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2014 RELATÓRIO E CONTAS CCAM de Oliveira de Azeméis e Estarreja

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2014

RELATÓRIO E CONTASCCAM deOliveira de Azeméis e Estarreja

CA-Oliveira de Azeméis e Estarreja | Relatório e Contas do Exercício de 2014

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ÍNDICE

ÍND

ICE

Convocatória 3

Órgãos Sociais 5

Estrutura e Prática de Governo Societário das CCAM’S 7

Relatório de Avaliação da Política de Remuneração 15

Enquadramento Macroeconómico 19

Atividade Desenvolvida | Relatório Gestão 45

Análise Financeira 49

Movimentos de Associados 59

Notas Finais 61

Proposta de Aplicação de Resultados 63

Demonstrações Financeiras e Anexos 65

Parecer do Conselho Fiscal 131

Certificação Legal de Contas 133

CONVOCATÓRIA

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ORGÃOS SOCIAIS

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Manuel Pereira Ferreira Pinto, Dr.

Mário Reis de Oliveira

José António Pereira de Sousa Marques

António Rodrigues dos Reis

Júlio César dos Reis Lopes

Manuel da Cruz Oliveira Terra

Rafael Júlio do Valdujo Correia Vidal

Sebastião de Lancastre Castro Lemos

Manuel Moreira Vaz da Costa

Cristina Maria Mota Ferreira, Dr.

Ângelo Manuel Oliveira Couto, Dr.

Assembleia-Geral

Presidente:

Vice-Presidente:

Secretário:

Conselho de Administração

Presidente:

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Conselho Fiscal

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ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO DAS CCAM’S

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ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO DAS CCAM’S

1. Estrutura de Governo Societário

A A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Oliveira de Azeméis e Estarreja, CRL adota o modelo de governação vulgarmente conhecido como “latino reforçado”, constituído pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas.

Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia Geral, para um mandato de três anos.

2. Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola

Assembeia Geral

Conselho FiscalConselho deAdministração

ROC

3. Assembleia Geral

A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário.

3.1. Composição da Mesa da Assembleia Geral

Presidente: Manuel Pereira Ferreira Pinto, Dr.

Vice-Presidente: Mário Reis de Oliveira

Secretário: José António Pereira dos Santos Marques

3.2.Competência da Assembleia Geral

A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe atribuam competências, competindo-lhe, em especial:

• Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus Presidentes;

• Votar a proposta de plano de atividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o exercício seguinte;

• Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior;

• Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola;

• Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de organismos cooperativos de grau superior;

• Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola;

• Decidir do exercício do direito de ação cível ou penal contra o revisor oficial de contas, administradores, gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral;

• Decidir da alteração dos Estatutos.

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4. Conselho de Administração

O Conselho de Administração é composto por um número par de membros efetivos, no mínimo de quatro e de um suplente.

Atualmente o Conselho de Administração é composto por quatro membros, com mandato para o triénio 2013/ 2015.

4.1. Composição do Conselho de Administração

Presidente: António Rodrigues dos Reis

Vogal: Julio César dos Reis Lopes

Vogal: Manuael da Cruz Oliveira Terra

Vogal: Rafael Júlio do Valdujo Correia Vidal

4.2. Competências do Conselho de Administração

As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em especial e de acordo com os Estatutos:

• Administrar e representar a Caixa Agrícola;

• Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de atividades e de orçamento para o exercício seguinte;

• Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, o relatório e as contas relativos ao exercício anterior;

• Adoptar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa Agrícola;

• Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola.

• Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados;

• Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não pagos;

• Organizar, dirigir e disciplinar os serviços.

4.3. Reuniões do Conselho de Administração

O Conselho de Administração reúne, pelo menos, uma vez por semana, tendo realizado um total de cinquenta e cinco reuniões em 2014.

4.4. Distribuição de Pelouros pelos Membros do Conselho de Administração

O Conselho de Administração deliberou a distribuição de pelouros entre os seus membros da seguinte forma:

Presidente: António Rodrigues dos Reis

Vogal: Júlio César dos Reis Lopes

Vogal: Manuael da Cruz Oliveira Terra

Vogal: Rafael Júlio do Valdujo Correia Vidal

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5. Órgãos de Fiscalização

A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a um Revisor Oficial de Contas ou uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas.

As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda, ao Conselho Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de plano de atividade e de orçamento.

5.1. Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal é composto por quatro membros efetivos e, pelo menos, um suplente.

5.1.1. Composição do Conselho Fiscal

Presidente: Sebastião de Lencastre Castro Lemos

Vogal: Manuel Moreira Vaz da Costa

Vogal: Cristina Maria Mota Ferreira, Dr.

Vogal: Ângelo Manuel Oliveira Couto, Dr.

Suplente: Sandra Paula da Silva Gonçalves Valente, Dr.

5.1.2. Reuniões do Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal reúne, por regra, trimestralmente, e extraordinariamente quando solicitado, tendo realizado, em 2014, um total de seis reuniões.

5.2. Revisor Oficial de Contas

O mandato atual do Revisor Oficial de Contas é de 2013 a 2015, encontrando-se designados para o cargo:

Efetivo: Santos Carvalho & Associados, S.R.O.C., S.A.

Suplente: André Miguel Andrade e Silva Junqueira Mendonça, Dr. ROC nº 1530

6. Política de remuneração

A) A Politica de Remuneração dos Órgãos de Administração e Fiscalização

Durante o exercício de 2014, a Politica de Remuneração referente aos órgãos de Administração e Fiscalização foi definida de acordo com a dimensão, organização interna e natureza da Instituição, atendendo á atividade desenvolvida, á natureza e magnitude dos riscos assumidos e a assumir e ao grau de centralização e delegação de poderes estabelecidos.

A política de remunerações dos Órgão de Administração e de Fiscalização é definida em Assembleia-geral sem recurso a quaisquer consultores externos, submetendo-se a uma revisão periódica.

Esta política é propícia ao alinhamento dos interesses dos Membros do Órgão de Administração com os interesses de longo prazo da Instituição, sendo as suas remunerações de valor moderado e compatível com as tradições e com a natureza específica desta CCAM, sem prejuízo de atribuição excessiva aos Administradores executivos e órgãos de Fiscalização.

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6.1 Conselho Fiscal e Mesa da Assembleia

A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal e da mesa da Assembleia, tendo em consideração a natureza da composição desse Órgão Social, consiste exclusivamente em:

§ Único - Uma senha de presença por cada reunião em que estejam presentes pelo valor que seja aprovado pela Assembleia Geral;

6.2 Conselho de Administração

§ Único - Uma remuneração mensal fixa pelo valor que seja aprovado pela Assembleia Geral;

Considerando que, com excepção do Presidente do Conselho de Administração, existe, embora suspenso, um contrato de trabalho, auferindo a remuneração correspondente ao nível 18 do ACT para o sector bancário, com o complemento correspondente à isenção de horário de 2 horas. Acresce à remuneração fixada no nível referido, os prémios de carreira e demais regalias previstas no ACT, que serão mantidas no formato habitual e usual. Os valores atualmente praticados serão, assim respeitados e anualmente atualizados em sede de ACT, ao qual continua vinculado para todos os efeitos.

Atenta a natureza específica da CAIXA e do CRÉDITO AGRÍCOLA inexiste qualquer tipo de plano de atribuição de ações ou opções de aquisição de ações aos Membros do Conselho de Administração.

Não são igualmente atribuídos direitos em matéria de complementos de reforma e de sobrevivência em função do exercício das funções de Administrador neste Órgão de Gestão, nem são praticadas quaisquer outras situações que possam ser associadas a remuneração, direta ou indiretamente.

Para além dos montantes supra mencionados, os membros do Conselho de Administração não recebem quaisquer outras compensações, nomeadamente, no que se refere ao exercício de funções nos corpos sociais de outras empresas do Grupo Crédito Agrícola.

6.3 Revisor Oficial de Contas

A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e definida no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas.

6.4 Trabalhadores

As remunerações dos trabalhadores cuja contratação é da competência exclusiva do Conselho de Administração com respeito pelo regulamento de admissões e mobilidade interna do Credito Agrícola, é a que resulta da aplicação do ACT.

6.5 Remunerações Pagas

O Conselho de Administração, não obstante identificado os trabalhadores da Caixa e de acordo com os seus poderes de gestão, tendo em conta, nomeadamente, a situação financeira da Caixa e o desempenho de algum ou de todos os seus trabalhadores, não está impossibilitado de mandar processar, casuisticamente mas justificadamente, o pagamento a um ou mais trabalhadores de um prémio pecuniário mas limitado até um valor máximo anual individual equivalente ao de uma remuneração mensal.

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B) Montante anual de remuneração auferida pelos MOAF da CCAM de Oliveira de Azeméis e Estarreja, CRL, no exercício de 2014

RemuneraçãoFixa Variável Total

Conselho de Administração Sr. António Rodrigues dos Reis 78.938 0 78.938 Sr. Júlio César dos Reis Lopes 17.280 0 17.280 Sr. Manuel da Cruz Oliveira Terra 17.280 0 17.280 Sr. Rafael Júlio do Valdujo Correia Vidal 17.280 0 17.280

130.778 0 130.778Conselho Fiscal Sr. Sebastião de Lancastre de Castro e Lemos 1.080 0 1.080 Dr. Cristina Mª Duarte Ribeiro da Mota 1.080 0 1.080 Prof. Manuel Moreira Vaz da Costa 1.080 0 1.080 Dr. Ângelo Manuel de Oliveira Couto 1.080 0 1.080

4.320 0 4.320Revisor Oficial de Contas Santos Carvalho & Associados, S.A. 11.070 0 11.070

11.070 0 11.070146.168 0 146.168

C) Montante e tipos de remuneração variável auferida pelos MOAF, separados por remuneração pecuniária e outros tipos, de forma agregada e individualizada:

Face ao teor da Política de Remuneração dos MOAF da CCAM de Oliveira de Azeméis e Estarreja, CRL para o exercício de 2014, este tipo de remuneração não é aplicável.

D) Diferimento do pagamento de parte da remuneração auferida pelos MOAF, ainda não pago, de forma agregada e individualizada:

Face ao teor da política de remuneração dos MOAF da CCAM de Oliveira de Azeméis e Estarreja, CRL para o exercício de 2014, este tipo de remuneração não é aplicável.

E) Caso o pagamento de parte da remuneração dos MOAF tenha sido diferido, montantes da remuneração diferida que sejam devidos, que tenham sido pagos ou que tenham sido reduzidos devido a ajustamentos introduzidos em função do desempenho individual dos respetivos titulares, de forma agregada e individualizada:

Face ao teor da política de remuneração dos MOAF da CCAM de Oliveira de Azeméis e Estarreja, CRL para o exercício de 2014, este tipo de remuneração não é aplicável.

F) Número de novas contratações efetuadas em 2013, para o exercício de cargos nos órgãos de administração ou de fiscalização, de forma agregada e individualizada:

No decorrer do exercício de 2014, não foram designados quaisquer membros novos para cargos nos órgãos de administração ou fiscalização da CCAM Oliveira de Azeméis e de Estarreja.

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G) Montante dos pagamentos que tenham sido efetuados ou sejam devidos anualmente em virtude da cessação antecipada de funções dos MOAF, número dos beneficiários de tais pagamentos e montante do maior pagamento efetuado a uma pessoa individual:

Face ao teor da política de remuneração dos MOAF da CCAM Oliveira de Azeméis e de Estarreja, CRL para o exercício de 2014, este tipo de remuneração não é aplicável.

6.6 Dever de Divulgação da Política de Remuneração de Colaboradores

Dando cumprimento ao disposto no n.º 3 do Art.º 16.º do Aviso do Banco de Portugal n.º 10/2011, é prestada a seguinte informação, atinente à política de remuneração de colaboradores:

i. Os colaboradores abrangidos pelo n.º 2 do artigo 1.º do Aviso do Banco de Portugal n.º 10/2011 auferem uma remuneração fixa paga 14 vezes por ano, de acordo com as condições dispostas no ACT do Crédito Agrícola, a qual pode ainda integrar um complemento remunerativo mensal fixo, estabelecido contratualmente ou na sequência de reajustamento remunerativo casuístico.

ii. Também se atribui uma hora de Isenção de horário de trabalho às funções cujo nível de responsabilidade e exigência de disponibilidade assim o justifique.

iii. Pode ser atribuída anualmente uma remuneração variável, definida com base num processo de avaliação de um conjunto de competências críticas para a função, a qual corresponde apenas a um prémio de desempenho.

iv. A metodologia e critérios de avaliação de desempenho, aprovados pelo órgão de administração, são divulgados internamente, aprovados e aplicados de forma idêntica, para a generalidade dos colaboradores da instituição. O órgão de administração valida os resultados finais da avaliação de desempenho efetuada pela hierarquia direta dos colaboradores.

v. Para os colaboradores em apreço a componente variável da remuneração tem tido como limite máximo 5,0% da remuneração total anual (excluindo a majoração prevista no n.º 4 da cláusula 71.ª do ACT do Crédito Agrícola), percentagem esta que corresponde a cerca de 1,2 salários brutos por empregado. O limite e as orientações de atribuição são revistos anualmente pelo Conselho de Administração.

vi. A componente variável é assim atribuída anualmente, considerando os resultados da avaliação de competências específicas e transversais, que permitem verificar o respeito pelas regras e procedimentos aplicáveis à atividade, designadamente as regras de controlo interno e as que são relativas às relações com clientes e investidores. Pretende-se, deste modo, promover a sustentabilidade da instituição e a criação de valor a longo prazo.

vii. A remuneração variável quando atribuída é sempre paga em numerário tendo por base o desempenho do ano transacto.

viii. Não é diferida qualquer parte da componente variável da remuneração, porquanto o valor desta não tem expressividade para que o seu pagamento imediato e de uma só vez possa impedir que se atinja qualquer um dos objetivos que o diferimento visaria prosseguir.

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ix. Atento o disposto no n.º 3 do artigo 17.º do Aviso do Banco de Portugal n.º 10/2011, em 2014 os colaboradores abrangidos pelo n.º 2 do artigo 1.º do mesmo Aviso auferiram as seguintes remunerações:

RemuneraçãoTotal

Remuneração

Fixa Variável

Prémio Desempenho Outros

Funcionários Enquadrados Aviso 5/2008 BdP 31.547,99 0,00 0,00 31.547,99

- Dois funcionários (Em acumulações de funções) 31.547,99 0,00 0,00 31.547,99

• Montante da remuneração diferida não paga, de forma agregada – não aplicável;

• Montantes anuais da remuneração diferida devida, paga ou objecto de reduções resultantes de ajustamento introduzido em função do desempenho individual dos titulares – não aplicável;

• Número de novas contratações efetuadas no ano a que a informação respeita – não foi efetuada qualquer nova contratação no exercício de 2014;

• Montante dos pagamentos efetuados ou devidos anualmente em virtude de rescisão antecipada de contrato de trabalho com Colaboradores, número de beneficiários desses pagamentos e o maior pagamento atribuído a um Colaborador individual – não foram efetuados quaisquer pagamentos no exercício de 2014;

• Informação quantitativa agregada, discriminada por área de atividade (ou seja, montantes pagos à totalidade dos Colaboradores integrados numa determinada área de atividade e abrangidos pelos deveres do Aviso nº 10/2011):

RemuneraçãoTotal

Remuneração

Fixa Variável

Prémio Desempenho Outros

Área Funcional Enquadrada Aviso 5/2008 BdP 31.547,99 0,00 0,00 31.547,99

Auditoria Interna e Gestão de Risco (um funcionário, em acumulação de funções)

22.775,51 0,00 0,00 22.775,51

Compliance (um funcionário, em acumulação de funções) 8.772,48 0,00 0,00 8.772,48

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DA POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO

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RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DA POLITICA DE REMUNERAÇÕES DE 2014

O presente relatório enquadra-se nas obrigações legais e regulamentares, designadamente nos termos do Aviso 10/2011 do Banco de Portugal e do nº 6 do Artigo 115º-C do Regime Geral das instituições de crédito e sector financeiro (RGICSF).

A avaliação efetuada pressupõe a análise da Politica de Remunerações e a sua implementação, em especial sobre o respetivo efeito na gestão de riscos, de capital e de liquidez da Instituição.

O período de referência decorre de 01 de Janeiro de 2014 a 31 de Dezembro de 2014.

A. Intervenientes

Neste sentido, e em concordância com as disposições legais, e por ausência de uma Comissão de Remuneração, o Conselho de Administração, designou para a elaboração deste relatório, a colaboradora Ana Gonçalves que assume a função de Auditoria interna e gestão de risco na CCAM.

B. Politica de Remuneração de Órgãos Sociais e Colaboradores em vigor no ano de 2014.

A Politica de Remunerações aprovada em Assembleia-geral, segue os princípios que consta no anexo ao presente relatório.

C. Descrição do Processo de elaboração do Relatório

O processo de avaliação da Politica de Remunerações consistiu, numa primeira instância, à análise dos respectivos documentos aprovados em Assembleia Geral, no sentido de identificar se o mesmo inclui informação que sustente de forma suficiente e adequada a correspondente proposta, designadamente tendo em consideração os objetivos, a estrutura e dimensão da Instituição, e a natureza das funções, bem como as práticas do mercado.

No contexto da aplicação da Politica de Remunerações, foram considerados os procedimentos correspondentes ao processo de aprovação, registo e processamento das remunerações dos Órgãos Sociais, colaboradores e outros destinatários, quanto à existência de rigor e cumprimento da política de remuneração, bem como eventuais desvios e respectiva justificação.

O processamento das remunerações, encontra-se assente numa aplicação informática (CAMRH) gerida centralmente, o qual apresenta um conjunto de mecanismos que garantem um adequado controlo das tarefas associadas ao processo.

A avaliação teve ainda em consideração, o despiste de eventuais desvios ou insuficiências no processo de execução da Politica de Remunerações, designadamente com efeito na gestão global de riscos da Instituição.

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D. Conclusões

As políticas de remuneração aprovadas e em vigor no período a que se reporta este relatório, não são susceptíveis de induzir distorções ao nível dos diferentes tipos de risco e consideram-se adequadas à prossecução de objectivos relacionados com a boa gestão de riscos.

A estrutura de remunerações não incentiva a assunção excessiva e imprudente de riscos e é compatível com os interesses a longo prazo da instituição.

Não se identificaram insuficiências ao nível da política e práticas de remuneração implementadas pela Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Oliveira de Azeméis e Estarreja.

Não se observaram deficiências estruturais e/ou organizacionais que possam traduzir risco para a CCAM, quer ao nível financeiro, quer no âmbito das normas, legislação e regulamentação em vigor.

EFETUADO POR: ANA GONÇALVES

FUNÇÃO: AUDITORA INTERNA

O CONSELHO FISCAL

Sebastião de Lancastre Castro Lemos

Manuel Moreira Vaz da Costa, Prof.

Cristina Maria Mota Ferreira, Dr.

Ângelo Manuel Oliveira Couto, Dr.

ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

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1. ECONOMIA MUNDIAL

Segundo as últimas previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI), publicadas no update do World Economic Outlook de Janeiro de 2015, o crescimento da economia mundial em 2014 manteve a tendência de abrandamento dos últimos anos, fixando-se nos 3,3%.

As projeções apontam ainda para que o PIB no conjunto das economias desenvolvidas tenha crescido 1,8% em 2014, apesar do incipiente crescimento do Japão (0,1%). A zona Euro registou um ligeiro crescimento do PIB da ordem dos 0,8% em 2014.

Como um todo, o FMI estima que a economia mundial cresça 3,5% em 2015, um aumento face aos 3,3% estimados para 2014, e volte a crescer 3,7% em 2016, valores que foram revistos em baixa desde o update de Outubro de 2014. As sucessivas previsões incorporam a materialização de vários riscos, com destaque para o abrandamento das economias emergentes (caso de China, Brasil e Rússia) e para a acentuação das tensões geopolíticas. Nas economias mais avançadas, a recuperação assenta na consolidação dos Estados Unidos, no forte desempenho do Reino Unido e na ténue retoma da zona Euro.

O crescimento mundial previsto poderá ser catalisado pela redução dos preços do petróleo1, mas será certamente atenuado pela reduzida propensão ao investimento resultante das fracas expectativas quanto ao crescimento a médio prazo em muitas das economias emergentes e desenvolvidas.

Variação anual do PIB (em percentagem)

2011 2012 2013 2014E 2015 P 2016 P

Economia Mundial 3,9% 3,1% 3,3% 3,3% 3,5% 3,7%

Economia Desenvolvidas 1,7% 1,4% 1,3% 1,8% 2,4% 2,4%

Estados Unidos 1,8% 2,8% 2,2% 2,4% 3,6% 3,3%

Zona Euro 1,5% -0,7% -0,5% 0,8% 1,2% 1,4%

Japão -0,6% 1,4% 1,6% 0,1% 0,6% 0,8%

Economias Emergentes 6,2% 4,9% 4,7% 4,4% 4,3% 4,7%

Rússia 4,3% 3,4% 1,3% 0,6% -3,0% -1,0%

China 9,3% 7,7% 7,8% 7,4% 6,8% 6,3%

Índia 6,3% 3,2% 5,0% 5,8% 6,3% 6,5%

Brasil 2,7% 1,0% 2,5% 0,1% 0,3% 1,5%

Comércio Mundial (Bens e Serviços) 6,1% 2,7% 3,4% 3,1% 3,8% 5,3%

Fonte: World Economic Outlook, Outubro 2014, com update em Janeiro de 2015

Evolução Económica Mundial

1 De Setembro de 2014 a Janeiro de 2015, os preços do petróleo em dólares americanos reduziram 55%. Esta quebra justifica-se não apenas pela redução da procura (especialmente dos países emergentes), mas essencialmente pela decisão da OPEP em manter os níveis de produção apesar do consistente aumento de produção de produtores que não fazem parte da OPEP (em particular, os E.U.A). Espera-se que esta queda de preços venha a ter impacto negativo nos investimentos e na capacidade futura de produção do sector petrolífero.

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A estagnação e a deflação continuam na agenda das preocupações dos países da zona Euro e do Japão. Na zona Euro, o crescimento no final de 2014 ficou aquém do esperado e as expectativas de crescimento estão alicerçadas na redução dos custos energéticos, na política monetária (já amplamente reflectida nos mercados financeiros e nas taxas de juro), na política fiscal mais neutral e na recente depreciação da moeda.

Crê-se que, ao longo de 2015, o desempenho global do mercado europeu será igualmente influenciado por expectativas que se possam gerar quanto ao avanço das negociações, entre a Grécia e os outros governos da zona Euro, sobre o programa de resgate do país e o pagamento ou refinanciamento da dívida2 contraída junto do BCE e do FMI.

A China registou uma quebra no investimento no 3º trimestre de 2014 e uma desaceleração nos principais indicadores económicos. A vontade das autoridades chinesas em favorecer o consumo em detrimento do investimento, no sentido de reduzir o excesso de produção, significa que a elevada dívida das empresas não pode continuar a ser sistematicamente financiada, sendo de esperar que, no decurso de 2015, as autoridades procurem reduzir as vulnerabilidades geradas pelo rápido crescimento do crédito e atenuar os impactos regionais na Ásia emergente.

A súbita queda de preços do petróleo e o aumento de tensões geopolíticas (após a anexação da Crimeia) têm afetado a confiança e o desempenho da economia da Rússia e têm levado à depreciação do rublo, bem como ao enfraquecimento das expectativas de crescimento das economias do grupo de Estados Independentes da Common Wealth e da Europa.

1,8% 1,5%

-0,6%

9,3%

2,8%

-0,7%

1,4%

7,7%

2,2%

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1,6%

7,8%

2,4%

0,8%0,1%

7,4%

3,6%

1,2%0,6%

6,8%

3,3%1,4% 0,8%

6,3%

Estados Unidos Zona Euro Japão China

Evolução Económica Internacional

2011 2012 2013 2014E 2015 P 2016 P

Fonte: World Economic Outlook, update de Janeiro de 2015

Após um primeiro trimestre de contracção, em 2014, os Estados Unidos conseguiram registar um crescimento no PIB de 2,4% e uma acentuada quebra na taxa de desemprego via criação líquida de empregos que,

2 O valor da dívida situa-se nos 316 mil milhões de euros equivalentes a 169% do PIB grego.

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conjugados com os factos observados noutras regiões do globo, conduziram a uma apreciação do dólar. As projecções para 2015 e 2016 apontam para crescimentos anuais acima dos 3,0%, com a procura interna sustentada na redução dos custos energéticos, no ajustamento fiscal mais moderado, sendo expectável, no entanto, um aumento progressivo das taxas de juro no decorrer do ano pela Fed.

2. ECONOMIA PORTUGUESA

Após uma estabilização do nível de actividade nos três primeiros trimestres de 2014, as projecções mais actuais apontam para uma trajectória de recuperação gradual iniciada em 2013. O produto interno bruto deverá registar um crescimento da ordem dos 0,9% em 2014 e perspectiva-se um crescimento de 1,5% para 2015 e de 1,6% para 2016, o que se traduz numa expectativa de evolução ligeiramente mais favorável que a do conjunto da zona Euro.

A dinâmica da economia portuguesa deverá continuar a ser assegurada pelo comportamento das exportações e pela recuperação da procura interna que, a concretizarem-se, permitirão manter os excedentes da balança corrente e de capital. Muito embora tenha vindo a ser efectuada uma afectação de recursos aos sectores transaccionáveis e produtivos, a redução da alavancagem dos sectores público e privado, a evolução demográfica no país aliada aos movimentos de emigração de mão-de-obra qualificada, os limitados níveis de produtividade por trabalhador e o reduzido dinamismo dos principais parceiros comerciais na Europa (e.g. França) e nos PALOP (e.g. Angola) continuarão a condicionar o crescimento da economia portuguesa no futuro.

Nas economias emergentes e em desenvolvimento destaca-se a tendência para abrandamento do crescimento (e.g. China, Brasil) e para as tensões geopolíticas com a Rússia.

Nas economias avançadas assiste-se à redução da inflação (na zona Euro para valores próximos de zero), um arrefecimento do mercado europeu e uma recuperação económica abaixo do esperado em países como a França, a Itália e a Alemanha.

Estes desenvolvimentos foram contrabalançados, em parte, pela acentuação da política monetária expansionista na área do Euro, pela evolução favorável dos mercados de dívida soberana e, recentemente, pela redução do preço do petróleo e da cotação do euro em dólares. No entanto, esta evolução tem obrigado as empresas portuguesas a reverter o peso dos países não europeus nos seus mercados exportadores.

-1,3%

-3,2%

-1,4%

0,9%1,5% 1,6%

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Indicadores da Economia Portuguesa∆ % anual PIB

Fonte: Boletim Económico BdP

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Para 2015, são preocupantes as expectativas de desaceleração económica em Angola3 e a imposição de quotas à importação de produtos básicos como estratégia de mitigação do impacto cambial decorrente dos menores volumes de exportação e de protecionismo à produção local.

Em Maio de 2014, Portugal concluiu o Programa de Assistência Económica e Financeira sem recurso a um programa cautelar. Nesse mesmo mês, o Tribunal Constitucional inviabilizou 3 normas do Orçamento de Estado para 2014, apenas parcialmente substituídas em Setembro de 2014.

-3,3%-5,4%

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2,2% 2,1% 1,3%

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-1,9% -0,5% -0,5%

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-10,5%-14,3%

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2011 2012 2013 E 2014 P 2015 P 2016 P

Indicadores da Economia Portuguesa∆ % anual Procura Interna

Consumo Privado Consumo Público Investimento (FBCF)Fonte: Boletim Económico BdP

Em 2014, o consumo privado e a FBCF registaram um crescimento da ordem dos 2,2% embora a sua evolução permaneça condicionada pelos elevados níveis de endividamento das famílias e das empresas. Por seu lado, a procura interna total registou um crescimento de 2,3% no mesmo período. Observou-se uma menor redução do investimento em habitação, que no entanto ainda representa cerca de 30% do valor registado no ano 2000.

A formação bruta de capital fixo interrompeu, em meados de 2013, a trajetória de redução registada desde 2009 que implicou uma contração deste agregado em cerca de 30%. Em 2014, a diminuição do investimento em construção terá sido mais do que compensada por um crescimento assinalável das componentes relativas ao material de transporte e às máquinas e equipamentos, à semelhança do que vinha sendo observado desde o final de 2013.

