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RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO RF-CELESC-03/2002-SFE I - OBJETIVOS - Verificar o cumprimento da legislação e do Contrato de Concessão nº 056/1999-ANEEL- CELESC; - Avaliar o desempenho das áreas técnica e comercial, abrangendo o sistema de distribuição e o sistema comercial, em relação aos aspectos de qualidade do fornecimento de energia elétrica e da prestação do serviço comercial; - Verificar o cumprimento do Programa de Combate ao Desperdício de Energia Elétrica da CELESC - Ciclo 1999/2000; - Verificar o cumprimento do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da CELESC - Ciclo 1999/2000. II - METODOLOGIA E ABRANGÊNCIA Os procedimentos utilizados foram : - inspeções das subestações das cidades de Florianópolis, Blumenau e Tubarão; - vistoria das instalações, abrangendo a sede da empresa, Florianópolis, agências de atendimento comercial, redes de distribuição, centros de operação e de manutenção; - exame de normas internas, livros, contratos, ordens de serviço, faturas de energia e outros documentos; - conferência de rotinas, procedimentos, processos e memórias de cálculo; - entrevistas com funcionários e gerentes. III - INFORMAÇÕES DA FISCALIZAÇÃO A fiscalização foi realizada no período de 02/12/2002 a 06/12/2002 pela seguinte equipe técnica: - PAULO LUCIANO DE CARVALHO - SFE/ANEEL - Coordenador - ADEMILTON BRAZ BARNABÉ - SFE/ANEEL - EVERTON LUIS PELOSO E SILVA - SFE/ANEEL - FLAVINEI DOS SANTOS - SFE/ANEEL - WILBER DEOCLEVIO BORGES PEREIRA - SFE/ANEEL IV - INFORMAÇÕES DO AGENTE Empresa: Centrais Elétricas Santa Catarina S/A - CELESC Endereço: Rodovia Admar Gonzaga, s/nº - km 3, Itacorubi, Florianópolis /SC, CEP: 88034900 Telefone: (0xx48) 231-5000 V - CONSTATAÇÕES V.1 - Comercial Constatação (C.1) - Contrato de Fornecimento

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RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO

RF-CELESC-03/2002-SFE I - OBJETIVOS

- Verificar o cumprimento da legislação e do Contrato de Concessão nº 056/1999-ANEEL-CELESC;

- Avaliar o desempenho das áreas técnica e comercial, abrangendo o sistema de distribuiçãoe o sistema comercial, em relação aos aspectos de qualidade do fornecimento de energia elétrica eda prestação do serviço comercial;

- Verificar o cumprimento do Programa de Combate ao Desperdício de Energia Elétrica daCELESC - Ciclo 1999/2000;

- Verificar o cumprimento do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da CELESC - Ciclo1999/2000. II - METODOLOGIA E ABRANGÊNCIA

Os procedimentos utilizados foram :- inspeções das subestações das cidades de Florianópolis, Blumenau e Tubarão;- vistoria das instalações, abrangendo a sede da empresa, Florianópolis, agências de

atendimento comercial, redes de distribuição, centros de operação e de manutenção;- exame de normas internas, livros, contratos, ordens de serviço, faturas de energia e outros

documentos;- conferência de rotinas, procedimentos, processos e memórias de cálculo;- entrevistas com funcionários e gerentes.

III - INFORMAÇÕES DA FISCALIZAÇÃO

A fiscalização foi realizada no período de 02/12/2002 a 06/12/2002 pela seguinte equipetécnica:

- PAULO LUCIANO DE CARVALHO - SFE/ANEEL - Coordenador- ADEMILTON BRAZ BARNABÉ - SFE/ANEEL- EVERTON LUIS PELOSO E SILVA - SFE/ANEEL- FLAVINEI DOS SANTOS - SFE/ANEEL- WILBER DEOCLEVIO BORGES PEREIRA - SFE/ANEEL

IV - INFORMAÇÕES DO AGENTE

Empresa: Centrais Elétricas Santa Catarina S/A - CELESCEndereço: Rodovia Admar Gonzaga, s/nº - km 3, Itacorubi, Florianópolis /SC, CEP:

88034900Telefone: (0xx48) 231-5000

V - CONSTATAÇÕES

V.1 - Comercial

Constatação (C.1) - Contrato de Fornecimento

A CELESC apresentou o modelo de contrato de fornecimento destinado a Iluminação Públicacom objetivo de ajustar as condições de prestação do serviço, entretanto não foi firmado comnenhum consumidor efetivamente.

Em relação aos consumidores do Grupo “A” do total de 7295 restam 104 que não firmaramos devidos contratos e estão sendo faturados pela tarifa de ultrapassagem.

Não-Conformidade (N.1)A CELESC não está cumprindo o art. 25 da Resolução ANEEL nº 456/2000:“Art. 25. Para o fornecimento destinado a Iluminação Pública deverá ser firmado contrato

tendo por objeto ajustar as condições de prestação do serviço, o qual, além das cláusulas referidasno art. 23 ...”

Conjugado com inciso X do art. 123:“Art. 123. Para a implementação dos respectivos procedimentos, a concessionária disporá

dos seguintes prazos, a contar da data de publicação desta Resolução:X. 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias: celebrar o contrato de fornecimento com

consumidor responsável por unidade consumidora classificada como Iluminação Pública, conformeart. 25.”

Prazo para regularização: 60 dias

Constatação (C.2) - Atendimento a ConsumidorForam visitadas as agências de Canasvieiras e Centro em Florianópolis, Blumenau e

Tubarão, sendo verificado que as agências possuem condições satisfatórias para o atendimento.Destacamos abaixo os principais pontos observados:

- as instalações estão dimensionadas de forma a oferecer condições adequadas deatendimento aos consumidores, não se verificando filas de espera, exceto a de Canasvieiras;

- o livro de manifestação estava disponível em local de fácil acesso aos clientes;- a concessionária tem adotado o procedimento de comunicar ao consumidor, no prazo

máximo de 30 (trinta) dias, sobre as providências adotadas quanto às solicitações e reclamaçõesrecebidas no livro de manifestações;

- inexistência de informativo sobre o atendimento prioritário (idosos, gestantes, deficientes epessoas acompanhadas com crianças de colo), com exceção da agência de atendimento de Tubarãoque o aviso do atendimento prioritário está colocado em local adequado.

