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Relatório e Contas 2018

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Relatório e Contas

2018

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 2

Montepio Valor, Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, SA Capital Social 1.550.000€ Nº Único de Matricula e de Pessoa Coletiva – 503 809 810 Rua Soeiro Pereira Gomes, Lote1, 7º Piso C/D – 1600-198 Lisboa [email protected] www.montepio.pt

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 3

ORGÃOS SOCIAIS

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Carlos Miguel Lopez Leiria Pinto (Presidente do CA)

Pedro Miguel Moura Líbano Monteiro (Vogal CA e Presidente CE)

Francisco José Gonçalves Simões (Vogal do CA e da CE)

Maria Margarida Carrusca Pontes do Rosário Ribeiro de Andrade (Vogal do CA e da CE)

José António Fonseca Gonçalves (Vogal não executivo*)

João Carlos Carvalho das Neves (Vogal Não Executivo e Independente)

CONSELHO FISCAL

Pedro Miguel Ribeiro de Almeida Fontes Falcão (Presidente)

João Fernando Cotrim de Figueiredo (Vice-Presidente)

Joaquim Henrique de Almeida Pina Lopes (Vogal)

SUPLENTE

António Francisco de Araújo Pontes

REVISOR OFICIAL DE CONTAS

KPMG & ASSOCIADOS – SOCIEDADE DE REVISORES OFICIAIS DE CONTAS, SA

Representada por:

Hugo Jorge Gonçalves Cláudio, ROC (n.º 1597)

SUPLENTE

Fernando Gustavo Duarte Antunes, ROC (nº 1233)

(*). Renunciou dia 22 de Janeiro de 2019

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 4

ÍNDICE

1. RELATÓRIO DE GESTÃO

1.1. SUMÁRIO EXECUTIVO

1.2. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

1.2.1. Macroeconomia

1.2.2. Mercados Financeiros

1.2.3. Mercado Imobiliário

1.2.4. Principais Riscos e Incertezas

1.3. EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE

1.3.1. Enquadramento Geral

1.3.2. Situação Financeira

1.3.3. Iniciativa Comercial

1.3.4. Recursos Humanos e Organização

1.3.5. Sistemas de Informação e Controlo

1.3.6. Sistema de Gestão de Risco e Controlo Interno

1.4. RESULTADO DO EXERCICIO E PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

1.5. NOTA FINAL

2. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

3. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

4. PARECER DO CONSELHO FISCAL

5. CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS

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1. RELATÓRIO DE GESTÃO

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1.1. SUMÁRIO EXECUTIVO

No ano de 2018, verificou-se uma estabilização da atividade da Montepio Valor – Sociedade

Gestora de Fundos de Investimento, S.A. (doravante denominada Montepio Valor), com os

ativos sob gestão a aumentarem 4.6% entre dezembro de 2017 (486.3 M€) e dezembro de 2018 (509.8 M€).

A Montepio Valor registou um aumento das comissões recebidas em cerca de 1.37%

passando de 4.377 m€ em 2017 para o valor de 4.438 m€ em 2018.

Passou a deter uma quota de mercado de 4.79%, que compara com 4.51% em 2017, tendo

atingido um resultado líquido de impostos de 345 m€, o que representa uma variação

homóloga negativa de cerca de 50%, face aos 692 m€ registados no exercício de 2017.

O ano de 2018 contou com uma evolução negativa do sentimento nos mercados financeiros

relacionado com riscos de abrandamento de algumas das principais economias mundiais,

este sentimento foi no entanto, suportado pela manutenção do clima favorável nas relações

entre os EUA e a Coreia do Norte.

A economia da Zona Euro prosseguiu a recuperação ao longo de 2018, registando um

crescimento médio anual do PIB de 1,8%, inferior ao observado no ano anterior (+2,5%),

e num ano marcado pelo registo de crescimentos em cadeia do PIB ligeiramente inferiores

aos observados no passado recente.

Num contexto de acompanhamento do sentimento global, a economia portuguesa tem

continuado em crescimento em 2018, mas refletiu apenas o contributo da procura interna,

observando-se um contributo negativo das exportações líquidas. O processo de

ajustamento orçamental continuou ao longo de 2018, após o agravamento observado em

2017, que resultou, no entanto, essencialmente do impacto da recapitalização da Caixa

Geral de Depósitos (CGD).

Em relação ao mercado imobiliário, o BdP reconhece que, nos trimestres mais recentes,

têm-se registado sinais de sobrevalorização dos preços do imobiliário residencial em termos

agregados em particular nas cidades de Lisboa, Porto e Faro. Esta evolução resulta da forte

dinâmica do turismo e do investimento direto por não residentes, bem como da recuperação

da economia portuguesa.

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1.2. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

1.2.1 Macroeconomia

Economia Mundial

De acordo com as estimativas do FMI de janeiro de 2019, a economia mundial deve ter

crescido 3,7% em 2018, um valor em linha com as projeções de outubro de 2018, com esta

manutenção das estimativas a ocorrer num contexto de um desempenho mais fraco em

algumas economias, especialmente na Europa e na Ásia. Este crescimento estimado para

2018 representa uma desaceleração de 0,1 p.p. em relação ao observado em 2017. Já para

2019 e 2020, o FMI reviu, em baixa, as previsões de crescimento, em 0,2 p.p. e 0,1 p.p.,

para 3,5% e 3,6%, respetivamente, sustentando estas revisões, em baixa, essencialmente,

nos efeitos de, na Alemanha, terem sido introduzidos novos padrões para emissões

poluentes de veículos e de, em Itália, as preocupações quanto aos riscos da dívida soberana

e riscos financeiros, penalizarem a procura interna e na deterioração do sentimento nos

mercados financeiros e da contração da economia da Turquia, que agora antecipa maior

do que o anteriormente previsto.

Zona Euro

A economia da Zona Euro prosseguiu a recuperação ao longo de 2018, tendo, no entanto

(de acordo com os dados ajustados de sazonalidade e de dias úteis pelo Eurostat), registado

um crescimento médio anual do PIB de 1,8%, inferior ao observado no ano anterior

(+2,5%), num ano marcado pelo registo de crescimentos em cadeia do PIB ligeiramente

inferiores aos observados no passado recente, de apenas 0,2% nos dois últimos trimestres

do ano, depois de ter crescido 0,4% nos dois primeiros trimestres do ano. Ao longo do ano

de 2018, o Banco Central Europeu (BCE) manteve uma política monetária expansionista,

não alterando as suas taxas de referência: a taxa de juro das operações principais de

refinanciamento – refi rate – nos 0,00% e as taxas de juro da facilidade permanente de

cedência de liquidez e da facilidade permanente de depósitos em 0,25% e -0,40%

respetivamente, ao mesmo tempo que anunciou, em 26 de outubro de 2017, o terceiro

prolongamento do programa de compra de ativos (asset purchase programme – APP) até,

pelo menos, dezembro de 2018, com o ritmo médio de compras mensais de ativos a manter-

se nos 30 mil milhões de euros até ao final de setembro de 2018 (anterior período de

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vigência), mas a ser reduzido, para 15 mil milhões de euros, entre outubro e dezembro de

2018 (mês em que deu como terminado o programa).

Portugal

Ao nível nacional, após três anos de recessão, a economia portuguesa regressou ao

crescimento em 2014 (+0,9%), tendo nos anos seguintes dado continuidade ao processo

de gradual recuperação, crescendo 1,8% em 2015 e 1,9% em 2016 e acelerando

fortemente no ano de 2017, para 2,8%, mas tendo desacelerado em 2018, com o PIB a

crescer 2,1%, aliviando do maior ritmo de crescimento desde 2000 (+3,8%). O crescimento

da economia em 2018 refletiu apenas o contributo da procura interna, observando-se um

contributo negativo das exportações líquidas. Para 2019, perspetiva-se um novo

crescimento da atividade económica, mas em nova desaceleração, para 1,9%, um valor

abaixo dos 2,2% previstos pelo Governo no OE 2019. O processo de ajustamento

orçamental continuou ao longo de 2018, após o agravamento observado em 2017, que

resultou, no entanto, essencialmente do impacto da recapitalização da Caixa Geral de

Depósitos (CGD). Com efeito, o défice orçamental em 2017 ascendeu a 3,0% do PIB,

representando uma deterioração anual do saldo de 1,0 p.p. (-2,0% em 2016), mas com o

défice a ficar-se pelos 0,92%, se excluído o impacto acima referido, um valor, assim, bem

inferior ao que tinha sido inicialmente estimado pelo Governo no OE 2018 (-1,4%). Para

2018, estimamos uma redução do défice orçamental, para 0,6% do PIB (-3,0% em 2017),

um valor que se apresenta ligeiramente mais favorável do que os 0,7% do PIB previstos

pelo Governo no OE 2019, sendo apenas ligeiramente menos favorável do que o previsto

pelo Conselho de Finanças Públicas (-0,5%, em 20/09/2018), devendo representar o défice

mais baixo de toda a história democrática de Portugal, dado que o anterior défice mais

baixo se verificou, de acordo com séries anuais mais longas, em 1974 (-1,0% do PIB). Ao

nível do mercado laboral, a taxa de desemprego diminuiu de 8,9% em 2017 para 7,0% em

2018, dando continuidade à tendência de redução desde o pico máximo histórico atingido

no início de 2013 (17,5%). A inflação, medida pela variação média anual do índice de preços

no consumidor (IPC), foi de 1,0% em 2018, menos 0,4 p.p. que o apurado para 2017

(+1,4%, depois de +0,6% em 2016), ao passo que a inflação core abrandou para 0,7%

em 2018 (+1,1% em 2017 e +0,7% em 2016).

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1.2.2 Mercados Financeiros

O ano de 2018 contou com uma evolução negativa do sentimento nos mercados financeiros,

devido ao comportamento muito negativo registado no quarto trimestre, nomeadamente

ao nível do mercado acionista, observando-se movimentos maioritariamente negativos nos

principais índices de ações no conjunto do ano. Nos EUA, registaram-se desvalorizações no

Nasdaq, no Dow Jones e no S&P 500 (-3,9%, -5,6% e 6,2%, respetivamente), na Europa,

o britânico FTSE 100 caiu 12,5% e o Eurostoxx 50 cedeu 14,3%, com o português PSI-20

a registar também uma forte queda (-12,2%), sendo também de destacar, na Ásia, as

descidas no japonês Nikkei 225 (-12,1%) e no chinês Shangai Composite (-24,6%). O índice

MSCI para os mercados emergentes recuou (-16,6%). As yields da dívida alemã subiram

ligeiramente no curto prazo (dois anos), mas desceram no longo prazo (10 anos), enquanto,

nos EUA, subiram nos dois casos. Os spreads a 10 anos da dívida dos países periféricos da

Zona Euro face à dívida alemã aumentaram (Portugal foi a exceção) e os spreads do

mercado de crédito corporate (Credit Default Swaps) revelaram comportamentos

igualmente desfavoráveis. As yields da dívida portuguesa a 10 anos desceram de 1,943%,

no final de 2017, para 1,722%, no final de 2018, tendo registado em 30 de março (1,609%)

níveis mínimos desde março de 2015. As taxas Euribor subiram ligeiramente em 2018, mas

mantiveram-se próximas de mínimos históricos, refletindo a política monetária altamente

expansionista seguida pelo BCE até ao final do ano, tendo apresentado valores negativos

ao longo do ano nos três meses (subiu apenas 2 p.b., para -0,309%), nos seis meses (subiu

apenas 3 p.b., para -0,237%) e nos 12 meses (subiu 7 p.b., para -0,117%). As Libor do

dólar também subiram em todos os prazos, como consequência dos aumentos do target

para os fed funds realizados (quatro em 2018) e a realizar pela Fed em 2019. Nas

commodities, assistiu-se a fortes descidas dos índices compósitos, refletindo

essencialmente a queda dos preços do petróleo. O sentimento foi suportado pela

manutenção do clima favorável nas relações entre os EUA e a Coreia do Norte. Todavia, foi

fortemente prejudicado pela materialização dos riscos de abrandamento anteriormente

sinalizados para a segunda metade de 2018, em relação a algumas das principais economias

mundiais, como corolário: i) da guerra comercial global instalada; ii) da penalização das

ações das grandes empresas tecnológicas e da distribuição, que, devido à guerra comercial,

anteciparam resultados menos favoráveis do que no início do ano, arrastando com elas a

generalidade dos setores e dos principais índices mundiais; iii) da turbulência nos mercados

emergentes, com destaque para as crises na Turquia e na Argentina; iv) pelas perspetivas

orçamentais de Itália, que teve um braço de ferro com a Comissão Europeia, com o acordo

a ser conseguido apenas no final do ano, com base numa nova versão do orçamento

apresentado por Roma após vários meses em que o país esteve na mira dos investidores.

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1.2.3 Mercado Imobiliário

A desalavancagem do setor imobiliário, implementada em 2010, no âmbito do acordo com

a Troika (Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia)

criou uma dinâmica negativa entre o incumprimento, a queda nos preços das casas, a

deterioração no preço dos ativos, a maior restritividade nos critérios de concessão de crédito

(e a efetiva redução) e a recessão económica. Deste modo, o setor da construção tem sido

dos mais pressionados, com o VAB do setor a apresentar uma queda apenas marginal em

2015, de 0,03%, depois de, em 2014, ter contraído 8,4%, mas a voltar a agravar o ritmo

de queda em 2016, contraindo 0,5%, fazendo novos níveis mínimos desde, pelo menos,

1995 (e representando menos de metade dos máximos históricos de 2001). Já em 2017, o

VAB do setor regressou aos crescimentos, registando uma forte expansão de 6,3%,

refletindo tanto o carry-over do forte final da atividade do setor no final de 2016, como o

forte arranque observado em 2017, em que o VAB expandiu, em cadeia, 4,4%, com as

quedas observadas nos trimestres seguintes a serem manifestamente insuficientes para

anularem o forte início de ano da construção, a que juntou depois o já referido forte

acréscimo, em cadeia, de 3,2% observado no quarto trimestre de 2017. Já em 2018, o VAB

da construção recuou 2,6% em cadeia no terceiro trimestre, após ter observado acréscimos

de 0,4% no segundo trimestre e de 0,7% no primeiro trimestre, registando níveis mínimos

desde o terceiro trimestre de 2017, aliviando de níveis máximos desde o terceiro trimestre

de 2013, após ter estado, no quarto trimestre de 2014, em níveis mínimos desde, pelo

menos, 1995. De referir que, no terceiro trimestre de 2018 (últimos dados disponíveis), o

VAB da construção estava 53,3% abaixo dos máximos históricos da série trimestral, que

foram observados no quarto trimestre de 2001. De realçar, no entanto, que os últimos

dados sobre os preços e as vendas de casas, referentes igualmente ao terceiro trimestre

de 2018, sugerem que o mercado imobiliário se encontra em fase de recuperação (os preços

das casas exibiram um crescimento homólogo de 8,5% nesse trimestre, ao passo que as

vendas de casas cresceram 18,4%), acompanhando a gradual recuperação a que se vem

assistindo na economia portuguesa desde o primeiro trimestre de 2013.

De referir que, no seu último Relatório de Estabilidade Financeira do Banco de Portugal

(BdP), de dezembro de 2018, foram realçados os riscos de mercado e do setor financeiro

associados aos altos preços do imobiliário. Com efeito, o BdP reconhece que, nos trimestres

mais recentes, têm-se registado sinais de sobrevalorização dos preços do imobiliário

residencial em termos agregados, "ainda que limitados". A nível regional/local observam-

se, porém, situações onde é já mais acentuado este fenómeno, em particular nas cidades

de Lisboa, Porto e Faro. Segundo o BdP, "apesar de esta não ser ainda, de forma

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significativa, a situação agregada do mercado, poderão existir, em determinadas áreas

geográficas e segmentos do mercado, situações de sobrevalorização mais acentuada".

