relatório de atividades 2017 . 2018 - emater.pr.gov.br · 3 palavra do presidente nesse momento...

40
1 Relatório de Atividades 2017 . 2018 EMATER - Relatório de Atividades 2017 2018.indd 1 03/12/2018 16:48:22

Upload: vubao

Post on 12-Dec-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

1

Relatório de Atividades2017 . 2018

EMATER - Relatório de Atividades 2017 2018.indd 1 03/12/2018 16:48:22

2

Expediente

• GOVERNO DO PARANÁMaria Aparecida BorghettiGovernadora

• Secretaria Estadual da Agriculturae do AbastecimentoGeorge HiraiwaSecretário

• Instituto Paranaense de AssistênciaTécnica e Extensão Rural - Emater Richard GolbaDiretor Presidente

Paulo César HidalgoDiretor Técnico

Sérgio Augusto GuarientiDiretor Administrativo

Diniz Dias DoliveiraAssessor de Gabinete / Ouvidor

Natalino Avance de SouzaAssessor de Planejamento – ASPLAN

Maria Aparecida Saad GebranGerente de Administração e Finanças – GAF

Miriam FucknerGerente Operacional de Desenvolvimento Rural – GOD

Eduardo Dias DornellasGerente de Desenvolvimento de Pessoas – GDP

Hernani Alves da SilvaGerente Operacional de Produção Agropecuária e Negócios – GOA

Belmiro Ruiz MarquesGerente de Logística e Estratégica – GLE

Cristovon Videira RipolGerente da Macro Região Norte

Antônio LeonardczGerente da Macro Região Sul

José Francisco Lopes JúniorGerente da Macro Região Noroeste

Carlos Alberto Wust da SilvaGerente da Macro Região Oeste-Sudoeste

Cristovon Videira RipolGerente Regional de Apucarana

José Lindomir PesentiGerente Regional de Cascavel

Jairo Martins de QuadrosGerente Regional de Campo Mourão

Roberto Aparecido CorredatoGerente Regional de Cianorte

Elaine Aparecida MarsonGerente Regional de Cornélio Procópio

Antônio LeonardczGerente Regional de Curitiba

Arnildo José SganzerlaGerente Regional de Dois Vizinhos

Orley Jair LopesGerente Regional de Francisco Beltrão

Gilka Angélica Leite FerreiraGerente Regional de Guarapuava

Amilcar AfonsoMarquesGerente Regional de Irati

Vitória M. Montenegro HolzmannGerente Regional de Ivaiporã

Deomar Marcos FracassoGerente Regional de Laranjeiras do Sul

Sérgio Luiz CarneiroGerente Regional de Londrina

Cesar M. Candeo dos SantosGerente Regional de Maringá

Satoshi Osmar NonataGerente Regional de Paranaguá

Antônio Souza dos SantosGerente Regional de Paranavaí

Luiz Francisco LovatoGerente Regional de Pato Branco

Osmar WagnerGerente Regional de Ponta Grossa

Maurício Castro AlvesGerente Regional de Santo Antônio da Platina

Ivan Decker RauppGerente Regional de Toledo

José Jaime de LimaGerente Regional de Umuarama

Cleacir Júnior Dall Agnol Gerente Regional de União da Vitória

Este Relatório:Edição e Textos: Jornalista Roberto Junior MonteiroCoordenação: Jussara Ribeiro Projeto Gráfico e Diagramação: Estúdio 42Fotografias: Acervo da EmaterImpressão: Gráfica Emater

EMATER - Relatório de Atividades 2017 2018.indd 2 03/12/2018 16:48:23

3

Palavra do Presidente

Nesse momento tão especial para o país, e sobretudo para o Esta-do do Paraná, quando os cidadãos de forma democrática elegeram seus novos governan-tes para o período 2019-2022, o Instituto Emater, autarquia pú-blica estadual vincu-lada à Secretaria de

Estado da Agricultura e do Abastecimento, vem apresentar o seu relatório de atividades 2017/2018.

Os últimos dois anos encerram um ciclo de gestão de oito anos em que enormes de-safios foram enfrentados, com destaque para a amplamente divulgada crise financeira/fis-cal que atingiu de forma aguda a totalidade das instituições públicas do país. Isso exigiu redobrado esforço e sacrifícios da sociedade e de todos os integrantes do poder público, bem como testou fortemente a capacidade de dedicação, profissionalismo e esforço dos gestores. É justo lembrar nosso colega exten-sionista Rubens Ernesto Niederheitmann que esteve à frente da diretoria do Instituto por 7,5 anos e ao qual eu sucedi.

Apesar das vicissitudes, em nenhum mo-mento a diretoria se intimidou ou ficou pa-ralisada, ao contrário, manteve-se fortalecida pela disciplina e esforço dos seus servidores,

pela tenacidade e fibra dos seus dirigentes e corpo gerencial, e pelo suporte dos agentes de governo e organizações parceiras.

Desta forma conseguimos manter diver-sos avanços e conquistas como a construção participativa de nossa Agenda Estratégica moderna, que indica rumos seguros e coe-rentes com os fundamentos da Extensão Ru-ral do Século XXI.

Também são visíveis as melhorias das condições de trabalho dos servidores, veri-ficadas nesse período. Foram construídas e reformadas mais de 300 unidades do Institu-to nas várias regiões do estado. Cerca de 800 novos veículos foram incorporados à frota, o que garante uma ferramenta essencial para o atendimento dos produtores paranaenses. Ainda pode se destacar a melhoria da cone-xão da internet e dos equipamentos de in-formática nos escritórios. Os representantes do Instituto Emater também participaram ativamente da elaboração da Lei Estadual de Assistência Técnica e Extensão Rural, sancio-nada pelo governo do Paraná, em dezembro de 2012.

Vale destacar o esforço realizado para fortalecer alianças estratégicas com insti-tuições públicas e privadas, federais e es-taduais, usuárias dos serviços de Extensão Rural. Esse processo é determinante para a sustentabilidade institucional e para o efeti-vo exercício da missão delegada ao Instituto Emater pela Lei de ATER, de Coordenação

da Assistência Técnica e Extensão Rural no Paraná.

Também foram verificados avanços im-portantes para racionalizar processos geren-ciais e administrativos que possibilitaram a obtenção de mais resultados com menos recursos. O compromisso da diretoria do Instituto Emater é a busca incessante da con-solidação dos fundamentos de excelência na gestão pública: eficiência, eficácia e efetivi-dade. Somente dessa maneira será possível atender às exigências da sociedade em rela-ção aos serviços públicos.

Por fim, a diretoria conseguiu realizar dois planos de demissão voluntária o que tornou possível a gerar um saldo real em favor do Te-souro Estadual e realizar um concurso públi-co para a contratação de 315 extensionistas. Os novos profissionais já estão lotados em diferentes municípios, fortalecendo o serviço de Extensão Rural do estado.

Reafirmamos o dever, mas principalmen-te o entusiasmo do Instituto Emater para enfrentar os muitos desafios que se apresen-tam logo à frente, e dessa forma continuar a sua missão que já perdura por mais de 62 anos.

Esse é o Instituto Emater de hoje, cons-truindo a Emater do Futuro.

Obrigado pela atenção e boa leitura a todos.

Richard GolbaDiretor-presidente

EMATER - Relatório de Atividades 2017 2018.indd 3 03/12/2018 16:48:24

4

Sumário

Palavra do PresidenteSobre as Fotos da CapaMissão, Visão e PapéisEstrutura Organizacional SeagriGestão de ATEREmater do Futuro Mapa estratégicoPolíticas Públicas Pró-Rural Inclusão Social e Produtiva Habitação Rural ATER Indígenas ATER MulheresCrédito RuralProdução Vegetal Florestas plantadas

Programa Grãos Sustentável Grãos centro sul de feijão e milho Café Fruticultura Olericultura Plantas potenciais, medicinais, condimentares e aromáticas AgroecologiaSustentabilidade AmbientalPreservação do Meio Ambiente e ÁguaProdução Animal Bovinocultura de leite Bovinocultura de corte Aquicultura e PescaNegócios e Mercado Agroindústria familiar Turismo ruralEmater Eventos

3567891011121314151617181919

202122232425

28293031 32343536 36 36 37

EMATER - Relatório de Atividades 2017 2018.indd 4 03/12/2018 16:48:24

5

Sobre as Fotos da Capa

Entre 2016 e 2018 o governo do estado do Paraná nomeou 400 novos extensionis-tas rurais para recompor o quadro de profis-sionais do Instituto Emater. Entre os novos servidores estão diferentes categorias como assistentes sociais, economistas domésti-cos, engenheiros de segurança do trabalho, engenheiros agrônomos, técnicos agrícolas, engenheiros de alimentos, zootecnistas, en-genheiros de pesca, médicos veterinários e engenheiros florestais.

Ao ingressar na instituição os novos ex-tensionistas participaram de um processo de Capacitação Inicial (CINE), com o intuito de facilitar sua integração ao trabalho que a Extensão Rural já vem desenvolvendo em todo o Paraná. O objetivo desta capacitação é desenvolver a consciência crítica desses profissionais, num processo educativo que

combine o saber, o fazer e a aquisição de novas competências. Todo esse trabalho é feito de maneira a alinhar os objetivos do Plano Estratégico Institucional ao desenvol-vimento rural sustentável.

Durante o processo de treinamento bus-ca-se formar servidores públicos com visão crítica, capazes de analisar, refletir, construir e modificar a realidade rural. Eles também são orientados para que o seu trabalho seja orientado para resultados que contribuam para a solução de problemas e demandas da sociedade rural. Trata-se de uma opor-tunidade para que os novos profissionais apresentem seus conhecimentos e desenvol-vam habilidades, identificando atitudes que orientem procedimentos usuais de trabalho. Cabe também aos extensionistas perceber a importância de um trabalho de excelência, bem como a sua participação na busca per-manente de fontes alternativas de recursos que permitam um orçamento institucional auto-sustentável.

