4454 Parafuso Cabeça quadrada, M16x200 mm. Pc 9 3,94 35,4655 Parafuso Cabeça quadrada, M16x250 mm Pc 230 4,52 1.039,6056 Parafuso passante 16x350 mm. Pc 3 7,20 21,6057 Para-raios polimérico, ZnO, 12 kV, 10 kA Pc 18 160,00 2.880,0058 Pino de Isolador para cruzeta de aço, 15 Kv Pc 9 11,35 102,1559 Placa de Concreto Pc 48 32,00 1.536,0060 Placa de Identificação poste Pc 56 11,00 616,0061 Placa de Identificação posto Pc 3 12,00 36,0062 Poste 11/300 CC Pc 1 917,44 917,4463 Poste 11/300 DT Pc 7 767,04 5.369,2864 Poste 11/600 CC Pc 7 1.284,32 8.990,2465 Poste 9/150 DT Pc 24 360,96 8.663,0466 Poste 9/300 DT Pc 16 556,48 8.903,6867 Poste 9/600 CC Pc 1 974,58 974,5868 Protetor de bucha de Transformador Pc 6 37,50 225,0069 Protetor de para-raios Pc 18 28,15 506,70
70 Reator Vapor de Sódio 150 W AFP INT CL IS A Pc 56 34,50 1.932,00
71 Rele Fotoeltronico NF bivolt Pc 56 9,50 532,0072 Sapatilha Pc 121 2,15 260,1573 Sela de Cruzeta Pc 2 12,80 25,6074 Suporte "Z", completo Pc 27 18,40 496,8075 Suporte Transformador C.C. 240mm Pc 4 71,65 286,6076 Terminação capuz Mt 453 6,50 2.944,50
54
77Terminal Compressão p/ cabo alumínio 50 mm de 1 furo
Pc 30 2,56 76,80
78 Transformador 75 Kva Pc 2 7.100,00 14.200,00
Orçamento Total dos Materiais => 128.812,09
Valor de Mão de Obra => 26.000,00
Orçamento Global da Obra => 154.812,09
55
APÊNDICE 8
PLANILHA ORÇAMENTO DE MATERIAIS E MÃO DE OBRA PARA EXECUÇÃO DA OBRA (EM REDE ALTA TENSÃO CONVENCIONAL)
Item
Descrição Ud Qtd Preço
Unitário Preço Total
1 Alça pré-formada de distribuição 35 mm² Pc 85 3,00 255,002 Alça pré-formada de distribuição 70 mm² Pc 8 3,20 25,603 Alça pré-formada de distribuição CA/CAA 2 Pc 22 3,00 66,004 Armação 1 elemento Pc 35 11,50 402,505 Armação 2 elemento Pc 30 22,00 660,006 Arruela Quadrada 3x38x38 furo 18 mm Pc 285 0,55 156,757 Base para Rele Pc 56 6,75 378,008 Braçadeira plástica Pc 128 0,20 25,609 Braço curvo c/ Sapata 50x1,5x2400mm GF Pc 56 85,00 4.760,00
10 Cabo alumínio Quadruplex 3x35+35mm Mt1557
8,90 13.857,30
11 Cabo alumínio Quadruplex 3x70+70mm Mt 284 15,00 4.260,0012 Cabo CA 2 AWG Kg 124 15,00 1.860,0013 Chave Fusível, base C, 15 kV, NBI 95 kV Pc 6 140,00 840,0014 Cinta Ø adequada Pc 18 20,51 369,1815 Conector Cunha CDC tipo A Pc 56 2,80 156,8016 Conector Cunha CDC tipo 6 Pc 68 3,30 224,4017 Conector Cunha CDC tipo 7 Pc 16 3,20 51,20
18Conector de compressão formato "H" 50-70/50-70mm H3
Pc 8 2,05 16,40
19 Conector Perfuração CDP-70 Pc 56 4,24 237,4420 Conector Perfuração CDP-95 Pc 226 7,34 1.658,8421 Cordoalha aço 1/4 pol. Mt 90 2,50 225,0022 Cordoalha de cobre nu, 25mm Kg 16 35,00 560,0023 Cruzeta Polimérica 2400mm. - CELG Pc 24 127,50 3.060,0024 Fio Cu BWF 750 V (rígido) 1,5mm² - Azul Mt 294 0,52 152,8825 Fio Cu BWF 750 V (rígido) 1,5mm² - Preto Mt 294 0,52 152,8826 Gancho Olhal Pc 12 7,10 85,2027 Grampo Linha Viva Pc 6 18,57 111,4228 Haste Cantoneira para aterramento 2,40 met. Pc 21 37,35 784,2729 Isolador Disco - Suspensão Pc 24 25,20 604,8030 Isolador Pino 13,8 - Porcelana Pc 63 11,20 705,6031 Isolador Roldana 72x72 - porcelana Pc 95 3,00 285,0032 Laço de topo CA/CAA 2 Pc 27 2,80 75,6033 Laço pré-formado roldana 35 mm² Pc 31 2,50 77,5034 Laço pré-formado roldana 70 mm² Pc 6 2,70 16,2035 Lâmpada Vapor de Sódio 150 W Pc 56 16,50 924,00
