1904—anno i — numero 13 -...

4

Click here to load reader

Upload: trinhhanh

Post on 13-Feb-2019

224 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: 1904—ANNO I — NUMERO 13 - purl.ptpurl.pt/24292/1/949015_1904-11-15/949015_1904-11-15_item2/949015... · Augusto quiz imitai-o, encarre- gando Tito Livio d'essa missão Toda a

Porto—Terça-feira IP de Novembro 1904—ANNO I — NUMERO 13

R«da«tor politico: H€LlIODORO SHIiôHDO

Seoretario de redacção: Dr. JOSÉ D'ARRIAQA Redacção, administração e typographia — Rua das Flores, 178

Editor: ANTONIO MANUEL VILHENA

O que e uma

monarchia

Muitos accoitam o systema mo- narchico, como sc dizem catholicos, sem conhecerem o que, na verdade, seja uma monarchia e o catholicis- mo.

Vão na corrente geral das ideias sem consciência de si mesmos.

Defendem doutrinas, ou porque é moda, ou porque obedecem ao poder sugestivo des auctores que leem, e dos oradores que os emocionam; ou porquo, finalmente, sâo as que mais se ajustam com seuj interesses pro-1

dos deuses, que assistiam aos desti- nos dos impérios, como assistem ao

I destino de todas as coisas. Presi- ! diarn á vida da humanidade, como á I de todo o universo.

Adoravam-so os reis, ou como proprios deuses, ou como assistidos dos deuses. N'ellos só residia a sciencia da governação, que não era dada aosmortaes dos homens. Quun- do Jehovali elegeu Saul para rei do sou povo, aquello transformou-se n'um ente estranho e superior aos mais homens. N'elle entrou o poder de prophetisar, porque Deus d'ahi por diante ficou assistindo ao espi- rito d'elle, illuminando-o com sua infinita sabedoria no governo dos filhos d'lsrael

A divina arte de governar passou para o elegido do Deus, que só po- dia conduzir o povo hebraico no ca-

TRIBUNA

prios. A republica é o único systema: mjnho da verdade e da justiça,

politico proprio das raças livres, Qs filhos dos reis deuses herdam independentes e progressivas, como ^os paea BUag qualidades divinas; e as aryo-europeias. 03 (j08 rej8 elegidos dos deuses já

Nasceu com estas e as tem acom- nascem por estes predestinados pa- ra o governo dos seus povos.

Tal foi o direito publico que nas panhado até hoje.

Foi Alexandre o Grande o pri- meiro, que na antiga Europa iniciou a propaganda no campo da sciencia em pró da monarchia e contra a re- publica.

Augusto quiz imitai-o, encarre- gando Tito Livio d'essa missão Toda a historia d'este auctor tem em vista fortalecer a monarchia no animo dos romanos.

Aquelles dois monarchas tem ti- do muitos imitadores na Historia moderna e na contemporânea Esta- beleceií-se na Europa uma falsa corrente em pro da monarchia e con- tra a republica. Psra se conhecer esta, é preciso i-onhecer aquella.

A monarchia nasceu no melo das raças moles, indolentes o servis do Oriente, na quaçs estiveram muitos séculos sob o domínio da theocracia, que as subjugou por compieto coni o sentimento religioso. Ao governo dos deuses, ou da classe sacerdotal, seguiu-se o dos reis deuses, ou repre- sentantes na Terra do poder divino. A monarchia theocratica, ou sacer- dotal, foi substituída por uma mo- narchia laica, ou do» reis. Uma e outra constituem essencialmente o governo de um só, e presuppOem a intervenção directa, ou indirecta, dos deuses no governo dos povos.

O systema monarchico não com- porta, nem a fórma oligarchica, nem a democratica; com elle só é compa- tível a exclusiva soberania e aucto- ridade do rei. Este é o eixo único em volta do qual giram, não sómen- te toda a machina do Estado, como também a sociedado toda.

As ficçOes e burlas do constitu- cionalismo já estão desfeitas por completo; já cão illudem os povos. A experiencia de quasi um século tem-lhes ensinado, que as monar- chias constitucionacs n&o differem, no fundo, das absolutas. Os reis oontinuam reinando e governando

Em Portugal, e no século XX, não se veem todos os partidos consMtu- cionaes empenhados em dar toda á força e latitude á auctoridade real, base do regimen absoluto?

A isso os impelliu fatalmentoro systema monarchico, ou governo do um só. Tal é a ultima phase do constitucionalismo, passado quasi um século da sua existencial

No seio d'olle anniquilou-se, quer a fórma oligarchica do partido conservador, e quer a democratica do partido progressista, que morreu para sempre.

Um e outro partido abraçaram a doutrina do poder real como a úni- ca base do syst- ma politico. A mo- narchia não tem mais do que uma fórma de governo: a de um só.

Assim foi no Oriente, em toda a historia antiga da Europa; e a essa fórma Be reduziu, depois que assen- tou definitivamente emsuasbases pró- prias na Historia moderna e no ul- timo período do constitucionalismo.

E' que ee8e systema politico é fi lho, não só do antigo Oriente, como também do estado mental da huma- nidade nos tempos primitivos da historia d'aquelle continente, que n'elle se tem mantido, podo-se dizer, até hoje.

Segundo o pensar d'esses tempos remotíssimos, e devido á influencia secular das theocracias, os reis, ou eram ob proprios deuses governdo os povos; ou seus delegados na Ter- ra. Aquelles primeiros pertencem aos paizes em que imperaram a rdigifio « a philosophia pantheistas como a índia e o Egypto; os segundos per- tencem aos povos PcqiiBses de reli- giões espiritualistas, como a Judea

N'uns

primeiras idades da Historia gerou o systema monarchico, proprio só da mentalidade d'esses tempos re- motíssimos. E, segundo o exposto, a forma natural e única d'esse sys tema politico é a de um só, ou o regimen absoluto Não tem outra E comprehende-se isso, desde que a monarchia presuppõo a interven- ção directa, ou indirecta, do Deus no governo dos povos. Só Deus co- nhece as leis, a que sujeitou todas as suas obras, incluindo as socie- dades humanas, que lhe mereçam especial cuida lo, segundo todas as religiões até hoje existentes.

A monarchia dos reis foi a sue cessora da theocracia, tanto na Ju- dea, como nos mais estados orien- taes. E foi exactamente a theocra- cia christã, ou o poder dos bispos e dos papas, intervindo no gover- no dos povos germano-christãos, que introduziu na Idade Media o direito publico do Oriente e o direi to divino.

Os bispos assumiram a soberania politica, e principiaram a eleger os reis francos e os godos do Iiespa- nha.

D:* theologia christã surgiu o di- reito publico, que provaleceu na Europa, depois que a egreja se apo- derou da soberania politica e da direcção dos estados de Italis, Fran- ça e Hespanha.

Os • stadistas e legisladores ec- clesiasticos inspiraram-se sobre tu- do na Historia sagrada. Da Judea principalmente provieram as mo- narchias divinas da Idade Media daHistoria moderna europeias Cons- tituem o systwua politico proprio do catholocismo.

E como a monarchia, filha do Oriente, contem em si apenas a for ma absoluta, por iss» o constitucio- nalismo retrograda a ella fatal mente.

Jose d'Arriaga.

GommemoraçÕes

rtS de novembro

Cominem oração reliiiosa: A Egre- ja commemora Santa Gertrudes Ma- gua, o que parece indicar que ha uma Gertrudes mínima.

Coinmemor/ições civit: Em 1647, Pascal, o grande sábio do Porto Royai, consegue demonstrar a gra- vidade do ar e a pressão por elle exercida sobre os líquidos que estão á superfície da terra.

— Em 1889. approveitado em sen- tido republicano um movimento de opposição ao governo, é praclamada a Republica do Brazil. O chefe do movimento, marechal Deodoro da Fonseca foi o primeiro presidente da Republica.

Alpha.

Missões republicanas

Por maiB generoso qu® seja um ideal, por mais justa que seja uma aspiração, se não tiver apostolos que a propaguem, não adquiria adeptos.

A chamada força de iftercia, que é a resistencia passiva ao movimen- to, não pertence só á matéria: perten- ce também ao espirito.

Para que um individuo modifique as suas opiniões recebidas próvia- mente, ninguém confie de qualquer actividade espontanea. Só o estudo ou a suggestão podem levar a um tal resultado.

Quem foi educado monarchico e catholico, o depois nunca leu um livro, nunca leu um jornal, se con- servou alheio a todas as discussõos, nunca assistiu a uma prelecção, esse individuo ficará eternamente monar- chico e catholico, o nem sequer con- ceberá que se possa ser outra coisa

Todos aquelles que na sua vida tivere ensejo de mudar de opinião politica ou religiosa, devem mesmo recordar-se de que, a principio, a ideia que depois vieram a abraçar, lhes causou certa surpresa não isenta de irritação. O espirito ama a quie tação como o corpo deseja o descan- ço. A contrad cção provocou porém a analyse, e a aualyse fez descobrir os pontos fracos da doutrina rece- bida, tornando viavol a acceitação da doutrina nova, após algum tempo de exame e de hesitação.

Ora, para transformar a alma col lectiva d'um povo atrazado como este nosso, e por cumulo de males analphabeto, é preciso que al- guém tome sobre si o encargo de o ir agitar na sua estagnação intelle- ctual, denunciando-lho a torpeza dos princípios recebioa.

E essa a tarefa dos propagandis- tas. que são os missionários da Re- volução.

Os missionários religiosos vão le var a pretendida luz do Evangelho aos povos ainda barbaros Os catho- licos vão por conta das respectivas ordens religiosas; os protestantes por conta das sociedades bíblicas.

Ha fundos de reserva, n'uma e n'ou ra religião, para os gastos d'essas missões.

Ora, relativamente aos nossos ideaes de justiça, os povos, por esse paiz fóra, podem considerar-se ainda com barbaros, dada a sua incapaci lade para os poderem coníprehonder abraçar.

O que é preciso?... Que o partido republicano faça o

mesmo com relação a esses, que com relação aos povos barbaros fa- zem as religiões proselyticas.

