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e e e elilile e e * e e e e ee e i ASSEMBLEIA DA ,EPÚBIJCA Comissão de Economia e Obras Públicas Relatório Grupo de Trabalho - Trabalhos Autor: Deputado Preparatórios para Elaboração de uma Luís Ramos (PSD) Lei de Bases da Qualidade, Inovação, Competitividade e Empreendedorismo

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ASSEMBLEIA DA ,EPÚBIJCA

Comissão de Economia e Obras Públicas

Relatório

Grupo de Trabalho - Trabalhos Autor: Deputado

Preparatórios para Elaboração de uma Luís Ramos (PSD)

Lei de Bases da Qualidade, Inovação,Competitividade e Empreendedorismo

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Comissão de Economia e Obras Públicas

ÍNDICE

Parte 1 — Introdução

Parte II — Considerandos

Parte III — Resultado das Audições

Parte IV — Estudo de Direito Comparado

Parte V — Propostas

Parte VI - Conclusões

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ASSEMBLEIA I)A ,EPÚI3IiCA

Comissão de Economia e Obras Públicas

PARTE - INTRODUÇÃO

O Grupo de Trabalho denominado Trabalhos Preparatórios para a Elaboração deuma Lei de Bases da Qualidade, Inovação, Competitividade eEmpreendedorismo, foi constituído em 15 de dezembro de 2011, conforme ata n.°41/XllI1 SLICEOP, com um mandato previsto de 12 meses, tendo sido fixada a datade conclusão dos trabalhos em 31 de dezembro de 2012.

1. Missão

O Grupo de Trabalho tinha por missão identificar e consensualizar um conjunto deprincípios fundamentais para a definição de um modelo de competitividade sustentávele de valor acrescentado para Portugal, incluindo fatores indutores da mesma,avaliando, simultaneamente, a pertinência da produção de legislação consequentesobre esta temática.

2. Objetivos

Os objetivos fixados para as atividades a desenvolver pelo GT foram os seguintes:

V Promover uma discussão construtiva sobre as múltiplas dimensões dacompetitividade da economia e das empresas, evidenciando, ao mesmo tempo,a importância que o Parlamento Nacional concede a esta problemática e temasafins;

v” Sensibilizar e mobilizar os agentes políticos e os diferentes setores dasociedade (empresas, ensino superior e investigação, centros tecnológicos,administração pública, associações empresariais, etc.) para a relevância destatemática

V Recolher, compilar e divulgar documentos técnicos, legislação comunitária einternacional, pareceres e opiniões relevantes sobre estes temas;

V Estabelecer linhas orientadoras, perspetivas sistémicas e arquiteturasorgânicas adequadas para fazer permanentemente face aos desafios dacompetitividade;

V Construir plataformas de entendimento a médio e longo prazo, com consensoentre todas as forças partidárias com representação parlamentar, abarcandodiferentes órgãos de soberania, auscultando e envolvendo a sociedade emtodo o processo.

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ASSEMBLEIA DA EPÚRUcA

Comissão de Economia e Obras Públicas

3. Composição

O Grupo de Trabalho integrou os seguintes Deputados/as:

Deputados Grupo Parlamentar

Luis Ramos (Coordenador) PSD

Paula Cardoso PSD

Cláudia Aguiar PSD

Nuno Serra PSD

(Substituiu o Deputado Pedro Saraiva)

Duarte Cordeiro P5

Ana Paula Vitorino P5

Hélder Amaral CDS-PP

João Paulo Viegas CDSPP

Bruno Dias PCP

(Substituiu o Deputado Agostinho Lopes)

Ana Drago BE

(Substituiu a Deputada Catarina Martins)

4. Atividades

O Grupo de Trabalho iniciou as suas atividades em 18/01/2012, tendo os trabalhos

sido organizados em duas etapas subsequentes e complementares.

Na primeira etapa, que decorreu até 03/1 0/201 2, procedeu-se à elaboração, revisão e

validação, a partir dos contributos diretos dos membros do Grupo de Trabalho, de um

Documento Base Consolidado sobre a Competitividade, assente nos pilares

Qualidade, l&D e Inovação, Empreendedorismo, Capital Humano e Competitividade.

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ASSEMBIE1Ã DA EpÚBL1c;A

Comissão de Economia e Obras Públicas

Na segunda etapa, procedeu-se à realização de um conjunto de audições aentidades e personalidades de reconhecida importância e competência naproblemática em apreço, tendo por base e enquadramento o documento elaboradopreviamente. Paralelamente, a Divisão de Informação Legislativa e Parlamentar daAssembleia da República procedeu à recolha de legislação comparativa pertinente erelevante sobre as temáticas referenciadas.

Durante o seu funcionamento o Grupo de Trabalho realizou 20 reuniões de trabalho1de entre as quais 11 audições a 17 entidades.

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1 o Iink relativo às reuniões realizadas obriga à atualização das datas nos campos de pesquisa

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llIASSEMBLEIA DA EPÚtMJCA

Comissão de Economia e Obras Públicas

PARTE II— CONSIDERANDOS

1. Tendo em conta os contributos iniciais dos membros do GT, a perspetiva adotadaprivilegiou o conceito de Competitividade Responsável, Estruturante e Resiliente(CRER).

V Responsável, no sentido de respeitar aspetos ambientais, relacionados comos direitos humanos e a qualidade de vida dos portugueses, bem como deresponsabilidade social e de evolução harmoniosa da sociedade;

V Estruturante, no sentido de corresponder a pilares duradouros e sustentáveisde construção da competitividade de Portugal no mundo contemporâneo, comuma ótica também de médio prazo e com base em valor acrescentado;

v” Resiliente, no sentido de ser robusta face a oscilações de contexto, traçandoum rumo de evolução positiva que seja capaz de resistir a diferentes tipos deimprevistos que possam surgir a nível nacional e internacional.

Enquanto fatores indutores da CRER, consideram-se estratégicos os cinco eixosseguintes: a Qualidade; a Investigação/Desenvolvimento e a Inovação; oEmpreendedorismo; o Capital Humano; e a Competitividade. Estes quatro eixosdevem contribuir para a criação de valor acrescentado e favorecer a melhoria daqualidade de vida da população, a criação de emprego e a promoção de umdesenvolvimento socioeconómico sustentado. Em termos esquemáticos, as relaçõesentre o conceito de Competitividade Responsável, Estruturante e Resiliente osrespetivos fatores indutores e os resultados esperados estão expressas na figuraseguinte.