- as informações relativas aos valores de tarifas e serviços cobráveis estavam afixados emtodas as agências visitadas, em local de fácil visibilidade;

- os exemplares da Resolução ANEEL nº 456/00 estavam disponíveis em todas as agências;- o Contrato de Concessão não estava em local apropriado;- inexistência de cartazes informando sobre os cuidados que o uso da energia elétrica requer

(segurança);- inexistência de senha específica para atendimento prioritário, exceto na agência de

Blumenau.Cabe ressaltar que a agência de Canasvieiras, agência com instalações precárias, estava

em processo de mudança para outro local, mais amplo e confortável, em consonância com outrosserviços públicos, pois o local está destinado a diversos outros atendimentos ao público em geral, deiniciativa do Estado, conhecida como SACI – Serviço de Atendimento ao Cidadão.

Não-Conformidade (N.2)

Não cumprimento do parágrafo 3º do artigo 98, da Resolução ANEEL nº 456/2002."Art.98 - A concessionária deverá dispor de estrutura de atendimento adequada às

necessidades de seu mercado, acessível a todos os consumidores da sua área de concessão quepossibilite a apresentação das solicitações e reclamações, bem como o pagamento da fatura deenergia elétrica.

§1º- ........§2º- ........§3º- A concessionária deverá dispensar atendimento prioritário, por meio de serviços

individualizados que assegurem tratamento diferenciado e atendimento imediato, a pessoasportadoras de deficiência física, idosos com idade igual ou superior a 65 anos, gestantes, lactantes eas pessoas acompanhadas por crianças de colo, nos termos da Lei nº 10.048, de 08/11/2000."

Prazo para regularização: 30 dias

Constatação (C.3) - Ressarcimento de DanosForam verificados, por amostragem, processos contendo solicitações de ressarcimento por

danos em equipamentos elétricos de consumidores. Dos processos analisados, observamos que aCELESC não considera procedente as solicitações dos consumidores quando a origem do problemano sistema elétrico esteja relacionado à descarga atmosférica, ou seja, eventos na rede causadospor ação da natureza.

Exemplos de casos indeferidos:- Protocolo 274547 – Terezinha da Luz Dalagnoli – Rua Alberto Muller, 135 – Brusque – Data

19/09/2002 18:40h – Causa: Descarga Atmosférica.- Protocolo 273736 – Adelar Taurinho – Rua Augusto Klapoth – Brusque – Data 19/09/2002

18:30h – Causa: Descarga Atmosférica.- Protocolo 275385 – Jair Compiani – Rua Antonio Zendron, 1979 – Blumenau – Data

16/10/2002 – Causa: Descarga Atmosférica.- Protocolo 273055 – Valdir José Gonçalves – Rua Anapolina, 15 – Blumenau – Data

06/09/2002 21:00h – Causa: Descarga Atmosférica.- Protocolo 274571 – Anamaria Martins – Rua 25 de Agosto, 159 – Blumenau – Data

06/09/2002 21:00h – Causa: Descarga Atmosférica.- Protocolo 273097 – Maria Teresinha C. Bachmann – Rua 25 de Agosto, 154 – Blumenau –

Data 06/09/2002 21:00h – Causa: Descarga Atmosférica.- Protocolo 273570 – Gilmar Baer – Rua 25 de Agosto, 104 – Blumenau – Data 06/09/2002 –

Causa: Descarga Atmosférica.- Protocolo 273505 – Ernani Baer – Rua 25 de Agosto, 102 Fundos – Blumenau – Data

06/09/2002 21:00h – Causa: Descarga Atmosférica.- Protocolo 273729 – Jonas dos Santos – Rua Gustavo Maier, 269 – Blumenau – Data

06/09/2002 – Causa: Descarga Atmosférica.- Protocolo 164746/02 – Zamir Laudelino Correa – Rua Geronimo Coelho, Bl. 1, Apto. 113 –

São José – Data 06/09/2002 01:30h – Causa: Descarga Atmosférica.Nestes casos, o entendimento da ANEEL é que deveria ter sido realizado o ressarcimento de

danos, desde que seja comprovado que o equipamento em questão tenha sido avariado devidosobretensões na rede de energia elétrica, segundo laudo técnico de empresa especializada.

Não-Conformidade (N.3)

Não cumprimento do disposto no artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor, que trata doprincípio da responsabilidade objetiva pelo risco da atividade, e no artigo 101 da Resolução ANEELnº 456/2000, que dispõem respectivamente:

"Art.14 - O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa,pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação deserviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos."

"Art.101. Na utilização do serviço público de energia elétrica fica assegurado ao consumidor,dentre outros, o direito de receber o ressarcimento dos danos que, porventura, lhe sejam causadosem função do serviço concedido."

Prazo para regularização: 45 dias

Determinação (D.1)A referida concessionária deverá fazer uma reanálise técnica de todos os processos de

ressarcimento de danos que tenham como causa a descarga atmosférica, no período de 2001 e2002. Devendo ressarcir todos os consumidores que tenham comprovado por laudo técnico que o(s)equipamento(s) em questão foi(foram) avariado(s) devido a sobretensões na rede de energia elétrica.

Prazo para cumprimento: 45 dias

Constatação (C.4) - Fraude de Energia

Foram verificados diversos processos relacionados à fraude e/ou desvio de energia, sendoobservado que os mesmos, em sua totalidade, necessitam de melhor organização jurídico-administrativa, com inexistência de informações importantes, necessitando de apresentação maisclara e objetiva dos critérios adotados para seleção da unidade consumidora, procedimentos deinspeção, memória de cálculo da revisão do faturamento, e da negociação com o consumidor, quepossibilitem compreensão da sua legalidade e adequacidade, sendo que mesmo aqueles processosque estão melhor organizados estão incompletos.

De uma forma mais detalhada, foram observados os seguintes procedimentos que devemmerecer providências de regularização, com objetivo de aprimoramento e adequação àsdeterminações legais:

- processos não apresentam numeração em suas páginas e nem todos possuemdocumentação comprobatória de entrega ao consumidor da correspondência de comunicação aoconsumidor;

- não está sendo rotineiramente apresentada a memória de cálculo da revisão dofaturamento, por escrito ao consumidor;

- planilha com demonstrativo de cálculo apresentada consumidor não informa rotineiramentea tarifa utilizada;

- não informa qual o critério utilizado na apuração, ou seja, deixa de mencionar o dispositivolegal utilizado;

- processos contendo rascunhos e rasuras em suas folhas;- na apuração dos valores de unidades consumidoras da subclasse residencial baixa renda

não considera a diferença mês a mês não observando no refaturamento a tarifa relativa a cada blococomplementar;

- não informa ao consumidor do seu direito de recurso;Foi informado à fiscalização que todas as informações sobre as diferenças dos valores

efetivamente faturados e os apurados pela empresa, da tarifa aplicada, bem como do direito derecurso são repassados ao consumidor no ato da sua negociação para pagamento e apresentaçãode recurso, caso o consumidor tenha novos argumentos sobre a irregularidade apurada. Entretanto,a legislação determina que tais informações sejam comunicadas por escrito.

