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RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2016 Março 2017

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2016

Março 2017

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE 2016 Março 2017

Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 2 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

SIGLAS

ACeS BV – Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Vouga

ACSS - Administração Central do Sistema de Saúde

AO – Assistente Operacional

ARSC - Administração Regional de Saúde do Centro

CC – Conselho Clínico

CDC – MGF – Centro Dinamizador de Conteúdos em Medicina Geral e Familiar

CE – Consulta Externa

CEI – Contrato Emprego – Inserção

CHBV – Centro Hospitalar Baixo Vouga

CHUC – Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra

CT – Conselho Técnico

CV – Cruz Vermelha

DCI – Denominação Comum Internacional

DE – Diretor Executivo

DPOC – Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica

EDA – Endoscopia Digestiva Alta

EF – Enfermeiro de Família

ERA C – Equipa Regional de Acompanhamento do Centro

IPO – Instituto Português de Oncologia

IR – Insuficiência Renal

MCDT – Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica

MF – Médico de Família

MGF – Medicina Geral e Familiar

NACO – Novos Anticoagulantes Orais

PAI – Plano de Auditoria Interna

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Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 3 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

PAII – Plano Aplicação Incentivos Institucionais

PEM – Prescrição Eletrónica Médica

PT – Parecer Técnico

PVP – Preço de venda ao público

RA – Relatório de Atividades

RNU – Registo Nacional de Utentes

SAM – Sistema de Apoio ao Médico

SAPA – Sistema de Atribuição de Produtos de Apoio

SAPE – Sistema de Apoio à prática de Enfermagem SC – Secretário(s) clínico(s)

SC – Secretário(s) Clínico(s)

SINUS – Sistema de Informação para Unidades de Saúde

TAC – Tomografia Axial Computorizada

TFG – Taxa de Filtração Glomerular

UCC – Unidade de Cuidados na Comunidade

URAP – Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados

USF – Unidade de Saúde Familiar

USF AN – Unidade de Saúde Familiar Atlântico Norte

USF BR – Unidade de Saúde Familiar Beira Ria

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Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 4 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

Índice INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 6

1. CARATERIZAÇÃO DA USF .................................................................................................... 8

1.1. ÁREA GEOGRÁFICA DA USF .......................................................................................... 8

1.2. POPULAÇÃO INSCRITA .................................................................................................. 8

1.3. RECURSOS HUMANOS ................................................................................................. 10

1.4. OFERTA E DISPONIBILIDADE DE SERVIÇOS ............................................................. 10

1.4.1. Carteira Adicional de serviços ............................................................... 11

1.4.2. Alargamento de Horário ........................................................................ 11

2. CONTRATUALIZAÇÃO E RESULTADOS ............................................................................ 12

2.1.COBERTURA ASSISTENCIAL ........................................................................................ 12

2.2. INDICADORES INSTITUCIONAIS .................................................................................. 13

2.2.1.Eixo Nacional ......................................................................................... 13

2.2.2.Eixo Regional ......................................................................................... 14

2.2.3.Eixo Local - ACeS .................................................................................. 14

2.2.4.Eixo Local - USF .................................................................................... 14

2.3. INDICADORES FINANCEIROS ...................................................................................... 16

2.4. CARTEIRA ADICIONAL DE SERVIÇOS - CONSULTA DE CESSAÇÃO TABÁGICA ..... 17

2.5. ALARGAMENTO DE HORÁRIO ..................................................................................... 19

2.6. SITUAÇÕES COM IMPACTO NOS RESULTADOS........................................................ 19

3. AVALIAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO ..................................................................................... 24

4. REUNIÕES DO CONSELHO GERAL .................................................................................... 25

5. DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS E FORMAÇÂO CONTÍNUA ............................ 28

5.1. PLANO ANUAL DE FORMAÇÃO CONTÍNUA ................................................................ 28

5.2. FORMAÇÃO PRÉ E PÓS GRADUADA .......................................................................... 31

5.3. PRODUÇÃO CIENTÍFICA E DE INVESTIGAÇÃO .......................................................... 32

5.4. PLANO DE ACOMPANHAMENTO INTERNO “Contraceção nas mulheres hipertensas” 33

5.4.1. Descrição do Tema ............................................................................... 33

5.4.2. Análise da Implementação .................................................................... 35

5.4.3. Avaliação do 1º momento ..................................................................... 39

5.4.4. Avaliação do 2º momento ..................................................................... 42

5.4.5. Conclusão ............................................................................................. 43

6. AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO DOS PROFISSIONAIS E UTENTES .................................. 45

6.1. AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO DOS UTENTES ............................................................ 45

6.2. AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO DOS PROFISSIONAIS ................................................. 45

6.3. RECLAMAÇÕES, SUGESTÕES E OCORRÊNCIAS ...................................................... 57

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Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 5 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

7. OUTRAS ATIVIDADES .......................................................................................................... 59

7.1. EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE EM GRUPO .................................................................... 59

7.2. PROTOCOLOS/ ARTICULAÇÃO COM OUTRA INSTITUIÇÕES ................................... 60

7.3. COMUNICAÇÕES EM REUNIÕES CIENTÍFICAS .......................................................... 60

7.4. ATIVIDADES LÚDICAS .................................................................................................. 62

7.5. OUTRAS ATIVIDADES ................................................................................................... 63

8. CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 65

Índice Quadros

Quadro I. Distribuição dos utentes inscritos por género e idade ..................................................... 9 Quadro II. Distribuição ponderada dos inscritos em 31-12-2016 ................................................... 10 Quadro III. Cobertura assistencial (dados do MIM@UF) .............................................................. 12 Quadro IV. Indicadores de Eixo Nacional ..................................................................................... 13 Quadro V. Indicadores de eixo Regional ...................................................................................... 14 Quadro VI. Indicadores de eixo Local – AceS ............................................................................... 14 Quadro VII. Indicadores de eixo Local – USF ............................................................................... 14 Quadro VIII. Indicadores Financeiros ........................................................................................... 16 Quadro IX. Indicadores da Consulta de cessação tabágica ............................................................ 18 Quadro X. Indicadores do Plano de Ação ..................................................................................... 24 Quadro XI. Reuniões de Formação na USF em 2016 .................................................................... 28 Quadro XII. Formação Partilhada na USF em 2016 ...................................................................... 31 Quadro XIII. Critérios de elegibilidade para o uso de contracetivos.............................................. 34 Quadro XIV. Critérios de elegibilidade de métodos contracetivos para uma mulher hipertensa. ... 35 Quadro XV. Não Conformidades e Medidas Corretivas ................................................................ 40

Índice Gráficos

Gráfico 1. Pirâmide Etária (31 de Dezembro de 2016) (Fonte: MIM@UF, 31-12-2016) ................... 8 Gráfico 2. Avaliação da minha realização/ participação na USF ................................................... 47 Gráfico 3. Avaliação Global da USF .............................................................................................. 49 Gráfico 4. Avaliação dos órgãos da USF. ...................................................................................... 50 Gráfico 5. Avaliação de outros fatores de satisfação profissional .................................................. 51 Gráfico 6. Sentimentos para com o trabalho na USF e para com o trabalho em geral. .................. 52

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Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 6 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

INTRODUÇÃO

O Decreto-Lei 298/2007 prevê no seu artigo 6º a elaboração de um Plano de Ação personalizado,

com objetivos, indicadores e metas a atingir nas diferentes áreas de atuação. Para este Plano de

Ação deve ser elaborado o respetivo Relatório de Atividades que pretende avaliar o grau de

cumprimento das metas e eventuais alterações ao Plano de Ação dos anos seguintes. Por outro

lado, a Portaria 301 de 2008, que regula os critérios e condições para atribuição de incentivos

institucionais e financeiros às USF com fundamento em melhorias de produtividade, eficiência,

efetividade e qualidade dos cuidados prestados, prevê no seu artigo 5º que a USF elabore um

Relatório de Atividades focalizado nas metas dos indicadores contratualizados a remeter ao DE do

ACeS BV.

Para o relatório agora efetuado, e que se reporta às atividades desta USF no ano civil de 2016, os

dados obtidos pela equipa foram disponibilizados através da aplicação MIM@UF no que diz

respeito aos indicadores de desempenho contratualizados. No ano de 2016, não houve atrasos

significativos na disponibilização dos dados.

Relativamente aos indicadores financeiros a contratualização baseada na prescrição, continua a

parecer-nos injusta ao não refletir aquilo que efetivamente é gasto (são transversais a todos os

médicos as várias receitas “perdidas” ou não aviadas dentro do prazo de validade, as credenciais

de mcdts igualmente “perdidas” ou não utilizadas e a consequente necessidade de repetir as

referidas prescrições…). Contrariamente ao que se esperava não houve melhoria com a entrada

em vigor da nova receita eletrónica.

Este ano ficou marcado pela manutenção dos graves problemas existentes pela degradação das

instalações e falta de espaço para exercer com dignidade e eficiência a nossa atividade mas foi

também o ano em que, de forma pública e consistente, vimos o poder local e a administração

central reconhecer estes graves problemas o que, apesar da ausência de repostas concretas,

representou uma nova esperança para uma futura solução. Em 2016 vimos apenas concretizadas

mínimas reparações que ainda assim constituíram uma ligeira melhoria de algumas das situações

criticas naquilo que o empreiteiro descreveu como “reparações cosméticas”.

Foi também o ano em que em setembro foram inauguras as novas instalações da USF Beira Ria

no polo da Costa Nova, “prometida” para 2009 e sucessivamente adiada.

A constituição da equipa sofreu alterações com a aposentação por invalidez de um dos seus

elementos fundadores, a Dra. Ana Brandão. Neste momento em que a sensação de vazio ainda se

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Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 7 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

fazia sentir estava já em curso o procedimento de pedido da sua substituição pelo Dr. Filipe

Prazeres a exercer funções numa UCSP Aveiro. Com celeridade vimos homologada a sua

integração na USF mas a mobilidade só foi possível 5 meses depois. Depois de uma ausência de

um ano e meio da Dr. Ana Brandão na USF Beira Ria foi exigido a toda a equipa um maior esforço

para uma integração plena do novo elemento. Ainda assim foi um processo que se revelou

compensador e revigorante para a equipa e foi com satisfação que terminámos o ano a sensação

que o Dr. Filipe Prazeres é um de nós, um elemento que abraçou com entusiasmo este projeto em

construção permanente.

Pudemos ainda receber mais uma interna de MGF, Dra. Catarina Rosa, em 02/01/2016 e partilhar

a conclusão da formação específica em MGF do nosso primeiro interno da especialidade Dr. Nuno

Couto.

Efetivamente 2016 foi um ano com vários constrangimentos e muitas dificuldades, mas ainda assim

foi possível manter um bom desempenho assistencial aos nossos utentes e a equipa conseguiu

responder procurando manter a motivação e interesse na inovação e melhoria da qualidade. Foi

por unanimidade que tomou a decisão de efetuar a candidatura à Acreditação da DGS a qual foi

aceite constituindo assim um desafio a que pretendemos responder.

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Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 8 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

1. CARATERIZAÇÃO DA USF

1.1. ÁREA GEOGRÁFICA DA USF

A USF Beira Ria pertence ao ACeS Baixo Vouga, A.R.S. Centro.

A sede localiza-se na Gafanha da Nazaré e uma equipa clínica desloca-se 3 vezes por semana à

Costa Nova do Prado, num total de 12 horas, apenas para prestar cuidados aos utentes residentes

neste lugar.

1.2. POPULAÇÃO INSCRITA

A 31/12/2016 estavam inscritos na USF Beira Ria 12 303 utentes, sendo 47,04% do género

masculino e 52,96% do género feminino. A maioria dos utentes (62,28%) são adultos entre os 20

e os 64 anos. 17,48% são idosos (≥ a 65 anos) e 20,23% são jovens (0 - 19 anos). As mulheres

em idade fértil correspondem a 46,98% do total de mulheres.

Gráfico 1. Pirâmide Etária (31 de Dezembro de 2016) (Fonte: MIM@UF, 31-12-2016)

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Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 9 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

Quadro I. Distribuição dos utentes inscritos por género e idade em 31 de dezembro de 2016

Homem Mulher Total

≥ 95 anos 1 7 8

90-94 anos 16 35 51

85-89 anos 71 101 172

80-84 anos 114 196 310

75-79 anos 207 239 446

70-74 anos 220 299 519

65-69 anos 317 328 645

60-64 anos 345 375 720

55-59 anos 417 463 880

50-54 anos 433 489 922

45-49 anos 456 502 958

40-44 anos 440 523 963

35-39 anos 441 561 1002

30-34 anos 380 462 842

25-29 anos 337 360 697

20-24 anos 329 349 678

15-19 anos 340 304 644

10-14 anos 333 291 624

5-9 anos 300 334 634

0-4 anos 290 298 588

Total 5 787 6 516 12 303

O Quadro II. mostra a distribuição dos atuais inscritos na USF Beira Ria, pelos grupos etários

definidos no DL nº 298/2007. O total de Unidades Ponderadas (UP) é de 15 369,5. O rácio médio

ponderado por médico (7 médicos) é de 2195,64 UP e por enfermeiro (7 enfermeiros) é de 2195,64

UP, e por administrativo (5 administrativos) é de 3073,90 UP.

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Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 10 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

Quadro II. Distribuição ponderada dos inscritos em 31-12-2016 (Fonte: MIM@UF, 31-12-2016)

Grupo Etário TOTAL PONDERADAS

0 aos 6 Anos 844 1 266,0

7 aos 64 Anos 9 308 9 308,0

65 aos 74 Anos 1 164 2 328,0

≥ 75 Anos 987 2 467,5

TOTAL 12 303 15 369,5

1.3. RECURSOS HUMANOS

A USF Beira Ria é uma equipa multidisciplinar constituída por 19 profissionais com a seguinte

distribuição: 7 Médicos, 7 Enfermeiras, e 5 Secretários Clínicos.

1.4. OFERTA E DISPONIBILIDADE DE SERVIÇOS

O horário de funcionamento é das 8 às 20 horas todos os dias úteis.

A USF dá cumprimento à Carteira Básica de Serviços, tendo todos os Médicos/Enfermeiros um

horário em cada período de trabalho para o atendimento de situações de Doença Aguda (Consulta

Aberta) e duas consultas semanais em horário pós-laboral, para consultas programadas de

MGF/Enfermagem e de vigilância e para consultas de intersubstituição por situação de doença

aguda ou para os serviços mínimos nos vários programas, em caso de ausência de um profissional.

Funcionam também ao longo do dia mais duas consultas de intersubstituição para situações de

doença aguda e serviço mínimos, na ausência de MF/EF (CIS das 10-11h e das 13 – 14h). A equipa

de Enfermagem faz diariamente visitação domiciliária curativa, para além das visitas domiciliárias

de promoção/vigilância feitas pelos médicos, pelos enfermeiros ou pelas equipas MF/EF. Estão

também garantidas as visitas domiciliárias em situações de doença aguda num prazo máximo de

24 horas, aos utentes com incapacidade de se deslocarem à USF.

