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2011
Relatório de
Atividades
Se queres colher em um ano, deves
plantar cereais. Se queres colher em
uma década, deves plantar árvores, mas
se queres colher a vida inteira, deves
educar e capacitar o ser humano.
KAWANTSU - Filósofo chinês - Séc. III a.C
ÍndiceUltrapassando metas, ampliando conhecimento
Trajetória de referência
Gestores
Plano estratégico, resultado garantido
Colheita de sucesso
Parceria estratégica
Campo de negócios
União que gera resultados
Diversificação e fortalecimento
8
10
13
14
17
24
26
32
22
Apoio estratégico45
Colaborar para crescer43
Educação sem fronteiras42
Retratos da sustentabilidade41
Rumo certo39
Saúde no campo36
Garantia de futuro34
Índice
História da Famasul50
A diretoria52
Referência 55
Liderança 56
Atuação e abrangência58
Em sintonia com o homem do campo48
Planejamento estratégico53
Comissão Técnica de Agricultura
e Política Agrícola
65
Comissão Técnica de Agroenergia 69
Contribuição Sindical Rural 59
Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte60
Comissão Técnica da Pecuária de Leite 73
Outros setores: avicultura e silvicultura74
Comissão Técnica de Assuntos
Fundiários e Indígenas
77
Comissão Técnica de
Meio Ambiente e Recursos Hídricos
81
Outras questões jurídicas 87
Participações em Câmaras, Comissões
e Conselhos
91
Programas e Projetos94
Eventos98
Visitas técnicas 105
8
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR/MS
Relatório de Atividades 2011
Ultrapassando metas, ampliando
CONHECIMENTO
A missão do SENAR/MS nos proporciona um aprendizado constante.
Pensar na evolução profissional do homem do campo é ir além dos
números, da sala de aula, do treinamento, do conteúdo. É levar a verdadeira
transformação que cada ser humano precisa para crescer. É agregar
bagagem para que o produtor possa alavancar a sua produção e assim
contribuir de maneira significativa para o crescimento sustentável do nosso
Estado, do nosso país. E é um aprendizado porque nos proporciona uma
troca de experiências constante e, principalmente, move-nos para uma
busca por novos desafios, novos horizontes.
Pensar a educação no campo é, acima de tudo, analisar cenários e
descobrir alternativas para aumentar rentabilidade, produtividade e
bem-estar. Mato Grosso do Sul deixou de caminhar no binômio soja e boi e
agora acelera para a diversificação de sua economia. Nesse sentido, o
SENAR/MS vai além da tarefa de levar informação. Precisamos preparar o
homem do campo não só para as adversidades que possam cruzar o seu
caminho, mas prepará-lo para que possa correr riscos (de forma calculada,
claro) inovar e ultrapassar seus objetivos. Quem planeja alcançar metas, fica
preso a resultados medianos. Quem ousa ultrapassar objetivos, concretiza
grandes sonhos.
Ademar Silva JuniorPresidente do ConselhoAdministrativo do SENAR/MS
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Nesse horizonte, de pensar o meio rural como um negócio que dê lucro
e que gere satisfação, e nesse cenário de diversificar caminhos, o
SENAR/MS desponta com resultados que saltam aos olhos. Analisando o
potencial de cada município, os mercados interno e externo e prevendo
cenários, o SENAR/MS tem ampliado sua atuação. Com a parceria
estratégica dos Sindicatos Rurais, nossa capilaridade tem gerado resultados
expressivos. Em 2011, garantimos atendimento a mais de 37 mil pessoas.
Um universo que é ainda maior se pensarmos na retransmissão de
conhecimento no campo, no produtor com sua família e na sociedade.
Nosso desafio em 2012 é levar a educação de forma contínua e cada vez
mais atenta às necessidades do nosso homem do campo. É promover o
empreendedorismo rural para que o produtor vista a camisa de seu negócio.
O campo não é mais fonte de subsistência, mas o sustento de nossa nação.
Para os próximos anos, o mundo vai exigir ainda mais do nosso País, para
que possamos atender a missão de alimentá-lo. Estamos prontos? A
resposta está dentro de cada um de nós, no nosso comprometimento e a
nossa vontade de fazer a diferença.
Trajetóriade REFERÊNCIA
No celeiro de farturas, o homem do campo planta
sonhos e colhe o desenvolvimento. Seu trabalho é regado
pela coragem e determinação. Em suas mãos, a tecnologia
e o conhecimento para produzir o futuro da nação
brasileira. O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural
(SENAR/MS) tem o importante papel de preparar o
homem do campo, de levar informação, de ser
instrumento para sua evolução. É uma instituição que,
através do apoio que oferece ao produtor e trabalhador
rural, contribui para o crescimento sustentável da região
onde atua e para a melhoria da qualidade de vida da
população que atende.
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Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR/MS
Relatório de Atividades 2011
O SENAR/MS foi criado pela Lei n. 8.315, de 23 de
dezembro de 1991, e regulamentado pelo Decreto n.
566, de 10 de junho de 1992. Em 2012 completa a
trajetória de 20 anos ao lado do homem do campo. O
trabalho do SENAR/MS é organizar, administrar e
executar, em todo o território nacional, a Formação
Profissional Rural (FPR) e a Promoção Social (PS) de
jovens e adultos, homens ou mulheres do meio rural.
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É uma instituição de direito privado, paraestatal, mantida pela classe
patronal rural, vinculada à Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e
dirigida por um Conselho Administrativo, de composição tripartite e
paritária, por ser composto por representantes do governo, da classe
patronal rural e da classe trabalhadora, com igual número de conselheiros.
