relatório de sustentabilidade 2012

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Relatório de Sustentabilidade do Grupo Brisa relativo ao ano 2012

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Page 1: Relatório de Sustentabilidade 2012
Page 2: Relatório de Sustentabilidade 2012

ÍNDICE I - APRESENTAÇÃO 3

Perfil do Relatório 4

A Brisa em 2012 6

Resumo de Indicadores 7

Mensagem do Presidente 8

Visão e Estratégia 10

Diálogo com as Partes Interessadas 14

O Grupo Brisa 20

Governo da Sociedade 26

II - VECTORES DA SUSTENTABILIDADE 39

Desempenho Económico 40

Mobilidade Sustentável 47

Ambiente 54

Recursos Humanos 63

Desenvolvimento Social 69

III - INDICADORES GRI 70

Indicadores GRI 71

IV - VALIDAÇÃO 124

Page 3: Relatório de Sustentabilidade 2012

I - APRESENTAÇÃO

Page 4: Relatório de Sustentabilidade 2012

I - APRESENTAÇÃO

4 Relatório de Sustentabilidade 2012

Perfil do Relatório

A PRODUÇÃO DO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE DA BRISA TEM COMO FINALIDADE A PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÃO AOS ACCIONSITAS, ANALISTAS E CLIENTES, SOBRE O DESEMPENHO DA ORGANIZAÇÃO NUMA PERSPECTIVA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.

Este é o décimo Relatório de Sustentabilidade da Brisa Auto-estradas de Portugal, SA. O Relatório de Sustentabilidade completa o conjunto de relatórios publicados pela Brisa, para o exercício de 2012, que inclui o Relatório e Contas e o Relatório sobre o Governo da Sociedade. Todos estes relatórios estão disponíveis em www.brisa.pt e em www.cmvm.pt.

Âmbito

O Relatório de Sustentabilidade retrata as principais actividades e dados relevantes sobre o desempenho da Brisa Auto-estradas de Portugal, S.A., referida adiante apenas como Brisa ou Grupo Brisa, no período compreendido entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2012, sem prejuízo de eventuais referências a acções em execução ou programadas para 2013.

O universo empresarial da Brisa é explanado mais à frente, no subcapítulo Grupo Brisa, da página 20 à página 25 deste Relatório.

O âmbito dos indicadores reportados neste Relatório corresponde ao Grupo Brisa, composto pelas empresas cuja gestão controla, ou seja, nas quais detém uma participação superior a 50% do respectivo capital: Brisa Auto-estradas, BCR-Brisa Concessão Rodoviária, AEA-Auto-estradas do Atlântico (consolidada a 50%), NWPY-Northwest Parkway (EUA), BO&M-Brisa Operação e Manutenção, BEG-Brisa Engenharia e Gestão, VVP-Via Verde Portugal, BIT-Brisa Inovação e Tecnologia, Mcall e CTA-Controlauto.

Os indicadores ambientais têm um tratamento especial, designadamente através do alargamento do âmbito de reporte, anteriormente descrito, às empresas Brisal - Auto-estradas do Litoral Centro e AEDL - Auto-Estradas do Douro Litoral, para assegurar a estrita comparabilidade do desempenho dos referidos indicadores, no período 2010-2012, para o qual foram fixados objectivos corporativos e que agora se conclui.

Quando o âmbito de um indicador é diferente do acima descrito, esse facto é explicado na respectiva resposta da Tabela GRI.

Suporte do Relatório de Sustentabilidade

O reporting de sustentabilidade na Brisa tem sido objecto de um trabalho de melhoria contínua dos respectivos conteúdos, processos e aplicação operacional. Garantir a fiabilidade, a abrangência e a materialidade dos dados reportados tem sido uma prioridade constante da Brisa, com vista à construção de um Sistema de Informação de Gestão da Sustentabilidade, apto a dar apoio eficaz à gestão, nos planos operacional e estratégico.

Este sistema de informação tem por base um sistema informático especialmente dedicado à informação de gestão da sustentabilidade. A informação é recolhida por toda a organização, de acordo com um calendário predefinido, segundo uma periodicidade trimestral, semestral ou anual. O fluxo de validação assegura a qualidade da monitorização e o tratamento da informação é facilitado por soluções desenvolvidas à medida.

Na elaboração deste Relatório foi também utilizada informação resultante da resposta a inquéritos de terceiros e da relação da empresa com outras partes interessadas. A Mensagem do Presidente é idêntica à publicada no Relatório e Contas.

Page 5: Relatório de Sustentabilidade 2012

I - APRESENTAÇÃO

Relatório de Sustentabilidade 2012 5

Verificação Externa

A informação reportada – quer resulte de medições, cálculos ou estimativas – foi submetida à verificação de uma entidade externa, de acordo com o relatório de verificação existente no final deste documento.

O Relatório de Sustentabilidade da Brisa foi elaborado de acordo com a terceira geração de directrizes para relatórios de sustentabilidade - o G3.1, da Global Reporting Initiative -, tendo obtido a validação GRI A+, atribuída pela entidade verificadora KPMG & Associados, S.R.O.C., S.A..

O diálogo com as partes interessadas, desenvolvido no capítulo Apresentação, nas páginas 14 a 19, seguiu os princípios descritos na Norma AA 1000 APS (2008).

Dúvidas e esclarecimentos

O Relatório de Sustentabilidade foi elaborado pela Direcção de Marketing e Relações Institucionais, com a colaboração das direcções funcionais e operacionais da Brisa, e as contribuições das suas empresas participadas.

Pedidos de informações complementares, esclarecimentos adicionais ou sugestões sobre este Relatório podem ser enviados para:

Luís d’Eça Pinheiro ([email protected])

Director de Marketing e Relações Institucionais

Franco Caruso ([email protected])

Departamento de Comunicação e Sustentabilidade

Page 6: Relatório de Sustentabilidade 2012

I - APRESENTAÇÃO

6 Relatório de Sustentabilidade 2012

A Brisa em 2012

Marcos e Eventos Operacional

Março ‐ XI Fórum de Quadros Brisa ‐ Via Verde atinge três milhões de clientes

‐ Tagus lança Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a totalidade do capital da Brisa

Abril ‐ Conselho de Administração divulga Relatório sobre a OPA

‐ Brisa e CCR constituem consórcio Venture.

Maio ‐ Mcall recebe prémio Altitude Innovation Awards 2012.

Junho ‐ Inauguração Monte Barata, no âmbito da parceria Brisa com a Quercus

‐ Prémio Qualidade áreas de serviço 2012.

‐ Brisa Inovação conclui instalação do sistema Easytoll para cobrança nas SCUT.

‐ Conclusão do nó de ligação da Plataforma Logística (A1).

‐ Emissão de Obrigações Brisa Concessão Rodoviária.

Julho ‐ Grupo Brisa parceiro na Volvo Ocean Race

‐ 2º Fase do programa de Voluntariado.

‐ Campanha de Segurança Rodoviária Verão – Volta a Portugal

‐ CMVM concede registo da OPA. É publicado o anúncio e o prospecto de lançamento da Oferta Pública.

‐ Emissão de Obrigações BCR Julho 2012 – Dezembro 2014.

Agosto ‐ Sessão especial de bolsa e divulgação de resultados da OPA

‐ Auto-estrada do Douro Litoral implementa telemática rodoviária na rede 2.

Setembro ‐ Perspectivas – Reflexão Académica e Empresarial, Tróia 2012

‐ Apresentação Projecto Compass

‐ Tagus solicita à CMVM perda de qualidade de sociedade aberta

‐ Emissão de Obrigações BCR – Abril 2018

Outubro ‐ Lançamento da aplicação iBrisa 2.0

‐ Arranque dos testes de interoperabilidade Via Verde com Espanha

‐ Arranque da construção do Nó de Soure (A1)

Novembro ‐ Abertura do EVOA – Espaço de Visitação e Observação de Aves, no âmbito da parceria Brisa com a Companhia das Lezírias

‐ Brisa assinala 40º aniversário

‐ Conclusão da A33 – da concessão Baixo Tejo

Dezembro ‐ Atribuição donativos projecto “Ser Solidário 2012”

‐ Brisa sobe rating de empresa em governo societário

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I - APRESENTAÇÃO

Relatório de Sustentabilidade 2012 7

Resumo de Indicadores

Indicadores Económicos GRI (M€) 2010 2011 2012 Investimento em AE’s (M€)

Investim. em AEs 122,0 84,2 51,3

Custos Operacionais 199,9 300,3 92,8*

Remunerações 100,9 101,2 86,4

Receitas 674 661 591

Resultado Líquido 778,5 -82,2 41,9

Investim. em Ambiente (1+2) 11,41 11,05 11,23

Custos Prevençao e Gestão de Ambiente (1) 1,47 1,18 1,30

Custos Tratamento Resíduos e Emissões (2) 9,94 9,87 9,92

Invest. em Inovação e Desenvolv. (3+4) 4,9 4,9 4,11

Investigação (3) 0,55 0,37 0,28

Desenvolvimento (4) 4,31 4,58 3,83

Investim. Comunidades Locais (5+6) 0,76 1,20 0,89

Donativos (5) 0,26 0,77 0,57

Serviço Público (6) 0,58 0,41 0,32 *Em 2012,a definição adoptada de Custos Operacionais não inclui Amortizações, Provisões, Remunerações, Donativos e Serviço Público; A alteração da definição adoptada não permite a comparabilidade do valor de Custos Operacionais de 2012 com anos anteriores.

Indicadores Ambientais GRI 2010 2011 2012 Consumo de Electricidade (GJ)

Consumo de Electricidade (GJ) 126.780 122.625 116.500

Consumo de Combustível (GJ) 101.671 99.682 93.002

Consumo de Água (m3) 186.544 170.656 140.664

Emissões GEE ( tCO2eq) 18.443 16.367 16.261

Resíduos (t) 1.832 1.079 1.076

Indicadores Sociais GRI 2010 2011 2012 Taxa de Sinistralidade

Taxa de sinistralidade* 47,89 39,22 37,95

Nº Total Colaboradores 2.669 2.407 2.327

Nº entradas 63 70 29

Nº Saídas 226 332 109

Taxa de absentismo (%) 5,0 5,4 3,9

Nº horas de formação 52.450 42.298 48.077 *Este indicador não é um indicador GRI

122,0

84,2

51,3

2010 2011 2012

126.780

122.625

116.500

2010 2011 2012

47,89

39,22 37,95

2010 2011 2012

Page 8: Relatório de Sustentabilidade 2012

I - APRESENTAÇÃO

8 Relatório de Sustentabilidade 2012

Mensagem do Presidente

2012, um ano excepcionalmente marcante

O ano em que a Brisa comemorou os seus 40 anos, foi um ano excepcionalmente marcante em três domínios. Em primeiro lugar, do ponto de vista económico, Portugal assistiu a uma quebra do consumo, privado e público, e a um aumento do desemprego nunca visto, com óbvios impactos no modelo de negócio da empresa. Em contrapartida, no plano financeiro, assistiu-se a um alívio da pressão verificada nos últimos trimestres, tendo sido possível à Brisa regressar aos mercados de dívida e, deste modo, estabilizar as necessidades de financiamento. Finalmente, no plano institucional, a empresa foi objecto por parte dos accionistas José de Mello e Arcus, através da sociedade Tagus, de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA), e de um subsequente pedido de cessação de sociedade aberta.

Objectivo superado

A recessão económica internacional e as políticas de austeridade adoptadas por Portugal, no âmbito do programa de ajustamento da economia portuguesa, acordadas com a “troika”, conduziram a uma quebra sem precedentes do tráfego, a qual implicou uma diminuição das receitas de portagem em 11%.

Neste ambiente recessivo, a Brisa prosseguiu o seu esforço na gestão da geração de caixa, tendo conseguido assinaláveis ganhos, quer no domínio dos custos operacionais, quer do investimento corrente, tendo os mesmos no seu conjunto decrescido 22% face ao exercício anterior. A Brisa terminou, assim, o ano de 2012 com o resultado líquido de 42 milhões de euros, e com uma geração de caixa líquida (EBITDA-CAPEX) da ordem dos 358 milhões de euros, conseguindo ultrapassar o valor alcançado em 2010. É de salientar que este era o grande objectivo para o exercício, o qual, com grande esforço, foi possível superar.

Estabilidade financeira

No plano financeiro, a Brisa Concessão Rodoviária (BCR), principal activo do grupo, colocou no mercado de divida quatro emissões a médio e a longo prazo, no montante total próximo dos 700 milhões de euros, junto de investidores domésticos e internacionais, em condições de mercado extremamente difíceis para os emitentes portugueses, o que espelha o excelente perfil de crédito da BCR. Com este montante de emissões, a concessão Brisa tem uma reforçada liquidez financeira, uma maior maturidade da sua dívida e, ainda, um menor risco de financiamento.

Acresce, no domínio financeiro, a desconsolidação das concessões Brisal e Douro Litoral, o que representou uma redução da dívida líquida consolidada em cerca de 1,5 mil milhões de euros. Recorde-se que a Brisa reconheceu ao longo dos últimos exercícios nas suas demonstrações financeiras as perdas totais correspondentes à sua exposição accionista a estes dois activos.

Posição de neutralidade na OPA

A 29 de Março, os accionistas José de Mello e Arcus, através da sociedade Tagus, lançaram uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a totalidade das acções Brisa, por um valor de 2,66 euros por acção, tendo posteriormente revisto este valor para 2,76 euros por acção. Face a esta Oferta, o Conselho de Administração adoptou uma posição de neutralidade e recomendou que cada accionista tomasse “a sua decisão, quanto à venda ou manutenção das acções, com base nos próprios objectivos de investimento e respectivo horizonte temporal”.

O resultado da Oferta, apurado a 9 de Agosto, foi a aquisição de 35% das acções , o que correspondeu a uma concentração de 84,8% das acções da empresa e a 92% dos direitos de voto.

Page 9: Relatório de Sustentabilidade 2012

I - APRESENTAÇÃO

Relatório de Sustentabilidade 2012 9

Consequentemente, foi solicitado pela Tagus junto da autoridade de mercado a perda por parte da Brisa de qualidade de sociedade aberta, cujo processo ainda decorre.

Da “era das infra-estruturas” para a “era da mobilidade”

Apesar dos tempos difíceis que marcam a actualidade, e que também marcaram outros momentos dos 40 anos de história da Brisa, a empresa tem dado provas da sua capacidade de resposta, designadamente através da busca constante de maior eficiência e da inovação dos processos e da tecnologia.

Nos próximos 40 anos, os desafios que a empresa enfrenta são grandes e exigentes, mas também são ricos em oportunidades. Os desenvolvimentos tecnológicos vão gerar as mais variadas mudanças. Os comportamentos das pessoas vão evoluir. Factores tão distintos como o ambiente ou os mercados vão promover novos padrões de eficiência. E, a mobilidade vai continuar a ser decisiva para a prosperidade das pessoas e das nações.

Neste contexto, a Brisa redefiniu a sua visão, baseada na evolução do modelo de negócio, da “era das infra-estruturas”, centrada na oferta, para a “era da mobilidade”, centrada na procura e no cliente. Um modelo muito mais exigente e mais complexo, com novas variáveis e novos intervenientes, e cada vez mais distante do contexto tradicional da mera estrada.

Fruto do trabalho realizado nos últimos anos, a Brisa é, hoje, uma empresa mais flexível, mais eficiente e mais sólida, reunindo, por isso, as condições para potenciar um novo ciclo de crescimento e para cumprir a sua missão: proporcionar mobilidade eficiente para as pessoas.

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I - APRESENTAÇÃO

10 Relatório de Sustentabilidade 2012

Visão e Estratégia

NA PRIMEIRA DÉCADA DESTE SÉCULO, A BRISA ACEITOU O DESAFIO DA SUSTENTABILIDADE, INTEGRANDO NA SUA ESTRATÉGIA AS DIMENSÕES SOCIAL E AMBIENTAL, EM ACRÉSCIMO À DIMENSÃO ECONÓMICA DO NEGÓCIO. O GRUPO DEFINIU A SUSTENTABILIDADE COMO A BUSCA SIMULTÂNEA DO CRESCIMENTO COM LUCRO, DO PROGRESSO SOCIAL E DA QUALIDADE AMBIENTAL, SUPORTADA NUMA MELHORIA CONTÍNUA DOS PROCESSOS, NA GESTÃO DOS RISCOS E NA INOVAÇÃO, COM O OBJECTIVO DE CRIAÇÃO DE VALOR PARA TODAS AS PARTES INTERESSADAS.

Ao longo de 40 anos de actividade, o Grupo desempenhou um papel decisivo no financiamento, projecto, construção e operação de uma rede de auto-estradas, que constitui a espinha dorsal do sistema rodoviário português. Foi esta experiência que permitiu a criação de uma cultura de Grupo baseada nos valores da Ética, Inovação e Excelência, e fortemente vocacionada para a promoção da mobilidade e da acessibilidade interurbana, inter-regional e internacional, com importantes benefícios económicos e sociais para as actividades e as comunidades que serve.

É por isso que o Grupo assume como lema corporativo a sua condição de “Parceiro para o Desenvolvimento de Portugal”, que alarga a todas as geografias onde se estabelece e desenvolve a sua actividade, seja como concessionário de infra-estruturas, seja como fornecedor de serviços rodoviários avançados.

Nova visão: da era da infra-estrutura para a era da mobilidade

Ao longo de um ano e meio, a Brisa desenvolveu dois projectos fundamentais para revisitar o seu modelo de negócio. Este processo teve início em 2011, com o projecto Sustentabilidade 2.0, que envolveu todas as áreas e unidades de negócio e que se baseou num levantamento interno exaustivo de capacidades, de competências e de oportunidades do Grupo. Acompanhado pela Comissão Executiva, esse projecto teve como objectivo final identificar os desafios e as oportunidades que se colocam à sustentabilidade de negócio da Brisa, numa perspectiva de longo prazo.

Na conclusão deste processo, a Comissão Executiva criou, no âmbito do Comité de Inovação, um grupo de trabalho dedicado à inovação do modelo de negócio, para trabalhar numa proposta de nova visão, missão e objectivos estratégicos da Brisa para o futuro, tendo como horizonte 2025 e como base as novas tendências da mobilidade e os seus impactos no negócio das concessões rodoviárias, com especial foco em Portugal.

Para a concretização deste projecto, denominado Compass, a Brisa apoiou-se nos contributos de vários especialistas e stakeholders chave para o desenvolvimento de uma visão comum acerca das tendências de mobilidade no futuro.

As principais conclusões deste estudo identificam impactos e oportunidades para o negócio da Brisa, os quais permitem a adopção de uma resposta proactiva e colocam a mobilidade, suportada na maximização da actual infra-estrutura, como uma condição para o crescimento económico.

Durante 40 anos a Brisa liderou o mercado e estabeleceu um modelo de operação de infra-estruturas rodoviárias estruturado e internacionalmente reconhecido.

O surgimento de novas tendências, desenvolvimentos tecnológicos e mutações nos padrões de comportamento têm contribuído para alterar o paradigma e o actual modelo enfrenta a pressão da mudança. Estas transformações ditam a entrada numa nova era, onde o conceito da Mobilidade adquire um significado mais amplo e traz consigo novos desafios.

Page 11: Relatório de Sustentabilidade 2012

I - APRESENTAÇÃO

Relatório de Sustentabilidade 2012 11

Neste contexto, a Brisa repensou a sua estratégia e definiu uma nova visão, preparando-se para gerir as alterações na sociedade e principalmente o seu impacto na procura e nos custos de exploração.

No actual contexto de Mobilidade, torna-se essencial para a Brisa:

‐ Identificar ameaças e capturar novas oportunidades de negócio;

‐ Analisar tendências e antecipar necessidades de clientes mais informados e com acesso a um maior leque de opções;

‐ Capitalizar activos e competências para desenvolver um negócio sustentável e com perspectivas de futuro;

‐ Centrar-se na eficiência de recursos.

A Mobilidade é uma condição para o crescimento económico.

A nova visão da Brisa responde a essa condição:

Da era das infra-estruturas para a era da mobilidade

De um fornecedor de infraestruturas para um fornecedor de mobilidade

A nova visão implicou uma redefinição de valores e do posicionamento da Brisa.

O binómio Investimento – Indução de Procura, numa óptima pura de gestão de infra-estruturas, deu lugar a um novo cenário com múltiplas variáveis – económicas, politicas, demográficas, tecnológicas e comportamentais – que condicionam directamente o modelo de negócio e criam rupturas estruturais:

‐ Alteração do padrão de mobilidade urbana, novos modelos e opções de transporte integrado;

‐ Pessoas mais racionais nas suas escolhas relativamente a viagens e meios de transporte, mais exigentes e melhor informadas graças aos desenvolvimentos tecnológicos e ao seu fácil acesso;

‐ Consciencialização social e ambiental, atenções voltadas para temas como sustentabilidade, energias renováveis e utilização racional dos recursos, nomeadamente infra-estruturas;

‐ Soluções de mobilidade sustentáveis e financeiramente acessíveis.

Para proporcionar condições de mobilidade eficiente aos seus clientes e financeiramente rentáveis para a empresa, a Brisa deve ir além da infra-estrutura. É necessário repensar estratégias, gerir incertezas, avaliar ameaças e oportunidades e antecipar-se à mudança. Acima de tudo, adaptar-se para responder com soluções eficientes e que satisfaçam as novas necessidades.

Page 12: Relatório de Sustentabilidade 2012

I - APRESENTAÇÃO

12 Relatório de Sustentabilidade 2012

Daqui surge o novo posicionamento:

Focada na eficiência • Centrada no cliente

Visão Da era das infra-estruturas para a era da mobilidade

De um fornecedor de infraestruturas para um fornecedor de mobilidade

Missão Proporcionar mobilidade eficiente às pessoas

Posicionamento

Focada na eficiência

Gestão criteriosa e altamente eficiente das infra-estruturas rodoviárias Aumento da produtividade pela optimização dos recursos existentes e aposta nas novas tecnologias

Centrada no cliente

Soluções de mobilidade e acessibilidade inovadoras, eficientes e orientadas para o cliente Resposta a clientes mais informados, exigentes e conscientes das suas escolhas

Cinco vectores fundamentais e temas materiais

Os cinco vectores fundamentais, considerados estratégicos na actividade da Brisa, cobrem os temas críticos que reflectem o desempenho da organização a nível económico, ambiental e social e que, ao mesmo tempo, são mais relevantes para os seus stakeholders.

A resposta a cada um destes temas materiais consubstancia-se num conjunto de linhas de actuação. As acções desenvolvidas no ano de 2012 serão apresentadas ao longo do próximo capítulo.

VECTOR TEMA MATERIAL LINHAS DE ACTUAÇÃO

Internacionalização e Novos Negócios Crescimento através de projectos capital light

Tráfego e Receitas de Portagem Eficiência Operacional

Cash-flow

Gestão de risco Sistema de Gestão Integrada de Riscos

Governo da Sociedade Cumprimento das recomendações CMVM (ver cap. 1)

Gestão Activa de Tráfego

Tecnologia e Soluções de Mobilidade Sustentável Inovação (Tecnologia, Novos Serviços, Soluções de Mobilidade)

Serviço ao cliente Informação ao cliente

Resposta a SCUT

Segurança Rodoviária

Programa Primeiro a Segurança

Investimento na infra-estrutura

Monitorização de sinistralidade

Page 13: Relatório de Sustentabilidade 2012

I - APRESENTAÇÃO

Relatório de Sustentabilidade 2012 13

VECTOR TEMA MATERIAL LINHAS DE ACTUAÇÃO

Eco-eficiência e Gestão Ambiental

Sistema de Gestão Ambiental

Indicador de eco-eficiência

Objectivos ambientais 2010- 2012

Academia Brisa de Condução

Biodiversidade Programa Brisa pela Biodiversidade

Alterações Climáticas

Projecto Solar NWPY

Projecto Eco-Condução Portugal

Mestrado e outros estudos

Ética e Transparência Canal de comunicação de irregularidades (ver p. 38)

Cultura Empresarial

Projecto As Pessoas são Importantes

Programa de Integração e Acolhimento do Colaborador

Desenvolvimento de Competências

Acção Social

Saúde e Segurança Segurança e Saúde no trabalho

Gestão de Talento Sistema de Gestão de Desempenho

Equilíbrio vida pessoal-profissional Conciliação entre vida profissional e familiar

Envolvimento das Partes Interessadas e Externalidades Positivas Caso de Estudo da A4

Cidadania e Solidariedade (Projectos Solidários e Voluntariado) Programa de Voluntariado

Page 14: Relatório de Sustentabilidade 2012

I - APRESENTAÇÃO

14 Relatório de Sustentabilidade 2012

Diálogo com as Partes Interessadas

AS PARTES INTERESSADAS POSSUEM EXPECTATIVAS LEGÍTIMAS, QUE DEFINEM OS TEMAS MATERIAIS PARA A BRISA. IDENTIFICAR OS TEMAS CRÍTICOS E CONSTRUIR UMA RELAÇÃO POSITIVA COM TODAS AS PARTES INTERESSADAS EXIGE MECANISMOS DE AUSCULTAÇÃO CADA VEZ MAIS AFINADOS.

As partes interessadas mais relevantes foram identificadas com base em dois critérios: o impacto da parte interessada na Brisa e o impacto desta na parte interessada.

A identificação exaustiva das expectativas de cada parte interessada e a respectiva resposta encontram-se articuladas com a análise de materialidade referida no subcapítulo anterior e é sistematizada através da Norma AA1000 APS.

Organizações de referência

A Brisa tem uma participação activa num conjunto de organizações, incluindo associações sectoriais e entidades de referência ligadas ao desenvolvimento sustentável.

Com excepção da United Nations Global Compact, a Brisa está presente nas direcções de todas elas.

APCAP

Associação Portuguesa das Sociedades Concessionárias de Auto-estradas ou Pontes com Portagem

ASECAP

Associação Europeia de Auto-estradas, Túneis e Pontes com Portagem

IBTTA

Associação Internacional de Auto-estradas, Túneis e Pontes com Portagem

CRP

Centro Rodoviário Português

WBCSD

World Business Council for Sustainable Development

A Brisa é membro do World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), organização internacional que reúne mais de 200 empresas mundiais empenhadas na promoção do desenvolvimento sustentável. Em coerência com o trabalho realizado pela empresa neste domínio, e com o objectivo de contribuir para a divulgação das melhores práticas aplicáveis ao seu sector, a Brisa tem sido, desde a sua adesão em Maio de 2007, um membro activo, quer em projectos concretos no domínio da mobilidade, quer através da participação do seu presidente, Vasco de Mello, no Focus Area Core Team, da área de Desenvolvimento.

BCSD PORTUGAL

Business Council for Sustainable Development

O Presidente da Brisa, Vasco de Mello, integra a Direcção da maior organização empresarial nacional dedicada à sustentabilidade, o Business Council for Sustainable Development Portugal (BCSD Portugal), tendo assegurado a sua presidência entre 2007 e 2010.

Page 15: Relatório de Sustentabilidade 2012

I - APRESENTAÇÃO

Relatório de Sustentabilidade 2012 15

O BCSD Portugal, conta com mais de 100 membros e as suas actividades promovem a mudança rumo à sustentabilidade, através da liderança empresarial, com enfoque na Inovação, na Eco-eficiência e na Responsabilidade Social.

United Nations Global Compact

É uma iniciativa de cidadania empresarial lançada pelas Nações Unidas em 2000, que reúne partes interessadas baseada em princípios aceites universalmente: Declaração Universal dos Direitos Humanos, Declaração da Organização Internacional do Trabalho relativa aos Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho e Declaração do Rio sobre ambiente e desenvolvimento.

A Brisa é signatária, desde 8 de Outubro de 2007, do United Nations Global Compact, reforçando o seu compromisso público de desenvolvimento sustentável. O Pacto estabelece a moldura para o tema e os princípios orientadores fundamentais que a Brisa integrará, no seu processo de internacionalização, passando a estar dotada de um quadro global coerente. A adesão contribui também para a incorporação dos valores de desenvolvimento sustentável na cadeia de valor da Brisa.

Princípios do United Nations Global Compact

Princípios Página

1 Respeitar e proteger os direitos humanos 109

2 Impedir violações dos direitos humanos 109

3 Apoiar a liberdade de associação no trabalho 110

4 Abolir o trabalho forçado 112

5 Abolir o trabalho infantil 112

6 Eliminar a discriminação no ambiente de trabalho 38 e 110

7 Apoiar uma abordagem preventiva aos desafios ambientais 54-62 e 75-96

8 Promover a responsabilidade ambiental 54-62 e 75-96

9 Encorajar tecnologias que não agridem o meio ambiente 54-62 e 75-96

10 Combater a corrupção em todas as suas formas, inclusive extorsão e propina 38, 114 e 115

Norma AA1000 APS

Em 2009, a Brisa iniciou a preparação da implementação da Norma AA1000, através de um diagnóstico de aderência aos princípios deste referencial.

Este diagnóstico, que envolveu as diferentes áreas do Centro Corporativo, as Concessões e as várias Unidades de Negócio, estruturou-se em três fases que dão resposta aos Princípios da Norma AA1000 APS:

‐ FASE 1 - Princípio da Inclusão. Auscultação e envolvimento com os diferentes grupos das partes interessadas.

‐ FASE 2 - Princípio da Materialidade. Identificação das expectativas, preocupações e necessidades das partes interessadas.

‐ FASE 3 - Princípio da Resposta. Acções, iniciativas e procedimentos que asseguram a resposta às necessidades identificadas.

Em 2012 não se registaram alterações relevantes face ao ano anterior.

Page 16: Relatório de Sustentabilidade 2012

I - APRESENTAÇÃO

16 Relatório de Sustentabilidade 2012

PARTES INTERESSADAS

FORMAS DE AUSCULTAÇÃO (FASE 1)

EXPECTATIVAS (FASE 2)

RESPOSTA (FASE 3) TEMAS MATERIAIS

ACCIONISTAS

‐ Gabinete de Relações com Investidores / Accionistas

‐ Roadshows / relatórios de feedback

‐ Criação de valor

‐ Informação transparente e rigorosa

‐ Adopção de estratégias que visem a valorização das acções

‐ Informação regular através de canais disponíveis:

‐ Relatório e Contas e Relatório de Sustentabilidade

‐ Site Brisa, e-mail dedicado, telefone

‐ Reuniões e eventos específicos, como o Investors’ Day e a Assembleia-Geral

‐ Ética e Transparência

‐ Eco-eficiência e Gestão Operacional

COLABORADORES

‐ Portal do Colaborador e Portal da Qualidade

‐ Canal de Comunicação de Irregularidades e Provedor de Ética

‐ Reuniões periódicas Comissão de Trabalhadores

‐ Reunião Gestores da Qualidade e Sustentabilidade

‐ Acompanhamento dos sistemas de gestão

‐ Questionário de Avaliação da Formação

‐ Questionários de Satisfação das Auditorias Internas da Qualidade

‐ Sistema de Oportunidades de Melhorias Activas

‐ Estabilidade de emprego

‐ Perspectivas de progresso profissional

‐ Condições de trabalho

‐ Processos de gestão de pessoas da empresa, exemplo:

‐ Gestão do desempenho

‐ Carreiras

‐ Compensação

‐ Formação

‐ Canais de comunicação (ver canais referidos na coluna “Formas de Auscultação”)

‐ Gestão de Talento

‐ Saúde e Segurança

‐ Cultura Empresarial

Page 17: Relatório de Sustentabilidade 2012

I - APRESENTAÇÃO

Relatório de Sustentabilidade 2012 17

PARTES INTERESSADAS

FORMAS DE AUSCULTAÇÃO (FASE 1)

EXPECTATIVAS (FASE 2)

RESPOSTA (FASE 3) TEMAS MATERIAIS

CLIENTES

‐ Estudo de avaliaçäo da satisfaçäo dos clientes - MI-Care

‐ Follow-up de avaliaçäo da satisfaçäo dos clientes com o serviço prestado pela Assistência Rodoviária, Nº Azul e serviço nas Lojas

‐ Cliente Mistério nas obras de alargamento e Áreas de Serviço

‐ Avaliação da Qualidade e Higiene Alimentar das Áreas de Serviço

‐ Inquéritos a clientes

‐ Canais de atendimento disponíveis: sites, n.º azul, lojas

‐ Sistema de Gestão de Reclamações

‐ Segurança, conforto e fluidez do tráfego

‐ Qualidade da infra-estrutura e do serviço prestado, necessidade de percepção de valor recebido

‐ Contacto acessível e transparente

A nível operacional:

‐ Novos equipamentos, sistemas e procedimentos de segurança rodoviária

‐ Gestão de pavimentos e obras de arte

‐ Serviço de patrulhamento e de assistência

‐ Grupo Trabalho de Obras de Alargamento, Grupo Trabalho Gestão e Comunicação de Crise

A nível da informação prestada:

‐ Sistema de gestão de reclamações

‐ Informação multicanal de condições de circulação nas auto-estradas (canais de atendimento Brisa, Repórter Brisa, Rádios, Comunicados de imprensa, folhetos distribuídos,...)

‐ Rede de Lojas, Áreas de Serviço e Quiosques de Informação

‐ Número Azul - Assistência e Informação e Linha de Apoio a Clientes Via Verde

‐ Assistência e Informação à Comunidade Surda via sms

‐ Sítios internet

‐ Segurança Rodoviária

‐ Gestão Activa de Tráfego

‐ Serviço ao Cliente

REGULADOR

‐ Gestão activa do Contrato de Concessão

‐ Reuniões prévias, formais e informais

‐ Cumprimento do Contrato de Concessão

‐ Criação de eventos / actividades/questões

‐ Cumprimento rigoroso do Contrato de Concessão

‐ Definição de critérios de melhoria da prestação de serviço

‐ Optimização de soluções técnicas

‐ Elaboração e concretização de estudos específicos

‐ Cumprimento do Contrato de Concessão

Page 18: Relatório de Sustentabilidade 2012

I - APRESENTAÇÃO

18 Relatório de Sustentabilidade 2012

PARTES INTERESSADAS

FORMAS DE AUSCULTAÇÃO (FASE 1)

EXPECTATIVAS (FASE 2)

RESPOSTA (FASE 3) TEMAS MATERIAIS

ESTADO

‐ Gestão activa de acompanhamento das obrigações contractuais

‐ Contacto permanente

‐ Cumprimento do Contrato de Concessão

‐ Processo negocial, com reflexo no Contrato de Concessão

‐ Gestão contratual

‐ Criação de eventos /actividades/questões

‐ Elaboração de Relatórios

‐ Cumprimento do Contrato de Concessão

PARCEIROS

‐ Propostas dos sindicatos e processo negocial

‐ Reuniões periódicas (mensal ou trimestral)

‐ Comissões paritárias (quando necessário)

‐ Gestão do Contrato de Empreitada

‐ Cumprimento dos contratos e protocolos em vigor

‐ Criação de oportunidades e colaboração activa nas iniciativas desenvolvidas

‐ Análise das propostas, sugestões e reclamações

‐ Negociação do ACT

‐ Modelo de inovação em rede

‐ Desenvolvimento de projectos conjuntos a longo prazo

‐ Protocolos de parceria com universidades e instituições de investigação

‐ Apoio à produção de literatura científica

‐ Eco-sistema de Inovação

‐ Certificação

MERCADOS FINANCEIROS

‐ Consulta de entidades financeiras

‐ Processo negocial

‐ Acompanhamento diário, através de reuniões

‐ Análise de relatórios de research

‐ Criação de valor

‐ Informação transparente e rigorosa

‐ Consideração dos resultados do estudo de benchmark na tomada de decisão da Brisa

‐ Ética e Transparência

‐ Eco-eficiência e Gestão Operacional

Page 19: Relatório de Sustentabilidade 2012

I - APRESENTAÇÃO

Relatório de Sustentabilidade 2012 19

PARTES INTERESSADAS

FORMAS DE AUSCULTAÇÃO (FASE 1)

EXPECTATIVAS (FASE 2)

RESPOSTA (FASE 3) TEMAS MATERIAIS

FORNECEDORES

‐ Processo e sessões de negociação do Contrato

‐ Realização de reuniões de acompanhamento

‐ Transparência e rigor

‐ Cumprimento das condições contratuais

‐ Canal dedicado para gestão de contratos

‐ Relacionamento estável e de longo prazo

‐ Sistema de gestão de contratos e apoio técnico

‐ Ética e Transparência

CONCORRENTES

‐ Análise profunda aos concorrentes no âmbito do processo de planeamento estratégico

‐ Estudo de benchmarking de performance económico

‐ Transparência e rigor

‐ Canal dedicado para relação com a Comunicação Social

‐ Reuniões, conferências de imprensa, apoio a reportagens, prestação de informação de background

‐ Ética e Transparência

COMUNIDADES LOCAIS

‐ Processo de consulta pública, ao nível de estudos de impacte ambiental

‐ Canal dedicado para relação com Comunicação Social

‐ Contributo para o desenvolvimento local

‐ Soluções de mobilidade e de acessibilidade

‐ Contributo para o desenvolvimento local

‐ Soluções de mobilidade e de acessibilidade

‐ Envolvimento das Partes Interessadas

‐ Externalidades Positivas

‐ Contributo dos Colaboradores

OPINIÃO PÚBLICA

‐ Realização de inquéritos anuais

‐ Estudo de percepção aos jornalistas

‐ Monitorização e avaliação trimestral de notícias

‐ Transparência e informação de qualidade

‐ Transparência e informação de qualidade

‐ Ética e Transparência

‐ Eco-eficiência e Gestão Operacional

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I - APRESENTAÇÃO

20 Relatório de Sustentabilidade 2012

O Grupo Brisa

EM 2012, A BRISA AUTO- ESTRADAS DETINHA SEIS CONCESSÕES RODOVIÁRIAS: CONCESSÃO BRISA (BCR), ATLÂNTICO, BRISAL, DOURO LITORAL, BAIXO TEJO E LITORAL OESTE.

