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Página | 1 RELATÓRIO de GESTÃO Exercício de 2016 Senhores Acionistas O relatório de gestão e as contas da empresa relativas ao ano de 2016 refletem com satisfação a atividade da empresa num ano particularmente favorável, seja pela significativa recuperação do tráfego nas vias da concessão, pela concretização em 30 de dezembro do recebimento da indemnização arbitral atribuída nos últimos dias de 2015, ou pela evolução favorável dos indicadores operacionais. Em linha com os valores verificados noutras concessões rodoviárias, o Tráfego Médio Diário Anual registou, face a 2015, um aumento de 5.90% nas vias concessionadas e de 6.47% nas vias portajadas, originando um acréscimo de receitas de 7.1%, com destaque no nosso caso para um maior crescimento do tráfego de pesados quando comparado com o de ligeiros. Sendo o terceiro ano consecutivo de crescimento do tráfego na rede, o Tráfego Médio Diário Anual no final do ano situa-se, ainda assim, cerca de 13% abaixo do registado em 2009 nos lanços com portagem, o que expressa bem a profundidade da redução verificada entre 2010 e 2013 e o árduo caminho de contenção que foi então necessário pôr em prática para satisfazer todos os compromissos financeiros da concessionária num contexto de quebra acumulada de tráfego de 30% nesses anos. No último dia útil do ano, a empresa recebeu da Infraestruturas de Portugal (IP) o valor da indemnização atribuída em decisão arbitral de 29 de dezembro de 2015 para reposição do equilíbrio financeiro da concessão em consequência da introdução em 2010 de portagens nas vias até então operadas em regime SCUT. Devido ao atraso de cerca de 10 meses no pagamento dessa indemnização, que de resto justificou a interposição de uma ação de execução da dívida junto ao Tribunal Administrativo de Lisboa entretanto extinta em janeiro de 2017, a empresa foi forçada a suportar com recurso aos fluxos de caixa operacionais e à conta de reserva de investimento os encargos fiscais adicionais relacionados com essa receita extraordinária de 2015, tanto no pagamento do IRC e derramas associadas, como nos pagamentos por conta realizados em Julho e Setembro. Destaca-se com apreço a compreensão que as entidades financiadoras demonstraram nessa situação. Os resultados do ano, em contrapartida, registam um benefício de cerca de setecentos mil euros faturados a título de juros de mora, integralmente pagos pela IP na mesma data.

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RELATÓRIO de GESTÃO

Exercício de 2016

Senhores Acionistas

O relatório de gestão e as contas da empresa relativas ao ano de 2016 refletem com satisfação a

atividade da empresa num ano particularmente favorável, seja pela significativa recuperação do

tráfego nas vias da concessão, pela concretização em 30 de dezembro do recebimento da

indemnização arbitral atribuída nos últimos dias de 2015, ou pela evolução favorável dos indicadores

operacionais.

Em linha com os valores verificados noutras concessões rodoviárias, o Tráfego Médio Diário Anual

registou, face a 2015, um aumento de 5.90% nas vias concessionadas e de 6.47% nas vias

portajadas, originando um acréscimo de receitas de 7.1%, com destaque no nosso caso para um

maior crescimento do tráfego de pesados quando comparado com o de ligeiros.

Sendo o terceiro ano consecutivo de crescimento do tráfego na rede, o Tráfego Médio Diário Anual

no final do ano situa-se, ainda assim, cerca de 13% abaixo do registado em 2009 nos lanços com

portagem, o que expressa bem a profundidade da redução verificada entre 2010 e 2013 e o árduo

caminho de contenção que foi então necessário pôr em prática para satisfazer todos os

compromissos financeiros da concessionária num contexto de quebra acumulada de tráfego de 30%

nesses anos.

No último dia útil do ano, a empresa recebeu da Infraestruturas de Portugal (IP) o valor da

indemnização atribuída em decisão arbitral de 29 de dezembro de 2015 para reposição do equilíbrio

financeiro da concessão em consequência da introdução em 2010 de portagens nas vias até então

operadas em regime SCUT. Devido ao atraso de cerca de 10 meses no pagamento dessa

indemnização, que de resto justificou a interposição de uma ação de execução da dívida junto ao

Tribunal Administrativo de Lisboa entretanto extinta em janeiro de 2017, a empresa foi forçada a

suportar com recurso aos fluxos de caixa operacionais e à conta de reserva de investimento os

encargos fiscais adicionais relacionados com essa receita extraordinária de 2015, tanto no

pagamento do IRC e derramas associadas, como nos pagamentos por conta realizados em Julho e

Setembro. Destaca-se com apreço a compreensão que as entidades financiadoras demonstraram

nessa situação. Os resultados do ano, em contrapartida, registam um benefício de cerca de

setecentos mil euros faturados a título de juros de mora, integralmente pagos pela IP na mesma

data.

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O ano de 2016 fica também assinalado pelo pagamento em 19 de dezembro da última amortização

de capital do empréstimo sénior da banca comercial, que ficou assim totalmente pago de acordo

com o cronograma contratado. Os financiamentos da empresa ao transitar o ano estão agora

concentrados em três bancos, o BEI, com o financiamento sénior inicial da concessão com o último

reembolso previsto em 30/11/2021 e o BPI e a CGD, ambos envolvidos nos financiamentos

subordinados com maturidades até 31/12/2018 e 18/12/2019. A restante banca comercial, apesar

de já ter sido reembolsado o financiamento inicial da concessão, mantém a sua ligação ao projeto

na condição de garante do financiamento do BEI.