Não-Conformidade (N.4)

Não cumprimento do inciso IV do art. 72 da Resolução ANEEL 456/2000, de 29/11/2000, quedispõe :

“Art. 72. Constatada a ocorrência de qualquer procedimento irregular cuja responsabilidadenão lhe seja atribuível e que tenha provocado faturamento inferior ao correto, ou no caso de não terhavido qualquer faturamento, a concessionária adotará as seguintes providências:

I.emitir o "Termo de Ocorrência de Irregularidade", em formulário próprio ......IV - proceder a revisão do faturamento com base nas diferenças entre os valores

efetivamente faturados e os apurados por meio de um dos critérios descritos nas alíneas abaixo, semprejuízo do disposto nos arts. 73, 74 e 90:

a) aplicação do fator de correção determinado a partir da avaliação técnica do erro demedição causado pelo emprego dos procedimentos irregulares apurados;

b) na impossibilidade do emprego do critério anterior, identificação do maior valor deconsumo de energia elétrica e/ou demanda de potência ativas e reativas excedentes, ocorridos ematé 12 (doze) ciclos completos de medição normal imediatamente anteriores ao início dairregularidade; e

c) no caso de inviabilidade de utilização de ambos os critérios, determinação dos consumosde energia elétrica e/ou das demandas de potência ativas e reativas excedentes por meio deestimativa, com base na carga instalada no momento da constatação da irregularidade, aplicandofatores de carga e de demanda obtidos a partir de outras unidades consumidoras com atividadessimilares.

..."Prazo para regularização: 45 dias

Não-Conformidade (N.5)

Não cumprimento do artigo 78, da Resolução ANEEL nº 456, de 29/11/2000, que dispõe :“Art. 78. Nos casos em que houver diferença a cobrar ou a devolver, a concessionária deverá

informar ao consumidor, por escrito, quanto:I - à irregularidade constatada;II - a memória descritiva dos cálculos do valor apurado, referente às diferenças de consumos

de energia elétrica e/ou de demandas de potência ativas e reativas excedentes, inclusive os fatoresde carga e de demanda típicos quando aplicáveis os critérios referidos no § 3º, art. 71, e na alínea“c”, inciso IV, art. 72;

III - os elementos de apuração da irregularidade;IV - os critérios adotados na revisão dos faturamentos;V - o direito de recurso previsto nos §§ 1º e 3º deste artigo; eVI - a tarifa utilizada.§ 1º Caso haja discordância em relação à cobrança ou respectivos valores, o consumidorpoderá apresentar recurso junto a concessionária, no prazo de 10 (dez) dias a partir da

comunicação.§ 2º A concessionária deliberará no prazo de 10 (dez) dias, contados do recebimento do

recurso, o qual, se indeferido, deverá ser comunicado ao consumidor, por escrito, juntamente com arespectiva fatura, quando pertinente, a qual deverá referir-se exclusivamente ao ajuste dofaturamento, com vencimento previsto para 3 (três) dias úteis.

§ 3º Da decisão da concessionária caberá recurso à Agência Reguladora Estadual ou doDistrito Federal, conforme o caso, ou, na ausência daquela, à ANEEL, no prazo de 10 (dez) dias, quedeliberará sobre os efeitos do pedido.

§ 4o Constatado o descumprimento dos procedimentos estabelecidos neste artigo ou, ainda,a improcedência ou incorreção do faturamento, a concessionária providenciará a devolução doindébito por valor igual ao dobro do que foi pago em excesso, salvo hipótese de engano justificável.”

Prazo para regularização: 45 dias

Constatação (C.5) - Opções de Faturamento

De acordo com o inciso IV do artigo 53, da Resolução ANEEL nº 456/2000, à aplicação datarifa azul ou verde, na tensão de fornecimento inferior a 69 kV e demanda contratada inferior a 300kW, se dá por opção do consumidor. Já o artigo 18, estabelece a aplicação da tarifa mais vantajosa aque o consumidor tiver direito.

Nesse sentido, foi observado, com relação a inclusão na estrutura tarifária convencional ouhorosazonal, algumas unidades consumidoras do grupo A com aplicação da estrutura tarifáriainadequada.

A título de exemplo citamos as unidades consumidoras:- Brasil Telecom S/A, conta 2557177-09, na modalidade THS Azul, com demandas

contratadas de 240 kW fora de ponta e 240 kW na ponta, essa unidade se mantida a suacaracterística de consumo e demanda, a melhor opção é na modalidade THS verde (diferença10,43%);

- Cia Hering, conta 2325480-72, na modalidade tarifária THS Azul, com demandascontratadas de 35 kW fora de ponta e 35 kW na ponta, essa unidade se mantida a sua característicade consumo e demanda, a melhor opção é na modalidade THS verde (diferença 39,40%);

- Cond Beira Rio Shopping, conta 2539083-02, na modalidade tarifária THS Azul, comdemandas contratadas de 250 kW fora de ponta e 250 kW ponta, essa unidade se mantida a suacaracterística de consumo e demanda, a melhor opção é na modalidade convencional (diferença15,84%);

- Casan, conta 2550461-46, na modalidade tarifária THS Azul, com demandas contratadasde 150 kW fora de ponta e 150 kW na ponta, essa unidade se mantida a sua característica deconsumo e demanda, a melhor opção é na modalidade THS verde (diferença 11,69%);

- CD Shopping Itaguacu, conta 2524749-29, na modalidade tarifária THS Azul, comdemandas contratadas de 45 kW fora de ponta e 30 kW ponta, essa unidade se mantida a suacaracterística de consumo e demanda, a melhor opção é na modalidade convencional (diferença17,44%);

- Delegacia Regional do Trabalho, conta 2539504-14, na modalidade tarifária THS Azul, comdemandas contratadas de 125 kW fora de ponta e 40 kW na ponta, essa unidade se mantida a suacaracterística de consumo e demanda, a melhor opção é na modalidade THS verde (diferença21,27%).

Não-Conformidade (N.6)Não cumprimento do § 1º artigo 18, conjugado com o inciso IV do artigo 53 da Resolução

ANEEL nº 456/2000."Art. 18 ...§ 1º A concessionária deverá analisar todos os elementos de caracterização da unidade

consumidora objetivando a aplicação da tarifa mais vantajosa a que o consumidor tiver direito, emespecial quando a finalidade informada for residencial, caso em que a classificação será definidaconsiderando as subclasses Residencial, Residencial Baixa Renda ou Rural AgropecuáriaResidencial.

