relatório da gerência e contas - 31/12/2013 - bportugal.pt · pessoal e revisor 1.190.292 727.260...

111
Banque Privée Espírito Santo S.A. - Sucursal em Portugal Relatório da Gerência e Contas 31 De Dezembro de 2013

Upload: lamhanh

Post on 25-Jan-2019

212 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Banque Privée Espírito Santo S.A. - Sucursal em Portugal

Relatório da Gerência e Contas

31 De Dezembro de 2013

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----2----

Conteúdo

Mensagem do Presidente do Conselho de Administração ..............................................4

I Relatório da Gerência....................................................................................................6

1. Introdução ................................................................................................................7

2. Atividade em 2014 .................................................................................................10

2.1. Conjuntura Externa..........................................................................................11

2.2. Atividade por Departamentos ..........................................................................25

2.3. Interesses dos Stakeholders ...........................................................................30

3. Gestão ...................................................................................................................33

3.1. Evolução da atividade .....................................................................................33

3.2. Evolução por áreas de negócio e atividade.....................................................40

4. Conclusões e Perspetivas de Evolução.................................................................49

5. Proposta de Aplicação do Resultado .....................................................................52

II Demonstrações financeiras ........................................................................................53

III Notas Anexas às Demonstrações Financeiras ..........................................................59

IV Certificação legal de contas ......................................................................................97

V Relatório e parecer do fiscal único ...........................................................................100

Anexo: Política de Remuneração dos Dirigentes ........................................................103

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Órgãos Sociais.................................................109

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----3----

Evolução dos principais indicadores(De 31 de Dezembro de 2012 a 31 de Dezembro de 2013)

Atividade de Balanço, Gestão de Carteiras e Registo e Depósito (EUR)

Ano anterior 30.06.2013 31.12.2013 Variação Anual

Ativo Líquido 64.299.223 67.787.271 66.239.779 3,02%Crédito sobre clientes 28.809.562 27.173.488 29.774.671 3,35%

Recursos de clientes 25.470.549 29.103.901 27.217.186 6,86%

Margem Financeira 716.098 341.820 676.537 -5,52%

Comissões 2.079.822 1.555.750 3.280.098 57,71%

Produto Bancário 2.795.920 1.897.570 3.956.635 41,51%Custos com Pessoal e Revisor 1.190.292 727.260 1.497.797 25,83%

Fornec, Serviços Terceiros 694.743 407.394 943.397 35,79%

Resultado do Exercício 751.227 596.522 1.132.534 50,76%

Capital e outros instrumentos de capital

20.000.000 20.000.000 20.000.000 0,00%

Fundos Próprios 19.878.737 20.459.067 20.864.087 4,96%

Para memória (EUR):Ativos sob Gestão 41.989.025 52.110.631 47.008.875 11,96%

Registo e depósito 182.154.900 610.891.961 670.809.836 268,26%Dos quais:

Clientes privados 182.154.9006 205.355.074 231.100.578 26,87%

Indicadores de Atividade(base 100 a 31.12.2012)

Dez - 2012 Jun. - 2013 Dez - 2013 Variação AnualNº de clientes 100 105 114 14%Ativos 64% 64% 63% 0%Gestão de Carteiras 47% 45% 39% -9%Colaboradores 17 18 18 1

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----4----

Mensagem do Presidente do Conselho de Administração

O ano de 2013 foi um ano de referência na consolidação da estratégia da Banque Privée

Espírito Santo. Enquanto entidade do Espírito Santo Financial Group (ESFG), a Banque Privée

Espírito Santo tem por missão principal gerir o património financeiro dos seus clientes. A

diversificação da oferta e a sua adaptação permanente às necessidades dos clientes,

respeitando um quadro regulamentar em constante evolução, constituem os pilares

fundamentais da atividade do Banco.

Assim, em 2008 abrimos a nossa Sucursal em Portugal, em Lisboa, que alargou a sua

presença para a cidade do Porto em 2010. Foi também nesta perspetiva que o Banco criou a

Espírito Santo Wealth Management (ESWM) no Luxemburgo, uma plataforma multi-booking de

serviços de gestão de património que, em 2013, teve o seu primeiro ano completo de atividade.

A ESWM dispõe atualmente de uma equipa dedicada de 14 colaboradores no Luxemburgo e

em Espanha.

No final do ano, o Banco reforçou as suas atividades com a aquisição da clientela e da equipa

«Latin America» do Hyposwiss Privatbank AG em Zurique com o objetivo estratégico de

diversificar a proveniência dos seus clientes. Esta aquisição tornou necessária a abertura de

uma sucursal em Zurique, o que vem reforçar a presença da Banque Privée Espírito Santo na

Suíça, país onde o Grupo está presente desde 1977.

A constituição da ESWM e o desenvolvimento da atividade na Suíça refletem a visão

estratégica do Banco e a sua capacidade de adaptar constantemente o seu leque de serviços e

produtos.

A rede internacional do ESFG, a sofisticação dos serviços e a diversidade da oferta, aliados ao

“know-how” adquirido ao longo dos seus 145 anos de existência, constituem a base de uma

abordagem integrada para a gestão de património levada a cabo por esta instituição.

Quando criámos a Compagnie Financière Espírito Santo em 1977, que posteriormente se

tornou o Banque Privée Espírito Santo, a nossa missão era clara: oferecer aos nossos clientes,

a partir de uma plataforma suíça, serviços financeiros inovadores e de qualidade que

respondessem às suas preocupações face às vicissitudes e aos desafios da época.

Com o passar do tempo, surgiram novos desafios. Soubemos ultrapassá-los, mantendo a

mesma filosofia: servir os nossos clientes com a qualidade inequívoca que nos caracteriza.

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----5----

Uma última palavra em meu nome pessoal e em nome do Conselho de Administração sobre

Mário Mosqueira do Amaral que nos deixou em março de 2014. Mário Amaral entrou no Banco

Espírito Santo em Portugal em 1956 e foi, desde então, um parceiro de um valor inestimável

para o Grupo. Com uma longa experiência internacional, responsável pelas relações do Grupo

com instituições como o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial, Mário Amaral foi o

primeiro a ocupar, em janeiro de 1977, aquando da implantação do Grupo Espírito Santo na

Suíça, o cargo de Presidente do Conselho de Administração da Compagnie Financière Espírito

Santo SA. A sua experiência internacional foi decisiva na consolidação das atividades e dos

projetos do Grupo Espírito Santo, e a sua contribuição, sempre brilhante, revelou-se

determinante para a estratégia e o posicionamento atuais da Banque Privée Espírito Santo.

José Manuel Pinheiro Espírito Santo SilvaPresidente do Conselho de Administração

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----6----

I Relatório da Gerência

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----7----

1. Introdução

A avaliação do ano de 2013, no que diz respeito às evolução da economia global, mas também

na dimensão europeia, e nacional, mostra, de forma mais ou menos consensual, ser

reconhecida a tendência para uma estabilização, e um cenário de recuperação moderada. Se

no ano anterior os sinais de inversão de tendência pareciam afirmar-se, a dúvida que passava

para este ano que se fecha dizia respeito ao grau de sustentabilidade dessa tímida

recuperação. Todos os dados agora disponíveis mostram uma situação que, no geral, se revela

melhor que nos períodos anteriores, e uma melhoria global dos indicadores de confiança,

introduzindo a expectativa de uma mais significativa recuperação ao longo de 2014.

Neste enquadramento global, é com satisfação que constatamos que a atividade do Banque

Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em Portugal foi, uma vez mais, positiva nos seus

resultados, e nos seus indicadores de negócio. Na nossa avaliação, o modelo de negócio que

determinou o investimento do Banco nesta Sucursal, em 2008, e sucessivamente reforçado ao

longo dos já seis anos de atividade, vem provando consistência no desempenho, e criação de

valor, para clientes, acionista e colaboradores, numa dinâmica positiva que se reforça a cada

exercício.

Saliente-se que a evolução da nossa atividade não é dissociável da opção estratégica,

expressa no modelo de negócio do Banco. Só vem sendo possível apresentar resultados

positivos, de forma consistente, ao longo dos últimos cinco exercícios, (em contraste com a

realidade de algumas das instituições a operar no mercado nacional, e com a dimensão do

ajustamento que afeta, igualmente, o grupo financeiro de que somos parte integrante), porque

a nossa atividade não está, de forma tão significativa, exposta aos riscos que decorrem da

evolução do ciclo económico - o Banco está menos exposto a risco de crédito que a média dos

seus concorrentes, e apenas marginalmente exposto a este risco, quando comparada a sua

expressão de balanço, face à estrutura de um banco comercial tradicional.

No seu modelo de negócio, centrado nas atividades de gestão e de aconselhamento, a

atividade beneficia, nos momentos de recuperação do ciclo económico, com o incremento das

operações de clientes em mercados de capitais, e atividades de investimento. Por essa razão,

os indicadores de negócio no decorrer de 2013 mostram um crescimento sustentado do

número de clientes, e do envolvimento global destes com o Banco, em taxas significativas.

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----8----

A economia mundial manteve ao longo de 2013 uma trajetória de recuperação, mais evidente

no segundo semestre do ano. Este facto é evidente nos grandes blocos económicos, sejam os

EUA (apesar das dificuldades verificadas no processo de aprovação orçamental), seja nas

economias mais desenvolvidas da Europa. Em paralelo, assistiu-se a alguma estabilização do

crescimento nas economias emergentes.

De acordo com as estimativas mais recentes divulgadas pelo Fundo Monetário Internacional, a

economia mundial terá registado em 2013 um crescimento de 3,0%, próximo do observado no

ano anterior (3,1%). Em 2013, o desempenho dos ativos financeiros foi consistente com a

melhoria dos indicadores económicos e a diminuição da incerteza associada à chamada crise

da dívida soberana na Zona Euro, num contexto de reforço dos estímulos monetários. Nos

EUA as ações subiram cerca de 30% e no mercado de dívida pública a tendência foi de

aumento das taxas a partir do 2º trimestre.

Na Europa, o ano de 2013 ficou marcado pelo significativo esbater dos receios em torno da

crise da dívida soberana O facto da economia da região ter voltado a crescer a partir do

segundo trimestre do ano, ao mesmo tempo a que se assistiu a uma substancial correção dos

desequilíbrios macroeconómicos em diversos Estados Membros, permitiu a criação de

expectativas de crescimento mais sustentável. Tal situação verificou-se, não obstante a crise

no Chipre, destacando-se o acordo de assistência financeira negociado entre a Comissão

Europeia, o FMI e o Governo Cipriota.

O ambiente de maior estabilidade dos mercados financeiros internacionais e o fortalecimento

da situação financeira dos bancos possibilitou, em 2013, um incremento de liquidez nos

mercados interbancários e a progressiva abertura do mercado de capitais aos créditos dos

países não core, incluindo

A nível doméstico, o desempenho da economia portuguesa em 2013 foi superior ao

inicialmente previsto, tendo o PIB iniciado uma trajetória crescente a partir do 2º trimestre.

Destacam-se o comportamento positivo das exportações, o reforço da poupança interna, a

melhoria dos indicadores de confiança dos consumidores e dos empresários, e com relevante

importância, a evolução favorável dos principais indicadores orçamentais.

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----9----

Neste cenário global desenvolveu o Banco a sua atividade em 2013, o seu sexto ano em

Portugal. A evolução do negócio neste exercício permite constatar uma evolução positiva, em

volumes de atividade e resultados alcançados, evolução esta que vem possibilitando a

concretização de investimentos, destinados a garantir a manutenção de um perfil de

crescimento sustentável.

Cabe aos Gerentes do Banque Privée Espírito Santo S.A., Sucursal em Portugal, apresentar o

relatório da Gerência, referente ao período que decorre entre 01 de Janeiro e 31 de Dezembro

de 2013.

Ao fim de seis anos de atividade, e pelo quarto ano consecutivo, foram atingidos resultados

positivos, revelando-se o ano de 2013 o nosso melhor ano, quer em atividade, quer em

resultado. Para o conjunto da equipa de Gestão e Colaboradores, este é um motivo de

satisfação e orgulho.

A evolução da conjuntura em 2013 ponderou positivamente na nossa atividade, já que a

evolução dos mercados permitiu identificar oportunidades de investimento que foram

aproveitadas pelos nossos clientes. Em paralelo, o avançar do programa de ajustamento de

Portugal, e a estabilização da zona euro, contribuíram para uma gradual melhoria do

sentimento dos investidores, visível na recuperação dos mercados, introduzindo expectativas

positivas para os períodos temporais que seguem. A proposta de valor do Banco, dirigida aos

seus clientes, reflete-se no seu modelo de negócio, assumido e reafirmado, de procurar gerar

valor acrescentado pela gestão do seu património financeiro. Trata-se do posicionamento

estratégico do Banco, da sua área de experiência, do seu “core business”. O Banco mantém

uma posição de "nicho" face ao mercado – não é nosso objetivo ser um banco universal, antes

privilegiamos a ação nos segmentos que conhecemos, e nos quais julgamos poder gerar valor

para clientes. Tal significa, como vimos afirmando, um modelo de arquitetura aberta, e a

autonomia na seleção dos melhores fornecedores, capazes de garantir os princípios base da

nossa gestão: confiança, segurança e criação de valor.

Prova da capacidade de apresentar uma proposta de valor é o crescimento das variáveis

essenciais de negócio. Comissões sobre transações, serviços de custódia e comissões

associadas à gestão de ativos crescem a taxas de dois dígitos percentuais. O reflexo negativo

do ciclo económico é apenas visível na evolução menos conseguida da margem financeira, a

qual acompanhou a tendência de queda verificada na generalidade da banca nacional.

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----10----

A carta de valores do Banco impõe a prossecução de uma estratégia clara, baseada em

valores assumidos por toda a estrutura, e que resultam num posicionamento de mercado

pautado por elevados critérios de solidez, responsabilidade e transparência. É positivo que na

definição da estratégia seja possível beneficiar da solidez e experiência de integração num

Grupo Financeiro, cuja atividade se desenvolve ao longo dos últimos 140 anos, e onde a

característica multiregional das operações permite, com um mais sustentado grau de certeza,

assegura uma dispersão das fontes de risco e de proveitos. Acresce o elemento positivo que

constituem mais de 35 anos de exercício de atividade no mercado por excelência da banca

privada, a Suíça, que são, no nosso entender, um fator de confiança na qualidade da nossa

atuação.

O crescimento do resultado em 2013, não constitui, todavia, justificação para diminuir o

empenho, nem reduz a necessidade de pensar estrategicamente. Por essa razão, o Banco

lançou em 2012 a Espírito Santo Wealth Management (ESWM) no Luxemburgo, uma

plataforma multi-booking de serviços de gestão de patrimónios, que gradualmente se afirma

como um instrumento de captação de novas relações, e de oferta comercial para todo o Grupo.

Perspetivamos que a longo de 2014 esta nova sociedade, vocacionada para oferecer o

essencial da nossa experiência – gestão de ativos e consultoria – irá atuar, em pareceria

estreita com o Banco, no sentido de potenciar a sua oferta, com uma proposta de valor dirigida

a um universo mais alargado de clientes. Na certeza de que o sucesso do Grupo será benéfico

para a atividade desta nossa Sucursal.

2. Atividade em 2013

O posicionamento estratégico do Banco face ao mercado consubstancia-se no

desenvolvimento de uma estratégia que assegure os interesses dos stakeholders (clientes,

acionista, colaboradores) interagindo numa ligação dinâmica que enquadre a definição da

proposta de valor.

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----11----

Figura 1 – Determinantes da Estratégia e da proposta de valor

2.1. Conjuntura Externa

2.1.1. Ambiente Económico

A recuperação da atividade económica global, particularmente visível nas principais economias

desenvolvidas, caracteriza o ano de 2013. A economia dos EUA, que mantém a predominância

na economia mundial, apresentou, particularmente no 2º semestre, uma maior intensidade da

atividade económica, suportada pela recuperação dos mercados do trabalho e da habitação, e

por um recuo dos riscos orçamentais. A Reserva Federal manteve a sua ação de apoio à

recuperação, por intermédio de fortes estímulos da política monetária (com a target rate dos fed

funds próxima de zero e com uma política agressiva de quantitative easing). No conjunto do

ano, o PIB da economia americana cresceu 1,9%, mas com variações trimestrais anualizadas

de 4,1% e 2,6% no 3º e no 4º trimestre.

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----12----

O desempenho das economias desenvolvidas foi também suportado por uma recuperação da

atividade na Europa, com manutenção de fortes estímulos monetários, e progressos na

desalavancagem das famílias e empresas em países como o Reino Unido (que cresceu 1,7%

em 2013) a par de um forte recuo dos riscos sistemáticos associados à crise da dívida

soberana da Zona Euro. Nesta, o ano de 2013 foi marcado por uma estabilização das

condições financeiras e económicas, apesar da ocorrência de alguns fatores adversos, como a

instabilidade política em Itália e a crise financeira no Chipre.

Quadro 1Crescimento Trimestral ao longo de 2013 (TVA)

2013 1º Trim. 2º Trim. 3º Trim. 4º Trim.Portugal -0,3 1,1 0,3 0,6Zona Euro -0,2 0,3 0,1 0,3

Alemanha 0,0 0,7 0,3 0,4Espanha -0,3 -0,1 0,1 0,2

França -0,1 0,6 0,0 0,3Itália -0,6 -0,3 -0,1 0,1

Reino Unido 0,4 0,7 0,8 0,7Suíça 0,6 0,6 0,5 0,2EUA 0,3 0,6 1,0 0,7Japão 1,1 1,0 0,2 0,2Brasil 0,0 1,8 -0,5 0,7Rússia 0,2 -0,1 0,2 .Índia 1,0 0,7 1,8 1,0China 1,5 1,8 2,2 1,8

Fonte: OCDE

Ainda assim, a maior estabilidade das condições dos mercados financeiros resultou do forte

recuo dos riscos sistémicos associados à crise da dívida soberana, bem como de uma melhoria

progressiva das perspetivas de crescimento da atividade. Os progressos realizados no sentido

da consolidação da união bancária contribuíram para a melhoria da confiança. Muito embora

no conjunto do ano, o PIB da Zona Euro tenha ainda registado uma contratação de 0,5%, esta

foi no essencial explicada pelo recuo significativo da atividade no 1º trimestre, já que no 2º

trimestre se verificou um crescimento positivo e uma recuperação da atividade, que foi

ganhando vigor até ao final do ano. Registe-se a expansão do PIB no 4º trimestre, de 0,3%

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----13----

face ao trimestre anterior e de 0,5% em termos homólogos. A taxa de desemprego manteve-se

em níveis elevados, tendo subido, em termos médios, de 11,4% para 12,1% da população

ativa. Nesse contexto de fraca dinâmica do emprego, a inflação anual diminuiu de 2.5% em

2012 para 1.4% em 2013, indiciando preocupações quanto a um risco de deflação.