A capacitação dos extensionistas envol-vem diversas atividades como a aprendi-zagem baseada em problemas, teleaulas, cursos à distância e mentoring corporativo. Intencionalmente os profissionais mais expe-rientes são reunidos com os treinandos em oficinas, para o compartilhamento de conhe-cimentos e experiências.

Desde sua criação, em 1956, a Extensão Rural pública oficial do Paraná, segue o pensamento de Seaman A. Knapp. Segun-do o “pai da extensão rural”, um homem pode duvidar do que ouve, pode também duvidar do que ele vê. Só não pode duvidar do que ele faz. Assim trabalham os exten-sionistas rurais e o seu aprendizado ocorre no momento que ele coloca em prática, em sua rotina de trabalho, o que aprendeu efe-tivamente, consolidando os ensinamentos.

O CINE é um processo didático-pedagó-gico cujo fundamento é a agenda estratégi-ca institucional, em especial a sua missão e visão, e a união do conhecimento prévio dos treinandos às experiências dos atuais profissionais do quadro de servidores do Instituto Emater.

RECOMPOSIÇÃO DA ESTRUTURA TÉCNICA

EMATER - Relatório de Atividades 2017 2018.indd 5 03/12/2018 16:48:25

6

Missão, Visão e Papéis

MISSÃO

Promover o desenvolvimento Rural Sus-tentável, coordenando, articulando e exe-cutando Assistência Técnica e Extensão Ru-ral em benefício da sociedade paranaense.

VISÃO

Ser reconhecida pela sociedade como re-ferência em Assistência Técnica e Extensão Rural e essencial para o desenvolvimento do Paraná.

PAPÉIS

A extensão rural oficial, criada pela lei estadual nº 6.969, de 26 de dezembro de 1977 e transformada em autarquia pela lei nº 14.832, de 22 de setembro de 2005, vin-culada à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, tem como função ins-titucional executar políticas públicas junto à população do meio rural, priorizando na ação às menos favorecidas. A operação de políticas públicas pressupõe a execução de programas instituídos pelos governos fede-ral, estadual e municipal com objetivo de

promover o desenvolvimento rural susten-tável criando condições de melhoria da qua-lidade de vida da população rural, amplia-ção da renda dos agricultores e preservação ambiental do espaço rural. A extensão rural oficial divulga os programas oficiais voltados ao meio rural, bem como facilita o acesso da população rural aos benefícios Tprevistos, atuando de forma integrada com outras ins-tituições de forma a ampliar a abrangência ao maior número possível do público-alvo.

A outra função essencial da extensão rural oficial é o processo de orientação e assistência técnica aos agricultores em sis-temas de produção que viabilizem negó-cios e proporcionem renda e bem estar aos agricultores, suas famílias e entidades de representação e de organização, e preser-vem os recursos produtivos e ambientais. No processo de orientação aos agricultores a extensão rural oficial privilegia projetos, selecionados para cada região e para cada município do estado, que sustentem o de-senvolvimento local e regional.

Articular e Coordenar o Programa Esta-dual de Assistência Técnica e Extensão Ru-ral (PROATER) instituída pela Lei Estadual nº 17447 de 27 de dezembro de 2012, – Lei de ATER, caberá ao Instituto Emater articular e coordenar a construção e execução do Pla-no Estadual de ATER, em conjunto com as demais organizações, visando organizar os serviços de ATER para aumentar a abrangên-cia e melhoria de sua qualidade.

EMATER - Relatório de Atividades 2017 2018.indd 6 03/12/2018 16:48:25

7

Estrutura Organizacional

A Emater articula o atendimento a pro-dutores rurais de todo o estado por meio de 434 unidades, sendo uma estadual, qua-tro macrorregionais, 22 regionais, 395 mu-nicipais e 12 distritais.

Uma das funções básicas do Instituto é operar políticas públicas, que se aplicam ao conjunto dos elementos que caracteri-zam o meio rural paranaense: população, espaço rural, unidades produtivas e suas organizações.

Através das políticas públicas, promove o acesso à terra; dá assistência técnica aos assentamentos rurais; fortalece a agricul-tura familiar; melhora a competitividade da agricultura; melhora a qualidade de vida da população rural; universaliza a ATER; reduz a pobreza, as desigualdades sociais e pro-move a segurança alimentar.

Das políticas públicas surgem os progra-mas oficiais, que visam criar mecanismos facilitadores para acelerar determinados aspectos que se deseja alterar.

Sérg

io S

chm

itt

EMATER - Relatório de Atividades 2017 2018.indd 7 03/12/2018 16:48:25

8

Seagri

1

2

3

4 5

67

1. Renda Aumento da Produtividade – Leite e Carne.2. Agricultura de Baixo Impacto Ambiental – Grãos.3. Renda Aumento da Produtividade – Leite.4. Agregação de Valor – Diferenciação, Transfor-mação.

5. Alimentos Seguros Produção Sustentável – Horticultura.6. Inclusão Produtiva e Social – Geração de Ren-da Segurança Alimentar Habitação.7. Renda Novos Negócios – Olerícolas, Frutas

O Governo do Paraná desenvolve a po-lítica agrícola por meio do Sistema Estadual de Agricultura (Seagri) sistema que reúne as entidades vinculadas que atuam em diversos serviços como, a pesquisa (IAPAR), a defesa sanitária (ADAPAR), a central de abasteci-mento (CEASA), a armazenagem (CODAPAR), coordenação de florestas plantadas (IFPR) e pesquisa agroecológica (CPRA).

Os programas oficiais podem ser execu-tados dentro de projetos estratégicos defi-nidos pelo Seagri. Os principais programas são: aquisição de alimentar (PAA), pro-grama leite das crianças, programa renda família paranaense – agricultor familiar, programa de solos e água em microbacias, pró-rural (projeto multisetorial BIRD), cré-dito fundiário, estradas da integração, trator solidário, fundo de aval; pró-solo (conservação de solo e água) e sanidade agropecuária.

Seguindo essas diretrizes, consideran-do que a agricultura do estado é um ter-reno fértil para crescer ainda mais, o Sis-tema elencou 25 projetos considerados estratégicos dentro do Plano de Governo para a Agricultura em suas macro regiões estratégicas.

Seagri

EMATER - Relatório de Atividades 2017 2018.indd 8 03/12/2018 16:48:25

9

SeagriA Lei Federal de ATER, publicada em

2010, permitiu que os financiamentos dos projetos de ATER pudessem ser feitos por contratos, o que deu início ao processo de Chamadas Públicas. A legislação tam-bém definiu o público beneficiário, que contempla os agricultores familiares, e os princípios da Política Nacional de Assis-tência Técnica e Extensão Rural, a PNATER.

Em 2012, o Paraná criou a Lei Estadual de ATER sob nº 17.447, que instituiu o Programa Estadual de Assistência Técni-ca e Extensão Rural, o PROATER; definiu a gestão da ATER pelo Instituto Emater; criou programa com subprogramas e pro-jetos; elaborou diagnósticos, prioridades e necessidades de ATER; estabeleceu or-çamento e recursos e o processo partici-pativo de conselhos municipais, colegia-dos regionais, territoriais, temáticos e do CEDRAF.

Estima-se que 1.469 profissionais em 436 unidades trabalhem oficialmente na ATER e contém com o apoio de mais de 2.500 colaboradores de ONG’s, Prefeituras e demais organizações.

A Lei de Ater foi responsável por di-versas ações extensionistas do Instituto, como por exemplo, dar suporte para or-ganizações da Agricultura Familiar na área de Pecuária de Corte - sistema Silvipastoril - no noroeste do Paraná; elaborar a pro-posta de ATER para organizações da Agri-

Gestão de ATERcultura Familiar na área de abrangência do Pró-Rural e participar de Oficinas de Concertação de ATER, que deram início ao processo de formação de uma ATER gover-namental e não-governamental com base a utilização do PDR-PR.

Pela lei foi possível realizar um even-to de formação de gestores de ATER com recursos do Pró-Rural e das chamadas de ATER. Um exemplo foi o contrato Mais Gestão na área de organização rural e as-sessores sindicais.

Em dezembro de 2016 foi finalizada a Chamada Pública da ATER para Cooperati-vas da Agricultura Familiar no Paraná. Du-rante estes quatro anos foram investidos R$ 3.554.440, 20 com o objetivo a pres-tar serviços de ATER para a qualificação

de gestão, fortalecimento e inserção de 30 cooperativas da agricultura familiar no Programa Nacional de Alimentação Esco-lar e outros mercados.

A Emater finalizou o trabalho com re-sultados positivos, pois houve o cumpri-mento total das etapas por boa parte das cooperativas, com respostas muito positi-vas na gestão. O aumento de vendas nos mercados institucionais foi alcançado em todas as organizações participantes. Hou-ve dificuldades que serviram para qualifi-car o Programa em uma próxima edição. Porém, a constituição dos planos e a apre-sentação do quadro social contribuíram para o amadurecimento do grupo e para debates melhor embasados.

EMATER - Relatório de Atividades 2017 2018.indd 9 03/12/2018 16:48:26

10

SeagriEmater do Futuro

A sociedade experimenta mudanças cada vez mais rápidas e o Instituto Ema-ter precisa, sempre, se atualizar para continuar a oferecer o apoio ao homem do campo. As últimas seis décadas fo-ram de intensa evolução. Um dos fato-res mais marcantes deste trabalho foi a construção do mais forte sistema coope-rativo brasileiro.

Chegou o momento de pensar e plane-jar o futuro. Para construir a nova ATER que o Paraná espera, foi desenvolvido um processo de Gestão de Resultados, apre-sentado na Agenda Estratégica do Projeto Emater do Futuro, que indica o caminho a trilhar e os desafios a superar.