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Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 11 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

1.4.1. Carteira Adicional de serviços

Esta USF tem como carteira adicional a Consulta de Desabituação Tabágica.

1.4.2. Alargamento de Horário

Não foi contratualizado alargamento de horário.

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Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 12 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

2. CONTRATUALIZAÇÃO E RESULTADOS

2.1.COBERTURA ASSISTENCIAL

Terminámos o ano de 2016 com 12.303 utentes. (12.333 denominador do MIM@UF)

Com a limpeza de ficheiros e com a grande mobilidade da nossa população, cada vez mais notória

com a emigração sobretudo dos mais jovens, a equipa vai manter os ficheiros abertos e a aceitar

novas inscrições até atingirmos os 12.600 utentes.

Apresentamos no Quadro III. a nossa cobertura assistencial no ano de 2016:

Quadro III. Cobertura assistencial (dados do MIM@UF)

Nº consultas

Médicas Nº utilizadores Nº contactos de

Enfermagem Nº utilizadores

2016 38.818 13.786 33.287 10.783

Efetuamos a avaliação dos indicadores dos eixos nacional, regional e local que foram

contratualizados no início de 2016 com o ACeS Baixo Vouga, e constantes na Carta de

Compromisso para 2016. Os dados finais que se apresentam foram obtidos do Sistema de

Informação das ARS (SIARS - aplicação Microstrategy), no dia 28 de Fevereiro de 2017.

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Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 13 de 69

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2.2. INDICADORES INSTITUCIONAIS

2.2.1.Eixo Nacional

Quadro IV. Indicadores de Eixo Nacional

TIPO CÓDIGO SIARS NOME DO INDICADOR ÁREA CLÍNICA PONDE RAÇÃO META VALOR

ATINGIDO ID

Eixo nacional 62,5%

ACESSO 2013.006.01 Taxa de utilização de consultas

médicas – 3 anos Transversal 4,5% 89,3 89,52 4,51%

2013.004.01 Taxa domicílios enfermagem por 1.000 inscritos Transversal 3,0% 135,30 168,06 3.30%

Desempenho assistencial

2013.270.01 Índice de acompanhamento adequado em SM S. Materna 4,5% 0,90 0,91 4,55%

2013.267.01 Índice de acompanhamento adequado em PF, nas MIF SM/PF 5,0% 0,75 0,78 5,20%

2013.268.01 Índice de acompanhamento adequado em SI 1º ano S.I.J. 6,0% 0,94 0,96 6,13%

2013.056.01 Proporção de idosos, sem ansiol./ sedat./ hipnóticos S. Mental 2,0% 66,00 65,36 1,98%

3013.047.01 Proporção de utentes ≥ 14A, c/ registo Hábitos Tabágicos Transversal 2,5% 74,00 77,81 2,63%

2013.020.01 Proporção Hipertensos < 65 A, com PA < 150/90 Hipertensão 3,0% 75,00 79,95 3,20%

2013.039.01 Proporção DM c/ última HgbA1c ≤ 8% Diabetes 3,0% 75,00 79,92 3,20%

Satisfação Satisfação de utilizadores de unidades funcionais Transversal 5,0% - - 5,0%

Eficiência

2013.070.01 Despesa medicamentos prescritos, por utilizador (PVP) Transversal 16,0% 143 165,98 0,0%

2013.071.01 Despesa MCDTs prescritos, por utilizador (p. convencionado) Transversal 8,0% 48,50 50,93 0,0%

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2.2.2.Eixo Regional

Quadro V. Indicadores de eixo Regional

TIPO CÓDIGO SIARS NOME DO INDICADOR ÁREA CLÍNICA PONDE RAÇÃO META VALOR

ATINGIDO ID

Eixo regional15,0%

Desempenho assistencial

2013.023.01 Proporção hipertensos com RCV (3A)

Hipertensão 1,7% 81,00 89,33 1,83%

2013.272.01 Índice de acompanhamento adequado de hipertensos 6,7% 0,86 0,90 6,98%

2013.271.01 Índice de acompanhamento adequado em utentes com DM

Diabetes

5,0% 0,85 0,88 5,18%

Caraterização 2013.275.01 Proporção de novos DM2 em terapêutica c/ Metformina em monoterapia

1,6% 79,00 88,89 1,83%

2.2.3.Eixo Local - ACeS

Quadro VI. Indicadores de eixo Local – AceS

TIPO CÓDIGO SIARS NOME DO INDICADOR ÁREA CLÍNICA PONDE

RAÇÃO META VALOR ATINGIDO ID

Eixo local – AceS7,5%

Desempenho assistencial 2013.269.01 Índice de acompanhamento

adequado em Si 2º ano SIJ 3,7% 0,92 0,93 5,05%

Caraterização 2013.034.01 Proporção obesos ≥ 14ª, c/ consulta vigilância obesidade 2 A Transversal 3,8% 76,00 87,01 2,75%

2.2.4.Eixo Local - USF

Quadro VII. Indicadores de eixo Local – USF

TIPO CÓDIGO SIARS NOME DO INDICADOR ÁREA CLÍNICA PONDE

RAÇÃO META VALOR ATINGIDO ID

Eixo local- USF15,0%

Desempenho assistencial

2013.008.01 Taxa de utilização de consultas de PF (méd./enf.) SM/PF 7,5% 65,00 66,69 7,70%

2013.24.01 Proporção hipertensos com registo GTR Hipertensão 3,0% 79,00 89,29 3,30%

2013.032.01 Proporção jovens 14A, c/ peso e altura [11;14[A SIJ 1,5% 90,00 94,07 1,57%

2013.053.01 Proporção de utentes ≥ 14A, c/ reg. Consumo álcool S. Mental 3,0% 76,00 76,71 3,03%

Índice de Desempenho Global 78,91%

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE 2016 Março 2017

Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 15 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

Os resultados obtidos permitem calcular um Índice de Desempenho Global (IDG) de 78,91%,

pelo que a USF Beira Ria deverá receber incentivos institucionais no valor aproximado de 11.994

euros.

Realizaram-se 2 reuniões intercalares dinamizadas pelo DE/ CC e UAG do ACeS BV com os

coordenadores e CT das USFs em Modelo B onde, em cada semestre, foram apresentados os

resultados atingidos no âmbito dos indicadores contratualizados e discutidas algumas

problemáticas subjacentes. Representou um trabalho meritório numa tentativa de transparência

negocial e implementação de hábitos de partilha interequipas. Podemos discutir a metodologia ou

mesmo questionar a eficácia destas reuniões mas reconhecemos o esforço realizado e o empenho

de todos os profissionais envolvidos.

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Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

2.3. INDICADORES FINANCEIROS

Quadro VIII. Indicadores Financeiros

TIPO ÁREA CLÍNICA

CÓDIGO SIARS NOME DO INDICADOR META VALOR

ATINGIDO PONTUAÇÃO

DESEMPENHO ASSISTENCIAL

SM/PF 2013.009.01 Taxa de utilização de consultas de PF (enf.) 60,00 59,62 2 P

SM

2013.012.01 Proporção de grávidas c/ 6+ cons. vigil. Enferm. 95,00 94,34 2 P

2013.013.01 Proporção de puérperas c/ domicílio enfermagem 71,00 79,28 2 P

2013.050.01 Proporção de grávidas c/ consulta RP efetuada 95,00 93,69 2 P

SIJ

2013.015.01 Proporção RN c/ domicílio enfermagem até 15º dia de vida

72,50 78,57 2 P

2013.016.01 Proporção crianças c/ 6+ cons. médicas vigilância 1º ano

87,00 92,73 2 P

2013.017.01 Proporção crianças c/ 3+ cons. médicas vigilância 2º ano

85,00 87,04 2 P

2013.027.01 Proporção crianças 2A,c/ PNV cumprido até 2 anos 98,00 95,76 2 P

Hipertensão 2013.018.01 Proporção de hipertensos c/

IMC (12 meses) 93,00 94,65 2 P

2013.019.01 Proporção de hipertensos c/ PA em cada semestre 82,00 87,13 2 P

Diabetes

2013.035.01 Proporção DM com exame pés último ano 91,00 93,17 2 P

2013.036.01 Proporção DM com consulta enfermagem e GRT último ano

85,00 94,29 2 P

2013.037.01 Proporção DM com consulta enfermagem vigil. último ano

92,00 94,19 2 P

RO 2013.045.01 Proporção mulheres [25; 60[ A c/ colpocitologia (3 anos) 65,00 65,45 2 P

S. Adultos 2013.098.01 Proporção utentes ≥ 25A , c/ Vacina Tétano 93,00 93,75 2 P

Transversal 2013.033.01 Proporção inscritos > 14A, c/ IMC últimos 3 anos 82,00 85,58 2 P

ACESSO Transversal 2013.099.01 Taxa utilização consultas enfermagem – 3 anos 84,00 82,16 2 P

TOTAL 34 Pontos

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Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 17 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

A USF Beira Ria atinge uma pontuação de 34 pontos, pelo que lhe devem ser atribuídos 100%

dos incentivos financeiros.

2.4. CARTEIRA ADICIONAL DE SERVIÇOS - CONSULTA DE CESSAÇÃO TABÁGICA

A consulta de cessação tabágica teve início na USF Beira Ria a 17 de Abril de 2015, com um

período de 3 horas à sexta-feira. Por se ter verificado uma taxa elevada de faltas à consulta,

ponderou-se mudar o dia das consultas. Assim, em Setembro de 2015 as consultas passaram a

ser efetuadas à segunda-feira em horário pós-laboral (18h-20h) e à sexta-feira das 14h às 15h. A

partir de maio de 2016 a carteira passou para 2h decorrente de ajuste face ao nº de consultas. Para

este facto contribuiu a ausência de referenciações por parte da USF Atlântico Norte conforme

previsto no protocolo inicial.

Resultados:

Em 2016, foram contratualizadas 264 consultas.

Foram agendadas 251 consultas (95,1% do valor contratualizado).

Foram efetuadas 168 consultas (66,9%), o que corresponde a uma percentagem de faltas de

33,1%.

Dos 56 utentes em consulta em 2016, deixaram de fumar 21 (37,5%), embora todos os utentes

se encontrem em acompanhamento por não terem ainda completado um ano de programa e por

este motivo ainda não poderem entrar na estatística final deste relatório.

Dos restantes - 35

Faltaram às consultas seguintes sem justificação 23 utentes

Desistiram do programa por razões justificadas (exemplo: óbito de familiar direto) 5 utentes.

Foi suspenso o programa a 3, por não possuírem critérios para a cessação por patologia

mental não compensada.

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Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

Quadro IX. Quadro IX. Indicadores da Consulta de cessação tabágica

INDICADORES METAS VALORES

ATINGIDOS

1 - Número de consultas contratualizadas (referentes a 2016) 264 251

2 - Número médio de contactos por fumador, num período de

doze meses. 6 4,8

3 - Proporção de fumadores que continuam sem fumar após

seis meses do DIA D (1º dia sem fumar) 25 % 26,7%

4 - Proporção de fumadores que continuam sem fumar após

doze meses do DIA D (1º dia sem fumar) 20 % 23.3%

O indicador nº 1 não foi atingido – O indicador nº 1 não foi atingido por 5% - 13 consultas.

É de referir que as consultas por telefone para reforço positivo e acompanhamento no dia D não

foram contabilizadas. Se acrescentarmos a estas consultas os 19 utentes a quem foi feita consulta

telefónica o indicador teria sido atingido.

O indicador nº 2 não foi atingido – a média de consultas é de 5 por utente. Também neste caso

não foram contabilizadas as consultas telefónicas pelo que o indicador não foi atingido por uma

consulta.

O indicador nº 3 foi superado – a meta para a Proporção de fumadores que continuam sem fumar

após seis meses do DIA D (1º dia sem fumar) era de 25% e a equipa atingiu o valor de 26,7 %.

O indicador nº 4 foi superado - a meta para a Proporção de fumadores que continuam sem fumar

após doze meses do DIA D era de 20% e a equipa atingiu o valor de 23,3%.

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Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 19 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

2.5. ALARGAMENTO DE HORÁRIO

Não contratualizado

2.6. SITUAÇÕES COM IMPACTO NOS RESULTADOS

Foi com desencanto e progressiva desmotivação que iniciámos o ano de 2016 ao constatar a

manutenção de alguns fatores que contribuem para as dificuldades sentidas pela equipa na

concretização dos objetivos a atingir, e que ano após ano se mantêm sem resolução:

falta de espaço: insuficiente número de gabinetes de

enfermagem (4 gabinetes e uma única sala de

tratamentos para 7 enfermeiros e 12.500 utentes);

ausência de gabinete médico para internos da

especialidade – atualmente com 3 internos; ausência de

gabinete ou espaço na secretaria para backoffice dos SC;

sala de coordenação com “multifunções” (sala de

reuniões setoriais, sala de backoffice do SC, sala de

backoffice de enfermagem etc); sala de armazém exígua e “multifunções” (armazém de material

clínico, armazém de material hoteleiro e administrativo e sala de arquivo de processos clínicos

– sem espaço para todos os arquivos o que tem obrigado a que alguns arquivos permaneçam

no corredor dos gabinetes); secretaria única e de reduzidas dimensões para atendimento de

12.500 utentes; sala de reuniões partilhada com outra USF é de muito reduzidas dimensões

para a nossa equipa e tem péssimas condições gerais (paredes, teto e pavimento com

infiltrações e extensas áreas de bolor com o consequente odor associado, cadeiras em tecido

estão envelhecidas e manchadas por sujidade e

humidade sem possibilidade de higienização), ausência

de vestiários obriga a existência de muitos cacifos

pessoais dos funcionários no hall de entrada da sala de

reuniões o que é confrangedor para os próprios e

desqualificante para aquele espaço. De salientar ainda

a existência de apenas 2 WC (1 também com função de

fraldário) para todos os utentes das duas USFs do

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Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

edifício e que servem assim um universo superior a 19.000 utentes. Todos estes fatores irão

continuar a perturbar significativamente a equipa, enquanto não forem realizadas as obras

necessárias e solicitadas, nomeadamente as que contemplam a ampliação das instalações.

A degradação das instalações com vários gabinetes com paredes rachadas e repletas de

humidade e bolores, que para além do péssimo aspeto que faz

transparecer, não serão com certeza bons para a saúde dos

profissionais que aí permanecem dias inteiros; Mantém-se

infiltrações de água na secretaria e nalguns gabinetes médicos;

os problemas dos WCs foram minorados a partir de março 2016

com a reparação dos esgotos no exterior do edifício e com a

introdução de bombas elevatórias mas ainda não foi totalmente

resolvido: o mictório do WC masculino manteve-se sem

escoamento e por isso inoperacional; existem constrangimentos

na higienização diária das instalações sanitárias agudizadas pelo

reduzido número de WCs dos utentes (apenas 2) face ao nº de

utilizadores; ausência de correta adaptação para deficientes (têm apenas as barras laterais de

apoio nas sanitas). Estes problemas são motivo de frequente descontentamento dos utentes.

