relatÓrio de atividades fiocruz 2005 · 2014-02-14 · relatÓrio de atividades fiocruz 2005....

RELATÓRIO DE ATIVIDADES FIOCRUZ 2005

Encerrado o primeiro Plano Quadrienal, que coincidiu com a duração de nossa primeira gestão (2001-2004), realizamos uma profunda avaliação do desempenho operacional e de gestão da Fiocruz, da implementação de seus programas, do cumprimento de suas metas e de seu compromisso social. Essa ampla revisão serviu de base para a formulação do segundo Plano Quadrienal (PQ 2005-2008), cujo primeiro ano (2005) é analisado neste informe que entregamos à avaliação da sociedade brasileira.

O PQ 2005-2008 visa ampliar o fomento à pesquisa, ao desenvolvimento tecnológico e à inovação em Saúde. Programas institucionais voltados para esse fim, como o de Desenvolvimento Tecnológico de Insumos em Saúde (PDTIS), o de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde Pública (PDTSP) e o Programa de Apoio à Pesquisa Estratégica em Saúde (Papes), tiveram uma boa avaliação neste ano, com resultados que podem ser medidos, dentre outros indicadores, pelo crescimento do número de patentes e de negociações de transferência de tecnologia. Por meio de ações de desenvolvimento tecnológico e inovação como dimensões estruturantes, incorporadas de maneira firme e certamente definitiva, a Fiocruz mostra uma inequívoca inflexão na cultura institucional. Alie-se a isto as novas plataformas tecnológicas incorporadas à Instituição, dando início à concretização do elo que faltava entre a pesquisa fundamental, os estudos clínicos e a produção, com a finalização do projeto do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS) em 2005.

Os avanços também se expressam pelo firme compromisso com o SUS, a partir da geração de inovações para o sistema, serviços e programas de Saúde e de Ciência e Tecnologia em Saúde. Com efeito, o alto grau de desempenho das Unidades da Fiocruz permitiu que as metas estabelecidas no Plano Quadrienal fossem alcançadas e que mais uma etapa da história desta Instituição fosse cumprida.

MENSAGEM DO PRESIDENTE

Paulo Marchiori BussPresidente da Fiocruz

Fatos Relevantes na Fiocruz em 2005

1. Programa de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde Pesquisas Clínicas, Epidemiológicas e em Ciências Biológicas, Humanas e Sociais Aplicadas à Saúde

Desenvolvimento Tecnológico e Inovação em Insumos Estratégicos Para a SaúdeDesenvolvimento Tecnológico em Saúde Pública

Informações de Ciência e Tecnologia em Saúde

2. Programa de Educação Permanente e Qualificação Profissional para o SUSFormação de Recursos Humanos em Educação Profissional e

de Pós-graduação Stricto e Lato Sensu em Saúde

3. Atenção à SaúdeAtenção de Referência a Gestantes de Alto Risco, Crianças e Adolescentes

com Patologias de Alta Complexidade e a Portadores de Doenças Infecciosas Atenção Básica

4. Programa de Vigilância Epidemiológica e Ambiental em SaúdeServiços Laboratoriais de Referência Internacional,

Nacional e Regional para Diagnóstico de Doenças Infecciosas

5. Programa de Vigilância Sanitária de Produtos, Serviços e Ambientes Análise Técnico-Laboratorial da Qualidade dos Produtos Ofertados à População

Qualificação Técnica dos Laboratórios de Referência Nacional, Estadual, Municipal e do Distrito Federal para Análise de Produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária

6. Assistência Farmacêutica e Produção de Insumos Estratégicos em SaúdeProdução de Fármacos, Medicamentos e Fitoterápicos

Produção de Vacinas, e Reagentes para Diagnóstico e BiofármacosProdução de animais de laboratório

Implantação, Manutenção e Funcionamento de Farmácias Populares

7. Programa de Gestão de Políticas de SaúdeConsolidação da Atuação Internacional do Ministério Da Saúde

Preservação do Patrimônio Científico, Cultural e Histórico na Saúde

8. Inovação na Gestão: Alinhamento da Fiocruz com as Necessidades da População e as demandas do Estado Brasileiro

Plano Quadrienal Da FiocruzPlanejamento Participativo: o V Congresso Interno

Gestão do TrabalhoGestão dos Recursos Orçamentários e Financeiros

Modernização das Unidades da FiocruzObras de Infra-estrutura

Projetos Sociais

9. ApêndiceOrganograma

Missão das Unidades Técnico-científicas e de Apoio

7101415

23

31

34

37

4345

47495152

5557

61636465697374

7780

SUMÁRIO

fotografias

Caio Amaral

Guy Leal

André Az

Ana Limp

Genilton Vieira

Peter Ilicciev

Rogerio Reis

edição e revisão

Pamela Lang

Catarina Chagas

Adriana Melo

projeto gráfico

www.guy.com.br

A Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV) obtém o melhor resultado entre escolas públicas no Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM).

O Instituto Fernandes Figueira (IFF) é certificado como Hospital de Ensino, atendendo a todos os requisitos estabelecidos pelos Ministérios da Saúde e da Educação.

É aprovado pela CAPES o Mestrado em Ciências da Saúde, oferecido na Amazônia, envolvendo o Centro de Pesquisas Leônidas e Maria Deane (CPqLMD), a Universidade Federal do Amazonas e a Universidade Federal do Pará.

A EPSJV é escolhida como Secretaria Executiva da Rede de Escolas Técnicas do Sistema Único de Saúde (RET-SUS), criada pelo Ministério da Saúde para facilitar a articulação entre as Escolas Técnicas do SUS e fortalecer a educação profissional em saúde.

Têm início as atividades de produção no Centro Tecnológico de Medicamentos (CTM), parque industrial adquirido em 2004 para o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos). Em 2005 foram mais de 2,3 bilhões de unidades farmacêuticas produzidas.

É dado início a um novo ciclo de inovação na gestão da Fiocruz, por meio do alinhamento estratégico com o plano plurianual do Governo Federal e o início da programação por projetos.

É elaborado o Plano Quadrienal 2005-2008, que estabelece as políticas, diretrizes e metas da Instituição para o período. O Plano foi analisado e aprovado durante o V Congresso Interno da Fiocruz, contando com a participação de mais de 400 delegados de todas as Unidades.

É criada a Ouvidoria da Fiocruz, ampliando os canais de comunicação com a sociedade.

A Fiocruz marca presença nas comemorações do Ano do Brasil na França, com a realização de uma série de eventos de divulgação científica na capital do país europeu.

São inaugurados os novos prédios do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (CESTEH) e do Programa de Educação a Distância, ambos pertencentes à Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP).

FATOS RELEVANTES NA FIOCRUZ EM 2005

6RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2005

7 FIOCRUZ MINISTÉRIO DA SAÚDE

Pesquisas Clínicas, Epidemiológicas e em Ciências Biológicas, Humanas e Sociais Aplicadas à Saúde

A Ação de Pesquisas Clínicas, Epidemiológicas e em Ciências Biológicas, Humanas e Sociais Aplicadas à Saúde esteve plenamente alinhada com as diretrizes estabelecidas na Agenda Nacional de Prioridades de Pesquisa em Saúde, aprovada na 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde e realizada em 2004 sob os auspícios do Conselho Nacional de Saúde. O desempenho dessa ação, no que diz respeito aos indicadores de eficácia e efetividade, foi um dos destaques no ano de 2005.

Considerando o número de trabalhos publicados em revistas indexadas, a realização de pesquisas nas diversas unidades da Fiocruz, vem mantendo uma tendência crescente pelo 5º ano consecutivo, como demonstra o gráfico.

Trabalhos publicados em revistas indexadas. Fiocruz, 2001 –2005

2001 2002 2003 2004 2005

900

1.000

1.100

800

700

600

500

0

631

722

916 935

1.070

1PROGRAMA DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA EINOVAÇÃO EM SAÚDE


Os seguintes indicadores demonstram o excelente desempenho da Ação de Pesquisas em 2005:

O número de pesquisas realizadas foi 15% superior ao realizado em 2004; Do total de trabalhos publicados em revistas especializadas, 85% apareceram em periódicos indexados; A média anual por pesquisador-doutor ultrapassou 3,31 publicações, número que se

enquadra nos requisitos estabelecidos pelas agências financiadoras, como a Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior (Capes), o Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq) e a Fundação de Amparo às Pesquisas do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).

Em termos orçamentários, ampliou-se também a capacidade de captação de recursos externos para essa ação. Em 2005, foram R$ 12 milhões a mais, em relação ao ano anterior, de recursos captados via a Fundação de Apoio da Fiocruz – Fiotec.

Trabalhos publicados por tipo de publicação. Fiocruz, 2005

TIPO DE PUBLICAÇÃO EXECUTADO 2005

Publicação Indexada 1.070

Publicação Não Indexada 185

Autoria de Livro 42

Capítulo de Livro 221

Publicação em Evento Científico 1.438

TOTAL 2.956

Considerando as publicações em revistas indexadas como indicadores da produção científica, observa-se que tiveram destaque na Fiocruz, em 2005, as pesquisas realizadas dentro dos objetivos de geração de conhecimento em doenças endêmicas, genética, bioquímica e biologia molecular de processos fisiopatológicos, planejamento, e gestão e avaliação do SUS, conforme pode ser observado na tabela abaixo:

Publicações indexadas segundo objetivos do Plano. Fiocruz, 2005

OBJETIVO Nº PUBLICAÇÕES %Geração de conhecimento em biologia, patologia, interação agente-hospedeiro, prevenção e controle de doenças endêmicas

220 20,56

Geração de conhecimento sobre genética, bioquímica e biologia molecular de processos fisiopatológicos

156 14,62

Geração de conhecimento em planejamento, gestão e avaliação do SUS

150 14,01

Geração de conhecimento em ciências sociais em saúde pública e ciência e tecnologia

90 8,37

Geração de conhecimento em ambiente, ecologia e saúde

71 6,65


Geração de conhecimento sobre viroses humanas: patogênese, resposta imunológica, epidemiologia etc.

70 6,55

Geração de conhecimento em imunidade e inflamação 59 5,54

Geração de conhecimento em patologia, epidemiologia, prevenção e controle de doenças não transmissíveis

55 5,14

Geração de conhecimento sobre aspectos epidemiológicos, biológicos e sociais das DSTs

44 4,13

Conhecimentos clínicos e patológicos em pacientes portadores de doenças infecciosas

36 3,33

Geração de conhecimento em saúde e ambiente, saúde do trabalhador e ecologia humana

31 2,92

Geração de conhecimento clínico e patológico em mulheres gestantes crianças e adolescentes com doenças de alta complexidade

26 2,42

Geração de conhecimento sobre biologia, patogenia, transmissão, epidemiologia, prevenção e controle das micobacterioses

24 2,22

Geração de conhecimento sobre biologia imunologia e epidemiologia de doenças infecto-parasitárias

22 2,02

A Fiocruz realiza uma estratégia específica para o incremento dos recursos humanos relacionados à pesquisa. Apesar de ter um quadro expressivo de pesquisadores com títulos de mestrado e doutorado, a Fundação abre novas frentes de trabalho e identifica novos talentos a partir de um Programa de Pesquisadores Visitantes – executado com recursos próprios e realizado em parceria com agências de fomento à pesquisa, como o CNPq, a Faperj e outros órgãos estaduais. Além dos pesquisadores visitantes, a Fiocruz conta ainda com outras modalidades de bolsa, destinadas de acordo com as prioridades institucionais.

Modalidades de bolsas de pós-graduação. Fiocruz, 2005

MODALIDADES DE BOLSAS N° DE BOLSAS

Pesquisador Visitante 91

Recém Doutor 1

Pós-doutorado 8

Desenvolvimento Tecnológico Industrial 8

Desenvolvimento Científico Regional 4

Especialista Visitante 2

TOTAL 114


Considerando a importância do despertar da vocação científica de estudantes de graduação, a Fiocruz participa de diversos programas institucionais em parceria com o CNPq e concedeu, ao longo do ano, uma média de 308 bolsas, a maior parte delas pertencente ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic). A estas, somam-se 274 estágios curriculares, comprovando a efetiva contribuição do Pibic e de outros programas da Fiocruz para a formação universitária do País no campo da ciência e a tecnologia.

Programa de Apoio à Pesquisa Estratégica em Saúde (Papes)O projeto Papes tem por objetivo apoiar projetos de pesquisa da Fiocruz, incentivando a abordagem interdisciplinar e a interação entre as unidades. A seleção dos projetos é feita segundo critérios de mérito científico e de relevância para a resolução de problemas em saúde pública. Em 2005, o Papes financiou o segundo ano da execução de 66 projetos iniciados em 2004 e de 56 novos projetos, com um financiamento de aproximadamente três milhões de reais.

Entre os principais temas de pesquisas do PAPES, destacam-se:

Epidemiologia da leptospirose Fisiopatologia, imunidade e transmissão em leishmaniose Genética e ecologia de T. cruzi Genética, epidemiologia e patogenia em HIV/Aids Biologia molecular e controle ambiental em parasitologia Desigualdades em saúde Biologia molecular, diagnóstico e tratamento de infecções por micobactérias Saúde e ambiente Pesquisas clínicas em neonatologia Hepatites virais e não virais Modelos de expressão antigênica para novas vacinas Paleoparasitologia.

Desenvolvimento Tecnológico e Inovação em Insumos Estratégicos Para a SaúdeAs ações de “Desenvolvimento Tecnológico e Inovação em Insumos Estratégicos em Saúde” e de “Desenvolvimento Tecnológico de Métodos e Processos em Saúde Pública” foram criadas no novo PPA do Governo Federal para permitir a análise diferenciada das atividades e resultados dos projetos de pesquisa destinados à aplicação imediata do conhecimento para suprir necessidades dos programas de saúde.

A política da Fiocruz de fomentar o desenvolvimento tecnológico de insumos e produtos para a saúde (medicamentos, vacinas, reagentes para diagnóstico etc.) foi mantida e reafirmada em 2005, tendo em vista a demanda social e a necessidade de ampliar a oferta desses produtos à população, reduzindo a dependência externa do país.


Criado pela Presidência da Fiocruz em 2002 para induzir o desenvolvimento tecnológico, o Programa de Desenvolvimento Tecnológico de Insumos em Saúde (PDTIS) tem três enfoques principais, compreendendo um amplo espectro de objetivos estratégicos:

Pró-Insumo: visa ao desenvolvimento de vacinas, quimio e imunoterápicos, produtos e métodos para diagnóstico e produtos naturais para tratamento ou para o controle de vetores em áreas prioritárias para a saúde pública no Brasil.

Genoma Funcional: inclui a análise de genomas e da variabilidade genética humana e de patógenos com importância em saúde pública, a utilização de metodologia genômica, pós-genômica e de bioinformática para a compreensão da relação patógeno-hospedeiro e do processo infeccioso, abordagens de proteoma e genoma estrutural, com o intuito de identificar novos alvos para quimio e imunoterapia, além de ferramentas para diagnóstico e tipagem, preparando e pavimentando futuros desenvolvimentos.

Modelos Biológicos e de Triagem: desenvolvimento de métodos de triagem na identificação de quimio e imunoterápicos e de modelos e sistemas biológicos para pesquisa e desenvolvimento tecnológico, incluindo linhagens celulares, animais de experimentação e animais transgênicos.

Em 2005, as áreas de incentivo prioritário foram as de Medicamentos, Vacinas Recombinantes e de DNA, Genômica Aplicada e Proteoma, e Insumos para Diagnóstico.

Neste ano, o PDTIS teve 64 projetos financiados, totalizando um investimento de cerca de R$ 8 milhões:

REDE NÚMERO DE PROJETOS

Medicamentos 14

Genômica aplicada e proteômica 9

Vacinas recombinantes e de DNA (divididos em leptospirose, dengue, leishmaniose, malária, hepatite C, esquistossomose e tuberculose)

22

Insumos para diagnóstico 19


O incentivo aos projetos de desenvolvimento tecnológico por meio do PDTIS contou ainda com o fomento a 11 projetos de desenvolvimento de plataformas tecnológicas, cujo objetivo atende ao desenvolvimento das pesquisas, bem como à prestação de serviços nas seguintes áreas:

Plataforma genômica Seqüenciamento de DNA Espectrometria de massa Eletroforese 2D e fracionamento Focagem isoelétrica Microarranjo Luminex Bioinformática Síntese de peptídios Avaliação toxicopatológica de fármacos Microscopia confocal Citômetro de fluxo Elispot PCR em tempo real Bioprospecção Bioensaios

O número de patentes depositadas teve um incremento significativo em relação ao ano anterior. Em 2005, foram 23 na área de desenvolvimento de insumos e produtos. Destas, destacam-se a patente relacionada à composição farmacêutica oriunda de derivados de artesunato, destinada ao tratamento e prevenção da malária e de outras doenças parasitárias, e a patente relacionada ao desenvolvimento de iniciadores específicos e kits diagnósticos para detecção de Neisseria meningitidis.

Na área de transferência de tecnologias, em função da intensificação das atividades desenvolvidas pelo PDTIS e pelo Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS), houve também um incremento nas negociações, seja em acordos de sigilo, seja em acordos de cooperação tecnológica.

Em 2005, foram firmados quinze (15) contratos de transferência de tecnologia, incluindo dez (10) acordos de sigilo, um (1) contrato de licença de patente, um (1) acordo de transferência de material e um (1) acordo de cooperação técnico científica, entre outros. Destes, merece destaque a negociação do Acordo de Cooperação Tecnológica entre a Fiocruz e a empresa YBIOS S.A., cuja parceria tem por objeto o desenvolvimento de um fitoterápico à base de Vernonia condensata Baker, nos moldes do projeto da Rede de Medicamentos do PDTIS.


Além disso, a Fiocruz obteve a concessão de uma patente no exterior relativa a um novo processo para a produção de vírus em cultura de células e a um processo para produção de vacina contra infecções causadas por Flavivírus.

As atividades de desenvolvimento tecnológico de Bio-manguinhos visam a obter novos produtos e sanar problemas operacionais existentes na linha de produção. O objetivo é buscar novas apresentações de vacinas ou reativos, maior termoestabilidade, melhor rendimento, novas metodologias de controle e garantia da qualidade.