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Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR/MS
Relatório de Atividades 2011
As ações do SENAR/MS têm como base os
princípios e diretrizes estabelecidos pela
Organização Internacional do Trabalho (OIT),
nas políticas do Centro Interamericano de
Investigação e Documentação sobre Formação
Profissional (CINTERFOR), formuladas durante
reuniões de comissões técnicas, nas políticas dos
Ministérios do Trabalho e da Agricultura e nas
diretrizes emanadas da CNA e suas federações
vinculadas.
Todo o trabalho desenvolvido pelo
SENAR/MS é feito de forma sistematizada,
seguindo um processo de planejamento,
execução, acompanhamento, avaliação e controle.
Para garantir bons resultados, conta com uma
equipe técnica, multidisciplinar, com vivência no
campo. Para disseminar o conhecimento, possui
uma turma de instrutores, previamente
preparados em uma metodologia de ensino ideal
para repassar seus conhecimentos técnicos ao
trabalhador e produtor rural.
Quem se capacita pelo SENAR/MS na FPR e
PS somente recebe o certificado se alcançar
frequência e desempenho desejado pela
instituição. Essa é a garantia de uma formação de
excelência, com padrão de qualidade nacional.
13
GESTORES
Clodoaldo Martins de Oliveira Junior
Superintendente
Amélia Nonato da Silva
Gestora Administrativa e Financeira
Harduin Reichel
Gestor Técnico
Maria do Rosário de Almeida
Gestora de Educação Profissional
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Relatório de Atividades 2011
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PlanoESTRATÉGICO,
Definir um objetivo, traçar planos, articular parcerias,
desafiar-se com metas e ousar superá-las. O SENAR/MS
atua com um planejamento estratégico consolidado, que
garante resultados ainda mais consistentes. Dessa forma, a
instituição trilha seu caminho para tornar-se referência em
educação profissional.
Missão
Promover a educação, a informação e o conhecimento
em agronegócio à comunidade rural de Mato Grosso do
Sul, com inovação e competência, contribuindo para o
desenvolvimento socioeconômico do Estado.
ResultadoGarantido
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Princípios e Valores
Tradição
Preservar valores para sustentar o futuro.
Liderança
Conduzir o setor a resultados positivos com
conhecimento, competência e consistência.
Ética
Trabalhar com transparência, respeito e lealdade.
Comprometimento
Acreditar no agronegócio com profissionalismo e parceria.
Valorização dos recursos humanos
Desenvolver colaboradores para prestar serviços
com profissionalismo, eficiência e cortesia.
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Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR/MS
Relatório de Atividades 2011
Ser uma instituição de referência em educação
profissional para a comunidade rural, que promova o
empreendedorismo por meio da inovação do
conhecimento e de tecnologias, atendendo as
necessidades dos diversos setores do agronegócio de
Mato Grosso do Sul.
Visão
Conhecimento, inovação e tecnologia
Buscar conhecimento e inovação tecnológica
para ser competitivo no mercado global.
Responsabilidade social e ambiental
Atingir o equilíbrio socioambiental para a
preservação da vida.
Lucro e resultado para o produtor rural
Buscar o lucro como ferramenta para o
desenvolvimento sustentável.
Colheita de
SUCESSOA satisfação de ir além do dever
cumprido e o desafio de ultrapassar o
horizonte já conquistado. Esse é o
sentimento que permeia a força de trabalho
do SENAR/MS ao final de mais um ano.
Foram mais de 37 mil participantes em
cursos no ano de 2011. Uma trajetória de
superação constante.
17
40.000
Seja na Formação Profissional Rural (FPR), na
Promoção Social (PS), ou em Programas e Projetos
Especiais (PPE), em cada canto de Mato Grosso do
Sul, o SENAR/MS se empenhou para levar
conhecimento à comunidade rural, transformando a
realidade de muitas pessoas e contribuindo, assim,
para o aumento da empregabilidade e o
desenvolvimento do agronegócio.
cursos2.410
participantes37.548
30.000
20.000
10.000
2008 2009 2010 2011
ATENDIMENTOS REALIZADOSPELO SENAR/MS
0
37.5
48
38.4
00
18
30.0
00
25.0
00
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Relatório de Atividades 2011
Para levar formação com qualidade, o SENAR/MS foi longe: 1.397
cursos em Formação Profissional Rural, beneficiando mais de 18 mil
pessoas, atingindo todos os municípios do Estado, graças à importante
parceria com os Sindicatos Rurais. Isso mostra o comprometimento social
da instituição e sua abrangência em Mato Grosso do Sul na qualificação do
homem do campo. Quanto à distribuição dos eventos por linha de ação, em
FPR, as áreas mais demandadas foram Pecuária (33,3%), Atividade de
Apoio Agrossilvipastoril (28,9%) e Agroindústria (22%).
cursos1.397
inscritos18.502 horas de treinamento37.456
Formação Profissional Rural
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Relatório de Atividades 2011
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A preocupação com a qualidade de vida das famílias rurais é constante
para o SENAR/MS. Sua atuação direta através de ações de Promoção Social
(PS) é prova disso. Em 2011, foram desenvolvidos 610 cursos, abrangendo
mais de oito mil trabalhadores rurais.
Promoção Social
cursos610trabalhadores rurais8.678
horas de treinamento14.860
Entre as ações desenvolvidas estão Cestaria e Trançados, com 16,9%,
seguida por Noções de Nutrição e Alimentação (16,1%) e Produtos de
Higiene e Limpeza com (14,5%). Na sequência, houve demanda para cursos
na área de Produção Artesanal de Alimentos (12%), Educação para o
Trabalho (9,6%), Artesanato do Vestuário (8,8%), Aproveitamento de
Alimentos (7,1%) e Educação Ambiental (6,3%).