O mapa descreve qual a visão do fu-turo e, por objetivos, como conseguirá realizá-la. É desdobrado em um meio de ação composto por indicadores, metas e iniciativas porque é fundamental para que a estratégia seja traduzida no dia-a-dia de cada colaborador do Instituto.

O mapa é uma representação gráfica do conjunto de objetivos estratégicos, que terão que ser alcançados. Os desafios foram distribuídos horizontalmente em perspectivas de análise, que são:

• da sociedade e do governo: retrata o que o instituto pretende atingir para aten-der a ambos;

• dos beneficiários: aponta a sua atua-ção com o público;

• de processo interno: o que deve ser alcançado para atender a cada um dos atri-butos de valor da perspectiva dos benefi-ciários;

• de aprendizado e crescimento: identi-fica os objetivos que focam o desenvolvi-mento de pessoas e tecnologias que dão base para a execução dos processos.

Os indicadores são métricas que forne-cem informações e permitem a avaliação

do desempenho organizacional. É preciso avaliá-los também em conjunto para refle-tir o desempenho do Instituto na sua am-plitude. São 53 indicadores de efetividade, de eficácia e de eficiência. E 31 de iniciati-vas e ações.

As iniciativas estratégicas são os esfor-ços que o Instituto vai implementar para que as metas sejam atingidas.

As 40 iniciativas estratégicas construídas são compostas por 125 ações que darão su-porte ao alcance dos resultados.

EMATER - Relatório de Atividades 2017 2018.indd 10 03/12/2018 16:48:26

11

SeagriEmater do Futuro

MAPA ESTRATÉGICO

EMATER - Relatório de Atividades 2017 2018.indd 11 03/12/2018 16:48:27

12

SeagriPolíticas Públicas

Um dos papéis da Emater é operar políticas públicas e executar programas criados pelos governos federal e estadual:

EMATER - Relatório de Atividades 2017 2018.indd 12 03/12/2018 16:48:28

13

Pró-Rural

O Programa de Desenvolvimento Econô-mico e Territorial (Pró-Rural): Renda e Cida-dania no Campo é uma ação do Governo do Estado sob responsabilidade da Secretaria da Agricultura e Abastecimento., executada pelo Instituto Emater e Instituto de Terras, Cartografia e Geociências (ITCG).

O objetivo do programa é aumentar a competitividade dos pequenos agricultores rurais da região central do Paraná e Vale do Ribeira. Ao todo 132 municípios são aten-didos pelo Pró-Rural, em oito territórios da cidadania: Paraná Centro, Vale do Ivaí, Caminhos do Tibagi, Integração Norte Pio-neiro, Centro Sul, Cantuquiriguaçu, Vale do Iguaçu e Vale do Ribeira. Nesses territórios os extensionistas desenvolvem programas de capacitação e treinamento, cursos de gestão e troca de experiências voltados aos agricultores familiares, suas organizações e lideranças. A equipe técnica de assistên-cia técnica e extensão rural que atua junto a esse público também passa por períodos de reciclagem e qualificação. Além disso, o programa também contempla ações com-plementares e estratégicas voltadas à regu-larização de terras e ao apoio a consórcios de estradas rurais nos territórios atendidos.

Um dos componentes de maior impacto no desenvolvimento é o apoio financeiro às organizações da agricultura familiar, coo-

perativas e associações, para o desenvol-vimento de projetos de negócios sustentá-veis, promovendo a agroindustrialização da produção. Também são desenvolvidas ações específicas de assistência técnica a comuni-dades indígenas e quilombolas existentes nas áreas de abrangência do programa.

De 2014 a 2018 o Pro Rural possibilitou a realização de 2.389 eventos de capacitação, com 111.941 participantes. As atividades tiveram como principais temas as cadeias produtivas da bovinocultura de leite, oleri-

cultura, cafeicultura, fruticultura e mulheres na agricultura. Um total de 23.651 agricul-tores tiveram a oportunidade de contar com assistência técnica contínua no perío-do. Além disso, o programa ainda aprovou o apoio financeiro a 66 organizações rurais, sendo que 48 dessas já tiveram os recursos liberados e os seus projetos estão em exe-cução, com a devida assistência técnica para sua implementação. A Seab repassou um total de R$ 14.436.053,34 às organizações atendidas.

EMATER - Relatório de Atividades 2017 2018.indd 13 03/12/2018 16:48:28

14

Fazer inclusão social e produtiva é pro-mover o desenvolvimento das famílias ru-rais vulneráveis, de forma que se tornem sujeitos da ação, por meio da ampliação de possibilidades e oportunidades, do exercício da cidadania, aprimoramento de suas com-petências pessoais e qualificação profissio-nal, diminuindo assim as desigualdades so-ciais e produtivas no meio rural.

O público alvo desta ação encontra-se em situação de vulnerabilidade por não ter um mínimo de organização social, com pouco ou nenhum acesso às políticas pú-blicas existentes. Consequentemente essas famílias estão excluídas do processo eco-nômico-produtivo.

Para atenuar essas desiguald ades, o Instituto implementou o Programa de Fo-mento às Atividades Produtivas Rurais, em parceria com o Governo Federal. No âmbito estadual, por meio da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (SEAB) e a Secretaria da Família e Desenvolvimen-to Social do Paraná (SEDS) o serviço de Ex-tensão Rural executou o programa Família Paranaense - Renda Agricultor Familiar, be-neficiando 6.574 famílias. Foram investidos cerca de R$ 10.000.000 neste trabalho.

As famílias beneficiadas por esses pro-gramas tiveram acesso a recursos aplicados na implantação de projetos de geração de

Inclusão Social e Produtiva

renda em atividades agrícolas e não-agrí-colas. Além disso, puderam executar me-lhorias do saneamento básico em suas re-sidências, incluindo a proteção de fontes, canalização de água e destino correto de dejetos, bem como a construção ou refor-ma de banheiros e a melhoria na produção de alimentos para a subsistência.

Dentre as atividades implantadas des-tacam-se a melhoria da avicultura casei-ra, plantio de pomares, cultivo de hortas, criação de abelhas, curso de corte e cos-tura, fabricação de chinelos, melhoria de pastagens, lavouras de subsistência, pa-nificação, criação de pequenos animais, aquisição de roçadeiras, salão de beleza, instalação de pocilgas, estrebarias, pecuá-ria de leite e de corte.

Com esta ação, os extensionistas con-tribuíram para a melhoria da segurança alimentar das famílias atendidas, uma vez que os beneficiários foram orientados a diversificar sua produção, com diferentes alimentos para o autoconsumo, como fru-tas e verduras. Também foi incentivada a aquisição de pequenos animais para a produção de carne e ovos. Foram realiza-dos diversos cursos para orientar as famí-lias a evitar o desperdício de alimentos, aproveitando os alimentos disponíveis de forma integral.

Os extensionistas também possibilitaram o acesso dessas famílias aos serviços de re-gularização dos documentos pessoais dos beneficiários, bem como a obtenção de be-nefícios como a aposentadoria rural, servi-ços de saúde, educação e assistência social. As famílias atendidas passaram por cursos de capacitação, qualificação e profissiona-lização, considerando-se as oportunidades locais, agrícolas e não agrícolas, promo-vendo a autonomia e sustentabilidade dos beneficiários. Esse conjunto de ações contri-buiu sobremaneira para melhorar as condi-ções de vida das famílias, fixando-as na área rural e dando-lhes mais dignidade.

EMATER - Relatório de Atividades 2017 2018.indd 14 03/12/2018 16:48:28

15

Habitação Rural

O Programa Nacional de Habitação Ru-ral propicia o acesso à casa própria aos agricultores familiares e executa serviços de melhorias e reformas em moradias rurais já existentes. Os recursos para a construção e execução são oriundos do programa Minha Casa Minha Vida, repas-sados pelo Banco do Brasil e Caixa Econô-mica Federal. A Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) organiza o programa e o Instituto Emater participa da sua di-vulgação, escolha dos municípios, seleção dos beneficiários, coleta de documenta-ção, obtenção do ponto de georreferen-ciamento das construções, elaboração de croquis de acesso das moradias e apoia a elaboração e execução dos trabalhos téc-nicos sociais junto às famílias atendidas.

De 2015 a 2018 foram atendidas 3.404 famílias, em mais de 320 municípios do Estado. Entre os beneficiários estão agri-cultores familiares, indígenas, quilombo-las e assentados. O total investido chegou a R$ 98,46 milhões. A implantação das moradias aumentou a auto estima dos beneficiários que passaram a investir nas propriedades, gerando um acréscimo da renda familiar.

As casas construídas têm dois quartos, sala de estar, cozinha, banheiro, varanda e área de serviço externa. A obra é exe-

cutada por autoconstrução, com estrutura em concreto armado, laje e fechamento com paredes em alvenaria, estrutura do telhado em madeira e coberta com telhas cerâmicas. A residência é atendida com água potável existente e rede de energia elétrica, sendo o esgotamento sanitário com fossa séptica e sumidouro.

“Nossa casa era de madeira, bastan-te velha. Nós não tínhamos condições de fazer uma outra. Com o apoio da Emater, conseguimos construir esta casa nova. Nós estamos agora em um lugar mais lim-po e alto. Estamos contentes com a casa”, comemora Ledamara Neves da Cunha, be-neficiária do Programa Nacional de Habi-tação Rural, moradora de Renascença.

Para Rita Ribeiro, extensionista de Guaíra, o programa mudou a vida de po-pulações tradicionalmente desassistidas. “Os quilombolas puderam ter acesso ao Programa Nacional de Habitação Rural e hoje, cada um deles tem uma casa nova. Eles tinham uma casa de madeira, precá-ria, com banheiros muito ruins. Agora têm uma casa novinha, de alvenaria com todo conforto possível. Isso proporcionou mais qualidade de vida e incentivou os jovens re-cém-casados a ficar com suas famílias aqui

na área rural”, afirmou a extensionista que dá assistência aos moradores do Quilombo Manoel Ciríaco dos Santos, em Guaíra.

