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EDIA RELATÓRIO E CONTAS A 30 DE JUNHO DE 2014

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EDIA

RELATÓRIO E CONTAS A 30 DE JUNHO DE 2014

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RELATÓRIO E CONTAS – 30 DE JUNHO DE 2014

EDIA

Empresa de Desenvolv imento e Infra-Estruturas do Alqueva, S.A.

Capital Social 387 .267 .750 ,00 €

Capital Próprio Negativo 461 .600 .122,00 €

Número de Pessoa Cole t iva 503 450 189

Matrícula 01 084/950316 da Conservatória do Registo Comercial de Be ja

Sede Social Rua Zeca Afonso, N .º 2 - 7800 - 522 - BEJA

De legação de Lisboa Rua do Campo Grande , N .º 46-D, 2.º Dto - 1700-093 Lisboa

De legação de Alqueva Apartado 126 - 7860 - MOURA

Delegação de Pedrógão Apartado 126 - 7860 - MOURA

Delegação de Mourão Rua Marcos Gomes V . Rosado, 15 - 7240 - MOURÃO

Parque de Natureza de Noudar Apartado 5 - 7230 - BARRANCOS

Museu da Luz Largo da Igre ja Nossa Sr.ª da Luz - 7240 - 100 - LUZ - MOURÃO

Site : www.edia .pt

Fotograf ias António Cunha/EDIA

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RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2014

ÍNDICE

NOTA PRÉVIA ............................................................................................................................................................................... 4

1. RELATÓRIO DE GESTÃO A 30 DE JUNHO DE 2014 ............................................................................................ 10

1.1. Apresentação.............................................................................................................................................................. 10

1.2. Síntese ............................................................................................................................................................................ 12

1.3. Atividades Desenvolvidas pela EDIA .......................................................................................................... 17

1.4. Análise Financeira ................................................................................................................................................. 77

2. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 30 DE JUNHO DE 2014 ..................................................................... 84

Declaração de Conformidade do Conselho de Administração .............................................................. 160

Relatório de Revisão Limitada Elaborado por Auditor Registado na CMVM sobre

Informação Semestral ....................................................................................................................................................... 161

Relatório de Revisão Limitada sobre Informação Semestral Elaborado por Auditor

Externo ....................................................................................................................................................................................... 165

SIGLAS E ABREVIATURAS .................................................................................................................................................. 168

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RELATÓRIO E CONTAS – 30 DE JUNHO DE 2014

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RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2014

NOTA PRÉVIA

O Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA) constitui o principal projeto estruturante da região Alentejo, território beneficiário de um conjunto de infraestruturas que visam a potenciação do seu desenvolvimento de forma integrada, sustentada e multissetorial. Perspetivando-se a conclusão da sua primeira fase, cerca de 120 mil hectares de área regada, no final de 2015, a estratégia definida pretende não só dar a conhecer o potencial de desenvolvimento da sua área de implantação, mas também das suas vertentes agrícolas e agroindustrial, tirando partido de uma disponibilidade hidráulica única em Portugal. Na atual fase de implementação do Projeto, a canalização dos esforços na vertente infraestrutural continua a assumir uma notável preponderância, dada a cada vez mais próxima concretização do Sistema Global de Abastecimento de Água. Ao longo do semestre a aplicação desta estratégia pautou-se assim por diversos momentos de relevo, de entre os quais se referenciam, no início de 2014, a conclusão da empreitada de construção da rede viária de Aljustrel, assim como a inauguração da barragem de São Pedro e adutor de Pedrógão, com presença do Exmo. Sr. Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, a 22 de março. Na componente infraestrutural, e em termos de rede primária, indiquem-se as adjudicações de duas obras: as empreitadas de construção dos circuitos hidráulicos de Caliços – Machados (Subsistema Ardila) e de S. Matias (Subsistema Pedrógão). Na rede secundária foram adjudicadas sete empreitadas de construção: blocos de Beringel – Álamo, bloco de Beja (ambas dos blocos de Beringel-Beja), blocos de Baronia e Alvito Altos e Alvito Baixo (Blocos de Vale de Gaio) (Subsistema Alqueva), blocos de Caliços-Machados e de Pias (Subsistema Ardila) e blocos 1 e 2 e 3 e 4 de São Matias (Subsistema Pedrógão). No período em análise destaque-se ainda a assinatura, pela EDIA, a 13 de junho, dos contratos de adjudicação de seis empreitadas de construção de infraestruturas de distribuição de água para servir 20.285 hectares no Baixo Alentejo, em cerimónia presidida pela Exma. Sr.ª Ministra da Agricultura e do Mar e pelo Exmo. Ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional. Tratam-se das empreitadas de construção das infraestruturas de Beringel e Álamo, Beja, São Matias 1 e 2, São Matias 3 e 4, Caliços-Machados e Pias, obras que, para além das infraestruturas de distribuição de água, incluem também a construção das respetivas redes viárias e de drenagem, de estações elevatórias e de reservatórios e sistemas de automação e telegestão. Refira-se que, atualmente, dos cerca de 120.000 hectares de regadio do projeto global de Alqueva, 68.000 estão instalados, 20.000 em obra, 20.285 foram adjudicados com estas empreitadas e os restantes 10.000 hectares encontram-se em processo de concurso. No início do ano teve ainda lugar a apresentação pública dos resultados obtidos na primeira fase do Projeto das “Aldeias Ribeirinhas de Alqueva” (Projeto ARA) e dos trabalhos em curso. Na sequência dos Despachos proferidos pela Senhora Ministra da Agricultura e do Mar e da Senhora Secretária de Estado do Tesouro respetivamente, foi autorizada a alienação da participação da Gestalqueva, S.A na Gescruzeiros, S.A, possibilitando a libertação do aval da Gestalqueva, S.A desde que, a Comissão Liquidatária desta empresa assumisse perante o Banco BPI o valor de € 75.015, assumindo a empresa Nautialqueva, S.A a restante responsabilidade.

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Estando o processo de alienação da participação na Gescruzeiros, S.A concluído, encontravam-se reunidas as condições para que o processo de liquidação da Gestalqueva, S.A se concluísse, bem como a correspondente extinção da sociedade, o que aconteceu a 27 de junho de 2014. No que respeita à promoção e rentabilização do Projeto referencie-se, neste semestre, a participação da EDIA no certame Fruit Logistica, em Berlim, Alemanha, a 05 e 06 de fevereiro, e no Salão Internacional do Setor Alimentar e Bebidas (SISAB), em Lisboa, a 17 de fevereiro. Ainda no que respeita à promoção, e no âmbito da captação de investimento agrícola e agroindustrial para a região de Alqueva, a cronologia deste semestre ficou ainda marcado pela realização, a 26 de maio, do segundo seminário internacional “Investir no Potencial Agrícola do Alqueva” – Agroindústria e Distribuição como alavancas da criação de valor nos produtos agrícolas. Este evento, uma organização conjunta do BES, EDIA e Jornal de Negócios, focou-se, na sua segunda edição, nos seguintes vetores: associativismo, agroindústria e distribuição.

Quanto ao Projeto de Emparcelamento Rural Integrado dos Coutos de Moura, foi aprovado, em maio, pelas entidades locais e por 99,8% dos proprietários, tendo já terminado a terceira e última fase de exposição.

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RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2014

A implementação de uma área alargada de regadio constitui outra das valias de Alqueva e dos objetivos que mais contribui para a visibilidade e relevância do Projeto. A evolução das taxas de adesão ao regadio dos últimos quatro anos indica um significativo aumento na adesão ao regadio de Alqueva: As percentagens de adesão ao regadio do EFMA têm vindo a aumentar todos os anos tendo chegado aos 52,67%, no 1.º semestre de 2014. Em 2013 esse valor situou-se nos 53,84% para o total do ano em causa.

Assim, e num projeto marcado, indubitavelmente, pela sua valia agrícola, o objetivo de maximizar o fomento da integração dos proprietários nas culturas de regadio teve continuidade em 2014. No âmbito da promoção e incremento do regadio de Alqueva, a adesão registada neste período, e no período homólogo, foi a seguinte:

2011

2012

2013

2014

49,46%

53,84%

52,67%

% de ADESÃO

36,02%

2011 2012 2013 20140,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

2011

2012

2013

2014

% de Adesão aos Perímetros de Rega do EFMA

2013 2014

Monte Novo 5.071 4.378

Alvito - Pisão 5.403 5.602

Pisão 812 895

Alfundão 1.175 1.678

Ferreira, Figueirinha e Valbom 1.603 2.057

Orada - Amoreira 2.254 2.136

Brinches 1.733 2.159

Brinches - Enxoé 3.157 3.398

Serpa 2.151 2.657

Loureiro - Alvito 356 332

Ervidel 3.224 3.189

Pedrógão Margem Direita 729 1.535

Área Inscrita 27.668 30.016

Área Total Infraestruturada 58.465 58.465

Perímetros Área Inscrita (ha) - 1.º Semestre

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Comparando a adesão entre o 1.º semestre de 2013 e o 1.º semestre de 2014, regista-se um aumento na adesão de 7,8%, como resultado do fomento da agricultura de regadio preconizado pelo Projeto Alqueva. A importância do regadio num projeto de referência como é o Alqueva, a nível local, regional e nacional, denota-se igualmente nas taxas de adesão inicial significativas nos aproveitamentos mais recentes do Empreendimento.

O consumo de água situou-se, por outro lado, em cerca de 1,37 hm3, no final do 1.º trimestre, e os 29,30 hm3 registados a 30 de junho. Este facto decorre do início da campanha de rega de 2014, com a consequente instalação de culturas de primavera/verão, típicas da época, e mais exigentes em água, da diminuição da pluviosidade registada nos meses de inverno, assim como do aumento a temperatura, característico dos meses de primavera. Por último, no 1.º semestre de 2014 o investimento realizado, sem capitalizações, atingiu M€ 56,58, dos quais M€ 23,24 incidiram na rede primária e M€ 33,30 na rede secundária de rega. Relativamente a origens de fundos, destaque-se, neste período, o financiamento comunitário em cerca de M€ 30,12, PIDDAC no valor de M€ 3,85 e empréstimos de curto prazo no valor de M€ 5,81.

Consumo (m3) Consumo (m3)

1.º Trimestre

2014

1.º Semestre

2014

Monte Novo 205.445 Monte Novo 5.666.086

Alvito - Pisão 173.189 Alvito - Pisão 4.541.474

Pisão 268.873 Pisão 661.137

Alfundão 20.657 Alfundão 841.283

Ferreira, Figueirinha e Valbom 61.580 Ferreira, Figueirinha e Valbom 1.771.120

Orada - Amoreira 152.854 Orada - Amoreira 1.404.312

Brinches 69.914 Brinches 1.220.460

Brinches - Enxoé 228.423 Brinches - Enxoé 4.701.262

Serpa 108.116 Serpa 4.807.367

Loureiro - Alvito 4.576 Loureiro - Alvito 461.804

Ervidel 59.942 Ervidel 2.131.002

Pedrógão Margem Direita 12.184 Pedrógão Margem Direita 1.095.800

Total 1.365.753 Total 29.303.107

Perímetros Perímetros

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1. RELATÓRIO DE GESTÃO A 30 DE JUNHO DE 2014

1.1. Apresentação EDIA Criada pelo Decreto-Lei N.º 32/95, de 11 de fevereiro, no âmbito do qual lhe foi acometida a titularidade dos direitos e obrigações que anteriormente pertenciam à sua comissão instaladora, a Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A. (EDIA), empresa de capitais exclusivamente públicos, teve como objeto social a conceção, execução, construção e exploração do EFMA e a promoção do desenvolvimento económico e social da sua área de intervenção, que corresponde total ou parcialmente, a 20 concelhos do Alentejo. Com a entrada em exploração de algumas infraestruturas do Empreendimento, o Decreto-Lei N.º 42/2007, de 22 de fevereiro, vem definir o regime jurídico aplicável à gestão, exploração, manutenção e conservação das infraestruturas que integram o EFMA, modifica os estatutos da EDIA, revoga os Decretos-Lei N.º 32/95, de 11 de fevereiro, N.º 33/95, de 11 de fevereiro e N.º 335/2001, de 24 de dezembro, concretizando, desta forma, a recentralização dos objetivos da EDIA, enquanto entidade gestora do EFMA e definindo-lhe o seguinte objeto social:

A utilização do domínio público hídrico afeto ao Empreendimento para fins de rega e exploração hidroelétrica, mediante contrato de concessão celebrado nos termos da Lei N.º 58/2005, de 29 de dezembro;

A conceção, execução e construção das infraestruturas que integram sistema primário do Empreendimento, bem como a sua gestão, exploração, manutenção e conservação;

A conceção, execução e construção das infraestruturas que integram a rede secundária afeta ao Empreendimento, em representação do Estado, e de acordo com as instruções que lhe sejam dirigidas pelo Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas; e

A promoção, desenvolvimento e prossecução de outras atividades económicas cujo aproveitamento contribua para a melhoria das condições de utilização de recursos afetos ao Empreendimento.

Posteriormente ao Decreto-Lei N.º 42/2007, de 22 de fevereiro, foi publicado o Decreto-Lei N.º 313/2007, de 17 de setembro, que aprovou as bases do contrato de concessão entre a EDIA e o Estado Português, com vista à utilização do domínio público hídrico afeto ao EFMA, para fins de rega e exploração hidroelétrica, tendo sido atribuída à EDIA a concessão da gestão e exploração do Empreendimento e a titularidade, em regime de exclusividade, dos direitos de utilização privativa do domínio público hídrico afeto ao EFMA para fins de rega e exploração hidroelétrica, por um período de 75 anos.

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RELATÓRIO E CONTAS – 30 DE JUNHO DE 2014

Ao abrigo do disposto neste Decreto-Lei, os poderes e competências da EDIA abrangem:

A administração do referido domínio público hídrico no âmbito da sua atividade; A atribuição dos títulos respeitantes à captação de água para rega e para produção de

energia elétrica; e Poderes de fiscalização da sua utilização por terceiros, bem como a competência para a

instauração, a instrução e o sancionamento dos processos de contraordenação nesse âmbito.

No decurso de 2007 foi igualmente formalizado o acordo com a EDP com vista à exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão, tendo sido assinado, a 25 de outubro, o contrato de exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e de Pedrógão e de subconcessão do domínio público hídrico. Este documento veio formalizar, por um período de 35 anos, as condições que regem a exploração da componente hidroelétrica das infraestruturas que integram o sistema primário do EFMA, bem como a subconcessão dos direitos de utilização privativa do domínio público hídrico associado, para fins de produção de energia elétrica e para implantação de infraestruturas de produção de energia elétrica. A entrada em exploração dos primeiros perímetros de abastecimento de água veio manifestar a necessidade de harmonizar o tarifário a aplicar no âmbito do sistema, em função das diferentes condições de fornecimento de água. É neste âmbito que surge o Decreto-Lei N.º 36/2010, de 16 de abril, que altera o Decreto-Lei N.º 42/2007, de 22 de fevereiro, e que aclara aspetos da envolvente económica e financeira do Empreendimento, com vista à otimização da gestão de recursos e à garantia da sustentabilidade económica futura da empresa, adequando ainda o enquadramento legal do EFMA ao novo quadro legal da gestão e utilização dos recursos hídricos constante na Lei da Água, no regime de utilização dos recursos hídricos (Decreto-Lei N.º 226-A/2007, de 31 de maio) e no regime económico e financeiro dos recursos hídricos (Decreto-Lei N.º 97/2008, de 11 de junho). A fixação de um tarifário diferenciado e dotado de uma maior flexibilidade, quer em função das distintas condições de fornecimento da água pela EDIA, quer em função do uso a que se destina a água fornecida, veio assim a possibilitar a aferição do valor a fixar, não apenas em função das diferentes condições de exploração e fornecimento de água, mas também do respetivo ajuste à medida da entrada em funcionamento de cada uma das componentes da rede secundária. O Despacho N.º 9000/2010, publicado a 26 de maio, aprovou o tarifário que estabelece o preço da água destinado ao uso agrícola fornecida pela EDIA no âmbito do serviço público de águas do EFMA, com efeitos a partir de 01 de junho. O valor do tarifário pelo fornecimento de água para uso agrícola no primeiro ano é reduzido a 30% dos valores indicados, aumentando anual, automática, progressiva e linearmente a partir do ano subsequente, até perfazer os 100% no oitavo ano. Em 2013, o tarifário para Alqueva foi atualizado com base no Índice de Preços ao Consumidor (2,75%). Em 2013, a 8 de abril, é celebrado com a Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), do Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (MAMAOT), o contrato de concessão relativo à gestão, exploração, manutenção e conservação das infraestruturas da rede secundária do EFMA.

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RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2014

1.2. Síntese No 1.º semestre de 2014 procedeu-se: No âmbito infraestrutural

À conclusão da empreitada de construção da rede viária de Aljustrel.

À adjudicação das seguintes obras: Subsistema Alqueva

Blocos de Beringel e Álamo (Blocos de rega de Beringel-Beja) Bloco de Beja (Blocos de rega de Beringel-Beja) Blocos de Baronia e Alvito Altos e Alvito Baixo (Blocos de rega de Vale de

Gaio) Subsistema Ardila

Circuito hidráulico Caliços-Machados Blocos de Caliços-Machados Bloco de Pias

Subsistema Pedrógão Circuito hidráulico de S. Matias Blocos 1 e 2 de São Matias Blocos 3 e 4 de São Matias

À elaboração dos seguintes relatórios preliminares:

Subsistema Alqueva Gestão e fiscalização do bloco de Beja Bloco Roxo-Sado

Subsistema Ardila Gestão e fiscalização do bloco de Caliços-Machados

À abertura de propostas dos seguintes concursos:

Subsistema Alqueva Gestão e fiscalização da empreitada de construção do bloco Roxo-Sado

Subsistema Ardila Bloco de Moura Gravítico Blocos de Barras, Torrão e Baronia Baixo

Ao lançamento do seguinte concurso público:

Subsistema Alqueva Instalação de tamisação no adutor Penedrão/Roxo

Neste período foi ainda finalizado o processo de erros e omissões dos concursos para a execução das empreitadas de construção do circuito hidráulico Roxo – Sado e do 4.º troço do circuito hidráulico de Vale do Gaio, tendo-se principiado a apreciação das propostas apresentadas no âmbito deste último concurso.

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RELATÓRIO E CONTAS – 30 DE JUNHO DE 2014

No âmbito institucional JANEIRO:

Receção em Alqueva dos presidentes e diretores das empresas do grupo Águas de Portugal (17 de janeiro);

Apresentação do Projeto Alqueva na Federação Nacional de Organizações de Produtores de Frutas e Hortícolas (FNOP) (22 de janeiro);

Divulgação e promoção das plantas aromáticas e medicinais, por iniciativa conjunta da EDIA, Centro de Excelência para a Valorização dos Recursos Mediterrânicos (CEVRM) e Cooperativas Agrícolas de Beringel e a de Beja e Brinches, na sequência da criação da ‘Academia das Plantas Aromáticas e Medicinais de Alqueva’, em Beringel e Brinches (23 de janeiro);

Apresentação pública do Projeto ARA, em Portel: resultados obtidos na primeira fase do projeto e dos trabalhos atualmente em curso (24 de janeiro); e

Presença em iniciativa do Inovempreende com jovens do Projeto ARA, em Évora (29 de janeiro).

FEVEREIRO:

Participação da EDIA no certame Fruit Logistica, em Berlim, Alemanha (05 e 06 de fevereiro);

Participação da EDIA no Salão Internacional do Setor Alimentar e Bebidas (SISAB), em Lisboa, com visita ao stand da EDIA da Exma. Sr.ª Ministra da Agricultura e do Mar (17 de fevereiro);

Visita de uma missão de agricultores alemães, potenciais investidores da região de Hannover, à área de influência de Alqueva (19 de fevereiro); e

Participação na reunião conjunta com o Presidente da Associação Transfronteiriça Lago Alqueva (ATLA) e o Exmo. Sr. Secretário de Estado do Turismo, onde se abordaram temas relativos à cooperação entre a EDIA e a ATLA, em Lisboa (21 de fevereiro).

MARÇO:

Participação na AqualiveExpo (colóquio) e no 12.º Congresso da Água, em Lisboa (06 de março);

Participação no encontro 'El sector agroindustrial ibérico en el contexto de la recuperación económica', Sevilha (Espanha), organizado pelo Conselho Empresarial Andaluzia Portugal (CEAP) (21 de março);

Inauguração da barragem de São Pedro e adutor de Pedrógão com presença do Exmo. Sr. Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural (22 de março);

Assinatura, na Feira da Água, em Beja, de protocolo com o Mercado Abastecedor da Região de Évora (MARÉ) e Associação de Regantes do Monte Novo, cerimónia presidida pelo Exmo. Sr. Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural (22 de março);

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RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2014

Organização e participação em visita de uma missão de potenciais investidores russos,

coordenada pela AICEP, à região do EFMA no sentido de mostrar as potencialidades para o desenvolvimento de projetos agrícolas e agroalimentares da região (26 de março);

Acompanhamento de uma missão de agricultores suecos (40 pessoas), que incluiu a visita a uma exploração agrícola produtora de cereais e um projeto vitivínicola (26 de março); e

Inauguração no Museu da Luz do projeto expositivo ‘Ser e Devir’, da autoria do fotógrafo Virgílio Ferreira. A exposição ficará patente ao público até 29 de abril (29 de março).

ABRIL:

Realização de ação de sensibilização ambiental sobre “Ecossistemas ribeirinhos no açude do Monte do Bolor”, em Beringel. Sob o mote “Vamos aprender com as nossas ribeiras” foram desenvolvidas atividades que visam a interiorização de atitudes e comportamentos que contribuam para a preservação o ambiente. Esta iniciativa surgiu na sequência de solicitação da Junta de Freguesia de Beringel e foi dirigida às crianças das ATL’s locais (8 de abril);

Realização de uma masterclass, no âmbito da exposição “Ser e Devir” (12 de abril); Promoção de workshop “Da ideia ao projeto” sobre fotografia, também no âmbito da

supra mencionada exposição “Ser e Devir” (12 a 17 de abril); Promoção, pelo Parque de Natureza de Noudar, em Barrancos, de uma sessão de

observação de estrelas (sessão gratuita acompanhado por astrónomo da Associação Portuguesa de Astrónomos Amadores), integrada no âmbito do programa da ExpoBarrancos 2014 (13 de abril);

Lançamento de 2 novos volumes (4 e 9) da segunda série da coleção “Memórias D’Odiana”, publicação centrada nos trabalhos arqueológicos na zona de influência da albufeira, que divulga os resultados de projetos arqueológicos no âmbito da minimização de impactes sobre este tipo de património desenvolvidos no âmbito da construção da barragem de Alqueva, numa parceria entre a EDIA e a Direção Regional de Cultura do Alentejo (DRACALEN) (14 de abril); e

Promoção, pela Academia das Plantas Aromáticas e Medicinais de Alqueva, de “Dia Aberto” subordinado à demonstração prática dos métodos de propagação destas plantas – Monte do Pardieiro (Messejana Aljustrel) (22 de abril).

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RELATÓRIO E CONTAS – 30 DE JUNHO DE 2014

MAIO:

Inauguração no Museu da Luz da exposição de fotografia “Guadiana 86-14”, da autoria

de Duarte Belo. Esta mostra estará patente ao público até 23 de novembro (10 de maio); Realização da 2.ª edição da Feira das Flores e Sabores na aldeia da Luz (10 e 11 de

maio); Assinatura de protocolo de colaboração entre a EDIA e a ATLA que tem como objetivo a

valorização do território (13 de maio); Assinalado o dia Internacional dos Museus com a apresentação de uma performance ao

vivo em torno de uma instalação feita com 300 peças de cortiça., uma cúpula de cortiça com 1.500 kg designada de CORKDOM3. Esta iniciativa enquadrou-se no âmbito das “Residências na aldeia” e do projeto de 4 dias de Pedro Portugal com 12 alunos de Artes Visuais e Design da Universidade de Évora (18 de maio);

Assinalado o Dia Mundial dos Peixes Migradores com atividades destinadas aos alunos do 1.º ciclo de Pedrógão do Alentejo. O programa incluiu ainda a apresentação da plataforma de interpretação do Dispositivo de Passagem para Peixes (DPP) da barragem de Pedrógão, seguida de uma visita a esta infraestrutura, durante o processo de ascensão de peixes, realizada em parceria com a Câmara Municipal da Vidigueira e o Agrupamento de Escolas da Vidigueira (23 de maio);

2.º Seminário Internacional “Investir no Potencial Agrícola do Alqueva” – Agroindústria e Distribuição como alavancas da criação de valor nos produtos agrícolas, uma organização conjunta do BES, EDIA e Jornal de Negócios. O Seminário Internacional do Alqueva de 2014 vira o seu foco para três vetores considerados fulcrais para elevar a agricultura: o Associativismo, a Agro Indústria e a Distribuição (26 de maio); e

Realização, no auditório da EDIA, em Beja, do seminário dedicado ao tema “Uso sustentável de produtos fitofarmacêuticos”, no âmbito do Decreto-lei n.º 26/2013, de 11 de abril, que regula as atividades de distribuição, venda e aplicação de produtos fitofarmacêuticos para uso profissional e define procedimentos de monitorização e utilização dos mesmos (28 de maio).

JUNHO:

Aprovação, pelas entidades locais e por 99,8% dos proprietários, do Projeto de

Emparcelamento Rural dos Coutos de Moura, tendo terminado assim a terceira e última fase de exposição (4 de junho);

Inauguração da Exposição/Instalação “Fazer falar o silêncio... Fotografia, Lixo e Memória”, (Fotografia de António Carrapato e Instalação João Sotero), a ter lugar na Galeria da EDIA, em Beja, no âmbito das comemorações do Dia Mundial do Ambiente (5 de junho);

Disponibilização da página oficial do Centro de Documentação da EDIA na rede social facebook (6 de junho);

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RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2014

Assinatura dos contratos de adjudicação de seis empreitadas de construção de infraestruturas de distribuição de água, designadamente, das empreitadas de construção das infraestruturas de Beringel e Álamo, Beja, São Matias 1 e 2, São Matias 3 e 4, Caliços-Machados e Pias que irão servir 20.285 hectares no Baixo Alentejo. Estas empreitadas, para além das infraestruturas de distribuição de água, incluem também a construção das respetivas redes viárias e de drenagem, de estações elevatórias e de reservatórios e sistemas de automação e telegestão. A cerimónia contou com a presença da Exma. Sr.ª Ministra da Agricultura e do Exmo. Ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional (13 de junho);

Lançamento de mais 2 novos volumes (8 e 12) da segunda série da coleção “Memórias D’Odiana”, numa parceria entre a EDIA e a Direção Regional de Cultura do Alentejo (DRACALEN) (17 de junho); e

Realização de conferência sobre os Trabalhos de Biologia efetuados nas Albufeiras de Pedrogão e Alqueva, evento que tem como objetivo dar a conhecer os projetos na área da biologia às entidades públicas e privadas no sentido de poderem contribuir para a gestão integrada da biodiversidade neste espaço comum (19 de junho).

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RELATÓRIO E CONTAS – 30 DE JUNHO DE 2014

1.3. Atividades Desenvolvidas pela EDIA

1.3.1. Infraestruturas em Exploração

Observação do Comportamento de Barragens

Em cumprimento do disposto nos Planos de Observação das barragens constituintes das infraestruturas primárias do EFMA, realizaram-se as campanhas previstas, de leitura da aparelhagem de observação instalada, continuando-se a verificar o bom estado dos seus equipamentos de segurança hidráulico-operacional e o bom comportamento evidenciado por essas diversas estruturas.

Manutenção e Exploração

Rede Primária No início do semestre desenvolveram-se, fundamentalmente, atividades de manutenção e de conservação, com especial destaque para as intervenções efetuadas nas estações elevatórias de Pedrógão - Margem Esquerda e de Brinches, bem como nos equipamentos hidromecânicos dos canais Loureiro – Monte Novo e Alvito-Pisão. Foram também realizadas algumas intervenções de reparação, no âmbito das garantias das obras, nomeadamente nos canais Loureiro - Monte Novo e Alvito – Pisão e no adutor de Pedrógão Margem Esquerda. Há ainda a referir o início da campanha de rega de 2014 com a adução de água para as barragens do Loureiro e de Brinches, e para os reservatórios da rede secundária através dos canais Loureiro-Monte Novo e Alvito-Pisão e do adutor Brinches-Enxoé. No final do semestre levaram-se a cabo, sobretudo, atividades de exploração associadas à campanha em curso, embora tenham também sido realizadas algumas intervenções de reparação, no âmbito das garantias das obras, com especial destaque para as intervenções efetuadas nos equipamentos hidro/eletromecânicos dos canais Alvito Pisão, Pisão-Ferreira e Adutor de Odivelas.

Rede Secundária Subsistema Alqueva Durante este semestre decorreu todo um conjunto de manutenções preventivas tendo em conta as necessidades imperativas dos perímetros do Monte – Novo, Alvito – Pisão, Pisão, Ferreira, Figueirinha e Valbom, Alfundão, Loureiro – Alvito e Ervidel, do subsistema Alqueva. No perímetro do Monte Novo deu-se continuidade à prestação de serviços para a manutenção do sistema de telegestão. Continua em curso a prestação de serviços relativa à execução de manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos mecânicos e elétricos nos perímetros do Monte Novo, Alvito-Pisão, Pisão, Ferreira, Figueirinha e Valbom, e Alfundão. Foram igualmente asseguradas as

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manutenções tendo em conta o estipulado nos vários planos de manutenção das infraestruturas que compõem estes perímetros. Nos blocos de Ervidel 1, 2 e 3 e Loureiro – Alvito continuam os trabalhos de manutenção dos equipamentos mecânicos e elétricos, sob a responsabilidade do empreiteiro. Subsistema Ardila Neste período decorreram os trabalhos normais de operação nas infraestruturas que constituem os perímetros de Orada – Amoreira, Serpa, Brinches e Brinches – Enxoé. Continua em curso a prestação de serviços relativa à execução de manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos mecânicos e elétricos destes perímetros. Encontra-se em curso a prestação de serviços dos sistemas de telegestão via rádio instalados na rede secundária dos perímetros de Orada – Amoreira, Serpa, Brinches e Brinches-Enxoé. Decorreu em simultâneo todo um conjunto de manutenções tendo em conta o estipulado nos vários planos de manutenção das infraestruturas que compõe estes perímetros. Subsistema Pedrógão Nos blocos de Pedrógão 1 e 3 e os Blocos de Selmes os trabalhos de manutenção dos equipamentos mecânicos e elétricos encontram-se ainda sob a responsabilidade do empreiteiro. Para além das atividades descritas, decorreu a campanha de outono-inverno e o processo relativo às inscrições e consequente início da campanha de rega de 2014, com toda a componente de exploração e gestão das estações elevatórias, reservatórios e rede de condutas, tendo sido ainda assegurado o apoio prestado aos agricultores. Central Fotovoltaica Prosseguiu a exploração da Central Fotovoltaica de Alqueva, tendo sido produzidos, neste semestre, 33.705 kWh. Mini-Hídricas Reiniciou-se, no 2.º trimestre, a exploração da Central Hidroelétrica de Alvito, tendo sido produzidos 197,356 MWh.

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Promoção do Regadio

A adesão registada até 30 de junho de 2014, nos perímetros sob gestão da EDIA, foi a seguinte (sem captações diretas):

Comparando a adesão entre o 1.º semestre de 2013 e o 1.º semestre de 2014, regista-se um aumento na adesão de 7,8% (2.348 ha). O consumo de água no período situou-se em cerca de 29,30 hm3.

2014

Monte Novo 4.378

Alvito - Pisão 5.602

Pisão 895

Alfundão 1.678

Ferreira, Figueirinha e Valbom 2.057

Orada - Amoreira 2.136

Brinches 2.159

Brinches - Enxoé 3.398

Serpa 2.657

Loureiro - Alvito 332

Ervidel 3.189

Pedrógão Margem Direita 1.535

Área Inscrita 30.016

Área Total Infraestruturada 58.465

Perímetros de RegaÁrea Inscrita (ha)

2013 2014

Monte Novo 5.071 4.378

Alvito - Pisão 5.403 5.602

Pisão 812 895

Alfundão 1.175 1.678

Ferreira, Figueirinha e Valbom 1.603 2.057

Orada - Amoreira 2.254 2.136

Brinches 1.733 2.159

Brinches - Enxoé 3.157 3.398

Serpa 2.151 2.657

Loureiro - Alvito 356 332

Ervidel 3.224 3.189

Pedrógão Margem Direita 729 1.535

Área Inscrita 27.668 30.016

Área Total Infraestruturada 58.465 58.465

Perímetros Área Inscrita (ha) - 1.º Semestre

Consumo (m3)

1.º Semestre

2014

Monte Novo 5.666.086

Alvito - Pisão 4.541.474

Pisão 661.137

Alfundão 841.283

Ferreira, Figueirinha e Valbom 1.771.120

Orada - Amoreira 1.404.312

Brinches 1.220.460

Brinches - Enxoé 4.701.262

Serpa 4.807.367

Loureiro - Alvito 461.804

Ervidel 2.131.002

Pedrógão Margem Direita 1.095.800

Total 29.303.107

Perímetros

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Neste período foi adjudicada a conceção e a implementação do “Portal do Regante”, tendo-se vindo a proceder, internamente, ao acompanhamento dos respetivos trabalhos. Neste projeto esta também incluída a transferência e a implementação do SISAP para um ambiente web. Foi ainda contactado o COTR no sentido de avaliar a integração das suas ferramentas no referido portal. O estudo preliminar para a determinação do custo de água no EFMA - impacte do alargamento da área de rega para 160 000 hectares foi apresentado ao Conselho de Administração da EDIA, onde foram realçados os seus principais resultados e conclusões. Este trabalho, que se reveste de uma extraordinária importância para a cenarização de uma serie de pressupostos em termos de viabilização do projeto Alqueva, tem como objetivos a atualização do cálculo do custo de água, a avaliação da adequabilidade do sistema tarifário existente e avaliação do impacte do alargamento da área de regadio no custo de adução de água. No 1.º semestre mantiveram-se, por outro lado, as ações de divulgação do programa SISAP e de fornecimento de resultados aos seus utilizadores. Os resultados deste programa têm vindo a ser utilizados na elaboração de dossiers para fornecer a investidores e outras entidades. Foram atualizados os parâmetros referentes a algumas culturas no sentido de dar respostas específicas a potenciais investidores. Da mesma forma, o SISAP foi utilizado por alguns produtores individuais no sentido de dar apoio à gestão da sua exploração. O SISAP, quer através da sua base de dados, quer através dos seus resultados, tem sido também utilizado internamente no sentido de prestar apoio às atividades da EDIA. Foi também dada continuidade ao processo de recolha e sistematização de informação através da aplicação do inquérito aos beneficiários (regantes e não regantes) dos perímetros em exploração e introdução dos dados no CIEFMA – Comercial. As tabelas seguintes resumem as áreas classificadas e as intenções dos beneficiários, obtidas no final do 1.º semestre de 2014.

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Área Total

dos Prédios

(ha)

Área

Beneficiada

EFMA

(ha)

Monte - Novo 164 72 9.355 5.181

Alvito - Pisão 658 150 5.537 4.129

Loureiro - Alvito 23 15 4.741 1.107

Brinches 493 80 5.672 3.729

Brinches-Enxoé 120 39 7.678 4.410

Serpa 430 124 5.751 3.610

Orada-Amoreira 108 34 3.302 2.149

Pisão 107 29 2.848 1.442

Ferreira 457 105 3.190 2.177

Ervidel 626 112 6.384 5.326

Alfundão 330 114 6.015 3.907

Pedrógão 229 105 4.233 2.451

Total 3.745 979 64.705 39.617

Área Contatada

Perímetros

de

Rega

N.º de

Inquéritos

Efetuados

N.º de

Beneficiários

Inquiridos

Manteve-se o acompanhamento do período experimental de funcionamento do núcleo de Beja do PROVE (cabazes hortofrutícolas), fomentado a partir da Associação de Desenvolvimento Local Alentejo XXI. A EDIA tem vindo a ajudar os beneficiários dos vários perímetros no emparcelamento “natural” tentando, juntamente com os proprietários e empresas, a concentração de pequenas parcelas adjacentes às suas, de forma a aumentar a área de exploração. No 1.º semestre de 2014 decorreram as seguintes ações:

Conclusão do processo de identificação de proprietários e a sua disponibilidade numa “mancha” de cerca de 170ha junto a Ervidel;

Monitorização dos resultados obtidos para o case-study do bloco de Brinches;

Identificação de proprietários e da sua disponibilidade, tendo em vista uma proposta

avançada junto da Cooperativa Agrícola de Beja e Brinches, de reconversão de olival numa mancha de 2.000ha situada entre Brinches e Pias; e

Identificação de manchas homogéneas em estrutura fundiária de minifúndio, nos

diferentes perímetros em exploração. Tendo em vista a captação e fixação de investimento na zona de influência de Alqueva continuou o acompanhamento de potenciais investidores na região, fornecimento de elementos a uma serie de empresas que pretendem investir ou continuar a investir na região.

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Referencie-se o acompanhamento que tem vindo a ser dado à Empresa DAI, num esforço de mobilização para que o projeto de investimento desta empresa, com o retomar da produção de beterraba sacarina, seja realizado na zona do Alqueva. Este investimento prevê o cultivo de 10.000 ha anuais de beterraba, e a criação de 250 postos de trabalho diretos e 2.000 indiretos. Foi dada continuidade ao desenvolvimento de contactos e preparação e acompanhamento de visitas ao campo, com empresas e particulares, bem como a prestação de informação e apoio a agricultores, investigadores e estudantes. Prosseguiram os contactos com entidades que desempenham um papel relevante na região, designadamente, com representantes de agrupamentos de agricultores, caso da Cooperativa de Beringel, Associação de Regantes do Ardila e Enxoé, Associação de Regantes do Monte Novo, Cooperativa Agrícola de Beja e Brinches, Associação de Jovens Agricultores de Portugal (AJAP) de Cuba, entre outros. No âmbito da dinamização da fileira hortícola na região do Monte Novo, foi assinado, a 22 de março, o protocolo de cooperação entre a Associação de Beneficiários de Monte Novo (ABMNovo), a EDIA e o SIMAB - entidade gestora do Mercado Abastecedor da Região de Évora (MARÉ), no sentido de desenvolver um projeto que envolvendo os produtores da região do Monte Novo, procure caminhos de forma a assegurar o escoamento da sua produção hortícola. Neste âmbito foram estabelecidos contactos com alguns produtores de hortícolas e frutícolas dos perímetros do Monte Novo e Loureiro Alvito, com o objetivo de lhes criar oportunidades de negócio. Conjuntamente com outros parceiros procedeu ainda à identificação das culturas cuja produção se afigura mais vantajosa na zona de Monte Novo tendo-se realizado, igualmente, contactos com potenciais parceiros exteriores à região, no sentido de lhes mostrar as potencialidades da região, e aprender com a sua experiência organizativa, produção e comercialização de hortícolas. De igual forma foi assegurada a representação da EDIA nos Grupos Operacionais (G.O.) organizados pelo Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), no sentido de desenvolver atividades de experimentação e investigação. A EDIA faz parte dos G.O. “Produção de Culturas Proteaginosas” e de “Bovinicultura”. Neste último grupo, já foram iniciados os trabalhos preparatórios para elaboração de uma candidatura conjunta com o INIAV, produtores e suas associações. Está a ser estudado o molde de inclusão da EDIA no G.O. “Hortofrutícola”. No âmbito da identificação e caraterização das áreas industriais do EFMA foram já contactadas algumas Câmaras Municipais no sentido de obter informação atualizada sobre o tema. Este trabalho, que já produziu os primeiros resultados, está a ser realizado em parceria com o Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) - Projeto Global Find, principalmente na área do levantamento das disponibilidades existentes nos parques industriais da região.

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A gestão de contactos e pesquisa de novos clientes e o acompanhamento dos já existentes decorreu durante período de acordo com o planeado. No gráfico seguinte são traduzidos os contactos realizados por interesse do cliente até ao final do 1.º semestre de 2014:

A exemplo dos trimestres anteriores deu-se continuidade à elaboração de listagens de proprietários para serem facultadas às empresas e a particulares, com o objetivo de promover parcerias. Entre diversas outras atividades referencie-se a organização de dois dias de visitas a explorações agrícolas da empresa “ Aldahra Fagavi”, as visitas com agricultores sul-africanos e consultores líbios, com interesse em investir na região de Alqueva, e a reunião com a empresa Ortega – Puerto de Santa Maria, interessada em fazer parcerias na cultura do algodão, também com agricultores da zona do Empreendimento. Foram igualmente realizadas reuniões com potenciais investidores espanhóis, interessados nas culturas horto-industriais e da luzerna, nas zonas de Ferreira e Ervidel e, por solicitação da empresa Pioneer, foram identificados proprietários que distam 200 metros dos locais onde se está a cultivar milho transgénico. A EDIA conjuntamente com o CEVRM e as Cooperativas Agrícolas Beja e Brinches e de Beringel organizou duas sessões de esclarecimento aos agricultores no sentido de divulgar as potencialidades de produção de plantas aromáticas de regadio em modo de produção convencional na área de influência do EFMA. A 22 de abril realizou-se um “Dia Aberto” sobre estacaria. Participou-se igualmente na 2.ª Conferência Ibérica de Produção de Plantas Aromáticas e Medicinais.

Compra Quer arrendarDisponível para

parceriaVenda Outro

Recebidos 34 73 3 3 2

Efetuados 2 3

N.º de contactos realizados por interesse do cliente

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N.º de Prédios N.º de ProprietáriosÁrea Caderneta

(ha)

Área

Beneficiada

Acumulado a 30 de junho de 2014 112 40 1.367,75 418,30

Neste período decorreu ainda a preparação da realização de ensaios de produção de culturas aromáticas de regadio, conjuntamente com um agricultor e o CEVRM. Quanto à “Academia das Hortícolas de Alqueva” e paralelamente às atividades de experimentação/demonstração, foram dados passos no sentido de estabelecer uma estratégia de articulação com entidades de ensino da região, contribuindo para a sensibilização das crianças para o consumo de produtos hortícolas. A estratégia de realizar ações de experimentação está dependente do desenvolvimento dos Grupos Operacionais de investigação coordenados pelo INIAV para a produção de hortícolas e frutícolas. Neste semestre, deu-se continuidade à disponibilização de prédios rústicos no site da “Bolsa de Terras”, iniciado no último trimestre de 2013. À data da realização deste relatório, a Bolsa de Terras dispõe de 213 prédios rústicos disponibilizados para arrendamento e venda, dos quais 112 foram publicitados pela EDIA GeOp, nos distritos de Beja e Évora, totalizando uma área de 1.368ha. Deste valor, 418ha estão inseridos no regadio de Alqueva, conforme se verifica na tabela e no gráfico apresentados.

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Neste período decorreu igualmente a promoção, divulgação e dinamização da Bolsa de Terras junto de todos os beneficiários inquiridos, instituições bancárias, representantes de agrupamentos de agricultores e todos os agentes com papel relevante no meio rural.

Albufeiras do EFMA – Gestão e Exploração dos Recursos Naturais

Gestão da Água – Estado das Massas de Água e Gestão de Albufeiras Teve continuidade o acompanhamento do cumprimento das conclusões operacionais definidas no “Estudo das Condições Ambientais no Estuário do Rio Guadiana e Zonas Adjacentes - Conclusões Operacionais - Fevereiro de 2005”. Entre outras atividades realce-se, no início do ano, a realização de uma análise comparativa do regime de caudal ecológico definido nas versões de fevereiro e novembro de 2005 referentes ao “Estudo das Condições Ambientais no Estuário do Rio Guadiana e Zonas Adjacentes - Conclusões Operacionais”. No final do semestre foi facultado APA e à CADC o relatório referente à avaliação do cumprimento das condições operacionais estabelecidas para o sistema Alqueva-Pedrógão durante o ano hidrológico de 2012/2013. Prosseguiu o acompanhamento do cumprimento das medidas referentes ao regime de manutenção dos caudais ecológicos da rede primária, em exploração. No que respeita à gestão do plano de água, foram concluídos no final de abril os trabalhos de manutenção da sinalização de segurança das albufeiras de Alqueva e de Pedrógão, que abrangem a sinalização associada à zona de navegação interdita junto às barragens de Alqueva e de Pedrógão e junto à tomada de água dos Álamos. Com o objetivo de determinar o estado de conservação dos elementos metálicos submersos foi realizada uma inspeção subaquática ao sistema de sinalização de segurança da barragem de Alqueva.

