relatório diagnóstico celg

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE COMUNICAÇÃO E BIBLIOTECONOMIA ESPECIALIZAÇÃO EM ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO E MARKETING FONTES DE INFORMAÇÃO E AÇÕES ADMINISTRATIVAS Angélica de Pádua M. Gonçalves Eliérica Costa e Silva RELATÓRIO DIAGNÓSTICO: CELG D GOIÂNIA 2013

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

FACULDADE DE COMUNICAÇÃO E BIBLIOTECONOMIA ESPECIALIZAÇÃO EM ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO E MARKE TING

FONTES DE INFORMAÇÃO E AÇÕES ADMINISTRATIVAS Angélica de Pádua M. Gonçalves

Eliérica Costa e Silva

RELATÓRIO DIAGNÓSTICO: CELG D

GOIÂNIA 2013

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE COMUNICAÇÃO E BIBLIOTECONOMIA ESPECIALIZAÇÃO EM ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO E MARKE TING FONTES DE INFORMAÇÃO E AÇÕES ADMINISTRATIVAS PROFESSOR ARNALDO ALVES FERREIRA JÚNIOR NOME: Angélica de Pádua M. Gonçalves; Eliérica Costa e Silva

Relatório de Diagnóstico da Organização: Celg D

1 INTRODUÇÃO

A Celg Distribuição S.A. (Celg D) é a empresa responsável pela distribuição e

comercialização de energia elétrica em 237 municípios goianos, o que corresponde a

mais de 98,7% do território do Estado. Atualmente, atende a 2.048.251 unidades

consumidoras, o que representa 2,4% do consumo de energia elétrica no Brasil.

Subsidiária integral da Companhia Celg de Participações (Celgpar), instituída

para atender à Lei 10.848/04, a Celg D existe desde 1955, quando foi constituída a

Centrais Elétricas de Goiás S.A. (Celg).

Em 1999, a empresa ampliou sua área de atuação, começou a prestar outros

serviços, tais como diagnóstico energético, e passou à denominação de Companhia

Energética de Goiás.

Em 2004, a lei federal nº. 10.848, determinou a segregação das diferentes

atuações das concessionárias de energia elétrica no País. Assim, as empresas tiveram

que ser desverticalizadas para representar atividades distintas e a Celg passou a se

chamar Celg Distribuição S.A. (Celg D).

A Celg D veio inserindo um programa de gestão documental com o propósito

de tratar adequadamente seus documentos ao longo de sua existência através da

instituição de normas e da criação do Protocolo Geral, contudo isso só foi efetivamente

implantado em 2004 por meio do Centro de Documentação e Informação – CEDOC que

é, atualmente, a área responsável por coordenar o processo de Gestão da Informação e

Documentação Arquivística a partir da aplicação dos procedimentos de avaliação

informacional/documental e ações decorrentes.

Durante o período de fevereiro de 2003 a setembro de 2004 foi realizado o

levantamento da situação dos arquivos correntes das áreas (Superintendências,

Departamentos ou Setores) e dos arquivos intermediário e permanente da empresa.

Nesse inventário, observaram-se características sobre as funções e atividades de cada

área acumuladora de documentos, informações quantitativas e qualitativas sobre o

acervo, condições dos depósitos, condições de armazenamento (mobiliário utilizado,

estado de conservação) e de acondicionamento (embalagens e materiais para guarda

documental, adequação ao tipo de mobiliário).

A pesquisa identificou as tipologias documentais produzidas e acumuladas, os

métodos de arquivamento e sua adequação às normas arquivísticas e a existência e

utilização de instrumentos de busca.

A partir daí a estrutura organizacional atual foi projetada e está organizada de

forma a promover o melhor relacionamento dos níveis hierárquicos e a otimização do

fluxo de informações essenciais ao seu funcionamento (organograma abaixo) e o

CEDOC foi instituído com o intuito de gerir e instruir todo o entrelaçamento desse

processo até a sua devida culminação.