Urge estabelecer missões de pro paganda; escolher missionários que vão a todos os pontos do paiz levar a fé e a esperança da redempção na cional pela Republica. O partido eo cialista allemão dá-nos um optimo o approveitavel exemplo. Do seu co- fre de propaga ida saem todos os dias subsídios para missões. Ha ho- mens que, no partido, não exercem putra funeção: são conferentes pagos para estudarem as questões, syste matisarein a propagarem a doutrina do Socialismo. Na fjelgicaena Itália accontece approximadamente a mes

A CONVENÇÃO FRANCEZA

(1792-1793)

DESDE 21 DE SETEMBRO DE 1792

Constiliiifào (ia grande assembleia revolucionaria

ATÉ 21 DE JANEIRO DE 1793

EXECUÇÃO DO REI XkUXZ KlTE

actas idas sessões

Continuado do n.° antecedente VERGNIAUD.— Restringir o circulo dos

cidadãos elegíveis é, evidentemente, contestar ao povo o sua soberania; mas trata-se de fa- zer a applicação do principio para so attender ao bem-estar do povo. Não pôde haver_boa administração da justiça quando a lei nào é observada pelo juiz. E" preciso, pois, assegu- rar que o» or^ãos da lei terão os conhecimen- to* necessários para fazerem a sua applícação. Infelimnente, as leis téern sido feitas pelos ho- mens; e os seus interesses e as suas paixões téem-nos desvairado. N'este estado de coisas, como è que um homem de bem, Bem conheci- mentos, se não tornaria um homem funesto?... O povo não torá, dizeis vós, censura alguma

fazer-vos.- Mas nem por isso cumpre menos tomar medidas para se evitar, tanto quanto fdr possível, qne elle incorra em erros. Pare- ce-nos, pois, que, reconhecendo o principio

Os reclamos llralws

O «Alarmo» segue a praxe no tocan- te aos reclamos tneilraos.

Sempre que t< m espaço para isso, publica-os taes quaes lhos mandam as respectivas empresa", mesmo quando não perfilhe os seus conceitos críti- cos.

K' um b< nefici que se faz ás empre- 7.as ibeatraee, ajiidundo-as na sua car- reira.

A fim de evitarmos "quivi c s pa futuro, as criticas

Convenção, informa a assembleia quanto ao inciviamo do ofttcial trucidado. Hillaud-Y aren- ues relata qg Cactos de que foi testemunha quando da sua viagem a Cnálous na qualidade ue coinmiss&rio do poder executivo. Accuaa, com provas, o marechal Luckner. Depois, dá conhecimento d uma carta dirigida pelo gene- ral Tazenuin ao duque regente de lírunswich, a 14 de setembro, e encontrada no bolso d'um secretario que foi aprisionado).

A sessão ó levantada às 4 í|2.

Sessão da noite Um doB secretários lê uma carta dos com-

uiissarios mandados à fronteira do Norte. Díz- se n'ella que o alistamento dos voluntários é considerável nos departamentos da Somme, do Pas-Je-Culaia a do Norte; qne o inimigo fingiu

vender eofferocel-os aos «idad&os lyoneaes pelo preço que elle» mesmos (liarem. Esta respeitá- vel commnna nâo quer conservar, diz «Ha, se- não o que lhe seja strictamente necessário, ronsiderando-se muito feliz por poder sacrifi " car-»e em favor dos «eus irmãos de Lyon du, rante todo o tempo que a patria estiver em perigo e qne as manufacturas d'esta cidade baixarem a sua producção. Esta sublime de- terminação foi proclamada, e os habitantes de Eriguy, apparecem aqui com os genero» indi- cados, trazendo ao peito o nome da sua com- muna—Rola ml..

A assembloia nomeia Vitet, Legendre • Boissy d'Anglas para irem a l.von oomo com- mlssarios.

Servan, ministro da guerra, manda i Con- venção uma carta do general Kellermaun ftnaunciando a Victoria de Valmy. (Mmtoi applaum»).

Por fim, a assembleia decide que ficar&o sempre doze dos seus membros na sala, du- rante o intervallo das sessões.

(Continua).

FABRE D EGLÂNTINE

mesma coisa, bem como em França e na Inglaterra

E' mediante o trabalho d'estes apostolos que a ideia se propaga adquire proselytos; e o partido, pa gando-lhes o labor, nada mais faz do que garantir-se a existencia do que podomos chamar o Beu corpo do cente.

O partido republicano está, ao que parece, a entrar n'um período de fe- cunda reorganisaçào.

Uma das suas primeiras e mais inaddiaveis necessidades está na creação d'um cofre de propaganda, e subsequente constituição dos tur- nos de orégadores.

O partido republicano precisa de numero dos seus ade- augmentar o

Ptos; mas precisa de dar, aos que já e chego..

seria conveniinte faxel-o baixar a uma cotn- missjo para ella aprosentar um projecto de lei que será submettldo & soberania do povo...

OSSELIN.—Os augures, fitando-se uns aos outros, riam-se. O mesmo deveria acontecer com os jurisconsultos, e podem acreditar-me por que eu fui-o por muito tempo. Preten- dia-se tombem addiar a creaçSo dos juizes de paz, dando essa instituição como prematura; e afinal o experiencia demonstrou quanto ella tem de salutar. Nâo tardará que aconteça o mesmo com a eleição dos juizes fejtji indis- tinclamente de todos os cidadãos. Não cons- tranjaes o povo a passar por ura bosque onde talvez o degolem, quando elle pôde tomar por caminho direito. Proponho que. convencidos pela vantagem do estabelecimento dos juizes ie paz e das jurisdições consulares, deis o ul- timo golpe nas velharias judiciarias.

THURIOT.—E' impossível negar quo os juízo» não té era o patriotismo necessário para Integramente cumprirem as suas funeções. E, sendo assim, é preciso tomar uma niedida que obste a e.«se Inconveniente. E' preciso collocar á frente do tribunal ura homem capaz do re- digir as sentenças, um homem que tenha, ao menos, auctoridade para dizer aos Beua colle- gas:— Eis a lei.—Além dUsto. ó preeiso forçar os juizeB a conduzirem-se de tal fórma que o povo possa verificar se ellea tóem a virtude e a« luzes neoessarias.

O presidente põe á votação o principio: ,A Convenção nacional declara que ob jui-

zes poderão ser escolhidos indistinctamente •ntro todos os cidadãos».

Propõe-ao que as emendas baixem a uma commissão. e a questão prévia é reclamada sobre esta proposta.

J/AN'JUiN'AIS,—Nós pereceremos a breve espaço »o njo fizermos um regulamento. Apar- cetieis-vos da prooipitaçflo com que vos arras- tam?... Um feli* exemplo vos treivana. Abo- listes precipitadamente a realeza: ó que esse desejo estava cm todos o» corações. Mas acautellae-voB; sc nlo estudardes bem os vos- sas leis ninguém a» cumprirá, ou deapre- zol-as-ha, e despiezar-vos-h» tombam.

(Vergulaud apoia a proposta da remessa das emendas ao exame d'uina oommtssã'», e a Convenção decretoa remessa a uma commissão para 01 meios de execução. Kerraint dá, em nome da Comedia italiana. ;»:0W libras, produ- oto d um espectáculo realisado para auxiliar as dnapezas da guerra).

111 T.IvAUD VARENNES lè uma carta que acab» de racebep tjoa commissarioB do poder executivo em Chalona E' dati^di} de Vil de Hetem- bro, á uma hora da madrugada, q di* assim:

• Aproveitamo-noa. caro concidadão, do cor- reio qu o onvlamoa ao conselho executivo, para vos dizer duaa palayras lUierça do que se cavallariu ligeira do Inimigo

O desastre em Africa

As noticias chegadas de Mossamedes para collegas nossos de Lisboa e Porto são de encher todos os corações de por- tuguezes de horror e do colora.

E' um estendal de desastres que, se possível fira consideral-os dependen- tes d'uma vontado maléfica, proposita- damente apostada em preparal-os, re- vestiriam o caracter de verdadeiros crimes do traição, de verdadeiras infa- rnias, de torpíssimas ciladas de portu- gueses contra portuguezes.

A hypothese é inadmissível. Estamos apunas em frente d'uma tremenda iin- becilidade,d'um gravíssimo caso do im- previdência, criminoso sempre um h.i- mem que, tendo as responsabilidades do com mando em campanha, tem fecha- das na siaa mão as vidas e a victoria dos soldados do seu comm indo.

Não houve energia, não houve bom- senso, não houve conveniente distri- buição de munições.

Os soldados portuguezes não foram para uma batalha: foram para um ma- tadouro.

Houve cargas de cavallaria tão glo- riosas pela bravura que revelaram, co- mo as melhores de que resam os fastos militares; houve actos isolados do he- roísmo da nossa infanteria, qvo devem encher-nos do orgulho.

Mas tudo isso nada valeu para neu- tralisar os erros de officio do capitão Aguiar.

Na repisaremos o que está dito pelos nossos colle*gas de Lisboa e pelos nos- sos callegas matutinos d'esta cidade.

O que queremos ê lavrar o nosso pro- testo contra imprevidência tão fatal, qu» tantas famílias cobriu de luto, eque de luto cobriu a nossa bandeira.

Aguardemos agora a justiça que o governo eetender dever ordenar.

até Aure, onde cá estáo o aos que vierem, a pleua | intercepta as c<jnununiçn,õas, o geinirnl Du

JU0 WÊ fórma do seu funccionamento, e[ con9erva a sua

consciência do que seja a Kêpi^Í8a,gòW conserva a sua ppsiçã'). Estabeleceu a sua

papel que lhe está reservado na | ^j^e.^íSo araánW da do reorganisaç&o nacional.

E o de manhã. O povo, não sei pofqu". j i.nitt «m tj,l I.irnmiier. tenontf coronel

_ reupoEsa- e n'outr0B povos acredita- bilidade, terão seu logar marcado na

Vft-Jje que o governar era proprio eó secção «Notas de Arte,

iro li deu que se diz com relação aosi H8 um tJl1 Wraouíer, wh®nt> ç0^".1'^0

, " , t i tliíí regimento do Deiphlnauo. ll<y- "*• • ro

republicanos,deve entender-seegual L^Vihe encontrwios documentos que provam dos livres oeusadores. a aua intellifenela com OS emigrados, e ama 1 - • carta em que elle dizi» que n5'. «ahia nunca

•m levar comslgo um laço branco. O povo fez iijpnw MPPHI

«Ide, e "nsinae todas íís gentes, bapiisaudo-us em nome da Justiçai» justiça sunxmaria: dej/oU de o inator. arremei-

aon-lhe o corpo a um braço do Marne • a ca- beça a um outro.»