Em Maio, o BCE reduziu a principal taxa de juro de referência em 25 pontos base, de 0,75%

para 0,5%, e em Novembro, face a uma desaceleração dos preços (com a taxa de inflação

homóloga a descer para 0,7%), levou a cabo uma nova redução de 25 pontos base naquela

taxa, para um mínimo de 0,25%. Para além destas decisões, o BCE prolongou a provisão

ilimitada de liquidez nas operações de refinanciamento, e implementou uma política inédita de

antecipação (forward guidance) relativamente à política monetária, sinalizando a manutenção

dos juros de referência em níveis baixos por um período de tempo prolongado. No entanto, a

Euribor a 3 meses subiu 6bps no 4º trimestre e 10 bps no ano, para 0,287%, refletindo

sobretudo a redução da liquidez associada ao aumento de reembolsos dos LTROs por parte

dos bancos. O EUR apreciou-se perto de 4.5% face ao USD, para EUE/USD 1.379.

Gráfico 1

Evolução das taxas cambiais contra EUR

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----14----

Os mercados emergentes foram penalizados pela perspetiva de uma subida dos juros de

mercado na economia americana, bem como de uma apreciação do dólar e de uma liquidez

menos acessível, elementos que ponderaram no aumento da volatilidade nos mercados

financeiros a partir de Maio. No Brasil, o real depreciou-se cerca de 13% face ao USD e perto

de 17% face ao EUR, enquanto o índice Bovespa recuou 15,5%. A economia brasileira cresceu

2.3% em 2013, mas com a deterioração sucessiva das expectativas de crescimento para 2014

(para um valor próximo de 2%). A conjuntura nos mercados emergentes foi ainda penalizada

por receios relativos à desaceleração da atividade económica na China, sobretudo na primeira

metade do ano. Medidas de estabilização permitiram que a economia chinesa crescesse 7,7%

em 2013, repetindo o registo do ano anterior. Mas o ano terminou com novos sinais de

arrefecimento da atividade, com as autoridades chinesas a procurarem um padrão de

crescimento mais equilibrado e menos assente no crédito.

Gráfico 2Evolução dos índices compósitos, Mercados Emergentes e Commodities

A recuperação do crescimento e da confiança no contexto de políticas monetárias

expansionistas beneficiou o mercado acionista em 2013. Nos EUA, os índices S&P500 e

NASDAQ registaram ganhos de 29,6% e 38,3%, respetivamente. Na Europa, o DAX, o CAC e

o IBEX avançaram 25,5%, 18% e 21,4%, respetivamente.

850

900

950

1.000

1.050

1.100

"Emerging Markets" (MXEF)

125

127

129

131

133

135

137

139

141

143

145

"Commodities" (DJUBS)

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----15----

Gráfico 3

Evolução mercados bolsistas em 2013:

11.500

12.500

13.500

14.500

15.500

16.500

17.500

Dow Jones

2.700

2.900

3.100

3.300

3.500

3.700

3.900

4.100

4.300

Nasdaq

4.700

5.000

5.300

5.600

5.900

6.200

6.500

6.800

PSI 20

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----16----

Fonte: Bloomberg

O ano de 2013 prolongou, desta forma, a recuperação iniciada na segunda metade do ano

anterior, sendo expectável a continuação desta tendência para o início de 2014. A segunda

metade do ano de 2013 já foi marcada por uma estabilização dos mercados financeiros e pelo

recuo dos receios de fragmentação da Zona Euro, neste caso expresso na diminuição

significativa dos spreads dos títulos de dívida pública das economias da periferia face à

Alemanha, Verificaram-se igualmente alguns progressos no sentido de uma maior integração

financeira e orçamental, esta melhoria do sentimento resultou sobretudo da criação, por parte

do BCE, das Outright Monetary Transactions, que abriram a possibilidade de compra "ilimitada"

de dívida pública da economias da Zona Euro, em complemento a um eventual programa de

assistência financeira formal do ESM. A maior propensão ao risco a nível global resultou

também dos efeitos de políticas monetárias fortemente expansionistas seguidas pelos

principais bancos centrais, num contexto de pressões inflacionistas reduzidas.

5.500

6.000

6.500

7.000

7.500

8.000

8.500

9.000

9.500

10.000

DAX

5.5006.0006.5007.0007.5008.0008.5009.0009.500

10.00010.500

IBEX

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----17----

Gráfico 4Taxas de juro – Mercados secundários de dívida soberana

Economia portuguesa

A evolução da economia nacional no período refletiu quer os desenvolvimentos externos já

referidos, quer e, os esforços de ajustamento económico e financeiro desenvolvidos

internamente. Em 2013, graças ao desempenho favorável das exportações e a uma tendência

de estabilização na procura interna verificou-se uma recuperação da atividade económica a

partir do 2º trimestre. Se é certo que o PIB registou uma queda anual de 1,4%, este valor é

melhor que a queda inicialmente projetada, e verificaram-se variações trimestrais positivas a

partir do 2º trimestre (1,1%, 0,3% e 0,6%) e um regresso a crescimentos homólogos no 4º

0,00%

2,00%

4,00%

6,00%

8,00%

10,00%

12,00%

14,00%

Grécia

Portugal

Espanha

Itália

Irlanda

Bélgica

França

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----18----

trimestre (1,7%, após 11 trimestres de contração). Esta evolução intra-anual da atividade

económica é acompanhada por uma melhoria gradual dos indicadores de confiança das

famílias e empresas, com o Indicador de Sentimento Económico da Comissão Europeia a

aproximar-se da respetiva média de longo prazo (e a ultrapassar esta média já no primeiro

trimestre de 2014).

O crescimento da economia portuguesa manteve-se, todavia, condicionado pelo processo de

desalavancagem em curso nos diferentes setores da economia nacional. No conjunto do ano, o

consumo privado e a formação bruta de capital fixo registaram quedas em termos reais (-1,7%

e -7,3% respetivamente), ainda que significativamente menos intensas do que em 2012 e em

recuperação na parte final do ano.

À evolução anual do consumo privado correspondeu um aumento da capacidade líquida de

financiamento das famílias, para 6,8% do PIB (6,4% em 2012 depois de mínimos históricos ao

redor de e 2% em 2008), suportado por uma subida da respetiva taxa de poupança, para

12,6% do rendimento disponível.

Por sua vez, as empresas voltaram a reduzir as respetivas necessidades líquidas de

financiamento, para 2,1% do PIB (3,9% em 2012 e 11,4% em 2008), para o que terá

contribuído uma nova redução do investimento mas, também, uma evolução positiva de

respetiva poupança corrente. Neste contexto, a economia registou uma perda de cerca de 120

mil empregos no conjunto do ano, sustentando a manutenção de uma taxa de desemprego

elevada (16,3% da população ativa, em termos médios anuais, após 15,7% em 2012). A

evolução do mercado acompanhou, no entanto, o perfil intra-anual da atividade económica. A

taxa de desemprego recuou de 17,7% para 15,3% da população ativa entre o 1º e o 4º

trimestre de 2013, com esta descida suportada pela criação de perto de 130 mil empregos nos

últimos três trimestres do ano, bem como por uma redução da população ativa (associada, em

parte, a um elevado fluxo de emigração).

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----19----

Quadro 2Cenário macroeconómico de referência

Evolução da Economia Nacional (projeções)2012 2013 2014 2015

Prev. Prev. Prev.

PIB -3.20% -1.50% 0.80% 1.30%Exportações 3.20% 5.90% 5.50% 5.40%Importações -6.60% 2.70% 3.90% 4.50%Balança de Bens e Serviços (em % PIB) 1.70% 2.70% 3.50%DesempregoDeficit Orçamental (em % PIB)Dívida pública (em % PIB)

Fonte: INE; Banco de Portugal. Min. Finanças

Para Ref.: Acordo Inicial do Programa de Assistência - Maio 2011

2011 2012 2013 2014Previsão Previsão Previsão Previsão

PIB -2.20% -1.80% 1.20% 2.50%Exportações 6.20% 6.00% 6.40% 6.40%Importações -5.30% -3.00% 2.00% 3.70%Balança de Transações Correntes (em % PIB) -9.00% -6.70% -4.10% -3.40%Desemprego 12.10% 13.40% 13.30% 12.00%Deficit Orçamental (em % PIB) -5.90% -4.50% -3.00% -2.30%Dívida pública (em % PIB) 106.40% 112.20% 115.30% 115.00%

Fonte: Banco de Portugal. BCE, FMI

Papel significativo nos indícios de estabilização deve ser dado ao comportamento das

exportações, que registaram um crescimento real de 6,1% em 2013, com contributos positivos

das mercadorias e dos serviços, destacando-se a forte procura externa dirigida ao setor do

turismo. Em conjunto com o aumento da poupança interna, este resultado contribuiu para a

obtenção de um excedente de 2% do PIB no saldo conjunto das balanças corrente e de capital.

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----20----

A recuperação da atividade e as medidas de consolidação orçamental contribuíram para uma

redução do défice da Administrações Públicas, para 4,9% do PIB (critérios Eurostat), ou para

4,5% do PIB, ajustado pelos critérios da Tróica, em ambos os casos abaixo da meta (5,9% e

5,5% do PIB, respetivamente). Portugal regressou aos mercados de capitais com uma

operação de troca de dívida em Dezembro (de EUR 6,6 mil milhões), a que se seguiram, no

início de 2014, emissões sindicadas a 5 e 10 anos, num montante global de EUR 6,25 mil

milhões. Após um máximo de 7,5% em Julho, a yield das OTs a 10 anos fechou o ano em

6,13%, prolongando a tendência de descida no início de 2014, para valores inferiores a 4%. No

mercado bolsista, o índice de referência, o PSI-20, valorizou-se cerca de 16% em 2013.

Gráfico 5Evolução das taxas de juro da dívida pública de Portugal (mercado secundário)

A melhoria do sentimento externo em relação à economia portuguesa, suportado pelos

resultados do programa de ajustamento económico e financeiro, pela melhoria da atividade

económica e por uma perceção mais favorável sobre a periferia da Zona Euro, traduziu-se

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----21----

ainda, já na primeira metade de 2014, numa melhoria da perspetiva (Outlook) para o rating

soberano por parte das agências Fitch Ratings Inc (Outlook positivo), por parte da agência

Standard & Poor’s Credit Market Services Europe Limited (Outlook estável) e da Moody’s

Investors Service España S.A. (Outlook positivo e subida de um nível de rating de Ba3 para

Ba2) embora ainda abaixo de investment grade.

As atuais projeções do Fundo Monetário Internacional apontam para que, em 2014, a

economia mundial cresça cerca de 3,6%, suportada principalmente por uma aceleração

moderada do crescimento das economias mais avançadas. Esta recuperação deverá resultar

da manutenção de políticas monetárias expansionistas, políticas fiscais menos restritivas,

reequilíbrios financeiros e melhoria nos níveis de confiança, neste caso associados à perceção

da redução de riscos sistémicos, designadamente na Zona Euro. A economia dos países da

Zona Euro deverá alcançar um crescimento que deverá rondar 1,2% depois de ter sofrido uma

ligeira contração em 2013 (fonte: FMI). A economia portuguesa deverá beneficiar dos sinais de

estabilização económica e financeira que Portugal vem evidenciando nos últimos trimestres e

deverá alcançar um crescimento em 2014, ainda que modesto, assente no investimento, nas

exportações e ainda na recuperação do consumo. Por outro lado, deverá também beneficiar da

perceção mais favorável do risco dos países da periferia por parte dos investidores, que já tem

tido efeitos significativos na descida das yields da dívida pública observada desde o início de

2014, tendo suportado a decisão do Governo de terminar o Programa de Assistência sem uma

linha cautelar.

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----22----

Gráfico 6Evolução das taxas ativas e passivas no mercado doméstico

Fonte: Banco de Portugal

2.1.2. Enquadramento Regulamentar e controlo de riscos inerentes à atividade

O exercício da atividade bancária impõe o cumprimento de um conjunto de requisitos, cuja

definição, por parte das autoridades, procura garantir objetivos essenciais: de segurança e

solvabilidade, por um lado, e de comportamento, por outro. Nestas duas vertentes, supervisão

prudencial e comportamental, as entidades de supervisão procuram definir o melhor quadro

regulamentar, que assegure a solidez, a fiabilidade do relato financeiro, a correta medida e

prevenção dos riscos inerentes à atividade e, não menos importante, o comportamento

equilibrado na relação com clientes e com o mercado. Naturalmente que a definição por parte

das entidades de supervisão de um quadro “de minimis” não impede cada instituição de adotar

políticas reforçadas de acompanhamento e controlo, na medida em que estas se revelem

ajustadas à avaliação interna dos riscos em que a instituição incorre, e igualmente na medida

do perfil de risco que a mesma considere aceitável.

2,50%

3,00%

3,50%

4,00%

4,50%

5,00%

5,50%

Taxas de Juro

Empréstimos a Soc. Não Financeiras Depósitos e Equiparados até 2 anos

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----23----

O enquadramento regulamentar da atividade da Sucursal do Banque Privée em Portugal é

determinado pela sua característica de instituição de crédito com sede em Estado não-membro

da União Europeia. Tal implica, a nível individual, o cumprimento da legislação nacional e

Europeia, aplicável ao setor bancário e aos intermediários financeiros (e a sujeição,

respetivamente, à supervisão do Banco de Portugal e da Comissão do Mercado de Valores

Mobiliários), e igualmente o cumprimento de requisitos especificamente aplicáveis a sucursais

com as nossas características, de que se destaca a afetação local de capital, em níveis

financeiros bastante superiores aos requeridos a sucursais de instituições do espaço

comunitário. Adicionalmente aplicam-se à atividade desenvolvida por este Banco, em Portugal,

alguns requisitos que são determinados pela autoridade de supervisão Suíça, nomeadamente

quanto a concentração de risco. Parcialmente os depósitos em Portugal beneficiam de uma

cobertura adicional do sistema de garantia de depósitos suíço.

Ao nível da atividade, importa o cumprimento atempado de todos os requisitos de informação

regular e de capacidade de resposta às autoridades de supervisão, que no caso do Banco

implica corresponder a uma multiplicidade geográfica de legislações e requisitos –

individualmente, a Sucursal é supervisionada nos termos da legislação nacional, a nível

consolidado do Banco pela autoridade de supervisão Suíça e, finalmente, a nível de grupo

financeiro, por efeito da consolidação na Espírito Santo Financial Group, uma vez mais pelo

Banco de Portugal e pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. O pressuposto da

atuação passa pelo estrito cumprimento, a nível local, da regra mais estrita que resulte da

conjugação das regras Suíça e nacional.

Pelas características do seu modelo de negócio o Banco está exposto aos riscos inerentes ao

exercício da sua atividade e, de forma mais relevante, a alguns destes. A atuação do Banco

desenvolve-se num cenário de controlo de riscos, tendo como referência a política definida a

nível da Espírito Santo Financial Group. Cabe a cada instituição aprovar um perfil de risco

aceitável, coerente com a política do Grupo, e no caso da atividade em Portugal, garantir que a

atividade desenvolvida respeita o perfil de risco do Banco, e que estão garantidos, a todo o

momento, os pressupostos do controlo, monitorização, e capacidade de deteção e intervenção,

relativamente aos riscos inerentes à atividade.

Por recurso a um conjunto de procedimentos internos publicados e divulgados a todo o Banco,

e que refletem a política de risco, e de tolerância ao mesmo, definida pelo Conselho de

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----24----

Administração, reuniões regulares da Gerência avaliam os riscos considerados relevantes, com

relevância particular no momento atual para os riscos de liquidez, e crédito, de mercados, de

taxa de juro de balanço, mas de forma igualmente próxima dos riscos operacional, de

cumprimento e reputacional. É ainda efetuado um muito próximo acompanhamento de outros

riscos, como sejam risco de taxa de câmbio ou de continuidade de negócio.

Pela sua dimensão, e pela relevância da atividade desenvolvida, é importante evidenciar a

estrutura de controlo afeta à mitigação dos riscos que podem afetar a atividade, excedendo de

alguma forma a nossa estrutura de análise, que abordava fatores externos. A função de gestão

de riscos abrange riscos externos, mas também riscos internos. Encontra-se integrada para

todo o Grupo Espírito Santo, e as suas competências são desempenhadas de forma

independente face às restantes áreas funcionais do Grupo. No âmbito da sua atuação,

identifica, avalia, acompanha e controla todos os riscos materialmente relevantes a que o

Grupo se encontra sujeito, tanto interna como externamente, de modo a que os mesmos se

mantenham contidos e, dessa forma, não afetem a sua situação financeira. Asseguram

também a manutenção de um perfil de risco conservador ao nível da solvabilidade, do

provisionamento e da liquidez

Igualmente importante a definição do perfil de risco do Grupo, que é da responsabilidade da

sua Comissão Executiva, que fixa igualmente os princípios gerais de gestão e de controlo dos

riscos, assegurando que, para tal, o Grupo detém as competências e os recursos necessários à

prossecução dos objetivos definidos. Existem diversos Comités especializados que assumem a

coordenação e acompanham a implementação em linha, garantindo-se a coerência entre as

decisões do Conselho de Administração do Banco e a definição emanada da Comissão

Executiva do Grupo.

No acompanhamento dos riscos inerentes à atividade os Gerentes participam, de pleno direito,

no Comité de Gestão de Ativos e Passivos (ALM), no Comité Financeiro, no Comité de Crédito,

no Comité de Estratégia, que define a Gestão de Ativos do Banco e no Comité Operacional.

O Banco considera relevante o controlo dos riscos seguidamente identificados, definindo-se os

pressupostos de controlo dos mesmos:

Risco de crédito: Manutenção dos requisitos de capital e solvabilidade, medição da

sinistralidade e dos requisitos de provisionamento do crédito, análise de concentração.

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----25----

Risco de mercado: Avaliação da flutuação do valor dos ativos transacionáveis em mercado,

definição de limites de perda, utilização de notações externas na definição dos

investimentos, análise de concentração.

