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Relatório de Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de Luz / MG Exercício 2012 Pasta Quadro II

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Relatório de Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de

Luz / MG

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Relatório de Inventário do Município de Luz – Minas Gerais

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ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO / CRONOGRAMA ..................................................................................................................................3

2. RECOMENDAÇÕES DA ÚLTIMA ANÁLISE ..................................................................................................................6

3. RELAÇÃO E MAPA DAS ÁREAS A SEREM INVENTARIADAS ....................................................................................7

3.1. RELAÇÃO DAS ÁREAS A SEREM INVENTARIADAS .........................................................................................7

3.2. MAPA DAS ÁREAS A SEREM INVENTARIADAS ................................................................................................7

4. DOCUMENTAÇÃO COMPROBATÓRIA DAS ATIVIDADES PREVISTAS ...................................................................12

4.1. LEVANTAMENTO DE CAMPO E ENTREVISTA..................................................................................................12

4.2. LISTAGEM DOS BENS A SEREM INVENTARIADOS .........................................................................................20

4.3. IDENTIFICAÇÃO GEOGRÁFICA DOS BENS INVENTARIADOS........................................................................27

4.4. FICHAS DE INVENTÁRIO....................................................................................................................................27

4.5. REVISÃO DAS FICHAS E ARQUIVAMENTO ......................................................................................................76

5. RELAÇÃO DAS ÁREAS E RESPECTIVOS BENS PROTEGIDOS...............................................................................77

6. RELAÇÃO DAS ÁREAS E RESPECTIVOS BENS A SEREM INVENTARIADOS ........................................................79

7. BASES CARTOGRÁFICAS COM OS BENS PROTEGIDOS........................................................................................85

8. NOVO CRONOGRAMA.................................................................................................................................................87

9. FICHA TÉCNICA ...........................................................................................................................................................89

Relatório de Inventário do Município de Luz – Minas Gerais

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O Município de Luz tentou, por diversas vezes, elaborar o planejamento de inventário dos seus bens

culturais, entretanto o trabalho nunca foi pontuado pelo IEPHA/MG, que recomendou algumas alterações

no projeto. Dentre elas, vale ressaltar as últimas referentes à análise do Exercício 2010:

“As datas dos cronogramas estão muito confusas, da forma apresentada é inadmissível. Como poderá

finalizar o cronograma sem terminá-lo? Favor definir a data das atividades na tabela.”

“Reelaborar o cronograma com coerência nas datas.”

Em função dessas observações, o plano de inventário não foi aceito e a recomendação exigiu apresentar

um novo trabalho. Para efeito do exercício 2011, uma nova equipe técnica foi contratada pela

administração municipal que, tendo em mãos os documentos já elaborados, saiu a campo para a

definição de um novo planejamento do inventário dos bens culturais, demonstrado por meio do

cronograma anexado a seguir:

SETORES / CATEGORIAS

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Definição da equipe técnica Levantamento de bases cartográficas Levantamento arquivístico, bibliográfico e

iconográfico

Reconhecimento do território e pesquisa de

campo

Definição das áreas a serem inventariadas Identificação e localização geográfica das

áreas inventariáveis

Elaboração do informe histórico do

município/aspectos naturais/bibliografia

(início do preenchimento da Ficha de

Informações Gerais do Município)

1. INTRODUÇÃO / CRONOGRAMA

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INVENTÁRIO DA ZONA 01 Distrito Sede

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Levantamento de campo e entrevistas Listagem dos bens a serem inventariados Identificação geográfica dos bens

inventariados

Fichas de estruturas arquitetônicas e

urbanísticas

Fichas de bens móveis e integrados Fichas de arquivos Fichas de sítios naturais Fichas de sítios espeleológicos/arqueológicos Fichas de bens imateriais Revisão das fichas Arquivamento

INVENTÁRIO DA ZONA 02 Área Rural

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Levantamento de campo e entrevista Listagem dos bens a serem inventariados Identificação geográfica dos bens

inventariados

Fichas de estruturas arquitetônicas e

urbanísticas

Fichas de bens móveis e integrados Fichas de arquivos Fichas de sítios naturais Fichas de sítios espeleológicos/arqueológicos Fichas de bens imateriais Revisão das fichas Arquivamento

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FINALIZAÇÃO

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Fichamento de bens tombados não

inventariados anteriormente

Atualização das fichas Complementação da ficha de informações

gerais do município

Divulgação e disponibilização do inventário Programa de Ações em Defesa do

Patrimônio

Recomendações de proteção

OBS: Os quadros preenchidos em vermelho identificam as atividades previstas para efeito do Exercício

2012.

Relatório de Inventário do Município de Luz – Minas Gerais

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A última análise do Inventário do Município de Luz, realizada pelo IEPHA/MG, não apresentou

recomendações.

2. RECOMENDAÇÕES DA ÚLTIMA ANÁLISE

Relatório de Inventário do Município de Luz – Minas Gerais

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3.1. RELAÇÃO DAS ÁREAS A SEREM INVENTARIADAS A partir dos critérios de identificação definidos anteriormente, as áreas programadas para serem inventariadas foram as seguintes:

ZONA 01 – Distrito Sede

ZONA 02 - Área Rural

3.2. MAPA DAS ÁREAS A SEREM INVENTARIADAS

Apenas a título de visualização será apresentado a seguir o mapa que ilustra todas as áreas citadas. No

final deste documento serão apresentados os bens culturais protegidos em cada área.

3. RELAÇÃO E MAPA DAS ÁREAS A SEREM INVENTARIADAS

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Mapa 01 - Mapa do Município de Luz com as áreas a serem inventariadas Legenda: Zona 01 – Distrito Sede

Zona 02 – Área Rural

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Mapa do Município de Luz Desenho: Karine de Arimatéia | Responsável: Fernanda Presoti Passos | CREA: 132.309/LP

Escala: Indicada | Base: Prefeitura Municipal de Luz | Data: 23/12/2010

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Mapa 02 - Planta Cadastral do Distrito Sede – Zona 01 Legenda Zona 01 – Distrito Sede

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Planta Cadastral do Distrito Sede de Luz

Desenho: Karine de Arimatéia | Responsável: Fernanda Presoti Passos | CREA: 132.309/LP

Escala: Indicada | Base: Prefeitura Municipal de Luz | Data: 23/12/2010

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Mapa 03 - Planta Cadastral do Comunidade de Campinho – Zona 02

Planta Cadastral do Distrito Campinho Desenho: Karine de Arimatéia | Responsável: Fernanda Presoti Passos | CREA: 132.309/LP

Escala: Indicada | Base: Prefeitura Municipal de Luz | Data: 23/12/2010

Comunidade do campinhoPrefeitura Municipal de Luz

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Mapa 04 - Planta Cadastral do Distrito de Esteios – Zona 02

Comunidade dos EsteirosPrefeitura Municipal de Luz

Planta Cadastral do Distrito Esteios Desenho: Karine de Arimatéia | Responsável: Fernanda Presoti Passos | CREA: 132.309/LP

Escala: Indicada | Base: Prefeitura Municipal de Luz | Data: 23/12/2010

Relatório de Inventário do Município de Luz – Minas Gerais

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De acordo com o cronograma apresentado no início deste documento, as atividades previstas para o exercício 2012 concentram-se na Zona 01 – Distrito Sede, a saber:

Levantamento de campo e entrevistas;

Listagem de bens a serem inventariados;

Identificação geográfica dos bens inventariados;

Fichas de todas as categorias;

Revisão das fichas e arquivamento.

4.1. LEVANTAMENTO DE CAMPO E ENTREVISTA

Para a identificação do acervo cultural da Zona 01 – Distrito Sede, a equipe técnica responsável pelo

inventário realizou entrevistas e aplicou questionários com os moradores da área. Essa atividade

consistiu em identificar os valores associados e a representatividade dos bens culturais para a

comunidade.

A área urbana do Distrito Sede possui cerca de 14.550 habitantes e coincide com o núcleo de ocupação

inicial do território. Inicialmente, com a planta cadastral em mãos, foram percorridas todas as ruas com o

objetivo de identificar os bens dotados de valores arquitetônicos. A segunda etapa consistiu em

entrevistar moradores a fim de identificar bens não diagnosticados na primeira etapa, e de outras

categorias, tais como bens móveis e imateriais e a representatividades desses bens para a população. O

resultado deste trabalho segue descrito abaixo:

A área urbana do Distrito Sede abrange os principais bens culturais do município, alguns ainda

remanescentes da época de ocupação do seu território. Dentre os mais significativos, está a Catedral de

Luz, construída a partir de 1932, em estilo eclético e com riquíssimo acervo de bens móveis e

integrados, tais como o conjunto de vitrais, datado de 1942.

O centro urbano trata-se do núcleo original da cidade onde existiu o povoado primitivo do Aterrado. Essa

área possui traçado regular em grande parte. No “centro histórico” ainda existem exemplares importantes

da casa urbana luzense, onde a edificação possui a fachada principal alinhada à testada do lote, ganha

um acesso e varanda laterais e comumente é geminada com as edificações vizinhas. Os portões e

gradis são de ferro e essa casa pode receber ainda uma profusão de influências de períodos distintos.

Também há alguns exemplares onde a presença do porão é comum. Balaustrada na platibanda e cornija

logo abaixo. Outro bem de destaque é o Santuário de Fátima situado na “Praça do Aterrado”, antiga

Praça da Catedral e hoje Praça Doutor Tácito Guimarães. O Santuário de Nossa Senhora de Fátima era

a antiga Catedral da Diocese, onde há aproximadamente 200 anos foi palco do encontro histórico dos

compadres fazendeiros “Cocais e Camargos” e sediou a primeira construção edificada no Velho

Aterrado: a Capelinha de Nossa Senhora da Luz, cuja data é atribuída ao ano de 1813. Essa capelinha

foi elevada à categoria de Matriz da recém-criada Freguesia de Nossa Senhora da Luz do Aterrado, pela

4. DOCUMENTAÇÃO COMPROBATÓRIA DAS ATIVIDADES PREVISTAS

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Lei Provincial nº 764, em 02 de Maio de 1856. O mesmo historiador Waldemar Barbosa informa que tal

igreja foi reformada em 1878. Tempos depois, com a chegada do Padre Joaquim das Neves Parreiras ao

Aterrado, promoveu-se a reconstrução da Matriz, cujas obras duraram de 1910 a 1914, quando foi

demolida a igreja existente e construída uma nova no mesmo local. Essa reconstrução deu ao templo o

estilo ainda conservado e o tamanho recuperado em 2002. Possui rico acervo de bens móveis e

integrados. A região possui área com casarões ecléticos e clássicos.

O bairro onde está implantada a Igreja do Rosário é composto pela população de baixa renda. O valor

desta localidade reside no histórico, mais que no arquitetônico. É uma área onde a população está

inserida no contexto da Festa de Nossa Senhora do Rosário, bem imaterial de grande valor para toda a

população de Luz. Já no início do século XX, o Papa Bento XV pretendia desmembrar a Diocese de

Mariana e criar um Bispado no oeste mineiro. Neste sentido, “o então arcebispo de Mariana, Dom

Silvério Gomes Pimenta, consultou os vigários de Formiga, Bambuí e Dores do Indaiá, os quais

recusaram transformar suas paróquias em sede episcopal” 1. Por sua vez, o vigário de Luz do Aterrado,

Padre Joaquim das Neves Parreiras, sugeriu ao arcebispo a criação do Bispado no arraial. Desta forma

foi aprovada a idéia de uma Sede Episcopal no arraial do Aterrado. Inicialmente, foi providenciada a

ampliação da matriz, elevando-a a Catedral. O palácio episcopal foi feito fora do arraial.

Edificações residenciais que ainda guardam características originais.

Foto: Karine Arimatéia / dezembro de 2009

1 SILVA NETO, D. Belchior Joaquim da. O pastor de Luz. Belo Horizonte: Editora Littera Maciel, 1984.p.33.

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Edificações de uso misto e uso comercial passíveis de inventário. A edificação abaixo e à direita foi demolida no dia 1º de janeiro de 2010.

Foto: Karine Arimatéia / dezembro de 2009

Os bens religiosos são de extremo significado para a população. A Catedral de Luz foi construída a partir

de 1932 e mescla diferentes estilos arquitetônicos. Possui riquíssimo acervo de bens móveis e

integrados. Apresenta conjunto de vitrais, datado de 1942, coloridos sem figuras específicas. A área

externa recebeu agenciamento paisagístico em 1982. Recentemente, entre 1994 e 1995, o local passou

por remodelações, que lhe conferiu a feição atual, tornando um local aprazível e de lazer para a

população. Seu acervo de bens móveis é de grande representatividade.

Vista da Catedral na paisagem urbana e fachada posterior.

Foto: Karine Arimatéia / dezembro de 2009

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catedralPrefeitura Municipal de Luz

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Vista aérea (foto antiga) da Catedral. Foto antiga do Palácio.

Fonte: http://luzmg.com.br/fotoshistoricas.php

Outro bem religioso de grande representação arquitetônica é o “Paço da Assumpção”, mais conhecido

por Palácio Episcopal, que foi construído para sediar o bispado do oeste mineiro. Em estilo eclético,

abriga peças litúrgicas e dos bispos que passaram pela arquidiocese. Sede administrativa da Diocese de

Luz, é destinado a funcionar como residência oficial do Bispo Diocesano. Foi construído pelo Padre

Joaquim das Neves Parreiras, a partir da criação do Bispado de Aterrado (hoje Luz), em 1918 e

inaugurado em 10 de abril de 1921, com a chegada e posse do primeiro Bispo, Dom Manoel Nunes

Coelho. Teve seu imponente torreão retirado na década de 1930 e reconstruído em 1986, por Dom

Belchior Joaquim da Silva Neto, segundo Bispo. O nome da edificação, “Paço da Assumpção”, está

artisticamente gravado nos ladrilhos de sua entrada principal.

Vistas da fachada principal do Palácio Episcopal.

Foto: Karine Arimatéia / dezembro de 2009

Foto antiga do Palácio.

Fonte:http://luzmg.com.br/fotoshistoricas.php

Relatório de Inventário do Município de Luz – Minas Gerais

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Outro bem de destaque é o Santuário de Fátima, situado na “Praça do Aterrado”, antiga Praça da Catedral

e hoje Praça Doutor Tácito Guimarães. Foi reinaugurado no dia 18 de outubro de 2002. O Santuário de

Nossa Senhora de Fátima era a antiga Catedral da Diocese. Há aproximadamente 200 anos, foi palco do

encontro histórico dos compadres fazendeiros “Cocais e Camargos” e sediou a primeira construção

edificada no Velho Aterrado: a Capelinha de Nossa Senhora da Luz, cuja data é atribuída ao ano de 1813.

O primeiro sacerdote que, segundo registros, celebrou missa e realizou batizados nessa capela foi o

Padre Manoel Francisco dos Santos, ancestral indireto da família Couto de Luz e, à época, coadjutor da

Paróquia de Bambuí, onde exercia as funções de Juiz de Casamentos. Essa capelinha foi elevada à

categoria de Matriz da recém-criada Freguesia de Nossa Senhora da Luz do Aterrado, pela Lei Provincial

nº. 764, em 02 de maio de 1856. O historiador Waldemar Barbosa informa que tal igreja foi reformada em

1878. Tempos depois, com a chegada do Padre Joaquim das Neves Parreiras ao Aterrado, promoveu-se

a reconstrução da Matriz, cujas obras duraram de 1910 a 1914, quando foi demolida a igreja existente e

construída uma nova no mesmo local. Essa reconstrução deu ao templo o estilo ainda conservado e o

tamanho recuperado em 2002. Possui rico acervo de bens móveis e integrados.