EDIA GeOp Outras Entidades44%

45%

46%

47%

48%

49%

50%

51%

52%

53%

54%

EDIA GeOp

Outras Entidades

% do Número de Prédios

Disponibilizados na Bolsa de

Terras

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Decorreu a manutenção da sinalização de segurança de albufeiras da rede primária nas barragens dos Álamos I, II e III, Loureiro, Pisão, Amoreira, Brinches e Serpa, sinalizadas desde 2010. No contexto da promoção da segurança das diversas infraestruturas do EFMA articulou-se ainda internamente a conceção e produção de placas identificativas de locais de acesso restrito do EFMA. Promoveu-se um procedimento de ajuste direto para fornecimento de placas de sinalização de segurança que informem claramente a interdição de entrada nas áreas vedadas pela EDIA, designadamente em reservatórios. No âmbito da candidatura ao LIFE + “INVASEP - Lucha contra espécies invasoras en las cuencas hidrográficas del Tajo y Guadiana en la Península Ibérica” foi concluído o procedimento de ajuste direto para fornecimento de duas estações móveis de desinfeção de embarcações, no contexto da prevenção da entrada do mexilhão-zebra através deste meio, aguardando-se a sua entrega. Nos dias 11 e 12 de junho realizou-se, em Beja, nas instalações da EDIA, uma reunião de acompanhamento do projeto INVASEP LIFE+10/NAT/ES/000582, organizada pela entidade beneficiária principal e pela EDIA, enquanto sócia beneficiária do projeto. Ainda no contexto do combate às espécies invasoras, em especial a associada à disseminação da planta aquática invasora Jacinto de água, presente em território espanhol a montante da albufeira de Alqueva, realizou-se a monitorização preventiva da dispersão desta planta através da inspeção periódica dos materiais retidos na barreira flutuante instalada a montante da ponte da Ajuda, bem como a sua limpeza e manutenção. No âmbito do trabalho de avaliação da eficácia do Dispositivo de Passagem de Peixes de Pedrógão (DPP), cujos equipamentos têm como objetivo a determinação do número de indivíduos das espécies alvo que concretizam a rota migratória da albufeira de Alqueva em direção às zonas de cabeceira do rio Ardila, foi realizada a recolha de dados relativa ao seguimento acústico de peixes e das sondas de oxigénio e temperatura na albufeira de Pedrógão. Foram iniciados os trabalhos de fornecimento e instalação de equipamentos de melhoria do funcionamento deste dispositivo, tendo já sido colocada a barreira flutuante para impedir a acumulação de resíduos na zona de saída do DPP. A estrutura de dissipação já está no local e aguarda-se o agendamento da paragem da central hidroelétrica de Pedrógão para a sua instalação, bem como o fornecimento do equipamento de remoção da espuma dentro da caixa elevatória e do equipamento de lavagem a alta pressão.

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Estratégia para a Conservação e Valorização de Ilhas e Penínsulas de Alqueva Neste semestre foram cumpridas as apresentações das principais conclusões e do modelo de ordenamento previsto no ‘Plano de Gestão das Penínsulas e Ilhas de Alqueva’, de acordo com o constante no Plano de Comunicação e Divulgação da Estratégia para a Conservação e Valorização de Ilhas e Penínsulas de Alqueva. Neste semestre foi ainda aprovado internamente o Plano de Comunicação e Divulgação da candidatura “Estratégia para a conservação e valorização de ilhas e penínsulas de Alqueva”, o qual constitui uma das componentes da referida candidatura ao Inalentejo. Cumprindo as indicações previstas no mesmo, foram apresentados os principais resultados deste projeto às entidades relevantes no território de Alqueva (CCDR–A, APA e ICNF, Municípios da área de influência de Alqueva e Entidade Regional de Turismo do Alentejo). Gestão das Áreas Sobrantes No âmbito da gestão do património rústico, executaram-se, neste semestre, as seguintes tarefas:

Plantação de povoamento florestal misto na herdade das Piteiras; Retancha do povoamento de azinho na herdade dos Estevais; Poda de formação no freixial do povoamento ripícola da Defesa - Margem Esquerda; Poda de formação no choupal do povoamento ripícola da Defesa, com carrego e

destruição da lenha resultante; Destruição de sobrantes do festival Kazantip na herdade dos Bravos; Venda de azinheiras secas da herdade dos Pardieiros; Cedência de terrenos ao Agrupamento Escolar de Mourão; Cedência de instalações da Julioa à Associação de Regantes da Luz; Gradagem do choupal da defesa de S. Brás; Execução de aceiros em diversas parcelas da EDIA Venda de forragem espontânea de algumas parcelas da EDIA Início do estabelecimento de acordos de cedência para exploração apícola; e Limpeza da envolvente do ancoradouro de Alqueva e das instalações do CIAL.

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No final deste período o património rústico era composto por 354 prédios (717 ha), estando disponíveis para arrendamento 313 prédios (342 ha), dos quais 171 (211 ha) estão arrendados, 139 na totalidade e 32 parcialmente. Dos 41 prédios não arrendáveis (375 ha), 16 (3 ha) estão afetos à obra e 25 (372 ha) encontram-se em gestão direta. Existem ainda 7 cedências a que corresponde a área de 5,56 (ha). Ao longo do semestre, e no âmbito do património urbano, foram ainda asseguradas em diversos locais da empresa atividades de gestão, conservação, manutenção e habilitação de edifícios. No que respeita ao edifício sede, referencie-se, neste período, a criação do espaço polivalente para os trabalhadores da EDIA. Utilização Privativa do Domínio Público Hídrico Continuou a ser prestado apoio aos requerentes na instrução dos pedidos de licença/concessão de captação de águas superficiais e analisados os processos que se encontram em tramitação na EDIA. Foram recebidos catorze novos pedidos de captação de água e emitido cinco títulos, com validade superior a um ano. No início do ano teve lugar o processo associado à emissão das notas de liquidação da Taxa dos Recursos Hídricos (TRH) referentes aos títulos de utilização privativa dos recursos hídricos. No âmbito das atividades da Equipa de Fiscalização e Vigilância (EFV) foram efetuadas diversas visitas de campo às zonas de instalação de algumas das captações requeridas, com o objetivo de proceder à caracterização da situação inicial, previamente à emissão dos títulos de utilização privativa, pela EDIA, e de acompanhar a evolução dessas zonas após a sua atribuição. Entre outras atividades, a EFV realizou igualmente trabalhos pontuais de manutenção e reparação, e ações associadas à gestão de recursos naturais, como a recolha de resíduos na área do domínio público hídrico ou o auxílio em ações de controlo de plantas aquáticas.

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1.3.2. Infraestruturas em Construção

Redes Primária e Secundária

Subsistema Alqueva Neste período lançou-se o concurso para a construção de instalação de tamisação no adutor Penedrão/Roxo, conclui-se o processo de erros e omissões dos concursos para a execução das empreitadas de construção do circuito hidráulico Roxo – Sado e do 4.º troço do circuito hidráulico de Vale do Gaio e iniciou-se a apreciação das propostas apresentadas no âmbito deste último concurso. Foi ainda concluída a empreitada de construção da rede viária de Aljustrel. Na rede de rega da empreitada de construção do bloco de rega de Cinco Reis – Trindade foram concluídos os trabalhos de decapagem e tiveram continuidade os trabalhos escavação no bloco da Trindade. Neste bloco prosseguiu a instalação de tubagem de BAA, FFD e PEAD e montagem dos respetivos acessórios. Ainda no bloco da Trindade iniciaram-se os trabalhos de instalação da tubagem de betão DN 1200 e DN 1400 e a montagem dos respetivos acessórios em aço e foram concluídos os trabalhos de instalação da tubagem da conduta de ligação de DN2500 e DN2000, da montagem dos acessórios em aço e execução das respetivas soldaduras. Nos blocos da Trindade e Chancuda referencie-se a execução de ensaios de estanquidade, trabalhos de proteção das ligações aparafusadas e trabalhos de aterros nas condutas já ensaiadas. Foram também realizados ensaios de compactação. Neste período foram concluídas as seguintes perfurações horizontais:

Bloco de Cinco Reis: condutas C1 e C1.1 sob o caminho-de-ferro e condutas C1 e C1.2 sob a Estrada Nacional 18; e

Bloco da Trindade: condutas C7 e C10 sob o caminho-de-ferro. Na estação de filtragem foi concluída a execução do maciço de betão armado dos filtros e do coletor de drenagem. Tiveram início os trabalhos de construção civil do edifício de apoio. Na rede de drenagem concluíram-se os trabalhos de limpeza e reperfilamento e teve início a execução de passagens hidráulicas. Na rede viária iniciaram-se os trabalhos de decapagem e saneamento dos caminhos CS1 e CSA. Ainda neste subsistema procedeu-se à adjudicação, no mês de maio, das empreitadas de construção das infraestruturas de rega, viárias e de drenagem dos blocos de Beringel – Álamo e, no mês de junho, do bloco de Beja (blocos de Beringel-Beja). Decorreu igualmente a análise de propostas e elaboração do respetivo relatório preliminar da gestão e fiscalização do bloco de Beja. Em junho foi ainda adjudicada a empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de drenagem dos blocos de Baronia e Alvito Altos e Alvito Baixo (blocos de Vale de Gaio).

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Neste período procedeu-se ainda à elaboração do relatório preliminar do concurso referente à empreitada de construção do bloco Roxo-Sado e à abertura das propostas da respetiva gestão e fiscalização. Subsistema Ardila Relativamente ao circuito hidráulico Amoreira-Caliços continuaram, na conduta elevatória, os trabalhos de escavação em vala, de montagem da respetiva tubagem em aço, de construção de câmaras de derivação, de ventosas e de descargas de fundo e de realização de aterros. Na barragem de Caliços prosseguiu a construção dos respetivos órgãos de segurança e exploração e realizaram-se trabalhos acessórios de ensecamento da vala corta águas para criação das condições necessárias à execução dos aterros. Há ainda a referir a execução dos aterros experimentais dos materiais constituintes do corpo da barragem e o início da montagem dos coletores de aspiração e de compressão na estação elevatória. Já no que respeita ao circuito hidráulico Caliços-Pias prosseguiram, no adutor gravítico, os trabalhos de escavação em vala, de montagem da tubagem, de execução de aterros e de construção de câmaras de derivação, de ventosas e de descargas de fundo. Na barragem de Pias prosseguem os trabalhos de construção dos órgãos de segurança e exploração, tendo-se concluído a execução dos aterros experimentais bem como da ensecadeira. No final do período registava-se o início da construção do corpo da barragem.

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No mês de maio procedeu-se à adjudicação da empreitada de construção do circuito hidráulico Caliços - Machados. No mês de maio, e quanto à rede secundária de rega, procedeu-se ainda à adjudicação das empreitadas de construção das infraestruturas de rega, viárias e de drenagem dos blocos de Caliços – Machados e de Pias e da gestão e fiscalização do bloco de Pias. Teve ainda lugar a abertura das propostas dos concursos respeitantes às empreitadas de construção do bloco de Moura Gravítico, assim como a elaboração do relatório preliminar da gestão e fiscalização do bloco de Caliços-Machados. Subsistema Pedrógão Na empreitada de construção do adutor de Pedrógão – Margem Direita e barragem de S. Pedro foram concluídos, no início do ano, a quase totalidade dos trabalhos incluídos no âmbito desta obra. Falta apenas terminar a pavimentação do caminho de serviço dos adutores, concluir a montagem das instalações elétricas e de automação e efetuar o comissionamento de todos os equipamentos instalados. Na empreitada de construção do circuito hidráulico S. Pedro-Baleizão prosseguiu a realização das escavações na estação elevatória de S. Pedro, na conduta elevatória, na galeria de interligação das barragens da Amendoeira e da Magra e no caminho de serviço. Prosseguiram, também, os trabalhos de tratamento das fundações dessas barragens e da portela 1, bem como os trabalhos de construção das estruturas da estação elevatória, da adução, tomada de água e descarga de fundo da barragem da Amendoeira, da galeria de interligação e do descarregador de cheias e da tomada de água e descarga de fundo da barragem da Magra. Durante este período concluiu-se a execução dos aterros experimentais dos diferentes materiais constituintes das diversas obras de aterro e iniciaram-se os trabalhos de saneamento das respetivas fundações. No final do semestre encontrava-se, também, praticamente concluído o fornecimento da tubagem em aço da conduta elevatória. Quanto ao circuito hidráulico Baleizão-Quintos prosseguiram, no adutor, os trabalhos de escavação da respetiva vala, de montagem da tubagem de betão armado com alma de aço, de execução de aterros e de construção de câmaras de ventosas e de descargas de fundo. No reservatório do Estácio, prosseguiram os trabalhos de escavação, de execução de aterros e de construção dos seus órgãos de segurança e exploração. No final do período encontrava-se praticamente concluída a montagem da tubagem do adutor e preparava-se o início da execução do sistema de drenagem do reservatório. No mês de maio procedeu-se também à adjudicação da empreitada de construção do circuito hidráulico de S. Matias.

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Na empreitada dos blocos de S. Pedro – Baleizão realizaram-se, na rede de rega, decapagens, escavações e colocação de almofadas de areia. Procedeu-se ainda à colocação de tubagem de BAA nos diâmetros 1.800, 1.400 e 1.200, 900 e 800 e à colocação de tubagem em FFD DN 700 e 600 e em PEAD nos diâmetros 500, 400, 315, 250, 200 e 110. Neste período foram também realizados trabalhos de abertura de vala para a montagem de câmaras de ventosas, descargas de fundo e hidrantes, ensaios na tubagem de BAA DN.800 e atravessamentos de caminhos, estradas e linhas de água. Procedeu-se, por outro lado, à execução de câmaras de válvulas especiais e maciços de nós, ao assentamento de cabo de telegestão em vala e à execução das perfurações horizontais na C4 e C2 nos diâmetros 1400 e 800. Na estação de filtração foi concluída a estrutura de betão e impermeabilização e a montagem de tubagens e acessórios. Quanto à rede viária tiveram início os trabalhos de movimentação de terras no caminho C6 - acesso à estação de filtração da Amendoeira. Relativamente à rede de drenagem executou-se o reperfilamento das linhas de água do Rio Torto e Barranco da Laje e foram realizados trabalhos de limpeza (silvados e canavial) nos barrancos da Maria das Flores, Vale de Cavalos, Barranco da Laje e Vale de Alcaide.

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Ainda neste subsistema, na rede de drenagem da empreitada de construção dos blocos 1, 2 e 3 de Baleizão – Quintos, procedeu-se à limpeza e corte de infestantes na ribeira da Cardeira e nos barrancos do Paraíso, dos Bispos e de Quintos. Procedeu-se ainda ao reperfilamento no barranco dos Bispos. Na rede de rega decorreram trabalhos nos Blocos 1, 2 e 3. No Bloco 1 referenciem-se os trabalhos de assentamento de tubagem, instalação de acessórios, passagem do cabo elétrico da telegestão, aterro de valas e de câmaras, execução de serralharias e preparação de ensaios de estanquidade. Nos Bloco 2 e 3 destaque para as atividades de abertura de vala, aplicação de brita e geotêxtil no fundo de vala, assentamento de tubagem, instalação de acessórios, passagem do cabo elétrico da telegestão, aterro de valas, construção de maciços e de câmaras, aterro de câmaras e ensaios de estanquidade. Na rede viária realizou-se a campanha de prospeção geológica-geotécnica complementar nos caminhos CA01 e CA02. Foram instaladas as passagens hidráulicas nos caminhos CA01 e CA02 e efetuaram-se saneamentos no caminho CA02. Na estação elevatória da empreitada dos blocos 4 e 5 de Baleizão – Quintos foram concluídos os trabalhos de betão armado do edifício e muros da câmara de filtragem e do maciço dos reservatórios hidropneumáticos. Decorreu a montagem do coletor geral de aspiração, coletor de compressão e condutas individuais de aspiração e a instalação dos filtros e dos reservatórios hidropneumáticos. Na conduta elevatória foi concluída a instalação de tubagem em vala e execução do aterro primário e efetuada a ligação ao circuito de compressão da estação elevatória. No que respeita ao reservatório R1 decorreu a montagem das peças em aço das câmaras de válvulas, de descarga de fundo e do caudalímetro eletromagnético e betonagem dos respetivos muros. Procedeu-se à conclusão do pedrapleno e preparação das armaduras para execução da laje de fundo. Foi também concluída a montagem dos elementos prefabricados do reservatório e betonagens complementares, e iniciado o aterro da plataforma exterior, para execução dos arranjos exteriores. Relativamente à rede de rega refiram-se as atividades de abertura de vala, a execução do leito assentamento de tubagem e instalação de condutas em vala e a execução de maciços nos atravessamentos de caminhos e linhas de água. Neste período foi também iniciada a drenagem transversal na rede viária. No mês de maio tiveram ainda lugar as adjudicações das empreitadas de construção das infraestruturas de rega, viárias e de drenagem dos blocos 1 e 2 e dos blocos 3 e 4 de São Matias. Procedeu-se ainda à elaboração dos relatórios preliminares destes blocos (blocos 1 e 2 e blocos 3 e 4 de São Matias).

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No período em análise, realizaram-se, em simultâneo com as empreitadas de construção das redes primária e secundária, as atividades de acompanhamento ambiental em obra e respetivos trabalhos arqueológicos de minimização de impactes em diversas ocorrências patrimoniais de situações desconhecidas identificadas na fase prévia às obras ou no decurso das mesmas.

Ponto de situação do ambiente e património em obra

Rede Empreitada Arqueologia Ambiente

Alqueva Secundária Blocos de Cinco Reis - Trindade Em curso Em cursoSem constrangimentos ambientais e

patrimoniais

Circuito Hidráulico Amoreira-Caliços Em curso Em cursoSem constrangimentos ambientais e

patrimoniais

Circuito Hidráulico Caliços-Pias Em curso Em cursoSem constrangimentos ambientais e

patrimoniais

Adutor de Pedrógão e Barragem de São Pedro Concluído Em curso Aguarda-se relatório final de ambiente

Circuito Hidráulico de São Pedro-Baleizão Em curso Em cursoSem constrangimentos ambientais e

patrimoniais

Circuito Hidráulico de Baleizão-Quintos Em curso Em cursoSem constrangimentos ambientais e

patrimoniais

Bloco de São Pedro-Baleizão Em curso Em cursoSem constrangimentos ambientais e

patrimoniais

Bloco 1, 2 e 3 de Baleizão-Quintos Em curso Em cursoAlguns constrangimentos na temática

patrimonial

Bloco 4 e 5 de Baleizão-Quintos Em curso Em cursoSem constrangimentos ambientais e

patrimoniais

AcompanhamentoObservações

Ardila Primária

Pedrogão

Primária

Secundária

SubsistemaDesignação

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1.3.3. Projetos em Curso

Redes Primária e Secundária

Neste semestre procedeu-se à análise de diversos pedidos de agricultores para alteração das bocas dos blocos agora em adjudicação, assim como à apreciação de diversas soluções requeridas por agricultores para a utilização/captação de água nas infraestruturas do EFMA. Procedeu-se ainda à preparação e elaboração dos termos de referência para o lançamento do concurso para a área de rega da Povoa-Amareleja. Neste período realcem-se ainda as seguintes atividades:

Análise de fornecimento de água do EFMA para a albufeira da Vigia, tendo a EDIA estudado uma solução onde se utiliza a E.E. 4. do bloco 4.1 do Monte Novo para elevar a água até ao reservatório intermédio e depois, graviticamente, até ao bloco da Vigia. Procedeu-se à elaboração do projeto de execução da solução estudada pela EDIA, tendo o mesmo sido entregue à Direção-Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR) e à Associação de Regantes da Vigia;

Análise do pedido de fornecimento de água da Fundação Eugénio de Almeida através de uma derivação do nó 1 da conduta principal do bloco 4.a do Monte Novo. O projeto e conceção da solução foi analisada e aprovada pela EDIA. Esta solução já foi implementada no terreno e vai beneficiar cerca de 400 hectares no bloco 4A do Monte Novo;

Análise da utilização do SIGOPRAM (ferramenta de dimensionamento e análise de funcionamento hidráulico de redes de rega), aplicando-a a blocos já projetados, de forma a auferir a qualidade do dimensionamento do mesmo, comparando os resultados com os projetos de execução existentes. Este programa já foi aplicado na análise de uma nova ligação no bloco de Serpa Pias 2;

Desenvolvimento de soluções de captações e de circuitos hidráulicos expeditos para implementação pelos interessados, de modo a assegurar o acesso à água em tempo útil (algumas destas soluções já foram implementadas);

Pormenorização dos circuitos hidráulicos e dos blocos para elaboração dos termos de referência para os concursos dos projetos de execução da zona de Reguengos e Póvoa-Amareleja, a lançar nos próximos trimestres;

Preparação do layout do bloco de Moura (pressão) para elaboração dos termos de referência para o concurso do projeto de execução do bloco; e

Análise e aprofundamento das áreas limítrofes de forma a constituir uma base de estudo adequada. Este estudo consistiu no traçado das redes secundárias, localização de reservatórios, estações elevatórias e hidrantes.

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Subsistema Alqueva No Projeto de Execução para a instalação grupos 3 e 4 da estação elevatória dos Álamos decorreram reuniões entre a EDIA, projetista e outras entidades (EDP). Foram entregues notas técnicas com o levantamento de pontos críticos, análise de soluções de arranque dos grupos, análise de funcionamento do sistema em regime transitório, proposta de localização e faseamento dos grupos. Relativamente à revisão do projeto de execução do Circuito Hidráulico Roxo-Sado e respetivo bloco procedeu-se à elaboração do relatório final e iniciou-se o desenvolvimento dos trabalhos de revisão do projeto. Procedeu-se ainda à entrega do relatório final da revisão de projeto aos projetistas. Em termos de procedimento de AIA foi dada cabal resposta à APA relativamente às ‘Condicionantes e Elementos a Apresentar’, aguardando-se a respetiva resposta desta entidade. Relativamente ao Projeto de Execução do 4.º Troço de Vale de Gaio foi entregue a versão final do projeto com a inclusão do tamisador face ao descrito na DIA, tendo sido retirada do projeto a central hidroelétrica. No que respeita ao Projeto de Execução da Ligação ao Sistema de Adução de Morgavel, ocorreram reuniões com diversas entidades e o projetista para resposta à DIA. Foi elaborado e entregue o estudo relativo à viabilidade de uma solução alternativa que utiliza o traçado do troço final do distribuidor do Monte Novo da Associação de Beneficiários do Roxo (ABRoxo). Este estudo foi enviado para as entidades envolvidas no processo (ABRoxo e Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural - DGADR) para análise e parecer. Na componente ambiental foi rececionada resposta da APA relativamente às ‘Condicionantes ao Projeto e Elementos a Apresentar’ enviados pela EDIA para esta entidade. Na sequência desta resposta, aguarda-se parecer da Associação de Beneficiários do Roxo para se poder concluir o procedimento de AIA. Nos Blocos de Vale de Gaio e nos Blocos de Beringel-Beja continua a aguardar-se resposta da APA à documentação enviada pela EDIA para efeitos de conclusão do procedimento de AIA. No que respeita ao Modelo de Simulação e Otimização do Funcionamento do Subsistema de Alqueva (ALWAYS), foram desenvolvidos vários cenários para análise dos seus resultados. Foram simulados cenários de exploração da rede primária para o ano de 2014. Na sequência das simulações efetuadas decorre o seu processo de calibração face aos consumos registados, para quantificação do desvio do Modelo e análise, com melhor fiabilidade, os seus resultados.

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Subsistema Ardila No Circuito Hidráulico de Amoreira - Caliços foi rececionada resposta favorável da APA relativamente ao documento enviado pela EDIA dando cumprimento ao solicitado no ponto vii da alínea e) dos ‘Elementos a Apresentar’, relativo à alteração da localização dos estaleiros. Quanto ao Circuito Hidráulico de Caliços – Pias recebeu-se da Autoridade de AIA resposta positiva ao pedido de prorrogação da DIA, datado de junho de 2012. No que respeita ao Circuito Hidráulico de Caliços – Machados aguarda-se resposta da APA ao ofício enviado pela EDIA relativamente às Condicionantes ao Projeto e Elementos Apresentar. Quanto aos Blocos de Pias continua a aguardar-se parecer da APA relativamente à resposta enviada pela EDIA no que concerne às ‘Condicionantes e Elementos a Apresentar’. Quanto à revisão do Projeto de Execução do Bloco de Moura Gravítico, teve lugar a receção da resposta favorável da APA ao pedido de prorrogação de prazo da DIA solicitado pela EDIA. Recebeu-se igualmente resposta favorável da APA relativa ao envio das ‘Condicionantes ao projeto e Elementos a Apresentar’. No projeto de Emparcelamento Rural Integrado dos Coutos de Moura foi rececionada a DIA tendo-se iniciado o período de análise das condicionantes propostas, que terminou em janeiro de 2014. Na sequência da análise anterior foi exercido pela EDIA, o direito de apresentar os argumentos de facto que consubstanciam o seu entendimento relativamente à redação desta proposta. Teve lugar uma reunião entre a EDIA e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), onde foi solicitada a preparação de um documento, no qual se explanasse toda a argumentação necessária que consubstanciasse o pedido de alteração de redação de algumas das medidas presentes na proposta de DIA. O documento foi apresentado no início de fevereiro e foi sujeito à aprovação de várias entidades. Após a emissão da Declaração de Impacte Ambiental (emitida a 11 de fevereiro), foi aberto o 3.º período de exposição do projeto de emparcelamento dos Coutos de Moura que se concluiu, com uma reclamação em 30 de maio de 2014, tendo o projeto nesta data ficado aprovado por todos os intervenientes. Aguarda-se a sua aprovação por resolução de Conselho de Ministros. Para conclusão do procedimento de AIA, está em curso a preparação de resposta aos ‘Elementos Condicionantes e a Apresentar’ da DIA. Decorreu a preparação do layout para elaboração dos termos de referência da área de rega do Moura Pressão, que engloba a zona do Emparcelamento dos Coutos de Moura. Procedeu-se ainda à preparação e elaboração dos termos de referência para o lançamento do concurso para a área de rega da Povoa-Amareleja.

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Subsistema de Pedrógão No circuito hidráulico de S. Matias foi rececionada resposta favorável da APA ao pedido de prorrogação de prazo da DIA solicitado pela EDIA. Quanto ao circuito hidráulico de Baleizão - Quintos e respetivo bloco, foi recebida resposta da APA relativamente às ‘Condicionantes e Elementos a Apresentar’, enviados pela EDIA em agosto de 2012. Nos circuitos hidráulicos de S. Matias e S. Pedro-Baleizão e respetivo bloco continua a aguardar-se resposta da APA, a informar da conclusão do procedimento de AIA.

Procedimentos Expropriativos

Com o objetivo de proceder à expropriação de imóveis necessários à construção atempada das infraestruturas integradas no EFMA, e objeto dos contratos em que a Empresa está envolvida, durante este trimestre tiveram lugar várias tarefas com a finalidade de assegurar os diversos procedimentos expropriativos associados aos projetos em curso, com intervenções em várias áreas geográficas do Empreendimento. Paralelamente às atividades de avaliação, negociação e aquisição de imóveis, as atividades desenvolvidas abarcam ainda:

O reconhecimento e caraterização das áreas a expropriar; A elaboração das bases de avaliação respetivas ao processo; A avaliação das áreas a expropriar; A avaliação de danos ou prejuízos causados; A preparação e instrução dos processos para obtenção da Declaração de Utilidade

Pública (DUP); A negociação das indemnizações; A formalização de escrituras ou autos de expropriação amigável; A execução de todos os procedimentos legais para disponibilização dos terrenos não

acordados amigavelmente; O acompanhamento dos processos litigiosos; e O acompanhamento das obras.

Relativamente aos projetos em fase inicial do processo expropriativo teve lugar a verificação/validação do projeto de expropriações, o envio do pedido de DUP, o reconhecimento das áreas a intervencionar, a elaboração de bases de avaliação e a notificação de todos os proprietários e interessados do início do projeto. Nos projetos em curso salientem-se, neste período, os trabalhos de levantamentos de campo, a realização de vistorias ad perpetuam rei memoriam, avaliações, negociações, a realização de autos de expropriação amigável e acordos de indemnização, a realização de registos e o acompanhamento de situações resultantes de obra. Quanto aos projetos em fase final do processo expropriativo procedeu-se ao acompanhamento de comissões arbitrais e peritagens, à regularização de situações de registo e ao acompanhamento de situações resultantes das obras.

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Em termos de intervenção, e de acordo com a fase em que se encontram os respetivos processos expropriativos, destacam-se, no final do 1.º semestre, os seguintes projetos: Projetos em fase inicial:

Bloco de Rio de Moinhos (Roxo-Sado) Circuito hidráulico Roxo-Sado Circuito hidráulico Torrão a Vale de Gaio

Projetos em curso:

Circuito hidráulico Caliços-Machados Circuito hidráulico de S. Matias Bloco Caliços Machados Bloco Moura Gravítico Bloco de S. Matias Bloco Beringel-Beja Bloco Baleizão-Quintos Circuito hidráulico Baleizão-Quintos Circuito hidráulico Caliços-Pias e barragem de Pias Bloco de Pias Bloco de Vale de Gaio Bloco de Aljustrel (Rede Viária)

Projetos em fase final:

Circuito hidráulico Amoreira-Caliços e barragem dos Caliços Circuito hidráulico S. Pedro-Baleizão Circuito hidráulico de Pedrógão Margem Direita Bloco de Cinco Reis-Trindade Bloco de S. Pedro-Baleizão Bloco de Ervidel Adutor Pisão-Beja Adutor Pisão-Roxo

Neste período procedeu-se ainda à elaboração das bases de avaliação dos seguintes projetos: Circuito hidráulico Caliços-Machados e bloco Caliços-Machados, bloco de Moura-Gravítico, circuito hidráulico Roxo-Sado e bloco de Rio de Moinhos e circuito hidráulico Torrão a Vale de Gaio (estas bases ainda não estão concluídas estão a ser elaboradas). Na sequência da alteração do Decreto-Lei 21-A/98, foi publicado do Decreto-Lei n.º 86/2014 de 28 de maio (publicado no Diário da República n.º 102 de 28.05.2014) e foram publicadas as seguintes DUP: bloco de Beringel-Beja e bloco de Moura-Gravítico. No âmbito dos concursos públicos para contratação de bolsa de peritos avaliadores para prestação de serviços de validação de avaliações foram efetuadas um total de 849 validações neste período. Nos quadros seguintes apresenta-se a execução de cada projeto durante o período, designadamente, o número de prédios avaliados, aprovados e acordados, o número de autos de expropriação efetuados e situações em litígio:

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 P ro jet o – Rede P r im ár ia P réd ios A val iados P réd ios A provados P réd ios A co rdados A ut os Efet uados L i t íg io s

Barragem de Alqueva 1 1 1 1 1

Rede Viária de Alqueva 1 1 1 1 0

Canal Alvito-Pisão 3 3 1 1 0

Adutor Pisão-Roxo 1 1 1 1 0

Circuito Hidráulico S.Pedro-Baleizão 3 3 1 1 0

Barragem de Brinches 0 0 0 2 0

Circuito Hidráulico Baleizão-Quintos 0 0 0 1 0

Circuito Hidráulico Amoreira-Caliços 2 2 2 2 0

Circuito Hidráulico Caliços-Pias 3 3 4 3 0

Circuito Hidráulico de S.Matias 7 7 0 0 0

TOTA L REDE P RIMÁ RIA 21 21 11 13 1

P ro jet o – Rede Secundár ia P réd ios A val iados P réd ios A provados P réd ios A co rdados A ut os Efet uados L i t íg io s

Bloco Alvito-Pisão 1 1 1 1 0

Bloco do Monte Novo 0 0 0 1 0

Bloco de Selmes e Pedrógão 0 0 0 2 0

Bloco de Brinches 0 0 0 8 1

Bloco de Brinches-Enxoé 0 0 1 1 0

Bloco de Serpa 3 3 3 0 0

Bloco de Pias 0 0 5 35 0

Bloco de Moura-Gravítico 46 41 0 0 0

Bloco de Ferreira, Figueirinha e Valbom 1 1 1 1 0

Bloco de S. Pedro-Baleizão 8 6 9 13 0

Bloco de Aljustrel 135 135 28 18 0

Bloco de Beringel-Beja 206 204 121 32 0

Bloco de Baleizão-Quintos 17 17 21 53 0

Bloco de S.Matias 96 96 35 0 0

Bloco de Vale de Gaio 0 0 0 38 0

TOTA L REDE SECUNDÁ RIA 513 504 225 203 1

TOTA L REDE P RIMÁ RIA E REDE SECUNDÁ RIA 534 525 236 216 2

Projeto Prédios Avaliados Prédios Aprovados Prédios Acordados Autos Efetuados Litígios

Rede Primária 21 21 11 13 1

Rede Secundária 513 504 225 203 1

TOTAL 534 525 236 216 2

Rede Primária

Prédios Avaliados

PrédiosAprovados

PrédiosAcordados

Autos Efetuados

Litigios

Rede Secundária

Prédios Avaliados

PrédiosAprovadosPrédiosAcordadosAutos Efetuados

Litigios

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1.3.4. Património, Ambiente e Ordenamento do Território

Património Cultural

Prosseguiu o acompanhamento, no âmbito do protocolo celebrado entre a EDIA e a DRCALEN, dos trabalhos de arranjo gráfico e impressão das monografias relativas aos trabalhos arqueológicos realizados no âmbito do “Plano de minimização de impactes arqueológicos no regolfo de Alqueva”, tendo sido entregues, neste período, 4 volumes desta coleção. A exposição “Barca do Xerez de Baixo: um testemunho resgatado à História” contínua patente ao público, na entrada do edifício sede da EDIA, pretendendo-se dar a conhecer o perfil arqueológico removido do importante sítio pré-histórico da Barca do Xerez de Baixo. Edição do mapa suplemento sobre as vertentes de Ambiente e Património no EFMA no número de Abril da revista National Geographic. Esta iniciativa foi financiada pelo INALENTEJO e visa dar a conhecer a um público alargado as mais-valias que o projeto tem possibilitado ao nível destas temáticas. Medidas de Minimização Prévias à Obra Redes Primária e Secundária

Troço de Ligação Pisão-Beja Análise de relatórios finais de intervenções arqueológicas de minimização de impactes sobre o património cultural decorrentes do processo de AIA do projeto.

Blocos de Rega de Ervidel Análise de relatórios finais de intervenções arqueológicas de minimização de impactes sobre o património cultural definidos na DIA do projeto e executados no âmbito do C.P. n.º 25/2010.

Barragem da Laje Análise do relatório final do acompanhamento técnico dos trabalhos de proteção e selagem do sítio Torre velha 1 definidos na DIA do projeto.

Circuito Hidráulico S. Pedro - Baleizão e Bloco Continuação da intervenção arqueológica no sítio Magra 3, enquadrada pelo C.P. n.º 02/2014. Lançamento de novo procedimento para continuação dos trabalhos arqueológicos no sítio Magra 3 (C.P. n.º 17/2014). Foi efetuada a análise das propostas e respetivo relatório preliminar.

Circuito Hidráulico Baleizão – Quintos e Blocos Em curso os trabalhos de campo, associados ao C.P. n.º 07/2013, referentes às minimizações de impactes definidas para os sítios Monte das Cabeceiras 2 e Salvada 10. Estas minimizações decorrem do processo de AIA deste projeto e vêm na sequência dos resultados das intervenções executadas ao abrigo do C.P. n.º 08/2012. Análise dos relatórios dos trabalhos arqueológicos de decapagem mecânica efetuados ao abrigo do C.P. n.º 07/2013.

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Circuito Hidráulico S. Matias e Blocos Em curso os trabalhos referentes ao procedimento C.P. n.º 15/2013, para a realização de trabalhos arqueológicos de minimização de impactes definidos na DIA do projeto como de execução prévia à obra.

Circuito Hidráulico Caliços – Machados e Blocos Foram concluídos os trabalhos arqueológicos no sítio Monte dos Coteis 3 (C.P. n.º 02/2013), a afetar pela construção da Estação Elevatória de Caliços. Neste âmbito foi analisada a nota técnica entregue com o final dos trabalhos de campo. Encontram-se em fase de preparação os trabalhos referentes ao procedimento C.P. n.º 23/2013, para a realização de trabalhos arqueológicos de minimização de impactes definidos na DIA do projeto como de execução prévia à obra. Serão iniciados em breve.

Blocos de Vale de Gaio Foram iniciados os trabalhos de prospeção arqueológica referentes ao procedimento C.P. n.º 24/2013, para a realização de trabalhos arqueológicos de minimização de impactes definidos no DIA do projeto como de execução prévia à obra. Os restantes trabalhos previstos no âmbito deste procedimento encontram-se em fase de preparação e serão iniciados em breve.

Blocos de Rega de Beringel – Beja Encontram-se em curso os trabalhos associados ao procedimento C.P. n.º 14/2013, referentes à realização de trabalhos arqueológicos de minimização de impactes definidos na DIA do projeto como de execução prévia à obra. Análise do relatório preliminar dos trabalhos de prospeção arqueológica definidos na DIA do projeto e previstos no âmbito do C.P. n.º 14/2013. Destes trabalhos decorre a necessidade de realizar intervenções em novas ocorrências patrimoniais.

Blocos de Cinco Reis – Trindade Análise de relatórios finais de intervenções arqueológicas de minimização de impactes sobre o património cultural definidos na DIA do projeto e executados no âmbito do C.P. n.º 07/2012.

Bloco de Moura Gravítico Lançamento do C.P. n.º 13/2014, que inclui a realização de trabalhos arqueológicos de minimização de impactes definidos na DIA do projeto como de execução prévia à obra. Foi efetuada a análise de propostas e elaborado o respetivo relatório preliminar do júri.

C.H. Roxo-Sado e Bloco e Adução ao Sistema Adutor de Morgavel Lançamento do C.P. n.º 15/2014, que inclui a realização de trabalhos arqueológicos de minimização de impactes definidos na DIA do projeto como de execução prévia à obra. Encontra-se em curso a análise das propostas apresentadas.

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Ambiente

Documentação enviada às entidades competentes (Fase de Construção e Fase de Exploração) Por forma a dar resposta a algumas das medidas correspondentes às fases de construção e exploração das DIA’s dos projetos associados a perímetros de rega, procedeu-se ao envio de documentos de resposta às entidades competentes (APA, CCDR-A e ARH-A). Atividades decorrentes da Fase de Exploração Para a fase de exploração dos diferentes projetos, torna-se necessário proceder ao desenvolvimento e implementação de medidas específicas constantes nas DIA´s, que apontam para a minimização e compensação de impactes ambientais. Para este efeito, encontram-se em desenvolvimento, e alguns deles já concluídos, os seguintes processos:

“Programa de Medidas Compensatórias para a Ictiofauna Autóctone e Continental da Bacia Hidrográfica do Sado (PMC Sado)”;

“Charcos Temporários Mediterrânicos”; “Compensação pelo Abate de Quercíneas”; “Projeto de Recuperação Paisagística para a Albufeira do Pisão”; e “Projeto de Enquadramento e Recuperação Paisagística das Barragens da Amoreira,

Brinches e Serpa (PERP) e Projetos de Reabilitação de Linhas de Água dos Projetos de Execução do Bloco de Rega de Serpa e do Bloco de Rega Brinches-Enxoé (PRLA Sul) e do Bloco de Rega Orada-Amoreira e Bloco de Rega de Brinches (PRLA Oeste)”.

Outros Preparação e realização de ações de sensibilização de atividades pedagógicas na vertente ambiental, nomeadamente:

“Vamos adotar um girino”: realização de ação com alunos do 1.º e 2.º ciclos; e “Aprender com as nossas ribeiras”: realização da ação para alunos do 2º ciclo.

Foi ainda dada continuidade à colaboração entre a EDIA e o ICNF, na realização dos censos de aves aquáticas e colónias nidificantes, iniciado em 2006 para a albufeira de Alqueva e Pedrógão. Até à data, para além da albufeira de Alqueva, este trabalho está já a ser desenvolvido para outras albufeiras do EFMA. Prosseguiu o apoio à monitorização dos morcegos cavernícolas nos abrigos de Alqueva, Pedrogão, Mina dos Mocissos (Rosário-Alandroal), Mina da Preguiça (Sobral da Adiça- Moura) e Algar do Guano (Sobral da Adiça- Moura) no seguimento da colaboração entre a EDIA e o ICNF. Teve continuidade a monitorização de temperaturas e humidades com vista à recuperação do abrigo de Pedrogão. Referencie-se também a colaboração nos trabalhos de limpeza das espaldas dos reservatórios de Alfundão, Ervidel e Serpa.

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Divulgação Ambiental No dia 23 de maio foram realizadas ações de divulgação do DPP com os alunos do primeiro ciclo de Pedrógão do Alentejo e com os colaboradores da EDIA, no âmbito da comemoração do Dia Mundial dos Peixes Migradores – 24 de maio. Neste dia foi ainda disponibilizado ao público em geral, no site da EDIA, a plataforma digital de interpretação do DPP. No dia 19 de junho realizou-se a conferência “Trabalhos de Biologia nas Albufeiras de Alqueva e Pedrógão”, nas instalações da EDIA, onde foram apresentados alguns dos trabalhos de biologia promovidos pela EDIA e por entidades parceiras nas albufeiras Alqueva e Pedrógão e respetivas envolventes. Esta atividade foi enquadrada no projeto ADLA – Ações para o Desenvolvimento das Terras do Grande Lago. Encontra-se em preparação um elemento de divulgação digital dos valores naturais das áreas de Alqueva e Pedrógão, o qual está enquadrado na candidatura ADLA. Participação em Projetos de Investigação Neste período foi ainda prestado apoio à Universidade de Évora no âmbito da participação da EDIA no projeto ALEX 2014: ALqueva hydro-meteorological EXperiment, o qual tem como objetivo a realização de uma campanha meteorológica singular em Alqueva – junho a setembro de 2014, cujo objetivo é a obtenção de dados que permitam caracterizar bem a massa de água, a camada limite atmosférica e as transferências entre a superfície e a atmosfera. Durante um período de cerca de três meses, serão realizadas um conjunto de medidas contínuas de vários parâmetros na albufeira de Alqueva, incluindo os fluxos de energia (calor radiativo e sensível e latente), CO2 e H2O, e executados perfis térmicos da coluna de água. Serão ainda medidas variáveis meteorológicas de superfície (temperatura, humidade, vento, precipitação e pressão), sendo que estas atividades terão um programa próprio de observação integrado na campanha.

Monitorização Ambiental

No domínio da monitorização ambiental, e face ao número de programas de monitorização em curso, optou-se por sistematizar a informação relativa aos mesmos por sistema Alqueva-Pedrógão e rede primária e rede secundária, efetuando um ponto de situação do seu estado de execução para cada programa, sem prejuízo de ser apresentada uma descrição mais exaustiva dos trabalhos decorridos no período.