Art. 53...IV - opcionalmente na estrutura tarifária horosazonal, com aplicação da Tarifa Azul ou Verde,

conforme opção do consumidor: para as unidades consumidoras atendidas pelo sistema elétricointerligado e com tensão de fornecimento inferior a 69 kV, sempre que a demanda contratada forinferior a 300 kW."

Prazo para regularização: 45 dias

Constatação (C.6) - Fatura de EnergiaConstatou-se que a concessionária não demonstra na fatura de energia elétrica a informação

referente ao valor da tarifa correspondente ao faturamento dos valores mínimos relativos ao custo dedisponibilidade do sistema elétrico.

A concessionária não tem discriminado, nas faturas de energia elétrica de toda SubclasseResidencial Baixa Renda, o valor, em reais, do desconto referente à aplicação da tarifa social e,também, não está nominando as isenções de pagamento do encargo de capacidade emergencial, doencargo de aquisição de energia emergencial e da recomposição tarifária extraordinária.

Ainda, por amostragem, constatou-se que algumas faturas do residencial baixa renda nãoapresentam a tarifa referente a cada bloco de consumo.

Exemplos: Contas: 2164718-69, 1146072-57, 2112759-05, 2312538-18, 2250046-40.Também foi constatado, que o valor da tarifa de energia elétrica discriminado nas faturas de

energia não está seguindo corretamente os valores das tarifas estabelecidas no anexo I da resolução421 ANEEL de 6 de agosto de 2002.

Exemplo: - conta 2415647-78, Residencial Monofásico, faturamento 11/2002, taxa discriminada para o

consumo de 140kWh: R$ 0,25971.- conta 1863573-38, Residencial Monofásico, faturamento 11/2002, taxa discriminada para o

consumo de 86kWh: R$ 0,25965.Sendo que a tarifa a ser aplicada para todas as classes residenciais, excetuando a Baixa

Renda, é de R$ 0,22859 sem impostos. Aplicando a alíquota de 12% de ICMS, para consumo até150kWh, a tarifa deveria ser R$ 0,25976.

Segundo explicação de um funcionário da fiscalizada, há um erro de aproximação por causado sistema computacional utilizado para gerar as faturas. O sistema calcula o valor da taxa aplicadadiscriminada na fatura dividindo o valor em reais do consumo pelo valor em kWh. Por isso, ficaparecendo que não há o respeito pela resolução 421 ANEEL.

Não-Conformidade (N.7)Não cumprimento da letra "i", inciso I, artigo 83 da Resolução ANEEL nº 456/2000."art. 83 A fatura de energia elétrica deverá conter as seguintes informações :inciso I - obrigatoriamente:i) componentes relativos aos produtos e serviços prestados, discriminando as tarifas

aplicadas "Prazo para regularização: 15 dias

Não-Conformidade (N.8)

Não cumprimento do artigo 3º da Resolução ANEEL nº 485/2002, conjugado com a letra c doinciso II do artigo 83 da Resolução ANEEL nº 456/2000.

“Art. 3º A concessionária ou permissionária deverá discriminar na fatura de energia elétricade toda Subclasse Residencial Baixa Renda o valor, em reais, do desconto referente à aplicação datarifa social e nominar as isenções de pagamento do encargo de capacidade emergencial, doencargo de aquisição de energia emergencial e da recomposição tarifária extraordinária.”

“Art. 83. A fatura de energia elétrica deverá conter as seguintes informações:(...)II. quando pertinente:(...)c) indicação do respectivo desconto sobre o valor da tarifa, em moeda corrente; (...)”Prazo para regularização: 15 dias

Não-Conformidade (N.9)Não cumprimento do Parágrafo único do artigo 83 da Resolução ANEEL nº 456/2000.““Art. 83. A fatura de energia elétrica deverá conter as seguintes informações:Parágrafo único. Tratando-se de unidade consumidora Residencial Baixa Renda, as

componentes relativas à energia elétrica consumida deverão apresentar a tarifa referente a cadabloco de consumo.”

Prazo para regularização: 15 dias

Não-Conformidade (N.10)Discriminação incorreta dos valores das tarifas de fornecimento de energia elétrica na fatura

de energia elétrica, estabelecidas no anexo I da Resolução 421/2002.Prazo para regularização: 15 dias

Determinação (D.2)A concessionária deverá discriminar na fatura o valor correto, para todas as respectivas

classes, independentes do consumo, conforme estabelecido no anexo I da resolução 421/2002. Prazo para cumprimento: 15 dias

Constatação (C.7) - UC Residencial de Baixa RendaA CELESC informou que no ciclo de faturamento de maio foram faturados 78.071 unidades

consumidoras como baixa renda devido as novas condições para enquadramento estabelecidas pelalei 10.438 e regulamentada pela Resolução Aneel nº 246/2002.

Na amostra, escolhidas de forma aleatória, para analise dos históricos de consumo deunidades consumidoras residenciais não foram encontradas unidades consumidores que atendiamaos critérios para enquadramento na subclasse baixa renda e deixaram de ser contempladas com obenefício.

A CELESC encaminhou carta informando a forma de inscrição para se habilitar ao benefícioda tarifa de baixa renda, para o caso de unidades consumidoras com média de consumo mensalentre 80 e 160 kWh, quando na realidade a Resolução 485/02 estabelece a necessidade de informaros consumidores com média de consumo mensal de até 220 kWh.

Não-Conformidade (N.11)

A CELESC não aplicou corretamente o disposto no § 2º do art. 4º da Resolução ANEEL nº485, de 29/08/2002:

"Até 31 de março de 2003 fica mantido o benefício da tarifa social de baixa renda para osconsumidores que atendam, alternativamente aos critérios de classificação anteriores à Lei nº10.438, 2002, ou aos novos critérios nesta Resolução.

§1º...§2º Sem prejuízo do disposto no "caput", a concessionária ou permissionária, além de

divulgar amplamente, deverá informar, por escrito, a todos os consumidores residenciais comconsumo médio mensal dos últimos 12 (doze) meses até 220 kWh, o disposto nesta Resolução e aforma de inscrição para se habilitar ao benefício da tarifa social de baixa renda.

Prazo para regularização: 15 dias

Determinação (D.3)A CELESC deverá informar, por escrito, a todos os consumidores residenciais com consumo

médio mensal dos últimos 12(doze)meses até 220 kWh, o disposto na Resolução nº 485, de29/08/2002, e a forma de inscrição para se habilitar ao benefício da tarifa social de baixa renda.

