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INDICE I Convocatória da Assembleia Geral Ordinária da CCAM

II Relatório do Conselho de Administração

1 Enquadramento Económico 1.1 Economia Internacional 1.2 Economia Nacional 1.3 Mercado Bancário Nacional 1.3.1. Evolução do Mercado Nacional de Depósitos 1.3.2. Evolução do Mercado Nacional de Crédito 1.4 Mercados Financeiros 1.5 Principais Riscos e Incertezas para 2016 2 Crédito Agrícola – Evolução Recente 2.1 Resultado e Balanço 2.1.1 Análise Financeira do SICAM (Negócio Bancário do Grupo CA) 2.1.2 Outros Factos Relevantes 3 Estrutura e Práticas do Governo Societário da CCAM de Entre Tejo e Sado 3.1 Estrutura de Governo Societário 3.2 Organograma Geral da CCAM 3.3 Assembleia Geral 3.3.1 Composição da Mesa da Assembleia Geral 3.3.2 Competência da Assembleia Geral 3.4 Conselho de Administração 3.4.1 Composição do Conselho de Administração 3.4.2 Competências do Conselho de Administração 3.4.3 Reuniões do Conselho de Administração 3.4.4 Distribuição de Pelouros pelos Membros do Conselho de Administração 4 Órgãos de Fiscalização 4.1 Conselho Fiscal 4.1.1 Composição do Conselho Fiscal 4.1.2 Reuniões do Conselho Fiscal 4.2 Revisor Oficial de Contas 5 Política de Remuneração dos membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CCAM Entre Tejo e Sado, CRL 6 Actividade da Caixa Agrícola em 2016 6.1 Factos mais Relevantes da Actividade da Caixa Agrícola 7 Evolução da Actividade da Caixa Agrícola 7.1 Indicadores de Exploração 8 Análise Económico-Financeira 8.1 Situação Líquida e Fundos Próprios 9 Área Comercial 9.1 Volume de Negócios 9.2 Crédito 9.3 Recursos

9.4 Fundos de Investimento 9.5 Taxa de Intermediação Financeira

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9.6 Terminais Pagamento Automático (TPA’s) 9.7 CA Seguros 9.8 CA Vida 9.9 Fundos de Investimento (CA GEST) 9.10 Fundos de Investimento Imobiliários (Square) 9.11 Campanhas 9.12 Avaliações de GRO’s de Balcões 9.13 Estratégia e Planeamento 9.14 Marketing/Comunicação e Imagem (Balcões) 10 Análise da Área de Risco e Recuperação de Crédito 11 Contencioso 12 Área de Actividades de Suporte 12.1 Sistemas de Segurança-Centralização dos Alarmes do SICAM 12.2 Consolidação do SIBAL e Virtualização dos Servidores de Agência 12.3 Informática 12.4 Penhoras de Saldos Bancários 12.5 Operações Gerais – Contabilidade – Recursos Humanos 12.6 Arquivo Central 12.7 Manutenções 12.8 Custos 12.9 Recursos Humanos 12.10 Fornecedores e Compras Gerais 2015 13 Desinvestimento em Imóveis 14 Auditoria Interna 15 Compliance 16 Proposta de Aplicação de Resultados 17 Considerações Finais 18 Demonstrações Financeiras Balanço Demonstração de Resultados

III Anexos às Contas

IV Relatório de avaliação da implementação da polit ica de remuneração em

2015

V Parecer Conselho Fiscal

VI Parecer Conselho Consultivo

VII Certificação Legal Contas

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1 QUADRAMENTO ECONÓMICO

1.1 ECONOMIA INTERNACIONAL A estimativa mais recente aponta para que se tenha verificado um crescimento do PIB mundial de 3,1% em 2016, valor inferior aos 3,2% alcançados em 2015. A confirmar-se esta expectativa, este será o ritmo de crescimento económico mais fraco desde o ano da recessão mundial de 2009.

Antes da crise financeira (2008), as economias emergentes vinham apresentando ritmos de crescimento superiores a 7,0%, tendo nos anos mais recentes (2008-2016) apresentado um crescimento em torno dos 4,0%. Efectivamente, para 2016, o FMI antecipa um crescimento no conjunto dos países emergentes de 4,2%, valor aquém dos 4,4% registados em 2015. Parte deste abrandamento perspectivado para a economia global em 2016 é explicado pela evolução da segunda maior economia do mundo – a China que, com uma variação estimada de 6,7% no PIB deste ano, regista o mais baixo crescimento desde 1990 (3,9%). Este valor contrasta, ainda assim, com o ritmo de crescimento dos países desenvolvidos, que se estima ter sofrido uma desaceleração de 2,1%, em 2015, para 1,6%, em 2016. A quebra no desempenho dos EUA, cujo crescimento anual reduziu de 2,6% em 2015 para 1,6% em 2016, encontra explicação na componente das exportações (que foram prejudicadas, entre outros, pelo fortalecimento do dólar americano) e na componente do investimento (condicionado pelo comportamento dos preços do petróleo que durante o ano de 2016 se mantiveram baixos). A economia da Zona Euro acelerou ligeiramente no final de 2016 (1,6%), mas o crescimento que se perspectiva é tímido e inferior ao registado em 2015 (2,0%), o que deverá contribuir para a divergência de posições entre os responsáveis monetários quanto ao fim dos estímulos na região da moeda única. Os ataques terroristas tiveram um forte impacto negativo no desempenho do sector do turismo da França (a 2ª maior economia da Zona Euro). Por outro lado, o FMI assinala que, apesar dos avanços registados na Grécia, com o PIB a progredir de -0,2% em 2015 para +0,3% em 2016, as dívidas da Grécia continuam “insustentáveis” a longo prazo (180% do PIB). No médio prazo, os riscos para o crescimento económico na Zona Euro são legados da crise recente1, o voto do Reino Unido para deixar a União Europeia, potenciais disrupções ao comércio internacional e um aperto mais forte da política monetária nos Estados Unidos que

1 Com os sectores público e privado a apresentarem níveis de endividamentos elevados e com processos de desalavancagem em curso, os

problemas no sector bancário não completamente resolvidos e os níveis de desemprego a permanecerem persistentemente elevados.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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poderá ter consequências negativas nas economias emergentes (algumas das quais com fortes relações comerciais com a Europa).

A taxa de desemprego na Zona Euro foi diminuindo paulatinamente ao longo do ano, atingindo no final de 2016 uma taxa prevista de 10,5%, valor mais baixo desde 2011 e que compara com os 11,0% registados no final de 2015. Não obstante a redução do nível de desemprego nos últimos anos, esta continua ainda em níveis historicamente elevados. Nos EUA, 2016 foi um bom ano para o mercado de trabalho, com o desemprego americano a situar-se nos 4,8%, apresentando níveis mínimos semelhantes aos registados em 2007. No que toca à remuneração média por hora, esta aumentou 2,9% face a Dezembro de 2015, o que traduz o maior aumento desde 2009.

Em termos agregados da Zona Euro, a inflação perspectivada para 2016 foi de 0,2%, que compara com os 0,0% registados em 2015. Esta recuperação, ainda assim para um nível inferior ao objectivo de 2,0% definido pelo BCE, muito contribuiu a combinação dos aumentos no preço da energia e uma modesta recuperação económica. A autoridade monetária europeia estendeu até final do ano o plano de compra de activos no sector público como forma de dar força à inflação através de incentivos à economia. Mas com a subida dos preços a encaminhar-se progressivamente para um ritmo que o BCE considera adequado para assegurar a estabilidade económica, alguns responsáveis avaliam a hipótese de antecipar o fim do programa de quantitative easing. Também a inflação nos EUA foi subindo ao longo de 2016, principalmente na segunda metade do ano, estimando-se que fique nos 1,3%, acima dos 0,1% registados em 2015. Este aumento foi suportado pelo fim do ciclo de quedas nos preços do petróleo, ditando que o sector energético deixasse de ter uma

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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contribuição negativa em 2016 e começasse mesmo a contribuir positivamente para o aumento dos preços ao consumidor. O ano de 2016 ficou ainda marcado pela ocorrência de diversos eventos políticos de consequências potencialmente muito disruptivas. Na Europa, o ano de 2016 ficou decisivamente marcado pela vitória do Brexit no Reino Unido, evento que poderá condicionar a situação económica e a evolução dos mercados em função dos recuos e avanços que se venham a verificar no desenrolar do processo negocial de saída do Reino Unido da União Europeia. Theresa May, a chefe do governo britânico, prometeu activar o Artigo 50 antes do final de Março de 2017, pelo que esta questão será um tema importante no debate político associado à realização de eleições em França e na Alemanha e condicionará o futuro da União Europeia nos próximos anos. Nos EUA, Donald Trump venceu as eleições presidenciais constituindo uma incógnita o rumo esperado da política americana, sendo certo que o actual discurso político é marcadamente proteccionista (limitações à livre circulação de pessoas e bens) e de confronto com a política convencional (ruptura com o status quo).

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1.2 ECONOMIA NACIONAL A economia portuguesa, penalizada por um crescimento fraco do investimento e por fragilidades ao nível das exportações, no primeiro semestre de 2016, manteve a tendência de desaceleração iniciada no último trimestre de 2015, tendo crescido apenas 0,9% em termos homólogos. A aceleração registada no segundo semestre de 2016, muito por conta da evolução da actividade turística e do consumo privado, permitiu que o crescimento anual se situasse nos 1,3% em 20162, valor 3 p.p. abaixo do crescimento registado em 2015 (1,6%).

O comportamento das exportações nacionais foi condicionado pela ocorrência de diversos factores, de entre os quais se destacam a persistente precariedade da situação económica em Angola (em termos homólogos, entre Janeiro e Outubro, as exportações de bens para Angola diminuíram 41,9%), muito afectada pelo baixo preço de petróleo e pelo facto de uma refinaria ter estado temporariamente parada no início do ano (o que fez com que as exportações de combustíveis diminuíssem 29,1% até Outubro). Em sentido inverso, o sector do turismo mostrou um crescimento nas exportações de serviços de 9,2%.

2 Neste enquadramento, a Comissão Europeia melhorou as estimativas para 2017 e 2018, esperando agora que a economia cresça 1,6% e 1,5%,

respectivamente (em contraste com as previsões de Outono para o crescimento do PIB de 1,2% em 2017 e 1,4% em 2018).

Indicadores macroeconómicos (2014-2016)2014 2015 2016

Procura Externa tav 4,6 3,8 2,0

EUR/USD Taxa de Câmbio (%) tav -11,97 -10,22 -3,18

Preço do Petróleo (%) tav -41,0 -27,6 57,0

Produto Interno Bruto tav 0,9 1,6 1,3

Consumo Privado tav 2,1 2,6 2,1

Consumo Público tav -0,7 0,8 1,0

Formação Bruta de Capital Fixo tav 2,3 4,5 -1,7

Exportações tav 3,4 6,1 3,7

Importações tav 6,2 8,2 3,5

Índice Harmonizado de Preços no Consumidor tav 0,7 0,5 0,8

Taxa de Poupança (%) vma 6,9 7,0 5,0

Taxa de Emprego % 50,7 51,3 52,0

Taxa de Desemprego % 13,9 12,4 11,0

Remunerações por Trabalhador (sector privado) tav -1,3 0,0 1,5

Balança Corrente e de Capital (%PIB) tav 2,1 1,7 1,1

Balança de Bens e Serviços (%PIB) tav 1,1 1,8 2,2

Taxa de referência do BCE (média) % 0,16 0,05 0,00

Euribor 3 meses (média) % 0,21 0,00 -0,30

Yield das OT Alemãs 10 anos (média) % 0,54 0,63 0,20

Yield das OT Portuguesas 10 anos (média) % 2,69 2,52 3,76

Fonte: Banco de Portugal (Dezembro 2016), Banco Central Europeu (Dezembro 2016) e Bloomberg (Janeiro 2017)

tav: Taxa anual de variação; vma: variação média anual

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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O consumo privado cresceu 2,1% em 2016 i.e. 5 p.p. abaixo do verificado em 2015. Por seu lado, o investimento interrompeu em 2016 uma tendência de recuperação gradual, mas constante, iniciada no final de 2013. A formação bruta de capital fixo registou ainda assim decréscimos homólogos sucessivamente menores nos 3 primeiros trimestres (-2,7%, -2,4% e -1,5%). Os factores que mais contribuíram para este cenário foram as incertezas externas (volatilidade dos mercados no início do ano e incertezas políticas) e incertezas internas (viabilidade da solução política e problemas na banca portuguesa) que afastaram os investidores. Para além disso, observou-se também uma descida do investimento público para níveis historicamente baixos (até Setembro registou-se uma quebra de 27,6% na formação bruta de capital fixo por parte das administrações públicas). No mercado laboral, depois de um período entre Junho de 2015 e Março de 2016 em que a taxa de desemprego aumentou de 11,9% para 12,4%, o 2º e 3º trimestres de 2016 mostraram uma tendência de melhoria, com a taxa a descer para os 10,5% entre Julho e Setembro, o valor mais baixo desde o final de 2009, o que permitiu fechar o ano com uma taxa de desemprego de 11,0%. Em termos da evolução dos preços, em 2016 verificou-se praticamente uma manutenção do nível registado no ano anterior já que a inflação média para 2016 deverá rondar os 0,8%, ligeiramente acima dos 0,5% registados em 2015.

Em 2016, a dívida pública portuguesa somou 241,1 mil M€, o que representa um aumento de 9,5 mil M€ face a 2015. Para o aumento de 4,1% contribuíram as emissões líquidas de títulos, com destaque para as emissões de Tesouro de rendimento variável (um novo instrumento que permitiu captar cerca de 3,3 mil M€ de aplicações das famílias) e para as emissões de certificados do Tesouro (que aumentaram 3,4 mil M€). Por seu lado, os empréstimos caíram 5,6 mil M€, com o contributo do reembolso antecipado de 4,5 mil M€ concedidos pelo FMI no âmbito do Programa de Assistência Económica e Financeira. A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) estima que a dívida pública tenha subido para 130,2% do PIB no conjunto de 2016. Esta estimativa, a confirmar-se, significa um decréscimo face ao valor registado no final do terceiro trimestre de 2016, de 133,4% do PIB, mas significa igualmente um aumento em relação a 2015 e um desvio face ao previsto para o final do ano pelo Ministério das Finanças no âmbito do Orçamento do Estado para 2017 (129,7%). Para este desvio terá contribuído o acréscimo de depósitos da administração central de 13,3 mil M€ no final de 2015 para 17,3 mil M€, quando se encontrava prevista no OE2017 uma estabilização. A UTAO estima que a dívida pública líquida (i.e. excluindo os depósitos da administração central) poderá atingir 120,8% do PIB no final de 2016, o que representa um decréscimo de 0,8 p.p. face a 2015. A Comissão Europeia, nas previsões económicas de Inverno, estima que a dívida pública portuguesa, na óptica de Maastricht, tenha subido para 130,5% do PIB em 2016.

Fonte: Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, Janeiro 2017

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A Comissão Europeia, nas previsões económicas de Inverno, estima ainda que o défice orçamental português tenha descido para 2,3% do PIB em 2016, ficando abaixo da meta definida para o fim do processo de sanções (2,5%) mas ainda revelando a fragilidade das finanças públicas nacionais. A arrecadação de receita foi inferior ao orçamentado em 2016, tendo esse efeito sido parcialmente compensado por receitas adicionais (que valeram 0,25% do PIB, através do Programa Especial de Redução do Endividamento ao Estado) e pela contenção de despesa, estimando-se que, sem as medidas extraordinárias, o défice orçamental português ficaria nos 2,6% do PIB.

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1.3 MERCADO BANCÁRIO NACIONAL O ano de 2016 e o início de 2017 foram marcados por uma reestruturação significativa dos principais bancos portugueses e, em alguns casos, com mudanças na gestão e nas estruturas de controlo accionista. Em termos sucintos, temos: o plano de recapitalização e a nomeação de uma nova equipa de gestão para a CGD (o banco de capitais públicos); a entrada e reforço de um novo accionista (fundo chinês Fosun) no BCP e o pagamento da última fatia de 700M€ do empréstimo obrigacionista de acções convertíveis (que chegou a totalizar 3.000M€); a oferta pública de aquisição lançada pelo grupo catalão CaixaBank sobre o capital do BPI que lhe permitiu adquirir uma posição de 84,52% (participação que compara com os anteriores 45,5%); o veto do Parlamento às propostas PCP/BE de nacionalização do Novo Banco, a entrada do BES em processo de liquidação e o reforço das negociações entre Banco de Portugal e o Fundo de Resolução e os candidatos à aquisição do Novo Banco (ex. fundo Lone Star) para conclusão deste processo.

1.3.1 Evolução do mercado nacional de depósitos (Dezembro 2011 –

Dezembro 2016)

Segundo a informação mais recente disponibilizada pelo Banco de Portugal referente a Dezembro de 2016, o volume de depósitos aumentou 2,3% em Dezembro de 2016 face ao período homólogo de 2015. Para essa evolução contribuíram o acentuado crescimento dos depósitos de empresas em 8,4% (+8,2 p.p. que em 2015) e um ligeiro crescimento nos depósitos de particulares em 1,0% (-2,8 p.p. que em 2015).

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1.3.2 Evolução do mercado nacional de crédito (Dezembro 2011 –

Dezembro 2016)

Ao invés, o crédito bruto total concedido a clientes registou um decréscimo de 3,2% em Dezembro de 2016 face ao registado no final de 2015. A quebra mais significativa verificou-se no crédito a empresas (-5,5%), mas também foi assinalada uma redução no crédito a particulares (-1,6%), ambos face a Dezembro de 2015.

De acordo com a informação divulgada pelo Banco de Portugal, entre Dez.2015 e Dez.2016, o crédito total reduziu 3,2% com uma quebra percentual mais expressiva (de dois dígitos) no segmento das empresas nas regiões autónomas e nos distritos de Viana do Castelo, Setúbal e Portalegre. Em Lisboa, o crédito a empresas caiu 2,6 mil milhões de euros, o que explica mais de 55% da quebra registada no país.

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Analisando detalhadamente o crédito a particulares, verifica-se que o decréscimo deveu-se essencialmente à diminuição do crédito à habitação (-3,0% em Dezembro de 2016 face ao período homólogo de 2015) que representa 80,8% do total do crédito a particulares. Relativamente ao crédito vencido de clientes particulares, esse situou-se nos 3,9%, agravado, principalmente, pelo crédito a outros fins que, ainda assim, tem vindo a perder peso no agregado de crédito.

No caso do crédito a empresas, o decréscimo de 5,5% deveu-se principalmente à redução do crédito a empresas do sector da construção, actividades imobiliárias e água e saneamento. Apenas nos sectores da agricultura e pescas, alojamento e restauração, saúde e apoio social e indústrias extractivas foi possível verificar um aumento do crédito concedido (5,0%, 2,7%, 1,4% e 0,8%, respectivamente). Relativamente ao crédito vencido a empresas, este situou-se nos 15,7%, sendo que os sectores com maior incumprimento continuam a ser o da construção, do comércio, das actividades imobiliárias e das indústrias extractivas, que mantêm elevada representatividade no total do crédito a empresas.

Valores em milhares de euros

Evolução do crédito total por região - Dez.2016

Particulares Empresas Total Particulares Empresas Total

Aveiro 5.598 2.834 8.432 4,3% -3,9% -5,1% -4,3%

Beja 1.290 442 1.732 0,9% -2,5% -0,7% -2,0%

Braga 6.293 3.467 9.760 5,0% -2,8% -8,9% -5,1%

Bragança 903 264 1.167 0,6% -2,3% 10,9% 0,4%

Castelo Branco 1.437 404 1.841 0,9% -3,7% -1,5% -3,2%

Coimbra 3.833 1.291 5.124 2,6% -3,6% 1,2% -2,4%

Évora 1.676 897 2.573 1,3% -4,1% 26,7% 4,8%

Faro 4.661 1.747 6.408 3,3% -6,9% 1,5% -4,7%

Guarda 879 272 1.151 0,6% -2,9% -5,2% -3,4%

Leiria 4.121 2.489 6.610 3,4% -4,4% -1,5% -3,3%

Lisboa 44.162 43.090 87.252 44,9% 1,7% -5,8% -2,1%

Portalegre 869 276 1.145 0,6% -3,8% -16,1% -7,1%

Porto 17.168 12.246 29.414 15,1% -3,0% -4,1% -3,4%

Santarém 4.024 1.507 5.531 2,8% -3,7% -0,4% -2,8%

Setúbal 9.337 1.769 11.106 5,7% -2,9% -15,2% -5,1%

Viana do Castelo 1.641 488 2.129 1,1% -3,3% -24,2% -9,1%

Vila Real 1.337 346 1.683 0,9% -2,5% 4,2% -1,2%

Viseu 2.531 1.084 3.615 1,9% -1,7% 6,3% 0,5%

Reg. Autónoma Açores 2.607 796 3.403 1,8% -4,4% -31,4% -12,5%

Reg. Autónoma Madeira 2.931 1.328 4.259 2,2% -3,8% -14,4% -7,4%

Total 117.296 77.037 194.335 100% -1,6% -5,5% -3,2%

Fonte: Banco de Portugal

Crédito Peso total

%

Var. Homóloga

Evolução do mercado de crédito a particulares por tipologia - Dez.2016

Tipologia Volume de crédito (M€) Var. Homóloga Peso total % Crédito vencido %

Habitação 94.780 -3,0% 80,8% 2,5%

Consumo 13.725 12,7% 11,7% 6,2%

Outros fins 8.792 -5,8% 7,5% 15,4%

Total 117.297 -1,6% 100% 3,9%Fonte: Banco de Portugal

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Actividade económica Var. Homóloga Total Crédito Peso %% Crédito

Vencido

Agricultura e Pescas 5,0% 2.294 3,0% 5,9%

Indústrias Extractivas 0,8% 256 0,3% 10,5%

Indústrias Transformadoras -0,3% 12.844 16,7% 10,1%

Energia -8,1% 2.313 3,0% 0,7%

Água e Saneamento -12,3% 1.358 1,8% 2,0%

Construção -11,8% 11.343 14,7% 35,8%

Comércio -0,9% 12.127 15,7% 14,6%

Transporte e Armazenagem -5,3% 6.837 8,9% 7,5%

Alojamento e Restauração 2,7% 4.567 5,9% 10,4%

Actividades Imobil iárias -15,2% 9.508 12,3% 25,6%

Saúde e Apoio Social 1,4% 1.291 1,7% 4,7%

Outros -4,7% 12.298 16,0% 10,4%

Total -5,5% 77.037 100% 15,7%

Fonte: Banco de Portugal

Valores em milhões de euros

Evolução do mercado de crédito a empresas por CAE - Dez.2016

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1.4 MERCADOS FINANCEIROS Mercados accionistas No final do primeiro trimestre de 2016, o sentimento global de aversão ao risco perdeu força. O BCE reforçou a sua política monetária acomodatícia. A China apresentou uma nova série de medidas de estímulos e controlo do valor da sua moeda. Os EUA divulgaram dados económicos prometedores e a Reserva Federal Americana indicou que iria adiar uma subida das taxas de juro. Ainda assim, excluindo os índices americanos e britânicos, a quase totalidade dos principais índices accionistas registou perdas superiores a 10%, particularmente relevantes nos mercados asiáticos. Com desvalorizações desta magnitude, este acabou por ser o pior arranque de ano para as bolsas desde 2008.

A finalizar a primeira metade do ano, o resultado do referendo realizado no Reino Unido retirou um valor recorde de $3 biliões dos mercados globais em apenas dois dias, levando a uma queda abrupta dos índices accionistas. Em contraposição, as perspectivas de políticas mais expansionistas nos EUA com a vitória de Trump nas eleições americanas, a recuperação dos preços do petróleo e uma actividade económica resiliente levaram os índices americanos a atingirem novos máximos históricos no final de 2016, com o Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq a registarem valorizações anuais de 15%, 12% e 9%, respectivamente. Os factores que foram afectando a Europa ao longo do ano, combinados com os dados económicos pouco surpreendentes, embora positivos, levaram as bolsas da Europa a terem um desempenho mais contido. Em termos anuais o Stoxx 600 registou uma perda de 1,2%, mas o DAX alemão teve uma evolução bastante positiva (+6,87%). Os países da periferia foram os mais vulneráveis aos desenvolvimentos na Europa, com o PSI 20 e o índice de referência italiano a registarem perdas de 11,9% e 10,2%, respectivamente. Em Espanha a descida não foi tão acentuada (-2%).

Mercados monetários - Taxas de câmbio e taxas de juro de referência

Em 2016, foram registadas quedas do euro (EUR) face ao dólar (USD), pelo terceiro ano consecutivo, algo que não acontecia desde finais de 2001. Num período marcado pela disparidade entre as políticas monetárias do BCE e da FED, o Euro recuou 2,9% para os 1,0539 USD no final do ano, tendo chegado a negociar em mínimos de Dezembro de 2002.

0,62

0,95

1,28

1,781,66

1,87

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

1,40

1,60

1,80

2,00

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Índices Accionistas (base 2010)

PSI 20 IBEX 35 CAC 40 SP 500 DAX NIKKEI

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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O resultado do Brexit afectou significativamente a libra esterlina, tendo esta tido um dos piores desempenhos em 2016, tendo-se fixado a cotação nos 1,2340 USD. Num contexto de elevada incerteza, o Iene continuou a representar o seu papel de moeda refúgio e, em 2016, o USD perdeu terreno face ao Iene, caindo 2,97% e com cada USD a valer 116,96 Ienes no final do ano. Não obstante a desvalorização face ao Iene, o USD, em relação ao índice de referência das principais moedas mundiais (DXY), ultrapassou os 103 pontos em Dezembro, valor que não era registado desde final de 2002 (dando a 2016 a denominação de “o ano da nota verde”).

No que se refere ao mercado monetário na Zona Euro, verificou-se ao longo de todo o ano a progressiva descida das taxas Euribor. No final do ano, a taxa Euribor a um mês estava a -0,368% e a Euribor a 1 ano apresentava o valor de -0,082%. Nos EUA, as taxas LIBOR do USD até um ano acabaram por subir ao longo do ano, tendo apresentado o valor de 1,686% no final do ano de 2016.

Matérias-primas

Os primeiros seis meses do ano foram marcados por uma subida dos preços à vista (“spot”) nos mercados das matérias-primas (commodities) que reacenderam o interesse dos investidores. O ouro, em particular, liderou o caminho, a ganhar quase 20% nos primeiros 6 meses do ano. Os preços do petróleo subiram de US$39 por barril no final de Março para quase US$50 por barril no final de Junho. Os produtos agrícolas, como a soja, o açúcar, o milho e o algodão, também apresentaram ganhos no segundo trimestre.