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PROGRAMAS DE MONITORIZAÇÃO DO SISTEMA ALQUEVA – PEDRÓGÃO E REDE PRIMÁRIA

Sistema Alqueva - Pedrógão e Rede Primária

Programas de Monitorização

Estado das Águas de Superfície e Estado das Águas Subterrâneas

Monitorização dos Recursos Hídricos Superficiais da Rede Primária do EFMA (Ano Hidrológico 2012/2014) Em curso

Monitorização dos Potenciais Impactes da Transferência da Água Guadiana-Sado na Ictiofauna (2014) Em preparação

Monitorização dos Recursos Hídricos Superficiais da Rede Primária do EFMA (Ano Hidrológico 2014/2017) Em preparação

Monitorização dos Recursos Hídricos na Área dos Circuitos Hidráulicos de Amoreira-Caliços e Caliços-Pias para a Fase de Construção Em curso

Fauna, Flora e Vegetação

Monitorização da Eficácia das Medidas de Minimização do Efeito Barreira e do Efeito Armadilha Em curso

Avaliação da Eficácia do Dispositivo de Passagem de Peixes da Barragem de Pedrógão (Monitorização) Em curso

Monitorização da Avifauna na Área do Sistema Alqueva-Pedrógão Em curso

Acompanhamento das Caixas para Morcegos na Envolvente das Albufeiras de Alqueva e Pedrógão Em curso

Ponto de S ituação

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Rede Secundária de Rega

Programas de Monitorização

Estado das Águas de Superfície e Estado das Águas Subterrâneas

Monitorização dos Recursos Hídricos na Área dos Blocos de Rega de Cinco Reis e Trindade – Fase de Construção Em curso

Programa Global para a Monitorização dos Recursos Hídricos Subterrâneos do EFMA - Fase de Exploração Em curso

Monitorização dos Recursos Hídricos na Área dos Blocos de Rega em Fase de Exploração – 2014 Em curso

Monitorização dos Recursos Hídricos para a Fase de Construção das Infraestruturas do EFMA – 2014/2015 Em curso

Fauna, Flora e Vegetação

Monitorização de Linaria ricardoi na Rede Secundária de Rega 2013 Em curso

Programa Global para Monitorização da Avifauna da Rede Secundária de Rega do EFMA – fase de exploração Em curso

Caracterização da Situação de Referência da Avifauna da Rede Secundária de Rega (2014) Em curso

Solos

Monitorização do Solo – Caraterização da situação de referência nos blocos de rega de Aljustrel, Ervidel, Beringel-Beja e São Pedro Baleizão Em curso

Ponto de S ituação

PROGRAMAS DE MONITORIZAÇÃO DA REDE SECUNDÁRIA

1

Durante o semestre foram assegurados os trabalhos associados à prestação de serviços referente ao concurso público n.º 3/2012 para “Manutenção das Estações Automáticas Integradas na Rede Específica de Monitorização do Sistema Alqueva – Pedrógão (2012/2013)”, tendo-se realizado as respetivas ações de manutenção. Mensalmente é disponibilizada uma breve síntese com os resultados das monitorizações promovidas na rede primária do EFMA em fase de exploração. Decorreu ainda a elaboração do processo de concurso com vista à execução de um estudo que visa avaliar de forma integrada os dados históricos da monitorização efetuada na rede primária do EFMA, considerando não só a componente físico-química, mas também a componente ecológica. No dia 12 de maio tiveram lugar os trabalhos de campo para monitorização da qualidade da água afluentes às albufeiras do Pisão, Amoreira, Brinches, Serpa e Laje, que serão alvo de relatório.

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Sistemas de Gestão na Área Ambiental

Sistemas de Informação de Recursos Hídricos de Alqueva (SIRHAL) Teve continuidade a divulgação diária de um Boletim com informação sobre a evolução do volume armazenado e variação diária das cotas das albufeiras de Alqueva e de Pedrógão, bem como informação diária acerca dos caudais registados a montante e jusante do sistema Alqueva-Pedrógão. A atualização deste boletim é disponibilizada diariamente através do site da EDIA. Com o objetivo de efetuar o controlo do caudal registado vs o valor de caudal ecológico necessário a assegurar no Sistema Alqueva-Pedrógão é efetuada a análise dos caudais descarregados e dos valores registados no rio Guadiana e divulgado o valor do caudal ecológico a cumprir no mês seguinte. Sempre que solicitado pelos regantes foram disponibilizados os resultados da monitorização dos recursos hídricos superficiais referentes à rede primária de abastecimento de água. Procedeu-se ainda à divulgação interna do regime de caudais ecológicos para a rede primária do EFMA, atualmente em exploração. Esta divulgação tem uma periodicidade mensal. Com a entrada em exploração das diversas infraestruturas que constituem o Empreendimento, a EDIA tem promovido a implementação de um conjunto de programas de monitorização ambiental relativamente à conceção e desenvolvimento do sistema de informação de suporte à monitorização ambiental do EFMA, componente de recursos hídricos. Neste contexto, encontra-se em curso o desenvolvimento de um sistema de informação de suporte à monitorização ambiental do EFMA – componente dos recursos hídricos, que permitirá facilitar o processo de decisão, planeamento, controlo e exploração, gerando valor acrescentado e vantagens competitivas para a Empresa. Neste período foi ainda adjudicado o desenvolvimento do sistema de informação de suporte à monitorização dos solos do EFMA Com este trabalho pretende-se robustecer o Sistema de Informação de Suporte à Monitorização dos Solos do EFMA (SISMS), já desenvolvido pelo COTR para três blocos em 2009, de modo a permitir analisar a evolução dos solos da área regada.

Ordenamento do Território

Após a entrega, em meados de 2013, do documento: “Proposta de Modificação do Plano de Ordenamento das Albufeiras de Alqueva e Pedrogão”, concertado com os municípios, a APA enviou resposta à EDIA, a 28 de abril, no âmbito da qual apresentou uma análise e ponderação das temáticas abordadas no referido documento, bem como o enquadramento das situações passíveis de alteração ou revisão do POAAP. Propõe ainda a APA avançar inicialmente com a alteração do POAAP visto este ser um processo mais célere. A 17 de junho a EDIA reuniu com a ATLA e Municípios para concertação na resposta a enviar à APA e das etapas seguintes deste processo.

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1.3.5. Projetos Especiais

Parque de Natureza de Noudar

No 1.º semestre de 2014 foi dada continuidade ao maneio do efetivo bovino do Parque, tendo-se procedido à aquisição de um touro reprodutor mertolengo. Efetuou-se o controlo reprodutivo, despiste de tuberculose, tratamento sanitário e ferra da vacada. Em termos de equipamento pecuário foram adquiridas cancelas de apoio ao maneio do gado. Neste período teve continuidade a gestão de hortas e pomares da propriedade, com os amanhos e granjeios típicos da época. Na gestão cinegética decorreu a apresentação de calendário e novo preçário de 2014 e teve lugar a aquisição de cereal para caça maior (cevadouros). Procedeu-se à preparação da época de caça às rolas e pombos, instalação dos comedouros e venda das respetivas posições (“portas”). Foram realizadas seis jornadas cinegéticas de esperas aos javalis. Em termos florestais referencie-se a poda de manutenção das azinheiras. Procedeu-se também à aquisição de duas portas para construção agrícola e de cinco armadilhas para predadores. Indique-se, por outro lado, a instalação de vedação na estrema do PNN, nas margens da Múrtega. Neste período referencie-se ainda a preparação, contratação de pessoal e início da vigilância de fogos 2014 (15 de junho) e a desmatação de algumas zonas da herdade.

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No período procedeu-se ainda à execução de aceiros, ao corte, recolha e acondicionamento de feno e à instalação de culturas para a fauna (culturas de primavera). No âmbito da reintrodução do lince no PNN destaque-se, neste período, a construção do cercado e de marouços para coelho-bravo, as duas aquisições de coelho-bravo no âmbito do projeto Iberlinx II (prorrogado até ao final do ano), e a captura, vacinação, marcação e libertação de coelhos. Teve início o procedimento de ajuste direto para a monitorização da biodiversidade, no âmbito do projeto IBL II e realizaram-se obras de calafetagem no restaurante, para impedir acesso pela colónia de morcegos (plano de exclusão de quirópteros). Decorreu também o acompanhamento da produção gráfica/impressão de dois guias de natureza “Aves Nidificantes” e “Flora Herbácea” e a reorganização guias de natureza ‘Aves Nidificantes’ e ‘Flora Herbácea’ PNN. Na vertente turística prosseguiram os serviços de alojamento (841 hóspedes e 1.453 refeições). O PNN recebeu ainda 1.160 visitantes neste período. Teve continuidade a implementação e organização de atividades interpretativas. Entre outras iniciativas, identifique-se o Programa Mobilidade de Educadores (FCG), os Grupos Jovens Repórteres para o Ambiente e Festival Terras Sem sombra, a preparação do ‘Concurso Histórias da Coitadinha’ e a receção de dois telescópios e formação Dark Sky. Ao longo do semestre tiveram igualmente continuidade as visitas das escolas ao Parque.

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Em junho iniciou-se a realização dos campos de férias – verão 2014 no Parque de Natureza de Noudar.

De entre as múltiplas atividades de divulgação e promoção levadas a cabo, mencione-se a conclusão do Projeto Reabilitação Comunicacional (Universidade de Évora), a contratação da produção de infografia do PNN e a reportagem ‘Minuto Verde’ (RTP 1). Neste semestre procedeu-se ao acompanhamento do procedimento do novo site PNN, iniciaram-se os trabalhos de conceção do novo logotipo e identidade corporativa do Parque e foram definidos os conteúdos para os novos mapas e painéis informativos. Referenciem-se ainda os trabalhos preparatórios para a abertura do Castelo de Noudar, juntamente com a Câmara Municipal de Barrancos e DRACALEN e a proposta para renovação da sinalética urbana (pedido de autorização à Câmara de Barrancos e Estradas de Portugal). No âmbito do património urbano foram ainda efetuadas diversas intervenções de gestão, manutenção e melhorias nalguns edifícios e instalações, instalações e equipamentos, tendo sido igualmente assegurada a manutenção de espaços exteriores da herdade.

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Museu da Luz

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Ao longo do 1.º semestre de 2014 o Museu da Luz deu continuidade às atividades programáticas que abrangem as diferentes áreas da sua ação. No programa expositivo decorreu a preparação para a reposição da Sala da Memória (reformulação com inclusão de objetos arqueológicos) e para a exposição da Sala da Água (reedição parcial da ‘Aldeia Dupla’) - exposições temporárias de longa duração. Quanto a exposições temporárias de curta duração, destaque para a ‘A Natureza Ri da Cultura’, ‘Ser e Devir’, fotografia de Virgílio Ferreira, ‘Guadiana 86-14’, fotografia de Duarte Belo, e ‘O Barbeiro da Luz’, vitrine temporária, hall de entrada. Continuação de ‘Dar Voz aos Objetos’ na sede EDIA, Beja (exposição itinerante). Em termos de intervenções e “instalações arte” mencione-se as duas instalações no exterior, da exposição temporária ‘A Natureza Ri da Cultura’: João Nicolau e Gustavo Sumpta e CORKDOM3, instalação de uma cúpula de cortiça sobre o Museu, por Pedro Portugal, com alunos de Artes Visuais e Design da Universidade de Évora. Relativamente ao programa ‘Residências na Aldeia’ indique-se, para além do Projeto CORKDOM3, já referenciado, a residência ‘Da Ideia ao Projeto’, orientada por Virgílio Ferreira no âmbito da exposição ‘Ser e Devir’ e o ‘Programa de Mobilidade de Educadores’ com a Fundação Calouste Gulbenkian (FCG). No público escolar destaque a implementação da atividade ‘Construindo um lugar na memória’ (Programa de mobilidade de educadores FCG), para as ações continuadas, visitas guiadas e oficinas para escolas e visitas guiadas e programas especiais para o público geral. Nas iniciativas para a comunidade/concelho indiquem-se, entre outras, a celebração da chegada da Primavera com a Associação de Proteção Social à População da Luz e com a Escola Básica da Luz, a preparação das atividades ‘Férias no Museu’, com a Câmara Municipal de Mourão, e de iniciativas diversas como o Dia da Criança. Nos eventos referencie-se a finissage da exposição ‘A Natureza Ri da Cultura’, a inauguração da exposição ‘Ser e Devir’, a masterclass ‘Da Ideia ao Projeto’, por Virgílio Ferreira, no âmbito da exposição temporária ‘Ser e Devir’ e a visita-passeio da exposição ‘Guadiana 86-14’. Na zona de influência barragem Alqueva indique-se o arranque do projeto ‘Potenciação e dinamização do telescópio Orion Skyquest no Museu da Luz’, no âmbito da parceria com a Dark Sky Alqueva, e em termos de promoção turística, a preparação da participação do Museu da Luz no ‘Monsaraz-Museu Aberto’ 2014.

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No semestre mantiveram-se as colaborações e parcerias estabelecidas com outras entidades, com destaque para a parceria de longa duração com a DRACALEN. Prosseguiu ainda o Programa de Mobilidade de Educadores, em conjunto com o PNN e em parceria com a FCG e foi concluído o levantamento de memórias junto da população da Luz. No ciclo ‘Dar Voz aos Objetos’ referencie-se o projeto em torno de novos objetos. Foi ainda dada continuidade à atualização das plataformas de comunicação web do Museu - website e conta na rede social facebook, assim como a promoção dos seus espaços e experiências através de imagens fotográficas e textos, divulgação de atividades, iniciativas e exposição temporária do Museu através da sua conta facebook. Tiveram continuidade as ações de manutenção do Museu, instalações, equipamentos e espaços adjacentes [Monte dos Pássaros, Casas da Aldeia (residências), casa e Monte da Julioa (reserva), espaços verdes e envolvente].

Sistemas de Informação Geográfica e Cartografia

O Centro de Cartografia tem dado especial atenção às necessidades internas da EDIA, procurando sempre acompanhar as mais modernas tecnologias de evolução da informação geográfica, cartográfica e cadastral. No âmbito das atividades desenvolvidas no 1.º semestre de 2014 referencie-se a execução de altimetria vetorial à escala 1:10.000 para a área de influência do EFMA, de acordo com as necessidades internas da EDIA, e a resposta a solicitações na componente topográfica a várias áreas da Empresa. Decorreu, de igual forma, a monitorização geodésica das seguintes barragens: Álamos I, II e III, Penedrão, Cinco Reis, Amoreira, Laje, Loureiro e Serpa e dos reservatórios de Ferreira e Orada, e foi concluída a colocação de marcos de propriedade que delimitam a área expropriada no adutor Pisão-Beja. Neste semestre teve ainda lugar a piquetagem dos limites de expropriação e de indemnização do bloco de São Matias. Teve continuidade a execução do projeto Sistema Nacional de Exploração e Gestão da Informação Cadastral (SiNErGIC) no concelho de Loulé, com integração de novos colaboradores nos gabinetes de atendimento nas juntas de freguesia de São Clemente, São Sebastião e Ameixial. A contratação destes novos colaboradores tem a duração de 20 meses. Neste âmbito decorreu ainda a preparação e lançamento do concurso público para a contratação das equipas de topografia para a realização do cadastro predial nos concelhos de Loulé e Tavira no âmbito deste projeto. Prosseguiu, por outro lado, a manutenção do sistema de gestão da qualidade de acordo com a Norma ISO 9001:2008 e agendamento para a realização da auditoria interna a realizar em setembro de 2014.

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No 1.º semestre de 2014 tiveram continuidade as atividades relacionadas com a exploração, designadamente, no melhoramento da aplicação de apoio à gestão da inscrição de beneficiários e no apuramento e validação da faturação da conservação anual para 2014. Neste período assinale-se igualmente a participação no projeto “Portal do Regante”, em colaboração com diversas áreas da Empresa. Este projeto pretende produzir uma ferramenta de apoio ao cliente de regadio do EFMA, permitindo a consulta das componentes financeira, exploração, e agrícola do mesmo. Procedeu-se, por outro lado, à análise e aprofundamento da utilização do SIGOPRAM, uma ferramenta de dimensionamento e análise de funcionamento hidráulico de redes de rega, aplicando-a a blocos já projetados, de forma a auferir a qualidade do dimensionamento deste programa, comparando os resultados com os projetos de execução existentes. Foram trabalhados os traçados das redes primária e secundária para as áreas preferenciais, para potencial benefício de regadio do EFMA. O programa foi também já aplicado na análise de uma nova ligação no bloco de Serpa Pias 2. Teve seguimento o processamento de dados para o sistema de Gestão de Ativos, criando-se a numeração hierárquica e sequencial exigida pelo SAP para os perímetros Loureiro-Alvito e Alvito-Pisão. Neste período foi ainda detetada a necessidade de efetuar alterações ao esquema de numeração, por forma a possibilitar a análise de falhas de rede, já que este tipo de algoritmo depende da capacidade de determinar a hierarquia dos elementos da rede. Prevê-se a continuação deste trabalho no decurso do próximo trimestre. Dada a aceleração do cronograma de projeto e obra, o 1.º semestre de 2014 constituiu igualmente um período de atividade significativa no sector de expropriações e cadastro, situação que deverá ter continuidade nos próximos meses. Na área de aplicações e sistemas, realce para a migração e consolidação de todas as aplicações para uma nova forma de aplicação, baseando-as num único modelo de código aplicacional. Este facto permitirá reduzir de forma significativa o esforço necessário para a resolução de problemas e implementação de melhorias nas diversas aplicações. Neste período procedeu-se à migração das seguintes aplicações:

Sistema de Expropriações e Cadastro; Gestão do Licenciamento de Captações; Cadastro de Infraestruturas e Gestão de Beneficiários; e Gestão do Património.

Noutra vertente, indique-se a implementação da funcionalidade de análise de roturas de rede que permite, online, indicar o local de uma rotura e obter a identificação dos elementos da rede afetados pela mesma, incluindo hidrantes e áreas inscritas afetadas.

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Registe-se, de igual modo, a colaboração no “Projeto Base da Instalação de Tamisação no Circuito Penedrão/Roxo”, com a elaboração de todas as peças desenhadas, em AutoCAD Civil, da estrutura dos tamisadores de banda. Decorre preparação o Projeto Base para a ligação do EFMA à albufeira da Vigia. Foi ainda elaborada diversa cartografia de caracterização de prédios em vários blocos, relativamente ao seu potencial de conversão ao regadio e, na área de desenho técnico, foram alterados os desenhos com as plantas e módulos de plantação do Projeto de Recuperação Paisagística da Albufeira do Pisão.

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Categorias Colaboradores

Técnico Especialista 28

Técnico Superior 97

Técnico 65

Total 190

1.3.6. Estrutura de Suporte

Recursos Humanos

Neste período foi efetuada uma intervenção profunda sobre o software de gestão de recursos humanos com vista a assegurar a completa adequação com todas as alterações legislativas com impacto no processamento salarial, fruto das alterações introduzidas no cálculo das remunerações por via da decisão do Tribunal Constitucional. No âmbito do processo de descrição de funções realizado em 2013, avançou-se com a fase de qualificação e avaliação de funções. Neste período foi concluído o processo de revisão do Sistema de Gestão de Desempenho, a entrar em vigor ainda em 2014. Referencie-se também a participação na Ação 2020, organizada pela BCSD Portugal, na área do desenvolvimento social. No final de junho a Empresa contava com um total de 190 colaboradores (entre efetivos e contratados a termo), distribuídos pelas diferentes categorias profissionais:

No período em análise 48 dos colaboradores da Empresa receberam formação, distribuídos por 16 ações de formação relacionadas com as seguintes áreas: agrícola, ambiente, informática direito, planeamento e controlo de investimentos, sistemas de informação e gestão de ativos. O volume de formação para o período considerado foi de 851 horas.

Sistemas de Informação

Como atividades mais relevantes neste período destaque-se, em termos do sistema SAP R3, o desenvolvimento de software de carregamento das faturas de energia (permitindo diversas analises multicritério e o acesso à documentação do processo), e a realização de parametrizações funcionais ao nível deste sistema (Declaração de IVA - Anexos para campos 40 e 41, alteração em massa de imobilizados, alterações no relatório no SAFT).

Técnico Especialista

Técnico Superior

Técnico

Colaboradores

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Foram igualmente realizados ajustamentos no ERP SAP R3 na sequência da declaração de inconstitucionalidade do artigo 33.º da LOE para 2014, emitida no passado dia 30 de maio, uma vez que os cortes progressivos que vinham sendo feitos de desde janeiro de 2014 nos salários (entre 2% e 12% em vencimentos superiores a 675 €) deixaram de ser legais. Procedeu-se à finalização da instalação das impressoras e respetivos serviços no âmbito do contrato de “leasing” e impressão e à adjudicação do processo de renovação dos autocads. Destaque-se a conclusão da migração de servidores para a smartcloud da PT e a participação nos projetos LIFE Iberlince e SINERGIC. Realcem-se, por outro lado, neste período, os reajustes efetuados ao processo de compras que tem como objetivo maximizar eficiências, potenciar economias de escalas e cumprir requisitos legais, permitindo, desta forma, que todo o processo de compras passe a ser rastreavel desde o momento da intenção de compra, passando pela respetiva autorização, entrada em armazém e faturação. Desta forma torna-se possível saber, com exatidão, os custos associados a uma ordem de manutenção e/ou reparação, quer ao nível dos materiais gastos quer ao nível dos recursos humanos afetos, o que permite igualmente prever e gerir com eficiência os stocks de peças de reserva.

Desenvolvimento, Promoção e Divulgação

A EDIA continuou a acompanhar os trabalhos e iniciativas em curso relativas à constituição da Reserva Dark Sky em Alqueva, sendo de salientar a aquisição de equipamentos decorrente da candidatura em curso associada a este projeto, os quais foram instalados no PNN, merecendo destaque o lançamento deste “produto” a 13 de abril, por ocasião da feira de Barrancos. No âmbito do Projeto das “Aldeias Ribeirinhas de Alqueva” (Projeto ARA) foram efetuadas reuniões periódicas e articuladas interações com outras instituições da região. Ainda durante este período indique-se ainda o acompanhamento prestado ao nível dos projetos em curso abrangidos pelo “Passaporte ao Empreendedorismo” e “Coopjovem”, nomeadamente no que respeita à elaboração dos respetivos planos de negócio. De realçar que este acompanhamento conta com a colaboração da CEGOC tendo, para o efeito, sido realizadas várias sessões de trabalho com os jovens. Destaque-se a apresentação dos projetos ao Exmo. Sr. Presidente do Conselho de Administração da EDIA no dia 03 de abril de 2014. Esta rúbrica está abrangida e incluída no prémio EDP solidária. No âmbito deste projeto foi celebrada uma sessão pública de apresentação dos resultados da primeira fase do ARA, onde se deram a conhecer os pitchs dos negócios em avaliação por parte dos jovens (Portel, 24 de janeiro). Neste período foram ainda realizadas diversas reuniões de trabalho com o outro parceiro do Projeto ARA, a ATLA, e foi concluída a primeira fase do trabalho de uma das jovens do ARA, de construção de uma identidade para as aldeias ribeirinhas de Alqueva, centrada em 3 vetores principais, o elemento “água”, a Reserva Dark Sky Alqueva e as flores.

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Continuou o acompanhamento e apoio à implementação dos projetos em curso designadamente no caso do jovem cujo projeto se centra na comercialização de produtos agrícolas produzidos na região, que não possuem escala, (já instalado no recentemente espaço criado de Incubação de Empresas em Mourão), e do projeto das queijadas de S. Miguel.

No 1.º semestre realizou-se a segunda edição da Feira das Flores e Sabores da Luz, nos dias 10 e 11 de maio, merecendo ainda destaque a conferência ‘EVAdream’‘ (a bordo do Barco Semfim) e do lançamento do vaso “Luz de Portugal”, por parte dos jovens do Projeto ARA. No que se refere ao projeto do Hostel, de igual forma e junto de alguns municípios e juntas de freguesia, é prestado apoio na identificação de casas que poderão ser incorporadas no modelo de negócio proposto.

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No Centro de Documentação prosseguiu a gestão e manutenção do acervo documental da Empresa, bem como o apoio a estudantes, investigadores e potenciais investidores. Neste período merece particular destaque o lançamento da página oficial do Centro de Documentação da EDIA na rede social facebook (6 de junho), que passa a marcar presença nas redes sociais, divulgando as novas publicações associadas ao Centro de Documentação, disponibilizando link de acesso à base dados do mesmo, e promovendo os principais eventos e iniciativas da EDIA. Na componente de relações públicas e comunicação teve continuidade, no 1.º semestre de 2014, a realização do “cliping” diário aos vários órgãos de comunicação social nacionais, regionais e online, com registo para a publicação de 573 notícias com referência à EDIA e/ou ao EFMA. Cerca de 27,6% dessas notícias tiveram origem na divulgação efetuada pela EDIA. Procedeu-se também à produção e distribuição de 20 notas de imprensa e ao acompanhamento de jornalistas em reportagem. Procedeu-se à manutenção dos sites institucional da EDIA e alqueva.com.pt. e à atualização de todos os conteúdos e validação dos conteúdos de outras direções/departamentos. Neste particular referencie-se, no final do semestre, a adição do menu e conteúdos sobre o Dispositivo de Passagem de Peixes da Barragem de Pedrógão, incluindo a tradução para inglês. Teve também lugar a manutenção da intranet e a atualização diária da revista de imprensa online. No âmbito do protocolo com o NERBE/AEBAL, para implementação da “Estratégia de Comunicação para a região de Alqueva, 2014/2015”, teve lugar o acompanhamento dos seguintes procedimentos:

“Prestação de Serviços de Conceção, Construção, Decoração, do Stand Promocional de Alqueva para Portugal”;

“Realização, Produção e Duplicação de um DVD sobre as potencialidades do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva”: conclusão das filmagens e montagem provisória do filme;

Conceção e produção de um desdobrável A3, com mapa global de rega e caracterização do Projeto; e

Conceção e produção de um díptico sobre os serviços disponíveis no âmbito de Alqueva. Também no âmbito deste protocolo referencie-se, por outro lado, a participação no evento “Fruit Logistica”, realizado em Berlim, Alemanha, integrando o stand da Portugal Fresh (5 a 7 de fevereiro), e no Salão Internacional do Setor Alimentar e Bebidas (SISAB), no pavilhão “MEO Arena”, em Lisboa (17 a 19 de fevereiro). Com o stand “Alqueva” e ao abrigo deste protocolo participou-se igualmente nos certames AqualiveExpo, realizado em Lisboa, no Centro de Congressos, (5 a 7 de março), OVIBEJA (30 de abril a 04 de maio) e na Feira Nacional de Agricultura, Santarém, (07 a 15 de junho).

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Neste semestre evidenciam-se ainda a realização dos seguintes eventos e atividades, entre outras:

A reunião setorial de agricultura do Grupo EUROACE, seguida de visita a infraestruturas do EFMA (5 de março);

A inauguração da barragem de São Pedro e adutor de Pedrógão, em cerimónia presidida pelo Exmo. Sr. Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural (22 de março);

A cerimónia de assinatura do protocolo entre a EDIA, o MARÉ e a Associação de Regantes do Monte Novo, presidida pelo Exmo. Sr. Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, na Feira da Água (22 de março);

A receção em Alqueva do Exmo. Sr. Ministro-adjunto e do Desenvolvimento Rural (03 de maio); e

O acompanhamento de visitas de potenciais investidores à zona de Alqueva, no âmbito do Seminário Internacional “Investir no Potencial Agrícola do Alqueva” (28 de maio).

Referencie-se a receção personalizada, no Centro de Informação Alqueva (CIAL), de 97 grupos organizados e outras visitas inopinadas, totalizando 4.112 visitantes, maioritariamente portugueses, mas também das seguintes nacionalidades: espanhola, inglesa, francesa, alemã, holandesa, brasileira, norueguesa e japonesa, entre outros. Neste período evidencie-se a organização conjunta EDIA/BES e Jornal de Negócios do 2.º Seminário Internacional “Investir no Potencial Agrícola do Alqueva” - Agroindústria e Distribuição como alavancas da criação de valor nos produtos agrícolas, cuja realização teve lugar no Museu do Oriente, em Lisboa, com a presença da Exma. Senhora Ministra da Agricultura e Mar, dia 26 de maio. Destaque para a cerimónia pública de assinatura de seis contratos de empreitada de infraestruturas de rega, também com presença da Exma. Senhora Ministra da Agricultura e Mar, do Exmo. Sr. Ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional e do Exmo. Sr. Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento, em Alqueva, a 13 de junho.

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RELATÓRIO E CONTAS – 30 DE JUNHO DE 2014

Sustentabilidade nos Domínios Económicos, Social e Ambiental

A área da Sustentabilidade da EDIA encontra-se estruturada em três vertentes: organização, gestão e comunicação, encontrando-se assim organizada com base na tipologia transversal e interdisciplinar que lhe está associada. No que respeita à componente relacionada com a organização, e tendo como objetivo aumentar a fiabilidade e o grau de confiança nos dados a recolher para suportar o Relatório de Sustentabilidade, foi estruturada e criada uma aplicação que, estando integrada no sistema de gestão de indicadores já existente, permite o reporte dos indicadores relativos à sustentabilidade de uma forma fácil, eficiente e com um grau de confiança acrescido. O sistema de Gestão de Indicadores – Sustentabilidade esteve na base da organização do reporte de sustentabilidade para os anos de 2012 e 2013. A criação desta aplicação decorreu internamente e representa um passo importante na organização da informação interna da Empresa de uma forma integrada, e deverá ser alvo de melhorias no decorrer do próximo trimestre. Estas melhorias virão tornar mais fiável a recolha de informação para os diversos relatórios que a Empresa deve elaborar e facilitar a inserção e organização dos dados por parte das diversas áreas departamentais. Na área da gestão, e na sequência de uma solicitação enviada pela Cáritas Diocesana de Beja, tendo em vista o desenvolvimento de ações que consolidem um crescente envolvimento com a comunidade, realizaram-se contactos com esta instituição que desempenha um papel relevante na área social de toda a Diocese de Beja. Atendendo às funções que cada uma das entidades desempenha neste território, considerou-se importante desenvolver em estreita articulação, duas áreas fundamentais para o desenvolvimento económico e social das populações: o voluntariado e a empregabilidade. Assim, e decorrente de reuniões prévias entre a EDIA e a Cáritas, foi realizada uma reunião de trabalho entre o Sr. Presidente da EDIA e a Presidente da Cáritas Diocesana de Beja, da qual resultou a aprovação, por parte da EDIA, de protocolo entre estas duas entidades nos domínios do “Emprego e Voluntariado”, estando em curso a realização de trabalho concertado de preparação de apresentação e envolvimento dos colaboradores da EDIA, bem como de sessão pública de assinatura do referido protocolo. Prevê-se que a assinatura deste protocolo seja realizada em outubro de 2014. Por outro lado, e no âmbito do desenvolvimento de ações que consolidem um crescente envolvimento com a comunidade regional, associando os trabalhadores da EDIA, seus fornecedores e clientes, está a ser organizada a “Corrida de Alqueva”. A organização deste evento está a cargo de uma equipa de projeto, transversal, cujos elementos se voluntariaram para participar na sua organização. Esta atividade está agendada para o dia 18 de outubro de 2014, tendo sido já definidos diversos aspetos logísticos do evento, nomeadamente, percurso e sua validação, colaboração da Associação de Atletismo de Beja, orçamento previsional da prova, regulamento, público-alvo, potenciais patrocinadores, contactos com entidades locais com competências na matéria, nomeadamente, GNR e Bombeiros Voluntários de Beja. No âmbito da Agenda da Sustentabilidade da EDIA para o período 2013-2015 está delineado o compromisso de “contribuir para a sensibilização das comunidades, na região de influência do

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EFMA, sobre as questões associadas à gestão responsável da água, de acordo com a estratégia da EDIA”. O desenvolvimento destas atividades está previsto para os anos de 2014 e 2015. Face ao referido, considera-se que um aspeto importante associado ao cumprimento deste compromisso é o envolvimento e a sensibilização dos técnicos da EDIA para as questões ambientais, nomeadamente, para a importâncias das diferentes massas de água e para a necessidade proteger e conservar as mesmas. O Projeto Rios, um dos vencedores da edição de 2013 dos Green Project Awards, com o lema “Adote um troço de um rio!” tem como objetivos “a adoção e monitorização de um troço de rio, de modo a promover a sensibilização da sociedade civil para os problemas e a necessidade de proteção e valorização dos sistemas ribeirinhos.” Neste contexto é necessário adotar um troço de um rio ou uma ribeira com uma extensão de 500 metros, sendo fornecido pelo Projeto um kit didático para suporte às atividades. Face aos objetivos do Projeto Rios e atendendo ao compromisso delineado na Agenda de Sustentabilidade, a EDIA aderiu ao mesmo tendo a sua implementação ficado a cargo de uma equipa interna. Considera-se que a adesão da EDIA a este Projeto e a sua implementação no seio da Empresa permitirá consciencializar os colaboradores e respetivas famílias para esta temática, de extrema importância no contexto do EFMA. Uma vez que todo este processo é voluntário por parte dos intervenientes, a adesão ao Projeto permitirá ainda fomentar a responsabilidade social e ambiental no âmbito da Empresa, sendo que, no sul de Portugal, a EDIA é a primeira Empresa a aderir a este Projeto. Neste período foi ainda eliminado o uso de embalagens PET de 0,50 l na sede, tendo-se procedido à sua substituição pelo fornecimento de água em jarro de vidro em todos os atos oficiais, públicos ou não, que tenham lugar no edifício sede. Esta alteração tem por base a adoção, por parte da EDIA, de comportamentos ambientalmente sustentáveis, demonstrando ter incorporado na sua organização os valores inerentes a uma conduta ambiental, social e economicamente responsável. Considerando as mais-valias para os trabalhadores e Empresa com a criação de um espaço polivalente em que se possam efetuar pequenas refeições, foi ainda implementada uma sala polivalente para uso interno e exclusivo dos colaboradores da EDIA. Durante o 1.º semestre de 2014 o esforço das tarefas levadas a cabo foi colocado na área da comunicação atendendo à necessidade de efetuar o reporte anual do desempenho da Empresa, enquadrando-a pelos princípios do Desenvolvimento Sustentável – Relatório de Sustentabilidade 2012 e 2013. Previamente à sua redação torna-se necessário proceder à recolha da informação que servirá de suporte ao mesmo, de uma forma organizada e que garanta a materialidade, a abrangência, o equilíbrio, a exatidão, a clareza e a confiabilidade do Relatório. Tendo por base estes objetivos, foi dado seguimento aos trabalhos necessários para a elaboração do referido relatório. A redação do Relatório de Sustentabilidade (RS) foi efetuada seguindo o protocolo GRI e dando cumprimento aos critérios específicos deste tipo de reporte, tendo por base a estrutura de relatório previamente aprovada, de acordo com a Agenda Estratégica da Sustentabilidade, em vigor desde o último trimestre de 2013.

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Neste período foi dada continuidade aos trabalhos de preparação do Seminário sobre Capital Natural, previsto para o 4º trimestre de 2014, com o alinhamento do programa, oradores e prémio. Neste período a EDIA assegurou a sua representatividade no BCSD Portugal - Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável, assim como o desenvolvimento de diversas atividades relacionadas com esta temática. Indique-se ainda, neste período, a realização de uma sessão de apresentação sobre Sustainability in Project Management, dirigida às chefias intermédias e de topo da EDIA. Uma nota final para a continuação da preparação do evento dedicado ao Capital Natural com o Green Project Awards e o lançamento do prémio sustentabilidade no Espaço Alqueva.

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RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2014

1.3.7. Aplicação das Normas de Contratação Pública Em termos da aplicação das Normas de Contratação Pública, a EDIA está sujeita à aplicação do Código dos Contratos Públicos (CCP), aprovado pelo Decreto-Lei N.º 18/2008, de 29 de janeiro, por força do disposto no respetivo artigo 2.º, n.º 2, alínea a). Na aplicação das normas da contratação pública a EDIA norteia-se pelos princípios da igualdade, da não discriminação e da transparência enunciados no artigo 2.º da Diretiva n.º 2004/18/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 31 de março, sem perder de vista outros valores igualmente relevantes como sejam a economicidade ou boa gestão financeira dos recursos públicos e a seleção da proposta mais conveniente para o interesse público. As decisões que autorizam a realização de despesa suportam-se em informações onde é justificada a necessidade de contratar e proposto o procedimento mais adequado, seguindo a tramitação prevista no CCP e as regras de procedimento estabelecidas em regulamento interno, tendo presente a necessidade de desagregar funções e objetivar as peças de cada procedimento, em particular ao nível da definição do respetivo critério de adjudicação. 1.3.8 Investimento Contratualizado O total dos compromissos da EDIA no 1.º semestre de 2014 foi € 129.842.678 com incidência nos programas rede primária e rede secundária, nos montantes de € 31.487.104 e 98.317.169, respetivamente. Para os valores obtidos em termos de rede primária indiquem-se as adjudicações de duas obras: as empreitadas de construção dos circuitos hidráulicos de Caliços – Machados (Subsistema Ardila) e de S. Matias (Subsistema Pedrógão). Na rede secundária o resultado obtido deveu-se, igualmente, à adjudicação de sete empreitadas: blocos de Beringel – Álamo, bloco de Beja (ambas dos blocos de Beringel-Beja), blocos de Baronia e Alvito Altos e Alvito Baixo (Blocos de Vale de Gaio) (Subsistema Alqueva), blocos de Caliços-Machados e de Pias (Subsistema Ardila) e blocos 1 e 2 e 3 e 4 de São Matias (Subsistema Pedrógão). Para o valor obtido em termos contratuais referencie-se ainda a componente das expropriações. Nota ainda para o valor dos trabalhos a menos nas empreitadas de construção do circuito hidráulico de Vale de Gaio até ao nó do Torrão, adutor de Pedrógão e barragem de São Pedro (rede primária), bloco de Aljustrel, blocos de Ervidel 2 e 3 e bloco 3 de Pedrógão (rede secundária). Nos trabalhos a mais referenciem-se os valores referentes às empreitadas de construção do circuito hidráulico de Vale de Gaio até ao Nó do Torrão e do adutor de Pedrógão – Margem Direita e barragem de S. Pedro, assim como dos projetos de execução dos blocos de Vale de Gaio e bloco Moura Gravítico e a gestão e fiscalização da empreitada de rede viária do bloco de Aljustrel.

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RELATÓRIO E CONTAS – 30 DE JUNHO DE 2014

Os compromissos acumulados desde o início da implementação do EFMA até ao final de junho de 2014, foi de € 2.304.448.237. Destes, os valores relativos à rede secundária correspondem a 32,3% do total, seguidos pelos da rede primária, com 29%, e pela barragem de Alqueva, com 26,5%. Do investimento contratualizado falta realizar € 230.458.380, que incidem fundamentalmente nas redes primária (€ 80.614.524) e secundária (€ 137.838.029).

POR PROGRAMAS Investimento (%) POR NATUREZA Investimento (%)

Barragem de Alqueva 38.955 0% Contrato 133.068.900 102%

Central de Alqueva 0 0% Revisão de Preços 16.383 0%

Barragem e Central Pedrógão 0 0% Trabalhos a Mais 569.627 0%

Estação Elevatória Alqueva - Álamos 0 0% Trabalhos a Menos -3.812.231 -3%

Rede Primária 31.487.104 24% Encargos Adicionais 0%

Rede Secundária de Rega 98.317.169 76% Indemnizações 0%

Desenvolvimento Regional -550 0% Multas 0%

Prémios 0%

Total 129.842.678 100% 129.842.678 100%

Compromissos assumidos no 1.º Semestre de 2014

(desagregado por Programas e por Natureza)

Unid: Euro

RESUMO DO COMPROMISSOS ASSUMIDOS

Contrato

Revisão de Preços

Trabalhos a Mais

Trabalhos a Menos

Compromissos assumidos no 1.º Semestre de 2014 (desagregado por Natureza)

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Investimento (%) Investimento (%)

Barragem de Alqueva 610.755.312 26,5 603.908.905 6.846.407 3,0

Central de Alqueva 131.945.217 5,7 130.944.614 1.000.603 0,4

Barragem e Central de Pedrógão 89.239.522 3,9 87.783.733 1.455.789 0,6

Estação Elevatória dos Álamos 44.800.572 1,9 43.526.743 1.273.828 0,6

Rede Primária 669.814.750 29,1 589.200.226 80.614.524 35,0

Rede Secundária 744.719.310 32,3 606.881.281 137.838.029 59,8

Desenvolvimento Regional 13.173.554 0,6 11.744.355 1.429.199 0,6

Total 2.304.448.237 100,0 2.073.989.857 230.458.380 100,0

Compromissos assumidos e realização deste o início das atividades (ano 1995) até ao final do 1.º Semestre de 2014

(desagregado por Programas)

Unid: Euro

ProgramasContratualizado Realizado até

30/06/2014

Por Realizar

Barragem de Alqueva

Central de Alqueva

Barragem de Pedrógão

Estação Elevatória dos Álamos

Rede Primária

Rede Secundária

Desenvolvimento Regional

Investimentos por realizar no final do 1.º Semestre de 2014(desagregado por Programa)

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1.3.9. Investimento Realizado O investimento realizado em 2014, até ao final do mês de junho, não incluindo as capitalizações de encargos de estrutura e financeiros, atingiu o montante de m€ 56.582,19, elevando o total do investimento no EFMA, desde 1995 até ao final do 1.º semestre de 2014, para m€ 2.073.989,84.

Na avaliação dos investimentos “por Sistemas” verificou-se que os investimentos globais incidiram nas infraestruturas do sistema primário, seguidos, com uma diferença significativa, das infraestruturas secundárias. No 1.º semestre de 2014 o investimento incidiu igualmente nessas rubricas.

Na análise “por Projetos” verificou-se a continuidade de incidência no projeto de “sistema global de abastecimento de água”, que corresponde às redes primária e secundária de rega.

Até 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Barragem de Alqueva 606.310,00 2.063,54 2.736,08 1.959,15 -11.380,12 2.181,30 38,96 603.908,91

Central Hidrolétrcia de Alqueva 130.817,32 52,30 75,00 130.944,62

Barragem e Central de Pedrógão 85.754,17 1.922,04 98,86 3,10 4,74 0,82 87.783,72

Estação Elevatória Alqueva-Álamos 42.614,34 589,12 320,39 2,54 0,34 43.526,74

Rede Primária 286.002,27 112.180,63 64.657,90 49.058,77 31.215,14 22.847,02 23.238,49 589.200,22

Rede Secundária de Rega 266.623,97 139.266,17 59.482,36 43.602,84 38.204,23 26.396,95 33.304,75 606.881,27

Desenvolvimento Regional 13.268,57 511,10 214,46 -2.985,16 660,83 74,57 11.744,36

TOTAL 1.431.390,64 256.584,90 127.510,05 91.641,24 58 .779,82 51.501,01 56.582,19 2.073.989,84

Investimento Realizado "por Programa" até ao final do 2.º Trimestre de 2014

PROGRAMAS Total

Unidade: Milhares de Euros

Anos

Até 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Infraestruturas do Sistema Primário 1.147.234,66 116.807,30 67.813,05 50.847,22 19.914,76 25.029,49 23.277,44 1.450.923,94

Infraestruturas Secundárias 266.623,99 139.266,15 59.482,36 43.602,84 38.204,23 26.396,95 33.304,75 606.881,26

Promoção e Desenvolvimento Regional 17.532,00 511,44 214,64 -2.808,82 660,83 74,57 16.184,65

TOTAL 1.431.390,64 256.584,90 127.510,05 91.641,23 58 .779,82 51.501,01 56.582,19 2.073.989,84

Anos

Investimento Realizado "por Sistema" até ao final do 2.º Trimestre de 2014

Unidade: Milhares de Euros

SISTEMAS Total

Até 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Escalão Hidroelétrico de Alqueva 628.544,57 1.959,69 2.641,88 1.817,88 -11.341,16 2.152,66 21,84 625.797,36

Escalão Hidroelétrico de Pedrógão 82.323,20 1.881,26 93,06 3,10 4,74 0,82 84.306,17

Sistema Global de Abastecimento de Água 594.395,78 251.507,07 124.350,61 92.598,45 69.399,37 49.214,49 56.514,10 1.237.979,86

Ambiente e Património 104.781,43 196,93 100,01 3,43 36,05 28,64 17,12 105.163,59

Promoção e Desenvolvimento Regional 17.532,00 511,44 214,64 -2.808,82 660,83 74,57 16.184,65

Ações de Apoio 3.813,66 528,51 109,86 27,20 20,00 29,83 29,14 4.558,20

TOTAL 1.431.390,65 256.584,90 127.510,05 91.641,23 58 .779,82 51.501,01 56.582,19 2.073.989,84

Anos

PROJETOS Total

Investimento Realizado "por Projeto" até ao final do 2.º Trimestre de 2014

Unidade: Milhares de Euros

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1.3.10. Financiamento do Empreendimento Para cobertura do investimento realizado até ao final de 30 de junho de 2014, obteve-se financiamento comunitário e PIDDAC no montante de m€ 33.973 e procedeu-se à contratação de empréstimos de curto prazo no montante de m€ 5.806. Registe-se ainda o reembolso de parte do Empréstimo do BEI (m€ 3.219).