A BRISA É DESTE MODO RESPONSÁVEL PELA CONCESSÃO DE 1 678 KM DE VIA, DISTRIBUÍDOS POR 17 AUTO-ESTRADAS DE NORTE A SUL DO PAÍS.

Com 40 anos de actividade, a Brisa Auto-estradas é uma das maiores operadoras de auto-estradas do mundo e a maior empresa de infra-estruturas de transporte em Portugal.

A Brisa Auto-estradas de Portugal tem um conjunto de activos repartidos por quatro áreas de negócio: concessões rodoviárias, serviços de mobilidade, área internacional e outros negócios de infra-estruturas de transporte.

Para apoiar a sua actividade, a Brisa detém outras empresas de serviços rodoviários, destacando-se a Brisa Operação e Manutenção (BO&M), que garante as operações de todas as concessionárias nacionais do Grupo, e a Via Verde, um dos produtos mais emblemáticos da Brisa, que permite o pagamento electrónico de portagens, parques de estacionamento e bombas de gasolina.

Ao nível internacional, a Brisa tem desenvolvido as suas competências nas áreas da operação e manutenção, bem como em projectos de consultoria na área da mobilidade, marcando presença com parceiros locais nos mercados indiano e holandês/Norte da Europa. A empresa controla igualmente a concessão rodoviária Northwest Parkway, em Denver, no Estado do Colorado dos EUA.

Presente no mercado de capitais há mais de uma década, a Brisa está cotada na Euronext Lisboa, e integra o seu índice geral. Em 29 de Março de 2012, foi lançada pela Tagus Holdings, uma oferta pública de aquisição sobre a totalidade das acções Brisa. O resultado da Oferta foi conhecido em Agosto, tendo a Tagus apresentado em 4 de Setembro à CMVM um requerimento para a perda de qualidade de sociedade aberta, estando ainda o processo a decorrer. A Brisa Integra também o índice FTSE4Good, referência europeia no que respeita à Responsabilidade Social.

Page 21: Relatório de Sustentabilidade 2012

I - APRESENTAÇÃO

Relatório de Sustentabilidade 2012 21

AS CONCESSÕES

Brisa Concessão Rodoviária (BCR)

‐ 11 Auto-estradas: A1 (Norte), A2 (Sul), A3 (Porto/Valença), A4 (Porto/Amarante), A5 (Costa do Estoril), A6 (Marateca/Elvas), A9 (CREL-Circular Regional Exterior de Lisboa), A10 (Bucelas/Carregado), A12 (Setúbal/Montijo), A13 (Almeirim/Marateca) e A14 (Figueira da Foz/Coimbra Norte;

‐ Extensão: 1 126,3 km;

‐ Período da concessão: Termina em 2035;

‐ Principal eixo rodoviário nacional, estendendo-se de Norte a Sul e de Este a Oeste;

‐ Para a realização total da rede falta apenas concretizar a construção do acesso ao Novo Aeroporto de Lisboa.

Brisal (Auto-estradas do Litoral Centro)

‐ 1 Auto-estrada: A17 (Marinha Grande/Aveiro);

‐ Extensão: 92,7 km;

‐ Período da concessão: 22 a 30 anos;

‐ Investimento: 575 milhões de euros;

‐ Interliga a A8, a A17 e a A29, constituindo o segundo eixo rodoviário Norte-Sul, que liga Lisboa ao Porto através da região Oeste;

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I - APRESENTAÇÃO

22 Relatório de Sustentabilidade 2012

‐ Concessão totalmente automatizada, através da implementação dos sistemas Via Manual e Via Mais Verde.

Auto-estradas do Atlântico

‐ 2 Auto-estradas: A8 (Lisboa/Leiria) e A15 (Caldas da Rainha/Santarém);

‐ Extensão: 170 km;

‐ Período da concessão: 30 anos;

‐ Forte componente urbana, servindo a região Norte da área metropolitana de Lisboa;

Concessão Litoral Oeste

‐ 3 Auto-estradas: IC2, IC9 e IC36

‐ Extensão total: 109,6 km.

‐ Cerca de 80,6 km de construção e de exploração, 25,9 km só de exploração e 3,1 km de alargamento;

‐ Período da concessão: 30 anos;

‐ Investimento: 622 milhões de euros;

‐ Localizada na zona centro do país, liga a A1, a A8 e a A17.

Concessão Baixo Tejo

‐ 4 Auto-estradas: IC32, IC3, IC20 e IC21;

‐ Adjudicada em Janeiro de 2009;

‐ Extensão total: 73 Km.

‐ A rede existente tem uma extensão de 34 km, compreendendo o IC32, IC3, IC20 e IC21. A rede a construir, com cerca de 34 km, inclui o IC32, vias de ligação à Trafaria e Funchalinho e a ER 377-2.

‐ Período de concessão: 30 anos;

‐ Investimento previsto: 289 milhões de euros;

‐ Concepção, projecto, construção, aumento do número de vias, financiamento, exploração e conservação de lanços de auto-estrada, estrada regional e conjuntos viários associados no distrito de Setúbal;

‐ Fortes sinergias com a rede Brisa, uma vez que esta concessão ligará a A2 à A12;

Concessão Douro Litoral

‐ 3 Auto-estradas com portagem real: A32 (Oliveira de Azeméis/IP 1-São Lourenço), A41 (Circular Regional Exterior do Porto) e A43 (Porto/A41-Aguiar de Sousa);

‐ Extensão: 126 km;

‐ Período da concessão: 27 anos;

‐ Investimento: cerca de mil milhões de euros;

‐ Rede essencial para o desenvolvimento económico interligando e complementando outras infra-estruturas existentes, entre as quais a A1, a A3 e a A4.

‐ Operação e manutenção, por um período de cinco anos (até Março de 2013), dos principais eixos rodoviários que circundam a Área Metropolitana do Porto, perfazendo esta segunda rede cerca de 53 km;

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I - APRESENTAÇÃO

Relatório de Sustentabilidade 2012 23

OS SERVIÇOS RODOVIÁRIOS

Brisa Operação e Manutenção (BO&M)

‐ Constituída em Dezembro de 2009;

‐ Reúne todos os serviços de operação e manutenção;

‐ Actua em serviços de referência, como a gestão activa de tráfego, informação e satisfação do cliente, bem como a assistência e rede de áreas de serviço.

Via Verde

‐ Controlada em 60% pela Brisa, 20% pela Ascendi e em 20% pela SIBS (Sociedade Interbancária de Serviços), a empresa que centraliza as compensações interbancárias e gere a rede Multibanco;

‐ Disponibiliza um sistema de pagamento automático de uma forma totalmente electrónica, sem que o veículo tenha de parar na via;

‐ Esta forma de pagamento electrónico foi disponibilizada a outras operadoras de auto-estradas em Portugal (Auto-estradas do Atlântico, Ascendi, Mafratlântico, Brisal e Lusoponte), promovendo a interoperabilidade entre as diversas redes;

‐ Com este sistema inovador completamente implementado, Portugal tornou-se o primeiro país do Mundo com uma rede integrada de portagem non stop electrónica;

‐ Sistema disponível em vários parques de estacionamento de diferentes operadores nacionais, nos postos de abastecimento da rede GALP e nos restaurantes com McDrive da McDonald’s;

‐ Representa aproximadamente 62% das transacções realizadas em portagens em Portugal;

‐ Presente em mais de 1 400 km de auto-estradas e pontes, cerca de 95 parques de estacionamento e 97 postos de abastecimento;

‐ Em 2012, a Via Verde atingiu os três milhões de utilizadores.

Mcall

‐ Empresa especializada na prestação de serviços de contact center;

‐ Responsável pela linha de apoio ao cliente Via Verde, bem como pelo atendimento do Número Azul da Brisa e pela linha de atendimento da Controlauto;

‐ Faz ainda a gestão de pedidos de assistência por parte de deficientes auditivos (via SMS) nas auto-estradas.

Brisa Inovação e Tecnologia (BIT)

‐ Constituída em Dezembro de 2009;

‐ Resulta da fusão da Brisa Access Electrónica Rodoviária (BAER) com a Direcção de Inovação e Tecnologia (DIT);

‐ Desenvolve actividades de investigação, concepção, desenvolvimento, produção, instalação, suporte e manutenção de todos os equipamentos, sistemas e serviços inteligentes de transporte, que suportam a operação e a exploração de auto-estradas do Grupo;

‐ Acompanha e apoia as necessidades de soluções tecnológicas da Brisa noutros domínios geográficos e no desenvolvimento do seu negócio.

Controlauto (CTA)

‐ Opera no sector de inspecção de veículos automóveis;

‐ Detém uma rede de 46 centros de inspecção;

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I - APRESENTAÇÃO

24 Relatório de Sustentabilidade 2012

AS INFRA-ESTRUTURAS

Brisa Engenharia e Gestão (BEG)

‐ Actividade focada nas áreas de gestão e coordenação de estudos e projectos, expropriações e fiscalização de empreitadas, gestão de obras de arte e pavimentos;

‐ Colaborou no concurso público internacional para a concessão do troço Poceirão-Caia, integrado na ligação ferroviária de Alta Velocidade entre Lisboa e Madrid. O concurso encontra-se suspenso por decisão governamental.

‐ Colaborou na preparação para o futuro concurso do Novo Aeroporto de Lisboa;

‐ No mercado internacional, destaca-se o compromisso com a AGA (Algérienne de Gestion des Autoroutes).

ELOS - Ligações de Alta Velocidade S.A

‐ Participação Brisa: 16,3%;

‐ Contrato de concessão com o Estado: Maio de 2010. O contrato foi suspenso em 2011 por decisão governamental.

INTERNACIONAL

EUA: Northwest Parkway (NWPY)

‐ A concessão Northwest Parkway (NWP) em Denver, no Estado do Colorado, é totalmente detida pela Brisa e tem demonstrado a importância da maximização da eficiência das operações e da inovação para a criação de valor no mercado norte-americano, sendo uma das pioneiras a funcionar em regime All Electronic Toll (cobrança 100% electrónica sem paragem).

Em 2012, esta concessão prosseguiu nos esforços de consolidação e aumento da eficiência da sua actividade operacional.

Holanda: Brisa Nedmobiel Ventures

Criada no final de 2010, a BNV Mobility (BNV) é uma empresa holandesa que concretiza a parceria 50/50 entre a Brisa e a empresa holandesa NedMobiel com vista à participação em projectos de mobilidade (avoid rush hour, road pricing e mobility budgets) no mercado holandês e em mercados vizinhos do Norte da Europa, respondendo também à crescente procura de serviços de operação e manutenção, por parte de concessionárias e de entidades estatais, no espaço EMA (Europa, Médio Oriente e África).

Do portfólio da BNV destacam-se, entre outros, os dois mais bem-sucedidos projectos de mobilidade na Holanda – Spitsmijden A15 Roterdão e Spitsvrij Utrecht - bem como os contratos de consultoria de operação e manutenção da futura auto-estrada que ligará Gebze a Izmir na Turquia, e o contrato de consultoria de operação, sistemas de portagem e telemática rodoviária da auto-estrada M1 – Moscow/Minsk, na Rússia, concessionada ao grupo Gazprom. A BNV continuou assim, em 2012, a sua missão de servir como plataforma de internacionalização da Brisa no desenho e implementação de soluções e gestão de serviços de mobilidade inovadores e na prestação de serviços de consultoria de pré-operação, operação, manutenção e cobrança de portagens em auto-estradas.

Holanda: Movenience

‐ A Movenience é responsável pela cobrança electrónica de portagens na concessão do túnel de Westerschelde na província holandesa de Zeeland. A operar desde 2007 com participação da Brisa, posiciona-se como parceiro estratégico da província de Zeeland e do Estado Holandês para soluções eficientes de road pricing.

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I - APRESENTAÇÃO

Relatório de Sustentabilidade 2012 25

‐ Durante o ano 2012, a introdução do M-card (OBU para motociclistas) foi um marco na actividade da empresa. Acresce a melhoria do nível de serviço bem como o aumento do número de estacionamentos que beneficiaram das facilidades T-Tag.

Para o ano de 2013, manter-se-á um aumento da Base de Parkings com a facilidade T-Tag nas regiões de Middelburg e Goes, bem como o desenvolvimento de uma nova aplicação para parkings de superfície nestas mesmas regiões. Prevê-se ainda uma diversificação dos serviços prestados pela Movenience, especificamente ao nível do sector de pagamentos para o recarregamento das baterias em veículos eléctricos.

Índia: Feedback Brisa Highways (FBH)

‐ Fruto de parceria entre a Brisa e a Feedback Infrastructures Limited, a Feedback Brisa Highways (FBH) foi criada para actuar na área de prestação de serviços de operação, manutenção e cobrança de portagens no mercado de infra-estruturas indiano.

‐ Em 2011 foi assinalado um marco na história da Feedback Brisa Highways, com a constituição da FBH One, uma parceria entre a FBH e a Reliance Infrastructure Ltd (RIL), tornando-se o veículo preferencial para a operação, manutenção e cobrança de portagens das concessões do grupo indiano Reliance.

‐ Ao longo de 2012, a FBH alcançou uma posição de liderança como operadora de auto-estradas independente, reforçando a imagem e valor da marca Ezeeway no mercado indiano, tendo como clientes alguns dos maiores investidores nacionais e internacionais presentes no sector das infra-estruturas rodoviárias.

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I - APRESENTAÇÃO

26 Relatório de Sustentabilidade 2012

Governo da Sociedade

UM BOM GOVERNO DA SOCIEDADE CONSTITUI UM ELEMENTO MOTIVADOR PARA UMA GESTÃO EFICAZ E EFICIENTE EM BENEFÍCIO DE TODAS AS PARTES INTERESSADAS, ASSEGURANDO A COMPATIBILIZAÇÃO ENTRE INTERESSES ECONÓMICOS, SOCIAIS, INDIVIDUAIS E PÚBLICOS

A BRISA adopta o Código de Governo das Sociedades divulgado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), nos termos do número 1 do art. 1.º do Regulamento CMVM nº 1/2010.

Assim, nos termos e para os efeitos deste Regulamento, a Brisa declara que o grau de cumprimento das recomendações contidas no Código de Governo das Sociedades da CMVM é o seguinte:

Recomendações da CMVM Grau de cumprimento

I. ASSEMBLEIA GERAL

I.1. Mesa da Assembleia Geral

I.1.1 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral deve dispor de recursos humanos e logísticos de apoio que sejam adequados às suas necessidades, considerada a situação económica da sociedade.

Cumpre

I.1.2 A remuneração do Presidente da Mesa da Assembleia Geral deve ser divulgada no Relatório Anual sobre o Governo da Sociedade.

Cumpre

1.2 Participação na Assembleia Geral

I.2.1 A antecedência imposta para a recepção, pela mesa, das declarações de depósito ou bloqueio das acções para a participação em assembleia geral não deve ser superior a cinco dias úteis. Não aplicável por força do art 23-C do CVM.

I.2.2 Em caso de suspensão da reunião da assembleia geral, a sociedade não deve obrigar ao bloqueio durante todo o período que medeia até que a sessão seja retomada, devendo bastar-se com a antecedência exigida na primeira sessão. Não aplicável por força do art 23-C do CVM.

1.3 Voto e Exercício do Direito de Voto

I.3.1 As sociedades não devem prever qualquer restrição estatutária do voto por correspondência e, quando adoptado e admissível, ao voto por correspondência electrónico.

Cumpre

I.3.2 O prazo estatutário de antecedência para a recepção da declaração de voto emitida por correspondência não deve ser superior a 3 dias úteis.

Cumpre

I.3.3 As sociedades devem assegurar a proporcionalidade entre os direitos de voto e a participação accionista, preferencialmente através de previsão estatutária que faça corresponder um voto a cada acção. Não cumprem a proporcionalidade as sociedades que, designadamente: i) tenham acções que não confiram o direito de voto; ii) estabeleçam que não sejam contados direitos de voto acima de certo número, quando emitidos por um só accionista ou por accionistas com eles relacionados.

Cumpre

1.4. Quórum Deliberativo As sociedades não devem fixar um quórum deliberativo superior ao previsto na lei.

Cumpre

I.5.Actas e Informação sobre Deliberações Adoptadas Extractos de actas das reuniões da assembleia geral, ou documentos de conteúdo equivalente, devem ser disponibilizados aos accionistas no sítio Internet da sociedade no prazo de 5 dias após a realização da assembleia geral, ainda que não constituam informação privilegiada. A informação divulgada deve abranger as deliberações tomadas, o capital representado e os resultados das votações. Estas informações devem ser conservadas no sítio na internet da sociedade durante pelo menos três anos.

Cumpre

1.6. Medidas relativas ao Controlo das Sociedades

I.6.1 As medidas que sejam adoptadas com vista a impedir o êxito de ofertas públicas de aquisição devem respeitar os interesses da sociedade e dos seus accionistas. Os estatutos das sociedades que, respeitando esse princípio, prevejam a limitação do número de votos que podem ser detidos ou exercidos por um único accionista, de forma individual ou em concertação com outros accionistas, devem prever igualmente que, pelo menos de cinco em cinco anos, será sujeita a deliberação pela assembleia geral a alteração ou a manutenção dessa disposição estatutária – sem requisitos de

Não aplicável

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I - APRESENTAÇÃO

Relatório de Sustentabilidade 2012 27

quórum agravado relativamente ao legal – e que, nessa deliberação, se contam todos os votos emitidos sem que aquela limitação funcione. Não aplicável, uma vez que esta recomendação se destina às sociedades cujos estatutos prevejam limitações ao exercício do voto pelos accionistas em assembleia geral. Os estatutos da Sociedade não prevêem qualquer limitação ao exercício do voto por parte dos accionistas. [I.19, I.20 e I.21]

I.6.2 Não devem ser adoptadas medidas defensivas que tenham por efeito provocar automaticamente uma erosão grave no património da sociedade em caso de transição de controlo ou de mudança da composição do órgão de administração, prejudicando dessa forma a livre transmissibilidade das acções e a livre apreciação pelos accionistas do desempenho dos titulares do órgão de administração.

Cumpre

II. ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO

II.1. Temas Gerais

II.1.1. Estrutura e competência

II.1.1.1 O órgão de administração deve avaliar no seu relatório de governo, o modelo adoptado, identificando eventuais constrangimentos ao seu funcionamento e propondo medidas de actuação que, no seu juízo, sejam idóneas para os superar.

Cumpre

II.1.1.2 As sociedades devem criar sistemas internos de controlo e gestão de riscos, em salvaguarda do seu valor e em benefício da transparência do seu governo societário, que permitam identificar e gerir o risco. Esses sistemas devem integrar, pelo menos, as seguintes componentes: i) fixação dos objectivos estratégicos da sociedade em matéria de assumpção de riscos; [II.5 e II.9] ii) identificação dos principais riscos ligados à concreta actividade exercida e dos eventos susceptíveis de originar riscos; II.5 e II.9] iii) análise e mensuração do impacto e da probabilidade de ocorrência de cada um dos riscos potenciais;[II.5 e II.9] iv) gestão do risco com vista ao alinhamento dos riscos efectivamente incorridos com a opção estratégica da sociedade quanto à assunção de riscos;[II.5 e II.9] v) mecanismos de controlo da execução das medidas de gestão de risco adoptadas e da sua eficácia. [II.5 e II.9] vi) adopção de mecanismos internos de informação e comunicação sobre as diversas componentes do sistema e de alertas de riscos; [II.5 e II.9] vii) avaliação periódica do sistema implementado e adopção das modificações que se mostrem necessárias.

Cumpre

II.1.1.3 O órgão de administração deve assegurar a criação e funcionamento dos sistemas de controlo interno e de gestão de riscos, cabendo ao órgão de fiscalização a responsabilidade pela avaliação do funcionamento destes sistemas e propor o respectivo ajustamento às necessidades da sociedade.

Cumpre

II.1.1.4. As sociedades devem, no relatório anual sobre o Governo da Sociedade: i) identificar os principais riscos económicos, financeiros e jurídicos a que a sociedade se expõe no exercício da actividade; ii) descrever a actuação e eficácia do sistema de gestão de riscos.

Cumpre

II.1.1.5. Os órgãos de administração e fiscalização devem ter regulamentos de funcionamento os quais devem ser divulgados no sítio na Internet da sociedade.

Cumpre

II.1.2 Incompatibilidades e Independência

II.1.2.1 O conselho de administração deve incluir um número de membros não executivos que garanta efectiva capacidade de supervisão, fiscalização e avaliação da actividade dos membros executivos.

Cumpre

II.1.2.2 De entre os administradores não executivos deve contar-se um número adequado de administradores independentes, tendo em conta a dimensão da sociedade e a sua estrutura accionista, que não pode em caso algum ser inferior a um quarto do número total de administradores. Conforme explicitado em II.3, apesar de um terço dos administradores não executivos serem independentes, entendendo-se como tal, os administradores que no exercício das suas funções não se encontram associados de forma indelével a qualquer dos grupos de interesses específicos que coabitam na Sociedade, estes representam menos do que um quarto do número total de administradores.

Não cumpre

II.1.2.3. A avaliação da independência dos seus membros não executivos feita pelo Não aplicável

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I - APRESENTAÇÃO

28 Relatório de Sustentabilidade 2012

órgão de administração deve ter em conta as regras legais e regulamentares em vigor sobre os requisitos de independência e o regime de incompatibilidades aplicáveis aos membros dos outros órgãos sociais, assegurando a coerência sistemática e temporal na aplicação dos critérios de independência a toda a sociedade. Não deve ser considerado independente administrador que, noutro órgão social, não pudesse assumir essa qualidade por força das normas aplicáveis. Com efeito, um regulamento ou um código de natureza recomendatória, não podem em circunstância alguma, derrogar ou violar a aplicação de uma lei. No caso concreto, a questão da independência dos membros dos órgãos sociais, é claramente regulada no Código das Sociedades Comerciais. As regras de independência definidas no art. 414.º deste Código aplicam-se directa e expressamente aos membros do órgão de fiscalização, bem como, por força remição expressa do art. 374.º - A, aos membros da mesa da assembleia geral, mesmo neste caso, a remição expressa, não deixa de salvaguardar as necessárias adaptações. De todo o expresso resulta com clareza que, nos termos do Código das Sociedades Comerciais, não se pode aplicar aos membros dos órgãos de administração, regras específicas e exclusivas dos membros dos órgãos de fiscalização e da mesa da assembleia geral. Em conclusão, a Brisa tem três administradores não executivos independentes, e essa efectiva e incontornável realidade em nada pode ser afectada pela circunstância de, à luz das regras exclusivamente aplicáveis aos membros dos órgãos de fiscalização e da mesa da assembleia geral tal não se verificar, uma vez que, os regimes específicos, são isso mesmo, são só aplicáveis na medida e nos termos para os quais forem especificamente criados. Assim, as empresas não podem ser de forma alguma “penalizadas” ou avaliadas de forma menos positiva, em resultado da aplicação de regras, que, legalmente, não são aplicáveis. De resto, a Brisa, em carta dirigida à CMVM em 22 de Janeiro de 2010, pediu expressamente o esclarecimento sobre esta matéria, não tendo, até à data, recebido qualquer resposta.

II.1.3 Elegibilidade e Nomeação

II.1.3.1 Consoante o modelo aplicável, o presidente do conselho fiscal, da comissão de auditoria ou da comissão para as matérias financeiras deve ser independente e possuir as competências adequadas ao exercício das respectivas funções.

Cumpre

II.1.3.2. O processo de selecção de candidatos a administradores não executivos deve ser concebido de forma a impedir a interferência dos administradores executivos.

Cumpre

II.I.4 Política de Comunicação de Irregularidades

II.1.4.1 A sociedade deve adoptar uma política de comunicação de irregularidades alegadamente ocorridas no seu seio, com os seguintes elementos: i) indicação dos meios através dos quais as comunicações de práticas irregulares podem ser feitas internamente, incluindo as pessoas com legitimidade para receber comunicações; ii) indicação do tratamento a ser dado às comunicações, incluindo tratamento confidencial, caso assim seja pretendido pelo declarante.

Cumpre

II.1.4.2. As linhas gerais desta política devem ser divulgadas no relatório sobre o Governo da Sociedade.

Cumpre. A BRISA implementou um sistema de

comunicação de irregularidades, cujo regulamento está disponível

em www.brisa.pt

II.1.5 Remuneração

II.1.5.1 A remuneração dos membros do órgão de administração deve ser estruturada de forma a permitir o alinhamento dos interesses daqueles com os interesses de longo prazo da sociedade, basear-se em avaliação de desempenho e desincentivar a assunção excessiva de riscos. Para este efeito, as remunerações devem ser estruturadas, nomeadamente, da seguinte forma:

(i) A remuneração dos administradores que exerçam funções executivas deve integrar uma componente variável cuja determinação dependa de uma avaliação de desempenho, realizada pelos órgãos competentes da sociedade, de acordo com critérios mensuráveis pré-determinados, que considere o real crescimento da empresa e a riqueza efectivamente criada para os accionistas, a sua sustentabilidade a longo prazo e os riscos assumidos, bem como o cumprimento das regras aplicáveis à actividade da empresa.

Cumpre

(ii) A componente variável da remuneração deve ser globalmente razoável em relação Cumpre

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I - APRESENTAÇÃO

Relatório de Sustentabilidade 2012 29

à componente fixa da remuneração, e devem ser fixados limites máximos para todas as componentes.

(iii) Uma parte significativa da remuneração variável deve ser diferida por um período não inferior a três anos, e o seu pagamento deve ficar dependente da continuação do desempenho positivo da sociedade ao longo desse período.

Cumpre

(iv) Os membros do órgão de administração não devem celebrar contractos, quer com a sociedade, quer com terceiros, que tenham por efeito mitigar o risco inerente à variabilidade da remuneração que lhes for fixada pela sociedade.

Cumpre

(v) Até ao termo do seu mandato, devem os administradores executivos manter as acções da sociedade a que tenham acedido por força de esquemas de remuneração variável, até ao limite de duas vezes o valor da remuneração total anual, com excepção daquelas que necessitem ser alienadas com vista ao pagamento de impostos resultantes do benefício dessas mesmas acções.

Cumpre

(vi) Quando a remuneração variável compreender a atribuição de opções, o início do período de exercício deve ser diferido por um prazo não inferior a três anos.

Não aplicável

(vii) Devem ser estabelecidos os instrumentos jurídicos adequados para que a compensação estabelecida para qualquer forma de destituição sem justa causa de administrador não seja paga se a destituição ou cessação por acordo é devida a desadequado desempenho do administrador.

Não aplicável, em última análise, a determinação da compensação por despedimento sem justa causa é da

competência dos tribunais

viii) A remuneração dos membros não executivos do órgão de administração não deverá incluir nenhuma componente cujo valor dependa do desempenho ou do valor da sociedade. [II.30 e II.34]. Numa recomendação com oito alíneas, em que cada uma consubstancia uma recomendação distinta, com grau de relevância diferente entre si, não é possível tirar qualquer conclusão fundamentada, se se considerar que há incumprimento de todas as recomendações, quando não se cumpre apenas uma. Por essa razão, de absoluta transparência, é que, no relatório de governo societário, se refere o grau de cumprimento em relação a cada uma das alíneas em causa.

Cumpre

II.1.5.2 A declaração sobre a política de remunerações dos órgãos de administração e fiscalização a que se refere o artigo 2.º da Lei n.º 28/2009, de 19 de Junho, deve, além do conteúdo ali referido, conter suficiente informação: i) sobre quais os grupos de sociedades cuja política e práticas remuneratórias foram tomadas como elemento comparativo para a fixação da remuneração; ii) sobre os pagamentos relativos à destituição ou cessação por acordo de funções de administradores.

Cumpre

II.1.5.3 A declaração sobre a política de remunerações a que se refere o art. 2.º da Lei n.º 28/2009 deve abranger igualmente as remunerações dos dirigentes na acepção do n.º 3 do artigo 248.º-B do Código dos Valores Mobiliários e cuja remuneração contenha uma componente variável importante. A declaração deve ser detalhada e a política apresentada deve ter em conta, nomeadamente, o desempenho de longo prazo da sociedade, o cumprimento das normas aplicáveis à actividade da empresa e a contenção na tomada de riscos.

Cumpre

II.1.5.4 Deve ser submetida à Assembleia Geral a proposta relativa à aprovação de planos de atribuição de acções, e/ou de opções de aquisição de acções ou com base nas variações do preço das acções, a membros dos órgãos de administração, fiscalização e demais dirigentes, na acepção do n.º 3 do artigo 248.º-B do Código dos Valores Mobiliários. A proposta deve conter todos os elementos necessários para uma avaliação correcta do plano. A proposta deve ser acompanhada do regulamento do plano ou, caso o mesmo ainda não tenha sido elaborado, das condições gerais a que o mesmo deverá obedecer. Da mesma forma devem ser aprovadas em Assembleia Geral as principais características do sistema de benefícios de reforma de que beneficiem os membros dos órgãos de administração, fiscalização e demais dirigentes, na acepção do n.º 3 do artigo 248.º-B do Código dos Valores Mobiliários.

Cumpre

II.1.5.6. Pelo menos um representante da comissão de remunerações deve estar presente nas assembleias gerais de accionistas.

Cumpre

II.1.5.7. Deve ser divulgado, no relatório anual sobre o Governo da Sociedade, o montante da remuneração recebida, de forma agregada e individual, em outras empresas do grupo e os direitos de pensão adquiridos no exercício em causa.

Cumpre

II.2 Conselho de Administração

II.2.1 Dentro dos limites estabelecidos por lei para cada estrutura de administração e fiscalização, e salvo por força da reduzida dimensão da sociedade, o conselho de administração deve delegar a administração quotidiana da sociedade, devendo as

Cumpre

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I - APRESENTAÇÃO

30 Relatório de Sustentabilidade 2012

competências delegadas ser identificadas no relatório anual sobre o Governo da Sociedade.

II.2.2 O conselho de administração deve assegurar que a sociedade actua de forma consentânea com os seus objectivos, não devendo delegar a sua competência, designadamente, no que respeita a: i) definir a estratégia e as políticas gerais da sociedade; [II.3] ii) definir a estrutura empresarial do grupo; iii) decisões que devam ser consideradas estratégicas devido ao seu montante, risco ou às suas características especiais.

Cumpre

II.2.3 Caso o presidente do conselho de administração exerça funções executivas, o conselho de administração deve encontrar mecanismos eficientes de coordenação dos trabalhos dos membros não executivos, que designadamente assegurem que estes possam decidir de forma independente e informada, e deve proceder-se à devida explicitação desses mecanismos aos accionistas no âmbito do relatório sobre o Governo da Sociedade.

Cumpre

II.2.4 O relatório anual de gestão deve incluir uma descrição sobre a actividade desenvolvida pelos administradores não executivos referindo, nomeadamente, eventuais constrangimentos deparados.

Cumpre

II.2.5 A sociedade deve explicitar a sua política de rotação dos pelouros no conselho de administração, designadamente do responsável pelo pelouro financeiro, e informar sobre ela no relatório anual sobre o Governo da Sociedade.

Cumpre

II.3 Administrador-delegado, Comissão Executiva e Conselho de Administração Executivo

II.3.1 Os administradores que exerçam funções executivas, quando solicitados por outros membros dos órgãos sociais, devem prestar, em tempo útil e de forma adequada ao pedido, as informações por aqueles requeridas.

Cumpre

II.3.2 O presidente da comissão executiva deve remeter, respectivamente, ao presidente do conselho de administração e, conforme aplicável, ao presidente da conselho fiscal ou da comissão de auditoria, as convocatórias e as actas das respectivas reuniões.

Cumpre

II.3.3 O presidente do conselho de administração executivo deve submeter ao presidente do conselho geral e de supervisão e ao presidente da comissão para as matérias financeiras, as convocatórias e as actas das respectivas reuniões.

Não aplicável ao modelo de governo adoptado pela BRISA

II.4 Conselho Geral e de Supervisão, Comissão para as Matérias Financeiras, Comissão de Auditoria e Conselho Fiscal

II.4.1 O conselho geral e de supervisão, além do exercício das competências de fiscalização que lhes estão cometidas, deve desempenhar um papel de aconselhamento, acompanhamento e avaliação contínua da gestão da sociedade por parte do conselho de administração executivo. Entre as matérias sobre as quais o conselho geral e de supervisão deve pronunciar-se incluem-se: i) a definição da estratégia e das políticas gerais da sociedade; ii) a estrutura empresarial do grupo; e iii) decisões que devam ser consideradas estratégicas devido aos seus montantes, risco ou às suas características especiais.

Não aplicável ao modelo de governo adoptado pela BRISA

II.4.2 Os relatórios anuais sobre a actividade desenvolvida pelo conselho geral e de supervisão, a comissão para as matérias financeiras, a comissão de auditoria e o conselho fiscal devem ser objecto de divulgação no sítio da Internet da sociedade, em conjunto com os documentos de prestação de contas.

Cumpre

II.4.3 Os relatórios anuais sobre a actividade desenvolvida pelo conselho geral e de supervisão, a comissão para as matérias financeiras, a comissão de auditoria e o conselho fiscal devem incluir a descrição sobre a actividade de fiscalização desenvolvida referindo, nomeadamente, eventuais constrangimentos deparados.

Cumpre

II.4.4 O conselho geral e de supervisão, a comissão de auditoria e o conselho fiscal, consoante o modelo aplicável, devem representar a sociedade, para todos os efeitos, junto do auditor externo, competindo-lhe, designadamente, propor o prestador destes serviços, a respectiva remuneração, zelar para que sejam asseguradas, dentro da empresa, as condições adequadas à prestação dos serviços, bem assim como ser o interlocutor da empresa e o primeiro destinatário dos respectivos relatórios.

Cumpre

II.4.5 O conselho geral de supervisão, a comissão de auditoria e o conselho fiscal, consoante o modelo aplicável, devem anualmente avaliar o auditor externo e propor à assembleia geral a sua destituição sempre que se verifique justa causa para o efeito.

Não aplicável

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I - APRESENTAÇÃO

Relatório de Sustentabilidade 2012 31

II.4.6. Os serviços de auditoria interna, e os que zelem pelo cumprimento das normas aplicadas à sociedade (serviços de compliance), devem reportar funcionalmente, no caso das sociedades que adoptem o modelo latino, a um administrador independente ou ao conselho fiscal, independentemente da relação hierárquica que esses serviços mantenham com a administração executiva da sociedade.

Cumpre

II.5 Comissões Especializadas

II.5.1 Salvo por força da reduzida dimensão da sociedade, o conselho de administração e o conselho geral e de supervisão, consoante o modelo adoptado, devem criar as comissões que se mostrem necessárias para:

Assegurar uma competente e independente avaliação do desempenho dos administradores executivos e para a avaliação do seu próprio desempenho global, bem como das diversas comissões existentes;

Cumpre

Reflectir sobre o sistema de governo adoptado, verificar a sua eficácia e propor aos órgãos competentes as medidas a executar tendo em vista a sua melhoria;

Cumpre

Identificar atempadamente potenciais candidatos com o elevado perfil necessário ao desempenho de funções de administrador. [II.1II.16, II.17].

Cumpre, na exacta medida em que, por lei, tal lhe é permitido.

II.5.2 Os membros da comissão de remunerações ou equivalente devem ser independentes relativamente aos membros do órgão de administração e incluir pelo menos um elemento com conhecimentos e experiência em matérias de políticas de remuneração.