O investimento público, após uma queda acumulada de 60%, no período de 2011 a 2013, registou um aumento de 5,6% em 2014, embora permaneça condicionado pela necessidade de consolidação orçamental.

O crescimento das importações refletiu a já referida evolução das rubricas da procura global com maior conteúdo importado, nomeadamente a FBCF em material de transporte e em máquinas e bens de equipamento e o consumo de bens duradouros.

Este crescimento resulta do facto de a economia portuguesa ter entrado num processo de reorientação para os sectores transacionáveis, incluindo investimento em bens com elevado conteúdo importado, refletindo-se na

3 Angola é o 4º maior destino das exportações portuguesas a seguir à Espanha, Alemanha e França.

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variação de existências e no investimento empresarial cujo crescimento é habitualmente mais elevado num contexto de recuperação da atividade, dada a necessidade de repor níveis médios de stocks, após períodos de redução ou de menor manutenção dos bens de capital sujeitos a depreciação

6,9%

3,2%6,4%

2,6%4,2% 5,0%

-5,3%-6,6%

3,6%6,3%

3,1% 4,7%

2011 2012 2013 E 2014 P 2015 P 2016 P

Indicadores da Economia Portuguesa∆ % anual Sector Externo

Exportações ImportaçõesFonte: Boletim Económico BdP

Em 2014, as importações de bens e serviços deverão ter apresentado um crescimento de 6,3%, o que traduz um aumento da penetração de importações idêntico ao registado em 2013, resultando numa relativa estabilidade deste indicador no período 2011-2014. Excluindo os bens energéticos, os preços das importações diminuíram em 2013 e 2014.

As exportações cresceram de forma moderada, refletindo contributos semelhantes entre a componente de bens e a de serviços e refletindo um menor contributo para o crescimento do PIB comparativamente com a realidade dos últimos anos. As projeções para as exportações de bens e serviços apontam para um crescimento de 2,6% em 2014.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, Portugal registou, em 2014, uma taxa de inflação negativa de 0,3% influenciada pelos baixos níveis de procura e pela queda do preço do petróleo. No período de Janeiro a Outubro de 2014, o diferencial negativo de preços foi generalizado às principais componentes do índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC), excepto os bens energéticos.

De acordo com dados do INE, o défice das administrações públicas situou-se em 4,9% do PIB nos primeiros nove meses de 2014. Contudo, excluindo os efeitos pontuais resultantes, entre outros, das operações de financiamento do Estado à Carris e à STCP, o défice neste período foi de 3,9%, o que compara com um défice de 4,4% registado no período homólogo de 2013, igualmente excluindo os efeitos pontuais, neste caso associados à reclassificação do aumento de capital no Banif.

Em termos homólogos, a receita total das administrações públicas registou um aumento de 3,3%, refletindo essencialmente a evolução positiva da receita fiscal (mais de 1/3 explicada pelo aumento dos impostos diretos4). A despesa também registou um aumento, embora bastante mais moderado (+1,2%), fundamentalmente resultante do crescimento das despesas com pessoal e com prestações sociais.4 Este resultado é, em larga medida, explicado pelo comportamento do IRS cuja melhoria homóloga acumulada até Outubro foi de 11% e para o qual contribuíram as retenções na fonte, a declaração da inconstitucionalidade da redução remuneratória aplicável aos funcionários públicos e do pagamento dos subsídios de férias aos funcionários do sector público e pensionistas, a evolução favorável do mercado de trabalho e o próprio aumento da eficiência no combate à evasão fiscal e à fraude.

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A Direção Geral do Orçamento prevê que o défice das administrações públicas até Novembro tenha ascendido a 6.420 milhões de euros, continuando a situar-se significativamente abaixo do observado no período homólogo de 2013 (9.186 milhões de euros).

As últimas estimativas apontam para um défice orçamental de 7.074 milhões de euros no final de 2014 e um défice orçamental ajustado de medidas extraordinárias de 3,8% do PIB.

A dívida pública portuguesa atingiu os 225,9 mil milhões de euros no mês de Novembro, o que se traduz numa subida de 0,7% (+1,5 mil milhões de euros) que o registado no mês anterior.

O rácio da dívida pública na óptica de Maastricht subiu para 131,4% do PIB no final do 3º trimestre, registando um agravamento de 1,9 p.p. face ao verificado no trimestre anterior. Deste modo, o cumprimento do rácio da dívida previsto pelo Ministério das Finanças para o final de 2014 (127,2% do PIB) implica uma redução do stock de dívida no último trimestre de 2014 em 5,1 mil milhões de euros. Apesar da quebra verificada em Novembro, prevê-se que, em 2014, o rácio ainda tenha ficado acima da meta estabelecida. Além do valor nominal da dívida, a magnitude desse desvio dependerá do PIB nominal que o Conselho de Finanças Públicas estima ficar abaixo da previsão do Ministério das Finanças.

Em Setembro de 2014, e pela primeira vez desde Junho de 2008, o Tesouro português emitiu dívida com prazo superior a 10 anos (concretamente através de um leilão de obrigações com maturidade a 15 anos) num momento em que o interesse de investidores por dívida pública dos países periféricos da zona Euro colocava os juros em níveis historicamente baixos.

No 1º trimestre de 2015, o IGCP espera conseguir colocar 3.750 milhões de euros em bilhetes de tesouro no mercado, estimando o lançamento de emissões mensais entre os 1.000 e os 1.250 milhões de euros. Durante o ano de 2015, a agência de gestão da tesouraria e da dívida pública prevê obter um montante entre 12 e 14 mil milhões de euros através da emissão bruta de obrigações do tesouro (OT), combinando sindicatos e leilões. O montante das necessidades de financiamento líquidas do Estado em 2015 situa-se em cerca de 11 mil milhões de euros.

Sublinhe-se que as taxas de rendibilidade da dívida pública têm registado uma trajetória descendente desde Outubro de 2014, situando-se a taxa média mensal de rentabilidade das obrigações do tesouro português (OT) e com maturidade residual de 10 anos, em Janeiro de 2015, nos 2,49% (que comparam com os 6,24% registados em Janeiro de 2013).

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Evolução dos Spreads da Dívidas (a 10 anos) de Países da Periferia face à Dívida Alemã

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Evolução dos Spreads dos 10 anos face à Alemanha

Spread Espanha-Alemanha Spread Itália-Alemanha Spread Portugal-Alemanha

Spread Grécia-Alemanha Spread Irlanda-Alemanha

Fonte: DF / Caixa Central com base em informação Bloomberg

De acordo com o inquérito ao emprego, promovido pelo INE, o emprego total aumentou 2,1% no 3º trimestre de 2014 e em termos homólogos, após uma redução de 2,6% no conjunto do ano 2013. O emprego privado por conta de outrem está a recuperar de forma consistente com a evolução da atividade económica, complementado com o acréscimo de volume de emprego gerado por políticas ativas de emprego, donde se destacam os estágios profissionais comparticipados pelo Estado. De acordo com o IEFP, estima-se que o aumento de estágios profissionais no último ano terá contribuído em cerca de 0,9 p.p. para o crescimento homólogo do emprego privado por conta de outrem, registado no 3º trimestre de 2014.

É igualmente importante referir que, entre Janeiro e Novembro de 2014, as insolvências de empresas reduziram face ao período homólogo de 2013 (de 7.515 para 6.308), embora estes valores possam estar ligeiramente influenciados pela instabilidade da plataforma Citius (Ministério da Justiça). Este facto demonstra que o ajustamento do tecido empresarial português está, na sua maioria, a estabilizar. No acumulado de Janeiro a Novembro de 2014, foram criadas 32.257 empresas em Portugal, praticamente igualando as 34.714 empresas constituídas no ano passado (esta dinâmica é assinalável se se recordar que o ano iniciou com uma redução homóloga de 22%).

3. MERCADOS FINANCEIROS

Para além de um elevado nível de desemprego, a zona Euro encontra-se condicionada por um prolongado período de reduzida inflação que, a não ser revertido rapidamente, poderá conduzir mesmo a um temido cenário de deflação. Neste contexto, com o objectivo de assegurar o cumprimento do seu mandato (cujo

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programa inclui o objectivo de assegurar a manutenção de um nível de inflação próximo mas inferior a 2%), o BCE tem sido obrigado nos últimos meses a tomar medidas relevantes, nomeadamente:

• Lançamento de programa de operações de refinanciamento de prazo alargado direcionadas (ORPA direccionadas), operações que, de acordo com o Boletim de Agosto do Banco Central, “proporcionarão financiamento de longo prazo com condições atrativas durante um período de até quatro anos a todos os bancos que cumpram determinados referenciais aplicáveis aos empréstimos que disponibilizam à economia real”;

• Lançamento de programas de aquisição de instrumento de dívida titularizada (Asset-Backed Securities - ABSPP) e Covered Bonds (CBPP3) com o objectivo de permitir a flexibilização do balanço das instituições financeiras;

• Redução das taxas de referência, com especial destaque para as reduções da taxa de referência das operações de refinanciamento para os 0,05% e da taxa de depósito para os -0,20%; e

• Alargamento do programa de compras de activos em grande escala para emissões de dívida pública soberana da zona Euro, assim como de agências soberanas e instituições europeias (medida lançada em 2015).

O BCE espera que, com estas medidas, se assista finalmente a um aumento do financiamento à economia real, com efeitos positivos sobre o crescimento da procura interna, nível de emprego e inflação, e não apenas a uma valorização pouco consequente dos ativos financeiros (ações e obrigações).

A reunião do BCE de 22 de Janeiro de 2015, onde foi decidida e anunciada a compra de ativos que incluem dívida soberana da zona euro à razão de 60 mil milhões de euros por mês, foi vista como o último grande passo no esforço de elevar a taxa de inflação para os níveis assumidos pelo mandato do BCE.

Não obstante todas as iniciativas do BCE, as dúvidas permanecem relativamente aos efeitos práticos da adoção de uma política monetária agressiva não acompanhada por uma alteração da política orçamental da zona Euro que passe a estar mais condicionada pelo crescimento e menos pelos níveis dos défices orçamentais dos diversos países.

Durante o ano de 2014, as taxas implícitas nas obrigações de dívida pública dos diversos países da zona Euro apresentaram uma trajetória descendente, tendo sido atingidos sucessivos níveis mínimos históricos. No entanto, é importante distinguir a performance das yields dos países do centro da Europa – Alemanha, França, Holanda, etc. – da performance dos países periféricos5 – Portugal, Espanha, Itália e Grécia – devido ao prémio de risco de crédito (“spread”) existente entre estes dois grupos (e entre países nestes 2 grupos).

Em 2015, não é de excluir a verificação de choques relevantes associados a uma alteração do sentimento dos mercados relativamente à avaliação dos diversos riscos prevalecentes na zona Euro, associada nomeadamente a resultados das eleições legislativas a realizar em muitos países, entre eles Grécia, Portugal, Espanha e

5 A melhoria do risco percepcionado pelo mercado permitiu, por exemplo, que, em Setembro de 2014, Portugal se financiasse numa emissão de dívida com vencimento a 15 anos (já em Janeiro de 2015 Portugal colocou uma nova emissão com vencimento a 30 anos) e que as yields da dívida pública nacional se encontrassem no final de 2014 em níveis mínimos históricos. Também as obrigações de dívida pública de Espanha e de Itália registaram uma apreciação considerável tendo, na dívida a 10 anos, registado uma redução dos seus spreads face à dívida alemã para os 1,32% e 1,11%, quando estes spreads eram, no final de 2013, de 2,20% e 2,15%, respectivamente.

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Reino Unido, divergências políticas internas na zona Euro ou confrontações geoestratégicas. A expressiva vitória do Syriza, partido que se apresenta como de esquerda radical, nas eleições gregas realizadas a 25 de Janeiro de 2015, é o primeiro sinal de que muitos eleitorados se encontram saturados com a presente situação da União Europeia e que não deixará de se verificar, nos próximos meses, um aceso confronto entre visões antagónicas de organização e condução da política comum europeia.

Em termos de taxas de referência do mercado interbancário, a agressiva política de taxas, adotada pelo BCE, originou uma nova descida das taxas Euribor. As previsões indicam que as taxas Euribor se deverão manter em níveis mínimos históricos nos próximos trimestres. A manutenção das taxas Euribor nestes níveis acarreta um desafio para as instituições financeiras que, no contexto nacional, ainda possuem uma parte significativa da sua carteira de crédito indexada a este indexante (situação particularmente relevante no caso do crédito à habitação contratado antes da início da crise financeira).

Também os mercados acionistas têm beneficiado da melhoria da confiança e muito particularmente dos elevados níveis liquidez disponível. Em comparação com os valores registados em 2010, o SP 500, o Nikkei e o DAX registam subidas de 65%, 71% e 42% (em 2014, estes índices registaram variações de 13%, 7% e 3% respectivamente). Por sua vez, o IBEX 35 e o CAC 40 apresentaram evoluções mais modestas, registando crescimentos de 4% e 12%, respectivamente. O índice português, PSI-20, desvalorizou-se em 37% durante este período.

Esta evolução, muito condicionada pela severidade da contração da economia nacional verificada entre 2011 e 2013, foi mais recentemente afetada pela crise registada no Grupo Espírito Santo. Efetivamente, em Maio de 2014, o índice PSI-20 situava-se nos 7,115 pontos (acumulando uma descida de 4% face a 2010), tendo registado até ao final de 2014 uma queda de 27% para o nível de 4.802 pontos.

A crise no Grupo Espírito Santo teve, ao nível das cotações bolsista das empresas do PSI-20, consequências negativas diretas – BES, ESFG e PT – e consequências indiretas, associadas a um contexto de incerteza relativamente ao impacto que a queda deste grupo financeiro teria sobre a economia considerando uma redução do crédito agregado, o impacto sobre a situação financeira dos credores afetados e a perda de confiança dos mercados internacionais relativamente à real condição do sistema financeiro nacional.

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ICONos mercados cambiais, o ano de 2014 foi marcado pela descida do Euro face a algumas das principais

moedas mundiais. A desvalorização do Euro está diretamente relacionada com as expectativas do mercado acerca da política monetária e do crescimento e desenvolvimento da economia europeia em relação às restantes economias mundiais desenvolvidas. Com o BCE a adotar, em contraciclo, particularmente face à política seguida pela FED, medidas extraordinárias de combate à baixa inflação e de incentivo à recuperação da economia da zona Euro, o Euro (€) perdeu, em 2014, 12% do seu valor face ao Dólar e 6% face à Libra Esterlina, tendo-se no entanto mantido praticamente inalterada a taxa de câmbio face ao Yen Japonês. A tendência de desvalorização acentuou-se a partir de Maio de 2014, fruto das pressões deflacionistas e da divulgação de indicadores macroeconómicos desapontantes.

As perspectivas para a evolução do Euro continuam a ser de desvalorização, sendo que esse é também, embora não expresso, um dos objetivos da política europeia de modo a permitir importar alguma inflação e a aumentar a competitividade da indústria da zona Euro e a dinamizar as exportações.

No início de 2015, o Euro registou uma nova depreciação face ao dólar, tendo o câmbio atingido um mínimo de 1,11 USD por EUR na sequência do anúncio de compra de dívida pública soberana por parte do BCE e da divulgação do resultado das eleições legislativas na Grécia.

Ao nível do mercado cambial, merece ainda destaque a decisão tomada, já em 2015 e pelo Banco Nacional Suíço, de abandonar o seu objectivo de manutenção de um câmbio mínimo de 1,20 Francos Suíços por Euro, situação que originou uma forte valorização do Franco Suíço face ao Euro.

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No que diz respeito às commodities, resultado da divulgação de projeções económicas que indiciam um menor crescimento em 2015 face aos valores anteriormente estimados, a International Energy Agency reduziu a sua previsão para o aumento da procura global de petróleo em 2015 com efeitos sobre a evolução do preço desta matéria-prima (no final de 2013 o preço do barril era de 110,8 USD, fechando o ano de 2014 em 58,2 USD por barril). A tendência de diminuição do preço por barril estendeu-se ao início do ano de 2015, chegando o barril a ser transacionado por apenas 45 USD.

Por outro lado, o ouro voltou a cair para os níveis mínimos de 2013 devido a rumores de que a Reserva Federal dos Estados Unidos pudesse vir a subir a taxa de juro mais cedo do que inicialmente antecipado. A depreciação durante do ano de 2014 situou-se em aproximadamente 1,5%. No entanto, à luz da deterioração dos indicadores económicos na zona Euro assim como do escalar das pressões políticas extremistas e da insegurança nos mercados, em 2015, o ouro iniciou o ano a apreciar cerca de 8%.

Nas commodities agrícolas, no mercado do trigo, os preços em 2014 caíram cerca de 15%, para em Setembro atingirem o valor mais baixo em quatro anos, após as previsões do governo dos Estados Unidos que apontam para um nível de produção recorde à escala global e para o aumento do nível de reservas. Por sua vez, o preço dos contractos sobre futuros de milho e de soja, negociados na principal bolsa de futuros, também registam um desempenho negativo em 2014, apresentando quedas de 6% e 22%, respectivamente. A queda do preço destes bens agrícolas está também relacionada com o aumento da produção mundial e fracas perspectivas de aumento de consumo. Já o preço do azeite negociado na bolsa de futuros MFAO, da qual o Grupo Crédito Agrícola através da Caixa Central é membro, registou uma valorização significativa durante 2014, tendo atingido o valor de 2.600 euros por tonelada de azeite.

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I. EVOLUÇÃO DO MERCADO BANCÁRIO

A turbulência vivida nos mercados financeiros, nomeadamente de dívida pública, com destaque para os países do sul da Europa, a par com um aumento das imparidades nos investimentos e ativos imobiliários, colocaram as instituições financeiras perante a necessidade de reforçar os níveis de fundos próprios para acomodar perdas efetivas e potenciais geradas. Com recurso ao plano de recapitalização da banca promovido pelo Estado português, em 2012 e no montante de 7,8 mil milhões de euros, os bancos em situações de maior fragilidade em termos de rácios de capital ou solvabilidade puderam reforçar os seus capitais para dar resposta aos requisitos de Basileia III. No final do 3º trimestre de 2014 (excluindo o Novo Banco), o rácio entre o capital Tier 1 e o ativo total situou-se em 7,6%, aumentando 0,3 p.p. face ao trimestre anterior, enquanto o rácio CET 1 resultante do agregado dos bancos atingiu os 12,6%.

Desde início de 2013, o sistema bancário nacional tem vindo a procurar reduzir exposições de liquidez junto do BCE (o financiamento obtido junto do Eurosistema diminuiu para níveis mínimos desde o início do P.A.E.F.) e a tomar medidas adicionais de reforço de capital, ainda que em condições adversas que se adensam desde 2012 e que geram pressão nas contas de exploração e nos fundos próprios dos bancos, nomeadamente devido à manutenção das taxas diretoras em níveis historicamente baixos, à crescente acumulação de volumes de crédito vencido difíceis de recuperar e à ainda reduzida atividade e procura no mercado imobiliário a impossibilitar a redução das sobredimensionadas carteiras de imóveis em posse direta ou indireta dos bancos.

Inevitavelmente, a atividade do sistema bancário permanece muito condicionada pela envolvente macroeconómica e financeira e, em particular, pela redução do nível de endividamento da economia portuguesa, que afeta de forma transversal todos os agentes económicos e que provoca uma significativa contração do negócio bancário.

O ativo total do sistema bancário português (excluindo o Novo Banco) era de 374 mil milhões de euros a Setembro de 2014 que comparam com os 375 mil milhões de euros registados em Junho de 2014 (se excluirmos o BES). Face ao trimestre homólogo de 2013, verificou-se uma significativa redução dos ativos justificados pela redução da carteira de crédito concedido.

Na realidade, as reduzidas expectativas quanto ao desempenho do sector traduzem-se, em larga medida, na fraca capitalização bolsista dos bancos cotados quando comparada com a respectiva situação líquida (ou valor contabilístico das ações).

Desde meados de 2011 que os principais agregados de crédito registam taxas de variação anuais negativas, consequência de uma acentuada quebra no rendimento disponível das famílias e dos elevados níveis de desemprego e, no caso das empresas, da erosão de rentabilidade nas empresas, provocada por quebras de margem e pelo muitas vezes insustentável peso da dívida na estrutura dos balanços, fator particularmente crítico nas micro e pequenas empresas.

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Taxa de variação anual

2011 2012 2012 2013 2013 2014 2014Dez Jun Dez Jun Dez Jun Nov

TOTAL -2,1 -3,9 -1,1 -0,6 -0,2 -3,9 -4,2Empresas -1,9 -4,0 0,7 1,1 0,8 -4,0 -3,7Particulares -2,2 -3,7 -3,3 -2,7 -1,5 -3,8 -4,9 Crédito à habitação -1,6 -3,0 -3,4 -3,8 -3,8 -3,7 -3,8 Outro crédito a particulares -4,9 -7,2 -1,5 0,9 5,7 -2,8 -7,1

AGREGADOS DE CRÉDITO

A tendência descendente do rácio de transformação do sector financeiro reflete a redução do crédito concedido pelo sistema bancário (-4,2% a Nov.2014) e o moderado crescimento dos depósitos de clientes (famílias e empresas) que, de forma crescente, procuram aumentar os níveis de poupança através de soluções de aforro e de gestão de tesouraria.

Relativamente ao crédito a sociedades não financeiras, observou-se ainda uma taxa negativa de variação anual do crédito total a sociedades não financeiras privadas (de -3,1%), bem como da taxa de variação anual do crédito total a sociedades não financeiras públicas que não consolidam nas administrações públicas de -17,6%.

No que se refere ao crédito a particulares, a taxa de variação anual do crédito para aquisição de habitação foi de -3,8% e do crédito para consumo e outros fins foi de -7,1%.

A taxa de variação homóloga dos depósitos bancários do sector privado não monetário atingiu os +2,4%, tendo no caso dos depósitos de particulares alcançado apenas +0,5%.

A qualidade do crédito6 continua a pressionar a rendibilidade dos bancos em consequência do aumento continuado dos níveis de imparidades (de crédito e de outros ativos) e do consequente esforço de provisionamento. No 3º trimestre de 2014, o stock de imparidades para crédito do sistema bancário (excluindo o Novo Banco) representou 6,8% do crédito bruto que compara com os 6,2% registados em 2013 (incluindo o BES).

O crédito vencido de particulares tem vindo, no período recente, a apresentar níveis de incumprimento crescentes mas inferiores a 5,0%7. No que se refere ao crédito vencido de empresas, a tendência registada não apresenta ainda sinais de abrandamento, com os sectores de atividade relacionados com a construção, o comércio a retalho e as atividades imobiliárias a registarem volumes de crédito vencido persistentes.

6 O rácio de crédito em risco, no 3º trimestre de 2014 e excluindo o Novo Banco, situou-se nos 18,7% para as empresas não financeiras, 17,2% para o crédito ao consumo e outros fins e 5,9% para o crédito à habitação.

7 A este propósito, é de realçar a aprovação da Lei 58/2014 de 25 de Agosto que veio criar um regime extraordinário de proteção de devedores de crédito à habitação em situação muito difícil.

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Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun SetParticulares 2,9 3,2 3,3 3,4 3,7 4,0 4,0 4,2 4,4 4,7 4,8Empresas 4,1 4,7 4,4 5,4 7,0 9,6 10,6 12,6 13,4 14,4 14,7

2013Regiões

2009 2010 2011 2012RÁCIOS DE CRÉDITO VENCIDO - PARTICULARES VS EMPRESAS

2014

Fonte: BdP, Boletim Estatístico,Dezembro.2014

Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun SetHabitação 1,7 1,9 1,9 1,9 2,0 2,2 2,3 2,3 2,5 2,7 2,8Outro Crédito 7,3 7,9 8,5 9,2 10,5 11,5 11,8 12,6 13,1 13,7 14,1

RÁCIOS DE CRÉDITO VENCIDO - PARTICULARES (POR TIPOLOGIA)2014

Fonte: BdP, Boletim Estatístico,Dezembro.2014

Tipologia2009 2010 2011 2012 2013

A análise do crédito vencido empresarial por regiões denota não apenas a persistência mas também a manutenção ou o agravamento dos níveis de incumprimento de forma transversal com excepção da região dos Açores. Se compararmos os níveis de incumprimento atuais com os que se observavam no final de 2010, verificamos que, nas regiões da grande Lisboa e do Algarve, o crédito vencido aumentou para perto do quádruplo e, nas restantes regiões, mais do que duplicou.

Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun SetNorte 4,5 5,0 4,7 5,7 6,9 8,9 9,8 11,2 11,6 12,8 13,0Centro 4,3 4,9 5,0 5,8 7,3 8,9 9,4 11,5 11,7 12,1 12,2Lisboa 4,0 4,5 4,1 5,1 6,4 9,1 10,6 12,7 14,,3 15,3 15,9Alentejo 5,5 5,8 5,5 5,9 6,9 8,3 8,7 10,4 11,1 11,9 13,0Algarve 3,9 4,2 6,1 7,4 11,6 18,9 18,6 24,5 25,3 25,4 25,4Açores 2,7 2,9 3,9 5,6 6,3 8,2 8,3 9,1 8,5 8,7 8,5

Regiões2009 2010 2011 2012 2013RÁCIOS DE CRÉDITO VENCIDO DE EMPRESAS (%) POR REGIÃO

2014

Fonte: BdP, Boletim Estatístico,Dezembro.2014

A evolução do crédito vencido de empresas, analisada com base na dimensão do crédito concedido, revela a mesma tendência de agravamento, com o aumento do crédito vencido a verificar-se independentemente do montante de crédito concedido. Apesar de se manter a tendência para uma maior incidência de crédito vencido nas exposições até 100.000 euros, o agravamento verificado nos escalões de montante mais elevado tem vindo a aumentar de intensidade nos últimos anos, tendo sido significativo em 2014.

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Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Set< 20.000 14,0 14,8 15,4 15,9 16,7 18,2 19,8 21,2 22,3 23,2 23,720.000 - 50.000 9,9 10,7 11,1 12,2 13,6 15,8 17,6 19,3 19,8 20,7 21,150.000 - 100.000 9,0 9,7 9,9 11,1 12,6 14,7 16,4 18,2 19,1 19,9 20,4100.000 - 200.000 7,9 8,5 8,4 9,7 11,3 13,3 15,4 17,2 17,7 18,6 18,9200.000 - 400.000 6,4 7,5 7,5 8,7 9,7 11,7 14,0 16,0 16,4 17,8 18,4400.000 - 1.000.000 6,7 7,4 7,3 8,7 10,4 12,7 14,9 17,0 17,5 18,7 19,11.000.000 - 5.000.000 5,6 6,6 6,7 8,1 9,9 12,4 14,7 17,4 18,2 19,9 20,4> 5.000.000 2,6 2,9 2,5 3,3 4,5 7,1 7,2 9,0 10,5 11,1 11,4

Intervalos em euros2009 2010 2011 2012 2013

RÁCIOS DE CRÉDITO VENCIDO DE EMPRESAS (%) POR ESCALÃO DO CRÉDITO CONCEDIDO2014

Fonte: BdP, Boletim Estatístico,Dezembro.2014

No que diz respeito às operações passivas, a taxa de remuneração dos depósitos e equiparados com prazo até 2 anos mantém uma tendência descendente desde o início de 2012. O processo de desendividamento e a substituição de consumo por poupança, por parte das famílias, tem permitido aos bancos reduzirem progressivamente os custos com a remuneração dos depósitos sem colocar em causa os seus níveis de liquidez.

No crédito, as taxas de juro médias sobre saldos de operações ativas registaram variações divergentes por tipo de crédito, ao longo de 2014, com a taxa média do crédito a empresas a reduzir, a taxa do crédito à habitação a registar uma ligeira subida no 1º semestre seguida de uma descida no 2º semestre, e a taxa do restante crédito a particulares a registar uma descida.