Como exemplo dos pontos anteriores salientamos o desabamento em 11/01/2016 do teto de

pladur no Gabinete de Saúde da Mulher. Obrigou ao encerramento daquele gabinete e

cancelamento das consultas de PF/RO durante 1 mês. Posteriormente foi decidido como

alternativa colocar marquesas ginecológicas em todos os Gabinetes Médicos o que veio a tornar

ainda mais difícil a gestão do espaço. O referido gabinete esteve encerrado e sem teto até

outubro e só nessa data foi possível efetuar a sua reparação.

Foram concluídas as obras de drenagem das águas pluviais do pavimento circundante mas na

prática não são evidentes quaisquer melhorias e quando chove com alguma intensidade os

acessos ao edifício ficam com um lençol de água de vários centímetros.

Falta de espaço adequado na sala de recolha do lixo de tipo hospitalar (localizada na zona do

edifício contígua à USF Atlântico Norte). As reduzidas dimensões daquele espaço partilhado

pelas 2 USF não permitem a circulação das AO sem que o vestuário tenha contacto com os

contentores dos resíduos e obrigam a colocar alguns deles em sistema vertical (alguns

contentores são colocados em cima de outros) o que não respeita as boas práticas protocoladas.

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Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 21 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

Défice de Higienização das instalações – problema que se arrasta sem resolução. A empresa

responsável pela limpeza do edifício tem uma única funcionária com um horário de 8h diárias

para todo o edifício (duas USF e áreas comuns) o que se tem revelado muito insuficiente. O

contrato celebrado com a administração contempla serviço de manutenção de limpeza o que

tem sido interpretado pelos responsáveis da empresa de forma a não assegurarem a

higienização global e aprofundada das instalações (paredes, chão, tetos não são limpos ou são

de forma insuficiente e com instrumentos desadequados, sem recurso a quaisquer meios

mecânicos (por exemplo, o chão dos corredores, salas de espera e secretaria é revestido a

mármore natural, já não tem qualquer polimento ou material impermeabilizante pelo que é muito

poroso e absorve a sujidade que não pode ser limpa com recurso a simples mopa e esfregona).

Questionamos e chamamos a atenção da funcionária de limpeza para as múltiplas falhas

detetadas diariamente, a mesma afirma não conseguir assegurar um melhor serviço e a situação

insustentável mantém-se. Em 2016 o contacto com responsável da empresa revelou-se

impossível e mesmo a UAG do ACeS BV manifestou-nos ter essa dificuldade. Tal como

reportado em devida altura à UAG, denunciámos o incumprimento do contrato no período das

férias e em situações de ausência da funcionária em que a empresa a deveria substituir falhando

sistematicamente essa obrigação em dias consecutivos o que condicionou situações absurdas

de falha grosseira dos mínimos de limpeza exigidos. Esta situação tem sido ainda agravada pela

insuficiência verificada a nível de Assistentes Operacionais (na Gafanha da Nazaré a equipa

dispõe de 1 elemento AO com horário de 7h para 12h abertura dia e o seu horário é com

frequência parcialmente ocupado no apoio domiciliário à equipa de enfermagem da USF. De

forma intermitente (com 1-2 meses de intervalo entre saída e nova contratação…) tem estado 1

elemento do Centro de Emprego (CEI) a exercer funções de AO mas ainda assim a situação da

limpeza e higienização, pilar de aspetos tão fulcrais como o Controle de Infeção, mantém-se

como uma grave não conformidade.

Múltiplos períodos do ano sem assistente operacional (por ausência em contexto de doença ou

por saída de CEIs que não foram substituídas atempadamente) perturbaram o funcionamento

da equipa sobretudo a nível da visitação domiciliária de enfermagem.

As cadeiras da sala de espera apresentam evidentes sinais de desgaste e muitas partiram-se o

que tem obrigado a manter vigilância do seu estado e a retirar as que constituem risco de

acidente por eventual queda de utentes como já aconteceu em anos anteriores. Esta retirada

sucessiva das cadeiras da sala de espera reduziu de forma significativa o número de lugares

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Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 22 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

sentados disponíveis e transformou a sala num local “despido” sem o conforto a que os nossos

utentes têm direito. Esta situação tem sido reportada ao ACeS e procedemos ao pedido deste

mobiliário mas mais uma vez não foi possível satisfazer o pedido deste tipo de

equipamento/mobiliário

A cada vez maior panóplia de programas informáticos/plataformas/páginas de registos a ser

usados pelos profissionais, nomeadamente pela equipa médica nas consultas (SClínico, PEM,

Alert P1, SiiMA rastreios, SAPA…), constituiu fonte de desconforto, desgaste e por vezes

atrasos na resposta assistencial.

Relativamente aos indicadores financeiros a contratualização baseada na prescrição, continua a

parecer-nos injusta ao não refletir aquilo que efetivamente é gasto (são transversais a todos os

médicos as várias receitas “perdidas” ou não aviadas dentro do prazo de validade, as credenciais

de mcdts igualmente “perdidas” ou não utilizadas e a consequente necessidade de repetir as

referidas prescrições…). Contrariamente ao que se esperava não houve melhoria com a entrada

em vigor da nova receita eletrónica. Acresce ainda o sucessivo decréscimo nos valores

contratualizados que não têm em conta múltiplos fatores: falta de resposta dos cuidados de saúde

secundários para a realização de alguns mcdt solicitando de forma reiterada a “colaboração” dos

médicos de família para a emissão de credenciais (TACs, EDA, Colonoscopias, mamografias…);

sucessiva desresponsabilização da emissão de receituário nas CE hospitalares (muitas prescrições

crónicas apenas com uma embalagem de cada fármaco e validade de 30 dias) para alargamento

da prescrição de fármacos inovadores com PVP muito elevado de que são paradigmáticos os

NACOs que começam a ser a escolha mais comum dos cardiologistas nas CE hospitalares e que

necessitam depois da nossa renovação da prescrição ao longo do ano (podemos ainda referir a

renovação de alguns psicofármacos da consulta de psiquiatria, alguns dos quais atingem valores

mensais de 200-300 € por doente).

Este tipo de pedidos, apesar de impedidos pela legislação em vigor, têm-se mantido com a

justificação de falta de capacidade de resposta em tempo útil por parte do CHBV, IPO e CHUC e,

se recusados, levantam problemas éticos a que não podemos ser alheios. Tem sido entendimento

desta USF que nestas circunstâncias o utente não pode ser sujeito a evidente prejuízo e que como

médicos de família temos que zelar pelo seu maior interesse nos cuidados de saúde que necessita.

Esta USF questionou o Conselho Clínico do ACeS BV sobre esta matéria e fomos informados que

a mesma tem sido alvo de múltiplas diligências junto dos hospitais de referência sem resultados

práticos até à data. Enquanto se mantiver esta situação temos o dever de pugnar pelo melhor

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Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

interesse dos nossos doentes, o que na prática corresponde à impossibilidade de cumprir a

legislação acima referida e consequente aumento de custos alocados à USF Beira Ria.

Apesar de em 2016 continuarem a não serem consideradas as ausências prolongadas, optámos

por manter esta alínea, apenas para mostrar o esforço da equipa, uma vez que foi um ano com

uma ausência prolongada por doença de um elemento da equipa:

Uma médica (Dra. Ana Brandão) com múltiplas ausências por motivo de doença durante todo o

ano de 2015 e 8 meses no ano de 2016. De referir que esta profissional viu o seu pedido de

reforma por invalidez deferido pela Caixa Geral de Aposentações em 23/02/2016. Esta ausência

prolongada só foi colmatada em início de setembro de 2016 com a mobilidade do médico que

integrou a equipa para substituir a colega conforme PT homologado pela ARS Centro em

31/03/2016 o que perturbou muito o funcionamento da equipa e implicou um esforço muito

significativo para o cumprimento dos indicadores e resposta adequada aos utentes daquele

ficheiro.

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Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

3. AVALIAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO

Estes foram os resultados obtidos pela equipa em relação aos indicadores do Plano de Ação de

2016/2018, que não faziam parte da Carta de Compromisso, mas para os quais a equipa também

se comprometeu a trabalhar e a atingir as metas propostas.

Quadro X. Indicadores do Plano de Ação

META PLANO

AÇÃO 2016/2018

RESULTADOS EM 2016

Proporção de consultas realizadas pelo MF 85% 86,12%

Taxa de Domicílios Médicos 22% 35,45%

Proporção de consultas realizadas pelo EF 82% 83,27%

Taxa utilização de Consultas Médicas em PF 52% 58,83%

Proporção de hipertensos ≥ 25 A com VAT 98% 97,98%

Proporção de mulheres [50-70[ A c/ mamog 2 anos 65 % 72,48%

Proporção de utentes [50-75[ A c/ rastreio cancro CR 43% 51,67%

Proporção medicamen. prescritos que são genéricos 52% 59,48%

Toda a restante atividade desenvolvida pela equipa e descrita no PA, será referida

pormenorizadamente nos capítulos seguintes.

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Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

4. REUNIÕES DO CONSELHO GERAL

Foram realizadas durante o ano de 2016 oito Reuniões de Conselho Geral nas seguintes datas e

com as seguintes Ordem de Trabalhos:

Dia 05 de fevereiro de 2016

1. Eleição do Coordenador e do CT.

2. Aprovação do PAI para 2016.

3. Aprovação do Relatório da Satisfação dos Profissionais.

4. Aprovação do Relatório da Satisfação dos Utentes.

5. Aprovação do Plano de Ação 2016-2018.

6. Aprovação do Relatório da Formação 2015.

7. Aprovação do Plano de Formação para 2016.

8. Aprovação do Relatório da Consulta de Cessação Tabágica.

9. Aprovação das alterações aos anexos III, V e VI do Regulamento Interno.

10. Aprovação das alterações a alguns Procedimentos já revistos.

Dia 11 de março de 2016

1. Aprovação de integração de novo elemento médico na USF.

2. Aprovação das atualizações de vários procedimentos e manuais de boas práticas.

3. Aprovação do novo horário do Dr. Carlos Vinhas, Enf.ª Vera Afonso e Enf.ª Isabel Soares.

4. Outros assuntos.

Dia 21 de abril de 2016

1. Aprovação dos valores a contratualizar na reunião com o ACeS no dia 26/04.

Dia 29 de abril de 2016

1. Sectorial: Formação pelo Laboratório MENARINI sobre DPOC.

2. Aprovação do RA 2015.

3. Aprovação de vários procedimentos (novos/desatualizados).

4. Resumo da reunião de contratualização para 2016, realizada em 26-04-2016.

5. Aprovação de plano de férias para 2016.

6. Outros assuntos

Dia 24 de junho de 2016

1. Análise das reclamações, sugestões e elogios – núcleo de Humanização

2. Avaliação do tempo de espera para a marcação da consulta – CT

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Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

3. Avaliação do tempo de espera após a hora marcada – CT

4. Reflexão sobre consumos – Enf. Graça e SC Helena Baptista

5. Reflexão sobre prescrição – Dr. Vinhas + Dra. Sónia

6. Aprovação das alterações a alguns Procedimentos já revistos

7. Outros assuntos

Dia 07 de outubro de 2016

1. Aprovação do PAII de 2015

2. Aprovação da candidatura ao Processo de acreditação.

3. Análise / resposta á reclamação nº 23 de 29 de Setembro 2016

4. Outros assuntos.

Dia 15 de dezembro de 2016

1. Análise das reclamações, sugestões e elogios - Núcleo de Humanização

2. Reflexão sobre os consumos na USF – Enf. Graça e AT Anabela

3. Avaliação do tempo de espera para a marcação da consulta – CT

4. Avaliação do tempo e espera após a hora marcada – CT

5. Avaliação dos consentimentos informados – Enf. Ana Antunes e Enf. Isabel

6. Reflexão sobre prescrição – Dra. Sónia, Dr. Vinhas

7. Apresentação do Relatório do Inventário Anual – AT Anabela e Chuva

8. Aprovação do Plano de Formação para 2017 –CT e Dr. Ion

9. Discussão e aprovação do Manual de acolhimento para profissionais de saúde, alunos de

medicina e enfermagem da USF BR e respetivos procedimentos.

10. Resumo da apresentação do teor da reunião sobre acreditação com o departamento de

qualidade da DGS.

11. Outros assuntos.

Dia 23 de dezembro de 2015

1. Análise das reclamações, sugestões e elogios - Núcleo de Humanização

2. Reflexão sobre prescrição – Dr. Vinhas

3. Apresentação do Relatório do Inventário Anual – AT Anabela e Chuva

4. Discussão e aprovação do Manual de Acolhimento para profissionais de saúde, alunos de

medicina e enfermagem da USF BR e respetivos procedimentos

5. Aprovação do PAI para 2017

6. Aprovação dos novos horários a entrar em vigor em Fevereiro de 2017.

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Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 27 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

7. Aprovação da alteração do anexo VI do RI – outros órgãos de apoio.

8. Resumo da apresentação do teor da reunião sobre acreditação com departamento de

qualidade da DGS. - Conclusão

De todas estas reuniões foram elaboradas atas que se encontram arquivadas em dossier próprio

e na pasta partilhada.

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE 2016 Março 2017

Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 28 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

5. DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS E FORMAÇÂO CONTÍNUA

5.1. PLANO ANUAL DE FORMAÇÃO CONTÍNUA

Quadro XI. Reuniões de Formação na USF em 2016

NOC/Tema Clínico Preletor Data Tipo de

reunião

Formaçãosobre Toxicodependências CRIA de Aveiro 22 Janeiro RS

Médicos - Codificação ICPC2. Dr. Nuno

12 Fevereiro RMP/RS

Enfermagem - Medicamentos LASA: prevenção de acidentes Enf.ª Karina

Enf Graça

Enfermagem - Formação com Laboratório da Edol/Gide Edol/Gide

Secretários Clínicos

- Manual Procedimentos Diabetes Mellitus

- Arquivamento Documentos na Secretaria

- Marcação Consultas Programadas

Anabela

Helena

Luciana

Clube de leitura:“Grávidas hipertensas desenvolvem complicações

mesmo medicadas”

Enfª Isabel/

Dr. Ion 26 Fevereiro RMP

Médicos - Dor / protocolos terapêuticos Dr. Nuno

4 Março RMP/RS Enfermagem

- Alterações relativamente à vacina do BCG, norma emanada

pela DGS em 12/02/2016 (fora da OT)

Enfª Isabel

Formação sobre Técnicas Inalatórias Novartis 1 Abril RMP/RS

Clube de leitura “Protetor Solar/absorção de vit. D” Enf.ª Karina /

Dr.ª Sónia 8 Abril RMP/RS

Médicos - SVI – Serviço Verificação de incapacidades Dr.ª Isabel 15 Abril RMP/RS

Formaçãosobre DPOC Menarini

29 Abril RCG Trabalho de qualidade “A prescrição de Metformina – ajustada à TFG

(fora de OT) Dr.ª Catarina

Cuidados de enfermagem nas emergências médicas Enf.ª Vera 06 Maio RMP/RS

Médicos - Boas práticas na abordagem do doente com obesidade

elegível para cirurgia bariátrica

Dr. Ion /

Dr. Menano/

17 Junho RMP/RS

Enfermagem

- Tratamento das Feridas

Enf.ª Karina/

Enf. Graça

Secretários Clínicos

- Vários temas para o projeto da Academia de Cuidados de

Saúde Primários (Fora de OT)

SC Luciana

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Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 29 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

Formação - investigadoras da UA apresentaram o projeto “Identificação

precoce e encaminhamento de crianças com alterações de

linguagem e fala” – Projeto RALF UA

01Julho RMP Enfermagem

- Formação sobre as alterações na empresa Bayer/Ascencia e

apresentação dos glucómetros disponíveis

Bayer/Ascencia

Médicos - “Terapêutica com os novos anticoagulantes orais

(NACOs)nos doentes com FA não valvular”. Dr. Nuno

8 Julho RMP/RS

Enfermagem - Formação sobre produtos Mustela L.