No fim do período, a área de P&D de Bio-Manguinhos estava trabalhando no desenvolvimento de 36 projetos, dentre os quais foram classificados como estratégicos e de prioridade 1, os seguintes:

Vacina contra meningite C conjugada Vacina contra meningite B Conjunto para quantificação de carga viral de HIV Conjunto para quantificação do CD3/CD4/C8 Sistema NAT para quantificação de HIV/HCV Western blot HIV Vacina contra hepatite A Vacina contra S. pneumoniae proteica Vacina contra S. pneumoniae polissacarídica Desenvolvimento conjunto para humanização do anticorpo monoclonal anti-HBs Ag Desenvolvimento de anticorpos monoclonais humanizados anti-PLP2a para o tratamento de

infecções por Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (MRSA) DTP+Hib nacional


Avaliação da atividade imunomoduladora de fisalinas purificadas Desenvolvimento de fitoterápicos com atividade anti-hipertensiva Desenvolvimento de fitoterápico à base de óleo de andiroba Desenvolvimento de fitoterápicos com atividade anti-inflamatória Desenvolvimento de um medicamento para a tuberculose a partir de óleos de sementes específicas Novas substâncias antimaláricas Produção de uma combinação formulada de dois antimaláricos 19 projetos de síntese química

Desenvolvimento Tecnológico em Saúde PúblicaA principal estratégia da Fiocruz para esta ação é o Programa de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde Pública (PDTSP), cujo objetivo é fomentar pesquisas para o desenvolvimento de métodos e processos que gerem soluções para os principais problemas da saúde pública e dos sistemas de sáude. Em 2005, foram fomentados 54 projetos, sendo 30 correspondentes à Rede Dengue e 24 relacionados à rede SUS. O total do investimento foi de cerca de R$ 2,15 milhões.

A Rede Dengue foi instituída para articular os grupos de pesquisa em uma abordagem integrada da doença, assim como para otimizar os recursos humanos e materiais utilizados. Em longo prazo, visa a contribuir para o controle da dengue no Rio de Janeiro e no País. Conta com quatro linhas de atuação: caracterização clínico-laboratorial das diversas formas de dengue no Brasil; insumos para diagnóstico, tratamento e profilaxia do dengue; educação, informação e vigilância epidemiológica e entomológica do dengue.

Já o componente PDTSP-SUS, financia projetos prioritários nas áreas de políticas, gestão e avaliação do SUS nas três esferas de governo; níveis de atenção à saúde e integralidade da atenção; saúde da mulher e da criança; controle e cuidado de agravos à saúde; sistemas de informação e monitoramento em saúde; gestão documental e memória; educação e comunicação em saúde; metodologias laboratoriais para diagnóstico de agravos e metodologias analíticas alternativas para controle de produtos e insumos em saúde.

Destaca-se, por último, o desenvolvimento da vacina contra a ancilostomíase em colaboração com o Instituto Butantan, a George Washington University e outras instituições estrangeiras.

No caso de Farmanguinhos, registram-se 208 projetos de pesquisa e desenvolvimento tecnológico em andamento que estão em avaliação para ganhar maior foco e dentre os quais devem ser destacados os seguintes:


A ação teve bom desempenho em relação às metas físicas e aos indicadores, sendo atingido 76% da meta de desenvolvimento de métodos / processos em saúde no ano. O índice de métodos / processos aplicados ao sistema de saúde, importante indicador de efetividade, chegou a 22%, expressando que cerca de um a cada quatro métodos/processos desenvolvidos tiveram aplicação imediata nos serviços de saúde.

A Ação de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde gerou dez depósitos de patente, dentre os quais destacam-se sete relacionados ao desenvolvimento de métodos de uso de inseticidas para o combate ao vetor da leishmaniose, doença endêmica em várias regiões do país.

Informações de Ciência e Tecnologia em SaúdeNa área de informação em ciência e tecnologia, o plano estratégico da Fiocruz executou, em 2005, atividades vinculadas a duas ações distintas, porém complementares: Disseminação de Informação de C&T em Saúde e Funcionamento de Bibliotecas Técnico-científicas e do Museu da Vida.

A ação de Disseminação abrange todas as unidades da Fiocruz e, a cada ano, gera diferentes produtos com os quais a Instituição busca ampliar o acesso da comunidade científica e da sociedade em geral à informação em ciência e tecnologia em saúde.

Os produtos incluem material técnico-científico diverso, elaborado, distribuído e/ou disponibilizado em diferentes meios, como revistas, relatórios, pôsteres, cartazes e catálogos, boletins eletrônicos, sítios, bases de dados, bancos de imagens, vídeos e programas de TV, entre outros. Ao todo, em 2005, o material produzido e divulgado superou os 71 mil itens.

Um dos destaques dessa ação é a edição, publicação e disponibilização, em meio impresso ou digital, das seguintes revistas científicas periódicas:

Memórias do Instituto Oswaldo Cruz (9 edições, tiragem total de 9.000 exemplares); Cadernos de Saúde Pública (7 edições, tiragem de 10.500 exemplares) História, Ciência, Saúde – Manguinhos (4 edições, tiragem de 3.400 exemplares) Trabalho, Educação e Saúde (2 edições, tiragem de 3.000 exemplares)


O ano foi marcado pela comemoração histórica da publicação da centésima edição de Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, revista científica mais antiga e de maior impacto científico no País e na América Latina. Memórias está entre as 16 publicações brasileiras listadas pelo Institute for Scientific Information.

A Editora Fiocruz trabalha, desde 1993, em torno de quatro eixos temáticos: saúde pública; ciências biológicas e biomédicas; ciências clínicas; e ciências sociais e humanas em saúde. A intenção é cobrir o vasto campo da saúde e seus múltiplos aspectos. Em 2005, a Editora lançou 15 novos títulos e 5 reimpressões de seus livros. Entre os lançamentos, destaca-se Vacinas, Soros e Imunizações no Brasil, que traz um perfil completo da área de vacinas no país. Subdividido em seis partes, a obra aborda temas como a magnitude das doenças transmissíveis, política e regulação de vacinas e soros, pesquisa, desenvolvimento e inovação em vacinas, complexo produtivo da saúde, a experiência no Brasil, vacinas e imunizações, e a experiência internacional, além de apresentar os resultados do projeto Inovação em Saúde, criado pela Fiocruz em 2001 para orientar o desenvolvimento tecnológico e científico do país nessa área crítica para a sociedade. Cabe registrar que, em 2005, sete de cada dez autores dos livros publicados pela Editora Fiocruz eram pesquisadores da Instituição.

O Programa Radis (Reunião, Análise e Difusão da Informação em Saúde), criado há 24 anos na Escola Nacional de Saúde Pública, publica mensalmente a revista Radis, com reportagens e artigos sobre saúde pública de relevância para a sociedade e para o Sistema Único de Saúde, além de divulgar conhecimentos no campo da comunicação e informação em saúde, visando ao aprimoramento da gestão do SUS e de seu controle social. A revista é distribuída gratuitamente a cerca de 45 mil assinantes, entre profissionais, instituições e secretarias de saúde, prefeituras, parlamentares, ONGs, associações de moradores, sindicatos urbanos e rurais, e veículos de comunicação de todo o país. As 12 edições da revista alcançaram, em 2005, cerca de 528 mil exemplares. O Canal Saúde, por sua vez, desenvolve produtos audiovisuais para informar a população e atualizar e educar a distância mais de 2,5 milhões de profissionais que atuam nos serviços de saúde do Brasil. Sua programação é transmitida para todo o país, com recepção por antena parabólica e pela Internet. O projeto tem um programa semanal na Rede Nacional de TVs Educativas e também está presente nas TVs universitárias e em canais comunitários.

Uma parceria com a Confederação Nacional dos Transportes permite ainda que o Canal seja assistido em 1500 pontos da Rede do Serviço Social do Transporte / Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Sest / Cenat) em todo o país. Além disso, desde 2001, o projeto tem caráter internacional, já que seus programas passaram a ser exibidos na rede da Asociación de Televisiones Educativas Iberoamericanas (Atei), com sede em Barcelona, Espanha. A partir de 2004, o Canal Saúde passou a retransmitir diariamente no Brasil parte dessa programação.


Em 2005, foram produzidas 482 edições, distribuídas em seis programas diferentes: Bate Papo; Canal Aberto; Canal Saúde; É com você cidadão; Ligado em Saúde e Unidiversidade.

Quem coordena a participação da Fiocruz na TV Universitária do Rio de Janeiro é a VídeoSaúde Distribuidora, que trabalha na captação, catalogação, tratamento, produção e distribuição de produtos audiovisuais. A cada ano, mais de quatro mil reproduções de fitas são feitas pela VídeoSaúde para seus usuários, entre os quais estão unidades do SUS, entidades privadas, escolas, estudantes, organizações comunitárias e ONGs. Atualmente, possui 2907 títulos em seu acervo.

Em 2005, também foi lançado oficialmente o Portal Fiocruz, instrumento voltado para a ampliar a interface da Fiocruz com a sociedade. Neste ano, também houve avanços na implantação de algumas plataformas tecnológicas de informação, com o aumento do número de unidades que utilizam os sistemas de Gestão de Documentos e Arquivos (SIGDA) e de Gestão Acadêmica (SIGA).

Merece destaque ainda o importante papel na organização de inúmeros eventos técnico-científicos, incluindo congressos, seminários e exposições, como uma das principais formas de ampliar a divulgação do conhecimento científico e tecnológico produzido pela Fiocruz.

Já o objetivo da ação de Funcionamento de Bibliotecas Técnico-científicas e do Museu da Vida é atender ao público que busca informação científica e tecnológica na área da saúde, incluindo tanto o trabalho de organização da informação, quanto de preservação e atualização constantes de todo o acervo da Fiocruz.

Em 2002, foi criada a Rede de Bibliotecas da Fiocruz, que reúne, articula e integra as dez bibliotecas da Instituição: de Manguinhos; da Escola Nacional de Saúde Pública; da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio; da Casa de Oswaldo Cruz; do Instituto Fernandes Figueira; do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde; do Centro de Pesquisas Gonçalo Muniz, em Salvador; do Centro de Pesquisa René Rachou, em Belo Horizonte; do Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, em Recife; e do Centro de Pesquisa Leônidas e Maria Deane, em Manaus. A Rede conta com um comitê de usuários institucionais, responsável por definir políticas de desenvolvimento da coleção de periódicos internacionais, em sintonia com as linhas de investigação e de ensino da Fundação. Seu acervo tem atualmente cerca de 260 mil livros e monografias e 2221 periódicos correntes. Juntamente com o Museu da Vida, as bibliotecas da Fiocruz atenderam, em 2005, a um total de 231 mil usuários.

Neste ano, as buscas bibliográficas de pesquisadores e estudantes da Fiocruz ganharam um aporte de 14 mil novos títulos com a aquisição da base eletrônica Scopus. Desenvolvida por 21 instituições de pesquisa de todo o mundo, ela inclui resumos, referências e indicadores da literatura científica técnica e médica atualizados diariamente. Além disso, foi implantado o Portal de Teses, que possibilita


o acesso gratuito aos textos completos de dissertações e teses na área da saúde, oferecendo serviços, como a divulgação de defesas, notícias relevantes, indicadores de acessibilidade e volume de dados, além do uso e impacto das teses.

Merecem destaque, ainda nesta ação, as três bibliotecas virtuais (BVs) lançadas e aquelas mantidas pela Instituição:

A Biblioteca Virtual Adolpho Lutz (www.bvsalutz.coc.fiocruz.br) mostra a trajetória do cientista (1855-1940), resgatando sua história e seu importante papel na comunidade científica brasileira na primeira metade do século 20. Lutz realizou trabalhos significativos nas áreas de zoologia médica, bacteriologia, helmintologia, entomologia, dermatologia e parasitologia, com destaque para os estudos sobre a hanseníase. A BV também oferece textos científicos completos, galeria de imagens e depoimentos.

A Biblioteca Virtual Educação Profissional em Saúde (www.bvseps.epsjv.fiocruz.br) oferece acesso a informações sobre educação profissional em saúde, incluindo listas de bases de dados sobre o tema, legislação, indicadores, ferramentas de busca e diretórios de grupos de pesquisa. Seu objetivo é contribuir para a difusão do conhecimento técnico-científico, oferecendo um espaço de apoio à educação de trabalhadores e de interação entre estudantes, docentes, pesquisadores e profissionais da área de saúde.

A Biblioteca Virtual Sérgio Arouca (www.bvsarouca.cict.fiocruz.br) apresenta as trajetórias pessoal, acadêmica e política do médico sanitarista, ex-presidente da Fiocruz e militante do movimento da reforma sanitária brasileira. Oferece textos completos e um ensaio biográfico do sanitarista, além de depoimentos e um acervo multimídia com imagens, vídeos e arquivos de áudio.

Usuários atendidos e outros produtos da ação de Redes de Bibliotecas. Fiocruz, 2005

USUÁRIOS ATENDIDOS EXECUTADO 2005

Usuários atendidos em biblioteca 105.934

Usuários atendidos em museu 46.796

Usuários atendidos em prédios históricos 390

Usuários atendidos em exposições científicas 77.900

TOTAL 231.020

OUTROS PRODUTOS

Coleções especiais 22.758

Livros e monografias 258.290

Periódicos 2.221

Séries 1.107

Acervo arquivístico disponibilizado 18.893


O Museu da Vida (parte da Casa de Oswaldo Cruz) educa em ciência e saúde de forma lúdica e criativa, por meio de exposições, atividades interativas, multimídia, peças de teatro, vídeos e laboratórios. Visa a proporcionar ao público geral a compreensão dos processos e progressos científicos. Estimula a reflexão sobre o impacto da ciência no cotidiano e promove a inclusão social. Em 2005, recebeu mais de 47 mil visitantes em seus espaços no campus da Fiocruz. Dentro do IV Congresso Mundial de Centros de Ciência, o Museu da Vida organizou a Expo-Interativa: Ciência para Todos, que aconteceu no período de 11 a 17 de abril de 2005 no Riocentro e teve como objetivo central aproximar a população das questões científicas, procurando quebrar as barreiras que existem entre a academia e a sociedade, e despertando interesse da população pela ciência.

A Exposição teve entrada franca e um público total de 111.380 pessoas no período, superando as estimativas iniciais (na ordem de 70 mil pessoas) e contando com a participação de 29 entidades científicas. Além de diversas exposições, foram apresentadas atividades culturais, com tema central nas relações entre arte, ciência e inclusão social, e realizadas conferências públicas, mesas-redondas, oficinas e seções de planetários, com a finalidade de colocar o público em contato com debates sobre temas atuais e centrais da ciência.

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Bibliotecas VirtuaisBiblioteca Virtual Adolpho Lutz: www.bvsalutz.coc.fiocruz.brBiblioteca Virtual Carlos Chagas: www.prossiga.br/chagas

Biblioteca Virtual Invivo: www.invivo.fiocruz.br


Biblioteca Virtual Oswaldo Cruz: www2.prossiga.br/ocruzBiblioteca Virtual Sérgio Arouca: http://bvsarouca.cict.fiocruz.brBiblioteca Virtual Vital Brazil: www2.prossiga.br/vitalbrazilBiblioteca Virtual em Saúde Pública: www.saudepublica.bvs.brBiblioteca Virtual em Saúde - Aleitamento Materno: www.bvsam.cict.fiocruz.br Biblioteca Virtual em Saúde - Doenças Infecciosas e Parasitárias: www.bvsdip.cict.fiocruz.br Biblioteca Virtual em Saúde - Educação Profissional em Saúde: www.bvseps.epsjv.fiocruz.br Biblioteca Virtual em Saúde - História da Saúde e da Medicina: www.bvshistoria.coc.fiocruz.br Biblioteca Virtual de Museus de Ciência e Divulgação Científica: www.prossiga.br/divulgaciencia Obras Raras: www.bibmanguinhos.cict.fiocruz.br

PublicaçõesMemórias do Instituto Oswaldo Cruz: http://memorias.ioc.fiocruz.br Cadernos de Saúde Pública: www.ensp.fiocruz.br/csp História, Ciência e Saúde - Manguinhos: www.coc.fiocruz.br/hscience/indexEducação, Trabalho e Saúde: www.epsjv.fiocruz.br/revista Radis: www.ensp.fiocruz.br/radis

Editora Fiocruz - www.fiocruz.br/editoraAudiovisual - www.canalsaude.fiocruz.brSinitox - www.fiocruz.br/sinitoxMuseu da Vida - www.museudavida.fiocruz.brRede de Bibliotecas - http://rede.cict.fiocruz.br

Evolução das edições científicas, Fiocruz 2001 – 2005

2001 2002 2003 2004 2005

1000

1.200

800

600

400

200

0 62 152

712

1.0281.088

Comunicação Social Na sua função de divulgar e informar a sociedade sobre a atuação da Fiocruz, a Coordenadoria de Comunicação Social (CCS) desenvolveu, durante o ano de 2005, trabalhos nas áreas de assessoria de imprensa, edição de publicações e comunicação via Internet. Outras tarefas incluíram a edição de catálogos e folders da Fiocruz e de suas unidades, além de produtos de comunicação interna e idealização de campanhas publicitárias.


A Coordenadoria proporcionou, em 2005, cerca de 700 reportagens relacionadas à Fiocruz em jornais e revistas; 16 horas em emissoras de TV; 64 horas em emissoras de rádio e cerca de dois mil releases enviados para veículos de comunicação.

O sítio da CCS ou Agência Fiocruz de Notícias - AFN (www.fiocruz.br/ccs), criado em 1998, deu mais agilidade na difusão de informações sobre as atividades da Fundação entre os jornalistas e para o público em geral. O conteúdo é atualizado diariamente com dois ou três textos inéditos, que podem ser notícias, entrevistas com pesquisadores, resenhas de livros ou artigos de especialistas. Em 2005, o sítio somou ao seu acervo 150 novos textos, com bom aproveitamento desse conteúdo jornalístico tanto por parte dos grandes veículos de comunicação social, quanto pela denominada mídia alternativa e comunitária. As notícias on-line são fonte para a produção de matérias e reportagens de veículos impressos, televisivos, radiofônicos e eletrônicos.

Semanalmente, durante todo o ano de 2005, cerca de 500 jornalistas receberam diretamente da CCS uma newsletter com as principais notícias divulgadas pela AFN. Trazendo chamadas sobre materiais disponíveis no sítio da CCS, esse boletim teve 52 edições enviadas por e-mail, com boa taxa de retorno na forma de publicação de matérias a partir das pautas sugeridas. A divulgação foi complementada por meio de um serviço prestado pelo sítio "Comunique-se", portal especializado em jornalismo e comunicação que envia o boletim para mais de 60 mil jornalistas de todo o país.