Esquema conceptual CRER: Competitividade Responsãvel, Estruturante e Resiliente

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ASSEMBLEIA DA EPOBL1cA

Comissão de Economia e Obras Públicas

2. O Grupo de Trabalho elaborou um documento base onde procurou fazer um pontode situação, ainda que breve e impressivo, de algumas dimensões essenciais paracada um dos quatro eixos temáticos considerados: a Qualidade; aInvestigação/Desenvolvimento e a Inovação; o Empreendedorismo; o Capital Humano;e a Competitividade. Em primeiro lugar, procedeu-se à recolha das principiaisdefinições ou representações dos conceitos envolvidos em cada um dos respetivoseixos temáticos, bem como à delimitação das suas abrangências formais ousubstanciais ou ainda à identificação dos esquemas concetuais dominantes. Emsegundo lugar, foi identificado um conjunto diversificado e relevante de indicadoresinternacionais para cada um dos eixos temáticos, o que permitiu identificar oposicionamento atual de Portugal em cada um deles, bem como perspetivar metasdesejáveis para a evolução de alguns desses indicadores no horizonte 2020.Finalmente, foram selecionadas, a partir dos documentos disponíveis (relatórios,estudos, etc.), algumas recomendações gerais e específicas preconizadas para cadauma das áreas temáticas e consideradas mais relevantes e pertinentes. A versão finaldo Documento de Trabalho serviu de base e de enquadramento às audiçõessubsequentes e reflexões desenvolvidas nesse âmbito.

3. O Grupo de Trabalho recebeu em audição os representantes de cerca de duasdezenas de instituições nacionais, com tutela, intervenção ou competênciasespecíficas nas diferentes áreas temáticas. As instituições participantes nas audiçõesforam:

APQ — Associação Portuguesa para a Qualidade; APESP — Associação Portuguesa doEnsino Superior Privado; AdI- Agência de Inovação; POPH — Programa OperacionalPotencial Humano; COMPETE — Programa Operacional Fatores de Competitividade; -

CCISP — Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos; ANJE —

Associação Nacional de Jovens Empresários; -APCRI — Associação Portuguesa deCapital de Risco; IAPMEI — Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas eInovação; TecParques — Associação Portuguesa de Parques de Tecnologia; IPQ —

Instituto Português da Qualidade; COTEC Portugal — Associação Empresarial para aInovação; CENTIMFE — Centro Tecnológico da Indústria de Moldes, FerramentasEspeciais e Plásticos; CTCP — Centro Tecnológico do Calçado de Portugal; CTCV —

Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro; CITEVE — Centro Tecnológico Têxtil eVestuário; ANQEP — Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional.

Em reunião da Comissão de Economia e Obras Públicas foram ainda ouvidos oPresidente da AICEP — Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal,Dr. Pedro Reis, o Presidente do Fórum da Competitividade, Dr. Pedro Ferraz daCosta, e o Secretário de Estado do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação,Dr. Franklim Alves. Os contributos escritos, bem como os registos áudio e vídeosdestas audições podem ser consultados no seguinte endereço da web:

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ASSEMBLEIA DA ,EPÚBLICA

Comissão de Economia e Obras Públicas

http:/Iwww. parlamento. pt/stes/COM/Xt l LEG/6CEOP!GTTPELBQ l CE/Paqnas!Audicoes.aspx

PARTE III — RESULTADO DAS AUDIÇÕES

APCRIO representante da APCRI pronunciou-se sobre: a oportunidade do assunto emapreciação; necessidade enquadrar as opções do investimento português; asustentabilidade do setor depende da realização de novos investimentos; necessidadede encontrar novas origens de funding; atualmente não há fundos disponíveis para osetor, embora o COMPETE tenha aportado algumas oportunidades; em Portugal umaparte significativa do investimento é de origem estrangeira; Portugal deveria ter umaatitude mais agressiva no campo dos investimentos; há dificuldades em vender o paíscomo destino de investimentos; hoje, a única oportunidade consiste nos fundos depensões e seguros. Empreendedorismo: tem que se ter uma visão para o país e oconhecimento está ligado à universidade. Âmbito legal e fiscal: Portugal não écompetitivo em termos de eficiência tributária

Defende que a Lei de bases deverá ter enquadramento para os instrumentos depolítica fiscal — medidas mencionadas na PPL do Orçamento do Estado para 2013inserem-se na ideia que pretendem ver plasmado na lei de bases; introdução demedidas favoráveis aos incentivos fiscais — revisão da taxa de IRC para investimentoprodutivo, reavaliação das necessidades das empresas e conformação das medidascom as autoridades europeias. O setor do capital de risco pode constituir uminstrumento de desenvolvimento e de criação de emprego.Pretende ainda que o Estado seja mais investidor em fundos. Há instrumentospúblicos que se sobrepõem. Importante ter uma lei de bases que contenha uma visãopara o país. Há que criar condições para consolidar e para criar valor e inovação. Alegislação laboral não se mostra atrativa. O rendimento do trabalhador dependentetem uma carga tributária muito pesada e intensificada em 2013; na competitividadeexterna, o país tem uma carga fiscal muito pesada face aos países uropeus e um dosobstáculos fiscais reside no risco da dupla tributação, sendo que a U.E. aconselhauma uniformização. Há falta de cultura de empreendedor e o capital de risco não temalinhamento com a realidade

ANJENo caso do representante da ANJE este procedeu a uma apresentação em PowerPoint e incidiu a sua apreciação em: situação de Portugal na passada década;medidas de austeridade e o impacto na atividade económica; necessidade de ganharcompetitividade; empreendedorismo e emprego; sistemas de incentivos para jovenscriarem o seu próprio negócio e emprego; urgência na necessidade de transformação

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ASSEMBLEIA [)A

Comissão de Economia e Obras Públicas

do tecido económico; necessário obter mais mundo para as empresas portuguesas; aexportação portuguesa é passiva; o conhecimento dos mercados é apreendido naescola Capital de risco tem um papel determinante na criação e na reestruturação dasempresas; tem faltado uma visão integrada, mais coordenada, com ausência deavaliação em tempo oportuno.

A ANJE defende que seriam úteis um conjunto de ferramentas WEB capazes de nosaproximar mais dos mercados (em crescimento exponencial no mundo); muitoimportante introduzir simplificação no sistema fiscal-simplificação administrativa efiscal das empresas (as obrigações fiscais de uma empresa pequena são iguais às deuma de grande dimensão). Crédito bancário: utilização de fundos de garantia mútua.Pede-se uma entrada do COMPETE nas empresas mais facilitada e de âmbito maisalargado para os jovens.

Nota ainda para o facto de que a justiça não pode ser tão lenta. Há necessidade derenovar os quadros de pessoal das empresas, permitindo a entrada de jovens.Importância da webização da economia porque permite o desenvolvimento de funçõesà distância e a mobilidade interna das empresas. Onde o país pode diferenciar é naqualidade e o empreendedorismo é muito importante para os jovens e para aregeneração das empresas.

