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RELATÓRIO E CONTAS DE 2017

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Relatório e Contas de 2017 1

RELATÓRIO E CONTAS DE 2017

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Relatório e Contas de 2017 3

ÍNDICE

1. Mensagem conjunta do Presidente do Conselho de Administração e do Presidente da Comissão Executiva ………………………………………………………………………………. 5

2. O Novo Banco dos Açores ………………………………………………………………………………………………. 8 - Composição Acionista ………………………………………………………………………………………… 8 - Órgãos Sociais………………………………………………………………………………………………………… 9 - Principais Acontecimentos de 2017……………………………………………………………………… 11 - Presença Geográfica e Rede de Distribuição ……………………………………………………… 14 3. Enquadramento Económico ………………………………………………………………………………………… 16

- Breve caracterização da Economia Açoriana ……………………………………………………. 16 - Situação Económica Internacional ……………………………………………………………………… 19 - Situação Económica Nacional ……………………………………………………………………………. 21 - Situação Económica da Região Autónoma dos Açores ……………………………………. 24

4. Estratégia e Modelo de Negócio ……………………………………………………………………………………. 35 - Banca de Retalho……………………………………………………………………………………………………. 37 - Empresas …………………...…………………………………………………………………………………………… 46 - Municípios e Institucionais …………………………………………………………………………………… 48 5. Recursos Humanos ………………………………………………………………………………………………………… 51

6. Análise da evolução da atividade …………………………………………………………………………….… 54 - Principais indicadores …………………………………………………………………………………………… 54 - Evolução previsível da Sociedade ………………………………………………………………………… 63

7. Análise do Risco de Crédito ……………………………………………………………………………………………. 64

8. Demonstrações Financeiras …………………………………………………………………………………………. 67 9. Notas finais ……………………………………………………………………………………………………………………… 70

- Declaração de Conformidade sobre a informação financeira apresentada ... 70 - Proposta de Aplicação de Resultados ………………………………………………………………… 71 - Agradecimento ……………………………………………………………………………………………………… 72

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10. Demonstrações Financeiras e Notas Explicativas …………………………………………………… 73

11. Anexo – Adaptação das Recomendações do Financial Stability Fórum (FSF) e

do Commitee of European Supervisors (CEBS) relativas à Transparência da Informação e Valorização dos Ativos …………………………………………………………………. 164

12. Certificação Legal e Relatório do Revisor Oficial de Contas …………………………………… 168

13. Relatório e Parecer do Conselho Fiscal ……………………………………………………………………. 176

14. Informação sobre o Governo da Sociedade ……………………………………………………………………. 181

Participações qualificadas no capital social do Novo Banco dos Açores………………… 181

Acionistas titulares de direitos especiais …………………………………………………………………. 181

Restrições em matéria de direito de voto…………………………………………………………………… 182

Nomeação e substituição dos membros do órgão de administração e alteração dos estatutos da sociedade…………………………………………………………………………. 182

Poderes do órgão de administração……………………………………………………………………………. 183 Sistema de controlo interno e de gestão de risco………………………………………………………. 183 Crédito concedido a Membros dos Órgãos Sociais …………………………………………………. 187 Remuneração dos Membros dos Órgãos Sociais………………………………………………………. 188

– Política de Remunerações …………………………………………………………………………………… 188

– Remunerações dos Membros dos Órgãos Sociais em 2016 ……………………………… 189

15. Anexo ………………………………………………………………………………………………………………………………. 190

Extrato da Ata da Assembleia Geral Anual do Novo Banco dos Açores, S.A. ……. 190

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MENSAGEM CONJUNTA DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

E DO PRESIDENTE DA COMISSÃO EXECUTIVA

Senhores acionistas,

O Exercício de 2017 corresponde ao primeiro ano de mandato dos Órgãos Sociais do Novo Banco dos

Açores, eleitos na Assembleia Geral do dia 31 de março de 2017. Mais uma vez, o Novo Banco dos

Açores obteve, no exercício de 2017, um Resultado Líquido positivo de 2,0 milhões de euros, que

incorpora uma reclassificação extraordinária do imobilizado em curso como custos do exercício de

cerca de 772 mil euros e a amortização extraordinária de ativos obsoletos e/ou não geradores de

benefícios em cerca de 331 mil euros, que não serão recorrentes nos próximos exercícios, melhorando

assim os Resultados futuros. Acresce que neste exercício se contabilizou uma provisão no valor de 528

mil euros, para custos com reestruturação e que terá impactos positivos nos próximos exercícios.

Importa referir que todos os elementos dos diferentes Órgãos Sociais se encontram devidamente

aprovados pelas entidades de supervisão bancária, o Banco de Portugal e o Banco Central Europeu. De

referir ainda que o corpo acionista do Novo Banco dos Açores não sofreu nenhuma alteração em 2017,

sendo o acionista de referência o Novo Banco com 57,5% do Capital Social, a Santa Casa da

Misericórdia de Ponta Delgada com 30,0%, o Grupo Bensaúde com 10,0% e os restantes 2,5% são

pertença de outras Santas Casas das Misericórdias dos Açores.

Em 2017, assume também grande relevância o término da denominação de Banco de Transição que o

Novo Banco detinha antes de terminado o processo de venda de 75% do seu Capital Social à Lone Star.

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Assim sendo, o Novo Banco regressou à normalidade no sistema, abrindo-se grandes e positivas

perspetivas para o desenvolvimento da sua atividade, e consequentemente também para o Novo Banco

dos Açores.

O Novo Banco dos Açores, como Banco com sede na Região Autónoma dos Açores, continua no

respeito das regras prudenciais, de Risco e de Compliance a prosseguir múltiplas atividades em prol dos

seus Clientes e do desenvolvimento dos Açores, sempre de acordo com os seus Estatutos e Missão de

serviço no que respeita aos Clientes.

Em 31 de dezembro de 2017, o rácio de Solvabilidade do NB dos Açores era de 13,5%, o rácio de

Transformação de 100,6% e o rácio de Liquidez de 112% (dados provisórios), indicadores estes que

comprovam a posição de solidez do Banco.

De realçar que, no exercício de 2017, os Depósitos à Ordem de clientes tiveram um crescimento

relativamente a 2016 de +9,3%, passando de 72,4 para 79,2 milhões de euros, enquanto os Depósitos a

Prazo registaram um decréscimo de -5,5%, apresentando no final do ano um montante de 263,2

milhões de euros. Em termos médios, a variação mensal dos depósitos foi maioritariamente positiva,

assim como a variação do valor anual médio dos depósitos totais, que registou um valor positivo de

3,55% face a 2016.

No que respeita ao Crédito, tivemos um ligeiro decréscimo de -1,7% relativamente ao ano de 2016,

passando o Crédito Concedido de 376,5 para 370,2 milhões de euros. Outro dado muito significativo foi

o Crédito Vencido, que no exercício de 2017 decresceu 1,4 milhões de euros, evoluindo de 18,9 para 17,5

milhões de euros e as Imparidades para Crédito, que perfizeram um total de 23,2 milhões de euros, o

que atesta bem o grau de boa cobertura do Crédito Vencido do Banco. Acresce que uma parte

importante do Crédito Vencido tem garantias reais e alguma imparidade constituída, o que certamente

irá influenciar positivamente os resultados de exercícios futuros. Um dos pontos fortes do Novo Banco

dos Açores é precisamente o bom controlo do seu Crédito Concedido.

O Resultado Financeiro do Banco em 2017 situou-se nos 6,1 milhões de euros e o Serviço a Clientes

atingiu os 5,4 milhões de euros, o que contribuiu para uma evolução positiva do Produto Bancário

Comercial de 5,7%. Os Custos com Pessoal também tiveram uma evolução favorável, registando uma

redução de 5,9%.

Durante este exercício, entregámos nos cofres da Região Autónoma dos Açores cerca de 4 milhões de

euros de Impostos, o que nos coloca certamente como uma das empresas que mais contribui

positivamente para a arrecadação de impostos na Região Autónoma dos Açores.

Assim, mesmo neste contexto difícil, o Novo Banco dos Açores encerrou o exercício de 2017 com um

resultado liquido positivo de cerca de 1.957 milhares de euros.

Durante o exercício de 2017, o Novo Banco dos Açores e os seus Colaboradores participaram em

diversos eventos, encontros e reuniões com os nossos Clientes. O acompanhamento dos Clientes e as

ações tendentes a maximizar a qualidade na prestação de serviços dos mesmos foram uma constante

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em todo este exercício, o que pode ser medido pelos níveis de satisfação, que se comprovam pelos

resultados dos inquéritos realizados junto dos nossos Clientes. No ano de 2017 foi possível captar mais

de 2.200 novos Clientes.

A globalização dos mercados financeiros, da informação, das comunicações, da tecnologia e da

movimentação das pessoas, impõe, hoje, mais do que nunca, um aprofundamento de métodos e uma

partilha de experiências, designadamente nos mercados financeiro e segurador nacional. Neste sentido

o Novo Banco dos Açores, no ano em análise, prosseguiu com o desenvolvimento e modernização

informática e digital.

Em 2017 foram efetuados diversos cursos de atualização e em diversas áreas, abrangendo todos os

colaboradores, inclusive os Órgãos de Administração do Banco. Também foi possível reestruturar

alguns dos serviços do Banco e criar uma unidade de acompanhamento das novas exigências

decorrentes da União Bancária Europeia, sendo que contamos também com o apoio do Novo Banco

para a concretização desse objetivo.

O nosso especial agradecimento aos Colaboradores e às Colaboradoras do Novo Banco dos Açores, por

todo o trabalho que desenvolveram com empenho ao longo do ano de 2017, contribuindo para os

Resultados obtidos no presente exercício. Este agradecimento é extensivo ao Novo Banco e a todas as

empresas do Grupo com quem nos relacionamos, num modelo em que a externalização de serviços e

produtos bem como das funções de Compliance, Auditoria, Contabilidade, Marketing, entre outros, são

muito importantes para a sustentabilidade e desenvolvimento do Novo Banco dos Açores.

Reconhecemos todo o apoio prestado pelas Autoridades Monetárias e Financeiras Europeias, Nacionais

e Regionais, com um específico enfoque para o Banco de Portugal e para a Vice-Presidência do Governo

Regional dos Açores, que tutela a área das Finanças Regionais, com as quais se manteve uma

constante cooperação que em muito contribuiu para o excelente desempenho do Novo Banco dos

Açores.

Queremos também renovar o compromisso de dedicação destes dois Órgãos Sociais, o Conselho de

Administração e a Comissão Executiva, e congratular de uma forma muito especial e sincera os nossos

Acionistas e os nossos Clientes, empresas, institucionais e particulares, sejam residentes nos Açores ou

nas Comunidades de Emigrantes, pela indubitável confiança e preferência nesta instituição, assim

como pela preciosa contribuição para o contínuo progresso do Novo Banco dos Açores.

Presidente da Comissão Executiva Presidente do Conselho de Administração

Gualter José Andrade Furtado Jaime José Matos da Gama

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O NOVO BANCO DOS AÇORES

Composição Acionista

Accionista Nº Acções%

Capital Social

Novo Banco, SA 2.144.404 57,5293%

Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada 1.118.263 30,0003%

Bensaúde Participações SGPS, SA 372.750 10,0000%

Santa Casa da Misericórdia da Ribeira Grande 53.250 1,4286%

Santa Casa da Misericórdia de Nordeste 24.022 0,6445%

Santa Casa da Misericórdia da Horta 12.750 0,3421%

Santa Casa da Misericórdia da Calheta 500 0,0134%

Santa Casa da Misericórdia do Divino Espírito Santo Maia 531 0,0142%

Santa Casa da Misericórdia de Vila do Porto 266 0,0071%

Santa Casa da Misericórdia de Vila Santa Cruz Flores 213 0,0057%

Santa Casa da Misericórdia de Vila Franca do Campo 106 0,0028%

Santa Casa da Misericórdia de Santo António Lagoa 106 0,0028%

Santa Casa da Misericórdia da Praia da Vitória 106 0,0028%

Santa Casa da Misericórdia de Vila Praia da Graciosa 106 0,0028%

Santa Casa da Misericórdia da Madalena 106 0,0028%

Santa Casa da Misericórdia do Corvo 21 0,0006%

Total 3.727.500 100,00%

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Órgãos Sociais

Os órgãos sociais do Novo Banco dos Açores, face ao seu estatuto de sociedade anónima, são eleitos

em Assembleia Geral e estão localizados na sede social do Banco.

A gestão do Novo Banco dos Açores é assegurada por um Conselho de Administração com

competência para exercer os mais amplos poderes de gestão e representação da Sociedade, praticando

todos os atos necessários à prossecução das atividades do Banco.

O Conselho de Administração é composto por nove membros, dos quais seis são não executivos. A

gestão corrente da sociedade é delegada numa Comissão Executiva, composta por três membros.

O Conselho de Administração do NB dos Açores reúne, por norma, uma vez por mês, e reunirá

extraordinariamente sempre que convocado pelo seu Presidente ou por dois Administradores.

A composição dos Órgãos Sociais, eleitos em Assembleia Geral realizada em 31 de março de 2017 para

o triénio 2017 – 2019, é atualmente a seguinte:

Mesa da Assembleia Geral

Presidente: - Dr.ª Luisa Marta Santos Soares da Silva Amaro de Matos

Vice-Presidente: - Sr. Octaviano Geraldo Cabral Mota

Secretária: - Dr.ª Maria Carolina Soares Carreiro

Conselho de Administração

Presidente: - Dr. Jaime José Matos da Gama

Vice-Presidente: - Dr. Gualter José Andrade Furtado

Vogais: - Eng.ª Isabel Maria Ferreira Possantes Rodrigues Cascão

- Dr. Luís Miguel Alves Ribeiro

- Dr. Mário Jorge Tapada Gouveia

- Dr. José Francisco Gonçalves Silva

- Dr.ª Zita Maria Medeiros Correia Magalhães Sousa

- Dr. António Manuel da Silva Nogueira Rodrigues

- Dr. Gustavo Manuel Frazão de Medeiros

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Relatório e Contas de 2017 10

Comissão Executiva

Presidente: - Dr. Gualter José Andrade Furtado

Vice-Presidente: - Dr. António Manuel da Silva Nogueira Rodrigues

Vogal: - Dr. Gustavo Manuel Frazão de Medeiros

Conselho Fiscal

Presidente: - Dr. José Maria Rego Ribeiro da Cunha

Vogais: - Dr. António Maurício Couto Tavares Sousa

- Dr. José Manuel dos Santos Gaudêncio

Suplente - Dr. Mário Paulo Bettencourt de Oliveira

Revisor Oficial de Contas

Efectivo - PricewaterhouseCoopers & Associados, SROC - Sociedade de Revisores Oficiais de

Contas, Ld.ª, representada por Carlos José Figueiredo Rodrigues

Suplente: - Carlos Manuel Sim Sim Maia

Comissão Executiva

António Manuel da Silva Nogueira Rodrigues Vice-Presidente

Gualter José Andrade Furtado Presidente

Gustavo Manuel Frazão de Medeiros Vogal

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Relatório e Contas de 2017 11

Principais Acontecimentos de 2017

20 janeiro - Realização do Team Work – Subida à Montanha do Pico com colaboradores do Novo Banco dos Açores

27 janeiro - O Novo Banco dos Açores inaugura uma ATM no Centro de Saúde de Ponta Delgada

21 fevereiro - A equipa de futsal do Novo Banco dos Açores “NBA United” sagrou-se Campeã Regional, no Torneio de Futsal do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas, em Ponta Delgada

24 fevereiro - O Novo Banco dos Açores divulga os resultados do exercício de 2016. O resultado líquido do exercício foi de 1,7 milhões de euros

6 março - Cerimónia de Atribuição do Título de Doutor Honoris Causa ao Dr. Jaime Gama, Presidente do Conselho de Administração dos Novo Banco dos Açores, na Aula Magna da Universidade dos Açores, em Ponta Delgada

13 março - O Novo Banco dos Açores e a Junta de Freguesia da Ribeira Quente, acordaram uma parceria, com a inauguração de uma ATM nas instalações desta instituição

24 março - Entrega de diplomas “PME’s Líder” aos Clientes que se distinguiram com mérito entre as Pequenas e Médias Empresas Regionais

27 março - Alargamento da oferta na área de canais com o lançamento de uma aplicação para dispositivos móveis a “NB smart app”, com um amplo lote de novas opções que visam dar resposta às solicitações dos clientes e às exigências de um mundo cada vez mais digitalizado

30 março - Reunião do Conselho Consultivo que encerrou com uma Conferência proferida pelo Dr. Jaime Gama, cujo tema foi “Os grandes Desafios da Banca”

31 março - Em Assembleia-geral Anual, com a participação do Presidente do Conselho de Administração do Novo Banco, Dr. António Manuel Palma Ramalho, os Acionistas do NB dos Açores aprovaram o relatório de gestão, as contas e a aplicação dos resultados do exercício de 2016

22 abril - O Novo Banco dos Açores marcou presença na “V Gala Médica”, organizada pelo Núcleo de Estudantes de Medicina da Universidade dos Açores

28 abril - Atribuição do Prémio de Excelência de Melhor Aluno do Ciclo Básico de Medicina, ao jovem José Pedro Baptista Sousa, na sequência do protocolo celebrado com a Universidade dos Açores. A entrega do prémio teve lugar no decurso das II Jornadas da Saúde que decorrem no Campus de Ponta Delgada

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Relatório e Contas de 2017 12

26 maio - Assinatura de protocolo de colaboração entre o Novo Banco dos Açores e a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada, que culminou na inauguração de uma ATM no edifício da Associação

2 a 4 junho - Participação do Banco no XIV Congresso Insular das Misericórdias, realizado na cidade da Praia da Vitória, por onde passaram um conjunto de personalidades de âmbito Nacional e Regional (Açores e Madeira), que desempenham ou já desempenharam funções ao nível das Misericórdias

3 a 4 junho - Qualificações Regionais e Meias Finais do Torneio de Golfe “Golf CUP 2017”, com a participação do Novo Banco dos Açores

19 junho - Participação do Departamento de Municípios e Institucionais na cerimónia do lançamento da primeira pedra da obra “incineradora” da MUSAMI – Operações Municipais do Ambiente EIM, S.A.

21 junho - O Novo Banco dos Açores e o seu Presidente Executivo, Dr. Gualter Furtado, são agraciados na “Cerimónia de Reconhecimento e Gratidão no apoio aos Imigrantes nos Açores” promovida pela Associação dos Imigrantes nos Açores (AIPA)

27 junho - Participação do Dr. Jaime Gama e do Dr. Gualter Furtado em Conferências realizadas no Museu Hebraico Sahar Hassamain, em Ponta Delgada

13 julho - Assinatura de protocolo que visa estabelecer uma ligação direta entre o Novo Banco dos Açores e os projetos e empresas assistidas pela Incubadora de Negócios e Ninho de Empresas da Praia da Vitória, denominada por “Praia Links”

19 julho - Participação nas comemorações do Dia do Sócio da Associação Agrícola da Ilha Terceira, que decorreu no Espaço do Museu da Agricultura

24 a 28 julho - Visita da Eng.ª Isabel Ferreira, Administradora Executiva do Novo Banco e Não Executiva do Novo Banco dos Açores, a várias estruturas do Banco

6 agosto - Participação do DMI nas cerimónias de comemoração do 138º aniversário da Associação Humanitária Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada

11 agosto - Inauguração de uma ATM nas instalações da Junta Freguesia da Fajã de Baixo

4 setembro - O Novo Banco dos Açores participa no “OPEN TEK DAY”, promovido pela Associação Nonagon – Parque de Ciência e Tecnologia de São Miguel, a propósito da celebração do seu 2.º aniversário, realizado com o intuito de promover as empresas instaladas, as suas áreas de intervenção e o impacto deste projeto na comunidade regional

13 setembro - O Novo Banco dos Açores, em Parceria com a Câmara Municipal de Ponta Delgada, inaugurou uma ATM no edifício da Junta de Freguesia de Santa Bárbara

- A Universidade dos Açores, em parceira com a Faculdade de Economia e Gestão (FEG), celebrou o início do novo ano letivo 2017/2018 com o apoio do Novo Banco dos Açores

16 setembro - Realização do já habitual “Passeio Motard NBA”, que vai na sua 3ª edição, e que contou com a participação de colaboradores e clientes do Novo Banco dos Açores

19 outubro - Assinatura de Protocolo de colaboração com a Associação Nonagon, disponibilizando um conjunto de serviços e produtos com condições especiais para os colaboradores e empresas sedeadas nesse espaço

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Relatório e Contas de 2017 13

20 outubro - O Novo Banco dos Açores apoiou e participou na cerimónia de entrega do prémio “Produtor Excelente 2016”, organizado pela Associação de Jovens Agricultores Micaelenses

26 outubro - O Novo Banco dos Açores promoveu uma conferência na Universidade dos Açores, tendo como temas dominantes o empreendedorismo, a qualidade, os produtos diferenciados e o papel dos novos empresários

- Pelo nono ano consecutivo, o Novo Banco dos Açores em cooperação com a Faculdade de Economia e Gestão da Universidade dos Açores, entregou o prémio ao melhor Aluno das Licenciaturas de Economia e Gestão, do ano letivo 2016/2017, o aluno André Filipe Medeiros

27 outubro - O Banco esteve presente na Feira Agrícola da Ilha Terceira – Feira Agroter 2017, dinamizando e promovendo a sua oferta específica para a agricultura

28 outubro - Visita do Presidente da República à Região Autónoma dos Açores, que culminou em diversos eventos com participação do Novo Banco dos Açores

9 novembro - O Novo Banco dos Açores marcou presença na Conferência das Furnas de 2017, com o tema genérico "Desenvolvimento em pequenas economias" e que teve como conferencistas Asim Khwaja, Gautam Rao e Pedro Ramos

24 a 26 nov. - O Novo Banco dos Açores participou no “IV Concurso Micaelense Holstein Frísia de Outono”, dinamizando e promovendo a sua oferta específica para a agricultura

25 novembro - Participação no Fórum CCIA’17 – Encontro Empresarial dos Açores, com empresários representando as três Câmaras de Comércio dos Açores e vários setores de atividade

29 novembro - O Banco esteve presente na Conferência “Turismo nos Açores, Desafios e Oportunidades” organizada pela Seguradoras Unidas, S.A.

15 dezembro - O Novo Banco dos Açores promove Convívios de Natal com os seus Colaboradores

31 dezembro - O Novo Banco dos Açores termina o ano com um resultado líquido positivo de 1.957 milhares de euros

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Relatório e Contas de 2017 14

Presença Geográfica e Rede de Distribuição

Telefone 296 307 000 Fax 296 307 006

Telefone 296 309 000 Fax 296 309 001

SEDE - PONTA DELGADA

Rua Hintze Ribeiro, 2 - 8 - Ponta delgada

CENTRO DE EMPRESAS DE PONTA DELGADA

Rua Hintze Ribeiro, 2 - 8 - Ponta delgada

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Relatório e Contas de 2017 15

AGÊNCIAS

S. MIGUEL TERCEIRA

SEDE ANGRA DO HEROÍSMORua Hintze Ribeiro, 2 - 8 - Ponta Delgada Rua de S. João, 45 - Angra do Heroísmo

Telefone - 296 628 345 Fax - 296 307 054 Telefone - 295 215 125 Fax - 295 217 546

PRAIA DA VITÓRIAANTERO DE QUENTAL Rua de jesus, 2 - Praia da Vitória

Avenida Antero de Quental, 37 Ponta Delgada Telefone - 295 543 200 Fax - 295 543 001

Telefone - 296 629 047 Fax - 296 301 624

ARRIFES FAIALLargo da Saúde - Arrifes

Telefone - 296 682 002 Fax - 296 301 694 HORTARua Vasco da Gama - Horta

Telefone - 292 292 902 Fax - 292 202 194

HOSPITAL DIVINO ESPÍRITO SANTOAvenida D. Manuel I, S/N

Telefone - 296 282 167 Fax - 296 307 684 PICO

MADALENANORDESTE Rua Engº Alvaro de Freitas, s/nº - Madalena

Estrada Regional, 9 - Lomba da Fazenda Telefone - 292 628 510 Fax - 292 628 511

Telefone - 296 488 048 Fax - 296 480 184

SANTA MARIARABO DE PEIXE

Rua Infante D. Henrique, 10 - Rabo de Peixe VILA DO PORTO

Telefone - 296 492 115 Fax - 296 490 284 Rua Dr. Luis Bettencourt - Vila do Porto

Telefone - 292 307 033 Fax - 292 307 035

RIBEIRA GRANDE

Rua El-Rei D. Carlos I, 49 - Ribeira Grande

Telefone - 296 472 850 Fax - 296 470 524

VILA FRANCA DO CAMPO

Rua Teófilo Braga, 17 - Vila Franca do Campo

Telefone - 296 582 007 Fax - 296 539 184

NBNET DOS AÇORES

www.novobancodosacores.pt

NBDIRECTO DOS AÇORES

707 296 365

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Relatório e Contas de 2017 16

ENQUADRAMENTO ECONÓMICO

Breve caracterização da Economia Açoriana

A Região Autónoma dos Açores (R.A.A.) é constituída por 19 concelhos distribuídos por nove ilhas. O

Grupo Ocidental abarca os concelhos do Corvo, Santa Cruz das Flores e Lajes das Flores. Os concelhos

de Santa Cruz da Graciosa, Praia da Vitória, Angra do Heroísmo, Velas, Calheta, Horta, São Roque do

Pico, Madalena e Lajes do Pico constituem o Grupo Central. O Grupo Oriental é formado pelos

concelhos de Ponta Delgada, Ribeira Grande, Lagoa, Vila Franca do Campo, Nordeste, Povoação e Vila

do Porto.

A área total da Região Autónoma dos Açores ascende a 2 322 Km2, cerca de 2,5% da superfície terrestre

portuguesa. Em 2011, Ponta Delgada era o concelho mais populoso dos Açores (37º no ranking de

Portugal). Já Angra do Heroísmo era aquele que apresentava maior densidade populacional (89º no

ranking de Portugal).

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Relatório e Contas de 2017 17

Segundo o Censos de 2011, a população residente era de 246.746 indivíduos o que equivale a um

crescimento populacional de 2,8% (4.983 indivíduos), nos últimos 10 anos, representando 2,3% da

população residente em Portugal. Analisando a relação de masculinidade, traduzida pelo rácio

homens/mulheres, continuamos a ser uma região com mais mulheres do que homens, ou seja, 50,8%,

da população são indivíduos do sexo feminino (125.213) e 49,2% da população são indivíduos do sexo

masculino (121.533).

Este crescimento da população Açoriana é, maioritariamente, explicado pelo aumento do saldo natural

(nascimentos - óbitos) de 4.756 indivíduos, tendo sido o saldo migratório estimado (imigração –

emigração) negativo no montante de -417 indivíduos. O número de famílias (81.718) cresceu cerca de

13,5% na última década e o número médio de pessoas por família, decresceu de 3,4% em 2001 para 3%

em 2011.

De 2001 a 2011, apenas as ilhas de S. Miguel, Terceira e Corvo viram a sua população aumentar em

valores superiores a 1%. A ilha do Faial manteve o seu nível de população, com uma ligeira variação, e

as restantes ilhas tiveram decréscimos populacionais superiores a 1%. Os crescimentos populacionais

refletiram-se em 7 dos 19 municípios da Região dos quais, salientam-se os seguintes concelhos: Ribeira

Grande (12%), Ponta Delgada (4%), Praia da Vitória (4%) e Lagoa (2%).

Há uma tendência natural de concentração da população nas ilhas onde se localizam as principais

funções administrativas e económicas. Nos últimos anos, verifica-se que o crescimento demográfico

em algumas ilhas é a consequência da desertificação de outras, o que acontece devido aos fluxos

migratórios entre ilhas, tanto de mão-de-obra especializada, como de indiferenciada. Este movimento

migratório tem como objetivos a obtenção de emprego e de melhores condições de vida e é

essencialmente na ilha de S. Miguel que se verifica a concentração deste crescimento.

Os Açores continuam a ser a Região do País com população mais jovem.

Qualquer que seja o cenário considerado estima-se que a população dos Açores continuará a crescer

lentamente nos próximos anos.

ILHAS/ANOS 2001 2011 Δ% DISTR. %

Santa Maria 5.578 5.552 -0,47% 2,25%

S. Miguel 131.609 137.830 4,73% 55,86%

Terceira 55.833 56.437 1,08% 22,87%

Graciosa 4.780 4.391 -8,14% 1,78%

S.Jorge 9.674 9.171 -5,20% 3,72%

Pico 14.806 14.148 -4,44% 5,73%

Faial 15.063 14.994 -0,46% 6,08%

Flores 3.995 3.793 -5,06% 1,54%

Corvo 425 430 1,18% 0,17%

TOTAL 241.763 246.746 2,06% 100,00%FONTE: SREA

AÇORES POPULAÇÃO RESIDENTE

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Relatório e Contas de 2017 18

Também, no período de 2001 a 2011, assistimos a um crescimento significativo dos alojamentos (17,1%)

e dos edifícios (12,8%). Presentemente, na Região Autónoma dos Açores, o número de alojamentos é de

109.324 e o número de edifícios é de 98.807, ou seja, foram construídos mais 11.222 edifícios residenciais

na última década.

Para realizar-se uma abordagem à Economia da Região e perceber o que se passou nos Açores em

2017, é necessário proceder ao seu enquadramento no contexto Internacional, Europeu e Nacional.

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Relatório e Contas de 2017 19

Situação Económica Internacional

A Economia mundial no início do 4º trimestre de 2017 caracterizou-se por um período de desaceleração

da produção industrial mundial, acompanhado de um enfraquecimento global das trocas comerciais,

especialmente em termos de exportações, dos países emergentes e em desenvolvimento.

No final do 3º trimestre de 2017, o PIB do G20 aumentou para 3,9%, em termos homólogos, refletindo

um fortalecimento das economias avançadas, principalmente da Área do Euro (AE) e dos Estados

Unidos da América (EUA), assim como a generalidade dos países emergentes, com destaque para o

Brasil e a Rússia.

Em relação ao 4º trimestre de 2017, nos EUA os indicadores registaram uma contínua melhoria e forte

expansão da atividade económica (produção industrial, vendas a retalho e exportações de bens) e de

uma evolução favorável do mercado de trabalho. O consumo privado continuou numa fase ascendente.

Em novembro de 2017, a taxa de desemprego estabilizou em 4,1% e a taxa de inflação subiu para 2,2%.

Os indicadores disponíveis para a China apontam para um ligeiro abrandamento da atividade industrial

devido a uma desaceleração da produção industrial, que contrasta com o fortalecimento das trocas

comerciais de bens, promovidas pelo aumento das exportações.

No 3º trimestre de 2017, o PIB da União Europeia (UE) aumentou para 2,6% em termos homólogos,

expressando uma melhoria do investimento e o contributo das exportações. De acordo com o indicador

provisional de novembro do Banco de Itália de novembro de 2017, o PIB da União Europeia acelerou em

virtude da melhoria de todos os indicadores de confiança, com destaque para o setor da construção. A

taxa de desemprego na UE reduziu para 7,4%, em outubro de 2017, a mais baixa desde 2009.

No final do ano de 2017 a taxa de inflação homóloga da Área do Euro (AE) subiu para 1,5%, resultado da

aceleração dos preços de energia.

Em outubro de 2017, na AE os indicadores quantitativos indicavam um reforço da produção industrial e

um abrandamento das exportações de bens, contudo, as vendas a retalho desaceleravam, movimento

que deverá ser temporário.

Em dezembro do ano findo, as taxas de juro de curto prazo na Zona Euro mantiveram-se relativamente

estáveis situando-se, em -0.33%, em média, até ao dia 21 de dezembro. O Conselho do Banco Central

Europeu (BCE) confirmou a diminuição do montante de compras líquidas de ativos mensais para 30 mil

milhões de euros, a partir de janeiro até setembro de 2018 (anteriormente era de 60 mil milhões de

euros) e, manteve as taxas de juro inalteradas.

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Relatório e Contas de 2017 20

Nos EUA verificou-se um movimento de subida das taxas de juro de curto prazo, para 1,58%, em linha

com decisão da Reserva Federal de aumentar as taxas de juro federais para o intervalo entre 1,25% e

1,50%.

As taxas de juro de longo prazo diminuíram quer para os UEA, assim como na AE, embora tenha sido

mais acentuado para o último caso.

Assistiu-se a uma apreciação significativa do euro face ao dólar, beneficiando de uma forte expansão

económica da área do euro, em acumulação com a recuperação do mercado de trabalho,

nomeadamente em termos de descida da taxa de desemprego. Assim, o euro situava-se em 1,19

dólares, representando uma apreciação de 12,5% face ao final de 2016 (1,05 dólares).

No final do ano de 2017 o preço do petróleo (Brent) teve uma subida bastante acentuada, 63 USD/bbl

(54€/bbl), consequência da extensão das deliberações tomadas na reunião da OPEP, onde se acordou a

redução da produção de petróleo até ao final de 2018. Para este acordo contribui a instabilidade política

na Arábia Saudita e o encerramento durante algum tempo de um oleoduto no Mar do Norte, limitando

a produção desta matéria-prima.

A economia mundial prossegue com uma evolução positiva, seja em termos de crescimento, seja em

termos das condições financeiras. Perante a perspetiva de uma normalização bastante gradual da

política monetária nos países industrializados, o apetite pelo risco dos investidores estrangeiros

mantém-se ativo.

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Relatório e Contas de 2017 21

A situação Económica Nacional

Em Portugal, a retoma económica contínua de forma sustentada, efetuando uma trajetória ascendente

e com maior dinamismo. Em outubro de 2017, as Contas Nacionais Trimestrais do INE indicam um

crescimento do PIB, de 2,5% em volume e em termos homólogos, motivado pelo contributo positivo da

procura interna, verificando-se uma aceleração do consumo privado e um abrandamento do

Investimento. Em contrapartida, a procura externa líquida contribuiu negativamente, como

consequência da desaceleração em volume das Exportações de Bens e Serviços e a aceleração das

Importações de Bens e Serviços. A economia Portuguesa continua a ser fortemente influenciada pelo

excelente desenvolvimento e crescimento do Turismo.

Em termos de procura interna, esta aumentou ligeiramente no 3º trimestre, em função de um

acréscimo, do investimento (9,6%) e do consumo privado (2,5%), em termos homólogos, devido à

aceleração da aquisição de automóveis.

No que refere ao indicador de atividade económica do INE, no 3º trimestre do ano transato, este

indicador estabilizou em 3,1, valor máximo obtido desde o 1º trimestre de 2001. Assistiu-se a uma

melhoria dos indicadores de confiança, sendo que o setor dos serviços apresentou uma maior

aceleração do que o da construção.

Até final do mês de outubro, em termos homólogos, o índice de produção na indústria transformadora

obteve um aumento de 5,7%, mas o índice de volume de negócios registou uma evolução negativa de

0,3%. Por sua vez, o índice de produção na construção civil e obras públicas registou um crescimento de

2,6% e o índice de volume de negócios nos serviços apresentou um acréscimo de 5,5%. O índice de

volume de negócios do comércio a retalho teve um incremento de 3,2%.

Em outubro de 2017, de acordo com as estatísticas do INE, a taxa de desemprego, situou-se nos 8,5%,

menos 2,1 p.p. face ao período homólogo. Em igual período, a taxa de desemprego na UE era de 7,4%.

Esta melhoria da taxa de desemprego foi influenciada por uma redução da população desempregada

em 19,9% acompanhada de um aumento no emprego de 2,8%.

No final de novembro de 2017, estavam registados cerca de 404 mil desempregados nos centros de

emprego, o que representou uma diminuição em termos homólogos de 16,8% em relação a igual

período do ano anterior. O número de colocações e ofertas de emprego ascenderam, repercutindo um

aumentos homólogos de 27,3% e 22,9%, respetivamente. O mês de novembro terminou com cerca de

1.632 mil trabalhadores abrangidos por instrumentos de Regulação Coletiva de Trabalho o que

representou um aumento de 26,3% em relação a novembro de 2016.

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Relatório e Contas de 2017 22

A taxa de inflação, em Portugal, no ano de 2017 cifrou-se em 1,466%, resultando numa variação

homóloga positiva de 0,6%.

Em finais de 2017, influenciados pela revisão em alta do crescimento económico do PIB para 2018, os

índices bolsistas dos EUA evoluíram favoravelmente, tendo o índice PSI-20 estabilizado no final do ano,

à semelhança da AE. No entanto o PSI-20 obteve uma recuperação significativa, valorizou em 15% no

dia 21 de dezembro de 2017. Adicionalmente, a agência financeira Fitch aumentou em dois patamares o

rating atribuído à dívida pública portuguesa, para BBB (anteriormente BB+).

Em outubro, a taxa de variação anual dos empréstimos ao setor privado não financeiro foi de -1,7 %,

devido a uma melhoria dos empréstimos destinados às famílias e ao crédito atribuído às empresas não

financeiras.

No final do 3º trimestre do ano transato, a variação do crédito a particulares melhorou para -1,0% (em

outubro de 2016 era de -1,1%), que devem do decréscimo menos acentuado dos empréstimos à

habitação e outros fins, assim como do crédito ao consumo que permanece robusto, apesar da

desaceleração que este apresentou.

As taxas de juro das operações de crédito diminuíram tanto para as empresas como para os

particulares, à exceção do crédito à habitação que se mantém em média nos 1,12%.

No final do mês de novembro, a execução orçamental das Administrações Públicas registou um saldo

global negativo de 2.084 M€, o que representou uma melhoria de 2.326 M€ face ao período homólogo,

cujo resultado assentou principalmente no aumento da receita efetiva.

A execução orçamental até ao final de novembro de 2017 e face ao período homólogo de 2016,

caracterizou-se por:

Um aumento de 4,3% da receita efetiva, deve-se principalmente aos fatores da cobrança dos

impostos diretos (4,8%) e dos impostos indiretos (6%);

UNIDADE: € milhões

PERÍODO: janeiro a novembro 2017 Nov. 2016 Nov. 2017 Nov. 2016 Nov. 2017 Nov. 2016 Nov. 2017 Receita Despesa

Adminis tração Centra l e Segurança Socia l -5.045,1 -2.367,8 63.523,5 66.228,6 68.568,5 68.596,4 4,3 0,0

Adminis tração Centra l (AC) -6.347,2 -4.400,6 50.127,4 52.064,7 56.474,7 56.465,3 3,9 0,0

Subsetor Estado / Serviços integrados -6.520,6 -4.721,5 39.366,6 40.750,0 45.887,1 45.471,5 3,5 -0,9

Serviços e Fundos Autónomos 173,3 320,9 25.847,4 26.846,6 25.674,0 26.525,7 3,9 3,3

do qual: Entidades Públicas Reclassificadas (EPR) -804,5 -889,3 7.898,6 7.788,4 8.703,1 8.677,7 -1,4 -0,3

Segurança Socia l 1.302,2 2.032,8 23.373,4 23.799,3 22.071,2 21.766,5 1,8 -1,4

Adminis tração Regional 34,9 -120,4 2.274,0 2.195,8 2.239,2 2.316,2 -3,4 3,4

Adminis tração Local 601,0 404,6 6.301,3 6.702,4 5.700,3 6.297,8 6,4 10,5

-4.409,2 -2.083,6 69.164,7 72.110,4 73.573,9 74.194,0 4,3 0,8

FONTE:DGO

RECEITA, DESPESA E SALDO DAS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICASSaldo Receita Despesa Variação Homóloga

Acumulada (%)

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Relatório e Contas de 2017 23

A despesa efetiva registou um aumento de 0,8% da despesa total, apesar das reduções, em

termos homólogos, das rubricas Aquisição de Bens e Serviços (35,7%), Juros e Outros Encargos

(4,5%) e Despesas com o Pessoal (0,1%);

A Segurança Social aumentou face ao período homólogo em 731 M€, apresentando um saldo

de 2.033 M€;

As administrações Regional e Local apresentaram um saldo global negativo em 120 M€ e

positivo em 405 Me, respetivamente.

No que refere às contas externas, os dados do INE relativos ao comércio internacional português, no

final de outubro 2017, em termos homólogos, apontavam para um aumento das importações de 14,2% e

de um acréscimo das exportações de 10,8%, tendo o défice da balança comercial de mercadorias

agravado. Excluindo os produtos energéticos, em termos homólogos, as exportações e importações

registaram um aumento de 9,3% e 11,9%, respetivamente.

As importações de bens provenientes do mercado comunitário cresceram 11,3% em termos homólogos

e as importações provenientes do mercado extracomunitário sofreram um acréscimo de 24,3%, face ao

período homólogo.

No fim de outubro de 2017, o excedente acumulado da balança corrente foi de 931 milhões de euros, o

que representou uma redução face ao período homólogo de 832 milhões de euros, proveniente de uma

redução do saldo da balança de bens e rendimentos primários que não foi suficientemente compensada

pela balança de serviços e rendimentos secundários. A balança corrente e de capital apresentaram

uma capacidade de financiamento da economia portuguesa de 2.346 milhões de euros, um saldo

inferior ao excedente registado no mesmo período de 2016 no valor de 3.188 milhões de euros.

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Relatório e Contas de 2017 24

A situação Económica da Região Autónoma dos Açores

A envolvente internacional e a situação económica

nacional, tiveram os seus reflexos na Região

Autónoma dos Açores (RAA) em 2017. A sua

economia foi beneficiada, pela retoma e melhoria da

Economia Portuguesa. O aumento da procura dos

Açores, por parte de turistas com origem no exterior,

influenciou positivamente toda a economia açoriana.

Até novembro 2017, e na ótica da contabilidade

pública, o excedente orçamental na RAA foi de 2,9

milhões de euros o que significa um decréscimo do

excedente orçamental no valor de 0,3 milhões de

euros, face ao período homólogo, em virtude de um

ritmo muito próximo do aumento da despesa face

ao da receita. Estes resultados foram influenciados

pelo aumento da receita efetiva de 4,5%, face ao

período homólogo e um aumento da despesa de

3,8%, em igual período. Contribuíram para o

resultado o acréscimo de 4,2% da receita fiscal,

refletindo o aumento dos impostos diretos e

indiretos, e o decréscimo de juros e outros encargos

e a diminuição do montante das transferências de

capital. A execução orçamental da Administração

Regional, face a 2016, caracterizou-se por:

Um aumento da receita efetiva de 3,8% (39,3

M€), sobretudo devido ao aumento da receita

corrente de 4,5% (39,6 M€), para o qual contribuíram as reduções das contribuições para a

segurança Social, CGA e ADSE (-0,2%), e do acréscimo de transferências correntes (2,6%) no valor

de 6,8 M€ e outras receitas correntes (16,4%) no valor de 9,8 M€. Por sua vez as receitas de capital

reduziram 0,3% (0,4 M€). Estas reduções de capital verificaram-se nas transferências da UE (-

15,3%) e outras transferências (-94,2%), não deixando de ser significativa a redução das

transferências da UE;

VARIAÇÃO

2016 2017 %

Receita corrente 875,4 915,1 4,5

Receita Fiscal 549,8 572,9 4,2

Impostos diretos 163,8 177,8 8,6

Impostos indiretos 386,1 395,1 2,3

Contribuições para Segurança Social,

CGA e ADSE9,0 9,0 -0,2

Transferências correntes 256,7 263,5 2,6

Administração Central - Estado 180,9 180,5 -0,3

Outros subsectores das AP 8,5 8,4 -0,8

União Europeia 21,6 37,0 71,5

Outras transferências 45,7 37,6 -17,7

Outras receitas correntes 59,9 69,7 16,4

Diferenças de consolidação 0,0 0,0 0,0

Receita de capital 162,3 162,0 -0,3

Venda de Bens de Investimento 0,8 1,6 99,9

Transferências de capital 160,4 154,7 -3,6

Administração Central - Estado 180,9 75,6 5,1

Outros subsectores das AP 8,5 5,3 0,0

União Europeia 21,6 73,7 -15,3

Outras transferências 45,7 0,1 -94,2

Outras receitas de capital 1,1 0,8 -30,6

Diferenças de consolidação 0,0 4,9 0,0

Receita Efetiva 1.037,7 1.077,1 3,8

Despesa Corrente 876,2 886,0 1,1

Despesas com o pessoal 446,4 455,6 2,1

Remunerações Certas e Permanentes 330,8 341,7 3,3

Abonos Variáveis ou Eventuais 27,8 29,3 5,3

Segurança social 87,8 84,6 -3,6

Aquisição de bens e serviços 248,0 259,2 4,5

Juros e outros encargos 49,3 46,8 -5,1

Transferências correntes 256,7 96,4 -9,1

Administrações Públicas 2,7 3,2 18,9

Outras transferências 45,7 93,2 -9,8

Subsídios 13,3 11,9 -10,5

Outras despesas correntes 13,3 15,2 14,6

Diferenças de consolidação 0,0 0,9 0,0

Despesa de Capital 158,3 188,0 18,8

Aquisição de bens de capital 44,5 64,0 43,8

Transferências de capital 160,4 120,8 10,9

Administrações Públicas 2,7 4,9 -21,3

Outras transferências 45,7 115,9 12,9

Outras despesas de capital 4,8 3,2 -34,3

Diferenças de consolidação 0,0 0,0 0,0

Despesa efetiva 1.034,5 1.074,0 3,8

Saldo global 3,2 2,9

Fonte: Governo Regional dos Açores.

(Período: janeiro a novembro 2017)

EXECUÇÃO ORÇAMENTAL DA RAA

EXECUÇÃO

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Relatório e Contas de 2017 25

• Um aumento da despesa total de 3,8% (39,6 M€), que é explicado pelo comportamento crescente

das Despesas Correntes de 1,1% (9,8 M€), tendo contribuído para o efeito os acréscimos de

Despesas com Pessoal (2,1%), de Aquisição de Bens e Serviços (4,5%), e de Outras Despesas

Correntes (14,6 %) e os decréscimos de Transferências correntes (9,1%), a que acresce um

decréscimo de 2,5 M€ (5,1%) na rubrica de Juros e Outros Encargos. As Despesas de Capital

aumentaram 18,9% (29,7 M€).

No final de setembro, a Região viu a sua taxa de desemprego reduzir para 8,2%, o que representou um

decréscimo de 2,5 p.p. face ao período homólogo.

A taxa de desemprego nos Açores foi a mais baixa, quando comparada com o resto do país. A taxa de

desemprego nacional, em igual período, era de 8,5%. A taxa de desemprego tanto nacional como

regional apresenta tendências decrescentes. Esta evolução ficou a dever-se ao crescimento exponencial

do Turismo, à retoma da construção civil e mesmo da Pecuária, com a produção de leite nos Açores a

apresentar o maior resultado de sempre na história.

No terceiro trimestre de 2017, em termos

homólogos, a população total dos Açores

manteve-se estável, enquanto a sua

população ativa aumentou, 1,0%. Por sua

vez a população desempregada apresentou

uma redução de 12.957 desempregados

para 10.035 (-22,6%) e a taxa de desemprego reduziu, de 10,7% para 8.2%. Estas variações positivas

podem ser explicadas por uma melhoria da oferta de emprego em alguns setores de atividade, como o

do turismo, pelo empreendedorismo e pelas políticas de apoio ao emprego do Governo Regional dos

Açores.

Nos Açores, o setor com maior número de trabalhadores é o terciário, onde estão incluídos os

trabalhadores da Administração Pública.

De setembro de 2016 a setembro de 2017, a população empregada cresceu (3,8%), passando de 108.211

trabalhadores para 112.351.

Comparando o terceiro trimestre de

2017 com o trimestre homólogo de

2016, verifica-se um crescimento do

emprego em todos os setores de

atividade, tendo sido criados 4.140

novos postos de trabalho.