As crescentes demandas da imprensa por entrevistas com pesquisadores da Fiocruz levaram à criação de um banco com pequenos perfis dos especialistas e das linhas de pesquisas da Instituição, podendo ser facilmente acessado pelos jornalistas das várias unidades da Fundação. Com quase 400 pesquisadores cadastrados, o sistema foi finalizado em 2005 e está disponível em www.presidencia.fiocruz.br/scesp.

Outros veículos de comunicação impressos e eletrônicos dirigidos à comunidade da Fiocruz tiveram continuidade em 2005: RNA Mensageiro, CCS Comunica e Agenda Fiocruz. O RNA Mensageiro é um jornal-mural com informações sobre cursos, congressos e treinamentos, entre outras atividades de interesse do público interno da Fiocruz. Em 2005, foram preparadas 24 edições do jornal, que passou a ser disponibilizado também on-line. O CCS Comunica, por sua vez, é um veículo de comunicação instantânea da Presidência com a comunidade da Fiocruz, sendo editado como folheto para distribuição nas portarias ou em versão eletrônica. Além disso, a Agenda Fiocruz, também disponível on-line, tem periodicidade semanal e informa sobre defesas de teses, reuniões, inaugurações, visitas e outros eventos. Foram preparadas 60 edições desse informativo em 2005.

Por fim, a CCS lançou novas edições da sua Revista de Manguinhos, veículo com tiragem de seis mil exemplares que traz a cada número as principais contribuições da Fiocruz à área de saúde pública e de ciência e tecnologia. Em maio de 2005, a publicação teve uma edição especial, de luxo, em comemoração aos 105 anos da Fundação Oswaldo Cruz.


Formação de Recursos Humanos em Educação Profissional e de Pós-graduação Stricto e Lato Sensu em Saúde

A Fiocruz é atualmente a principal instituição não-universitária de formação e qualificação de recursos humanos para o Sistema Único de Saúde e para a área de C&T em saúde no país. Sua experiência acumulada na área de ensino se deve a algumas práticas e princípios norteadores, como a estreita relação entre a produção de conhecimento e a formação de recursos humanos; o vínculo indissolúvel entre pesquisa e desenvolvimento tecnológico; e a integração e o caráter multidisciplinar dos processos de ensino e de produção científica em saúde. Essas dimensões foram consolidadas ao longo dos anos, caracterizadas pela expansão e pelo aprimoramento dos diversos níveis de ensino: técnico, lato e stricto sensu, nos quais são oferecidos cursos por praticamente todas as Unidades Técnico-Científicas e de Apoio da Instituição, realizados em suas próprias sedes ou em parcerias nacionais.

Doutorados e Mestrados AcadêmicosA pós-graduação stricto sensu na Fiocruz se relaciona com todo o sistema de pós-graduação brasileiro e também com instituições do exterior. Seu funcionamento se dá de maneira integrada ao sistema de avaliação do Ministério da Educação (MEC) e, em particular, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), relacionando-se também com o CNPq/MCT, com o Ministério da Saúde e com outras instâncias. Dezenove dos 20 cursos oferecidos tiveram, em 2005, nota igual ou superior a 4 sobre um máximo possível de 6 pontos, de acordo com o sistema de avaliação da Capes.

2PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE E QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL PARA O SUS


Cursos de pós-graduação stricto sensu (mestrado acadêmico e doutorado), com indicação do ano de início, tipo de curso oferecido e conceito da Capes. Fiocruz, 2005

CURSOSANO DE INÍCIO

MODALIDADE CONCEITO (2005)

M D

Biologia Parasitária (IOC) 1976 X X 5

Saúde Pública (ENSP) 1977 X X 6

Saúde da Mulher e da Criança (IFF) 1988 X X 4

Medicina Tropical (IOC) 1980 X X 6

Biologia Celular e Molecular (IOC) 1989 X X 5

Patologia (CPqGM/UFBA) 1995 X X 5

Saúde Pública (CPqAM) 1996 X X 6

História das Ciências da Saúde (COC) 2001 X X 4

Vigilância Sanitária (INCQS) 2001 X X 4

Ciências da Saúde (CPqRR) 2002 X X 5

Ensino de Biociências e Saúde (IOC) 2003 X X 4

Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas (Ipec) 2004 X X 4

Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (CPqGM) 2004 X X 4

Saúde Pública e Meio Ambiente (Ensp) 2004 X X 5

Saúde, Sociedade e Endemias na Amazônia 2005 X 3

Modalidades: M = Mestrado; D = Doutorado

Em 2005, os 15 programas de pós-graduação stricto sensu da Fiocruz ofereceram 15 cursos de mestrado acadêmico e 14 cursos de doutorado. Incluindo os seis cursos de mestrado profissional, foram matriculados, em 2005, 700 alunos de doutorado, 600 de mestrado acadêmico e 110 de mestrado profissional, sendo defendidas 297 teses e dissertações. Os alunos desses programas são oriundos de várias regiões brasileiras e também do exterior – especialmente da América Latina e da África de língua portuguesa. A Fiocruz dispõe de cerca de 320 doutores, atuantes nos campos da biologia, da saúde e das ciências exatas, humanas e sociais como orientadores dos alunos de pós-graduação stricto sensu .

Após um trabalho interinstitucional ao longo de 2004, foi aprovada pela Capes, em março de 2005, a criação do Mestrado em Ciências da Saúde, oferecido na Amazônia, por meio de um consórcio entre o Centro de Pesquisa Leônidas e Maria Deane (CPqLMD), a Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e a Universidade Federal do Pará (UFPA). Com caráter inovador, essa iniciativa está integrada ao esforço do Governo Federal em apoiar cursos na região Norte do País, de acordo com as recomendações da Capes.

Mestrados ProfissionaisCom o objetivo de formar recursos humanos capazes de compreender, definir e conduzir as políticas de intervenção na área da saúde, a Fiocruz tem investido nos mestrados profissionais – uma modalidade que, devido às suas características, se aplica particularmente à capacitação de pessoal para o SUS.


Durante 2005, foram oferecidos seis cursos, dois dos quais aprovados naquele mesmo ano:

Vigilância Sanitária, no Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS); Ensino em Biociências e Saúde, no Instituto Oswaldo Cruz (IOC), que fará seu primeiro

processo seletivo no segundo semestre de 2006.

Cursos de mestrado profissional, com indicação do ano de início,tipo de curso oferecido e conceito da Capes. Fiocruz, 2005

CURSO ANO DE INÍCIO CONCEITO (2005)

Saúde Pública (ENSP) 2002 5

Tecnologia de Imunobiológicos (Biomanguinhos) 2003 5

Saúde Materno-Infantil (IFF) 2004 5

Saúde Pública (CpqAM/CPqGM) 2004 4

Ensino de Biociências e Saúde (IOC) 2005 3

Vigilância Sanitária (INCQS) 2005 3

Outros Níveis de FormaçãoA Fiocruz ainda oferece programas no nível lato sensu (especialização, aperfeiçoamento, atualização e residência), que criam oportunidades para a formação de novos trabalhadores ou para a profissionalização daqueles já inseridos no mercado de trabalho, dialogando de forma permanente com os avanços do processo de implantação do SUS. Os cursos lato sensu foram cadastrados no INEP/MEC, o que lhes conferiu certificação e

reconhecimento, a partir de documentação emitida em 7 de outubro de 2005.


Egressos de cursos de pós-graduação lato sensu, de educação profissional, de ensino médio e de formação em serviço. Fiocruz, 2005

NÍVEIS (MODALIDADES DE CURSOS) 2005

Atualização presencial 1.944

Atualização a distância 172

Aperfeiçoamento presencial 899

Aperfeiçoamento a distância 573

Especialização presencial 638

Especialização a distância 3.335

Residência 97

Capacitação profissional em serviço presencial 199

Curso técnico de nível médio 99

Formação inicial e continuada - qualificação e atualização presencial 388

Formação inicial e continuada - qualificação e atualização a distância 22.216

Formação inicial e continuada – desenvolvimento 281

Formação inicial e continuada – especialização técnica 151

Ensino médio 25

A Fiocruz oferece cursos de especialização em diversas áreas, como saúde coletiva, ciências sociais aplicadas à saúde e educação em saúde. Em 2005, foram criados os cursos de Capacitação Profissional em Serviço, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), Especialização em Controle de Qualidade de Produtos e Serviços Vinculados à Vigilância Sanitária, e Especialização em Informação Científica e Tecnológica em Saúde. O número de egressos em especializações mais que dobrou em relação ao ano anterior. Nas modalidades de aperfeiçoamento e atualização, a Fundação oferece cursos nas áreas de saúde coletiva, patologia e medicina. Além destes, foram criados em 2005 os cursos de Atualização em Vigilância Sanitária e Ciências Sociais Aplicadas à Saúde, e Análise Espacial e Geoprocessamento em Saúde. Os programas de formação de nível técnico estão voltados para a educação profissional de jovens ainda não inseridos no mercado de trabalho. São oferecidos também aos trabalhadores de instituições de saúde do país. A Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV), que já havia se credenciado como Centro Colaborador da Organização Mundial de Saúde (OMS) para o ensino de nível técnico em 2004, tornou-se Secretaria Executiva da Rede Nacional de Técnicos em Saúde (RET-SUS), que congrega 37 instituições de 17 estados do País, em setembro de 2005.

A RET-SUS tem o objetivo de facilitar o desenvolvimento de competências, a circulação de informações e a criação e troca de tecnologias no campo da educação profissional em saúde. A Rede também visa à mobilização de atores que formulem projetos, além da disseminação de tecnologias e resultados favoráveis para as instituições de ensino profissional. A EPSJV manteve, no ano de 2005, a publicação mensal da revista RETSUS, veículo que serve de espaço para a divulgação do que tem acontecido nas escolas e para a discussão de temas relacionados ao dia-a-dia das pessoas envolvidas nesse trabalho.


Em 2005, a EPSJV obteve a melhor nota entre as instituições públicas de ensino médio e a segunda maior entre todas as instituições do país no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).

O Programa de Formação de Agentes Locais de Vigilância em Saúde – Proformar – tem por objetivo capacitar trabalhadores de nível médio do SUS para que eles desenvolvam ações de promoção e proteção à saúde, em uma estratégia de transformação das práticas sanitárias. No ano de 2005, o Proformar capacitou 252 tutores e 6.200 agentes locais de vigilância em saúde.

Criado em 2003, o Pró-Gestão é um programa de bolsas estabelecido por meio de convênio com a Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e especificamente direcionado para o fomento da área de gestão. Ele financia projetos para a implementação de ações – realizadas em todos os campos de atuação da Fiocruz – que visam a aperfeiçoar a gestão em saúde. Atualmente, existem 210 bolsistas no Pró-Gestão e um investimento anual de aproximadamente R$ 2,72 milhões.

Coordenado pela EPSJV e destinado a alunos de ensino médio, o Programa de Vocação Científica (Provoc) é uma proposta educacional que busca despertar o interesse pela ciência e iniciar jovens de ensino médio na pesquisa técnico-científica. Em 2005, 124 alunos foram inseridos na rotina acadêmica e participaram de pesquisas, com a elaboração de trabalhos e discussão de resultados. Duas alunas do Provoc conquistaram as primeiras colocações no Prêmio Jovem Cientista, na categoria Ensino Médio.

Escola de Governo em SaúdeA Escola de Governo em Saúde é a orientação estratégica dos programas de ensino, pesquisa e cooperação técnica da Fiocruz para a preparação de quadros e produção de conhecimentos, visando ao aumento da capacidade de governo do sistema de saúde do país.

O público-alvo é composto por dirigentes e lideranças da área, como os secretários de saúde, os dirigentes de primeiro escalão e de níveis técnicos de decisão dos estados e municípios do País, além do Ministério da Saúde, dos Conselhos de Saúde em todos os níveis e de outras entidades-alvo.

Em 2005, fato significativo foi a formulação de um novo modelo de gestão para os hospitais federais no Rio de Janeiro, na tentativa de solucionar a crise em que se encontra o Sistema Único de Saúde no município, a convite feito pelo então Ministro da Saúde à Escola de Governo da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP).


Educação a DistânciaO Ensino a Distância (EAD) se consolida como uma estratégia de ampliação das oportunidades de capacitação em saúde, já que atinge as regiões mais distantes do Brasil e contribui para a formação de alunos em outros países. Seus principais objetivos são a organização do conjunto de iniciativas de educação a distância no interior da Fiocruz, a cooperação com o SUS na solução de problemas relacionados à formação de recursos humanos e a potencialização da cooperação com o Ministério da Saúde.

O EAD foi iniciado em 1998, fundamentalmente a partir do Programa de Educação a Distância (ProEAD) da ENSP e da implementação do curso de gestão em saúde. Em 2004, o Conselho Deliberativo da Fiocruz aprovou a ampliação do ProEAD para toda a instituição. O EAD tem crescido rapidamente: em 1998, havia cerca de mil alunos matriculados; hoje, são cerca de 8.500 e mais de 26 mil egressos.

Em 2005, foram oferecidos 17 cursos no total, sendo 12 lato sensu (atualização, aperfeiçoamento e especialização) e 4 em educação profissional.

Duas atividades nessa modalidade de ensino merecem destaque: a primeira parceria do EAD/ENSP com um país do Mercosul, que teve como objetivo buscar experiências realizadas com êxito na ENSP para implantá-las na Venezuela e, desta maneira, formar profissionais qualificados na área da saúde; e a criação, em outubro, a partir da parceria do MS com a Fiocruz, do curso a distância de Aperfeiçoamento em Gestão de Projetos de Investimentos em Saúde, que objetiva fortalecer a capacidade de formulação de políticas de investimentos orientada para a qualificação do SUS.

Relação de cursos oferecidos pelo EAD. Fiocruz, 2005.

CURSO TURMAS ABERTASAutogestão em Saúde 4Vigilância Sanitária 4Vigilância Alimentar e Nutricional 4Saúde Mental 4Gestão de Resíduos Sólidos 4Processo de Gestão e Tecnologia da Informação 13Biossegurança em Saúde 4Internet para Profissionais de Saúde 2Formação de Tutores no Curso de Ativadores 1Facilitadores 304Formação Pedagógica de Tutores EAD 2Gestão em Saúde Materno-Infantil 1O Elétron na Radioterapia 6

Ativadores de Processos de Mudança na Fomração Superior dos Profissionais de Saúde

89

Capacitação de Agentes Locais de Vigilância em Saúde - PROFORMAR 426

Especialização em Educação a Distância na Área de Vigilância em Saúde - PROFORMAR

5

Capacitação de Tutores - PROFORMAR 5

TOTAL 878


Outras Dimensões do Ensino na FiocruzEm 2005, ocorreram a 9ª Jornada Científica de Pós-graduação e a 13ª Reunião Anual da Iniciação Científica, nos quais foram apresentados mais de 750 trabalhos desenvolvidos por alunos de graduação e pós-graduação da Fiocruz. Esse evento criou a oportunidade para que os estudantes conhecessem outros trabalhos científicos na Instituição, intensificando desta forma a integração entre docentes e discentes, e estimulando o interesse pela produção científica. Alunos da ENSP ficaram com dois primeiros lugares (especialização e doutorado) e quatro menções honrosas entre os vencedores do Prêmio de Incentivo em Ciência e Tecnologia para o SUS 2005, conferidas pelo Ministério da Saúde.


Atenção de Referência a Gestantes de Alto Risco, Crianças e Adolescentes com Patologias de Alta Complexidade e a Portadores de Doenças Infecciosas

A Fiocruz desenvolve ações de assistência especializada e de cooperação técnica com serviços da rede do SUS nas áreas de saúde da mulher, da criança e do adolescente e de doenças infecciosas, Na atenção à saúde de portadores de doenças infecciosas, o Ipec atende ao maior número de casos de HTLV-1 das Américas e a mais da metade dos casos de leishmaniose tegumentar americana e de paracoccidioidomicose notificados no estado do Rio de Janeiro. Além disso, atende a mais de 80% dos casos de doença de Chagas e é referência no atendimento hospitalar a pacientes com Aids na cidade do Rio de Janeiro.

O IFF é referência nas áreas de Genética Médica, Patologia Perinatal, Cirurgia Infantil e Doenças Pediátricas Parasitárias e Infecciosas. É referência também na assistência a gestações de alto risco e a recém-nascidos e crianças portadores de patologias graves, como osteogenesis imperfecta e fibrose cística.

Como componente do Programa de Atenção Especializada em Saúde, do Plano Plurianual do Governo Federal (PPA 2004-2007), a ação de Atenção de Referência a Gestantes de Alto Risco, Crianças e Adolescentes com Patologias de Alta Complexidade e a Portadores de Doenças Infecciosas teve o maior desenvolvimento relativo de indicadores de avaliação de desempenho na Fiocruz, no período. A meta de mais de 57 mil pacientes atendidos foi superada em 21,3 %, com excelente desempenho nas três modalidades de atenção: ambulatório, internação e hospital-dia.

3ATENÇÃO À SAÚDE


Pacientes atendidos em serviços assistenciais especializados e outros produtos, segundo a modalidade de atenção. Fiocruz, 2005

PACIENTES ATENDIDOS EXECUTADO 2005Em ambulatório 68.479Em internação 309Em hospital-dia 394TOTAL DE PACIENTES ATENDIDOS 69.182

OUTROS PRODUTOSConsulta ambulatorial realizada por médico 111.289Consulta ambulatorial realizada por outro profissional 21.644Internação realizada em enfermaria 3.676Internação realizada em UTI 609Atendimento em hospital-dia 1.986Atividade de grupo realizada 46Cirurgia realizada 938Cirurgia realizada em hospital-dia 1.290Exame realizado em nível ambulatorial 123.510Exame realizado em nível de internação 43.917Exame realizado em hospital-dia 3.191

Evolução das internações nas unidades assistenciais, Fiocruz 2001 – 2005

2001 2002 2003 2004 2005

4.300

4.400

4.200

4.100

4.000

3.900

0

4.196

4.066 4.068

4.193

4.285

Os tempos médios de permanência na internação do IFF e do Ipec foram, respectivamente, de 8,5 e de 14,6 dias. Esses tempos são relativamente curtos, considerado o alto grau de complexidade das patologias atendidas e indicam uma boa eficiência no atendimento médico de ambas as unidades.

Em relação às taxas de letalidade hospitalar, os valores de 2,73% e 7,61%, respectivamente para o IFF e para o Ipec, podem ser considerados bons pela gravidade dos casos referenciados e atendidos em ambas as unidades. Um resultado significativo e motivo de orgulho para a Fiocruz foi o fato de não ter ocorrido nenhuma morte materna no Instituto Fernandes Figueira em 2005.