Esta evolução resulta da forte dinâmica do turismo e do investimento direto por não

residentes, bem como da recuperação da economia portuguesa, que contribuiu para a

melhoria da perceção dos investidores nacionais e internacionais. O BdP ressalva, no

entanto, que a dinâmica de aceleração dos preços do imobiliário residencial entre o final de

2013 e o primeiro semestre de 2018 foi partilhada por muitos países da Zona Euro, em

alguns casos acompanhada por um forte crescimento do crédito à habitação. Já em

Portugal, “o crédito concedido pelas instituições bancárias residentes não é o fator primordial para a evolução dos preços no mercado imobiliário residencial", uma vez que se

continua a verificar uma redução do stock de empréstimos à habitação "se bem que a um

ritmo cada vez menos expressivo". O BdP realça também que “a evolução dos preços da habitação em Portugal no período anterior à crise foi muito diferente do observado noutros

países também afetados pela crise financeira, em particular, no caso de Irlanda e de

Espanha", destacando que "o mercado imobiliário residencial nestes países foi caracterizado

por uma forte sobrevalorização no período anterior à crise, seguido de um ajustamento

abrupto, o que não se observou em Portugal". O BdP referiu que a procura por não

residentes continua a impulsionar o mercado imobiliário em Portugal, embora a um ritmo

inferior. Desde 2012 que se tem vindo a assistir a um crescimento do investimento por não

residentes, quer em número de imóveis, quer em montante transacionado. "Esta evolução

não pode ser dissociada da introdução, em 2009, de um regime fiscal mais favorável para

os estrangeiros “não habituais” e da aprovação, em 2012, do regime dos Vistos Gold". A recuperação do mercado imobiliário "é também consequência do dinamismo do turismo,

que potencia a procura de imóveis por investidores, em particular pelo alojamento local".

Além da procura de habitação, a dinâmica dos preços no mercado imobiliário residencial

reflete também os desenvolvimentos da oferta de imóveis deste tipo. Assim, face à dinâmica

do mercado imobiliário residencial, o BdP defende ser “importante promover um ajustamento sustentado da oferta e da procura, que acautele preocupações sociais, de

eficiência na afetação de recursos na economia e de estabilidade financeira". Neste sentido,

o BdP defende que "será relevante que o quadro institucional com impacto no

funcionamento do mercado imobiliário seja otimizado e adquira estabilidade, por exemplo

ao nível do sistema de justiça, fiscal ou das regras do mercado". Tal permitirá maior

segurança no investimento neste tipo de ativo, podendo promover, por esta via, uma maior

oferta de habitação para arrendamento. Segundo o BdP, “um mercado de arrendamento funcional, com um adequado equilíbrio entre os direitos de senhorios e inquilinos, tem o

potencial de promover um alargamento do conjunto de escolhas ao dispor dos agentes

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económicos". Por exemplo ao nível da redução dos custos associados à mobilidade

geográfica, da promoção da recuperação urbana e da criação de uma alternativa de

aplicação de poupança. Neste relatório, o BdP defende também ser importante que, perante

situações de valorização mais acentuada dos imóveis, as instituições de crédito avaliem

adequadamente os riscos que daí decorram quando assumirem exposições relacionadas

com estes ativos.

1.2.4 Principais Riscos e Incertezas

Em janeiro de 2019, o FMI considerou que os riscos para a previsão de crescimento da

economia global tendem a ser negativos, realçando que uma escalada das tensões

comerciais, além das já incorporadas nas últimas previsões da instituição, continua a ser

uma importante fonte de risco. Uma das incertezas e fontes de risco que continua a

ameaçar as perspetivas de crescimento global é o cenário de um eventual não acordo para

a saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit). Para já, o FMI assumiu que existirá um

acordo para este ano com uma transição gradual para o novo enquadramento. Mas o Fundo

nota que se mantém uma elevada incerteza dada a proximidade da saída oficial. A

instituição alerta ainda que um conjunto de fatores, além da escalada das tensões

comerciais entre os EUA e a China, poderia deflagrar numa deterioração adicional do

sentimento de risco, com implicações adversas no crescimento, especialmente devido aos

elevados níveis de dívida pública e privada. O FMI especifica que esses potenciais gatilhos

incluem uma eventual (já referida) saída sem acordo do Reino Unido da União Europeia e

uma desaceleração maior do que a prevista na China. Outros fatores de risco incluem a

agenda política de novos governos, as tensões geopolíticas no Médio Oriente e no Leste

asiático, assim como os riscos de outra natureza, decorrentes dos efeitos adversos das

alterações climáticas e as contínuas quedas de confiança nas instituições e partidos políticos

Para a economia portuguesa, internamente, os principais desafios prendem-se: i) com a

situação ainda débil do sistema bancário; ii) a permanência de alguns riscos políticos,

resultantes dos resultados das próximas legislativas, nomeadamente devido à

heterogeneidade da atual maioria parlamentar que suporta o Governo minoritário, num

contexto em que o país continua comprometido com os objetivos de consolidação das

finanças públicas exigidos por Bruxelas para o médio prazo, políticas que não têm o apoio

dos partidos mais à esquerda que apoiam o atual Governo. Do lado positivo, a recuperação

do mercado de trabalho poderá continuar a superar as expectativas, suportando maiores

crescimentos da procura interna.

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 13

Paralelamente, apesar do processo continuado de desalavancagem do setor privado não

financeiro nos últimos anos, este encontra-se ainda endividado, pelo que o esforço de

diminuição do nível de dívida terá que prosseguir, de modo a permitir que os principais

agentes económicos, famílias e empresas não-financeiras, sejam capazes de continuar a

fazer face ao serviço da dívida. Caso o processo de desalavancagem não prossiga, o risco

de acréscimo do incumprimento de crédito poderá aumentar, com impacto negativo sobre

a qualidade dos ativos dos bancos, em especial num contexto de futura subida das taxas

de juro.

Externamente, a economia continua vulnerável à evolução da procura mundial, que, como

cenário central, deverá continuar a subir, mas que também se encontra envolta em riscos.

Os riscos ascendentes são sobretudo decorrentes: i) do baixo preço do petróleo [o preço

médio de 2019 deverá ser inferior ao de 2018], que deverá continuar a favorecer os termos

de troca; ii) da possibilidade de a economia mundial poder crescer mais do que o

antecipado. Do lado negativo há que destacar: i) a incerteza política na Zona Euro

(nomeadamente, o suporte parlamentar aos governos de Espanha, Alemanha e a recente

instabilidade vinda de França e Itália, nomeadamente decorrente da política orçamental

que o atual Governo, com matriz eurocética e anti-imigração, pretendia implementar); ii) a

possibilidade de um recrudescimento das tensões nos mercados financeiros, tornando o

enquadramento internacional menos favorável do que o considerado nas projeções (os

eventos recentes em Itália e os sinais de contágio observados) e impactando negativamente

nas condições de financiamento da economia portuguesa; iii) uma apreciação demasiado

rápida do euro poderá ser condicionadora da competitividade da economia (risco agora

menos premente do que no início de 2018); iv) os efeitos da redução do caráter

expansionista da política monetária do BCE nas yields da dívida portuguesa; v) o aumento

do protecionismo a nível global; vi) o elevado risco geopolítico: a) incerteza sobre a situação

da Catalunha; b) incerteza do processo Brexit; c) incerteza relativamente à política

económica e comercial que tem vindo a ser levada pelo Presidente dos EUA; d) incerteza

geopolítica no Médio Oriente (v.g. Síria), no Extremo Oriente (v.g. Coreia do Norte, mitigada

pela realização da cimeira de Singapura entre este país e os EUA) e no Leste da Europa

(Rússia/Ucrânia) e nas relações EUA/Rússia, EUA/Turquia e EUA/Arábia Saudita.

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 14

1.3. EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE

1.3.1 Enquadramento Geral

A Montepio Valor geria, a 31 de dezembro de 2018, sete Fundos de Investimento

Imobiliário, sendo três Fundos de Investimento Imobiliário para Arrendamento Habitacional

(FIIAH), quatro Fundos Fechados e um Fundo Aberto.

A evolução dos valores sob gestão, nomeadamente desde a transferência, no segundo

semestre de 2016, da gestão do Fundo Predicaima para outra Entidade gestora, tem-se

mostrado estável nos últimos três anos, sendo de destacar o aumento de 4,8% em termos

homólogos, passando de 486.345.335 €, em dezembro de 2017, para 509.793.887 €, em dezembro de 2018.

Valores Líquidos sob Gestão (M€)

Relativamente à distribuição por categoria de Fundos, 2018 não trouxe alterações

significativas em relação ao fecho de 2017, mantendo-se a predominância dos FIIAH, com

um peso relativo de 46,5% (-2,1 p.p.), seguido do Fundo Aberto Valor Prime, com 42,9%

(+1,5 p.p.) e dos Fundos Fechados, com 10,5% (+0,5 p.p.), como evidencia o gráfico

seguinte.

0

150

300

450

600

750

jan

/1

6fe

v/

16

mar/

16

ab

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16

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16

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16

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17

set/

17

ou

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17

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18

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18

VLG (média 2016) VLG (média 2017) VLG (média 2018) VLG (mensal)

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 15

Valores Líquidos sob Gestão - desagregação por Categoria de Fundos

No final de 2018, a Montepio Valor observava a sexta posição no ranking das sociedades

gestoras de fundos de investimento imobiliários, com uma quota de mercado de 4,8%,

significando uma subida de 0,3 p.p. quando comparada com 2017.

Valores Líquidos sob Gestão por Sociedade Gestora (€)

Sociedade Gestora dez. 2017 dez. 2018 Quota de Mercado

GNB - SGFII 1 378 775 139 1 495 920 240 14,1% Interfundos 1 548 637 866 1 355 760 830 12,7% Norfin 1 238 008 700 1 166 000 041 11,0% Square Asset Management 945 958 008 1 027 681 041 9,7% Fundger 972 148 095 777 523 033 7,3% Montepio Valor 486 345 336 509 793 886 4,8% Santander Asset Management 440 092 947 449 478 391 4,2% Profile - SGFIM 416 552 170 359 587 320 3,4% Imofundos 378 943 631 329 897 223 3,1% Selecta 374 564 236 109 611 359 1,0% Outros 2 523 455 348 3 057 955 942 29,0%

Total 10 703 481 476 10 639 209 306 100%

Fonte: APFIPP

Na decomposição dos valores globais por Fundo, mantêm-se relevantes os pesos relativos

do Fundo Valor Prime e dos FIIAHs, embora o primeiro apresente um crescimento homólogo

significativo não observado no bloco formado pelos últimos.

Os Fundos Portugal Estate Fund, Polaris e Imomarvãs apresentam uma tendência

decrescente em termos homólogos, particularmente pelo efeito dos resultados líquidos do

0%

20%

40%

60%

80%

100%ja

n/

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fev/

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18

Fundos Abertos Fundos Fechados Fundos de Arrendamento

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 16

exercício. Inversamente o Fundo Fundinvest tem evidenciado uma tendência crescente nos

últimos anos, voltando a apresentar uma variação positiva muito significativa em 2018

(+16,8% ; 5,8 M€), pelo efeito combinado dos resultados líquidos positivos e da valorização da sua carteira de imóveis.

Evolução dos Valores Líquidos sob Gestão por Fundo (€)

Fundo dez. 2017 dez. 2018 ∆ Hom. dez. 18/dez. 17

Valor Prime 201 431 297 219 144 053 8,8% Portugal Estate Fund (PEF) 3 623 199 3 382 325 -6,6% Polaris (POL) 3 331 360 3 135 927 -5,9% Imomarvãs 7 021 599 6 830 795 -2,7% FIIAH I 80 684 813 81 954 166 1,6% FIIAH II 70 094 018 69 774 392 -0,5% FIIAH III 85 746 444 85 378 911 -0,4% Fundinvest 34 412 605 40 193 318 16,8%

Total 486 345 335 509 793 886 4,8%

Relativamente ao comissionamento originado pelos Fundos, gerador de proveitos à

Montepio Valor, de notar a manutenção do peso relativo do bloco dos três FIIAHs, com

mais de 53% do total, o qual, em conjunto com o Fundo Valor Prime, com cerca de 42%,

representam mais de 95% do total das comissões recebidas.

Comissões de Gestão por Fundo em 2018

2018 Comissão de Gestão (€)

Peso no Total (%)

Valor Prime 1 858 198 41,9% Portugal Estate Fund (PEF) 30 000 0,7%

Polaris (POL) 30 000 0,7% Imomarvãs 36 000 0,8% FIIAH I 813 678 18,3% FIIAH II 699 541 15,8% FIIAH III 856 677 19,3% Fundinvest 113 447 2,6%

Total 4 437 541 100%

Em 2018, o Fundo aberto (Valor Prime) gerido pela Montepio Valor apresentou um

comportamento muito positivo, reforçando a trajetória verificada no ano de 2017, em clara

convergência com o benchmark de mercado (Índice Fundos Abertos da APFIPP), passando

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 17

a apresentar rendibilidades positivas nos prazos de 1 ano (4,20%), 2 Anos (3,40%) e 3

Anos (0,26%).

Nos fundos fechados, destacar particular para a performance do Fundinvest, a exibir

rendibilidades muito expressivas em todos os prazos, tendo, inclusive, sido distinguido com

o prémio “Melhor Fundo Imobiliário Aberto“, na cerimónia de atribuição dos “Prémios Melhores Fundos – 2018”, uma parceria Jornal de Negócios/APFIPP, reconhecimento que premeia a Montepio Valor, na qualidade de gestora do Fundo.

Rendibilidades Anualizadas dos Fundos e Índices de Mercado

Fundo 1 Ano 2 Anos 3 Anos 5 Anos 10 Anos Fundinvest 16,70% 14,89% 18,93% 14,95% 11,39% Valor Prime 4,20% 3,40% 0,26% -1,65% 0,53% Imomarvãs -4,07% -3,33% -2,88% -16,87% -8,98% Polaris (POL) -5,84% -6,13% -9,46% -15,03% Portugal Estates Fund (PEF) -6,61% -9,08% -12,43% -11,94% -8,27% FIIAH I 1,56% 1,31% -1,12% -1,80% FIIAH II -0,45% -1,24% -2,33% FIIAH III -0,43% -1,43% -3,06%

Índice Imobiliário APFIPP 3,84% 3,20% 0,89% -0,94% -0,59% Índice Fundos Abertos 4,42% 3,63% 1,24% -0,67% 0,09% Índice Fundos Fechados 1,95% 1,87% -0,28% -1,89% -3,04%

Fonte: APFIPP

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 18

1.3.2 Situação Financeira

O total de Proveitos em 2018 ascendeu a 4.663.585 €, representando uma variação

homóloga de 0,3% (+13,6 m€) quando comparado com 2017, sobretudo assente no aumento de 60,4 m€ na base geradora de proveitos (comissões de gestão), a qual foi anulada em parte pelo decréscimo de 43 m€ na rubrica “Outros rendimentos e receitas”.

Decomposição dos Proveitos

Os Custos totais do exercício de 2018 foram de 4.196.304 €, um aumento de cerca de 12% (508 m€) em relação ao ano anterior, maioritariamente justificado pela rubrica “Provisões do exercício”. De realçar, igualmente, a redução ao nível dos “Gastos gerais administrativos” (-156 m€) que mais que compensaram o aumento dos “Custos com o pessoal” (216 m€), como evidencia o quadro seguinte.

Decomposição dos Custos

O Produto Bancário apurado no exercício foi de 4.320.959 €, cerca de 1.7% superior ao do período homólogo, enquanto o resultado antes de impostos e interesses minoritários atingiu

o valor de 467.874 €, inferior ao observado em 2017. A estimativa para os impostos, que incidem sobre os resultados correntes, foi de 228.953 €.

Montante (€) (%) Montante (€) (%) D

Juros e rendimentos similares 20 840 0,4% 17 127 0,4% -21,68%

Rendimentos de Serviços e Comissões 4 377 095 94,1% 4 437 541 95,2% 1,36%

Outros rendimentos e receitas 252 032 5,4% 208 917 4,5% -20,64%

Reposições/Anulações de Provisões - 0,0% - 0,0% -

Total dos Proveitos 4 649 967 100% 4 663 585 100% 0,29%

Rubricas2017 2018

Montante (€) (%) Montante (€) (%) D

Juros e encargos similares - 0,0% - 0,0% 0,00%

Encargos com serviços e comissões 394.793 10,7% 329.281 7,8% -19,90%

Outros encargos de exploração 10.895 0,3% 13.345 0,3% 18,36%

Custos com o pessoal 1.091.610 29,6% 1.307.338 31,2% 16,50%

Gastos gerais administrativos 2.172.566 58,9% 2.016.208 48,0% -7,76%

Amortizações do exercício 18.208 0,5% 34.817 0,8% 47,70%

Perdas Imparidade - 0,0% 8.615 0,2% 100,00%

Provisões do exercício - 0,0% 486.702 11,6% 100,00%

Total dos Custos 3.688.072 100,0% 4.196.304 100% 12,11%

Rubricas2017 2018

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 19

O Resultado Líquido do Exercício foi de 345.004 € em 31 de dezembro de 2018, denotando uma redução em relação ao ano antecedente, em resultado do aumento dos custos totais,

principalmente pelo efeito “Provisões do exercício”, ter sido superior ao aumento do total

dos proveitos.