EMATER - Relatório de Atividades 2017 2018.indd 15 03/12/2018 16:48:29

16

ATER Indígenas

A população indígena do Paraná com-preende 15.552 pessoas, distribuídas em 37 Terras Indígenas e três etnias: Kain-gang, Guarani e Xetás. Uma equipe de 18 extensionistas do Instituto Emater atuou na prestação de assistência técnica e ex-tensão rural em 14 Terras Indígenas, bene-ficiando 761 pessoas. Nessas localidades foram aplicadas políticas públicas, mobili-zando esforços e recursos em projetos de apoio à formação, capacitação, revitaliza-ção de saberes, acompanhamento técnico a atividades produtivas e fortalecimento cultural.

Os profissionais atuaram para difundir tecnologias apropriadas para essas co-

munidades. Foram realizadas oficinas so-bre turismo cultural, cultivo de bambu e cursos para a confecção de artesanato. A produção de alimentos em hortas comu-nitárias foi incentivada para garantir a se-gurança alimentar nas comunidades, além da promoção de feiras de sementes criou-las e a criação de bovinos. Também foi possível levar às comunidades indígenas o Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR), o Programa Família Paranaense, Projeto de Fomento Produtivo e progra-mas de readequação das estradas rurais.

A cultura indígena ganhou destaque com a construção do Centro Turístico e Cultural Guarani Mbyá, na reserva Rio da

Areia, em Inácio Martins, com recursos do programa estadual Pro-Rural, em convê-nio com a Associação Comunitária Indíge-na de Inácio Martins. Coube aos exten-sionistas apoiar a gestão, o controle dos territórios e o fortalecimento institucional das organizações indígenas. Com a asses-soria a associações, essa população pas-sou a buscar a integração aos Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural de seus municípios.

As comunidades indígenas também ti-veram acesso a linhas oficiais de crédito para que possam investir na produção e comercialização da sua produção agrícola. O manejo correto da erva mate, a recu-peração e manutenção de nascentes e a implantação de sistemas de saneamento básico foram algumas atividades visando o manejo ambiental e o uso sustentável dos recursos naturais nas comunidades.

Para realizar esse trabalho, o Instituto Emater contou com a parceria do Proje-to Básico Ambiental da Usina de Mauá, FUNAI (Fundação Nacional do Índio), do Ministério Público do Paraná, por meio da CAOP Indígena, do Conselho Estadual de Povos Indígenas e Comunidades Tradi-cionais (CPICTPR) e da Associação de Coo-peração Técnica Para o Desenvolvimento Humano “Outro Olhar”.

EMATER - Relatório de Atividades 2017 2018.indd 16 03/12/2018 16:48:29

17

ATER Mulheres

O trabalho de assistência técnica e extensão rural dirigido às mulheres tem como principal objetivo superar as desi-gualdades de gênero e promover a sua au-tonomia. Esta ação busca destacar o papel feminino no desenvolvimento de ativida-des produtivas e sociais no meio rural.

Em convênio com o Ministério do De-senvolvimento Agrário/Ministério do De-senvolvimento Social, o Instituto Emater participou do processo da chamada públi-ca Mulheres no Vale do Ribeira. O público atendido pela iniciativa chegou a 240 mu-lheres em situação de extrema pobreza que passaram a ter acesso a recursos usa-dos na implementação de projetos produ-tivos agrícolas e não-agrícolas, totalizando

um investimento de R$ 576.000. As mu-lheres atendidas participaram de várias oficinas sobre direitos sociais, previden-ciários e organização. Além de estimular o público assistido a encontrar alternativas de geração de renda, os extensionistas in-centivaram as mulheres a exercer sua ple-na cidadania.

Os profissionais do Instituto Emater, em conjunto com outras instituições es-taduais, também levaram a muitas comu-nidades o programa Família Paranaense. De um universo de 5.274 famílias, foram atendidas 4.977 mulheres. Elas recebe-ram recursos para aplicar em projetos de geração de renda e saneamento básico. Mais de R$ 9.500.000 foram usados para a construção de redes de acesso a água pro-tegida, reforma/construção de banheiros

Um acordo de cooperação firmado com o Incra estabeleceu que a partir de 2018, e por um ano, o serviço de assistência técni-ca será levado a 401 mulheres agricultoras de assentamentos regularizados. O objeti-vo é desenvolver projetos de geração de renda, com recurso de 5.000,00 por mu-lher assentada. Cada família beneficiada firmou o compromisso de devolver R$ 1.000 depois de um ano de implantação do projeto, e os R$4.000,00 restantes são recursos não reembolsáveis.

O Instituto Emater, individualmente ou em conjunto com instituições parceiras, participou de diversos eventos voltados exclusivamente às mulheres. Nessas opor-tunidades foram discutidos temas diversos como a violência doméstica, o incentivo ao protagonismo feminino nas associações, sindicatos e cooperativas. As mulheres pu-deram discutir a sua realidade e buscar co-nhecimento para que possam ter alterna-tivas de renda, mais auto estima e exercer seu papel na luta pela igualdade de gêne-ro. Como resultado desse trabalho, muitas mulheres estão assumindo seu papel den-tro das propriedades, conquistando respei-to e, muitas vezes, assumindo a responsa-bilidade pela principal fonte de renda da família. Assim, as mulheres percebem que têm direito a viver a vida num ambiente de união, respeito e mais colaboração dos di-versos membros da família.

EMATER - Relatório de Atividades 2017 2018.indd 17 03/12/2018 16:48:30

18

Crédito Rural

O Crédito Rural é uma das formas de financiamento que o produtor rural tem a sua disposição. O Instituto Emater elabora projetos que são usados para a solicitação de financiamentos de custeio agrícola e pecuário, compra de insumos, adubos e se-mentes. Além disso, os recursos do crédito agrícola também são aplicados na compra de máquinas, instalações e equipamentos.

2016 a 201839.653 contratosR$ 1,17 bilhão

• Custeio Agrícola27.151 contratosR$ 609,9 milhões

• Custeio Pecuário3.517 contratosR$ 109,4 milhões

• Investimento Agrícola5.126 contratosR$ 286,9 milhões

• Investimento Pecuário3.799 contratosR$173,7 milhões

No Brasil, o Crédito Rural foi criado em 1965 com o objetivo de implementar o de-senvolvimento rural. A iniciativa colocou à disposição dos produtores e suas organiza-ções recursos financeiros para investimen-tos nas operações de custeio, produção,

O Instituto Emater orienta os agriculto-res no uso de tecnologias para aumentar a produtividade e realizar investimentos nas propriedades com critérios técnicos. Desta forma, promove a sustentabilidade econô-mica, social e ambiental das unidades pro-dutivas, agregando mais renda e gerando empregos no campo.

infra estrutura, agro industrialização e co-mercialização agropecuária. Em 1995 o Go-verno Federal criou o Programa nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) reconhecendo a importância e o potencial da agricultura familiar.

Ao Instituto Emater cabe a qualificação do produtor rural para que use o Crédito Rural na consolidação de projetos de de-senvolvimento rural e geração de renda nos municípios e regiões. Assim, a Extensão Ru-ral promove a diversificação da produção, a ampliação do uso das linhas oficiais de crédito nas regiões menos desenvolvidas do estado, a inclusão social e produtiva no meio rural paranaense.

EMATER - Relatório de Atividades 2017 2018.indd 18 03/12/2018 16:48:30

19

FLORESTAS PLANTADAS

A área de produção vegetal possui pro-jetos que visam aprimorar os sistemas de produção das principais explorações agrí-colas e florestais do Estado. Os profissio-nais da Extensão Rural acreditam que é possível melhorar a produtividade, desen-volver produtos com a qualidade exigida pelo mercado, além de organizar os agri-cultores para que eles sejam competitivos e aumentem sua renda.

Entre os principais trabalhos da área de exploração florestal está o projeto Madei-ra Paraná, criado em 2000, que abrange 181 municípios. Mais de 60 mil produ-tores já foram atendidos pela Extensão Rural nos últimos quatro anos. Além de coordenar a política pública para florestas plantadas, elaborar o planejamento estra-tégico para expandir a base florestal pro-dutiva estadual e inserir pequenos e mé-dios produtores rurais na cadeia produtiva da madeira, os profissionais do Instituto Emater têm desenvolvido a integração da floresta à agropecuária, por meio dos sis-temas silvipastoris. O trabalho é pioneiro no Brasil e já conta com mais de 100 mil ha implantados. Os sistemas silviagrícola e agrossilvipastoril (rotacionados não simul-tâneos) também vêm sendo implementa-dos pela Extensão Rural. Com essa ação é

Produção Vegetal

possível reduzir os impactos ambientais da atividade agropecuária, contribuir para a conservação dos solos, a produção e ma-nutenção da água, além de dividir melhor os benefícios econômicos da floresta.

Para melhorar a qualidade e a produ-tividade dos cultivos florestais, os exten-sionistas vêm introduzindo novas espécies e mudanças no manejo, o que reflete em mais qualidade para a madeira produzida no estado. Também colocam à disposi-ção dos agricultores e empresas de base florestal recursos financeiros, via crédito rural. A Extensão Rural ainda pretende estimular a produção de energia a partir de florestas plantadas em pequenas pro-priedades e promover a organização dos produtores rurais para a produção, indus-trialização e comercialização de madeira.

