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1 Superintendência de Comunicação Social RELATÓRIO DE GESTÃO Este relatório se baseia em documento interno encaminhado a todos os funcionários da SCS em abril de 2017, com dados atualizados 2015-2017

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Superintendência de Comunicação Social

RELATÓRIO DE GESTÃO

Este relatório se baseia em documento interno encaminhado a todos os funcionários da SCS em abril de 2017, com dados atualizados

2015-2017

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Art. 2º – São fins da Universidade:

a) promover, pela pesquisa, o progresso da ciência;b) transmitir, pelo ensino, conhecimentos que enriqueçam ou

desenvolvam o espírito, ou sejam úteis à vida;c) formar especialistas em todos os ramos de cultura, e técnicos e

profissionais em todas as profissões de base científica ou artística;d) realizar a obra social de vulgarização das ciências, das letras e

das artes, por meio de cursos sintéticos, conferências, palestras, difusão pelo rádio, filmes científicos e congêneres.

Decreto nº 6.283, de 25 de janeiro de 1934, assinado por Armando de Salles Oliveira, então interventor federal em São Paulo, que cria a Universidade de São Paulo e dá outras providências. Grifo nosso.

As novidades na Rádio USP e no Jornal da USP vêm suscitan-do perguntas entre professores,

funcionários e alunos. “Vocês estão com mais recursos?”, arriscam alguns. “Vocês reforçaram a equipe?”, interrogam outros.

A curiosidade tem razão de ser. No mês de março de 2017, tivemos estreias e lançamentos que chamaram a atenção. O Jornal da USP, que antes era semanal e impresso em papel e foi transformado em publicação inteiramente digital em 2016, inaugurou um serviço de envio de notícias pelo e-mail. Agora, de segunda a sexta, um informativo (newsletter) com cerca de 12 notícias é enviado para milha-res de leitores. A lista de destinatários não para de crescer.

As reportagens do Jornal da USP não ficam só aí. Elas também começaram a aparecer diariamente no portal do jor-nal O Estado de S. Paulo, que celebrou um acordo de cooperação (sem custos) com a USP. Por todos os caminhos – no celular, na internet, nas redes sociais, no portal do Estadão ou na newsletter – o Jornal da USP busca e encontra seu público.

As novidades da Rádio USP não são menores. Em março de 2017, o Jornal da USP estreou nas ondas eletromagnéticas. Apresentado por Roxane Ré, um nome consagrado no rádio brasileiro, o noticiário proporcionou à nossa universidade uma vi-sibilidade expandida. Outro programa novo, um musical apresentado por Zuza Homem de Mello, também entrou no ar em 2017.

É por isso que as pessoas nos perguntam se temos mais dinheiro ou se contratamos mais gente. A resposta que damos a toda hora contraria as impressões de quase todos. A resposta é “não”. Isso mesmo: não há mais gente trabalhando conosco. Não há mais dinheiro à disposição.

Mas dizer só isso é dizer muito pouco. É preciso contar a história desde o começo. Por isso, decidimos publicar este relatório A nossa produção ficou melhor e maior, embora a nossa equipe e os nossos recursos não só não aumentaram, como representam hoje praticamente a metade do que eram há cerca de um ano e meio.

Neste relato, você saberá tudo o que já foi feito, com economia de recursos e mui-to entusiasmo. E notará, também, que ainda há muito por fazer.

Para começode conversa

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O trabalho que vai ser descrito aqui foi realizado em pouco mais de dois anos, mas suas bases foram

lançadas um pouco antes. O diagnóstico que deu origem a tudo nasceu do Grupo de Trabalho criado pelo reitor Marco Antonio Zago, pela Portaria GR 296 de 06.03.2014. Integraram a comissão o professor Carlos Martins, que a coordenou, as professoras Beth Saad e Margarida Kunsch, os pro-fessores André Singer e Luiz Fernando Santoro, além de Eugênio Bucci, encarre-gado de relatar os trabalhos (e que, depois, em agosto de 2015, assumiria a Superin-tendência de Comunicação Social da USP, a SCS, responsável pelo Jornal da USP, pela Rádio USP, pela Revista USP e

outros serviços informativos). Depois de apresentado o diagnóstico ao reitor, num texto de aproximadamente 30 páginas, a renovação começou a ser construída em agosto de 2015.

A empreitada só foi possível porque contou com dois apoios essenciais: tanto da cúpula da Universidade como dos fun-cionários da SCS. Em relação ao apoio da Reitoria, cumpre nomear o empenho de José Roberto Drugowich (então chefe de Gabinete), Vahan Agopyan (vice-reitor) e especialmente do reitor Marco Antonio Zago. Eles asseguraram um ambiente de liberdade e independência editorial, pressuposto sem o qual um projeto nos moldes presentes nunca poderia engrenar.

Em menos de dois anos, uma grande mudança

Novo Jornal da USP acessado pelo smarthphone

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O engajamento do nosso corpo funcional foi ainda mais decisivo. Todos os servido-res da SCS, sem exceção, participaram das reuniões que formularam as mudanças e os planos de trabalho. Os méritos pelo que foi construído são deles. Foram eles os autores coletivos. Foram eles os agentes. Deveria ser o óbvio, mas raramente os dirigentes da administração universitária se lem-bram disso: os mais capacitados agentes transformadores da gestão da USP são os funcionários da USP; a maior capacidade analítica está na cabeça dos quadros da USP; a mais rica bagagem está na trajetória de cada um deles. Desde que sejam abertos canais de participação e colaboração, os resultados aparecem e são sólidos.

A prova disso está aí, diante dos olhos de quem quiser ler e dos ouvidos de quem quiser ouvir. Hoje, graças ao empenho de nossas equipes, a SCS produz mais e trabalha melhor.

A produção de notícias cresceu. Antes tínhamos um jornal semanal em papel, com cerca de 12 reportagens; hoje temos um jor-nal diário digital, em múltiplas plataformas,

que publica entre 12 e 15 notícias inéditas por dia. O número de leitores também au-mentou exponencialmente. Para se ter uma ideia, em menos de um ano após a estreia do jornal em sua fase digital, o número de páginas vistas foi multiplicado por dez.

Nossa rádio avançou no mesmo ritmo. Com a integração funcional de duas emis-soras que antes ficavam em organogramas separados, a de São Paulo e a de Ribeirão Preto, ela deu um salto. Antes, a área de comunicação de Ribeirão Preto integrava uma estrutura à parte, subordinada à pre-feitura do campus. Agora, passa a figurar oficialmente na estrutura da SCS, a partir de uma transição já aprovada pelo Conse-lho do Campus daquela cidade. A rádio de Ribeirão Preto não perderá sua individu-alidade e sua personalidade – terá, inclu-sive, um conselho editorial e acadêmico próprio, que atuará ativamente na progra-mação –, mas, passando a integrar a SCS, terá uma operação mais ágil e melhor.

A Revista USP ganhou vigor, acentuou sua identidade visual e elevou sua tempe-ratura acadêmica e jornalística.

O Jornal da USP on-line e o anúncio da parceria com o jornal O Estado de S. Paulo

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As notícias do Jornal da USP diariamente no portal do Estadão

A integração entre a SCS e outras áreas da USP, para as quais prestamos serviços e elaboramos soluções, nunca foi tão in-tensa. Um exemplo é o nosso novo progra-ma de rádio diário, o Jornal da USP em formato radiofônico. Ele nasceu de uma parceria com o Instituto de Estudos Avan-çados, para a qual contribuiu a Faculdade de Medicina. São duas horas diárias de notícias, todas as manhãs, nas duas emis-soras (São Paulo e Ribeirão Preto).