Vistas do Santuário de Fátima

Foto: Karine Arimatéia / dezembro de 2009

A região onde está implantada a Igreja do Rosário é composta pela população de baixa renda. O valor

desta localidade reside no histórico, mais que no arquitetônico. O bairro possui traçado urbano irregular.

As edificações são simples, sem um estilo definido. É uma área onde a população está inserida no

contexto da Festa de Nossa Senhora do Rosário.

Igreja do Rosário.

Foto: Karine Arimatéia / dezembro de 2009

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Fotos antigas dos grupos de congado, que participavam da Festa de Nossa Senhora do Rosário.

Foto: Karine Arimatéia / dezembro de 2009

Edificações institucionais também são de grande valor arquitetônico para o município. Dentre elas

destacam-se a sede do Fórum Municipal, um dos poucos exemplares da arquitetura modernista do

município, a antiga sede da câmara e prefeitura municipal, dentre outras.

Esta última edificação, conhecida popularmente como Casa Grande, é uma réplica do Palácio do Catete

do Rio de Janeiro. Foi construída, em meados de 1905, pelo Coronel Alexandre Saracupio de Oliveira

Dú, que foi o primeiro prefeito da cidade, e nela residiu com sua esposa Marieta Macedo. A partir de

1923, ano da emancipação político-administrativa do município, a edificação tornou-se sede da Câmara

Municipal, que naquela época acumulava também as funções executivas e, mais tarde, da Prefeitura

Municipal. Em 1927, quando foi instaurado o Termo Judiciário de Luz, até 1935, a casa também abrigou

o Fórum e, posteriormente, a ALA – Associação Atletica de Luz. Com a morte de seu primeiro

proprietário, em 1943, a viúva vendeu a casa ao seu irmão, o médico Dr. Josaphat Macedo. O novo

morador fez funcionar naquele imóvel, durante as décadas de 1940 e 1950, o "Clube Recreativo

Luzense" e a sede da "Rádio Clube de Luz". De 1965 a 1975, com o uso do imóvel atribuído a José

Maria Macedo, foi construído um anexo nos fundos, onde funcionou o Armazém Casa Grande. Após a

morte de Dr. Josaphat Macedo, em 1980, o casarão, já em situação precária, não teve mais uso.

Edificações institucionais. À esquerda, o Fórum Municipal.

Foto: Karine Arimatéia / dezembro de 2009

Relatório de Inventário do Município de Luz – Minas Gerais

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Casa Grande

Foto: Karine Arimatéia / dezembro de 2009 A Casa Grande possui um projeto de restauração de autoria da arquiteta Maura Braga para sua

adaptação em um espaço de memória do município. A verba para a obra já foi aprovada pela Câmara

Municipal de Luz para o ano de 2010.

Uma das edificações mais imponentes do município, e de grande valor cultural, é o cinema, construído

na por Dom Manoel com o nome de “Cine Pio XI”, a edificação foi tombada municipalmente em 2006:

Luz já tem o seu Cinema Católico, tão recomendado por Pio XI e tantas autoridades da

Igreja. O prédio, inaugurado também em 21 de setembro de 1941, tem 40 metros de

fundo por 14 de largura, comportando cerca de 1000 espectadores bem instalados. É

luxuoso, feericamente iluminado e poucos o igualam em arquitetura e conforto, no

interior mineiro.” 2

Vista do cinema. Fachadas e interior.

Foto: Karine Arimatéia / dezembro de 2009

2 CORREIA DA SILVA, Arlindo. O município de Luz e as comemorações de setembro de 1941. Luz: Tipografia Diocesana, 1941.

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Vista da Rua 16 de março, uma das principais do Distrito Sede.

Foto: Áurea Araújo

Vista interna da Matriz e Imagem trazida de Portugal.

Foto: Áurea Araújo

Vista da Catedral Nossa Senhora da Luz na paisagem noturna. / Foto: Joventino Neto

Vista da Catedral Nossa Senhora da Luz na paisagem noturna. / Foto: Áurea Araújo

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O segundo Cristo Redentor construído no Brasil está no município de Luz.

Acervo: Prefeitura Municipal

Capelas dos bairros do distrito sede. Da esquerda para direita: Matriz São José do Operário, Igreja do Rosário e Capela Nossa

Senhora da Piedade da Vila Vicentina. Acervo: Prefeitura Municipal

Na região em análise não foram identificados bens das categorias sítios naturais, arqueológicos nem

tampouco espeleológicos.

4.2. LISTAGEM DOS BENS A SEREM INVENTARIADOS

Estruturas Arquitetônicas e Urbanísticas

FOTO

DENOMINAÇÃO

ENDEREÇO

Catedral de Nossa Senhora da Luz Praça Dr. Tácito Guimarães

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Palácio Episcopal -

Santuário de Fátima Rua Nelson G. De Macedo Filho

Casa Grande Rua Nelson G. De Macedo Filho

Matriz São José do Operário -

Igreja Nossa Senhora do Rosário Bairro do Rosário

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Cine Pio XI Rua Dezesseis de Março

Capela de Nossa Senhora da Piedade Vila Vicentina

- Praça Doutor Tácito Guimarães Praça Doutor Tácito Guimarães

Edificação residencial -

Edificação residencial -

Edificação residencial -

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Edificação residencial -

Edificação residencial -

Edificação residencial -

Edificação residencial -

Edificação residencial -

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Edificação residencial -

Edificação comercial -

Edificação de uso misto -

Edificação de uso misto -

Edificação comercial -

Relatório de Inventário do Município de Luz – Minas Gerais

25 89

Edificação residencial -

Fórum Municipal -

Edificação institucional Próxima ao Fórum Municipal

Edificação institucional Próxima ao Fórum Municipal

Bens Móveis e Integrados

FOTO

DENOMINAÇÃO

ENDEREÇO

Imagem de Nossa Senhora da Luz em

Pedra Sabão Catedral de Nossa Senhora da Luz

Relatório de Inventário do Município de Luz – Minas Gerais

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Cristo Redentor Zona urbana do Distrito Sede

Acervo de bens móveis do Palácio

Episcopal Palácio Episcopal

Acervo de bens móveis da Catedral de Nossa Senhora

da Luz

Catedral de Nossa Senhora da Luz

Acervo de bens móveis do

Santuário de FátimaSantuário de Fátima

Placas de Carro de Boi Bairro Nossa Senhora Aparecida

Arado de Boi Bairro Nossa Senhora Aparecida

Monjolo Bairro Nossa Senhora Aparecida

- Conjunto de Vitrais Catedral de Luz

Relatório de Inventário do Município de Luz – Minas Gerais

27 89

Arquivos

DENOMINAÇÃO

ENDEREÇO

Arquivo do Palácio Episcopal Palácio Episcopal

Arquivo da Prefeitura Municipal de Luz Prefeitura Municipal

Biblioteca Pública Municipal Professor Tyndaro Corrêa da Costa -

Bens Imateriais

DENOMINAÇÃO

LOCALIZAÇÃO / ÉPOCA

Festa de Nossa Senhora do Rosário Igreja do Rosário

Corporação Musical Lyra Vicentina _

Festa de São Sebastião Ao longo do mês encerrando no dia 20 de janeiro de 2010

Festa de Nossa Senhora da Luz 02 de fevereiro de 2010

Festa do Trabalhador e São José Operário 01 de maio de 2010

EXPOLUZ 01 a 04 de julho de 2010

Festa de Nossa Senhora Aparecida 12 de outubro de 2010

Festa do Cowboy -

4.3. IDENTIFICAÇÃO GEOGRÁFICA DOS BENS INVENTARIADOS

Para a localização dos bens culturais inventariados utilizou-se o mapa do Municipio de Luz, fornecido

pela Prefeitura Municipal, anexado no item 7.BASES CARTOGRÁFICAS COM OS BENS PROTEGIDOS

deste trabalho.

4.4. FICHAS DE INVENTÁRIO DAS CATEGORIAS: EAU, BMI, ARQ, BI, SN E SA

Na região em análise não foram identificados bens das categorias sítios naturais, arqueológicos nem

tampouco espeleológicos. Segue a listagem dos bens inventariados para efeito do exercício 2012.

Estruturas Arquitetônicas e Urbanísticas: EAU 01 - Catedral de Nossa Senhora da Luz

EAU 02 - Igreja de Nossa Senhora do Rosário

EAU 03 - Igreja de São José Operário

EAU 04 – Casa Grande

Bens Móveis e Integrados: BMI 01 - Imagem de Nossa Senhora da Luz

BMI 02 - Placas de Carro de Boi

BMI 03 - Arado de boi

BMI 04 – Monjolo

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Arquivo: ARQ 01 - Arquivo da Prefeitura Municipal de Luz

Bens Imateriais: BI 01 - Corporação Musical Lyra Vicentina Aterradense

BI 02 - Festa de Nossa Senhora do Rosário

A seguir encontram-se as fichas de inventário preenchidas:

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Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de Luz - Minas Gerais - Brasil

ESTRUTURA ARQUITETÔNICA E URBANISTICA EAU - 01

1. Município: Luz 2. Distrito: Sede

3. Designação: Catedral de Nossa Senhora da Luz.

4. Endereço: Praça D. Anita, s/nº.

5. Propriedade / Situação de Propriedade: Própria: Eclesiástica: Diocese de Luz.

6. Responsável: Padre Daniel Teixeira Miranda.

7. Situação de Ocupação: Própria

8. Uso Atual: ( ) Residencial ( ) Serviço ( x ) Institucional

( ) Comercial ( ) Industrial ( ) Outros

9. Proteção Legal Existente: ( ) Federal ( ) Estadual ( ) Municipal ( x ) Inexistente

Decreto:

10. Proteção Legal Proposta: ( ) Tombamento Federal ( ) Tombamento Estadual

( ) Tombamento Municipal ( ) Restrições de uso

( x ) Inventário p/registro documental ( ) Inventário p/proteção prévia

11. Análise do Entorno / Situação e Ambiência / Documentação Fotográfica:

Planta Cadastral do Distrito Sede

Vista geral da Igreja e parte da Praça da Catedral Foto: Deise A. Eleutério

Relatório de Inventário do Município de Luz – Minas Gerais

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Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de Luz - Minas Gerais - Brasil

ESTRUTURA ARQUITETÔNICA E URBANISTICA EAU - 01

Vista da fachada posterior Vista da parte interna Vista da Praça da Catedral, torre Foto: Deise A. Eleutério nave central da catedral ao fundo Foto: Deise A. Eleutério Foto:Deise A. Eleutério O bem está localizado no centro da cidade de Luz. O imóvel foi construído em um lote plano e em

uma parte alta da cidade. Possui um largo e à sua frente a Praça da Catedral. Em seu entorno estão

as Ruas Nossa Senhora de Fátima na lateral esquerda e na lateral direita a Rua Darico Carvalho, as

duas em asfalto. Na parte posterior fica a Rua Oito de Julho, também asfaltada. Nela se encontra uma

das edificações mais antigas do Município de Luz, o Palácio Episcopal. A edificação está implantada

no nível da rua com acesso feito direto da rua por todas as laterais. A Praça da Catedral possui duas

partes uma em frente a Igreja, que possui pavimentação em pé de moleque nos passeios e blocos de

concreto no largo da Catedral e uma na lateral direita separada pela Rua Oito de Julho. Possui uma

cobertura vegetal nos canteiros e árvores de médio e pequeno porte. As edificações do entorno,

variam entre um e dois pavimentos e são em sua maioria residencial. Observa-se a presença de

equipamentos urbanos como placas de sinalização e de logradouro, lixeiras e telefones públicos. A

iluminação publica é distribuída por postes de concreto. A edificação se destaca na paisagem por ter

uma volumetria monumental.

12. Histórico: A Catedral de Nossa Senhora da Luz teve sua pedra fundamental lançada em 27 de

outubro de 1935. A obra foi dirigida pelo construtor José El Maluf, da cidade de Oliveira. A catedral foi

construída para que o antigo Aterrado, como era conhecida a cidade de Luz, garantisse sua intenção de

sediar a diocese desde 1918 impulsionada pelo Padre Parreiras. Durante 23 anos a Catedral funcionou

em outra igreja, hoje o Santuário de Nossa Senhora de Fátima. Para a construção da Catedral, Dom

Manoel Nunes Coelho, bispo da diocese na época, mobilizou toda a comunidade, uma vez que além da

Catedral, ele tinha o projeto para a construção de um cinema, além de 42 casas, uma vila residencial no

entorno para garantir o crescimento do povoado. Segundo o jornal de Luz, “A edificação do templo, uma

verdadeira epopéia. E aos domingos, após a missa, cerca de mil pessoas se dirigiam à pedreira, no

terreno ao fundo da Transportadora Martins e Miranda, antiga Nestlé, hoje propriedade da Sra. Solange

Couto Silva, rezando e cantando, cada um carregando a pedra que suportasse. Em dias de semana os

produtores rurais traziam seus carros de boi e faziam o transporte de pedras ou remoção de terra.

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ESTRUTURA ARQUITETÔNICA E URBANISTICA EAU - 01

Houve dias de contar trinta carros de boi. O material, cimento e outros mais vinham por terra de Franklin

Sampaio.” Sabe-se que o sino chegou antes do término da construção, em 1939, vindo da Alemanha,

feito na Companhia Bivuclemer Vercion. O responsável pela aquisição, o Padre Pedro Jose Kosok, foi o

encarregado de cuidar do recebimento do sino que vinha pela via férrea Lagoa da Prata. A inauguração

da Catedral foi em uma semana de festa dos dias 17 a 21 de setembro de 1941, com apresentação de

bandas de música de vários municípios e comunidades da região. Tinha presente várias autoridades e

lideranças religiosas e então a bênção ao templo foi dada por Dom Manoel. No ano de 1995 a Praça que

antes tinha um enorme canteiro com abacaxis e os dizeres em alto relevo “Tudo pelo triunfo e glória de

Nossa Senhora da Luz”, foi remodelada. O abacaxizal foi substituído por residências e o letreiro por

jardins tomando assim conformação de uma praça. Segundo Sra. Cândida Corrêa Côrtes Carvalho,

proprietária e colunista do Jornal de Luz, foram utilizados sarilhos3para a remoção de terra. Suas

ferragens foram presente do Governo do Estado de Minas Gerais, os trilhos da RMV-Rede Mineira de

Viação que se transformaram em vigas de reforço. Tem-se conhecimento que os vitrais também foram

trazidos da Europa.

