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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO BAIRRO PADRE CRUZ RELATÓRIO DE AUTOAVALIAÇÃO DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS BAIRRO PADRE CRUZ 2014/2015 Equipa de Avaliação: Ana Cristina Gouveia Ana Peres Noronha Júlia Guerra Lina Velez Maria do Céu Oliveira Maria José Gonçalves Patrocínia Fonseca Sandra Ferreira Sandra Nunes Amigo crítico: Jorge Lemos julho, 2015

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO BAIRRO PADRE CRUZ

RELATÓRIO DE AUTOAVALIAÇÃO DO AGRUPAMENTO DE

ESCOLAS BAIRRO PADRE CRUZ

2014/2015

Equipa de Avaliação:

Ana Cristina Gouveia

Ana Peres Noronha

Júlia Guerra

Lina Velez

Maria do Céu Oliveira

Maria José Gonçalves

Patrocínia Fonseca

Sandra Ferreira

Sandra Nunes

Amigo crítico:

Jorge Lemos

julho, 2015

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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ÍNDICE

ÍNDICE .............................................................................................. 2

ÍNDICE DE FIGURAS ............................................................................... 4

ÍNDICE DE TABELAS ............................................................................... 4

ÍNDICE DE GRÁFICOS ............................................................................. 4

INTRODUÇÃO ...................................................................................... 5

CAPÍTULO I – DIAGNÓSTICO E REFERENCIAL DE AUTOAVALIAÇÃO ......................... 8

1.1 Apresentação do mandato, calendarização e divulgação do plano de

autoavaliação .................................................................................. 8

1.2 Amigo Crítico ........................................................................... 9

1.3 Grupo de Focagem ................................................................... 10

1.4 Diagnóstico e perfil do agrupamento .............................................. 11

1.4.1. Questões e referencial de avaliação............................................ 14

1.4.2. Dimensões de análise ............................................................. 15

CAPÍTULO II – RECOLHA E TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO E DE DADOS .................. 17

2.1 Análise documental: Atas de reuniões ............................................ 18

2.1.1 Atas de reuniões do Conselho Pedagógico (CP) ................................ 18

2.1.2 Atas de reuniões dos Conselhos de Turma (CT) ................................ 19

2.1.3 Análise do plano melhoria (PM) TEIP ............................................ 21

2.2 Entrevista ao Diretor ................................................................. 24

2.2.1 Legitimação e motivação da entrevista ......................................... 24

2.2.2 Relações com o contexto .......................................................... 24

2.2.3 Processos internos ao nível do agrupamento– um lugar social ............... 27

2.2.4 Processos internos ao nível do agrupamento–um lugar profissional ........ 30

2.2.5 Processos internos ao nível do grupo/turma ................................... 32

2.2.6 Resultados académicos ............................................................ 33

2.3 Questionário aplicado aos docentes e EE ......................................... 35

2.3.1 Relações com o contexto .......................................................... 35

2.3.2 Processos internos ao nível do Agrupamento ................................... 36

2.3.3 Processos internos ao nível do grupo/turma ................................... 45

2.3.4 Resultados educacionais .......................................................... 48

CAPÍTULO III – CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ........................................... 53

3.1. Relações com o contexto ......................................................... 53

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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3

3.1.1 A escola e a comunidade .......................................................... 53

3.1.2 A escola e a família ................................................................ 56

3.2. Processos internos ao nível do agrupamento .................................. 56

3.2.1 Organização/gestão do agrupamento – perspetiva pedagógica .............. 57

3.2.2 Organização/gestão do agrupamento - lugar social ........................... 58

3.2.3 Organização/gestão do Agrupamento – lugar profissional .................... 60

3.3. Processos internos ao nível do grupo/turma ................................... 62

3.3.1 A gestão do processo de ensino aprendizagem ................................ 62

3.4. Resultados educacionais .......................................................... 66

3.4.1 Resultados académicos ............................................................ 66

ANEXOS ........................................................................................... 71

Anexo 1 - Apresentação do mandato da equipa de avaliação à Direção ............. 71

Anexo 2 - Folheto de divulgação ........................................................... 72

Anexo 3 - Perfil do amigo crítico ........................................................... 73

Anexo 4 – Guião da entrevista ao Diretor do Agrupamento de Escolas BPC .......... 74

Anexo 5 – Transcrição da entrevista ao Diretor .......................................... 78

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 - Cronograma do processo de autoavaliação em 2014/2015 .................... 9

Figura 2 – Dimensões de análise ............................................................... 15

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 - Composição do grupo de focagem...................................................................... 10

Tabela 2 - Perfil do agrupamento segundo o grupo de focagem ..................................... 12

Tabela 3 – Análise SWOT ......................................................................................................... 14

Tabela 4 – Referencial de autoavaliação: dimensões, vertentes de análise e questões

de avaliação .............................................................................................................................. 16

Tabela 5 – Atividades/Tarefas de estruturas presentes no CT ......................................... 21

ÍNDICE DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Análise relações com o contexto pelos docentes ........................................... 35

Gráfico 2 - Análise relações com o contexto pelos EE ....................................................... 36

Gráfico 3 - Análise organização/gestão pedagógica .......................................................... 37

Gráfico 4 - Análise organização/gestão Agrupamento pelos EE ....................................... 38

Gráfico 5 - Organização/gestão e administração escolar ................................................. 39

Gráfico 6 - Empenho dos alunos e expectativas ................................................................. 39

Gráfico 7 - Cultura de rigor e de exigência ......................................................................... 40

Gráfico 8 - Participação nos processos de tomada de decisão e motivação.................. 41

Gráfico 9 - Reconhecimento dos atores educativos ........................................................... 42

Gráfico 10 - Articulação estruturas do Agrupamento ........................................................ 42

Gráfico 11 - Organização/gestão de recursos humanos .................................................... 43

Gráfico 12 - Formação e desenvolvimento profissional ..................................................... 44

Gráfico 13 - Gestão do processo de ensino aprendizagem pelos EE ............................... 45

Gráfico 14 - Gestão do currículo e práticas pedagógicas .................................................. 46

Gráfico 15 - Recursos utilizados em contexto de sala de aula ......................................... 47

Gráfico 16 - Avaliação das aprendizagens............................................................................ 47

Gráfico 17 - Apoios disponibilizados ..................................................................................... 48

Gráfico 18 - Avaliação interna e sucesso pleno .................................................................. 49

Gráfico 19 - Avaliação interna e externa ............................................................................. 49

Gráfico 20 - Avaliação externa e resultados agrupamento vs resultados a nível

nacional ...................................................................................................................................... 50

Gráfico 21 - Disciplina e segurança no Agrupamento pelos docentes ............................. 51

Gráfico 22 - Disciplina e segurança no Agrupamento pelos EE ........................................ 52

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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INTRODUÇÃO

O Agrupamento de Escolas do Bairro Padre Cruz, criado no ano letivo

2004/2005, situa-se na freguesia de Carnide, concelho de Lisboa e integra,

desde 2009/2010, o Programa Territórios Educativos de Intervenção Prioritária

(TEIP) do tipo 2. É constituído pelo Jardim de Infância, pela Escola Básica do

2.º e 3.º ciclos do Bairro Padre Cruz (escola-sede) e pela Escola Básica do 1.º

ciclo Professora Aida Vieira.

No presente ano letivo, a população escolar totaliza 728 crianças e alunos:

140 da educação pré-escolar (6 grupos); 238 do 1.º ciclo (12 turmas); 121 do

2.º ciclo (6 turmas); 166 do 3.º ciclo (10 turmas); 16 do Curso de Educação e

Formação (CEF), do tipo 2 (Acompanhante de Ação Educativa e Empregado de

Bar); 16 alunos do Curso Vocacional e 32 alunos do Programa Integrado de

Educação e Formação, distribuídos por duas turmas do 3.º Ciclo.

Relativamente à Ação Social Escolar, verifica-se que apenas 26% dos alunos

não beneficiam de auxílios económicos. Cerca de 74% dos alunos beneficia de

ação escolar social, sendo que 52% beneficia do escalão A e 22% do escalão B.

No que respeita às tecnologias de informação e comunicação, apenas 28% dos

alunos possuem computador e ligação à internet, em casa.

Conhece-se a formação académica de 73% dos pais dos alunos e, destes, 2%

têm formação superior e 10% secundária ou superior. Quanto à ocupação

profissional, 4% exercem atividades de nível superior e intermédio. A

educação e o ensino são assegurados por 76 docentes e quatro técnicos

especializados, dos quais 61% pertencem aos quadros e 39% são contratados.

Relativamente à experiência profissional, 58% lecionam há menos de dez

anos. O grupo dos trabalhadores não docentes é composto por 30 elementos,

dos quais 48% têm dez ou mais anos de serviço.

O Agrupamento insere-se num meio socioeconómico e cultural bastante

desfavorecido, registando-se casos de negligência familiar, entre outras

situações, com reflexos na falta de acompanhamento dos encarregados de

educação da vida escolar dos seus educandos. A falta de expetativas das

famílias face à escola desencadeia o desinteresse de um elevado número de

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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alunos e potencia a ocorrência de comportamentos desadequados e de

situações de indisciplina.

Nos anos de 2008 e 2012, o agrupamento de escolas do Bairro Padre Cruz foi

sujeito à avaliação externa, consagrada na Lei n.º 31/2002, de 20 de

Dezembro, promovida pela Inspeção-Geral de Educação e Ciência (IGEC),

tendo a autoavaliação do agrupamento sido identificada como um aspeto a

melhorar com a recomendação de maior envolvimento da comunidade

educativa no processo de autoavaliação de forma a ser reconhecido como

efetivo instrumento de gestão para o progresso, quer do ponto de vista

pedagógico, quer organizacional.

Atendendo às recomendações da IGEC, no que respeita à autoavaliação e de

modo a dar cumprimento à Ação “Autoavaliação do Agrupamento”, integrada

no eixo de intervenção 3 “Gestão e Organização” do Plano de Melhoria do

Projeto TEIP, o Diretor nomeou, em Setembro de 2012, um grupo de trabalho

com a missão de promover um processo de autoavaliação do agrupamento, no

ano letivo 2012-2013.

O processo de autoavaliação do AEBPC foi iniciado em Outubro de 2012, com

base no modelo de avaliação Qualidade XXI; tendo sido desenvolvidos vários

procedimentos: constituição grupo focagem, identificação de forças de

aceleração e de travagem nas áreas de recursos humanos e materiais,

condições de trabalho (entre outras), identificação das questões de avaliação,

através de uma análise SWOT, formulação das conclusões e recomendações.

No âmbito deste processo, foram, ainda, considerados o projeto educativo do

agrupamento, o regulamento interno, o plano anual de atividades, o plano de

melhoria e o relatório TEIP, referentes ao ano letivo de 2012-13. O trabalho

da equipa de autoavaliação foi concluído, no final do ano letivo, com a

apresentação de um relatório, do qual constavam várias recomendações,

visando a aplicação de diversos processos de melhoria.

No ano letivo de 2013-2014, o Agrupamento adotou idêntico procedimento,

tendo sido levado a cabo um processo de autoavaliação, o qual, como no ano

letivo anterior, foi concluído com a apresentação de diversas recomendações

de melhoria.

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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No presente ano letivo 2014/2015, o Agrupamento considerou necessário

manter o processo de autoavaliação, seguindo o modelo Qualidade XXI. Nesse

quadro, foi decidido manter os procedimentos desenvolvidos nos anos

transatos, procurando aprimorar as técnicas desenvolvidas e dando uma

especial atenção às recomendações do Relatório Final de 2013/2014, ao nível

dos seguintes domínios: Relações com o contexto; Processos internos ao nível

do agrupamento; Processos internos ao nível do grupo turma; Resultados

educacionais.

Neste sentido, o trabalho da equipa de autoavaliação centrou-se nos seguintes

aspetos:

- Avaliar a forma como as recomendações propostas no relatório elaborado

estavam a ser assimiladas e incorporadas na cultura de escola e nas práticas

educativas;

- Aferir o impacto das mesmas recomendações ao nível dos resultados

escolares (sucesso académico/processo ensino-aprendizagem/indisciplina/

abandono escolar);

- Contribuir para a promoção de uma cultura de melhoria do desempenho

do AEBPC.

O presente relatório descreve cronologicamente a implementação do processo

de autoavaliação do agrupamento, estando organizado em três capítulos que

correspondem:

- Capítulo I – Diagnóstico e referencial de autoavaliação;

- Capítulo II – Recolha e tratamento de dados;

- Capítulo III – Conclusões e recomendações

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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CAPÍTULO I – DIAGNÓSTICO E REFERENCIAL DE AUTOAVALIAÇÃO

1.1 Apresentação do mandato, calendarização e divulgação do plano de

autoavaliação

O Projeto de autoavaliação do AEBPC encontra-se no seu 3º ano. Neste ano

letivo, assume-se o intuito de facilitar a persecução das metas estabelecidas,

tendo como objetivo central a análise das boas práticas desenvolvidas e a

melhoria dos procedimentos menos bem conseguidos. Pretende-se, por outro

lado, aferir o impacto dos resultados do trabalho previamente realizado, no

sentido de definir metodologias, procedimentos e técnicas sustentadas,

capazes de produzir mudanças efetivas nas normas explícitas e implícitas do

agrupamento.

O 3º ano do processo iniciou-se com a apresentação do mandato da equipa à

direção, no mês de Janeiro de 2015 (anexo 1). Os trabalhos prosseguiram com

a elaboração de um folheto de divulgação (anexo 2) do Plano de

Autoavaliação, que foi difundido junto da comunidade educativa através de

correio eletrónico e da afixação do folheto em locais-chave dos diversos

estabelecimentos de educação e de ensino que compõem o agrupamento.

Em seguida, a equipa procedeu à enumeração das diferentes etapas do

processo, elencando as várias atividades a desenvolver e a sua distribuição

pelos elementos do grupo, tendo elaborado o cronograma abaixo indicado

(figura 1).

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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ETAPAS s o n d j f m a m j j A

1.ª etapa – Planeamento

Constituição da equipa

Constituição do grupo de

focagem

Apresentação do plano de

autoavaliação

Contactar o amigo crítico

Analisar a situação do

agrupamento: constituir um

referencial

2.ª etapa: recolha e tratamento de dados

Delinear o plano de avaliação do

agrupamento

Recolher informação

Analisar e interpretar informação

3.ª etapa: apresentação e divulgação dos resultados

Apresentação dos resultados e

elaboração do relatório

Divulgação de conclusões e

recomendações

Figura 1 - Cronograma do processo de autoavaliação em 2014/2015

1.2 Amigo Crítico

A equipa de autoavaliação considerou essencial a continuidade da colaboração

de um amigo crítico como consultor do processo de investigação – ação.

Consubstanciando-se fulcral a manutenção do perfil definido (anexo 3) e com

base na avaliação positiva do trabalho desenvolvido nos anos anteriores,

reiterou-se o convite ao especialista Jorge Lemos, mestre em administração e

gestão escolar, com base nas suas competências profissionais e pessoais.

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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1.3 Grupo de Focagem

Para a constituição do Grupo de Focagem, e partindo dos pressupostos

previamente definidos sobre a representatividade da diversidade de interesses

presentes na escola, constituiu-se um grupo com personalidades dos vários

sectores da comunidade educativa.

Privilegiou-se, igualmente, a continuidade dos processos, mantendo-se, deste

modo, os setores da comunidade educativa definidos em 2012/2013 e

2013/2014. Por outro lado, procurou-se, e quando aconselhável, salvaguardar

a manutenção dos representantes com base na avaliação da sua colaboração

anterior e da sua manutenção nos referidos setores. Na tabela 1 sistematiza-

se a caracterização do grupo de focagem definido.

SETORES DA COMUNIDADE EDUCATIVA REPRESENTANTES

Presidente do Conselho Geral José Luís Vaz e Gala

Presidente do Conselho Pedagógico António Almendra

Responsáveis por estruturas de orientação

escolar

Maria José Martins

Cristina Araújo

Ana Paula Louro

Ana Alexandra Pereira

Docentes :

Jardim de Infância (JI)

1º Ciclo

2º Ciclo

3º Ciclo

Ed. Especial

Anabela Santos

João Barros

Cátia Freitas

Dina Clemente

Teresa Folgado

Assistente Administrativo Paula Pereira

Técnico do GAAF (Gabinete de Apoio ao aluno e

à família) Cristina Santos

Assistente Operacional Helena Martins

Encarregado de Educação Ana Bastos

Elemento representativo da Comunidade Elisete Andrade

Junta de Freguesia Catarina Pereira

Tabela 1 - Composição do grupo de focagem

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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1.4 Diagnóstico e perfil do agrupamento

Com base no diagnóstico desenvolvido no ano letivo anterior e tendo em

consideração a manutenção da maioria dos elementos do grupo de focagem, a

subsistência de todos os setores representados, bem como a escassez de

tempo para aplicação e efetividade das recomendações desenvolvidas pela

equipa anterior, considerou-se do máximo interesse manter os elementos

recolhidos no que respeita à:

a) Identificação das forças de aceleração e as forças de travagem, no

agrupamento quanto às seguintes áreas: recursos humanos e materiais,

condições de trabalho e outras áreas,

b) Elaboração do perfil do agrupamento, no que respeita às áreas de:

resultados das aprendizagens, processos internos ao nível da escola e

relações com o contexto;

c) Diagnóstico e questões de avaliação.