APESPOs representantes da APESP expenderam sobre os seguintes pontos:A obrigatoriedade de os dirigentes receberem formação na área da qualidade uma vezque no contexto dos processos ligados à competitividade não detêm essa cultura.A definição de inovação deve ser totalmente clara. A inovação tem que estarassociada aos resultados a obter, pelo que deve haver planos claros para os próximos10/20 anos. O país tem que traçar objetivos para saber onde investir: nas tecnologias?Na agricultura? A inovação com responsabilidade social serve para gastar menos eesta deve passar a conter uma atitude ligada à ética.A competitividade deve ser feita em livre concorrência. Só há pouco tempo oestudante do ensino privado tem possibilidade de concorrer a bolsas.O que o país mais necessita é de empreendedorismo. Deve ser facilitada aos jovensprogramas específicos que permitam a entrada na área do empreendedorismo,incentivando-os a formar empresas.Deve ser conferida importância às universidades privadas. Por que razão o dinheiropassa diretamente do Governo para as universidades sem o envolvimento dosestudantes? A universidade recebe a mesma quantia de um estudante com fracosrecursos económicos e de outro com elevados recursos.Em Portugal há muitos estudos sobre estas matérias mas não se avança para aconcretização, calendarização e formulação de objetivos. Por fim destacaram aimportância das sociedades de capital de risco, em matéria de inovação.

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ASSEMnI.EIA DA EPO6L1CA

Comissão de Economia e Obras Públicas

Defendem que todos quantos dirigem organismos do Estado deveriam ser obrigados a

frequentar um curso de formação sobre qualidade.Defendem que todas estas matérias têm que estar associadas a uma cultura de risco.

Contudo, o que existe é uma escola organizada como uma repartição pública, com

cariz sedentário, que impede o ensino dessa cultura de risco. O ensino universitário

não se pode ligar diretamente à empregabilidade, sob pena de deixar de o ser e

passar a ser ensino politécnico.O resultado real de uma inovação é uma patente ou um modelo de utilidade para o

país. Este aspeto deve ser encarado como obrigatoriedade porque o investimento

aplicado em investigação tem que ser útil para a Nação.

APQA APQ começou por caracterizar o seu perfil institucional (através do powerpoint

anexo) e pronunciou-se sobre: uma abordagem qualidade-campo para políticas

públicas, os limites à competitividade, a função social do desenvolvimento, as relações

entre o Estado e as partes interessadas, o sistema português da qualidade, a

qualificação, a acreditação-certificação, o papel do Estado-perspetivas e exemplos de

intervenção das entidades públicas.Defende que a evolução do sistema português de qualidade tem que considerar os

aspetos referentes à qualidade, inovação, empreendedorismo, competitividade,sustentabilidade, consumidor e responsabilidade social.O papel do Estado na promoção e apoio das melhores práticas na área da Qualidade

deverá ser precisado e clarificado: O Estado deve ser um agente central, dado o

carácter estruturante da qualidade. Contudo, deve assumir um papel de regulador e

supervisor das atividades, mobilizando toda a sociedade para o efeito, e aproveitando

da melhor forma os recursos (públicos, privados, sociais).Bem como, assegurar as matérias relacionadas com o sistema de acreditação, a

metrologia e a normalização; a aposta na gestão integrada entre o Estado e os setores

interessados; Em referência à utilização dos recursos, assegurar a sua

descentralização.

Atualmente, os organismos de certificação têm que ser dotados de auditores

qualificados. Devem ser respeitados os requisitos mínimos de segurança — marcar

com CE.Há um campo importante a ter em conta quando se se refere a uma lei-quadro: o

Estado tem que dizer o que pretende em matéria de mecanismos: o sistema de

acreditação tem que ser melhorado; a metrologia assegurada na ótica da defesa do

consumidor; a normalização, sendo a mais transversal, tem um tratamento mais

complexo.Na área da Administração Pública, o Estado deve exercer as suas funções com

menores custos. Há que introduzir melhorias nos serviços a prestar aos cidadãos.

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ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

Comissão de Economia e Obras Públicas

Existe desperdício de dinheiro nos processos internos; importância do impacto daimagem no exterior, no âmbito da internacionalização. Em relação aos fornecedores eno domínio dos concursos de seleção, deve ser encontrado um modelo que permitaexcluir aqueles que prestaram um mau serviço.

CCISPDo PowerPoint apresentado foi realçado o conteúdo do silde n° 13, que demonstra ainexequibilidade do orçamento para 2013, tendo em conta um 2° corte de 6,6%,impossibilitando desta forma, o final do ano letivo. Uma área que pode serdesenvolvida prende-se com a facilitação da criação de pequenas microempresas debase tecnológica, questão crucial no contexto atual. Estas geram 80% daempregabilidade, em Portugal e os fundos provêm diretamente das empresas.Destacaram ainda a necessidade de se incentivar a formação para empresários.Constitui uma das áreas de maior preocupação: o desenvolvimento das regiões e aligação do mundo empresarial ao ensino. A investigação, embora não sendo objetivodo ensino politécnico, sempre foi feita, sobretudo a de proximidade. O objetivo daformação centra-se na construção do próprio posto de trabalho. Esta formação geraránovos produtos inovadores de base tecnológica.É importante conferir relevo ao eixo conhecimento/tecido económico-social/político e odesenvolvimento do conceito de stakeholder.No mínimo, 10 ideias novas estão todos os anos em cima da mesa. São ideiasrelacionadas com as empresas. A investigação aplicada assume grande relevo paraos institutos politécnicos como foram os casos da SIBS e da Via Verde, desenvolvidospelo Instituto Politécnico de Lisboa.De acordo com os padrões fixados pela OCDE, as qualificações das pessoas entre os25 e os 64 anos encontram-se abaixo daqueles. Há, assim, necessidade deincrementar as referidas qualificações. Há que incentivar os ensinos pós-laboral e àdistância.Há lacunas no atual QREN no que se refere ao investimento nas incubadorasempresariais, e esta situação não é desejável, na medida em que é necessárioincentivar o empreendedorismo. A maior dificuldade dos projetos de investimentoreside na dificuldade de lhes dar início.

CENTIMFEO representante do CENTIMFE afirmou que este centro tecnológico tem por missãoantecipar tendências tecnológicas, passar conhecimento para a indústria e asempresas, e faz articulação com fornecedores, parceiros tecnológicos e redes. Doisterços da sua atividade são cobertos por prestações de serviços e um terço poratividades pré-competitivas. A indústria portuguesa tornou-se nos últimos anos umpólo de competitividade, havendo empresas concorrentes que se apresentam no

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IllhllASSEMBLEIA DA EPOBLJcA

Comissão de Economia e Obras Públicas

mercado estrangeiro com a mesma marca. Considera importante que as políticas deapoio ao empreendedorismo apoiem áreas estratégicas, como a microfabricação, porexemplo Abordou também a questão das tecnologias de fronteira, das áreas de roturatecnológica, defendendo que os centros tecnológicos podem ter tecnologiasinovadoras a serem usadas em rede, para fomentar a competitividade. Quanto àqualidade, há lacunas graves no sistema da qualidade, nas auditorias, na regulação dosistema, que induzem custos aos laboratórios. Se queremos entrar em indústrias detecnologia de ponta o sistema da qualidade tem de ser imune a certas deficiências,como a falta de conhecimento. Nas atividades pré-competitivas, O CENTIMFEantecipa tecnologias, desenvolve conhecimentos e passa-nos para a indústria. Èimportante que existam processos que facilitem a atualização tecnológica destescentros, assegurando o reinvestimento e as apostas tecnológicas de fronteira. OCENTIMFE fomenta um vasto conjunto de atividades de ligação dos jovens à indústria,de promoção do empreendedorismo nas escolas. Apontou como grandes dificuldadeso investimento tecnológico e de suporte à criação de novas empresas, que reforcem otecido empresarial.