No setor primário foram criados 1.895 novos postos de trabalho, o que correspondeu a um acréscimo

de 18,1% face ao período homólogo. A mesma melhoria do emprego verificou-se também no setor

POPULAÇÃO AÇORES set/16 set/17VARIAÇÃO

HOMÓLOGA

POPULAÇÃO TOTAL 244 703 244 557 -0,1%

POPULAÇÃO ATIVA 121 168 122 386 1,0%

TAXA DE ATIVIDADE 49,5% 50,0% 0,5%

POPULAÇÃO EMPREGADA 108 211 112 351 3,8%

POPULAÇÃO DESEMPREGADA 12 957 10 035 -22,6%

TAXA DE DESEMPREGO 10,7% 8,2% -2,5%

FONTE: SREA

POPULAÇÃO EMPREGADA set/16 set/17VARIAÇÃO

HOMÓLOGA

SECTOR PRIMÁRIO 10 451 12 346 18,1%

SECTOR SECUNDÁRIO 16 099 16 989 5,5%

SECTOR TERCIÁRIO 81 661 83 016 1,7%

TOTAL 108 211 112 351 3,8%

FONTE: SREA

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Relatório e Contas de 2017 26

secundário (5,5%), o que implicou um aumento de 890 postos de trabalho justificado em parte por uma

melhoria no setor da construção civil. O setor terciário gerou 1.355 (1,7%) novos postos de trabalho.

Para o desenvolvimento do setor terciário contribuíram os comportamentos favoráveis do turismo, dos

passageiros desembarcados, a venda de automóveis ligeiros, bem como o índice de vendas de produtos

alimentares, que também registou um crescimento positivo.

Até ao final de novembro de 2017, de acordo com os dados disponíveis pelo SREA, os diferentes setores

de atividade na Região registaram uma evolução positiva. Esta evolução positiva revelou-se através do

IAE (indicador de atividade económica), que retrata o “estado geral da economia”. Em novembro de

2017 este indicador era de 2,4% e refletia a continuação de evolução favorável da economia regional. O

valor do referido indicador foi superior ao do mês homólogo de 2016 (1,6%), concluindo-se que a retoma

económica faz-se sentir nos Açores. As perspetivas para o futuro melhoram e as expectativas dos

agentes económicos são positivas, consequência da retoma económica.

O tecido empresarial açoriano continua a crescer. Em de 2017 surgiram na Região Autónoma dos

Açores 470 novas empresas, muitas das quais, graças ao empreendedorismo, ao microcrédito e a

políticas de apoio ao emprego do Governo Regional. Em igual período encerraram 124 empresas e

foram declaradas insolventes 32 empresas, enquanto no ano de 2016 tinham encerrado 167 empresa e

declaradas insolventes 55, concluindo-se que o tecido empresarial Açoriano está a conseguir obter

melhores resultados.

De acordo com a informação publicada pela D&B, em dezembro de 2017, o tecido empresarial da RAA

era composto por 7.127 entidades, que representavam 1,53% do tecido empresarial nacional. No mesmo

período e segundo a mesma fonte, o tecido empresarial nacional era constituído por 464.783 empresas.

A agricultura nos Açores manifesta um conjunto de peculiaridades que, no quadro económico atual e

com o fim das quotas leiteiras, requer uma atenção especial por parte das entidades públicas e

privadas, porque concentra em si um potencial de criação de emprego, inovação e capacidade

exportadora. De referir que a produção de leite com origem nos Açores representa cerca de 30% do

total de leite produzido no País.

FONTE: D&B

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Relatório e Contas de 2017 27

Até novembro de 2017, a agricultura registou uma estagnação, face ao ano anterior. O setor primário e

em especial a produção agropecuária constituiu um dos principais pilares da economia Açoriana. Na

última década, os Açores mantiveram, em termos territoriais, uma grande especialização na utilização

dos solos dedicados ao setor pecuário, de forma muito expressiva, no âmbito da produção de leite,

dedicando o seu uso à produção forrageira (erva e milho). A ilha de S. Miguel apresentou uma

propensão para o aumento da produção leiteira. De acordo com o já referido anteriormente, a

produção açoriana de leite, atualmente, representa cerca de 33% da produção de leite portuguesa. Os

Açores produzem cerca de um terço do leite produzido no país com apenas 2,5% da SAU (superfície

agrícola útil), o que demonstra a elevada produtividade e especialização do setor na Região. A

estabilidade na recolha, transformação e acesso aos mercados dos produtos lácteos, a regularidade do

pagamento mensal do leite, apenas nas ilhas de S. Miguel, Terceira e São Jorge, e o investimento na

modernização das unidades industriais e explorações agrícolas têm contribuído para o fortalecimento

do setor. Nas restantes ilhas, com exceção da ilha Graciosa, os investimentos no setor leiteiro não se

traduziram em retorno visível pelos seguintes motivos:

• Abandono sucessivo da atividade, devido aos agricultores considerarem baixo o preço do leite e

à instabilidade de algumas cooperativas, apesar do investimento em novas unidades industriais

e processos de restruturação como é no caso das ilhas do Pico, do Faial e das Flores;

• Criação de bovinos de engorda cuja finalidade é a produção de carne como um setor

determinante, em algumas ilhas, devido à estabilidade do preço e da procura do mercado.

O mercado de “exportação” para o continente português constitui o destino mais importante dos

produtos derivados do leite e da carne dos Açores. Relativamente às exportações para fora do país,

registam-se crescimentos sustentados, designadamente, no setor dos laticínios.

Através dos dados disponibilizados pelo SREA, até novembro de 2017, constatou-se uma evolução

positiva do setor. De janeiro a novembro do ano em curso, foram entregues em fábrica 564.919

milhares de litros de leite, o que representou um aumento de 1,3% (7.491 milhares de litros de leite), face

ao período homólogo do ano anterior. Até ao final do ano pressupõe-se que este valor atinja ou

ultrapasse os 600 milhões de litros. Contribuíram para este aumento os seguintes fatores:

• Em 2017, apenas, uma das três grandes fábricas de transformação de leite na ilha de S. Miguel

e uma fábrica na ilha Terceira limitaram a produção aos seus produtores no período de março

a julho o que contribui para a redução de 5% da produção tendo como base a produção

homóloga do ano anterior, com penalizações para quem excedesse a produção;

• Aumento da carga fiscal e redução do preço do leite pago ao produtor a partir de novembro de

2014 nos Açores. Contudo, na ilha de S. Miguel o preço do leite é mais elevado, devido à

UNIDADE: 1000 litros nov-16 nov-17VARIAÇÃO

HOMÓLOGA

ENTREGA DE LEITE EM FÁBRICA 557.428 564.919 1,3%

FONTE: SREA

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Relatório e Contas de 2017 28

existência de várias indústrias. Esta situação provocou discrepância no preço do leite pago ao

produtor, nas diferentes ilhas dos Açores;

• Durante o ano de 2017 o preço médio pago ao produtor por litro de leite recuperou na Europa a

28. Nos Açores não se verificou esta tendência tendo havido apenas um aumento de 3 cêntimos

por litro (2 cêntimos e outubro e 1 cêntimo no final do ano).

Segundo informação do Ministério da Agricultura (GPP), em novembro de 2017, o preço pago por litro

de leite ao produtor na Europa a 28 era de 37,83 cêntimos, em Portugal Continental era de 33,01

cêntimos e no Açores era de 29,81 cêntimos.

É de salientar que antes do fim das quotas leiteiras em termos de preço pago por litro de leite ao

produtor, Portugal situava-se na média Europeia a 28. Atualmente ocupa o antepenúltimo lugar.

Desde novembro de 2014 até ao final do ano de 2016 o preço do leite pago ao produtor baixou em

média cerca de 10 cêntimos por litro.

A produção leiteira açoriana é liderada pela ilha de S. Miguel (65,69%), seguindo-se da Ilha Terceira

(24,64%) e da Ilha de S. Jorge (5,05%). Estas três ilhas representam 92% da produção do leite na Região

Autónoma dos Açores.

De janeiro a novembro de 2017 a ilha de S. Miguel

incrementou a sua produção de leite em 2,4%, face a

período homólogo. As ilhas da Terceira e Pico mantiveram

os seus níveis de produção e as restantes ilhas reduziram

os seus volumes de produção.

Até ao final de novembro de 2017, alguns dos

principais produtos lácteos produzidos nos Açores

viram decrescer a sua produção, com exceção da

produção do queijo que teve um acréscimo de 5,4%

(1.478 Ton.), face a igual período do ano anterior, da

produção de iogurte que cresceu 10,5% (45 Ton.), em

relação ao período homólogo e leite para

consumo, que registou um incremento de 0,8%

(966 milhares de litros), face a novembro de 2016.

Nas ilhas de S. Miguel e Terceira, as produções de

leite e laticínios estão estruturadas e com

ENTREGA DE LEITE EM

FÁBRICA POR ILHA

UNIDADE: 1000 litros

nov-17PESO NA

PRODUÇÃO

S.MIGUEL 371.093 65,69%

TERCEIRA 139.178 24,64%

SÃO JORGE 28.553 5,05%

FAIAL 11.230 1,99%

PICO 6.931 1,23%

GRACIOSA 6.851 1,21%

FLORES 1.081 0,19%

CORVO 3 0,00%

TOTAL 564.919 100%

FONTE: SREA

PRINCIPAIS PRODUTOS

LÁCTEOS PRODUZIDOS nov-16 nov-17

VARIAÇÃO

HOMÓLOGALEITE PARA CONSUMO

(1000 litros)124.819 125.785 0,8%

NATAS (1000 litros) 171 169 -1,2%

LEITE EM PÓ (ton.) 15.190 15.014 -1,2%

MANTEIGA (ton.) 11.021 10.499 -4,7%

IOGURTE (ton.) 429 474 10,5%

QUEIJO (ton.) 27.529 29.007 5,4%

FONTE: SREA

ENTREGA DE LEITE EM

FÁBRICA POR ILHA

UNIDADE: 1000 litros

nov-16 nov-17VARIAÇÃO

HOMÓLOGA

S.MIGUEL 362.361 371.093 2,4%

TERCEIRA 139.026 139.178 0,1%

SÃO JORGE 29.337 28.553 -2,7%

FAIAL 11.410 11.230 -1,6%

PICO 6.908 6.931 0,3%

GRACIOSA 7.217 6.851 -5,1%

FLORES 1.143 1.081 -5,4%

CORVO 26 3 -90,3%

TOTAL 557.428 564.919 1,3%

FONTE: SREA

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Relatório e Contas de 2017 29

capacidade de acesso aos mercados com produtos de grande consumo. Cerca de 75% da produção de

produtos lácteos açorianos, destinam-se ao mercado de Portugal Continental. Por esta razão não

constam das Exportações do Comércio Externo com o Estrangeiro, não entrando pois para esta balança

comercial.

Em relação à produção total de carne na

Região, até ao final de novembro 2017,

verificou-se um decréscimo de 4,8% face

ao mês homólogo de 2016. Contribuíram

para este decréscimo a redução de

produção de carne de bovinos (6,5%) e a

redução de produção de carne de suínos (4,0%). Verificou-se apenas um acréscimo de 0,6% na produção

da carne de aves. É de referir que a carne de bovino exportada é feita em carcaça, em detrimento da

exportação dos animais vivos para abate, que tem vindo a diminuir, ao contrário do que ocorria no

passado.

No ano de 2016 foi abatido o maior número de bovinos da história da lavoura dos Açores (16.000 ton.),

como consequência da limitação da produção de leite com redução de 5%, pelas 4 maiores fábricas de

laticínios da RAA. Como não houve reposição do gado abatido, houve menos produção de carne em

2017. Como também se atingiu o recorde na produção de leite, em 2017, facilmente se deduz que as

explorações pecuárias estão mais eficientes.

Dos setores emergentes, a produção de carne de elevada qualidade poderá merecer honras de

potencial exportador com vantagens nas ilhas onde a produção leiteira não pode ganhar dimensão

verdadeiramente exportadora.

Apesar da situação económica atual e dos seus constrangimentos, o setor agropecuário da Região é

um setor de sucesso e deve-se em parte aos seguintes fatores:

• As empresas agrícolas manifestaram algum rejuvenescimento com a entrada no mercado de jovens

agricultores (projetos de 1ª instalação), principalmente, filhos de agricultores e reformas

antecipadas, através do Quadro Comunitário PRORURAL. O novo quadro comunitário

“PRORURAL+”, em vigor para o período de 2014 a 2020, já não contempla a possibilidade de

reformas antecipadas para os produtores de leite. Contudo, o Governo Regional dos Açores legislou

no sentido de possibilitar a continuidade das referidas reformas antecipadas dos produtores de um

modo mais restrito;

• As condições climáticas e de solos associadas ao know-how, adquirido nas últimas três décadas,

foram determinantes para a situação atual;

• A marca Açores, a qualidade e o sabor dos produtos açorianos estão a ser reconhecidos nos

mercados externos.

ABATE DE GADO

(produção de carne)nov-16 nov-17

VARIAÇÃO

HOMÓLOGA

BOVINOS (ton.) 14.817 13.852 -6,5%

SUÍNOS (ton.) 5.045 4.842 -4,0%

AVES (Ton.) 4.208 4.231 0,6%

TOTAL 24.069 22.925 -4,8%

FONTE: SREA

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Relatório e Contas de 2017 30

A lavoura Açoriana vê o seu futuro com alguma expectativa e incerteza face à imprevisibilidade do

comportamento das industrias de laticínios em relação ao mercado, mas também devido aos seguintes

acontecimentos:

Agravamento das contribuições quanto à Segurança Social para todos os novos produtores

instalados a partir de 2011, onde a contribuição passa a incidir sobre o volume da faturação

anual;

Aumento da carga da carga fiscal (pagamentos por conta);

Desmotivação provocada pelo não acompanhamento dos preços pagos à produção na Europa

pela industria açoriana.

Existe uma forte adesão dos produtores aos apoios financeiros do Quadro Comunitário para o período

2014-2020 (PRORURAL+), com o objetivo de modernizarem as suas explorações de forma a aumentar a

sua competitividade.

No setor das pescas, em 2017, verificou-se um acréscimo de 10,6% (609.862 kg) na quantidade total de

pescado descarregado nos portos dos Açores, em consequência das condições marítimas que se

fizeram sentir nas ilhas durante o inverno, que permitiram a saída para o mar da frota pesqueira,

especialmente os barcos de boca aberta, bem como uma melhor gestão das quotas de pescado e

melhoria das capturas, nomeadamente o atum.

O valor do pescado descarregado foi de 29.477 milhares de euros, o que representou um acréscimo de

13,9% (3.594 m€) em relação a dezembro de 2016. O setor das pescas continua a oferecer um grande

potencial de crescimento económico para a RAA.

A zona económica exclusiva dos Açores, com quase um milhão de km2 de superfície, possui uma rica e

diversificada de população marinha, oferecendo um vasto leque de peixe fresco para consumo interno e

exportação, bem como para os enlatados. A espécie mais representativa em termos económicos é o

atum, a principal apanha das frotas pesqueiras comerciais, embora continuem a existir problemas

relacionados com a sua congelação, transformação e exportação.

No final do 3º trimestre de 2017, o setor secundário registou um comportamento positivo no emprego,

ao nível do setor da construção civil (12,4%) com a criação de 857 postos de trabalho face ao período

homólogo, e um comportamento inverso no setor das indústrias transformadoras com a redução de 92

(-1,2%) postos de trabalho face ao período homólogo.

UNIDADE: kg dez-16 dez-17VARIAÇÃO

HOMÓLOGA

QUANTIDADE DE PESCA

DESCARREGADA5.744.172 6.354.034 10,6%

FONTE: SREA

UNIDADE: 1000 € dez-16 dez-17VARIAÇÃO

HOMÓLOGA

VALOR DA PESCA DESCARREGADA 25.883 29.477 13,9%

FONTE: SREA

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Relatório e Contas de 2017 31

O consumo acumulado de energia elétrica, até

novembro de 2017, apresentou um ligeiro acréscimo

face a igual período de 2016 (0,3%), tendo-se verificado

uma redução de 0,5% no consumo doméstico e uma

redução de 1,6% na iluminação pública. Em igual período

verificaram-se aumentos no consumo industrial (0,8%),

no comércio e serviços (0,4%) e nos serviços públicos (1,7%).

No mesmo período, a produção acumulada

de energia elétrica teve um ligeiro

decréscimo de 0,6%, com acréscimos na

produção de energia geotérmica (28,2%)

tendo decrescido 4,8% na produção de

energia térmica e 18,6% nas outras energias

alternativas.

Durante o ano de 2017, as vendas acumuladas do

cimento cresceram 22,2% (25.462 Ton.) em relação

a 2016.

A produção local acumulada de cimento, em igual

período, aumentou 24,5% e a importação de

cimento do continente decresceram 1,5%.

O número de licenciamentos de edifícios

aumentou 9,4% (52 licenciamentos), de um total de 551 edifícios licenciados em novembro de 2016, para

603 edifícios licenciados até ao final de

novembro de 2017. Verificou-se também, um

aumento de 28,8% no número de edifícios

novos em construção para habitação,

aumentando de um total de 215 edifícios em construção, para 277 edifícios no mesmo período. O

aumento das vendas de cimento, bem como, o número de edifícios novos em construção, são

reveladores de um comportamento de retoma do setor da construção.

Em 2017, tal como em 2016, o setor da construção civil e obras públicas foi sem dúvida um dos setores

mais afetados pela crise que se viveu na Região Autónoma dos Açores e cuja recuperação está a ser

mais lenta do que nas outras atividades. No entanto, até ao final do 3º trimestre do ano, contribuiu

positivamente para a criação de novos postos de trabalho, colaborando para uma melhoria social na

Região. Com o volume de obras públicas reduzido, com as limitações impostas ao nível da diminuição

dos rácios de transformação dos Bancos, associado a políticas de conceção de crédito mais criteriosas

e restritivas que resultam em menor crédito à habitação, ao investimento e à construção. O aumento

do turismo e recuperação de edifícios antigos nos centros urbanos para a hotelaria e outros

PRODUÇÃO DA ENERGIA

ELÉTRICA MWhnov-16 nov-17

VARIAÇÃO

HOMÓLOGA

TÉRMICA 494.980 471.282 -4,8%

GEOTÉRMICA 136.641 175.159 28,2%

OUTRAS 101.850 82.899 -18,6%

TOTAL 733.471 729.340 -0,6%

FONTE: SREA

VENDAS DE CIMENTO dez-16 dez-17VARIAÇÃO

HOMÓLOGA

QUANTIDADE TOTAL (Ton.) 114.442 139.904 22,2%

FONTE: SREA

PRODUÇÃO DE

CIMENTO (Ton.)dez-16 dez-17

VARIAÇÃO

HOMÓLOGA

PRODUÇÃO LOCAL 102.007 127.026 24,5%IMPORTAÇÃO DO

CONTINENTE13.334 13.534 1,5%

TOTAL 115.341 140.560 21,9%

FONTE: SREA

EDIFÍCIOS nov-16 nov-17VARIAÇÃO

HOMÓLOGA

TOTAL DE EDIFÍCIOS LICENCIADOS 551 603 9,4%CONSTRUÇÕES NOVAS

HABITAÇÕES215 277 28,8%

FONTE: SREA

CONSUMO DE ENERGIA

MWhnov-16 nov-17

VARIAÇÃO

HOMÓLOGA

DOMÉSTICOS 223.698 222.691 -0,5%

TOTAL INDUSTRIAL 120.643 121.613 0,8%

COMÉRCIO E SERVIÇOS 231.819 232.843 0,4%

SERVIÇOS PÚBLICOS 68.785 69.979 1,7%

ILUMINAÇÃO PÚBLICA 27.595 27.141 -1,6%

TOTAL 672.540 674.267 0,3%

FONTE: SREA

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Relatório e Contas de 2017 32

investimentos, também no âmbito do turismo, têm contribuído para animar o setor e reduzir

incertezas.

Durante 2017 desvaneceu-se a opinião de que a evolução das vendas nos Açores continuava a ser

abaixo do esperado, tanto no comércio por grosso como a retalho. As previsões para o volume de

encomendas a fornecedores no setor inverteram a sua tendência do seu trajeto descendente,

associado à retoma económica e ao aumento do consumo privado, influenciando o nível de

aprovisionamentos em armazém, tanto no comércio por grosso como no comércio a retalho.

A criação de novos postos de trabalho e a retoma económica aumentaram o rendimento das famílias,

com reflexos positivos no consumo privado que se fizeram sentir no setor comercial.

A restauração melhorou, influenciada pelo acréscimo de turistas que visitaram a Região.

Durante o ano de 2017, as vendas de veículos

automóveis contribuíram favoravelmente para o

desenvolvimento do setor dos serviços com um

crescimento de 6,3%. As vendas veículos de

mercadorias cresceram 1,1%, foram vendidas 714

viaturas novas de mercadorias. Os veículos ligeiros, por sua vez, cresceram 7,3%. Venderam-se ao longo

do ano 3.632 viaturas ligeiras de passageiros novas, influenciados pela aquisição de viaturas por parte

das empresas de rent-a-car para renovação e aumento das suas frotas, cuja taxa de utilização atingiu

em alguns períodos do ano os 100%, em resultado do aumento de turistas que visitaram os Açores.

O total de mercadorias movimentadas nos portos de Ponta Delgada e Praia da Vitória até setembro de

2017 foi de 507.000 toneladas, o que se traduziu num acréscimo de 13,1% face ao período homólogo. O

movimento total de mercadorias aumentou 8,2% no porto de Ponta Delgada e diminuiu 3,8% no porto

da Praia da Vitória. Os portos de Ponta Delgada e da Praia da Vitória registaram decréscimos do

movimento de mercadorias a nível internacional de -7,2% e de -41,5% respetivamente. A nível nacional

houve um acréscimo do movimento de mercadorias no porto de Ponta Delgada de 13,0% e no porto da

Praia da Vitória o movimento de mercadorias teve também um acréscimo de 13,5%, face ao período

homólogo. A questão dos

transportes marítimos e

designadamente a sua

operacionalização, rotas e

frequência, está a merecer

uma grande atenção por parte dos empresários, solicitando a revisão do atual modelo dos transportes

marítimos.

No que refere ao tráfego nacional, até ao final do

3º Trimestre de 2017, foram carregadas nos portos

AUTOMÓVEIS

NOVOS dez-16 dez-17

VARIAÇÃO

HOMÓLOGA

LIGEIROS 3.384 3.632 7,3%

COMERCIAIS 706 714 1,1%

TOTAL 4.090 4.346 6,3%

FONTE: SREA

UNIDADE: ton.

PORTOS TOTAL CARREGADA DESCARREGADA

PONTA DELGADA 382.000 109.000 273.000

PRAIA DA VITÓRIA 125.000 25.000 100.000

TOTAL 507.000 134.000 373.000

FONTE: INE

TRÁFEGO DE MERCADORIAS

3º TRIMESTRE 2017

UNIDADE: ton.

PORTOS TOTAL NACIONAL INTERNACIONAL TOTAL NACIONAL INTERNACIONAL

PONTA DELGADA 382.000 305.000 77.000 8,2% 13,0% -7,2%

PRAIA DA VITÓRIA 125.000 101.000 24.000 -3,8% 13,5% -41,5%

TOTAL 507.000 406.000 101.000 5,0% 13,1% -18,5%

FONTE: INE

MOVIMENTO DE MERCADORIAS

3º TRIMESTRE 2017TAXA DE VARIAÇÃO HOMÓLOGA %

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Relatório e Contas de 2017 33

dos Açores 134.000 toneladas de mercadorias e foram descarregadas 373.000.

Em 2017 registou-se um aumento de 18,5% de passageiros desembarcados nos aeroportos açorianos. O

número total de passageiros

desembarcados no ano em referência foi

de 1.563.155, proporcionando um

crescimento positivo no âmbito dos

serviços. Contribuiu para este aumento de

passageiros desembarcados, a liberalização do espaço aéreo açoriano e a entrada no mercado das

companhias aéreas low-cost que revolucionaram o valor das tarifas aéreas, reduzindo os preços e

aumentando a procura turística pelo destino Açores. Em igual período o embarque de passageiros nos

aeroportos dos Açores teve um acréscimo de 18,4%. O número total de passageiros embarcados, em

2017, nos aeroportos dos Açores, foi de 1.571.907.

Analisando o tipo de voo dos passageiros

desembarcados nos aeroportos concluímos

que se verificaram aumentos em todo o tipo

de voos, inter ilhas (9,2%), territoriais (26%) e

internacionais (25,9%).

Até ao final de novembro de 2017, o setor do

turismo foi sem dúvida o setor de atividade com

maior dinamismo nos Açores, com os aumentos

homólogos de 16,6% no que se refere ao número

de hóspedes e 15,5% no total de número de

dormidas.

Os hóspedes portugueses da hotelaria tradicional, até final de novembro de 2017 cresceram 15%

enquanto os hóspedes estrangeiros cresceram 18,3% face ao período homólogo.

Em igual período, registou-se um aumento homólogo de 18,0% nas dormidas com origem em Portugal,

que representaram 41% do total de dormidas, e um aumento de 13,8% de dormidas com origem no

estrangeiro, que representaram 59% do total de dormidas.

Destes dados estatísticos podemos concluir que até novembro de 2017, embora tivesse crescido o

número de hóspedes na hotelaria tradicional, o tempo de permanência nos estabelecimentos hoteleiros

da Região reduziu, em especial no segmento dos portugueses, não residentes, que visitam os Açores

com maior frequência em miniférias.

AEROPORTOS DOS AÇORES -

MOVIMENTO DE PASSAGEIROSdez-16 dez-17

VARIAÇÃO

HOMÓLOGA

DESEMBARQUE DE PASSAGEIROS 1.319.489 1.563.155 18,5%

EMBARQUE DE PASSAGEIROS 1.327.486 1.571.907 18,4%

FONTE: SREA

AEROPORTOS DOS AÇORES -

DESEMBARQUE DE PASSAGEIROS

POR TIPO DE VOO

dez-16 dez-17VARIAÇÃO

HOMÓLOGA

DESEMBARQUE DE PASSAGEIROS 1.319.489 1.563.155 18,5%

INTER ILHAS 591.108 645.521 9,2%

TERRITORIAL 573.234 722.361 26,0%

INTERNACIONAL 155.147 195.273 25,9%

FONTE: SREA

HÓSPEDES - HOTELARIA

TRADICIONALnov-16 nov-17

VARIAÇÃO

HOMÓLOGA

PORTUGUESES 248.724 286.075 15,0%

ESTRANGEIROS 239.057 282.754 18,3%

TOTAL 487.781 568.829 16,6%

FONTE: SREA

DORMIDAS - HOTELARIA

TRADICIONALnov-16 nov-17

VARIAÇÃO

HOMÓLOGA

PORTUGUESES 602.279 710.944 18,0%

ESTRANGEIROS 886.176 1.008.428 13,8%

TOTAL 1.488.455 1.719.372 15,5%

FONTE: SREA

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Relatório e Contas de 2017 34

Os maiores números de estrangeiros que visitaram os

Açores, durante os primeiros onze meses de 2017,

tiveram origem na Alemanha (23%), nos Estados

Unidos da América (14%), na Espanha (9%), nos Países

Nórdicos (7%) e na França (7%).

Em novembro de 2017 a oferta na hotelaria tradicional

era de 9.864 camas distribuídas por 88 unidades hoteleiras. A taxa de ocupação/cama mais elevada em

2017 foi de 77,9% durante o mês de agosto.

O Turismo nos Açores tem um elevado potencial ainda não concretizado, embora mereça uma atenção

especial quanto à sua sustentabilidade.

A taxa média de inflação nos Açores, em dezembro de 2017, foi de 1,94% (SREA), valor superior à taxa

de inflação a nível nacional, que em igual período foi de 1,37% (INE). Em 2016, as referidas taxas tinham

sido de 1,23% e 0,61% respetivamente.

Face à conjuntura mundial, comunitária e nacional, o ano de 2017 para os Açorianos, foi um ano ainda

difícil, mas com melhorias do poder de compra face ao ano de 2016, embora o Governo dos Açores

tenha tomado medidas para dinamizar a Economia Regional de modo a fomentar o emprego, o

investimento e o consumo através do reforço da competitividade regional, a melhoria das exportações,

o apoio e incentivo ao desenvolvimento da agricultura, a redução do investimento público, o reforço das

verbas destinadas a apoiar as empresas, o apoio social, e por fim, o reforço das verbas destinadas a

setores produtivos como as pescas e o turismo.

O Novo Banco dos Açores tem sido um Parceiro muito ativo na concretização destas medidas,

participando em todos os Protocolos promovidos pelo Governo dos Açores, cumprindo a sua Missão

enquanto Banco com sede nos Açores.

HÓSPEDES ESTRANGEIROS -

HOTELARIA TRADICIONALnov-17

PESO NO

SETOR

ALEMANHA 64.634 23%

ESTADOS UNIDOS A AMÉRICA 40.095 14%

ESPANHA 25.933 9%

PAÍSES NORDICOS 19.510 7%

FRANÇA 19.316 7%

FONTE: SREA

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Relatório e Contas de 2017 35

ESTRATÉGIA E MODELO DE NEGÓCIO

Atividade Comercial - Estratégia e Modelo de Negócio

O NOVO BANCO DOS AÇORES assume como principais eixos de desenvolvimento e diferenciação

estratégicos, a prestação de serviços caracterizados pela excelência e permanente orientação para as

necessidades de cada Cliente. A sua evolução serve todos os segmentos de Clientes Particulares,

Empresas e institucionais, oferecendo-lhes uma gama abrangente de produtos e serviços financeiros

através de abordagens e propostas de valor diferenciadas, capazes de responder de forma distintiva às

suas necessidades. O posicionamento do NOVO BANCO DOS AÇORES assenta assim em três pilares: (i)

conhecimento aprofundado das necessidades dos diferentes Clientes, (ii) desenvolvimento da oferta em

função das necessidades identificadas e (iii) proposta de soluções mais ajustadas a cada tipologia de

Cliente.

A capacidade de distribuição é um dos fatores fundamentais para o posicionamento competitivo do

Banco nos Açores. A 31 de dezembro de 2017, o NOVO BANCO DOS AÇORES dispunha de uma rede de

retalho de 13 balcões. A rede de balcões é complementada por um centro especializado e totalmente

dedicado ao segmento de Empresas, e um Departamento de Municípios e Institucionais.

4

Retalho – 13 Balcões

Municípios e Institucionais

Médias Empresas – 1 Centro

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Relatório e Contas de 2017 36

Rede de Balcões do NOVO BANCO DOS AÇORES

O NOVO BANCO DOS AÇORES tem prosseguido, desde a sua constituição em julho de 2002, com uma

consistente e clara estratégia de crescimento orgânico no mercado regional, suportada pelo

desenvolvimento de um modelo multiespecialista de abordagem ao mercado e pelo forte dinamismo

comercial junto dos segmentos de Clientes, Particulares e Empresas.

Para além da presença física, o NOVO BANCO DOS AÇORES desenvolveu desde muito cedo uma

abordagem multicanal na sua relação com os Clientes, em particular através da internet, sendo que

esta abordagem tem vindo a ser progressivamente aprofundada. Foi disponibilizado aos nossos

Clientes, em março de 2017, uma aplicação inovadora que junta inteligentes funcionalidades à

vantagem de aceder ao seu banco num dispositivo móvel, onde os nossos Clientes podem visualizar a

sua conta, assim como efetuar compras ou transferências imediatas. No final de dezembro, o NOVO

BANCO DOS AÇORES alcançou 3.110 utilizadores frequentes, este valor reflete a crescente tendência de

utilizadores de serviços bancários através de smartphones ou tablets. Para além da alargada gama de

serviços oferecidos, a NB smart app lidera a preferência dos seus utilizadores, conforme mostram os

“ratings” na App Store e Play Store.

O Retalho manteve a solidificação do sistema de CRM (Customer Relationship Management), que

assegura a integração entre os diferentes canais de interação com os Clientes e do progressivo recurso

a desmaterialização de processos.

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Relatório e Contas de 2017 37

O NOVO BANCO DOS AÇORES, mantém desígnios de crescimento sustentado da sua atividade de

forma a:

Reforçar o posicionamento no mercado regional através da captação de novos Clientes, particulares

e empresas;

Fortalecer o share-of-wallet (em particular na vertente da poupança) na atual base de Clientes,

através de uma oferta diversificada de produtos e serviços inovadores apoiada em iniciativas de

cross-selling e de cross-segment como a bancassurance e o assurfinance;

Apoiar as empresas Açorianas, com enfoque no setor do turismo, pela sua dinâmica positiva e

expansionista em 2017 com uma taxa de crescimento de cerca de 21%, assim como o setor agrícola,

com especial atenção, devido ao relevo que apresenta na economia dos Açores apesar de todas as

dificuldades que tem atravessado.

A eficiência deverá a ser uma das prioridades estratégicas, continuando o esforço de redução do rácio

Cost-to-Income. Adicionalmente, em 2018, o Retalho tem como principal o objetivo aprofundar as

principais linhas orientadoras para segmento e detalhar algumas das alavancas de negócio para atingir

uma maior rentabilidade, relação e reconhecimento.

Banca de Retalho

Na sua abordagem aos Clientes de retalho, o NOVO BANCO DOS AÇORES aposta numa oferta

diversificada e distintiva, de acordo com as necessidades financeiras dos seus Clientes. A criação de

propostas de valor diferenciadas assenta não só no desenvolvimento constante dos produtos e dos

serviços disponibilizados aos Clientes, mas também na adoção de critérios de segmentação ajustados

às características dos Clientes, na elevada qualidade do serviço prestado e na eficácia da comunicação.

Nota: Movimento Financeiro = Recursos + Aplicações

2,5%

1,5%

2,0%

Crescimento da Banca de Retalho

Total de Recursos Total de Aplicações Movimento Financeiro

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Relatório e Contas de 2017 38

Assim, e ao longo dos últimos anos, o NOVO BANCO DOS AÇORES criou propostas de valor inovadoras

ao nível do Retalho, nomeadamente o “NB 360º” para Clientes afluentes, os “Negócios” para pequenas

empresas e empresários em nome individual e os “Particulares de Retalho” para o mass market. Estes

Clientes são atualmente servidos por uma rede de 13 balcões. A atividade de Retalho, em 2017,

desenvolveu-se em torno de três dimensões centrais de atuação: i) impulsionar a economia Açoriana no

apoio às empresas através da concessão de crédito; ii) elevado esforço de captação de recursos; e iii)

manutenção de importantes níveis de cross-selling.

Ao nível da captação de recursos, registou-se um acréscimo de 1,9% face a 2016. Para apoiar o

crescimento dos recursos foram lançadas várias campanhas publicitárias, para além do lançamento de

várias soluções inovadoras, a campanha de Recursos “A Pouparia” e a Poupança NB Júnior “Entre no

desafio da poupança, ao ritmo da dança”, são exemplos disso.

Adicionalmente, observou-se em 2017 uma elevada dinâmica de captação de Clientes, mais de 2.200,

fruto da articulação entre a rede de balcões e os principais canais de captação de Clientes (em

particular os programas Cross-segment, Imobiliárias, Assurfinance e Promotores Externos).

No 2º semestre de 2017 foram lançadas as campanhas “Pense Novo” e “Com estas condições os seus

sonhos têm mais cor”, com o objetivo de dinamizar a produção de crédito a particulares e de modo a

acompanhar a recuperação que se tem vindo a assistir, nomeadamente no mercado imobiliário, o que

permitiu um crescimento de 52% na produção de Crédito à Habitação face a 2016, o que corresponde a

uma produção de cerca de 22 milhões de euros.

PARCERIAS NOVO BANCO DOS AÇORES

As Parcerias do NOVO BANCO DOS AÇORES, comparativamente com às existentes no mercado,

sobrepõem-se pela singularidade que representam em termos de programa e de abrangência

comercial. Neste enquadramento, estas condições são substanciais no domínio da atividade e da

relação, na qual se inserem os nossos parceiros na atuação e as áreas comerciais de maior

conhecimento e relevância. Entende-se que as vastas operações vão desde o Imobiliário, aos Seguros,

passando pela captação de novos Clientes, Recursos e Crédito – Habitação/Consumo.

As Parcerias, no seu conceito atual, revestem-se de maior importância para o fator da produção, que

aliado a uma rede de balcões NOVO BANCO DOS AÇORES proporciona a dimensão de cariz produtiva

positiva de resultados anuais.

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Relatório e Contas de 2017 39

O NOVO BANCO DOS AÇORES está presente em cinco ilhas da Região Autónoma dos Açores, com treze

balcões, o que representa para as Parcerias uma zona de conforto geográfico significativo, dispersando

a sua ação comercial e encaminhamento de Clientes para os balcões de relação, apoiando

incondicionalmente toda a panóplia de produtos – oferta comercial do Banco.

Comparativamente a anos anteriores, 2017 foi um ano sui generis na versão global do crédito à

habitação. Nesta vertente do negócio, o aumento da produção evidenciado pelas Imobiliárias traduziu-

se como resultado afirmativo, indo de encontro ao objetivo do forte incremento que o Banco pretende

adquirir na dimensão do crescimento.

No âmbito da continuidade e do desenvolvimento das Parcerias, as Imobiliárias, a Assurfinance –

Agentes de Seguros, e dos Promotores Externos, a vantagem continua no aumento da rede de

Parceiros na sua essência produtiva e de relação com o NOVO BANCO DOS AÇORES, bem como na

inovação dos processos constitutivos exigidos pela nova Diretiva dos Mercados de Instrumentos

Financeiros – DMIF II 2018.

Nos últimos anos, temos assistido à consolidação das Parcerias como rede externa de captação,

intensificadora e representativa do prolongamento dos nossos balcões junto dos Clientes, não

descurando o forte impacto contributivo na defesa reputacional do Banco. No futuro, a perspetiva é de

desenvolvimento e apoio progressivo para sustentar uma cooperação de sucesso entre as Parcerias e o

NOVO BANCO DOS AÇORES.

RESIDENTES NO ESTRANGEIRO O NOVO BANCO DOS AÇORES afirma-se como um banco de dimensão regional, com uma profunda

ligação às comunidades de emigrantes açorianos. Desta forma, em 2017, o NOVO BANCO DOS AÇORES

continuou a acompanhar os seus Clientes residentes no estrangeiro.

Neste segmento, a utilização de novas tecnologias, nomeadamente a ferramenta NBnet, é uma aposta

estratégica essencial com vista a manter uma relação de proximidade com os Clientes.

O NOVO BANCO DOS AÇORES acredita que os seus Clientes residentes no estrangeiro são, muitas

vezes, uma extensão do próprio Banco além-fronteiras, pelo que encara como fundamental a prestação

de um serviço de excelência neste domínio, de forma a responder às necessidades e manutenção da

satisfação dos Clientes.

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Relatório e Contas de 2017 40

NB 360º – Do Compromisso ao Detalhe

O NB 360° garante um elevado padrão de qualidade, através do acompanhamento permanente de um

gestor dedicado e especializado, de uma oferta exclusiva e de soluções adequadas às necessidades

especificas dos Clientes. A competitividade da

proposta de valor do segmento 360° assenta num

conjunto de iniciativas estratégicas e distintivas,

das quais se destacam:

• O compromisso NB 360°, criado para pessoas que

exigem respostas rigorosas e eficazes, para quem

não tem tempo a perder, para quem precisa de um

gestor sempre disponível e para quem acredita que

os prazos são para cumprir. A tangibilidade da

excelência no serviço ao Cliente em objetivos concretos, assegurando uma postura profissional,

rigorosa e dedicada com eficácia na resolução de problemas e uma atitude proativa na apresentação

das melhores soluções para as necessidades de cada Cliente;

• A oferta competitiva, ou seja, a oferta de produtos inovadores que respondem às necessidades dos

Clientes afluentes, como é o caso da oferta de produtos estruturados e da poupança por impulso e em

áreas que vão para além das necessidades financeiras, com ofertas específicas para saúde e lazer.

O desempenho deste segmento tem contribuído para o crescimento do NOVO BANCO DOS AÇORES,

com uma relevância reforçada num contexto de mercado, em que a liquidez ganhou importância. O

segmento representa mais de 60% do total de recursos do retalho, constituindo assim uma base

estável de funding do NOVO BANCO DOS AÇORES.

Negócios no Retalho – Apoio Micro e Pequenas Empresas dos Açores

Os sinais de crescimento (IAE – Indicador de Atividade Económica) na economia dos Açores são muito

similares face a 2016, onde verificou-se uma inversão. No que diz respeito à venda do cimento, ao

Nota: Movimento Financeiro = Recursos + Aplicações

-3,0%

6,2%

-1,0%

Crescimento do segmento NB 360º (Afluentes)

Total de Recursos

Total de Aplicações

Movimento Financeiro

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Relatório e Contas de 2017 41

desembarque dos passageiros nos aeroportos e ao turismo (dormidas em estabelecimentos hoteleiros),

obteve-se um crescimento médio, em 2017, de 18,6%, com destaque para a venda de cimento (22,3%).

No entanto, o Turismo é um setor de grande relevância, desde a liberalização dos transportes aéreos.

Tendo por base este contexto, o NOVO BANCO DOS AÇORES apostou no crescimento deste segmento

por via da concessão de “Crédito Negócios”, com forte impacto nas receitas de produto bancário, e pela

captação de novos “clientes tesouraria”, isto é, com maioria da tesouraria no NOVO BANCO DOS

AÇORES.

Durante o ano de 2017, a produção de “Crédito Negócios” superou os 10,6 milhões de euros, com um

crescimento no stock deste tipo de crédito, face a 2016, de 3,1milhões de euros. De destacar que esta

produção foi efetuada em 180 novos contratos pelo que o valor médio por contrato é de 51 mil euros.

De referir que, no ano de 2017, captou-se 228 novas empresas e ENI’s e aumentou-se o stock em 104

TPA’s.

O ano de 2017 ficou também marcado pela aposta no setor do Turismos, que tem vindo a crescer na

região, contribuindo para a obtenção dos resultados mencionados anteriormente, visto que 1,4 milhões

de euros da produção de Crédito Negócios foram efetuadas neste setor. Trata-se de um setor em

crescimento e que junto com o setor Agrícola são considerados pilares da economia na Região. Este

ano foi também marcado pela continuidade da aposta no setor agrícola, opção que contribuiu de forma

decisiva para a obtenção dos resultados mencionados anteriormente visto que 28% da produção de

“Crédito Negócios” foi efetuada neste setor. O setor Agrícola é um dos principais setores dos Açores,

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Relatório e Contas de 2017 42

produtor de bens transacionáveis com potencial de exportação e com representatividade em termos

nacionais, onde vamos continuar a apostar em 2018.

É ainda importante referir que desde 2014, o NOVO BANCO DOS AÇORES tornou-se no Banco exclusivo

para os agricultores da Ilha Terceira, visto ser o único que possibilita a antecipação do subsídio “Prémio

aos Produtores de Leite”. Foi assim satisfeita uma reivindicação de alguns anos. Através desta parceria

com a Associação Agrícola da Ilha Terceira foram concedidos cerca de 884 mil euros de crédito em

mais de 50 agricultores no ano de 2017. Esta parceria irá continuar no ano de 2018.

Com base numa análise prévia dos elementos económico financeiros de todas as empresas da região,

selecionamos um conjunto de empresas clientes e não clientes, onde o NOVO BANCO DOS AÇORES

pretende ser o seu principal parceiro financeiro. Estas empresas, denominadas “Negócios com Futuro”,

estão a ser alvo de uma abordagem específica, sendo desenvolvida uma oferta competitiva ao nível das

condições de tesouraria e de crédito. Pretende-se em 2018 dar continuidade a esta ação.

O NOVO BANCO DOS AÇORES certificou 15 empresas do segmento de negócios como PME Líder. O

objetivo do Banco é continuar a crescer neste segmento de empresas. É com esta orientação

estratégica que vamos procurar em 2018 continuar a aumentar a quota de mercado das Micro e

Pequenas Empresas.

Particulares de Retalho – Pense Novo

O ano de 2017 revelou uma crescente evolução na economia regional, o que consolidou a dinâmica de

retoma da própria economia. Esta evolução, em novembro do referido ano, apresentou um crescimento

cerca de 2,4%, refletindo-se no comportamento dos diferentes indicadores, nomeadamente no

Nota: Movimento Financeiro = Recursos + Aplicações

13,6%

3,4%

8,0%

Crescimento do segmento Negócios (Retalho)

Total de Recursos Total de Aplicações Movimento Financeiro

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Relatório e Contas de 2017 43

aumento exponencial do turismo com uma taxa de crescimento na ordem dos 21%, em comparação do

período homólogo. Também neste período, os Açores foram considerados a região do País com maior

crescimento do turismo, recaindo de igual forma no desembarque dos passageiros nos aeroportos (um

aumento de 19%), assim como no crescimento da venda de automóveis novos em 30,6%. A evolução dos

levantamentos nas caixas multibanco da Região Autónoma dos Açores foi um dos indicadores notórios,

atingindo um montante total de 51.143 mil euros em dezembro, o que corresponde a um crescimento

homólogo de 4,7%. O consumo de energia nos setores da Industria e dos Serviços, permitiu aludir um

desempenho global positivo na atividade económica regional, tendo em conta períodos homólogos de

2016.

No entanto, persiste a preocupação com os níveis de desemprego elevados e falsamente mitigados. O

problema do desemprego não se resolve com programas ocupacionais de expressão cada vez maior e

que acabam por anular atividades privadas. Esta questão é um facto a ser resolvido, de forma a

atenuar os 8,2% de taxa de desemprego existentes no último trimestre de 2017.

Estas melhorias sentidas na economia portuguesa, em 2017, repercutiram-se nos

particulares, nomeadamente através do aumento da taxa de emprego e do aumento

do rendimento familiar disponível, o que contribuiu para o aumento da procura de

crédito (tanto ao nível do crédito à habitação, como do crédito ao consumo), e ainda

pelo contínuo reforço da necessidade de poupança.

Neste contexto, o NOVO BANCO DOS AÇORES reforçou o seu posicionamento ao

nível da oferta de produtos de crédito, assim como de poupança e de proteção do

quotidiano, indo assim ao encontro das prioridades das famílias.

Ao nível da poupança é de destacar a oferta de Poupança Programada e Micro

Poupança, que continua como pioneira na satisfação e consequente subscrição dos Clientes, tendo em

conta que alarga substancialmente o universo de famílias com poupança regular, quer por via de

entregas mensais, a partir de pequenos montantes (10 euros), quer por via do

arredondamento de um conjunto vasto de movimentos (cartões

de débito e seguros, etc.), permitindo a cada família poupar com

toda a conveniência. Em complemento, o lançamento de produtos

de aforro competitivos e inovadores numa lógica de diversificação

e obtenção de maiores rentabilidades para os Clientes, como a

Conta Rendimento Trimestral, o DP NB Reforços, e o DP 3 anos

Taxa Crescente, acompanhados por ações de comunicação de

elevada visibilidade, contribuíram de forma decisiva para o

crescimento significativo.

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Relatório e Contas de 2017 44

“Temos a prestação dos seus sonhos” – “Um banco que facilita o dia a dia e o mês a mês. Pense Novo”

– “E se sobrar mês no final do ordenado?” - “A Pouparia – Seja o primeiro a saber as últimas da

poupança” e “Não fique de fora e comece a poupar” – são as campanhas em destaque nos Canais

Diretos que suportam os novos conceitos de poupança, como a Poupança Programada, a Poupança NB

Jovem, as soluções Conta Rendimento Trimestral e o DP NB 18M taxa crescente. Além disso existem

cada vez mais condições vantajosas ao nível de crédito pessoal e de habitação para este segmento, que

reforçam este novo conceito de poupança.

Em destaque, continuamos com o Orçamento Familiar, que

apoia o esforço de poupança das famílias portuguesas,

permitindo uma visão rápida e fácil do seu perfil de despesas e

receitas, de forma totalmente integrada através do NBnet. No

ano de 2017, realçamos a contínua aposta inovadora no

processo de transações monetárias MoneyGram, que permite

enviar e receber dinheiro em apenas 10 minutos de uma forma

segura, prática e rápida, alcançando diversos pontos do

mundo.