A atuação do SENAR/MS também se estende através de
programas e projetos especiais. São ações para desenvolver e
estimular a capacidade de liderança e gestão dos produtores
rurais com disseminação de conhecimentos nas áreas social,
empreendedorismo, diversificação da produção, agricultura
orgânica, inclusão digital e meio ambiente. Em 2011, foram
403 cursos para 10.363 pessoas entre produtores,
trabalhadores rurais, assentados, agricultores familiares e
líderes sindicais. Para esse alcance, o SENAR/MS contou com
parceiros estratégicos como a Confederação de Agricultura e
Pecuária do Brasil (CNA), o Serviço Nacional de Apoio às
Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a 2ª Vara de Execuções
Penais de Campo Grande.
Programas e Projetos Especiais
cursos403
participantes10.363
21
22
Diversificação eFORTALECIMENTO
O grande desafio para a produção sustentável que atenda a
demanda mundial de alimentos, insumos e energia e que
respeite o meio ambiente tem provocado verdadeiras
transformações no cenário de Mato Grosso do Sul. O binômio
boi-soja cede espaço agora para a silvicultura, que tem gerado
renda ao homem do campo e garantido a recuperação
de pastagens.
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR/MS
Relatório de Atividades 2011
workshops10 889 participantes
A diversificação da produção, a geração de renda e o estímulo ao
plantio de florestas são os objetivos principais do Programa Mais
Floresta, levado pelo SENAR/MS através de workshops realizados em 10
municípios em 2011. Durante as palestras, foram apresentadas
informações estratégicas como viabilidade, cultivo e mercado de
eucalipto e seringueira, sistema silvipastoril e linhas de financiamento.
Em 2012, estão previstos mais 10 workshops.
Programa Mais Floresta
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Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR/MS
Relatório de Atividades 2011
ParceriaESTRATÉGICA
Para transformar promessas em realidades, as prefeituras
constroem políticas públicas sólidas que servem para nortear o
rumo do desenvolvimento local. A vontade política é o que
tem motivado pequenas cidades para grandes transformações.
O SENAR/MS tem buscado atuar diretamente nas secretarias
municipais para contribuir no alcance de uma posição social e
econômica mais sólida do município.
24
29 capacitações257 participantes
Seja qual for a sua vocação econômica, cada município de Mato Grosso
do Sul tem sua contribuição no crescimento do Estado. Para auxiliar no
desenvolvimento da gestão das secretarias municipais, o SENAR/MS
conta com o Programa Secretaria Eficiente. Desde 2009, são repassados às
secretarias conhecimentos sobre planejamento de ações, de promoção e
fortalecimento do setor agropecuário de cada cidade, com estímulo ao
consumo da produção local. Os municípios contemplados em 2011 foram
Aparecida do Taboado, Iguatemi e Inocência; este último foi beneficiado,
ainda, com duas turmas do Jovem Agricultor Aprendiz, resultado de
indicação no planejamento estratégico do município.
Programa Secretaria Eficiente
25
Campo deNEGÓCIOS
Se Mato Grosso do Sul é um grande celeiro de
farturas, é no campo que brotam grandes negócios.
O homem do campo não é mais o campesino que
trabalha para sua subsistência, mas é aquele que
garante o sustento de uma nação.
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Relatório de Atividades 2011
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O homem do campo é um homem de negócios. O
empreendedorismo é uma necessidade não só na cidade, mas
no meio rural. É nessa perspectiva que o Programa Negócio
Certo Rural tem atuado com abrangência nacional, e
executado em parceria com o SEBRAE. Os produtores rurais
e sua família recebem capacitação, consultorias técnicas e
colaboração na construção de um plano de negócios, com
análise da receita do empreendimento.
Programa Negócio Certo Rural
61 turmas 1.339 alunos
27
É no campo que muitos jovens têm buscado sua oportunidade de
trabalho. Para capacitá-los, o SENAR/MS conta com o Programa
Jovem Agricultor Aprendiz. Os participantes, de 15 a 18 anos, que vivem
no meio rural, contam com capacitação sobre empreendedorismo nas
áreas de Gestão do Agronegócio, Pecuária Leiteira, Olericultura,
Mecanização Agrícola e Fruticultura. Em 2011, o Programa foi levado
aos municípios de Dourados, Inocência, Jardim e Pedro Gomes.
Programa Jovem Agricultor Aprendiz
8 205 jovenscapacitados turmas
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Relatório de Atividades 2011
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Para promover o engajamento e aprimoramento na
formação profissional de mulheres proprietárias rurais, o
SENAR/MS conta com o Programa Com Licença Vou à
Luta. Em 2011, foram capacitadas mulheres nos municípios
de Anastácio, Campo Grande, Naviraí, Nioaque e Ponta Porã.
Programa Com licença Vou à Luta
29
5 turmas 75mulheres
Capacitar o homem do campo frente às novas tecnologias digitais e
possibilitar o acesso à internet. Com esse objetivo, o SENAR/MS
desenvolve, em parceria com a CNA, o Programa Inclusão Digital
Rural. São sete salas de informática e uma unidade móvel que percorre
os municípios do Estado levando capacitação para o uso adequado e
eficiente das ferramentas virtuais de acesso à informação.