No plano operacional, registou-se uma evolução desfavorável dos índices de sinistralidade e a

ocorrência estatística de um ponto negro ao km 69, melhor explicado no capítulo próprio da área de

exploração, que a empresa se encontra a analisar tendo em vista a adoção de medidas de mitigação.

Registou-se, ainda assim, uma redução de sinistralidade no sublanço Loures-Malveira, com o

incremento do atrito do pavimento em locais selecionados, a colocação de chevrons luminosos na

curva sul-norte do km 19 junto ao nó da Malveira e a colocação de sinais limitadores de velocidade

com luzes intermitentes na descida da área de serviço de Loures em direção às portagens de Loures.

Como contributo adicional, e no âmbito do programa nacional SINCRO, a ANSR procedeu à

instalação de um radar fixo de controlo de velocidade na descida da área de serviço para Loures,

que deverá entrar em operação nos primeiros meses de 2017. A análise das principais variáveis

envolvidas na sinistralidade em cada troço e adoção de medidas específicas em cada local,

permitirão, assim acreditamos, a continuada regressão nos índices de sinistralidade, sendo objetivo

da AEA manter-se abaixo da média do sector, como tem ocorrido.

A empresa iniciou em junho a revisão do plano de investimento da concessão, em particular das

necessidades de intervenção na beneficiação de pavimentos apoiando-se no diagnóstico técnico

elaborado pela Consulpav, trabalho que deverá ser concluído no final do primeiro trimestre de 2017.

Em 2016 foi também acelerado o programa de colocação de máquinas manuais de pagamento em

todas as vias não automáticas da concessão ainda por equipar e deu-se início à remodelação das

vias de saída da praça de portagem de Loures, que passará a contar com 3 vias automáticas, com

redução de uma via manual, tendo em vista acomodar o aumento de utilização do canal Via Verde.

Na área dos recursos humanos, a empresa promoveu um programa de incentivos para redução de

efetivos na área das portagens, acolhido por 11 colaboradores, tendo também procedido à

reconversão interna, por concurso, de outros 4 colaboradores dessa área, um para a área de

recursos humanos e três para a área da conservação.

A empresa tem mantido uma participação ativa na APCAP, associação que congrega as

concessionárias das infraestruturas rodoviárias de capital privado, merecendo uma menção os

programas de cobrança de portagens transfronteiriços, em que se está a participar em reuniões entre

as autoridades públicas portuguesa e espanhola,

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Resultados 2016

O exercício de 2016 encerrou-se com um resultado líquido de 2 333 376,87 euros, propondo o

Conselho de Administração que o mesmo seja levado à conta de Resultados Transitados.

Perspetivas para 2017

No ano de 2017 a empresa espera do lado das receitas a continuidade do crescimento no tráfego

médio da concessão, embora a um ritmo mais lento do que o verificado no ano anterior, e o

lançamento de novas medidas destinadas a aumentar a eficácia do controle da cobrança de

portagens. No investimento, contempla-se a realização de uma relevante beneficiação nos

pavimentos dos sublanços Malveira-Enxara-Torres Vedras, para correção da deformação e

irregularidades, a beneficiação da iluminação em diversos nós de ligação, e a substituição de

diversos equipamentos de portagens e de supervisão e controle.

No plano financeiro, antecipa-se que em Maio ocorrerá a primeira amortização da linha subordinada

de financiamento contratada com o BPI e CGD, sujeita aos critérios de distribuição previstos nos

contratos de financiamento, para a qual concorrerá não apenas parte do valor da indemnização

recebida mas também o forte fluxo de caixa resultante do incremento de receitas e da inexistência

de amortizações do financiamento principal da banca comercial, já integralmente reembolsado em

2016.

É assim com otimismo que o Conselho antecipa o decurso do ano de 2017, acreditando que o plano

de ação contribuirá para a satisfação dos seus clientes e para a geração e salvaguarda de valor da

empresa.

Cumpre-nos deixar uma palavra de apreço pelo profissionalismo, empenho e dedicação de todos os

colaboradores, e de agradecimento pela cooperação e apoio prestados pelo Conselho Fiscal,

Revisor Oficial de Contas e demais Entidades que connosco se relacionam.

Finalmente, o nosso reconhecimento aos acionistas pela continuada confiança.

Catefica,23 de fevereiro de 2017

O Conselho de Administração

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Eduardo Galán de Matos Coimbra Presidente

José da Costa Braga Vogal

Manuel de Sousa Pereira Vogal

Valdemar Jorge Martins Mendes Vogal

José E. C. Custódio dos Santos Vogal

Luis Rua Geraldes Vogal

Manuel Garcia de Matos Vogal

Paulo J. O. Pereira Reis Vogal

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A) ÁREA DE EXPLORAÇÃO

Tráfegos e receitas

O Tráfego Médio Diário Anual (TMDA) na rede cresceu +5.90% face a 2015, verificando-se um

crescimento da Circulação (Σ Veículos x Quilómetros x dias de operação) de 6.19%.