Além de mais próxima e mais parceira das diversas unidades, a SCS se relaciona mais com a comunidade acadêmica de um modo geral. Laboratórios de pesquisa e de ensino, professores, grupos de pes-quisa, entidades estudantis, os sindicatos dos docentes e dos funcionários, enfim, os diversos agentes da vida universitária conversam mais facilmente com os servi-dores da SCS.

Aprendemos a produzir mais e melhor, assim como aprendemos a economizar recursos. Somos hoje um grupo que re-presenta a metade do número original de

pessoas. Ao todo, éramos uma estrutura de 122 funcionários. Hoje, somos 79 (a esse número, já foram somados os 12 ser-vidores de Ribeirão Preto). Dos que saíram da SCS, 14 se desligaram pelo PIDV e 40 foram transferidos para outras unidades. Dos 40 que foram transferidos, 28 tra-balhavam na atividade-meio, quer dizer, atuavam em funções administrativas, burocráticas, sem relação com a comuni-cação propriamente dita. A permanência desse grande contingente de funcionários administrativos não era necessária sob ne-nhum critério. Em suas novas ocupações, os servidores transferidos estão hoje mais motivados e se sentem mais valorizados.

Ao fim, a folha de pagamento teve uma redução de 38,3% do valor inicial. Ou-tro efeito do trabalho de reestruturação foi a queda das despesas em contratos. Não foi uma queda meramente simbó-lica. Estamos falando de uma redução de 55,4% ou, em números absolutos, de R$ 1.691.832,73 em 2015, para R$ 753.890,58 em 2017.

Um pouco mais sobre esse percurso, como ele foi trilhado, com que fórmulas, você vai conhecer agora com mais detalhes.

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79122Éramos uma

estrutura de

Hoje somos

FUNCIONÁRIOS

FUNCIONÁRIOS | Neste total estão incluídos os servidores de Ribeirão Preto, que passaram a integrar diretamente a SCS a partir do final de 2016

Dos que saíram da SCS:

14 se desligaram pelo PIDV 40 foram transferidos para

outras unidades (onde estão hoje mais motivados e muito menos ociosos)

A permanência desse grande contingente de funcionários administrativos, na SCS, não era necessária sob nenhum critério

Dos funcionários transferidos, 28 trabalhavam na área-meio

Mudanças na SCS

a menos, ao fim da reestruturação

,3 %Redução na folha de pagamento: 38

de redução nas despesas em contratos

R$ 1.691.832,73 R$ 777.290,58em 2015 em 2017

Valor total das despesas em contratos

,9 %45

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Mudamos a estrutura paramotivaras pessoasEm 2014, a SCS era superdimensio-

nada, fragmentada e caríssima. O superlativo é justo: caríssima. Em

valores de 2015 (sem correção), a USP despendia 29,15 milhões de reais ao ano com a área de comunicação social. Para se ter uma ideia de grandeza, era esse o custo total, em valores aproximados, da Facul-dade de Educação Física.

Comparações com emissoras e órgãos de imprensa do mercado deixavam patente que números tão altos não se justificavam. Em-bora os parâmetros de mercado não sirvam de balizas para uma universidade pública, notávamos nessas comparações alguns indicadores que não podiam ser ignorados. Era preciso encarar o problema do superdi-mensionamento. O superdimensionamento criava bolsões de ociosidade, em que as pessoas se sentiam inúteis e, portanto, sem valor. Elas não eram requisitadas para quase nada, como se só precisassem bater o ponto e ficar encostadas em guichês sem sentido. O que tínhamos era uma sensação generali-zada de desânimo.

A conclusão a que chegamos tinha um quê de paradoxo, mas não deixava dúvida: se quiséssemos ser um ambiente menos amofinado, tínhamos de ser um ambiente menor.

Mas, atenção, dizer que a estrutura super-dimensionada, fragmentada e caríssima des-motivava as pessoas não significa dizer que a comunicação da USP fosse ruim ou que

as equipes fossem inoperantes. As pessoas eram ótimas, esta é a verdade. Desempenha-vam com brio e brilho suas funções.

Nos períodos anteriores a 2014, a SCS construiu belas histórias de acertos. Foi ao longo dessa história de conquistas que a Rádio USP, o Jornal da USP e a Revista USP se tornaram marcas tradicionais e mui-to fortes, de grande empatia com o público.

Os serviços de informação on-line, cria-dos depois, foram bem planejados e rende-ram ótimos frutos para a Universidade. Não podemos nos esquecer disso. Não podemos, de modo algum, menosprezar esse passado. A qualidade do corpo funcional era alta. O trabalho das pessoas, excelente.

O que estava errado era o modelo. Estavam errados o fluxo de trabalho, os orçamentos, o organograma e os métodos de produção. Praticamente não havia pla-nejamento. Em 2014, vivíamos um período em que o formato anterior tinha chegado a um esgotamento. Mantê-lo intacto se-ria incorrer num anacronismo, seria não dar respostas às revoluções geradas pelas novas tecnologias e pelas novas demandas da Universidade e da sociedade. Fracio-nada por veículos, repartida em caixinhas estanques e opacas (uma era o jornal, outra era a rádio, outra era a TV USP, outra eram as mídias on-line, todas fechadas em si mesmas), a SCS produzia o mínimo, custa-va muito e, por não saber para onde ia e por quê, triturava o moral dos funcionários.

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A subdivisão em pequenos feudos gerava hábitos reativos e puramente defensivos. A SCS não estava aberta à USP. Estava de costas para a USP. Não estava atenta às vo-zes da sociedade e, mais grave do que isso, não se comunicava nem consigo mesma. O fluxo editorial (o workflow nas redações) era quase errático. Frequentemente, o mes-mo trabalho era feito e refeito muitas vezes por equipes de veículos diferentes.

Como a estrutura da SCS era definida pelos diferentes veículos (ou pelas diferen-tes “mídias”, como se preferia dizer), os grupos ficavam isolados. Não raro, viam--se como rivais uns dos outros. Não havia identidade comum.

Quem trabalhava na rádio não era es-timulado a ter laços produtivos e afetivos com o Jornal da USP, com as mídias on--line, com a Revista USP. A mesma sín-drome aparecia em cada uma das equipes ilhadas em si mesmas.

Para piorar o clima, o grande contingente de servidores da chamada “atividade-meio”

não tinha interação com os encarregados da “atividade-fim”, quer dizer, com aque-les que operavam a comunicação social propriamente dita, fazendo rádio, vídeo ou jornal. Os funcionários da “atividade-meio” ficavam dentro das salas da Atafin (Assis-tência Técnica, Administrativa e Financei-ra), que cuidava de seções como Materiais (compras, licitações, almoxarifado), Finan-ças (rotinas financeiras e contábeis), Pessoal e Tesouraria, entre outros escaninhos. Não era incomum que as pessoas se referissem aos jornalistas e aos radialistas como “eles”. Não se viam como servidores da comunica-ção da USP, mas como técnicos de pro-cessos burocráticos da USP dentro de um ambiente que lhes era estranho e até mesmo incompreensível.

Para nós ficou patente que, para come-çar a reverter a situação, o desenho de toda a Superintendência tinha que ser redefini-do. Claro que esse trabalho teve de ser fei-to aos poucos, em ritmo gradativo. Não se muda uma cultura tão enraizada e ossifica-

O Jornal da USP e os diversos modos de apresentação do conteúdo

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da da noite para o dia. A orientação geral, esta sim, foi mudada da noite para o dia. A direção em que caminharíamos foi exposta com total clareza para todos os quadros da SCS e, depois de discussões longas e quase exaustivas, foi consolidada em documen-tos que incorporaram várias sugestões dos nossos funcionários. Como isso foi compar-tilhado intensamente e depois comunicado de modo reiterado, ninguém tinha dúvidas sobre o rumo que estávamos tomando. A partir daí, a realidade foi se transformando, sempre num ritmo que todos pudessem entender e acompanhar, sem precipitações. Somente no final de 2016 o novo organo-grama da SCS foi encaminhado à área de Recursos Humanos da Universidade, o DRH, onde já foi aprovado.