Programa Inclusão Digital Rural
1.993 alunoscapacitados
82 turmas naunidade móvel
154 turmas em salas fixas
236 turmas no total
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR/MS
Relatório de Atividades 2011
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A sucessão familiar na propriedade rural é um dos grandes
desafios para produtores rurais e seus filhos. Com o curso
Transformando Herdeiros em Sócios, tem sido possível
apresentar os caminhos para a sucessão familiar e os aspectos
legais que envolvem esta transição, permitindo ao participante
pensar no presente e envolver a família nas decisões do futuro.
Curso Transformando Herdeiros em Sócios
3 cursos 84 participantes
União que gera
RESULTADOS A atuação em grupos que trabalham em busca de um
mesmo objetivo gera resultados que vão além dos números. A
transformação social é o verdadeiro benefício que se colhe no
trabalho feito com a cooperação de todos em uma comunidade.
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Relatório de Atividades 2011
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O SENAR/MS tem participação efetiva no estímulo à
produção orgânica no Estado. Através do Projeto Terra
Ativa, foram criadas quatro unidades demonstrativas de
produção orgânica em propriedades localizadas no
Assentamento Estrela, em Campo Grande. A ação
beneficiou 20 produtores rurais que foram capacitados com
orientações sobre o cultivo e manutenção da produção, a
influência dos fatores climáticos e as variedades a serem
semeadas de acordo com a região e sobre o preparo do solo.
Projeto Terra Ativa
33
4 unidades 20 produtores ruraisbeneficiados
GarantiadeFUTURO
Semear o presente para garantir um futuro de boas
colheitas. O SENAR/MS busca atuar também com projetos
que promovam a inclusão social e a qualidade de vida.
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR/MS
Relatório de Atividades 2011
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Uma oportunidade para cultivar o futuro. É dessa forma que o projeto
Vida Nova tem atuado na vida de 25 internos do Centro Penal e Agroindustrial
da Gameleira. Em parceria com a 2ª Vara de Execuções Penais de Campo
Grande, o SENAR/MS tem levado conhecimento e orientação técnica para
implantação e manutenção de uma horta orgânica. Com uma área de 10 mil
metros quadrados, a produção deu um salto de 1.434 quilos em 2010 para 14
mil quilos em 2011. O resultado tem garantido recursos para sustentar a horta e
para o pagamento dos trabalhadores. Atualmente a produção está em fase de
certificação orgânica.
Projeto Vida Nova
35
14.799 hortaliças produzidaskg
7.990 doados às instituições
de caridadekg
6.809 de comercialização
no mercado localkg
Possibilitar o acesso à saúde e promover ações voltadas
para a qualidade de vida. O SENAR/MS quer garantir o
bem-estar no campo para que trabalhadores rurais tenham
ainda mais disposição frente aos desafios do mundo rural.
Saúde no
CAMPO
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR/MS
Relatório de Atividades 2011
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A saúde bucal é o carro chefe do Projeto Pingo
D’água. Com um ônibus equipado com um consultório
odontológico, o SENAR/MS percorre o interior de Mato
Grosso do Sul prestando atendimento gratuito aos
trabalhadores rurais e suas famílias.
15.963 procedimentos
3.827 pessoas atendidas
11 municípios
Projeto Pingo D’água
37
O difícil acesso à saúde no meio rural motivou o SENAR/MS a
promover ações de educação e palestras informativas para o público
feminino, com foco na prevenção do câncer do colo do útero. Trata-se do
Programa Útero é Vida. As mulheres atendidas contam, ainda, com a
realização do exame Papanicolau. Com uma unidade móvel, que abriga um
consultório para atendimento clínico e coleta de amostras, o SENAR/MS
em parceria com os Sindicatos Rurais e as Prefeituras Municipais buscam
garantir mais qualidade de vida às mulheres.
Programa Útero é Vida
32 cursos 1.868 mulheres atendidas
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR/MS
Relatório de Atividades 2011
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Rumo
CERTOA orientação para o homem do campo garante
resultados ainda mais certeiros em sua produção.
E é tarefa também do SENAR/MS levar
informação de qualidade ao produtor rural.
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Para orientar sobre a Contribuição Previdenciária Rural, o
SENAR/MS desenvolve o Projeto Quem Recolhe, Colhe
Frutos, com atuação direta e efetiva junto aos produtores
contribuintes. Essa aproximação e orientação têm como
objetivo aumentar a arrecadação da Receita do SENAR para
potencialização de suas ações. Com isso, as instituições têm
ampliado sua receita e alcançado setores que até então não
faziam recolhimento. De janeiro a dezembro de 2011, os
recolhimentos exclusivos aumentaram mais de 147%, em
comparação com o mesmo período de 2010. Esse resultado é
também creditado ao investimento, feito em 2010, de
capacitação de nove instrutores, com 40 horas de treinamento.
566 visitas a prefeituras,
escritórios contábeis,
empresas e sindicatos rurais
17 mil quilômetros
percorridos
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR/MS
Relatório de Atividades 2011
Programa Quem Recolhe, Colhe Frutos
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Retratos da
SUSTENTABILIDADE
Conhecido por suas incontáveis belezas naturais, Mato Grosso do Sul é
celeiro da produção agropecuária no país. E é também exemplo de Estado
que tem aliado crescimento com preservação. A natureza exuberante e a
diversidade da fauna e flora comprovam o respeito do homem do campo ao
meio ambiente. Esse foi o tema do 3° Concurso Fotográfico do Sistema
CNA/SENAR. Foram selecionadas 12 fotos. Mato Grosso do Sul ficou
bem na foto com a premiação em dois mil reais ao jornalista e fotógrafo
Valdenir Rezende, de Campo Grande (MS) e ao fotógrafo Marcos Luiz
Martines Quinhones, de Aquidauana (MS). Valdenir Rezende ainda ganhou
menção honrosa junto com Cleberson Carvalho, de Dourados (MS).