13. Descrição: A Catedral possui uma tipologia arquitetônica influenciada pelo estilo neogótico da

Basílica de São Pedro em Roma. Possui implantação no centro do terreno, cercada por ruas em

todas as laterais, sem fechamento do terreno. Sua planta é denominada cruz latina, característica da

arquitetura neogótica. Compõem uma conformação de planta que possui uma nave central, duas

laterais, um cruzeiro e transceptos nas duas laterais. Possui uma volumetria monumental se

comparada ao seu contexto. O acesso pode ser feito diretamente da rua, passando pelos canteiros

nas laterais do entorno imediato e na fachada frontal pela Praça da Catedral à partir de uma

escadaria. A edificação possui uma fundação variando de dez a vinte metros de profundidade em

pedra. Para as vigas de sustentação foram utilizados trilhos doados pelo Governo Mineiro. Os pilares

são em alvenaria, pintados na cor azul clara e com a parte superior com douramento no capitel

coríntio. Possui abóbadas elevadas que se apóiam nas filas de colunas na nave central pintados na

cor branca com frisos azuis. As paredes são em alvenaria de tijolo maciço e possuem pintura na cor

branca em todas as fachadas externas, inclusive as esquadrias. A edificação apresenta frisos e

relevos em todas as fachadas. A fachada principal é chanfrada e possui torre central com 60 metros

de altura. Possui pináculos nas extremidades da fachada e da torre. A empena é decorada com

3 O sarilho é um eixo que gira sobre duas forquilhas, acionado por uma manivela. Após atingir o nível d'água, a escavação continua, até que não se consiga mais esvaziar a água que está afluindo ao poço. O sarilho e dispositivos semelhantes eram utilizados para aumentar a rapidez da retirada de água dos poços. O sarilho, que continua a ser largamente utilizado no Médio Oriente, é constituído por um pau giratório que tem um balde numa ponta e um contrapeso na outra ponta.

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ESTRUTURA ARQUITETÔNICA E URBANISTICA EAU - 01

relevos. Na direção das naves laterais existem frisos verticais que vão até os vitrais que possuem

formato verticalizado com verga em arco ogival. Estes estão acima das três portas principais, duas

laterais e uma central. São portas altas, com verga em arco ogival. São de abrir, em madeira e com

uma bandeira fixa em vidro colorido. As 60 aberturas existentes na edificação são vitrais coloridos

encaixilhados em moldura de madeira, pintada na cor branca. Possuem verga em arco ogival. As

portas internas e as laterais também são em madeira com sistema de abrir e com verga em arco

ogival e possui bandeira fixa superior em vidros coloridos. Possui também aberturas superiores

circulares chamadas rosáceas.4 O piso das naves é em ladrilho hidráulico. Já o altar e a sacristia são

em cerâmica na cor cinza. Do lado esquerdo do altar, em uma sala estão os túmulos do Bispo Dom

Manoel Nunes Coelho e Dom Belchior Joaquim da Silva Neto. Em seu interior possui uma pequena

escada que faz a transposição do coro para o altar, que possui dois degraus. O forro é em arcos

cruzados em massa pintados na cor branca com a arcada pintada na cor azul. A cobertura possui um

telhado de duas águas na nave, com um pequeno telhado de duas águas em cada lateral e também

uma cobertura de duas águas em cada lado do transcepto. Compondo a volumetria, há também uma

semi cúpula que faz a cobertura das extremidades de cada transcepto, aparentemente em ardósia

pintada na cor branca. Há também uma cúpula no cruzeiro possuindo as mesmas características

das semi cúpulas. A edificação possui um jardim externo com canteiros de gramíneas baixas, árvores

de pequeno porte e circulação para pedestres. Possui um desenho de paisagismo com formas semi

circulares intercalando a área verde e a área pavimentada. O jardim ocupa as laterais e a parte

posterior do edifício. Possui energia elétrica fornecida pela CEMIG e a água e esgoto pela Copasa.

14. Estado de Conservação: ( x ) Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Péssimo

15. Análise do Estado de Conservação: A edificação se encontra em bom estado de conservação.

16. Fatores de Degradação: A exposição às intempéries é o principal fator de degradação do bem.

17. Medidas de Conservação: Não são necessárias medidas de conservação uma vez que a

limpeza e manutenção da edificação é feita constantemente.

18. Intervenções: Não há intervenções.

19. Referências Bibliográficas: CARVALHO, Cândida Corrêa Côrtes. Projeto conhecer para amar: Um pouco da história

4 A rosácea é um elemento arquitetônico ornamental usado no seu auge em catedrais durante o período gótico. Dentro do eixo condutor deste período artístico, a rosácea transmite, através da luz e da cor, o contacto com a espiritualidade e a ascensão ao sagrado.

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ESTRUTURA ARQUITETÔNICA E URBANISTICA EAU - 01

da Catedral de Nossa Senhora da Luz. Jornal de Luz, 23/10/2009;

Fonte Oral: Cândida Corrêa Côrtes.

20. Informações Complementares: Inexistentes.

21. Ficha Técnica: Levantamento e fotografia: Deise Alves Eleutério. Data: 11/11/2010

Elaboração: Deise Alves Eleutério. Data: 07/12/2010

Historiador: Priscilla de Cássia Lima Mattos Arimatéia Data: 08/12/2010

Revisão:

Data: 19/12/2010

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ESTRUTURA ARQUITETÔNICA E URBANISTICA EAU - 01

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ESTRUTURA ARQUITETÔNICA E URBANISTICA EAU – 02

1. Município: Luz. 2. Distrito: Sede.

3. Designação: Igreja de Nossa Senhora do Rosário.

4. Endereço: Praça Congadeiro Antônio Eugênio Filho.

5. Propriedade / Situação de Propriedade: Pública: Eclesiástica: Arquidiocese de Luz.

6. Responsável: Odilon Gonçalves de Miranda - Presidente do Congado.

7. Situação de Ocupação: Própria.

8. Uso Atual: ( ) Residencial ( ) Serviço ( x ) Institucional

( ) Comercial ( ) Industrial ( ) Outros

9. Proteção Legal Existente: ( ) Federal ( ) Estadual ( ) Municipal ( x ) Inexistente

Decreto:

10. Proteção Legal Proposta: ( ) Tombamento Federal ( ) Tombamento Estadual

( ) Tombamento Municipal ( ) Restrições de uso

( x ) Inventário p/registro documental ( ) Inventário p/proteção prévia

11. Análise do Entorno / Situação e Ambiência / Documentação Fotográfica:

Relatório de Inventário do Município de Luz – Minas Gerais

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ESTRUTURA ARQUITETÔNICA E URBANISTICA EAU – 02

Planta Cadastral do Distrito Sede

Vista da fachada principal da Igreja de Nossa

Senhora do Rosário Foto: Deise Alves Eleutério

Vista geral do entorno da edificação Foto: Deise A. Eleutério

Vista geral do interior da Igreja

Foto: Deise A. Eleutério

Vista da fachada principal e da lateral

esquerda Foto: Deise A. Eleutério

O bem está localizado no Bairro do Rosário no município de Luz. O imóvel foi construído em um lote

plano e compõe a paisagem da Praça Congadeiro Antônio Eugênio Filho. Possui um largo na lateral

esquerda com piso em pé-de-moleque . Situa-se na Rua Treze de Maio que faz o acesso ao centro da

cidade e possui pavimentação em bloco de concreto sextavado. Em frente à Igreja fica a Rua

Claudomiro da Costa Pinto, essa em asfalto. Na parte posterior fica a Rua São Paulo, também em

blocos de concreto. Os passeio são estreitos e feitos em cimento liso. É uma área com pouca

arborização de médio e pequeno porte nas ruas do entorno. Já a Praça possui canteiros com

vegetação em gramíneas. As edificações do entorno variam de um a dois pavimentos e são em sua

maioria residenciais. Em seu entorno imediato existem também alguns bares pequenos e uma escola

pública. Observa-se a presença de equipamentos urbanos como placas de sinalização e de

logradouro, lixeiras e telefones públicos. A iluminação pública é distribuída por postes de concreto. A

edificação se destaca na paisagem por ter uma volumetria diferenciada. Possui energia elétrica

fornecida pela CEMIG e a água e esgoto pela Copasa.

Relatório de Inventário do Município de Luz – Minas Gerais

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Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de Luz - Minas Gerais - Brasil

ESTRUTURA ARQUITETÔNICA E URBANISTICA EAU – 02

12. Histórico: De acordo com o Sr. Odilon Miranda, atual Presidente do Congado da Paróquia de

São José Operário, a Igreja foi construída na década de 1950 no terreno doado pelo José Tiago, que

foi o primeiro capitão-mor da Festa de Nossa Senhora do Rosário. A construção da edificação contou

com o apoio de toda a comunidade, mais principalmente do Sr. Antônio Eugênio, que foi também o

fundador da festa. Nesta época D. Manuel Nunes Coelho era responsável pela Paróquia de Luz e

não permitia que o Congado dançasse nas festas da Catedral, exigindo que a congada se fizesse

após o córrego que corta a cidade. Daí surgiu a necessidade de construir uma edificação para a

irmandade de Nossa Senhora do Rosário. Com a chegada de D. Belchior Joaquim da Silva Neto na

década de 1980, a festa foi introduzida à Paróquia de Nossa Senhora da Luz. Hoje a Igreja de Nossa

Senhora do Rosário está sob responsabilidade da Associação da Congada de Nossa Senhora do

Rosário.

13. Descrição: A edificação não possui uma característica arquitetônica específica. Encontra-se

implantada no nível da Rua Treze de Maio, acesso principal. O terreno não possui delimitações, com

recuos em todas as fachadas, principalmente na fachada esquerda onde fica a área da Praça

Congadeiro Antônio Eugênio Filho. Sua volumetria é simples de um pavimento, com a planta em

formato retangular. A igreja foi construída utilizando um sistema construtivo simples de vigas e pilares

em concreto. As paredes externas possuem acabamento na cor azul escura que faz um barrado até

o meio das paredes tendo o restante pintado na cor branca. A fachada frontal apresenta três vãos,

sendo a porta principal ladeada por duas seteiras em composição simétrica. Os vãos apresentam

verga em arco ogival. As esquadrias são em metal pintado na cor branca com vidros incolores

encaixilhados. As janelas têm sistema de abertura com folhas basculantes na horizontal e uma folha

fixa superior e nas laterais. A porta principal também possui bandeiras fixas laterais, sendo de duas

folhas de abrir e com verga em arco pleno. Também na fachada principal, existência dois pilares

inclinados compondo com a empena triangular do frontispício. No alto dos pilares fica uma cruz com

estrutura em metal e vidro, o sino e uma Imagem de Nossa Senhora do Rosário em um cubo de vidro

fixado na parede acima da marquise. Possui também quatro holofotes direcionados para a imagem e

para a porta principal. A sacristia possui uma entrada independente, localizada na lateral direita da

edificação, que é feita por uma porta de madeira. As janelas do restante da edificação são altas,

metálicas com vidros incolores e sistema de fechamento em báscula horizontal. O piso interno da

capela é em cimento liso nas cores natural e vermelha. O piso da praça é em pé–de–moleque em

tons de cinza. A cobertura é feita em telhado de duas águas com telhas francesas, estrutura em

madeira e cumeeira perpendicular à rua. A parte mais antiga da edificação, a nave central, é coberta

por laje, pintada na cor branca. Já o acréscimo possui forro em PVC. Existem dois acessos laterais

em portas metálicas de correr, pintadas na cor amarela clara. O interior do edifício possui uma

arcada que se apóia nas filas de colunas na nave central. Essas são pintadas das cores azul e

Relatório de Inventário do Município de Luz – Minas Gerais

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Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de Luz - Minas Gerais - Brasil

ESTRUTURA ARQUITETÔNICA E URBANISTICA EAU – 02

vermelha. A área externa é marcada pela praça com poucos canteiros com gramíneas e algumas

árvores na vizinhança são de porte médio. Há apenas postes de iluminação, cuja energia é fornecida

pela Companhia Elétrica Bragantina e rede de água e esgoto fornecida pela Prefeitura juntamente

com a COPASA.

14. Estado de Conservação: ( x ) Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Péssimo

15. Análise do Estado de Conservação: A edificação se encontra em ótimo estado de

conservação.

16. Fatores de Degradação: A exposição as intempéries é o principal fator de degradação do bem.

17. Medidas de Conservação: Não são necessárias medidas de conservação uma vez que a

limpeza e manutenção da edificação é feita constantemente.

18. Intervenções: No ano de 1992 foi feita uma ampliação, com duas naves laterais feitas para

abrigar a grande quantidade de fiéis.

19. Referências Bibliográficas: http://www.luz.mg.gov.br;

Fonte oral: Sr. Odilon Gonçalves de Miranda.

20. Informações Complementares: Inexistentes.

21. Ficha Técnica: Levantamento e fotografia: Data: 25/11/2010

Elaboração: Data: 14/12/2010

Historiador: Priscilla de Cássia Lima Mattos Arimatéia Data: 15/12/2010

Revisão:

Data: 19/12/2010

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ESTRUTURA ARQUITETÔNICA E URBANISTICA EAU – 02

Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de Luz - Minas Gerais - Brasil

ESTRUTURA ARQUITETÔNICA E URBANISTICA EAU - 03

1. Município: Luz. 2. Distrito: Sede.

3. Designação: Igreja de São José Operário.

4. Endereço: Praça D. Anita, s/nº.

5. Propriedade / Situação de Propriedade: Própria: Eclesiástica: Diocese de Luz.

6. Responsável: João Candido da Silva.

7. Situação de Ocupação: Própria.

8. Uso Atual: ( ) Residencial ( ) Serviço ( x ) Institucional

( ) Comercial ( ) Industrial ( ) Outros

9. Proteção Legal Existente: ( ) Federal ( ) Estadual ( ) Municipal ( x ) Inexistente

Decreto:

10. Proteção Legal Proposta: ( ) Tombamento Federal ( ) Tombamento Estadual

Relatório de Inventário do Município de Luz – Minas Gerais

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Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de Luz - Minas Gerais - Brasil

ESTRUTURA ARQUITETÔNICA E URBANISTICA EAU - 03

( ) Tombamento Municipal ( ) Restrições de uso

( x ) Inventário p/registro documental ( ) Inventário p/proteção prévia

11. Análise do Entorno / Situação e Ambiência / Documentação Fotográfica:

Planta Cadastral do Distrito Sede

Vista geral da Igreja e parte da Praça D.Anita Foto: Deise A. Eleutério

Vista da parte interna da edificação Foto: Deise A. Eleutério

Igreja de São José Operário na época de sua construção

Acervo: Dorzina dos Santos Araújo

Uma das missas antes de concluir a edificação

Acervo: Dorzina dos Santos Araújo

O bem está localizado no Bairro Monsenhor Parreiras. As ruas de seu entorno são asfaltadas com

passeios em concreto bruto liso. A edificação foi implantada no centro da área destinada a Praça D.

Anita, que acontece em seu entorno. Possui arborização de médio e grande porte e gramíneas nos

canteiros da Praça. É uma região da cidade que possui equipamentos urbanos como lixeiras, placas

de logradouro e indicativas, além de postes de iluminação pública. O imóvel se encontra implantado

numa posição de destaque do bairro, onde ocorre o cruzamento de duas vias; a Rua 10 de abril que

corta toda a cidade e a Avenida Bom Despacho. Também possui volumetria mais significativa do que

as outras edificações do entorno de um único pavimento e uma longa distância da Igreja que permite

a percepção de sua grandiosidade.

Relatório de Inventário do Município de Luz – Minas Gerais

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Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de Luz - Minas Gerais - Brasil

ESTRUTURA ARQUITETÔNICA E URBANISTICA EAU - 03

12. Histórico: Segundo Dorzina dos Santos Araújo, coordenadora do dízimo, a Igreja de São José

Operário teve sua construção iniciada em 16 de agosto de 1998 e foi inaugurada em 29 de agosto de

1992, tendo como responsável pela execução da obra o Eng° Inácio Rodrigues. A obra foi executada

com a finalidade de suprir a necessidade de outra paróquia em uma cidade que crescia

intensamente. Antes de ser construída a igreja, as celebrações já ocorriam no Centro Pastoral com o

Padre João Evangelista. Antes da conclusão das obras já eram celebradas missas no pátio da igreja.