Para que você possa resgatar essa mudança, vale recordar o que orientou o redesenho da Superintendência. A ideia é bem simples: em lugar de dividir as pesso-as por veículos ou “mídias” – o que já não tinha sentido tecnológico, prático, lógico

ou conceitual –, passamos a agrupá-las por áreas do conhecimento. Mais precisa-mente, passamos a agrupá-las em apenas quatro grandes áreas.

Toda a SCS passou a se estruturar a partir de quatro editorias: Ciência, Cultura, Universidade e Atualidades. Em poucas palavras, a SCS passou a ser organizada não de acordo com o veículo ou a “mídia” (rádio, internet, mídia impressa, etc.), mas de acordo com o assunto. Com essa alteração, a inteligência passou a definir o formato, não mais o oposto.

As vantagens são inúmeras. Na nova estrutura, uma notícia sobre, digamos, uma descoberta científica é elaborada por um só jornalista ou por um só grupo. Depois, essa reportagem poderá ser veiculada pelos canais mais variados, com eventuais adapta-ções de linguagem feitas por outros profis-sionais, em texto, áudio ou mesmo vídeo.

Para que fique mais claro, vejamos a seguir como era e como ficou o organo-grama da SCS.

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Como era o organograma da SCS

Assistência Técnica, Administrativa e Financeira

Divisão de Artes Gráficas(Extinta)

Divisão de Audiovisuais

Seção de material Seção de tesouraria

Seção de expediente Seção de transportes

Seção de manutençãoSeção de serviços auxiliares

Seção de pessoal Setor de copa

Seção de finanças

Serviço de produ-ção de vídeos e documentários

Serviço de TV USP

Superintendente

Como ficou o organograma da SCS

Divisão Técnica de comuni-cação - Polo Ribeirão Preto

Superintendente

Divisão Técnica deMídias e Projetos Especiais

Editoria de Divulgação Científica

Serviço técnico de arte, foto e vídeo

Serviço de atendimento ao público

2 subeditores

Serviço deRádio USP

Modelo “matricial”: as linhas verticais e horizontais se cruzam numa trama, mais ou menos como os fios entrelaçados de um tecido. As linhas horizontais indicam a colaboração entre equipes de mesmo grau hierárquico

conteúdo

veículos

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Divisão de Mídias On-line

Serviço de USP On-line

Seção de Desenvolvimento Web

Serviço de Agência USP de Notícias

Seção de Relaciona-mento On-line

Divisão de Mídias Impressas

Divisão de Radiodifusão

Divisão de Relações Públicas, Marketing e Publicidade

Seção Técnica de Informática

Serviço de fotografia

Serviço de editoração

Serviço de Jornal da USP

Serviço de Revista USP

Serviço de programação

Serviço de rádio e jornalismo

Seção de discoteca

Seção de operação

Seção de projetos de comunicação

Seção de publicidade e marketing cultural

Seção de manutenção

Editoria de Difusão Cultural

Editoria de Atualidades

Editoria deUniversidade

3 subeditores 1 subeditor 2 subeditores

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No nosso organograma matricial, a produção do conteúdo é definida pelas editorias. Lá estão as quatro

grandes áreas: Ciência, Cultura, Universida-de e Atualidades. Depois, à esquerda, ficam os veículos e suas unidades estritamente operacionais. Assim, uma reportagem da editoria de Universidade pode muito bem seguir, por uma linha horizontal, para a rádio, como também pode seguir para a in-ternet (Jornal da USP) ou para um núcleo que vai transformá-la numa reportagem em vídeo. O fundamental aqui é compreender que os veículos (rádio, jornal na internet ou em vídeo), antes entendidos como centros de produção, passam a ser definidos e ad-ministrados como meios de distribuição, de escoamento dos conteúdos.

O centro nervoso do sistema, a geração propriamente dita de notícias, de ideias, de atrações culturais, foi libertado do meio de distribuição. Graças a isso, podemos ter programas de rádio que também viram programas em vídeo (como o Via Sampa, por exemplo), assim como podemos ter uma fala na rádio que imediatamente se converte em um artigo do Jornal da USP.

A SCS não se define mais como um aglomerado de veículos ou “mídias”. A SCS abandonou o velho regime de fronteiras internas tensas, que criavam rivalidades inú-teis entre as equipes. Agora, a SCS se define e se estrutura por áreas de conhecimento que conversam entre si o tempo todo.

A SCS gera matérias, reportagens, arti-gos, entrevistas, atrações musicais e muito

mais em pacotes integrados que alcançam seus públicos por vários veículos ao mesmo tempo. A SCS se tornou, enfim, um ambien-te mais estimulante para os talentos que nela estão, desde o mais inexperiente estagiário até o superintendente.

Como consequência, as equipes se apro-ximaram mais umas das outras, passaram a se reconhecer como participantes de um só organismo, que, por sua vez, mantém um relacionamento mais próximo com a totalidade da USP. O contato com as facul-dades, com o corpo docente e discente, com

Editoria de Ciências do novo Jornal da USP: a SCS se define e se estrutura por áreas de conhecimento

A geração de notícias é nosso centro nervoso

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as entidades ligadas à USP e com toda a comunidade universitária se abriu mais e se intensificou – e estamos apenas no começo.

Junto com a reestruturação, veio a mu-dança de cultura, de valores, de hábitos e de vivências. A Rádio USP deixou de ser uma rádio abrigada na USP, mas afastada da USP. Ela começou a despertar para sua essência: é uma rádio verdadeiramente da USP, a serviço da USP e, mais ainda, a serviço da aproxima-ção entre a Universidade e a sociedade.

Maria Aparecida Aquino, professora da FFLCH, e Carlos Eduardo Lins da Silva, livre-docente pela ECA, no programa Diálogos da Rádio USP: canal da Universidade de grande empatia com o público

Um dos efeitos representativos dessa profunda mudança de mentalidade – que, vale repetir, está apenas no começo – foi a criação de um time de 20 colunistas, formado por professores da USP e pen-sadores diretamente ligados à USP. Os colunistas foram incumbidos de falar de assuntos que interessam diretamente à sociedade. Estrearam no início de 2016. Cada um deles entra no ar uma vez por se-mana, com uma coluna de cinco minutos em formato de uma breve entrevista, um bate-papo com um entrevistador. Tão logo entram no ar, as colunas rendem posta-gens no Jornal da USP. O alcance dessa fórmula elementar, simplíssima, tem sido cada vez maior.

Detalhe essencial: a entrada desses colunistas – da mais alta notoriedade, todos eles – não acarretou custo adicional nenhum para a SCS ou para a USP. Medidas como essas foram derrubando muros, erguendo pontes, agregando gente e motivando a equipe. E, claro, cativando a audiência. São eles, a seguir, em ordem alfabética.

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Coluna sobre astronomia do professor João Steiner, do IAG-USP

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André Singer Cientista político, jornalista e professor titular da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP.

Novos colunistasda Rádio USP

Carlos Eduardo Lins da SilvaJornalista e livre-docente em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.

Ciro Marcondes Professor titular da Escola de Comunicações e Artes da USP.

Gilson Schwartz Livre-docente em Economia do Audiovisual do Departamento de Cinema, Rádio e TV da Escola de Comunicações e Artes da USP.

Guilherme Wisnik Professor doutor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP e crítico de arte.

João Steiner Professor titular do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP.