41
FOTO: VALDENIR REZENDE
Educação semFRONTEIRAS
Muito além do campo e da cidade, a educação a distância
(EAD) ultrapassa as barreiras e torna o conhecimento ainda
mais acessível. O método de ensino-aprendizagem da EAD
SENAR traz inovação, facilidade e conteúdo para quem quer
crescer e ir ainda mais longe. Com modernas ferramentas e
tutores qualificados, o participante determina seu próprio local
e tempo de estudo. Exclusivamente voltado ao público rural, a
EAD SENAR possui quatro programas: Empreendedorismo e
Gestão de Negócios, Inclusão Digital, Qualidade de Vida e
Escola do Pensamento Agropecuário.
pessoas capacitadas em todo o Brasil
alunos de MS
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR/MS
Relatório de Atividades 2011
100 mil
1.377
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Colaborar para
CRESCERInovação e competência são marcas registradas do SENAR/MS na missão
de promover a educação, a informação e o conhecimento no campo. São
características que estão presentes na força de trabalho da instituição. Em cada
colaborador ou instrutor há o compromisso da busca constante por excelência
para oferecer não apenas cursos, mas a solução para a vida de tantas famílias.
43
Para alcançar a missão da instituição, o SENAR/MS investe na
capacitação constante de sua força de trabalho, procurando assim
aperfeiçoar e aumentar a qualificação dos colaboradores. Foram
capacitações de peso, como o Curso de Licitações e Contratos, e a
viabilização de participação em eventos estratégicos, como a
Expoforest, em Mogi Guaçu (SP).
Geração de conhecimento
20 capacitações 30 participantes
900 horas de treinamento
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR/MS
Relatório de Atividades 2011
77ações 2.500 participações
12 cursos 184 participantes
Quem atua na ponta, também recebe capacitação contínua. Os
instrutores que trabalham diretamente na formação do homem do
campo, os mobilizadores e as secretárias dos Sindicatos Rurais fazem
parte da estratégia de atualização permanente. Uma das grandes
conquistas para esse público foi a participação no treinamento de
Manutenção de Tratores Agrícolas, no Centro de Treinamentos da Case
– New Holland em Curitiba (PR).
O SENAR/MS investe em ações voltadas para a melhoria contínua do
ambiente funcional que garantam o bem-estar físico e mental dos
colaboradores da Casa Rural (FUNAR/FAMASUL/SENAR).
O Programa Meu Ambiente com Qualidade de Vida foi criado em 2008 e,
por meio da comissão deste Programa, são realizadas ações para a promoção
da consciência ambiental, que ensinam sobre o uso racional da água e da
energia elétrica, o reaproveitamento de papel, a implantação de lixeiras para
separação de materiais recicláveis, palestras temáticas, cinema na casa, dia de
agradecer, boutique da casa, felicitações dos aniversariantes, integração de
novos colaboradores, ações de responsabilidade social, almoço típico, plantão
de notícias, coral da casa, selo de qualidade da água e comercializações internas
de hortaliças orgânicas, produzidas pelo Projeto Vida Nova.
Programa Meu Ambiente com Qualidade de Vida
44
ApoioESTRATÉGICO
Para cumprir sua missão de promover a educação, a
informação e o conhecimento em agronegócio, o SENAR/MS
conta com diversos parceiros que formam uma verdadeira rede
de instituições, entidades e empresas.
45
PREFEITURASMUNICIPAIS
GOVERNO DO ESTADODE MATO GROSSO DO SUL
a
2 VARA DE EXECUÇÕES PENAIS
Em sintonia com o homem
DO CAMPOA Federação de Agricultura e Pecuária de MS se fez presente nos
movimentos nos quais foi importante e necessária a representação do
produtor rural sul-mato-grossense ao longo de 2011. Seja no Estado ou
fora dele, por meio de ações lideradas pela Confederação da Agricultura e
Pecuária do Brasil (CNA), a Famasul esteve envolvida em todas as questões
que implicam na defesa e em melhorias para o homem do campo.
A atuação consistente e sistemática da Federação só foi possível pela
participação ativa de seus representados, os sindicatos rurais de Mato
Grosso do Sul, bem como pela parceria com lideranças do setor e
integrantes do Legislativo e Executivo do Estado.
Ao longo do ano, estivemos mais de uma vez no Congresso Nacional
intercedendo junto aos parlamentares do Estado pela aprovação do novo
Código Florestal. E estamos na reta final da concretização da nova
legislação, que ainda não contempla todos os aspectos que consideramos
importantes para as atividades rurais, mas traz segurança jurídica ao
produtor.
Federação da Agricultura e Pecuária de MS - FAMASUL
Relatório de Atividades 2011
48
49
A Federação realizou o Congresso Internacional da Carne, um evento
de alcance global, que reuniu 1,4 mil pessoas e colocou o Estado como
vitrine para o mundo, em especial para as cadeias produtivas ligadas à
pecuária. Junto com as demais federações do Centro-Oeste, a Famasul foi
uma das realizadoras da Bienal da Agricultura, em Goiânia (GO), somando
com os demais estados do Centro-Oeste pela valorização da agricultura.