Expanscience

Formação - Apresentação do plano de Ação da UCC Laços de Mar

e Ria

UCC Laços de

Mar e Ria 15 Julho RMP/RS

“Incontinência Urinária” Dr.ª Catarina 5 Agosto RMP/RS

Formaçãosobre NAOCs BAYER 23

Setembro RMP/RS

“ Cessação Tabágica/ Intervenção Precoce” Dr.

Ion/Enf.Karina 28 Outubro RMP/RS

Alimentação nos hipocoagulados Enf.ª Karina/

Cristina/ Graça

Enfermagem – Formação sobre glucómetros e alimentação no

diabético Lab. Abbot

11

Novembro RMP/RS

Formação sobre “Dislipidemias” Laboratório BIAL 18

Novembro RMP/RS

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Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 30 de 69

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Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 31 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

Quadro XII. Formação Partilhada na USF em 2016

EVENTO LUGAR E DATA DO

EVENTO PARTICIPOU

XXVII Jornadas de Atualização Cardiológica

do Norte Porto, 20 a 22/01/2016 Dr. Ion; Dr. Vinhas

XX Jornadas Patient Care Lisboa, 25 a 26/02/2016 Dr. Vinhas

Update em Medicina 2016 Albufeira, 12 a 15/05/2016 Dr. Ion

2º Curso de Gastroenterologia oncologia Coimbra. 06/05/2016 Dra. Sónia

8º Encontro da USF-AN Aveiro, 11 a 14/05 de 2016 Dr.ª Isabel; Dra. Sónia; Dr. Vinhas;

Enf.ª Graça; Enf Vera; Luciana

Curso “Vacinação” Aveiro, 19 e 20/05/2016 Dr. Vinhas; Enf Cristina; Enf Vera

10ª Jornadas Prevenção RCV Albufeira, 24 a 25/06/2016 Dr. Menano

Promoção da Saúde Familiar ao longo do ciclo

vital Aveiro, 08/07/2016 Enf. Karina; Enf. Ana Martins

XXX Jornadas de Coimbra da APMGF Coimbra, 21 a 22/10/2016 Dr. Filipe

VIII Congresso MEDUBI Covilhâ, 28 a 30/10/2016 Dr. Filipe

20ª Jornadas Endocrinologia e Diabetes de

Coimbra Coimbra, 4 a 5/11/2016 Dra. Sónia

13ª Jornadas de Urologia do Norte em MGF Porto, 4 a 5/11/2016 Dr. Vinhas

Jornadas da UCF saúde da Mulher e da

Criança Sta. Mª da Feira, 24-25/11 Enf Vera; Dr. Vinhas

XXIX Fórum Dermatologia Porto, 25 a 26/11/2016 Dr. Ion

5.2. FORMAÇÃO PRÉ E PÓS GRADUADA

A USF Beira Ria, através da equipa de Enfermagem orientou o seguinte grupo de alunos:

De 26/04/2016 a 03/06/2016 – 2 alunas do 2º ano da Escola Superior de Saúde da

Universidade de Aveiro

De 20/06/2016 a 22/07/2016 – 2 alunas do 1º ano da Escola Superior de Enfermagem da

Universidade da Guarda

A USF Beira Ria, através da equipa médica orientou o seguinte grupo de internos:

Orientação de um médico do Internato da Especialidade de MGF com início de funções na

USF a 01/07/2012 e que terminou em 17/10/2016.

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE 2016 Março 2017

Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 32 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

Orientação de uma médica do Internato da Especialidade de MGF com início de funções na

USF a 01/03/2014.

Orientação de uma médica do Internato da Especialidade de MGF com início de funções na

USF a 01/01/2016.

5.3. PRODUÇÃO CIENTÍFICA E DE INVESTIGAÇÃO

CESSAÇÃO TABÁGICA: Motivação e dependência – um trabalho de investigação numa USF.

Concluiu-se que independentemente do estádio de mudança comportamental, do grau de

dependência ou da motivação, o aconselhamento por profissionais de saúde treinados pode facilitar

a cessação tabágica.

AVALIACAO E MELHORIA CONTÍNUA DE QUALIDADE na prescrição de metformina

adaptada à TGF em doentes diabéticos de 3 USFs.

Decorreu em dois tempos (março e maio de 2016) e destinou-se a avaliar a adequação da

terapêutica com metformina em doentes diabéticos, ajustada à função renal, a existência de registo

de TFG nos últimos 12 meses, a codificação de IR na lista de problemas (U99) e instituir medidas

de melhoria contínua de qualidade. Concluiu-se que houve uma melhoria na adequação da

prescrição de metformina segundo a TFG e da codificação da IR com o U99.

PROJETO “Dinamização do debate clínico na USF Beira Ria” – no âmbito do CAF13 da USF-

AN (Orientadores de formação de MGF – Comunidades de Aprendizagem) foi elaborado o referido

projeto pela Dra. Sónia Gala e dinamizado pela equipa médica. Este trabalho foi selecionado dentro

dos 10 melhores para apresentação oral e foi premiado com o 4º lugar.

PROJETO RALF (Rastreio de Linguagem e Fala) – identificação precoce e encaminhamento de

crianças com alterações da linguagem e fala. A USF BR participou neste projeto de investigação

com a UA em que o EF aplicou o instrumento RALF a um cuidador de grande proximidade com a

criança. Este projeto decorreu durante o ano de 2016 e mantem-se ativo em 2017.

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE 2016 Março 2017

Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 33 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

5.4. PLANO DE ACOMPANHAMENTO INTERNO “Contraceção nas mulheres hipertensas”

5.4.1. Descrição do Tema

INTRODUÇÃO

Os cuidados de saúde primários (CSP) constituem, no seu conjunto, um grupo de cuidados globais,

integrados, permanentes, continuados, planeados e suscetíveis de avaliação. Os estudos dirigidos

à avaliação da qualidade permitem a identificação, avaliação e correção de situações possíveis de

melhorar os cuidados de saúde ao utente.

No atual contexto dos CSP em Portugal, a vigilância da hipertensão e da saúde da mulher é

assumida pelo médico e enfermeiro de família.

A Direção Geral de Saúde (DGS) tem preconizadas orientações técnicas com o objetivo de

uniformizar e melhorar o nível dos cuidados prestados aos hipertensos, tornando-se importante a

avaliação do cumprimento destas medidas.

As substâncias presentes nos Contracetivos Hormonais Combinados (CHC) mimetizam as

propriedades dos esteróides endógenos. O etinilestradiol, presente nos CHC, é cerca de 1000

vezes mais potente que o estradiol endógeno. O seu efeito exacerba a produção de angiotensina

hepática, que, por sua vez, causa elevação da tensão arterial (TA) pelo sistema renina-

angiotensina-aldosterona.

Os riscos dos CHC, tais como TVP e, menos frequentemente, o enfarte do miocárdio ou o acidente

vascular cerebral, estão relacionados com os efeitos dos estrogénios no sistema cardiovascular.

Os riscos são maiores nas mulheres com mais de 35 anos que fumam. Os CHC têm mostrado

elevara pressão arterial sistólica e diastólica em cerca de8 e 6 mm Hg, respetivamente. As diretrizes

da OMS e do ACOG sugerem que os riscos dos CHC suplantamos benefícios nas doentes com

hipertensão arterial mal controlada.

Segundo as Orientações Técnicas de Saúde Reprodutiva e Planeamento Familiar da Direção Geral

de Saúde (DGS), a escolha do método contracetivo (MC) deve ser bem ponderada nas utentes

com doença crónica. Na hipertensão arterial (HTA), a contraceção hormonal combinada está

contraindicada, já que se associa a elevação da tensão arterial e risco aumentado de morte súbita,

enfarte agudo do miocárdio ou acidente vascular cerebral, caso a tensão arterial não esteja

controlada.

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE 2016 Março 2017

Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 34 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

A Sociedade Portuguesa de Ginecologia, motivada pelos conhecimentos atuais sobre os CHC,

criou um manual em 2011 denominado “Consenso sobre Contraceção”. Neste manual, afirma que

a utilização de CHC é contraindicada nas mulheres hipertensas, definindo as categorias (Quadro

XIII.):

Quadro XIII. Critérios de elegibilidade para o uso de contracetivos

DEFINIÇÃO NÍVEL DE TENSÃO ARTERIAL

Categoria 1 Sem restrição ao uso do método.

Categoria 2 A vantagem de utilizar o método supera os

riscos teóricos ou comprovados.

A classificação nesta categoria indica

que, de uma forma geral, o método pode

ser utilizado, mas requer um

acompanhamento cuidadoso.

Categoria 3

Uso do método não é recomendado, a

menos que, outros métodos não estejam

disponíveis ou não sejam aceites.

HTA controlada c/terapêutica.

Sistólica >140-159mmHg ou diastólica

>90 a 94mmHg;

Categoria 4 Uso do contracetivo representa um risco

não aceitável para a saúde

Sistólica ≥ 160 ou diastólica≥ 95mmHg;

Com doença vascular associada.

A descontinuação da CHC numa mulher com HTA pode melhorar o controlo tensional. A CHC está,

portanto, contraindicada na presença de HTA e a decisão de suspender o seu uso deve ser tomada

na presença desse diagnóstico.

Relativamente ao Progestativo injetável, apresenta também um maior risco CV que os restantes

progestativos, provavelmente devido ao seu efeito hipoestrogénico e à redução do nível do

colesterol HDL. Estes efeitos podem mesmo persistir após a descontinuação do método.

Assim, na mulher hipertensa estão indicados o dispositivo intra-uterino de cobre (DIU - Cu) e

métodos com progestativo isolado (Oral/SIU-LNG/Implante subcutâneo), Quadro XIV.

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE 2016 Março 2017

Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 35 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

Os procedimentos necessários à prestação de cuidados adequados em PF são da

responsabilidade partilhada entre o médico e o enfermeiro. Como tal, a troca de informação é

essencial e passa também pela utilização de registos comuns.

A qualidade dos registos reflete, indiretamente, a qualidade dos serviços prestados e as alterações

introduzidas após a avaliação podem beneficiar os serviços prestados nesta unidade de saúde.

Com a implementação desta auditoria pretendemos avaliar e garantir a qualidade da prescrição do

MC na mulher hipertensa e em função dos resultados obtidos, verificar a necessidade de

implementar medidas corretivas de caráter formativo e organizacional.

5.4.2. Análise da Implementação

EQUIPA DE AUDITORIA

Conselho Técnico: Isabel Monteiro e Graça Clemêncio

Internos de Medicina Geral e Familiar: Nuno Couto e Catarina Rosa (1º momento); Catarina Rosa,

Mariana Bastos e Carlos Ochoa (2º momento)

Quadro XIV. Critérios de elegibilidade de métodos contracetivos para uma mulher hipertensa.

CHC PO P inj Implante SIU-LNG DIU-Cu

História de HTA, quando a TA não pode ser avaliada 3 2 2 2 2 1

HTA controlada e possibilidade de avaliação da TA 3 1 2 1 1 1

HTA não controlada

TA > 140-159/90-99 mmHg 3 1 2 1 1 1

TA ≥ 160/100 mmHg 4 2 3 2 2 1

Legenda: CHC-Contraceção hormonal combinada; PO- Progestativo oral; P inj- Progestativo injetável;

SIU-LNG- Sistema intrauterino de Levonorgestrel; DIU-Cu- Dispositivo intrauterino de Cobre;

Classes1e 2-os métodos podem ser usados;

Classes 3e 4-métodos contraindicados

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE 2016 Março 2017

Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 36 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

ÂMBITO

Esta auditoria enquadra-se no âmbito da qualidade e tem como base de trabalho os Procedimentos

na Consulta de vigilância de Planeamento Familiar na mulher hipertensa. É aplicada pelo Conselho

Técnico e dois Internos de MGF e destina-se a auditar os procedimentos e registos dos médicos

da USF no programa de Planeamento Familiar na mulher hipertensa.

OBJETIVOS

1. Conhecer as mulheres hipertensas, com idade entre os 15 e os 49 anos inscritas em PF.

2. Avaliar o método contracetivo das mulheres hipertensas, com idade entre os 15 e os 49

anos, inscritas em PF.

3. Integrar a totalidade de mulheres hipertensas, com idade entre os 15 e os 49 ano sem

consulta de PF.

4. Garantir a qualidade de prescrição do MC a todas as mulheres hipertensas, com idade entre

os 15 e os 49 anos, de acordo com o “Consenso sobre Contraceção - 2011.

ESPAÇO TEMPORAL

A auditoria realiza-se em dois momentos:

1. Durante o mês de março de 2016,às mulheres hipertensas inscritas em PF, avaliando a

presença de pelo menos um registo do MC e se este é o método adequado.

2. Durante o mês de janeiro de 2017, às mulheres hipertensas inscritas em PF, avaliando a

presença de pelo menos um registo do MC e se este é o método adequado.

AMOSTRA AUDITADA

Todas as mulheres inscritas na USF BR (n= 134), com idade compreendida entre os 15 e os 49

anos e registo clínico de HTA na lista de problemas – código K 86 (Hipertensão sem complicações)

ou K87 (Hipertensão com complicações) da International Classification of Primary Care, Second

edition (ICPC-2).

Critérios de exclusão: menopausa e histerectomia.

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE 2016 Março 2017

Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 37 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

FONTE DE DADOS

S. Clínico – Registos médicos no Programa de vigilância de Planeamento Familiar.

[email protected] Listagens de mulheres hipertensas, entre os 15 e os 49 anos, por médico de

família e total da equipa.

COMO PREPARAR A AUDITORIA

Durante o mês de fevereiro o CT :

1. Realizará o levantamento das mulheres hipertensas, entre os 15 e os 49 anos, por médico

utilizando a aplicação MIM@UF;

2. Entregará as listagens a cada microequipa;

3. Colocará em grelha excel o nome das utentes hipertensas, com idade entre os 15 e os 49

anos, com a check list do que se vai auditar (inscrição em PF; excluídas; consulta em

2015/2016; sem registo do MC, CHC; Método adequado; PA; e.registo da justificação do

MC– CHC).

PROCEDIMENTOS A AUDITAR

Primeiro e segundo momento

1. Mulheres hipertensas com inscrição em PF versus hipertensas com idade compreendida

ente os 15 e os 49 anos identificadas.

