relatório - desenho e projeto
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Trabalho apresentado à Universidade Federal do ABC como parte dos requisitos para a aprovação na disciplina Fundamentos de Desenho e Projeto do curso de Bacharelado em Ciência e Tecnologia.Contato: [email protected]TRANSCRIPT
Universidade Federal do ABC
Bacharelado em Ciência e Tecnologia
DANIEL MACEDO COSTA FAGUNDES
MAURÍCIO BATISTA MOTTA
RODRIGO THIAGO PASSOS SILVA
FUNDAMENTOS DE DESENHO E PROJETO
CAIXA DE FERRAMENTAS
Projeto final
Santo André - SP
2011
DANIEL FAGUNDES
MAURÍCIO BATISTA MOTTA
RODRIGO THIAGO PASSOS SILVA
CAIXA DE FERRAMENTAS
Trabalho apresentado à Universidade Federal
do ABC como parte dos requisitos para a
aprovação na disciplina Fundamentos de
Desenho e Projeto do curso de Bacharelado
em Ciência e Tecnologia.
Docente: Prof. Dr. Humberto de Paiva Junior
Santo André – SP
2011
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 4
2 OBJETIVOS ................................................................................................................................... 5
3 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................................ 5
4 OBJETOS DESENHADOS ............................................................................................................ 5
5 DESENVOLVIMENTO ................................................................................................................. 6
5.1 Peças ........................................................................................................................................ 7
5.2 Montagens intermediárias ..................................................................................................... 12
5.3 Montagem final ..................................................................................................................... 16
5.4 Estatísticas do projeto............................................................................................................ 17
6 CONCLUSÃO .............................................................................................................................. 17
7 REFERÊNCIAS ............................................................................................................................ 18
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1 INTRODUÇÃO
A evolução das ferramentas é uma evidencia da evolução do homem. Em 1959 foram
encontrados na África ferramentas de um milhão e setecentos mil anos atrás: martelos e
choppers (instrumentos de corte).
As ferramentas no período paleolítico eram feitas de sílex (fig. 1.1), um tipo de pedra
retirada dos grandes bancos rochosos, por meio de picaretas feitas com chifre de veado. As
primeiras ferramentas tinham dimensões que variavam de 40 cm a 1 m, com o tempo foram
sendo reduzidas até a criação de lâminas de poucos centímetros. [1,2]
Figura 1.2 – Ferramentas do período paleolítico
Fonte: http://www.semar.com.br/historiaferramentas.htm, 2011[1]
No período neolítico ocorrem as maiores evoluções, entretanto, o fato mais importante
ocorre há mil e duzentos anos atrás, com o domínio da técnica de fusão e tratamento do ferro
– era criada a indústria metalúrgica. Tal fato possibilitou o desenvolvimento de melhores e
mais resistentes ferramentas.
Antes do século XVIII havia somente os motores humanos e animais. O advento da
máquina à vapor possibilitou o movimento conjunto de martelos, furadores et coetera
simultaneamente.
Após a Segunda Guerra Mundial, com o desenvolvimento da computação, houve
unificação máquina-ferramenta, sendo que a primeira “ordena” e coordena e a segunda
executa. Atualmente, as máquinas trabalham independentemente do homem e - algumas,
fazem delicados trabalhos (como na área de biotecnologia) – então, este não é mais necessário
para operá-la. Em virtude disso, os projetos de máquinas atuais requerem grande
detalhamento. [1,2]
Neste contexto, surge o desenho técnico. Este, de forma a evitar ambiguidades em
interpretações e, assim, comprometer a qualidade de projetos, deve seguir padrões indicados
em normas técnicas, como as da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. [3]
5
Entretanto, o desenho em papel não é suficiente para as necessidades científicas e
industriais atuais, por não oferecer flexibilidade para modificações nem considerável precisão.
É, então, necessária a utilização de sistemas CAD (computer-aided design) que facilitam os
projetos e desenhos técnicos, pois permitem mais facilmente pequenas modificações nos
desenhos, como dimensões, escalas, rotações etc., além de maior detalhamento. [3,4]
O software CAD utilizado no desenvolvimento deste projeto foi o SolidWorks 2008,
desenvolvido pela Dassault Systèmes S.A.. [5]
2 OBJETIVOS
O objetivo geral do desenvolvimento deste projeto é a aprendizagem de conceitos de
representação de objetos via desenho técnico e aprendizagem de uso do software SolidWorks
2008.
É objetivo específico: representar com fidelidade, utilizando sistema CAD, uma caixa
de ferramentas que contenha as peças discriminadas na seção 4.