Heliodoro Salgado. I lp coronel d'ayielle regimento, dejmtado

dirigir-ae para Mauberg e qne a guarnição e es habitantes d!aquella praça estavam disposto» a resistir tenazmente. Que o inimigo ae diri- ge para Valencienncs e que elles estão pres- tes a regressar. -Depois faz-se a leitura d'outros documentos, e entre elles o d'uma carta da communa de Saint-Malo em nue se annuncia que os cidadãos d'aquella cidada ae recusa- ram a receber o primeiro batalhão do regi- mento n.« 31, por ser accusado de ter parti- lhado a covardia d^quellee que trahiram a ciaede de Verdum.

Esta carta ó enviada ao poder executivo. Oa cidadãos da secção de S. Nicolau do

Chardonneret offerecem á assembleia 108 mar- co» de prntas da confraria de 8. João.

Papiilon, coronel da primeira divisão dc fendarinoria, offerece á assembleia a sua cruz

s S. Luiz. Os membros do tribunal de cassação, que

estão presentes, téem a palavra. TIIOURET, presidente do tribunal de cassa-

ção.-Vimos reconhecer « honrar em vAa os re- presentantes legitimo» do povo francez. Ob motivos e na consequências do nosso acto são o juramento, que vimos prestar peraute vós, de nos conservarmos fieis aos dogmas sagrados ila Uberdade e da egualdada. Respeitamos em vós o justo poder que o povo tem sempre poder mudar a aua fórma de governo. Promettemos submianão inteira á constituição que ides esta- belecer. Conheceis bera as necessidades do po- vo; sabeis o que exige o bem-estar da França. A convenção ó o fundamento de todas as es- peranças. O Estado já eati consolidado. Já a segurança das pessoas edas propriedades, sem a qnal não poue haver cidadão nem patria, estão garantidas pela força das leis.

Que cesse, pois, esta divisão criminosa que, por uma funesta inquietação, parnlysa a «oragem doa boua cidadãos que se uevem in- teiramente á salvação do paiz! E' á Conven- ção que devem juiltar-se todos aquelles que não querem dilacerar o seio da patria, e nós daipoa o exemplo 4",,5aa juneção sendo os pri- meiros a jurar que defenderemos com todo o noiso pocior as leis que emanaram d'ella o que o povoso berano aaiiceionar! (Applauscs).

Em aeguldn, lé-so uma carta ao ministro do interior que diz assim:

•8nr. presidente: As notioias que acabo de receber de Lyon continuam a aer alarmantes; o aouaelho da communa, para ceder ás cir- cumstancias, taxou o pão, a oarne. n mantei- Í'i\ e os ovos por um preço inferior ao daquel- as generos. Por outro lado, as mulheres for-

rnaram-se em bandos e saquearam diverso» pstabelecimentos, Um cartaz assignado «Cida- dãs de Lyon' foi afixado em quasi toda a cidade, vendo-su n'elle a fixação ao maior nu- mero dos generos alimentícios, e essa fixação é rjuasi metade a menos do valor actual dos meernoa generoa,

Oa corpos administrativos, testemunhaa quasi mudas «Píistai medida» ottraordinarius, não ousam Pesistir-lhos e confe«sam-so Impo- tentes.

Um estado de coisas tão violento não [>o- Jerá subsistir sem que esto cidade seja expos- ta a uma subversão total.

E' n'este momento que seria para deiejar que alguns cotumissarios "-colhidos na Con- venção ^jpeional e revestido» de plenos pode- r.>»,'vleí5ern a I.vou uarn restabaleoerem aqui a ordem e a submissão ás li-ia.

Não devo occulur á Convenção um facto qu« lu" iinufMsiouou fxtremaaieuto: A com- mnna de Erignr. vislnha de Lyon, deliberou traz«r a esta cidade todoa o» generoa alimen- tícios -jue o* açu» b»blt«qtf« costujown

CARTA DE LISBOA

Já de novembro. Com muito reapeito pelos ara. revlaorea do

Alarme me atrevo a fazer uma reclamação. Na carta de 11 »airam estas palavras: «correm Ttuitjuino/mrnle, sob a intelligerite direcção do dr. José d'Almeida, etc.»

Maquinalmente} Não, senhores, maMnalmtnU não escrevi

eu, porque essa palavra não podia correspon- der ao meu pensamento, pela simqlea razão da quo o partido republicano não se move machi- na, impulsiona-se por cerebros.

Feita a referencia, e notando que o dr. An- tonio José d'Almeida não sa chama José d'Al- meida, relevem-noa caturrices, e passemos adiante,

• Já sabem que para o dia 8 do proximo mez

o ultramontanismo prepara, em Liaboa, ao aol da «Avenida da Liberdade», uma das suas gran- des paradas. Eatá marcado para esse aia o acto aolemne do lançamento da pedra, que ha-de servir de base ao monumento á Immacu- lada Conceição. Convidam tudo que está com eile», e com quem podem contar.

Entendo eu que as Bossas praças c as nos- sas Avenidas deveriam servir para eternisar no bronze os heroes da nossa historia, oa fa- ctos grandioaos da nossa vida civioa.

Nem Deus, nem a immaculada Virgem de- veriam precisar para se engrandecerem aos olhos e na ulma crente dos catholicos, de es- tatuas ou Pantheons fóra das suaB egrejaa, onde a piedade dos devotos se pôde levantar livremente.

Nem a politica ultramontana deveria aujel- tar o aeu Deus, a sua Virgem Maria, os seus santos ás irreverências mundanas das praças publicas e dos grandes passeios.

Nem Deus precisa estar aqui, ou além, por- que está em toda a parte, segundo a doutrina catholica, um tanto ou quanto contrariada pela lei physica da Impenetrabilidade.

Nem a Virgem Maria, ou qualquer santo da côrte do eéo, carecem de exposição perma- nente, por que se não tiverem as suas ima-

nos corações doa fieis, não precisam sur erabradas aos que oa querem esquecer, ao ju«

deu, protestante ou outro não catholico, que nada pretenda da religião christã.

N'um paiz liberal i- tolerante, a estatua da Immaculada Conceição n'uma praça publica representa um facto digno de tempos quo vão longe, que passaram ha seculoa, e nem poderá trazer comsigo actos de irreverencia que, no interesse da sua religião, oa proprios catholi- co» deveriam evitar.

Monumentos e estatuas a santos e a vir- gens. per ahi estão em todas as egrejas onde nódem ser eternlsado» e venerados pelos bons christãos. Fóra d'ea«es templos os mo- numentos aos idplos catholicos pudeni ser li- dos como o Efe usa à mais formosa das 1 Ibenliv des. á liberdade de çonaciencia.

Mai« ainda: quaudu es ta liberdade fór de- vldamento respeitada, quando, çomo n'outros páizes, as religiões nada t«uhain com o Estada, esses monumentos t<*rão de ser apeados em nome da boa lógica e dos bous princípios.

Por isto mesmo melhor seria que os montl- meutos á Virgem continuassem levantado» nas egrejas. em vez de os trazerem para a»' praças publicas. 8ob o ponto de vista iiolitioo. os intuitos do ultramontanismo são bem ria- roa; querem afirmar a sua força, o seu predo* mini», e provocam os liberaes.

Creio que não ficarão sem resposta, por- que eu si nlo que aa oeaaoiauoiM liberaes to* oan a rebate,

Civit,

Page 2: 1904—ANNO I — NUMERO 13 - purl.ptpurl.pt/24292/1/949015_1904-11-15/949015_1904-11-15_item2/949015... · Augusto quiz imitai-o, encarre- gando Tito Livio d'essa missão Toda a

2 O ALARME

De telhas acima

GRÂNULOS DE BOM-SENSQ

XII

Absolutismo E' o regimen do qual todos o» po-

deres estáo concentrados nas mãos d'um homem, cujo nascimento Deus N0380 Senhor teve a pachorra de esperar, para o ungir desde o ventre materno do direito divino do fazer o que lhe appraza, sem ter de dar con- tas a ninguém.

<Por mira reinam os reis e decre- tam os imperadores oqneéjusto» diz a Escriptura.

A Egreja prefere este regimen a todos os outros, mas écom uma con- dição: que os reis se lhe submettam e estejam sempre promptos a execu- tar as suas sentenças. O rei poderá tudo; menos subtrahir-se a ser o braço armado do padre; o qual por seu turno obedece ao bispo e este ao papa, vigário de Jesus C^risto na terra, vice-deus infallivel, que bebe do fino no tocante á verdade divina, pois abicha permanentemente as in- formações directas do Espirito San- to.

O ideal do pontífice da religião da humildade seria este: elle, no al- to da pyramide, dominando os reis, e pelos reis dominando os povos.

Ismael.

Partido republicano

Convocação O abaixo assignado para tal fim en-

carregado, n'uma reunião de republi- canos de differont.es partes do Paiz, realisada no dia 6 do corrente, na ci- dade de Lisboa, tem a honra de convi- dar os membros das commissões mu- nicipais e parochiaes, bem como todos os republicanos da circumscripção do Norte, a comparecerem, no dia 20 do corrente, no Porto á, Travessa da rua Formosa, 12, pela* 11 horas da manhã a fim de se proceder á eleição por suf- fragio directo dos membros que, pela circumsoripção do Norte, hão-de faz er parte da commissão destinada a pro- mover a reorganisação do Partido Re- publicano Portuguez.

Porto, 15 de novembro de 1904. Antonio Luis Gomes.

Commissão Municipal Repu- blicana do Porto

A Commissão Municipal Republica- na do Porto, adherindo oompletamen te ás resoluções tomadas em Lisboa, na ssesãode 6 do corrente, convida todos os repnbl canos a concorrerem á eleição dos membros que pela circumscripção norte, hão-de fazer parte da commissão destinada a promover a reorganisação do partido, e que se deve realisar no proximo dia 20, ás 11 horas da manhã, na travessa da rua Formosa n.p 12.

Porto, 15 de Novembro de 1904. O presidente,

Joaquim d'Azevedo Albuquerque -4>i-

A questão da viação

comício A'manhã, pelas 7 horas da

tarde, no salão da Porta do Sol, effectua-se um comício publico, para tratar do im- portante assuirpto da viação electrica no Porto.

Pelo estrangeiro

Fmncezcs c ilnlinnos Hoje devem chegar a Paris os dele-

gados das municipalidades e das Cama- ras de commercio d'ltalia, convidados pelo comité republicano do commercio o industria d'aquella cidade. Os nego- ciantes e industriaes são para mais de trezentos.

A capital francezaestá preparada pa- ra fazer uma brilhante recepção a seus hospedes e convidados, que n'eila se demorarão desde o dia 16 até 20 do corrente.