O NOVO BANCO DOS AÇORES surgiu em 2017, novamente, como

parceiro associado ao Cartão Interjovem, iniciativa do Governo dos

Açores que visa promover a mobilidade e o turismo juvenil entre as ilhas

da Região Autónoma Açores, reforçando a sua posição como único Banco

com sede nos Açores. Para o efeito é disponibilizado um desconto de 10%

na aquisição do Cartão Interjovem com abertura de conta nos Balcões do NOVO BANCO DOS AÇORES

e possibilita a aquisição gratuita do cartão caso o Cliente domicilie o seu ordenado.

Nota: Movimento Financeiro = Recursos + Aplicações

9,3%

1,5%

4,0%

Crescimento do segmento de Particulares(Retalho)

Total de Recursos Total de Aplicações Movimento Financeiro

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Relatório e Contas de 2017 45

Formação

A política de formação do Banco é encarada como uma ferramenta de gestão de elevada relevância

que permite desenvolver competências e motivar os colaboradores com o objetivo centrado na

melhoria contínua da qualidade do atendimento e no desenvolvimento da relação com o Cliente.

Em 2017, reforçou-se a aposta na formação com mais horas, a qual abrangeu os participantes nas

seguintes ações de formação:

Conhecimento da Moeda e Nota Euro;

Crédito Ordenado;

Common Reporting Standard (CRS);

Foreign Account Tax Compliance Act (FACTA);

Fiscalidade – Alterações Relevantes IRS 2016;

Pessoas Diretamente Envolvidas na Atividade de Mediação de Seguros (PDEVS);

Prevenção do Branqueamento de Capitais e Financiamento do Terrorismo;

Remessas Internacionais – MoneyGram;

Segurança da Informação;

Segurança e Saúde no Trabalho;

Up-Grade Gestor Negócios;

On-Job Banca Seguros;

Risco Global;

Compliance;

Atitude e Proatividade;

Diretiva dos Mercados de Instrumentos Financeiros II (DMIF II).

Em suma, a consolidação das abordagens segmentadas suportou o crescimento da Banca de Retalho,

onde importa destacar:

Evolução positiva do saldo de recursos, com um crescimento de 1,9%;

Evolução do crédito a particulares com um elevado grau de seletividade, que se traduziu num

aumento de 52%, com uma produção de 22 milhões de euros;

Captação de 2.277 Clientes sendo que o número total de Clientes ativos no retalho é 31.302, o

que representa um aumento de 1% face a 2016. Como suporte para estes resultados esteve o

forte contributo do Cross-segment com 40 %, os Promotores com 4% e os canais Assurfinance

com 5%.

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Relatório e Contas de 2017 46

Empresas

A atividade da Direção de Empresas em 2017 desenvolveu-se num período de retoma económica nos

Açores, em particular em São Miguel, alavancada essencialmente no crescimento do setor do turismo.

A liberalização a 29 de março de 2015 das ligações aéreas entre São Miguel e Terceira ao Continente

Português foi devidamente aproveitada pelas companhias de aviação Low-Cost, em especial pela

Ryanair, permitindo um incremento de vários milhares de turistas.

Manteve-se a mesma atitude preventiva de antecipação à potencial quebra de valor de ativos, através

do acompanhamento permanente não apenas do crédito vencido mas também do crédito concedido.

Em consequência, foi possível recuperar junto de alguns Clientes, importantes níveis de imparidade,

contribuindo para os resultados do Banco.

A ação de proximidade aos Clientes dos segmentos de Grandes, Pequenas e Médias Empresas foi uma

constante.

A oferta para a área de empresas foi ainda reforçada com a disponibilização pelo Banco de diversas

linhas de apoio, das quais se destaca a Linha Capitalizar Mais, entre outras

Procurou-se manter as características largamente reconhecidas pelos Clientes do Banco: oferta

inovadora, soluções únicas e exclusivas, abrangendo as diferentes necessidades: apoio à gestão de

tesouraria, apoios ao investimento e cobertura de risco entre outras.

Durante 2017 deu-se continuidade ao plano de formação para os colaboradores, com o objetivo de

reforçar as competências coletivas e individuais com vista à melhoraria do acompanhamento e

aconselhamento dos seus Cliente e das soluções disponibilizadas pelo Banco.

No âmbito da entrada em vigor a 3 de janeiro de 2018 da Diretiva Europeia “DMIF II – Nova Diretiva dos

Mercados de Instrumentos Financeiros”, teve lugar durante os meses de setembro a novembro de 2017

uma formação intensiva a qual culminou com uma certificação presencial em dezembro.

Esta exigência surge no contexto de uma crescente preocupação com a proteção dos investidores e

define que as empresas de investimento devem assegurar que os Colaboradores que, em nome da

empresa, prestam serviços de consultoria para investimento ou dão informações a investidores sobre

produtos financeiros e serviços de investimento, principais ou auxiliares, possuem os conhecimentos e

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Relatório e Contas de 2017 47

as competências necessárias para satisfazer os requisitos regulamentares e legais e os padrões de

ética empresarial, indispensáveis ao cumprimento das suas obrigações.

A captação de novos Clientes manteve-se como um dos principais objetivos da ação da Direcção de

Empresas,

Em termos de informação quantitativa, a Direcção de Empresas originou em 2017 um Volume de

Negócios de 97.5 milhões de euros.

Ao nível dos Recursos de Clientes, verificou-se um saldo final da ordem dos 29,2 milhões de euros. Em

termos de decomposição, 44,0% corresponde saldos em depósitos à ordem, sendo os restantes 56.0%,

maioritariamente, Depósitos a Prazo.

Em termos de Aplicações, o saldo final foi de 67,9 milhões de euros. Neste agregado, a variável de maior

relevância foi o Crédito Directo que atingiu em termos médios os 49,8 milhões de euros (62,2 milhões de

euros em 2016), correspondendo a 73.3% do Crédito Total da Direcção de Empresas.

Ao nível do crédito por assinatura, o valor global de garantias prestadas atingiu em 2017, em termos

médios, o saldo de 9,7 milhões de euros correspondendo a 14,3% do total do Crédito da Direcção de

Empresas.

Nas operações de desintermediação financeira e, em especial, em relação ao Leasing Mobiliário e

Imobiliário, o saldo médio verificado em 2017 foi da ordem dos 16,2 milhões de euros, correspondendo a

23.9% do total do Crédito verificado da Direcção de Empresas.

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Relatório e Contas de 2017 48

Municípios e Institucionais

O ano de 2017 no segmento dos Municípios e Institucionais, acabou por se traduzir num ano de elevada

instabilidade ao nível da variação do movimento financeiro que no primeiro semestre de 2017 chegou a

atingir uma variação negativa da ordem do 2,7%, demonstrando a recuperação encetada relativamente

ao início do ano marcado pela amortização de empréstimos de elevado valor e que acabaram por criar

elevada instabilidade na linha de crescimento da atividade comercial do D.M.I. Já no terceiro trimestre

de 2017, o crescimento já foi notório, atingindo uma variação positiva da ordem dos 10,8%, resultado do

elevado crescimento nos recursos, que atingiram os 28,4%. Esta elevada variação permitiu atingir um

movimento financeiro que ultrapassou os 100 milhões de euros.

O desenvolvimento da atividade

comercial observou um

aumento dos recursos, até ao

terceiro trimestre de 2017,

permitindo que os

constrangimentos do início do

ano fossem ultrapassados. Em

relação à variável crédito,

observou-se também uma recuperação muito interessante, embora no final do exercício, resultado do

conjunto de reestruturações, nomeadamente no setor público administrativo e empresarial, tivesse

forte impacto na carteira de crédito. Ao nível das operações aprovadas, existiram algumas com

processos de contratação finalizados e que não chegaram à fase da sua utilização, pois o

financiamento dos investimentos em causa foi coberto por fundos próprios das instituições. Assim, se

tivesse havido a utilização na íntegra destas mesmas operações, ter-se-ia observado um crescimento

positivo nesta variável, mas acabou por não acontecer. Além disso observou-se no âmbito da legislação

em vigor, a extinção de algumas empresas municipais, que no âmbito deste processo vieram a liquidar

na totalidade os financiamentos obtidos, processo este que teve reflexos no desenvolvimento da

variável “CRÉDITO”. Neste contexto o rácio de transformação situou-se nos 80,5%. Este rácio irá

permitir a focalização na rentabilidade para o exercício de 2018 e por esta via, existem condições

objetivas para o crescimento da concessão de crédito. De qualquer forma, a ação comercial focalizou-

se na retenção e angariação de Recursos apresentando resultados positivos no que se refere aos

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Relatório e Contas de 2017 49

Depósitos à Ordem que cresceram em 2017 aproximadamente 1,3 mihões de euros, correspondendo a

uma variação positiva de 10,7%.

Como objetivo estratégico, manteve-se o modelo em que o DMI trabalhou de uma forma mais profunda

e transversal os atuais Clientes, procurando responder às necessidades específicas da gestão financeira

das instituições de caráter público.

A relação desta Direção com o Setor Institucional tem vindo, ano após ano, a ganhar maior

importância, uma vez que o Setor Público apresenta um peso da ordem dos 30% no total da população

ativa ou, 27,1% se considerarmos a população empregada e ainda em relação ao PIB Regional, cujas

“Receitas Públicas” representam aproximadamente 37% e, se acrescentarmos o Setor Autárquico e

Empresarial do Estado, o peso relativo situa-se acima dos 50%, o que demonstra a elevada importância

que o Estado/Setor Público Regional têm no mercado regional açoriano.

O exercício de 2017 no segmento Municípios e Institucionais, pautou-se por um decréscimo da atividade

financeira, da ordem dos 15,7%, nomeadamente pela influência dos Recursos a Prazo, pois nos Recursos

à Ordem, conforme já referido anteriormente, o crescimento foi muito positivo. O Movimento

Financeiro decresceu no último trimestre do ano, em especial no mês de Novembro e Dezembro,

resultado da mobilização de elevados montantes no âmbito da atividade do Setor Publico

Administrativo e Empresarial Regional, observando-se uma variação negativa da ordem dos 17,9%,

originando que o saldo final atingisse um valor correspondente da ordem dos 44 Milhões de euros e

num decréscimo do Crédito concedido, da ordem dos 12,9%, correspondente a um Saldo no final do

exercício da ordem dos 37 Milhões de euros, com operações aprovadas, que se tivessem sido utilizadas,

este valor seria da ordem dos 48,3 Milhões de euros, ou seja a variação negativa teria sido invertida em

positiva.

Embora durante o ano, sazonalmente tenha havido aumento do movimento financeiro, por via do

aumento dos Recursos, esta variação positiva permitiu que o Movimento Financeiro do segmento tenha

crescido no terceiro trimestre na ordem dos 10,8 %, correspondente a aumento do saldo médio na

ordem dos 15 milhões de euros, consolidando-se assim num valor global superior a 100 Milhões de

euros, em termos de saldo de Balanço, nomeadamente da ordem dos 106 Milhões de euros.

Ao nível da sua atividade, o setor

governamental, nomeadamente o

Tesouro e a Segurança Social, foram

as áreas de maior importância,

embora o setor da Saúde apresente

um peso elevado no relacionamento

com o Banco. Segue-se o Setor

Autárquico, embora as empresas

municipais tenham deixado de ter

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Relatório e Contas de 2017 50

uma importância acrescida, devido ao processo de extinção de muitas delas.

Neste exercício, manteve-se o apoio à gestão da tesouraria global da Rede Integrada de Apoio ao

Cidadão – RIAC e ainda a gestão da área afeta ao Emprego, em que os fluxos comunitários passaram

também a ser geridos pelo Banco. Além disso, também foi uma realidade a manutenção da gestão da

tesouraria global da Segurança Social dos Açores, cada vez mais consolidada, representando um

projeto de elevada importância para o Banco e um contributo de elevado relevo para o desempenho do

D.M.I. na melhoria da quota de mercado, que tem sido uma realidade, desde a sua criação.

Fundações, Escolas Secundárias, Centrais Sindicais, etc, foram áreas de intervenção do D.M.I., embora

com dimensão mais reduzida, mas sempre com elevada importância de atuação, nomeadamente no

âmbito do Novo Quadro Comunitário de Apoio.

Em relação às áreas de atuação da

Direção, os principais enfoques

centraram-se na captação de Clientes de

pequena dimensão, como por exemplo as

Juntas de Freguesia, os Centros Socio-

culturais e Paroquiais e as Comissões

Fabriqueiras das Igrejas.

Além disso, a atuação na captação das

tesourarias das Instituições foi muito

importante, com a colocação de

Terminais Automáticos de Pagamentos (TPA’s).

O pagamento de salários e a fornecedores através do Banco, apresenta um crescimento muito

interessante, observando-se a utilização do formato XML no sistema NBNet, permitindo assim

minimizar os custos afetos ao Banco e criar maior eficiência na gestão destes processos por parte das

Instituições.

A responsabilidade social do D.M.I. tem estado sempre presente na sua atuação, até mesmo o

relacionamento e a proximidade com as Instituições Particulares de Solidariedade Social – IPSS’s, com

os Centros Sociais e Paroquiais e muitas outras instituições de cariz social.

Assim, em 2017, o rumo definido para o exercício, embora com alguma instabilidade resultante do clima

que se vive nos mercados financeiros, acabou neste segmento por ter um desempenho positivo,

permitindo também ajudar num contexto global do Banco a minimizar os efeitos nefastos da crise já

referenciada.

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Relatório e Contas de 2017 51

RECURSOS HUMANOS

Em 31 de dezembro de 2017 o NB dos Açores apresentava um quadro de pessoal com 79 colaboradores.

Em comparação com o final do ano de 2016, registou-se um decréscimo de 4 Colaboradores (-4,8%).

Os Colaboradores do Banco encontram-se distribuídos entre as áreas comerciais (83,5%) e serviços

centrais (16,5%).

83 79

2016 2017

Evolução do Número de Colaboradores

Áreas de atividade 2016 2017

Áreas Comerciais 84,3% 83,5%

Serviços Centrais 15,7% 16,5%

5

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Relatório e Contas de 2017 52

Regista-se uma maior concentração de Colaboradores do Banco, nas funções específicas e

administrativas. Tanto as funções específicas como as administrativas representam 38% do quadro de

pessoal

A Ilha de S. Miguel, onde se encontra sedeada a empresa e a maioria dos seus balcões, concentra 81%

dos colaboradores.

A média etária dos colaboradores do banco registou um ligeiro aumento para cerca de 43,1 anos (2016:

42,6 anos). Os Colaboradores com mais de 50 anos representam 32,9% do total do quadro de Pessoal.

2

19

30 32

2

17

30 30

Di rectivas Chefias Funções Específicas Administrativas

Distribuição dos Colaboradores por Funções

2016 2017

Distribuição dos Colaboradores por Ilha

2016 2017

Ilha de S. Miguel 80,8% 81,1%

Ilha Terceira 10,8% 10,1%

Ilha do Faial 2,4% 2,5%

Ilha do Pico 3,6% 3,8%

Ilha de Stª Maria 2,4% 2,5%

Total 100 ,0% 100,0%

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Relatório e Contas de 2017 53

A antiguidade média dos Colaboradores do Banco situa-se nos 18,9 anos (2016: 18,3 anos).

No que respeita à formação académica, verificou-se um aumento significativo da percentagem de

colaboradores com formação superior. A proporção de colaboradores licenciados no quadro de pessoal

do Banco, no ano de 2017, aumentou e atingiu o valor de 57%, enquanto no início da atividade, em 2002,

apenas 10% dos colaboradores do Banco eram licenciados.

15 ,7%

3 6,1%

15,7%

32,5%

19,0%

34,2%

13 ,9%

32,9%

Menos de 30 anos Entre 30 e 40 anos Entre 40 e 50 anos Mais de 50 anos

Distribuição dos Colaboradores por Grupo Etário

2016

2017

Formação académica 2016 2017

Ensino Secundário 44,6% 43,0%

Ensino Superior 55,4% 57,0%

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Relatório e Contas de 2017 54

ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE

Principais indicadores

Relativamente ao exercício de 2017 salientamos:

- o resultado líquido foi positivo e atingiu os 1.957 milhares de euros tendo a sua evolução positiva sido

marcada pelo aumento do produto bancário comercial e pela diminuição na constituição de

imparidade para crédito;

- os recursos de Clientes registaram um decréscimo de 2,4% e o crédito concedido a Clientes registou

uma variação homóloga de -1,7%;

- o rácio Cost to Income registou uma evolução de 52,3% em 2016 para 63,2% em 2017 e o rácio Cost to

Income comercial situou-se nos 66,9% (65,9% em 2016);

ATIVIDADE

Relativamente à evolução da atividade no ano de 2017 destacamos o seguinte:

- o ativo líquido do banco situou-se nos 538,6 milhões de euros registando um decréscimo de 17,0% em

relação a 2016;

- os recursos de Clientes registaram um decréscimo de -2,4%;

- os recursos totais de Clientes, incluindo a desintermediação, apresentam uma descida de -3,5%;

- o crédito concedido a Clientes registou um decréscimo de cerca de 6,3 milhões de euros (-1,7%);

6

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Relatório e Contas de 2017 55

RÁCIO DE TRANSFORMAÇÃO

No ano de 2017 o crédito concedido a Clientes registou uma evolução negativa. Após um período com

evolução positiva, desde setembro de 2015 até dezembro de 2016, no ano de 2017 a concessão de

crédito a Clientes registou, em termos médios, uma evolução negativa, comparativamente com os

períodos homólogos.

Milhares de euros

Evolução da Atividade 31-dez-16 31-dez-17Variação

(% )

Ativo 648 .604 5 3 8 .5 60 -17,0%

Crédito a Clientes (bruto ) 3 76.5 04 3 70.220 -1,7%

Crédito a Particulares 238.332 239.936 0,7%

- Habitação 216.000 216.364 0,2%

- Outro Crédito a Particulares 22.332 23.572 5,6%

Crédito a Empresas 138.172 130.284 -5,7%

Recursos Tota is de Clientes 3 91.768 3 78 .05 1 -3 ,5 %

Recursos de Clientes 353.664 345.033 -2,4%

Recursos de Desintermediação 38.104 33.018 -13,3%

Valores médios

Evolução do Crédito a Clientes (var iação face ao per íodo homólog o do ano anter ior )

1,6%

-0,2%

-2,6%

-5,5% -5,2%

-3,3%

-1,8%

0,1%

2,4%

-0,5%

-1,9%

-1,8%

-2,5%

dez-14 mar-15 jun-15 set-15 dez-15 mar-16 jun-16 set-16 dez-16 mar-17 jun-17 set-17 dez-17

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Relatório e Contas de 2017 56

O rácio de transformação de Depósitos em Crédito situou-se em 100,6% (99,5% em 2016).

CAPITAIS PRÓPRIOS

Os capitais próprios e equiparados totalizaram 38,6 milhões de euros, valor superior em cerca de 2.8

milhões de euros ao final do ano anterior (35,8 milhões de euros).

O capital social do Banco, no valor de 18,6 milhões de euros, encontra-se representado por 3.727.500

ações com um valor nominal de 5 euros cada.

Milhares de euros

Rácio de Transformação 31-dez-16 31-dez-17

CRÉDITO A CLIENTES

Créd ito a Clientes (bruto ) 3 76.5 04 3 70 .220

Imparidade 24.579 23.226

Crédito a Clientes (líquido) 351.925 346.994

RECURSOS DE BALANÇO

Recursos de Clientes 353.664 345.033

RÁCIOS DE TRANSFORMAÇÃO

Depósitos de Clientes em Crédito (1) 99,5% 100,6%

(1) - Crédito a Clientes líquido de imparidade

Milhares de euros

Capital Próprio 31-dez-16 31-dez-17 Variação

Capital 18.638 18.638 -

Prémios de Emissão 6.681 6.681 -

Reservas de Reavaliação -6.546 -5.891 -10,0%

Outras Reservas e Resultados Transitados 15.387 17.226 12,0%

Resultado do Exercício 1.678 1.957 16,6%

Dividendos Antecipados 0 0 -

Total 3 5 .8 3 8 3 8 .611 7,7%

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Relatório e Contas de 2017 57

RESULTADOS

Os resultados alcançados pelo NB dos Açores no exercício de 2017 apresentaram-se positivos em 1.957

milhares de euros.

Para o nível de resultados obtidos contribuíram decisivamente os seguintes fatores:

- aumento do produto bancário comercial em 627 milhares de euros (+5,7%);

- aumento dos custos operativos em 522 milhares de euros (+7,2%);

- redução das imparidades em cerca de 1,6 milhões de euros (-81,1%)

Milhares de euros

Absoluta Relativa

Resultado Financeiro 5.844 6.142 298 5,1%

+ Serviço Clientes 5.080 5.409 329 6,5%

= Produto Bancário Comercial 10.924 11.551 627 5,7%

+ Resultado Operações Financeiras e Diversos 2.849 664 -2.185 -76,7%

= Produto Bancário 13.773 12.215 -1.558 -11,3%

- Custos Operativos 7.202 7.724 522 7,2%

= Resultado Bruto 6.571 4 .4 91 -2.080 -31,7%

- Imparidade - Reposições 1.929 364 -1.565 -81,1%

Risco Crédito 1.424 -56 -1.480 -103,9%

Títulos 0 0 0 -

Outras 505 419 -86 -17,0%

- Provisões para Outros Riscos e Encargos 1.681 539 -1.142 -67,9%

= Resultado antes Impostos 2.961 3.588 627 21,2%

- Impostos 1.283 1.631 34 8 27,1%

Impostos Correntes 1.180 611 -569 -48,2%

Impostos Diferidos -358 556 914 -255,3%

Contribuição s/ Sector Bancário 461 464 3 0,6%

= Resultado Líquido 1.678 1.957 279 16,6%

Var iação 2017Variáveis 2016

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Relatório e Contas de 2017 58

PRODUTO BANCÁRIO

Verifica-se que o resultado financeiro ganhou algum peso (+7,9 p.p. que em 2016), na composição do

produto bancário, atingindo os 50,3% (42,4% em 2016). O peso dos proveitos por serviços prestados a

Clientes regista também um elevado acréscimo, passando de 36,9% em 2016 para 44,3% em 2017. O

resultado das operações financeiras e diversos diminuiu o seu peso no produto bancário ao evoluir para

5,4%.

RESULTADO FINANCEIRO E MARGEM

A evolução das taxas de mercado e a política de preços adotada pelo Banco em 2017, combinado com a

evolução registada nos recursos de Clientes e no crédito concedido, influenciou o comportamento da

margem financeira que se situou nos 1,05% (0,87% em 2016).

EVOLUÇÃO DA ESTRUTURA DO PRODUTO BANCÁRIO

42 ,4%50,3%

36,9%

44,3%

20,7%

5, 4%

2016 2017

Res ultado Financeiro Serviços Clientes Res ultados Mercados

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Relatório e Contas de 2017 59

O resultado financeiro atingiu 6.142 milhares de euros e registou uma variação positiva de 298 milhares

de euros em relação a 2016, influenciado pelo decréscimo dos proveitos obtidos na concessão de

Crédito e em Outras Aplicações, inferior face à diminuição verificada nos custos pagos por Depósitos e

Outros Recursos.

CUSTOS OPERATIVOS

A evolução dos custos de funcionamento (aumento de 7,2% em termos homólogos) foi determinada

pelo comportamento verificado nos Gastos Gerais Administrativos (+21,0%) e nas Amortizações

(+23,5%), com os Custos com Pessoal a reduzirem-se 5,9%,

0, 85%

0, 90%

0, 94%

0, 92%

0, 93%

0, 87%

0, 81%

0, 79% 0, 79% 0, 79% 0, 80%

0, 87%

0,83%

0,90%

0,81%

0,93%

0,90%

0,87%

0,98%

1,01%1,02%

1,03%1,04% 1,05%

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ag o Set Out Nov Dez

Evolução da Margem Financeira

2016 2017

Milhares de euros

Resultado Financeiro 2016 2017 variação

Proveitos (Juros At ivos) 13 .665 11.63 5 -2.03 0

- de Crédito 10.307 9.492 -815

- de Outras Aplicações 3.358 2.143 -1.215

Custos (Juros Passivos) 7.8 21 5 .493 -2.3 28

- de Depósitos 3.311 2.522 -789

- de Outros Recursos 4.510 2.971 -1.539

Resultado Financeiro 5 .8 44 6.142 298

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Relatório e Contas de 2017 60

A evolução referida para os Gastos Gerais Administrativos e Amortizações incorpora, respetivamente,

uma reclassificação do imobilizado em curso como custos do exercício de 772 mil euros e a

amortização extraordinária de ativos obsoletos e/ou não geradores de benefícios de 331 mil euros.

PRODUTIVIDADE E EFICIÊNCIA

A evolução registada no Produto Bancário Comercial e nos Custos Operativos conduziu a uma

diminuição no Cost to Income comercial (sem mercados) com uma variação homologa de +1,0 p.p.. O

Cost to Income global assinalou um aumento de 10,9 p.p.. As variações referidas foram influenciadas

por registos não recorrentes nos Custos Operativos.

A evolução verificada no total do Ativo, nos Custos Operativos e no número de colaboradores

originaram um aumento no rácio Custos Operativos/Ativo Líquido Médio e uma diminuição no

indicador Ativo por Empregado.

Milhares de euros

Absoluta Relativa

Custos com Pessoal 3.774 3.553 -221 -5,9%

Gastos Gerais Administrativos 2.537 3.069 532 21,0%

Amortizações 892 1.102 210 23,5%

Total 7.203 7.724 521 7,2%

CUSTOS OPERATIVOS 20172016Variação

Ind icadores de Produt ividade e Efic iência 2016 2017 Variação

Cost to Income (sem mercados) 65,9% 66,9% 1,0 p.p.

Cost to Income (com mercados) 52,3% 63,2% 10,9 p.p.

Custos Operativos / Ativo Médio 1,05% 1,28% 0,23 p.p.

Ativo por Empreg ado (€.000) 7.805 6.817 -12,7%

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Relatório e Contas de 2017 61

IMPARIDADE

O ano de 2017 foi marcado por uma reposição de imparidade para crédito, enquanto em 2016 se tinha

registado um reforço de imparidade de 1,4 milhões de euros. A imparidade relativa ao crédito, em 31 de

dezembro de 2017, regista um valor acumulado de 23,2 milhões de euros.

Milhares de euros

Absoluta Relativa

para Crédito a Clientes 1.424 -56 -1.480 -103,9%

para Ativos financeiros detitos para venda 0 0 0 0

para Ativos não financeiros 505 419 -86 -17,0%

para Outros Riscos e Encargos 1.681 539 -1.142 -67,9%

Total 3 .610 903 -2.707 -75 ,0%

2016 2017Variação

Dotações para Provisões / Imparidades

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Relatório e Contas de 2017 62

%

SOLVABILIDADE

Fundos Próprios/Ativos de Risco (1) 11,2 13,5

Fundos Próprios de Base/Ativos de Risco (1) 11,2 13,5

Core Tier I /Ativos de Risco (1) 11,2 13,5

QUALIDADE DO CRÉDITO

Crédito com Incumprimento / Crédito Total (1) 6,5 5,7

Crédito com Incumprimento, líquido / Crédito Total, líquido (1) 0,0 -0,9

Crédito em Risco / Crédito Total (1) 10,5 10,2

Crédito em Risco, líquido / Crédito Total, líquido (1) 4,2 4,2

RENDIBILIDADE

Resultado antes de Impostos e de Interesses Minoritários / Ativo Líquido médio (1) 0,4 0,6

Produto Bancário /Ativo Líquido médio (1) 2,0 2,0

Resultado antes de Impostos e de Interesses Minoritários / Capitais Próprios médios (1) 8,2 9,8

EFICIÊNCIA

Custos de Funcionamento (1)+ Amortizações / Produto Bancário (1) 52,3 63,2

Custos com Pessoal / Produto Bancário (1) 27,4 29,1

TRANSFORMAÇÃO

(Crédito Total- Provisões para Crédito)/ Depósitos de Clientes (1) 99,5 100,6

( 1) De acordo com a definição constante da Instrução nº16/2004 do Banco de Portugal, na versão em vigor

INDICADORES DE REFERÊNCIA DO BANCO DE PORTUGAL

31-dez-16 31-dez-17

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Relatório e Contas de 2017 63

Evolução previsível da Sociedade

O NOVO BANCO DOS AÇORES tem como principal eixo de desenvolvimento e de diferenciação

estratégica a prestação de serviços caracterizados pela excelência e pela permanente orientação para

as necessidades de cada Cliente. Este é o vetor central da Instituição e continuará no futuro a ser o seu

objetivo e desafio no sentido de satisfazer as necessidades dos Clientes. O NOVO BANCO DOS AÇORES,

através da sua atividade, tem também o propósito de criar valor para os Acionistas e promover o bem-

estar e a realização profissional dos seus Colaboradores. É seu dever permanente contribuir ativamente

para o desenvolvimento económico, social e cultural da Região Autónoma dos Açores e das

comunidades em que exerce a sua atividade. O NOVO BANCO DOS AÇORES também tem o objetivo de

desenvolvimento de uma estratégia de Sustentabilidade.

As principais linhas de ação estratégica são:

Constante melhoria da Qualidade de Serviço;

Garantir a manutenção de Rácios de Solvabilidade de acordo com as normas exigidas pela

Supervisão;

Inovação nos produtos e tecnologias de forma a refletir a adaptação do Banco a novas

necessidades e hábitos dos Clientes;

Melhoria da Eficiência da Estrutura do Banco;

Reforço do Posicionamento Doméstico através da:

Captação de novos Clientes e Recursos, particulares e empresas;

Concessão de Crédito de bom risco;

Sustentação da Rendibilidade futura, através de uma contínua melhoria da Margem Financeira;

Gestão prudente dos Riscos, em matéria de Controlo de Crédito Vencido e de

Provisões/Imparidades.

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Relatório e Contas de 2017 64

ANÁLISE DO RISCO DE CRÉDITO

Estrutura da Carteira de Crédito

A carteira de crédito apresentou em 31 de dezembro de 2017, um decréscimo de -1,7%, face ao final do

exercício anterior. Este decréscimo reflete o nível de crescimento económico da Região Autónoma dos

Açores no contexto de crescimento da economia nacional, bem como uma política de crédito praticada

pelo Novo Banco dos Açores, que tem por base análises de risco cada vez mais criteriosas em função da

situação envolvente. A atual política de crédito do Banco continua direcionada, por um lado, para

produtos de baixo risco destinados a particulares, onde se verificou um acréscimo de 0,2% no Crédito à

Habitação e 5,6% no Outro Crédito a Particulares, neste segmento de mercado e, por outro, para o

segmento de empresas, procurando sempre uma política de diversificação da carteira de crédito,

privilegiando-se os setores e empresas de melhor rating. Com o rigor implementado nas análises de

risco de crédito a empresas, associado ao decréscimo da procura de crédito para grandes

investimentos por parte das empresas dos diversos setores de atividade, o Novo Banco dos Açores,

durante o ano de 2017, reduziu o crédito concedido a empresas em 5,7%, desenvolvendo todos os

esforços e dando o seu contributo para a manutenção e desenvolvimento do tecido empresarial do

Região.

milhares de euros

Tipo de Crédito 31-dez-16 31-dez-17 %

Crédito Total (bruto) 376.504 370.220 -1,7%

Habitação 216.000 216.364 0,2%

Particulares (outro) 22.332 23.572 5,6%

Empresas 138.172 130.284 -5,7%

7

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Relatório e Contas de 2017 65

Qualidade de Crédito

Durante o ano de 2017, tal como nos anos anteriores, continuou-se o esforço de melhoria assinalável ao

nível do perfil de risco da atividade creditícia, dando continuidade à tendência verificada desde a

constituição do Banco.

O rácio do crédito vencido há mais de 90 dias situou-se em 4,64% (Dez.16: 5,0%).

As políticas de crédito seguidas pelo Banco, a melhoria e o reforço das garantias associadas às

operações creditícias, o bom ritmo de recuperação de crédito e o ligeiro abrandamento da

sinistralidade, tiveram como consequência um menor esforço de provisionamento da carteira de

crédito, resultante do rigor e prudência em função da conjuntura atual e imposições da supervisão, e da

aplicabilidade das normas prudenciais em vigor. Como corolário desta tendência, o custo de imparidade

no ano de 2017 situou-se em 0,00%, (Dez.16: 0,40%).

A política de reforço de garantias associadas às operações creditícias seguida pelo Banco, a

recuperação de crédito vencido e a respetiva reposição de imparidade implicou um aumento do nível da

cobertura de crédito vencido por imparidade, que se situou nos 135,6 %.

5,00%

4,64%

Dez.16 Dez.17

-0,36 p.p.

Crédito Vencido (>90 dias) / Crédito a Clientes

0,40%

0,00%

Dez.16 Dez.17

-0,40 p.p.

Custo da Imparidade do CréditoImparidade líquida de recuperações e de

créditos abatidos / Crédito a Clientes

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Relatório e Contas de 2017 66

Este desempenho é o corolário da prioridade atribuída nos últimos anos ao desenvolvimento da função

risco, bem como aos instrumentos de apoio à decisão, continuando o caminho de reforço de garantias e

da maior seletividade do crédito, não obstante a recuperação económica e financeira RAA, que nos

permite continuar a encarar o futuro com otimismo.

130,5%

135,6%

Dez.16 Dez.17

+5,1p.p.

Cobertura do Crédito VencidoImparidade para Crédito / Crédito Vencido > 90 dias

absoluta relativa

DADOS DE BASE (milhares de euros)

Crédito a Clientes (bruto) 376 504 370 220 -6 284 -1,7%

Crédito Vencido 18 927 17 525 -1 402 -7,4%

Crédito Vencido > 90 dias 18 832 17 132 -1 700 -9,0%

Crédito em Risco (1) 39 495 37 650 -1 845 -4,7%

Crédito Reestruturado (2) 27 316 29 798 2 482 9,1%

Crédito Reestruturado não incluido no Crédito em Risco(2) 13 465 14 494 1 029 7,6%

Imparidade para Crédito 24 579 23 226 -1 353 -5,5%

INDICADORES (%)

Crédito Vencido / Crédito a Clientes (bruto) 5,0 4,7 -0,3 p.p.

Crédito Vencido > 90 dias / Crédito a Clientes (bruto) 5,0 4,6 -0,4 p.p.

Crédito em Risco(1)

/ Crédito a Clientes (bruto) 10,5 10,2 -0,3 p.p.

Crédito Reestruturado(2)

/ Crédito a Clientes (bruto) 7,3 8,0 0,8 p.p.

Crédito Reestruturado não incluido no Crédito em Risco(2)

/

Crédito a Clientes (bruto)3,6 3,9 0,3 p.p.

Imparidade para Crédito / Crédito Vencido 129,9 132,5 2,7 p.p.

Imparidade para Crédito / Crédito Vencido > 90 dias 130,5 135,6 5,1 p.p.

Imparidade para Crédito / Crédito em Risco(1) 62,2 61,7 -0,5 p.p.

Imparidade para Crédito / Crédito a Clientes 6,5 6,3 -0,3 p.p.

Carga de Imparidade para Crédito 0,4 0,0 -0,4 p.p.

(1) De acordo com a definição constante da Instrução nº23/2011 do Banco de Portugal.(2) De acordo com a definição constante da Instrução nº32/2013 do Banco de Portugal.

QUALIDADE DO CRÉDITO A CLIENTES

31-dez-16Variação

31-dez-17

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Relatório e Contas de 2017 67

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

8

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Relatório e Contas de 2017 68

(em milhares de euro)

ATIVO

1.Caixa e disponibilidades em bancos centrais............................................................................................................................................................................. 5 113 0 5 113 4 842

2.Disponibilidades em outras instituições de crédito ............................................................................................................................ 9 606 0 9 606 11 075

3.Ativos financeiros detidos para negociação.................................................................................................................................. 19 0 19 3

4.Outros ativos financeiros ao justo valor através de resultados.................................................................................................... 0 0 0 0

5.Ativos financeiros disponíveis para venda.................................................................................................................................... 44 367 0 44 367 42 493

6.Aplicações em instituições de crédito ............................................................................................................................................... 112 019 0 112 019 214 552

7.Crédito a clientes............................................................................................................................................................................... 370 220 23 226 346 994 351 925

8.Investimentos detidos até à maturidade............................................................................................................................................. 0 0 0 0

9.Ativos com acordo de recompra..................................................................................................................................................... 0 0 0 0

10.Derivados de cobertura................................................................................................................................................................... 0 0 0 0

11.Ativos não correntes detidos para venda..................................................................................................................................... 0 0 0 0

12.Propriedades de investimento......................................................................................................................................................... 0 0 0 0

13.Outros ativos tangíveis.................................................................................................................................................................. 9 045 4 310 4 735 5 167

14.Ativos intangíveis.......................................................................................................................................................................... 4 308 4 099 209 1 416

15.Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos............................................................................................... 0 0 0 0

16.Ativos por impostos correntes...................................................................................................................................................... 918 0 918 0

17.Ativos por impostos diferidos........................................................................................................................................................ 2 692 0 2 692 4 730

18.Outros ativos................................................................................................................................................................................. 13 210 1 322 11 888 12 401

TOTAL DO ATIVO 571 517 32 957 538 560 648 604

PASSIVO

1.Recursos de bancos centrais........................................................................................................................................................... 0 0 0 0

2.Passivos financeiros detidos para negociação................................................................................................................................ 232 0 232 10

3.Outros passivos financeiros ao justo valor atraves de resultados................................................................................................... 0 0 0 0

4.Recursos de outras instituições de crédito ........................................................................................................................................ 151 074 0 151 074 253 958

5.Recursos de clientes e outros empréstimos..................................................................................................................................... 345 033 0 345 033 353 664

6.Responsabilidades representadas por títulos................................................................................................................. 0 0 0 0

7.Passivos financeiros associados a activos transferidos............................................................................................ 0 0 0 0

8.Derivados de cobertura................................................................................................................................................. 502 0 502 816

9.Passivos não correntes detidos para venda............................................................................................................... 0 0 0 0

10.Provisões...................................................................................................................................................................... 945 0 945 934

11.Passivos por impostos correntes............................................................................................................................... 391 0 391 722

12.Passivos por impostos diferidos................................................................................................................................ 0 0 0 783

13.Instrumentos representativos de capital.................................................................................................................... 0 0 0 0

14.Outros passivos subordinados.................................................................................................................................. 0 0 0 0

15.Outros passivos......................................................................................................................................................... 1 772 0 1 772 1 879

TOTAL DO PASSIVO 499 949 0 499 949 612 766

CAPITAL PRÓPRIO

16.Capital......................................................................................................................................................................... 18 638 0 18 638 18 638

17.Prémios de emissão.................................................................................................................................................... 6 681 0 6 681 6 681

18.Outros instrumentos de capital................................................................................................................................... 0 0 0 0

19.Ações próprias........................................................................................................................................................ 0 0 0 0

20.Reservas de reavaliação............................................................................................................................................( 5 891 ) 0 ( 5 891 ) ( 6 546 )

21.Outras reservas e resultados transitados................................................................................................................. 17 226 0 17 226 15 387

22.Resultado do exercício ............................................................................................................................................... 1 957 0 1 957 1 678

23.Dividendos antecipados............................................................................................................................................ 0 0 0 0

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 38 611 0 38 611 35 838

TOTAL DO PASSIVO + CAPITAL PRÓPRIO 538 560 0 538 560 648 604

N OVO B A N C O D OS A ÇOR ES, SA

B A LA N ÇO EM 31 D E D EZ EM B R O D E 2017 E 2016

B A LA N ÇO

31 de dezembro 2017

31 de dezembro

2016VA LOR A N T ES

D E

IM P A R ID A D E E

A M OR T IZ A ÇÕES

IM P A R ID A D E E

A M OR T IZ A ÇÕESVA LOR LÍ QUID O

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Pedro Miguel Nave Matias Rodrigues Coelho Jaime José Matos da Gama

Gualter José Andrade Furtado

Isabel Maria Ferriera Possantes Rodrigues Cascão

Luís Miguel Alves Ribeiro

Mário Jorge Tapada Gouveia

António Manuel da Silva Nogueira Rodrigues

Gustavo manuel Frazão de Medeiros

José Francisco Gonçalves Silva

Zita Maria Medeiros Correia Magalhães Sousa

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Relatório e Contas de 2017 69

1. Juros e rendimentos similares.............................................................................................................. 11.681 13.702

2. Juros e encargos similares.................................................................................................................... 5.539 7.858

M argem F inanceira 6.142 5.844

3. Rendimentos de instrumentos de capital........................................................................................ 729 249

4. Rendimentos de serviços e comissões.......................................................................................... 6.069 5.636

5. Encargos com serviços e comissões.............................................................................................. 659 563

6. Resultados de activos e passivos avaliados ao justo

valor através de resultados........................................................................................................... 11 452

7. Resultados de activos financeiros

disponíveis para venda................................................................................................................... 4 1.526

8. Resultados de reavaliação cambial............................................................................................ (232) 87

9. Resultados de alienação de outros activos.................................................................................. 7 (233)

10. Outros resultados de exploração..................................................................................................... (320) 315

P ro duto bancário 11.751 13.313

11. Custos com pessoal............................................................................................................................. 3.553 3.774

12. Gastos gerais administrativos......................................................................................................... 3.069 2.537

13. Amortizações do exercício ........................................................................................................... 1.102 892

14. Provisões líquidas de reposições e anulações........................................................................ 539 1.681

15. Imparidade do crédito líquida de reversões e de recuperações (55) 1.424

16. Imparidade de outros activos financeiros líquida

de reversões e recuperações............................................................................................................ 0 0

17. Imparidade de outros activos líquida de

reversões e recuperações.................................................................................................................. 419 505

R esultado antes de impo sto s 3.124 2.500

Impostos 1.167 822

18. Correntes................................................................................................................................................ 611 1.180

19. Diferidos.................................................................................................................................................. 556 (358)

R esultado apó s impo sto s 1.957 1.678

Do qual: Resultado líquido após impostos

de operações descontinuadas....................................................................................................... 0 (58)

NOVO B ANCO DOS AÇORES, SA

DEMONST RAÇÃO DE RESULT ADOS DOS EXERCÍCIOS FINDOS

EM 31 DE DEZEMB RO DE 2017 E 2016

D EM ON ST R A ÇÃ O D E R ESULT A D OS31 de dezembro

2017

31 de dezembro

2016

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Pedro Miguel Nave Matias Rodrigues Coelho Jaime José Matos da Gama

Gualter José Andrade Furtado

Isabel Maria Ferriera Possantes Rodrigues Cascão

Luís Miguel Alves Ribeiro

Mário Jorge Tapada Gouveia

António Manuel da Silva Nogueira Rodrigues

Gustavo manuel Frazão de Medeiros

José Francisco Gonçalves Silva

Zita Maria Medeiros Correia Magalhães Sousa

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Relatório e Contas de 2017 70

NOTAS FINAIS

Declaração de conformidade sobre a informação financeira apresentada

Os membros do Conselho de Administração do Novo Banco dos Açores, SA, declaram que:

- as demonstrações financeiras do Novo Banco dos Açores, SA, relativas aos exercícios findos em 31

de Dezembro de 2016 e em 31 de Dezembro de 2017 foram preparadas de acordo com as Normas

Internacionais de Contabilidade (NIC’s), tal como definido pelo Banco de Portugal no Aviso 5/2015

de 30 de dezembro de 2015;

- tanto quanto é do seu conhecimento as demonstrações financeiras referidas na alínea anterior

dão uma imagem verdadeira e apropriada do ativo e do passivo, da situação financeira e dos

resultados do NB dos Açores, de acordo com as referidas Normas e foram objeto de aprovação

na reunião do Conselho de Administração realizada no dia 28 de fevereiro de 2018

- o relatório de gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição

financeira do NB dos Açores no exercício de 2017 e contém uma descrição sobre a evolução

previsível da sociedade.

Ponta Delgada, 28 de fevereiro de 2018

O Conselho de Administração do Novo Banco dos Açores, SA

Jaime José Matos da Gama Gualter José Andrade Furtado Isabel Maria Ferreira Possantes Rodrigues Cascão Luís Miguel Alves Ribeiro Mário Jorge Tapada Gouveia António Manuel da Silva Nogueira Rodrigues Gustavo Manuel Frazão de Medeiros José Francisco Gonçalves Silva Zita Maria de Medeiros Correia Magalhães Sousa

9

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Relatório e Contas de 2017 71

Proposta de Aplicação de Resultados

Proposta de Aplicação de Resultados

Considerando o Resultado Líquido do Exercício do Novo Banco dos Açores, no montante de

1.956.977,67 euros, referente ao exercício de 2017 e ainda a qualidade e robustez dos Rácios

de Solvabilidade e todos os indicadores de solidez do Banco, o Conselho de Administração

propõe para aprovação na Assembleia Geral a seguinte proposta de aplicação de Resultados,

nos termos da alínea b) do Artº 376º do Código das Sociedades Comerciais e em

conformidade com o Artº 28º dos Estatutos:

50 % para Reservas

50 % para Distribuir pelos Acionistas

O Conselho de Administração recomenda ainda aos acionistas que reservem um valor até

10% do seu dividendo para ser distribuído pelos Colaboradores do Banco a título de prémio

pela capacidade de resiliência demonstrada nos últimos anos num quadro de atividade muito

difícil, pela dedicação ao Banco demonstrada e principalmente pelo seu contributo para os

Resultados Positivos alcançados pela Instituição. Este prémio será fixado pela Comissão

Executiva e, entre vários fatores, terá em conta a avaliação dos Colaboradores em relação à

2017 que está em curso e termina brevemente.

Esta proposta de Aplicação de Resultados parte do pressuposto que não existe nenhuma

orientação ou restrição legal nesta matéria por parte das Autoridades Monetárias e de

Supervisão Bancária.

O Conselho de Administração

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Relatório e Contas de 2017 72

Agradecimento

O Conselho de Administração do Novo Banco dos Açores manifesta o seu agradecimento pela

confiança dos seus Clientes e Acionistas, pela lealdade e dedicação dos seus Colaboradores e pela

cooperação das Autoridades Governamentais e de Supervisão.

Ponta Delgada, 28 de fevereiro de 2018

O Conselho de Administração do Novo Banco dos Açores

Jaime José Matos da Gama Gualter José Andrade Furtado Isabel Maria Ferreira Possantes Rodrigues Cascão Luís Miguel Alves Ribeiro Mário Jorge Tapada Gouveia António Manuel da Silva Nogueira Rodrigues Gustavo Manuel Frazão de Medeiros José Francisco Gonçalves Silva Zita Maria de Medeiros Correia Magalhães Sousa

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Relatório e Contas de 2017 73

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS

10

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Relatório e Contas de 2017 74

(milhares de euros)

31.12.2017 31.12.2016

Juros e proveitos similares 5 11 681 13 702

Juros e custos similares 5 ( 5 539) ( 7 858)

Margem financeira 6 142 5 844

Rendimentos de instrumentos de capital 19 729 249

Rendimentos de serviços e comissões 6 6 069 5 636

Encargos com serviços e comissões 6 ( 659) ( 563)

Resultados de ativos e passivos ao justo valor através de resultados 7 11 452

Resultados de ativos financeiros disponíveis para venda 8 4 1 526

Resultados de reavaliação cambial 9 ( 232) 87

Resultados da alienação de outros ativos 10 7 ( 233)

Outros resultados de exploração 11 ( 320) 315

Proveitos operacionais 11 751 13 313

Custos com pessoal 12 ( 3 553) ( 3 774)

Gastos gerais administrativos 14 ( 3 069) ( 2 537)

Depreciações e amortizações 23 e 24 ( 1 102) ( 892)

Provisões líquidas de anulações 28 ( 539) ( 1 681)

Imparidade do crédito líquida de reversões e recuperações 21 55 ( 1 424)

Imparidade de outros ativos líquida de reversões e recuperações 25 ( 419) ( 505)

Custos operacionais ( 8 627) ( 10 813)

Resultado antes de impostos 3 124 2 500

Impostos

Correntes 29 ( 611) ( 1 180)

Diferidos 29 ( 556) 358

Resultado após impostos 1 957 1 678

Do qual: Resultado após impostos de operações descontinuadas - ( 58)

Resultado líquido do exercício 1 957 1 678

Resultados por ação básicos (em euros) 15 0,53 0,4514

Resultados por ação diluídos (em euros) 15 0,53 0,45

As notas explicativas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras

NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A.