3 JUSTIFICATIVA
A escolha da caixa de ferramentas para ser o objeto a ser representado justifica-se pela
grande variedade de peças que a mesma possui, possibilitando o desenvolvimento de um
projeto com várias peças que tenham ligação entre si – são todas do mesmo conjunto.
Justifica-se também pelo fato de haver peças com grande detalhamento difíceis de
serem representadas e peças com pouco e médio detalhamento, mais simples de serem
representadas. A facilidade em obter as dimensões na maioria das peças e de transportá-las,
por serem de tamanho médio (nenhuma peça possui mais de um metro) também contribuiu
para a escolha.
4 OBJETOS DESENHADOS
A relação de objetos desenhados está na tabela 1. A caixa de ferramentas tomada como
base (nem todas as peças foram desenhadas) é a exibida na fig. 4.1.
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Tabela 1 – Relação de objetos desenhados
Alicate Universal Caixa 1 Alicate Bico longo
Chave suporte para bits Cabeça Martelo Cabo Alicate Bico longo
Chave Bomba d'água Cabo Martelo Chave Catraca
Chave de precisão 1 Bit fenda 6mm Chaves Allen
Chave de precisão 2 Bit philips 0# Suporte p/ Allen
Chave philips longa Bit Pozidriv 1# Cabo Chave de Fenda longa
Chave philips curta Bit Estrela T25 Chave de Fenda longa
Prolongador Suportes Bits Chave de Fenda curta
Soquete 6mm Bit Hexagonal 6 Cabo Chave de Fenda curta
Soquete 4mm Soquete 13mm Caixa 2
Figura 4.1 – Caixa de ferramentas utilizada como base para o projeto
5 DESENVOLVIMENTO
O projeto consiste de peças desenhadas de forma “maciça”, de peças que foram
desenhadas como montagem de dois ou mais elementos e da montagem final, que
corresponde à caixa com todas as ferramentas.
Inicialmente, utilizando paquímetro e régua graduada, os objetos a serem
representados foram medidos. Posteriormente foram desenhados utilizando o SolidWorks, da
forma descrita, sinteticamente, nas subseções que se seguem.
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5.1 Peças
Figura 5.1 – Da esquerda para a direita bits: estrela T25, fenda 6 mm, hexagonal 6 mm, philips 0# e posidriv 1#
As peças representadas na fig. 5.1 foram construídas através da extrusão de um
hexágono Os detalhes dos bits posidriv e philips foram resultado de padrões circulares e
cortes por revolução. Lofts foram utilizados para construir as bases arredondas.
Figura 5.2 – Chaves Allen de 10 mm, 8 mm, 6 mm e 5 mm (da esquerda para a direita)
As peças representas na fig. 5.2 foram construídas através da criação de planos
paralelos e ortogonais ao plano superior e uso da ferramenta “Ressalto/Base por loft”.
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Figura 5.3 – Cabos das chaves de fenda e Philips: grande, de precisão e pequena
Os cabos são resultados de estruturas mistas, com partes circulares e partes de níveis
quadrados e circulares nos vértices. Na parte circular, foi utilizado o recurso “Ressalto/base
revolucionado” baseado num esboço criado essencialmente por “Splines”. Na parte de níveis
quadrados foi utilizado o recurso “Ressalto/base por loft” onde foi possível unir os níveis
estruturalmente, sendo fiel ao perfil do cabo. O detalhamento final se deu através de extrusões
na superfície com a opção “Offset de superfície”, cortes revolucionados, padrões circulares,
chamada de aparência e o arremate com o “Domo” na parte superior do cabo.
Figura 5.4 – Hastes das chaves de fenda e philips, grandes, pequenas e de precisão
Os objetos representados na fig. 5.4 foram construídos utilizando “ressalto/base
extrudado”, “ressalto/base por loft”, padrão circular e cortes por revolução (especialmente nas
“cabeças” das chaves philips). As chaves de fenda e philips são de tamanhos semelhantes, a
diferença considerável no comprimento, evidenciado pela fig. 5.4, é devida à escolha
arbitrária do tamanho que seria encaixado dentro dos cabos das chaves.
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Figura 5.5 – Soquetes de 13 mm, 4 mm e 6 mm
Os objetos representados na fig. 5.5 utilizaram em suas construções, essencialmente,
extrusões, loft de corte e corte por revolução, além de filetes para o acabamento.
Figura 5.6 – Cabo da chave catraca, prolongador e “cabeça” da chave catraca
O cabo da chave catraca foi obtido por meio de diversos lofts entre elipses de planos
paralelos. O prolongador foi obtido através de cortes por revolução, cortes por loft e
extrusões, além da montagem com uma pequena esfera. A “cabeça” da chave catraca foi
desenhada utilizando lofts, extrusões e cortes extrudados.
