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PORTAL DE AUDITORIA Atualizações em Auditoria Esse material foi disponibilizado pelo www.PORTALDEAUDITORIA.com.br , visite nosso site e confira nossas atualizações em Auditoria. Temos vasto material, nas áreas de Auditoria: Contábil , Trabalhista , Tributário e Gerencial . Em breve será lançado Auditoria de ICMS, ISS e IPI. RELATÓRIO DE AUDITORIA LONG FORM EMPRESA “x” Curitiba– PR Relatório de revisão contábil “Long Form” sobre o balanço patrimonial de 31 de maio de 2004 e respectiva demonstração de resultado. Junho de 2004

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Page 1: Relatório de Auditoria LONG FORM

PORTAL DE AUDITORIAAtualizações em Auditoria

Esse material foi disponibilizado pelo www.PORTALDEAUDITORIA.com.br, visite nosso site e confira nossas atualizações em Auditoria.Temos vasto material, nas áreas de Auditoria: Contábil, Trabalhista, Tributário e Gerencial. Em breve será lançado Auditoria de ICMS, ISS e IPI.

RELATÓRIO DE AUDITORIA LONG FORM

EMPRESA “x”

Curitiba– PR

Relatório de revisão contábil “Long Form” sobre o balanço patrimonial de 31 de maio de 2004 e respectiva demonstração de resultado.

Junho de 2004

Page 2: Relatório de Auditoria LONG FORM

EMPRESA “X”

RELATÓRIO DE REVISÃO CONTÁBIL31 de maio de 2004

Índice

Página

Relatório dos Auditores sobre Revisão Especial 01

Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado (Anexo I)

Resumo dos Ajustes Propostos (Anexo II)

Page 3: Relatório de Auditoria LONG FORM

RELATÓRIO DOS AUDITORES SOBRE REVISÃO ESPECIAL

Curitiba, ... de junho de 2004Ilmos. Srs.Diretores e Administradores daEmpresa “Y” S/ACuritiba - PR

Revisamos o balanço patrimonial anexo da empresa “X” Ltda. em 31 de dezembro de 2000 e a correspondente demonstração de resultado do exercício findo naquela data. As demonstrações contábeis são de responsabilidade da administração da empresa. Nossa responsabilidade é emitir um relatório sobre essas demonstrações contábeis com base em nossa revisão.

Conduzimos nossa revisão de acordo com as Normas Internacionais de Auditoria aplicáveis a serviços de revisão, as quais requerem que planejemos e executemos a revisão para obter uma segurança moderada sobre se as demonstrações estão isentas de distorções relevantes. Uma revisão consiste, basicamente, em indagações do pessoal da empresa, procedimentos analíticos aplicados a dados financeiros e na constatação, com base em testes e com base na relevância dos saldos, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis, e a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela empresa.

Os procedimentos de revisão adotados e os problemas detectados resumem-se do seguinte modo:

1) Disponibilidades

A composição das disponibilidades é a seguinte:

Valores em Reais

Caixa 156,89Bancos Conta Movimento 73.814,20Total 73.971,09

Procedimentos aplicados:

a) Examinamos o saldo de caixa, apresentado para a data do balanço, mediante confrontação com registros subsidiários;

b) Por critério de amostragem examinamos documentos de despesas consignados na movimentação financeira do caixa;

Page 4: Relatório de Auditoria LONG FORM

c) Discutimos com a administração da empresa sobre aspectos de controle e procedimentos inerentes a área de caixa;

d) Para as contas correntes, mantidas em estabelecimentos bancários, emitimos pedidos de confirmação direta dos saldos (circularização); e

e) Para os saldos que não obtiveram respostas de circularização, aplicamos procedimentos alternativos, mediante exame de extratos bancários, conciliações bancárias e testes de transferências entre contas correntes.

Comentário dos auditores:

( i ) Segundo informações que nos foram prestadas, o caixa, via de regra, é mantido por pequenos valores, sendo uma espécie de fundo fixo, no entanto, sem alguns requisitos de relevante importância para sua adequada constituição, tais como:

não possui um valor previamente estabelecido;

não há termo de responsabilidade e implantação;

(ii) No corpo de alguns documentos de despesa faltam requisitos importantes para sua melhor qualificação, tais como: uma completa identificação do consumidor; a anotação no verso do documento quanto a finalidade da despesa, aposição de visto do funcionário responsável pela realização da despesa, carimbo de cancelamento do documento etc.

(iii) No tocante aos pedidos de confirmação direta de saldos em conta corrente, com as correspondentes instituições financeiras, procedemos ao confronto das respostas obtidas com os respectivos saldos contábeis, não sendo constatados problemas.

(iv) Os procedimentos alternativos, aplicados sobre as saldos não confirmados pelo procedimento de circularização, foram desenvolvidos com base em extratos bancários fornecidos pela administração da empresa, sendo que alguns destes foram obtidos pela internet, não se tratando, portanto, de documentos oficiais, em papel timbrado da respectiva instituição financeira, quais sejam:

Banco HF S/A

Banco Cone Sul S/A

BMH S/A

Banco Paulista S/A

Banco BNDG S/A

Page 5: Relatório de Auditoria LONG FORM

(v) Outro ponto que constatamos e entendemos como sendo um procedimento interno merecedor de atenção, refere-se a ausência de vistos de execução e revisão nos formulários de conciliação bancária.

(vi) Sob um enfoque fiscal, especial atenção foi dada aos seguintes aspectos:

real existência do saldo de caixa;

qualidade dos documentos que compõem os movimentos de caixa; e

utilização de mecanismos apropriados para fins de transferência de valores entre contas de titularidade da sociedade.

O resultado dos nossos trabalhos demonstrou uma situação satisfatória, sem necessidade de recomendações adicionais, excetuando o exposto em (ii).

(vii) O resultado do procedimento de confirmação direta dos saldos pode ser resumido da seguinte forma:

Pedidos de Confirmação Saldo em Reais

Respondidos

BCN Banco de Crédito Nacional 98,04Banco Comercial Uruguai S/A 68,54Banco S/A 3.194,99Banco do Comércio S/A 13.317,82Banco Rural S/A 72,30Unibanco S/A 2.774,64

Não respondidos

Banco Silva S/A 1.068,20Banrisul S/A 38,08Banco Bradesco S/A 2.196,14Banco Indl. Comercial – BIC (134,19)Banco Itaú S/A 211,01Banco Meridional do Brasil S/A 91,98Banco Real S/A 150,99Banco Safra S/A 52,97Banco Sudameris do Brasil S/A (395,61)Besc – Banco do Estado de Santa Catarina 139,90HSBC Bank do Brasil S/A (20.657,20)Paraná Banco S/A 57,96

Page 6: Relatório de Auditoria LONG FORM

A conta corrente mantida no Banco do Brasil S/A não foi circularizada, a pedido da administração, tendo em vista processos jurídicos em andamento.

(viii) Para melhor apresentação das Demonstrações Contábeis, em consonância com a boa prática contábil, sugerimos a reclassificação das contas correntes com saldos devedores para o passivo circulante, em rubricas que melhor representem a obrigação da empresa para com as instituições correspondentes.