2. Mulheres hipertensas com inscrição em PF com/sem registo do MC.

3. Mulheres hipertensas com inscrição em PF a fazer CHC com registo de justificação.

4. Mulheres hipertensas com inscrição em PF a usar CHC com TAS ≥160 ou TAD ≥95 mmHg.

AVALIAÇÃO

INDICADORES

1. Percentagem de mulheres hipertensas, com idade entre os 15 e 49anos,inscritas em PF

nº de mulheres hipertensas, com idade entre os 15e49 anos, inscritas em PF

nº de mulheres hipertensas com idade entre os 15 e os 49 anos x 100

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE 2016 Março 2017

Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 38 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

2. Percentagem de mulheres hipertensas, com idade entre os 15 e 49 anos,inscritas em

PF com registo do método contracetivo:

nº de mulheres hipertensas, com idade entre os 15 e 49 anos, inscritas em PF com registo do método contracetivo

nº de mulheres hipertensas com idade entre os 15 e os 49 anos inscritas em PF x 100

3. Percentagem de mulheres hipertensas, com idade entre os 15 e os 49 anos, inscritas

em PF com uso de método contracetivo adequado

nº de mulheres hipertensas, co idade entre os 15 e os 49 anos, inscritas em PF com uso de método contracetivo adequado

nº de mulheres hipertensas com idade entre os 15 e os 49 anos inscritas em PF x 100

4. Percentagem de mulheres hipertensas com valores tensionais elevados inscritas em

PF, a usar CHC:

nº de mulheres hipertensas, inscritas em PF, com valores tensionais elevados a usar CHC

nº de mulheres hipertensas inscritas em PF, que usam CHC x 100

COMO VAMOS AUDITAR

Decorrerá um primeiro e um segundo momento de auditoria – nos meses de março de 2016 e

janeiro de 2017, respetivamente – altura em que se avaliará, através dos registos S. Clínico no

Programa de PF:

se as mulheres hipertensas com idade compreendida entre os 15 e os 49 anos estão

inscritas em PF,

se as que estão inscritas em PF tem ou não registo do método contracetivo,

qual o tipo de método contracetivo,

às que usam CHC, se tem registo de justificação,

às que usam CHC, verificar quais as que tem TA ≥ 160 – 95 mmHg.

METAS

Ter 90%das mulheres hipertensas, com idade entre os 15 e os 49 anos, inscritas em PF.

Ter 90% de mulheres hipertensas, com idade entre os 15 e os 49 anos, inscritas em PF,

com registo de método contracetivo.

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE 2016 Março 2017

Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 39 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

Ter 80% das mulheres hipertensas, com idade entre os 15 e os 49 anos, inscritas em PF,

com uso de método contracetivo adequado.

Ter 0% de mulheres hipertensas, com idade entre os 15 e os 49 anos inscritas em PF, com

valores tensionais elevados, a usar CHC.

5.4.3. Avaliação do 1º momento

RESULTADOS DO PRIMEIRO MOMENTO DA AUDITORIA

Em fevereiro de 2016 as listas das mulheres inscritas na USF BR, com idade compreendida entre

os 15 e os 49 anos com registo clínico de HTA na lista de problemas, utilizando a aplicação

MIM@UF apresentam um total de.134 utentes.

Os processos clínicos auditados foram 134

Das 134 mulheres apenas 127 (94,8%) reuniram condições para a auditoria devido ao facto de:

6(4,5%) mulheres terem antecedentes de histerectomia;

1 (0,7%) mulher já se encontrar na menopausa.

AVALIAÇÃO

INDICADORES:

1) Percentagem de mulheres hipertensas, com idade entre os 15 e 49 anos, inscritas em PF

%7,93100127

119x

2) Percentagem de mulheres hipertensas, com idade entre os 15 e 49 anos, inscritas em PF

com registo do método contracetivo:

%3,77100119

92x

3) Percentagem de mulheres hipertensas, com idade entre os 15 e os 49 anos, inscritas em

PF com uso de método contracetivo adequado

%63100119

75x

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE 2016 Março 2017

Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 40 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

4) Percentagem de mulheres hipertensas com valores tensionais elevados inscritas em PF,

a usar CHC:

%4,2910017

5x

NÃO CONFORMIDADES E MEDIDAS CORRETIVAS

Apenas a meta ter 90% das mulheres hipertensas, com idade entre os 15 e os 49 anos, inscritas

em PF foi atingida.

As restantes metas não foram atingidas. Passamos à análise no Quadro XV:

Recomendamos ainda:

Quadro XV. Não Conformidades e Medidas Corretivas

CRITÉRIOS

AVALIADOS QUE

REQUEREM

CORREÇÃO

METAS ANÁLISE DAS

NÃO

CONFORMIDADES MEDIDAS CORRETIVAS / ESTRATÉGIAS

Registo do

método

contracetivo 90%

A meta não foi

atingida por 12,7%

Fornecer grelha em exceldo 1º momento da auditoria a cada

microequipa

MF Registar e validar MC.

MF uniformizar registos e procedimentos

Reforço da importância do registo correto de todos os campos no

programa de PF

Uso de método

contracetivo

adequado 80%

.A meta não foi

atingida por 17%

Fornecer grelha em excel do 1º momento da auditoria a cada

microequipa

Reforço de implementação das Normas da DGS

Melhor articulação com a equipa de enfermagem, incentivando a

partilha de informação entre a equipa de enfermagem e médica

MF deve consultar o programa de vigilância para verificar o MC

fornecido/registado pelo EF

EF deve informar MF sempre que fornecer CHC à mulher hipertensa

Uso de CHC em

mulheres com

valores tensionais

elevados

0% A meta não foi

atingida por 29,4%

Fornecer grelha em excel do 1º momento da auditoria a cada

microequipa

Reforço de implementação das Normas da DGS

Simplificação e uniformização dos registos – registar no processo, no

campo das notas do programa de PF, a justificação para a

prescrição do MC contra indicado, inclusive se tal for a opção da

utente, após esclarecimento médico/enfermagem.

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE 2016 Março 2017

Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 41 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

Que cada micro equipa convoque todas as mulheres hipertensas sem programa de PF aberto, para

consulta;

O registo correto de todos os campos no programa de PF;

A uniformização do registo da idade da menopausa.

Passamos a apresentar os campos que devem ser atualizados na consulta de PF:

CONCLUSÃO DO 1º MOMENTO DA AUDITORIA

De salientar que existiram 134 processos clínicos auditados. Destes apenas 127 (94,8%) reuniram

condições para a auditoria, devido ao facto de 6 (4,5%) mulheres terem antecedentes de

histerectomia e 1 (0,7%) já se encontrar na menopausa.

Apenas o indicador nº 1 foi atingido, importa no entanto realçar, que 6,3% das mulheres hipertensas

não têm vigilância de PF na USF.

Relativamente aos outros três indicadores o nº 2 e 3 não foram atingidos por 12,7% e 17%

respetivamente. Já o indicador nº 4 ficou muito além do pretendido (29,4%).

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE 2016 Março 2017

Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 42 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

O aconselhamento anticoncecional efetivo exige uma compreensão das preferências da mulher e

da sua história contracetiva, assim como dos riscos, benefícios, efeitos adversos, e contra

indicações de cada método. Para atingir as metas a que nos propusemos torna-se de extrema

importância que todos os profissionais envolvidos:

Fiquem sensibilizados para a necessidade de melhorar o cumprimento das atividades avaliadas;

Cumpram as normas da DGS;

Façam o registo correto de todos os campos do programa de PF;

Uniformizem os registos

Ainda, a ausência de alguns registos pode também estar relacionada com eventuais problemas do

sistema informático, frequentes na nossa USF, que de forma ainda não avaliada / quantificada,

contribuem para sucessivas falhas dos registos clínicos em muitas consultas durante o ano.

Por outro lado, é de salientar que numa auditoria que tem por base uma amostra de “pequenos

números” qualquer falha assume valores percentuais elevados.

O 2º momento desta auditoria decorrerá a partir de janeiro de 2016, sendo nessa altura avaliada a

evolução no processo de melhoria contínua da qualidade dos registos.

.

5.4.4. Avaliação do 2º momento

RESULTADOS DO SEGUNDO MOMENTO DA AUDITORIA

Em janeiro de 2017 as listas das mulheres inscritas na USF BR, com idade compreendida entre os

15 e os 49 anos com registo clínico de HTA na lista de problemas, utilizando a aplicação MIM@UF

apresentam um total de 123 utentes.

Das 123 mulheres apenas 117 (95,1%) reuniram condições para a auditoria devido ao facto de:

6 (4,9%) mulheres terem antecedentes de histerectomia.

AVALIAÇÃO

INDICADORES:

1) Percentagem de mulheres hipertensas, com idade entre os 15 e 49 anos, inscritas em PF

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE 2016 Março 2017

Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 43 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

%9,94100117

111x

2) Percentagem de mulheres hipertensas, com idade entre os 15 e 49 anos, inscritas em PF

com registo validado do método contracetivo:

%4,87100111

97x

3) Percentagem de mulheres hipertensas, com idade entre os 15 e os 49 anos, inscritas em

PF com uso de método contracetivo adequado (não CHC):

%9,9410097

92x

4) Percentagem de mulheres hipertensas com valores tensionais elevados inscritas em PF,

a usar CHC:

%01000

5x

5.4.5. Conclusão

COMPARAÇÃO ENTRE O 1º E O 2º MOMENTO DE AVALIAÇÃO

1º Momento META 2º Momento

% de mulheres hipertensas, com idade entre os 15

e 49 anos, inscritas em PF 93,7% - 94,9%

% de mulheres hipertensas, inscritas em PF com

registo do método contracetivo 77,3% 90% 87,4%

% de mulheres hipertensas, inscritas em PF com

uso de método contracetivo adequado validado 63,0% 80% 94,9%

% de mulheres hipertensas, com valores

tensionais elevados inscritas em PF, a usar CHC 29,4% 0% 0%

Houve melhoria em todos os indicadores avaliados.

Em relação ao cumprimento de metas pré-estabelecidas, não foi atingido o indicador nº2 em 2,6%.

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE 2016 Março 2017

Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 44 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

Este trabalho serviu para sensibilizar toda a equipa para a importância das boas práticas clínicas o

que ficou demonstrado pela melhoria entre os 1º e 2º momentos.

No entanto, é importante:

Manter a implementação das Normas da DGS

Melhorar a articulação com a equipa de enfermagem, incentivando a partilha de informação

entre a equipa de enfermagem e médica

MF deve consultar o programa de vigilância para verificar o MC fornecido/registado pelo EF

EF deve informar MF sempre que fornecer CHC à mulher hipertensa

O MF/EF devem informar/ensinar alertando para o risco do uso deste método contracetivo

hormonal combinado neste grupo de mulheres e se a opção da mulher for manter o método, tal

deve ficar registado no processo clínico da utente no P do SOAP ou em “NOTAS” no programa de

PF.

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE 2016 Março 2017

Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 45 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

6. AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO DOS PROFISSIONAIS E UTENTES

6.1. AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO DOS UTENTES

A avaliação da satisfação dos utentes da USF Beira Ria foi realizada no último trimestre 2016,

enquadrada no âmbito de inquérito aplicado em todas as UF do ACeS BV e sob supervisão do

ACeS BV/Comissão de Qualidade e Segurança. Na ausência de resultados disponíveis até à data

contactámos o Conselho Clínico do ACeS BV no final de março tendo sido transmitido que a

referida comissão está em fase final de tratamento de dados prevendo-se para breve a publicação

dos resultados. Ao contrário do verificado em 2015 estes resultados vão ser publicados por

unidade.

6.2. AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO DOS PROFISSIONAIS

INTRODUÇÃO E OBJETIVO

A Unidade de Saúde Familiar Beira Ria apresenta-se como uma equipa multiprofissional prestadora

de cuidados de saúde personalizados, garantindo a acessibilidade, a continuidade e a globalidade

dos mesmos. São vários os princípios orientadores de uma USF, nomeadamente a cooperação, a

solidariedade e a gestão participativa dos elementos da Unidade, com melhoria do seu

desempenho individual e aumento da sua satisfação profissional. De facto, “equipas

multiprofissionais motivadas, portadoras de uma cultura de responsabilização partilhada e com

práticas cimentadas na reflexão crítica e na confiança recíproca, constituem o principal ativo e a

mais-valia estratégica das USF” (Decreto-Lei nº 298/2007, de 22 de agosto).

Assim, o presente trabalho tem como objetivo avaliar a satisfação profissional dos elementos da

USF Beira Ria, visando a implementação de medidas corretivas face à situação atual.

METODOLOGIA

Tipo de estudo: transversal e retrospetivo.

População: profissionais da USF Beira Ria – médicos, enfermeiros e secretários clínicos.

Procedimento do estudo: colocação de uma hiperligação na pasta partilhada da USF Beira Ria para

o questionário de avaliação dos profissionais, preparado nos formulários do Google, a ser

preenchido até ao dia 12 de dezembro de 2016.

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE 2016 Março 2017

Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 46 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

Variáveis: itens do questionário aplicado, 46 dos quais com avaliação tipo Likert e 1 com resposta

sim/não.

Tratamento dos dados: estudo descritivo, utilizando o Excel®.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram obtidas 100% de respostas ao questionário: 7 médicos, 7 enfermeiros e 5 secretários

clínicos.