-0,32

0,00

0,75

0,25

-0,6

-0,4

-0,2

0,0

0,2

0,4

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0,8

1,0

1,2

1,4

1,6

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Taxas de referência nos Mercados Monetários

Euribor 3M Taxa BCE Taxa FED Taxa BOE

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

15

Na segunda metade de 2016 verificou-se uma evolução mais moderada dos preços das matérias primas. O Brexit enviou ondas de choque para todos os mercados do mundo, tendo os investidores convergido para o ouro, como activo de refúgio, o que permitiu uma valorização de 8,2% nas semanas seguintes à votação. Após as eleições presidenciais americanas o ouro acabou por perder parte do seu valor, tendo encerrado o ano a valorizar 9,33% em 2016. No final do 3º trimestre, a OPEP decidiu que a produção de crude seria cortada a partir de Janeiro de 2017, conduzindo a uma subida dos preços do petróleo. O Brent do Mar do Norte registou um ganho de 52% nos 12 meses do ano, fechando com uma cotação de US$56,82 por barril. Já o West Texas Intermediate observou um rendimento anual de 45%, encerrando o ano a US$53,72 por barril. Mercado obrigacionista

A dívida portuguesa teve um dos piores desempenhos na Zona Euro. Em 2016, a taxa da dívida soberana a dez anos aumentou 1,25 p.p., de 2,516% para 3,764%. A subida do prémio de risco foi ainda mais acentuada, exigindo o mercado um prémio de 356 pontos base face à dívida alemã, referência na Zona Euro. As obrigações italianas sofreram também uma subida anual das suas yields, a primeira desde a crise da dívida em 2011. No prazo de 10 anos a dívida soberana italiana subiu de 1,592% no início do ano para os 1,812% no final do ano (+ 22 pontos base), ao contrário da dívida espanhola que, para a mesma maturidade, registou uma descida de 1,766% no início do ano para os 1,380% no final do ano (-38,6 p.b.).

A dívida alemã foi um dos activos com melhor desempenho em 2016, pois, para uma maturidade a 10 anos, os títulos começaram o ano com uma yield de 0,629% e acabaram o ano com uma yield de 0,208%, registando uma variação de -42,1 pontos base. A meio do ano, o rendimento da dívida alemã entrou mesmo em terreno negativo, chegando a yield a 10 anos a atingir o valor de -0,190%. Do outro lado do Atlântico, nos EUA, a yield das obrigações da dívida soberana americana a 10 anos iniciou o ano com uma yield de 2,273% e encerrou o ano com os 2,446% (+17,3 pontos base).

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

16

1.5 PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS PARA 2017 A evolução das economias europeias e a instabilidade política e económica, fruto das futuras eleições em França e na Holanda e da implementação do Brexit, constituem os grandes focos de preocupação para 2017. A eleição de governos extremistas e antieuropeístas nos países referidos juntamente com a concretização da saída do Reino Unido da União Europeia podem significar, segundo analistas internacionais, o fim da União Europeia, com riscos incalculáveis nas economias dos países que dela fazem parte. A este factor externo, junta-se outro relacionado com a eleição de Donald Trump como Presidente dos EUA, que criou uma tensão internacional e instabilidade geopolítica que poderá trazer maior incerteza quanto à evolução económica mundial para os próximos anos. O ano de 2017 será mais um ano marcado pela regulamentação e diversas exigências impostas ao sector financeiro, tanto para a banca europeia, através do Banco Central Europeu (BCE), como para a banca nacional por intermédio do Banco de Portugal (BdP). No início de 2017, o Banco de Portugal apontou quatro grandes desafios com que o sistema bancário nacional se defronta actualmente, são eles:

i. melhorar de forma sustentada a sua rendibilidade; ii. adaptar-se às novas exigências regulatórias e assegurar a sua observância; iii. introduzir alterações no modelo de governo e na cultura organizacional que permitam recuperar a

confiança dos stakeholders; e iv. investir em inovação em termos operacionais e ao nível da prestação de serviços aos clientes.

No imediato, o reforço da rendibilidade dos bancos é o desafio primordial para gerar capital interno e para atrair capital externo e, desse modo, criar as condições que permitam pôr em prática estratégias de:

i. redução do peso dos activos improdutivos (crédito e imóveis) nos balanços; ii. reavaliação dos modelos de negócio com vista a torná-los mais eficientes (eliminação do

“overbanking”) e ajustados ao novo paradigma de banca digital; e iii. mudança cultural e de comportamentos com vista a recuperar a confiança e a estabilidade de todos

os stakeholders. Para além dos dois reguladores acima mencionados, as instituições de crédito e as sociedades financeiras estão também abrangidas pela regulamentação emitida pelas autoridades reguladoras do mercado de capitais e das actividades de investimento (e.g. ESMA3, CMVM), estando neste âmbito abrangidas por novos requisitos e regulamentos, em implementação nacional e em consulta, o que naturalmente inclui o Grupo Crédito Agrícola.

3 European Securities and Markets Authority

17

2- CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE

2.1 RESULTADO E BALANÇO 2.1.1 Análise Financeira do Negócio Bancário do Grupo CA

(SICAM) Nota: Os dados económico-financeiros apresentados para o SICAM (Caixa Central e Caixas Associadas), referentes ao exercício de 2016, constituem valores provisórios e não auditados.

Balanço

Em milhares de euros

Abs. %

Activo

Disponibilidades 421.057 415.824 -5.233 -1,2%

Aplicações em Instituições de Crédito 94.827 6.035 -88.792 -93,6%

Crédito a Clientes (líquido) 7.577.775 7.997.636 419.860 5,5%

Crédito a Clientes (bruto) 8.429.644 8.713.284 283.640 3,4%

Provisões / Imparidades Acumuladas 851.869 715.648 -136.221 -16,0%

Aplicações em Títulos (líquido) 3.729.604 5.311.976 1.582.371 42,4%

Activos não correntes detidos para venda 445.441 395.045 -50.396 -11,3%

Invest. Filiais, Tangíveis e Intangíveis 330.958 320.780 -10.178 -3,1%

Outros Activos 460.129 433.319 -26.810 -5,8%

Total Activo 13.059.792 14.880.614 1.820.822 13,9%

Passivo

Recursos de bancos centrais e OIC 625.817 1.578.903 953.086 152,3%

Recursos de Clientes 10.969.821 11.770.738 800.917 7,3%

Passivos Subordinados 120.409 116.534 -3.876 -3,2%

Outros Passivos 171.118 187.064 15.946 9,3%

Total Passivo 11.887.166 13.653.239 1.766.073 14,9%

Capitais Próprios 1.172.626 1.227.375 54.749 4,7%

Total do Capital Próprio + Passivo 13.059.792 14.880.614 1.820.822 13,9%

2015 2016Variação

18

Após 2 anos de recuperação económica moderada em Portugal, o ano de 2016 veio abrandar ligeiramente a trajectória iniciada em 2014 com o Banco de Portugal, no Boletim Económico de Dezembro, a apontar para um crescimento do PIB de 1,2%4, valor aquém dos 1,6% registados em 2015. A ausência de convergência real face à área do euro vem reflectindo a persistência de constrangimentos estruturais ao crescimento da economia portuguesa, no qual assumem uma relevância especial os elevados níveis de endividamento dos sectores público e privado, uma evolução demográfica desfavorável e a persistência de ineficiências nos mercados do trabalho e do produto que requerem a continuação do processo de reformas estruturais. O forte dinamismo do consumo registado nos últimos anos esteve associado à despesa em bens duradouros, resultante em parte da concretização de decisões adiadas durante a recessão de 2011-2013. Apesar do aumento da procura interna em 2016, assistiu-se à redução do nível de alavancagem da economia (famílias, SNF5 e sector público) e à redução homóloga do crédito concedido (-2,7%).

4 Para 2017 e 2018, prevê-se um crescimento de 1,4% e 1,5%, respectivamente. Fonte: Boletim Económico do Banco de Portugal (Dez.2016). 5 Sociedades não financeiras.

Demonstração de Resultados

Em milhares de euros

Abs. %

Juros e rendimentos similares 400.181 396.270 -3.912 -1,0%

Juros e encargos similares 155.052 120.256 -34.795 -22,4%

Margem Financeira 245.129 276.013 30.884 12,6%

Comissões líquidas 130.193 138.192 7.999 6,1%

Result. de operações financeiras 98.912 38.561 -60.351 -61,0%

Outros resultados de exploração (*) 28.523 21.766 -6.756 -23,7%

Produto Bancário 502.756 474.532 -28.225 -5,6%

Custos de Estrutura 300.838 313.331 12.493 4,2%

Custos de pessoal 166.516 175.410 8.895 5,3%

Gastos gerais administrativos 121.152 124.682 3.530 2,9%

Amortizações 13.170 13.238 68 0,5%

Provisões e imparidades 126.902 56.123 -70.778 -55,8%

Resultado antes de impostos 75.017 105.078 30.060 40,1%

Impostos, após correc. e diferidos 18.706 33.020 14.314 76,5%

Resultado Líquido 56.311 72.057 15.746 28,0%

Variação2015 2016

(*) Inclui rendimentos de instrumentos de capital, resultados de reavaliação cambial, resultados de alienação de outros activos e

outros resultados de exploração.

19

Em 2016, o Crédito Agrícola apresentou um resultado líquido proveniente do negócio bancário (SICAM) de cerca de 72,1 milhões de euros que representa um aumento de 16 milhões de euros face aos 56,3 milhões de euros alcançados em 2015.

Apesar do resultado líquido do SICAM em 2016 ser significativamente superior ao do ano anterior, o produto bancário registou, em sentido inverso, uma quebra de 5,6%. Esta quebra resulta sobretudo de uma redução significativa dos resultados de activos financeiros disponíveis para venda (-61,0%) e foi parcialmente compensada através do aumento da margem financeira e das comissões líquidas em 12,6% e 6,1%, respectivamente.

A margem financeira do SICAM aumentou de 12,6%, passando de 245 milhões de euros em 2015 para 276 milhões de euros em 2016, e esta variação positiva resultou do efeito da redução das taxas de remuneração (dos novos depósitos e das renovações) ainda que aplicado a um volume de depósitos superior ao registado no período homólogo.

É ainda de realçar que a Caixa Central em 2016 efectuou um esforço de redução remuneração dos recursos das Caixas Associadas com vista a reduzir a pressão sobre a margem financeira da Caixa Central, ainda assim acima dos níveis praticados no mercado, sacrificando a sua margem financeira.

1,5

24,5

56,3

72,1

2013 2014 2015 2016

Evolução do Resultado líquido(em milhões de euros)

Valores em milhões de euros

31-mar-16 30-jun-16 30-set-16 31-dez-16

Caixas Associadas 25,5 36,2 56,1 80,6

Caixa Central 5,3 -13,8 -13,7 -9,3

SICAM (Consolidado) 30,9 22,9 42,8 72,1

Evolução do Resultado Líquido

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Margem Financeira 248 245 276 31 12,6%

Margem Complementar, da qual: 306 258 199 -59 -22,9%

Comissões líquidas 129 130 138 8 6,1%

Resultado de operações financeiras 171 98,9 38,6 -60 -61,0%

Outros resultados de exploração 7 29 22 -7 -23,7%

Produto Bancário 554 503 475 -28 -5,6%

Decomposição do Produto Bancário - SICAM

20

Contudo, as remunerações têm vindo a reduzir, convergindo para taxas semelhantes às praticadas no mercado. De qualquer forma é inevitável que este processo de convergência com o mercado se mantenha em 2017, o que implicará desafios acrescidos de rentabilidade para as Caixas Associadas.

Quanto aos custos de estrutura do SICAM, verificou-se um aumento de 4,2% (12,4 milhões de euros). Este agravamento justifica-se pelo aumento dos custos com o pessoal em 8,9 milhões de euros (+5,3%) e dos gastos gerais administrativos em 3,5 milhões de euros (+2,9%).

Numa análise à variação homóloga com referência aos 12 meses de 2016, verifica-se: i. no agregado das 82 Caixas Associadas, um agravamento de 5,9% nos custos com pessoal

(de 140,7 milhões de euros para 149,0 milhões de euros), explicado pela entrada em vigor dos novos mandatos (2016-2018) e da associada promoção de quadros qualificados a titulares de funções em órgão sociais e de fiscalização, e de 1,6% nos gastos gerais administrativos (de 103,6 milhões de euros para 105,3 milhões de euros); e

Valores em milhões de euros

Margem

Financeira

Comissões

Líquidas

Res. Op.

Financeiras

Margem

Complementar

Produto

Bancário

Caixas Associadas 256 117 0 138 394

Caixa Central 20 21 35 37 78

SICAM (Consolidado) 276 138 39 199 475

Produto Bancário - SICAM

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Custos de Estrutura 300 301 313 12 4,2%

Custos de Pessoal 165 167 175 9 5,3%

Gastos Gerais Administativos 121 121 125 4 2,9%

Amortizações 14 13 13 0 0,5%

Evolução dos Custos de Estrutura - SICAM

21

ii. na Caixa Central, um agravamento de 0,1% nos custos com pessoal (de 25,8 milhões de euros para 25,8 milhões de euros) e de 11,0% nos gastos gerais administrativos (de 19,0 milhões de euros para 21,1 milhões de euros).

Numa análise mais detalhada, é possível verificar que as rubricas que mais contribuíram para o agravamento dos custos com pessoal nas Caixas Associadas, no valor de 8,3 milhões de euros, respeitam ao fundo de pensões (+4,0 milhões de euros), às remunerações com os órgãos sociais de gestão e de fiscalização (+3,0 milhões de euros) e encargos associados. Na Caixa Central, os gastos com pessoal mantiveram-se em linha com o período homólogo, ainda que se tenha registado um agravamento na rubrica de indemnizações contratuais. As rubricas que mais contribuíram para o agravamento dos gastos gerais administrativos foram:

- na Caixa Central, o acréscimo de 2,1 milhões de euros respeita essencialmente aos serviços da SIBS (ex. cartões), aos custos judiciais, de contencioso e de notariado, às avenças e honorários (ex. recuperação de crédito, alienação de créditos não produtivos) e aos custos com formação; e

- nas Caixas Associadas, o acréscimo de 1,7 milhões de euros respeita essencialmente à publicidade, aos serviços de auditoria, aos serviços da SIBS (ex. meios de pagamento e outros serviços), às comunicações obrigatórias para clientes (expedição) e aos seguros (ex. imóveis em dação).

O crédito a clientes aumentou 3,4% com o crédito a empresas e administração pública a crescer 5,0% e o crédito a particulares a crescer 1,4% face a 2015.

A carteira de crédito do Grupo Crédito Agrícola regista, desde 2014, uma assinalável melhoria ao nível do seu perfil de risco, em particular no segundo semestre de 2016, ao verificar uma redução muito significativa do crédito vencido em cerca de 121 milhões de euros (o que representa um decréscimo de cerca de 18%) relativamente ao final de 2015, com o segmento da habitação e o crédito empresarial a serem os principais responsáveis pelo desagravamento dos níveis de sinistralidade da carteira, tendo para tal contribuído uma actuação ainda mais eficaz na abordagem do Grupo CA às actividades de acompanhamento e recuperação de crédito e nos procedimentos de abate ao activo (write-offs).

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Crédito bruto 8.147 8.430 8.713 284 3,4%

Provisões / Imparidades 838 852 716 -136 -16,0%

Crédito líquido 7.310 7.578 7.998 420 5,5%

Evolução do Crédito a Clientes

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Crédito total sobre clientes 8.147 8.430 8.713 284 3,4%

Crédito e juros vencidos (total) 672 668 547 -121 -18,1%

Crédito e juros vencidos < 90d 28 18 14 -4 -21,9%

Crédito e juros vencidos > 90d 644 650 533 -117 -18,0%

Rácio de CV > 90d 8,0% 7,8% 6,2% -1,6 p.p. n.a.

Evolução do Rácio de Crédito Vencido

22

Em 2016 verificou-se uma substancial redução das necessidades de provisionamento / reforço das imparidades da carteira de crédito. Em relação ao rácio de cobertura do crédito vencido registou-se um aumento, passando de 128% em 2015 para 131% em 2016, prosseguindo o Crédito Agrícola com uma gestão sã e prudente no que respeita a esta matéria.

Relativamente à estrutura de balanço, registou-se um aumento de 13,9% no activo total do SICAM que passou de 13.060 milhões de euros em 2015 para 14.881 milhões de euros em 2016, contribuindo para este crescimento do activo líquido o aumento do crédito a clientes de 3,4% (284 milhões de euros) e o aumento das aplicações em títulos (+1,6 mil milhões de euros).

O passivo total do SICAM aumentou cerca de 1,8 mil milhões de euros, por conta do aumento de recursos em bancos centrais (953 milhões de euros, i.e. +152%) e por via de aumento de recursos de clientes (801 milhões de euros, i.e. +7,3%).

Salienta-se a evolução negativa do rácio de transformação que, em 2016 face a 2015, registou um decréscimo de 1,1 p.p. (de 69,1% para 67,9%). Este nível de transformação fica muito aquém da média do sistema bancário e dos limites regulamentares, sendo apenas justificado pelo facto do mercado procurar o Crédito Agrícola enquanto banco-refúgio para aforro.

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Correcção de valor em crédito de clientes 160 82 -8 -89 -109,3%

Imparidade de outros activos 40 45 64 19 41,5%

Provisões e imparidades do exercício 201 127 56 -71 -55,8%

Provisões e imparidades (stock) 838 852 716 -136 -16,0%

Rácio de cobertura do crédito vencido 125% 128% 131% 3,30 p.p. -

Evolução das Provisões/Imparidades

Valores em milhões de euros

Activo PassivoCapitais

Próprios

Caixas Associadas 13.837 12.539 1.297

Caixa Central 7.964 7.735 229

SICAM (Consol idado) 14.881 13.653 1.227

23

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Crédito a Cl ientes (l íquido) 7.310 7.578 7.998 420 5,5%

Recursos de Cl ientes 10.620 10.970 11.771 801 7,3%

Rácio de Transformação 68,8% 69,1% 67,9% -1,1 p.p. -

Evolução do crédito e recursos de clientes

24

2.1.2 Outros Factos Relevantes O reconhecimento da Marca CA por parte do público, como sendo forte, credível e de confiança; os prémios obtidos, no ano 2016, enquanto “Melhor Banco no Serviço de Atendimento ao Cliente” e “O Banco Mais Recomendado e com os Clientes Mais Satisfeitos”; e o facto do SICAM se encontrar entre as instituições menos reclamadas no sistema bancário6, permitem afirmar o bom desempenho do Crédito Agrícola em 2016. Este reconhecimento não se restringe ao negócio bancário, estendendo-se às Seguradoras e à Gestora de Activos do Grupo. Pelo sexto ano consecutivo, a CA Seguros foi reconhecida como “A Melhor Seguradora Não Vida do seu segmento de dimensão”7. Por seu lado, a CA Vida foi premiada como “A Melhor Grande Seguradora do Ramo Vida”8. A CA Vida ainda os rankings de Lealdade do Cliente e de Imagem, duas classificações obtidas no Índice Nacional de Satisfação do Cliente do ECSI Portugal 2016. O Crédito Agrícola tem participado e desenvolvido acções de promoção junto de empresas, donde se destacam:

• O ciclo de seminários sobre o tema empreendedorismo, enquadrado na 3ª edição do “Prémio Empreendedorismo e Inovação”, acentuando o posicionamento de grupo financeiro que aposta e reconhece o tecido empresarial português;

• O workshop “Cooperar para Exportar” dirigido a empresários e produtores do sector hortofrutícola;

• A homenagem às empresas clientes CA com o estatuto de PME Líder e PME Excelência em 2015, realizada pelo terceiro ano consecutivo, num evento que sublinha o contributo das Empresas, Clientes do Grupo, para a competitividade e crescimento da economia portuguesa;

• O concurso de Vinhos do Crédito Agrícola, que decorreu pelo terceiro ano consecutivo, realizado juntamente com a Associação dos Escanções de Portugal, destinado a Produtores e Cooperativas de todas as regiões vitivinícolas do país. As cerimónias de entrega de prémios decorreram na Estufa-Fria, em Lisboa.

Inauguração da 1ª Agência na Madeira

No âmbito da sua estratégia de cobertura total do território nacional, foi inaugurada uma agência no Funchal, dando início à actividade de retalho na Região Autónoma da Madeira pelo Crédito Agrícola.

A cerimónia de inauguração da Agência, realizada em Outubro de 2016, contou com a presença de diversas entidades locais, entre elas o Presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque.

6 Segundo dados do relatório de supervisão comportamental do Banco de Portugal (1ºS’2016), o Crédito Agrícola (SICAM) apresenta 2

reclamações por cada 100 mil contas de depósitos à ordem enquanto a média do sistema atingiu as 11. 7 Prémio atribuído pela revista Exame em parceria com a Deloitte e Informa D&B. 8 Estudo elaborado pela EY e a Ignios e divulgado na Star Company, uma edição especial do jornal Dinheiro Vivo, distribuída com o

Diário de Notícias e o Jornal de Notícias.

25

Dada a importância que a nova Agência representa para o Grupo CA, foi desenvolvida uma Campanha Publicitária com o claim “Nunca Estivemos Tão Próximos”. A campanha presente em TV, Rádio, Imprensa e Mupis da Região, revelava Sílvia Alberto a retirar o Canotier, num gesto de cumprimento à chegada à Madeira.

No domínio da gestão de activos, o Crédito Agrícola conseguiu obter a melhor rendibilidade em três dos seus Fundos de Investimento Mobiliários nas respectivas categorias, um deles pelo oitavo ano consecutivo segundo rendibilidades divulgadas pela Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património. O CA Monetário, Fundo de Investimento Mobiliário Aberto do Mercado Monetário, com um nível de risco um (numa escala de um a sete) e uma rendibilidade de 0,10% em 2016, consegue, pelo oitavo ano consecutivo, o primeiro lugar na categoria Fundos do Mercado Monetário Euro. O CA Rendimento, Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de Obrigações, com um nível de risco dois e uma rendibilidade de 2,25% em 2016, foi o vencedor da categoria Fundos do Obrigações de Taxa Indexada Euro pelo quarto ano consecutivo. Em 2016, pela primeira vez, o CA Alternativo, Fundo de Investimento Alternativo Aberto Flexível, foi o vencedor da categoria Fundos Alternativos Flexíveis, ISRR 3. Trata-se de um fundo de investimento com um nível de risco de três e uma rendibilidade de 4,20% em 2016. O serviço Balcão 24 (B24) terminou o ano 2016 com 258 serviços em funcionamento, representando um crescimento homólogo de 4% nos serviços inicializados. O número de transacções nos B24 registou um crescimento de 7% face ao período homólogo. A taxa média de transferência das transacções encontra-se acima dos 37% (mais 3,41 p.p. face a 2015). A evolução semestral do volume de transacções – operações e consultas – realizadas no serviço B24, registou em 2016, um crescimento de 8% e 6% respectivamente, em comparação com iguais períodos de 2015. No ano 2016, o parque de ATM do Crédito Agrícola registou um aumento de 2%, passando de 1.497 para 1.520 (valores em final de período). Esta situação permitiu reforçar a quota de mercado do Grupo CA na rede SIBS em 0,45 p.p.. No que se refere ao número de transacções em ATM do Crédito Agrícola registou-se uma subida de 6%, registando-se mais de 86 milhões de transacções. Em 2016, o parque de TPA do Crédito Agrícola cresceu 11%, totalizando os 20.749 TPA activos. O número de transacções subiu 18% face a 2015, tendo-se registado cerca de 44 milhões de transacções. Em termos homólogos, em 2016, verificou-se um aumento da carteira de cartões de pagamento a débito do Crédito Agrícola de 4,4% e uma redução da carteira de cartões de pagamento a crédito do Crédito Agrícola de 7,5%. Esta evolução originou um incremento da quota de mercado do Crédito Agrícola de 0,6 p.p. nos cartões de débito e uma perda de 0,3 p.p. nos cartões crédito. No sentido de dinamizar a actividade comercial das CCAM, estabeleceram-se protocolos e parcerias comerciais e de colaboração, tendo sido concretizados acordos e realizadas iniciativas conjuntas com várias entidades privadas e institucionais, entre as quais se destacam:

• ANDC - Associação Nacional Direito ao Crédito; • ENERGIE – Energia solar termodinâmica; • CPPME - Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas; • ARAN - Associação Nacional do Ramo Automóvel; • Minha Terra - Federação Portuguesa de Associações de Desenvolvimento Local; • ACBM - Associação de Criadores de Bovinos Mertolengos; • AGROPORTAL – a porta do mundo rural; e • Telemédia – Para destaque na Loja CA para vinhos, azeites e outros produtos de Associado.

26

No ano de 2016 incentivou-se o acompanhamento e dinamização de campanhas, com o objectivo de contribuir para um crescente envolvimento de todos os colaboradores com funções comerciais na comercialização de produtos estratégicos e dirigidos aos segmentos alvo. Com a utilização das redes sociais “facebook” e “instagram” o Crédito Agrícola tem vindo a reforçar a sua presença junto de um público mais jovem, tendo atingido cerca de 90.000 fãs no facebook no final de 2016. Decorridos 7 anos de transmissão do programa de actualidade financeira, constatámos que este patrocínio permitiu impactar mais de 1.300.000 telespectadores por ano, alavancando assim a notoriedade da marca CA. Em 2016 o Grupo Crédito Agrícola manteve a sua política de continuidade estratégica de patrocínios a alguns desportistas, modalidades e eventos, como sejam:

• Teresa Almeida, Campeã do Mundo de Bodyboard em 2014; • Mário Patrão, Campeão Nacional de TT e da classe “Maratona” no

Rali Dakar 2016, em motociclismo; • João Ruivo, Vice-Campeão Nacional de Rali na Categoria I; • Alcobaça Club de Ciclismo, com destaque para o Ciclista Pedro

Lopes por ter alcançado o título de Campeão Nacional de Contra-relógio, na categoria de cadetes;

• 34ª Volta ao Alentejo em Bicicleta. A longo do ano o Crédito Agrícola marcou presença em diversas feiras e eventos, entre os quais, o Salão Imobiliário de Portugal (SIL), Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas (SISAB), PORTUGAL AGRO, Fruit Logistica e Fruit Attraction.

27

3- Estrutura e Práticas do Governo

Societário da Caixa de Crédito Agrícola

Mútuo de Entre Tejo e Sado

3.1 Estrutura de Governo Societário

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Entre Tejo e Sado, CRL adopta o modelo de governação

vulgarmente conhecido como “latino reforçado”, constituído pelo Conselho de Administração,

Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas.

Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia Geral,

para um mandato de três anos.

3.2 Organograma Geral da CCAM

3.3 Assembleia Geral

A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário.

3.3.1 Composição da Mesa da Assembleia Geral

Presidente: Cmdt António Dias Santos Maduro

Vice-Presidente: Cmdt Fernando Duarte de Sousa

Secretário: Dr Isaías Augusto A Gonçalves

28

3.3.2 Competência da Assembleia Geral

A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe

atribuam competências, competindo-lhe, em especial:

� Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus

Presidentes;

� Votar a proposta de plano de actividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o

exercício seguinte;

� Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior;

� Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola;

� Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de

organismos cooperativos de grau superior;

� Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola;

� Decidir do exercício do direito de acção cível ou penal contra o revisor oficial de

contas, administradores, gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho

Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral;

� Decidir da alteração dos Estatutos.

3.4 Conselho de Administração

O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros efectivos, no

mínimo de três e de um suplente.

Actualmente o Conselho de Administração é nomeado pela Caixa Central ao abrigo do

Artigo 77-A do RJCAM, é composto por 3 membros, sendo o seu mandato anual.

3.4.1 Composição do Conselho de Administração

Presidente: Drª Maria de Fátima Jesus Martins da Graça Pires Lobo

Vogal: Dr Fernando Manuel Ferreira de Matos

Vogal: Sr Luis Miguel Lino Jesus Marques

29

3.4.23.4.23.4.23.4.2 Competências do Conselho de AdministraçãoCompetências do Conselho de AdministraçãoCompetências do Conselho de AdministraçãoCompetências do Conselho de Administração

As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em especial e

de acordo com os Estatutos:

� Administrar e representar a Caixa Agrícola;

� Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de

actividades e de orçamento para o exercício seguinte;

� Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, o relatório e as contas relativos ao

exercício anterior;

� Adoptar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa

Agrícola;

� Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola.

� Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados;

� Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não

pagos;

� Organizar, dirigir e disciplinar os serviços.

3.4.33.4.33.4.33.4.3 Reuniões do Conselho de AdministraçãoReuniões do Conselho de AdministraçãoReuniões do Conselho de AdministraçãoReuniões do Conselho de Administração

O Conselho de Administração reúne, pelo menos, 2 vezes por semana, tendo realizado um total de

222 reuniões no ano de 2016.

3.4.4 Distribuição de Pelouros pelos Membros do Conselho de Administração

O Conselho de Administração deliberou a distribuição de pelouros entre os seus membros da

seguinte forma:

Presidente: Drª Fátima Lobo – ARRC - GJC

Vogal: Dr Fernando Matos - Contabilidade – Reporte – GAI – Área Suporte

Vogal: Sr Luís Miguel Marques – Área Comercial

4 Órgãos de Fiscalização

A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a um Revisor Oficial de

Contas ou uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas.

30

As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda, ao

Conselho Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de plano de

actividade e de orçamento.

4.1 Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal é composto por três membros efectivos e, pelo menos, um suplente.

4.1.1 Composição do Conselho Fiscal

Presidente: Drª Maria Amélia Macedo Antunes

Vogal: Dr Alcino Moreira da Rocha

Vogal: Dr João Paulo F Marques Dinis

Suplente: Drª Sónia Maria dos Santos Amaro de Oliveira

4.1.2 Reuniões do Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal reúne, por regra, 1 vez por mês, tendo realizado, em 2016, um total de 7

reuniões.

4.2 Revisor Oficial de Contas

O Revisor Oficial de Contas é designado pela Assembleia Geral, sob proposta do Conselho Fiscal.

O mandato actual do Revisor Oficial de Contas é de 2016 a 2018, encontrando-se designados para

o cargo:

Efectivo: Dr Rui Manuel F Leitão

Suplente: Dr José Afonso Diz

4.3 Conselho Consultivo

O Conselho Consultivo é um órgão de consulta do Conselho de Administração composto por um

Presidente e por oito membros efectivos representando cada um dos concelhos compreendidos na

área de acção da Caixa Agrícola, sendo um deles vice-presidente.

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4.3.1 Composição do Conselho Consultivo

Pedro Fernando Cortegaça Costa - Presidente

Paulo Alexandre Cabaça Viegas

António Santos Mouro

João Manuel Chambino Correia

António Inácio Narciso

Dr José Manuel Gravelho Bernardo

Luis António Piedade Cebola

Manuel António Madruga Neves

António Albino Alpendre Santos Sousa

4.3.2 Reuniões do Conselho Consultivo

As reuniões do Conselho Consultivo serão convocadas pelo seu Presidente, por carta dirigida aos

seus membros com oito dias de antecedência, por iniciativa daquele ou a pedido do Conselho de

Administração ou do Conselho Fiscal.

32

5 Política de Remuneração dos membros dos Órgãos de

Administração e de Fiscalização da CCAM Entre Tejo e Sado

MONTANTE ANUAL DA REMUNERAÇÃO AUFERIDA O Conselho de Administração e o Conselho Fiscal auferiram em 2016 os seguintes montantes:

Conselho de Administração

Elemento Remuneração Remuneração Total Despesas Viaturas

Fixa variável Representação

Fátima Lobo 118.998,00 5.000,00 123.998,00 5.415,56

Luis Marques 64.174,00 5.000,00 69.174,00 11.762,97

Fernando Matos 22.867,71 0,00 22.867,71 5.554,07

Total 206.039,71 10.000,00 216.039,71 22.732,60

Conselho Fiscal

Elemento Remuneração Remuneração Total Despesas Viaturas

Fixa variável Representação

Maria Amélia Antunes 750,00 0,00 750,00 26,64

João Paulo Dinis 600,00 0,00 600,00 159,84

Alcino Moreira da Rocha 600,00 0,00 600,00 201,60

Abel Machuqueiro 850,00 0,00 850,00 0,00

Fernando de Sousa 750,00 0,00 750,00 0,00

Carlos Rebelo 350,00 0,00 350,00 0,00

Total 3.900,00 0,00 3.900,00 388,08

Conselho Consultivo

Elemento Remuneração Remuneração Total Despesas Viaturas

Fixa variável Representação

Pedro Cortegaça Costa 0,00 0,00 0,00 160,20

Total 0,00 0,00 0,00 160,20

ROC

Elemento Mensal Mensal Anual

C/Iva C/IVA C/IVA

Jan-mar Abr-Dez

Diz, Silva e Duarte, SROC 853,31 996,3 11526,63

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POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DE COLABORADORES

Dando cumprimento ao disposto no nº 3 do artigo 16º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, é prestada a seguinte informação, referente à política de remuneração de colaboradores:

1. Os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011 auferem uma remuneração fixa paga em 14 vezes por ano, de acordo com as condições dispostas no ACT do Crédito Agrícola, a qual pode ainda integrar um complemento remunerativo mensal fixo, estabelecido contratualmente ou na sequência de reajustamento remunerativo casuístico;

2. Também se atribui 1 hora de isenção de horário de trabalho às funções cujo nível de responsabilidade e exigência de disponibilidade assim o justifique;

3. Pode ser atribuída anualmente uma remuneração variável, definida com base num processo de avaliação de um conjunto de competências críticas para a função, a qual corresponde apenas a um prémio de desempenho;

4. A metodologia e critérios de avaliação de desempenho, aprovados pelo órgão de administração, são divulgados internamente, aprovados e aplicados de forma idêntica, para a generalidade dos colaboradores da CCAM. O órgão de administração valida os resultados finais da avaliação de desempenho efetuada pela hierarquia direta dos colaboradores;

5. Para os colaboradores em apreço a componente variável da remuneração tem tido como limite máximo 10% da remuneração total anual (excluindo a majoração prevista no nº 4 da clausula 71ª do ACT do Crédito Agrícola). O limite e as orientações de atribuição são revistos anualmente pelo Conselho de Administração;

6. A componente variável é assim atribuída anualmente, considerando os resultados da avaliação de competências específicas e transversais, que permitem verificar o respeito pelas regras e procedimentos aplicáveis à atividade, designadamente as regras de controlo interno e as que são relativas às relações com clientes e investidores. Pretende-se, deste modo, promover a sustentabilidade da instituição e a criação de valor a longo prazo;

7. A remuneração variável quando atribuída é sempre paga por crédito em conta tendo por base o desempenho do ano transacto;

8. Não é diferida qualquer parte da componente variável da remuneração, porquanto o valor desta não tem expressividade para que o seu pagamento imediato e de uma só vez possa impedir que se atinja qualquer um dos objetivos que o diferimento visaria prosseguir:

9. Remunerações auferidas pelos colaboradores

Atento o disposto no nº 3 do artigo 17º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, em 2016 os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do mesmo Aviso auferiram as seguintes remunerações:

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Funções Essenciais

Auditoria Interna, Compliance e Gestão de Risco

Beneficiários Remuneração Remuneração Total Despesas Viaturas

Fixa Variável Representação

1 27.605,39 1.655,00 29.260,39 1.659,57

Outros Colaboradores

Assessoria

Beneficiários Remuneração Remuneração Total Despesas Viaturas

Fixa Variável Representação

1 50.427,92 0,00 50.427,92 1.445,03

a) Em ambas as situações existe atribuição de viatura e telemóvel para serviço;

No exercício de 2016, relativamente aos colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º ao Aviso

do Banco de Portugal nº 10/2011:

- Não foi deferido o pagamento de qualquer remuneração;

- Não é devida, nem foi paga, qualquer remuneração por ajustamentos introduzidos em função do

desempenho individual;

- Não houve qualquer alteração relativa a contratação;

- Não são devidos nem foram efectuados quaisquer pagamentos em virtude de cessação antecipada

de funções;

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Custos com Pessoal 31-12-2015 31-12-2016

Valor Nº

Pessoas Valor

Salários e vencimentos

Remuneração mensal- Órgãos de gestão/fiscalização 169.326,74 2 165.576,00 Subsídio de férias- Órgãos de gestão/fiscalização 13.279,04 2 13.798,00 Subsídio de Natal- Órgãos de gestão/fiscalização 13.798,00 2 13.798,00 Senhas de presença- Órgãos de gestão/fiscalização 9.636,00 7 10.689,60 Outras remunerações- Órgãos de gestão/fiscalização 11.336,54 0 0,00

Retribuição base a empregados 1.044.215,88 76 1.086.718,38 Retribuição base a estagiários 311,06 2 5.761,45 Diuturnidades 136.922,90 71 123.306,54 Isenção de horário 150.415,31 26 117.220,38 Trabalho Extraordinário 0,00 7 10.567,28 Subsídios eventuais de caixa e de cobranças 59.609,80 47 52.303,96 Subsídio de férias de empregados 121.799,36 76 123.215,34 Subsídio de Natal de empregados 119.024,45 76 119.226,79 Subsídio de almoço de empregados 138.816,99 76 120.380,22 Subsídio infantil e de estudo 14.034,93 43 13.975,17 Subsídio compensatório 347.338,99 76 298.281,71 Prémio de antiguidade - Processamento de salários 56.669,39 13 46.909,82 Prémio de desempenho 56.344,00 70 132.321,03 Prémio de antiguidade - Estimativa IAS 19 0,00 0 0,00 Outras remunerações adicionais a empregados 69.283,23 29 58.857,76

Encargos Sociais Obrigatórios

Segurança social 566.113,88 85 493.312,03 SAMS - Processamento de salários 120.827,56 77 114.226,73 Fundos de pensões 22.870,00 77 25.123,00 Fundo de Pensões-prémio de seguro FPCA 0,00 NA 0,00 Seguros de acidentes de trabalho- CA Seguros 16.410,72 76 19.999,27 Complemento de subsídio de doença 2.101,55 10 1.811,96 Serviços de higiene e saúde no trabalho 4.965,97 76 4.202,46

Encargos Sociais Facultativos

Indemnizações contratuais 294,72 1 294,71 Formação/C.A.M. 9.630,16 NA 10.087,18 Fundo de garantia de compensação do trabalho (FGCT) 20,26 5 27,60 Outros custos com pessoal 11.888,36 NA 11.570,84

Outros custos com pessoal - Exercícios anos anteriores 13,20 NA 0,00

36

6 - ACTIVIDADE DA CAIXA AGRÍCOLA EM 2016

6.1 Factos mais Relevantes da Actividade da Caixa Agrícola

Os efeitos desta crise económica e financeira, que se vive deste 2009, com contornos tão ímpares e

extraordinários, continuam a gerar uma conjuntura extremamente desfavorável em que o sector

financeiro tem tido, infelizmente, um papel de relevo.

Um dos factores que mais tem prejudicado a margem financeira diz respeito à evolução da taxa de

referência Euribor que tem registado mínimos históricos, com a consequente perda de margem

financeira pela Caixa.

Os boletins trimestrais do Banco de Portugal são peremptórios em reportar as quebras sem

precedentes nas margens financeiras e no aumento exponencial do crédito vencido, das grandes

Instituições Financeiras, bem como do valor de mercado dos imóveis recebidos como dação em

pagamento, com o consequente impacto negativo nas contas da Caixa.

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Na prossecução dos objectivos no âmbito do Plano de Recuperação e Saneamento a Caixa privilegiou as iniciativas nas áreas de Risco e de Recuperação, reforçando os aspectos de controlo para a redução do risco e tornando-se mais assertiva no tratamento do crédito vencido.

A CCAM manteve como orientação estratégica a expansão da actividade comercial, a redução do crédito vencido, a melhoria da eficiência organizativa, com o propósito de melhorar os resultados de exploração e de recuperação da situação patrimonial.

Manteve-se o modelo de funcionamento e os procedimentos de controlo e acompanhamento, ao nível da estrutura comercial, que se tem verificado ser o mais adequado para promover o aumento da actividade comercial e do cross-selling.

A progressiva diminuição dos proveitos não-correntes designadamente os que resultam dos empréstimos subordinados do Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo como dos Resultados Extraordinários estão de acordo com o processo de extinção do Plano de Recuperação e Saneamento, que irá sendo substituído pela actividade natural e corrente da CCAM.

A Administração da CCAM Entre Tejo e Sado, face ao cenário de crise económica e financeira definiu uma estratégia que visa salvaguardar a manutenção da sua margem financeira, com a introdução de medidas que direccionadas para a redução das taxas de recursos e uma gestão rigorosa mas em simultâneo competitiva na identificação das taxas de juro para o crédito.

A CCAM tem procurado através de uma postura prudente e de contenção, mas em simultâneo conscientes da importância em aumentar e melhorar a actividade, contrariar os efeitos nefastos da crise na sua exploração e, designadamente, na deterioração dos principais indicadores.

Face ao seu dinamismo, a Caixa tem sido solicitada a participar em quase todos os projectos piloto de inovação lançados pela Caixa Central, nomeadamente no Plano de Acção Local de Marketing (PALM), no projecto Pricing - Margem Complementar, no grupo de trabalho do SIAI, auditoria interna, no projecto de Qualidade de Dados, no projecto DICA - Digitalização de assinaturas, no projecto RIGA - Controlo de inventário associado ao RIMO e no projecto ELO - Integração da informação, a nível tecnológico e funcional.

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7– Evolução da Actividade da Caixa Agrícola

7.1 Indicadores de Exploração

2015 2016 Variação Absoluta

Variação Relativa

Margem Financeira 4.369.267 3.734.738 -634.529 -14,52%

Margem Complementar 1.796.054 2.061.078 265.024 14,76%

Produto Bancário 6.827.640 6.148.172 -679.468 -9,95%

Custos de Funcionamento 5.265.132 5.060.417 -204.716 -3,89%

Resultado Líquido -1.446.961 1.855.914 3.302.876 228,26%

O exercício de 2016 na continuidade do ocorrido em anos anteriores veio inverter o caminho para a consolidação financeira que vinha sendo preparada há algum tempo o que, pela sua dimensão e importância, constituiu objectivo comum para todos aqueles que prestam contributo ao projecto da CCAM de Entre Tejo e Sado.

Traçaram-se como linhas estruturantes desta nova realidade, o rigor no planeamento e o rigor na acção.

Estas mesmas linhas permitiram e deverão permitir, exercício após exercício, a recuperação dos indicadores e rácios anteriormente alcançados.

Assente nesta estratégia, a Administração da CCAM mobilizou os meios necessários para aqueles que eram os maiores esforços, nomeadamente a conquista da quota de mercado, a melhoria da qualidade da carteira de crédito e recuperação do crédito vencido, ao mesmo tempo que assegurou a estabilidade organizacional já alcançada.

Continuou-se neste ano, um conjunto de acções visando uma maior proximidade da Caixa às comunidades locais. Algumas destas acções e iniciativas foram desenvolvidas em articulação com os nossos Órgãos Sociais e permitiram às equipas dos balcões reforçar e dinamizar as relações comerciais com o tecido economicamente relevante da região.

Estas medidas estratégicas ocorrem num contexto muito adverso gerado pelos efeitos da crise económica e financeira com contornos tão ímpares e em que o sector financeiro tem tido, infelizmente, um papel de relevo.

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Um dos factores que mais tem prejudicado a margem financeira diz respeito à evolução da taxa de referência Euribor a seis meses. Dado o peso bastante elevado dos contratos indexados à Euribor na carteira de crédito, este factor foi determinante na redução da margem financeira ocorrida desde Outubro de 2008.

Taxas em Fim de Período CCAM de Entre Tejo e Sado

Entre Setembro de 2008 e Dezembro de 2009, o spread existente entre a taxa média do crédito e a taxa média das operações passivas reduziu de 5,04% para 2,99%. Uma redução de 40% no spread em pouco mais de um ano. Nos últimos meses de 2016 o spread existente entre a taxa média do

12.980

10.679

6.150

20.249

18.765 18.559

10,43%

7,99%

4,99%

16,83%16,93% 16,52%

0,00%

2,00%

4,00%

6,00%

8,00%

10,00%

12,00%

14,00%

16,00%

18,00%

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

dez-11 dez-12 dez-13 dez-14 dez-15 dez-16

Evolução de Fundos Próprios e Rácio de Solvabilidade

Fundos Próprios totais

Milhares de

Rubrica 31-12-2012 31-12-2013 31-12-2014 31-12-2015 31-12-2016

A – Taxa Média dos Activos

Taxa Média Crédito em Situação Regular 4,72% 4,61% 4,33% 3,53% 2,84%

B – Taxa Média de Recursos 2,18% 1,79% 1,17% 0,48% 0,19%

Taxa Média Depósitos à Ordem 0,02% 0,04% 0,05% 0,01% 0,00%

Taxa Média Depósitos a Prazo 3,12% 2,54% 1,71% 0,72% 0,29%

Taxa Média Depósitos Poupança 0,75% 0,72% 0,69% 0,32% 0,21%

SPREAD (A-B) 2,54% 2,82% 3,16% 3,05% 2,65%

40

crédito e a taxa média das operações passivas evoluiu negativamente, situando-se no final do ano em 2,65%.

Não obstante a CCAM consegue obter um spread em linha ao verificado no conjunto das Caixa Agrícolas.

A Administração da CCAM de Entre Tejo e Sado, face ao cenário de crise económica e financeira definiu uma estratégia que visou salvaguardar a manutenção do seu volume de negócios com a introdução de medidas que evitassem a saída de recursos, assediados por uma forte e absurda concorrência, nomeadamente pela necessidade de outras Instituições Financeiras corrigirem os seus desequilíbrios (vejam-se os rácios de transformação do sector bancário nacional). Diariamente deparámo-nos com taxas oferecidas pela concorrência para produtos do passivo, bem acima das

41

taxas Euribor, obrigando a um enorme esforço da Caixa e a consequente penalização da nossa Margem Financeira.

A CCAM procurou através de uma postura prudente e de contenção, mas em simultâneo conscientes da importância em aumentar e melhorar a actividade, contrariar os efeitos nefastos da crise na sua exploração e, designadamente, na deterioração dos principais indicadores.

O futuro tornou-se mais difícil e extremamente exigente pois entre outros constrangimentos, pese embora o esforço da Caixa para manter a margem financeira, a incessante descida das taxas Euribor vai continuar a afectar severamente o resultado global.

Podemos concluir com alguma prudência, que face à evolução dos resultados da CCAM, e tendo em consideração, designadamente a pressão permanente sobre a margem financeira, a queda contínua da taxa de referência Euribor, a necessidade de constituição de provisões atendendo ao crescimento do crédito vencido, os objectivos previstos para o saneamento da CCAM, tornaram-se mais desafiantes e exigentes.

É necessário, apesar das medidas extraordinárias introduzidas, ou a introduzir, que se verifique rapidamente a retoma da Economia Mundial e Internacional, para que os referidos pressupostos recuperem o sentido e as condições que estiveram presentes no Plano de Recuperação e Saneamento sejam asseguradas.

A actividade corrente, em 2016, seguiu em linha com as orientações estratégicas do PRS e enquadradas com o Plano de Actividades para 2016, aprovado em Assembleia Geral:

• aumento do numero de clientes empresariais; • redução do crédito vencido; • melhoria da eficiência organizativa

tudo com o propósito de melhoria dos resultados de exploração e de recuperação da situação patrimonial. Manteve-se o modelo de funcionamento e os procedimentos de controlo e acompanhamento, ao nível da estrutura comercial, que se tem verificado ser o mais adequado para promover o aumento da actividade comercial e do cross-selling. Mantiveram-se os dois grupos de trabalho, “task-forces”, criadas com o objectivo de promover a recuperação do crédito vencido, e a alienação de imóveis recebidos por dação em cumprimento, contando ainda com a dinamização das áreas comerciais para este objectivo.

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8 – Análise Económico-Financeira

A CCAM obteve no exercício de 2016, um resultado líquido positivo de €1.855.914, devido à profunda crise Económico/Financeira e das inevitáveis repercussões que se verificaram na actividade bancária.

O resultado apresentado em 2016 foi fortemente afectado pela anulação de provisões.

A Margem Financeira e o Produto Bancário registaram uma variação quando comparada com o período homólogo, de -14,52% e -9,95% respectivamente.

A Margem Financeira atingiu os 3,734 milhões de Euros e o Produto Bancário 6,148 milhões de Euros.

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Dado o elevado peso dos contratos de crédito indexados à Euribor, uma recuperação da Margem Financeira está dependente do aumento da Euribor.

Não obstante, nas novas operações, a CCAM está a diligenciar recuperar a perda de margem nas operações mais antigas.

Ainda assim, a Caixa, fruto de alguma margem obtida ao longo do processo de recuperação e saneamento vai procurar ultrapassar esta fase sendo certo que conseguido esse objectivo a obtenção da sua autonomia financeira será fortemente reforçada.

Justificação da Evolução da Margem

Taxas Médias das Novas Operações CCAM de Entre Tejo e Sado

A CCAM regista na actividade comercial, designadamente, na venda de seguros vida e não vida, uma evolução cada vez mais positiva destacando-se no universo das Caixa Agrícolas com um crescimento muito acima do mercado segurador nacional.

O crescimento nesta área de negócio tem vindo a representar um factor preponderante no combate à quebra da Margem Financeira/Produto Bancário.

No final de Dezembro de 2016 a CCAM apresentava os seguintes indicadores:

Indicadores de Rendibilidade

Rácio 2014-12-31 2015-12-31 2016-12-31

Rent. Mg Financeira = Mg. Financeira / Activo Líquido 2,42 % 2,18 % 1,78% Rent. Mg Complementar = Mg. Complementar / Activo Líquido 1,02 % 0,90 % 0,98 % Rent. Produto Bancário = Prod. Bancário / Activo Líquido Médio 3,55 % 3,41 % 2,93 % Custos com Pessoal / Activo Líquido 1,42 % 1,52 % 1,36 % F.S.Terceiros / Activo Líquido 0,97 % 0,99 % 0,85 % Rent. do Activo = Res. Exercício / Activo Líquido Médio (ROA) -1,90 % -0,72 % 0,89 %

Rubrica 31-12-2012 31-12-2013 31-12-2014 31-12-2015 31-12-2016

A – Taxa Média dos Activos

Taxa Média Crédito em Situação Regular 8,19% 8,44% 6,50% 3,63% 3,63%

B – Taxa Média de Recursos 2,79% 2,24% 0,99% 0,62% 0,27%

Taxa Média Depósitos à Ordem 0,04% 0,04% 0,02% 0,02% 0,00%

Taxa Média Depósitos a Prazo 2,92% 2,42% 1,15% 0,52% 0,30%

Taxa Média Depósitos Poupança 0,52% 0,28% 0,88% 0,44% 0,18%

Spread (A-B) 5,40% 6,20% 5,51% 3,02% 2,27%

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Situação Líquida e Fundos Próprios

2015 2016 Variação Absoluta

Variação Relativa

Capital Social 5.438.295 5.548.835 110.540 2,03%

Reservas de reavaliação -94.075 -301.109 -207.035 220,07% Reservas e Resul. Transitados -6.038.522 -7.545.444 -1.506.921 24,96%

Resultado do Exercício -1.446.961 1.855.914 3.302.876 228,26%

Situação Liquida -2.141.263 -441.803 1.699.460 79,37% Fundos Próprios 18.765.345 18.559.419 -205.926 -1,10%

Rácio Solvabilidade 16,93% 16,52% -0,41% -2,43%

No final do exercício de 2016 a CCAM registava uma recuperação da situação líquida, invertendo a degradação da mesma que ocorreu até 2015.

Face aos resultados do exercício e das demais rubricas da Situação Líquida, os Fundos Próprios da CCAM de Entre Tejo e Sado, após a aprovação dos Resultados do presente exercício irão aumentar.

Desde 2014 a CCAM, para cumprimento do capital mínimo obrigatório previsto na portaria 312/2010 do Banco de Portugal, adoptou uma política proactiva de aumento de capital, traduzido em benefícios

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nas taxas de juro e também nas comissões a pagar desde que as respectivas reduções revertessem, neste caso em particular, na subscrição de capital social.

As medidas assinaladas foram promovidas, mesmo tendo em consideração a eventual perda de margem e do produto bancário, em resultado da redução das comissões e das taxas no crédito aos sócios que subscrevessem capital.

Contudo haverá, ainda, que adoptar medidas que se mostrem mais adequadas para compensar a redução progressiva dos Fundos Próprios originados nos Empréstimos Subordinados concedidos pelo FGCAM.