2) Contas a receber de Clientes

A composição de clientes com saldos em aberto na data do balanço era a seguinte:

Valores em Reais

Duplicatas a receber 1.695.809,56Duplicatas descontadas ( 1.062.941,10 )Provisão para créditos de liquidação duvidosa ( 397.375,00 )Total 235.493,46

Procedimentos aplicados:

a) Seleção das pessoas jurídicas que figuravam na composição dos 30 maiores devedores e efetuamos procedimentos de confirmação direta de saldos, sendo que para as contas que não obtivemos respostas efetuamos testes alternativos;

b) Obtenção da composição analítica das contas a receber em 31/dez./2000, através de relatórios auxiliares do sistema financeiro, e confronto com os registros contábeis nessa data base;

c) Exame de liquidação subseqüente de créditos ou desconto das duplicatas emitidas;

d) “Aging” da carteira de recebíveis, por idade de vencimento;

e) “Corte” na emissão e contabilização das notas fiscais de venda, obedecendo as competências dos exercícios de 2000 e 2001;

f) Movimentação de venda à alguns clientes;

g) Análise da adequação da conta “Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa”; e

h) Análise das conciliações da conta de duplicatas descontadas, contra extratos bancários e planilhas de controles auxiliares, bem como do critério de apropriação da despesas com juros incidentes sobre o desconto.

Page 7: Relatório de Auditoria LONG FORM

Comentários dos auditores:

(a) As respostas obtidas através dos pedidos de confirmação direta não apresentaram divergências substancias que não foram identificadas;

(ii) Para as contas não amparadas por respostas de circularização, procedemos a testes alternativos tais como: exame de liquidação subseqüente, documentos fiscais; exame de desconto bancário. Não foram constatados problemas relevantes;

(iii) O “aging” da carteira demonstrava a seguinte situação para a data do balanço:

R$ %Em curso normal 1.429.484,23 71,62Vencidos em até 60 dias 154.082,15 7,72Vencidos entre 60 e 180 dias 14.868,18 0,74Vencidos em mais de 180 dias 397.375,00 19,91TOTAL DA CARTEIRA 1.995.809,56 100,00

(iv) Na análise de “corte” das receitas, na transição do exercício de 2000 para 2001, evidenciamos falta na emissão das seguintes notas fiscais: 2523, 2524, 2525 - relativas aos formulários 2434, 2438, 2439, respectivamente. Posteriormente, fomos informados que a referida numeração foi separada para processos de importação, porém acabou por não ser utilizada;

(v) Não obstante a política mercadológica adotada no empreendimento, observamos a existência de créditos concedidos a clientes, em condição de inadimplência, que não haviam resultado em êxito de cobrança até a data de nossa visita, conforme exemplificamos no quadro a seguir:

CLIENTE DATA DA ÚLTIMA VENDA

VALOR EM R$

DÉBITOS MAIS ANTIGOS EM ABERTOVALOR R$ DATA

VENCIMENTODIAS

VENCIDOS

(vi) O percentual de resposta aos nossos pedidos de confirmação foi apenas razoável cujo resultado pode ser resumido da seguinte forma:

Pedidos de Confirmação Saldo em Reais

Respondidos

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Não respondidos

Transportadora Teixeira Ltda. 19.058,40

(vi) Com vistas a fazer frente a possíveis perdas na realização da carteira de recebíveis a administração da empresa julgou oportuna a constituição de provisão para créditos de liquidação duvidosa, para tanto foi utilizado o seguinte critério, aceito fiscalmente: foram provisionados contabilmente os títulos de até R$ 5.000,00, vencidos há mais de seis meses, independente de procedimentos administrativos ou judiciais de cobrança.

Nesse sentido avaliamos quais as operações que compunham a provisão e identificamos os seguintes títulos que, por serem de valor superior a R$ 5.000,00, não enquadram-se no critério estabelecido:

Duplicata Data de Vencimento

Dias em Atraso

Valor R$

18601 02/02/00 333 5.504,5219489 04/04/00 271 5.729,40

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As operações em referência, em virtude do valor estar acima de R$ 5.000,00, perante a legislação fiscal somente podem ser levadas a efeito do resultado após decorridos 365 dias de seu vencimento. Discutimos o assunto com o contador, sendo resolvido que o valor seria adicionado na apuração do lucro real e na base de cálculo da contribuição social, para fins de determinação do imposto de renda e da contribuição social, respectivamente.

(vii) Discutindo sobre a gestão de cobrança dos títulos a receber em atraso, identificamos ausência de política mais consistente de cobrança, excetuando-se algumas ações judiciais em andamento. Destacamos que até o encerramento dos nossos trabalhos a administração da empresa não dispunha de contrato com assessorias de cobrança, visando a recuperação de créditos derivados de inadimplência.

(viii) Como política financeira adotada, na Cia Ltda, vem sendo priorizada linhas de créditos representadas por duplicatas descontadas, dado o menor custo financeiro e maior facilidade de obtenção. Na ocasião de nossa visita não havia, no departamento contábil, planilhas auxiliares discriminando quais os títulos que encontravam-se sob desconto e os encargos financeiros que lhes foram descontados, de forma a propiciar sua adequada apropriação ao resultado do período. Atendendo a nossa solicitação o referido controle foi desenvolvido.

3) ESTOQUES

A composição dos estoques era a seguinte para a data do balanço:

Valores em Reais

Produtos acabados 52.793,61Produtos em elaboração 47.510,01Matéria prima 807.144,52Outros 171.264,68Total 1.078.712,82

Procedimentos aplicados:

a) Obtivemos a relação dos itens inventariados no encerramento do exercício e procedemos o seu confronto com os respectivos saldos contábeis;

b) Acompanhamos o inventário realizado em 02/fev./2001, relativa a posição de estoque de 31/jan./2001;

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c) Procedemos a testes de valorização dos estoques, conforme critérios aceitos fiscalmente;

d) Procedemos a testes de valorização dos estoques de acordo com o seu preço de reposição;

e) Verificamos os procedimentos adotados pela administração quanto aos ajustes derivados dos inventários físicos; e

f) Conferência do “corte” das operações para a data do balanço.Comentário dos auditores:

(i) No confronto das posições subsidiárias de estoques com os saldos contábeis, na data do balanço, não foram verificadas divergências;

(ii) Acompanhamos a contagem física posterior a data do balanço e comprovamos, por critério de amostragem, a existência física dos bens arrolados no inventário dessa data e sua boa condição de uso.

Observando os procedimentos de inventário constatamos algumas situações que podem ser aperfeiçoadas:

na contagem das matérias primas e vitaminas, o resultado da primeira contagem foi anotada nos sacos, com pincel atômico, situação que tende a induzir a equipe de recontagem;

os itens fracionados, via de regra, somente foram pesados na primeira contagem;

os resultados da terceira e da Quarta contagem foram apostos nas mesmas planilhas utilizadas para as duas primeiras contagens, ocasionando rasuras.

(iii) O estoque de produtos acabados e em elaboração é valorizado com base no custo total de produção, em relação ao tempo de produção de cada item. A referida metodologia de custos encontra-se integrada aos registros contábeis principais, portanto é aceito pela legislação fiscal e societária vigente no país.