PERFIL DO AGRUPAMENTO SEGUNDO O GRUPO DE FOCAGEM

SITUAÇÃO ATUAL NÃO

RESPONDE

EVOLUÇÃO

RECENTE

NÃO

RESPONDE

++ + - -- ≈ ↓ ↑

RESULTADOS DAS APRENDIZAGENS

Resultados académicos 0 2 9 1 0 10 0 2 0

Formação pessoal e social 0 3 9 0 0 8 1 3 0

Competência para o

futuro 0 2 9 1 10 0 2 0

Gestão do tempo de

aprendizagem 0 7 4 1 0 9 0 3 0

Gestão do processo de

ensino aprendizagem 0 7 5 0 0 10 0 2 0

Apoio a dificuldades de

aprendizagem 0 7 4 1 0 5 1 6 0

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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PROCESSOS INTERNOS AO NÍVEL DO AGRUPAMENTO

Gestão da escola lugar de

aprendizagem 0 7 5 0 0 8 0 4 0

Gestão da escola lugar

social 0 8 4 0 0 7 1 4 0

Gestão da escola lugar

profissional 0 6 4 2 0 10 1 1 0

RELAÇÕES COM O CONTEXTO

A escola e a família 0 4 8 0 0 11 0 1 0

A escola e a comunidade 0 11 1 0 0 6 0 6 0

A escola e o mundo do

trabalho 0 5 5 2 0 9 0 3 0

Tabela 2 - Perfil do agrupamento segundo o grupo de focagem

O grupo de focagem entende que a situação atual do Agrupamento

relativamente aos resultados das aprendizagens é negativo, nomeadamente

nos resultados académicos, na formação pessoal e social e na competência

para o futuro do Agrupamento, perspetiva que é confirmada pela evolução

recente dos resultados percecionados pelos respondentes.

Relativamente à gestão do tempo de aprendizagem, do processo ensino

aprendizagem e a apoio a dificuldades de aprendizagem, na opinião grupo de

focagem o perfil do Agrupamento na situação atual é positivo, apresentando

uma evolução recente que se tem pautado pela manutenção da gestão das

aprendizagens e por uma melhoria no apoio a dificuldades de aprendizagem.

Analisando os processos internos ao nível do Agrupamento, a gestão da escola

enquanto lugar de aprendizagem, lugar social e lugar profissional, a situação

atual é considerada positiva, resultados que são confirmados pelas respostas à

evolução recente neste domínio.

Finalmente, nas relações com o contexto, o grupo de focagem define

negativamente o perfil do Agrupamento, na relação escola e família,

considerando que o mesmo se pode dizer da evolução recente neste âmbito.

Nas relações entre a escola e a comunidade, a situação atual é bastante

positiva, dividindo-se as opiniões do grupo de focagem entre o manter e o

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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melhorar a relação no Agrupamento. Por último, na relação entre a escola e o

mundo do trabalho, as opiniões do grupo de focagem, na situação atual são

contraditórias, tendo a maioria definido que a sua evolução recente apresenta

uma tendência para manter este perfil no Agrupamento.

Apresenta-se de seguida a análise SWOT, com base nos dados referidos na

tabela 2, desenvolvida a partir das reuniões com o grupo de focagem,

acrescidos do contributo do relatório de avaliação externa do agrupamento,

efetuada em 2012, e dos elementos disponibilizados pelos relatórios de

autoavaliação do agrupamento de 2012/2013 e de 2013/2014. A análise

SWOT1 é apresentada na tabela seguinte (Erro! A origem da referência não foi

encontrada.).

1 SWOT: Strengths (Pontos fortes), Weaknesses (Pontos fracos), Opportunities (Oportunidades),

Threats (Ameaças)

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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Pontos Fortes (S) Pontos Fracos (W)

1. Relatório da Avaliação Externa

2. Relatórios do grupo de autoavaliação

2012-2013 e 2013-2014

3. Diversificação da oferta educativa

4. Gestão com visão estratégica e

partilhada assente em parcerias e

protocolos

5. Diferenciação pedagógica e

implementação de didáticas

inovadoras

6. Voluntariado e ações de solidariedade

7. Projetos em desenvolvimento no

agrupamento

8. Instalações escolares relativamente

novas

9. Motivação dos decentes para a

melhoria dos resultados escolares e

das competências dos alunos.

1. Insucesso escolar

2. Interrupção precoce do percurso escolar

3. Indisciplina

4. Envolvimento dos EE

5. Deficiente operacionalização da

interdisciplinaridade

6. Monitorização da prática letiva

7. Rentabilização da biblioteca

escolar/centro de recursos

8. Circuito de comunicação e de informação

interna

9. Envolvimento da comunidade educativa

no processo de autoavaliação.

Oportunidades (O) Ameaças (T)

1. Boas instalações e proximidade dos

três edifícios

2. Recursos: Biblioteca escolar, Oficinas

de Português e de Matemática,

Tutorias, Reforço de aprendizagem,

Espaço de Intervenção, Reflexão e

atividades (EIRA), Sala crescer e

aprender, GAAF, apoio a deslocações

3. Parcerias

4. Projeto TEIP

5. Ensino profissionalizante

6. Disponibilidade do pessoal docente e

não docente

1. Meio envolvente escola /família

(económico, social e cultural)

2. Contingência orçamental

3. Insegurança

4. Instabilidade e mobilidade do corpo

docente

5. Número reduzido de assistentes

operacionais

6. Insuficiência de formação contínua em

áreas prioritárias no contexto do

agrupamento TEIP

Tabela 3 – Análise SWOT

1.4.1. Questões e referencial de avaliação

Na sequência da análise SWOT, foram elaboradas as questões que conduziram

ao estabelecimento das dimensões de análise: 1. - Relações com o contexto,

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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2. - Processos Internos ao nível do agrupamento, 3. - Processos Internos ao

nível do grupo-turma, 4. – Resultados educacionais, (Figura 2).

Figura 2 – Dimensões de análise

1.4.2. Dimensões de análise

O referencial de avaliação estará centrado nas dimensões supracitadas,

conforme tabela abaixo indicada (Tabela 4).

DIMENSÕES E VERTENTES DE ANÁLISE QUESTÕES DE AVALIAÇÃO

1. Resultados educacionais

1.1. Resultados escolares a) Resultados académicos e sucesso pleno do

agrupamento

b) Média dos resultados do agrupamento versus

média dos resultados a nível nacional

c) Avaliação interna e a avaliação externa

d) Indisciplina

e) Abandono e absentismo

1.2. Formação pessoal e social a) Normas e regulamentos

b) Dinamização de projetos

c) Trabalho em equipa

1.3. Competências para o

futuro

a) Orientação dos alunos para os diferentes

percursos educativos e formativos

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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2. Processos internos ao nível do grupo-turma

2.1. A gestão do processo de

ensino-aprendizagem

a) Gestão do currículo

b) Prática pedagógica

c) Recursos utilizados em contexto de sala de aula.

d) Relação pedagógica

e) Avaliação das aprendizagens

f) Interdisciplinaridade

2.2. Apoio à aprendizagem a) Apoios disponibilizados que respondem às

dificuldades de aprendizagem manifestadas pelos

alunos

3. Processos internos ao nível do agrupamento

3.1. Organização/ gestão do

agrupamento – lugar de

aprendizagem

a) Organização/gestão pedagógica

b) Cultura de rigor e de exigência

c) Empenho dos alunos

d) Estado de conservação do espaço-escolar

e) Recursos escolares

3.2. Organização/ gestão do

agrupamento – lugar social

a) Participação nos processos de tomada de decisão

b) Motivação dos atores educativos

c) Expectativas acerca dos alunos

d) Reconhecimento dos atores educativos

e) Segurança no agrupamento

3.3. Organização/ gestão do

agrupamento – lugar

profissional

a) Organização/gestão e administração escolar

b) Organização/gestão de recursos humanos

c) Formação e desenvolvimento profissional

d) Articulação entre estruturas de orientação

educativa

e) Expectativas acerca dos colaboradores

f) Informação e comunicação

4. Relações com o contexto

4.1 A escola e a família a) A relação escola-família

4.2. A escola e a comunidade a) As parcerias e projetos com a comunidade

b) Meio socioeconómico

5. Processo de autoavaliação do agrupamento

5.1. Impacto das

recomendações

a) Aplicação das recomendações

5.2. Procedimentos a) Metodologias

b) Processos

Tabela 4 – Referencial de autoavaliação: dimensões, vertentes de análise e

questões de avaliação

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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CAPÍTULO II – RECOLHA E TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO E DE

DADOS

Finalizada a identificação das questões de avaliação, procedeu-se à recolha

de informação e de dados. No processo de recolha de informação, foram

utilizadas várias técnicas e aplicados diversos instrumentos, a saber: (i) a

análise documental relativa às atas das reuniões do conselho pedagógico, dos

conselhos de turma, dos Diretores de Turma (DT) com os EE, ao plano anual

de atividades e ao projeto TEIP; (ii) o inquérito por questionário destinado aos

docentes e aos EE; e (iii) entrevista semiestruturada ao diretor do

agrupamento.

No presente ano letivo, a equipa de autoavaliação, devido a múltiplos fatores

com especial destaque para a gestão de tempo e de recursos, optou por não

aplicar todos os processos propostos pelo modelo Qualidade XXI. Neste

sentido, não foi aplicada a técnica de observação, nomeadamente observação

de aulas e de reuniões do conselho pedagógico. Com efeito, a aplicação desta

técnica e a posterior análise e tratamento de dados implica um grande

investimento de tempo e de recursos e que se consideraram menos eficazes

na capacidade de aferir indicadores importantes para o processo de

autoavaliação, no quadro em que o trabalho foi assumido no ano letivo em

curso. Assim, pese embora a limitação das mais-valias que a técnica de

observação poderia trazer ao processo, pela riqueza da informação que

poderia disponibilizar, considera-se que é possível corresponder à missão que

foi atribuída à equipa de autoavaliação com recurso a outras metodologias e

outras técnicas, já atrás identificadas, designadamente a análise documental,

o método de inquérito por questionário e a entrevista semidirecta.

Não obstante, analisar-se-á, no próximo processo de autoavaliação, a

viabilidade e a pertinência em recuperar novamente esta técnica de recolha

de informação.

O tratamento da informação e dos dados recolhidos, através dos diferentes

instrumentos, permitiu, num primeiro momento, organizar a informação por

categorias, tendo para o efeito sido utilizada a organização de conteúdos dos

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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18

próprios instrumentos. Em seguida, considerou-se a sua frequência de registo

no que respeita a atas, e entrevista ao Diretor, e de percentagens no que

respeita aos questionários aplicados.

A análise que se segue, por instrumento aplicado e categoria, refere-se aos

descritores que apresentam maior e menor frequência e maior e menor

percentagem de concordância em cada categoria. No inquérito relacionado

com as recomendações produzidas no ano letivo anterior, optou-se por

averiguar a opinião dos inquiridos (Docentes e EE) acerca da sua aplicação.

Numa fase posterior, associou-se cada indicador a uma das questões do

referencial por vertente e dimensão de análise.

2.1 Análise documental: Atas de reuniões

2.1.1 Atas de reuniões do Conselho Pedagógico (CP)

Foram analisadas oito atas das reuniões do Conselho Pedagógico, a fim de se

observar os seguintes aspetos:

2- Aprofundar a reflexão sobre o Projeto TEIP, atribuindo mais

importância ao Pré-escolar e 1º Ciclo para facilitar o processo de

inclusão/integração social

Neste ponto o Projeto TEIP é abordado em 75% das reuniões, refletindo a

importância do Pré-escolar e 1º Ciclo no processo de inclusão/integração

social.

6- Centrar a atividade do CP em questões de domínio pedagógico em

detrimento de questões administrativas

No que concerne a este ponto o Conselho Pedagógico abordou num total de

100% as questões de cariz pedagógico.

8- Assegurar maior eficácia e eficiência às reuniões de CP nomeadamente

através da definição de um período máximo de duração das reuniões, bem

como atribuição de tempos para a discussão de cada um dos pontos da

ordem de trabalhos

No que respeita a esta recomendação, não se encontraram quaisquer

evidências, ou seja, não existe tempo definido para a duração das reuniões

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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nem para discussão dos assuntos da ordem de trabalhos, o que parece

evidenciar que a recomendação não está a ser seguida.

9– Prosseguir o processo, já iniciado, com vista a assegurar que as atas

possam refletir com maior detalhe as diferentes tarefas e atividades que

cada estrutura desenvolve.

Em relação à recomendação, verificamos que são apresentadas, em CP, várias

propostas de atividades a desenvolver pelos diversos departamentos e ciclos

de ensino, num total de 62,5% das atas analisadas. Podemos concluir que o

Agrupamento desenvolve muitas atividades, mas não existe monitorização,

análise e reflexão sobre essas atividades, devendo, este aspeto, constituir

uma das recomendações a efetuar para o próximo ano.

21- Promover uma política de favorecimento da efetiva articulação entre

as várias estruturas do agrupamento com a adoção de medidas que

assegurem a articulação entre a direção e as estruturas de orientação

educativa, bem como entre as estruturas das escolas do agrupamento.

Finalmente, no que diz respeito a esta recomendação, verifica-se que há

evidências que comprovam a existência de articulação entre a direção e as

diversas estruturas de orientação do agrupamento, estando registado em 75%

das atas.

Após análise das convocatórias enviadas aos docentes, verificamos, que, em

cerca de 60% dos casos, os anexos são enviados juntamente com a

convocatória – das dez convocatórias enviadas, seis possuem os anexos da

documentação a ser analisada na reunião.

2.1.2 Atas de reuniões dos Conselhos de Turma (CT)

Foram analisadas 40 atas dos CT do 2.º e 3.ºciclos do Ensino Básico Regular

(das 16 turmas foram analisadas 13, o que corresponde a 81%), duas realizadas

no primeiro período e outra do segundo período. O número de atas lidas foi

em média de três por cada turma, de cada um dos ciclos de escolaridade/

percursos escolares.

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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20

A análise documental das atas do CT tem como objetivo monitorizar o

processo de implementação das recomendações constantes do relatório de

autoavaliação do ano letivo 2013/2014, a saber:

1- Prosseguir o processo de implementação de medidas que visem

clarificar a perceção dos encarregados de educação, segundo a qual se

assinala a falta de interação do Agrupamento com a comunidade;

A partir da análise das atas dos CT do 2.º e 3.º ciclos, podemos constatar que

os DT têm contactado com os EE, comunicando o progresso nas aprendizagens,

a assiduidade e o comportamento dos seus educandos, com uma regularidade

semanal. Para tal, utilizam os diversos meios de comunicação: telefone,

carta, correio eletrónico ou convocatória por caderneta. Por outro lado, a

partir da análise das atas, parece poder concluir-se que existem processos de

implementação de medidas que visam a clarificação para melhorar a perceção

dos EE, assinalando um forte contributo para a existência de maior interação

entre a escola e a família.

9- Prosseguir com o processo, já iniciado, com vista a assegurar que as atas

possam refletir com maior detalhe as diferentes tarefas e atividades que

cada estrutura desenvolve;

Relativamente ao prosseguimento dos processos que refletem as tarefas e

atividades desenvolvidas pelas diversas estruturas, é visível na leitura das atas

dos diversos CT, a descrição das atividades e tarefas, bem como a

identificação das estruturas que suportam as mesmas.

28- Adotar metodologias e técnicas de ensino que privilegiem o trabalho de

grupo.

Após esta análise, cabe referir que as estruturas identificadas, como o CT, o

GAAF, a Sala de Estudo, os Projetos, Clubes, Observatório para a Inclusão

(OI), Tutorias, Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) e Educação

Especial, promovem atividades e tarefas conforme tabela que se segue:

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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Estruturas Atividades/Tarefas Desenvolvidas

CT Articulação interdisciplinar; Visitas de Estudo; Planos de Recuperação de

Aprendizagens (PRA)

GAAF Desenvolve atividades de apoio aos alunos e às famílias, interagindo com

outras entidades como Segurança Social, Apoio Domiciliário, Santa Casa da

Misericórdia…

Sala de Estudo Apoio ao Estudo de diversas disciplinas, sempre que os alunos demonstrem

dificuldades de aprendizagem

Projetos BIP ZIP- trabalha a expressão dramática

Clubes Atividades dos clubes: participação em eventos, apoio ao estudo

OI Recebem alunos reincidentes mau comportamento, por nomeação do CT

Tutorias Cada turma tem uma hora, com um professor tutor, que desenvolve atividades

para melhorar comportamento, forma de estar na sala de aula, hábitos de

estudo

CPCJ Contato com DT e EE, pela falta de assiduidade dos alunos, desenvolvendo

atividades para sensibilizar os alunos e família para combater o abandono

escolar.

Educação

Especial

CEI- Currículo Específico Individual; PEI- Plano Específico Individual; APP-Apoio

Pedagógico Personalizado

Tabela 5 – Atividades/Tarefas de estruturas presentes no CT

Finalmente, os dados recolhidos através da leitura das atas dos CT são omissos

quanto a metodologias e técnicas de ensino que privilegiem o trabalho de

grupo, que tenham em conta a Planta da Sala, o Plano de Turma (PT) e o

Regulamento Interno (RI) do Agrupamento. As metodologias e técnicas de

ensino recorrem à realização de trabalhos de grupo, na sala de aula e nos

Clubes, frequência das Tutorias e Apoios em Sala de Estudo.

2.1.3 Análise do plano melhoria (PM) TEIP

Analisando o Plano de Melhoria TEIP 2014/2015, procurou-se identificar

evidências de que as recomendações feitas no relatório de autoavaliação do

ano letivo 2013/2014, tenham sido implementadas no corrente ano letivo.