Cumpre

II.5.3. Não deve ser contratada para apoiar a comissão de remunerações no desempenho das suas funções qualquer pessoa singular ou colectiva que preste ou tenha prestado, nos últimos três anos, serviços a qualquer estrutura na dependência do conselho de administração, ao próprio conselho de administração da sociedade ou que tenha relação actual com consultora da empresa. Esta recomendação é aplicável igualmente a qualquer pessoa singular ou colectiva que com aquelas se encontre relacionada por contrato de trabalho ou prestação de serviços.

Cumpre

II.5.4 Todas as comissões devem elaborar actas das reuniões que realizem. Cumpre

III. INFORMAÇÃO E AUDITORIA

III.1 Deveres Gerais de Informação

III.1.1 As sociedades devem assegurar a existência de um permanente contacto com o mercado, respeitando o princípio da igualdade dos accionistas e prevenindo as assimetrias no acesso à informação por parte dos investidores. Para tal deve a sociedade manter um gabinete de apoio ao investidor.

Cumpre

III.1.2 A seguinte informação disponível no sítio da Internet da sociedade deve ser divulgada em inglês: a) A firma, a qualidade de sociedade aberta, a sede e os demais elementos mencionados no artigo 171.º do Código das Sociedades Comerciais; [III.16]. b) Estatutos; [III.16]. c) Identidade dos titulares dos órgãos sociais e do representante para as relações com o mercado; [III.16]. d) Gabinete de Apoio ao Investidor, respectivas funções e meios de acesso; [III.16]. e) Documentos de prestação de contas; [III.16]. f) Calendário semestral de eventos societários; [III.16]. g) Propostas apresentadas para discussão e votação em assembleia geral; [III.16]. h) Convocatórias para a realização de assembleia geral. [III.16].

Cumpre

III.1.3. As sociedades devem promover a rotação do auditor ao fim de dois ou três mandatos, conforme seja respectivamente de quatro ou três anos. A sua manutenção além deste período deverá ser fundamentada num parecer específico do órgão de fiscalização que pondere expressamente as condições de independência do auditor e as vantagens e os custos da sua substituição.

Não cumpre

III.1.4. O auditor externo deve, no âmbito das suas competências, verificar a aplicação das políticas e sistemas de remunerações, a eficácia e o funcionamento dos mecanismos de controlo interno e reportar quaisquer deficiências ao órgão de fiscalização da sociedade. [Relatório do Auditor Externo]

Cumpre

III.1.5. A sociedade não deve contratar ao auditor externo, nem a quaisquer entidades que com eles se encontrem em relação de participação ou que integrem a mesma rede, serviços diversos de auditoria. Havendo razões para a contratação de tais serviços – que

Não cumpre

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32 Relatório de Sustentabilidade 2012

devem ser aprovados pelo órgão de fiscalização e explicitas no seu relatório anual sobre o Governo da Sociedade – eles não devem assumir um relevo superior a 30% do valor total dos serviços prestados à sociedade.

IV. CONFLITOS DE INTERESSES

IV.1.1 Os negócios da sociedade com accionistas titulares de participação qualificada, ou com entidades que com eles estejam em qualquer relação, nos termos do art. 20.º do Código dos valores Mobiliários, devem ser realizados em condições normais de mercado.

Não aplicável

IV.1.2. Os negócios de relevância significativa com accionistas titulares de participação qualificada, ou com entidades que com eles estejam em qualquer relação, nos termos do art. 20.º do Código dos valores Mobiliários, devem ser submetidos a parecer prévio do órgão de fiscalização. Este órgão deve estabelecer os procedimentos e critérios necessários para a definição do nível relevante de significância destes negócios e os demais termos de intervenção.

Cumpre

Para informação mais detalhada deverá consultar o capítulo “Relatório sobre o Governo Societário” do Relatório e Contas Brisa 2012.

Modelo de Governo da Sociedade

A Brisa considera que, face à actividade que desenvolve, o sistema que adoptou é o mais adequado para assegurar o Governo da Sociedade de forma eficiente e transparente, de modo a criar valor para todos os accionistas.

O capital da Brisa é representado por 600 milhões de acções de um euro cada, estando todas as acções cotadas em Bolsa e não havendo quaisquer diferentes categorias de acções ou de direitos, independentemente do número de acções que cada accionista possa deter. A cada acção corresponde um voto. A Brisa foi, de resto, a primeira sociedade a estabelecer este princípio de uma acção um voto, a par da abolição de quaisquer limitações ao livre exercício do voto.

Não existem também quaisquer regras estatutárias de fixação de qualquer quórum constitutivo ou deliberativo, nem quaisquer limitações ao exercício do voto por correspondência, sendo disponibilizado no sítio da Brisa (www.brisa.pt) um modelo para esse efeito. Este mesmo sítio constitui um meio privilegiado na relação entre a Sociedade e os seus accionistas, disponibilizando uma plataforma que permite o exercício, online, do seu direito de voto. Neste canal podem também ser encontradas as actas das Assembleias Gerais da Brisa.

A Brisa, por deliberação dos seus accionistas, adoptou como modelo de governo um Conselho de Administração e um Conselho Fiscal. Deste modo, as funções executivas e fiscalizadoras estão claramente separadas entre si, dado estarem atribuídas a órgãos distintos. Neste quadro, ao nível do Conselho de Administração, existe um regime de solidariedade e de responsabilidade mútua, sem excepção, entre todos os seus membros.

No entanto, e sem prejuízo desse regime de solidariedade, é por demais evidente a vantagem em que os órgãos de administração sejam compostos por membros executivos e não executivos, podendo estes últimos contribuir com uma visão mais abrangente e menos comprometida com as situações concretas do dia-a-dia e estando assim numa situação privilegiada para contribuir de forma construtiva para a análise e definição estratégica e no acompanhamento da actividade da Sociedade, identificando eventuais falhas, sugerindo alterações e melhorias, ou mesmo, soluções alternativas.

O Conselho de Administração é composto por 14 membros. Destes, cinco integram a Comissão Executiva e nove são não executivos. Entre os membros não executivos, três são independentes, não se encontrando associados a qualquer dos grupos de interesses específicos que coabitam na Sociedade.

As reuniões do Conselho de Administração têm uma periodicidade mínima trimestral, estando a gestão executiva da Sociedade atribuída à Comissão Executiva.

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I - APRESENTAÇÃO

Relatório de Sustentabilidade 2012 33

De acordo com o modelo governativo adoptado na Brisa, o Presidente do Conselho de Administração é Presidente da Comissão Executiva.

Neste contexto, foram constituídas no seio do Conselho de Administração, duas outras comissões que integram exclusivamente administradores não executivos, tendo a primeira como atribuições principais o acompanhamento e fiscalização das matérias referentes ao governo societário e à sustentabilidade, e a outra as funções relativas ao acompanhamento das questões relativas à auditoria interna e gestão de riscos.

O processo de reorganização societária, concluído em 2010, levou à autonomização de algumas das áreas de negócio e originou uma nova estrutura do Grupo. Neste âmbito, ficaram reservados para o Conselho de Administração, entre outros, os seguintes poderes:

(i) Transacções, incluindo a assunção de compromissos de conclusão de tais transacções, que possam resultar na transmissão ou oneração de quaisquer acções detidas pela Sociedade em qualquer uma das suas subsidiárias que, directa ou indirectamente, actue como concessionária da Concessão Principal, cujas bases foram aprovadas pelo Decreto-Lei n.º 247-C/2008, de 30 de Dezembro (ou outra que lhe suceda, e que inclua no respectivo objecto, pelo menos, as auto-estradas nele identificadas);

(ii) Contratos, acordos ou quaisquer transacções dos quais resulte, directa ou indirectamente, a transmissão ou oneração da Concessão Principal, incluindo em resultado de reorganizações internas do grupo societário controlado pela Sociedade;

(iii) Contratos, acordos ou quaisquer transacções dos quais resulte, directa ou indirectamente, a diluição da participação económica da Sociedade na Concessão Principal, incluindo as que resultarem da emissão de acções ou de outros valores mobiliários convertíveis em acções representativas do capital social da Sociedade e/ou de qualquer uma das suas subsidiárias.

(iv) Entrega de fundos à Brisa por qualquer uma das participadas do Grupo, quer por via de distribuições de dividendos ou empréstimos quer através de propostas de pagamento dos mesmos, sempre que o montante a entregar represente menos de 80% dos fundos disponíveis no balanço da Brisa – Concessão Rodoviária, S.A. (tendo em conta tanto as restrições legais aplicáveis, como as restrições contratuais existentes e decorrentes de financiamentos obtidos junto de terceiros).

(v) Alterações aos estatutos ou aos regulamentos internos dos órgãos sociais de qualquer uma das participadas do grupo, bem como cisão, fusão, dissolução, contratos de subordinação ou de grupo, relativos ou a celebrar por qualquer uma dessas sociedades.

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I - APRESENTAÇÃO

34 Relatório de Sustentabilidade 2012

Órgãos Sociais

Assembleia Geral (AG) Conselho Fiscal(CF)

Conselho de Administração/Comissão Executiva(CA/CE) Secretário da Sociedade

Presidente António Vitorino Vice Presidente Francisco de Sousa Câmara Secretário Tiago Melo

Presidente Francisco Xavier Alves Vogal Tirso Olázabal Cavero Vogal Joaquim Patrício da Silva RoC Alves da Cunha, Assunção Dias & Associados

Presidente Vasco de Mello Vice-Presidente Pedro Rocha e Melo Vogal João Azevedo Coutinho Vogal António Nunes de Sousa Vogal Daniel Amaral Vogal António Fernandes de Sousa Vogal Martin Rey Vogal Rui Diniz Vogal Antonino lo Bianco Vogal Michael Allen Vogal Margarida Corrêa de Aguiar Vogal Jorge Gonçalves Vogal Luis Brito de Goes Vogal Graham Marr

Tiago Melo

Comissões

Eleita pela AG

Comissão de Vencimentos Presidente Luis Cortes Martins Vogal Pedro Norton de Matos Vogal Jaime Anahory

Designada pelo CA

Comissão de Acompanhamento do Governo Societário e Sustentabilidade Presidente Margarida Corrêa de Aguiar Vogal Michael Allen Vogal Luis Brito de Goes Comissão de Auditoria e Gestão de Risco Presidente António Fernandes de Sousa Vogal Martin Rey Vogal Rui Diniz

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I - APRESENTAÇÃO

Relatório de Sustentabilidade 2012 35

Pelouros da Comissão Executiva

Vasco de Mello Pedro Rocha e Melo João Azevedo Coutinho

António Nunes de Sousa Daniel Amaral

Coordenação Geral

Centro Corporativo Centro Corporativo Centro Corporativo Concessões Centro Corporativo

Marketing e Relações Institucionais

Jurídica Administrativa Concessão Litoral Oeste

Desenvolvimento de Negócios

Planeamento e Estratégia

Auditoria, Organização e Qualidade

Operação e Manutenção

Concessões

Recursos Humanos Financeira Brisa O&M Concessão Litoral Centro

Concessões Redes e Sistemas Brisa Inovação e Tecnologia

Concessão Douro Litoral

Concessão Brisa Infra-Estruturas Via Verde Portugal Concessão Baixo Tejo

Controlauto – Controlo Técnico Automóvel Mcall

Auto-Estradas do Atlântico

Transport Infrastructure Investment Company

Brisa Engenharia e Gestão Internacional

Northwest Parkway

Movenience

BNV Mobility

Feedback Highways

Centro Corporativo e Áreas de Actividade

Centro Corporativo

Administrativa Auditoria, Organização e Qualidade Financeira

Planeamento e Estratégia

Desenvolvimento de Negócios

Carlos Salazar de Sousa

Ana Cláudia Gomes Manuel Matos Manuel Melo Ramos Guilherme Magalhães

Jurídica Recursos Humanos Marketing e Relações Institucionais Redes e Sistemas

Luís Geraldes Henrique Pulido Luis D’Eça Pinheiro Rui Gil

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I - APRESENTAÇÃO

36 Relatório de Sustentabilidade 2012

Áreas de Actividade

Concessões Operação e Manutenção Outras Infra-estruturas Internacional

Concessão Brisa Brisa Operação e Manutenção Controlauto - Controlo Técnico Automóvel Northwest Parkway

Manuel Lamego Valdemar Mendes Luís Roda Vasco Trigoso da Cunha

Giusepe Nigra Pedro Costa

Concessão Litoral Centro Brisa Inovação e Tecnologia Transport Investment Infrastructure Company Movenience

José Braga Jorge Sales Gomes Rui Roque Francisco Montanha Rebelo

Manuel Cary Francisco Rocio Mendes José Honorato Medeiros

Concessão Douro Litoral Via Verde Portugal Transport Investment Infrastructure Company Brisa Nedmobiel Ventures

João Portela Luís Vasconcelos Pinheiro Manuel Cary Francisco Rocio Mendes Pedro Mourisca

Concessão Auto Estradas do Atlântico M Call Feedback Highways OMT

José Braga Margarida Charters Pedro Baptista

*Remuneração diferida pelo período de três anos a contar de 2012, condicionada à continuação do desempenho positivo da Sociedade ao longo desse período, tendo em conta, pelo menos, um dos seguintes indicadores: - evolução positiva da cotação do título Brisa de, pelo menos, 5% ao ano ou 15% no período dos três anos; - crescimento do EBITDA – CAPEX de, pelo menos, 5% ao ano ou 15% no período de três anos.

Remuneração individualizada: Membros executivos

Nome Rem. Fixa Rem. Variável Benef.

Definidos Total

Vasco Maria Guimarães José de Mello 422 578,21 110 000,00 59 850,00 592 428,21

João Pedro Stilwell Rocha e Melo 408 602,29 105 000,00 57 750,00 571 352,29

João Pedro Ribeiro de Azevedo Coutinho 365 830,74 145 500,00 51 450,02 562 780,76

António José Lopes Nunes de Sousa 362 451,26 163 500,00 51 450,02 577 401,28

Daniel Alexandre Miguel Amaral 365 782,93 115 500,00 51 450,02 532 732,95

TOTAL 1 925 245,43 639 500,00 271 950,06 2 836 695,49

Remuneração diferida dos Vogais Executivos do Conselho de Administração

Nome Rem. Diferida

Vasco Maria Guimarães José de Mello 50 000,00

João Pedro Stilwell Rocha e Melo 45 000,00

João Pedro Ribeiro de Azevedo Coutinho 62 500,00

António José Lopes Nunes de Sousa 70 500,00

Daniel Alexandre Miguel Amaral 50 100,00

TOTAL 278 100,00

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I - APRESENTAÇÃO

Relatório de Sustentabilidade 2012 37

Membros Não Executivos

NOME REMUNERAÇÃO FIXA

António José Fernandes de Sousa 99 006,88

Luís Eduardo Brito Freixial de Goes*** 37 078,03

Francisco-José Aljaro Navarro* 54 628,75

Martin Wolfgang Johannes Rey 85 448,64

João Vieira de Almeida** 81 207,20

Michael Gregory Allen 85.448,64

Antonino Lo Bianco 71 207,16

Maria Margarida de Lucena de Castelo-Branco Corrêa de Aguiar 99 006,88

Jorge Manuel Pereira Caldas Gonçalves 84 740,52

Rui Alexandre Pires Diniz 99 006,88

Graham Peter Wilson Marr**** 11 666,67

TOTAL 1 538 446,25 * Terminou o mandato, por renúncia, em 27 de Agosto de 2012. ** Terminou o mandato, por renúncia, em 31 de Outubro de 2012. *** Cooptado a 27 de Agosto de 2012. **** Cooptado a 31 de Outubro de 2012, valor pago em 2013, por referência a 2012.

Page 38: Relatório de Sustentabilidade 2012

I - APRESENTAÇÃO

38 Relatório de Sustentabilidade 2012

Comunicação Interna de Irregularidades

Em 2009 foi aprovada a constituição de um sistema de comunicação interna de irregularidades. Esta deliberação teve como objectivo a criação, sob a supervisão da Comissão para o Acompanhamento do Governo Societário e da Sustentabilidade, de um sistema que dê a possibilidade a todos os colaboradores de denunciar, de forma livre e consciente, situações que configurem eventuais violações de natureza ética ou legal e que se verifiquem no seio da empresa. Esta iniciativa corporiza o forte compromisso da empresa na condução da sua actividade no respeito da legalidade e dos princípios vertidos no Código de Ética, contribuindo ainda para a detecção prévia de eventuais situações irregulares.

Nos termos do regulamento aprovado, (disponível em www.brisa.pt) foram criados através da intranet e do sítio da empresa, uma lista de endereços dedicados que permitem, em ambiente de absoluta confidencialidade, a comunicação de eventuais irregularidades, que pode ainda ser feita por via de e-mail, fax ou postal.

O tratamento desta informação e condução dos respectivos processos são da competência do Provedor de Ética, função desempenhada pelo Dr. Daniel Pacheco Amaral, a quem são facultados todos os meios para o cabal desempenho das suas funções de forma eficaz e independente. O Provedor de Ética pode consultar toda a documentação e solicitar a todos os serviços as informações que considere pertinentes.

Sem prejuízo de situações que considere graves ou urgentes, o Provedor de Ética apresentará trimestralmente, à Comissão para o Acompanhamento do Governo Societário e da Sustentabilidade, um relatório da actividade desenvolvida e das recomendações que preconiza em relação a cada um dos processos concluídos nesse trimestre.

Na sequência da designação do Provedor de Ética foi desenvolvida uma ampla acção de formação, abrangendo 2 434 colaboradores do Grupo, no sentido de explicar e esclarecer todas as dúvidas sobre o Código de Ética e a sua aplicação, assim como o modo e forma de funcionamento do sistema de comunicação de irregularidades.

O regulamento de comunicação de irregularidades foi entretanto submetido à apreciação da Comissão Nacional de Protecção de Dados em 2010, tendo sido aprovado por despacho de 30 de Outubro de 2012.

Actividades de relações com os investidores

A Brisa mantém com os seus accionistas, investidores, analistas e público de uma forma geral, uma relação baseada na transparência, com uma forte actividade de comunicação, através de múltiplos canais criados para esse efeito.

Durante o ano de 2012 e em resultado da OPA lançada sobre a totalidade das acções Brisa a 29 de Março, foram cancelados todos os eventos financeiros como reuniões, roadshows e conferências. A maioria dos analistas financeiros que faziam cobertura do título Brisa, deixaram de o fazer após a publicação do anúncio de oferta preliminar, tendo as restantes instituições abandonado a análise da acção Brisa mais tarde, em virtude do reduzido free float conhecido em Agosto, com o resultado final da OPA.

De Janeiro a Março foram visitados 12 investidores em Madrid e Lisboa. Foram efectuadas as Apresentações de Resultados no início do ano e as conference calls (dirigidas a analistas, fund managers e media) nas datas de divulgação dos resultados trimestrais e semestrais conforme o calendário planeado. Foram ainda feitos ao mercado 91 comunicados de informação privilegiada e outros.

Page 39: Relatório de Sustentabilidade 2012

II - VECTORES DA SUSTENTABILIDADE

Page 40: Relatório de Sustentabilidade 2012

II - VECTORES DA SUSTENTABILIDADE

40 Relatório de Sustentabilidade 2012

Desempenho Económico

VECTOR TEMA MATERIAL LINHAS DE ACTUAÇÃO

Internacionalização e Novos Negócios Crescimento através de projectos capital light

Tráfego e Receitas de Portagem Eficiência Operacional

Cash-flow

Gestão de risco Sistema de Gestão Integrada de Riscos

Governo da Sociedade Cumprimento das recomendações CMVM (ver capítulo 1 – Governo da Sociedade)

Pegada económico-social da Brisa Inovação e Tecnologia

A inovação é vital para consumidores, empresas e países, constituindo uma fonte de produtividade, crescimento e vantagens competitivas. A necessidade de garantir maior eficiência conferiu ainda maior importância a esta actividade que visa encontrar novas e sustentadas formas de crescimento.

Na Brisa, esta actividade está concentrada na Brisa Inovação e Tecnologia (BIT), subsidiária que tem como missão assegurar as competências e actividades relacionadas com a investigação, concepção, desenvolvimento, produção, instalação e manutenção de equipamentos, sistemas e serviços inteligentes de transporte que suportam a operação e exploração de auto-estradas. Cabe ainda à BIT a missão de garantir uma visão estratégica e de eficiência da cadeia de valor como um todo, de forma a permitir a rentabilização das competências em conhecimento, inovação e tecnologia existentes no grupo.

Para o desempenho da sua actividade a BIT funciona de acordo com um sistema de inovação aberto, assumindo o papel de orquestradora, em que o desenvolvimento de novos produtos é feito com recurso a uma fábrica virtual, onde participam diversos stakeholders, desde universidades, centros tecnológicos, startups e fornecedores. Este modelo permitiu o desenvolvimento de projectos de elevada dimensão com riscos e custos mitigados.

Assumindo a BIT este posicionamento no mercado em que actua, importava avaliar qual o impacto que o desenvolvimento do seu negócio tem, não só para a empresa mas também para a sociedade em que se insere. Foi este o âmbito de um trabalho académico, desenvolvido no âmbito de uma tese de mestrado realizada no ISCTE – IUL, apresentada em Julho de 2012 e que teve como horizonte de estudo o biénio 2010/2011.

Para o desenvolvimento dos seus projectos, a BIT conta com cerca de 60 investigadores, tendo publicado diversos artigos científicos (31 artigos publicados entre 2010 e 2011). As fases exploratória, de desenvolvimento e de investimento, dinamizam cerca de 100 projectos tendo passado à fase de protótipo, em 2010/2011, 31 produtos.

Ainda no campo científico, a BIT tem desenvolvido projectos com a generalidade das universidades de engenharia do País, no entanto, existe uma ligação mais profunda com o ISEL – Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, Universidade de Aveiro (Instituto das Telecomunicações) e Universidade de Coimbra (Instituto de Sistemas e Robótica), instituições com as quais existem já linhas de financiamento anuais para os seus laboratórios. Nos últimos dois anos, o financiamento a estas três

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instituições ascendeu a 1,3 milhões de euros, o que garante um importante contributo para a dinamização do conhecimento científico nacional.

Deste modelo, até 2011, nasceram seis startups que são hoje um exemplo de sucesso no mercado nacional, tendo já desenvolvido as suas próprias carteiras de clientes e estando cada vez mais consolidadas nas respectivas áreas de trabalho. Nos últimos três anos (2009-2011), a BIT proporcionou a estas empresas um volume de negócios na ordem dos 7,1 milhões de euros. Para além da angariação de novos clientes, a generalidade das startups afirma que a experiência com a BIT permitiu o desenvolvimento de novas competências e, consequentemente, a diversificação das suas áreas de negócio. Este investimento tem também impacto ao nível dos recursos humanos. Entre 2009 e 2011, em termos médios anuais, estas empresas tinham 29 colaboradores altamente qualificados exclusivamente dedicados a projectos BIT. Já em 2012 nasceram duas novas startups, ainda não consideradas naquele estudo. Ao stakeholder Estado, o total de impostos pagos pela empresa permitiu arrecadar cerca de 12 milhões de euros.

Este modelo de inovação permitiu a criação de valor para a empresa, quer na óptica da poupança, quer na promoção de uma maior eficiência dos serviços. Embora não esteja ainda quantificada a mais-valia alcançada, nomeadamente no que diz respeito aos projectos desenvolvidos pelas empresas parceiras, algumas medidas são representativas do sucesso. A inovação tem potenciado a criação de valor para a empresa, calculado em 186 milhões de euros1, entre 2003 e 2009, para um investimento em I&D na ordem do 11 milhões de euros. De acordo com a Deloitte, em 2012 a BIT foi uma das 500 empresas a integrar ranking Top 500 da região EMEA (Europa, Médio Oriente e África).

No âmbito dos projectos que tem desenvolvido, em 2010 e 2011, a BIT encomendou a empresas de génese nacional cerca de 32 milhões de euros em produtos e serviços. A generalidade dos fornecedores que responderam àquele estudo afirma ter ganho novas competências decorrentes dos projectos BIT.

Ao todo, no biénio 2010/2011, entre fornecedores nacionais, startups e universidades, a BIT investiu directamente em Portugal cerca de 40,5 milhões de euros. Neste contexto, a empresa contribuiu para a riqueza do país, quer através da substituição das importações - dinamizando o conhecimento e a indústria nacional – quer contribuindo para a promoção das exportações – através do apoio tecnológico no processo de internacionalização do grupo - e do progresso económico e social do país.

1 Este indicador refere-se ao valor criado pelos projectos. Não tem em conta a comparação com a alternativa de adquirir os produtos já existentes no mercado face ao desenvolvimento interno

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Cash flow: Gerar valor numa conjuntura adversa

A Brisa, pelas características do seu negócio, o qual exige um significativo volume de investimento em infra-estruturas actua num sector de capital intensivo. Assim, a gestão rigorosa dos activos afectos à operação é uma actividade crítica para garantir uma sólida geração de cash flow.

Para além de uma medida de desempenho da empresa, o cash flow é um indicador muito relevante para o mercado, ao evidenciar o nível de liquidez da empresa e a sua capacidade de resposta a compromissos.

Num contexto marcado por uma conjuntura económica depressiva, na qual se salientam a recessão da economia portuguesa, a intervenção externa e as consequentes medidas de austeridade, bem como o aumento significativo dos preços dos combustíveis, registaram-se impactos significativos ao nível do tráfego orgânico, que tem vindo a decrescer. Neste cenário, a Brisa tem vindo a reforçar a sua solidez financeira, reduzindo a sua dívida líquida e mantendo uma elevada geração de cash flow operacional (medida pelo EBITDA-CAPEX) através de um conjunto de programas de eficiência, que fazem da Brisa um negócio resiliente.

2009 2010 2011 2012

EBITDA-Capex 377M€ 346M€ 369M€ 358M€

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Gestão de Riscos

A Gestão de Riscos tem como objectivo garantir o crescimento sustentado dos negócios e salvaguardar o valor do Grupo Brisa, através da adopção das melhores práticas, permitindo capitalizar o conhecimento interno na gestão efectiva dos riscos a que o grupo se encontra exposto, nomeadamente, nas vertentes ambiental, regulatória, financeira e operacional.

Sendo um pilar essencial da política de Governo da Sociedade, a Gestão de Riscos está presente na cultura da Brisa e nos processos de gestão, cabendo aos colaboradores a responsabilidade de mitigar os factores de risco minimizando o seu impacto e identificando, sempre que possível, oportunidades de melhoria e/ou retorno.

O processo de Gestão de Riscos implementado no Grupo Brisa assenta num modelo integrado, estruturado, sistematizado e transversal, baseado na metodologia internacionalmente reconhecida – COSO (Committee of Sponsorship Organizations of the Treadway Commission) com o propósito de assegurar as melhores práticas de Governo Societário, nos seguintes aspectos:

‐ Fixação de objectivos estratégicos em matéria de assunção de riscos;

‐ Alinhamento dos riscos efectivamente incorridos com a opção estratégica do grupo;

‐ Identificação dos principais riscos inerentes às actividades do grupo e respectivas causas;

‐ Análise e medição do impacto e da probabilidade de ocorrência de cada um dos potenciais riscos;

‐ Definição de mecanismos de controlo da execução das medidas de gestão de risco adoptadas e monitorização da sua eficácia;

‐ Adopção de mecanismos internos de informação e de comunicação sobre as diversas componentes do sistema, assim como alertas de riscos;

‐ Avaliação periódica do sistema implementado e adopção das modificações que se considerem necessárias.

Para esse efeito foi implementada uma ferramenta que visa a gestão integrada do sistema de Gestão de Riscos, de acordo com os aspectos acima referidos, de modo a suportar o processo de convergência da Gestão de Riscos com o planeamento estratégico.

Este sistema de gestão integrada de riscos permite actualizar anualmente a identificação e avaliação dos principais riscos do portfólio de negócios do Grupo Brisa, bem como a determinação das respectivas medidas de controlo e/ou mitigação, que no actual contexto, de forte instabilidade económico-financeira, adquire especial relevância no suporte à gestão numa perspectiva estratégica de desenvolvimento sustentado de todo o Grupo Brisa.

Riscos Operacionais

O investimento continuado na excelência e inovação das diferentes operações onde intervém, com enfoque especial nas expectativas dos seus clientes, nomeadamente ao nível da segurança, conforto e fluidez do tráfego, qualidade das infra-estruturas e serviço prestado, demonstra o comprometimento do Grupo na procura da melhoria contínua e constitui um factor de clara diferenciação positiva face aos seus pares.

Neste âmbito, a continuada organização e apoio a campanhas de prevenção rodoviária e o reforço das características de segurança da sua rede, nomeadamente na realização de obras de beneficiação e alargamento de auto-estradas, respeitando os padrões de exigência do Grupo e em

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conformidade com a legislação em vigor, visam criar as condições necessárias para uma melhor circulação do tráfego.

A existência de um modelo de gestão e comunicação de crise para responder a situações de emergência e a definição de planos de contingência específicos para as diversas áreas, evidencia a preocupação e o rigor do Grupo na gestão da sua actividade operacional.

Em matéria de Segurança e Saúde no Trabalho, o Grupo Brisa dispõe de uma estrutura especializada, que supervisiona e garante a coordenação central e local dos planos de segurança e saúde associados a actividades de risco.

O Centro de Coordenação Operacional, suportado por uma infra-estrutura de telemática e Segurança Rodoviária, assegura o registo, tratamento e disponibilização de informação actualizada e oportuna aos seus clientes e serviços de apoio complementar.

A cultura de inovação do Grupo Brisa, consubstanciada numa das suas empresas dedicada a esta matéria, permite à Brisa a concretização do seu compromisso nesta área crítica, mediante a manutenção na vanguarda da evolução tecnológica e na modernização das suas infra-estruturas e operações, através de uma exemplar e inovadora política de parcerias com diversas empresas e universidades de referência.

A preocupação sistemática no desenvolvimento de esforços, com especial enfoque na identificação dos riscos operacionais e na definição de medidas de gestão e de boas práticas, enquadra-se na estratégia do Grupo, para fazer face às exigências de uma realidade global em constante mutação e onde a prevenção assume um carácter fulcral. Estas actividades permitem não só a definição de medidas de mitigação, adequadas às actuais necessidades dos seus negócios, mas também a antecipação e prevenção de potenciais situações de risco.

Riscos de Regulação & Compliance

A operação de concessões de infra-estruturas é objecto de regulação muito específica e em vários aspectos exaustiva. Neste quadro, o risco resultante de alterações regulatórias assume particular relevância.

Na gestão do risco de regulação assume particular relevo a Direcção Jurídica, que acompanha de perto o processo de evolução regulatória das actividades e dos mercados em que o Grupo Brisa está envolvido, e propõe as medidas e soluções jurídicas que se mostrem mais adequadas ao normal desenvolvimento das várias actividades do Grupo, de acordo com o quadro jurídico em cada momento vigente.

Destaca-se o profundo trabalho desenvolvido no último ano, e que deverá prosseguir durante o próximo, de conformação dos procedimentos e práticas com as novas exigências de demonstração e prova do cumprimento das normas de segurança aplicáveis na operação de auto-estradas concessionadas.

Riscos Ambientais

A gestão ambiental, nomeadamente nas fases de projecto, construção e operação das auto-estradas, é uma das prioridades do sistema de gestão de risco da Brisa. Nessa perspectiva, desde há muito que se desenvolvem iniciativas para a identificação de situações de risco ambiental, para se actuar de forma preventiva, na gestão de medidas minimizadoras do seu impacto, em conformidade com a Política Ambiental estabelecida. A Brisa introduziu nos seus processos de negócio uma nova vertente na gestão dos riscos ambientais, relacionada com a eco-eficiência, a qual é uma resposta avançada ao problema da integração da gestão dos riscos ambientais em toda a cadeia de valor, não só ao nível da gestão dos impactos sobre o meio ambiente, mas também da gestão dos custos e benefícios relacionados.

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A existência de empresas certificadas ambientalmente pela norma ISO 14001, reconhecida internacionalmente como o referencial normativo que define as directrizes sobre a área de gestão ambiental nas empresas, bem como a adopção pelo Grupo Brisa, de directrizes específicas próprias (Declaração de Política Ambiental), critérios de eco-eficiência, objectivos quantitativos públicos relativamente a indicadores ambientais críticos e de um Sistema de Informação de Gestão da Sustentabilidade, reforçam os seus padrões de exigência na procura da melhoria contínua e na promoção do desempenho sustentável dos seus negócios.

Riscos de Sistemas de Informação

A área de Sistemas de Informação é considerada pelo Grupo Brisa como um instrumento fundamental para o crescimento sustentado da empresa, quer seja pela inovação contínua que tem aportado ao negócio, nas áreas de tecnologias de informação e de comunicação, bem como pela contribuição para o aumento da eficácia e eficiência dos processos que o suportam.

A definição de uma estratégia de médio a longo prazo de gestão de Riscos de Sistemas de Informação, a sua concretização por via da implementação de uma solução de Recuperação de Desastre, por definição intimamente ligada aos processos de negócio, permite à organização reduzir significativamente o risco de perdas operacionais nessas circunstâncias, garantindo em simultâneo a eficácia dos investimentos efectuados e permitindo uma rápida reacção a todas as eventuais mudanças no ambiente dos negócios.

O desenvolvimento sistemático e em paralelo de actividades em múltiplas áreas, como são exemplo os relacionados com a resiliência a falhas de infra-estruturas críticas e a implementação de soluções de segurança de informação, tem também proporcionado ao Grupo Brisa uma maior eficácia na resposta a este tipo de riscos.

Relativamente aos controlos internos e processos de negócio de suporte de Sistemas de Informação, a organização tem vindo a reforçar a sua estrutura através da reavaliação sistemática e constante dos mesmos, promovendo o aprofundamento da adopção das melhores práticas nesta área, nomeadamente da framework ITIL.

Nas actividades desenvolvidas em 2012 com influência significativa na mitigação destes riscos, destaca-se o reforço da implementação de uma política corporativa de sistemas de informação e, na sequência da realização em 2011 de um projecto de avaliação da criticidade dos sistemas e aplicações que suportam os processos de negócio do Grupo, denominado de Business Impact Analysis (BIA), da conclusão da implementação de uma Solução de Recuperação de Desastre, passando assim a organização, aquando da ocorrência de um Desastre, a assegurar a existência de todos os meios de Sistemas de Informação necessários à continuação das suas actividades de negócio.

Riscos Financeiros

O Grupo Brisa, à semelhança da generalidade dos grupos empresariais, encontra-se exposto a um conjunto de riscos financeiros que resultam da sua actividade, dos quais merecem destaque:

1) os riscos de liquidez e de taxa de juro decorrentes do passivo financeiro de algumas subsidiárias; 2) o risco de taxa de câmbio resultante do investimento na Northwest Parkway (nos Estados Unidos da América); 3) o risco de contraparte a que o Grupo fica exposto na sequência da contratação de operações de cobertura de risco e da aplicação de excedentes de tesouraria.

As políticas de gestão de risco financeiro são aprovadas pela Comissão Executiva, mediante parecer da Comissão de Auditoria e Gestão de Risco, e implementadas pela Direcção Financeira (DFI) da Brisa Auto-Estradas. Esta última tem como responsabilidades neste âmbito a identificação e quantificação dos riscos financeiros a que o Grupo se encontra exposto, bem como a proposta e implementação de medidas para a sua gestão/mitigação. Este âmbito de actuação na gestão de

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riscos financeiros traduz-se na gestão centralizada na DFI de transacções cambiais, operações de financiamento, aplicações de excedentes de tesouraria, contratação de instrumentos financeiros de cobertura e gestão do respectivo risco de contraparte. Todas as operações de gestão de risco financeiro que envolvam a utilização de instrumentos financeiros derivados são submetidas à aprovação do administrador financeiro ou da Comissão Executiva.

Destaca-se também a política de gestão/mitigação de risco assumida para a participação em concursos de adjudicação de novas concessões de infra-estruturas. O project finance é a estrutura de financiamento utilizada neste tipo de projectos, possibilitando a segregação operacional, financeira e jurídica de cada projecto. A constituição de empresas com estruturas de financiamento próprias sem recurso a cash-flows ou activos da Brisa Auto-Estradas (para além dos compromissos de capital cujo montante é conhecido à partida) para estes projectos, permite limitar e quantificar o risco assumido pela Brisa no investimento em novas concessões.

Adicionalmente, a Brisa participa nestes projectos em regime de parceria, quase sempre com participações minoritárias, mitigando também por esta via a exposição a cada projecto.