Até 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Capital Social 291.508 95.760

Fundos Comunitários 511.018 142.194 111.790 65.328 104.648 21.186 30.123

PIDDAC 48.044 43.602 20.305 11.288 13.654 768 3.850

Empréstimos de Médio/Longo Prazo 577.748 -37.851 56.498 -37.852 -6.685 -6.685 -3.219

Obrigacionista 449.680 -31.167 63.183 -31.167

BEI 128.068 -6.685 -6.685 -6.685 -6.685 -6.685 -3.219

Empréstimos a Curto Prazo 45.000 -15.000 62.685 39.614 34.205 5.806

1.473.318 243.705 173.593 101.449 151.231 49.474 36.560

Financiamento do EmpreendimentoUnidade: Milhares de Euros

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1.3.11. Perspetivas para o 2.º Semestre de 2014 No âmbito infraestrutural No 2.º semestre de 2014 está prevista a conclusão das seguintes empreitadas de construção: Subsistema Ardila:

Circuito hidráulico Caliços-Pias e barragem de Pias Subsistema Pedrógão:

Circuito hidráulico Baleizão-Quintos Blocos 1, 2 e 3 de Baleizão-Quintos

No 2.º semestre de 2014 está também prevista a consignação das seguintes empreitadas de construção: Subsistema Alqueva:

Circuito hidráulico de Vale de Gaio - 4º Troço Circuito hidráulico Roxo-Sado Instalação de Tamização no Circuito do Penedrão-Roxo Blocos de Beringel-Álamo (Blocos de Rega de Beringel-Beja) Bloco de Beja (Blocos de Rega de Beringel-Beja) Blocos de Baronia e Alvito Altos e Alvito Baixo (Blocos de Rega de Vale de Gaio) Blocos de Barras, Torrão e Baronia Baixo (Blocos de Rega de Vale de Gaio) Bloco de Roxo-Sado

Subsistema Ardila:

Circuito hidráulico Caliços-Machados Bloco Caliços-Machados Bloco Pias Bloco de Moura Gravítico

Subsistema Pedrógão:

Circuito hidráulico de São Matias Bloco de São Matias 1 e 2 Bloco de São Matias 3 e 4

Está ainda previsto o lançamento dos concursos públicos para a realização das seguintes empreitadas de construção: Subsistema Alqueva:

Instalação dos Grupos 3 e 4 da Estação Elevatória dos Álamos Ligação ao Sistema de Adução a Morgável E.E. Loureiro-Alvito – 2ª Fase

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RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2014

No âmbito institucional

Sessão pública de assinatura de protocolo nos domínios da responsabilidade social e da promoção do emprego na área de influência de Alqueva entre a EDIA e a Cáritas Diocesana de Beja;

Realização da “Corrida de Alqueva”, no âmbito do desenvolvimento de ações que consolidem um crescente envolvimento com a comunidade regional, associando os trabalhadores da EDIA, seus fornecedores e clientes (18 de outubro);

Realização do Seminário sobre Capital Natura a realizar no último trimestre de 2014, onde Alqueva será um dos assuntos dominantes na vertente da sustentabilidade, e onde será lançado o prémio Alqueva sobre sustentabilidade agrícola. Este evento terá a parceria da Green Projet Awards (GCI).

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RELATÓRIO E CONTAS – 30 DE JUNHO DE 2014

1.4. Análise Financeira Demonstrações Financeiras Individuais Conta de Resultados Nesta análise considera-se apenas os gastos e rendimentos não capitalizados, isto é, foram retirados os gastos e rendimentos relativos a trabalhos para a própria empresa, bem como ao investimento da rede secundária, que se anula por meio da variação de produção (investimento realizado nas obras integrantes da rede secundária de rega do EFMA que são propriedade do Estado à exceção da Infraestrutura 12 e do perímetro de rega da aldeia da Luz).

O exercício económico do 1.º semestre de 2014 apresentou um Resultado Líquido positivo de M€ 15,34, com uma variação de M€ 24,08 face ao resultado de 2013.

Milhares de Euros

2014 2013

Gastos Não Capitalizados 13.073 20.009

Custo Mercadorias Vendidas/Matérias 8 0

Fornecimentos e Serviços Externos 3.263 2.422

Gastos com o Pessoal 1.234 1.854

Gastos de Depreciação e de Amortização 2.791 2.792

Imparidade Ativos 0 7.337

Provisões Exercicio 570 698

Outros Gastos e Perdas 170 543

Gastos e Perdas de Financiamento 5.001 4.325

Imposto sobre o Rendimento 36 39

Ganhos Não Capitalizados 28.411 11.268

Vendas 16 15

Prestações de Serviço 8.094 8.335

Variações nos Inventários de Produção 377 0

Subsídios à Exploração 59 315

Reversões de Imparidade de Ativos 16.937 0

Outros Rendimentos e Ganhos 2.915 2.577

Juros e Rendimentos Similares 13 26

Resultado Líquido Exercício 15.338 -8.740

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RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2014

No caso particular dos rendimentos verificou-se um acréscimo na ordem dos M€ 17,14, o que corresponde a mais de 152,13% que no ano anterior. Para essa diferença contribui essencialmente o reconhecimento da reversão de imparidades no montante de M€ 16,94. Relativamente aos gastos não capitalizáveis que, no conjunto, apresentam um decréscimo de M€ 6,94, menos 34,67% relativamente ao ano anterior, os desvios mais significativos estão associados às seguintes rubricas:

“Fornecimentos e serviços externos” com uma variação positiva de 34,73%, devendo-se essencialmente a um acréscimo nos consumos de energia, transversal a todas as infraestruturas da rede de abastecimento de água (primária, secundária);

“Gastos com o pessoal” que apresentam uma variação negativa de M€ 0,62 (-33,45%)

relativamente ao ano de 2013, justificado com o cumprimento das reduções do OE de 2014 (até maio) e pelo reconhecimento, no primeiro semestre de 2013, dos gastos com os subsídios de férias de 2012, na sequência do Acórdão do Tribunal Constitucional de 05 de abril.

“Imparidade de ativos depreciáveis/amortiz.” pois em 2013 contabilizou-se uma

imparidade relativa ao negócio água no montante de M€ 7,16. Em 2014 houve uma reversão no montante de M€ 16,83, fruto do reconhecimento de subsídios de investimento. Este reconhecimento deveu-se ao aumento das taxas de comparticipação de fundos comunitários, de 85% para 100%, no âmbito do POVT;

Provisões, reconheceu-se um montante de M€ 0,57 relativamente a grandes reparações

e substituições para dar cumprimento à IFRIC 12; e Na conta de resultados, as rubricas financeiras capitalizáveis foram deduzidas às respetivas contas de gastos. Assim a rubrica de trabalhos para a própria empresa reflete todos os montantes capitalizados exceto os gastos financeiros.

79

RELATÓRIO E CONTAS – 30 DE JUNHO DE 2014

Balanço Em 30 de junho de 2014, a EDIA atingiu um ativo líquido de M€ 662.990, verificando-se um aumento de cerca de M€ 37,05 face a 2013.

Este acréscimo resultou, essencialmente, das seguintes variações: Variação Positiva No ativo corrente a rubrica outras contas a receber apresenta um aumento em M€ 37,00 decorrente do investimento nas infraestruturas da rede de rega e drenagem evidenciados em “Inventários” e pelo registo na conta de “Outros contas a receber” do reconhecimento dos pedidos de pagamento de financiamento comunitário que a EDIA estima com elevado grau de certeza vir a receber. Variação Negativa

A variação negativa no montante de M€ 29,73 na rubrica de caixa e depósitos bancários justifica-se pelo pagamento a fornecedores de investimento.

Milhares de Euros

Jun-14 Jun-13

Ativo Não Corrente

Ativos Fixos Tangíveis 15.535 15.661

Ativos Intangíveis 356.596 359.192

Participações Financeiras 276 276

Depósitos cativos 7.281 7.281

379.688 382.410Ativo Corrente

Inventários 56.825 23.197

Outras contas a Receber 202.254 165.257

Caixa e Depósitos 19.011 48.770

Outros Ativos Correntes 5.212 6.306

283.302 243.530TOTAL DO ATIVO 662.990 625.940

ATIVO

ATIVO LÍQUIDO

80

RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2014

O capital próprio apresentou uma variação positiva na ordem dos M€ 15,34 decorrente do resultado líquido do 1.º semestre de 2014. O passivo registou as seguintes variações:

Aumento do Passivo Não Corrente na ordem dos M€ 13,87, essencialmente justificado, pela rubrica Diferimentos, resultante dos recebimentos e reconhecimento de fundos comunitários e de PIDDAC, referentes a investimentos na rede secundária.

No Passivo Corrente, verificou-se um aumento de M€ 7,8 resultante essencialmente da

contratação de novos empréstimos de curto prazo (cerca de M€ 5,81 no 1.º semestre de 2014) registados na rubrica “Financiamentos obtidos” e pelo acréscimo do investimento que originou um aumento de M€ 1,15 nas rubricas “Fornecedores” e “Outras contas a pagar”.

Milhares de Euros

CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO Jun-14 Jun-13

CAPITAL PRÓPRIOCapital 387.268 387.268Outras Reservas 9.203 9.203

Resultados Transitados -873.409 -859.323Ajustamentos em Activos Financeiros - 413Resultado Líquido do Exercício 15.339 -14.499

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO -461.600 -476.938

PASSIVOPassivo Não CorrenteFinanciamentos Obtidos 534.455 537.477Diferimentos 319.548 303.076Outros Passivos Não Correntes 25.284 24.861

879.287 865.414

Passivo CorrenteFinanciamentos Obtidos 187.517 181.822Fornecedores e Outras Contas a Pagar 40.348 39.195Outros Passivos Correntes 17.438 16.447

245.303 237.464

TOTAL DO PASSIVO 1.124.590 1.102.878

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO 662.990 625.940

81

RELATÓRIO E CONTAS – 30 DE JUNHO DE 2014

Indicadores Financeiros

No 1.º semestre de 2014, a EDIA apresenta um resultado líquido positivo de cerca de M€ 15,34 enquanto no mesmo período de 2013 o resultado foi de M€ -8,74, este facto deve-se essencialmente:

O acréscimo do EBITDA em 9,51% justifica-se essencialmente pela diminuição dos gastos com pessoal decorrente da aplicação das reduções previstas no OE2014 e por um menor reconhecimento dos gastos com a taxa de recursos hídricos.

A rubrica “Perdas/reversões de imparidade de investimentos depreciáveis/amortizáveis”

apresenta uma variação positiva de cerca M€ 24,00 em resultado reversão de imparidade no montante de M€ -16,83 verificada em 2014 em contraste com o reconhecimento de imparidade de M€ 7,16 em junho de 2013, traduzindo-se num EBIT positivo de M€ 20,36 para o 1.º semestre de 2014. No período homólogo, o mesmo indicador apresentava um valor negativo de M€ 4,23.

Os Resultados financeiros negativos justificam-se essencialmente pelos encargos

financeiros suportados pela EDIA. Os Meios Libertos Líquidos, por sua vez, apresentaram uma diminuição de M€ 0,39, justificado essencialmente pela diminuição das receitas e um aumento dos fornecimentos e serviços externos, apesar da diminuição dos gastos com o pessoal. A EDIA apresenta um investimento M€ 28,47 com variação positiva de M€ 13,327 face ao 1.º semestre de 2013, esta variação reflete o início das novas empreitadas na rede primária de distribuição de água.

Valores em milhares de euros

Volume de Negócios 8.110 8.350

EBITDA 6.368 5.815

EBIT 20.362 -4.226

Resultados Financeiros -4.988 -4.476

Resultados Líquidos 15.338 -8.740

Meios Libertos Líquidos 1.812 2.199

Investimento 28.465 15.138

Indicadores Financeiros Jun-13Jun-14

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RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2014

Beja, 29 de agosto de 2014

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Eng.º José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema (Presidente)

Dr.ª Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo (Vogal)

Eng.º Jorge Manuel Vazquez Gonzalez

(Vogal)

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RELATÓRIO E CONTAS – 30 DE JUNHO DE 2014

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RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2014

2. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 30 DE JUNHO DE 2014

Demonstração da Posição Financeira

A Técnica Oficial de Contas O Conselho de Administração

Euros

ATIVOAtivo Não CorrenteAtivos Fixos Tangíveis 6 15.535.456 15.661.175Ativos Intangíveis 7 e 17 356.596.109 359.192.029Participações Financeiras - Outros Métodos 8 276.001 276.001Depósitos Cativos 10 7.280.745 7.280.745

379.688.310 382.409.950Ativo CorrenteInventários 11 56.824.745 23.197.164Clientes 12 3.033.525 4.282.798Adiantamentos a Fornecedores 999.496 881.493Estado e Outros Entes Públicos 13 751.875 632.909Acionistas/Sócios 1.050 1.050Outras Contas a Receber 14 202.254.258 165.257.080Diferimentos 15 425.409 507.216Caixa e Depósitos Bancários 4 19.011.492 48.770.069

283.301.849 243.529.778

Total do A tivo 662.990.159 625.939.728

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

Capital P róprioCapital Realizado 16 387.267.750 387.267.750Outras Reservas 16 9.202.700 9.202.700Resultados Transitados 16 e 17 -873.408.846 -859.323.196Ajustamentos em Ativos Financeiros 8 - 413.273Resultado Líquido do Período 15.338.274 -14.498.923

Total do Capital P róprio -461.600.122 -476.938.396

Passivo Não CorrenteProvisões 18 9.766.496 9.343.676Financiamentos Obtidos 19 534.455.319 537.476.688Outras Contas a Pagar 20 15.517.311 15.517.311Diferimentos 15 319.548.345 303.076.396

879.287.470 865.414.071Passivo CorrenteFornecedores 20 12.458.492 12.779.597Adiantamento de Clientes 12.734 37.883Estado e Outros Entes Públicos 13 402.518 209.980Financiamentos Obtidos 19 187.517.006 181.821.748Outras Contas a Pagar 20 27.889.871 26.415.322Diferimentos 15 17.022.189 16.199.523

245.302.811 237.464.053

Total do Passivo 1.124.590.281 1.102.878.124

Total do Capital P róprio e do Passivo 662.990.159 625.939.728

Demonstração da Posição Financeira Notas 31-Dez-1330-Jun-14

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RELATÓRIO E CONTAS – 30 DE JUNHO DE 2014

Demonstração do Rendimento Integral

A Técnica Oficial de Contas O Conselho de Administração

Euros

Demonstração do Rendimento Integral Notas 30-Jun-14 30-Jun-13

Vendas e Prestações de Serviços 12 8.109.755 8.350.168

Subsídios à Exploração 58.700 315.141

Ganhos/Perdas Imputados de Subsidiárias, Associadas e Empreendimentos Conjuntos 8 - (27.444)

Variação nos Inventários da Produção 21 34.556.359 7.971.871

Trabalhos para a Própria Entidade 22 1.280.106 1.276.272

Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas (7.675) -

Fornecimentos e Serviços Externos 23 (36.954.872) (9.848.583)

Gastos com o Pessoal 24 (2.827.536) (3.394.510)

Provisões (Aumentos/Reduções) 18 (569.943) (697.660)

Imparidades de Dívidas a Receber (Perdas/Reversões) 17 102.324 (173.152)

Outros Rendimentos e Ganhos 25 2.915.206 2.576.754

Outros Gastos e Perdas 26 (293.999) (533.576)

Resultado Antes de Depreciações, Gastos de Financiamento e Impostos 6.368.424 5.815.283

Gastos/Reversões de Depreciação e de Amortização 28 (2.841.084) (2.877.658)

Imparidade de Investimentos Depreciáveis/Amortizáveis (Perdas/Reversões) 17 16.834.785 (7.163.494)

Resultado Operacional (Antes de Gastos de Financiamento e Impostos) 20.362.124 (4.225.869)

Juros e Rendimentos Similares Obtidos 27 12.974 26.194

Juros e Gastos Similares Suportados 27 (5.000.778) (4.501.996)

Resultado Antes de Impostos 15.374.320 (8.701.671)

Imposto sobre o Rendimento do Período 9 (36.046) (38.780)

Resultado Líquido do Período 15.338.274 (8.740.451)

Outros Rendimentos e Gastos Reconhecidos em Capital Próprio

Outro Rendimento Integral do Período

Rendimento Integral do Período 15.338.274 (8.740.451)

Resultado Líquido por Ação

Básico 0,198 (0,113)

Diluído 0,198 (0,113)

86

RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2014

Demonstração das Alterações no Capital Próprio

Euros

Saldo em 1 de janeiro de 2013 387.267.750 413.817 9.202.700 -867.026.199 7.703.004 -462.438.928

Alterações no Período

Aplicação do Resultado liquido de 2012 7.703.003 -7.703.003 0

Efeito de Aplicação do Método Equivalência Patrimonial -545 -545

-545 7.703.003 -7.703.003 -545

Resultado Liquído do Período -14.498.923 -14.498.923

Resultado Integral -22.201.926 -22.201.926

Saldo em 31 de dezembro de 2013 387.267.750 413.273 9.202.700 -859.323.196 -14.498.923 -476.938.396

Saldo em 1 de janeiro de 2014 387.267.750 413.273 9.202.700 -859.323.196 -14.498.923 -476.938.396

Alterações no Período

Aplicação do Resultado liquido de 2013 -14.498.923 14.498.923 0

Efeito de Aplicação do Método Equivalência Patrimonial -413.273 413.273 0

-413.273 -14.085.650 14.498.923 0

Resultado Liquído do Período 15.338.274 15.338.274

Resultado Integral 29.837.197 29.837.197

Saldo em 30 de junho de 2014 387.267.750 0 9.202.700 -873.408.846 15.338.274 -461.600.122

Resultado

Líquido do

Periodo

TOTALDemonstração das Alterações no Capital PróprioCapital

Realizado

Ajustamentos

em Ativos

Financeiros

Outras

Reservas

Resultados

Transitados

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RELATÓRIO E CONTAS – 30 DE JUNHO DE 2014

Demonstração de Fluxos de Caixa

Euros

Atividades Operacionais:

Recebimentos de Clientes 5.373.400 2.042.447

Pagamentos a Fornecedores -38.845.592 -12.681.596

Pagamentos ao Pessoal -2.910.857 -2.448.374

Caixa Gerada Pelas Operações -36.383.049 -13.087.522

Pagamento/Recebimento de Imposto sobre o Rendimento -61.124 -73.740

Outros Recebimentos/Pagamentos Relativos à At. Operacional 848.034 424.757

Caixa Gerada Antes das Rubricas Extraordinárias 786.910 -12.736.505

Fluxos de Caixa das Atividades Operacionais -35.596.138 -12.736.505

Atividades de Investimento:

Recebimentos Provenientes de:

Ativos Fixos Tangíveis

Subsídios ao Investimento 33.916.458 14.033.125

Juros e Rendimentos Similares 8.304 27.410

33.924.762 14.060.535

Pagamentos Respeitantes a:

Ativos Fixos Tangíveis -186.296 -276.711

Ativos Intangíveis -22.021.841 -11.497.931

-22.208.137 -11.774.643

Fluxos de Caixa das Atividades de Investimento 11.716.625 2.285.892

Atividades de Financiamento:

Recebimentos Provenientes de:

Financiamentos Obtidos 387.564.710 249.916.000

387.564.710 249.916.000

Pagamentos Respeitantes a:

Financiamentos Obtidos -384.977.809 -240.764.000

Contratos de Locação Financeira - -4.599

Juros e Gastos Similares -8.465.279 -12.025.957

-393.443.088 -252.794.556

Fluxos de Caixa das Atividades de Financiamento -5.878.378 -2.878.556

Variações de Caixa e seus Equivalentes -29.757.891 -13.329.169

Caixa e seus Equivalentes no Início do Período 4 48.724.768 59.455.440

Caixa e seus Equivalentes no Fim do Período 4 18.966.877 46.126.271

30-Jun-14 30-Jun-13Demonstração de Fluxos de Caixa Notas

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RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2014

Anexo

1. Identificação da Entidade A EDIA - Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (adiante “EDIA”, “Empresa” ou “Entidade”) é uma sociedade anónima, constituída pelo Decreto - Lei N.º 32/95, de 11 de fevereiro, segundo o qual passou a ser titular de todos os direitos e obrigações que pertenciam à Comissão Instaladora da Empresa do Alqueva. O seu capital social é integralmente detido pelo Estado Português, através da Direção - Geral do Tesouro e Finanças (DGTF). A 30 de junho de 2014, o Capital encontrava-se subscrito e realizado em 100%. Nos termos do disposto no artigo 2.º daquele diploma, com a redação que lhe foi dada pelos Decretos-Lei N.º 232/98, de 22 de julho, N.º 335/01, de 24 de dezembro e N.º 42/07, de 22 de fevereiro, a EDIA tem atualmente por objeto social:

A utilização do domínio público hídrico afeto ao Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA) para fins de rega e exploração hidroelétrica, nos termos do contrato celebrado com o Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional, em representação do Estado;

A conceção, execução e construção das infraestruturas integrantes do sistema primário

de rega do EFMA, bem como a sua gestão, exploração, manutenção e conservação;

A conceção, execução e construção das infraestruturas integrantes da rede secundária afeta ao EFMA, em representação do Estado e de acordo com as instruções que lhe forem dirigidas pelo Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território; e

A promoção, desenvolvimento e prossecução de outras atividades económicas cujo

aproveitamento contribua para a melhoria das condições de utilização dos recursos afetos ao EFMA.

No seguimento da consolidação do potencial de exploração energético, que não exclusivamente hidroelétrico, que constitui uma importante fonte potencial de receitas bem como um importante complemento à componente de regadio, foi publicado, em 17 de setembro, o Decreto-Lei N.º 313/2007, que aprovou as bases do contrato de concessão a celebrar entre a EDIA e o Estado concedente. Este Decreto veio estabelecer a concessão dos direitos de exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e de Pedrógão, respeitando os direitos adquiridos por terceiros atribuídos ao abrigo de legislação anterior. Face à legislação em vigor que regulamenta o sector dos recursos hídricos, a EDIA surge como a entidade concessionária da gestão e exploração do Empreendimento e também como titular, em regime de exclusividade, dos direitos de utilização privativa do domínio público hídrico afeto ao EFMA para fins de rega e exploração hidroelétrica. Em 17 de outubro de 2007, a Empresa celebrou o contrato de concessão com o Ministério do Ambiente, do Ordenamento, do Território e do Desenvolvimento Regional, que regula a utilização dos recursos hídricos para captação de água destinada à rega e à produção de energia elétrica no sistema primário do EFMA. Neste contrato, foi conferido à EDIA a gestão e

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RELATÓRIO E CONTAS – 30 DE JUNHO DE 2014

exploração do EFMA, bem como a utilização do domínio público hídrico afeto ao Empreendimento. Em 24 de outubro de 2007, foi celebrado um contrato entre a EDIA e a EDP – Gestão da Produção de Energia, S.A (EDP), que atribuiu, durante 35 anos, à EDP, a exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva (260 MW), em regime de mercado, e de Pedrógão (10MW), em regime especial. Este contrato estabelece ainda, os direitos de utilização privativa do respetivo domínio hídrico, tendo potenciado a valia elétrica do sistema Alqueva-Pedrógão. Após aprovação do Plano de Investimentos e Orçamento para 2014 procedeu-se à reprogramação plurianual dos investimentos, cuja principal alteração consistiu no ajustamento do cronograma à capacidade disponível de execução, daí resultando a perspetiva de conclusão do Empreendimento em 2015. Tendo por base os valores previsionais disponíveis mantiveram-se os valores globais de cada um dos principais programas de investimentos (barragem de Alqueva; central de Alqueva; barragem e central de Pedrógão; estação elevatória dos Álamos; rede primária; rede secundária de rega e desenvolvimento regional). A proposta de reprogramação do plano plurianual de investimentos do EFMA (exceto capitalizações), no montante global de M€ 2.479,65, foi aprovada pelo Conselho de Administração na reunião de 14 de março de 2013. Este investimento inclui os montantes realizados e previstos da rede secundária de rega (M€ 841,92), cuja propriedade (com exceção da infraestrutura 12, que tem um regime de concessão excecional) pertence ao Ministério da Agricultura e do Mar (MAM). Deste valor está previsto realizar entre 2014 e 2015 um montante de M€ 236,14 cujo financiamento comunitário está previsto no Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER) e no próximo período de programação. A principal fonte de financiamento dos investimentos do EFMA tem sido os fundos comunitários, tendo-se recebido verbas de FEDER, Fundo de Coesão, FEOGA-O, FEADER e FSE, com origem em três períodos de perspetivas comunitárias (1994-1999, 2000-2006 e 2007-2013). O FEOGA-O e o FEADER têm apoiado na sua maioria os investimentos da rede secundária do EFMA; o FEDER e o Fundo de Coesão têm financiado essencialmente as infraestruturas primárias e de energia. Indica-se ainda que do investimento total previsto para o EFMA (exceto capitalizações), de M€ 2.479,65, até ao final do primeiro semestre de 2014 tinham-se realizado M€ 2.073,99, aproximadamente 84% do total. No âmbito das candidaturas a financiamentos comunitários a EDIA obteve, até essa data, M€ 986 de fundos comunitários, cerca de 48% do investimento realizado. Para fazer face à contrapartida nacional dos investimentos apoiados pelo FEOGA-O e pelo FEADER, no âmbito do QCA III e do PRODER, obteve-se M€ 141 de PIDDAC. O financiamento necessário tanto para a restante contrapartida nacional dos projetos apoiados pelos fundos comunitários, como para as restantes despesas (funcionamento e encargos financeiros), tiveram origem em dotações de capital (M€ 387) e empréstimos bancários (M€ 723). A Empresa tem sede social na Rua Zeca Afonso N.º 2, 7800-522 Beja, e conta em 30 de junho de 2014 com 190 colaboradores.

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RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2014

2. Referencial Contabilístico de Preparação das Demonstrações Financeiras 2.1. Bases de Apresentação Até 31 de dezembro de 2013, a EDIA elaborou, para efeitos do cumprimento da legislação comercial vigente, demonstrações financeiras ao nível das contas individuais de acordo com as normas do Sistema de Normalização Contabilística (SNC). Em junho, dada a conclusão do processo de liquidação da Gestalqueva, S.A, com a correspondente extinção da sociedade, a EDIA já não tem obrigatoriedade de elaborar e apresentar contas consolidadas, a 30 de junho de 2014, uma vez que já não tem quaisquer subsidiárias. A CMVM exige (no seu Regulamento 11/2005, de 3 de novembro, ao abrigo da competência que lhe foi atribuída pelo DL 35/2005, de 17 de fevereiro) que os emitentes de valores mobiliários admitidos à negociação em mercado regulamentado e que não sejam obrigados a elaborar e apresentar contas consolidadas, apresentem as suas contas individuais de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS). Assim, a partir de 2014, a EDIA passa a apresentar as suas demonstrações financeiras individuais de acordo com as IAS/IFRS, deixando de apresentar as contas individuais em SNC. Nas demonstrações financeiras de 30 de junho de 2014, os valores comparativos relativos a 2013 foram reexpressos, por forma a estarem de acordo com as IFRS, garantindo assim a comparabilidade do relato financeiro. Os impactos da reexpressão estão explicados e discriminados na Nota 2.2 adiante. As presentes demonstrações financeiras intercalares foram preparadas de acordo com o disposto na IAS 34 – Relato Financeiro Intercalar. Na sua globalidade, as políticas contabilísticas e critérios de mensuração adotados são consistentes com os seguidos na preparação dos valores comparativos reexpressos do exercício de 2013. Na preparação das demonstrações financeiras, o Conselho de Administração formulou julgamentos, estimativas e pressupostos que afetam a aplicação das politicas contabilísticas e o valor dos ativos, passivos, rendimentos e gastos incorridos, relativos ao período reportado. As estimativas e pressupostos associados são baseados na experiência histórica e noutros fatores considerados razoáveis de acordo com as circunstâncias e formam a base para os julgamentos sobre os valores dos ativos e passivos cuja valorização não é evidente através de outras fontes. Todas as estimativas efetuadas pelo Conselho de Administração foram efetuadas com base no seu conhecimento, à data de 30 de junho, dos eventos e das transações em curso. Contudo, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras

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RELATÓRIO E CONTAS – 30 DE JUNHO DE 2014

serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo, e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas. As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração e autorizadas para emissão no dia 26 de agosto de 2014. 2.2. Adoção pela primeira vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS) No exercício findo em 31 de dezembro de 2013, a EDIA apresentou, pela última vez, as suas demonstrações financeiras (contas individuais) de acordo com o SNC. A partir de 1 de janeiro de 2014, as demonstrações financeiras são preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), tal como adotadas pela União Europeia. As IAS/IFRS incluem as normas (standards) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e as respetivas interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretations Committee (IFRIC) e pelos respetivos órgãos antecessores. Nas demonstrações financeiras reportadas a 30 de junho de 2014, os valores comparativos relativos a 2013 foram reexpressos por forma a estarem de acordo com as IFRS. Os ajustamentos de transição, com efeitos a 1 de janeiro de 2013, foram efetuados de acordo com a IFRS 1 – Adoção pela primeira vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro. Os únicos impactos da reexpressão, ao nível da Demonstração da Posição Financeira e da Demonstração do Rendimento Integral, resultantes de diferenças entre as normas nacionais e as normas internacionais de relato financeiro, foram os seguintes:

(a) Transferência dos subsídios ao investimento relativos a ativos que não se encontravam em imparidade nem se destinavam a serem transferidos para a DGADR, da rubrica de “Outras Variações de Capitais Próprios” para a de “Diferimentos”;

(b) Desreconhecimento dos passivos por impostos diferidos evidenciados nas contas preparadas de acordo com o SNC, uma vez que estes passivos decorriam, na sua totalidade, das diferenças temporárias tributáveis relacionadas com a contabilização de subsídios ao investimento no Capital Próprio;

(c) Desreconhecimento dos ativos por impostos diferidos, uma vez que, não existindo uma segurança razoável quanto à existência de lucros tributáveis futuros que permitissem a utilização das diferenças temporárias dedutíveis (nomeadamente as resultantes das imparidades do segmento “Água”) ou dos prejuízos fiscais reportados, só se registavam ativos por impostos diferidos de montante equivalente ao das diferenças temporárias tributáveis associadas aos subsídios registados no Capital Próprio, que se esperava que viessem a reverter nos mesmos períodos (i.e. de forma sistemática e regular ao longo do período da concessão) em que ocorreria a reversão das diferenças tributárias dedutíveis.

Os impactos da reexpressão dos valores comparativos de 2013 podem ser discriminados da seguinte forma, sendo que a coluna das “Notas” reflete a descrição dos ajustamentos apresentada nas alíneas (a) a (c) acima:

92

RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2014

Euros

ATIVO

Ativo Não Corrente

Ativos Fixos Tangíveis 16.027.716 16.027.716

Ativos Intangíveis 364.142.735 364.142.735

Participações Financeiras - Método Equivalência Patrimonial 5.046 5.046

Participações Financeiras - Outros Métodos 276.001 276.001

Ativos por Impostos Diferidos 35.484.643 -35.484.643 (c) 0

Depósitos Cativos 8.533.529 8.533.529

424.469.670 -35.484.643 388.985.027

Ativo Corrente

Inventários 423.836.069 423.836.069

Clientes 1.743.604 1.743.604

Adiantamentos a Fornecedores 1.059.248 1.059.248

Estado e Outros Entes Públicos 542.444 542.444

Acionistas/Sócios 1.050 1.050

Outras Contas a Receber 76.707.085 76.707.085

Diferimentos 496.534 496.534

Caixa e Depósitos Bancários 59.509.539 59.509.539

563.895.573 563.895.573

Total do Ativo 988.365.243 -35.484.643 952.880.600

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

Capital Próprio

Capital Realizado 387.267.750 387.267.750

Outras Reservas 9.202.700 9.202.700

Resultados Transitados -832.397.592 -34.628.607 (c) -867.026.199

Ajustamentos em Ativos Financeiros 413.817 413.817

Outras Variações no Capital Próprio 98.419.670 -98.419.670 (a) (b) 0

Resultado Líquido do Período 8.559.040 -856.036 (c) 7.703.003

Total do Capital Próprio -328.534.615 -133.904.313 -462.438.928

Passivo Não Corrente

Provisões 11.915.833 11.915.833

Financiamentos Obtidos 543.697.068 543.697.068

Outras Contas a Pagar 15.517.311 15.517.311

Passivos por Impostos Diferidos 35.484.643 -35.484.643 (b) 0

Diferimentos 515.512.248 132.088.262 (a) 647.600.510

1.122.127.103 96.603.619 1.218.730.722

Passivo Corrente

Fornecedores 7.235.363 7.235.363

Adiantamento de Clientes 6.512 6.512

Estado e Outros Entes Públicos 230.832 230.832

Financiamentos Obtidos 147.939.502 147.939.502

Outras Contas a Pagar 25.151.361 25.151.361

Diferimentos 14.209.184 1.816.051 (a) 16.025.235

194.772.755 1.816.051 196.588.806

Total do Passivo 1.316.899.858 98.419.670 1.415.319.528

Total do Capital Próprio e do Passivo 988.365.243 -35.484.643 952.880.600

Demonstração da Posição Financeira01/01/2013

(Aprovado_SNC)

Impacto da

reexpressão

01/01/2013

(Reexpresso_IFRS)Notas

93

RELATÓRIO E CONTAS – 30 DE JUNHO DE 2014

Euros

ATIVO

Ativo Não Corrente

Ativos Fixos Tangíveis 15.661.175 15.661.175

Ativos Intangíveis 359.192.029 359.192.029

Participações Financeiras - Outros Métodos 276.001 276.001

Ativos por Impostos Diferidos 32.620.372 -32.620.372 (c) 0

Depósitos Cativos 7.280.745 7.280.745

415.030.321 -32.620.372 382.409.950

Ativo Corrente

Inventários 23.197.163 23.197.163

Clientes 4.282.798 4.282.798

Adiantamentos a Fornecedores 881.493 881.493

Estado e Outros Entes Públicos 632.908 632.908

Acionistas/Sócios 1.050 1.050

Outras Contas a Receber 165.257.080 165.257.080

Diferimentos 507.216 507.216

Caixa e Depósitos Bancários 48.770.069 48.770.069

243.529.776 243.529.776

Total do Ativo 658.560.098 -32.620.372 625.939.726

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

Capital Próprio

Capital Realizado 387.267.750 387.267.750

Outras Reservas 9.202.700 9.202.700

Resultados Transitados -823.838.553 -35.484.643 (c) -859.323.196

Ajustamentos em Ativos Financeiros 413.273 413.273

Outras Variações no Capital Próprio 100.524.004 -100.524.004 (a) (b) 0

Resultado Líquido do Período -17.363.194 2.864.271 (c) -14.498.923

Total do Capital Próprio -343.794.020 -133.144.376 -476.938.396

Passivo Não Corrente

Provisões 9.343.676 9.343.676

Financiamentos Obtidos 537.476.688 537.476.688

Outras Contas a Pagar 15.517.311 15.517.311

Passivos por Impostos Diferidos 32.620.372 -32.620.372 (b) 0

Diferimentos 171.746.694 131.329.702 (a) 303.076.396

766.704.740 98.709.330 865.414.071

Passivo Corrente

Fornecedores 12.779.597 12.779.597

Adiantamento de Clientes 37.883 37.883

Estado e Outros Entes Públicos 209.980 209.980

Financiamentos Obtidos 181.821.748 181.821.748

Outras Contas a Pagar 26.415.322 26.415.322

Diferimentos 14.384.848 1.814.675 (a) 16.199.523

235.649.378 1.814.675 237.464.051

Total do Passivo 1.002.354.118 100.524.005 1.102.878.122

Total do Capital Próprio e do Passivo 658.560.098 -32.620.372 625.939.726

Demonstração da Posição Financeira31/12/2013

(Aprovado_SNC)

Impacto da

reexpressão

31/12/2013

(Reexpresso_IFRS)Notas

94

RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2014

3. Principais Políticas Contabilísticas As principais políticas contabilísticas adotadas na preparação das demonstrações financeiras anexas são as seguintes: 3.1. Bases de mensuração usadas na preparação das demonstrações financeiras As demonstrações financeiras são expressas em euros, moeda funcional da Empresa. Os rendimentos e gastos são registados de acordo com o regime do acréscimo, pelo que são reconhecidos à medida que são gerados ou incorridos, independentemente do momento em que são recebidos ou pagos. Os rendimentos e os gastos reconhecidos na Demonstração do Rendimento Integral que ainda não tenham sido faturados ou cuja fatura de aquisição ainda não tenha sido rececionada são registados por contrapartida de “Devedores por Acréscimos de Rendimentos” ou de “Credores

Euros

Vendas e Prestações de Serviços 8.350.168 8.350.168

Subsídios à Exploração 315.141 315.141

Ganhos/Perdas Imputados de Subsidiárias, Associadas e Empreendimentos Conjuntos (27.444) (27.444)

Variação nos Inventários da Produção 7.971.871 7.971.871

Trabalhos para a Própria Entidade 1.276.272 1.276.272

Fornecimentos e Serviços Externos (9.848.583) (9.848.583)

Gastos com o Pessoal (3.394.510) (3.394.510)

Provisões (Aumentos/Reduções) (697.660) (697.660)

Imparidades de Dívidas a Receber (Perdas/Reversões) (173.152) (173.152)

Outros Rendimentos e Ganhos 2.576.754 2.576.754

Outros Gastos e Perdas (533.576) (533.576)

Resultado Antes de Depreciações, Gastos de Financiamento e Impostos 5.815.283 5.815.283

Gastos/Reversões de Depreciação e de Amortização (2.877.658) (2.877.658)

Imparidade de Investimentos Depreciáveis/Amortizáveis (Perdas/Reversões) (7.163.494) (7.163.494)

Resultado Operacional (Antes de Gastos de Financiamento e Impostos) (4.225.869) (4.225.869)

Juros e Rendimentos Similares Obtidos 26.194 26.194

Juros e Gastos Similares Suportados (4.501.996) (4.501.996)

Resultado Antes de Impostos (8.701.671) (8.701.671)

Imposto sobre o Rendimento do Período 1.386.986 (1.425.765) (c) (38.780)

Resultado Líquido do Período (7.314.685) (1.425.765) (8.740.451)

Demonstração do Rendimento Integral30/06/2013

(Aprovado_SNC)

Impacto da

reexpressão

30/06/2013

(Reexpresso_IFRS)Notas

Euros

Vendas e Prestações de Serviços 17.613.305 17.613.305

Subsídios à Exploração 511.565 511.565

Ganhos/Perdas Imputados de Subsidiárias, Associadas e Empreendimentos Conjuntos (260.310) (260.310)

Variação nos Inventários da Produção 29.431.052 29.431.052

Trabalhos para a Própria Entidade 2.719.218 2.719.218

Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas (15.176) (15.176)

Fornecimentos e Serviços Externos (36.257.474) (36.257.474)

Gastos com o Pessoal (6.187.839) (6.187.839)

Provisões (Aumentos/Reduções) (1.443.809) (1.443.809)

Imparidades de Dívidas a Receber (Perdas/Reversões) (244.770) (244.770)

Outros Rendimentos e Ganhos 5.354.954 5.354.954

Outros Gastos e Perdas (2.010.319) (2.010.319)

Resultado Antes de Depreciações, Gastos de Financiamento e Impostos 9.210.398 9.210.398

Gastos/Reversões de Depreciação e de Amortização (5.714.453) (5.714.453)

Imparidade de Investimentos Depreciáveis/Amortizáveis (Perdas/Reversões) (7.468.579) (7.468.579)

Resultado Operacional (Antes de Gastos de Financiamento e Impostos) (3.972.634) (3.972.634)

Juros e Rendimentos Similares Obtidos 31.942 31.942

Juros e Gastos Similares Suportados (10.486.140) (10.486.140)

Resultado Antes de Impostos (14.426.832) (14.426.832)

Imposto sobre o Rendimento do Período (2.936.362) 2.864.271 (c) (72.091)

Resultado Líquido do Período (17.363.194) 2.864.271 (14.498.923)

Demonstração do Rendimento Integral31/12/2013

(Aprovado_SNC)

Impacto da

reexpressão

31/12/2013

(Reexpresso_IFRS)Notas

95

RELATÓRIO E CONTAS – 30 DE JUNHO DE 2014

por Acréscimos de Gastos” relevados nas rubricas de Demonstração da Posição Financeira de “Outras Contas a Receber” e “Outras Contas a Pagar”, respetivamente. Os rendimentos recebidos e os gastos pagos antecipadamente são registados por contrapartida das rubricas de “Diferimentos” do Passivo e do Ativo, respetivamente. Não foram reconhecidos erros materiais relativos a estimativas efetuadas na preparação das demonstrações financeiras de exercícios anteriores. As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e transações em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes. Contudo, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo, e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas. As principais políticas contabilísticas adotadas na preparação das demonstrações financeiras são as abaixo mencionadas: 3.1.a. Ativos Fixos Tangíveis Ativos Fixos Tangíveis são itens que:

Sejam detidos para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, para arrendamento a outros, ou para fins administrativos; e

Se espera que sejam usados durante mais do que um período. Os ativos fixos tangíveis da Empresa são inicialmente registados ao custo de aquisição. Após o reconhecimento inicial os ativos fixos tangíveis são mensurados ao custo deduzido das respetivas depreciações acumuladas e perdas de imparidade acumuladas, quando aplicável. O custo de aquisição inclui:

O preço de compra do ativo; As despesas diretamente imputáveis à compra; e Os gastos estimados de desmantelamento e remoção dos ativos e de restauração do

local. Os custos de empréstimos obtidos que sejam diretamente atribuíveis à construção ou produção de um ativo elegível para capitalização são capitalizados até ao momento em que os bens estejam substancialmente concluídos. Os gastos diretos, relacionados com as áreas técnicas envolvidas na construção de ativos da Empresa são capitalizados no ativo fixo tangível. Esta capitalização é efetuada em função dos recursos internos utilizados e dos tempos despendidos, por contrapartida da rubrica de “Trabalhos para a Própria Entidade”.