Nos últimos quatro anos os extensio-nistas têm atuado para adequar as pro-priedades rurais assistidas à legislação ambiental. Vale destacar a contribuição desses profissionais para os planos de de-senvolvimento municipais e regionais de diversos municípios. Em conjunto com ou-tras instituições, o Instituto Emater tam-bém colabora na coordenação da política pública para os cultivos florestais no Para-ná. Para fortalecer e garantir assistência técnica de qualidade aos produtores, a Ex-

tensão Rural capacita sua equipe técnica e de Instituições parceiras, levando novas tecnologias aos agricultores e melhorando a mão de obra que atua no setor florestal. Com isso, é possível aumentar a produção de madeira e de produtos não madeirá-veis, melhorar o índice de eficiência do uso da terra nas propriedades assistidas e minimizar os efeitos de adventos climá-ticos desfavoráveis, promovendo um am-biente mais equilibrado para as atividades agropecuárias.

EMATER - Relatório de Atividades 2017 2018.indd 19 03/12/2018 16:48:30

20

PROGRAMA GRÃOS SUSTENTÁVEL

A produção de grãos é uma das princi-pais atividades da agricultura paranaense e a Extensão Rural vem trabalhando para promover melhorias da tecnologia de pro-dução, além de contribuir para a elevação da produtividade e da rentabilidade das la-vouras do estado de forma sustentável.

A ação extensionista implementa diver-sos programas junto aos produtores para-naenses que reduzem o uso de insumos e dos custos de produção. O Programa de Manejo Integrado de Pragas (MIP) já foi aplicado em 215 Unidades de Referência (UR), em 93 municípios nas diferentes re-giões produtoras. Nessas propriedades o número médio de aplicações de insetici-das chegou a 1,5 aplicação, contra a média

estadual de 3,4 aplicações. O uso dessa tecnologia representou uma redução de 55% no uso de inseticidas, com a melhoria de rentabilidade em 1,9 saca de soja por hectare. Além disso, o tempo médio de-corrido da semeadura até a primeira apli-cação de inseticida nas URs chegou a 78,7 dias, bem superior aos 43,6 dias da média do Paraná. Isso significa que nas Unidades de Referência o tempo da entrada da pri-meira aplicação de inseticidas aumentou em 35,1 dias na média, concentrando a necessidade de controle químico na fase de enchimento de grãos. Tradicionalmente os demais produtores já iniciam o controle na fase de desenvolvimento vegetativo da cultura, caracterizando, novamente o MIP como importante estratégia na racionali-

zação do uso de inseticidas, aumento da rentabilidade e preservação ambiental. O potencial de economia no Paraná com o uso da tecnologia é de R$ 696.000.000,00 (levando em conta o preço base da soja na safra 17/18).

Outro programa importante para os produtores de grãos do estado é o Manejo Integrado de Doenças (MID) que já che-gou a 89 municípios, com a instalação de 195 URs. Os extensionistas orientaram a instalação de coletores de esporos em 115 propriedades. O equipamento detecta a presença do agente causador da ferrugem asiática e indica o momento certo de com-bater a principal doença na cultura da soja. Com isso, os agricultores acompanhados conseguiram fazer o cultivo com 1,7 aplica-ção de fungicida, em média. Nas lavouras não monitoradas são necessárias 2,5 apli-cações. Com essa tecnologia os ganhos de rentabilidade chegaram a três sacas de soja por hectare. Já o tempo médio decorrido da semeadura até a primeira aplicação de fungicidas nas URs ficou em 78 dias, en-quanto a média no Paraná é de 56 dias, comprovando a importância dos resultados na racionalização do uso de fungicidas. Cál-culos dos extensionistas indicam que se to-dos os agricultores do Estado adotassem o MID os ganhos de rentabilidade poderiam

Produção Vegetal

EMATER - Relatório de Atividades 2017 2018.indd 20 03/12/2018 16:48:31

21

GRÃOS CENTRO SUL DE FEIJÃO E MILHO

O projeto Grãos Centro Sul de Feijão e Milho tem como objetivo profissionalizar os agricultores familiares. A Extensão Ru-ral considera que a partir do aumento da produtividade, da produção e da renda é possível gerar poupança para a introdução de novas atividades no meio rural, ainda que as lavouras de feijão e milho se man-tenham no sistema. Apesar do rendimen-to das culturas ter melhorado nos últimos anos, ainda há vários desafios e problemas a superar. Os conhecimentos e as novas tecnologias evoluem constantemente e a aproximação entre os geradores do conhe-cimento, a assistência técnica e o setor pro-dutivo é fundamental para o aumento da produtividade das culturas e renda para as famílias rurais. A aplicação de boas práticas agrícolas reflete em uma produção cada vez mais sustentável.

Entre 2015 e 2018 o projeto foi desen-volvido em 51 municípios, com mais de 3 mil produtores beneficiados por ano. Nes-se período, em relação ao quadriênio ante-rior, foi possível identificar um aumento na produtividade nas propriedades assistidas nas culturas do feijão (38%) e milho (12%). As ações têm contribuído na economia do Estado para o Valor Bruto de Produção Agropecuária (VBP) aproximado de R$ 1,3

bilhão do feijão e R$ 6,6 bilhões do milho.O Paraná é o maior produtor nacional

de feijão e o segundo de milho. Apesar disso, a produtividade e a adoção de boas práticas de cultivo têm espaço para avan-çar no estado. A manutenção dos cultivos pelos agricultores familiares é imprescin-dível, não somente para gerar renda para essas famílias, como também para manter o abastecimento de um alimento básico da população brasileira, fator de segurança alimentar.

Produção Vegetal

ser superiores em R$ 300.000.000, 00 com base nos preços da soja na safra 2017/18.

Além de reduzir o uso de inseticidas e fungicidas, os extensionistas do Instituto Emater também disseminam tecnologia para promover ganhos de produtividade e rentabilidade omo o uso da técnica de Inoculação e Co-inoculação. De acordo com levantamentos, 41,8% dos produtores do Paraná não usam inoculantes, e entre aqueles que usam essa tecnologia 56,5% o fazem de forma incorreta.

Os resultados observados pelos profis-sionais indicaram uma resposta muito po-sitiva para a inoculação/coinoculação das sementes de soja. Na inoculação houve acréscimos de produtividade em 1,8 sc/ha e ganhos em rentabilidade líquida de R$ 126,60/ha. Na coinoculação o ganho che-gou a 5,6 sc/ha e R$ 390,00/ha.

Esses resultados chegaram aos agricul-tores por meio de diversas ações de divul-gação realizadas pela Extensão Rural. Nas últimas cinco safras (de 2013 a 2018) um público de 1.254 produtores, lideranças rurais e assistência técnica participou do Giro Técnico que apresentou os números alcançados pelo MIP. Em 612 propriedades assistidas o uso de inseticidas caiu em 49% ou seja, uma redução de duas aplicações de produto químico nas lavouras.

EMATER - Relatório de Atividades 2017 2018.indd 21 03/12/2018 16:48:32

22

Produção Vegetal

CAFÉ

A produção paranaense de café atual-mente se concentra nas regiiões Noroeste, Norte Pioneiro, e Central do Estado. O grão, conduzido com tecnologia, continua sendo uma opção de renda para muitos agricul-tores, graças a políticas públicas mais fa-voráveis que incentivam a continuidade da produção. A competitividade – interna e externa – a sazonalidade do preço e a maior exigência por qualidade dos produtos agrí-colas por parte da sociedade exigem a pro-fissionalização dos produtores, um desafio para os profissionais da Extensão Rural.

Estima-se que cerca de 8.000 produto-res rurais fazem da cafeicultura sua princi-pal fonte de renda no Paraná. Desse total,

90% são agricultores familiares que têm conseguido se manter na atividade, com boa qualidade de vida, mesmo com o café enfrentando preços mais baixos que a mé-dia histórica.

No período 2017/2018 o Instituto Ema-ter prestou assistência a cafeicultores de 35 municípios do estado, assistindo dire-tamente a 1.000 famílias. A presença da Extensão Rural tem feito a diferença na melhoria dos resultados obtidos pelos pro-dutores. A produtividade média dos cafei-cultores que contam com assistência técni-ca tem ficado em 35 sacas beneficiadas por hectare, enquanto a média estadual é de 25 sacas beneficiadas por hectare. A meta é que os cafeicultores consigam produzir,

nas próximas safras, 40 sacas beneficiadas de café por hectare.

Além dos produtores atendidos con-tinuamente pelos extensionistas, outras 3.100 famílias participaram de ações pon-tuais ou participaram de atividades técni-cas coletivas. Outro destaque na cafeicul-tura é o trabalho que vem sendo feito com as mulheres envolvidas com essa cadeia produtiva. A organização das produtoras proporcionou visibilidade ao café do Para-ná, por meio da Aliança Internacional das Mulheres do Café. A iniciativa possibilitou que a produção dessas cafeicultoras con-quistasse mercados e preços inimagináveis até pouco tempo atrás.

O trabalho dos extensionistas está cen-trado na sustentabilidade da cafeicultura. Para tanto, os profissionais da Extensão Rural orientam os produtores a partir de conceitos estabelecidos pela Plataforma Global do Café e o Currículo de Sustenta-bilidade, iniciativas que envolvem diversos elos da cadeia, um grande número de ins-tituições e empresas do Brasil e do mundo. O trabalho foi ampliado e facilitado graças à formalização de um contrato com a ANA-TER (Agência Nacional de Assistência Técni-ca e Extensão Rural) que viabilizou recursos necessários para a implementação da pro-posta de sustentabilidade do café.

EMATER - Relatório de Atividades 2017 2018.indd 22 03/12/2018 16:48:32

23

FRUTICULTURA

A fruticultura comercial ocupa uma área de 60,3 mil hectares no Paraná e en-volve 27 mil produtores, segundo infor-mações do Departamento de Economia Rural (2016), da Seab. São cultivadas mais de trinta espécies nas diferentes regiões do estado e a produção chega a 1,4 milhão de toneladas. A atividade movimenta uma renda bruta de R$ 1,5 bilhão.