56
36 Luminária 250W (X-25 c/ Policarbonato) Pc 56 75,00 4.200,0037 Manilha-sapatilha Pc 12 10,20 122,4038 Mão-Francesa Pc 54 8,23 444,4239 Olhal para parafuso Pc 70 8,21 574,7040 Parafuso cabeça abaulada, M16x45 mm Pc 11 1,86 20,4641 Parafuso cabeça abaulada, M16x70 mm Pc 3 2,17 6,5142 Parafuso Cabeça quadrada, M16x125 mm Pc 54 2,95 159,3043 Parafuso Cabeça quadrada, M16x200 mm Pc 27 3,94 106,3844 Parafuso Cabeça quadrada, M16x250 mm Pc 236 4,52 1.066,7245 Parafuso passante 16x450 mm Pc 27 8,78 237,0646 Para-raios polimérico, ZnO, 12 kV, 10 kA Pc 6 169,73 1.018,3847 Pino cruzeta 13,8 Pc 63 12,57 791,9148 Placa de Concreto Cj 48 32,00 1.536,0049 Placa de Identificação poste Pc 56 11,00 616,0050 Placa de Identificação posto Pc 3 12,00 36,0051 Porca Olhal Pc 12 7,45 89,3852 Poste 10/150 DT Pc 3 419,12 1.257,3653 Poste 10/300 DT Pc 8 645,24 5.161,9254 Poste 11/300 CC Pc 2 917,44 1.834,8855 Poste 11/300 DT Pc 2 767,04 1.534,0856 Poste 9/150 DT Pc 24 360,96 8.663,0457 Poste 9/300 DT Pc 17 556,48 9.460,1658 Reator Vapor de Sódio 150W AFP INT CL IS A Pc 56 34,50 1.932,0059 Rele Fotoeletrônico NF bivolt Pc 56 9,50 532,0060 Sapatilha Pc 101 2,15 217,6161 Sela de Cruzeta Pc 6 12,80 76,8062 Suporte Transformador C.C. 240mm Pc 4 71,65 286,6063 Terminação Capuz Pc 453 6,50 2.944,5064 Transformador 75 Kva, 13,8kV, 380-220V Pc 2 7.100,00 14.200,00
Orçamento Total dos Materiais => 97.207,94
Valor de Mão de Obra => 21.000,00
Orçamento Global da Obra => 118.207,94
57
Fonte: P
rodução Própria
CRONOGRAMA FÍSICO FINANCEIRO Valor do Item Primeiro Mês Segundo Mês AP
ÊN
DIC
E 9
Item Descrição R$ % R$ % R$ %
1 Serviços Iniciais 1.000,00 0,65% 1.000,00 100,00% -
2 Instalação do Canteiro 1.000,00 0,65% 1.000,00 100,00% -
3 Infraestrutura 1.000,00 0,65% 500,00 50,00% 500,00 50,00%
4 Perfuração de buracos 7.800,00 5,04% 7.800,00 100,00% -
5 Implante dos postes 37.300,00 24,09% 27.975,00 75,00% 9.325,00 25,00%
6 Instalação de estrutura A.T. 17.300,00 11,17% 15.570,00 90,00% 1.730,00 10,00%
7 Instalação de estrutura B.T. 6.300,00 4,07% 4.725,00 75,00% 1.575,00 25,00%
8 Lançamento de condutores A.T. 9.800,00 6,33% 9.800,00 100,00% -
9 Lançamento de condutores B.T. 19.500,00 12,60% 2.925,00 15,00% 16.575,00 85,00%
10 Montagem de transformadores 15.200,00 9,82% - 15.200,00 100,00%
11 Amarrações e conecções A.T. 1.500,00 0,97% 150,00 10,00% 1.350,00 90,00%
12 Amarrações e conecções B.T. 1.700,00 1,10% 255,00 15,00% 1.445,00 85,00%
13 Instalação de proteção e manobra 13.800,00 8,91% 3.450,00 25,00% 10.350,00 75,00%
14 Iluminação Pública 16.600,00 10,72% 1.660,00 10,00% 14.940,00 90,00%
15 Administração da Obra 5.012,09 3,24% 2.506,05 50,00% 2.506,05 50,00%
TOTAL R$ 154.812,09 R$ 79.316,05 R$ 75.496,05
ACUMULADO 100,00% 79.316,05 51,23% 154.812,09 100,00%
58
REFERÊNCIAS
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ÁLVARES, Beatriz Alvarenga; LUZ, Antônio Máximo Ribeiro da, Curso de física, volume 3. São Paulo: Harper & Row do Brasil, 1979.