A hora da chegada Apare d« Lyon de- veria ter sido ás 3 horas da tarde de hoje.

No Grande Hotel está preparado um lauto banquete aos negociantos o indus triaes, o qnal se effectuará ás 7 horas e meia da tarde, e será presidido pelo sr. Combes, tendo a seu lado todos os mi- nistros.

No dia 16, o conselho municipal nffe- recerá aos delegados dos municípios um almoço, seguido de uma recepção ás 2 horas da tarde. Pelas 7 horas, ha- verá banquete, dado pela camara do oommercio da cidade de Paris nos sa- lfieB doseu edifício.

No altf*l7, effectuar-se-ha uma visita ás fabrioas de Noi«iel\ e á noite espe- ctaoulo de gala na Opera.

No dia 18, o embaixador italiano re- ceberá os delegadoB, que depois visita- rão os monumentos e museus da oida- do. De tarde oelebrar-se-ha um esplen- dido banquete na galeria das machinas offerecido pelo comité francez das ex- posições no estrangeiro. Será presidi- do pelo ministro do commercio.

No dia 19, os delegados irão a Yer- saiíles, onde almoçarão, visitando em seguida o museu. As festas terminarão oom um grande baile nos salões do Ho- tel Continental.

Trata-se, portanto, de uma verdadei- ra manifestação franco-italiana; afim de desviar a Ita ia da tríplice alliança, e aproximal-a da França. Isto,porém,está um pouco prejudioado com a súbita al- liança de ministério Qiolitti com o par- tido olerical. Propendendo para esta, fatalmente se deverá afastar da politica do snr. Combes, e, portanto, da França.

Curso de radio-actividado

O enr. Pedro Curie acaba de inaugu- rar na Sorbonne um ourso especial aos cornos radio-activos.

0 curso será dividido em trez partes: 1.», radio-actividade; 2.» correntes al- ternativas; 3.», questões theoricas: sy- metria, distribuição dos sectores no es- paço.

Madame Curie foi nomeada para che- fe dos trabalhos do laboratorlo do ma- rido, continuando, assim, a cooperar com elle nos estudos e investigações acerca de tão importante descoberta scientifica.

Por emquanto o snr. Curie está limi- tado ao sèu laboratorio da rua Cuvier. Na Sorbonne não ha espaço para ains- tallacão de um outro; alem d'isso, fo- ram votados para esta obra apenas 24:000 francos e 12.000 francos para as despezas oom os estudos e prepa- ros. O snr Curie julga mui poucas es- tas verbas. Na sua opinião só a prepa- ração do radium exige despezas maio- res.

Os 34.000 francos não chegam para a compra doa instrumentos, utensílios e mobília do lab >ratorio.

Fallando oom um redaotor da «Petite Republique», d'onde extrahimos esta noticia, o snr, Curie disse que as ap- plicações therapeuticas do radium já são hoje effioazes, m alguns casos.

Os dentistas servem-se de sulfato de bai-yum radifero. Em Londres e Vien- na trez casos de cancro foram curad ts por meio do radium. Este ainda se en- contra envolvido no mysterio, mas, pouco a pouco, se irá fazendo luz sobre elle.

A reacção no exercito francez

Os jornaes republioanos francezes denunciam um escandalo, que manifes- ta claramente o espirito altaneiro, e a audacia a que chegaram os offlciaes do exeroito filiados nas associações catho- licas.

O facto deu-se na gare de Lyon. O coinmandante Letang, e seu filho,

tene te de caçadores, que fõi a victima de cabalas dos officiaes reaccionários de Chalons e de Dôle, encontravam-«e installados n'um wagpn, conversando tranquillamente, quando ouviram o sub-tenentH Noir, discípulo da escola pratica de Fontainebleau, proferir em alta voz, e por duas vezes, estas phra- ses:«Não entrem, está pestífero. Dentro d'e8te wagon encontra-se a família Ló- tang».

O tenente filho do commandante, descobrindo entre a multidão de passa- geiros o sub-tenente Noir, perpuntou- llui a que vinham as suas allusões á fa- mília Letang.

O ofllcial insultante tentou occultar- se ns meio dos grupos que enchiam a gare, mas foi descoberto pelos dois of- ficiaes insultados, que tomaram o nome d'elle, e participaram o grave acto de indisciplina ás auctoridades superio- res

O commandante Letang tem outro filho, que ó condiscípulo do sub-tenen- te Noir.

Diz o jornal, que nos dá esta noticia que ha grandes empenhos em favor do official que commetteu semelhante aoto de indisciplina contra seus superiores.

Vê-se claramente que os jesuítas e associações catholicas trabalham acti- vamente, para sublevarem o exercito contra a Ropublica.

E o mais engraçado é que clamam e gritam contra o governo e o ministro da guerra, porque lhes vigiam os pas- sos, e buscam descobrir os conspirado- res!

Quando os reaccionários estão no po- der, não cossam de protestar energica- mente contra a indisciplina do exerci- to; fóra do poder é o que se vê.

Foram sempre assim.

Os ralos X e a tuberculose

Os membros da sociedade de estudos dos raios X foram vivamente sur- prehendidos por um relatório que, no dia G do corrente lhes apresentou o dr. Thurston Holland, sobre a applica- ção dos raios X aos tuberculosos.

Aquelle sábio assevera que, em pre- sença dos maravilhosos resultados obtidos com os raios X no tratamento da tuberculose e especialmente no exame do thorax, o seu > mprego fica sendo fica sendo imperiosamente dicta- do a todos os médicos na sua lucta contra aquella terrível enfermidade.

Mister Thurston Holland accrescen- tou que os resultados obtidtís contra a tuberculose são muitíssimo superio- res aos alcançados pelo emprego da luz Fingen nos casos de lupus, e cer- tifica ainda que, nos enfermos d'este genero, os raios X não teem dado ne- nhum resultado satisfatório.

INTERESSES LOCAIÍS NOTICIAS DO DIA Pelos theatros Aformoseamento da cidade

Por ordem da Camara Municipal co- meçaram hontem a ser demolidos seis prédios entre os passoios da Graça o a viella do Assis para o aformoseamento do largo do Carmo, Esses prédios per» tenoiam aos srs. Rodrigues Pinto, Bar- ros Freire, viuva de Eduardo Alves da Cunha e José Maria Pereira.

Para breve estão outras demolições no mesmo local.

Proclamação da Re-

publica do Brazil Hoje, por motivo do anniversario da

proclamação da Republica dos Esta- dos Unidos do Brazil, realisa a colo- nia brasileira desta cidade um banque- te de oessenta talheres no Restaurante Suisso.

Juntamos os nossos aos votos de to- dos esses filhos da nação irmã pela prosperidade da sua patria e pela rea- lisação pacifica alli do programma das democracias ladicaes.

CUITEIRA SOCIAL Diccionario Socialista

XIII Allemanismo

Este nome foi dado á doutrina e tactica do «partido sol i alista revo- lucionário francez», do noraede João Allemane, um dos seus campeões mais resolutos, e redactor em ch-s- fe de «Le Parti Ouvrier» (<0 parti- do operário). Allemane foi um dos que abriram a scisão de Chàtelle- rault, em 1889, não querendo accei- tar a doutrina do mandato impera-j tivo imposto aos deputados socia- listas pelo Congresso Nacional de Marselha dez annos antes, no in- tuito de conservar o representan- te e delegado da soberania popular sob a fiscalisação directa dos repre- sentados.

Sobre o problema economico, os allemanistas são puramente colle- ctivistas, proclamando o fim do to- da a exploração do homem pelo ho- mem, graças á desnpparição da pro- priedade individual e á socialisação dos meios de producção e de troca

Os allemanistas não desdenham da intervenção na lucta eleitoral. Simplesmente, fazem-no, reservan- do-se uma liberdade de acção que tira aos representantes dos povos o caracter de seus procuradores.

A acção deste grupo socialista I manifesta-se por um comité fede- ral ou por uma união regional das organisações adherentes; e por um congresso nacional annual.

Ismael.

O Natal das creançàs pobres Reuniram hontem sob a presidência do sr.

dr. I Ilídio Monteiro, vários sócios da Associa- ção Protectora da Iniancia para levarem a «f- feito um bodo ás crefincinhas pobres, pelos quaes aquella prestimosa associação se inte- ressa. Para este fim. tilo caridoso, tSo alevan- tado e tão humanitário nomeou-se uma com- missão que ficou oumposta. dos seguintes ca- valheiros:

Presidente, dr. Carlos Lopes; secretários os srs. dr. Illidio Monteiro e Ludgero Malheiro; thesoureiro. o sr. Jeronymo Gomes da Veiga; vogaes, os srs. Altamiro Marques. Carlos Al- ves de Souza. Martinho Soares tle Moura. Da- mião Malheiro, José Antonio Fernandes e F. Elisio das Neves.

A commissão nomeada resolveu que desde hoje se começasse a angariar donativo», appe- lando para o generoso publico do Porto sem- pre prompto a cooperar era obras de caridade, como é esta. a das creancinhas.

Os donativos podem ser entregues na rua de D. Pedro, 113, rua da Constituição, 893 e Bomjardim, 404, e os requerimentos para a admissão ao bodo, recebem-se nos mesmos lo- caes, desde o dia 1 a 15 de dezembro.

"0 Alarme,,

A' direcção dos correios

A' direcção dos onrreios dennuncia- mos o caso curiosíssimo de nos esta- rem sendo reoanbiadoB pelo onrreio, «devolvidos,» jornais que enviamos aos nossos estimados assignantes, e cuja f • Ita estos depois nos exprobam —provando assim que não nos devol- veram coisa nenhuma.

Dar-se-á caso que também os cor- reios estejam peitados contra nós? ...

"Jusl'çii dc Guimardos,,

Sob a direcção do sr. José Ferreira, acaba de apparecer em Guimarães o primeiro numoro deste «ornão sooial e defensor das classes trabalhadoras.

O seu editorial termina assim: «IJm gi-vrno do povo pelo povo, eis o

3ue queremo«; em defeza do mesmo e o povo trabalhador, eis ao que vimos». Saudamos affectuosamente o novo

companheiro de armas desejando-lhe larga vida e prosperidades.

Zelo pio e fi^adeira Passou-nos desapercebido o numero

do nosso mirifioo collega «A Pala- vra» do dia 12 do corrente. Alheados das coisas do ceu, como andamos, ra- ras vezes lho dedicamos demorada at- tenção, e assim se explica o lapso da nossa parte.