O programa de Fruticultura desenvol-vido pelo Instituto Emater atendeu 6.998 produtores, representando 25,91% do total existente. A ação ocorreu em 260 municípios, envolvendo 221 técnicos da iniciativa pública e privada. Nos últimos quatro anos a difusão de tecnologia, do plantio à comercialização, se deu por meio

de diversos eventos promovidos pela Ex-tensão Rural que alcançou um público es-timado de 8.685 pessoas. O Instituto Ema-ter coloca à disposição dos agricultores uma equipe de 46 técnicos e 183 unidades de referência sobre o cultivo de frutíferas.

Uma das preocupações dos exten-sionistas é a modernização e a busca de mercados diferenciados. A produção de maracujazeiro em cultivos protegidos para a produção de mudas altas foi uma inicia-tiva que tornou possível a convivência dos produtores com a virose do endurecimen-to dos frutos, principal doença que afeta o maracujá. A tecnologia, desenvolvida em parceria com o IAPAR, permitiu que a pro-dutividade dos pomares passasse de 14 para 26 toneladas por hectare. Além dis-so, a qualidade da fruta também melho-rou e os produtores passaram a abastecer tanto o mercado in natura como as agroin-dústrias do Estado. Outra ação importan-te desenvolvida pelos extensionistas foi a indicação geográfica, obtida junto ao Ins-tituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), para duas frutas: a goiaba, em Car-lópolis, e a uva, em Marialva.

A sustentabilidade da fruticultura passa pela redução e correto uso de agrotóxicos, o que levou extensionistas a levar práticas agroecológicas a 413 produtores, reduzin-

Produção Vegetal

do seus custos de produção. Programas como Pro Rural permitiram a melhoria da estrutura de cooperativas e associações que operam com frutas no Estado, desde a industrialização, transporte até mesmo a instalação de viveiros de mudas frutífe-ras para expansão de suas atividades e a capacitação dos agricultores familiares.

EMATER - Relatório de Atividades 2017 2018.indd 23 03/12/2018 16:48:33

24

OLERICULTURA

O olericultura tem importância funda-mental para a agricultura paranaense de-vido à diversidade da produção e ao aten-dimento de um mercado consumidor que cresce ano a ano. Por outro lado, como se trata da comercialização de produtos “in natura” torna-se crucial que o agricultor tenha acesso a tecnologias que permitam reduzir, ou eliminar, a presença de resí-duos de insumos químicos nos alimentos. O projeto Olericultura do Instituto Emater tem como objetivo organizar a produção e

Produção Vegetal

o produtor, ofertar alimentos seguros, com qualidade e garantia de rastreabilidade, ge-rando maior rentabilidade para o agricultor e sua família.

Alguns dados refletem o impacto do tra-balho dos extensionistas junto à produção de olerícolas. A produtividade média dos agricultores de cebola assistidos pelo Ins-tituto Emater passou de 24.184 kg/ha para 29.020 kg/ha. No caso da produção de to-mate, produtores que colhiam 61.394 kg/ha passaram a produzir 74.286 kg/ha. Para as demais culturas, a produtividade média

saltou de 24.200 kg/ha para 29.040 kg/ha. O Valor Básico de Produção das oleríco-las que em 2015 chegou a R$ 3,8 bilhões, atingiu R$ 4,1 bilhões em 2017. De 2015 a 2018, os extensionistas atenderam a 51.130 olericultores, de acordo com dados do Sisater (Sistema de Acompanhamento, Monitoramento e Avaliação das Ações de Assistência Técnica e Extensão Rural). Nes-te período o número de visitas às proprie-dades aumentou em 60%, demonstrando a presença efetiva da Extensão Rural no campo.

EMATER - Relatório de Atividades 2017 2018.indd 24 03/12/2018 16:48:33

25

PLANTAS POTENCIAIS, MEDICINAIS, CONDIMENTARES E AROMÁTICAS

O Paraná é o estado que tem a maior tra-dição no cultivo de plantas medicinais no país. Atualmente essa atividade já é, reco-nhecidamente, uma alternativa econômica importante para agricultores familiares. O projeto de Plantas Potenciais, Medicinais, Condimentares e Aromáticas do Instituto Emater abrange a orientação para o cultivo de espécies potenciais como as palmáceas (palmeira real, pupunha e juçara), a olivei-ra, o bambu e o lúpulo. Entre as espécies condimentares as principais são a ceboli-nha, a salsa, a pimenta e o urucum.

As plantas medicinais são as mais nu-merosas, em torno de 80 espécies, com a

finalidade alimentícia, produção de chás, suplementos, medicamentos e óleo es-sencial. As principais espécies medicinais cultivadas são a camomila, o capim limão, a carqueja, a hortelã, a espinheira santa, a estévia, o ginseng brasileiro, a marcela, a melissa e a melaleuca.

O Paraná tem uma área de 7148,04 ha ocupados com espécies potenciais, medi-cinais, condimentares e aromáticas e uma produção de 15.245,46 toneladas, movi-mentando R$ 81.565.483,69. A rentabilida-de média da atividade é de R$11.410,00/ha, em torno de 10 vezes mais do que grandes culturas como a soja. Os dados do Sisater dos últimos quatro anos (Tabela1) demonstram que em torno de 80% da área

total de plantas potenciais do estado do Pa-raná foram atendidas or extensionistas do Instituto Emater. Ao todo, 154 municípios estão envolvidos na produção das espécies potenciais, medicinais, aromáticas e condi-mentares.

Tabela 1 - Número de produtores aten-didos, área (ha) e produtividade (kg/ha) de plantas potenciais, medicinais, aromáticas e condimentares no estado do Paraná sob atendimento do Emater.

2015

2016

2017

2018Fonte: SISTATER

ANONÚMERO DE

PRODUTORES ÁREA (ha) PRODUTIVIDADE (kg/ha)

1.792

1.700

1.737

1.772

5.723,32

5.669,45

4.925,25

5.609,36

39.859

36.000

43.540

46.858

Produção Vegetal

EMATER - Relatório de Atividades 2017 2018.indd 25 03/12/2018 16:48:33

26

PALMÁCEAS

As principais palmeiras cultivadas no estado do Paraná são a pupunha, a pal-meira real e a palmeira imperial, totali-zando uma área de aproximadamente 2.654 ha, envolvendo mais de 1030 pro-dutores. A pupunha é a mais cultivada e pesquisada por apresentar algumas van-tagens como o alto rendimento na agroin-dústria e o perfilhamento constante, não necessitando um novo plantio após o corte o que gera economia de tempo e mão de obra para o produtor. Outra van-tagem da pupunha é a não oxidação do palmito após o corte, ou seja, não escu-rece após o processamento, podendo ser comercializado in natura, satisfazendo a

Tabela 2 - Número de produtores aten-didos, área (ha) e produtividade (kg/ha) de palmáceas no estado do Paraná sob atendi-mento do Emater

2015

2016

2017

2018Fonte: SISTATER

ANONÚMERO DE

PRODUTORES ÁREA (ha) PRODUTIVIDADE (kg/ha)

1.270

1.225

1.266

1.227

3.174,12

3.200,37

3.108,62

3.094,78

12.929

12.755

12.557

12.805

Produção Vegetal

necessidade dos consumidores que valo-rizam produtos naturais.

A principal região produtora no Paraná é o litoral, em função das suas caracte-rísticas climáticas. A área de cultivo é de aproximadamente 2.008 ha, represen-tando mais de 80% do cultivo do estado e 850 produtores, a maioria agricultores familiares.

O cultivo de palmeira permite que, após dois anos de cultivo, o produtor tenha uma renda bruta mensal de apro-ximadamente um salário mínimo por hectare. Os extensionistas do Instituto Emater vêm prestando assistência téc-nica e promovendo capacitação técnica dos interessados em entrar na atividade.

A intenção é obter maior rendimento e produtividade dos cultivos, bem como encontrar novas formas de comercializa-ção para o aumento de renda dos produ-tores (Tabela 2).

EMATER - Relatório de Atividades 2017 2018.indd 26 03/12/2018 16:48:34

27

Produção Vegetal

BAMBU

As ações do projeto de cultivo de bam-bu visam estruturar a cadeia produtiva, a fim de proporcionar diversificação de ren-da na propriedade. Por se tratar de uma espécie de ciclo curto e rápida renovação após o corte, o bambu permite a geração de diferentes produtos como broto de bambu, o carvão, pisos e assoalhos, pai-néis e laminados, estruturas para constru-ção civil, artesanato, móveis rústicos e de alto padrão.

Nos últimos quatro anos os extensio-nistas implantaram dez unidades de refe-rência em bambu, onde foram plantadas dez espécies diferentes que estão sendo avaliadas em parâmetros biométricos e de adaptação climática e sanitária.

OLIVEIRAS

Os efeitos benéficos para saúde do con-sumo da azeitona ou azeite de oliva, junta-mente com a busca por uma alimentação saudável são fatores que têm estimulado o consumo e a produção mundial de oli-veiras. O Brasil é um grande importador desses produtos e a alta demanda tanto de azeitona de mesa quanto de azeite de oliva, bem como o alto valor agregado têm

aumentado o interesse de produtores no Paraná por essa cultura, O Instituto Ema-ter está acompanhando algumas áreas de produção no Paraná com o objetivo am-pliar o seu cultivo. Além disso, a iniciativa pretende definir o Zoneamento Bioclimá-tico da cultura no estado, em parceria com a Embrapa. Dessa maneira vai ser possível permitir o acesso ao crédito, fomentando a produção no Paraná.