Risco de liquidez: Análise de ”gaps” de tesouraria, análise de vencimentos ativos e

passivos (“mismatch”), análise de concentração.

Risco de taxa de juro: Monitorização da exposição da situação financeira a movimentos

adversos nas taxas de juro, sobre a carteira bancária ou capital. Análise da margem

financeira, análise de sensibilidade a flutuações, análise de cenários.

Risco operacional: Registo sistemático de eventos, justificação e correção de deficiências.

Identificação dos principais indicadores de risco operacional e avaliação regular. Análise

estatística, em conjunto com o registo da Sede, para identificação de melhorias a introduzir

nos processos.

2.2. Atividade por Departamentos

A estrutura em Portugal abarca um conjunto de funções exercidas localmente, que garantem

autonomia de gestão e funcional. No final de 2013 a equipa era constituída por dezanove

colaboradores, destacando-se no ano o reforço das equipas Comercial e de Gestão de Ativos.

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----26----

Figura 2Estrutura Funcional

Em algumas das atividades, nomeadamente em áreas operativas recorre-se à estrutura do

Banco na Suíça em funções que, pela sua natureza, revelam economias de escala ao ser

executadas centralmente. A estrutura funcional do Banco divide-se por 11 Departamentos,

respondendo aos membros do Comité Executivo (numa ótica de divisão de pelouros,

segregação de atividades e prevenção de conflitos funcionais). As estruturas no exterior

respondem diretamente ao Comité Executivo, de entre as quais a Sucursal em Portugal,

através da sua Gerência.

A estrutura aparece assim focada na vertente essencial do negócio, com as áreas comercial e

financeira a assumir o papel de liderança na gestão de balanço e resultados, e as restantes

áreas a assegurar a imprescindível função de suporte à atividade comercial, de cumprimento

regulamentar, e de acompanhamento e controlo de riscos.

2.2.2. Comercial

A atividade comercial do Banco em Portugal é assegurada, geograficamente, a partir das suas

instalações em Lisboa e Porto. A equipa comercial é constituída por um conjunto de gestores

comerciais, com experiencia individual superior a dez anos na função.

Áreas partilhadas

Recursos Humanos JurídicosComplianceControlo e Gestão

de RiscosAuditoria

Comité ALMComité de Estratégia de InvestimentoComité de Crédito

ComercialFinanceira e Tesouraria

Contabilidade e Reporting

Gestão de Activos OperaçõesOrganização &

Sistemas de Informação

GerênciaComité Financeiro

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----27----

O modelo de acompanhamento comercial prevê uma relação de proximidade com os clientes,

onde o gestor assume um posicionamento central, recorrendo à intervenção de especialistas

(consultoria, gestão de carteiras, análise económica) quando tal se revela uma mais-valia para

a relação de negócio.

No decorrer de 2013 foi efetuado o reforço do número de colaboradores nesta área.

2.2.3. Financeira e Tesouraria

A atividade nas dimensões financeira, e de gestão de tesouraria, procura efetuar a gestão de

tesouraria, a gestão das dimensões passiva e ativa do balanço, no sentido de assegurar o

equilíbrio da margem financeira, o equilíbrio de liquidez, e a cobertura de riscos de mercado e

cambiais.

Adicionalmente, mantém uma ação enquanto agente em operações privadas de mercado

primário de títulos, características de uma atividade de investment banking.

Gere as carteiras de investimentos do Banco e participa nos comités de Direção de Finanças e

Comité ALM.

2.2.4. Contabilidade e Reporting

Compete-lhe garantir a elaboração e fiabilidade das demonstrações financeiras, e assegurar a

atempada produção dos relatórios internos e externos.

Mantém uma atividade essencial de produção e entrega às autoridades de supervisão, e ao

Estado, dos relatórios contabilísticos, de negócio, e fiscais, necessários a permitir a existência

de uma efetiva supervisão, e a auditores, no âmbito da validação da completa e fiável

informação sobre a dimensão contabilística da atividade, assegurando igualmente a

capacidade de resposta às alterações ditadas por via legal.

Controla a preparação da informação de gestão.

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----28----

2.2.5. Gestão de Ativos

Em coordenação, e por presença Comité de Direção de Investimentos, com a Sede do Banco,

participa na definição das estratégias de investimento e alocação de ativos das carteiras de

clientes, geridas ao abrigo de contratos de gestão de carteiras.

Acompanha a implementação da gestão definida, emitindo relatórios de acompanhamento, e

validando os pressupostos de gestão.

2.2.6. Operações

Assegura o processamento operacional das ordens de clientes, e bem como assim o apoio

administrativo relativo à atividade geral da Sucursal.

Produz, para validação, os registos contabilísticos relativos à atividade, os quais são objeto de

controlo pela contabilidade.

2.2.7. Sistemas de Informação

Garante, em ligação com a Sede do Banco, a eficácia dos sistemas de informação, suporte à

atividade, intervindo na definição das correções ao adaptações necessárias.

Mantém a ligação com fornecedores externos, ao nível das infraestruturas de suporte físico, de

programas, e de sistemas, na medida do necessário ao pleno funcionamento.

Participa no Comité de Direção de Operações e IT.

2.2.8 Áreas partilhadas

Auditoria Interna

Assegura a atividade, de forma remota, a partir da Sede do Banco. Em paralelo, é

coadjuvada pelo Auditor Externo, KPMG & Associados, a nível local em Portugal, e no

âmbito do processo de Controlo Interno pela Sociedade PriceWaterhouse Coopers.

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----29----

Compliance / Controlo do Cumprimento

Assegura, em estrutura integrada com a Sede, funções de controlo sobre a atividade e

operações, nomeadamente ao nível do início de relações e conhecimento de clientes e

transações.

Participa nos Comités de Direção Legal e Compliance, e de Abertura de Contas.

Controlo e Gestão de Riscos

Assegura, em estrutura integrada com a Sede, o Controlo dos riscos relevantes a que a

atividade está exposta, controlando-os e identificando situações de risco, efetivo e

potencial.

Propõe soluções para correção de deficiências, ou de melhoria da capacidade de

identificação ou controlo de riscos.

Jurídicos

Intervém na dimensão contratual e jurídica da atividade, e hoje em nome do Banco face

a autoridades judiciais.

Envia pareceres sobre contratos, e acompanha as alterações regulamentares,

identificando as que possam ter impacto sobre a ação do Banco, sinalizando-as aos

órgãos de estrutura envolvidos, e à Gerência.

Faz a coordenação do recurso a apoio jurídico externo.

Recursos Humanos

Em ligação com a Gerência da Sucursal, e com o apoio administrativo externo

contratado em Portugal, gere a partir da Suíça a dimensão da análise do quadro de

colaboradores, nas suas múltiplas vertentes.

Acompanha a realização de ações de formação, e a definição da política de recursos

humanos integrada, em ligação à Gerência e ao Comité Executivo do Banco.

A atividade em Portugal é exercida por um conjunto de 19 (17 em 2012) colaboradores

contratados localmente.

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----30----

Na repartição das atividades que são exercidas em Portugal, os colaboradores repartem-se por

atividades de gestão e direção (10%), comerciais (35%), técnicas (30%) e de suporte (25%).

Na caracterização dos recursos humanos, 80% dos colaboradores têm formação a nível de

ensino superior, com os restantes a possuírem formação média.

Elemento fulcral da gestão de recursos humanos constitui-se a política de formação da

instituição. O Banco investe de forma estrutural na formação dos seus colaboradores. Ao longo

do ano de 2013 foram realizadas ações de formação sobre fiscalidade, supervisão

comportamental e gestão de ativos. Adicionalmente, vários colaboradores participaram em

ações de formação externa, nomeadamente formação sobre operações bancárias, formação

relativa a branqueamento de capitais, e análise de risco.

2.3. Interesses dos Stakeholders

2.3.1. Clientes

A atividade do Banco é dirigida a um segmento específico de clientes, aos quais se considera

possível oferecer uma proposta de valor diferenciada. O Banco atua na área de "Private

Banking", o que deve ser entendido como procurando relações com um nível de envolvimento

global superior.

A criação de valor para este segmento de clientes é baseada numa proposta de

acompanhamento comercial, com destaque para a prestação de serviços de gestão

discricionária, ao abrigo de contratos de gestão de carteiras. Em paralelo, existe uma forte

componente de aconselhamento financeiro, ao nível de investimentos. Dadas as características

específicas da atividade de gestão de ativos, o banco não é ativo nas atividades clássicas da

banca comercial (transacionai, intermediação de balanço). Mantém por isso apenas uma

atividade acessória de crédito colateralizado por valores mobiliários, deliberadamente reduzida,

para reduzir riscos de balanço, e não criar dependência de liquidez.

A nível de oferta, o modelo de negócio aponta para uma estrutura normalmente designada

como Arquitetura Aberta – não privilegiar o fornecimento de produtos próprios, mas antes

selecionar produtos e fornecedores com base na melhor proposta, adaptada às características

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----31----

e objetivos de investimento de cada cliente. Permite igualmente esta postura uma focagem nas

atividades que possibilitem gerar uma mais-valia para o cliente e para o Banco, com um

permanente acompanhamento da evolução do negócio, a análise prévia, seleção criteriosa e

comercialização de produtos e serviços de terceiros, desde que sejam no interesse dos nossos

clientes.

Na relação com clientes, o Banco privilegia a qualidade à quantidade, procurando melhorar

constantemente os níveis de serviço, e dispensando uma particular atenção ao respeito pelas

normas deontológicas da nossa profissão. Corolários lógicos deste posicionamento são a

opção por uma estrutura de dimensão média, reforçando a coesão das equipas, e permitindo

manter a organização focada no cliente.

O reforço da atividade comercial, e da marca Espírito Santo, vem sendo conseguido, e no

decorrer de 2013 o Banco iniciou a sua atividade no Luxemburgo, através da Espírito Santo

Wealth Management (Europe), sociedade financeira vocacionada para atuar no espaço da

União Europeia, nas atividades que constituem o nosso negócio nuclear – Gestão de Ativos e

Aconselhamento Financeiro. Em estreita ligação, e criando sinergias, com o Banco, será

possível desenvolver uma oferta comercial reforçada, com capacidade para acompanhar

relações dentro e fora do Grupo, gerando maior valor para clientes, e cimentando parcerias de

longo prazo.

2.3.2. Acionista

A estabilidade da estrutura acionista é um dos fatores de sucesso do Banco. A definição de

estratégias de longo prazo, que permitem uma atuação face ao mercado que se quer coerente

e maximizadora do resultado, dentro do perfil de risco considerado aceitável, constitui fator de

diferenciação face ao mercado.

O interesse do acionista não implica a prevalência deste sobre o dos restantes stakeholders ou

sobre o interesse da sociedade. Ao nível do Grupo Espírito Santo e do Banco, a participação

de membros independentes nos órgãos sociais acompanha as melhores práticas

internacionais, assegurando o justo equilíbrio entre os interesses dos vários participantes no

processo de criação de valor.

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----32----

A nível social, é conhecida a política do Grupo. Individualmente o Banque Privée Espírito Santo

em parceria com o Swiss Finance Institute, decidiu criar e atribuir um prémio anual para o

melhor trabalho de pesquisa na área financeira.

2.3.3. Colaboradores

A definição ajustada de políticas de remuneração para o conjunto dos colaboradores é parte

necessária do processo motivacional. O Banque Privée Espírito Santo aplica desde há vários

anos uma política de remuneração que pode comportar uma parte variável, discricionária,

decidida pelo Conselho de Administração, e passível de atribuição em função do cumprimento

de um conjunto de objetivos conjuntos e individuais.

Outro elemento relevante da motivação de colaboradores constitui a política de formação

contínua, mantendo o Banco uma política de formação de todos os seus colaboradores, a qual

é vista como um fator de diferenciação estratégica.

No rescaldo da crise de 2008, tornou-se evidente que as políticas de remuneração variável,

praticadas por algumas instituições, foram indutoras da assunção, por parte das mesmas, de

riscos que, pela sua dimensão, se revelaram não só incomportáveis para as suas instituições,

como eventos potenciadores de risco sistémico. Se é certo que tal não foi o caso da

generalidade das instituições a operar no mercado português ou suíço, verificou-se a

necessidade de definição de regras por parte das autoridades de supervisão, relativas à

existência de critérios claros de atribuição de remuneração variável, os quais se pretende ser

elementos que garantam o alinhamento entre os interesses de longo prazo das instituições, e o

interesse pessoal dos colaboradores com responsabilidades na gestão, e na definição da

estratégia. No caso da Sucursal do Banque Privée Espírito Santo, a Política de Remuneração

dos Dirigentes é apresentada como Anexo ao presente Relatório.

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----33----

3. Gestão

3.1. Evolução da atividade

O ano de 2013 veio confirmar a tendência de crescimento da atividade da Sucursal em

Portugal do Banque Privée Espírito Santo.

As opções reafirmadas ao longo do ano, de centrar a atividade nas áreas de gestão de ativos e

consultoria, a par do reforço do quadro de colaboradores afeto às áreas comercial e de gestão

de investimentos permitirem em crescimento significativo do número de clientes, de ativos em

custódia, e dos proveitos a estes associados.

Em paralelo, o banco vem mantendo, desde a sua abertura em Portugal, em 2008, uma

atividade na área de emissões de dívida, por colocação privada, a qual conheceu igualmente

no decorrer do exercício um crescimento relevante.

Ambas as dimensões de negócio, e o seu crescimento, não são dissociáveis da evolução da

conjuntura económica global e doméstica. Embora a ritmo lento, a recuperação económica foi-

se afirmando como um dado adquirido ao longo do ano. Tal facto gerou um efeito de

crescimento, por antecipação, nos mercados acionistas, o estreitamento de “spreads” e ganhos

de capital nos mercados obrigacionistas, e um regresso da liquidez, de forma assinalável, aos

mercados.

Finalmente, o ajustamento da economia nacional foi prosseguido ao longo do ano, sendo

visível na evolução do risco soberano da república, e no seu gradual retorno ao mercado,

ajudado pela evolução, igualmente, da Irlanda e Espanha, que beneficiarem também do

ambiente favorável e dos elevados níveis de liquidez disponível.

Não será assim surpresa verificar que o Banco conseguiu crescer nas áreas que são centrais à

sua proposta comercial. A queda das taxas de juro, passivas, dos balanços bancários originou

uma apetência por alternativas (obrigações, fundos de investimento, ações), que implicam, por

parte das instituições, a capacidade de selecionar e propor uma oferta adaptada ao perfil de

risco de cada cliente.

É na d

competê

capacid

aconsel

investim

Refira-s

destaca

pagame

GráficoEvoluçã

No ano

64.299.

O cresc

uma va

29.769

valor de

refletido

domina

dimensão d

ência face

dade de aco

lhamento)

mento.

se igualmen

ando-se o

ento, e o lan

o 7 ão do Ativo

o de 2013

222), mante

cimento do

ariação do c

milhares), a

e 680 Milha

o nas Nota

nte.

Banq

da proposta

à sua con

ompanhame

criar uma

nte que o b

reforço do

nçamento d

o Total

3 o Ativo

endo-se a t

ativo reflete

crédito, de

a inclusão e

ares de EUR

Anexas às

que Privée EspRela

a de altern

corrência –

ento, permi

oferta ajust

banco contin

quadro de

de soluções

Total cres

endência d

e a estabili

cerca de 3

em outros a

R (e na seq

s contas do

írito Santo, S.Aatório da Gerên

----34----

nativas de

– a lógica

item (sob a

tada a cad

nua a inves

e pessoal,

s tecnológica

sceu 3,5%,

e crescime

dade das v

3,30% (evo

ativos do m

quência do

o exercício

. – Sucursal emncia 2013

investimen

de fornece

a forma de

da perfil de

stir, em col

o reforço

as inovador

para EU

nto verificad

várias rubric

oluindo de

ontante rela

parecer ob

o), a estabi

m Portugal

nto que o

dor das me

uma gestão

e risco, obje

aboradores

da infraes

ras.

R 66.233.7

da no ano a

cas contabi

EUR 28.80

ativo ao ao

tido junto d

lidade é, c

BPES mo

elhores sol

o discricion

etivos e ho

s e em infra

strutura de

780 (em 2

anterior.

ilísticas. Pa

09 Milhares

fundo de p

dos nosso a

como indica

stra a sua

uções, e a

nária, ou de

orizonte de

aestruturas,

meios de

2012: EUR

ara além de

para EUR

pensões, no

auditores, e

ado, a nota

a

a

e

e

,

e

R

e

R

o

e

a

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----35----

Gráfico 8Evolução de recursos e crédito de clientes

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----36----

Gráfico 9Evolução de crédito por segmentos

Assim, para além da evolução do crédito, o banco privilegiou uma reconfiguração a sua

reconfiguração da sua carteira de aplicações próprias, no sentido de atingir dois objetivos:

defesa da margem financeira, e posicionar o banco de forma defensiva, face a um cenário de

volatilidade de mercados, e de evolução negativa dos spreads de crédito.

Por essa razão, alargaram-se os prazos das aplicações que compõem a carteira de ativos

financeiros disponíveis para venda, eduzindo em paralelo o valor absoluto das aplicações (que

eram de EUR 21.574 milhares em 2012, e se cifram em EUR 18.388 milhares em 2013).

Estratégia inversa foi seguida na carteira de investimentos detidos até à maturidade, onde o

valor absoluto dos investimentos cresce para EUR 8.920 milhares (em 2012 era de EUR 6.368

milhares), mas neste caso privilegiando o curto prazo, menos sujeito ao efeito de volatilidade.

Finalmente, a criação de um sublimite afeto a negociação (sob a rubrica Ativos financeiros

detidos para negociação), no qual se aplicou EUR 1.585 milhares, permite posicionar o banco,

de forma mais flexível, para aproveitar oportunidades de investimento, com o objetivo de gerar

mais-valias, ponderando-se em todas as carteiras os critérios de risco definidos pelo Conselho

de Administração.

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----37----

Refira-se, finalmente, e ainda na análise do ativo, a estabilidade ao nível da liquidez. O

agregado de disponibilidades imediatas e aprazo (Caixa e banco Central, Disponibilidades em

Instituições de crédito e aplicações em instituições de crédito) atinge EUR 24.218.696, que

compara com EUR 28.303.491 em final de 2012.