(iv) O estoque de matérias primas e demais itens componentes do estoque são valorizados pelo custo médio de aquisição, deduzidos os impostos recuperáveis, em conformidade com a legislação vigente;

(v) As normas de contabilidade requerem que os estoques sejam valorizados de acordo com o seu custo de aquisição/ produção, ou seu valor de mercado dos dois o menor. Nesse sentido considera-se valor de mercado:

matérias- primas e almoxarifado: seu preço de reposição;

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produtos acabados: seu preço líquido de realização mediante venda no mercado, deduzidos os impostos e demais despesas necessárias para venda e a margem de lucro

Constatamos a existência de alguns itens de estoque cuja valorização encontra-se acima do valor de mercado, conforme demonstramos no quadro a seguir:

Código

Descrição Un. Quantidade

Custo Contá

bil

Valor Total

Custo Merca

do

Valor de Mercado

Provisão Necessá

ria2248 RW –10 KG KG 2.475,00 8,7520 21.661,2

05,81 14.379,7

57.281,45

2005 VITAMINA KG 3.597,10 13,4000

48.201,14

9,96 35.827,12

12.374,02

31 Alcachofra 15 KG 1.005,00 2,0700 2.080,35 1,8370 1.846,19 234,17

Os itens retro foram resultados de uma amostragem, sendo que para avaliar a real necessidade de constituir-se a mencionada provisão seria necessário recalcular a totalidade dos itens componentes do estoque e avaliar o efeito produzido, trabalho esse que se demonstrava inviável ainda para o encerramento do balanço.

(vi) Sobre os procedimentos fiscais relativos às diferenças de estoques, identificadas por ocasião dos inventários físicos, indagamos a administração da empresa sobre as providências que vêm sendo tomadas, visando o estorno do crédito na falta de itens em estoque ou no recolhimento complementar no caso de sobras, sendo nos informado que o referido procedimento não está sendo observado.

Sobre o assunto temos a acrescentar:

1) Na esfera estadual, quando o contribuinte apurar diferenças de estoques em relação aos seus registros auxiliares, a regularização dessa diferença deverá ser corrigida no momento em que for verificada. A regularização deve ser feita através da emissão de Nota Fiscal com o respectivo lançamento do imposto.

No tocante às sobras não há procedimento fiscal específico. Entretanto, vem sendo entendido que nessas situações também deverá ser emitida nota fiscal com destaque do imposto, com base no valor de custo do produto. Isto porque o fiscal tende a considerar a sobra como aquisição sem o documento fiscal correspondente, que por conseqüência gera a presunção de falta de pagamento do imposto pelo fornecedor.

Ambos os casos são controvertidos e geram discussões por parte dos contribuintes, desta forma, em última instância, cabe a administração da empresa tomar a decisão que julgar oportuna.

2) No âmbito federal não há maiores problemas, uma vez que o art. 233 do RIR/94 determina que integra o custo de produção o valor das quebras e

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perdas razoáveis e normais do estoque, inclusive as verificadas nos estoques de insumos (matérias-primas, materiais auxiliares etc.), de acordo com a natureza do bem e da atividade, ocorridas na fabricação, no transporte e no manuseio.

(vii) Nos relatórios das demandas judiciais que nos foram fornecidos pelo escritório de advocacia da empresa, constatamos a existência de parcelas do estoques dadas em garantia de processo judicial com a fornecedora WFZ S/A, no valor de R$ 210.612,88 em ago./1997.

4) OUTROS VALORES REALIZÁVEIS

A composição da rubrica de outros valores realizáveis era a seguinte para a data do balanço:

Valores em Reais

Adiantamentos a fornecedores 37.674,21Adiantamento a funcionários 1.463,99Adiantamento de décimo terceiro 616,68Adiantamento de viagens 3322,74Adiantamento quinzenal funcionários 499,77Adiantamento férias 16.164,02ICMS a recuperar 535.810,37Crédito de IPI 84.816,12Cheques a receber 143.402,26Total 823.770,16

Procedimentos aplicados:

a) Obtivemos controles subsidiários com a composição das contas de adiantamentos e procedemos ao confronto com os respectivos saldos contábeis;

b) Com base nas planilhas de controles auxiliares examinamos e indagamos a administração quanto aos critérios de acerto das pendências;

c) Testes em documentos e posições auxiliares, na profundidade julgada necessária nas circunstâncias;

d) Confronto dos saldos contábeis com os respectivos livros fiscais; e

i) Teste na atualização monetária dos créditos de ICMS.

Comentários dos auditores:

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(i) Os saldos contábeis estão suportados por planilhas auxiliares, com a composição analítica de cada conta;

(ii) Os adiantamentos a fornecedores estavam compostos, na data do balanço, da seguinte forma:

Data Especificação Fornecedor Saldo em R$

Situação da Pendência

24/mar./2000 5.649,51 Ação judicial em andamento26/abr./2000 2.037,24 Ação judicial em andamento03/maio/2000 1.177,06 Ação judicial em andamento17/nov./2000 5.405,00 Liquidado em 200127/dez./2000 1.000,00 Liquidado em 2001

(iii) O adiantamento de décimo terceiro salário pendente, refere-se a valor pago indevidamente ao ex-funcionário ........................., por ocasião de sua rescisão trabalhista realizada em 29/fev./2001, cujo valor a administração ainda tenta recuperar.

(iv) Analisando os adiantamentos de viagens e constatamos tratarem-se de valores adiantados no mês de dez./2000, exceção feita a um adiantamento de R$ 350,00, concedido em 14/se./2000, e de um saldo de R$ 822,74, proveniente de períodos anteriores a set./2000, não identificado.

(v) A conta de adiantamentos quinzenais, refere-se a saldos de salários em favor da empresa, decorrente de funcionários cujos descontos em folha de pagamento foram maiores que os seus proventos, remanescendo, portanto, um saldo a deduzir da folha do mês de jan./2001.

(vi) A conta de adiantamento de férias acolhe valores de férias gozadas no período dez./2000 e jan./2001, liquidadas na folha de pagamento do mês de jan./2001.

(vii) O saldo de ICMS encontra-se de acordo com os valores originais consignados no livro de apuração. O saldo credor não estava sendo atualizado, motivo pelo qual a administração procedeu ao cálculo dessas atualizações e providenciou o respectivo lançamento contábil, no montante de R$ 391.773,25. Referida atualização não se encontrava lançada no livro de apuração do ICMS.

(viii) O saldo de IPI a recuperar refere-se ao lançamento do crédito de IPI sobre insumos adquiridos para uso na produção, no período de set./1999 a dez./2000. O saldo encontra-se de acordo com o respectivo livro de apuração, não sendo detectado problemas na composição do saldo.

Outro ponto a ser considerado é que a produção do estabelecimento é tributa a alíquota 0 (zero) na saída, desta forma não gera débitos de imposto para compensação. Dada essa peculiaridade, a legislação fiscal permite a compensação

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dos créditos acumulados com outros impostos de competência do fisco federal, através de procedimentos administrativos, sendo desnecessária qualquer interposição jurídica. Observamos , na ocasião, que o crédito acumulado não vem sendo aproveitado na forma disposta.