Adicionalmente, em 2010, com a conclusão do projecto de reorganização societária, e consequente segregação e ring-fencing da Concessão Brisa numa empresa (BCR - Brisa Concessão Rodoviária, S.A.), foram fortemente mitigados os riscos financeiros a que a BCR está sujeita através da implementação de uma estrutura financeira inovadora. Esta estrutura montada na BCR revelou-se fundamental no acesso, durante o ano de 2012, aos mercados de dívida internacionais, permitindo assim mitigar o risco de refinanciamento desta empresa. De notar que a estrutura financeira da BCR incorpora o estabelecimento de uma política de cobertura de risco financeiro, a qual estabelece as principais regras e guidelines de gestão de risco, contemplando, por exemplo, um rácio mínimo de taxa fixa na estrutura de dívida, a não-existência de exposições cambiais significativas não cobertas, bem como a solidez financeira mínima (em função do rating) exigida às contrapartes da empresa para efectuar operações financeiras.

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Mobilidade Sustentável

VECTOR TEMA MATERIAL LINHAS DE ACTUAÇÃO

Gestão Activa de Tráfego Tecnologia e Soluções de Mobilidade Sustentável Projecto Compass (ver capítulo 1 – Visão e Estratégia) Inovação (Tecnologia, Novos Serviços,

Soluções de Mobilidade)

Serviço ao cliente Informação ao cliente

Resposta a SCUT

Segurança Rodoviária

Programa Primeiro a Segurança

Investimento na infra-estrutura

Monitorização de sinistralidade

Inovação e gestão activa de tráfego ao serviço da mobilidade sustentável

A mobilidade sustentável é, no mundo actual marcado pela crescente urbanização e pela consolidação do desenvolvimento económico e social, um elemento crítico para a gestão das grandes cidades. Cada vez mais, a mobilidade é um requisito essencial, quer para a melhoria da qualidade de vida das populações, quer para o próprio tecido empresarial por via dos impactos na produtividade e nos custos de operação.

A pressão imposta pela redução de recursos financeiros (públicos e privados), a necessidade de redução de consumos e as legislações tendencialmente mais restritivas em termos de emissões, vêm colocar ainda mais pressão sobre os serviços associados ao transporte e à questão das acessibilidades.

Neste enquadramento, e tendo em atenção a importância fulcral da sua actividade no contexto da mobilidade sustentável, a Brisa tem vindo a evoluir no seu posicionamento, passando de gestora de infra-estruturas de transporte a fornecedora de soluções de mobilidade.

Para esta evolução no posicionamento do Grupo têm sido determinantes as actividades de inovação e de gestão activa de tráfego, as quais têm demonstrado as capacidades da Brisa neste tema, não só em Portugal, mas também no exterior.

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Informação ao Cliente

Canais digitais de informação ao cliente

Consciente de que a informação de trânsito assume um papel fundamental no dia-a-dia dos automobilistas, a Brisa tem vindo a trabalhar no sentido de reforçar os canais de comunicação com o automobilista, procurando garantir uma difusão rigorosa, fácil e acessível dessa informação. Baseadas nos sistemas de gestão activa de tráfego do Centro de Coordenação Operacional de Carcavelos, a Brisa disponibiliza de forma gratuita a todos os automobilistas um conjunto de ferramentas e aplicações que irão contribuir para aumentar os padrões de serviço e segurança.

Serviço de Alertas e Ferramenta “Em viagem”

Os utilizadores poderão subscrever alertas para os seus percursos diários, permitindo-lhe uma gestão mais eficaz do seu tempo. Com a ferramenta “Em viagem”, ao colocar uma origem e um destino de viagem, a aplicação indicará ao cliente o percurso a realizar dentro da rede de auto-estradas concessionada ao Grupo Brisa, a distância a percorrer, o valor da taxa de portagem, assim como os serviços disponíveis ao longo do percurso (áreas de serviço, câmaras e painéis), ao mesmo tempo que o informa, em tempo real, sobre as incidências activas nesse momento.

Site Brisa mobile: m.brisa.pt

Optimizada para poder ser acedida pela maioria dos dispositivos móveis, a versão mobile do site Brisa, permite aos utilizadores aceder às câmaras online, alertas de trânsito, ferramenta “Em viagem”, calculadora de taxas e moradas da rede de lojas Brisa/Via Verde.

iBrisa: informação, inovação e interactividade ao serviço do automobilista

Disponível para as plataformas iPhone e Android, a aplicação iBrisa criou um serviço de informação actualizado em tempo real, acerca das condições de circulação. Obras em curso, condições atmosféricas, acidentes ou outros factores que condicionem o tráfego normal nas auto-estradas da Brisa, são as principais informações úteis incluídas nesta aplicação.

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A aplicação iBrisa centraliza ainda um conjunto de serviços de apoio ao automobilista, disponíveis no âmbito do Grupo Brisa, como a possibilidade de marcação de inspecções num dos 46 centros Controlauto espalhados pelo País ou a indicação de parques de estacionamento e postos de abastecimento com o serviço de pagamento Via Verde.

Website www.brisa.pt

No site da Brisa é disponibilizada informação sobre as concessionárias e subconcessionárias operadas pela BO&M, nomeadamente: informação de tráfego com imagens em tempo real, descrição da rede de auto-estradas, taxas de portagem e serviços disponíveis ao longo de toda rede.

Ao longo de 2012, este site foi visualizado cerca de 2 720 vezes por dia, o que corresponde a um total de cerca de um milhão de entradas.

Website Brisa – área de clientes

Site Brisa 2011 2012

Número de visitas site Brisa 1 195 297 995 520

Média diária visitas site 3 275 2 720

Web site www.viaverde.pt

No site da Via Verde Portugal é possível consultar os canais de atendimento Via Verde e vários serviços disponíveis e, dentro da área reservada a clientes, verificar os dados do identificador e fazer a gestão do contrato Via Verde (Via Verde Online). A Via Verde apostou em 2011 na promoção e comunicação deste canal, incentivando os clientes a optar pelo seu site como meio privilegiado no relacionamento com a empresa.

Actualmente encontram-se registados na Via Verde online cerca 451 000 clientes. O site teve 2.6 milhões de visitas em 2012.

Número Azul – 808 508 508

O Número Azul de Assistência e Informação é um instrumento privilegiado na comunicação dos automobilistas com as concessionárias e subconcessionárias que a BO&M opera. Para além de ser um canal de informação directo ao cliente sobre as condições de circulação, pode também ser utilizado para solicitar assistência. Centraliza toda a informação da rede de auto- estradas das concessionárias Brisa, Brisal e Douro Litoral e das subconcessionárias Baixo Tejo e Litoral Oeste e está disponível para pedidos de informação ou assistência aos clientes 24 horas por dia, 365 dias por ano.

Em 2012 foram atendidas 118 729 chamadas telefónicas.

Linha de Apoio a Clientes Via Verde – 707 500 900

A linha de Apoio a Clientes Via Verde é um canal de contacto privilegiado com todos os clientes e potenciais clientes.

Funciona todos os dias úteis, entre as 8h30 e as 20h30, e garante o esclarecimento de dúvidas e a resolução de questões relacionadas com a Via Verde. No ano passado foram atendidas 567 208 chamadas.

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Rádio - Repórter Brisa

Traduz-se numa parceria com a TSF, que consiste em intervenções dos operadores do N.º Azul de Assistência e Informação em directo, duas vezes por dia.

Televisão

É disponibilizada, pelo circuito de câmaras da Brisa, informação em tempo real aos canais de TV nacionais.

Lojas

Em 2012, o serviço presencial de atendimento ao cliente foi assegurado por cinco lojas, localizadas ao longo da rede Brisa. Nestes pontos é prestado um serviço integral, das concessionárias operadas pela BO&M que contrataram este serviço e da Via Verde. Este serviço tem por base o conceito one-stop-shop, que visa a resolução de todos os assuntos de uma só vez. Durante 2012, realizaram-se 779 120 atendimentos nestas lojas.

Para o Grupo Brisa a opinião dos clientes é fundamental e, por isso, valorizamos todas as contribuições que possam melhorar as condições de segurança, circulação e conforto nas auto-estradas. Nesse sentido, o cliente tem à sua disposição um vasto leque de meios de contacto, desde as lojas, site, e-mail, carta, fax e o formulário RSF disponível nas barreiras de portagem. Em 2012 foram processadas cerca de 29 000 exposições pelo serviço de tratamento de exposições do Departamento de Clientes da Brisa O&M.

Áreas de Serviço

Ao longo das redes concessionadas operadas pela BO&M existem 27 Áreas de Serviço, cuja distância média entre si é de cerca de 40 km. A gestão e manutenção destas unidades são da responsabilidade das empresas petrolíferas contratadas em regime de subconcessão, as quais por sua vez podem subcontratar outros parceiros para a gestão directa e específica de alguns dos serviços, sempre com a supervisão e aprovação da concessionária.

Embora a responsabilidade directa seja das petrolíferas, a BO&M mantém-se atenta ao cumprimento dessa obrigação, verificando periódica e sistematicamente o estado das infra-estruturas e os níveis de serviço prestados. É neste âmbito que é contratada uma empresa externa para a realização de auditorias de Qualidade e Higiene Alimentar e acções de Cliente Mistério nas áreas da rede concessionada à Brisa.

A gestão das Áreas de Serviço tem cada vez maior peso na qualidade do serviço prestado e na satisfação dos clientes.

A Brisa passou a atribuir, a partir de 2010, um Prémio de Qualidade de Serviço que distingue o desempenho e a qualidade de serviço prestado por cada Área de Serviço da rede Brisa, incentivando a sua melhoria contínua. Foram premiadas, em 2010, duas Áreas de Serviço pelo serviço prestado em 2009. Em 2011, o número de Áreas de Serviço premiadas cresceu para sete. Em 2012, prevê-se que sejam 14 as Áreas de Serviço premiadas.

Satisfação do cliente

São efectuados mensalmente inquéritos de satisfação, tendo em vista a implementação de medidas para melhorar o serviço prestado nos canais de atendimento. Em 2012, a média global de satisfação dos clientes em cada um dos serviços analisados (numa escala de 1 a 4) foi, mais uma vez, claramente positiva:

‐ N.º Azul de Assistência e Informação: 3,53

‐ Assistência Rodoviária: 3,53

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Via Verde na resposta às SCUT

No final de 2011, a Via Verde assumiu um papel de referência no que concerne à segunda fase do processo de introdução de portagens nas vias sem custo para o utilizador (SCUT), nomeadamente na A22, A23, a A24 e A25.

Assim, a empresa proporcionou a todos os residentes nas áreas abrangidas pelas novas auto-estradas com portagem, a possibilidade de aderirem ao serviço e de requererem a habilitação aos descontos e isenções de portagens previstos na legislação em vigor.

Para comportar o aumento de afluência de clientes, a Via Verde alargou a sua presença nas cidades limítrofes das auto-estradas em questão, designadamente em Castelo Branco, Faro e Viseu, abrindo novos espaços nas Lojas do Cidadão dessas cidades.

Para a compra de dispositivos esteve igualmente alinhada a rede de parceiros da empresa, nomeadamente as lojas dos CTT, as delegações do Automóvel Clube de Portugal e os stands MSCar.

Através de acções de comunicação junto dos media nacionais e regionais, a empresa procurou ainda reforçar a disponibilização do seu site como meio alternativo e privilegiado para a apresentação dos pedidos de habilitação aos descontos e isenções, permitindo desta forma uma maior comodidade aos seus clientes e reduzindo ao mesmo tempo a procura nas lojas.

Em 2012, a Via Verde registou mais de 71 mil pedidos de habilitação à discriminação positiva. No total deste processo, entre 2010 e 2012, a empresa tratou cerca de 800 mil pedidos.

Programa Primeiro a Segurança O Programa “Primeiro a Segurança”, promovido desde 2005, divide-se em duas componentes:

‐ Comunicação com os automobilistas, através da realização de campanhas de sensibilização;

‐ Instrução de programas educativos, dirigidos aos alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico;

Em 2012, a Brisa veiculou uma forte campanha de Segurança Rodoviária durante o Verão, apelando aos automobilistas para uma condução prudente e segura nesta altura crítica do ano - as férias de Verão, período de viagens familiares de percursos mais longos.

O conceito desta campanha desenvolveu-se com base na mascote Brisinha, aliando os habituais conselhos de Segurança na estrada, à Volta a Portugal - prova de excelência do Ciclismo em Portugal, que movimenta milhares de expectadores que seguem a prova por todo o país.

Com o mote da campanha “Numa Volta a Portugal, a sua meta é chegar em Segurança”, utilizaram-se expressões próprias do ambiente da prova, reforçando a ligação às ilustrações do Brisinha com capacete de ciclista e bicicletas em cima da carrinha da família.

Além da decoração habitual das laterais das cabines de portagem e dos stand-ups nas zonas de restauração das Áreas de Serviço da Rede Brisa, a campanha teve ainda como suporte a rede Multibanco e um spot em algumas das principais rádios do país – Rádio Renascença, RFM, Antena 1, Antena 2 e Cascais FM –, que esteve no ar entre 15 de Julho e 31 de Agosto. Foram ainda distribuídos folhetos com dicas de segurança nas várias zonas de animação das dez etapas da Volta a Portugal.

Brisa investe 40 milhões de euros em infra-estruturas

Um desenvolvimento sustentável pressupõe a existência de infra-estruturas de qualidade que, no caso da Brisa, sejam catalisadoras da mobilidade regional, através da promoção das acessibilidades com elevados níveis de segurança e de conforto.

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Apesar de actuar num contexto macroeconómico adverso, a Brisa investiu na sua concessão principal cerca de 40 milhões de euros, contribuindo para melhorias evidentes no serviço ao cliente, e para a produtividade e competitividade das regiões em que se insere.

Exemplo deste investimento foi o alargamento de duas para três vias em cada sentido do sublanço Maia/Santo Tirso, da A3 – Auto-estrada Porto/Valença; a construção do acesso à Plataforma Logística de Lisboa Norte, em Castanheira do Ribatejo; ou as obras no sistema de drenagem do viaduto do Loureiro, na A10 (auto-estrada/Bucelas/Carregado. Destaque ainda para as obras de pavimentação realizadas no sublanço Famalicão/Cruz (A3) e no Carregado/Aveiras de Cima na A1 – Auto-estrada do Norte.

Com a conclusão dos concursos, em 2013 deverão ter início os alargamentos do troço Carvalhos-Santo Ovídeo da A1 e Águas Santas-Ermesinde da A4.

Prosseguindo a sua prática, em 2013 a Brisa continuará a desenvolver inspecções periódicas às infra-estruturas, actividade que servirá de apoio aos estudos de beneficiação e reforço, estabilização, reforço estrutural das mesmas.

Sinistralidade Rodoviária 2012

Para a Brisa, a segurança da sua rede de auto-estradas é uma prioridade.

Entre as acções realizadas na promoção da segurança rodoviária destacam-se as obras de beneficiação e reforço de auto-estradas. Estes investimentos passam por uma melhoria das condições de circulação, aumento das vias em lanços sujeitos a obras de alargamento e instalação e melhoramento das condições de desempenho da sinalização rodoviária.

Em 2012, o balanço da segurança rodoviária na rede Brisa (BCR) é muito positivo, dada a descida registada em todos os indicadores de sinistralidade. Todos os indicadores foram calculados de acordo com o Glossário do Anuário Estatístico de Segurança Rodoviária da APCAP.

Taxa de Sinistralidade = Total de Acidentes / Percursos Efectuados (108 Veíc. * km)

Taxa de Acidentes com Vítimas ( Índice de Sinistralidade) = Acidentes com Vítimas / Percursos efectuados (108 Veíc. * km)

‐ Taxa de sinistralidade = -3,2%

‐ Taxa de acidentes com mortos = -19,6%

‐ Taxa de acidentes com feridos graves = -13,1%

‐ Taxa de acidentes com feridos ligeiros = -1,9%

‐ Índice de sinistralidade = -3,1%

‐ Taxa de mortos = -28,8%

‐ Taxa de feridos graves = -33,7%

‐ Taxa de feridos ligeiros = -9,5%

Registaram-se reduções significativas nos acidentes com vítimas:

‐ 25 vítimas mortais, menos 15 que em 2011 (-37,5%)

‐ 53 feridos graves, menos 38 que em 2011 (-41,8%)

‐ 1178 feridos ligeiros, menos 304 que em 2011 (-20,5%)

Estes números apenas abrangem as vítimas cujo óbito ocorreu no local do acidente ou durante o transporte até à unidade de saúde.

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II - VECTORES DA SUSTENTABILIDADE

Relatório de Sustentabilidade 2012 53

Evolução da Taxa de Sinistralidade

Estes dados traduzem o esforço constante da Brisa, no sentido de garantir a segurança rodoviária nas suas auto-estradas, através de uma política de gestão activa de tráfego, da manutenção e conservação das vias e das campanhas de informação e sensibilização que promove regularmente.

54,16

44,18 44,02 46,50 47,89

39,22 37,95

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Page 54: Relatório de Sustentabilidade 2012

II - VECTORES DA SUSTENTABILIDADE

54 Relatório de Sustentabilidade 2012

Ambiente

VECTOR TEMA MATERIAL LINHAS DE ACTUAÇÃO

Eco-eficiência e Gestão Ambiental

Sistema de Gestão Ambiental

Indicador de eco-eficiência 

Objectivos ambientais 2010- 2012 

Academia Brisa de Condução  

Biodiversidade  Programa Brisa pela Biodiversidade 

Alterações Climáticas Projecto Solar NWPY 

Projecto Eco-Condução Portugal 

Sistema de Gestão Ambiental

A Brisa tem um longo caminho percorrido na área ambiental. Ao longo de quatro décadas de existência, acumulou um histórico de forte preocupação ambiental. A importância crescente desta temática foi acompanhada pelas boas práticas da empresa, nas várias vertentes da sua actividade: Projecto, Construção e Operação.

Objectivos ambientais 2010-2012

Em 2009, a Brisa fixou objectivos para cinco áreas críticas do seu desempenho a nível ambiental: consumo de electricidade, consumo de combustível, consumo de água, produção de resíduos e emissões de gases com efeito de estufa. O horizonte temporal estabelecido para o seu cumprimento foi de três anos (triénio 2010-2012), considerando o ano de 2009 como o ano base de comparação.

Ao longo destes três anos, o desempenho da empresa foi monitorizado e comunicado regularmente e foram descritas as principais medidas de gestão entrentanto implementadas.

Em 2012, último ano do triénio estabelecido, é altura de efectuar o balanço final do desempenho da organização face aos objectivos propostos. Os próximos pontos apresentam uma análise detalhada,

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II - VECTORES DA SUSTENTABILIDADE

Relatório de Sustentabilidade 2012 55

indicador a indicador, do desempenho registado ao longo dos últimos quatro anos face aos objectivos definidos para o ano 2012.

Constata-se que foram cumpridos quatro dos cinco objectivos definidos para o triénio, o que reflecte uma evolução muito positiva da organização a nível ambiental.

Ao nível da produção de resíduos, concluiu-se que o indicador utilizado não reflecte a realidade do desempenho da organização, conforme explicado em detalhe na análise da eco-eficiência Brisa, pelo que não é possível concluir sobre o cumprimento ou não da melhoria desejada.

Electricidade

O consumo de electricidade registou uma redução significativa pelo terceiro ano consecutivo, o que permitiu um ganho acumulado de 18,2% no triénio 2010-2012, que excedeu significativamente o objectivo fixado de redução de 10%. Este ganho foi devido sobretudo às iniciativas de eficiência energética promovidas ao nível da iluminação da rede, descritas desde 2009 no Relatório de Sustentabilidade.

Consumo de Electricidade [103GJ]

Combustível

O consumo de combustível, que apresentava um comportamento negativo no início do triénio 2010-2012, com o consumo de combustível a aumentar, teve uma redução consistente nos últimos dois anos: 1,9% em 2011 e 6,7% em 2012. A inversão da tendência inicial negativa e o cumprimento do objectivo estabelecido é o resultado, não só de uma forte aposta na eficiência operacional da frota automóvel, mas também do Projecto Academia Brisa de Condução, focado no comportamento do condutor (ver caso de estudo p. 58).

142,3

126,8122,6

116,5

128,1

2009 2010 2011 2012

Consumo de Electricidade [103GJ]Objectivo Electricidade 2012

Consumo de Electricidade [103GJ]

Page 56: Relatório de Sustentabilidade 2012

II - VECTORES DA SUSTENTABILIDADE

56 Relatório de Sustentabilidade 2012

Consumo de Combustível[103GJ]

Emissões de Gases com Efeito de Estufa (GEE)

As emissões de gases com efeito de estufa, que são, no caso da Brisa, resultado dos consumos de electricidade e de combustível da sua frota automóvel, acompanharam a redução destes consumos, com uma descida acumulada superior a 30% nos últimos três anos.

Emissões de GEE [103tCO2 eq]

Água

O consumo de água apresentou a redução mais significativa no triénio, na ordem dos 40% face ao valor de 2009, o que excedeu largamente o objectivo fixado. Este resultado só foi possível graças a uma política transversal de adopção de novas tecnologias e à sensibilização dos colaboradores da empresa para a poupança de água.

98,9

101,7

99,7

93,095,9

2009 2010 2011 2012

Consumo de Combustível [103GJ]

Objectivo Combustível 2012

Consumo de Combustível [103GJ]

23,8

18,4

16,4 16,3

22,4

2009 2010 2011 2012

Emissões de GEE [103tCO2 eq]

Objectivo Emissões 2012

Emissões de GEE [103tCO2 eq]

Page 57: Relatório de Sustentabilidade 2012

II - VECTORES DA SUSTENTABILIDADE

Relatório de Sustentabilidade 2012 57

Consumo de Água [103m3]

Resíduos

O indicador da produção de resíduos teve uma evolução muito irregular, o que é uma consequência da natureza da actividade da empresa e dos seus procedimentos. Os resíduos de operação e manutenção da rede de auto-estradas são recolhidos e armazenados nos Centros Operacionais espalhados pelo País. O escoamento por entidades habilitadas para o efeito é solicitado apenas quando a sua acumulação assim o justifica. Este procedimento leva a que haja anos sem registo de produção de resíduos, apenas porque os mesmos não foram escoados. Em contrapartida, noutros anos registam-se valores muito elevados, o que não significa que se tenham produzido mais resíduos, mas apenas que estes foram escoados nesse ano.

Este indicador, o único que não atingiu o objectivo fixado, não permite concluir sobre o desempenho real da empresa, pelo que é necessária a sua revisão.

Quantidade de Resíduos (t)

236,8

186,5170,7

140,7

229,7

2009 2010 2011 2012

Consumo de água [103m3]

Objectivo Água 2012

Consumo de água [103m3]

973

1832

1078 1076924 924 924 924

2009 2010 2011 2012

Quantidade de Resíduos [t] Objectivo Resíduos 2012

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II - VECTORES DA SUSTENTABILIDADE

58 Relatório de Sustentabilidade 2012

Indicador de Eco-eficiência

Os indicadores ambientais apresentados constituem a base para cálculo do indicador de eco-eficiência da organização. Este indicador mede a criação de valor da organização, medida pela sua actividade – número de kms operados – face aos impactes ambientais dela decorrentes – neste caso contabilizados pelos consumos de água, energia, geração de resíduos e emissões de GEE.

Eco-eficiência = Valor do produto ou serviço / Impacte ambiental =

= nº kms operados / (consumo de energia + consumo água + geração de resíduos + emissões GEE)

O indicador de eco-eficiência registou em 2012 um crescimento de 15,6%. Este é o quinto ano consecutivo com ganhos de eco-eficiência, o que demonstra o forte alinhamento da organização e dos seus colaboradores com os valores da eficiência, simultaneamente económica e ecológica.

Indicador de evolução da eco-eficiência

Em 2013 será estabelecido um novo conjunto de objectivos ambientais, determinando-se um novo ano base para comparação e um novo horizonte temporal.

Academia Brisa de Condução

A Brisa, em consonância com os objectivos estratégicos traçados pela organização no âmbito da sustentabilidade, desenvolveu o projecto Academia Brisa de Condução (ABC).

A Academia integra na sua missão vectores fundamentais como a Segurança Rodoviária, Ambiente, Desenvolvimento Social, Recursos Humanos, Inovação e Qualidade, sendo um projecto dinâmico de formação continuada, concebido e estruturado na procura de veicular as melhores práticas de mercado.

Estruturado em quatro níveis, o ano de 2012 foi marcado pela conclusão do programa de formação do Nível I – Eco-Condução, Segurança e Sustentabilidade Ambiental.

6,7%

24,2%

3,7%

24,1%

15,6%

2008 2009 2010 2011 2012

Page 59: Relatório de Sustentabilidade 2012

II - VECTORES DA SUSTENTABILIDADE

Relatório de Sustentabilidade 2012 59

Tal programa foi constituído por acções de formação orientadas para a melhoria da atitude e comportamento dos condutores, dotando-os de ferramentas (teóricas e práticas) para a realização de uma condução mais segura, ética, ecológica e económica, criando uma cultura de condução, transversal à actividade profissional e à vida privada, de acordo com os novos paradigmas de mobilidade rodoviária.

Pelo sucesso do programa, a ABC estendeu a sua acção a empresas do Grupo José de Mello, como é o caso da Sagies, da MDados e da José de Mello SGPS, pretendendo o programa vir a abranger outras empresas externas ao grupo.

No decorrer de 2012 foram realizadas 45 sessões de formação, que abrangeram 597 formandos em sete localizações ao longo do país.

Pela Brisa foram investidas 4760 horas de trabalho em formação e leccionadas 1440 horas.

Resultados favoráveis

Concluído o primeiro nível do programa foi apurado que, em contexto de formação, a poupança média de consumo de combustível atingida foi 1,04l/100 km, representando 18% face aos consumos de entrada (média 5.77l/100 Km).

No que respeita à eficiência energética, com os consequentes impactos sobre o ambiente e sustentabilidade, foram registadas melhorias no desempenho dos condutores reflectidas na classificação energética, que subiu dois níveis, passando de D para B, aproximando os resultados aos valores apresentados pelos fabricantes.

Já em contexto real, a economia foi de 0.60l/100 Km, o que representa uma poupança de 9% efectiva, com uma estimativa de 67ton de redução de emissões de CO2.

Finda a primeira parte do programa, a ABC prepara-se agora para o arranque do Nível II (Condução Defensiva, Veículo e Sistema Homem/Máquina) da formação, que procurará ensinar ao condutor a tirar partido dos sistemas de segurança activos e passivos, percebendo toda a sua dinâmica.

Para o efeito serão criados dois novos locais de formação, em Salvaterra e Marinha das Ondas, com espaços para exercícios em circuito fechado.

Biodiversidade

A biodiversidade é identificada na Declaração de Política Ambiental da Brisa como uma área estratégica da sua actividade em matéria de gestão ambiental. A Brisa definiu como objectivo ter um balanço global positivo dos seus impactos na biodiversidade. Para tal, assumiu os compromissos de:

(i) Prosseguir o desenvolvimento da capacidade de gestão da biodiversidade, nas fases de projecto, construção e operação das auto-estradas, e integrar a avaliação dos impactos na biodiversidade, tendo em vista minimizar os efeitos negativos decorrentes da sua actividade, potenciar os positivos e compensar os inevitáveis;

(ii) Promover o conhecimento sobre a biodiversidade e reforçar a colaboração entre o sector académico-científico e o mundo empresarial, através da realização de estudos e iniciativas com aplicação na actividade da empresa;

(iii) Proceder ao relato regular e transparente do desempenho do Grupo em matéria de biodiversidade, verificado por entidades independentes, e desenvolver linhas de comunicação internas e externas que reflictam a actividade real da empresa nessa matéria, no sentido de sensibilizar e envolver as partes interessadas na adopção das melhores práticas de gestão ambiental.

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II - VECTORES DA SUSTENTABILIDADE

60 Relatório de Sustentabilidade 2012

A resposta a estes compromissos encontra-se relatada nos indicadores EN 11, EN12, EN13, EN14 e EN 15, descritos na tabela GRI deste Relatório. Além das acções descritas, a Brisa aderiu voluntariamente, em 2007, à iniciativa Business & Biodiversity.

Iniciativa Business & Biodiversity

Programa Brisa pela Biodiversidade

No que respeita a projectos de restauração e protecção de habitats, resultantes de parcerias com terceiros, a Brisa, consciente do impacto da sua actividade na biodiversidade, promove acções voluntárias, numa perspectiva de responsabilidade ambiental.

Essas acções consubstanciam-se em projectos que estão integrados no Protocolo Business & Biodiversity.

No âmbito desta iniciativa, foram estabelecidas cinco parcerias estratégicas na área da biodiversidade. Os projectos com a Faculdade de Ciências de Universidade de Lisboa (FCUL), com o BCSD Portugal e com a APENA, descritos nos relatórios de anos anteriores, encontram-se concluídos. Mantêm-se activos dois protocolos, um com a Companhia das Lezírias, destinado a assegurar o desenvolvimento de dois projectos - o EVOA e a Biodiversidade em Montado - e outro com a Quercus, dedicado ao projecto Biodiversidade Tejo Internacional.

Projecto EVOA – Espaço de Visitação e Observação de Aves

O EVOA – Espaço de Visitação e Observação de Aves nasceu de um protocolo, iniciado em 2007, entre a Companhia das Lezírias e a Brisa – Auto-estradas de Portugal no âmbito do Programa Brisa pela Biodiversidade.

Passados seis anos de trabalho intenso entre ambas as partes e um investimento da Brisa na ordem de 1 milhão e 293 mil euros, o projecto culminou na inauguração do espaço a 1 de Dezembro de

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II - VECTORES DA SUSTENTABILIDADE

Relatório de Sustentabilidade 2012 61

2012, na presença da ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, Assunção Cristas.

Hoje, na Lezíria Grande de Vila Franca de Xira, os visitantes podem conhecer e desfrutar de um património natural único, constituído por três zonas húmidas de água doce – num total de 80ha –, refúgio e local de nidificação para 120 mil aves.

O EVOA engloba ainda observatórios nas três lagoas principais, vários pontos camuflados de avistamento e um Centro de Interpretação. Este último, para além de ser o local por excelência de acolhimento dos visitantes, convida-os a conhecer a exposição permanente “EVOA, onde o mundo encontra o Tejo” e a participar em diversas actividades complementares à observação de aves.

Com uma perspectiva de 25 a 30 mil visitantes por ano, tendo em conta as taxas de crescimento do turismo de natureza, a Brisa tem garantida a colaboração com o projecto até 2017.

O Projecto EVOA surge assim como uma componente fundamental do Programa Brisa pela Biodiversidade, através do qual a empresa espera contribuir para a promoção do conhecimento, para o desenvolvimento da consciência colectiva e conseguir a mobilização e empenho de todos nos desafios da biodiversidade.

Projecto Biodiversidade em Montado

Este projecto actua sobre o montado de sobro, numa área total de cerca de 800 hectares, propriedade da Companhia das Lezírias. A iniciativa visa aumentar a produtividade do montado, garantir a substituição das árvores que morrem e compatibilizar a sua conservação com a pastorícia extensiva de gado bovino. A monitorização da biodiversidade e o efeito de boas práticas nestes montados permite um vasto conjunto de linhas de investigação aplicada.

O projecto encontra-se em fase de cruzeiro, estando terminadas as intervenções físicas.

Biodiversidade Tejo Internacional

Neste projecto as áreas envolvidas são terrenos e estruturas propriedade da Quercus, situados no Parque Natural do Tejo Internacional e, parte deles, na Zona de Protecção Especial para Aves do Tejo Internacional, Rio Erges e Ponsul.

A intervenção ocorreu em dois pólos. O primeiro, correspondente a uma área de aproximadamente 410 hectares do Monte Barata, herdade situada nas freguesias de Malpica do Tejo e de Monforte da Beira, no concelho de Castelo Branco. O segundo pólo corresponde a cerca de 200 hectares, distribuídos por vários prédios rústicos situados na freguesia do Rosmaninhal, no concelho de Idanha-a-Nova.

Em 2011 terminaram as grandes intervenções nas instalações de acolhimento e infra-estruturas de visitação. A Brisa e a Quercus têm como objectivo comum o desenvolvimento de um programa de visitação em maior escala, que permita a divulgação alargada do projecto, a sensibilização de público não especializado para a importância da biodiversidade e o contributo para a investigação e visita de especialistas.

Alterações Climáticas

A Brisa está consciente de que a questão global das alterações climáticas afecta indirectamente a actividade da empresa, com tendência para um impacto crescente no médio e longo prazo.

A resposta da Brisa tem-se concentrado numa inventariação rigorosa e abrangente das suas emissões de gases com efeito de estufa (GEE), quer directas quer indirectas, e no estabelecimento de metas quantitativas, a longo prazo, para limitar essas emissões. No sentido de aprofundar o conhecimento dos riscos e oportunidades para a organização, o Grupo tem participado em projectos e estudos sobre a temática das alterações climáticas.

Page 62: Relatório de Sustentabilidade 2012

II - VECTORES DA SUSTENTABILIDADE

62 Relatório de Sustentabilidade 2012

Em 2012, destaca-se a consolidação da Academia Brisa de Condução e do Projecto Solar na Northwest Parkway, nos EUA. A primeira é uma iniciativa focada na eficiência energética, com impacto ao nível dos consumos de combustível e, consequentemente, nas emissões de GEE (ver desenvolvimento na pág 58).

Projecto Solar na Northwest Parkway

A Northwest Parkway, concessão detida pela Brisa no Estado do Colorado, nos EUA, implementou, em Junho de 2011, um sistema de produção de energia solar que irá permitir a redução da sua factura energética, bem como das emissões de CO2 (dióxido de carbono). Esta concessionária deu assim um importante passo na promoção da mobilidade sustentável.

Para atingir este objectivo, a concessionária assinou um acordo para instalar, ao longo da sua infra-estrutura, sete estações de energia solar.

Totalmente financiado, instalado e mantido pelo fornecedor do equipamento - a Soltura Energy Capital – este projecto permitirá uma poupança de energia na ordem dos cinco mil dólares/ano. O facto de não requerer investimento por parte da concessionária e de garantir a mesma disponibilidade energética limita o risco do projecto. Além disso, a redução proporcionada ao nível dos custos permitirá um aumento da eficiência operacional.

Com esta iniciativa a Northwest Parkway contribui para a satisfação de diferentes stakeholders, como a comunidade, os fornecedores e os clientes. Assim, além do impacte ambiental positivo, garante a promoção dos negócios locais e o correspondente desenvolvimento económico.

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II - VECTORES DA SUSTENTABILIDADE

Relatório de Sustentabilidade 2012 63

Recursos Humanos

VECTOR TEMA MATERIAL LINHAS DE ACTUAÇÃO

Ética e Transparência Canal de comunicação de irregularidades (ver p. 38)

Cultura Empresarial

Programa de Outplacement

Programa de Integração e Acolhimento do Colaborador

Desenvolvimento de Competências

Acção Social

Saúde e Segurança Segurança e Saúde no trabalho

Gestão de Talento Sistema de Gestão de Desempenho

Equilíbrio vida pessoal-profissional Conciliação entre vida profissional e familiar

Programa de Outplacement

O Programa de Outplacement oferecido aos colaboradores no âmbito do processo de redução de efectivos, concretizado nos últimos anos, permitiu a um número significativo de ex-colaboradores enveredar rapidamente por novas oportunidades profissionais.

Ao longo dos últimos 3 anos, a taxa de sucesso do Programa de Outplacement tem sido muito elevada, tendo atingido o valor de 100% em 2012. Face ao universo total de saídas, a taxa de adesão é muito variável, tendo subido em 2012 para o valor de 29,6%.

2010 2011 2012

Por conta de outrém 54 11 3

Emprego próprio 32 21 9

Em pesquisa 5 2 0

Formação a decorrer 6 7 4

Taxa de Sucesso do Programa 95% 94% 100%

Taxa de Adesão ao Programa 69,3% 16,8% 29,6%

No âmbito deste processo foi ainda possível a alguns colaboradores actualizarem a sua formação escolar:

2010 2011 2012 Total

Completaram o 9ºano 2 1 3

Completaram o 12ºano 8 3 3 14

Técnico Profissional 1 2 1 4

Licenciatura 6 1 7

Mestrado 1 1

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II - VECTORES DA SUSTENTABILIDADE

64 Relatório de Sustentabilidade 2012

Programa de Integração e Acolhimento do Colaborador

A manutenção de uma forte identidade de Grupo não dispensa um programa de integração e acolhimento dos novos colaboradores. Todos os processos de recrutamento incluem um plano estruturado que se inicia com a difusão e reflexão sobre os valores do Grupo, os procedimentos associados à função e integra um plano de conhecimento das várias actividades realizadas no âmbito do Grupo, em particular das que têm maior ligação à função do novo colaborador.

Desenvolvimento de Competências

O Grupo Brisa desenvolveu, durante o ano de 2012, diversos projectos e iniciativas que, em alinhamento com a estratégia do negócio, permitiram o reconhecimento da actividade de desenvolvimento dos seus colaboradores como um factor crítico de sucesso para o alcance dos objectivos estratégicos definidos.