BARBOSA, Ivanilda; FREITAS, Faraídes Maria Sisconto de, Comunicação e linguagens: leitura e produção de textos na graduação. São Paulo: Pearson Pretice Hall, 2010.
NASCIMENTO JUNIOR, Geraldo Carvalho do, Máquinas elétricas: teoria e ensaios, 4 edição. São Paulo: Editora Érica, 2011.
ORBOLATO, Daniela Resende Silva et al. Linguagens e técnicas de programação, volume 1 / Eletricidade aplicada e equipamentos eletroeletrônicos, volume 1. São Paulo: Pearson Pretice Hall, 2010.
SALMAZO, Fabrício; SUCHEVICZ, Leomar; TONETTI, Márcio, Estudo comparativo técnico-econômico entre redes de distribuição convencional e compacta protegida. Universidade Tecnológica Federal Do Paraná: Curitiba, 2007.
SEGATTO, Adelayne Grippa, Estudo e projeto de rede elétrica compacta protegida. Universidade Federal Do Espírito Santo: Vitória, 2008.
TORRES, Gabriel, Eletrônica – para autodidatas, estudantes e técnicos. Rio de Janeiro: Nova Terra Editora e Distribuidora, 2012.
NTD-08 – Critérios de projetos de redes de distribuição aéreas urbanas - Classes 15 e 36,2 kV – Goiânia, 1996.
NTD-17 – Estrutura de redes de distribuição aérea protegidas– Classe 15 kV – Revisão 1 – Goiânia, 2001.
NTC-18 – Estruturas para redes aéreas isoladas em tensão secundária de distribuição - REF
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade. Rio de Janeiro, 2004.
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Acessado em outubro de 2012.
59
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Distribuição Portal Brasil, disponível em: http://www.brasil.gov.br/.Acessado em novembro de 2012.
SMR representações, disponível em: http://www.smrrepresentacoes.com.br/. Acessado em dezembro de 2012.
Qualitec – Assessoria de Vendas acessado, disponível em:www.qualitecrs.com.br. Acessado novembro de 2012.
Isotrafo, disponível em: http://orcamento.isotrafo.com.br/. Acessado em: novembro de 2012.
Centro Elétrico, disponível em http://www.centroeletricoweg.com.br. Acesso em novembro de 2012.
Delmar, disponível em: www.delmar.com.br. Acesso em novembro de 2012.
Caparroz News, disponível em: www.caparrozenergia.com.br. Acesso em novembro de 2012.
Balestro, disponível em: www.balestro.com.br. Acessado em novembro de 2012.
SETRAB – Segurança e medicina do trabalho, disponível em: http://www.setrab.com.br/. Acessado em novembro de 2012.
Eletricidade, disponível em: http://www.escolakids.com/eletricidade.htm. Acessado em outubro de 2012.
Análise comparativa dos custos de diferentes redes de distribuição de energia elétrica no contexto da arborização urbana, disponível em: www.scielo.br/pdf/rarv/v30n4/31690.pdf. Acessado em outubro de 2012.