O CEDOC identifica, sistematiza a organização e recupera a

informação/documentação a partir dos processos de trabalho setoriais – arquivos

correntes, tanto atividades-fim quanto meio, independente do suporte (papel/eletrônico),

com aplicação de rotinas de ordenação, conservação, para sua preservação e utilização

futura. Além disso, elabora, atualiza e implementa o Plano de Classificação de

PPrreessiiddêênncciiaa PPRR

SSuuppeerr iinntteennddêênncciiaa ddee PPllaanneejjaammeennttoo ee GGeessttããoo PPRR -- SSPPPPGG

DDeeppaarrttaammeennttoo ddee DDeesseennvvoollvviimmeennttoo OOrrggaanniizzaacciioonnaall PPRR –– DDPPDDOO

CCeennttrroo ddee DDooccuummeennttaaççããoo ee IInnffoorrmmaaççããoo PPRR –– CCEEDDOOCC

Imagem 1 - Organograma

Documentos (PCD) e Tabela de Temporalidade de Documentos (TTD), que são

ferramentas essenciais à sustentabilidade do processo.

Além do CEDOC existe outro acervo no âmbito da Celg D, este, porém,

contendo somente arquivos de caráter histórico/cultural, localizado no Centro

Sóciocultural da Celg - CESC.

O Centro Sóciocultural e o CEDOC como gestores do processo são os tutores

responsáveis por políticas que visem garantir a manutenção do registro na

temporalidade legal requerida pela informação, porém cabe às áreas a gestão e

responsabilidade pelas informações pertinentes as suas atividades de trabalho e

respectivas atribuições, mapeadas ou não.

As diversas áreas respondem pela integralidade e integridade, bem como pelo

acesso e respectivo uso das informações pertinentes às atribuições e respectivos

registros, enquanto o documento se encontra em idade corrente e até sua devida

transferência para o CEDOC. Todas as ações referentes àquele conteúdo devem ser

tratadas de forma linear, total, formando um único dossiê. Posteriormente à

transferência/recolhimento pelo CEDOC a área gestora continua a responsável por

definir e permitir o acesso de outros à informação de sua competência.

O Departamento de Comunicação Social e Marketing – DPCK está inserido no

processo de tratamento de informações arquivísticas, tal qual as demais áreas e por isso

realiza os mesmos procedimentos e está sujeito as mesmas normas. Sua diferenciação se

dá em alguns tipos de informações que detém em seu poder, quanto ao sigilo e a forma

de repassá-los, mas também quanto à temporalidade, visto que muitas informações

pertinentes num dia se tornam obsoletas no dia seguinte, algo que é atípico as demais

áreas da empresa.

Após definidas as funções de cada parte envolvida no processo, utilizou-se

metodologia de levantamento situacional, segundo Campos et al. (1986) para a

elaboração deste diagnóstico, definidos da seguinte forma:

� pesquisa de fontes documentais: consulta à legislação interna e aos

diversos relatórios/manuais disponibilizados na página do CEDOC e do

Centro Sóciocultural no Portal (intranet), pesquisa em relatórios realizados

pelas áreas, além de pesquisa bibliográfica;

� visitas/entrevistas: questionário realizado por meio de entrevista com a

responsável pelo CEDOC e a responsável pelo Centro Sóciocultural e com

alguns gerentes de outros departamentos. A realização das visitas foi

previamente formalizada e agendada com antecedência e ocorreu entre os

dias 25 de fevereiro e 8 de março de 2013. Nessa fase, foi realizada a coleta

dos dados, com análise da composição dos arquivos correntes, das tipologias

documentais encontradas, das formas de acondicionamento dos documentos,

do volume documental, dos gêneros (textuais, iconográficos, filmográficos e

outros), além dos recursos humanos e tecnológicos disponíveis.

� análise dos dados: compilação dos dados coletados nas entrevistas e na

pesquisa documental. Com o auxílio desse instrumento, procedeu-se à análise

das informações e à elaboração de um texto descritivo e analítico da situação

atual dos arquivos correntes, intermediários e permanentes e dos possíveis

problemas existentes nas diversas áreas.

Os entrevistados foram receptivos e prestativos. Demonstraram interesse com

relação ao trabalho de pesquisa, colaborando e esclarecendo prontamente às dúvidas

sobre a área ou sobre o acervo.