Defende que os centros tecnológicos devem ter um enquadramento específico.Defendeu também programas de apoio para montagem de candidaturas a fundoseuropeus.O representante do CENTIMFE informou que, quanto às normas da qualidade, opróprio modelo não funciona. Quanto à certificação, a qualidade do serviço que está aser prestado pelo organismo que deveria ser referência da qualidade precisa de serrevista. As empresas nacionais estão a sofrer muito com a imagem de Portugal nomercado internacional, quando, do ponto de vista tecnológico, recuperaram ageneralidade dos clientes que as tinham abandonado em 2008/2009. Alertou aindapara o risco de Portugal poder perder a acreditação. Referiu também os custos dasauditorias e da acreditação de laboratórios. Quanto à articulação entre entidades,colocou o enfoque na necessidade de “vender” competências para conseguir trazermais parceiros, pois a passagem da investigação para o mercado pode serfinanceiramente muito onerosa. Em sua opinião, não tem havido, nalguns casos,consistência das políticas públicas. Questionou o facto de não haver programas deapoio à formação de quadros médios e superiores, o que leva a que muita destaformação seja feita à conta de projetos de inovação. Deveria haver, para sectores deponta, uma aposta muito forte uma lógica de longo prazo, porque os centrostecnológicos fazem o interíace direto com as empresas e é parar a meio do caminhopara repensar e começar tudo de novo é um problema sério. Em termos definanciamento, considerou fundamentais os instrumentos de suporte à tesouraria paraa exportação. Referiu ainda a falta de recursos humanos do COMPETE para emtempo útil avaliar as candidaturas e os projetos. Denunciou também a falta deinstrumentos de políticas públicas para induzir as empresas a fixarem-se nasincubadoras.

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Comissão de Economia e Obras Públicas

CTCPO representante do CTCP lembrou que a norma ISO 9000 é o referencial que todosusam para a qualidade. Defendeu uma maior concentração nos fins a atingir do quenos instrumentos para os atingir, com focalização nos objetivos. Referiu que as PMEsão, por definição, pouco compatíveis com investigação a médio e longo prazo. Atipologia de projetos mais interessantes são os projetos l&DT. Quando se investiga umnovo material, por exemplo, isso vai dar origem a novos produtos, vai exigir novasqualificações de recursos humanos, nova maquinaria para o processar. Defendeu aexistência de projetos industrialmente orientados, sendo essencial incluir sempre nosprojetos a questão da comercialização. A criação de conhecimentos deve serautónoma, financiada autonomamente. A gestão pública da certificação é necessáriamas deve ter-se o cuidado de não criar estruturas pesadas, não competitivas. Nalgunssectores, a criatividade e a inovação são mais importantes do que a certificação.O representante do CTCP alertou para a distorção do mercado provocada pelosvalores cobrados pela entidade que garante a qualidade. No que toca à qualificação,realçou a diferença que existe entre habilitação e competências e reportou a existênciade dificuldades, por parte das PME, de enquadrar a formação efetivamente necessáriaàs empresas. A maioria dos investimentos ligados ao empreendedorismo só temsucesso se ligados à IDT. Neste sector, não acredita no capital de risco. Criticou adificuldade que os vários agentes têm em trabalhar em rede, considerando que oscentros tecnológicos conseguem fazer a ponte entre as PME e as universidades.

CTCVO representante do CTCV informou que o centro tecnológico foi alargando a sua basede atividade e o seu alvo num conjunto de sectores empresariais que extravasam acerâmica e o vidro, É maioritariamente detido por empresas, a sua vocação é aatuação no sentido do reforço da competitividade das empresas. O produto portuguêstem maiores vantagens quando é diferenciado junto do próprio cliente. O CTCV temum conjunto de projetos “em bolsa” e, à medida que há oportunidade, desafiaempresas e outras entidades para que esses produtos possam ser diferenciados.Defende a definição, pelo Estado português, do que este quer que sejam asinfraestruturas tecnológicas, para que estas possam ser apoiadas para oferecerem adiferenciação aos seus clientes. Defendeu também a existência de projetosdemonstradores (projetos que se encontram entre a fase de desenvolvimento e omercado), como indutores da competitividade e qualidade.O representante do CTCV afirmou que o POPH foi desde sempre orientado para aelevação do nível de qualificações para perspetivar para o exterior dados estatísticosfavoráveis para Portugal e não para a valorização em formação de quadros técnicos.Na área da qualidade, a certificação de sistemas funciona porque não há entidadesmonopolistas do processo e os preços ajustaram-se em função do mercado, mas naacreditação é diferente, há um sistema de monopólio. Defendeu uma maior integração

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ASSEMBInA DA EPBLICA

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entre o IAPMEI e a Adi, para não se perder o conhecimento e os registos históricos

que a Adi tem sobre as infraestruturas tecnológicas.

CITEVEO representante do CtTEVE referiu que fazia sentido ter uma lei de bases abrangente.Nos últimos anos, os programas europeus destinados a apoiar iniciativas para

melhorarem a competitividade foram aproveitados para o financiamento daquelas, deforma avulsa e não como programas.Os centros tecnológicos não constituem uma atividade económica normal. Hárelacionamento entre os diretores-gerais, que se encontram uma vez por ano. Têm

uma dupla missão. Têm um enquadramento que os obriga a ter uma ação competitiva

no seu trabalho, no quadro da concorrência em condições de mercado muitoapertadas. Dependem de políticas públicas, para terem programas estratégicossustentáveis.Os constrangimentos são:

- Falta de estabilidade das políticas públicas. A alteração das regras do jogoimpede a realização de um trabalho eficaz;- O Estado é mau pagador, mesmo quando utiliza dinheiro alheio (os prazosmédios de recebimento do Estado são tão longos que a tesouraria não aguenta. OCITEVE, se dispusesse apenas de equipamento científico, teria dificuldade naobtenção de crédito. Ao cumprir o CCP os centros estão comprometidos comprazos e não recebendo atempadamente do Estado, o investimento é posto emcausa);- Esclarecimento do papel de cada um dos intervenientes para a inovação,competitividade e empreendedorismo