5) DESPESAS ANTECIPADAS

A composição da rubrica de despesas antecipadas era a seguinte para a data do balanço:

Valores em Reais

Vale transporte 1.965,00Seguros a apropriar 2.015,76Juros sobre desconto duplicatas 30.020,22Total 34.000,98

Procedimentos de auditoria:

a) Exame dos documentos que suportam os lançamentos contábeis correspondentes;

b) Teste no cálculo de apropriação das despesas, observado o critério “pro-rata-temporis”;

c) Exame de suficiência das coberturas de seguro;

Comentários dos auditores:

(i) Procedemos ao exame dos controles subsidiários que suportam os saldos contábeis e não constatamos nenhuma situação merecedora de atenção;

(ii) A cobertura das apólices de seguro de titularidade da empresa resume-se da seguinte forma:

Modalidade Limite máximo de cobertura

Ativos Expostos a Sinistros* - R$

Suficiência R$

Incêndio, raio, explosão de qualquer natureza 5.000.000 6.063.834 ( 2.063.834 )Veículos 8.000 14.805 ( 6.805 )

* Estoques e valor residual das imobilizações tangíveis

6) IMPOSTOS A RECUPERAR EM LONGO PRAZO

A composição da conta de impostos a recuperar em longo prazo era a seguinte para a data do balanço:

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Valores em Reais

IRRF sobre aplicações financeiras 31.418,21Pis a recuperar 1.077.842,39Crédito extemporâneo de IPI 1.788.117,11Total 2.897.377,71

Procedimentos de auditoria:

a) Exame dos registros e posições subsidiárias que amparam a escrita contábil;

b) Testes no cálculo de atualização dos créditos;

c) Discussão com a administração quanto a possibilidade de realização dos créditos;

d) Circularização de informações no tocante aos tributos sob discussão judicial, visando identificar o andamento dos processos e firmar opinião quanto a possibilidade de ganho das ações em andamento.

Comentários dos auditores:

(i) Os saldos de IRRF sobre aplicações financeiras estavam demonstrados por seus valores originais, não sendo atualizadas pela variação taxa Selic. Procedemos ao cálculo da atualização e propusemos os ajustes nº 4 e 5, constantes no anexo II.

(iii) O crédito concernente a contribuição para o Programa de Integração Social –PIS, decorre de ação judicial contestando a sistemática de cobrança do referido tributo, uma vez que este foi pago com base nas disposições dos Decretos Leis 2445/88 e 2449/88, as quais foram julgadas inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal.

Referidas contribuições deveriam ter sido recolhidas em conformidade com as determinações da Lei Complementar nº 07/70, razão pela qual a administração da empresa está pleiteando judicialmente o ressarcimento da contribuição paga a maior, acrescida das respectivas atualizações.

Conforme informações fornecidas pelo escritório de advocacia titular da ação, a previsão da demanda é de longo prazo, sendo que a probalidade de ganho foi classificada como possível. Na ocasião havia sido proferida sentença julgando procedente a ação e aguardava-se a execução do julgado.

(iv) O saldo de IPI a recuperar decorre de levantamento de créditos extemporâneos, anteriores a vigência da lei 9779/99, isto é, a partir de 01/jan./1999. O arrolamento dos créditos pode ser resumido de acordo com o seguinte quadro:

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Em R$Matéria Prima 785.683Material Secundário 214.914Imobilizado 787.518Total 1.788.115

O assunto em pauta é deveras complexo e controvertido, quando se trata de créditos anteriores a vigência da citada norma legal e, principalmente, no tocante a créditos decorrentes de aquisições do ativo imobilizado, possibilidade ainda não contemplada na legislação em vigor.

Sobre o assunto destacamos que os membros da primeira câmara do segundo conselho de contribuintes, ao examinar questão da espécie, decidiram que o direito ao crédito do IPI, em relação aos insumos empregados na fabricação de produtos tributados à alíquota zero somente se aplica após a vigência da lei 9779/99.

De acordo com informações obtidas com o escritório de advocacia da empresa a previsão de duração da demanda é de longo prazo, cuja probabilidade de ganho é tida como possível.

Ao nosso ver a realização do crédito ainda é incerta, tendo em vista que a ação ainda está em sua fase inicial de discussão, bem como o assunto em questão é bastante contemporâneo e não permite maiores conclusões sobre possíveis tendências por parte do poder judiciário.

7) OUTROS DIREITOS REALIZÁVEIS EM LONGO PRAZO

A composição da rubrica de outros direitos realizáveis em longo prazo é a seguinte:

Valores em Reais

Créditos com a Eletrobrás 1.866,72Direitos creditórios 557.000,00Depósitos judiciais – Badep 83.294,36Depósitos recursais – ações trabalhistas 37.783,88Total 679.944,96

Procedimentos aplicados:

a) Obtenção de planilhas e documentos subsidiários para fins de conferência do saldo contábil;

b) Pedido de fornecimento dos extratos de depósitos judiciais;

Page 17: Relatório de Auditoria LONG FORM

c) Discussão com administração sobre critérios de atualização dos depósitos judicias e avaliação dos créditos com a Eletrobrás;

d) Discussão com a administração da empresa quanto liquidez dos créditos consignados no agrupamento acima.

Comentários dos auditores:

(i) Os créditos com a Eletrobrás estão representados pelo valor histórico de aquisição e são remanescentes de exercícios anteriores. Não é procedimento contábil usual, na empresa, a contabilização dos juros a serem creditados no decurso do exercício seguinte, geralmente calculados a razão de 6% a.a.

(ii) Os depósitos judicias estão representados pelo valor histórico do desembolso, atualizado monetariamente até 31/dez./2000, com base na variação da TR. Solicitamos extratos bancários para que pudéssemos comprovar a permanência do saldo na instituição financeira correspondente, no entanto estes não nos foram disponibilizados até o encerramento dos nossos trabalhos, devido a dificuldades encontradas para sua obtenção.

(iii) A rubrica de direitos creditórios deriva-se de contrato firmado, através de escritura pública, com a empresa......................................., visando a aquisição de precatórios no montante de R$ 3.000.000,00.

O contrato em questão foi rescindido, porém já havia sido pago o montante de R$ 557.000,00. A administração da empresa está procedendo a estudos no sentido de identificar mecanismos que possibilitem a recuperação dos valores em referência.Cabe ressaltar que, de acordo com o atual contexto, a possibilidade de realização do crédito é bastante remota, pois ainda não foi tomada nenhuma medida judicial objetivando sua recuperação.

(iv) No grupamento sob exame encontrava-se constituído um crédito de R$ 490.000,00, oriundo de ação movida contra o Banco do Brasil S/A, pleiteando indenização por Danos Morais, em virtude de devoluções de cheques sem fundos que, sob entendimento da administração da empresa, foram decorrentes de erros da instituição financeira.

Conforme informações que nos foram prestadas pelo escritório de advocacia a probabilidade de ganho da ação é remota e o seu termo final somente deve ocorrer em longo prazo.

Em decorrência da realização do crédito ainda ser extremamente incerta, propusemos o estorno do lançamento original.

Page 18: Relatório de Auditoria LONG FORM

8) CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS REALIZÁVEIS EM LONGO PRAZO

A composição da rubrica de créditos tributários era a seguinte para a data do balanço:

Valores em Reais

Imposto de Renda e Contribuição Social sobre prejuízos fiscais 830.680,52Total 830.680,52

Procedimentos de auditoria:

a) Obtivemos e revisamos os demonstrativos de cálculo dos créditos tributários; e

b) Discutimos com a administração da empresa aspectos voltados a possibilidade de realização do referido crédito tributário.

Comentários da auditoria:

A administração da empresa tem por procedimento contabilizar créditos tributários oriundos de prejuízos fiscais e bases negativas de contribuição social, dedutíveis, futuramente, no cálculo de determinação do Imposto de Renda e da Contribuição Social, respectivamente.

