relatÓrio de estÁgio em urinÁlise - farmÁcia

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RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM URINÁLISE DO CURSO DE FARMÁCIA

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FACULDADE PRESIDENTE ANTNIO CARLOS

GESIANE GONALVES FERREIRA

RELATRIO DE ESTGIO SUPERVISIONADO EM URINLISE DO CURSO DE FARMCIA

IPATINGA 05 DE JULHO DE 2011

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SUMRIO

1 INTRODUO.......................................................................................................................4 2 CARACTERIZAO DO LOCAL DE ESTGIO................................................................6 3 ATIVIDADES REALIZADAS...............................................................................................7 3.1 Anlises Fsicas da Urina .....................................................................................................8 3.1.1 Aspecto...............................................................................................................................8 3.1.2 Odor...................................................................................................................................8 3.1.3 Cor......................................................................................................................................8 3.1.4 Densidade...........................................................................................................................9 3.1.5 pH.......................................................................................................................................9 3.2 Exame Qumico da Urina....................................................................................................10 3.2.1 Protenas...........................................................................................................................10 3.2.2 Glicose.............................................................................................................................11 3.2.3 Bilirrubina........................................................................................................................11 3.2.4 Urobilinognio.................................................................................................................12 3.2.5 Sangue..............................................................................................................................12 3.2.6 Cetonas.............................................................................................................................13 3.2.7 Nitrito...............................................................................................................................13 3.2.8 Leuccitos........................................................................................................................14 3.3 Exame Microscpico da Urina............................................................................................14 3.3.1 Leuccitos e picitos........................................................................................................14 3.3.2 Hemcias..........................................................................................................................15 3.3.3 Clulas epiteliais..............................................................................................................15 3.3.4 Cilindros...........................................................................................................................15 3.3.5 Cristais.............................................................................................................................16 3.3.6 Flora bacteriana................................................................................................................16 3.3.7 Muco................................................................................................................................17 3.4 Lquido seminal (Smen) ...................................................................................................17 3.4.1 Coleta do material............................................................................................................18 3.4.2 Exame macroscpico.......................................................................................................18 3.4.2.1 Volume..........................................................................................................................18

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3.4.2.2 Consistncia..................................................................................................................18 3.4.2.3 Cor................................................................................................................................18 3.4.2.4 pH..................................................................................................................................19 3.4.3 Exame microscpico........................................................................................................19 3.4.3.1 Contagem dos espermatozides....................................................................................19 3.4.3.2 Motilidade.....................................................................................................................19 3.4.3.3 Morfologia....................................................................................................................20 4 RESULTADOS E DISCUSSO...........................................................................................21 5 CONCLUSO.......................................................................................................................24 REFERNCIAS........................................................................................................................25

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1 INTRODUO

A medicina laboratorial comeou atravs da anlise de urina. Este mtodo de pesquisa to antigo que podem ser encontradas referncias ao estudo da urina nos desenhos dos homens das cavernas e nos hierglifos egpcios. Mesmo no disponibilizando dos sofisticados mtodos os quais temos mo atualmente, os clnicos da poca eram capazes de obter informaes diagnsticas a partir de observaes bsicas como: cor, turvao, odor, volume, viscosidade e at mesmo presena de acar, ao observarem que certas amostras atraam formigas, ou pelo sabor. Nota-se que so essas mesmas caractersticas urinrias utilizadas at hoje pelos laboratrios. Mas, com a crescente ampliao e modernizao dos mtodos clnicos, os exames de urinlise abrangem no s o exame fsico, mas tambm a anlise bioqumica e o exame microscpico do sedimento urinrio (STRASINGER, 2000). A urinlise se mantm como parte integrante do exame do paciente e isso de deve a duas caractersticas, as quais podem explicar a persistncia dessa popularidade: a amostra de urina de obteno rpida e coleta fcil e a urina fornece informaes sobre muitas das principais funes metablicas do organismo, por meio de exames laboratoriais simples. Estas caractersticas favorecem a medicina preventiva e a reduo dos custos mdicos, por ser um meio barato de examinar grande nmero de pessoas e tambm, no s para a deteco de doenas renais, mas tambm o incio assintomtico de doenas como o diabetes mellitus e as hepatopatias. Alm disso, a urinlise pode ser um mtodo muito valioso de triagem metablica (STRASINGER, 2000). A urina constituda por uria e outras substncias qumicas orgnicas e inorgnicas dissolvidas em gua e podem ocorrem grandes variaes na concentrao dessas substncias devido a fatores como alimentao, atividade fsica, metabolismo orgnico, funo endcrina e at mesmo a postura corporal (STRASINGER, 2000). O volume urinrio dirio de um adulto, geralmente, de 0,8 a 1,8L, este valor pode variar conforme a dieta, ingesto de gua, temperatura ambiente, volume corporal e sudorao. O aumento do volume urinrio (> 2,0 L) denomina-se poliria e pode ocorrer em casos de diabetes mellitus, diabete inspido, na uremia e nefrite crnica. Quando ocorre o contrrio, ou seja, quando h uma diminuio do volume urinrio (50-60% em 3 horas Morfologia: < 30% de formas anormais.