Foi um ano intenso de ações que resultaram em ganhos importantes
relacionados a temas como a mudança no zoneamento agrícola de culturas,
agilização dos processos de georreferenciamento, medidas para amenizar
os prejuízos com as perdas na colheita e a realização de vários eventos
técnicos de cunho regional, como o MSAgro, entre outros.
Também pesam positivamente na balança de 2011 importantes decisões
favoráveis aos produtores nas questões indígenas, relativas às propriedades
atingidas pelo Parque da Serra da Bodoquena, ao Funrural e, ainda, o
atendimento de 37 mil produtores rurais em 2.200 eventos realizados pelo
SENAR/MS.
É o balanço de um ano que trouxe desafios extras e exigiu atuação firme
e constante da Famasul. É motivada por este saldo que a diretoria da
Federação agradece pela parceria e confiança dos produtores rurais sul-
mato-grossenses e se propõe a continuar o trabalho em defesa da categoria,
ombro a ombro com os sindicatos rurais do Estado.
Eduardo Corrêa RiedelPresidente em Exercício
A Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do
Sul (Famasul) foi constituída em 29 de outubro de 1977 e
fundada efetivamente com a assinatura da Carta Sindical, pelo
Ministério do Trabalho, em 22 de fevereiro de 1979. A primeira
diretoria foi empossada em 18 de agosto de 1979, ano em que
ocorreu a criação do Estado, coincidindo assim com a
separação entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Na estrutura sindical rural patronal, além dos sindicatos
nos municípios, das federações nos estados e da
Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária (CNA),
encontra-se como parte do Sistema S, o Serviço Nacional de
Aprendizagem Rural (SENAR), que agrega à representação
da categoria o valor educacional, e cuja unidade foi instalada
no Estado no início da década de 90. Também na década de
90 foi instituída, pela Famasul, a Fundação Educacional
para o Desenvolvimento Rural (FUNAR), reforçando os
valores educacionais do SENAR e agregando valores
científicos voltados ao ensino, à extensão e à pesquisa.
FAMASUL daHistória
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Federação da Agricultura e Pecuária de MS - FAMASUL
Relatório de Atividades 2011
Hoje a integração entre Famasul, SENAR e FUNAR resultou em um
espaço compartilhado conhecido como Casa Rural, que materializa a
filosofia de busca pela excelência e de compromisso com a defesa e o
atendimento do setor produtivo rural.
O agronegócio articula os três setores básicos da economia: o
primário (agropecuária e extração vegetal), o secundário (indústria) e o
terciário (distribuição e comercialização). Embora a Famasul, o SENAR
e a FUNAR sejam autônomos, a união entre eles está justamente na
forma de buscar soluções que possibilitem a articulação dos três setores
básicos da economia. Esse conjunto de atividades interdependentes,
chamado de “agronegócio”, torna essencial o laço que as une, permite
que cada entidade, com a sua natureza própria, desempenhe relevante
papel, tornando-se fundamental para a conquista dos resultados
esperados nos projetos.
51
Eduardo Correa Riedel
Ademar Silva Junior
Presidente em Exercício
Presidente Licenciado
Dácio Queiroz da Silva
Diretor-Secretário
Maria Lizete Barreto de Menezes Brito
Diretora-Tesoureira
A diretoria
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Relatório de Atividades 2011
Princípios e Valores
Tradição
Preservar valores para sustentar o futuro.
Liderança
Conduzir o setor a resultados positivos com
conhecimento, consistência e competência.
Ética
Trabalhar com transparência, respeito e lealdade.
53
Ser uma instituição de referência na organização do agronegócio, com
sólidas relações políticas e de mercado, fornecendo aos produtores rurais
acesso a informações e serviços para a conquista de negócios globais.
MissãoPromover o desenvolvimento sustentável do agronegócio,
representando os interesses dos produtores e sindicatos rurais do Mato
Grosso do Sul.
Visão
NegócioDesenvolvimento sustentável do agronegócio.
PlanejamentoESTRATÉGICO
As Estratégias e Planos de atuação da Famasul foram definidos levando em
consideração os ambientes internos e externos da organização. Foram
construídos a partir do Planejamento Estratégico (PE), com a primeira versão
em 2007-2010, e atualizados e aprimorados ao longo dos anos.
Comprometimento
Acreditar no agronegócio com profissionalismo e parceria.
Valorização dos recursos humanos
Desenvolver colaboradores para prestar serviços
com profissionalismo, eficiência e cortesia.
Conhecimento, inovação e tecnologia
Buscar conhecimento e inovação tecnológica
para ser competitivo no mercado global.
Responsabilidade social e ambiental
Atingir o equilíbrio socioambiental para a
preservação da vida.
Lucro e resultado para o produtor rural
Buscar o lucro como ferramenta para o
desenvolvimento sustentável.
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Relatório de Atividades 2011
ReferênciaPara contribuir com o desenvolvimento sustentável do
agronegócio, a Famasul busca, dia após dia, a excelência em seu
trabalho. O comprometimento de seus colaboradores faz com
que a instituição adote práticas que são referências para o alcance
real de resultados. Práticas que precisam ser disseminadas.
Participar do Movimento MS Competitivo é incentivar o
empreendedorismo nas empresas, nas organizações e,
principalmente, nas pessoas. O movimento premia, anualmente,
organizações públicas e privadas de médio e grande porte, que
preencham critérios alinhados com modernas técnicas de gestão
empresarial e institucional.