As normas de contabilidade estabelecem que a constituição de ativos fiscais, decorrentes de prejuízos fiscais de imposto de renda e bases negativas de contribuição social, somente devem ser reconhecidos, total ou parcialmente, desde que o empreendimento possua um histórico de rentabilidade, acompanhado da expectativa fundamentada dessa rentabilidade em prazo futuro, considerando o limite máximo de compensação permitido pela legislação vigente (30% lucro/base tributável), em valor suficiente para compensar os créditos constituídos.

Nesse sentido cabe ressaltar que devido a ocorrência de constantes prejuízos apurados nos últimos exercícios sociais, há uma certa dúvida quanto a recuperação do ativo constituído, muito embora a administração da empresa esteja tomando providências concretas visando alterar o perfil operacional do empreendimento, visando maximizar a sua lucratividade.

Por outro lado, as circunstâncias, em nossa opinião e sob um ponto de vista conservador, são contrárias à constituição dos créditos em referência, tomando por base os atuais pressupostos utilizados para a avaliação da probabilidade de ocorrência de lucros tributáveis futuros.

8) ATIVO IMOBILIZADO

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A composição do grupo de bens imobilizados e despesas diferidas estavam compostos da seguinte forma para a data do balanço:

Valores em R$Especificações Custo Reavaliação Depreciação Valor

Corrigido Acumulada Residual

Terrenos 341.951,73 26.523,80 368.475,53 Marcas e patentes 29.996,73 4.700.000,00 - 4.729.996,73 Direito do uso de linhas telefonica 51.329,69 - - 51.329,69 Benfeitorias 247.944,21 264.512,94 (359.127,48) 153.329,67 Edificacoes 3.815.852,59 40.562,45 (1.156.377,62) 2.700.037,42 Equipamentos "B" 434.020,86 84.109,55 (335.424,72) 182.705,69 Equipamentos de Informatica 683.700,84 6.648,71 (469.913,71) 220.435,84 Instalacoes Eletricas/Hidraulica 1.842.922,55 125.891,76 (1.578.370,47) 390.443,84 Maquinismo 4.177.803,54 2.287.728,82 (4.596.357,65) 1.869.174,71 Moveis & Utensilios 696.588,43 32.673,24 (429.881,54) 299.380,13 Veiculos 37.688,58 - (22.090,84) 15.597,74 Reavaliação em 31/12/2000 0 931.956,76 0 931.956,76

Totais 12.359.799,75 8.500.608,03 (8.947.544,03) 11.912.863,75

Procedimentos aplicados:

a) Obtivemos o razão auxiliar com a composição dos bens imobilizados e procedemos ao seu confronto com os saldos contábeis pertinentes;

b) Analisamos as taxas utilizadas no cálculo da depreciação dos bens tangíveis;

c) Procedemos a testes no cálculo da depreciação para asseguramo-nos de sua razoabilidade;

d) Procedemos a exames, por critério de amostragem, de adições e baixas do ativo imobilizado, em conexão com as contas de despesas que possuíam possíveis correlações; e

e) Analisamos os valores acrescidos aos referidos ativos, por conta de reavaliações procedidas durante o exercício de 2000.

Comentário dos auditores:

(i) Do confronto entre os saldos contábeis e razões subsidiários, não resultou nenhuma situação merecedora de destaque;

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(ii) As taxas de depreciação, ora em uso, são as consagradas pela jurisprudência fiscal, não sendo observada nenhuma situação merecedora de maiores comentários;

(iii) O cálculo da depreciação está em conformidade com as regras derivadas da legislação fiscal e normatizações contábeis, aplicáveis no Brasil;

(iv) No teste das adições constatamos alguns lançamentos com características de despesas, aos quais propusemos sua devida reclassificação para contas de resultado, conforme demonstramos através dos lançamentos 21 e 22, discriminados no anexo II.

(v) A empresa possui alguns contratos de arrendamento mercantil de equipamentos de informática, que contemplam o pagamento de valores residuais garantidos (VRG) mais as contraprestações mensais.

Ocorre que os valores pagos mensalmente (contraprestação mais o VRG), foram contabilizados integralmente como despesa com arrendamento mercantil. No entanto, a legislação do imposto de renda prevê que, o valor residual pago deve ser imobilizado, não devendo ser deduzido como despesa operacional.

Outro fato, é que as operações de arrendamento mercantil que prevêm o pagamento mensal do residual, podem ser descaracterizadas pelo fisco federal como arrendamento mercantil, e enquadradas como uma modalidade de financiamento do imobilizado, pois o fato de pagar mensalmente o valor residual descaracteriza, perante a legislação, a opção de compra ao final do contrato.

A Receita Federal tem impugnado o abatimento de gastos com arrendamento mercantil de bens em várias ocasiões, por irregularidades contratuais ou de execução por descaracterizarem o arrendamento.

A descaracterização da operação de arrendamento mercantil, resulta em perda dos abatimentos como custo operacional dos valores mensais lançados como gastos de locação.

Nesta situação, há que considerar que os valores abatidos nos custos dos períodos decorridos, estão irregulares e devem ser retificados no livro Lalur, cálculos destacados para cada período de base decorrido;

Assim, descaracterizado o contrato de "leasing", a operação é tratada como de compra e venda a prestação, com as conseqüências de:

obrigação de registrar os bens no ativo fixo das empresas;

os valores antes abatidos nos custos, são adicionados ao lucro real para tributação no final do período de base;

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o imposto devido será corrigido e terá os acréscimos de multa e juros.

Vide o lançamento de reclassificação número 24 proposto no anexo II.

(vi) Durante o exercício de 2000 a Cia Ltda providenciou a reavaliação dos seus ativos, através da – Empresa de Avaliação de Patrimônio e Engenharia Ltda., a qual emitiu laudo na data base de 20/dez./2000.

Sobre o assunto em referências temos os seguintes comentários a adicionar:

A reavaliação contabilizada para o encerramento do balanço não encontra-se distribuída em subgrupos contábeis que representem as características dos bens reavaliados;

A reavaliação efetuada compreendeu todo o ativo fixo da empresa, cujo resultado pode ser sintetizado da seguinte forma:

Resultado da reavaliação dos móveis e equipamentos R$ 931.956,76Resultado da reavaliação dos imóveis R$ ( 654.986,46 )

A critério da administração foi levado a efeito da escrituração contábil, somente a mais valia apresentada na reavaliação dos móveis e equipamentos, sendo desconsiderada a desvalorização apresentada para a conta de imóveis.

Destacamos que as normas de contabilidade disciplinam os procedimentos de reavaliação e dispõem da seguinte forma nas situações de reavaliações negativas:

“ A reserva de reavaliação é, pela própria determinação da legislação, um acréscimo do ativo correspondente, ou seja, presume-se sempre que a reavaliação é positiva, o que não significa que não possa haver sua redução ou mesmo eliminação.

Os laudos de avaliação poderão indicar que, para bens de uma conta ou natureza, é possível haver itens que, comparados com os registros contábeis, resultem em diferenças positivas ou negativas. Entende-se que, nesse caso, se deverá proceder aos acréscimos e decréscimos correspondentes.