Prazo para cumprimento: 20 dias

Constatação (C.8) - Participação Financeira / UniversalizaçãoNos processos de participação financeira analisados foi verificado que esta sendo cumprido

o estabelecido no § 7º do art. 14 da Lei 10.438/2002.Em Florianópolis os técnicos informaram que existe falta de material para execução de obras

de extensão de rede para atender pedidos de novas ligações, em conseqüência para adequar osprazos para execução da obra com as necessidades do interessado, o material é fornecido pelointeressado para posterior ressarcimento, de maneira geral, em energia.

Dessa forma, poderão ocorrer casos em que a concessionária não venha a cumprir o prazoestabelecido para início da obra, para atendimento aos pedidos de ligação nova, quando dainexistência de rede de distribuição em frente à unidade consumidora, caso o cliente não tenhacondições de fornecer os materiais necessários para execução da mesma.

Recomendações (R.1)Recomenda-se que seja envidado esforços na aquisição de materiais para assegurar o pleno

atendimento aos prazos estabelecidos quando dos pedidos de ligações de novas de unidadesconsumidoras, garantindo a qualidade dos serviços prestados pela empresa.

V.2 - Técnica

Constatação (C.11) - Dados Gerais da DistribuiçãoA CELESC está estruturada em Presidência e 4 (quatro) diretorias: Administrativa,

Econômico-Financeira, Engenharia e Operação e de Distribuição; existem 16 Agências Regionaisligadas diretamente à presidência sediadas nas seguintes cidades: Florianópolis, Criciúma, Tubarão,Itajaí, São Bento do Sul, Joinville, Mafra, Blumenau, Rio do Sul, Jaraguá do Sul, Lages, Joaçaba,Videira, Concórdia, Chapecó e São Miguel d’Oeste. A CELESC possui 1.805.000 clientes e 4240empregados.

Constatação (C.12) - Planejamento da Operação ElétricaA CELESC investiu R$ 39,47 milhões no ano de 2001 sendo: - R$ 12,24 milhões em obras de subtransmissão,- R$ 9,25 milhões em obras de ampliação da distribuição e- R$ 17,99 milhões em obras de melhoria da distribuição.No ano de 2002 foram investidos R$ 42,62 milhões até novembro, sendo:- R$ 25,98 milhões em obras de subtransmissão,- R$ 7,39 milhões em obras de ampliação da distribuição e- R$ 9,26 milhões em obras de melhoria da distribuição.Segundo a empresa não existem restrições a atendimento a novas cargas e todos os pontos

críticos já foram diagnosticados e as soluções estão sendo implantadas; todas as obras previstaspara 2001 e 2002 para atendimento a estes pontos críticos foram concluídas.

O planejamento da subtransmissão é feito de forma centralizada na sede com apoio dasáreas de planejamento das agencias regionais. O planejamento da MT é feito pelas áreas deplanejamento das agencias regionais e não é feito um planejamento de BT, os recursos são divididosde acordo com o tamanho do sistema elétrico da regional a definição dos circuitos a seremmelhorados é feita de acordo com requisitos e informações subjetivas.

Não existe nenhum sistema corporativo e georeferenciado de cadastro e gerenciamento deredes e de cálculo de carregamento e quedas de tensão ou de planejamento do sistema elétrico, oscálculos de queda de tensão e carregamento são feitos através de planilhas de Excel. Existe umsistema (GENESIS) que se encontra em implantação piloto em algumas cidades para posteriorimplantação em toda a empresa. Os critérios utilizados para a definição do plano de obras doplanejamento são: Indicadores de desempenho do atendimento (DEC,FEC e TMA), MVA atendido,extensão da rede de distribuição, queda de tensão e carregamento.

Existe uma área específica que faz as projeções de mercado que são utilizadas por todas asáreas da empresa; o planejamento trabalha com uma projeção de 3 anos, porém as obras dedistribuição são definidas apenas para o ano seguinte e as de subtransmissão são indicadas por umperíodo de 3 anos mas aprovadas anualmente.

Constatação (C.13) - Manutenção da Distribuição

- Manutenção em Subestações(SE), Linhas de Transmissão(LT) e Usinas:Existem 8 (oito) Divisões de Operação e Manutenção sediadas em: Florianópolis, Joinville,

Blumenau, Lages, Joaçaba, Chapecó, Tubarão e Criciúma, que são responsáveis pela operação emanutenção de SE, LT e Usinas, estas divisões estão subordinadas ao Departamento de Engenhariade Manutenção, localizado na sede, e tem a função de executar as manutenções de acordo com aprogramação feita pelo departamento.

As manutenções são divididas em Preditivas, Preventivas e Corretivas; as manutençõespreventivas têm a periodicidade definida com base em parâmetros que são próprios de cada tipo deequipamento.

Todo o gerenciamento dos serviços de manutenção é feito através do sistema computacionalSIMDEO – Sistema Informatizado de Manutenção da Diretoria de Engenharia e Operação, ondeestão todas as informações sobre periodicidades, histórico de intervenções,área de atuação dasequipes, cadastro de equipamentos, registros sobre ocorrências e relatórios gerenciais.

Existem equipes de linha viva, que atuam em LT e equipamentos de SE e Usinas, e equipesde linhas Desenergizadas, todas as equipes são compostas de 8 eletricistas e trabalham em 69, 138e 500 KV. Cada divisão é responsável pela operação das SE dentro de sua área de atuação sendoque não existem operadores em todas as instalações, são feitas inspeções visuais semanalmente emtodas as subestações; existe um programa de inspeção com termovisor em todas as estações e LTda CELESC. Nos últimos anos foram realizadas 90% das manutenções programadas.

- Manutenção em Redes de distribuição:As manutenções das redes de distribuição são feitas de forma descentralizadas pelas

agências regionais de acordo com diretrizes definidas pelo DPOM. Existem na CELESC 80 equipesde linhas desenergizadas (sendo 39 pesadas e 51 leves), 16 equipes de linha viva e 28 equipes deroçada, poda e corte de árvores; existem equipes específicas para a inspeção de redes.

As manutenções são feitas de acordo com a programação definida pela inspeção das RD epela análise do desempenho dos conjuntos definidos pela ANEEL; são executadas de 85 a 90% dasmanutenções programadas.