Motivada pelas mais-valias das suas áreas formativas, a Brisa apresentou um pedido de certificação junto da Direcção Geral de Emprego e das Relações de Trabalho – DGERT, o qual obteve parecer favorável, sendo concedida a certificação da Brisa Auto-estadas de Portugal nas seguintes áreas de educação e formação:

‐ Enquadramento na organização/empresa

‐ Protecção de pessoas e bens

‐ Segurança e higiene no trabalho

Brisa Auto-Estradas de Portugal certificada como entidade formadora

A certificação para a Brisa significa o reforço da capacidade técnica e pedagógica e é sinónimo da aposta na qualidade dos processos de formação ministrados pelos formadores internos, com vista a melhorar, de forma contínua, as práticas e resultados da sua intervenção, em todas as fases do ciclo formativo.

O Grupo Brisa promove de forma estruturada e orientada a adequação do seu capital humano, ajustando-o aos novos desafios e contextos.

Formação 2012

1.206 sessões de Formação

1.608 Colaboradores

48.077 horas em formação

Projectos de Formação

Papel Principal

O programa de desenvolvimento de competências dos Operadores Principais de Posto de Portagem está inserido num conjunto de medidas que pretendem dar resposta aos novos desafios das funções resultantes de alterações no contexto e no serviço de portagens.

Este projecto envolveu 216 colaboradores e representou um investimento de 4.176 horas de formação.

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II - VECTORES DA SUSTENTABILIDADE

Relatório de Sustentabilidade 2012 65

A Liderança na gestão e melhoria do atendimento ao cliente

A optimização do nível de serviço passa naturalmente pelo reforço de competências ao nível comportamental dos colaboradores cujas funções estão directamente orientadas para o cliente.

A intervenção junto dos colaboradores da Controlauto visa conceber e implementar um processo de optimização da qualidade do atendimento nos Centros de Inspecção. A Controlauto pretende proporcionar aos seus clientes uma experiência de atendimento mais positiva. Trata-se de procurar maximizar uma componente determinante do sucesso comercial dos centros de inspecção e, consequentemente, da própria empresa. O foco do trabalho desenvolvido e a desenvolver durante o ano de 2013 consistiu na indução da melhoria da qualidade de atendimento sustentada por práticas de liderança e gestão de equipas mobilizadores de todas as equipas que integram cada centro.

Para isso, promoveu-se junto dos responsáveis dos centros, o desenvolvimento de competências relevantes para a implementação e a gestão do processo de melhoria que se pretende e mobilizou-se os colaboradores da Controlauto para o projecto “Atendimento mais Positivo”.

3V - Viver Via Verde

Esta acção de formação teve como objectivo consciencializar os colaboradores das lojas VVP para a importância que a sua função assume junto dos seus Clientes e para a necessidade de adoptar uma atitude comercial proactiva em todos os momentos de contacto com o Cliente, incentivar o uso da linguagem positiva, no sentido potenciar a venda de serviços Via Verde (e não só a venda de identificadores), e ainda promover uma cultura de orientação para o Cliente, baseada na gestão das emoções, com vista à sua satisfação plena e com resultados para a Via Verde.

A metodologia utilizada pretendeu que os formandos se colocassem no papel de clientes vivenciassem a experiência no sentido de poderem identificar boas práticas e oportunidades de melhoria no serviço ao cliente.

Formação na área da Segurança

No domínio da Segurança e Saúde no Trabalho, a preocupação da empresa, para além do cumprimento com a legislação aplicável, traduz-se em reforçar nos seus colaboradores sensibilidade para esta temática, com vista a melhorar diariamente as condições de segurança no trabalho dos mesmos.

Para reforço da cultura de Segurança foram vários os projectos e iniciativas desenvolvidas em 2012, representando um investimento de 8.352 horas de formação e abrangendo 1.206 participações. Assinalamos os projectos de desenvolvimento de competências necessários para dar a conhecer e aplicar os procedimentos definidos para controlo do risco de atropelamento, face às alterações estruturais introduzidas nas barreiras de portagem, bem como o desenvolvimento de competências dos técnicos da BIT, nomeadamente aqueles que necessitam de realizar trabalhos em altura, para que o colaboradores observem, realizem e façam cumprir as normas de prevenção de segurança, actuando correctamente no que respeita ao uso e manutenção de equipamentos individuais e colectivos.

Reforçamos igualmente o desenvolvimento de competências em Segurança Rodoviária para robustecer as competências dos Oficiais de Mecânica e Operadores de Patrulhamento ao nível do domínio das normas e procedimentos definidos para a "Sinalização de Posição “, para consolidar o conhecimento relativo à implementação dos "Esquemas – Sinalização de Posição", definidos no Manual de Sinalização Temporária, bem como o conhecimento das Normas e Procedimentos de Segurança adaptados à actividade.

Page 66: Relatório de Sustentabilidade 2012

II - VECTORES DA SUSTENTABILIDADE

66 Relatório de Sustentabilidade 2012

Formação ao nível Operacional

Ao nível operacional, mantiveram-se os esforços no desenvolvimento técnico dos diferentes profissionais com a continuação do investimento nos processos de melhoria contínua, bem como a prossecução dos projectos de desenvolvimento de competências de gestão com a participação de quadros superiores no Programa Avançado de Gestão para Executivos – PAGE e noutras pós-graduações específicas.

Formação em Liderança e Gestão de Equipas

O alinhamento das chefias e suas equipas aos objectivos estratégicos é imprescindível para se garantir a optimização desejada. A formação no domínio da liderança aparece neste contexto como um instrumento essencial no sentido de apoiar as chefias na construção de uma visão comum e partilhada e de envolver suas equipas na operacionalização de uma estratégia. Assim para se garantir o desenvolvimento em competências de liderança das chefias desenvolveram-se vários projectos de formação nos vários níveis de Liderança, representando um investimento de 1.994 horas de formação.

Acção Social Interna

O Grupo entende que é particularmente importante nos momentos de grande transformação socio- económica manter um relacionamento estreito com as ORT’s, informando-as das alterações que pretende implementar e ouvindo as suas preocupações quanto à forma de operacionalização dessas alterações, integrando, na medida do possível, as sugestões apresentadas.

Em 2012 foi concretizada a consulta formal sobre o novo fardamento para a área de portagens e o plano de formação.

O processo de negociação do Acordo Colectivo de Trabalho decorreu de uma forma particularmente responsável e coerente com o difícil enquadramento macroeconómico, tendo sido possível alcançar um acordo subscrito por todas as Partes.

A Controlauto passou a ser abrangida, em 2011, pelo Contrato Colectivo de Trabalho das Inspecções Automóvel. Desta forma a percentagem de colaboradores abrangidos por acordos de negociação aumentou significativamente face ao ano anterior, cifrando-se nos 98%.

O Acordo de 2012 além da actualização salarial, manteve a consagração de um conjunto de princípios que para além do enfoque no cumprimento dos princípios normativos associados ao respeito pela Directivas comunitárias, da Declaração Universal dos Direitos do Homem e da Constituição Portuguesa, oferece ainda tratamento mais favorável do que o preconizado na legislação em matérias como a assistência à família.

O Acordo Colectivo de Trabalho consagra um conjunto de benefícios sociais, que visam garantir uma protecção em situações de maior fragilidade, sobretudo no domínio da protecção em caso de doença e na reforma. Julgamos merecer particular destaque a atribuição de subsídios a filhos deficientes, complementos dos subsídios da Segurança Social e o pagamento das ausências por assistência familiar inadiável, até 15 dias por ano, a membros do agregado, não comparticipadas pela Segurança Social.

O subsídio de refeição mantém-se também significativamente acima do valor praticado pela função pública.

Em 2012 foi criado no campus Brisa mais um espaço destinado a tomada de refeições.

O Grupo Brisa continua o seu apoio e estímulo às actividades de cariz recreativo e cultural, subsidiando as iniciativas promovidas pelo Grupo Desportivo.

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II - VECTORES DA SUSTENTABILIDADE

Relatório de Sustentabilidade 2012 67

Segurança e Saúde no Trabalho

No ano de 2012 o Serviço Interno de Segurança e Saúde no Trabalho (SISST) manteve o desenvolvimento de actividades relacionadas com a identificação e controlo dos riscos profissionais.

O suporte às áreas operacionais manteve-se particularmente activo na área da assistência rodoviária, electrónica e portagens. Nestas áreas foram elaboradas e consolidadas as cartas de risco.

Ao longo do ano foram elaborados diversos procedimentos de segurança, com particular incidência nas actividades de trabalho da BO&M sujeitas a risco de atropelamento.

Na Via Verde foram analisadas as condições de segurança em todas as lojas e elaborados os respectivos procedimentos de segurança.

No CCO foram avaliadas as condições ergonómicas e dada formação sobre posturas e utilização de equipamentos dotados de visor.

Em relação à protecção do risco de atropelamento há a destacar a conclusão das passagens superiores pedonais, que permitem eliminar a necessidades de atravessamento de Vias Verdes, sendo um importante factor de controlo do risco de atropelamento. A utilização destas passagens foi sempre suportada pela revisão dos procedimentos de atravessamento e antecedida por formação no local a todos os profissionais das portagens.

Como habitualmente, o SISST apoiou os seus outputs técnicos com Acções de Formação específicas que fez chegar à generalidade da cadeia de responsabilidades.

O SISST assegurou ainda as actividades de rotina inerentes à Segurança e Saúde no Trabalho impostas por lei ou deduzidas da política de recursos humanos do Grupo Brisa.

A elaboração dos Planos de Emergência Interna (PEI) da BEG e Mcall merecem também destaque.

Sistema de Gestão de Desempenho

O Grupo Brisa possui um sistema de gestão de desempenho que aplica à generalidade dos seus colaboradores. Este sistema, apesar de prever metodologias diferenciadas para Dirigentes, Quadros e outros profissionais, tem como alicerces comuns a todos os grupos a avaliação das competências inerentes à função, a definição de objectivos individuais e de objectivos de equipa. O processo de avaliação resultante é anual e dos seus resultados decorrem promoções e, nos últimos anos, tem sido possível devido aos resultados alcançados pelas empresas, a atribuição de uma gratificação extraordinária.

Conciliação entre a vida profissional e a vida familiar

O Grupo Brisa aplica práticas que procuram permitir uma melhor conciliação entre a vida profissional e a vida familiar e que promovam a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres.

A diversidade de soluções ao nível da organização do tempo de trabalho permite aos colaboradores melhor atenderem às necessidades das suas vidas pessoais, sem prejuízo das respectivas carreiras profissionais.

Entre as práticas existentes destacamos os horários flexíveis, os quais permitem que o colaborador possa ajustar às suas necessidades pessoais, dentro de certos limites, quer a hora de início e fim da prestação de trabalho, quer o intervalo de refeição, o qual se pode estender até 2h30.

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II - VECTORES DA SUSTENTABILIDADE

68 Relatório de Sustentabilidade 2012

Na laboração contínua é permitida a troca de turnos entre colaboradores. Em alguns tipos de horários existem folgas variáveis, marcadas sempre que possível de acordo com o interesse do Colaborador. Na actividade de portagens existem horários a tempo parcial.

O Grupo permite ainda o gozo de férias em períodos parcelares se esse for o interesse do colaborador.

O Acordo Colectivo de Trabalho consagra o pagamento anual, até 15 dias, para assistência inadiável ao agregado familiar, para as situações não cobertas pela Segurança Social.

A Mcall aumentou o recurso ao teletrabalho com reconhecido sucesso.

Iniciativas como a colónia de férias, em que a comparticipação da empresa é maior para salários mais baixos, a atribuição de prendas de Natal aos filhos com idades até 12 anos e a realização da festa de Natal são manifestações cujo objectivo é estreitar a relação entre colaboradores e fomentar a conciliação entre os desígnios da empresa e dos seus colaboradores.

Em 2012, a festa de Natal foi aproveitada para aproximar a família e o trabalho, articulando segurança rodoviária com o espírito da quadra natalícia. Este evento, destinado aos filhos dos colaboradores com idades compreendidas entre os 6 e os 12 anos, permitiu um dia de convívio e uma aproximação dos filhos com a realidade da vida profissional dos pais e permitiu a partilha com os mais novos dos valores relativos prevenção da sinistralidade e da segurança rodoviária.

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II - VECTORES DA SUSTENTABILIDADE

Relatório de Sustentabilidade 2012 69

Desenvolvimento Social

VECTOR TEMA MATERIAL LINHAS DE ACTUAÇÃO

Envolvimento das Partes Interessadas e Externalidades Positivas Caso de Estudo da A4

Cidadania e Solidariedade (Projectos Solidários e Voluntariado) Programa de Voluntariado

Brisa no Voluntariado

Em 2011, o Grupo José de Mello implementou o Programa de Voluntariado, transversal a todas as suas empresas participadas, com o objectivo de permitir a todos os colaboradores doarem os seus talentos e competências a uma causa comum.

Este programa de voluntariado destaca-se pelo facto dos seus voluntários contribuírem não só com o seu tempo, mas também com o seu know-how, colaborando em áreas nas quais possuem competências específicas.

Como empresa integrante do universo José de Mello, a Brisa participou, em 2011, com 16 voluntários. Em 2012, segundo ano deste programa, este número cresceu para 33 voluntários, que aceitaram doar o seu tempo e trabalho à comunidade local. Os colaboradores Brisa foram distribuídos pelo ATL da Galiza, o Centro Comunitário da Paroquia de Carcavelos e a Obra do Frei Gil, aceitando tarefas como o apoio escolar, apoio jurídico ou apoio à terceira idade.

O ano de 2012 ficou marcado pela expansão à Associação Coração Amarelo, que mostrava grandes carências em funções ligadas ao apoio domiciliário a idosos e a tarefas administrativas e de gestão.

Também no programa Junior Achievement Portugal, 41 colaboradores da Brisa levaram semanalmente as suas experiências profissionais às salas de aula procurando despertar nos jovens os valores do trabalho e do mérito.

Com a disponibilização de capital humano em acções de responsabilidade social, a Brisa procura contribuir para uma sociedade mais voluntariosa, proporcionando aos seus colaboradores uma oportunidade de crescimento e desenvolvimento pessoal.

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III - INDICADORES GRI

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III - INDICADORES GRI

Relatório de Sustentabilidade 2012 71

Índice GRI

Resposta Página

1 Estratégia e Análise

1.1 Declaração do Presidente, CEO ou Director-Geral da organização sobre a relevância da sustentabilidade para a organização e a sua estratégia Ver Mensagem do Presidente 8

1.2 Descrição dos principais impactes, riscos e oportunidades Ver Visão e Estratégia 10

2 Perfil Organizacional

2.1 Nome da organização Ver Perfil do Relatório 4

2.2 Principais marcas, produtos e/ou serviços Ver Perfil do Relatório 4

2.3 Estrutura operacional da organização, incluindo principais divisões, países onde opera, subsidiárias e joint-ventures Ver Capítulo 1 20

2.4 Localização da sede da organização. Contra-capa

2.5 Número de países onde a organização opera, e nomes dos países onde se desenvolvem as principais operações ou que são especificamente relevantes para as questões de sustentabilidade abordadas no relatório Ver Capítulo 1 20

2.6 Natureza de propriedade e forma jurídica Contra-capa

2.7 Mercados abrangidos (incluindo a discriminação geográfica, os sectores considerados e os tipos de clientes/beneficiários) Ver Capítulo 1 20

2.8 Dimensão da organização, incluindo: - Número de colaboradores; - Vendas líquidas (para organizações do sector privado) ou receita líquida (para organizações do sector público); - Capitalização total, discriminada em termos de dívida e capital próprio; - Quantidade de produtos fornecidos ou serviços prestados Ver Resumo de Indicadores 7

2.9 Alterações significativas durante o período abrangido pelo relatório em matéria de dimensão, estrutura ou propriedade, incluindo: - A localização ou mudança nas operações, incluindo a abertura, encerramento e expansão de unidades operacionais; e - Alterações na estrutura do capital social e outras operações de formação, conservação e alteração de capital Ver Capítulo 1 20-38

2.10 Prémios recebidos no período abrangido pelo relatório Ver a Brisa em 2012 6

3 Parâmetros do Relatório

3.1 Período abrangido pelo relatório para as informações apresentadas Ver Perfil do Relatório 4

3.2 Data do relatório anterior mais recente Ver Perfil do Relatório 4

3.3 Ciclo de comunicação da informação Ver Perfil do Relatório 4

3.4 Ponto de contacto para as questões relativas ao relatório ou ao seu conteúdo Ver Perfil do Relatório 4

3.5 Processo para a definição do conteúdo do relatório, incluindo: -Processo para determinar a materialidade; - Definição de prioridades relativas às questões do relatório e - Identificação dos stakeholders potenciais utilizadores do relatório Ver Perfil do Relatório e Capítulo 1 4,10-19

3.6 Limite do relatório (por ex., países, divisões, subsidiárias, instalações arrendadas, joint-ventures, fornecedores) Ver Perfil do Relatório 4

3.7 Indique quaisquer limitações específicas relativas ao âmbito ou limite do relatório Ver Perfil do Relatório 4

3.8 Base para a elaboração do relatório no que se refere a joint-ventures, subsidiárias, instalações arrendadas, operações subcontratadas e outras situações passíveis de afectar significativamente a comparabilidade entre períodos e/ou organizações relatoras Ver Perfil do Relatório 4

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III - INDICADORES GRI

72 Relatório de Sustentabilidade 2012

Resposta Página

3.9 Técnicas de medição de dados e bases de cálculo, incluindo as premissas e técnicas subjacentes às estimativas, aplicadas à compilação dos indicadores e de outras informações do relatório Ver Perfil do Relatório e Capítulo 3 4,70

3.10 Reformulações Ver Perfil do Relatório 4

3.11 Alterações significativas em relação a relatórios anteriores Ver Perfil do Relatório 4

3.12 Quadro que identifica o local das informações-padrão no relatório Ver Capítulo 3 70

3.13 Política e actual prática relativa à procura de verificação independente para o relatório Ver Perfil do Relatório 4

4 Governância, Compromissos e Envolvimento

4.1 Estrutura de governação da organização, incluindo comités ao mais alto nível de governância responsáveis por tarefas específicas, tais como a definição da estratégia ou a supervisão da organização Ver Capítulo 1 26-38

4.2 Indique se o Presidente do Conselho de Administração é, simultaneamente, um director executivo (e, nesse caso, qual a sua função ao nível da administração da organização e as razões para este composição) Ver Capítulo 1 34

4.3 Para organizações com uma estrutura de administração unitária, indique o número de membros do Conselho de Administração independentes e/ou membros não executivos Ver Capítulo 1 34

4.4 Mecanismo que permitem aos accionistas e colaboradores sugerirem recomendações ou indicarem orientações ao Conselho de Administração Ver Capítulo 1 16,26-33

4.5 Ligação entre a remuneração dos membros da administração, quadros dirigentes e superiores e a performance da organização Ver Capítulo 1 26-33

4.6 Mecanismos existentes que permitam aos membros da administração assegurar que não se criam conflites de interesse Ver Capítulo 1 26-33

4.7 Qualificações e competências dos membros do Conselho de Administração Ver Capítulo 1 26-33

4.8 Declarações de missão ou de valores, códigos de conduta e princípios desenvolvidos internamente, considerados relevantes para o desempenho económico, ambiental e social, assim como o estádio da sua implementação Ver Capítulo 1 e Capítulo 2 10,14,54

4.9 Procedimentos da administração para acompanhamento e gestão da performance ambiental, social e económica, incluindo os riscos e oportunidades mais relevantes, assim como a adesão e cumprimento de normas, códigos e princípios internacionais Ver Capítulo 1 26-38

4.10 Processos para avaliação do desempenho do Conselho da Administração Ver Capítulo 1 26-38

4.11 Princípio da precaução Ver Capítulo 1 10-19

4.12 Cartas, princípios ou outras iniciativas, desenvolvidas externamente de carácter económico, ambiental e social que a organização subscreve ou defende Ver Capítulo 1 10-19

4.13 Principais adesões a organizações sectoriais Ver Capítulo 1 14,15

4.14 Lista de Grupo de Stakeholders envolvidos pela organização Ver Capítulo 1 14-19

4.15 Base para a identificação e selecção dos stakeholders a serem envolvidos Ver Capítulo 1 14-19

4.16 Tipo de abordagem para envolver os stakeholders, incluindo frequência do envolvimento por tipo e grupo de stakeholder Ver Capítulo 1 14-19

4.17 Temas chave identificados na consulta aos stakeholders e respostas da organização, incluindo a nível de reporting Ver Capítulo 1 12-19

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III - INDICADORES GRI

Relatório de Sustentabilidade 2012 73

Indicadores GRI

Âmbito inclui AEDL e Brisal abc Qualitativo 123 Quantitativo

NA Não Aplicável

EC1 VALOR ECONÓMICO DIRECTO GERADO E DISTRIBUÍDO 123

Ver resposta ao indicador na p. 46.

EC2 IMPLICAÇÕES FINANCEIRAS E OUTROS RISCOS E OPORTUNIDADES RELACIONADOS COM AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

abc

Ver resposta ao indicador na p. 60.

EC3 COBERTURA DO PLANO DE PENSÕES 123

De acordo com a estimativa actualizada para 31 de Dezembro de 2012, do valor do Fundo de Pensões e das respectivas responsabilidades, segundo o Plano de Benefícios actualmente em vigor na empresa e previsto no Contrato Constitutivo do Fundo de Pensões Brisa, existe uma insuficiência de fundo em 2012 no montante de 27 mil euros face às responsabilidades do mesmo. O valor actual das responsabilidades projectadas é de 14 622 mil de euros.

BAE VVP BOM BIT BEG Total

Nº de colaboradores abrangidos 176 134 1 241 83 66 1 700

Nº total de colaboradores 181 136 1 241 84 117 1 759

% colaboradores abrangidos p/ Plano de Pensões 97% 99% 100% 99% 56% 97%

EC4 BENEFÍCIOS FINANCEIROS SIGNIFICATIVOS DADOS PELO GOVERNO 123

Em 2012 não foi recebido nenhum apoio financeiro do Governo.

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III - INDICADORES GRI

74 Relatório de Sustentabilidade 2012

EC5 RÁCIO DO SALÁRIO BASE DE ENTRADA COMPARATIVAMENTE AO SALÁRIO MÍNIMO PERMITIDO A NÍVEL LOCAL, NAS LOCALIZAÇÕES DE ACTIVIDADE MAIS SIGNIFICATIVA

123

Ano 2012

Salário mais baixo na organização 502

Salário mínimo nacional 485

Salário mais baixo do grupo mais representativo da organização 738

Rácio do salário mais baixo da organização comparativamente ao salário minimo nacional 104

Rácio do salário mais baixo do grupo mais representativo da organização comparativamente ao salário minimo nacional 152

EC6 POLÍTICA, PRÁTICAS E PROPORÇÃO DAS DESPESAS EM FORNECEDORES LOCAIS ONDE EXISTA OPERAÇÃO RELEVANTE

123

A Brisa não pratica qualquer tipo de discriminação na selecção dos seus fornecedores, fazendo consultas ao mercado e ouvindo quer fornecedores locais, quer internacionais. A Brisa está ao abrigo do Regime da Contratação Pública, pelo que é obrigada a abrir concursos de acordo com a Lei.

No ano de 2012, a percentagem de fornecedores locais foi de 97,86%.

EC7 PROCEDIMENTOS PARA A CONTRATAÇÃO LOCAL E PROPORÇÃO DE GESTORES SENIORES CONTRATADOS NA COMUNIDADE LOCAL, EM LOCAIS ONDE EXISTE OPERAÇÃO RELEVANTE

abc

A Brisa não pratica qualquer tipo de discriminação na escolha dos seus trabalhadores, estando mesmo impedida, por razões legais, de exercer qualquer tipo de discriminação no recrutamento de novos colaboradores dentro do território nacional. A nível internacional, não se registaram quaisquer contratações.

EC8 DESENVOLVIMENTO E IMPACTO DOS INVESTIMENTOS EM INFRA-ESTRUTURAS E SERVIÇOS FORNECIDOS ESSENCIALMENTE PARA BENEFÍCIO PÚBLICO

abc

A Brisa considera como Serviço Público todas as actividades desenvolvidas essencialmente para benefício da sociedade, cujo fim último não são contrapartidas comerciais, excluindo Donativos.

Ver resposta ao indicador na p. 47.

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III - INDICADORES GRI

Relatório de Sustentabilidade 2012 75

EC9 DESCRIÇÃO E COMPREENSÃO DOS IMPACTES ECONÓMICOS INDIRECTOS SIGNIFICATIVOS, INCLUINDO A SUA DIMENSÃO

abc

Ver resposta ao indicador em “Pegada económico-social da Brisa Inovação e Tecnologia”, na p. 40.

EN1 MATERIAIS UTILIZADOS POR PESO E VOLUME 123

Os resultados são:

MATERIAL QUANTIDADE

Aço/Alumínio (kg) 100.020.259,76

Solos (agregados, pedra,brita, areia) (m3) 1.008.226,62

Madeira (kg) 151.911,86

Betume (kg) 22.887.296,51

Este indicador reflecte o consumo de matérias-primas em empreitadas da BCR e AEA fiscalizadas pela BEG e o valor da actividade da NWPY.

Não é possível fazer quaisquer comparações com resultados obtidos em anos anteriores, uma vez que os resultados não têm uma correlação directa com o número de empreitadas do período em análise, ou qualquer outra correlação directa relevante.

A grande maioria das empreitadas em causa tem prazos de execução superiores a um semestre ou mesmo um ano, bem como trabalhos completamente distintos nas diferentes fases da empreitada. Estes dois factores associados impossibilitam uma análise válida e objectiva sobre as oscilações verificadas.

Os valores apresentados são específicos para cada projecto, uma vez que dependem de inúmeras variáveis, como a extensão, o número de obras de arte, pavimento, topografia, etc. Por este motivo, a monitorização da evolução das quantidades registadas ao longo do tempo, não permitirá retirar quaisquer conclusões relativamente à maior ou menor aplicação de metodologias sustentáveis por parte da Brisa.

EN2 PERCENTAGEM DE MATERIAIS UTILIZADOS QUE SÃO RECICLADOS 123

MATERIAL QUANTIDADE

Solos (m3) 397.537

Material fresado (m3) 191.454 Betão (m3) 19.107

Outros (m3) 0,00

Este indicador reflecte a utilização de materiais usados provenientes de reutilização/reciclagem em empreitadas da BCR e AEA fiscalizadas pela BEG.

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III - INDICADORES GRI

76 Relatório de Sustentabilidade 2012

Não é possível fazer quaisquer comparações com resultados obtidos em anos anteriores, uma vez que os resultados não têm uma correlação directa com o número de empreitadas do período em análise, ou qualquer outra correlação directa relevante.

A grande maioria das empreitadas em causa tem prazos de execução superiores a um semestre ou mesmo um ano, bem como trabalhos completamente distintos nas diferentes fases da empreitada. Estes dois factores associados impossibilitam uma análise válida e objectiva sobre as oscilações verificadas.

Notar que:

(i)Todos os materiais reutilizados resultam de materiais produzidos no âmbito da própria empreitada, que são posteriormente reutilizados em outras empreitadas (solos) ou na própria empreitada (material fresado e betão). É evidente o esforço da Brisa, no sentido de reutilizar uma quantidade considerável dos materiais que produz.

(ii)A partir de 2009 contabilizou-se o betão, o que resulta da obrigatoriedade de reutilização do material proveniente de todas as obras de arte demolidas.

EN3 CONSUMO DIRECTO DE ENERGIA POR FONTE PRIMÁRIA 123

Ver resposta ao indicador na p. 56.

EN4 CONSUMO INDIRECTO DE ENERGIA POR FONTE PRIMÁRIA 123

Ver resposta ao indicador na p. 55.

EN5 ENERGIA POUPADA DEVIDO A MELHORIAS DE EFICIÊNCIA E CONSERVAÇÃO abc

Estimativa de energia poupada total devido a melhorias de eficiência em 2012 [GJ]: 9.324,56 GJ (1) + 7.095,75 GJ (2) + 346 GJ (3) + 338,26 GJ (4) = 17.104,57 GJ.

Foram identificados os seguintes projectos:

1) Estudo de eficiência da iluminação da rede

Com vista a uma gestão cada vez mais eficiente dos seus recursos, a Brisa está a implementar um sistema de eficiência energética em parte da sua rede de iluminação rodoviária, que contribui para reduzir significativamente a correspondente factura energética.

Este projecto, que implicou um investimento de cerca de 600 m€, tem como base a intervenção em 4654 luminárias exteriores, permitindo uma poupança anual estimada de cerca de 200m€ ao nível do consumo de electricidade.

Em 2012, o projecto foi implementado a 80%, estando a sua conclusão prevista para 2013.

Estimativa de energia anual poupada: 2.590.156,35 kWh, ou seja: 9.324,56 GJ

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III - INDICADORES GRI

Relatório de Sustentabilidade 2012 77

2) Academia Brisa de Condução

Este Projecto encontra-se descrito na página 58.

Estimativa de energia poupada = 195.652 l * 0,837 kg *10^(-3)/l * 43,33 GJ/tonne (metric)= 7.095,75 GJ

3) Projecto Telemática

Este projecto consiste na instalação de painéis de energia solar como fonte de energia para o equipamento de telemática ao longo da rede, com especial enfoque para locais onde não é possível aceder à rede de energia eléctrica.

Em 2012 o parque de telemática solar manteve-se, pelo que o valor da poupança anual deverá ser igual ao do ano anterior.

Estimativa de energia poupada no ano 2012: 346 GJ (ver Indicador EN 4)

4) Projecto NWPY

O Projecto Solar da concessão NWPY tem como base um acordo de compra de energia (PPA – Power Purchase Agreement) com a Soltura Energy Capital. Este acordo foi estabelecido por um prazo de 20 anos e cobre a instalação, operação e manutenção de painéis solares, em sete sites, com uma capacidade instalada de 62 kW no total.

O sistema encontra-se 100% operacional desde Junho de 2011. Em 2012, produziu-se uma quantidade de energia de 93.961 kWh, ou seja: 338,26 GJ.

EN6 INICIATIVAS PARA A PROMOÇÃO DE PRODUTOS E SERVIÇOS ENERGETICAMENTE EFICIENTES E BASEADOS EM ENERGIAS RENOVÁVEIS, ASSIM COMO AS REDUÇÕES REGISTADAS

abc

As iniciativas referidas no Indicador EN5 promovem um serviço mais eficiente energeticamente, nomeadamente:

‐ Eficiência da iluminação da rede

‐ Academia de Condução Brisa

‐ Projecto Telemática

‐ Projecto Solar NWPY

Para além destas iniciativas, é de destacar a Via Verde e Via Mais Verde, dois serviços que aumentam a eficiência energética da utilização das infra-estruturas por parte dos clientes.

Via Verde

A Via Verde consiste numa modalidade de pagamento electrónico, que debita automaticamente na conta bancária a quilometragem percorrida.

Desenvolvendo e aplicando este produto há mais de 15 anos, a Brisa provou a sua capacidade tecnológica e contribuiu para uma mobilidade mais amiga do ambiente e eficiente energeticamente.

Ao evitar o abrandamento e posterior aceleração dos automóveis nas barreiras de portagem, a Via Verde contribui para uma menor quantidade de emissões e, simultaneamente, para uma maior eficiência energética, através de uma melhor utilização do combustível.

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III - INDICADORES GRI

78 Relatório de Sustentabilidade 2012

Redução nos consumos de energia

De acordo com o estudo independente Measuring and Modeling Emission Effects for Toll Facilities , a utilização da Via Verde reduz significativamente as emissões de gases com efeito de estufa, nomeadamente as emissões de CO e CO2, em 60% e 40%, respectivamente.

Esta redução é consequência directa do menor consumo de combustível na viatura.

Via Mais Verde

Em 2008, o sistema da Via Verde evoluiu para uma nova solução mais avançada: a Via Mais Verde. Esta solução é composta por um sistema de sensores, assente em três pórticos sobre a auto-estrada que fazem a leitura do identificador, detectam e classificam o veículo, dispensando desta forma a existência de uma barreira de portagem física na via. A Via Mais Verde oferece uma comodidade ímpar aos utilizadores Via Verde ao eliminar a necessidade de redução de velocidade à sua passagem.

Principais vantagens da Via Mais Verde:

‐ Maior comodidade;

‐ Não é necessário reduzir a velocidade;

‐ Aumenta a segurança rodoviária;

‐ Permite a redução de emissões de CO2 (ao evitar a paragem do automóvel e posterior aceleração, reduz-se em 41,8% as emissões de CO2).

Este sistema está implementado em três locais, nas auto-estradas A17, A10 e A3.

EN7 INICIATIVAS PARA REDUZIR O CONSUMO INDIRECTO DE ENERGIA E REDUÇÕES REGISTADAS

123

Não há actividade a relatar no âmbito deste indicador.

EN8 TOTAL DE CAPTAÇÕES DE ÁGUA SEGMENTADAS POR FONTE 123

Fonte Quantidade

Captações Próprias (m3) 61.673,5

Abastecimento Público (m3) 78.990,3 Total (m3) 140.663,8

EN9 FONTES DE ÁGUA AFECTADAS SIGNIFICATIVAMENTE PELO CONSUMO DE ÁGUA

NA

Este indicador considera-se não aplicável no âmbito da actividade do Grupo Brisa.

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III - INDICADORES GRI

Relatório de Sustentabilidade 2012 79

EN10 VOLUME TOTAL E PERCENTAGEM DE ÁGUA RECICLADA E REUTILIZADA 123

Durante o ano de 2012, os processos de reutilização e reciclagem implementados permitiram poupar 534,52 m3 de água, o que correspondeu a 77% do consumo de água.

Neste indicador é contabilizada a água reutilizada nos ensaios laboratoriais.

EN11 ÁREAS DE TERRENOS EM ÁREAS PROTEGIDAS 123

Em 2012, a área administrada incluída na Rede Natura 2000 totalizou 3.591.221 m2, o que corresponde a 3,59 km2. Releva-se ainda, no reporte deste indicador, uma área arrendada para implementação de medidas de compensação de impactes, no âmbito de um Protocolo da BRISA com o ICNB, que abrange 10.000 m2 na Zona de Protecção Especial de Castro Verde com o objectivo de preservar o habitat do Francelho-das-torres. A área é idêntica à área reportada para os anos de 2009, 2010 e 2011 uma vez que em 2012 a construção de novas infra-estruturas ou os alargamentos das já existentes não intersectou áreas da Rede Natura 2000.

EN12 IMPACTES SIGNIFICATIVOS NA BIODIVERSIDADE EM ÁREAS PROTEGIDAS OU EM ÁREAS DE ELEVADO VALOR PARA A BIODIVERSIDADE

abc

No âmbito deste indicador serão reportados os impactes sobre a biodiversidade em áreas protegidas que se considerou serem as áreas identificadas na Rede Natura 2000.

Fases de Projecto e Obra

Tendo em atenção esse âmbito, os impactes sobre a biodiversidade relativos à construção e exploração de auto-estradas são avaliados previamente, em fase de estudo e projecto de execução, durante o processo de avaliação de impacte ambiental, sendo, nessas fases, efectuada a análise de diferentes traçados, projectos e delineadas medidas de minimização ou de compensação.

Posteriormente, e ainda durante a fase de obra, é efectuado um acompanhamento ambiental e a implementação do Plano de Gestão Ambiental e dos programas de monitorização que têm por objectivo assegurar a recolha de informação que permita avaliar os principais impactes ambientais efectivamente provocados durante a fase de obra, bem como garantir uma boa execução ambiental do projecto. Pretende-se, ainda, possibilitar a identificação atempada de eventuais situações que possam conduzir à necessidade de adoptar medidas adicionais de minimização/compensação de impactes ambientais.

Em 2012, não houve intervenções em áreas que estivessem incluídas na Rede Natura 2000, pelo que não há impactes a relatar.

Fase de Exploração

No que diz respeito à fase de exploração da auto-estrada, toda a rede de auto-estradas concessionada à Brisa e à Brisal é abrangida por um sistema de monitorização de atropelamentos de fauna e todas as auto-estradas construídas ou submetidas a obras de alargamento após a entrada em vigor do Decreto-lei n.º 69/2000, de 3 de Maio, são abrangidas por Planos Gerais de Monitorização do Ambiente com o objectivo fundamental de proceder à pós-avaliação de impactes.

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III - INDICADORES GRI

80 Relatório de Sustentabilidade 2012

Genericamente, ao nível da biodiversidade, os principais impactes ambientais negativos causados pelas auto-estradas são, em geral, a fragmentação e alteração de habitats, os atropelamentos de fauna e o aumento da pressão humana.