2011 2012 2012 2013 2013 2014 2014Dez Jun Dez Jun Dez Jun Nov

Depósitos até 2 anos 3,67 3,30 2,87 2,46 2,19 1,94 1,61Crédito a empresas 5,12 4,86 4,39 4,45 4,37 4,22 3,96Crédito à habitação 2,73 2,16 1,59 1,46 1,47 1,56 1,43Outro crédito a particulares 8,66 8,51 8,08 8,32 8,29 8,39 8,17Fonte: BdP-Indicadores de Conjuntura

TAXAS DE JURO (s/ saldos de fim de período)

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II. CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE

1. ANÁLISE FINANCEIRA DO SICAM (NEGÓCIO BANCÁRIO DO GRUPO CA)

Demonstração de Resultados

Em milhares de eurosAbs. %

Juros e rendimentos similares 457.451 457.014 -437 -0,1%Juros e encargos similares 206.794 208.789 1.995 1,0%

Margem Financeira 250.657 248.225 -2.432 1,0%

Comissões líquidas 131.599 128.522 -3.076 -2,3%Result. de op. financeiras 78.779 171.767 92.987 118,0%Outros 11.611 5.864 -5.746 49,5%

Produto Bancário 472.645 554.378 81.733 17,3%

Custos de estrutura 302.356 300.475 -1.882 -0,6%Custos de pessoal 163.962 164.986 1.024 0,6%Gastos gerais administrativos 123.604 121.298 -2.307 -1,9%Amortizações 14.790 14.190 -599 -4,1%

Provisões e imparidades 150.025 211.106 61.081 40,7%

Resultado antes de impostos 20.264 42.797 22.533 111,2%

Impostos, após correc. e diferidos 18.758 18.268 -490 -2,6%

Resultado Líquido 1.506 24.529 23.023 1528,4%

2013 2014Variação

Em milhares de eurosAbs. %

ActivoAplicações em Inst. de Crédito e disp. 463.470 501.641 38.171 8,2%Crédito a Clientes (líquido) 7.491.909 7.299.095 -192.814 -2,6%

Crédito a Clientes (bruto) 8.198.573 8.147.371 -51.202 -0,6%Imparidades 706.663 848.275 141.612 20,0%

Aplicações em Títulos (líquido) 3.907.810 4.277.446 369.637 9,5%Activos Não Correntes Detidos para Venda 400.990 437.489 36.499 9,1%Outros Activos 704.738 762.845 58.106 8,2%

Total Activo 12.968.918 13.278.517 309.599 2,4%

Passivo + CapitalRecursos de bancos centrais e OIC's 1.362.912 1.116.382 -246.530 -18,1%Recursos de Clientes 10.209.731 10.620.337 410.605 4,0%Outros Passivos Subordinados 133.404 142.534 9.130 6,8%Outros Passivos 156.998 234.655 77.657 49,5%

Total Passivo 11.863.045 12.113.908 250.863 2,1%Capitais Próprios 1.105.873 1.164.609 58.736 5,3%

Total do Capital Próprio + Passivo 12.968.918 13.278.517 309.599 2,4%

BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO

2013 2014Variação

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Num contexto macroeconómico nacional em fase de recuperação onde ainda se verificam, por um lado, uma elevada retração da procura de crédito por parte das famílias e das empresas com projetos viáveis (i.e. geradores de cash flows alinhados com as necessidades do serviço da dívida) e, por outro lado, um elevado nível de endividamento das empresas e famílias, a generalidade da banca portuguesa voltou a apresentar, a par de 2013, prejuízos significativos.

O Crédito Agrícola, por sua vez, apresentou uma redução da atividade inferior à generalidade dos bancos nacionais bem como um aumento do resultado líquido em 23 milhões de euros face a 2013 (24,5 milhões de euros vs. 1,5 milhões de euros).

Valores em milhões de euros

Evolução do Resultado Líquido Acumulado 31-mar-14 30-jun-14 30-set-14 31-dez-14

Caixas Associadas 5,7 3,6 -8,8 -13,1Caixa Central 3,9 21,3 21,7 36,6SICAM (Consolidado) 9,7 25,1 13,3 24,5

Os resultados positivos do SICAM devem-se, sobretudo, à gestão dos custos de funding, à continuidade da operacionalização de uma estratégia de gestão dinâmica de tesouraria, com o objectivo de realizar o valor intrínseco dos excedentes de liquidez detidos pelo SICAM, através de mais-valias que atingiram em 2014 cerca de 165 milhões de euros, que se vieram a revelar determinantes para o crescimento do produto bancário em 2014, de 17% face a 2013, e consequentemente para os resultados líquidos apresentados. Em sentido inverso, registou-se um reforço extraordinário de imparidades no valor de aproximadamente 101 milhões de euros, decompostos entre 40 milhões de euros nas CCAM e 61 milhões de euros na Caixa Central, o que originou um aumento do rácio de cobertura do crédito vencido do SICAM para os 126%.

É ainda de salientar que os resultados líquidos apresentados foram obtidos não obstante uma sã e prudente política de constituição / reforço de provisões e imparidades, que aumentaram em 2014 para 206 milhões de euros face aos 150 milhões de euros registados no período homólogo, o que originou um aumento do rácio de cobertura do crédito vencido de 107% em 2013 para 126% em 31 de Dezembro de 2014.

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Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2012 2013 2014 Δ Abs. Δ %

Margem Financeira 318 251 248 -2 -1%

Comissões l íquidas 130 132 129 -3 -2%

Resultado de operações financeiras 6 79 171 92 116%

Outros resultados de exploração 11 12 7 -5 -39%

Margem Complementar 147 222 306 84 38%

Produto Bancário 465 473 554 82 17%

Produto Bancário - SICAM

A margem financeira do SICAM sofreu uma quebra de 1%, passando de 251 milhões de euros em 2013 para 248 milhões de euros em 2014. Esta quebra resulta essencialmente de:

1. Quebra registada na concessão de crédito;

2. Níveis historicamente baixos das taxas indexantes do crédito (Euribor);

3. Redução da rendibilidade da carteira de títulos e aumento das durações;

4. Crescimento dos recursos de clientes em 3,8%, bem como da lenta redução das taxas de remuneração dos depósitos.

É ainda de realçar que a Caixa Central manteve em 2014 um esforço de remuneração dos recursos das Caixas Associadas acima dos níveis praticados no mercado, sacrificando a sua margem financeira, que foi negativa no acumulado 2014, embora se verifique uma redução destes custos (-0,24 p.p. em termos médios durante o ano de 2014) como forma de iniciar a convergência para as taxas de mercado.

É inevitável que este processo de convergência com o mercado se mantenha em 2015, o que implicará desafios acrescidos de rentabilidade para o SICAM e consequentemente para o Grupo Crédito Agrícola.

A margem financeira negativa da Caixa Central só foi possível ser suportada graças aos resultados obtidos com a gestão dinâmica da tesouraria do SICAM acima mencionada, eles próprios também possíveis devido a factos não recorrentes como sejam a política acomodatícia prosseguida pelo Banco Central Europeu e confirmada já em Janeiro de 2015.

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Apesar do aumento de comissões de comercialização de produtos fora do balanço (fundos de investimento) e de seguros vida e não vida, as comissões líquidas para o conjunto do SICAM reduziram-se em cerca de 2% face a 2013 devido essencialmente à quebra do crédito (gerador de um volume significativo de comissões).

Globalmente, o produto bancário do SICAM regista um acréscimo de 17%, tendo passado de 473 milhões de euros em 2013 para 554 milhões de euros em 2014.

Valores em milhões de euros

Margem Financeira

Comissões Líquidas

Res. Op. Financeiras

Margem Complementar

Produto Bancário

Caixas Associadas 252 106 4 12 375

Caixa Central -5 23 166 185 181

SICAM (Consolidado) 248 129 171 306 554

Ao nível dos custos, verificou-se um ligeiro decréscimo nos custos de estrutura (-1%), tendo estes reduzido em cerca de 2 milhões de euros. Esta evolução deve-se à quebra nos gastos gerais administrativos, que passaram de 124 milhões de euros em 2013 para 121 milhões de euros em 2014 (-3 milhões de euros), fruto da negociação centralizada de contratos e do esforço de contenção dos custos implementado no Crédito Agrícola. É importante assinalar, porém, que algumas categorias de custos foram penalizadas no 3º trimestre de 2014, e que terão particular reflexo em 2015, pelo agravamento do salário mínimo que serve de indexante em contratos ao abrigo da legislação de trabalho temporário (e.g. serviços de limpeza).

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2012 2013 2014 Δ Abs. Δ %

Custos de Estrutura 303 302 300 -2 -1%

Custos de Pessoal 163 164 165 1 1%

Gastos Gerais Administativos 126 124 121 -2 -2%

Amortizações 15 15 14 -1 -4%

Evolução dos Custos de Estrutura - SICAM

Em sentido oposto, os custos com pessoal agravaram-se em cerca de 1 milhão de euros (+1%).

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2012 2013 2014 Δ Abs. Δ %

Correcção de valor em crédito de clientes 99 106 166 59 56%

Imparidade de outros activos 22 44 40 -3 -8%

Total de provisões e imparidades do exercício 121 150 206 56 37%

Total de provisões e imparidades acumuladas 649 707 848 142 20%

Rácio de cobertura do crédito vencido 107% 107% 126% 0,19 p.p. -

Provisões/Imparidades do Exercício

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É ainda de salientar a evolução registada nas provisões e imparidades que, em 2014, aumentaram para 206 milhões de euros face aos 150 milhões de euros registados no período homólogo, o que originou um aumento do rácio de cobertura do crédito vencido de 107% em 2013 para 126% em 2014, salvaguardando a cobertura de resultados de eventuais cenários negativos no futuro.

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2012 2013 2014 Δ Abs. Δ %

Crédito total sobre clientes 8.365 8.199 8.147 -51 -0,6%

Crédito e juros vencidos 608 658 672 14 2,1%

Evolução da carteira de crédito

Relativamente à estrutura de balanço, registou-se um acréscimo de 2% no ativo total do SICAM que passou de 12.969 milhões de euros em 2013 para 13.279 milhões de euros em 2014. O crescimento do ativo verificou-se principalmente na rubrica de outros ativos, dada a incapacidade de transformação dos recursos captados (através de depósitos) em crédito.

13.027

13.748

12.969

13.279

2011(reexpresso)

2012 2013 2014

Evolução do Activo Líquido(em milhões de euros)

O crédito a clientes, em termos brutos, registou um ligeiro decréscimo face a 2013 (-0,6%), contudo, em termos líquidos, a quebra foi mais acentuada (-2,6%) devido ao reforço de imparidades do exercício (+20%).

2012 2013 2014 Δ Abs. Δ %

Crédito bruto 8.365 8.199 8.147 -51 -0,6%

Imparidades 649 707 848 142 20,0%

Crédito l íquido 7.717 7.492 7.299 -193 -2,6%

Crédito a clientes

O passivo total do SICAM aumentou cerca de 250 milhões de euros enquanto o capital registou um aumento de 59 milhões de euros.

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Valores em milhões de euros

Activo Passivo Capitais Próprios

Caixas Associadas 11.841 10.670 1.171

Caixa Central 6.001 5.702 298

SICAM (Consolidado) 13.279 12.114 1.165

É importante mencionar a evolução do rácio de transformação que, em 2014 face a 2013, se reduziu de 80,1% para 76,7%, está atualmente situado num nível bastante baixo quando comparado com a restante banca portuguesa (que, de forma agregada e excluindo o Novo Banco, registou um rácio de 107% em Setembro de 2014) e se revela insuficiente para uma adequada remuneração dos fundos próprios.

8.365 8.199 8.147

10.178 10.234 10.620

82,2%80,1%

76,7%

69,0%

74,0%

79,0%

84,0%

89,0%

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

2012 2013 2014

Evolução do Crédito e Recursos de Clientes(em milhões de euros)

Crédito a Clientes (bruto) Recursos de Clientes Rácio de Transformação

Para tal, contribuíram a redução de stock de crédito concedido (-0,6%) e o aumento ao nível de recursos de balanço constituídos por clientes (+3,8%).

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2012 2013 2014 Δ Abs. Δ %

Crédito a Clientes (bruto) 8.365 8.199 8.147 -51 -0,6%

Recursos de Clientes 10.178 10.234 10.620 387 3,8%

Rácio de Transformação 82,2% 80,1% 76,7% -3,4 p.b. -

Evolução do crédito e recursos de clientes

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2. OUTROS FACTOS RELEVANTES

Mesmo com reduzida implantação nos principais mercados urbanos, o Crédito Agrícola tem vindo a revelar que possui uma reputação muito positiva no sector. Uma sondagem realizada pela Aximage, em Setembro de 2014, para o Jornal de Negócios e para o Correio da Manhã, com o objectivo de medir o índice de confiança espontânea nos bancos portugueses, veio confirmar que, a seguir ao banco do Estado, o Crédito Agrícola é a 2ª instituição em que os portugueses mais confiam.

A excelência do Grupo Crédito Agrícola, na atividade bancária e seguradora, tem vindo a ser regular e amplamente reconhecida através de diversos prémios da indústria financeira e seguradora. A CA Seguros tem sido frequentemente premiada (foi considerada pela revista Exame a melhor seguradora não vida em 2013) e mantém a liderança nos seguros de colheitas em Portugal.

A CA Vida também foi reconhecida, pela revista Exame, como a melhor seguradora vida em 2012. A CA Gest, empresa do Grupo especializada na gestão de ativos, oferece diversos fundos de investimento com desempenho acima do mercado e mais do que duplicou os montantes sob gestão e a quota de mercado nos fundos de investimento mobiliário, em 2014.

O serviço B24 festejou 10 anos sobre a data do seu lançamento e terminou o ano com 236 balcões em funcionamento.

Em 2014, a instalação de terminais de pagamento automático (TPA) registou uma evolução positiva (+3,3% para as quase 17 mil unidades) sem tradução na variação da quota de mercado. O número de transações em ATM do Crédito Agrícola subiu 3,3% em 2014, atingindo os 79 milhões de transações (i.e. mais de 4.500 transações mensais por equipamento).

Em 2014, registaram-se reduções no número de cartões de débito (-0,2% face aos +3,5% do mercado) e de cartões de crédito do Crédito Agrícola (-7,1% face aos -4,2% do mercado), o que se traduziu numa perda de quota de mercado em quantidade de cartões (de 8,1% para 7,8% nos cartões de débito e de 6,6% para 6,4% nos cartões de crédito). Não obstante, no mesmo período, verificou-se um aumento do número de transações de cartões (+5,4% para os 91,7 milhões de transações), assim como, um aumento do volume de transações (+ 5,6% para os 4.781 milhões de euros).

Em termos de penetração do canal on-line, em 2014, o número de adesões ativas nas empresas ultrapassava as 56 mil e nos particulares atingia as 218 mil. No CA Mobile, as adesões ultrapassaram as 12 mil tendo-se registado um crescimento de 79%.

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O ano 2014 contou com 14.977.420 visitas ao website institucional do Grupo Crédito Agrícola, o que significou um acréscimo de 19% face a 2013 (e +24% no número de visitantes únicos que totalizam os cerca de 4,3 milhões de pessoas).

No ano de 2014, o Grupo CA afirmou-se como um motor de desenvolvimento regional através da relação de proximidade com os clientes, contribuindo para dar resposta às suas ambições e projetos financeiros, com uma oferta universal de serviços financeiros e de proteção e, no decurso da recessão económica e das crises de dívidas soberanas e do mercado imobiliário, demonstrando uma credibilidade e resiliência (em termos de liquidez e solvabilidade) ímpares.

Em Junho de 2014, o Grupo Crédito Agrícola realizou o jantar de homenagem às empresas, suas clientes, que se destacaram no contexto nacional pelo seu contributo para a competitividade e crescimento da economia portuguesa recebendo, por isso e mediante proposta do Crédito Agrícola, o estatuto de PME Líder (73 empresas versus 30 no ano transacto) e PME Excelência (15 empresas versus 2 no ano transacto) com referência à situação financeira de 2013.

O Grupo Crédito Agrícola lançou, em parceria com a Associação dos Escanções de Portugal, o “I Concurso de Vinhos do Crédito Agrícola” destinado a Produtores e Cooperativas de todas as regiões vitivinícolas do país. Entre as várias regiões vitivinícolas do país, inscreveram-se 175 produtores com cerca de 280 vinhos brancos e tintos propostos a concurso. As provas cegas e a atribuição destes prémios decorreram no âmbito da “Portugal Agro, Feira Internacional das Regiões, da Agricultura e do Agro-alimentar”, em Novembro de 2014. Os vencedores foram revelados numa cerimónia que contou com a presença do Secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque.

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ICOO Crédito Agrícola patrocinou as principais feiras de âmbito nacional, nomeadamente o SISAB, AGRO,

Ovibeja, Feira Nacional da Agricultura, Expofacic, Fatacil, Agroglobal, Portugal Agro (vide figura), Salão Imobiliário de Portugal (SIL) e “Mercados” do Campo Pequeno com um espaço Grupo Crédito Agrícola para promoção da marca e da oferta direcionada de produtos e serviços em cada feira. Ao associar-se, ano após ano, a estes eventos, o Grupo Crédito Agrícola reforça o seu papel ativo no desenvolvimento e na promoção das regiões, da sua cultura e das suas tradições.

Foram encetadas parcerias com entidades como a Confagri, a Associação de Jovens Agricultores de Portugal (AJAP), a Publindústria – Agrotec (portal de informação agrícola e de agronegócios), a Portugal Fresh, a Compal-Sumol, a Visabeira Turismo e a Prosegur, estando em curso a formalização de um conjunto adicional de importantes protocolos (e.g. ADRAL, Energie).

No que respeita à oferta de produtos e serviços, em 2014, foram lançadas comercialmente soluções de passivo (e.g. DP Associados, Poupança Cristas) e de activo (e.g. CH para não residentes, super crédito pessoal), soluções (bundles) dedicados a empresas e famílias, soluções de tesouraria para empresas e empresários, soluções de micro-crédito com garantia do Fundo Europeu de Investimento, entre outros. No

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ano de 2014, foi dado particular destaque na imprensa nacional e regional às várias iniciativas do CA que contribuem de forma efetiva para a disseminação de uma cultura de inovação nos sectores da agricultura, da agro-indústria e da floresta, promovendo, incentivando e premiando projetos que serão casos de sucesso nacional como sejam:

• o lançamento do ”Prémio CA - Inovação na Agricultura, Agro-indústria e Floresta” que contou com 133 projetos concorrentes dos quais foram selecionados 12 projectos finalistas; e

• a implementação, em parceria com a INOVISA e no âmbito do 8º Quadro Comunitário, de um Ciclo de Seminários que se desenrolaram ao longo do ano, cobriram as todas as regiões de Portugal Continental e do Arquipélago dos Açores e contaram com a presença de centenas de empresários, agricultores e entidades do sector primário e agro-industrial.

ATIVIDADE DESENVOLVIDARELATÓRIO DE GESTÃO

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Caros Associados,

Em cumprimento do estabelecido nos Estatutos da Caixa de Credito Agrícola Mutuo de Oliveira de Azeméis e Estarreja, CRL e nos termos do Código Cooperativo, Regime Jurídico do CAM e demais legislação aplicável, submetemos à vossa apreciação o Relatório do Conselho de Administração ás Contas e o respectivo Anexo bem como a Proposta de Aplicação dos Resultados, acompanhadas do Parecer do Conselho Fiscal, referentes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2014.

O Crédito Agrícola de Oliveira de Azeméis e Estarreja, nasceu das comunidades locais e desde a sua génese, orientou-se para essa comunidade. Nela encontrou o seu espaço de intervenção e os fundamentos da sua racionalidade económica. Detém na Região uma importante rede de balcões, com um total de 6 unidades de negócio, distribuídas por dois concelhos, mantendo-se, assim, como uma importante referência no sistema financeiro desta região.

O ano de 2014 voltou a ficar marcado pela recessão económica. O crescimento da economia mundial manteve a tendência de abrandamento dos últimos anos, com destaque para das economias emergentes e para a acentuação das tensões geopolíticas, embora se verifiquem sinais de recuperação dos Estados Unidos e uma ténue retoma da zona Euro. Em Maio de 2014, Portugal concluiu o Programa de Assistência Económica e Financeira sem recurso a um programa cautelar. A dinâmica da economia portuguesa deverá continuar a ser assegurada pelo comportamento das exportações e pela recuperação da procura interna, mas a redução da alavancagem dos sectores públicos e privados continuarão a condicionar o crescimento da economia portuguesa no futuro.

A economia portuguesa registou em 2014 um crescimento do consumo da ordem dos 2,2%, mas a sua evolução permanece condicionada pelos elevados níveis de endividamento das famílias e das empresas.

O emprego privado por conta de outro está a recuperar de forma consistente com a evolução da atividade económica, é igualmente importante referir, que as insolvências de empresas reduziram face a igual período, o que demonstra que o ajustamento do tecido empresarial está a estabilizar.

É espectável que a recessão da economia na atual conjuntura leve a um forte aumento do crédito vencido, implicando um grande aumento do esforço de provisionamento, o qual, também afeta a margem financeira, dadas as dificuldades enfrentadas por numerosas empresas e famílias. Todavia, o aumento do crédito vencido na nossa Instituição, no contexto de crise, está bastante aquém do que se regista no sistema bancário no seu todo.

Como podemos constatar ao longo do presente relatório, apesar dos constrangimentos que caracterizaram a situação do mercado bancário em 2014 e que se descreve no ponto anterior, o Credito Agrícola de Oliveira de Azeméis e Estarreja, conseguiu em 2014 um resultado positivo de cerca de 88M€. Este resultado, embora inferior ao registado em 2013, pode-se considerar como bastante favorável face ao panorama geral do sector.

O resultado de 2014 espelha a evolução adversa da margem financeira, provocada pela agressiva política de taxas adotadas pelo BCE, que originou uma nova descida das taxas euribor, as quais se encontram indexadas as condições remuneratórias da larga maioria das operações de crédito. No entanto, esta descida não teve

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grande efeito na concessão de novos créditos, pois a situação das famílias e das empresas deteriorou-se de tal forma que muitas delas já não tinham condições para obtenção de crédito junto da banca. Esta situação tende a inverter-se no decorrer do ano de 2015.

Ainda na concessão de crédito, e no que se refere ao crédito a particulares, a taxa de variação anual do crédito habitação para aquisição de habitação teve uma taxa negativa e do crédito para consumo e outros fins apenas registou uma variação muito ténue. Relativamente ao crédito às empresas, verifica-se ainda uma fraca variação. O abrandamento verificado é o resultado da incerteza, por parte das famílias, quanto à estabilidade do emprego e à evolução dos salários. O encerramento de empresas e o agravamento das condições de exploração veio a ter reflexo na confiança das pessoas, levando-as a adiar, ou a repensar, todas as estratégias relativamente aos investimentos.

Face ao exposto, a dinâmica da atividade comercial exercida durante o ano, teve por reflexo uma redução dos recursos de clientes, verificando-se uma variação negativa. O acréscimo concorrencial a que se assiste por parte das outras instituições de crédito que estão a exercer um grande esforço para aumentar o seu funding pela via de captação de depósitos de clientes em detrimento do recurso ao mercado de capitais, deixa em aberto um agravamento dos resultados de exploração.

O rácio de transformação 62,06% dos depósitos de clientes em crédito, apresenta-se muito inferior à globalidade dos outros bancos, conferindo ao Credito Agrícola uma confortável situação de liquidez e a certeza do potencial para a expansão sustentada do negócio bancário. Mas a tendência descendente do rácio de transformação do sector financeiro reflete a redução do crédito concedido pelo sistema bancário.

A carteira de crédito, cifrou-se em 46,4M€ evidenciando uma taxa de decrescimento de 1,03%. Esta redução da atividade creditícia a clientes, contribuiu para uma redução dos benefícios ao nível da rendibilidade do ativo total. A nossa instituição, na sua área tradicional, continua a apoiar, sob a forma de operações de financiamento e de prestação de serviços, as necessidades financeiras próprias dos sectores agrícola e agro-pecuário que apresentam um importante peso na economia regional, solidificando assim, a quota de mercado neste segmento específico de clientes.

A gestão do risco operacional e de crédito tem sido um outro aspecto em que temos insistido ativamente, tendo em vista o desígnio da obtenção de uma carteira de crédito de boa qualidade.

Para além do negócio gerado a partir das operações provenientes da intermediação financeira, continuam a ser exploradas as receitas provenientes dos produtos da venda cruzada, com destaque para os proveitos obtidos em produtos e serviços geradores de comissões, como são exemplo os referentes à atividade seguradora nos ramos reais e vida, mas também os provenientes da atividade bancária corrente, cartões de créditos ou serviços financeiros especializados.

As comissões têm vindo a representar um peso cada vez maior na composição do produto bancário. Pese embora a aposta na comercialização de produtos complementares, tem sido aproveitada para a geração de receita adicional, procurando aumentar o número de produtos a cada cliente, o que se traduz num aumento do produto bancário médio por cliente.

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Por fim, tendo por base os requisitos do Basileia III e de toda a regulamentação complementar, o controlo dos principais riscos financeiros a que se encontra sujeita a atividade da nossa Instituição, tem sido exercido em conjunto com a política corrente de gestão de risco, nomeadamente no que concerne à adequação dos níveis de capitais próprios à atividade desenvolvida, bem como a avaliação do fator risco nos negócios efetuados.

Os resultados obtidos pela nossa Caixa, permitiu continuar a reforçar a sua situação líquida, num exercício económico bem caracterizado pelas dificuldades que decorrem da nossa economia e do mercado bancário, não podemos deixar de manifestar alguma preocupação quanto à evolução futura.

Neste contexto, tomadas as medidas corretivas que hão-de traduzir-se em maiores ganhos de eficiência, no que respeita aos custos de funcionamento e numa redução progressiva do crédito vencido, estamos certos que a Caixa Credito de Oliveira de Azeméis e Estarreja, estará no caminho do progresso.

OBJETIVOS PARA 2015

Em relação às perspetivas para 2015, admite-se que as condições de exploração continuarão fortemente afetadas. Neste enquadramento, algumas das linhas de atuação que o Crédito Agrícola de Oliveira de Azeméis e Estarreja tem vindo a privilegiar nos últimos anos mantêm-se atual para o próximo exercício. As respostas delineadas face às dificuldades mencionadas passam, entre outras, pela concentração de esforços em ações tendentes à expansão do crédito (em especial às empresas com projetos sustentáveis), ao reforço do produto bancário, à minimização das perdas na carteira de crédito, à promoção da eficiência e de medidas de redução de custos com pessoal e administrativos e à resposta aos requisitos regulamentares e de controlo interno.

Expansão da margem complementar, no quadro da evolução gradual para um modelo de negócio em que os proveitos de comissões reforcem o contributo para o Produto bancário. Será importante implementar um programa de ação comercial e um sistema de incentivos, ambos assentes na concentração de esforços de comercialização em segmentos alvo promissores e em produtos e serviços geradores de margem complementar e que contribuam para os objetivos de concessão de crédito e para os objetivos de venda cruzada (e.g. produtos de capitalização, seguros, fundos de investimento mobiliários, fundos de pensões para empresas, meios eletrónicos de pagamento, serviços transacionais de cobranças e transferências).

Em termos quantitativos é de admitir que, apesar da envolvente macroeconómica, social e de mercado desfavorável, e do elevado nível de incerteza que ainda subsiste nessa matéria, o Crédito Agrícola de Oliveira de Azeméis e Estarreja consiga alcançar um resultado positivo em 2015, continuando assim a reforçar a sua base de capital e a solidez financeira indispensável para cumprir a sua missão em prol do desenvolvimento das comunidades locais, através de relações de proximidade com os clientes que, de forma crescente, respondam às suas ambições.

Certos de que os objetivos serão alcançados, cumpre-nos ainda agradecer aos Órgãos Sociais e aos colaboradores, pelo esforço e forma eficiente com que se dedicaram no desempenho das suas funções.

ANÁLISE FINANCEIRA

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BALANÇO

O Ativo líquido do Credito Agrícola de Oliveira de Azeméis e Estarreja ascendeu, no final de 2014, a 90M€, verificando-se uma redução de 3,9% relativamente ao ano anterior. Para a evolução registada contribuíram, expressamente as evoluções verificadas ao nível das aplicações em instituições de crédito e o crédito a clientes.

Q1. Balanço do Crédito Agrícola de Oliveira de Azeméis e Estarreja

Saldos a 31 de Dezembro de 2014

BALANÇO 2014 2013 Variação RelativaACTIVODisponibilidades 2.122.890 1.675.012 26,7%Aplicações em instituições de crédito 38.008.991 41.268.087 -7,9%Crédito a clientes 39.669.088 40.391.427 -1,8%Participações financeiras 3.016.619 3.016.619 0,0%Activos intangíveis e tangíveis 1.439.133 1.498.521 -4,0%Activos diversos 6.173.376 6.220.316 -0,8%Total 90.430.097 94.069.982 -3,9%PASSIVORecurso de instituições de crédito 192.345 2.500.079 -92,3%Recursos de clientes 77.899.470 79.029.036 -1,4%Provisões 348.413 352.727 -1,2%Passivos diversos 727.871 652.654 11,5%CAPITAIS PRÓPRIOS 11.261.998 11.535.486 -2,4% Total 90.430.097 94.069.982 -3,9%

G1. Activo Liquido Total

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94.069.982

Activo Liquido Total

Activo Liquido Total2014 2013

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DISPONIBILIDADES E APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

As disponibilidades e aplicações em instituições de Crédito alcançaram no seu conjunto 40,1M€, diminuindo 6,5% relativamente ao período homólogo de 2013.