Da análise realizada ao referido documento, parece-nos evidente que no que

concerne às recomendações:

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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1- Prosseguir o processo de implementação de medidas que visem

clarificar a perceção dos encarregados de educação, segundo a qual se

assinala a falta de interação do agrupamento com a comunidade

Parece poder considerar-se que o PM TEIP assume como preocupação o

reforço da interação do agrupamento com a comunidade: com efeito, esta

preocupação está consagrada nalgumas das ações do TEIP, nomeadamente

através de ações desenvolvidas pelo GAAF- reuniões de esclarecimento para

pais relacionadas com a orientação vocacional dos alunos do 9.º ano e CEF,

bem como através da festa final de ano letivo;

2- Aprofundar a reflexão sobre o projeto TEIP, atribuindo uma maior

atenção à educação pré-escolar e ao 1.º ciclo do ensino básico, para

facilitar o processo de inclusão/integração social

Há uma maior atenção no PM TEIP para o 1.º ciclo (através da implementação

da turma mais e de ações no âmbito da supervisão pedagógica, bem como da

ação do GAAF)

4- Prosseguir e aprofundar o processo de monitorização do funcionamento

das parcerias

O PM TEIP preconiza uma maior agilização da rede social de parceiros para

prevenir o abandono e absentismo face aos casos detetados no agrupamento,

considerando-se que será um critério de sucesso da ação haver um

encaminhamento e acompanhamento de todos os casos que possam ser

acompanhados pelos parceiros e a manutenção das parcerias com as entidades

que possam prevenir o abandono e absentismo dos alunos do agrupamento;

contudo não há enfoque na monitorização do funcionamento desta ação.

5- Reforçar a intervenção do GAAF como instrumento privilegiado de

favorecimento da relação escola-família

A análise do PM TEIP permite identificar medidas que visam reforçar a

intervenção do GAAF como instrumento privilegiado de favorecimento da

relação escola-família, correspondendo, assim, ao sentido das recomendações

da equipa de autoavaliação. A este propósito, cabe referir a relevância

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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atribuída ao “Gabinete de Apoio ao aluno e à família”, que, através das suas

ações, constitui-se como um instrumento privilegiado que favorece a relação

escola família através de visitas domiciliárias, tutoria a alunos em

abandono/absentistas e alunos indisciplinados.

13- Prosseguir o desenvolvimento de processos que visem uma maior

responsabilização do agrupamento, nomeadamente do corpo docente,

através do desenvolvimento de processos de diferenciação pedagógica que

favoreçam a superação das lacunas evidenciadas ao nível das

aprendizagens, identificadas no início de cada ciclo – esta recomendação

parece ter estado presente na conceção do PM TEIP, designadamente ao

implementar-se o projeto da “Turma Mais” nos 1.º, 2.º anos e nos 5.º e 6.º

anos de escolaridade.

24- Aprofundar os trabalhos com vista à aprovação, no decurso do ano

letivo 2014/2015, de um plano de formação do pessoal docente e do

pessoal não docente que tome por referência o projeto educativo

A referência, no PM TEIP, a um conjunto de ações de capacitação dirigidas a

docentes, parece ir no sentido do proposto na recomendação (ainda que as

mesmas não tenham sido realizadas).

36- Aprofundar a reflexão sobre o processo de avaliação interna, tomando

em consideração princípios e métodos subjacentes à avaliação externa

A monitorização dos resultados académicos dos alunos, com periodicidade

trimestral, prevista no PM TEIP, parece integrar-se no espírito da

recomendação.

39- Reforçar o acompanhamento regular e sistemático aos alunos com

maior número de ocorrências disciplinares

A criação de um OI, constante do PM TEIP, que se destina a acompanhar os

alunos reincidentes em termos de participações disciplinares e que foi

implementado, pela primeira vez, no ano letivo em curso, parece, a nosso

ver, corresponder ao sentido da recomendação «Reforçar o acompanhamento

regular e sistemático aos alunos com maior número de ocorrências

disciplinares».

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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2.2 Entrevista ao Diretor

2.2.1 Legitimação e motivação da entrevista

A entrevista realizada ao Diretor surge como um instrumento de recolha de

informação no que concerne aos fatores e modelos determinantes do

funcionamento do AEBPC. Nesse sentido, foi elaborado um instrumento para

recolha da perceção do Diretor relativamente à implementação das

recomendações efetuadas pela equipa de autoavaliação do agrupamento,

considerando as principais problemáticas detetadas no ano letivo transato -

Implementação das recomendações propostas no relatório de autoavaliação

do agrupamento – perceção do Diretor. A presente entrevista visa clarificar

alguns aspetos salientados no instrumento supracitado. Os dados obtidos serão

analisados e enquadrados no âmbito do modelo de autoavaliação do

agrupamento. Foram explorados os domínios: Relações com o contexto;

Processos internos ao nível do agrupamento; Processos internos ao nível do

grupo/turma; Resultados educacionais, nos seguintes termos:

1. Recolher informação sobre as relações entre a escola, comunidade e

família;

2. Conhecer a perspetiva do Diretor sobre os processos internos do

agrupamento ao nível profissional e social;

3. Aferir sobre as medidas de organização e gestão dos processos internos ao

nível do grupo/turma;

4. Conhecer a perspetiva do Diretor face aos resultados educacionais do

agrupamento.

A entrevista foi transcrita e disponibilizada ao Diretor para eventuais

correções. Deste modo a entrevista foi validada pelo próprio. (Anexos 4 e 5)

2.2.2 Relações com o contexto

Relação agrupamento-comunidade

Assume-se claramente a motivação de promover uma maior aproximação ao

contexto, reconhecendo que, no Jardim de Infância e no 1º ciclo, o nível de

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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envolvimento da comunidade é muito maior do que no segundo e terceiro

ciclos (Saliento como um aspeto particularmente positivo a aproximação à

associação de pais que conseguimos reativar(...) estão a articular bastante

bem connosco, se bem que a intervenção seja mais centrada no primeiro

ciclo, onde têm os filhos, e Jardim de Infância). A relação do agrupamento

com o contexto sociocultural é qualificada com polaridade, sendo a relação

com os pais definida como distante essencialmente no caso do 2º e 3º ciclos

de escolaridade (no JI a relação que se estabelece com os pais é muito mais

próxima. Se calhar o caminho também será por aí, chamar os pais a

participar em mais momentos que a Escola organize com os alunos. Se bem

que me pareça mais difícil no 2º 3º ciclos).

a) A análise da relação com os parceiros é definida como próxima e

cooperante. Além da Associação de Pais, destaca-se a parceria com a

Associação de Moradores, o Projeto BIP / ZIP, uma importante parceria com a

Câmara Municipal de Lisboa, dinamizada pelo Teatro de Carnide e a presença

da Junta de freguesia nas Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC).

(houve um processo eleitoral que reconduziu a Associação de Pais que, vamos

dizer assim, esteve ausente nos últimos anos, mas eles elegeram novos corpos

sociais e estão a funcionar, estão a articular bastante bem connosco, se bem

que a intervenção seja mais centrada no primeiro ciclo, onde eles têm os

filhos, e no Jardim de Infância. Portanto, nesse aspeto, conseguimos reativar

um bocadinho a nossa relação com a comunidade. No que diz respeito

também às relações com outros parceiros da comunidade, as coisas têm sido

bastante favoráveis). Assim, como área de melhoria neste domínio assume-se

a relação com os pais essencialmente na Escola Básica dos 2º e 3º ciclos e

como área forte a relação com os parceiros. Do ponto de vista das ações que

visam esta aproximação são destacados: a) articulação com a Associação de

Pais; b) estabelecimento de parcerias; c) realização de eventos como a festa

de final de ano e outras atividades que envolvam os encarregados de

educação; d) GAAF, no presente ano letivo, alocados ao 1º ciclo do Ensino

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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Básico, e)Workshops de cavaquinho e expressão plástica para pais e

encarregados de educação.

Relação agrupamento-parceiros

Defende-se a promoção de medidas que visam melhorar a interação do

agrupamento com a comunidade e a necessidade de repensar o projeto TEIP,

de forma a promover a eficácia no processo de inclusão/ integração social.

Realça-se a necessidade do desenvolvimento de medidas que promovam a

formação em articulação com os vários parceiros da comunidade, com o

objetivo de promover a qualificação dos pais/ encarregados de educação e o

desenvolvimento de um processo de monitorização do funcionamento das

parcerias que vise o aprofundamento da sua eficácia.

Foi desenvolvido um trabalho de aproximação à comunidade. (foram

desenvolvidas atividades como os workshops de cavaquinho, workshops de

expressão plástica, com as mães e com os pais e, portanto, conseguiu-se ali

aproximar os pais da Escola e das AECs, porque no início do ano tinham

muitas dificuldades em trabalhar com os alunos. O próprio Projeto BIP ZIP

também teve um grande envolvimento a nível do primeiro ciclo e JI e

também participaram conjuntamente com as AECs). Não foi, porém,

delineado, no corrente ano, um plano de formação com o objetivo de

promover a qualificação dos pais/encarregados de educação.

A monitorização de projetos como o BIP ZIP e as AECs é feita mensalmente no

JI e trimestralmente no 1º ciclo, num processo articulado entre os

coordenadores de projetos no terreno, os professores titulares e educadores,

conselho de docentes e Direção. No 3º ciclo, a monitorização dos projetos

terá de ser aprofundada, não se prevendo a continuação de alguns projetos no

próximo ano letivo. (Caem os projetos e parcerias, a não ser algumas

parcerias importantes, como por exemplo, com instituições de ensino

superior. Temos tido cá os estagiários que acho que é uma mais-valia, quer

para os estagiários, quer para o professor que os recebe, é importante.)

Relação agrupamento-família

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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Foram apresentados indicadores de aproximação na relação escola-família

como o reforço da intervenção do GAAF, através da sua alocação ao pré-

escolar e ao 1º ciclo, no sentido de privilegiar uma intervenção precoce e

atempada. Neste domínio, foi sinalizada a redução de recursos como um fator

condicionante de uma ação mais efetiva deste gabinete. (7 elementos no 1.º

ano de TEIP para 2,5 elementos em 2014/2015).

Como exemplo de estratégias que promovem o envolvimento dos pais nos

processos de tomada de decisão, foi sinalizada a colaboração de

representantes de pais e encarregados de educação com a Direção. Um aspeto

destacado como positivo foi o funcionamento da recente associação de pais e

a sua participação na Festa de final de ano letivo e na vida do Agrupamento (o

objetivo é sentarmo-nos, falarmos, com os pais, com a comunidade e

implementarmos projetos e partilharmos informação que conduza a que o

próximo ano letivo corra de uma forma mais fluída. Por exemplo, uma

medida muito concreta que eu quero discutir com eles é a questão da

organização do horário do primeiro ciclo, o intervalo para os almoços e a

indisciplina. Portanto, em vez de ser eu a decidir e impor, eu vou discutir

com eles, vou-me sentar com eles e vamos discutir ali a solução para o

primeiro ciclo.)

2.2.3 Processos internos ao nível do agrupamento– um lugar social

Organização/ Gestão do agrupamento

Assinalou-se que tem existido um esforço para que a agenda do CP esteja

centrada nas questões do domínio pedagógico em detrimento das questões de

natureza administrativa, salvaguardando as situações onde os normativos

legais assim o exigem. (Todos nós temos de começar a trabalhar de uma

forma mais pedagógica e só dessa maneira é que também o conselho

pedagógico pode falar essencialmente de questões pedagógicas. As questões

administrativas têm sempre de passar por lá, a legislação assim o prevê e,

portanto, é uma mudança de paradigma, quanto a mim. Portanto, deixemos

as questões administrativas e de lana-caprina de fora e de fora desses órgãos

e comecemos a discutir outras coisas.)

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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Processos de comunicação no agrupamento

Como área de melhoria destaca-se a disponibilização, em tempo útil, das

ordens de trabalho das reuniões do conselho pedagógico. No entanto, apesar

dos esforços para serem disponibilizados, em tempo útil, os documentos

preparatórios das reuniões do conselho pedagógico, aceita-se que esta será

uma área a melhorar. Paralelamente, têm sido desenvolvidas medidas para

que as atas reflitam, com maior detalhe, as atividades que cada

departamento (a natureza da intervenção didática e pedagógica, instrumentos

de avaliação, reflexões sobre o trabalho desenvolvido, propostas entre

outros). (Tem que ser feita uma limpeza daquilo que são assuntos acessórios.

É um esforço que eu tenho de fazer, planificar o ano letivo no sentido de

sistematizar uma reflexão pedagógica nos diferentes órgãos; os

departamentos têm de começar a falar de outras coisas, não estou a dizer

que não falam, mas mais, e deixar as questões acessórias e não pedagógicas

de fora. O mesmo no grupo disciplinar, o Conselho Geral também.)

Também a comunicação entre diferentes órgãos e estruturas é considerada

uma área a melhorar. (Pode-se melhorar a comunicação do Conselho

Pedagógico para os departamentos, dos departamentos para os grupos

disciplinares, para os professores. Eu penso que tem de funcionar melhor a

comunicação conselho pedagógico/departamentos/grupos. O meu objetivo é

promover mais articulação, momentos de reunião, lá está, atribuindo tempos

para isso. Se as pessoas comunicarem e discutirem os assuntos, a comunicação

faz-se. Desfazem-se os equívocos e, portanto, passa a mensagem que se quer

passar e passando a mensagem que se quer passar e as pessoas percebendo

que há a ganhar nestes momentos de partilha, a motivação surge.)

A este propósito, o Diretor referiu alguns dos documentos em utilização no

Agrupamento, que podem facilitar o processo comunicacional e a circulação

da informação, designadamente: documentação DT uniformizada e

disponibilizada atempadamente e na rede interna (guiões); guiões para o

desenvolvimento de reuniões CD 1.º ciclo; definição de modelos de atas de

CD/CT para os 1.º, 2.º e 3.º ciclos; utilização da plataforma de gestão de

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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alunos no 1.º CEB (4.º ano), indicações da IGEC, para a elaboração de alguns

documentos.

Diferenciação pedagógica no agrupamento

No que respeita ao grau de comprometimento do agrupamento nos processos

de diferenciação pedagógica e da sua adequação às necessidades do contexto,

destacam-se as práticas pedagógicas, as planificações de aula adaptadas ao

contexto, as adequações curriculares no âmbito da Educação Especial (ex.

projeto de tutorias, observatório para a inclusão, coadjuvação PIEF, Sala de

Estudo, Apoio ao Estudo, Programa de acompanhamento elaborado em

parceria com a IGEC). No âmbito da diferenciação da oferta formativa,

considera-se que é uma área de melhoria apesar dos constrangimentos que as

escolas da rede têm de ultrapassar para apresentar diferentes percursos para

os diferentes perfis. (no próximo ano letivo 2015-2016: 1 curso vocacional

(conclusão), 2 turmas PIEF 2º e 3º ciclo, 1 turma Percurso Curricular

Alternativo (PCA). (É importante divulgar a escola como uma resposta

educativa de qualidade no que diz respeito às ofertas profissionalizantes que

temos e ao ensino regular com qualidade, que também temos. Esse trabalho

tem de ser feito, para mim é claro. É uma aprendizagem que todos nós temos

de fazer, todos nós contribuímos para isso. Lá está, se eu não consigo bons

resultados não consigo cativar as pessoas a virem para cá. Queria conseguir

atrair todo o tipo de massa.)

Reconhecimento dos atores educativos

No sentido de promover o reconhecimento dos atores educativos é referida a

atenção dirigida à promoção de uma maior divulgação do trabalho

desenvolvido pelos diversos elementos do agrupamento. É igualmente referida

a adoção de medidas que valorizem o bom desempenho dos profissionais do

agrupamento que é efetivada através do diálogo personalizado ou através dos

mecanismos legais em vigor nomeadamente o processo de avaliação docente,

salvaguardando os constrangimentos associados à definição de cotas. Cotas

definidas de acordo com um determinado percentil que CONSTRANGE o

Sistema de Avaliação de Desempenho Docente (SADD) à atribuição de

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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avaliações/classificações abaixo daquilo que o avaliador atribuiu a um (ou

vários) docente(s) por si avaliados. Por outro lado, a aposta na melhoria das

condições de trabalho é vista como um fator de valorização dos profissionais.

(Eu acredito que se nós dermos as condições aos professores para eles

trabalharem como gostam de trabalhar, com qualidade e sem indisciplina, as

coisas correm bem. E se os professores sentirem que fazem parte de um

coletivo e que estamos todos a remar na mesma direção, a motivação, auto

motivação também surge.)

2.2.4 Processos internos ao nível do agrupamento–um lugar profissional

Processos de comunicação

O desenvolvimento do processo de informação e comunicação, no

agrupamento, no sentido de assegurar a sua eficácia e eficiência aparece

como uma área de melhoria reconhecendo-se a necessidade de realizar um

maior esforço para transmitir a informação com mais eficácia, quer interna,

quer externamente. (De resto, um bocadinho também ao encontro daquilo

que a IGEC defende, nós temos de divulgar muito mais aquilo que é feito cá

na escola, já houve vários colegas que me alertaram para isso, o grande

problema da divulgação dos projetos. É importante quer dinamizar a página

da internet, que é deficitária, quer dar conhecimento aos pais daquilo que é

feito. Estamos a falar de critérios de avaliação, matrizes, testes, tudo o que

for produzido aqui na escola, nos vários momentos ao longo do ano letivo, os

pais nem têm conhecimento daquilo que acontece, chamar os pais à escola no

que diz respeito à definição de algumas atividades.) Neste contexto, a página

online, que, no corrente ano, não foi particularmente dinamizada, surge como

um instrumento que pode ter grande relevo na comunicação do Agrupamento

com a comunidade. (Há outras prioridades, não há dinheiro para pagar ao

técnico para estar sempre lá a inserir conteúdos. Nós tentamos sermos nós a

inserir os conteúdos, mas depois também acabamos por não ter tempo nem os

conhecimentos técnicos suficientes para o fazer.)