Na hipótese de os laudos de avaliação indicarem que, no conjunto, o total apurado é inferior ao valor líquido contábil dos bens correspondentes, devem ser observados os seguintes procedimentos contábeis:

a) o valor reduzirá o imobilizado em contrapartida a: (a.1) reserva de reavaliação, correspondente aos mesmos bens e originada de reavaliações anteriores, e (a.2) a

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provisão para imposto de renda diferido, que será reduzida proporcionalmente à redução da reserva.

c) quando a reserva e respectiva provisão para imposto de renda forem insuficientes para a contabilização de redução do ativo, representará que o valor de mercado é inferior ao valor do custo original corrigido líquido das depreciações, e, portanto, esta insuficiência será lançada como despesa não operacional no resultado do período em que a reavaliação ocorrer, mediante constituição de provisão para perdas. Esta provisão somente será reconhecida se a perda for considerada irrecuperável.”

(vii) Durante o exercício de 2000 a Cia Ltda também procedeu a avaliação de sua marca, por intermédio da Empresa de Avaliação de Patrimônio e Engenharia Ltda. O valor da marca foi estimado aplicando-se uma taxa de royalty correspondente a 4% sobre o faturamento Bruto projetado para os próximos dez anos.

Os normativos que regulamentam a matéria não são pacíficos, uma vez que a Lei nº 6.404/76 menciona que a reavaliação pode ser feita para os "elementos do ativo". A legislação fiscal é mais restritiva e se refere somente a itens do ativo permanente não abrangendo, portanto, outros ativos constantes do Circulante ou Realizável a Longo Prazo.

Por outro lado, em pronunciamento mais recente, o Instituto Brasileiro de Contadores - IBRACON, firma o entendimento de que a reavaliação seja restrita a somente a bens tangíveis do ativo imobilizado.

9) ATIVO DIFERIDO

O ativo diferido encontrava-se composto da seguinte forma para a data do balanço:

Valores em R$

Despesas com pesquisa e desenvolvimento 20.200,95Amortizações acumuladas ( 2.359,14 )Total da conta 17.841,81

Procedimentos aplicados:

a) Obtivemos planilha auxiliar com a composição das despesas diferidas e procedemos ao seu confronto com os saldos contábeis pertinentes;

b) Analisamos as taxas utilizadas no cálculo da amortização das despesas diferidas;

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c) Procedemos a testes no cálculo da amortização para asseguramo-nos de sua razoabilidade;

d) Procedemos ao exame da conta em conexão com as contas de despesas que possuíam possíveis correlações; e

e) Analisamos os valores acrescidos aos referidos ativos, por conta de reavaliações procedidas durante o exercício de 2000.

Comentário dos auditores:

(i) Do confronto entre os saldos contábeis e planilhas subsidiárias, não resultou nenhuma situação merecedora de destaque;

(ii) As taxas de amortização, ora em uso, são as consagradas pela jurisprudência fiscal, não sendo observada nenhuma situação merecedora de maiores comentários;

(iii) O cálculo da amortização está em conformidade com as regras derivadas da legislação fiscal e normatizações contábeis, aplicáveis no Brasil;

(iv) No teste das despesas correlatas constatamos despesas com características de diferimento, para as quais propusemos reclassificação para contas de resultado, conforme demonstramos através do lançamento 23, discriminado no anexo II.

10) FORNECEDORES

A composição dos fornecedores era a seguinte na data de 31/dez./2000:

Valores em Reais

Fornecedores no mercado externo 1.142.891,79Fornecedores no mercado interno 1.186.568,52Total com fornecedores 2.329.460,31

Procedimentos aplicados:

a) Obtivemos relatório subsidiário analítico do departamento financeiro, para a data base de 31/dez./2000, e procedemos o seu confronto com os respectivos saldos contábeis;

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b) Obtivemos planilhas subsidiárias aos registros contábeis, com a composição dos processos de importação em aberto, e procedemos ao seu confronto com os saldos contábeis pertinentes;

c) Selecionamos alguns processos de importação e procedemos ao exame dos documentos que amparam as operações;

d) Selecionamos os 20 maiores saldos com fornecedores para fins de pedido de confirmação de saldo, sendo que destes, a pedido da administração em virtude de demandas judicias, não foram emitidas cartas de confirmação para:

e) Procedemos ao exame das respostas de circularização dos fornecedores e dos advogados, no que tange a débitos discutidos em juízo;

f) Avaliamos a estimativa dos juros provisionados sobre os débitos em atraso;

g) Examinamos os movimentos contábeis subseqüentes a data do balanço, visando nos assegurarmos da inexistência de eventos significativos não provisionados na data do balanço;

Comentário dos auditores:

(i) Do confronto entre os pedidos de confirmação respondidos e os respectivos saldos contábeis, não identificamos divergências que não pudessem ser esclarecidas;

(ii) A situação da rubrica de fornecedores, na data do balanço, pode ser sintetizada da seguinte forma:

Em Reais

EM DISCUSSÃO JUDICIAL 947.548,88 VENCIDOS EM SITUAÇÃO NORMAL 195.879,94 A VENCER 801.713,19PROVISÃO DE COMPRAS 148.508,06 PROVISÃO DE JUROS 40.467,33 TOTAL 2.134.117,40

A provisão de R$ 40.467,33 foi constituída visando fazer frente ao pagamento de juros sobre títulos em atraso. Na ocasião solicitamos a baixa contábil do saldo, pois as dívidas com fornecedores não vêm apresentando atrasos constantes, que justifiquem a manutenção dessa provisão;

A provisão para compras, no montante de R$ 148.508,06, foi constituída para dar cobertura a materiais de terceiros consumidos no processo produtivo da empresa, sob forma de “empréstimo”.

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Os títulos em discutidos em juízo eram os seguintes na data base de 31/dez./2000:

Especificação

Valores em ReaisSaldo

ContábilDébito Cfme. Advogados

Suficiência de Provisão

(iii) O percentual de resposta aos nossos pedidos de confirmação foi razoável, cujo resultado pode ser resumido da seguinte forma:

Pedidos de Confirmação Saldo em Reais

Respondidos

Não respondidos

(iv) Para os saldos que não obtiveram confirmação direta dos fornecedores procedemos a exames alternativos, através da verificação da liquidação

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subseqüente e de relatórios financeiros, não sendo identificadas divergências significativas;

(v) A conta de fornecedores internacionais refere-se a processos de importação de matérias primas da empresa .................................., sociedade controladora da ..................... No exame da conta examinamos processos de importação, não identificando divergências merecedoras de atenção.

11) OBRIGAÇÕES FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS

A composição da rubrica em 31/dez./2000 era a seguinte:

Valores em Reais

Pis a recolher 21.241,94Cofins a recolher 98.039,75IRRF sobre folha de pagamento 17.355,39IRRF sobre serviços de terceiros 2.038,58ISS a recolher 11,6INSS sobre folha a recolher 111.284,15FGTS sobre folha a recolher 113.142,43Parcelamento Refis 166.795,94Total da rubrica 529.909,78

Procedimentos aplicados:

a) Para o Pis e a Cofins procedemos a revisão de todas as bases de cálculo para o exercício de 2000, por tratarem-se de cálculos manuais;

b) Para os encargos incidentes sobre a folha de pagamento procedemos a verificação das bases relativas ao mês de dez./2000, por se tratar de sistema informatizado de processamento de dados;

c) No tocante ao PIS, COFINS, INSS e FGTS, verificamos todas as guias de recolhimento relativas ao exercício de 2000, atentando para a devida autenticação dos documentos;

d) Examinamos os DARF’s de recolhimento de forma a assegurar a adequada utilização dos códigos de receita;

e) Em conexão com a parcela exigível a longo prazo, revisamos os lançamentos contábeis pertinentes ao refinanciamento de débitos fiscais federais – Refis.