No ardor da sua devoção, a rapaziada dos estudantes da Polytechnioa indo coroar de nabos a Immaculada Flora da Cordoaria, em processional carica- tura das pandegas ao divino, teve o oondão de provocar no piedoso e sera- phico collega um furioso ataque de fí- gado, e atira-se aos rapazes porque, «na sua inconsciência», perpetraram o desacato, e á policia, porque, d'esta vez, teve o excepci nal bom-senso de não fazer dispauterio.

Ha todavia uma coisa em que pode- ríamos estar accordo oom o collepa, se elle quizesse generalisar: ó em que a policia deveria prohibir todos os corte- jos grotescos.

Por não haver pandegas caricaturá- veis, já não haveria quem fizesse cari- caturas.

Verdade seja que, então, lá se iam as propissqesl . ..

A velocidade

dos telegraphos Um nosso amijjo foi hontem á esta-

ção de S. Bento, meia hora depois de meio-dia, expedindo um telegramma urgente para Paredes.

Veiu depois ató aos escriptorios do «Alarme», escreveu uma longa curta, cavaqueou, foi para o comboio, partiu para Paredes, e, quando lá ohegou ... ainda não estava o telegramtnal

Oh gou ceroa duma hora depois. R, como aquella personagem bíblica

que, por permissão especial de Jahveh, fizera retroceder o quadrante dos tem- pos, assim fazia o telegramma... mas • ra sentido inverso. Accelerando o quadrante dos tampos, elle que fora lançado ás 12 h. o 30 minutos ia data- do das 2 horas e trinta!

Com tal serviço vale mais, paraísos urgentes, empregar oarros de bois.

Sempre ohegam npais depressa.

Juros das inscripções Na repartii'ilo d* fazenda (l'este díxtricto

serio pagos àmaiihá, 10 <lo corrente, os juros do 2.» semestre Uo correu.le anuo do» mulos da dlvldA Interna cousolidada designados nas relações de n.o* 1:503 a 1:890, e ua quinta, das

n.« l:tó»l a 1:887. A conferencia das Inscripçíea com as rula-

Sdifis de juro vorlflca-so na mesma repartição <> fazenda no proprio dia do recebimento.

Um caso de fecundidade Na freguezia de Castello de Neiva, do con-

celho de Vianna. Rosa Pereira de Brito deu á luz quatro creançan. sendo uma do sexo femi- nino e três do masculino.

Dois dos recera-nascldo» falleceram. Na enfermaria

A h 8 horas, em plena tardo d'hontem, Ma- noel Dias, um pobre trabalhador, de 2-1 annos, cahiu ua rua da I.apa, prostrado pela doença. Veio o policia de giro e em masa mandou o conduzir ao hospital, onde ficou na enferma- ria u." 4.

Apuiou-se ser natural de Moguija, conce- lho de Famalicão e n&o ter morada certa no Porto.

Alarme de incêndio Cerca das 2 horas da tarde d'hoje foram

chamado» os soccorros de Incêndio para a rua de Oliveira Monteiro.

Chegando alli os bombeiros municipaes e voluntários, verificaram que n'um terreno Sertenceute ao snr. Martins Seabra, proximo

o prédio n.« 239, estava a ardor um montão de hervas seccas e aparas de arbustos, igno- rando-sc quem tivense lançado o fogo.

Foi extincto por os bombeiros municipaes com uma agulheta. Uma infeliz digna

de compaixão A' sur.» Joaquina dos Santos, da travessa

de S. Sebastiilo, G3, morreu-lhe hoje. uma fi- lha entrevadinhn.

A infeliz mãe, na impossibilidade de lhe fazer o euterro por estar em atraso, devido á sua miséria, com uma sociedade de enteiTOS de que i sócia, roga-nos que a recommende- moK is almaH caridosas, afim de lhu enviatem qualquer obulo com que accuda ás despezas do enterro da pobre filninha.

Para o tribunal A 7 do corrente partioipou á policia, o sr.

Carlos de Mendonça da Rua do Breyner, hou- vera-lha desapparecido de casa uma pequena salva de prata e uma volta d'ouro com dois berloques.

Estes objectos cujo valor real estimado em 12ú£ XW reis. devem ter sido furtados por uma sua creada de nome Maria de Gloria.

Presa a incriminada, negou ser authora do furto, e a policia nãi apurou o destiuo da re- ferida peça desaparecida.

Apezar da negativa a policia cri- ter cm seu poder a authora do furto, valendo-se d esta deducção:

Passando busca á casa de Maria tia Gloria, ahi encontraram insignificantes objectos per- tencentes ao queixoso o que a inculpada nega ter furtado. Se assim ó,—diz a policia—para u caso d'essas minusculas coisas não haverá duvida cm crâr que o seja para trastes (le maior valia.

E assim provando reinatteu hontem a Ma- ria da Gloria ao tribunal do 3.* diitrict >.

Ora isso avezados andamos a vèr a ordem afora da boa lógica que ainda dYsta feita só lhe acceitamos o critério por mero titulo d'in- fomie e sob Jas reservas, que a<j provas cla- ras podem desfazer.

Que isto de condemnar uma reputação e uma vida ií cousa de bem maior monta qne es- padeirar irresponsavelmeutc cidadãos indefe- sos.

Furto de uma saia Foi hojo enviado ao tribunal do 3.» distri-

cto criminal Ludovina Pereira, por ter rouba- do a Margarida Pereira, uma saia de baota, avaliada em 000 reis.

A presa, negou o tacto, mas ha testemu- nhas! que afBrmam tel-a visto com a referida saia vestida.

Noticias militares Foram mandados apresentar na repartição

de abonus e processos, os alferes da adminis- tração militar, srs. Carlos Carvalho Quintino e Luiz Pereira de Loureiro,

—Pediu 20 dias de licença disciplinar, o al- feres medico d'infanteria 18, sr. Josá Augusto Rodrigues.

—íoi indeferido o requerimento em que o aspirante da administração militar, fazendo serviço cm infanteria 6, sr. Antonio Ferreira dc Sousa, pedia 30 dias de licença discipli- nar.

—Seguiram para Guimarães e Penafiel, o major-mcdico sub-inspector de saúde, snr. Alexandre Correia de Lemos e para Braga, o major-medico, sub-inspector do saúde snr. José Guilherme Baptista Dias, afim de passa- rem revista sanitária aos quartéis c mais es- tabelecimentos militares u aquellas localida- des.

Má sina Noute fechada, iam ià dadas as 9.—acon-

chegando bem a si uma bexiga d'alc.ool, Bahia de Aguas Santas para a cidade JasA Joaquim da Costa, Trauspdz as barreiras n'um sobre- salto, receioso de que o olho do fiico lobri- gasse aquella bexiga, onde vinha uin lucro de alguns vinténs para a sua algibeira de pobre. Entrou nas ruas centraes do povoado a silo e «alvo e tirava já da arca do peito saudosos suspiros d'alivio, quando, escorrendo-lhe pelo corpo, sentia um liquido quasi tépido.

—Era o álcool, certamontc, que se escoara da bexiga rota.

Accende um phosphoro e prepara-sc para examinar, quando uma súbita explosSo o atoarda a uma chamarada cortada de loiros azues o envolve e cresta.

Assim se desfazia o seu pequenino projecto de lucros, e ficavam baldas canoeiras e temo- res:—o álcool incendiado, perdera-se e o seu corpo estava tostado e era cha :a.

E n'essa conjuctura, sumida toda a firmeza d'animo, o bom do homem entrega-se aos cui- dados do policia do giro na Praça de D. Pe- dro que o lovou 4 enfermaria n.<» 5 do Hospital da Misericórdia.

A bisbilhotice oíHcial averiguou ainda que o Costa, morando actualmente na travessa de S. Diniz. iS natural de 8. Salvador, do conce- lho da Felgueiras.

Casos miúdos Pelas 3 e meia horas da madrugada de ho-

je, foram presos na viella (la Liceiras, 4 ra- tões a quem.o vinhp dou para fazer distúrbios n uma casa de toleradas u'aquella rua.

O cabo n." HHH, Manoel Leite, aprohendeu aos prusos uma navalha de ponta e mola um canivete, e um revolver,

Foi tudo enviado ao 1." distriebo crimi- nal.

Viriato Martins Torres, solteiro, industrial de tecidos, morador na rua do S. Victor, queixou-se na 3.» esquadra de que havia «ido esbofeteado o insultade por Custodio Ribeira «O Pedreiro.»

Foi enviada a respectiva participação ao delegado da 1.» vara.

Morte repentina Hoje, pouco depois da mela doute, apare-

ceu na 1.» esquadra policial, o snr. Castro Soa- res Barreiro, declarando que no prédio n.° 80 da rua da Madeirn, havia tallecido sem assis- tência medica, uma senhora qun vivia só,

A policia foi logo paru o local « verefieou a veraoidade da informação.

No local, apparecera a snr.* D. Maria d'As- sumpçito Moreira Jardim, directora do Collegio de Santa Kita de Cossia que declarou conhe- cer a fallecida. pois era ainda parente d'uma filha d'cila que se chamava Emília AdçUúúe da Ressurreição, a vivia só n'aqueHe prédio ha mais de BO annos.

A snr.» p. Maria d'A«sumpç3o Moreira Jardim, porain não conhácia a naturalidade cia faliéc.ida.

Como nào apparecessa pessoa de família, ficou a casa guardada pala policia oom ordem da nfto deixar tahir cousa alguma,

DO PORTO CARLOS ALBERTO—£' ájnanhjl que eu

realisa n'esta elegante çaaa do espectáculos a festa dedicada a olaaso coiuuiercial. com a in- teressante comedia, «Domingos. Dias Santos & C.*r expressamente eaoripta pelo nosso pre- sado oollesa 8d d'Al Largaria c que tanto» cp- plau*os obteve ounndo representa la uo Real Theatro da S. Juito.

A peça que ú uma verdadeira apologia ao deacanço dominical, teu passagens de magni- fico tfleitn d«np'irtaudo gargalhada conatoute.

Os papeis distribuídos pt-Jos melhores ar- tistas da companhia «uo intelligenteiaente de- sempenhados.

O theatro será. bellamente ornamentado e nos intarvallos far-re-ha ouvir a banda do asylo profissional do Terço, generosamente ce- dida pelo seu desvplado director.

Os poucos bilhetes quo restam para esta fes- ta quo decerto deixará ns melhores impres- sões, estilo & venda nas bilheteiras do theatro.