José Álvaro Moisés Professor titular de Ciência Política da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP.

José Eli da Veiga Professor sênior do Instituto de Energia e Ambiente da USP.

José Goldemberg Reitor da USP entre 1986 e 1990, e atualmente presidente da Fapesp.

Eles estrearam em maio de 2016 e, em uma iniciativa inédita na SCS, ampliaram a presença da USP no debate público nacional

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Luciano Nakabashi Professor doutor do Departamento de Economia da Faculdade de Economia e Administração de Ribeirão Preto da USP.

Luli Radfahrer Professor doutor de Comunicação Digital da Escola de Comunicações e Artes da USP.

Marilia FiorilloProfessora doutora de Filosofia Política e Retórica da Escola de Comunicações e Artes da USP.

Marisa MidoriProfessora doutora do Departamento de Jornalismo e Editoração da Escola de Comunicações e Artes da USP.

Martin Grossmann Professor titular da Escola de Comunicações e Artes da USP e coordenador acadêmico da Cátedra Olavo Setúbal de Arte, Cultura e Ciência do Instituto de Estudos Avançados da USP.

Paulo Saldiva Médico patologista, professor titular da Faculdade de Medicina da USP e diretor do Instituto de Estudos Avançados da USP.

Pedro DallariDiretor do Instituto de Relações Internacionais da USP e membro da Comissão de Direitos Humanos da Universidade.

Raquel RolnikArquiteta e urbanista especializada em política habitacional, planejamento e gestão da terra urbana, professora titular da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP.

Renato JanineProfessor titular da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP.

Ricardo Alexino Professor associado da Escola de Comunicações e Artes da USP.

Rubens Barbosa Ex-aluno da Faculdade de Direito da USP, embaixador do Brasil em Londres (1994-1999) e Washington (1999-2004).

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MissãoPromover a comunicação jornalística com autonomia e postura crítica, dentro dos padrões da comunicação pública democrática, entre a Universidade e a sociedade, com ênfase em divulgação científica, cultural, institucional e da vida universitária, além da discussão dos temas da atualidade, a partir do conhecimento acumulado na USP.

Nesse processo, como já foi dito, a direção a ser seguida tinha de ser compartilhada e entendida por

todos. Bem sabemos que, posta nesses ter-mos, essa frase soa como platitude, como algo banal e fácil de fazer. Na prática, é bem mais complicado. Para que um corpo de funcionários compreenda uma mis-são, deve ser ouvido na elaboração dessa missão, deve ser chamado a ser coautor dessa missão. É só assim que dá certo – e, mesmo assim, é difícil.

Nesses dois anos, trabalhamos bastante esse ponto. Durante as diversas reuniões que tivemos e, de modo mais destacado,

durante nossas atividades de planejamento anual (uma ao fim de 2015, outra ao final de 2016 e a terceira que ocorrerá em de-zembro de 2017), discutimos por muitas horas como deveria ser a nossa missão, sempre em sintonia com os parâmetros e os propósitos da USP. As atividades de planejamento anual tomavam vários dias e culminavam com a reunião de todos os nossos servidores para a aprovação dos documentos finais. Em 2015, nós adota-mos a nossa missão, seguida dos objetivos e dos valores. Em 2016, fizemos peque-nas emendas nesses textos. Vale a pena retomá-los aqui.

Por uma USP quedialogue com a sociedade (e consigo mesma)

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ObjetivosNoticiar e explicar com ineditismo as pesquisas científicas desenvolvidas na USP, em linguagem acessível, atraente e criativa.

Fomentar e difundir as diversas expressões culturais do Brasil a partir do conhecimento cultivado na USP, com o propósito de qualificar o gosto do público e aprimorar seus padrões de convivência com a arte e as formas de conhecimento que ela propicia.

Expor ao público os contextos que elucidam os sentidos menos imediatos do noticiário de interesse geral e explicar os acontecimentos do Brasil e do mundo a partir do conhecimento produzido na USP.

Aproximar a USP da vida dos cidadãos brasileiros, abrindo janelas para que o contribuinte possa enxergá-la, conhecê-la, compreendê-la, fiscalizá-la e valorizá-la como merecedora do imposto que a sustenta.

Contribuir com seus meios para a comunicação interna e para a comunicação institucional da USP.

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345Valores

Transparência e VerdadeExcelência e CríticaIneditismo e VelocidadeClareza e BelezaEntusiasmo e ComprometimentoIntegração e EconomicidadeIndependência e ApartidarismoVocação para Ensinar

De posse dessas diretrizes, elabo-radas coletivamente (nunca é demais repetir), cada uma das unidades inter-nas desenhou sua estratégia, integrada

às demais, com suas metas próprias. Essas metas, como há de ser evidente, têm a função de realizar as metas da nossa universidade.

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Quando o papel do jornal é deixar o papel no passado

Se a gente consegue mudar a cultu-ra, as chances de mudar a prática se ampliam. Não que uma coisa se faça

antes da outra – não se muda a cultura sem alterações na rotina prática –, mas é preciso cuidar para que as pessoas enxerguem as razões das transformações em curso. Se elas enxergarem e contribuírem para uma visão mais clara do que está em jogo, ou seja, se a cultura comum daquele grupo entra em processo de mudança, a prática muda mais rápido. Os hábitos antigos deixam de ser um refúgio para os que se sentem amea-çados e as transformações se aceleram. É assim que as duas dimensões evoluem (ou involuem) de modo combinado.

No bojo da mudança de cultura da SCS, começamos a trabalhar na redefinição do Jornal da USP. Em maio de 2016, estáva-mos maduros para o primeiro salto. O jornal deixou de ser um semanário em papel e se tornou um veículo inteiramente on-line (www.jornal.usp.br). Essa decisão, elabora-da com a Redação, jamais contra a Redação, permitiu que passássemos de um veículo semanal, com tiragem de 10.000 exemplares (e sérios problemas de distribuição), para um veículo diário (com várias atualizações ao longo do dia), com um número incompa-ravelmente superior de leitores.

O ganho de velocidade foi espantoso. Antes, a antiga distribuição dos exemplares em papel demorava até uma semana (às vezes, mais) entre o fechamento editorial e

o momento em que o jornal chegava às mãos do leitor. Agora, uma notícia fechada na redação pode ser lida imediatamente pelos leitores onde quer que eles se encontrem. O público dispõe de várias alternativas. O Jornal da USP pode ser acessado não só pela internet, mas também por aplicativos de celulares, pela newsletter diária (distri-buída por e-mail) e pelo portal do Estadão (www.estadao.com.br), como já menciona-mos no início deste documento.

Quanto ao aumento de leitores, veja-mos uns poucos números. A quantidade de páginas vistas saltou de 102 mil (em maio de 2016) para 2,290 milhões (outubro de 2017). Isso mesmo: em menos de um ano, multiplicamos por mais de 20 o número de páginas vistas. A quantidade de acessos e usuários foi multiplicada por sete. São cer-ca de 523 mil usuários, em dados referentes a outubro de 2017.

