relatorio de carnes
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FACULDADE SANTO AGOSTINHO – FSA
BACHARELADO EM NUTRIÇÃO
DISCIPLINA: MICROBIOLOGIA DOS ALIMENTOS
PROFESSORA: LUIZA MARLY F. DE CARVALHO.
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE CONSERVAÇÃO DE CARNE
Teresina-PI
2012
ALLANA RAQUEL
ÂNGELA KAROLYNE
AUCILENE FAUSTINO
BRUNA MARIA IBIAPINA
GLÁUCIA CRISTINA
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE CONSERVAÇÃO DE CARNE
Teresina-PI
2012
SUMÁRIO
Objetivo.............................................................................................................................1
Introdução..........................................................................................................................2
Material..............................................................................................................................3
Procedimento.....................................................................................................................4
Resultados..........................................................................................................................6
Discussão do resultado............................................................................................................................7
Conclusão..........................................................................................................................9
Referência Bibliográfica....................................................................................................................10
OBJETIVO
Avaliar o estado de conservação da carne através das características
organolépticas e análises físico-químicas. Esta análise consiste praticamente,
em comprovar o estado de conservação já que as inspeções sanitárias, antes
ou depois do abate dos animais dão a certeza de que as carnes não são nem
perigosas nem tóxicas. Para fazer esta comprovação é suficiente verificar as
características organolépticas e fazer algumas reações analíticas.
INTRODUÇÃO
As carnes e derivados constituem produtos altamente perecíveis.
Cuidados muito especiais devem ser mantidos durante todas as operações. Os
processos visam minimizar deterioração e prolongar a vida de prateleira com
níveis de qualidade aceitáveis. A contaminação é definida como a presença de
qualquer substância ou agente em quantidade que torna o produto inaceitável
ou potencialmente perigoso ao consumidor.
Os contaminantes incluem resíduos químicos alimentares (antibióticos,
pesticidas, etc) acumulados nos tecidos, excesso de aditivos, matérias
estranhas (fragmentos de insetos, pelos de roedores, areia, etc), parasitas e
microrganismos. Os tecidos animais são livres de microrganismos com
exceção das superfícies externas (peles e tegumentos) e trato digestivo. As
defesas humorais e celulares praticamente não funcionam após a morte
animal. No abate, todas as medidas são tomadas para minimizar a
contaminação e multiplicação microbiana. Há de se lembrar que nem toda
multiplicação microbiana é ruim; i.é: as fermentações, cura e maturação são
processos microbianos benéficos para algumas características da carne.
As bactérias da carne têm suas principais origens no conteúdo
intestinal e solo. A introdução pode ocorrer durante a sangria por equipamento
contaminado (neste momento o sangue ainda está circulando). A
contaminação da superfície da carne continua durante todas as operações de
abate. Equipamentos, roupas, mãos dos operadores; também, água, ar,
paredes e portas. As medidas higiênico-santitárias apenas reduzem esta
contaminação e, a carga microbiana inicial constitui fator importante na
determinação da vida de prateleira dos produtos cárnicos e sua aceitabilidade.
Bactérias, Fungos, Leveduras, Vírus, “Príons”, são microrganismos
encontrados na carne.
MATERIAL
200g de carne fresca e deixar em um depósito tampado por 24 horas; Pinça; Determinante de pH; Eleenmeyer de 50-100 ml; Fio de arame; 150 ml de álcool etílico; 50 ml de HCL; 50 ml de éter etílico; Elenmeyer de 250 ml; Papel reagente e filtro; 10 g de Acetato de chumbo; 90 ml de água destilada; Placa de petri; Tela de amianto; Bico de Bunsen; 10 ml de H2SO
PROCEDIMENTO
1ª Etapa: Observação das características organolépticas.
Objetivo: Observar as alterações nas características organolépticas.
Adquirir uma amostra de carne fresca de aproximadamente 200g
cortando em cubos e colocá-las em um depósito plástico com tampa e deixar
em temperatura ambiente por 24 horas. Em seguida usar uma pinça para
observar o estado geral da amostra.
2ª Etapa: Exame físico-químico.
Objetivo: Determinação do pH da amostra.
Utilizou-se o líquido rosado que exsuda da amostra, e colocou-se em
contato com o reagente tornassol papel, durante 5 minutos. Em seguida
observou-se na tabela de cores o pH da amostra.
3ª Etapa: Prova de Éber para NH3.
Objetivo: Verificar a presença de amônia.
Colocou-se num elenmeyer o reagente de Éber, e suspendeu-se a
boca do elenmeyer com o auxílio do fio de arame, um pedacinho de carne. O
reagente, ao evaporar, contendo HCl , formaram vapores brancos de cloreto de
amônia, se a amostra pois tinha HC3.
4ª Etapa: Prova de Éber para SH2.
Objetivo: Verificar a presença de sulfitos.
Cortou-se o papel filtro com as dimensões 1cm por 5 cm e colocou-se
uma tirinha de papel dentro de uma placa de petri que continha uma solução de
acetato de chumbo. Deixamos o papel imerso na solução durante 2 e 3
minutos. Em seguida, foi retirado os papeis impregnados com acetato de
chumbo com uma pinça e foram colocados numa placa de petri para secá-los
em placa aquecedora.