Os recursos para a obra foram doados por um alemão, Sr. Kögnistein que residia em Luz e tinha

grande apreço pela comunidade. Já o lote era da Prefeitura Municipal de Luz. Atualmente a Igreja de

São José Operário tem festas anuais celebrando o dia dos trabalhadores, São Sebastião ,Nossa

Senhora Aparecida e São Cristovão. As missas são semanais, no domingo e celebradas pelo Padre

Ubiratan. Na década de 1990 foi feita uma reforma onde foram trocadas as esquadrias e a fachada

principal que antes era composta por um chanfrado onde se formava uma varanda. Esse foi fechado

formando o recuo na porta principal. A urbanização do entorno e transformação do espaço em praça

foi em julho de 2006 no mandato do Prefeito Agostinho Carlos de Oliveira.

13. Descrição: A Igreja de São José Operário não possui um estilo arquitetônico específico. O

terreno onde está implantado é plano estando ao centro da Praça D. Anita e não possuindo

fechamento. Sua volumetria se destaca na paisagem devido a simplicidade das edificações do

entorno. Possui planta retangular. O acesso é feito no nível da rua, pela praça, na fachada principal e

nas laterais. O sistema construtivo é em vigas e pilares de concreto e a alvenaria em tijolo cerâmico.

As paredes externas são revestidas em pintura na cor amarela. Sua fachada principal é composta

por um recuo central onde fica a porta de entrada, que é metálica, pintada na cor preta com vidros

incolores encaixilhados. Possui sistema de abrir e duas folhas com verga reta. Acima da verga há

uma grande abertura de bandeira fixa, metálica pintada na cor preta com vidros incolores. Um friso

pintado na cor preta faz o contorno da edificação, compondo as laterais ao recuo, que ao lado

esquerdo possui o nome da igreja em letras de alumínio em alto relevo. Já o lado direito possui uma

cruz do mesmo material. O edifício possui dois tipos de esquadrias. As mais altas são em formato

circular, metálicas pintadas na cor preta, em bandeira fixa e fechamento em vidro incolor. O outro tipo

são seteiras retangulares com aberturas basculantes com as mesmas características de acabamento

das outras esquadrias do edifício. As portas laterais também são metálicas na cor preta e com

fechamento em vidro, possui sistema de abrir com apenas uma folha e verga reta. O piso é

cimentício agregado nas cores branca e vermelha. Não possui forro, sendo a laje exposta no interior

do edifício. Sua cobertura não é visível por causa da platibanda que o contorna. O entorno imediato é

composto pelos canteiros da praça em gramíneas, alguns bancos e árvores de pequeno porte. A

iluminação pública é fornecida pela CEMIG e as instalações hidráulicas são de responsabilidade da

Relatório de Inventário do Município de Luz – Minas Gerais

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Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de Luz - Minas Gerais - Brasil

ESTRUTURA ARQUITETÔNICA E URBANISTICA EAU - 03

COPASA.

14. Estado de Conservação: ( x ) Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Péssimo

15. Análise do Estado de Conservação: O estado de conservação da Igreja de São José Operário

é muito bom. É uma edificação muito importante para a cidade e por isso tem contado com a atenção

da prefeitura e da comunidade.

16. Fatores de Degradação: Podem vir a ser fatores de degradação a exposição ao tempo e a falta

de manutenção.

17. Medidas de Conservação: Não existem medidas de conservação a serem aplicadas.

18. Intervenções: Na década de 1990 foi feita uma reforma onde foram trocadas as esquadrias e a

fachada principal que antes era composta por um chanfrado onde se formava uma varanda. Esse foi

fechado formando o recuo na porta principal.

19. Referências Bibliográficas: CORONA, Eduardo, LEMOS, Carlos Alberto Cerqueira. Dicionário da Arquitetura

Brasileira. São Paulo: Artshow Books, 1989.

Enciclopédia dos Municípios Brasileiros. 1959;

VASCONCELOS, Sylvio de. Arquitetura no Brasil: Sistemas Construtivos. Belo Horizonte:

UFMG, 1979;

http://psjoperario.blogspot.com/

Fonte verbal: Dorzina dos Santos Araújo.

20. Informações Complementares: Inexistentes.

21. Ficha Técnica: Levantamento e fotografia: Deise Alves Eleutério Data: 25/11/2010

Elaboração: Deise Alves Eleutério Data: 15/12/2010

Historiador: Priscilla de Cássia Lima Mattos Arimatéia Data: 16/12/2010

Revisão:

Data: 19/12/2010

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ESTRUTURA ARQUITETÔNICA E URBANISTICA EAU - 03

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ESTRUTURA ARQUITETÔNICA E URBANISTICA EAU - 04

1. Município: Luz. 2. Distrito: Sede.

3. Designação: Casa Grande

4. Endereço: Avenida Josaphat Macedo, nº 74.

5. Propriedade / Situação de Propriedade: Propriedade Pública: Prefeitura Municipal de Luz.

6. Responsável: Prefeitura Municipal de Luz.

7. Situação de Ocupação: Própria.

8. Uso Atual: ( x ) Residencial ( ) Serviço ( ) Institucional

( ) Comercial ( ) Industrial ( ) Outros

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9. Proteção Legal Existente: ( ) Federal ( ) Estadual ( x ) Municipal ( ) Inexistente

Decreto:

10. Proteção Legal Proposta: ( ) Tombamento Federal ( ) Tombamento Estadual

( x ) Tombamento Municipal ( ) Restrições de uso

( ) Inventário p/registro documental ( ) Inventário p/proteção prévia

11. Análise do Entorno / Situação e Ambiência / Documentação Fotográfica:

Planta Cadastral do Distrito Sede

Vista geral da Casa Grande Foto: Deise A. Eleutério

Vistas Gerais da Casa Grande Foto: Deise A. Eleutério

O edifício está inserido na Avenida Josaphat Macedo, uma via de mão dupla separadas por um

canteiro central com coqueiros e gramíneas. A pavimentação é em blocos de concreto. Os passeios

são em cimento ou em terra batida. A vizinhança imediata é composta pela Praça Tácito Guimarães,

onde se encontram caminhamentos pavimentados em blocos de concreto, com canteiros em

gramíneas e arbustos intercalados com coqueiros espalhados em alguns dos canteiros. Na Praça

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está implantada a Matriz de Nossa Senhora de Fátima, a edificação mais antiga do município de luz.

Essa possui volumetria simples, que compõe a paisagem urbana da localidade juntamente com a

praça e a edificação da Casa Grande. Nessa área só foram encontradas edificações nas ruas laterais

ao quarteirão onde se encontra a edificação. São edificações residenciais variando em um e dois

pavimentos, que por ter certa distancia da edificação, não influi nas visadas do edifício. Na localidade

são encontrados equipamentos urbanos como lixeiras, placas indicativas e postes de iluminação

pública.

12. Histórico: A edificação da Casa Grande, foi construída, em meados de 1905 a mando do

Coronel José Thomáz d’Oliveira, deixando a para o único filho, que foi o primeiro prefeito da cidade,

o Alexandre Saracupio de Oliveira Dú, deixada como herança pelo pai e nela residiu com sua

esposa Marieta Macedo. Eles não tiveram filhos e se mudaram para ceder a edificação para o

municipio. No dia 16 de março de 1.924, em sessão solene, ocorreu instalação e posse da primeira

Câmara Municipal que assim ficou constituída: Presidente – Capitão Alexandre S. d`Oliveira Dú,

(filho do Coronel José Tomás); Vice Presidente: Dr. Pedro Cardoso da Silva; Secretário Washigton

Gomes de Macedo, José Garcia Ogando e Francisco Caetano Quito. Capitão Alexandre S. d`Oliveira

Dú, o mais votado, era o vereador especial, foi empossado como Presidente da Câmara e Agente

Executivo do Município de Luz, funções que exerceu simultaneamente, até 12 de maio de 1927,

quando eleito o seu sucessor, Dr. Pedro Cardoso da Silva. Além de competir à Câmara, os Poderes

Executivo e Legislativo, ao presidente cabia empossar o Juiz do Termo Judiciário. Os outros edis

eram chamados Vereadores Gerais. Trata-se de uma edificação de estilo eclético, inspirada no

Palácio do catete, sede do Governo federal no Rio de Janeiro de 1897 a 1960, atual Museu da

República. Com projeto do arquiteto alemão Carl Friedrich Gustav Waehneldt, datado de 1858, os

trabalhos tiveram início com a demolição da antiga casa de número 150 da rua do Catete. A

construção terminou oficialmente em 1866, porém as obras de acabamento prosseguiram ainda por

mais de uma década. A partir de 1923, ano da emancipação político-administrativa do município, a

edificação tornou-se sede da Câmara Municipal, que naquela época acumulava também as funções

executivas e, mais tarde, da Prefeitura Municipal. A edificação foi cedida pelo Alexandre Oliveira,

para o municipio com o intuito de fazer a vontade do pai que demosntrava o interesse de sempre

participar dos processos de formação política e histórica da cidade. Em 1927, quando foi instaurado o

Termo Judiciário de Luz, até 1935, a casa também abrigou o Fórum, onde as principais cusas

jucidiais eram conduzidas. Assim como na Roma antiga, o Fórum se localizava na Praça principal da

cidade, o centro político, religioso, econômico e social da mesma. Posteriormente, veio a funcionar

no edifício a ALA – Associação Atlética de Luz, que tinha como uso a integração da sociedade

luzense em um espaço de entretenimento e lazer. Na associação eram feitos bailes e festas para

datas comemorativas. Com a morte de seu primeiro proprietário, em 1943, a viúva vendeu a casa ao

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seu irmão, o médico Dr. Josaphat Macedo, criador da FAEMG – Fundação de Agricultura de Minas

Gerais. A FAEMG - Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais é a entidade

que representa os produtores rurais mineiros. Defensora dos interesses conjuntos da categoria, sua

força vem do envolvimento e da participação de quase 400 Sindicatos filiados, que congregam mais

de 400 mil pequenos, médios e grandes produtores. A FAEMG é uma instituição privada, criada em

1951 e mantida pelo produtor rural. Integra o Sistema Sindical Patronal Rural, liderado pela CNA -

Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, entidade máxima de representação dos produtores

brasileiros. Além de representar e defender o produtor rural em todos os fóruns de decisões -

municipais, estaduais, nacionais e internacionais -, a FAEMG coloca à disposição de seus filiados e,

por extensão, do produtor diversos serviços nas áreas jurídica, econômica, sindical, contábil, meio

ambiente etc. O trabalho da FAEMG é subsidiado por Comissões Técnicas, formadas por produtores

representativos de cada setor. As Comissões acompanham os fatos políticos, econômicos e

tecnológicos relacionados com os segmentos produtivos. Também fazem parte das ações da

FAEMG a formação profissional da mão-de-obra rural e a promoção social do cidadão que mora no

campo. Este trabalho é realizado através do SENAR MINAS - Serviço Nacional de Aprendizagem

Rural, entidade vinculada à FAEMG. O novo morador fez funcionar naquele imóvel, durante as

décadas de 40 e 50, o "Clube Recreativo Luzense" que era um espaço responsável por oferecer a

seus associados eventos culturais e esportivos inclusive juntoe a sede da "Rádio Clube de Luz". De

1965 a 1975, com o uso do imóvel atribuído a José Maria Macedo, foi construído um anexo nos

fundos, onde funcionou o Armazém Casa Grande. O armazém Casa Grande funcionava como o

mercado de comercialização de produtos para a população do município na época. A

comercialização variava em produtos alimentícios até os produtos de higiene pessoal. Após a morte

de Josaphat Macedo,o fundador da FAEMG, em 1980, o casarão, já em situação precária, não fora

mais usado pelos seus herdeiros, ficando a mercê de invasores e moradores de rua que faziam suas

moradias no terreno do imóvel. No ano de 1986, a Casa Grande foi desapropriada pelo município.

Em 1998 a contratação do Projeto de Restauração da Casa Grande e a contratação de consultoria

para desenvolvimento da política municipal de proteção ao patrimônio histórico-cultural são ações

que através da iniciativa da Lei Municipal nº 1.517/06, estabelece normas de proteção do Patrimônio

Cultural do Município de Luz. O projeto foi feito pela arquiteta Maura Braga e consiste em reforçar a

estrutura, recompor os acabamentos, revestimentos e elementos decorativos. Teve a obra iniciada

com o reforço da estrutura física que se encontrava comprometida implantando vigas de concreto pra

reforçar a estrutura do prédio e laje de concreto do porão e providenciando a troca de todo o telhado.

O imóvel dispõe de uma área de 3.609 m², sendo uma testada de 42 metros, e possui

aproximadamente, 250 metros em construção. A implantação da casa na testada da rua e

centralizada em relação à mesma, faz com que o quintal e as laterais possuam grandes áreas livres,

com potencial para implantação de jardins e áreas de convivência. Apesar de terem sido iniciadas, as

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obras estão paralisadas desde 2008 e o imóvel se encontra em estado de abandono. O processo de

desapropriação do imóvel só teve a solução definitiva em janeiro de 2009 ao custo de aproximados

R$1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais) como indenização de seus antigos proprietários e

honorários advocatícios. Atualmente o imóvel se encontra em situação regular, isento de qualquer

ônus reais, bem como ações reais e pessoais reipersecutórias. Considerando tudo acima exposto,

especialmente o valor imensurável de patrimônio histórico –cultural, significativo para o povo de luz,

enquanto elemento constitutivo de sua identidade, conseqüentemente inestimável do ponto de vista

monetário. Considerando o dado histórico da desapropriação que teve como finalidade o interesse de

preservar o patrimônio histórico e abrigar repartições administrativas ou até mesmo um centro

cultural.

13. Descrição: A Casa Grande localiza-se na Avenida Dr. Josaphat Macedo, no número 74, à frente

da Praça Tácito Guimarães, no centro do Distrito Sede de Luz. Nesta área se encontra as mais

importantes edificações de representatividade política, cultural, social e religiosa para o município,

como a Matriz de Nossa Senhora de Fátima, além de edificações residenciais e comerciais que se

localizam nos arredores da praça. Estas estão dispostas em sequência, uma após a outra, em

quadras subsequentes. Essa área faz parte do centro histórico e ainda existem exemplares

importantes da casa urbana luzense, onde a fachada principal é alinhada à testada do lote, ganhando

acesso e varandas laterais e comumente geminadas com sua vizinha. A Praça Tácito Guimarães é

freqüentada por toda a comunidade de Luz, sendo também palco de festividades de grande

importância para o município como a Festa de Nossa Senhora do Rosário onde acontecem

apresentações de variadas guardas de congo. A praça possui encaminhamentos pavimentados com

blocos de concreto, intercalados com canteiros. Alguns canteiros possuem coberturas vegetais de

gramíneas porem há também árvores de médio e grande porte. Possui bancos em toda sua

extensão, além de lixeiras e postes de iluminação. Há também implantada na praça a Matriz de

Nossa Senhora de Fátima, a primeira edificação do Aterrado que marca a divisão de terras dos

primeiros donos dos dois lotes que compunham a área do município no início do século XVIII. Esta

região caracteriza-se ainda por possuir forte adensamento populacional, pois foi local de instalação

dos primeiros moradores e imigrantes. Apesar de ainda possuir imóveis datados do final do século

XIX e início do século XX, a maioria deles perdeu suas características originais ou foram substituídos

por outras edificações. A edificação possui estilo eclético, onde a mistura de estilos arquitetônicos do

passado são responsáveis por criar uma nova linguagem arquitetônica. O edifício é formado pela

combinação de elementos artísticos provenientes de várias vertentes arquitetônicas. Podem ser

observados os arcos ogivais característicos da arquitetura neogótica, juntamente com pilares e

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pilaretes com os capitéis decorados assemelhando se à arquitetura grega. Elementos decorativos de

rosáceas do período neoclássico e elementos decorativos lineares que se remetem ao art-decó. O

terreno onde se encontra o bem a ser tombado é plano, no entanto a rua onde ele está localizado

possui um pequeno aclive, o que permitiu o surgimento de um porão alteado sob o pavimento

principal. A fachada frontal da edificação é voltada para a Avenida Josaphat Macedo, onde se tem

seu acesso principal. As fachadas laterais direita e esquerda e de fundos estão voltadas para os lotes

vizinhos. O terreno onde se localiza o bem é arborizado com árvores de grande e médio porte, além

de gramíneas. O acesso ao edifício é feito por um portão baixo do lado esquerdo, metálico que dá

acesso a uma pequena escada revestida com piso em ladrilho hidráulico, este original da época da

construção. Possui três degraus aonde se chega a um pátio aberto que dá acesso ao alpendre que

se encontra em um nível acima do pátio. O pátio possui piso em terra batida e vegetação invasora.