Embora a opção de encerrar a impressão em papel do Jornal da USP tenha se ba-seado em motivos exclusivamente edito-riais, e embora a motivação das mudanças, no caso do jornal, não fosse econômica ou financeira, o fato é que conseguimos também aí uma economia significativa. O fim dos custos gráficos e dos custos de distribuição fez um grande bem para a con-tabilidade da USP. Apenas a supressão das despesas gráficas poupou quase meio mi-lhão de reais por ano. Ou mais do que isso. A distribuição do jornal pelos Correios, que

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O sucesso da iniciativa fica ainda mais claro quando são analisados os porcentuais de aumento de acessos, de usuários e nas visualizações de páginas. Veja no quadro a seguir:

Acessos Usuários Visualizações de páginas

maio/2016 63.711 49.040 102.428agosto/2016 171.511 138.027 465.355dezembro/2016 235.524 186.623 656.904fevereiro/2017 423.698 345.841 1.160.148outubro/2017 674.496 523.873 2.290.392Crescimento (maio 2016/outubro 2017) 958% 968% 2.136%

Acessos, usuários e visualizações de páginasFonte: Google Analytics

1.000.000

800.000

600.000

400.000

200.000

Julho/2016 Setembro/2016 Novembro/2016 Janeiro/2017

AcessosUsuáriosVisualizações de páginas

Nos gráficos a seguir, a curva acentuada demonstra o êxito registrado nessas etapas (os dados são do Google Analytics):

Maio/2016Lançamento do site do Jornal da USP, que passa a ser puramente digital

Agosto/2016Lançamento do aplicativo para celular (iOS e Android)

Fevereiro/2017Início da parceria com o Estadão e lançamento da newsletter 15.653 cadastrados inicialmente

Três momentos-chave para o novo Jornal da USP:

era adotada até o início de 2014, acarretava custos anuais de aproximadamente 400 mil reais. Quer dizer: com a digitalização do

Jornal da USP, a Universidade se livrou de um gasto de praticamente 1 milhão de reais por ano.

1.200.000

1.400.000

1.600.000

Outubro/2017

1.800.000

2.000.000

2.200.000

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A revisão dos contratos gerou economia equalidadeEnquanto as medidas editoriais eram

planejadas, acertadas e efetiva-das, com finalidade estritamente

editorial, um grupo de estudos foi criado, composto exclusivamente de funcioná-rios da Superintendência, para a avaliação dos contratos da SCS. Aí, sim, a meta era expressa: reduzir os custos. A missão do grupo era estudar os contratos em vigência e verificar se estavam bem dimensionados. O grupo também avaliou onde havia opor-tunidades para cortes de dispêndios.

O grupo começou a apresentar resulta-dos antes mesmo da mudança do jornal. Já em novembro de 2015, sob a coordena-ção do nosso funcionário Clayton Pinto, pós-graduado em Gestão de Projetos pela USP e há 11 anos na SCS, o grupo propôs

readequações nos contratos. Entre outras medidas, nasceram desse esforço o uso mais racional dos Correios, a transferência dos automóveis da SCS para o pool da Reitoria e a realização de novo pregão para impressão da Revista USP.

No caso dos carros, tínhamos cinco veí-culos na Superintendência. Ficavam para-dos boa parte do tempo. Tínhamos também cinco motoristas. Só para dar um exemplo, um desses carros era uma caminhonete ca-bine dupla alugada, com custo aproximado de quatro mil reais por mês.

Nos quatro meses em que ela perma-neceu na SCS, rodou pouco mais de 700 quilômetros. Só isso: pouco menos de 200 quilômetros por mês. A caminhonete ficava estacionada o tempo todo fora do edifício da Administração Central, tomando po-eira. Foi devolvida. Hoje, sem frota pró-pria, nossos repórteres utilizam os carros do pool e o contrato de táxi da Reitoria, soluções que atendem totalmente às nossas necessidades a um custo muito menor. Não custa repetir: obtivemos uma economia financeira significativa, mas continuamos garantindo que os projetos editoriais (nossa atividade-fim) fossem realizados com a devida prioridade.

Revista USP: redução em mais da metade nos gastos com impressão

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2015 (Valor em Reais)

2017(Valor em Reais)

Ar condicionado 12.968,76 12.968,76Canal Universitário 64.680,00 -Cannon 52.279,34 50.609,40Clipping 74.439,96 -Combustível 24.841,08 12.027,72Correios 55.000,00 12.000,00Ecad* 422.121,36 373.420,44Ecad - internet 42.212,16 37.342,08Impressão - Jornal da USP 498.960,00 -Impressão - Revista USP 102.792,00 23.400Limpeza 23.061,00 25.531,32Locação de veículos 72.040,22 -Passagem aérea - 2.207,42Táxi 53.100,00 13.000,00Vigilância 193.336,85 214.783,44Total 1.691.832,73 777.290,58

*Escritório Central de Arrecadação e Distribuição: centraliza a arrecadação e distribuição dos direitos autorais de execução pública musical

Valor da economia: R$ 914.542,15

Gastos em contratos

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Prédio da Administração Central da USP, onde está localizada a Superintendência de Comunicação Social

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O desafio de conduzir pessoas num período de tantas e tão profundastransformaçõesQuem liderou a mudança editorial

e administrativa foi Marcia Blas-ques. Formada em Jornalismo pelaECA-USP, onde fez também seu

mestrado e seu doutorado, Marcia está na SCS há quase duas décadas. Conhece a Universidade e seus públicos. Com sua capacidade de ouvir e dialogar, conduziu seus colegas em um tipo de transição que, em outras organizações, teria tudo para ser traumática. A diminuição de algumas equi-pes na chamada “atividade-meio” ocorria velozmente e isso poderia ter causado uma impressão de “enxugamento” e de “corte”. Mas essa impressão não ficou, pois Mar-cia Blasques soube mostrar a todos que as pessoas transferidas continuavam na USP e, em suas novas ocupações, estavam mais motivadas e mais felizes.

Quer dizer: não se tratava de demitir ninguém. Tratava-se, isto sim, de reaco-modar pessoas em outras unidades, onde elas teriam mais chances de contribuir. Graças a esse trabalho de envolvimento e diálogo, ficou claro que os servidores que estavam infelizes na SCS, sem uma ocu-pação real, iam para unidades onde eram essenciais, indispensáveis. Todos saíram ganhando. A USP saiu ganhando.

Não havia sentido em manter um con-tingente de mais de 40 funcionários admi-

nistrativos numa área que tinha de celebrar não mais do que oito contratos por ano. Não havia necessidade de uma área própria de recursos humanos. As necessidades admi-nistrativas da SCS, como ficou mais do que demonstrado, poderiam ser supridas pelas áreas centralizadas da Reitoria, com mais eficiência e mais presteza.

Uma vez bem compreendido o desafio, a mudança foi de grande magnitude, como se pode ver nos quadros a seguir.

Com base nesse entendimento, a área administrativa da SCS foi transferida para a Codage, e outros funcionários da ativi-dade-meio foram transferidos para outras unidades. Agora, as equipes restantes, mais compactas, mais coesas e mais en-gajadas com a atividade-fim, conseguem uma produção maior e têm uma atuação mais coerente. Além disso, o redesenho trouxe uma redução de mais de 20% nas chamadas “verbas de representação” (que são pagas aos servidores que exercem chefias e outros cargos).

Nesse caminho, a SCS enfrentou velhos tabus, como aquele mito de que qualquer redução de equipe ou de recursos acarreta obrigatoriamente um corte na capacidade de trabalho e um rebaixamento da qualidade, e demonstrou que não tinham fundamento. Os mitos e tabus saíram perdendo.

