relatório de física experimental - mruv
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8/19/2019 Relatório de Física Experimental - MRUV
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Equações da Cinemática. Movimento Retilíneo Uniformemente VariadoLeandro Dillmann; Tiffany Mak Yu
Departamento Acadêmico de Física – Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Av. Brasil, 4232, Independência, Medianeira, Paraná
e-mail: [email protected]
Resumo: Dado um sistema de referência, o movimento é chamado retilíneo uniformemente variado (MRUV)
quando a trajetória é uma reta e a velocidade varia linearmente com o tempo, isto é, a aceleração é constante. O
presente artigo tem como objetivo o estudo do movimento retilíneo uniformemente variado (MRUV) por meio
do experimento de um carrinho que desliza sobre um trilho de ar. O trilho de ar é usado para minimizar a força
de atrito. A partir do experimento construíram-se gráficos que comprovam que o experimento realizado condiz
com MRUV.
Palavras chave: Movimento retilíneo uniformemente variado; Trilho de ar; Aceleração.
Introdução
Cinemática é a parte da mecânica que estuda os
vários tipos de movimento descritos por diferentes
tipos de corpos, sem se preocupar com suas causas.
O movimento retilíneo é a forma mais simples
de deslocamento, visto que os movimentos são ao
longo de uma reta, quer seja horizontal, movimento
de um carro, quer seja vertical, queda ou
lançamento de um objeto. Como tudo ocorre em
uma dimensão pode-se dispensar o tratamentovetorial mais rebuscado e tratarmos em termos de
grandezas escalares, com o devido cuidado de
analisar os sentidos de velocidades e as mudanças
de sinais que são frequentes quando redefinimos oeixo de referência.
Dado um sistema de referência, o movimento é
chamado retilíneo uniformemente variado (MRUV)
quando a trajetória é uma reta e a velocidade varia
linearmente com o tempo, isto é, a aceleração é
constante. Por exemplo: a queda livre no ar, o avião
decolando e um carro de corrida.
No MRUV a aceleração média assim como sua
aceleração instantânea são iguais, sendo calculada
por:
a =∆
∆ (1)
onde: Δv = variação de velocidade; Δt =
variação de tempo, ou intervalo de tempo.
Figura 1: Gráfico da aceleração x tempo de uma partícula em MRUV.
Considerando t1 = 0, ou seja, que o intervalo de
tempo é marcado a partir do instante inicial de
observação do movimento. E o instante final do
intervalo pode ser tomado como um instante
genérico, t2 = t. A expressão (1) fica:
V = Vo + at (2)
Sendo conhecida como a equação horária da
velocidade e seu gráfico é:
Figura 2: Gráfico velocidade x tempo.
Por outro lado, a área da figura definida entre o
gráfico do módulo da velocidade instantânea em
função do tempo e o eixo dos tempos entre os
instantes t1 e t2 representa o módulo do
deslocamento no intervalo de tempo definido por
esses instantes.
A1 + A2 = ∆x, substituindo na equação de
velocidade média:
Vm =∆∆
→ − =12
( + )
Substituindo a equação Vf pela equação (1)
temos:
= + +1
2
2, para a constante (3)
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O gráfico correspondente a posição em função
do tempo, equação horária da posição, está
mostrado abaixo.
Figura 3: Gráfico posição x tempo.
Considerando a velocidade inicial Vi = 0 m/s,
obtemos a seguinte equação a partir da equação (3):
∆x =1
22 (4)
O presente artigo tem como objetivo o estudo
do movimento retilíneo uniformemente variado
(MRUV) por meio do experimento de um carrinho
que desliza sobre um trilho de ar. O trilho de ar é
usado para minimizar a força de atrito.
Procedimentos
Primeiramente, posicionaram-se os sensores (S1,
S2, S3, S4, S5) no trilho de ar (figura 4), de modo que
a distância entre eles sejam de 15 cm. Colocou-seno suporte de massa 40g de modo que não toque a
mesa/chão antes que o carrinho passe pelo S5.
Figura 4: Imagem ilustrativa do trilho de ar.
Ajustou-se o eletroímã para que o carrinho
permaneça na posição 0,30 m (posição inicial xo = 0
m) na régua do trilho. Como inicialmente o
carrinho está em repouso, sua velocidade inicial
será Vo = 0 m/s.
Ligou-se o cronômetro, verificando se o
equipamento identificou os cinco sensores, testando
cada um com a passagem do “carrinho”.
Após, configurou-se o cronômetro e, em
seguida, ligou-se o eletroímã fixando o “carrinho”na parte esquerda do trilho, e a bomba de ar.
Para iniciar o experimento, clicou-se em
START no cronômetro, desligamento do eletroímã.
A contagem de tempo se inicia pela passagem do
móvel pelo 1º sensor e é interrompida no 5º.