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS DOS EXERCÍCIOS

FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016

Notas

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Relatório e Contas de 2017 75

(milhares de euros)

31.12.2017 31.12.2016

Resultado líquido do exercício 1 957 1 678

Outro rendimento integral do exercício

Itens que não serão reclassificados para resultados

Benefícios de longo prazo ( 1 170) ( 2 358)

Imposto sobre benefícios de longo prazo ( 66) ( 82)

( 1 236) ( 2 440)

Itens que poderão vir a ser reclassificados para resultados

Alterações de justo valor, líquidas de imposto 1 892 ( 1 027)

1 892 ( 1 027)

Total do rendimento integral do exercício 2 613 ( 1 789)

NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A.

As notas explicativas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras

DEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO INTEGRAL

DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016

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Relatório e Contas de 2017 76

(milhares de euros)

Notas 31.12.2017 31.12.2016

Ativo

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 16 5 113 4 842

Disponibilidades em outras instituições de crédito 17 9 606 11 075

Ativos financeiros detidos para negociação 18 19 3

Ativos financeiros disponíveis para venda 19 44 367 42 493

Aplicações em instituições de crédito 20 112 019 214 552

Crédito a clientes 21 346 994 351 925

Outros ativos tangíveis 23 4 735 5 167

Ativos intangíveis 24 209 1 416

Ativos por impostos correntes 29 918 -

Ativos por impostos diferidos 29 2 692 4 730

Outros ativos 25 11 888 12 401

Total de Ativo 538 560 648 604

Passivo

Passivos financeiros detidos para negociação 18 232 10

Recursos de outras instituições de crédito 26 151 074 253 958

Recursos de clientes 27 345 033 353 664

Derivados para gestão de risco 22 502 816

Provisões 28 945 934

Passivos por impostos correntes 29 391 722

Passivos por impostos diferidos 29 - 783

Outros passivos 30 1 772 1 879

Total de Passivo 499 949 612 766

Capital Próprio

Capital 31 18 638 18 638

Prémios de emissão 31 6 681 6 681

Reservas, resultados transitados e outro rendimento integral 32 11 335 8 841

Resultado líquido do exercício 1 957 1 678

Total de Capital Próprio 38 611 35 838

Total de Passivo e Capital Próprio 538 560 648 604

NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A.

As notas explicativas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras

BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016

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Relatório e Contas de 2017 77

(milhares de euros)

Reservas de

justo valor

Outras reservas,

resultados

transitados e Outro

rendimento

integral

Total

Saldo em 31 de dezembro de 2015 * 18 638 6 681 3 196 5 052 8 248 3 864 37 431

Rendimento integral:

Alterações de justo valor, líquidas de imposto (ver Nota 32) - - ( 1 027) - ( 1 027) - ( 1 027)

Desvios atuariais, líquidos de imposto - - - ( 2 440) ( 2 440) - ( 2 440)

Resultado líquido do exercício - - - - - 1 678 1 678

Total do rendimento integral do exercício - - ( 1 027) ( 2 440) ( 3 467) 1 678 ( 1 789)

Constituição de reservas - - - 3 864 3 864 ( 3 864) -

Outros movimentos - - - 196 196 - 196

Saldo em 31 de dezembro de 2016 18 638 6 681 2 169 6 672 8 841 1 678 35 838

Rendimento integral:

Alterações de justo valor, líquidas de imposto (ver Nota 32) - - 1 892 - 1 892 - 1 892

Desvios atuariais, líquidos de imposto - - - ( 1 236) ( 1 236) - ( 1 236)

Resultado líquido do exercício - - - - - 1 957 1 957

Total do rendimento integral do exercício - - 1 892 ( 1 236) 656 1 957 2 613

Constituição de reservas - - - 1 678 1 678 ( 1 678) -

Outros movimentos - - - 160 160 - 160

Saldo em 31 de dezembro de 2017 18 638 6 681 4 061 7 274 11 335 1 957 38 611

* - reexpresso

NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A.

DEMONSTRAÇÃO DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO

DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016

As notas explicativas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras

CapitalPrémios de

emissão

Resultado

líquido do

exercício

Total do

Capital

Próprio

Reservas, resultados transitados e outro rendimento

integral

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Relatório e Contas de 2017 78

(milhares de euros)

Notas 31.12.2017 31.12.2016

Fluxos de caixa de atividades operacionais

Juros e proveitos recebidos 11 782 14 053

Juros e custos pagos ( 6 579) ( 8 750)

Serviços e comissões recebidas 6 069 5 636

Serviços e comissões pagas ( 659) ( 563)

Recuperações de créditos 454 623

Contribuições para o fundo de pensões ( 485) ( 273)

Pagamentos de caixa a empregados e fornecedores ( 4 468) ( 2 347)

6 114 8 379

Variação nos ativos e passivos operacionais:

Ativos financeiros ao justo valor através de resultados 217 453

Aplicações em outras instituições de crédito 102 584 83 698

Recursos de outras instituições de crédito ( 101 949) ( 102 559)

Crédito a clientes 4 673 1 885

Recursos de clientes e outros empréstimos ( 8 556) 11 329

Derivados para gestão de risco ( 7) 49

Outros ativos e passivos operacionais ( 3 030) ( 6 911)

Fluxos de caixa líquidos das atividades operacionais, antes de impostos

sobre os lucros 46 ( 3 677)

Impostos sobre os lucros pagos ( 2 163) ( 2 449)

Fluxos de caixa líquidos das atividades operacionais ( 2 117) ( 6 126)

Fluxos de caixa das atividades de investimento

Dividendos recebidos 729 249

Compra de ativos financeiros disponíveis para venda ( 146) ( 405)

Venda de ativos financeiros disponíveis para venda 761 1 537

Compra de ativos tangíveis ( 128) ( 53)

Compra de ativos intangíveis - ( 619)

Fluxos de caixa líquidos das atividades de investimento 1 216 709

Variação líquida em caixa e seus equivalentes ( 901) ( 5 417)

Caixa e equivalentes no início do exercício 12 549 17 945

Efeitos da alteração da taxa de câmbio em caixa e seus equivalentes ( 20) 21

Variação líquida em caixa e seus equivalentes ( 901) ( 5 417)

Caixa e equivalentes no fim do exercício 11 628 12 549

Caixa e equivalentes engloba:

Caixa 16 5 113 4 842

Disponibilidades em outras instituições de crédito 17 9 606 11 075

Disponibilidades em Bancos Centrais de natureza obrigatória (a) 17 ( 3 091) ( 3 368)

Total 11 628 12 549

(a) o NBA constitui as suas reservas mínimas indirectamente através do Novo Banco, S.A. (ver Nota 17)

As notas explicativas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras

NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A.

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016

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Relatório e Contas de 2017 79

NOVO BANCO AÇORES, S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 (Montantes expressos em milhares de euros, exceto quando indicado)

NOTA 1 – ATIVIDADE

O Novo Banco Açores, S.A. (Banco ou NBA) é uma instituição financeira com sede em Ponta Delgada,

Açores, Portugal. Para o efeito possui as indispensáveis autorizações das autoridades portuguesas,

Banco Central e demais agentes reguladores para operar em Portugal.

O Banco iniciou a sua atividade no dia 1 de julho de 2002, resultado de uma aliança estratégica entre o

Grupo Banco Espírito Santo e a Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada para a constituição de

um banco vocacionado para a satisfação das necessidades financeiras da Região Autónoma dos

Açores, através de uma forte ligação às Misericórdias Açorianas e às comunidades de emigrantes

açorianos.

A 3 de agosto de 2014, e na sequência da Medida de Resolução aplicada pelo Banco de Portugal ao

Banco Espírito Santo, seu acionista maioritário, o BES dos Açores foi incluído no perímetro de

consolidação do Grupo NOVO BANCO. Em outubro de 2014, por deliberação da Assembleia Geral e após

autorização do Banco de Portugal, foi alterada a denominação social do BES dos Açores para NOVO

BANCO DOS AÇORES, acompanhando a marca definida para o acionista maioritário.

O Banco dedica-se à obtenção de recursos de terceiros, sob a forma de depósitos ou outros, os quais

aplica, conjuntamente com os seus recursos próprios, na concessão de crédito, em títulos e em outros

ativos, prestando ainda outros serviços bancários. Para tal, o Banco conta com uma rede de 13

agências (31 de dezembro de 2016: 15 agências) e um centro de empresas.

O Banco faz parte do Grupo NOVO BANCO, pelo que as suas demonstrações financeiras são

consolidadas pelo NOVO BANCO, S.A., com sede na Avenida da Liberdade nº 195, em Lisboa.

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Relatório e Contas de 2017 80

NOTA 2 – PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

2.1. Bases de apresentação

No âmbito do disposto no Regulamento (CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19

de julho de 2002, e do Aviso n.º 5/2015 de 7 de dezembro, do Banco de Portugal, as demonstrações

financeiras do Novo Banco dos Açores, S.A. (Banco ou NBA) são preparadas de acordo com as Normas

Internacionais do Relato Financeiro (IFRS), tal como definidas e adotadas pela União Europeia e em

vigor à data de 31 de dezembro de 2016.

As IFRS incluem as normas contabilísticas emitidas pelo International Accounting Standards Board

(IASB) e as interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretation Committee

(IFRIC), e pelos respetivos órgãos antecessores.

As políticas contabilísticas utilizadas pelo Banco na preparação das suas demonstrações financeiras

referentes a 31 de dezembro de 2017, são consistentes com as utilizadas na preparação das

demonstrações financeiras anuais com referência a 31 de dezembro de 2016.

Tal como descrito na Nota 38, o Banco adotou na preparação das demonstrações financeiras

referentes a 31 de dezembro de 2017, as normas contabilísticas emitidas pelo IASB e as interpretações

do IFRIC de aplicação obrigatória desde 1 de janeiro de 2017. As políticas contabilísticas utilizadas pelo

Banco na preparação das demonstrações financeiras descritas nesta nota, foram adotadas em

conformidade. A adoção destas novas normas e interpretações em 2017 não teve um efeito material

nas contas do Banco.

As normas contabilísticas e interpretações recentemente emitidas mas que ainda não entraram em

vigor e que o Banco ainda não aplicou na elaboração das suas demonstrações financeiras podem

também ser analisadas na nota 38.

As demonstrações financeiras estão expressas em milhares de euros, arredondado ao milhar mais

próximo. Foram preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, com exceção dos ativos e

passivos registados ao seu justo valor, nomeadamente instrumentos financeiros derivados, ativos e

passivos financeiros ao justo valor através dos resultados, ativos financeiros disponíveis para venda e

ativos e passivos cobertos na sua componente que está a ser objeto de cobertura.

A preparação de demonstrações financeiras de acordo com as NIC requer que o Banco efetue

julgamentos e estimativas e utilize pressupostos que afetam a aplicação das políticas contabilísticas e

os montantes de proveitos, custos, ativos e passivos. Alterações em tais pressupostos ou diferenças

destes face à realidade poderão ter impactos sobre as atuais estimativas e julgamentos. As áreas que

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Relatório e Contas de 2017 81

envolvem um maior nível de julgamento ou complexidade ou onde são utilizados pressupostos e

estimativas significativas na preparação das demonstrações financeiras encontram-se analisadas na

Nota 3.

Estas demonstrações financeiras foram aprovadas em reunião do Conselho de Administração em 28 de

fevereiro de 2018, e encontram-se pendentes de aprovação pela Assembleia Geral de Acionistas. No

entanto, o Conselho de Administração admite que as mesmas venham a ser aprovadas sem alterações

significativas.

2.2. Operações em moeda estrangeira

As transações em moeda estrangeira são convertidas à taxa de câmbio em vigor na data da transação.

Os ativos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira são convertidos para euros à taxa de

câmbio em vigor na data do balanço. As diferenças cambiais resultantes desta conversão são

reconhecidas em resultados.

Os ativos e passivos não monetários registados ao custo histórico, expressos em moeda estrangeira,

são convertidos à taxa de câmbio à data da transação. Ativos e passivos não monetários expressos em

moeda estrangeira registados ao justo valor são convertidos à taxa de câmbio em vigor na data em que

o justo valor foi determinado. As diferenças cambiais resultantes são reconhecidas em resultados,

exceto no que diz respeito às diferenças relacionadas com ações classificadas como ativos financeiros

disponíveis para venda, as quais são registadas em reservas.

2.3. Instrumentos financeiros derivados e contabilidade de cobertura

Classificação

O Banco classifica como derivados para gestão do risco os (i) derivados de cobertura e (ii) os derivados

contratados com o objetivo de efetuar a cobertura económica de certos ativos e passivos designados

ao justo valor através de resultados mas que não foram classificados como de cobertura.

Todos os restantes derivados são classificados como derivados de negociação.

Reconhecimento e mensuração

Os instrumentos financeiros derivados são reconhecidos na data da sua negociação (trade date), pelo

seu justo valor. Subsequentemente, o justo valor dos instrumentos financeiros derivados é reavaliado

numa base regular, sendo os ganhos ou perdas resultantes dessa reavaliação registados diretamente

em resultados do exercício, exceto no que se refere aos derivados de cobertura. O reconhecimento das

variações de justo valor dos derivados de cobertura depende da natureza do risco coberto e do modelo

de cobertura utilizado.

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Relatório e Contas de 2017 82

O justo valor dos instrumentos financeiros derivados corresponde ao seu valor de mercado, quando

disponível, ou é determinado tendo por base técnicas de valorização incluindo modelos de desconto de

fluxos de caixa (discounted cash flows) e modelos de avaliação de opções, conforme seja apropriado.

Contabilidade de cobertura

• Critérios de classificação

Os instrumentos financeiros derivados utilizados para fins de cobertura podem ser classificados

contabilisticamente como de cobertura desde que cumpram, cumulativamente, com as seguintes

condições:

(i) À data de início da transação a relação de cobertura encontra-se identificada e formalmente

documentada, incluindo a identificação do item coberto, do instrumento de cobertura e a avaliação da

efetividade da cobertura;

(ii) Existe a expectativa de que a relação de cobertura seja altamente efetiva à data de início da

transação e ao longo da vida da operação;

(iii) A eficácia da cobertura possa ser mensurada com fiabilidade à data de início da transação e ao

longo da vida da operação;

(iv) Para operações de cobertura de fluxos de caixa os mesmos devem ser altamente prováveis de virem

a ocorrer.

Cobertura de justo valor (fair value hedge)

Numa operação de cobertura de justo valor de um ativo ou passivo (fair value hedge), o valor de

balanço desse ativo ou passivo, determinado com base na respetiva política contabilística, é ajustado

por forma a refletir a variação do seu justo valor atribuível ao risco coberto. As variações do justo valor

dos derivados de cobertura são reconhecidas em resultados, conjuntamente com as variações de justo

valor dos ativos ou dos passivos cobertos atribuíveis ao risco coberto.

Se a cobertura deixar de cumprir com os critérios exigidos para a contabilidade de cobertura, o

instrumento financeiro derivado é transferido para a carteira de negociação e a contabilidade de

cobertura é descontinuada prospetivamente. Caso o ativo ou passivo coberto corresponda a um

instrumento de rendimento fixo, o ajustamento de revalorização é amortizado até à sua maturidade

pelo método da taxa efetiva.

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Relatório e Contas de 2017 83

Cobertura de fluxos de caixa (cash flow hedge)

Numa operação de cobertura da exposição à variabilidade de fluxos de caixa futuros de elevada

probabilidade (cash flow hedge), a parte efetiva das variações de justo valor do derivado de cobertura

são reconhecidas em reservas, sendo transferidas para resultados nos exercícios em que o respetivo

item coberto afeta resultados. A parte inefetiva da cobertura é registada em resultados.

Quando um instrumento de cobertura expira ou é vendido, ou quando a cobertura deixa de cumprir os

critérios exigidos para a contabilidade de cobertura, as variações de justo valor do derivado

acumuladas em reservas são reconhecidas em resultados quando a operação coberta também afetar

resultados. Se for previsível que a operação coberta não se efetuará, os montantes ainda registados em

capital próprio são imediatamente reconhecidos em resultados e o instrumento de cobertura é

transferido para a carteira de negociação.

Durante o exercício coberto por estas demonstrações financeiras o Banco não detinha operações de

cobertura classificadas como coberturas de fluxos de caixa.

Derivados embutidos

Os derivados que estão embutidos em outros instrumentos financeiros são tratados separadamente

quando as suas características económicas e os seus riscos não estão relacionados com o instrumento

principal e o instrumento principal não está contabilizado ao seu justo valor através de resultados.

Estes derivados embutidos são registados ao justo valor com as variações reconhecidas em resultados.

2.4. Crédito a clientes

O crédito a clientes inclui os empréstimos originados pelo Banco, cuja intenção não é a de venda no

curto prazo, os quais são registados na data em que o montante do crédito é adiantado ao cliente.

O crédito a clientes é desreconhecido do balanço quando (i) os direitos contratuais do Banco relativos

aos respetivos fluxos de caixa expiraram, (ii) o Banco transferiu substancialmente todos os riscos e

benefícios associados à sua detenção, ou (iii) não obstante o Banco ter retido parte, mas não

substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção, o controlo sobre os ativos foi

transferido.

O crédito a clientes é reconhecido inicialmente ao seu justo valor acrescido dos custos de transação e é

subsequentemente valorizado ao custo amortizado, com base no método da taxa efetiva, sendo

deduzido de perdas de imparidade.

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Relatório e Contas de 2017 84

O Banco, de acordo com a sua estratégia documentada de gestão do risco, contrata operações de

derivados (derivados para gestão de risco) com o objetivo de efetuar a cobertura económica de certos

riscos de determinados créditos a clientes, sem contudo apelar à contabilidade de cobertura tal como

descrita na Nota 2.3. Nestas situações, o reconhecimento inicial de tais créditos é concretizado através

da designação dos créditos ao justo valor através de resultados. Desta forma, é assegurada a

consistência na valorização dos créditos e dos derivados (accounting mismatch). Esta prática está de

acordo com a política contabilística de classificação, reconhecimento e mensuração de ativos

financeiros ao justo valor através de resultados descrita na Nota 2.5.

Imparidade

O Banco avalia regularmente se existe evidência objetiva de imparidade na sua carteira de crédito. As

perdas por imparidade identificadas são registadas por contrapartida de resultados, sendo

subsequentemente revertidas por resultados caso, num período posterior, o montante da perda

estimada diminua.

Um crédito concedido a clientes, ou uma carteira de crédito concedido, definida como um conjunto de

créditos com características de risco semelhantes, encontra-se em imparidade quando: (i) exista

evidência objetiva de imparidade resultante de um ou mais eventos que ocorreram após o seu

reconhecimento inicial e (ii) quando esse evento (ou eventos) tenha um impacto no valor recuperável

dos fluxos de caixa futuros desse crédito, ou carteira de créditos, que possa ser estimado com

razoabilidade.

Para as exposições selecionadas para análise individual é avaliada a existência de imparidade

específica. Para esta avaliação e na identificação dos créditos com imparidade numa base individual, o

Banco utiliza a informação que alimenta os modelos de risco de crédito implementados e considera de

entre outros os seguintes fatores:

a exposição global ao cliente e a existência de créditos em situação de incumprimento;

a viabilidade económico-financeira do negócio do cliente e a sua capacidade de gerar meios

capazes de responder aos serviços da dívida no futuro;

a existência de credores privilegiados;

a existência, natureza e o valor estimado dos colaterais;

o endividamento do cliente com o setor financeiro;

o montante e os prazos de recuperação estimados.

Se para determinado crédito não existe evidência objetiva de imparidade numa ótica individual, esse

crédito é incluído num grupo de créditos com características de risco de crédito semelhantes (carteira

de crédito), o qual é avaliado coletivamente – análise da imparidade numa base coletiva. Os créditos

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Relatório e Contas de 2017 85

que são avaliados individualmente e para os quais é identificada uma perda por imparidade não são

incluídos na avaliação coletiva.

Caso seja identificada uma perda de imparidade numa base individual, o montante da perda a

reconhecer corresponde à diferença entre o valor contabilístico do crédito e o valor atual dos fluxos de

caixa futuros estimados (considerando o período de recuperação) descontados à taxa de juro efetiva

original do contrato. O crédito concedido é apresentado no balanço líquido da imparidade. Para um

crédito com uma taxa de juro variável, a taxa de desconto a utilizar para a determinação da respetiva

perda de imparidade é a taxa de juro efetiva atual, determinada com base nas regras de cada contrato.

O cálculo do valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados de um crédito garantido reflete os

fluxos de caixa que possam resultar da recuperação e venda do colateral, deduzido dos custos

inerentes com a sua recuperação e venda.

No âmbito da análise da imparidade numa base coletiva, os créditos são agrupados com base em

características semelhantes de risco de crédito, em função da avaliação de risco definida pelo Banco.

Os fluxos de caixa futuros para uma carteira de créditos, cuja imparidade é avaliada coletivamente, são

estimados com base nos fluxos de caixa contratuais e na experiência histórica de perdas. A

metodologia e os pressupostos utilizados para estimar os fluxos de caixa futuros são revistos

regularmente pelo Banco de forma a monitorizar as diferenças entre as estimativas de perdas e as

perdas reais.

Se num período subsequente, o montante de perdas por imparidade diminuir e essa diminuição possa

ser objetivamente relacionada com um evento ocorrido após o reconhecimento da imparidade, a perda

por imparidade anteriormente reconhecida é revertida por contrapartida de resultados.

A política de write-off de créditos seguida pelo Banco rege-se pelos princípios definidos pelo Banco de

Portugal. Assim, o abate de créditos só ocorre após (i) ter sido exigido o vencimento da totalidade do

crédito; (ii) terem sido desenvolvidos os esforços de cobrança considerados adequados; e (iii) as

expectativas de recuperação de crédito sejam muito reduzidas, conduzindo a um cenário extremo de

imparidade total.

Cumpridos estes pressupostos, existem regras implementadas para a seleção dos créditos que poderão

ser alvo de abate ao ativo que são:

- Os créditos não podem ter garantia real associada;

- Os créditos têm de estar totalmente fechados (registados em crédito vencido na sua totalidade, sem

dívida vincenda);

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Relatório e Contas de 2017 86

- Os créditos não podem ter a marca de créditos renegociados vencidos, ou estarem envolvidos no

âmbito de um acordo de pagamento ativo;

- A provisão constituída para imparidade tem de ser no mínimo 95%, excetuando os créditos

hipotecários quando a recuperação é efetuada por via da adjudicação do imóvel, em que o valor

remanescente do crédito é, também, abatido ao ativo.

2.5. Outros ativos financeiros

Classificação

O Banco classifica os outros ativos financeiros no momento da sua aquisição considerando a intenção

que lhes está subjacente, de acordo com as seguintes categorias:

Ativos financeiros ao justo valor através dos resultados

Esta categoria inclui: (i) os ativos financeiros de negociação, que são aqueles adquiridos com o

objetivo principal de serem transacionados no curto prazo ou que são detidos como parte

integrante de uma carteira de ativos, normalmente de títulos em relação à qual existe evidência de

atividades recentes conducentes à realização de ganhos de curto prazo, e (ii) os ativos financeiros

designados no momento do seu reconhecimento inicial ao justo valor com variações reconhecidas

em resultados.

O Banco designa, no seu reconhecimento inicial, certos ativos financeiros como ao justo valor através

de resultados quando:

tais ativos financeiros são geridos, avaliados e analisados internamente com base no

seu justo valor;

são contratadas operações de derivados com o objetivo de efetuar a cobertura

económica desses ativos, assegurando-se assim a consistência na valorização dos

ativos e dos derivados (accounting mismatch); ou

tais ativos financeiros contêm derivados embutidos.

Os produtos estruturados adquiridos pelo Banco que correspondem a instrumentos financeiros

contendo um ou mais derivados embutidos, por se enquadrarem sempre numa das três situações

acima descritas, seguem o método de valorização dos ativos financeiros ao justo valor através de

resultados.

Investimentos detidos até à maturidade

Estes investimentos são ativos financeiros não derivados com pagamentos fixados ou

determináveis e maturidades definidas, que o Banco tem intenção e capacidade de deter até à

maturidade e que não foram designados, no momento do seu reconhecimento inicial, como ao

justo valor através de resultados ou como disponíveis para venda.

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Relatório e Contas de 2017 87

Ativos financeiros disponíveis para venda

Os ativos financeiros disponíveis para venda são ativos financeiros não derivados que: (i) o Banco

tem intenção de manter por tempo indeterminado, (ii) são designados como disponíveis para venda

no momento do seu reconhecimento inicial ou (iii) não se enquadram nas categorias anteriormente

referidas.

Reconhecimento e mensuração inicial e desreconhecimento

Aquisições e alienações de: (i) ativos financeiros ao justo valor através dos resultados, (ii) investimentos

detidos até à maturidade e (iii) ativos financeiros disponíveis para venda, são reconhecidos na data da

negociação (trade date), ou seja, na data em que o Banco se compromete a adquirir ou alienar o ativo.

Os ativos financeiros são inicialmente reconhecidos ao seu justo valor adicionado dos custos de

transação, exceto nos casos de ativos financeiros ao justo valor através de resultados, caso em que

estes custos de transação são diretamente reconhecidos em resultados.

Estes ativos são desreconhecidos quando (i) expiram os direitos contratuais do Banco ao recebimento

dos seus fluxos de caixa, (ii) o Banco tenha transferido substancialmente todos os riscos e benefícios

associados à sua detenção ou (iii) não obstante retenha parte, mas não substancialmente todos os

riscos e benefícios associados à sua detenção, o Banco tenha transferido o controlo sobre os ativos.

Mensuração subsequente

Após o seu reconhecimento inicial, os ativos financeiros ao justo valor através de resultados são

valorizados ao justo valor, sendo as suas variações reconhecidas em resultados.

Os ativos financeiros detidos para venda são igualmente registados ao justo valor sendo, no entanto, as

respetivas variações reconhecidas em reservas, até que os ativos sejam desreconhecidos ou seja

identificada uma perda por imparidade, momento em que o valor acumulado dos ganhos e perdas

potenciais registados em reservas é transferido para resultados. As variações cambiais associadas a

estes ativos são reconhecidas também em reservas, no caso de ações e outros títulos de capital, e em

resultados, no caso de instrumentos de dívida. Os juros, calculados à taxa de juro efetiva, e os

dividendos são reconhecidos na demonstração dos resultados.

Os investimentos detidos até à maturidade são valorizados ao custo amortizado, com base no método

da taxa efetiva e são deduzidos de perdas de imparidade.

O justo valor dos ativos financeiros cotados é o seu preço de compra corrente (bid-price). Na ausência

de cotação, o Banco estima o justo valor utilizando (i) metodologias de avaliação, tais como a utilização

de preços de transações recentes, semelhantes e realizadas em condições de mercado, técnicas de

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Relatório e Contas de 2017 88

fluxos de caixa descontados e modelos de avaliação de opções customizados de modo a refletir as

particularidades e circunstâncias do instrumento, e (ii) pressupostos de avaliação baseados em

informações de mercado.

Transferências entre categorias

O Banco apenas procede à transferência de ativos financeiros não derivados com pagamentos fixados

ou determináveis e maturidades definidas, da categoria de ativos financeiros disponíveis para venda

para a categoria de ativos financeiros detidos até à maturidade, desde que tenha a intenção e a

capacidade de manter estes ativos financeiros até à sua maturidade.

Estas transferências são efetuadas com base no justo valor dos ativos transferidos, determinado na

data da transferência. A diferença entre este justo valor e o respetivo valor nominal é reconhecida em

resultados até à maturidade do ativo, com base no método da taxa efetiva. A reserva de justo valor

existente na data da transferência é também reconhecida em resultados com base no método da taxa

efetiva.

Após o seu reconhecimento inicial, os ativos financeiros não podem ser reclassificados para ativos

financeiros ao justo valor através de resultados.

Imparidade

O Banco avalia regularmente se existe evidência objetiva de que um ativo financeiro, ou grupo de ativos

financeiros, apresenta sinais de imparidade.

Um ativo financeiro, ou grupo de ativos financeiros, encontra-se em imparidade sempre que exista

evidência objetiva de imparidade resultante de um ou mais eventos que ocorreram após o seu

reconhecimento inicial, tais como: (i) para as ações e outros instrumentos de capital, uma

desvalorização continuada ou significativa no seu valor de mercado face ao custo de aquisição, e (ii)

para títulos de dívida, quando esse evento (ou eventos) tenha um impacto no valor estimado dos fluxos

de caixa futuros do ativo financeiro, ou grupo de ativos financeiros, que possa ser estimado com

razoabilidade.

No que se refere aos investimentos detidos até à maturidade, as perdas por imparidade correspondem

à diferença entre o valor contabilístico do ativo e o valor atual dos fluxos de caixa futuros estimados

(considerando o período de recuperação) descontados à taxa de juro efetiva original do ativo financeiro

e são registadas por contrapartida de resultados do exercício. Estes ativos são apresentados no

balanço líquidos de imparidade. Caso estejamos perante um ativo com uma taxa de juro variável, a

taxa de desconto a utilizar para a determinação da respetiva perda por imparidade é a taxa de juro

efetiva atual, determinada com base nas regras de cada contrato. Em relação aos investimentos

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Relatório e Contas de 2017 89

detidos até à maturidade, se num período subsequente o montante da perda por imparidade diminui, e

essa diminuição pode ser objetivamente relacionada com um evento que ocorreu após o

reconhecimento da imparidade, esta é revertida por contrapartida de resultados do exercício.

Quando existe evidência de imparidade nos ativos financeiros disponíveis para venda, a perda potencial

acumulada em reservas, correspondente à diferença entre o custo de aquisição e o justo valor atual,

deduzida de qualquer perda por imparidade no ativo anteriormente reconhecida em resultados, é

transferida para resultados. Se num período subsequente o montante da perda por imparidade diminui,

a perda por imparidade anteriormente reconhecida é revertida por contrapartida de resultados do

exercício até à reposição do custo de aquisição se o aumento for objetivamente relacionado com um

evento ocorrido após o reconhecimento da perda por imparidade, exceto no que se refere a ações ou

outros instrumentos de capital, em que as mais-valias subsequentes são reconhecidas em reservas.

2.6. Ativos cedidos com acordo de recompra, empréstimos de títulos e vendas a descoberto

Títulos vendidos com acordo de recompra (repos) por um preço fixo ou por um preço que iguala o preço

de venda acrescido de um juro inerente ao prazo da operação não são desreconhecidos do balanço. O

correspondente passivo é contabilizado em valores a pagar a outras instituições de crédito ou a

clientes, conforme apropriado. A diferença entre o valor de venda e o valor de recompra é tratada como

juro e é diferida durante a vida do acordo, através do método da taxa efetiva.

Títulos comprados com acordo de revenda (reverse repos) por um preço fixo ou por um preço que

iguala o preço de compra acrescido de um juro inerente ao prazo da operação não são reconhecidos no

balanço, sendo o valor de compra registado como empréstimos a outras instituições de crédito ou

clientes, conforme apropriado. A diferença entre o valor de compra e o valor de revenda é tratada como

juro e é diferido durante a vida do acordo, através do método da taxa efetiva.

Os títulos cedidos através de acordos de empréstimo não são desreconhecidos do balanço, sendo

classificados e valorizados em conformidade com a política contabilística referida na Nota 2.5. Os

títulos recebidos através de acordos de empréstimo não são reconhecidos no balanço.

As vendas a descoberto representam títulos vendidos que não constam do ativo do Banco. São

registadas como um passivo financeiro de negociação pelo justo valor dos ativos que deverão ser

devolvidos no âmbito do acordo de revenda. Os ganhos e perdas resultantes da variação do respetivo

justo valor são diretamente reconhecidos em resultados.

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Relatório e Contas de 2017 90

2.7. Passivos financeiros

Um instrumento é classificado como passivo financeiro quando existe uma obrigação contratual da sua

liquidação ser efetuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro ativo financeiro,

independentemente da sua forma legal. Os passivos financeiros são desreconhecidos quando a

obrigação subjacente expira ou é cancelada.

Os passivos financeiros não derivados incluem recursos de instituições de crédito e de clientes,

empréstimos, responsabilidades representadas por títulos, outros passivos subordinados e vendas a

descoberto.

Estes passivos financeiros são registados (i) inicialmente pelo seu justo valor deduzido dos custos de

transação incorridos e (ii) subsequentemente ao custo amortizado, com base no método da taxa

efetiva, com a exceção das vendas a descoberto e dos passivos financeiros designados ao justo valor

através de resultados, as quais são registadas ao justo valor.

O Banco designa, no seu reconhecimento inicial, certos passivos financeiros como ao justo valor

através de resultados quando:

são contratadas operações de derivados com o objetivo de efetuar a cobertura económica

desses passivos, assegurando-se assim a consistência na valorização dos passivos e dos

derivados (accounting mismatch); ou

tais passivos financeiros contêm derivados embutidos.

Os produtos estruturados emitidos pelo Banco, por se enquadrarem sempre numa das situações acima

descritas, seguem o método de valorização dos passivos financeiros ao justo valor através de

resultados.

O justo valor dos passivos financeiros cotados é o seu valor de cotação. Na ausência de cotação, o

Banco estima o justo valor utilizando metodologias de avaliação considerando pressupostos baseados

em informação de mercado, incluindo o próprio risco de crédito.

Caso o Banco recompre dívida emitida esta é anulada do balanço e a diferença entre o valor de balanço

do passivo e o valor de compra é registada em resultados.

2.8. Garantias financeiras

São considerados como garantias financeiras os contratos que requerem que o seu emitente efetue

pagamentos com vista a compensar o detentor por perdas incorridas decorrentes de incumprimentos

dos termos contratuais de instrumentos de dívida, nomeadamente o pagamento do respetivo capital

e/ou juros.

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Relatório e Contas de 2017 91

As garantias financeiras emitidas são inicialmente reconhecidas pelo seu justo valor.

Subsequentemente estas garantias são mensuradas pelo maior (i) do justo valor reconhecido

inicialmente e (ii) do montante de qualquer obrigação decorrente do contrato de garantia, mensurada à

data do balanço. Qualquer variação do valor da obrigação associada a garantias financeiras emitidas é

reconhecida em resultados.

As garantias financeiras emitidas pelo Banco normalmente têm maturidade definida e uma comissão

periódica cobrada antecipadamente, a qual varia em função do risco de contraparte, montante e

período do contrato. Nessa base, o justo valor das garantias na data do seu reconhecimento inicial é

aproximadamente equivalente ao valor da comissão inicial recebida tendo em consideração que as

condições acordadas são de mercado. Assim, o valor reconhecido na data da contratação iguala o

montante da comissão inicial recebida a qual é reconhecida em resultados durante o período a que diz

respeito. As comissões subsequentes são reconhecidas em resultados no período a que dizem respeito.

2.9. Instrumentos de capital

Um instrumento é classificado como instrumento de capital quando não existe uma obrigação

contratual da sua liquidação ser efetuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro ativo financeiro,

independentemente da sua forma legal, evidenciando um interesse residual nos ativos de uma entidade

após a dedução de todos os seus passivos.

Custos diretamente atribuíveis à emissão de instrumentos de capital são registados por contrapartida

do capital próprio como uma dedução ao valor da emissão. Valores pagos e recebidos pelas compras e

vendas de instrumentos de capital são registados no capital próprio, líquidos dos custos de transação.

As distribuições efetuadas por conta de instrumentos de capital são deduzidas ao capital próprio como

dividendos quando declaradas.

2.10. Compensação de instrumentos financeiros

Ativos e passivos financeiros são apresentados no balanço pelo seu valor líquido quando existe a

possibilidade legal de compensar os montantes reconhecidos e exista a intenção de os liquidar pelo seu

valor líquido ou realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente. O direito legal executável não

pode ser contingente de eventos futuros, e deve ser executável no decurso normal da atividade do NBA,

assim como em caso de default, falência ou insolvência do Banco ou da contraparte.

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Relatório e Contas de 2017 92

2.11. Ativos recebidos por recuperação de crédito e ativos não correntes detidos para venda

No decurso da sua atividade corrente de concessão de crédito o Banco incorre no risco de não

conseguir que todo o seu crédito seja reembolsado. No caso de créditos com colateral de hipoteca, o

Banco procede à execução das mesmas recebendo imóveis e outros bens em dação para liquidação do

crédito concedido. Por força do disposto no Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades

Financeiras (RGICSF) os bancos estão impedidos, salvo autorização concedida pelo Banco de Portugal,

de adquirir imóveis que não sejam indispensáveis à sua instalação e funcionamento ou à prossecução

do seu objeto social (nº1 do artigo 112º do RGICSF) podendo, no entanto, adquirir imóveis por reembolso

de crédito próprio, devendo as situações daí resultantes serem regularizadas no prazo de 2 anos o qual,

havendo motivo fundado, poderá ser prorrogado pelo Banco de Portugal, nas condições que este

determinar (art.114º do RGICSF).

Embora tenha como objetivo a venda imediata de todos os imóveis recebidos em dação, durante o

exercício de 2016 o Banco alterou a classificação destes imóveis de Ativos não correntes detidos para

venda para Outros ativos, devido ao tempo de permanência dos mesmos em carteira ser superior a um

ano e ao consequente incumprimento das condições previstas na IFRS 5 para permanecer nesta

categoria. Contudo, o método de contabilização não se alterou, sendo registados no seu

reconhecimento inicial pelo menor de entre o seu justo valor deduzido dos custos esperados de venda e

o valor de balanço do crédito concedido objeto de recuperação. Subsequentemente, estes ativos são

mensurados ao menor de entre o valor de reconhecimento inicial e o justo valor deduzido dos custos de

venda e não são amortizados. As perdas não realizadas com estes ativos, assim determinadas, são

registadas em resultados.

As avaliações destes imóveis são efetuadas de acordo com uma das seguintes metodologias, aplicadas

de acordo com a situação específica do bem:

a) Método de Mercado

O Critério da Comparação de Mercado tem por referência valores de transação de imóveis semelhantes

e comparáveis ao imóvel objeto de estudo obtido através de prospeção de mercado realizada na zona.

b) Método do Rendimento

Este método tem por finalidade estimar o valor do imóvel a partir da capitalização da sua renda líquida,

atualizado para o momento presente, através do método dos fluxos de caixa descontados.

c) Método do Custo

O Método de Custo é um critério que decompõe o valor da propriedade nas suas componentes

fundamentais: valor do solo urbano e o valor da urbanidade; valor da construção; e valor de custos

indiretos.

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Relatório e Contas de 2017 93

As avaliações realizadas são conduzidas por entidades independentes especializadas neste tipo de

serviços. Os relatórios de avaliação são analisados internamente com aferição da adequação dos

processos, comparando os valores de venda com os valores reavaliados dos imóveis.

Ativos não correntes ou grupos para alienação (grupo de ativos a alienar em conjunto numa só

transação e passivos diretamente associados que incluem pelo menos um ativo não corrente) são

classificados como detidos para venda quando o seu valor de balanço for recuperado principalmente

através de uma transação de venda (incluindo os adquiridos exclusivamente com o objetivo da sua

venda), os ativos ou grupos para alienação estiverem disponíveis para venda imediata e a venda for

altamente provável.

Imediatamente antes da classificação inicial do ativo (ou grupo para alienação) como detido para

venda, a mensuração dos ativos não correntes (ou de todos os ativos e passivos do grupo para

alienação) é efetuada de acordo com os IFRS aplicáveis. Subsequentemente, estes ativos ou grupos

para alienação são remensurados ao menor valor entre o valor de reconhecimento inicial e o justo valor

deduzido dos custos de venda, sendo as perdas não realizadas assim apuradas registadas em

resultados do exercício.

2.12. Outros ativos tangíveis

Os outros ativos tangíveis do Banco encontram-se valorizados ao custo deduzido das respetivas

amortizações acumuladas e perdas por imparidade. O custo inclui despesas que são diretamente

atribuíveis à aquisição dos bens.

Os custos subsequentes com os outros ativos tangíveis são reconhecidos apenas se for provável que

deles resultarão benefícios económicos futuros para o Banco. Todas as despesas com manutenção e

reparação são reconhecidas como custo, de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

Os terrenos não são amortizados. As amortizações dos outros ativos tangíveis são calculadas segundo

o método das quotas constantes, às seguintes taxas de amortização que refletem a vida útil esperada

dos bens:

Número de anos

Imóveis de serviço próprio 35 a 50

Beneficiações em edifícios arrendados 10

Equipamento informático 4 a 5

Mobiliário e material 4 a 10

Instalações interiores 5 a 12

Equipamento de segurança 4 a 10

Máquinas e ferramentas 4 a 10

Material de transporte 4

Outro equipamento 5

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Relatório e Contas de 2017 94

Quando existe indicação de que um ativo possa estar em imparidade, o IAS 36 exige que o seu valor

recuperável seja estimado, devendo ser reconhecida uma perda por imparidade sempre que o valor

líquido de um ativo exceda o seu valor recuperável. As perdas por imparidade são reconhecidas na

demonstração dos resultados.

O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o seu preço de venda líquido e o seu

valor de uso, sendo este calculado com base no valor atual dos fluxos de caixa estimados futuros que se

esperam vir a obter do uso continuado do ativo e da sua alienação no fim da sua vida útil.

2.13. Ativos intangíveis

Os custos incorridos com a aquisição, produção e desenvolvimento de software são capitalizados,

assim como as despesas adicionais suportadas pelo Banco necessárias à sua implementação. Estes

custos são amortizados de forma linear ao longo da vida útil esperada destes ativos a qual se situa

normalmente entre 3 a 6 anos.

Os custos diretamente relacionados com o desenvolvimento de aplicações informáticas, sobre os quais

seja expectável que estes venham a gerar benefícios económicos futuros para além de um exercício,

são reconhecidos e registados como ativos intangíveis. Estes custos incluem as despesas com os

colaboradores enquanto estiverem diretamente afetos aos projetos em causa.

Todos os restantes encargos relacionados com os serviços informáticos são reconhecidos como custos

quando incorridos.

2.14. Locações

O Banco classifica as operações de locação como locações financeiras ou locações operacionais, em

função da sua substância e não da sua forma legal cumprindo os critérios definidos no IAS 17 –

Locações. São classificadas como locações financeiras as operações em que os riscos e benefícios

inerentes à propriedade de um ativo são substancialmente transferidos para o locatário. Todas as

restantes operações de locação são classificadas como locações operacionais.

Locações operacionais

Os pagamentos efetuados pelo Banco à luz dos contratos de locação operacional são registados em

custos nos períodos a que dizem respeito.

Locações financeiras

Como locatário

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Relatório e Contas de 2017 95

Os contratos de locação financeira são registados na data do seu início, no ativo e no passivo, pelo

custo de aquisição da propriedade locada, que é equivalente ao valor atual das rendas de locação

vincendas. As rendas são constituídas (i) pelo encargo financeiro que é debitado em resultados e (ii)

pela amortização financeira do capital que é deduzida ao passivo. Os encargos financeiros são

reconhecidos como custos ao longo do período da locação, a fim de produzirem uma taxa de juro

periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo em cada período.

Como locador

Os contratos de locação financeira são registados no balanço como créditos concedidos pelo valor

equivalente ao investimento líquido realizado nos bens locados, juntamente com qualquer valor

residual não garantido estimado.

Os juros incluídos nas rendas debitadas aos clientes são registados como proveitos enquanto as

amortizações de capital, também incluídas nas rendas, são deduzidas ao valor do crédito concedido a

clientes. O reconhecimento dos juros reflete uma taxa de retorno periódica constante sobre o

investimento líquido remanescente do locador.

2.15. Benefícios aos empregados

Pensões

Decorrente da assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e subsequentes alterações decorrentes

dos 3 acordos tripartidos conforme descritos na Nota 13, o Banco constituiu um fundo de pensões e

outros mecanismos tendo em vista assegurar a cobertura das responsabilidades assumidas para com

pensões de reforma por velhice, invalidez, sobrevivência e ainda por cuidados médicos.

A cobertura das responsabilidades é assegurada através de um fundo de pensões gerido pela GNB –

Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A..

Os planos de pensões existentes no Banco correspondem a planos de benefícios definidos, uma vez que

definem os critérios de determinação do valor da pensão que um empregado receberá durante a

reforma, usualmente dependente de um ou mais fatores como sejam a idade, anos de serviço e

retribuição.

As responsabilidades do Banco com pensões de reforma são calculadas semestralmente, em 31 de

dezembro e 30 de junho de cada ano, individualmente para cada plano, com base no Método da

Unidade de Crédito Projetada. A taxa de desconto utilizada neste cálculo é determinada com base nas

taxas de mercado associadas a emissões de obrigações de empresas de alta qualidade, denominadas

na moeda em que os benefícios serão pagos e com maturidade semelhante à data do termo das

obrigações do plano.

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Relatório e Contas de 2017 96

O juro líquido com o plano de pensões é calculado pelo Banco multiplicando o ativo/responsabilidade

líquido com pensões de reforma (responsabilidades deduzidas do justo valor dos ativos do fundo) pela

taxa de desconto utilizada para efeitos da determinação das responsabilidades com pensões de

reforma atrás referida. Nessa base, o juro líquido foi apurado através do custo dos juros associado às

responsabilidades com pensões de reforma líquidas do rendimento esperado dos ativos do fundo,

ambos mensurados com base na taxa de desconto utilizada no cálculo das responsabilidades.

Os ganhos e perdas de remensuração, nomeadamente (i) os ganhos e perdas atuariais, resultantes das

diferenças entre os pressupostos atuariais utilizados e os valores efetivamente verificados (ganhos e

perdas de experiência) e das alterações de pressupostos atuariais e (ii) os ganhos e perdas decorrentes

da diferença entre o rendimento teórico dos ativos do fundo e os valores obtidos, são reconhecidos por

contrapartida de capital próprio na rubrica de outro rendimento integral.

O Banco reconhece na sua demonstração de resultados um valor total líquido que inclui (i) o custo do

serviço corrente, (ii) o juro líquido com o plano de pensões, (iii) o efeito das reformas antecipadas, (iv) os

custos com serviços passados e (v) os efeitos de qualquer liquidação ou corte ocorridos no período. O

juro líquido com o plano de pensões é reconhecido como juros e proveitos similares ou juros e custos

similares consoante a sua natureza. Os encargos com reformas antecipadas correspondem ao

aumento de responsabilidades decorrente da reforma ocorrer antes do empregado atingir os 65 anos

de idade. Sempre que for invocada a possibilidade de reformas antecipadas prevista no regulamento do

fundo de pensões, as responsabilidades do mesmo têm que ser incrementadas pelo valor do cálculo

atuarial das responsabilidades correspondentes ao período que ainda falta ao colaborador para

perfazer os 65 anos.

O Banco efetua pagamentos ao fundo de forma a assegurar a solvência do mesmo, sendo os níveis

mínimos fixados pelo Banco de Portugal como segue: (i) financiamento integral no final de cada

exercício das responsabilidades atuariais por pensões em pagamento e (ii) financiamento a um nível

mínimo de 95% do valor atuarial das responsabilidades por serviços passados do pessoal no ativo.

O Banco avalia a recuperabilidade do eventual excesso do fundo em relação às responsabilidades com

pensões de reforma, tendo por base a expectativa de redução em futuras contribuições necessárias.

Benefícios de saúde

Aos trabalhadores bancários é assegurada pelo Banco a assistência médica através de um Serviço de

Assistência Médico-Social. O Serviço de Assistência Médico-Social – SAMS – constitui uma entidade

autónoma e é gerido pelo Sindicato respetivo.