Na busca por melhores modelos de gestão, a Famasul
conquistou em 2011 o troféu Ouro, na etapa estadual do Prêmio
Qualidade da Gestão/MS, conferido pelo Movimento MS
Competitivo. O prêmio foi em reconhecimento às práticas de
gestão que seguem o Modelo de Excelência da Gestão. Pelo
segundo ano participando da realização, a Famasul ganhou o troféu
Ouro na categoria 250 pontos, e em 2010 recebeu o troféu Bronze.
O Movimento MS Competitivo tem a parceria do Sebrae/MS,
Fecomércio, Famasul, Fiems, Banco do Brasil, CDL, CMO,
Conselho Regional de Economia, Conselho Regional de
Administração e Correios.
55
LiderançaA presença estratégica da Famasul
garante não somente a visibilidade
institucional, mas a força e o peso na luta
por grandes conquistas em benefício do
homem do campo.
CNANa reeleição da presidência da CNA, a Famasul conquistou novamente
uma posição nacional. O presidente da Famasul, Eduardo Riedel, foi eleito
diretor vice-presidente no triênio 2012-2014. Riedel está à frente da Famasul
desde que Ademar Silva Junior assumiu o cargo de primeiro diretor
financeiro na CNA.
Conselho Deliberativo Sebrae/MSEm fevereiro de 2011, Eduardo Riedel tomou posse na presidência do
Conselho Deliberativo do Sebrae/MS. No cargo, o presidente da Famasul
trabalha para construção e consolidação de um ambiente favorável aos micro
e pequenos negócios no Estado.
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Relatório de Atividades 2011
Fórum de LíderesOutra importante conquista foi a eleição de Eduardo Riedel como líder
nacional pelo Fórum de Líderes Empresariais, núcleo que há 34 anos
reconhece as lideranças em evidência no País. A escolha é feita por meio de
indicação dos integrantes do fórum, considerando seu desempenho como
liderança empresarial ao longo de 2011. A eleição foi criada em 1977 pela
revista Balanço Anual, editada pela Gazeta Mercantil.
Cidadão Sul-Mato-GrossenseNa Assembleia Legislativa de MS, Eduardo Riedel recebeu o título de
Cidadão Sul-Mato-Grossense, entregue a grandes personalidades que
prestaram relevantes serviços à população.
Cidadão Campo-GrandenseA Câmara Municipal de Campo Grande, por meio dos seus 21
vereadores, prestaram homenagem a Eduardo Riedel e demais
personalidades que contribuíram para o desenvolvimento da cidade, com
suas virtudes, seu talento e seu trabalho, concedendo-lhes o Título de
Cidadão Campo-Grandense/MS e a Medalha do Mérito Legislativo de 2011.
57
Atuação e
ABRANGÊNCIA A Famasul tem sua atuação voltada ao desenvolvimento sustentável do
agronegócio em todo o Mato Grosso do Sul. As necessidades identificadas são
atendidas por meio da gestão política e institucional junto a entidades e órgãos
que têm legitimidade para atender as demandas do campo. A atuação também
se dá de forma segmentada por meio das Comissões, Conselhos e Câmaras,
Programas e Projetos, nos quais a organização atua e disponibiliza seus
produtos e serviços.
58
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Relatório de Atividades 2011
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ContribuiçãoSINDICAL RURAL
Para defesa dos interesses de todos os produtores rurais do
Estado por meio de reivindicações, articulações, participações
em comissões, debates e reuniões dos setores ligados ao
agronegócio, a Famasul conta com o repasse da Contribuição
Sindical Rural (CSR) feito pela Confederação da Agricultura e
Pecuária do Brasil (CNA).
A Contribuição Sindical Rural tem caráter tributário e é
obrigatória para todos os produtores rurais que desenvolvem
atividades econômicas em suas propriedades, enquadrados
c o m o e m p r e s á r i o s o u e m p r e g a d o r e s r u r a i s ,
independentemente de serem ou não filiados a qualquer
sindicato, conforme Decreto-Lei n. 1.166, de 15 de abril de
1971, com redação dada pelo artigo 5º da Lei n. 9.701, de 18 de
novembro de 1998. Para o cálculo da CSR, são levadas em
consideração as informações prestadas nas Declarações de
Imposto de Renda sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR).
Até o exercício de 1996, a cobrança da Contribuição
Sindical Rural era competência da Secretaria da Receita
Federal, juntamente com a do Imposto Territorial Rural (ITR).
Comissão Técnica de
BOVINOCULTURADE CORTE
Articulação institucional em todo país, análise e busca de mercados,
viabilização de visitas e missões técnicas, e negociações com toda a
cadeia produtiva são algumas das ações que a Comissão Técnica de
Bovinocultura de Corte realizou no ano de 2011.
A partir de 1997, com a publicação da Lei n. 8.847/94, a cobrança da
CSR passou a ser de responsabilidade da CNA, representante do sistema
sindical rural patronal no Brasil. O total dos recursos arrecadados pela
CSR é aplicado na prestação de serviços aos produtores rurais de todo o
País e utilizado para manter uma estrutura forte, eficiente e ágil, de tal
forma a possibilitar a defesa de reivindicações do setor junto às lideranças
políticas locais, estaduais e nacionais, bem como facilitar a participação
em debates, comissões, acordos e convenções coletivas de trabalho,
reuniões e outros foros de decisão.
Os recursos arrecadados referentes à CSR são distribuídos conforme
estabelece o artigo 589 da CLT, ou seja, 60% para os Sindicatos, 15% para
as Federações, 20% para o Ministério do Trabalho e Emprego e 5% para a
CNA.
Em Mato Grosso do Sul, das 68.075 propriedades rurais existentes,
41.090 pertencem ao Sistema CNA. Em 2011, das guias de Contribuição
Sindical Rural lançadas pela CNA, foram quitadas 74,19% pelos
produtores rurais até o final do referido ano.