A Fundação tem ampliado seu papel nesta área não apenas pelo desenvolvimento das atividades assistenciais propriamente ditas, mas também pela ampliação


das ações de cooperação com a rede de serviços de saúde do SUS, tanto na área materno-infantil, quanto em doenças infecciosas. A capacitação de pessoal e a elaboração e transferência de protocolos clínicos são algumas das atividades desenvolvidas visando à melhoria da qualidade dos serviços do SUS.

Neste sentido, merece destaque o projeto que o IFF desenvolveu em 2005, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro e por meio do Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher, Criança e Adolescente (PAISMCA), abrangendo atividades de capacitação, desenvolvimento de protocolos clínicos, análises das informações das bases de dados oficiais e avaliação das 70 maiores maternidades vinculadas ao SUS no estado do Rio de Janeiro. Essas atividades contaram com a participação de técnicos das secretarias municipais e visaram a qualificar a rede local de assistência perinatal do estado.

Além disso, no âmbito da atenção especializada, nas duas áreas, a Fiocruz tem ampliado a sua atuação como importante apoio ao Ministério da Saúde para a formulação e execução de políticas. Por ato do Secretário da SAS/MS, o IFF foi reconhecido, em 2005, como Centro de Referência Nacional na área de saúde da criança, mulher e adolescente para desenvolvimento de várias ações, como:


Assessoria para qualificação e gestão de serviços de perinatologia; Articulação e assessoria para a Rede Nacional de UTI Neonatais; Desenvolvimento e assessoria para implantação de protocolos para o acompanhamento do

crescimento e desenvolvimento de recém-nascidos egressos de UTI neonatais, integrando as ações de saúde da primeira semana de vida; Elaboração de modelo alternativo de capacitação para a Atenção Integrada às Doenças

Prevalentes da Infância (AIDPI), utilizando a educação a distância; Assessoria e qualificação de centros de referência para assistência de pacientes com defeitos

congênitos (osteogênese imperfecta, fibrose cística e má formações congênitas); Articulação e assessoria às redes nacionais para o cuidado de pacientes com defeitos genéticos, fibrose cística e imunodeficiência primária.

Outra atividade importante de cooperação é a Rede Nacional de Bancos de Leite Humano (BLH), que conta, atualmente, com mais de 150 bancos e é considerada a maior e mais complexa do mundo. A Rede BLH do Brasil é uma iniciativa do Ministério da Saúde, desenvolvida pela Secretaria de Atenção à Saúde (Área de Saúde Infantil) e pelo IFF/Fiocruz.

Atendendo aos requisitos das normas conjuntas do Ministério da Educação e do Ministério da Saúde, o IFF foi certificado como hospital de ensino em 30 de maio de 2005, o que significa o reconhecimento formal do papel de ensino e de sua qualidade.

Atenção Básica O Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria (CSEGSF), da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP), tem sua missão orientada para a qualificação de profissionais que atuem na área de atenção básica à saúde e para a realização de pesquisas e desenvolvimento tecnológico de métodos e processos em saúde pública, especialmente vinculados à atenção primária.


O CSEGSF é um instrumento de aprendizado, uma proposta em que o profissional desenvolve práticas e tecnologias, ensina, pesquisa, experimenta e discute questões ligadas à atenção básica.

As pesquisas de desenvolvimento de métodos e processos estão voltadas, prioritariamente, para a promoção da saúde e para a humanização do atendimento. Ênfase especial tem sido dada ao Programa Saúde da Família, em função da política nacional que prioriza essa estratégia. A residência em Saúde da Família é uma parceria do Ministério da Saúde - Núcleo do Estado do RJ -, da Secretaria Municipal de Saúde e da ENSP/Fiocruz.

Indo além de sua missão, o Centro realiza ainda atendimento em atenção básica com a finalidade de atender prioritariamente à população moradora no Complexo de Manguinhos, no município de Rio de Janeiro, onde está localizado. O CSEGSF atende a cerca de 50 mil pessoas, conta com oito equipes do Programa Saúde da Família, cobrindo 90% da região, além de contribuir para a Agenda Redutora da Violência.


Serviços Laboratoriais de Referência Internacional, Nacional e Regional para Diagnóstico de Doenças Infecciosas

A Fiocruz tem o principal conjunto de laboratórios de referência da Rede Nacional de Vigilância Epidemiológica, coordenada pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS). Atua ainda como referência internacional, formalmente reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e por seu órgão regional para as Américas, a Organização Pan-americana de Saúde (Opas).

O papel de referência e a capacidade adquirida pelas diversas unidades se devem principalmente às atividades de pesquisa, que permitiram aos laboratórios incorporar precocemente as mais importantes inovações metodológicas para a detecção de anticorpos, o isolamento e a caracterização de agentes infecciosos, a identificação de antígenos, a análise patológica etc. Não raro, os próprios laboratórios foram responsáveis pelo desenvolvimento e pela validação de metodologias posteriormente aplicadas por eles e por outros laboratórios da Rede na prestação de serviços laboratoriais de referência diagnóstica.

O constante crescimento dessas atividades na Fiocruz ocorre também porque a instituição participa cada vez mais da formulação e implementação de políticas e estratégias do Ministério da Saúde e do SUS – estando elas direta ou indiretamente relacionadas às principais áreas da ciência, da tecnologia e da inovação.

Assim, os laboratórios de referência da Fiocruz não se limitam à realização de exames, geralmente de maior complexidade ou de maior grau de dificuldade no diagnóstico diferencial. Paralelamente, eles estabelecem materiais de referência, prestam serviços de assessoria e de consultoria a outros laboratórios do sistema nacional dos laboratórios de saúde pública, e oferecem diversos processos de capacitação continuada, que vão desde os treinamentos em serviço até diferentes modalidades de ensino de pós-graduação em lato ou stricto sensu. Desta maneira,

4PROGRAMA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E AMBIENTAL EM SAÚDE


os serviços de referência podem ser efetivamente considerados produtos exemplares da sinergia entre as diferentes ações de ensino, pesquisa e desenvolvimento tecnológico da Fiocruz.

Todos os laboratórios das seis unidades atuantes na ação conseguiram superar a meta ajustada para o Plano Anual de 2005, realizando mais de 219 mil exames.

De um total de 31 tipos de agravos para os quais a Fiocruz realiza exames de diagnóstico de referência, no contexto do sistema nacional de vigilância epidemiológica, as metas quantitativas para 21 deles foram largamente cumpridas, com particular destaque para o diagnóstico de dengue, malária e gripe, que superaram em mais de 500% as respectivas metas. Também exames para diagnóstico de esquistossomose, febre amarela, leptospirose, leishmanioses, filarioses, hepatites virais e outros tiveram execução física superior a 100%.

Vale ainda destacar o aumento anual contínuo das atividades laboratoriais de referência no campo da vigilância epidemiológica e ambiental em saúde, com um aumento de mais de 400% em relação ao ano de 2001. Esses resultados reafirmam a posição da Fiocruz como principal instituição da Rede Nacional de Vigilância Epidemiológica.


Exames laboratoriais realizados em vigilância epidemiológica e ambiental. Fiocruz, 2005

EXAME REALIZADO EXECUTADO 2005Exame para diagnóstico de filariose 4.454Exame para diagnóstico de gripe 3.847Exame para diagnóstico de hantaviroses 1.959Exame para diagnóstico de hepatites virais 12.109Exame para diagnóstico de leishmaniose tegumentar e visceral 13114Exame para diagnóstico de leishmaniose visceral canina 680Exame para diagnóstico de leptospirose 1.524Exame para diagnóstico de malária 1.134Exame para diagnóstico de micose sistêmica 8.612Exame para diagnóstico de oncocercose 10.452Exame para diagnóstico de pediculose 260Exame para diagnóstico de peste 16.032Exame para diagnóstico de poliomielite e outras enteroviroses 3.702Exame para diagnóstico de rickettsioses 1.879Exame para diagnóstico de rotaviroses 2.879

Exame para diagnóstico de tuberculose, hanseníase e outras micobacterioses

12.816

Exame para diagnóstico de viroses exantemáticas 2.620Exame para diagnóstico histopatológico de doenças infecciosas 29.763

Exame para diagnóstico molecular de doenças neuro-musculares degenerativas

25

Exame para identificação de agentes infecciosos em vetores 2.148TOTAL 219.040

OUTROS PRODUTOSEnsaios químicos realizados em compostos orgânicos 25Ensaios químicos realizados em compostos inorgânicos 400Ensaios químicos realizados em parâmetros físico-químicos em águas 2.470Amostras ambientais-água abastecimento público 8Amostras ambientais-solo 48

Laudo de análise em água e esgoto para Vigilância Epidemiológica

8

Laudo de análise em solo para Vigilância Epidemiológica 48TOTAL DE ANÁLISES AMBIENTAIS 3.007

Em 2005, o Ministério da Saúde manteve o apoio financeiro aos Laboratórios de Referência Nacional e Regional para a Rede de Laboratórios de Saúde Pública. O convênio assinado com a Secretaria de Vigilância em Saúde prevê 32 subprojetos referentes aos agravos: carbúnculo, doença de Chagas, enteroinfecções bacterianas, esquistossomose, filarioses, gripe, hepatites virais, leishmaniose, leptospirose, micoses sistêmicas, peste, poliomielite e outras enteroviroses, rickettsioses, viroses exantemáticas, dengue, febre amarela, hantaviroses, malária, rotaviroses e diagnósticos histopatológicos. Foram liberados R$ 1.7 milhão para os laboratórios de referência desenvolverem atividades para a vigilância epidemiológica.

No mesmo ano, houve também a formalização pela SVS de mais três laboratórios de referência atuando em todo o País para o programa de monitoramento de Aedes aegypti e, regionalmente, para as sub-redes de malária e rickettsioses (taxonomia de vetores).


Os principais serviços laboratoriais de referência da Fiocruz para a vigilância epidemiológica estão relacionados a seguir:

Referência internacionalA OMS reconhece formalmente serviços de referência diagnóstica em laboratórios de três unidades da Fiocruz, de acordo com o quadro a seguir:

Serviços de referência internacional para o diagnóstico de doenças transmissíveis. Fiocruz, 2005

AGRAVO UNIDADEDiagnóstico e tipagem molecular das retroviroses humanas CPqGMControle e prevenção de esquistossomose CPqGMTipagem de Leishmania CPqRRTipagem de Leishmania IOCEpidemiologia de má formações congênitas IOCSarampo e outras viroses exantemáticas IOCGripe / Influenza IOCPoliomielite e outras enteroviroses IOC

Referência nacional / regionalA Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS) é o órgão responsável pela coordenação da Rede Nacional de Laboratórios de Vigilância Epidemiológica. A Rede está constituída por instâncias hierarquizadas, cada uma com atribuições claramente definidas e diferenciadas. Nessa estrutura, as unidades da Fiocruz acumulam um número expressivo de laboratórios de referência nacional ou regional. Esses serviços atendem às seguintes patologias:

Serviços de Referência Nacional para o Diagnóstico de Doenças Transmissíveis. Fiocruz, 2005

AGRAVO UNIDADESPeste CPqAMDengue e febre amarela CPqAM / IOCHantaviroses CPqAM / IOCHepatites CPqGM / IOCGripe / Influenza IOCPoliomielite e outras enteroviroses IOCRiquettsioses IOCRotaviroses IOCSarampo e outras viroses exantemáticas IOCSíndrome Respiratória Aguda Grave IOCCarbúnculo IOCCólera e outras enteroinfecções bacterianas IOCLeptospirose IOCMalária IOCOncocercose IOCDoença de Chagas CPqRR / IOCEsquistossomose CPqAM / CPqRR / IOCFilariose CPqAMLeishmaniose CPqAM/CPqGM/CPqRR/IOC/IpecMicoses sistêmicas Ipec


Laboratórios da Fiocruz também têm reconhecimento formal de diversas unidades do Ministério da Saúde para realizar atividades de referência nacional em:

Artrópodes vetores (CPqAM/IOC) Dermatopatologia (CPqGM) Vigilância e monitoramento de endemias (ENSP) Hanseníase (IOC) HIV (IOC) Diagnóstico histopatológico de doenças infecciosas (Ipec)

Referência estadual / municipal Os laboratórios da Fiocruz oferecem ainda esses e outros serviços laboratoriais de referência diagnóstica para os estados ou municípios sede de suas respectivas unidades.

Vigilância Ambiental A Fiocruz empreende esforços para integrar as políticas públicas e os programas institucionais entre os setores de Saúde e Ambiente, e Ciência e Tecnologia. Para isso, define estratégias de articulação intersetorial com os programas do Ministério da Saúde e de outras instâncias definidoras de políticas públicas na área de Saúde e Ambiente, além de apoiar atividades e programas previstos na Agenda 21, bem como suas implicações em acordos e protocolos internacionais.

Para tanto, durante o período, a Fiocruz participou como integrante da Comissão Nacional de Biodiversidade (CONABIO) e do Conselho do Patrimônio Genético, e na coordenação, junto com o Ministério de Meio-Ambiente, do Primeiro Informe Nacional sobre Espécies Exóticas Invasoras. Também é membro do grupo de discussão da Assessoria Internacional do MS (AISA), que debate e avalia o andamento dos acordos e protocolos internacionais, tais como o Protocolo de Cartagena, Controle de Armas Químicas e Biológicas, Protocolo de Kioto e Protocolo de Estocolmo.

Em continuidade ao Programa Institucional “Qualidade da água/Qualidade de vida”, foram desenvolvidos 17 projetos de pesquisa, incluindo aspectos ambientais relevantes em municípios dos estados da Bahia, do Amazonas, Espírito Santo, Piauí e Rio de Janeiro, além de diversos estudos metodológicos de impacto na melhoria das condições de vida da população.

Paralelamente, durante este período foram concluídos dez projetos de avaliação de contaminações e riscos ambientais em populações expostas em diversos estados do Brasil e realizados seis cursos financiados pela FUNASA por meio de convênio específico.


Análise Técnico-Laboratorial da Qualidade dos Produtos Ofertados à População

O Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) é o órgão de referência nacional e de excelência para as questões analítico-laboratoriais relativas ao controle da qualidade de insumos, produtos, ambientes e serviços vinculados à vigilância sanitária.

As atividades do Instituto são de caráter técnico-científico e abrangem as áreas de alimentos, medicamentos, soros e vacinas, saneantes domissanitários, insumos para diagnóstico, cosméticos, sangue e hemoderivados, e artigos para diálise e saúde ambiental.

Para o cumprimento de seu papel de referência no âmbito do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, o INCQS prioriza as atividades de desenvolvimento, validação e implantação de metodologias analíticas, estabelecimento de materiais de referência químicos e biológicos, e capacitação de recursos humanos para o setor de qualidade em saúde.

Para complementar sua atuação como órgão de referência em controle da qualidade em saúde, o Instituto oferece um programa de pós-graduação (lato e stricto sensu) em Vigilância Sanitária. O objetivo é formar profissionais com perfil e competência para atuarem na área de controle da qualidade de produtos destinados à saúde.

Além das atividades do INCQS, especificamente orientadas para o programa setorial de vigilância sanitária, outras unidades da Fiocruz também participam nas ações técnico-científicas vinculadas a esse campo de atuação, em particular na área farmacêutica. Dessa forma, destacam-se as seguintes ações de referência vigentes na Fiocruz:

Centro Colaborador da OMS na Área de Políticas Farmacêuticas (Ensp); Laboratório de Referência da Anvisa em Equivalência Farmacêutica (Farmanguinhos); Laboratório de Referência da Anvisa em Farmacocinética e Bioequivalência (Ipec); Laboratório Avaliação Farmacológica de Produtos Naturais (CPqGM).

5PROGRAMA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA DE PRODUTOS, SERVIÇOS E AMBIENTES


O gráfico a seguir descreve as oscilações anuais do número de análises realizadas pelo INCQS no período 2001-2005, principalmente atribuíveis à variação da demanda externa, por parte do sistema nacional de vigilância sanitária.

Evolução das análises de controle da qualidade de produtos e insumos de saúde, sujeitos à Vigilância Sanitária. Fiocruz, 2001 – 2005

2001 2002 2003 2004 2005

5.000

6.000

7.000

8.000

4.000

3.000

2.000

1.000

0

5.0574.975

6.699

4.920

3.512

Dentre as análises de produtos e insumos de saúde realizadas, a maior parte foi relativa a soros e vacinas, artigos e insumos para diálise e sangue, e hemoderivados, conforme mostra a tabela a seguir.


Análises de controle da qualidade de produtos e insumos desaúde segundo tipo de análise. Fiocruz, 2005

ANÁLISE EXECUTADO 2005 % TOTAL

Laudo de análise de alimentos 349 9,94

Laudo de análise de medicamentos 354 10,08

Laudo de análise de saneantes domissanitários 36 1,03

Laudo de análise de soros e vacinas 1.006 28,64

Laudo de análise de instrumentos e artigos de Saúde 159 4,53

Laudo de análise de sangue e hemoderivados 672 19,13

Laudo de análise de cosméticos 29 0,83

Laudo de análise de conjuntos, reagentes e insumos diagnósticos

174 4,95

Laudo de análise de artigos e insumos para diálise 677 19,28

Laudo de análise de saúde ambiental 56 1,59

Total de análises realizadas 3.512 100,00

Qualificação Técnica dos Laboratórios de Referência Nacional, Estadual, Municipal e do Distrito Federal para Análise de Produtos Sujeitos à Vigilância SanitáriaEsta ação compreende a realização de visitas técnicas, cursos e treinamentos; estabelecimento e distribuição de materiais de referência e desenvolvimento; e distribuição de novas tecnologias de análise. Julga-se que a Fiocruz teve um desempenho satisfatório, pois, dos 12 laboratórios com qualificação prevista para 2005, 11 a receberam de fato (índice de qualificação de 91,67%).

Como componentes dessa ação, foram distribuídos aos laboratórios centrais dos estados 679 soros de referência, 1.405 bactérias e fungos de referência, 1.402 substâncias químicas de referência (SQR) e 1.781 procedimentos operacionais padrão (POPs), entre outros.


Produção de Fármacos, Medicamentos e Fitoterápicos

O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos) tem como missão desenvolver tecnologia e produzir medicamentos de interesse da saúde pública. Essa missão vem sendo consolidada pela sua participação nos programas sociais estratégicos do Governo Federal.

Os programas do MS aos quais Farmanguinhos atende com o fornecimento de medicamentos são os seguintes:

Saúde da Família (PSF) Farmácia Popular do Brasil HiperDia Saúde da Mulher Endemias Focais Hanseníase Pneumologia Sanitária DST/Aids Assistência Farmacêutica Básica Alimentação e Nutrição Multidrogas

Dentre esses, os principais programas realizados por Farmanguinhos, em termos de volume de produção, são: HiperDia; Saúde da Família; e Alimentação e Nutrição.