2016 2015 ∆ %

2016/2015

A8 (Sul) TMDA 30.265 28.784 5,14%

Circulação 662 x106 628 x106 5.43%

A8 (Centro) TMDA 22.409 21.090 6,25%

Circulação 171 x106 160 x106 6,55%

A8 (Norte) TMDA 10.767 9.920 8,54%

Circulação 194 x106 178 x106 8,84%

A8 (Total) TMDA 21.606 20.392 5,95%

Circulação 1027 x106 966 x106 6,25%

A15 TMDA 4.559 4.342 4,99%

Circulação 67 x106 64 x106 5,28%

Total da Rede TMDA 17.573 16.595 5,90%

Circulação 1.094 x106 1.030 x106 6,19%

O subsistema com maiores crescimentos foi a A8 Norte e o maior crescimento de tráfego homólogo

verificou-se no 3º trimestre (1T16 +6,3%; 2T16 +4,6%; 3T16 +7,8%; 4T16 +7,0%).

O TMDA da rede portajada da concessão em 2016 foi de 14.749 veículos/dia que corresponde uma

subida de +6,47% quando comparado com o valor de 2015. Durante o ano de 2016 a percentagem

de veículos Ligeiros foi de 96,11% e de Pesados 3,89%, verificando-se que o TMDA de veículos

Ligeiros subiu +6,41% e o de veículos Pesados +7,96%.

Em linha com o aumento de tráfego e conjugado com a atualização contratual das taxas de portagem

em 0,21% no dia 1 de Janeiro de 2016, os proveitos de portagem subiram +7,07% quando

comparados com o ano anterior. Em sentido inverso, embora com pouca materialidade, a receita

das áreas de serviço decresceu 17,39 % relativamente a 2015, como consequência das novas

condições ao contrato da área de serviço de Loures na prorrogação para o triénio 2016-2018.

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Receitas (103 €) 2016 2015 2016/2015

Portagens 61.468,6 57.411,4 7,07%

Assistência a clientes 8,3 8,5 -1,49%

Áreas de serviço 1.549,9 1.867,3 -17,39%

Total 63.026,8 59.295,9 6,29%

O meio de pagamento mais utilizado pelos clientes continua destacadamente a ser a Via Verde

(73,1%), mantendo um crescimento contínuo em termos percentuais relativamente aos anos

anteriores (70,1%, 70,8% e 71,7% respetivamente em 2013, 2014 e 2015). No pagamento manual,

que representa 26.8%, continua a verificar-se uma distribuição semelhante entre o pagamento em

numerário e o pagamento com cartão.

Meios de pagamento Valor %

Via Verde 44 928 383,0 73,1%

Via Manual – Numerário 8 297 440,0 13,5%

Via Manual - Multibanco 8 153 830,1 13,3%

Outros 88 954,3 0,1%

Total 61 468 607,4 100,0%

Sinistralidade

A taxa de sinistralidade (Número de sinistros/Circulação) na rede da concessionária registou um

acréscimo de 7.5% quando comparada com o ano anterior, tendo-se registado uma subida do nº de

acidentes em 2016 (362) face a 2015 (317).

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O número de acidentes com vítimas mortais (2) e o número destas (2), manteve-se igual face a 2015.

Foi registado 1 ponto negro na rede, localizado ao km 69 da A8, com um IG (índice de gravidade)

de 118, devido à ocorrência de 5 acidentes, um dos quais com uma vitima mortal. Salienta-se, por

ser relevante neste caso, que de acordo com as informações recolhidas, este último acidente terá

resultado da perda súbita de sentidos do condutor, não estando relacionada por isso com a condição

da infraestrutura.

Jan Feb Mar Apr Mai Jun Jul Aug Sep Oct Nov Dec Anual

2014 959 783 356 313 300 267 271 142 476 348 900 251 419

2015 606 389 248 316 279 180 212 210 214 417 342 427 308

2016 629 530 443 300 295 244 207 185 140 256 566 402 330

APCAP 2015 300 300 300 300 300 300 300 300 300 300 300 300 300

0

200

400

600

800

1 000

1 200TA

XA

Comparação da Taxa de Sinistralidade dos anos 2014, 2015 e 2016

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Anual

2014 172 307 66 138 0 49 119 77 151 120 186 96 118

2015 94 101 74 105 102 56 111 42 96 139 92 184 98

2016 154 133 117 115 98 95 47 68 90 85 138 163 104

APCAP 2015 93 93 93 93 93 93 93 93 93 93 93 93 93

0

50

100

150

200

250

300

350

TAX

A

Comparação da Taxa de Acidentes com danos Corporais 2014, 2015 e 2016

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A taxa de acidentes com danos corporais, acompanhou o agravamento da taxa de sinistralidade,

tendo tido um aumento de 7% face ao ano de 2015.

A empresa irá manter uma avaliação ativa da sinistralidade e tomará sempre que justificado as

medidas complementares de mitigação que contribuam para o aumento da segurança na circulação.

Atividades

Destaca-se a realização durante o ano de 2016 das seguintes atividades:

Elaboração do estudo sobre o modelo de exploração das portagens e sua adaptação ao

médio/longo prazo.