O montante de recursos de instituições de crédito, vem revelar a apreciável e confortável situação de liquidez do CA de Oliveira de Azeméis e Estarreja.

CRÉDITO A CLIENTES

O crédito a clientes cifrou-se em 39,7M€ evidenciando uma taxa de redução de 1,8%. Esta redução da actividade creditícia a clientes, que contribuiu para o decréscimo do ativo total, continuando o CA de Oliveira de Azeméis e Estarreja a adoptar uma postura criteriosa na análise às operações de crédito apresentadas, fundamentada em exigentes critérios de avaliação do risco de crédito.

Na estrutura patrimonial da nossa instituição, o crédito a clientes constitui a principal fonte de fundos, com um peso de 43,9% no activo total.

Em termos sectoriais, o crédito a particulares evidencia um peso muito grande no saldo do crédito concedido, constituindo principal destaque o crédito à habitação que tem vindo a demonstrar uma tendência para a estagnação, não obstante ter registado uma variação de 6,2%.O crédito a empresas e sector público tem revelado uma tendência para aumentar.

O CA de Oliveira de Azeméis e Estarreja continua a privilegiar a concessão de crédito não só ao sector agrícola, mas também a pequenos negócios e a particulares, diversificando e reforçando significativamente as suas garantias reais, designadamente a hipotecária.

O rácio de transformação de depósitos de clientes em crédito fixou-se em 62,06% (diminuiu cerca de 1,01 p.p.), cumprindo as orientações da Caixa Central que apontam para um rácio de transformação de <85%.

Este indicador continua a revelar a cobertura do crédito pelos depósitos, evidenciando por isso, uma margem de segurança bastante acentuada e assim uma ponderação do potencial de negócio.

CRÉDITO VENCIDO

O O crédito e juros vencidos brutos totalizaram 7.0M€, representando uma diminuição de 1,96% face a idêntico período do ano anterior (variação período homologo).O rácio do crédito vencido bruto, em 31 de Dezembro de 2014 é de 15,03%, aumentando relativamente aos 15,02% de 2013, o que corresponde a uma variação no período homólogo de 0,01 p.p..

Não obstante a variação verificada no crédito vencido, o Crédito Agrícola de Oliveira de Azeméis e Estarreja continua a evidenciar um valor para este rácio acima das orientações recomendadas pela Caixa Central.

Para inverter esta tendência, tem concorrido a exigente análise de risco efetuada sobre as operações de crédito, tendo em vista a obtenção continuada de uma carteira de crédito de boa qualidade.

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Note-se que a representatividade do crédito vencido, após dedução das respectivas provisões (crédito vencido líquido) é de 1,22%.do crédito total líquido.

O saldo atual das provisões é de 6,7M€ cobrindo 95,7% do crédito vencido.

G2. Crédito Bruto (ativo vs Vencido) e Provisões

2014 2013

39.376.302 39.708.893

7.025.844 7.166.2856.713.418 6.473.649

Credito activo bruto Credito Vencido Bruto Provisões

RECURSOS DE CLIENTES

Os recursos de clientes, que são a fonte primária de origem de fundos da CA de Oliveira de Azeméis e Estarreja, elevaram-se a 77,9 M€, representando um decréscimo de 1,4% relativamente ao ano anterior, sendo que a sua constituição é composta na sua maioria por depósitos de clientes, que diminuíram em 1,05M€.

Os Depósitos à ordem diminuiu 11,4%, já os depósitos a prazo aumentaram 7,6% acompanhados da redução das poupanças em 18,7%.

Q3. Recursos de Clientes

Saldo a 31 de Dezembro de 2014

RECURSOS DE CLIENTES 2014 2013 Var. Absoluta % Depósitos 77.459.290 78.511.455 -1.052.165 -1,3% Ordem 23.683.289 26.728.587 -3.045.298 -11,4% Prazo 47.775.005 44.402.588 3.372.417 7,6% De poupança 6.000.996 7.380.280 -1.379.284 -18,7%Outros recursos 440.180 517.580 -77.400 -15,0%

Total dos Recursos 77.899.470 79.029.035 -1.129.565 -1,4%

A intensificação da concorrência nesta área de captação de recursos de clientes, tem estimulado a oferta de índices de remuneração elevados, de forma a preservar/captar recursos. Efetivamente, as instituições de

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crédito têm efetuado um grande esforço no sentido de captar recursos sob a forma de depósitos de clientes em detrimento do mercado de capitais, situação que produz um impacto direto na nossa instituição, uma vez que o seu funding é efetuado primordialmente através da captação de depósitos de clientes.

Apesar disso, a variação verificada, em 2014, nos depósitos de clientes foi bastante satisfatória, tendo mantendo-se o nível de depósitos acima dos 77 M€.

G3. Crédito e Depósitos de Clientes

RECURSO DE CLIENTES

2014 2013

46.402.147 46.875.178

77.899.470 79.029.035

Credito a Cliente Depositos de Clientes

CAPITAL PRÓPRIO

Os Capitais Próprios ascendem a 11,3 M€, verificando um decrescimento de 2,4% face a Dezembro de 2013. Do seu total, 69,15% são referentes a capital subscrito, 30,06% reservas e resultados transitados, que corresponde a 3,4M€ e 0,78% a resultados do exercício. O capital subscrito foi de 7,8M€, que corresponde uma variação de -2,59%.

O capital social encontra-se integralmente realizado por títulos nominativos de 5€ (cinco), é representado por 1.391.190 títulos de incorporação de reservas e 166.373 títulos de capital ordinários, repartido por 3.038 Associados e CCAM.

Os movimentos na conta de Capital encontram-se evidenciados no anexo às contas na Nota 35.

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RÁCIO DA SOLVABILIDADE

No exercício de 2014, a instrução 23/2007 foi descontinuada, dando lugar ao cálculo dos requisitos e rácios prudenciais, de acordo com os reportes Corep, aplicando as regras CRD IV/CRR, regulamento (U.E) n.º 575/2013., tendo-se obtido rácio de solvabilidade de 27,0% ligeiramente acima do verificado no ano anterior, que foi de 24,3 (TIER1). Para efeito do cálculo deste rácio, obtivemos o montante de 11,1M€ em fundos próprios totais.

Note-se que, para este rácio a autoridade Monetária exige a obtenção do mínimo de 8%..

G4 Rácio de Solvabilidade

Saldo a 31 de Dezembro de 2014 (euros)

RÁCIO DE SOLVABILIDADE 2014 2013Fundos próprios totais (solvabilidade) 11.111.018 9.203.987Posições em risco de activos e equivalentes 91.865.088 92.435.273Requisito de Fundos Próprios 41.865.088 40.205.913Rácio de Solvabilidade 27,00% 24,30%

RESULTADO

O lucro líquido do exercício findo a 31 de Dezembro de 2014 foi de 0,08M€, a que corresponde uma redução de 53,5% face a idêntico período do ano anterior. Esta variação negativa ficou a dever-se à perda da margem financeira, que resulta da diferença entre a remuneração das operações passivas ainda elevadas e uma redução das taxas euribor associadas a maioria dos contratos de crédito das operações ativas. O produto bancário também seguiu essa tendência, uma vez que a recuperação de credito foi reduzida.

O desempenho na atividade de exploração revela um decréscimo da margem financeira e do produto bancário.

Q.5 Demonstração de Resultados do CA de Oliveira de Azeméis

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SÍNTESE DA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS 2014 2013 Variação relativa

Margem financeira 1.571.473 1.782.127 -11,8%

Produto bancário 2.316.405 2.787.951 -16,9%

Resultados antes de impostos 249.012 426.487 -41,6%Resultado líquido 87.845 188.893 -53,5%

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MARGEM FINANCEIRA

A margem financeira totalizou 1,6M€ registando um decréscimo de 11,8% relativamente ao ano de 2013.

Esta diminuição, reflectiu a tendência acentuada de redução da taxa de juro de mercado em 2014 das operações ativas, tendo sido contrabalançada pela diminuição mais acentuada das taxas passivas. Esta tendência devera manter-se no decorrer do ano de 2015 o que devera traduzir-se em efeitos negativos no decorrer do ano 2015.

Em termos relativos os juros e rendimentos similares diminuíram 12,9% e os juros e encargos diminuíram 14,2%.

Q6. Margem Financeira

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MARGEM FINANCEIRA 2014 2013 Variação relativaJuros e rendimentos similares 2.718.444 3.119.387 -12,9%Juros e encargos similares 1.146.970 1.337.260 -14,2%Margem Financeira 1.571.474 1.782.127 -11,8%Margem Financeira % ativo Liquido 1,7% 1,9%

PRODUTO BANCÁRIO

O comportamento descendente evidenciado na margem financeira, resulta num decrescimento de 16,9% no produto bancário que ascende a 2,3M€.

G5. Margens e Produto Bancário

MARGENS E PRODUTO BANCÁRIO

2014 2013

1.571.4731.782.127

744.9321.005.824

2.316.405

2.787.951

Margem Financeira Margem Complementar Produto Bancario

Da composição do produto bancário verifica-se que a margem financeira aumentou o seu peso para 67,8% (63,9% em 2013) e a margem complementar diminuiu o seu peso para 32,2% (36,1% em 2013), numa tendência que se prevê seja para manter nos tempos mais próximos.

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Q.7 Produto Bancário

31 de Dezembro de 2014

PRODUTO BANCÁRIO 2014 2013 Variação Relativa

Margem Financeira 1.571.473 1.782.127 -11,8%

Margem complementar 744.932 1.005.824 -25,9%

Produto Bancário 2.316.405 2.787.951 -16,9%

Margem Financeira % Produto Bancário 67,8% 63,9%

Margem Complementar % Produto Bancário 32,2% 36,1%

CUSTO DE ESTRUTURA

Os custos de estrutura indicados pela soma dos custos com pessoal, com os gastos administrativos e amortizações do exercício, exibiram uma redução de 7,5% alcançando 1,8M€

Os custos com pessoal reduziram 6,9%, tendo para esta variação concorrido a manutenção da tabela salarial e a fusão das duas Caixas o que levou a uma redução de custos.

Os gastos gerais administrativos evidenciaram uma diminuição de 7,8%, o que é significativo, trata-se de custos correntes. As amortizações do exercício diminuíram 11,9%, pela via do equipamento já amortizado.

G6. Custos de EstruturaCUSTO DE ESTRUTURA

2014 2013

992.5081.066.621

784.286850.576

64.465 73.174

Custos Pessoal G.G.D Amortizações

Por seu lado, o indicador que relaciona os custos de estrutura com o produto bancário Cost-to-income demonstra uma evolução desfavorável, tendo aumentado para 79,5% em relação aos 71,4% em 2013. Esta situação evidencia um aumento dos custos de estrutura relativamente ao produto bancário. Apesar de redução dos custos com o pessoal e administrativos não compensou a redução do produto bancário.

57

CA-Oliveira de Azeméis e Estarreja | Relatório e Contas do Exercício de 2014

AN

ÁLI

SE F

INA

NC

EIR

A

Q8.Custo de estrutura

31 de Dezembro de 2014

CUSTO DE ESTRUTURA 2014 2013 variação Relativa

Custos com pessoal 992.508 1.066.621 -6,9%Gastos gerais administrativos 784.286 850.576 -7,8%Amortizações 64.465 73.174 -11,9%Custos de Estrutura 1.841.259 1.990.371 -7,5%Custos estrutura % Produto Bancário 79,5% 71,4%

PROVISÕES DO EXERCÍCIO

As variações verificadas na constituição e na reposição e anulação de provisões, que resulta num diferencial negativa entre ambas, levaram a que as provisões líquidas do exercício ascendessem a 0,2M€.

Realçamos neste ponto o facto que para alem das provisões para crédito e juros vencidos, também se incluiu as provisões de cobrança duvidosa e para Riscos Gerais de Credito.

A nossa instituição tem constituído provisões no valor de 7,0 M€ no seu todo.

Q.9. Provisões Liquidas

31 de Dezembro de 2014

PROVISÕES 2014 2013 Variação Relativa

Constituição de provisões 1.086.878 4.769.725 -77,2%

Reposição e anulação de provisões 851.406 4.428.057 -80,8%Provisões Liquidas 235.472 341.668 -31,1%

MOVIMENTO DE ASSOCIADOS

60

CA-Oliveira de Azeméis e Estarreja | Relatório e Contas do Exercício de 2014

MO

VIM

ENTO

DE A

SSOC

IAD

OS

Apesar dos efeitos do recente enquadramento da qualidade de associados das caixas de Crédito Agrícola, o CA de Oliveira de Azeméis e Estarreja continua a registar níveis de admissão minimamente satisfatórios, verificando-se durante o ano de 2014 a admissão de 46 novos sócios.

Por outro lado, os pedidos de demissão, efectuados de acordo com as condições legalmente estabelecidas, totalizaram 56 sócios.

Assim, registou-se um diminuição liquido de 10 sócios, em relação ao verificado em 2013, ficando a evolução no movimento de associados em 2014 conforme o evidenciado na nota 35 do Anexo, como no quando abaixo representado.

Q.10 Movimento de Sócios

Ano de 2014

MOVIMENTO DE SÓCIOS

Sócios em 31-12-2013 3078

Sócios admitidos em 2014 46

Sócios demitidos/ excluídos em 2014 56

Sócios em 31-12-2014 3038

NOTAS FINAIS

62

CA-Oliveira de Azeméis e Estarreja | Relatório e Contas do Exercício de 2014

NO

TAS FIN

AIS

Na conclusão da apresentação do relatório e contas 2014, o Conselho de Administração informa que à data de reporte, não existem dívidas em mora ao Estado nem à Segurança Social. De referir, ainda, que após o termo do exercício não ocorreram factos relevantes que devessem ser relatados nas demonstrações financeira ou neste relatório.

Também expressar o seu reconhecimento aos Órgãos Sociais e todos os intervenientes que, de uma forma direta ou indireta, contribuíram para a valorização e obtenção dos resultados alcançados, em especial a todos os trabalhadores e colaboradores pela dedicação demonstrada no exercício das suas funções, aos associados e clientes pela preferência concedida e a todas as entidades oficiais ou de cúpula pela confiança que sempre nos transmitiram.

Oliveira de Azeméis, 11 de março de 2015

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

António Rodrigues dos Reis

Júlio César dos Reis Lopes

Manuel da Cruz Oliveira Terra

Rafael Júlio do Valdujo Correia Vidal

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

64

CA-Oliveira de Azeméis e Estarreja | Relatório e Contas do Exercício de 2014

PRO

POSTA

DE A

PLICA

ÇÃ

O D

E RESU

LTAD

OS

Em cumprimento do preceituado nos Estatutos, o Conselho de Administração da CCAM de Oliveira de Azeméis e Estarreja, propõe à Assembleia-geral que o Resultado Líquido do exercício de 2014, no montante de 87.845,32€ (Oitenta sete mil oitocentos e quarenta cinco euros e trinta e dois cêntimos), seja aplicado do seguinte modo:

Reserva Legal 17.570,00 Reserva para educação e formação cooperativa 3.680,85

Reserva para Mutualismo 500,00

Reserva Especial 23.713,13

Alteração de Politicas Contabilísticas 42.381,34

Remuneração do Capital -

Outras Reservas -

Reserva para estabilização da distribuição de excedentes - Total 87.845,32

O Conselho de Administração propõe:

Aumento de capital Por: Incorporação de reservas Especial 23.710,00

Transferência de Resultados Transitados Positivos 6.350,00

Transferência de:

Reserva Especial 3,13

Resultados Transitados Positivos 3,93 Outras Reservas 7,06

Ficando a Situação Liquida assim constituída deste modo:

Capital Social 7.817.875,00 Reserva Legal 2.845.007,27

Reserva para educação e formação cooperativa 15.000,00

Reserva para Mutualismo 19.300,00

Reserva Especial -

Outras Reservas 243.378,10

Reserva de Reavaliação 321.437,60

Reserva para estabilização da distribuição de excedentes - Total 11.261.997,97

O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADEAníbal Fernandes, Dr.

(T.O.C. nº 53808)

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOAntónio Rodrigues dos ReisJúlio César dos Reis Lopes

Manuel da Cruz Oliveira TerraRafael Júlio do Valdujo Correia Vidal

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E ANEXOS

66

CA-Oliveira de Azeméis e Estarreja | Relatório e Contas do Exercício de 2014

DEM

ON

STRA

ÇÕ

ES FINA

NC

EIRA

S

CA

IXA

DE C

RÉD

ITO A

GR

ÍCO

LA M

ÚTU

O D

E OLIV

EIRA

DE A

ZEMEIS E ESTA

RR

EJA, C

RL | B

ALA

OS EM

31 DE D

EZEMB

RO

DE 2014 E 2013

(Montantes expressos em

Euros)

20142013

Ativo

Bruto

Provisões,

imparidade e

amortizações

Ativo

líquido

Ativo

líquidoA

tivoN

otasPA

SSIVO

E CA

PITAL

Notas

20142013

(Pró forma)

(Pró forma)

Caixa e disponibilidades em

bancos centrais5

816.119 816.119

836.049 R

ecursos de bancos centrais22

Disponibilidades em

outras instituições de crédito6

1.306.771 1.306.771

838.963 Passivos financeiros detidos para negociação

23-

-

Ativos financeiros detidos para negociação

7-

- -

Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados

24

Outros ativos financeiros ao justo valor através de resultados

8-

- R

ecursos de outras instituições de crédito25

192.345 2.500.079

Ativos financeiros disponíveis para venda

9407.399

(29.575)377.825

388.552 R

ecursos de clientes e outros empréstim

os26

77.899 470 79.029.036

Aplicações em

instituições de crédito10

38.008.991 38.008 991

41.268.087 R

esponsabilidades representadas por títulos27

Crédito a clientes

1146.382.506

(6.713.418)39.669 088

40.391.427 Passivos financeiros associados a ativos transferidos

28

Investimentos detidos até à m

aturidade12

- D

erivados de cobertura14

Ativos com

acordo de recompra

13-

- Passivos não correntes detidos para venda

29

Derivados de cobertura

14-

- Provisões

30348.413

352.727

Ativos não correntes detidos para venda

154.095.979

(3.799)4.092.180

3.926.482 Passivos por im

postos correntes20

15.736 2.382

Propriedades de investimento

16-

- Passivos por im

postos diferidos20

16.450 18.546

Outros ativos tangíveis

173.280.172

(1.841.039)1.439.133

1.498.521 Instrum

entos representativos de capital31

Ativos intangíveis

18113.775

(113.775)-

- O

utros passivos subordinados32

- -

Investimentos em

filiais, associadas e empreendim

entos conjuntos19

3.016.619 -

3.016.619 3.016.619

Outros passivos

33695.685

631.726

Ativos por im

postos correntes20

- -

- Total do Passivo

79.168 099 82.534.496

Ativos por im

postos diferidos20

1.081.291 1.081.291

1.195.885

Outros ativos

21667.153

(45.073)622.081

709.398 C

apital35

7.787.815 7.994.455

Prémios de em

issão35

Outros instrum

entos de capital36

Reservas de reavaliação

36321.438

311.765

Outras reservas e resultados transitados

363.064.900

3.040.373

Lucro do exercício36

87.845 188.893

Dividendos antecipados

Total do Capital

11.261 998 11.535.486

Total do Ativo

99.176.775 (8.746.678)

90.430.097 94.069.982

Total do Passivo e do Capital

90.430 097 94.069.982

O R

esponsável pela Contabilidade A

níbal

Aníbal Fernandes, D

r

(T.O.C

. nº 53808)

O C

onselho de Adm

inistração

António R

odrigues dos Reis

Júlio César dos R

eis Lopes

Manuel da C

ruz Oliveira Terra

Rafael Júlio do Valdujo C

orreia Vidal

O anexo faz parte integrante destes balanços.

67

CA-Oliveira de Azeméis e Estarreja | Relatório e Contas do Exercício de 2014

DEM

ON

STR

ÕES

FIN

AN

CEI

RA

S

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE OLIVEIRA DE AZEMEIS E ESTARREJA, C.R.L.DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013(Montantes expressos em Euros)

RUBRICA Notas 2014 2013

Juros e rendimentos similares 37 2.718.444 3.119.387

Juros e encargos similares 38 1.146.970 1.337.260

Margem financeira 1.571.473 1.782.127

Rendimentos de instrumentos de capital 39 3 1

Rendimentos de serviços e comissões 40 790.013 935.223

Encargos com serviços e comissões 41 117.553 129.254

Resultados de ativos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados 42 - -

Resultados de ativos financeiros disponíveis para venda 43

Resultados de reavaliação cambial 44 1.916 67

Resultados de alienação de outros ativos 45 (24.615) 43.235

Outros resultados de exploração 46 95.168 156.551

Produto bancário 2.316.405 2.787.951

Custos com pessoal 47 992.508 1.066.621

Gastos gerais administrativos 48 784.286 850.576

Amortizações do exercício 17 e 18 64.465 73.174

Provisões líquidas de reposições e anulações 30 (4.313) (523.832)

Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber 239.786 865.502

de outros devedores (líquidas de reposições e anulações)

Imparidade de outros ativos financeiros líquida de reversões e recuperações 30 10.727

Imparidade de outros ativos líquida de reversões e recuperações 30 (20.065) 29.423

Resultado antes de impostos 249.012 426.487

Impostos

correntes 20 48.669 22.073

diferidos 20 112.498 215.521

Resultado líquido do exercício 87.845 188.893

O Responsável pela Contabilidade Aníbal Fernandes, Dr. (T.O.C. nº 53808)

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

68

CA-Oliveira de Azeméis e Estarreja | Relatório e Contas do Exercício de 2014

DEM

ON

STRA

ÇÕ

ES FINA

NC

EIRA

S

CA

IXA

DE C

RÉD

ITO A

GR

ÍCO

LA M

ÚTU

O D

E OLIV

EIRA

DE A

ZEMÉIS E ESTA

RR

EJA, C

.R.L.

DEM

ON

STRA

ÇÕ

ES DE A

LTERA

ÇÕ

ES NO

CA

PITAL PR

ÓPR

IO PA

RA

OS EX

ERC

íCIO

S FIND

OS EM

31 DE D

EZEMB

RO

DE 2014 E 2013

(Montantes expressos em

Euros)Outras R

eservas e resultados transitados

Capital

Reservas de

reavaliaçãoO

utras reservasR

esultados transitados

TotalR

esultado do exercício

Total

Saldos em 31 de D

ezembro de 2012

7.856.990 188.514

2.642.430 -17.679

2.624.750 634.793

11.305.048 A

mortização anual do im

pacto de transição das pensões (Nota 50)

0 0

0 -24.033

-24.033 0

-24.033 A

plicação do resultado do exercício de 2012:Transferência para resultados transitados

0 0

0 634.793

634.793 -634.793

0 C

onstituição de reservas0

0 610.760

-610.760 0

0 0

Distribuição de dividendos

0 0

-21.230 0

-21.230 0

-21.230 U

tilização reservas:R

eserva legal0

0 0

0 0

0 0

Reserva p/ educação e form

ação cooperativa0

0 -3.867

0 -3.867

0 -3.867

Reserva de reavaliação

0 -6.354

0 6.354

6.354 0

0 A

umentro de capital por incorporação de reservas

176.395 0

-170.041 -6.354

-176.395 0

0 A

umento de capital

14.810 0

0 0

0 0

14.810 R

eembolso de capital

-53.740 0

0 0

0 0

-53.740 A

lterações de justo valor líquidas de imposto

0 -9.236

0 0

0 0

-9.236 R

eserva Reavaliação - Fundo de Pensões - G

anhos e Perdas actuariais 0

138.841 0

0 0

0 138.841

Resultado liquido do exercício de 2013

0 0

0 0

0 188.893

188.893

Saldos em 31 de D

ezembro de 2013

7.994.455 311.765

3.058.052 -17.679

3.040.373 188.893

11.535.486

Am

ortização anual do impacto de transição das pensões (N

ota 50)0

0 0

-24.033 -24.033

0 -24.033

Aplicação do resultado do exercício de 2013:

Transferência para resultados transitados0

0 0

188.893 188.893

-188.893 0

Constituição de reservas

0 0

164.860 -164.860

0 0

0 D

istribuição de dividendos0

0 -18.647

0 -18.647

0 -18.647

Utilização reservas:

Reserva legal

0 0

0 0

0 0

0 R

eserva p/ educação e formação cooperativa

0 0

-3.681 0

-3.681 0

-3.681 R

eserva de reavaliação0

-6.354 0

6.354 6.354

0 0

Aum

entro de capital por incorporação de reservas 106.010

0 -99.656

-6.354 -106.010

0 0

Aum

ento de capital34.585

0 0

0 0

0 34.585

Reem

bolso de capital-347.235

0 0

0 0

0 -347.235

Alterações de justo valor líquidas de im

posto0

18.348 0

-18.348 -18.348

0 0

Reserva R

eavaliação - Fundo de Pensões - Ganhos e Perdas actuariais

0 -2.322

0 0

0 0

-2.322 R

esultado liquido do exercício de 20140

0 0

0 0

87.845 87.845

Saldos em 31 de D

ezembro de 2014

7.787.815 321.437

3.100.927 -36.027

3.064.900 87.845

11.261.998 N

ota: O resultado líquido do exercício de 2013 inclui o m

ontante de 83.272,59€ referente ao resultado apurado em 22 de M

aio de 2013 no encerramento da C

CA

M de Estarreja, C

.R.L. por fusão por incorporação

na CC

AM

de Oliveira de A

zeméis, C

.R.L., agora designada por C

CA

M de O

liveira de Azem

éis e Estarreja, C.R

.L.

O R

esponsável pela Contabilidade

Aníbal Fernandes, D

r.O

Anexo faz parte integrante destas dem

onstrações.