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Relatório e Contas de 2017 97

O SAMS proporciona, aos seus beneficiários, serviços e/ou comparticipações em despesas no domínio

de assistência médica, meios auxiliares de diagnóstico, medicamentos, internamentos hospitalares e

intervenções cirúrgicas, de acordo com as suas disponibilidades financeiras e regulamentação interna.

Com o novo ACT assinado em 2016, as contribuições para o SAMS, a cargo do Banco, a partir de 01 de

fevereiro de 2017 passaram a corresponder a um montante fixo (conforme Anexo VI do novo ACT) por

cada colaborador, 14 vezes num ano. Até essa data constituíam contribuições obrigatórias para os

SAMS, a cargo do Banco, a verba correspondente a 6,50% do total das retribuições efetivas dos

trabalhadores no ativo, incluindo, entre outras, o subsídio de férias e o subsídio de Natal.

O cálculo e registo das obrigações do Banco com benefícios de saúde atribuíveis aos trabalhadores na

idade da reforma são efetuados de forma semelhante às responsabilidades com pensões. Estes

benefícios estão cobertos pelo Fundo de Pensões que passou a integrar todas as responsabilidades com

pensões e benefícios de saúde.

Prémios de antiguidade e Prémio de carreira

Decorrente da assinatura do novo ACT em 5 de julho de 2016 o prémio de antiguidade foi substituído

pelo pagamento por parte do Banco de um prémio de carreira, devido no momento imediatamente

anterior ao da reforma do colaborador caso o mesmo se reforme ao serviço do Banco, correspondente

a 1,5 do seu salário no momento do pagamento.

O prémio de carreira é contabilizado pelo Banco de acordo com o IAS 19, como outro benefício de longo

prazo a empregados. Os efeitos das remensurações e custos de serviços passados deste benefício são

reconhecidos em resultados do exercício, à semelhança do modelo de contabilização dos prémios de

antiguidade.

O valor das responsabilidades do Banco com este prémio de carreira é estimado periodicamente com

base no Método da Unidade de Crédito Projetada. Os pressupostos atuariais utilizados baseiam-se em

expectativas de futuros aumentos salariais e tábuas de mortalidade. A taxa de desconto utilizada neste

cálculo é determinada com base na mesma metodologia descrita nas pensões de reforma.

Remunerações variáveis aos empregados

De acordo com o IAS 19 – Benefícios dos empregados, as remunerações variáveis (participação nos

lucros, prémios e outras) atribuídas aos empregados e, eventualmente, aos membros executivos dos

órgãos de administração, são contabilizadas em resultados do exercício a que respeitam.

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Relatório e Contas de 2017 98

2.16. Impostos sobre o rendimento

Os impostos sobre lucros compreendem os impostos correntes e os impostos diferidos. Os impostos

sobre lucros são reconhecidos em resultados, exceto quando estão relacionados com itens que são

reconhecidos diretamente nos capitais próprios, caso em que são também registados por contrapartida

dos capitais próprios. Os impostos reconhecidos nos capitais próprios decorrentes da reavaliação de

ativos financeiros disponíveis para venda são posteriormente reconhecidos em resultados no momento

em que forem reconhecidos em resultados os ganhos e perdas que lhes deram origem.

Os impostos correntes são os que se esperam que sejam pagos com base no resultado tributável

apurado de acordo com as regras fiscais em vigor e utilizando a taxa de imposto aprovada ou

substancialmente aprovada em cada jurisdição.

Os impostos diferidos são calculados, de acordo com o método do passivo com base no balanço, sobre

as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos ativos e passivos e a sua base fiscal,

utilizando as taxas de imposto aprovadas ou substancialmente aprovadas à data de balanço e que se

espera virem a ser aplicadas quando as diferenças temporárias se reverterem.

Os impostos diferidos passivos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias tributáveis, das

diferenças resultantes do reconhecimento inicial de ativos e passivos que não afetem quer o lucro

contabilístico quer o fiscal, que não resultem de uma concentração de atividades empresariais, e de

diferenças relacionadas com investimentos em subsidiárias na medida em que não seja provável que se

revertam no futuro e o Banco não controla a tempestividade da reversão das diferenças temporais. Os

impostos diferidos ativos são reconhecidos apenas na medida em que seja expectável que existam

lucros tributáveis no futuro, capazes de absorver as diferenças temporárias dedutíveis. Os impostos

diferidos passivos são sempre contabilizados, independentemente da performance do NBA.

2.17. Provisões e passivos contingentes

São reconhecidas provisões quando (i) o Banco tem uma obrigação presente, legal ou construtiva, (ii)

seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e (iii) quando possa ser feita uma estimativa

fiável do valor dessa obrigação.

Nos casos em que o efeito do desconto é material, a provisão corresponde ao valor atual dos

pagamentos futuros esperados, descontados a uma taxa que considera o risco associado à obrigação.

São reconhecidas provisões para reestruturação quando o Banco tenha aprovado um plano de

reestruturação formal e detalhado e tal reestruturação tenha sido iniciada ou anunciada publicamente.

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Relatório e Contas de 2017 99

Uma provisão para contratos onerosos é reconhecida quando os benefícios esperados de um contrato

formalizado sejam inferiores aos custos que inevitavelmente o Banco terá de incorrer de forma a

cumprir as obrigações dele decorrentes. Esta provisão é mensurada com base no valor atual do menor

de entre os custos de terminar o contrato ou os custos líquidos estimados resultantes da sua

continuação.

Caso não seja provável o futuro dispêndio de recursos, trata-se de um passivo contingente. Os passivos

contingentes são sempre objeto de divulgação, exceto nos casos em que a possibilidade da sua

concretização seja remota.

2.18. Reconhecimento de juros

Os resultados referentes a juros de instrumentos financeiros mensurados ao custo amortizado e de

ativos financeiros disponíveis para venda são reconhecidos nas rubricas de juros e proveitos similares

ou juros e custos similares, utilizando o método da taxa efetiva. Os juros dos ativos e dos passivos

financeiros ao justo valor através dos resultados são também incluídos na rubrica de juros e proveitos

similares ou juros e custos similares, respetivamente.

A taxa de juro efetiva é a taxa que desconta exatamente os pagamentos ou recebimentos futuros

estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro ou, quando apropriado, um período mais

curto, para o valor líquido atual de balanço do ativo ou passivo financeiro. A taxa de juro efetiva é

estabelecida no reconhecimento inicial dos ativos e passivos financeiros e não é revista

subsequentemente, exceto no que se refere a ativos e passivos financeiros a taxa variável a qual é

reestimada periodicamente tendo em consideração os impactos nos cash flows futuros estimados

decorrentes da variação na taxa de juro de referência.

Para o cálculo da taxa de juro efetiva são estimados os fluxos de caixa futuros considerando todos os

termos contratuais do instrumento financeiro (por exemplo opções de pagamento antecipado), não

considerando, no entanto, eventuais perdas de crédito futuras. O cálculo inclui as comissões que sejam

parte integrante da taxa de juro efetiva, custos de transação e todos os prémios e descontos

diretamente relacionados com a transação.

Os juros de crédito a clientes incluem os juros de crédito a clientes para os quais foi reconhecida

imparidade.

No que se refere aos instrumentos financeiros derivados, com exceção daqueles classificados como

derivados para gestão de risco (ver Nota 2.3), a componente de juro inerente à variação de justo valor

não é separada e é classificada na rubrica de resultados de ativos e passivos ao justo valor através de

resultados. A componente de juro inerente à variação de justo valor dos instrumentos financeiros

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Relatório e Contas de 2017 100

derivados para gestão do risco é reconhecida nas rubricas de juros e proveitos similares ou juros e

custos similares.

2.19. Reconhecimento de rendimentos de serviços e comissões

Os rendimentos de serviços e comissões são reconhecidos da seguinte forma:

Os rendimentos de serviços e comissões obtidos na execução de um ato significativo, como por

exemplo comissões na sindicação de empréstimos, são reconhecidos em resultados quando o ato

significativo tiver sido concluído;

Os rendimentos de serviços e comissões obtidos à medida que os serviços são prestados são

reconhecidos em resultados no exercício a que se referem;

Os rendimentos de serviços e comissões que são uma parte integrante da taxa de juro efetiva de

um instrumento financeiro são registados em resultados pelo método da taxa de juro efetiva.

2.20. Reconhecimento de dividendos

Os rendimentos de instrumentos de capital (dividendos) são reconhecidos quando o direito de receber o

seu pagamento é estabelecido.

2.21. Reporte por segmentos

Considerando que o Banco não detém títulos de capital próprio ou de dívida que sejam negociados

publicamente, à luz do parágrafo 2 do IFRS 8 – Segmentos Operacionais, o Banco não apresenta

informação relativa aos segmentos.

2.22. Resultados por ação

Os resultados por ação básicos são calculados dividindo o resultado líquido atribuível aos acionistas do

Banco pelo número médio ponderado de ações ordinárias em circulação, excluindo o número médio de

ações próprias detidas pelo Banco.

Para o cálculo dos resultados por ação diluídos, o número médio ponderado de ações ordinárias em

circulação é ajustado de forma a refletir o efeito de todas as potenciais ações ordinárias diluidoras,

como as resultantes de dívida convertível e de opções sobre ações próprias concedidas aos

trabalhadores. O efeito da diluição traduz-se numa redução nos resultados por ação, resultante do

pressuposto de que os instrumentos convertíveis são convertidos ou de que as opções concedidas são

exercidas.

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Relatório e Contas de 2017 101

2.23. Caixa e equivalentes de caixa

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam os valores

registados no balanço com maturidade inferior a três meses a contar da data de

aquisição/contratação, onde se incluem a caixa e as disponibilidades em Bancos Centrais e outras

instituições de crédito.

A caixa e equivalentes de caixa excluem os depósitos de natureza obrigatória realizados junto de

Bancos Centrais.

NOTA 3 – PRINCIPAIS ESTIMATIVAS E JULGAMENTOS UTILIZADOS NA ELABORAÇÃO DAS

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Considerando que o atual quadro contabilístico exige que sejam realizados julgamentos e calculadas

estimativas que incorporam algum grau de subjetividade, o uso de parâmetros diferentes ou

julgamentos com base em evidências diferentes podem resultar em estimativas diferentes. As

principais estimativas contabilísticas e julgamentos utilizados na aplicação dos princípios

contabilísticos pelo Banco são discutidas nesta Nota com o objetivo de melhorar o entendimento de

como a sua aplicação afeta os resultados reportados do Banco e a sua divulgação.

3.1. Imparidade dos ativos financeiros disponíveis para venda

O Banco determina que existe imparidade nos seus ativos financeiros disponíveis para venda quando

existe uma desvalorização continuada ou de valor significativo no seu justo valor ou quando prevê

existir um impacto nos fluxos de caixa futuros dos ativos. Esta determinação requer julgamento, no

qual o Banco recolhe e avalia toda a informação relevante à formulação da decisão, nomeadamente a

volatilidade normal dos preços dos instrumentos financeiros. Para o efeito e em consequência da forte

volatilidade dos mercados consideraram-se os seguintes parâmetros como triggers da existência de

imparidade:

(i) Títulos de capital: desvalorização continuada ou de valor significativo no seu valor de mercado face

ao custo de aquisição;

(ii) Títulos de dívida: sempre que exista evidência objetiva de eventos com impacto no valor recuperável

dos fluxos de caixa futuros destes ativos.

Adicionalmente, as avaliações são obtidas através de preços de mercado (mark to market) ou de

modelos de avaliação (mark to model) os quais requerem a utilização de determinados pressupostos ou

de julgamento no estabelecimento de estimativas de justo valor.

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Relatório e Contas de 2017 102

A utilização de metodologias alternativas e de diferentes pressupostos e estimativas, poderá resultar

num nível diferente de perdas por imparidade reconhecidas. O valor de imparidade para ativos

financeiros disponíveis para venda apurado com base nos critérios acima referidos encontra-se

indicado na Nota 19.

3.2. Justo valor dos instrumentos financeiros derivados e outros ativos e passivos financeiros

valorizados ao justo valor

O justo valor é baseado em cotações de mercado, quando disponíveis, e na ausência de cotação é

determinado com base na utilização de preços de transações recentes, semelhantes e realizadas em

condições de mercado, ou com base em metodologias de avaliação, baseadas em técnicas de fluxos de

caixa futuros descontados considerando as condições de mercado, o valor temporal, a curva de

rentabilidade e fatores de volatilidade, em conformidade com os princípios do IFRS 13 – Mensuração

pelo justo valor. Estas metodologias podem requerer a utilização de pressupostos ou julgamentos na

estimativa do justo valor.

Consequentemente, a utilização de diferentes metodologias ou de diferentes pressupostos ou

julgamentos na aplicação de determinado modelo, poderia originar valorizações diferentes daquelas

reportadas e resumidas nas Notas 35 e 36.

3.3. Perdas por imparidade no crédito sobre clientes

O Banco efetua uma revisão periódica da sua carteira de crédito de forma a avaliar a existência de

imparidade, conforme referido na Nota 2.4.

O processo de avaliação da carteira de crédito de forma a determinar se uma perda por imparidade

deve ser reconhecida é sujeito a diversas estimativas e julgamentos. Este processo inclui fatores como

a frequência de incumprimento, notações de risco, taxas de recuperação das perdas e as estimativas,

quer dos fluxos de caixa futuros, quer do momento do seu recebimento.

A utilização de metodologias alternativas e de outros pressupostos e estimativas poderiam resultar em

níveis diferentes das perdas por imparidade reconhecidas.

O valor de imparidade para crédito a clientes apurado com base nos critérios acima referidos encontra-

se indicado na Nota 21.

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Relatório e Contas de 2017 103

3.4. Impostos sobre o rendimento

O Banco encontra-se sujeito ao pagamento de impostos sobre o rendimento. A determinação do

montante global de impostos sobre o rendimento requer determinadas interpretações e estimativas.

Outras interpretações e estimativas poderiam resultar num nível diferente de impostos sobre o

rendimento, correntes e diferidos, reconhecidos no exercício e evidenciadas na Nota 29.

As declarações de autoliquidação do IRC do Banco ficam sujeitas a inspeção e eventual ajustamento

pelas Autoridades Fiscais durante um período de quatro anos ou durante o período em que seja

possível deduzir prejuízos fiscais ou créditos de imposto (até doze anos, em função do exercício em que

forem apurados). Desta forma, é possível que haja correções à matéria coletável, resultantes

principalmente de diferenças na interpretação da legislação fiscal. No entanto, é convicção do Conselho

de Administração do Banco de que não haverá correções significativas aos impostos sobre lucros

registados nas demonstrações financeiras.

3.5. Pensões e outros benefícios a empregados

A determinação das responsabilidades por pensões de reforma apresentada na Nota 13 requer a

utilização de pressupostos e estimativas, incluindo a utilização de tábuas atuariais, pressupostos de

crescimento das pensões e dos salários e taxas de desconto. Estes pressupostos são baseados nas

expectativas do Banco para o período durante o qual irão ser liquidadas as responsabilidades e outros

fatores que podem ter impacto nos custos e nas responsabilidades do plano de pensões. A análise de

sensibilidade aos pressupostos acima é apresentada na Nota 13.

Alterações a estes pressupostos poderiam ter um impacto significativo nos valores determinados.

NOTA 4 – REPORTE POR SEGMENTOS

Considerando que o Banco não detém títulos de capital próprio ou de dívida que sejam negociados

publicamente, à luz do parágrafo 2 do IFRS 8 – Segmentos Operacionais, o Banco não apresenta

informação relativa aos segmentos.

NOTA 5 – MARGEM FINANCEIRA

O valor desta rubrica é composto por:

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Relatório e Contas de 2017 104

(milhares de euros)

De ativos/

passivos ao

custo amortizado

e ativos

disponíveis para

venda

De ativos/

passivos ao justo

valor através de

resultados

Total

De ativos/

passivos ao

custo amortizado

e ativos

disponíveis para

venda

De ativos/

passivos ao justo

valor através de

resultados

Total

Juros e proveitos similares

Juros de crédito 9 347 169 9 516 10 182 149 10 331

Juros de ativos financeiros disponíveis para venda 553 - 553 561 - 561

Juros de disponibilidades e aplicações em instituições de crédito 1 611 - 1 611 2 810 - 2 810

Outros juros e proveitos similares 1 - 1 - - -

11 512 169 11 681 13 553 149 13 702

Juros e custos similares

Juros de recursos de clientes 2 498 - 2 498 3 284 - 3 284

Juros de recursos de bancos centrais e instituições de crédito 2 743 - 2 743 4 314 - 4 314

Juros de derivados para gestão de risco - 228 228 - 198 198

Outros juros e custos similares 70 - 70 62 - 62

5 311 228 5 539 7 660 198 7 858

6 201 ( 59) 6 142 5 893 ( 49) 5 844

31.12.2017 31.12.2016

As rubricas de proveitos e custos relativos a juros dos derivados para gestão de risco incluem, de

acordo com a política contabilística descrita na Nota 2.3 e 2.18, os juros dos derivados de cobertura e os

juros dos derivados contratados com o objetivo de efetuar a cobertura económica de determinados

ativos e passivos financeiros designados ao justo valor através de resultados.

NOTA 6 – RESULTADOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES

O valor desta rubrica é composto por:

(milhares de euros)

31.12.2017 31.12.2016

Rendimentos de serviços e comissões

Por serviços bancários prestados 3 707 3 159

Por garantias prestadas 2 042 2 129

Por operações realizadas com títulos 9 23

Outros rendimentos de serviços e comissões 311 325

6 069 5 636

Encargos com serviços e comissões

Por serviços bancários prestados por terceiros 578 507

Por operações realizadas com títulos 71 47

Outros encargos com serviços e comissões 10 9

659 563

5 410 5 073

NOTA 7 – RESULTADOS DE ATIVOS E PASSIVOS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

O valor desta rubrica é composto por:

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Relatório e Contas de 2017 105

(milhares de euros)

31.12.2017

Proveitos Custos Total Proveitos Custos Total

Instrumentos financeiros derivados

Contratos sobre taxas de juro 882 609 273 525 366 159

Contratos sobre ações/índices 25 6 19 2 2 -

Outros 26 - 26 154 - 154

933 615 318 681 368 313

Outros ativos financeiros (1)

Crédito a clientes 8 315 ( 307) 254 115 139

8 315 ( 307) 114 13 101

8 315 ( 307) 254 115 139

941 930 11 935 483 452

(1) inclui a variação de justo valor de ativos/passivos objecto de cobertura ou ao fair value option , conforme apresentado na Nota 22

31.12.2016

NOTA 8 – RESULTADOS DE ATIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

O valor desta rubrica é composto por:

(milhares de euros)

31.12.2017 31.12.2016

Proveitos Custos Total Proveitos Custos Total

Ações 4 - 4 1 536 10 1 526

4 - 4 1 536 10 1 526

Em 31 de dezembro de 2016, inclui um ganho de 1 536 milhares de euros referente à operação de

aquisição da Visa Inc. por parte da Visa International.

NOTA 9 – RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL

O valor desta rubrica é composto por:

(milhares de euros)

31.12.2017 31.12.2016

Proveitos Custos Total Proveitos Custos Total

Reavaliação cambial 8 688 8 920 ( 232) 6 547 6 460 87

8 688 8 920 ( 232) 6 547 6 460 87

Esta rubrica inclui os resultados decorrentes de reavaliação cambial de ativos e passivos monetários

expressos em moeda estrangeira de acordo com a política contabilística descrita na Nota 2.2.

NOTA 10 – RESULTADOS DA ALIENAÇÃO DE OUTROS ATIVOS

O valor desta rubrica é composto por:

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Relatório e Contas de 2017 106

(milhares de euros)

31.12.2017 31.12.2016

Imóveis recebidos em dação 7 ( 233)

7 ( 233)

NOTA 11 – OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO

O valor desta rubrica é composto por:

(milhares de euros)

31.12.2017 31.12.2016

Outros proveitos/ (custos) de exploração

( 79) ( 56)

Contribuição sobre o setor bancário ( 464) ( 461)

Contribuições para o Fundo de Resolução ( 118) ( 84)

Contribuições para o Fundo Único de Resolução ( 74) ( 26)

( 4) ( 2)

454 623

( 35) 321

( 320) 315

Outros

Impostos diretos e indiretos

Quotizações e donativos

Proveitos não recorrentes em operações de crédito

NOTA 12 – CUSTOS COM PESSOAL

O valor dos custos com pessoal é composto por:

(milhares de euros)

31.12.2017 31.12.2016

Vencimentos e salários 2 645 2 860

Remunerações 2 632 2 832

Prémios de fim de carreira (ver Nota 13) 13 28

Outros encargos sociais obrigatórios 889 900

Outros custos 19 14

3 553 3 774

Por categoria profissional, o número de colaboradores do Banco analisa-se como segue:

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Relatório e Contas de 2017 107

31.12.2017 31.12.2016

Funções diretivas 2 2

Funções de chefia 17 19

Funções específicas 30 30

Funções administrativas 30 32

79 83

As provisões e custos relacionados com o processo de reestruturação em curso encontram-se

apresentados na Nota 28.

NOTA 13 – BENEFÍCIOS A EMPREGADOS

Pensões de reforma e benefícios de saúde

Em conformidade com o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) celebrado com os sindicatos e vigente para

o setor bancário, o Banco assumiu o compromisso de conceder aos seus empregados, ou às suas

famílias, prestações pecuniárias a título de reforma por velhice, invalidez e pensões de sobrevivência.

Estas prestações consistem numa percentagem, crescente em função do número de anos de serviço do

empregado, aplicada à tabela salarial negociada anualmente para o pessoal no ativo.

Em 30 de dezembro de 1987, o Banco constituiu um fundo de pensões fechado para cobrir as prestações

pecuniárias a título de reforma por velhice, invalidez e pensões de sobrevivência, relativamente às

obrigações consagradas no âmbito do ACT. Posteriormente e após obtida autorização do Instituto de

Seguros de Portugal, procedeu à alteração do Contrato Constitutivo do Fundo de Pensões que passou a

integrar todas as responsabilidades para com pensões e benefícios de saúde (SAMS) e, no exercício de

2009, o subsídio por morte. Em Portugal, os fundos têm como sociedade gestora a GNB – Sociedade

Gestora de Fundos de Pensões, S.A..

Estão abrangidos por este benefício os empregados admitidos até 31 de dezembro de 2008. As novas

admissões a partir daquela data beneficiam do regime geral da Segurança Social.

Adicionalmente, com a publicação do Decreto-Lei n.1-A / 2011, de 3 de janeiro, todos os trabalhadores

bancários beneficiários da CAFEB – Caixa de Abono de Família dos Empregados Bancários foram

integrados no Regime Geral de Segurança Social a partir de 1 de janeiro de 2011, que passou a

assegurar a proteção dos colaboradores nas eventualidades de maternidade, paternidade e adoção e

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Relatório e Contas de 2017 108

ainda de velhice, permanecendo sob a responsabilidade dos bancos a proteção na doença, invalidez,

sobrevivência e morte.

As pensões de reforma dos bancários integrados na Segurança Social no âmbito do 2.º acordo

tripartido continuam a ser calculadas conforme o disposto no ACT e restantes convenções, havendo

contudo lugar a uma pensão a receber do Regime Geral, cujo montante tem em consideração os anos

de descontos para este regime. Aos bancos compete assegurar a diferença entre a pensão determinada

de acordo com o disposto no ACT e aquela que o empregado vier a receber da Segurança Social.

A taxa contributiva é de 26,6%, cabendo 23,6% à entidade empregadora e 3% aos trabalhadores, em

substituição da Caixa de Abono de Família dos Empregados Bancários (CAFEB) que foi extinta por

aquele mesmo diploma. Em consequência desta alteração, o direito à pensão dos empregados no ativo

passa a ser coberto nos termos definidos pelo Regime Geral da Segurança Social, tendo em conta o

tempo de serviço prestado de 1 de janeiro de 2011 até à idade da reforma, passando os bancos a

suportar o diferencial necessário para a pensão garantida nos termos do Acordo Coletivo de Trabalho.

No final do exercício de 2011 na sequência do 3º acordo tripartido, foi decidida a transmissão para a

esfera da Segurança Social, das responsabilidades com pensões em pagamento dos reformados e

pensionistas que se encontravam nessa condição à data de 31 de dezembro de 2011.

Ao abrigo deste acordo tripartido, foi efetuada a transmissão para a esfera da Segurança Social, das

responsabilidades com pensões em pagamento à data de 31 de dezembro de 2011, a valores constantes

(taxa de atualização 0%), na componente prevista no Instrumento de Regulação Coletiva de Trabalho

(IRCT) dos trabalhadores bancários, incluindo as eventualidades de morte, invalidez e sobrevivência. As

responsabilidades relativas às atualizações das pensões, benefícios complementares, contribuições

para o SAMS, subsídio de morte e pensões de sobrevivência diferida, permaneceram na esfera da

responsabilidade das instituições financeiras com o financiamento a ser assegurado através dos

respetivos fundos de pensões.

O acordo estabeleceu ainda que os ativos dos fundos de pensões das respetivas instituições financeiras,

na parte afeta à satisfação das responsabilidades pelas pensões referidas, fossem transmitidos para o

Estado.

Os pressupostos atuariais utilizados no cálculo das responsabilidades são como segue:

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Relatório e Contas de 2017 109

Pressupostos Verificado Pressupostos Verificado

Pressupostos Atuariais

Taxas de rendimento projetado 2,10% 4,14% 2,10% -4,49%

Taxa de desconto 2,10% - 2,10% -

Taxa de crescimento de pensões 0,50% 0,82% 0,25% 1,25%

Taxa de crescimento salarial 0,75% 1,40% 0,50% 1,39%

Tábua de Mortalidade masculina

Tábua de Mortalidade feminina

(1)0,75% em 2017; em 2018 e 2019 considerou-se uma taxa de crescimento de 0,00% e a partir de 2020 considerou-se uma taxa de

crescimento de 0,25%(2)

0,75% em 2017; a partir de 2018 considerou-se uma taxa de crescimento de 0,50%

TV 88/90-2 anos

31.12.2017 31.12.2016

TV 88/90 TV 73/77-2 anos

TV 88/90-2 anos

(1)

(2)

Os participantes no plano de pensões são desagregados da seguinte forma:

31.12.2017 31.12.2016

Ativos 61 65

Reformados 55 54

TOTAL 116 119

A aplicação do IAS 19 traduz-se nas seguintes responsabilidades e níveis de cobertura reportáveis a 31

de dezembro de 2017 e 2016:

(milhares de euros)

31.12.2017

Ativos/(responsabilidades) líquidas reconhecidas em balanço

Responsabilidades ( 20 147) ( 18 464)

Coberturas

Saldos dos Fundos 20 147 18 464

Ativos/(responsabilidades) líquidos em balanço (ver Nota 30) - -

Desvios atuariais acumulados reconhecidos em outro rendimento integral 10 247 9 077

31.12.2016

De acordo com a política contabilística descrita na Nota 2.15 – Benefícios aos empregados, o Banco

procede ao cálculo das responsabilidades com pensões de reforma e dos ganhos e perdas atuariais

semestralmente.

Em 31 de dezembro de 2017, a análise de sensibilidade a uma variação de 0,25% na taxa dos

pressupostos utilizados e de um ano na tabela de mortalidade resulta nas seguintes variações no valor

atual das responsabilidades apuradas por serviços passados:

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Relatório e Contas de 2017 110

(milhares de euros)

Pressupostos

de +0,25% na taxa utilizada de -0,25% na taxa utilizada

Taxa de desconto ( 774) 759

Taxa de crescimento dos salários 219 ( 266)

Taxa de crescimento das pensões 680 ( 703)

de +1 ano de -1 ano

Tábua de mortalidade ( 637) 588

Variação no valor das responsabilidades resultantes da variação:

A evolução das responsabilidades com pensões de reforma e benefícios de saúde pode ser analisada

como segue:

(milhares de euros)

Responsabilidades no início do exercício 18 464 16 288

Custo dos juros 387 403

Contribuições dos participantes 32 33

(Ganhos) e perdas atuariais nas responsabilidades

Alteração de pressupostos financeiros 1 380 ( 744)

(Ganhos) e perdas de experiência 175 1 997

Pensões pagas pelo fundo ( 485) ( 273)

SAMS - ( 202)

Reformas antecipadas 193 962

Outros 1 -

Responsabilidades no final do exercício 20 147 18 464

31.12.2017 31.12.2016

A evolução do valor dos fundos de pensões pode ser analisada como segue:

(milhares de euros)

31.12.2017 31.12.2016

Saldo dos fundos no início do exercício 18 464 16 288

Rendimento real do fundo 747 ( 731)

Contribuições do Banco 1 389 3 147

Contribuições dos empregados 32 33

Pensões pagas pelo fundo ( 485) ( 273)

Saldo dos fundos no final do exercício 20 147 18 464

Os ativos dos fundos de pensões utilizados pelo Banco são detalhados como seguem:

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Relatório e Contas de 2017 111

(milhares de euros)

31.12.2017 31.12.2016

Ações e outros titulos de rendimento variável 5 686 884

Obrigações 11 287 2 298

Imóveis 813 138

Outros 2 361 15 144

Total 20 147 18 464

Nos ativos do fundo de pensões não constam quaisquer títulos emitidos pelo Banco ou imóveis

utilizados em serviço próprio.

A evolução dos desvios atuariais diferidos em balanço pode ser analisada como segue:

(milhares de euros)

31.12.2017 31.12.2016

Desvios atuariais no início do exercício 9 077 6 719

(Ganhos) e perdas atuariais do exercício

- Alteração de pressupostos 1 380 ( 744)

- (Ganhos) e perdas de experiência ( 210) 3 102

Desvios atuariais reconhecidos em outro rendimento integral 10 247 9 077

Os custos do exercício com pensões de reforma e com benefícios de saúde podem ser analisados como

segue:

(milhares de euros)

31.12.2017 31.12.2016

Custo do serviço corrente - -

Custo/ (proveito) de juros 25 29

Rendimento esperado do fundo - ( 202)

Outros - 962

Custos do exercício 25 789

A evolução dos ativos / (responsabilidades) líquidas em balanço nos exercícios findos em 31 de

dezembro de 2017 e 2016 pode ser analisada como segue:

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Relatório e Contas de 2017 112

(milhares de euros)

31.12.2017 31.12.2016

No início do exercício - -

Custo do exercício ( 25) ( 29)

Contribuições efectuadas 1 389 3 147

Ganhos e perdas atuariais reconhecidos em outro rendimento integral (1 170) (2 358)

SAMS - 202

Reformas antecipadas ( 193) ( 962)

Outros ( 1) -

No final do exercício - -

O evolutivo das responsabilidades e saldo dos fundos nos últimos 5 anos é analisado como segue:

(milhares de euros)

31.12.2017 31.12.2016 31.12.2015 31.12.2014 31.12.2013

Responsabilidades ( 20 147) ( 18 464) ( 16 288) ( 15 674) ( 12 333)

Saldo dos fundos 20 147 18 464 16 288 15 674 14 549

Responsabilidades (sub) / sobre financiadas - - - - 2 216

(Ganhos) / Perdas de experiência

decorrentes das responsabilidades ( 175) ( 1 253) ( 263) ( 2 769) ( 718)

(Ganhos) / Perdas de experiência

decorrentes dos ativos do fundo 385 1 105 321 448 297

Prémio de fim de carreira

Em 31 de dezembro de 2017, as responsabilidades assumidas pelo Banco ascendem a 47 milhares de

euros, correspondente às responsabilidades por serviços passados do prémio de fim de carreira,

conforme descrito na Nota 2.15 – Benefícios aos colaboradores – Prémio de fim de carreira (31 de

dezembro de 2016: 37 milhares de euros), ver Nota 30.

Os custos reconhecidos no exercício de 2017 com os prémios de fim de carreira foram de 13 milhares de

euros (ver Nota 12). No exercício de 2016, registaram-se custos com o prémio de antiguidade no valor de

28 milhares de euros.

NOTA 14 – GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS

O valor desta rubrica é composto por:

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Relatório e Contas de 2017 113

(milhares de euros)

31.12.2017 31.12.2016

Rendas e alugueres 304 265

Publicidade e publicações 31 31

Comunicações e expedição 255 394

Conservação e reparação 91 75

Deslocações e representação 58 56

Água, energia e combustiveis 117 131

Transporte de valores 156 97

Material de consumo corrente 56 63

Serviços Informáticos 874 272

Mão-de-obra eventual - 54

Trabalho independente 118 148

Sistema eletrónico de pagamentos 477 401

Judiciais, contencioso e notariado 103 158

Consultoria e auditoria 73 50

Outros custos 356 342

3 069 2 537

A rubrica Outros custos inclui, entre outros, segurança e vigilância, formação, tratamento de valores e

custos com serviços prestados pelo Agrupamento Complementar de Empresas (ACE).

Os honorários faturados durante os exercícios de 2017 e 2016 pela Sociedade de Revisores Oficiais de

Contas, de acordo com o disposto no artº 66º-A do Código das Sociedades Comerciais, detalham-se

como se segue:

(milhares de euros)

31.12.2017

Revisão legal das contas anuais 26 29

Outros serviços de garantia de fiabilidade 18 25

Outros serviços que não sejam de revisão ou auditoria - -

Valor total dos serviços faturados 44 54

31.12.2016

Em 31 de dezembro de 2017, os outros serviços de garantia de fiabilidade dizem respeito a serviços

prestados pelo auditor do Banco para dar cumprimento a requisitos de reporte de ativos de clientes

(art. 306º D do CVM) e revisão do sistema de controlo interno subjacente ao Relato Financeiro (Aviso n.º

5/2008 do Banco de Portugal).

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Relatório e Contas de 2017 114

NOTA 15 – RESULTADOS POR ACÇÃO

Resultados por ação básicos

Os resultados por ação básicos são calculados efetuando a divisão do resultado líquido atribuível aos

acionistas do Banco pelo número médio ponderado de ações ordinárias em circulação durante o ano.

(milhares de euros)

31.12.2017 31.12.2016

Resultado líquido atribuível aos acionistas do Banco 1 957 1 678

Número médio de ações ordinárias em circulação (milhares) 3 728 3 728

Resultado por ação básico atribuível aos acionistas do Banco (em euros) 0,53 0,45

Resultados por ação diluídos

Os resultados por ação diluídos são calculados ajustando o efeito de todas as potenciais ações

ordinárias diluidoras ao número médio ponderado de ações ordinárias em circulação e ao resultado

líquido atribuível aos acionistas do Banco.

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016 o Banco não detinha potenciais ações ordinárias diluidoras, pelo que,

o resultado por ação diluído é igual ao resultado por ação básico.

NOTA 16 – CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS

Esta rubrica a 31 de dezembro de 2017 e 2016 é analisada como segue:

(milhares de euros)

31.12.2017 31.12.2016

Caixa 5 113 4 842

5 113 4 842

NOTA 17 – DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica a 31 de dezembro de 2017 e 2016 é analisada como segue:

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Relatório e Contas de 2017 115

(milhares de euros)

31.12.2017 31.12.2016

Disponibilidades em outras instituições de

crédito no país

Depósitos à ordem 8 719 10 185

Cheques a cobrar 887 890

9 606 11 075

Os cheques a cobrar sobre instituições de crédito no país foram enviados para cobrança nos primeiros

dias úteis subsequentes às datas em referência.

De acordo com o artigo 10º do Regulamento n.º 2818/98 do Banco Central Europeu de 1 de dezembro, e

através da carta circular com referência n.º 204/DMRCF/DMC de 5 de junho de 2001, o Banco de

Portugal autorizou o NBA a constituir as suas reservas mínimas indiretamente através do NOVO

BANCO, S.A.. Trimestralmente o NBA regulariza através de uma conta de depósito junto do NOVO

BANCO o valor respeitante ao nível mínimo de reservas de caixa a constituir. A 31 de dezembro de 2017,

o saldo daquela conta era de 3 091 milhares de euros (31 de dezembro de 2016: 3 370 milhares de

euros), tendo a taxa média de remuneração no período sido de 0,00% (31 de dezembro de 2016: 0,01%).

NOTA 18 – ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO

O valor desta rubrica é composto por:

(milhares de euros)

31.12.2017 31.12.2016

Activos financeiros detidos para negociação

Derivados

Instrumentos financeiros derivados com justo valor positivo 19 3

Passivos financeiros detidos para negociação

Derivados

Instrumentos financeiros derivados com justo valor negativo 232 10

Os instrumentos financeiros derivados em 31 de dezembro de 2017 e 2016 são analisados como segue:

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Relatório e Contas de 2017 116

(milhares de euros)

Activo Passivo Activo Passivo

Contratos sobre taxas de juro

Interest Rate Swaps

- compras 3 065

- vendas 3 065

- - -

Contratos sobre acções/índices

Equity / Index Options

- compras 2 158 394

- vendas 2 181 217

TOTAL 4 339 19 232 611 3 10

3 10

31.12.2017

NocionalJusto valor

19 21

211 -

31.12.2016

NocionalJusto valor

O escalonamento dos instrumentos financeiros de negociação por prazos de vencimento é como segue:

(milhares de euros)

31.12.2017 31.12.2016

Compra Venda Compra Venda

Até 3 meses - - - - - -

De 3 meses a um ano 198 198 - 260 260 ( 4)

De um a cinco anos 5 025 5 048 ( 213) 134 157 ( 3)

5 223 5 246 ( 213) 394 417 ( 7)

NocionalJusto valor

líquido

NocionalJusto valor

líquido

NOTA 19 – ATIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Esta rubrica a 31 de dezembro de 2017 e 2016 é analisada como segue:

(milhares de euros)

Positiva Negativa

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De emissores públicos 34 580 1 736 - - 36 316

Ações 4 409 3 665 ( 23) - 8 051

Saldo a 31 de dezembro de 2017 38 989 5 401 ( 23) - 44 367

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De emissores públicos 35 248 36 ( 411) - 34 873

Ações 4 391 3 229 - - 7 620

Saldo a 31 de dezembro de 2016 39 639 3 265 ( 411) - 42 493

(1) custo de aquisição no que se refere às ações e custo amortizado para títulos de dívida

Reserva de justo valorCusto (1) Valor

balanço

Perdas por

imparidade

De acordo com a política contabilística descrita na Nota 2.5, o Banco avalia regularmente se existe

evidência objetiva de imparidade na sua carteira de ativos disponíveis para venda seguindo os critérios

de julgamento descritos na Nota 3.1.

Os valores relativos à reserva de justo valor encontram-se analisados na Nota 32.

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Relatório e Contas de 2017 117

A 31 de dezembro de 2017 e 2016, o escalonamento dos títulos disponíveis para venda por prazo de

vencimento é como segue:

(milhares de euros)

31.12.2017 31.12.2016

Até 3 meses 877 877

De um a cinco anos 34 615 33 253

Mais de cinco anos 824 743

Duração indeterminada 8 051 7 620

44 367 42 493

Esta rubrica, no que respeita a títulos cotados e não cotados, é desagregada da seguinte forma:

(milhares de euros)

Cotados Não cotados Total Cotados Não cotados Total

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De emissores públicos 36 316 - 36 316 34 873 - 34 873

Ações 15 8 036 8 051 436 7 184 7 620

36 331 8 036 44 367 35 309 7 184 42 493

31.12.2017 31.12.2016

Durante o exercício de 2017, o Banco recebeu dividendos no valor de 729 milhares de euros da

carteira de ativos financeiros disponíveis para venda (31 de dezembro de 2016: 249 milhares de euros).

NOTA 20 – APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica a 31 de dezembro de 2017 e 2016 é analisada como segue:

(milhares de euros)

31.12.2017 31.12.2016

Aplicações em instituições de crédito no país

Depósitos 112 019 214 552

112 019 214 552

As principais aplicações em instituições de crédito no país, em 31 de dezembro de 2017, vencem juros à

taxa média anual de 0,97% (31 de dezembro de 2016: 1,15%).

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Relatório e Contas de 2017 118

O escalonamento das Aplicações em instituições de crédito por prazos de vencimento, a 31 de

dezembro de 2017 e 2016, é como segue:

(milhares de euros)

31.12.2017 31.12.2016

Até 3 meses 107 620 214 552

De um a cinco anos 4 399 -

112 019 214 552

NOTA 21 – CRÉDITO A CLIENTES

Esta rubrica a 31 de dezembro de 2017 e 2016 é analisada como segue:

(milhares de euros)

31.12.2017 31.12.2016

Crédito interno

A empresas

Empréstimos 90 877 88 295

Créditos em conta corrente 24 897 32 085

Descontos e outros créditos titulados por efeitos 881 1 605

Factoring 1 316 1 454

Descobertos 94 9

Outros créditos 224 180

A particulares

Habitação 213 510 213 827

Consumo e outros 19 882 19 043

351 681 356 498

Crédito ao exterior

A particulares

Habitação 814 839

Consumo e outros 200 240

1 014 1 079

Crédito e juros vencidos

Até 3 meses 393 95

De 3 meses a 1 ano 435 593

De 1 a 3 anos 2 698 5 322

Há mais de 3 anos 13 999 12 917

17 525 18 927

370 220 376 504

Perdas por imparidade ( 23 226) ( 24 579)

346 994 351 925

O justo valor da carteira de crédito a clientes encontra-se apresentado na Nota 35.

Os movimentos ocorridos nas perdas por imparidade evidenciadas como correção aos valores de

crédito no ativo, foram os seguintes:

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Relatório e Contas de 2017 119

(milhares de euros)

Crédito a

Empresas

Crédito a

particulares -

Habitação

Crédito a

particulares -

Outro

TotalCrédito a

Empresas

Crédito a

particulares -

Habitação

Crédito a

particulares -

Outro

Total

Saldo inicial 18 029 2 779 3 771 24 579 17 810 2 612 3 838 24 260

Dotações / (reversões) ( 921) 295 571 ( 55) 1 265 167 ( 8) 1 424

Utilizações ( 699) ( 556) ( 40) ( 1 295) ( 768) - ( 59) ( 827)

Diferenças de câmbio e outras 594 ( 48) ( 549) ( 3) 1 - - 1

Saldo final 17 003 2 470 3 753 23 226 18 029 2 779 3 771 24 579

31.12.2017 31.12.2016

O escalonamento do Crédito a clientes por prazos de vencimento, a 31 de dezembro de 2017 e 2016, é

como segue:

(milhares de euros)

31.12.2017 31.12.2016

Até 3 meses 7 611 11 594

De 3 meses a um ano 23 981 22 318

De um a cinco anos 28 409 42 638

Mais de cinco anos 292 694 281 027

Duração indeterminada 17 525 18 927

370 220 376 504

A distribuição do Crédito a clientes por tipo de taxa é como segue:

(milhares de euros)

31.12.2017 31.12.2016

Taxa fixa 25 298 18 175

Taxa variável 344 922 358 329

370 220 376 504

NOTA 22 – DERIVADOS PARA GESTÃO DE RISCO

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, o justo valor dos derivados para gestão de risco em balanço analisa-

se como segue:

(milhares de euros)

CoberturaGestão do

riscoTotal Cobertura

Gestão do

riscoTotal

Derivados para gestão do risco

Derivados para gestão do risco - Passivo ( 502) - ( 502) ( 816) - ( 816)

( 502) - ( 502) ( 816) - ( 816)

Justo valor dos Ativos e Passivos cobertos

Ativos financeiros

Crédito a clientes 463 - 463 770 - 770

463 - 463 770 - 770

31.12.201631.12.2017

Derivados de cobertura

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Relatório e Contas de 2017 120

As operações de cobertura de justo valor em 31 de dezembro de 2017 e 2016 podem ser analisadas

como segue:

(milhares de euros)

Interest Rate Swap Crédito a clientes Taxa de Juro 12 581 ( 502) 314 463 ( 307)

12 581 ( 502) 314 463 ( 307)

(1) Inclui juro corrido

(2) Atribuível ao risco coberto

31.12.2017

Variação do

justo valor do

elemento

coberto no

ano (2)

Risco cobertoProduto cobertoProduto derivado

Componente

de justo valor

do

elemento

coberto (2)

Var. justo

valor do

derivado no

ano

Justo valor do

derivado (1)Nocional

(milhares de euros)

Interest Rate Swap Crédito a clientes Taxa de Juro 15 264 ( 816) ( 185) 770 139

15 264 ( 816) ( 185) 770 139

(1) Inclui juro corrido

(2) Atribuível ao risco coberto

31.12.2016

Variação do

justo valor do

elemento

coberto no

ano (2)

Risco cobertoProduto cobertoProduto derivado

Componente

de justo valor

do

elemento

coberto (2)

Var. justo

valor do

derivado no

ano

Justo valor do

derivado (1)Nocional

Em 31 de dezembro de 2017, a parte inefetiva das operações de cobertura de justo valor, que se

traduziu num proveito de 5 milhares de euros (31 de dezembro de 2016: custo de 46 milhares de euros),

foi registada por contrapartida de resultados. O Banco realiza periodicamente testes de efetividade das

relações de cobertura existentes.

As operações com derivados de gestão de risco em 31 de dezembro de 2017 e 2016, por maturidades,

podem ser analisadas como segue:

(milhares de euros)

Nocional Justo valor Nocional Justo valor

De um a cinco anos 10 667 ( 390) 6 000 ( 162)

Mais de cinco anos 1 914 ( 112) 9 264 ( 654)

12 581 ( 502) 15 264 ( 816)

31.12.201631.12.2017

NOTA 23 – OUTROS ATIVOS TANGÍVEIS

Esta rubrica a 31 de dezembro de 2017 e 2016 é analisada como segue:

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Relatório e Contas de 2017 121

(milhares de euros)

31.12.2017 31.12.2016

Imóveis

De serviço próprio 4 404 4 418

Beneficiações em edifícios arrendados 1 308 1 977

5 712 6 395

Equipamento

Equipamento informático 991 936

Instalações interiores 832 1 050

Mobiliário e material 915 1 077

Equipamento de segurança 450 455

Máquinas e ferramentas 124 124

Material de transporte 21 21

3 333 3 663

9 045 10 058

Depreciação acumulada ( 4 310) ( 4 891)

4 735 5 167

O movimento nesta rubrica foi o seguinte:

(milhares de euros)

Imóveis EquipamentoImobilizado

em cursoTotal

Custo de aquisição

Saldo a 31 de dezembro de 2015 6 587 3 681 - 10 268

Adições - 22 31 53

Abates / vendas - ( 33) - ( 33)

Transferências ( 192) ( 7) ( 31) ( 230)

Saldo a 31 de dezembro de 2016 6 395 3 663 - 10 058

Adições - 57 71 128

Abates / vendas ( 698) ( 386) - ( 1 084)

Transferências 15 - ( 71) ( 56)

Outros movimentos - ( 1) - ( 1)

Saldo a 31 de dezembro de 2017 5 712 3 333 - 9 045

Depreciações

Saldo a 31 de dezembro de 2015 1 848 2 812 - 4 660

Amortizações do exercício 167 194 - 361

Abates / vendas - ( 33) - ( 33)

Transferências ( 79) ( 18) - ( 97)

Saldo a 31 de dezembro de 2016 1 936 2 955 - 4 891

Amortizações do exercício 123 169 - 292

Abates / vendas ( 698) ( 386) - ( 1 084)

Outros 121 90 - 211

Saldo a 31 de dezembro de 2017 1 482 2 828 - 4 310

Saldo líquido a 31 de dezembro de 2017 4 230 505 - 4 735

Saldo líquido a 31 de dezembro de 2016 4 459 708 - 5 167

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Relatório e Contas de 2017 122

NOTA 24 – ATIVOS INTANGÍVEIS

Esta rubrica a 31 de dezembro de 2017 e 2016 é analisada como segue:

(milhares de euros)

31.12.2017 31.12.2016

Adquiridos a terceiros

Sistema de tratamento automático de dados 4 308 7 148

Imobilizado em curso - 658

4 308 7 806

Amortização acumulada (4 099) (6 390)

209 1 416

O movimento nesta rubrica foi o seguinte:

(milhares de euros)

Sistema de

tratamento

automático de

dados

Imobilizações em

cursoTotal

Custo de aquisição

Saldo a 31 de dezembro de 2015 6 793 394 7 187

Adições:

Adquiridas a terceiros - 619 619

Transferências 355 ( 355) -

Saldo a 31 de dezembro de 2016 7 148 658 7 806

Abates / vendas ( 3 101) ( 397) ( 3 498)

Transferências 261 ( 261) -

Saldo a 31 de dezembro de 2017 4 308 - 4 308

Amortizações

Saldo a 31 de dezembro de 2015 5 859 - 5 859

Amortizações do exercício 531 - 531

Saldo a 31 de dezembro de 2016 6 390 - 6 390

Amortizações do exercício 810 - 810

Abates / vendas ( 3 101) ( 3 101)

Saldo a 31 de dezembro de 2017 4 099 - 4 099

Saldo líquido a 31 de dezembro de 2017 209 - 209

Saldo líquido a 31 de dezembro de 2016 758 658 1 416

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Relatório e Contas de 2017 123

NOTA 25 – OUTROS ATIVOS

Esta rubrica a 31 de dezembro de 2017 e 2016 é analisada como segue:

(milhares de euros)

31.12.2017 31.12.2016

Devedores e outras aplicações

Devedores por bonificações de juros de crédito imobiliário 1 122 1 351

Sector público administrativo 1 276 1 107

Outros devedores diversos 511 495

2 909 2 953

Outros ativos

Ouro, outros metais preciosos e outras disponibilidades 45 45

Imóveis (a) 9 516 9 107

Outros ativos 37 38

9 598 9 190

Proveitos a receber 96 291

Despesas com custo diferido 565 608

Outras contas de regularização

Outras operações a realizar 42 620

42 620

Perdas por imparidade ( 1 322) ( 1 261)

Imóveis (a) ( 1 000) ( 1 031)

Outros ativos ( 322) ( 230)

11 888 12 401

(a) Imóveis recebidos em dação, por recuperação de crédito e descontinuados

Em 31 de dezembro de 2017, a rubrica de despesas com custo diferido inclui o montante de 513 milhares

de euros (31 de dezembro de 2016: 553 milhares de euros) relativo à diferença entre o valor nominal dos

empréstimos concedidos aos colaboradores do Banco no âmbito do ACT para o Setor Bancário e o seu

justo valor à data da concessão, calculado de acordo com o IAS 39, o qual é reconhecido em custos com

pessoal durante o menor do prazo residual do empréstimo e o número de anos estimado de vida ativa

remanescente do colaborador.