Estudo da rede de CCTV na autoestrada A8 desde o início da concessão até o nó de Torres

Vedras e levantamento de necessidades entre Torres Vedras Norte e Tornada, no âmbito da

política de ampliação da cobertura de incidências na AE.

Participação no desenvolvimento do novo website da AEA nas matérias relacionadas com a

exploração da rede.

Implementação conjunta com a Direção de Recursos Humanos e Administrativos do

programa de Incentivos para a otimização do quadro de pessoal.

Condução do processo de renovação da Certificação do Sistema de Gestão de Qualidade

da AEA, obtida em Fevereiro de 2016.

Definição da nova configuração da Praça de Portagem de Loures tendo em vista a utilização

projetada para os próximos anos.

Formação e integração de 3 colaboradores provenientes do sector das portagens nas

equipas de Conservação/Manutenção.

Atividades previstas para 2017

A Direção de Exploração projeta que se mantenha em 2017 a tendência de crescimento de tráfego

que se observa desde 2014, com a subsequente necessidade de maior vigilância da rede e de

acompanhamento das operações de manutenção corrente.

No capítulo das receitas antecipa-se a introdução de medidas dissuasoras de violações do

pagamento de portagens, tanto na Via Verde como nas vias manuais, e a otimização do

funcionamento do Centro de Operações de Portagem.

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Na infraestrutura, planeia-se uma intervenção da retificação e alargamento da sinalização de

captação nas vias e localidades periféricas. Na área ambiental, prevê-se a adoção de tecnologias

de redução de consumo de energia, designadamente na iluminação pública e uma significativa

redução do consumo de água através da adaptação dos arranjos exteriores das áreas dos edifícios

de portagens.

A Direção promoverá, por fim, um conjunto de medidas na sua área administrativa, destacando-se

a transição do sistema de qualidade para a nova norma ISO 9001:2015, a adaptação ao novo

regulamento europeu de proteção de dados e a revisão dos seus procedimentos internos tendo em

vista estas realidades.

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B) ÁREA TÉCNICA

Conservação e manutenção

Relativamente aos trabalhos de conservação e manutenção há a salientar o seguinte:

Realizaram-se inspeções principais às obras de arte da rede transferida da AEA e foram

iniciadas as inspeções às estruturas de suporte da sinalização vertical (pórticos e

semipórticos), programa a concluir em meados de 2017.

Procedeu-se à campanha anual de auscultação dos pavimentos (deflexões, atrito, textura e

irregularidade longitudinal) em toda a extensão da rede concessionada, incluindo nós de

ligação à rede viária.

Foi realizada uma empreitada de beneficiação do pavimento em vários troços da A8 e da

A15, contemplando o reforço da estrutura do pavimento em zonas pontuais e o tratamento

superficial com micro aglomerado betuminoso, e realizaram-se diversos trabalhos de

selagem de fissuras no pavimento rígido, reparação de pequenas deficiências de carácter

pontual e aumento do atrito através de granalhagem.

Foram executados trabalhos de repintura da sinalização horizontal na A8 Norte e na A15 e

concluiu-se a substituição da sinalização vertical da A8, incluindo a totalidade da sinalização

da A8 Norte.

Procedeu-se à reparação de diversos órgãos de drenagem, à reabilitação e reforço de seis

passagens hidráulicas e à reconstrução/reparação de alguns taludes da auto-estrada, dos

quais se destaca o talude situado ao km 7+300 da A15.

Deu-se continuidade aos trabalhos de monitorização e acompanhamento, com recurso a equipamentos apropriados, dos taludes da autoestrada que apresentaram fenómenos de instabilidade.

Ambiente

Foram concluídos os trabalhos relativos à monitorização ambiental (ar, água e ruído) dos lanços

CRIL/Loures e Loures/Malveira.

Os Mapas Estratégicos de Ruído e Planos de Ação, dos lanços da A8 com mais de 3 000 000 de

passagem, foram enviados à Agencia Portuguesa de Ambiente, para aprovação.

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Perspetivas para 2017

A empresa virá a realizar em 2017 um significativo investimento na correção da deformação e

repavimentação dos pavimentos da A8, entre o Nó da Malveira e o Nó de Torres Vedras Sul, e na

renovação parcial da Sinalização Vertical (sinais de código e painéis laterais) na A15.

Será dada continuidade aos trabalhos de reparação e manutenção de juntas de dilatação, aparelhos

de apoio e guarda corpos das obras de arte e das estruturas metálicas de aço corrugado tipo

”Armco”, prevendo-se também a conclusão das inspeções iniciadas em 2016 às estruturas de

suporte da sinalização vertical (pórticos e semi-pórticos).

Por último, a empresa irá proceder à revisão dos Mapas Estratégicos de Ruído para a A8, onde o

tráfego ultrapassa em geral as 3 milhões de passagens por ano, para cumprimento das obrigações

de caracter ambiental que emanam do Decreto-Lei 146/2006.

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C) SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

Telemática e Equipamentos de Portagem

Na área de Telemática e de equipamentos de portagem, destacam-se as seguintes atividades de

instalação e substituição de equipamentos:

Instalação de seis novas câmaras móveis entre Torres Vedras e o início da concessão

permitindo um aumento de cobertura operacional neste troço da A8 de 52% para 91%.