COTECO representante da COTEC expressou dúvidas sobre se fazia sentido juntar todas asáreas num só instrumento legislativo. Defendeu que o importante era que, no fim,houvesse emprego e salários. Na área da inovação, a montante o país está bem, mastem um défice de realização. Alterou para questões que estão a montante dacompetitividade mas são muito importantes, como a existência de infraestruturas, ocusto da energia elétrica, entre outros. Em sua opinião, a competitividade não se poderestringir a dois ou três tópicos muito valorizados na área da inovação apenas. Referiucomo boa prática o facto de no Porto haver já escolas do ensino básico e secundárioque são acompanhadas por empresas.Defende a existência de medidas em matéria de ensino básico (3.° ciclo) e secundáriopara a inovação, com o reforço da componente experimental nestes ciclos de ensino,com a possibilidade de a COTEC disponibilizar o know-how das empresas, inclusive

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ASSEMBLEIA DA EPÚBLICA

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dotando as escolas de meios. Deve definir-se se se pretende uma lei sobre acompetitividade ou sobre a inovação, sendo que a competitividade é mais ampla.O representante da COTEC referiu que a abordagem que faria passaria por aproveitarmelhor o que se está a fazer. Lembrou que em muitos países com melhoresresultados na área do empreendedorismo a despesa pública em inovação edesenvolvimento é financiamento à despesa empresarial em inovação edesenvolvimento. A COTEC tentou forçar todos os agentes do sistema a reportar osresultados em matéria de valorização do conhecimento e fomento doempreendedorismo. Informou que enviaria as 10 medidas que propõe ao GT.Defendeu a necessidade de uma aposta mais focada. Defendeu igualmente uma açãoorganizada de “correr mundo” com os produtos das empresas apoiadas em inovação edesenvolvimento à procura de financiadores e clientes credíveis. Está neste momentoem desenvolvimento uma ação piloto, em que a COTEC, o AICEP e a CCDR Nortevão levar 20 empresas à Alemanha, com a colaboração da Câmara de ComércioLuso-Alemã. Concluiu lembrando que mais grave do que haver muitas empresas adesaparecer é as que existem não crescerem.

IAPMEIO representante do IAPMEI procedeu à apresentação dos objetivos que norteiam oInstituto e à sua evolução e referiu também a existência de uma nova Lei Orgânica,aprovada recentemente.Sobre o Instituto, mencionou as áreas de intervenção: gestão dos incentivoscomunitários; análise das candidaturas do QREN, dos pedidos de pagamento ereembolsos; facilitação do acesso ao crédito da parte das micro e pequenasempresas; PME Crescimento-concessão de 9000M€ ao abrigo das linhas de crédito e60 000 empresas beneficiadas; garantias de crédito - caso não fossem passadas,verificar-se-ia maior número de falências e desemprego; seguros de crédito àexportação; facilitação de processos de inovação das empresas-vales inovação evales l&DT; função de proximidade às empresas; formação de gestores-academiaPME; apoio ao empreendedorismo +E+I - operacionalizam os centros de saber para aatividade empresarial.

A atuação do IAPMEI desde o advento da crise, em 2008, tem sido fundamental paraevitar um mal maior, através do acesso ao crédito. A visão crítica à sua atuaçãoresulta dos contatos existentes entre os políticos e as empresas. Devido à aversão aorisco que estava a afetar as exportações houve intervenção do instituto no domíniodos seguros de crédito. O IAPMEI é o front-office desta área. Em matéria de políticafiscal, a burocracia (nacional e comunitária) representa um problema. Quando asverbas disponibilizadas não chegam a tempo, tal se deve a razões internas e deBruxelas. A regulamentação que impende sobre a burocracia tem origem na legislaçãonacional e na comunitária e o IAPMEI é o aplicador dessas leis, sendo este oproponente da simplificação. Há constrangimentos muito sérios no que se refere aosrecursos humanos de que dispõe, uma vez que a sua estrutura de resposta está

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ASSEM8LEIA DA ,EPOt3LJCA

Comissão de Economia e Obras Públicas

rigidificada. No momento atual não têm autonomia para subadjudicar serviços. Há 22000 candidaturas mas não têm capacidade humana para dar resposta — contam com

340 funcionários, dos quais 100 estão afetos à gestão dos incentivos. Prevê-se aextinção da ADI (Agência de Inovação - Inovação Empresarial e Transferência de

Tecnologia) e a sua incorporação no IAPMEI. Também se pronunciou sobre os

seguros de crédito e a disponibilidade ao nível do risco; o Tesouro português e aassunção do risco político e comercial (por ex. exportação de calçado); osfornecedores das empresas portuguesas que pedem às respetivas seguradoras decrédito que lhes assegurem as suas exportações para Portugal; nos seguros docrédito, o apoio aos exportadores nacionais dirige-se ao risco e não aos preços e, porfim, em resumo, sobre os constrangimentos nas áreas da justiça, da fiscalidade (quenão é estável e não amiga do investimento) e, devido aos problemas de âmbito

macroeconómico, há falta de investimento privado nacional e estrangeiro. Prioridades:

capitalização das empresas; abordagem aos mercados externos, à inovação e aoacompanhamento das empresas. Matéria relevante para refletir: estão impedidos dofinanciamento à comercialização das pré-séries e protótipos para introdução nomercado.

COMPETEO representante do COMPETE referiu-se à integração deste Programa no QREN e aotrabalho que se efetua em equipa com os organismos intermédios; define as regras deapoio aos incentivos e à envolvente; face à experiência adquirida, nas economiasliberais existe um espaço para a intervenção do Estado, que define orientaçõesestratégicas.Havendo disponibilidades financeiras, como devem estas ser utilizadas em objetivosde política económica. O programa incentiva projetos empresariais e tira proveito doesforço do Estado; apoio financeiro a ações conjuntas no âmbito de campanhas anível internacional e engenharia financeira-área do financiamento e capital de risco.Embora ainda não represente uma posição definitiva, prefere soluções orientadas paraações concretas, em vez da adoção de uma lei de bases, que é genérica, na medidaem que, a realidade se encontra em mutação permanente. Globalmente, oposicionamento do programa no quadro da U.E. é positivo. Requerem-se mudançasna burocracia No próximo programa seria da máxima importância a desmaterializaçãodo processo. Há muita tendência de os empresários dependerem dos apoios. Aarticulação entre os organismos é positiva. Novas normas ou incentivos obrigam àintrodução na rede, permitindo concertação naquilo que se entende ser fundamental.Há zonas de stress que não devem caber em critérios de standardização. O temasobre a reestruturação de empresas tem sido pouco discutido. Poderia vir a existiruma fiscalidade mais positiva.