Há também ao lado do portão baixo um portão maior de entrada de veículos que também é metálico

e decorado, que se intercala com um muro baixo e uma balaustrada que faz o fechamento do

terreno. A Casa Grande possui um partido arquitetônico com planta em “T” implantada com

regularidade na testada da avenida. As laterais possuem grande recuo onde se encontra uma

vegetação crescente com árvores de médio e pequeno porte. Sua volumetria é simples marcada por

elementos artísticos aplicados nas fachadas. Possui proporções que dão ajuste geométrico das

partes que compõem o edifício, sendo proporcionais entre si e em relação ao todo e seu entorno. As

fachadas são bem diferentes entre si. A tradição trata a arquitetura eclética como uma composição

de partes que envolvem a simetria, composição volumétrica e ornamentação. A simetria funciona

como uma regra básica para remeter o caráter organizacional na composição da fachada. A fachada

principal é composta por simetria onde são rebatidas três aberturas em cada lado da sacada em

arco ogival molduradas com massa na cor branca e um frontispício decorado com frisos em alto

relevo. Possui uma sacada central acessada por porta que segundo informações coletadas em

campo,e Ra de madeira e hoje não se encontra mais no imóvel, possuindo ornamentação na parte

superior e moldura acima da verga em formato de arco ogival. A ornamentação nos edifícios

ecléticos busca revestir a arquitetura e prover conforto e decoro condizentes com a urbanidade e a

civilização local. No caso do edifício da Casa grande a platibanda é decorada por frisos, relevos e

rosáceas e quatro pináculos ao longo de toda a platibanda. Há também uma águia no centro da

fachada. No nível do porão encontram-se respiradouros em formato ogival. Há um acesso direto ao

porão, abaixo da sacada. A fachada lateral esquerda por onde é feito o acesso ao edifício, se

encontra um alpendre em um nível superior que é acessado através de uma pequena escada de seis

degraus e guarda corpo em balaustrada. A estrutura do alpendre é composta por sete colunas

decoradas com arcos e frisos, no capitel em alto relevo, que se intercalam com o guarda corpo em

balaustres. A fachada lateral direita é marcada por três aberturas e continuação do coroamento da

platibanda decorada. A cobertura é composta por engradamento em madeira e manto em telhas

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francesas. Compondo o fechamento de todo o edifício, o telhado possui seis águas, sendo uma parte

da edificação com quatro águas e a outra com duas águas. A edificação não possui forro, onde o

engradamento e as telhas ficam expostas. Os vãos são iguais para a parte da edificação que

encontra na parte da frente do terreno, que corresponde a parte de superior do “T” na planta. São

aberturas grandes, com vergas em arco ogival onde seu centro é marcado por um pilarete cilíndrico

decorado, que divide o vão em duas janelas menores também com verga em arco ogival. Todas as

janelas possuem moldura em relevo e frisos e uma espécie de cornija na parte inferior ao peitoril. As

janelas provavelmente tinham sistema de abrir em madeira, atualmente as aberturas não possuem

vedações no volume paralelo à Rua Nelson. As portas possuem vergas retas e bandeiras fixas

superiores, com fechamento em vidro. A porta principal possui moldura decorativa com a parte

superior em arco e uma rosácea em relevo no centro. As condições de conservação do edifício não

podem ser consideradas boas. Suas esquadrias não existem mais, porém os marcos e quadros das

portas internas ainda existem e permitem uma provável descrição. A estrutura do edifício é composta

por tijolos de barro maciços, com a base em pedra. São revestidos por reboco e pintados com tinta

acrílica aparentemente pintadas na cor amarela. Na área externa o piso não existe mais e foi tomado

por uma vegetação invasora. A escada que dá acesso a edificação possuem piso em ladrilho

hidráulico. No acesso de veículos há uma pequena área que demarca a sua passagem em cimento

grosso. Na parte posterior do imóvel há um enorme quintal onde se encontra muita vegetação

invasora, onde o piso se encontra em terra batida. A edificação possui uma composição em planta

que busca a hierarquia dos espaços e eixos para gerar conforto e monumentalidade, mantendo uma

proporção com o entorno. A Casa Grande é composta por 11 cômodos no volume com a testada

para a rua e nove cômodos no volume perpendicular. No primeiro volume, o alpendre é seguido de

uma sala. Após a sala há um corredor, á direita faz o acesso à parte íntima onde ficam um pequeno

hall, dois quartos e um banheiro direcionados para a avenida. Já à esquerda encontra-se um quarto.

Seguindo o corredor se dá acesso à parte de serviços e a um grande salão que pode ser

identificados na fachada pela sacada. No volume perpendicular à rua, há um corredor central que dá

acesso também a uma área intima nas laterais, com um cômodo ao fundo. Todos os cômodos

possuem piso em tacos de madeira, com exceção das áreas molhadas onde ainda existem vestígios

do piso original em ladrilho hidráulico. Não possuindo rodapés, essas áreas se encontram cobertas

por sujidade e vegetação. As paredes tiveram seu reboco refeito e não possuem revestimentos. As

instalações elétrica e hidráulicas são expostas e improvisadas pelos moradores que invadiram o

imóvel. O estado de conservação do bem é péssimo. Ele se encontra em ruínas e está

completamente descomposto. Foi ocupado por um casal de catadores de lixo no volume frontal e no

outro, uma senhora que comercializa muda de plantas. A praça em frente ao imóvel possui

arborização em canteiros variados que se mesclam com caminhamentos que levam até a Matriz de

Nossa Senhora de Fátima.

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14. Estado de Conservação: ( ) Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( x ) Péssimo

15. Análise do Estado de Conservação: O bem se encontra em ruínas, tendo seu estado de

conservação considerado péssimo. Há uma parte da edificação onde a laje se desfez e permanece

um vão no interior da edificação, deixando o porão sem cobertura. Os pisos e paredes possuem

partes de revestimentos que se encontram com muita sujeira acumulada. As esquadrias inexistem,

expondo o interior do edifício as intempéries. A área externa possui grande volume de vegetação.

16. Fatores de Degradação: O abandono da edificação é o fator de degradação que mais contribuiu

para desencadear os danos encontrados. Esses tiveram seus problemas acentuados por exposição

às intempéries e falta de manutenção.

17. Medidas de Conservação: O edifício necessita de uma reforma geral para reparar a estrutura

física e os acabamentos.

18. Intervenções: Nunca foram feitas intervenções no edifício.

19. Referências Bibliográficas: CORONA, Eduardo, LEMOS, Carlos Alberto Cerqueira. Dicionário da Arquitetura

Brasileira. São Paulo: Artshow Books, 1989.

Enciclopédia dos Municípios Brasileiros. 1959;

VASCONCELOS, Sylvio de. Arquitetura no Brasil: Sistemas Construtivos. Belo Horizonte:

UFMG, 1979;

20. Informações Complementares: O projeto de restauração e reforma do edifício já encontra-se

em andamento, feito pela arquiteta Maura Braga, porem ainda não iniciaram as obras.

21. Ficha Técnica: Levantamento e fotografia: Deise Alves Eleutério Data: 19/12/2010

Elaboração: Deise Alves Eleutério Data: 19/12/2010

Historiador: Priscilla de Cássia Lima Mattos Arimatéia Data: 05/12/2010

Revisão:

Data: 28/12/2010

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BEM MÓVEL E INTEGRADO BMI - 01

1. Município: Luz. 2. Distrito: Sede.

3. Acervo: Catedral de Nossa Senhora da Luz.

4. Propriedade / Situação de Propriedade: Privada: Eclesiástica Diocese de Luz.

5. Endereço: Praça D. Anita, s/nº.

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BEM MÓVEL E INTEGRADO BMI - 01

6. Responsável: Padre Daniel Teixeira Miranda.

7. Designação: Imagem de Nossa Senhora da Luz.

8. Localização Específica: Altar – mor. 9. Espécie: Imaginária.

10. Época: Desconhecida. 11. Autoria: Desconhecida.

12. Origem: Desconhecida. 13. Procedência: Lisboa – Portugal.

14. Material / Técnica: Escultura.

15. Marcas / Inscrições / Legendas: Possui legenda com o nome da imagem na parte frontal da

peanha com os dizeres: Nossa Senhora da Luz.

16. Documentação Fotográfica:

Planta cadastral do distrito sede

Vista da Imagem de Nossa Senhora da Luz inserida no Altar-mor da Catedral de Nossa Senhora da Luz.

Foto: Deise A. Eleutério

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BEM MÓVEL E INTEGRADO BMI - 01

17. Descrição: A Imagem de Nossa Senhora da Luz é uma

figura feminina que segura em sua mão esquerda uma criança

e a mão direita encontra-se segurando parte de seu manto. É

uma escultura em mármore branco, sem qualquer tipo de

policromia. Na parte inferior, em sua base, encontra-se uma

inscrição com sua identificação “Nossa Senhora da Luz”. A

Imagem da Nossa Senhora da Luz possui uma aparência de

meia idade, está na posição frontal com a cabeça levemente

virada para o lado esquerdo. O rosto possui um formato

arredondado com sobrancelhas marcadas, os olhos grandes, a

boca é pequena. Apresenta o nariz afinado e o queixo pouco

marcado, a imagem não possui véu. Os cabelos são marcados

com frisos e são curtos. Possui uma túnica coberta por um

manto, com o caimento da vestimenta esculpido na pedra. Os

pés não são visíveis, tapados pela túnica. Na mão direita, o

Menino Jesus está nu, com o braço direito para o alto e o

braço esquerdo abaixado. O rosto ovalado com os olhos bem

abertos e marcação de sobrancelhas. A boca também não

possui só uma marcação. A imagem está fixada na peanha

circular.

18. Condições de Segurança: Razoável.

Vista geral da imagem de Nossa Senhora da Luz

Foto: Deise A. Eleutério

Vista da Catedral de Nossa Senhora da Luz

Foto: Deise A. Eleutério

19. Proteção Legal Existente: ( ) Federal ( ) Estadual ( ) Municipal ( x ) Inexistente

Decreto:

20. Proteção Legal Proposta: ( ) Tombamento Federal ( ) Tombamento Estadual

( ) Tombamento Municipal ( ) Restrições de uso

( x ) Inventário p/registro documental ( ) Inventário p/proteção prévia

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BEM MÓVEL E INTEGRADO BMI - 01

21. Dimensões: Altura: 120 cm;

Largura: 70 cm;

Diâmetro: 70 cm.

22. Estado de Conservação: (x) Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Péssimo

23. Análise do Estado de Conservação: A imagem possui um excelente estado de conservação,

não apresentando nenhum dano.

24. Intervenções: Sem referência.

25. Características Técnicas: A imagem foi produzida através de técnica de escultura em mármore

branco.

26. Características Estilísticas: A imagem não possui estilo definido.

27. Características Iconográficas: A origem da devoção à Senhora da Luz tem seu começos na

festa da apresentação do Menino Jesus no Templo e da purificação de Nossa Senhora, quarenta

dias após o seu nascimento (sendo celebrada, portanto, no dia 2 de Fevereiro). De acordo com a

tradição mosaica, as parturientes, após darem à luz, ficavam impuras, devendo inibir-se de visitar ao

Templo até quarenta dias após o parto; nessa data, deviam apresentar-se diante do sumo-sacerdote,

a fim de apresentar o seu sacrifício (um cordeiro e duas pombas ou duas rolas) e assim purificar-se.

Desta forma, José e Maria apresentaram-se diante de Simeão para cumprir o seu dever, e este,

depois de lhes ter revelado maravilhas acerca do filho que ali lhe traziam, ter-lhes-ia dito: «Agora,

Senhor, deixa partir o vosso servo em paz, conforme a Vossa Palavra. Pois os meus olhos viram a

Vossa salvação que preparastes diante dos olhos das nações: Luz para aclarar os gentios, e glória

de Israel, vosso povo» (Lucas, 2, 29-33). Com base na festa da Apresentação de Jesus / Purificação

da Virgem, nasceu a festa de Nossa Senhora da Purificação; do cântico de São Simeão que promete

que Jesus será a luz que irá aclarar os gentios, nasce o culto em torno de Nossa Senhora da Luz/das

Candeias/da Candelária, cujas festas eram geralmente celebradas com uma procissão de velas, a

relembrar o fato. A Virgem da Candelária ou Luz apareceu em uma praia na ilha de Tenerife (Ilhas

Canárias, Espanha) em 1400. Os nativos guanches da ilha ficaram com medo dela e tentaram atacá-

la, mas suas mãos ficaram paralisadas. A imagem foi guardada em uma caverna, onde, séculos mais

tarde, foi construído o Templo e Basílica Real da Candelária (em Candelária). Mais tarde, a devoção

se espalhou na América. É santa padroeira das Ilhas Canárias, sob o nome de Nossa Senhora da

Candelária.

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BEM MÓVEL E INTEGRADO BMI - 01

28. Dados Históricos: A Cidade de Luz, teve seu início em 1790 em torno de uma capela dedicada

a Nossa Senhora da Luz e desde 1918 sede da Diocese. Recebeu no dia 2 de fevereiro de 1995 a

escultura de sua Padroeira, a Imagem de Nossa Senhora de Luz, que foi doada pela câmara

Municipal de Lisboa. Esta imagem foi abençoada no santuário de Carnide, em Portugal. A entrega da

imagem ocorreu com a presença de uma comissão da Câmara de Lisboa que vieram pessoalmente a

Luz.

29. Referências Bibliográficas: ATTWATER, Donald. Dicionário de Santos. São Paulo: Art Editora, 1991. (tradução

Maristela R. A. Marcondes, Wanda de Oliveira Roselli);

MEGALE, Nilza Botelho. Cento e doze invocações da Virgem Maria no Brasil: história,

iconografia, folclore. 6. Ed. Petrópolis,RJ:Vozes,2001.

http://www.festadaluz.org.br/nsl.html.

