a beleza do abandono

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A Beleza do Abandono

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Projeto Fotográfico II para o curso de Comunicação Social - Unifavest - 2ª fase

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A Beleza do Abandono

A fotografia artística é a arte de fotografar de maneira não con-

vencional, em que não existe uma pre-ocupação única de retratar a realida-de. Vai além disso. O fotógrafo registra o tema de uma forma que transcende o ordinário. Coloca a sua emoção, sua expressão e a sua perspectiva do mun-do na imagem que produz. Da mesma forma que um pintor, um escultor ou qualquer outro artista o faz.

Para que o fotógrafo possa pen-sar em imagens artísticas pre-

cisa, em primeiro lugar, se libertar da idéia de produzir fotografias em que a luz, distância focal, foco e velocidade estejam em perfeita harmonia. Lo-gicamente, é necessário ter domínio da técnica e conhecer o convencional para ousar.

A idéia é usar todos os recursos de uma forma diferente da ha-

bitual. Além da câmera e da lente, de técnicas de revelação e ampliação, o fotógrafo de hoje conta com inúmeros recursos digitais, o que favorece a cria-tividade. E qualquer fotógrafo pode experimentar o lado artístico da foto-grafia, arriscar novos caminhos.

A Fotografia Artística

A discussão sobre se a fotografia é arte ou não é longa e envol-

ve uma diversidade de opiniões. De acordo com Barthes, muitos não a consideram arte, por ser facilmente produzida e reproduzida, mas a sua verdadeira alma está em interpretar a realidade, não apenas copiá-la. Nela há uma série de símbolos organizados pelo artista e o receptor os interpreta e os completa com mais símbolos de seu repertório.

Fazer fotografia não é apenas apertar o disparador. Tem de

haver sensibilidade, registrando um momento único, singular. O fotógrafo recria o mundo externo através da re-alidade estética.

Em um mundo dominado pela comunicação visual, a fotografia

só vem para acrescentar, pode ser ou não arte, tudo depende do contexto, do momento. Cabe ao observador in-terpretar a imagem, acrescentar a ela seu repertório e sentimento.

“Fotografar é colocar na mesma linha de mira a cabeça, o olho e o

coração.” (Henri Cartier-Bresson)

A Fotografia como Arte

O objetivo inicial foi realizar o re-gistro de alguns lugares aban-

donados da cidade de Lages – Santa Catarina. Lugares que são despercebi-dos para quem passa por eles no dia a dia. Menos para quem tem um olhar clínico e consegue enxergar beleza mesmo em ruínas.

Percorro o caminho destas casas que serão exibidas nas próximas

páginas praticamente todos os dias, e observando a cada dia mais a fundo, percebi que poderia ser extraído destas casas alguma beleza, que mesmo ape-sar de estarem abandonadas, destruí-das e velhas poderiam ser registradas e ter uma visão diferente sobre elas.

Dentro da fotografia artística a possibilidade de explorar-

mos assuntos como este é vasta. São muitas coisas que diferentemente de analisar e mostrar o valor de um pro-duto descobrirmos que podemos adi-cionar valores a algo que nem sempre é observado. Encontramos ornamen-tos, janelas, texturas, pinturas que são singulares em cada lugar fotografado que justamente é o que acrescenta valor ao registro fotográfico.

O Objetivo

Gênero: Fotografia UrbanaTítulo: A beleza do abandonoTema: A poesia misturada com arte fotográfica Ano: Novembro 2014

Aluna: Caroline Colombo Alves da CostaCurso: Comunicação Social - UNIFACVESTOrientação: Íria Catarina Queiróz BaptistaDisciplina: Projeto Fotográfico II

INTEGRAÇÃOARTE POESIA E FOTOGRAFIA I

Quem faz um poema abre uma janela.

Respira, tu que estás numa cela

abafada,

esse ar que entra por ela.

Por isso é que os poemas têm ritmo —

para que possas profundamente respirar.

Quem faz um poema salva um afogado.

Mario Quintana - Emergência

A gente não se liberta de um hábito atirando-o pela janela:

é preciso fazê-lo descer a escada, degrau por degrau.

Mark Twain

INTEGRAÇÃOARTE POESIA E FOTOGRAFIA

II

O importante é estar vivo; os demais são adornos internos

ou externos que nos completam a cada dia.

Antonio S. Sousa

Num filme o que importa não é a realidade,

mas o que dela possa extrair a imaginação.

Charles Chaplin

A Beleza do Abandono

INTEGRAÇÃOARTE POESIA E FOTOGRAFIA

III

Ver muito lucidamente prejudica o sentir demasiado.

E os gregos viam muito lucidamente. Por isso pouco

sentiam. Daí a sua perfeita execução da obra de arte.

Fernando Pessoa

Fotografar é colocar na mesma linha de mira a cabeça,

o olho e o coração.

Henri Cartier-Bresson

CÂMERA: Canon T2IOBJETIVA: 18-55mm

http://artisticophoto.blogspot.com.br/http://pensador.uol.com.br/autor/MARIO_QUINTANA/http://pensador.uol.com.br/autor/MARK_TWAIN/http://pensador.uol.com.br/autor/ORNAMENTOS/http://pensador.uol.com.br/autor/charles_chaplin/http://pensador.uol.com.br/autor/FERNANDO_PESSOA/

Referênciasbibliográficas

Equipamento

Fotos: caroline colombo alves da costalocalização: lages - santa catarina

novembro, 2014