96

RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2014

Os gastos subsequentes com os ativos fixos tangíveis, grandes reparações que originem acréscimo de benefícios ou de vida útil esperada, são reconhecidos nesses ativos e depreciados às taxas correspondentes à vida útil esperada. Todos os encargos com manutenção e reparações de natureza corrente são reconhecidos como gastos do período em que são incorridos, de acordo com o regime do acréscimo. As grandes reparações que originem acréscimo de benefícios ou da vida útil esperada são registadas como ativos tangíveis e depreciadas às taxas correspondentes à vida útil esperada. A componente substituída é identificada e abatida. Os ganhos ou perdas decorrentes da alienação de ativos fixos tangíveis, determinadas pela diferença entre o valor de venda e a respetiva quantia registada na data da alienação, são contabilizadas em resultados na rubrica “Outros Rendimentos e Ganhos” ou “Outros Gastos e Perdas”. No âmbito da IFRIC12 - Acordos de Concessão de Serviços, os bens afetos à “concessão” estão evidenciados na rubrica de “Ativos Intangíveis”. As depreciações dos bens do “Ativo Fixo Tangível”, isto é, dos bens não afetos à concessão, deduzidos do seu valor residual, são calculadas de acordo com o método da linha reta (quotas constantes) e por duodécimos a partir do mês em que se encontram disponíveis para utilização, durante a vida útil dos ativos, a qual é determinada em função da utilidade esperada. As taxas de depreciação praticadas correspondem, em média, às seguintes vidas úteis estimadas para as diversas classes de ativos:

A depreciação cessa quando os ativos passam a ser classificados como detidos para venda. Em cada data de relato, a EDIA avalia se existe qualquer indicação de que um ativo possa estar em imparidade e sempre que existam tais indícios, os ativos fixos tangíveis são sujeitos a testes de imparidade. Quando o montante pelo qual um ativo se encontra reconhecido é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade, registada na Demonstração do Rendimento Integral na rubrica de “Imparidade de Investimentos Depreciáveis/Amortizáveis (perdas/reversões)”. A quantia recuperável corresponde ao valor mais alto entre o preço de venda líquido (montante que se obteria com a alienação do ativo numa transação ao alcance das partes envolvidas, deduzido dos custos diretamente atribuíveis à alienação) e o valor de uso (valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que se espera que surjam do uso continuado do ativo e da sua alienação no final da sua vida útil). A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando há evidências de que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram,

(Anos)

Terrenos e Recursos Naturais -

Edifícios e Outras Construções 50

Equipamento Básico 2 - 32

Equipamento de Transporte 2 - 8

Equipamento Administrativo 1 - 16

Outros Ativos Fixos Tangíveis 1 - 24

Conta Vida Útil

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RELATÓRIO E CONTAS – 30 DE JUNHO DE 2014

sendo reconhecida na Demonstração do Rendimento Integral como dedução à rubrica “Imparidade de investimentos depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões)”. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efetuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de depreciações) caso a perda por imparidade não tivesse sido registada em anos anteriores, e é reconhecida como um rendimento na Demonstração do Rendimento Integral. 3.1.b. Ativos Intangíveis Um ativo intangível é um ativo não monetário identificável sem substância física. Um ativo intangível é reconhecido se, e apenas se:

For provável que os benefícios económicos futuros esperados que sejam atribuíveis ao ativo fluam para a Empresa; e

O custo do ativo possa ser fiavelmente mensurado. Os ativos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição ou produção, deduzido das amortizações acumuladas e eventuais perdas de imparidade, quando aplicável e só são reconhecidos se for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para a Empresa, se possam mensurar com fiabilidade e se a Empresa possuir o controlo sobre os mesmos. A EDIA adotou, no exercício de 2010, a interpretação IFRIC12 - Acordos de Concessão de Serviços, aplicável às atividades de produção de energia e de distribuição de água desenvolvidas ao abrigo do contrato de concessão celebrado com o Estado. Assim, nos exercícios de 2009 (reexpresso) e de 2010, a Empresa:

Transferiu todo o investimento associado a essas atividades da rubrica de “Ativos Fixos Tangíveis” para a de “Ativos Intangíveis”;

Ajustou a política de depreciação/amortização desses investimentos e de

reconhecimento em rendimentos dos respetivos subsídios, que passaram todos a ser amortizados pelo método das quotas constantes ao longo do período da concessão, isto é:

As infraestruturas que já se encontravam disponíveis para uso à data do início da concessão (1 de novembro de 2007) são amortizadas ao longo dos 75 anos da concessão, ou seja, de novembro de 2007 a outubro de 2082; e

As infraestruturas que ainda não estavam disponíveis para uso em 1 de novembro de 2007 são amortizadas desde a data em que cada uma delas ficou ou ficará disponível para uso até ao final do período de concessão (outubro de 2082).

Constituiu e passou a atualizar anualmente uma provisão para fazer face aos encargos

estimados relativos à obrigação contratual de manter/conservar as infraestruturas ao longo do período da concessão.

A provisão para fazer face à obrigação de manter/conservar as infraestruturas engloba apenas as grandes reparações e substituições que se prevê que venham a ser efetuadas ao longo do período da concessão, não incluindo assim a manutenção e a conservação correntes desses

98

RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2014

ativos, as quais são reconhecidas como gastos nos exercícios em que ocorrem, ou, caso se verifique uma reversão da provisão, a referida será registada numa conta de rendimentos. A EDIA avalia a necessidade de efetuar testes de imparidade aos seus ativos intangíveis no final de cada ano. Estes testes são efetuados sempre que são identificados eventos ou alterações nas circunstâncias que indicam que o montante pelo qual um ativo se encontra mensurado, possa não ser recuperado, sendo ponderada a sua realização, tendo em conta a relação custo- benefício. Sempre que o montante pelo qual um ativo se encontra reconhecido é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade, registada na Demonstração do Rendimento Integral na rubrica de “Imparidade de Investimentos Depreciáveis/Amortizáveis (perdas/reversões)”. Uma vez que, nos termos do contrato de concessão, se tratam de ativos não alienáveis, a quantia recuperável corresponde ao respetivo valor de uso (valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que se espera que surjam do uso continuado do ativo). Tendo presente as disposições da IAS 36 - Imparidade de Ativos, que referem que, “Após o reconhecimento de uma perda por imparidade, o encargo com a depreciação (amortização) do ativo deve ser ajustado nos períodos futuros para imputar a quantia escriturada revista do ativo, menos o seu valor residual (se o houver) numa base sistemática, durante a sua vida útil remanescente”, cessaram-se as amortizações dos bens afetos ao segmento “água” (e consequente reversão de perdas de imparidade no mesmo montante), cujo valor líquido contabilístico é nulo. A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando os motivos que provocaram o registo das mesmas deixam de existir e consequentemente o ativo deixa de estar em imparidade. A 30 de junho de 2014 e nos exercícios anteriores (2009 a 2013), tendo-se identificado duas unidades geradoras de caixa, a “distribuição de água” e a “energia”, foram efetuados testes de imparidade aos ativos intangíveis, calculando-se o valor presente dos fluxos de caixa futuros associados a esses ativos líquidos sendo que, apenas uma se encontra em imparidade: a “distribuição de água”. Estando as imparidades relacionadas com ajustamentos periódicos do valor dos ativos intangíveis, pelo processo de alocação do gasto, via amortização, no sentido da sua valorização, não sendo neste contexto, tratados os potenciais ganhos e, havendo já evidências objetivas que existem perdas futuras no investimento e dado que a realização dos testes de imparidade (anuais) implica um aumento exponencial de encargos, os mesmos não se efetuaram em junho de 2014. 3.1.c. Investimentos em Curso Os “Investimentos em Curso” representam os ativos fixos tangíveis e intangíveis ainda em fase de construção/desenvolvimento, encontrando-se registados ao custo de aquisição, deduzido das perdas por imparidade acumuladas. Estes ativos são depreciados a partir do mês em que se encontrem em condições de ser utilizados nos fins pretendidos. Em virtude da EDIA se encontrar ainda numa fase de investimento, têm vindo a ser capitalizados:

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RELATÓRIO E CONTAS – 30 DE JUNHO DE 2014

Os gastos financeiros diretamente relacionados com o financiamento do investimento que ainda se encontra em fase de construção/desenvolvimento, até ao momento em que cada infraestrutura esteja substancialmente concluída;

Os gastos com o pessoal diretamente relacionado com a atividade de planeamento e obra; e

Os fornecimentos e serviços externos, que são, pela sua natureza, registados nos centros de custos diretamente relacionados com a construção das infraestruturas.

3.1.d. Política de Capitalização de Encargos de Estrutura e Financeiros Os encargos financeiros relacionados com financiamentos obtidos são reconhecidos como gasto de acordo com o regime do acréscimo, com exceção dos encargos financeiros com financiamentos obtidos diretamente relacionados com a construção de ativos fixos, ou associados às concessões, que são capitalizados, fazendo parte do custo do ativo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das atividades de construção ou desenvolvimento do ativo e termina quando a construção se encontra substancialmente concluída, sendo interrompida sempre que o projeto em causa se encontre suspenso. Os gastos de estrutura da Empresa e os gastos financeiros que têm ligação direta com o Empreendimento em fase de construção têm vindo a ser capitalizados, de forma consistente ao longo do tempo. Com a conclusão das obras e a entrada em exploração das barragens e centrais hidroelétricas de Alqueva (em dezembro de 2005) e Pedrógão (em 2006), também com a entrada em exploração dos perímetros de rega do: (i) Monte - Novo (1.º semestre de 2009), (ii) Alvito - Pisão e Pisão (2010), (iii) Orada Amoreira, Brinches, Brinches-Enxoé, Serpa, Blocos de Ferreira, Figueirinha e Valbom, Alfundão e Infraestrutura 12 (2011), (iv) Loureiro-Alvito (1.º semestre de 2012), (v) Ervidel 1 (2.º semestre de 2012) e Ervidel 2 e 3 e o Pedrogão 1 margem direita, no ano de 2013, os gastos afetos a essas infraestruturas passaram a ser considerados diretamente como gastos do exercício, e os custos financeiros a eles associados deixaram de ser capitalizados. Durante o primeiro semestre de 2014, não foi concluída a construção nem entrou em exploração nenhum perímetro de rega. Segundo a política de capitalização definida, não são capitalizados os gastos relativos: a) aos órgãos sociais, secretariado e gabinetes de apoio; b) à Direção de Administração e Finanças, com exceção do Departamento de Planeamento e Controlo de Investimentos e do Departamento de Sistemas de Informação; c) à Direção de Gestão do Património, com exceção do Departamento de Expropriações; d) à Direção de Economia da Água e Promoção do Regadio; e e) ao Departamento de Manutenção, Exploração e Segurança, que pertence à Direção de Infraestruturas Primárias e de Energia. A chave de repartição para os custos de funcionamento imputados ao investimento tem em conta o seguinte:

Os gastos de funcionamento dos serviços são distribuídos pelas direções capitalizáveis com base no número de colaboradores;

Os gastos das direções são imputados da seguinte forma:

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Direção de Infraestruturas de Rega: 100% para a rede secundária; Direção de Infraestruturas Primárias e de Energia: 100% para a rede primária; e Direção de Engenharia, Ambiente e Planeamento: 50% para a rede primária e 50%

para a rede secundária. 3.1.e. Trabalhos para a própria Entidade Nesta rubrica são reconhecidos os gastos dos recursos diretamente atribuíveis aos ativos fixos tangíveis e intangíveis, durante a sua fase de desenvolvimento/construção, quando se conclui que os mesmos serão recuperados através da realização daqueles ativos. São mensurados ao custo, sendo portanto reconhecidos sem qualquer margem, com base em informação interna especialmente preparada para o efeito (custos internos) ou nos custos de aquisição. Os “Trabalhos para a Própria Entidade” refletem a capitalização dos encargos de estrutura que são basicamente os gastos com o pessoal e com trabalhos efetuados por terceiros sob administração direta da Empresa. As obras de construção, executadas pela própria Empresa, bem como as reparações de equipamentos que incluem despesas com materiais, mão-de-obra direta e gastos gerais, estão associados às obras em curso do EFMA. Este procedimento está de acordo com a política de capitalização de encargos de estrutura mencionada no ponto anterior. Tais despesas são objeto de capitalização apenas quando sejam preenchidos os seguintes requisitos:

Os ativos desenvolvidos são identificáveis; Existe forte probabilidade de os ativos virem a gerar benefícios económicos futuros; e Os custos de desenvolvimento são mensuráveis de forma fiável.

3.1.f. Participações Financeiras Empresas Subsidiárias As participações financeiras em empresas nas quais a EDIA exercia um domínio ou influência significativa eram registadas pelo Método da Equivalência Patrimonial (MEP), sendo que, a 30 de junho de 2014 esta situação já não se verifica dada a extinção da sua subsidiária (Gestalqueva,S.A). Outras Participações Financeiras As participações detidas no capital de entidades que não conferem à EDIA uma influência dominante ou significativa (participações representativas de menos de 20% do respetivo capital) encontram-se registadas ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade acumuladas.

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Conforme previsto nas IAS 32 - Instrumentos Financeiros-Apresentação e IAS 39 - Instrumentos Financeiros-Reconhecimento, à data do relato, a EDIA avalia a imparidade de todos os ativos financeiros, que não sejam mensurados ao justo valor através de resultados. Se existir uma evidência objetiva de imparidades, é reconhecida uma perda por imparidade na Demonstração do Rendimento Integral. 3.1.g. Locações A classificação das locações como financeiras ou operacionais é feita em função da sua substância e não da forma legal do contrato, dando cumprimento aos critérios estabelecidos na IAS 17 – Locações. As locações são classificadas como financeiras, sempre que nos seus termos ocorra a transferência substancial para o locatário, de todos os riscos e vantagens associados à propriedade do bem. Todas as restantes operações são classificadas como locações operacionais. Os ativos adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro, reconhecendo os ativos fixos tangíveis e as depreciações acumuladas correspondentes e as dívidas pendentes de liquidação de acordo com o plano financeiro contratual. As rendas são constituídas pelo encargo financeiro e pela amortização financeira do capital. Os juros incluídos no valor das rendas e as depreciações dos ativos fixos tangíveis são reconhecidos como gastos na Demonstração do Rendimento Integral do exercício a que respeitam. Como referido acima, as locações operacionais são aquelas em que não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse do ativo sob locação, para o locatário. Nas locações consideradas como operacionais, os pagamentos (rendas) devidos são reconhecidos como gastos na Demonstração do Rendimento Integral, dos períodos a que dizem respeito, numa base linear durante o período do contrato de locação. A Empresa mantém responsabilidades de médio e longo prazo em contratos de locação operacional de viaturas. Relativamente às divulgações requeridas pela IAS 17 – Locações, dada a reduzida expressão dos contratos de locação operacional em vigor em 2014, não se procedeu à divulgação completa da informação no que respeita à divulgação dos montantes dos pagamentos mínimos, ou que lhe possam ser exigidos (todos os pagamentos incluindo eventualmente o valor da opção de compra), em virtude da sua imaterialidade e de se considerar que não proporciona informação adicional relevante para o conhecimento da posição financeira e desempenho financeiro da Empresa e para a tomada de decisões dos diversos utilizadores da informação.

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3.1.h. Instrumentos Financeiros - Ativos e Passivos Financeiros Um instrumento financeiro é um contrato que dá origem a um ativo financeiro numa entidade e a um passivo financeiro ou instrumento de capital próprio noutra entidade. Os ativos e passivos financeiros são reconhecidos na Demonstração da Posição Financeira quando a Empresa se torna parte das correspondentes disposições contratuais. Para os ativos financeiros que apresentam indicadores de imparidade é determinado o respetivo valor recuperável, sendo as perdas por imparidade registadas por contrapartida de resultados. Um ativo financeiro é qualquer ativo que seja dinheiro ou um direito contratual de receber dinheiro. Um passivo financeiro é qualquer passivo que se consubstancie numa obrigação contratual de entregar dinheiro. Os ativos financeiros da Empresa são basicamente os “Clientes”, “Outras Contas a Receber” e “Caixa e Equivalentes de Caixa”. Os passivos financeiros são fundamentalmente os “Financiamentos Obtidos”, “Fornecedores” e “Outras Contas a Pagar”. Clientes e Outras Contas a Receber No que respeita aos “Clientes”, as dívidas resultam de serviços prestados pela Empresa no decurso normal da sua atividade, efetuadas de acordo com as condições normais de crédito de curto prazo, pelo que são mensuradas pelo valor não descontado dos fluxos de caixa a receber, deduzidos das perdas por imparidade, sendo expectável que a sua cobrança ocorra dentro de um ano ou menos, registam-se em “Ativo Corrente”. Não se aplica o critério de mensuração do custo amortizado aos saldos de “Clientes”, em virtude dos prazos de recebimento definidos, na sua maioria, serem cumpridos e não se perspetivarem atrasos significativos ou diferimentos no recebimento aquando do seu reconhecimento inicial. Assim, a aplicação do custo amortizado na mensuração dos ativos financeiros em causa não seria adequada. Mas mesmo não sendo um valor significativo, no primeiro semestre de 2014, a EDIA reconheceu perdas por imparidade neste tipo de ativos financeiros (IAS 39-Instrumentos Financeiros). As “Outras Contas a Receber” são registadas pelo seu valor nominal, deduzido de eventuais perdas de imparidade, pois a EDIA considera que o impacto que o critério do custo amortizado teria nas suas contas seria nulo. As perdas de imparidade correspondem à diferença entre a quantia inicialmente registada e o seu valor recuperável, sendo este o valor presente dos “cash-flows” esperados (descontados à taxa efetiva sempre que o efeito do valor temporal do dinheiro for significativo), as quais são reconhecidas na Demonstração de Rendimento Integral do período em que são estimadas.

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Para efeitos de determinação das perdas por imparidade, consideram-se créditos de cobrança duvidosa aqueles que o risco de incobrabilidade esteja devidamente justificado, o que se verifica nos casos em que os créditos estejam em mora há mais de doze meses desde a data do respetivo vencimento e existam provas objetivas de terem sido efetuadas diligências para o seu recebimento. O saldo da rubrica de “Outras Contas a Receber”, reflete essencialmente: (i) a dívida da DGADR (ver Nota 14); (ii) Fundos Comunitários; (iii) Devedores por Acréscimos de Rendimentos. Os Fundos Comunitários são recebidos num curto prazo após a data da Demonstração da Posição Financeira pelo que são mensuradas pelo valor não descontado dos fluxos de caixa a receber (não há perdas por imparidade neste caso, pois só são reconhecidos como dívidas a receber, os subsídios que satisfazem os critérios de reconhecimento estabelecidos na IAS 20 - Contabilização de subsídios do governo e divulgação de apoios do governo, ou seja, quando existe segurança de que a EDIA cumprirá as condições a eles associadas e de que os subsídios serão recebidos). Quanto aos “Devedores por Acréscimos de Rendimentos”, os mesmos são regularizados no curto prazo, sendo reconhecidos pelo valor não descontado dos rendimentos reconhecidos no exercício. Assim, a EDIA considera que o impacto que o critério do custo amortizado teria nas suas contas seria nulo. Caixa e Depósitos Bancários

Na Demonstração da Posição Financeira, os montantes incluídos na rubrica de “Caixa e Depósitos Bancários” correspondem aos valores de caixa e aos depósitos à ordem ou a prazo. Na Demonstração dos Fluxos de Caixa, a rubrica “Caixa e seus Equivalentes” inclui os valores em caixa e depósitos à ordem, bem como os investimentos financeiros a curto prazo (incluindo os depósitos a prazo) que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor. Para efeitos de Demonstração de Fluxos de Caixa, a rubrica de “Caixa e seus Equivalentes” é deduzida dos descobertos bancários, que na Demonstração da Posição Financeira são incluídos na rubrica de “Financiamentos Obtidos”. Financiamentos Obtidos Os financiamentos obtidos são registados no Passivo pelo custo amortizado, sendo os correspondentes encargos financeiros calculados de acordo com a taxa de juro efetiva e, registados em resultados de acordo com o princípio da especialização dos exercícios. São expressos no Passivo Corrente ou não Corrente, dependendo do seu vencimento ocorrer a menos ou mais de um ano, respetivamente. O seu desreconhecimento só ocorre quando cessam as obrigações decorrentes dos contratos, designadamente quando tenha havido lugar a liquidação, cancelamento ou expiração.

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Os encargos financeiros, relacionados com os empréstimos obtidos para financiamento do investimento em curso, são capitalizados até ao momento em que a infraestrutura esteja substancialmente concluída. Contas a Pagar Os saldos de “Fornecedores”, “Fornecedores de Investimento” e “Outros Credores” (não incluindo portanto os financiamentos obtidos, que tem uma secção autónoma) respeitam à generalidade das aquisições de bens e serviços contratadas pela Empresa, no decurso normal da sua atividade e de acordo com as condições normais do mercado, que correspondem a um crédito de curto prazo. Assim, estas contas a pagar são mensuradas pelo seu valor nominal, que corresponde ao valor não descontado dos fluxos de caixa a pagar. Acresce referir que as condições normais de mercado correspondem a um crédito de curto prazo (prazo médio de pagamento: 73 dias), pelo que a EDIA considera que o impacto que o critério do custo amortizado teria nas suas contas seria nulo. Se o pagamento for devido dentro de um ano ou menos, são classificadas como “Passivo Corrente”, caso contrário, são classificadas como “Passivo não Corrente”. 3.1.i. Depósitos Cativos O prazo de resolução dos processos aos quais se encontram afetos os depósitos cativos, pode abranger vários exercícios, no entanto a Empresa, para o processo cujo montante é materialmente relevante, estimou a data de ocorrência dos fluxos de caixa associados e consequente aplicação do custo amortizado. 3.1.j. Inventários O valor dos inventários inclui todos os gastos de compra, gastos de conversão e outros gastos incorridos para colocar os inventários no seu local e na sua condição atual, encontrando-se valorizados ao custo de aquisição. No âmbito do Contrato de Entrega e respetivo “Contrato de Concessão relativo à Gestão, Exploração, Manutenção e Conservação das Infraestruturas da Rede Secundária do EFMA”, assinado em 8 de abril de 2013, pela EDIA e pelo Estado, representado pela DGADR, a EDIA entregou ao Estado, as infraestruturas relativas à rede secundária de rega, já concluídas. Assim o investimento realizado, nestas infraestruturas da rede secundária que já estavam substancialmente concluídas, antes evidenciado na subconta de “Produtos Acabados e Intermédios”, deduzido dos respetivos subsídios ao investimento, foram transferidos para a conta da DGADR na rubrica “Outras Contas a Receber”. Em novembro de 2013, através de um novo Contrato de Entrega entre a EDIA e a DGADR, à semelhança do efetuado com outras infraestruturas da rede secundária, a EDIA procedeu, em

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representação do Estado, à conceção, execução e construção das infraestruturas integrantes da rede de rega e de drenagem, bem como de todos os bens e equipamentos a ela afetos, do Aproveitamento Hidroagrícola de Aljustrel, cujo investimento se encontrava registado, em “Produtos e Trabalhos em Curso” e foi transferido para a conta da DGADR, na rubrica de “Outras Contas a Receber” (ver Nota 14). Deste modo, a 30 de junho de 2014, o saldo da rubrica de “Inventários” traduz o valor da subconta de “Produtos e Trabalhos em Curso”, referente aos investimentos afetos aos blocos de rega ainda em construção. 3.1.k. Reconhecimento de Gastos e Rendimentos Os gastos e rendimentos são registados no período a que se referem independentemente do seu pagamento ou recebimento, de acordo com o regime contabilístico da especialização dos exercícios. As diferenças entre os montantes pagos e recebidos e os respetivos gastos e rendimentos são registados no Passivo e no Ativo, respetivamente.

Rédito (descrição mais pormenorizada na Nota 3.1.n) O rédito é o influxo bruto de benefícios económicos durante o período proveniente do curso das atividades ordinárias da EDIA quando esses influxos resultam em aumentos de capital próprio, que não sejam aumentos relacionados com contribuições de participantes no capital próprio. O rédito é mensurado pelo justo valor da retribuição recebida ou a receber. O rédito pode ser proveniente das vendas de bens, prestações de serviços e do uso de ativos que produzam juros, royalties e dividendos.

Encargos com Financiamentos Obtidos De acordo com o preconizado na IAS 23 - Custos de Empréstimos Obtidos, os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são reconhecidos como um gasto do período em que sejam incorridos, de acordo com o regime do acréscimo e em conformidade com o método da taxa de juro efetiva. Os encargos financeiros com empréstimos obtidos diretamente relacionados com a construção de ativos fixos, ou associados às concessões são capitalizados, fazendo parte do custo do ativo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das atividades de construção ou desenvolvimento do ativo e termina quando a construção se encontra substancialmente concluída, sendo também interrompida sempre que o projeto em causa se encontre suspenso. 3.1.l. Provisões São reconhecidas provisões quando: (i) a Empresa tem uma obrigação presente, legal ou construtiva, resultante dum acontecimento passado, (ii) seja provável que para a liquidação dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e (iii) o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado.

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O montante reconhecido das provisões consiste no valor presente da melhor estimativa (na data de relato) dos recursos necessários para liquidar a obrigação. Tal estimativa é determinada considerando os riscos e incertezas associados à obrigação. Numa base semestral, as provisões são sujeitas a uma revisão, por parte do Gabinete Jurídico da Empresa, de acordo com a melhor estimativa das respetivas responsabilidades futuras, a essa data, tendo em consideração os riscos e incertezas inerentes a tais estimativas. As estimativas e julgamentos com impacto nas demonstrações financeiras da EDIA são continuamente avaliados e aprovados pelo Conselho de Administração, representando à data de cada relato a melhor estimativa da Empresa, tendo em conta o desempenho histórico, a experiência acumulada e as expectativas sobre eventos futuros, que nas circunstâncias em causa, se acreditam serem razoáveis. São constituídas provisões para processos judiciais em curso e para expropriações litigiosas, bem como de todos os encargos estimados, responsabilidade da Empresa, quando existe uma estimativa fiável de custos a incorrer decorrentes de ações interpostas por terceiros, com base na avaliação da efetivação da probabilidade de pagar, tendo por base o parecer de advogados e peritos dos Tribunais Arbitrais. Na sequência do contrato de concessão celebrado com o Estado, em outubro de 2007 e na sequência da entrada em vigor da IFRIC12 - Acordos de Concessão de Serviços, a EDIA, reforça ou reverte semestralmente a provisão, para fazer face aos encargos estimados relativos à obrigação contratual de manter/conservar, ao longo do período da concessão, as infraestruturas afetas às atividades de produção de energia e de distribuição de água, que revertem para o Estado no final do período da concessão. Esta provisão engloba apenas as grandes reparações e substituições que se prevê que venham a ser efetuadas ao longo do período da concessão, não incluindo a manutenção e a conservação correntes desses ativos, as quais são reconhecidas como gastos nos exercícios em que ocorrem. Neste sentido, são constituídas provisões para os gastos com a manutenção e conservação dos ativos, responsabilidade da EDIA relativos à obrigação contratual de manter/conservar as infraestruturas da rede secundária ao longo do período da concessão. 3.1.m. Subsídios Os subsídios são reconhecidos quando existe uma garantia razoável de que irão ser efetivamente recebidos e que a Empresa irá cumprir com as condições exigidas para a sua concessão. Os subsídios relacionados com rendimentos são reconhecidos como rendimentos na Demonstração do Rendimento Integral no mesmo período do que os gastos que os mesmos se destinam a compensar. Os subsídios ao investimento, concedidos pelo Estado e pela União Europeia a fundo perdido, a projetos apresentados pela EDIA, são reconhecidos numa rubrica do Passivo (Diferimentos) e subsequentemente reconhecidos como “Outros Rendimentos e Ganhos” na mesma proporção

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dos gastos com as amortizações dos ativos subsidiados e respetiva percentagem de comparticipação. Os subsídios destinados à construção da rede secundária de rega são reconhecidos em “Diferimentos”, no Passivo, uma vez que, quando estes ativos forem transferidos para outra entidade, os subsídios que lhes estão associados serão deduzidos ao investimento evidenciado na rubrica de “Inventários”, correspondendo o valor líquido ao montante que a EDIA pretende receber, por ter executado estes investimentos com fundos próprios, por conta do Estado. Os subsídios associados à atividade de distribuição de água, cujos ativos se tem vindo a concluir que estão em imparidade total, têm vindo a ser desreconhecidos no âmbito do registo das perdas de imparidade dos respetivos ativos, isto é, estas perdas são reconhecidas na Demonstração do Rendimento Integral pelo valor líquido dos respetivos subsídios. Os subsídios à exploração, nomeadamente para agricultura, turismo, ambiente e para a formação de colaboradores, são reconhecidos na Demonstração do Rendimento Integral como rendimentos durante os períodos necessários para os balancear com os gastos incorridos. 3.1.n. Rédito Venda de Bens e Prestação de Serviços O reconhecimento de um rédito relativo a vendas e prestação de serviços exige que: (i) o montante possa ser fiavelmente mensurado, (ii) seja provável que os benefícios económicos futuros associados com a transação fluam para a Empresa. O rédito decorrente da atividade ordinária da Empresa é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber, entendendo-se como tal o que é livremente fixado entre as partes contratantes numa base de independência, sendo que, relativamente à venda de bens e prestação de serviços, o justo valor reflete eventuais descontos concedidos e não inclui o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA). Na atividade de distribuição de água a Empresa apenas reconhece o rédito que resulta da aplicação das tarifas aprovadas pelo Estado. A 26 de maio de 2010 foi publicado o Despacho N.º 9000/2010, com efeitos a partir de 01 de junho, que aprovou o tarifário que estabelece o preço da água destinado à rega para uso agrícola fornecida pela EDIA no âmbito do serviço público de água do EFMA, que refere que:

À saída da rede primária, para fornecimento de água às entidades que tenham a seu cargo a gestão, exploração, manutenção e conservação das infraestruturas integradas na rede secundária adstrita a cada perímetro: € 0,042/m3;

À saída da rede secundária, para fornecimento de água em alta pressão às explorações

agrícolas: € 0,089/m3;

À saída da rede secundária, para fornecimento de água em baixa pressão às explorações agrícolas: € 0,053/m3; e

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Fornecimento de água captada diretamente no sistema primário: € 0,053/m3. O valor do tarifário pelo fornecimento de água para uso agrícola no primeiro ano é reduzido a 30% dos valores indicados, aumentando anual, automática, progressiva e linearmente a partir do ano subsequente, até perfazer os 100% no oitavo ano. O rédito é reconhecido com base nos valores do preço da água e nos consumos, ou seja, o rédito regista-se pelo resultado da multiplicação dos valores do preço da água aprovado pelos consumos verificados no período. O rédito do serviço disponibilizado pela EDIA relacionado com a distribuição de água é calculado de acordo com os preços da água definidos pelo Estado, que por sua vez, na sua definição, consideram um conjunto de pressupostos que extravasam o interesse económico dos investimentos realizados. O preço da água destinado à rega para uso agrícola, foi atualizado nas taxas de variação média anual do índice de preços ao consumidor exceto habitação para o Continente de 2012 a 2013, em 0,15%. Em 2014, face a esta atualização, os valores aplicados para a componente de conservação são de € 53,58/ha/ano para a adução em alta pressão e de € 16,07/ha/ano para a adução em baixa pressão. No que respeita à componente de exploração os valores aplicados para alta e baixa pressão são de 0,0737€/m3 e 0,0476€/m3, respetivamente. Juros

O rédito de juros é reconhecido utilizando o método do juro efetivo, desde que seja provável que benefícios económicos fluam para a Empresa e o seu montante possa ser mensurado com fiabilidade. Estes juros são registados no período a que respeitam, de acordo com o regime do acréscimo. 3.1.o. Imposto Sobre o Rendimento O imposto sobre o rendimento corresponde aos impostos correntes e aos impostos diferidos. O valor do imposto corrente é a quantia a pagar ou a recuperar de imposto sobre o rendimento respeitante ao lucro ou à perda tributável de um período, ajustado de acordo com a legislação e regras fiscais. O imposto corrente a pagar é baseado no lucro tributável, calculado de acordo com os critérios fiscais vigentes à data da Demonstração da Posição Financeira. O lucro tributável difere do resultado contabilístico, uma vez que exclui diversos gastos e rendimentos que apenas serão dedutíveis ou tributáveis noutros exercícios. O lucro tributável exclui ainda gastos e rendimentos que nunca serão dedutíveis ou tributáveis. Os impostos correntes são reconhecidos como um gasto ou como um rendimento e incluídos no resultado líquido do período, exceto quando o imposto provenha de uma transação ou

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acontecimento que seja reconhecido, no mesmo ou num diferente período, diretamente no capital próprio, caso em que o respetivo imposto é diretamente debitado ou creditado ao Capital Próprio. A Empresa está sedeada em Portugal e encontra-se sujeita a Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) à taxa normal de 23%, sendo a derrama calculada a uma taxa máxima de 1,5% do lucro tributável. Nos termos do artigo 88.º do Código do IRC, a Empresa encontra-se sujeita adicionalmente a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos, às taxas previstas no mencionado artigo. No entanto as taxas de tributação autónoma são elevadas em 10%, uma vez que a EDIA apresentou prejuízo fiscal no período de tributação anterior. O valor do imposto corrente registado a 30 de junho de 2014, é uma estimativa (50% do valor apurado de imposto no exercício de 2013). De acordo com a legislação em vigor, as declarações de rendimentos para efeitos fiscais são passíveis de revisão e correção pela Administração Tributária durante um período de quatro anos. Contudo, este prazo poderá ser prolongado ou suspenso desde que estejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações, ou se tiver havido prejuízos fiscais reportados. No âmbito de uma inspeção da Autoridade Tributária à Empresa, com início em outubro de 2012, em sede de IRC, é entendimento deste órgão que as declarações de rendimentos de 2008 a 2013 poderão vir a ser corrigidas, não sendo expectável para a EDIA que das eventuais correções venha a decorrer um efeito significativo nas suas demonstrações financeiras. É convicção da Administração, que não ocorrerão liquidações adicionais de valor significativo no contexto das demonstrações financeiras. Os impostos diferidos são calculados, de acordo com o método do passivo com base na Demonstração da Posição Financeira, sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos ativos e passivos e a sua base fiscal, utilizando as taxas de imposto aprovadas ou substancialmente aprovadas à data da Demonstração da Posição Financeira em Portugal e que se espera que venham a ser aplicadas quando as diferenças temporárias se reverterem. Diferenças temporárias são diferenças entre os montantes registados dos ativos e passivos para efeitos de relato contabilístico e os respetivos montantes para efeitos de tributação. Ativos por Impostos Diferidos

Ativos por impostos diferidos são as quantias de impostos sobre o rendimento recuperáveis em períodos futuros respeitantes a:

Diferenças temporárias dedutíveis; O reporte de perdas fiscais não utilizadas; e O reporte de créditos tributáveis não utilizados.

Um ativo por impostos diferidos é reconhecido para todas as diferenças temporárias dedutíveis até ao ponto em que seja provável que exista um lucro tributável ao qual a diferença

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temporária dedutível possa ser usada, a não ser que o ativo por impostos diferidos resulte do reconhecimento inicial de um ativo ou passivo numa transação que:

Não seja uma concentração de atividades empresariais; e No momento da transação, não afete o lucro contabilístico nem o lucro tributável.

Passivos por Impostos Diferidos

São geralmente reconhecidos passivos por impostos diferidos para todas as diferenças temporárias tributáveis, exceto quando esse imposto diferido resultar de:

Reconhecimento inicial do goodwill; ou Reconhecimento inicial de um ativo ou passivo numa transação que não seja uma

concentração de atividades empresariais e não afete, no momento dessa transação, nem o lucro contabilístico nem o lucro tributável.

Os ativos e passivos por impostos correntes dos períodos correntes e anteriores são mensurados pela quantia que se espera que seja recuperada ou paga às autoridades fiscais, usando as taxas fiscais que tenham sido decretadas ou substantivamente decretadas à data da Demonstração da Posição Financeira. Os ativos e passivos por impostos diferidos são mensurados pelas taxas fiscais que se espera que se apliquem no período em que seja realizado o ativo ou em que seja liquidado o passivo, tendo como base as taxas fiscais que tenham sido decretadas ou substantivamente decretadas à data da Demonstração da Posição Financeira. Os impostos correntes e diferidos são reconhecidos como um rendimento ou como um gasto e incluídos no resultado líquido do período, exceto quando o imposto provenha de uma transação ou acontecimento que seja reconhecido, no mesmo ou num diferente período, diretamente no capital próprio, caso em que o respetivo imposto é diretamente debitado ou creditado ao capital próprio. Os ativos por impostos correntes são compensados com passivos por impostos correntes apenas quando:

O Grupo tiver um direito legalmente executável para compensar as quantias reconhecidas; e

Pretenda liquidar numa base líquida, ou realizar o ativo e liquidar simultaneamente o passivo.

Os ativos por impostos diferidos e os passivos por impostos diferidos são compensados apenas quando:

O Grupo tiver um direito legalmente executável de compensar ativos por impostos correntes contra passivos por impostos correntes; e

Os ativos por impostos diferidos e os passivos por impostos diferidos se relacionarem com impostos sobre o rendimento lançados pela mesma autoridade fiscal sobre: A mesma entidade tributável; ou Diferentes entidades tributáveis que pretendam ou liquidar passivos e ativos por

impostos correntes numa base líquida, ou realizar os ativos e liquidar os passivos

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RELATÓRIO E CONTAS – 30 DE JUNHO DE 2014

simultaneamente, em cada período futuro em que as quantias significativas de passivos ou ativos por impostos diferidos se esperem que sejam liquidadas ou recuperadas.

3.1.p. Ativos e Passivos Contingentes Os ativos e passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, mas divulgados nas notas anexas. Nos casos em que a possibilidade de um exfluxo de recursos que incorporem benefícios económicos for remota ou se for pouco provável que ocorra o influxo de benefícios económicos, os respetivos passivos contingentes ou ativos contingentes não são divulgados. 3.1.q. Acontecimentos Subsequentes Os acontecimentos ocorridos após a data da Demonstração da Posição Financeira mas antes da data de aprovação das demonstrações financeiras pelo órgão de gestão da Empresa e desde que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data da Demonstração da Posição Financeira, dão lugar a ajustamentos, sendo refletidos nas demonstrações financeiras do período. Os eventos ocorridos após a data da Demonstração da Posição Financeira que sejam indicativos de condições que surgiram após a data da Demonstração da Posição Financeira (acontecimentos que não dão lugar a ajustamentos), são divulgados no anexo às demonstrações financeiras, se forem considerados materialmente relevantes. 3.1.r. Estimativas e Julgamentos Na preparação das demonstrações financeiras foram utilizados julgamentos e estimativas que afetam as quantias reportadas de ativos e passivos, assim como as quantias reportadas de rendimentos e gastos durante o período de reporte. As estimativas e pressupostos são determinadas com base no melhor conhecimento existente à data de preparação das demonstrações financeiras e na experiência de eventos passados e/ou correntes considerando determinados pressupostos relativos a eventos futuros. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das situações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas. As estimativas e julgamentos com impacto nas demonstrações financeiras são continuamente avaliados, representando à data de cada relato a melhor estimativa da Administração, tendo em conta o desempenho histórico, a experiência acumulada e as expectativas sobre eventos futuros.

112

RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2014

Nas demonstrações financeiras a 30 de junho de 2014, as estimativas refletidas mais significativas, incluem os estudos de imparidade realizados aos ativos intangíveis e investimentos em curso e o registo de provisões. De uma forma simples, a imparidade constitui uma estimativa de redução do valor escriturado dos ativos. Neste sentido, serve como um instrumento que proporciona à Empresa mais uma possibilidade de assegurar que as suas informações contabilísticas representam, em cada momento, da melhor forma a realidade económica das atividades desenvolvidas e o valor dos seus elementos patrimoniais. Disto depende toda a utilidade das demonstrações financeiras para o conjunto dos stakeholders, que procuram as melhores argumentações para as suas tomadas de decisão. A Empresa, com base nos testes de imparidade, verifica se os ativos estão em imparidade, de acordo com a política referida. O cálculo dos valores recuperáveis das unidades geradoras de caixa envolve julgamento e na avaliação subjacente aos cálculos efetuados são utilizados pressupostos baseados na informação disponível quer do negócio, quer do enquadramento macroeconómico, em determinado momento. A Empresa exerce julgamento considerável na mensuração e reconhecimento de provisões. O julgamento é necessário de forma a aferir a probabilidade que um contencioso tem de ser bem sucedido. As provisões são constituídas quando a Empresa espera que processos em curso irão originar a saída de fluxos, a perda seja provável e possa ser razoavelmente estimada. Devido às incertezas inerentes ao processo de avaliação, as perdas reais poderão ser diferentes das originalmente estimadas na provisão. Estas estimativas estão sujeitas a alterações sempre que nova informação fica disponível. Revisões às estimativas destas perdas podem afetar os resultados futuros. 3.2. Políticas de Gestão do Risco Financeiro O Conselho de Administração providencia os princípios gerais para a gestão de riscos bem como os limites de exposição aos mesmos. As atividades da Empresa acarretam exposição a riscos financeiros, nomeadamente:

Risco de Mercado - fundamentalmente o das taxas de juro e o das taxas de câmbio, os quais estão associados, respetivamente, ao risco do impacto da variação das taxas de juro de mercado nos ativos e passivos financeiros e nos resultados e ao risco de flutuação do justo valor dos ativos e passivos financeiros em resultado de alterações nas taxas de câmbio;

Risco de Crédito - risco dos seus devedores não cumprirem com as suas obrigações financeiras; e

Risco de Liquidez - risco de que se venham a encontrar dificuldades para satisfazer obrigações associadas a passivos financeiros.

As atividades da EDIA estão expostas fundamentalmente ao risco da taxa de juro que advém essencialmente da contratação de empréstimos de longo prazo com taxas de juro variáveis (sendo os indexantes mais utilizados a Euribor a 3 meses e a 6 meses), não sendo utilizados quaisquer instrumentos financeiros derivados na gestão desses riscos.