Em todos os sublanços da rede concessionada à Brisa, é efectuada a monitorização dos atropelamentos de fauna silvestre. No que diz respeito aos sublanços que atravessam áreas incluídas na Rede Natura 2000 não foram detectados atropelamentos de espécies que se encontrem ameaçadas, de acordo com o Livro Vermelho dos Vertebradas de Portugal, 2005.

Nos sublanços Almodôvar/S. Bartolomeu de Messines e S. Bartolomeu de Messines/V.L.A., da A2, que atravessam os Sítios do Caldeirão e Barrocal, foram, ainda, avaliados os impactes sobre a biodiversidade através de campanhas de monitorização que abrangem a monitorização da qualidade dos ecossistemas, a monitorização dos projectos de recuperação de passagens hidráulicas (PHs) e viadutos, nomeadamente os indicados como sítios de recuperação e manutenção da funcionalidade como corredor ecológico, a monitorização da eficácia das PHs como passagens para a fauna e a sua utilização por grupos faunísticos como habitat de refúgio, e a monitorização da evolução das fitocenoses nas margens das linhas de água atravessadas pela infra-estrutura.

Quanto à monitorização da qualidade dos ecossistemas que envolve a monitorização da qualidade do ar, qualidade das águas subterrâneas e superficiais não se registam impactes significativos consistentemente atribuíveis à auto-estrada.

Em relação à qualidade das águas superficiais, em 2012, não se constataram impactes significativos com origem na A2. De facto, os poluentes analisados, que expectavelmente poderão ser gerados pela circulação de tráfego automóvel na A2 – Cobre, Cádmio, Zinco e Hidrocarbonetos – apresentam sempre concentrações muito reduzidas e inferiores aos limites legislados. Pontualmente, em algumas campanhas, nas águas das ribeiras amostradas registam-se valores de Sólidos Suspensos Totais elevados.

Quanto à qualidade das águas subterrâneas, e relativamente a poluentes que sejam originados pela circulação de tráfego automóvel na A2, não se verificaram concentrações superiores aos valores limite legislados. Em algumas amostragens, verificaram-se valores acima do Valor Máximo Recomendável (VMR) para os cloretos e nitratos, sendo que, como já referido anteriormente, estes não se incluem nos poluentes gerados pela infra-estrutura rodoviária.

A Figura 1 pretende ilustrar a qualidade do ar nos sublanços anteriormente referidos durante cerca de 10 semanas de monitorização da qualidade do ar, distribuídos ao longo do ano, tendo-se apurado um índice de qualidade do ar, genericamente, bom e muito bom, não sendo as concentrações de poluentes atmosféricos problemáticas. Dos poluentes cujas concentrações estão maioritariamente associados às emissões de tráfego automóvel (NO2 e NOx), apenas foi monitorizado o parâmetro NO2, tendo sido registados valores sempre inferiores ao valor imposto pela legislação.

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III - INDICADORES GRI

Relatório de Sustentabilidade 2012 81

Índice de Qualidade do Ar A2 - Almodôvar / S. Bartolomeu de Messines /

Muito bom

Bom

Médio

Fraco

Mau

Figura 1. Índice de qualidade do ar nos sublanços Almodôvar / S. Bartolomeu de Messines / V.L.A. apurado em 10 semanas de monitorização da qualidade do ar.

Relativamente aos atravessamentos de fauna nas PHs, estão a ser monitorizadas estruturas de diversos tipos, de variadas dimensões - com comprimento x largura de 4x4, 3x3, 4x3, 2x2, 3x3, 1,80x1,80, 2,50x2,50 e 2,20x2,20, ou diâmetro de 1,20, 1,50 e 1 - e de várias formas (rectangular aberta, circular fechada, circular aberta, rectangular aberta com desnivelamento no interior), por forma a se incluir a variabilidade destas estruturas nos resultados. O método utilizado para apuramento das espécies que atravessam as PHs é o da detecção por pegadas que consiste na colocação de pó de pedra em toda a largura das estruturas e posterior identificação das pegadas que ficam registadas no referido pó.

Nas campanhas realizadas durante o ano de 2012 foram observados vestígios indirectos (pegadas e dejectos) das seguintes espécies ou grupos faunísticos nas várias Passagens Hidráulicas, Passagens de Fauna, Passagens Agrícolas, Passagens Inferiores e Viadutos prospectadas, que estão listadas no Quadro 1.

Muito bom30%

Bom66%

Médio4%

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III - INDICADORES GRI

82 Relatório de Sustentabilidade 2012

Quadro 1 – Espécies / Grupos Faunísticos identificados na monitorização das

passagens da rodovia A2 Primavera 2012

Verão 2012

Outono 2012 Março Maio

Aves 23 44 57 13

Cão (Canis domesticus) 20 9 21 12

Coelho (Oryctolagus cuniculus) 43 20 52 15

Geneta (Genetta genetta) 17 9 8 4

Micromamíferos 8 39 67 26

Raposa (Vulpes vulpes) 2 6 11 6

Répteis e Anfíbios 2 18 12 13

Sacarrabos (Herpestes ichneumon) - - 5 4

Texugo (Meles meles) 5 2 2 -

Javali (Sus scrofa) - - - 2

Gato (Felis sylvestris catus) - - 1 -

Ouriço (Erinaceus europaeus) 2 22 14 1

Fuinha (Martes foina) 3 1 2 -

Lontra (Lutra lutra) 15 33 37 20

Doninha (Mustela nivalis) - 2 1 3

Gado 11 18 21 18

Nas campanhas realizadas durante 2012, os atravessamentos das passagens hidráulicas e passagens de fauna foram contabilizados pela presença de pegadas pertencentes à mesma espécie (assumindo-se que pertencem aos mesmos indivíduos) em ambas as entradas. No caso das passagens agrícolas, inferiores e viadutos, considera-se que a presença de qualquer vestígio (pegadas ou dejectos) ao longo dos trajectos pressupõe o atravessamento dos animais identificados. Sendo assim, foram contabilizados os seguintes atravessamentos, que estão patentes no Quadro 2.

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III - INDICADORES GRI

Relatório de Sustentabilidade 2012 83

Quadro 2 – Atravessamentos identificados na monitorização das

passagens da rodovia A2 Primavera 2012

Verão 2012

Outono 2012 Março Maio

Aves 7 27 25 6

Cão (Canis domesticus) 10 6 18 10

Coelho (Oryctolagus cuniculus) 25 9 30 7

Geneta (Genetta genetta) 6 5 - 2

Micromamíferos 2 23 47 4

Raposa (Vulpes vulpes) 2 3 3 6

Répteis e Anfíbios - 2 - 1

Sacarrabos (Herpestes ichneumon) - - - 4

Texugo (Meles meles) 1 2 - -

Javali (Sus scrofa) - - - 2

Gato (Felis sylvestris catus) - - - -

Ouriço (Erinaceus europaeus) - 9 4 -

Fuinha (Martes foina) 3 1 1 -

Lontra (Lutra lutra) 8 26 24 8

Doninha (Mustela nivalis) - 1 - -

Gado 10 14 17 16

EN13 HABITATS PROTEGIDOS E RECUPERADOS 123

A restauração e protecção de determinados habitats é uma das estratégias, integrada na política da biodiversidade, para prevenir ou reparar impactes negativos associados às actividades da Brisa. As áreas de habitats protegidos ou restaurados podem resultar de:

‐ Fase de Obra - Implementação, em final de obra, de projectos de integração e recuperação paisagística;

‐ Fase de Operação - Implementação de medidas de restauração ou de protecção activa dos habitats durante a fase de exploração das infra-estruturas rodoviárias;

‐ Projectos voluntários com terceiros (Iniciativa Business & Biodiversity) - Projectos de restauração e protecção de habitats resultantes de parcerias com terceiros visando áreas de habitat diferentes das anteriormente referidas.

Fase de Obra

Relativamente à implementação de projectos de integração e recuperação paisagística, foram aplicadas hidrossementeiras numa área de 35 ha em taludes de auto-estradas em construção, durante o ano 2012.

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III - INDICADORES GRI

84 Relatório de Sustentabilidade 2012

Fase de Operação

Quanto às medidas de restauração e protecção activa em fase de exploração, no âmbito da implementação das medidas de compensação associadas ao sublanço Aljustrel/Castro Verde, da A2, contratualizou-se com uma série de proprietários de terrenos na Zona de Protecção Especial de Castro Verde por forma a se garantir a implementação de medidas de gestão da colónia do Francelho-das-torres, nomeadamente assegurar um carácter extensivo das actividades agro-florestais e pecuária. A área desses terrenos totalizada, em 2010 e mantida em 2011 e 2012, é de aproximadamente 698,2 ha. Adicionalmente, em 2012, foram desenvolvidas acções num terreno alugado na Zona de Protecção Especial de Castro Verde com cerca de 1 ha, concretamente promovida a recuperação de um muro existente e a construção de uma parede do Monte Pardieiro, com cerca de 12,5m×4,0m×0.40m com criação de cavidades de nidificação do Francelho-das-torres, enquanto medida compensatória dos ninhos perdidos devido à ruína de duas paredes durante o último Inverno.

Projectos voluntários com terceiros - Iniciativa Business & Biodiversity

No que diz respeito a projectos de restauração e protecção de habitats resultantes de parcerias com terceiros, a Brisa, consciente dos impactes da sua actividade na biodiversidade, promove acções voluntárias, numa perspectiva de responsabilidade ambiental. Essas acções consubstanciam-se em projectos que estão integrados no Protocolo Business & Biodiversity. Desses projectos, relevam-se, para este indicador, o projecto da Biodiversidade em Montado que está a ser desenvolvido no âmbito de um protocolo com a Companhia das Lezírias e o projecto Biodiversidade para o Tejo Internacional 2008-2012 que resulta de um protocolo com a Quercus.

O projecto da “Biodiversidade em Montado” intervém numa área de cerca de 800 ha, que se situa entre o Poceirão do Cunha e a Malhada Alta, e contempla um conjunto de intervenções físicas, no âmbito do Protocolo estabelecido entre a Brisa e a Companhia das Lezírias, em vigor de 2007 a 2012:

‐ Poda de formação da regeneração natural de sobreiro e de todos os sobreiros com cortiça virgem que necessitem;

‐ Remoção dos pinheiros mansos e bravos em concorrência espacial com sobreiros; Desramação dos pinheiros mansos jovens;

‐ Marcação dos sobreiros a proteger e do perímetro das cercas a implantar;

‐ Instalação dos protectores individuais dos sobreiros e das cercas

‐ Instalação de 400 ha de pastagem biodiversa.

As intervenções previstas no âmbito deste projecto foram concluídas em 2011, não existindo actividades específica a relatar no ano de 2012. Actualmente, o ecossistema encontra-se mantido naturalmente.

No projecto “Biodiversidade para o Tejo Internacional 2008-2012”, as áreas alvo são os terrenos e estruturas propriedade da Quercus-ANCN situados no Parque Natural do Tejo Internacional e, parte deles, também na Zona de Protecção Especial para Aves do Tejo Internacional, Rio Erges e Ponsul. A intervenção ocorreu em dois pólos:

‐ O primeiro pólo de intervenção corresponde a uma área de aproximadamente 410 ha do Monte Barata, herdade situada nas freguesias de Malpica do Tejo e de Monforte da Beira do concelho de Castelo Branco.

‐ O segundo pólo corresponde a cerca de 200 ha distribuídos por vários prédios rústicos situados na freguesia do Rosmaninhal do concelho de Idanha-a-Nova entre a foz da ribeira da Fonte Santa a leste e a foz da ribeira de Aravil a oeste.

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III - INDICADORES GRI

Relatório de Sustentabilidade 2012 85

Relativamente a este projecto, as grandes intervenções nas instalações de acolhimento e infra-estruturas de visitação encontram-se terminadas. Em 2012, a Brisa dedicou-se à preparação de um programa com o objectivo de promover a visitação destas áreas, pelo público em geral, a uma maior escala. Este programa será lançado no decorrer do ano 2013.

Face ao anteriormente exposto, em 2012, a área de habitats protegidos e restaurados totalizou 2 144 ha, o que corresponde a 21,44 km2.

EN14 ESTRATÉGIAS, ACÇÕES PRESENTES E PLANOS FUTUROS PARA A GESTÃO DOS IMPACTES NA BIODIVERSIDADE

abc

Fase de Construção

O desenvolvimento de estudos e projectos tem subjacente uma forte preocupação na obtenção de soluções técnicas ambientalmente sustentáveis. Com efeito, com o objectivo de aumentar a qualidade do empreendimento são implementadas desde os Estudos Preliminares ao Projecto de Execução, medidas de garantia da qualidade do projecto de engenharia, nomeadamente através da execução de um eficaz processo de coordenação dos estudos ambientais, que conduz à incorporação no projecto de medidas para evitar ou reduzir os impactes.

O levantamento exaustivo das condicionantes ambientais da área de implantação do projecto nomeadamente as áreas ecologicamente sensíveis (RAN, REN; Rede Natura 2000, …), áreas urbanas, património cultural, entre outros, condiciona as opções de traçado. Como resultado deste levantamento e da avaliação dos impactes identificados são introduzidas melhorias do projecto, como seja ao nível do pavimento (menos ruidoso), drenagem (separativa, sistemas de tratamento das águas de escorrência da plataforma), rectificações de traçado, introdução de viadutos, passagens para a fauna, entre outras.

Considera-se relevante a referência à exigência de realização de campanhas de monitorização durante a fase de elaboração de projecto. O conceito de monitorização encontra-se definido na alínea l do Art.º 2, do Decreto-Lei nº 69/00, de 3 de Maio, alterado pelo Decreto-Lei nº 197/05, de 8 de Novembro, como constituindo o “processo de observação e recolha sistemática de dados sobre o estado do ambiente ou sobre os efeitos ambientais de determinado projecto e descrição periódica desses efeitos por meio de relatórios da responsabilidade do proponente, com o objectivo de permitir a avaliação da eficácia das medidas previstas no procedimento de Avaliação de Impactes Ambientais para evitar, minimizar ou compensar impactes ambientais significativos decorrentes da execução do respectivo projecto”.

A recolha sistemática de dados relativos a factores ambientais, como sejam a qualidade das águas superficiais e subterrâneas, ruído, qualidade do ar, fauna, flora, solos, constitui, assim, um procedimento de elevada relevância em Avaliação de Impactes Ambientais (AIA), na medida em que permite verificar não só o estado do ambiente, como os impactes de determinado projecto, a eficácia das medidas de minimização adoptadas e a aferição dos modelos preditivos utilizados em AIA.

Assumiu-se, deste modo, a monitorização como uma ferramenta fundamental na melhoria contínua do desempenho ambiental da rede concessionada. Assim, no decorrer da elaboração dos estudos ambientais (fases de Estudo Prévio e Projecto de Execução) é exigido a realização de campanhas de monitorização do ambiente sonoro, qualidade das águas superficiais e subterrâneas, bem como o levantamento das espécies faunísticas e florísticas existentes na área de estudo, as quais são complementadas com campanhas realizadas antes do início da construção e durante a construção. Estas campanhas de monitorização permitem caracterizar o estado actual dos referidos factores

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III - INDICADORES GRI

86 Relatório de Sustentabilidade 2012

ambientais, de modo a permitir avaliar o impacte do empreendimento, quer na fase construção, quer na fase de exploração, dado que estas se prolongam durante o período de concessão.

No ano de 2012 verificou-se a realização de campanhas de monitorização, durante a fase de construção, apenas no âmbito da empreitada de alargamento e beneficiação para 2x3 vias do Sublanço Maia/Santo Tirso da A3 – Auto-estrada Porto/Valença.

No Quadro seguinte apresentam-se os parâmetros que foram monitorizados durante o ano de 2012.

Quadro 1 - Parâmetros monitorizados durante o ano de 2012 nas fases de projecto e construção

Factores Ambientais / Parâmetros

Águas Superficiais Águas Subterrâneas

‐ pH

‐ Temperatura

‐ Condutividade eléctrica

‐ Sólidos Suspensos Totais (SST)

‐ Hidrocarbonetos Totais ou Aromáticos Polinucleares (PAH’s)

‐ Metais pesados: Cádmio (Cd) fracções total e dissolvida, Cobre (Cu) fracções total e dissolvida e Zinco (Zn) fracções total e dissolvida

‐ Oxigénio dissolvido

‐ Óleos e gorduras

Para além destes parâmetros foram realizadas medições de caudal recorrendo ao método tradicional.

‐ pH

‐ Temperatura

‐ Condutividade eléctrica

‐ Sólidos Suspensos Totais (SST)

‐ Hidrocarbonetos Totais ou Aromáticos Polinucleares (PAH’s)

‐ Metais pesados: Cádmio (Cd), Cobre (Cu), Crómio (Cr), Níquel (Ni) e Zinco (Zn)

‐ Oxigénio dissolvido

‐ Óleos e gorduras

Para além destes parâmetros foram realizadas medições do nível piezométrico recorrendo ao método tradicional.

Efectivamente, é durante a fase de construção que ocorrem alguns dos impactes ambientais mais significativos, pelo que se tem procurado, igualmente, desenvolver metodologias de prevenção e controlo de impactes nesta fase. Neste sentido, a Brisa concebeu um Manual de “Procedimentos Operacionais de Gestão Ambiental” (POGA), cujo cumprimento constitui uma obrigatoriedade por parte dos adjudicatários das empreitadas de construção. Este Manual sistematiza um conjunto de directrizes e acções a implementar durante a obra com vista à aplicação de melhores práticas ambientais nas actividades de construção mais relevantes.

Neste âmbito merece, ainda, destaque a exigência aos adjudicatários das empreitadas, da permanência em obra de um Gestor Ambiental e a implementação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA), consubstanciado num Plano de Gestão Ambiental (PGA), elaborado por este, e que visa garantir o enquadramento ambiental da empreitada, pelo que constitui, desde modo, o documento de referência do SGA. Descrevendo o conjunto da estrutura organizacional, procedimentos, processos, recursos e responsabilidades que integram o SGA, o PGA constitui uma ferramenta essencial para garantir o cumprimento da legislação ambiental aplicável, das medidas de minimização decorrentes do Processo de Avaliação de Impactes Ambientais, dos requisitos do Caderno de Encargos (incluindo os POGA), e de mais normas de referência aplicáveis.

Com enquadramento fundamental no controlo e acompanhamento ambiental das empreitadas de construção, destaca-se a responsabilidade da Fiscalização da Brisa quanto à verificação e garantia do cumprimento de todos os requisitos contratuais e legais, cuja implementação é da responsabilidade do adjudicatário da empreitada, e se aplica nas distintas fases de obra: pré-construção, construção e pós-construção. Salienta-se o processo de formação ambiental contínua de

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III - INDICADORES GRI

Relatório de Sustentabilidade 2012 87

todos os intervenientes na fiscalização ambiental da Brisa, dotando-os dos conhecimentos necessários a um eficaz controlo dos requisitos ambientais exigidos em cada empreitada.

Fase de exploração

A gestão de impactes na biodiversidade nas auto-estradas em fase de exploração é, actualmente e perspectiva-se que num futuro próximo, também, desenvolvida pela prossecução de quatro estratégias.

A primeira estratégia, decorre de um impositivo legal, o Decreto-lei n.º 69/2000, de 3 de Maio e a Portaria n.º 330/2001, de 2 de Abril, e consubstancia-se na execução de Planos Gerais de Monitorização do Ambiente que se focalizam na saúde e bem-estar humano e na qualidade dos ecossistemas, pelo que as questões relacionadas com a biodiversidade são abordadas por meio de uma visão integrada que inclui não só a monitorização específica da fauna e da flora, mas também a monitorização de parâmetros de qualidade ambiental que permitem suportar as diversas comunidades.

Os descritores e respectivos parâmetros que têm sido monitorizados no âmbito desses PGMAs encontram-se resumidos no Quadro 2.

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III - INDICADORES GRI

88 Relatório de Sustentabilidade 2012

Quadro 2. Descritores ambientais e respectivos parâmetros que genericamente estão a ser monitorizados nas auto-estradas da rede concessionada à Brisa

Descritores Águas superficiais e subterrâneas Ruído Ar Fauna e flora Drenagem

Parâmetros

‐ Descrição organoléptica (cor, aparência e cheiro) ‐ pH ‐ Turbidez ‐ Temperatura ‐ Condutividade ‐ Caudal ‐ Dureza total ‐ Sólidos Suspensos Totais (SST) ‐ Hidrocarbonetos Totais ou Aromáticos Polinucleares ‐ Hidrocarbonetos dissolvidos ‐ Metais pesados: Cádmio (Cd) fracções total e dissolvida, Chumbo (Pb) fracções total e dissolvida, Cobre (Cu) fracções total e dissolvida, Zinco (Zn) fracções total e dissolvida, Níquel (Ni) fracção total, Ferro (Fe) fracção total, Crómio (Cr) fracção total, ‐ CQO (Carência Química de Oxigénio) ‐ CBO5 (Carência Bioquímica de Oxigénio) ‐ Oxigénio dissolvido ‐ Óleos e gorduras ‐ Oxidabilidade ‐ Utilizações da água,

E ainda para as águas subterrâneas: ‐ Formação aquífera, ‐ Tipo de captação (poço, furo, nascente) ‐ Profundidade ‐ Nível hidrostático / piezométrico ‐ Bicarbonato ‐ Sílica ‐ Magnésio ‐ Cálcio ‐ Potássio ‐ Sódio ‐ Cloretos ‐ Sulfatos ‐ Nitrato ‐ Caudal de furos

‐ Nível sonoro contínuo equivalente, ponderado A [LAeq] ‐ Análise espectral do ruído em 1/3 de oitava

‐ Dióxido de enxofre (SO2) ‐ Monóxido de carbono (CO) ‐ Dióxido de azoto (NO2) e óxidos de azoto (NOx) ‐ Chumbo (Pb) ‐ Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos ‐ Benzeno ‐ Tolueno ‐ Xileno ‐ Benxo(a)pireno ‐ PM10 (partículas em suspensão com um diâmetro inferior a 10�m) ‐ PM2,5 (partículas em suspensão com um diâmetro inferior a 2,5�m) ‐ Ozono (O3) ‐ Partículas totais em suspensão

‐ Taxa de utilização de PH ‐ Eficácia das PHs como passagens para a fauna, e a sua utilização por grupos faunísticos ‐ Análise dos níveis de mortalidade dos diferentes grupos de vertebrados ‐ Monitorização da evolução das fitocenoses nas margens das linhas de água atravessadas

‐ Capacidade de vazão e limpeza de órgão de drenagem transversal (PH)

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III - INDICADORES GRI

Relatório de Sustentabilidade 2012 89

Durante o ano de 2012, na fase de exploração das auto-estradas concessionadas a empresas participadas maioritariamente pelo Grupo Brisa, estiveram em execução os Planos Gerais de Monitorização do Ambiente (PGMA), nos seguintes locais:

‐ A1, Auto-estrada do Norte, nos sublanços Estarreja / Feira / Nó com o IC24 / Nó de Carvalhos, Condeixa / Coimbra Sul / Coimbra Norte (até ao km 190+100), Ligação à Plataforma Logística de Lisboa Norte e Aveiras de Cima / Santarém / Torres Novas;

‐ A2, Auto-estrada do Sul, nos sublanços Fogueteiro / Coina / Palmela / Nó de Setúbal (Nó A2/A12) e Castro Verde/Almodôvar/S. Bartolomeu de Messines/V.L.A.;

‐ A3, Auto-estrada Porto/Valença, nos sublanços Águas Santas / Maia;

‐ A4, Auto-estrada Porto / Amarante, Nó de Campo;

‐ A5, Auto-estrada da Costa do Estoril, nos sublanços Carcavelos / Estoril / Alcabideche e Nó de Cascais;

‐ A10, Auto-estrada Bucelas/Carregado, nos sublanços Bucelas / Arruda dos Vinhos / Carregado / Benavente / Nó A10/A13;

‐ A12, Auto-estrada Setúbal / Montijo, na Ligação ao Alto da Guerra integrada no Sublanço Nó A2/A12 / Setúbal (EN10);.

‐ A13, Auto-estrada Almeirim / Salvaterra de Magos / Nó A10/A13 / Santo Estêvão;

‐ A17, Auto-Estrada Marinha Grande / Mira;

‐ A32/IC2, no sublanço Oliveira de Azeméis / IP1 (S. Lourenço);

‐ A41, no sublanço Picoto (IC2) / Nó da Ermida / (IC25).

A segunda estratégia consiste na monitorização dos atropelamentos de fauna silvestre em toda a rede concessionada à Brisa.

O sistema de monitorização dos atropelamentos de fauna iniciou-se em Janeiro de 2002 e envolve várias estruturas, nomeadamente, as estruturas com funções de assistência rodoviária e de conservação das infra-estruturas que, respectivamente, durante o patrulhamento das auto-estradas e trabalhos de conservação, procedem ao registo dos animais atropelados, identificando, nesse registo, o dia, a hora, o local do atropelamento por meio da indicação do ponto quilométrico e sentido da auto-estrada e a espécie, sempre que possível. Actualmente, os registos assim efectuados são comunicados ao Centro de Coordenação Operacional (CCO), que procede ao seu repositório em iBrisa, sendo esta informação posteriormente validada pelo Departamento de Monitorização e Conservação da BO&M.

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III - INDICADORES GRI

90 Relatório de Sustentabilidade 2012

Para apoio a este sistema de registo dos animais atropelados foram entregues às estruturas com funções de assistência rodovária e de conservação de infra-estruturas e Centros Operacionais um mapa de registo de atropelamentos que se apresenta na Figura 1 e um Manual de Identificação de Fauna do qual se apresenta, a título de exemplo a capa e uma das páginas, na Figura 1.

Figura 1. Mapa mensal de registo de atropelamentos de fauna (à esquerda) e Manual de Identificaçãode Fauna (à direita)

Este sistema de monitorização dos atropelamentos tem permitido recolher um manancial de dados que tem gerado interesse na comunidade científica e instituições estatais, nomeadamente por:

‐ Permitir estimar a mortalidade por atropelamento e determinar as espécies mais afectadas (raposa, coelho, lebre, ouriço-cacheiro, sacarrabos, perdiz);

‐ Contribuir para a avaliação dos impactes ambientais das auto-estradas sobre a fauna e fornecer linhas de acção para minimizar impactes;

‐ Fornecer indicações sobre a eficácia das passagens hidráulicas e inferiores para a fauna;

‐ Permitir detectar “trechos críticos” que necessitem de algum tipo de intervenção;

‐ Contribuir para a elaboração do mapa de distribuição das espécies em Portugal.

A terceira estratégia está relacionada com protocolos que têm vindo a ser estabelecidos com instituições de ensino e de investigação e entidades estatais que visam analisar e investigar os impactes directos sobre as espécies que se desenvolvem nas auto-estradas e possíveis medidas de minimização desses impactes.

O envolvimento da Brisa nestas colaborações não se tem cingido ao financiamento de projectos. A Brisa colabora activamente através da disponibilização de dados, informação diversa e meios (que não apenas os financeiros). Para além destas várias formas de apoio, existe um interesse directo da Brisa nos resultados obtidos nos vários projectos para melhorar a sua prestação, sendo assumido o desenvolvimento dos projectos como uma responsabilidade partilhada.

Quanto à quarta estratégia, com enfoque na flora, consubstancia-se numa série de linhas de acção que abaixo se discriminam:

‐ Intervenções de limpeza e remoção de vegetação nas áreas em que se verifica baixa ocorrência de diversidade florística em resultado da verificação da dominância de uma única espécie;

‐ Controle do crescimento e implantação das espécies arbóreas e arbustivas para efeitos de um desenvolvimento equilibrado desta vegetação;

‐ Controle de espécies infestante e invasoras;

2ª EDIÇÃOSetembro de 2004

MANUAL DE

IDENTIFICAÇÃODE

A

2ª EDIÇÃOSetembro de 2004

MANUAL DE

IDENTIFICAÇÃODE

FAUNA

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III - INDICADORES GRI

Relatório de Sustentabilidade 2012 91

‐ Beneficiações mediante a introdução de espécies arbóreas/arbustivas da flora nacional;

‐ Acções de prevenção na propagação de fogos florestais para prevenir a ocorrência dos mesmos e subsequentemente a destruição do património vegetal da organização;

‐ Verificação da ocorrência das espécies invasoras constantes da lista do Anexo I do Decreto-Lei nº 561/99, de 12 de Dezembro.

O detalhe do Programa Brisa pela Biodiversidade encontra-se disponível no site www.brisa.pt e as acções 2012 estão descritas na p. 60.

EN15 NÚMERO DE ESPÉCIES AFECTADAS DA LISTA VERMELHA DA IUCN OU DE OUTRAS LISTAS DE CONSERVAÇÃO NACIONAIS

abc

No quadro em anexo são reportadas as espécies faunísticas e da flora nacional afectadas pela actividade de construção das auto-estradas. Durante o ano 2012, registaram-se quatro espécies de fauna afectadas.

AE Extensão Sublanço

MAMÍFEROS Esta-tuto

AVIFAUNA Estatuto

RÉPTEIS E ANFÍBIOS Esta

tuto ESPÉCIE

NOME COMUM ESPÉCIE

NOME COMUM

ESPÉCIE

NOME COMUM

PLLN

1,2 A1 - Sublanço V. Franca Xira/Carregado

- - - - - - - - -

A3 12,6 Maia/Santo Tirso

Miniopterus schreibersi

Morcego-de-peluche

VU Streptopelia Turtur

Rôla Comum VU

- - -

Tadarida teniotis

Mocego-rabudo R

Antus Trivialis

Petinha-das-árvores R

- - -

N.º de espécies: 4

VU - Vulnerável

R - Raro

PLLN: Acessos Rodoviários da Plataforma Logística de Lisboa Norte ao Nó do Carregado

EN16 EMISSÕES DE GASES COM EFEITO DE ESTUFA 123

Emissões de GEE Quantidade (tCO2eq)

Emissões Directas 7.007,41

Emissões Indirectas 9.253,81

Total 16.261,22

Page 92: Relatório de Sustentabilidade 2012

III - INDICADORES GRI

92 Relatório de Sustentabilidade 2012

EN17 OUTRAS EMISSÕES INDIRECTAS RELEVANTES DE GEE abc

As deslocações em serviço são maioritariamente efectuadas em veículos da frota do Grupo Brisa, sendo contabilizadas como emissões directas. Não procedendo, a empresa, a transporte de funcionários, as restantes deslocações efectuadas, nomeadamente por transportadoras aéreas, são muito marginais e pouco significativas, não tendo sido contabilizadas no presente relatório.

EN18 INICIATIVAS PARA A REDUÇÃO DAS EMISÕES DE GEE E REDUÇÕES REGISTADAS

abc

A Brisa está consciente de que a questão global das alterações climáticas afecta indirectamente a actividade da empresa, com tendência para um impacto crescente no médio / longo prazo.

A organização tem desenvolvido um conjunto de acções com vista à redução de emissões de gases com efeito de estufa, baseadas numa política de eficiência energética e de medidas adicionais, que ultrapassam o âmbito das emissões da responsabilidade directa da empresa.

Iniciativas para redução das emissões directas (correspondente ao consumo reportado no Indicador EN3):

‐ Academia Brisa de Condução (ver Indicador EN5)

Iniciativas para redução das emissões indirectas (correspondente ao consumo reportado no Indicador EN4):

‐ Estudo de eficiência da iluminação da rede (ver Indicador EN5);

‐ Projecto Telemática (ver Indicador EN5);

‐ Projecto Solar NWPY (ver Indicador EN5).

Iniciativas para redução das emissões não controladas pela organização

Ver Indicador EN6.

EN19 EMISSÕES DE SUBSTÂNCIAS DESTRUIDORAS DA CAMADA DE OZONO abc

Este indicador considera-se não ser aplicável ao Grupo BRISA dado que os processos, produtos e serviços da organização não utilizam substâncias destruidoras da camada de ozono. Para além disso, não devem ser contabilizadas as substâncias destruidoras da camada de ozono contidas ou emitidas por produtos durante a sua utilização ou deposição, sendo este o caso das substâncias contidas nos equipamentos de ar condicionado.

Face ao anteriormente exposto e apesar de não se afigurar que o âmbito deste indicador seja aplicável à organização, é importante elaborar e reportar o inventário de equipamentos existentes e tipo de refrigerante utilizado para se monitorizar o grau de cumprimento da legislação que estabelece que a partir de 1 de Janeiro de 2015 não deverão existir equipamentos que utilizem hidroclorofluorocarbonos e mostrar/demonstrar o grau de empenhamento do Grupo nestas matérias globais.

Para tal efeito, a Brisa mantém o seu inventário actualizado através dos mapas de acompanhamento da substituição do gás refrigerante dos aparelhos de ar condicionado.

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III - INDICADORES GRI

Relatório de Sustentabilidade 2012 93

EN20 NOX, SOX E OUTRAS EMISSÕES SIGNIFICATIVAS POR TIPO E PESO 123

O Grupo Brisa não tem nenhuma actividade que produza emissões atmosféricas significativas dado que nenhuma actividade da Brisa é enquadrável na categoria de indústria transformadora. As emissões atmosféricas do Grupo Brisa são geradas apenas pela circulação dos veículos da frota.

As emissões dos veículos da frota não são significativas porque se tratam de emissões do tipo difuso e provenientes de apenas 594 veículos. Esta constatação baseia-se no facto de, no que diz respeito ao SOx, não serem significativas as emissões deste poluente provenientes da queima de combustíveis da circulação automóvel, dada a implementação de reduções significativas no teor de enxofre dos combustíveis.

No que diz respeito às restantes emissões atmosféricas, os dados provenientes da monitorização da qualidade do ar, no âmbito dos Planos Gerais de Monitorização do Ambiente, em auto-estradas com tráfego médio diário muito superior ao número de veículos da frota do Grupo Brisa, apontam genericamente para baixas concentrações de poluentes atmosféricos, pelo que as emissões de cerca de seis centenas de veículos que circulam por todo o território nacional não são significativas, sendo desprezáveis no âmbito deste relatório.

EN21 DESCARGAS DE ÁGUA POR QUALIDADE E DESTINO 123

O valor de descarga é calculado com base nos valores de consumo de água obtidos através do indicador EN8 para o estaleiro da BEG na Maia, considerando-se que o volume de eficiente doméstico produzido corresponde a 80% do consumo de água.

No laboratório da Maia estima-se uma descarga de cerca de 145 m3 e no laboratório de Loures de cerca de 41 m3, de acordo com informação obtida através do indicador EN8, relativa ao consumo de água, perfazendo um total de 186 m3.

Os boletins de análise comprovam a conformidade legal da qualidade desta descarga.

EN22 TOTAL DE RESÍDUOS POR TIPO E DESTINO 123

Destino Deposição Valorização Total

Quantidade (t) 152,99 923,15 1 076,14

Tipo Perigosos Não perigosos Total

Quantidade(t) 17,31 1 058,83 1 076,14

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III - INDICADORES GRI

94 Relatório de Sustentabilidade 2012

EN23 NÚMERO TOTAL E VOLUME DOS DERRAMES SIGNIFICATIVOS 123

De acordo com o Dl170A/2007 de 4 de maio, as concessões não são responsáveis pelos produtos derramados por terceiros nas infra-estruturas rodoviárias sob a sua responsabilidade. Os transportadores e proprietários dos produtos devem prever planos de emergência para activar em caso de derrames. Essas entidades, em estreita colaboração com a ANPC, deverão realizar os ensaios e verificar os impactos de eventuais derrames na zona concessionada quer no meio envolvente. As concessões não têm obrigação legal de realizar qualquer tipo de ensaios nem de analisar os impactos dos derrames.

Contudo, as ocorrências de derrames na plataforma de rodagem da rede concessionada são alvo de um conjunto de processos amplamente descritos no volume do Manual de Operação e Manutenção, dos quais se destaca o seu registo e contabilização na aplicação de software iBrisa (no caso da Concessão Brisa), estando permanentemente e em tempo real, disponível e acessível a utilizadores com direitos de acesso.

No âmbito da responsabilidade da Brisa, não ocorreram derrames significativos em 2012.

EN24 PESO DOS RESÍDUOS PERIGOSOS NOS TERMOS DA CONVENÇÃO DE BASILEIA E PERCENTAGEM DOS RESÍDUOS TRANSPORTADOS POR BARCO INTERNACIONALMENTE

NA

Este indicador considera-se não aplicável no âmbito da actividade do Grupo Brisa.

EN25 MASSAS DE ÁGUA AFECTADAS POR DESCARGAS DE ÁGUA NA

Este indicador considera-se não aplicável no âmbito da actividade do Grupo Brisa.