Além de suprir as necessidades do Ministério da Saúde, Farmanguinhos também comercializa seus medicamentos diretamente para secretarias, fundos e institutos estaduais e municipais de saúde.

Com a aquisição do Centro Tecnológico de Medicamentos (CTM), a meta de produção aumentou cerca de 11% em relação a de 2004, contribuindo com mais de 2,3 bilhões de unidades farmacêuticas para o Programa Nacional de Assistência Farmacêutica.

6ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA E PRODUÇÃO DE INSUMOS ESTRATÉGICOS EM SAÚDE


Evolução da produção de medicamentos. Fiocruz, 2003-2005

2003 2004 2005

2.500

2.000

1.500

1.000

500

0

1.707.350.620

1.101.828.290

2.328.910.246

UNID

ADES

EM

MIL

HÕES

Produtos fabricados por Farmanguinhos e destinados ao SUS:

Analgésicos Anti-maláricos Ansiolíticos Antimicóticos Antianêmicos Antiparasitários Antibacterianos Antiulcerativos Antibióticos Antiviróticos

Antigotosos Anti-hipertensivos Antiinflamatórios Anticonvulsionantes Antidiabéticos Corticóides Diuréticos Hansenostáticos Neurolépticos Tuberculostáticos


Farmanguinhos é o principal laboratório farmacêutico público do país e contribui com 36% das aquisições totais feitas pelo Ministério da Saúde aos laboratórios oficiais. O Instituto alia sua capacidade produtiva a um corpo técnico experiente em síntese orgânica e ao domínio de tecnologias em formulação farmacêutica. Contribui, assim, de forma decisiva, para aumentar o poder de negociação do Ministério da Saúde junto aos laboratórios privados. No caso dos medicamentos contra HIV/Aids, confirma sua capacitação tecnológica para realizar a engenharia reversa, gerando uma significativa economia de divisas aos cofres públicos, não só pela produção, mas também pela redução dos preços dos produtos patenteados frente à possibilidade de se lançar mão do licenciamento compulsório para a fabricação pública de anti-retrovirais.

Produção de Vacinas, e Reagentes para Diagnóstico e BiofármacosO Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos) desempenha um papel estratégico para o Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde. Também pauta suas atividades de produção e desenvolvimento tecnológico pelo Plano Plurianual (PPA) do Governo Federal para o setor da saúde, contemplando os seguintes programas: prevenção e controle das doenças imunopreviníveis; pesquisa e desenvolvimento em saúde; qualidade do sangue; prevenção e controle das DSTs e da Aids; e assistência aos portadores dessas doenças.

Biomanguinhos é um dos maiores centros de produção e desenvolvimento de imunobiológicos do país. Teve em 2005 participação de 46% no mercado produtor nacional de vacinas e atendeu a 43% da demanda ministerial de reativos para diagnóstico. Assim, contribui significativamente para diminuir a dependência externa em relação aos insumos para a saúde.

Durante o ano, o Instituto entregou mais de 68 milhões de doses de vacinas, distribuídas entre febre amarela, poliomielite, tríplice viral, Hib monovalente e DPT+Hib, esta última em conjunto com o Intituto Butantan. É o maior produtor mundial da vacina contra a febre amarela e também o único laboratório da América Latina certificado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para a produção dessa vacina. As exportações do produto cresceram 379% nos últimos três anos, passando de 5 milhões de doses, em 2002, para uma produção próxima dos 24 milhões em 2005.


Também em 2005, foram produzidos 3,1 milhões de reativos e conjuntos para diagnóstico de HIV-1, HIV-1 e 2, dengue, leishmaniose, leishmaniose canina e leptospirose, representando um incremento de 15,4%, em relação a 2004, e de 54,5% em relação a 2003. Os números demonstram o cumprimento da política da Fiocruz e do Ministério da Saúde para diminuir a dependência tecnológica e comercial do país nesta importante área de insumos estratégicos para os programas de saúde pública. O teste rápido para diagnóstico de HIV-1 e 2 favorece o diagnóstico precoce, ajuda a prevenir a transmissão de mãe para filho e torna o exame de triagem acessível a moradores de áreas carentes e isoladas. O resultado sai em até dez minutos e não precisa de infra-estrutura laboratorial.

Produção (*) de vacinas. Fiocruz, 2005

VACINAS E REAGENTES EXECUTADO EM 2005

Vacina contra febre amarela 23.936.150

Vacina contra poliomielite 18.295.250

Vacina contra Hib 36.750

Vacina tríplice viral 13.584.950

Vacina Hib + DPT 12.394.660

Total de vacinas entregues 68.247.750

(*): doses produzidas: liberadas e entregues durante o período.

Produção de vacinas. Fiocruz, 2003-2005

2003 2004 2005

100

120

80

60

40

20

0

84.957.150

111.775.000

68.247.760

UNID

ADES

EM

MIL

HÕES


Produção(*) de conjuntos para diagnóstico. Fiocruz, 2003-2005

2003 2004 2005

2,5

3,0

3,5

2,0

1,5

1,0

0,5

0

2.018.790

2.704.1763.119.584

UNID

ADES

EM

MIL

HÕES

A substituição de vacinas individualizadas (Hib e sarampo) por vacinas combinadas (Hib+ DTP e tríplice viral), a partir de 2002, e a fabricação em menor quantidade de doses por frasco, como no caso da vacina contra a febre amarela, justificam a oscilação dos números da produção nos últimos anos.

Produção de animais de laboratórioEm 2005, o Centro de Criação de Animais de Laboratório (Cecal) produziu 202 mil animais de laboratório, sendo que deste montante, forneceu para a Fiocruz mais de 91 mil em condições convencionais e cerca de 44 mil em condições Specific Pathogen Free (SPF). São camundongos, ratos, hamsters, cobaias, coelhos, ovinos, caprinos, equinos e primatas não-humanos usados pela Instituição. Os animais são necessários à pesquisa, ao ensino, à produção e ao controle da qualidade de fármacos e imunobiológicos.

O Cecal incrementou a criação de animais sob cuidados e controles sanitários específicos (Specific Pathogen Free -SPF) em substituição de animais convencionais, o que representou um salto de qualidade na oferta de animais para a área de experimentação, ao reduzir significativamente possíveis variações indesejáveis de respostas devidas a fatores sanitários pré-existentes, alheios às experiências.

As espécies Ovis aires (ovinos), Capra hircus (caprinos) e Equus caballus (eqüinos) são criadas e mantidas, sobretudo, para o fornecimento de sangue animal e de seus derivados, e para a produção de anticorpos usados na pesquisa e no desenvolvimento de imunobiológicos. Neste ano, o Cecal forneceu, aproximadamente, 200 mil mililitros de sangue animal e de seus derivados.

Em 2005, foi instalado o Laboratório de Citogenética Animal, que possibilitou o levantamento citogenético das espécies de primatas não-humanos criados e mantidos no Cecal, assim como o diagnóstico de malformações congênitas, problemas reprodutivos e tumores. Outras espécies poderão ser ainda estudadas, com perspectivas de utilização pelas demais unidades da Fiocruz.


Evolução da produção de animais de laboratório. Fiocruz, 2001-2005

2001 2002 2003 2004 2005

180

200

220

240

160

140

120

100

0

211.128

219.080 217.544

181.227

202.126

UNID

ADES

EM

MIL

HARE

S

Inserida na ação programática de modernização das unidades da Fiocruz, o Cecal iniciou o processo de acreditação da unidade, realizado pela AAALAC (Association for Assessment and Acreditation of Laboratory Animal Care), com o objetivo de obter reconhecimento externo do seu programa de garantia da qualidade dos animais de experimentação utilizados tanto na pesquisa, quanto em ensaios laboratoriais de diagnóstico de doenças e de controle da qualidade de insumos e produtos sujeitos à vigilância sanitária.

Na área da disseminação de informações de C&T em saúde, destaca-se a coordenação do II Congresso Internacional sobre o Futuro da Pesquisa com Animais, realizado no âmbito da V Conferência Sul-americana de Medicina Veterinária, que contou com mais de 3 mil participantes da área biomédica e palestrantes do Brasil, Estados Unidos, Holanda, Itália, Alemanha Austrália e Espanha. O evento permitiu um valioso intercâmbio entre os profissionais da área de bioterismo e destacou o valor das pesquisas atualmente desenvolvidas com animais de laboratório, identificando ainda a preocupação com o bem-estar animal.

Outras atividades relevantes do Cecal incluíram a coordenação do Curso de Genética de Roedores de Laboratório, ministrado por profissionais da Universidade Federal de Minas Gerais e da Universidade do Texas (EUA). O curso teve a participação de 50 profissionais de várias instituições do Brasil que atuam com animais de laboratório e forneceu subsídios para os trabalhos desenvolvidos na área de criação e manutenção de roedores, e para a publicação de seis artigos em periódicos sobre primatas, aves e hamsters, referentes à produção e ao status sanitários desses animais.

Implantação, Manutenção e Funcionamento de Farmácias PopularesFarmácia Popular do Brasil é um programa do Governo Federal que tem como um dos seus principais objetivos ampliar o acesso do brasileiro aos medicamentos básicos e essenciais, diminuindo assim o impacto do preço dos remédios no orçamento doméstico. O programa já colocou à disposição dos brasileiros milhões de medicamentos.


Qualquer cidadão pode adquirir medicamentos nas farmácias populares por um preço até 85% menor que na rede privada. Para tanto, basta estar munido de receita médica prescrita por profissionais da rede pública ou particular. A ação de implantação das farmácias é compartilhada entre a Fiocruz e outros órgãos do Ministério da Saúde, especialmente o Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos (DAF), da Secretaria de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE). Para sua operacionalização, o Ministério da Saúde conta com a Fiocruz, que é responsável pela compra dos medicamentos, pelo abastecimento das farmácias e pela capacitação dos profissionais. A maior parte dos medicamentos é fornecida pelos laboratórios oficiais. Os demais, preferencialmente os genéricos, são comprados dos laboratórios privados por meio de pregões organizados pela Fundação.

A meta estabelecida para a Fiocruz em 2005 - de implantação de dez farmácias – foi superada em cinco vezes, chegando a 50 farmácias populares no período. Em função da efetividade da Fiocruz no cumprimento dessa meta, houve uma crescente demanda por parte do Ministério da Saúde para a implantação de um número maior de farmácias do que o previsto para a Instituição. No final do período, a Fiocruz manteve em pleno funcionamento um total de 77 farmácias implantadas. Um recente levantamento do MS constatou que o Programa Farmácia Popular do Brasil tem aprovação de 91% dos usuários. O atendimento prestado nas unidades foi considerado um ponto forte, com 97% de aprovação.

Distribuição Geográfica das Farmácias Populares mantidas em 2005

2

3

1

11

1

2

1

1 11 1 1

1

33

111

2

1226

3

1


Consolidação da Atuação Internacional do Ministério Da Saúde

A ação de Consolidação de Atuação Internacional do MS incluiu, em 2005, um amplo campo de atividades desenvolvidas pela Assessoria de Cooperação Internacional (ACI) e pelas unidades da Fiocruz, juntamente com centros de pesquisa, universidades, agências governamentais e outras instituições estrangeiras e organismos internacionais, especialmente a OMS e a OPAS. A cooperação com esses organismos incluiu participação em grupos técnicos e de pesquisa em diversas áreas, além da participação em seus órgãos colegiados.

Em 2005, foram recebidas pela Fiocruz 52 missões estrangeiras e assinados dez protocolos de intenção, elevando para 57 os acordos internacionais já existentes, além de realizadas 362 viagens para o exterior, gerando missões de prospecção e consultoria ou participações em reuniões de trabalho, eventos científicos e cursos de longa e curta duração.

No campo de cooperação técnica em pesquisa, destacam-se as ações desenvolvidas com os Institutos Nacionais de Saúde (NIH), com o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID/NIH), com o Centro de Controle de Doenças (CDC) e vários outros centros de pesquisa e universidades dos Estados Unidos. Destacam-se também as parcerias com redes internacionais de pesquisa, sobretudo de doenças infecciosas.

Na França, a Fiocruz manteve importante intercâmbio com o Instituto Pasteur e o Institut National de la Santé et de la Recherche Médicale (Inserm). A Instituição faz parte da Rede Mundial de Institutos Pasteur e realizou no seu campus o seminário Pasteur-América. Em 2005, teve lugar um seminário de avaliação dos 15 anos do Programa de cooperação com o Inserm, quando foram implementados mais sete novos projetos, incluindo a vinda ao Brasil de oito pesquisadores franceses e a ida de 16 brasileiros à França, e aprovadas dez propostas de projetos a serem implementados em 2006.

A Fiocruz participou das atividades comemorativas do Ano do Brasil na França, promovendo eventos de divulgação científica naquele país, dentre os quais se destacam: os seminários As Doenças Parasitárias no Brasil e Medicina, Ciência e Saúde nas Relações Brasil-França: passado, presente e futuro, realizados no Instituto Pasteur; a exposição A Formação da Medicina Brasileira e Suas Relações com a Medicina Francesa, realizada no Museu do Serviço Médico das Forças Armadas; e a participação no fórum Ciência e Sociedade: Saúde e Ambiente, realizado no Museu Nacional de História Natural de Paris.

7PROGRAMA DE GESTÃO DE POLÍTICAS DE SAÚDE


Dando apoio ao projeto IBSA (iniciativa tripartite de cooperação entre Índia, Brasil e África do Sul em várias áreas), a Fiocruz participou da reunião realizada em Pretoria, na África do Sul, dedicada ao tema HIV-Aids e ficou responsável pela coordenação do componente de malária do projeto. Destaca-se também a participação da Fundação na reunião da Conferência Luso-francofônica de Saúde (COLUFRAS), realizada em Montreal, reunindo instituições de dezenas de países francófonos e lusófonos.

Em relação à cooperação ofertada, a Fiocruz concentrou-se, conforme as diretrizes do Ministério da Saúde, nos países latino-americanos e nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP). Em setembro, foi realizado o 5º Curso Internacional sobre Saúde do Trabalhador, promovido pelo Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (CESTEH/ENSP/Fiocruz), em parceria com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), para alunos de países africanos de língua portuguesa e da América Latina.

O INCQS participou da missão brasileira de cooperação técnica em Zimbábue e Zâmbia, coordenada pela Unaids com o objetivo de coletar dados sobre a incidência de Aids e tuberculose, e verificar os aspectos técnicos concernentes à produção e ao controle da qualidade de medicamentos nesses países.

No âmbito de cooperação com a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), a Fiocruz continuou apoiando a área de formação de profissionais em saúde pública. Foram realizadas duas oficinas pedagógicas - uma em Luanda e outra em Maputo -, com o objetivo de desenvolver o processo de formação e implementação de cursos de especialização em saúde pública em Angola e Moçambique. Além disso, a Fiocruz deu início à implementação do projeto de assessoramento ao Ministério da Saúde de Angola no desenvolvimento da Escola Nacional de Saúde Pública do país, contando, para isso, com o apoio da Capes. Atendendo à solicitação da Direção Provincial de Saúde de Luanda, a EPSJV oferecerá a essa Escola cursos presenciais para 20 profissionais da área de saúde.

O Cict iniciou a cooperação técnica com o Ministério da Saúde de Angola para apoiar o desenvolvimento de uma rede de bibliotecas em saúde e o fortalecimento de acervos bibliográficos especializados para apoiar as atividades de prestação de serviços, ensino e investigação.

A cooperação com países de América Latina expandiu-se em várias áreas, como mostra-se a seguir:

A Carta de Entendimento assinada com o Ministério da Saúde da Argentina prevê apoio e intercâmbio com a Administración Nacional de Laboratorios e Institutos de Salud (ANLIS), especificamente a realização de cursos de pós-graduação, projetos de pesquisa e produção de reagentes diagnósticos; A Casa de Oswaldo Cruz (COC) iniciou o projeto de assessoramento ao Ministério da Saúde do

Chile na organização de uma unidade de recuperação do acervo histórico e desenvolvimento de um centro de documentação nessa área; O Projeto TCC de formação de pessoal técnico e auxiliar em saúde, encaminhado à EPSJV pela

OPAS, propõe-se a contribuir para o aperfeiçoamento da atenção primária e secundária no âmbito dos Sistemas de Saúde da Bolívia, do Brasil e Paraguai;


A cooperação técnica mantida com Cuba envolve apoio para o aperfeiçoamento do sistema de controle de qualidade em saúde e intercâmbio para a produção de Interferon e Eritropoetina na Fiocruz.

Uma das importantes ações de cooperação internacional ofertada foi o fornecimento, por Biomanguinhos, da vacina contra febre amarela para República Democrática de Congo, Venezuela, Colômbia, Bolívia e República Dominicana, totalizando 24 milhões de vacinas.

Ao longo de 2005, a Fiocruz recebeu em suas unidades 68 alunos estrangeiros para cursos de pós-graduação, sendo 43 para aperfeiçoamento, 2 para especialização, 14 para mestrado, 8 para doutorado e um para preparo de tese de mestrado.

Em agosto, foi realizada a primeira reunião da Câmara Técnica de Cooperação Internacional, constituindo a primeira oportunidade de interação institucional nessa temática. O intercâmbio de informações permitiu coletar amplo conhecimento de atividades importantes, tanto por parte da Assessoria de Cooperação Internacional, como das unidades presentes, o que evidencia não só o prestígio da Fiocruz, como também a capacidade de mobilização de seus pesquisadores e gestores.

Preservação do Patrimônio Científico, Cultural e Histórico na SaúdeEm 2005, a Fiocruz deu início a uma nova proposta, que busca valorizar, organizar e articular com as demais atividades que desenvolve aquelas relacionadas à preservação de seu patrimônio científico, cultural e histórico, acumulado ao longo de mais de um século. Desde sua formação, a Fundação, por meio de suas atividades de pesquisa na área da saúde, vem construindo um acervo de amostras e peças biológicas, museológicas e arquitetônicas que já a designaram como merecedora de diferentes premiações. Neste sentido, propôs-se a incorporação da ação de Preservação do Patrimônio Científico, Cultural e Histórico na Saúde no âmbito do Programa Plurianual de Gestão de Políticas de Saúde, do Ministério da Saúde.