30. Informações Complementares: Inexistentes.

31. Ficha Técnica: Levantamento e fotografia: Deise Alves Eleutério Data: 26/11/2010

Elaboração: Deise Alves Eleutério Data: 14/12/2010

Historiador: Priscilla de Cássia Lima Mattos Arimatéia Data: 15/12/2010

Revisão:

Data: 18/12/2010

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BEM MÓVEL E INTEGRADO BMI - 02

1. Município: Luz. 2. Distrito: Sede.

3. Acervo: Olavo Miranda Araújo.

4. Propriedade / Situação de Propriedade: Privada: Particular: Olavo Miranda Araújo

5. Endereço: Rua Francisco Couto, n°610 – Bairro Nossa Senhora Aparecida.

6. Responsável: Olavo Miranda Araújo.

7. Designação: Placas de Carros de Boi.

8. Localização Específica: Fixadas no enquadramento de

madeira da cobertura da varanda da residência do Sr.

Olavo.

9. Espécie: Utensílio doméstico.

10. Época: 1941. 11. Autoria: Desconhecida.

12. Origem: Desconhecida 13. Procedência: Desconhecida.

14. Material / Técnica: Chapa de Ferro / pintura /

15. Marcas / Inscrições / Legendas:

16. Documentação Fotográfica:

Planta Cadastral do Distrito Sede.

Madeiramento onde estão fixadas as placas

Foto: Deise A. Eleutério

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17. Descrição: São quatros placas em aço, modelos

diferentes feitas em duas técnicas distintas. As mais antigas

datadas de 1941 são em ferro e possuem o formato com um

corte sextavado na chapa. As inscrições e as bordas são em

alto relevo. Essas duas placas possuem cores diferenciadas,

uma na cor amarela e a outra pintada na cor branca com

inscrições na cor preta. Todas possuem furos laterais para a

fixação com pregos. As outras duas placas do conjunto

possuem formato retangular e são pintadas, as inscrições na

cor branca e o fundo da placa na cor azul escuro.

Detalhe de uma das placas em formato

hexagonal e escrita em alto relevo. Foto: Deise A. Eleutério

Vista frontal da Imagem de Nossa

Senhora das Dores. Foto: Deise A. Eleutério

18. Condições de Segurança: Ruim.

19. Proteção Legal Existente: ( ) Federal ( ) Estadual ( ) Municipal ( X ) Inexistente

Decreto:

20. Proteção Legal Proposta: ( ) Tombamento Federal ( ) Tombamento Estadual

( ) Tombamento Municipal ( ) Restrições de uso

( X ) Inventário p/registro documental ( ) Inventário p/proteção prévia

21. Dimensões: Altura: 10 cm;

Largura: 15 cm;

Profundidade: 0,5 cm.

22. Estado de Conservação: ( ) Excelente ( ) Bom (X ) Regular ( ) Péssimo

24. Intervenções: Não foram feitas intervenções no bem.

25. Características Técnicas: As quatro peças são feitas através do aço manufaturado em

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BEM MÓVEL E INTEGRADO BMI - 02

máquinas especiais de corte e dobra. As peças eram fixadas por pregos pelas extremidades.

26. Características Estilísticas: O bem não possui característica estilística específica. As duas

técnicas foram desenvolvidas de acordo com a legislação de trânsito vigente da época.

27. Características Iconográficas: Inexistente.

28. Dados Históricos: As placas foram adquiridas pelo Sr. Olavo Miranda Araújo, e foram fabricadas

na década de 1940. Acredita-se que as placas tenham sido fabricadas no próprio Município de Luz.

29. Referências Bibliográficas: CUNHA, Maria José Assunção da. Iconografia Cristã (Caderno de Pesquisa). UFOP –

Instituto de Artes e Cultura;

Fonte oral: Olavo Miranda Araújo.

30. Informações Complementares: As placas estão localizadas na área externa da residência do

Sr. Olavo, ficando ameaçada a segurança e a integridade do bem.

31. Ficha Técnica: Levantamento e fotografia: Deise Alves Eleutério Data: 14/10/2010

Elaboração: Deise Alves Eleutério Data: 08/12/2010

Historiador: Priscilla de Cássia Lima Mattos Arimatéia Data: 09/12/2010

Revisão:

Data: 18/12/2010

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BEM MÓVEL E INTEGRADO BMI - 03

1. Município: Luz. 2. Distrito: Sede.

3. Acervo: Olavo Miranda Araújo.

4. Propriedade / Situação de Propriedade: Privada: Particular: Olavo Miranda Araújo.

5. Endereço: Rua Francisco Couto, n°610 – Bairro Nossa Senhora Aparecida.

6. Responsável: Olavo Miranda Araújo.

7. Designação: Arado de Boi.

8. Localização Específica: O arado fica na varanda da

residência do Sr. Olavo.

9. Espécie: Utensílio doméstico.

10. Época: 1970. 11. Autoria: Desconhecida.

12. Origem: Desconhecida. 13. Procedência: Desconhecida.

14. Material / Técnica:

15. Marcas / Inscrições / Legendas: Inexistentes.

16. Documentação Fotográfica:

Planta Cadastral do Distrito Sede.

Arado de boi. Foto: Deise A. Eleutério

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Luz - Minas Gerais - Brasil

BEM MÓVEL E INTEGRADO BMI - 03

17. Descrição: O arado de boi é uma utensílio agrícola de

tração animal, em ferro, usado para cortar , levantar e virar o

solo, preparando-o para a sementeira e plantio. É feito de ferro

com duas chapas fixadas a uma estrutura que se prende do

animal até o condutor do instrumento. Na parte anterior há

uma pequena roda de ferro que auxilia na locomoção do

arado. Detalhe das chapas do arado de boi

Foto: Deise A. Eleutério

18. Condições de Segurança: Ruim

19. Proteção Legal Existente: ( ) Federal ( ) Estadual ( ) Municipal ( X ) Inexistente

Decreto:

20. Proteção Legal Proposta: ( ) Tombamento Federal ( ) Tombamento Estadual

( ) Tombamento Municipal ( ) Restrições de uso

( X ) Inventário p/registro documental ( ) Inventário p/proteção prévia

21. Dimensões: Altura: 40 cm;

Largura: 150 cm;

Profundidade: 20 cm.

22. Estado de Conservação: ( ) Excelente ( x ) Bom ( ) Regular ( ) Péssimo

24. Intervenções: Não foram feitas intervenções no bem.

25. Características Técnicas: O arado é feito em ferro e suas partes são fixadas com parafusos.

26. Características Estilísticas: O bem não possui característica estilística especifica. A técnica foi

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BEM MÓVEL E INTEGRADO BMI - 03

desenvolvida para facilitar o trabalho no campo.

27. Características Iconográficas: Também conhecido como enxadão, o arado é um dos marcos da

transição da Pré-história para a Antigüidade. Com ele ocorre a chamada revolução agrícola: a

produtividade da terra é multiplicada, surgem os excedentes de produção, passo fundamental para o

aparecimento do comércio e a acumulação de riquezas. A sociedade humana fica mais diversificada,

surgem os primeiros núcleos urbanos e, mais tarde, as grandes civilizações.

28. Dados Históricos: Como conta o Sr. Olavo, proprietário do bem, o arado foi adquirido por seu

pai na década de 1970. O Sr. Olavo Seferino Araújo, morava com a esposa, Albertina Jurandir

Miranda na Fazenda Morro Grande, a 18 Km de Lagoa da Prata, onde trabalhava como agricultor.

Durante muito tempo o Sr. Olavo morou na fazenda com os pais e ajudava na plantação utilizando

esse arado de boi. Até que há aproximadamente 10 anos a fazenda foi vendida e o Sr Olavo resolveu

trazer o arado para sua residência.

29. Referências Bibliográficas: DIS PASQUALE, Giovani. História da ciência e da tecnologia: da pré-história ao

renascimento. Lisboa: Edições ASA, 2002;

http://pt.wikipedia.org/wiki/Arada.

30. Informações Complementares: O arado de boi se encontra na área externa da residência do

Sr. Olavo, ficando ameaçada a segurança e a integridade do bem.

31. Ficha Técnica: Levantamento e fotografia: Deise Alves Eleutério Data: 25/11/2010

Elaboração: Deise Alves Eleutério Data: 14/12/2010

Historiador: Priscilla de Cássia Lima Mattos Arimatéia Data: 14/12/2010

Revisão:

Data: 19/12/2010

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BEM MÓVEL E INTEGRADO BMI - 04

1. Município: Luz. 2. Distrito: Sede.

3. Acervo: Olavo Miranda Araújo.

4. Propriedade / Situação de Propriedade: Privada: Particular: Olavo Miranda Araújo.

5. Endereço: Rua Francisco Couto, n°610 – Bairro Nossa Senhora Aparecida.

6. Responsável: Olavo Miranda Araújo.

7. Designação: Monjolo.

8. Localização Específica: O monjolo fica na varanda da

residência do Sr. Olavo.

9. Espécie: Utensílio doméstico.

10. Época: Ano de 1979. 11. Autoria: José Severino Filho.

12. Origem: Minas Gerais, Luz. 13. Procedência: Fazenda de Antônio Resende.

14. Material / Técnica: Madeira/Escultura.

15. Marcas / Inscrições / Legendas: Inexistentes.

16. Documentação Fotográfica:

Planta Cadastral do Distrito Sede.

Vista do Monjolo Foto: Deise A. Eleutério

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BEM MÓVEL E INTEGRADO BMI - 04

17. Descrição: Feito em madeira esculpida é formado por uma

haste de madeira suspensa de forma que a parte que suporta

o pilão é maior que a outra, que termina por um cocho que

enche com a água proveniente de uma calha, fazendo assim

levantar o pilão. Quando o cocho está cheio, este faz baixar a

haste e, quando o cocho despeja a água, a outra extremidade

cai sobre o pilão, moendo quaisquer grãos.

Detalhe do pilão do monjolo

Foto: Deise A. Eleutério

18. Condições de Segurança: Razoável.

19. Proteção Legal Existente: ( ) Federal ( ) Estadual ( ) Municipal ( X ) Inexistente

Decreto:

20. Proteção Legal Proposta: ( ) Tombamento Federal ( ) Tombamento Estadual

( ) Tombamento Municipal ( ) Restrições de uso

( X ) Inventário p/registro documental ( ) Inventário p/proteção prévia

21. Dimensões: Altura: 90 cm;

Largura: 210 cm;

Profundidade: 30 cm.

22. Estado de Conservação: ( ) Excelente ( x ) Bom ( ) Regular ( ) Péssimo

24. Intervenções: Não foram feitas intervenções no bem.

25. Características Técnicas: O monjolo é feito em madeira talhada.

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Luz - Minas Gerais - Brasil

BEM MÓVEL E INTEGRADO BMI - 04

26. Características Estilísticas: O bem não possui característica estilística especifica.

27. Características Iconográficas: Artefato primitivo de origem remota, o pilão de madeira na época

do Brasil-Colônia, já era utilizado na agricultura para socar alguns alimentos, tais como o milho e o

café. Para sua confecção, utilizavam-se troncos de madeiras duras - como a maçaranduba, a peroba,

a canela preta, o guatambu e o limoeiro - que eram escavados com fogo e sua haste (denominada

mão de pilão), era feita com um pedaço aparelhado dessas madeiras. No que se diz respeito à

cultura rural brasileira, pode-se afirmar que todas as casas nas zonas rurais usavam algum pilão.

Essa ferramenta pode ter sido copiada dos árabes. Em 1638, nos terreiros próximos às portas das

cozinhas, já havia registro do emprego de pilões nos preparos da farinha de mandioca e óleo de

semente de gergelim, em substituição ao azeite de oliva. O Monjolo é uma das mais simples

máquinas utilizadas na indústria rural. Não se sabe ao certo de sua origem; sabe-se que registros

que citam a existência de monjolos no Brasil datam de 1800. Em Minas Gerais, acredita-se que data

de muito antes, desde o início do povoamento pelos bandeirantes paulistas. Estes não poderiam

prescindir do seu uso, habituados que eram, ao consumo diário da farinha de milho.

28. Dados Históricos: Segundo o Sr. Olavo, proprietário do bem, o monjolo foi encomendado por

Antônio Resende em 1979 para moer grãos em sua fazenda na região de Luz. Foi fabricado na

Serraria do Zeca, o Sr. José Severino Filho, que produziu a peça em madeira talhada.O próprio

Olavo foi quem serrou a tora de madeira de jacarandá que foi extraída na mesma região. Após 28

anos, o Sr. Olavo compra a peça do Sr.Antônio por R$ 50,00 (cinquenta reais).

29. Referências Bibliográficas:

VAINSENCHER, Semira Adler. Pilão e Monjolo. Fundação Joaquim Nabuco, Recife. 2010. Fonte oral: Olavo Araújo Miranda.

30. Informações Complementares: O monjolo se encontra na área externa da residência do Sr.

Olavo, ficando ameaçada a segurança e a integridade do bem.

31. Ficha Técnica: Levantamento e fotografia: Deise Alves Eleutério Data: 25/11/2010

Elaboração: Deise Alves Eleutério Data: 14/12/2010

Historiador: Priscilla de Cássia Lima Mattos Arimatéia Data: 15/12/2010

Revisão:

Data: 19/12/2010

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Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de Luz - Minas Gerais - Brasil

ARQUIVO ARQ - 01

1. Município: Luz. 2. Distrito: Sede.

3. Designação: Arquivo da Prefeitura Municipal de Luz.

4. Endereço: Rua 16 de Março, 172 – Centro.

5. Propriedade / Direito de Propriedade: Propriedade pública: Prefeitura Municipal.

6. Subordinação Administrativa: Prefeitura Municipal de Luz.

7. Responsável: Maristela Pereira Pinto.

8. Restrição de Acesso: Sim. 9. Horário de Atendimento: 8:00 às 11:00 e

13:00 às 18:00

10. Histórico / Documentação Fotográfica:

Vista externa do Arquivo Público da

Prefeitura Municipal de Luz Foto: Deise A. Eleutério

Planta Cadastral do Distrito Sede

Vista interna do Arquivo Público da Prefeitura Municipal de Luz

Foto: Deise A. Eleutério

Relatório de Inventário do Município de Luz – Minas Gerais

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ARQUIVO ARQ - 01

Segundo Maristela Pereira Pinto, responsável pelo Arquivo Público da Prefeitura Municipal de Luz,

o arquivo existe desde a década de 1950, sempre no mesmo endereço, à Rua 16 de Março, nº

172, bem próximo a sede da Prefeitura Municipal, proprietária do mesmo. O arquivo é constituído

de documentos relacionados as contas da Prefeitura e seus funcionários.

11. Datação: O documento mais antigo encontrado no Arquivo data do ano de 1953 e o mais

recente data do ano de 2010.

12: Estágio de Organização: ( ) Não organizado ( ) Parcialmente organizado ou sem organização ( x) Organizado

13. Conteúdo: Possui documentos relacionados a prestação de contas da Prefeitura, movimentos

contábeis, documentação de funcionários e folhas de pagamentos.

14. Instrumentos de Pesquisa: A busca é feita pela funcionária do arquivo, Maristela Pereira

Pinto.

15. Tipo de Cópia Fornecida: É permitida a reprodução fotográfica e/ou xerox dos documentos.

16. Tipo de Suporte Documental: ( x ) Textual (impresso e manuscrito) ( ) Iconográfico (fotografias, gravuras, etc.)

( ) Cartográfico (plantas e mapas) ( ) Filmográfico (filmes e vídeos)

( ) Sonoro (discos, cds, fitas cassetes) ( ) Eletrônico (disquetes, CD R, etc.)