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Comissão de Economia e Obras Públicas

IPQO representante do IPQ considerou que a normalização, a metrologia e a avaliação daconformidade são as infraestruturas da qualidade e devem estar previstas nalegislação a criar e que estes três subsistemas devem ser congregados no IPQ.Descreveu os princípios orientadores do sistema português da qualidade como acredibilidade, a transparência, a horizontalidade, a coexistência com outros sistemas,a descentralização e a adesão livre e voluntária ao sistema.Definiu “normas” como o documento com as boas práticas, os requisitos para umadeterminada atividade ou sector. Lembrou que existem cerca de 23 000 normas, dasquais 20 400 são europeias. Há também normas puramente portuguesas em sectoresonde não há normas europeias ou internacionais.Alertou para o facto de o Regulamento Europeu de Normalização entrar em vigor nodia 1 de janeiro de 2013.Caracterizou também os desafios que se deparam ao IPQ nas suas três áreas deatuação: na normalização, conseguir responder às necessidades do mercado,acompanhar a crescente normalização internacional e fazer face às novas políticaseconómicas; na metrologia, acompanhar os novos campos que surgem,nomeadamente na saúde, na energia, no ambiente e nas novas tecnologias: naqualificação, ter qualidade e responsabilidade.Alertou depois para a relação biunívoca entre qualidade e inovação, com anecessidade de as coisas novas serem replicáveis e interoperáveis e com o cuidadode se estudar as melhores práticas (normas) em vigor quando se parte para ainovação.Finalmente, abordou os desafios futuros nesta área: desenvolvimento do processoinovador que apoie as PME no caminho da qualidade, preocupação de usar normas,medidas de forma articulada, envolvimento das partes interessadas, integração deoutros sistemas e da inovação em produtos, serviços e organizações.

Defendem:

A normalização, a metrologia e a avaliação da conformidade são asinfraestruturas da qualidade e devem estar previstas na legislação a criar.

• A legislação deve ser o mais simples possível e deve remeter para normas,que, se forem cumpridas, se presume que está a ser cumprida a legislação.

• Defende existência de legislação para implementar o ensino e a formação parao empreendedorismo.

• Legislação deve fomentar a participação das partes interessadas, entre elas oconsumidor. Tem de dar ferramentas e fomentar as infraestruturas, a exemploda lei que criou o SPQ.

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ASSEMBLEIA DA EPOELICA

Comissão de Economia e Obras Públicas

• Se a lei de bases disser que a qualidade, o empreendedorismo e a inovação

são de tal maneira estruturantes para o país que o ensino tem de incluí-los, é

um bom caminho.A fiscalização é muito importante.A lei de bases deve fomentar o investimento em metrologia, para que estejapermanentemente a respeitar os padrões europeus e internacionais.

• No que toca ao capital humano, é importante a inclusão da cidadania.

Referiu ainda um conjunto de ideias relevantes, a saber:

• Não pode haver empreendedorismo sem qualidade. O fomento que se faça doempreendedorismo tem de ter em conta o fator qualidade.

• Não há critérios de qualidade absoluta e a lei não os pode estabelecer, mas éimportante que quem vende torne claro para quem compra quais os níveis dequalidade que um determinado produtos tem, para que o cliente não se sinta

enganado.• Defendeu que nas compras públicas não deveriam ser colocados em situação

de igualdade um fornecedor que é certificado e outro que não o é. Exigir acertificação é a forma de aumentar o nível de qualidade do país.

• Considerou importante ver o que estão os outros países a fazer.O país está preparado para responder ao Regulamento Europeu da Qualidade.Sempre que se elaborar legislação deveria haver o cuidado prévio de verificarse existe normalização que deva ser respeitada.

• A qualidade tem de ser de aplicação permanente e o IPQ tem feito um esforçomuito grande de tradução das normas para estarem disponíveis em português,para tornar mais fácil a sua aplicação pelas PME.

• A certificação de uma empresa incide sobre os seus sistemas de produção, oque é diferente da certificação de um produto. O mais importante é ter umsistema de gestão de qualidade.

POPHO gestor do POPH apresentou o Programa, razões e forma de constituição e deuconta da sua execução. Lembrou que foi constituído em 2007, com objetivo de superaro défice estrutural de habilitações de qualificações da população portuguesa, tendosido estruturado em 10 eixos prioritários. Representa 95% da intervenção do FundoSocial Europeu em Portugal, com 4, 4 milhões de participantes e 5,2 mil milhões deeuros executados. Este Programa permitiu uma redução mais acentuada nas taxas deabandono escolar. Quanto à qualificação de adultos, passou-se de 27% em 2007 para35% em 2011, mas são necessárias ainda mais duas décadas para que se registeconvergência dos valores com os da UE. Alerta para o facto de que no próximo

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Comissão de Economia e Obras Públicas

programa de apoio 2014/2020 a ênfase será dado aos resultados, sendo uma dascondições prévias para acesso aos fundos a definição de um ponto de partida e umponto de chegada e o financiamento será atribuído em função de se conseguir ou nãoatingir as metas a que nos propusermos.Defende o objetivo de atingir a meta dos 10% de abandono escolar em 2020 deveriaconstar do documento a elaborar pelo GT. Defende simplificação de processos eprocedimentos, desburocratização mais eficiente, reforço do acompanhamento dosresultados e cumprimento dos objetivos e não tanto a fiscalização da tramitaçãoprocessual. Necessidade de requalificação dos ativos tendo em vista areindustrialização da economia, reforço na formação dual dos jovens, incentivo àaquisição de competências no domínio da autonomia e do empreendedorismo, reforçodo ensino profissional. Investimento na formação de adultos não deve ser abandonadomas sim repensado, direcionando a requalificação e reconversão para areindustrialização.Refere ainda que os programas do POPH são financiadores de atividade de outrem;neste momento, as escolas artísticas são financiadas pelo POPH. O POPH está nestemomento em articulação com algumas iniciativas mais atípicas e não tão formatadasdas escolas. Simplificação é diferente de desburocratização, o facto de star tudoinformatizado não deixa de ser um processo bastante burocratizado. Quandocomeçámos a beneficiar dos fundos estruturais o nosso ponto de partida foi muitoinferior ao dos outros países. Até 2007 a estratégia era a de formar pessoas e depoisos resultados viam-se na respetiva vida profissional; a partir dessa data o objetivo foi,além de qualificar, elevar os níveis de qualificação. Empreendedorismo e inovação sãocaracterísticas que nascem com pessoas com mais competências e maisconhecimentos. O POPH financia a atividade do IEFP no apoio ao empreendedorismo,bem como institutos, associações empresariais que têm escolas profissionais ecentros tecnológicos, entre outros.