O gráfico seguinte apresenta a evolução nos últimos três anos terminados em 2018, dos

agregados Proveitos, Custos e Resultado Líquido.

Evolução dos Proveitos, Custos e Resultado Líquido (m€)

O Ativo Líquido reduziu-se 4,6%, cifrando-se em 5.547.308 € no final de 2018, sobretudo justificado pela diminuição da rubrica Outros Ativos em 497m€ e aumento da rubrica Ativos por impostos diferidos em 106 m€, em comparação com o fecho de 2017.

Relativamente ao Passivo, que fechou 2018 com o valor de 1.164.044 €, de referir a redução ao nível dos “Outros passivos” relativamente ao período homólogo e o valor em “Provisões” que resultou num aumento do Passivo em 217.709€.

O Capital Próprio da Montepio Valor em 31 de dezembro de 2018 era de 4.383.264 €, constituído por 1.550.000 € de Capital Social, por 2.488.260 € de Outras Reservas e Resultados Transitados e pelo Resultado do Exercício no valor 345.004 €.

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 20

Evolução do Ativo, Passivo e Capital Próprio (m€)

No que respeita aos Fundos Próprios da Sociedade, calculados de acordo com a Instrução

5/2017 do Banco de Portugal, importa destacar excedem, de forma expressiva, os requisitos

de Fundos Próprios legalmente exigidos, com o diferencial a situar-se, no final do ano de

2018, em 2.855.732 €.

Evolução dos Fundos Próprios e Requisitos de Fundos Próprios (m€)

1.3.3 Iniciativa Comercial

Suportado numa conjuntura de mercado mais favorável que no passado e num circuito de

escrituras mais eficiente, foi possível levar a cabo uma política comercial mais agressiva,

em função da estratégia definida para cada Fundo, o que possibilitou, em 2018, a venda

de 359 imóveis, num total de 44,3 M€ (média de 3,7 M€/mês), maximizando as oportunidades de mercado. O quadro seguinte apresenta a desagregação por Fundo.

0

1 000

2 000

3 000

4 000

5 000

2017

2018

546 828

3 527 3 684 2 981

2 856

Total dos Requisitos de Fundos Próprios Fundos Próprios Diferença

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 21

Respondendo aos objetivos estratégicos de cada Fundo, impôs-se uma significativa

dinâmica mensal, com os terceiros e quarto trimestres de 2018 a revelarem-se

particularmente produtivos. O gráfico seguinte apresenta a evolução mensal, em valores

de escritura. Não obstante o referido, o ano de 2018 apresentou um volume abaixo dos

dois últimos exercícios, ainda que, em termos de número de transações, tivesse

concretizado apenas menos 9 e 32, relativamente aos anos de 2016 e 2017,

respetivamente.

Evolução das vendas mensais – valor de escritura (M€)

Mês FIIAH I FIIAH II FIIAH III PEF POL Valor Prime Total

Jan 1 151 200 € 925 000 € 1 317 630 € - € - € 625 000 € 4 018 830 €

Fev 1 279 900 € 438 500 € 1 034 000 € 237 500 € - € - € 2 989 900 €

Mar 1 541 200 € 781 450 € 2 565 750 € - € - € - € 4 888 400 €

Abr 737 600 € 372 500 € 1 294 780 € - € - € - € 2 404 880 €

Mai 864 500 € 166 300 € 1 319 200 € - € - € - € 2 350 000 €

Jun 390 500 € 281 400 € 655 200 € 215 000 € - € - € 1 542 100 €

Jul 525 100 € 561 600 € 1 116 200 € 107 500 € - € - € 2 310 400 €

Ago 506 800 € 478 000 € 1 353 100 € - € - € - € 2 337 900 €

Set 2 343 625 € 1 422 656 € 4 314 950 € 280 000 € - € - € 8 361 231 €

Out 479 300 € 647 800 € 1 099 900 € - € - € 15 000 € 2 242 000 €

Nov 493 100 € 526 700 € 1 180 600 € - € - € - € 2 200 400 €

Dez 1 433 400 € 648 800 € 1 155 600 € - € 5 377 774 € - € 8 615 574 €

Total 11 746 225 € 7 250 706 € 18 406 910 € 840 000 € 5 377 774 € 640 000 € 44 261 614 €

Vendas de Imóveis - Ano de 2018

61,4

57,644,3

0

25

50

75

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2016 2017 2018

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 22

Relativamente ao vetor de atuação ”Arrendamentos”, o focus centrou-se, essencialmente,

no Valor Prime e Fundinvest, seguindo as linhas de orientação específicas de cada Fundo.

Relativamente ao bloco FIIAHs, as denúncias foram superiores aos novos arrendamentos,

em linha com o plano estratégico definido, de maior relevância ao nível das vendas. Os

gráficos seguintes apresentam a evolução da carteira arrendada, os novos arrendamentos

e denúncias nos dois últimos exercícios.

Evolução da carteira de imóveis Arrendados

Evolução dos novos Arrendamentos mensais

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 23

Evolução das Denúncias mensais

1.3.4. Recursos Humanos e Organização

O quadro da Montepio Valor tem vindo a ser ajustado em função das crescentes exigências,

tendo fechado o ano de 2018 com um total de 32 Colaboradores, sendo de salientar o

reforço de competências de gestão pela integração de um administrador executivo.

Do ponto de vista organizacional, procedeu-se a uma alteração na estrutura orgânica da

Montepio Valor, tendo por objetivo o cumprimento da regulamentação e o reforço do

controlo interno. Foi criada uma Comissão Executiva que tem como objetivo agilizar a

gestão corrente da Sociedade. A Assessoria deu lugar ao Gabinete de Apoio ao Conselho e

foram nomeados, para além do responsável da função de proteção de dados, os

responsáveis das três funções de controlo interno: auditoria, risco e compliance.

O organograma da Montepio Valor sofreu algumas alterações em relação ao ano anterior,

apresentando-se, agora, como representado na figura seguinte.

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 24

Organograma Montepio Valor

1.3.5 Sistemas de Informação e Controlo (SIC)

A atuação dos Sistemas de Informação e Controlo no ano de 2018 voltou a focar-se nos

dois principais vetores do ano anterior, e que importavam consolidar: i) otimização de

processos e ii) melhoria da informação de gestão.

Relativamente ao primeiro vetor, importa salientar a otimização do circuito de preparação

e outorga das escrituras de compra e venda de imóveis, em parceria com entidades internas

e externas ao Grupo Montepio, o que gerou ganhos de eficiência significativos na fase de

outorga das escrituras, libertando recursos para o focus na atividade comercial, bem como

para atividades de maior valor acrescentado.

No que respeita ao segundo vetor, melhoria da informação de gestão, destacam-se os

desenvolvimentos dos reportes à gestão de topo, nomeadamente no que respeita ao

cumprimento das linhas de orientação estratégica, com particular destaque para a

exposição ao setor imobiliário do Grupo, onde a Montepio Valor constitui impacto

significativo, pelos fundos que gere e que integram o perímetro de consolidação.

Função de Auditoria

Conselho de Administração

ComissãoExecutiva

Função de Proteção de

Dados

Função de Gestão de Riscos

Função de Compliance

Gabinete de Apoio ao Conselho

Secretariado

Avaliação de Património

Gestão de Património

Comercial Contabilidade e BackOffice

Sistemas de Informação e

Controlo

Apoio Jurídico e Contratualização

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 25

1.3.6 Sistema de Gestão de Risco e Controlo Interno

No ano de 2018, foi dado particular ênfase a todo o contexto legal e regulamentar sobre

as questões de governo interno, donde se destaca a elaboração e atualização de um

conjunto normativo, e consequentes procedimentos, muito significativo, com vista ao pleno

cumprimento da legislação em vigor, onde se integra a nomeação dos três responsáveis

das funções de controlo interno referida.

De notar, igualmente, que estes desenvolvimentos foram produzidos, de forma transversal,

num contexto de uma imprescindível colaboração das respetivas áreas de suporte da Caixa

Económica Montepio Geral, em ordem a alcançar a desejável melhoria de todo o sistema,

bem como a mitigação dos riscos implícitos.

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 26

1.4. Resultados do Exercício e Proposta de aplicação de

Resultados

O Resultado Líquido do exercício de 2018 foi principalmente influenciado pelo aumento de

13.6m€ dos Proveitos, aumento de 508 m€ de Custos, assim como do valor de Provisões constituídas em 2018 e Impostos Diferidos.

Tendo em consideração as disposições legais e estatutárias em vigor, nomeadamente o

número um do artigo 295º do Código das Sociedades Comerciais e o artigo 97º do Regime

Geral das Instituições de Crédito e das Sociedades Financeiras, o Conselho de

Administração propõe a seguinte aplicação do Resultado Líquido apurado no exercício de

2018, no montante de 345.004 €:

Dividendos: 341.000,00 €

Resultados Transitados: 4.004,00 €.

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 27

1.5. Nota Final

O Conselho de Administração agradece o desempenho alcançado e a dedicação

demonstrada por todos os Colaboradores da Montepio Valor, que foram determinantes para

os resultados alcançados.

Manifesta-se, ainda, o agradecimento pela colaboração das diversas entidades, na esfera

pública e privada, que igualmente contribuíram para o bom desempenho da Sociedade, de

entre as quais se destaca:

O Banco de Portugal e a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, ambos na

qualidade de entidade supervisora.

A Caixa Económica Montepio Geral, Caixa económica bancária, S.A. na qualidade

de entidade comercializadora dos Fundos geridos pela Sociedade.

A Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios

(APFIPP), pela sua atuação em defesa do mercado dos Fundos de Investimento

Imobiliário.

Ao acionista pela confiança e apoio dado ao CA e a cada um dos seus membros

no desenvolvimento da sua atividade.

Aos membros dos órgãos sociais, nomeadamente aos órgãos responsáveis pela

fiscalização.

Aos investidores que tomam a opção de colocação dos seus meios financeiros na

gestão da sociedade.

Lisboa, 25 de março de 2019

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 28

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 29

2. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 30

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Unidade Monetária : Euro

Notas 2018 2017

Juros e rendimentos similares 2 17 126 20 840

Margem financeira 17 126 20 840

Rendimentos de serviços e comissões 3 4 437 541 4 377 095 Encargos com serviços e comissões 3 ( 329 281) ( 394 793)Outros resultados de exploração 4 195 572 241 137

Total de proveitos operacionais 4 320 958 4 244 279

Custos com pessoal 5 1 307 338 1 091 610 Gastos gerais administrativos 6 2 016 208 2 221 136 Amortizações do exercício 7 34 816 22 728

Total de custos operacionais 3 358 362 3 335 474

8 7 986 - 34 -

Outras provisões 9 486 702 -

Resultado operacional 467 874 908 805

ImpostosImpostos correntes 16 228 953 214 542 Impostos diferidos 16 ( 106 083) 2 094

Resultado líquido do exercício 345 004 692 169

CONTABILISTA CERTIFICADO O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

MONTEPIO VALOR - SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO, S.A.

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018

Imparidade do créditoImparidade de outros ativos

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 31

Unidade Monetária : Euro

2018 2017

Desvios actuariais do exercício (145 393) (56 269)

(145 393) (56 269)

Resultado líquido do exercício 345 004 692 169

Total de rendimento integral do exercício 199 611 635 900

CONTABILISTA CERTIFICADO O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Items que não irão ser reclassificados para a demonstração dos resultados

Montepio Valor - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A.

Demonstração Individual do Rendimento IntegralPARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 32

BALANÇO

Unidade Monetária : Euro

Notas 2018 2017

Activo

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 10 13 42 Disponibilidades em outras instituições de crédito 11 895 320 4 614 664 Aplicações em instituições de crédito 12 3 857 794 - Outros activos tangíveis 13 194 780 202 565 Activos intangíveis 14 4 822 10 520

15 36 746 36 746 Activos por impostos diferidos 16 110 237 4 154 Outros activos 17 447 596 944 902

Total do Activo 5 547 308 5 813 593

Passivo

Provisões 18 486 702 - Passivos por impostos correntes 16 228 953 214 542 Outros passivos 19 448 389 717 382

Total do Passivo 1 164 044 931 924

Capital Próprio

Capital 20 1 550 000 1 550 000 Outras reservas e resultados transitados 21 2 488 260 2 639 500 Resultado líquido do exercício 345 004 692 169

Total dos Capitais Próprios 4 383 264 4 881 669

5 547 308 5 813 593

CONTABILISTA CERTIFICADO O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

MONTEPIO VALOR - SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO, S.A.

PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018

Investimentos em filiais, associadas e

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 33

Montepio Valor - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A.

DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIOPARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018

Unidade Monetária : EuroTotal dos Capitais Próprios

Capital Reserva legalOutras

ReservasResultados Acumulados

Saldos em 1 de Janeiro de 2017 5 154 069 1 550 000 1 550 000 763 501 1 290 568

Outros movimentos registados directamente na situação líquida:

Desvios actuariais do exercício (nota 23) ( 56 269) - - - ( 56 269)

Resultado do exercício 692 169 - - - 692 169

Total do rendimento integral do exercício

635 900 - - - 635 900

Distribuição de resultados (nota 22) ( 908 300) - - - ( 908 300)

Saldos em 31 de Dezembro de 2017 4 881 668 1 550 000 1 550 000 763 501 1 018 167

Ajustamento IFRS 9 ( 329) - - - ( 329)

Saldos em 1 de Janeiro de 2018 4 881 339 1 550 000 1 550 000 763 501 1 017 838

Outros movimentos registados directamente na situação líquida:

Desvios actuariais do exercício (nota 23) ( 145 393) - - - ( 145 393)

Resultado do exercício 345 004 - - - 345 004

Total do rendimento integral do exercício

199 611 - - - 199 611

Distribuição de resultados (nota 22) ( 691 300) - - - ( 691 300)

Outros Ajustamentos ( 6 386) - - - ( 6 386)

Saldos em 31 de Dezembro de 2018 4 383 264 1 550 000 1 550 000 763 501 519 763

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 34

Unidade Monetária : Euro

2018 2017

Fluxos de caixa de actividades operacionais

Juros recebidos 1 346 38 698 Despesas com pessoal e fornecedores (3 459 402) (3 358 684)Outros pagamentos e recebimentos 43 463 193 770 Pagamento de impostos sobre o rendimento ( 214 542) ( 115 495)

(3 629 135) (3 241 711)(Aumentos) / diminuições de activos operacionais

Comissões 4 451 062 4 000 477 Outros activos - -

4 451 062 4 000 477

(Aumentos) / diminuições de passivos operacionaisRecursos para com instituições de crédito - 5 900 000

- 5 900 000

4 451 062 9 900 477 Fluxos de caixa de actividades de investimento

Investimentos financeiros (3 850 000) (1 500 000)

(3 850 000) (1 500 000)

Fluxos de caixa de actividades de financiamento

Distribuição de resultados ( 691 300) ( 908 300)

( 691 300) ( 908 300)

Variação líquida em caixa e equivalentes 130 627 5 750 466

Caixa e equivalentes no início do exercício 4 614 706 364 240

Variação líquida em caixa e equivalentes 130 627 5 750 466

Caixa (nota 10) 13 42

Disponibilidades em outras instituições de crédito (nota 11) 895 320 4 614 664

Caixa e equivalentes no fim do exercício 895 333 4 614 706

CONTABILISTA CERTIFICADO O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXAPARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018

Montepio Valor - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A.

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 35

3. ANEXOS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 36

ANEXOS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

1 Políticas contabilísticas

a) Bases de apresentação

A Montepio Valor - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A. (adiante designada

por “Montepio Valor” ou “Sociedade”) foi constituída em 20 de Janeiro de 1997, com um capital social de Euros 374.098,42, tendo iniciado a sua atividade em 29 de Janeiro do

mesmo ano e a Administração de fundos de investimento mobiliário em meados de Abril de

1997, com a designação de Finivalor - Sociedade Gestora de Fundos Mobiliários, S.A.

Por escritura pública realizada em 18 de Novembro de 1998, procedeu ao reforço do capital

social de Euros 374.098,42 para Euros 448.918,11.

No dia 28 de Setembro de 2001, por força da redenominação e renominalização das ações

que constituíam o capital social, procedeu ao aumento do capital por incorporação de

Reservas livres, no montante de Euros 1.081,89 passando o mesmo a ser de Euros 450.000.