69

CA-Oliveira de Azeméis e Estarreja | Relatório e Contas do Exercício de 2014

DEM

ON

STR

ÕES

FIN

AN

CEI

RA

SD

EMO

NST

RA

ÇÕ

ES F

INA

NC

EIR

AS

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE OLIVEIRA DE AZEMÉIS E ESTARREJA, C.R.L.DEMONSTRAÇÕES DO RENDIMENTO INTEGRAL

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013(Montantes expressos em Euros)

31-12-2014 31-12-2013

Resultado individual 87.845 188.893

Reservas de reavaliação de ativos financeiros disponíveis para venda:

Reavaliação de ativos financeiros disponíveis para venda 0 9.236

Impacto fiscal 0 0

Transferência para resultados por alienação 0 0

Impacto fiscal 0 0

Pensões - regime transitório -24.033 -24.033

Fundo Pensões - Ganhos e Perdas Atuariais -2.322 69.163

Outros movimentos -3.681 -3.867

Total Outro rendimento integral do exercício -30.036 32.027

Rendimento integral individual 57.809 220.920

O Responsável pela Contabilidade Aníbal Fernandes, Dr. (T.O.C. nº 53808)

O Conselho de administração executivo

Antonio Rodrigues dos Reis Julio Cesar dos Reis LopesManuel da Cruz Oliveira Terra

Rafael Júlio do Valdujo Correia Vidal

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

70

CA-Oliveira de Azeméis e Estarreja | Relatório e Contas do Exercício de 2014

DEM

ON

STRA

ÇÕ

ES FINA

NC

EIRA

S

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE OLIVEIRA DE AZEMEIS E ESTARREJA, C.R.L.DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013(Montantes expressos em Euros)

2014 2013(Pró forma)

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS:Recebimentos de juros e comissões 3.508.457 4.054.610Pagamentos de juros e comissões (1.264.523) (1.466.514)Pagamentos ao pessoal e fornecedores (1.776.794) (1.917.197)Contribuições para o fundo de pensões - -(Pagamento) / recebimento de imposto sobre o rendimento (161.167) (237.594)Resultados cambiais e outros resultados operacionaisRecuperação de créditos incobráveisOutros recebimentos / (pagamentos) relativos à actividade operacional 97.084 156.618

Resultados operacionais antes das alterações nos ativos e passivos operacionais 403.057 589.923

(Aumentos) / diminuições de ativos operacionais:Aplicações em instituições de crédito (3.259.096) 2.128.733Ativos financeiros detidos para negociação - -Ativos financeiros disponíveis para venda - (9.236)Créditos a clientes (482.553) (203.586)Derivados de coberturaAtivos não correntes detidos para venda 181.283 (82.906)Outros ativos (210.384) (281.156)

(3.770.750) 1.551.849Aumentos (diminuições) de passivos operacionais:

Passivos financeiros detidos para negociação - -Recursos de instituições de crédito (2.307.734) 939.715Recursos de clientes e outros empréstimos (1.129.565) (1.163.076)Derivados de cobertura - -Passivos não correntes detidos para vendaOutros passivos 75.217 (192.489)

(3.362.082) (415.850)

Caixa líquida das actividades operacionais antes dos impostos sobre o rendimentoImpostos pagos

Caixa líquida das actividades operacionais 811.724 (1.377.775)

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:Dividendos recebidos (3) (1)Aquisição de ativos disponíveis para vendaAlienação de ativos disponíveis para vendaRendimentos adquiridos nos ativos disponíveis para vendaAquisições de ativos tangíveis e intangíveisVendas de ativos tangíveis e intangíveisVariação de ativos tangiveis e intangiveis 2.515 44.009Variação de partes de capital em empresas filiais e associadas - -

Caixa líquida das actividades de investimento 2.512 44.008

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:Aumento de capital - 137.465Diminuição de Capital (206.640)Dividendos pagosRemuneração paga relativa às obrigações de caixa e outrosRemuneração paga relativa a passivos subordinadosReservas (154.693) (95.921)(…)

Caixa líquida das actividades de financiamento (361.333) 41.544

Aumento (Diminuição) líquida de caixa e seus equivalentes 809.212 (1.333.767)

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 1.675.011 3.055.249Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 2.122.890 1.675.011

O Responsável pela Contabilidade Aníbal Fernandes, Dr. (T.O.C. nº 53808)

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

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ANEXO ÀS CONTAS

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1. NOTA INTRODUTÓRIA

A Caixa Agrícola de Crédito Agrícola Mútuo de Oliveira de Azeméis e Estarreja, C.R.L. (adiante designada por Caixa Agrícola ou CCAM de Oliveira de Azeméis e Estarreja) é uma instituição de crédito constituída em 28 de Março de 1983 sob a forma de Cooperativa de Responsabilidade Limitada. Inicialmente designada como de Caixa Agrícola de Crédito Agrícola Mútuo de Oliveira de Azeméis, C.R.L., sua denominação foi alterada em 23 de Maio de 2013 aquando da fusão por incorporação da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Estarreja, C.R.L., instituição de crédito constituída em 18 de Outubro de 1979 também sob a forma de Cooperativa de Responsabilidade Limitada.

Constitui objeto da Caixa Agrícola a concessão de crédito e a prática dos demais atos inerentes à atividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável.

A Caixa Agrícola forma parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo.

Em 31 de Dezembro de 2014, a Caixa Agrícola opera através da sua sede, situada na Rua Luís de Camões, n.º 74, em Oliveira de Azeméis e através de uma rede de mais cinco balcões situados em Loureiro, Carregosa e em Cucujães no concelho de Oliveira de Azeméis em Estarreja e na freguesia de Avanca, concelho de Estarreja.

No decurso de 2009 o Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo e das Cooperativas de Crédito Agrícola Mútuo foi alterado através do Decreto-Lei 142/2009, o qual visou, entre outros, adaptar o modelo de governação das Caixas de Crédito Agrícola às estruturas previstas no Código das Sociedades Comerciais, sem prejuízo das competências da Assembleia geral que caracterizam o modelo cooperativo, ao mesmo tempo que autoriza um alargamento da respetiva base de associados. Adicionalmente e no que respeita à fiscalização das contas, as caixas agrícolas associadas ao Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo passaram também a ser obrigadas à certificação legal das suas contas e à contratação de um revisor oficial de contas

O exercício económico de 2013 ficou marcado em 23 de Maio de 2013, por consequência da fusão por incorporação da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Estarreja, C.R.L. (Cooperativa Incorporada) na Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Oliveira de Azeméis, C.R.L. (Cooperativa Incorporante), cujo registo de fusão foi celebrado na Conservatória do Registo Predial/Comercial de Oliveira de Azeméis em 23 de Maio de 2013, resultando na extinção da Cooperativa Incorporada e na transferência de todo o seu património para a Cooperativa Incorporante passando esta a designar-se Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Oliveira de Azeméis e Estarreja, C.R.L..

Nos exercícios económicos de 2014 e 2013, não ocorreram aberturas nem encerramentos de balcões, nem operações com grande impacto nas contas do exercício. Também no exercício económico de 2014 não ocorreram eventos relevantes na estrutura de capital da Caixa Agrícola.

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As demonstrações financeiras relativas a 31 de Dezembro de 2014 foram aprovadas pelo Conselho de Administração no dia 04 de Março de 2015, mas encontram-se ainda pendentes de aprovação em Assembleia Geral de associados. No entanto, o Conselho de Administração entende que estas demonstrações financeiras virão a ser aprovadas pela Assembleia Geral sem alterações relevantes.

2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

2.1 Bases de apresentação das contas

As demonstrações financeiras da Caixa Agrícola foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, atentas ao regime do acréscimo, da consistência da apresentação, da materialidade e da não compensação (exceto quando permitida), com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal, na sequência da competência que lhe é conferida pelo n.º 3 do Artigo 115 do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92 de 31 de Dezembro.

As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), conforme adotadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal, exceto no que se refere a:

(i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e contas a receber) – os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor. Os proveitos são reconhecidos segundo a regra pro rata temporis, quando se tratem de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês, nomeadamente juros e comissões;

(ii) Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos ativos classificados como crédito e contas a receber deverão ser, igualmente, personificados ao longo do período de vigência dos créditos, de acordo com o método referido na alínea anterior;

(iii) Provisionamento do crédito e contas a receber - mantém-se o anterior regime, sendo definidos níveis mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005, de 21 de Fevereiro. Este regime abrange ainda as responsabilidades representadas por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga. No ano de 2014 passou a contemplar também o cálculo assente no modelo de imparidade, com o provisionamento mínimo do crédito e contas a receber a ser estabelecido como o maior valor encontrado entre os dois métodos;

(iv) Os ativos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo deste modo possível o seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo IAS 16 – Ativos fixos tangíveis.

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Como exceção, é permitido o registo de reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais - valias resultantes são registadas em “Reservas de reavaliação”.

(v) Benefícios aos empregados, através do estabelecimento de um período para diferimento do impacto contabilístico decorrente da transição para os critérios do IAS 19.

De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 de 21 de Fevereiro e nº 12/2005 de 30 de Dezembro, o reconhecimento em resultados transitados do impacto apurado com referência a 1 de Janeiro de 2007, decorrente da transição para os IAS/IFRS pode ser atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2011,com exceção da parte referente ao impacto da alteração da tábua de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego, para a qual esse plano de amortização pode ir até 31 de Dezembro de 2013.

Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso nº7/2008, de 14 de Outubro de 2008), no qual permite diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente.

Foi decisão da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo prolongar o diferimento dos impactos de transição tal como permitido no Aviso n.º7/2008, de 14 de Outubro de 2008.

A Caixa Agrícola adotou a Norma IFRS 7 - Instrumentos Financeiros: Divulgações, a qual se tornou efetiva para os períodos de relato com início em 1 de Janeiro de 2007 ou após. O Impacto da adoção da Norma IFRS 7 consistiu nas divulgações fornecidas ao nível dos instrumentos financeiros utilizados e da gestão do capital (Nota 51). Adicionalmente, foi tida em consideração a versão atualizada da IAS 1 - Apresentação de Demonstrações financeiras.

2.2 Comparabilidade da informação

As demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de Dezembro de 2014 são integralmente comparáveis com as do exercício anterior, com as exceções dos efeitos decorrentes do reconhecimento de imparidades ao custo histórico dos ativos financeiros detidos para venda, relacionados com a participação da CCAM no Fundo de investimento Imobiliário

Apesar da norma IAS8 - Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas e Erros não prever a contabilização retrospetiva dos ajustamentos decorrentes da introdução do registo de imparidades, na medida em que a política contabilística não foi alterada, o seguinte quadro apresenta os impactos decorrentes desta situação nas Demonstrações Financeiras a 31 de Dezembro de 2013:

Saldo a Ajustar Ajustamento Saldo Ajustado

Cap. Próprio - Reservas ref. à valoriz. ao JV (18.348,34) 18.348,34 0,00

Cap. Próprio - Resultados Transitados 65.593,52 (9.112,12) 56.481,40

Cap. Próprio - Resultado Líquido 188.514,00 (9.236,22) 179.277,78

Total Capital Próprio 11.346.593,24 0,00 11.346.593,24

Resultado Líquido 188.892,64 (9.236,22) 179.656,42

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2.3 Resumo das principais políticas contabilísticas

As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram as seguintes:

2.3.1 Especialização dos exercícios

A Caixa Agrícola adota o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os custos e proveitos são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.

2.3.2 Saldos e transacções em moeda estrangeira

As contas da Caixa Agrícola são preparadas em Euros, sendo esta a sua moeda funcional, ou seja, a divisa utilizada no ambiente económico em que a Instituição opera.

As transações em moeda estrangeira são registadas com base nas taxas de câmbio indicativas na data da transação. Em cada data de balanço, os ativos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são convertidos para euros com base na taxa de câmbio em vigor. Os ativos não monetários que sejam valorizados ao justo valor são convertidos com base na taxa de câmbio em vigor na data da última valorização. Os ativos não monetários registados pelo seu custo histórico permanecem registados ao câmbio original.

As diferenças de câmbio apuradas na conversão cambial são refletidas em resultados do exercício, com exceção das originadas por instrumentos financeiros não monetários, tal como ações, classificados como disponíveis para venda, que são registadas numa rubrica específica de capital próprio até à sua alienação.

2.3.3 Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

As empresas filiais são entidades nas quais a Caixa Agrícola exerce controlo sobre a gestão das mesmas. As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa Agrícola exerce influência significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira (direta ou indireta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma.

As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo objeto de análises de perdas por imparidade. As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (ativos não monetários valorizados ao custo histórico) são convertidas à taxa de câmbio histórica da data da transação, conforme previsto no IAS 21.

Os dividendos, caso existam, são registados como proveitos no exercício em que é decidida a sua distribuição.

2.3.4 Crédito e outros valores a receber

Conforme descrito na Nota 2.1 i) estes ativos encontram-se registados ao valor nominal, de acordo com o Aviso n.º 1/2005 do Banco de Portugal.

A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objeto de relevação contabilística autónoma nas respetivas contas de resultados. Os proveitos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais, segundo o método da taxa efetiva, quando se trate de operações que

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produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos ativos incluídos nesta categoria devem ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, segundo o método da taxa efetiva.

Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são submetidos à constituição de provisões, nos termos descritos abaixo. De acordo com as normas do Banco de Portugal, os juros sobre crédito vencido há mais de 90 dias que não estejam cobertos por garantias reais, são reconhecidos como proveitos apenas quando recebidos.

2.3.5 Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis

As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas extra patrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em resultados ao longo da vida das operações.

2.3.6 Provisões para crédito e juros vencidos, créditos de cobrança duvidosa, risco país e riscos gerais de crédito

De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de Junho (com as alterações introduzidas subsequentemente, nomeadamente pelo Aviso nº 3/2005, de 21 de Fevereiro), e outras disposições emitidas pelo Banco de Portugal, são constituídas as seguintes provisões para riscos de crédito:

(vi) Provisão para crédito e juros vencidos

Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e são função crescente do período decorrido desde a data de incumprimento.

(vii) Provisão para créditos de cobrança duvidosa

Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo, relativo a créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam afetos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. Nos termos do Aviso n.º 3/95, são considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes:

• As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique, relativamente às respetivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições:

• Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros; ou

• Encontrarem-se em incumprimento há mais de:

- 6 meses, nas operações com prazo inferior a 5 anos;

- 12 meses, nas operações com prazo igual ou superior a 5 anos mas inferior a 10 anos;

- 24 meses, nas operações com prazo igual ou superior a 10 anos.

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Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da constituição de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas operações.

• Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a classificação acima definida, o crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total, acrescido de juros. Os créditos nestas condições são provisionados com base em metade das taxas aplicáveis aos créditos vencidos.

A Caixa Agrícola classifica em crédito vencido as prestações vincendas de capital dos créditos com prestações vencidas, decorridos que sejam 180 dias após o seu vencimento. Estes são denunciados nos termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida.

Periodicamente, a Caixa Agrícola abate ao cativo os créditos considerados incobráveis por utilização das provisões constituídas. Em caso de eventual recuperação dos referidos créditos, esta é reconhecida em resultados, na rubrica “Outros resultados de exploração”.

(viii) Provisão para risco país

Destina-se a fazer face aos problemas de realização dos ativos financeiros e extra patrimoniais sobre residentes de países considerados de risco pelo Banco de Portugal, qualquer que seja o instrumento utilizado ou a natureza da contraparte, com exceção:

• Dos domiciliados em sucursal estabelecida nesse país, expressos e pagáveis na moeda desse país, na medida em que estejam cobertos por recursos denominados nessa moeda;

• Das participações financeiras;

• Das operações com sucursais de instituições de crédito de um país considerado de risco, desde que estabelecidas em Estados membros da União Europeia;

• Dos que se encontrem garantidos por entidades indicadas no número 1 do artigo 15º do Aviso nº 3/95, desde que a garantia abranja o risco de transferência;

• Das operações de financiamento de comércio externo de curto prazo, que cumpram as condições definidas pelo Banco de Portugal.

As necessidades de provisões são determinadas por aplicação das percentagens fixadas em Instruções e Cartas Circulares do Banco de Portugal, que classificam os países e territórios segundo grupos de risco.

(ix) Provisão para riscos gerais de crédito

Encontra-se registada no passivo, na rubrica “Provisões”, e destina-se a fazer face a riscos de cobrança do crédito concedido e garantias e avales prestados.

Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à totalidade do crédito não vencido, incluindo as garantias e avales:

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• 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a particulares, cuja finalidade não possa ser determinada;

• 0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário;

• 1% no que se refere ao restante crédito concedido.

Nos exercícios de 2001 e 2002 foram aceites como custo fiscal 50% dos reforços da provisão para riscos gerais de crédito. A partir de 1 de Janeiro de 2003 os reforços desta provisão deixaram de concorrer para a formação do lucro tributável em sede de IRC.

2.3.7 Outros ativos e passivos financeiros

Os outros ativos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com os IAS 32 e IAS 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor.

i) Ativos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados, passivos financeiros detidos para negociação

Os ativos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento variável transacionados em mercados ativos, adquiridos com o objetivo de venda ou recompra no curto prazo, bem como derivados. Os derivados de negociação com valor líquido a receber (justo valor positivo) são incluídos na rubrica ativos financeiros detidos para negociação. Os derivados de negociação com valor líquido a pagar (justo valor negativo), são incluídos na rubrica passivos financeiros detidos para negociação.

Os ativos financeiros ao justo valor através de resultados incluem os títulos de rendimento fixo transacionados em mercados ativos que a Caixa Agrícola optou por registar e avaliar ao justo valor através de resultados.

Os ativos e passivos financeiros detidos para negociação e os ativos financeiros ao justo valor através de resultados são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os ganhos e perdas decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos em resultados.

Os juros inerentes aos ativos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efetiva e reconhecidos em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os dividendos são reconhecidos quando atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

O justo valor dos ativos financeiros detidos para negociação e transacionados em mercados ativos é o seu “bid-price” ou a cotação de fecho à data do balanço. Se um preço de mercado não estiver disponível, o justo valor do instrumento é estimado com base em técnicas de valorização, que incluem modelos de avaliação de preços ou técnicas de “discounted cash-flows”.

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Quando são utilizadas técnicas de “discounted cash-flows”, os fluxos financeiros futuros são estimados de acordo com as expectativas da gestão e a taxa de desconto utilizada corresponde à taxa de mercado para instrumentos financeiros com características semelhantes. Nos modelos de avaliação de preços, os dados utilizados correspondem a informações sobre preços de mercado.

O justo valor dos derivados que não são transacionados em bolsa é estimado com base no montante que seria recebido ou pago para liquidar o contrato na data em análise, considerando as condições de mercado vigentes bem como a qualidade creditícia das contrapartes.

ii) Ativos financeiros disponíveis para venda

Os ativos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida, que não sejam classificados como ativos financeiros detidos para negociação, ao justo valor através de resultados ou como investimentos a deter até à maturidade ou como crédito ou como empréstimos e contas a receber.

Os ativos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com exceção de instrumentos de capital não cotados num mercado ativo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do justo valor são refletidos em rubrica específica do capital próprio “reserva de justo valor” até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de ativos monetários são reconhecidas diretamente em resultados do período.

Os juros inerentes aos ativos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efetiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em resultados na data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

iii) Investimentos a deter até à maturidade

Os investimentos a deter até à maturidade são investimentos que têm um rendimento fixo, com taxa de juro conhecida no momento da emissão e data de reembolso determinada, sendo do interesse da Caixa Agrícola mantê-los até ao seu reembolso.

Os investimentos financeiros a deter até à maturidade são registados ao custo de aquisição. Os juros inerentes aos ativos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efetiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”

iv) Empréstimos e contas a recebe

De acordo com a restrição estabelecida pelo Aviso nº 1/2005, nesta rubrica são registados apenas os valores a receber de outras instituições de crédito.

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São ativos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado ativo e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias de ativos financeiros.

No reconhecimento inicial estes ativos são valorizados pelo justo valor, deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efetiva, e acrescido de todos os custos incrementais diretamente atribuíveis à transação. Subsequentemente, estes ativos são reconhecidos em balanço ao custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade e provisões para risco país.

Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efetiva, que permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efetiva é aquela que, sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial.

v) Operações de venda com acordo de recompra

Os títulos vendidos com acordo de recompra são mantidos na carteira onde estavam originalmente registados. Os fundos recebidos são registados, na data de liquidação, em conta própria do passivo, sendo periodificados os respetivos juros.

vi) Outros passivos financeiros

Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito, depósitos de clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à contraprestação recebida líquida dos custos de transação e são posteriormente valorizados ao custo amortizado.

Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro. Este último visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, por forma a que o mesmo tivesse por objeto (i) garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar ações que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM).

Em 31 de Dezembro de 2014, a Caixa Agrícola não possuía qualquer empréstimo subordinado concedidos pelo Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, conforme descrito na Nota 32.

vii) Imparidade em ativos financeiros

A Caixa Agrícola efetua análises periódicas de imparidade aos ativos financeiros com exceção de crédito a clientes e outros valores a receber, conforme referido na nota 2.3.4.

Quando existe evidência de imparidade num ativo ou grupo de ativos financeiros, as perdas por imparidade registam-se por contrapartida de resultados.

Para títulos cotados, considera-se que existe evidência de imparidade numa situação de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Para títulos não cotados, é considerado

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evidência de imparidade a existência de impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do ativo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade.

Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas por imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido diretamente na demonstração de resultados.

No caso de ativos disponíveis para venda, em caso de evidência objetiva de imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais-valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são refletidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no justo valor são sempre reconhecidas em resultados.

No caso de ativos financeiros disponíveis para venda com evidência de imparidade, a perda potencial acumulada em reservas é transferida para resultados.

2.3.8 Derivados e contabilidade de cobertura

Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua contratação. Adicionalmente, são refletidos em rubricas extra patrimoniais pelo respetivo valor nominal. Subsequentemente, os instrumentos financeiros derivados são mensurados pelo respetivo justo valor. O justo valor é apurado:

• Com base em cotações obtidas em mercados ativos (por exemplo, no que respeita a futuros transacionados em mercados organizados);

• Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no mercado, incluindo cash-flows descontados e modelos de valorização de opções.

i) Derivados embutidos

Os instrumentos financeiros derivados embutidos noutros instrumentos financeiros são destacados do contrato de base e tratados como derivados autónomos no âmbito da Norma IAS 39, sempre que:

• As características económicas e os riscos do derivado embutido não estejam intimamente relacionados com o contrato de base, conforme definido na Norma IAS 39; e

• A totalidade do instrumento financeiro combinado não esteja registada ao justo valor, com as variações no justo valor refletidas em resultados.

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ii) Derivados de cobertura

Tratam-se de derivados contratados com o objetivo de cobertura da exposição a um determinado risco inerente à atividade da Caixa Agrícola. A classificação como derivados de cobertura e a utilização do conceito de contabilidade de cobertura, conforme abaixo descrito, está sujeita ao cumprimento das regras definidas na Norma IAS 39.

Para todas as relações de cobertura, a Caixa Agrícola prepara no início da operação documentação formal, que inclui os seguintes aspetos:

• Objetivos de gestão de risco e estratégia associada à realização da operação de cobertura, de acordo com as políticas de cobertura de risco definidas;

• Descrição do(s) risco(s) coberto(s);

• Identificação e descrição dos instrumentos financeiros cobertos e de cobertura;

• Método de avaliação da eficácia de cobertura e periodicidade da sua realização.

Mensalmente, são efetuados e documentados testes de eficácia das coberturas através da comparação da variação no justo valor do instrumento de cobertura e do elemento coberto (na parcela atribuível ao risco coberto). De forma a possibilitar a utilização de contabilidade de cobertura de acordo com a Norma IAS 39, esta relação deverá situar-se num intervalo entre 80% e 125%. Adicionalmente, são efetuados testes de eficácia prospetivos, de forma a demonstrar a expectativa da eficácia futura da cobertura.

Os derivados de cobertura são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados mensalmente reconhecidos em proveitos e custos do exercício. Caso se demonstre que a cobertura é eficaz, a Caixa Agrícola reflete igualmente no resultado do exercício a variação no justo valor do elemento coberto atribuível ao risco coberto. O impacto destas valorizações é refletido em rubricas de “Resultados em ativos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. No caso de derivados que tenham associada uma componente de juros (como por exemplo, swaps de taxa de juro) a periodificação de juros relativa ao período em curso e os fluxos liquidados são refletidos em “Juros e rendimentos similares” e “Juros e encargos similares”, da demonstração de resultados.

As reavaliações positivas e negativas de derivados de cobertura são registadas no ativo e passivo, respetivamente, em rubricas específicas. As valorizações dos elementos cobertos são refletidas nas rubricas onde se encontram registados esses ativos e passivos.

iii) Derivados de negociação

São considerados derivados de negociação todos os instrumentos financeiros derivados que não estejam associados a relações de cobertura eficazes de acordo com a Norma IAS 39, incluindo:

• Derivados contratados para cobertura de risco em ativos ou passivos registados ao justo valor através de resultados, tornando assim desnecessária a utilização de contabilidade de cobertura;

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• Derivados contratados para cobertura de risco que não constituem coberturas eficazes ao abrigo da Norma IAS 39;

• Derivados contratados com o objetivo de “trading”.

Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados diariamente reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de “Resultados de ativos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. As reavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas “Ativos financeiros ao justo valor através de resultados” e “Passivos financeiros ao justo valor através de resultados”, respetivamente.

2.3.9 Propriedades de investimento

Correspondem a imóveis detidos pela Caixa Agrícola com o objetivo de obtenção de rendimentos através do arrendamento e/ou da sua valorização.

As propriedades de investimento são registadas ao justo valor, determinado anualmente com base em avaliações de peritos. As variações no justo valor são refletidas em resultados e os imóveis não são sujeitos a amortizações.

2.3.10 Outros ativos tangíveis

Os ativos tangíveis utilizados pela Caixa Agrícola para o desenvolvimento da sua atividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos diretamente atribuíveis) deduzido das amortizações acumuladas.

A depreciação dos ativos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem:

Anos de vida útil estimadaImóveis de serviço próprio 50Despesas em edifícios arrendados 10Equipamento informático e de escritório 3 a 10Mobiliário e instalações interiores 6 a 10

Viaturas 4

As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade da Caixa Agrícola, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento.

Conforme previsto no IFRS 1, os ativos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para os IAS/IFRS, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações efetuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do aumento das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos.

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Periodicamente e na eventual existência de indicadores de imparidades, são efetuadas avaliações com vista a concluir sobre a recuperabilidade do valor de balanço dos imóveis.

2.3.11 Ativos intangíveis

Esta rubrica compreende essencialmente custos com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para uso de software utilizado no desenvolvimento das catividades da Caixa Agrícola. Os ativos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas.

As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos ativos, a qual corresponde a um período de 3 anos.

2.3.11 Ativos tangíveis disponíveis para venda

Os ativos não correntes, ou grupos de ativos e passivos a alienar são classificados como detidos para venda sempre que seja expectável que o seu valor de balanço venha a ser recuperado através da venda, e não pelo seu uso continuado. Para que um ativo (ou grupo de ativos e passivos) seja classificado nesta rubrica é assegurado o cumprimento dos seguintes requisitos:

• A probabilidade de ocorrência da venda é elevada;

• O ativo está disponível para venda imediata no seu estado atual, sendo esta intenção ativamente publicitada;

• Deverá existir a expectativa de que a venda se venha a concretizar até um ano após a classificação do ativo nesta rubrica.

No decurso da sua atividade corrente de concessão de crédito a Caixa Agrícola incorre no risco de não conseguir que todo o seu crédito seja reembolsado. No caso de créditos com colateral de hipoteca, a Caixa Agrícola procede à execução das mesmas recebendo imóveis e outros bens em dação para liquidação do crédito concedido. Por força do disposto no Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF) os bancos estão impedidos de adquirir imóveis que não sejam indispensáveis à sua instalação e funcionamento (artigo 112º do DL 298/92 de 31 de Dezembro e posteriores alterações) podendo, no entanto, adquirir imóveis por reembolso de créditos devendo alienar os mesmos num prazo de 2 anos, prorrogável após autorização expressa do Banco de Portugal e nas condições que este determinar (art.114º).

A Caixa Agrícola tem como objetivo a venda imediata de todos os imóveis recebidos em dação. Estes imóveis são classificados como ativos não correntes detidos para venda sendo registados no seu reconhecimento inicial pelo menor de entre o seu justo valor deduzido dos custos esperados de venda e o valor de balanço do crédito concedido objeto de recuperação. Subsequentemente, estes ativos são mensurados ao menor de entre o valor de reconhecimento inicial e o justo valor deduzido dos custos de venda e não são amortizados. As perdas não realizadas com estes ativos, assim determinadas, são registadas em resultados. As avaliações realizadas são conduzidas por entidades independentes especializadas neste tipo de serviços.

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Pela venda dos bens recuperados procede-se ao seu abate do ativo, sendo os ganhos ou perdas registados na rubrica “Resultados de alienação de outros ativos” (Nota 45). A Caixa Agrícola não reconhece mais-valias potenciais nestes ativos.

2.3.13 Provisões

Esta rubrica do passivo poderá incluir as provisões constituídas para fazer face a riscos gerais de crédito, riscos fiscais, processos judiciais e outros a riscos específicos decorrentes da atividade da Caixa Agrícola, de acordo com o IAS 37 (Nota 30).

2.3.14 Benefícios de empregados

i) Fundo de Pensões e SAMS

A Caixa Agrícola subscreveu o Acordo Coletivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector bancário pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa Agrícola com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACTV.

Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa Agrícola integra o Fundo de Pensões do Grupo Crédito Agrícola, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efetuadas pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao ACTV, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma.

Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Coletivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da Companhia de Seguros CA Vida S.A..

Os membros dos órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios acima descritos.

Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas:

• Para as diuturnidades futuras e respetiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades;

• Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-se a data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões.

Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte:

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total;

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• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado.

Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca.

Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata.

O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efetivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV.

A Caixa Agrícola regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela Companhia de Seguros CA Vida, S.A. para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito.

O Aviso do Banco de Portugal n.º 4/2005 determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no ativo. No entanto, estabelece um período transitório entre 5 e 7 anos relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrentes da adoção do IAS 19. Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso nº7/2008, de 14 de Outubro de 2008), no qual permite diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente. Foi decisão da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo prolongar o diferimento dos impactos de transição tal como permitido no Aviso n.º7/2008, de 14 de Outubro de 2008.