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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Articulação entre órgãos e estruturas do agrupamento

É manifesta a preocupação com a promoção de uma política de articulação

entre as várias estruturas do agrupamento, patente na realização de reuniões

entre o JI e o 1º ciclo e a preparação dos anos letivos, na formação de turmas,

identificação precoce de indisciplina e promoção de atividades envolvendo

parceiros. Promovem-se medidas que assegurem a articulação entre a direção

e as estruturas de orientação educativa, bem como a articulação entre a

direção e as estruturas das escolas do agrupamento consubstanciada no facto

da direção estar in loco no 1º ciclo através da adjunta da direção (para o 1º

ciclo). (É um esforço que tenho de fazer, planificar o ano letivo no sentido de

sistematizar uma reflexão pedagógica nos diferentes órgãos. (...) Penso que

já se começa a notar uma dinâmica, ou seja, desmistificou-se um bocadinho a

ideia de que o professor está na sua sala de aula, com as suas turmas, isolado

na sua capelinha, que não tem muito a aprender ou a discutir ou a partilhar

ou às vezes mesmo a oferecer ao colega do lado o que tem. Caindo esse mito,

acho que foi evidente que, em certas situações, em certos grupos, em certos

departamentos, resultou muito estes momentos de partilha, muita gente

ganhou com esses momentos de partilha, mais frequentes, portanto, parece-

me importante continuar e aprofundar esta metodologia de trabalho. No

próximo ano vai haver mais, temos de planificar mais momentos desses,

fazendo um esforço muito grande agora de logo à partida prever aquilo que

salta fora, deixa de ser necessário.)

É mencionada a promoção de um maior envolvimento dos atores educativos

internos e externos nos processos de tomada de decisão, designadamente com

a inclusão da associação de pais. (Queria que o projeto educativo fosse

discutido, amplamente discutido. Já está alinhavado e queria pôr à discussão

pública, com toda a gente, professores, pais, assistentes operacionais,

peritos externos, amigos críticos, toda a gente.)

Formação e desenvolvimento profissional

A elaboração de um plano de formação do pessoal docente e não docente

articulado com o projeto educativo está a ser implementada, designadamente

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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ao nível da identificação e intervenção na área de indisciplina e conflitos

entre jovens, havendo intenção de expandir o plano a outras ações. A criação

de ações de formação especificamente vocacionadas para pais e encarregados

de educação está prevista mas ainda não realizada. (Há questões de formação

que me preocupam e temos de fazer alguma coisa relativamente a isso.)

2.2.5 Processos internos ao nível do grupo/turma

Gestão do currículo e práticas pedagógicas

No que concerne ao grau de comprometimento do agrupamento nos processos

de diferenciação pedagógica e da sua adequação às necessidades do contexto,

como já referido anteriormente, destacam-se as práticas pedagógicas

(exemplos), ex projeto de tutorias, sala de estudo, Turma mais). (ex. projeto

de tutorias, coadjuvação PIEF, Sala de Estudo, Apoio ao Estudo). as

planificações de aula adaptadas ao contexto e as adequações curriculares no

âmbito da Educação Especial (acompanhamento IGEC). No âmbito da

diferenciação da oferta formativa, considera-se que deve ser uma área de

melhoria, apesar dos constrangimentos que as escolas da rede têm de

ultrapassar para apresentar diferentes percursos para os diferentes perfis.

Avaliação das aprendizagens

A qualidade do ensino, especialmente numa escola inserida num contexto

socioeconómico e cultural desfavorecido, surge como o principal objetivo a

alcançar. (Não desisti de continuar a tentar implementar uma cultura de

escola. Temos todos que discutir, implementando aquelas medidas, com a

Inspeção, amigo crítico, perita externa, Turma Mais parece que se vai poder

melhorar a qualidade do ensino).

Neste contexto, o projeto TEIP e o projeto Educativo do Agrupamento

assumem grande importância, sendo a sua monitorização essencial. (Temos o

Plano Anual de Melhoria, que é plurianual, as metas estão definidas para os

três anos e vamos ter que as discutir periodicamente, nos próximos anos, e

temos que aferir se as metas estão a ser cumpridas e reajustá-las, mas isso

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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tem de ser em grupo disciplinar, em departamento e em conselho

pedagógico.)

Pretende-se implicar toda a comunidade escolar, todos os órgãos, todos os

elementos, para que todos contribuam para a qualidade das aprendizagens.

(Nada pode estar isolado. A discussão pedagógica em sala de aula, das metas

que se pretende atingir. Quando estás a discutir a prática em sala de aula

estás a discutir as metas do plano plurianual de melhoria.)

Salienta-se a importância de definir um eixo de intervenção e planificar o ano

letivo com a participação de todos. (O meu objetivo é juntar as valências

todas, as intervenções, os órgãos todos e planificar o ano letivo no sentido de

prever todas as possíveis intervenções, um eixo de intervenção e planificar o

ano letivo num sentido.)

É mencionada a promoção de um maior envolvimento dos atores educativos

internos e externos nos processos de tomada de decisão, designadamente,

com a inclusão da associação de pais. A avaliação das aprendizagens não se

limita à sala de aula.(Queria que o projeto educativo fosse discutido,

amplamente discutido. Já está alinhavado e queria pôr à discussão pública,

com toda a gente, professores, pais, assistentes operacionais, peritos

externos, amigos críticos, toda a gente.)

2.2.6 Resultados académicos

Avaliação interna e externa

Tem existido uma reflexão sobre o processo de avaliação interna considerando

os princípios e métodos subjacentes à avaliação externa. No âmbito da

avaliação externa e resultados do agrupamento versus resultados a nível

nacional, têm sido desenvolvidos esforços para a monitorização de processos

de realização de provas como preparação para processos de avaliação

externa.

No corrente ano letivo, além da prática instituída de reflexão em sede de

grupo de ano, grupo disciplinar e departamento sobre os resultados

alcançados pelos alunos, todos os docentes desenvolveram, no âmbito de uma

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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ação da IGEC , um processo de reflexão sobre prática letiva, a partir da

observação de aulas. Procedeu-se ainda à alteração dos critérios de transição,

que se tornaram mais rigorosos. Para o próximo ano letivo, estão previstas

algumas medidas, nomeadamente:

O aprofundamento da dinâmica implementada no corrente ano letivo, no

âmbito da IGEC;

A atribuição de tempos comuns aos docentes para reunirem, discutirem,

planificarem;

A implementação, desde o início do ano letivo, de aulas de preparação para

exames.

A abertura de outras ofertas formativas que respondam aos interesses e

necessidades dos alunos do agrupamento é vista como uma estratégia positiva

e que deve ser operacionalizada dadas as características da população escolar

e devido à tendência para a diminuição da população escolar.

Abandono escolar e indisciplina

O abandono escolar é considerado residual, havendo alguma expressividade no

Cursos de Educação e Formação e nos Percursos Individuais de Educação e

Formação. Em relação à indisciplina, é manifesta a preocupação para

encontrar um modelo de intervenção aprofundando a atividade do EIRA, em

complementaridade com a dinamização dos intervalos, criação de clubes e

acolhimento de estagiários para colaborar no âmbito da ocupação de tempos

livres e apoio ao GAAF.

Foi feito um reforço do acompanhamento regular e sistemático aos alunos

com maior número de ocorrências disciplinares através da continuação do

Projeto EIRA; do acompanhamento de alunos com problemas disciplinares e de

falta de assiduidade pelo GAAF; do acompanhamento de alunos com

problemas disciplinares e de falta de assiduidade pela Técnica de Intervenção

Local (TIL). Foi criado, no corrente ano, o OI que visa o acompanhamento de

alunos com grande número de ocorrências disciplinares. O balanço do trabalho

desenvolvido será apresentado em CP.

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2.3 Questionário aplicado aos docentes e EE

Os questionários aplicados aos docentes do Agrupamento, foram

disponibilizados através de um formulário criado no GoogleDocs, tendo obtido

um total de 45 respostas, no universo de 76 docentes, ou seja 59% dos

docentes respondeu ao questionário.

Os questionários aos EE foram disponibilizados em papel, tendo sido

recolhidos um total de 29 respostas, no conjunto de 64 (2 questionários por

turma), o que significa que responderam cerca de 45 % dos EE.

2.3.1 Relações com o contexto

Gráfico 1 – Análise relações com o contexto pelos docentes

Analisando os questionários aplicados aos Docentes referentes à Secção 1 -

Relações com o Contexto, a maioria referiu que as recomendações

encontram-se em aplicação, conforme mostra o gráfico 1. Destacam-se as

medidas que visam clarificar a perceção dos EE, aproximando o Agrupamento

da comunidade, a importância de refletir no Projeto TEIP, dando maior

enfoque à educação pré-escolar e 1.ºciclo, facilitando a inclusão/integração

social, e por último, as medidas que favorecem a articulação com parceiros

de forma a qualificar os pais e EE e favorecer a equidade social.

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Gráfico 2 - Análise relações com o contexto pelos EE

Relativamente à análise dos questionários aplicados aos EE, as Relações com o

Contexto foram agrupadas em dois domínios, nomeadamente o Meio

Socioeconómico e a Relação escola-família, sendo visível que a maioria dos EE

concorda com as medidas adotadas pelo Agrupamento, visando uma maior

interação entre a escola e a comunidade, conforme mostra o Gráfico 2.

Refere ainda que o Agrupamento adotou medidas para reforçar a intervenção

do GAAF.

2.3.2 Processos internos ao nível do Agrupamento

A partir do tratamento estatístico dos resultados obtidos, na Secção 2 -

Processos Internos ao Nível do Agrupamento, através do questionário aplicado

aos docentes, foi possível criar nove gráficos relativos a nove domínios:

Organização/gestão pedagógica; organização/gestão e administração escolar;

empenho dos alunos e expectativas; cultura de rigor e exigência; participação

nos processos de tomada de decisão e motivação; reconhecimento dos atores

educativos; articulação entre órgãos e estruturas do agrupamento;

organização/gestão dos recursos humanos; formação e desenvolvimento

profissional, de modo a poder ser analisada cada uma das recomendações.

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No questionário aplicado aos EE, foi analisado o gráfico relativo ao domínio

Organização/Gestão do Agrupamento, tendo sido analisadas cada uma das

recomendações desse domínio.

Gráfico 3 - Análise organização/gestão pedagógica

Analisando o gráfico 3, onde se representa o resultado sobre a organização e

gestão pedagógica vista pelos docentes, verificou-se que a maioria refere que

a atividade do conselho pedagógico, relativamente à centralização em

questões do domínio pedagógico em detrimento de questões administrativas,

se encontra em aplicação. Outro aspeto que, de acordo com os respondentes,

se encontra em aplicação é assegurar que as atas refletem com maior detalhe

as atividades desenvolvidas por cada estrutura.

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Gráfico 4 - Análise organização/gestão Agrupamento pelos EE

Quanto ao resultado do questionário aplicado aos EE, e que deu origem ao

gráfico 4, verifica-se que existe uma concordância na realização nas aulas de

atividades para além da matéria lecionada, sendo também reconhecidos que

os pais participam nas decisões importantes do agrupamento. Os EE

concordam com o incentivo do Agrupamento para participarem na tomada de

decisões, evidenciando a maioria dos respondentes que o Agrupamento

informa os EE de forma eficaz e eficiente dos problemas em matéria de

gestão e dos recursos humanos, promovendo ações de formação.

Relativamente à produção de ações de formação, a maioria dos respondentes

concorda que o Agrupamento não promove ações de formação.

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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Gráfico 5 - Organização/gestão e administração escolar

No gráfico 5 encontra-se referenciada a organização, gestão e administração

escolar e o desenvolvimento de estratégias aos processos de informação e

comunicação no Agrupamento. Segundo a opinião dos Docentes, esta

encontra-se em aplicação, sendo promovido um maior envolvimento dos

atores educativos internos e externos nos processos de tomada de decisão.

Gráfico 6 - Empenho dos alunos e expectativas

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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No questionário aplicado aos docentes, presente no gráfico 6, foi feita a

análise do empenho dos alunos e as suas expectativas, podendo concluir-se

que a maioria refere que esta medida se encontra em aplicação, no que se

refere ao desenvolvimento de estratégias de motivação para a aprendizagem

formativa dos alunos, existindo articulação entre as áreas do conhecimento e

as atividades extracurriculares. Para concluir, a maioria dos docentes refere

que está em aplicação o desenvolvimento de estratégias e atividades para

reforçar as expectativas positivas acerca do desempenho dos alunos.

Gráfico 7 - Cultura de rigor e de exigência

Outro domínio de análise no questionário aplicado aos docentes refere-se à

cultura de rigor e de exigência, presente no gráfico 7, onde a maioria referiu

que está em aplicação, sublinhando que o desenvolvimento de processos visa

uma maior responsabilização do Agrupamento, nomeadamente do corpo

docente, através do desenvolvimento de processos de diferenciação

pedagógica que favoreçam a superação das lacunas evidenciadas ao nível das

aprendizagens.

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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Gráfico 8 - Participação nos processos de tomada de decisão e motivação

A participação nos processos de tomada de decisão e motivação foi alvo da

análise presente no gráfico 8, onde a maioria dos docentes referiu que se

encontram em aplicação as medidas que asseguram a participação nos

processos de decisão, promovendo a participação das estruturas de gestão

intermédia no processo de tomada de decisão e desenvolvendo estratégias

que apoiem e envolvam os pais nos processos de tomada de decisão.

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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Gráfico 9 - Reconhecimento dos atores educativos

Relativamente ao reconhecimento dos atores educativos, presente no gráfico

9, a maioria dos docentes, refere que existe uma maior divulgação do

trabalho desenvolvido pelos diversos elementos do Agrupamento, levando a

uma melhoria dos processos de educação e formação, e valorizando o bom

desempenho dos profissionais do Agrupamento.

Gráfico 10 - Articulação estruturas do Agrupamento

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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A articulação entre órgãos e estruturas do Agrupamento, de acordo com a

maioria dos docentes, encontra-se em aplicação, promovendo uma política de

articulação entre a Direção e as estruturas educativas das escolas do

Agrupamento (gráfico 10).

Gráfico 11 - Organização/gestão de recursos humanos

Quanto à análise da organização e gestão de recursos humanos, gráfico 11, a

maioria dos docentes refere que está em aplicação a sensibilização das

entidades para flexibilidade de contratação dos recursos humanos,

desenvolvendo políticas de informação junto dos diversos atores da

comunidade educativa. Contudo, também é visível um elevado número de

docentes que não têm opinião relativamente a este domínio.

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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Gráfico 12 - Formação e desenvolvimento profissional

Para finalizar a análise à Secção 2 - Processos Internos ao nível do

Agrupamento, os docentes foram inquiridos sobre a formação e o

desenvolvimento profissional, existindo uma divergência nas respostas dos

docentes, nomeadamente na aprovação a um plano de formação do pessoal

docente e não docente e na integração de ações de formação para pais e EE.

Concluindo, na análise dos questionários destinados aos docentes, encontra-se

em aplicação os vários domínios, com exceção da formação e

desenvolvimento profissional, em que metade dos docentes não vê aplicação

do Agrupamento, nos planos de formação dos docentes, não docentes, pais e

EE.

Sintetizando análise dos questionários aplicados aos EE, sobre os processos

internos ao nível do agrupamento (gráfico 4), parece poder dizer-se que a

maioria concorda com o modo de organização/gestão do agrupamento,

salientando-se algumas divergências no que concerne na informação do

agrupamento aos EE de forma eficaz e eficiente e na informação aos EE sobre

problemas de organização e gestão, bem como a promoção de ações de

formação para os pais e EE.

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2.3.3 Processos internos ao nível do grupo/turma

Do questionário aplicado aos docentes, na Secção 3 - Processos Internos ao

Grupo/Turma, foram criados quatro gráficos para análise de cada uma das

recomendações.

A análise dos resultados obtidos está dividida por quatro domínios: gestão do

currículo e práticas pedagógicas, recursos utilizados em contexto de sala de

aula, avaliação das aprendizagens e apoios disponibilizados.

Gráfico 13 - Gestão do processo de ensino aprendizagem pelos EE

Relativamente ao questionário aplicado aos EE na Secção 3 - Processos

Internos ao Grupo/Turma, foi criado o gráfico 13, relativo ao domínio da

gestão do processo de ensino aprendizagem e as suas recomendações. Os EE

consideram que, nas atividades letivas, o educando desenvolve trabalhos em

grupo, os professores utilizam instrumentos de avaliação das aprendizagens

para além das fichas de avaliação; por outro lado, pode concluir-se que os EE

conhecem os apoios disponibilizados pelo Agrupamento, como sala de estudo,

apoio pedagógico contribuindo para o sucesso do seu educando.

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Gráfico 14 - Gestão do currículo e práticas pedagógicas

Segundo a opinião dos docentes, no ponto relativo à gestão do currículo e

práticas pedagógicas, as estratégias de diferenciação ao nível do grupo turma,

as estratégias de desenvolvimento do espírito crítico, do raciocínio, da

criatividade e dos processos que favoreçam a autonomia na aprendizagem e as

metodologias e técnicas de ensino que privilegiam o trabalho de grupo, estão

em aplicação no agrupamento.

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Gráfico 15 - Recursos utilizados em contexto de sala de aula

As recomendações relativas aos recursos utilizados em contexto de sala de

aula encontram-se, segundo a opinião dos docentes, em aplicação,

nomeadamente a reflexão das diferentes estruturas sobre o manual escolar

enquanto instrumento privilegiado na aprendizagem, a utilização de recursos

educativos diversificados para melhorar as aprendizagens, conforme gráfico

15.

Gráfico 16 - Avaliação das aprendizagens

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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A avaliação das aprendizagens, de acordo com os docentes, encontra-se na

maioria das opiniões em aplicação, como se pode verificar no gráfico 16.

Gráfico 17 - Apoios disponibilizados

As recomendações sobre os apoios disponibilizados no agrupamento, segundo

os docentes, estão em aplicação, nomeadamente na realização de

levantamento dos apoios educativos disponibilizados pelo agrupamento e pela

sua divulgação, pela monitorização da eficácia e eficiência dos apoios

educativos, tendo em conta o seu impacto e sucesso, de acordo com o gráfico

17.