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE 2016 Março 2017

Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 47 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

11

9

6

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8

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1

2

2

1

2

2

1

1

3

3

3

2

7

2

4

3

1

1

1

1

1

0 5 10 15

1. Sinto-me realizado(a) com as funções que exerço

2. A USF acredita e valoriza o meu trabalho

3. Colaboro em todas as atividades da USF

4. Dou ideias inovadoras mesmo que não me sejamsolicitadas

5. Sei o que a USF espera de mim

6. Conheço todos os documentos chave da USF

7. Conheço os objetivos, metas e indicadores de serviçoque devem ser alcançados

8. Participo ativamente nas reuniões semanais da USF

9. O meu desenvolvimento profissional é acompanhadoe incentivado pela USF

10. Os meus colegas avaliam corretamente o valor domeu desempenho

11. A relação com os colegas é de cooperação,companheirismo e inter-ajuda

12. Tenho verdadeiros amigos e não apenas colegas ousimples conhecidos, no meu local de trabalho

13. Quando me atribuem uma tarefa certificam-se deque tenho condições para a levar a cabo

14. Os colegas dizem-me o que pensam acerca daforma como desempenho o meu trabalho

15. A relação com outras classes profissionais fomentao espírito de equipa

16. Considero que a USF tem um futuro promissor

17. Considero os utentes da USF satisfeitos

18. A USF proporciona-me boa qualidade de vida

19. A USF proporciona-me bons momentos de convívioe lazer

20. A USF motiva-me a trabalhar melhor

21. A USF motiva-me para que cada vez mais invista naminha formação participando na formação interna

22. Faço parte de uma equipa competente eempenhada

23. Sinto orgulho em pertencer à minha USF

Sempre Frequentemente Às vezes Nunca Não respondeu

I. AVALIAÇÃO DA MINHA REALIZAÇÃO/PARTICIPAÇÃO NA USF

Gráfico 2. Avaliação da minha realização/ participação na USF

1. Sinto-me realizado(a) com as funções que exerço.

2. A USF acredita e valoriza o meu trabalho.

3. Colaboro em todas as atividades da USF.

4. Dou ideias inovadoras mesmo que não me sejam solicitadas.

5. Sei o que a USF espera de mim.

6. Conheço todos os documentos chave da USF.

7. Conheço os objetivos, metas e indicadores de serviço que devem ser alcançados.

8. Participo ativamente nas reuniões semanais da USF.

9. O meu desenvolvimento profissional é acompanhado e incentivado pela USF.

10. Os meus colegas avaliam corretamente o valor do meu desempenho.

11. A relação com os colegas é de cooperação, companheirismo e interajuda.

12. Tenho verdadeiros amigos e não apenas colegas ou simples conhecidos, no meu local de trabalho.

13. Quando me atribuem uma tarefa certificam-se de que tenho condições para a levar a cabo.

14. Os colegas dizem-me o que pensam acerca da forma como desempenho o meu trabalho.

15. A relação com outras classes profissionais fomenta o espírito de equipa.

16. Considero que a USF tem um futuro promissor.

17. Considero os utentes da USF satisfeitos.

18. A USF proporciona-me boa qualidade de vida.

19. A USF proporciona-me bons momentos de convívio e lazer.

20. A USF motiva-me a trabalhar melhor.

21. A USF motiva-me para que cada vez mais invista na minha formação participando na formação interna.

22. Faço parte de uma equipa competente e empenhada.

23. Sinto orgulho em pertencer à minha USF.

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE 2016 Março 2017

Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 48 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

Analisando as respostas aos itens que avaliam a realização/participação dos profissionais na USF,

nota-se o predomínio claro do espetro positivo da avaliação (opções “sempre” e “frequentemente”),

com mais de 50% de respostas “sempre” relativamente à realização do profissional com as funções

que exerce, conhecimento das expectativas da USF quanto ao seu trabalho, conhecimento dos

objetivos, metas e indicadores a alcançar, participação ativa nas reuniões, relação de cooperação,

interajuda e companheirismo com os colegas, o acreditar que a USF engloba uma equipa

competente e empenhada, tendo um futuro promissor, e o sentimento de orgulho por pertencer à

Equipa.

Estando a USF a iniciar formalmente o seu trabalho para a Acreditação, releva-se o facto de 11

profissionais acreditarem “sempre” e 8 “frequentemente” que a USF tem um futuro promissor,

confiança esta fulcral para o sucesso deste projeto. Também neste sentido se salientam as 18

avaliações positivas (das quais 13 “sempre”) quanto à competência e empenho da equipa, e a

totalidade de avaliações positivas nas questões “sinto orgulho em pertencer à minha USF” (das

quais 16 “sempre”) e “conheço os objetivos, metas e indicadores de serviço que devem ser

alcançados”. Ainda, 17 profissionais consideram conhecer de forma positiva “todos os documentos

chave da USF”, embora apenas 7 os conheçam todos neste momento.

Em 18 dos 23 itens avaliados a opção “às vezes” foi classificada, 12 das quais com 1 a 2

profissionais a submeterem esta qualificação. Em 4 itens foram 3 o número de profissionais a fazer

esta avaliação: certificação das condições necessárias para realizar uma tarefa atribuída, diálogo

crítico quanto ao desempenho profissional individual, relação com as outras classes profissionais

fomentadora de espírito de equipa e aposta da USF na formação, nomeadamente pela participação

na formação interna. Ainda, 4 profissionais consideraram que apenas “às vezes” a USF os motiva

a trabalhar melhor.

A opção “nunca” aparece uma vez neste gráfico, considerando uma pessoa que a USF “nunca” lhe

proporciona uma boa qualidade de vida, à qual se adicionam outras 7 considerando que “às vezes”

podem ter uma boa qualidade de vida. De facto, esta foi a questão cujas respostas se inclinaram

mais para o polo negativo de avaliação (“às vezes” e “nunca”).

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE 2016 Março 2017

Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 49 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

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0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

1. Considero a USF bem organizada.

2. As reuniões da USF são úteis e proveitosas.

3. As condições de trabalho são adequadas.

4. Tenho material/equipamento necessário para aprática da minha atividade.

5. Conforto Geral na USF.

6. Limpeza da USF.

Sempre Frequentemente Às vezes Nunca Não respondeu

II. AVALIAÇÃO GLOBAL DA USF

Gráfico 3. Avaliação Global da USF

Ao contrário do ponto anterior, os itens respeitantes à avaliação global da USF apresentam um

predomínio do espetro negativo da avaliação (opções “às vezes” e “nunca”), principalmente aqueles

que não dependem diretamente dos profissionais da Unidade: a adequação das condições de

trabalho, o conforto geral na USF e a sua limpeza, este último aliás sem qualquer avaliação positiva.

1. Considero a USF bem organizada.

2. As reuniões da USF são úteis e proveitosas.

3. As condições de trabalho são adequadas.

4. Tenho material/equipamento necessário para a prática da minha atividade.

5. Conforto geral na USF.

6. Limpeza da USF.

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE 2016 Março 2017

Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 50 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

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Considero o Coordenador da USF competente

Acho que o horário que o Coordenador dedica para agestão da USF, é suficiente para a resolução dos…

Considero o CT da USF competente

Acho que o horário que o CT disponibiliza para otrabalho da USF, é suficiente para a resolução dos…

O Coordenador é um bom exemplo a seguir

O CT é um bom exemplo a seguir

O Coordenador diz-me como posso melhorar o meutrabalho

O CT diz-me como posso melhorar o meu trabalho

Tenho conhecimento prévio do horário laboral,reuniões de serviço, ações de formação e ordem…

Existe uma orientação clara sobre o funcionamento doserviço e da organização, nomeadamente a nível…

Sempre Frequentemente Às vezes Nunca Não respondeu

III. AVALIAÇÃO DOS ÓRGÃOS DA USF

Gráfico 4. Avaliação dos órgãos da USF.

A avaliação dos órgãos da USF é globalmente positiva. De facto, a competência do coordenador e

do conselho técnico, considerando este último um bom exemplo a seguir, obtiveram todas as

respostas no espetro positivo, com respetivamente 17, 18 e 14 “sempre”. No entanto, apenas cerca

de metade dos profissionais consideraram o horário disponibilizado pelo coordenador e pelo

conselho técnico para a gestão / trabalho da USF suficiente para a resolução dos problemas da

equipa. Ainda neste sentido, um profissional considerou que estes órgãos nunca lhe disseram como

pode melhorar o seu trabalho, e outros 2-3 profissionais referem que apenas às vezes tal acontece.

O horário laboral, as reuniões de serviço com respetiva ordem de trabalhos e as ações de formação

são eficazmente divulgadas segundo a maioria dos profissionais (16 “sempre”), existindo para tal

uma prévia orientação clara sobre o funcionamento do serviço e a organização dos processos de

trabalho (12 “sempre”, 4 “frequentemente”).

1. Considero o Coordenador da USF competente.

2. Acho que o horário que o Coordenador dedica para a gestão da USF, é suficiente para a resolução dos problemas da equipa.

3. Considero o CT da USF competente.

4. Acho que o horário que o CT disponibiliza para o trabalho da USF, é suficiente para a resolução dos problemas da equipa.

5. O Coordenador é um bom exemplo a seguir.

6. O CT é um bom exemplo a seguir.

7. O Coordenador diz-me como posso melhorar o meu trabalho.

8. O CT diz-me como posso melhorar o meu trabalho.

9. Tenho conhecimento prévio do horário laboral, reuniões de serviço, ações de formação e ordem de trabalhos.

10. Existe uma orientação clara sobre o funcionamento do serviço e da organização, nomeadamente a nível da execução dos processos de trabalho.

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE 2016 Março 2017

Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 51 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

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0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

O meu relacionamento profissional com os colegasda USF é excelente

Sinto-me respeitado como profissional e comopessoa

Existe espírito de equipa

É tida em consideração a minha opinião quando seregistam mudanças

Sinto-me bem informado(a) sobre as estratégias naUSF

Consigo manter o equilíbrio entre a minha vidaprofissional e a minha vida pessoal

Sinto-me apoiado(a) pelo ACeS a que pertenço

Sempre Frequentemente Às vezes Nunca Não respondeu

IV. AVALIAÇÃO DE OUTROS FATORES DE SATISFAÇÃO PROFISSIONAL

Gráfico 5. Avaliação de outros fatores de satisfação profissional

Relativamente à relação profissional e pessoal entre os elementos da Unidade, englobando o

espírito de equipa e a partilha de opiniões para uma melhoria contínua dos cuidados prestados, a

avaliação recaiu novamente sobre o espero positivo, embora predomine o “frequentemente” em

vários itens. Ainda, 7 profissionais veem por vezes a sua vida pessoal afetada pelas

responsabilidades profissionais que assumem.

No espetro oposto foi classificado o apoio dado pelo ACeS aos profissionais, com 12 avaliações no

espetro negativo (10 “às vezes” e 2 “nunca”). Este resultado foi posteriormente alvo de análise e

reflexão em equipa. Para melhor esclarecer este ponto os profissionais foram convidados a expor

o motivo desta avaliação. Foi nossa pretensão que a título individual cada profissional, que avaliou

o apoio do ACeS BV no espectro negativo, justificasse de forma sumária a sua avaliação. Cada

justificação foi enviada por email da USF Beira Ria (a que todos os profissionais têm acesso) para

o email da coordenadora assegurando o anonimato se considerado pertinente. As respostas

recebidas permitiram concluir o seguinte: nenhum respondeu em relação ao apoio direto do ACeS

BV à USF Beira Ria exceto no que diz respeito à incapacidade de assegurar o cumprimento por

parte da empresa de limpeza de uma correta higienização das instalações, falta de AO e forma de

gestão deste recurso e a assimetria persistente na atribuição preferencial da viatura de serviço na

Gafanha da Nazaré à USF Atlântico Norte (o que causa com frequência perturbação na

programação e cumprimento dos agendamentos das VD de enfermagem da nossa equipa);

restantes respostas reportavam-se a problemas particulares de alguns profissionais, com setores

1. O meu relacionamento profissional com os colegas da USF é excelente.

2. Sinto-me respeitado como profissional e como pessoa.

3. Existe espírito de equipa.

4. É tida em consideração a minha opinião quando se registam mudanças.

5. Sinto-me bem informado(a) sobre as estratégias na USF.

6. Consigo manter o equilíbrio entre a minha vida profissional e a minha vida pessoal.

7. Sinto-me apoiado(a) pelo ACeS a que pertenço.

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE 2016 Março 2017

Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 52 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

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0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

Globalmente, como se sente com o seu trabalho naUSF?

Recomendaria o meu trabalho nesta USF a umfamiliar ou amigo

Estou a pensar mudar de USF

Se pudesse voltar atrás, mudava de profissão

Globalmente, como se sente enquanto profissionalde Saúde?

Para mim, qualquer trabalho é uma obrigação

1- muito insatisfeito / discordo muito 2 3- indiferente 4 5- muito satisfeito / concordo muito

ou funcionários específicos do ACeS BV, decorrentes de contactos estabelecidos para resolução

dos mesmos e que terão ficado sem resposta ou com resposta contrária às suas pretensões.

Algumas respostas reportavam-se a dificuldades que têm afetado o relacionamento de um setor da

equipa com um elemento responsável do ACeSBV para aquele setor.

V. SENTIMENTOS PARA COM O TRABALHO NA USF E PARA COM O TRABALHO EM GERAL

Gráfico 6. Sentimentos para com o trabalho na USF e para com o trabalho em geral.

Em concordância com o descrito anteriormente, o grau de satisfação dos profissionais da USF com

o seu trabalho é positivo. Contudo, não foi referido um predomínio claro do “sempre” sobre o

“frequentemente”, como uma relação até inversa no item respeitante à satisfação global enquanto

profissional de saúde. Em concordância, 2 profissionais já consideram até a hipótese de mudança

de profissão, sendo para 4 “indiferente”.

Neste gráfico há a realçar a referência com nível 5 (“concordo muito”) da vontade de mudar de USF

de um profissional e com nível 4 (“concordo”) de outro. Também nesta linha, na resposta à questão

isolada “se começasse de novo, voltaria a querer trabalhar nesta USF?”, um elemento da USF

respondeu que não o faria.

1. Globalmente, como se sente com o seu trabalho na USF?

2. Recomendaria o meu trabalho nesta USF a um familiar ou amigo.

3. Estou a pensar mudar de USF.

4. Se pudesse voltar atrás, mudava de profissão.

5. Globalmente, como se sente enquanto profissional de saúde?

6. Para mim, qualquer trabalho é uma obrigação.

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE 2016 Março 2017

Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 53 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

SUGESTÕES E MELHORIAS

Dos 19 profissionais que responderam ao questionário, 15 apresentaram sugestões e/ou

necessidades de melhoria relevantes para o bom funcionamento da USF:

Sugestões/melhorias referidas pelos profissionais (transcrição):

- Insistir mais junto da ARS e ACeS por condições físicas condignas.

- Na impossibilidade de haver telefonista, incluir no horário dos SC sempre horário exclusivo para atendimento telefónico, ou pelo menos da 9h às 18h, sendo que das 8-9 e 18-20, seriam os SC que estão no atendimento a desempenhar esta função.

- Manter a fila única para confirmação de consultas.

- Sou da opinião de que o CT deveria ter um horário atribuído para a realização das tarefas exigidas pela USF nomeadamente neste cargo. Não deveriam abdicar do tempo pessoal, como tem feito até agora.

- Acredito que as principais melhorias se relacionam com a organização funcional e a acessibilidade.

- O facto de já haver um gabinete por cada duas enfermeira é uma realidade que em muito vem ajudar a essa organização, mas ainda há mais a fazer.

- Com a implementação do processo de Acreditação vamos conseguir ainda mais melhorias, nomeadamente à acessibilidade - o utente vem e tem um problema contacta com a USF e leva uma resposta/orientação/agendamento.

- Da mesma forma que a coordenadora tem um horário próprio para resolução de problemas relacionados com a USF, considero que o mesmo deveria acontecer com o CT.

É um prazer e um orgulho fazer parte desta equipa.

Como sugestões:

- Melhorar a dinâmica das reuniões de serviço;

- O CT deveria ter no seu horário de serviço tempo disponível para trabalhar para a USF;

- Dinamizar um dia de team building para dinamizar a equipa;

- Parabéns ao CT pelo esforço /trabalho que fez para manter esta USF viva.

- Melhorar condições de trabalho de toda a equipa sobretudo dos SC que são a pedra fulcral da equipa.

- SC aceitarem propostas de melhoria - pelo menos tentarem!!!!!!

- Alterar/melhorar atendimento telefónico.

- Mais colaboração por parte de algumas enfermeiras - fomentar trabalho de equipa.