Os benefícios pós-emprego dos colaboradores incluem ainda o acesso aos Serviços de Assistência Médico-Social (SAMS), os quais foram calculados com base nos mesmos pressupostos que as responsabilidades com complementos de pensões.

Até 31 de Dezembro de 2012 os ganhos e perdas atuariais diferidos acumulados no início do ano, que excediam 10% do valor atual das responsabilidades totais ou do valor do fundo, dos dois os maiores, reportados igualmente ao início do ano, eram imputados a resultados durante o período estimado de serviço remanescente dos trabalhadores abrangidos pelo plano (Método do corredor). Os ganhos e perdas atuariais acumulados que se situavam dentro do referido limite, não eram reconhecidos em resultados.

Contabilisticamente os ganhos e perdas atuariais resultantes (i) das diferenças entre os pressupostos atuariais e financeiros utilizados e os valores efetivamente verificados e (ii) das alterações de pressupostos atuariais, eram reconhecidos como um ativo ou um passivo numa rubrica de desvios

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atuariais e o seu valor acumulado eram imputados a resultados com base no método do corredor. Com a revisão da IAS 19 em 2011, e a implementação das alterações dai decorrentes, nos períodos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2013 os desvios atuariais por amortizar passaram de ser reconhecidos não através do método do corredor mas antes diretamente no Rendimento Integral (Capital Próprio).

ii) Prémios de antiguidade

Nos termos do ACTV, a Caixa Agrícola assumiu o compromisso de atribuir aos colaboradores no ativo que completem quinze, vinte e cinco e trinta anos de bom e efetivo serviço, um prémio de antiguidade de valor igual a um, dois ou três meses da sua retribuição mensal efetiva (no ano da atribuição), respetivamente.

A Caixa Agrícola determina o valor atual dos benefícios com prémios de antiguidade através de cálculos atuariais pelo método “Projected Unit Credit”. Os pressupostos atuariais (financeiros e demográficos) têm por base expectativas para o crescimento dos salários e baseiam-se em tábuas de mortalidade utilizadas para o apuramento das responsabilidades com pensões. A taxa de desconto é igualmente determinada com base em taxas de mercado de obrigações de empresas de “rating” elevado e prazo semelhante ao da liquidação das responsabilidades.

2.3.15 Impostos sobre os lucros

A Caixa encontra-se atualmente sujeita ao regime geral de tributação previsto no artigo nº.87 do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (Código do IRC), contudo está em curso um projeto que prevê a tributação pelo lucro consolidado para as Caixas Agrícola que compõem o SICAM.

Embora seja previsível a adesão do SICAM ao Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades (RETGS), o processo carece de autorização prévia do Ministro das Finanças e será válido pelo período de três anos completos.

A Lei n.º 64-B/2012, de 30 de Dezembro, que aprovou o Orçamento do Estado para 2013, veio revogar o Estatuto Fiscal Cooperativo e incluir alguns dos benefícios fiscais que continha no Estatuto dos Benefícios Fiscais (EBF). No entanto a redução da taxa de tributação para 20%, a dedução à coleta de 20% das despesas com ativos fixos tangíveis e dos montantes que revertem para a reserva legal foram eliminados pelo que a taxa de tributação a aplicar no período é, para todas as operações, a taxa geral de 23%, aprovada pela Lei 2/2014, 16 de Janeiro (Reforma do IRC).

O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos.

O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos.

Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos ativos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável.

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Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto os impostos diferidos ativos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações:

• Diferenças temporárias resultantes de goodwill;

• Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de ativos e passivos em transações que não afetem o resultado contabilístico ou o lucro tributável;

• Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas filiais e associadas, na medida em que a Caixa Agrícola tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível.

A principal situação que origina diferenças temporárias ao nível da Caixa Agrícola corresponde a provisões não aceites para efeitos fiscais.

Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço.

Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são refletidos nos resultados do exercício, exceto nos casos em que as transações que os originaram tenham sido refletidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de ativos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente refletido por contrapartida de capital próprio, não afetando o resultado do exercício.

2.3.16 Locação financeira

A Caixa Agrícola classifica as operações de locação como locações financeiras ou locações operacionais, em função da sua substância e não da sua forma legal cumprindo os critérios definidos no IAS 17 – Locações. São classificadas como locações financeiras as operações em que os riscos e benefícios inerentes à propriedade de um ativo são transferidos para o locatário. Todas as restantes operações de locação são classificadas como locações operacionais.

2.3.17 Locação operacional

Os pagamentos efetuados à luz dos contratos de locação operacional são registados em custos nos períodos a que dizem respeito.

2.3.18 Caixa e seus equivalentes

Para efeitos da preparação da demonstração dos fluxos de caixa, a Caixa Agrícola considera como “Caixa e seus equivalentes” o total das rubricas “Caixa e disponibilidades em bancos centrais” e “Disponibilidades em outras instituições de crédito”.

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2.3.19 Comissões

As comissões relativas a operações de crédito e outros instrumentos financeiros, nomeadamente, comissões cobradas ou pagas na origem das operações, são reconhecidas ao longo do período das operações pelo método da taxa efetiva em “Juros e rendimentos similares” e “Juros e encargos similares”.

As comissões por serviços prestados são normalmente reconhecidas como proveito ao longo do período de prestação do serviço ou de uma só vez, se corresponderem a uma compensação pela execução de atos únicos.

2.3.20 Juízos de Valor que o Órgão de Gestão fez no processo de aplicação das políticas contabilísticas

Na preparação das Demonstrações financeiras a Administração baseou-se no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes, considerando determinados pressupostos relativos a eventos futuros.

2.3.21 Principais estimativas e incertezas associadas à aplicação das políticas contabilísticas

A preparação das demonstrações financeiras requer a elaboração de estimativas e a adoção de pressupostos pela gestão, que podem afetar o valor dos ativos e passivos, réditos e custos, assim como de passivos contingentes divulgados. As estimativas com maior impacto nas demonstrações financeiras da Caixa Agrícola incluem as abaixo apresentadas

i) Benefícios a empregados

As responsabilidades com complemento de pensões de reforma e sobrevivência são estimadas utilizando pressupostos atuariais e financeiros, nomeadamente, no que se refere à mortalidade, crescimento dos salários e das pensões e taxas de juro de longo prazo. Neste sentido, os valores reais podem diferir das estimativas efetuadas.

ii) Determinação de impostos sobre lucros

Os impostos sobre os lucros (correntes e diferidos) são determinados pela Caixa Agrícola com base nas regras definidas pelo enquadramento fiscal em vigor. No entanto, em algumas situações a legislação fiscal pode não ser suficientemente clara e objetiva e originar a existência de diferentes interpretações. Nestes casos, os valores registados resultam do melhor entendimento dos órgãos responsáveis da Caixa Agrícola sobre o correto enquadramento das suas operações, o qual é no entanto suscetível de ser questionado por parte das Autoridades Fiscais.

iii) Determinação das provisões para crédito

A determinação da provisão para crédito concedido a clientes resulta de uma avaliação específica, efetuada pela Caixa Agrícola com base no conhecimento da realidade dos clientes e nas garantias associadas às operações em questão, e da aplicação do modelo de imparidade desenvolvido centralmente e aprovado pelo BdP.

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iv) Avaliação dos colaterais nas operações de crédito

As avaliações dos colaterais de operações de crédito, nomeadamente, hipotecas de imóveis, foram efetuadas com o pressuposto da manutenção de todas as condições de mercado imobiliário, durante o período de vida das operações, tendo correspondido à melhor estimativa do justo valor dos referidos colaterais na data da concessão do crédito.

3. INTRODUÇÃO DAS NORMAS DE CONTABILIDADE AJUSTADAS

A aplicação das Normas de Contabilidade Ajustadas nas demonstrações financeiras originou um impacto global positivo nos capitais próprios da Caixa em 1 de Janeiro de 2007, em relação ao valor apresentado nas últimas demonstrações financeiras preparadas de acordo com o PCSB.

Os impactos decorrentes da adoção da IAS 19, Benefícios dos Empregados foram diferidos através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2011, com exceção da parte referente ao impacto da alteração da tábua de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego, para a qual esse plano de amortização podia ir até 31 de Dezembro de 2013.

Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso nº7/2008, de 14 de Outubro de 2008), no qual permitiu diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente.

4. RELATO POR SEGMENTOS

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a segmentação dos resultados da Caixa Agrícola por linhas de negócio corresponde na sua totalidade à banca de retalho, a qual é desenvolvida unicamente em Portugal. Desta forma, não é relatada qualquer informação por segmentos.

5. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Caixa: Moedas nacionais 800.996 793.256 Moedas estrangeiras 15.123 42.792

816.119 836.048

De acordo com o Regulamento nº 2818/98, de 1 de Dezembro, emitido pelo Banco Central Europeu, a partir de 1 de Janeiro de 1999 as instituições de crédito estabelecidas nos Estados-Membros participantes estão sujeitas à constituição de reservas mínimas em contas junto dos Bancos Centrais Nacionais participantes.

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As Caixas Agrícolas que integram o SICAM não estão obrigadas a este regime, uma vez que constituem entregas anuais ao Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo (FGCAM), ao abrigo do art.º 9 do Decreto-Lei n.º645/98.

A base de incidência compreende o valor dos saldos médios mensais dos depósitos, elegíveis, do ano anterior. A esta base é aplicado um coeficiente determinado anualmente pelo Banco de Portugal, que tem como referência o valor do rácio de cobertura do FGCAM do ano anterior, que corresponde ao rácio entre os depósitos em Instituições de Crédito e os depósitos garantidos pelo FGCAM.

6. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Disponibilidades em Instituições de Crédito no País: Depósitos à ordem 961.218 357.298 Cheques a cobrar 345.280 * 481.509

1.306.499 838.806Juros a Receber 272 156

1.306.771 838.963

7. ATIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO

Esta rubrica não apresenta quaisquer valores.

8. OUTROS ATIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

Esta rubrica não apresenta quaisquer valores.

9. ATIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Títulos Emitidos por residentes Instrumentos de capital 407.399 389.051Imparidade (29.575) (499)

377.825 397.788

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Os instrumentos de Capital incluem uma participação no Fundo de investimento Imobiliário aprovado de acordo com as condições fixadas pelo Banco de Portugal e referidas em carta dirigida ao conselho de Administração Executivo da Caixa Central em 29 de Junho de 2009 (refº 4373/09/DSBDR), na qual convidava as Caixas de Credito Agrícola Mutuo a participarem no referido Fundo, designado por CA Arrendamento Habitacional – Fundo de Investimento Imobiliário Fechado para Arrendamento Industrial - registado na CMVM sob o número de 1191.

No decorrer do ano de 2014 não foram vendidas unidades de participação no fundo, detendo a CCAM 4.069 unidades valorizadas ao justo valor à data de encerramento do período.

10. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Aplicações em Instituições de Crédito no País: Em outras instituições de crédito: Depósitos 37.714.765 40.922.885

37.714.765 40.922.885

Juros a receber 294.226 345.20238.008.991 41.268.087

Em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2013, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura:

31-12-2014 31-12-2013

Até três meses 7.400.465 13.281.747Entre três meses e um ano 29.580.350 25.486.788Entre um ano e três anos 336.450 1.756.850Entre três anos e cinco anos - -Mais de cinco anos 397.500 397.500

37.714.765 40.922.885

Juros a receber 294.226 345.202 38.008.991 41.268.087

Em a 31 de Dezembro de 2013 saldo desta rubrica incluía um depósito no valor de 2.499.000 euros, respeitante ao financiamento do Banco de Portugal e sobre o qual a CCAM havia concedido garantia real ao Banco de Portugal. Esse valor aplicado em títulos, nomeadamente em divida pública, foi desmobilizado no primeiro trimestre de 2014 na sequência da emissão da Instrução n.º 28/2013, de 21 de Novembro, do Banco de Portugal, a qual alterou as regras referentes à utilização de direitos de crédito adicionais elegíveis para garantia de operações de refinanciamento.

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11. CRÉDITO A CLIENTES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

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Crédito InternoMédio e longo prazos Empréstimos à habitação bonificado 84.853 90.175 Empréstimos à habitação regime geral 10.346.324 9.728.755 Empréstimos com garantia real 17.218.923 15.687.422 Empréstimos sem garantia real 6.786.071 8.293.903 Contratos de locação financeira Clientes 444.026 324.237 CCAMEmprestimos subordinados (Ca Seguros)Curto prazo Outros créditos Cartão crédito 70.667 64.127 Outros créditos 272.311 723.878 Créditos em conta corrente Clientes 3.579.986 4.273.241 Descobertos em depósitos à ordem Outros residentes 73.122 23.156 Outros créditos - Papel Comercial 500.000 500.000Crédito ao exterior Descobertos dep.ordem - não residentes 7 - Outros créditos a clientes 11

39.376.302 39.708.893Juros a receber 82.742 80.011

Comissões associadas ao custo amortizado:Receitas com rendimento diferido (102.382) (90.114)

Total do crédito não vencido 39.356.662 39.698.790

Crédito e juros vencidosCrédito vencido 6.990.846 7.121.280Juros vencidos 34.998 45.005

Total crédito e juros vencidos 7.025.844 7.166.285Crédito bruto 46.382.506 46.865.075

ProvisõesPara crédito e juros vencidos (6.547.705) (6.311.741)Para crédito de cobrança duvidosa (165.714) (161.908)

Total das provisões (6.713.418) (6.473.649)

Crédito líquido 39.669.088 40.391.426

Para fazer face aos riscos de realização do crédito concedido, a Caixa Agrícola dispõe em Dezembro de 2014 e Dezembro de 2013 de uma provisão para riscos gerais de crédito no montante de 348.413 Euro e 352.727 Euros, respetivamente, registada na rubrica “Provisões” do passivo (Nota 30).

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A Caixa Central efetuou em 2013 uma operação de crédito de elevado montante sindicando-a com a CCAM que aderiu ao programa de papel comercial emitido pela Galp Energia, SGPS, SA no montante de 500.000,00€ e pelo prazo de seis anos prevendo-se ser uma aplicação de longo prazo com boa rentabilidade e com nível de risco baixo.

Em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2013, o prazo residual dos créditos a clientes apresenta a seguinte estrutura:

31-12-2014 31-12-2013

Até três meses 4.173.222 3.104.110

Entre três meses e um ano 2.537.311 2.121.691

Entre um ano e três anos 1.973.735 2.828.798

Entre três e cinco anos 3.737.873 2.859.609

Mais de cinco anos 33.980.005 35.971.072

46.402.146 46.885.281

Juros a receber 82.742 80.011

Comissões associadas ao custo amortizado -102.382 -90.114

46.382.506 46.875.178

12. INVESTIMENTOS DETIDOS ATÉ À MATURIDADE

Esta rubrica não apresenta quaisquer valores.

13. ATIVOS COM ACORDO DE RECOMPRA

Esta rubrica não apresenta quaisquer valores.

14. DERIVADOS DE COBERTURA

A Caixa Agrícola não realizou qualquer operação de derivados no âmbito da sua actividade, para cobertura de posições.

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15. ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Ativos não correntes detidos para venda:Imóveis 4.089.806 3.940.090Equipamento - -Outros 6.173 -

4.095.979 3.940.090

Outros ativos não correntes detidos para venda:Filiais - -Associadas - -Outros ativos não correntes detidos para venda - -

- -

4.095.979 3.940.090Imparidade:

Imóveis (3.799) (13.608)Equipamento - -Outros - -

4.092.180 3.926.482

O movimento desta rubrica durante os exercícios de 31 de Dezembro 2014 e 2013 pode ser apresentado da seguinte forma:

31-12-2013 31-12-2014

Valorbruto Imparidade Aquisições Alienações

Utilização de imparidade

Dotações de imparidade

Reposições de imparidade

Valorbruto Imparidade

Valor líquido

Ativos não correntes detidos para venda

Imóveis 3.940.090 (13.608) 797.610 (647.894) - 9.809 4.089.806 (3.799) 4.086.007

Equipamento

Outros - - 7.955 (1.782) - - - 6.173 - 6.173

3.940.090 (13.608) 805.565 (649.676) - 9.809 - 4.095.979 (3.799) 4.092.180

31-12-2012 31-12-2013

Valor bruto Imparidade Aquisições AlienaçõesUtilização de imparidade

Dotações de imparidade

Reposições de imparidade Valor bruto Imparidade

Valor líquido

Ativos não correntes detidos para venda

Imóveis 3.979.761 - 909.094 (948.765) - (13.608) - 3.940.090 (13.608) 3.926.482

Equipamento - - - - - - - - - -

Outros - - - - - - - - - -

3.979.761 - 909.094 (948.765) - (13.608) - 3.940.090 (13.608) 3.926.482

16. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

A Caixa Agrícola não tem no seu activo qualquer propriedade de investimento nos exercícios económicos de 2014 e 2013.

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17. OUTROS ATIVOS TANGÍVEIS

Os movimentos verificados na rubrica Outros ativos tangíveis no exercício de 2013 e no exercício de 2012 foram os seguintes:

31-12-2013 31-12-2014

DescriçãoValorbruto

Amortizações acumuladas Imparidade Aquisições

Amortizações Não Elegíveis IAS 16 e 36

Alienações e abates

ValorlíquidoTransferências do exercício Imparidade

Imóveis:

De serviço próprio:

Terrenos 162.179 - (11.656) - - - 456 - (1.587) 149.393

Edificios 2.014.276 (810.298) (38.523) (38.643) 1.326 (3.635) 1.124.503

Outros 121.587 (24.725) - - - (2.385) - - - 94.477

Outros imóveis - - - - - - - - - -

2.298.042 (835.023) (50.179) - - (41.028) 1.783 - (5.221) 1.368.373

Equipamento:

Mobiliário e material 197.967 (191.833) - 6.701 - (4.682) - - 8.153

Máquinas e ferramentas 222.374 (197.569) - - (9.755) - 15.050

Equipamento informático 52.568 (52.091) - - - (477) - - 0

Instalações interiores 128.295 (104.367) - - - (3.553) - - 20.375

Material de transporte 58.949 (35.311) - (1.708) - - 21.930

Equipamento de segurança 168.964 (162.589) - - - (2.605) - - 3.770

Outro equipamento 152.206 (151.882) - 1.814 - (657) - - 1.482

981.322 (895.641) - 8.515 - (23.437) - - - 70.760

Outros ativos tangíveis: - - - - - - - - - -

(...)

3.279.364 (1.730.664) (50.179) 8.515 - (64.465) 1.783 - (5.221) 1.439.133

31-12-2012 31-12-2013

DescriçãoValorbruto

Amortizações acumuladas Imparidade Aquisições

Amortizações Não Elegíveis IAS 16 e 36

Alienações e abates

ValorlíquidoTransferências do exercício Imparidade

Imóveis:

De serviço próprio:

Terrenos 162.179 - (11.656) - - - - - - 150.523

Edificios 2.014.276 (771.711) (41.154) (38.587) 2.631 - 1.165.455

Outros 121.587 (2. 340) - - - (2.385) - - - 96.862

Outros imóveis - - - - - - - - - -

2.298.042 (794.051) (52.809) - - (40.972) 2.631 - - 1.412.841

Equipamento:

Mobiliário e material 191.535 (182.164) - 6.432 - (9.669) - - 6.134

Máquinas e ferramentas 207.253 (187.974) - 15.121 (9.595) - 24.805

Equipamento informático 52.568 (50.946) - - - (1.145) - - 477

Instalações interiores 105.839 (102.506) - 22.456 - (1.861) - - 23.928

Material de transporte 58.949 (30.186) - (5.125) - - 23.638

Equipamento de segurança 168.964 (159.984) - - - (2.605) - - 6.375

Outro equipamento 152.206 (149.678) - - (2.203) - - 324

937.313 (863.438) - 44.009 - (32.202) - - - 85.681

Ativos tangíveis em curso - - - - - - - - - -

(...)

3.235.355 (1.657.489) (52.809) 44.009 - (73.174) 2.631 - - 1.498.522

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18. ATIVOS INTANGÍVEIS

Os movimentos verificados nesta rubrica no exercício de 2014 e no exercício de 2013 foram os seguintes:

31-12-2013 31-12-2014

DescriçãoValorbruto

Amortizações acumuladas Imparidade Aquisições

Amortizações

RegularizaçõesAlienações e

abatesValor

líquidoTransferências do exercício Imparidade

Sistema de tratamento automático de dados (software)

113.775 (113.775) - - - - - - - -

Outros ativos intangíveis - - - - - - - - - -

Ativos intangíveis em curso - - - - - - - - - -

113.775 (113.775) - - - - - - - -

31-12-2012 31-12-2013

Descrição Valor brutoAmortizações acumuladas Imparidade Aquisições

Amortizações

RegularizaçõesAlienações e

abates Valor líquidoTransferências do exercício Imparidade

Sistema de tratamento automático de dados (software)

113.775 (113.775) - - - - - - - -

Outros ativos intangíveis - - - - - - - - -

Ativos intangíveis em curso - - - - - - - - - -

113.775 (113.775) - - - - - - - -

19. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS

Em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2013, a rubrica “investimentos em filiais” tem a seguinte composição:

Empresa Sector de actividade Sede

Participação efectiva (%) 31-12-2014

Valor de balanço

31-12-2014

Valor de balanço

31-12-2013

Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C. R. L. Instituição Crédito Lisboa 0,9937 3.005.960 3.005.960FENACAM, F. C. R. L. Serviços Auxiliares Lisboa 0,0040 20,0 20,0CA Informatica, SA Serviços Informáticos Lisboa 0,1572 10.589 10.589Crédito Agrícola Seguros, SA Segurador Lisboa 0,0003 50 50

3.016.619 3.016.619

Em 31 de Dezembro de 2014, os dados financeiros mais significativos conhecidos das demonstrações financeiras destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma (últimos dados conhecidos à data da elaboração do Anexo às Contas - dados não auditados, sujeitos a alterações):

Empresa DataReferência

Ativolíquido

Situaçãolíquida

Resultadolíquido

Caixa Central Crédito Agrícola Mútuo 31-12-2014 6.000.506.067 298.127.857 36.610.035

Crédito Agrícola Informática S.A. 31-12-2014 21.697.337 6.621.974 314.140

Fenacam 31-12-2014 7.690.521 5.279.851 91.220

Crédito Agrícola Seguros S.A. 31-12-2014 191.845.453 42.341.431 3.394.131

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20. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2013 eram os seguintes:

31-12-2014 31-12-2013

Ativos por impostos diferidos Por diferenças temporárias 725.524 727.797 Por prejuízos fiscais reportáveis 355.768 468.088

1.081.292 1.195.885

Passivos por impostos diferidos Por diferenças temporárias (16.450) (18.546)

1.064.841 1.177.339

Ativos por impostos correntes Pagamentos por conta - - Imposto sobre o rendimento a recuperar - -

- -

Passivos por impostos correntes Imposto sobre o rendimento a pagar (15.736) (2.382)

(15.736) (2.382)

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O detalhe e o movimento ocorrido nos impostos diferidos durante os exercícios de 2014 e 2013 foi o seguinte:

2014

Saldo em31-12-2013

Adopção da IAS 39

Variação em Resultados

Variação em ResultadosTransitados

Variação em Reservas

Saldo em 31-12-2014

. Activos tangíveis e imparidade 7.969 (2.839) 5.130

. Activos intangíveis - - - - -

. Activos não correntes detidos para venda 3.299 - (449) - - 2.849

. Prémio de antiguidade 23.751 - (2.279) - - 21.472

. Encargos com saúde 427 - (35) - - 392

. Provisões não aceites fiscalmente: - - - - -

Provisões para cobrança duvidosa 18.809 - 8.775 - - 27.584

Provisões para crédito vencido - - - - - -

Provisões para crédito c/ garantia hipotecária 570.663 - 6.255 - - 576.918

Provisões para riscos gerais de crédito 85.501 - (8.014) - - 77.487

Provisões para riscos bancários gerais - - - - -

Provisão para aplicações financeiras - - - - - -

Provisão para imóveis - -

Provisões para outras aplicações - - - - -

Provisões para outros devedores 8.877 - (2.617) - - 6.260

Provisões para outros riscos e encargos - - - - -

. Pensões - -

Reformas antecipadas 8.502 - (1.070) - - 7.431

Desvios actuariais - - - - -

Contribuição efectuada - - - - -

(...) - -

. Reavaliação de imobilizado não aceite fiscalmente (18.546) - 2.095 - - (16.450)

. Reavaliação de instrumentos financeiros derivados - - - - -

. Valias fiscais - -

. Prejuízos fiscais reportáveis 468.088 - (112.320) - - 355.768

. Comissões - - - - - -

. Correcções no justo valor dos elementos cobertos - - - - - -

. Valorização dos activos disponíveis para venda - - - - - -

. Carteira de títulos detidos até à maturidade - - - - - -

(...) - - - - - -

1.177.339 - (112.498) - - 1.064.841

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2013

Saldo em31-12-2012

Adopção da IAS 39

Variação em Resultados

Variação em ResultadosTransitados

Variação em Reservas

Saldo em 31-12-2013

. Activos tangíveis e imparidade 8.712 - (743) - - 7.969

. Activos intangíveis - - - - -

. Activos não correntes detidos para venda 3.299 3.299

. Prémio de antiguidade 27.686 - (3.935) - - 23.751

. Encargos com saúde 464 - (37) - - 427

. Provisões não aceites fiscalmente: - - - - - - Provisões para cobrança duvidosa 21.588 - (2.779) - - 18.809 Provisões para crédito vencido 4.817 - (4.817) - - - Provisões para crédito c/ garantia hipotecária 1.119.423 - (548.760) - - 570.663 Provisões para riscos gerais de crédito 226.731 - (141.230) - - 85.501 Provisões para riscos bancários gerais - - - - - - Provisão para aplicações financeiras - - - - - - Provisão para imóveis - - - Provisões para outras aplicações - - - - - - Provisões para outros devedores 4.816 - 4.061 - - 8.877 Provisões para outros riscos e encargos - - - - - -. Pensões - - - Reformas antecipadas - - 8.502 - - 8.502 Desvios actuariais - - - - - - Contribuição efectuada - - - - - -(...) - - -. Reavaliação de imobilizado não aceite fiscalmente (21.377) - 2.831 - - (18.546). Reavaliação de instrumentos financeiros derivados - - - - - -. Valias fiscais - - -. Prejuízos fiscais reportáveis - - 468.088 - - 468.088

. Comissões - - - - - -

. Correcções no justo valor dos elementos cobertos - - - - - -

. Valorização dos activos disponíveis para venda - - - - - -

. Carteira de títulos detidos até à maturidade - - - - - -

(...) - - - - - -

1.392.860 - (215.521) - - 1.177.339

Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue:

31-12-2014 31-12-2013Impostos correntes 48.669 22.073

Impostos diferidos Registo e reversão de diferenças temporárias 178 683.609Prejuízos fiscais reportáveis 112.320 (468.088)

112.498 215.521

Total de impostos reconhecidos em resultados 161.167 237.594

Resultados antes de impostos 249.012 426.487

Carga fiscal 64,72% 55,71%

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O Crédito Fiscal Extraordinário ao Investimento consiste num benefício fiscal aprovado pela Lei 49/2013, de 16 de Julho sob a forma de dedução à colecta do IRC do montante correspondente a 20% das despesas de investimento em activos afectos à exploração (despesas elegíveis) efectuadas entre 1 de Junho de 2013 e 31 de Dezembro de 2013 até à concorrência de de 70% da colecta apurada no exercício com possibilidade de reporte nos cinco anos subsequentes.

Tendo em consideração o facto de a CCAM ser membro de um Agrupamento Complementar de Empresas (Crédito Agrícola Serviços – Centro de Serviços Partilhados, ACE), cujo rendimento fiscal é imputado aos seus membros, coube à CCAM um benefício no montante de 7.518 apurado com base nos investimentos elegíveis realizados em 2013 pelo ACE. Assim e na medida em que não foi possível deduzir qualquer benefício à coleta de IRC de 2013, por inexistência da mesma, foi considerado no cálculo do imposto corrente do exercício de 2014 da CCAM a utilização parcial deste benefício fiscal no montante de 2.439 euros.

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais da Caixa Agrícola relativas aos anos de 2011 a 2014 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão e a matéria coletável a eventuais correções.

Contudo, na opinião do Conselho de Administração da Caixa Agrícola, não é previsível que ocorram correcções com impacto significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2014.