2 RESULTADOS

2.1 – Áreas (Superintendência, Departamentos, Setores)

Os documentos correntes compõem os arquivos setoriais, geralmente

localizados nos locais de trabalho para rápida consulta e acondicionados em

pastas/armários/sistema adequados ao tipo do documento, comumente em pastas

suspensas, pastas AZ, caixas-arquivo, dispostos em armários de madeira e gaveteiros de

aço, além dos sistemas eletrônicos. Boa parte das áreas atribui a organização e o

gerenciamento do arquivo corrente a uma só pessoa.

Todos os colaboradores possuem computadores pessoais com os softwares

necessários disponíveis à medida que são solicitados e pelo menos 1 impressora está

presente em cada sala. Existe uma sala de fotocopiadora central equipada também com

aparelhos de fac-símile. Os móveis e materiais de escritório, tais como: pastas, caixas,

papéis, capas de processo e outros são providenciados pelo Departamento de

Suprimentos e Material, conforme necessidade.

A maioria das áreas como a Contábil, a Jurídica e o Departamento Pessoal

seguem à risca todas as etapas do processo, inclusive as que são operacionalizadas

internamente no que concerne a avaliação da informação; aplicação dos métodos de

arquivamento, ordenação, acondicionamento, higienização e armazenamento

adequados; cadastro dos documentos e arquivos no sistema eletrônico de gerenciamento

arquivístico e o devido descarte ou transferência para o CEDOC quando estes passam

da fase corrente para a intermediária ou permanente.

Percebe-se que algumas áreas, entretanto, que ainda tem pouco conhecimento

ou interesse em utilizar os métodos adequados de acondicionamento, classificação,

avaliação e destinação das informações/documentos de acordo com a norma de gestão

documental, apesar da publicação de Resoluções e Manuais, e dos treinamentos

disponíveis, e como consequência, não adotam os procedimentos ali arrolados para

organizar seus documentos. Prevalecem, então, métodos empíricos de arquivamento que

nem sempre proporcionam uma rápida recuperação e impedem a disseminação da

informação.

Cursos e treinamentos são ministrados aos responsáveis setoriais e todo o

material com instruções detalhadas, além de comunicados podem ser facilmente

encontrados na página do CEDOC no Portal. Nele também consta toda a Legislação que

norteia a política e os procedimentos que devem ser adotados no âmbito de informações

arquivísticas e ainda as Resoluções internas que normatizam todo o processo. Algumas

delas são:

RESOLUÇÕES CELG

• 009/03, de 10 de fevereiro de 2003 - Dispõe sobre procedimentos dos

arquivos de documentos da Companhia;

• 028/04, de 9 de junho de 2004 - Dispõe sobre responsabilidade do

CEDOC por definir e acompanhar a aplicação de procedimentos de guarda;

• 068/04, de 29 de outubro de 2004 - dispõe sobre a criação dos Setores de

Protocolo Geral e CEDOC.

• 048/09, de 17 de junho de 2009 – Normatiza formatação de processos e

outros documentos da CELG D.

Cabe às áreas a responsabilidade de solicitar ao CEDOC atendimento para

instrução quanto à organização e definição de procedimentos para os acervos setoriais

correntes e inativos. Porém, todas as áreas recebem também visitas periódicas, de

caráter fiscalizatória, dos colaboradores do CEDOC e nelas é feito um diagnóstico e os

responsáveis são instruídos sobre as mudanças que devem ser efetuadas.

Também é responsabilidade das áreas da Celg:

• disponibilizar o acesso à documentação ao pessoal do CEDOC;

• implantar a avaliação e triagem documental do acervo a partir dos

fluxogramas de trabalho;

• atender e responder a tempo as informações solicitadas quanto ao acervo;

• aplicar os princípios e orientações arquivísticas repassadas pelo CEDOC,

seja pelo Portal CEDOC e/ ou relatórios de visita;

• solicitar ao setor competente (suprimento) os materiais necessários para o

acondicionamento e armazenamento adequados aos acervos;

• manter rotinas de organização, conservação, controle e atualização dos

acervos setoriais visando à aplicação de posterior encaminhamento ao CEDOC ou

eliminação, conforme temporalidade e valor da informação.

O arquivamento no CEDOC representa a fase final da guarda, conservação e

tratamento técnico do processo, que tenha a cessação da sua tramitação respaldada pelo

recebimento da decisão final para a qual foi formado. Contudo, não significa que as

áreas não terão mais responsabilidades sobre estes arquivos, pois elas permanecem

gerindo o acesso à informação que lhes compete.