3.4.1 Coleta do material O esperma pode ser obtido no prprio laboratrio ou no domiclio. Neste ltimo caso, o material dever ser levado imediatamente para o exame (LIMA et al, 2001). 3.4.2 Exame macroscpico De acordo com Lima et al. (2001), o exame macroscpico pode ser divido nas seguintes etapas de anlises: 3.4.2.1 Volume O volume mdio de todo o esperma de uma ejaculao, de indivduos abaixo de 40 anos de idade, de 3 5 mL. Volumes pequenos, < de 0,5 mL so patolgicos, sendo que, volumes maiores no so anormais. 3.4.2.2 Consistncia A consistncia do smen fresco de gelatinoso especial, liquefazendo-se em 10 a 30 minutos, quando exposto ao ar. Se originalmente fluido, denota pobreza de espermatozides; quanto esperma espesso, que no se liquefaz rapidamente, , muitas vezes, anormal. 3.4.2.3 Cor O esperma apresenta opalescncia acinzentada. Perodos prolongados de abstinncia sexual podem causar ao esperma uma tonalidade amarelada.

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3.4.2.4 pH O pH de esperma de 7,0 a 8,0. Este achado to constante que praticamente se torna desnecessria a sua medida. 3.4.3 Exame microscpico O exame ao microscpio feito logo aps o esperma se fluidificar. Aspermia e Azoospermia a condio em que no se encontram espermatozides, mas vem-se celular da espermiognese mais ou menos maduras, ao passo que, na aspermia, no se identificam nem espermatozoides nem clulas. 3.4.3.1 Contagem dos espermatozides Normalmente, o nmero de espermatozides por mL varia entre 60 a 120 milhes. Nmeros maiores (hiperespermia) no so patolgicos, ao passo que nmeros menores (hipospermia ou oligospermia) so anormais. 3.4.3.2 Motilidade Classificao para a motilidade dos espermatozides: A: Observa-se um movimento retilneo e rpido. (Normal: > 25%) B: Observa-se um movimento no retilneo, porm rpido. (Normal: >50%) C: Observa-se um movimento retilneo, porm devagar. D: Oberva-se algum movimento, porm sem sair do lugar (imvel). Astenospermia a diminuio dos espermatozides mveis, fato que, geralmente, acompanha uma hipocinesia. Necrospermia a ausncia de espermatoziodes, condio muito rara fisiologicamente, mas, o desaparecimento gradual dos espermatozides no esperma ndice de eficcia da vasectomia. O esperma normal contm 80% de espermatozides morfologicamente normais (LIMA et al, 2001).

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Este relatrio descreve as atividades desenvolvidas no estgio de Anlises Clnicas no setor de Urinlise do Laboratrio da Faculdade Presidente Antnio Carlos, assim como as principais atribuies do profissional farmacutico no setor. 3.4.3.3 Morfologia A infertilidade pode ser causada, tambm, por espermatozides morfologicamente anormais. Na anlise morfolgica observa-se cauda e cabea, o espermatozide normal tem cabea oval e cauda longa e afilada. As anormalidades estruturais da cabea dificultam a penetrao no vulo e as anormalidades podem ser: cabeas duplas, gigantes, amorfas, em forma de alfinete, cnicas e estranguladas. A motilidade mais difcil para espermatozides com caudas duplas ou espiraladas. Tambm podem haver espermatozides imaturos (espermtides), que precisam ser distinguidos dos leuccitos; so mais esfricos que os maduros e podem ou no ter cauda. A presena de grande quantidade de formas imaturas considerada anormal.