2.3.4 Resultados educacionais

Finalmente, no questionário aplicado aos docentes, na Secção 4 - Resultados

Educacionais, foram criados quatro gráficos para análise de cada uma das

recomendações.

Realiza-se a análise com base nos resultados obtidos a partir das respostas dos

docentes, estando, os mesmos, divididos por quatro domínios: avaliação

interna e sucesso pleno; comparação entre avaliação interna e avaliação

externa; avaliação externa e resultados do agrupamento versus resultados a

nível nacional; disciplina e segurança no agrupamento.

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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Gráfico 18 - Avaliação interna e sucesso pleno

Os docentes analisaram a avaliação interna e o sucesso pleno, estando, na

opinião da maioria dos respondentes, em aplicação as recomendações

relativas ao prosseguimento dos motivos que impediram o cumprimento das

metas do PM TEIP e a possível abertura de outras ofertas formativas ou

profissionais que respondem aos interesses e necessidades dos alunos do

agrupamento, conforme gráfico 18.

Gráfico 19 - Avaliação interna e externa

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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No gráfico 19, podemos observar a comparação entre a avaliação interna e

avaliação externa, verificando-se, através da resposta dos docentes, face às

recomendações, que o agrupamento tem em aplicação a reflexão sobre o

processo de avaliação interna tendo em conta os métodos de avaliação

externa. Também em aplicação no agrupamento está, na opinião da maioria

dos respondentes, a intensificação e a sensibilização de todos os docentes

para a utilização do Português nas diversas situações de aprendizagem.

Gráfico 20 - Avaliação externa e resultados agrupamento vs resultados a nível

nacional

Foi elaborada uma análise entre a avaliação externa e os resultados do

agrupamento versus resultados a nível nacional, onde os docentes revelaram

que se encontra em aplicação a recomendação que reforça a monitorização

de processos de realização de provas como preparação para processos de

avaliação externa, conforme gráfico 20.

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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Gráfico 21 - Disciplina e segurança no Agrupamento pelos docentes

Finalmente, realizou-se a análise entre disciplina e segurança no

agrupamento, presente no gráfico 21, onde é visível que, segundo os

docentes, se encontram em aplicação as recomendações que reforçam o

acompanhamento regular aos alunos com maior número de ocorrências

disciplinares, e dinamizam intervenções ao nível da cidadania democrática e

de uma cultura de segurança no agrupamento.

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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Gráfico 22 - Disciplina e segurança no Agrupamento pelos EE

Relativamente ao questionário aplicado aos EE nesta Secção 4 - Resultados

Educacionais, foi criado o gráfico 22, encontrando-se, na opinião dos EE, em

aplicação as seguintes recomendações: o acompanhamento regular dos alunos

com maior número de ocorrências disciplinares e a promoção de atividades

que incentivem a uma cidadania democrática e uma cultura no ambiente

escolar.

Analisando os gráficos 21 e 22, relativamente à disciplina e segurança no

Agrupamento, quer os docentes, quer os EE, referem que o Agrupamento

acompanha os alunos com maiores ocorrências disciplinares. Existem

intervenções de dinamização para promover atividades de cidadania

democrática e cultura de segurança na escola.

Concluindo, nos questionários aplicados aos docentes, no domínio dos

resultados educacionais, encontram-se em aplicação as várias

recomendações, verificando-se o mesmo com os resultados obtidos nos

questionários dos EE.

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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CAPÍTULO III – CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

3.1. Relações com o contexto

3.1.1 A escola e a comunidade

a) Meio socioeconómico

O Bairro Padre Cruz é um aglomerado populacional localizado na freguesia de

Carnide. Destaca-se essencialmente pelos seus núcleos de habitações sociais e

de custos controlados, construídos ao abrigo do Programa Especial de

Realojamento do Concelho de Lisboa, com o objetivo de albergar famílias

provenientes de outros bairros intervencionados assim como casas que foram

alvo de reconstrução e requalificação.

Este bairro compreende uma população muito heterogénea, nomeadamente

por via da diversidade de nacionalidades e etnias, como a portuguesa, a cabo-

verdiana, a angolana, a cigana, entre outras (3% dos alunos nos 2º e 3º ciclos

têm o Português como língua não materna).

É possível observar que a condição socioeconómica se encontra correlacionada

com a situação profissional dos pais e EE. Assim, existe uma parte da

população ativa que se encontra a exercer funções laborais com menor

qualificação, auferindo baixos salários. Simultaneamente, surgem situações

em que um ou mais elementos do agregado familiar se encontram em situação

de desemprego momentâneo e/ou de longa duração. Nesta população,

encontram-se agregados familiares afetados por fenómenos de pobreza e de

exclusão social.

Tal como em 2013/2014, é reconhecido pelos atores educativos que o

contexto socioeconómico desfavorecido em que o agrupamento se insere

constitui um problema.

Apesar de se manter o reconhecimento de que a direção desenvolve

estratégias de aproximação à comunidade, os pais e EE identificam como

problema a falta de interação do Agrupamento com a comunidade, pelo que

foram apresentadas, no relatório de 2013/2014, as seguintes recomendações:

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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Prosseguir o processo de implementação de medidas que visem clarificar a

perceção dos EE, segundo a qual se assinala a falta de interação do

agrupamento com a comunidade;

Aprofundar a reflexão sobre o projeto TEIP, atribuindo uma maior atenção

à educação pré-escolar e ao 1.º ciclo do ensino básico, para facilitar o

processo de inclusão/integração social.

Promover medidas que favoreçam o desenvolvimento de processos de

formação dos elementos da comunidade educativa, designadamente em

articulação com vários parceiros comunitários, que permitam a qualificação

dos pais e EE, favorecendo, desse modo, a melhoria da equidade social.

Os dados recolhidos no corrente ano confirmam a implementação de medidas

que visam a promoção da interação do Agrupamento com a comunidade,

nomeadamente, o esforço de reativação da Associação de Pais e a atual

articulação entre a Associação de Pais e o Agrupamento. Ainda assim, a

relação do agrupamento com o contexto sociocultural é classificada com

polaridade – próxima no JI e primeiro ciclo; mais distante nos 2º e 3º ciclos.

A análise do PM TEIP permite identificar medidas que visam reforçar a ação do

GAAF como instrumento privilegiado de favorecimento da relação escola-

família através de visitas domiciliárias e tutoria a alunos absentistas e/ou

indisciplinados, nomeadamente a alocação de recursos ao pré-escolar e ao

1ºciclo, no sentido de privilegiar uma intervenção precoce e atempada.

A elaboração de um plano de formação do pessoal docente e não docente

articulado com o projeto educativo está a ser efetuada a nível da

identificação de áreas prioritárias de intervenção, não tendo decorrido no

corrente ano letivo ações neste âmbito.

Neste quadro, apresentam-se as seguintes:

Recomendações:

Prosseguir o processo de implementação de medidas de interação

entre o Agrupamento e a Comunidade, devendo as mesmas ser objeto

de monitorização regular e de avaliação trimestral e final;

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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Promover, no âmbito do projeto TEIP, uma maior reflexão sobre o

processo de inclusão/integração social dos alunos, propondo-se que as

conclusões intercalares e finais de tal processo sejam divulgadas

junto da comunidade educativa;

Promover, em articulação com parceiros comunitários, medidas que

favoreçam a equidade social, designadamente, o desenvolvimento de

processos de formação dos elementos da comunidade educativa, em

particular, de pais e EE, devendo tais medidas integrar o plano de

formação do Agrupamento;

Aprovar e desenvolver, no decurso do ano de 2015/2016, um plano

de formação do pessoal docente e não docente, tendo por referência

o projeto educativo do Agrupamento, o qual, para além de processos

formativos vocacionados para docentes e pessoal não docente, deve

integrar ações vocacionadas para pais e EE e ser aprovado no decurso

do ano letivo 2015-2016.

b) Parcerias e projetos com a comunidade

A abertura à comunidade, expressa no projeto educativo e no plano anual de

atividades, realiza-se através de parcerias com várias entidades como a

autarquia, a Biblioteca Municipal, a Associação de Moradores do Bairro Padre

Cruz, o grupo comunitário, Teatro de Carnide, as instituições e entidades

associadas à Educação Especial, ao mundo do trabalho através de experiências

profissionalizantes nos CEF e PIEF, ao desporto, ao ensino superior, ao

voluntariado. Neste quadro, com vista à melhoria do funcionamento das

parcerias, apresentam-se as seguintes:

Recomendações:

Avaliar o impacto das parcerias estabelecidas no âmbito no projeto

educativo e das aprendizagens dos alunos, considerando os recursos

humanos e materiais envolvidos, devendo os resultados de tal

avaliação ser objeto de divulgação intercalar, no final de cada período

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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escolar, e de relatório final, a publicar até ao final do ano letivo

2015-2016;

Prosseguir e aprofundar o processo de monitorização do

funcionamento das parcerias, com divulgação de resultados no final

de cada período escolar.

3.1.2 A escola e a família

a) A relação escola-família

Os dados recolhidos no ano letivo 2014/2015 confirmam que os diferentes

atores educativos consideram que a Direção fomenta a participação dos pais e

EE na vida do Agrupamento, tendo-se promovido o envolvimento dos pais nos

processos de tomada de decisão. Constata-se, porém, que o envolvimento dos

pais e EE nas atividades do agrupamento, no 2º e 3º ciclos, constitui um

aspeto a melhorar. Neste quadro, entende-se apresentar as seguintes:

Recomendações:

Continuar o reforço a intervenção do GAAF como instrumento de

favorecimento da relação escola-família;

Prosseguir a implementação de medidas de sensibilização de pais e

EE para a importância do contacto frequente com os DT, elementos

fundamentais no processo de articulação da escola com a família,

devendo tais elementos integrar os instrumentos de registo da

atividade das turmas, designadamente as atas das reuniões entre DT e

EE;

Desenvolver estratégias que agilizem a comunicação escola-família,

as quais deverão ser explicitadas nos instrumentos de registo da

atividade das turmas.

3.2. Processos internos ao nível do agrupamento

Pode-se constatar que a implementação das recomendações no que respeita

ao contexto interno, nas vertentes de análise da escola enquanto lugar de

aprendizagem, lugar social e lugar profissional foi globalmente efetuada.

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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57

Foi, assim, analisada a implementação das recomendações relativas à

organização e gestão pedagógica da escola, ao modo como os atores

participam nos processos de tomada de decisão, ao modo como se organiza e

gere a escola e os recursos humanos e ao modo como se articulam os

diferentes órgãos e estruturas.

3.2.1 Organização/gestão do agrupamento – perspetiva pedagógica

Será de assinalar a existência de um esforço para que a agenda do CP esteja

centrada nas questões de domínio pedagógico em detrimento das questões

administrativas.

Destaca-se a disponibilização, em tempo útil, das ordens de trabalho das

reuniões de CP. Contudo, apesar dos esforços, para que sejam

disponibilizados, em tempo útil, os documentos preparatórios das reuniões de

CP, considera-se que esta é ainda uma área a melhorar. Paralelamente, têm

sido desenvolvidas medidas para que as atas reflitam o trabalho desenvolvido

pelas diferentes estruturas.

Apesar de se verificar um esforço de articulação entre diferentes órgãos e

estruturas, a comunicação entre esses órgãos é considerada uma área a

melhorar.

Constata-se o desenvolvimento de processos que visam uma maior

responsabilização do Agrupamento na implementação de processos de

diferenciação pedagógica que favoreçam a superação das lacunas

evidenciadas pelos alunos a nível das aprendizagens de que a criação do

projeto Turma Mais, do projeto Tutorias, do projeto Sala de Estudo são

exemplos.

Considera-se também em aplicação o desenvolvimento, no âmbito do grupo-

turma, de estratégias integradas de motivação que não se circunscrevem à

realização de aprendizagens formais, existindo articulação entre as áreas do

conhecimento e as atividades extracurriculares. A maioria dos docentes refere

que está em aplicação o desenvolvimento de estratégias e atividades para

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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reforçar as expetativas positivas acerca do desempenho dos alunos. Assim,

apresentam-se as seguintes:

Recomendações:

Prosseguir a implementação de medidas que visem assegurar maior

eficácia e eficiência às reuniões do CP, considerando, entre outras, as

seguintes:

Disponibilização, em tempo útil, quer da ordem de trabalhos de

CP, quer dos documentos preparatórios das reuniões de CP;

Definição de um período máximo para a duração das reuniões, o

qual não deverá ser superior a duas horas;

Atribuição de tempos para a discussão de cada um dos pontos da

ordem de trabalhos;

Definição de um tempo máximo para cada intervenção (cinco

minutos, por exemplo).

Prosseguir o processo, já iniciado, com vista a assegurar que as atas

possam refletir com maior detalhe as diferentes tarefas, as atividades

que cada estrutura desenvolve, bem como as decisões tomadas;

Analisar, nas diferentes estruturas, a eficácia, em termos

pedagógicos, dos diferentes modelos de documentos adotados pela

escola (modelo de ata de CT, modelo de PT, etc) devendo os

resultados de tal análise ser analisados pelo CP, com vista à eventual

implementação de modelos de documentos pedagogicamente

eficazes;

Prosseguir o desenvolvimento de processos que visem uma maior

responsabilização do Agrupamento, nomeadamente, dos docentes, na

implementação de processos de diferenciação pedagógica que

favoreçam a superação das lacunas evidenciadas ao nível das

aprendizagens, identificadas no início de cada ciclo, devendo tais

processos ser objeto de monitorização regular e de avaliação no final

do ano letivo.

3.2.2 Organização/gestão do agrupamento - lugar social

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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59

a) Participação nos processos de tomada de decisão e motivação

Os dados recolhidos parecem evidenciar que os atores educativos consideram,

contrariamente a anos anteriores, que se encontram em aplicação medidas

que asseguram a participação nos processos de tomada de decisão,

promovendo a participação nesses processos e desenvolvendo estratégias que

apoiem e envolvam os pais e EE. Neste âmbito, apresentam-se as seguintes:

Recomendações:

Prosseguir a adoção de medidas que possam assegurar uma maior

participação dos atores educativos nos processos de tomada de

decisão;

Continuar a promover uma maior participação das estruturas de

gestão intermédia na preparação dos processos de tomada de decisão;

Prosseguir o desenvolvimento de estratégias que estimulem e

promovam o efetivo envolvimento dos pais e EE nos processos de

tomada de decisão;

Realizar, no ano letivo 2015-2016, pelo menos, dois momentos de

auscultação dos interessados sobre o seu nível de satisfação em

matéria de participação da comunidade educativa nos processos de

tomada de decisão no Agrupamento.

b) Reconhecimento dos atores educativos

No sentido de promover o reconhecimento dos atores educativos, é referida a

atenção dirigida à promoção de uma maior divulgação do trabalho

desenvolvido pelos diversos elementos do agrupamento. É, igualmente,

referida a adoção de medidas que valorizem o bom desempenho dos

profissionais do agrupamento através dos mecanismos legais em vigor

nomeadamente o processo de avaliação docente, salvaguardando os

constrangimentos associados à definição de cotas. Por outro lado, a aposta na

melhoria das condições de trabalho é vista como um fator de valorização dos

profissionais. Neste contexto, apresentam-se as seguintes:

Recomendações:

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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Promover uma maior divulgação do trabalho desenvolvido pelos

diversos elementos do Agrupamento, designadamente através da

página internet do Agrupamento;

Dar uma maior visibilidade aos esforços desenvolvidos com vista à

melhoria dos processos de educação e formação, com identificação de

exemplos de boas práticas desenvolvidas e sua divulgação à

comunidade educativa, designadamente através da página internet do

Agrupamento;

Adotar medidas que reconheçam e valorizem o bom desempenho dos

profissionais do Agrupamento, as quais devem ser objeto de

divulgação à comunidade educativa.

3.2.3 Organização/gestão do Agrupamento – lugar profissional

Relativamente à organização/gestão do Agrupamento, foram apontadas como

áreas a melhorar, no relatório de autoavaliação do Agrupamento 2013/2014, a

informação/comunicação e a participação dos atores educativos internos e

externos nos processos de tomada de decisão, tendo sido recomendado o

desenvolvimento de uma nova estratégia relativamente aos processos de

informação e de comunicação no Agrupamento, no sentido de assegurar a sua

eficácia e eficiência, assim como a promoção de um maior envolvimento dos

atores educativos, internos e externos, nos processos de tomada de decisão.

a) Processos de comunicação

No corrente ano letivo, o desenvolvimento do processo de informação e

comunicação, no Agrupamento, continua a surgir como uma área de melhoria,

reconhecendo-se a necessidade de realizar um maior esforço para transmitir a

informação com mais eficácia, quer interna, quer externamente. Mantendo-

se, no essencial, o problema, identificado no ano anterior, retomam-se as

seguintes:

Recomendações:

Desenvolver estratégias que assegurem a eficiência e eficácia dos

processos de informação e de comunicação, interna e externamente,

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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61

devendo as mesmas ser objeto de monitorização regular e de

avaliação final de cada ano letivo;

Dinamização da página online do Agrupamento, sendo assegurada a

sua atualização, pelo menos, semanal;

Divulgar, junto da comunidade educativa, os constrangimentos do

Agrupamento em matéria de organização e gestão dos recursos

humanos.

b) Articulação entre órgãos e estruturas do Agrupamento

É evidente no corrente ano a preocupação com a promoção de uma política de

articulação entre as várias estruturas do agrupamento. Foram promovidas

medidas com vista a um aprofundamento da articulação entre a Direção e as

estruturas de orientação educativa, bem como da articulação entre a Direção

e as estruturas das escolas do Agrupamento. É mencionada a promoção de um

maior envolvimento dos atores educativos internos e externos nos processos

de tomada de decisão, designadamente, com a inclusão da associação de pais.