ANQEPO Presidente da ANQEP referiu que esta tem como missão procurar coordenar aspolíticas de dupla certificação de jovens e adultos. Considerou o empreendedorismoestratégico, porque se vamos apostar nas formações qualificantes, ou apostamos deforma certeira em sectores que têm neste momento estruturas empresariais queabsorvem essas formações ou as pessoas vão exercer essas formações em mercadoaberto e, para tal, têm de ser empreendedoras. A aposta no ensino científico-humanístico levou a que os jovens ou conseguem concluir um curso superior ou, senão conseguirem, não têm recetividade no mercado de trabalho; a dupla qualificaçãoprocura que os jovens aos 18 anos tenham uma qualificação profissional que lhespermita a inclusão no mercado de trabalho se não prosseguirem estudos superiores. Oprograma das Novas Oportunidades tinha dois eixos: dos jovens e dos adultos,procurava garantir que 50% dos jovens estava nesse tipo de formação e que ummilhão de âdultos ativos seria qualificado. O primeiro eixo foi o que esteve maispróximo do sucesso (havia 42% dos jovens nesta via). Fica a faltar a aposta no

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ASSEMBLEIA DA EPOBL1CA

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desenvolvimento de um sistema de regulação e orientação destas ofertas para osjovens. Quanto aos adultos, a questão agora é saber o que fazer a esses adultos com

certificação.Defende que é importante que à vertente da dupla qualificação sejam associadas

competências de organização e literacia financeira. Do ponto de vista legislativo, pode

colocar-se o empreendedorismo como componente formativa nos vários níveis deformação.

E realça ainda a questão cultural, que leva a que se desvalorize quem arrisca e não

tem sucesso, o que conduz a uma inércia de não querer tomar a iniciativa. Em seuentender, o sistema educativo pode dar o seu contributo para mudança depensamento. Em 2050 vamos ter um terço da população com mais de 65 anos e aANQEP está preocupada em desenhar ofertas de formação para esta população, pois

há aqui, do ponto de vista do potencial humano, um conjunto de capacidades de

pessoas que vão ter tempo para ser úteis, podendo ser um recurso nomeadamente noempreendedorismo, para ajudar os jovens a iniciar-se de forma útil na vida.

TecparguesOs representantes da Tecparques deram conta da existência de 14 parques de ciência

e tecnologia, a que acrescem 4 em fase de implementação, congregando 766empresas e 1524 pessoas a trabalhar. As autarquias têm um importante papel dealavancagem destes projetos. Perspetiva-se uma estratégia conjunta de Portugal eEspanha para o próximo QCA, para criar mais potencial neste domínio em termosestratégicos para captação de fundos comunitários. Se não houver estabilidade fiscalserá mais difícil captar investimento estrangeiro. Empreendedorismo não é algo que sepossa decretar, tem de se criar uma cultura para o empreendedorismo. Alertaram paraa contradição do trabalho deste GT e a Lei n.° 50/2012, uma vez que este diplomaprevê a extinção de empresas municipais, e é através destas que, muitas vezes, sãofeitos os investimentos nesta área do empreendedorismo.

Os representantes da Tecparques alertaram para a necessidade de desenvolvimentodo capital de risco e do capital semente. Consideraram importante existir umaeducação para o empreendedorismo no ensino básico. Defendem também umadefinição das políticas públicas sobre os polos de competitividade e clusters, paraevitar duplicações. Políticas públicas devem ser definidas a médio e longo prazo, paranão ficarem ao serviço de governos ou ministros.Referiram ainda o facto de que as políticas públicas estão sempre balizadas peloOrçamento do Estado. Os parques tecnológicos são os locais onde se ajuda amaterializar todas as ideias do sistema nacional de inovação. Esclareceram que nãoforam os parques tecnológicos que quiseram ser empresas municipais. Reiteraram aposição de que, quanto ao financiamento, é fundamental a existência de capital derisco e capital semente, não sendo sustentável a situação atual em que os jovens parase financiaram no banco hipotecam a casa. Lembraram que estes projetos

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movimentam muitos postos de trabalho indireto, representam cerca de 350 milhões deeuros de negócios e não têm qualquer benefício fiscal,

AdiO representante da Adi utilizou uma apresentação em PowerPoint sobre o sistemanacional de inovação, no qual explica a sua evolução nos últimos 20 anos. Alertoupara o facto de o sistema nacional de inovação não estar definido em nenhuminstrumento legislativo. Realçou a diferença de perfil das atividades destas entidadesentre 1990 e a atualidade.Alertaram para a necessidade de parametrização, para que as diversas entidadesenvolvidas no sistema nacional de inovação saibam o que estão a fazer. Defendeuque as medidas têm de ser pensadas em função dos atores para que são destinadas.Propõe um programa de apoio aos jovens na criação de empresas em articulação comos centros tecnológicos. Defendeu a necessidade de articulação entre os organismos.Considerou necessário que se criasse, ao pessoal docente as universidades, perfilpara trabalhar com as empresas.O representante da Adi referiu as dificuldades no apoio a empresas para colocar osprodutos no mercado. O Programa +e +i é válido e bem conseguido, mas se não derqualquer coisa às empresas acaba por morrer. Os centros de incubação e detecnologia são uma boa ferramenta para a criação do próprio emprego dos jovenslicenciados. Deu exemplos de parques tecnológicos criados, ao arrepio do parecernegativo da Adi. Argumentou que um centro de incubação, se estiver bem implantado,é um ótimo investimento para o Estado.

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fflll4!i4ASSEMBLEIA DA ,EPOBLICA

Comissão de Economia e Obras Públicas

PARTE IV - ESTUDO DE DIREITO COMPARADO

A Divisão de Informação Legislativa e Parlamentar da Assembleia da República

elaborou, a pedido dos membros do Grupo de Trabalho, um relatório exaustivo e

circunstanciado sobre legislação comparada nos domínios da qualidade, investigação

e desenvolvimento e empreendedorismo. Neste relatório foi analisada a legislação,

relevante e pertinente para o trabalho em causa, de países como a Alemanha, a

Áustria, a Bélgica, a Dinamarca, os Estados Unidos da América, a Finlândia, a França,

a Holanda, Israel, o Luxemburgo, o Reino Unido, Singapura, a Suécia e, finalmente, da

União Europeia.

http:Hficheiros. parlamento ptJDl LP!Dossiers informacao/QualidadelnovacaoCompetividadeEmpreendorismo/DossierQualidadel novacaoCompetividadeEmpreendorismo.pdf

No que concerne ao Eixo Qualidade, o trabalho de recolha e análise da legislação

comparada privilegiou três dimensões consideradas estratégicas:- a implementação de normas relativas a bens e produtos bem como dos respetivos

sistemas de gestão para a integração no mercado global.

- a regulamentação na área das novas tecnologias para ambos os setores público e

privado, entendo-as como fator crítico para o desenvolvimento da economia digital

sustentável;- a regulamentação na área do acesso e reutilização da informação do setor público,

indispensável para o desenvolvimento da economia da informação.