17. Proteção Legal Existente: ( ) Federal ( ) Estadual ( ) Municipal ( x ) Inexistente

Decreto:

18. Proteção Legal Proposta: ( ) Tombamento Federal ( ) Tombamento Estadual

( ) Tombamento Municipal ( ) Restrições de uso

( x ) Inventário p/registro documental ( ) Inventário p/proteção prévia

19. Mensuração / Quantificação: São 25 prateleiras com 48 caixas de documentos separados por

data em uma das salas e na outra sala são 07 prateleiras com 180 pastas cada uma.

20. Estado de Conservação: ( ) Excelente ( x ) Bom ( ) Regular ( ) Péssimo

Relatório de Inventário do Município de Luz – Minas Gerais

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Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de Luz - Minas Gerais - Brasil

ARQUIVO ARQ - 01

21. Informações Complementares: Inexistentes.

22. Ficha Técnica: Levantamento e fotografia: Deise Alves Eleutério. Data: 26/11/2010

Elaboração: Deise Alves Eleutério. Data: 14/12/2010

Histórico: Priscilla de Cássia Lima Mattos Arimatéia Data: 15/12/2010

Revisão:

Data: 18/12/2010

Relatório de Inventário do Município de Luz – Minas Gerais

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Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de Luz - Minas Gerais - Brasil

BEM IMATERIAL BI - 01

1. Município: Luz. 2. Distrito: Sede.

3. Subcategoria: Celebrações.

4. Designação: Corporação Musical Lyra Vicentina Aterradense.

5. Tipo de Celebração: Banda de Música.

6. Locais onde se realiza: Rua 10 de Abril, 767 – Bairro da Sonda.

7. Data / Periodicidade: Ensaios de segunda a quarta-feira de 19 às 21 horas. Aulas gratuitas de

segunda a sexta de 8 às 11 e de 13 às 17 horas.

8. Importância da Celebração para o Município: A banda de música Lyra Vicentina Aterradense

pode ser considerada um dos patrimônios culturais mais importantes do município de Luz. Foi

fundada três anos antes da emancipação política do município. Trata-se de uma das organizações

mais antigas do Oeste de Minas, ou quem sabe de todo o Estado mineiro.

9. Responsável pela Organização: Comissão formada por membros da Associação da Irmandade

de Nossa Senhora do Rosário da Paróquia de Nossa Senhora da Luz e pela Paróquia de São José

Operário.

10. Participantes da Celebração e Localidades Envolvidas: Músicos e comunidade em geral.

11. Inscrições no Livro de Registros: Inexistentes.

12. Documentação Fotográfica e/ou Outras Mídias:

Vista do interior da sede da

corporação Foto:Deise A. Eleutério

Troféus de premiação e homenagens à banda

Foto:Deise A. Eleutério

Instrumentos antigos expostos nas paredes da sede da banda

Foto: Deise A. Eleutério

Relatório de Inventário do Município de Luz – Minas Gerais

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Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de Luz - Minas Gerais - Brasil

BEM IMATERIAL BI - 01

Banda no largo da Catedral de Luz Acervo: Banda de Música Lyra

Vicentina Aterradense

Integrantes da banda em uma das viagens de apresentação

Acervo: Banda de Música Lyra Vicentina Aterradense

Uma das apresentações da banda Acervo: Banda de Música Lyra

Vicentina Aterradense

13. Histórico: A Banda de Música Lyra Vicentina Aterradense foi fundada em 25 de Setembro de

1919, três anos antes da emancipação política do município, quando o capitão Du, um dos fundadores

da banda, conheceu o músico José Cecílio da Silva, Sr. Zezico em Dores do Indaiá e o convidou para

dar aulas de música em Luz. Aceito o convite, a banda foi fundada em 25 de setembro de 1919. Sua

primeira diretoria então era formada pelo Capitão Alexandre Oliveira Du e como presidente o Sr. José

Cecílio da Silva, mais conhecido como Sr. Zezico. Após a morte dos fundadores a banda passou a ter

como maestros o Sr. José Botinha Maciel e o Geraldo Tavares. No ano de 1996, o atual maestro

Fabiano Botinha Oliveira ingressou na banda após o avô, José Botinha passar a direção para Anderson

Couto Oliveira. Foi em 1998 que Fabiano se tornou maestro regente. A banda conta hoje com um

quadro de 31 (trinta e um) músicos, entre homens e mulheres, com idades que variam de 08 a 70 anos.

Destaque para a boa-vontade dos músicos mais antigos e experientes, como o Sr. Rafael Mori, Cláudio

Pinto, Maurício Basílio, Luís Lúcio, Javalis de Almeida e também o Sr. José Silvério (que vem da

vizinha cidade de Moema para os ensaios e apresentações). Aliado à experiência dos antigos músicos,

soma-se a dedicação de jovens músicos e aprendizes: um encontro de várias gerações, unidas a fim

de manter viva uma tradição de 90 anos de dedicação e amor à música e à arte. Atualmente, a Lyra

Vicentina presta seus serviços culturais em datas/apresentações diversificadas: festas religiosas

(Semana Santa, Corpus Christi, Natal...), comemorações cívicas, eventos esportivos, além de participar

de encontros de bandas realizados em cidades vizinhas. A banda conta também com uma escola de

formação de músicos. As aulas de música ficam sob a responsabilidade do regente/professor Fabiano

Botinha Oliveira, que conta com um bom número de aprendizes. São oferecidas aulas gratuitas de

instrumentos de sopro e percussão a toda a população. A Lyra Vicentina tem como sede uma sala no

prédio CPP (Centro Paroquial de Pastoral) da Paróquia Nossa Senhora da Luz, desde o ano de 1996.

Não possui sede própria.

14. Descrição da Celebração:

a) Preparo / Execução: Para as apresentações são feitos ensaios de segunda a quarta feiras de

Relatório de Inventário do Município de Luz – Minas Gerais

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BEM IMATERIAL BI - 01

19 às 21 horas e aulas gratuitas de segunda a sexta de 8 às 11 e 13 às 17 horas. b) Informações Sobre os Cenários Utilizados (ornamentação, adornos): Não são utilizados

cenários. c) Personagens: Não há personagens.

d) Equipamentos Utilizados: Os equipamentos variam de acordo com cada evento que a banda

participa.

e) Indumentária Utilizada: Possuem um uniforme de terno azul marinho com o brasão da banda

bordado na lateral esquerda e blusa branca por dentro do paletó. f) Música e Instrumentos Musicais Utilizados: Instrumentos de sopro e cordas variados, além

de uma bateria que fica na sede da banda. g) Transporte: É utilizado ônibus para fazer o deslocamento dos integrantes da banda até as

festividades em que ela participa. h) Bens Culturais de Natureza Material Associados: Instrumentos e festividades religiosas.

15. Iconografia: As bandas de música existem desde Napoleão. A música era a pausa e o repouso

das lutas para o imperador francês. Anexava as suas fileiras músicos que se agrupavam executando

instrumentos leves e de fácil transporte, e foram os precursores das Bandas de Música. D. João VI,

diante da iminente invasão de Portugal, reconheceu a força das tropas napoleônicas e, a render-se ao

inimigo, fugiu para a Colônia transferindo a Corte lusa para o Rio de Janeiro, no amanhecer do século

XIX. Trouxe, na grande bagagem uma Banda de Música que chamava a atenção para a presença da

realeza nos cerimoniais da monarquia e brindava os súditos coloniais com sons e ritmos da música

metropolitana. O surgimento de grupos similares foi aos poucos se espalhando pelas províncias da

nova sede do reino de Portugal. Quase meio século antes, em Minas – na pequena Mariana – Pedro

Nolasco da Costa Athayde, músico de idade avançada, teria regido em 1774 uma corporação musical

identificada pelos contadores da história das Gerais como a primeira Banda de Música de que se teve

notícia no Brasil. Segundo os relatos, o músico, que não mereceu nada além de um tímido registro à

disposição de pesquisadores, seria irmão ou parente muito próximo do Mestre Manoel da Costa

Athayde, cuja obra se eternizou nos sinais da fé católica, em cada teto ou painel que adornava a

escultura do Aleijadinho na riqueza da arte sacra do barroco mineiro. Hoje, Minas reconta suas 438

Bandas de Música registradas e lavra o fato de ser dotada de um terço das Bandas do Brasil. O

objetivo das Bandas de Minas é ação de “mineirar” sentimento e sentido, na hierarquia e na

composição das relações que o mestre estimula ou redefine. O mestre é líder situacional. Nas ações

internas e externas da Banda, pratica-se a participação social, degrau confidente da democracia.

Sendo corporação, a Banda incentiva, favorece, cria vocações musicais, recreação e prática do

convívio social. No palco do correto ou no desfile das ruas, os componentes da Banda vestem o

mesmo uniforme, variam pouco o repertório e seguem o mesmo caminho que tem por marcos a praça

Relatório de Inventário do Município de Luz – Minas Gerais

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BEM IMATERIAL BI - 01

e a igreja: o povo e a fé. A palavra Banda vem de bandeira, configura-se como instituição que tem na

palavra empenhada o seu reforço. Cresce e vai somando relevos na história da comunidade.

16. Público a que se Destina a Celebração: Todas a comunidade do município e região.

17. Transformações Ocorridas ao Longo do Tempo: Não foram ocorridas transformações.

18. Transmissão de Informações para Gerações Futuras: A banda Lyra Vicentina conta também

com uma escola de formação de músicos. As aulas de música ficam sob a responsabilidade do

regente/professor Fabiano Botinha Oliveira, que conta com um bom número de alunos/aprendizes. São

oferecidas aulas gratuitas de instrumentos de sopro e percussão a toda a população, sendo inscritos

alunos das mais diversas classes e idades: desde crianças de 8 (oito) anos a jovens, adultos e idosos,

garantindo assim a continuidade e perpetuação da cultura e tradição musical da banda Lyra Vicentina

Aterradense.

19. Tipo de Apoio que a Celebração Recebe: A banda recebe apoio da comunidade e de seus

integrantes.

20. Destinação dos Recursos Arrecadados: Os recursos arrecadados são destinados a manutenção

da banda e seus instrumentos.

21. Proteção Legal Existente: ( ) Federal ( ) Estadual ( ) Municipal ( x ) Inexistente

22. Proteção Legal Proposta: ( ) Tombamento Federal ( ) Tombamento Estadual

( ) Tombamento Municipal ( ) Restrições de uso

( x ) Inventário p/registro documental ( ) Inventário p/proteção prévia

23. Referências Bibliográficas: CARVALHO, Cândida Corrêa Côrtes. Banda de Música Lyra Vicentina Aterradense. Jornal

Visão 25 a 02/10/2009;

http://www.luz.mg.gov.br;

Fonte oral: Fabiano Botinha Oliveira.

24. Informações Complementares: Inexistentes.

Relatório de Inventário do Município de Luz – Minas Gerais

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BEM IMATERIAL BI - 01

25. Ficha Técnica: Levantamento e fotografia: Deise Alves Eleutério. Data: 25/11/2010

Elaboração: Deise Alves Eleutério. Data: 13/12/2010

Histórico: Priscilla de Cássia Lima Mattos Arimatéia Data: 14/12/2010

Revisão:

Data: 20/12/2010

Relatório de Inventário do Município de Luz – Minas Gerais

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Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de Luz - Minas Gerais - Brasil

BEM IMATERIAL BI - 02

1. Município: Luz. 2. Distrito: Sede.

3. Subcategoria: Celebrações.

4. Designação: Festa de Nossa Senhora do Rosário.

5. Tipo de Celebração: Festa Religiosa.

6. Locais onde se realiza: Acontece um desfile das guardas de congo e moçambique pelas ruas da

cidade e depois todos se concentram na Praça Congadeiro Antônio Eugênio Filho.

7. Data / Periodicidade: A Festa ocorre anualmente, durante uma semana, originalmente no mês de

Agosto.

8. Importância da Celebração para o Município: A Festa de Nossa Senhora do Rosário representa

para a comunidade um importante evento cultural e religioso, uma vez que é uma tradição antiga que

permanece desde a década de 1950.

9. Responsável pela Organização: Comissão formada por membros da Associação da Irmandade

de Nossa Senhora do Rosário da Paróquia de Nossa Senhora da Luz e pela Paróquia de São José

Operário.

10. Participantes da Celebração e Localidades Envolvidas: Participam as guardas de Congo e

Moçambique do município de Luz, além de moradores da comunidade em geral.

11. Inscrições no Livro de Registros: Inexistentes.

12. Documentação Fotográfica e/ou Outras Mídias:

Cartaz de divulgação da Festa de

Nossa Senhora do Rosário Termo de admissão efetiva para

membros da Associação da Irmandade Concentração de pessoas na Praça Congadeiro Antônio Eugênio Filho

Relatório de Inventário do Município de Luz – Minas Gerais

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Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de Luz - Minas Gerais - Brasil

BEM IMATERIAL BI - 02 Acervo: Odilon G. de Miranda de N. Sra. Da Luz

Acervo: Odilon G. de Miranda Acervo: http://www.luz.mg.gov.br

Rei e Rainha da Festa de Nossa Sra. do Rosário no ano de 2005

Foto: Acervo Odilon G. de Miranda

Avenida Dr. Josaphat Macedo/ Santuário de Nossa Senhora de Fátima

Foto: Acervo Odilon G. de Miranda

Praça Congadeiro Antônio Eugênio Filho.

Foto: Deise A. Eleutério

13. Histórico: A Festa de Nossa Senhora do Rosário no município de Luz teve seu início no ano de

1953, segundo dados fornecidos pela Prefeitura Municipal de Luz. É o evento religioso mais antigo da

cidade. A Festa sempre foi celebrada na Praça Congadeiro Antônio Eugênio Filho. O fundador da festa

foi o Sr. Antônio Eugênio, que também foi responsável pela construção da Igreja de Nossa Senhora do

Rosário. A festa passou a ser comemorada à partir da construção da Igreja O primeiro capitão – mor da

festividade foi José Tiago, que também foi o doador do terreno para a construção da igreja. Nesta

época D. Manuel Nunes Coelho era responsável pela Paróquia de Luz e não permitia que o Congado

dançasse nas festas da Catedral, exigindo que a congada se fizesse após o córrego que corta a

cidade. Com a chegada de D. Belchior Joaquim da Silva Neto na década de 1980, a festa foi

introduzida à Paróquia de Nossa Senhora da Luz . Hoje organizada pela Associação da Congada de

Nossa Senhora do Rosário, conta com a participação de 15 ternos, entre moçambiques, penachos e

congos. Foram inseridos na Festa outros Santos da cultura negra: São Sebastião e Santa Efigênia. A

imagem utilizada para a comemoração foi doada pela Sra. Laura, moradora da comunidade, junto a

fundação da festa.