Relativamente à evolução do passivo, destaque-se o crescimento dos depósitos de clientes,

que atingem EUR 27.217.186, ou seja um crescimento de 6.85% face ao ano anterior, onde se

cifravam em EUR 25.470.549. Este crescimento é visível na dimensão dos recursos a prazo

(que evoluem de EUR 17’459’815 em 2012, para EUR 19’057’000 em 2013) e igualmente nos

recursos à ordem (que variaram de EUR 8’011’034, para EUR 8’160’186).

Como consequência da evolução da captação junto de clientes, o Banco reduziu a dimensão

dos recursos captados junto de outras instituições de crédito, que descem para

EUR 15.657.349 (em final de 2012: EUR 17.446.934).

Destaque-se igualmente ao nível do passivo a evolução da rubrica Outros Passivos, cujo

crescimento para EUR 2.136.683 se prende com o registo, efetuado em Junho de 2013, em

Balanço, das responsabilidades com o fundo de pensões do Banco.

Numa análise qualitativa e de riscos da estrutura de Balanço no final do exercício, é possível

ver uma situação de equilíbrio entre a dimensão das aplicações em crédito e carteiras próprias,

face à captação de recursos estáveis, e manutenção em Portugal de capital e resultados

transitados. De acordo com a regulamentação nacional e Europeia, a Sucursal mantém um dos

níveis de solvabilidade mais elevados do mercado – Core tier I de 19’163’337, e rácio de

solvabilidade (Basileia III) de 65,90%.

Analisando a conta de exploração, são visíveis as opções de gestão, face à evolução da

conjuntura.

A margem financeira conhece uma redução de 5,52 %, evoluindo de EUR 716.098 em 2012

para EUR 676.537 em 2013.

Muito embora tenha havido uma variação em baixa do custo de recursos, e se tenha verificado,

na dimensão do crédito comercial, uma estabilidade das margens passivas, a margem

financeira das carteiras de investimento não foi imune ao efeito de redução de prémios de

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----38----

risco, de que beneficiou Portugal no seu conjunto. Tal “repricing” da carteira justifica a variação

negativa da margem.

Gráfico 10Margem Financeira

Ainda assim, e refletindo a evolução dos mercados financeiros, e a opção por diversificação

das aplicações, por parte dos nossos clientes, verificou-se um crescimento expressivo do valor

de rendimentos de serviços e comissões, o qual atingiu no final do exercício EUR 3.195.182

(contra EUR 2.036.528 em 2012). A dimensão do crescimento é atribuível quer às operações

com clientes privados quer às operações com clientes institucionais (nomeadamente no âmbito

de operações de estruturação de empréstimos obrigacionistas para colocação particular).

Realce-se igualmente que a opção, já anteriormente referida, de constituir uma carteira de

ativos financeiros disponíveis para venda permitiu o apuramento de mais-valias que, embora

não expressivas, revelem a justeza da opção tomada.

Como consequência da evolução conjunta de margem e resultados de comissionamento e

operações próprias, o produto bancário cresceu de forma expressiva, para EUR 3.956.634 (em

2012, EUR 2.795.920).

Gráfico 11

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----39----

Evolução do Produto Bancário

No que concerne a evolução dos custos associados à atividade, verificou-se um crescimento

nos custos com pessoal, para o valor de EUR 1.495.308, que só parcialmente pode ser

comparado com o valor de EUR 1.151.218 que se havia verificado em 2012. Tal possibilidade

de comparação é limitada por dois factos: por um lado, a Sucursal reforçou o seu quadro de

colaboradores, em termos médios, com 1.125 pessoas ETC (equivalente a tempo completo), e

houve necessidade de proceder a uma dotação adicional do fundo de pensões, para garantir a

antiguidade bancária de colaboradores contratados.

A evolução dos gastos gerais administrativos mostra, igualmente, um crescimento (de EUR

712.622 para EUR 899.366), refletindo o crescimento da estrutura, mas também de custos,

sistemas, aplicações informáticas e de assessoria, associados às novas atividades

desenvolvidas ou em implementação.

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----40----

Como efeito da muito boa performance, o resultado do exercício cresceu de EUR 935.983 para

EUR 1.467.379. O resultado líquido do exercício foi de EUR 1.132.534, que compara com EUR

751.227 no exercício anterior.

Gráfico 12Evolução do Resultado Líquido

Este resultado representa o melhor valor atingido desde a abertura da Sucursal do Banco em

Portugal, e constitui um motivo de satisfação para os gerentes, e para os colaboradores desta

instituição.

3.2. Evolução por áreas de negócio e atividade

3.2.1. Atividade Comercial

Em 2013, uma vez mais, o Banco conseguiu alargar a sua base de clientes, de forma

significativa. Estes crescem 13% face ao final do ano anterior, com o volume de contas a

progredir a uma taxa de crescimento próximo dos 20%. A evolução da captação revelou

regularidade ao longo do ano, verificando-se ainda uma progressão gradualmente mais

significativa nos meses posteriores ao reforço de colaboradores na área comercial.

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----41----

Gráfico 13Evolução do número de clientes

Em paralelo, o número de clientes com contratos de gestão de carteiras (gestão de carteiras

por conta de outrem) conheceu uma progressão não linear. No conjunto, verificou-se uma

redução de cerca de 7.7%, influenciando esta variação negativa a perda de relações nos

mandatos nos extremos dos perfis de risco - ultraconservador e estruturados. Já as estratégias

de investimento intermédias, baseadas em obrigações e em ações, conhecem variação

positiva no número de relações.

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----42----

Quadro 3Evolução do negócio com clientes,

Apesar da variação negativa do número de relações, os valores globais sob gestão cresceram

cerca de 12%, revelando um crescimento significativo do valor médio por cliente.

Ao nível do desenvolvimento da ação comercial, regista-se ainda dois factos que demonstram

a capacidade de evolução do Banco, e da atividade: A prestação de serviços de consultoria

para investimento, e o desenvolvimento de relações com institucionais, ao nível da custódia de

valores.

A atividade de consultoria para investimento conheceu em 2013 um impulso significativo,

revelando-se um instrumento importante na captação e retenção de clientes, ao possibilitar um

acompanhamento ao cliente na sua própria gestão do património. Nesta atividade o Banco

beneficia da experiencia do “Investment Center” do Grupo, que consegue fornecer uma visão

integrada, para as diferentes unidades, com contributos multi-entidades, e permitindo a

disponibilização de uma visão estratégica e ajustada ao risco de cada perfil de investidor.

Ao nível do desenvolvimento de relações com institucionais, no âmbito da custódia de valores,

o desenvolvimento da infraestrutura técnica, efetuado ao longo dos últimos anos (participação

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----43----

Target, membro Interbolsa) possibilitou a internalização da custódia de títulos portugueses

detidos por clientes da Sede do Banco. Aos significativos valores custodiados acresce a

prestação de serviços enquanto agente pagador para títulos nacionais, facto que permitiu

igualmente oferecer, com sucesso, este serviço, a terceiras entidades.

3.2.2. Atividade Financeira e Mercados

A evolução do cenário económico, da política monetária na Zona Euro, e da situação

económica em Portugal condicionaram, de forma significativa, a dimensão financeira da

atividade do Banco.

Gráfico 14Taxas de juro no mercado doméstico

A margem financeira conheceu o impacto do efeito da descida das taxas base ao longo do ano,

e igualmente da descida de taxas da dívida nacional, reflexo da avaliação de risco positiva feita

pelos investidores internacionais quanto à estabilização da Zona Euro, e quanto à evolução da

implementação do Plano de Ajustamento.

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----44----

Ao longo do ano foi sendo efetuado o ajustamento de taxas passivas e ativas do Balanço,

situação que justificou, face a volumes estáveis, a diminuição da margem financeira.

Concretamente, apesar da evolução das taxas passivas, aplicadas à captação de recursos, ter

evoluído em baixa, em consonância com o mercado, as taxas ativas do crédito e,

essencialmente, da carteira de títulos detidos até à maturidade, conheceram variações em

baixa mais significativas, o que influiu na dimensão da margem.

A alocação parcial de limites para aplicações próprias a uma carteira de títulos detidos para

negociação permitiu, ainda assim, gerar algumas mais-valias que compensaram parcialmente o

efeito sentido sobre a margem financeira.

Permaneceu estável a dimensão de negócio com institucionais, desta forma se garantindo,

também resiliência face à volatilidade possível de recursos, por opções de investimento dos

clientes. Recorde-se que a dimensão de recursos à ordem, ou mobilizáveis, no Banco, é

tradicionalmente significativa, enquanto opção estratégica de permitir aos clientes que o

aceitem converter a sua liquidez em aplicações de títulos ou carteiras geridas, base de oferta

comercial.

A área financeira manteve igualmente uma significativa ação na estruturação, montagem e

assistência a empresas do Grupo, colocadoras de dívida, sob a forma de oferta privada, junto

de institucionais e profissionais.

3.2.3. Atividade de Gestão de Ativos e performance de gestão

No decorrer do ano, a gestão de ativos do Banco continuou a implementar um modelo de

investimento que visa, na sua componente essencial, captar as tendências de longo prazo na

evolução dos mercados, e preservar capital.

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----45----

Os montantes sob gestão subiram no ano para EUR 45.528.366 euros, com destaque para o

significativo aumento da procura de mandatos Quadrifólio C, que investe prioritariamente em

ações e ETF dos mercados acionistas, globais e emergentes.

O número de mandatos decresceu ligeiramente no ano, embora o valor médio das carteiras

sob mandato tenha subido. No final do ano, os mandatos de Quadrifólio A comportavam um

número reduzido de clientes (fruto de uma maior confiança na evolução de estratégias menos

conservadoras) e um montante de ativos inferior a 10% dos valores sob mandato de gestão. O

Quadrifólio A em Euros encerrou o ano com uma rentabilidade de +3.95%. O volume de ativos

sob gestão nos Quadrifólio B subiu, e representa 65,7% dos valores sob gestão., e com novos

mandatos de gestão. Os Quadrifólios em Euros e em USD encerraram o ano com

rentabilidades de -1.44% e -1.03%, respetivamente. Este desempenho foi manifestamente

inferior aos índices de referência (Government EUR +2.39%, Corporate EUR +1.95%). No

último trimestre do ano, a equipe de gestão optou por manter o posicionamento neutral das

carteiras face ao benchmark, não procedendo a alterações na duration da carteira.

Fruto da recuperação dos principais índices de ações mundiais e da maior confiança dos

investidores relativamente ao ciclo económico em curso, o número de mandatos Quadrifólio C

aumentou mais de 40%no final do último trimestre e os ativos sob gestão subiram 329%. O

Quadrifólio C em EUR encerrou o ano com uma rentabilidade de +4.59%, comparando

negativamente com o benchmark de gestão. Em igual período o índice de ações mundiais

MSCI World observou uma valorização de 24.1%. Nos mercados desenvolvidos, o índice

Norte-Americano S&P500 observou o melhor desempenho (+29.6%) enquanto o índice de

ações Europeias – DJ Stoxx600 – valorizou-se 17.3%. Os mercados emergentes encerraram o

ano desempenhos negativos - MSCI Emerging markets desvalorizou-se -4.98% em 2013.

O compartimento dos Quadrifólio D, voltou no período a perder mandatos e os montantes sob

gestão caiu para um valor marginal. No final do ano, a performance absoluta da carteira era de

-14.6%, comparando desfavoravelmente com o desempenho do índice DJUBS Commodities

Index que observou em igual período uma perda de -13.4%.

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----46----

Caixa 1 – O processo de Gestão

3.2.4. Atividades Operacionais

No ano de 2013 o Banco prosseguiu a sua política de desenvolvimento, a qual tem expressão

no investimento permanente em novas funcionalidades, na sua organização, e melhoria da sua

capacidade operacional.

Desde Outubro de 2012 que o Banco já participava no sistema de pagamentos Target II e, em

Novembro de 2013 verificou-se a adesão ao sistema de transferências eletrónicas

interbancárias da SEPA – Área Única de Pagamentos em Euro, que foi operacionalizado já nos

primeiros dias de Março de 2014 e que permite aos seus clientes fazer e receber pagamentos

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----47----

em Euro em todos os 28 estados-membros da União Europeia e também na Suíça, Mónaco,

Islândia, Liechtenstein, e Noruega, com os mesmos custos e nos mesmos prazos que os

pagamentos domésticos, a partir da sua conta junto do BPES Sucursal.

A nível interno, o Banco deu início ao processo de revisão de todos os seus manuais de

procedimentos, para incorporar de forma estruturada todas as alterações emanadas da

supervisão prudencial e comportamental, assim como os procedimentos de todas as áreas de

negócio que o seu crescimento foi abarcando desde a sua abertura.

Realce-se ainda o aprofundar de parcerias nos setores da oferta de fundos de investimento

(ESAF, Pictet & Cie, JPMorgan Asset Management, Franklin Templeton), Custódia e Execução

de Ordens (Banco BEST), Cartões de Crédito (Unicre) e Seguros (Tranquilidade), permitindo

alargar a oferta global disponibilizada a clientes, e reforçando o conceito de arquitetura aberta

do banco, na permanente procura das melhores soluções e fornecedores.

Com o objetivo de melhorar a sua comunicação com os seus clientes, o Banco desenvolveu

uma aplicação para iPad, o Portal BPES, criada para servir de canal privilegiado no fluxo de

informação com o cliente. Neste Portal, os clientes do Banco podem definir o seu Perfil de

Investidor, simular diferentes opções de investimento, aceder às suas contas e falar com o seu

Gestor em qualquer lugar, aceder às últimas informações financeiras e ao nosso research.

Por último, no que diz respeito ao risco de continuidade de negócio, o Banco criou as

condições operacionais necessárias a dar continuidade ao seu funcionamento, no caso de

ocorrer qualquer tipo de evento material quer no escritório de Lisboa que no do Porto. Assim,

os colaboradores chave das áreas operacionais e todos os colaboradores da área comercial

podem dar continuidade à atividade do Banco de forma não presencial, dispondo de

equipamentos móveis com acesso remoto aos sistemas e a todos os canais de comunicação.

3.2.5. Gestão de Riscos

A identificação, acompanhamento e controlo dos riscos inerentes à atividade constitui elemento

essencial da atividade. O Banco acompanha com especial cuidado:

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----48----

Risco de crédito: O objetivo é a manutenção dos requisitos de capital e solvabilidade, a

medição da sinistralidade e provisionamento do crédito e análise de concentração de risco.

São acompanhados em permanência as possíveis consequências sobre o valor das

garantias afetas ao crédito concedido, nomeadamente em razão da variação negativa dos

ativos subjacentes.

Risco de mercado, aquele que deriva da flutuação do valor dos ativos transacionáveis em

mercado, no caso do Banco centrado nas carteiras de ativos detidos até à maturidade, e de

títulos a vencimento. O Banco não tem exposição cambial.

Risco de liquidez: Definido como risco atual ou futuro que deriva da incapacidade de solver

as responsabilidades à medida que se vão vencendo sem incorrer em perdas inaceitáveis,

foi opção estratégica a manutenção de elevados níveis de liquidez. O controlo é efetuado

numa base diária, aplicando-se o plano financeiro aprovado anualmente e revisto quando

as condições de mercado o aconselham.

Risco de taxa de juro: Refere-se à exposição da situação financeira a movimentos adversos

nas taxas de juro. Pode ser interpretado de dois modos diferentes mas complementares:

como o efeito sobre a margem financeira, ou como o efeito sobre o valor do capital,

decorrente de movimentos nas taxas de juro que afetam a carteira bancária da Instituição.

A evolução da margem financeira é controlada em base pelo menos trimestral, desta

análise havendo reflexo na política de pricing (crédito e oferta).

Risco operacional: Define-se como a probabilidade de ocorrência de eventos com impactos

negativos nos resultados ou no capital resultantes da inadequação ou deficiência de

procedimentos, sistemas de informação, comportamento das pessoas ou motivados por

acontecimentos externos, incluindo os riscos jurídicos e de reputação. Os eventos que

possam configurar risco operacional são comunicados centralmente e aos Gerentes, e

avaliados em base mensal.

Na avaliação dos riscos da instituição assume papel de primordial importância a função

exercida pelo Risk Manager, o qual semestralmente informa o Conselho de Administração da

sua avaliação quanto à capacidade do Banco neste âmbito. Esta função central é

complementada por intervenção de um responsável pela função de riscos, a nível local, que em

permanência acompanha esta dimensão da atividade.

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----49----

Adicionalmente, o Sistema de Controlo Interno envolve os responsáveis pelo Controlo do

Cumprimento (“Compliance”) e Auditoria, e procura garantir a capacidade de prevenir eventos,

passiveis de colocar em causa o regular decorrer da atividade, e que de forma individual é

anualmente objeto de avaliação interna e externa. Neste âmbito, o Banco conta desde 2011

com a colaboração da Price Waterhouse Coopers, enquanto corresponsável pela Função de

Auditoria.

4. Conclusões e Perspetivas de Evolução

Como se procurou evidenciar neste Relatório da Gerência, a atividade desenvolvida em 2013

consolidou, e evidenciou de forma mais expressiva em resultados, o modelo de negócio e a

estratégia do Banco, na sua ação em Portugal.

O resultado revelou-se significativamente mais elevado, fruto da melhoria do ambiente

económico (que potência a busca de risco de mercado, controlado, por parte dos nossos

clientes), mas também porque o Banco mantém a sua política de investimento em meios

humanos, e em meios técnicos. Evidência deste compromisso com o crescimento, e com o

reforço da sustentabilidade da operação, o crescimento constante do número de colaboradores

(que ultrapassam já as duas dezenas), e o alargamento da oferta a novos segmentos de

negócio e clientes potenciais, de que é exemplo a disponibilização do Portal BPES, ou a

adesão a sistemas de pagamentos e Central de Valores.

O ambiente internacional continua a colocar pressão, regulamentar, sobre as instituições.

A banca Suíça é particularmente visada, nomeadamente pelos EUA, mas igualmente pelos

países da União Europeia, em razão do exercício de atividade bancária transfronteiras. Os

ativos sob gestão consolidados, cresceram crescimento que reflete uma boa performance da

atividade comercial, e igualmente a consolidação em balanço da carteira de clientes América

Latina, adquirida ao Hyposwiss Private Bank, concluída no início de Dezembro.

Para reforçar a sua ação, a garantir a sustentabilidade desta aquisição estratégica, o Banco

abriu uma terceira presença na Suíça, uma Sucursal em Zurique.

