05_AF@RELCONTAS final 04/08/10 16:45 Page 13

Composite

C M Y CM MY CY CMY K

Exmº. Conselho de Gerênciada CP – Caminhos de Ferro Portugueses

Exmºs. Senhores,

1. O presente relatório é emitido nos termos nº 2 do artº 451º do Código das Sociedades Comerciais.

2. Procedemos à revisão legal dessa Empresa e ao exame das suas contas relativas ao exercício findoem 31 de Dezembro de 2003, de acordo com as Normas e Directrizes Técnicas de Revisão/Auditoria daOrdem dos Revisores Oficiais de Contas e com a profundidade considerada necessária nas circunstâncias.Em consequência do exame efectuado emitimos a respectiva Certificação Legal das Contas com datade 30 de Março de 2004, cujo conteúdo se dá aqui como integralmente reproduzido.

3. De entre outros, executámos os seguintes procedimentos:(a) Acompanhamento da gestão da Empresa, através de contactos periódicos mantidos com o Conselho de Gerência e com outros responsáveis;

(b) Apreciação da adequação das políticas contabilísticas adoptadas pela Empresa e que se encontramdivulgadas no Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados;

(c) Verificação da conformidade das demonstrações financeiras, que compreendem o Balanço, aDemonstração dos resultados por naturezas e funções, a Demonstração dos fluxos de caixa e osrespectivos Anexos, com as normas constantes do Plano Oficial de Contabilidade e Directrizescontabilísticas da Comissão de Normalização Contabilística;

(d) Verificação da conformidade das demonstrações financeiras com os registos contabilísticos quelhes servem de suporte;

(e) Circularização de bancos, análise das respostas obtidas e teste de reconciliações bancáriaspreparadas pela Empresa;

(f) Confirmação directa junto de terceiros dos saldos de contas, responsabilidades e garantias prestadasou obtidas, análise das respostas obtidas e testes de valores evidenciados pela contabilidade;

(g) Análise aos saldos dos clientes e à razoabilidade das provisões constituídas para a cobertura dorisco de incobrabilidade dos mesmos;

(h) Teste à aplicação do método de equivalência patrimonial na mensuração dos InvestimentosFinanceiros;

(i) Análise às contas do imobilizado corpóreo, incorpóreo e em curso e teste ao cálculo das amortizações;

(j) Solicitação directa a advogados e outras entidades de informações sobre litígios ou acções judiciaispendentes;

(k) Análise das situações justificativas da constituição de provisões para redução de activos, parapassivos ou responsabilidades contingentes ou para outros riscos;

(l) Análise e teste dos vários elementos de custos, proveitos, perdas e ganhos registados no exercício,com particular atenção ao seu balanceamento, diferimento e acréscimo;

(m) Verificação da situação fiscal e da adequada contabilização dos impostos;

(n) Análise dos acontecimentos subsequentes ao termo do exercício.

4. Em consequência do trabalho efectuado, e para além dos aspectos referidos na nossa CertificaçãoLegal das Contas datada de 30 de Março de 2004, entendemos dever relatar e/ou recomendar o seguinte:

(a) O Imobilizado corpóreo inclui bens que já foram desafectados em 2003 ou o vão ser em 2004, no montante total líquido de amortizações de 10.218 milhares de euros (montante bruto total de 85.168 milhares de euros), os quais têm, segundo a CP, um valor de mercado de 4.430,5 milhares de euros;

_ relatório anual do revisor oficial de contas

Alves da Cunha, A . Dias & Associados Sociedade de Revisores Oficiais de Contas

05_AF@RELCONTAS final 04/08/10 16:45 Page 14

Composite

C M Y CM MY CY CMY K

C120_C121

(b) A CP tem vindo a auferir uma contrapartida financeira pelo transporte ferroviário de militares e forças militarizadas realizado ao abrigo da Portaria nº 471/78, de 19 de Agosto. No entanto, a falta de dotação orçamental para pagamento destas quantias por parte dos Ministérios que suportam adespesa, com a excepção da relativa à GNR e PSP, torna problemática a sua recuperação pela CP. Por tal motivo, em 2003 já não foram considerados os correspondentes proveitos, tendo sido anuladosainda os estimados em 2002 no montante de cerca de 2.101 milhares de euros. Por contrapartidade custos extraordinários foram constituídas provisões no montante de 6.270 milhares de eurospara cobertura do risco de incobrabilidade da facturação emitida em 2001 e 2002;

(c) Existem valores debitados pela REFER, relativos a utilização de painéis publicitários em 1999, 2000,2001 e 2002, no montante total de 1.592 milhares de euros, dos quais a CP só registou os valoresdebitados em 1999 e 2000 (994 milhares de euros). Em 2003 a REFER não efectuou qualquer débitopor utilização de painéis publicitários. A CP entende que não faz sentido continuar a aceitar taisdébitos enquanto não for concluída a análise que os seus serviços estão a desenvolver para identificaro local de implantação dos referidos painéis, entendendo, por outro lado, ter direito a cobrar umacomissão de gestão pelos mesmos. Deste modo, encontra-se pendente de acordo entre as partesou de decisão de entidade competente a definição da expressão financeira destes activos e passivos,bem como do correspondente impacte e sobre os Resultados Líquidos do Exercício e ResultadosTransitados;

(d) Mantinha-se por ultimar o cadastro de parte das denominadas peças de parque adquiridas emanos anteriores a 1999, no montante bruto total de 10.569 milhares de euros (montante líquido deamortizações de 3.462 milhares de euros), e incluído na conta do Activo Outras imobilizaçõescorpóreas;

Lisboa, 30 de Março de 2004

ALVES DA CUNHA, A. DIAS & ASSOCIADOSSociedade de Revisores Oficiais de ContasRepresentada por Dr. José Luís Areal Alves da Cunha