14. Descrição da Celebração:

i) Preparo / Execução: A Festa de Nossa Senhora do Rosário tem seu início no mês de Maio,

no dia da mães, quando começam os ensaios dos 15 ternos, missas e coroações de 15 em 15

dias até a semana da Festa, onde na segunda feira acontece a reza do terço na Igreja do

Rosário. Na terça, há a confissão dos congadeiros. Já na quarta feira acontece o desfile de

abertura da Festa da Congada pelas ruas com a participação de motoqueiros, cavaleiros,

ciclistas e automóveis, tendo início e encerramento na Praça Congadeiro Antônio Eugênio

Filho. Na quinta a festa se inicia as quatro horas da manhã, com a alvorada com um café na

casa do Rei do Bordão, finalizando o dia com uma missa para benzer os instrumentos de todas

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Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de Luz - Minas Gerais - Brasil

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as guardas e o hasteameto dos mastros na Praça Congadeiro Antônio Eugênio Filho. A visita à

casa do Rei e Rainha é feita na manhã da sexta feira, com um almoço servido na sede dos

Congadeiros para todos os ternos e terminando com a missa na praça.No sábado a

programação da sexta se repete, finalizando o dia com um desfile das guardas e a missa na

praça. No último dia, o domingo, acontece a procissão dos três santos, Nossa Senhora do

Rosário, São Sebastião e Santa Efigênia saindo do Santuário de Nossa Senhora de Fátima

para a Igreja do Rosário, em seguida a missa, arriamento dos mastros e show musical para

finalizar a festividade. j) Informações Sobre os Cenários Utilizados (ornamentação, adornos): Há a decoração do

altar para a coroação da Nossa Senhora do Rosário, além da ornamentação dos mastros com

flores de papel coloridas. k) Personagens: Rei e Rainha do bordão, festeiros e ternos. l) Equipamentos Utilizados: São utilizadas barraquinhas para comercializar comida e bebida,

além de palco para o show musical. m) Indumentária Utilizada: O vestuário usado pelos componentes dos grupos é bem colorido e

cada cor tem o seu significado. Azul e branco são as cores de Nossa Senhora do Rosário. O

vermelho representa a força divina. Os adornos na cabeça representam a coroa. O xale sobre

os ombros representa o manto real. A composição da indumentária é livre e cada guarda

produz a sua. Com exceção do moçambique que possui a indumentária somente na cor

branca. n) Música e Instrumentos Musicais Utilizados: São utilizados caixas, pandeiros, sanfona, reco-

reco e varinha. o) Transporte: Não é utilizado nenhum meio de transporte. p) Bens Culturais de Natureza Material Associados: Igreja de Nossa Senhora do Rosário, além

das imagens de Nossa Senhora do Rosário, São Sebastião e Santa Efigênia.

15. Iconografia: A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário chegou ao Brasil no século XVI. Em

Santos, a igreja matriz já tem como padroeira Nossa Senhora do Rosário. No século XVII, esta

mesma imagem de Nossa Senhora é a padroeira principal de Itu, Parnaíba e Sorocaba. À partir do

fim do período colonial, as irmandades do Rosário passam a ser constituídas pelos "homens

pretos". No Brasil, ela foi adotada por senhores e escravos, sendo que no caso dos negros ela

tinha o objetivo de aliviar-lhes os sofrimentos infligidos pelos brancos. Os escravos recolhiam as

sementes de um capim, cujas contas são grossas, denominadas "lágrimas de Nossa Senhora", e

montavam terços para rezar. A festa de Nossa Senhora do Rosário era conhecida como da Oraga,

que quer dizer padroeira. Essa designação foi usada até o Concílio Vaticano II, quando as missas

eram rezadas em latim e a ladainha cantada. "Há alguns anos, os festejos se estendiam até à

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Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de Luz - Minas Gerais - Brasil

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noite, mas com a cidade de São Paulo cada dia mais violenta, preferimos realizar a celebração

durante o dia", revela Jonas Gregório Lucas, mestre de cerimônia. Há 40 anos na Irmandade,

Jonas acrescenta que ainda são conservadas tradições nas festas e posse dos irmãos e irmãs,

quando os homens usam a “opa”, uma vestimenta sobre os ombros e as mulheres, fita azul sobre

vestidos pretos ou brancos.

16. Público a que se Destina a Celebração: Todas a comunidade do município e região.

17. Transformações Ocorridas ao Longo do Tempo: Foram inseridos na Festa, outros santos da

cultura negra: São Sebastião e Santa Efigênia, porém não se sabe em que período.

18. Transmissão de Informações para Gerações Futuras: As crianças já acompanham os pais

desde pequenas às apresentações das guardas, resguardando assim a continuação da cultura, que

para os congadeiros é considerado um modo de vida.

19. Tipo de Apoio que a Celebração Recebe: A celebração recebe apoio da população e da

prefeitura Municipal de Luz que todos os anos faz doações financeiras para a contratação de bandas

musicais.

20. Destinação dos Recursos Arrecadados: Os recursos arrecadados são depositados na conta da

Associação da Congada de Nossa Senhora do Rosário e são utilizados na manutenção da Igreja e na

preparação das próximas festas.

21. Proteção Legal Existente: ( ) Federal ( ) Estadual ( ) Municipal ( x ) Inexistente

22. Proteção Legal Proposta: ( ) Tombamento Federal ( ) Tombamento Estadual

( ) Tombamento Municipal ( ) Restrições de uso

( x ) Inventário p/registro documental ( ) Inventário p/proteção prévia

23. Referências Bibliográficas: AZZI, Riolando . A instituição eclesiástica durante a primeira época colonial.História da Igreja

no Brasil. Petrópolis: Edições Paulinas/Vozes,1983;

CÁSSIA, Taynar de. Movimento negro de base religiosa: a Irmandade do Rosário dos Pretos.

Salvador: Caderno CRH,2001 p. 165-179;

SECCO, Lincoln. Espaço e História. São Paulo: LCTE.

CARVALHO, Cândida Corrêa Côrtes. Festa do Rosário em Luz preserva fé e tradição. Jornal

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Visão 29 a 04/09/2009;

http://www.luz.mg.gov.br;

Fonte oral: Sr. Odilon Gonçalves de Miranda.

24. Informações Complementares: Inexistentes.

25. Ficha Técnica: Levantamento e fotografia: Deise Alves Eleutério. Data: 31/11/2010

Elaboração: Deise Alves Eleutério. Data: 13/12/2010

Histórico: Priscilla de Cássia Lima Mattos Arimatéia Data: 15/12/2010

Revisão:

Data: 19/12/2010

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4.5. REVISÃO DAS FICHAS E ARQUIVAMENTO

As fichas de inventário foram revisadas e estão arquivadas em meio digital e impressas na Prefeitura

Municipal de Luz.

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5.1. ZONA 01 – Distrito Sede

5.1.1. PATRIMÔNIO TOMBADO

Estruturas Arquitetônicas e Urbanísticas

FOTO

CÓDIGO

DENOMINAÇÃO

LOCALIZAÇÃO

NÍVEL DE PROTEÇÃO

ANO DE

TOMBAMENTO

ANO DE

INVENTÁRIO

- Cine Pio XI Distrito Sede Municipal 2006 2006

EAU 04 Casa Grande Distrito Sede Municipal 2010 2010

5.1.2. PATRIMÔNIO INVENTARIADO

Estruturas Arquitetônicas e Urbanísticas FOTO CÓDIGO DENOMINAÇÃO ENDEREÇO ANO DE

INVENTÁRIO

EAU 01 Catedral de Nossa Senhora da Luz Catedral de Nossa Senhora da Luz 2010

EAU 02 Igreja de Nossa

Senhora do Rosário

Bairro Rosário 2010

EAU 03 Igreja de São José Operário Praça D. Anita, s/nº. 2010

EAU 04 Casa Grande Distrito Sede 2010

Bens Móveis e Integrados FOTO CÓDIGO DENOMINAÇÃO ACERVO

PERTENCENTE ENDEREÇO ANO DE INVENTÁRIO

BMI 01 Imagem de Nossa Senhora da Luz

Catedral de Nossa

Senhora da Luz

Catedral de Nossa Senhora da Luz 2010

BMI 02 Placas de carro de boi

Olavo Miranda Araújo

Rua Francisco Couto, n°610 – Bairro Nossa Senhora Aparecida 2010

BMI 03 Arado de boi Olavo

Miranda Araújo

Rua Francisco Couto, n°610 – Bairro Nossa Senhora Aparecida 2010

5. RELAÇÃO DAS ÁREAS E RESPECTIVOS BENS PROTEGIDOS

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BMI 04 Monjolo Olavo

Miranda Araújo

Rua Francisco Couto, n°610 – Bairro Nossa Senhora Aparecida 2010

Arquivos

FOTO CÓDIGO DENOMINAÇÃO ACERVO PERTENCENTE ENDEREÇO ANO DE

INVENTÁRIO

ARQ 01

Arquivo da Prefeitura

Municipal de Luz

Prefeitura Municipal de

Luz Rua 16 de Março, 172 – Centro 2010

Bens Imateriais

CÓDIGO DENOMINAÇÃO RESPONSÁVEIS ANO DE INVENTÁRIO

BI 01 Corporação Musical Lyra Vicentina

Comissão formada por membros da Associação da Irmandade de Nossa

Senhora do Rosário da Paróquia de Nossa Senhora da Luz e pela Paróquia de São

José Operário.

2010

BI 02 Festa de Nossa Senhora do Rosário

Comissão formada por membros da Associação da Irmandade de Nossa

Senhora do Rosário da Paróquia de Nossa Senhora da Luz e pela Paróquia de São

José Operário.

2010

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6.1. ZONA 01 – Distrito Sede

Estruturas Arquitetônicas e Urbanísticas

FOTO

DENOMINAÇÃO

ENDEREÇO

Palácio Episcopal -

Santuário de Fátima Rua Nelson G. De Macedo Filho

Cine Pio XI Rua Dezesseis de Março

Capela de Nossa Senhora da Piedade Vila Vicentina

- Praça Doutor Tácito Guimarães Praça Doutor Tácito Guimarães

6. RELAÇÃO DAS ÁREAS E RESPECTIVOS BENS A SEREM INVENTARIADOS

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Edificação residencial -

Edificação residencial -

Edificação residencial -

Edificação residencial -

Edificação residencial -

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Edificação residencial -

Edificação residencial -

Edificação residencial -

Edificação residencial -

Edificação comercial -

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Edificação de uso misto -

Edificação de uso misto -

Edificação comercial -

Edificação residencial -

Fórum Municipal -

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Edificação institucional Próxima ao Fórum Municipal

Edificação institucional Próxima ao Fórum Municipal

Bens Móveis e Integrados

FOTO

DENOMINAÇÃO

ENDEREÇO

Cristo Redentor Zona urbana do Distrito Sede

Acervo de bens móveis do Palácio

Episcopal Palácio Episcopal

Acervo de bens móveis da Catedral de Nossa Senhora

da Luz

Catedral de Nossa Senhora da Luz

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Acervo de bens móveis do

Santuário de FátimaSantuário de Fátima

- Conjunto de Vitrais Catedral de Nossa Senhora da Luz

Arquivos

DENOMINAÇÃO

ENDEREÇO

Arquivo do Palácio Episcopal Palácio Episcopal

Biblioteca Pública Municipal Professor Tyndaro Corrêa da Costa -

Bens Imateriais

DENOMINAÇÃO

LOCALIZAÇÃO / ÉPOCA

Festa de São Sebastião Ao longo do mês encerrando no dia 20 de janeiro de 2010

Festa de Nossa Senhora da Luz 02 de fevereiro de 2010

Festa do Trabalhador e São José Operário 01 de maio de 2010

EXPOLUZ 01 a 04 de julho de 2010

Festa de Nossa Senhora Aparecida 12 de outubro de 2010

Festa do Cowboy -

Relatório de Inventário do Município de Luz – Minas Gerais

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A seguir serão apresentadas as bases cartográficas, foram fornecidas pela Prefeitura Municipal de Luz,

com a localização dos bens já inventariados e tombados.

7. BASES CARTOGRÁFICAS COM OS BENS PROTEGIDOS

Relatório de Inventário do Município de Luz – Minas Gerais

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7.1. Mapa 05 - Planta Cadastral do Distrito Sede com a localização das Estruturas Arquitetônicas e Urbanísticas Tombadas e Inventariadas

Inserir aqui o mapa A3

Relatório de Inventário do Município de Luz – Minas Gerais

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O cronograma do município de Luz foi adiado devido ao grande número de bens diagnosticados no

Distrito Sede durante o levantamento de campo. Desta forma, segue anexado:

INVENTÁRIO DA ZONA 01 Distrito Sede

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Levantamento de campo e entrevistas Listagem dos bens a serem inventariados Identificação geográfica dos bens

inventariados

Fichas de estruturas arquitetônicas e

urbanísticas

Fichas de bens móveis e integrados Fichas de arquivos Fichas de sítios naturais Fichas de sítios espeleológicos/arqueológicos Fichas de bens imateriais Revisão das fichas Arquivamento

SETORES / CATEGORIAS

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Definição da equipe técnica Levantamento de bases cartográficas Levantamento arquivístico, bibliográfico e

iconográfico

Reconhecimento do território e pesquisa de

campo

Definição das áreas a serem inventariadas Identificação e localização geográfica das

áreas inventariáveis

Elaboração do informe histórico do

município/aspectos naturais/bibliografia

(início do preenchimento da Ficha de

Informações Gerais do Município)

8. NOVO CRONOGRAMA

Relatório de Inventário do Município de Luz – Minas Gerais

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INVENTÁRIO DA ZONA 02 Área Rural

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Levantamento de campo e entrevista Listagem dos bens a serem inventariados Identificação geográfica dos bens

inventariados

Fichas de estruturas arquitetônicas e

urbanísticas

Fichas de bens móveis e integrados Fichas de arquivos Fichas de sítios naturais Fichas de sítios espeleológicos/arqueológicos Fichas de bens imateriais Revisão das fichas Arquivamento

FINALIZAÇÃO

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im. 2

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Fichamento de bens tombados não

inventariados anteriormente

Atualização das fichas Complementação da ficha de informações

gerais do município

Divulgação e disponibilização do inventário Programa de Ações em Defesa do

Patrimônio

Recomendações de proteção

Relatório de Inventário do Município de Luz – Minas Gerais

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EQUIPE TÉCNICA

Rua Major Lopes,42A | 30330-050 | São Pedro | BHZ-Minas Gerais (031) 3282-1615 | 3221-2132 | [email protected]

Juliana Penna Diniz | CREA: 70.417/D Karine de Arimatéia | CREA: 77.279/D

Letícia Carvalho Assis | CREA: 71.248/D Rafael Caldeira F. Pinto | CREA: 70.007/D

Responsável pela Realização e Coordenação do Inventário

Fernanda Presoti Passos Arquiteta e Urbanista | CREA: 132.309/LP

Colaboradores

Priscilla de Cássia Lima Mattos

Historiadora | CPF: 012.750.246- 70

Karine de Arimatéia

Arquiteta e Urbanista | CREA: 77.279/D

Deise Alves Eleutério Arquiteta e Urbanista | CREA: 127.376/D

Pollyanna Diniz Cordeiro

Arquiteta e Urbanista | CREA: 101.601/D

Letícia Carvalho Assis Arquiteta e Urbanista | CREA: 71.248/D

Johnn André Mendes da Paixão

Estagiário administrativo

Danielle Soares Moreira Estagiária de Arquitetura e Urbanismo

Ana Lucía Avila Lapouble Estagiária administrativo

Membro do Setor de Patrimônio Cultural

Fabricio Jeronimo Camargos Silva Chefe do Setor de Patrimônio Cultural da Prefeitura Municipal de Luz

Rua 16 de março, 206- Centro - CEP: 35.595.000 (37) 3421 3303

E-mail: [email protected]

Este trabalho foi elaborado nas cidades de Luz e Belo Horizonte, no período de agosto de 2010 a janeiro de 2011.

9. FICHA TÉCNICA