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RELATÓRIO E CONTAS – 30 DE JUNHO DE 2014

Esta situação prende-se com a necessidade da Empresa financiar as atividades de investimento do EFMA com o recurso a capitais alheios, através da contratação de empréstimos bancários. A obtenção de recursos financeiros por esta via (empréstimos obrigacionistas, contas correntes caucionadas e outros) resulta de uma política financeira definida pelo único acionista, assente na contratação de empréstimos com garantia do Estado, e da não disponibilização de dotações de capital suficientes para acompanhar o ritmo dos investimentos do EFMA. Por outro lado, a Empresa não tem gerado os meios necessários, não só para fazer face ao volume de investimentos que vem realizando, como também não dispõe de liquidez suficiente para satisfazer os encargos financeiros decorrentes da política de financiamento adotada. Na Nota 19-Financiamentos Obtidos, encontra-se apresentado o detalhe da dívida bancária remunerada com a indicação da entidade financiadora e respetivo indexante. Considera-se que, em virtude de não existirem instrumentos financeiros em moeda estrangeira e das dívidas de clientes serem reduzidas e recentes, não existem, até à presente data, riscos de outra natureza considerados relevantes que mereçam uma divulgação mais detalhada com vista a melhorar a informação e respetiva compreensão dos utilizadores sobre os riscos a que a Empresa se encontra exposta. 4. Fluxos de Caixa Para efeitos da Demonstração de Fluxos de Caixa, a “Caixa e seus Equivalentes” engloba o dinheiro em caixa e em depósitos à ordem. A Demonstração de Fluxos de Caixa é preparada segundo o método direto, através da qual são divulgados os recebimentos e pagamentos de caixa em atividades operacionais, de investimento e de financiamento. Todos os saldos significativos de caixa e seus equivalentes estão disponíveis para uso não apresentando qualquer restrição à data da Demonstração da Posição Financeira. As atividades operacionais englobam os recebimentos de clientes, pagamentos a fornecedores, pagamentos ao pessoal e outros relacionados com a atividade operacional. As atividades de investimento incluem, nomeadamente os pagamentos e recebimentos decorrentes da compra e da venda de ativos e recebimentos de juros. As atividades de financiamento incluem os pagamentos e recebimentos referentes a empréstimos obtidos, contratos de locação financeira e juros pagos. Em 30 de junho de 2014 e 31 de dezembro de 2013, a rubrica de “Caixa e Depósitos Bancários” que inclui numerário, depósitos bancários imediatamente mobilizáveis e outros equivalentes, detalha-se como segue:

114

RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2014

A diferença do valor apresentado em Demonstração da Posição Financeira nesta rubrica (€ 19.011.492) e o valor de “Caixa e seus Equivalentes” no fim do período (€ 18.966.877) na Demonstração de Fluxos de Caixa (método direto), deve-se ao saldo credor no montante de € 44.615, essencialmente da conta de depósitos à ordem do BCP, de juros devedores do financiamento associado ao depósito caução, que na Demonstração da Posição Financeira se reflete na conta de “Financiamentos Obtidos”. Todas as contas de depósitos à ordem foram reconciliadas, com referência a 30 de junho de 2014 e 31 de dezembro de 2013. 5. Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Erros As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e transações em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes. Contudo, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas. 6. Ativos Fixos Tangíveis No primeiro semestre de 2014 e no ano de 2013, os movimentos ocorridos na rubrica de “Ativos Fixos Tangíveis”, bem como nas respetivas depreciações e nas perdas de imparidade acumuladas foram os seguintes:

Euros

Depósitos a Prazo 22.000.000

Depósitos à Ordem 19.004.741 26.762.171

Numerário 6.751 7.898

19.011.492 48.770.069

Caixa e Depósitos Bancários 31-Dez-1330-Jun-14

Euros

Terrenos e

Recursos

Naturais

Edif ícios e

Outras

Construções

Equipamento

Básico

Equipamento de

Transporte

Equipamento

Administrativo

Outros Ativos

Fixos Tangíveis

Ativos Fixos

Tangíveis

em Curso

Adiantamentos

por Conta de

Investimentos

Total

Ativo Bruto

Saldo Inicial 4.759.366 11.897.541 1.309.003 747.664 2.337.911 464.525 436.116 14.034 21.966.160

Adições 11.495 3.276 13.967 350.388 379.126

Outras Transferências/Abates (273.479) (273.479)

Saldo Final 4.759.366 11.897.541 1.320.498 747.664 2.341.187 478.492 436.116 90.943 22.071.807

Depreciações Acumuladas

Saldo Inicial 7 2.431.216 659.569 727.055 2.194.605 292.534 6.304.985

Adições 1 135.227 63.212 1.733 17.924 13.269 231.366

Outros Movimentos de Depreciações Acumuladas -

Saldo Final 8 2.566.443 722.781 728.788 2.212.529 305.803 - - 6.536.351

Valor Liquido 4.759.358 9.331.098 597.717 18.876 128.658 172.689 436.116 90.943 15.535.456

Ativos Fixos Tangíveis

30-Jun-14

115

RELATÓRIO E CONTAS – 30 DE JUNHO DE 2014

6.1. Terrenos e Recursos Naturais, Edifícios e Outras Construções e Equipamento Básico Os principais investimentos que se encontram registados como ativos fixos tangíveis na Empresa são os terrenos sobrantes de expropriações, o edifício da sede da Empresa, o Museu da Luz, o Parque de Natureza de Noudar e o Centro de Cartografia, os quais não se encontram afetos à concessão, pelo que não revertem para o Estado no final do período de concessão do contrato. Em anos anteriores, foi efetuada a transferência desses investimentos, de em curso para a devida rubrica de “Ativos Fixos Tangíveis” e iniciado o processo de depreciação, bem como o reconhecimento como rendimentos (na mesma proporção em que são depreciados) dos subsídios que lhes estão associados. Nas rubricas de “Equipamento Básico” e “Outros Ativos Tangíveis”, as adições traduzem as obras efetuadas em imóveis próprios, concretamente benfeitorias e aquisição de equipamento hoteleiro para o Parque de Natureza de Noudar, bem como de outros equipamentos a afetar às infraestruturas do EFMA, concretamente ao Museu da Luz, que já se encontram em exploração. 7. Ativos Intangíveis Os movimentos ocorridos nas principais classes de “Ativos Intangíveis”, registados ao custo de aquisição deduzido das respetivas amortizações e perdas de imparidade acumuladas, tiveram a seguinte evolução no primeiro semestre de 2014 e em 2013:

Euros

Terrenos e

Recursos

Naturais

Edif ícios e

Outras

Construções

Equipamento

Básico

Equipamento de

Transporte

Equipamento

Administrativo

Outros Ativos

Fixos Tangíveis

Ativos Fixos

Tangíveis

em Curso

Adiantamentos

por Conta de

Investimentos

Total

Ativo Bruto

Saldo Inicial 4.759.366 11.822.703 1.307.104 766.944 2.331.040 458.907 436.116 (23.072) 21.859.108

Adições 3.980 1.899 3.158 5.618 108.303 122.958

Outras Transferências/Abates 70.858 (19.280) 3.713 (71.197) (15.907)

Saldo Final 4.759.366 11.897.541 1.309.003 747.664 2.337.911 464.525 436.116 14.034 21.966.160

Depreciações Acumuladas

Saldo Inicial 5 2.160.851 538.175 734.481 2.140.931 256.949 5.831.392

Adições 2 270.365 121.394 11.855 53.674 35.585 492.874

Outros Movimentos de Depreciações Acumuladas (19.281) (19.281)

Saldo Final 7 2.431.216 659.569 727.055 2.194.605 292.534 6.304.985

Valor Liquido 4.759.359 9.466.324 649.434 20.609 143.306 171.992 436.116 14.034 15.661.175

Ativos Fixos Tangíveis

31-Dez-13

Euros

Terrenos e

Recursos

Naturais

Edif ícios e

Outras

Construções

Equipamento

Básico

Projetos de

Desenvolvimento

Programas

de

Computador

Outros Direitos

Ativos

Intangíveis

em Curso

Adiantamentos

por conta de

Investimentos

Total

Ativo Bruto

Saldo Inicial 226.505.686 1.075.496.352 136.863.769 116.949 2.741.430 195.000.100 139.925.565 355.021 1.777.004.872

Adições 27.430.789 928.599 28.359.388

Outras Transferências/Abates 36.084 1.390.274 1.430 (893.605) (534.183) -

Saldo Final 226.541.770 1.076.886.626 136.865.199 116.949 2.741.430 195.000.100 166.462.749 749.437 1.805.364.260

Amortizações Acumuladas

Saldo Inicial 6.656.562 23.273.527 10.929.544 116.949 2.741.430 100 43.718.113

Adições 425.613 1.543.390 640.715 2.609.718

Saldo Final 7.082.175 24.816.917 11.570.259 116.949 2.741.430 100 46.327.830

Perdas de Imparidade Acumuladas

Saldo Inicial 161.279.564 839.844.786 37.827.639 195.000.000 139.787.723 355.021 1.374.094.732

Perdas Imparidade Reconhecidas 29.200 1.384.469 319 26.537.184 394.416 28.345.588

Perdas Imparidade Revertidas -

Saldo Final 161.308.764 841.229.255 37.827.958 195.000.000 166.324.907 749.437 1.402.440.322

Saldo Final 58.150.831 210.840.454 87.466.982 0 0 0 137.842 0 356.596.109

Ativos Intangíveis

30-Jun-14

116

RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2014

7.1. Terrenos e Recursos Naturais, Edifícios e Outras Construções e Equipamento Básico Em resultado da entrada em funcionamento pleno da barragem e da central hidroelétrica de Alqueva em Dezembro de 2005, e da barragem e central hidroelétrica de Pedrógão no início de 2006, foi iniciado nessas datas o respetivo processo de depreciação (incluindo a parte das barragens afeta à produção de energia, que se estima em 35,1% do investimento total das barragens), bem como o reconhecimento como rendimentos (na mesma proporção em que são amortizados) dos subsídios que lhes estão associados. A partir de 1 de novembro de 2007 (com a entrada em vigor do contrato de concessão), essas infraestruturas, tal como os restantes bens afetos à concessão, passaram a ser amortizadas pelo método das quotas constantes ao longo do período de 75 anos da concessão, que termina em outubro de 2082. Nos exercícios de 2009 até ao primeiro semestre de 2014 ficaram substancialmente concluídas e entraram em exploração vários perímetros de rega, podendo as percentagens de afetação das infraestruturas primárias a cada um dos perímetros de rega em exploração, ser resumidas da seguinte forma:

Euros

Terrenos e

Recursos

Naturais

Edif ícios e

Outras

Construções

Equipamento

Básico

Projetos de

Desenvolvimento

Programas

de

Computador

Outros Direitos

Ativos

Intangíveis

em Curso

Adiantamentos

por conta de

Investimentos

Total

Ativo Bruto

Saldo Inicial 217.160.922 1.036.789.272 136.928.293 116.949 2.741.430 195.000.100 156.879.502 368.543 1.745.985.011

Adições 2.460 31.030.923 3.735.748 34.769.131

Outras Transferências/Abates 9.344.764 38.707.080 (66.984) (47.984.860) (3.749.270) (3.749.271)

Saldo Final 226.505.686 1.075.496.352 136.863.769 116.949 2.741.430 195.000.100 139.925.565 355.021 1.777.004.871

Amortizações Acumuladas

Saldo Inicial 5.805.442 20.192.982 9.648.130 116.949 2.732.931 100 38.496.534

Adições 851.120 3.080.545 1.281.414 8.500 5.221.579

Saldo Final 6.656.562 23.273.527 10.929.544 116.949 2.741.430 100 43.718.113

Perdas de Imparidade Acumuladas

Saldo Inicial 152.011.341 801.399.366 37.824.834 195.000.000 156.741.659 368.543 1.343.345.743

Perdas Imparidade Reconhecidas 9.268.223 38.445.420 2.805 47.716.448

Perdas Imparidade Revertidas (16.953.936) (13.522) (16.967.459)

Saldo Final 161.279.564 839.844.786 37.827.639 195.000.000 139.787.723 355.021 1.374.094.732

Saldo Final 58.569.561 212.378.038 88.106.586 137.842 359.192.029

Ativos Intangíveis

31-Dez-13

Data de Entrada em exploração /Áreas/

Infraestruturas da rede primária

Área

Beneficiada

(hectares)

Perímetro

Monte

Novo

Perímetro

Alvito-

Pisão

Perímetro

do Pisão

Blocos de

Ferreira,

Figueirinha e

Valbom

(Perímetro

Pisão-Roxo)

Perímetro

de

Alfundão

Infra-

estrutura

12

Perímetro

Loureiro-

Alvito

Bloco de

Ervidel 1

(Perímetro

Pisão-Roxo)

Bloco de

Ervidel 2 e 3

(Perímetro

Pisão-Roxo)

Bloco de

Aljustrel

(Perímetro

Roxo Sado)

Perímetro

Pisão Beja

2.ºBlocos

Roxo Sado

Perímetro

de Vale de

Gaio

Área Beneficiada (hectares) - 7.714 10.058 2.588 5.118 4.216 5.980 470 2.914 3.508 1.300 10.585 1.949 3.290 59.690

Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%) 110.203 7,00% 9,13% 2,35% 4,64% 3,83% 5,43% 0,43% 2,64% 3,18% 1,18% 9,61% 1,77% 2,99% 54,16%

Estação Elevatória dos Álamos 59.690 12,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% 0,79% 4,88% 5,88% 2,18% 17,73% 3,27% 5,51% 100,00%

Barragens dos Álamos 59.690 12,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% 0,79% 4,88% 5,88% 2,18% 17,73% 3,27% 5,51% 100,00%

Ligação Álamos - Loureiro 59.690 12,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% 0,79% 4,88% 5,88% 2,18% 17,73% 3,27% 5,51% 100,00%

Barragem do Loureiro 59.690 12,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% 0,79% 4,88% 5,88% 2,18% 17,73% 3,27% 5,51% 100,00%

Ligação Loureiro - Monte Novo 7.714 100,00% - - - - - - - - - - - - 100,00%

Túnel Loureiro-Alvito 51.976 - 19,35% 4,98% 9,85% 8,11% 11,51% 0,90% 5,61% 6,75% 2,50% 20,37% 3,75% 6,33% 100,00%

Tomada de Água do Alvito 51.976 - 19,35% 4,98% 9,85% 8,11% 11,51% 0,90% 5,61% 6,75% 2,50% 20,37% 3,75% 6,33% 100,00%

Segregação de Água do Alvito 51.976 - 19,35% 4,98% 9,85% 8,11% 11,51% 0,90% 5,61% 6,75% 2,50% 20,37% 3,75% 6,33% 100,00%

Ligação Alvito-Pisão 42.236 - 23,81% 6,13% 12,12% 9,98% - - 6,90% 8,31% 3,08% 25,06% 4,61% - 100,00%

Derivação a Odivelas 9.270 - - - - - 64,51% - - - - - - 35,49% 100,00%

Ligação Pisão-Beja 10.585 - - - - - - - - - - 100,00% - - 100,00%

Ligação Pisão-Roxo 14.789 - - - 34,61% - - - 19,70% 23,72% 8,79% - 13,18% - 100,00%

Ligação Roxo Sado 1.949 - - - - - - - - - - - 100,00% - 100,00%

Barragem do Pisão 6.804 - - 38,04% - 61,96% - - - - - - - 100,00%

Perímetros em exploração Outros Perímetros

TOTAL

Subsistema Alqueva

Sub

sist

em

a A

lqueva

117

RELATÓRIO E CONTAS – 30 DE JUNHO DE 2014

As infraestruturas relativas às utilizações do domínio público hídrico afetas ao EFMA, objeto do respetivo contrato de concessão, celebrado entre a EDIA e o Estado, e que fazem parte do sistema primário (barragens, centrais hidroelétricas e rede primária) do Empreendimento, enquanto durar a concessão, são propriedade da concessionária. No termo da concessão, os bens referidos anteriormente revertem, sem qualquer indemnização, para o Estado, livres de quaisquer ónus ou encargos e em perfeitas condições de operacionalidade, utilização e manutenção. Uma vez que estas infraestruturas se encontram afetas ao segmento “água” e como tal, já foram objeto de ajustamento por perdas por imparidade, sendo o seu valor líquido contabilístico nulo (ver Nota 7.3), não se efetua qualquer amortização destes investimentos. Assim, o cálculo do valor das amortizações que seriam refletidas nas demonstrações financeiras se não tivessem reconhecidas anteriormente as perdas por imparidade, serve apenas para determinar qual a parte das perdas por imparidade que é aceite como gasto fiscal de cada período, nos termos do artigo 35.º do Código do IRC. 7.2. Outros Direitos O montante da rubrica “Outros Direitos” corresponde, essencialmente, à compensação financeira inicial paga pela EDIA ao Estado, no montante de € 195.000.000, resultante do “Contrato de Concessão da Utilização do Domínio Público Hídrico afeto ao EFMA”, de 17 de outubro de 2007, celebrado entre a EDIA e o Estado, com a duração de 75 anos. Este Contrato concretiza os termos e condições a que obedecerá a relação concedente - concessionária, precisando o

Data de Entrada em exploração

/Áreas/Infraestruturas da rede primária

Área

Beneficiada

(hectares)

Perímetro

Orada

Amoreira

Perímetro

de

Brinches

Perímetro

de

Brinches-

Enxoé

Perímetro

de Serpa

Perímetro

Caliços

Machados

Perimetro

Caliços

Moura

Perímetro

de Pias

Perímetro

de

Brenhas

Subsistema Ardila

Área Beneficiada (hectares) - 2.522 5.463 4.698 4.400 5.000 2.136 4.614 745 29.578

Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%) 110.203 2,29% 4,96% 4,26% 3,99% 4,54% 1,94% 4,19% 0,68% 26,84%

Estação Elevatória de Pedrógão e Adutor de Pedrógão 29.578 8,53% 18,47% 15,88% 14,88% 16,90% 7,22% 15,60% 2,52% 100,00%

Barragem da Amoreira e Brinches 29.578 8,53% 18,47% 15,88% 14,88% 16,90% 7,22% 15,60% 2,52% 100,00%

CH Amoreira-Caliços 12.495 - - - - 40,02% 17,09% 36,93% 5,96% 100,00%

CH Caliços-Pias 4.614 - - - - - - 100,00% - 100,00%

CH Caliços-Machados 5.000 - - - - 100,00% - - - 100,00%

Estação Elevatória de Brinches 14.561 - 37,52% 32,26% 30,22% - - - - 100,00%

Adutor Brinches Enxoé 14.561 - 37,52% 32,26% 30,22% - - - - 100,00%

Barragem de Serpa 4.400 - - - 100,00% - - - - 100,00%

Est.Elev.Torre Lóbio, Adutor Serpa e Res. Serpa Norte 4.400 - - - 100,00% - - - - 100,00%

Perímetros em exploração Outros Perímetros

TOTAL

Sub

sist

ema

Ard

ila

Perímetros

em

exploração

Data de Entrada em exploração /áreas/Infraestruturas da

rede primária

Área

Beneficiada

(hectares)

Perímetro

Pedrógão-MD

Perímetro

S .Pedro

Baleizão

Quintos

Perímetro

S .Matias

Subsistema Pedrógão

Área Beneficiada (hectares) - 4.800 11.270 4.865 20.935

Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%) 110.203 4,36% 10,23% 4,41% 19,00%

Estação Elevatória de Pedrógão e Adutor de Pedrógão-Margem Direita 20.935 22,93% 53,83% 23,24% 100,00%

CH S. Pedro Baleizão Quintos 11.270 - 100,00% - 100,00%

CH S. Matias 4.865 - - 100,00% 100,00%

Outros Perímetros

TOTAL

Sub

sist

ema

Ped

róg

ão

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RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2014

conteúdo da missão associada à exploração do Empreendimento e definindo as regras para o exercício dos referidos direitos de utilização privativa do domínio púbico hídrico. Estando esta verba diretamente relacionada com a atividade de distribuição de água (e não com a atividade de produção de energia subconcessionada à EDP), que se encontra em imparidade total, os referidos € 195.000.000 encontram-se cobertos por perdas por imparidades acumuladas de igual montante (ver Nota 7.3. adiante). 7.3. Perdas por Imparidade Na sequência da definição, em 2010, do tarifário de fornecimento de água a partir do sistema primário, a EDIA estimou a quantia recuperável dos ativos do segmento “água” através da determinação do respetivo valor de uso, tendo concluído, em junho de 2014 e anos anteriores (2009 a 2013), que o valor presente dos fluxos de caixa futuros associados a este segmento é negativo, pelo que a perda por imparidade nas referidas datas corresponde ao valor total dos ativos (líquido dos passivos indissociáveis - subsídios) afetos a este segmento. Assim, os ativos líquidos de amortizações, afetos a este segmento registados em “Ativos Intangíveis”, com valor bruto € 1.402.440.322 em 30 de junho de 2014 (€ 1.374.094.732 em 31 de dezembro de 2013) encontram-se totalmente compensados por perdas de imparidade acumuladas de igual montante. Os montantes afetos a cada um dos segmentos (água, energia, outros) nas rubricas do “Ativo Intangível” (valores brutos) foram os seguintes:

De igual modo, os subsídios associados à atividade de distribuição de água, cujos ativos se tem vindo a concluir (nos testes de imparidade efetuados ao longo dos anos) que estão em imparidade total, têm vindo a ser desreconhecidos no âmbito do registo das perdas de imparidade dos respetivos ativos, isto é, estas perdas são reconhecidas na Demonstração do Rendimento Integral pelo valor líquido dos respetivos subsídios. À data de relato, os subsídios por receber que estavam diretamente associados a despesas que foram reconhecidas nos ativos intangíveis da EDIA em junho de 2014, incluídas em pedidos de pagamento aos fundos comunitários apresentados após 30 de junho, mas também todas as outras despesas no semestre em análise, que ainda não tinham sido incluídas em pedidos de pagamento até à data deste relato financeiro, mas que já se sabia que o viriam a ser e em que as hipóteses de não serem aceites pela entidade financiadora era diminuta e que estavam a dar origem ao reconhecimento de perdas de imparidade em 2014, foram especializados.

Euros

Ativo Intangivel Segmento Água Segmento Energia Outros Segmento Água Segmento Energia Outros

Projetos Desenvolvimento 116.949 116.949

Programas de Computador 1.805.861 935.569 1.805.861 935.569

Outros Direitos 195.000.000 100 195.000.000 100

Terrenos e Recursos Naturais 161.308.764 65.233.027 161.279.564 65.226.144

Edificios e Outras Construções 841.229.255 235.657.718 839.844.786 235.906.860

Equipamento Básico 37.827.958 99.037.884 37.827.639 99.036.773

Ativo Intangivel em Curso 166.324.907 137.843 139.787.723 137.843

Adiantamentos por conta de Investimentos 749.437 355.021

Total 1.402.440.322 401.734.490 1.190.461 1.374.094.732 401.975.638 1.190.461

30-Jun-14 31-Dez-13

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RELATÓRIO E CONTAS – 30 DE JUNHO DE 2014

Tratando-se de subsídios que cumprem os requisitos de contabilização estabelecidos, isto é, em que existe uma segurança razoável de que a entidade cumprirá as condições a ele associadas e de que o subsídio será recebido, não faz sentido reconhecer perdas de imparidade para valores que já se sabe que vão ser compensados por subsídios, pelo que só procedendo à especialização destes subsídios se consegue assegurar, na melhor medida possível, que as perdas de imparidade são corretamente reconhecidas. 8. Partes Relacionadas O conceito de partes relacionadas inclui não apenas as entidades subsidiárias e associadas, mas também outras empresas detidas pela EDIA. As partes relacionadas englobam igualmente os quadro-chave da Empresa. A Gestalqueva - Sociedade para o Aproveitamento do Potencial das Albufeiras de Alqueva e de Pedrogão, S.A, era uma sociedade anónima criada por escritura pública, lavrada em 07 de março de 2003, com sede social em Beja, na Rua Zeca Afonso N.º 2, com um capital social de € 500.000, maioritariamente subscrito pela EDIA (51%),cuja valorização da sua participação era feita pelo Método da Equivalência Patrimonial, sendo o restante valor assumido em partes iguais pelos municípios das áreas do regolfo das albufeiras de Alqueva e do Pedrógão, a saber: Alandroal, Moura, Mourão, Serpa, Portel, Reguengos de Monsaraz e Vidigueira. Tratando-se de uma sociedade constituída nos termos da lei comercial, na qual o Estado podia exercer uma influência dominante, ainda que de forma indireta via participação maioritária detida pela EDIA, a Gestalqueva, S.A. era considerada empresa pública, nos termos do disposto no regime jurídico do setor empresarial do Estado. No atual contexto, e seguindo orientação superior que vinha sendo assumida em diversos momentos pelo Estado, até mas não só, na qualidade de acionista da EDIA, em 15 de junho de 2012 foi deliberada por unanimidade em Assembleia Geral da Gestalqueva, S.A. a dissolução da sociedade, sem prejuízo dos sócios considerarem fundamental a concertação de ações por forma a garantir a gestão integrada do Grande Lago Alqueva e a promoção do desenvolvimento económico e social deste território. Na mesma Assembleia Geral foi eleita, nos termos legalmente previstos, a respetiva Comissão Liquidatária. Em 13 de agosto de 2012, e cumprindo com o disposto no artigo 149.º, N.ºs 1 e 2 do CSC, foram aprovadas as contas da Gestalqueva, S.A. à data da dissolução (15 de junho de 2012). Em 12 de outubro de 2012, e no âmbito do processo de liquidação em curso, foi equacionada a alienação da participação social de 51% detida pela Gestalqueva, S.A. na empresa Gescruzeiros, S.A. Na referida Assembleia Geral da Gestalqueva, S.A., de 12 de outubro, ficou deliberada a alienação da referida participação social, e assumida a opção pela alienação através de concurso público. Estando em causa a alienação de uma participação social por uma entidade pública, a EDIA levou ao conhecimento da Direção-Geral do Tesouro e Finanças, a intenção de proceder à alienação da participação detida pela Gestalqueva, S.A. na Gescruzeiros, S.A., no âmbito do processo de liquidação daquela.

120

RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2014

Em janeiro de 2013, foi dado à EDIA conhecimento do despacho exarado pela Exmª Senhora Ministra da Agricultura e do Mar, de que nada há a opor a que se confira autorização à alienação da participação da Gestalqueva, S.A. na Gescruzeiros, S.A., desde que fosse concretizada por valor igual ou superior ao valor da avaliação apresentado num estudo elaborado por uma entidade externa e independente. Conforme Assembleia Geral realizada em 07 de maio de 2013, em relação ao património da Gestalqueva, S.A, concluiu-se a alienação dos bens de equipamento e iniciou-se o processo de concurso público para alienação dos 51% do capital social da Gescruzeiros, S.A. Este processo não foi concluído porque o concurso ficou deserto e houve necessidade de recorrer à negociação direta com a Nautialqueva, S.A, na qualidade de sócio da Gescruzeiros, S.A, com direito de opção, para a aquisição dos 51% do capital da empresa. Em outubro de 2013, nos termos previstos no nº 3 do Artº.11 do DL nº. 133/2013 de 3 de outubro e conforme solicitação da Direção - Geral do Tesouro e Finanças, a EDIA elaborou um estudo demonstrativo do interesse e viabilidade da alienação da participação social detida pela Gestalqueva, S.A, na Gescruzeiros, S.A.. Nesse estudo concluiu-se que a proposta de alienação desta participação seria mais vantajosa para o Acionista, face à atual situação da Empresa e aos seus resultados económicos e financeiros expectáveis para os próximos anos, passando pelo pagamento de uma verba, libertando o Acionista de todos os compromissos atuais e futuros nessa Empresa. A EDIA, S.A. face ao estudo elaborado e considerando que existia interesse em se concluir rapidamente esta alienação, de forma a não ficar sujeita a outros compromissos entretanto resultantes da gestão corrente, solicitou autorização ao Acionista para realizar a operação em causa através da assunção pela Gestalqueva, S.A. dos compromissos associados aos 51% da Gescruzeiros, S.A. Na sequência dos Despachos proferidos pela Senhora Ministra da Agricultura e do Mar e da Senhora Secretária de Estado do Tesouro respetivamente, foi autorizada a alienação da participação da Gestalqueva, S.A. na Gescruzeiros, S.A, possibilitando a libertação do aval da Gestalqueva, S.A desde que, a Comissão Liquidatária desta empresa assumisse perante o Banco BPI o valor de € 75.015, assumindo a empresa Nautialqueva, S.A a restante responsabilidade. Estando o processo de alienação da participação na Gescruzeiros, S.A concluído, encontravam-se reunidas as condições para que o processo de liquidação da Gestalqueva, S.A se concluísse, bem como a correspondente extinção da sociedade, o que aconteceu a 27 de junho de 2014. Todos os valores registados como adiantamentos à Gestalqueva, S.A relativos a pagamentos de obrigações legais e construtivas, em que a EDIA incorreu por conta da subsidiária, perdas por imparidade pelo valor das contas a receber e provisões pelo montante ainda em falta das perdas reconhecidas, foram à data de 30 de junho de 2014, regularizados nas contas da EDIA, como gastos ou rendimentos do próprio exercício. 8.1. Participações Financeiras – Outros Métodos

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RELATÓRIO E CONTAS – 30 DE JUNHO DE 2014

A 30 de junho de 2014 e em 31 de dezembro de 2013, a EDIA detém as mesmas participações financeiras em entidades onde não detém uma influência dominante ou significativa. Estas participações encontram-se registadas ao custo de aquisição.

Sempre que existam indícios de que o ativo possa estar em imparidade, é efetuada uma avaliação destes investimentos e registada a perda por imparidade que se revele existir. Não existem saldos (contas a receber ou a pagar) em 30 de junho de 2014, nem em 31 de dezembro de 2013, com estas entidades relacionadas. Não ocorreram, de igual modo, quaisquer transações com estas entidades, neste período. 8.2. Transações e Saldos com Partes Relacionadas A situação financeira da Gestalqueva, S.A. não permitia dar cumprimento aos compromissos assumidos até à resolução definitiva do processo de liquidação, o que levou a EDIA a assumir essas responsabilidades, pagando o valor total de € 152.531, que a Gestalqueva, S.A deveria ter assumido e pago para se desobrigar dos compromissos associados, tais como: (i) os 51% da Gescruzeiros, S.A (ii) os gastos com pessoal (indemnizações e Segurança Social), e (iii) as obrigações fiscais (IRS / IRC). Na sequência da extinção da Gestalqueva, S.A. e para além do já referido, foram anuladas as duas provisões registadas, uma pelo montante em falta das perdas reconhecidas (€ 47.766) e a outra no valor de € 99.358, constituídas pela EDIA como sócia maioritária da Gestalqueva, S.A., para fazer face a futuras responsabilidades que pudessem vir a ocorrer e que poderiam não ser assumidas pelos restantes acionistas (autarquias). A 30 de junho de 2014, não existem saldos de contas a receber correntes (clientes) e de outros devedores, com partes relacionadas, que estavam inicial e totalmente cobertos por perdas por imparidade já reconhecidas. 8.3. Remuneração do Pessoal Chave da Gestão

Euros

Centro Operativo e de Tecnologia do Regadio 62.500 8,8 11 UP 500 5.500 5.500 5.500

Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo, S.A. 499.000 4,11 4 110 A 4,99 20.501 20.501 20.501

Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja, S.A. 4.000.000 1,25 50 000 A 1 50.000 (50.000) 0 0

Águas do Centro Alentejo, S.A. 5.000.000 5,00 50 000 A 5 250.000 250.000 250.000

Lusofuel - Produção de Biocombustíveis e Derivados, S.A. 500.000 10,00 10 000 A 5 50.000 (50.000) 0 0

376.001 (100.000) 276.001 276.001

Valor da

Participação

em 30 junho

2014

Valor da

Participação

em 31

dezembro

2013

Denominação Social Capital Social % ParticN.º Ações/

Un. Particip.Valor Nominal

Custo de

Aquisição

Perdas por

Imparidade

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RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2014

(*) O Estatuto Remuneratório Fixado para os Membros dos Órgãos Sociais foi alterado em 2014, relativamente ao valor total de remunerações recebidas anualmente, por força da alteração inscrita no Artigo 33.º da Lei n.º 83-C/2013 de 31 de dezembro, a qual, no âmbito da aprovação de um conjunto de medidas adicionais de consolidação orçamental que visam reforçar e acelerar a redução de défice excessivo e o controlo do crescimento da dívida pública previstos no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), veio estabelecer que a remuneração fixa mensal ilíquida dos gestores públicos executivos e não executivos, incluindo os pertencentes ao sector público local e regional, e dos equiparados a gestores públicos, é reduzida, a título excecional, em 5% (redução prevista no N.º 1, do Artigo 12.º, da Lei N.º 12-A/2010, de 30 de junho) e 12%, respetivamente. Posteriormente, e por força do Acórdão nº 413/2014 do Tribunal Constitucional, que declarou a inconstitucionalidade do artº. 33º - Redução remuneratória - da Lei nº 83-C/2013, de 31 de dezembro, foi reposto o vencimento sem a redução de 12% a partir de 31 de maio de 2014, inclusive. Em 2014, e nos termos do artigo 35.º da Lei n.º 83-C/2014, de 31 de dezembro, manteve-se o pagamento do subsídio de Natal em duodécimos. 9. Imposto Sobre o Rendimento A Empresa encontra-se sujeita a imposto sobre os lucros em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) à taxa normal de 23%,sendo a derrama fixada a uma taxa máxima de 1,5% do lucro tributável. O gasto (rendimento) com impostos sobre o rendimento em 30 de junho de 2014 e 31 de dezembro de 2013 tem a seguinte composição:

Viatura de Serviço; Motorista; Telemóvel; Seguro de Saúde; Seguro de Acidentes Pessoais

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

(Administradores Executivos)

PRESIDENTE

Remuneração de 5.465,43€ (14 vezes no corrente ano)*

Remuneração com redução de (5%) - 5.192,16€

Remuneração com redução de (5%+12%) - 4.564,10€ (1jan a 30 maio)

VOGAIS

Remuneração de 4.675,41€, (14 vezes no corrente ano)*

Remuneração com redução de (5%) - 4.441,64€

Remuneração com redução de (5%+12%) - 3.908,64€ (1 jan a 30 maio)

Viatura de Serviço; Telemóvel; Seguro de Saúde; Seguro de Acidentes Pessoais

Euros

30-Jun-14 31-Dez-13

Impostos Correntes

Tributação Autónoma 36.046 72.091

Total 36.046 72.091

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RELATÓRIO E CONTAS – 30 DE JUNHO DE 2014

No presente relato financeiro de acordo com as IAS/IFRS, a Empresa não reconheceu, em 2014 ou em anos anteriores, quaisquer ativos por impostos diferidos relacionados com diferenças temporárias dedutíveis (nomeadamente as geradas pelas perdas de imparidade do segmento “Água”) ou com o reporte de prejuízos fiscais, por não existir uma segurança razoável quanto à existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização dessas diferenças temporárias dedutíveis e dos prejuízos fiscais reportados antes que os mesmos se extingam. 10. Depósitos Cativos A rubrica de “Depósitos Cativos”, no Ativo não Corrente, corresponde aos depósitos de caução constituídos pela EDIA, a médio e longo prazo, em instituições bancárias, concretamente a favor dos Tribunais Judiciais, no âmbito de processos judiciais e de expropriação litigiosos e da Autoridade Tributária e Aduaneira, apresentando, a 30 de junho de 2014 o valor de € 7.280.745. Os depósitos cativos no Millennium BCP e no Banco Espírito Santo, nos montantes de € 8.280.914 e € 161.870 respetivamente, foram constituídos através da contração de empréstimos de igual montante, registados em “Financiamentos Obtidos”. O valor registado no Ativo Não Corrente resulta do processo judicial a decorrer com a Portucel Recicla, no âmbito do desmantelamento da fábrica, iniciado em outubro de 2003, tendo a EDIA mensurado este ativo ao custo amortizado em 31 de dezembro de 2013. Não é de esperar a conclusão definitiva desta ação judicial com a Portucel Recicla, antes do final de 2016. 11. Inventários Em 30 de junho de 2014 e 31 de dezembro de 2013, os “Inventários” da Empresa apresentam o seguinte detalhe:

Na sequência da publicação do Decreto-Lei N.º 335/2001, de 24 de dezembro, que, com exceção da Infraestrutura 12, previa a transferência para o Estado das infraestruturas integrantes da rede secundária de rega afeta ao EFMA, a EDIA, a partir do exercício de 2002, passou a evidenciar o custo das obras com as infraestruturas da rede secundária de rega na rubrica de “Inventários”. Até 31 de dezembro de 2012, o saldo de “Inventários” correspondia essencialmente aos investimentos da rede secundária, concluídos e em curso, registados nas rubricas de “Produtos Acabados e Intermédios” e “Produtos e Trabalhos em Curso” respetivamente.

Euros

Inventários 30-Jun-14 31-Dez-13

Inventários

Produtos e Trabalhos em Curso 56.743.893 23.117.597

Mercadorias 49.068 48.051

Matérias Subsidiárias 31.784 31.516

56.824.745 23.197.164

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RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2014

Em 8 de abril de 2013, foi celebrado o “Contrato de Concessão relativo à Gestão, Exploração, Manutenção e Conservação das Infraestruturas da Rede Secundária do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva”, entre a EDIA e a DGADR, que vigorará até 31 de dezembro de 2020, em que a EDIA (entidade concessionária) procede à entrega ao Estado (entidade concedente), aqui representado pela DGADR, das infraestruturas relativas à rede secundária de rega, drenagem e caminhos agrícolas, dos bens e equipamentos necessários à sua operação e exploração, bem como das áreas adquiridas e expropriadas para a implementação das infraestruturas dos aproveitamentos hidroagrícolas do EFMA. Como consequência do Contrato de Entrega inicial e respetivo Contrato de Concessão, foram transferidos da subconta de “Produtos Acabados e Intermédios” os investimentos: (i) no perímetro de rega do Monte Novo, que entrou em exploração no início de 2009; (ii) nos perímetros de rega do Alvito-Pisão e Pisão, que entraram em exploração no início de 2010; (iii) nos perímetros de rega de Ferreira, Figueirinha e Valbom, Orada-Amoreira, Brinches, Brinches-Enxoé, Serpa e Alfundão, concluídos em 2011; (iv) nos perímetros de rega do Loureiro-Alvito e Ervidel 1, concluídos em 2012, e (v) nos perímetros de rega do Ervidel 2 e 3 e Pedrogão 1 margem direita, que ficaram substancialmente concluídos no primeiro semestre de 2013. Em junho de 2013, a estes investimentos no valor de € 401.264.950, foram adicionados os custos capitalizados dessas infraestruturas (€ 16.149.078) que foram transferidos para a rubrica de “Outras Contas a Receber”, para a entidade Estado (DGADR), que tem a propriedade de todas as infraestruturas da rede secundária, construídas pela EDIA em sua representação, sendo também transferidos para esta conta todos os subsídios que lhes estavam associados no montante de € 329.910.214, adotando-se assim, um tratamento similar ao que foi adotado em anos anteriores para a Infraestrutura 12. Esta conta passa a refletir o valor que a EDIA espera vir a receber do Estado, a título de ressarcimento da parte não subsidiada do investimento na rede secundária. Em novembro de 2013, através de um novo Contrato de Entrega entre a EDIA e o Estado Português, representado pela DGADR, a Empresa procedeu à entrega das infraestruturas integrantes da rede de rega e de drenagem, bem como de todos os bens e equipamentos necessários à sua operação e exploração, do Aproveitamento Hidroagrícola de Aljustrel. À semelhança do efetuado com outras infraestruturas da rede secundária, também o investimento efetuado nesta infraestrutura (acrescido dos custos capitalizados) registado na rubrica de “Inventários”, na subconta de “Produtos e Trabalhos em Curso” foi transferido para “Produtos Acabados e Intermédios” e posteriormente registado na rubrica de “Outras Contas a Receber”, para a entidade Estado (DGADR), que tem a propriedade de todas as infraestruturas da rede secundária. No período de 31 de dezembro de 2013 a 30 de junho de 2014, não entrou em exploração mais nenhum perímetro de rega, no entanto o investimento realizado na rede secundária, neste período, foi também ele transferido para a entidade Estado (DGADR). A 30 de junho de 2014, o valor de € 56.743.893, na subconta de “Produtos e Trabalhos em Curso” reflete os investimentos em projetos afetos a blocos de rega ainda em construção. 12. Clientes, Vendas e Prestações de Serviços

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RELATÓRIO E CONTAS – 30 DE JUNHO DE 2014

O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber. 12.1. Clientes O saldo de “Clientes” traduz na sua maioria, o valor a receber da renda anual periódica faturada à EDP, no âmbito do contrato celebrado e os valores a receber pelos serviços de distribuição de água prestados, que resultam do cumprimento do Despacho N.º 9000/2010, de 27 de abril, que fixou os preços da água destinada a rega para uso agrícola, no âmbito do serviço público de águas do EFMA. Os créditos que sejam considerados de cobrança duvidosa após avaliação por parte da Empresa são objeto de reconhecimento contabilístico das respetivas imparidades. Não o fazer seria comprometer uma das características qualitativas do nosso referencial contabilístico, a saber, a representação fidedigna da realidade da Empresa. É considerado crédito em mora quando o pagamento não respeita o prazo contratualizado entre a Empresa e o adquirente e quando seja resultante da atividade normal da Empresa. 12.2. Vendas e Prestações de Serviços

12.2.1. Vendas O valor de € 16.033 registado em vendas, no primeiro semestre de 2014, traduz essencialmente, o montante das vendas da energia emitida para a rede: (i) pela central fotovoltaica de Alqueva (€ 9.380), (ii) pelas centrais mini-hídricas de Alvito, Odivelas, Pisão, Roxo e Serpa (€ 581) e com as vendas dos bens de merchandising do Parque de Natureza de Noudar (€ 6.072).

12.2.2. Prestações de Serviços Produção de Energia Na conta de “Produção de Energia” foi reconhecido o montante de € 6.105.728, no âmbito do “Contrato de Concessão de Exploração das Centrais Hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão”, por 35 anos, celebrado entre a EDIA e a EDP. Neste Contrato, a EDP obriga-se a proporcionar à EDIA uma compensação financeira nos seguintes termos:

Euros

Vendas e Prestações de Serviços 30-Jun-14 30-Jun-13

Produção de Energia 6.115.690 5.994.353

Distribuição de Água 1.925.253 2.256.908

P.S.Cartografia e Expropriações 35.807 73.614

Parque de Natureza de Noudar 33.005 25.292

Total 8.109.755 8.350.168

126

RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2014

Um montante inicial no valor de € 195.000.000, acrescido de IVA à taxa legal e pago na

data de entrada em vigor do presente contrato; e Ao longo do período de vigência do contrato (35 anos), um montante anual periódico

de € 12.380.000 (valor atualizado em 2012) acrescido de IVA à taxa legal e pago anualmente no mesmo dia e mês da entrada em vigor do contrato, sendo a primeira prestação devida no ano de 2008.

No âmbito do Contrato de exploração das centrais de Alqueva e Pedrógão e de subconcessão do domínio hídrico público, e de acordo com o estabelecido no N.º 2 do Anexo VII, foi faturado à EDP, no primeiro semestre de 2014, em resultado da alteração dos volumes de retiradas de água das albufeiras de Alqueva e Pedrógão, o montante de € 1.255.504, referente a 2013 (que corresponde exatamente ao valor de rendimentos que havia sido especializado nas contas em 31 de dezembro de 2013). A 30 de junho de 2014, a EDIA, segundo o regime do acréscimo, tem especializado o montante de € 597.818, que representa o valor estimado da compensação financeira para o primeiro semestre do ano de 2014, e que resulta da revisibilidade decorrente da alteração dos volumes anuais das retiradas de água das albufeiras de Alqueva e Pedrógão. O saldo desta conta inclui ainda o valor de € 125.234 da componente de TRH, relativa à utilização de água na produção de energia da central hidroelétrica de Alqueva em 2014 (aplicação do Decreto - Lei N.º 97/2008), que à data de 30 de junho ainda não tinha sido faturado à empresa do Grupo EDP. Distribuição de Água A transposição da Diretiva Quadro da Água foi operada pela Lei N.º 58/2005, de 29 de dezembro, e desenvolvida pelo Decreto-Lei N.º 226-A/2007, de 31 de maio, e pelo Decreto-Lei N.º 97/2008, de 1 de junho, tendo consagrado o princípio do valor económico da água, por força do qual se consagra o reconhecimento da escassez atual ou potencial deste recurso e a necessidade de garantir a sua utilização economicamente eficiente, com a recuperação dos custos dos serviços de águas, mesmo em termos ambientais e de recursos. Em cumprimento do Despacho N.º 9000/2010, de 27 de abril, que fixou os preços da água destinada a rega para uso agrícola, no âmbito do serviço público de águas do EFMA, a EDIA no 2.º semestre de 2010 iniciou o processo de faturação, cuja desagregação legalmente prevista (Art.º 23, N.º 2 do Decreto-Lei N.º 97/2008, de 11 de junho) obedece aos seguintes termos:

Os valores do preço da água aprovados pelo Despacho N.º 9000/2010, de 27 de abril, € 0,089/m3 e € 0,053/m3 já refletem a repercussão, legalmente exigida, sobre o utilizador final, do encargo económico representado pela taxa de recursos hídricos (TRH) e as componentes de conservação e exploração, e são reduzidos em 70% no 1.º ano, aumentando anual, automática, progressiva e linearmente a partir do ano subsequente e até ao 8.º ano, perfazendo nesse ano os valores indicados.

Os valores fixados para a componente de conservação são de € 50,00/ha/ano para a

adução em alta pressão e de € 15,00/ha/ano para a adução em baixa pressão. Estes valores sofrem reduções conforme indicado no parágrafo anterior.

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RELATÓRIO E CONTAS – 30 DE JUNHO DE 2014

O valor unitário do m3 de consumo de água faturado resulta das tarifas fixadas

deduzidas da componente relativa à conservação. A componente de conservação unitária considera um consumo médio anual de 3.000 m3/por hectare.