Os movimentos ocorridos nas perdas por imparidade foram os seguintes:

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Relatório e Contas de 2017 124

(milhares de euros)

Imóveis Outros ativos Total Imóveis Outros ativos Total

Saldo inicial 1 031 230 1 261 - 173 173

Movimento do ano

Dotações 335 159 494 113 141 254

Utilizações ( 358) - ( 358) ( 279) - ( 279)

Reversões ( 9) ( 66) ( 75) - ( 84) ( 84)

Transferências (a) - - - 1 198 - 1 198

Diferenças de câmbio e outras 1 ( 1) - ( 1) - ( 1)

Saldo final 1 000 322 1 322 1 031 230 1 261

31.12.2017 31.12.2016

(a) Ativos não correntes detidos para venda que foram transferidos para Outros ativos durante o exercício de 2016

Os movimentos dos imóveis incluídos em outros ativos foram os seguintes:

(milhares de euros)

31.12.2017 31.12.2016

Saldo inicial 9 107 -

Transferências (a) - 9 163

Entradas 2 636 2 080

Vendas ( 2 227) ( 2 175)

Outros movimentos - 39

Saldo final 9 516 9 107

(a) Ativos não correntes detidos para venda que foram transferidos para Outros ativos durante o exercício de 2016

Em 31 de dezembro de 2017 e de 2016, o detalhe dos imóveis incluídos em Outros ativos por tipologia é

como segue:

(milhares de euros)

Número de

imóveisValor bruto Imparidade

Valor líquido

contabilístico

Justo valor do

ativo (a)

Terrenos

Urbano 8 759 192 567 569

Rural 9 573 30 543 741

17 1 332 222 1 110 1 310

Edifícios em desenvolvimento

Comerciais - - - - -

Habitação - - - - -

Outros - - - - -

- - - - -

Edifícios construídos

Comerciais 5 378 93 285 285

Habitação 52 5 602 554 5 048 5 326

Outros 14 2 187 128 2 059 2 161

71 8 167 775 7 392 7 772

Outros - 17 3 14 16

88 9 516 1 000 8 516 9 098

(a) apurado de acordo com a política contabilística 2.11

31.12.2017

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Relatório e Contas de 2017 125

(milhares de euros)

Número de

imóveisValor bruto Imparidade

Valor líquido

contabilístico

Justo valor do

ativo (a)

Terrenos

Urbano 12 939 121 818 818

Rural 11 592 65 527 527

23 1 531 186 1 345 1 345

Edifícios em desenvolvimento

Comerciais - - - - -

Habitação 1 143 - 143 143

Outros - - - - -

1 143 - 143 143

Edifícios construídos

Comerciais 5 437 90 347 347

Habitação 54 5 778 515 5 263 5 263

Outros 8 1 161 191 970 970

67 7 376 796 6 580 6 580

Outros - 57 49 8 8

91 9 107 1 031 8 076 8 076

(a) apurado de acordo com a política contabilística 2.11

31.12.2016

Seguidamente apresenta-se o detalhe dos imóveis por antiguidade:

(milhares de euros)

Até 1 ano De 1 a 2,5 anos De 2,5 a 5 anos Mais de 5 anos

Total do valor

líquido

contabilístico

Terrenos

Urbano 29 433 53 52 567

Rural 11 239 174 119 543

40 672 227 171 1 110

Edifícios em desenvolvimento

Comerciais - - - - -

Habitação - - - - -

Outros - - - - -

- - - - -

Edifícios construídos

Comerciais 34 251 - - 285

Habitação 1 061 1 451 1 209 1 327 5 048

Outros 1 130 242 301 386 2 059

2 225 1 944 1 510 1 713 7 392

Outros 14 - - - 14

2 279 2 616 1 737 1 884 8 516

31.12.2017

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Relatório e Contas de 2017 126

(milhares de euros)

Até 1 ano De 1 a 2,5 anos De 2,5 a 5 anos Mais de 5 anos

Total do valor

líquido

contabilístico

Terrenos

Urbano 542 72 154 50 818

Rural 12 15 377 123 527

554 87 531 173 1 345

Edifícios em desenvolvimento

Comerciais - - - - -

Habitação 143 - - - 143

Outros - - - - -

143 - - - 143

Edifícios construídos

Comerciais 72 109 166 - 347

Habitação 1 578 1 109 2 066 510 5 263

Outros - - 777 193 970

1 650 1 218 3 009 703 6 580

Outros 8 - - - 8

2 355 1 305 3 540 876 8 076

31.12.2016

NOTA 26 – RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

A rubrica Recursos de outras instituições de crédito é apresentada como segue:

(milhares de euros)

31.12.2017 31.12.2016

No país

Mercado monetário interbancário

Depósitos 151 074 253 958

151 074 253 958

O escalonamento dos recursos de outras instituições de crédito por prazo de vencimento, a 31 de

dezembro de 2017 e de 2016, é como segue:

(milhares de euros)

31.12.2017 31.12.2016

Até 3 meses 50 209 47 133

De 3 meses a um ano 100 612 206 572

De um a cinco anos 253 253

151 074 253 958

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Relatório e Contas de 2017 127

NOTA 27 – RECURSOS DE CLIENTES

O saldo da rubrica Recursos de clientes é composto, quanto à sua natureza, como segue:

(milhares de euros)

31.12.2017 31.12.2016

Depósitos à vista 79 164 72 414

Depósitos a prazo 223 021 245 107

Depósitos de poupança 40 212 33 352

Outros recursos 2 636 2 791

345 033 353 664

O escalonamento dos recursos de clientes por prazo de vencimento, a 31 de dezembro de 2017 e de

2016, é como segue:

(milhares de euros)

31.12.2017 31.12.2016

Exigível à vista 79 164 72 414

Exigível a prazo

Até 3 meses 105 563 115 420

De 3 meses a um ano 107 162 136 613

De um a cinco anos 53 105 29 161

Mais de cinco anos 39 56

265 869 281 250

345 033 353 664

NOTA 28 – PROVISÕES

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a rubrica Provisões apresenta os seguintes movimentos:

(milhares de euros)

Provisão para

reestruturação

Provisões para

garantiasOutras provisões Total

Saldo a 31 de dezembro de 2015 - - 22 22

Dotações / (Reversões) 1 048 6 627 1 681

Utilizações ( 1 048) - - ( 1 048)

Transferências (a) - 279 - 279

Saldo a 31 de dezembro de 2016 - 285 649 934

Dotações / (Reversões) 528 11 - 539

Utilizações ( 528) - - ( 528)

Saldo a 31 de dezembro de 2017 - 296 649 945

(a) Provisões de garantias que em 2016 foram transferidas de crédito a clientes

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Relatório e Contas de 2017 128

NOTA 29 – IMPOSTOS

O Banco está sujeito à tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC)

e correspondentes Derramas.

Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são refletidos nos resultados do exercício,

exceto nos casos em que as transações que os originaram tenham sido refletidas noutras rubricas de

capital próprio. Nestas situações, o correspondente imposto é igualmente refletido por contrapartida

de capital próprio, não afetando o resultado do exercício.

O cálculo do imposto corrente do exercício findo em 31 de dezembro de 2017 foi apurado com base

numa taxa nominal agregada de IRC e de Derrama Municipal de 22,5%, de acordo com a Lei nº 82-

B/2014, de 31 de dezembro (Lei do Orçamento do Estado para 2015), e com a Lei nº73/2013, de 3 de

setembro (que estabeleceu o Regime financeiro das autarquias locais e das entidades intermunicipais),

acrescida de uma taxa adicional até 3% referente à Derrama Estadual que incide sobre lucros

tributáveis entre 1,5 e 7,5 milhões de Euros.

Adicionalmente, para efeitos do cálculo do imposto corrente, foi tomado em consideração o Decreto-

Lei nº 127/2011, de 31 de dezembro, que regula a transferência de responsabilidades pelos encargos com

as pensões de reforma e sobrevivência dos reformados e pensionistas para a Segurança Social e o

artigo 183º da Lei nº 64-B/2011, de 30 de dezembro (Lei do Orçamento de Estado para 2012), que

consagrou um regime especial de dedutibilidade fiscal dos gastos e outras variações patrimoniais

decorrentes da alteração da política contabilística nos termos previstos nas Normas Internacionais de

Contabilidade:

O impacto decorrente da variação patrimonial negativa associada à alteração da política

contabilística de reconhecimento dos ganhos e perdas atuariais anteriormente diferidos, será

integralmente dedutível, em partes iguais, durante 10 anos, a partir do exercício que se iniciou

em 1 de janeiro de 2012. Este impacto é registado em rubricas de capital próprio;

O impacto decorrente da liquidação (determinado pela diferença entre a responsabilidade

mensurada de acordo com os critérios da IAS 19 e os critérios definidos no acordo) será

integralmente dedutível para efeitos do apuramento do lucro tributável, em partes iguais, em

função da média do número de anos de esperança de vida dos pensionistas cujas

responsabilidades foram transferidas (19 anos), a partir do exercício que se iniciou em 1 de

janeiro de 2012. Este impacto é registado em rubricas de resultados.

Os impostos diferidos ativos resultantes da alteração da política contabilística do reconhecimento dos

desvios atuariais e da transferência das responsabilidades para a Segurança Social são recuperáveis

nos prazos de 10 e 19 anos, via rubricas de capital próprio e via rubricas de resultados, respetivamente.

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Relatório e Contas de 2017 129

Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor

à data da reversão das diferenças temporárias, as quais correspondem às taxas aprovadas ou

substancialmente aprovadas na data de balanço.

Para o exercício de 2016, o imposto diferido foi, em termos gerais, apurado com base numa taxa

agregada de 24%, resultante do somatório da taxa de IRC (21%) aprovada pela Lei nº 82-B/2014, de 31 de

dezembro, da taxa de Derrama Municipal de 1,5% e de uma taxa média prevista de Derrama Estadual

de 1,5%.

Para o exercício de 2017, o imposto diferido foi, em termos gerais, apurado com base numa taxa

agregada de 24,5%, resultante do somatório da taxa de IRC (21%) aprovada pela Lei nº 82-B/2014, de 31

de dezembro, da taxa de Derrama Municipal de 1,5% e de uma taxa média prevista de Derrama

Estadual de 2%.

No exercício de 2017 foi aplicado o Decreto Regulamentar n.º 11/2017, de 28 de dezembro que visa

reproduzir o regime fiscal que vigorava em 31 de dezembro de 2016, prolongando, para 2017, o regime

fiscal das perdas por imparidade para risco de crédito aplicável em 2016 e nos anos anteriores. Desta

forma, foi prorrogado, para efeitos fiscais, o enquadramento que decorre do Aviso n.º 3/95 do Banco de

Portugal.

As declarações de autoliquidação do IRC do Banco ficam sujeitas a inspeção e eventual ajustamento

pelas Autoridades Fiscais durante um período de quatro anos ou durante o período em que seja

possível deduzir prejuízos fiscais ou créditos de imposto (até doze anos, em função do exercício em que

forem apurados). Assim, poderão vir a ter lugar eventuais liquidações adicionais de impostos devido

essencialmente a diferentes interpretações da legislação fiscal. No entanto, é convicção da

Administração que, no contexto das demonstrações financeiras individuais, não ocorrerão encargos

adicionais de valor significativo.

Os ativos e passivos por impostos diferidos reconhecidos em balanço em 31 de dezembro de 2017 e 2016

podem ser analisados como seguem:

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Relatório e Contas de 2017 130

(milhares de euros)

Ativo Passivo Líquido

31.12.2017 31.12.2016 31.12.2017 31.12.2016 31.12.2017 31.12.2016

Instrumentos financeiros 6 98 ( 1 323) ( 783) ( 1 317) ( 685)

Imparidade no crédito a clientes 3 339 3 872 - - 3 339 3 872

Pensões 662 752 - - 662 752

Prémios de antiguidade 8 8 - - 8 8

Imposto diferido ativo/(passivo) 4 015 4 730 ( 1 323) ( 783) 2 692 3 947

Compensação de ativos/passivos por impostos diferidos ( 1 323) 1 323 - -

Ativos/ (passivos) por imposto diferido 2 692 4 730 - ( 783) 2 692 3 947

O Banco avaliou a recuperabilidade dos seus impostos diferidos em balanço tendo por base a

expectativas de lucros futuros tributáveis.

Os movimentos ocorridos nas rubricas de impostos diferidos de balanço tiveram as seguintes

contrapartidas:

(milhares de euros)

31.12.2017 31.12.2016

Saldo inicial 3 947 4 270

Imposto diferido reconhecido em

Resultados ( 556) 358

Reservas de justo valor (ver Nota 32) ( 632) ( 599)

Reservas - outro rendimento integral ( 66) ( 82)

Outras reservas ( 1) -

Saldo final Ativo / (Passivo) 2 692 3 947

O imposto diferido reconhecido em reservas – outro rendimento integral inclui o imposto relativo aos

desvios atuariais reconhecidos também nesta rubrica, conforme descrito na Nota 13 – Benefícios a

empregados.

Os ativos e passivos por impostos correntes reconhecidos em balanço em 31 de dezembro de 2017 e

2016 podem ser analisados como segue:

(milhares de euros)

31.12.2017 31.12.2016

Ativo

IRC a recuperar 918 -

Passivo

IRC a liquidar 391 722

O imposto reconhecido em resultados e reservas durante os exercícios de 2017 e 2016 teve as seguintes

origens:

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Relatório e Contas de 2017 131

(milhares de euros)

31.12.2017 31.12.2016

Reconhecido

em resultados

Reconhecido

em reservas

Reconhecido

em resultados

Reconhecido

em reservas

Ativos financeiros disponíveis para venda - 632 - 599

Imparidade no crédito a clientes 533 - ( 57) -

Pensões 23 66 ( 347) 82

Impostos Diferidos 556 698 ( 358) 681

Impostos Correntes 611 ( 161) 1 180 221

Total do imposto reconhecido 1 167 537 822 902

A reconciliação da taxa de imposto, na parte respeitante ao montante reconhecido em resultados, pode

ser analisada como segue:

(milhares de euros)

31.12.2017 31.12.2016

Resultado antes de impostos 3 124 2 500

Contribuição Extraordinária sobre o Setor Bancário ( 464) ( 461)

3 588 2 961

Taxa de imposto 24,5 24,0

Imposto apurado com base na taxa de imposto 879 711

Dividendos 0,0 - 0,0 -

Custos não dedutíveis 0,0 - 6,2 184

Alteração de taxas e base tributável decorrente de Reforma do IRC -2,5 ( 90) 0,0 -

Outros 10,5 378 -2,5 ( 73)

32,5 1 167 27,7 822

% Valor % Valor

No seguimento da Lei nº55-A/2010, de 31 de dezembro, foi criada a Contribuição sobre o Setor Bancário,

a qual incide sobre o passivo médio anual apurado em balanço deduzido dos fundos próprios e dos

depósitos abrangidos pela garantia do Fundo de Garantia de Depósitos e sobre o valor nocional dos

instrumentos financeiros derivados. A Contribuição sobre o Setor Bancário não é elegível como custo

fiscal, e o respetivo regime foi prorrogado pela Lei nº64-B/2011, de 30 de dezembro, pela Lei nº66-B/2012,

de 31 de dezembro, pela Lei nº 83-C/2013, de 31 de dezembro, pela Lei nº82-B/2014, de 31 de dezembro,

pela Lei nº 159-C/2015, de 30 de dezembro, pela Lei nº7-A/2016, de 30 de março e pela Lei nº 42/2016, de

28 de dezembro. A 31 de dezembro de 2017, o Banco reconheceu como gasto relativamente à

Contribuição sobre o Setor Bancário o valor de 464 milhares de euros (2016: 461 milhares de euros). O

gasto reconhecido a 31 de dezembro de 2017 foi apurado e pago com base na taxa máxima de 0,110%

que incide sobre o passivo médio anual apurado em balanço deduzido dos fundos próprios e dos

depósitos abrangidos pela garantia do Fundo de Garantia de Depósitos, aprovada pela Lei nº 7-A/2016,

de 30 de março e pela Portaria nº 165-A/2016, de 14 de junho.

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Relatório e Contas de 2017 132

NOTA 30 – OUTROS PASSIVOS

A rubrica Outros passivos a 31 de dezembro de 2017 e 2016 é analisada como segue:

(milhares de euros)

31.12.2017 31.12.2016

Credores e outros recursos

Setor público administrativo 271 211

Credores diversos 736 853

1 007 1 064

Custos a pagar

Prémios de carreira (ver Nota 13) 47 37

Outros custos a pagar 538 579

585 616

Receitas com proveito diferido 21 15

Outras contas de regularização

Outras operações a regularizar 159 184

1 772 1 879

NOTA 31 – CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO

Ações ordinárias

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, o capital social do Banco encontra-se representado por 3 727 500

ações, com um valor nominal de 5 euros cada, as quais se encontram totalmente subscritas e

realizadas por diferentes acionistas, dos quais se destacam as seguintes entidades:

% Capital

31.12.2017 31.12.2016

Novo Banco, S.A. 57,53% 57,53%

Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada 30,00% 30,00%

Bensaúde Participações, SGPS, S.A. 10,00% 10,00%

Outros 2,47% 2,47%

100,00% 100,00%

Prémios de emissão

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, os prémios de emissão totalizam 6 681 milhares de euros, referentes

aos prémios pagos pelos acionistas nos aumentos de capital.

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Relatório e Contas de 2017 133

NOTA 32 – RESERVAS DE JUSTO VALOR, OUTRAS RESERVAS E RESULTADOS TRANSITADOS

Reserva legal

A reserva legal só pode ser utilizada para cobrir prejuízos acumulados ou para aumentar o capital. A

legislação portuguesa aplicável ao setor bancário (Artigo 97º do Decreto-lei n.º 298/92, de 31 de

dezembro) exige que a reserva legal seja anualmente creditada com pelo menos 10% do lucro líquido

anual, até a um limite igual ao valor do capital social ou ao somatório das reservas livres constituídas e

dos resultados transitados, se superior.

Reservas de justo valor

As reservas de justo valor representam as mais e menos valias potenciais relativas à carteira de ativos

financeiros disponíveis para venda, líquidas de imparidade reconhecida em resultados no exercício e/ou

em exercícios anteriores. O valor desta reserva é apresentado líquido de imposto diferido.

Os movimentos ocorridos nestas rubricas foram os seguintes:

(milhares de euros)

Saldo em 31 de dezembro de 2015 3 282 ( 86) 3 196 ( 6 275) 3 752 7 575 5 052

Alterações de justo valor ( 428) ( 599) ( 1 027) - - - -

Desvios atuariais - - - ( 2 440) - - ( 2 440)

Constituição de reservas - - - - 387 3 477 3 864

Outras variações - - - - - 196 196

Saldo em 31 de dezembro de 2016 2 854 ( 685) 2 169 ( 8 715) 4 139 11 248 6 672

Alterações de justo valor 2 524 ( 632) 1 892 - - - -

Desvios atuariais - - - ( 1 236) - - ( 1 236)

Constituição de reservas - - - - 168 1 510 1 678

Outras variações - - - - - 160 160

Saldo em 31 de dezembro de 2017 5 378 ( 1 317) 4 061 ( 9 951) 4 307 12 918 7 274

Reservas de justo valor

Ativos

financeiros

disponíveis

p/ venda

Reservas

por

impostos

diferidos

Total

Reserva de

justo valor

Total Outras

Reservas e

Res.Trans.

Reserva Legal

Outras

reservas e

Resultados

Transitados

Outro rendimento integral, Outras Reservas e Resultados

Transitados

Desvios

atuariais

A reserva de justo valor explica-se da seguinte forma:

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Relatório e Contas de 2017 134

(milhares de euros)

31.12.2017 31.12.2016

Custo amortizado dos ativos financeiros disponíveis para venda 38 989 39 639

Imparidade acumulada reconhecida - -

Custo amortizado dos ativos financeiros disponíveis para venda líquido de imparidade 38 989 39 639

Valor de mercado dos ativos financeiros disponíveis para venda 44 367 42 493

Ganhos/(perdas) potenciais reconhecidos na reserva de justo valor 5 378 2 854

Impostos diferidos ( 1 317) ( 685)

4 061 2 169

O movimento da reserva de justo valor, líquida de impostos diferidos, pode ser assim analisado:

(milhares de euros)

30.12.2017 31.12.2016

Saldo no início do período 2 169 3 196

Variação de justo valor 2 536 ( 428)

Alienações do período ( 12) -

Impostos diferidos reconhecidos no exercício em reservas (ver nota 29) ( 632) ( 599)

Saldo no final do período 4 061 2 169

NOTA 33 – PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS

A 31 de dezembro de 2017 e 2016, existiam os seguintes saldos relativos a contas extrapatrimoniais:

(milhares de euros)

31.12.2017 31.12.2016

Passivos e avales prestados

Garantias e avales prestados 138 393 208 964

Ativos financeiros dados em garantia 788 715 139 181 209 679

Compromissos

Compromissos revogáveis 59 507 47 195

Compromissos irrevogáveis 466 475 59 973 47 670

As garantias e avales prestados são operações bancárias que não se traduzem numa mobilização de

fundos por parte do Banco.

Em 31 de dezembro de 2017 a rubrica de ativos dados em garantia inclui:

Títulos dados em garantia à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários no âmbito do

Sistema de Indemnização aos Investidores no montante de 25 milhares de euros (31 de

dezembro de 2016: 28 milhares de euros);

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Relatório e Contas de 2017 135

Títulos dados em garantia ao Fundo de Garantia de Depósitos no montante de 763 milhares de

euros (31 de dezembro de 2016: 687 milhares de euros).

Estes títulos dados em garantia encontram-se registados na carteira de ativos financeiros disponíveis

para venda, e podem ser executados em caso de incumprimento, por parte do Banco, das obrigações

contratuais assumidas nos termos e condições dos contratos celebrados.

Os créditos documentários são compromissos irrevogáveis, por parte do Banco, por conta dos seus

clientes, de pagar/mandar pagar um montante determinado ao fornecedor de uma dada mercadoria ou

serviço, dentro de um prazo estipulado, contra a apresentação de documentos referentes à expedição

da mercadoria ou prestação do serviço. A condição de irrevogável consiste no facto de não ser viável o

seu cancelamento ou alteração sem o acordo expresso de todas as partes envolvidas.

Os compromissos, revogáveis e irrevogáveis, representam acordos contratuais para a concessão de

crédito com os clientes do Banco (por exemplo linhas de crédito não utilizadas) os quais, de forma geral,

são contratados por prazos fixos ou com outros requisitos de expiração e, normalmente, requerem o

pagamento de uma comissão. Substancialmente todos os compromissos de concessão de crédito em

vigor requerem que os clientes mantenham determinados requisitos verificados aquando da

contratualização dos mesmos.

Não obstante as particularidades destes passivos contingentes e compromissos, a apreciação destas

operações obedece aos mesmos princípios básicos de uma qualquer outra operação comercial,

nomeadamente o da solvabilidade quer do cliente quer do negócio que lhes estão subjacentes, sendo

que o Banco requer que estas operações sejam devidamente colateralizadas quando necessário. Uma

vez que é expectável que a maioria dos mesmos expire sem ter sido utilizado, os montantes indicados

não representam necessariamente necessidades de caixa futuras.

Adicionalmente, as responsabilidades evidenciadas em contas extrapatrimoniais relacionadas com a

prestação de serviços bancários são como segue:

(milhares de euros)

31.12.2017 31.12.2016

Depósito e guarda de valores 173 761 213 213

Valores recebidos para cobrança 115 37

173 876 213 250

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Relatório e Contas de 2017 136

Fundo de Resolução

O Fundo de Resolução é uma pessoa coletiva de direito público com autonomia administrativa e

financeira, criado pelo Decreto-Lei n.º 31-A/2012, de 10 de fevereiro, que se rege pelo Regime Geral das

Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (“RGICSF”) e pelo seu regulamento e que tem como

missão prestar apoio financeiro às medidas de resolução aplicadas pelo Banco de Portugal, na

qualidade de autoridade nacional de resolução, e para desempenhar todas as demais funções

conferidas pela lei no âmbito da execução de tais medidas.

O Banco, a exemplo da generalidade das instituições financeiras a operar em Portugal, é uma das

instituições participantes no Fundo de Resolução, efetuando contribuições que resultam da aplicação

de uma taxa definida anualmente pelo Banco de Portugal tendo por base, essencialmente, o montante

dos seus passivos. Em 2017, a contribuição periódica efetuada pelo Banco ascendeu a 118 milhares de

Euros (31 de dezembro de 2016: 84 milhares de euros).

No âmbito da sua responsabilidade enquanto autoridade de supervisão e resolução do sector financeiro

português, o Banco de Portugal, em 3 de agosto de 2014, decidiu aplicar ao Banco Espírito Santo, S.A.

(“BES”) uma medida de resolução, ao abrigo do n.º5 do artigo 145º-G do Regime Geral das Instituições

de Crédito e Sociedades Financeiras (“RGICSF”), que consistiu na transferência da generalidade da sua

atividade para um banco de transição, denominado Novo Banco, S.A. (“Novo Banco”), criado

especialmente para o efeito.

Para realização do capital social do Novo Banco, o Fundo de Resolução disponibilizou 4.900 milhões de

Euros, dos quais 377 milhões de Euros correspondiam a recursos financeiros próprios. Foi ainda

concedido um empréstimo por um sindicato bancário ao Fundo de Resolução, no montante de 700

milhões de Euros, sendo a participação de cada instituição de crédito ponderada em função de diversos

fatores, incluindo a respetiva dimensão. O restante montante (3.823 milhões de Euros) teve origem num

empréstimo reembolsável concedido pelo Estado Português.

Em dezembro de 2015, as autoridades nacionais decidiram vender a maior parte dos ativos e passivos

associados à atividade do Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. (“Banif”) ao Banco Santander

Totta, S.A. (“Santander Totta”), por 150 milhões de Euros, também no quadro da aplicação de uma

medida de resolução. Esta operação envolveu um apoio público estimado em 2.255 milhões de Euros,

que visou cobrir contingências futuras, financiado em 489 milhões de Euros pelo Fundo de Resolução e

1.766 milhões de Euros diretamente pelo Estado Português. No contexto desta medida de resolução, os

ativos do Banif identificados como problemáticos foram transferidos para um veículo de gestão de

ativos, criado para o efeito – Oitante, S.A., sendo o Fundo de Resolução o detentor único do seu capital

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Relatório e Contas de 2017 137

social, através da emissão de obrigações representativas de dívida desse veículo, no valor de 746

milhões de Euros, com garantia do Fundo de Resolução e contragarantia do Estado Português.

As medidas de resolução aplicadas em 2014 ao BES (processo que deu origem à criação do Novo Banco)

e em 2015 ao Banif criaram incertezas relacionadas com o risco de litigância envolvendo o Fundo de

Resolução, que é significativo, bem como com o risco de uma eventual insuficiência de recursos para

assegurar o cumprimento das responsabilidades, em particular o reembolso a curto prazo dos

financiamentos contraídos.

Foi neste enquadramento que, no segundo semestre de 2016, o Governo Português chegou a acordo

com a Comissão Europeia no sentido de serem alteradas as condições dos financiamentos concedidos

pelo Estado Português e pelos bancos participantes ao Fundo de Resolução, por forma a preservar a

estabilidade financeira por via da promoção das condições que conferem previsibilidade e estabilidade

ao esforço contributivo para o Fundo de Resolução. Para o efeito, foi formalizado um aditamento aos

contratos de financiamento ao Fundo de Resolução, que introduziu um conjunto de alterações sobre os

planos de reembolso, as taxas de remuneração e outros termos e condições associados a esses

empréstimos por forma a que os mesmos se ajustem à capacidade do Fundo de Resolução para

cumprir integralmente as suas obrigações com base nas suas receitas regulares, isto é, sem

necessidade de serem cobradas, aos bancos participantes no Fundo de Resolução, contribuições

especiais ou qualquer outro tipo de contribuição extraordinária.

De acordo com o comunicado do Fundo de Resolução de 31 de março de 2017, a revisão das condições

dos financiamentos concedidos pelo Estado Português e pelos bancos participantes visou assegurar a

sustentabilidade e o equilíbrio financeiro do Fundo de Resolução, com base num encargo estável,

previsível e comportável para o setor bancário. Com base nesta revisão, o Fundo de Resolução assumiu

que está assegurado o pagamento integral das responsabilidades do Fundo de Resolução, bem como a

respetiva remuneração, sem necessidade de recurso a contribuições especiais ou qualquer outro tipo

de contribuições extraordinárias por parte do setor bancário.

Também no dia 31 de março de 2017, o Banco de Portugal comunicou ter selecionado o Fundo Lone

Star para a compra do Novo Banco, a qual foi concluída em 17 de outubro de 2017, mediante a injeção,

pelo novo acionista, de 750 milhões de euros, à qual se seguiu uma nova entrada de capital de 250

milhões de euros, concretizada em 21 de dezembro de 2017. O Fundo Lone Star passou a deter 75% do

capital social do Novo Banco e o Fundo de Resolução os remanescentes 25%. Adicionalmente, as

condições aprovadas incluem um mecanismo de capitalização contingente, nos termos do qual o Fundo

de Resolução, enquanto acionista, poderá ser chamado a realizar injeções de capital no caso de se

materializarem certas condições cumulativas, relacionadas com: (i) o desempenho de um conjunto

restrito de ativos do Novo Banco e (ii) a evolução dos níveis de capitalização do banco, nomeadamente

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Relatório e Contas de 2017 138

a prevista emissão em mercado de 400 milhões de euros de instrumentos de capital Tier 2. As

eventuais injeções de capital a realizar nos termos deste mecanismo contingente estão sujeitas a um

limite máximo absoluto.

Não obstante a possibilidade prevista na legislação aplicável de cobrança de contribuições especiais,

atendendo à renegociação das condições dos empréstimos concedidos ao Fundo de Resolução pelo

Estado Português e por um sindicato bancário, no qual o Banco se inclui, e aos comunicados públicos

efetuados pelo Fundo de Resolução e pelo Gabinete do Ministro das Finanças que referem que essa

possibilidade não será utilizada, as presentes demonstrações financeiras refletem a expectativa do

Conselho de Administração de que não serão exigidas ao Banco contribuições especiais ou qualquer

outro tipo de contribuições extraordinárias para financiar as medidas de resolução aplicadas ao BES e

ao Banif, bem como o mecanismo capitalização contingente referido no paragrafo precedente

Eventuais alterações relativamente a esta matéria podem ter implicações relevantes nas

demonstrações financeiras do Banco.

NOTA 34 – TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS

O valor das transações do Banco com entidades do Grupo NOVO BANCO em 31 de dezembro de 2017 e

2016, assim como os respetivos custos e proveitos reconhecidos, resumem-se como segue:

Todos os créditos concedidos às entidades relacionadas integram o modelo de imparidade, sendo

objeto de determinação de imparidade nos moldes estabelecidos para os créditos comerciais

concedidos pelo Grupo. Os ativos e passivos, geradores de juros, contratados com entidades do Grupo

NOVO BANCO, apresentam taxas de juro entre 0,66% e 2,56% e entre 0% e 1,19%, respetivamente.

Os custos com as remunerações e outros benefícios atribuídos aos membros do Conselho de

Administração e do Conselho Fiscal do Banco são apresentados como segue:

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Relatório e Contas de 2017 139

(milhares de euros)

31.12.2017 31.12.2016

Conselho de Administração

Remunerações e outros benefícios a curto prazo 474 471

Benefícios pós emprego e outros encargos sociais 118 123

591 594

Conselho Fiscal 9 10

600 604

Em 31 de dezembro de 2017, o valor do crédito concedido a membros do Conselho de Administração e

seus familiares e membros do Conselho Fiscal e seus familiares (de acordo com o âmbito definido no

IAS 24) ascendia a cerca de 324 milhares de euros e 190 milhares de euros, respetivamente (31 de

dezembro de 2016: 411 milhares de euros e 225 milhares de euros).

NOTA 35 – JUSTO VALOR DOS ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS

O justo valor dos ativos e passivos financeiros mensurados ao justo valor do Banco é como segue:

(milhares de euros)

Cotações de

mercado

Modelos de

valorização com

parâmetros

observáveis no

mercado

Modelos de

valorização com

parâmetros não

observáveis no

mercado

(Nível 1) (Nível 2) (Nível 3)

31 de dezembro de 2017

Ativos financeiros detidos para negociação - 19 - 19

Ativos financeiros disponíveis para venda 36 892 - 5 977 42 869

Crédito a clientes - 4 718 - 4 718

Ativos financeiros 36 892 4 737 5 977 47 606

Passivos financeiros detidos para negociação - 232 - 232

Derivados para gestão do risco - 502 - 502

Passivos financeiros - 734 - 734

31 de dezembro de 2016

Ativos financeiros detidos para negociação - 3 - 3

Ativos financeiros disponíveis para venda 34 588 379 5 699 40 666

Crédito a clientes - 3 250 - 3 250

Ativos financeiros 34 588 3 632 5 699 43 919

Passivos financeiros detidos para negociação - 10 - 10

Derivados para gestão do risco - 816 - 816

Passivos financeiros - 826 - 826

Valorizados ao Justo Valor

Justo Valor

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Relatório e Contas de 2017 140

Os Ativos e Passivos ao justo valor do Banco foram valorizados de acordo com a seguinte hierarquia:

Valores de cotação de mercado (nível 1) – nesta categoria incluem-se as cotações disponíveis em

mercados oficiais e as divulgadas por entidades que habitualmente fornecem preços de transações

para estes ativos/passivos negociados em mercados líquidos.

Métodos de valorização com parâmetros/ preços observáveis no mercado (nível 2) – Nesta categoria

são considerados os instrumentos financeiros valorizados com recurso a modelos internos,

designadamente modelos de fluxos de caixa descontados e de avaliação de opções, que implicam a

utilização de estimativas e requerem julgamentos que variam conforme a complexidade dos produtos

objeto de valorização. Não obstante, o Banco utiliza como inputs nos seus modelos, variáveis

disponibilizadas pelo mercado, tais como as curvas de taxas de juro, spreads de crédito, volatilidade e

índices sobre cotações. Inclui ainda instrumentos cuja valorização é obtida através de cotações

divulgadas por entidades independentes mas cujos mercados têm liquidez mais reduzida.

Adicionalmente, o Banco utiliza ainda como variáveis observáveis em mercado, aquelas que resultam

de transações sobre instrumentos semelhantes e que se observam com determinada recorrência no

mercado.

Métodos de valorização com parâmetros não observáveis no mercado (nível 3) – Neste nível incluem-se

as valorizações determinadas com recurso à utilização de modelos internos de valorização ou cotações

fornecidas por terceiras entidades mas cujos parâmetros utilizados não são observáveis no mercado.

As bases e pressupostos de cálculo do justo valor estão em conformidade com os princípios do IFRS 13.

O movimento dos ativos financeiros valorizados com recurso a métodos com parâmetros não

observáveis no mercado, em 31 de dezembro de 2017 e 2016, pode ser analisado como segue:

(milhares de euros)

31.12.2017 31.12.2016

Saldo no início do exercício 5 699 5 478

Aquisições - -

Saídas ( 5) ( 11)

Transferências - -

Variação de valor 283 232

Saldo no fim do exercício 5 977 5 699

Os principais parâmetros utilizados em 31 de dezembro de 2017 e 2016, nos modelos de valorização

foram os seguintes:

Curvas de taxas de juro

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Relatório e Contas de 2017 141

As taxas de curto prazo apresentadas refletem os valores indicativos praticados em mercado

monetário, sendo que para o longo prazo os valores apresentados representam as cotações para swap

de taxa de juro para os respetivos prazos:

(%)

EUR USD GBP EUR USD GBP

Overnight -0,4100 1,4500 0,6450 -0,4000 0,6100 0,1500

1 mês -0,3680 1,6500 0,5000 -0,3680 0,7750 0,2900

3 meses -0,3290 1,7600 0,7500 -0,3190 1,0500 0,4300

6 meses -0,2710 1,9100 0,8400 -0,2210 1,2500 0,5500

9 meses -0,2170 2,0600 0,7900 -0,1390 1,4500 0,6800

1 ano -0,2550 1,8790 0,6060 -0,2040 1,1810 0,4064

3 anos 0,0110 2,1440 0,8837 -0,1005 1,6640 0,6881

5 anos 0,3150 2,2380 1,0325 0,0750 1,9450 0,8657

7 anos 0,5660 2,3000 1,1430 0,3150 2,1350 1,0347

10 anos 0,8860 2,3850 1,2735 0,6680 2,3160 1,2325

15 anos 1,2480 2,4750 1,4052 1,0340 2,4750 1,4147

20 anos 1,4180 2,5170 1,4530 1,1810 2,5380 1,4607

25 anos 1,4950 2,5275 1,4447 1,2230 2,5600 1,4498

30 anos 1,5010 2,5250 1,4250 1,2410 2,5650 1,4297

31.12.2017 31.12.2016

Volatilidades de taxas de juro

Os valores a seguir apresentados referem-se às volatilidades implícitas (at the money) que serviram de

base para a avaliação de opções de taxa de juro:

(%)

EUR USD GBP EUR USD GBP

1 ano 12,26 15,31 52,35 14,14 24,43 80,81

3 anos 31,32 22,10 - 31,24 37,50 -

5 anos 46,25 28,62 58,67 47,41 40,88 97,10

7 anos 54,61 30,07 63,27 58,53 39,98 90,36

10 anos 61,27 28,18 - 66,68 37,66 -

15 anos 64,25 0,00 - 69,39 - -

31.12.2017 31.12.2016

Câmbios e volatilidade cambiais

Seguidamente apresentam-se as taxas de câmbio (Banco Central Europeu) à data de balanço e as

volatilidades implícitas (at the money) para os principais pares de moedas, utilizadas na avaliação dos

derivados:

Cambial 31.12.2017 31.12.2016 1 mês 3 meses 6 meses 9 meses 1 ano

EUR/USD 1,1993 1,0541 6,55 7,39 7,41 7,35 7,50

EUR/GBP 0,8872 0,8562 6,49 7,44 7,62 7,65 7,95

EUR/CHF 1,1702 1,0739 5,61 6,25 6,24 6,13 6,23

EUR/NOK 9,8403 9,0863 7,78 7,94 7,74 7,60 7,58

EUR/PLN 4,1770 4,4103 4,38 4,95 5,49 5,88 6,20

EUR/RUB 69,3920 64,3000 9,42 11,12 12,07 12,74 13,10

USD/BRL a) 3,3127 3,2544 12,14 12,70 13,54 14,27 15,00

USD/TRY b) 3,7909 3,5169 11,76 12,81 13,50 13,86 14,28

Volatilidade (%)

a) Calculada com base nos câmbios EUR/USD e EUR/BRL

b) Calculada com base nos câmbios EUR/USD e EUR/TRY

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Relatório e Contas de 2017 142

O Banco utiliza nos seus modelos de avaliação a taxa spot observada no mercado no momento da

avaliação.

Índices sobre cotações

No quadro seguinte, resume-se a evolução dos principais índices de cotações e respetivas volatilidades

utilizadas nas valorizações dos derivados sobre ações:

31.12.2017 31.12.2016 Variação % 1 mês 3 meses

DJ Euro Stoxx 50 3 504 3 291 0,06 10,17 8,49 15,22

PSI 20 5 388 4 679 0,15 7,32 8,45 16,55

IBEX 35 10 044 9 352 0,07 10,63 13,51 -

FTSE 100 7 688 7 143 0,08 8,75 7,99 11,42

DAX 12 918 11 481 0,13 11,33 9,75 14,97

S&P 500 2 674 2 239 0,19 6,27 5,55 8,64

BOVESPA 76 402 60 227 0,27 16,46 17,02 21,05

Volatilidade

implícita

Volatilidade históricaCotação

As principais metodologias e pressupostos utilizados na estimativa do justo valor dos ativos e passivos

financeiros registados no balanço ao custo amortizado são analisados como segue:

(milhares de euros)

(Nível 1) (Nível 2) (Nível 3)

31 de dezembro de 2017

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 5 113 - 5 113 - 5 113

Disponibilidades em outras instituições de crédito 9 606 - 9 606 - 9 606

Ativos financeiros disponíveis para venda (ações) a) 1 498 - - 1 498 1 498

Aplicações em instituições de crédito 112 019 - 112 019 - 112 019

Crédito a clientes 342 276 - - 353 889 353 889

Ativos financeiros 470 512 - 126 738 355 387 482 125

Recursos de outras instituições de crédito 151 074 - 151 074 - 151 074

Recursos de clientes 345 033 - - 345 033 345 033

Passivos financeiros 496 107 - 151 074 345 033 496 107

Ativos/ passivos

registados ao

custo amortizado

Justo valor

Cotações de

mercado

Modelos de

valorização com

parâmetros/ preços

observáveis no

mercado

Modelos de

valorização com

parâmetros não

observáveis no

mercado

Justo valor total

a) Ativos ao custo de aquisição líquidos de imparidade. Estes ativos referem-se a instrumentos de capital emitidos por entidades não cotadas e relativamente às quais não foram

identificadas transações recentes no mercado nem é possível estimar com fiabilidade o seu justo valor.

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Relatório e Contas de 2017 143

(milhares de euros)

(Nível 1) (Nível 2) (Nível 3)

31 de dezembro de 2016

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 4 842 - 4 842 - 4 842

Disponibilidades em outras instituições de crédito 11 075 - 11 075 - 11 075

Ativos financeiros disponíveis para venda (ações) a) 1 827 - - 1 827 1 827

Aplicações em instituições de crédito 214 552 - 214 552 - 214 552

Crédito a clientes 348 675 - - 369 875 369 875

Ativos financeiros 580 971 - 230 469 371 702 602 171

Recursos de outras instituições de crédito 253 958 - 253 958 - 253 958

Recursos de clientes 353 664 - - 353 664 353 664

Passivos financeiros 607 622 - 253 958 353 664 607 622

a) Ativos ao custo de aquisição líquidos de imparidade. Estes ativos referem-se a instrumentos de capital emitidos por entidades não cotadas e relativamente às quais não foram

identificadas transações recentes no mercado nem é possível estimar com fiabilidade o seu justo valor.

Ativos/ passivos

registados ao

custo amortizado

Justo valor

Cotações de

mercado

Modelos de

valorização com

parâmetros/ preços

observáveis no

mercado

Modelos de

valorização com

parâmetros não

observáveis no

mercado

Justo valor total

Caixa e disponibilidades em bancos centrais, Disponibilidades em outras instituições de crédito e

Aplicações em instituições de crédito

Estes ativos são de muito curto prazo pelo que o valor de balanço é uma estimativa razoável do

respetivo justo valor.

Crédito a clientes

O justo valor do crédito a clientes é estimado com base na atualização dos fluxos de caixa esperados de

capital e de juros, considerando que as prestações são pagas nas datas contratualmente definidas. Os

fluxos de caixa futuros esperados das carteiras de crédito homogéneas, como por exemplo o crédito à

habitação, são estimados numa base de portfolio. As taxas de desconto utilizadas são as taxas atuais

praticadas para empréstimos com características similares.

Recursos de bancos centrais e Recursos de outras instituições de crédito

Estes passivos são de muito curto prazo pelo que o valor de balanço é uma estimativa razoável do

respetivo justo valor.

Recursos de clientes e outros empréstimos

O justo valor dos depósitos à ordem corresponde ao valor nominal dos mesmos. O justo valor dos

depósitos a prazo e outros recursos não à vista é estimado com base na atualização dos fluxos de caixa

esperados de capital e de juros, considerando que as prestações ocorrem nas datas contratualmente

definidas. A taxa de desconto utilizada é a que reflete as taxas praticadas para os créditos com

características similares à data do balanço. Considerando que as taxas de juro aplicáveis são

renovadas por períodos inferiores a um ano, não existem diferenças materialmente relevantes no seu

justo valor.

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Relatório e Contas de 2017 144

Responsabilidades representadas por títulos e Passivos subordinados

O justo valor é baseado em cotações de mercado quando disponíveis; caso não existam, é estimado

com base na atualização dos fluxos de caixa esperados de capital e juros no futuro para estes

instrumentos.

NOTA 36 – GESTÃO DOS RISCOS DE ATIVIDADE

O Banco está exposto aos seguintes riscos decorrentes do uso de instrumentos financeiros:

Risco de crédito;

Risco de mercado;

Risco de liquidez;

Risco operacional.

Risco de crédito

O Risco de crédito resulta da possibilidade de ocorrência de perdas financeiras decorrentes do

incumprimento do cliente ou contraparte relativamente às obrigações contratuais estabelecidas com o

Banco no âmbito da sua atividade creditícia. O risco de crédito está essencialmente presente nos

produtos tradicionais bancários – empréstimos, garantias e outros passivos contingentes, e em

produtos de negociação – swaps, forwards e opções (risco de contraparte).

É efetuada uma gestão permanente das carteiras de crédito que privilegia a interação entre as várias

equipas envolvidas na gestão de risco ao longo das sucessivas fases da vida do processo de crédito.

Esta abordagem é complementada pela introdução de melhorias contínuas tanto no plano das

metodologias e ferramentas de avaliação e controlo dos riscos, como ao nível dos procedimentos e

circuitos de decisão.