Finalizado o experimento a tela do cronometro
apresenta o intervalo de tempo decorrido para cada
deslocamento Δx do móvel.
Repetiu-se o procedimento de medida 3 vezes.
Resultados e Discussão
Do experimento obtiveram-se os seguintes
dados na tabela 1.
Os valores das posições (x) e os tempos t1, t2 e t3 em segundos são medidas tiradas do
experimento, enquanto tmédio é o tempo médio
calculado das três medidas realizadas e tm2(s) é o
tempo médio elevado ao quadrado.
A aceleração [a(m/s2)] foi calculada utilizando a
equação (3). Nota-se pela tabela 1 que a aceleração apresenta
uma leve variação, devido ao atrito e outros fatores,
que pode ser desprezada, dando um valor médio de
1,405 m/s2.
A partir dos dados da tabela 1 construiu-se o
gráfico “posição versus tempo”, x = f(t), que é
representado por uma curva e possui o seguinte
aspecto.
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
-0.1
0.0
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
0.6
0.7
0.8
X ( m )
Tempo (s)
Figura 5: Gráfico posição (m) x tempo(s).
Tabela1: Dados do experimento de Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV)
Massa Posições x(m) t1 (s) t2(s) t3(s) tmédio tm2(s) a(m/s2)
40g
1 0 0 0 0 0 0 0
02 (S1) 0,15 0,4591 0,4585 0,4585 0,4585 0,2102 1,4272
03 (S2) 0,3 0,6531 0,6529 0,6527 0,6527 0,426 1,4085
04 (S3) 0,45 0,8024 0,8022 0,8019 0,8019 0,643 1,3997
05 (S4) 0,6 0,9284 0,9282 0,9278 0,9278 0,8608 1,3941
06 (S5) 0,75 1,038 1,0378 1,0373 1,0373 1,076 1,3941
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A figura 5 nos faz chegar à conclusão que a
velocidade varia em certos pontos, logo a
velocidade do corpo varia em intervalos de tempo.
Uma analise mais aprofundada nos permite dizer
que a aceleração e a velocidade têm sinais iguais,
logo a concavidade é crescente, V > 0 e a > 0.
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
-0,1
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
X ( m )
Tempo2
(s2)
Figura 6: Gráfico posição(m) x tempo2 (s2).
O gráfico acima representa uma aceleração
constante aplicada sobre o coeficiente angular que
resulta na velocidade do móvel.
A provável função que representa a curva do
gráfico é a função:
Y = 0,69546x + 0,00224
Os coeficientes angular e linear da reta formada
pelo gráfico de X =f(t²) (que é o gráfico x=f(t),
linearizado) são, respectivamente, os valores de a
(aceleração instantânea) e x0 (posição inicial – deslocamento quando o tempo é igual a zero).
Portanto o coeficiente angular é a = 0,69546 e o
coeficiente linear é x = 0,00224. Lembrando que
pela equação (4) a aceleração = 2α, a aceleração do
móvel é 1.39092m/s2, sendo este valor próximo da
média calculada anteriormente.
Considerando t0 = 0s e V0 = 0m/s2 teremos a
seguinte função horária do movimento e
velocidade:X(t) = (1.39 m/s2)t2
V(t) = (1.39 m/s2)t
Conclusão
Em nosso experimento para investigar o
movimento descrito por um móvel em trajetória
retilínea através de medidas de tempo, ficaram
demonstradas as principais características dos
movimentos do MRUV – Movimento Retilíneo
Uniformemente Variado. Podemos comprovar
através da inclinação da reta do gráfico x contra t,
que o seu coeficiente angular é a aceleração e que
permanece constante ao longo do tempo. Os
resultados encontrados em nosso experimento
foram bons, pois apesar dos valores que serviram
para preencher as tabelas não serem exatamenteiguais, eles foram satisfatórios na hora de efetuar os
cálculos de (velocidade em m/s, e aceleração m/s²)
e montar gráficos que nos ajudaram a fazer a
demonstrações necessárias e esperadas ao objetivo
do experimento.
Referências
HALLIDAY, D.; Fundamentos de Física, Vol.
1: Mecânica; 8º Edição; Rio de Janeiro; LTC; 2011.
UETA, Nobuko. MARQUES, Gil da Costa.
Mecânica (básica). Disponível em:
http://efisica.if.usp.br/mecanica/basico/mruv/intro/.
Acesso em: 31 de outubro de 2015.
FONTELLES, Emanuel Pinheiro. UFC –
Universidade Federal do Ceará. Disponível em:
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAgZ9wAI/
movimento-retilineo-uniformemente-variado.
Acesso em: 31 de outubro de 2015.
OLIVEIRA, Francisco. Universidade daintegração internacional da lusofonia afro –
brasileira. Disponível em: http://www.ebah.com.
br/content/ABAAAfHn4AE/2-relatorio-fisica.
Acesso em: 31 de outubro de 2015.