Figura 5.7 – Suporte para as chaves allen
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O suporte para chaves allen (fig. 5.7) foi desenhado com a utilização de uma extrusão (de
um paralelepípedo base) e diversos cortes extrudados para a obtenção da forma final. Foram
feitos filetes no acabamento.
Figura 5.8 – Cabo e cabeça do martelo
Ambos os objetos representados na fig. 5.8 foram construídos essencialmente
utilizando-se extrusões por lofts e cortes extrudados.
Figura 5.9 – Suporte para bits
O suporte para bits (fig. 5.9) foi construído mediante a extrusão de um retângulo e cortes
extrudados de elementos circulares.
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Figura 5.10 – Da esquerda para a direita: cabo do alicate de bico, cabo do alicate universal, partes direita e
esquerda do alicate de bico, partes direita e esquerda do alicate universal e pinos dos alicates universal e de bico.
Os cabos dos alicates foram obtidos através de cortes por varredura, cortes por
revolução e cortes extrudados de uma extrusão inicial. Os detalhes arredondados foram
obtidos com filetes. As partes superiores dos alicates, tanto o de corte quanto o universal,
foram obtidos através de extrusões, cortes extrudados e padrões circulares. Os detalhes foram
obtidos com o uso de filetes e da ferramenta “inclinação”.
Figura 5.11 – Partes que compõem a chave bomba d’água
O cabo da chave bomba d’água foi feita de forma análoga ao cabo dos alicates. As
partes superiores da chave consistem basicamente de extrusões, cortes extrudados e alguns
lofts. Foi utilizando também padrão circular e padrão linear para facilitar. O pino de encaixe é
resultado de uma simples extrusão.
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Figura 5.12 – Partes superior e inferior da caixa de ferramentas
A caixa foi construída por meio de uma extrusão inicial. Os detalhes da superfície
foram feitos com novas extrusões e filetes. O encaixe das peças foi realizado por meio de
corte extrudado, utilizando-se o contorno das peças já desenhadas.
5.2 Montagens intermediárias
Nas figuras que se seguem serão apresentadas as visualizações das montagens
intermediárias realizadas.
Figura 5.13 – Chaves allen no suporte
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Figura 5.14 – Montagem do martelo
Figura 5.15 – Chave catraca, chave philips grande, chave de fenda grande, chave suporte para bits, chave de
fenda pequena e chave philips pequena
Figura 5.16 – Chaves de precisão
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Figura 5.17 – Alicates de bico e de corte
Figura 5.18 – Bits no suporte
Figura 5.19 – Chave bomba d´’água
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Figura 5.20 - Monatagem da parte inferior da caixa
Figura 5.21 – Montagem da parte inferior da caixa
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5.3 Montagem final
Figura 5.22 – Montagem das partes inferior e superior da caixa – Caixa de ferramentas completa
Figura 5.23 – Caixa fechada
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5.4 Estatísticas do projeto
A fig. 5.24 mostra as estatísticas do projeto geradas pelo AssemblyXpert.
Figura 5.24 – Estatísticas do projeto
6 CONCLUSÃO
O desenvolvimento deste projeto possibilitou aos alunos envolvidos a solidificação de
conceitos em representação por desenho técnico e a aprendizagem da utilização básica de
softwares do tipo CAD, especificamente do SolidWorks 2008.
Pôde-se observar que, ao contrário de uma perspectiva inicial, o desenho assistido por
computador não é trivial e requer bastante treinamento para que seja dominado. Observou-se
também que a representação fidedigna de um objeto depende basicamente de dois elementos:
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da habilidade do operador do software e da precisão na mensuração das medidas dos objetos,
nem sempre tão simples, devido à medidas muito pequenas ou à curvas de difícil
representação.
Concluiu-se, por fim, que o software possui ampla aplicabilidade e versatilidade, sendo
útil para a modelagem 3D de qualquer objeto, pois possui os recursos necessários para tal.
7 REFERÊNCIAS
[1] SEMAR. História das ferramentas. Disponível em: <http://www.semar.com.br/
historiaferramentas.htm>. Acesso em: 7 ago. 2011.
[2] GEDORE. História das ferramentas. Disponível em: <http://www.gedore.com.br/historia-
ferramenta.php>. Acesso em: 7 ago. 2011.
[3] RIASCOS, L. A. M. et al. Fundamentos de Desenho e Projeto. 2 ed. rev. São Paulo:
Plêiade, 2011. 1 p.
[4] WIKIPÉDIA. Desenho assistido por computador. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/
wiki/CAD>. Acesso em: 7 ago. 2011.
[5] WIKIPÉDIA. Dassault Systèmes. Disponível em: <http://en.wikipedia.org/wiki/
Dassault_Syst%C3%A8mes>. Acesso em: 7 ago. 2011.