O acompanhamento do perfil de risco de crédito do Banco, nomeadamente no que se refere à evolução

das exposições de crédito e monitorização das perdas creditícias, é efetuado regularmente pelo Comité

de Risco. São igualmente objeto de análises regulares o cumprimento dos limites de crédito aprovados

e o correto funcionamento dos mecanismos associados às aprovações de linhas de crédito no âmbito

da atividade corrente das áreas comerciais.

Seguidamente apresenta-se a informação relativa à exposição do Banco ao risco de crédito:

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Relatório e Contas de 2017 145

(milhares de euros)

31.12.2017 31.12.2016

Disponibilidades e aplicações em Instituições de crédito 121 625 225 627

Ativos financeiros disponíveis para venda 36 316 34 873

Crédito a clientes 346 994 351 925

Outros ativos 2 683 3 014

Garantias e avales prestados 138 097 208 679

Compromissos irrevogáveis 466 475

646 181 824 593

Para os ativos financeiros no Balanço, a exposição máxima ao risco de crédito é representado pelo

valor líquido de imparidade. Para os elementos fora de balanço, a exposição máxima das garantias é o

montante máximo que o Banco teria de pagar se as garantias fossem executadas. Para compromissos

de empréstimos e outros compromissos relacionados com crédito de natureza irrevogável, a exposição

máxima é o montante total de compromissos assumidos.

O Banco calcula imparidade em base individual para todos os ativos financeiros que se encontrem

vencidos. Nos casos em que o valor dos colaterais líquidos de haircuts igual ou exceda a exposição, a

imparidade individual pode ser nula.

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a decomposição por classe de ativo financeiro tendo por base a

respetiva qualidade de crédito apresenta-se como segue:

(milhares de euros)

Nem em

vencido nem

em imparidade

Vencido mas

não em

Imparidade

Em imparidade Exposição total ImparidadeExposição

líquida

Disponibilidades e aplicações em Instituições de crédito 121 625 - - 121 625 - 121 625

Ativos financeiros disponíveis para venda 36 316 - - 36 316 - 36 316

Instrumentos de dívida - emissores públicos 36 316 - - 36 316 - 36 316

Crédito a clientes 323 192 411 46 617 370 220 ( 23 226) 346 994

31.12.2017

(milhares de euros)

Nem em

vencido nem

em imparidade

Vencido mas

não em

Imparidade

Em imparidade Exposição total ImparidadeExposição

líquida

Disponibilidades e aplicações em Instituições de crédito 225 627 - - 225 627 - 225 627

Ativos financeiros disponíveis para venda 34 873 - - 34 873 - 34 873

Instrumentos de dívida - emissores públicos 34 873 - - 34 873 - 34 873

Crédito a clientes 329 090 185 47 229 376 504 ( 24 579) 351 925

31.12.2016

O quadro seguinte apresenta os ativos que estão com imparidade ou vencidos sem imparidade,

desagregados pela respetiva maturidade ou antiguidade (no caso de estarem vencidos):

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Relatório e Contas de 2017 146

(milhares de euros)

Vencido mas não

em ImparidadeEm imparidade

Vencido mas não

em ImparidadeEm imparidade

Vencido mas não

em ImparidadeEm imparidade

Vencidos

Até 3 meses - - - - 384 26

De 3 meses a 1 ano - - - - 5 434

De 1 a 3 anos - - - - 7 2 692

De 3 a 5 anos - - - - 5 4 051

Mais de 5 anos - - - - 10 9 911

- - - - 411 17 114

Vincendos

Até 3 meses - - - - - 65

De 3 meses a 1 ano - - - - - 2 923

De 1 a 3 anos - - - - - 3 089

De 3 a 5 anos - - - - - 2 848

Mais de 5 anos - - - - - 20 578

- - - - - 29 503

- - - - 411 46 617

31.12.2017

Ativos financeiros disponíveis para

venda - Instrumentos de dívida

Disponibilidades e aplicações em

Instituições de créditoCrédito a clientes

(milhares de euros)

Vencido mas não

em ImparidadeEm imparidade

Vencido mas não

em ImparidadeEm imparidade

Vencido mas não

em ImparidadeEm imparidade

Vencidos

Até 3 meses - - - - 151 75

De 3 meses a 1 ano - - - - 5 587

De 1 a 3 anos - - - - 7 5 316

De 3 a 5 anos - - - - 6 5 768

Mais de 5 anos - - - - 16 6 996

- - - - 185 18 742

Vincendos

Até 3 meses - - - - - 405

De 3 meses a 1 ano - - - - - 3 377

De 1 a 3 anos - - - - - 3 633

De 3 a 5 anos - - - - - 3 296

Mais de 5 anos - - - - - 17 776

- - - - - 28 487

- - - - 185 47 229

Ativos financeiros disponíveis para

venda - Instrumentos de dívida

Disponibilidades e aplicações em

Instituições de créditoCrédito a clientes

31.12.2016

Relativamente aos ativos que não estão vencidos nem em imparidade, apresenta-se de seguida a

distribuição por nível de rating. Para os instrumentos de dívida é considerando o rating atribuído pelas

agências de Rating, para o crédito a clientes e disponibilidades e aplicações em instituições de crédito

são utilizados os modelos de rating e de scoring internos, com os quais é atribuída uma notação de

risco, que é revista periodicamente. Para efeitos de apresentação da informação, os ratings foram

agregados em cinco grandes grupos de risco, sendo que o último grupo inclui as exposições sem rating.

(milhares de euros)

Prime +High

grade

Upper Medium

Grade

Lower Medium

grade

Non Investment

Grade

Speculative +

Highly

speculative

Outros Total

Disponibilidades e aplicações em Instituições de crédito - - - - 121 625 121 625

Ativos financeiros disponíveis para venda - - 36 316 - - 36 316

Instrumentos de dívida - emissores publicos - - 36 316 - - 36 316

Crédito a clientes 43 624 161 934 53 542 46 208 17 884 323 192

31.12.2017

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Relatório e Contas de 2017 147

(milhares de euros)

Prime +High

grade

Upper Medium

Grade

Lower Medium

grade

Non Investment

Grade

Speculative +

Highly

speculative

Outros Total

Disponibilidades e aplicações em Instituições de crédito - - - - 225 627 225 627

Ativos financeiros disponíveis para venda - - - 34 873 - 34 873

Instrumentos de dívida - emissores publicos - - - 34 873 - 34 873

Crédito a clientes 39 393 160 449 49 049 58 598 21 601 329 090

31.12.2016

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, o detalhe do valor da exposição bruta de crédito e imparidade

constituída por segmento era o seguinte:

(milhares de euros)

Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade

Empresas 75 961 133 31 536 3 856 107 497 3 989 10 393 4 827 12 394 8 187 22 787 13 014 130 284 17 003

Crédito à Habitação 187 822 102 18 076 139 205 898 241 913 63 9 553 2 166 10 466 2 229 216 364 2 470

Outro Crédito a Particulares 17 843 48 1 332 40 19 175 88 104 9 4 293 3 656 4 397 3 665 23 572 3 753

Total 281 626 283 50 944 4 035 332 570 4 318 11 410 4 899 26 240 14 009 37 650 18 908 370 220 23 226

* Crédito com prestações de capital ou juros vencidos há menos de 90 dias, mas sobre o qual existam evidências que justif iquem a sua classif icação com crédito em risco, a falência ou liquidação do devedor entre outros

Segmento

31.12.2017

Crédito que não está em risco Crédito em risco Crédito Total

Sem indícios de

imparidade

Com indícios de

imparidadeTotal

Dias de atrasoTotal

Exposição Imparidade<= 90 dias* >90 dias

(milhares de euros)

Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade

Empresas 77 922 209 35 699 5 788 113 621 5 997 8 920 3 974 15 631 8 058 24 551 12 032 138 172 18 029

Crédito à Habitação 184 581 238 20 899 364 205 480 602 599 50 9 921 2 127 10 520 2 177 216 000 2 779

Outro Crédito a Particulares 15 783 81 2 125 114 17 908 195 142 15 4 282 3 561 4 424 3 576 22 332 3 771

Total 278 286 528 58 723 6 266 337 009 6 794 9 661 4 039 29 834 13 746 39 495 17 785 376 504 24 579

* Crédito com prestações de capital ou juros vencidos há menos de 90 dias, mas sobre o qual existam evidências que justif iquem a sua classif icação com crédito em risco, a falência ou liquidação do devedor entre outros

Segmento

31.12.2016

Crédito que não está em risco Crédito em risco Crédito Total

Sem indícios de

imparidadeImparidade<= 90 dias* >90 dias

Com indícios de

imparidadeTotal

Dias de atrasoTotal

Exposição

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, o detalhe da carteira de crédito por segmento e ano de produção

era como segue:

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Relatório e Contas de 2017 148

(milhares de euros)

Número de

operações Montante

Imparidade

constituida

Número de

operações Montante

Imparidade

constituida

Número de

operações Montante

Imparidade

constituida

Número de

operações Montante

Imparidade

constituida

2004 e

anteriores 243 4 351 767 866 27 852 636 2 768 1 324 138 3 877 33 527 1 541

2005 46 953 288 254 12 126 240 520 270 101 820 13 349 629

2006 68 1 614 710 375 19 234 284 425 474 308 868 21 322 1 302

2007 122 2 951 927 581 29 608 293 862 879 615 1 565 33 438 1 835

2008 90 3 760 1 303 615 31 713 490 1 296 1 576 791 2 001 37 049 2 584

2009 94 4 046 2 251 363 20 892 103 1 007 1 872 671 1 464 26 810 3 025

2010 104 10 196 1 131 341 19 972 215 806 1 036 448 1 251 31 204 1 794

2011 84 2 879 402 199 11 471 138 697 669 261 980 15 019 801

2012 79 3 240 864 92 4 173 24 843 432 31 1 014 7 845 919

2013 204 6 305 801 92 4 080 8 835 426 45 1 131 10 811 854

2014 297 19 459 1 860 75 3 895 4 776 1 029 272 1 148 24 383 2 136

2015 207 28 087 4 928 119 2 907 13 814 6 657 24 1 140 37 651 4 965

2016 227 21 470 454 158 11 765 8 969 2 728 31 1 354 35 963 493

2017 436 20 973 317 238 16 676 14 1 017 4 200 17 1 691 41 849 348

Total 2 301 130 284 17 003 4 368 216 364 2 470 13 635 23 572 3 753 20 304 370 220 23 226

31.12.2017

Ano de

produção

Empresas Habitação Outro Crédito a Particulares Total

(milhares de euros)

Número de

operações Montante

Imparidade

constituida

Número de

operações Montante

Imparidade

constituida

Número de

operações Montante

Imparidade

constituida

Número de

operações Montante

Imparidade

constituida

2004 e

anteriores 318 4 954 1 127 927 30 949 583 3 150 1 396 131 4 395 37 299 1 841

2005 55 889 287 267 13 668 251 544 290 102 866 14 847 640

2006 72 1 836 680 385 20 233 274 454 506 304 911 22 575 1 258

2007 144 3 620 1 121 594 31 326 296 991 1 131 657 1 729 36 077 2 074

2008 92 4 079 1 198 646 34 338 546 1 363 2 106 778 2 101 40 523 2 522

2009 126 5 783 2 378 383 22 739 141 1 098 2 318 630 1 607 30 840 3 149

2010 123 11 060 948 356 21 508 245 987 1 314 453 1 466 33 882 1 646

2011 149 2 906 369 206 12 464 130 784 884 287 1 139 16 254 786

2012 203 4 982 1 017 97 4 914 101 943 509 41 1 243 10 405 1 159

2013 339 10 423 929 95 4 314 14 963 590 54 1 397 15 327 997

2014 421 27 566 3 349 83 4 350 7 1 008 1 325 151 1 512 33 241 3 507

2015 296 36 874 4 207 123 3 644 16 1 069 6 805 43 1 488 47 323 4 266

2016 544 23 200 419 158 11 553 175 1 006 3 158 140 1 708 37 911 734

Total 2 882 138 172 18 029 4 320 216 000 2 779 14 360 22 332 3 771 21 562 376 504 24 579

31.12.2016

Ano de

produção

Empresas Habitação Outro Crédito a Particulares Total

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, o detalhe do valor de exposição bruta de crédito e imparidade

avaliada individual e coletivamente, por segmento era o seguinte:

(milhares de euros)

Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade

Empresas 27 861 15 316 102 423 1 687 130 284 17 003

Crédito à Habitação 728 595 215 636 1 875 216 364 2 470

Outro Crédito a Particulares 2 664 2 609 20 908 1 144 23 572 3 753

Total 31 253 18 520 338 967 4 706 370 220 23 226

(1) Créditos cuja imparidade final foi determinada e aprovada pelo Comité de Imparidade(2) Créditos cuja imparidade final foi determinada de forma automática pelo Modelo de imparidade

31.12.2017

Avaliação Individual (1) Avaliação Coletiva (2) Total

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Relatório e Contas de 2017 149

(milhares de euros)

Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade

Empresas 23 614 13 360 114 558 4 669 138 172 18 029

Crédito à Habitação 205 205 215 795 2 574 216 000 2 779

Outro Crédito a Particulares 450 350 21 882 3 421 22 332 3 771

Total 24 269 13 915 352 235 10 664 376 504 24 579

(1) Créditos cuja imparidade final foi determinada e aprovada pelo Comité de Imparidade(2) Créditos cuja imparidade final foi determinada de forma automática pelo Modelo de imparidade

Avaliação Individual (1) Avaliação Coletiva (2) Total

31.12.2016

Os créditos analisados pelo Comité de Imparidade para os quais não foi alterada a imparidade

determinada automaticamente pelo Modelo de Imparidade são incluídos e apresentados na “Avaliação

Coletiva”.

A repartição por setores de atividade, para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016,

encontra-se apresentada conforme segue:

(milhares de euros)

Valor bruto Imparidade Valor bruto Imparidade Valor bruto Imparidade

Agricultura, Silvicultura e Pesca 12 929 ( 323) - - - 16 -

Indústrias Extrativas 438 ( 144) - - - 155 ( 14)

Indústrias Alimentares, das Bebidas e Tabaco 3 957 ( 79) - - - 4 -

Texteis e Vestuário 87 ( 2) - - - - -

Madeira e Cortiça 458 ( 131) - - - - -

Papel e Indústrias Gráficas 1 180 ( 235) - - - - -

Produtos Quimicos e de Borracha 52 - - - - - -

Produtos Minerais não Metálicos 1 053 ( 1) - - - 55 -

Indústrias Metalurgicas de Base e p. metálicos 1 056 ( 193) - - - - -

Fabricação de Máquinas, Eq. e Ap. Elétricos 1 362 ( 102) - - - 26 -

Outras Industrias Transformadoras 79 ( 1) - - - - -

Eletricidade, Gás e Água 562 ( 1) - - - 720 -

Construção e Obras Públicas 9 337 ( 2 968) - - - 6 070 ( 85)

Comércio por Grosso e a Retalho 39 275 ( 9 119) - - - 2 432 ( 14)

Turismo 8 048 ( 544) - - - 490 ( 2)

Transportes e Comunicações 8 174 ( 131) - - - 326 ( 25)

Atividades Financeiras 239 - 19 2 059 - 126 468 ( 13)

Atividades Imobiliárias 2 102 ( 1 046) - - - 501 ( 142)

Serviços Prestados às Empresas 8 947 ( 838) - 5 992 - 188 ( 1)

Administração e Serviços Públicos 23 193 ( 70) - 36 316 - 164 -

Outras atividades de serviços coletivos 7 559 ( 1 059) - - - 273 -

Crédito à Habitação 216 364 ( 2 470) - - - - -

Crédito a Particulares 23 572 ( 3 753) - - - - -

Outros 187 ( 16) - - - 505 -

TOTAL 370 220 ( 23 226) 19 44 367 - 138 393 ( 296)

31.12.2017

GarantiasCrédito sobre clientesAtivos financeiros detidos para

venda

Ativos

financeiros

detidos p/

negociação

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Relatório e Contas de 2017 150

(milhares de euros)

Valor bruto Imparidade Valor bruto Imparidade Valor bruto Imparidade

Agricultura, Silvicultura e Pesca 12 302 ( 382) - - - 16 -

Indústrias Extrativas 739 ( 21) - - - 160 ( 14)

Indústrias Alimentares, das Bebidas e Tabaco 4 115 ( 80) - - - 4 -

Texteis e Vestuário 104 ( 2) - - - - -

Madeira e Cortiça 471 ( 125) - - - - -

Papel e Indústrias Gráficas 1 244 ( 180) - - - - -

Produtos Químicos e de Borracha 58 - - - - - -

Produtos Minerais não Metálicos 1 082 ( 36) - - - 55 -

Indústrias Metalurgicas de Base e p. metálicos 817 ( 184) - - - - -

Fabricação de Máquinas, Eq. e Ap. Elétricos 1 484 ( 114) - - - 26 -

Outras Industrias Transformadoras 71 - - - - - -

Eletricidade, Gás e Água 1 ( 1) - - - 470 -

Construção e Obras Públicas 9 635 ( 2 982) - - - 6 869 ( 130)

Comércio por Grosso e a Retalho 41 622 ( 10 750) - - - 2 443 ( 29)

Turismo 8 317 ( 781) - - - 494 ( 4)

Transportes e Comunicações 12 709 ( 192) - - - 355 ( 25)

Atividades Financeiras 189 ( 2) 3 1 934 - 196 487 ( 39)

Atividades Imobiliárias 2 110 ( 684) - - - 564 ( 38)

Serviços Prestados às Empresas 9 386 ( 836) - 5 685 - 274 ( 2)

Administração e Serviços Públicos 25 240 ( 106) - 34 874 - 164 -

Outras atividades de serviços coletivos 6 443 ( 568) - - - 222 -

Crédito à Habitação 216 000 ( 2 779) - - - - -

Crédito a Particulares 22 332 ( 3 771) - - - - -

Outros 33 ( 3) - - - 361 ( 4)

TOTAL 376 504 ( 24 579) 3 42 493 - 208 964 ( 285)

31.12.2016

Crédito sobre clientesAtivos financeiros detidos para

venda

Ativos

financeiros

detidos p/

negociação

Garantias

Relativamente ao crédito reestruturado por dificuldades financeiras do cliente, nos termos definidos

pela Instrução nº32/2013 do Banco de Portugal, os valores envolvidos em 31 de dezembro de 2017 e 2016

são os seguintes:

(milhares de euros)

31.12.2017 31.12.2016

Crédito a empresas 24 916 22 390

Crédito à habitação 4 015 3 594

Outro Crédito a particulares 867 1 332

Total 29 798 27 316

Apresenta-se de seguida o detalhe das medidas de reestruturação aplicadas aos créditos

reestruturados até 31 de dezembro de 2017 e 2016:

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Relatório e Contas de 2017 151

(milhares de euros)

Número de

operações Exposição Imparidade

Número de

operações Exposição Imparidade

Número de

operações Exposição Imparidade

Perdão de capital ou juro - - - 3 6 291 3 656 3 6 291 3 656

Novo crédito para liquidação total ou

parcial da dívida existente 46 3 504 83 23 3 465 1 156 69 6 969 1 239

Alargamento do prazo de reembolso 27 7 523 2 961 24 690 87 51 8 213 3 048

Introdução de período de carência de

capital ou juro 28 2 300 10 9 681 115 37 2 981 125

Redução das taxas de juro            6 397 3 - - - 6 397 3

Alteração do plano de pagamento de

leasing 3 179 1 1 35 24 4 214 25

Outros 72 1 401 15 49 3 332 1 773 121 4 733 1 788

Total 182 15 304 3 073 109 14 494 6 811 291 29 798 9 884

Medida

31.12.2017

Crédito que não está em risco Crédito em risco Total

(milhares de euros)

Número de

operações Exposição Imparidade

Número de

operações Exposição Imparidade

Número de

operações Exposição Imparidade

Perdão de capital ou juro 1 142 5 3 6 411 3 104 4 6 553 3 109

Novo crédito para liquidação total ou

parcial da dívida existente 50 1 343 111 17 1 647 740 67 2 990 851

Alargamento do prazo de reembolso 20 6 936 4 262 9 567 40 29 7 503 4 302

Introdução de período de carência de

capital ou juro 29 2 132 32 8 647 100 37 2 779 132

Redução das taxas de juro            5 365 24 - - - 5 365 24

Alteração do plano de pagamento de

leasing 3 177 27 - - - 3 177 27

Outros 95 2 755 86 53 4 194 1 692 148 6 949 1 778

Total 203 13 850 4 547 90 13 466 5 676 293 27 316 10 223

Medida

31.12.2016

Crédito que não está em risco Crédito em risco Total

Risco de mercado

O Risco de mercado representa genericamente a eventual perda resultante de uma alteração adversa

do valor de um instrumento financeiro como consequência da variação de taxas de juro, taxas de

câmbio e preços de ações e de mercadorias.

A gestão de risco de mercado é integrada com a gestão do balanço através da estrutura ALCO (Asset

and Liability Committee) constituída ao mais alto nível da instituição. Este órgão é responsável pela

definição de políticas de afetação e estruturação do balanço bem como pelo controlo da exposição aos

riscos de taxa de juro, de taxa de câmbio e de liquidez.

Ao nível do risco de mercado o principal elemento de mensuração de riscos consiste na estimação das

perdas potenciais sob condições adversas de mercado, para o qual a metodologia Value at Risk (VaR) é

utilizada. O Banco utiliza um VaR com recurso à simulação de Monte Carlo, com um intervalo de

confiança de 99% e um período de investimento de 10 dias. As volatilidades e correlações são históricas

com base num período de observação de um ano. Como complemento ao VaR têm sido desenvolvidos

cenários extremos (stress-testing) que permitem avaliar os impactos de perdas potenciais superiores

às consideradas na medida do VaR.

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Relatório e Contas de 2017 152

milhares de euros

31.12.2017 31.12.2016

Dezembro Média anual Máximo Mínimo Dezembro Média anual Máximo Mínimo

Risco cambial 40 80 132 40 126 86 130 54

Risco taxa de juro 14 1 0 14 0 0 0 0

Ações e Mercadorias 0 0 0 0 0 0 1 0

Volatilidade 0 0 0 0 0 0 0 0

Efeito da diversificação 0 0 0 0 0 -1 0 -1

-19 -2 0 -19

Total 35 79 132 35 126 86 131 53

Em 31 de dezembro de 2017, o Banco apresenta um valor em risco (VaR) de 35 milhares de euros para as

suas posições de negociação (31 de dezembro de 2016: 126 milhares de euros).

No seguimento das recomendações de Basileia II (Pilar 2) e da Instrução nº 19/2005, do Banco de

Portugal, o NBA calcula a sua exposição ao risco de taxa de juro de balanço baseado na metodologia do

Bank of International Settlements (BIS) classificando todas as rubricas do ativo, passivo e

extrapatrimoniais, que não pertençam à carteira de negociação, por escalões de repricing.

(milhares de euros)

Montantes

elegíveis

Não

sensíveisAté 3 meses

De 3 a 6

meses

De 6 meses

a 1 anoDe 1 a 5 anos Mais de 5 anos

Aplicações e disp. em Inst. de Crédito 126 621 6 000 116 222 - - 4 399 -

Crédito a clientes 369 847 463 233 707 79 265 21 504 25 051 9 857

Títulos 43 490 8 051 - - - 34 615 824

Total 349 929 79 265 21 504 64 065 10 681

Recursos de outras Inst. de Crédito 150 436 - 50 183 100 000 - 253 -

Depósitos 341 391 - 133 221 40 148 79 296 88 697 29

Total 183 404 140 148 79 296 88 950 29

GAP de balanço (Ativos - Passivos) 33 617 166 525 ( 60 883) ( 57 792) ( 24 885) 10 652

Fora de Balanço - 3 290 3 000 - ( 5 333) ( 957)

GAP estrutural 33 617 169 815 ( 57 883) ( 57 792) ( 30 218) 9 695

GAP acumulado 169 815 111 932 54 140 23 922 33 617

31.12.2017

(milhares de euros)

Montantes

elegíveis

Não

sensíveisAté 3 meses

De 3 a 6

meses

De 6 meses

a 1 anoDe 1 a 5 anos Mais de 5 anos

Aplicações e disp. em Inst. de Crédito 233 551 5 732 227 819 - - - -

Crédito a clientes 375 894 - 242 301 83 985 14 043 24 999 10 566

Títulos 41 615 7 619 - - - 33 253 743

Total 470 120 83 985 14 043 58 252 11 309

Recursos de outras Inst. de Crédito 252 385 - 47 132 - 205 000 253 -

Depósitos 349 792 - 132 479 80 521 69 697 67 053 42

Total 179 611 80 521 274 697 67 306 42

GAP de balanço (Ativos - Passivos) 35 532 290 509 3 464 ( 260 654) ( 9 054) 11 267

Fora de Balanço - 4 632 3 000 - ( 3 000) ( 4 632)

GAP estrutural 35 532 295 141 6 464 ( 260 654) ( 12 054) 6 635

GAP acumulado 295 141 301 605 40 951 28 897 35 532

31.12.2016

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Relatório e Contas de 2017 153

O modelo utilizado para o cálculo da análise de sensibilidade do risco de taxa de juro da carteira

bancária baseia-se numa aproximação ao modelo da duração, sendo efetuados cenários paralelos para

deslocação da curva de rendimentos de 100 p.b. em todos os escalões de taxa de juro e cenários de

deslocação da curva de rendimentos não paralelos, superiores a um ano em 100 p.b..

(milhares de euros)

31.12.2017 31.12.2016

Aumento

paralelo de

100 pb

Diminuição

paralela de

100 pb

Aumento

depois de 1

ano de 50pb

Diminuição

depois de 1

ano de 50pb

Aumento

paralelo de

100 pb

Diminuição

paralela de

100 pb

Aumento

depois de 1

ano de 50pb

Diminuição

depois de 1

ano de 50pb

Sensibilidade para o risco de taxa de juro ( 549) 549 ( 471) 471 ( 114) 114 ( 871) 871

Média do período ( 6) 6 ( 342) 342 ( 401) 401 ( 901) 901

Máximo para o período ( 549) 549 ( 568) 568 ( 1 297) 1 297 ( 1 142) 1 142

Mínimo para o período ( 161) 161 ( 240) 240 ( 114) 114 ( 611) 611

No quadro seguinte apresentam-se as taxas médias de juro verificadas para as grandes categorias de

ativos e passivos financeiros do Banco, para os exercícios de 2017 e 2016, bem assim como os respetivos

saldos médios e os juros do exercício:

(milhares de euros)

Saldo médio

do período

Juro do

período

Taxa de

juro

média

Saldo médio

do período

Juro do

período

Taxa de

juro

média

Ativos monetários 166 853 1 590 0,95% 247 831 2 797 1,11%

Crédito a clientes 374 052 9 492 2,54% 378 446 10 307 2,68%

Aplicações em títulos 34 873 553 1,59% 34 146 561 1,62%

Aplicações diferenciais - - - - - -

Ativos financeiros 575 778 11 635 2,02% 660 423 13 665 2,04%

Recursos monetários 205 056 2 971 1,45% 301 393 4 510 1,47%

Recursos de clientes 347 855 2 522 0,73% 342 408 3 311 0,95%

Outros recursos - - - - - -

Recursos diferenciais 22 867 - - 16 622 - -

Passivos financeiros 575 778 5 493 0,95% 660 423 7 821 1,16%

Resultado Financeiro 6 142 1,07% 5 844 0,87%

31.12.2017 31.12.2016

No que se refere ao risco cambial, a repartição dos ativos e dos passivos, a 31 de dezembro de 2017 e

2016, por moeda, é analisado como segue:

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Relatório e Contas de 2017 154

(milhares de euros)

Posições à

Vista

Posições a

Prazo

Posição

Líquida

Posições à

Vista

Posições a

Prazo

Posição

Líquida

USD DOLAR DOS E.U.A. 1 189 - 1 189 2 807 - 2 807

GBP LIBRA ESTERLINA 32 - 32 70 - 70

DKK COROA DINAMARQUESA 64 - 64 64 - 64

CHF FRANCO SUICO ( 34) - ( 34) ( 22) - ( 22)

SEK COROA SUECA 2 - 2 3 - 3

NOK COROA NORUEGUESA 59 - 59 42 - 42

CAD DOLAR CANADIANO 389 - 389 591 - 591

1 701 - 1 701 3 555 - 3 555

Nota: activo / (passivo)

31.12.201631.12.2017

Risco de liquidez

O risco de liquidez é o risco atual ou futuro que deriva da incapacidade de uma instituição solver as

suas responsabilidades à medida que estas se vão vencendo, sem incorrer em perdas substanciais.

O risco de liquidez pode ser subdividido em dois tipos:

• Liquidez dos ativos (market liquidity risk) - consiste na impossibilidade de alienar um determinado

tipo de ativo devido à falta de liquidez no mercado, o que se traduz no alargamento do spread

bid/offer ou na aplicação de um haircut ao valor de mercado.

• Financiamento (funding liquidity risk) - consiste na impossibilidade de financiar no mercado os ativos

e/ou refinanciar a dívida que está a maturar, nos prazos e na moeda desejada. Esta impossibilidade

pode ser refletida através de um forte aumento do custo de financiamento ou da exigência de

colateral para a obtenção de fundos. A dificuldade de (re)financiamento pode conduzir à venda de

ativos, ainda que incorrendo em perdas significativas. O risco de (re)financiamento deve ser

minimizado através de uma adequada diversificação das fontes de financiamento e dos prazos de

vencimento.

Os bancos estão sujeitos a risco de liquidez por inerência do seu negócio de transformação de

maturidades (emprestadores de longo prazo e depositários de curto prazo), sendo assim crucial uma

gestão prudente do risco de liquidez.

Com o objetivo de avaliar a exposição global ao risco de liquidez, são elaborados relatórios que

permitem não só identificar os mismatch negativos, como efetuar a cobertura dinâmica dos mesmos.

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Relatório e Contas de 2017 155

(milhares de euros)

Montantes

Elegíveisaté 7 dias

de 7 dias até 1

mêsde 1 a 3 meses de 3 a 6 meses

de 6 meses a

1 ano

superior a 1

ano

ATIVOS

Caixa e disponibilidades 6 000 6 000 - - - - -

Aplicações e disponibilidades em Instituições de crédito e Bancos Centrais 120 621 8 718 7 504 100 000 - - 4 399

Crédito a clientes 352 506 668 1 675 3 807 9 320 8 603 328 433

Títulos 42 702 - - - - - 42 702

Total 16 341 9 179 103 807 9 320 8 605 375 534

PASSIVOS

Recursos de Instituições de crédito, Bancos Centrais e Outros empréstimos 150 436 4 183 11 000 35 000 100 000 - 253

Depósitos de clientes 341 391 4 867 1 718 1 972 1 704 3 290 327 838

Outros passivos exigíveis a curto prazo 5 090 5 090 - - - - -

Fora de Balanço (Compromissos e Derivados) 254 9 6 33 47 158 -

Total 14 149 12 724 37 005 101 751 3 448 328 091

GAP (Ativos - Passivos) 2 191 (3 545) 66 802 (92 431) 5 156

GAP Acumulado 2 191 (1 354) 65 448 (26 984) (21 827)

Buffer de activos liq > 12 meses -

31.12.2017

(milhares de euros)

Montantes

Elegíveisaté 7 dias

de 7 dias até 1

mêsde 1 a 3 meses de 3 a 6 meses

de 6 meses a

1 ano

superior a 1

ano

ATIVOS

Caixa e disponibilidades 5 732 5 732 - - - - -

Aplicações e disponibilidades em Instituições de crédito e Bancos Centrais 224 672 10 185 9 487 205 000 - - -

Crédito a clientes 357 294 502 2 124 3 491 9 241 8 487 333 448

Títulos 40 900 - - - - - 40 900

Total 16 514 11 611 208 491 9 242 8 487 374 348

PASSIVOS

Recursos de Instituições de crédito, Bancos Centrais e Outros empréstimos 252 385 9 132 - 38 000 - 205 000 253

Depósitos de clientes 349 792 5 512 1 985 4 344 5 317 4 199 328 434

Outros passivos exigíveis a curto prazo 5 678 5 678 - - - - -

Fora de Balanço (Compromissos e Derivados) 246 11 7 36 56 135 -

Total 20 333 1 992 42 380 5 373 209 334 328 687

GAP (Ativos - Passivos) (3 819) 9 618 166 111 3 869 (200 847)

GAP Acumulado (3 819) 5 800 171 911 175 780 (25 067)

Buffer de activos liq > 12 meses 30 288

31.12.2016

O gap acumulado a um ano passou de -25 067 milhares de euros em 31 de dezembro de 2016 para -21

827 milhares de euros em 31 de dezembro de 2017.

Adicionalmente, e dada a importância da gestão do risco de liquidez, constam na legislação

regulamentar um rácio de cobertura de liquidez (Liquidity Coverage Ratio – LCR) e um rácio de

financiamento estável (Net Stable Funding Ratio – NSFR). O LCR visa promover a resiliência dos bancos

ao risco de liquidez de curto prazo, assegurando que detêm ativos líquidos de elevada qualidade,

suficientes para sobreviver a um cenário de stress severo, durante um período de 30 dias, enquanto o

NSFR tem como objetivo garantir que os bancos mantêm um financiamento estável para os seus ativos

e operações fora de balanço, por um período de um ano.

De acordo com a legislação regulamentar em vigor, o NBA encontrava-se obrigado a cumprir com um

limite mínimo em 2017 de 80% do LCR e um mínimo de 100% em 2018. O banco continua a seguir as

alterações regulamentares no sentido de cumprir com todas as obrigações, nomeadamente a

implementação do NSFR e respetivo limite.

De acordo com a evolução do gap acumulado, o gap de liquidez até um ano do NBA era a 31 de

dezembro de 2017 de -0,02 que compara com 1,49 em 31 de dezembro de 2016.

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Relatório e Contas de 2017 156

Risco operacional

O Risco operacional traduz-se, genericamente, na probabilidade de ocorrência de eventos com

impactos negativos, nos resultados ou no capital, resultantes da inadequação ou deficiência de

procedimentos, sistemas de informação, comportamento das pessoas ou motivados por

acontecimentos externos, incluindo os riscos jurídicos. Entende-se, assim, risco operacional como o

cômputo dos seguintes riscos: operativa, de sistemas de informação, de compliance e de reputação.

Para gestão do risco operacional, foi desenvolvido e implementado um sistema que visa assegurar a

uniformização, sistematização e recorrência das atividades de identificação, monitorização, controlo e

mitigação deste risco. Este sistema é suportado por uma estrutura organizacional, integrada no

Departamento de Risco Global exclusivamente dedicada a esta tarefa.

Gestão de Capital e Rácios de Solvabilidade e de Alavancagem

O principal objetivo da gestão de capital consiste em assegurar o cumprimento dos objetivos

estratégicos do Banco em matéria de adequação de capital, respeitando e fazendo cumprir os

requisitos mínimos de fundos próprios definidos pelas entidades de supervisão.

A definição da estratégia a adotar em termos de gestão de capital é da competência da Comissão

Executiva encontrando-se integrada na definição global de objetivos do Banco.

Em termos prudenciais, o Banco está sujeito à supervisão do Banco de Portugal que, tendo por base a

Diretiva Comunitária sobre adequação de capitais, estabelece as regras que a este nível deverão ser

observadas pelas diversas instituições sob a sua supervisão. Estas regras determinam um rácio mínimo

de fundos próprios totais em relação aos requisitos exigidos pelos riscos assumidos, que as instituições

deverão cumprir.

O Parlamento Europeu e o Conselho aprovaram em 26 de junho de 2013 a Diretiva 2013/36/EU e o

Regulamento (EU) nº 575/2013 que passaram a regular na União Europeia, respetivamente, o acesso à

atividade das instituições de crédito e empresas de investimento e a determinação de requisitos

prudenciais a observar por aquelas mesmas entidades a partir de 1 de janeiro de 2014. Estes

normativos transpõem para o ordenamento jurídico europeu as recomendações do Comité de Basileia,

normalmente designadas por Basileia III.

O Aviso 6/2013 de 23 de dezembro do Banco de Portugal veio regulamentar o regime transitório

previsto naquele Regulamento.

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Relatório e Contas de 2017 157

Atualmente, no ordenamento jurídico de Basileia III, os elementos de capital do Novo Banco dos Açores

para efeitos da determinação do rácio de solvabilidade, dividem-se em Fundos Próprios Principais de

nível 1 (ou Common Equity Tier I), Fundos Próprios de nível 1 (ou Tier I), Fundos Próprios de nível 2 (ou

Tier II) e Fundos Próprios Totais, com a seguinte composição:

Common Equity Tier I: Esta categoria inclui essencialmente o capital estatutário realizado, os

prémios de emissão, as reservas elegíveis e os resultados positivos retidos do exercício quando

certificados. Também é dedutível ao Common Equity Tier I o valor elegível dos ativos intangíveis,

desvios atuariais negativos decorrentes de responsabilidades com benefícios pós emprego a

empregados, valor excedente dos ativos por impostos diferidos e de participações em sociedades

financeiras e, quando aplicável, os resultados negativos do exercício.

Tier I: Para além dos valores considerados como Common Equity Tier I, esta categoria inclui,

quando aplicável, as ações preferenciais e instrumentos de capital híbridos.

Tier II: Incorpora essencialmente, quando aplicável, dívida subordinada emitida elegível.

O capital do Banco é essencialmente constituído por elementos de Common Equity Tier I.

O quadro seguinte apresenta um sumário dos cálculos de requisitos de fundos próprios e rácios de

capital do NBA para 31 de dezembro de 2017 e 2016:

(milhares de euros)

31.12.2017 (1) 31.12.2016

A - Fundos Próprios

Capital ordinário realizado, Prémios de Emissão e Ações Próprias 25 319 25 319

Reservas e Resultados elegíveis (excluindo reservas de justo valor) 17 227 15 387

Ativos Intangíveis ( 167) ( 850)

Desvios Atuariais com responsabilidades pós-emprego com impacto prudencial ( 9 548) ( 7 976)

Reservas de justo valor com impacto prudencial 3 249 1 301

Outros efeitos ( 248) ( 870)

Common Equity Tier I / Core Tier I ( A1 ) 35 832 32 311

Ações Preferenciais e Hibridos - -

Outros efeitos - -

Tier I ( A2 ) 35 832 32 311

Divida Subordinada elegível - -

Outros efeitos - -

TIER II - -

Deduções - -

Fundos Próprios Elegíveis ( A3 ) 35 832 32 311

B- Ativos de Risco ( B ) 264 493 287 422

C- Rácios Prudenciais

Rácio Common Equity Tier I / Core Tier 1 ( A1 / B ) 13,5% 11,2%

Rácio Tier 1 ( A2 / B ) 13,5% 11,2%

Rácio de Solvabilidade ( A3 / B ) 13,5% 11,2%

(1) Dados provisórios.

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Relatório e Contas de 2017 158

NOTA 37 – IMPACTO DA ADOPÇÃO DO INTERNATIONAL FINANCIAL REPORTING STANDARD 9 –

FINANCIAL INSTRUMENTS

Em 24 de julho de 2014, como resposta ao desafio lançado pelo G20 na sequência da crise financeira

global, o IASB (International Accounting Standards Board) emitiu a versão final da IFRS 9 –

Instrumentos financeiros (“IFRS 9”). Esta nova norma aplica-se a períodos anuais com início após 1 de

janeiro de 2018 e substituirá a IAS 39 – Instrumentos financeiros: Reconhecimento e mensuração (“IAS

39”). A IFRS 9 incorpora alterações significativas à IAS 39 essencialmente a 3 níveis: (i) novas regras

para a classificação, reconhecimento e mensuração de ativos financeiros de acordo com o modelo de

negócio do Banco e das características dos fluxos de caixa contratuais desses ativos; (ii) novos

conceitos ao nível da metodologia e mensuração de imparidade para ativos financeiros, calculada

numa ótica de perda esperada (“ECL” – Expected Credit Loss); e (iii) novos requisitos de contabilidade de

cobertura mais alinhados com as práticas de gestão de risco das entidades.

a) Classificação e mensuração de ativos financeiros

O critério para classificação de ativos financeiros depende tanto do modelo de gestão de

negócio do Banco como das características dos fluxos de caixa contratuais desses ativos.

Consequentemente, o ativo pode ser mensurado ao custo amortizado, ao justo valor com

variações reconhecidas em capital próprio (reservas de reavaliação) ou em resultados do

exercício (resultados de ativos e passivos ao justo valor através de resultados), dependendo do

modelo de negócio em que está inserido e das características dos fluxos de caixa contratuais.

Adicionalmente, a IFRS 9, em linha com a IAS 39, estabelece também a opção de, sob certas

condições, designar um ativo financeiro ao justo valor com variações reconhecidas em

resultados do exercício.

Atualmente, atendendo a que a principal atividade do Banco se centra na concessão de crédito,

não ocorreram alterações significativas na mensuração de ativos à luz da IFRS 9, em

comparação com a IAS 39:

1) A generalidade dos empréstimos e saldos a receber de bancos e clientes continuam a

ser mensurados ao custo amortizado;

2) A generalidade dos instrumentos de dívida classificados como disponíveis para venda

passam a ser mensurados ao justo valor com variações reconhecidas em outro

rendimento integral, ou mensurados ao custo amortizado, em função do modelo de

negócio definido;

3) os instrumentos de capital são classificados e mensurados ao justo valor através de

resultados, exceto quando o Banco decide, irrevogavelmente, para ativos que não de

negociação, classificar estes ativos ao justo valor com variações reconhecidas em

outro rendimento integral. Esta classificação irrevogável implicará que, aquando do

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Relatório e Contas de 2017 159

desinvestimento/realização desse ativo financeiro, os montantes reconhecidos em

capital próprio não são reciclados para resultados do exercício.

A classificação e mensuração de passivos financeiros prevista na IAS 39 permanece

substancialmente igual na IFRS 9. Importa, no entanto, salientar que, na maioria das situações,

as variações de justo valor dos passivos financeiros designados ao justo valor por contrapartida

de resultados do exercício, decorrentes do risco de crédito próprio da entidade, serão

reconhecidas em capitais próprios (outro rendimento integral).

b) Modelo de perdas esperadas de imparidade de crédito

O modelo de perdas esperadas de imparidade de crédito preconizado pela IFRS 9 é aplicável a

todos os ativos financeiros valorizados ao custo amortizado, aos ativos financeiros equiparados

a instrumentos de dívida valorizados ao justo valor com variações reconhecidas em capital

próprio (outro rendimento integral), aos valores a receber de leasing e a garantias financeiras e

aos compromissos de crédito não valorizados ao justo valor.

A alteração mais significativa desta nova norma é a introdução do conceito de perda esperada

em detrimento do conceito de perda incorrida no qual se baseia o modelo de imparidade atual

do Banco para cumprimento dos requisitos da IAS 39. Esta alteração conceptual é introduzida

em conjunto com novos requisitos de classificação e mensuração das perdas esperadas de

imparidade de crédito, sendo requerido que os ativos financeiros sujeitos a imparidade sejam

classificados por diferentes stages consoante a evolução do seu risco de crédito desde a data

de reconhecimento inicial e não em função do risco de crédito à data de reporte:

“Stage 1”: os ativos financeiros são classificados em stage 1 sempre que não se verifique um

aumento significativo do risco de crédito desde a data do seu reconhecimento inicial. Para

estes ativos deve ser reconhecido em resultados do exercício a perda esperada de

imparidade de crédito resultante de eventos de incumprimento durante os 12 meses após a

data de reporte;

“Stage 2”: os ativos financeiros em que se tenha verificado um aumento significativo do

risco de crédito desde a data do seu reconhecimento inicial são classificados em stage 2.

Para estes ativos financeiros são reconhecidas perdas esperadas de imparidade de crédito

ao longo da vida dos ativos (“lifetime”). No entanto, o juro continuará a ser calculado sobre

o montante bruto do ativo; e

“Stage 3”: os ativos classificados neste stage apresentam evidência objetiva de imparidade,

na data de reporte, como resultado de um ou mais eventos já ocorridos que resultem numa

perda. Neste caso, será reconhecida em resultados do exercício a perda esperada de

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Relatório e Contas de 2017 160

imparidade de crédito durante a vida residual expectável dos ativos financeiros. O juro é

calculado sobre o valor líquido de balanço dos ativos.

O aumento significativo do risco de crédito deverá ser determinado através da análise de

indicadores quantitativos e/ou qualitativos internos utilizados pelo Banco na normal gestão de

risco de crédito, obrigando assim a uma maior ligação dos requisitos contabilísticos com as

políticas de gestão de risco de crédito instituídas pelo Banco. Importa, no entanto, referir que a

IFRS 9 contém a presunção refutável de que um incumprimento ocorre quando o ativo

apresenta mora há mais de 90 dias (stage 3), bem como a presunção refutável de que ocorreu

um aumento significativo de risco de crédito aquando da existência de mora há mais de 30 dias

(stage 2).

De acordo com este novo modelo preconizado pela IFRS 9, a mensuração das perdas esperadas

exigirá também a inclusão de informação prospetiva (forward looking information) com

inclusão de tendências e cenários futuros, nomeadamente dados macroeconómicos. Neste

âmbito, as estimativas de perdas esperadas de imparidade de crédito passarão a incluir

múltiplos cenários macroeconómicos cuja probabilidade será avaliada considerando eventos

passados, a situação atual e tendências macroeconómicas futuras, como sejam o PIB, a taxa de

desemprego, entre outros.

No que se refere à imparidade de crédito, em comparação com a IAS 39, o Banco prevê

atualmente que o montante global de imparidade venha a aumentar com a adoção inicial da

IFRS 9, sendo a maior parte do aumento decorrente tanto do requisito de (i) o reconhecer

inicialmente de perdas de crédito esperadas para 12 meses como de (ii) o reconhecer de perdas

de crédito para a vida remanescente em ativos de crédito significativamente deteriorados mas

que não se encontrem ainda em default, nomeadamente em carteiras com maior maturidade.

Para as carteiras mais materiais, o Banco estima adotar abordagens de modelização de crédito

na mensuração de perdas de crédito esperadas, alavancando-se, sempre que possível, nos

modelos existentes no Banco. Para as restantes carteiras, e conforme a materialidade de cada

uma, o Banco estima desenvolver novos modelos ou utilizar abordagens simplificadas.

c) Contabilidade de cobertura

A IFRS 9 inclui novos requisitos para contabilidade de cobertura que contêm dois grandes

objetivos: (i) a simplificação das atuais necessidades e (ii) alinhar a contabilidade de cobertura

com a gestão de risco das entidades. Atualmente, o Banco espera continuar a aplicar os

requisitos contabilísticos de cobertura existentes de acordo com a IAS 39 até que surjam mais

esclarecimentos sobre o projeto de macro hedge do IASB.

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Relatório e Contas de 2017 161

d) Impactos

O principal impacto estimado pelo banco em 1 de janeiro de 2018 decorrente da introdução da

IFRS 9 deriva fundamentalmente do acréscimo de provisões por imparidade para o conjunto de

instrumentos financeiros (nomeadamente nas carteiras de crédito a clientes e ativos

financeiros disponíveis para venda). Saliente-se, no entanto, que o modelo de imparidade de

crédito continua a ser alvo de validação interna e externa encontrando-se o Banco, à presente

data, a concluir com maior rigor a revisão do referido impacto.

Estratégia de implementação do Banco

Desde 2016 o NOVO BANCO definiu uma estrutura global de trabalho com o objetivo de adaptar os seus

processos internos aos normativos constantes na IFRS 9, de modo a que estes sejam,

simultaneamente, aplicáveis, uniformemente, a todas as subsidiárias do Grupo e sejam adaptáveis às

características individuais de cada uma.

Relativamente à estrutura de governance do projeto de implementação da IFRS 9, o Banco criou um

comité com a responsabilidade de acompanhar o projeto mas também de assegurar que estão

envolvidos neste projeto todas as áreas relevantes para o sucesso do mesmo. Desta forma, estão

envolvidos neste comité o Departamento de Contabilidade, Consolidação e Fiscalidade, o

Departamento de Tesouraria e Financeiro, o Departamento de Risco Global e o Departamento de

Sistemas de Informação. Sempre que necessário, são envolvidos no projeto outros departamentos do

Banco.