No dia 29 de Setembro de 2004 foi outorgada a escritura pública de fusão, por incorporação,

da Finimus – Sociedade Gestora de Fundos Imobiliários, S.A. e da Finipatrimónio –

Sociedade Gestora de Patrimónios, S.A. na Finivalor. A fusão produziu efeitos jurídicos na

data da escritura e efeitos contabilísticos e fiscais reportados a 1 de Janeiro de 2004,

inclusive. Em consequência da fusão, a Finivalor assumiu a posição contratual das

sociedades incorporadas em todos os contratos e relações jurídicas geradoras de direitos e

obrigações, garantias reais ou especiais, resultantes ou não do exercício da atividade

prosseguida pelas sociedades incorporadas. Os elementos do ativo e do passivo das

sociedades incorporadas foram transferidos para a Finivalor pelos mesmos valores

contabilísticos pelos quais se encontravam registados naquelas sociedades. O capital foi

aumentado em Euros 1.550.000. O objeto social foi alterado, passando a ser “ a gestão de

um ou mais organismos de investimento coletivo, incluindo fundos de investimento

mobiliário e imobiliário, nos termos que a lei permite, assim como a gestão discricionária e

individualizada de carteiras por conta de outrem, com base em mandato conferido pelos

investidores e ainda a consultoria para investimento. A sociedade pode, igualmente exercer

outras atividades que sejam permitidas por lei ou venham a ser legalmente consentidas.”

A 14 de Outubro de 2010 concretizou-se a OPA do Finibanco Holding, SGPS pela Associação

Mutualista Montepio Geral. Nessas circunstâncias, a Finivalor passou a fazer parte do Grupo

Montepio.

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 37

Na sequência da aquisição da Finivalor pelo Grupo Montepio, entenderam os Conselhos de

Administração da Montepio Gestão de ativos – Sociedade Gestora de Fundos de

Investimento, S.A., em 28 de Novembro de 2011 e da Finivalor – Sociedade Gestora de

Fundos Mobiliários, S.A., em sintonia com a estratégia do Grupo nesta matéria, que faria

sentido manter a gestão dos fundos mobiliários numa única entidade.

Assim, quer através da mudança da sociedade gestora, quer através da fusão por

incorporação, os fundos mobiliários anteriormente geridos pela Finivalor, passaram para a

órbita da Montepio Gestão de ativos – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A.,

ficando os fundos imobiliários a cargo da Finivalor.

Na sequência desta mudança, em 16 de Abril de 2012, o nome da sociedade foi alterado

de Finivalor – Sociedade Gestora de Fundos Mobiliários, S.A. para Finivalor – Sociedade

Gestora de Fundos de Investimento, S.A..

Nesta mesma data, o objeto social da Finivalor foi alterado, passando a ser a “Administração dos participantes, de um ou mais fundos de investimento imobiliário, podendo também

prestar serviços de consultadoria para investimento imobiliário, incluindo a realização de

estudos e análises relativos ao mercado imobiliário e proceder à gestão individual de

patrimónios imobiliários, em conformidade com as disposições legais e regulamentares

aplicáveis. A sociedade pode, igualmente exercer outras atividades que sejam permitidas

por lei ou venham a ser legalmente consentidas”.

Ainda nesta data, a Finivalor alterou a sua sede social, passando a mesma a ser na Rua de

Santa Justa, 109 – 4º 1100-484 Lisboa.

A 26 de Setembro de 2013 foram criados dois fundos fechados com a designação, Fundo

de Investimento Imobiliário Montepio Arrendamento Habitacional II e Fundo de

Investimento Imobiliário Montepio Arrendamento Habitacional III.

Em Dezembro foi efetuado o aumento de capital no Fundo de Investimento Montepio

Arrendamento Habitacional I.

Em Janeiro de 2014, a Finivalor alterou a sua designação para Montepio Valor – Sociedade

Gestora de Fundos de Investimento, S.A. Ainda nesta data, a Montepio Valor alterou a sua

sede social, passando a mesma a ser na Avenida de Berna nº 10 – 1º 1050-040 Lisboa. De

referir que a 3 de Setembro de 2013, o Finibanco Holding S.G.P.S., S.A. alterou a sua

designação para Montepio Holding, S.G.P.S., S.A.

A Sociedade é detida de forma direta pelo Montepio Holding, S.G.P.S., S.A. e indireta pela

Caixa Económica Montepio Geral, Caixa económica bancária, S.A, sendo consolidada por

esta última pelo método integral.

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 38

A totalidade das ações representativas do capital social, 310.000, com um valor nominal de

5 euros cada, são detidas na totalidade pela Montepio Holding, S.G.P.S., S.A., acionista

única.

Em 31 de dezembro de 2018 os fundos imobiliários geridos pela Montepio Valor são os

seguintes:

Fundos abertos Data de constituição

Valor Prime (Finipredial) 14 de Abril de 1997

Fundos fechados

Imomarvãs 12 de Dezembro de 2006

Portugal Estates Fund 3 de Outubro de 2007

Polaris 22 de Dezembro de 2009

Montepio Arrendamento I 15 de Junho de 2011

Montepio Arrendamento II 26 de Setembro de 2013

Montepio Arrendamento III 26 de Setembro de 2013

Fundinvest 21 de Maio de 2004

No âmbito do disposto no Regulamento (“CE”) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho de 2002 e do Aviso do Banco de Portugal n.º 5/2015, de 7 de

Dezembro, as demonstrações financeiras da Sociedade são preparadas de acordo com as

Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”) conforme aprovadas pela União Europeia (“UE”) a partir do exercício de 2017. As IFRS incluem as normas emitidas pela

International Reporting Interpretations Committee (“IFRIC”) e pelos respetivos órgãos

antecessores.

As demonstrações financeiras agora apresentadas foram aprovadas pelo Conselho de

Administração da Sociedade em 26 e março 2019. As demonstrações financeiras são

apresentadas em Euros arredondados ao Euro mais próximo.

Todas as referências deste documento a quaisquer normativos reportam sempre à respetiva

versão vigente.

As demonstrações financeiras da Sociedade para o exercício findo em 31 de dezembro de

2018 foram preparadas em conformidade com as IFRS aprovadas pela UE e em vigor nessa

data.

A Sociedade adotou as IFRS e interpretações de aplicação obrigatória para os exercícios

que se iniciaram em ou após 1 de janeiro de 2017, conforme descrito na nota 26.

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 39

As políticas contabilísticas apresentadas nesta nota foram aplicadas de forma consistente

com as utilizadas na preparação das demonstrações financeiras do exercício anterior, com

exceção das alterações decorrentes da adoção da IFRS 9 - Instrumentos financeiros e IFRS

15 – Rédito de contratos com clientes. A IFRS 9 vem substituir a IAS 39 Instrumentos

Financeiros - Reconhecimento e Mensuração e estabelece novas regras para a

contabilização dos instrumentos financeiros apresentando significativas alterações

sobretudo no que respeita aos requisitos de imparidade. Os requisitos apresentados pela

IFRS 9 são, na generalidade, aplicados retrospetivamente através do ajustamento do

balanço de abertura à data da aplicação inicial.

A Sociedade usufruiu da exceção que permite a não reexpressão da informação comparativa

de períodos anteriores no que respeita a alterações de classificação e mensuração (incluindo

imparidade). As diferenças nos valores de balanço de ativos e passivos financeiros

resultantes da adoção da IFRS 9 foram reconhecidos em Resultados Transitados, a 1 de

janeiro de 2018.

As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com o princípio do custo

histórico, modificado pela aplicação do justo valor para os instrumentos financeiros

derivados, ativos financeiros e passivos financeiros reconhecidos ao justo valor através de

resultados e ativos financeiros disponíveis para venda, exceto aqueles para os quais o justo

valor não está disponível. Os ativos financeiros e passivos financeiros que se encontram

cobertos no âmbito da contabilidade de cobertura são apresentados ao justo valor

relativamente ao risco coberto.

A preparação das demonstrações financeiras de acordo com as IFRS requer que o Conselho

de Administração formule julgamentos, estimativas e pressupostos que afetam a aplicação

das políticas contabilísticas e o valor dos ativos, passivos, proveitos e custos. As estimativas

e pressupostos associados são baseados na experiência histórica e noutros fatores

considerados razoáveis de acordo com as circunstâncias e formam a base para os

julgamentos sobre os valores dos ativos e passivos cuja valorização não é evidente através

de outras fontes. Os resultados reais podem diferir das estimativas. As questões que

requerem um maior índice de julgamento ou complexidade ou para as quais os

pressupostos e estimativas são considerados significativos são apresentados na política

contabilística descrita na nota 1 m).

b) Desreconhecimento

A Montepio Valor desreconhece ativos financeiros quando expiram todos os direitos aos

fluxos de caixa futuros. Numa transferência de ativos, o desreconhecimento apenas pode

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 40

ocorrer quando substancialmente todos os riscos e benefícios dos ativos financeiros foram

transferidos ou a Sociedade não mantém controlo dos mesmos.

A Sociedade procede ao desreconhecimento de passivos financeiros quando estes são

cancelados ou extintos.

c) Investimentos em associadas

Os investimentos em associadas são contabilizados nas demonstrações financeiras da

Sociedade ao seu custo histórico deduzido de quaisquer perdas por imparidade.

As empresas associadas são entidades nas quais a Montepio Valor tem influência

significativa mas não exerce controlo sobre a sua política financeira e operacional. Presume-

se que a Montepio Valor exerce influência significativa quando detém o poder de exercer

mais de 20% dos direitos de voto da associada. Caso a Montepio Valor detenha, direta ou

indiretamente, menos de 20% dos direitos de voto, presume-se que a Montepio Valor não

possui influência significativa, exceto quando essa influência possa ser claramente

demonstrada.

Imparidade

O valor recuperável dos investimentos em associadas é avaliado anualmente,

independentemente da existência de indicadores de imparidade. As perdas de imparidade

são apuradas tendo por base a diferença entre o valor recuperável dos investimentos em

associadas e o seu valor contabilístico. As perdas por imparidade identificadas são

registadas por contrapartida de resultados, sendo subsequentemente revertidas por

resultados caso se verifique uma redução do montante da perda estimada, num período

posterior. O valor recuperável é determinado com base no maior entre o valor em uso dos

ativos e o justo valor deduzido dos custos de venda, sendo calculado com recurso a

metodologias de avaliação, suportadas em técnicas de fluxos de caixa descontados,

considerando as condições de mercado, o valor temporal e os riscos de negócio.

d) Locação financeira

De acordo coma a IAS 17, as locações são classificadas como financeiras sempre que os

seus termos transferem substancialmente todos os riscos e recompensas associados à

propriedade do bem para o locatário. As restantes locações são classificadas como

operacionais. A classificação das locações é feita em função da substância e não da forma

do contrato.

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 41

Na ótica do locatário, a Sociedade detém diversos contratos de locação operacional de

viaturas. Os pagamentos efetuados no âmbito desses contratos de locação são

reconhecidos na rubrica Rendas e alugueres, no decurso da vida útil do contrato, não se

evidenciando no seu balanço, nem o ativo nem a sua responsabilidade associada ao

contrato celebrado.

e) Reconhecimento de juros

Os resultados referentes a juros de instrumentos financeiros ativos e passivos mensurados

ao custo amortizado são reconhecidos nas rubricas de juros e rendimentos similares ou

juros e encargos similares (margem financeira), pelo método da taxa de juro efetiva. Os

juros à taxa efetiva de ativos financeiros disponíveis para venda também são reconhecidos

em margem financeira assim como dos ativos e passivos financeiros ao justo valor através

de resultados.

A taxa de juro efetiva corresponde à taxa que desconta os pagamentos ou recebimentos

futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro (ou, quando

apropriado, por um período mais curto) para o valor líquido atual de balanço do ativo ou

passivo financeiro.

Para a determinação da taxa de juro efetiva, a CEMG procede à estimativa dos fluxos de

caixa futuros considerando todos os termos contratuais do instrumento financeiro (por

exemplo opções de pagamento antecipado), não considerando eventuais perdas por

imparidade. O cálculo inclui as comissões pagas ou recebidas consideradas como parte

integrante da taxa de juro efetiva, custos de transação e todos os prémios ou descontos

diretamente relacionados com a transação, exceto para ativos e passivos financeiros ao

justo valor através de resultados.

No caso de ativos financeiros ou grupos de ativos financeiros semelhantes para os quais

foram reconhecidas perdas por imparidade, os juros registados em resultados são

determinados com base na taxa de juro utilizada para desconto de fluxos de caixa futuros

na mensuração da perda por imparidade.

Especificamente no que diz respeito à política de registo dos juros de crédito vencido são

considerados os seguintes aspetos:

- os juros de créditos vencidos com garantias reais até que seja atingido o limite de

cobertura prudentemente avaliado são registados por contrapartida de resultados de

acordo com a IAS 18 no pressuposto de que existe uma razoável probabilidade da sua

recuperação; e

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 42

- os juros já reconhecidos e não pagos relativos a crédito vencido há mais de 90 dias que

não estejam cobertos por garantia real são anulados, sendo os mesmos apenas

reconhecidos quando recebidos por se considerar, no âmbito da IAS 18, que a sua

recuperação é remota.

f) Reconhecimento de proveitos resultantes de serviços e comissões

Os proveitos resultantes de serviços e comissões são reconhecidos de acordo com os

seguintes critérios:

- quando são obtidos à medida que os serviços são prestados, o seu reconhecimento em

resultados é efetuado no período a que respeitam; ou

- quando resultam de uma prestação de serviços, o seu reconhecimento é efetuado quando

o referido serviço está concluído; e

- quando são uma parte integrante da taxa de juro efetiva de um instrumento financeiro,

os proveitos resultantes de serviços e comissões são registados em margem financeira.

g) Outros ativos tangíveis

Os outros ativos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das

respetivas amortizações acumuladas e perdas por imparidade. Os custos subsequentes são

reconhecidos como um ativo separado apenas se for provável que deles resultarão

benefícios económicos futuros para a Montepio Valor. As despesas com manutenção e

reparação são reconhecidas como custo à medida que são incorridas de acordo com o

princípio da especialização dos exercícios.

As amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes, de acordo com os

seguintes períodos de vida útil esperada:

Número de anos Máquinas, aparelhos e ferramentas 5 a 8 Mobiliário e material 4 a 10 Equipamento informático 3 Outro equipamento 8

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 43

Sempre que exista uma indicação de que um ativo fixo tangível possa ter imparidade, é

efetuada uma estimativa do seu valor recuperável, devendo ser reconhecida uma perda por

imparidade sempre que o valor líquido desse ativo exceda o valor recuperável.

O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o seu justo valor deduzido

dos custos de venda e o seu valor de uso, sendo este calculado com base no valor atual

dos fluxos de caixa estimados futuros que se espera vir a obter com o uso continuado do

ativo e da sua alienação no final da vida útil.

As perdas por imparidade de ativos fixos tangíveis são reconhecidas em resultados do

exercício.

h) Ativos intangíveis

Software

A Montepio Valor regista em ativos intangíveis os custos associados ao software adquirido

a entidades terceiras e procede à sua amortização linear pelo período de vida útil estimado

entre 3 e 6 anos. A Sociedade não capitaliza custos gerados internamente relativos ao

desenvolvimento de software.

i) Caixa e equivalentes de caixa

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam os

valores registados no balanço com maturidade inferior a três meses a partir da data da

contratação, onde se incluem a caixa e as disponibilidades em outras instituições de crédito.

A caixa e equivalentes de caixa excluem os depósitos de natureza obrigatória realizados

junto de Bancos Centrais.

j) Benefícios dos empregados

Plano de benefícios definido

Decorrente da assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho (‘ACT’) e subsequentes alterações, a Montepio Valor constituiu um fundo de pensões tendo em vista assegurar a

cobertura das responsabilidades assumidas para com pensões de reforma por velhice,

invalidez, sobrevivência, benefícios de saúde e subsídio de morte.

A partir de 1 de Janeiro de 2011, os empregados bancários foram integrados no Regime

Geral da Segurança Social, que passou a assegurar a proteção dos colaboradores nas

eventualidades de maternidade, paternidade, adoção e ainda de velhice, permanecendo

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 44

sob a responsabilidade dos bancos a proteção na doença, invalidez, sobrevivência e morte

(Decreto-Lei n.º 1-A/2011, de 3 de Janeiro).

A taxa contributiva é de 26,6% cabendo 23,6% à entidade empregadora e 3% aos

trabalhadores, em substituição da Caixa de Abono de Família dos Empregados Bancários

(CAFEB) que foi extinta por aquele mesmo diploma. Em consequência desta alteração o

direito à pensão dos empregados no ativo passou a ser coberto nos termos definidos pelo

Regime Geral da Segurança Social, tendo em conta o tempo de serviço prestado desde 1

de Janeiro de 2011 até à idade da reforma, passando os bancos a suportar o diferencial

necessário para a pensão garantida nos termos do Acordo Coletivo de Trabalho.