Assim, apresentam-se as seguintes:

Recomendações:

Promover uma política de favorecimento da efetiva articulação

entre as várias estruturas do Agrupamento, com adoção de medidas

que assegurem a articulação entre a direção e as estruturas de

orientação educativa, bem como entre as estruturas das escolas do

Agrupamento, devendo tais medidas ser objeto de monitorização

regular e de avaliação no final do ano letivo;

Continuar a promover o envolvimento dos atores educativos,

internos e externos nos processos de tomada de decisão.

c) Recursos humanos

A atual tendência de perda de recursos humanos qualificados poderá estar

ligada a uma diminuição de respostas de qualidade aos problemas detetados,

nomeadamente, em matéria de absentismo, indisciplina e insucesso nas

aprendizagens. Mantendo-se este quadro, apresenta-se a seguinte:

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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62

Recomendação:

Sensibilizar as entidades competentes para a necessidade de

contratação de mais recursos humanos e para uma maior flexibilidade

nos processos de contratação desses recursos.

d) Formação e desenvolvimento profissional

A formação e o desenvolvimento profissional constituem aspetos pouco

referenciados pelos inquiridos, mantendo-se a perceção dos docentes de que

o fraco envolvimento dos professores em atividades de formação constitui um

problema para o agrupamento. O diretor afirma que estão em curso trabalhos

visando a aprovação de um plano de formação para os docentes do

agrupamento e reafirma a necessidade de mais formação relativamente aos

assistentes operacionais. Apesar das melhorias verificadas, considera-se que

as questões da formação e do desenvolvimento profissional continuam a

constituir um problema para o agrupamento. Neste quadro, apresentam-se as

seguintes:

Recomendações:

Aprofundar os trabalhos com vista à aprovação, no decurso do ano

letivo 2015/2016, de um plano de formação do pessoal docente e do

pessoal não docente que tome por referência o projeto educativo,

devendo ser apresentados, no final de cada trimestre, relatórios de

execução nas medidas desenvolvidas;

Considerar a necessidade de integrar, no plano atrás referido, ações

de formação especificamente vocacionadas para pais e EE.

3.3. Processos internos ao nível do grupo/turma

Continuando a analisar o contexto interno, focaremos os aspetos relacionados

com o processo de ensino/aprendizagem, em particular, no que diz respeito

às atividades que se desenvolvem em contexto da sala de aula.

3.3.1 A gestão do processo de ensino aprendizagem

a) Gestão do currículo e práticas pedagógicas

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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63

No que respeita à gestão do currículo e prática pedagógica, tomando como

referência as opiniões dos inquiridos (docentes e EE), parece poder dizer-se

que estes consideram que, nas aulas, os alunos desenvolvem trabalhos em

grupo e que os professores utilizam instrumentos de avaliação das

aprendizagens para além das fichas de avaliação. Apenas 58,6% dos EE

conhece os apoios disponibilizados pelo Agrupamento, como sala de estudo e

72,4% dos EE considera que o apoio pedagógico contribui para o sucesso do

seu educando.

De acordo com a opinião dos docentes, as recomendações relativas a

prosseguir a implementação de estratégias de diferenciação ao nível do grupo

turma, desenvolver estratégias de desenvolvimento do espírito crítico, do

raciocínio, da criatividade e dos processos que favoreçam a autonomia na

aprendizagem e as metodologias e técnicas de ensino que privilegiam o

trabalho de grupo, estão em aplicação no agrupamento.

Contudo, os dados recolhidos da análise documental efetuada e da entrevista

ao diretor não detalham aspetos relativos à aplicação ou não destas

recomendações.

Face ao quadro descrito, apresentam-se as seguintes:

Recomendações:

Prosseguir a aplicação de estratégias de diferenciação pedagógica ao

nível do grupo turma, divulgando e partilhando em sede de grupo

disciplinar (ano/departamento) as estratégias referidas, sugerindo-se

que, nos relatórios intermédios e finais das referidas estruturas,

sejam apresentadas evidências do trabalho desenvolvido;

Continuar a desenvolver estratégias que apelem ao desenvolvimento

do espírito crítico, do raciocínio, da criatividade e de processos que

favoreçam a autonomia na aprendizagem, as quais devem ser

identificadas nos instrumentos de registo dos trabalhos desenvolvidos

a nível de turma.

b) Recursos utilizados em contexto de sala de aula

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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64

Os docentes inquiridos consideram que as recomendações relativas aos

recursos utilizados em contexto de sala de aula se encontram em aplicação,

nomeadamente, a reflexão das diferentes estruturas educativas sobre a

utilidade do manual escolar enquanto instrumento privilegiado na

aprendizagem, bem como, a diversificação de recursos educativos

potenciadores da melhoria das aprendizagens. Da análise documental

realizada, apenas em 22% das atas de departamento se faz alusão à

diversificação de instrumentos de avaliação das aprendizagens, não havendo

evidências de se ter refletido sobre a utilidade do manual escolar como

instrumento que privilegiado no processo de ensino aprendizagem. Da

entrevista ao Diretor, denota-se haver uma nítida preocupação sobre a

necessidade e importância de haver diferenciação pedagógica na sala de aula,

sem se referir à necessidade de haver uma maior diversificação dos

instrumentos de aprendizagem e da utilidade do manual.

Face ao quadro descrito, apresenta-se a seguinte:

Recomendação:

Desenvolver um processo de reflexão, ao nível do agrupamento e

das suas diferentes estruturas, sobre a necessidade de diversificar os

recursos utilizados em contexto de sala de aula, identificando-se ao

nível do PT os recursos/estratégias utilizados, para além do manual

escolar.

c) Avaliação das aprendizagens

De acordo com os docentes inquiridos, 37,8% considera que neste ano letivo a

recomendação de diversificar os instrumentos de avaliação das aprendizagens

foi aplicada, enquanto 68,6% refere que essa recomendação ainda se encontra

em aplicação. Apenas 6,7% dos docentes respondentes afirma que essa

sugestão não foi acatada. Os EE corroboram esta opinião dos docentes, pois

segundo a opinião de 89,7% dos EE afirmam que os professores utilizam outros

instrumentos de avaliação das aprendizagens para além das fichas de

avaliação. Da entrevista ao Diretor, infere-se que a visão do Diretor sobre

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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“avaliação das aprendizagens”, vai para além dos instrumentos utilizados na

da sala de aula, considerando fundamental a promoção de um maior

envolvimento dos atores educativos internos e externos nos processos de

tomada de decisão. Da análise documental efetuada apenas 22% das atas se

referem à avaliação das aprendizagens.

Neste quadro, apresenta-se a seguinte:

Recomendação:

Prosseguir com a diversificação dos instrumentos de avaliação das

aprendizagens, sugerindo-se que, aquando da monitorização dos

resultados académicos no final de cada período letivo, se mencione os

instrumentos de avaliação das aprendizagens utilizados em cada

turma, por disciplina.

d) Apoios disponibilizados

Dos EE inquiridos, 65,5% conhece os apoios disponibilizados pelo

Agrupamento, como a sala de estudo e o apoio pedagógico personalizado,

enquanto medida promotora do sucesso do seu educando.

Dos docentes, respondentes ao questionário, 75,6% entende que a

recomendação feita sobre efetuar-se um levantamento dos apoios educativos

e respetiva divulgação à comunidade foi seguida. No que diz respeito à

recomendação sobre se monitorizar os apoios, a sua eficácia e eficiência

apenas 53,3 % dos docentes assume que se encontra aplicado/em aplicação de

um sistema de monitorização destes apoios.

Através da análise documental realizada e da entrevista ao diretor, não foram

encontradas evidências do impacto, em termos de sucesso, que estes apoios

educativos têm na aprendizagem dos alunos.

Pelo acima exposto, propõe-se a seguinte:

Recomendação:

Continuar a monitorizar os apoios educativos disponibilizados,

realizando-se reuniões para o efeito, das quais haverá um produto

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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66

final em forma de relatório trimestral, e no qual se avalie a eficácia, a

eficiência, e o impacto dos apoios educativos no sucesso académico

dos alunos.

3.4. Resultados educacionais

Nas diversas ações constantes do Plano de Melhoria TEIP 2014/2015, a

melhoria das aprendizagens surge como um dos eixos estratégicos deste

plano, com vista à melhoria dos resultados educacionais. Implementaram-se,

no âmbito do PM, ações como “ Turma Mais”, Tutorias e Biblioteca Escolar,

por exemplo.

Ainda, no domínio dos resultados educacionais, surge outro eixo de

intervenção estratégica que visa a melhoria dos resultados no que respeita à

indisciplina, absentismo e abandono através de várias ações, como o EIRA e OI

e o GAAF.

A análise do aproveitamento, da indisciplina, do absentismo e do abandono

escolares é efetuada nas várias estruturas do agrupamento - CT, CP, conselho

de docentes, departamentos curriculares, reuniões dos docentes com os

encarregados de educação – continua a ser uma das práticas notórias dos

docentes, apesar de também continuar a ter uma expressão diminuta nas atas

de departamento e de CP.

3.4.1 Resultados académicos

a) Avaliação interna e sucesso pleno

A recomendação de prosseguir com a identificação das causas do

incumprimento da Metas TEIP (13/14), relativamente aos resultados

académicos, segundo cerca de 91,1% dos docentes encontra-se em

aplicação/aplicada, apesar de não haver evidências na análise documental, de

ter havido reflexão sobre as causas do incumprimento da maioria das metas

TEIP de 13/14.

Segundo a opinião de 66,6% dos docentes inquiridos, foi equacionada a

abertura a outras ofertas formativas que respondessem aos interesses dos

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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alunos do agrupamento, o que é corroborado pela existência de uma turma de

Curso Vocacional, iniciada no ano 14/15.

De acordo com a opinião do Diretor, tem existido uma reflexão sobre o

processo de avaliação interna, além da prática instituída de reflexão em sede

de grupo de ano, grupo disciplinar e departamento sobre os resultados

alcançados pelos alunos, tendo os docentes iniciado, no âmbito de uma ação

da IGEC, iniciado um processo de reflexão sobre prática letiva, a partir da

observação de aulas. Com o objetivo de fomentar a reflexão, o diretor

considera ser importante que no ano letivo 15/16 se atribuam de tempos

comuns aos docentes para reunirem, discutirem, planificarem, bem como a

implementação, desde o início do ano letivo, de aulas de preparação para

exames.

Face à situação descrita, apresentam-se as seguintes:

Recomendações:

Prosseguir com a abertura de percursos educacionais alternativos

que possam responder aos interesses dos alunos e à conclusão com

sucesso dos diferentes ciclos de ensino, como turmas PIEF, Cursos

Vocacionais e /ou PCAs;

Incluir, no horário de cada docente, tempos de reunião para

reflexão sobre resultados académicos e planificação de estratégias de

ensino aprendizagem promotoras do sucesso dos alunos.

b) Comparação entre a avaliação interna e a avaliação externa

Face às recomendações feitas em 13/14, 68,9% dos docentes refere que o

agrupamento tem em aplicação a reflexão sobre o processo de avaliação

interna tendo em conta os métodos de avaliação externa, enquanto 17,8%

menciona que a mesma recomendação já foi aplicada. Também em aplicação

no agrupamento está a intensificação e a sensibilização de todos os docentes

para a utilização do Português nas diversas situações de aprendizagem,

segundo 31,1% dos docentes inquiridos e em aplicação para 46,7%.

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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Da análise documental ressalta que a monitorização dos resultados

académicos dos alunos, com periodicidade trimestral, prevista no PM TEIP,

parece integrar-se no espírito da recomendação.

Os dados referidos levam-nos à apresentação das seguintes recomendações:

Sistematizar a reflexão sobre o processo de avaliação interna,

tomando em consideração princípios e métodos subjacentes à

avaliação externa, desenvolvendo mecanismos favorecedores de uma

aproximação dos métodos e técnicas utilizados na avaliação sumativa

interna aos utilizados nos instrumentos de avaliação externa;

Monitorizar em sede de CP os resultados alcançados a nível interno,

avaliando as estratégias implementadas e a sua eficácia para a

superação do insucesso, devendo os resultados de tal monitorização

ser objeto de relatório, a publicar no final de cada período letivo;

Procurar identificar as causas do diferencial existente entre a

avaliação interna e externa, analisando e debatendo os critérios

específicos de avaliação de cada disciplina;

Definir, até ao final do 1.º período do ano letivo 2015/2016,

critérios de avaliação da componente do currículo de caráter

transversal com vista à utilização proficiente do Português em todas

as situações de aprendizagem.

c) Avaliação externa e resultados do Agrupamento versus resultados a nível

nacional

Ao serem questionados sobre a implementação ou não da recomendação sobre

reforçar a monitorização de processos de realização de provas como

preparação para processos de avaliação externa, cerca de três quartos dos

docentes considera que a referida recomendação se encontra aplicada (22,2%)

ou em aplicação (53,3%).

Os dados recolhidos através da leitura das diversas atas analisada são omissos

quanto a à existência de um processo de monitorização de provas como

processo de preparação para processos de avaliação externa.

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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Na entrevista realizada ao Diretor, o mesmo preconiza a implementação de

aulas de preparação para os exames mas é omisso em relação à monitorização

de provas.

A situação descrita leva-nos à apresentação das seguintes:

Recomendações:

Promover a monitorização dos processos de realização provas globais

de avaliação sumativa, como preparação para processos de avaliação

externa, sendo as mesmas elaboradas em sede de grupo de

ano/disciplinar, devendo os resultados integrar os relatórios destas

estruturas de orientação educativa;

Desencadear um processo de análise e reflexão sobre os resultados

obtidos em cada prova, em sede de grupo de ano/disciplinar, devendo

os resultados integrar os relatórios destas estruturas de orientação

educativa.

d) Disciplina e segurança no agrupamento

Segundo 64,4% dos docentes, encontram-se em aplicação as recomendações

que reforçam o acompanhamento regular aos alunos com maior número de

ocorrências disciplinares, e a dinamização de intervenções ao nível da

cidadania democrática e de uma cultura de segurança no agrupamento,

enquanto para 82,7% dos EE há uma acompanhamento regular dos alunos com

maior numero de ocorrências disciplinares.

Em termos de análise documental, o PM TEIP14/15, atribui uma especial

relevância ao “GAAF”, que, através das suas ações, se constitui como um

instrumento privilegiado que favorece a relação escola família através de

visitas domiciliárias, tutoria a alunos em abandono/absentistas e alunos

indisciplinados. De igual modo no PM, a criação de um OI, destinado a

acompanhar os alunos reincidentes em termos de participações disciplinares e

implementado, pela primeira vez, no ano letivo em curso, parece, a nosso

ver, corresponder ao sentido da recomendação «Reforçar o acompanhamento

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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regular e sistemático aos alunos com maior número de ocorrências

disciplinares».

Da análise da entrevista ao Diretor, é manifesta a preocupação para encontrar

soluções para a minimização dos problemas de indisciplina, quer ao nível de

ações específicas e diretas com os alunos (EIRA e OI) quer através da vontade

de se elaborar um plano de formação do pessoal docente e não docente

articulado com o projeto educativo, designadamente ao nível da identificação

e intervenção na área de indisciplina e conflitos entre jovens.

O quadro descrito leva-nos à apresentação das seguintes:

Recomendações:

Manter o acompanhamento regular e sistemático aos alunos com

maior número de ocorrências disciplinares, avaliando a eficácia das

medidas aplicadas e do acompanhamento efetuado, dados que

deverão constar de relatório, a publicar no final de cada período

letivo;

Tipificar as causas da indisciplina através do levantamento dos

motivos que levam os docentes a aplicar a ordem de saída da sala de

aula e subsequente registo dos resultados;

Incluir no Plano de Formação, do pessoal docente e não docente,

formação na área da (in)disciplina, realizando ações de capacitação

que abordem esta problemática.

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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ANEXOS

Anexo 1 - Apresentação do mandato da equipa de avaliação à Direção

MANDATO DA EQUIPA

Agrupamento de Escolas do Bairro Padre Cruz

Equipa de autoavaliação da escola

Coordenadora: Ana Noronha

Membros: Ana Cristina Gouveia, Sandra Nunes e Maria do Céu

Amigo crítico: Jorge Lemos

Mandato:

Proposta aprovada em Conselho Geral, no dia de , de 2014.

Duração do mandato:

De 1 Outubro 2014 a 31 de Julho de 2015

Objetivos a que se propõe:

a) Avaliar a forma como as recomendações propostas no relatório estão a ser

assimiladas e incorporadas na cultura de escola e nas práticas educativas;

b) Aferir o impacto das mesmas, ao nível dos resultados escolares (sucesso

académico/processo ensino-aprendizagem/indisciplina/ abandono escolar);

c) Contribuir para a promoção de uma cultura de melhoria do desempenho do AEBPC.

Conteúdo da função:

a) Planear a avaliação, selecionar, construir e aplicar instrumentos;

b) Recolher e tratar a informação necessária, recolher, tratar e analisar dados;

c) Apresentar resultados, elaborar o relatório final e divulgar resultados.

Compromisso:

Os membros da Equipa de Avaliação obrigam-se a:

a) respeitar a confidencialidade das informações individuais e a fazer um tratamento

agregado dos dados;

b) envolver na avaliação os diferentes atores educativos.

Lisboa, de de 2014

Presidente do Conselho Geral do Agrupamento

Coordenadora da Equipa de Avaliação

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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Anexo 2 - Folheto de divulgação

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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Anexo 3 - Perfil do amigo crítico

Perfil do amigo crítico

O que pretendemos dele O que não pretendemos dele

Procure, sobretudo, compreender os

outros, mais do que ser compreendido;

Tenha uma visão positiva da escola e da

comunidade;

Ajude as pessoas a identificar as suas

necessidades e problemas;

Ajude as pessoas a refletir criticamente nas

suas próprias práticas;

Apresente as suas próprias observações e

juízos como fonte de evidência aberta à

discussão e susceptível de modificação.

Não receie o conflito e geri-lo

construtivamente.