EN26 INICIATIVAS DE MITIGAÇÃO DOS IMPACTES AMBIENTAIS DOS PRODUTOS E SERVIÇOS

abc

Minimização do Ruído

Das medidas de minimização adoptadas no decorrer das fases de construção e de exploração das auto-estradas destacam-se as medidas de minimização da incomodidade devida ao ruído proveniente da circulação de tráfego nas auto-estradas, por se considerar ser este o impacte mais significativo deste tipo de actividade. Para minimização deste impacte, em 2012, foram instaladas barreiras acústicas e utilizados pavimentos com capacidade de absorção do ruído.

As barreiras são programadas para os locais onde se verifica incumprimento dos níveis de ruído estabelecidos pela legislação e são projectadas com o objectivo de reduzir os níveis de ruído até aos limites legislados. Em 2012, foram instaladas barreiras acústicas ao longo de 2 128 ml, representando uma área de 9 679m2.

Relativamente aos pavimentos, foi adoptada uma camada de desgaste em mistura betuminosa drenante na A3 - Alargamento Maia/Santo Tirso, numa área de 367.626m2 e o pavimento com

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III - INDICADORES GRI

Relatório de Sustentabilidade 2012 95

mistura betuminosa aberta fabricada com betume modificado com borracha na A3 - Beneficiação Famalicão/Cruz e A4 - Beneficiação Paredes / Penafiel, numa área de 333.461m2.

Minimização de impactos sobre os recursos hídricos

Neste âmbito, refere-se a actividade de operação de seis estações de tratamento das águas de escorrência da plataforma no sublanço S. Bartolomeu de Messines/V.L.A., da A2. O objectivo é proteger o aquífero de Querença-Silves, que é utilizado no abastecimento de água para a região do Algarve, da possível contaminação de poluentes acumulados na plataforma e arrastados pela precipitação. As concentrações de poluentes no efluente tratado são muito reduzidas, situando-se, maioritariamente, abaixo dos limites de quantificação analíticos.

Referem-se também as actividades de operação e manutenção de 11 estações de tratamento das águas de escorrência da plataforma, localizadas nos sublanços Marinha das Ondas / A14/A17, Quiaios / Tocha e Tocha / Mira, da A17, concebidas com objectivo de salvaguardar zonas hídricas sensíveis existentes, atravessadas por esta auto-estrada, designadamente, áreas de infiltração máxima, áreas com níveis freáticos próximos da superfície, perímetros de protecção de captações de abastecimento público e de nascentes públicas, áreas frequentemente inundáveis, poços de uso agrícola, blocos de rega do Aproveitamento Hidroagrícola do Baixo Mondego e rios e ribeiras cuja água é utilizada para rega de parcelas agrícolas junto às suas margens.

Por último, referem-se as actividades de operação e manutenção de três estações de tratamento das águas de escorrência implantadas no viaduto Sul da travessia do Tejo, na A10, que têm como objectivo proceder ao tratamento dos caudais de drenagem do pavimento, acautelando, assim, a descarga directa de águas de escorrência da plataforma sobre terrenos agrícolas com exploração intensiva.

EN27 PERCENTAGEM DE PRODUTOS E RESPECTIVAS EMBALAGENS QUE SÃO APROVEITADAS NO FINAL DO CICLO DE VIDA

abc

A natureza da actividade da Brisa consiste na construção e gestão de infra-estruturas, pelo que não produzimos produtos de modo convencional, nem se põe a questão da embalagem de materiais. Por isso considera-se este indicador como não relevante para a organização.

O único produto que se pode considerar no âmbito deste indicador são os identificadores da Via Verde. A gestão destes identificadores é feita exclusivamente pela Via Verde, o que significa que casos de manutenção, avaria, reparação ou destino no final de vida são geridos pela empresa. Existem essencialmente três situações a realçar:

(i)Substituição da bateria (pilha) do identificador – A pilha é recolhida pela Via Verde e entregue a uma empresa especializada para reciclagem.

(ii)Avaria do identificador – O identificador é recolhido pela Via Verde e entregue a uma empresa especializada que procede à separação dos materiais e valorização, quando possível tecnicamente.

(iii)Fim do contrato – O identificador é analisado e o seu destino pode ser o mesmo do ponto anterior, caso esteja avariado; ou reaproveitamento, caso esteja em condições válidas de funcionamento.

A Brisa não dispõe de mecanismos suficientes que permitam quantificar e qualificar a deposição dos aparelhos em final de ciclo de vida.

A Brisa apenas quantifica os aparelhos devolvidos pelos seus clientes, pelo que não é possível nem relevante apresentar o cálculo deste indicador.

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III - INDICADORES GRI

96 Relatório de Sustentabilidade 2012

EN28 VALOR MONETÁRIO DE MULTAS AMBIENTAIS SIGNIFICATIVAS 123

De acordo com os critérios estabelecidos, não existiram incidências relevantes neste indicador.

EN29 IMPACTES AMBIENTAIS SIGNIFICATIVOS AO NÍVEL DO TRANSPORTE DE PRODUTOS E OUTROS BENS E MATERIAIS

123

Os impactes considerados significativos a este nível encontram-se reportados nos indicadores EN16 e EN20.

EN30 TOTAL DE GASTOS E INVESTIMENTOS AMBIENTAIS POR TIPO 123

Investimento (M€) Custo Investimento Total 2012

Tratamento de resíduos e emissões 5 703 4 221 9 924

Prevenção e gestão de ambiente 0,107 1 195 1 303

Total em ambiente 5 957 6 611 11 228

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III - INDICADORES GRI

Relatório de Sustentabilidade 2012 97

LA1 TOTAL DE MÃO-DE-OBRA POR TIPO DE EMPREGO, TIPO DE CONTRATO E REGIÃO

123

Empresa Sem Termo

(Permanente) Termo certo

Termo incerto

Total Geral

Soma de FTE

% C. a termo

% C. s. termo

AEDL – AUTO-ESTRADAS DOURO 4 - - 4 4 0,0% 100,0%

BRISA AUTO-ESTRADAS 155 3 - 158 158 1,9% 98,0%

BRISA CONCESSÃO RODOVIÁRIA 16 - - 16 16 0,0% 100,0%

BRISA ENGENHARIA E GESTÃO, S.A 62 1 54 117 117 47,0% 53,0%

BRISA INOVAÇÃO E TECNOLOGIA,SA 82 2 - 84 84 2,4% 97,6%

BRISA O & M 1 241 - - 1 241 1 195 0,0% 100,0%

BRISAL 3 - - 3 3 0,0% 100,0%

CONTROLAUTO 317 27 7 351 351 9,7% 90,3%

ITEUVE 70 9 - 79 79 11,4% 88,6%

M.CALL, S.A. 37 8 - 45 45 17,8% 82,2%

VIA VERDE PORTUGAL 136 - - 136 136 0,0% 100,0%

AEA (50%) 93 0 0 93 91 0,0% 100,0%

Total colaboradores Grupo Brisa (a 31 de Dezembro de 2012) 2 216 50 61 2 327 2 278 4,8% 95,2%

Mão-de-obra total – soma do número de empregados com contratos de trabalho no final do período em análise e do número médio de FTE’s de Trabalho temporário durante o mesmo período. FTE’s (Full Time Equivalent) – equivale ao nº de empregados a tempo inteiro. Fórmula de cálculo: nº total de horas contratadas a dividir pelo potencial de trabalho [(8h*5d*52s)/12]. Nº médio de colaboradores – média simples.

Distribuição por Regiões do País nº %

Região Centro 560 24,07%

Região de Lisboa 1 048 45,04%

Região do Alentejo 203 8,72%

Região do Algarve 48 2,06%

Região Norte 468 20,11%

Total colaboradores 2 327 100,00%

Real 2012 (Activos com remuneração) Real Dezembro %

Northwest Parkway 6 67%

Brisa North America 1 11%

BNV 1 11%

FBH 1 11%

Total 9 100,00%

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III - INDICADORES GRI

98 Relatório de Sustentabilidade 2012

LA2 TAXA DE ROTATIVIDADE POR FAIXA ETÁRIA, GÉNERO E REGIÃO 123

2010 2011 2012

Entradas 63 70 29

Saídas 226 332 109

Empregados no final do período 2 669 2 407 2 327

Nº médio de empregados 2 892 2 557 2 366

Taxa de Redimensionamento % 2 -11,58 -7,46

Annual rate staff turnover (saídas voluntárias) % 9,29 29,5 15,6

Taxa de saídas % 7,81 12,98 4,61

Taxa de rotação 10,40% 16% 6%

Nº médio colaboradores – média simples

Rotação Pessoal = (nº saídas+ nº admissões)/efectivo médio

Taxa de Saídas = nº de saídas*100/efectivo médio Taxa de Redimensionamento = ((Efectivo médio em n – Efectivo médio em n-1)/ Efectivo médio n-1))*100, sendo n o período em análise e n-1 ano anterior ao período em análise

Annual Rate Staff Turnover (saídas voluntárias)% = nº saídas por iniciativa do colaborador/total de saídas durante o período em análise

Número Médio de Colaboradores

EMPRESA Média

BRISA O & M 1,259

Brisa Auto-Estradas 159

Brisa Engenharia e Gestão 137

Brisal 3

Via Verde Portugal 135

BCR 16

Mcall 47

Controlauto 348

Iteuve 80

BIT 85

AEDL 4

Total 2,273

AEA (50%) 93

Total com AEA 2,366

Page 99: Relatório de Sustentabilidade 2012

III - INDICADORES GRI

Relatório de Sustentabilidade 2012 99

Taxa saídas distribuída por género

Empresa feminino masculino Total

BRISA AUTO-ESTRADAS 0,08% 0,30% 0,38%

BRISA ENGENHARIA E GESTÃO, S.A 0,25% 1,06% 1,31%

BRISA INOVAÇÃO E TECNOLOGIA,SA 0,00% 0,13% 0,13%

BRISA O & M 0,42% 1,52% 1,95%

CONTROLAUTO 0,04% 0,51% 0,55%

ITEUVE 0,00% 0,13% 0,13%

M.CALL, S.A. 0,00% 0,17% 0,17%

AEA 0,00% 0,00% 0,00%

Total com AEA 0,80% 3,81% 4,61%

Taxa saídas distribuída por idade

Empresa <30 30-50 >50 Total

BRISA AUTO-ESTRADAS 0,08% 0,17% 0,13% 0,38%

BRISA ENGENHARIA E GESTÃO, S.A 0,08% 0,76% 0,47% 1,31%

BRISA INOVAÇÃO E TECNOLOGIA,SA 0,00% 0,13% 0,00% 0,13%

BRISA O & M 0,04% 1,27% 0,64% 1,95%

CONTROLAUTO 0,13% 0,25% 0,17% 0,55%

ITEUVE 0,13% 0,00% 0,00% 0,13%

M.CALL, S.A. 0,00% 0,13% 0,04% 0,17%

AEA 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

Total com AEA 0,80% 2,50% 0,93% 4,61%

Número de saídas distribuídas pelos principais motivos:

Motivo Nº pess.

Cessação do cont.(termo certo) 14

Cessação do cont.(termo inc.) 22

Despedimento 1

Falecimento 7

Iniciativa do Trabalhador 17

Mútuo acordo 36

Reforma por Velhice 7

Reforma antecipada 5

Total 109

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III - INDICADORES GRI

100 Relatório de Sustentabilidade 2012

LA3 VANTAGENS ATRIBUÍDAS A COLABORADORES A TEMPO INTEIRO NÃO ATRIBUÍDAS A COLABORADORES A TEMPO PARCIAL

abc

As vantagens atribuídas a colaboradores a tempo parcial são idênticas às atribuídas a colaboradores a tempo inteiro, respeitando a proporção em relação ao horário praticado.

LA4 PERCENTAGEM DE COLABORADORES ABRANGIDOS PELO ACORDO COLECTIVO DE TRABALHO

123

O Grupo Brisa mantém a sua estratégia coerente com o cumprimento dos princípios normativos nacionais e internacionais, nomeadamente, respeitando escrupulosamente a legislação laboral nacional, a qual incorpora os princípios das Directivas Comunitárias, da Declaração Universal dos Direitos do Homem e da Constituição Portuguesa. No entanto, em algumas matérias, por força do seu acordo Colectivo de Trabalho, oferece ainda tratamento mais favorável do que o preconizado na legislação.

A Brisa promove uma articulação estreita com as Organizações Representativas dos Trabalhadores, partilhando com estas estruturas as opções estratégicas da Empresa, no sentido de garantir a manutenção da paz social, através de um clima franco e de um diálogo sério e construtivo.

No ACT são expressamente assumidos os compromissos de não discriminação, respeito pelo horário de trabalho, não existência de trabalho forçado ou infantil, protecção da maternidade, entre outros.

2009 2010 2011 2012

População a 31 Dezembro 2 719 2 669 2 407 2 327

Nº de empregados abrangidos por acordos de negociação colectiva 2 278 2 220 2 356 2 278

Percentagem de empregados abrangidos por acordos de negociação colectiva 83,78% 83,18% 97,88% 97,89%

Fórmula de cálculo: (nº de trabalhadores abrangidos pelo ACT / total de trabalhadores do Grupo Brisa no final do período em análise) *100.

Do total de trabalhadores do grupo, 97,89% estão abrangidos pelo Acordo Colectivo de Trabalho.

No âmbito do Acordo Colectivo de Trabalho (ACT) é anualmente negociada a actualização salarial, sempre com a preocupação de garantir o poder de compra dos colaboradores. Saliente-se que, para além de outros benefícios e prestações remuneratórias consagrados em ACT, o vencimento mais baixo ultrapassa em cerca de 3,5% o salário mínimo nacional.

A taxa de representação sindical é de 39%.

As empresas que assinaram Acordos Colectivos de Trabalho são: BCR,BAE, BEG, VVP, BIT, BO&M e AEA, Brisal, CTA e ITV.

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III - INDICADORES GRI

Relatório de Sustentabilidade 2012 101

LA5 PERÍODO MÍNIMO DE AVISO PRÉVIO EM CASO DE ALTERAÇÕES OPERACIONAIS

123

Nos processos de inovação e reestruturação que impliquem mudanças operacionais é acautelado o envolvimento das estruturas representativas dos trabalhadores, de forma a garantir o adequado acompanhamento das situações e a imprescindível paz social. Tem sido prática da Brisa acordar formalmente com o colaborador as alterações de local e de regime de horário de trabalho, consagrado em Acordo Colectivo de Trabalho, no texto normativo dos nºs 1 e 2 da Cláusula 34ª, do Capitulo VI e do nº 8 da Cláusula 21ª, do Capitulo V. Nas alterações não individuais da organização temporal do trabalho são ouvidas, previamente, as estruturas representativas dos trabalhadores, conforme se pode ler nos respectivos ACT’s, Refª nºs 3 da Cláusula 21ª, Capitulo V do ACT 2012 e para a AEA – Cláusula 20ª, nº3, do ACTOI procedimento de alteração dos horários de trabalho respeita o disposto ao nº2, do art. 173º do Código do Trabalho e para a AEA – Cláusula 20ª, nº5, conforme se pode ler nos respectivos ACT’s. Apesar do ACT não ter sido assinado por todas as empresas do Grupo Brisa, os prazos mínimos de aviso prévio estão previstos na lei e são cumpridos em todas as empresas do Grupo Brisa.

LA6 PERCENTAGEM DA MÃO-DE-OBRA TOTAL REPRESENTADA EM COMITÉS FORMAIS SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA

abc

Desde 2006 que o Acordo Colectivo de Trabalho consagra os termos da constituição formal de uma Comissão de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho. Esta comissão paritária, a qual prevê a eleição dos representantes dos trabalhadores, cuja existência em forma de eleição está formalmente acordada com as organizações sindicais, compõe-se de um total de sete elementos, três representantes dos trabalhadores e três representantes da empresa.

Em 2007, os representantes da Brisa, constituintes da Comissão de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, foram nomeados com o objectivo de aconselhar a empresa nos seus sistemas e processo de segurança e saúde ocupacional.

Aguarda-se a eleição dos representantes dos trabalhadores que é da competência exclusiva dos representantes dos sindicatos.

LA7 RÁCIOS DE ACIDENTES, DOENÇAS PROFISSIONAIS, DIAS PERDIDOS, ABSENTISMO E NÚMERO DE ÓBITOS RELACIONADOS COM O TRABALHO, POR REGIÃO

123

De acordo com o novo diploma que regulamenta a Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SHST), aprovado em 2009, o Serviço Interempresas de SHST do Grupo Brisa passou a Serviço Interno de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (S.I.S.H.S.T.).

Em 2012 o S.I.S.H.S.T. desenvolveu, essencialmente, as actividades que a seguir se resumem:

‐ Definição e disponibilização da informação técnica, na fase de projecto e de execução, sobre medidas de prevenção relativas às instalações, locais, equipamentos e processos de trabalho nas Barreiras de Portagem em Projecto (novas e sujeitas a alterações) e em instalações da BIT e da Sede;

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III - INDICADORES GRI

102 Relatório de Sustentabilidade 2012

‐ Reavaliação dos riscos nas Barreiras de Portagem e cooperação na tomada das medidas para controlo dos riscos;

‐ Organização dos meios destinados à prevenção, colectiva e individual;

‐ Informação e formação aos trabalhadores sobre os riscos para a segurança e saúde, bem como sobre as medidas de segurança: Curso de Representantes do Empregador para a SHT, formação inicial em SHST para os Operadores de Portagem das novas auto-estradas, formação para os oficiais de electrónica e oficiais de mecânica;

‐ Avaliação dos riscos inerentes às instalações da Brisa Auto-Estrada, tendo em conta os locais específicos das actividades das empresas contratadas, no cumprimento do disposto no Código do Trabalho, e definição das respectivas medidas de segurança, assim como a definição dos conteúdos programáticos a serem contemplados na formação aos trabalhadores;

‐ Recolha e organização dos elementos estatísticos relativos à segurança e saúde para cada empresa do Grupo Brisa;

‐ Elaboração dos Relatórios Anuais das empresas do Grupo Brisa;

‐ Análise dos acidentes de trabalho;

2012

N.º de acidentes 79

Dias perdidos 2.983

Homens x horas trabalhadas 4.759.046

Índice de Frequência 16,60

Índice de Gravidade 626,81

Índice de Incidência 33,32

Índice de Duração 37,76

N.º de óbitos resultantes de acidentes de trabalho 0

Nº horas de absentismo

Principais Motivos 2012 2011 2010 2009

Acidente de Trabalho 17.442 22.570 19.787 17.383

Actividade Sindical 6.479 6.797

Assistência inadiável 5.695 4.795 7.834 6.155

Doença 100.748 125.669 154.251 100.744

Falta Injustificada 3.031 5.229 10.143 1.096

Greve 501 393 465 202

Outras Causas 11.406 58.879 50.026 29.685

H1N1 0 3 0 0

Total Geral 145.302 224.334 242.505 155.265

Maternidade/Paternidade 42.287 52.554 20.144 38.192

Trabalhador estudante 2.920 3.664 3.801 3.077

Total Geral 190.509 280.552 266.450 196.534

Page 103: Relatório de Sustentabilidade 2012

III - INDICADORES GRI

Relatório de Sustentabilidade 2012 103

Taxa Absentismo Principais Motivos 2012 2011 2010 2009

Acidente de Trabalho 0,35% 0,43% 0,37% 0,30%

Actividade Sindical 0,13% 0,13% - -

Assistência inadiável 0,12% 0,09% 0,15% 0,10%

Doença 2,04% 2,42% 2,88% 1,80%

Falta Injustificada 0,06% 0,10% 0,19% 0,00%

Greve 0,01% 0,01% 0,01% 0,00%

Outras Causas 0,23% 1,13% 0,94% 0,50%

H1N1 0,00% 0,00% - -

Total 2,94% 4,31% 4,54% 2,80%

Maternidade/Paternidade 0,85% 1,01% 0,38% 0,70%

Trabalhador estudante 0,06% 0,07% 0,07% 0,10%

Total 3,85% 5,40% 4,98% 3,50%

Absentismo = horas de ausência / potencial máximo de trabalho

Nota: excluindo ausências por motivo de estudo/exames e por licenças de maternidade ou paternidade.

Índices de Sinistralidade Laboral:

Índice de incidência - (nº acidentes trabalho / efectivo médio)x103

Índice de frequência - (nº acidentes trabalho x 106/nº horas trabalhadas)

Índice de gravidade - (nº dias perdidos x 106 / nº horas trabalhadas)

Índice de duração - (nº dias perdidos / nº de acidentes)

Consideram-se como dias perdidos os dias de trabalho, e a contagem inicia-se no dia imediatamente a seguir ao dia do acidente. As fórmulas utilizadas para o cálculo deste indicador são iguais para os anos de 2010, 2011 e 2012, utilizando-se a base de cálculo convencionada na Portaria nº 1184/2002, de 29 de Agosto – a qual aprova o Modelo Anual de Actividades dos Serviços de SHST. Os restantes indicadores não têm obrigatoriedade legal, mas são frequentemente utilizados em estudos de Segurança e Saúde no Trabalho.

LA8 PROGRAMAS PARA A EDUCAÇÃO, FORMAÇÃO, ACONSELHAMENTO, PREVENÇÃO E CONTROLO DE RISCO DE DOENÇAS GRAVES, PARA OS TRABALHADORES, FAMÍLIA E MEMBROS DA COMUNIDADE

abc

A Brisa contrata a prestação de serviços de saúde, quer no âmbito da Medicina Ocupacional, quer da Medicina Curativa. Este serviço, o qual abrange todos os trabalhadores, permite actuar na prevenção, educação e controlo do risco de doenças consideradas graves pelo Serviço Nacional de Saúde.

Na Medicina Ocupacional realizam-se periodicamente consultas e exames auxiliares de diagnóstico com o objectivo de despistar a ocorrência de doenças graves, independentemente de estas estarem relacionadas com as condições de trabalho ou com a actividade profissional.

Os colaboradores fazem exames médicos a cada dois anos, seguidos de consulta médica. No ano em que não fazem exames médicos, mantém-se a realização das consultas. Colaboradores com idades e funções em que, potencialmente, se verifique um maior risco/probabilidade de incidência de problemas de saúde, são alvo de realização de exames e consulta médica anualmente – fazem parte deste grupo, os colaboradores com idade inferior a 18 anos e superior a 50 anos, bem como os colaboradores integrados em regime de turnos.

Numa outra vertente, a Medicina Curativa actua no aconselhamento e tratamento de patologias de todos os trabalhadores que procuram este serviço.

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III - INDICADORES GRI

104 Relatório de Sustentabilidade 2012

Para as Doenças Cardiovasculares realizam-se exames específicos como electrocardiogramas e diagnóstico dos níveis de colesterolemia e triglicerídeos. Para a Diabetes, efectua-se o controlo dos níveis de glicemia e para as doenças Hepáticas, recorre-se à análise Gama GT.

A Brisa actua também na Prevenção e Controlo do Consumo de Álcool, este programa tem como objectivo a prevenção de acidentes de trabalho e a detecção de situações de dependência, as quais são orientadas para um programa de intervenção, promovendo assim a defesa da saúde dos trabalhadores.

Nesta matéria, os programas dirigidos às comunidades locais são assegurados pelo Serviço Nacional de Saúde, uma vez que a Brisa, dada a natureza da sua actividade, para esta população específica, concentra os seus esforços na sensibilização e formação em prevenção rodoviária, disponibilizando todos os meios e recursos necessários para o efeito.

AEA

A AEA contrata a prestação de serviços de saúde, quer no âmbito da Medicina do Trabalho, quer da Medicina Curativa.

Na Medicina do Trabalho a AEA faz a avaliação, acompanhamento e controlo periódico das condições de segurança dos seus Colaboradores e das condições de higiene e salubridade das suas instalações, com o objectivo de prevenir acidentes de trabalho, doenças profissionais e outros riscos no âmbito da sua actividade; avaliação, acompanhamento e controlo periódico das condições existentes em cada posto de trabalho (procedendo a alterações nestes postos sempre que se justifiquem); identificação e avaliação dos riscos profissionais dos trabalhadores (por posto de trabalho).

No âmbito dos exames de admissão e periódicos, deverão ser concretizados os seguintes exames auxiliares de diagnóstico:

Todos os colaboradores fazem exames médicos de admissão e de acompanhamento com periodicidade anual, seguidos de consulta médica. Os exames referidos incluem electrocardiograma e análises clínicas.

A empresa disponibiliza também a todos os colaboradores consultas de Medicina Curativa para aconselhamento e tratamento de patologias.

A AEA realiza campanhas de vacinação anual para combate à Gripe.

No que diz respeito à formação, e no cumprimento do disposto na Cláusula 69.ª do ACT, a AEA “fomenta a formação e o aperfeiçoamento profissional, não só com o objectivo de melhorar os níveis de desempenho e de produtividade, o desenvolvimento das potencialidades e dos trabalhadores, como condição necessária para o acesso destes a funções mais qualificadas, no âmbito de carreiras profissionais definidas e adequadas à evolução das diferentes áreas de actividade das empresas, por forma a permitir, quando necessário, reconversões e adaptações às novas tecnologias”.

Quanto à formação especificamente relacionada com a saúde, higiene e segurança no trabalho, a AEA garante a formação e informação sobre os riscos para a segurança e saúde, bem como sobre as medidas de protecção e de prevenção (Cláusula 68.ª, n.º 2, alínea c) do ACT).

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III - INDICADORES GRI

Relatório de Sustentabilidade 2012 105

LA9 TÓPICOS DE HIGIENE E SEGURANÇA COBERTOS POR ACORDOS FORMAIS COM SINDICATOS

abc

Descrevem seguidamente os tópicos relativos a segurança e saúde, abrangidos por acordos formais com sindicatos.

(i)Cláusula 10, Ponto 4 - Toda e qualquer admissão para o quadro da Empresa será precedida de exame médico adequado, sendo os respectivos custos suportados pelo empregador;

(ii)Cláusula 17, Ponto 1, Alínea g) - Adoptar, no que se refere à higiene, segurança e saúde no trabalho, as medidas que decorram, para a empresa, estabelecimento ou actividade, da aplicação das prescrições legais e convencionais vigentes;

(iii)Cláusula 17, Ponto 1, Alínea h) - Fornecer ao trabalhador a informação e a formação adequadas à prevenção de riscos de acidente e doença;

(iv)Cláusula 18, Ponto 1, alínea i) - Cooperar, na empresa, estabelecimento ou serviço, para a melhoria do sistema de segurança, higiene e saúde no trabalho, nomeadamente por intermédio dos representantes dos trabalhadores eleitos para esse fim;

(v)Cláusula 18, Ponto 1, alínea j) - Cumprir as prescrições de segurança, higiene e saúde no trabalho estabelecidas nas disposições legais ou convencionais aplicáveis, bem como as ordens dadas pelo empregador;

(vi)Cláusula 21, Ponto 11 - Os trabalhadores que trabalhem ininterruptamente em equipamentos com visor devem suspender o trabalho por pausas de 10 minutos no fim de cada duas horas de trabalho consecutivas, as quais serão consideradas, para todos os efeitos, como tempo de trabalho efectivo;

(vii)Cláusula 76, Ponto 1 - Os empregadores obrigam-se a cumprir a legislação sobre Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, e a adaptá-la, com a colaboração de órgãos representativos dos seus trabalhadores, às características específicas das suas actividades, através de regulamentos internos e sua posterior transposição para o presente A.C.T.;

(viii)Cláusula 76, Ponto 2 - Havendo relações societárias entre todas as empresas subscritoras do presente A.C.T., e sendo as actividades principais desenvolvidas nas instalações e para prestação de serviços a uma delas, para efeitos de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho considera-se como se existisse uma única empresa, nomeadamente no que se refere a representantes dos trabalhadores;

(ix)Cláusula 76, Ponto 3 - Face à dispersão geográfica dos locais de trabalho das empresas, a eleição dos representantes dos trabalhadores far-se-á por correspondência, observando-se todas as formalidades previstas na lei;

(x)Cláusula 76, Ponto 4 - Será constituída, após a eleição dos representantes dos trabalhadores, nos termos do número anterior, uma Comissão de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (C.S.H.S.), como órgão consultivo, de composição paritária;

(xi)Cláusula 76, Ponto 4.1 - A C.S.H.S. será constituída por três dos sete elementos eleitos, nos termos do número anterior, como representantes dos trabalhadores e três elementos nomeados pelos empregadores;

Este indicador aplica-se apenas às seguintes unidades de negócio: BO&M, Via Verde, BIT, BEG.

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III - INDICADORES GRI

106 Relatório de Sustentabilidade 2012

LA10 MÉDIA DE HORAS DE FORMAÇÃO POR ANO, POR EMPREGADO E POR CATEGORIA

123

Anual

Subgrupo de Empregados Efectivo Formação (Hrs.) Horas (Colaborador)

Administrativos 342 6.997,73 20,46

Assistência Clientes 285 3.952,00 13,87

Chefes de Serviço 51 4.185,87 82,08

Desenhad./Topógrafos 10 74,03 7,40

Dirigentes e Outros Directores 74 3.008,67 40,66

Electricistas/ Electrónicos 48 1.155,70 24,08

Enc./Supervisores 46 2.737,60 59,51

Inspectores Auto 343 5.879,25 17,14

Operadores Mcall 35 896,50 25,61

Portagens 821 9.615,66 11,71

Prof. Cons. Civil 16 214 13,38

Técnicos Superiores 163 9.360,04 57,42

Total Geral 2.234 48.077,05 21,52

LA11 PROGRAMAS PARA GESTÃO DE COMPETÊNCIAS E APRENDIZAGEM CONTÍNUA PARA ASSEGURAR A EMPREGABILIDADE E GESTÃO DA CARREIRA

123

A informação relativa a este indicador encontra-se integrada no indicador LA10.

LA12 PERCENTAGEM DE FUNCIONÁRIOS QUE RECEBEM, REGULARMENTE, ANÁLISES DE DESEMPENHO E DE DESENVOLVIMENTO DA CARREIRA

123

2012

Nº de colaboradores avaliados 1.896

Nº de colaboradores elegíveis para avaliação em 2011 2.411

79%

O Sistema de Gestão de Desempenho é dos instrumentos mais importantes, como suporte ao estabelecimento dos objectivos concretos a atingir e na exigência da definição das linhas de acção a empreender pelos colaboradores e respectivos níveis hierárquicos, para a sua consecução. O sistema, assente numa lógica de espiral, baseia-se na definição anual dos objectivos concretos a atingir pela Empresa, onde cada colaborador reconhece a importância da contribuição individual

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III - INDICADORES GRI

Relatório de Sustentabilidade 2012 107

para os resultados da equipa, da equipa para os resultados da área e desta para os resultados globais.

Caracteriza-se também como um sistema dinâmico no qual se introduzem melhorias contínuas, decorrentes de processos de análise que integram elementos das várias empresas, tendo igualmente em consideração os contributos dos Colaboradores e respectivas chefias.

O processo de Gestão de Desempenho envolve todos os Colaboradores.

Outras Considerações:

‐ No sistema de Gestão do Desempenho de Quadros Superiores e Quadros Dirigentes são avaliados todos os trabalhadores enquadrados nos grupos funcionais respectivos, desde que tenham sido admitidos até 30 de Junho do ano a que respeita a avaliação.

‐ No sistema de Gestão do Desempenho de Não Quadros Superiores são avaliados todos os trabalhadores na função respectiva com excepção de:

‐ Trabalhadores admitidos a partir de 01 de Abril do ano a que reporta a avaliação;

‐ Trabalhadores com absentismo superior a 6 meses (absentismo de Janeiro a Dezembro do ano a que reporta a avaliação);

‐ Profissionais que tenham mudado de função, com alteração de vencimento, a partir de 01 de Julho do ano a que reporta a avaliação.

LA13 COMPOSIÇÃO DOS GRUPOS RESPONSÁVEIS PELA GOVERNÂNCIA CORPORATIVA E DISCRIMINAÇÃO DOS COLABORADORES POR CATEGORIA, DE ACORDO COM O GÉNERO, A FAIXA ETÁRIA, MINORIAS E OUTROS INDICADORES DE DIVERSIDADE.

123

O grupo funcional mais representado desempenha funções no sector de portagens, constituindo 41% do total dos colaboradores. As funções administrativas, assistência a clientes e inspecção automóvel são as segundas áreas mais representadas.

Subgrupos Funcionais Feminino Masculino Total

Administr./Armazém 240 86 326

Assistência Clientes 6 279 285

Auxiliares Escritório 1 6 7

Chefes de Serviço 19 37 56

Desenhad./Topógrafos 1 9 10

Directores 10 65 75

Electrónicos 2 46 49

Enc./Supervisores 2 47 49

Inspectores 25 318 343

Operadores Mcall 26 9 35

Portageiros 219 355 574

Principais 8 297 305

Prof. Cons. Civil 3 19 22

Secretárias 22 0 22

Técnicos Superiores 75 89 164

Controlo Tráfego 0 5 55

Total 659 1.668 2.327

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III - INDICADORES GRI

108 Relatório de Sustentabilidade 2012

Subgrupos Funcionais Feminino Masculino Total

Administr./Armazém 74% 26% 14%

Assistência Clientes 2% 98% 12%

Auxiliares Escritório 14% 86% 0%

Chefes de Serviço 33% 67% 2%

Desenhad./Topógrafos 10% 90% 0%

Directores 13% 87% 3%

Electrónicos 4% 96% 2%

Enc./Supervisores 4% 96% 2%

Inspectores 7% 93% 15%

Operadores Mcall 74% 26% 2%

Portageiros 38% 62% 25%

Principais 3% 97% 13%

Prof. Cons. Civil 12% 88% 1%

Secretárias 100% 0% 1%

Técnicos Superiores 46% 54% 7%

Controlo Tráfego 0% 100% 0%

Total 28% 72% 100%

LA14 RÁCIO DO SALÁRIO BASE DOS HOMENS COMPARATIVAMENTE AO DAS MULHERES, POR CATEGORIA PROFISSIONAL

123

O grupo não restringe o acesso das mulheres a quaisquer cargos ou categorias e a remuneração que auferem não difere da dos homens.

A tabela salarial deliberada em ACT aplica-se de igual modo na definição do salário base, quer dos homens, quer das mulheres que estejam abrangidos pelo mesmo.

Às Unidades Mcall, Controlauto e restantes empresas do grupo na área de inspecção automóvel aplica-se o mesmo princípio, mesmo não estando estes abrangidos por acordo colectivo de trabalho da Brisa.

As políticas de remuneração e de recrutamento praticadas pela organização há 30 anos eram diferentes das de hoje, levando a que só nas últimas décadas se encontrem mulheres a desempenhar funções tradicionalmente protagonizadas por homens. Por outro lado, colaboradores com maior antiguidade potencialmente terão mais oportunidades de progressão. Considerando estes factores, procedeu-se ao cálculo do rácio do salário base entre homens e mulheres de dois modos diferentes, no primeiro caso considerou-se apenas uma amostra da mão-de-obra total e no segundo caso calcula-se o rácio para a totalidade da mão-de-obra do grupo.

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III - INDICADORES GRI

Relatório de Sustentabilidade 2012 109

PRESSUPOSTOS: Colaboradores das Empresas que subscreveram o ACT em 2012; Consideraram-se apenas colaboradores com horários completos; Utilizou-se para cálculo do rácio o Vencimento base médio por categoria; Colaboradores admitidos nos últimos 10 anos; foram excluídos os grupos funcionais onde não há mulheres.

Cargo Feminino Masculino Rácio H/M

Administrativos

Escriturário 934 899 0,96

Técnico Administrativo 1.551 1.335 0,86

Técnico Administrativo Especialista 1.711 1.774 1,04

Operacionais de Portagens

Operador de Posto de Portagem 775 822 1,06

Quadros Superiores

Técnico 2.117 2.419 1,14

Técnico Adjunto 1.778 1.878 1,06

Técnico Sénior 2.926 3.231 1,10

LA15 TAXA DE RETENÇÃO E DE RETORNO APÓS LICENÇA DE PATERNIDADE POR GÉNERO

123

Feminino Masculino Total

Colaboradores com direito ao gozo de licença parental 37 62 99

Colaboradores com gozo de licença parental 37 62 99

Nº Colaboradores que regressaram após gozo de licença parental 37 62 99

Colaboradores que continuam na empresa após 12 meses sobre o gozo de licença parental 36 62 98

A taxa de retorno ao trabalho por parte dos colaboradores foi de 100%

HR1 PERCENTAGEM E NÚMERO TOTAL DE CONTRATOS DE INVESTIMENTOS SIGNIFICATIVOS QUE INCLUEM CLÁUSULAS SOBRE OS DIREITOS HUMANOS OU QUE FORAM SUBMETIDOS A UMA ANÁLISE SOBRE DIREITOS HUMANOS

123

A actividade do Grupo Brisa desenvolveu-se em mercados onde os direitos humanos são salvaguardados por lei, considerando-se por isso este indicador como não aplicável. Apesar de existir actividade na Índia, esta não tem expressão significativa.