Em um elenmeyer de 250 ml, colocaram-se a amostra e acrescentar o
dobro do volume da amostra de reagente ácido sulfúrico. Na boca do
elenmeyer foi suspensa uma tirinha de papel de acetato de chumbo e tampado
com um algodão. Foi esquentado suavemente e observou-se o papel reagente.
Em seguida, em um elenmeyer de 250 ml foi colocado a amostra e
acrescentado o dobro do volume da amostra de água. Na boca do elenmeyer
foi suspensa uma tirinha de acetado de chumbo e tampado com um algodão.
Também foi esquentado suavemente e observou-se o papel reagente.
Logo, foram feitos os comparativos entre os dois papéis (com acetato
de chumbo). Verificando a decomposição da matéria orgânica.
RESULTADOS
1ª ETAPA: OBEERVAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉPTICAS
2ª ETAPA: EXAME FÍSICO-QUÍMICO
Ph em carnes in natura, 6,8 carne em decomposição.
3ª ETAPA: PROVA DE EBER PARA NH3
Não está produzindo amônia.
4ª ETAPA: PROVA DE EBER PARA SH2
Formação de gás sulfídrico.
Características OrganolépticasCor Esverdeada
Sabor AzedoOdor Azedo
Consistência Líquido marrom e consistência elásticaAspecto Opaca
DISCUSSÃO DO RESULTADO
A oximioglobina se forma em 30-40 minutos de exposição ao ar, e esta
reação é denominada oxigenação, que ocorre rapidamente porque a
mioglobina tem grande afinidade pelo oxigênio. A reação é reversível e
denomina-se desoxigenação causada pela dissociação do oxigênio devido ao
baixo pH, aumento da temperatura, luz ultravioleta e baixa tensão de oxigênio.
A desoxigenação da oximioglobina resulta na mioglobina reduzida que é muito
instável. As condições que causam desoxigenação também são responsáveis
pela oxidação formando a metamioglobina, de coloração marrom, indesejável.
A formação desta cor constitui um sério problema para a venda da carne,
porque a maioria dos consumidores a associam com um longo período de
armazenamento, embora que pode haver formação em poucos minutos. Na
carne fresca, substâncias redutoras evitam o acúmulo de metamioglobina.
A formação de metamioglobina é favorecida por baixas pressões de
oxigênio, altas temperaturas (ativa enzimas que utilizam o oxigênio), sal
(oxidante) e bactérias aeróbias (reduzem a tensão de oxigênio). A redução da
metamioglobina pode ocorrer pelo sistema redutor da carne, por enzimas
presentes no músculo (metmyoglobin reducing activity), onde a forma trivalente
do ferro passa para a forma divalente. Pode ocorrer a descoloração
bacteriana, surgindo pigmentos de cor verde, como a sulfomioglobina devido
ao desenvolvimento de bactérias produtoras de H2S (Pseudomonas
mephitica), e a coleglobina em decorrência do crescimento de bactérias
produtoras de H2O2. Já foram identificados mais de 1000 componentes
responsáveis pelo aroma e sabor da carne. O aroma e sabor da carne podem
ser determinados por fatores antes do abate como espécie, idade, sexo, raça,
alimentação e manejo. Outros fatores como pH final do músculo, condições de
esfriamento e armazenamento, e procedimento culinário também afetam este
parâmetro sensorial.
A carne possui o pH final de 5,4 a 5,6 que permite o crescimento de
fungos, leveduras e bactérias lácticas. A maioria dos microrganismos tem pH
ótimo de crescimento próximo ao neutro (pH7,0). Os fungos crescem em pH
que varia de 2,0 a 8,0. A acidez favorece seu desenvolvimento. As leveduras
crescem melhor entre pH 4,0 e 4,5.
As enzimas hidrolíticas endógenas e microbianas são responsáveis
pela degradação das proteínas, lipídeos, carboidratos e outras moléculas
complexas da carne. As primeiras degradações são realizadas pelas enzimas
endógenas seguidas pelas dos microrganismos. Os produtos finais da ação
microbiana sobre a carne dependem da disponibilidade de oxigênio. Quando
este está presente as proteínas são degradadas em peptídeos simples e
aminoácidos. Em anaerobiose, as proteínas são degradadas em compostos
sulfurados, que possuem forte odor desagradável, quase sempre, incluindo a
amônia.
CONCLUSÃO
A análise da propriedade da carne consiste em comprovar o estado de
conservação é importante para determinação do bom estado de consumo da
mesma. Mostrando a importância de estudar as características de qualidade
exigida pelo consumidor, principalmente aquelas que possam representar
desvantagens, para o mesmo.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
VALLE, Ezequiel Rodrigues do. Carne bovina: alimento nobre indispensável. Campo Grande, MS, dez. 2000 no 41. ISSN 1516-5558. Disponível em: <http://www.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/divulga/GCD41.html >. Acesso em; 11 de novembro de 2012.
ROÇA, Roberto de Oliveira. Composição Química da Carne. Disponível em: <http://pucrs.campus2.br/~thompson/Roca102.pdf >. Acesso em; 11 de novembro de 2012.