No final de Dezembro de 2016 a CCAM apresentava os seguintes indicadores:

INDICADORES DE DIMENSÃO

2015 2016 Variação Absoluta

Variação Relativa

Activo Liquido 201.266.675 219.149.131 17.882.456 8,88%

Credito Total 124.911.811 127.954.312 3.042.501 2,44%

Crédito Vivo 111.428.201 114.776.867 3.348.666 3,01%

Crédito Vencido 13.483.610 13.177.444 -306.166 -2,27%

Depósitos de Clientes 171.959.750 179.892.554 7.932.804 4,61%

Depósitos à ordem 53.446.260 59.914.005 6.467.745 12,10%

Depósitos a prazo 118.513.491 119.978.549 1.465.059 1,24%

Fundos de Investimento 6.265.865 7.749.322 1.483.457 23,68%

Os indicadores de dimensão apontam, genericamente, no sentido de um elevado aumento. O Activo Líquido aumentou cerca de 17.882.000 euros.

O crédito total concedido no final de Dezembro de 2016 cifrava-se em 127.954.312 €, tendo registado uma variação de +2,44%, face ao período homólogo do ano anterior. Esta evolução demonstra claramente um forte aumento na dação de crédito, apesar da fraca procura tendo em consideração a conjuntura de mercado extremamente adverso que tem obrigado a um posicionamento muito prudente.

O rácio de transformação fixou-se nos 70,14%, também devido ao elevado aumento dos recursos de clientes.

O montante de crédito vivo, que em Dezembro era de 114.776.867 €, registou um crescimento face ao período homólogo de +3,01%, ou seja, um acréscimo de 3,3 milhões de euros. O referido acréscimo proporcionou, igualmente, um impacto positivo na Margem Financeira, aumentando os aspectos negativos na evolução da mesma, anteriormente referidos. No que diz respeito à política comercial de crédito, houve necessidade de introduzir algumas alterações que evitassem o aumento da exposição da carteira de crédito nas actividades mais afectadas pela crise e promoveu-se a dinamização do pequeno crédito de retalho diversificado e diluído por um maior número de mutuários, obtendo-se, também, maiores remunerações.

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O objectivo principal de todas as estruturas, designadamente, a comercial e de recuperação de crédito, é o combate ao crédito vencido, tendo sido desenvolvidos vários programas de intervenção e acompanhamento para o efeito. Face à evolução da carteira de crédito a Administração intensificou as acções tendentes à recuperação de crédito vencido através de medidas concretas que passaram, entre outras, pela alocação de mais recursos humanos, critérios mais rigorosos e exigentes e um acompanhamento em permanência dos grandes dossiers. No quadro actual de agravamento da conjuntura económica, o aumento do crédito em atraso de pagamento tem sido a nota mais preocupante e em cujo combate se tem centrado as actividades da CCAM. Não obstante a conjuntura económica a CCAM consegue registar no final de Dezembro um montante de crédito vencido de 13,2 milhões de euros, representando o seu peso no crédito total 10,3% e medido em termos de crédito líquido de provisões apenas 2,6%, um dos mais baixos valores de sempre na CCAM e refira-se, também abaixo dos valores médios registados nas Caixas Agrícolas. O rácio de cobertura de provisões para credito vencido registou em Dezembro de 2016, 77,11%, montante significativamente abaixo do registado em Dezembro de 2015. Na realidade, face ao forte peso das garantias reais que cobrem o risco do crédito vencido, as provisões constituídas que têm vindo a penalizar fortemente a exploração da CCAM, representam uma reserva extraordinária de resultados a recuperar no futuro.

Na recuperação de crédito vencido tem tido um peso muito importante o recebimento de imóveis, pelo que tem havido uma particular preocupação da Administração da CCAM em dinamizar a área responsável pela alienação de imóveis.

O crédito vencido há mais de 90 dias representava, à data em análise, mais de 99,05% do total do crédito vencido.

O crédito vencido não obstante a crise económica regista um crescimento muito reduzido, não tendo expressão, o aparecimento de créditos vencidos novos.

Os recursos totais em depósitos registaram no final do período em análise, um acréscimo de 4,61%, ou seja +7.932.804 euros. Este acréscimo de recursos é de salientar face à forte pressão da concorrência na captação dos recursos e também face a uma postura prudente de remuneração para evitar o agravamento acentuado dos custos e consequentemente a penalização da margem financeira.

Face à falta de liquidez no mercado e às taxas que a concorrência está a oferecer, o futuro próximo afigura-se-nos muito preocupante, estando a CCAM na convicção que para manter a carteira de recursos será necessário reduzir, a já por si reduzida, margem.

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9. Área Comercial

9.1 Volume de Negócios

No ano de 2016 o volume de negócios teve um aumento significativo próximo dos 10,8 milhões de euros, originado pelo aumento do nível de crédito concedido em 2,9 M€ e 7,9 M€ em recursos.

9.2 Crédito

Para a variação do crédito em sentido crescente contribuíram vários factores:

a) Elevada dinâmica comercial, pese a existência de concorrentes com taxas inferiores e baixo nível de exigência de garantias acessórias, com ajuda da conversão de crédito vencido em imóveis por via de dação em pagamento permitiram uma alavancagem de valores.

Foi um ano importante para a CCAM no que respeita à revisão das práticas e condições de concessão de crédito, com vista à minimização do risco. Simultaneamente, a fragilidade da CCAM e uma maior concentração na gestão da carteira e do incumprimento, condicionaram as condições competitivas no que respeita a taxas. Por via destas restruturações foram gradualmente optimizados os procedimentos de crédito durante todo o ano de 2016.

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9.3 Recursos

A variação positiva dos recursos é de sublinhar pese o decréscimo geral das taxas de juro. Nas contas à ordem houve um aumento significativo, fruto da dinâmica na abertura de contas D.O.

9.4 Taxa de Intermediação Financeira

Em 2016, a nossa taxa de intermediação financeira caiu 0,40% pressionada pela queda da Euribor e pela forte concorrência que se tem feito sentir na região ao nível das taxas de crédito oferecidas por OIC. Regista-se com agrado a permanência dos Balcões de Pinhal Novo, Águas de Moura, Charneca de Caparica e Barreiro acima dos 3%. A queda das taxas nos recursos têm permitido segurar esta intermediação em valores sustentáveis.

9.5 Terminais Pagamento Automático (TPA’s)

Tem sido um objectivo estratégico para esta CCAM crescer no mercado, a colocação de equipamentos TPA’s, de forma aumentar a margem complementar do negócio, tendo como meta igualar estas comissões aos seguros. O objectivo para 2016 seria superar os 150 mil euros de comissões tendo sido o mesmo ultrapassado tal como podemos verificar no gráfico que juntamos em anexo.

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9.6 CA Seguros

No âmbito dos Seguros Ramos Reais, tivemos uma performance extraordinária deixando excelentes indicações face ao ano seguinte. No entanto, analisemos ao pormenor as variáveis que compõem esta área. Produção Nova

� Caixa líder na Região; � Maior produção de apólices desde 2010; � Maior produção de prémios comerciais anuais dos últimos 5 anos; � Maior variação de sempre quer de apólices quer de prémios comerciais anuais; � GRO médio de 110,30%.

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Carteira de Seguros / Apólices em vigor:

� Maior Carteira de Apólices de sempre; � Maior Carteira de Prémio Comerciais de sempre; � Maior variação de sempre em carteira quer de apólices quer de prémios comerciais anuais.

Ranking´s e Posicionamento

SICAM - Rankings atingidos em 2016: Carteira – Prémios Comerciais Emitidos = 18º.Lugar Produção Nova – Prémios Comerciais = 21º.Lugar

9.7 CA Vida

As dificuldades sentidas nos Produtos Capitalização e Risco devem-se fundamentalmente a dois factores:

1. A inexistência de Produtos de Capitalização com taxas atractivas comparativamente a anos anteriores ainda assim e com dificuldades acrescidas ficámos acima dos 100%;

2. No que concerne a Produtos de Risco, as taxas aplicadas comparativamente às congéneres são demasiadamente elevadas perdendo nós o principal argumento de venda.

Contudo na variável de Fundos de Pensões conseguimos manifestar uma extraordinária capacidade de concretização superando os objectivos do período.

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9.8 Fundos de Investimento (CA GEST e Square)

Resultados extraordinários que reflectem o enorme esforço da rede comercial na busca incessante de cumprir com os seus objectivos. Ambas as rubricas foram superadas

9.9 Campanhas

Em 2016 realizaram-se 12 campanhas e 4 Vinculações, sendo que a Caixa atingiu 53,8% do seu objectivo, ou seja concretizou em GRO mais de 100% (6 Campanhas) e o total do programa de vinculações (4 Vinculações) que permitiu majorar o valor com mais 1 Campanha. O Saldo final desta concretização é de 7.

9.10 Avaliação da Caixa / Balcões

No ano de 2016, como não poderia deixar de ser utilizamos o medidor de objectivos IGC, em que a Caixa conseguiu ultrapassar a meta imposta de 100%, finalizando este ano de trabalho com o valor de 106,56%

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Desempenho dos Balcões A informação seguinte apresenta o desempenho das equipas na concretização dos objectivos que foram tratados ao nível do IGC. Destacamos, em particular o Balcão do Montijo com 20 Rubricas e um GRO de 106,45%, que permitiu estar representado na galeria de melhores balcões do Grupo Crédito Agrícola. Seguidamente, e não menos importante, realçamos o trabalho dos balcões de Pinhal Novo, Alcochete e Vendas Novas que destacaram-se com valor igual ou superior a 16 Rubricas.

9.11 Estratégia e Planeamento

Ajustes na estrutura comercial: Tal como vem sendo habitual, para além das alterações realizadas nas equipas de balcões, por necessidade de serviço, extinguiu-se no segundo semestre de 2016 uma função nos Gestores de Empresas. A Gestora Helena Gouveia passou a integrar a equipa da ARRC de forma a valorizar e optimizar o serviço daquele departamento. Posto isto, a equipa ficou da seguinte forma:

- Gestor de Particulares e Pequenos Negócios: José Canelas - Gestores de Empresas: Mário Felizardo - Gestor de Seguros e Venda Cruzada: Fernando Pinto

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Trata-se de uma estrutura mais leve e cujo principal objectivo é criar “dinâmica fora de portas”, ou seja, promover a prospecção de negócio e uma filosofia de gestão integrada do cliente. No entanto, entende-se que a forte pressão existente no sector Empresarial e por estratégia do Grupo CA em que o negócio deverá crescer significativamente neste segmento, será de ponderar em 2017 a reposição desta saída. Estratégia da Área de Empresas Actualmente, para não descaracterizar a função do Gestor de Clientes Empresas, ou seja, continuar a garantir uma gestão especializada, diferenciada e dedicada, o encarteiramento de todos os clientes com critérios para o efeito e em todos os balcões, será feita faseadamente, durante o ano de 2017. O principal objectivo do GCE, foi desenvolver uma relação personalizada com os clientes empresa, por forma a permitir a compreensão das suas necessidades e a construção de propostas customizadas à concretização de oportunidades de negócio. Actividades Desenvolvidas em 2016:

• Acompanhamento dos Clientes em Carteira. • Rejuvenescimento da carteira de empresas, através da captação de empresas para clientes

com perfil de encarteiramento. • Reporte de informação ao Interlocutor Regional da Caixa Central, sobre a produção e Leads

realizadas, assim como definições de abordagens Estratégicas e de Grupo. • Acompanhamento de oportunidade de negócio com as empresas na generalidade. • Análise de empresas não encarteiradas apoiando os balcões na preparação de propostas de

crédito, emitindo ou não parecer próprio conforme a necessidade. • Atribuição de Rating a todas as empresas clientes da Caixa, assim como a sua renovação • Detecção de empresas em condições de obter estatuto PME Líder, apresentação de condições

e formalização de candidaturas; • Disponibilização de dados de consulta CRC a todos os balcões.

Constituição da Carteira

Nº Empresas

*Gestor HG Gestor MF Total

01-01-2016 30 30 60

30-09-2016 35 40 75

31-12-2016 0 45 45

Crescimento -100% 50% -25%

*Gestora Helena Gouveia deixou de estar integrada na Área Comercial no 4º Trimestre

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Actividade Crédito e Visitas Comerciais

PME Líder – Candidaturas Estatuto 2016

Erro! Ligação inválida.

A Caixa em 2016, comparativamente com 2015, quase que duplicou as candidaturas apresentadas que eram apenas de 4.

9.12 Marketing/Comunicação e Imagem (Balcões) Nos últimos anos temos mantido a mesma política de comunicação, ou seja preservarmos a imagem da ETS de acordo com os padrões da Instituição de grande nome na região onde nos inserimos. Voltamos a reduzir o orçamento de Marketing, mas iremos continuar a promover a imagem nos oito concelhos onde actuamos, de forma a manter e se possível reforçar a nossa notoriedade. Estas acções estão sempre de acordo com a estratégia do Grupo CA.

Tal como no ano anterior, em 2016 estivemos representados em +/- 40 eventos, apoiando associações, clubes, feiras locais, etc., todos estes clientes do CA

Nº de Contactos Realizados Nº de Visitas Marcadas Nº de Reuniões Efectuadas Aprovado Contratado

Gestor HG 40 35 41 1,996 2,425

Gestor MF 75 60 54 1,200 1,376

30-09-2016 115 95 95 3,196 3,801

4ºTrimestre (2Gestores) 65 51 45 7,736 2,555

31-12-2016 (Total) 180 146 140 10,932 6,356

Resultados obtidos (Milhões de Euros)

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Maiores destaques:

o Feira do Queijo, Pão e Vinho (Quinta do Anjo);

o Mostra de Vinhos (Aguas de Moura – Fernando Pó)

o Festas Populares do Pinhal Novo;

o Festival do Moscatel

o Concursos de Vinhos da Península de Setúbal

o 23ªFeira Nacional do Porco

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Imagem dos Balcões

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10. Análise da Área de Risco e Recuperação de Crédito

A função de recuperação de crédito na CCAM-ETS foi e é assegurada com base numa abordagem

em que o crédito em recuperação é visto como um activo a rentabilizar, sendo a recuperação uma

área de negócio com objectivos de rentabilidade e eficiência.

A abordagem aos empréstimos com indícios de dificuldades ou já com incumprimentos de Credito,

foram e são objecto de tratamento pela área de Recuperação de Credito assumindo esta o papel de

interlocutor junto da Administração

A implementação de novas ferramentas informáticas, e/ou versões melhoradas das existentes, com

aptidão acrescida para a recuperação de credito e capacidade para gerir processos de credito quer

numa vertente extrajudicial, quer na Judicial, contribuíram para o suporte acrescido do trabalho

desenvolvido tendo sido peças fundamentais para a percussão dos objectivos de aumentar a

eficiência em detrimento da eficácia.

O desafio mais significativo na gestão do risco de crédito tem sido, e continua a ser, encontrar um

equilíbrio entre a qualidade do crédito e o crescimento da carteira, complementado com uma resposta

eficiente às exigências acrescidas e crescentes da regulamentação e supervisão. Estes são os

objetivos críticos para os bancos, tendo em vista a sua rendibilidade a longo prazo face ao capital

empregue.

Ao contrário do que se possa pensar, a redução do crédito concedido a clientes, que o balanço dos

bancos tem vindo a espelhar, não implica a diminuição das atividades de crédito. O risco de crédito

está presente ao longo do ciclo de vida das operações, que se inicia com a concessão de crédito,

seguido da sua monitorização, fase que assume uma nova dimensão no contexto atual.

Finaliza-se, nas situações de incumprimento, com o processo de recuperação de crédito.

A gestão de carteiras de crédito baseia-se nas metodologias modernas de quantificação do risco,

bem como na análise de risco de crédito dita tradicional, mediante a qual se procede à avaliação do

perfil de crédito dos clientes.”

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Sendo verdade que “a redução do crédito concedido a clientes, não implicou a diminuição das

atividades de crédito”, o mesmo se veio a reflectir numa forma mais exigente da “análise de risco de

crédito dita tradicional,” bem como no aprofundar da aplicação de “metodologias modernas de

quantificação do risco” nomeadamente na quantificação da probabilidade de incumprimento

reflectida através do rating das Empresas e do scoring no que diz respeito aos particulares.

Relativamente à vertente de recuperação de crédito e com a entrada em vigor a 1 de Janeiro de

2013 das regras relativas ao acompanhamento e recuperação de crédito dos clientes particulares,

que incluem a definição e implementação de um Plano de Acção para o Risco de Incumprimento

(PARI) e o estabelecimento de um Procedimento Extrajudicial de Regularização de Situações de

Incumprimento (PERSI), por forma a obstar a que os Bancos incorram em prejuízos desnecessários,

torna-se indispensável que se identifiquem, atempadamente, as situações de "Crédito Problemático"

e que se actue sobre as mesmas com as ferramentas adequadas, em ordem à eliminação ou

minimização dos seus danos patrimoniais.

A ocorrência de situações de "Crédito Problemático" é uma inevitabilidade com a qual os Bancos têm

de se defrontar, estando muitos dos incumprimentos associados, invariavelmente, às fases recessivas

dos ciclos económicos e é com este enquadramento que o trabalho que a ARRC tem vindo a ser

desenvolvido.

Durante 2016 mereceu particular atenção da CCAMETS:

• O reforço de metodologias de aferição de atractividade comercial que incorporem critérios de

avaliação de risco baseados em informação financeira histórica e prospectiva quantitativa e

qualitativa (e.g. conceitos rating e scoring válidos, ou na sua ausência, os conceitos de pré-

rating e de scoring comportamental);

• A Adopção de processos únicos e vinculativos associados à norma de crédito (e.g. concessão

e renegociação de crédito, contratação, gestão de limites de crédito, vigilância e

acompanhamento de dossiers de crédito e de grupos de exposição de risco);

• A implementação dos normativos de acompanhamento e recuperação do crédito,

nomeadamente, recorrendo à utilização das ferramentas Collections Box e Jvris (no limite,

desde os primeiros indícios de incumprimento até à fase de contencioso);

• A implementação de uma gestão do ciclo de crédito de forma integrada desde a tomada de

risco até, no limite, à alienação de créditos abatidos ao activo e desinvestimento imobiliário.

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11. Contencioso

Após execução das medidas desenhadas pelo Conselho de Administração para o exercício de 2016,

será de concluir que o ano agora findo correspondeu à afirmação de uma estratégia de recuperação

de crédito voltada para a manutenção dos contratos celebrados, procurando, na medida do

sustentável, obter o maior proveito possível sem, contudo, abrir mão de elementos que suportam a

expectativa, seja pela boa execução contratual, seja pela cobrança coerciva. No essencial esta

política, que se assume muito onerosa sob o ponto de vista do investimento em esforço negocial e

acompanhamento de cada um dos grandes activos em risco, conduz à constante proximidade aos

devedores, com manifesta vantagem do ponto de vista da vigilância das garantias, bem como das

interacções dos devedores com terceiros credores, impedindo assim a criação de quadros de

excessiva degradação, normais após períodos mais ou menos longos de incumprimento/afastamento.

Como não pode deixar de ser, estas medidas não se mostram capazes de erradicar a necessidade de

recurso à cobrança coerciva, enquanto instrumento último de combate ao crédito vencido. Contudo,

diga-se que nem sequer foi procurado esse objectivo. Trata-se, isso sim do exercício daquilo que

poderemos caracterizar como uma mobilização dos instrumentos extrajudiciais disponíveis e ao

serviço do exercício de intensa pressão dissuasora do incumprimento definitivo. Parece poder dizer-

se que os resultados obtidos apontam para a manutenção e aperfeiçoamento das medidas usadas.

Já quanto a todos os outros casos em que não foi possível assegurar a manutenção do cumprimento,

a prática seguida foi a já conformada em anteriores exercícios, traduzida na rápida transformação

de cada incumprimento num processo judicial que conduza à cobrança, pela forma mais célebre e

extensa.

De entre a actividade desenvolvida no domínio do contencioso merece, invariavelmente, enorme

atenção a galeria dos grandes devedores, onde o equilíbrio das posições é, normalmente crítico,

ainda que o crédito se apresente garantido. Aqui, mais do que em qualquer outra espécie de créditos,

o papel e acção do GJC assume relevância, seja por via do apoio ao Conselho de Administração em

negociações dirigidas por este órgão, seja em processos negociais a cargo próprio, seja ainda pela

gestão estratégica dos processos judiciais, concretizada em articulação com o mandatário que, em

cada caso assegura o patrocínio da CCAM. Há assim um permanente e integrado envolvimento do

Gabinete em todas as iniciativas para cobrança de crédito vencido, sejam estas negociais ou judiciais.

2016 foi assim mais um ano de intensa actividade de contencioso, com a actividade judicial a tender

para a estabilização, em matéria de tramitação dos novos processos, mantendo-se o calvário dos

processos pendentes aquando da entrada em vigor do actual mapa judiciário e, por via do qual,

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ficaram paralisados em tribunais como o da comarca de Lisboa, juízos de execução de Almada, onde,

apesar das muitas insistências, mantem-se a paralisia total, sendo que o volume de crédito que ali

aguarda medidas de cobrança é muito considerável. Resta pois gerir as opções legais conferidas ao

credor e, na medida do possível, evitar a propositura de novas acções naquele tribunal. Também por

esta razão os pedidos de declaração de insolvência continuam a assumir destaque, como comprovam

os processos judiciais intentados em 2016 pela CCAM contra diversos devedores da citada galeria

dos grandes devedores.

Já em matéria de contratação, que constitui outro domínio tradicional do GJC, dir-se-á que o ano

findo foi, tal como anterior, de intensa produtividade, desde logo porque à já descrita recuperação

negociada assim o impôs. Neste domínio a contratação é peça fundamental à conclusão de cada

processo, o que multiplicado por um grande número de solicitações, a maioria de considerável

complexidade, constitui uma exigência extrema, uma vez que a par desta actividade é assegurada

aquela outra que se prende com a contratação de concessão de crédito, tantas vezes em prazos

exíguos e sob intensa pressão.

Entrando agora no domínio da recolha e tratamento de informação estritamente respeitante ao

crédito em contencioso, diremos que esta foi, sem dúvida, a rúbrica menos conseguida. Com o actual

modelo de partilha de recursos que lhe estão afectos, humanos e informáticos, que, sob gestão da

ARRC, haveriam de assegurar a manutenção e gestão da base de dados Juris, e onde, para além da

tarefa de integração de toda a informação compilada pelo GJC durante longos anos, importa também

proceder ao lançamento dos registos diários relativos aos desenvolvimentos de cada processo, têm

sido sentidas fortes dificuldades. É pois um aspecto que estamos certos que merecerá toda a atenção

durante o próximo ano, pois dele depende o eficaz reporte em matéria de crédito vencido e em

contencioso.

Para termina refira-se que, como é sua atribuição, o GJC assegurou em 2016 o apoio aos diversos

serviços da CCAM, fornecendo informação técnica, de cariz jurídico.

61

12. Área de Actividades de Suporte

ÁREA DE LOGÍSTICA, SUPORTE E RECURSOS HUMANOS

Nesta área de suporte ao funcionamento da CCAM ocorreram muitas alterações a nível dos colaboradores e este serviço ficou responsável pelas seguintes áreas:

1.LOGÍSTICA

� Viaturas;

� Telemóveis;

� Equipamentos Segurança: alarmes intrusão e incêndio, sistemas de extinção de

incêndio, cofres;

� Equipamentos Gerais: multifunções, mobiliário de pequena dimensão;

� Equipamentos CA Serviços;

� Compras gerais;

� Correio interno Grupo CA e entre Delegações;

Foi prosseguido o funcionamento e os meios operacionais de suporte à actividade das diferentes Áreas, encetando a revisão, rescisão ou celebração de contratos de manutenção/prestações de serviços que sejam necessárias.

A política de contenção/redução de custos continuou a ser determinante nas medidas a encetadas com uma análise custo vs. benefício.

Foi efectuado o processo de distribuição directa junto dos vários balcões da CCAM, em que através de compras junto do Espaço Pinheiro – Fenacam e Portal das Compras - Caixa Central o fornecedor fez a entrega de bens adquiridos obviando-se assim o custo e tempo dos serviços centrais/balcões na distribuição interna.

2.SUPORTE

� Processamento de Crédito;

Foi conseguido de forma célere e dedicada o processamento de processos de crédito entregues pela Área de Risco, sendo uma tarefa onde se verificou a necessidade de complementar a formação dos colaboradores afetos a esta tarefa;

62

� Dossier Digital Cliente /Conta;

Teve início um novo processo de abertura rápida de Clientes e Contas (CA Express) que veio permitir a constituição do Dossier Digital de Clientes e de Contas de Depósito à Ordem, a introdução de novos mecanismos para controlo e registo de evidências do cumprimento dos requisitos regulamentares, a preparação das condições para a partilha de elementos documentais necessários em diversos processos.

Neste âmbito foi executado um grande trabalho de recuperação de dados do sistema anterior, um sistema de controlo mensal da abertura e validação de processos, com os necessários reportes de não conformidades.

� Recirculação de numerário

Nesta matéria não houve alterações em termos dos equipamentos que asseguram a recirculação de notas e que suportam dos dados de reporte semestral obrigatário ao Banco de Portugal.

� Reporte de notas falsas ao Banco de Portugal

� Serviço de apoio a pedidos de determinadas tarefas de movimentos,

regularizações e instalações pela CA Serviços

� Fornecedores

Foi racionalizado o registo e aprovação de documentação de faturação, despesas de Advogados e de Solicitadores de Execução, tornando o processo mais eficiente e com o registo adequado da informação.

3. RECURSOS HUMANOS

1) No decurso do ano verificou-se a:

> saída de 11 colaboradores: 1 por cessação de contrato a termo certo com autorização temporária,

7 em situações de pré-reforma e 3 em situação de suspensão de contrato:

> admissão de 2 colaboradores em regime de contrato a termo certo;

O quadro de pessoal apresentava-se em 31 de Dezembro de 2016 um total de 61 colaboradores, dos

quais 57 pertencem ao quadro e 4 são contratados a termo certo. Existiam 9 colaboradores em

regime de prestação de serviços. Existia 1 situação de estágio Profissional. Registava-se 1 situação

de ausência prolongada.

Em anexo apresenta-se o organograma da estrutura de pessoal da CCAM de Entre Tejo e Sado em

31 de Dezembro de 2016.

63

2) Os processos de recrutamento e selecção nos termos dispostos no Regulamento do Crédito

Agrícola foram efectuados de forma interna para funções específicas como a Gestão de Empresas e

Auditoria Interna.

3) O organograma orgânico/funcional que vigorou na CCAM de Entre Tejo e Sado teve alterações

relativamente ao ano anterior em termos das novas Áreas de Serviço e a nível da Coordenação

conjunta de 2 balcões. Prossegue o princípio de segregação de funções com as 3 grandes áreas

distintas: Comercial - Risco – Suporte.