Na sequência da aprovação pelo Governo do Decreto-Lei n.º 127/2011, que veio a ser

publicado em 31 de Dezembro, foi estabelecido um Acordo Tripartido entre o Governo, a

Associação Portuguesa de Bancos e os Sindicatos dos trabalhadores bancários sobre a

transferência para a esfera da Segurança Social, das responsabilidades das pensões em

pagamento dos reformados e pensionistas a 31 de Dezembro de 2011.

Este decreto estabeleceu que as responsabilidades a transferir correspondiam às pensões

em pagamento em 31 de Dezembro de 2011, a valores constantes (taxa de atualização

0%) na componente prevista no Instrumento de Regulação Coletiva de Trabalho (“IRCT”) dos reformados e pensionistas. As responsabilidades relativas às atualizações das pensões,

a benefícios complementares, às contribuições para os SAMS sobre as pensões de reforma

e sobrevivência, ao subsídio de morte e à pensão de sobrevivência diferida continuaram a

cargo das Instituições.

O cálculo atuarial é efetuado com base no método de crédito da unidade projetada e

utilizando pressupostos atuariais e financeiros de acordo com os parâmetros exigidos pela

IAS 19.

As responsabilidades da Sociedade com pensões de reforma são calculadas anualmente,

em 31 de Dezembro de cada ano.

A cobertura das responsabilidades é assegurada através de um fundo de pensões geridos

pela Futuro – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A.

A responsabilidade líquida da Sociedade relativa ao plano de pensões de benefício definido

e outros benefícios é calculada separadamente para cada plano através da estimativa do

valor de benefícios futuros que cada colaborador deve receber em troca pelo seu serviço

no período corrente e em períodos passados. O benefício é descontado de forma a

determinar o seu valor atual, sendo aplicada a taxa de desconto correspondente à taxa de

obrigações de alta qualidade de sociedades com maturidade semelhante à data do termo

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 45

das obrigações do plano. A responsabilidade líquida é determinada após a dedução do justo

valor dos ativos do Fundo de Pensões.

O proveito/custo de juros com o plano de pensões é calculado pela Sociedade multiplicando

o ativo/responsabilidade líquido com pensões de reforma (responsabilidades deduzidas do

justo valor dos ativos do fundo) pela taxa de desconto utilizada para efeitos da

determinação das responsabilidades com pensões de reforma e atrás referida. Nessa base,

o proveito/custo líquido de juros inclui o custo dos juros associado às responsabilidades

com pensões de reforma e o rendimento esperado dos ativos do fundo, ambos mensurados

com base na taxa de desconto utilizada no cálculo das responsabilidades.

Os ganhos e perdas de remensuração, nomeadamente (i) os ganhos e perdas atuariais,

resultantes das diferenças entre os pressupostos atuariais utilizados e os valores

efetivamente verificados (ganhos e perdas de experiência) e das alterações de pressupostos

atuariais e (ii) os ganhos e perdas decorrentes da diferença entre o rendimento esperado

dos ativos do fundo e os valores obtidos, são reconhecidos por contrapartida de capital

próprio na rubrica de outro rendimento integral.

A Montepio Valor reconhece na sua demonstração dos resultados um valor total líquido que

inclui (i) o custo do serviço corrente, (ii) o proveito/custo líquido de juros com o plano de

pensões, (iii) o efeito das reformas antecipadas, (iv) custos com serviços passados e (v) os

efeitos de qualquer liquidação ou corte ocorridos no exercício. Os encargos com reformas

antecipadas correspondem ao aumento de responsabilidades decorrente da reforma ocorrer

antes do empregado atingir a idade da reforma.

Outros benefícios que não de pensões, nomeadamente os encargos de saúde dos

colaboradores na situação de reforma e benefícios atribuíveis ao cônjuge e descendentes

por morte são igualmente considerados no cálculo das responsabilidades.

Os pagamentos aos fundos são efetuados anualmente pela Sociedade de acordo com um

plano de contribuições determinado de forma a assegurar a solvência do fundo. O

financiamento mínimo das responsabilidades é de 100% para as pensões em pagamento e

95% para os serviços passados do pessoal no ativo.

Remunerações variáveis aos empregados e órgãos de administração (bónus)

De acordo com a IAS 19 – Benefícios dos empregados, as remunerações variáveis

(participação nos lucros, prémios e outras) atribuídas aos empregados e aos membros dos

órgãos de administração são contabilizadas em resultados do exercício a que respeitam.

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 46

k) Impostos sobre lucros

A Montepio Valor passa a estar sujeita ao regime estabelecido no Código do Imposto sobre

o Rendimento das Pessoas Coletivas (“CIRC”). Adicionalmente são registados impostos diferidos resultantes das diferenças temporárias entre os resultados contabilísticos e os

resultados fiscalmente aceites para efeitos de IRC sempre que haja uma probabilidade

razoável de que tais impostos venham a ser pagos ou recuperados no futuro.

Os impostos sobre lucros registados em resultados incluem o efeito dos impostos correntes

e impostos diferidos. O imposto é reconhecido na demonstração dos resultados, exceto

quando relacionado com itens que sejam movimentados em capitais próprios, facto que

implica o seu reconhecimento em capitais próprios. Os impostos diferidos reconhecidos nos

capitais próprios decorrentes da reavaliação de ativos financeiros disponíveis para venda e

de derivados de cobertura de fluxos de caixa são posteriormente reconhecidos em

resultados no momento em que forem reconhecidos em resultados os ganhos e perdas que

lhes deram origem.

Os impostos correntes correspondem ao valor que se apura relativamente ao rendimento

tributável do exercício, utilizando a taxa de imposto em vigor ou substancialmente aprovada

pelas autoridades à data de balanço e quaisquer ajustamentos aos impostos de exercícios

anteriores.

Os impostos diferidos são calculados, de acordo com o método do passivo com base no

balanço, sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos ativos e

passivos e a sua base fiscal, utilizando as taxas de imposto aprovadas ou substancialmente

aprovadas à data de balanço e que se espera que venham a ser aplicadas quando as

diferenças temporárias se reverterem.

Os impostos diferidos passivos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias

tributáveis com exceção dos ativos intangíveis sem vida finita, não dedutível para efeitos

fiscais, das diferenças resultantes do reconhecimento inicial de ativos e passivos que não

afetem quer o lucro contabilístico quer o fiscal, e de diferenças relacionadas com

investimentos em subsidiárias na medida em que não seja provável que se revertam no

futuro.

Os ativos por impostos diferidos são reconhecidos quando é provável a existência de lucros

tributáveis futuros que absorvam as diferenças temporárias dedutíveis para efeitos fiscais

(incluindo prejuízos fiscais reportáveis).

A Montepio Valor procede, conforme estabelecido na IAS 12, parágrafo 74, à compensação

dos ativos e passivos por impostos diferidos sempre que: (i) tenha o direito legalmente

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 47

executável de compensar ativos por impostos correntes e passivos por impostos correntes;

e (ii) os ativos e passivos por impostos diferidos se relacionarem com impostos sobre o

rendimento lançados pela mesma autoridade fiscal sobre a mesma entidade tributável ou

diferentes entidades tributáveis que pretendam liquidar passivos e ativos por impostos

correntes numa base líquida, ou realizar os ativos e liquidar os passivos simultaneamente,

em cada exercício futuro em que os passivos ou ativos por impostos diferidos se esperem

que sejam liquidados ou recuperados.

l) Provisões

São reconhecidas provisões quando (i) a Sociedade tem uma obrigação presente (legal ou

decorrente de práticas passadas ou políticas publicadas que impliquem o reconhecimento

de certas responsabilidades), (ii) seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e

(iii) quando possa ser feita uma estimativa fiável do valor dessa obrigação.

A mensuração das provisões tem em conta os princípios definidos na IAS 37 no que respeita

à melhor estimativa do custo expectável, ao resultado mais provável das ações em curso e

tendo em conta os riscos e incertezas inerentes ao processo. Nos casos em que o efeito do

desconto é material, a provisão corresponde ao valor atual dos pagamentos futuros

esperados, descontados a uma taxa que considera o risco associado à obrigação.

As provisões são revistas no final de cada data de reporte e ajustadas para refletir a melhor

estimativa, sendo revertidas por contrapartida de resultados na proporção dos pagamentos

que não sejam prováveis.

As provisões são desreconhecidas através da sua utilização para as obrigações para as quais

foram inicialmente constituídas ou nos casos em que estas deixem de se observar.

m) Estimativas contabilísticas na aplicação das políticas contabilísticas

As IFRS estabelecem um conjunto de tratamentos contabilísticos que requerem que o

Conselho de Administração utilize o julgamento e faça as estimativas necessárias de forma

a decidir qual o tratamento contabilístico mais adequado. As principais estimativas

contabilísticas e julgamentos utilizados na aplicação dos princípios contabilísticos pela

Sociedade são analisados nos parágrafos seguintes, no sentido de melhorar o entendimento

de como a sua aplicação afeta os resultados reportados na Sociedade e a sua divulgação.

Considerando que em algumas situações as normas contabilísticas permitem um tratamento

contabilístico alternativo em relação ao adotado pelo Conselho de Administração, os

resultados reportados pela Sociedade poderiam ser diferentes caso um tratamento distinto

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 48

fosse escolhido. O Conselho de Administração Executivo considera que os critérios adotados

são apropriados e que as demonstrações financeiras apresentam de forma adequada a

posição financeira da Sociedade e das suas operações em todos os aspetos materialmente

relevantes.

Os resultados das alternativas analisadas de seguida são apresentados apenas para assistir

o leitor no entendimento das demonstrações financeiras e não têm intenção de sugerir que

outras alternativas ou estimativas possam ser mais apropriadas.

Imparidade para investimentos em associadas

A Sociedade avalia anualmente o valor recuperável dos investimentos em associadas,

independentemente da existência de indicadores de imparidade. As perdas de imparidade

são apuradas tendo por base a diferença entre o valor recuperável dos investimentos em

associadas e o seu valor contabilístico. As perdas por imparidade identificadas são

registadas por contrapartida de resultados, sendo subsequentemente revertidas por

resultados caso se verifique uma redução do montante da perda estimada, num exercício

posterior.

O valor recuperável é determinado com base no maior entre o valor em uso dos ativos e o

justo valor deduzido dos custos de venda, sendo calculado com recurso a metodologias de

avaliação, suportadas em técnicas de fluxos de caixa descontados, considerando as

condições de mercado, o valor temporal e os riscos de negócio, os quais requerem a

utilização de determinados pressupostos ou julgamento no estabelecimento de estimativas

de justo valor.

Metodologias alternativas e a utilização de diferentes pressupostos e estimativas poderiam

resultar num nível diferente de perdas por imparidade reconhecidas, com o consequente

impacto nos resultados da Sociedade.

Impostos sobre os lucros

Para determinar o montante global de impostos sobre os lucros foi necessário efetuar

determinadas interpretações e estimativas. Existem diversas transações e cálculos para os

quais a determinação dos impostos a pagar é incerta durante o ciclo normal de negócios.

Outras interpretações e estimativas poderiam resultar num nível diferente de impostos

sobre os lucros, correntes e diferidos, reconhecidos no exercício.

As Autoridades Tributária e Aduaneira Portuguesa têm a possibilidade de rever o cálculo da

matéria coletável efetuado pela Sociedade durante um período de quatro anos, exceto em

caso de ter sido efetuada qualquer dedução ou crédito de imposto em que o período é do

exercício desse direito. Desta forma, é possível que haja correções à matéria coletável,

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 49

resultantes principalmente de diferenças na interpretação da legislação fiscal, que pela sua

probabilidade, o Conselho de Administração considera que não terão efeito materialmente

relevante ao nível das demonstrações financeiras.

Pensões e outros benefícios dos empregados

A determinação das responsabilidades pelo pagamento de pensões requer a utilização de

pressupostos e estimativas, incluindo a utilização de projeções atuariais, rendibilidade

estimada dos investimentos e outros fatores que podem ter impacto nos custos e nas

responsabilidades do plano de pensões.

2 Margem financeira

O valor desta rubrica é apresentado como segue:

2018 (€) 2017 (€)

Juros e rendimentos similares

Disponibilidades em outras instituições de crédito 1 346 3 156 Aplicações em instituições de crédito 15 780 17 684

17 126 20 840

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 50

3 Resultados de serviços e comissões

O valor desta rubrica é apresentado como segue:

2018 (€) 2017 (€)

Rendimentos de serviços e comissõesServiços prestados 4 437 541 4 377 095

4 437 541 4 377 095

Encargos com serviços e comissõesOperações realizadas por terceiros 324 992 324 065 Serviços bancários prestados por terceiros 757 1 314 Outras comissões pagas 3 532 69 414

329 281 394 793

Resultados líquidos de serviços e comissões 4 108 260 3 982 302

A rubrica Serviços prestados regista o valor cobrado aos fundos sob gestão da Sociedade.

A rubrica Operações realizadas por terceiros regista as comissões suportadas pela

Sociedade no âmbito da angariação de clientes através da rede de balcões da Caixa

Económica Montepio Geral, caixa económica bancária, S.A.

4 Outros resultados de exploração

O valor desta rubrica é apresentado como segue:

2018 (€) 2017 (€)

Outros proveitos de exploraçãoOutros ganhos e rendimentos operacionais 208 917 252 032

208 917 252 032 Outros custos de exploração

Outros encargos e gastos operacionais 3 364 1 643 Quotizações e donativos 7 425 7 075 Outros impostos 2 556 2 177

13 345 10 895

195 572 241 137

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 51

A rubrica Outros ganhos e rendimentos operacionais inclui proveitos com a cedência de

colaboradores à Montepio Gestão ativos – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento,

S.A. no valor Euros 140 494 (2017: Euros 121 421).

5 Custos com o pessoal

O valor desta rubrica é apresentado como segue:

2018 (€) 2017 (€)

RemuneraçõesDos orgãos de gestão e fiscalização 241 436 184 000 Remuneração de Empregados 758 659 687 767

Encargos Sociais ObrigatóriosEncargos relativos a remunerações 278 864 225 055 Outros encargos sociais obrigatórios 4 459 3 703

Outros custos com o pessoalEncargos relativos ao Fundo de Pensões 4 410 (31 399)Outros custos com o pessoal 19 510 22 484

1.307.338 1.091.610

No decurso de 2018, os encargos com o Órgão de gestão e fiscalização foram os

seguintes:

Conselho de Administração Conselho Fiscal

2018 (€) 2018 (€)

RemuneraçõesRemunerações e outros benefícios a curto prazo 226 401 15 035 Encargos com a Segurança Social 53 770 3 571

280 171 18 606

No decurso de 2017, os encargos com o Órgão de gestão foram os seguintes:

Conselho de Administração

2017 (€)

RemuneraçõesRemunerações e outros benefícios a curto prazo 184 000 Encargos com a Segurança Social 28 893

212 893

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 52

O efetivo médio anual de trabalhadores ao serviço, excluindo os colaboradores cedidos pela

Caixa Económica Montepio Geral, caixa económica bancária, S.A. por categorias é

apresentado como segue:

2018 2017

Administração 6 2Técnicos 20 17Administrativos 6 7

32 26

6 Gastos gerais administrativos

O valor desta rubrica é apresentado como segue:

2018 (€) 2017 (€)

Com fornecimentos

Água, energia e combustíveis 43.406 31.766

Outros fornecimentos de terceiros 7.348 8.116

Material de consumo corrente 3.395 7.652

Material de Higiene e limpeza 749 636

Publicações 294 400

55.192 48.570

Com serviços

Cedência de pessoal 888.177 896.095

Serviços especializados 408.832 411.184

Rendas e alugueres 183.509 138.606

Deslocações, estradas e representação 44.431 31.642

Conservação e reparação 27.558 15.154

Comunicações 26.619 32.044

Seguros 14.446 14.083

Publicidade e edição de publicações 9.694 36.606

Formação de pessoal 1.476 3.919

Outros serviços de terceiros 356.274 593.233

1.961.016 2.172.566

2.016.208 2.221.136

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 53

A rubrica Cedência de pessoal corresponde aos custos com a cedência de pessoal da Caixa

Económica Montepio Geral, caixa económica bancária, S.A.

A rubrica Outros serviços de terceiros inclui maioritariamente os encargos com o MGAI, ACE

no valor de Euros 346 523 (2017: Euros 465 679).

Em 31 de Dezembro de 2018, a rubrica Serviços especializados inclui Euros 99 866 (2017:

Euros 99 395) relativos a custos de informática e custos de auditoria de Euros 30 750

(incluindo IVA) (2017: Euros 6 150).