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----50----

Refira-se ainda o primeiro ano completo de atividade da filial Luxemburguesa do Banco, ativa

nas atividades de gestão de carteiras e consultoria para investimento, Espírito Santo Wealth

Management (Europe) – a nossa ESW. Esta Sociedade especializada na prestação de serviços

financeiros beneficia de reconhecimento comunitário, isto é, pode desenvolver a sua ação,

dentro do seu objeto social e atividade autorizadas pela entidade de supervisão no

Luxemburgo, em toda a União europeia (ao abrigo da Livre Prestação de Serviços, ou

beneficiando de Direito de Estabelecimento). Por essa razão revela-se um instrumento

estratégico para a prossecução da estratégia comercial do Grupo, e deverá, de forma

crescente, ser um instrumento de gestão de uma relação comercial, multi-entidade, multi-

geografia, com os nossos clientes.

Ao nível da Sucursal em Portugal, permanece a estratégia de crescimento sustentado, visando

alargar a base de clientes, com reforço da oferta e da capacidade de acompanhamento. Tal

implicará a análise de modelos de distribuição mais eficientes, e o desenvolvimento de

sinergias dentro do Grupo, nomeadamente com a Espírito Santo Wealth.

O Banco permanece aberto a explorar novas oportunidades e a aceitar novos desafios através

de uma melhoria contínua da sua qualidade de serviço e de oferta, procurando neste processo

manter o seu compromisso de garantir a solidez da nossa instituição e a salvaguarda dos

interesses dos nossos clientes.

É a estes objetivos: qualidade, inovação, solidez, segurança, que damos o melhor da nossa

dedicação e esforço.

Palavras finais, mas não menos importantes. A Gerência da Sucursal em Portugal manifesta o

seu reconhecimento:

- Aos nossos clientes, a nossa principal razão de ser, a quem agradecemos não apenas o nos

distinguirem com a sua preferência e a sua confiança, a quem procuramos, diariamente,

corresponder com o melhor do nosso esforço, capacidade e conhecimento.

- Ao nosso Comité Executivo, pela sua visão estratégica de iniciar uma atividade em Portugal, e

por saber criar, no dia-a-dia, condições de sustentabilidade para o crescimento da Sucursal em

Portugal, enquanto projeto estratégico para o Banco, agradecemos a sua confiança na nossa

equipa, e o seu reconhecido e visível esforço no crescimento do Banco. Este reconhecimento é

partilhado com os Órgãos Sociais do Banque Privée Espírito Santo.

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----51----

- Às Autoridades de Supervisão, pela sua diligência, profissionalismo, e continuada ação pela

credibilização do país, e do seu setor financeiro, interna e externamente.

- Finalmente, não menos importante, aos nossos colaboradores, em Portugal e na Suíça, que

ao longo destes 5 anos mantêm uma dedicação e esforço assinaláveis, em circunstâncias

particularmente exigentes de contexto, por sentirem o projeto como seu, e por distinguirem com

o seu profissionalismo e saber.

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----53----

II Demonstrações financeiras

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----59----

III Notas Anexas às Demonstrações Financeiras (EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013)

NOTA 1. ATIVIDADE

As origens do Banque Privée Espírito Santo, S.A., razão social adotada a partir de 11 de

Janeiro de 2007, remontam a 11 de Janeiro de 1977, data da criação da Compagnie Financière

Espírito Santo, em Lausana, Suíça. Com a abertura de uma sucursal em Portugal, a 11 de

Janeiro de 2008, o Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em Portugal (o Banco),

constitui a primeira presença física fora da Suíça, atuando enquanto Sucursal de País Terceiro,

e sujeita à supervisão em Base Individual do Banco de Portugal.

NOTA 2. RESUMO DAS PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILISTICAS

2.1 Base de apresentação

De acordo com a legislação em vigor, nomeadamente o exposto no regulamento CE nº

1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho de 2002, na sua

transposição para a legislação portuguesa através do Decreto-Lei nº 35/2005 de 17 de

Fevereiro e do Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal, as Demonstrações Financeiras do

Banque Privée Espírito Santo – Sucursal em Portugal foram preparadas de acordo com as

Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), tal como definidas pelo Banco de Portugal.

As NCA traduzem-se na aplicação às demonstrações financeiras individuais das Normas

Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) tal como adotadas na União Europeia, com exceção

de algumas matérias reguladas pelo Banco de Portugal, como a imparidade do crédito a

clientes.

Os IFRS incluem as normas contabilísticas emitidas pelo International Accounting Standards

Board (IASB) e as interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretation

Commitee (IFRIC), e pelos respetivos órgãos antecessores.

As demonstrações Financeiras do Banque Privée Espírito Santo – Sucursal em Portugal,

reportam-se ao período de doze meses findo em 31 de Dezembro de 2013 e foram preparadas

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----60----

de acordo com as NCA, as quais incluem os IFRS em vigor tal como adotados na União

Europeia até 31 de Dezembro de 2013. As políticas contabilísticas utilizadas pelo Banco na

preparação das suas demonstrações financeiras referentes a 31 de Dezembro de 2013 são

consistentes com as utilizadas na preparação das demonstrações financeiras anuais com

referência a 31 de Dezembro de 2012.

As demonstrações financeiras estão expressas em euros. Estas foram preparadas de acordo

com o princípio do custo histórico, com exceção dos ativos financeiros disponíveis para venda.

A preparação de demonstrações financeiras de acordo com as NCA requer que o Banco efetue

julgamentos e estimativas e utilize pressupostos que afetam a aplicação das políticas

contabilísticas e os montantes de proveitos, custos, ativos e passivos. Alterações em tais

pressupostos ou diferenças destes face à realidade poderão ter impactos sobre as atuais

estimativas e julgamentos. As áreas que envolvem um maior nível de julgamento ou

complexidade, ou onde são utilizados pressupostos e estimativas significativas na preparação

das demonstrações financeiras encontram-se analisadas na Nota 3.

2.2 Principais políticas contabilísticas

As políticas contabilísticas mais relevantes utilizadas na preparação das demonstrações

financeiras, foram as seguintes:

2.2.1 Ativos e passivos financeiros

Os ativos e passivos financeiros são reconhecidos na data de negociação ou contratação,

salvo se decorrer de expressa estipulação contratual ou de regime legal ou regulamentar

aplicável que os direitos e obrigações inerentes aos valores transacionados se transferem em

data diferente, casos em que será esta última a data relevante.

No momento inicial, os ativos e passivos financeiros são reconhecidos pelo justo valor

acrescido de custos de transação diretamente atribuíveis. Entende-se por justo valor o

montante pelo qual um determinado ativo ou passivo pode ser transferido ou liquidado entre

contrapartes de igual forma conhecedoras e interessadas em efetuar essa transação. Na data

de contratação ou de início de uma operação o justo valor é geralmente o valor da transação.

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----61----

O desreconhecimento de ativos financeiros ocorre quando expiram os direitos contratuais de

recuperar os ativos ou quando o Banco transferiu substancialmente todos os riscos e

benefícios associados à sua detenção.

2.2.2 Crédito a Clientes

O Crédito a Clientes inclui os empréstimos originados pelo Banco, cuja intenção não é a de

venda no curto prazo, os quais são registados na data em que o montante do crédito é

adiantado ao cliente. O Crédito a Clientes é reconhecido inicialmente pelo valor nominal não

podendo ser reclassificado para as restantes categorias de ativos financeiros.

Os juros, comissões e outros custos e proveitos associados a operações de crédito são

periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do momento em que são

cobrados ou pagos.

O Crédito a Clientes é sujeito a determinação de provisões para riscos de crédito de acordo

com o definido na nota 2.4.

2.2.3 Reconhecimento de juros

Os Juros e rendimentos similares e Juros e encargos similares reconhecem-se em função do

período de vigência das operações, de acordo com o princípio contabilístico da especialização

de exercícios, sendo registados independentemente do momento em que são cobrados ou

pagos.

Os resultados referentes a juros de instrumentos financeiros mensurados ao custo amortizado

são reconhecidos nas rubricas de juros e proveitos similares ou juros e custos similares,

utilizando o método da taxa efetiva.

A taxa de juro efetiva é a taxa que desconta exatamente os pagamentos ou recebimentos

futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro ou, quando apropriado,

um período mais curto, para o valor líquido atual de balanço do ativo ou passivo financeiro. A

taxa de juro efetiva é estabelecida no reconhecimento inicial dos ativos e passivos financeiros e

não é revista subsequentemente.

Para o cálculo da taxa de juro efetiva são estimados os fluxos de caixa futuros considerando

todos os termos contratuais do instrumento financeiro, não considerando no entanto, eventuais

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----62----

perdas de crédito futuras. O cálculo inclui as comissões que sejam parte integrante da taxa de

juro efetiva, custos de transação e todos os prémios e descontos diretamente relacionados com

a transação.

Os resultados decorrentes de juros de instrumentos financeiros detidos para venda são

reconhecidos nas rubricas de Juros e rendimentos similares ou Juros e encargos similares pelo

princípio da especialização, sendo apurados com base no método pro rata temporis, exceto

quando a diferença entre este método e o da taxa efetiva seja significativo, caso em que este

último é utilizado.

2.2.4 Comissões

As comissões e outros rendimentos e encargos são reconhecidos em geral, de acordo com o

princípio contabilístico da especialização de exercícios. Os rendimentos de serviços são

reconhecidos em resultados do exercício à medida que os serviços são prestados. As

comissões e encargos relacionados com operações de crédito são periodificados de forma

linear durante a vida da operação que lhes deu origem.

2.2.5 Operações em moeda estrangeira

As transações em moeda estrangeira são convertidas à taxa de câmbio em vigor na data de

transação. As diferenças cambiais resultantes desta conversão são reconhecidas em

resultados.

2.3 Instrumentos Financeiros derivados e contabilidade de cobertura

À data de 31 de Dezembro de 2013 o Banco não tinha qualquer exposição a produtos

derivados, para investimento ou cobertura.

2.4 Provisões para riscos de crédito

Os critérios de valorimetria e provisionamento do crédito concedido são definidos pelas regras

do Banco de Portugal – de acordo com o Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal, e outras

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----63----

disposições emitidas pelo mesmo, o Banco deverá constituir, se aplicável, as seguintes

provisões para riscos de crédito:

i) Provisão para crédito e juros vencidos

ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosa

iii) Provisão para riscos gerais de crédito

No exercício o Banco registou provisões para riscos gerais de crédito, e provisões para crédito

e juros vencidos, sendo estas últimas de diminuto valor.

A Provisão para Riscos Gerais de Crédito é calculada por aplicação das seguintes

percentagens genéricas à totalidade do crédito não vencido:

0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações de

locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a

habitação do mutuário;

1,5% no caso de se tratar de crédito ao consumo;

1% no que se refere ao restante crédito concedido, incluindo o representado por

aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga.

De acordo com as NCA, o valor dos créditos deve ser objeto de correção, de acordo com

critérios de rigor e de prudência para que reflita a todo o momento o seu valor realizável. Esta

correção de valor (imparidade) não poderá ser inferior ao que for determinado de acordo com o

Aviso nº 3/95, do Banco de Portugal, o qual estabelece o quadro mínimo de referência para a

constituição de provisões específicas e genéricas.

2.5. Outros Ativos Financeiros

Classificação

O Banco classifica os seus outros ativos no momento da sua aquisição considerando a

intenção que lhes está subjacente. Esta classificação requer um nível de julgamento

significativo. No julgamento efetuado, o Banco avalia a sua intenção e capacidade de deter

estes investimentos até à maturidade. Caso o Banco não detenha estes investimentos até à

maturidade, exceto em circunstâncias específicas – por exemplo, alienar uma parte não

significativa perto da maturidade – é requerida a reclassificação de toda a carteira para ativos

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----64----

financeiros disponíveis para venda, com a sua consequente mensuração ao justo valor e não

ao custo amortizado.

Esta rubrica inclui:

2.5.1. Ativos financeiros disponíveis para venda:

Os ativos financeiros disponíveis para venda são ativos financeiros não derivados que o Banco

tem a intenção de deter por tempo indeterminado. Estes ativos específicos são Obrigações do

Tesouro Português, que o Banco tem obrigação legal de deter em carteira, de modo a cumprir

com as normas estabelecidas pelo Sistema de Indemnização aos Investidores.

Os ativos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, sendo as respetivas

variações reconhecidas em reservas, até que os investimentos sejam desreconhecidos ou seja

identificada uma perda por imparidade, momento em que o valor acumulado dos ganhos e

perdas potenciais registados em reservas é transferido para resultados. As variações cambiais

associadas a estes ativos são reconhecidas também em reservas, no caso de ações e outros

instrumentos de capital, e em resultados, no caso de instrumentos de dívida. Os juros,

calculados à taxa de juro efetiva, são reconhecidos na demonstração dos resultados.

2.5.2. Ativos financeiros detidos para Negociação

Os ativos financeiros detidos para Negociação são registados ao justo valor, sendo as

respetivas variações reconhecidas em resultados. As variações cambiais associadas a estes

ativos são reconhecidas também em resultados. Os juros, calculados à taxa de juro efetiva, são

reconhecidos na demonstração dos resultados.

2.5.3. Investimentos detidos até à maturidade

Estes investimentos são ativos financeiros não derivados com pagamentos fixados ou

determináveis e maturidades definidas, que o Banco tem intenção e capacidade de deter até à

maturidade e que não são designados, no momento do seu reconhecimento inicial, como ao

justo valor através de resultados ou como disponíveis para venda, classificados de acordo com

a IAS 39.

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----65----

Os investimentos detidos até à maturidade são valorizados ao custo amortizado, com base no

método da taxa efetiva e são deduzidos de perdas de imparidade.

2.6. Passivos Financeiros

Um instrumento é classificado como passivo financeiro quando existe uma obrigação contratual

da sua liquidação ser efetuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro ativo financeiro,

independentemente da sua forma legal.

Os passivos financeiros incluem recursos de instituições de crédito e de clientes.

2.7.1 Outros Ativos Tangíveis

Os outros ativos tangíveis do Banco encontram-se valorizados ao custo deduzido das

respetivas amortizações acumuladas e perdas de imparidade. O custo inclui despesas que são

diretamente atribuíveis à aquisição dos bens.

Todas as despesas com manutenção e reparação são reconhecidas como custo, de acordo

com o princípio da especialização por exercícios. Os custos subsequentes com os ativos

tangíveis são reconhecidos apenas se for provável que deles resultem benefícios económicos

futuros para o Banco.

As amortizações de outros ativos tangíveis são calculadas segundo o método das quotas

constantes, às seguintes taxas de amortização que refletem a vida útil esperada dos bens:

Quando exista indicação de que um ativo possa estar em imparidade, o IAS 36 exige que o seu

valor recuperável seja estimado, devendo ser reconhecida uma perda por imparidade sempre

que o valor líquido de um ativo exceda o seu valor recuperável. As perdas por imparidade são

reconhecidas na demonstração de resultados.

Númerode Anos

Beneficiações em edifícios arrendados 10Equipamento Informático 3Mobiliário e material 8

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----66----

O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o seu preço de venda líquido e o

seu valor de uso, sendo este calculado com base no valor atual dos fluxos de caixa estimados

futuros que se esperam vir a obter do uso continuado do ativo e da sua alienação no fim da sua

vida útil.

2.7.2 Ativos Intangíveis

Os custos incorridos com a aquisição e desenvolvimento de software, são considerados Ativos

Intangíveis. Estes custos são amortizados de forma linear ao longo da vida útil esperada destes

ativos a qual normalmente se situa nos 3 anos.

2.8 Benefícios aos Empregados

Pensões: Face às responsabilidades assumidas pelo Banco no âmbito do Acordo de Empresa

com o Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários, o Banco efetuou em 2008, a

adesão ao Fundo de Pensões Aberto “Espírito Santo Fundo de Pensões GES”, que se destina

a cobrir responsabilidades com pensões de reforma por velhice, invalidez e sobrevivência

relativamente aos colaboradores. Estão abrangidos por este Fundo, gerido pela ESAF –

Espírito Santo Fundos de Pensões, S.A., os colaboradores com antiguidade bancária anterior a

03 de Março de 2009. Na sequência da integração dos empregados bancários na segurança

social, após 01 de Janeiro de 2011, as responsabilidades decorrentes do tempo de serviço

prestado após essa data são responsabilidade, pro rata temporis, do sistema público de

segurança social.

Os colaboradores sem antiguidade bancária anterior a 03 de Março de 2009 são, nos termos

do DL 54/2009 de 03 de Março, beneficiários do regime geral da segurança social. O Banco

constituiu para estes colaboradores, no âmbito do Acordo de Empresa, um Fundo

Complementar de Reforma, individual.

2.9 Reconhecimento de Rendimentos de Serviços e Comissões

Os rendimentos de serviços e comissões obtidos à medida que os serviços são prestados são

reconhecidos em resultados no período a que se referem.

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----67----

2.10. Impostos sobre Lucros

Os impostos sobre lucros compreendem os impostos correntes e os impostos diferidos. Os

impostos sobre lucros são reconhecidos em resultados, exceto quando estão relacionados com

itens que são reconhecidos diretamente nos capitais próprios, caso em que são também

registados por contrapartida dos capitais próprios. Os impostos reconhecidos nos capitais

próprios decorrentes da reavaliação de ativos financeiros disponíveis para venda são

posteriormente reconhecidos em resultados no momento em que forem reconhecidos em

resultados os ganhos e perdas que lhes deram origem.

Os impostos correntes são os que se esperam que sejam pagos com base no resultado

tributável apurado de acordo com as regras fiscais em vigor e utilizando a taxa de imposto

aprovada ou substancialmente aprovada em cada jurisdição.

Os impostos diferidos são calculados, de acordo com o método do passivo com base no

balanço, sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos ativos e passivos

e a sua base fiscal, utilizando as taxas de imposto aprovadas ou substancialmente aprovadas à

data de balanço em cada jurisdição e que se espera virem a ser aplicadas quando as

diferenças temporárias se reverterem.

Os impostos diferidos passivos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias

tributáveis, das diferenças resultantes do reconhecimento inicial de ativos e passivos que não

afetem quer o lucro contabilístico quer o fiscal, na medida em que não seja provável que se

revertam no futuro. Os impostos diferidos ativos são reconhecidos apenas na medida em que

seja expectável que existam lucros tributáveis, no futuro, capazes de absorver as diferenças

temporárias dedutíveis.

Os prejuízos fiscais apurados num exercido são dedutíveis aos lucros fiscais dos quatro anos

seguintes.

2.11. Provisões

São reconhecidas provisões quando (i) o Banco tem uma obrigação presente, legal ou

construtiva, (ii) seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e (iii) quando possa ser

feita uma estimativa fiável do valor dessa obrigação.