EMATER - Relatório de Atividades 2017 2018.indd 27 03/12/2018 16:48:35

28

Produção Vegetal

AGROECOLOGIA

O Paraná conta com 2.498 agricultores com produção agroecológica certificada e registro no Ministério da Agricultura. O es-tado é o primeiro do país neste segmento, com 14% de todas as unidades de produ-ção certificadas nacionalmente. Os exten-sionistas do Instituto Emater dão suporte aos agricultores familiares que optaram pela agroecologia, bem como para quem está disposto a migrar para este sistema produtivo que promove o desenvolvimen-to integrado da propriedade e a segurança alimentar em bases sustentáveis. A Exten-são Rural busca promover o aumento da renda dessas famílias, além de contribuir

para o fornecimento de alimentos limpos e saudáveis para a sociedade.

As principais ações e projetos realiza-dos de janeiro a outubro de 2018 resulta-ram em 5.407 atendimentos registrados, abrangendo orientações em 219 municí-pios do Estado. As regiões que se desta-cam pela maior intensidade de atividades, projetos e técnicos envolvidos são: Re-gião Metropolitana de Curitiba, Corné-lio Procópio, Santo. Antonio. da Platina, Maringá, Ivaiporã e Toledo. Os trabalhos se concentram nas cadeias produtivas da olericultura, leite, fruticultura e feijão.

Os extensionistas também produzem materiais didáticos e trabalhos técnicos para divulgar este campo de conhecimen-

to ainda em construção. No campo das políticas públicas de apoio ao setor, os profissionais do Instituto Emater partici-param da elaboração da minuta do De-creto e Plano de Introdução Progressiva de Alimentos Orgânicos na Alimentação Escolar do Estado e de encontros para discutir as diretrizes do Plano Estadual de Agroecologia e Produções Orgânicas do Programa Paraná Agroecológico.

A área de Agroecologia interage com diversos programas estaduais como o Família Paranaense, Microbacias, Pró-Ru-ral e Paraná mais Orgânico e Hortaliças Saudáveis. Em parceria com o Centro Pa-ranaense de Referência em Agroecologia (CPRA) e Instituto Agronômico do Paraná, os extensionistas desenvolveram ativida-des em vinte propriedades que são refe-rência e difundem inovações tecnológicas em municípios da Região Metropolitana de Curitiba (RMC). A iniciativa contribuiu para a difusão de conhecimentos sobre agroecologia para mais de 200 famílias. O Instituto Emater ainda presta assistên-cia a produtores orgânicos da AOPA/Rede Ecovida distribuídos em 14 municípios da RMC, presta consultorias a cooperativas, associações, núcleos de agroecologia, grupos de agricultores, consumidores e feirantes de todo o estado.

EMATER - Relatório de Atividades 2017 2018.indd 28 03/12/2018 16:48:35

29

Sustentabilidade Ambiental

O Instituto Emater realiza ações que promovem a sustentabilidade ambiental em todos os municípios do Estado. Temas como o manejo e a conservação de solos e água, a recuperação de áreas naturais de-gradadas e a educação ambiental têm sido levados pela Extensão Rural aos agriculto-res paranaenses. Desta forma o desenvol-vimento sustentável passa a fazer parte da realidade dos produtores assistidos, viabi-lizando as propriedades sob o ponto de vista social, ambiental e econômico.

Gestão Ambiental; Microbacias; Ma-nejo Integrado de Pragas e Doenças; Pro-dução Vegetal e Animal; Adequação Am-biental; Preservação e Recuperação dos Mananciais de Abastecimento de Água; Sistemas Integrados de Produção; Ade-quação e Conservação de Estadas Rurais; Saneamento Ambiental Rural; Prevenção/Controle e Combate à poluição e Conta-minação Ambiental, Turismo Rural e Eco-turismo são algumas frentes de trabalho que exigem o suporte técnico da área de Sustentabilidade Ambiental.

A Extensão Rural desenvolveu seus tra-balhos por meio de um processo de orga-nização comunitária, contando com a par-ticipação ativa de toda a comunidade. No programa de Gestão de Solos e Água em Microbacias, por exemplo, os extensionis-

tas definem um diagnóstico da localidade e, com os produtores, elaboram planos de ação e prioridades. Posteriormente, as de-mais instituições e órgãos do governo dão seu aval e fornecem recursos para a exe-cução dos trabalhos propostos.

Até 2018 o programa foi executado em 250 municípios do estado, envolvendo 329 microbacias hidrográficas. De um to-tal de 245 planos de trabalho, 76 são de-senvolvidos em áreas de mananciais ou de captação de água para o abastecimento urbano. Um total de R$ 50.370.124,84 já foi aplicado (R$ 48.269.716,56 repassados pela SEAB e R$ 2.100.408,28 pelos muni-cípios) Mais de 27 mil propriedades rurais foram atendidas pelo programa com práti-cas e ações de controle da erosão dos so-los, terraceamento nas áreas de lavouras e pastagens. Também foram investidos R$ 6.722.887,00 na aquisição e distribuição de corretivos -calcários e fosfato natural- para a melhoria e recuperação da fertili-dade dos solos.

Para melhorar os trabalhos de preser-vação do meio ambiente, foram investidos R$ 4.566.253,00 na aquisição de equipa-mentos como homogeneizador e distribui-dor de esterco, implementos para manejo do solo, abastecedouros, adubadeiras e pulverizadores eletrostáticos, diminuindo

assim a contaminação do lençol freático. Foram investidos R$ 2.266.365,00 em Pro-teção/Restauração de Áreas de Proteção Permanente (APP) com o isolamento das áreas e plantio de mudas de espécies na-tivas.

Com a finalidade de evitar a contami-nação e a poluição ambiental foram inves-tidos R$ 3.456.712 na instalação de abas-tecedouros comunitários, fossas sépticas e sistemas de saneamentos domésticos, sistemas de tratamento e distribuidores de esterco; sistemas de captação e arma-zenamento de água, proteção de fontes ou nascentes e salas de espera para bo-vinos. Os trabalhos em microbacias atin-gem 1.100.000 ha, beneficiando mais de 14.000 agricultores.

EMATER - Relatório de Atividades 2017 2018.indd 29 03/12/2018 16:48:35

30

Preservação do Meio Ambiente e da Água

Com a finalidade de combater e contro-lar a contaminação do meio ambiente, o Instituto Emater desenvolveu várias ações para conter ou diminuir o uso de agrotóxi-cos, uma ameaça para a qualidade dos ma-nanciais de abastecimento público, alimen-tos e para a saúde da população.

Os trabalhos de proteção de fontes avan-çaram consideravelmente nas regiões onde a água foi reconhecida como um recurso de

grande importância para a produção ani-mal. Nas regiões Oeste, Sudoeste, Central e Norte do Paraná, esse trabalho também se consolidou. Com tecnologias eficientes, de baixo custo e desenvolvidas pelos próprios extensionistas, muitas famílias passaram a ter acesso a água de qualidade, preservan-do a saúde e o seu bem-estar.

Os agricultores que atuam com a pro-dução e comercialização de hortifrutigran-

jeiros ampliaram os seus projetos, aderin-do a técnicas como a irrigação. Coube à Extensão Rural a elaboração de projetos técnicos e encaminhamento dos documen-tos necessários à adesão ao Programa de Irrigação Noturna (PIN) que oferece tarifas reduzidas para o produtor familiar. Desta maneira os beneficiados puderam aumen-tar a sua produtividade e renda.

Na bacia hidrográfica do Alto Rio Ivaí, os trabalhos de monitoramento e avalia-ção da contaminação ambiental foram intensificados em 46 municípios. Atuando junto com a comunidade, os extensionis-tas conseguiram fazer com que em 16 mu-nicípios dessa região, o poder Legislativo local, elaborasse leis municipais de pro-teção às cidades e núcleos populacionais com a finalidade de se evitar ou diminuir a contaminação por agrotóxicos.

No Projeto de Adequação Ambiental e legal da propriedade, o Instituto Emater atendeu 52.000 mil propriedades de agri-cultores familiares em ações envolvendo a orientação de licenciamento de ativida-des de produção, outorga de captação de água, preenchimento do Cadastro Ambien-tal Rural (CAR), recuperação e preservação de nascentes de água, principalmente nas Regiões Sudoeste e Centro-Sul do Paraná.

EMATER - Relatório de Atividades 2017 2018.indd 30 03/12/2018 16:48:36

31

2015

2016

2017

2018

2015

2016

2017

2018

2015

2016

2017

2018

Bovinocultura de Corte

25.706

21.842

32.248

25.576

2.484

2.199

4.717

3.519

3.301

3.097

4.409

2.810

52.030

42.437

63.188

46.442

4.284

3.382

5.515

5.062

4.790

4.408

6.199

4.699

1.474

1.205

1.939

1.142

137

104

243

178

174

150

320

179

Produção Animal

A área de Produção Animal promove ações para o desenvolvimento da pecuá-ria com o objetivo de aumentar a renda das propriedades assistidas e a eficiência da produção. Para tanto, os extensionistas estimulam os produtores a adotar boas práticas agropecuárias. Ao mesmo tempo,

PROJETO ANO PÚBLICOATENDIDO

ATENDIMENTOSINDIVIDUAIS

ATENDIMENTOSGRUPAIS

Bovinocultura de Leite

Aquicultura e Pesca

a propriedade passa a ser administrada como uma empresa, o que aumenta sua interação com a indústria e intensifica a busca pela qualidade da produção.

A Extensão Rural procura atuar no apri-moramento dos sistemas de produção das principais explorações pecuárias do estado,

melhorando os índices de produtividade, a sanidade agropecuária e a qualidade dos produtos, além de também contribuir para a organização do produtor em busca de mais acesso aos mercados. O produto final é a elevação da renda do pecuarista e a me-lhoria do abastecimento da população.

EMATER - Relatório de Atividades 2017 2018.indd 31 03/12/2018 16:48:36

32

Produção Animal

BOVINOCULTURA DE LEITE

O Programa Leite das Crianças (PLC) auxilia o combate à desnutrição infantil, por meio da distribuição gratuita e diária de um litro de leite às crianças de seis a 36 meses de idade de famílias cuja renda per capita não ultrapassa meio salário mínimo regional. O programa proporciona fomento à agricultura familiar, geração de emprego e renda, busca pela qualidade do pro duto pela remuneração equivalente, inovação dos meios de produção e a fixação do ho-mem no campo.