Coleções CientíficasDesde 1900, a Fiocruz atua na formação e na preservação de materiais biológicos vivos e não vivos. Além de alcançar a principal missão para a qual as coleções científicas se destinam - subsidiar atividades de pesquisa científica e tecnológica - a preservação deste patrimônio genético e cultural serve ainda como instrumento de disseminação e socialização do conhecimento adquirido na área, despertando e estimulando o interesse dos visitantes das coleções.

No total, são dez coleções científicas credenciadas que, além de preservar, identificar e organizar as amostras, disponibilizam seus acervos para outras instituições de pesquisa e para atender à rede de laboratórios de referência para a execução de serviços de análise de vigilância sanitária.

Em 2005, as coleções Helmintológica, Micológica, Entomológica, Malacológica, de Culturas do Gênero Bacillus e Correlatos, de Febre Amarela, de Leishmaniose e de Cultura de Fungos foram credenciadas no âmbito do Ministério do Meio Ambiente sob o status de “fiéis depositárias” de amostras de componentes do patrimônio genético brasileiro.


Além de constituírem centros de conservação de recursos genéticos, as coleções oferecem serviços de isolamento, depósito, preservação e distribuição de amostras, estudo morfológico e identificação taxonômica. Outras atividades incluem a prestação de consultoria e a realização de treinamentos para formação de recursos humanos especializados.

Coleções científicas segundo ano de início e quantidade. Fiocruz 2005

COLEÇÃO INÍCIO QUANTIDADE RELEVÂNCIA

Entomológica 19015 milhões de exemplares

Constituída por exemplares de insetos brasileiros e exóticos, vetores ou não de doença.

Helmintológica 1907 37 mil amostrasConta com amostras que representam espécies da América do Sul, do Norte e Central.

Cultura de fungos 1922

aproximadamente 1.800 linhagens de diferentes grupos taxonômicos

Distribuídos em 201 gêneros e 558 espécies.

Febre amarela 1931 500 mil amostras

Amostras coletadas entre as décadas de 1930 e 1970, procedentes de todo o território brasileiro e de alguns países limítrofes. Esta é uma das maiores coleções de referência histopatológica de fígado do mundo.

Cultura de bactérias1930

/1940

50 mil amostras de bactérias

Isoladas a partir de casos clínicos humanos, animais e do meio-ambiente. Possui patógenos oriundos de epidemias ocorridas em diversas regiões do país e amostras da era pré-antibióticos.

Malacológica 1948

5 mil lotes de conchas e partes moles de espécimes de 8 famílias

Reúne amostras de conchas e partes moles preservadas de moluscos de águas continentais, coletadas dos Estados Unidos à Terra do Fogo, na região do Caribe e em outros continentes.

Cultura de bactérias do gênero Bacillus e gêneros correlatos

1979

1.250 estirpes liofilizadas, perfazendo um total de 12.500 cópias

Inclui cepas-padrão de interesse para a saúde humana e para as áreas industrial e educativa.

Leishmania e Emndotrypanum

19801200 espécies com 3500 cepas preservadas

Preservadas com o uso da tecnologia de criopreservação, garantindo a estabilidade bioquímica e molecular dos exemplares do acervo.

Tripanossomatídeo 1995 500 amostras

Constituída principalmente por amostras de gêneros de interesse médico (Trypanosoma, Leishmania e Endotrypanum)

Fungos produtores de micotoxinas e de interesse em saúde coletiva

1997

446 cepas distribuídas em 18 gêneros e 53 espécies

Ênfase nas cepas que apresentam interesse em medicina humana e veterinária.


Patrimônio ArquitetônicoO reconhecimento do patrimônio arquitetônico da Fiocruz foi marcado pelo seu tombamento em 29 de janeiro de 1981 pela então Secretaria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (hoje, IPHAN). O Conjunto Arquitetônico Histórico da Fundação Oswaldo Cruz está situado numa área de 830 mil m², cortada pela Avenida Brasil, na Zona Norte do Rio de Janeiro, que anteriormente fazia parte da Fazenda de Manguinhos.

Os prédios que formam este conjunto arquitetônico são de épocas de construção e estilos bastante diversos, podendo ser organizados em dois principais núcleos: o Eclético e o Modernista.

O Núcleo Eclético é composto pelas construções Pavilhão Mourisco, Pavilhão do Relógio, Cavalariça, Pombal, Hospital Evandro Chagas e Quinino, que datam do início do século passado e que foram, ao longo do tempo, sendo modernizadas ou adequadas para subsidiar a missão institucional e gerar conhecimento na área da saúde em prol da população.

O Núcleo Modernista, por sua vez, é composto por construções que datam da década de 40 do século passado e é formado pelos Pavilhões Arthur Neiva e Carlos Augusto da Silva. Voltado para a disseminação do conhecimento científico, o Pavilhão Arthur Neiva – ou, como é comumente chamado, Pavilhão de Cursos – conta com um belo mural de azulejos de Roberto Burle Marx, enfocando os microorganismos, em tons azuis e brancos. Datado de 1947, é o segundo realizado pelo famoso paisagista.

Responsável pela conservação, restauração e valorização do seu patrimônio arquitetônico histórico, a Fundação vem realizando inúmeras obras ao longo desse período. Seus objetivos também incluem a preservação ambiental, a incorporação de novos edifícios tombados ao complexo histórico, a reflexão teórica e acadêmica na área, e a contribuição para a formação de mão-de-obra especializada.

Além das inúmeras obras de divulgação científica sobre a cultura e a história da saúde em 2005, neste mesmo ano a Fiocruz foi contemplada com a certificação, na classificação em nível regional, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, para o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, na categoria Preservação de Bens Móveis e Imóveis.


8INOVAÇÃO NA GESTÃO:

Plano Quadrienal da Fiocruz

Em 2005, a Fiocruz consolidou a reestruturação do seu sistema de planejamento, iniciado em 2004, visando a aprimorar o alinhamento entre o seu Plano Estratégico e os diversos instrumentos de planejamento do Governo Federal, especificamente o Plano Nacional de Saúde e os Planos Plurianuais do Ministério da Saúde (MS) e do Governo Federal. Tal mudança reflete o reconhecimento de que toda a ação finalística do Governo Federal, estruturada em programas e ações orientados para a consecução de objetivos estratégicos, é, em última instância, operacionalizada no âmbito de suas unidades executoras, cujo plano deve corresponder às prioridades e objetivos do plano mais geral.

O resultado é a compatibilização das propostas feitas no âmbito do Governo Federal e do Ministério da Saúde com as da Fiocruz, instituição reconhecida por sua capacidade de formulação e definição de políticas de interesse nacional. Esse alinhamento é alcançado a partir de um constante diálogo entre os níveis governamental, setorial e a Fiocruz. Exemplos disso foram a participação de representantes da instituição na formulação do Plano Plurianual setorial para o quadriênio 2004-2007 (PPA 2004-2007), junto com outros representantes do MS, e as revisões realizadas em 2005, que geraram importantes modificações na estrutura das ações sob responsabilidade da Fiocruz.

O principal impacto da inovação estrutural do Plano Estratégico da Fundação reside na horizontalização de suas ações entre as diversas unidades que a compõe, em substituição à tradicional programação segundo unidades executoras verticais, que caracterizam a maior parte das instituições públicas do Governo Federal. Efetivamente, até 2004, o planejamento institucional estava mais fortemente vinculado à estrutura organizacional em unidades da Fiocruz do que aos processos próprios da missão da Instituição. Desse modo, a forma como estavam enunciadas e organizadas as ações, embora facilitassem o controle contábil, não refletiam com transparência a missão institucional da Fiocruz e o papel de suas unidades.

Alinhamento da Fiocruz com as Necessidades da População e

as demandas do Estado Brasileiro.


O resultado dessa mudança tem sido a maior integração dos planos das unidades, orientados pela missão de cada uma no contexto da Fundação Oswaldo Cruz como um todo, e a organização de um pensamento mais voltado para os objetivos a serem alcançados no âmbito de cada ação do PPA-Fiocruz. Além disso, a inovação assentou as bases para a implementação de um sistema de acompanhamento e avaliação centrado nos resultados, uma vez que estabelece um conjunto de produtos e indicadores vinculados a cada objetivo e ação do PPA.

O PPA-Fiocruz é composto por 24 ações finalísticas pertencentes a 7 dos programas setoriais:

Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde Atenção Especializada em Saúde Vigilância Epidemiológica e Ambiental em Saúde Vigilância Sanitária de Produtos, Serviços e Ambientes Assistência Farmacêutica e Insumos Educação Permanente e Qualificação Profissional para o SUS Gestão de Políticas de Saúde

A partir das ações do PPA-Fiocruz a Instituição elaborou o seu Plano Quadrienal 2005-2008, em que são expressas as principais diretrizes, políticas e estratégias para cada uma daquelas ações. O Plano Quadrienal se situa entre as formulações gerais do PPA (Programas e Ações do Governo Federal sob responsabilidade da Fiocruz), que expressam a sua missão e o detalhamento dos objetivos e projetos no âmbito do Plano Anual (PA), cumprindo, assim, papel orientador das estratégias adotadas pela Instituição. A elaboração do PQ teve início com os debates levados a cabo na campanha eleitoral para a presidência da Fiocruz e estendeu-se até a realização do V Congresso Interno, com a participação de mais de 400 delegados de todas as unidades que compõem a Instituição.

O número de programas em que a Fiocruz atua demonstra o alcance e a diversidade de atividades desenvolvidas pela Instituição. Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, e Educação Permanente e Qualificação Profissional para o SUS são os programas mais abrangentes em que a Instituição atua, uma vez que praticamente todas as suas unidades desenvolvem algum projeto ou processo vinculado aos objetivos desses programas.

Cada ação do Plano Plurianual desdobra-se em objetivos institucionais. Para cada um desses objetivos, as unidades definem seus projetos e processos específicos e seus respectivos produtos e metas físicas, estimam as despesas e prevêem as receitas para o seu financiamento. Esse procedimento é normalizado pelo Manual de Programação do PPA e do PA-Fiocruz, elaborado pela Diretoria de Planejamento e registrado e acompanhado por meio de um sistema informatizado de programação e monitoramento, denominado Sistema Integrado de Informações Gerenciais (SIIG). Implantado no início de 2005, o SIIG registra as metas físicas para os diversos produtos e subprodutos da Fundação, assim como para os indicadores de desempenho.


Algumas ações são compartilhadas pela maioria das unidades, como as de Modernização das Unidades da Fiocruz; Disseminação de Informações em Ciência e Tecnologia em Saúde; Pesquisas Clínicas, Epidemiológicas e em Ciências Biológicas, Humanas e Sociais Aplicadas à Saúde; Desenvolvimento Tecnológico e Inovações para Métodos e Processos em Saúde Pública; e Formação de Recursos Humanos em Educação Profissional e de Pós-graduação stricto e lato sensu em Saúde. Por outro lado, há aquelas que são executadas exclusivamente por algumas unidades e, por vezes, por apenas uma delas, como é o caso das ações de Produção de Fármacos, Medicamentos e Fitoterápicos, de Produção de Vacinas, Reagentes para Diagnóstico e Biofármacos, e de Análise Técnico-Laboratorial da Qualidade dos Produtos Ofertados à População.

Planejamento Participativo: o V Congresso InternoO Congresso Interno é o instrumento máximo de representação da comunidade da Fiocruz, ao qual compete deliberar assuntos estratégicos relacionados ao macroprojeto institucional, bem como sobre matérias que possam interferir nos grandes rumos da Instituição. O Congresso Interno é presidido pelo Presidente da Fiocruz e composto por delegados eleitos pelas unidades, em número proporcional ao de servidores das mesmas.

Em 2005, foi realizado o V Congresso Interno, que teve como finalidade discutir, deliberar e aprovar o Plano Quadrienal 2005-2008. A plenária do Congresso foi precedida de uma série de discussões realizadas no âmbito de cada unidade, denominadas plenárias pré-congresso.


Durante o evento, participaram dos Grupos de Trabalho (GTs) e da Plenária Final cerca de 400 delegados, com direito a voz e voto. Ao todo, foram 12 GTs organizados de forma a estarem representadas, em cada grupo, todas as unidades da Fiocruz.

O conjunto de etapas percorridas até a realização da Plenária Final e a discussão do Plano Quadrienal 2005-2008 reafirmam a democracia e a participação como os principais valores institucionais, e demonstra a força e o engajamento de todos os trabalhadores na definição dos rumos da Fundação.

Gestão do Trabalho A política de redução do tamanho do Estado na década de 90 e a conseqüente diminuição da disponibilidade de vagas para concurso, aliadas ao boom de aposentadorias em 2003, em função de mudanças na lei, fizeram com que as instituições públicas, nos últimos anos, tivessem seu quadro de servidores extremamente reduzido, principalmente as instituições de pesquisa, ensino e desenvolvimento tecnológico, como é o caso da Fiocruz.

A força de trabalho da Fiocruz é composta por cerca de 3.300 servidores ativos (39,3% da força de trabalho total da instituição); 4.600 funcionários com vínculos contratuais diversos, como empresas de terceirização, autônomos e de programas sociais de apoio aos deficientes físicos (54,6%); e 517 pesquisadores visitantes e auxiliares de pesquisa com bolsas de agências de fomento à pesquisa de duração limitada (6,1%).

Em relação ao nível de escolaridade, 79,03% do quadro atual de servidores ativos permanentes têm nível superior e apenas 2,19% ainda não completaram o ensino fundamental.


O desafio colocado para a Fiocruz é o de substituir gradativamente os postos de trabalho terceirizados por servidores do quadro permanente, diretriz apontada na Plenária Extraordinária do IV Congresso Interno, realizada em novembro de 2002, e pelo V Congresso, em setembro de 2005, em decorrência de um acórdão com o Tribunal de Contas da União. Após intensas negociações, foi autorizada pelo Ministério do Planejamento a realização de concurso público para substituição de 1.000 postos terceirizados.

Têm sido criados instrumentos e processos inovadores de gestão de recursos humanos para fortalecer a estratégia de descentralização das atividades, na perspectiva de construção de uma rede. Essa diretriz do Plano Quadrienal se efetivou, nos últimos quatro anos, por meio do Planejamento Local de Recursos Humanos, do Programa de Desenvolvimento da Gestão (Progestão), do Programa de Desenvolvimento e Gestão (PDG), e da Regulação do Trabalho, que tiveram como princípio norteador a descentralização e o conseqüente fortalecimento dos Serviços de Recursos Humanos das unidades.

Gestão dos Recursos Orçamentários e Financeiros Em 2005, a Fiocruz realizou uma receita total de R$ 1.262,7 milhões, um aumento de 11,7% em relação ao exercício de 2004. Dos recursos disponibilizados em 2005, 48% foram alocados ao orçamento regular da Fiocruz, segundo publicado na Lei Orçamentária Anual (LOA); 41% foram assegurados por meio de transferências públicas federais de outros órgãos ministeriais para fins específicos; e os 11% restantes foram obtidos com a negociação de projetos diversos, por intermédio da Fiotec, fundação privada de apoio à Fiocruz.


Na composição final das receitas da Fundação, os recursos de custeio e capital de fonte do tesouro representaram 23%, incluindo as receitas próprias, com uma queda de 2% em relação a 2004, enquanto o orçamento de pessoal se manteve estável, representando cerca de 25% do total da unidade. Dessa forma, os recursos orçamentários totais alocados à Fiocruz nas respectivas LOAs de 2004 e 2005 tiveram uma queda de 49,8 para 48,1% da composição total das receitas, apesar de um aumento relativo de 8% em igual período. Os outros recursos públicos transferidos à Fiocruz, com um aumento de 2,9% em relação a 2004, caíram de 44 para 41% do total das receitas, enquanto os recursos obtidos por meio da Fiotec, que praticamente duplicaram, passaram a compor 10,8% das receitas totais a Fiocruz, contra 5,7% em 2004.

Fontes das Receitas Orçamentárias da Fiocruz - 2005

FONTE DOS RECURSOS

2004 2005 VAR 2004-2005R$ % R$ %

Tesouro 268.634.000 23,76 264.397.122 20,94 -1,6

Receitas Próprias 9.600.000 0,85 22.816.000 1,81 137,7

Pessoal 284.247.157 25,14 320.541.899 25,39 12,8

TOTAL LOA 562.481.157 49,76 607.755.021 48,13 8,05

Outros Públicos 503.904.000 44,57 518.748.230 41,08 2,9

Fiotec 64.081.000 5,67 136.197.774 10,79 112,5

TOTAL RECEITAS 1.130.466.157 100,00 1.262.701.025 100,00 11,7

Evolução das Receitas por fonte. Fiocruz, 2003 – 2005


2003 2004 2005

1,0

1,2

1,4

0,8

0,6

0,4

0,2

0

S

A

A - B - C - D - E - FIOTEC ; TESOURO ; PESSOAL ; TOTAL

B C

D

E

A B C

D

E

A B C

D

E

UNID

ADES

EM

BIL

HÕES

DE

REAI

TRANSFERÊNCIAS;

Com relação à distribuição relativa dos recursos totais aplicados em despesas de custeio e capital (excluindo despesas com a folha de pessoal), incluindo todas as fontes de receitas, mais de 50% corresponderam à produção de insumos estratégicos, tais como as vacinas, medicamentos e conjuntos e reagentes diagnósticos; cerca de 20% foram aplicados em projetos de pesquisa, desenvolvimento tecnológico, ensino e disseminação de informações técnico-científicas em saúde; 8% na manutenção e funcionamento das farmácias populares; e 5% nos serviços de referência assistencial e laboratorial, sendo os restantes 17% gastos em investimentos diversos e gestão institucional corporativa.