Instalação de quinze novas câmaras fixas entre Torres Vedras e o início da concessão

possibilitando aumentar a cobertura permanente de 11% para 38%.

Instalação de três máquinas de pagamento manual semiautomático ficando deste modo

todas as vias manuais de saída da concessão equipadas com este método de pagamento.

Substituição de um painel de mensagens variáveis da A8 Norte.

Substituição de cinco contadores de tráfego instalados entre o Bombarral e as Caldas da

Rainha.

Substituição de equipamentos diversos de portagem, como sejam três displays de via

manual, oito displays de via verde, cinco servidores e duas fontes de alimentação

ininterrupta (UPS’s).

Redes e Sistemas

Foram renovados os dois cluster’s de firewall, aumentando o nível de proteção a ameaças externas.

Foi efetuada a renovação dos equipamentos de Storage para aumento do desempenho do sistema

e da capacidade de armazenamento.

Foram migrados para um novo operador de comunicações os circuitos de dados, a rede móvel e a

rede fixa, verificando-se uma redução dos custos na ordem dos 30%.

Foram efetuados ao longo do ano vários testes de disaster recovery às aplicações core da empresa:

Base de Dados Sql, Oracle, Mail e Servidor de Ficheiros.

Aplicações e Base de Dados

Entrou em produção a primeira fase do Projecto XI (Rastreabilidade das transações de Via Verde)

tendo sido efetuado o carregamento de informação dos ficheiros provenientes da Via Verde e dos

sistemas operacionais da AEA.

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Foram instaladas na rede da AEA duas novas versões de software do SGMP (Sistema de Gestão e

Monotorização de Portagens) e realizados os desenvolvimentos necessários nas aplicações SiDE e

AtlanTIS de modo a contemplarem as alterações verificadas ao nível desse software.

Foram efetuadas melhorias no Portal (intranet) da empresa e desenvolvida uma nova funcionalidade

para a gestão de ausências dos colaboradores

Ficou concluído em 2016 o desenvolvimento do novo website da empresa. Esta renovação permitiu

dotar a empresa de um website tecnologicamente atualizado destacando-se a melhoria no grafismo,

na organização da informação e na adaptação a diferentes plataformas (desktop, tablet,

smartphone).

Sistema Gestão da Qualidade

No âmbito do Sistema de Gestão de Qualidade (SGQ) da AEA, assegurou-se a manutenção dos

dashboard´s com os indicadores definidos nos processos da Direção de Exploração (DE) e do SSI

e participou-se nas auditorias internas do sistema de qualidade.

Atividades APCAP

No âmbito das atividades do grupo de trabalho do CP3 da APCAP destaca-se a participação nos

Programas Europeus MedTIS e ArcAtlantic.

Perspetiva para 2017

Para o ano de 2017, os principais objetivos identificados são dar continuidade à renovação de

equipamentos de Portagem e de Telemática iniciada em 2015, aumentar o número de câmaras

instaladas na A8 e na A15, introduzir melhorias no Sistema de Cobrança de Portagens, alterar a

configuração da Praça de Portagem de Loures, implementar novas funcionalidades nas áreas de

Business Intelligence, Gestão documental e Processos e continuar o programa de renovação de

equipamentos de Rede das Portagens.

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D) ANÁLISE ECONÓMICO FINANCEIRA

Os Resultados Líquidos

A Concessionária apresentou, no final do exercício, um resultado líquido positivo de 2 333,4 mil

euros. Este resultado encontra-se fortemente influenciado pelo valor do reforço da provisão

constituída nos termos da IFRIC 12 (em termos líquidos perto dos 11,6 milhões de euros).

A redução verificada relativamente a 2015 (menos 23,6 milhões de euros) deve-se ao proveito

extraordinário de 28,9 milhões de euros relativo à compensação arbitral atribuída pela introdução de

portagens nas ex-SCUT registado naquele exercício, valor que veio a ser recebido no último dia útil

de 2016 acrescido de 700,5 mil euros de juros de mora.

Expurgando o proveito de 2015 relativo à compensação e os juros de mora registados em 2016

relativos a esse mesmo proveito e os movimentos relacionados com o reforço de provisão referido,

verificar-se-ia uma evolução positiva no EBITDA, relativamente a 2015, da ordem dos 2 109,8

milhares de euros, para a qual contribuíram essencialmente:

i) Ao nível dos Proveitos Operacionais

A Prestação de Serviços ascendeu a 63 milhões, valor que representa um aumento da ordem dos

3,7 milhões de euros face a 2015, devido ao crescimento da ordem dos 6,47% do tráfego, e ao

consequente aumento da mesma ordem de grandeza (7,1%) nos respetivos proveitos de portagem

(4.057,2 milhares de euros). Nas Áreas de Serviço verificou-se uma redução de aproximadamente

326 mil euros, dadas as novas condições aplicáveis ao prolongamento da concessão da Área de

Serviço de Loures até 2018.

ii) Ao nível dos Custos Operacionais

No que respeita aos custos operacionais, verifica-se um aumento na ordem dos 5,1 %. Para este

aumento contribuíram essencialmente os custos de assessoria jurídica e financeira decorrentes do

processo de arbitragem movido ao Estado e dos custos de gestão, atualizados de acordo com a

deliberação da Assembleia Geral de 2015.