* A poça phautastica -SaUnar: Tonior., qua

no ultimo domingo subiu á scena ora douj es- pectáculos, continuou a merecer o agrado do Ímbllco, seudo muito applaudido» os princlpaot Qterpretes.

—Na próxima sezta-feira, trn récita da gaia dedicada & colonta brazileira, para comme- morar o lã." anniversario da proclamação da Repnblica. representa-se a poça phantastica «Satanaz Júnior.»

Esta recita será honrada com a presença do Ex.«» sr. dr. Alberto Conrado, dig."" côn- sul do Brazil n'esta cidade.

O theatro será ornamentado a capricho, a orchestrs augmentada, e um distincto maestro brazileiro assumirá a regencia.

Já ee podem marcar bilhetes para esta sum- ptuosa recita.

AGIJIA I)'OURO—Annuncia-se para áma- DhU nVste theatro a primeira representação do Âiyo da meia noite, uma bella peça allemS, muito bem traduzida por L. Serra.

No desempenho d este drama entra toda a companhia, estando os principaes papeis a car- go fie Alves da Silva, Roque Annibal Pinhei- ro, T. Vieira, Salgado, Adelina Nobre, Isabel Pacheco, Virginia Lima, etc.

Os scenarios são de Luiz Salvador e Cama- rini. Gurda-roupa, adereços e cabelleiras <S tu- do novo e feito com o 'cuidado e propriedade que a empreza já demoustrou empregar nas peças que monta. N'eila, como no Rei jlalJito, esforçou-se para satisfazer o publico e; certa- mente, ha de conseguil-o.

Para esta primeira rapreientaçilo estilo mar- cados muitos logares, seudo dc esperar uma recita animadíssima.

De Lisboa Estão proraptas a subir á seena no Príncipe

Real, as peçaa «Fanfan la Tulipe» ea «Rainha FlúrdeLys», esta ultima de Baptista Diniz com musica de Nicolino Milano.

—A nova peça que sobe à sceua no D. Amé- lia, em 3.» recita do assignatura, <5 «A clareira de Maurice Donnaj,

—Diz-se que o grande actor João Rosa esta i'poca só trabalha (luas noites: uma na do seu beneficio e a outra nado seu irmão Augusto Rosa. retirando-se depois do theatro a conse- lho dos médicos.

—No D. Amélia entra brevaraente em en- siaos o commovente drama em um acto »Atfai- re Mancer», que foi um grande êxito do Gui- gnol de Pariz. O protogonista está a cargo de Eduardo Brazão.

—Na Rua dos Condes, a magica «Cem mil diamantes» sobe á scena na sexta-feita próxima,

—Seguidamente ao «Rei Lear», a empreza de D, Maria porá em scena o «Nó cego» e a notarei peça «La Raboulleuse, grande sucesso do Oiléon, a que um original portuguez cedeu o logar, com a aquiescência do auctor.

Esse original, qua é uma peça de grande espectáculo, preencherá a temporada dá Pas- choa.

—Deixou de fazer parle da companhia Por- tulez o auctor Firminio.

—Valle o grande camico e devotado amigo de Gervásio, representará brevemente, tio theatro do Gymnasio, a engraçadlssisaa come- dia «Sua excellencia,» urna das melhores do fallecido escriptor.

—No Rato foi um successo a primeira re- presentação do *?.<>-iè<, parodia à -ZazA-, ori- final de Julio Dumont (Orlando) com musica

o maestro Benjamim. —Devo repreBentar-se brevemente no thea-

tro D. Amélia a peça em 1 aoto «La Peur», de Felix Duquesnel, traduzida pelo nosso collega do «Diário lllustrado» Portugal da Silva.

TELEGRAPHIA (Dos nossos correspondentes)

D0 PZUZ O contracto dos tabacos.—

Os commissarios régios.—Pe lo exercito. Para as campa nhãs de Africa —Importação de trigo.—Fiscalisação de im- postos.-Outras noticias.

LISBOA, 15 — 0 contracto dos tabacos não será denunciado antes do primeiro de janeiro.

O governo espera que caduque o contracto provisorio, para denun- ciar o de 1891

Todos os dias o snr. Burnay con- ferenceia ácerca dos tabacos com o presidente do conselho.

— O ministro Alpoim foi hontem muito procurado no seu Ministério por vários políticos do Norte.

— No proximo conselho ficará re- solvida a questão dos commissarios régios, estudada pelo ministro das obras publicas

— O ministro da guerra n&o des- locará nem transferirá nenhuns of- ficiaes do exercito, apesar de tudo quanto se tem dito em contrario.

Ao major Eduardo Costa téem-se offerecido officiaes de todas as ar- mas para o acompanharem na cam- panha de Africa.

—Regressam á sua situação an- terior os inspectores de primeira fiasse Messano, Marcelino Egreja e Frederico Blunk

— Em virtude do decreto relativo ao corpo do fiscalisação o ministro tomará novas providencias abrindo outro concurso a que poderão con- correr os empregados attingidos.

— O Conselho de Agricultura deu parecer favoravel á importação do trinta e dois milhões de kiiogram- nias de trigo. Hoje será fixado o di- reito aduaneiro.

—O «Diário de Noticias» diz so- bre o decreto do fiscalisação dos impostos, que ninguém, por emqunn- to, sprá despedido, devendo o decre- to ser executado lentamente —C.

OO ESTRANGEIRO

A perra russojapoBcia A situação em Porto-Arthur

LONDRES, 15 Consta que ma- dame Stoessel esoreveu uma carta para Moscou descrevendo com os pormenores mais sombrios a tria-

tissima situação em que se encon- tram os defensores de Porto-Arthur, o pedindo urgentemente que lhe seja mandado dinheiro para poder prestar ao» feridos oí soccorros in- dispensáveis.

Outro combate PARIS, 15-Os jornaes desta ca-

pital trazem desenvolvidas informa- j ções acerca do combate travado no dia 12 em Porto-Arthur. A lucta foi encarniçadiBaima, como sempre, sen- do muito numerosas as baixas nos dois campoa combatentes.

O forte de Laotichan ficou total- mente arrasado, raro -se lhe vendo pedra Bobre pedra. Mas apesar de todos oí esforços quo empregaram, os japonozos não podoram avançar com a rapidez com que contavam para se apoderarem da praça.

Aguardando o desenlac&

LONDRES. 15—Espera-so aqui, a todo o momento, a noticia da to- mada ou da capitulação de Porto- Arthur. As informações que tém chegado são tão concordes, no seu maior numero, em aifirmar que é de tal modo horrível e desesperada a situação d'aquella praça de guerra, que, já a*ora, bera mais do que a sua queda, a todos surprehende qut; ella ainda se mantenha. — C.

Villaverde e Maura—Na espe- ctativa - Distúrbios,—Vigo.

MADRID, 15-0 sr. Villaverde retirou o projecto relativo á moeda, a fim de impedir a divisão da maio- ria e a queda dos conservadores, queda de que não quer ficar oom a responsabilidade

— Maura falará hoje sobre esto assumpto, sendo o seu discurso es- perado com todo o interesse, por ser crença geral de que surgirá uma inesperada surpresa.

—Telegrapham de Vigo disendo que a guarda-civil dispersou rapida- mente á cutilada uns grupos tumul- tuados, que intenta am tombar o carro do tribunal. —C. ——

RECLAMOS

A virtude do annuncio Ern n'um dos primeiros hotéis do Porto. Estava-so ao jantar. Os hospedes depois varias phrases crusa-

das sobre a nefanda politica monarchica, vol- veram a conversa para a gastronomia espen- dindo opiniões sobro o azeite, o vinho e o pSo.

Sobre o azeite quasi todos os hospedes confessaram que em suas casas, depois quo viram tilo annunciados os azeites da Empreza Vinícola de Salvaterra de Magos, o experimen- taram e nito querem outros o quando se serviu um prato de pescada cosida todos os convi- vas gritaram:

—Venha o azeite ali da rua do Cedofeita n.° 217, e queremos de lá também ou da casa Borges Sí irmão, do Bomjardim, o preciso vi- nho porque (5 d'estas duas casas que o gasta- mos para nossas familias intervallado com o vinho da LivraçSo da Adega do Buraco.

—Este pito é que é soberbo, parece-me que ri o mesmo que a tamil ia gasta em casa do Ferreira Valente, da rua de Liceiras n.« I H.

—^.'m' ts<,|?hor,—responde o creado—<5 da Padaria Nacional. O patrão logo que vin os

annuncios, mandou buscar amostras e desde entào nào gasta d'outro.

—Também nito gasto d'outro,—interrom- peu um marquez, que ali tinha ido jantar por ter negocios que o impediam de ir a casa—o puro p3o hespanhol e de Vianna d'Austria só se encontra na Padaria Nacionú!.

—E o pSo portuguez, bem comc o p3o francez—accode outro conviva,—só o Ferreira \ alente o fabrica com a maxuna perfeição.

—Para mim o_Pilo Podre, e a Roca de Ba- rão da Padaria Xacional—diz a senhora d*«tn conselheiro—tem um paladar delicioso e soi de muitas de minhas amig&s que o gastam quo- tidianamente.

—Extou morta pola nova ninrea pelo sys- tema -Milanez» que essa padaria annuncia para breve—dil uma menina muito delicada, que jantava ao lado d'tim commendador, seu pae—-porque certamente ha-de corresponder à perteii,'Jo de todas as outras marcas e eu gosto muito do pilo Milanez. - ,

O dono do hotel que chegara ouvindo ainda, elogiar a Padaria Nacional, sua fornecedora, offerece uma taça de champagne da casa. Borges & Irmito aos seus hospedes e fez-ee uma saúde:

Ao snr. Manoel Joaquim Ferreira Valente, proprietário da Padaria Nacional.

—Vejam o que não vale o anuunclo—re- matou o creado.

PROVÍNCIAS

Espinho

Novom bvo 14-904 De«appnreceu d'esta terra, deixando

«fundas» saudades o Sr. Bar&o de Ca- dóro, e enrista que 3. Ex.» foi 'domesti- car, á sua maneira, a policia do Porto. Porque n&o sei se sabem, S. Ex.4 ó... onmmissario da Policia de Aveiro. E dizemos «domesticar», porque taostran- do-se S. Ex.a tam lhano para com to- dos os cavalheiros quo se lhe cheg m á falia, ê d'uma rudesa quasi selvagem para com seus subordinados. Um ba- ilio com ares de general Bum!