As manutenções dos equipamentos de redes de distribuição são executadas por equipesvolantes, quando preventivas e pela oficina centralizada localizada em Florianópolis, quandocorretivas. A CELESC possui dois robots para lavar as redes de distribuição localizadas no litoral.Utiliza-se também o termovisor na inspeção das redes de distribuição. As principais dificuldadesapontadas pela área de manutenção para a não execução de 100% da programação: cortesorçamentários, encerramentos de contratos no meio do ano e atrasos nos processos de licitação.

Constatação (C.14) - Níveis de Tensão - Resolução nº 505/2001

Os processos são arquivados em meio digital no sistema SIMO (Sistema Integrado daManutenção e Operação); neste sistema é possível verificar e acompanhar todos os passos doprocesso, exceto nos casos nos quais foram necessários projetos, que somente podem serverificados na regional a que pertence a localidade do cliente reclamante. No sistema não existenenhum campo onde ficam registradas as providências tomadas para a adequação dos níveis detensão, nos casos em que o DRP e DRC estão acima dos valores admissíveis; para a verificaçãodestas providências é necessário ir a regional na qual originou a reclamação e consultar os registrosda área de projetos.

As informações de conclusão das obras para correção dos níveis de tensão não estão sendoinformadas no prazo (no sistema SIMO).

Os processos que apresentaram problemas são os seguintes:- não foram enviadas cartas ao consumidor: 121264, 122555, 125846 e 117838 da Regional

de Tubarão e 109100 da Regional de Blumenau.- não foram concluídos dentro do prazo estabelecido na Resolução 505/2001: 127950,

119381, 125846, 126035, 129350, 131200 e 134125 da Regional de Tubarão.- estão com os prazos vencidos e ainda não foram concluídos: 133942, 131966 e 134652 da

Regional de Tubarão.- foram enviadas cartas aos consumidores de que as tensões encontram-se adequadas,

entretanto ainda apresentam valores de medições fora dos valores permitidos: 121722,134376 e121722 da Regional de Blumenau.

Cabe ressaltar, que os processos, em geral, estão com os dados incompletos no sistemaSIMO; também os processos arquivados em papel na Regional de Tubarão estão incompletos.

Os seguintes alimentadores estão com o nível de tensão abaixo do valor definido naResolução 505/2001 como crítico: INE06, PLA04, PLA11, MDA01, PRA03, CFL02, LMR01, CIS04,CIS05 e PCS06. Existem 152 alimentadores com tensão dentro da faixa definida pela Resolução505/2001 como precária.

Não-Conformidade (N.12)

Não cumprimento dos Arts. 7º, 8º e 9º da Resolução ANEEL nº 505, de 26/11/02."Art. 7º A concessionária deverá apurar, quando de medições solicitadas ou medições

amostrais, os seguintes indicadores individuais:I- Duração Relativa da Transgressão de Tensão Precária (DRP), utilizando a seguinte

fórmula:DRP = (nlp/1.008) x 100 [%]II- Duração Relativa da Transgressão de Tensão Crítica (DRC), utilizando a seguinte fórmula:DRC = (nlc/1.008) x 100 [%]onde:nlp = número de leituras situadas nas faixas precárias;nlc = número de leituras situadas

nas faixas críticas; e1.008 = número de leituras válidas a cada 10 (dez ) minutos no período de observação."."Art. 8º Quando o consumidor solicitar a medição do nível de tensão, a concessionária

deverá instalar equipamento de medição no ponto de entrega de energia elétrica da unidadeconsumidora e prestar ao mesmo as seguintes informações:

I- com antecedência de 48 (quarenta e oito) horas, quanto ao direito do mesmo acompanhara medição;

II- qual o valor a ser cobrado pelo serviço, conforme regulamento específico; eIII- o resultado da medição, por escrito, no prazo de 30 (trinta) dias a partir da solicitação....§ 2º A medição de tensão deve corresponder ao tipo de ligação da unidade consumidora

-monofásica, bifásica ou trifásica -, abrangendo medições entre todas as fases e o neutro, ou entretodas as fases quando o neutro não for disponível.”

"Art. 9º A concessionária deverá manter registro em sistema informatizado, contendoobrigatoriamente os seguintes dados:

I- número de protocolo;II- data da solicitação da medição;III- data do aviso ao solicitante sobre a realização da medição de tensão;IV- período da medição;V- valores máximo e mínimo das tensões de leitura; eVI- histograma de tensão e tabela de medição, em por unidade da tensão nominal, com o

intervalo de 0,8 p.u. a 1,20 p.u. inclusive e com uma discretização mínima de 40 (quarenta)intervalos.

§1º Deverão ser registrados também, caso existam, os seguintes dados:I- valores apurados de DRP e DRC;II- valor do serviço pago pelo consumidor;III- providências para a normalização e data de conclusão;IV- período da nova medição;V- data de comunicação ao consumidor do resultado da

apuração e dos prazos de normalização; eVI- valor da restituição e mês de pagamento.§ 2º Os dados deverão estar disponibilizados, em meio magnético ou ótico, por período

mínimo de 5 (cinco) anos, para fins de fiscalização da ANEEL e consulta dos consumidores.”Prazo para regularização: 30 dias

Constatação (C.15) - Índices de Continuidade - Resolução nº 024/2000

Na fiscalização realizada na CELESC no período de 02 a 06 de dezembro de 2002, foramverificadas nas faturas de energia elétrica as informações a respeito dos indicadores de continuidadepara os consumidores do grupo B, referentes aos seguintes conjuntos: Florianópolis, Bombinhas,São Francisco do Sul, São José, Gaspar, Brusque, Blumenau, Joinvile, Curtibanos, Lages, Urubici,São Joaquim, São José do Cerrito, Ponte Alta do Monte, Rio Ruffino, Anita Garibaldi, Princesa, Flordo Sertão, águas Mornas, Bom Jesus do Oeste, Tubarão, Passos de Torres, Ibia, Santa Terezinhado Progresso, Arroio Silva, Arroio Trinta, Doutor Pedrinho e Balneário Barra do Sul; Constatou-se queas referidas informações do artigo 15º da Resolução Aneel 024/2000, estavam corretas.