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iii) Resultados de Exploração

Os movimentos efetuados na conta de Provisões, associadas ao plano de grandes reparações

(IFRIC12), deram origem, em termos líquidos, a um reforço da provisão de, aproximadamente,

11.592 mil euros, considerando o efeito financeiro (1.199 mil euros) e deduzindo as reversões. O

aumento do reforço em cerca de 22,4 milhões de euros e o montante de reversões de 10,8 milhões

de euros, decorrem das alterações introduzidas no plano de investimentos e grandes reparações,

que em 2017 contemplarão, entre outras, a beneficiação dos sublanços compreendidos entre

Malveira e Torres Vedras Sul.

Nas perdas por imparidade assinala-se uma redução em aproximadamente 64,2 mil euros ligada à

diminuição do número de incumprimentos em consequência das alterações mais recentes aos

procedimentos decorrentes da aplicação da Lei 25/2006 e do envolvimento da Autoridade Tributária

nos processos de cobrança. Esta provisão apresenta, no final do exercício, um saldo na ordem dos

1.877 mil euros para o qual também contribuiu, a recuperação de IVA da ordem dos 466 mil euros

de transações já não passíveis de cobrança.

O comportamento destas contas e o nível de proveitos permitiu apurar um Resultado de Exploração

de 15.6 milhões de euros positivos.

iv) Resultados Financeiros

A redução continuada do passivo remunerado (38,7 milhões de euros de redução em 2016) conduziu

a uma melhoria dos resultados financeiros em 1.204,5 mil euros (1,6 milhões de euros não

considerando, nos dois exercícios o efeito financeiro da IFRIC 12) relativamente a 2015.

v) Impostos sobre os Rendimentos do Exercício

A empresa calcula os impostos sobre o rendimento com base nos resultados tributáveis e considera,

naturalmente, a tributação diferida. O montante apurado no exercício, -919 mil euros deve-se, por

um lado, aos movimentos efetuados nos ativos por impostos diferidos no valor de 2.807,8 mil euros

e o valor determinado para o imposto corrente de - 3.726,8 mil euros.

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Evolução dos principais indicadores:

De referir que o montante evidenciado em Outros Proveitos Operacionais diz basicamente respeito

aos valores provenientes, das Áreas de Serviço (1.549,9 mil euros), de multas e recuperação de

créditos vencidos, por exemplo incumprimento de clientes (423,5 mil euros), de indemnizações das

seguradoras pelo custo de reparações à infraestrutura que houve necessidade de efetuar na

sequência de sinistros (cerca de 866,3 mil euros), de indemnizações por danos causados por

terceiros à autoestrada (456,7 mil euros) e os valores recebidos de diversas entidades pela utilização

da infraestrutura da A.E.A., cerca de 67 mil euros, (canal técnico rodoviário da Portugal Telecom e

outras).

(Em milhares de Euros)

Indicadores 2016 2015 Variação

Proveitos Operacionais 65.658,8 90.847,1 -25.188,32

Proveitos de Portagem 61.468,6 57.411,4 4.057,23

Outros Proveitos Operacionais 4.190,2 33.435,8 -29.245,54

Custos Operacionais 18.423,2 17.522,0 901,23

Subcontratos 5.590,9 5.764,1 -173,23

Outros Fornecimentos e Serv. Externos 6.422,1 5.400,6 1.021,54

Gastos Com o Pessoal 6.136,9 6.159,2 -22,33

Outros Custos Operacionais 273,3 198,0 75,26

"Cash-flow" Operacional (EBITDA) 47.235,6 73.325,2 -26.089,55

Margem EBITDA (%) 71,9% 80,7%

Depreciações e Amortizações 21.313,4 21.718,9 -405,44

Perdas Por Imparidade; valor líquido -64,3 102,6 -166,91

IFRIC12 (grandes reparações; valor liquido) 10.393,5 2.355,9 8.037,58

Resultados de Exploração (EBIT) 15.593,0 49.147,8 -33.554,78

Margem EBIT (%) 23,7% 54,1%

Resultados Financeiros (12.340,6) (13.545,0) 1.204,45

Resultados Antes de Impostos 3.252,4 35.602,8 -32.350,34

Impostos do Exercício -919,0 -9.683,9 8.764,86

Resultados Líquidos 2.333,4 25.918,9 -23.585,47

Cobertura do Imobilizado (Unid.) 1,02 0,97 0,05

Autonomia Financeira (Unid.) (a) 0,30 0,26 0,04

(a) Considerando como capital, dada a sua natureza,

os empréstimos dos acionistas

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O Ativo

O ativo Fixo Líquido reduziu-se em 20 660,5 mil euros, em resultado das Amortizações e

Reintegrações do Exercício (21 313,4 mil euros) e de um aumento de 654,1 mil euros no Ativo Bruto.

A evolução do Ativo Fixo Líquido traduz, de forma acentuada, o forte investimento verificado até à

conclusão da totalidade da rede concessionada, em 2002, e a sua natural redução nos anos

subsequentes.