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4 RESULTADOS E DISCUSSO

AMOSTRA 1 Aspectos fsicos da urina: Amarela clara, semi-turva e odor caracterstico. Teste com a tira reativa: LEU ++ NIT URO 0,2 PRO ++ pH 7,0 BLO +++ SG 1.020 KET BIL + GLU Anlise microscopica: Hemcias: mdia de 8 por campo Leuccitos: mdia de 5 por campo Cilindro: Muco: raro Flora barcteriana: numerosa Cristais: Celulas epiteliais: algumas

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A amostra da urina apresenta padres dentro dos normais. A turvao pode ser em decorrncia do aumento do nmero de hemcias, ao que parece, a paciente estava em incio de perodo menstrual.

AMOSTRA 2 Aspectos fsicos da urina: Amarelo citrino, lmpida e odor caracterstico. Teste com a tira reativa: LEU ++ NIT URO PRO + pH 6,0 BLO + SG 1.010 KET BIL GLU Anlise microscopica: Hemcias: mdia de 3 por campo Leuccitos: mdia de 6 por campo Cilindro: Muco: raro Flora barcteriana: numerosa Cristais: numerosos (oxalato de clcio) Celulas epiteliais: numerosas A amostra da urina apresenta padres dentro dos normais. Os critais de oxalato de clcio so freqente em urina cida, podendo ser vistos na urina neutra, mas raramente na alcalina. Ocorrem em pessoas que ingerem alimentos ricos em cido oxicos, por exemplo, feijo, tomates, algumas verduras, ch mate, etc.

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AMOSTRA 3 Anlise do smen: Consistncia: Viscoso. Volume: 3 mL pH: 9 Motilidade: > 50% A; > 25% B Vitalidade: > 50% vivos Morfologia: < 50% teratozoospermia. A qualidade do smen est dentro dos valores referenciais para normalidade, com exceo do valor de pH, o qual apresenta-se um pouco elevado.

AMOSTRA 4 Anlise do smen: Consistncia: Viscoso. Volume: 3 mL pH: 8 Motilidade: > 50% A e B Vitalidade: > 50% vivos Morfologia: < 50% teratozoospermia. A qualidade do smen est dentro dos valores referenciais para normalidade.

AMOSTRA 5 Anlise do smen: Consistncia: Viscoso. Volume: 1,5 mL pH: 8 Motilidade: > 50% A e B Vitalidade: > 50% vivos

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Morfologia: < 50% teratozoospermia. A qualidade do smen est dentro dos valores referenciais para normalidade, com exceo do volume, o qual apresenta-se diminudo.

5 CONCLUSO

As atividades efetuadas durante o estgio em urinlise permitiram uma melhor compreenso dos fundamentos tericos na medida em que estabeleceram as relaes lgicas da observao dos fenmenos. O exame da urina , sem dvida, um meio precisos de avaliao da funo renal, outras patologias e disfunes metablicas. E para isso, a utilizao de tcnicas sensveis e especficas o fator preponderante para o bom desenvolvimento da anlise. Logicamente h a necessidade de se levar em conta os possveis interferentes que podem falsear os resultados. Contudo, deve-ser ter muito cuidado para no permitir que a simplicidade dos procedimentos provoque um relaxamento dos padres de qualidade.

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REFERNCIAS

MOURA, Roberto de Almeida et al. Tcnicas de laboratrio. 3.ed. So Paulo: Atheneu, 2006. 511p. STRASINGER, Susan King. Urinlise e fluidos biolgicos. 3.ed. So Paulo: Premier, 2000. 232p. LIMA, A. Oliveira et al. Mtodos de laboratrio aplicados clnica: tcnica e interpretao. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. 231p.