Distribuição dos recursos OCC aplicados segundo Fonte e Ação do PPA Fiocruz, 2005 (R$ 1,00)

AÇÃO DO PPARECURSOS EXECUTADOS

R$ %

Produção de Vacinas, Reagentes para Diagnóstico e Biofármacos

278.268.633 31,11

Produção de Fármacos, Medicamentos e Fitoterápicos 175.759.243 19,65

Pesquisas Clínicas, Epidemiológicas e em Ciências Biológicas, Humanas e Sociais Aplicadas à Saúde na Fiocruz

76.994.208 8,61

Manutenção e Funcionamento das Farmácias Populares 71.850.881 8,03

Administração da Unidade 66.382.140 7,42

Formação de Recursos Humanos em Educação Profissional e de Pós-Graduação Stricto e Lato Sensu em Saúde

48.007.144 5,37

Desenvolvimento Tecnológico e Inovações em Insumos Estratégicos para a Saúde

31.355.307 3,51

Modernização de Unidades de Saúde da Fiocruz 27.828.332 3,11

Atenção de Referência à Gestante de Alto Risco, Crianças e Adolescentes com patologias de alta complexidade e a Portadores de Doenças Infecciosas

23.228.998 2,60

Benefícios Assistenciais 16.281.990 1,82

Adequação da Planta Industrial de Imunobiológicos 13.329.000 1,49

Adequação da Planta Industrial de Fármacos em Jacarepaguá 10.458.231 1,17

Disseminação da Informação em Ciência e Tecnologia em Saúde

10.123.408 1,13

Serviços Laboratoriais de Referência Internacional, Nacional e Regional para Diagnóstico de Doenças Infecciosas

8.742.129 0,98

Análise Técnico-Laboratorial da Qualidade dos Produtos Ofertados à População

6.600.500 0,74

Estruturação de Laboratórios de Pesquisas Biomédicas 5.639.000 0,63

Desenvolvimento Tecnológico e Inovações para Métodos e Processos em Saúde Pública

4.833.648 0,54

Funcionamento das Bibliotecas Técnico-Científicas e do Museu da Vida

4.474.252 0,50

Construção da Planta Piloto de Imunobiológicos 4.161.846 0,47

Reforma e Ampliação do Instituto de Pesquisas Clínicas Evandro Chagas

3.619.236 0,40

Reforma e Ampliação do Instituto Fernandes Figueiras 2.272.000 0,25

Qualificação Técnica dos Laboratórios de Referência Estadual, Municipal e do Distrito Federal para Análise dos Produtos Sujeitos a Vigilância Sanitária

1.358.684 0,15

Implantação do Campus da Fundação Oswaldo Cruz em Jacarepaguá

1.178.659 0,13

Implantação de Farmácias Populares 896.000 0,10

Construção do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde - CDTS

500.000 0,06

Consolidação da Atuação Internacional 336.000 0,04

TOTAL 894.479.469 100,00

Obs.: Não inclui despesas com pessoal, sentenças judiciais epagamentos de aposentadorias e pensões.


Modernização das Unidades da FiocruzEsta ação é estruturada por iniciativas voltadas para a gestão da qualidade, gestão ambiental, biossegurança, saúde do trabalhador e qualificação/ capacitação da força de trabalho, ou seja, metas que visam à credibilidade, eficácia e otimização do desempenho institucional.

Gestão da QualidadeNo que diz respeito à Gestão da Qualidade, os principais destaques referem-se à manutenção da acreditação na norma NBR ISO/IEC17025 de alguns dos principais ensaios de avaliação da qualidade de produtos sujeitos à vigilância sanitária, no INCQS, e da Certificação de Boas Práticas de Fabricação (BPF) das linhas de sólidos, semi-sólidos, antibióticos e produtos sujeitos a controle especial, em Farmanguinhos, e de vacinas, em Biomanguinhos. Além disso, foi dado prosseguimento à implementação da gestão da qualidade nos laboratórios de referência para o diagnóstico de doenças, atendendo aos requisitos estabelecidos na Portaria 70/2004.

Em julho de 2005, Biomanguinhos alcançou o nível 3 no Relatório de Auto-Avaliação, homologado pelos consultores/avaliadores do Programa de Qualidade do Serviço Público (PQSP) e gerido pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. A pontuação anterior colocava o Instituto no nível 2 de um total de 5 níveis.

As unidades assistenciais IFF, Ipec e CSEGSF deram continuidade ao processo de preparação para acreditação hospitalar em 2006 pelo Joint Commission International, incluindo, entre outras ações, duas avaliações externas de conformidades pelo Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA) e a realização da Oficina de Avaliação


de Acreditação Hospitalar, com o objetivo de análise do processo de preparação para acreditação, definição das prioridades para prosseguimento dos trabalhos e intercâmbio de experiências entre as unidades assistenciais.

Por último, o Cecal deu continuidade ao processo de acreditação da Unidade, a ser realizado pela Association for Assessment and Accreditation of Laboratory Animal Care International (AAALAC).

Gestão Ambiental e BiossegurançaNa área da gestão ambiental, foi publicado o Plano de Gerenciamento de Resíduos da Fiocruz, contendo os procedimentos relativos ao manuseio dos diversos tipos de resíduos gerados pelas unidades, sob a ótica da biossegurança, da saúde e do ambiente. Além disso, foi reorganizado o plano estratégico, responsabilizando-se a DIRAC pela ampliação do alcance das metas relativas ao controle de resíduos e de redução de consumo de bens renováveis a partir de 2006.

Com relação à implantação dos requisitos de biossegurança, a Comissão Técnica de Biossegurança da Fiocruz (CTBio-Fiocruz) e as comissões internas de todas as unidades (CIBio) continuaram fortalecendo suas atividades, incluindo os trabalhos de adequação da infra-estrutura e capacitação relativa à implantação de requisitos de biossegurança. A Comissão Interna de Biossegurança do Instituto Oswaldo Cruz (CIBio/IOC) conquistou, durante o Seminário Internacional de Biossegurança em Saúde, em agosto de 2005, o prêmio Experiência de Sucesso, concedido pela Opas e pelo Ministério da Saúde, para o projeto de qualidade no uso de jalecos em ambientes laboratoriais.

Em parceria com a Direh, a CTBio promoveu o Curso de Sensibilização em Biossegurança, com a participação de 300 alunos.


Saúde do TrabalhadorO Programa de Saúde do Trabalhador da Fiocruz também continuou fortalecendo suas atividades e ampliando suas metas quantitativas e qualitativas, destinadas, principalmente, à prevenção e promoção da saúde e bem-estar dos trabalhadores. Em 2005, foram realizados cerca de 8 mil atendimentos ao trabalhador, abrangendo exames periódicos e outros exames ocupacionais, pronto atendimento e atendimento emergencial, além do atendimento por meio de programas especiais, tais como o Mentalprev, Cardioprev e o Laboratório de Corpo, com uma média de 1,03 atendimentos por trabalhador da Fiocruz. Com a implantação do Núcleo de Saúde do Trabalhador no CPqAM, o fortalecimento das atividades do NUST-IFF e o início das ações de implantação do NUST-CPqRR, foram dados passos no caminho de descentralização do Programa.

Também foram realizadas avaliações ergonômicas, de situações críticas e de exposição específicas a agentes patogênicos, segundo as demandas encaminhadas à Coordenação de Saúde do Trabalhador e aos laboratórios de referência. Foi discutido o processo de adequação das avaliações ambientais para um futuro enquadramento dos adicionais de insalubridade, periculosidade e de radiação ionizante. Segundo o contexto apresentado pela Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão, o prazo para essa adequação se esgota em abril de 2006. Aconteceram ainda oficinas técnicas, além deter sido produzido um documento com metodologia de referência a ser implantada em 2006.

No final de 2005, foi promovido um curso sobre Notificação de Acidentes de Trabalho da Rede de Informações em Saúde (RISTA), que teve por objetivo principal permitir a articulação das informações nas áreas de saúde do trabalhador e de ambiente produzidas na Fiocruz.

Capacitação da Força de Trabalho da FiocruzA linha de ação de valorização e desenvolvimento do trabalhador teve como propósito a definição de um amplo e consistente programa de capacitação, que priorizou o desenvolvimento da competência em gestão, a formação de equipes, a qualificação do trabalho e dos trabalhadores, a profissionalização da força de trabalho e a saúde do trabalhador. Todas as unidades mantiveram intensas atividades e investimentos destinados a garantir a ampliação de conhecimentos do quadro, tanto nas áreas científicas finalísticas, quanto em áreas de gestão. Cerca de 42% dos servidores participaram em eventos de capacitação ao longo do ano.

Do total de cursos oferecidos para as unidades, houve uma concentração maior nas áreas de logística e de treinamento em informática. Na área de recursos humanos, foram realizados cinco cursos: Processo Administrativo, Pagamento de Pessoal, Cadastro de Pessoal, Extrator de Dados e Concessão de Benefícios, com 77 trabalhadores capacitados.


Creche A Creche da Fiocruz, que propicia maior segurança e qualidade de vida para seus trabalhadores no cuidado de seus filhos, continuou no ano de 2005 desenvolvendo atividades tanto em relação à assistência direta a 166 crianças, como em relação ao aprimoramento do quadro de pessoal e disseminação da informação educacional para a rede do SUS. Neste sentido, foram desenvolvidas atividades pedagógicas de ensino e de pesquisa voltadas para a educação infantil e saúde da criança de 0 a 6 anos. Foram realizadas ainda palestras em outras instituições públicas, além da prestação de consultorias para secretarias municipais de Educação.

Cada vez mais a Creche da Fiocruz está sendo reconhecida como um centro de excelência no cuidado educacional à crianças de 0 a 6 anos.

OuvidoriaA Ouvidoria da Fiocruz, surgida a partir de uma demanda colocada pelos servidores durante o IV Congresso Interno, começou o atendimento efetivo ao público em abril de 2005, marcando sua presença com o fortalecimento de parcerias com as unidades e seus dirigentes, e procurando, por meio dos mecanismos institucionais, responder com rapidez e eficiência às manifestações dos usuários da Instituição. Até o final do ano, a Ouvidoria respondeu a 490 manifestações de natureza diversa, o que já representa resultados significativos, considerando que a Ouvidoria ainda é pouco conhecida pelo público externo da Fiocruz.


Obras de Infra-estrutura

Implantação do Campus da Fiocruz em JacarepaguáA implantação do novo campus é considerada uma oportunidade única, tendo em vista a possibilidade de reunir em um só lugar a construção da informação, a transformação dessa informação e o processo de educação e divulgação nas áreas de biodiversidade e saúde, educação ambiental, memória da saúde pública no Brasil e desenvolvimento de produtos naturais. A equipe de implementação do campus apresentou em 2005 o Programa Institucional de Biodiversidade e Saúde, voltado para a pesquisa básica e aplicada, e o Programa de História, Memória e Documentação, que se propõe a restaurar e utilizar as edificações históricas existentes no local. A iniciativa também prevê a organização e avaliação da documentação existente sobre saúde mental no Brasil, bem como a criação de um arquivo e um núcleo de pesquisas sobre assistência pública à saúde.

Construção do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS)A construção do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde é um projeto estratégico da Fiocruz que visa a contribuir para a superação da baixa capacitação em gestão tecnológica e suprir a enorme lacuna existente em nosso País entre a etapa da pesquisa e a oferta de produtos e serviços para suprir as necessidades sociais e do mercado.

Em 2005, avançou-se na consolidação do projeto com detalhamentos de toda a complexidade de sua estrutura e funcionamento.

Estruturação de Laboratórios de Pesquisas BiomédicasA meta prevista para esta ação foi totalmente executada em 2005. A estruturação dos laboratórios de pesquisas biomédicas da Fiocruz é um projeto fundamental para a adequação institucional às normas e padrões nacionais e internacionais que garantem a qualidade das pesquisas realizadas.

Deve recordar-se que esta ação objetiva, principalmente, redirecionar as instalações pertencentes à antiga planta de fármacos, incluindo seu prédio de laboratórios para produtos fitoterápicos, assim como a antiga sede da EPSJV. As obras otimizam, modernizam e, quando necessário, substituem instalações que, em muitos casos, não mais atendem às atuais demandas quantitativas e de gestão tecnológica da pesquisa na Fiocruz.

Reforma e Ampliação do Instituto Fernandes FigueiraA execução deste projeto vem possibilitando a melhoria do acolhimento e apoio aos pacientes, além da qualificação e ampliação do programa do hospital-dia, e a modernização e ampliação do laboratório de controle de leite humano. Espera-se que estas obras tenham também um importante impacto sobre a conduta do indicador de infecção hospitalar.


Reforma e Ampliação do Instituto de Pesquisas Clínicas Evandro ChagasO Instituto de Pesquisas Clínicas Evandro Chagas, dentre outras atividades, realiza atendimento especializado a pacientes portadores de doenças infecciosas de alta complexidade. O projeto de reforma e ampliação do Ipec visa à expansão e melhoria do atendimento, mediante a disponibilização de novos consultórios, instalações de hospital-dia, leitos (inclusive de UTI), laboratórios, apoio técnico, administrativo e logístico. Em 2005, a ação foi plenamente executada.

Projetos SociaisO trabalho social desenvolvido pela Fiocruz tem como orientação central o desenvolvimento social e a promoção da saúde no entorno do campus de Manguinhos. As iniciativas, projetos e ações diversas realizadas no passado e no presente demonstram a responsabilidade social desta Instituição com a melhoria da qualidade de vida de uma comunidade viva, vigorosa e participativa, apesar de marcada pela pobreza e pela precariedade de sua infra-estrutura social.

Com essa orientação, as ações da Fiocruz têm envolvido saberes e especialidades diversas em direção a um conhecimento comum e na construção de consensos sobre uma agenda de prioridades sociais na promoção da saúde e na melhoria da qualidade de vida para a região do seu entorno. A avaliação continuada dos resultados até aqui obtidos tem se mostrado fundamental para a sistematização e renovação das ações e projetos já desenvolvidos ou em desenvolvimento.

Já há alguns anos, a Fiocruz tem sua matriz metodológica de ação social inspirada no conceito de Desenvolvimento Local Integrado Sustentável (DLIS), no qual se destacam projetos de cooperativas, geração de trabalho e renda, melhoria de qualidade de vida em suas diferentes fases, práticas de habitação saudável, capacitação para o trabalho, campanhas de promoção da saúde e assistência social, e projetos educacionais, entre outros. Em toda sua história de atuação na área social, a Fiocruz tem buscado a participação de órgãos governamentais, instituições públicas e privadas, e de representantes da população para o levantamento e a discussão de problemas, a formulação de projetos e a mobilização de recursos necessários ao sucesso desses empreendimentos.


Na área de educação, por exemplo, além dos trabalhos da creche, alfabetização de adultos, inclusão digital, ensino fundamental e médio (parceria entre a Escola Politécnica da Saúde Joaquim Venâncio EPSJV e a Presidência), já há, em estágio inicial, o curso de preparação ao vestibular para o 3o grau, e, já em desenvolvimento (em parceria com a Universidade Cândido Mendes), o Curso de Especialização em Educação (Lato Sensu) para professores primários da Comunidade de Manguinhos, com bolsas totalmente gratuitas.

O projeto de intercâmbio entre a Fiocruz e a Ação Beneficente São Martinho trabalha o compromisso com a melhoria da educação científica no ensino fundamental. É um estímulo à inclusão social na sociedade do conhecimento, por meio da maior aproximação e promoção de oportunidades entre as culturas científica e escolar. O intercâmbio com essa instituição tem mais de um projeto em andamento. Em convênio com o MEC e Banco do Brasil, a Fiocruz alcançará esse ano o total de 4 mil jovens e adultos de comunidades vizinhas alfabetizados.

A Fundação ainda desenvolve 19 projetos nas áreas de Assistência Social e de Campanhas e Eventos. Alguns deles são realizados em parceria com o governo federal, como o Fome Zero e os projetos Combate à Fome pela Vida e Natal sem Fome, com o Comitê de Entidades no Combate à Fome e Pela Vida (COEP). Entre os principais eventos, destaca-se Fiocruz pra Você, que acontece no dia nacional da multivacinação, quando o Campus Fiocruz Manguinhos recebe em média 20 mil visitantes.

Alguns programas regulares da Fiocruz na área de educação têm forte cunho social. É o caso do Curso de Formação de Monitores para Museus e Centros de Ciências, um projeto coordenado pelo Centro de Educação em Ciência, do Museu da Vida, que, com apoio da Faperj, capacita jovens de classes socio-econômicas menos favorecidas como monitores de museus e centros de ciência. Esse programa, que já está em sua sexta turma, tem relevância na medida em que estimula a continuidade na educação formal dos alunos inscritos, principalmente no ensino de ciências, além de possibilitar o acesso de jovens com idade entre 16 e 21 anos das comunidades do entorno ao ambiente científico e social da Fiocruz, despertando perspectivas profissionais ligadas à apropriação da ciência como ferramenta para a cidadania.

Os projetos atuam nas seguintes áreas:

Assistência Social Campanhas e Eventos Capacitação para o Trabalho Comunicação Educação Promoção da Saúde Projetos de Estudo – Pesquisa – Avaliação Projeto de Cooperativa


9APÊNDICE

Organograma

Biomanguinhos - Instituto de Tecnologia em ImunobiológicosCECAL - Centro de Criação de Animais de LaboratórioCICT - Centro de Informação Científica e TecnológicaCOC - Casa de Oswaldo CruzCPqAM - Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães / Recife - PECPqGM - Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz / Salvador - BACPqLMD - Centro de Pesquisa Leônidas e Maria Deane / Manaus - AMCPqRR - Centro de Pesquisa René Rachou / Belo Horizonte - MGDIPLAN - Diretoria de Planejamento EstratégicoDIRAC - Diretoria de Administração do Campus

DIRAD - Diretoria de AdministraçãoDIREB - Diretoria Regional de BrasíliaDIREH - Diretoria de Recursos HumanosENSP - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio AroucaEPSJV - Escola Politécnica de Saúde Joaquim VenâncioFarmanguinhos - Instituto de Tecnologia em FármacosIFF - Instituto Fernandes FigueiraIOC - Instituto Oswaldo CruzINCQS - Instituto Nacional de Controle de Qualidade em SaúdeIPEC - Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas

Pesquisa e Desenvolvimento TecnológicoDesenvolvimento Institucional e Gestão do TrabalhoEnsino, Informação e ComunicaçãoServiços de Referência e Ambiente


Fundação Oswaldo Cruz

PresidentePaulo Marchiori Buss

GabineteArlindo Fábio Gomez de Sousa

Vice-Pres. de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico (VPPDT)Reinaldo Guimarães

Vice-Pres. de Serviços de Referência e Ambiente(VPSRA)Ary Carvalho de Miranda

Vice-Pres. de Desenvolvimento Institucional e Gestão do Trabalho (VPDIGT)Paulo Gadelha

Vice-Pres. de Ensino, Informação e Comunicação (VPEIC) Maria do Carmo Leal

Diretoria Regional de BrasíliaGerson Penna

Assessoria de Cooperação Internacional – ACI José Roberto Ferreira

Coordenação de Gestão Tecnológica – GESTECMaria Celeste Emerick

Coordenação de Comunicação Social – CCS Thereza Christina de Aguiar Tavares

Coordenação Geral de Pós-GraduaçãoVirgínia Alonso Hortale

Procuradoria GeralAntônio Cesar Silva Mallet

Auditoria Interna – AUDIN Silvina da Costa Marques


Unidades Técnico-Científicas

Casa de Oswaldo Cruz – COC Nara Azevedo

Centro de Criação de Animais de Laboratório – CECAL Antenor Andrade

Centro de Informação Científica e Tecnológica – CICT Ilma Noronha

Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães – CpqAM (Fiocruz Pernambuco) Rômulo Maciel Filho

Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz – CPqGM (Fiocruz Bahia)Mitermayer Galvão Reis

Centro de Pesquisa Leônidas e Maria Deane – CPqLMD (Fiocruz Amazonas)Roberto Senna Rocha

Centro de Pesquisa René Rachou – CPqRR (Fiocruz Minas Gerais)Álvaro José Romanha

Escola Nacional de Saúde Pública – ENSP Antônio Ivo de Carvalho

Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio – EPSJV André Malhão

Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas – Ipec Valdiléia Veloso

Instituto de Tecnologia em Fármacos de Manguinhos – Farmanguinhos Eduardo Costa

Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos de Manguinhos – BiomanguinhosAkira Homma

Instituto Fernandes Figueira – IFF José Augusto Alves de Brito

Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde – INCQS André Gemal

Instituto Oswaldo Cruz – IOC Tania Araújo Jorge


Unidades Técnico-Administrativas

Diretoria de Planejamento EstratégicoFelix Rosenberg

Diretoria de Administração do Campus Fernando Carvalho

Diretoria de AdministraçãoCristiane Sendim

Diretoria de Recursos HumanosLeila de Mello Yanez Nogueira

Missão das Unidades Técnico-Científicas e de Apoio

Unidades Técnico-Científicas

Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz – CPqGM – www.cpqgm.fiocruz.br

Desenvolver e implementar atividades e ações de pesquisa biomédica, ensino, formação de recursos humanos e assistência de referência voltadas para a saúde coletiva da Bahia e do Brasil como um todo: essa é a missão do CPqGM, unidade da Fiocruz localizada em Salvador. Lá são realizadas pesquisas em patologia, epidemiologia clássica e molecular, biologia molecular, parasitologia e imunologia de doenças com importância regional e nacional.