Em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2013, o detalhe dos impostos correntes registados na demonstração de resultados é o seguinte:

31-12-2014 31-12-2013Estimativa de impostos sobre os lucros 48.659 19.193Correcção de imposto de exercícios anteriores 9 2.880

Imposto corrente registado na Demonstração dos resultados 48.669 22.073

Em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2013, o detalhe dos activos e passivos por impostos correntes é o seguinte:

31/12/2014 31/12/2013

Pagamentos por conta realizados e PEC realizados 29.523 - Retenções na fonte 3.401 534 Estimativa de Imposto sobre o rendimento (48.659) (2.916)

Imposto corrente registado na Demonstração dos resultados (15.736) (2.382) *

* Nota: Para uma correta comparabilidade informa-se que os valores referentes a 31 de Dezembro de 2013 não incluem o montante de 23.710 euros relativos ao imposto apurado na declaração Modelo 22 de encerramento da CCAM de Estarreja, pago em 20 de Junho de 2013, e decomposto da seguinte forma:

Pagamentos por conta realizados e PEC realizados - Retenções na fonte 361 Imposto sobre o rendimento estimado (CCAME 5M) (16.277)

(15.916)Insuficiência Estimativa (CCAME 5M) (7.794)Imposto sobre o rendimento a recuperar / (pagar) (23.710)

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A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efetiva de imposto no exercício de 2013 e no exercício de 2012 pode ser demonstrada como segue:

2014 2013Taxa de imposto Montante

Taxa de imposto Montante

Resultado antes de impostos 249.012 426.487

Imposto apurado com base na taxa de imposto nominal 23,00% 57.273 25,00% 106.622

Diferenças geradoras de activos e passivos por impostos diferidos Provisões temporariamente não dedutíveis ou acima dos limites legais 69,89% 174.044 158,93% 677.807 Redução de provisões tributadas (45,61%) (113.582) (237,44%) (1.012.639) 40% Aum. reint. result. reaval. activos tang. 0,23% 585 0,15% 635 Variações patrimoniais negativas (0,34%) (847) (1,69%) (7.200) Variações patrimoniais positivas 0,00% - 5,97% 25.471 (…) 0,00% - 0,00% -Diferenças permanentes Correcções relativas a exercícios anteriores 0,39% 968 0,49% 2.086 Multas, coimas, juros compensatorios e demais enc. p/ prática de infracções 0,00% 6 0,01% 49 Contribuição para Setor Bancário 0,84% 2.084 0,27% 1.173 Diferença positiva entre o VPT definitivo do imóvel e o valor do contrato 6,61% 16.454 7,88% 33.619 Menos-valias contabilisticas 0,00% - 0,56% 2.407 Mais-valias fiscais 0,00% - 0,00% - Donativos não previstos ou além dos limites legais 0,42% 1.047 0,60% 2.563 Outras diferenças permanentes 0,00% 0,00% (…) 0,26% 637 0,00% 5 Mais-valias contabilisticas (0,07%) (179) (3,10%) (13.216) Menos-valias fiscais (0,22%) (539) 0,00% - Benefícios fiscais (0,14%) (349) (0,09%) (384) Operações efectuadas ao abrigo de regimes de taxa reduzida 0,00% - 0,00% - (…) (0,13%) (331) (0,66%)

(2.799) Prejuízos fiscais dedutiveis (38,59%) (96.090) (48,39%)Imposto corrente sobre o lucro tributavel CCAMOAE 16,54% 41.182 0,00% 0Imposto corrente sobre o lucro tributavel CCAME (5M) 3,57% 15.244 Benefícios fiscais (0,98%) (2.439) 0,00% - Resultado da liquidação 0,00% - 0,00% - Derrama 2,97% 7.401 0,21% 915 Tributações autónomas 1,01% 2.516 0,71% 3.034 (…) 0,00% - 0,00% Imposto corrente sobre o lucro do exercício 19,54% 48.660 4,50% 19.193 Correcções de impostos relativas a exercícios anteriores 0,00% 9 0,68% 2.881

Impostos correntes sobre os lucros 19,54% 48.669 5,18% 22.073 Registo e reversão de activos e passivos por impostos diferidos 45,18% 112.498 50,53% 215.521

Custo com imposto do exercício 64,72% 161.167 55,71% 237.594

A 31 de Dezembro de 2014, a CCAM de Oliveira de Azeméis e Estarreja tinha a sua situação contributiva regularizada perante o Fisco e a Segurança Social, não sendo devedora de qualquer dívida vencida.

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21. OUTROS ATIVOS

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Devedores e Outras Aplicações Bonificações a receber 696 684 Devedores capital não realizado - - Outros devedores diversos 180.866 281.142 Iva a recuperar 3.922 -

185.484 281.826

Outros Ativos Numismática e Medalhística 1.007 1.015 Outros juros e rendimentos similares 74.551 90.261 Outros rendimentos a receber 1.720 359 Outros - -

77.278 91.635

Despesas com encargo diferido Fundo de Pensões 35.716 59.749 Seguros 10.430 1.123 Fornecedores 33 106 Outros - - DPs Clientes-Taxa Crescente - - Empresas do Grupo - 405 Quotização Fenacam - -

46.179 61.383

Receitas com rendimento diferido DPs CCCAM-Taxa Crescente - -

- -

Valores a regularizar Rejeitados D. O.- A Débito 128 137 ATM- Caixa Automático 302.115 286.195 Operações activas a regularizar 40.439 23.750 Rotinas PCSB 10 7 Economato - - Falhas Caixa 10 25 PSC-Contas para o futuro 15.497 17.956 Outras operações a regularizar 16 30

358.213 328.100

Imparidade – Outros ativos Outros devedores diversos (45.073) (53.546) Outros 0 0

(45.073) (53.546)622.081 709.398

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22. RECURSOS DE BANCOS CENTRAISEsta rubrica não apresenta quaisquer valores.

23. PASSIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃOEsta rubrica não apresenta valores.

24. OUTROS PASSIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOSEsta rubrica não apresenta valores.

25. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITOEsta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Recursos de instituições de crédito no país Mercado monetário interbancário - - Recursos a muito curto prazo - - Depósitos 192.331 2.499.000 Empréstimos - - Operações de venda com acordo de recompra - - Outros recursos

192.331 2.499.000Recursos de instituições de crédito no estrangeiro Organismos financeiros internacionais Recursos a muito curto prazo - - Depósitos - - Empréstimos - - Operações de venda com acordo de recompra - - Sucursais de outras instituições de crédito nacionais Depósitos - - Empréstimos - - Operações de venda com acordo de recompra - -Outras instituições de crédito Depósitos - - Empréstimos - - Operações de venda com acordo de recompra - - Outros recursos - -

- -

Correcções de valor de ativos que sejam objecto de operações de cobertura - -

Juros a pagar 14 1.079

14 1.079192.345 2.500.079

Em a 31 de Dezembro de 2013 saldo desta rubrica incluía um depósito no valor de 2.499.000 euros, respeitante ao financiamento do Banco de Portugal e sobre o qual a CCAM havia concedido garantia real ao Banco de Portugal. Esse valor aplicado em títulos, nomeadamente em divida pública, foi desmobilizado no primeiro trimestre de 2014 na sequência da emissão da Instrução n.º 28/2013, de 21 de Novembro, do Banco de Portugal, a qual alterou as regras referentes à utilização de direitos de crédito adicionais elegíveis para garantia de operações de refinanciamento.

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Em sua substituição foram aprovadas pelo BCE novas operações de refinanciamento direcionados designadas por Linhas TLTRO, com vencimento em Setembro de 2018. Neste âmbito e pelo valor do financiamento obtido do Banco de Portugal, a Caixa Central efetuou um depósito junto da CCAM com vencimento mensal e taxa fixa anual de 0,20%, até ao momento do reembolso, que corresponderá ao custo de funding a suportar pelas CCAM’s, tendo em conta o montante de refinanciamento recebido. À data de 31 de Dezembro o valor do depósito ascende a 192.331 euros.

Em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2013, o prazo residual dos recursos de outras instituições de crédito apresenta a seguinte estrutura:

31-12-2014 31-12-2013Até três meses 192.331 2.499.000Entre três meses e um ano - -Entre um ano e três anos - -Entre três e cinco anos - -Mais de cinco anos - -

192.331 2.499.000Juros a pagar 14 1.079

192.345 2.500.079

26. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOSEsta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013Depósitos À ordem 23.683.289 26.728.587 A prazo 47.775.005 44.402.588 De poupança 6.000.996 7.380.280Outros recursos de clientes Cheques e ordens a pagar 2.039 2.039 Outros 2.066 -

Juros a pagar 436.075 515.54177.899.470 79.029.036

Em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2013, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros empréstimos, apresentavam a seguinte estrutura:

31-12-2014 31-12-2013Até três meses 40.259.780 40.235.201Entre três meses e um ano 31.850.153 33.513.494Entre um ano e três anos 5.198.542 4.618.065Entre três e cinco anos 133.248 139.855Mais de cinco anos 17.567 4.841

77.459.290 78.511.456

Outros recursos de clientes 4.105 2.039Juros a pagar 436.075 515.541

77.899.470 79.029.036

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27. RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOSEsta rubrica não apresenta valores.

28. PASSIVOS FINANCEIROS ASSOCIADOS A ATIVOS TRANSFERIDOSEsta rubrica não apresenta valores.

29. PASSIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

Esta rubrica não apresenta valores.

30. PROVISÕES E IMPARIDADEO movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da Caixa Agrícola nos exercícios de 2014 e 2013 foi o seguinte:

Saldos em 31-12-2013 Reforços

Reposições e anulações Utilizações Transferências

Saldos em 31-12-2014

Provisões para créditos sobre clientes e aplicaçõesem instituições de crédito: Créditos de cobrança duvidosa (161.908) (81.445) 77.639 - - (165.714) Crédito e juros vencidos (6.311.741) (962.549) 726.569 16 - (6.547.705) Risco-país - - - - -

(6.473.649) (1.043.994) 804.208 16 - (6.713.418)Provisões: Riscos gerais de crédito (352.727) (42.884) 47.197 - - (348.413) Outros riscos e encargos - - - - - - Riscos bancários gerais - - - - -

(352.727) (42.884) 47.197 - - (348.413)

Imparidade Imparidade de outros ativos financeiros (499) (10.727) - (18.348) (29.575) Imparidade de outros ativos: Ativos não correntes detidos para venda (13.608) - 9.809 - - (3.799) Outros ativos tangíveis (50.179) - 1.783 340 - (48.056) Outros ativos (53.546) (1.172) 9.645 - (45.073)

(117.832) (11.899) 21.237 340 (18.348) (126.502)

(6.944.207) (1.098.777) 872.642 356 (18.348) (7.188.334)

Saldos em 31-12-2012 Reforços

Reposições e anulações Utilizações Transferências

Saldos em 31-12-2013

Provisões para créditos sobre clientes e aplicaçõesem instituições de crédito: Créditos de cobrança duvidosa (442.085) (762.485) 1.042.662 - - (161.908) Crédito e juros vencidos (5.166.061) (3.957.136) 2.811.457 - (6.311.741) Risco-país - - - - -

(5.608.147) (4.719.621) 3.854.119 - - (6.473.649)Provisões: Riscos gerais de crédito (876.560) (50.104) 573.938 - - (352.726) Outros riscos e encargos - - - - - - Riscos bancários gerais - - - - -

(876.560) (50.104) 573.938 - - (352.726)

Imparidade Imparidade de outros ativos financeiros (499) - - - - (499) Imparidade de outros ativos: Ativos não correntes detidos para venda (13.608) - - (13.608) Outros ativos tangíveis (52.809) - 2.631 - - (50.178) Outros ativos (35.100) (18.446) - - (53.546)

(88.408) (32.054) 2.631 - - (117.831)

(6.573.114) (4.801.779) 4.430.688 - - (6.944.206)

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31. INSTRUMENTOS REPRESENTATIVOS DE CAPITAL

Esta rubrica não apresenta valores.

32. OUTROS PASSIVOS SUBORDINADOS

Esta rubrica não apresenta valores.

33. OUTROS PASSIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013Credores e outros recursos Recursos Diversos Recursos - conta cativa 2.427 7.111 Recursos - conta caução 42.466 59.602 Outros recursos 6.569 5.045 Sector Público Administrativo Retenção de impostos na fonte 52.497 75.110 Contribuições para a Segurança Social 18.576 21.007 Imposto sobre o Valor Acrescentado - 450 Autarquias Locais 12.500 12.000 Cobranças por conta de terceiros 1.147 1.186 Contribuições para outros sistemas de saúde 3.338 3.333 Credores diversos Fornecedores 42.799 39.864 Outros credores 3.783 13.648

186.102 238.356 Encargos a pagar Por capitais próprios e equiparados - - Por gastos com pessoal Provisão para férias e subsídio de férias 120.390 124.115 Contribuição FGCAM - - Prémio de antiguidade 96.545 97.982 Contribuição fundo pensões e outos Beneficios 18.287 13.561 Outros - - Outros 806 395 236.028 236.053

Receitas com rendimento diferido Comissões sobre garantias prestadas 2.830 2.667 Outras receitas com rendimento diferido - -

2.830 2.667

Valores a regularizar Operações fora de bolsa regularizar - - Outras operações passivas a regularizar 123.152 3.743 PSC- conta Regeitadas - - Compensação- DL- 18/2007 24.069 16.662 Meios electrónicos de pagamento 121.271 127.007 Efeitos- Carteira cobradora 993 5.083 Outras Operações Internas 1.241 2.155 Outros valores cobrados - - 270.726 154.650

695.685 631.726

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34. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS

Os passivos contingentes e compromissos associados à atividade bancária encontram-se registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:

31-12-2014 31-12-2013

Garantias prestadas e outros passivos eventuais Garantias e avales prestados 312.266 358.487 Garantias reais prestadas ao banco de Portugal - 15.642.069 Outros passivos eventuais 82.318 106.179

394.584 16.106.734Compromissos perante terceiros Por linhas de crédito Compromissos irrevogáveis 2.365.620 3.109.360 Compromissos revogáveis 569.581 625.294

2.935.201 3.734.654Responsabilidades por prestação de serviços Depósito e guarda de valores 455.506 212.809 Valores recebidos para cobrança 47.272 152.009 Valores administrados pela instituição - - Outras - -

502.779 364.8183.832.564 20.206.206

35. CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO

Em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2013, a estrutura de capital da Caixa Agrícola é a seguinte:

31-12-2014 31-12-2013

N º deTítulos valor % N º de

Títulos valor %

CCAM de Oliveira de Az e Estarreja 1.391.190 6.955.950 89% 1.369.933 6.849.665 86%Associados: Outras entidades com participação inferior a 0,1% 166.373 831.865 11% 228.958 1.144.790 14%

1.557.563 7.787.815 100% 1.598.891 7.994.455 100%

Nos termos da Portaria nº 408/99, de 4 de Junho, publicada no Diário da República – I Série B, nº 129, os prémios de emissão não podem ser utilizados para a atribuição de dividendos nem para a aquisição de acções próprias.

Nos termos do Decreto-Lei nº 142/2009, de 16 de Junho (Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo e das Cooperativas de Crédito Agrícola Mútuo), o capital da Caixa Agrícola só pode ser reduzido por amortização dos títulos de capital nos casos de:

• Redução da participação do Associado;• Exoneração do Associado;• Exclusão do Associado;• Falecimento de um Associado desde que os seus sucessores não queiram ou não possam associar-se.

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A redução da participação do Associado só é permitida até ao limite mínimo estabelecido nos estatutos ou deliberado em Assembleia-geral.

A exoneração do Associado ou a redução da sua participação só se tornam eficazes no termo do exercício, dependendo da verificação das seguintes condições:

• O pedido ter sido apresentado por escrito, com antecedência mínima de 90 dias;• Terem decorrido pelo menos três anos desde a realização dos títulos de capital;• O reembolso não implicar a redução do capital social para valor inferior ao capital mínimo previsto

nos estatutos nem implicar o incumprimento ou o agravamento de incumprimento de quaisquer relações ou limites prudenciais fixados por lei ou pelo Banco de Portugal em relação à Caixa Agrícola.

Os títulos de capital são reembolsados ao seu valor nominal.

36. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E LUCRO DO EXERCÍCIO

Em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2013, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Reservas de reavaliação Reservas resultados de valorização ao justo valor:

de ativos financeiros disponiveis para venda 0 (19.607) de investimentos em filiais e empreendimentos conjuntos

Reservas de reavaliação do imobilizado 184.919 191.273 Outras Reservas de reavaliação: Fundos de Pensões 136.519 138.841 De ativos financeiros disponiveis para venda 0 1.259

321.438 311.765Outros instrumentos de capital

Reserva legal 2.827.437 2.789.657 Outras reservas 273.490 268.395 Resultados transitados (36.027) (17.679)

3.064.900 3.040.373Lucro do exercício 87.845 188.893 3.474.183 3.541.031

Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 201/2002, de 26 de Setembro, a Caixa Agrícola constitui um fundo de reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fracção não inferior a 20% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante.

Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital.

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Decorrente da obrigatoriedade de entrada em vigor das alterações, publicadas em Junho de 2011, à IAS19 o reconhecimento diferido dos ganhos e perdas atuariais, nos períodos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2013 os desvios atuariais por amortizar passaram a ser reconhecidos diretamente no rendimento Integral (Capital Próprio), no período em que ocorrem.

37. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARESEsta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Juros de disponibilidades em outras instituições de crédito Disponibilidades sobre instituições de crédito no país 3.655 3.140

3.655 3.140 Juros de aplicações em instituições de crédito

Aplicações em instituições de crédito no país 1.066.066 1.340.183 1.066.066 1.340.183

Juros de crédito a clientes

Crédito não representado por valores mobiliários Crédito interno Empresas e administrações públicas Desconto e outros créditos titulados por efeitos 6.592 13.473 Empréstimos 443.771 349.516 Créditos em conta corrente 187.344 228.055 Descobertos em depósitos à ordem 23.201 72.154 Outros créditos 10.379 4.446

671.286 667.643 Particulares

Habitação Outros créditos 212.240 175.961 Consumo Outros créditos 350.695 412.240 Outras finalidades Desconto e outros créditos titulados por efeitos 2.782 5.102 Empréstimos 308.955 340.318 Créditos em conta corrente 8.960 8.790 Descobertos em depósitos à ordem 10.499 15.113 Outros créditos 15.693 7.386

909.823 964.910 1.581.109 1.632.553

Crédito externo Particulares Outras finalidades Descobertos em depósitos à ordem - 5

- 5 Juros de crédito Vencido 67.613 142.876 Outros juros e rendimentos similares - 631

2.718.444 3.119.387

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38. JUROS E ENCARGOS SIMILARES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013Juros de recursos de outras instituições de crédito no país 489 14.305 no estrangeiro - -Juros de recursos de clientes e outros empréstimos 1.146.481 1.322.956Juros de passivos financeiros de negociaçãoOutros juros e encargos similares - -

1.146.970 1.337.260

39. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Ativos financeiros disponíveis para venda Emitidos por residentes - - Emitidos por não residentes - -

- -Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos No país Investimentos em filiais 3 1 Investimentos em associadas - - Investimentos em empreendimentos conjuntos - - No estrangeiro Investimentos em filiais - - Investimentos em associadas - - Investimentos em empreendimentos conjuntos - -

3 1

Outros instrumentos de capital - -

3 1

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40. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013Por garantias prestadas Garantias e avales 10.325 11.127 Fianças e indemnizações (contragarantias) - - Créditos documentários abertos - - Outras garantias prestadas - -

10.325 11.127Por compromissos assumidos perante terceiros Compromissos irrevogáveis Linhas de crédito irrevogáveis 59.222 53.916 Subscrição de títulos - - Outros compromissos irrevogáveis 1.624 763 Compromissos revogáveis - -

60.845 54.679Por serviços prestados Depósito e guarda de valores - - Cobrança de valores 2.091 2.456 Administração de valores - - Transferência de valores 6.821 22.472 Gestão de cartões 90 280 Anuidades 41.539 39.841 Montagem de operações - - Operações de crédito Outras operações de crédito - - Comissões abertura e utilização 16.295 31.930 Comissões processamento 40.475 28.463 Comissões estudo/contrato crédito 3.534 3.538 Outras comissões 69.802 153.086 Outros serviços prestados Comissões -aluguer de cofres e out.equipamento 769 180 Registo, distrates,descocações a conservatorias out. 1.620 800 Cartões 145.442 156.745 Comissões intermediação 12.703 12.270 Comissões-colocação e comercialização 125.829 146.857 Outros 8.593 17.649

475.603 616.567Outras comissões recebidas Gestão de contaa D.O 98.815 82.604 Cheques 87.679 96.667 Extractos e 2ªvias 133 155 Moras ou contencioso 46.091 63.510 Moeda estrangueira 843 835 Emissão de cadernetas 48 57 Outras 9.632 9.022

243.240 252.849

790.013 935.223

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41. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013Por serviços bancários prestados por terceiros Depósito e guarda de valores 1.616 2.630 Cobrança de valores 1.660 2.227 Operações de crédito 923 369 Outros serviços bancários - - Transferencia de valores 28.224 25.847 Cartões 58.207 65.942 Outros serviços bancários - 11 Comissões interbancárias 28 25 Comissões de intermediação - outras - 3.234Por operações realizadas por terceiros - -Outras comissões pagas 26.896 28.969

117.553 129.254

42. RESULTADOS DE ATIVOS E PASSIVOS AVALIADOS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

Esta rubrica não apresenta valores.

43. RESULTADOS DE ATIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Esta rubrica não apresenta valores.

44. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIALEsta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013Operações cambiais à vista 1.916 67Operações cambiais a prazo - -

1.916 67

45. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ATIVOSEsta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013Resultados em ativos não financeiros Outros ativos tangíveis Outros ganhos/Perdas extraordinarias (35.285) (9.629) Ganhos Realizados-Ativos não correntes 10.670 52.864Resultados em investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos - -

(24.615) 43.235

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46. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO

Estas rubricas têm a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013Outros rendimentos de exploraçãoRendas de locação operacional - -Ganhos em operações descontinuadas - -Reembolso de despesas 25.213 22.303Recuperação de créditos, juros e despesas Recuperação de créditos incobráveis 51.745 116.742 Recuperação de juros e despesas de crédito vencido 57.644 144.325Rendimentos da prestação de serviços diversos 5.612 8.670Outros Rendas 29.863 17.264 Rendimentos e receitas operacionais relativas exercícios anteriores 10.277 2.213 Outros ganhos e rendimentos operacionais 12.462 18.157

192.815 329.675Outros encargos de exploraçãoQuotizações e donativos (15.370) (22.247)Contribuições para o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (32.991) (48.174)Perdas em ativos não financeiros -Outros encargos e gastos operacionais (27.247) (48.755)Outros Impostos (22.040) (53.948)

(97.648) (173.125)95.168 156.551

47. CUSTOS COM PESSOAL

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013Salários e vencimentos Órgãos de Gestão e Fiscalização 131.978 160.542 Empregados 646.923 675.400Encargos sociais obrigatórios Fundos de Pensões (Nota 18) 12.373 20.701 Encargos relativos a remunerações: Segurança Social 159.340 167.570 SAMS 35.681 35.888 Outros - - Outros encargos sociais obrigatórios: Outros 6.066 6.029 Outros - -Encargos sociais facultativos - -Outros custos com pessoal: Indemnizações contratuais - - Outros 146 492

992.508 1.066.621

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O número médio de colaboradores da Caixa Agrícola em 2014 e 2013 apresenta a seguinte composição:

2014 2013

Conselho de Administração 4 4

Quadros técnicos 3 3

Chefias e Gerencia 2 2

Administrativos 18 18

A política de remunerações em vigor para os membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CCAM de Oliveira e Estarreja no exercício de 2014 é a seguinte:

PRINCÍPIOS GERAIS

Em cumprimento das disposições legais e regulamentares aplicáveis, a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de oliveira de Azeméis e Estarreja, CRL foi definida e elaborada de modo a reflectir adequada e proporcionalmente a dimensão, a organização interna e a natureza da Instituição, o âmbito e a complexidade da actividade por si desenvolvida, a natureza e a magnitude dos riscos assumidos e a assumir e o grau de centralização e delegação de poderes estabelecido no seio da mesma Instituição.

A Política de Remuneração reflecte, em particular, a natureza jurídica de cooperativa da Instituição e a dela decorrente ausência de fins lucrativos, a imposição de restrições de natureza geográfica à actuação da dita Instituição e também o carácter acessório e complementar de outras actividades económicas de que se reveste, na maioria dos casos, o exercício de funções nos seus Órgãos de Administração e de Fiscalização, factores que determinam que a tais funções correspondam muitas vezes remunerações de valor senão simbólico, pelo menos inferior ao da média dos Colaboradores da Instituição, sendo por conseguinte tais remunerações insusceptíveis de qualquer comparação com as que são auferidas no resto do Sector Bancário.

Nesta perspectiva, para além de se terem que considerar inaplicáveis à Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de oliveira de Azeméis e Estarreja, CRL todas as disposições da Lei n.º 28/2009, do Decreto-Lei n.º 104/2007 e do Aviso n.º 10/2011 que pressuponham que as entidades às mesmas sujeitas revestem a natureza jurídica de sociedades anónimas, houve que ponderar a aplicação de muitas das demais normas, sempre por referência ao princípio da proporcionalidade ínsito no corpo do Ponto 24 do Anexo ao Decreto-Lei n.º 104/2007 e no art.º 3.º, n.º 1, do Aviso n.º 10/2011.

CONSIDERAÇÕES GERAIS

Nos termos e para os efeitos do n.º 1 do art.º 16.º do Aviso n.º 10/2011, declara-se que:

a) A Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é definida pela Assembleia Geral, sem a intervenção de quaisquer consultores externos, cabendo à mesma revê-la periodicamente, pelo menos uma vez por ano;

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b) A descrição da componente variável da remuneração, incluindo os elementos que a compõem, quando exista, consta das secções seguintes da presente Declaração; vistas a natureza e dimensões da Instituição, o valor das remunerações pagas aos Membros dos respectivos Órgãos de Administração e de Fiscalização e o facto de, não sendo a Instituição uma sociedade anónima, é-lhe impossível pagar qualquer remuneração sob a forma de acções ou de opções, decidiu-se não diferir o pagamento de qualquer parte da mesma remuneração;

c) A Política de Remuneração é propícia ao alinhamento dos interesses dos Membros do Órgão de Administração com os interesses de longo prazo da Instituição e é igualmente consentânea com o desincentivo de uma assunção excessiva de riscos, na medida em que preconiza a atribuição de uma remuneração de valor moderado, compatível com as tradições e com a natureza específica do Crédito Agrícola, e que, sem prejuízo da atribuição de remuneração acrescida aos Administradores executivos, tem em atenção o carácter economicamente acessório e complementar de outras actividades económicas de que se reveste habitualmente o exercício de funções nos Órgãos de Administração e de Fiscalização;

d) Sempre em consonância com a natureza cooperativa da Instituição e com o princípio cooperativo da gestão democrática, o desempenho do Órgão de Administração é em primeira linha avaliado pelos Associados em sede de Assembleia Geral, maxime em sede de eleições para os Órgãos Sociais, não podendo estes manter-se em funções contra a vontade expressa dos Associados, bem como pelo Órgão de Fiscalização, no exercício das suas competências legais e estatutárias, reflectindo tal avaliação não só o desempenho económico da Instituição, mas também outros critérios directamente relacionados com a sobredita natureza cooperativa, incluindo a qualidade da relação estabelecida entre Administração e Cooperadores e da informação prestada aos membros sobre o andamento dos negócios sociais.

REMUNERAÇÃO DO CONSELHO DE FISCAL

A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal, tendo em consideração a natureza da composição desse Órgão Social, consiste exclusivamente em uma senha de presença por cada reunião em que estejam presentes pelo valor que seja aprovado pela Assembleia-Geral.

REMUNERAÇÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES EXECUTIVOS

A remuneração dos Membros executivos do Conselho de Administração consiste em uma componente mensal fixa, pelo valor que seja aprovado pela Assembleia-Geral; Considerando que, com excepção do Presidente do Conselho de Administração, existe, embora suspenso, um contrato de trabalho, auferindo a remuneração correspondente ao nível 18 do ACT para o sector bancário, com o complemento correspondente à isenção de horário de 2 horas. Acresce à remuneração fixada no nível referido, os prémios de carreira e demais regalias previstas no ACT, que serão mantidas no formato habitual e usual. Os valores actualmente praticados serão, assim respeitados e anualmente actualizados em sede de ACT, ao qual continua vinculado para todos os efeitos.