2.2 – Departamento de Comunicação Social e Marketing - DPCK

O DPCK atua como as demais áreas no que diz respeito ao tratamento de

informação arquivística. É regido pelas mesmas normas e possui arquivos físicos e

eletrônicos comuns como: Correspondência Interna, Solicitações de Serviço ou

Transporte, Processos de Contratação ou Pagamento, Relatórios, entre outros. Porém

uma das tarefas do profissional desta área é controlar o fluxo de informação veiculado

sobre a empresa e isso gera um volume grande de revistas, jornais, clippings, releases,

press kits, fotos, arquivos estes inerentes às funções do DPCK e que não são

encontrados nas outras áreas.

Sua distinção se faz também na temporalidade destes arquivos, pois embora

gerem uma massa documental corrente grande, muitos não chegam a passar para a fase

de arquivos intermediário ou sequer permanente, quando isso acontece muitos não tem

o peso de uma informação para a administração, mas sim informação histórica e por

isso são encaminhados ao Centro Sóciocultural.

Justamente por essa peculiaridade o DPCK possui, além de 3 armários de

madeira internos, uma sala anexa (não encontrada em outras áreas) com prateleiras de

madeira e 2 gaveteiros de aço destinados ao armazenamento de arquivos correntes.

O acondicionamento é feito em pastas suspensas, pastas AZ, e caixas-arquivo

e um percentual considerável de arquivos encontra-se eletronicamente. Como nos

demais departamentos apenas uma pessoa é a responsável pelo gerenciamento dos

documentos e arquivos internamente e tem à sua disposição: computador, scanner,

impressora, fotocopiadora, softwares (photoshop, corel draw, Sistema de

Gerenciamento de Arquivos, outros).

Ao final de cada exercício (ano) e após a avaliação documental o DPCK efetua

os descartes obedecendo às normas e preenchendo a Lista de Eliminação de

Documentos (Imagem 2) e encaminha via Correspondência Interna às fotos, vídeos e

demais arquivos de caráter histórico. Porém os arquivos que não se encaixam numa

dessas categorias vem se acumulando há alguns anos “beneficiando-se” justamente do

espaço sobressalente que a sala anexa propícia, sala esta disponibilizada com o intuito

de colaborar com a organização.

Nos pontos apresentados pelo Indicador: Ações na Assessoria de

Comunicação e MKT o DPCK cumpre com nível ideal, pois realmente existe a busca e

uso de informações; o desenvolvimento de ações estratégicas e operacionais baseadas

em fontes de informações e a produção e armazenamento de informação, principalmente

através do Portal – instrumento exemplar, que armazena e divulga informações da área

de comunicação e demais áreas de forma eficaz.

Entretanto diagnosticou-se o ponto crítico a ser analisado na fase em que essas

informações deveriam migrar do DPCK para o CEDOC.

2.3 – Centro Sóciocultural

O Centro Sóciocultural tem como principais atribuições, a organização e

guarda da documentação de caráter histórico, referente à História da Energia Elétrica

em Goiás e da Celg, bem como a identificação e preservação de seu acervo fotográfico,

de equipamentos e de obras de arte dando suporte ao Departamento de Comunicação

Social e Marketing, além de recepcionar, acompanhar e dá condições de trabalho aos

pesquisadores, em suas buscas referentes à História da Energia Elétrica em Goiás.

Imagem 2

O Centro Sóciocultural está estabelecido no prédio que até junho de 2000

funcionava a “Sala de Controle” da Subestação Goiânia Leste, porém em fevereiro de

1999 um forte curto-circuito danificou seriamente os cubículos internos do prédio.

Com a desativação do prédio, foi consenso das equipes de manutenção e operação, a

conservação dos equipamentos desativados mantendo-se ao máximo a originalidade dos

mesmos. Hoje o prédio guarda a trajetória histórica da Celg e oferece um ambiente

adequado e propício em estrutura e tamanho para a existência dos Acervos

Histórico/Cultural.