HR2 PERCENTAGEM DE FORNECEDORES E EMPREITEIROS QUE FORAM SUJEITOS A ACÇÕES DE VERIFICAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS

123

Nos contratos celebrados entre as empresas do Grupo Brisa e empresas prestadoras de serviços e/ou fornecedores, existe a salvaguarda dos direitos humanos, através do cumprimento da legislação nacional em vigor, não se aplicando, desta forma, uma avaliação neste âmbito, às entidades contratadas. Face ao exposto, não se apresenta como uma situação crítica. A nível internacional, está em curso o controlo dos prestadores de serviços, nomeadamente na Índia, através de cláusulas contratuais e futuras fiscalizações.

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III - INDICADORES GRI

110 Relatório de Sustentabilidade 2012

Todas as questões no âmbito da formação, segurança, saúde e condições de trabalho em obra são controladas e registadas em dossiers próprios, que constituem o Desenvolvimento e Especialização do Plano de Segurança e Saúde, sendo realizadas auditorias e entrevistas aos representantes dos trabalhadores (previamente nomeados).

HR3 NÚMERO TOTAL DE HORAS DE FORMAÇÃO EM POLÍTICAS RELACIONADAS COM DIREITOS HUMANOS

123

Considera-se este indicador não aplicável no âmbito da actividade da Brisa.

HR4 TOTAL DE INCIDENTES DE DISCRIMINAÇÃO E ACÇÕES TOMADAS 123

Em 2012 não se registaram condenações neste indicador.

HR5 OPERAÇÕES QUE COLOQUEM EM RISCO A LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO E A NEGOCIAÇÃO COLECTIVA, E MEDIDAS TOMADAS PARA SUPORTAR ESSE RISCO

abc

Não se conhecem casos em que exista um risco significativo de impedimento ao livre exercício da liberdade de associação e de realização de acordos de negociação colectiva.

Actividade sindical no interior das Empresas

(i)Os trabalhadores e os sindicatos têm direito a desenvolver actividade sindical no interior das Empresas, nomeadamente através de delegados sindicais, Comissões Sindicais e Intersindicais, nos termos da lei.

(ii)Os trabalhadores que sejam membros da direcção ou órgão equivalente de uma associação sindical dispõem, para o exercício das suas funções, de um crédito mensal de quatro dias.

(iii)Os delegados sindicais dispõem, para o exercício das suas funções, de um crédito mensal de cinco horas, ou de oito horas tratando-se de delegados que façam parte da Comissão Intersindical de delegados das Empresas.

Reuniões

(i)Os trabalhadores têm direito a reunir-se durante o horário normal de trabalho até ao limite máximo de quinze horas por ano, que contará, para todos os efeitos, como tempo de serviço efectivo, sem prejuízo da normalidade de laboração nos casos de trabalho por turnos, de trabalho suplementar e de assistência aos utentes e, desde que, nos restantes casos, assegurem o funcionamento dos serviços de natureza urgente e essencial.

(ii)As reuniões referidas no número anterior só podem ser convocadas pela comissão intersindical de delegados das Empresas ou, não se encontrando esta constituída, pela comissão de delegados sindicais respectiva; neste último caso, o limite de quinze horas por ano reportar-se-á a cada trabalhador individualmente considerado.

(iii)As entidades promotoras das reuniões, nos termos dos números anteriores, são obrigadas a comunicar ao empregador, ou a quem o represente, e aos trabalhadores interessados, com

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III - INDICADORES GRI

Relatório de Sustentabilidade 2012 111

antecedência mínima de um dia, a data e a hora em que pretendem que elas se efectuem, devendo afixar as respectivas convocatórias nos locais existentes para o efeito.

(iv)Os membros dos corpos gerentes das organizações sindicais, desde que devidamente credenciados pelo respectivo Sindicato podem participar nas reuniões, mediante comunicação ao empregador com a antecedência mínima de seis horas.

Competência dos delegados sindicais

Os delegados sindicais têm competência e poderes para desempenhar todas as funções que lhe são atribuídas neste acordo e na lei, com observância dos preceitos neles estabelecidos.

Direitos e garantias dos delegados sindicais

(i)Os delegados sindicais têm direito de afixar no interior da empresa textos, convocatórias, comunicações ou informações relativos à vida sindical e aos interesses sócio-profissionais dos trabalhadores, bem como proceder à sua distribuição, mas sem prejuízo, em qualquer dos casos, da laboração normal da unidade, instalação ou serviço em causa.

(ii)Os locais de afixação serão reservados pelo empregador ou por quem o representa, ouvidos os delegados sindicais adstritos ao respectivo estabelecimento.

(iii)Os delegados sindicais têm o direito de exercer, no âmbito das suas atribuições, actividade sindical no interior da empresa, sem prejuízo do serviço e das normas constantes do regulamento de segurança.

Instalação das Comissões

O empregador obriga-se a pôr à disposição dos delegados sindicais, desde que estes o requeiram, um local situado no interior daquele ou na sua proximidade, que seja apropriado para o exercício das suas funções, de acordo com o disposto na lei.

Direitos e garantias dos dirigentes das organizações sindicais

A direcção interessada deverá comunicar, com o mínimo de um dia de antecedência, as datas e o número de dias de que os respectivos membros necessitam para o exercício das suas funções, ou, em caso de impossibilidade, nos dois dias úteis imediatos ao primeiro dia em que faltarem.

São efectuados mensalmente os descontos de quotas, no vencimento dos colaboradores, para os seguintes sindicatos:

Sindicato Nº Colab.

CESP 415

SETAA 1

SETACCOP 474

SINDETELCO 5

SITESE 10

SQTD 1

Total 906

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III - INDICADORES GRI

112 Relatório de Sustentabilidade 2012

HR6 OPERAÇÕES IDENTIFICADAS COMO TENDO RISCO SIGNIFICATIVO DE OCORRÊNCIA DE TRABALHO INFANTIL E MEDIDAS TOMADAS PARA CONTRIBUIR PARA A ELIMINAÇÃO DE TRABALHO INFANTIL

abc

As operações que apresentam um potencial risco relacionado com o trabalho infantil, apesar de actividades indirectas, são as empreitadas a realizar nas auto-estradas, executadas por empresas subcontratadas. Não foram detectadas ocorrências, através dos mecanismos de controlo definidos. A nível internacional, está em curso o controlo dos prestadores de serviços, nomeadamente na Ìndia, através de cláusulas contratuais e futuras fiscalizações.

Os mecanismos de controlo utilizados abrangem folhas de controlo de entrada dos trabalhadores nos estaleiros, da responsabilidade dos empreiteiros e inspecções documentadas, referentes ao controlo de trabalhadores, realizadas pela Brisa Engenharia e Gestão, no início da actividade e no período intermédio, entre duas auditorias de carácter geral.

HR7 OPERAÇÕES IDENTIFICADAS COMO TENDO RISCO SIGNIFICATIVO DE OCORRÊNCIA DE TRABALHO FORÇADO E COMPULSÓRIO, E MEDIDAS TOMADAS PARA CONTRIBUIR PARA A ELIMINAÇÃO DE TRABALHO FORÇADO E COMPULSÓRIO

abc

Ver resposta ao indicador HR6.

HR8 PERCENTAGEM DE COLABORADORES DE SEGURANÇA COM FORMAÇÃO NAS POLÍTICAS DA EMPRESA RELACIONADAS COM DIREITOS HUMANOS

NA

O serviço de segurança na Brisa é assegurado por fornecedores externos, pelo que se considera este indicador não relevante no âmbito da actividade da empresa.

HR9 N.º TOTAL DE INCIDENTES POR VIOLAÇÃO DOS DIREITOS DE POVOS INDÍGENAS E ACÇÕES TOMADAS

NA

Este indicador considera-se não relevante no âmbito da actividade da Brisa.

HR10 PERCENTAGEM E NÚMERO TOTAL DE OPERAÇÕES ABRANGIDAS POR MEDIÇÕES DOS IMPACTOS SOBRE OS DIREITOS HUMANOS

NA

A actividade do Grupo Brisa desenvolve-se maioritariamente em mercados onde os direitos humanos são salvaguardados por lei, considerando-se, por isso, este indicador como não aplicável.

A única excepção diz respeito à actividade na Índia, que não tem uma dimensão relevante ao nível da organização.

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III - INDICADORES GRI

Relatório de Sustentabilidade 2012 113

Caso surja actividade relevante em mercados onde os direitos humanos não sejam salvaguardados por lei, a Brisa reavaliará a sua resposta a este indicador.

HR11 NÚMERO DE RECLAMAÇÕES RELACIONADAS COM OS DIREITOS HUMANOS, REGISTADAS E RESOLVIDAS ATRAVÉS DE MECANISMOS FORMAIS DE RECLAMAÇÕES

123

A nível interno, a Brisa dispõe de um Canal de Comunicação de Irregularidades, descrito na página 38 deste relatório.

A nível externo, o Sistema de Tratamento de Exposições da Brisa encontra-se explanado no indicador SO10. Este sistema contempla uma classificação de processos por temas relevantes, nos quais não está incluída uma classificação específica para direitos humanos.

SO1 PERCENTAGEM DAS OPERAÇÕES COM MECANISMOS PARA O ENVOLVIMENTO DAS COMUNIDADES LOCAIS, AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS E PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO

123

Aspecto Descrição % de operações

Avaliação dos impactos sociais

‐ Na fase de construção, a Brisa assegura o acompanhamento das entidades locais, através da Concessionária responsável, e realiza consultas públicas no âmbito dos Processos de Avaliação de Impactos Ambientais, asseguradas pela BEG (ver Indicador SO10);

‐ Na fase de operação e manutenção, a Brisa identifica, através da sua análise de materialidade, o tema da Segurança Rodoviária como o impacto mais relevante nas comunidades locais a nível social; o Programa Primeiro a Segurança é uma iniciativa de âmbito nacional, que visa responder a esta necessidade;

100%

Avaliação dos impactos ambientais e monitorização contínua

‐ A monitorização ambiental é descrita no Indicador EN12.

‐ A rede de auto-estradas do Grupo Brisa foi monitorizada a nível ambiental, em 2012, numa extensão de:

‐ 440,63 km, em operação a cargo da BOM;

‐ 5,5 km em operação, a cargo da AEA;

‐ 12,8km, na fase de construção, a cargo da BEG.

32%

Relatórios públicos dos resultados das avaliações

‐ A nível ambiental a informação é pública.

‐ A nível social, considera-se a percentagem não aplicável. 100% / NA

Programas de desenvolvimento das comunidades locais baseados nas suas necessidades

‐ A partir das necessidades identificadas, são determinadas soluções caso a caso.Ex: Protocolo desenvolvido na A4 - Maia

100%

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III - INDICADORES GRI

114 Relatório de Sustentabilidade 2012

Planos de envolvimento baseados em mapeamento das partes interessadas

‐ A fase de construção tem uma actividade muito reduzida devido à maturidade da rede concessionada, por isso não se considera o risco associado às comunidades locais nesta fase como relevante, nem justificativo de um mecanismo permanente para mapeamento e envolvimento das partes interessadas.

‐ Na fase de operação e manutenção, o envolvimento das partes interessadas é assegurado pelo canais descritos na resposta à norma AA1000, não existindo um mecanismo permanente para mapeamento e envolvimento das partes interessadas.

100%

Consulta das comunidades locais

‐ O envolvimento e consulta da comunidade local é crítica na fase de desenvolvimento de projecto de obras novas e alargamentos. A Brisa realiza consulta de entidades locais, descritas no Indicador SO10, ao nível do poder local e dos institutos públicos relevantes, no sentido de apurar as expectativas das comunidades locais e de as poder incluir desde a fase de projecto.

‐ É assegurado o envolvimento das comunidades locais também através da Concessionária responsável.

100%

Comissão de trabalhadores, comités de saúde e segurança

‐ Está activa a Comissão de Trabalhadores do Grupo Brisa;

‐ Em relação aos Comités Formais sobre Saúde e Segurança, aguarda-se a eleição dos representantes dos trabalhadores que é da competência exclusiva dos representantes dos sindicatos.

‐ Ver Indicador LA6.

100%

Processos formais de exposições da comunidade local

‐ O serviço de apoio ao cliente assegura um canal de recepção de exposições, que inclui as comunidades locais.

‐ No caso de exposições apresentadas por não-clientes, as mesmas são reconduzidas para a respectiva concessionária.

‐ Ver Indicador PR5.

100%

SO2 NÚMERO TOTAL E PERCENTAGEM DE ÁREAS DA EMPRESA ANALISADAS SOBRE O RISCO DE CORRUPÇÃO

abc

O cumprimento das directrizes/referenciais normativos de auditoria divulgados, assume um papel fundamental nos trabalhos de auditoria interna, executados pela Direcção de Auditoria, Organização e Qualidade do Grupo Brisa.

Os trabalhos desenvolvidos no ano de 2012, tiveram em consideração os seguintes aspectos:

(i) Avaliação dos riscos inerentes às actividades das áreas auditadas;

(ii) Teste aos mecanismos de controlo interno existentes;

(iii) Verificação do grau de implementação das recomendações efectuadas na sequência dos trabalhos anteriores.

Sendo a corrupção um tema bastante sensível mas importante face à actual conjuntura económica, esta acarreta consequências graves para as organizações, com substanciais acréscimos de custos.

Neste sentido, a organização tem tido a preocupação de desenvolver controlos que permitam introduzir uma melhoria contínua nos processos, de forma a torná-los mais robustos e a mitigar os riscos associados às actividades desenvolvidas.

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III - INDICADORES GRI

Relatório de Sustentabilidade 2012 115

Após terem sido identificados e mensurados os riscos e controlos por parte das áreas/empresas do Grupo Brisa, durante o ano de 2012, configurou-se a plataforma aplicacional de gestão de riscos, com o objectivo de se sistematizar a informação já recolhida.

Por fim, ainda não existe, uma quantificação sistematizada sobre o risco de corrupção na organização.

SO3 PERCENTAGEM DE COLABORADORES ABRANGIDOS POR FORMAÇÃO EM POLÍTICAS E PROCEDIMENTOS DE ANTI-CORRUPÇÃO

abc

Dado o carácter específico deste tipo de formação, calculou-se a percentagem de Quadros que tiveram formação nestas matérias face ao número total de quadros existentes nas direcções mais directamente ligadas a esta actividade - Direcção de Auditoria Organização e Qualidade (DAQ) , Direcção Financeira (DFI) e Direcção Jurídica (DJR).

Em 2012 a taxa de cobertura foi de 18% na DAQ, 0% na DFC e 8% DJR.

SO4 ACÇÕES DESENVOLVIDAS COMO RESPOSTA À OCORRÊNCIA DE SITUAÇÕES DE CORRUPÇÃO

123

O Grupo Brisa rege-se por um conjunto de normativos e melhores práticas que prevêem na sua adopção/execução um conjunto de mecanismos que visam a melhoria do controlo interno, a saber:

‐ Estatutos das empresas;

‐ Limites e níveis de competência e responsabilidades incluindo de carácter monetário;

‐ Operações internas com mecanismos de segregação de funções.

Relativamente a este indicador ainda não existe um procedimento específico que enderece exclusivamente esta matéria.

Adicionalmente, de referir que a Brisa, sendo uma empresa cotada, cumpre com as exigências previstas no regulamento da CMVM nº1/ 2010, o qual no Capitulo II, prevê a existência de órgãos de Administração e Fiscalização que supervisionam os sistemas de controlo interno e de gestão de riscos.

SO5 POSIÇÕES E PARTICIPAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO DE POLÍTICAS PÚBLICAS

123

A Brisa expressa o seu posicionamento no domínio das políticas públicas através das intervenções em eventos do sector e da informação prestada através dos meios de comunicação social.

A Brisa participa e influencia o desenvolvimento de políticas públicas através das organizações e associações de que é membro:

‐ APCAP – Associação Portuguesa das Sociedades Concessionárias de Auto-Estradas ou Pontes com Portagens;

‐ ASECAP – Associação Europeia de Auto-estradas, Túneis e Pontes com Portagem;

‐ IBTTA – Associação Internacional de Auto-estradas, Túneis e Pontes com Portagem;

Page 116: Relatório de Sustentabilidade 2012

III - INDICADORES GRI

116 Relatório de Sustentabilidade 2012

‐ BCSD Portugal – Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável;

‐ WBCSD – World Business Council for Sustainable Development

‐ CRP – Centro Rodoviário Português

SO6 VALOR TOTAL DE CONTRIBUIÇÕES FINANCEIRAS E EM GÉNEROS PARA PARTIDOS POLÍTICOS E INSTITUIÇÕES RELACIONADAS

123

O relacionamento com partidos políticos, políticos e instituições relacionadas está sujeito ao Código de Ética da Brisa, art.º 4: Relacionamento com o Concedente e Entidades Públicas.

É preocupação da Brisa o combate à corrupção e a promoção da transparência e imparcialidade de procedimentos e processos decisórios da administração pública, na sua relação com a empresa e com os seus Concorrentes.

Deste modo, é vedado aos Colaboradores da Brisa darem contribuições monetárias ou de qualquer outra espécie a quaisquer agentes ou entidades do Estado ou a organizações políticas, como contrapartida de quaisquer vantagens ou tratamento preferencial, para si ou para as empresas que integram.

Este código de auto-regulação está sujeito a acção disciplinar, conforme o art.º 18 do mesmo.

O Código de Ética da Brisa encontra-se disponível em www.brisa.pt> Investidores > Governo da Sociedade > Código Ética.

SO7 NÚMERO TOTAL DE ACÇÕES LEGAIS POR COMPORTAMENTO ANTI-COMPETITIVO, ANTI-TRUST E PRÁTICAS MONOPOLISTAS

123

Em 2012 não se registaram condenações neste indicador.

SO8 VALOR MONETÁRIO DE MULTAS SIGNIFICATIVAS OU SANÇÕES NÃO MONETÁRIAS POR NÃO CONFORMIDADE COM LEIS E REGULAMENTOS

123

Em 2012 não se registaram condenações por valores significativos.

SO9 OPERAÇÕES COM POTENCIAL OU REAL IMPACTO NEGATIVO NAS COMUNIDADES LOCAIS

abc

Fase de construção

O principal impacto sobre as comunidades locais nesta fase, prende-se sobretudo com o ordenamento do território e com outras preocupações específicas como consequência da ocupação do território.

Lista de obras em curso em 2012:

Obra Nova

Page 117: Relatório de Sustentabilidade 2012

III - INDICADORES GRI

Relatório de Sustentabilidade 2012 117

Nó de Sor(A1) – Em curso

Nó de Acesso à Plataforma Logística (A1) - Concluída

Alargamentos

Maia -> S.to Tirso (A3) – Concluída

Beneficiação

Paredes-Penafiel (A4) - Concluída

Carregado-Aveiras de Cima (A1) – Concluída

Famalicão-Cruz (A3) – Em curso

Fase de operação e manutenção

Nesta fase, os principais impactos identificados sobre a comunidade local dizem respeito ao ruído (ver Indicador EN26), à sinistralidade (ver p.52 ) e à biodiversidade (ver p. 60).

SO10 MEDIDAS DE PREVENÇÃO E MITIGAÇÃO IMPLEMENTADAS EM OPERAÇÕES COM POTENCIAL OU REAL IMPACTO NEGATIVO NAS COMUNIDADES LOCAIS

abc

A actividade da Brisa caracteriza-se por uma elevada dispersão geográfica e forte impacto nas comunidades locais. Consciente desse facto, a Brisa dispõe de diversos mecanismos, a diferentes níveis, que visam prevenir e mitigar os impactos nas comunidades em que opera, quer para assegurar a conformidade da Lei quer, em certos casos, para garantir um nível de desempenho para além dos requisitos mínimos legais.

MEDIDAS PARA ASSEGURAR A CONFORMIDADE COM A LEI

(i)Medidas resultantes do acompanhamento das entidades locais, assegurado directamente pela Concessionária responsável

(ii)Medidas resultantes das consultas públicas realizadas no âmbito dos Processos de Avaliação de Impactes Ambientais, assegurado pela BEG - Brisa Engenharia e Gestão

(iii)Assessoria de Imprensa: conferências de imprensa, comunicados e outras acções relevantes, assegurada na DIS - Direcção de Investidores, Comunicação e Sustentabilidade

(iv)Serviço de Apoio ao Cliente

(v)Instalação de barreiras acústicas

(vi)Monitorização ambiental

MEDIDAS PARA ASSEGURAR UM GRAU DE DESEMPENHO PARA ALÉM DA LEI

Todas as anteriores em casos pontuais, consoante as necessidades.

Exemplos:

Caso de estudo da A4 (ver RS 2011, p.56)

Instalação de barreiras acústicas

Os vários mecanismos encontram-se abaixo descritos, incluindo a forma como a informação é recolhida e as áreas ou empresas responsáveis por assegurar o seu funcionamento. Estes mecanismos aplicam-se à totalidade da actividade do Grupo Brisa.

Page 118: Relatório de Sustentabilidade 2012

III - INDICADORES GRI

118 Relatório de Sustentabilidade 2012

(i)O acompanhamento das entidades locais é assegurado directamente pela Concessionária responsável.

Em 2012, estiveram em curso as obras listadas no Indicador SO9. É mantida uma relação de estreita colaboração com as Câmaras Municipais, com a GNR e com os Governos Civis. São integrados grupos de trabalho específicos, como é o caso do Grupo de Trabalho de Segurança Rodoviária, promovido pelo Governo Civil, onde figuram outras entidades como a PSP e o INEM.

(ii)É também de referir o processo de Consultas públicas realizadas no âmbito dos Processos de Avaliação de Impactes Ambientais, assegurado pela BEG - Brisa Engenharia e Gestão.

O desenvolvimento de estudos e projectos tem subjacente uma forte preocupação na obtenção de soluções técnicas ambientalmente sustentáveis. Com efeito, com o objectivo de aumentar a qualidade e eficácia dos empreendimentos geridos pela Brisa, são implementadas, desde as fases preliminares até às fases finais dos estudos e projectos, medidas de garantia da qualidade do projecto de engenharia, nomeadamente através da execução de um eficaz processo de coordenação dos estudos ambientais, que conduz à incorporação, no projecto global, de medidas para evitar ou reduzir os impactes.

Inerentes ao Processo de Avaliação de Impactes Ambientais são realizadas reuniões com as autarquias envolvidas no projecto, bem como outras entidades (em acordo com a Agência Portuguesa do Ambiente), onde são apresentados os projectos e esclarecidas, pela Brisa, como promotor, todas as questões colocadas pelos interessados. Adoptando uma postura pró-activa a Brisa promove, ainda, durante esta fase, a consulta de entidades interessadas no projecto, nomeadamente Câmaras Municipais, Instituto da Conservação da Natureza e Floresta (ICNF), Instituto da Água (INAG), entre outros. Esta consulta às entidades, que possuem um vasto conhecimento da área de implantação do empreendimento, permite, atempadamente, incorporar no projecto as diversas preocupações, evitando que estas surjam numa fase posterior, decorrente do processo de Avaliação de Impactes Ambientais. Esta metodologia contribui, assim, para uma aprovação mais célere do projecto por parte das entidades competentes, e consequentemente do início das fases de expropriações dos terrenos e construção dos empreendimentos.

No âmbito da coordenação de projectos, para as fases de projecto e de construção, e no decorrer de 2012, foram, assim, realizadas, cerca de 3 dezenas de reuniões de trabalho com as entidades interessadas, correspondendo aos seguintes projectos:

‐ A1 – Alargamento e Beneficiação do Sublanço Carvalhos/Santo Ovídio

‐ A2 – Alargamento e Beneficiação do Sublanço Coina/Palmela/Nó de Setúbal (Nó A2/A12)

‐ A3 – Sublanço Porto/Águas Santas/Maia

‐ A3 – Alargamento e Beneficiação do Sublanço Maia/Santo Tirso

‐ A4 – Alargamento e Beneficiação do Sublanço Águas Santas/Ermesinde

‐ A5 – Sublanço Linda a Velha/Estádio Nacional

‐ A5 – Reformulação do Nó de Carcavelos

‐ A9 – Túnel de Montemor

‐ A12 – Sublanço Nó A2/A12/Setúbal (EN10). Ligação ao Alto da Guerra

A Fiscalização da Gestão Ambiental das empreitadas constitui, ainda, uma temática pertinente e relevante, na medida em que as actividades de construção podem produzir impactes significativos no ambiente, tornando-se imperativo o seu controlo com vista à minimização dos impactes negativos, situação que é acompanhada/controlada pela fiscalização da Brisa.

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III - INDICADORES GRI

Relatório de Sustentabilidade 2012 119

PR1 FASES DO CICLO DE VIDA NOS QUAIS SÃO MEDIDOS OS IMPACTES SOBRE A SAÚDE E SEGURANÇA

abc

Fase de Projecto

O principal objectivo da Coordenação de Segurança em Projecto (CSP) é garantir a integração dos Princípios Gerais de Prevenção, na elaboração do projecto de modo a reduzir os riscos nas fases de execução e utilização/manutenção posteriores à conclusão dos trabalhos.

Estando estatisticamente determinado que mais de 50% das causas de acidentes na indústria da construção e obras públicas têm causa imputável à fase de projecto, é responsabilidade da BEG actuar neste momento de modo a facilitar o processo de execução e gestão da construção no âmbito da Segurança no Trabalho.

Tirando partido da vasta experiência da BEG no acompanhamento de execução de obras, o CSP poderá elaborar ou controlar a elaboração dos Cadernos de Encargos, do PSS (Plano de Segurança e Saúde) e da CT (Compilação Técnica) de forma mais eficaz.

É portanto essencial a interligação entre os técnicos da BEG para garantir o cumprimento de todas as responsabilidades como Coordenador de Segurança na fase de projecto (DL 273/2003).

Fase de Construção

O principal objectivo da Coordenação de Segurança em Obra (CSO) é garantir a melhoria contínua das condições de trabalho nos estaleiros sob responsabilidade de Gestão da BEG, com redução efectiva dos índices de sinistralidade em relação ao sector de actividade em causa.

A CSO será exercida pela BEG com o maior rigor, no cumprimento estrito da legislação e dos documentos emanados da fase de projecto, especialmente o PSS.

Prazo de Garantia

No final das obras é realizado um Auto de Vistoria de Recepção Provisória da Obra.

No prazo de garantia as obras são acompanhadas pelos Centro Operacionais que reportam eventuais anomalias à BAE que, posteriormente, comunica à BEG para interceder junto dos Empreiteiros no sentido de reparar essas mesmas anomalias.

Findo o prazo de garantia é realizado um Auto de Vistoria de Recepção Definitiva da Obra. Após este auto, caso esteja tudo em conformidade, é devolvida a garantia bancária ao Empreiteiro responsável pela execução dessa obra.

Fase de Operação

Identificaram-se, ao nível da conservação corrente da rede de infra-estrutura rodoviária, os elementos considerados mais relevantes e de maior impacto na saúde e segurança, a saber:

‐ Sinalização Vertical

‐ Sinalização Horizontal (marcação rodoviária)

‐ Obras de Artes (elementos estruturais)

‐ Pavimentos

A descrição técnica destes elementos encontra-se no site Brisa.

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III - INDICADORES GRI

120 Relatório de Sustentabilidade 2012

PR2 NÚMERO TOTAL DE INCIDENTES POR NÃO CONFORMIDADE COM REGULAÇÕES E CÓDIGOS VOLUNTÁRIOS RELACIONADOS COM O IMPACTO DOS PRODUTOS E SERVIÇOS NA SAÚDE E SEGURANÇA

123

Em 2012 a Controlauto foi condenada numa coima de €1.530,00, relativamente ao Processo nº 071200057 da ACT.

PR3 TIPO DE INFORMAÇÃO SOBRE PRODUTOS E SERVIÇOS EXIGIDA POR PROCEDIMENTOS DE ROTULAGEM E O PERCENTUAL DE PRODUTOS E SERVIÇOS SUJEITOS A TAIS EXIGÊNCIAS

abc

A “rotulagem” de produtos e serviços não se aplica directamente à actividade da Brisa, no entanto, a Brisa disponibiliza um conjunto de informação aos seus clientes acerca do serviço prestado. Podemos, por exemplo, salientar as campanhas de comunicação efectuadas com o intuito de informar adequadamente os clientes acerca do nosso produto/serviço permitindo-lhes, desta forma, efectuar uma utilização informada da auto-estrada e fazer opções com base em factos.

Além das campanhas de comunicação destinadas a informar os clientes acerca do serviço que é prestado pela empresa, destacamos, igualmente, as seguintes informações/locais de divulgação disponibilizadas/os:

‐ Sites Brisa, VVP, Controlauto, BIT, Brisal, BCR, EcoVia;

‐ Repórter Brisa – 2 emissões diárias na TSF para comunicar aos clientes as condições de circulação;

‐ Divulgação de informação acerca das condições de circulação nas auto-estradas para toda a imprensa sempre que tal se considere necessário (Comunicados de imprensa da DIS);

‐ N.º Azul – Número de Assistência e Informação que disponibiliza todo o tipo de informações aos clientes das auto-estradas operadas pela Brisa O&M acerca de assuntos, como: condições de circulação nas auto-estradas, localização e serviços das lojas e áreas de serviço, procedimentos;

‐ PMV – Distribuídos ao longo das auto-estradas, permitem à empresa colocar informação variável de acordo com o que é mais importante transmitir aos clientes em cada momento; exemplos: condições de circulação, informação de acidentes; mensagens de alerta, mensagens da campanha de Natal do EP;

‐ Cerca de 70 Painéis de comunicação do n.º azul da Brisa;

‐ Distribuição de cartões com indicação do n.º azul da Brisa;

‐ Distribuição de inúmeros folhetos de divulgação do serviço prestado e regras de utilização do mesmo; exemplo: Novas ferramentas digitais Brisa; esclarecimentos acerca da utilização da Via Verde nas SCUTS através da imprensa e rádio;

‐ Linha de Apoio a Clientes Via Verde;

‐ Lojas de atendimento disponíveis ao longo da rede;

‐ VVP – informação disponibilizada aquando da aquisição de um identificador VVP e enquanto o contrato se mantiver (contrato, documentação de campanhas - caso o identificador seja adquirido no âmbito de uma campanha, extractos enviados para o cliente);

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III - INDICADORES GRI

Relatório de Sustentabilidade 2012 121

‐ Controlauto – informação disponibilizada no site e nos centros de inspecção (ex: horários, n.º para marcação, preçário,…) bem como campanha de comunicação na rádio acerca das inspecções periódicas;

‐ Assistência Rodoviária – Preçário e condições disponibilizadas no site, no n.º azul sempre que solicitado e pelos mecânicos antes da prestação do serviço;

‐ Segurança Rodoviária - Brisinha Verão “Com a Segurança não se brinca” ; Brisinha Natal “Natal seguro e divertido”;

‐ Reciclagem do produto - Informação relativa à reciclagem dos identificadores Via Verde no site, no extracto de Janeiro de 2011 e na proposta de adesão.

PR4 NÚMERO TOTAL DE INCIDENTES POR NÃO CUMPRIMENTO DE LEIS OU CÓDIGOS VOLUNTÁRIOS RELACIONADOS COM INFORMAÇÃO E ROTULAGEM DE PRODUTOS OU SERVIÇOS

abc

Em 2012 não se registaram incidentes no âmbito deste indicador.

PR5 PRÁTICAS RELACIONADAS COM A SATISFAÇÃO DO CLIENTE, INCLUINDO SONDAGENS DE MEDIÇÃO DA SATISFAÇÃO DO CLIENTE

abc

A BCR continua a atribuir importância determinante aos níveis de satisfação dos seus Clientes com a qualidade do serviço prestado. Tal reflecte-se nos níveis de serviço exigíveis à Brisa O&M. Os indicadores de satisfação adoptados pela Brisa para avaliação da qualidade do serviço prestado, agora via contrato de prestação de serviços com a Brisa O&M, continuam a estar integrados no SIG (Sistema de Informação de Gestão), concebido e implementado com o apoio de uma empresa de consultoria a partir do início de 2007.

O SIG impõe valores-objectivo (a um ano) e valores-meta (a 3 anos) a atingir por tais indicadores.

Como fonte de tais valores utiliza os resultados apurados pela monitorização interna do serviço prestado no atendimento, bem como outros indicadores de actividade relevantes.

Monitorização mensal de satisfação dos clientes

Mensalmente, a BO&M e a Via Verde auscultam os seus Clientes para reagir de forma mais imediata ao nível do atendimento prestado, a saber:

‐ No serviço de Assistência Rodoviária;

‐ No serviço de atendimento telefónico através do Número Azul (assistência e informação);

‐ No serviço prestado pelas lojas Via Verde:

A avaliação de satisfação acima mencionada é efectuada a uma amostra de utilizadores do Nº Azul (cerca de 250), de utilizadores do serviço de Assistência Rodoviária (cerca de 100) e de Clientes que se deslocam às lojas Via Verde (cerca de 400). As respostas alimentam indicadores pré definidos pela BO&M.Os resultados são monitorizados trimestralmente no SIG.

Resultados ano 2012 (numa escala 1 a 4):

‐ Nº Azul – Média anual de satisfação: 3,53

Page 122: Relatório de Sustentabilidade 2012

III - INDICADORES GRI

122 Relatório de Sustentabilidade 2012

‐ Assistência Rodoviária: Média anual de satisfação: 3,53

‐ Lojas (resultados relativos aos meses de Março a Dezembro):

‐ Eficácia do Atendimento nas Lojas – Média anual de Satisfação 3,26

‐ Cordialidade do atendimento nas lojas – Média anual de Satisfação 3,38

‐ Qualidade da Infra-estrutura nas Lojas VV – Média anual de Satisfação 3,13

Monitorização semestral de satisfação dos clientes da BO&M

Tendo sido constituída a BO&M no final do ano 2009, a partir do ano 2010 também esta empresa passou a efectuar estudos de avaliação de satisfação das concessionárias a quem presta serviços:

‐ BCR

‐ Brisal

‐ AEDL

‐ AEBT

‐ AELO

‐ TDM

‐ AEA

Considerando os resultados recolhidos durante um ano (2º semestre de 2011 e 1º semestre 2012), a BO&M obteve o seguinte resultado de satisfação dos seus clientes (numa escala de 1-4):

‐ Ao nível do desempenho Global da empresa: 3,50

‐ Ao nível do desempenho de cada serviço, obteve uma média de 3,54

‐ No período considerado, as Concessionárias a quem a Brisa O&M presta serviços avaliaram o serviço prestado por esta empresa em 3,52

PR6 PROGRAMAS DE ADESÃO ÀS LEIS, NORMAS E CÓDIGOS VOLUNTÁRIOS RELACIONADOS A COMUNICAÇÕES DE MARKETING, INCLUINDO PUBLICIDADE, PROMOÇÃO E PATROCÍNIO

abc

A Brisa não subscreve nenhuma lei, norma ou código voluntário relacionado com comunicações de marketing. No entanto, as acções de marketing da Brisa, incluindo publicidade, promoção e patrocínio, estão sujeitas ao Código de Ética da Brisa, art.º 6: Relacionamento com o público e os órgãos de informação.

O Código de Ética da Brisa encontra-se disponível em www.brisa.pt

PR7 NÚMERO TOTAL DE INCIDENTES POR NÃO CONFORMIDADE COM REGULAMENTOS E CÓDIGOS VOLUNTÁRIOS RELACIONADOS COM COMUNICAÇÕES DE MARKETING, INCLUINDO PUBLICIDADE, PROMOÇÃO E PATROCÍNIOS

123

Em 2012 não se registaram condenações por valores relevantes.

Page 123: Relatório de Sustentabilidade 2012

III - INDICADORES GRI

Relatório de Sustentabilidade 2012 123

PR8 NÚMERO TOTAL DE RECLAMAÇÕES RELACIONADAS COM PERDAS OU QUEBRA DE PRIVACIDADE DE INFORMAÇÃO DE CLIENTES

NA

Este indicador considera-se não relevante no âmbito da actividade da Brisa.

PR9 VALOR MONETÁRIO DE MULTAS SIGNIFICATIVAS POR NÃO CONFORMIDADE COM LEIS E REGULAÇÕES RELATIVAS AO FORNECIMENTO DE PRODUTOS E SERVIÇOS

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Em 2012 não se registaram condenações significativas neste indicador.

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IV - VALIDAÇÃO

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IV - VALIDAÇÃO

Relatório de Sustentabilidade 2012 125

Page 126: Relatório de Sustentabilidade 2012

IV - VALIDAÇÃO

126 Relatório de Sustentabilidade 2012

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IV - VALIDAÇÃO

Relatório de Sustentabilidade 2012 127

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