O preço da água destinado à rega para uso agrícola foi atualizado com os índices de preços ao consumidor exceto habitação para o Continente de 2012 a 2013 (taxa de variação média anual) de 0,15%. No primeiro semestre de 2014, face a esta atualização, os valores aplicados para a componente de conservação são de € 53,58/ha/ano para a adução em alta pressão e de € 16,07/ha/ano para a adução em baixa pressão. Para base de cálculo é considerada a área beneficiada pelas infraestruturas de rega e o volume de água fornecido. Em relação ao montante da prestação de serviços no âmbito da “distribuição de água”, aplicando a tarifa reduzida aos valores a faturar de 70% para o 1.º ano de funcionamento de cada perímetro de rega, diminuindo anual, automática, progressiva e linearmente a partir do ano subsequente e até 8.º ano, no primeiro semestre de 2014 foram faturados os seguintes valores relativos à distribuição de água aos perímetros de rega e a captações diretas, tendo em conta as diversas componentes (taxa de recursos hídricos, exploração, conservação):

Foram especializados os rendimentos das componentes, TRH e exploração, do período de janeiro a junho de 2014, dos vários perímetros de rega em exploração (€ 1.172.425) e das captações diretas (€ 122.160), foram anuladas as especializações do exercício de 2013 (perímetros de rega em exploração - € 251.359, captações diretas - € 244.320) e foi diferida a componente de conservação imputável ao 2.º semestre de 2014 (- €637.340), pelo que o total da conta de “distribuição de água” é de € 1.925.253. A faturação referente à prestação de serviços no âmbito da “distribuição de água”, é feita em dois momentos:

Euros

PisãoMonte -

Novo

Alvito -

Pisão

Ferreira,

Figueirinha

e Valbom

BrinchesBrinches

- Enxoé

Orada -

AmoreiraSerpa Alfundão Ervidel

Loureiro-

Alvito

Vale do

GaioPedrógão Exploração Total

TRH 1.276 2.279 2.166 695 945 1.662 1.253 785 491 15.614 163 463 6.919 18.308 53.019

Exploração 23.555 38.608 39.049 12.932 19.614 31.224 25.649 14.683 6.979 10.082 2.150 227.482 452.007

Conservação 58.010 173.170 265.788 120.435 149.913 128.904 81.682 99.996 49.500 68.129 7.474 1.283 54.377 1.258.661

Total 82.841 214.057 307.003 134.062 170.472 161.790 108.584 115.464 56.970 93.825 9.787 1.746 61.296 245.790 1.763.687

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RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2014

Início de abril:

Faturação da componente de conservação do ano em curso; e Faturação da componente de exploração e Taxa de Recursos Hídricos (TRH) referente ao

4.º trimestre do ano anterior. Início de outubro:

Faturação da exploração e TRH referente aos 1.º, 2.º e 3.º trimestres do ano em curso. As faturas são emitidas com base nas contagens reais de consumo. Os rendimentos respeitantes à componente da “distribuição de água” a faturar, por consumos ocorridos, lidos e validados à data da Demonstração da Posição Financeira, foram registados por estimativa. Ao abrigo do disposto no Decreto-Lei N.º 313/2007 de 17 de setembro, que aprovou as bases de concessão, a EDIA detém, enquanto concessionária da gestão, exploração e utilização privativa do domínio público hídrico afeto ao EFMA, os poderes de administração do referido domínio no âmbito da sua atividade, as competências para atribuição dos títulos respeitantes à captação de água para rega e para a produção de energia elétrica e ainda os poderes de fiscalização da sua utilização por terceiros, bem como a competência para a instauração, a instrução e o sancionamento dos processos de contra ordenação nesse âmbito (artigo 7.º). Conjugando o N.º 3 do artigo 5.º do mesmo Diploma, a TRH é repercutida nos respetivos utilizadores finais. Conforme o exposto, com base nos títulos emitidos para captações diretas e de acordo com os consumos de água indicados (origem de água no sistema primário), a EDIA emitiu as respetivas faturas aos consumidores, relativas ao período de 2013, cujo valor à data do relato foi de € 245.790. Outras Vendas e Prestações de Serviços O valor remanescente (€ 68.812) na rubrica de “ Vendas e Prestações de Serviços”, reflete: (i) os serviços prestados pela EDIA no âmbito da cartografia e das expropriações (€ 35.807) e (ii) as vendas e serviços prestados no Parque de Natureza de Noudar (€ 33.005). 13. Estado e Outros Entes Públicos Esta rubrica inclui, em 30 de junho de 2014 e 31 de dezembro de 2013, os seguintes saldos:

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RELATÓRIO E CONTAS – 30 DE JUNHO DE 2014

No “Ativo Corrente”, o saldo da conta de “Imposto sobre o Valor Acrescentado - IVA” inclui os montantes de reembolsos pedidos dos meses de março a maio de 2014 (€ 406.690) decorrente da fase de investimento em que a EDIA ainda se encontra. Considerou-se também o montante a recuperar de € 245.242 referente a junho de 2014, embora este valor, à data de 30 de junho, ainda não tinha sido objeto de pedido de reembolso. O saldo da rubrica de “Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas - IRC” (€ 99.943), apresentado no “Ativo Corrente”, refere-se aos Pagamentos Especiais por Conta de IRC (PEC) dos anos de 2011 a 2014. Atendendo ao limite temporal do imposto para a sua dedução (até ao quarto período de tributação seguinte) e de acordo com o disposto no artigo 93.º do Código do IRC e aos prejuízos fiscais a reportar, a Empresa procedeu ao correspondente reconhecimento, como gasto no primeiro semestre de 2014, do valor do PEC do ano de 2010, que ascende a € 28.970. Os saldos do “Passivo Corrente” (€ 402.518) incluem essencialmente os montantes em dívida à Segurança Social (€ 221.626) e às Finanças (€ 144.846), a pagar até ao dia 20 de julho, bem como o valor de IRC estimado para o primeiro semestre, das tributações autónomas a suportar (€ 36.046). 14. Outras Contas a Receber Esta rubrica tem o seguinte detalhe, em 30 de junho de 2014 e 31 de dezembro de 2013:

Euros

30-Jun-14 31-Dez-13

Ativo Corrente

IVA - Imposto sobre o Valor Acrescentado 651.932 522.009

IRC - Imposto sobre o Rendimento 99.943 110.900

751.875 632.909

Passivo Corrente

Retenções de Impostos sobre o Rendimento 144.846 23.599

Contribuições para a Segurança Social 221.626 114.289

IRC - Imposto sobre o Rendimento 36.046 72.091

402.518 209.980

Euros

Correntes Não Correntes Correntes Não Correntes

DGADR_CC_RS 89.148.418 88.218.356

DGADR_IE12 70.843.022 70.843.022

Fundos Comunitários 40.390.104 4.355.004

Devedores por Acréscimo de Rendimentos 1.892.510 1.896.455

Outros Devedores Diversos 3.148 40.242

Perdas por Imparidade Outros Devedores (22.943) (95.998)

202.254.258 165.257.080

Outras Contas a Receber30-Jun-14 31-Dez-13

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RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2014

DGADR – IE 12 Em fevereiro de 2007, através do Decreto-Lei nº 42/2007 concretizou-se a recentralização dos objetivos da EDIA, enquanto entidade gestora do EFMA, sendo revogado entre outros, o Decreto-Lei N.º 335/01, de 24 de dezembro, mantendo-se no entanto, um dos objetos sociais da EDIA, a conceção, execução e construção das infraestruturas que integram a rede secundária afeta ao empreendimento, em representação do Estado, e de acordo com as instruções que lhe sejam dirigidas pelo Ministro da Agricultura e do Mar (MAM). Exceciona-se a Infraestrutura 12, que se mantém propriedade da EDIA sob o regime de concessão ao MAM, na sequência da formalização com o Instituto de Desenvolvimento Rural e Hidráulica (atualmente Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural - DGADR), em abril de 2006, do contrato de cessão da gestão, exploração, manutenção e conservação da Infraestrutura 12 por um prazo de 30 anos, este investimento deduzido dos subsídios associados tem vindo a ser registado, desde 2006, em “Outras Contas a Receber”, pois a EDIA aguarda o ressarcimento do valor líquido do investimento efetuado nesta infraestrutura, por parte da DGADR. É de salientar que o Tribunal de Contas, no seu relatório de fevereiro de 2005 intitulado “Auditoria de follow-up à EDIA - Projeto EFMA”, recomenda que o Estado, mais propriamente o MAM, “assegure o financiamento das infraestruturas integrantes da rede secundária e reembolse anualmente a EDIA pela transferência (de propriedade) da Infraestrutura 12”. Assim, no caso do saldo da conta “DGADR_IE 12” (€ 70.843.022), o Conselho de Administração tem vindo sempre a concluir, no encerramento de contas de cada exercício, que espera que o ativo seja realizado num período inferior a doze meses após a data da Demonstração da Posição Financeira, isto é, no exercício seguinte, pelo que tem vindo a considerar que esta dívida se encontra corretamente refletida no Ativo Corrente e, por outro lado, que não se justifica o reconhecimento de perdas de imparidade para fazer face a uma eventual incobrabilidade desse valor. Em abril de 2013, é acordado e reciprocamente aceite um acordo entre a EDIA e o consórcio Edifer/Obrecol/Opway, decorrente do litígio emergente do contrato da “Empreitada de Construção da Totalidade do Canal de Adução da IE12, Reabilitação da Barragem do Monte do Marmelo, Estação Elevatória do Monte do Marmelo e Rede Secundária do 1º Bloco de Rega da mesma infraestrutura”, que se traduz na anulação da provisão constituída deste processo arbitral, no valor de € 1.321.324 e consequentemente o montante da dívida da “DGADR_IE 12” diminuiu proporcionalmente. A 30 de junho de 2014, não se verificou nenhuma alteração a esta situação. DGADR - CC – Rede Secundária

Euros

DGADR_CC_RS 413.737.207 17.265.945 341.854.734 89.148.418

413.737.207 17.265.945 341.854.734 89.148.418

Outras Contas a Receber Investimento Capitalizações Subsidios Total

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RELATÓRIO E CONTAS – 30 DE JUNHO DE 2014

Em 8 de abril de 2013 foram assinados, o Contrato de Entrega e o “Contrato de Concessão relativo à Gestão, Exploração, Manutenção e Conservação das Infraestruturas da Rede Secundária do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva” (EFMA), pelo Presidente do Conselho de Administração da Empresa de Desenvolvimento e Infra-Estruturas do Alqueva, S.A (EDIA) e pelo Diretor-Geral da Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), que vigorará até 31 de dezembro de 2020, em que a EDIA (entidade concessionária) procede à entrega ao Estado (entidade concedente), aqui representado pela DGADR, das infraestruturas relativas à rede secundária de rega, drenagem e caminhos agrícolas, dos bens e equipamentos necessários à sua operação e exploração, bem como das áreas adquiridas e expropriadas para a implementação das infraestruturas dos aproveitamentos hidroagrícolas do EFMA, estando por clarificar e concretizar o estipulado no n.º 2 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 42/2007, de 22 de fevereiro, conjugado com o disposto na alínea c) do n.º 1 deste mesmo artigo, no que se refere ao Estado assegurar o financiamento e demais condições relativas à conceção, execução e construção destas infraestruturas. Segundo o Acionista, "só depois da conclusão de todas as infraestruturas", prevista para 2015, e "subsequente período de consolidação do seu funcionamento, de cinco anos, estará disponível o quadro de indicadores necessários para aferir do melhor modelo para prosseguir com a gestão, a exploração, a manutenção e a conservação do empreendimento. A concessão pelo prazo de sete anos, isto é, até 2020, garantirá um período de consolidação adequado, fundamental para a gestão da garantia das obras, a estabilização tendencial do tarifário e a perceção e otimização do funcionamento do empreendimento na sua plenitude, visando a sua efetiva contribuição e integração das diversas valências no desenvolvimento sustentado da região". Estando as seguintes infraestruturas terminadas, contempladas no Contrato de Entrega, foram transferidos da subconta de “Produtos Acabados e Intermédios” os respetivos investimentos: (i) no perímetro de rega do Monte Novo, que entrou em exploração no início de 2009; (ii) nos perímetros de rega do Alvito-Pisão e Pisão, que entraram em exploração no início de 2010; (iii) nos perímetros de rega de Ferreira, Figueirinha e Valbom, Orada-Amoreira, Brinches, Brinches-Enxoé, Serpa e Alfundão, concluídos em 2011; (iv) nos perímetros de rega do Loureiro-Alvito e Ervidel 1, que ficaram substancialmente concluídos em 2012 e (v) nos perímetros de rega do Ervidel 2 e 3 e Pedrogão 1 margem direita, que ficaram concluídos no primeiro semestre de 2013. A junho de 2013, ao valor do investimento foram adicionados os custos capitalizados nestas infraestruturas, valores estes transferidos para a rubrica de “Outras Contas a Receber- Estado (DGADR)”, que tem a propriedade de todas as infraestruturas da rede secundária, construídas pela EDIA em sua representação, sendo também transferidos para esta conta, todos os subsídios que lhes estavam associados provenientes do Orçamento do Estado e da União Europeia que se encontram registados na rubrica de “Diferimentos”, adotando assim um tratamento similar ao que foi adotado em anos anteriores para a Infraestrutura 12, passando esta conta a refletir o valor que a EDIA espera vir a receber do Estado, a título de ressarcimento da parte não subsidiada do investimento na rede secundária. Em novembro de 2013, foi assinado um novo Contrato de Entrega, entre a EDIA e o Estado Português, representado pela DGADR, em que a Empresa procede à entrega das infraestruturas integrantes da rede de rega e de drenagem, bem como de todos os bens e equipamentos necessários à sua operação e exploração, do Aproveitamento Hidroagrícola de Aljustrel.

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RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2014

No primeiro semestre de 2014, à semelhança do procedimento adotado anteriormente, com as infraestruturas da rede secundária, todo o investimento efetuado (€ 930.062) registado na rubrica de “Inventários”, na subconta de “Produtos Acabados e Intermédios” foi transferido e posteriormente registado na rubrica de “Outras Contas a Receber”, para a entidade Estado (DGADR), que assume em relação aos bens descritos, todos os inerentes direitos e obrigações estabelecidos na legislação em vigor. No âmbito deste Contrato de Concessão, não foi constituída nenhuma provisão para fazer face aos encargos com as infraestruturas, objeto dos respetivos Contratos de Entrega, relativos à obrigação contratual de as manter/conservar, ao longo do período da concessão. A não constituição da provisão, teve como pressuposto que, ao longo do período da concessão (7 anos), não ocorrerão grandes reparações e substituições nas respetivas infraestruturas e equipamentos, sendo a manutenção e a conservação correntes desses ativos, reconhecidas como gastos, nos exercícios em que ocorrem. Fundos Comunitários O montante de € 40.390.104 corresponde aos valores de pedidos de pagamento de financiamento comunitário, ainda não liquidados, mas que a EDIA estima com um grau elevado de certeza vir a receber. Por deliberação da Comissão Diretiva do POVT, de 07 de julho de 2014, foi aprovado o reforço da taxa de cofinanciamento, ainda no atual período de programação do QREN, de alguns projetos do sistema primário do EFMA, que se traduz numa majoração de 85% para 100% das taxas de comparticipação comunitária, reconhecendo a EDIA esse diferencial de apoios do Fundo de Coesão, nas suas contas a 30 de junho de 2014. Devedores por Acréscimo de Rendimentos

O saldo desta conta “Devedores por Acréscimo de Rendimentos” reflete essencialmente a especialização dos rendimentos das componentes (TRH e exploração) dos vários perímetros de rega em exploração (€ 1.172.425) e das captações diretas (€ 122.160), do período de janeiro a junho de 2014. Este saldo traduz também o valor da estimativa, para o primeiro semestre de 2014, da compensação financeira resultante da revisibilidade da alteração dos volumes anuais das retiradas de água das albufeiras de Alqueva e Pedrógão, de acordo com o estabelecido no N.º 2 do Anexo VII, do “Contrato de exploração das centrais de Alqueva e Pedrógão e de subconcessão do domínio público hídrico” (€ 597.818). Perdas por Imparidade - Outros Devedores A redução na conta de “Perdas por Imparidade-Outros Devedores”, reflete a anulação do adiantamento concedido pela EDIA à Gestalqueva, S.A, no processo de alienação da participação desta empresa na Gescruzeiros, S.A.

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RELATÓRIO E CONTAS – 30 DE JUNHO DE 2014

A situação regularizou-se no momento da extinção da Gestalqueva, S.A em 27 de junho de 2014. 15. Diferimentos 15.1. Diferimentos (Ativo Corrente) Os diferimentos apresentados no “Ativo Corrente” (gastos a reconhecer) incluem, essencialmente: (i) os prémios dos seguros pagos até 30 de junho de 2014 mas correspondentes a períodos de vigência posteriores (€ 332.793), sendo que os prémios de seguros com valor mais significativo se referem aos ramos “All Risks Industrial”, “Responsabilidade Civil Geral e de Exploração” das infraestruturas do EFMA e também “Saúde Grupo” e (ii) montantes pagos em comissões e imposto de selo referentes a 2014 (€ 65.990). 15.2. Diferimentos (Passivo Corrente e não Corrente) Esta rubrica (rendimentos a reconhecer) apresenta a seguinte repartição entre “Passivo Corrente” e “Passivo não Corrente”:

15.2.1. Subsídios do Estado A 30 de junho de 2014, com a transição para o referencial contabilístico das IAS/IFRS, o valor dos subsídios ao investimento foi reconhecido no “Passivo Não Corrente” e inclui todos os subsídios recebidos para os investimentos, com exceção dos referentes à rede secundária de rega no valor de € 341.854.735 (a transferir para entidade pública a indicar pelo MAM, sendo nessa altura os subsídios deduzidos ao investimento atualmente evidenciado na rubrica de “Inventários”) e dos associados à atividade de distribuição de água no valor de € 569.641.614 (cujos ativos se tem vindo a concluir que estão em imparidade total, pelo que os correspondentes subsídios são desreconhecidos no âmbito do registo das perdas de imparidade dos ativos), que até 31 de dezembro de 2013, era registado em Capitais Próprios, conforme o referencial adotado na Empresa até essa data (SNC). Os valores destes pedidos de pagamento de financiamento comunitário, ainda não liquidados, foram reconhecidos porque existe uma certeza razoável de que a Empresa irá cumprir com as condições de atribuição dos mesmos e de que os mesmos irão ser recebidos.

Euros

Correntes Não correntes Correntes Não correntes

Diferimentos - Subsídios do Estado 1.814.675 157.194.879 1.814.675 133.345.180

Outros Diferimentos 15.207.514 162.353.466 14.384.848 169.731.216

17.022.189 319.548.345 16.199.523 303.076.396

30-Jun-14 31-Dez-13

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RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2014

15.2.2. Outros Diferimentos

O valor de rendimentos diferidos do “Contrato de Concessão da Exploração das Centrais Hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão” com a EDP, evidenciado em 30 de junho de 2014 no “Passivo não Corrente” (€ 162.353.466) e no “Passivo Corrente” (€ 14.570.174), decorre do recebimento de € 195.000.000, em 1 de novembro de 2007, nos termos da alínea a) do N.º 1 da cláusula 6.ª do “Contrato de exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão e de subconcessão do domínio público hídrico”, celebrado com a EDP. Os montantes recebidos e a receber da EDP no âmbito deste contrato serão reconhecidos como rendimentos ao longo do período de duração do contrato (35 anos), com início de 1 de novembro de 2007. Assim, as referidas contas de rendimentos a reconhecer traduzem: (i) parte dos € 195.000.000 que ainda não foi reconhecida em rendimentos; e (ii) o diferencial entre os valores recebidos anualmente da EDP e o valor do rédito já reconhecido da atualização dos fluxos de caixa futuros à taxa efetiva de 5,5%. A 30 de junho de 2014, foram reconhecidos € 7.192.424 de rendimentos, referentes ao primeiro semestre de 2014, dos quais € 5.507.643 se referem a prestação de serviços e € 1.684.781 a juros. Os “Outros Diferimentos“ no “Passivo Corrente” incluem também € 637.340 referentes à componente de conservação englobada na prestação de serviços de distribuição de água (componente integralmente faturada no mês de abril), na parte respeitante ao segundo semestre de 2014. 16. Capital Próprio No período compreendido entre 31 de dezembro de 2013 e 30 de junho de 2014, os capitais próprios da EDIA apresentaram a seguinte evolução:

16.1. Capital Realizado A EDIA é uma Sociedade Anónima em que o capital social é detido na sua totalidade pelo acionista Estado Português, através da DGTF. O Capital inicial da EDIA (€ 2.493.990) foi sucessivamente aumentado, no período de 1996 a 2009.

Euros

Capital Realizado 387.267.750 387.267.750

Outras Reservas 9.202.700 9.202.700

Resultados Transitados -859.323.196 -14.085.650 -873.408.846

Ajustamentos em Ativos Financeiros 413.273 -413.273 0

Resultado Líquido do Período -14.498.923 15.338.274 14.498.923 15.338.274

-476.938.396 15.338.274 0 -461.600.122

Capital Próprio Saldo Inicial Aumentos Transferências Saldo Final

135

RELATÓRIO E CONTAS – 30 DE JUNHO DE 2014

Em 30 de junho de 2014, o capital social da Empresa, integralmente subscrito e realizado, de € 387.267.750 é composto por 77.453.550 ações com o valor nominal de € 5 cada. 16.2. Outras Reservas A rubrica “Outras Reservas” inclui, essencialmente:

€ 8.479.554 de subsídios recebidos em 1995, no âmbito da transferência para a EDIA das verbas incluídas no Orçamento de Estado para a extinta Comissão Instaladora do Alqueva;

€ 592.267 relativos à transferência para a EDIA do ativo da referida Comissão; € 9.975 referentes à doação de um mural para o edifício da sede da EDIA; e € 120.904 de subsídios afetos às áreas sobrantes (que não configuram investimentos

amortizáveis). Estas reservas não foram impostas pela lei ou pelos estatutos, nem constituídas de acordo com contratos firmados pela Empresa. 16.3. Resultados Transitados O resultado desta rubrica em 30 de junho de 2014 (€ 873.408.846 negativos) está essencialmente influenciado com o reconhecimento de perdas por imparidade nos “Ativos Intangíveis” do segmento “água”, cujo valor acumulado (líquido dos respetivos subsídios que têm vindo a ser desreconhecidos) ascende a € 832.798.707. 17. Imparidade de Ativos Intangíveis Na sequência da cedência à EDP, pelo período de 35 anos, da exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e de Pedrógão e dos direitos de utilização privativa do respetivo domínio público hídrico, encontravam-se já definidas, desde outubro de 2007, a generalidade das receitas de exploração associadas à componente hidroelétrica do EFMA até ao ano de 2042. No entanto, à data do encerramento das contas de 2009 e das de anos anteriores, ainda não havia sido definido, pelo MAM, o tarifário de fornecimento de água a partir do sistema primário do Empreendimento, o qual iria influenciar de forma determinante as receitas de exploração esperadas da Empresa e permitiria avaliar em que medida as receitas totais de exploração esperadas com a utilização do domínio público hídrico afeto ao EFMA (as associadas ao fornecimento de água para rega e abastecimento humano, e as decorrentes da exploração hidroelétrica) permitiriam recuperar o investimento global previsto no âmbito do Empreendimento. No entanto, seria já possível, à data de encerramento das contas, quer de 2009 quer de anos anteriores, prever que os investimentos realizados no EFMA implicariam a necessidade de reconhecimento de perdas de imparidade. No entanto, é importante ter presente que o EFMA foi concebido como um instrumento de desenvolvimento regional de uma zona deprimida do interior do país, com especial enfoque na conversão do sector agrícola de sequeiro para regadio.

136

RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2014

O EFMA representa uma obra de aproveitamento de recursos hídricos associados ao Rio Guadiana e que garante uma reserva estratégica de água, contribuindo para inverter as tendências de declínio populacional e económico de uma vasta região do Alentejo, revestindo-se, assim, de um enorme interesse nacional, com os consequentes benefícios que advêm da sua concretização, ao nível da melhoria da qualidade de vida da população da região do Alentejo, bem como à promoção económica, social e ambiental. Este investimento destinou-se, desde sempre, a suprimir enormes carências existentes na região relacionadas com a disponibilidade de água para fins de abastecimento humano, agrícolas e industriais. Nesse sentido, e considerando também as externalidades positivas geradas para a económica nacional, nunca esteve em causa o retorno financeiro dos ativos do EFMA, exclusivamente decorrente das receitas geradas pela atividade da EDIA. O pressuposto fundamental consistia em garantir que os benefícios económicos futuros tivessem capacidade de cobrir os custos de exploração das atividades (sem considerar a amortização dos investimentos), gerando expetavelmente resultados de exploração positivos. O Estado Português assumiu desde a sua génese o caráter de fins múltiplos deste Empreendimento, cuja concretização decorreria da utilização plena e eficiente da enorme “reserva estratégica de água” a armazenar nas albufeiras de Alqueva e Pedrógão. Sendo detentor único do capital da EDIA, o Estado Português sempre assumiu, como consequência, a necessidade de assegurar a dotação dos fundos necessários à prossecução do seu objeto, criando as condições para a Empresa honrar os compromissos assumidos no decorrer da execução do projeto. O rédito do serviço disponibilizado pela EDIA relacionado com a distribuição de água é calculado de acordo com a tarifa definida pelo Estado, que por sua vez, no seu cálculo, considera um conjunto de pressupostos que extravasam o interesse económico dos investimentos realizados. Existindo (desde anos anteriores) indícios de que os ativos do segmento “água” estariam em imparidade, mas não sendo possível calcular a quantia recuperável de ativos individuais afetos a este segmento, dada a forte interligação dos influxos de caixa dos vários ativos ou grupos de ativos do segmento, a EDIA determinou a quantia recuperável da unidade geradora de caixa (“mais pequeno grupo identificável de ativos que seja gerador de influxos de caixa e que seja em larga medida independente dos influxos de caixa de outros ativos ou grupos de ativos”) que corresponde a todo o segmento “água”. Na sequência da definição, em 2010, do tarifário de fornecimento de água do sistema primário, a EDIA estimou a quantia recuperável dos ativos do segmento “água” através da determinação do respetivo valor de uso, tendo-se concluído que o valor presente dos fluxos de caixa futuros associados a este segmento é negativo, pelo que a perda de imparidade nas referidas datas corresponde ao valor total dos ativos (líquido dos passivos indissociáveis) afetos a este segmento. Para este efeito, foram considerados fluxos de caixa até o ano de 2082, ano em que termina contrato de concessão à EDIA que contempla a gestão, exploração e utilização privativa do domínio público hídrico afeto ao EFMA, ao abrigo do disposto no Decreto - Lei N.º 313/2007.

137

RELATÓRIO E CONTAS – 30 DE JUNHO DE 2014

Para a atualização dos fluxos de caixa futuros foi utilizada uma taxa de desconto de 5,49% baseada no custo médio ponderado do capital (Weighted Average Cost of Capital – WACC), por forma a refletir: (i) o valor temporal do dinheiro para os períodos até 2082; (ii) as expectativas acerca das variações possíveis na quantia ou tempestividade dos fluxos de caixa; (iii) o preço de suportar a incerteza inerente ao ativo; e (iv) outros fatores que os participantes no mercado refletiriam ao apreçar os fluxos de caixa futuros que a Empresa espera obter dos ativos. Tendo presente que todas as projeções futuras foram elaboradas com base em pressupostos considerados razoáveis e suportáveis, tendo em conta o mercado presente e futuro e que as decisões tomadas nas últimas projeções/estudos foram aprovadas por parte da administração da EDIA, os principais pressupostos adotados são os seguintes:

Taxa de adesão ao recurso água crescente em 10 anos; Consumo médio de água de 4.000 m3/ha, em 80% da área coberta; Preço unitário de referência para fornecimento de água destinada a rega para fins

agrícolas, à saída da rede primária, de 0,042€/m3, sendo que os valores no 1.º ano correspondem a 30% desse valor, aumentando anual, automática, progressiva e linearmente até atingirem o mencionado valor de referência no 8.º ano (conforme Despacho N.º 9000/2010, de 26 de maio); e

Taxa de atualização de preços de 2%. Na medida em que as condições e pressupostos contemplados nos estudos de imparidade reportados a 31 de dezembro de 2009 já existiam ou eram previsíveis à data do encerramento das contas do exercício de 2008, no âmbito da reexpressão das demonstrações financeiras do exercício de 2009, foram imputadas a Resultados Transitados as perdas de imparidade correspondentes à totalidade dos ativos afetos ao segmento “água”, à data de 31 de dezembro de 2008. Os ativos e passivos do segmento “água”, assim como as perdas de imparidade reconhecidas com referência a 30 de junho de 2014, a 31 de dezembro de 2013 e a 30 de junho de 2013, podem ser apresentadas da seguinte forma:

A reversão de imparidade verificada, no primeiro semestre de 2014, decorre essencialmente do reconhecimento, nas contas neste período, dos apoios do Fundo de Coesão, para alguns projetos do sistema primário do EFMA. Esta decisão resultou de uma deliberação da Comissão Diretiva do POVT, de 07 de julho de 2014, em que foi aprovado o reforço da taxa de cofinanciamento, ainda no atual período de programação do QREN, que se traduziu numa majoração de 85% para 100% das taxas de comparticipação comunitária. No Subsistema de Alqueva encontram-se integradas e em exploração as centrais mini-hídricas de Alvito, Pisão, Roxo, Odivelas e no Subsistema do Ardila a central mini-hídrica de Serpa.

Euros

Segmento "água" 30-Jun-14 31-Dez-13 30-Jun-13

Ativos Intangíveis 1.402.440.322 1.374.094.732 1.357.554.616

Adiantamentos a Fornecedores de Ativos Intangíveis 194.089 194.089

Subsídios ao Investimento (569.641.614) (524.461.241) (508.032.120)

Imparidade Acumulada 832.992.796 849.827.581 849.522.496

Perdas (Reversões)de Imparidades Reconhecidas no Período (16.834.785) 7.468.579 7.163.494

138

RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2014

Estas infraestruturas tendo sido transferidas de “Ativos Intangíveis em Curso” para firme e consideradas unidades geradoras de caixa ao abrigo da IAS 36 - Imparidade de Ativos, foram alvo de testes de imparidade que permitissem concluir sobre qual a parte do investimento que foi efetuado, está em imparidade ou não, especificamente para as componentes “elétrica” e “rega”. Este estudo, como todos os estudos de índole prospetiva, tem os seus resultados estritamente ligados à validade das diferentes hipóteses de evolução que nele se consideram, designadamente, e entre outros pressupostos, no que concerne aos volumes efetivamente turbinados e aos custos unitários da energia, no horizonte de projeto. A subdivisão destes custos pelas componentes “elétrica” e “rega” foi obtida pela separação dos valores correspondentes aos investimentos diretamente afetos à produção de energia do restante, tendo em consideração os valores das quantidades de obra e do equipamento existentes nestas infraestruturas e que se encontram diretamente relacionadas com as funções “produção de eletricidade” e “rega”. Tendo presente estes pressupostos e o objetivo do estudo, face ao conjunto de análises efetuadas, a conclusão foi de que estas unidades geradoras de caixa originam benefícios económicos futuros suficientes para assegurar o retorno do investimento, isto é, não se encontram em imparidade. De salientar que, de igual modo, de acordo com os estudos e melhores projeções da EDIA, não existe qualquer imparidade ao nível dos ativos do segmento “energia”. 17.2. Imparidade de Dívidas a Receber O valor de € 102.324 registado na Demonstração do Rendimento Integral, na rubrica de “Imparidades de Dívidas a Receber-perdas/reversões”, traduz uma reversão de imparidades, uma vez que no exercício anterior tinha sido considerada uma perda de imparidade e o valor recuperável entretanto subiu. Os indícios de incobrabilidade, isto é, dos créditos em mora pelos serviços de distribuição de água prestados pela EDIA, quando os clientes não respeitam o prazo contratualizado entre a Empresa e o adquirente, diminuíram. Os créditos que sejam considerados de cobrança duvidosa após avaliação por parte da Empresa são objeto de reconhecimento contabilístico das respetivas imparidades. 18. Provisões A EDIA analisa de forma periódica eventuais obrigações que resultem de eventos passados e que devam ser objeto de reconhecimento ou divulgação. São reconhecidas provisões apenas quando a Empresa tem uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado.

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RELATÓRIO E CONTAS – 30 DE JUNHO DE 2014

A subjetividade inerente à determinação da probabilidade e montante de efluxo de recursos necessário para a liquidação das obrigações poderá conduzir a ajustamentos significativos, quer por variação daquele pressuposto, quer pelo futuro reconhecimento de provisões anteriormente divulgadas como passivos contingentes. A mensuração das provisões é efetuada de acordo com a IAS 36 - Imparidade de Ativos. A EDIA considerou, com base no julgamento do Conselho de Administração e na análise aprofundada de cada um dos processos por parte do Gabinete Jurídico interno e de advogados externos, que estavam cumpridas as condições para o reconhecimento das provisões, referidas na IAS 37 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes. Em particular no que respeita à condição de que “seja provável que um exfluxo de recursos que incorporem benefícios económicos será necessário para liquidar a obrigação”, foi utilizado o critério definido na referida IAS 37 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes, considerando como provável o exfluxo “se o acontecimento for mais propenso do que não de ocorrer, isto é, se a probabilidade de que o acontecimento ocorrerá for maior do que a probabilidade de isso não acontecer”. Esta estimativa baseia-se numa análise técnica aprofundada do Gabinete Jurídico que emite, para o efeito, um documento em que determina qual a melhor estimativa dos valores a provisionar, com base na experiência da EDIA quanto ao desfecho de processos semelhantes e com base nas informações dos advogados externos que colaboram com a Empresa. Nos períodos findos em 30 de junho de 2014 e 31 de dezembro de 2013, para fazer face aos processos judiciais e outras obrigações presentes decorrentes de acontecimentos passados, a EDIA constituiu provisões mas também fez reversões por as quantias provisionadas se revelarem desnecessárias ou porque os processos findaram.

Euros

Utilizações Reversões

Provisões

Provisão para Processos Judiciais em Curso e Expropriações Litigiosas 7.069.765 7.069.765

Provisão IFRIC 12 2.126.787 569.943 2.696.730

Outras Provisões_Gestalqueva 147.124 147.124 0

9.343.676 569.943 147.124 9.766.496

Provisões (DPF)

30-Jun-14

Saldo

Inicial Aumentos

ReduçõesSaldo Final

Euros

Utilizações Reversões

Provisões

Provisão para Processos Judiciais em Curso e Expropriações Litigiosas 10.742.437 490.418 300.000 3.863.090 7.069.765

Provisão IFRIC 12 1.173.396 953.391 2.126.787

Outras Provisões_Gestalqueva 147.124 147.124

11.915.833 1.590.932 300.000 3.863.090 9.343.676

Provisões (DPF)

31-Dez-13

ReduçõesSaldo

Inicial Aumentos Saldo Final

140

RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2014

18.1. Provisão para Processos Judiciais em Curso e Expropriações Litigiosas Em 30 de junho de 2014 são conhecidos vários processos litigiosos, resultantes, quer de processos judiciais em curso, quer de expropriações, associados ao investimento do EFMA, que poderão resultar em encargos e responsabilidades adicionais para a EDIA, tendo a Empresa constituído provisões para cobrir estas responsabilidades, com base na sua melhor estimativa do valor dos encargos futuros a suportar. O montante de € 9.766.496 da rubrica de “Provisões”, a 30 de junho de 2014, decorre essencialmente dos seguintes processos judiciais em curso e processos a decorrer no âmbito de expropriações litigiosas. Os montantes destes processos não sofreram qualquer aumento, utilização ou reversão no primeiro semestre de 2014.

A Portucel Recicla intentou contra a EDIA uma ação para pagamento de quantia certa, sob a forma de processo ordinário, onde reclama o pagamento de € 8.280.914 (correspondendo ao valor já faturado de € 7.832.833 acrescido de juros de mora). A EDIA respondeu a esta ação com “embargos de executado”, alegando que nada deve à Portucel Recicla por se terem alterado os pressupostos que presidiram à outorga do auto de expropriação. Para fazer face às eventuais responsabilidades decorrentes deste processo, a EDIA constituiu, em anos anteriores, uma provisão de € 4.140.457, que foi estimada em metade do valor reclamado pela Portucel Recicla. Em dezembro de 2011 a EDIA reforçou esta provisão pelo valor de € 1.388.625 (50% do montante de € 2.777.250), valor este, que corresponde à melhor estimativa do dispêndio a efetuar e é destinado a garantir o reforço da quantia exequenda no processo judicial da Comarca de Reguengos de Monsaraz, em que é exequente a Portucel Recicla S.A. Em dezembro de 2013, a EDIA reforçou, uma vez mais, esta provisão pelo valor de € 490.418, que corresponde à atualização dos juros vencidos sobre o capital, à data de dezembro de 2013, destinado a garantir o reforço da quantia exequenda no processo judicial da Comarca de Reguengos de Monsaraz, em que é exequente a Portucel Recicla S.A. e que se mantém provisionado à data deste relato. Em 2011, na sequência da ação de condenação (ainda na fase dos articulados), intentada pela empresa Alexandre Barbosa Borges SA, contratada pela EDIA para a execução da “Empreitada de construção das centrais mini-hídricas do Alvito e de Odivelas do EFMA”, a Autora peticiona o

Euros

Processos Judiciais 30-Jun-14 31-Dez-13

Portucel Recicla (Empreitada de Desmantelamento) 6.019.500 6.019.500

Processo Arbitral EDIA/Alexandre Barbosa Borges SA 604.005 604.005

Municípios de Reguengos de Monsaraz, Mourão,Portel,Moura e Alandroal 190.000 190.000

Monte Adriano SA 185.155 185.155

Outros 6.995 6.995

7.005.654 7.005.654

Processos de Expropriação Litigiosas

Herdade dos Bacelos 55.068 55.068

Joaquim Conceição Rato 4.737 4.737

Outros 4.306 4.306

64.111 64.111

7.069.765 7.069.765

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RELATÓRIO E CONTAS – 30 DE JUNHO DE 2014

pagamento de € 1.208.009. Este montante é a título de trabalhos a mais titulados em contrato adicional, acrescido de juros vencidos, custos indiretos de produção e juros de mora sobre a faturação paga em atraso. A provisão constituída (€ 604.005) corresponde a 50% do pedido formulado pelo Consórcio, que a EDIA considera a melhor estimativa do dispêndio a efetuar. Em 2012, cinco municípios da área do regolfo de Alqueva (Reguengos de Monsaraz, Mourão, Portel, Moura e Alandroal) interpuseram uma ação que respeita ao pagamento de rendas alegadamente em dívida pela EDIA àqueles municípios, nos termos do disposto no Decreto-Lei N.º 424/83, de 6 de dezembro, que obriga a EDP, enquanto titular de centros electroprodutores, ao pagamento de determinadas verbas anuais aos municípios afetados. Não é formulado pedido exato por alegada falta de elementos para aplicar a fórmula de cálculo do valor das rendas legalmente previstas. A EDIA vai contestar, mas a sua direção operacional de infraestruturas primárias e de energia estimou um valor de rendas na ordem dos € 190.000, valor pelo qual foi constituída a provisão para este processo. No ano de 2012, foi interposta uma ação pela empresa de construção Monte Adriano S.A., no âmbito da Empreitada de construção do 3.º troço do adutor Pisão-Roxo (Penedrão-Roxo) e da barragem do Penedrão. O empreiteiro reclama o pagamento de trabalhos no valor de € 370.310, alegando que esse montante não lhe foi pago por incorreta interpretação da EDIA a respeito do âmbito de trabalho de determinada rubrica do mapa de quantidades. A EDIA contestou e provisionou 50% (€ 185.155) do montante pedido pelo empreiteiro, que se considera como a melhor estimativa do dispêndio a efetuar. A constituição de provisões no âmbito de processos de expropriação litigiosos conduzidos pela EDIA obedece a um conjunto de pressupostos que, em função da fase de desenvolvimento do processo e dos valores provisoriamente estabelecidos em cada uma delas (proposta da EDIA, arbitragem, peritagem, sentença e eventuais recursos), vão determinando a variação do valor de cada provisão constituída. De salientar que o facto das provisões para vários dos processos judiciais em curso terem sido quantificadas em 50% dos valores reclamados pelos autores dos processos, decorre do processo de mensuração da provisão, ou seja, foi considerado que 50% do valor reclamado seria a melhor estimativa do dispêndio exigido para liquidar a obrigação no fim do período de relato, nos termos da IAS 37 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes. 18.2. Provisão IFRIC 12 As infraestruturas relativas às utilizações do domínio público hídrico afeto ao EFMA, objeto do respetivo contrato de concessão, celebrado entre a EDIA e o Estado, e que fazem parte do sistema primário (barragens; centrais hidroelétricas e rede primária) do Empreendimento, enquanto durar a concessão, são propriedade da concessionária. A rubrica “Provisão - IFRIC 12” reflete o valor presente da estimativa de encargos relativos à obrigação contratual de manter/conservar, ao longo do período da concessão, as infraestruturas afetas às atividades de produção de energia e de distribuição de água, que revertem para o Estado no final do período da concessão. Esta provisão engloba apenas as grandes reparações e substituições que se prevê que venham a ser efetuadas ao longo do período da concessão, não incluindo, assim, a manutenção e a conservação correntes desses ativos, as quais são reconhecidas como gastos nos exercícios em que ocorrem.

142

RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2014

Esta provisão foi reconhecida e mensurada, com base nos pressupostos do estudo de viabilidade económico e financeiro utilizado:

Valor total dos investimentos em exploração, nomeadamente os equipamentos e a construção civil, sem considerar o valor dos terrenos submersos e sobrantes;

Aplicação de uma taxa estimada de 0,2% aos investimentos da atividade de distribuição de água, para apuramento do custo médio das grandes reparações anuais;

Não se consideram custos de grandes reparações para a atividade produção de energia uma vez que ao abrigo do contrato de subconcessão celebrado com a EDP, estes custos são da sua responsabilidade;

Prazo estimado para fazer face a grandes reparações, nos equipamentos e na construção civil, de 20 e 30 anos respetivamente;

Taxa média de financiamento para o período de 2013-2082; e A previsão da Euribor é feita com base nas taxas spot da Bloomberg.