No primeiro objetivo são apresentadas as soluções legislativas de governação

eletrónica (e-government) nas suas várias vertentes (assinatura, comércio,

comunicações e contratação eletrónica). Quanto ao segundo objetivo, reúne

informação sobre o acesso e reutilização da informação.A regulamentação da indispensável base tecnológica - quer no que concerne a

políticas específicas de autenticidade de documentos eletrónicos, desmaterialização

de procedimentos e adoção de formatos de arquivo, quer quanto à implementação de

banda larga, a necessária interoperabilidade entre sistemas e respetiva preservação

digital - não foi tratada devido à sua especificidade técnica, que, na maioria dos casos,

adota a forma de regulamentos ou projetos nacionais, não sendo alvo de produção

legislativa.

Relativamente ao Eixo da Investigação, Desenvolvimento e Inovação, procurou-se,

prima fade, apresentar legislação na área. Adicionalmente, foi pesquisada informação

sobre a existência de agências e programas nacionais e, quando relevante, regionais

ou locais de promoção da inovação. A informação foi agrupada e organizada em dois

capítulos:

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Comissão de Economia e Obras Públicas

um capítulo reunindo informação, designadamente referências a programas,financiamento e organismos responsáveis, nas áreas da investigação e ensinoorientados para a inovaçãoNo domínio da propriedade industrial e, para um melhor enquadramento do tema, sãoainda apresentadas estatísticas relativas ao número de patentes, bem como arespetiva regulamentação.- um capítulo dedicado às matérias ligadas à inovação, incluindo referências a políticase programas de promoção da inovação.

Finalmente, no Eixo Empreendedorismo, privilegiou-se a abordagem de duas áreasespecíficas que para o efeito concorrem de forma direta:- a regulamentação na área das pequenas e médias empresas;- a regulamentação na área do emprego.Ambas expressam a concretização das medidas e da legislação adotada na área doempreendedorismo, que se reporta às mais diversas facetas da atividade laboral,desde a forma de contratação dos empregados, aos procedimentos para a criação deempresas, às modalidades de formação, aos apoios estatais, à internacionalizaçãodas atividades, etc.Este eixo pretende, assim, constituir uma base de referência para as iniciativas que ospaíses em apreço e a União Europeia têm lançado na promoção doempreendedorismo, tanto na vertente das PME — a grande maioria do tecidoempresarial europeu -, como do lado do desenvolvimento do mercado de trabalho e dofomento do emprego.

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ASSEMB1E1A DA EPÚBUCA

Comissão de Economia e Obras Públicas

PARTE V- PROPOSTAS

Das audições efetuadas é possível compilar as seguintes propostas, formuladas

pelos representantes das diferentes entidades nas respetivas audições:

• Introdução de medidas favoráveis aos incentivos fiscais, nomeadamente a

revisão da taxa de IRC para investimento produtivo — APCRI / ANJE

• Desenvolvimento do sector do capital de risco e dos fundos de garantia mútua

— APCRI 1 ANJE 1 CITEVE / Tecparques

• Aposta na formação sobre a qualidade para todos quantos dirigem organismos

estatais bem como a associação direta a uma cultura de risco — APESP

• Desenvolvimento de uma relação direta entre investimento aplicado em

inovação e os seus outputs (por exemplo: a patente) — APESP

• Assunção por parte do estado do seu papel central na promoção e apoio das

melhores práticas na área da Qualidade - APQ

• Assunção por parte do Estado do seu pape) no sistema de acreditação,

metrologia e normalização — sistemas que devem respeitar os padrões

europeus e internacionais - APQ 1 IPQ

• Promoção da criação de microempresas de base tecnológica, questão crucial

no contexto atua) bem como a formação para empresários - CCISP

• Promoção de programas de apoio às pequenas e microempresas para aelaboração de candidaturas a fundos europeus — CENTIMFE

• Clarificação do papel das diferentes entidades estatais envolvidas quer no

apoio às empresas, quer relacionadas com as diferentes infraestruturas

tecnológicas — CENTIMFE 1 CITEVE 1 Tecparques / Adl

• Promoção da articulação de algumas associações empresariais com as

escolas (nomeadamente no ensino básico e secundário) — com enfoque no

reforço da componente experimental - COTEC

• Criação de legislação própria que promova o ensino e a formação para oempreendedorismo — IPQ 1 POPH 1 ANQUEP / Tecparques / Adl

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Comissão de Economia e Obras Públicas

PARTE VI - CONCLUSÕES

1. Tendo em conta o âmbito e os objetivos inicialmente traçados para os “TrabalhosPreparatórios para a Elaboração de uma Lei de Bases da Qualidade,Inovação, Competitividade e Empreendedorismo”, o Grupo de Trabalho, queagora encerra as suas atividades, congratula-se pela grande recetividade que estainiciativa teve junto das diferentes entidades consultadas e, sobretudo, pelosexcelentes contributos formulados quer nas audições realizadas presencialmente,quer nos documentos específicos elaborados com o mesmo propósito.

2. Ao reler os 3 primeiros objetivos traçados (identificados no ponto 1 deste relatório)fica claro que a discussão promovida pela Assembleia da República, através daComissão de Economia e Obras Públicas foi “construtiva’Ç abarcou as “múltiplasdimepsões da competitividade da economia e das empresas” e “evidenciou” aimportância que esta matéria tem para os deputados desta Comissão e para aAssembleia da República no seu todo. No que concerne à documentação“recolhida, compilada e divulgada” estamos certos que o trabalho realizado serviráde base a futuras iniciativas quer da Assembleia, quer da sociedade civil.

3. No que concerne ao 4° e 5° pontos dos objetivos a que este Grupo de Trabalho sepropôs, Estabelecer linhas orientadoras, perspetivas sistémicas e arquiteturasorgânicas adequadas para fazer permanentemente face aos desafios dacompetitividade e Construir plataformas de entendimento a médio e longo prazo,com consenso entre todas as forças partidárias com representação parlamentarabarcando diferentes órgãos de soberania, auscultando e envolvendo a sociedadeem todo o processo, estes foram sendo adaptados ao longo das audições emvirtude de tudo aquilo que foi sendo ouvido.

4. Na verdade, a perceção com que os membros do Grupo de Trabalho foramficando foi que seria muito mais interessante no curto, médio prazo, tomar umconjunto de iniciativas legislativas pontuais mas muito direcionadas ao invés detentar algo mais abrangente e de difícil consenso. Assim, as conclusões hoje aquiapresentadas são sobretudo alicerçadas no comprometimento de todas as forçaspolíticas em procurar trabalhar os aspetos identificados e sumariamenteapresentadas no ponto IV deste relatório sobre a epígrafe “Propostas”.

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ASSEMBLEIA DA EPÚBLIcA

Comissão de Economia e Obras Públicas

5. Todos os grupos parlamentares consideram relevantes a maioria das propostas

recolhidas e procurarão avaliar a pertinência das mesmas, apresentando, quando

se justifique, eventuais iniciativas legislativas.

Palácio de S. Bento, 16 de dezembro de 2013

O Deputado autor do Relatório

:Vbk’2(Luís Leite Ramos)