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Total Atividade-meio Atividade-fimJunho de 2015 122 42 80Outubro de 2017 79 9 70Redução 78,5% 12,5%

Número de funcionários

Funcionários

Total Atividade-meio Atividade-fim

160

120

80

40

0

Junho de 2015Outubro de 2017

7080

9

42

79

122

Folha de pagamento

Total Atividade-meio Atividade-fim

20

15

10

5

0

Junho de 2015Março de 2017

milhões

R$ 20,8

12,8

5,7

1,3

15,1

11,5

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EconomiaReduções de equipe e de custos no período de junho de 2015 a março de 2017

Atividade-meio

Atividade-fim

34Redução de 81%no quadro da SCS

Funcionáriostransferidos

,1%77R$ 4.413.028,82 a menos de gasto no orçamento da SCS

De redução no gasto com salários

21Redução de 26,3%no quadro da SCS

Funcionáriostransferidos

,6%23R$ 3.578.274,81 a menos de gasto no orçamento da SCS

De redução no gasto com salários

55Redução de 45,1%no quadro da SCS

Funcionáriostransferidos

,3%38R$ 7.991.303,63 a menos de gasto no orçamento da SCS

De redução no gasto com salários

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Setembro e outubro de 2015Através de uma sequência de conversas entre o superintendente e os 122 funcionários da SCS, as demandas e sugestões dos servidores são acolhidas e sistematizadas como contribuições para o planejamento. Muitos deles entregam propostas escritas para o gabinete. Ao mesmo tempo, o diagnóstico realizado pelo Grupo de Trabalho constituído pelo reitor em 2014 (já mencionado no início deste relato) é distribuído para os funcionários e discutido em reuniões.

Novembro de 2015Um grupo de trabalho formado por funcionários para rever contratos e despesas da SCS apresenta suas primeiras conclusões.

Novembro e dezembro de 2015 As atividades de planejamento, em vários encontros de todas as equipes, culminam em uma reunião geral em que se definiram a missão, os objetivos e os valores, além das diretrizes por áreas de atuação da SCS.

Maio de 2016O Jornal da USP deixa de ser impresso semanalmente e ganha versão digital diária.

Maio de 2016Estreia dos novos colunistas da Rádio USP.

Maio de 2016Estreia o programa Cinema brasileiro, mas com sotaque, com o radialista americano e bolsista da Fundação Fullbright Jacob Moe. O programa fica no ar até outubro.

Maio de 2016Estreia o programa Diálogos na USP, na Rádio USP, com apresentação do jornalista Marcello Rollemberg.

Maio de 2016Estreia o programa USP em Atividade – Um giro pelos campi, com apresentação de Cido Tavares, na Rádio USP, integrando todos os campi da Universidade com notícias diárias.

Primeiro semestre de 2016Celebração de novo contrato de impressão da Revista USP. As despesas caíram de 102 mil para 46 mil reais, sem qualquer prejuízo da qualidade gráfica.

Junho de 2016Edição Especial do Jornal da USP: Inclusão Social na USP. Edição em quatro cores, com 36 páginas, 11 reportagens e seis artigos.

Uma recapitulaçãoresumida das principaisrealizaçõesAgora, é interessante recapitular, numa breve linha do tempo, a evolução dos passos mais marcantes da nossa caminhada. Você vai notar que a visão em retrospectiva vai contribuir para que tenhamos um quadro mais nítido do que foi feito.

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Agosto de 2016Lançamento do aplicativo para celular (iOS e Android) do Jornal da USP.

Novembro de 2016 Edição Especial do Jornal da USP: O lugar da USP no mundo. Edição em quatro cores sobre a USP e os rankings mundiais, com 16 páginas e seis reportagens.

Novembro e dezembro de 2016 Nova série de encontros e reuniões de planejamento com todas as equipes da SCS, desta vez incluindo todos os funcionários da Comunicação do campus de Ribeirão Preto, para revisão e atualização da missão, objetivos e valores. Foi definida aí a base da nova programação das duas rádios, agora operando de modo integrado, que estrearia em março de 2017.

Durante o ano de 2016Entrega da frota própria de veículos para o pool da Reitoria e fim do contrato de aluguel de outros veículos. No início desse ano tínhamos cinco carros (três próprios e dois alugados)

e cinco motoristas. Hoje, não temos mais nenhum. E não precisamos ter. O pool de automóveis administrado pela Reitoria e um contrato com uma empresa de táxi suprem bem todas as necessidades da SCS.

1o fevereiro de 2017 Início da parceria com o jornal O Estado de S. Paulo para publicação das reportagens do Jornal da USP em seu portal.

15 de fevereiro de 2017Lançamento da newsletter do Jornal da USP.

Março de 2017Um levantamento nos índices de audiência das páginas do Jornal da USP nas plataformas digitais mostra um crescimento exponencial do número de leitores e de acessos (conforme atestam os gráficos publicados neste documento).

24 de março de 2017Estreia do programa Playlist do Zuza, na Rádio USP, com Zuza Homem de Mello, um dos mais importantes e respeitados estudiosos da Música Popular Brasileira. O programa é uma parceria com o Instituto Moreira Salles, sem qualquer custo para a SCS.

27 de março de 2017Estreia do programa Jornal da USP, na Rádio USP, com a jornalista Roxane Ré, em uma parceria com o Instituto de Estudos Avançados (IEA/USP), com o apoio da Faculdade de Medicina.

Roxane Ré, grande nome do rádio paulistano, apresenta o Jornal da USP,que estreou em março de 2017

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Ainda há muito por fazer

Melhorar o espaço físico As mudanças concretizadas, como ficou bastante claro, reduziram as dimensões das equipes e, ao mesmo tempo, geraram uma neces-sidade de que essas equipes operem de modo conjugado e sincro-nizado o tempo todo. As disposições das atuais instalações da SCS, entretanto, não favorecem a integração física e presencial. Hoje, a Rádio está instalada em uma casa que fica distante das outras áreas da SCS, que por sua vez se dividem em dois andares do bloco L, no edifício da Administração Central. Há mais de um ano, uma reforma total dos espaços físicos é indispensável para que o trabalho possa evoluir. Ela ainda não foi feita porque a SCS não tem autonomia para realizá-la. Para isso, dependemos de outros órgãos da USP. A mu-dança dos espaços físicos vai entregar para a USP uma área que se aproxima da metade do que hoje é ocupado pela SCS.

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Após a leitura da linha do tempo, talvez fique a impressão de que os avanços são suficientes. Não são. A estrada que ainda nos falta percorrer é mais extensa do que a que foi percorrida até aqui. A seguir, indicamos os principais desafios que enfrentaremos no próximo período.

Adotar programa de qualidade editorialCom novas instalações, será possível pôr em prática a integração física das redações da SCS numa única redação. Hoje, embora nosso organo-grama já preveja o funcionamento integrado das equipes, o fato é que trabalhamos em lugares diferentes, distantes entre si. As reuniões de pauta unificada já ocorrem desde o final de 2015 (incluindo represen-tantes dos campi de Ribeirão e São Carlos), mas a rotina da integração não pode ocorrer a contento enquanto as equipes não ocuparem o mesmo espaço. É bem verdade que uma redação dispõe, atualmente, de uma série de recursos para uma coordenação virtual do seu fluxo editorial e redacional, mas a presença física de todos num mesmo espaço, ao mesmo tempo, é um requisito insubstituível. Somente a partir daí, poderemos funcionar de acordo com os marcos previstos no nosso planejamento e nosso organograma. Também a partir daí, a adoção dos indicadores de qualidade editorial, acoplados ao flu-xo editorial, impulsionarão para o alto a qualidade da comunicação proporcionada pela SCS. Numa escala de zero a dez, poderíamos dizer com boa margem de segurança que a nossa qualidade editorial, hoje, oscila entre 2 e 3. Nossa qualidade editorial pode ser muito, mas muito melhor do que já é. Você sabe que as pessoas certas nós já temos. Só nos faltam instalações adequadas.