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Acresce a esta remuneração as facilidades de reembolso de despesas de representação ou outras incorridas no exercício das funções de qualquer Membro do Órgão de Administração.

Nos termos e para os efeitos do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, mais se declara que:

a) O órgão competente para a avaliação do desempenho individual dos Administradores Executivos é o Conselho Fiscal;

b) A remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável, pelo que são inaplicáveis as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do n.º 2 do art.º 16.º do Aviso n.º 10/2011;

c) O limite máximo da componente fixa corresponde a catorze retribuições mensais, nos termos definidos acima;

d) Não são atribuídos quaisquer prémios anuais aos Administradores Executivos, pelo que é inaplicável a alínea h), parte inicial, do n.º 2 do art.º 16.º do Aviso n.º 10/2011;

e) Não foram atribuídos quaisquer outros benefícios não pecuniários aos Administradores Executivos, pelo que é inaplicável a alínea h), parte final, do n.º 2 do art.º 16.º do Aviso n.º 10/2011;

f) Os Administradores Executivos não terão, em caso algum, direito a auferir uma remuneração sob a forma de participação nos lucros, pelo que é inaplicável a alínea i) do n.º 2 do art.º 16.º do Aviso n.º 10/2011.

g) A Instituição não celebrou com os Membros do seu Órgão de Administração qualquer contrato que lhes confira direito a compensações ou indemnizações em caso de destituição, incluindo pagamentos relacionados com a duração de um período de pré-aviso ou cláusula de não concorrência, pelo que o direito a tais compensações ou indemnizações se rege exclusivamente pelas normas legais aplicáveis, sendo desnecessários os instrumentos jurídicos a que alude o art.º 10.º do Aviso n.º 10/2011;

h) Os Membros do Órgão de Administração da Instituição não auferiram quaisquer remunerações pagas por sociedades em relação de domínio ou de grupo com a Instituição;

i) Não vigoram na Instituição quaisquer regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada;

j) Inexistem outros benefícios não pecuniários relevantes que possam ser considerados como remuneração;

l) Os Membros do Órgão de Administração não utilizam quaisquer seguros de remuneração ou responsabilidade, ou quaisquer outros mecanismos de cobertura de risco tendentes a atenuar os efeitos de alinhamento pelo risco inerentes às suas modalidades de remuneração.

REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS

Não existem Administradores Não Executivos na CCAM de Oliveira de Azeméis e Estarreja.

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REVISOR OFICIAL DE CONTAS

A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e definida no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas.

Em cumprimento do disposto na Lei n.º 28/2009, em 31 de Dezembro de 2014, o detalhe das remunerações auferidas aos membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização apresenta-se de seguida:

REMUNERAÇÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO E CONSELHO FISCAL DE OLIVEIRA DE AZEMÉIS E ESTARREJA

Remuneração

Fixa Variável Total

Conselho de Administração

Sr. António Rodrigues dos Reis 78.938 0 78.938

Sr. Júlio César dos Reis Lopes 17.280 0 17.280

Sr. Manuel da Cruz Oliveira Terra 17.280 0 17.280

Sr. Rafael Júlio do Valdujo Correia Vidal 17.280 0 17.280

130.778 0 130.778

Conselho Fiscal

Sr. Sebastião de Lancastre de Castro e Lemos 1.080 0 1.080

Dr. Cristina Mª Duarte Ribeiro da Mota 1.080 0 1.080

Prof. Manuel Moreira Vaz da Costa 1.080 0 1.080

Dr. Ângelo Manuel de Oliveira Couto 1.080 0 1.080

4.320 0 4.320

Revisor Oficial de Contas

Santos Carvalho & Associados, S.A. 11.070 0 11.070

11.070 0 11.070

146.168 0 146.168

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48. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013Com fornecimentos: Água energia e combustíveis 39.099 45.224 Material de consumo corrente 13.902 32.178 Publicações 126 70 Material de higiene e limpeza 112 231 Outros fornecimentos de terceiros Material para assistência e reparação 7.864 2.006 Outros fornecimentos de terceiros 12.500 12.668 Outros fornecimentos de terceiros- Fenacam - 504 Outros fornecimentos de terceiros- CA Informatica 3.138 3.597

76.740 96.477Com serviços: Rendas e alugueres 8.398 12.862 Comunicações 70.834 87.729 Deslocações, estadas e representação 4.712 6.643 Publicidade e edição de publicações 18.898 15.786 Conservação e reparação 30.730 31.655 Transportes 9.382 11.848 Formação de pessoal - 839 Seguros 11.199 11.092 Serviços especializados: Avenças e honorários 85.329 103.819 Judiciais contencioso e notariado 25.812 49.244 Informática 272.557 267.390 Segurança e vigilância 1.137 3.309 Limpeza 25.909 25.936 Informações - - Bancos de dados 3.468 3.228 Outros serviços especializados: Consultores e auditores externos 16.604 19.197 SIBS - multibanco 36.741 36.011 Avaliadores externos 1.485 3.352 Outros 134 542 Outros serviços de terceiros Compensação 9.264 10.632 Recrutamento de pessoal - - Serviços de suporte ao negocio 26.853 24.638 Outros Serviços 44.059 28.243 Gastos gerais administrativos-exercícios anteriores 4.042 103

707.546 754.099

784.286 850.576

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49. ENTIDADES RELACIONADAS

Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 19), a Caixa Agrícola consolida com a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, CRL (CCCAM, CRL) e as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo associadas, bem como com outras empresas do Grupo.

Em 2014 e 2013, as Demonstrações Financeiras da Caixa Agrícola incluem os seguintes saldos e transações com entidades relacionadas:

2014 2013

Associadas Coligadas

Outras empresas do Grupo Total Associadas Coligadas

Outras empresas do Grupo Total

Ativos:

Disponibilidades em outras instituições de crédito - - 961.490 961.490 - - 357.452 357.452

Ativos financeiros detidos para negociação - - - - - - - -

Ativos financeiros disponíveis para venda - - 377.825 377.825 - - 388.552 388.552

Aplicações em instituições de crédito - - 38.008.991 38.008.991 - - 41.268.087 41.268.087

Crédito a clientes - - 444.036 444.036 - - 324.237 324.237

Outros ativos - 84.981 336 85.317 - 99.179 273 99.452

Passivos:

Recursos de OIC - - 192.344 192.344 - - 2.500.079 2.500.079

Recursos de clientes e outros empréstimos - - - - - - - -

Outros passivos - 24.705 3.535 28.240 - 24.359 5.017 29.377

Custos:

Juros e encargos similares - - 489 489 - - 14.305 14.305

Encargos com serviços e comissões - - 43.282 43.282 - - 42.827 42.827

Resultados de ativos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados

- - - - - - - -

Gastos com pessoal - 4.176 - 4.176 - 4.685 - 4.685

Gastos gerais administrativos - 437.444 645 438.089 - 440.845 7.993 448.838

Outros encargos e gastos operacionais - - - - - 8.222 - 8.222

Proveitos:

Juros e rendimentos similares - - 1.069.721 1.069.721 - - 1.343.324 1.343.324

Rendimentos de instrumentos de capital - 3 - 3 - 1 - 1

Rendimentos de serviços e comissões - 124.016 15.315 139.331 - 144.912 14.824 159.736

Resultados de ativos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados

- - - - - - - -

Outros resultados de exploração - 1.617 20 1.637 - - 82 82

Extrapatrimoniais:

Operações cambiais e instrumentos derivados - - - - - - - -

As transações com entidades relacionadas são efetuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respetivas datas.

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50. PENSÕES DE REFORMA DA CCAM DE OLIVEIRA DE AZEMÉIS E ESTARREJA

Para determinação das responsabilidades por serviços passados da Caixa Agrícola relativas a empregados no cativo e aos já reformados foram efetuados estudos atuariais pela Companhia de Seguros Crédito Agrícola Vida, S.A..

Decorrente da introdução das Normas Internacionais de Contabilidade e no que diz respeito à “IAS 19 – Benefícios dos empregados”, foi registado em 1 de Janeiro de 2007 o valor dos ajustamentos de transição referentes a 31 de Dezembro de 2006.

Em 1 de Janeiro de 2007, o valor catual das responsabilidades com complementos de pensões de reforma, prémio de antiguidade e SAMS e respetivas coberturas, em NCA’s foram as seguintes:

01-01-2007Fundo de Pensões

. Responsabilidades PCSB 44.468

. Impacto da transição para IAS 19: 68.010- Tabua de mortalidade 6.048- Pressupostos Financeiros 61.962

. Responsabilidades IAS 19 112.478

Valor da quota parte do fundo de pensões em 31/12/2006 52.357

Insuficiencia de Cobertura pelo fundo de pensões 60.121

Encargos com saúde (SAMS). Com trabalhadores no ativo e ex-trabalhadores 135.933. Com Licenças sem vencimento 0. Com pré-reformados 0. Com pensões em pagamento 45.490

181.423Prémio de antiguidade

. Com trabalhadores no ativo e ex-trabalhadores 96.603

. Com Licenças sem vencimento 096.603

De acordo com o Aviso nº 12/2005, de 30 de Dezembro, o acréscimo de responsabilidades decorrente da alteração da tábua de mortalidade em data posterior a 1 de Janeiro de 2005 pode ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos).

De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, o aumento de responsabilidades com o Fundo de Pensões, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2011 (5 anos).

Adicionalmente, de acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, as

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responsabilidades com o SAMS, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos).

Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008), no qual permite diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente.

Foi decisão da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo prolongar o diferimento dos impactos de transição tal como permitido no Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008.

Assim, em 31-12-2007 o valor por reconhecer em resultados transitados, que deriva dos impactos da adopção do IAS 19, e o número de anos pelos quais agora serão reconhecidos em resultados transitados, é como segue:

31-12-2007Nº anosa diferir

Data limite deDiferimento

Alteração da Tabua de Mortalidade (+) 5.184 9 anos 2016Alteração dos Pressupostos Financeiros (+) 49.569 7 anos 2014Excesso de Cobertura em PCSB (-) 6.311 7 anos 2014Encargos com saúde (SAMS) (+) 155.505 9 anos 2016

TOTAL (=) 203.947

Reconhecimento anual nos resultados transitados:

31-12-2014

Alteração da Tabua de Mortalidade (+) 576Alteração dos Pressupostos Financeiros (+) 7.081Excesso de Cobertura em PCSB (-) 902Encargos com Saude (SAMS) (+) 17.278

(=) 24.033

Os pressupostos atuariais e financeiros utilizados no cálculo das responsabilidades da CCAM de Estarreja com referência a 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2013 foram os seguintes:

31/12/2014 31/12/2013Pressupostos financeiros:Taxa de desconto (*) (*)Taxa de crescimento dos salários e outros benefícios 1,40% 1,65%Taxa de crescimento das pensões 1,00% 1,40%

Pressupostos demográficos:Tábua de mortalidade TV – 88/90 TV – 88/90Tábua de invalidez EVK 80 EVK 80Idade de reforma (**) 65

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Método de avaliação “Projected Unit Cit” “Projected Unit Cit”

Taxa de revalorização de salários para a Segurança Social:

- (n.º 1, Art.º 27 do Decreto Lei 187/2007) 1,40% 1,46%

- (n.º 2, Art.º 27 do Decreto Lei 187/2007) 1,40% 1,40%

(*) Taxa de desconto diferente para diferentes grupos da população:

- Trabalhadores no ativo e Licenças com idade actuarial < 55 anos: 3,25% 4,25%

- Trabalhadores no ativo e Licenças com idade atuarial >=55 anos: 2,75% 4,00%

- Pré-reformados, reformados e pensionistas: 2,25% 3,50%

(**) De acordo com o Decreto-lei n.º167-E/2013

Em 31 de Dezembro de 2014, o valor das responsabilidades por serviços passados com o pagamento de complementos de reforma e sobrevivência e encargos com cuidados médicos de saúde pós-emprego (SAMS), com trabalhadores no cativo, licenças sem vencimento, pré-reformados e pensões em pagamento, são as seguintes:

Valor actual das responsabilidades por serviços passados

. Com trabalhadores no ativo e ex-trabalhadores 245.899

. Com licenças sem vencimento 24.305

. Com pré-reformados 0

. Com pensões em pagamento 149.186

419.390

O acréscimo anual de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência é o que a seguir se apresenta:

+ Custo do serviço corrente 9.966

+ Custo dos juros -724

+/- (Ganhos) e Perdas actuariais 2.323

Relativos a diferentes entre os pressupostos e os valores realizados -9.241

Relativos a alterações verificadas nos pressupostos condições planos 11.563

+ Acréscimo de responsabilidades resultantes de reformas antecipadas 0

= Acréscimo anual de responsalilidades 11.564

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O movimento ocorrido na quota-parte do fundo de pensões foi o seguinte:

(+) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31/12/2013 368.999

(+) Contribuições efectuadas . Pela CCAM 0 . Pelos empregados 7.127

(+) Capitais recebidos de seguro 0(+) Rendimento dos ativos do Fundo de Pensões (liquido) 33.233(-) Prémios de Seguros pagos 10.258(+) Participação de resultados no seguro 9.969(-) Pensões pagas pelo fundo de pensões

. Por reformas antecipadas 1.659 . Outros 3.081

(-) SAMS pago pelo fundo de pensões 3.224(=) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31/12/2014 401.106

Variação do valor da quota-parte do fundo de pensões em 2014 32.107

O movimento ocorrido durante o exercício de 2014 relativo ao valor actual das responsabilidades por serviços passados foi o seguinte:

(+) Responsabilidades Totais em 31/12/2013 382.557

(+) Custo de serviço corrente . Custo do serviço corrente da Entidade 2.839 . Contribuições para o Fundo efectuadas pelos empregados 7.127

(+) Custo dos juros 13.849 (+/-) Ganhos e perdas actuariais nas responsabilidades 20.982(+) Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas antecipadas 0(-) Pensões pagas pelo fundo de pensões

. Por reformas antecipadas 1.659 . Outros 3.081SAMS pago pelo fundo de pensões 3.224

(=) Responsabilidades Totais em 31/12/2014 419.390

Variação das responsabilidades em 2014 36.833

O nível de cobertura das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2014, de acordo com o Aviso 12/2001 do Banco de Portugal, era o seguinte:

Valor actual das responsabilidades com serviços passados 419.389Valor por amortizar em 31/12/2014 (Aviso 7/2008) 34.659Responsabilidades por serviços passados (Aviso 12/2001) 372.508Nivel de cobertura ( Aviso 12/2001 ) (%) 108Responsabilidades por serviços passados ( ISP ) 282.901Nivel de cobertura (ISP) (%) 142

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Com a implementação em 1 de Janeiro de 2013 das alterações decorrentes da IAS 19 Revisto, os desvios atuariais por amortização apurados à data de 31 de Dezembro de 2012, foram transferidos para uma rubrica do rendimento integral “reservas de reavaliação”.

Em 31-12-2014 a decomposição do corredor é a seguinte:

Desvios actuariais por amortizar em 31-12-2013 138.841

Ganhos e perdas actariais dentro do corredor em 31-12-2013 -2.323

Ganhos e perdas actariais fora do corredor em 31-12-2014 136.519

A evolução do valor das responsabilidades por serviços passados, com prémios de antiguidade futuros, com trabalhadores no cativo e licenças sem vencimento, foi a seguinte:

31-12-2014 31-12-2013 VariaçãoPremio de antiguidade

. Com trabaladores no ativo 81.710 82.191 -481

. Com licenças sem vencimento 14.835 15.791 -95696.545 97.982 -1.437

51. DIVULGAÇÃO RELATIVAS A INSTRUMENTOS FINANCEIROS

51.1 Risco de Mercado

OO risco de mercado reflete perdas eventuais resultantes de uma alteração adversa do valor de mercado de um instrumento financeiro como consequência da variação, nomeadamente, de taxas de juro, taxas de câmbio, preços de ações, preços de mercadorias, spread de crédito ou outras variáveis equivalentes.

Em 31 de Dezembro de 2014, tal como em 31 de Dezembro de 2013, o risco de mercado é reduzido dado o tipo de instrumentos financeiros em que a Caixa Agrícola investiu.

51.2 Risco Cambial

O risco cambial surge como consequência de variações nas taxas de câmbio das moedas, sempre que existem “posições abertas” nessas mesmas moedas.

Em 31 de Dezembro de 2014, as posições em moeda estrangeira são residuais.

51.3 Risco de Taxa de Juro

A Caixa Agrícola incorre em risco de taxa de juro sempre que, no desenvolvimento da sua catividade, contrata operações com fluxos financeiros futuros cujo valor presente é sensível a variações das taxas de juro.

O risco de taxa de juro agregado suportado deriva de diversos fatores, nomeadamente:

• Diferentes prazos de vencimento ou revisão das taxas dos cativos, passivos e elementos

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extrapatrimoniais (risco de repricing);

• Alterações da inclinação da curva de taxas de juro (risco de curva);

• Variações assimétricas das diversas curvas de mercado que afetam as distintas massas patrimoniais e extrapatrimoniais (risco de base); e

• Existência de opções explícitas ou implícitas em muitos produtos bancários (risco de opção).

A política de gestão do risco de taxa de juro é definida e monitorizada centralmente pelo Comité de Cativos e Passivos (ALCO).

A avaliação deste risco é efetuada mensalmente pela Caixa Central, para a totalidade dos saldos das diversas Caixas Associadas sendo a sua exposição a este tipo de risco efetuada com recurso a uma metodologia baseada no agrupamento dos diversos cativos e passivos sensíveis em intervalos temporais de acordo com as respetivas datas de revisão de taxa. Para cada intervalo são calculados os cash flows cativos e passivos apurando-se o correspondente gap sensível ao risco de taxa de juro. Procede-se então à avaliação do impacto dos gaps mencionados sobre a evolução da margem financeira e sobre o valor económico da entidade em diversos cenários de evolução das taxas de juro.

A relação risco/rentabilidade encontra-se enquadrada por limites definidos e monitorizados mensalmente pelo ALCO ao nível da exposição da margem financeira e do valor económico a variações adversas das taxas de juro.

O desenvolvimento dos instrumentos financeiros com exposição a risco de taxa de juro em função da sua maturidade ou data de prefixação apurados e apresentam uma exposição ao risco de taxa de juro, tanto da margem financeira como do valor económico do capital, pouco significativa. Este risco mede o impacto de uma variação das taxas de juro, positiva ou negativa, sobre os referidos indicadores em função da exposição líquida nos diversos intervalos temporais.

51.4 Risco de Liquidez

O risco de liquidez está associado à potencial incapacidade da Caixa Agrícola financiar o seu cativo satisfazendo nas datas contratadas todas as responsabilidades exigíveis.

A política de gestão da liquidez é definida e monitorizada pelo Comité de Cativos e Passivos (ALCO) da Caixa Central, estando a sua gestão diária cometida ao Departamento Financeiro da Caixa Agrícola.

Para avaliar a exposição global a este tipo de risco, no curto, médio e longo prazo, são elaborados relatórios que permitem não só identificar os mismatch negativos, como avaliar a cobertura dinâmica dos mesmos. É também realizado um acompanhamento por parte da Caixa Agrícola dos rácios de liquidez de um ponto de vista prudencial, calculados segundo as regras exigidas pelo Banco de Portugal.

Refira-se que em matéria de liquidez, o Grupo Crédito Agrícola prossegue uma política conservadora que se traduz num rácio de transformação em cada uma das suas unidades claramente abaixo da média do rácio de transformação do sistema financeiro nacional.

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Os recursos excedentários da Caixa Agrícola são canalizados para a Caixa Central, onde são centralmente aplicados em cativos de elevada qualidade creditícia e liquidez, nomeadamente, obrigações de dívida pública de países da Zona Euro e aplicações de prazo curto sobre Instituições de Crédito de referência, nacionais ou internacionais.

Numa ótica de prevenção e de gestão de contingência de risco de liquidez são especialmente tidos em conta e acompanhados os seguintes aspetos:

• Controle e contenção de eventuais concentrações de recursos comerciais que, tendendo a desenvolver-se, pudessem vir a concorrer para uma maior permeabilidade da carteira diminuindo a sua estabilidade e permanência. São efetuadas regularmente simulações de impactos ao abrigo de hipóteses conservadoras sobre a estabilidade dos recursos de retalho e sem consideração do concurso de fontes de financiamento adicionais;

• Embora sem dependência de tais fontes de financiamento complementares atendendo à posição estrutural de tesouraria do Grupo Crédito Agrícola, manutenção de linhas de financiamento junto de Instituições de Crédito nacionais e internacionais, regularmente testadas;

• Lançamento regular de produtos de passivo que concorram para a manutenção dos padrões de permanência dos recursos projetados.

O “gap” negativo até 3 meses reflete o elevado montante de depósitos à ordem de clientes os quais foram classificados de acordo com o seu prazo residual contratual, tal como exigido pelas IAS, mas que na prática apresentam características de passivos estruturais.

51.5 Risco de Crédito

A eficiência e a rendibilidade de uma instituição financeira dependem objetivamente de um rigoroso controlo dos riscos, no que assenta também a sua solidez financeira.

Neste sentido, o Grupo Crédito Agrícola continuou a dar elevada prioridade ao projeto de “Transformação da Função Risco”, desenvolvido à luz das melhores práticas organizacionais neste domínio e enquadrado no cumprimento dos requisitos regulamentares de Basileia II. A coordenação deste projeto encontra-se cometida ao Gabinete de Riscos da Caixa Central que centraliza, na sua unidade de estrutura, as competências e as funções de coordenação em matéria de análise e controlo integrado de riscos, articulando a atividade desenvolvida com a dos demais departamentos especializados.

O risco de crédito está associado à possibilidade de incumprimento efetivo e/ou à degradação da qualidade da contraparte em operações de crédito, constituindo o risco mais relevante da atividade de qualquer instituição financeira. O programa de “Transformação da Função Risco” é constituído, em matéria de avaliação da exposição a este risco, por diversas iniciativas de diferente disciplinaridade e amplitude, mas formando um todo coerente entre si.

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51.6 Justo valor de ativos e passivos financeiros

As principais considerações sobre o justo valor dos ativos e passivos financeiros são as seguintes:

• Relativamente aos saldos à vista, considerou-se que o valor de balanço corresponde ao justo valor;

• O justo valor dos restantes instrumentos foi determinado pela Caixa Central com base em modelos de fluxos de caixa descontados, tendo em consideração as condições contratuais das operações e utilizando taxas de juro apropriadas face ao tipo de instrumento, incluindo:

- Taxas de juro praticadas nas operações intra-grupo realizadas ao abrigo do Regime Jurídico do Crédito Agrícola, designadamente aplicações efectuadas junto da Caixa Central;

- Taxa de juro praticadas nas operações concedidas pela Caixa Agrícola para tipos de créditos comparáveis; e

- Taxas de juro de referência para emissão de produtos para colocação no retalho.

51.7 Exposição máxima ao risco de crédito

Em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2013, a exposição máxima ao risco de crédito por tipo de instrumento financeiro, excluindo os títulos em carteira, pode ser resumida como segue:

31-12-2014 31-12-2013

Patrimoniais:

Crédito a clientes 46.382.506 46.365.075

Aplicações em instituições de crédito 38.008.991 41.268.087

Disponibilidades em outras instituições de crédito 1.306.771 838.963

85.698.268 88.472.125

Extrapatrimoniais:

Garantias e avales prestados 312.266 358.487

Garantia real prestada ao Banco de Portugal 0 15.642.069

Compromissos irrevogáveis 2.365.620 3.109.360

Compromissos revogáveis 569.581 625.295

3.247.467 19.735.211

88.945.735 108.207.336

51.8 Risco Operacional

O risco operacional traduz-se, genericamente, na eventualidade de perdas originadas por falhas na prossecução de procedimentos internos, pelos comportamentos das pessoas ou dos sistemas informáticos, ou ainda por eventos à organização. Para a gestão do risco operacional encontra-se implementado um sistema que visa assegurar a uniformização, sistematização e recorrência das atividades de identificação, monitorização, controlo e mitigação desses riscos.

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51.9 Risco de Compliance

Apesar de haver uma Departamento próprio de Compliance, o Conselho de Administração é responsável pela supervisão da gestão do risco de Compliance, sendo a Caixa Central responsável pela divulgação das suas políticas pelas Caixas Associadas.

52. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS OU DE RESSEGUROS

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Oliveira de Azeméis e Estarreja está inscrita no Instituto de Seguros de Portugal, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º, alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a actividade de intermediação em exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a Crédito Agrícola Seguros – Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões.

No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efectua a venda de contratos de seguros e de adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no encaminhamento das participações de sinistros que sejam entregues nos Balcões da CCAM.

Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a CCAM recebe remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de Pensões as quais estão definidas em Protocolo estabelecido entre a CCAM e as referidas Seguradoras.

As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração de Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de remunerações a pagar pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro de cada ano, estão reconhecidas como um activo no Balanço, na rubrica de Outros Activos. À data de emissão das presentes demonstrações financeiras, as remunerações de mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2014, encontram-se já integralmente pagas as relativas à Seguradora CA Vida.

O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidas pela CCAM de Oliveira de Azeméis e Estarreja nos últimos 3 anos (valores em euros):

Origem Seguradora 2012 2013 2014% por Origem

2014Ramos Não Vida CA Seguros 22.033,77 25.216,39 28.136,00 22,7%Ramo Vida CA Vida 55.371,01 118.998,64 94.990,91 76,6%Fundos de Pensões CA Vida 176,67 696,52 888,96 0,7%Total 77.581,45 144.911,55 124.015,87 100,0%

A CCAM de Oliveira de Azeméis e Estarreja não efetua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efectua a movimentação de quaisquer tipos de fundos relativos a contratos de seguros. Desta forma, não há qualquer outro ativo, passivo, rendimento ou gasto a reportar, relativo à atividade de mediação de seguros exercida pela CCAM.

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53. FUNDOS PRÓPRIOS

No exercício de 2014, a Instrução 23/2007 foi descontinuada, dado lugar ao cálculo dos requisitos e rácios prudenciais, de acordo com os reportes Corep, aplicando as regras CRD IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013., tendo-se, obtido os seguintes rácios do reporte de solvabilidade das contas individuais da Caixa Agrícola de Oliveira de Azeméis e Estarreja.

Até 31 de Dezembro de 2013, os valores dos fundos próprios da Caixa Agrícola de Oliveira de Azeméis e Estarreja apresentam-se, de acordo com os requisitos do reporte da Instrução 23/2007 do Banco de Portugal, de forma a permitir alguma comparabilidade na informação:

FUNDOS PRÓPRIOS E RÁCIO DE SOLVABILIDADE - Caixa Agrícola de Oliveira de Azemeis e Estarreja

Em euros 2011 2012 2013 2014 Δ 13/14

Fundos Próprios totais 8.148.891 8.432.053 9.203.987 11.111.018 20,7%Common equity tier 1* --- --- --- 11.173.235 ---Tier 1* 8.726.514 9.098.698 9.782.974 11.173.235 14,2%Tier 2 0 0 0 -62.216 #DIV/0!

Posição em risco de activos e equivalentes 90.363.693 78.821.984 92.435.273 91.865.088 -0,6%

Requisitos de fundos próprios 43.543.363 41.107.875 40.205.913 41.865.088 4,1%Crédito 36.690.638 34.470.700 33.337.863 36.264.341 8,8%Operacional 6.852.725 6.637.175 6.868.050 5.600.746 -18,5%CVA --- --- --- 0 ---

Rácios de solvabilidade (a) Common equity tier 1* --- --- --- 27,0% ---Tier 1 * 20,0% 22,1% 24,3% 27,0% 2,7 P.PTier 2 0,0% 0,0% 0,0% -0,1% -0,1 P.PTotal* 47,1% 41,1% 42,8% 27,0% -15,8 P.P

* Incorporando o resultado líquido do exercício.

(a) Até Dezembro 2013 os rácios são calculado de acordo com a Instrução nº 23/2007, após o que são aplicadas as regras CRD IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013.

Oliveira de Azeméis, 20 de fevereiro de 2014

O Responsável pela Informação O Conselho de administração

Aníbal Fernandes, Dr. (T.O.C. nº 53808)

Antonio Rodrigues dos Reis Júlio Cesar dos Reis Lopes Manuel da Cruz Oliveira Terra Rafael Júlio do Valdujo Correia Vidal

PARECER DO CONSELHO FISCAL

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CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS

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