Slides, fitas de rolo, fitas K-7, 73 CDs, 87 DVDs, 150 fitas VHS, diversos

livros escritos com a sua colaboração, revistas especializadas, jornais internos, mais de

12 mil fotos e 270 caixas-arquivo de documentos, Depoimentos, Plantas, Projetos e

Relatórios referentes à construção e desenvolvimento e que retratam a história da Celg

durante seus 57 anos podem ser encontrados na sala do Acervo Documental/Áudio

Visual, estruturada com armários de madeira e de aço e climatizada para receber tais

tipos de informações arquivísticas.

No Acervo também se encontra algumas obras de arte (telas, esculturas, etc),

que ali ficam em caráter temporário, até a sua exposição num departamento ou hall da

empresa, contudo todas as obras alocadas nas diversas áreas são de responsabilidade e

gestão do Centro.

Existe também a sala de Acervo Técnico com um acervo de equipamentos

“históricos” para a empresa, tais como: o primeiro telefone, o primeiro computador

(aliás um dos primeiros do Estado), todos os modelos de relógios de registro (do

primeiro ao último), transformadores, disjuntores e outros. Estes equipamentos estão

distribuídos por todo o prédio (equipamentos desativados que já compunham o prédio) e

numa sala específica (equipamentos menores) em prateleiras de aço.

O Centro Sóciocultural através dos meios de comunicação interna (intranet,

correio eletrônico) conscientiza os demais departamentos sobre o envio de

documentos/fotos/equipamentos de caráter histórico para o Centro e também realiza

buscas pela empresa no intuito de identificar aqueles que possuem esse caráter, mas

ainda não foram transferidos para o Centro. Recebe também a colaboração do CEDOC,

que por sua vez, ao receber alguma informação arquivística histórica reencaminha para

o Centro Sóciocultural.

Atualmente 3 (três) colaboradores atuam no Centro Sóciocultural efetivamente

e quando há um aumento de demanda extraordinário ou a necessidade de algum serviço

especializado (restauração, microfilmagem) estes são terceirizados.

Os recursos tecnológicos disponíveis são:

• Hardware: 5 computadores, 1 scanner, 1 máquina copiadora, 1

notebook, 1 fac-símile, ar condicionado split com controle de temperatura;

• Software: Correio eletrônico, Adobe Acrobat – PDF, Excel 2010, Corel

Draw, Photoshop, Scand All (Scanner), VRS (Scanner), ISOSYSTEM -

Sistema de Gestão Documental, UNNO PROT – Sistema de Protocolo Web,

além da página do Centro Sóciocultural no Portal (intranet).

A transferência de acervo documental ou áudio/visual se dá através de

Correspondência Interna – CI, e a transferência de acervo técnico e de obras de arte

acontece por meio do formulário de Nota de Transferência de Bem Patrimonial –

NTBP. Ao chegar ao Centro Sóciocultural é realizado o devido registro com a

identificação histórica, o tratamento (se necessário) e a posterior destinação (acervo

correto). Os documentos e fotos são digitalizados e inseridos no ISOSYSTEM –

Sistema de Gestão Documental e/ou relacionados em planilhas de Excel. As obras de

arte e equipamentos são fotografados, catalogados (com dados como medidas e

informações) e as novas aquisições (obras de arte) recebem placas de bem patrimonial.

2.4 – Centro de Documentação e Informação – CEDOC

O CEDOC que possui a certificação ISO 9001 de Gestão de Qualidade desde

2008 e tem como responsabilidades:

• sistematizar e racionalizar procedimentos de organização arquivística

setorial;

• dar suporte à organização dos acervos setoriais;

• compor junto com a CCAD e aplicar o Plano de Classificação de

Documentos (PCD) com base no do Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ,

ANEEL e outros;

• levantar informações, subsídios e elaborar juntamente com a CCAD

proposta de Tabela de Temporalidade de Documentos (TTD) da CELG, submetendo-a a

aprovação da Diretoria e posteriormente ao CONARQ;

• propor as modificações cabíveis para a Tabela de Temporalidade,

providenciando sua atualização sempre que necessário;

• definir em conjunto com a CCAD, STAD/SCAD os instrumentos de

destinação de documentos e cuidar de suas aplicações;

• solicitar quando necessário que a CCAD/STAD/SCAD intervenham ou

sejam mediadores em questões que envolvam aplicativos e conteúdos arquivísticos

legais, referentes à gestão documental;