É competência do Instituto Emater capa-citar e prestar assistência técnica aos pro-dutores de leite envolvidos no Programa, 4.436 agricultores familiares cadastrados, por meio de 42 indústrias de laticínios. São atendidas crianças em todos os municípios do Paraná. De 2015 a 2018 foram bene-ficiadas mais de um milhão de crianças e foram distribuídos mais de R$ 300 milhões em recursos.

A Extensão Rural desenvolve ações em seis projetos de bovinocultura de leite, cujo objetivo é profissionalizar o produtor por meio da assistência técnica intensiva e continuada. O resultado final é o aumen-to da produtividade do rebanho dos pro-dutores atendidos em 50% e melhoria na qualidade da produção com o atendimento

às exigências da legislação vigente. Com a orientação dos extensionistas, o produtor consegue diminuir os custos de produção, faz o correto manejo da fertilidade do solo e das áreas de pastagem, assim como o planejamento forrageiro. Além disso, em diversas regiões, como o Arenito, a Exten-são Rural vem levando novas práticas como

a implantação do sistema silvipastoril. Em comum os projetos buscam promover o fortalecimento da cadeia produtiva do lei-te, de forma a proporcionar o desenvolvi-mentos econômico, social e ambiental das regiões, bem como a ascensão profissional dos produtores de leite. Por meio de Uni-dades

EMATER - Relatório de Atividades 2017 2018.indd 32 03/12/2018 16:48:37

33

O Instituto Emater também desenvolveu trabalhos direcionados a produtores de leite por meio de Chamadas Públicas, contratadas pelo MDA/SEAD. No período de 2014 e 2017 foram atendidos 10.900 produtores, em 88 municípios nos territórios Canturiguaçu e Para-ná Centro, e nas regiões Oeste e Sudoeste.

Produção Animal

Leite Competitivo Sul-Cantu

Leite Competitivo Norte

Leite Mais Arenito

Leite Sustentável Oeste

Leite Sustentável Sudoeste

Leite Norte Pioneiro

PROJETO NÚMERO DEMUNICÍPIOS REGIÕES ADM

31

38

29

26

42

23

Laranjeiras do Sul, Guarapuava, Ponta Grossa, Irati, Curitiba e

União da Vitória

Apucarana, Campo Mourão, Cornélio Procópio,

Ivaiporã, Londrina e Santo Antônio da Platina

Campo Mourão, Cianorte, Maringá, Paranavaí e Umuarama

Cascavel e Toledo

Sudoeste do Paraná

Norte Pioneiro

EMATER - Relatório de Atividades 2017 2018.indd 33 03/12/2018 16:48:37

34

Produção Animal

BOVINOCULTURA DE CORTE

Outro campo de atuação dos extensio-nistas é a Pecuária de corte. Atualmente o projeto denominado Pecuária Moderna di-reciona as ações para o desenvolvimento da cadeia de carne bovina no estado do Paraná. O objetivo é promover o produto paranaen-se e consolidar a carne nos mercados na-cionais e internacionais. Busca-se aumentar a renda dos produtores por intermédio do aumento da produtividade, proporcionado pelo rápido giro do capital investido e pelo abate de animais mais jovens. Essa prática é possível graças à adoção de tecnologias mais eficientes, os Sistema Intensivos de Produção. Com a adoção de novas práticas de manejo do rebanho de bovinos de corte, o Paraná pode se tornar uma referência na-cional na produção de carne de qualidade, com alta produtividade, eficiência, escala de produção e segurança alimentar, agregando valor ao produto e beneficiando o produtor.

Para conseguir esses objetivos, a Exten-são Rural prestou assessoria a seis coope-rativas que comercializam carnes nobres e 560 produtores que comercializaram 112 mil cabeças ou 25,2 mil toneladas de carne.

O Instituto Emater integra um esforço da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (SEAB), cooperativas e orga-nizações de representação dos agricultores

para desenvolver a cadeia produtiva da car-ne bovina no Paraná. A proposta é fomentar a produção de um produto com qualidade diferenciada, capaz de disputar espaço nos mercados mais exigentes do mundo. Para atingir esse objetivo, os extensionistas di-fundem entre os pecuaristas a aplicação de tecnologias mais eficientes, que possibili-tem o envio de animais mais jovens para o abate, com carne de qualidade, agregando valor e aumentando sua renda.

O programa Pecuária Moderna, sob coor-denação do Governo do Estado, tem atua-

ção em 15 regiões do Estado, abrangendo 303 municípios. O destaque é a macrorre-gião Noroeste, onde existem projetos de in-tensificação dos sistemas de produção. São eles o projeto estratégico Carne Bovina Are-nito e o projeto Carne e Madeira de Qualida-de. Ambas as iniciativas são lideradas pelo corpor técnico do Instituto Emater, por meio de convênio com o MAPA. A meta é levar o produtor a comercializar carne de qualidade em escala, buscando conquistar nichos dos mercados nacional e internacional.

EMATER - Relatório de Atividades 2017 2018.indd 34 03/12/2018 16:48:37

35

Produção Animal

AQUICULTURA E PESCA

A cadeia de Aquicultura e Pesca tem demonstrado um crescimento superior a 10% nos últimos anos. A produção total de pescados do Estado é de 76,5 mil to-neladas e a atividade é desenvolvida em todo o Paraná. A produção de peixes cul-tivados atingiu 64 mil toneladas em 2015

(84% do total de pescados produzidos no Estado), apresentando aumento de quase 50% nos últimos quatro anos. A produção está concentrada na regiões Oeste (nos municípios de Toledo e Cascavel) e Norte (Cornélio Procópio, Santo Antônio da Pla-tina e Londrina). Atualmente há algumas regiões emergentes como Pato Branco,

Laranjeiras do Sul, União da Vitória, Irati e Paranaguá.

A Extensão rural atendeu 4.255 produ-tores de piscicultores e pescadores artesa-nais do estado, em 52 municípios. Os pro-jetos que contaram com a orientação do Instituto Emater receberam R$ 1,9 milhão em investimentos.

EMATER - Relatório de Atividades 2017 2018.indd 35 03/12/2018 16:48:37

36

Negócios e Mercado

AGROINDÚSTRIA FAMILIAR

A crescente demanda do mercado por produtos mais naturais e a busca de novas alternativas alimentares têm estimulado a produção agroindustrial familiar no Estado. Ao mesmo tempo, a atividade agroindustrial tem se revelado como uma importante fer-ramenta para agregar renda aos produtos artesanais.

O governo do Estado intensificou ações de assistência técnica, possibilitando que os agricultores familiares regularizem seus pro-dutos. São ações como um concurso esta-dual de queijos artesanais que movimentou todas as regiões do Estado e potencializou a

TURISMO RURAL

O Ministério do Turismo define como Tu-rismo Rural o conjunto de atividades turís-ticas desenvolvidas no meio rural, compro-metido com a produção agropecuária e que agrega valor a produtos e serviços, resga-tando e promovendo o patrimônio cultural e natural de uma comunidade. O turismo ru-ral constitui uma atividade geradora de de-

185 produtores, de 90 municípios do esta-do. Com a iniciativa foi possível identificar e promover a produção de queijos artesanais da agricultura familiar paranaense, bem como contribuir para que esses produtores consigam um aumento de renda com a co-mercialização de queijos diferenciados (ma-turados).

Em quatro anos foram atendidos 14.438 agricultores familiares em agroindústria. Coube aos extensionistas orientar esse pú-blico a respeito das exigências legais para a produção agroindustrial, elaborar a planta arquitetônica das unidades de transforma-ção artesanal, estimular a aplicação de boas práticas de manipulação de alimentos e orientar a rotulagem dos produtos. Durante o período os produtores orientados movi-mentaram R$ 90 milhões com a comercia-lização em feiras, exposições e centros de comercialização permanente.

senvolvimento econômico para o meio rural quer por si só, quer através da dinamização de muitas outras atividades econômicas que dele são tributárias e com ele interagem.

O Instituto Emater vem dando especial atenção ao fortalecimento do Turismo Ru-ral, atendendo e orientando a profissiona-lização das famílias agricultoras. Entre 2015 e 2018 foram atendidos 9.518 agricultores ligados a essa atividade.

O Paraná possui 14 regiões turísticas definidas pelo programa de Regionalização Turística, estruturado pelo Ministério do Tu-rismo. Nos últimos quatro anos foram rea-lizadas diversas Caminhadas na Natureza, atividade que envolveu 187.273 pessoas e movimentou R$ 2,5 milhões nas comunida-des que participaram da atividade.

aprovação da Lei Estadual 19.599/2018, es-timulando o resgate histórico da produção de queijos artesanais. O concurso reuniu

EMATER - Relatório de Atividades 2017 2018.indd 36 03/12/2018 16:48:38

37

Emater Eventos

SHOW RURAL

EXPOLONDRINA

ENCONTRO DE MULHERES

CAMINHADAS

EMATER - Relatório de Atividades 2017 2018.indd 37 03/12/2018 16:48:39

38

DIAS DE CAMPO

EXPOTÉCNICA

EXPOINGÁ

Emater Eventos

EMATER - Relatório de Atividades 2017 2018.indd 38 03/12/2018 16:48:41

39

EMATER - Relatório de Atividades 2017 2018.indd 39 03/12/2018 16:48:41

www.emater.pr.gov.br

Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural - EMATERRua da Bandeira, 500 . Cabral . Curitiba - Paraná . CEP: 80035-270(41) 3250-2166

EMATER - Relatório de Atividades 2017 2018.indd 40 03/12/2018 16:48:42