No primeiro semestre de 2014, no âmbito da aplicação da IFRIC12- Acordos de Concessão de Serviços, foi feito um reforço da provisão, em relação às infraestruturas que já se encontram em exploração, no montante de € 569.943, ficando a mesma registada por um valor total de € 2.696.730. 18.3. Outras Provisões Em 2013, uma vez que a quantia escriturada do investimento na associada Gestalqueva S.A, de acordo com o MEP, foi reduzida a zero e a EDIA já tinha incorrido em obrigações legais e construtivas e feito pagamentos a favor da associada, registou perdas por imparidade pelo valor das contas a receber e constituiu uma provisão pelo montante ainda em falta das perdas reconhecidas no valor de € 47.766 (IAS 28 e IAS 31- Interesses em Empreendimentos Conjuntos e Investimentos em Associadas). Para além do referido, a EDIA, como sócia maioritária da Gestalqueva, S.A, para fazer face a futuras responsabilidades que pudessem vir a ocorrer e que poderiam não ser assumidas pelos restantes acionistas (autarquias), constituiu outra provisão no valor de € 99.358. Em junho de 2014, com a extinção da Gestalqueva, S.A, foram revertidas as duas provisões, no valor total de € 147.124. 19. Financiamentos Obtidos

Euros

Correntes Não correntes Correntes Não correntes

Empréstimos por Obrigações 449.714.981 449.714.981 109.555 449.517.750 449.627.305

Empréstimos Bancários 106.622.391 84.740.338 191.362.729 100.786.010 87.958.938 188.744.948

Contas Correntes Caucionadas 80.850.000 80.850.000 80.850.000 80.850.000

Locações Financeiras 30.882 30.882

Depósitos à Ordem-Saldos Credores 44.615 44.615 45.301 45.301

187.517.006 534.455.319 721.972.325 181.821.748 537.476.688 719.298.436

Financiamentos Obtidos30-Jun-14

Total31-Dez-13

Total

143

RELATÓRIO E CONTAS – 30 DE JUNHO DE 2014

O financiamento dos investimentos realizados nas várias infraestruturas do EFMA envolveu, até à presente data, a contratação de vários empréstimos por obrigações, de um empréstimo do Banco Europeu de Investimento (BEI) e de diversos empréstimos bancários de curto prazo. Em 30 de junho de 2014, estão em vigor os seguintes financiamentos obtidos: BEI - € 135 000 000

Data de início do contrato: 1999 Prazo: 20 anos Período de carência: 7 anos O montante de € 135.000.000, refletido na conta de empréstimos, resulta da

utilização total das tranches A, B, C e D O reembolso deste empréstimo será efetuado da seguinte forma:

€ 35.000.000 - Tranche A - 18 amortizações anuais e consecutivas com início em setembro de 2007

€ 35.000.000 - Tranche B - 23 amortizações anuais e consecutivas com início em setembro de 2007

€ 32.500.000 - Tranche C - 18 amortizações anuais e consecutivas com início em março de 2009

€ 32.500.000 - Tranche D - 23 amortizações anuais e consecutivas com início em março de 2009

Taxa Juro: taxa determinada pelo BEI em conformidade com os procedimentos estabelecidos pelo seu Conselho de Administração e que não poderá exceder a taxa Euribor 3 meses acrescida de 0,15%

Reembolsos até 30-06-2014 - € 43 574 879 Montante em Dívida: € 91 425 121

Empréstimo Obrigacionista - € 300 000 000

Data de início do contrato: 2003 Prazo: 15 anos Reembolso: total no final do contrato (2018) Este empréstimo obrigacionista, foi celebrado junto do BNP Paribas e do Caixa-Banco

de Investimento, S.A. Os cupões são trimestrais e o seu reembolso é “bullet” Taxa Juro: Euribor 3 meses + Spread 0,10%

Empréstimo Obrigacionista - € 56 180 000

Data de início do contrato: 2007 Prazo: 20 anos Reembolso: total no final do contrato (2027) Este empréstimo obrigacionista foi contraído junto do Millennium BCP e do BPI Os cupões são semestrais e o seu reembolso é “bullet” Taxa Juro: Euribor 3 meses + Spread 0,005%

Empréstimo Obrigacionista - € 94 350 000 Data de início do contrato: 2010

Prazo: 20 anos Reembolso: a partir de fevereiro de 2017, inclusive, 28 prestações semestrais, iguais e

sucessivas Este empréstimo obrigacionista foi contraído junto do Sindicato Bancário constituído

por Banco Infrastrutture Innovazione e Sviluppo, SpA (BIIS); Banco BPI, S.A. (BPI); Banco

144

RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2014

Santander Totta, S.A. (Santander); Caixa - Banco de Investimento, S.A. (CaixaBI); Dexia Sabadell, S.A. – Sucursal em Portugal (Dexia)

Taxa Juro: Euribor 6 meses + Spread 2,65% Conta Corrente Caucionada Santander-Totta - € 5 000 000

Data de início do contrato: 30/06/2014 Data do fim do contrato: 01/10/2014 Taxa de juro: Euribor a 3 mês + Spread 4,00%

Conta Corrente Caucionada BES – € 45 000 000

Data de início do contrato: 30/06/2014 Data do fim do contrato: 30/09/2014 Taxa de juro: Euribor a 3 meses + Spread 3,25% Comissão de Gestão: 0,75%/ano

Conta Corrente Caucionada BES – € 30 850 000 Data de início do contrato: 30/06/2014 Data do fim do contrato: 30/09/2014 Taxa de juro: Euribor a 3 meses + Spread 3,25% Comissão de Gestão: 0,75%/ano

Empréstimo Bancário (Curto Prazo) Millennium BCP – € 47 235 285

Data de início do contrato: 20/06/2014 Data do fim do contrato: 18/07/2014 Taxa fixa: 3,11%

Empréstimo Bancário (Curto Prazo) BPI – € 7 925 000

Data de início do contrato: 12/06/2014 Data do fim do contrato: 11/07/2014 Euribor a 1 meses + Spread 5%

Empréstimo Bancário (Curto Prazo) CGD – € 36 299 000

Data de início do contrato: 16/06/2014 Data do fim do contrato: 16/07/2014 Euribor a 1 meses + Spread 5%

Os financiamentos obtidos no Millennium BCP (€ 8.280.914) e no Banco Espírito Santo (€ 166.528) correspondem a empréstimos destinados a financiar a constituição de depósitos caução, ambos à ordem do Tribunal de Reguengos de Monsaraz, no âmbito do processo judicial a decorrer com a Portucel Recicla e de processos litigiosos de expropriação, respetivamente. O escalonamento das dívidas constantes na Demonstração da Posição Financeira em 30 de junho de 2014 e em 31 de dezembro de 2013, com vencimento a mais de 5 anos, ascende a:

145

RELATÓRIO E CONTAS – 30 DE JUNHO DE 2014

Para cumprimento do definido na IAS 23 - Custos de Empréstimos Obtidos, nomeadamente quanto ao dever da entidade divulgar a quantia de gastos com os empréstimos obtidos, capitalizada durante o período e a taxa de capitalização usada para determinar a quantia dos gastos dos empréstimos obtidos elegíveis para capitalização, indica-se que, no primeiro semestre de 2014, foram capitalizados os gastos a uma taxa média de 40,60% perfazendo o valor de € 3.417.478. 20. Fornecedores e Outras Contas a Pagar

20.1. Fornecedores c/c e Fornecedores de Investimento Os saldos dos fornecedores associados aos investimentos na rede secundária, evidenciados na rubrica de “Inventários”, são registados na rubrica “Fornecedores C/C”, em vez de “Fornecedores de Investimento”, pois não decorrem de investimentos em ativos fixos tangíveis ou intangíveis mas de trabalhos de construção relevados na rubrica de “Fornecimentos e Serviços Externos”. 20.2. Fundos Comunitários Esta conta inclui: (i) no Passivo Corrente, os fundos já recebidos, afetos à rede secundária, em que a despesa ainda não foi realizada, mas que se prevê que seja realizada até final do ano de 2014, (ii) no Passivo não Corrente, os adiantamentos recebidos de financiamentos comunitários, no âmbito do PRODER, em que só é expectável a sua utilização, por dedução a despesa a

Euros

30-Jun-14 31-Dez-13

Empréstimos por Obrigações Não Convertiveis

Empréstimo Obrigacionista de 2007 (56,18 M€) 56.180.000 56.180.000

Empréstimo Obrigacionista de 2010 (94,35 M€) 77.501.786 80.871.429

Dívidas a Instituições de Crédito

Banco Europeu de Investimento (135M€) 58.001.208 61.219.807

Total 191.682.994 198.271.235

Euros

Correntes Não Correntes Correntes Não Correntes

Fornecedores

Fornecedores C/C 12.458.492 12.779.597

12.458.492 12.779.597

Outras Contas a Pagar

Fundos Comunitários 10.440.938 15.517.311 10.426.683 15.517.311

Fornecedores de Investimento 8.832.112 8.141.346

Credores por Acréscimos de Gastos 6.132.864 6.206.541

Outros Credores-Comissão Garantia e Aval do Estado 2.285.194 1.429.778

Pessoal 16.089 15.137

Outros Credores 182.674 195.837

27.889.871 15.517.311 26.415.322 15.517.311

Fornecedores e Outras Contas a Pagar30-Jun-14 31-Dez-13

146

RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2014

realizar, a mais de doze meses. Estas candidaturas foram aprovadas no fim do ano de 2012 e o seu encerramento está previsto para o final de 2015. 20.3. Credores por Acréscimos de Gastos A conta de “Credores por Acréscimos de Gastos” reflete essencialmente o valor especializado dos gastos com os juros de financiamentos obtidos e comissões de garantia (essencialmente empréstimos obrigacionistas e contas correntes caucionadas) no montante total de € 2.596.796. Esta conta inclui também outros valores especializados, nomeadamente: (i) € 1.108.195 relativos ao investimento realizado numa empreitada em curso da rede secundária de rega (o auto é referente a junho de 2014), cuja fatura deu entrada na empresa em julho de 2014 e (ii) gastos com eletricidade no montante de € 378.305 faturados no mês seguinte (julho 2014) àquele a que os consumos se referem. Esta conta traduz também o montante estimado de gastos com férias e subsídio de férias dos colaboradores da EDIA, nos montantes de € 426.791 e € 169.725, respetivamente. 20.4. Outros Credores-Comissão de Garantia de Aval do Estado A EDIA recorreu desde 2003 à emissão de títulos para financiar o investimento, tendo já emitido à data 3 Empréstimos Obrigacionistas. Estes empréstimos em vigor, subentendem o Aval do Estado, isto é, nestas operações o Estado assume a responsabilidade de substituir o mutuário/devedor no pagamento, como tal a EDIA assumiu o pagamento das respetivas comissões a favor da Direção Geral do Tesouro e Finanças. Perante o atual enquadramento macro económico onde acrescem as dificuldades para aceder ao mercado de capitais, entende a EDIA, não estarem à presente data, reunidas as condições que permitam dar cumprimento da liquidação das comissões de garantia e tem preterido o seu pagamento, sendo o valor em dívida, à data de 30 de junho de 2014, de € 2.285.194. 21. Variação nos Inventários da Produção A variação nos inventários da produção a 30 de junho de 2014 e 30 de junho de 2013 discrimina-se da seguinte forma:

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RELATÓRIO E CONTAS – 30 DE JUNHO DE 2014

Na sequência da publicação do Decreto-Lei N.º 335/2001, de 24 de dezembro, que, com exceção da Infraestrutura 12 e do Perímetro de Rega da Luz, prevê a transferência para o Estado (MAM) das infraestruturas integrantes da rede secundária de rega afeta ao EFMA, a EDIA passou, a partir do exercício de 2002, a evidenciar o gasto das obras com as infraestruturas da rede secundária de rega na rubrica de “ Inventários”. Em 2013, com a entrada em exploração de mais dois perímetros de rega, Ervidel 2 e 3 e Pedrogão 1-margem direita, e conforme tratamento dado em anos anteriores a outras infraestruturas da mesma natureza, procedeu-se à transferência dos investimentos que estão associados a essas infraestruturas, que se encontravam na conta “Produtos e Trabalhos em Curso” para a conta “Produtos Acabados e Intermédios”. Com os contratos de entrega celebrados com o Estado (DGADR), em abril e novembro de 2013, o saldo da conta de “Produtos Acabados e Intermédios”, relacionado com a rede secundária, investimentos nos perímetros de rega substancialmente concluídos e já em exploração, foi transferido para a rubrica de “Outras Contas a Receber” (conta da DGADR), tendo presente que é o Estado que tem a propriedade de todas as infraestruturas da rede secundária que a EDIA construiu, em sua representação. Os investimentos em curso das infraestruturas da rede secundária de rega, que correspondem essencialmente a projetos afetos aos blocos de rega ainda em construção, continuam a ser registados na subconta de “Produtos e Trabalhos em Curso”. A variação verificada na rubrica “Variação nos Inventários da Produção”, face ao período homólogo, resulta essencialmente pela elevada taxa de realização de investimentos na rede secundária no primeiro semestre de 2014. 22. Trabalhos para a própria Entidade Os trabalhos para a própria entidade registam a imputação ao investimento em curso (rubricas de “Ativos Fixos Tangíveis” e “Ativos Intangíveis”) dos gastos afetos às áreas operacionais da

Euros

Produtos Acabados e Intermédios 30-Jun-14 30-Jun-13

Inventário Final - -

Transferências - 408.437.337

Inventário Inicial - -355.001.498

Variação nos Inventários da Produção -53.435.839

Produtos e Trabalhos em Curso 30-Jun-14 30-Jun-13

Inventário Final 56.743.893 14.317.486

Transferências 930.063 8.976.692

Inventário Inicial -23.117.597 -68.758.146

Variação nos Inventários da Produção 34.556.359 -45.463.968

34.556.359 7.971.871

148

RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2014

Empresa ligadas diretamente à construção das infraestruturas do EFMA. Estes gastos estão diretamente afetos à rede primária e ao centro de cartografia, efetuados sob administração direta da Empresa. 23. Fornecimentos e Serviços Externos

A rubrica de “Fornecimentos e Serviços Externos” apresenta uma variação positiva significativa, em termos homólogos, resultado do acréscimo expressivo da conta de “Subcontratos”, consequência de um maior volume de investimento na rede secundária de rega (evidenciado na rubrica “Inventários”), sendo este aumento de gastos compensado por um aumento de montante similar na conta de “Variação dos Inventários da Produção”. Em comparação com o período homólogo, as outras variações mais significativas, ocorreram nas rubricas de “Eletricidade”, “Trabalhos Especializados” e “Conservação e Reparação” uma vez que o número de infraestruturas em exploração aumentou, pelo que os gastos com pessoal técnico especializado na manutenção preventiva dos equipamentos nessas infraestruturas dos perímetros de rega, também subiram.

Euros

Subcontratos 33.281.105 6.815.553

Electricidade 1.559.618 900.056

Trabalhos Especializados 720.849 544.769

Conservação e Reparação 541.684 389.067

Seguros 222.568 218.421

Rendas e Alugueres 149.527 115.210

Combustíveis 116.267 95.798

Honorários 87.182 96.965

Limpeza e Higiene 60.333 52.232

Vigilância e Segurança 60.249 137.380

Ferramentas e Utensílios 31.116 18.361

Publicidade e Propaganda 26.870 56.909

Comunicação 13.031 57.643

Contencioso 11.470 268.014

Deslocações e Estadas 10.291 18.016

Outros Fluídos 9.213 10.410

Material Escritório 8.469 8.151

Despesas de Representação 7.898 11.633

Água 4.117 3.355

Livros e Documentação Técnica 2.996 2.496

Outros 30.019 28.144

Total 36.954.872 9.848.583

Fornecimentos e Serviços Externos 30-Jun-14 30-Jun-13

149

RELATÓRIO E CONTAS – 30 DE JUNHO DE 2014

A consequente cessação de capitalização dos gastos inerentes às infraestruturas da rede primária a montante é também um dos fatores decisivos para este acréscimo de gastos. 24. Gastos com o Pessoal O número de trabalhadores da EDIA em 2014 e 2013 foi de 190 e 187, respetivamente. Os “Gastos com o Pessoal” da Empresa tiveram a seguinte composição:

Em 2013, as demonstrações financeiras refletem não só os duodécimos dos subsídios de férias de 2013 (a pagar em 2014) e do subsídio de Natal (que tem vindo a ser processado e pago em duodécimos em 2013-Artigo 28.º da Lei N.º 66-B/2012 de 31 de dezembro), mas também o subsídio de férias de 2012 pago no segundo semestre de 2013, na sequência do Acórdão n.º 187/2013, de 5 de abril, do Tribunal Constitucional, que declarou a inconstitucionalidade de alguns artigos da Lei do Orçamento do Estado para 2013, nomeadamente o artigo 29.º da Lei n.º 66-B/2012 de 31 de dezembro, referente à suspensão do pagamento do subsídio de férias ou equivalente. Assim sendo, para que os valores sejam comparáveis e seja feita uma correta análise dos gastos com pessoal, há que expurgar o efeito dos acréscimos de gastos registados já em 2013, uma vez que essa variação resulta sobretudo da reposição em 2013 das remunerações referentes aos 13.º e 14.º meses, não reconhecidas em 2012. Face ao período homólogo e para a totalidade do 1º semestre de 2014, verifica-se um aumento dos gastos mensais com os órgãos sociais, uma vez que, por força do Acórdão do Tribunal Constitucional n.º413/2014 de 30 de maio, a redução remuneratória de 12% prevista no artigo 33.º da Lei 83-C/2013 de 31 de dezembro, e que acrescia à redução de 5% já anteriormente em vigor prevista no N.º 1, do Artigo 12.º, da Lei N.º 12-A/2010, de 30 de junho, foi declarada inconstitucional, com efeitos a partir de dia 31 de maio de 2014 (inclusive). Idêntico efeito verificou-se no que respeita à generalidade dos colaboradores, os quais viram a redução prevista no artigo 33.º da Lei 83-C/2013 de 31 de dezembro (e que variava entre 2,5% e 12%, a partir dos 675 €, sendo de 12% a partir dos 2.000 €) desaparecer em 31 de maio de 2014. Em 2014, as demonstrações financeiras incluem os duodécimos do subsídio de férias de 2014 (a pagar em 2015) e do subsídio de Natal (que tem vindo a ser processado e pago em duodécimos em 2014-Artigo 35.º da Lei N.º 83-C/2013 de 31 de dezembro.

Euros

Gastos com o Pessoal 30-Jun-14 30-Jun-13

Remunerações 2.201.689 2.674.072

Encargos Sociais 486.423 600.148

Outros Gastos com o Pessoal 139.424 120.290

2.827.536 3.394.510

150

RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2014

Em 2014 mantiveram-se em vigor algumas das medidas de redução de custos do Sector Empresarial do Estado (SEE) aprovadas nos anos anteriores, embora só até 30 de maio de 2014, e por montantes superiores aos do ano anterior.

Isenção de redução remuneratória para os trabalhadores que auferem uma remuneração total ilíquida igual ou inferior a € 675 mensais;

Redução efetiva de remuneração para todos os trabalhadores que auferem uma remuneração total ilíquida calculada nos termos do N.º 1 do Art.º 33 da Lei N.º 83-C/2013, de 31 de dezembro, superior a € 675 mensais;

Progressividade da redução remuneratória, de modo a assegurar maior redução por parte de quem aufira uma redução total ilíquida mais elevada; e

Proibição de atribuição de quaisquer benefícios geradores de encargos, designadamente subsídios, ajudas de custo ou quaisquer outros suplementos pecuniários com a finalidade de compensar, direta ou indiretamente, as reduções remuneratórias.

Foram atribuídas, no decorrer do primeiro semestre de 2014 e período homólogo de 2013, aos membros dos órgãos sociais da Empresa, as seguintes remunerações relacionadas com o exercício das suas funções:

25. Outros Rendimentos e Ganhos

25.1. Juros No âmbito do “Contrato de Concessão de Exploração das Centrais Hidroelétricas de Alqueva (CHA) e Pedrógão (CHP)” celebrado com a EDP, a EDIA recebeu um montante inicial de € 195.000.000 e irá receber, por um período de 35 anos, um montante anual periódico de € 12.380.000 (valor atualizado em 2012).

Euros

30-Jun-14 30-Jun-13

Conselho de Administração 114.450 127.742

Revisor Oficial de Contas 20.000 20.000

Conselho Fiscal 17.783 14.081

Mesa da Assembleia Geral - -

Euros

Outros Rendimentos e Ganhos 30-Jun-14 30-Jun-13

Juros concessão exploração da CHA e CHP 1.684.781 1.596.949

Imputação de Subsídios ao Investimento 908.026 908.026

Outros 322.400 71.780

2.915.206 2.576.754

151

RELATÓRIO E CONTAS – 30 DE JUNHO DE 2014

O montante de € 1.684.781 evidenciado na conta “Juros concessão exploração da CHA e CHP” corresponde à parcela da remuneração (estabelecida no contrato com a EDP) que traduz a atualização do capital (justo valor da subconcessão calculado à data da celebração do contrato), com base numa taxa implícita de 5,5%. 25.2. Imputação de Subsídios ao Investimento A rubrica “Imputação de Subsídios ao Investimento” reflete o reconhecimento em rendimentos dos subsídios associados aos investimentos, na medida em que estes últimos são depreciados. Não inclui:

Os subsídios destinados à construção da rede secundária de rega, que estão evidenciados em “Diferimentos”, no Passivo não Corrente, uma vez que os ativos correspondentes são propriedade do Estado. Estes subsídios foram, na sua maior parte, deduzidos ao investimento, evidenciado na rubrica de “Inventários”, por a EDIA ter executado estes investimentos com fundos próprios, em representação do Estado, resultante do Contrato de Concessão celebrado em abril de 2013, com a DGADR; e

Os subsídios associados à atividade de distribuição de água, cujos ativos se tem vindo a

concluir que estão em imparidade total, pelo que têm vindo a ser desreconhecidos no âmbito do registo das perdas de imparidade dos respetivos ativos, isto é, estas perdas são reconhecidas na Demonstração do Rendimento Integral pelo valor líquido dos respetivos subsídios.

26. Outros Gastos e Perdas Com a extinção da Gestalqueva, S.A em junho, todos os valores registados como adiantamentos à referida empresa, relativos a pagamentos de obrigações legais e construtivas, em que a EDIA incorreu por conta da ex-subsidiária, bem como o valor das contas a receber, foram à data de 30 de junho registados como gastos do exercício, no valor de € 165.218. Do restante valor apresentado na rubrica de “Outros Gastos e Perdas”( € 128.781) é de salientar: (i) € 40.787 relativos ao pagamento de taxas, pelas utilizações dos recursos hídricos em várias infraestruturas da EDIA, tais como Alqueva, Pedrógão, Cais da Barragem de Alqueva, furo da Herdade da Coitadinha, (ii) € 28.970 referentes ao desreconhecimento do valor do PEC por conta do IRC de 2010, (iii) € 39.882 de quotizações e (iv) € 4.762 de gastos incorridos com impostos diretos (Imposto Municipal de Imóveis).

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RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2014

27. Juros e Rendimentos Similares Obtidos e Juros e Gastos Similares Suportados

27.1. Rendimentos e Ganhos Financeiros A conta “Outros Juros Obtidos” traduz, fundamentalmente, os juros de depósitos à ordem. 27.2. Gastos e Perdas Financeiros O acréscimo ocorrido na conta “Juros e gastos similares suportados” deveu-se ao aumento dos juros suportados associados aos empréstimos contraídos pela Empresa, dado que a taxa de juro média real foi superior à taxa de juro média em 2013, essencialmente em resultado da subida da Euribor. Os “Outros gastos e perdas financeiros” incluem essencialmente serviços bancários e comissões de garantia dos empréstimos obrigacionistas e bancários. 28. Gastos/Reversões de Depreciação e Amortização Os gastos/reversões de depreciação e amortização, em 2014 e 2013, discriminam-se da seguinte forma:

Euros

Rendimentos e Gastos Financeiros 30-Jun-14 30-Jun-13

Rendimentos e Ganhos Financeiros

Outros juros obtidos 12.974 26.194

12.974 26.194

Gastos e Perdas Financeiros

Juros e gastos similares suportados 4.144.492 3.128.113

Outros gastos e perdas financeiros 856.286 1.373.883

5.000.778 4.501.996

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RELATÓRIO E CONTAS – 30 DE JUNHO DE 2014

29. Outras Informações Relevantes Esta nota foi utilizada na divulgação de outras informações não previstas nas notas anteriores e que se consideram necessárias para melhor compreender a posição financeira e os resultados da EDIA. Inspeção Tributária De acordo com a legislação em vigor, as declarações de rendimentos para efeitos fiscais são passíveis de revisão e correção pela Administração Tributária durante um período de quatro anos. Com base neste pressuposto, as declarações fiscais da Empresa do ano de 2008 até 2011 foram sujeitas a revisão por parte da Autoridade Tributária (AT). Em outubro de 2012, no âmbito de uma inspeção tributária em sede de IRC, propõe a AT uma correção aos exercícios de 2008 a 2011, ao montante das amortizações efetuadas de terrenos submersos, uma vez que considera que nem todos os investimentos efetuados pela EDIA são passíveis de depreciação ao abrigo da lei fiscal, pelo que exclui a possibilidade de depreciar fiscalmente o valor dos terrenos submersos, por entender que os mesmos não sofrem de qualquer perecimento. A generalidade dos bens atualmente registados nos “Ativos Intangíveis” encontravam-se, até à data da entrada em vigor do Sistema de Normalização Contabilística, em 1 de janeiro de 2010, evidenciados na rubrica de “Ativos Fixos Tangíveis”, sendo então reclassificados para “Ativos Intangíveis”, conforme previsto na IFRIC 12 - Acordos de Concessão de Serviços, aplicável ao contrato de concessão celebrado com o Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e

Euros

Ativos Fixos Tangíveis

Terrenos e Recursos Naturais 1 1

Edifícios e Outras Construções 135.227 134.592

Equipamento Básico 63.212 60.653

Equipamento de Transporte 1.733 9.499

Equipamento Administrativo 17.924 32.179

Outros Ativos Tangíveis 13.269 21.215

231.365 258.138

Ativos Fixos Intangíveis

Terrenos e Recursos Naturais 425.613 425.175

Edifícios e Outras Construções 1.543.390 1.545.987

Equipamento Básico 640.715 641.195

Outros Ativos Intangíveis

Programas de Computador - 7.162

2.609.719 2.619.520

2.841.084 2.877.658

Gastos/Reversões de Depreciação e Amortização 30-Jun-14 30-Jun-13

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do Desenvolvimento Regional, conforme expressamente reconhecido pela Comissão de Normalização Contabilística em 20 de janeiro de 2011. Sucede que os terrenos submersos em questão, e que foram amortizados pela EDIA, estão incluídos no EFMA e são objeto do contrato de concessão, celebrado em 17 de outubro de 2007 entre a EDIA e o Estado Português, designado por “Contrato de Concessão relativo à utilização dos recursos hídricos para captação de água destinada a rega e à produção de energia elétrica no sistema primário do EFMA”, com a duração de 75 anos. Nos termos das Cláusulas 8.ª e 9.ª deste contrato, todos os bens incluídos no EFMA, incluindo os terrenos submersos objeto de amortização, reverterão para o Estado Português no termo do respetivo contrato de concessão. Pelo exposto, nos termos: (i) do artigo 13.º do Decreto Regulamentar N.º 2/90, de 12 de janeiro, em vigor no período a que se refere a inspeção tributária “Os elementos do ativo imobilizado adquiridos ou produzidos por entidades concessionárias e que nos termos das cláusulas do contrato de concessão sejam revertíveis no final desta podem ser reintegrados ou amortizados em função do número de anos que restem do período de concessão quando aquele for inferior ao seu período mínimo de vida útil” e (ii) das Cláusulas 8.ª e 9.ª do contrato de concessão, considerando que os terrenos amortizados, bem como todos os bens integrados no EFMA reverterão para o Estado no final do Contrato, estão cumpridos todos os requisitos legais para a aceitação da amortização como custo fiscal, não devendo pois, ser efetuada qualquer correção em sede de IRC, sendo esta a posição defendida pela Empresa. Em maio de 2013, a EDIA apresenta Impugnação Judicial da decisão de indeferimento da Reclamação Graciosa da demonstração de liquidação de IRC referente aos exercícios de 2008, 2009, 2010 e 2011, e, desta forma, requer ao Exmo. Sr. Juiz de Direito do Tribunal Tributário de Beja a anulação total das demonstrações de liquidação de IRC e de juros, assim como a reposição dos prejuízos fiscais prejudicados com esta correção efetuada em sede de inspeção tributária, para os quatro exercícios. Em janeiro de 2014, à semelhança das Reclamações Graciosas e Impugnações Judiciais apresentadas, relativas aos anos anteriores (de 2008 a 2011), a EDIA apresentou Reclamação Graciosa relativa ao exercício de 2012. Em fevereiro, a AT comunicou o seu indeferimento, invocando, com os mesmos fundamentos, que as amortizações consideradas eram indevidas, pelo que se impunha a correção técnica, uma vez que a causa de pedir é exatamente igual à daqueles processos de IRC dos anos anteriores. Face ao exposto, a EDIA apresentou Impugnação Judicial da correção efetuada pela inspeção, referente ao exercício de 2012. A EDIA, à data deste relato financeiro, não tem conhecimento de mais informações acerca destes processos. Matérias Ambientais O contrato de concessão da utilização do domínio público hídrico afeto ao EFMA, de 17 de outubro de 2007, celebrado entre a EDIA e o Estado, concretizou os termos e condições a que obedecerá a relação concedente - concessionária, precisando o conteúdo da missão associada à

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exploração do Empreendimento e definindo as regras para o exercício dos referidos direitos de utilização privativa do domínio púbico hídrico. A atividade da Empresa é de natureza essencialmente “não industrial”, sendo relativamente reduzida a incorporação de inputs materiais nos seus processos. O peso dos impactes ambientais da atividade da Empresa é, em termos relativos, bastante inferior ao seu contributo para geração de valor no tecido económico e social da região. No entanto, para além de garantir a implementação das medidas de minimização definidas no Plano de Gestão Ambiental, a concessionária obriga-se a implementar, durante a fase de construção, um conjunto de medidas, que após a execução das intervenções nas áreas afetadas, eliminem quaisquer sinais de intervenção, repondo a situação original. Em termos de política ambiental, a Empresa pretende ter cobertos e dominados todos os aspetos da conformidade legal, tendo assumido compromissos em termos da melhoria continuada do desempenho ambiental em que se destaca o cumprimento da legislação, a análise dos impactes ambientais derivados da atividade da Empresa e a formação e sensibilização dos trabalhadores. As despesas de carácter ambiental são as identificadas e incorridas para evitar, reduzir ou reparar danos de carácter ambiental, que decorram da atividade ambiental normal da Empresa. Neste sentido, tendo em conta (i) a natureza e a dimensão da atividade da Empresa e os tipos de problemas ambientais associados à sua atividade, e (ii) informações sobre o seu desempenho ambiental, tais como, redução das emissões atmosféricas, remoção de resíduos; não existe qualquer responsabilidade de carácter ambiental que deva dar origem à constituição de provisões, uma vez que não o entendemos como materialmente relevante. Dívidas à Administração Fiscal e ao Instituto de Solidariedade e Segurança Social Das informações legalmente exigidas noutros diplomas, designadamente nos artigos 66.º, 324.º, 397.º, 447.º e 448.º do Código das Sociedades Comerciais (CSC), das disposições legais decorrentes do Decreto-Lei N.º 534/80, de 7 de novembro emanado pelo Ministério das Finanças e do Plano e das disposições referidas na Lei N.º 110/2009, de 16 de setembro emanado pelo Ministério do Emprego e da Segurança Social, importa referir que a EDIA, através dos documentos de prestação de contas, vem divulgar que não está em incumprimento das suas obrigações, nem perante o sector estatal nem perante a Segurança Social. Garantias Prestadas

A Portucel Recicla S.A. intentou contra a EDIA uma ação para pagamento de quantia certa, sob a forma de processo ordinário, onde reclama o pagamento de € 8.280.914 (correspondendo ao valor já faturado de € 7.832.833 acrescido de juros de mora). A EDIA respondeu a esta ação com “embargos de executado”, alegando que nada deve à Portucel Recicla por se terem alterado os pressupostos que presidiram à outorga do auto de expropriação. Em dezembro de 2011, a EDIA prestou uma garantia bancária no montante de € 2.777.250, valor este destinado a garantir o reforço da quantia exequenda no processo judicial de execução ordinária que corre termos pelo Tribunal

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Judicial da Comarca de Reguengos de Monsaraz, em que é exequente a Portucel Recicla S.A..À data do relato financeiro esta garantia ainda se encontra vigente.

No âmbito das empreitadas das redes, primária e secundária, a EDIA realiza perfurações

horizontais nas estradas. Para isso, tem que fazer pedidos de licenciamento à empresa Estradas de Portugal, S.A. a qual exige que a EDIA, por cada atravessamento, preste uma garantia bancária a seu favor (Estradas de Portugal, SA), pelo prazo de cinco anos. A 30 de junho de 2014 o montante constituído ascende a € 193.671.

No âmbito da adjudicação do Concurso Público Internacional CP008/DSIC/2009

“Aquisição de Serviços de Execução do Cadastro Predial” ao consórcio CME/EDIA/RZMAPA/GEOGLOBAL/SIGMAGEO, definiu-se a emissão de uma Garantia Bancária conjunta, em que, cada um dos consorciados é responsável pela sua proporção. A participação da EDIA, através do seu Centro de Cartografia, resultou na prestação de uma garantia bancária no valor de € 163.910.

Em outubro de 2012, no âmbito de uma inspeção tributária em sede de IRC, propõe a

Autoridade Tributária (AT) uma correção, nos exercícios de 2008 a 2011, ao montante das amortizações efetuadas de terrenos submersos, uma vez que considera que nem todos os investimentos efetuados pela EDIA são passíveis de depreciação ao abrigo da lei fiscal, pelo que exclui a possibilidade de depreciar fiscalmente o valor dos terrenos submersos, por entender que os mesmos não sofrem de qualquer perecimento. A EDIA contestou e teve que prestar a favor da AT, garantias bancárias no valor de € 20.138, destinadas a caucionar a suspensão dos processos de execução fiscal que correm termos nos Serviços de Finanças.

No âmbito do contrato celebrado com a Galp Energia, Petróleos de Portugal-Petrogal,

S.A., a EDIA prestou uma garantia bancária destinada a “caucionar o bom pagamento dos consumos relativos ao cartão GALP frota.” A 30 de junho de 2014, o montante constituído ascende a € 1.746.

Ativos e Passivos Contingentes

O Reforço de Potência de Alqueva entrou em serviço industrial em dezembro de 2012. Ao abrigo do Anexo VII do Contrato de Exploração das Centrais de Alqueva e Pedrógão e do Contrato de Subconcessão do Domínio Público Hídrico, a compensação financeira anual a pagar pela EDP à EDIA poderá ser ajustada, designadamente, por alteração do valor do investimento previsto no mesmo Anexo para aquele Reforço de Potência, no montante de M€145, a preços de 2006. Havendo desacordo, entre a EDIA e a EDP, entre os termos dessa revisão, a via a seguir deverá ser o recurso aos mecanismos contratualmente previstos para a resolução de diferendos e nunca uma tomada de posição unilateral por uma das partes, em especial quando tal se traduza na retenção por parte da EDP, de parte da referida compensação anual. Além do mais, do contrato decorre, inequivocamente, que qualquer investimento, eventualmente necessário à construção de qualquer reforço de potência que não tenha sido incluído no âmbito da respetiva empreitada de construção ou no âmbito do

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respetivo fornecimento do equipamento, não poderá ser considerado para efeitos do cálculo do investimento a realizar com a construção desse reforço de potência. A EDIA concorda com a revisibilidade deste contrato cujos cálculos apontam para um montante de M€3,6 a favor da Empresa. Este montante resulta da aplicação dos termos previstos no contrato de concessão, sendo que a sua alteração deve ser efetuada sob a forma de aditamento ao contrato, não podendo a EDP proceder às suas alterações unilateralmente. A EDIA não considera devida a fatura da EDP (acerto na compensação financeira por alteração do valor do investimento previsto para o reforço de potência) no montante de M€1,5, nem que o seu pagamento tenha sido efetuado através da compensação da sua fatura relativa à prestação anual de 2013, referente ao pagamento estabelecido na cláusula 6.ª do contrato. No que respeita aos argumentos expendidos pela EDP sobre os temas que constituem motivo de diferendo com a EDIA, esta reitera naturalmente a sua posição que já anteriormente e por diversas vias teve oportunidade de transmitir à EDP. Entende a EDIA que, havendo diferendo sobre os termos da revisão da compensação anual, esta só pode ser alterada por acordo entre as partes ou por decisão obtida segundo os mecanismos contratualmente estabelecidos para o efeito, designadamente por decisão obtida por arbitragem conforme prevê o contrato. Lamentavelmente, porém, assim não entendeu a EDP que, procedeu à retenção de parte da compensação anual devida, assumindo como certo o seu entendimento. Tal retenção indevida, no montante de M€ 1,846 permanece até hoje com todas as consequências daí advenientes. A EDIA estabeleceu contactos com a EDP para sondar da disponibilidade para se alcançar alguma espécie de entendimento mas sem sucesso. A EDIA disponibilizou-se para equacionar uma solução que anulasse reciprocamente as pretensões de cada uma das partes, em nome do risco associado a um desfecho litigioso, mas deparou-se sempre com a irredutibilidade da EDP. À data deste relato não há informação adicional a acrescer.

São compromissos assumidos pela EDIA, que não figuram na Demonstração da Posição Financeira em 30 de junho de 2014, as garantias prestadas nos termos do disposto no N.º 2 do artigo 56.º do Regulamento (CE) N.º 1974/2006 da Comissão, de 15 de dezembro.

A competência para a prestação de garantias pela Empresa cabe nas competências do Conselho de Administração, quer por via do disposto no artigo 15.º dos estatutos da EDIA, em particular por via da alínea c) do N.º 1 e, em especial, pelo disposto na alínea f) do artigo 406.º do Código das Sociedades Comerciais, aplicável por via do disposto no artigo 7.º do Decreto-Lei Nº 558/99, de 17 de dezembro.

No âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural do Continente (PRODER), e nos termos e ao abrigo do disposto no n.º 4 do Art.º 18º da Portaria N.º 820/2008, de 8 de agosto, a EDIA formulou vários pedidos de pagamento a título de adiantamento dentro do montante permitido pelos referidos normativos:

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Perímetro de Pedrógão-Margem Direita: 30% do valor do investimento elegível aprovado - € 7.777.661,89;

Blocos de Ervidel: 30% do valor do investimento elegível aprovado - € 12.527.548,98;

Perímetro de São Pedro-Baleizão-Quintos: 15% do valor do investimento elegível aprovado - € 13.333.000,00; e

Perímetro de Cinco Reis Trindade: 7% do valor do investimento elegível aprovado - €2.184.310,82.

Nestes casos, e conforme disposto no Artº 56º do Regulamento (CE) n.º 1974/2006 da Comissão, de 15 de dezembro, o Conselho de Administração (através de garantia escrita emitida ao organismo pagador competente do PRODER - Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, IP) garantiu o ressarcimento num montante correspondente a 110% do valor do adiantamento, caso não se prove o direito ao montante adiantado. Relativamente a estes pedidos de adiantamento, durante o primeiro semestre de 2014, a EDIA apresentou despesas que justificam na totalidade o montante adiantado no Bloco de Ervidel e cerca de €7.367.183,16 no Perímetro de Pedrógão – Margem Direita. Esta faculdade é permitida à EDIA por se tratar de um beneficiário público, nos termos da legislação comunitária.

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Declaração de Conformidade do Conselho de Administração

Senhores Acionistas Nos termos previstos na alínea c) do N.º 1 do artigo 246.º do Código dos Valores Mobiliários informamos que, tanto quanto é do nosso conhecimento:

(i) A informação constante no relatório de gestão intercalar expõe fielmente os acontecimentos importantes ocorridos no primeiro semestre de 2014 e o impacto nas respetivas demonstrações financeiras, contendo uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defrontam e

(ii) A informação constante nas demonstrações financeiras individuais, assim como nos seus anexos, foi elaborada em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do ativo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infra-Estruturas do Alqueva, S.A..

Beja, 29 de agosto de 2014

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Eng.º José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema (Presidente)

Eng.º Jorge Manuel Vazquez Gonzalez (Vogal)

Dr.ª Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo (Vogal)

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Relatório de Revisão Limitada Elaborado por Auditor Registado na CMVM sobre Informação

Semestral

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Relatório de Revisão Limitada sobre Informação Semestral Elaborado por Auditor Externo

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SIGLAS E ABREVIATURAS

ABMNovo Associação de Beneficiários do Monte Novo ADLA Ações para o Desenvolvimento das Terras do Grande Lago AEBAL Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral AIA Avaliação de Impacte Ambiental AICEP Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal AJAP Associação de Jovens Agricultores de Portugal ALEX 2014 ALqueva hydro-meteorological EXperiment ALWAYS Modelo de Simulação e Otimização do Funcionamento do Subsistema de Alqueva APA Associação Portuguesa do Ambiente ARA Aldeias Ribeirinhas de Alqueva ATL’s Associação de Tempos Livres AT Autoridade Tributária ATLA Associação Transfronteiriça Lago Alqueva BAA Tubos de betão armado com alma de aço BCP Banco Comercial Português BCSD Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável BEI Banco Europeu de Investimentos BES Banco Espírito Santo BIIS Banco Infrastrutture Innovazione e Sviluppo, SpA BPI Banco Português de Investimentos CA Caminho Agrícola CADC Comissão para a Aplicação e o Desenvolvimento da Convenção sobre a Cooperação

para a Proteção e o Aproveitamento sustentável das Águas das Bacias Hidrográficas Luso - Espanholas

CARA Comissão de Acompanhamento do Regadio de Alqueva CC Centro de Cartografia CCDR-Alentejo

Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional Alentejo

CCP Código dos Contratos Públicos CE Comunidade Europeia CEAP Conselho Empresarial Andaluzia Portugal CEVRM Centro de Excelência para a Valorização dos Recursos Mediterrânicos CIAL Centro de Informação de Alqueva CIEFMA Aplicação web para consulta do Cadastro de Infraestruturas do EFMA e Gestão de

Regantes CHA Central Hidroelétrica de Alqueva CHP Central Hidroelétrica de Pedrógão CMVM Comissão do Mercado de Valores Mobiliários COTR Centro Operativo e de tecnologia do Regadio CSC Código das Sociedades Comerciais CP Concurso Público DGADR Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural DGTF Direção-Geral do Tesouro e Finanças DIA Declaração de Impacte Ambiental DN Diâmetro Nominal DPP Dispositivo de Passagem de Peixes de Pedrógão DRCALEN Direção Regional de Cultura do Alentejo DUP Declaração de Utilidade Pública

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E.E. Estação Elevatória EBIT Earnings Before Interest and Taxes EBITDA Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization EDIA Empresa de Desenvolvimento e Infra-Estruturas do Alqueva, S.A. EDP Energias de Portugal EFMA Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva EFV Equipa de Fiscalização e Vigilância EIA Estudo de Impacte Ambiental FCG Fundação Calouste Gulbenkiam FEADER Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural FEDER Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional FEOGA Fundo Europeu de Orientação e Garantia Agrícola FFD Ferro Fundido Dúctil FSE Fundo Social Europeu FNOP Federação Nacional de Organizações de Produtores de Frutas e Hortícolas G.O. Grupos Operacionais GeOp Gestora Operacional GNR Guarda Nacional Republicana GRI Global Reporting Initiative ha Hectares IAS International Accounting Standart IASB Internacional Accounting Standard Board IBERLINX Ação Territorial Transfronteiriça para a Conservação do Lice Ibérico ICNF Instituto de Conservação da Natureza e Floresta IFAP Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas IFRIC International Financial Reporting Interpretations Committee IFRS International Financial Reporting Standarts INALENTEJO Programa Operacional Regional do Alentejo 2007-2013 INIAV Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária INVASEP Lucha contra las espécies invasoras en las cuencas de los ríos Tajo y Guadiana

en la Península Ibérica IRC Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas ISO International Organization for Standartization IVA Imposto sobre o Valor Acrescentado kwh Kilo watt hora m3 Metros cúbicos MAM Ministério da Agricultura e do Mar MARE Mercado Abastecedor da Região de Évora MEP Método da equivalência Patrimonial Mwh Mega watt hora NERBE Núcleo Empresarial da Região de Beja O.P. Organização de Produtores

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PAM Plantas Aromáticas e Medicinais PEAD Polietileno de Alta Densidade PEC Programa de Estabilidade e Crescimento PERP Projeto de Enquadramento e Recuperação Paisagística das Barragens da Amoreira,

Brinches e Serpa PET Embalagens de produtos alimentares monouso PIDDAC Programa Regionalizado de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da

Administração Central PMC Sado Programa de Medidas Compensatórias para a Ictiofauna Autóctone e Continental

da Bacia Hidrográfica do Sado PNN Parque de Natureza de Noudar POAAP Planos de Ordenamento das Albufeira de Águas Públicas POVT Programa Operacional Temático de Valorização do Território PRLA Oeste Projetos de Reabilitação de Linhas de Água dos Projetos de Execução do Bloco

de e do Bloco de Rega Orada-Amoreira e Bloco de Rega de Brinches PRLA Sul Projetos de Reabilitação de Linhas de Água dos Projetos de Execução do Bloco de

Rega de Serpa e do Bloco de Rega Brinches-Enxoé

PRODER Programa de Desenvolvimento Rural PROVE Promover e Vender (Iniciativa Comunitária EQUAL) PT Portugal Telecom QCA Quadro Comunitário de Apoio RCM Resolução de Conselho de Ministros S.A. Sociedade Anónima SAP Sistemas, Aplicativos e Produtos Para Processamento de Dados SEE Setor Empresarial do Estado SEPNA Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente SIC Standing Interpretations Committee SIG Sistemas de Informação Geográfica SIMAB Sociedade Instaladora de Mercados Abastecedores SINERGIC Sistema Nacional de Exploração e Gestão da Informação Cadastral SIRHAL Sistema de Informação de Recursos Hídricos de Alqueva SISAB Salão Internacional do Setor Alimentar e Bebidas SISAP Sistema de Apoio à Determinação da Aptidão Cultural SISMS Sistema de Informação de Suporte à Monitorização dos Solos do EFMA SNC Sistema de Normalização Contabilística TRH Taxa de Recursos Hídricos WACC Weighted Average Cost of Capital ZPE Zona de Proteção Especial

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