De resto, por esta terra, muito fo- guetorio, signal de triumpho, a arre- liar os vencidos ua eleição camara- ria.

l)e acerto bem cabido seria guardar essas manifestações de estoiro a quan- do a vereação vencedora se salientasse em obra de vulto.

Enlão, sim, quo haveria .notivo de estoirar do entliusiasmo bem justifica- do, e applaudivel.

Do mais estão incommodando os tympanos do «juiz perpetuo» da Se- nhora d Ajuda, e nâo sei se ató os do padre Lima.

Ohl o padro Lima é um grande pan- dego ... sem equivoco.

Este padre é preciso manda-lo ... & missa-porque o seu oflloio.

Sr. Bispo: por honra da sua mitra, do si>u baoulo, das suas barbas, que o tornam tam imponente, digne-se man- dar este celebradote resar o terço, ago- ra tanto em uso, visto que se trata da sua immaoulada.

—Já quasi se retiraram de todos as familias quo aqui » achavam em uso de banhos, e Espinho cae ua sua modorra \uvernal. C,

Page 3: 1904—ANNO I — NUMERO 13 - purl.ptpurl.pt/24292/1/949015_1904-11-15/949015_1904-11-15_item2/949015... · Augusto quiz imitai-o, encarre- gando Tito Livio d'essa missão Toda a

O ALARME Porto—Terça feira. 15 de novembro 10Q4

•*T03fl fwin gnl í

1 4fi ÍTT^ "*1ÍRIIJ 'f' '*•*'* * - Çabixatiras ... - - T"" ' Novembro, 22" Depois de passar alguns aanos no

ftêio dos seus uuis dileotoa arnigns oabeoeirenses, regressou pela segunda vec ao Brazil o snr. Antonio de Sousa MacÍHàdò. 1

Que uma boa vi&gem e uma grande felicidade a acompanhe 6 o que todos lbe desejamos.

^Após uma pequena demora n'ssta terra, também regressou hnntem a Guimarães a ex.m» snr.4 D. Virgínia Lemos, filha do snr. Franoisco Agosti- nho Cardoso de Lemos, oonoeituado

' commcrciante d'aquella oidade. Foiaoompanha da pela sua extremosa

amiga, a ex.u* snr.» D. Maria Augusta Novaes de Carvalho, sympathica filha do snr. Benedioto José Coelho de Car- valho, mui digno escrivão do direito n'esta tewa. tenciona demorar-se al- gumas semanas na dita cidade.

—De visita a sua familia também esteve n'esta terra o snr. dr. Arnaldo Pereira Leite, distinoto medico muni- oipal do conoelho de Ribeira de Pena.

— SSss — Braga

Novembro, 14 Realisou-se ante-hontem na séde do

Centro Socialisia, d'esta oidade, uma

-fla3sSe>ooam«m^atiaa do anniversa» -rio- (.leti vieúma» de Chicago, para a qual foram convidadas todas as oolle- otividades, fazendo-se representar as seguintes:' n •

AsatioiaçSo de Classe dos Alfaiates, Metalurgioos, Centro Operário..

Finalmente, de calcado, Marceneiros e Chapelleiros.

Presidiu o snr. ]gnaoio Lourenço Godinho, seoretariado peloa snrs. Fran- cisco da Motta Magalhães e Eduardo dos Santoa.

A sessão foi aberta ás 8 e meia ho- ras da noite, expondo o snr. presiden- te qual o seu fim e fazendo um ligeiro disourso allusivo ao acto.

Em seguida, foi ooncedida a palavra ao Nur. Antonio Camillo d'Almeida 3ue, n'um empolgante discurso, con-

pmna vehementemente um governo, o qual, diz o orador, para satisfazer ao egoism<> oapitulista, nào teve pejo em calcar, d'uma fórma vil, todos os seus princípios.

E' concedida a palavra ao snr. Raul d'Aguiar, o qual começa por lembrar a data dolorosa de 11 de Novembro de 1887, fazendo, desenvolvidamente, mos- trar os martírios que soffreram esses nobres e cinco valorosos defensores da emanoipação da humanidade.

9piea< diz o orador, disse na do martjrio:

«A voz que ora me ides suffoear se rá mais poderosa no futuro, que quan- tas palavras pudesse dizer eu agora.*

Que para justificar as suas palavras estava alli reunida uma numerosa assis- tência do elemento operário (apontando para a assembleia).

Falia depois o snr. José Duarte Pre- goeiro, que se associa ás manifestações feitas em honra dos martyres de Chi- oago.

Faltando do operariado, diz lamon- tar que elle não 9aiba ainda comprehen- der qual a sua missão na sociedade, e mui principalmente o de Braga, que è arrancada dos seus direitos e regalias por aquelles que, á sua custa, se pre- tendem looupletar

Seguidamente, o snr. presidente fe- oha a sessão, pronunciando, então, um bello discurso, incitando a que todos trabalhem oom ardor, para que um din chegue a libertação do jugo da oppres- são.

Eram cerca de 11 horas ,a n.-,»f\ O snr. Camillo d'Almeida, recitou a poe- sia intitulada «Um dia>, sendo npplau- dido.

—Esteve n'esta cidade o snr. conse-

hora 4f)«4w-9á Carnero, Hhístre-•drogado no fôro de BsrceHos,

—No Porto encontia-se o snr. dr. Francisco de Moirelles, Juiz de Direito n'esta comarca.

— No dia 27 do corrente, realisam-se as eleições geraes das juntas de paro- chia.

-Como de costume, não se realisou a sessão ordinária da Camara Munici pai, por falta de numero de vereadores.

— Foi de 488S200 reis, o rendimento durante o mez de Outubro, do Bom Je- sus do Monie.

— Koassumiu o cominando de infan- teria 8, o coronel snr. Chaves Pinto,por ter terminado a licença, que lhe havia sido conoedida.

—Vae abrir-se concurso para as va- gas que existem em iof interia 8, de mú- sicos de 1.* classe nos instrumentos do requinta e oornetim, o de 3.» classe, nos de flautim.—C.

Idem

14 de novembro.

Acha-se ligeiramente incommoda- do o mavioso poeta e abalisado ju- risconsulto sr dr. Jo&o Punha.

—Falleceu hontem, o sr. Manuel

Gonçalves Vieira Prim, proprietá- rio d'uma alqufhm*-, cetaoelecida «• rua da Sé

O extincto era muito conhecido n!esta cidade, ondo gosava geraes sympathias.

A' familia enlutada, especialmen- te ao nosso amigo snr. Alexandre Prim, os nossos sentidos pesames.

—Reúnem, no pr-ximo-, domingo, em assembleia geral, os socios do

nte-pio de S. José, para ser dis- cutido e approvado o projecto dos novos estatutos

—Para o cargo de reitor do lyceu central, d'esta cidade, indigita-se o sr. dr. Alves de Moura, professor do mesmo lyceu.

—Um grupo de acalemicos d'esta cidade, projecta Inircinr a publicaç o d'um semanario qti" Ht> destina a as- sumptos litterarioH.

— Em audiência de policia de po- licia correccional responderam Abí- lio Baptista Ribeiro, d'esta cidade, sendo condetnnalo em 3$000 reis de multa e Thereza da Silva, «A Fer- ros Velho*», desta mesma cidade, em 15 dias de prisfto correccional.

— A majoria general da armada

deu ordem ao eommandante da di- viHátr~njrvul dd At)antitf3 Slil, para que seja enviado para o reino o es- polio do mallogrado oCBcial de ma- rinha 9r. João Koby, natural d'esta cidade.

—Causou bella impressfto o con- certo realisado no theatro de S. Ge- raldo.

A amadora de canto sr." D. The- reza Marques, foi saudada pelo pu- blico, calorosamente.

As honras da noite, couberam a Américo Angelo, esse primoroso fiianista, que soube dar todo o bri- ho a um concerto digno do seu pro-

motor.

ESPECTÁCULOS

HOJE

PRÍNCIPE REAL — Companhia da gar-

xuela e o para hespanhola—«La cancion dei

Náufrago».—A'# 8 e meia.

À benemerencia das almas generosas

recommendamos

VINHOS DO pomo

0 Asjlo de S. João

R. DA ALEGRIA

fréclie de Sanfa Marinha! 0 Vinlem das Escolas

R GENERAL TORRES, GAY A

Diversas marcas de vinhos seccos

Moscatel e Lagrima

R BOMFIM, 210

BOLLINCKX

viMiom: pasto

Apreciados em toda a parte, pela sua excel-

lente qualidade.

Representantes em Portugal

VIEIRA

& BASTO

ENGENHEIROS

(>, Travessa de Sá Bandeira, 8—PORTO

BICO PROGRESSO

(REGISTADO;

REA DE SASTO ml U 16. iS Especialidade em bicos e

manga» do syetoma AUER. Mangas para todos os syste- mn» de bicos. Grande sorti- mento de chaminés de mica e vidro, tulipas, globos, «abat- joura- e todos o» demais ar- Ugcs dados ao ramo de in- candescência. Toma-se a res- ponsabilidade de todos os ar- tigos vendidoa n'e»ta casa.

O BICO PROGRESSO tor- nou-se bem conhecido pela sua excellencia ■ qualidade, pois que esta casa pelo bailo resul-

.-/s t«do que tem obtido é forne- cedora ÚNICA do theatro

Prinoips Raal, theatro Águia d'Ouro, Hospital Conde Farreira, Club, Sociedades 6 muitos dos mais impor- kntu «stabalacúnentos commerc.aes e oafós, restau- rante* e da* principaes casas partioulares. 30

JOSÉ MARTINS D ARAUJO 'I el>'|ihoiii' »«•* 'íílll

* TANOARIA A VAPOR 2

^ DE A

| VALENTE PERFEITO ?

X BUA DO MARCO

J VILLA NOVA DE GAYA ^

JC Vende-ae e aluga-se bons cas- ^ oob avinhados. ▲ A Vasilhame para embarque e pa- ^ H ra particulares. "4 yç

A uONyUIoTADORA

Soledade Cooperativa de produção dos Operários Tamanqueiros Portuenses

Fabrica manual de lamaom t chancas

Esta casa executa rapidamente qualquer eneom- menda, tanto no Porto como nas províncias, Africa e Brazil, empregando sempre as melhores matérias pri- mas e garantindo o esmero da manipulavSo, para o que tem pessoal habilitado.

Modicidade de preços e sempre em concorrência com a Praça.

328, Rua de Cedofeita, 330

FILIPES

Rua de Santo Ildefonso. 217, Mercado d» Bolhão, barraca 24.