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----68----

Uma provisão para contratos onerosos é reconhecida quando os benefícios esperados de um

contrato formalizado sejam inferiores aos custos que inevitavelmente o Banco terá de incorrer

de forma a cumprir as obrigações dele decorrentes. Esta provisão é mensurada com base no

valor atual do menor de entre os custos de terminar o contrato ou os custos líquidos estimados

resultantes da sua continuação.

A provisão para riscos gerais de crédito expressa nas Demonstrações Financeiras da Sucursal,

cujo valor satisfaz as orientações do Banco de Portugal, as quais veem expressas no Aviso

3/95, já referido anteriormente, é de natureza geral e destina-se a fazer face a riscos de crédito

não identificados especificamente.

Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões para riscos e encargos - outras

provisões", e corresponde a 1% do total do crédito não vencido concedido pela Sucursal,

incluindo o representado por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga.

2.12 Caixa e Equivalentes

A caixa e seus equivalentes englobam os valores registados no balanço com maturidade

inferior a 3 meses a contar da data de aquisição/contratação, onde se incluem a caixa e as

disponibilidades em outras instituições de crédito.

A Caixa e equivalentes incluem os depósitos de natureza obrigatória realizados junto de

Bancos Centrais.

2.13 Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis

As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em

contas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros

proveitos registados em contas de resultados ao longo da vida das operações.

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----69----

NOTA 3. PRINCIPAIS ESTIMATIVAS E JULGAMENTOS NA ELABORAÇÃO DAS

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

As NCA estabelecem uma série de tratamentos contabilísticos e requerem que a Gerência

efetue julgamentos e faça estimativas necessárias de forma a decidir qual o tratamento

contabilístico mais adequado. As principais estimativas contabilísticas e julgamentos utilizados

na aplicação dos princípios contabilísticos pelo Banco são discutidas nesta nota com o objetivo

de melhorar o entendimento de como a sua aplicação afeta os resultados reportados do Banco

e a sua divulgação. Uma descrição alargada das principais políticas contabilísticas utilizadas

pelo Banco è apresentada na Nota 2 às demonstrações financeiras.

Considerando que em muitas situações existem alternativas ao tratamento contabilístico

adotado pela Gerência, os resultados reportados pelo Banco poderiam ser diferentes caso um

tratamento diferente fosse escolhido. A Gerência considera que as escolhas efetuadas são

apropriadas e que as demonstrações financeiras apresentam de forma adequada a posição

financeira do Banco e o resultado das suas operações em todos os aspetos materialmente

relevantes.

3.1. Perdas para Imparidade no Crédito Sobre Clientes

O Banco efetua uma revisão periódica da sua carteira de crédito de forma a avaliar a existência

de imparidade, passível de provisionamento conforme referido na Nota 2.4, e tendo como

referência os níveis mínimos exigidos pelo Banco de Portugal através do Aviso nº 3/95. De

acordo com as NCA, o valor dos créditos deve ser objeto de correção, de acordo com critérios

de rigor e prudência para que reflita a todo o tempo o seu valor realizável. Esta correção de

valor (imparidade) não poderá ser inferior ao que for determinado de acordo com o Aviso nº

3/95 do Banco de Portugal, o qual estabelece o quadro mínimo de referência para a

constituição de provisões específicas e genéricas.

O processo de avaliação da carteira de crédito de forma a determinar se uma perda por

imparidade deve ser reconhecida é sujeito a diversas estimativas e julgamentos. Este processo

inclui fatores como a frequência de incumprimento, notações de risco (se existentes), taxas de

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----70----

recuperação das perdas e as estimativas, quer dos fluxos de caixa futuros, quer do momento

do seu recebimento.

Imparidade

O Banco avalia regularmente se existe evidência objetiva de imparidade na sua carteira de

crédito. As perdas por imparidade identificadas são registadas por contrapartida de resultados,

sendo subsequentemente revertidos por resultados caso, num período posterior, o montante da

perda estimada diminua.

Um crédito concedido a clientes, ou uma carteira de crédito concedido, definida como um

conjunto de créditos com características de risco semelhantes, encontra-se em imparidade

quando:

(i) exista evidência objetiva de imparidade resultante de um ou mais eventos que ocorreram

após o seu reconhecimento inicial e (ii) quando esse evento (ou eventos) tenha um impacto no

valor recuperável dos fluxos de caixa futuros desse crédito, ou carteira de créditos, o qual

possa ser estimado com razoabilidade.

Inicialmente, o Banco avalia se existe individualmente para cada crédito evidência objetiva de

imparidade. Para esta avaliação e na identificação dos créditos com imparidade numa base

individual, o Banco utiliza a informação que alimenta os modelos de risco de crédito

implementados e considera de entre outros os seguintes fatores:

i) a exposição global ao cliente e a existência de créditos em situação de

incumprimento;

ii) a viabilidade económico-financeira do negócio do cliente e a sua capacidade de

gerar meios capazes de responder aos serviços da dívida no futuro;

iii) a existência de credores privilegiados;

iv) a existência, natureza e o valor estimado dos colaterais;

v) o endividamento do cliente com o setor financeiro;

vi) o montante e os prazos de recuperação estimados.

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----71----

Caso seja identificada uma perda de imparidade numa base individual, o montante da perda a

reconhecer corresponde à diferença entre o valor contabilístico do crédito e o valor atual dos

fluxos de caixa futuros estimados (considerando o período de recuperação) descontados à taxa

de juro efetiva original do contrato. O crédito concedido é apresentado no balanço líquido da

imparidade. Para um crédito com uma taxa de juro variável, a taxa de desconto a utilizar para a

determinação da respetiva perda de imparidade é a taxa de juro efetiva atual, determinada com

base nas regras de cada contrato.

Se para determinado crédito não exista evidência objetiva de imparidade numa ótica individual,

esse crédito é incluído num grupo de créditos com características de risco de crédito

semelhantes (carteira de crédito), o qual é avaliado coletivamente – análise da imparidade

numa base coletiva. Os créditos que são avaliados individualmente e para os quais é

identificada uma perda por imparidade não são incluídos na avaliação coletiva.

No âmbito da análise da imparidade numa base coletiva, os créditos são agrupados com base

em características semelhantes de risco de crédito, em função da avaliação de risco definida

pelo Banco. Os fluxos de caixa futuros para uma carteira de créditos, cuja imparidade é

avaliada coletivamente, são estimados com base nos fluxos de caixa contratuais e na

experiência histórica de perdas. A metodologia e os pressupostos utilizados para estimar os

fluxos de caixa futuros são revistos regularmente pelo Banco de forma a monitorizar as

diferenças entre as estimativas de perdas e as perdas reais.

O cálculo do valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados de um crédito garantido

reflete os fluxos de caixa que possam resultar da recuperação e venda do colateral, deduzido

dos custos inerentes com a sua recuperação e venda.

A utilização de metodologias alternativas e de diferentes pressupostos e estimativas poderiam

resultar em níveis diferentes das perdas por imparidade reconhecidas com o consequente

impacto nos resultados do Banco

3.2. Perdas por Imparidade em Ativos Financeiros

Em conformidade com as NCA, o Banco avalia regularmente se existe evidência objetiva de

que um ativo financeiro, ou grupo de ativos financeiros, apresenta sinais de imparidade.

Para os ativos financeiros que apresentam sinais de imparidade, é determinado o respetivo

valor recuperável, sendo as perdas por imparidade registadas por contrapartida de resultados.

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----72----

Um ativo financeiro, ou um grupo de ativos financeiros, encontra-se em imparidade sempre que

exista evidência objetiva de imparidade resultante de um ou mais eventos que ocorreram após

o seu reconhecimento inicial, tais como: (i) para os títulos cotados, uma desvalorização

continuada ou de valor significativo na sua cotação, e (ii) para títulos não cotados, quando esse

evento (ou eventos) tenha um impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do ativo

financeiro, ou grupo de ativos financeiros, que possa ser estimado com razoabilidade.

No que se refere aos investimentos detidos até à maturidade, as perdas por imparidade

correspondem à diferença entre o valor contabilístico do ativo e o valor atual dos fluxos de

caixa futuros estimados (considerando o período de recuperação) descontados à taxa de juro

efetiva original do ativo financeiro. Estes ativos são apresentados nos balanços líquidos de

imparidade. Caso estejamos perante um ativo com uma taxa de juro variável, a taxa de

desconto a utilizar para a determinação da respetiva perda de imparidade é a taxa de juro

efetiva atual, determinada com base nas regras de cada contrato.

Se num período subsequente o montante da perda de imparidade diminui, e essa diminuição

pode ser objetivamente relacionada com um evento que ocorreu após a imparidade ter sido

reconhecida, esta é revertida por contrapartida de resultados do exercício.

Quando existe evidência de imparidade nos ativos financeiros disponíveis para venda, a perda

potencial acumulada em reservas, correspondente à diferença entre o custo de aquisição e o

justo valor atual, deduzida de qualquer perda de imparidade no ativo anteriormente

reconhecida em resultados, é transferida para resultados. Se num período subsequente o

montante da perda de imparidade diminui, a perda de imparidade anteriormente reconhecida é

revertida por contrapartida de resultados do exercício até à reposição do custo de aquisição se

o aumento for objetivamente relacionado com um evento ocorrido após o reconhecimento da

perda de imparidade, exceto no que se refere a ações ou outros instrumentos de capital, em

que as mais-valias subsequentes são reconhecidas em reservas.

3.3. Impostos sobre Lucros

O Banco está sujeito ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento

das Pessoas Coletivas (Código do IRC). A determinação do montante global de impostos sobre

os lucros requer determinadas interpretações e estimativas. Existem diversas transações e

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----73----

cálculos para os quais a determinação do valor final de imposto a pagar é incerto durante o

ciclo normal de negócios.

As Autoridades Fiscais têm a atribuição de rever o cálculo da matéria coletável efetuado pelo

Banco, durante um período de quatro ou seis anos, no caso de haver prejuízos fiscais

reportáveis. Desta forma, é possível que haja correções à matéria coletável, resultantes

principalmente de diferenças na interpretação da legislação fiscal. No entanto, é convicção da

Gerência do Banco de que não haverá correções significativas aos impostos sobre lucros

registados nas demonstrações financeiras.

Os impostos sobre lucros compreendem os impostos correntes e os impostos diferidos. Os

impostos sobre lucros são reconhecidos em resultados, exceto quando estão relacionados com

itens que são reconhecidos diretamente nos capitais próprios, caso em que são também

registados por contrapartida dos capitais próprios. Os impostos reconhecidos nos capitais

próprios decorrentes da reavaliação de ativos financeiros disponíveis para venda são

posteriormente reconhecidos em resultados no momento em que forem reconhecidos em

resultados os ganhos e perdas que lhes deram origem.

Os impostos correntes são os que se esperam que sejam pagos com base no resultado

tributável apurado de acordo com as regras fiscais em vigor e utilizando a taxa de imposto

aprovada ou substancialmente aprovada em cada jurisdição.

Os impostos diferidos são calculados, de acordo com o método do passivo com base no

balanço, sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos ativos e passivos

e a sua base fiscal, utilizando as taxas de imposto aprovadas ou substancialmente aprovadas à

data de balanço em cada jurisdição e que se espera virem a ser aplicadas quando as

diferenças temporárias se reverterem.

Os impostos diferidos passivos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias

tributáveis, das diferenças resultantes do reconhecimento inicial de ativos e passivos que não

afetem quer o lucro contabilístico quer o fiscal, na medida em que não seja provável que se

revertam no futuro. Os impostos diferidos ativos são reconhecidos apenas na medida em que

seja expectável que existam lucros tributáveis, no futuro, capazes de absorver as diferenças

temporárias dedutíveis.

Os impostos diferidos ativos e passivos são registados quando existe uma diferença temporária

entre o valor de um ativo ou passivo e a sua base de tributação. O seu valor corresponde ao

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----74----

valor do imposto a recuperar ou pagar em períodos futuros. Os impostos diferidos ativos e

passivos foram calculados com base nas taxas fiscais em vigor para o período em que se

prevê que seja realizado o respetivo ativo ou passivo.

3.4 Pensões e Outros Benefícios a Empregados

Face às responsabilidades assumidas pelo Banco no âmbito do Acordo de Empresa com o

Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários, o Banco solicitou, durante o ano de

2008, a adesão ao Fundo de Pensões Aberto “Espírito Santo Fundo de Pensões GES”, que se

destina a cobrir as responsabilidades com pensões de reforma por velhice, invalidez e

sobrevivência relativamente à totalidade do seu pessoal. A determinação das

responsabilidades por pensões de reforma requer a utilização de pressupostos e estimativas,

incluindo a utilização de projeções atuariais, rentabilidade estimada dos investimentos e outros

fatores que podem ter impacto nos custos e nas responsabilidades do plano de pensões.

3.5 Reporte por Segmentos

Considerando que o Banco não detém títulos de capital próprio ou de dívida que sejam

negociados publicamente, no âmbito do parágrafo 2 do IFRS 8 – Segmentos Operacionais, o

Banco não apresenta informação relativa aos segmentos.

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----75----

NOTA 4. MARGEM FINANCEIRA

O valor, em euros, desta rubrica, é composto por:

Na margem financeira incluem-se os Juros de Ativos Financeiros Disponíveis para Venda, os

Juros de Investimentos Detidos até à Maturidade, assim como os Juros de Instrumentos

Financeiros Detidos para Negociação . (ver notas 6. e 8.)

31.12.2013 31.12.2012

Juros de Crédito 943'926 1'224'932Juros de Activos Financeiros Disponíveis para Venda (21'611) 4'954Juros de Activos Financeiros Detidos para Negociacao 64'707 -Juros de Investimentos Detidos até à Maturidade 435'019 429'655Juros de Disponibilidades e Aplicações em Instituições de Crédito 267'590 429'654Outros Juros e Proveitos Similares 5'978 -

1'695'609 2'089'195

Juros de Recursos de Clientes 667'409 779'159Juros de Responsabilidades Representadas por Títulos - -Juros de Recursos de Bancos Centrais e Instituições de Crédito 351'663 593'938Outros Juros e Custos Similares - -

1'019'072 1'373'097

TOTAL 676'537 716'098

Juros e Proveitos Similares

Juros e Custos Similares

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----76----

NOTA 5. RESULTADOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES

O valor, em euros, desta rubrica, é composto por:

NOTA 6. RESULTADOS DE ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

31.12.2013 31.12.2012

Por Serviços Bancários Prestados 18'998 33'362Por Garantias Prestadas 29'546 38'725Por Operações Realizadas com Títulos 883'549 535'712Administração de Valores 191'246 453'068Outros Rendimentos de Serviços e Comissões 2'071'844 975'662

3'195'182 2'036'528

Por Serviços Bancários Prestados por Terceiros 2'688 6'079Por Operações Realizadas com Títulos 3'519 2'004Outros Encargos com Serviços e Comissões 19'389 26'848Pagamentos a Promotores 6'003 -

31'598 34'931

TOTAL 3'163'584 2'001'597

Rendimentos de Serviços e Comissões

Encargos com Serviços e Comissões

Proveitos Custos Total Proveitos Custos Total

Activos financeiros disponíveis para vendaTítulos

Obrigações 40'456 - 40'456 7'314 - 7'314

Total 40'456 - 40'456 7'314 - 7'314

31-Dez-13 31-Dez-12

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----77----

NOTA 7. RESULTADOS CAMBIAIS:

O valor, em euros, desta rubrica, é composto por:

O valor desta rubrica inclui os resultados decorrentes das transações cambiais efetuadas

durante o ano de 2013 em moeda estrangeira e a sua consequente conversão para euros. (ver

nota 2.2)

NOTA 8. RESULTADOS DE ACTIVOS E PASSIVOS AVALIADOS AO JUSTO VALOR

ATRAVÉS DE RESULTADOS (LÍQUIDO)

NOTA 9. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL

O Banco não tinha exposição cambial à data de 31 de Dezembro de 2013.

31.12.2013 31.12.2012

Proveitos Decorrentes de Operações Cambiais Proveitos Cambiais – Operações Cambiais 41'061 73'090

41'061 73'090

Custos Decorrentes de Operações Cambiais Custos Cambiais – Operações Cambiais 3'003 2'179

3'003 2'179

TOTAL 38'058 70'911

Proveitos Custos Total Proveitos Custos Total

Activos financeiros detidos para negociacao Títulos

Obrigações 39'100 1'100 38'000 - - -

Total 39'100 - 38'000 - - -

31-Dez-13 31-Dez-12

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----78----

NOTA 10. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO

Em 31 de Dezembro não existiam valores nesta rubrica.

NOTA 11. CUSTOS COM O PESSOAL

O valor, em euros, dos custos com o pessoal, é composto por:

Em 31 de Dezembro de 2013, o número de colaboradores do Banco era de 19 (2012: 17).

Por categoria profissional, o número de colaboradores do Banco apresenta a seguinte

distribuição:

Em 31 de Dezembro de 2013 os custos salariais das Funções de Gerência eram os seguintes

31.12.2013 31.12.2012

Vencimentos e Salários 520'421 489'296Vencimentos e Salários - Cedências de Pessoal 543'400 499'312Benefícios de Saúde – SAMS 26'082 25'219Outros Encargos Sociais Obrigatórios 112'624 112'139Custos com Pensões de Reforma 2'388 17'961Remuneracoes Variaveis 240'000 -Formação de Pessoal 14'145 4'512Outros Custos 17'399 2'779Promotores 18'850 -

TOTAL 1'495'308 1'151'218

31.12.2013 31.12.2012Funções Directivas 3 3Funções Técnicas e de Enquadramento 16 14

TOTAL 19 17

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----79----

De acordo com a Política de Remunerações dos Dirigentes, a remuneração variável dos

Gerentes é paga em 4 anos. Em 2013 são foram pagos valores parcelares, correspondentes à

remuneração variável de 2010,2011 e 2012.

No que concerne aos valores suportados, enquanto custos salariais com os colaboradores

afetos a funções de controlo, estes atingiram no exercício EUR 99.583. Neste valor não se

inclui os valores pagos ao Revisor Oficial de Contas, nem os suportados em razão da ação da

Pricewaterhouse Coopers, enquanto Auditoria no âmbito do Sistema de Controlo Interno (ver

nota 13).