Pouca disponibilidade;

Desconhecimento do agrupamento e da

comunidade envolvente;

Desconhecimento da especificidade de um

agrupamento TEIP (Território Educativo de

Intervenção Prioritária);

Alguém com uma visão demasiado positiva

ou demasiado negativa sobre o agrupamento.

Quem preenche os requisitos Prioridade de contacto

Indivíduo com experiência em gestão e

administração escolar

Indivíduo com formação em avaliação e

qualidade educativa

Indivíduo com experiência em práticas de

investigação-ação.

Correio eletrónico

Contacto telefónico

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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Anexo 4 – Guião da entrevista ao Diretor do Agrupamento de Escolas BPC

Autoavaliação do Agrupamento – Entrevista ao Diretor do Agrupamento de

Escolas BPC

16/06/2015

Objetivos Gerais:

Recolher informação sobre as relações entre a escola, comunidade e

família;

Conhecer a perspetiva do Diretor no que concerne aos processos

internos do agrupamento a nível profissional e social;

Aferir sobre as medidas de organização e gestão dos processos internos

ao nível do grupo/turma;

Conhecer a perspetiva do Diretor face aos resultados educacionais do

agrupamento e eventuais propostas de melhoria.

Objetivos específicos:

Clarificar alguns aspetos relativamente ao documento de perceção do

Diretor face à implementação das recomendações efetuadas pela

equipa de Autoavaliação do Agrupamento no ano letivo anterior;

Introdução – Na sequência do trabalho desenvolvido no corrente ano pela

equipa de autoavaliação do Agrupamento, gostaríamos de conhecer a

perceção do Diretor do Agrupamento relativamente à implementação no

corrente ano das recomendações efetuadas pela equipa de autoavaliação no

final do ano letivo anterior.

Essas recomendações organizam-se em quatro grandes áreas – Relações com o

contexto; Processos Internos ao nível do Agrupamento; Processos internos ao

nível do grupo-turma e resultados educacionais.

AAA – Antes de entrarmos na temática das recomendações, gostaríamos de

saber, de uma forma geral, agora que estamos no final do ano letivo, que

balanço faz do corrente ano? Que aspeto (s) salientaria como mais ou menos

positivo(s)?

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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RELAÇÕES COM O CONTEXTO

AAA – Atendendo a que o Agrupamento se insere no coração de um bairro

municipal, com uma população tendencialmente desfavorecida em termos

económicos, sociais e culturais, as relações com o contexto são

particularmente importantes.

Os Encarregados de Educação não se apercebem, muitas vezes, do esforço do

Agrupamento no sentido de promover a interação com a comunidade. No

seguimento do trabalho já efetuado nesse sentido, que medidas foram

implementadas no corrente ano letivo?

AAA – A formação de Pais e encarregados de educação pode constituir uma

mais–valia para a equidade social. Foi desenvolvida alguma ação de formação

específica para pais e encarregados de educação em articulação com

parceiros comunitários? E pelo Agrupamento exclusivamente?

Quer apontar um exemplo particularmente significativo?

AAA – Recomendava-se, no referido relatório, o desenvolvimento de

estratégias que promovam o efetivo envolvimento dos pais no processo de

tomada de decisão. De que forma se promoveu esta participação?

AAA – O Agrupamento estabeleceu diversas parcerias. Como é efetuado o

processo de monotorização de parcerias? Há momentos definidos para

divulgação e reflexão sobre o trabalho desenvolvido? Foram constituídas mais

parcerias? Foram denunciadas algumas? Há um plano estratégico em termos

de estabelecimento de parcerias? Que tipo de parcerias são privilegiadas?

AAA – No relatório de AAA propunha-se uma maior reflexão, no âmbito do

Projeto TEIP, sobre o processo de inclusão/integração social dos alunos,

incidindo na educação pré-escolar e no 1º ciclo do ensino básico. Que

conclusões/propostas/medidas surgiram desta reflexão?

PROCESSOS INTERNOS AO NÍVEL DO AGRUPAMENTO

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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AAA – Recomendava-se no relatório de AAA que se privilegiasse, em Conselho

Pedagógico, questões pedagógicas em detrimento de questões

administrativas. Considera esta recomendação aplicada?

AAA – Também se sugere a adoção de medidas que visem assegurar uma maior

participação das estruturas de gestão intermédia e dos diversos atores

educativos (internos e externos) nos processos de tomada de decisão. Que

medidas foram tomadas nesse sentido?

AAA – Outra recomendação consiste na promoção de uma política de efetiva

articulação entre as várias estruturas do Agrupamento bem como entre as

estruturas das escolas do Agrupamento. Que medidas foram desenvolvidas?

Comunicação

AAA – Foi desenvolvida uma nova estratégia relativamente aos processos de

informação e comunicação do agrupamento, no sentido de assegurar a sua

eficácia e eficiência? O Diretor referiu a criação de uma página de facebook.

Foi criada? Que outras medidas foram tomadas no sentido de tornar a

comunicação mais eficiente?

Que mensagens considera fundamentais fazer passar ao Agrupamento - a

alunos, pais, comunidade educativa, professores? Terá o projeto TEIP sido

suficientemente divulgado? Em relação aos processos externos, foi

desenvolvida uma política de comunicação dos constrangimentos, em matéria

de organização e gestão de recursos?

AAA – Como é que é feita a divulgação do trabalho desenvolvido pelos diversos

elementos do agrupamento com vista à melhoria dos processos de educação e

formação?

AAA- Foram adotadas medidas no sentido de reconhecer e valorizar o bom

desempenho dos profissionais do Agrupamento?

AAA Recomendava-se também a aprovação no decurso do presente ano letivo

de um plano de formação específico para pessoal docente e nao docente que

tenha por referência o projeto educativo. Que ações foram desenvolvidas?

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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Processos internos a nível do grupo/turma

AAA – É sugerida uma maior responsabilização do agrupamento,

nomeadamente dos docentes, na superação de lacunas detetadas a nível das

aprendizagens, recorrendo para tal à diferenciação pedagógica.

AAA – Relativamente aos apoios educativos, foi feito e disponibilizado um

levantamento dos apoios?

Existe alguma reflexão em Conselho pedagógico sobre esta matéria que

permita assegurar a monitorização da sua eficácia? Quando é feita? Qual o

impacto?

Resultados

Prosseguiu-se no corrente ano letivo o processo de identificação das razões

que concorreram para o não cumprimento das metas TEIP contratualizadas? E

que medidas estão a ser tomadas? Pode dar alguns exemplos? A reflexão sobre

a avaliação efetuada levou a alguma alteração de procedimentos?

A avaliação interna está efetivamente a aproximar-se de métodos subjacentes

à avaliação externa?

Considera que a comunidade educativa está suficientemente informada sobre

as metas TEIP? A reflexão chega a todas as estruturas e a cada um em

particular?

Há quem defenda que uma escola deve ser pensada como uma marca.

Considerando o Agrupamento BPC como uma marca, que valores, que

qualidades seriam promovidos?

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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Anexo 5 – Transcrição da entrevista ao Diretor

16/6/2015

Legitimação e motivação da entrevista

Face às problemáticas identificadas no relatório de autoavaliação do ano

letivo transato, foram efetuadas no referido documento recomendações para

o corrente ano letivo no sentido de contribuir para o melhor funcionamento

do Agrupamento de Escolas do Bairro Padre Cruz. Algumas recomendações

terão sido seguidas, outras não. Nesse sentido, foi elaborado um instrumento

para recolha da perceção do Diretor relativamente à implementação das

recomendações efetuadas pela equipa de autoavaliação do agrupamento,

considerando as principais problemáticas detetadas no ano letivo transato. A

presente entrevista visa clarificar alguns aspetos salientados no instrumento

supracitado. Os dados obtidos serão analisados e enquadrados no âmbito do

modelo de autoavaliação do agrupamento. Foram explorados os domínios:

Relações com o contexto; Processos internos ao nível do agrupamento;

Processos internos ao nível do grupo/turma; Resultados educacionais.

Objetivos Gerais:

Recolher informação sobre as relações entre a escola, comunidade e

família;

Conhecer a perspetiva do Diretor no que concerne aos processos

internos do agrupamento a nível profissional e social;

Aferir sobre as medidas de organização e gestão dos processos internos

ao nível do grupo/turma;

Conhecer a perspectiva do Diretor face aos resultados educacionais do

agrupamento e eventuais propostas de melhoria.

Objetivos específicos:

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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Clarificar alguns aspetos relativamente ao documento de perceção do

Diretor face à implementação das recomendações efetuadas pela

equipa de Autoavaliação do Agrupamento no ano letivo anterior.

A entrevista foi transcrita e disponibilizada ao Diretor para eventuais

correções. Deste modo a entrevista foi validada pelo próprio.

AAA - Gostaríamos de agradecer a disponibilidade do senhor Diretor. Agora

que o ano letivo está praticamente a chegar ao fim, que aspeto destacaria

como particularmente positivo?

Diretor - Particularmente positivo para mim foi a questão da aproximação à

associação de pais que conseguimos reativar, o que é muito importante, pois

eles estão dispostos a trabalhar de outra maneira com a Direção, com os

professores e com os alunos no sentido de ajudar a ter melhores resultados,

principalmente, no primeiro ciclo, porque a intervenção deles é mais ao nível

do primeiro ciclo. De resto, acho que foi um ano que decorreu de uma forma

muito tranquila. Em face também dos resultados do primeiro ciclo, estou

bastante satisfeito, no que diz respeito a Português. Gostava de salientar a

intervenção da Inspeção, também, que foi muito importante para clarificar

alguns aspetos que estavam na minha cabeça por definir e, em termos de

rumo também a seguir, também foi importante para perceber o que tenho de

fazer nos próximos anos. De resto, acho que foi um ano tranquilo. Correu

bem.

AAA - As relações com o contexto, em particular, neste Bairro, assumem uma

grande importância. Que medidas de promoção da interação com a

comunidade foram implementadas? O Diretor acabou de referir esta

aproximação à Associação de Pais…

Diretor - Houve um processo eleitoral que reconduziu a Associação de Pais que

estava ausente, digamos assim. Esteve ausente nos últimos anos, mas eles

elegeram novos corpos sociais e estão a funcionar, estão a articular bastante

bem connosco, se bem que a intervenção seja mais centrada no primeiro

ciclo, onde eles têm os filhos, e no Jardim de Infância. Portanto, nesse

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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aspeto, conseguimos reativar um bocadinho a nossa relação com a

comunidade. No que diz respeito também às relações com outros parceiros da

comunidade, as coisas têm sido bastante favoráveis, acho eu. Consegui

implementar com a Associação de Moradores uma cantina comunitária que

acho que está a ter um sucesso enorme. De referir também a escolha do

Teatro de Carnide como entidade promotora das AECs, muito embora no início

do ano, em termos de AECs, as coisas também tenham decorrido com grandes

dificuldades, foram desenvolvidas atividades como os workshops de

cavaquinho, workshops de expressão plástica, com as mães e com os pais e,

portanto, conseguiu-se aproximar os pais da Escola e das AECs, porque no

início do ano tinham muitas dificuldades em trabalhar com os alunos. O

próprio Projeto BIP ZIP também teve um grande envolvimento a nível do

primeiro ciclo e JI e também participaram conjuntamente com as AECs, os

técnicos são os mesmos. Conseguiram chamar também os pais à Escola. Resta

aprofundar a relação com a comunidade aqui com a EB2,3, porque me parece

que há aí algum trabalho a fazer.

AAA - E nesse sentido, o que poderá ser feito, já para o próximo ano letivo?

Diretor - Para além daquilo que já é o normal, temos que chamar os pais a

intervir em alguns projetos que nós tenhamos e que venhamos a desenvolver

no futuro.

AAA -Em termos de ações específicas para encarregados de educação já foi

alguma coisa feita ao nível do primeiro ciclo..

Diretor – Por exemplo, a Associação de Pais propôs ações de formação para

professores e para funcionários, uma situação que é sempre tratada aquém do

previsto aqui na escola. Se nós pudermos contar com a ajuda da Associação de

Pais, será ótimo. Depois, é um pouco reproduzir aquilo que foi feito no

primeiro ciclo, quer com o BIP ZIP, quer com as AECs. São as atividades em

que se chama os pais à Escola. Por exemplo, a festa final de Agrupamento é

um momento em que se concretiza essa aproximação dos pais à Escola,

portanto, consegue-se que os pais venham, mais, se calhar, do que noutro

momento qualquer. É um momento um bocadinho mais lúdico, mas de

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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aproximação da comunidade à Escola e consegue-se que os pais participem

em várias atividades que a Escola promove. Eu acho que a festa,

principalmente de manhã, foi um grande sucesso, foi a melhor festa dos

últimos anos, apesar da chuva (risos). De resto, um bocadinho também ao

encontro daquilo que a IGEC defende, nós temos de divulgar muito mais

aquilo que é feito cá na escola. Já houve vários colegas que me alertaram

para isso, que é o grande problema da divulgação dos projetos. Dinamizar a

página da internet, que é deficitária também é importante, dar conhecimento

aos pais daquilo que é feito. Estamos a falar de critérios de avaliação,

matrizes, testes, tudo o que for produzido aqui na escola, nos vários

momentos ao longo do ano letivo- Os pais nem têm conhecimento daquilo que

acontece. É importante chamar os pais à escola no que diz respeito à

definição de algumas atividades. A Associação de Pais propôs que se criasse

uma sala de Ciências Experimentais, de ensino experimental das ciências no

primeiro ciclo. É um projeto para o próximo ano, mas já está apalavrado,

muito embora vá haver eleições para a Associação de Pais em setembro. Nós

queremos implementar isto no primeiro ciclo, em função de uma proposta da

própria Associação de Pais. Portanto, o objetivo é sentarmo-nos, falarmos,

com os pais, com a comunidade e implementarmos projetos e partilharmos

informação que conduza a que o próximo ano letivo corra de uma forma mais

fluída. Por exemplo, uma medida muito concreta que eu quero discutir com

eles é a questão da organização do horário do primeiro ciclo, o intervalo para

os almoços e a indisciplina. Portanto, em vez de ser eu a decidir e impor, eu

vou discutir com eles, vou-me sentar com eles e vamos discutir ali a solução

para o primeiro ciclo. De facto, é muito problemático, não em sala de aula,

mas nos intervalos e à hora do almoço e naquele intervalo, das quatro às

quatro e meia, antes de começarem as AECs. Vamos ver se as coisas se

resolvem com a participação deles, ver se eles próprios também estão

dispostos a participar nos intervalos, fazer alguma vigilância. Estamos a

pensar conjuntamente contratar um porteiro. É este tipo de medidas que

neste momento eu faria de uma forma isolada enquanto Direção e agora tenho

o contributo da parte deles.

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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AAA -E a aproximação ao terceiro ciclo? Mesmo em termos de festa de final de

ano, quer a afluência de alunos, quer a participação dos pais é mais

reduzida... Certamente, em conselho pedagógico irá ser feito posteriormente

um balanço.

Diretor – Já o ano passado tínhamos ficado com essa perceção. Não vale a

pena estar a estender a festa para a tarde, porque os meninos do segundo e

do terceiro ciclo não vêm, o que é um bocadinho estranho, temos de analisar

as razões, não sei se eles já estão fartos de escola e não querem mais.

Portanto, o meu objetivo será fundir as duas festas numa só, com um horário

um bocadinho mais alargado, das nove e meia às duas, e não haver nada da

parte da tarde, não vale a pena.

AAA - O professor falou há pouco de ações de formação e de propostas da

Associação de Pais para professores e funcionários. Há alguma ideia de ação

de formação para pais?

Diretor - Da nossa parte, não...

AAA - Nem da Associação de Pais?

Diretor - Eles gostariam muito de o fazer. O que eles propuseram, como um

dos membros da Associação de Pais trabalha nessa área, tem essa valência, foi

dar formação em primeiros socorros. É útil, estão preocupados com essa área,

mas ainda não há nada previsto. Nós temos que nos sentar com eles e

trabalhar. E prever ações para assistentes operacionais, para professores.

AAA - Disse-nos que essa relação com a comunidade passava também pela

página da Escola. Que outras formas de chegar à comunidade podemos

encontrar, além da página que este ano não foi particularmente dinamizada?

Diretor - A questão da página é um problema técnico. Há dinheiro para outras

atividades, há outras prioridades, não há dinheiro para pagar ao técnico para

estar sempre a inserir conteúdos. Tentamos ser nós a inserir os conteúdos,

mas depois também acabamos por não ter tempo nem os conhecimentos

técnicos suficientes para o fazer. Que outras formas? As formas são estas:

chamando os pais a participar em atividades, a participar em visitas de

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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estudo, em ações de formação, chamá-los para workshops como fizemos já no

primeiro ciclo. Dou-vos o exemplo de uma atividade no Jardim de Infância em

que os pais são chamados a fazer um mural da família: todos os meninos

juntamente com os pais faziam um desenho da própria família, todos juntos.

Depois, o mural das mãos. No JI a relação que se estabelece com os pais é

muito mais próxima. Se calhar o caminho também será por aí, chamar os pais

a participar em mais momentos que a Escola organize com os alunos. Se bem

que me pareça mais difícil nos 2º e 3º ciclos.

AAA - Aí as parcerias poderão eventualmente contribuir para o

desenvolvimento de projetos. Como é que é feita a monitorização das

parcerias?

Diretor - Eu considero as AECs e o BIP ZIP parcerias. Posso dar o exemplo das

AECs, do BIP ZIP. A monitorização desses projetos, por exemplo, é feita em

conselho de docentes, ao longo do ano. Os coordenadores do projeto, no

terreno, articulam quer com a Direção, quer depois com os professores

titulares e educadores, quer depois em conselho de docentes, pelo menos,

trimestralmente; no Jardim de Infância, mensalmente. É feito um balanço da

atividade desenvolvida. No primeiro ciclo, é sempre um bocadinho mais

distante. No primeiro ciclo, como há conselhos de docentes mensais, a coisa

vai sendo afinada. A monitorização desses dois projetos é feita dessa maneira.