4) A organização interna existente traduz uma adequada afectação dos colaboradores às categorias

contratuais existentes, coerentes com o conteúdo funcional das actividades actualmente

desenvolvidas por cada um deles, qualificando a postura e acção destes agentes fundamentais na

prossecução da política da Instituição, tudo no âmbito do ACT das Instituições de Crédito Agrícola

Mútuo.

5) Em termos de Formação Profissional, que a CCAM reconhece de extrema importância ao permitir

dotar os seus colaboradores de conhecimentos técnicos e comportamentais que potenciam a

actividade da CCAM nas suas vertentes comercial, de análise, organizacional e de qualidade do

serviço prestado, verificou-se uma prossecução dos planos dos anos anteriores, tendo sido realizadas

ações de formação:

� Interna: nesta área destacamos a Área Comercial com a vertente empresas, campanhas e

seguros;

� Do Plano de Formação para o SICAM onde estão consideradas as especificas ao grupo CA,

mas também as estabelecidas em parceria com outras Entidades: Instituto de Formação

Bancária, Associação Portuguesa de Seguros e Banco de Portugal.

Em 2016 destacamos a formação:

CA Comercial +: processo transversal a todo o grupo em regime e-learning/ presencial,

tendo sido considerados todos os colaboradores da Área Comercial: Coordenação e Balcões

em todas as diferentes funções. Este processo ficou concluído em 2016.

Gestão Empresas e Auditoria Interna: para as funções específicas;

� As de outras Entidades para funções técnicas específicas;

64

� A CCAM cumpre os imperativos legais em termos de certificação específica em termos de

Comercialização de Seguros, Manuseamento de Numerário, Branqueamento de Capitais,

Segurança Bancária e Segurança e Saúde no Trabalho.

No ano de 2016 o investimento em formação profissional foi de 14.098,60 euros estando já

considerado neste valor a comparticipação da CCAM para a constituição do Fundo de Formação do

grupo CA que foi de 10.087,18 euros. Dada esta contribuição anual procura-se que as acções de

formação promovidas sejam efectuadas através do Centro de Formação do CAM dada a

comparticipação que é feita em contrapartida da contribuição anual.

65

13. Desinvestimento em Imóveis

2016 foi um ano de profunda de mudança, com a saída do colaborador que durante dezoito anos exerceu funções na área do Património. Para tal, mais que proceder a algumas alterações, houve que manter procedimentos utilizados em anos anteriores e dar continuidade a um sucesso que já se augurava, procurando no entanto, uma maior dinâmica e interligação com os canais de venda. Desta dinâmica resultou a venda de 31 imóveis durante o ano de 2016, que reduziu o saldo da conta 250020000000000 em 4.691.060,84 €. Em contrapartida, foi necessário adquirir por recuperação de créditos mais 30 imóveis cujo montante ascende a 3.040.038,14 €.

Como resultado da implementação de uma maior parceria e divulgação junto das imobiliárias, conseguimos aumentar substancialmente o número de vendas efectuadas. Havendo ainda mais dois imóveis já negociados, cujas escrituras se irão realizar no primeiro trimestre de 2017.

MOVIMENTO ANUAL DOS IMÓVEIS RECBIDOS POR RECUPERAÇÃO CRÉDITOSANO 2015

TOTAL DE IMÓVEIS EM 31-12-2014 - 250020000000000 14.329.392,41 €

ANO 2015 ENTRADAS SAÍDAS

1º SEMESTRE 606.618,57 € 757.104,83 € 14.178.906,15 €

2º SEMESTRE 1.655.547,17 € 2.295.559,88 € 13.538.893,44 €

TOTAL 2.262.165,74 € 3.052.664,71 € EM 31-12-2015 13.538.893,44 €

TOTAL DE IMÓVEIS EM 31-12-2014 - 250000000000000 82.103,94 €

ANO 2015 ENTRADAS SAÍDAS

1º SEMESTRE 0,00 € 0,00 € 82.103,94 €

2º SEMESTRE 3.522.108,66 € 0,00 € 3.604.212,60 €

TOTAL 3.522.108,66 € 0,00 € EM 31-12-2015 3.604.212,60 €

66

MOVIMENTO ANUAL DOS IMÓVEIS RECBIDOS POR RECUPERAÇÃO CRÉDITOSANO 2016

TOTAL DE IMÓVEIS EM 31-12-2015 - 250020000000000 13.538.893,44 €

ANO 2016 ENTRADAS SAÍDAS

3.040.038,14 € 4.691.060,84 € 11.887.870,74 €

TOTAL 3.040.038,14 € 4.691.060,84 € EM 31-12-2016 11.887.870,74 €

TOTAL DE IMÓVEIS EM 31-12-2015 - 250000000000000 3.604.212,60 €

ANO 2016 ENTRADAS SAÍDAS

0,00 € 0,00 € 3.604.212,60 €

TOTAL 0,00 € 0,00 € EM 31-12-2016 3.604.212,60 €

67

14. Auditoria Interna

A função de auditoria interna encontra suporte regulamentar no artigo 22º, do Aviso 5/2008 do BdP,

o qual estabelece no ponto 1, as responsabilidades que lhe estão cometidas:

• Elaborar e manter actualizado um plano de auditoria para examinar e avaliar a adequação e

a eficácia das diversas componentes do sistema de controlo interno da instituição;

• Emitir recomendações baseadas nos resultados das avaliações realizadas e verificar a sua

observância;

• Elaborar e apresentar ao Órgão de Administração e ao Órgão de Fiscalização um relatório,

de periodicidade pelo menos anual, sobre questões de auditoria, com uma síntese das

principais deficiências detectadas nas acções de controlo, as quais, ainda que sejam

imateriais quando consideradas isoladamente, possam evidenciar tendências de deterioração

do sistema de controlo interno, bem como indicando e identificando as recomendações que

foram seguidas.

No exercício das suas competências, a função auditoria interna deve ser objectiva e independente,

constituindo a terceira linha de defesa no processo de gestão do risco, examinando e avaliando a

adequação e a eficácia das diversas componentes do sistema de controlo interno da instituição,

emitindo recomendações baseadas nos resultados das avaliações realizadas e acompanhando a

mitigação das deficiências detectadas nas acções de controlo.

Para efeitos de um adequado desempenho da função de auditoria interna, deve ser assegurado um

exame abrangente, orientado para o risco das actividades, sistemas e processos da instituição que

permita avaliar a adequação e a eficácia do sistema de controlo interno (alínea a., do número 2, do

artigo 22º, do Aviso 5/2008 do BdP). O Sistema de Controlo Interno define-se (artigo 2º, do Aviso

5/2008 do BdP) como o conjunto das estratégias, sistemas, processos, políticas e procedimentos

definidos pelo Órgão de Administração, bem como das acções empreendidas por este Órgão e pelos

restantes colaboradores, com vista a garantir o desempenho eficiente e rentável da actividade, no

médio e longo prazos (objectivos de desempenho), a existência de informação financeira e de gestão,

completa, pertinente, fiável e tempestiva (objectivos de informação) e respeito pelas disposições

legais e regulamentares aplicáveis (objectivos de "compliance").

O modelo de referência que suporta a função Auditoria Interna no SICAM, tem merecido progressivos

desenvolvimentos e aperfeiçoamentos, consolidando, actualmente, um conjunto de diplomas e

orientações que enquadram a actividade de Auditoria, definem as metodologias de trabalho e

garantem a adopção de procedimentos homogéneos pelos Auditores, respeitando, simultaneamente,

68

a autonomia das Caixas Agrícolas.

O Regulamento de Auditoria Interna do SICAM (publicado no CAIS) estabelece as regras e os

princípios gerais a observar no exercício da actividade de Auditoria Interna na Caixa Central, nas

Caixas Associadas e nas Empresas do Grupo Crédito Agrícola.

O Manual de Auditoria Interna de referência para o SICAM (publicados no CAIS), constitui outra

importante ferramenta, criada com o objectivo de possibilitar uma abordagem comum à Auditoria

Interna, segundo técnicas e princípios de auditoria geralmente aceites.

O exercício da Função Auditoria no Grupo Crédito Agrícola encontra suporte num conjunto de outras

ferramentas (publicadas no CAIS), disponibilizadas aos Auditores que se podem agrupar nas

seguintes dimensões:

• Programas de Auditoria, focalizados em Áreas Funcionais;

• Programas de Monitorização sobre a actividade operacional diária. De execução periódica,

assumem um papel relevante no processo de monitorização e controlo da actividade e dos

riscos que lhe estão associados;

• A ferramenta AUDIT suporta o exercício da função Auditoria Interna. Tem por objectivo

melhorar a eficiência e a eficácia das avaliações autónomas, através do cruzamento e

segmentação da informação oriunda dos sistemas operacionais (transacções diárias,

operações activas e passivas, entre outras).

CONTROLO INTERNOCONTROLO INTERNOCONTROLO INTERNOCONTROLO INTERNO

O principal desígnio do Sistema de Controlo Interno de uma instituição é contribuir para a

maximização do valor gerado para os seus stakeholders, através da identificação e gestão de todos

os eventos potenciais que possam afectar e influenciar a sua capacidade de concretizar os objectivos

definidos.

Maximiza-se o valor gerado quando o órgão de administração estabelece uma estratégia e objectivos

para encontrar um equilíbrio óptimo entre os objectivos de crescimento e rentabilidade, e os riscos

associados, além de utilizar os recursos de forma eficaz e eficiente.

Um Sistema Controlo Interno adequado e eficaz é aquele em que o Conselho de Administração

Executivo detém segurança no alcance dos objectivos estratégicos e operacionais da organização,

na existência de um sistema de reporting fidedigno e no cumprimento das normas e regulamentos.

Assim, um Sistema de Controlo Interno caracteriza-se por ser:

•Um processo contínuo e transversal a toda a instituição;

•Aplicável à definição da estratégia;

69

•Aplicável por toda a instituição e realizado a todos os níveis e unidades, incluindo uma visão de risco

ao nível de topo da instituição;

•Projectado para identificar potenciais eventos que possam afectar a instituição e gerir o risco dentro

dos níveis pretendidos;

•Capaz de providenciar uma segurança razoável ao Conselho de Administração;

•Definido para o cumprimento de objectivos em diversas categorias.

De acordo com o Aviso 5/2008, o Sistema de Controlo Interno define-se como um conjunto de

estratégias, sistemas, processos e políticas, definidos e executados pelos órgãos de administração e

restantes colaboradores da instituição, que tem como objectivos:

a).Objectivos de desempenho – Garantir um desempenho eficiente e rentável da actividade, no médio

e longo prazo, que assegure a utilização eficaz dos activos e recursos, a continuidade do negócio e

a própria sobrevivência da instituição, através, nomeadamente, de uma adequada gestão e controlo

dos riscos da actividade, da prudente e adequada avaliação dos activos e responsabilidades, bem

como da implementação de mecanismos de protecção dos mesmos;

b).Objectivos de informação – Garantir a existência de informação financeira e de gestão, completa,

pertinente, fiável e tempestiva, que suporte a tomada de decisão e processos de controlo, tanto a

nível interno como externo;

c).Objectivos de compliance – Garantir o respeito pelas disposições legais e regulamentares

aplicáveis, incluindo as relativas à prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do

terrorismo, bem como pelas normas e usos profissionais e deontológicos, regras internas e

estatutárias, regras de conduta e de relacionamento com clientes, orientações dos órgãos sociais e

das recomendações do Comité de Supervisão Bancária de Basileia e da Autoridade Bancária Europeia

(EBA, de modo a proteger a reputação da instituição e a evitar que esta seja alvo de sanções ou

outro tipo de perdas.

Em síntese, o Sistema de Controlo Interno visa garantir que os objectivos da instituição estão a ser

atingidos, que o sistema de reporting financeiro e de gestão é fidedigno, e que as normas estão a

ser cumpridas.

A importância do Sistema de Controlo Interno resulta da possibilidade de ocorrência de diversos

eventos e situações adversas (riscos), intencionais ou negligentes, que poderão condicionar ou pôr

em causa a prossecução desses objectivos, por exemplo: fraude, branqueamento de capitais,

desastres naturais, incumprimento por parte dos devedores, queda do valor de mercado de

70

instrumentos financeiros, actos de vandalismo, degradação da imagem pública da instituição, etc.

Assim, o Sistema de Controlo Interno visa:

1.Prevenção – Desenvolver na instituição as condições e os mecanismos necessários para evitar

situações de risco, ou diminuir a probabilidade da sua ocorrência.

2.Detecção – Criar mecanismos de alerta que permitam detectar atempada e tempestivamente todas

as situações de risco que se verifiquem.

3.Mitigação – Criar mecanismos de contingência para minimizar o impacto negativo decorrente das

situações de risco que ocorram na instituição.

Por último, um Sistema de Controlo Interno eficaz e adequado poderá constituir uma vantagem

competitiva e sustentável para a Caixa Central e para o Grupo Crédito Agrícola, já que fornece

ferramentas que permitem reagir rápida e eficazmente a um contexto de mudança, e assegurar que

todos os requisitos regulamentares e legais estão a ser cumpridos.

71

15. Compliance

A Função Compliance é a actividade permanente, efectiva e independente, orientada para controlar

o cumprimento das obrigações legais, regulamentares e contratuais, e dos deveres (códigos de

conduta, práticas instituídas ou princípios éticos) a que a instituição se encontra sujeita. Esta

actividade tem em vista não só evitar a aplicação de sanções ou a limitação de oportunidades de

negócio, como também contribuir para a continuidade da instituição no mercado e assegurar os

melhores níveis de reputação junto dos clientes, autoridades de supervisão, administração pública,

e, para além dos demais parceiros ou partes interessados, da sociedade em geral.

No SICAM esta actividade está atribuída à Função Compliance que tem como missão assegurar o

acompanhamento, a avaliação e adequação dos procedimentos do Sistema de Controlo Interno,

procurando mitigar os riscos de incumprimento das obrigações legais e deveres da Instituição.

Assim, a Função Compliance assegura a coordenação global da gestão do risco de Compliance no

SICAM, competindo-lhe garantir o respeito pelas disposições legais e regulamentares aplicáveis, bem

como das normas e usos profissionais e deontológicos, das regras internas e estatutárias, das regras

de conduta e de relacionamento com clientes, das decisões ou deliberações e orientações dos Órgãos

Sociais e das entidades reguladoras nacionais e internacionais, de modo a evitar que a instituição

seja alvo de sanções e a proteger a sua reputação.

Actualmente, para além das funções de coordenação e responsabilidade geral, a Função Compliance

assume como uma das suas actividades essenciais, a responsabilidade por todos os procedimentos

de PBC/FT, de modo a responder, em pleno, aos normativos em vigor.

No âmbito da Investigação e Prevenção da Fraude (IPF), a Função Compliance tem também a

responsabilidade de investigar ocorrências de várias naturezas, executar trabalhos específicos de

investigação e prevenção da fraude financeira, e elaborar o reporte relativo a esta matéria.

Em paralelo, foi atribuída à Função Compliance a responsabilidade da coordenação e liderança do

Sistema de Controlo Interno da Caixa Central e do Grupo. Este compromisso exige a articulação e

coordenação da Função Compliance com as demais funções de controlo (Auditoria e Gestão de

Riscos).

A gestão e controlo do risco de Compliance, a IPF e BC/FT, e ainda o cumprimento das

responsabilidades em matéria de coordenação do sistema de controlo interno da CCAM, constituem

actividades que a Função Compliance desenvolve, tendo como apoio e suporte, em grande medida,

a relação com a Direcção de Compliance da Caixa Central.

O apoio e orientações emitidas pelo Compliance da Caixa Central, tem sido essencial para efeitos do

cumprimento das obrigações legais e dos deveres a que a instituição se encontra sujeita, dos reportes

necessários ao órgão de administração e fiscalização, e solicitações e reportes ao Banco de Portugal.

72

A acção conjunta desta equipa tem sido essencial para o gradual desenvolvimento da cultura de

Compliance, e do inerente objectivo de garantir um elevado nível de conformidade da actividade do

Crédito Agrícola com a legislação e regulamentação em vigor e ainda com as melhores práticas do

mercado.

A ÁREA DE COMPLIANCE DA CCAM DE ENTRE TEJO E SADO

A área de Compliance da CCAM é composta por um Colaborador – o Compliance Monitor, que tem

como missão, em articulação com a Direcção de Compliance, gerir o risco de Compliance garantindo

o cumprimento das obrigações legais e regulamentares a que a instituição se encontra sujeita.

A generalidade das matérias e temas (relativos à gestão e controlo do risco de Compliance, IPF,

BC/FT, controlo interno, reporte comportamental, qualidade de dados, sem prejuízo do

acompanhamento e operacionalização dos planos de contingência em curso) que este Relatório

contempla são transversais ao SICAM e ao Grupo.

Nas componentes de gestão do risco de Compliance e de controlo e supervisão desse risco, o

signatário prossegue o objectivo do cumprimento da missão nas suas múltiplas dimensões e áreas

funcionais, que abrangem matérias respeitantes a depósitos, crédito à habitação, ao consumo

(designadamente através de cartões), deveres de informação, preçário, instrumentos de pagamento,

activos financeiros, intermediação financeira, reclamações de clientes, entre outros.

Na área da IPF e do BC/FT, o signatário faz incidir a sua acção garantia do cumprimento dos

normativos e procedimentos, em paralelo com diligências operacionais associadas à investigação e

tratamento de operações e transacções potencialmente suspeitas.

GESTÃO DE RECLAMAÇÕES

Na perspectiva de um contínuo melhoramento da qualidade dos serviços prestados, é essencial que

as Reclamações recebidas sejam tratadas com toda a celeridade, por forma, a que sejam

rapidamente atendidas e se transmita uma imagem de transparência e profissionalismo.

O tratamento das reclamações representa um parâmetro da estratégia comercial:

• Um cliente insatisfeito no que respeita ao tratamento de uma reclamação, é um

potencial cliente perdido.

• O silêncio de um cliente insatisfeito é tão problemático quanto uma reclamação não

atendida, pois pode significar que a instituição transmite uma imagem negativa sobre o

tratamento de reclamações, levando à perda do cliente.

A análise das reclamações é particularmente útil na avaliação da qualidade do serviço prestado.

Constitui ainda uma fonte de eventuais contribuições, que possibilitam a tomada de medidas

conducentes à melhoria da eficiência e eficácia da instituição, bem como a identificação das

necessidades do cliente.

73

16. Proposta de Aplicação de Resultados

O resultado líquido da CCAM de Entre Tejo e Sado, em 2016 cifrou-se em 1.855.914,27 € após a

constituição das respectivas provisões para impostos.

Para se poder ter uma perspectiva mais concreta da evolução dos Resultados consideramos a sua

desagregação por origem dos proveitos:

2015 2016 2015 2016

Valor (€) % T Valor (€) % T * % P * % P

Resultado Exploração 941.766,60 -49,44% 641.870,75 24,55% 66,46% 67,70% Proveitos Liquidos Apoio FGCAM 475.288,42 -24,95% 306.308,29 11,71% 33,54% 32,30%

Provisões -3.322.030,42 174,39% 1.666.796,58 63,74%

Resultados antes de Impostos -1.904.975,40 100,00% 2.614.975,62 100,00% 100,00% 100,00%

Impostos Correntes -56.326,87 -13.400,35

Impostos Diferidos 514.341,00 -745.661,00

Resultado Liquido -1.446.961,27 1.855.914,27

* Peso relativo dos proveitos nos RAI

O peso dos proveitos da exploração corrente na formação dos resultados em oposição à redução dos proveitos líquidos do Apoio do FGCAM permite perspectivar a capacidade de recuperação da Instituição e o cumprimento do Plano de Recuperação e Saneamento.

Torna-se evidente a necessidade de prosseguir com acções e iniciativas que contribuam para o sanear do crédito vencido pois o dispêndio da CCAM na constituição de provisões e/ou imparidades pode condicionar fortemente os objectivos do saneamento.

Para os resultados líquidos positivos apurados no exercício no montante de 1.855.914,27 €, propõe a Administração que a sua aplicação seja integralmente levada à conta de Resultados Transitados.

74

17. Considerações Finais

Aos clientes e associados a Administração endereça palavras de apreço pela confiança que têm manifestado no seu relacionamento com a Caixa Agrícola. Aproveitamos a oportunidade para agradecer o apoio da Caixa Central, Órgãos de Gestão e Administradores, bem como dos vários departamentos operacionais.

Este agradecimento é também extensivo a todas as empresas do Grupo que nos permitiram o suporte, o apoio técnico e comercial no exercício da actividade da CCAM de Entre Tejo e Sado.

Igual agradecimento é devido aos Órgãos Sociais da Caixa Agrícola, Mesa da Assembleia, Conselho Fiscal e Conselho Consultivo, pela sua confiança e total disponibilidade para colaborar com a Administração na recuperação da Instituição.

Uma palavra especial de agradecimento a todos os colaboradores, pelo seu continuado empenhamento e a forma dedicada como têm participado em todas as tarefas e projectos a que têm sido solicitados, com vista à reestruturação e saneamento da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Entre Tejo e Sado.

Montijo, 26 de Fevereiro de 2017

O Conselho de Administração

ENTRE TEJO E SADO

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

E

ANEXO

31 de Dezembro de 2016

GRUPO CRÉDITO AGRÍCOLA

ENTRE TEJO E SADO

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

GRUPO CRÉDITO AGRÍCOLA

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE ENTRE TEJO E SADO, C.R.L.

dez-15Provisões,

Activo imparidade e Activo ActivoACTIVO Notas Bruto amortizações líquido líquido PASSIVO E CAPITAL Notas dez-16 dez-15

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 5 1.388.667 - 1.388.667 1.499.680 Recursos de bancos centrais 22 - -

Disponibilidades em outras instituições de crédito 6 3.644.967 - 3.644.967 3.324.343 Passivos financeiros detidos para negociação 23 - -

Activos financeiros detidos para negociação 7 - - - - Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados 24 - -

Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 8 - - - - Recursos de outras instituições de crédito 25 13.275.533 4.592.748

Activos financeiros disponíveis para venda 9 10.918 - 10.918 329 Recursos de clientes e outros empréstimos 26 182.610.542 174.890.620

Aplicações em instituições de crédito 10 76.840.310 - 76.840.310 63.947.661 Responsabilidades representadas por títulos 27 - -

Crédito a clientes 11 127.903.713 (10.855.314) 117.048.399 109.192.967 Passivos financeiros associados a activos transferidos 28 - -

Investimentos detidos até à maturidade 12 - - - - Derivados de cobertura 14 - -

Activos com acordo de recompra 13 - - - - Passivos não correntes detidos para venda 29 - -

Derivados de cobertura 14 - - - - Provisões 30 943.825 928.986

Activos não correntes detidos para venda 15 15.493.081 (2.640.652) 12.852.429 14.739.631 Passivos por impostos correntes 20 20.415 32.566

Propriedades de investimento 16 - - - - Passivos por impostos diferidos 20 - -

Outros activos tangíveis 17 9.251.735 (6.272.522) 2.979.213 3.218.781 Instrumentos representativos de capital 31 - -

Activos intangíveis 18 9.012 (9.012) - - Outros passivos subordinados 32 21.055.939 21.055.594

Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 19 538.965 - 538.965 538.965 Outros passivos 33 1.684.682 1.907.424

Activos por impostos correntes 20 - - - - Total do Passivo 219.590.934 203.407.938

Activos por impostos diferidos 20 2.306.444 - 2.306.444 3.052.105

Outros activos 21 2.129.306 (590.488) 1.538.819 1.752.213 Capital 35 5.548.835 5.438.295

Prémios de emissão 35 - -

Outros instrumentos de capital 36 - -

Reservas de reavaliação 36 (301.109) (94.075)

Outras reservas e resultados transitados 36 (7.545.444) (6.038.522)

Lucro do exercício 36 1.855.914 (1.446.961)

Dividendos antecipados - -

Total do Capital (441.803) (2.141.263)

Total do Activo 239.517.118 (20.367.987) 219.149.131 201.266.675 Total do Passivo e do Capital 219.149.131 201.266.675

O anexo faz parte integrante destes balanços.

João Lourenço Marques Fernandes Medeiros, Dr. Maria de Fátima Jesus Martins da Graça Pires de Lobo, Dra.Fernando Manuel Ferreira de Matos, Dr.Luis Miguel Lino de Jesus Marques

14-02-2017 14-02-2017

Balanços em 31 de Dezembro de 2016 e 31 de Dezembro de 2015

(Montantes expressos em Euros)

dez-16

O CONTABILISTA CERTIFICADO O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE ENTRE TEJO E SADO, C.R.L.

Notas dez-16 dez-15

37 4.411.062 5.890.202

38 (676.325) (1.520.935)

3.734.738 4.369.267

39 9 4

40 2.392.873 2.056.758

41 (331.795) (260.704)

42 - -

43 (0) 1

44 2.437 1.588

45 202.354 441.934

46 147.556 218.793

6.148.172 6.827.640

47 (3.193.563) (3.266.637)

48 (1.866.853) (1.998.495)

17 e 18 (139.576) (145.453)

30 (14.838) 109.460

2.287.989 (4.067.680)

- -

30 - -

30 (606.355) 636.189

2.614.976 (1.904.975)

20 (13.400) (56.327)

20 (745.661) 514.341

1.855.914 (1.446.961)

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

João Lourenço Marques Fernandes Medeiros, Dr. Maria de Fátima Jesus Martins da Graça Pires de Lobo, Dra.Fernando Manuel Ferreira de Matos, Dr.Luis Miguel Lino de Jesus Marques

14-02-2017 14-02-2017

correntes

diferidos

Resultado líquido do exercício

O CONTABILISTA CERTIFICADO

Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações

Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações

Resultado antes de impostos

Impostos

Gastos gerais administrativos

Amortizações do exercício

Provisões líquidas de reposições e anulações

Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber

de outros devedores (líquidas de reposições e anulações)

Resultados de alienação de outros activos

Outros resultados de exploração

Produto bancário

Custos com pessoal

Rendimentos de serviços e comissões

Encargos com serviços e comissões

Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados

Resultados de activos financeiros disponíveis para venda

Resultados de reavaliação cambial

Juros e rendimentos similares

Juros e encargos similares

Margem financeira

Rendimentos de instrumentos de capital

Demonstrações dos Resultados em 31 de Dezembro de 2016 e de 2015

(Montantes Expressos em Euros)

RUBRICA

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE ENTRE TEJO E SADO, C.R.L.

dez-16 dez-15

Fluxos de Caixa das Actividades Operacionais:Recebimentos de juros e comissões 6.803.935 7.946.961Pagamentos de juros e comissões (1.008.120) (1.781.639)Pagamentos ao pessoal e fornecedores (5.035.294) (5.242.262)Contribuições para o fundo de pensões (25.123) (22.870)(Pagamento) / recebimento de imposto sobre o rendimento (759.061) 458.014Outros recebimentos / (pagamentos) relativos à actividade operacional 149.992 220.381Resultados operacionais antes das alterações nos activos e passivos operacionais 126.330 1.578.584

(Aumentos) / diminuições de activos operacionais:Activos financeiros detidos para negociação e outros activos ao justo valor - -Activos financeiros disponíveis para venda 10.590 163Aplicações em instituições de crédito 12.892.649 5.725.791Créditos a clientes 5.567.442 (8.140.433)Investimentos detidos até à maturidade - -Derivados de cobertura - -Activos não correntes detidos para venda (1.540.023) 2.603.198Outros activos (1.037.445) 885.461

15.893.212 1.074.179

Aumentos / (diminuições) de passivos operacionais:Passivos financeiros detidos para negociação e derivados de cobertura - -Recursos de instituições de crédito 8.682.785 4.399.266Recursos de clientes e outros empréstimos 7.719.922 (3.659.030)Outros passivos (234.893) (100.165)

16.167.814 640.070

Caixa líquida das Actividades Operacionais 400.932 1.144.475

Fluxos de Caixa das Actividades de Investimento:Variação de activos tangíveis e intangíveis 35.220 82.489Recebimento de dividendos (9) (4)Variação de partes de capital em empresas filiais e associadas - - -Caixa líquida das Actividades de Investimento 35.210 82.486

Fluxos de Caixa das Actividades de Financiamento:Aumento de capital 110.540 246.270Diminuição de capital - -Pagamento de dividendos - -Variação de passivos subordinados 345 -Variação de reservas e resultados transitados (266.995) (185.464)Caixa líquida das actividades de financiamento (156.110) 60.806

Aumento (Diminuição) líquida de caixa e seus equivalentes 209.611 1.122.795

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 4.824.023 3.701.228Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 5.033.635 4.824.023

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

Demonstrações dos Fluxos de Caixa em 31 de Dezembro de 2016 e de 2015

(Montantes expressos em Euros)

O CONTABILISTA CERTIFICADO O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

João Lourenço Marques Fernandes Medeiros, Dr. Maria de Fátima Jesus Martins da Graça Pires de Lobo, Dra.