• definir e aplicar procedimentos de atendimento do CEDOC, tanto para

arquivamento quanto para consulta e recuperação de informações;

• coordenar as ações de transferência física e eletrônica dos acervos

setoriais para o CEDOC;

• orientar quanto ao uso de equipamentos de proteção individual (EPI’s) e

disponibilizá-los quando for o caso;

• definir e cadastrar junto à Superintendência de Logística e Suprimento –

DA -SPLS materiais de uso na organização do acervo documental, como pastas, tipos

de grampo etc. que visem a integridade e conservação dos documentos;

• ser responsável pela tutela de documentos de temporalidade

intermediária, bem como pelos termos e relações de descarte destes, tanto junto à CELG

quanto aos órgãos oficiais;

• estabelecer tratativas de conservação e procedimentos de guarda da

documentação permanente, visando sua preservação e integridade;

• acompanhar junto às áreas, em parceria com a Superintendência de

Informática, a aplicação e uso de sistemas de gerenciamento eletrônico de documentos

arquivísticos (SIGAD);

• atuar para que os princípios de arquivologia sejam devidamente aplicados

e cumpridos.

• ser agente participativo na definição, manutenção e atualização de

procedimentos que resguardem e preservem a informação arquivística, em qualquer

suporte, seja na escolha de instrumentos de destinação, seja em aplicativos de mudança

de mídias etc.

• Orientar e acompanhar a organização dos acervos correntes/ setoriais sob

a metodologia dos princípios acadêmicos arquivísticos;

• Estabelecer rotina de procedimentos de avaliação e triagem das

informações e registros dos processos de trabalho, sob o foco de que o documento em

qualquer suporte é uma representação legal da informação arquivística;

• Sistematizar e padronizar procedimentos de acondicionamento/

arquivamento, a partir do assunto/ conteúdo informacional, aplicando o melhor método

de arquivo, tendo como base o sequencial alfa-numérico;

• Guarda, conservação/ preservação de informações em documentos, em

qualquer forma (papel, eletrônico etc.), e em qualquer área da Empresa,

• Tratar preventivamente a informação em sua forma integral para garantir

à Empresa acessibilidade quando necessário se fizer, conforme temporalidade legal;

• Identificar, reunir, ordenar e arquivar, nos diferentes suportes, todo o

acervo de documentos intermediários e permanentes da Companhia, aplicando

instrumentos de destinação;

• Disciplinar a transferência/ recolhimento dos documentos dos arquivos

setoriais para o CEDOC;

• Difundir e implantar a Gestão da Informação e Documentação

Arquivística como processo interdisciplinar à Gestão documental e Gestão Arquivística,

como também sua ação estratégica;

• Subsidiar a área de informática quanto à arquivística na formalização e

disciplina do documento eletrônico.

Se a lista de atribuições impressiona pela quantidade, o mesmo impacto é

sentido em todos os dados que se referem ao CEDOC, às vezes pela ínfima quantidade

de recursos (humanos), outras, pelo volume extraordinário (arquivos).

O Centro de Documentação e Informação localiza-se ao lado do prédio da

Diretoria, numa área preparada especificamente para recebê-lo. Um imenso espaço

dividido entre: sala da administração, sala de recebimento e triagem de arquivos,

Mapoteca – Sala de armazenamento de projetos, mapas e plantas e Acervo.

Os documentos encontram-se arquivados na sala do Acervo que é à prova de

sinistros e possui Sistema climus eletrônico que o CEDOC utiliza para fazer o

monitoramento de sua temperatura e umidade.

Atualmente 25.000.000 (25 milhões) de informações arquivísticas distribuídas

em cerca de 9.000 (nove mil) caixas-arquivos somados aos documentos constantes no

ISOSYSTEM estão sob a tutela do CEDOC. Os arquivos estão dispostos em cerca de 40

estantes de aço, acondicionados, em sua maioria, em caixas-arquivos, além de possuir

12 arquivos deslizantes (estantes movidas por manivela) para a guarda de arquivos

permanentes.