A Montepio Valor possui diversos contratos de locação registados na rubrica Rendas e

alugueres. Os pagamentos efetuados no âmbito desses contratos de locação são

reconhecidos nos resultados no decurso da vida útil do contrato. Os pagamentos futuros

mínimos relativos aos contratos de locação não revogáveis, por maturidade, são os

seguintes:

2018 (€) 2017 (€)

ViaturasAté 1 ano 21 396 20 841Entre 1 e 3 anos 24 166 20 590Mais de 3 anos 14 320 5 206

59 882 46 637

2018 (€) 2017 (€)

InstalaçõesAté 1 ano 119 532 117 576Entre 1 e 3 anos 219 142 333 132

338 674 450 708

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 54

7 Amortizações do exercício

O valor desta rubrica é apresentado como segue:

2018 (€) 2017 (€)

Activos Intangiveis:Software 5 698 4 520

5 698 4 520

Outros activos tangiveis:De Obras em Imóveis Arrendados 21 448 8 052Mobiliário e material 657 657Equipamento Informático 7 013 9 499

29 118 18 208

34 816 22 728

8 Imparidade do crédito

Esta rubrica é apresentada como segue:

2018 (€) 2017 (€)

Aplicações em instituições de crédito Dotação do exercício 7 986 -

7 986 -

9 Outras provisões

Esta rubrica é apresentada como segue:

2018 (€) 2017 (€)

Provisões para outros riscos e encargos Dotação do exercício 486 702 -

486 702 -

10 Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais

Esta rubrica é apresentada como segue:

2018 (€) 2017 (€)

Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais 13 42

13 42

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 55

11 Disponibilidades em outras instituições de crédito

Esta rubrica é apresentada como segue:

2018 (€) 2017 (€)

Disponibilidades sobre Instituições de Crédito no paísCaixa Económica Montepio Geral, S.A. 895 320 4.614.664

895 320 4.614.664

12 Aplicações em instituições de crédito

Esta rubrica é apresentada como segue:

2018 (€) 2017 (€)

Aplicações em instituições de crédito no paísDepósitos 3 865 780 -

Imparidade para riscos de crédito sobre aplicações em instituições de crédito ( 7 986)

3 857 794 -

A rubrica Aplicações em instituições de crédito no país, diz respeito a depósitos a prazo

junto da Caixa Económica Montepio Geral, caixa económica bancária, S.A. com o valor

nominal de Euros 3 850 000.

Em 31 de Dezembro de 2018, estas aplicações venciam juros à taxa média anual de 0,65%.

Os movimentos de imparidade para riscos de crédito sobre aplicações em instituições de

crédito são analisados como segue:

2018 (€) 2017 (€)

Saldo em 1 de janeiro - -

Dotação do período líquida de reversões 7 986 -

Saldo em 30 de dezembro 7 986 -

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 56

A análise da rubrica Aplicações em Instituições de Crédito pelo período remanescente das

operações é como segue:

2018 (€) 2017 (€)

Até 3 meses - - 3 a 6 meses 3 857 794 - 6 meses a 1 ano - -

3 857 794 -

13 Outros ativos tangíveis

Esta rubrica é apresentada como segue:

2018 (€) 2017 (€)

Custos:

Obras em imóveis arrendados 216 260 194 927 Mobiliário e Material 8 658 8 658 Máquinas e Ferramentas 2 295 2 295 Equipamento Informático 60 125 60 125 Equipamento de segurança 806 806

288 144 266 811

Amortizações acumuladas:

Relativas ao exercício corrente ( 29 118) ( 18 208)Relativas a exercícios anteriores ( 64 246) ( 46 038)

( 93 364) ( 64 246)

194 780 202 565

A rubrica Obras em imóveis arrendados regista o valor relativo a obras efetuadas no novo

edifício sede da Montepio Valor, para onde foi concretizada a mudança no dia 14 de Julho

de 2017.

Os movimentos da rubrica Outros ativos tangíveis, durante o exercício de 2018, são

apresentados como segue:

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 57

Saldo em 1 de Janeiro

(€)

Aquisições/ Dotações

(€)

Abates (€)

Transfer. (€)

Saldo em 31 de Dezembro

(€)

Custo

Obras em imóveis arrendados 194 927 21 333 - - 216 260 Mobiliário e Material 8 658 - - - 8 658 Máquinas e Ferramentas 2 295 - - - 2 295 Equipamento Informático 60 125 - - - 60 125 Equipamento de segurança 806 - - - 806

266 811 21 333 - - 288 144

Amortizações acumuladas

Obras em imóveis arrendados ( 8 052) ( 21 448) - ( 29 500)Mobiliário e Material ( 6 226) ( 657) - ( 6 883)Máquinas e Ferramentas ( 2 295) - - ( 2 295)Equipamento Informático ( 46 867) ( 7 013) - ( 53 880)Equipamento de segurança ( 806) - - ( 806)

( 64 246) ( 29 118) - - ( 93 364)

202 565 194 780

Os movimentos da rubrica Outros ativos tangíveis, durante o exercício de 2017, são

apresentados como segue:

Saldo em 1 de Janeiro

(€)

Aquisições/ Dotações

(€)

Abates (€)

Transfer. (€)

Saldo em 31 de Dezembro

(€)

Custo

Obras em imóveis arrendados 26 221 6 742 ( 26 221) 188 185 194 927 Mobiliário e Material 9 206 - ( 548) - 8 658 Máquinas e Ferramentas 2 295 - - - 2 295 Equipamento Informático 85 077 3 555 ( 37 318) 8 811 60 125 Equipamento de segurança 806 - - - 806 Activos tangíveis em curso 10 605 186 709 - ( 197 314) -

134 210 197 006 ( 64 087) ( 318) 266 811

Amortizações acumuladas

Obras em imóveis arrendados ( 26 221) ( 8 052) 26 221 - ( 8 052)Mobiliário e Material ( 6 117) ( 657) 548 - ( 6 226)Máquinas e Ferramentas ( 2 295) - - - ( 2 295)Equipamento Informático ( 74 686) ( 9 499) 37 318 - ( 46 867)Equipamento de segurança ( 806) - - - ( 806)

( 110 125) ( 18 208) 64 087 - ( 64 246)

24 085 202 565

14 Ativos intangíveis

Esta rubrica é apresentada como se segue:

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 58

2018 (€) 2017 (€)

Custos

Software 157 670 157 670

157 670 157 670

Amortizações acumuladas:

Relativas ao exercício corrente (5 698) (4 520)Relativas a exercícios anteriores (147 150) (142 630)

(152 848) (147 150)

4 822 10 520

Os movimentos da rubrica ativos Intangíveis, durante o exercício de 2018, são analisados

como segue:

Saldo em 1 de Janeiro

(€)

Aquisições/Dotações

(€)

Abates (€)

Transfer.(€)

Saldo em 31 de Dezembro

(€)

Custo:

Software 157 670 - 157 670 157 670 - - - 157 670

Amortizações acumuladas:

Software ( 147 150) ( 5 698) - ( 152 848)( 147 150) ( 5 698) - - ( 152 848)

10 520 4 822

Os movimentos da rubrica ativos Intangíveis, durante o exercício de 2017, são analisados

como segue:

Saldo em 1 de Janeiro

(€)

Aquisições/Dotações

(€)

Abates (€)

Transfer.(€)

Saldo em 31 de Dezembro

(€)

Custo:

Software 157 647 - ( 5 511) 5 534 157 670 Activo intangível em curso 2 767 2 767 - ( 5 534) -

160 414 2 767 ( 5 511) - 157 670

Amortizações acumuladas:

Software ( 148 141) ( 4 520) 5 511 - ( 147 150)( 148 141) ( 4 520) 5 511 - ( 147 150)

12 273 10 520

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 59

15 Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

Esta rubrica é apresenta como segue:

2018 (€) 2017 (€)

Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

Montepio Gestão de Activos Imobiliários ACE 36 746 36 746

36 746 36 746

A 9 de Maio de 2014, foi constituído o Montepio Gestão de ativos Imobiliários, ACE. A

Montepio Valor participa neste ACE, com uma percentagem de 1,5%, a que correspondem

Euros 36 746.

Os dados relativos a empresas associadas são apresentadas como segue:

Activo PassivoCapitais Próprios

ProveitosCusto de

participação

Montepio Gestão de Activos Imobiliários ACE 5 010 101 2 560 394 2 449 707 4 658 974 36 746

5 010 101 2 560 394 2 449 707 4 658 974 36 746

16 Impostos

A Sociedade encontra-se sujeita ao Imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas (IRC)

e correspondente derrama. De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais

estão sujeitas a revisão por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 60

anos, pelo que as declarações dos anos de 2015 a 2017 poderão ainda vir a ser sujeitas a

revisão por parte da Administração Tributária.

Contudo, o Conselho de Administração da Sociedade entende que as eventuais correções

resultantes de revisões por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos,

não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras anexas.

A Sociedade regista em resultados do exercício o efeito fiscal decorrente das diferenças

temporárias que se verificam entre os ativos e passivos determinados numa ótica

contabilística e numa ótica fiscal, o qual é analisado como segue:

2018 (€) 2017 (€)

Imposto corrente 228 953 214 542

Impostos diferidos ( 106 083) 2 094

122 870 216 636

Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa

estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, as quais correspondem

às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço.

Os ativos e passivos por impostos diferidos são apresentados pelo seu valor líquido sempre

que, nos termos da legislação aplicável, possam ser compensados ativos por impostos

correntes com passivos por impostos correntes e sempre que os impostos diferidos estejam

relacionados com o mesmo imposto.

A taxa de imposto diferido é analisada como segue:

2018 (%) 2017 (%)

Taxa de IRC (a) 21,0% 21,0%

Taxa de derrama municipal 1,5% 1,5%

Total (b) 22,5% 22,5%

(a) - Aplicável aos impostos diferidos associados a prejuízos fiscais;

(b) - Aplicável aos impostos diferidos associados a diferenças temporárias.

A Montepio Valor avaliou a recuperabilidade dos seus impostos diferidos em balanço tendo

por base as expectativas de lucros futuros tributáveis.

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 61

Os ativos e passivos por impostos diferidos reconhecidos em balanço em 31 de Dezembro

de 2018 e em 31 de Dezembro de 2017 é apresentada como segue:

Benefícios a empregados 729 4 154 - - 729 4 154 Provisões 109 508 - - - 109 508 -

110 237 4 154 - - 110 237 4 154

2017 (€)

Ativo Passivo Líquido

2018 (€)2017 (€)2018 (€) 2017 (€) 2018 (€)

Os movimentos ocorridos nas rubricas de impostos diferidos de balanço tiveram as

seguintes contrapartidas:

A diferença entre os impostos calculados à taxa legal e os impostos calculados à taxa efetiva

em 2018 e 2017 pode ser explicada como a seguir se demonstra:

Os passivos correntes reconhecidos em balanço em 31 de Dezembro de 2018 e em 31 de

Dezembro de 2017 podem ser analisados como segue:

2018 2017(€) (€)

Saldo inicial 4 154 6 248

Reconhecido em resultados 106 083 ( 2 094)Saldo final [Activo / (Passivo)] 110 237 4 154

2018 2017% (€) % (€)

Resultados antes de imposto 467 874 908 805

Taxa de imposto corrente 22.5 105 272 22.5 204 481

Acréscimos para efeitos de apuramento do lucro tributável 20.2 109 719 2.2 19 874

Deduções para efeitos de apuramento do lucro tributável (3.3) ( 15 304) (3.0) ( 27 180)

Tributações autónomas 5.38 29 266 2.1 19 461

48.9 228 953 23.8 216 636

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 62

IRC a pagar 228 953 214 542

228 953 214 542

2017 (€)2018 (€)

17 Outros ativos

Esta rubrica é apresentada como segue:

Devedores diversos 47 881 390 682 Activos líquidos de responsabilidades de benefícios dos empregados 350 908 516 212

Outras despesas com encargo diferido 40 227 26 845

Outras contas de regularização 8 943 11 163

447 959 944 902

Imparidade para outros ativos ( 363) -

447 596 944 902

2017 (€)2018 (€)

A rubrica de Devedores diversos refere-se às comissões a receber dos fundos imobiliários

geridos pela Montepio Valor.

A rubrica Valor Patrimonial do fundo de pensões inclui os ativos líquidos reconhecidos em

balanço e que representam o excesso de cobertura de responsabilidades com pensões,

benefícios de saúde e subsídio por morte, conforme nota 23.

Os movimentos de imparidade para outros ativos são analisados como segue:

2018 (€) 2017 (€)

Saldo em 1 de janeiro - -

Dotação do período líquida de reversões 7 986 -

Saldo em 30 de dezembro 7 986 -

18 Provisões

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 63

Esta rubrica é apresentada como se segue:

Provisões para outros riscos e encargos 486 702 -

486 702 -

2018 (€) 2017 (€)

Estas provisões são constituídas tendo como base a probabilidade de ocorrência de certas

contingências relacionadas com os fundos de investimento imobiliários geridos pela

Sociedade, sendo revistas em cada data de reporte de forma a refletir a melhor estimativa

do montante de perda.

19 Outros passivos

Esta rubrica é apresentada como se segue:

Credores e outros recursosCredores Diversos 105 730 438 663 Sector público administrativo 38 685 36 932 Contribuições para outros sistemas de saúde 4 684 4 336 Cobranças por conta de terceiros 436 406 Outras contas de regularização - 22

149 535 480 359 Encargos a pagar

Outros encargos a pagar 298 854 237 023 298 854 237 023

448 389 717 382

2018 (€) 2017 (€)

A rubrica de Credores Diversos respeita essencialmente a valores a pagar à Caixa

Económica Montepio Geral, caixa económica bancária, S.A. referentes à cedência de pessoal

no montante de Euros 4 140 (2017: Euros 281 790) e referentes aos serviços prestados

pelo MGAI, ACE, na gestão do património dos Fundos geridos pela Montepio Valor no

montante de Euros 98 874 (2017: Euros 130 437).

A rubrica de Outros encargos a pagar inclui os custos com férias, subsídio de férias,

respetivos encargos e prémios a pagar aos colaboradores no exercício seguinte, no valor

de Euros 258 708 (2017: Euros 130 437).

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 64

20 Capital

Em 31 de Dezembro de 2018 e 2017, o capital subscrito da Montepio Valor – Sociedade

Gestora de Fundos de Investimento, S.A., é de 1.550.000 Euros e encontra-se

integralmente realizado.

A totalidade das ações representativas do Capital Social, 310.000, com um valor nominal

de Euros 5 cada, são detidas pela Montepio Holding, S.G.P.S., S.A., acionista único.

Não existem partes de capital beneficiárias, obrigações convertíveis nem títulos ou direitos

similares.

21 Outras reservas e resultados transitados

Esta rubrica é apresentada como segue:

Outras reservas e resultados transitadosReserva legal 1 550 000 1 550 000 Outras reservas 763 501 763 501 Resultados transitados 174 759 325 999

2 488 260 2 639 500

2018 (€) 2017 (€)

A rubrica outras resultados transitados inclui o impacto de Euros 329 relativo ao

ajustamento de transição decorrente da aplicação da IFRS 9.

22 Distribuição de resultados

Em 23 de Abril de 2018, de acordo com a deliberação da Assembleia Geral, a Sociedade

distribuiu dividendos no valor de Euros 691 300, a que corresponde um dividendo por acção

de 2,23.

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 65

Em 28 de Abril de 2017, de acordo com a deliberação da Assembleia Geral, a Sociedade

distribui dividendos no valor de Euros 908 300, a que corresponde um dividendo por ação

de 2,93.

23 Benefícios dos Empregados

Em conformidade com o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) celebrado com os sindicatos e

vigente para o sector bancário, a Montepio Valor assumiu o compromisso de conceder aos

seus empregados, ou às suas famílias, prestações pecuniárias a título de reforma por

velhice, invalidez e pensões de sobrevivência.

Estas prestações consistem numa percentagem, crescente em função do número de anos

de serviço do empregado, aplicada à tabela salarial negociada anualmente para o pessoal

no ativo. Estão abrangidos por este benefício os empregados admitidos até 31 de Março de

2008. As novas admissões a partir daquela data beneficiam do regime geral da Segurança

Social.