Um de seus laboratórios – o Laboratório Avançado de Saúde Pública (Lasp) – está credenciado como referência para isolamento e caracterização do HIV-1 no Brasil. Nele também são realizados estudos pioneiros sobre outros retrovírus, o HTLV-I e o HTLV-II, semelhantes ao vírus da Aids. Mais recentemente, o CPqGM tem se destacado pelo trabalho sobre o uso de células-tronco no tratamento de pacientes chagásicos.

Centro de Pesquisa René Rachou – CPqRR – www.cpqrr.fiocruz.br

A unidade da Fiocruz em Belo Horizonte é referência em quatro de suas áreas de atuação: controle da esquistossomose, clínica e terapêutica da leishmaniose, biologia e epidemiologia da doença de Chagas e vetores da leishmaniose.

Também merecem destaque os estudos do CPqRR em biologia, imunologia, terapêutica, fisiologia e epidemiologia de doenças infecto-parasitárias. Há, ainda, trabalhos sobre produtos naturais, envelhecimento e comportamento de risco para doenças infecciosas, entre outros.


Em atividade há mais de meio século, o CPqRR tem por objetivo gerar, adaptar e transferir conhecimento científico e tecnológico em saúde. Integrando pesquisa, formação de recursos humanos e prestação de serviços, oferece apoio estratégico ao Sistema Único de Saúde (SUS) e ajuda a promover a saúde da população.

Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães – CpqAM – www.cpqam.fiocruz.br

Criada em 1950, a unidade da Fiocruz em Pernambuco é hoje referência em filariose, peste bubônica e controle de culicídeos vetores pelo Ministério da Saúde, e em esquistossomose pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O CPqAM é também colaborador em saúde e ambiente para a OMS.

Tem se dedicado a estudar as principais endemias nordestinas e também atua no combate a essas enfermidades. No Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva (Nesc), por exemplo, formam-se profissionais especializados para atuarem no SUS, além de mestres e doutores em saúde pública.

Entre outros serviços, o CPqAM produz antígenos e faz diagnósticos de peste, filariose e outras doenças. Sua missão é realizar pesquisas em medicina tropical, biologia pura e aplicada e saúde pública; promover o desenvolvimento tecnológico; formar pesquisadores; prestar assessoria técnica ao SUS e às instituições de caráter científico-tecnológico; e participar do Sistema Nacional de Informação em Saúde e em Ciência & Tecnologia.

Centro de Pesquisa Leônidas e Maria Deane – CPqLMD – www.amazonia.fiocruz.br

É a mais jovem unidade da Fiocruz. Localizado em Manaus, o CPqLMD vem recuperar o trabalho pioneiro de cientistas da Fiocruz nas históricas expedições pela Amazônia no início do século 20. Atualmente, faz pesquisas que abordam a sócio e biodiversidade da região, incluindo populações indígenas e ribeirinhas, trabalhadores do sexo e moradores das periferias urbanas ou das áreas de fronteira agrícola.

Seus esforços estão concentrados na implementação de trabalhos em virologia, micologia e fitoterápicos, assim como no monitoramento e na análise das principais situações de agravo na Amazônia Ocidental. Abriga ainda os primeiros cursos de mestrado e doutorado em saúde do Amazonas.

Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca – Ensp – www.ensp.fiocruz.br

Os principais campos de atuação da Ensp são: produção de conhecimentos e prestação de serviços em saúde pública; formação de pessoal especializado em cursos de mestrado e doutorado, além de outras modalidades; e cooperação técnica com diversos estados e municípios brasileiros. Desde sua criação, em 1954, a Escola se dedica a pesquisas nas áreas de promoção da qualidade de vida, prevenção de doenças e ciências sociais aplicadas à saúde.


A Ensp exerceu um importante papel na formatação dos projetos e propostas que deram origem ao Sistema Único de Saúde (SUS). Para aprimorá-lo, desenvolve estudos sobre planejamento, programação e avaliação de sistemas, e serviços e organização de saúde.

Também está à frente da Escola de Governo em Saúde - uma reorientação estratégica que visa a contribuir para a formação de líderes e para a ampliação de uma base de inteligência no setor de saúde - e do Programa de Educação a Distância, dirigido a instituições e profissionais envolvidos na gestão de sistemas e serviços de saúde.

Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio – EPSJV – www.epsjv.fiocruz.br

Integra atividades de ensino, pesquisa e cooperação técnica, com o objetivo de promover a educação profissional em saúde, em âmbito nacional, prioritariamente para trabalhadores de nível médio do Sistema Único de Saúde (SUS). Também investe na capacitação de docentes que irão atuar em projetos de educação permanente.

Oferece cursos nas áreas de vigilância, atenção, informação e gestão em saúde, laboratório e manutenção de equipamentos, nos quais utiliza novas estratégias de ensino-aprendizagem e materiais didático-pedagógicos para educação em saúde.

É Centro Colaborador da OMS, sede da Estação de Trabalho Observatório dos Técnicos em Saúde e da Secretaria Técnica da Rede de Escolas Técnicas do SUS (RET-SUS). Coordena, em todo o território nacional, o Programa de Formação de Agentes Locais em Vigilância em Saúde (Proformar) e é responsável ainda pela publicação do periódico científico Trabalho, Educação e Saúde.

Casa de Oswaldo Cruz – COC – www.coc.fiocruz.br

Criada em 1986, a Casa de Oswaldo Cruz (COC) é um centro de pesquisa, documentação e informação dedicado à memória e à história das ciências biomédicas e da saúde pública

Suas principais áreas de atuação contemplam a preservação e a difusão de acervos documentais e museológicos, a pesquisa histórica, o ensino de pós-graduação em história das ciências da saúde, a educação e divulgação científica, a publicação do periódico História, Ciências, Saúde – Manguinhos e a reunião, gestão e difusão de informações especializadas em suas áreas de atuação. Entre as atribuições da Casa de Oswaldo Cruz, incluem-se também o restauro, a conservação e a valorização do patrimônio histórico-arquitetônico da Fiocruz, onde se destaca o Castelo de Manguinhos.


Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos – Biomanguinhos – www.bio.fiocruz.br

Biomanguinhos se destaca na América Latina como um importante produtor de vacinas, fármacos e kits e reagentes para diagnóstico laboratorial de doenças infecto-parasitárias. Em suas modernas instalações podem ser processadas anualmente cerca de 150 milhões de doses de vacinas, além de, aproximadamente, 5 milhões de reativos para diagnóstico.

É o maior produtor mundial da vacina contra a febre amarela, suprindo a necessidade do Ministério da Saúde e exportando por meio de órgãos das Nações Unidas (Unicef, OMS etc.).

Também são fabricadas, atualmente, as vacinas contra poliomielite, meningites meningocócicas e meningite por Haemophilus influenzae tipo b (Hib), assim como a tríplice viral (contra sarampo, rubéola e caxumba) e a vacina tetravalente (contra difteria, tétano, coqueluche e Hib). Esta última é produzida em parceria com o Instituto Butantan. Na área de diagnóstico, destacam-se os reativos para Aids, leishmaniose, doença de Chagas, dengue, diarréias por rotavírus, hepatite e rubéola, entre outras doenças.

Instituto de Tecnologia em Fármacos – Farmanguinhos – www.far.fiocruz.br

Investe no desenvolvimento tecnológico e fabrica medicamentos essenciais distribuídos gratuitamente à população pelo SUS. Produz anualmente mais de 2,5 bilhões de unidades farmacêuticas, como comprimidos, cápsulas e frascos de pomadas. São 70 medicamentos feitos com tecnologia própria para o tratamento de malária, hanseníase, hipertensão, diabetes, anemia, tuberculose, hepatites, Aids e distúrbios psiquiátricos, entre outras doenças.

Com a produção de genéricos, principalmente contra a Aids, Farmanguinhos tem exercido papel importante na política do Governo Federal de controle de preços e redução dos custos de medicamentos. Suas atividades priorizam os programas estratégicos do Ministério da Saúde e, de forma complementar, atendem também às secretarias estaduais e municipais de saúde.

Recentemente adquiriu e já começa a operar o Complexo Tecnológico de Medicamentos (CTM), moderna unidade de produção localizada em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.


Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde – INCQS – www.incqs.fiocruz.br

Um dos alicerces do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, o INCQS tem como meta proteger a população contra situações de risco e fatores nocivos associados à fabricação e à comercialização de alimentos, medicamentos, cosméticos, produtos biológicos, sangue e seus derivados, entre outros. Seus laboratórios analisam produtos, insumos, serviços e ambientes na área de saúde, zelando pela sua qualidade.

Inaugurado em 1981, é o principal órgão de referência nacional em questões tecnológicas e normativas relacionadas ao controle de qualidade em saúde. Suas principais atribuições são: elaboração de pareceres técnicos sobre questões ligadas à vigilância sanitária; inspeção e avaliação de indústrias e laboratórios; avaliação de produtos; discussão e elaboração da legislação sanitária; discussão, atualização e divulgação de conceitos e metodologias; e desenvolvimento e implantação de metodologias analíticas. O INCQS também coordena a Rede Nacional de Laboratórios Oficiais de Controle de Qualidade em Saúde.

Instituto Fernandes Figueira – IFF – www.iff.fiocruz.br

Sua meta é promover a saúde da mulher, da criança e do adolescente. Pólo gerador e difusor de tecnologias, integra atividades de pesquisa, ensino e assistência médica. O único ambulatório gratuito de genética clínica do Brasil está localizado no IFF, que também conta com um moderno berçário para recém-nascidos de alto risco e assessora o Ministério da Saúde nas políticas de redução da mortalidade infantil.

Sua atuação na área de aleitamento materno merece destaque. A reformulação de seu Banco de Leite Humano – hoje referência nacional e internacional – impulsionou a criação da primeira legislação federal sobre o assunto. O IFF coordena a Rede Nacional de Bancos de Leite Humano, que reúne mais de 200 unidades em todo o País.

Criado em 1924 por Carlos Chagas e seu auxiliar no então Departamento de Saúde Pública, o médico Antonio Fernandes Figueira, o IFF incorporou-se à Fiocruz em 1970. Além de ser um centro de referência, o IFF ainda oferece cursos de mestrado e doutorado em saúde da mulher e da criança, e residência médica em áreas correlatas.

Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas – Ipec – www.ipec.fiocruz.br

Presta serviços clínicos e laboratoriais integrados à pesquisa e ao ensino de doenças infecciosas. Atualmente, abriga centros de referência em leishmaniose tegumentar, em micoses e para o diagnóstico histopatológico de doenças infecciosas. Entre suas principais linhas de atuação também


se destacam estudos relacionados a doenças sexualmente transmissíveis, doença de Chagas, tuberculose, dengue, oncoviroses e ensaios clínicos e de farmacocinética.

Primeiro e único hospital do país criado com o objetivo de desenvolver pesquisa, o Ipec tem hoje uma equipe multiprofissional voltada para o estudo abrangente de portadores de moléstias transmissíveis de alto impacto social e humano. Idealizado por Oswaldo Cruz em 1904, o Instituto, que sempre se dedicou às grandes endemias brasileiras, visa a gerar conhecimentos, metodologias e novos protocolos de atenção à saúde. Por isso, também investe na formação e capacitação de recursos humanos, oferecendo cursos de pós-graduação (mestrado, doutorado, residência e outras modalidades).

Instituto Oswaldo Cruz – IOC – www.ioc.fiocruz.br

Criado como Instituto Soroterápico Federal no ano de 1900, é a unidade mais antiga da Fiocruz e um dos institutos brasileiros que mais se destaca em pesquisa biomédica e em biotecnologia na área de saúde. Muitos de seus laboratórios de pesquisa são reconhecidos como centros de referência regional, nacional e internacional para vigilância epidemiológica. Entre suas conquistas mais recentes, estão o domínio do ciclo do vírus da gripe asiática, em 2002, e a patente do clone infeccioso da febre amarela, em 2003.

O IOC atua nas áreas de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação, e na prestação de serviços de referência para diagnóstico de doenças infecciosas e genéticas e controle de vetores, sendo amparado pela ação de comissões internas responsáveis por garantir os padrões de biossegurança, qualidade e gestão ambiental. A base de ação do Instituto são seus laboratórios de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação, dedicados ao estudo e à geração de produtos e insumos para diversas doenças. Os acervos biológicos que compõem as suas Coleções Científicas formam um conjunto de amostras de valor estratégico para o estudo de diversas doenças. Na área de pós-graduação, são oferecidos dezenas de cursos em programas lato e stricto sensu, além de cursos técnicos. A interface com a população se dá por meio da assistência médica de referência em hanseníase e hepatites, da capacitação profissional oferecida nas diversas modalidades de cursos e da atualização constante de seu sítio na Internet.

Unidades Técnicas de Apoio

Centro de Informação Científica e Tecnológica – Cict – www.cict.fiocruz.br

Criado em 1986, o Cict atua na produção, tratamento, análise e disseminação da informação, assim como nas práticas e políticas de comunicação – áreas estratégicas para a melhoria da qualidade de vida da população brasileira e para o desenvolvimento científico e tecnológico do País.


Além de promover a integração interna e a articulação externa da Fiocruz no campo da informação e da comunicação em saúde, o Cict visa a identificar e atender a demandas sociais, do SUS e de outros órgãos governamentais.

É responsável pelo gerenciamento do acervo bibliográfico da Fiocruz, o que inclui as bibliotecas virtuais e o portal de teses e dissertações. Sedia a VídeoSaúde, abrigando um importante acervo de vídeos sobre saúde e C&T, e coordena o Sistema Nacional de Informações Toxicológicas (Sinitox), referência nacional em envenenamento e intoxicação. O Cict também realiza atividades de pesquisa, ensino e cooperação técnica, e tem entre suas metas o investimento em novas mídias e tecnologias.

Centro de Criação de Animais de Laboratório – Cecal – www.cecal.fiocruz.br

Tem capacidade de produzir anualmente 100 mil mililitros de sangue e cerca de 200 mil animais, usados nos programas de pesquisa, ensino, produção e controle da qualidade realizados na Fiocruz. Trabalhando de acordo com a Comissão de Ética no Uso de Animais, mantém colônias de camundongos, ratos, cobaias, hamsters, coelhos, carneiros, cabras, cavalos e primatas não humanos. Sua colônia de macacos Rhesus, iniciada por Carlos Chagas, é hoje a maior da América Latina.

Criado em 1997 - mas com suas origens em 1904, quando Oswaldo Cruz planejou o primeiro biotério da instituição -, o Cecal ajuda a Fiocruz a garantir uma posição de vanguarda na pesquisa biomédica. Está apto a produzir animais livres de germes patogênicos específicos, além de numerosas linhagens geneticamente modificadas. Busca aprimorar técnicas de engenharia genética e de biologia molecular não só para criar animais mais adequados à finalidade de cada pesquisa, mas também para reduzir o uso tradicional desses animais nos laboratórios.

Unidades de Assistência Direta à Presidência

Diretoria Regional de Brasília – Direb – www.direb.fiocruz.br

A Direb, órgão de assistência direta e imediata ao presidente da Fiocruz em assuntos relativos a sua área de atuação, tem como objetivo representar a Fundação na capital da República e contribuir para a consolidação do SUS na região Centro-Oeste. É estratégica para o desenvolvimento dessa região, que, na área de ciências da saúde, concentra apenas 2% dos programas de pós-graduação do País.

Criada em 1979, a Direb oferece aos dirigentes da Fiocruz suporte operacional e logístico no Distrito Federal. Ela procura realizar, de forma integrada, atividades de ensino, pesquisa, comunicação e assessoria em saúde pública. Desde 2002, desenvolve programas de pesquisa e de formação de recursos


humanos em educação. Oferece cursos de pós-graduação lato sensu em Alimentação e Nutrição, Direito Sanitário e Vigilância em Saúde e Meio Ambiente, além de manter um programa de popularização da ciência. A Fiocruz planeja sediar em Brasília, em 2006, o Núcleo Federal de Ensino para a implementação estratégica da Escola de Governo em Saúde.

Créditos

Presidente da RepúblicaLuís Inácio Lula da Silva

Ministro da SaúdeJosé Saraiva Felipe

Presidente da FiocruzPaulo Marchiori Buss

Vice-presidentes da FiocruzAry Carvalho de MirandaReinaldo GuimarãesPaulo Ernani Gadelha VieiraMaria do Carmo Leal

Chefe de Gabinete da FiocruzArlindo Fábio Gómez de Souza

Diretor de Planejamento Estratégico – DiplanFelix Júlio Rosenberg

relatÓrio de atividades fiocruz 2005 · 2014-02-14 · relatÓrio de atividades fiocruz 2005....

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