A empresa mantinha em Caixa e Depósitos Bancários o montante de 44 352,2 mil euros em

resultado do recebimento da indemnização do Estado no dia 30 de Dezembro e dos saldos das

contas de reserva previstas nos contratos de financiamento que, a 31.12.2016, apresentavam os

seguintes saldos:

- EIB Debt Service Reserve Account : 9.784.238 Eur - Investment Reserve Account : 14.237.153 Eur

O valor evidenciado em “Estado e Outros Entes Públicos” (1.541,6 mil euros), corresponde ao

montante a receber face aos pagamentos por conta efetuados.

Os 807,6 mil euros registados em “Outras contas a receber”, dizem respeito a débitos diversos a

várias entidades de que se destacam a L.M.N.S. SA (322 mil euros), a Área de Serviço de Torres

Vedras (perto de 200 mil euros), e o saldo decorrente da exploração conjunta (Brisa, Ascendi e EP

- 221 mil euros).

Por fim, uma nota relativa aos Ativos por Impostos Diferidos onde se encontram registados 6.501,8

mil euros decorrentes da provisão para obras (IFRIC 12).

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O Capital Próprio e o Passivo

O resultado positivo apurado no exercício (2.333,4 mil euros) permitiu a melhoria do Capital Próprio

de 23.709,3 mil euros negativos, em 31.12.15, para 21.398,8 mil euros negativos em 31.12.16.

O Passivo ascende, no final do exercício, a 322.964 mil euros, do qual, 286.441,4 mil euros (88,7%)

correspondem a passivo remunerado que teve, no exercício, a seguinte evolução:

De assinalar, relativamente aos empréstimos evidenciados no quadro anterior:

- A Banca Comercial atingiu a sua maturidade em Dezembro de 2016 tendo sido efetuada a

última amortização em simultâneo com a extinção da respetiva conta de reserva de serviço

da dívida.

- o financiamento bancário de curto prazo de 14.769,2 milhares de euros diz respeito ao

empréstimo do BEI

- A maturidade do “Stand-By Facility” verifica-se em Dezembro de 2019, e o seu limite poderá

ir até 46,2 milhões de euros

- A maturidade da Dívida Subordinada Sub-Debt Faciliy vence a 31 de Dezembro de 2018;

Mantem-se a atual estrutura de garantias acionistas – irrevogáveis e incondicionais – constituídos

no âmbito deste empréstimo referido em último lugar.

Nos termos do “Acordo de Subscrição e Realização de Capital e Suprimentos”, durante o exercício,

os suprimentos capitalizaram juros num total de 1.738,4 mil euros.

Dívida RemuneradaEm

31/12/2015

Movimentos

em 2016

Em

31/12/2016

Empréstimo do B.E.I. 96.743,4 (14.748,2) 81.995,2

Empréstimo da Banca Comercial 29.049,1 (29.049,1) 0,0

Dívida Subordinada 47.500,0 - 47.500,0 28 329 28 329

Stand-by Facility 39.677,5 3.640,8 43.318,3

Total da Dívida Bancária 212.970,0 (40.156,5) 172.813,5

Suprimentos 111.580,9 1.738,4 113.319,3

Accionistas 111.580,9 1.738,4 113.319,3

Outros * 601,6 (293,0) 308,6

Total 325.152,4 (38.711,1) 286.441,3

* Relativo a equipamento de portagem adquirido em leasing

(Em Milhares de Euros)

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Dos 4 018 mil euros evidenciados em “Outras contas a pagar”, salientam-se os valores relativos a

Fornecedores de Investimento (1.279 mil euros), a Credores por acréscimos de Gastos (1.534,6 mil

euros) de que se destacam os acréscimos de custos técnicos (Subcontratos e Trabalhos

Especializados – 516,5 mil euros), os montantes a pagar ao Pessoal (684,6 mil euros) que

correspondem a Ordenados e Subsídios de Férias relativos a 2016 a pagar em 2017, e o valor do

encontro de contas resultante da exploração conjunta a pagar à Brisal (512,9 mil euros).

O montante evidenciado em Diferimentos, num total de 3 104 mil euros e repartido entre corrente e

não corrente, diz, essencialmente, respeito às verbas recebidas no âmbito das subconcessões de

todas as áreas de serviço.

O Investimento

O Investimento em instalações e equipamentos efetuado pela empresa em 2016, rondou os 668 mil

euros, destacando-se a substituição de sinalização vertical (148,8 mil euros) e de diversos

equipamentos de apoio à operação (478 mil euros - equipamentos de portagem painéis de

sinalização e outros).

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E) RECURSOS HUMANOS

No final do ano de 2016 o quadro de pessoal de AEA era constituído por 173 colaboradores,

verificando-se um decréscimo de 5% relativamente ao final do ano anterior.

O quadro de pessoal da Área de Portagens passou de 116 colaboradores, em janeiro, para 102, no

final do ano, destacando-se a adesão de 10 colaboradores ao programa de incentivos à revogação

dos contratos de trabalho e a reconversão profissional de 5 colaboradores (1 por transferência para

os quadros da Brisa O&M, área da assistência rodoviária, e 4 por reconversões internas – 3 para a

área da conservação/manutenção e 1 para a área de recursos humanos).

O Acordo Coletivo de Trabalho, subscrito por AEA e GEIRA e pelo Sindicato da Construção, Obras

Públicas e Serviços - SETACCOP, foi objeto de mais um processo de negociação no âmbito da

revisão salarial de 2016, que culminou na assinatura, pelas partes, do texto da revisão do ACT e

posterior depósito e publicação.