Os principais pressupostos atuariais utilizados no cálculo do valor actual das

responsabilidades são como segue:

2018 2017

(€) (€)

Pressupostos Financeiros

Taxa de crescimento dos salários 1,00% 1,00%

Taxa de crescimento das pensões 0,50% 0,50%

Taxa de rendimento do fundo 2,25% 2,10%

Taxa de desconto 2,25% 2,10%

Pressupostos demográficos e métodos de avaliação

Tábua de mortalidade

Homens TV 88/90 TV 88/90

Mulheres TV 88/90 - 3 TV 88/90 - 3

Métodos de valorização atuarial UCP UCP

UCP - Unit Credit projectado

Pressupostos

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 66

Os pressupostos utilizados no cálculo do valor atual das responsabilidades estão de acordo

com os requisitos definidos pela IAS 19. A determinação da taxa de desconto teve em

consideração: (i) a evolução ocorrida nos principais índices, relativamente a obrigações de

alta qualidade de empresas e (ii) duration das responsabilidades.

À data de 31 de Dezembro de 2018, a duration das responsabilidades ascende a 28,1 anos

(2017: 28,8 anos).

Os participantes no plano de pensões são desagregados da seguinte forma:

De acordo com a política contabilística descrita na nota 1 j), as responsabilidades por

pensões e outros benefícios e respetivos níveis de cobertura são analisados como segue:

2018 2017

Ativos 12 12

12 12

2018 2017

(€) (€)

Ativos / (Responsabilidades) líquidos reconhecidos em balanço

Responsabilidades com beneficios de reforma

Ativos ( 793 042) ( 655 755)

( 793 042) ( 655 755)

Responsabilidades com beneficios de saúde

Ativos ( 98 073) ( 106 131)

( 98 073) ( 106 131)

Responsabilidades com subsídio por morte

Ativos ( 2 988) ( 3 201)

( 2 988) ( 3 201)

Total das responsabilidades ( 894 103) ( 765 087)

Coberturas

Valor do Activo 1 245 011 1 281 299

Ativos / (Passivos) líquidos em Balanço (ver nota 17) 350 908 516 212

Percentagem de cobertura 139,2% 167,5%

Desvios atuariais acumulados reconhecidos em outro rendimento integral ( 357 909) ( 503 303)

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 67

A evolução das responsabilidades com pensões de reforma, benefícios de saúde e subsídio

por morte é apresentada como segue:

A evolução do valor do fundo de pensões no exercício findo em 31 de Dezembro de 2018

e 2017 pode ser analisada como segue:

De referir que o fundo de pensões, denominado “Fundo de Pensões Montepio Geral”, é gerido pela “Futuro – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A.” no qual a Sociedade participa em 0,17% a 31 de Dezembro de 2018 (31 de Dezembro de 2017: 0,17%).

A rubrica Contribuições da Sociedade diz respeito às entregas efetuadas em dinheiro pela

Sociedade.

Os ativos do Fundo de Pensões repartidos por tipo são detalhados como segue:

Pensões de reforma

Benefícios de saúde

Subsídio por morte

TotalPensões de

reformaBenefícios de saúde

Subsídio por morte

Total

Responsabilidades no início do exercício 671 254 90 632 3 201 765 087 575 764 76 720 3 019 655 503

Custo do serviço corrente 13 377 5 828 204 19 409 ( 9 348) 5 317 207 ( 3 824)

Custo dos juros 14 096 2 229 67 16 392 11 515 1 536 60 13 111

(Ganhos) / Perdas atuariais

- Alterações de pressupostos 4 388 ( 20 395) - ( 16 007) 49 648 3 859 ( 142) 53 365 - Não decorrentes de alteração de pressupostos 89 927 4 280 ( 484) 93 723 43 675 3 200 57 46 932

Responsabilidades no final do exercício 793 042 82 574 2 988 878 604 671 254 90 632 3 201 765 087

2018(€)

2017(€)

2018(€)

2017(€)

Valor do Fundo no início do período 1 281 299 1 196 585

Rendimento esperado 26 907 23 932

Desvios financeiros ( 67 678) 44 028

Contribuições participantes 4 483 16 754

Valor do Fundo no fim do período 1 245 011 1 281 299

2018(€)

2017(€)

Aplicações em bancos e outras 98 672 19 577

Imobiliário 50 794 55 030

Obrigações 833 746 873 213

Acções 245 539 314 857

Outros títulos de rendimento variável 16 260 18 622

1 245 011 1 281 299

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 68

A evolução dos desvios atuariais em balanço pode ser analisada como segue:

Os custos do período com pensões de reforma, benefícios de saúde e subsídios por morte

podem ser analisados como segue:

A evolução dos ativos / (responsabilidades) líquidos em balanço pode ser analisada nos

exercícios findos em 31 de Dezembro de 2018 e 2017 como segue:

Os pressupostos atuariais têm um impacto significativo nas responsabilidades com pensões

e outros benefícios. Considerando este impacto, procedeu-se a uma análise da sensibilidade

a uma variação positiva e a uma variação negativa de 25 pontos base no valor das

responsabilidades com pensões cujo impacto é analisado como segue:

2018(€)

2017(€)

Desvios atuariais no início do exercício ( 503 303) ( 559 572)

(Ganhos) / Perdas atuariais no exercício

- Alteração de pressupostos ( 16 007) 53 365

- (Ganhos) / Perdas de experiência 161 401 2 904

Desvios atuariais reconhecidos em outro rendimento integral ( 357 909) ( 503 303)

2018(€)

2017(€)

Custo do serviço corrente 19 409 1 189 Custos / (Proveitos) dos juros líquidos no saldo da cobertura das responsabilidades ( 10 515) ( 10 822)

Custos do período 8 894 ( 9 633)

2018(€)

2017(€)

No início do exercício 516 212 541 082

Custo do serviço corrente ( 19 409) 3 824 Custos / (Proveitos) dos juros líquidos no saldo da cobertura das responsabilidades 10 515 10 821

Contribuição dos participantes 4 483 16 754

Ganhos / (Perdas) atuariais ( 77 716) ( 100 297)

Ganhos / (Perdas) financeiras ( 67 678) 44 028

No final do exercício 366 407 516 212

Incremento Decréscimo Incremento Decréscimo

Taxa de desconto (0,25% de variação) ( 23 786) 25 761 ( 23 627) 25 635

Taxa de crescimento dos salários (0,25% de variação) 40 455 ( 33 967) 44 842 ( 37 804)

Taxa de crescimento das pensões (0,25% de variação) 16 114 ( 15 183) 12 875 ( 12 249)

Contribuição para o SAMS (0,50% de variação) 10 505 ( 10 505) 7 162 ( 7 162)

Mortalidade futura (1 ano de variação) ( 7 850) 7 829 ( 6 239) 6 245

Responsabilidades

2018(€)

Responsabilidades

2017(€)

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 69

24 Responsabilidades por prestação de serviços Em 31 de Dezembro de 2018 e 2017 o valor sob gestão dos Fundos de Investimento

Imobiliários é apresentado como segue:

2018 2017(€) (€)

Valor Prime 219 144 053 201 431 297 Fundinvest 40 193 318 34 412 605 Imomarvãs 6 830 795 7 021 599 Montepio Arrendamento Habitacional - I 81 954 166 80 684 813 Montepio Arrendamento Habitacional - II 69 774 392 70 094 018 Montepio Arrendamento Habitacional - III 85 378 911 85 746 444 Polaris 3 135 927 3 331 360 Portugal Estates Fund 3 382 326 3 623 199

509 793 888 486 345 335 25 Transações com partes relacionadas

Conforme definido na IAS 24, são consideradas partes relacionadas da Montepio Valor as

empresas detalhadas na nota 15, o fundo de pensões e os membros do Conselho de

Administração.

Para além dos membros do Conselho de Administração são igualmente consideradas partes

relacionadas, as pessoas que lhes são próximas (relacionamentos familiares) e as entidades

por eles controladas ou cuja gestão exerçam influência significativa.

Nesta base, o conjunto de partes relacionadas consideradas pela Montepio Valor, é

apresentado como segue:

Conselho de Administração Outras Partes Relacionadas (cont.):

Pedro Miguel Moura Libano Monteiro Futuro - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões S.A.

João Carlos Carvalho das Neves Germont - Empreendimentos Imobiliários, S.A.

Francisco Jose Gonçalves Simões Herdeiros de Manuel Martins Travassos, Lda.

José Antonio Fonseca Gonçalves (*) HTA - Hotéis, Turismo e Animação dos Açores, S.A.

Maria Margarida Pontes Ribeiro de Andrade In Posterum - ACE

Carlos Miguel Lopez Leiria Pinto Leacock Prestação de Serviços, Lda

Lusitania Companhia Seguros, S.A.

Conselho Fiscal Lusitania Vida Companhia Seguros, S.A.

Pedro Miguel Ribeiro de Almeida Fontes Falcão Moçambique Companhia de Seguros, S.A.R.L.

João Fernando Cotrim de Figueiredo Montepio Arrendamento – FIIAHJoaquim Henrique de Almeida Pina Lopes Montepio Arrendamento II – FIIAHAntónio Francisco de Araújo Pontes Montepio Arrendamento III – FIIAH

Montepio Crédito - Instituição Financeira de Crédito, S.A.

Acionista Montepio Geral Corp. (2)

Montepio Holding, SGPS, S.A. Montepio Geral Associação Mutualista

Montepio Gestão de Activos - S.G.F.I., S.A.

Outras partes relacionadas Montepio Gestão de Activos Imobiliarios, ACE

Augusto da Silva Carvalho, Lda. Montepio Imóveis - Sociedade Imobiliaria, S.A.

Banco Montepio Geral - Cabo Verde, Sociedade Unipessoal, S.A. Montepio Investimento, S.A. Banco Terra, S.A. (1) Montepio, Residências para Estudantes, S.A.

Bem Comum, Sociedade de Capital de Risco, S.A. Montepio Seguros SGPS, S.A.

Bolsimo - Gestão Activos S.A. N Seguros, S.A.

Caixa Económica Montepio Geral, caixa económica bancária, S.A. Naviser - Transportes Marítimos Internacionais, S.A.

Carlos Augusto Lança & Filhos, Lda. Nebra Energias Renovables, S.L.

Carteira Imobiliaria - Fundo Especial de Investimento Imobiliário Aberto Novacambios - Instituição de Pagamento, S.A.

Casa da Sorte – Organização Nogueira da Silva, Lda. Pataca da Sorte – Bingos e Animação Unipessoal, Lda.Cesource ACE Polaris – Fundo de Investimento Imobiliário FechadoClínica CUF de Belém, S.A. Portugal Estates Fund – Fundo de Investimento Imobiliário FechadoClínica de Serviços Médicos Computorizados de Belém, S.A. Residências Montepio - Serviços de Saúde, S.A.

Empresa Gestora de Imóveis da Rua do Prior, S.A. SAGIES - Segurança E Higiene No Trabalho, S.A.

Finibanco Angola, S.A. SILVIP - Soc. Gestora Fundos Investimento Imobiliarios, S.A.

Fundação Montepio Geral Sociedade Portuguesa de Administrações, S.A.

Fundo de Pensões Aberto Viva Ssagincentive, Sociedade de Serviços Auxiliares e de Gestão de Imóveis, S.A.

Fundo de Pensões Montepio Geral Torre da Sorte, Lda

Valor Prime Fundo de Investimento Imobiliário Aberto

(1) Entidade alienada em 21 de Dezembro de 2018.(2) Entidade liquidada em 15 de Outubro de 2018.

(+) Renunciou dia 22 de Janeiro de 2019

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 70

Os saldos em 31 de Dezembro de 2018, com entidades relacionadas são apresentados como segue:

Caixa Económica Montepio

Geral, caixa económica

bancária, S.A.

Montepio Holding

Montepio Gestão de

Activos

Montepio Crédito

Montepio Gestão de

Activos Imobiliários ACE

Lusitânia Companhia de

SegurosValor Prime Polaris

Portugal Estates

Fund (PEF)

Montepio Arrendamento

I

Montepio Arrendamento

II

Montepio Arrendamento

IIITotal

Euros Euros Euros Euros Euros Euros Euros Euros Euros Euros Euros Euros Euros

Activo

Disponibilidades e aplicações em instituições de crédito 4 753 114 - - - - - - - - - - - 4 753 114

Outros Activos - 8 920 - - - - - - - - - - 8 920

4 753 114 8 920 - - - - - - - - - - 4 762 034

Passivo

Passivos por impostos correntes - 228 953 228 953

Outros Passivos 4 140 - - - 98 874 ( 245) - - - - - - 102 769

4 140 228 953 - - 98 874 ( 245) - - - - - - 331 722

Proveitos

Juros e rendimentos similares 17 126 - - - - - - - - - - - 17 126

Rendimentos de serviços e comissões - - - - - - 1 858 198 30 000 30 000 813 678 699 541 856 677 4 288 094

Outros resultados de exploração - - 140 494 - - - - - - - - - 140 494

17 126 - 140 494 - - - 1 858 198 30 000 30 000 813 678 699 541 856 677 4 445 714

Custos

Encargos com serviços e comissões 324 992 - - - - - - - - - - - 324 992

Gastos gerais administrativos 888 177 - - 55 718 346 523 14 446 118 432 - - - - - 1 423 296

1 213 169 - - 55 718 346 523 14 446 118 432 - - - - - 1 748 288

Os saldos em 31 de Dezembro de 2017 com entidades relacionadas são apresentados como

segue:

Caixa Económica

Montepio Geral

Montepio Holding

Montepio Gestão de

Activos

Montepio Crédito

Montepio Gestão de

Activos Imobiliários ACE

Lusitânia Companhia de

SegurosValor Prime Polaris

Portugal Estates

Fund (PEF)

Montepio Arrendamento

I

Montepio Arrendamento

II

Montepio Arrendamento

IIITotal

Euros Euros Euros Euros Euros Euros Euros Euros Euros Euros Euros Euros Euros

Activo

Disponibilidades e aplicações em instituições de crédito 4 614 664 - - - - - - - - - - - 4 614 664

Outros Activos - - 8 852 - - - 153 947 2 500 2 500 68 713 59 646 73 026 369 184

4 614 664 - 8 852 - - - 153 947 2 500 2 500 68 713 59 646 73 026 4 983 848

Passivo

Passivos por impostos correntes - 214 542 - - - - - - - - - - 214 542

Outros Passivos 281 790 - - 2 789 130 437 - - - - - - - 415 016

281 790 214 542 - 2 789 130 437 - - - - - - - 629 558

ProveitosJuros e rendimentos similares 20 840 - - - - - - - - - - - 20 840

Rendimentos de serviços e comissões - - - - - - 1 846 330 30 000 30 000 807 390 708 499 868 875 #######

Outros resultados de exploração - - 121 421 - - - - - - - - - 121 421

20 840 - 121 421 - - - 1 846 330 30 000 30 000 807 390 708 499 868 875 4 433 355

Custos

Encargos com serviços e comissões 324 065 - - - - - - - - - - - 324 065

Gastos gerais administrativos 896 095 - - 44 399 465 679 14 083 - - - - - - #######

1 220 160 - - 44 399 465 679 14 083 - - - - - - 1 744 321

Os custos com as remunerações e outros benefícios atribuídos ao pessoal chave da gestão

bem como as transações efetuadas com os mesmos, são apresentados na nota 5.

Durante os exercícios de 2018 e 2017, não se efetuaram transações com o fundo de

pensões.

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 71

Normas contabilísticas e interpretações recentemente emitidas

As normas contabilísticas e interpretações recentemente emitidas que entraram em vigor e

que a Sociedade aplicou na elaboração das suas demonstrações financeiras, são as

seguintes:

IFRS 9 - Instrumentos Financeiros (emitida em 2009 e alterada em 2010, 2013 e 2014)

A IFRS 9 foi adotada pelo Regulamento da Comissão Europeia n.º 2067/2016, de 22 de

Novembro de 2016 (definindo a entrada em vigor o mais tardar a partir da data de início

do primeiro exercício financeiro que começa em ou após de 1 de Janeiro de 2018).

A IFRS 9 (2009) introduziu novos requisitos para a classificação e mensuração de ativos

financeiros. A IFRS 9 (2010) introduziu requisitos adicionais relacionados com passivos

financeiros. A IFRS 9 (2013) introduziu a metodologia da cobertura. A IFRS 9 (2014)

procedeu a alterações limitadas à classificação e mensuração contidas na IFRS 9 e novos

requisitos para lidar com a imparidade de ativos financeiros.