Entre os arquivos que compõe o Acervo, têm-se: Processos, Resoluções,

Portarias, Correspondências, Ordens de Serviço, Organogramas, Manuais, Contratos,

Extratos, Faturas, Apostilas, Atas, Dossiês, Despachos, Acordos, Formulários,

Relatórios, Notas Fiscais, Pesquisas, Laudos, Certificados, Listas, Boletins, Normas e

Leis, Folha de Pagamento, Planilhas, Despachos, Decretos, Orçamentos, Comunicados,

Requerimentos/Solicitações, Lista de Bens Patrimoniais, Respostas dadas e recebidas,

Notificações, Ofícios e esse é apenas um rol exemplificativo dos arquivos ali existentes.

Atualmente 9 colaboradores e 1 gestora compõe o quadro de pessoal do

CEDOC e realizam suas funções utilizando-se dos recursos disponíveis, como:

• Computadores;

• Scanners,

• Ploter, que podem varia de tamanho A0 ao A3;

• Leitora/copiadora de MF;

• Scanner de MF;

• Máquina copiadora;

• Gravador CD/ DVD;

• Fac-símile;

• Equipamento de microfilmagem (embora hoje seja terceirizado);

• Equipamentos de proteção individual (EPI’s).

Bem como dos softwares:

• SGT - Sistema de Gestão Técnica (recuperação de projetos técnicos);

• Excel – Planilha utilizada para recuperação da indexação de microfilme;

• Scand All (Scanner);

• VRS (Scanner);

• Adobe Acrobat (PDF);

• Correio Eletrônico;

• Autocad;

• Portal;

• ISOSYSTEM – Sistema de Gerenciamento de Documentos (Imagem 3)

que se apresenta como um forte aliado no gerenciamento de documentos e

integra as tecnologias de indexação e recuperação, visualização de conteúdo,

etc, em uma única aplicação web. Além disso:

• proporciona um acesso simples e imediato aos documentos pelos

departamentos da empresa;

• garante um alto nível de padronização e organização do acervo de

documentos, conforme as regras de operação definidas pelo CEDOC

(nomenclatura, segurança, tipos de acesso, temporalidade documental),

e proporciona um mecanismo para identificação, recuperação e controle

de documentos;

• automatiza a criação e revisão dos documentos ao longo de todas as

suas etapas (edição, consenso, aprovação e homologação) com

integração direta aos seus aplicativos de origem tais como editores de

texto e planilhas, ferramentas CAD, etc. Além disto, todas as ações

realizadas sobre os documentos em todo o seu ciclo de vida são 100%

monitoradas;

• Possibilita a tramitação de documentos entre as áreas;

• Armazena um grande volume de informações;

• Permite trabalhar informações eletrônicas em grupo. Exemplo:

projeto.

Os documentos que norteiam o trabalho realizado no CEDOC encontram-se

em Decretos e Leis Federais e Estaduais, em Resoluções do CONARQ – Conselho

Nacional de Arquivos, em Resoluções internas e tem como referência:

• NBR ISO 9001:2008: Sistemas de Gestão da Qualidade – Requisitos;

• CELGD.MQ.001: Manual da Qualidade da CELG D;

• CELGD.PS.001: Controle de Documentos;

• CELGD.PS.002: Controle de Registros da Qualidade;

• CELGD.PS.004: Tratamento de Não Conformidade e Ação Corretiva;

• CELGD.PS.005: Ação Preventiva e Oportunidade de Melhoria;

• CEDOC.PO.002: Procedimentos de Recuperação da Informação

• CEDOC.PO.003: Cartilha de Procedimentos Internos CEDOC

Imagem 3

Disponibilizados e controlados no ISOSYSTEM estão os modelos de

formulários dos serviços do CEDOC, como:

• F001 - Relatório de Visita;

• CEDOC-F002 -Solicitação de Transferência de Documentação de

Acervo Setorial para o CEDOC;

• CEDOC-F003 - Termo de Transferência/Recolhimento;

• CEDOC-F004 - Lista de Eliminação de Documentos;

• CEDOC-F005 - Termo e Relação de Descarte;

• CEDOC-F006 - Solicitação de Serviços – CEDOC;

• CEDOC-F011 – Levantamento de Tipologias Documentais (setorial).