Fernando Manuel Ferreira de Matos, Dr.

Luis Miguel Lino de Jesus Marques

14-02-2017 14-02-2017

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE ENTRE TEJO E SADO, C.R.L.

Reservas de Outras Resultados Resultado doCapital reavaliação reservas transitados Total exercício Total

Saldos em 31 de Dezembro de 2014 5.192.025 31.430 31.261 (2.113.217) (2.081.956) (3.896.606) (755.108)

Amortização anual do impacto de transição das pensões (Nota 50) - - - (59.960) (59.960) - (59.960)Constituição de reservas de reavaliação (IAS 19 Revisto) - (125.503) - - - - (125.503)Aplicação do resultado do exercício de 2014:

Constituição de reservas - - - - - - -Distribuição de dividendos - - - - - - -Transferência para Resultados Transitados - - - (3.896.606) (3.896.606) - -

Aumento de capital 249.145 - - - - - 249.145Reembolso de capital (2.875) - - - - - (2.875)Alterações de justo valor liquidas de imposto - (1) - - - - (1)Resultado líquido do exercício de 2015 - - - - - (1.446.961) (1.446.961)

Saldos em 31 de Dezembro de 2015 5.438.295 (94.075) 31.261 (6.069.783) (6.038.522) (1.446.961) (2.141.263)

Amortização anual do impacto de transição das pensões (Nota 50) - - - (59.960) (59.960) - (59.960)Constituição de reservas de reavaliação (IAS 19 Revisto) - (207.310) - - - - (207.310)Aplicação do resultado do exercício de 2015:

Constituição de reservas - - - - - - -Distribuição de dividendos - - - - - - -Transferência para Resultados Transitados - - - (1.446.961) (1.446.961) - -

Aumento de capital 110.790 - - - - - 110.790Reembolso de capital (250) - - - - - (250)Alterações de justo valor liquidas de imposto - 275 - - - - 275Resultado líquido do exercício de 2016 - - - - - 1.855.914 1.855.914

Saldos em 31 de Dezembro de 2016 5.548.835 (301.109) 31.261 (7.576.704) (7.545.444) 1.855.914 (441.803)

O CONTABILISTA CERTIFICADO O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

João Lourenço Marques Fernandes Medeiros, Dr.Fernando Manuel Ferreira de Matos, Dr.

Luis Miguel Lino de Jesus Marques

14-02-2017 14-02-2017

Maria de Fátima Jesus Martins da Graça Pires de Lobo, Dra.

Demonstrações de Alterações no Capital Próprio em 31 de Dezembro de 2016 e de 2015

(Montantes expressos em Euros)

Outras Reservas e resultados transitados

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE ENTRE TEJO E SADO, C.R.L.

(Montantes expressos em Euros)

dez-16 dez-15

Resultado individual 1.855.914 (1.446.961)

Reservas de reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda:Reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda 275 (1)

Impacto fiscal - -

Transferência para resultados por alienação - -

Impacto fiscal - -

Pensões - regime transitório (59.960) (59.960)

Pensões - transf. de desvios actuariais para Reservas de reavaliação (207.310) (125.503)Total Outro rendimento integral do exercício (266.995) (185.464)

Rendimento integral individual 1.588.920 (1.632.426)

O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADEO CONTABILISTA CERTIFICADO

João Lourenço Marques Fernandes Medeiros, Dr.

14-02-2017 14-02-2017

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

Demonstrações do Rendimento Integral em 31 de Dezembro de 2016 e de 2015

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Maria de Fátima Jesus Martins da Graça Pires de Lobo, Dra.

Fernando Manuel Ferreira de Matos, Dr.

Luis Miguel Lino de Jesus Marques

ENTRE TEJO E SADO

ANEXO

GRUPO CRÉDITO AGRÍCOLA

(Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

1. NOTA INTRODUTÓRIA

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Entre Tejo e Sado, C.R.L. (adiante apenas designada por Caixa ou CCAM) é uma instituição de crédito constituída em 28 de Maio de 1996 sob a forma de Cooperativa de responsabilidade limitada. Constitui objecto da Caixa a concessão de crédito e a prática dos demais actos inerentes à actividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável. A Caixa forma parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo. Em 31 de Dezembro de 2016, a Caixa opera através da sua sede, situada na Avenida D. João IV, nº 2, em Montijo e através de uma rede de treze balcões situados nos concelhos de Alcochete, Moita, Montijo, Palmela, Seixal, Barreiro, Almada e Vendas Novas. As notas cujos números não são indicados neste anexo não têm aplicação por inexistência de valores a reportar.

2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS

POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 2.1. Bases de apresentação das contas

As demonstrações financeiras da Caixa foram preparadas no pressuposto da continuidade

das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal.

As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), conforme adoptadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal, excepto no que se refere a:

i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e

contas a receber) – os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para outras categorias e, como tal, registados pelo seu valor histórico. Os proveitos são reconhecidos segundo a regra pro rata temporis, quando se tratem de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês, nomeadamente juros e comissões;

ii) Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos classificados como crédito e contas a receber deverão ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, de acordo com o método referido na alínea anterior;

iii) Provisionamento do crédito e contas a receber - mantém-se o anterior regime, sendo definidos níveis mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005, de 21 de

(Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

Fevereiro. Este regime abrange ainda as responsabilidades representadas por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga;

iv) Os activos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo deste modo possível o seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo IAS 16 – Activos fixos tangíveis. Como excepção, é permitido o registo de reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais-valias resultantes são registadas em “Reservas de reavaliação”.

v) Benefícios aos empregados, através do estabelecimento de um período para diferimento do impacto contabilístico decorrente da transição para os critérios do IAS 19.

De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 de 21 de Fevereiro, nº 12/2005 de 30 de Dezembro e nº 7/2008 de 14 de Outubro, o reconhecimento em resultados transitados do impacto apurado com referência a 31 de Dezembro de 2006, decorrente da transição para os IAS/IFRS pode ser atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2014, com excepção da parte referente ao impacto da alteração da tábua de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego, para a qual esse plano de amortização pode ir até 31 de Dezembro de 2016.

2.2. Resumo das principais políticas contabilísticas As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações

financeiras foram as seguintes: a) Especialização dos exercícios

A Caixa adopta o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os custos e proveitos são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.

b) Transacções em moeda estrangeira Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros ao

câmbio de "fixing" da data do balanço, com excepção dos saldos relativos a notas e moedas estrangeiras, os quais são convertidos ao câmbio médio do mês indicado pelo Banco de Portugal.

Os proveitos e custos relativos às transacções em moeda estrangeira registam-se no período em que ocorrem, de acordo com o efeito que as transacções em divisas têm na posição cambial.

Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a prazo são registadas na posição cambial.

c) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

As empresas filiais são entidades nas quais a Caixa exerce controlo sobre a gestão das mesmas. As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira (directa ou indirecta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir

(Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

controlo nem controlo conjunto sobre a mesma. As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo objecto de análises de perdas por imparidade. As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (activos não monetários valorizados ao custo histórico) são convertidas à taxa de câmbio histórica da data da transacção, conforme previsto no IAS 21.

d) Crédito e outros valores a receber

Conforme descrito na Nota 2.1 estes activos encontram-se registados ao valor nominal, de acordo com o Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal. A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objecto de relevação contabilística autónoma nas respectivas contas de resultados. Os proveitos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais, segundo o método da taxa efectiva, quando se trate de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria devem ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, segundo o método da taxa efectiva. Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são submetidos à constituição de provisões, nos termos descritos abaixo. Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, sendo as comissões e custos associados aos créditos periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos.

Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis

As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em resultados ao longo da vida das operações.

Provisões para crédito e juros vencidos, créditos de cobrança duvidosa, risco de país e riscos gerais de crédito

De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de Junho (com as

alterações introduzidas subsequentemente, nomeadamente pelo Aviso nº 3/2005, de 21 de Fevereiro), e outras disposições emitidas pelo Banco de Portugal, são constituídas as seguintes provisões para riscos de crédito:

i) Provisão para crédito e juros vencidos Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que

apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e são função crescente do período decorrido desde a data de incumprimento.

ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosa Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a

créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou

(Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

juros, ou que estejam afectos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. Nos termos do Aviso nº 3/95, são considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes:

- As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se

verifique, relativamente às respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições:

. Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros; . Estarem em incumprimento há mais de: . Seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos; . Doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos

mas inferior a dez anos; . Vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez

anos. Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos

da constituição de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas operações.

- Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a classificação acima definida, o crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total, acrescido de juros. Os créditos nestas condições são provisionados com base em metade das taxas aplicáveis aos créditos vencidos.

iii) Provisão para risco país Destina-se a fazer face aos problemas de realização dos activos financeiros e

extrapatrimoniais sobre residentes de países considerados de risco pelo Banco de Portugal, qualquer que seja o instrumento utilizado ou a natureza da contraparte, com excepção:

- Dos domiciliados em sucursal estabelecida nesse país, expressos e pagáveis

na moeda desse país, na medida em que estejam cobertos por recursos denominados nessa moeda;

- Das participações financeiras; - Das operações com sucursais de instituições de crédito de um país

considerado de risco, desde que estabelecidas em Estados membros da União Europeia;

- Dos que se encontrem garantidos por entidades indicadas no número 1 do artigo 15º do Aviso nº 3/95, desde que a garantia abranja o risco de transferência;

- Das operações de financiamento de comércio externo de curto-prazo, que cumpram as condições definidas pelo Banco de Portugal.

As necessidades de provisões são determinadas por aplicação das percentagens

fixadas em Instruções e Cartas Circulares do Banco de Portugal, que classificam os países e territórios segundo grupos de risco.

iv) Provisão para riscos gerais de crédito

(Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões", e destina-se a fazer face a riscos de cobrança do crédito concedido e garantias e avales prestados.

Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à totalidade do crédito não vencido, incluindo as garantias e avales:

- 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a

particulares, cuja finalidade não possa ser determinada; - 0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou

operações de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário;

- 1% no que se refere ao restante crédito concedido. Nos exercícios de 2001 e 2002 foram aceites como custo fiscal 50% dos reforços da

provisão para riscos gerais de crédito. A partir de 1 de Janeiro de 2003 os reforços desta provisão deixaram de ser aceites fiscalmente como custo.

A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros

decorridos que sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida. Periodicamente, a Caixa abate ao activo os créditos considerados incobráveis por utilização das provisões constituídas. Em caso de eventual recuperação dos referidos créditos, esta é reconhecida em resultados, na rubrica “Outros resultados de exploração”.

e) Outros activos e passivos financeiros

Os outros activos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com os IAS 32 e IAS 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor.

i) Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados,

passivos financeiros detidos para negociação Os activos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento

variável transaccionados em mercados activos, adquiridos com o objectivo de venda ou recompra no curto prazo, bem como derivados. Os derivados de negociação com valor líquido a receber (justo valor positivo) são incluídos na rubrica de activos financeiros detidos para negociação. Os derivados de negociação com valor líquido a pagar (justo valor negativo), são incluídos na rubrica de passivos financeiros detidos para negociação.

Os activos financeiros ao justo valor através de resultados incluem os títulos de rendimento fixo transaccionados em mercados activos que a Caixa optou por registar e avaliar ao justo valor através de resultados.

Os activos e passivos financeiros detidos para negociação e os activos financeiros ao justo valor através de resultados são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os ganhos e perdas decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos em resultados.

Os juros inerentes aos activos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da

(Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

taxa efectiva e reconhecidos em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os dividendos são reconhecidos quando atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

O justo valor dos activos financeiros detidos para negociação e transaccionados em mercados activos é o seu “bid-price” ou a cotação de fecho à data do balanço. Se um preço de mercado não estiver disponível, o justo valor do instrumento é estimado com base em técnicas de valorização, que incluem modelos de avaliação de preços ou técnicas de “discounted cash-flows”.

Quando são utilizadas técnicas de “discounted cash-flows”, os fluxos financeiros futuros são estimados de acordo com as expectativas da gestão e a taxa de desconto utilizada corresponde à taxa de mercado para instrumentos financeiros com características semelhantes. Nos modelos de avaliação de preços, os dados utilizados correspondem a informações sobre preços de mercado.

O justo valor dos derivados que não são transaccionados em bolsa é estimado com base no montante que seria recebido ou pago para liquidar o contrato na data em análise, considerando as condições de mercado vigentes bem como a qualidade creditícia das contrapartes.

ii) Activos financeiros disponíveis para venda

Os activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e

dívida, que não sejam classificados como activos financeiros detidos para negociação, ao justo valor através de resultados ou como investimentos a deter até à maturidade ou como crédito ou como empréstimos e contas a receber.

Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com excepção de instrumentos de capital não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do justo valor são reflectidos em rubrica específica do capital próprio “reserva de justo valor” até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de activos monetários são reconhecidas directamente em resultados do período.

Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em resultados na data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

iii) Investimentos a deter até à maturidade

Os investimentos a deter até à maturidade são investimentos que têm um rendimento fixo, com taxa de juro conhecida no momento da emissão e data de reembolso determinada, sendo do interesse da Caixa mantê-los até ao seu reembolso. Os investimentos financeiros a deter até à maturidade são registados ao custo de

(Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

aquisição. Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

iv) Empréstimos e contas a receber

De acordo com a restrição estabelecida pelo Aviso nº 1/2005, nesta rubrica são registados apenas os valores a receber de outras instituições de crédito. São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado activo e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias de activos financeiros. No reconhecimento inicial estes activos são valorizados pelo justo valor, deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente atribuíveis à transacção. Subsequentemente, estes activos são reconhecidos em balanço ao custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade e provisões para risco país. Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva, que permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efectiva é aquela que, sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial. Operações de venda com acordo de recompra

Os títulos vendidos com acordo de recompra são mantidos na carteira onde estavam originalmente registados. Os fundos recebidos são registados, na data de liquidação, em conta própria do passivo, sendo periodificados os respectivos juros.

v) Outros passivos financeiros

Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito,

depósitos de clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à contraprestação recebida líquida dos custos de transacção e são posteriormente valorizados ao custo amortizado.

Conforme previsto no Decreto-Lei nº 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei n° 345/98, de 9 de Novembro. Este último visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, por forma a que o mesmo tivesse por objecto (i) garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar acções que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM).

Em Dezembro de 2016, a Caixa possuía empréstimos subordinados concedidos pelo Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo no montante de 20.956.724 Euros, descritos na Nota 32.

vi) Imparidade em activos financeiros

A Caixa efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros com

excepção de crédito a clientes e outros valores a receber, conforme referido na

(Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

alínea d). Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos financeiros,

as perdas por imparidade registam-se por contrapartida de resultados. Para títulos cotados, considera-se que existe evidência de imparidade numa

situação de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Para títulos não cotados, é considerado evidência de imparidade a existência de impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade.

Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas por imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de resultados.

No caso de activos disponíveis para venda, em caso de evidência objectiva de imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no justo valor são sempre reconhecidas em resultados.

No caso de activos financeiros disponíveis para venda com evidência de imparidade, a perda potencial acumulada em reservas é transferida para resultados.

f) Derivados e contabilidade de cobertura

Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua contratação. Adicionalmente, são reflectidos em rubricas extrapatrimoniais pelo respectivo valor nocional. Subsequentemente, os instrumentos financeiros derivados são mensurados pelo respectivo justo valor. O justo valor é apurado:

• Com base em cotações obtidas em mercados activos (por exemplo, no que

respeita a futuros transaccionados em mercados organizados); • Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no

mercado, incluindo cash-flows descontados e modelos de valorização de opções.

Derivados embutidos

Os instrumentos financeiros derivados embutidos noutros instrumentos financeiros são destacados do contrato de base e tratados como derivados autónomos no âmbito da Norma IAS 39, sempre que:

• As características económicas e os riscos do derivado embutido não estejam intimamente relacionados com o contrato de base, conforme definido na Norma

(Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

IAS 39; e • A totalidade do instrumento financeiro combinado não esteja registada ao justo

valor, com as variações no justo valor reflectidas em resultados. Derivados de cobertura

Tratam-se de derivados contratados com o objectivo de cobertura da exposição a um determinado risco inerente à actividade da Caixa. A classificação como derivados de cobertura e a utilização do conceito de contabilidade de cobertura, conforme abaixo descrito, está sujeita ao cumprimento das regras definidas na Norma IAS 39. Para todas as relações de cobertura, a Caixa prepara no início da operação documentação formal, que inclui os seguintes aspectos:

• Objectivos de gestão de risco e estratégia associada à realização da operação

de cobertura, de acordo com as políticas de cobertura de risco definidas; • Descrição do(s) risco(s) coberto(s); • Identificação e descrição dos instrumentos financeiros cobertos e de cobertura; • Método de avaliação da eficácia de cobertura e periodicidade da sua

realização.

Mensalmente, são efectuados e documentados testes de eficácia das coberturas através da comparação da variação no justo valor do instrumento de cobertura e do elemento coberto (na parcela atribuível ao risco coberto). De forma a possibilitar a utilização de contabilidade de cobertura de acordo com a Norma IAS 39, esta relação deverá situar-se num intervalo entre 80% e 125%. Adicionalmente, são efectuados testes de eficácia prospectivos, de forma a demonstrar a expectativa da eficácia futura da cobertura. Os derivados de cobertura são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados mensalmente reconhecidos em proveitos e custos do exercício. Caso se demonstre que a cobertura é eficaz, a Caixa reflecte igualmente no resultado do exercício a variação no justo valor do elemento coberto atribuível ao risco coberto. O impacto destas valorizações é reflectido em rubricas de “Resultados em activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. No caso de derivados que tenham associada uma componente de juros (como por exemplo, swaps de taxa de juro) a periodificação de juros relativa ao período em curso e os fluxos liquidados são reflectidos em “Juros e rendimentos similares” e “Juros e encargos similares”, da demonstração de resultados. As reavaliações positivas e negativas de derivados de cobertura são registadas no activo e passivo, respectivamente, em rubricas específicas. As valorizações dos elementos cobertos são reflectidas nas rubricas onde se encontram registados esses activos e passivos.

Derivados de negociação São considerados derivados de negociação todos os instrumentos financeiros derivados que não estejam associados a relações de cobertura eficazes de acordo com a Norma IAS 39, incluindo:

• Derivados contratados para cobertura de risco em activos ou passivos

registados ao justo valor através de resultados, tornando assim desnecessária a utilização de contabilidade de cobertura;

(Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

• Derivados contratados para cobertura de risco que não constituem coberturas eficazes ao abrigo da Norma IAS 39;

• Derivados contratados com o objectivo de “trading”.

Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados diariamente reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de “Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. As reavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas “Activos financeiros ao justo valor através de resultados” e “Passivos financeiros ao justo valor através de resultados”, respectivamente.

g) Propriedades de investimento

Correspondem a imóveis detidos pela Caixa com o objectivo de obtenção de rendimentos através do arrendamento e/ou da sua valorização. As propriedades de investimento são registadas ao justo valor, determinado anualmente com base em avaliações de peritos. As variações no justo valor são reflectidas em resultados e os imóveis não são sujeitos a amortizações.

h) Outros activos tangíveis

Os activos tangíveis utilizados pela Caixa para o desenvolvimento da sua actividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos directamente atribuíveis) deduzido das depreciações e perdas de imparidade acumuladas. Sempre que existam indícios de perda de valor dos activos fixos tangíveis, são efectuados testes de imparidade de forma a estimar o valor recuperável do activo, e quando necessário registar uma perda por imparidade. O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o justo valor menos custos de vender, e o valor de uso do activo, sendo este último calculado com base no valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados, decorrentes do uso continuado e da alienação do activo no final da vida útil definida. Os ganhos ou perdas na alienação dos activos são determinados pela diferença entre o valor de realização e o valor contabilístico do activo, devem ser reconhecidos na demonstração dos resultados, no período em que se realizem. A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem:

Anos de vida útil Imóveis de serviço próprio 50 Despesas em edifícios arrendados 10 Equipamento informático e de escritório 3 a 8 Mobiliário e instalações interiores 6 a 10 Viaturas 4

As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento. Conforme previsto no IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para os IAS/IFRS, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações efectuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do aumento das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como

(Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

custo para efeitos fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos. Activos intangíveis

Esta rubrica compreende essencialmente custos com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para uso de software utilizado no desenvolvimento das actividades da Caixa. Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos activos, a qual corresponde a um período de 3 anos.

i) Activos tangíveis disponíveis para venda

Os activos não correntes, ou grupos de activos e passivos a alienar são classificados como detidos para venda sempre que seja expectável que o seu valor de balanço venha a ser recuperado através da venda, e não do seu uso continuado. Para que um activo (ou grupo de activos e passivos) seja classificado nesta rubrica é assegurado o cumprimento dos seguintes requisitos:

• A probabilidade de ocorrência da venda é elevada; • O activo está disponível para venda imediata no seu estado actual; • Deverá existir a expectativa de que a venda se venha a concretizar até um ano

após a classificação do activo nesta rubrica.

Os activos registados nesta rubrica são valorizados ao menor entre o custo de aquisição e o justo valor, deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo valor destes activos é determinado com base em avaliações de peritos independentes, não sendo sujeitos a amortizações.

j) Provisões

Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a riscos gerais de crédito, de acordo com o IAS 37 (Nota 30).

k) Benefícios de empregados

A Caixa subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho (ACT) para o sector bancário pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACT. Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa integra o Fundo de Pensões do Grupo Crédito Agrícola, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efectuadas pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao ACT, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma.

(Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Colectivo de Trabalho do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da CA Vida. De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios descritos. Para o cálculo das pensões do ACT, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas:

• Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades;

• Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-se a data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões.

Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte:

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total;

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado.

Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca. Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata. O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efectivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACT. A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela CA Vida para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito. Os Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 e nº 7/2008 determinam a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no activo. No entanto, estabelece um período transitório entre 7 e 9 anos relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da adopção do IAS 19.

l) Impostos sobre os lucros

A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC). O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos.

(Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos. Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável. Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações:

• Diferenças temporárias resultantes de goodwill; • Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e

passivos em transacções que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável;

• Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas filiais e associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível.

Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço. Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício.

m) Locação financeira Os activos em regime de locação financeira são registados no balanço como crédito concedido, sendo este reembolsado através das amortizações de capital constantes do plano financeiro dos contratos. Os juros incluídos nas rendas são registados como proveitos financeiros.

(Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

5. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015 Caixa:

Moedas nacionais 1.364.945 1.477.073 Moedas estrangeiras 23.723 22.607

1.388.667 1.499.680 Juros a receber - -

1.388.667 1.499.680

6. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015 Disponibilidades em Instituições de Crédito no País:

Depósitos à ordem Na Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo 3.066.542 2.972.172

Cheques a cobrar 578.248 351.885 3.644.790 3.324.057 Juros a Receber 177 287

3.644.967 3.324.343

9. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONIVEIS PARA VENDA Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015 Títulos Emitidos por residentes

Instrumentos de dívida 10.326 Instrumentos de capital 593 329

10.918 329 Imparidade - -

10.918 329

10. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015 Em outras instituições de crédito: Depósitos a prazo – Caixa Central Crédito Agrícola Mútuo 76.556.724 63.556.724

Dos quais: indexados a Dívida Pública - - Juros a receber 283.585 390.936 76.840.310 63.947.661 Provisões - -

76.840.310 63.947.661

(Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

11. CRÉDITO A CLIENTES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015 Crédito interno Médio e longo prazo

Empréstimos à habitação 41.335.560 39.278.052 Outros créditos 46.923.977 44.376.701 Contratos de locação financeira 316.349 123.405

Curto prazo Outros créditos 18.712.471 20.255.348 Créditos em conta corrente 4.693.000 4.588.500 Descobertos em depósitos à ordem 124.803 187.297

112.106.161 108.809.303 Crédito ao exterior Médio e longo prazo

Empréstimos à habitação 143.189 82.435 Outros créditos 27.518 36.463

170.706 118.898 Outros créditos e valores a receber (titulados)

Papel Comercial a desconto-Emp. residentes 2.500.000 2.500.000 Juros a receber 328.476 348.934 Comissões associadas ao custo amortizado: Receitas com rendimento diferido (408.046) (358.582) (408.046) (358.582) Total crédito não vencido 114.697.298 111.418.553 Crédito e juros vencidos Crédito vencido 13.177.444 13.483.610 Juros vencidos 28.971 153.476 Total crédito e juros vencidos 13.206.415 13.637.086 127.903.713 125.055.639 Provisões Para crédito e juros vencidos (10.183.138) (12.536.628) Para crédito de cobrança duvidosa (672.176) (3.326.043) (10.855.314) (15.862.672) 117.048.399 109.192.967

Em 31 de Dezembro de 2016 e de 2015, os prazos residuais do crédito a clientes, apresentavam a seguinte estrutura:

31-12-2016 31-12-2015 Até três meses 4.155.173 3.629.972 Entre três meses e um ano 5.510.463 4.041.803 Entre um ano e cinco anos 13.336.002 13.254.610 Mais de cinco anos 88.617.764 86.031.706 Duração indeterminada 16.284.310 18.097.548 127.903.713 125.055.639

Para fazer face aos riscos de realização do crédito concedido, a Caixa dispõe em 31 de Dezembro de 2016 de uma provisão para riscos gerais de crédito no montante de 943.825 Euros, registada na rubrica “Provisões” do passivo (Nota 30).

(Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

15. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015 Activos não correntes detidos para venda:

Imóveis 15.492.083 17.143.106 Equipamento - - Outros 998 998

15.493.081 17.144.104 Imparidade:

Imóveis (2.639.654) (2.403.475) Equipamento - - Outros (998) (998)

(2.640.652) (2.404.472) 12.852.429 14.739.631

O movimento desta rubrica durante os exercícios de 2015 e de 2016 pode ser apresentado da seguinte forma:

31-12-2015 31-12-2016

Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor

bruto Imparidade Aquisições Alienações / Abates

de imparidade

de imparidade

de imparidade bruto Imparidade líquido

Activos não correntes detidos para venda

Imóveis 17.143.106 (2.403.475) 6.638.888 8.289.911 313.354 (807.090) 257.557 15.492.083 (5.639.654) 12.852.429

Equipamento - - - - - - - - - -

Outros 998 (998) - - - - - 998 (998) -

17.144.104 (2.404.472) 6.638.888 8.289.911 313.354 (807.090) 257.557 15.493.081 (2.640.652) 12.852.429

31-12-2014 31-12-2015

Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor

bruto Imparidade Aquisições Alienações / Abates

de imparidade

de imparidade

de imparidade bruto Imparidade líquido

Activos não correntes detidos para venda

Imóveis 14.411.496 (3.393.620) 5.967.184 3.235.574 328.150 (73.471) 735.467 17.143.106 (2.403.475) 14.739.631

Equipamento - - - - - - - - - -

Outros 15.625 (998) - 14.628 - - - 998 (998) -

14.427.122 (3.394.618) 5.967.184 3.250.202 328.150 (73.471) 735.467 17.144.104 (2.404.472) 14.739.631

(Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

17. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS

O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros activos tangíveis” durante o exercício de 2015 e de 2016 foi o seguinte:

31-12-2015 31-12-2016

Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições do exercício Imparidade e abates líquido

Imóveis:

De serviço próprio:

Terrenos 734.395 - - - - - - 734.395

Edifícios 3.318.122 1.522.543 - - 66.502 135.211 - 1.862.081

Outros 270.745 30.163 - - 5.415 - - 245.997

Obras em imóveis arrendados 302.099 82.070 - - 6.042 - - 226.071

Outros imóveis - - - - - - - -

4.625.361 1.634.776 - - 77.959 135.211 - 3.068.544

Equipamento:

Mobiliário e material 664.455 655.101 - 1.010 3.325 - - 7.039

Máquinas e ferramentas 756.848 749.902 - 1.802 2.693 - - 6.055

Equipamento informático 1.798.051 1.795.609 - 2.156 1.836 - - 2.761

Instalações interiores 485.123 446.570 - 30.251 20.518 - - 48.287

Material de transporte 8.128 - - - - - - 8.128

Equipamento de segurança 251.003 194.577 - - 9.895 - - 46.530

Outro equipamento 603.106 521.198 - - 23.351 - - 58.557

4.566.713 4.362.959 - 35.220 61.618 - - 177.356

Equipamento em locação financeira:

Imóveis - - - - - - - -

Equipamento - - - - - - - - Outros activos em locação

financeira - - - - - - - -

- - - - - - - -

Outros activos tangíveis:

Património artístico 24.441 - - - - - - 24.441

Activos tangíveis em curso - - - - - - - -

9.216.515 5.997.734 - 35.220 139.576 135.211 - 2.979.213

(Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

31-12-2014 31-12-2015

Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições do exercício Imparidade e abates líquido

Imóveis:

De serviço próprio:

Terrenos 734.395 - - - - - - 734.395

Edifícios 3.318.122 1.456.041 - - 66.502 - - 1.795.579

Outros 270.745 24.748 - - 5.415 - - 240.582

Obras em imóveis arrendados 302.099 76.028 - - 6.042 - - 220.029

Outros imóveis - - - - - - - -

4.625.361 1.556.817 - - 77.959 - - 2.990.585

Equipamento:

Mobiliário e material 664.455 651.631 - - 3.471 - - 9.354

Máquinas e ferramentas 757.149 748.956 - 1.424 2.670 - - 6.946

Equipamento informático 1.798.051 1.793.710 - - 1.899 - - 2.441

Instalações interiores 485.123 419.761 - - 26.809 - - 38.553

Material de transporte 7.912 7.912 - 8.128 - - - 8.128

Equipamento de segurança 246.815 212.767 - 35.182 9.680 - 3.125 56.425

Outro equipamento 563.532 499.540 - 40.880 22.965 - - 81.907

4.523.037 4.334.278 - 85.614 67.494 - 3.125 203.754

Equipamento em locação financeira:

Imóveis - - - - - - - -

Equipamento - - - - - - - - Outros activos em locação

financeira - - - - - - - -

- - - - - - - -

Outros activos tangíveis:

Património artístico 24.441 - - - - - - 24.441

Activos tangíveis em curso - - - - - - - -

9.172.839 5.891.095 - 85.614 145.453 - 3.125 3.218.781

(Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

18. ACTIVOS INTANGÍVEIS O movimento ocorrido nas rubricas de “Activos intangíveis” durante o exercício de 2015 e de 2016 foi o seguinte: 31-12-2015 31-12-2016

Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições do exercício Imparidade e abates líquido

Trespasses - - - - - - - - Despesas de estabelecimento - - - - - - - -

Custos plurianuais - - - - - - - - Despesas de investigação e desenvolvimento - - - - - - - - Sistemas tratamento automático dados (software) 9.012 9.012 - - - - - -

Outros activos intangíveis - - - - - - - - Activos intangíveis em curso - - - - - - - -

9.012 9.012 - - - - - -

31-12-2014 31-12-2015

Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições do exercício Imparidade e abates líquido

Trespasses - - - - - - - - Despesas de estabelecimento - - - - - - - -

Custos plurianuais - - - - - - - - Despesas de investigação e desenvolvimento - - - - - - - - Sistemas tratamento automático dados (software) 9.012 9.012 - - - - - -

Outros activos intangíveis - - - - - - - - Activos intangíveis em curso - - - - - - - -

9.012 9.012 - - - - - -

19. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS

Em 31 de Dezembro de 2016 e em 31 de Dezembro de 2015, a rubrica “investimentos em filiais” tem a seguinte composição:

Participação Valor de Valor de

efectiva (%) balanço balanço

Empresa Sector de actividade Sede 31-12-2016 31-12-2016 31-12-2015

Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, CRL Instituição Financeira Lisboa 0,16222% 491.860 491.860

Fenacam, FCRL Cooperativo Lisboa 0,02222% 110 110

CA Informática, S.A. Informática Damaia 0,69674% 46.936 46.936

CA Seguros, S.A. Seguradora Lisboa 0,00033% 59 59

538.965 538.965

(Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

Em 31 de Dezembro de 2016, os dados financeiros mais significativos retirados das demonstrações financeiras destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma:

Activo Situação Resultado Empresa líquido líquida líquido

Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, CRL 7.964.474.055 229.398.823 (9.278.580) Fenacam, FCRL 6.948.251 4.798.343 20.639 CA Informática, S.A. 16.832.400 7.230.047 235.720 CA Seguros, S.A. 205.395.852 45.875.934 3.824.365

Os dados apresentados são provisórios por ainda não terem sido auditados, representando os últimos dados disponíveis à data da elaboração deste anexo.

20. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

A Caixa é membro de um Agrupamento Complementar de Empresas (Crédito Agrícola Serviços – Centro de Serviços Partilhados, ACE). De acordo com o regime aplicável, o ACE não apura colecta, sendo o correspondente resultado fiscal imputado aos seus membros. Deste modo, os investimentos elegíveis realizados pelo ACE podem ser deduzidos à colecta apurada pelos respectivos membros. No entanto, na presente data ainda não é possível quantificar o benefício fiscal respeitante ao investimento efectuado pelo ACE, pelo facto de se encontrar pendente de resposta um pedido de informação vinculativa apresentado à Autoridade Tributária, pelo próprio ACE, sobre o modo de apuramento do benefício nesta situação específica de investimentos elegíveis realizados por um ACE. Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2016 e em 31 de Dezembro 2015 eram os seguintes:

31-12-2016 31-12-2015 Activos por impostos diferidos

Por diferenças temporárias 2.306.444 3.052.105 2.306.444 3.052.105 Activos por impostos correntes

Imposto sobre o rendimento a recuperar - - Passivos por impostos correntes

Imposto sobre o rendimento a pagar 20.415 32.566 20.415 32.566

(Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

O detalhe e o movimento ocorrido nos impostos diferidos durante o exercício de 2015 e de 2016 foi o seguinte:

2015

Saldo Variação Variação Variação Saldo

em Adopção da em em Resultados em em 31-12-2014 IAS 39 Resultados Transitados Reservas 31-12-2015

. Activos tangíveis e imparidade - - - - - -

. Activos intangíveis - - - - - -

. Prémio de antiguidade - - - - - -

. Encargos com saúde - - - - - -

. Provisões não aceites fiscalmente: Provisões para cobrança duvidosa 697.251 - 30.300 - - 727.551 Provisões para crédito vencido 1.470.596 - 552.033 - - 2.022.629 Provisões para riscos gerais de crédito 63.694 - - - - 63.694 Provisões para riscos bancários gerais - - - - - - Provisão para aplicações financeiras - - - - - - Provisões para imóveis - - - - - - Provisões para outras aplicações 196.901 - (35.653) - - 161.248 Provisões para outros riscos e encargos - - - - - -

. Pensões Reformas antecipadas - - - - - - Desvios actuariais - - - - - - Contribuição efectuada - - - - - - Prémio de Antiguidade 109.322 - (32.339) - - 76.983 Responsabilidades com o SAMS - - - - - - Variação Anual com o SAMS - impostos diferidos - - - - - -

. Reavaliação de imobilizado não aceite fiscalmente - - - - - -

. Reavaliação de instrumentos financeiros derivados - - - - - -

. Valias fiscais - - - - - -

. Prejuízos fiscais reportáveis - - - - - -

. Comissões - - - - - -

. Correcções no justo valor dos elementos cobertos - - - - - -

. Valorização dos activos disponíveis para venda - - - - - -

. Carteira de títulos detidos até à maturidade - - - - - -

2.537.764 - 514.341 - - 3.052.105

(Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

2016

Saldo Variação Variação Variação Saldo

em Adopção da em em Resultados em em 31-12-2015 IAS 39 Resultados Transitados Reservas 31-12-2016

. Activos tangíveis e imparidade - - - - - -

. Activos intangíveis - - - - - -

. Prémio de antiguidade - - - - - -

. Encargos com saúde - - - - - -

. Provisões não aceites fiscalmente: Provisões para cobrança duvidosa 727.551 - (599.090) - - 128.461 Provisões para crédito vencido 2.022.629 - (123.494) - - 1.899.135 Provisões para riscos gerais de crédito 63.694 - (21.290) - - 42.404 Provisões para riscos bancários gerais - - - - - - Provisão para aplicações financeiras - - - - - - Provisões para imóveis - - 30.423 - - 30.423 Provisões para outras aplicações 161.248 - (28.388) - - 132.860 Provisões para outros riscos e encargos - - - - - -

. Pensões Reformas antecipadas - - - - - - Desvios actuariais - - - - - - Contribuição efectuada - - - - - - Prémio de Antiguidade 76.983 - (3.822) - - 73.161 Responsabilidades com o SAMS - - - - - - Variação Anual com o SAMS - impostos diferidos - - - - - -

. Reavaliação de imobilizado não aceite fiscalmente - - - - - -

. Reavaliação de instrumentos financeiros derivados - - - - - -

. Valias fiscais - - - - - -

. Prejuízos fiscais reportáveis - - - - - -

. Comissões - - - - - -

. Correcções no justo valor dos elementos cobertos - - - - - -

. Valorização dos activos disponíveis para venda - - - - - -

. Carteira de títulos detidos até à maturidade - - - - - -

3.052.105 - (745.861) - - 2.306.444

Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros (impostos correntes) e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue:

31-12-2016 31-12-2015 Impostos correntes

Impostos sobre os lucros do exercício (33.426) (56.327) Correcções de impostos relativas a exercícios anteriores 20.025 -

Total de impostos correntes (13.400) (56.327)

Lucro antes de impostos 2.614.976 (1.904.975)

Carga fiscal 0,51% (2,96%)

(Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre o total de impostos reconhecidos em resultados e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue:

31-12-2016 31-12-2015 Impostos correntes

Impostos sobre os lucros do exercício (33.426) (56.327)

Correcções de impostos relativas a exercícios anteriores 20.025 -

Total de impostos correntes (13.400) (56.327)

Impostos diferidos

Registo e reversão de diferenças temporárias (745.661) 514.341

Prejuízos fiscais reportáveis - -

(745.661) 514.341

Total de impostos reconhecidos em resultados (759.061) 458.014

Lucro antes de impostos 2.614.976 (1.904.975)

Carga fiscal 29,03% 24,04% De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais da Caixa relativas aos anos de 2013 a 2016 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão e a matéria colectável a eventuais correcções. Contudo, na opinião da Direcção da Caixa, não é previsível que ocorram correcções com impacto significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2016.

(Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto nos exercícios de 2016 e de 2015 pode ser demonstrada como segue:

31-12-2016 31-12-2015 Taxa de Taxa de imposto Montante imposto Montante Resultado antes de impostos 2.614.976 (1.904.975) Imposto apurado com base na taxa de imposto nominal 21,00% - 21,00% (400.045) Diferenças geradoras de activos e passivos por impostos diferidos Provisões temporariamente não dedutíveis ou acima dos limites legais 0,00% - (146,35)% 2.787.890 Diferimento de comissões 0,00% - 0,00% - Activos não correntes detidos para venda 0,00% - 0,00% - Activos tangíveis e intangíveis 0,00% - 0,00% - Redução de Provisões temporariamente não dedutíveis 0,00% - 119,05% (2.267.800) Diferenças permanentes Mais valias na venda de participações financeiras 0,00% - 0,00% - Mais valias na venda de outros activos tangíveis 0,00% - 0,00% - Variações patrimoniais positivas 0,00% - 0,00% - Variações patrimoniais negativas 0,00% - 0,66% (12.592) Outras diferenças permanentes 0,00% - 4,12% (78.560) Benefícios Fiscais 0,00% - 0,00% - Resultado da liquidação – art. 92º do CIRC 0,00% - 0,00% - Tributações autónomas 1,28%) 33.426 (1,01%) 19.178 Derrama municipal 0,00% - (0,43%) 8.255 Derrama estadual 0,00% - 0,00% - Imposto corrente sobre o lucro do exercício 22.28% 33.426 (2,96%) 56.327 Correcções de impostos relativas a exercícios anteriores (20.025) - Impostos correntes sobre os lucros 13.400 56.327

(Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

21. OUTROS ACTIVOS

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015 Outros activos Outros metais preciosos 14.412 14.674 Sector Público Administrativo

IVA a recuperar - - Bonificações a receber 3.929 438 Outros devedores diversos 1.433.423 1.659.956 Outros juros e rendimentos similares 286.571 - Outros rendimentos a receber 2.512 985 1.740.846 1.676.052 Despesas com encargo diferido Fundo de Pensões - 59.960 Seguros 11.910 11.737 Outras rendas 3.540 3.540 Outras despesas pagas a diferir – Fornecedores 1.283 427 Outras despesas a diferir - SAMS - - Outras - 4.808 16.733 80.472 Responsabilidades com pensões e outros benefícios - - Valores a regularizar Operações cambiais a liquidar - - Operações activas a regularizar 371.727 712.347 Outras - - 371.727 712.347 Imparidade – Outros activos Outros devedores diversos (590.488) (716.658) (590.488) (716.658) 1.538.819 1.752.213

Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, o saldo da rubrica “Devedores diversos” refere-se essencialmente a valores a receber das massas insolventes e da Autoridade Fiscal como resultado de processos de reclamação de créditos de clientes. A Caixa Agrícola constitui imparidade para estes activos sempre que considera necessário, de forma a reflectir a sua estimativa sobre o risco de incobrabilidade associado a estes saldos.

(Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

25. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015 Recursos de instituições de crédito no país

Depósitos 13.274.586 4.591.777 Empréstimos - -

13.274.586 4.591.777 Juros a pagar 947 971 13.275.533 4.592.748

Em 5 de Junho de 2014, foram aprovadas pelo BCE as novas operações de refinanciamento direcionadas (TLTRO) com o objetivo expresso de incentivar o crédito à economia mediante a garantia de financiamento. Através destas operações de financiamento TLTRO, o BCE coloca à disposição do Crédito Agrícola um limite de financiamento correspondente a 7% da sua carteira de crédito a Sociedades Não Financeiras do sector privado e a particulares, excluindo os créditos para aquisição de habitação. Assim a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo possui na Caixa, em 2016, depósitos a prazo (TLTRO) no valor de 13.274.586 € correspondente à parte utilizada do plafond que nos foi atribuído. 26. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015 Depósitos

À ordem 59.914.005 53.446.260 A prazo 107.906.319 107.317.143 De poupança 12.072.231 11.196.347

Outros recursos de clientes - - Cheques e ordens a pagar 2.566.504 2.612.748 Outros 28.662 24.826 Juros a pagar 122.822 293.295 182.610.542 174.890.620

Em 31 de Dezembro de 2016 e de 2015, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros empréstimos, apresentavam a seguinte estrutura:

31-12-2016 31-12-2015 Até três meses 100.953.035 95.648.617 Entre três meses e um ano 80.726.234 77.537.300 Entre um ano e cinco anos 688.845 1.563.790 Mais de cinco anos 242.428 140.913 182.610.542 174.890.620

(Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

30. PROVISÕES E IMPARIDADE

O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da Caixa durante o exercício de 2015 e de 2016 foi o seguinte:

Saldos em Reposições

e Saldos em 31-12-2015 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-12-2016 Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito: - Créditos de cobrança duvidosa 3.326.043 2.385.202 (5.039.069) - - 672.176 - Crédito e juros vencidos 12.536.628 7.427.790 (7.061.912) (2.719.369) - 10.183.138 - Risco-país - - - - - - 15.862.672 9.812.992 (12.100.981) (2.719.369) - 10.855.314 Provisões: - Riscos gerais de crédito 928.986 246.613 (231.775) - - 943.825 - Garantias e compromissos assumidos - - - - - - 928.986 246.613 (231.775) - - 943.825 Imparidade: - Imparidade de outros activos financeiros - - - - - - - Imparidade de outros activos:

Activos não correntes detidos para venda 2.404.472 807.090 (257.557) (313.354) - 2.640.652 Outros activos tangíveis - 135.211 - - - 135.211 Outros activos 716.658 954.228 (1.032.618) (47.780) - 590.488

3.121.130 1.896.530 (1.290.175) (361.134) - 3.366.351 19.912.788 11.956.135 (13.622.932) (3.080.503) - 15.165.489

Saldos em Reposições

e Saldos em 31-12-2014 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-12-2015 Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito: - Créditos de cobrança duvidosa 3.197.503 5.318.720 (5.190.179) - - 3.326.043 - Crédito e juros vencidos 10.104.097 10.054.099 (6.114.960) (1.506.608) - 12.536.628 - Risco-país - - - - - - 13.301.600 15.372.819 (11.305.139) (1.506.608) - 15.862.672 Provisões: - Riscos gerais de crédito 1.038.447 181.442 (290.903) - - 928.986 - Garantias e compromissos assumidos - - - - - - 1.038.447 181.442 (290.903) - - 928.986 Imparidade: - Imparidade de outros activos financeiros - - - - - - - Imparidade de outros activos:

Activos não correntes detidos para venda 3.394.618 73.471 (735.467) (328.150) - 2.404.472 Outros activos tangíveis - - - - - - Outros activos 875.117 187.384 (161.577) (184.266) - 716.658

4.269.735 260.855 (897.044) (512.416) - 3.121.130 18.609.782 15.815.117 (12.493.086) (2.019.024) - 19.912.788

(Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

32. OUTROS PASSIVOS SUBORDINADOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015 Empréstimos subordinados: Não titulados 20.956.724 20.956.724 20.956.724 20.956.724 Outros passivos subordinados: Emitidos - - - - 20.956.724 20.956.724 Juros de passivos subordinados 99.214 98.870 21.055.939 21.055.594

Tendo em consideração os prazos de vencimento dos Passivos Subordinados, a duração residual do saldo em 31 de Dezembro de 2016 e em Dezembro de 2015 analisa-se como segue:

31-12-2016 31-12-2015 Até três meses Entre três meses e um ano 99.214 98.870 Entre um ano e três anos - - Entre três e cinco anos Mais de cinco anos 20.956.724 20.956.724 21.055.939 21.055.594

Os Passivos Subordinados têm as seguintes características:

Descrição Nº de

Obrigações Moeda

Valor nominal unitário

Data de vencimento dos juros

Juro em vigor em

31-12-2016

Data de Vencimento

Saldo em 31-12-2015

Reembolsos Emissões Saldo em

31-12-2016

Empréstimo do FGCAM - Euro - 19-03-2017 0,6% 31-12-2022 20.956.724 - - 20.956.724

20.956.724 - - 20.956.724

(Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

33. OUTROS PASSIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015 Credores e outros recursos Recursos diversos 258.625 282.550 Sector Público Administrativo

Retenção de impostos na fonte 100.038 107.439 Contribuições para a Segurança Social 52.683 53.526 Imposto sobre o Valor Acrescentado 5.693 7.176 Outros - -

Cobranças por conta de terceiros 2.833 2.834 Contribuições para os SAMS 13.308 13.473 Credores diversos

Contribuições a entregar – Fundo de Pensões - - Outros fornecedores 108.773 69.089 Outros credores 61.565 122.110

Encargos a pagar Por gastos com pessoal

Provisão para férias e subsídio de férias 396.980 406.303 Prémio de antiguidade 318.122 393.800 SAMS - -

Por gastos gerais administrativos Outros - -

Receitas com rendimento diferido Comissões sobre garantias prestadas 5.140 5.479 Comissões em operações sindicadas 4.302 4.375 Responsabilidades com pensões e outros benefícios 34.393 81.607 Valores a regularizar Posição cambial - - Operações passivas a regularizar 322.227 357.665 Outras operações a regularizar

Apuramento de impostos 1.684.682 1.907.424

(Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

34. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS

Os passivos contingentes e compromissos associados à actividade bancária encontram-se registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:

31-12-2016 31-12-2015

Garantias prestadas e outros passivos eventuais

Garantias e avales prestados 1.810.695 1.722.971

Outros passivos eventuais 728.764 730.855

Garantias reais (activos dados em garantia) - -

Compromissos perante terceiros

Por linhas de crédito

Compromissos irrevogáveis 7.143.480 5.676.521

Compromissos revogáveis 1.323.909 1.584.690

Responsabilidades por prestação de serviços

Depósito e guarda de valores 28.026 -

Valores recebidos para cobrança 103.601 107.116

11.138.475 9.822.153

35. CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO

Em 31 de Dezembro de 2016 e em 31 de Dezembro de 2015, a estrutura de capital da Caixa é a seguinte:

31-12-2016 31-12-2015

Capital Nº de títulos % Capital

Nº de títulos %

Associados 5.548.835 1.109.767 100% 5.438.295 1.087.659 100%

5.548.835 1.109.767 100% 5.438.295 1.087.659 100% NOTA: Existe um associado que detêm mais de 2% de participação no capital da CCAM: Associado Nº

54540002520 - António Xavier Lima com 35.914 títulos no valor de 179.570 €. O Capital da Caixa Agrícola é variável e ilimitado, no valor mínimo de 5.000.000 euros, sendo

dividido e representado por títulos de capital nominativos cujo valor unitário é de 5 euros. Em 31 de Março de 2014, os associados deliberaram em Assembleia Geral proceder ao aumento do capital social da Caixa Agrícola para 5.000.000 euros, por forma a dar cumprimento à Portaria nº 312/2010, de 5 de Maio, a qual estabelece que o capital social mínimo das Caixas Agrícolas deverá ser de 5.000.000 euros em 30 de Junho de 2015. Em 31 de Dezembro de 2016 o capital da Caixa Agrícola ascende a 5.548.835, repartido por 9.811 associados.

(Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

36. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E LUCRO DO EXERCÍCIO

Em 31 de Dezembro de 2016 e em 31 de Dezembro de 2015, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015 Reservas de reavaliação (301.109) (94.075) Outras reservas 31.261 31.261 Resultados transitados (7.576.704) (6.069.783) (7.545.444) (6.038.522) Resultado do exercício 1.855.914 (1.446.961) (5.990.638) (7.579.558)

37. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Juros de disponibilidades em outras instituições de crédito 4.373 2.943

Juros de aplicações em instituições de crédito 795.956 1.261.492

Juros de crédito a clientes

Crédito interno

Empresas e administrações públicas

Desconto e outros créditos titulados por efeitos 9.771 28.408

Empréstimos 1.426.437 1.991.397

Créditos em conta corrente 178.603 246.787

Descobertos em depósitos à ordem 46.432 69.799

Operações de locação financeira 4.040 24.708

Particulares

Habitação 669.261 689.682

Consumo 403.205 494.399

Outras finalidades 633.402 768.834

Crédito externo

Particulares

Habitação 1.852 1.974

Consumo 2.631 3.330

Outras finalidades 6 311

Juros-Papel Comercial-Empresas residentes 74.835 80.051

Crédito interno – vencido 160.120 226.089

Outros juros e rendimentos similares 139 -

4.411.062 5.890.202

(Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

38. JUROS E ENCARGOS SIMILARES

Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-12-2016 31-12-2015 Juros de recursos de outras instituições de crédito

no país (18.334) (17.262) Juros de recursos de clientes e outros empréstimos (531.906) (1.377.933) Juros de passivos subordinados (126.085) (125.740) Outros juros e encargos similares - - (676.325) (1.520.935)

39. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL

Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-12-2016 31-12-2015 Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

No pais Investimentos em filiais 9 4

9 4

40. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-12-2016 31-12-2015 Por garantias prestadas

Garantias e avales 51.689 61.729 51.689 61.729

Por compromissos assumidos perante terceiros Compromissos irrevogáveis

Linhas de crédito irrevogáveis 131.598 130.201 Outros compromissos irrevogáveis 8.896 8.872

140.494 139.073 Por serviços prestados

Depósito e guarda de valores - 29 Cobrança de valores 2.829 3.501 Transferência de valores 32.297 31.239 Gestão de cartões 3.835 3.274 Anuidades 134.988 99.459 Operações de crédito

Outras operações de crédito 480.478 472.167 Outros serviços prestados 953.856 646.022 1.608.284 1.255.690

Por operações realizadas por conta de terceiros Outras operações realizadas por conta de terceiros - - - -

Outras comissões recebidas 592.406 600.267 2.392.873 2.056.758

(Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

41. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015 Por garantias recebidas (7.400) (7.380) Por compromissos assumidos por terceiros - - Por serviços bancários prestados por terceiros

Depósito e guarda de valores (2.254) (2.230) Operações de crédito (3.887) (5.314) Cobrança de valores (525) (477) Administração de valores - - Outros

Transferência de valores (54.167) (64.136) Cartões (147.045) (145.146) Outras com. interbanc. - Pagas à CCCAM (21.015) (26.038)

Por operações realizadas por terceiros - - Outras comissões pagas (95.501) (9.983) (331.795) (260.704)

43. RESULTADOS DE ACTIVOS FINANCEIROS DISPONIVEIS PARA VENDA

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Instrumentos de capital

Valorizados ao justo valor (0) 1

(0) 1 44. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Operações cambiais à vista 2.437 1.588

Operações cambiais a prazo - -

2.437 1.588

(Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

45. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015 Resultados em activos não financeiros

Activos não correntes detidos para venda 202.354 441.934

202.354 441.934 46. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO

Estas rubricas têm a seguinte composição: 31-12-2016 31-12-2015 Ganhos em activos não financeiros

Outros activos tangíveis - (3.125) - (3.125)

Outros rendimentos de exploração Reembolso de despesas 19.205 9.564 Recuperação de créditos, juros e despesas

Recuperação de créditos incobráveis 149.392 120.955 Recuperação de juros e despesas de crédito vencido 142.148 215.948

Rendimentos da prestação de serviços diversos 161.510 365.660 Outros 111.201 147.516

583.457 859.644 Outros encargos de exploração Quotizações e donativos (4.180) (17.934) Contribuições para o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (59.212) (77.855) Outros encargos e gastos operacionais (271.996) (341.503) Outros impostos (100.513) (200.435) (435.901) (637.726)

147.556 218.793

(Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

47. CUSTOS COM PESSOAL

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015 Salários e vencimentos

Órgãos de Gestão e Fiscalização (203.862) (217.376) Empregados (2.309.046) (2.304.418)

Encargos sociais obrigatórios

Fundos de Pensões (25.123) (22.870) Encargos relativos a remunerações:

Segurança Social (493.312) (564.225) SAMS (114.227) (112.465)

Outros encargos sociais obrigatórios: Pensões de reforma - - Outros (26.014) (23.470)

Outros custos com pessoal:

Indemnizações contratuais (295) (295) Outros (21.686) (21.518)

(3.193.563) (3.266.637)

O número médio de colaboradores da Caixa em Dezembro de 2016 e em Dezembro de 2015 apresenta a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015 Direcção - 2 Chefias Intermédias 14 17 Quadros técnicos 5 5 Administrativos 6 9 Comerciais 38 34 Auxiliares 2 3

As remunerações pagas aos membros dos órgãos sociais, no exercício de 2016, apresenta-se detalhada no Relatório de Gestão.

(Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

48. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015 Com fornecimentos:

Água energia e combustíveis (115.360) (124.941) Material de consumo corrente (21.828) (27.963) Publicações - (246) Material de higiene e limpeza (6.675) (5.689) Outros fornecimentos de terceiros (22.170) (24.736) (166.034) (183.575)

Com serviços: Rendas e alugueres (141.267) (152.698) Comunicações (156.263) (223.529) Deslocações, estadas e representação (30.473) (31.352) Publicidade e edição de publicações (64.664) (52.285) Conservação e reparação (69.450) (67.394) Transportes (11.733) (13.814) Formação de pessoal (4.011) (6.393) Seguros (47.214) (47.842) Serviços especializados:

Avenças e honorários (92.338) (97.731) Judiciais contencioso e notariado (55.507) (88.216) Informática (621.827) (665.697) Segurança e vigilância (12.011) (3.093) Limpeza (55.092) (52.779) Informações (2.649) (1.295) Bancos de Dados (3.290) (9.030) Outros serviços especializados:

Estudos e consultas - (4.480) Consultores e auditores externos (19.631) (37.448) Tratamento de valores - - SIBS (94.277) (85.809) Avaliadores externos (55.057) (27.898) Outros serviços de terceiros (164.063) (146.136)

(1.700.820) (1.814.920)

(1.866.853) (1.998.495)

(Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

49. ENTIDADES RELACIONADAS

Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 19), a Caixa consolida com as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo. Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, as demonstrações financeiras da Caixa incluem os seguintes saldos e transacções com entidades relacionadas:

31/12/2016 31/12/2015

Associadas Coligadas

Outras empresas do Grupo Total Associadas Coligadas

Outras empresas do Grupo Total

Activos:

Disponibilidades em outras instituições de crédito - - 3.617.834 3.617.834 - - 3.297.101 3.297.101

Activos financeiros detidos para negociação - - - - - - - -

Activos financeiros disponíveis para venda - - - - - - - -

Aplicações em instituições de crédito - - 76.840.310 76.840.310 - - 63.947.661 63.947.661

Crédito a clientes - - - - - - - -

Outros activos - 343.263 - 343.263 - 55.321 4.957 60.278

Passivos:

Passivos financeiros detidos para negociação - - - - - - - -

Recursos de outras instituições de crédito - - 13.274.586 13.274.586 - - 4.591.777 4.591.777

Recursos de clientes e outros empréstimos - - - - - - - -

Responsabilidades representadas por títulos - - - - - - - -

Passivos subordinados - - - - - - - -

Outros passivos - 41.624 14.099 55.723 - 40.800 - 40.800

31/12/2016 31/12/2015

Associadas Coligadas

Outras empresas do Grupo Total Associadas Coligadas

Outras empresas do Grupo Total

Custos:

Juros e encargos similares - 185.297 18.334 203.631 - 203.595 17.262 220.857

Encargos com serviços e comissões - - 237.052 237.052 - - 243.656 243.656

Resultados de activos e passivos avaliados

ao justo valor através de resultados - - - - - - - -

Gastos gerais administrativos - 523.254 2.933 526.187 - 738.302 6.165 744.467

Proveitos:

Juros e rendimentos similares - - 800.328 800.328 - - 1.264.435 1.264.435

Rendimentos de instrumentos de capital - - - - - - - -

Rendimentos de serviços e comissões - 436.195 166.707 602.902 - 97.291 112.501 209.792

Outros resultados de exploração - - - - - 21 - 21

Extrapatrimoniais:

Garantias prestadas e outros passivos eventuais: - - 728.764 728.764 - - 730.855 730.855

As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respectivas datas.

(Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

50. PENSÕES DE REFORMA

De acordo com o IAS 19, os pressupostos actuariais de cálculo das responsabilidades com o complemento de pensões são mais conservadores do que os usados no PCSB, pelo que, com a adopção das NCA’s, verificou-se a necessidade de registar um passivo correspondente à parcela de responsabilidades não cobertas pela quota parte do valor dos activos do Fundo. Adicionalmente, com o IAS 19, surgiu a necessidade de registar como passivo as responsabilidades pela obrigação de pagar prémios de antiguidade e de incorrer em encargos com o SAMS. Decorrente da introdução das Normas Internacionais de Contabilidade e no que diz respeito à “IAS 19 – Benefícios dos empregados”, foi registado em 1 de Janeiro de 2007 o valor dos ajustamentos de transição referentes a 31 de Dezembro de 2006. Em 1 de Janeiro de 2007, o valor actual das responsabilidades com complementos de pensões de reforma, prémio de antiguidade e SAMS e respectivas coberturas, em NCA’s são as seguintes:

01-01-2007 Fundo de pensões

Responsabilidades PCSB (a) 449.817

Impacto da transição para IAS 19: (b) 238.741

Tábua de mortalidade 35.310

Pressupostos financeiros 203.431

Responsabilidades IAS 19 (a) + (b) = (c) 688.558

Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2006 (d) 529.623

Insuficiência de cobertura pelo Fundo de Pensões (c) – (d) 158.935

01-01-2007 Encargos com saúde (SAMS):

Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 462.470

Com licenças sem vencimento -

Com pré-reformados -

Com pensões em pagamento 131.795

Total 594.265

01-01-2007 Prémio de antiguidade:

Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 385.937

Com licenças sem vencimento -

Total 385.937 De acordo com o Aviso nº 12/2005, de 30 de Dezembro, o acréscimo de responsabilidades decorrente da alteração da tábua de mortalidade em data posterior a 1 de Janeiro de 2005 pode

(Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos). De acordo com o Aviso do Banco de Portugal n° 4/2005, de 21 de Fevereiro, o aumento de responsabilidades com o Fundo de Pensões, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2011 (5 anos). Adicionalmente, de acordo com o Aviso do Banco de Portugal n° 4/2005, de 21 de Fevereiro, as responsabilidades com o SAMS, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos). Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso n° 7/2008, de 14 de Outubro de 2008), no qual permite diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente. Foi decisão da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Entre Tejo e Sado prolongar o diferimento dos impactos de transição tal como permitido no Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008. Assim, em 31/12/2007 o valor por reconhecer em resultados transitados, que deriva dos impactos da adopção do IAS 19, e o número de anos pelos quais agora serão reconhecidos em resultados transitados, pode ser resumido da seguinte forma:

31-12-2007 N°º anos a diferir

Data limite de diferimento

Alteração da tábua de mortalidade 30.266 9 anos 2016

Alteração dos pressupostos financeiros 162.745 7 anos 2014

Excesso de cobertura em PCSB 63.845 7 anos 2014

Encargos com saúde (SAMS) 509.370 9 anos 2016

TOTAL 766.226 Reconhecimento anual nos resultados transitados no actual exercício*:

31-12-2016 Alteração da tábua de mortalidade 3.363

Encargos com saúde (SAMS) 56.597

TOTAL 59.960 *Terminou no final do exercício de 2016, o diferimento total do impacto de transição na adopção da IAS 19.

(Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

Os pressupostos actuariais e financeiros utilizados no cálculo das responsabilidades a 31 de Dezembro de 2016 e 2015 foram os seguintes:

31-12-2016 31-12-2015 Pressupostos financeiros: Taxa de desconto (*) (*) Taxa de crescimento dos salários e outros benefícios 1,40% 1,40% Taxa de crescimento das pensões 1,00% 1,00% Taxa de revalorização de salários para a Segurança Social: - de acordo com nº2 Art.º 27 do Decreto Lei 187/2007 1,40% 1,40% - de acordo com nº1 Art.º 27 do Decreto Lei 187/2007 1,40% 1,40% Pressupostos demográficos: Tábua de mortalidade TV - 88/90 TV - 88/90 Tábua de invalidez EVK 80 EVK 80 Idade normal de reforma (**) (**) Método de financiamento atuarial “Projected Unit Credit”“Projected Unit Credit”

(*) Taxa de desconto diferente para diferentes grupos da população: Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial < 55 anos : 2,30% 2,70% Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial >= 55 anos : 2,10% 2,30% Pré-reformados, reformados e pensionistas: 1,75% 2,00% (**) De acordo com o Decreto-lei nº167-E/2013

Em 31 de Dezembro de 2016, o valor das responsabilidades por serviços passados com o pagamento de complementos de reforma e sobrevivência e encargos com cuidados médicos de saúde pós-emprego (SAMS), com trabalhadores no activo, licenças sem vencimento, pré-reformados e pensões em pagamento, são as seguintes:

31-12-2016 Valor actual das Responsabilidades por serviços passados 1.990.138

Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 872.128

Com licenças sem vencimento 9.724

Com pré-reformados 260.979

Com pensões em pagamento 847.308

(Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

O acréscimo anual de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência e cuidados médicos pós-emprego é o que a seguir se apresenta:

+ Custo do serviço corrente 36.708

+ Custo dos juros Líquido “Net Interest” 426

+/- Ganhos e Perdas actuariais 205.195 Relativos a diferenças entre os pressupostos e os valores realizados

85.520

Relativos a alterações verificadas nos pressupostos e nas condições dos planos

119.675

+ Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas antecipadas

-

= Acréscimo anual de responsabilidades 242.329

O movimento ocorrido na quota-parte do fundo de pensões foi o seguinte: (+) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2015 (a) 1.666.220

(+) Contribuições efectuadas 291.658

Pela CCAM ENTRE TEJO E SADO 279.646

Pelos empregados 12.012

(+) Capitais recebidos de seguro -

(+) Rendimento dos activos do Fundo de Pensões (liquido) 46.436

(-) Prémios de seguro pagos 15.691

(+) Participação de resultados no seguro 13.576

(-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 35.150

Por reformas antecipadas -

Outros 35.150

(-) SAMS pago pelo fundo de pensões 11.305

(=) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2016 (b) 1.955.744 Variação do valor da quota-parte do fundo de pensões em 2016 (b) – (a) 289.524

(Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

O movimento ocorrido durante o exercício de 2016 relativo ao valor actual das responsabilidades por serviços passados foi o seguinte: (+) Responsabilidades Totais em 31 de Dezembro de 2015 (a) 1.747.828

(+) Custo do serviço corrente 36.708

Custo do serviço corrente da Entidade 24.697

Contribuições para o Fundo efectuadas pelos empregados 12.012

(+) Custo dos juros 40.559

(+/-) (Ganhos) e perdas actuariais nas responsabilidades 211.498

(+) Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas antecipadas -

(-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 35.150

Por reformas antecipadas -

Outros 35.150

(-) SAMS pago pelo fundo de pensões 11.305

(=) Responsabilidades Totais em 31 de Dezembro de 2016 (b) 1.990.138 Variação nas responsabilidades em 2016 (b)-(a) 242.310

O nível de cobertura das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2016, de acordo com o Aviso n° 12/2001 do Banco de Portugal, era o seguinte:

Valor actual das responsabilidades com serviços passados 1.990.138

Valor por amortizar em 31 Dezembro de 2016 (Aviso 7/2008)* -

Responsabilidades por serviços passados (Aviso 12/2001) 1.946.046

Nível de cobertura (Aviso 12/2001) (%) 100

*Terminou no final do exercício de 2016, o diferimento total do impacto de transição na adopção da IAS 19. Com a implementação em 1 de Janeiro de 2013 das alterações decorrentes da IAS 19 Revisto, os desvios actuariais por amortizar apurados à data de 31 de Dezembro de 2012, foram transferidos para uma rubrica do rendimento integral “reservas de reavaliação” No exercício de 2016, o valor dos desvios actuariais existentes e o movimento ocorrido no exercício no “rendimento integral”, foi o seguinte:

Desvios actuariais por amortizar em 31-12-2015 (94.074)

Desvios actuariais gerados em 2016 – Ganhos e perdas actuariais (207.310)

Desvios actuariais em 31-12-2016 (301.384)

(Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

A evolução do valor das responsabilidades por serviços passados, com prémios de antiguidade futuros, com trabalhadores no activo e licenças sem vencimento, foi a seguinte:

Prémio de Antiguidade 31-12-2015 Com trabalhadores no activo 384.211

Com licenças sem vencimento 9.590

Total 393.800

Prémio de Antiguidade 31-12-2016

Com trabalhadores no activo 307.855

Com licenças sem vencimento 10.267

Total 318.122

Prémio de Antiguidade Variação

Com trabalhadores no activo (76.356)

Com licenças sem vencimento 678

Total (75.678)

(Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

51. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS OU DE RESSEGUROS

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Entre Tejo e Sado está inscrita na Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º, alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a actividade de intermediação em exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a Crédito Agrícola Seguros – Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões. No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efectua a venda de contratos de seguros e de adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no encaminhamento das participações de sinistros que sejam entregues nos Balcões da CCAM. Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a CCAM recebe remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de Pensões as quais estão definidas em Protocolo estabelecido entre a CCAM e as referidas Seguradoras. As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração de Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de remunerações a pagar pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro de cada ano, estão reconhecidas como um activo no Balanço, na rubrica de Outros Activos. À data de emissão das presentes demonstrações financeiras, as remunerações de mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2016, encontram-se já integralmente pagas pelas referidas Seguradoras. O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidas pela CCAM nos últimos 3 anos (valores em euros):

Origem Seguradora 2014 2015 2016 % por Origem 2016 Ramos Não Vida CA Seguros 220.720 236.226 293.432 64,3% Ramo Vida CA Vida 208.289 164.741 151.789 33,2% Fundos de Pensões CA Vida 9.530 11.263 11.540 2,5% Total 438.539 412.229 456.762 100,00% A CCAM não efectua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efectua a movimentação de quaisquer tipos de fundos relativos a contratos de seguros. Desta forma, não há qualquer outro activo, passivo, rendimento ou gasto a reportar, relativo à actividade de mediação de seguros exercida pela CCAM.

(Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

52. FUNDOS PRÓPRIOS Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, o detalhe dos fundos próprios da Caixa apresenta-se de seguida:

31-12-2016 31-12-2015

Fundos Próprios

Tier 1 (2.770.016) (2.462.793)

Tier 2 21.329.435 21.228.138

Fundos próprios totais 18.559.419 18.765.345

Posição em risco de activos e equivalentes 224.147.721 205.182.043

Riscos Ponderados

Crédito 96.459.176 94.423.808

Operacional 15.916.227 16.443.423

Riscos Ponderados Totais 112.375.403 110.867.231

Requisitos de Fundos Próprios

Crédito 7.585.028 7.518.429

Operacional 1.273.298 1.315.474

Requisitos de Fundos Próprios Totais 8.858.326 8.833.903

Rácios de Solvabilidade

Rácio TIER I (2,47%) (2,22%)

Rácio TIER II 18,98% 19,15%

Rácios de Solvabilidade Totais 16,52% 16,93% Os Fundos Próprios incluem o resultado líquido do corrente exercício. Montijo, 14 de Fevereiro de 2017

O Contabilista Certificado O Conselho de Administração

João Lourenço Marques Fernandes Medeiros, Dr. Maria de Fátima Jesus Martins da Graça Pires de Lobo, Dra.

Fernando Manuel Ferreira de Matos, Dr.

Luis Miguel Lino de Jesus Marques

77

IV Relatório de avaliação da implementação

da politica de remuneração em 2016

DESIGNAÇÃO: CAIXA DE CRÉDITO AGRICOLA MÚTUO DE ENTRE TEJO E SADO, CRL

UNIDADES PARTICIPANTES NA ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO E RESPECTIVAS FUNÇÕES:

FUNÇÃO DE CONTROLO: NOME DO RESPONSÁVEL:

COMPLIANCE: JOÃO EMANUEL DIAS SAMPAINHO

GESTÃO DE RISCO: JOÃO EMANUEL DIAS SAMPAINHO

AUDITORIA INTERNA: JOÃO EMANUEL DIAS SAMPAINHO

RESPONSÁVEL PELA AVALIAÇÃO: JOÃO EMANUEL DIAS SAMPAINHO

CARACTERIZAÇÃO

78

A. EnquadramentoA. EnquadramentoA. EnquadramentoA. Enquadramento

A Política de Remuneração que vigorou na Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Entre Tejo e Sado,

CRL (doravante Caixa Agrícola) durante o ano de 2016 seguiu o disposto na legislação e

regulamentação vigentes à data da sua formulação, ou seja, o Regime Geral das Instituições de

Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF), tendo em conta as alterações introduzidas pelo

Decreto-Lei nº 157/2014, de 24 de Outubro, e diplomas subsequentes, o Regulamento (UE) nº

575/2013, do Parlamento e do Conselho, e o Aviso nº 10/2011 do Banco de Portugal, que se

considera parcialmente em vigor, na parte em que não contraria as normas introduzidas a partir

dos referidos Decreto-Lei nº 157/2014 e Regulamento (UE) nº 575/2013. A mesma política foi

elaborada atentas as características e a regulamentação específicas da Banca Cooperativa e o

princípio da proporcionalidade, legalmente previsto, tendo a Política de Remuneração dos

Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização para o ano de 2016 sido aprovada na

Assembleia Geral de 29 de Março de 2016.

As Políticas de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização e de

Colaboradores da Caixa Agrícola para o ano de 2016 seguiram os princípios orientadores que já

tinham presidido à Politica de Remuneração para o ano de 2015, tendo-se em consideração o

enquadramento legal das políticas de remuneração introduzido a partir da entrada em vigor dos

sobreditos Regulamento (UE) nº 575/2013 e Decreto-Lei nº 157/2014.

O presente Relatório enquadra-se nas obrigações legais e regulamentares previstas no nº 6 do

art. 115º-C do RGICSF, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014 e no Aviso nº

10/2011 do Banco de Portugal, tendo em atenção que:

- O nº 6 do art. 115º-C do RGICSF dispõe que “a implementação da política de remuneração deve

ser sujeita a uma análise interna centralizada e independente, com uma periodicidade mínima

anual, a realizar pelo comité de remunerações, se existente, pelos membros não executivos do

órgão de administração ou pelos membros do órgão de fiscalização, tendo como objecto a

verificação do cumprimento das políticas e procedimentos de remuneração adoptados pelo órgão

societário competente”;

- O nº 2 do art. 14º do Aviso nº 10/2011 determina que “no desenvolvimento da avaliação referida

no número anterior devem participar de forma activa as unidades responsáveis pelo exercício das

funções de controlo da instituição”, sendo que, por um lado, a referência feita ao Decreto-Lei nº

104/2007 no nº 1 daquele art. 14º do Aviso nº 10/2011 deve agora considerar-se como uma

79

referência ao art. 115º-C, nº 6, do RGICSF, e, por outro lado, deve considerar-se que o referido

nº 2 do art. 14º do Aviso nº 10/2011 continua a aplicar-se, nos termos acima referidos.

O período de referência deste relatório é o que decorre de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de

2016.

A avaliação efectuada pressupõe a análise das Políticas de Remuneração em vigor na Caixa

Agrícola e da sua implementação, em especial quanto ao respectivo efeito na gestão de risco de

capital e de liquidez da Instituição.

A mesma avaliação teve ainda em consideração que, embora o Estatuto Remuneratório do SICAM,

aprovado pela Caixa Central e de carácter vinculativo para a mesma e para todas as Caixas

Agrícolas suas Associadas, tenha entrado em vigor ainda durante o ano de 2016 (no mês de

Setembro), as disposições transitórias constantes do mesmo conferem às suas destinatárias um

prazo para adaptação das suas práticas e políticas remuneratórias às suas regras com termo já

em 2017.

Assim, não só o mesmo Estatuto não foi tido em consideração na formulação das políticas de

remuneração vigentes em 2016, mas também ainda se encontrava em curso, no final do referido

ano, o prazo para adaptação às suas regras, pelo que a presente avaliação ainda não contempla

a verificação do seu cumprimento.

B. Intervenientes

Em concordância com as disposições legais e regulamentares acima citadas, as unidades

responsáveis pelo exercício das funções de controlo da Caixa Agrícola participaram de forma activa

no processo de avaliação, em articulação entre si e sob a orientação da entidade responsável pela

avaliação.

C. Política de Remuneração de Órgãos Sociais e

Colaboradores em vigor no ano de 2016

A Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização para

o ano de 2016, aprovada pela Assembleia-Geral, encontra-se integralmente reproduzida no

Relatório e Contas da Caixa Agrícola referente ao exercício de 2016, documento esse que

será apresentado aos Associados da Caixa Agrícola na primeira Assembleia Geral Ordinária

80

do ano de 2017 e do qual constarão igualmente as características essenciais da Politica de

Remuneração dos Colaboradores, em cumprimento dos deveres de informação,

quantitativos e qualitativos, consagrados no normativo aplicável.

Foi dado pleno acesso aos documentos estruturantes das Políticas de Remuneração para

efeitos da elaboração do presente relatório de avaliação.

D. Descrição do Processo de elaboração do Relatório

Para efeitos da elaboração do presente relatório foram consultados e analisados os seguintes

documentos e adoptados os seguintes procedimentos:

a. Documentos consultados (Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de

Fiscalização aprovada em AG, outras deliberações, ACT, Relatório e Contas 2015);

b. Procedimentos analisados (processo de aprovação, processamento e registo

contabilístico das remunerações dos Órgãos Sociais e Colaboradores abrangidos pelos

deveres em matéria de política de remuneração).

O Processo adoptado teve por objectivo determinar com toda a exactidão possível qual o

teor das políticas de remuneração vigentes na Caixa Agrícola para, em função de tal

determinação, não só avaliar o grau de cumprimento das mesmas, mas também verificar se

as mesmas se mostram adequadas aos objectivos que prosseguem e conformes à legislação

e regulamentação aplicáveis, nos termos acima referidos, e despistar eventuais desvios ou

insuficiências no processo de execução da Política de Remuneração, com efeitos na gestão

global de riscos da Caixa Agrícola.

Note-se que as remunerações são processadas por via de uma aplicação (CAMRH),

transversal a todo o Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo e gerida centralmente pela

Caixa Central, que reúne um conjunto de mecanismos de controlo específicos.

E. Conclusões

Devidamente analisadas as Políticas de Remuneração dos Membros dos Órgãos de

Administração e de Fiscalização e dos Colaboradores, não foram detectadas quaisquer

desconformidades com o normativo aplicável e, devidamente analisada a implementação das

mesmas Políticas, não foram identificados desvios ou incumprimentos relativamente a

quanto aprovado, conforme melhor explicaremos infra.

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As Políticas de Remuneração de Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização e

de Colaboradores que vigoraram no período a que se reporta o presente relatório não são

susceptíveis de induzir distorções ao nível dos diferentes tipos de risco, considerando-se

adequadas à prossecução de objectivos relacionados com a boa gestão de riscos e de capital.

A estrutura de remunerações não incentiva a assunção excessiva e imprudente de riscos e

é compatível com os interesses a longo prazo da instituição.

Não se identificaram insuficiências ao nível da política, práticas e procedimentos de

remuneração implementados pela Caixa Agrícola.

Não se observaram deficiências estruturais e/ou organizacionais que se possam traduzir em

riscos para a Caixa Agrícola, quer ao nível financeiro, quer no âmbito das normas, legislação

e regulamentação em vigor.