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f) Examinamos pagamentos efetuados por conta de serviços de terceiros, pessoas jurídicas e físicas, visando assegurar o adequado pagamento e a retenção das obrigações fiscais pertinentes;

g) Para os demais casos examinamos a liquidação subseqüente dos saldos;

Comentários da auditoria:

(i) Do exame nas bases de cálculo dos impostos e contribuições em referência não resultou nenhuma situação merecedora de atenção;

(ii) Do exame das guias de recolhimentos quitadas durante o exercício de 2000, não resultou nenhuma situação merecedora de atenção;

(iii) Na composição dos saldos de Pis e Cofins havia recolhimentos em atraso, conforme segue:

Competência Pis R$ Cofins R$Out./2000 7.103,35 32.784,75Nov./2000 7.161,97 33.055,24Dez./2000 6.979,63 32.199,77

(iv) Em conexão ao exame de despesas observamos pagamentos, a título de assistência médica à Unimed – Sociedade Cooperativa de Serviços Médicos e Hospitalares.

Cabe ressaltar que desde a vigência da Orientação Normativa 20/2000 é devida a contribuição patronal para o INSS - Instituto Nacional da Seguridade Social incidente, à alíquota de 15% sobre os serviços de cooperativas médicas contratados, o que não vem sendo observado.

A título de orientação demonstramos o cálculo da contribuição devida sobre a fatura paga no mês de dez./2000.

R$

Faturamento atos cooperativos 11.810,56Faturamento outros préstimos: 180,96(-) IRRF ( 100,98 )Total da fatura: 11.890,54

Base contribuição previdenciária 11.810,56Alíquota incidente 15%Contribuição Devida mês dez./2000 1.771,58

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A situação em referência, aliada a não existência de medida judicial suspendendo a exigibilidade da contribuição, poderá resultar em autuação fiscal em eventual processo de fiscalização.

(v) Na conta de indenizações trabalhistas evidenciamos lançamentos relativos a “acordos” com funcionários, visando a devolução da multa rescisória de 40% sobre o saldo de FGTS.

Muito embora não seja comum a existência de procedimentos fiscais nesse sentido, não julgamos prudente o procedimento em referência, pois tende a provocar riscos de natureza fiscal.

(vi) Por ocasião do pagamento de fretes prestados por trabalhadores autônomos, não vem sendo observado a retenção e o repasse das contribuições para o SEST/SENAT.

(vii) Não vem sendo retido o ISS sobre autônomos. Em discussão mantida com a administração da empresa fomos informados que o procedimento em referência deve-se a não existência de previsão legal no município onde encontra-se situada a empresa.

12) PROVISÕES TRABALHISTAS

A rubrica de provisões trabalhista estava composta pelos seguintes valores na data de 31/dez./2000:

Valores em Reais

Rescisões Contrato de Trabalho 748,39Provisão de Ferias 162.613,40Total 163.361,79

Procedimentos de auditoria:

a) Examinamos as folhas de pagamentos do exercício de 2000 de forma a assegurar sua devida escrituração contábil;

b) Obtivemos o relatório analítico da provisão de férias, por funcionário, e procedemos ao seu confronto com os saldos contábeis competentes;

c) Testamos os cálculos concernentes a provisão e sua movimentação até 31/dez./2000; e

d) Visualizamos o relatório analítico de férias visando assegurar a inexistência de férias vencidas, que ensejariam o seu pagamento em duplicidade.

Comentários dos auditores:

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(i) A folha de pagamento relativa a dez./2000, foi quitada dentro do próprio mês, razão pela qual não consta provisão;

(ii) Do confronto do relatório auxiliar de férias com o respectivo saldo contábil não identificamos divergências;

(iii) Do teste realizado sobre a provisão de férias não resultou nenhuma situação merecedora de atenção;

(iv) O relatório de provisão de férias não aponta a existência de férias vencidas;

13) OUTRAS OBRIGAÇÕES

A composição das outras obrigações para a data base de 31/dez./2000 era a seguinte:

Valores em Reais

Total 245.495,65

Procedimentos aplicados:

a) Obtivemos a composição analítica das contas em referência e procedemos ao seu confronto com os saldos contábeis correspondentes;

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b) Examinamos a liquidação subseqüente de algumas contas com representantes;

Comentário da auditoria:

(i) Do exame sobre as composições nos fornecidas pela administração da empresa não identificamos situações merecedoras de destaque;

14) INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

A composição dos empréstimos e financiamentos discriminava-se da seguinte forma para a data de 31/dez./2000:

Em Reais

Instituição/EntidadeVencimento em Vencimento em Total Geral

Curto Prazo Longo Prazo do Débito

Total 661.951,87 3.100.131,20 3.762.083,07

Procedimentos aplicados:

a) Obtivemos os extratos bancários de conta corrente e respectivos contratos de financiamentos, confrontando-os com os respectivos saldos contábeis e avaliando as condições e garantias oferecidas para a cobertura dos débitos;

Procedemos a emissão de pedidos de confirmação de saldos para as instituições financeiras credoras da Cia Ltda. A pedido da administração da empresa, em vista de processos jurídicos em andamento, não circularizamos informações com o Banco do Brasil;

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b) Para as posições acima solicitamos informações ao escritório de advocacia da empresa, com detalhes pormenorizados dos processos em andamento;

c) Procedemos a revisão dos cálculos de atualização dos saldos devedores, visando a correta apropriação dos encargos para a data do balanço;

Comentários dos auditores:

(i) A administração da empresa procedeu, neste início de 2001, a renegociação da dívida com o Banco de Desenvolvimento do Estado do Paraná – BADEP, cujas novas condições renegociadas foram as seguintes:

Principal renegociado: R$ 2.325.386,40

Encargos contratuais: 9% a.a. + TJLP

Prazo: Carência Amortização

24 meses96 meses

Forma de pagamento: - Juros pagos trimestralmente de 25/Jan./2001 a 25/Jan./2003.

- Amortização do principal no período de 25/fev./2003 a 25/jan./2011.

Garantias oferecidas: Reais: permanece a hipoteca de primeiro grau constituída sobre o imóvel matriculado sob número 609 – Registro de Imóveis de Pitanga

Fidejussória: aval da Santana Investimentos S/A.

Condição pré-contratual: A Cia Ltda deve desistir de todas as medidas judiciais promovidas contra o BADEP, devendo arcar com as respectivas custas processuais.

A parcela classificada em curto prazo refere-se aos juros calculados proporcionalmente até a data do balanço, cujo vencimento dar-se-á durante o decurso de 2001.

(ii) O débito com o Banco do Brasil está sendo discutido em juízo, conforme informações nos fornecidas pelo escritório de advocacia, observamos a existência de várias ações em andamento, tanto na condição de autora quanto de requerida.

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Os encargos de mora não estão sendo contabilizados, em decorrência de decisão tomada pela administração da empresa. Sua classificação como exigibilidades de longo prazo deve-se às perspectivas de duração das ações em andamento.

As garantias oferecidas na demanda judicial estão constituídas, basicamente, pela alienação de máquinas e equipamentos no valor total de R$ 524.336,86.