NOTA 38 – NORMAS CONTABILÍSTICAS E INTERPRETAÇÕES RECENTEMENTE EMITIDAS

As normas abaixo apresentadas tornaram-se efetivas a 1 de janeiro de 2017. Nenhuma das normas

teve um impacto materialmente relevante nas contas do Banco tendo as mesmas sido incorporadas

nas contas do Banco com referência a 31 de dezembro de 2017:

IAS 7 (alteração), ‘Revisão às divulgações’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de

janeiro de 2017). Esta alteração introduz uma divulgação adicional sobre as variações dos passivos de

financiamento, desagregados entre as transações que deram origem a movimentos de caixa e as que

não, e a forma como esta informação concilia com os fluxos de caixa das atividades de financiamento

da Demonstração do Fluxo de Caixa.

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Relatório e Contas de 2017 162

IAS 12 (alteração), ‘Imposto sobre o rendimento – Reconhecimento de impostos diferidos ativos sobre

perdas potenciais’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2017). Esta

alteração clarifica a forma de contabilizar impostos diferidos ativos relacionados com ativos

mensurados ao justo valor, como estimar os lucros tributáveis futuros quando existem diferenças

temporárias dedutíveis e como avaliar a recuperabilidade dos impostos diferidos ativos quando existem

restrições na lei fiscal.

As normas (novas e alterações) abaixo apresentadas já foram publicadas, endossadas pela União

Europeia e a sua aplicação é obrigatória para períodos anuais que se iniciaram em ou após 1 de janeiro

de 2018. Contudo, nenhuma das normas abaixo apresentadas foi adotada antecipadamente pelo

Banco:

IFRS 9 (nova), ‘Instrumentos financeiros’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro

de 2018). A IFRS 9 substitui os requisitos da IAS 39, relativamente: (i) à classificação e mensuração dos

ativos e passivos financeiros; (ii) ao reconhecimento de imparidade sobre créditos a receber (através do

modelo da perda esperada); e (iii) aos requisitos para o reconhecimento e classificação da contabilidade

de cobertura. Ver detalhe dos impactos desta norma na Nota 37.

IFRS 15 (nova), ‘Rédito de contratos com clientes’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1

de janeiro de 2018). Esta nova norma aplica-se apenas a contratos para a entrega de produtos ou

prestação de serviços, e exige que a entidade reconheça o rédito quando a obrigação contratual de

entregar ativos ou prestar serviços é satisfeita e pelo montante que reflete a contraprestação a que a

entidade tem direito, conforme previsto na “metodologia das 5 etapas”. Não é expectável um impacto

materialmente relevante como resultado da adoção desta norma.

IFRS 16 (nova), ‘Locações’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2019). Esta

nova norma substitui o IAS 17, com um impacto significativo na contabilização pelos locatários que são

agora obrigados a reconhecer um passivo de locação refletindo futuros pagamentos da locação e um

ativo de “direito de uso" para todos os contratos de locação, exceto certas locações de curto prazo e de

ativos de baixo valor. A definição de um contrato locação também foi alterada, sendo baseada no

"direito de controlar o uso de um ativo identificado". Não é expectável um impacto materialmente

relevante como resultado da adoção desta norma.

Alterações à IFRS 15, ‘Rédito de contratos com clientes’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou

após 1 de janeiro de 2018). Estas alterações referem-se às indicações adicionais a seguir para

determinar as obrigações de desempenho de um contrato, ao momento do reconhecimento do rédito

de uma licença de propriedade intelectual, à revisão dos indicadores para a classificação da relação

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Relatório e Contas de 2017 163

principal versus agente, e aos novos regimes previstos para simplificar a transição. Não é expectável

um impacto materialmente relevante como resultado da adoção desta norma.

As normas (novas e alterações) e interpretações já publicadas que se apresentam de seguida são de

aplicação obrigatória para períodos anuais que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018, contudo, a

União Europeia ainda não as endossou. Não são expectáveis impactos materialmente relevantes como

resultado da futura adoção destas normas e interpretações:

Normas

Melhorias às normas 2014 – 2016 (a aplicar, em geral, nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de

janeiro de 2017). Este ciclo de melhorias afeta os seguintes normativos: IFRS 1, IFRS 12 e IAS 28.

IFRS 2 (alteração), ‘Classificação e mensuração de transações de pagamentos baseados em ações’ (a

aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018). Esta alteração ainda está sujeita

ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica a base de mensuração para as

transações de pagamentos baseados em ações liquidadas financeiramente (“cash-settled”) e a

contabilização de modificações a um plano de pagamentos baseado em ações, que alteram a sua

classificação de liquidado financeiramente (“Cash-settled”) para liquidado com capital próprio (“equity-

settled”). Para além disso, introduz uma exceção aos princípios da IFRS 2, que passa a exigir que um

plano de pagamentos baseado em ações seja tratado como se fosse totalmente liquidado com capital

próprio (“equity-settled”), quando o empregador seja obrigado a reter um montante de imposto ao

funcionário e pagar essa quantia à autoridade fiscal.

IFRS 9 (alteração), ‘Elementos de pré-pagamento com compensação negativa’ (a aplicar nos exercícios

que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2019). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de

endosso pela União Europeia. Esta alteração introduz a possibilidade de classificar ativos financeiros

com condições de pré-pagamento com compensação negativa, ao custo amortizado, desde que se

verifique o cumprimento de condições específicas, em vez de ser classificado ao justo valor através de

resultados.

IAS 28 (alteração), ‘Investimentos de longo-prazo em associadas e empreendimentos conjuntos’ (a

aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2019). Esta alteração ainda está sujeita

ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica que os investimentos de longo-

prazo em associadas e empreendimentos conjuntos (componentes do investimento de uma entidade

em associadas e empreendimentos conjuntos), que não estão a ser mensurados através do método de

equivalência patrimonial, são contabilizados segundo a IFRS 9, estando sujeitos ao modelo de

imparidade das perdas estimadas, antes de qualquer teste de imparidade ao investimento como um

todo.

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Relatório e Contas de 2017 164

Melhorias às normas 2015 – 2017 [(a aplicar aos exercícios que se inicies em ou após 1 de janeiro de

2019). Este ciclo de melhorias ainda está sujeito ao processo de endosso pela União Europeia. Este ciclo

de melhorias afeta os seguintes normativos: IAS 23, IAS 12, IFRS 3 e IFRS 11.]

Interpretações

IFRIC 22 (nova), ‘Operações em moeda estrangeira e contraprestação antecipada’ (a aplicar nos

exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta interpretação ainda está sujeita ao

processo de endosso pela União Europeia. Trata-se de uma interpretação à IAS 21 ‘Os efeitos de

alterações em taxas de câmbio’ e refere-se à determinação da "data da transação" quando uma

entidade paga ou recebe antecipadamente a contraprestação de contratos denominados em moeda

estrangeira. A “data da transação” determina a taxa de câmbio a usar para converter as transações

em moeda estrangeira.

IFRIC 23 (nova), ‘Incerteza sobre o tratamento de Imposto sobre o rendimento’ (a aplicar nos exercícios

que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta interpretação ainda está sujeita ao processo de

endosso pela União Europeia. Trata-se de uma interpretação à IAS 12 – ‘Imposto sobre o rendimento’,

referindo-se aos requisitos de mensuração e reconhecimento a aplicar quando existem incertezas

quanto à aceitação de um determinado tratamento fiscal por parte da Administração fiscal

relativamente a Imposto sobre o rendimento. Em caso de incerteza quanto à posição da Administração

fiscal sobre uma transação específica, a entidade deverá efetuar a sua melhor estimativa e registar os

ativos ou passivos por imposto sobre o rendimento à luz da IAS 12, e não da IAS 37 – “Provisões,

passivos contingentes e ativos contingentes”, com base no valor esperado ou o valor mais provável. A

aplicação da IFRIC 23 pode ser retrospetiva ou retrospetiva modificada.

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Relatório e Contas de 2017 165

ANEXO ADAPTAÇÃO DAS RECOMENDAÇÕES DO FINANCIAL FÓRUM (FSF) E DO COMITEE OF EUROPEAN SUPERVISORS (CEBS) RELATIVAS À

TRANSPARÊNCIA DA INFORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO DOS ATIVOS (Carta-Circular n

os 97/2008/DSB de 3 de Dezembro e Carta Circular nº58/2009/DSB de 5 de Agosto)

O Banco de Portugal, através da Carta Circular nº58/2009/DSB de 5 de Agosto de 2009 reiterou “a

necessidade de as instituições continuarem a dar adequado cumprimento às recomendações do

Financial Stability Forum (FSF), bem como às recomendações do Committee of European Banking

Supervisors (CEBS), no que se refere à transparência da informação e à valorização de ativos, tendo em

conta o princípio da proporcionalidade” constantes das Cartas-Circulares nos 46/2008/DSB de 15 de

Julho de 2008 e 97/2008/DSB de 3 de Dezembro de 2008.

O Banco de Portugal recomenda que seja elaborado um capítulo ou anexo específico nos documentos

de prestação de contas exclusivamente dedicado aos aspetos mencionados nas respetivas

recomendações do CEBS e do FSF.

No presente anexo procurou-se dar cumprimento à recomendação do Banco de Portugal utilizando

remissões para a informação apresentada, quer no Relatório de Gestão, quer nas Notas Explicativas às

Demonstrações Financeiras relativos aos exercícios de 2015 e 2016.

I. MODELO DE NEGÓCIO

1. Descrição do modelo de negócio

No capítulo 4 “Estratégia e Modelo de Negócio” do Relatório de Gestão, faz-se uma descrição detalhada

sobre a estratégia e o modelo de negócio do Banco.

2. Estratégias e objetivos

As estratégias e objetivos do Banco estão igualmente divulgados no capítulo 4 “Estratégia e Modelo de

Negócio” do Relatório de Gestão.

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Relatório e Contas de 2017 166

3., 4. e 5. Atividades desenvolvidas e contribuição para o negócio

No capítulo 4 “Estratégia e Modelo de Negócio” do Relatório de Gestão apresenta-se informação acerca

das atividades desenvolvidas e sua contribuição para o negócio.

II. RISCOS E GESTÃO DE RISCOS

6. e 7. Descrição e natureza dos riscos incorridos

No capítulo 7 “Análise do Risco de Crédito” do Relatório de Gestão dá-se informação detalhada sobre o

risco de crédito do Banco.

Também na Nota Explicativa 36 é apresentada diversa informação que, em conjunto, permite obter a

perceção sobre os riscos incorridos pelo Banco e mecanismos de gestão para a sua monitorização e

controlo.

III. IMPACTO DO PERÍODO DE TURBULÊNCIA FINANCEIRA NOS RESULTADOS

8.,9., 10. e 11. Descrição qualitativa e quantitativa dos resultados e comparação dos impactos entre

períodos

Na Nota 1 às demonstrações financeiras é disponibilizada informação sobre a constituição do Banco,

em julho de 2002, e consequências da medida de resolução aplicada ao Banco Espírito Santo em 2014.

Como facto relevante salientamos, no exercício de 2017, a alteração da situação do acionista

maioritário, o Novo Banco, S.A., resultante da venda de 75% da participação do Fundo de Resolução à

Lone Star, abrindo-se assim grandes e positivas perspetivas para o desenvolvimento da sua atividade.

Esta situação terá, certamente, reflexos positivos na atividade do Novo Banco dos Açores.

Neste exercício foi possível registar um desempenho positivo refletido pelo acréscimo verificado no

produto bancário comercial de +5,7% o que, associado ao rigoroso acompanhamento do crédito,

permitiu a obtenção de um resultado positivo de 1.957 m€ (1.678 m€ em 2016).

12. Decomposição dos write-downs entre realizados e não realizados

Os proveitos e custos relacionados com os ativos e passivos detidos para negociação, dos ativos e

passivos ao justo valor através de resultados e dos ativos disponíveis para venda encontram-se

desagregados por instrumento financeiro nas Notas 7 e 8 às demonstrações financeiras.

Adicionalmente, os ganhos e perdas não realizados dos ativos disponíveis para venda constam das

Notas 19 e 32.

13. Turbulência financeira na cotação das ações do NB dos Açores

As ações do Banco não estão cotadas em nenhum mercado oficial, pelo que este ponto não é aplicável.

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Relatório e Contas de 2017 167

14. Risco de perda máxima

Na Nota Explicativa 36 divulga-se informação relevante sobre as perdas suscetíveis de serem incorridas

em situações de stress do mercado.

15. Responsabilidades do Banco emitidas e resultados

No exercício de 20176 o NB dos Açores não realizou nem registava qualquer emissão.

IV. NÍVEIS E TIPOS DAS EXPOSIÇÕES AFETADAS PELO PERÍODO DE TURBULÊNCIA

16. Valor nominal e justo valor das exposições

17. Mitigantes do risco de crédito

18. Informação sobre as exposições do Grupo

O Banco não teve nenhuma exposição diretamente afetada pelo período de turbulência.

19. Movimentos nas exposições entre períodos

Não aplicável

20. Exposições que não tenham sido consolidadas

Não aplicável

21. Exposição a seguradoras monoline e qualidade dos ativos segurados

O Banco não tem exposições a seguradoras monoline.

V. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E MÉTODOS DE VALORIZAÇÃO

22. Produtos estruturados

Estas situações estão desenvolvidas na Nota 2 – Principais Políticas Contabilísticas.

23. Special Purpose Entities (SPE) e consolidação

O Banco não realizou nenhuma operação de titularização até 31 de dezembro de 2017.

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Relatório e Contas de 2017 168

24. e 25. Justo valor dos instrumentos financeiros

Ver comentários ao ponto 16 do presente Anexo. Nas Notas 2 e 35 referem-se as condições de

utilização da opção do justo valor, bem como as técnicas utilizadas para a valorização dos

instrumentos financeiros.

VI. OUTROS ASPETOS RELEVANTES NA DIVULGAÇÃO

26. Descrição das políticas e princípios de divulgação

O NB dos Açores, no contexto da sua política de divulgação de informação de natureza contabilística e

financeira, visa dar satisfação a todos os requisitos de natureza regulamentar, sejam eles instituídos

pelas normas contabilísticas em vigor ou pelas entidades de supervisão e de regulação do mercado.

Paralelamente, procura alinhar as suas divulgações pelas melhores práticas do mercado, atendendo

por um lado, ao custo na captação da informação relevante e, por outro, dos benefícios que a mesma

pode proporcionar aos diversos utilizadores.

De entre o conjunto de informação disponibilizada aos seus acionistas, clientes, colaboradores,

entidades de supervisão e ao público em geral, destacam-se o Relatório de Gestão, as Demonstrações

Financeiras e respetivas Notas Explicativas.

O Relatório de Gestão e as demonstrações financeiras são preparados de acordo coma as Normas

internacionais de Contabilidade (NIC’s), definidas pelo Banco de Portugal, e que se traduzem na

aplicação às demonstrações financeiras das Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), tal

como adotadas pela União Europeia, conferindo um elevado grau de transparência à informação

divulgada bem assim como de comparabilidade.

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Relatório e Contas de 2017 169

CERTIFICAÇÃO LEGAL E

RELATÓRIO DO REVISOR OFICIAL DE CONTAS

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Relatório e Contas de 2017 170

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Relatório e Contas de 2017 171

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Relatório e Contas de 2017 173

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Relatório e Contas de 2017 176

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Relatório e Contas de 2017 177

RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL

DA INFORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO DOS ATIVOS

13

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Relatório e Contas de 2017 178

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Relatório e Contas de 2017 179

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Relatório e Contas de 2017 180

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Relatório e Contas de 2017 181

INFORMAÇÃO SOBRE O GOVERNO DA SOCIEDADE

ANEXOS

Participações qualificadas no capital social do NB dos Açores

Participações qualificadas no capital social do Novo Banco dos Açores em 31 de dezembro de 2017.

Acionistas titulares de direitos especiais Identificação dos acionistas titulares de direitos especiais e descrição desses direitos

Não existem acionistas titulares de direitos especiais.

Nº Acções% Capital Social com

direito de voto

NOVO BANCO, SA 2.144.404 57,5293%

Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada 1.118.263 30,0003%

Bensaúde Participações SGPS, SA 372.750 10,0000%

Total 3.635.417 97,5296%

Dez.17

Participações Qualificadas

14

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Relatório e Contas de 2017 182

Restrições em matéria de direito de voto Eventuais restrições em matéria de direito de voto, tais como limitações ao exercício do voto dependente da titularidade de um número ou percentagem de ações, prazos impostos para o exercício do direito de voto ou sistemas de destaque de direitos de conteúdo patrimonial

Tem direito a voto o acionista titular de, pelo menos, duzentas ações, inscritas em seu nome em conta

de registo de valores mobiliários até ao décimo quinto dia anterior ao designado para a reunião da

Assembleia Geral, comprovando tal inscrição perante a sociedade, até às dezoito horas do quinto dia

útil anterior ao designado para a reunião.

Os acionistas que não possuam o número de ações necessário para terem direito de voto poderão

agrupar-se de forma a perfazê-lo, devendo designar por acordo um só de entre eles para os representar

na Assembleia Geral.

Não é admitido o voto por correspondência, salvo nos casos previstos em disposição legal imperativa.

Não existem restrições ao exercício do direito de voto ou sistemas de destaque de direitos de conteúdo

patrimonial.

Existe um acordo parassocial entre os dois maiores acionistas do Novo Banco dos Açores, o Novo

Banco, S.A. e a Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada, nos termos do qual, entre outras

matérias, são estabelecidos direitos de preferência recíprocos na alienação de ações do NB dos Açores.

Nomeação e substituição dos membros do órgão de administração e alteração dos

estatutos da sociedade Regras aplicáveis à nomeação e substituição dos membros do órgão de administração e à alteração dos estatutos da sociedade

Os membros dos órgãos de administração e de fiscalização são eleitos em Assembleia Geral de

Acionistas.

Não existem regras específicas da sociedade para a falta ou impedimento definitivos de qualquer

Administrador, sendo prática do NB dos Açores que se proceda à cooptação de um substituto, que será

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Relatório e Contas de 2017 183

ratificada na Assembleia Geral imediatamente subsequente. O mandato do novo Administrador

terminará no fim do período para o qual o Administrador substituído tenha sido eleito.

A alteração dos estatutos do NB dos Açores, nos termos legais, é deliberada pela Assembleia Geral. As

deliberações sobre alteração do contrato de sociedade devem ser aprovadas por dois terços dos votos

emitidos, quer a Assembleia reúna em primeira quer em segunda convocação.

Poderes do órgão de administração Poderes do órgão de administração, nomeadamente no que respeita a deliberações de aumento de capital

O Conselho de Administração tem a sua competência definida por lei e pelos estatutos do NB dos

Açores, cabendo-lhes os mais amplos poderes de gestão, representando a sociedade, em juízo e fora

dele.

No NB dos Açores, o Conselho de Administração não tem competência para deliberar um aumento de

capital. Qualquer aumento de capital necessita de aprovação em Assembleia Geral, por proposta do

Conselho de Administração.

Sistemas de controlo interno e de gestão de risco Principais elementos dos sistemas de controlo interno e de gestão de risco implementados na sociedade relativamente ao processo de divulgação de informação financeira

A informação sobre a gestão de riscos consta na Nota 36 – Gestão dos Riscos da Atividade.

O Sistema de Controlo Interno (SCI) do NOVO BANCO DOS AÇORES define-se como o conjunto das

estratégias, sistemas, processos, políticas e procedimentos definidos pelo órgão de administração, bem

como das ações empreendidas por este órgão e pelos restantes colaboradores da instituição, com vista

a garantir:

Objetivos de Desempenho Estratégico e Operacional - um desempenho eficiente e rentável da

atividade no médio e longo prazo que assegure a utilização eficaz dos recursos e a continuidade do

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Relatório e Contas de 2017 184

negócio, nomeadamente através de uma adequada gestão e controlo dos riscos da atividade, da

prudente e correta avaliação dos ativos e responsabilidades, bem como da implementação de

mecanismos de prevenção contra erros e fraudes,

Objetivos de Informação e Reporte - a existência de informação financeira e de gestão, completa,

pertinente, fiável e tempestiva de suporte à tomada de decisão e de processos de controlo, tanto a

nível interno como externo;

Objetivos de Compliance - conformidade com as disposições legais e regulamentares aplicáveis à

atividade, incluindo as relativas à prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento ao

terrorismo, bem como, as regras internas e estatutárias, as regras de conduta internas e de

relacionamento com clientes e com os diferentes stakeholders envolvidos na atividade do Grupo, as

orientações dos Órgãos Sociais e as recomendações de Autoridades de Supervisão e Regulação, de

modo a preservar a reputação do grupo.

A aplicação do SCI no GNB é efetuada de forma consistente em todas as entidades do Grupo NOVO

BANCO, sem prejuízo dos requisitos adicionais exigidos pelos territórios de acolhimento e de

especificidades das funções envolvidas no SCI.

Para atingir, de forma eficaz, os objetivos definidos, o sistema de controlo interno do GNB assenta nos

seguintes princípios:

Adequado ambiente de controlo que reflete a importância do controlo interno e que estabelece a

disciplina e estrutura dos restantes elementos do sistema de controlo interno;

Sólido sistema de gestão de riscos, destinado a identificar, avaliar, acompanhar e controlar todos os

riscos que possam influenciar a estratégia e os objetivos do grupo, que assegure o seu cumprimento

e que são empreendidas as ações necessárias para responder adequadamente a desvios não

desejados;

Eficiente sistema de informação e comunicação, que garante a captação, tratamento e troca de

informação relevante, abrangente e consistente, num prazo e de forma a permitir um desempenho

eficaz e tempestivo da gestão e controlo da atividade e dos riscos inerentes;

Efetivo processo de monitorização, executado com vista a assegurar a adequação e a eficácia do

próprio sistema de controlo interno ao longo do tempo, garantindo, nomeadamente, a identificação

tempestiva de deficiências, potenciais ou reais, e oportunidades de melhoria que permitam

fortalecer o SCI, assegurando o desencadear de ações corretivas.

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Relatório e Contas de 2017 185

O Sistema de Controlo Interno do GNB tem as suas políticas, processos, procedimentos, sistemas e

controlos formalizados em normas internas, catálogo de processos, manuais de controlo interno,

apresentações suporte aos principais comités envolvidos na gestão de riscos, da informação e

comunicação, relatórios das funções de controlo e no próprio relatório de controlo interno.

Complementarmente, no desenho e avaliação do SCI, o GNB adota as metodologias COSO (Committee

Of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission) e COBIT (Control Objectives for Information

and related Technology).

O Órgão de Administração é responsável pela manutenção de um SCI adequado e eficaz, sendo o seu

modelo suportado nas 3 linhas de defesa. O Modelo das 3 Linhas de Defesa define e distingue níveis de

intervenção e de responsabilidade na gestão dos riscos e na execução dos controlos, visando a

adequação e efetividade global no SCI da Organização. Neste sentido temos:

1ª Linha de Defesa:

Unidades Orgânicas que tomam e gerem diariamente o risco das suas atividades, dos processos e

sistemas de IT que sponsorizam, e das atividades em regime de outsourcing, sob sua responsabilidade,

dentro de limites predefinidos, estabelecidos pelo Órgão de Administração.

Estas unidades são responsáveis por identificar, avaliar e controlar os riscos de forma contínua.

2ª Linha de Defesa:

A 2ª linha de defesa tem como missão manter o Banco dentro dos seus limites de risco através do

controlo, medição e monitorização dos riscos e reporte dos desvios face às políticas de risco em vigor.

Esta linha de defesa é constituída pelas Funções de Controlo “Gestão de Riscos” e “Compliance”,

exercidas respetivamente pelo Departamento de Risco Global e pelo Departamento de Compliance e,

pelo Departamento de Controlo Interno (DCTRI).

Estes departamentos definem políticas, metodologias e ferramentas de gestão de riscos e controlo e

exercem supervisão funcional de apoio e monitorização da efetividade da 1ª Linha, controlam a

conformidade legal e regulamentar e, efetuam a comunicação à gestão de topo e às autoridades

externas competentes, sempre que aplicável.

Departamento de Risco Global

Tem como missão apoiar o Conselho de Administração Executivo na definição das políticas de gestão

de risco, assegurando o seu cumprimento através do desenvolvimento de metodologias, ferramentas e

processos que, em linha com os objetivos de criação de valor acionista do GNB, sustentem a assunção,

o controlo e a mitigação dos vários riscos do Grupo.

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Relatório e Contas de 2017 186

Departamento de Compliance

Tem como missão promover o cumprimento das obrigações e deveres legais, regulamentares,

operacionais, éticos e de conduta que, a cada momento, são aplicáveis à entidade, bem como aos seus

Órgãos Sociais, Diretores e Colaboradores, no quadro do ambiente de controlo e supervisão

institucional definido pelas entidades reguladoras competentes e o normativo legal a que se encontram

sujeitos.

Departamento de Controlo Interno

Tem como missão assegurar a existência de um Sistema de Controlo Interno adequado e eficaz no GNB

em cumprimento com o estabelecido na regulamentação nacional e em linha com as melhores práticas

internacionais, nomeadamente as emanadas pela European Banking Authority (EBA).

Atendendo à dimensão do Grupo e às especificidades de atuação de cada um dos departamentos, a

dinâmica empreendida pela atividade do Departamento de Controlo Interno permite atingir uma maior

robustez e especialização nos temas de controlo interno, maior coordenação entre as várias linhas de

defesa do SCI, promoção da cultura de controlo, avaliação do ambiente de controlo e da cobertura de

controlo dos processos críticos.

Por outro lado, permite ainda aos órgãos de administração e fiscalização terem uma visão mais

integrada e consistente do SCI, assim como, apoio na elaboração dos Relatórios de Controlo Interno,

previstos no Aviso nº 5/2008 do Banco de Portugal, e no Regulamento nº2/2007 da CMVM, alterado e

republicado na íntegra com as modificações introduzidas pelo Regulamento n.º 3/2008 e, na articulação

com os auditores externos no que respeita à adequação e eficácia do Sistema de Controlo Interno.

3ª Linha de Defesa: Função Auditoria Interna

A 3ª linha de defesa tem como missão assegurar a adequação e eficácia do Sistema de Controlo

Interno através da sua avaliação independente, objetiva e baseada no risco, sobre os sistemas de

governo, gestão dos riscos e de controlo do cumprimento das obrigações legais e outros deveres, bem

como o reporte periódico para o órgão de administração e fiscalização, das situações que possam

evidenciar tendências de deterioração do sistema de controlo interno e, do acompanhamento das

respetivas recomendações formuladas para a sua correção.

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Relatório e Contas de 2017 187

Crédito a Membros dos Órgãos Sociais – Artº 85º, nº 9 - RGICSF Informação sobre o crédito concedido, direta ou indiretamente, a membros dos órgãos de administração e fiscalização, e a sociedades ou outros entes coletivos por eles direta ou indiretamente dominados, de acordo com o disposto no nº 9 do Artº 85º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras

Tipo de Crédito Montante(euros)

Crédito Habitação 9.942,35

Cartões 335,97

Crédito Habitação 125.075,96

Cartões 4.390,63

Depósitos 3.194,67

José Francisco Gonçalves Silva Administrador não Executivo Crédito Habitação 180.767,11

Zita Maria Medeiros Correia Magalhães de Sousa Administrador não Executivo Cartões 108,98

Crédito Habitação 113.922,53

Cartões 1.990,03

António Mauricio Lança Tavares de Sousa Familiar Crédito Habitação 74.554,73

Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada a) Conta Empréstimo 385.000,00

Trekking Party - Sabores Tradicionais, Ld.ª b) Crédito M/L Prazo 115.885,00

Bensaúde, SA c) Garantias 10.789,42

Administrador Executivo

a) Os Administradores do Novo Banco dos Açores, Dr.s José Francisco Gonçalves Silva e Gustavo Manuel Frazão de Medeiros, integ ram a Mesa

Administrativa da Santa Casa da MiserIcórdia de Ponta Delg ada

b) O Administrador do NB dos Açores, Dr. José Francisco Gonçalves Silva, é Gerente da Trekking Party

Membro Conselho FiscalAntónio Maurício do Couto Tavares de Sousa

c) A Administradora do NB dos Açores, Drª Zita Maria Medeiros Correia Mag alhães Sousa, integ ra o Conselho de Administração da Bensaúde, SA

Montantes em dívida a 31.12.2017

NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A.

Art. 85 nº 9 do RGICSF - Crédito a membros dos órg ãos sociais - Montantes em dívida (com exclusão de juros)

Nome / Denominação Cargo

Gustavo Manuel Frazão de Medeiros Administrador Executivo

Gualter José Andrade Furtado

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Relatório e Contas de 2017 188

Remunerações dos Membros dos Órgãos Sociais Política de Remunerações Proposta apresentada pelo Acionista Novo Banco, SA e aprovada na Assembleia Geral Anual de 29 de março de 2018 “Considerando as deliberações da Assembleia Geral de 2016 e 2017, bem como:

1. A circunstância de, em 18 de outubro de 2017, ter cessado a natureza de banco de transição do

acionista maioritário Novo Banco, S.A., sem prejuízo, contudo, das limitações que decorrem dos

compromissos assumidos pelo Estado Português perante a Comissão Europeia decorrentes da

decisão emitida no contexto da venda de 75% do capital do Novo Banco à Lone Star;

2. Nos termos do artigo 115º C do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades

Financeiras (“RGICSF”), as instituições de crédito definem a política de remunerações aplicável,

ao nível do grupo, à empresa-mãe e às filiais;

3. Na próxima Assembleia Geral do Novo Banco era submetida a aprovação uma proposta de

política de remuneração dos membros dos órgãos sociais, a qual deverá, após essa aprovação,

constituir a base da politica de remunerações dos membros dos órgãos sociais e demais

responsáveis nos termos do RGICSF, das entidades bancárias do grupo Novo Banco, entre as

quais se inclui o Novo Banco dos Açores;

O Novo Banco, S.A., propõe:

a) Que a aprovação da Política de Remunerações dos membros dos órgãos sociais do Novo

Banco dos Açores, S.A. apenas se verifique após a aprovação da política de remuneração

dos membros dos órgãos sociais do acionista maioritário Novo Banco, S.A., por forma a que

esta política esteja alinhada com os princípios e condições definidos para a empresa-mãe;

b) Que o Conselho de Administração do Novo Banco dos Açores, S.A. convoque

oportunamente uma assembleia geral para deliberar sobre a Política de Remunerações dos

membros dos órgãos sociais do Novo Banco dos Açores, S.A. após a elaboração de uma

proposta pela Comissão de Vencimentos.”

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Relatório e Contas de 2017 189

Remunerações dos Membros dos Órgãos Sociais em 2017 Nos termos da Lei 28/2009, de 19 de junho e do Aviso nº 10/2011 (nº 2 do Artº 17º) do Banco de Portugal, as instituições de crédito estão obrigadas a divulgar, nos documentos anuais de prestação de contas, o montante da remuneração anual auferida pelos membros dos seus órgãos de administração e fiscalização, de forma individual e agregada,

O montante anual de remuneração auferida, de forma individual e agregada, pelos membros dos

órgãos de administração e fiscalização do Novo Banco dos Açores em 2017 foi o seguinte:

Membros dos Org ãos de Administração e Fiscalização (com exceção da Comissão Executiva)

Valores em unidades de euro

VencimentosSubsidios

e Outros

Conselho Fiscal 9.100 0 0 9.100

José Maria Ribeiro da Cunha 3.900 0 0 3.900

António Maurício do Couto Tavares Sousa 2.600 0 0 2.600

José Manuel dos Santos Gaudêncio 2.600 0 0 2.600

Conselho de Administração 109.988 0 0 109.988

Jaime José Matos da Gama 105.000 0 0 105.000

Isabel Maria Ferreira Ferreira Possantes Rodrigues Cascão (a) 0 0 0 0

Luís Miguel Alves Ribeiro 0 0 0 0

Mário Jorge Tapada Gouveia 0 0 0 0

José Francisco Gonçalves Silva 2.245 0 0 2.245

Zita Maria Medeiros Correia Magalhães Sousa 2.743 0 0 2.743

Total Órg ãos Adm. e Fiscal. sem Comissão Executiva 119.088 0 0 119.088

(a) Em 31-12-2017 aguardava autorização do Banco de Portugal para o início de funções

Novo Banco dos Açores

Fixa

Variável Total

Membros da Comissão Executiva

Valores em unidades de euro

VencimentosSubsidios

e Outros

Gualter José Andrade Furtado 158.755 2.036 0 160.791

António Manuel da Silva Nogueira Rodrigues 106.216 2.294 0 108.510

Gustavo Manuel Frazão de Medeiros 92.430 2.017 0 94.447

Total Comissão Executiva 357.4 01 6.34 7 0 363.74 8

Novo Banco dos Açores

FixaVariável Total

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Relatório e Contas de 2017 190

ANEXO

ANEXOS

Extrato da Ata da Assembleia Geral Anual do Novo Banco dos Açores Extrato da Ata nº 22 da Assembleia Geral Anual do Novo Banco dos Açores realizada em 29 de março de 2018

No dia vinte e nove de março de dois mil e dezoito, reuniu às dez horas, nos termos do número 7 do

artigo 12º dos Estatutos, com utilização de meios telemáticos (videoconferência) a Assembleia Geral

Anual do “NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A.", tendo a sociedade assegurado a segurança das

comunicações, procedendo-se através da presente ata ao registo do respetivo conteúdo e à

identificação dos intervenientes.

A mesa da Assembleia Geral esteve regularmente constituída pela sua Presidente, Sra. Dra. Luísa

Marta Santos Soares da Silva Amaro de Matos, seu Vice-Presidente, Sr. Octaviano Geraldo Cabral Mota

e pela Secretária, a Sra. Dra. Maria Carolina Soares Carreiro, presentes na sede do Novo Banco dos

Açores, S.A., sita na Rua Hintze Ribeiro, números dois a oito, em Ponta Delgada.

Na sede social estiveram ainda presentes, o Sr. Dr. António Manuel Palma Ramalho, em representação

do Novo Banco, S.A., o Sr. Américo Natalino Pereira Viveiros em representação da Santa Casa da

Misericórdia de Ponta Delgada, o Sr. Dr. António Bensaúde de Castro Freire, em representação da

Bensaúde Participações, SGPS, S.A., o Sr. Nélson de Jesus Tavares Correia em representação da Santa

Casa da Misericórdia da Ribeira Grande, o Sr. Dr. Eduardo Manuel Vieira Cabral em representação da

Santa Casa da Misericórdia de Nordeste, o Sr. Dr. Jaime José Matos da Gama, na qualidade de

Presidente do Conselho de Administração, o Sr. Dr. Gualter José Andrade Furtado na qualidade de Vice-

Presidente do Conselho de Administração e Presidente da Comissão Executiva, o Sr. Dr. António Manuel

da Silva Nogueira Rodrigues, na qualidade de Vogal do Conselho de Administração e Vice-Presidente da

Comissão Executiva, o Sr. Dr. Gustavo Manuel Frazão de Medeiros, na qualidade de Vogal do Conselho

de Administração e Vogal da Comissão Executiva, os Srs. Dr.s Mário Jorge Tapada Gouveia e Luís Miguel

Alves Ribeiro, na qualidade de Vogais do Conselho de Administração, e o Sr. Dr. António Maurício Couto

Tavares Sousa, na qualidade de Vogal do Conselho Fiscal.

15

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Relatório e Contas de 2017 191

Na Sede do Novo Banco, em Lisboa, estiveram presentes o Sr. Dr. José Maria Rego Ribeiro da Cunha, na

qualidade de Presidente do Conselho Fiscal, o Sr. Dr. José António Noivo Alves da Fonseca, na qualidade

de membro proposto para Presidente do Conselho Fiscal até ao final do mandato em curso (2017/2019),

o Sr. Dr. Carlos José Figueiredo Rodrigues, na qualidade de representante da PricewaterhouseCoopers &

Associados, SROC – Sociedade de Revisores Oficias de Contas, Lda. e Sra. Dra. Ana Catarina André, na

qualidade de Sénior Manager da PricewaterhouseCoopers & Associados – Sociedade de Revisores

Oficiais de Contas, Lda., participando por Videoconferência.

A Assembleia Geral Anual do Novo Banco dos Açores, S.A. reuniu a fim de deliberar sobre a seguinte

Ordem de Trabalhos:

1. Relatório de Gestão, o Balanço e os restantes documentos de prestação de contas, relativos ao

exercício de 2017.

2. Proposta de aplicação de resultados do exercício de 2017.

3. Apreciação geral da administração e fiscalização da sociedade.

4. Proceder à designação do Exmo. Sr. Dr. José António Noivo Alves da Fonseca, como Presidente do

Conselho Fiscal do Novo Banco dos Açores, S.A. em substituição do Exmo. Sr. Dr. José Maria Rego

Ribeiro da Cunha.

5. Proceder à eleição dos membros da Comissão de Vencimentos para o mandato em curso. --

6. Deliberar sobre a política de remunerações dos membros dos órgãos de administração e

fiscalização.

7. Eleição dos membros do Conselho Consultivo para o mandato em curso (2017/2019).

A Presidente da Mesa começou por cumprimentar os representantes das acionistas e, também, os

membros dos órgãos sociais presentes. De seguida verificou a conformidade dos mandatos de

representação, das cartas de bloqueio de ações e referiu que se encontravam presentes e devidamente

representados acionistas titulares de 3.712.689 ações, correspondentes a 99,6027% do capital social.

Mais referiu que a presente Assembleia havia sido regularmente convocada, mediante convocatória

publicada no dia vinte e oito de fevereiro no sítio das publicações On-Line da Direcção Geral dos

Registos e do Notariado.

A Presidente da Mesa referiu, ainda, também ter sido publicada, no dia dezasseis de março, a relação

dos acionistas cujas participações excedem 2% do capital social, nos jornais “Açoriano Oriental” e

“Correio dos Açores”.

Disse, finalmente, estarem reunidas as condições legais e estatutárias para que a presente Assembleia

Geral reúna e validamente delibere sobre todas as propostas constantes da sua Ordem de Trabalhos,

tendo sido informado que se encontrava depositada a documentação à mesma inerente na sede da

sociedade, e compilada em dossier próprio, para consulta dos acionistas, nos quinze dias que

antecederam a sua realização.

(…) a Presidente da Mesa entrou na ordem de trabalhos e, mais concretamente, no seu Ponto 1. Mais

referiu que, no que respeita a este ponto, tinha chegado à Mesa uma proposta, que se transcreve:

“Proposta

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Relatório e Contas de 2017 192

de aprovação do Relatório de Gestão e das Contas do

“NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A."

relativo ao exercício de 2017

O Conselho de Administração do Novo Banco dos Açores, S.A. vem submeter à apreciação e discussão

dos Senhores acionistas o Relatório de Gestão e os documentos de prestação de contas da sociedade,

referentes ao exercício de 2017, propondo a sua aprovação.”

(…) a Presidente da Mesa pôs à votação a proposta de aprovação do Relatório de Gestão e das Contas

do Novo Banco dos Açores, S.A. relativo ao exercício de 2017, tendo a mesma sido aprovada por

unanimidade de votos dos acionistas da sociedade, presentes e representados nesta Assembleia Geral,

e em consequência aprovados os documentos de prestação de contas relativos ao exercício de 2017,

que ficam arquivados com referência à presente ata.

Passando-se ao ponto número dois da ordem de trabalhos, a Presidente da Mesa referiu que tinham

chegado à mesa três propostas, a primeira subscrita pelo acionista Santa Casa da Misericórdia de

Ponta Delgada, a segunda subscrita pelo acionista Novo Banco, S.A., e a terceira subscrita pelo

Conselho de Administração do Novo Banco dos Açores, S.A., (…). O representante da Santa Casa da

Misericórdia de Ponta Delgada pediu para intervir informando que prescindiu da proposta ora

apresentada em detrimento da proposta apresentada pelo Conselho de Administração do Novo Banco

dos Açores, S.A.. Assim sendo, a Presidente da Mesa referiu que restavam duas propostas sobre este

ponto, e procedeu à leitura das duas propostas de aplicação de resultados pela ordem em que foram

apresentadas, começando pela subscrita pelo acionista maioritário do Novo Banco, S.A., que se

transcreve:

“Proposta do Novo Banco, S.A., na Assembleia Geral Anual do Novo Banco dos Açores, S.A., a realizar no

dia 29 de março de 2018, às 10 horas

Ponto 2 da Ordem de Trabalhos”

O Novo Banco, S.A., na qualidade de acionista do Novo Banco dos Açores, S.A., vem propor a seguinte

aplicação de resultados do exercício de 2017, no montante de € 1.957.000:

1. Para reserva legal: € 195.700,00.

2. Para outras reservas: € 782.800,00.

3. Para reserva especial de distribuição de dividendos aos acionistas, na proporção das respetivas

participações, dependente de aprovação ou não oposição das entidades competentes, e desde que

permitido por lei: € 978.500,00.”

De seguida, a Presidente da Mesa procedeu à leitura da proposta sobre o mesmo ponto subscrita pelo

Conselho de Administração, nos seguintes termos:

“Proposta de aplicação de Resultados

Considerando o Resultado Líquido do Exercício do Novo Banco dos Açores, no montante de 1 956 977,67

euros, referente ao exercício de 2017 e ainda a qualidade e robustez dos rácios de solvabilidade e de

todos os indicadores de solidez do Banco, o Conselho de Administração propõe para aprovação na

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Relatório e Contas de 2017 193

Assembleia Geral a seguinte proposta de aplicação de Resultados, nos termos da alínea b) do artigo

376º do Código das Sociedades Comerciais e em conformidade com o artigo 28º dos Estatutos:

50% para Reservas

50% para Distribuir pelos Acionistas

O Conselho de Administração recomenda ainda aos acionistas que reservem um valor até 10% do seu

dividendo para ser distribuído pelos Colaboradores do Banco a título de prémio pela capacidade de

resiliência demonstrada nos últimos anos num quadro de atividade muito difícil, pela dedicação ao

Banco demonstrada principalmente pelo seu contributo para os resultados positivos alcançados pela

Instituição. Este prémio será fixado pela Comissão Executiva e, entre vários fatores, terá em conta a

avaliação dos colaboradores em relação a 2017 que está em curso e termina brevemente.

Esta proposta de Aplicação de Resultados parte do pressuposto que não existe nenhuma orientação ou

restrição legal nesta matéria por parte das Autoridades Monetárias e de Supervisão Bancária.”

Antes de abrir a discussão, o Presidente da Mesa referiu que a aprovação de uma das duas propostas

prejudicará a aprovação da outra, dado não serem conciliáveis entre si, pelo que seria aberta a

discussão sobre ambas e que, quando se entrasse na votação, seria votada a primeira que chegou à

mesa (a subscrita pelo Novo Banco, S.A.) e, apenas se esta fosse rejeitada, seria votada a apresentada

pelo Conselho de Administração. Os acionistas concordaram com esse procedimento.

(…) a Presidente da Mesa pôs à votação a proposta de aplicação de resultados relativa ao exercício de

dois mil e dezassete, subscrita pelo acionista Novo Banco, S.A., tendo a mesma sido aprovada pelos

acionistas Novo Banco, Bensaúde Participações, SGPS, S.A. e Santa Casa da Misericórdia da Ribeira

Grande, com 68,9579% dos votos e com duas abstenções, designadamente das acionistas Santa Casa

da Misericórdia de Ponta Delgada, e Santa Casa da Misericórdia do Nordeste, com 10,6445% dos votos,

todos presentes e representados, nesta Assembleia Geral.

Entrando-se na apreciação do assunto constante do ponto número três da Ordem de Trabalhos que

decorre de uma obrigação de natureza legal, a Presidente da Mesa procedeu à leitura da proposta que

se encontra na mesa subscrita pelo acionista “Novo Banco, S.A.” que se transcreve:

“Proposta a apresentar pelo Novo Banco, S.A. na Assembleia Geral Anual do Novo Banco dos Açores,

S.A., a realizar no dia 29 de Março de 2018, pelas 10 horas

O Novo Banco, S.A., na qualidade de acionista do Novo Banco dos Açores, S.A., vem propor o seguinte

ao ponto 3 da Ordem de Trabalhos:

Considerando a forma empenhada e eficaz como os membros do Conselho de Administração e do

Conselho Fiscal desempenharam as funções que a lei e o Contrato de Sociedade lhes atribuem, vem o

Novo Banco, S.A., propor que seja aprovado um voto de louvor e confiança ao Conselho de

Administração e ao Conselho Fiscal do Novo Banco dos Açores, S.A. e a cada um dos respetivos

membros.”

Pelos presentes foi referido que o voto de louvor e confiança fosse especialmente estendido ao

Presidente do Conselho Fiscal do Novo Banco dos Açores, Dr. José Maria Ribeiro da Cunha, como forma

de agradecimento pelas funções prestadas ao longo do seu mandato.

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Relatório e Contas de 2017 194

(…) a Presidente da Mesa pôs à votação a referida proposta, tendo a mesma sido aprovada por

unanimidade de votos dos acionistas, presentes e representados, nesta Assembleia Geral.

Passando-se à apreciação do assunto constante do ponto quatro da ordem de trabalhos, a Presidente

da Mesa leu a proposta que se encontrava na mesa:

“Proposta de designação do

Exmo. Sr. Dr. José António Noivo Alves da Fonseca, em substituição

Do Exmo. Sr. Dr. José Maria Rego Ribeiro da Cunha

O Conselho de Administração do Novo Banco dos Açores, S.A., propõe que seja designado o Exmo. Sr.

Dr. José António Noivo Alves da Fonseca, como Presidente do Conselho Fiscal em substituição do Exmo.

Sr. Dr. José Maria Rego Ribeira da Cunha”

(…) foi a referida proposta posta à votação, tendo sido aprovada por unanimidade de votos dos

acionistas, presentes e representados, na Assembleia Geral.

Passando-se à apreciação do assunto constante no ponto cinco da ordem de trabalhos, a Presidente da

Mesa leu a proposta que se encontrava na Mesa, apresentada pelo acionista Novo Banco, S.A.:

“Proposta de eleição dos membros da Comissão de Vencimento do Novo Banco dos Açores, S.A.

O Novo Banco, S.A., na qualidade de acionista do Novo Banco dos Açores, S.A., vem propor o seguinte

quanto ao ponto 5 da Ordem de Trabalhos:

O NOVO BANCO, S.A.,propõe que sejam eleitas para a Comissão de Vencimentos do NOVO BANCO DOS

AÇORES, S.A.,até ao final do triénio 2017-2019, as seguintes pessoas:

- Dr. Vítor Manuel Lopes Fernandes

- Dr.ª Luísa Marta Santos Soares da Silva Amaro de Matos”

(…) foi a referida proposta posta à votação tendo sido aprovada por unanimidade de votos dos

acionistas, presentes e representados, nesta Assembleia Geral.

Entrando no Ponto seis da Ordem de Trabalhos, a Presidente da Mesa procedeu à leitura da proposta

(…)

(…) foi a referida proposta posta à votação tendo sido aprovada por unanimidade de votos dos

acionistas, presentes e representados, nesta Assembleia Geral.

Finalmente entrou-se na apreciação do último ponto da Ordem de Trabalhos. A Presidente da Mesa deu

conhecimento da proposta, que aliás já era do conhecimento de todos os acionistas, que se encontrava

na mesa subscrita pelo Conselho de Administração do “NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A.” (…)

(…) foi a referida proposta posta à votação tendo sido aprovada por unanimidade de votos dos

acionistas, presentes e representados, nesta Assembleia Geral.

Nada mais havendo a deliberar a Presidente da Mesa deu por encerrada a sessão às doze horas e

quinze minutos, tendo da mesma sido lavrada a presente ata que vai ser assinada pela Presidente da

Mesa e por mim que na qualidade de Secretária a elaborei.