Para as unidades consumidoras do grupo A, foram encontradas faturas que nãoapresentavam as informações referentes aos nomes dos conjuntos, as metas e o realizado de DIC,FIC, DEC e FEC, conforme determina o artigo 15º da Resolução Aneel 024/2000, como por exemplo,os seguintes nº de conta: 2050645-74, 2041500-19, 1226976-00, 1218733-07, 2533689-44,25768877-85, 1235034-69, 1235038-92, 1234393-53, 2205694-792205694-79, 2278662-74,1818576-26, 1851139-23, 1231000-03, 2172457-14, 1235047-83, 1235039-73, 2592619-55,2223493-44, 1233978-47, 1233965-22, 1233745-53, 1233794-31, 2560510-03, 1233086-82,1233081-78, 1233029-94, 2617347-68, 1231273-01, 2280043-30, 2354037-09, 2354133-48,2354140-77, 1233334-40, 1928673-26, 1231728-451231280-05, 1234382-09, 2176994-05, 2318133-84, 2344405-38, 2688867-09, 1223112-64, 1916170-08, 1233605-01, 1232180-04, 2595427-09,2179816-82, 2106657-42, 2343357-42, 2670179-01, 1231102-20, 2360551-00, 1231099-90,1234205-04, 2560133-49, 2187944-36, 1234374-90, 2687135-10, 2602285-08, 2293513-44,2171205-04, 2302289-25, 2688331-76, 1232391-84, 1232368-35, 2478794-95, 1231140-55,2115140-71, 2323604-30, 2514867-29, 2303125-51, 2242530-69, 2506813-07, 2276582-48,2020186-95, 2548477-06, 1897559-38, 2214238-00, 1960542-06, 1231523-05, 1845200-02,2230739-70 e 2514674-22.

Foram também encontradas faturas, que as informações sobre os valores Realizados de DICe FIC encontrava-se em branco, portanto, não podendo identificar se realmente não houveinterrupção para esta unidade consumidora ou, se houve interrupção, os valores de DIC e FIC nãoforam calculados, como, por exemplo, podem-se destacar os seguintes nº de contas: 2585856-41,2560510-03, 2622035-02, 258017-67, 2431869-83, 1235138-55, 2684166-56, 2622608-16, 2063936-87, 2128702-38, 2260964-40, 2687243-93, 2678035-67, 2677561-19, 2463460-35, 2680871-48,2524707-70, 2567822-10, 2585065-20, 2584817-81, 2579977-09, 1235140-70, 2269650-40,2269650-40, 2325526-90, 2325511-03, 1235152-03, 2537574-10, 2539108-97 e 1235178-42.

Na verificação das interrupções do sistema de transmissão da CELESC para o mês desetembro de 2002, constatou-se, na verificação no Sistema Integrado de Manutenção e Operação –SIMO, que havia ocorrências que não se encontravam registradas no cálculo dos indicadores decontinuidade, que são:

- LI 138 kV Florianópolis – Itajaí Fazenda BiguaçúData: 06/09/2002 – interrompendo 15,2 MW- LI 138 kV Florianópolis –Camboriú Morro do BoiData: 06/09/2002 – interrompendo 39,8 MW- SE Joinville QuatroData: 12/09/2002 – interrompendo 17,7 MW- LI´s 138 kV Imbituba – Jorge Lacerda e Imbituba – PalhoçaData: 18/09/2002 – interrompendo 21,67 MW- SE Lages Área IndustrialData: 22/09/2002 – interrompendo 6,0 MW

Não-Conformidade (N.13)A CELESC não está cumprindo com o disposto no artigo 15º da Resolução ANEEL nº

024/2000, que trata das informações dos indicadores de continuidade na fatura." DA INFORMAÇÃO DOS INDICADORES NA FATURA DOS USUÁRIOSArt. 15. A partir de janeiro de 2001 as concessionárias deverão incluir na fatura dos usuários,

de forma clara e auto-explicativa, os seguintes dados:I - nome do conjunto ao qual pertence a unidade consumidora;II - metas mensais para os indicadores de continuidade individuais ( DIC, FIC e DMIC ) e de

conjunto;III - valores de DEC e FEC verificados no conjunto no mês anterior à emissão da fatura."Prazo para regularização: 15 dias

Não-Conformidade (N.14)A CELESC não está cumprindo com o disposto no artigo 5º combinado ao 7º da Resolução

ANEEL nº 024/2000, que trata das duração e das interrupções a serem consideradas."DA DURAÇÃO DA INTERRUPÇÃO A SER CONSIDERADAArt. 5o As concessionárias deverão apurar os indicadores de continuidade de duas formasdistintas:I - considerando as interrupções com duração maior ou igual a 3 (três) minutos; eII - considerando as interrupções com duração maior ou igual a 1 (um) minuto."e, " DAS INTERRUPÇÕES A SEREM CONSIDERADASArt. 7o Na apuração dos indicadores deverão ser consideradas todas as interrupções queatingirem as unidades consumidoras, admitidas apenas as seguintes exceções:I - falha nas instalações da unidade consumidora que não provoque interrupção eminstalações de terceiros; eII - interrupção decorrente de obras de interesse exclusivo do consumidor e que afete

somentea unidade consumidora do mesmo."Prazo para regularização: 15 dias

Constatação (C.16) - Operação da Distribuição

A CELESC possui um Sistema Digital de Supervisão e Controle (SDSC), para operação de56 das 92 subestações de 138 e 69 kV. Este sistema divide operacionalmente a empresa em 3áreas:

- Área Sudeste – compreende as regiões de Florianópolis, Sul e Extremo Sul. È controladapelo COA-S (Centro de Operação de Área – Sudeste), localizado em Florianópolis, junto ao COS(Centro de Operação do Sistema), no edifício sede da empresa.

- Área Norte – compreende as regiões Norte e Vale do Itajaí. É controlada pelo COA-N(Centro de Operação de Área - Norte) localizado em Blumenau.

- Área Oeste – compreende as regiões Planalto, Meio-Oeste e Extremo Oeste. È controladapelo COA-O (Centro de Operação de Área - Oeste) localizado em Chapecó.

A CELESC possui atualmente 16 COD´s (Centros de Operação da Distribuição), localizadosnas seguintes cidades: Florianópolis, Criciúma, Tubarão, Itajaí, São Bento do Sul, Joinville, Mafra,Blumenau, Rio do Sul, Jaraguá do Sul, Lages, Joaçaba, Videira, Concórdia, Chapecó e São Migueld’Oeste.

Constatação (C.17) - Aspectos de Segurança (Das pessoas e das instalações)Na fiscalização, foram inspecionadas as subestações de Blumenau Bairro da Velha,

Blumenau Salto, Tubarão, Trindade, Coqueiros, Ilha Centro. Nas referidas inspeções constatou-seque os prazos de validade de todos os extintores encontravam-se vencidos.

Em inspeção a subestação Ilha – Centro, onde estava sendo ampliado o número dealimentadores, constatou-se que os técnicos da Celesc que estavam realizando o serviço, na viapública, não estavam adotando os procedimentos de segurança adequados, como pode serobservado nas figuras 1 e 2.