Retomaram-se as progressões na carreira, decorrentes da avaliação de desempenho (situação

suspensa durante os anos de 2014 e 2015), tendo este processo envolvido a avaliação de 162

colaboradores e a progressão de 33.

No âmbito dos benefícios sociais, na data da sua renovação (30 junho), AEA alterou o modelo de

financiamento do seguro de saúde do agregado familiar, com a redução do prémio do cônjuges e

primeiro filho, que continuam a ser suportados pelo colaborador, o que permitiu uma melhor

cobertura aos agregados familiares de menor dimensão, que constituem a maioria, suportando a

empresa o custo com o seguro dos 2ºs filhos e seguintes. Realizou-se uma festa de Natal, destinada

especialmente aos filhos dos colaboradores com menos de treze anos, onde se procedeu à habitual

entrega de presentes.

Em 2016 realizaram-se 963 horas de formação profissional com especial enfase na área de

conservação/manutenção, com formação especializada, e na formação nos aplicativos windows,

neste caso na modalidade de e-learning. Referir ainda a participação, com uma equipa de quadros,

no Global Management Challenge (competição internacional de estratégia e gestão promovida pela

SDG - Simuladores e Modelos de Gestão e pelo Jornal Expresso).

Na área da segurança e saúde no trabalho realizaram-se 181 consultas de medicina no trabalho e

79 de clínica geral (medicina curativa), 160 pacotes de análises clínicas e forneceram-se 80 vacinas

contra a gripe. Procedeu-se à avaliação anual dos riscos profissionais em todas as instalações – 26,

e elaborou-se um estudo de iluminação dos locais de trabalho. Ainda neste âmbito, e

correspondendo à sistemática preocupação de AEA com este tema, concretizou-se uma análise

aprofundada das instalações da Estação Elevatória de Cela Velha, que passou por uma exaustiva

auditoria e implicou o reforço do investimento na melhoria das condições de segurança e na

formação especializada às equipas da conservação/manutenção. Realizou-se ainda um inquérito

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global “Questionário no âmbito da Segurança e Saúde no Trabalho – 2016” ao qual responderam 75

colaboradores.

Para 2017, e sem prejuízo de outros objetivos, como a manutenção dos elevados padrões

implementados ao nível da Segurança e Saúde no Trabalho, manter-se-á o foco no continuado

ajustamento do quadro de pessoal das portagens às necessidades reais desse serviço, hoje

distantes das existentes na génese da cobrança de portagens. Prevê-se nesse último campo, a par

com uma revisão mais detalhada do ACT na senda da valorização da contratação coletiva como

forma de regulação e informação, a criação de incentivos para adesão dos colaboradores a novas

formas de organização dos tempos de trabalho.

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Caracterização estatística

Evolução do efetivo

Estrutura etária

2014 2015 2016 2014 2015 2016

Homens 126 125 121 25 – 34 19 6 3

Mulheres 58 57 52 35 – 44 109 111 102

Total em 31 Dez. 184 182 173 45 – 54 46 52 56 + 55 10 13 12

Efetivo médio 185 184 177 Total 184 182 173 Média Etária 42,8 43,8 44,5

Mobilidade Absentismo 2014 2015 2016 2014 2015 2016

Admissões 4 0 2 Tx curta duração 1,8% 1,5% 1,3%

Rescisões 5 2 12 Tx longa duração 2,7% 2,8% 2,5%

Rácio Admissões 2,17 0 1,13 Tx remunerado 0,4% 0,5% 0,5%

Rácio Saídas 2,71 1,09 6,76 Tx não remunerado 4,2% 3,7% 3,2%

Rácio Geral 2,44 0,54 3,95 Tx Geral 4,5% 4,2% 3,7%

O rácio de mobilidade geral (turnover) de 3,66

resulta sobretudo do movimento de saídas de

colaboradores da área de portagens. As

admissões registadas correspondem à

transferência de 1 operador de portagens da

GEIRA para AEA, e à admissão de um

colaborador, em regime de contrato a termo,

para a área de Estatísticas de Tráfego e

Previsões

A queda da taxa de absentismo ficou a dever-

se, sobretudo, à redução das situações de

parentalidade (fenómeno associado ao

aumento da média etária) e do número de

horas de baixa médica. Ainda assim, em 2016,

estas duas situações representaram 72% do

absentismo total.

59%18%

23%

Distribuição por Áreas Funcionais - 2016

CAM Portagens - 102 CAM Outros - 31

2%

59%

32%

7%

Estrutura Etária - 2016

25 - 34 35 - 44 45 - 54 +55

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Acidentes de Trabalho

Pequena redução do número de acidentes em relação ao ano anterior (de 7 para 6 acidentes),

com aumento dos dias perdidos (de 45 para 74 dias de ausência), nomeadamente na área da

conservação/manutenção (um só acidente teve 60 dias de ausência em 2016).

Relações Laborai

0

100

200

300

400

0

5

10

15

2012 2013 2014 2015 2016

Acidentes de Trabalho 2012-2016

N.º Acidentes Dias de Ausência

índice de Duração

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