16) DÉBITOS COM PESSOAS LIGADAS

A composição dos débitos com pessoas ligadas encontrava-se composto da seguinte forma na data do balanço:

Em Reais

Instituição/EntidadeVencimento em Vencimento em Total Geral

Curto Prazo Longo Prazo do Débito

Total

Procedimentos aplicados:

a) Obtivemos a composição analítica das remessas efetuadas pela controladora e procedemos ao seu confronto com os respectivos saldos contábeis;

b) Revisamos os cálculos da variação cambial incidentes sobre os contratos em aberto na data do balanço;

c) Confirmamos o registro dos contratos de câmbio no Banco Central do Brasil;

d) Procedemos ao cálculo dos encargos financeiros pactuados com a controladora, de acordo com informações constantes nos certificados de registro das remessas externas.

Comentários dos auditores:

(b) Do confronto das planilhas de controle subsidiário com os respectivos saldos contábeis não identificamos divergências;

(ii) Revisamos os cálculos de atualização cambial e não identificamos divergência;

(iii) Todas as remessas de numerários examinadas encontram-se registradas no Banco Central do Brasil;

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(iv) Os saldos contábeis não se encontravam com os seus respectivos encargos financeiros apropriados até a data do balanço. Procedemos ao cálculo destes e propusemos os ajustes pertinentes, conforme demonstrados no Anexo II.

(v) Os débitos mantidos com a sociedade controladora podem ser resumidos da seguinte forma:

PeríodoValor em Dólares(incluído juros)

Valor em Reais(incluído juros)

Taxa de Juros

Maio/2000 a jun./2000 1.058.786 2.070.351 10% a.a.Jul./2000 a Dez./2000 768.568 1.502.857 12% a.a.Total 1.741.882 3.573.208

17) OBRIGAÇÕES FISCAIS EXIGÍVEIS EM LONGO PRAZO

As obrigações fiscais vincendas em longo prazo discriminavam-se da seguinte forma:

Valores em Reais

Parcelamento INSS - REFIS 1.157.673,20Parcelamento IRRF - REFIS 38.856,64Parcelamento PIS - REFIS 635.777,76Parcelamento COFINS - REFIS 1.747.556,21Pagamentos REFIS ( 122.410,82 )Total 3.457.452,99

Procedimentos aplicados:

a) Obtivemos cópia do processo de instrução do pedido de Refinanciamento dos Débitos Federais em atraso e confrontamos a consolidação de débitos em anexo ao termo de opção, com os respectivos saldos contábeis;

b) Testamos os cálculos de atualização dos débitos com base na Taxa de Juros de Longo Prazo;

c) Procedemos ao cálculo da estimativa de débitos exigíveis em curto prazo;

Comentários dos auditores:

(i) Examinando o processo de refinanciamento identificamos algumas divergências entre o saldo inicial, constante na contabilidade, e o montante constante na consolidação de débitos fiscais. Solicitamos, na ocasião, a revisão dos

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lançamentos pertinentes ao Refis, de forma que fosse identificada a diferença e procedido o devido ajuste; e

(ii) Propusemos a reclassificação do valor de R$ 166.795,94 para o passivo circulante. Nossa estimativa baseou-se na receita bruta apurada durante o exercício de 2000, sobre a qual aplicamos o percentual previsto na legislação de 1,2%.

18) PATRIMÔNIO LÍQUIDO

A composição do Patrimônio era a seguinte para a data base de 31/dez./2000:

Valores em Reais

Capital Social 10.827.036,00Reserva para futuro aumento de capital 2.240.124,43Prejuízos acumulados -16.486.094,57Reservas de reavaliação 8.477.229,70Total 5.058.295,56

Procedimentos aplicados:

a) Examinamos as contas e sua adequação com a legislação vigente;

b) Obtivemos e examinamos o contrato social da, no tocante aos aspectos que tocam a escrituração contábil da sociedade;

c) Revisão dos registros contábeis concernentes aos lançamentos decorrentes da reavaliação de ativos permanentes

Comentários da auditoria:

(i) O capital social encontra-se em conformidade com as disposições constantes no contrato social vigente em 31/dez./2000;

(ii) O valor relativo a adiantamento para futuro aumento de capital decorre de obrigações com a entidade controladora, reclassificado para o patrimônio Líquido, na condição de Reserva para Aumento de Capital.

Destacamos, entretanto, que o referido procedimento não encontra-se amparado, por documentos formais que evidenciem a anuência do sócio controlador. Sugerimos a formalização de um contrato.

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(iii) As reservas de reavaliação estão demonstradas pela mais valia observada nos bens componentes do ativo permanente da ......... Os saldos das reservas de reavaliação não estão sendo ajustados por provisão de imposto de renda e contribuição social, conforme requer a boa prática contábil.

(iv) Conforme comentado no tópico de número 10, o resultado da reavaliação negativa sobre os imóveis da ............ não está contemplado em seus demonstrativos contábeis.

19) DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO

Procedimentos aplicados:

(a) Revisamos as receitas operacionais, devoluções de vendas e correspondentes impostos sobre vendas, procedendo a confronto com os livros fiscais de apuração de ICMS e IPI;

(b) Efetuamos testes de pagamentos de despesas, por critério de amostragem, enfocando, principalmente, a fidedignidade dos documentos apresentados e sua correlação com o objetivo social do empreendimento;

Comentário dos auditores;

(i) Tendo em vista a conexão das contas de resultado com elementos do ativo e do passivo, os pontos constatados e merecedores de comentários foram destacados nos tópicos desenvolvidos anteriormente.

***********

Nossa revisão especial foi restrita quanto a extensão e profundidade dos trabalhos desenvolvidos bem como as orientações do IBRACON.. Consequentemente não estamos em condições de emitir e não emitiremos o parecer formal sobre as demonstrações contábeis da .................................................................. em 31 de dezembro de 2000. Com base em nossa revisão, excetuando os assuntos abordados ao longo deste relatório, não tomamos conhecimentos de outros fatos relevantes que afetassem as demonstrações contábeis da .................... Tivéssemos executados procedimentos adicionais ou feito uma auditoria de acordo com as normas de auditoria geralmente aceitas, poderíamos ter notado outros pontos relevantes e reportados a V.Sas.

Page 36: Relatório de Auditoria LONG FORM

Nosso relatório foi preparado exclusivamente para informação de V.Sas. e destina-se ao uso interno da .............................................................. não devendo ser usado para qualquer outro propósito ou ser distribuído para terceiros.

As demonstrações contábeis do exercício anterior foram objeto de revisão de outros auditores independentes, cujo relatório foi emitido em 11/abr./2000.

AUDITORCONTADOR CRC-PR .................

EMPRESA DE AUDITORIA............CRC-PR ...................

Page 37: Relatório de Auditoria LONG FORM

ANEXO II

EMPRESA “X”

RELAÇÃO DE AJUSTES PROPOSTOS

Valores em Reais

AJUSTES ACOLHIDOS:

AJUSTE 1:D - BANCO INDUSTRIAL E COMERCIAL - (ATIVO)C - BANCO INDUSTRIAL ECOMERCIAL - (PASSIVO)RECLASSIFICAÇÃO SALDO DEVEDOR EM CONTA CORRENTE 134,19

Ajuste 2:D - BANCO SUDAMÉRIS DO BRASIL S/A (ATIVO)C - BANCO SUDAMÉRIS C/C (PASSIVO)RECLASSIFICAÇÃO SALDO DEVEDOR EM CONTA CORRENTE 395,61

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