O diagnóstico no CEDOC permitiu-se conhecer a situação da Celg em relação

aos aspectos relacionados à gestão da informação arquivística e verificar que ela

encontra-se no nível ideal de todos os indicadores exigidos na análise, como segue:

Grupo 1 – Gestão da Informação – GI

Indicador : Planejamento de Gestão da Informação

Indicador : Implementação das Ações Planejadas

Indicador : Monitoramento e Controle

Grupo 2 – Fontes de Informação

Indicador : Gestão Documental

Indicador : Gestão de Rede de Conhecimento (Pessoas)

Indicador: Gestão de Dados Eletrônicos

Grupo 3 – Gestão do Sistema de Informação

Indicador: Sistema de Informação

Indicador: Métodos, Técnicas & Padrões

Indicador: Infraestrutura de Tecnologia da Informação

Grupo 4 – Ações Administrativas

Indicador: Ações Estratégicas

Indicador: Ações Gerenciais

Indicador: Ações na Assessoria de Comunicação & MKT

3 RECOMENDAÇÕES

Embora o sistema de tratamento de informações na Celg esteja conforme os

mais altos padrões normatizados e idealizados, como corrobora sua certificação de ISO

9001 defendida desde 2008, diversas áreas ainda tem a cultura de ver o processo de

gestão da documentação como uma burocracia desestimulante, o que relega as

informações arquivísticas aos acervos setoriais por anos, atrasando seu adequado

tratamento e armazenamento e impedindo a disseminação da informação.

Neste contexto, encontra-se também o Departamento de Comunicação Social

e Marketing, que embora esteja no nível ideal nos quesitos elencados no seu indicador

precisa se adequar suas informações arquivísticas quando elas se tornam temporárias ou

permanentes.

Recomenda-se, então, que o Departamento de Comunicação Social e

Marketing, em seu papel de comunicador, seja um aliado da empresa na implantação de

uma cultura mais receptiva e participativa aos procedimentos de gestão documental e,

ainda, que os treinamentos que hoje só acontecem a pedido tornem-se obrigatórios.

Conclui-se sugerindo um aumento no quadro de pessoal do CEDOC, pois em

virtude das proporções físicas e estruturais da empresa e do volume de informações

arquivísticas, se faz necessário no intuito de acelerar o processo de recebimento de

arquivos e fiscalizar numa periodicidade menor as diversas áreas.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Observa-se que a necessidade do acesso cada vez mais rápido à informação, o

vertiginoso crescimento da produção documental e a mudança do perfil do pesquisador

(cada vez mais consciente de que as tomadas de decisão dependem das informações que

tem em mão), são características que atestam a complexidade do trabalho arquivístico.

O arquivo, nessa perspectiva, situa-se num contexto administrativo e

organizacional em que a informação deve ser considerada, organizada e tratada tal qual

os demais recursos da organização, assumindo assim, o papel de unidade de informação.

Esse desafio, no entanto, requer dos profissionais de arquivos, ações eficientes

e eficazes para a elaboração de políticas de gestão de informação. Contudo ao longo dos

anos, diversos diagnósticos produzidos pelos arquivos públicos vêm denunciando a

progressiva corrosão da situação arquivística, desde os acervos acumulados aos

documentos em fase de produção, passando pela precariedade organizacional,

tecnológica e humana relacionada a este quadro.

Ao realizar esse diagnóstico percebeu-se que a Celg D conquistou a superação

do quadro habitual, e, mesmo com as limitações de tempo e conhecimentos teóricos

para a aplicação do modelo de diagnóstico adotado, observou-se nitidamente que a Celg

D encontra-se no nível ideal em todos os indicadores exigidos na análise.

5 REFERÊNCIAS CONSULTADAS

CAMPOS, Ana Maria Varela Cascardo et al. “Metodologia para diagnóstico de

arquivos correntes em organismos da Administração Pública Federal”. Arq.&

Adm., Rio de Janeiro, v.10/14, n.2, p.14-23, 1986.

CEDOC. PO 003-00 - Cartilha de Procedimentos Internos – CEDOC. 2012.

CEDOC. PO 001-08 - Legislação Arquivística. 2012.

CELG. Manual das Atribuições – CELG D. 2000.

PORTAL CELG. Centro de Documentação e Informação - CEDOC. Disponível

em:< http://portal/PR/SPPG/DPDO/CEDOC/default.aspx >. Data de acesso: 25/02 a

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http://celgd.celg.com.br/