- Mais colaboração do setor médico em relação ao trabalho de retaguarda da USF - para se manter uma USF modelo B não se pode só pensar em atividade assistencial.

- Sinto que por vezes a informação não chega a toda equipa ao mesmo tempo, que é passada oportunamente.

- Devia-se ter o cuidado de passar a toda equipa numa reunião setorial ou do todo o grupo se caso for para toda a equipa.

- As melhorias estão para vir por isso acredito nesta USF e na equipa que a compõe. - Mas também digo todos juntos formamos esta equipa, e todos devem participar e mais nesta fase que

vamos entrar.

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE 2016 Março 2017

Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 54 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

- Quando a desmotivação aparecer, temos de conversar mais e conviver mais... assim vamos ultrapassar muitos problemas e arranjar soluções.

Bom ano 2017, com muita saúde.

- Melhoria da comunicação de assuntos de serviço no setor administrativo.

- Deveria haver mais espirito de equipa e mais interajuda entre todos os profissionais e por vezes ponderar determinadas respostas que recebemos, porque para além de profissionais somos humanos e temos sentimentos. O meu bem-haja pra todos.

- Maior rigor na aplicação das medidas aprovadas nas reuniões.

- Envio de emails diretamente para todos os profissionais, para o email individual de serviço.

- Motivar a participação de todos os elementos e reduzir as assimetrias.

- Cada elemento deveria expressar de forma concreta quais as tarefas, no âmbito da equipa, que se compromete a desenvolver/executar/participar em 2017.

- Acho importante que exista mais entreajuda entre pares, às vezes quando vemos um colega atrapalhado com o serviço não custa nada oferecer ajuda.

- Gostaria de ver, por parte dos SC, mais vontade em fazer marcações para as enfermeiras (têm acesso aos horários), em trabalhar ficheiros (que também são deles), de fazer trabalho burocrático que é puramente administrativo e que acaba por ser feito por nós.

- Muitas situações, se fossem bem triadas na secretaria, eram bem resolvidas sem passarem por tantos intermediários.

- Acho também que deviam saber quando parar de aceitar inscrições para as consultas abertas do momento.

- Aumentar a comunicação no dia-a-dia entre todos os técnicos da USF (Médicos, Enfermeiros, Administrativos; Auxiliares).

CONSIDERAÇÕES FINAIS/AÇÕES A DESENVOLVER

Analisando as respostas aos itens que avaliam a realização/participação dos profissionais na USF,

nota-se o predomínio claro do espetro positivo da avaliação (opções “sempre” e “frequentemente”).

Estando a USF a iniciar formalmente o seu trabalho para a Acreditação, releva-se o facto de 11

profissionais acreditarem “sempre” e 8 “frequentemente” que a USF tem um futuro promissor,

confiança esta fulcral para o sucesso deste projeto.

É fundamental continuar a ter consciência de que a USF é o espelho do nosso empenho e só com

a colaboração de todos podemos proporcionar cuidados com qualidade aos nossos utentes. Não

podemos esquecer que os nossos deveres como membros de uma USF, estão muito para além

dos cuidados prestados diretamente ao utente, pois existe toda uma parte organizativa, que embora

não seja do agrado de todos, tem de ser cumprida com a colaboração de todos; a atividade

assistencial é apenas uma ínfima parte de toda a estrutura organizacional da equipa.

De facto do ano passado para este ano os profissionais assumiram este compromisso o que ficou

demonstrado quando todos os profissionais referiram colaborar sempre /frequentemente em todas

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE 2016 Março 2017

Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 55 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

as atividades da USF o que no ano transato não acontecia; o mesmo podemos concluir em relação

ao conhecer os objetivos, metas e indicadores no entanto ainda existem profissionais que referem

só às vezes conhecer todos os documentos chave.

É preciso continuar a investir. Para que a USF tenha um futuro promissor precisa que todos sejam

ativos, não nos podemos acomodar à espera que o outro inove ou que o outro faça.

O reforço positivo deve continuar a ser praticado por todos, só assim aceitaremos melhor a crítica

o que levará a um melhor desempenho.

Apesar de tudo 16 profissionais sentem “sempre” orgulho em pertencer à USF e 13 sentem que

fazem “sempre” parte de uma equipa competente e empenhada.

A organização da USF (o sentir a “USF sempre bem organizada”) tem tido altos e baixos ao longo

dos anos, em parte devido ao desgaste da equipa relacionado com as más condições de trabalho.

Pensamos que o processo de acreditação irá ser uma “lufada de ar fresco” para todos os

profissionais e se todos cumprirmos o compromisso de ter um papel ativo neste processo,

acreditamos que a avaliação do próximo ano será próximo dos tão desejados “100% de sempre

bem organizados”.

Os itens respeitantes à avaliação global da USF apresentam um predomínio do espetro negativo

da avaliação (opções “às vezes” e “nunca”), principalmente aqueles que não dependem

diretamente dos profissionais da Unidade: a adequação das condições de trabalho, o conforto

geral na USF e a sua limpeza, este último aliás sem qualquer avaliação positiva. Precisamos de

“CASA NOVA”, temos de continuar a insistir junto da ARS/ACeSBV da necessidade urgente de

resolução desta situação que se arrasta desde a abertura desta USF. Praticar os 5S pode ajudar

mas não é suficiente.

As reuniões devem ser novamente alvo de reflexão, pois 42,1% dos profissionais considera que

só “às vezes” as reuniões são úteis e proveitosas. O Plano de Formação é elaborado anualmente

com a participação de todos; está nas nossas mãos alterar esta dinâmica para que todos sintamos

que as reuniões são úteis e proveitosas. É também importante que os profissionais respeitem a

hora de início da reunião.

A avaliação dos órgãos da USF é globalmente positiva. No entanto é de salientar que um

profissional considerou que estes órgãos nunca lhe disseram como podia melhorar o seu trabalho,

e outros 2-3 profissionais referem que apenas às vezes tal acontece.

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE 2016 Março 2017

Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 56 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

Mais uma vez lembramos que todos temos funções de gestão na nossa USF, o trabalho partilhado

por todos é muito mais fácil.

Relativamente à relação profissional e pessoal entre os elementos da Unidade, englobando o

espírito de equipa e a partilha de opiniões para uma melhoria contínua dos cuidados prestados,

a avaliação recaiu novamente sobre o espetro positivo, embora predomine o “frequentemente”

em vários itens. A equipa multiprofissional deve potenciar as aptidões e competências de cada

grupo profissional e contribuir para o estabelecimento de uma relação interpessoal e

profissional estável.

No espetro oposto foi classificado o apoio dado pelo ACeS aos profissionais, com 12 avaliações

no espetro negativo (10 “às vezes” e 2 “nunca”). Foram apuradas causas pontuais, algumas de

caráter particular em relação a um profissional ou setor específico. A nível mais geral podemos

dizer que a falta de condições de trabalho num edifício degradado, com falta de espaço e de

equipamentos, o défice de higienização das instalações com incapacidade/ausência de reposta

da empresa contratada num contexto de redução progressiva de AO, contribuíram para este

sentimento, que tem vindo ao longo dos anos a desgastar a equipa. Mais uma vez referimos

precisamos de “CASA NOVA”.

O grau de satisfação dos profissionais da USF com o seu trabalho é positivo. Há a realçar a

referência com nível 5 (“concordo muito”) da vontade de mudar de USF de um profissional e com

nível 4 (“concordo”) de outro. Também nesta linha, na resposta à questão isolada “se começasse

de novo, voltaria a querer trabalhar nesta USF?”, um elemento da USF respondeu que não o

faria.

Seria importante tentar ajudar mais estes profissionais descontentes (e estes deixarem-se ajudar)

e novamente aqui o “reforço positivo” tem papel preponderante

Se cada elemento assumir de forma mais equitativa a distribuição de tarefas e responsabilidades;

se houver esforço por parte de todos em seguir os procedimentos e atuar de forma coesa como

equipa, acreditando mais no nosso valor coletivo, conseguiremos mais facilmente atingir os nossos

objetivos de forma a todos conseguirmos manter o equilíbrio entre a nossa vida profissional e

pessoal.

Com a colaboração de todos é possível caminharmos em frente, e atingirmos os nossos objetivos.

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE 2016 Março 2017

Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 57 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

6.3. RECLAMAÇÕES, SUGESTÕES E OCORRÊNCIAS

Durante o 1º semestre de 2016 foram analisadas pelo núcleo de humanização 13 processos

(processos originados por reclamações, sugestões e/ou elogios), dos quais 7 foram reclamações

no Livro de Reclamações, 6 registos submetidos através do uso do Boletim de Sugestões, e 0

elogios ou louvores.

Das 7 reclamações existentes, 5 foram dirigidas à unidade de saúde e 2 dirigidas aos prestadores

de cuidados de saúde; verificou-se um aumento do nº de reclamações ao longo do 1.º semestre

comparativamente com o semestre anterior. No entanto importa referir que este aumento incidiu

nas reclamações dirigidas à instituição.

Degradação do edifício – 2 ocorrências

Falta de limpeza das instalações - 3 ocorrências

O volume de sugestões dirigidas à USF Beira Ria duplicou ao longo do 1.º semestre

comparativamente com o semestre anterior.

No 2º semestre de 2016 foram analisadas pelo núcleo de humanização 4 processos (processos

originados por reclamações, sugestões e/ou elogios), dos quais 1 foi reclamação no Livro de

Reclamações, 3 registos submetidos através do uso do Boletim de Sugestões, sendo que 1 foi

elogio ou louvor.

A temática assinalada na reclamação refere-se ao atendimento médico e prestação de cuidados.

O tempo de espera e a inexistência de WC feminino foram as temáticas abordadas na forma de

reclamação não formal

Conclusão: Todas as sugestões que estavam devidamente identificadas, foram respondidas de

forma personalizada

As medidas corretivas propostas por este núcleo após análise das sugestões e reclamações ao

longo destes semestres e que consideramos importantes serem avaliadas e sujeitas a votação para

implementação são as seguintes:

Participação dos elementos da equipa em ações de formação internas e/ou externas onde

o tema a desenvolver seja “ATENDIMENTO/RELAÇÂO COM O UTENTE”- uma vez que

existiram reclamações (quer formais quer informais ) que abordaram esta temática.

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE 2016 Março 2017

Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 58 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

Reformulação do boletim de sugestões de modo a proporcionar um espaço único para

sugestões em texto livre, para simplificar e incentivar os utentes a fazerem realmente

sugestões.

Requisição de um dispensador de senhas e respetivos rolos ao património do ACeS Baixo

Vouga, concretizando uma sugestão expressa pelos utentes.

Aquisição de mais alguns brinquedos no espaço de saúde infantil da sala de espera sob a

forma de donativos ou através da utilização dos incentivos institucionais, uma vez que a

escassez de brinquedos foi apontada nos boletins de sugestões

Reforço da necessidade de cumprimento dos tempos de consulta como estratégia para a

diminuição das sucessivas reclamações não formais que têm existido que referem o atraso

como ponto negativo.

Evitar atrasos nas consultas abertas quando muito solicitadas de forma a prejudicar o

menos possível a consulta programada, intercalando, se necessário, as consultas de

agudos com a consulta programada sem prejuízo destes últimos.

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE 2016 Março 2017

Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 59 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

7. OUTRAS ATIVIDADES

7.1. EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE EM GRUPO

Em abril de 2016, no âmbito do projeto “saber para ser mais”, foram realizadas sessões na

Escola Secundária da Gafanha da Nazaré por duas Internas da USF em colaboração com

outros Internos de outras USF. Este projeto é do CDC.MGF e tem como objetivo promover

junto dos jovens uma sexualidade saudável, alertando para a importância do conhecimento

do sistema reprodutor, métodos contracetivos e infeções sexualmente transmissíveis.

Comemoração do dia mundial do MF “Por um Portugal

sem fumo e em movimento”. A 19/05/2016 a APMGF

deu o mote, a USF Beira Ria em parceria com a USF

Atlântico Norte, organizou uma aula de aeróbica

associada à divulgação dos malefícios do tabaco,

seguida de um lanche saudável distribuído aos

participantes.

A 23/05/2016 foi realizada na sala de reuniões da USF

uma sessão de educação para a saúde – “A alimentação na Hipertensão” – onde estiveram

presentes utentes das duas USF; a sessão foi levada a cabo por alunas de enfermagem

das duas USFs.

No dia da criança foram feitas 4 sessões, na sala de espera, sobre Saúde oral. As sessões

destinaram-se às crianças e pais que se encontravam na sala de espera. Após uma breve

abordagem sobre saúde oral, para pais e crianças, foi feita demonstração da escovagem

de dentes com uma boca e escova gigante. No final de cada sessão foi dada oportunidade

a todas as crianças de escovarem os dentes à “boca” o que eles fizeram de forma muito

entusiasta.

PÓSTERS AFIXADOS NA USF

AS DEZ DICAS PARA DEIXAR DE FUMAR

8 MARÇO DIA INTERNACIONAL DA MULHER – SER MÃE; SER MULHER

MURAL DA MULHER

MAIO MÊS DO CORACAO

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE 2016 Março 2017

Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 60 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

EM TEMPO DE GRIPE

GRIPE SAIBA COMO PREVENIR

QUANDO TOSSIR PROTEJA-NOS

CUIDADOS A TER EM ÉPOCA DE GRIPE

SAÚDE ORAL E ALIMENTAÇÃO

QUER ENGRAVIDAR? E AGORA?

PENSAMENTOS DE CRIANÇAS

VACINA Tdpa NA GRAVIDA

“UM NATAL MUITO FELIZ” – Recomendações para a segurança infantil

7.2. PROTOCOLOS/ ARTICULAÇÃO COM OUTRA INSTITUIÇÕES

Nutrição – URAP

Fisioterapia – URAP

CDP- C. S. Aveiro

Saúde Pública - USP

Medicina dentária/Higiene Oral – URAP

S. Materna/Infantil – UCF/CHBV

UCC Laços de Mar e Ria (aulas de preparação para o parto e recuperação pós-parto, saúde

escolar e promoção de estilos de vida saudáveis, “caminhar para o equilíbrio”, “Cuidar

melhor”, “Alerta demência”).

UPC – CHBV

7.3. COMUNICAÇÕES EM REUNIÕES CIENTÍFICAS

SEMINÁRIO PARA ALUNOS DO 2º ANO DA UA – Enf. Karina – “Cessação Tabágica” e

Enf. Graça - “Um dia de uma Enfermeira de Família numa USF”

8º ENCONTRO NACIONAL DAS USF – ACONTECE ’16 – Enf. Graça apresentou uma

comunicação em póster “Os utentes não utilizadores de uma USF”.

ACADEMIA MÉDICA – Enf. Graça e Dra. Sónia – orientaram a oficina “Pé Diabético”.