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Ser uma escola permanente

Também a partir daí será possível transformar a SCS em uma “es-cola” permanente de formação de profissionais e especialmente de estagiários, por meio de pequenos cursos, workshops e palestras vinculados organicamente à rotina de trabalho. Vale lembrar aqui que a SCS tinha cinco estagiários em 2015 e hoje esse número subiu para 17. A intenção é alcançarmos o total de 20 ao longo de 2017. Se o número de funcionários diminuiu, o número de estagiários tende a crescer – não para que eles substituam força de trabalho, pois isso não é necessário, não é correto, não é aceitável e não é desejável, mas para que o ambiente da SCS seja de aprendizado constante, de experimentação e de formação de talentos. Sem uma forte presença de juventude, uma organização não se renova, especialmente na uni-versidade. Além de desenvolver os estagiários, de encorajar expe-rimentações de linguagens e novos formatos de comunicação, de aproximar ainda mais a SCS das faculdades da USP, em áreas como jornalismo, design, engenharia de telecomunicações, direito, artes, rádio, saúde pública e tantas mais, cujos professores podem fazer palestras e também conduzir pesquisas em nossa redação unifica-da, uma “escola” da SCS também servirá para capacitar e atualizar nossos funcionários, favorecendo o crescimento profissional e humano de cada um.

3

4 Integrar a comunicação no campus do ButantãAinda quanto à integração, ainda nos falta criar, no campus do Bu-tantã, uma aproximação orgânica entre os quadros atuais da SCS e outras duas unidades que hoje operam de modo desvinculado: a As-sessoria de Imprensa da Reitoria e a Editora da USP, a Edusp. Uma universidade pública do porte da USP, com a projeção nacional e in-ternacional que tem a USP, não pode mais conviver com concepções fragmentárias de comunicação, concepções às vezes contraditórias e incompatíveis, que produzem uma impressão de caos quando deveriam gerar entendimento e clareza. Há várias décadas, as organi-zações (acadêmicas ou não) do porte da USP já assimilaram a noção de que as relações institucionais, a comunicação interna, as relações públicas, as assessorias de imprensa e as pontes informativas com a sociedade, pautadas pelos princípios da transparência, da impes-soalidade, do apartidarismo e da economicidade, devem ser geridas de forma coordenada. Assim como a área jurídica da Universidade já está estabelecida de modo a atuar segundo os mesmos padrões, funcionando em organogramas e objetivos comuns, a comunicação da USP requer – dramaticamente – uma unicidade. Como a nossa universidade ainda está muito distante dessa integração, ainda tem bloqueios quase intransponíveis para imaginar os benefícios que essa coordenação poderia trazer.

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E integrar toda a USPO quinto desafio é a integração da comunicação de todos os cam-pi da USP numa área comum. Uma das maiores barreiras para a compreensão desse desafio vem de um medo um tanto irracional: o medo de que uma integração nesse nível reduza a autonomia acadêmica de cada unidade, ou mesmo sua autonomia adminis-trativa. Esse medo, vamos repetir, é meramente irracional. Numa universidade com o perfil da USP, a existência de estruturas ope-racionais unificadas não significa a prevalência de uma linha de comando centralizada. Nesse ponto, a experiência da integração entre as equipes de comunicação do campus de Ribeirão Preto e a SCS indica o caminho profícuo. A integração não acarreta perda de autonomia, mas ganho de escala e de eficiência. Esse tópico, de todo modo, não poderá ser esgotado aqui. Deverá ser objeto de outras discussões, e em diversas instâncias da USP. No futuro, será adotado, em formatos que não nos cabe prever agora. Só nos cabe esperar que esse futuro não seja retardado artificialmente em demasia, por força da acomodação e dos medos irracionais.

Realizar o Seminário Internacional de Rádios PúblicasO sexto desafio é a realização de um seminário internacional de rádios públicas. Em parceria com a ECA e apoio da Reitoria e da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária, pretendemos organizar no final do ano de 2018 um seminário que reúna pesqui-sadores e profissionais de rádios públicas do Brasil, Estados Unidos, Europa, América do Sul e África. A intenção é, além da discussão sobre o tema, com apresentação de experiências internacionais exitosas como a BBC (do Reino Unido) e a NPR (National Public Ra-dio, dos Estados Unidos), permitir a criação de uma Rede de Rádios Públicas, para troca de conteúdo, de tecnologia e de experiências.

Melhorar o sinal da RádioPor fim, o desafio mais substancioso do ponto de vista financeiro será a atualização dos equipamentos da Rádio USP, com desta-que para nossos transmissores. Apesar do custo elevado na aqui-sição – talvez algo na casa dos 400 mil reais –, um transmissor novo permitirá uma maior e melhor capacidade de transmissão e uma economia de energia elétrica provavelmente significativa. Considerando a economia que já foi feita em outras áreas da SCS e a economia que teremos no consumo de energia elétrica (atu-almente na casa dos 120 mil reais/ano só com o transmissor do Pico do Jaraguá), acreditamos na viabilidade desse investimento. Um novo transmissor garantirá também uma melhor qualidade na transmissão da Rádio USP.

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ConclusãoDepois desses quase dois anos de traba-

lho, alguns aspectos ficaram patentes para muitos de nós na SCS. O principal deles é simples de enunciar: uma universidade pú-blica como a USP deve saber se comunicar e deveria se comunicar com mais presteza, mais clareza e mais qualidade do que hoje.

Não queremos aqui incorrer num lugar--comum, num chavão ou num desses bordões com os quais todos concordamos. Qualquer um poderia assinar embaixo da afirmação de que a comunicação poderia e precisa ser melhor do que é. Ninguém discordaria disso. O argumento aqui é um pouco mais tenso do que parece. A ques-tão poderia ser formulada nos seguintes termos: se a USP não souber se comunicar – consigo mesma, com a sociedade civil, com os setores organizados dessa socie-dade, com o mercado e com as autorida-des públicas – é provável que as próprias causas da universidade pública venham a

sentir abalos no médio prazo. Que nin-guém se iluda com o conforto da inércia.

A USP deve desenvolver e fortalecer, o quanto antes, canais de comunicação regu-lares, institucionais e estáveis. A comunica-ção por espasmos — na base de forças-ta-refa que deem conta de crises agudas, em mutirões de gente voluntariosa e desprepa-rada — pode aliviar as urgências, mas não constitui uma solução à altura do porte da USP e dos reveses hostis que sobre ela se abatem e se abaterão. A solução passa pelo vigor de canais regulares, institucionais, estáveis – que, por definição, devem ser também democráticos, inclusivos, abertos, transparentes, mais dialógicos do que estra-tégicos e, por fim, de boa qualidade.

É verdade que já temos alguma coi-sa. Nós – e aqui o “nós” significa “nós, a USP” e não apenas “nós, a SCS” – já temos alguns canais que carregam alguma tradição. A Rádio USP talvez seja o princi-pal deles. Mas isso é pouco. Os adversários das causas maiores da universidade pública já se comunicam melhor, e já faz tempo. Ainda não temos, na USP, um projeto estruturado de comunicação dialógica. Não temos nada que chegue perto disso.

Diante desse horizonte, a experiência de trabalho da SCS é uma gota. Tem seu valor e deixa lições preciosas, mas é ape-nas uma gota.

O presente documento foi redigido por Eugênio Bucci, Marcia Blasques e Marcello Rollemberg. Clayton Pinto levantou e checou os dados numéricos (finanças, pessoal, audiências etc.). Thais Helena dos Santos assina a diagramação e o projeto gráfico deste caderno.

Se a USP não se comunicar melhor e rapidamente, ela não sobreviverá. Poderá sobreviver aos pedaços, poderá resistir mutilada e descaracterizada, poderá subsistir como um resíduo do que sonhou para si, mas não sobreviverá como é e, menos ainda, como promete ser.

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Agradecimentos aos que fizeram acontecer

Marcia Blasques, mestre e doutora pela ECA-USP, res-ponsável pelo Portal da USP desde 2004, coordenou a refor-ma do Jornal da USP, o novo desenho do organograma da SCS e atua ativamente na renovação da Rádio.