NOTA 12. BENEFÍCIOS A EMPREGADOS

As responsabilidades com benefícios dos empregados são reconhecidas de acordo com os

princípios estabelecidos pela Norma IAS 19 – “Benefícios dos Trabalhadores”, com as

adaptações previstas nos Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 e nº 12/2005.

Em 31 de Dezembro de 2013, os pressupostos demográficos e financeiros considerados na

determinação das responsabilidades com encargos relativos ao fundo de pensões foram os

seguintes:

31.12.2013 31.12.2012Funções Directivas

José Pedro CastanheiraRemunerações Fixas 106'821 99'061Remunerações Variáveis 70'230 60'230

Bernardo Holstein GuedesRemunerações Fixas 84'772 78'654Remunerações Variáveis 49'813 35'813

TOTAL 311'636 273'758

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----80----

No exercício de 2013 a contribuição efetuada pelo Banco para o fundo de pensões gerido pela

ESAF (Adesão nº 23) foi de 150.000 Euros, em razão da contratação de um novo colaborador,

com tempo de serviço passado correspondente a 16,5 anos.

NOTA 13. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS

O valor, em euros, desta rubrica é composto por:

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----81----

O Banco possui em Portugal dois Escritórios de Representação, em Lisboa e no Porto. Estes

Escritório partilham instalações físicas com a Sucursal. Adicionalmente, três colaboradores da

Sucursal desenvolvem, a tempo parcial, atividades de representação da Sede, disponibilizando

ainda este apoio administrativo, quando necessário. Em razão desta atividade e recursos

disponibilizados pela Sucursal à mesma, a Sede reembolsa, numa base mensal, a Sucursal

dos custos associados. No ano de 2013 este reembolso cifrou-se em EUR 20.000.

Os honorários faturados durante o exercício de 2013 pelo Revisor Oficial de Contas, no âmbito

dos serviços de revisão legal de contas, perfizeram o montante de EUR 16.633.

NOTA 14. IMPOSTOS

O Banco está sujeito à tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas

Coletivas. No exercício, o valor em Euros de imposto foi o seguinte:

31-Dez-12 31-Dez-12

243'676 201'357698 1'319

91'381 60'381

15'873 4'77972'452 50'4708'166 6'0909'109 7'360

110'339 97'37317'465 14'559

313'135 252'516Promoção e Publicidade 12'311 14'519

4'761 1'898

TOTAL 899'366 712'622

Seguros TransportesMaterial de Consumo Corrente Serviços Especializados

Outros Gastos Gerais Administrativos

Àgua,Energia e Combustíveis

Rendas e AlugueresPublicidade e PublicaçõesComunicações e Expedição

Conservação e ReparaçãoDeslocações e Representação

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----82----

O pagamento dos impostos correntes relativo a tributações autónomas é efetuado com base

em declarações de autoliquidação que ficam sujeitas a inspeção e eventual ajustamento pelas

autoridades fiscais durante um período de quatro anos, podendo resultar, devido a diferentes

interpretações da legislação fiscal, eventuais liquidações adicionais.

Na opinião da Gerência da Sucursal, não é previsível que venha a ser efetuada qualquer

liquidação adicional de imposto.

Apuramento do Imposto sobre os Lucros31-Dez-13 31-Dez-12

Resultados Após de Impostos 1'132'534 935'983Variacoes Patrimoniais Negativas (233'775)Provisões não aceites fiscalmente-RGC 60'000 3'000Redução de Provisões Tributadas-RGC - (32'400)Provisões não aceites fiscalmente -F.Pensões 84'638 -Provisões não aceites fiscalmente -Aluguer de Viaturas 2'093Provisao de Impostos a Acrescer -IRC e Derrama 309'338Pr Impostos a Acrescer -Modelo 26 - C..E.S.Bancário 25'507Multas e Penalidades 5'791Outros Acrescimos nao Aceites como Custo 14'630A Decrescer - Beneficios Fiscais (300)

1'400'456 906'583

Lucro Tributável 1'400'456 906'583

Utilização de Prejuízos Fiscais relativamente aos quais não havia sido reconhecido imposto diferido activo - (227'854)

Rendimento Tributável 1'400'456 678'729

Apuramento Imposto sobre rendimento 26,5% 371'121 158'294

Despesas Tributadas Autonomamente 21'104 18'501Modelo 26 - Cont.Especial Sector Bancário 25'507 7'960

Dèfice na estimativa de Impostos a Pagar -Ano 2013 (82'887)

TOTAL 334'845 184'756

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----83----

NOTA 15. RESULTADOS DO EXERCÍCIO

O resultado bruto do exercício do BPES, Sucursal em Portugal, foi um lucro de EUR 1.467.379

(em 2012, EUR 935.983). O resultado após impostos foi de EUR 1.132.534 (em 2012: EUR

751.227).

NOTA 16. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS

Esta rubrica, em euros, a 31 de Dezembro de 2013 é justificada da seguinte forma:

NOTA 17. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

A desagregação dos Saldos, em euros, afetos a esta rubrica era à data de 31 de Dezembro a

seguinte:

31-Dez-13 31-Dez-12

Disponibilidades em Bancos Centrais 1'382'012 663'052

TOTAL 1'382'012 663'052

31-Dez-13 31-Dez-12

Depósitos à Ordem 1'058'103 4'012'083

Depósitos à Ordem 3'390'104 2'054'814

TOTAL 4'448'207 6'066'897

Disponibilidades em Outras Instituições de Crédito no País

Disponibilidades em Outras Instituições de Crédito no Estrangeiro

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----84----

NOTA 18. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

O valor, em euros, desta rubrica, é composto por:

A 31 de Dezembro de 2013, e de 2012, o escalonamento dos ativos financeiros detidos para

venda é (valor em euros):

NOTA 19. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica, em euros, a 31 de Dezembro de 2013 é analisada da seguinte maneira:

As aplicações do BPES a 31 de Dezembro de 2013 estavam todas sediadas em Bancos no

país, vencendo juros à taxa média anual de 1.24% (em 2012: 1.34%).

31-Dez-13 31-Dez-12

Activos financeiros disponíveis para venda Obrigações do Tesouro 121'219 114'175

TOTAL 121'219 114'175

31-Dez-13 31-Dez-12

Até 3 meses - -De 3 meses a um ano - -De um a cinco anos - 114'175Mais de cinco anos 121'219 -Duração indeterminada - -

TOTAL 121'219 114'175

31-Dez-13 31-Dez-12

Aplicações em Outras Instituições de Crédito no PaísDepósitos 18'388'477 21'573'542

Aplicações em Outras Instituições de Crédito no Estrangeiro

Depósitos na Sede - -

TOTAL 18'388'477 21'573'542

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----85----

NOTA 20. CRÉDITO A CLIENTES

Esta Rubrica, em euros, a 31 de Dezembro de 2013 é analisada da seguinte maneira:

A. Crédito por natureza:

Os movimentos ocorridos nas provisões para imparidade de crédito são apresentadas como se

segue:

31-Dez-13 31-Dez-12Crédito Interno

Empréstimos 12'010'000 11'642'000Descobertos 152'219 57'905Créditos em conta corrente 6'180'262 6'661'300

Empréstimos 3'900'000 3'766'000Descobertos 77'038 75'317Créditos em conta corrente 4'830'153 3'982'041

Crédito Externo

Empréstimos 2'625'000 2'625'000Descobertos - -Créditos em conta corrente - -

Empréstimos - -Descobertos - -Créditos em conta corrente - -

Provisoes p/ Imparidade do Crèdito (6'000) -

TOTAL 29'768'671 28'809'562

A Empresas

A Particulares

A Empresas

A Particulares

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----86----

B. Crédito por prazo de vencimento:

NOTA 21. INVESTIMENTOS DETIDOS ATÉ MATURIDADE

O valor, em euros, desta rubrica é composto por:

31-Dez-13 31-Dez-12

Saldo Inicial - -

Dotacoes 6'000 -Utilizacoes - -

Saldo Final 6'000 -

31-Dez-13 31-Dez-12

Até 3 meses 7'386'157 6'710'221De 3 meses a um ano 7'807'515 8'372'341De um a cinco anos 13'775'000 12'827'000Mais de cinco anos 800'000 900'000Duração indeterminada - -

TOTAL 29'768'671 28'809'562

31-Dez-13 31-Dez-12Investimentos Detidos até à Maturidade

Instrumentos de Dívida PublicaObrigações do Tesouro 0% 18/10/2013 PTOTEKOE0003 4'948'702 -Obrigações do Tesouro 4.375% 16/06/2014 PTOTE1OE0019 988'472 963'277Obrigações do Tesouro 3.6% 15/10/2014 PTOTEOOE0017 974'446 942'060

Instrumentos de Dívida PrivadaCGD 4.625 13/05/2013 PTCG16OM0004 - 1'473'645REN 7.875% 10/12/2013 PTRELAOM0000 - 1'519'829BES Finance 3% 19/05/2013 XS0505141290 - 483'500BANCO ESPIRITO SANTO 5.875% 9/11/2012 PTBESWOM0013 1'017'537 -EDP Finance 3.75% 22/06/2015 XS0221295628 490'751 484'476NOKIA 5.5% 04/02/2014 XS0411735300 499'997 499'963

TOTAL 8'919'905 6'366'749

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----87----

Por prazos de vencimento, esta rubrica desagregava-se da seguinte forma:

NOTA 22. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS

Esta Rubrica, em euros, a 31 de Dezembro de 2013 é analisada da seguinte maneira:

NOTA 23. ACTIVOS INTANGÍVEIS

Esta Rubrica, em euros, a 31 de Dezembro de 2013 é analisada da seguinte maneira:

31-Dez-12 31-Dez-12

Até 3 meses 499'997 -De 3 meses a um ano 6'911'620 3'476'974De um a cinco anos 1'508'288 2'889'775Mais de cinco anos -Duração indeterminada - -

TOTAL 8'919'905 6'366'749

Activos Intangíveis - IT TOTAL

Custo de Aquisição 96'693 96'693Amortizações Acumuladas (8'790) (8'790)

Valor Líquido 87'904 87'904

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----88----

NOTA 24. OUTROS ACTIVOS

O valor, em euros, desta rubrica é composto por:

NOTA 25. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

O valor em euros desta rubrica a 31 de Dezembro era de:

NOTA 26. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS

O valor em euros, da rubrica Recursos de clientes e outros empréstimos é composto, quanto à

sua natureza, como segue:

31-Dez-13 31-Dez-12

Proveitos a Receber Aplicações a Prazo 65'826 73'171Proveitos a Receber Crédito Concedido 170'682 88'103Proveitos a Receber Activos Disp. p/ Venda 3'253 3'253Proveitos a Receber Activos Det.Maturidade 74'423 116'310Proveitos a Receber Activos -Trading 32'216 -Iva a Recuperar 2'531 2'790Fundo de Pensoes Activos 680'185 -Despesas com Custo Diferido 294'827 199'450

TOTAL 1'323'944 483'077

31-Dez-13 31-Dez-12

Recursos de Outras IC'S 15'657'349 17'446'934

TOTAL 15'657'349 17'446'934

31-Dez-13 31-Dez-12

Depósitos à Ordem 8'160'186 8'011'034

Depósitos a Prazo 19'057'000 17'459'515

TOTAL 27'217'186 25'470'549

Depósitos à Vista

Depósitos a Prazo

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----89----

NOTA 27 PROVISÕES

Em 31 de Dezembro de 2013, o valor em euros da rubrica Provisões apresenta os seguintes

movimentos:

NOTA 28. OUTROS PASSIVOS

O valor, em euros, desta rubrica é composto por:

Provisões Riscos Gerais

de Crédito

Provisões para Imparidade de

Creditos

Outras Provisões TOTAL

268'120 - - 268'120

Dotações 54'000 6'000 - 60'000( Reversões ) - - - -

322'120 6'000 - 328'120Saldo a 31 de Dezembro de 2013

Saldo a 1 de Janeiro de 2013

31-Dez-13 31-Dez-12

Credores e Outros Recursos Subsídio de Férias e Natal a Pagar 36'496 32'366 Provisoes para Premios 229'811 - Contribuições para Segurança Social 20'804 19'196 Encargos a Pagar -SAMS, Sindicato 7'878 7'269

Sub Total 294'990 58'831

Sector Público Administrativo Iva A Pagar 60'806 56'796 Retenção sobre Rendimentos Trabalho Dependente - 37'952 Retenção sobre Rendimentos Trabalho Independente - - Retenção sobre Rendimentos Prediais - 3'852 Retenção sobre Rendimentos Capitais (22'302) 89'568 Imposto do Selo - Crédito Concedido 480 5'910 Imposto do Selo - Juros e Comissões 430 23'040 Imposto do Selo - Garantias Emitidas - 1'208 Imposto do Selo - Outros (22) 430

Sub Total 39'393 218'754

Custos a Pagar Juros a Pagar a IC's 74'688 89'818 Juros a Pagar a Clientes 143'710 208'687 Outros Custos a Pagar 1'209'877 717'623 Responsabilidades c/ Fundo de Pensoes 710'408 - Credores por operações sobre futuros - -

Sub Total 2'138'683 1'016'128

TOTAL 2'473'065 1'293'714

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----90----

NOTA 29. CAPITAL

A estrutura acionista é abaixo apresentada:

NOTA 30. OUTRAS RESERVAS E RESULTADOS TRANSITADOS

Reservas de Justo Valor

As reservas de justo valor representam o saldo dos resultados transitados (se aplicável), e as

mais e menos valias potenciais relativas à carteira de investimentos disponíveis para venda.

Durante os exercícios de 2009 a 2013, os movimentos ocorridos nestas rubricas foram os

seguintes:

31.Dez.12

Banque Privée Espírito Santo - Pully 100%

Reservas de Justo Valor

Outras Reservas

Resultados Transitados

Saldo em 31 de Dezembro de 2008 (542'312)

Alterações de Justo Valor - - -Transferências p/ Resultados Transitados - - (652'506)Outras Variações - - (1'324)

Saldo em 31 de Dezembro de 2009 - - (1'196'142)

Alterações de Justo Valor (4'788) - -Transferências p/ Resultados Transitados - - (1'196'142)Outras Variações - - -

Saldo em 31 de Dezembro de 2010 (4'788) - (1'196'142)

Alterações de Justo Valor (20'024) - -Transferências p/ Resultados Transitados - - 69'044Outras Variações - - 5'397

Saldo em 31 de Dezembro de 2011 (24'812) - (1'121'701)

Alterações de Justo Valor 28'613 - -Transferências p/ Resultados Transitados - - 245'409Outras Variações - - -

Saldo em 31 de Dezembro de 2012 3'801 - (876'292)

Alterações de Justo Valor 7'044 - -Transferências p/ Resultados Transitados - - 751'227Outras Variações - - 9'906Gap Actuarial Acumulado - 2013 - (233'775) -Mov Fundo Pensoes -2012 64'604

Saldo em 31 de Dezembro de 2013 10'845 (169'171) (115'159)

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----91----

NOTA 31. PASSIVOS, CONTINGENTES E COMPROMISSOS

A 31 de Dezembro de 2013, existiam os seguintes saldos, em euros, relativos a contas extra

patrimoniais:

As garantias e avales prestados são operações bancárias que não se traduzem por

mobilização de fundos por parte do Banco.

Os compromissos irrevogáveis traduzem-se pelo Penhor de Títulos a favor do Sistema de

Indemnização aos Investidores.

NOTA 32. MONTANTES SOBRE GESTÃO

O valor dos Montantes sob Gestão em 31 de Dezembro de 2013 era de EUR 47’009’518 (em

31 de Dezembro de 2012 era de EUR 41.989.024).

NOTA 33. VALORES MOBILIÁRIOS DETIDOS POR CLIENTES

O montante dos Valores Mobiliários detidos por clientes em 31 de Dezembro de 2013 ascendia

a EUR 230’348’379 (em 31 de Dezembro de 2012 ascendia a EUR 182’154’900).

31-Dez-13 31-Dez-12Passivos e Avales Prestados

Garantias e Avales Prestados 3'033'623 3'193'373

Compromissos perante terceiros

Compromissos IrrevogáveisResp.Potencial SII 116'919 91'077Operações a Prazo - -Linhas de crédito por utilizar 1'123'547 1'713'680

TOTAL 4'274'089 4'998'130

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----92----

NOTA 34. TRANSACÇÕES COM PARTES RELACIONADAS

Esta Nota descreve a exposição em euros do Banco a empresas do Grupo Espírito Santo.

NOTA 35. JUSTO VALOR DOS ACTIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS

O valor, em euros, desta rubrica é composto por:

Aplicações Recursos Proveitos CustosBES 2'644'360 - 3'155 106BEST 296'398 - 12'743 55BESSI 10'000'000 - 214'450 -

TOTAL 12'940'758 - 230'347 160

31-Dez-13

Valor de Balanço

Disponibilidades em Bancos Centrais 1'382'012 1'382'012 663'052 663'052Disponibilidades em Outras Inst. Crédito 4'448'207 4'448'207 6'066'897 6'066'897Activos financeiros detidos para negociação 1'585'400 1'585'400Activos Financeiros Disponíveis p/ Venda 121'219 121'219 114'175 114'175Aplicações em Inst. Crédito 18'388'477 18'388'477 21'573'542 21'573'542Crédito a Clientes 29'768'671 29'768'671 28'809'562 28'809'562Investimentos Detidos Até à Maturidade 8'919'905 9'058'650 6'366'749 6'398'302

ACTIVOS FINANCEIROS 64'613'891 64'752'636 63'593'977 63'625'530

Valor de Balanço

Recursos de outras Inst.Crédito 15'657'349 15'657'349 17'446'934 17'446'934Recursos de clientes 27'217'186 27'217'186 25'470'549 25'470'549Responsabilidades representadas para Títulos - - - -Derivados para Gestão de Risco - - - -

PASSIVOS FINANCEIROS 42'874'535 42'874'535 42'917'483 42'917'483

31-Dez-13

Justo Valor

31-Dez-12

Justo Valor

31-Dez-12

Valor de Balanço

Valor de Balanço Justo Valor

31-Dez-13

Justo Valor

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----93----

NOTA 36. GESTÃO DOS RISCOS DE ACTIVIDADE

Risco de taxa

Devido à estrutura dos seus ativos e ao seu refinanciamento, o Banco está pouco exposto ao

risco de variações de taxa de juro.

Os riscos de variações de taxas são periodicamente avaliados com a ajuda da análise dos

Gaps e de simulações de variações de taxa.