Parece-me que é o modelo correto e o modelo a ser seguido. É muito

importante ter coordenadores dos projetos no terreno, porque se estabelece

um diálogo muito mais fácil. Há algum problema, alguma coisa a alterar ou

algum projeto a implementar, faz-se dessa maneira.

AAA - E em termos de 2º e 3º ciclos?

Diretor - No 2º e3º ciclos, os projetos e as parcerias que nós temos são no

âmbito do Eco-Escolas, já nos últimos ano tem sido assim – o Eco-Escolas, o

POW, o NEPSO. A monitorização desses projetos tem de facto de ser

aprofundada, mas há uma coordenação de projetos e parcerias que me

entregará o relatório, embora já tenha decidido que alguns destes projetos

vão cair no próximo ano, porque não vale a pena imputar horas para isso.

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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Também em função daquilo que foi preconizado pela Direção e pelo IGEC, nós

precisamos de horas para reunir e para falar. Caem os projetos e parcerias, a

não ser algumas parcerias importantes, como por exemplo, com instituições

de ensino superior. Temos tido cá estagiários, o que considero uma mais-

valia, quer para os estagiários, quer para o professor que os recebe, é

importante. Eu acho isso e tenho a opinião de algumas pessoas de que, de

facto, é favorável. Caem alguns projetos, as tutorias, por exemplo, acabam, a

Sala de Estudo não sei se acaba ou não, depende do balanço agora do final do

ano. É necessário alocar mais horas às reuniões da parte pedagógica.

AAA - Como é que é feito o balanço das Tutorias, da Sala de Estudo? São

chamadas as pessoas responsáveis a pronunciar-se sobre o assunto?

AAA - São chamadas as pessoas responsáveis a pronunciar-se e a apresentar

em conselho pedagógico o relatório, o balanço. Depois, o conselho pedagógico

pronuncia-se sobre aquilo que são as mais-valias e as fraquezas de cada um

dos projetos. Agora, o que eu acho é que em termos de rentabilização dos

recursos humanos que estão alocados a esses projetos há pouca eficácia e

eficiência.

AAA - O projeto TEIP pode servir de base para essa reflexão. O número de

horas alocadas a cada um dos projetos consta do relatório. O Projeto TEIP

será, portanto, uma mais-valia no sentido de refletirmos sobre os recursos.

Diretor - Para já é muito importante perceber que o projeto TEIP é

basicamente aquilo que vai ser o nosso projeto educativo, define as linhas do

projeto educativo para 2015-2018 e, portanto, o que está definido no Plano

Melhoria que ainda vamos discutir, mas não vai ser alterada muita coisa, e

esse plano de melhoria/projeto educativo define as linhas a seguir, as

prioridades.

AAA - Uma das recomendações feitas no relatório de autoavaliação do ano

passado está relacionada com a identificação das causas que concorrem para

o não cumprimento das metas contratualizadas no Projeto TEIP. No ano

passado, várias metas não foram alcançadas. Quais são os fatores que

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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concorrem para que essas metas não sejam alcançadas? A comunidade está

sensibilizada para esta questão? Os professores estão sensibilizados para o

cumprimento das metas? Caso não estejam, como é que se pode sensibilizá-

los?

Diretor - O plano de melhoria anterior foi distribuído a toda a gente para ser

discutido, mas não houve, se calhar, momentos posteriores, por questões de

tempo, de discutir melhor aquilo que estava contratualizado. O plano de

melhoria está pré-feito. As coisas estão definidas, não vai ser alterada muita

coisa, dependendo da reunião de sexta-feira. Não tivemos tempo para discutir

aquilo que lá está inscrito no plano de melhoria, mas parece-me que o plano

de melhoria vai ficar basicamente como está, não há muita discussão, não há

muita intervenção da parte dos professores, dos pais, da comunidade. Agora,

o projeto educativo queria que fosse discutido, amplamente discutido. Já está

alinhavado e queria pôr à discussão pública, com toda a gente, professores,

pais, assistentes operacionais, peritos externos, amigos críticos, toda a gente.

E, de facto, queria divulgar o mais possível e, mais uma vez um bocadinho ao

arrepio daquilo que era prática minha noutros tempos (risos), primeiro pôr à

discussão. Também como foi feito em relação ao regulamento interno.

Parece-me que houve uma boa discussão, apesar de tudo a coisa reverteu aos

grupos e aos departamentos e daí nasceu um consenso. O mesmo será feito

com o projeto educativo até setembro.

AAA – Recomendava-se no relatório do ano passado que as questões

pedagógicas fossem privilegiadas em pedagógico em detrimento das questões

administrativas.

Diretor - Não é fácil, porque compete ao conselho pedagógico uma série de

tarefas administrativas e, portanto, a revolução tem de ser total, tem de

começar da base. Quando a Inspeção diz que o professor tem de trabalhar de

outra maneira, planificar, discutir com o colega de grupo, a mudança tem de

começar por baixo e concomitantemente por cima. Todos nós temos de

começar a trabalhar de uma forma mais pedagógica e só dessa maneira é que

também o conselho pedagógico pode falar essencialmente de questões

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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pedagógicas. As questões administrativas têm sempre de passar por lá, a

legislação assim o prevê e, portanto, é uma mudança de paradigma, quanto a

mim. Portanto, deixemos as questões administrativas e acessórias de fora, e

de fora desses órgãos, e comecemos a discutir outras coisas. Temos de dar

todos o mesmo passo, no próximo ano. Aliás, vamos começar a preparar isso

já em junho, para no próximo ano se discutirem efetivamente questões

pedagógicas. Portanto, tem que ser feita uma limpeza daquilo que são

assuntos acessórios. É um esforço que eu tenho de fazer: planificar o ano

letivo no sentido de sistematizar uma reflexão pedagógica nos diferentes

órgãos; os departamentos têm de começar a falar de outras coisas, não estou

a dizer que não falam, mas mais e deixar as questões acessórias e não

pedagógicas de fora. O mesmo no grupo disciplinar, no Conselho Geral

também.

AAA – O esforço de articulação entre as várias estruturas do Agrupamento,

outra recomendação, foi evidente durante o corrente ano letivo. Que medidas

foram criadas, desenvolvidas, que dinâmica se poderá ter criado a partir

dessas reuniões?

Diretor - Penso que já se começa a notar uma dinâmica, ou seja,

desmistificou-se um bocadinho a ideia de que o professor está na sua sala de

aula, com as suas turmas, isolado na sua capelinha, que não tem muito a

aprender, a discutir ou a partilhar ou às vezes mesmo a oferecer ao colega do

lado o que tem. Caindo esse mito, acho que foi evidente que em certas

situações, em certos grupos, em certos departamentos estes momentos de

partilha resultaram. Muita gente ganhou com esses momentos de partilha mais

frequentes. Portanto, parece-me importante continuar e aprofundar esta

metodologia de trabalho. No próximo ano vai haver mais, temos de planificar

mais momentos desses, fazendo um esforço muito grande agora de, logo à

partida, prever aquilo que salta fora, que deixa de ser necessário, o que não é

fácil. São muitos anos a trabalhar em documentos, em instrumentos inúteis,

mas alguns deles são obrigatórios, lá está. Estou-me a lembrar do plano de

turma. É obrigatório. Agora de que maneira é que isso se vai concretizar de

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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forma a que traga mais-valias pedagógicas para a turma e de organização da

própria turma, é que não é fácil.

AAA -Toda esta dinâmica, todo este processo, como é que é passível de ser

comunicado aos professores que, no fundo, são um agente fundamental em

todo este processo? A comunicação é eficaz? Como é que pode ser melhorada?

Como é que se pode motivar os professores para esta questão?

Diretor - É uma boa pergunta. Pode-se melhorar a comunicação do Conselho

Pedagógico para os departamentos, dos departamentos para os grupos

disciplinares, para os professores. Eu penso que tem de funcionar melhor a

comunicação conselho pedagógico/departamentos/grupos. O meu objetivo é

promover mais articulação, momentos de reunião, lá está, atribuindo tempos

para isso. Se as pessoas comunicarem e discutirem os assuntos, a comunicação

faz-se. Desfazem-se os equívocos e, portanto, passa a mensagem que se quer

passar. Passando a mensagem que se quer passar e as pessoas percebendo que

há a ganhar nestes momentos de partilha, a motivação surge. As pessoas

percebem que há ali qualquer coisa a ganhar, e essa é a maior dificuldade e

para mim é o mais importante, que isso tenha impacto na sala de aula. Esse é

que é o problema: as reuniões, o diálogo podem surgir, mas, se isso tem de

facto impacto em sala de aula, ainda está para ver. Também acho muito

importante não esquecer que isto é um projeto a vários anos. Se se fizer uma

avaliação nos últimos quatro anos, não há grandes resultados em termos de

resultados académicos, mas já se começa a ver um trabalho relevante, acho

eu, no primeiro ciclo. Temos que avaliar a Turma Mais, é muito importante.

E, portanto, vamos ver se nos próximos anos o investimento todo que foi feito

no JI e no primeiro ciclo começa a ter resultados aqui. Porque nós estamos

aqui a trabalhar com alunos que, se calhar, não foram tão bem trabalhados no

primeiro ciclo, acho eu.

AAA - Vimos que de facto o empenho e a motivação dos professores é

fundamental. Que formas de valorização do pessoal docente são

implementadas (risos)? Claro que nos tempos que correm a automotivação é

muito importante e nesse sentido, se trabalharmos com um determinado

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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objetivo poderá ser importante. Mas em termos de Agrupamento, Escola,

como Direção, o que é que pode ser feito, o que está a ser feito, o que é que

é feito nesse sentido?

Relativamente a esse aspeto, vocês já me conhecem. Eu acho que as pessoas

para serem motivadas precisam de trabalho. Agora, não é trabalho vazio, oco,

sem sentido. Eu acredito que, se nós dermos as condições aos professores

para eles trabalharem como gostam de trabalhar, com qualidade e sem

indisciplina, as coisas correm bem. E se os professores sentirem que fazem

parte de um coletivo e que estamos todos a remar na mesma direção, a

motivação, automotivação também surge e, portanto, parece-me que a

questão da cultura de escola que para mim é um mistério (risos), não é, mas

tem sido (risos), [é muito importante] Mas não desisti de continuar a tentar e

implementar uma cultura de escola, falando, temos todos que discutir.

Implementando aquelas medidas, com a Inspeção, amigo crítico, perita

externa, coordenadora Turma Mais, parece que se vai poder melhorar a

qualidade do ensino. Isso é o essencial. Acho que nós nos esquecemos um

bocadinho da qualidade e andamos aí com coisas acessórias. A Escola há muito

tempo que se afastou disso, não fomos só nós, não foi só a nossa escola. Há

escolas em que se trabalha bem, há outras em que andamos a lidar com

assuntos que são laterais. Quando falamos em valorizar os professores, eu

acredito que seja através desta maneira, não há outra maneira de o

conseguir.

AAA - Mas será que essa mensagem, que essa cultura de Escola, que esse

projeto educativo é evidente para toda a gente e, portanto, motiva os

professores? Há quem compare uma escola a uma marca.

Diretor - Brand? Eu não faço marketing daquilo que faço ou deixo de fazer,

das coisas que consigo. Não faz parte do meu feitio, não publicito. Posso de

facto, havendo um bom trabalho, divulgá-lo melhor. Divulgar a escola

enquanto brand, lá está, para o exterior no sentido de cativar, de

estancarmos uma fuga que existe, principalmente na transição do primeiro

para o segundo ciclo. E isso é importante, divulgar a escola como uma

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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resposta educativa de qualidade no que diz respeito às ofertas

profissionalizantes que temos e no ensino regular com qualidade que também

temos. Esse trabalho tem de ser feito, para mim é claro. É uma aprendizagem

que todos nós temos de fazer, todos nós contribuímos para isso. Lá está, se eu

não consigo bons resultados, não consigo cativar as pessoas a virem para cá.

Se os pais acham que não há resultados… Por exemplo, se no primeiro ciclo,

noventa por cento dos alunos tiveram positiva a Português, como é que

chegam ao quinto e ao sexto ano?... (O resultado do sétimo ano também foi

muito mau)... Como é que nós vamos conseguir convencer os pais a que eles

passem para o quinto e sexto ano e se mantenham aqui no Agrupamento?

Convence-se trabalhando de outra forma aqui. Para eles não fugirem para

outras escolas que acham que têm melhor resposta. Não tenho quantificada

essa fuga, alguns miúdos saem. E alguns saem, porque os pais querem que

eles passem para uma escola que tem seguimento. Os resultados do primeiro

ciclo, à exceção de uma turma, a Matemática, não foram maus. Estou

bastante contente. Vamos ver se é este ano só, se tem a ver com o contexto,

com os professores... Havia aí muito trabalho de brand a fazer.

AAA – O tal branding poderia ser uma aposta, na medida em que se for claro

para toda a gente que chega e para os que estão presentes qual é o caminho,

qual é o objetivo, qual é a direção…

AAA - E ao mesmo tempo divulgar os constrangimentos que também são um

bocadinho externos... Há fatores que nós não conseguimos controlar e isso é

importante também divulgar, nomeadamente, a flutuação do corpo docente.

Por outro lado, o ensino regular é neste contexto extraordinariamente

importante, porque estes alunos precisam de uma escola que os consiga

auxiliar a obter bons resultados, uma vez que o contexto em que vivem não é

propriamente favorável...

Diretor – Vocês reconhecem que tem havido um esforço de ajudar os alunos.

Mas há umas complexidades que não consigo ultrapassar. O Apoio ao Estudo

no sexto ano - os alunos não vêm, não querem, não participam. Há uma oferta

que é obrigatória por parte da escola...

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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AAA – O mesmo acontece na Sala de Estudo: há uns que vêm em algumas

disciplinas e nas outras quase não comparecem.

Diretor – Lá está, nós temos de convencer os pais de que de facto isto é uma

mais-valia para o aluno. Tem de se dar x tempo para o menino comparecer.

Não comparece, passa-se a outro. E apostar muito, desde muito cedo, nas

aulas de apoio aos exames. Por isso é que a planificação é importante. Aulas

de apoio de preparação para exames, há escolas que fazem.

AAA – Nós falamos várias vezes durante esta conversa em reflexão e mais uma

vez me parece importante a monitorização do Projeto TEIP, o

acompanhamento que é feito a todo este processo. Até que ponto é que essa

monitorização não podia ser feita com maior frequência e envolvendo várias

entidades?

Diretor – Em vários momentos tem que ser. Temos o Plano Anual de Melhoria,

que é pluri-anual. As metas estão definidas para os três anos e vamos ter que

as discutir periodicamente, nos próximos anos, e temos que aferir se as metas

estão a ser cumpridas e reajustá-las, mas isso tem de ser em grupo

disciplinar, em departamento e em conselho pedagógico. Depois é a questão

do tempo útil, acabamos por não ter tempo para nada. Mas isso é a tal

mudança de paradigma de que falei. Admito que este Plano não foi discutido

ou muito discutido, embora tenha sido pedido às pessoas que contribuíssem.

Portanto, as pessoas contribuíram, a coisa foi discutida, foi debatida e foi

apresentada. Tem de se debater mais, tem de se comunicar mais. Eu acho

que está tudo interligado. Se o plano de melhoria em função das mudanças

que nós vamos fazer, em termos de intervenção pedagógica, de articulação,

de diálogo, as mudanças previstas pela IGEC aproveitamos esses momentos

para discutir. Nada pode estar isolado. A discussão pedagógica em sala de

aula das metas que se pretende atingir. Quando estás a discutir a prática em

sala de aula estás a discutir as metas do plano plurianual de melhoria. É por

aí, acho eu. As coisas estavam muito isoladas, é verdade, fragmentadas.

Relatório autoavaliação 2014/2015 - Agrupamento de Escola do Bairro Padre Cruz

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AAA – E a constituição de uma equipa multidisciplinar TEIP...

Diretor – Há tantas equipas para tanta coisa, tem que se simplificar isso. Tem

que haver uma equipa TEIP. Sim, nós somos uma escola TEIP, tem que haver

uma equipa TEIP... Se calhar não tem é que haver outras e tem que se dar

tempo às pessoas para discutirem. Tem que se priorizar. Se um dia se

estiveres na Direção, [vês que] és absorvida pelo dia a dia. Muitas vezes não

consegues. E começas a pensar nas coisas que correram mal e não nas coisas

boas que fazem. Não é muito fácil afastares-te e teres aquela visão de

helicóptero e refletires sobre aquilo que se está a passar.

O meu objetivo é juntar as coisas todas, as valências todas, as intervenções,

os órgãos todos e planificar o ano letivo no sentido de prever todas as

possíveis intervenções, um eixo de intervenção e planificar o ano letivo num

sentido. Existe uma equipa TEIP que terá de reunir mais frequentemente e

formalizar esses momentos.

AAA - Para o próximo ano, grandes eixos, grandes objetivos, grandes linhas?

Diretor – Como é óbvio eu não acredito em grandes operações, mas em

pequenas afinações. Grandes objetivos: conseguir resultados na avaliação

externa, conseguir implementar a intervenção pedagógica e melhorar a

prática pedagógica, manter a relação com a Associação de Pais, conseguir

trabalhar com a comunidade, se bem que eu acho que aqui ao nível do

segundo e terceiro ciclo, é completamente diferente a relação que se tem

com os pais. No Jardim de Infância vê-se os pais entrar. E nós podemo-nos

inspirar nisso. Portanto, um dos grandes objetivos será conquistar a

comunidade para vir para dentro da escola. Depois, há questões aqui de

formação que me preocupam e temos de fazer alguma coisa relativamente a

isso.