17

( MMHili

(><;, liuu do BoDij.irdim, 7\

Manoel Villa Boa, propriPtario d'este cafí, participa aos seus fregueies e ao publico em geral, dpfjtiea con- tar d'hoje terá um magnifico serviço de CANJAS DE GALLINHA e ARROZ DE FRANGO, que será ser- vido d es le as 10 horas da noite, fim dos espectáculos do Príncipe Real. Nos salões do 1.® andar estio fuuc- cionando dois bilhares a oonBtrucc Jo moderníssima exe- cutados nas officinas do hábil fabricante J. Pacheco Nunes. 49

JOÃO GABRIDO

P0 R TO

Velocípedes. M o to cy deites Automóveis das melhores marcas

\ maior e mais aol ga raso 10 jenrre

Deposito:—Rua de Passos Manoel, 16 18 e 90. Garage:—Rua Duque de Saldanha, 440 Enderaço tclegraphico:—AUTOMOVEL.

22 TELEPHONE, 890

Vinhos para exportação—Douro-Verdes

do Minho

e «Vinhos do Porto» marcas registadas

Armazém de exporlafáo—Rna d» Tilar 2, i 6, e 8

VILLA NOVA DE GAYA

Escriptorio e Armarem

T(tm do Bom jardim 55 a 6()

PORTO 24

BORGES & IRMÃO

CAMIARIA RAMOS

201, 203, IIli 00 SÁ DA BANDEIRA, 201, 205 20S

ESTflÇAO DE IflVESrlO

Artigos para senhora | Artigos para homem

Blougas de malha

Sains de feltro, malha

Luvas d'agapa1ho

Oitifns d'alia nov dado

E."pn lilhos e Perfumarias Roupa l>ranca para senhora Mo

delos novos)

Cafhe-corsets e camisollas

Meias d'alia phantasia.

Camisollas e ceroulas do todas as qualidades

Malha de lA com felpo, o que ha de melhor

Malha de lá Normol, systema dr. Jaeger

Collarinhos,punh< s denovidade Gravatas e lenço» de seda 1'iugaa em sêda, lá e algodão, o

mais completo sortido Sabonete «Irene» finíssimo Ex tclusivo d'esta casa — Preço

100 reis

Grande sortimento em couvrepieds

de sêda.

Cobertores de lâ, chailes de malha,

itoalhados e cobertas de fustão.

Casacos, capas e toda * qualid tde de

calçado de borracha.

Guarda-chuvas para senhora e ho-

mem.

PREÇOS FIXOS 44

Machado k Ramos, Successor.

CALÇADO

Estação de Inverno

CEPOSI " DE CALÇADO DE LI BOA DE

R. GOMES & C.A

JÁ se acha completo o grande sortimento de  calçado próprio para a estação d'inveruo que este T estabelecimento costuma apresentar.

Orande yaiiodad* em botas e sapatos sm che- rreau e vernii, para senhora, últimos modelos.

Variadíssimo sortimento «m calçado de feltro, casimira e tapete.

Calçatlo para h mem Bota 4 inglexa de cabedal irapremeavel.

Cal aoo de borracha contra a chuva .Botas a sapatos da melhor fabrico americana, i

II. Na da Bandeira 2*>i, 200 4 a}

■■

a Botas a sapatos da melhor fabrk

\ II. Sá da Bandeira 2

A. Alberto Gonçalves

C«rrel<;r ofTicial de raiuliiog e faodo> na bois > de P»ri

jEncarrcga~je das seguintes operaçoe-t:

Compra e vencia da inscripções, acções, obrigações,

negociaçõas de letras, livranças, cheques e outros valores

mercantis, operações de Bolsa nas praças de Paris,

Londres Lisboa, etc, Empréstimos e todas as operações de

Bolsa t-m g*ral certidões de titulos. Endereço telegraphico—BOLSIM

^ Telephone 640 Escriptorio

23 EC 29, PWAÇA DE D. PEDRO

PORTO 18

Telha franeeza

DA

FABRICA DE flLMB

DE PAR\?Z0

A mais perfeita e mais leve, com a mínima per* maabilidado.

A» pessoa» que conhe- cem esta telha dâo-lhe pre- ferencia, sempre >as suas obras.

Pedidos a A. F. Santos — Logar da Junqueira — Villar do Paraizo (Por VaJ- ladares).

No Porto, podem 01 pro- duatos d'osta fabrica ser vistos no escriptorio do snr.

XAVIER ESTEVES

II. do Bomjardim, 95 66

CO

p z

<

CO

< H OQ —i V. ua a • o

CO Cl

e o «j a e Q

O 1

GASA BORGES

O maior sortido de fru- ctas seccas <• doces.

Todos o» dia» grande va- riedade de pastelaria, tortas e frigideiras.

anj ■pipi zia 120 réis.

Queijo, conservas, vinho» finou, champsgne, etc. Bomjardim, Knjuina da rua

Formosa 8„

(D

<

O X a £ 5

es a

™ 2 o a o o •° ® fl9 "O CO es o a • o Q

Li CS

90

a o c < o w

a cc o

■e a 3

Manjares da Rainha, es- pecialidade d'eMa casa. du-

Jé-sceS ° ad'£ C-3

stf! J

.«•03 3

-S

1 li h

0 0

ã x> e S 1

d E í; & « i

O

«a

J í S|p f \ ■; » .na 5 ■ gsj^?

a o*

S o-

o

PQ leria O r oxj

ÍÍ^S|pg8|9

?.&1 Bs .5^3 . ® - '5-°Ío2

« 3 2 0^ i o . fj 3 'O O c.' O ® ® O* • O)

-ar" S-3-§

GRIJÓ & c: DESPACHANTE DO CAMINHO DE FERRO

E ALFANDEGA

Sertiro d« mercadorias mire frasca e Porlugal

Armazém de retem e embarques para qualquer porto estrangeiro

16, RUA DE TRAZ, 18 Ttt.BPFKWE 61 PORTO 16

TAVARES DA BOCHA

Ourivesaria Rua de Santo Ildefonso, 296

vircrrr, PORTO «aVaStoa ^o^^u.11* 8empr8 um bell°,or"

Novidades de ultimo gosto. Executam-se encommen

• província010 tant0 cidade como para 78

Está á venii 41 O tLUMQI E de V S U\„ ao preço da 200 rejs, e pelo correio 290 reis, na

LIVRARIA

APNILD3 SOARES P. de I). Pedro, 137

«mo _ # em Iodai ai livrariai

78

l'aj)cis pmludos para Torrar casas

A cana \ elludo é a que maior sortido tem

—ESPECIALMENTE ARTIGOS DE NOVI- DADE—® a que mais barato vende.

RUA E SÀ'BANDEIRA, 104 Junto ao Theatro Príncipe líeal 61

SAMOS

FAZENDAS superiores para todo o gé- nero d'obra concernente a ALFAIA TER IA.

—tm — Rn» de S.mV) Antonio. 03-1 • 21

PIIOTOGIi lil

Zincographia, Galvanoplastia e Estereotvpia

Ay:.;.;í!....

172, RUA DAS FLORES, 176

Page 4: 1904—ANNO I — NUMERO 13 - purl.ptpurl.pt/24292/1/949015_1904-11-15/949015_1904-11-15_item2/949015... · Augusto quiz imitai-o, encarre- gando Tito Livio d'essa missão Toda a

rkÉWfiiòilt fti i i li

Representantes cm Portngal

iêçoflbei ôb OÍIBÍÔTÔSS

u>b i»í Pm/mm ■i'ii -,.v

['•t 'Íi/p ftS^*í01 i* . I •*•»*> V ^j > H íobl*** Wtó

AS COSTEOU

:!;;;: i;-r ENGENHE'^íflQ&,:'<n,

ó, Travessa de Sa líapípí^'jBMltTO

lOi; VILLA NOYA 08 <ÍAYA

VaE abrir O curso çommercial j* l

.«nial-ebflUBpa »■ «niF o'idrtí3 • AJO v.o?

AZEVEDO

imlur»

'|'«»i»»I»Iiuii»* ii.#

oh loJogMjttí

10JqiiopNfSnri .vbíòti

«arian-rJVi»'' «irh SANTOS

f .. 11

ISO—Rua dos Marhres da Liberdade—(!>2, PORTO

T. A. CUNHA

Atelier d'alfaiate

do otiérno Porlu- ■mee externas cortj garantia especial m< rendimento das Al- fiutdegus 5 OOMPRA E VENDE

Luiz Pwrnra l|*i*s 45, Rua da* F.bire», 47

52, Rua dos Clérigos, 54

PORTO

Abriram a ESTAÇÃO DE INVER-

NO com um exoellente sortido de casi-

miras nacionaes e estrangeiras, consti-

tuindo algumas exclusivo doesta casa.

Lindos colletes de phantasia em seda,

Lã, etc. 7

Sl&ontagnaes, ífteltons, Fiques

Casacos de borracha e mais artigos

para homem.

Córte esmerado e garantido "syste-

ma inglez". 5

COSTA Sn GONÇALVES

15, Travessa da Picaria, 15

Promovera a venda do productos agrícolas e industriaes, ge-

neros de mercearia • miudezas. PronmçOt*. iranaucçOfs, hypothecas

e cobrança d»* «lívidas Agencia de PublicàçOcs

Sam rival. i ZZ 39

Pó do Dr. Heifoson

Preparado infalHvçl çontra a caspa. Únicos representantes em Portugal.

CASA FUNDADA EM 1840

38—Rua do Loureiro- -40

E*tá á venda o

IMWUfUc "LU ETA,, sp preço, <Jc 200 reis, e pelo oôrrolo 290 rei*, nn<f!

LIVRARIA ARNALDO SOARES

P. de p. Pedro, 13? MB TO

t tia Mxfni at Urraria*

V mais jierfell» e mais leve, com a rainimp. per- lutíaljilidade.

As pettsoM qtte cotih<"- r.«m (>ntã tollia dfto-lhe pje- f 'roucia,. gcmjiin iw» sua» oHras.

Pedjitq^ a A. F. Santos — Logar ia Juuqueira — Villar; do .Paraíso (Por Va)- !adan's). i No Porto, podi-iu otf i*o- hÍucIo* d'«wta, fahtic» »r -vistos no^seriptorio'do srih

FcO^T.S ARTIFICJAES

APRESTOS PARI FLORE

V La Ville de Pari

t\TO\IO nus mTO

.11A -0 $1 DA BANuriUA," 249 XAVIER ESTEVES

fi. 'dfi -ffwyWir»,

m