Marcello Rollemberg, mestre e doutor pela ECA-USP e superintendente de Comunicação Social entre setembro de 2014 e agosto de 2015 (o único funcionário de carreira a chegar a esse cargo), foi um multi-instrumentista. Liderou pessoalmente a renovação da Rádio e a reforma do Jornal da USP, que migrou do papel para as plataformas digitais.

Clayton Pinto, funcionário administrativo, soube liderar o grupo responsável pela análise dos contratos e participa ativamente de todo o processo de transformação da SCS, fornecendo soluções eficientes e criativas.

Marta Castro, recém-saída da USP no PIDV, soube administrar um quadro de mudanças profundas na equipe administrativa, contornando as inseguranças normais neste processo e criando novos fluxos de trabalho para a Superin-tendência.

Cinderela Caldeira, na SCS há mais de 15 anos, foi edi-tora da extinta revista Espaço Aberto, assumiu o comando do jornalismo da Rádio USP e também o posto de editora de Atualidades. Sem ela, as mudanças não teriam acontecido.

Cristiane Pradella, há 15 anos na SCS e hoje produto-ra do noticiário Jornal da USP, na Rádio USP, atuou com brilho na montagem das atividades de planejamento e inte-gração de equipe.

Verônica Lopes, responsável por muitas das ações de marketing e relações públicas da SCS com as diversas uni-dades da Universidade e mesmo com os órgãos centrais, contribuiu para o planejamento e demonstrou enorme capa-cidade de coordenação e visão estratégica.

Ligia Trigo, ex-diretora da Rádio USP e hoje funcioná-ria da ECA, aceitou o convite de nos ajudar na coordenação de reuniões de planejamento estratégico e dirigiu sessões em que as equipes trabalharam na formulação da missão, da vi-são e dos objetivos da SCS.

Aline Naoe, uma das mais novas jornalistas da SCS, des-pontou como um dos maiores talentos no jornalismo com as novas tecnologias.

Denis Pacheco, talento jovem, conhece como poucos as lógicas das mídias sociais e participou ativamente do plane-jamento do Jornal da USP na versão digital.

Thais Santos, designer extremamente talentosa, conhece como poucos as artes gráficas e digitais. Sabe transformar informações importantes e complexas em infográficos claros e lúdicos.

George Campos, webdesigner de raro talento, pilotou a migração do Jornal da USP de sua versão em papel para o mundo on-line.

Hérika Dias, atual titular da editoria de Universidade, fi-cou responsável pela interface da SCS com as Pró-Reitorias e órgãos centrais, e se afirmou como uma das principais lí-deres do nosso jornalismo.

Luiza Caires, atenta jornalista científica, está na SCS há nove anos e, graças ao seu empenho, tornou-se titular da editoria de Ciências, tendo sido uma das forças vitais da mudança.

Valéria Dias, repórter da SCS há mais de 15 anos, aju-dou a traduzir as diretrizes em material jornalístico de pri-meira grandeza. Também integrou a equipe que planejou a migração do jornal.

Francisco Costa, editor da Revista USP, soube encarar os desafios e ajudou a melhorar ainda mais uma publicação já conceituada, tornando-a mais adequada aos novos tempos.

Celso Filho trabalhou na USP por mais de 30 anos e nos últimos 16 anos foi diretor da Rádio USP, desligando-se no PIDV; foi uma ponte afetuosa e eficaz entre o passado e o futuro da Rádio.

Silvana Pires, uma das pioneiras da Rádio USP e res-ponsável pela sua programação por muitos anos, ajudou a manter o espírito de união da equipe e a construir uma nova rádio.

Rose Talamone, jornalista em Ribeirão Preto, responsá-vel pela Rádio USP naquela cidade, onde coordena também toda a comunicação do campus, foi uma verdadeira heroína em prol da integração das duas equipes.

Cido Tavares, locutor e operador, foi um dos mais en-gajados e entusiasmados com as mudanças desde o início.

Dagoberto Alves, operador e atual responsável por toda a parte técnica da Rádio USP, foi fundamental no acolhi-mento da equipe que não conhecia o funcionamento do veí-culo, ensinando e ajudando a melhorar a capacitação desses profissionais.

Gustavo Xavier, jornalista, foi uma das pessoas que des-de o início compreenderam o tipo de trabalho que as mudan-ças propostas pela Superintendência exigiriam, e contribuiu de maneira decisiva para que o projeto tivesse êxito.

Anilda de Fátima, funcionária da SCS praticamente desde sua criação, participou ativamente das mudanças ad-ministrativas, assumindo novas responsabilidades e ajudan-do outras pessoas da equipe a compreenderem a situação que se colocava.

Christiane Braga, funcionária administrativa, braço di-reito da Marta Castro, conhece o funcionamento da Superin-tendência e está sempre disposta a colaborar.

Marcia Cruz, secretária de Gabinete, foi fundamental na organização dos eventos, no atendimento dos funcionários e na manutenção de um ambiente positivo.

Simone Gomes, funcionária administrativa, sempre dis-posta a colaborar em todos os processos, não só entendeu e abraçou as mudanças, como foi peça-chave para ajudar os outros funcionários a integrarem todas as alterações reali-zadas.

Luciano Malully e Vitor Blota, professores da ECA, pesquisadores conceituados na área de Rádio, serão parcei-ros fundamentais para a formatação e realização do Seminá-rio Internacional de Rádios Públicas que pretendemos fazer em 2017.

André Singer, Carlos Eduardo Lins da Silva, Ciro Marcondes, Gilson Schwartz, Guilherme Wisnik, João Steiner, José Álvaro Moisés, José Eli da Veiga, José Gol-demberg, Luciano Nakabashi, Luli Radfahrer, Marilia Fiorillo, Marisa Midori, Martin Grossmann, Paulo Saldi-va, Pedro Dallari, Raquel Rolnik, Renato Janine, Ricar-do Alexino e Rubens Barbosa, mestres em suas respectivas áreas, concedem parte de seu tempo para colunas semanais cujo conteúdo enriquece nossa programação diária.

Nosso agradecimento especial a todo o Conselho Gestor do Campus de Ribeirão Preto, atualmente presidido pela professora Silvana Martins Mishima, da Escola de Enfer-magem, que acolheu a proposta de integração da comunica-ção daquele campus à SCS e teve sensibilidade e generosi-dade suficientes para dar seu aval ao projeto.

Em todo o quadro apresentado, alguns servidores da USP merecem agradecimentos especiais pelo papel destacado que desempenharam. São eles:

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Superintendência de Comunicação Social

MissãoPromover a comunicação jornalística com autonomia e postura crítica, dentro dos padrões da comunicação pública democrática, entre a Universidade e a sociedade, com ênfase em divulgação científica, cultural, institucional e da vida universitária, além da discussão dos temas da atualidade, a partir do conhecimento acumulado na USP.

ObjetivosNoticiar e explicar com ineditismo as pesquisas científicas desenvolvidas na USP, em linguagem acessível, atraente e criativa.

Fomentar e difundir as diversas expressões culturais do Brasil a partir do conhecimento cultivado na USP, com o propósito de qualificar o gosto do público e aprimorar seus padrões de convivência com a arte e as formas de conhecimento que ela propicia.

Expor ao público os contextos que elucidam os sentidos menos imediatos do noticiário de interesse geral e explicar os acontecimentos do Brasil e do mundo a partir do conhecimento produzido na USP.

Aproximar a USP da vida dos cidadãos brasileiros, abrindo janelas para que o contribuinte possa enxergá-la, conhecê-la, compreendê-la, fiscalizá-la e valorizá-la como merecedora do imposto que a sustenta.

Contribuir com seus meios para a comunicação interna e para a comunicação institucional da USP.

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