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE 2016 Março 2017

Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 61 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

XXX JORNADAS DE COIMBRA DA APMGF – Dr. Filipe Prazeres fez parte do júri que

avaliou os trabalhos na área temática de investigação, tendo colaborado na seleção dos

dois melhores trabalhos. Foi ainda comentador na Mesa “Ciência a la carte” do trabalho

intitulado: “qual a evidência da suplementação com Vit. D no tratamento da Osteoporose e

prevenção de fraturas ósseas”

VIII CONGRESSO MedUBI – Dr. Filipe Prazeres foi orador na plenária “ A Multimorbilidade

no séc. XXI: o doente, a doença e o bom senso”

12 JORNADAS UROLOGIA ZC – Dra. Catarina Rosa apresentou uma comunicação em

póster “PSA: O que nos dizem as normas”.

12 JORNADAS UROLOGIA ZC – Dra. Catarina Rosa “foi co-autora de uma comunicação

em póster “Disfunção erétil como marcador precoce de risco CVC.

XVI Curso de Reumatologia CHUC - Dra. Catarina Rosa apresentou uma comunicação em

póster “Queimadura? Ou Esclerose Sistémica difusa”.

XVI Curso de Reumatologia CHUC - Dra. Catarina Rosa foi co-autora de uma comunicação

em póster “Cervicalgia e Lombalgia em MGF – Como abordar?”

VIII Jornadas do Internato de MGF do Centro em Coimbra – Dr. Nuno fez comunicação oral

“Cessação tabágica: motivação e dependência – Trabalho de Investigação numa USF

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE 2016 Março 2017

Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 62 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

7.4. ATIVIDADES LÚDICAS

Apesar do trabalho intenso, a equipa não descurou as atividades de convívio e de fomentação do

espírito de equipa:

06/01/2016 – Dia de Reis – Bolo Rei.

04/02/2016 – Almoço de Carnaval.

09/03/2016 – Dia da Mulher – jantar no

Restaurante o Barracão em Vagos,

oferecido às mulheres da USF pelos

homens da USF (Dr. Menano, Dr. Ion,

Dr. Vinhas, Sr. Chuva e Sr. Calado).

13/04/2016 – Feira de Março – Jantar

convívio, diversão e farturas.

01/06/2016 – Dia Mundial da Criança – distribuição de panamás às crianças da USF.

18/06/2016 – Almoço convívio de despedida da Dra. Ana Brandão – porco no espeto

23/08/2016 – Jantar de boas vindas ao Dr. Filipe Prazeres

15/12/2016 – 8º Aniversário da USF – almoço convívio

15/12/2016 – Jantar de Natal onde a Enfermeira Cristina presenteou a equipa mais uma vez

com o seu vídeo de apanhados da equipa.

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Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

7.5. OUTRAS ATIVIDADES

Março e Abril de 2016 – contactos com o Presidente da Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré,

Sr. Carlos Rocha, e convite para efetuar visita à nossa USF o que se verificou em duas ocasiões.

Nestas visitas expusemos os múltiplos constrangimentos existentes em relação à falta de espaço

e degradação das instalações; demos a conhecer as nossas atividades e vontade de manter a

melhoria do nosso desempenho em prol dos nossos utentes. Posteriormente foram efetuados

contactos com o Presidente da Câmara de Ílhavo, Eng. Fernando Caçoilo, o qual foi igualmente

convidado a efetuar uma visita à nossa unidade com objetivo semelhante. Foi agendada visita

conjunta com os autarcas supracitados e um vereador da CMI tendo-nos sido transmitido o

agradecimento por esta chamada de atenção e o empenho em colaborar numa solução que possa

dignificar a resposta do SNS à população. Em concreto o Sr. Eng. Caçoilo decidiu que iria solicitar

reunião com o DE do ACeS BV e com o Presidente da ARS C para discutir esta situação.

16/09/2016 – Inauguração das novas instalações da USF Beira Ria no Polo da Costa Nova com a

presença do Sr. Secretário de Estado da Saúde Dr. Manuel Delgado, Sr. Presidente da ARS Centro

Dr. Manuel Tereso, DE do ACeS BV Dr. Manuel Sebe, e Sr. Presidente da Câmara Municipal de

Ílhavo Engº Fernando Caçoilo. Foi um momento

marcante para esta USF que viu concretizar-se um

projeto, inicialmente previsto para 2009, que permite

finalmente dignificar as condições para a prestação

de cuidados de saúde à população residente naquele

lugar da freguesia da Gafanha da Encarnação. Ainda

assim os problemas graves verificados nas

instalações da sede da USF, na Gafanha da Nazaré,

acabaram por ser um dos pontos a merecer destaque

nos discursos efetuados pelas entidade oficiais e na

conversa mais informal que alguns dos elementos da

USF puderam estabelecer com as mesmas. Esta

situação foi evidenciada nos órgãos de comunicação

que cobriram o evento.

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Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

25/11/2016 – Visita da Comitiva USF-AN inserida no Programa Visitas às USF levado a cabo pela

Direção da USF-AN. A equipa pode partilhar com os visitantes alguns dos seus problemas e

expectativas futuras, nomeadamente no que diz respeito ao seu propósito na candidatura ao

processo de Acreditação da DGS.

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8. CONCLUSÃO

Apesar dos vários constrangimentos já referidos que ocorreram no ano de 2016, há alguns

aspetos que devem ser referidos a título de conclusão:

A constituição da equipa foi mais uma vez alterada pela saída de uma médica por

aposentação; a entrada de um novo médico em setembro de 2016 exigiu por parte de toda

a equipa da USF, um maior esforço para uma integração plena; o aspeto positivo foi “uma

lufada de ar fresco” para a equipa associada a uma progressiva sensação que o Dr. Filipe

Prazeres é um de nós, um elemento que abraçou com entusiasmo este projeto em

construção permanente.

Relativamente aos indicadores contratualizados atingimos os indicadores institucionais com

um IDG de 78,91% (apenas não foram atingidos os indicadores de eficiência) e a totalidade

dos pontos (34) nos incentivos financeiros o que demonstra o espírito de sacrifício, a

capacidade organizativa e o empenho de toda a equipa apesar das péssimas condições de

trabalho em que nos encontramos e atendendo às ausências prolongadas ocorridas durante

este ano. Claro que tal como em anos anteriores podíamos perguntar: “Será que valeu a

pena?...” Podemos não saber responder mas após 8 anos de trabalho em equipa temos

agora um histórico que nos pode ajudar a elaborar a resposta a esta questão: “não sabemos

fazer diferente!...”, o espírito de serviço público no SNS e em particular nesta nossa USF,

não nos permite baixar os braços e desistir, mesmo quando rodeados de obstáculos e

vicissitudes. Em cada ano que passou pensámos muitas vezes não ter razão para tanto

esforço. As forças e motivação para evoluir encontramos todos os dias ao ver o esforço de

colegas e as expectativas que alguns utentes depositam em nós…E sim, ainda queremos

pensar que vale a pena.

A atividade de formação pré e pós graduada da USF, uma das áreas que a equipa gostaria

de dinamizar, encontra-se comprometida por questões de falta de gabinetes e terminais

informáticos onde os formandos possam exercer as suas atividades. Constata-se que se

mantém a inexistência de gabinete médico para os internos de MGF o que constitui grave

constrangimento à sua formação em MGF 3 e MGF 4. Outros médicos da equipa

demonstraram disponibilidade e interesse em serem formadores do internato especialidade

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE 2016 Março 2017

Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 66 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

de MGF mas o espaço físico da USF inviabiliza esta pretensão. A falta de gabinetes de

enfermagem (apenas 4 gabinetes para 7 enfermeiras e uma única sala de tratamentos…)

torna crítica a formação dos alunos de enfermagem. Em relação à formação de alunos de

medicina, internos do Ano Comum e alunos de Cursos Profissionais de Saúde a mesma

tem sido recusada pelas questões apresentadas.

Este ano não foi ainda possível ter acesso aos resultados do inquérito de Satisfação dos

Utentes organizado e aplicado pelo ACeS BV/ Comissão de Qualidade e Segurança visto o

mesmo estar ainda em fase de tratamento de dados. Ficamos a aguardar a publicação dos

resultados com esperança de ver refletida a dedicação desta equipa. Ainda assim sabemos

que existe uma grande margem para implementação de melhorias que permitam aumentar

a qualidade desta USF na resposta às expetativas e necessidades dos nossos utentes.

Sabemos também, com base nos inquéritos dos anos anteriores e pelos comentários,

reclamações e sugestões de alguns utentes que existe uma forte relação entre o

descontentamento manifestado, as más condições físicas do edifício e o défice de

higienização das instalações, cujo desconforto se torna hostil para todos aqueles que

recorrem a esta USF, tantas vezes em situações de doença e fragilidade. Podemos mesmo

afirmar que estes problemas referenciados pelos utentes constituem mais do que

constrangimentos, são em muitas situações fonte de embaraço e vergonha.

A equipa decidiu avançar para o processo de candidatura à Acreditação pela DGS no

sentido de obter ganhos de motivação, desenvolvimento da qualidade do seu desempenho

assistencial e melhoria da segurança de cuidados. Reconhecendo que as atuais instalações

com a falta de espaço e degradação do mesmo serão um obstáculo a este projeto

apresentou ainda assim esta pretensão à ERA Centro aquando da última reunião de

acompanhamento em 09 março de 2016. No relatório de acompanhamento elaborado

pela ERA Centro podem ler-se frases como:

“A USF aguarda pela construção de um acesso direto à unidade”

“A área administrativa de receção não garante a privacidade no atendimento ao utente.”

“Existem salas de espera (…) têm cadeiras em mau estado de conservação que já

motivaram acidentes com utentes, tendo a situação sido reportada ao ACeS.”

“Os consultórios, em número insuficiente para a dimensão da equipa, não apresentam

as condições necessárias que permitam avaliar o utente em segurança e conforto

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durante os atos clínicos. Faltam gabinetes para os Internos e para a realização de

consultas a grupos vulneráveis devido à inutilização do gabinete de Saúde da Mulher

onde parte do teto desabou”.

“Não existem gabinetes de enfermagem em número adequado e que tenham as

condições necessárias para atendimento dos utentes em segurança, conforto e

privacidade.”

“A área do secretariado clínico não possui uma área com espaço suficiente para os

serviços de retaguarda (realizado no espaço destinado ao armazenamento de material

clínico da USF).”

“Espaço para armazenamento não adequado às necessidades da equipa. Há móveis

destinados ao armazenamento de materiais em áreas de circulação interna da unidade,

conflituando com o circuito do utente.”

“Problemas graves de infiltrações de água nas paredes, representando situação de alto

risco face à presença de instalação elétrica ativa”.

No capitulo IV- Recomendações à administração (ACeS/ARS) do relatório supracitado

“Recomenda-se que envide os melhores esforços na resolução das não conformidades

registadas da sua responsabilidade, com destaque para a realização de obras para solucionar

a degradação geral das instalações da unidade consequente de infiltrações de água. A

relevância da qualificação dos espaços de atendimento no SNS, reforçada no Programa

Nacional de Educação para a Saúde, Literacia e Autocuidados recentemente publicado

(Despacho n.º 3618-A/2016, de 10 de Março), deve fomentar o investimento neste âmbito,

assegurando que as instalações de saúde reúnem as condições necessárias à prestação

segura de cuidados de qualidade. As condicionantes existentes ao nível das instalações não

devem obstar à participação da USF Beira Ria no processo de acreditação.”

A USF Beira Ria viu penosamente suspenso durante um longo período a sua candidatura

a modelo B decorrente de não conformidades nas suas instalações. É com extrema apreensão

e estranha sensação de déjà vu que reconhecemos a inadequação das nossas instalações no

âmbito deste projeto de melhoria contínua com vista a Acreditação. Num processo que tem o

utente/cidadão como figura/interveniente central dos cuidados prestados nesta USF os

constrangimentos referidos podem ser um terrível obstáculo impossibilitando o cumprimento

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Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 68 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

de standards que são fulcrais como a garantia de privacidade e intimidade do cidadão ou as

condições de higiene e segurança na unidade. Torna-se urgente que a Administração Central

preste atenção aos sucessivos alertas emitidos pela ERA Centro, aquando das Auditorias a

Modelo B, e posteriormente nas reuniões de Acompanhamento, e também às solicitações da

própria equipa, e providencie rapidamente a realização das obras necessárias.

Ao longo do ano de 2016 o ACeS BV, nomeadamente o DE, manifestou em múltiplas

ocasiões solidariedade com a equipa e compreensão pelas dificuldades expostas neste RA.

Demonstrou interesse em encontrar junto da ARS Centro algumas soluções, mesmo que

provisórias como a proposta de instalar contentores para obter ganhos de espaço, mas as

respostas que obteve ficaram sempre aquém das suas pretensões e necessidades desta

equipa. Na prática apenas foi possível assegurar pequenas intervenções pontuais para minorar

o aspeto degradado de alguns gabinetes (colocação de pladur a tapar paredes com humidade

e fungos, algumas paredes pintadas, 1 teto que tinha ruido foi reparado). Mais recentemente

tem mantido contactos com o Presidente da Câmara de Ílhavo e com o Presidente da ARS

Centro numa tentativa de encontrar soluções para a requalificação e alargamento do edifício

não parecendo ainda existir qualquer plano concreto nesse sentido. Também em relação à

hipótese da colocação de contentores terá solicitado aos técnicos a elaboração desse projeto

mas não existe até à data previsão quanto à possibilidade de concretização do mesmo.

Vimos ainda concretizada uma antiga pretensão da equipa com a construção de uma

entrada autónoma para a nossa USF, o que veio facilitar o circuito dos utentes.

Infelizmente somos forçados a repetir alguns parágrafos dos anteriores relatórios de

atividades nomeadamente quando consideramos que manter ano após ano os atuais níveis de

desempenho, motivando cada elemento da equipa a trabalhar para além das suas normais

atribuições e horários, torna-se cada vez mais inviável nas precárias condições físicas em que

nos encontramos a funcionar.

Deverá constituir fator de preocupação o aumento do risco de incidentes/erros humanos

assim como o potencial surgimento de situações clínicas de burnout nos profissionais. Tal

como em várias circunstâncias da vida pesa aqui o fator desesperança que se começa a

instalar de forma insidiosa quando ano após ano não são contempladas quaisquer soluções,

mesmo que para implementação a “longo” prazo, para os constrangimentos apresentados.

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE 2016 Março 2017

Documento elaborado por: Sandra Almeida; Isabel Monteiro; Graça Clemêncio Data da Elaboração: Março de 2017 Página 69 de 69

Documento aprovado por: Conselho Geral em 31/03/2016

Podemos assim afirmar que somos uma equipa com elevada resiliência em que os laços

estabelecidos entre colegas de trabalho, o compromisso com o SNS e o brio profissional

individual e coletivo têm conseguido manter níveis de desempenho de outra forma inatingíveis.

Até quando são os profissionais capazes de manter estas prestações nas atuais condições?

Conseguiremos atingir a próxima fasquia do nosso desenvolvimento como equipa e encontrar

as respostas e soluções para cumprir os Standards exigidos no caminho do processo de

Acreditação que vamos trilhar ao longo de 2017? São estas as questões determinantes para o

futuro da nossa USF e cabe à administração assumir com urgência as suas responsabilidades

neste processo.