Os requisitos da IFRS 9 (2009) representam uma mudança significativa dos atuais requisitos

previstos na IAS 39, no que respeita aos ativos financeiros. A norma contém três categorias

de mensuração de ativos financeiros: custo amortizado, justo valor por contrapartida em

outro rendimento integral (OCI) e justo valor por contrapartida em resultados. Um ativo

financeiro será mensurado ao custo amortizado caso seja detido no âmbito do modelo de

negócio cujo objetivo é deter o ativo por forma a receber os fluxos de caixa contratuais e

os termos dos seus fluxos de caixa dão lugar a recebimentos, em datas especificadas,

relacionadas apenas com o montante nominal e juro em vigor. Se o instrumento de dívida

for detido no âmbito de um modelo de negócio que tanto capte os fluxos de caixa

contratuais do instrumento como capte por vendas, a mensuração será ao justo valor com

a contrapartida em outro rendimento integral (OCI), mantendo-se o rendimento de juros a

afetar os resultados.

Para um investimento em instrumentos de capital próprio que não seja detido para

negociação, a norma permite uma eleição irrevogável, no reconhecimento inicial, numa

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 72

base individual por cada ativo, de apresentação das alterações de justo valor em OCI.

Nenhuma desta quantia reconhecida em OCI será reclassificada para resultados em

qualquer data futura. No entanto, dividendos gerados, por tais investimentos, são

reconhecidos em resultados em vez de OCI, a não ser que claramente representem uma

recuperação parcial do custo do investimento.

Nas restantes situações, quer os casos em que os ativos financeiros sejam detidos no

âmbito de um modelo de negócio de trading, quer outros instrumentos que não tenham

apenas o propósito de receber juro e amortização e capital, são mensurados ao justo valor

por contrapartida de resultados.

Nesta situação incluem-se igualmente investimentos em instrumentos de capital próprio,

para os quais a entidade não designe a apresentação das alterações do justo valor em OCI,

sendo assim mensurados ao justo valor com as alterações reconhecidas em resultados.

A norma exige que derivados embutidos em contratos cujo contrato base seja um ativo

financeiro, abrangido pelo âmbito de aplicação da norma, não sejam separados; ao invés,

o instrumento financeiro hibrido é aferido na íntegra e, verificando-se os derivados

embutidos, terão de ser mensurados ao justo valor através de resultados.

A norma elimina as categorias atualmente existentes na IAS 39 de “detido até à maturidade”, “disponível para venda” e “contas a receber e pagar”.

A IFRS 9 (2010) introduz um novo requisito aplicável a passivos financeiros designados ao

justo valor, por opção, passando a impor a separação da componente de alteração de justo

valor que seja atribuível ao risco de crédito da entidade e a sua apresentação em OCI, ao

invés de resultados. Com exceção desta alteração, a IFRS 9 (2010) na sua generalidade

transpõe as orientações de classificação e mensuração, previstas na IAS 39 para passivos

financeiros, sem alterações substanciais.

A IFRS 9 (2013) introduziu novos requisitos para a contabilidade de cobertura que alinha

esta de forma mais próxima com a gestão de risco. Os requisitos também estabelecem uma

maior abordagem de princípios à contabilidade de cobertura resolvendo alguns pontos

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 73

fracos contidos no modelo de cobertura da IAS 39.

A IFRS 9 (2014) estabelece um novo modelo de imparidade baseado em “perdas esperadas” que substituirá o atual modelo baseado em “perdas incorridas” previsto na IAS 39.

Assim, o evento de perda não mais necessita de vir a ser verificado antes de se constituir

uma imparidade. Este novo modelo pretende acelerar o reconhecimento de perdas por via

de imparidade aplicável aos instrumentos de dívida detidos, cuja mensuração seja ao custo

amortizado ou ao justo valor por contrapartida em OCI.

No caso de o risco de crédito de um ativo financeiro não tenha aumentado

significativamente desde o seu reconhecimento inicial, o ativo financeiro gerará uma

imparidade acumulada igual à expectativa de perda que se estime poder ocorrer nos

próximos 12 meses.

No caso de o risco de crédito tiver aumentado significativamente, o ativo financeiro gerará

uma imparidade acumulada igual à expectativa de perda que se estime poder ocorrer até

à respetiva maturidade, aumentando assim a quantia de imparidade reconhecida.

Uma vez verificando-se o evento de perda (o que atualmente se designa por “prova objetiva de imparidade”), a imparidade acumulada é afeta diretamente ao instrumento em causa,

ficando o seu tratamento contabilístico similar ao previsto na IAS 39, incluindo o tratamento

do respetivo juro.

A IFRS 9 é aplicável em ou após 1 de Janeiro de 2018.

Estas modificações não tiveram impacto relevante nas demonstrações financeiras da

Sociedade.

IFRS 15 - Rédito de contratos com clientes

O IASB emitiu, em 28 de Maio de 2014, a norma IFRS 15 - Rédito de contratos com clientes.

A IFRS 15 foi adotada pelo Regulamento da Comissão Europeia n.º 1905/2016, de 22 de

Setembro de 2016. Com aplicação obrigatória em períodos que se iniciem em ou após 1 de

Janeiro de 2018.

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 74

Esta norma revoga as normas IAS 11 - Contratos de construção, IAS 18 - Rédito, IFRIC 13

- Programas de Fidelidade do Cliente, IFRIC 15 - Acordos para a Construção de Imóveis,

IFRIC 18 - Transferências de ativos Provenientes de Clientes e SIC 31 Rédito - Transações

de Troca Direta Envolvendo Serviços de Publicidade.

A IFRS 15 determina um modelo baseado em 5 passos de análise por forma a determinar

quando o rédito deve ser reconhecido e qual o montante. O modelo especifica que o rédito

deve ser reconhecido quando uma entidade transfere bens ou serviços ao cliente,

mensurado pelo montante que a entidade espera ter direito a receber. Dependendo do

cumprimento de alguns critérios, o rédito é reconhecido:

i) No momento preciso, quando o controlo dos bens ou serviços é transferido para o cliente;

ou

ii) Ao longo do período, na medida em que retracta a performance da entidade.

Estas modificações não tiveram impacto relevante nas demonstrações financeiras da

Sociedade.

IFRIC 22 – Transações em moeda estrangeira e contraprestação de adiantamentos

Foi emitida em 8 de Dezembro de 2016 a interpretação IFRIC 22, com data de aplicação

obrigatória para períodos que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018.

A nova IFRIC 22 vem definir que, tendo existido adiantamentos em moeda estrangeira para

efeitos de aquisição de ativos, suporte de gastos ou geração de rendimentos, ao aplicar os

parágrafos 21 a 22 da IAS 21, a data considerada de transação para efeitos da

determinação da taxa de câmbio a utilizar no reconhecimento do ativo, gasto ou rendimento

(ou parte dele) inerente é a data em que a entidade reconhece inicialmente o ativo ou

passivo não monetário resultante do pagamento ou recebimento do adiantamento na

moeda estrangeiram (ou havendo múltiplos adiantamentos, as taxas que vigorarem em

cada adiantamento).

Estas modificações não tiveram impacto relevante nas demonstrações financeiras da

Sociedade.

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 75

Foram ainda adotadas pela UE as alterações emitidas pelo IASB:

— Em 20 de Junho de 2016 e aplicável aos períodos que se iniciam em ou após 1 de

Janeiro de 2018, alterações à IFRS 2 – Classificação e Mensuração de Transações com

pagamentos baseados em ações;

— Em 8 de Dezembro de 2016 e aplicável aos períodos que se iniciam em ou após 1 de

Janeiro de 2018, alterações à IAS 40 – Transferência de propriedades de investimento

clarificando o momento em que a entidade deve transferir propriedades em construção

ou desenvolvimento de, ou para, propriedades de investimento quando ocorra alteração

no uso de tais propriedades que seja suportado por evidência (além do listado no

parágrafo 57 da IAS 40);

— Os melhoramentos anuais do ciclo 2014-2016, emitidos pelo IASB em 8 de Dezembro

de 2016 introduzem alterações, com data efetiva de aplicação para períodos que se

iniciem em ou após 1 de Julho de 2018 às normas IFRS 1 (eliminação da exceção de

curto prazo para aplicantes das IFRS pela primeira vez) e IAS 28 (mensuração de uma

associada ou joint venture ao justo valor).

Estas modificações não tiveram impacto relevante nas demonstrações financeiras da

Sociedade.

A Sociedade decidiu optar pela não aplicação antecipada das seguintes normas e/ou

interpretações, adotadas pela União Europeia:

IFRS 16 - Locações

A Sociedade encontra-se obrigado a aplicar a IFRS 16 - Locações, emitida pelo IASB a 13

de Janeiro de 2016, para períodos que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019. A

Sociedade avaliou o impacto estimado que a aplicação inicial da IFRS 16 irá ter nas suas

Demonstrações Financeiras, tal como descrito a seguir. Os impactos decorrentes da adoção

da IFRS 16, a 1 de Janeiro de 2019 podem alterar-se dado que:

— A Sociedade ainda não finalizou o conjunto de testes e avaliação dos controlos sobre

os novos sistemas de IT; e

— as novas políticas contabilísticas estão sujeitas a alterações até que a Sociedade

apresente as suas primeiras demonstrações financeiras em que se inclui a data de aplicação

inicial.

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 76

A IFRS 16 introduz um modelo contabilístico único para a classificação das locações na ótica

do locatário. Um locatário reconhece um ativo sobre direito de uso, que representa o direito

de usar o ativo subjacente, e um passivo de locação que representa a obrigação de efetuar

os pagamentos de locação. Existem exceções no reconhecimento para locações de curto

prazo e locações de valor reduzido. A política contabilística na ótica do locador permanece

similar à preconizada na norma atual – ou seja, os locadores continuam a classificar as

locações como financeiras ou operacionais.

A IFRS 16 revoga o atual guidance em sede de locações, incluindo a IAS 17 -

Arrendamentos, a IFRIC 4 - Determinar se um Acordo contém uma Locação, a SIC 15 -

Locações Operacionais — Incentivos e a SIC 27 - Avaliação da Substância de Transações

que Envolvam a Forma Legal de uma Locação.

i. Locações nas quais a Sociedade se apresenta como locatário:

A Sociedade irá reconhecer os novos ativos e passivos para as locações operacionais das

suas instalações (serviços centrais). A natureza das despesas relacionadas com estas

locações operacionais será alterada, uma vez que a IFRS 16 substitui despesas lineares de

locações operacionais por depreciações para os ativos sob direito de uso e encargos com

juros relativos aos passivos de locação.

Anteriormente, a Sociedade reconhecia as despesas de locação operacional linearmente

durante a vigência do contrato de locação, e reconhecia ativos e passivos apenas na medida

em que observava uma diferença no período de tempo entre os pagamentos de locação e

o reconhecimento da despesa.

À data de 31 de Dezembro de 2018, o valor mínimo dos pagamentos futuros de locação da

Sociedade sobre contratos de locação operacional não canceláveis corresponde a Euros

398.556 (Nota 6), sobre uma base não descontada, em que a Sociedade estima que

reconhecerá como passivo de locação adicional.

ii. Locações nas quais a Sociedade se apresenta como locador

A Sociedade não é locadora em nenhum contrato.

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 77

iii. Transição

A Sociedade planeia aplicar a IFRS 16 inicialmente à data de 1 de Janeiro de 2019, utilizando

a abordagem retrospetiva simplificada, sem a reexpressão de informação comparativa. A

abordagem de transição utilizada permite eleger um conjunto de expedientes práticos para

a não aplicação da IFRS 16, nomeadamente: i) Locação de curto prazo, contratos de locação

com um período inferior a 12 meses (incluindo opções de renovação); e ii) Locação de baixo

valor, contratos de locação cujo valor do ativo corresponda a ≤ EUR 5.000.

A Sociedade planeia aplicar o expediente prático referente à definição de contrato de

locação na data de transição, ou seja, irá aplicar a IFRS 16 a todos os contratos celebrados

antes de 1 de Janeiro de 2019 e identificados como locação de acordo com a IAS 17 e

IFRIC 4. Deste modo, para as locações anteriormente classificadas como locações

operacionais no âmbito da IAS 17, o ativo sob direito de uso é mensurado por uma quantia

igual ao passivo da locação, ajustada pela quantia de quaisquer pagamentos de locação

prévios ou acrescidos relacionados com essa locação, reconhecidos na demonstração da

posição financeira imediatamente antes da data de aplicação inicial. Assim, à data de 1 de

Janeiro de 2019 o impacto em resultados transitados será nulo.

A Sociedade já efetuou uma avaliação inicial dos potenciais impactos nas suas

demonstrações financeiras contudo, ainda não consolidou a sua avaliação de forma a aferir

sobre o montante dos impactos a incorporar nas demonstrações financeiras. O impacto real

de aplicar a IFRS 16 nas demonstrações financeiras no período de aplicação inicial irá

depender de condições económicas futuras, do desenvolvimento do portefólio de contratos

de locação da Sociedade, da avaliação da Sociedade, nomeadamente, se este irá exercer

alguma das opções de renovação, da amplitude que a Sociedade escolha em termos de

utilização dos expedientes práticos disponíveis e do reconhecimento das exceções.

IFRIC 23 – Incerteza sobre tratamento fiscal de imposto sobre rendimentos

Foi emitida em 7 de Junho de 2017 uma interpretação sobre como lidar,

contabilisticamente, com incertezas sobre o tratamento fiscal de impostos sobre o

rendimento, especialmente quando a legislação fiscal impõe que seja feito um pagamento

às Autoridades no âmbito de uma disputa fiscal e a entidade tenciona recorrer do

entendimento em questão que levou a fazer tal pagamento.

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 78

A interpretação veio definir que o pagamento pode ser considerado um ativo de imposto,

caso seja relativo a impostos sobre o rendimento, nos termos da IAS 12 aplicando-se o

critério da probabilidade definido pela norma quanto ao desfecho favorável em favor da

entidade sobre a matéria de disputa em causa.

Nesse contexto a entidade pode utilizar o método do montante mais provável ou, caso a

resolução possa ditar intervalos de valores em causa, utilizar o método do valor esperado.

A IFRIC 23 foi adotada pela Regulamento da Comissão EU 2018/1595, de 23 de Outubro

sendo de aplicação obrigatória para os exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro

de 2019 podendo ser adotada antecipadamente.

A Sociedade não espera que ocorram alterações significativas na adoção da presente

interpretação.

Normas, alterações e interpretações emitidas mas ainda não efetivas para a Sociedade:

Os melhoramentos do ciclo 2015-2017, emitidos pelo IASB em 12 de Dezembro de 2017

introduzem alterações, com data efetiva para períodos que se iniciem em ou após 1 de

Janeiro de 2019, às normas IFRS 3 (remensuração da participação anteriormente detida

como operação conjunta quando obtém controlo sobre o negócio), IFRS 11 (não

remensuração da participação anteriormente detida na operação conjunta quando obtém

controlo conjunto sobre o negócio), IAS 12 (contabilização de todas as consequências

fiscais do pagamento de dividendos de forma consistente), IAS 23 (tratamento como

empréstimos geral qualquer empréstimo originalmente efetuado para desenvolver um ativo

quando este se torna apto para utilização ou venda);

Outras alterações efetuadas pelo IASB cuja entrada em vigor se espera venha a ser em, ou

após 1 de Janeiro de 2019:

— Interesses de longo prazo em Associadas e Empreendimentos conjuntos (Alteração à

IAS 28 emitida em 12 de Outubro de 2017) clarificando a interação com a aplicação do

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 79

modelo de imparidade previsto na IFRS 9;

— Alterações, cortes ou liquidações do Plano (alterações à IAS 19, emitidas em 7 de

Fevereiro de 2018) onde é clarificado que na contabilização de alterações, cortes ou

liquidações de um plano de benefícios definidos a empresa deve usar pressupostos

atuariais atualizados para determinar os custos dos serviços passados e a taxa de juro

líquida do período. O efeito do asset ceiling não é tomado em consideração para o

cálculo do ganho e perda na liquidação do plano e é lidado separadamente no outro

rendimento integral (OCI);

— Alterações à definição de Negócio (alteração á IFRS 3, emitida em 22 de Outubro de

2018);

— Alterações à definição de Materialidade (Alterações à IAS 1 e à IAS 8, emitidas em 31

de Outubro de 2018).

A Sociedade não antecipa qualquer impacto na aplicação destas alterações nas suas

demonstrações financeiras.

26 Acontecimentos após data de balanço

Após a data de balanço e antes das demonstrações financeiras terem sido autorizadas para

emissão, não se verificaram transações e/ou acontecimentos relevantes que mereçam

relevância de divulgação.

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 80

PARECER DO CONSELHO FISCAL

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 81

5.CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 82

CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS

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Montepio Valor | Relatório e Contas 2018 83

MONTEPIO VALOR SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO, SA

Rua Soeiro Pereira Gomes, Lote 1, 7º Piso C/D

Tel. +351 210 416 003

[email protected]