Risco de mercado

As posições sobre divisas e sobre títulos destinados ao negócio representam o essencial dos

ricos de mercado. Estas são sujeitas a um sistema de limites diários, que dá origem a controles

regulares por responsáveis não operacionais que informam periodicamente a Gerência. O

Banco cobre integralmente o risco cambial. Em função do volume limitado destas operações, o

Banco aplica um método simplificado para o cálculo das exigências relativamente aos fundos

próprios.

Risco de crédito

No âmbito da sua atividade, o Banco pode conceder aos seus clientes crédito e garantias,

essencialmente com contragarantias.

Na área de gestão de tesouraria, o Banco estabeleceu uma lista de correspondentes

autorizados, constituída somente por instituições de primeira classe.

A gestão do risco de crédito segue critérios rigorosos de margens de cobertura, de repartição,

de qualidade dos devedores e medidas colaterais. Os limites são aceites em função dos

diversos níveis hierárquicos de competência. Os colaterais são avaliados ao preço do mercado,

ponderados pelas margens definidas pelo tipo de investimento pela Gerência. O Rácio de

Cobertura por Garantias atribuído pode ser adaptado por decisão do Comité de Créditos, para

prevenção e reação ao desenvolvimento dos mercados

A adequação das margens é periodicamente verificada pelo Departamento de Crédito, sob a

supervisão do Comité de Crédito. Empréstimos não colateralizados ou insuficientemente

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----94----

colateralizados são revistos mensalmente por este Comité, onde são decididas as provisões

individuais apropriadas aos montantes em dívida. O Comité tem o poder de executar o

colateral, ou parte dele, se o cliente não exercer as suas obrigações para com o Banco.

Risco de Liquidez

O Risco de Liquidez advém da incapacidade potencial de financiar o ativo satisfazendo as

responsabilidades exigidas nas datas devidas e da existência de potenciais dificuldades de

liquidação de posições em carteira sem incorrer em perdas significativas.

O Controlo dos níveis de liquidez tem como objetivo manter um nível satisfatório de

disponibilidades para fazer face às necessidades financeiras no curto, médio e longo prazo.

Para avaliar a exposição global a este tipo de risco são elaborados relatórios que permitem não

só identificar os mismatchs negativos, como efetuar a cobertura dinâmica dos mesmos.

Adicionalmente é também realizado um acompanhamento por parte do Banco dos rácios de

liquidez de um ponto de vista prudencial, calculados segundo a Instrução nº 13/2009 do Banco

de Portugal. Em 31 de Dezembro de 2013 o rácio de liquidez era de 113%.

Risco Operacional

O Risco operacional é definido como “o risco de perdas diretas ou indiretas resultantes de

procedimentos inadequados, fator humano ou eventos externos”. Este risco está controlado por

um sistema interno de regras e diretivas de controlo e organização na dependência de um

responsável pelo controlo de riscos (“Risk Manager”). O Departamento de Auditoria Interna

monitoriza regularmente este sistema de controlo e reporta os resultados à Gerência e à

Administração, via Comité de Auditoria.

Compliance e Risco Jurídico

O Departamento de Compliance e o Departamento Jurídico asseguram que o Banco segue as

regras e os regulamentos em vigor, assim como asseguram que está em consonância com os

princípios de “due diligence” que obrigam os Intermediários Financeiros. Asseguram ainda que

as diretivas internas estão de acordo com regulamentos e provisões legais.

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----95----

Anexo: Adoção das Recomendações do Financial Stability Forum (FSF) e do Committee of European Banking Supervisors (CEBS) relativas à Transparência da Informação e à Valorização dos Ativos (Carta-Circular nº 97/2008/DSB, de 03 de Dezembro, do Banco de Portugal)

I. Modelo de Negócio:

1. Descrição do modelo de negócio e, se aplicável, das alterações efetuadas:

O modelo de negócio é descrito no Relatório da Gerência e na Nota 1 do Anexo

às Contas.

2. Descrição das estratégias e objetivos:

A estratégia da Sucursal e do Banco é divulgada no Relatório da Gerência.

Relativamente a operações de titularização, a Sucursal não tem qualquer

envolvimento, de balanço, extrapatrimonial ou ativos de clientes (no âmbito de

atividade de gestão de carteiras) neste tipo de operações.

3, 4 e 5. Descrição da importância e tipo das atividades desenvolvidas e respetiva

contribuição para o negócio:

O peso relativo das atividades desenvolvidas, medido na sua contribuição para o

negócio é descrito no Relatório da Gerência e nas Nota 4, 5, 6, 7 e 10 do Anexo

às Contas.

II. Riscos e Gestão dos Riscos

6 e 7: Descrição e natureza dos riscos incorridos:

A política de acompanhamento de riscos é a que consta do Relatório da

Gerência, e da Nota 34 do Anexo às Contas.

III. Impacto do período de turbulência financeira nos resultados

8. a 13. Descrição qualitativa e quantitativa dos resultados e impacto nos mesmos

A descrição da formação do resultado consta do Relatório da Gerência.

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----96----

14 e 15. Divulgação do risco de perda máxima, prolongamento da situação de stress de

mercado e impacto sobre spreads

Não aplicável.

IV. Níveis e tipos das exposições afetadas pelo período de turbulência

16 a 21. Níveis e tipos das exposições afetadas pelo período de turbulência

Não aplicável

V. Políticas contabilísticas e métodos de valorização

22. a 25. A Nota 2 do Anexo às Contas indica a política contabilística do Banco. Não havia

à data de 31 de Dezembro qualquer instrumento enquadrável na obrigação de

divulgação.

VI. Outros aspetos relevantes na divulgação

26. Descrição das políticas de divulgação e dos princípios que são utilizados no

reporte das divulgações e do reporte financeiro.

A Sucursal divulga as suas demonstrações financeiras numa base trimestral, de

acordo com os requisitos legais aplicáveis às Instituições de Crédito a operar em

Portugal. Esta divulgação é efetuada no site do Banco de Portugal, e

corresponde à realidade contabilística, preparada tendo por base NCA’s –

Normas de Contabilidade Ajustadas. Paralelamente, o Banque Privée Espírito

Santo, pela sua inclusão no perímetro de supervisão consolidada exercido pelo

Banco de Portugal relativamente à Espírito Santo Financial Group, é

expressamente chamado a divulgar os seus dados contabilísticos e atividade,

numa base trimestral.

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----97----

IV Certificação legal de contas

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----103----

Anexo: Política de Remuneração dos Dirigentes

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----104----

POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DE DIRIGENTES DOBANQUE PRIVÉE ESPÍRITO SANTO, S.A. – Sucursal em Portugal

1. Enquadramento Regulamentar e Princípios gerais

A Lei n.º 28/2009, de 19 de Junho, veio estabelecer o regime de aprovação e de divulgação da política de remuneração dos membros dos órgãos de administração e de fiscalização das sociedades financeiras, entre outras entidades, dispondo que anualmente é submetido à aprovação da Assembleia Geral uma declaração sobre essa política que deverá conter informação relativa a:

a) Aos mecanismos que permitam o alinhamento dos interesses dos membros do órgão de administração com os interesses da sociedade;

b) Aos critérios de definição da componente variável da remuneração;

c) À existência de planos de atribuição de ações ou de opções de aquisição de ações por parte de membros dos órgãos de administração e de fiscalização;

d) À possibilidade de o pagamento da componente variável da remuneração, se existir, ter lugar, no todo ou em parte, após o apuramento das contas de exercício correspondentes a todo o mandato;

e) Aos mecanismos de limitação da remuneração variável, no caso de os resultados evidenciarem uma deterioração relevante do desempenho da empresa no último exercício apurado ou quando esta seja expectável no exercício em curso.

O DL nº 88/2011, de 20 de Julho veio reforçar os poderes do Banco de Portugal impondo novos requisitos às instituições de crédito e às empresas de investimento, no sentido de exigir uma adoção de políticas e práticas de remuneração consentâneas com uma gestão de riscos sã e prudente.

Nesse sentido o Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, atualizou a regulamentação relativa aos princípios gerais em matéria de políticas e práticas de remuneração, dispondo como princípios gerais que a política de remuneração deve ser adequada e proporcional à dimensão, organização interna, natureza, âmbito e complexidade da atividade da instituição, à natureza e magnitude dos riscos assumidos ou a assumir e ao grau de centralização e delegação de poderes estabelecidos na instituição.

O Aviso nº 10/2011 estabelece os deveres de divulgação de informação da política de remuneração dos membros dos órgãos de administração e fiscalização das instituições, bem como dos colaboradores que, não sendo membros daqueles órgãos, cumpram algum dos seguintes critérios:

a) Desempenhem funções com responsabilidade na assunção de riscos por conta da instituição ou dos seus clientes, com impacto material no perfil de risco da instituição;

b) A sua remuneração total os coloque no mesmo escalão de remuneração que os membros dos órgãos de administração ou fiscalização;

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----105----

c) exerçam funções de controlo previstas no Aviso do Banco de Portugal nº 5/2008.Sendo que se considera que os colaboradores que possuem um acesso regular a informação privilegiada e participam nas decisões sobre a gestão e estratégia negocial da instituição desempenham funções com responsabilidade na assunção de riscos por conta da instituição ou dos seus clientes, com impacto material no perfil de risco da instituição.

A política de remuneração dos membros dos órgãos de administração e de fiscalização deve ser aprovada pelos órgãos societários competentes, sendo a política de remuneração dos colaboradores aprovada pelo órgão de administração da instituição.

A remuneração dos membros executivos do órgão de administração deve integrar uma componente variável, com fixação de um limite máximo, cuja determinação dependa de uma avaliação de desempenho, realizada pelos órgãos competentes da instituição, de acordo com critérios mensuráveis predeterminados, incluindo critérios não financeiros, que considerem, para além do desempenho individual, o real crescimento da instituição e a riqueza efetivamentecriada para os acionistas, a proteção dos interesses dos clientes e dos investidores, a sua sustentabilidade a longo prazo e a extensão dos riscos assumidos, bem como o cumprimento

Quando a remuneração dos colaboradores da instituição incluir uma componente variável, tendo em vista minimizar os incentivos à assunção excessiva de riscos, esta componente variável deve constituir uma proporção equilibrada da remuneração total, atendendo, designadamente ao desempenho, às responsabilidades e às funções de cada colaborador, bem como à atividade exercida pela instituição devendo ficar-se um limite máximo para a mesma.

2. Âmbito de aplicação

Dada a dimensão da atividade do BPES e do grupo em que se insere, é decidido acolher as regras e princípios que constam na legislação aplicável, designadamente no Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011.

No caso da Sucursal em Portugal, ficam abrangidos os Gerentes, enquanto responsáveis pelo órgão de gestão, sem prejuízo de, em razão da atividade, os princípios e regras legais e regulamentares serem aplicados pelo Conselho de Administração na aprovação da política de remuneração dos colaboradores que cumpram algum dos critérios referidos no Aviso 10/2011.

3. Princípios Base da Remuneração

A remuneração dos colaboradores abrangidos poderá incluir uma componente variável, a qual, a existir, será adequadamente equilibrada face a componente fixa da remuneração, e atender ao desempenho, às responsabilidades, e às funções de cada colaborador.

a) Composição da remuneração A remuneração comporta uma parte fixa, podendo em circunstâncias especificamente previstas incluir uma parte variável.

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----106----

A política de remuneração global do Banco é anualmente revista pelo Conselho de Administração, até ao final de Maio. Em consequência, a remuneração fixa é revista todos os anos de acordo com indicadores como a taxa de inflação e a taxa de aumento do ACTV bancário, sendo igualmente definida a existência (ou não) de uma componente variável, até finais de Maio de cada ano, com base na avaliação do desempenho do exercício anterior e nos resultados apresentados pelo Banco.

b) Limites da remuneração A parte fixa e composta pelo vencimento base e por alguns complementos que são atribuídos a todos os colaboradores do Banco, como diuturnidades ou outros subsídios.

A parte variável que, a existir, e limitada a um valor que não excederá até 55% da Remuneração Total Anual, e definida pelo Comité Executivo, respeitando os limites fixados pelo Conselho de Administração, e corresponde a cerca de 10% do Resultado Liquido do Banco, a distribuir ao longo de 4 anos.

c) Equilíbrio na remuneração A parte fixa representará, um valor entre 100% e 50% do total da remuneração, condicionada que está à sua expressão relativa a existência de parte variável, em razão do cumprimento dos objetivos definidos. A parte variável da remuneração, a haver, não excederá, em quaisquer circunstâncias 50% da remuneração total.

O montante exato da parte variável oscilará, em cada ano, em função do grau de cumprimento dos principais objetivos anuais, individuais (quantitativos e qualitativos) e do coletivo darespetiva unidade em que o colaborador se integra, de acordo com o modelo de avaliação de desempenho do BPES, tal como aprovado pelo Conselho de Administração.

d) Critérios de definição da componente variável e momentos do seu pagamento A componente variável anual imediatamente disponível, que poderá corresponder a até cerca de 14% da remuneração total anual, e associada ao desempenho de curto prazo e é paga em numerário. A segunda componente da remuneração variável, de até cerca de 41 %, terá caráter plurianual, e será paga ao longo dos três anos subsequentes ao pagamento da remuneração variável anual imediatamente disponível, sendo assim a remuneração variável total paga ao longo de 4 anos.

4 . Critérios de Sustentabilidade na determinação da Remuneração Variável

A existência de remuneração variável, e a sua expressão, será fixada em Maio de cada ano, pelo Conselho de Administração, determinada por um grau de cumprimento dos principais objetivos, igualmente aprovados pelo Conselho de Administração, com base nas seguintes variáveis: Gerente(s) com responsabilidade pelas Áreas Comerciais -Indicadores de Volumes, Produto Bancário, Indicadores de Qualidade e Cost-to-Income;Gerente(s) com responsabilidade pela Coordenação das Áreas Financeira e atividades deSuporte - Margem Financeira, Risco Operacional, Indicadores de atividade, Indicadores de Qualidade e Cost-to-Income.

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----107----

A verificar-se existir condições para a existência de remuneração variável, esta e paga em numerário no ano imediatamente a seguir a data de referência dos resultados, após a aprovação das contas do exercício do ano em questão.

Considerando a estrutura de detenção do capital do banco, não se prevê que uma parte da componente variável da remuneração seja paga em instrumentos financeiros emitidos pela instituição.

A remuneração variável, incluindo a parte diferida, só deve ser paga ou constituirá um direito adquirido se for sustentável à luz da situação financeira da instituição o no seu todo e se se justificar à luz do desempenho do colaborador em causa e da unidade de estrutura onde este se integra.

5. Avaliação da política de remuneração

A política de remuneração será submetida a uma avaliação interna independente, a executar, pelo menos, anualmente, pelas funções de controlo da instituição em articulação entre si, a qual deve incluir uma análise sobre o respetivo efeito na gestão de riscos, de capital e de liquidez.

As funções de controlo devem apresentar um relatório ao Comité Executivo e ao Comité de Remuneração, com os resultados da análise, identificando se aplicável as medidas necessárias para corrigir eventuais deficiências.

6. Processo de aprovação e revisão da política de remuneração

a) Aprovação O processo de aprovação, ou de revisão, da política remuneratória dos colaboradores aqui considerados inicia-se por proposta apresentada pelo Comité Executivo ao Comité de Remuneração. A declaração relativa à política remuneratória dos dirigentes é submetida para aprovação da assembleia geral ao abrigo da Lei nº 28/2009, de 19 de Junho. A concreta fixação da remuneração é, por fim, aprovada pelo Conselho de Administração.

b) Outros benefícios atribuídos aos dirigentes Para além da remuneração fixa e variável descritas na presente política de remuneração, os dirigentes não auferem de outros benefícios em razão da sua função, ou que não estejam enquadrados por contratação coletiva, aplicável indistintamente aos restantes colaboradores, independentemente da sua categoria ou função.

Em 19 de Setembro de 2012

AprovadoO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----108----

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----109----

Anexo

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Órgãos Sociais

Conselho de AdministraçãoJosé Manuel Pinheiro Espírito Santo Silva – PresidenteAntónio Luís Roquette Ricciardi – AdministradorJean-Claude Blanc – AdministradorThomas Emch – AdministradorFernando Moniz Galvão Espírito Santo Silva – AdministradorRicardo Espírito Santo Silva Salgado – AdministradorAlain Nicod – AdministradorJean-Baptiste Zufferey – AdministradorCatarina Salgado Amon – AdministradorPierre Fischer – AdministradorTiago Mosqueira do Amaral - Administrador

Comité de Remuneração e de NomeaçãoJosé Manuel Pinheiro Espírito Santo Silva – PresidenteJean-Claude BlancClaude Lüthi

Comité de AuditoriaJean-Claude Blanc – PresidenteThomas Emch Claude Lüthi

Delegação do Conselho de Administração em Matéria de CréditoJosé Manuel Pinheiro Espírito Santo Silva – PresidenteClaude Lüthi

Comité ExecutivoJosé Pedro Caldeira – Diretor GeralPedro Alves de Carvalho – Diretor Geral AdjuntoStéphane Forestier – Diretor Geral Adjunto

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----110----

Sucursal em Portugal

GerentesJosé Pedro Castanheira - GerenteBernardo Holstein Guedes - Gerente

Agência Porto:Maria do Carmo Teixeira Bastos – Diretora-AduntaCarlos Manuel Beires Sarmento - Diretor-Adjunto

Comercial:José Azevedo Soares - Diretor-AdjuntoAna Miranda - Diretor-AdjuntoAna Paula Ribeiro - Subdiretor

Contabilidade:Joana Esteves - Subdiretor

Financeira:Sérgio Soares - Diretor-Adjunto

Operações:Rosalina Caramelo

Organização e TI:Carlos Calqueiro - Diretor

Auditoria:Alexandre Gay - DiretorPricewaterhouse Coopers (Controlo Interno)

Compliance:Alfredo Chaves - SubdiretorMiguel Furtado Martins - Diretor-Adjunto

Risk Manager:Jean-François Rime - DirectorCarlos Calqueiro - Director

Revisor Oficial de ContasKPMG

Fiscal ÚnicoJosé Manuel Macedo Pereira, ROC 312

Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalRelatório da Gerência 2013

----111----

Contactos:Banque Privée Espírito Santo, S.A. – Sucursal em PortugalAv. da Liberdade, nº 131 – 4º Dtº1250-140 LisboaTelefone: 213 254 030 Fax: 213 465 164 E-mail: [email protected]: 980 377 870 Registo Comercial de Lisboa