Foto nº1

Foto nº2

Não-Conformidade (N.15)A CELESC não está cumprindo com o disposto no artigo 6º combinado com o artigo 31º da

Lei nº 8987, de 13 de fevereiro de 1995, no que trata dos aspectos de segurança."Art. 31. Incumbe à concessionária:I - prestar serviço adequado, na forma prevista nesta Lei,

nas normas técnicas aplicáveis e no contrato;""Art. 6. Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço adequado ao pleno

atendimento dos usuários, conforme estabelecido nesta Lei,nas normas pertinentes e no respectivocontrato.

§ 1. Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade,eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas."

Prazo para regularização: 30 dias

V.3 - Pesquisa/Desenvolvimento

Constatação (C.10) - Programa Anual de P & DO Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da CELESC para o ciclo 1999/2000, foi

aprovado por meio do Despacho nº302, de 14 de julho de 2000, onde previa um investimento de R$1.073.770,00 (um milhão, setenta e três mil e setecentos e setenta reais) com previsão de conclusãopara 15 de julho de 2001, com a implementação dos seguintes projetos:

1 – Desenvolvimento de metodologia integrando o uso de fotografia com sistemas delocalização de descargas atmosféricas na avaliação do impacto das descargas sobre o desempenhodo sistema de distribuição da CELESC;

2 – Determinação do Grau de Corrosividade Atmosférica sobre materiais utilizados no setorElétrico dentro do Estado de Santa Catarina;

3 – Pesquisa do comportamento dos cabos protegidos de Rede Protegida Aérea Compactasubmetidos a alta poluição, considerando os fatores: poluição atmosférica, salinidade e ataquebiológico, visando dar subsídios para as especificações destes equipamentos a serem instalados emáreas litorâneas atendidas pela CELESC em Santa Catarina;

4 – Caracterização Eletromagnética de Sistemas de Distribuição visando compatibilidadeEletromagnética;

5 – Localização de faltas em linhas aéreas de distribuição;6 – Instalação de sistemas solares fotovoltaicos interligados à rede elétrica da CELESC.Por meio dos ofícios nº 044/2001-SRD/ANEEL, de 9 de fevereiro de 2001 e nº 044/2001-

SFE/ANEEL, de 19 de fevereiro de 2001, ambas as superintendências, tendo em vista, problemaspara implementação de 4 dos 6 projetos, resolveram concordar que a CELESC repassasse oinvestimento não aplicado no ciclo 1999/2000 para o ciclo 2000/2001.

Dentro deste contexto, a fiscalização concentrou seus esforços na verificação de implantaçãodos projetos de nº 4 - Caracterização Eletromagnética de Sistemas de Distribuição visandocompatibilidade Eletromagnética e nº5 - Localização de faltas em linhas aéreas de distribuição. Afiscalização propriamente dita verificou:

- Notas fiscais de prestação de serviços da Universidade Regional de Blumenau;- Contrato de Prestação de serviços entre a Celesc e a Universidade Regional de Blumenau,

e;- Relatórios finais dos dois projetos.Após a verificação, constatou-se que a CELESC cumpriu as metas físicas de ambos os

projetos.

V.4 - Eficiência energética

Constatação (C.9) - Programa Anual de Combate ao Desperdício de Energia Elétrica

O Programa Anual de Combate ao Desperdício de Energia Elétrica da CELESC, foi aprovadopor meio do Despacho nº 393, de 19 de setembro de 2000, que previa um investimento de R$9.240.295,00 (nove milhões duzentos e quarenta mil e duzentos e noventa e cinco reais)representado 0,908 % da receita operacional líquida, dividido em 7 projetos e conclusão para 31 deagosto de 2001.

Durante a implementação do programa houve alterações dos valores previstos para cadaprojeto, mas sempre mantendo o valor aprovado no referido despacho. Para o ciclo 1999/2000, dovalor de R$ 9.240.295,00 foram efetivamente gastos R$ 8.274.413,00 representando 0,813% dareceita Anual de 1999, ficando com saldo a ser aplicado no próximo ciclo de 0,095% acrescido de0,026% (remanejamento de projetos) totalizando 0,0692% a ser aplicado no ciclo 2002/2003.

Na fiscalização realizada, o projeto escolhido para a verificação foi o de Iluminação Pública,que tinha um valor a ser investido pela CELESC de R$ 7.162.540,00, o procedimento adotado foi:

- Verificação, por amostragem, da notas fiscais equipamentos e ordens de serviços paraimplantação do projeto;

- Verificação de Contratos de Prestação de serviços entre a CELESC e as prefeiturasparticipantes;

- Entrevistas com os técnicos responsáveis pela implantação do projeto;- Relatório final do projeto.Após a verificação, constatou-se que a CELESC cumpriu com as metas físicas do projeto,

com a implementação em 91 municípios e que a diferença de valores serão implementadas no ciclo2002/2003. VI - CONCLUSÃO

Na área comercial, observa-se a melhoria na qualidade da prestação dos serviços emrelação aos anos de 1998 a 2000, com nova estruturação das agências de atendimento. Dos pontosfiscalizados, ou seja: faturamento, irregularidades em unidades consumidoras, suspensão e religaçãode unidades consumidoras, leitura e medição, ligação nova, duplicidade de pagamento, opção defaturamento e fatura de energia elétrica, destaca-se como ponto negativo a recuperação de perdaspor irregularidades na unidade consumidora. Esse tipo de processo, relacionado à fraude e/ou desviode energia, necessitam de melhor organização jurídico-administrativa, com apresentação mais clarae objetiva dos critérios adotados para seleção/inspeção, memória de cálculo da revisão dofaturamento, e da negociação com o consumidor, que possibilitem compreensão da sua legalidade eadequacidade.

Em relação a área técnica, a equipe de fiscalização observou uma melhoria nosprocedimentos adotados pela empresa, em particular a apuração dos indicadores de continuidade everificação da conformidade dos níveis de tensão, em relação a última ação fiscalizadora. Foramtambém verificadas falhas nos procedimentos da empresa, principalmente em relação aos aspectosde segurança, que são objetos de registro neste relatório. VII - EQUIPE DE FISCALIZAÇÃO

_______________________________________________________PAULO LUCIANO DE CARVALHO

Coordenador

_______________________________________________________ADEMILTON BRAZ BARNABÉ

_______________________________________________________EVERTON LUIS PELOSO E SILVA

_______________________________________________________FLAVINEI DOS SANTOS

_______________________________________________________WILBER DEOCLEVIO BORGES PEREIRA