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Relatório de Atividades 2011
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gerados pelaexportação
358 US$ milhões
toneladas de carne in natura exportadas
73mil
de toneladas produzidas
milhão
1
lugar no rebanho nacional
3
Mato Grosso do Sul
de cabeçasde gado
22,3 milhões
Modernização na PecuáriaAlinhar procedimentos em torno da unificação de um cadastro único
para os rebanhos bovino e bubalino de Mato Grosso do Sul. Com esse
objetivo, representantes dos sindicatos rurais do Estado foram treinados
para adoção de um sistema eletrônico que unifica as informações e os
procedimentos realizados pela Agência Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) e
Secretaria da Fazenda (Sefaz). Outro grande avanço na pecuária do Estado
o
foi a adoção de uma guia de trânsito animal eletrônica, a e-GTA. Os
sindicatos rurais foram capacitados para a emissão do documento que, até
então, era feita somente nos escritórios da Iagro. Com essa ferramenta, o
produtor rural pode imprimir, pela internet, a guia. E é pela internet também
que todo o processo de vacinação contra a aftosa foi registrado. São medidas
que modernizam a pecuária no Estado e que colocam Mato Grosso do Sul
na vitrine de modelos de produção com controle e qualidade.
ZAV livre da aftosa com vacinação
Em fevereiro de 2011, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE)
reconheceu a Zona de Alta Vigilância de Mato Grosso do Sul (ZAV) como
livre de febre aftosa com vacinação, estendendo para essa região a
classificação concedida anteriormente às demais áreas do Estado.
A Zona de Alta Vigilância é uma área com 15 quilômetros de largura ao
longo de 1.000 quilômetros de fronteira com Bolívia e Paraguai, compreende
um rebanho estimado em 800 mil animais, e integra os municípios de
Antônio João, Aral Moreira, Bela Vista, Caracol, Coronel Sapucaia,
Corumbá, Japorã, Ladário, Mundo Novo, Paranhos, Ponta Porã, Porto
Murtinho e Sete Quedas.
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Relatório de Atividades 2011
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Aftosa no Paraguai
Com o registro de um foco de aftosa no país vizinho, em setembro, em
uma propriedade distante 130 quilômetros da região de fronteira com Mato
Grosso do Sul, a Famasul liderou uma série de reuniões de orientação nos
sindicatos rurais. Foram dois dias de encontros nas cidades de Bela Vista,
Ponta Porã, Eldorado e Amambai e mobilizou ainda os municípios de Porto
Murtinho, Caracol, Antônio João, Mundo Novo, Japorã, Iguatemi, Sete
Quedas, Paranhos, Tacuru, Coronel Sapucaia e Aral Moreira. A ação reuniu
mais de 440 pessoas e teve como objetivo orientar quanto às medidas
tomadas para evitar que a situação atingisse os produtores brasileiros.
Realizadas nas sedes dos sindicatos rurais dos municípios, os encontros
contaram com a presença da Superintendência Federal de Agricultura, Iagro,
Seprotur, Exército Brasileiro e do Departamento de Operações de Fronteira
(DOF). Além de pecuaristas, participaram médicos veterinários da iniciativa
privada, frigoríficos, transportadoras, escritórios de compra e venda de gado,
líderes de assentamento e secretarias de produção e agricultura das cidades
que compõem a região da fronteira.
Outra importante ação foram as reuniões promovidas em outubro, no
Paraguai e no Brasil, na sede da Famasul, para alinhamento das estratégias de
saúde animal no combate à doença nos dois países. A Associação Rural
Paraguaia informou os produtores sul-mato-grossenses sobre as medidas
adotadas após o registro do foco. Ao total, foram abatidas 819 cabeças do
rebanho em que foram identificados 13 casos de infecção da doença. Foi
criada, na ocasião, a zona perifocal, a de tampão e a de emergência, e toda a
movimentação de animais ou produtos e subprodutos de origem animal foi
proibida. O Paraguai detém um rebanho de 12,5 milhões de cabeças. São 133
mil produtores, sendo que, desse total, 109 mil são de pequeno porte.
O encontro contou ainda com a presença de representantes do
Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), da Agência Estadual de
Defesa Agropecuária da Bahia, da Iagro, da Associação de Criadores de
Mato Grosso do Sul (Acrissul), do Sindicato Rural de Campo Grande e da
ONG Recove.
Compra e venda de animais nas feiras do interior
Em maio, o Conselho Deliberativo do Fundo Constitucional do
Centro-Oeste (Condel/FCO) suprimiu de sua normativa o artigo que
impedia o financiamento de animais comprados na mesma microrregião.
Ou seja, até então, para obter financiamento do FCO, o comprador não
poderia estar situado na mesma microrregião do vendedor do lote de
animais. Ao suprimir o artigo de sua normativa, o FCO atendeu solicitação
da Famasul, visando ampliar as possibilidades de negociação nas feiras e
exposições do interior do Estado.
Banco negocia com produtores pantaneiros
Os pecuaristas da região do Pantanal, afetados pelo excesso de
chuvas, secas e quedas de temperatura, buscaram negociações com
instituições financeiras para amenizar os prejuízos. Em reunião com o
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Relatório de Atividades 2011
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Banco do Brasil em setembro, a Famasul, a Seprotur, a Embrapa e o
Sindicato Rural de Aquidauana discutiram a viabilidade de
concessão de novos créditos e renegociação de dívidas. Segundo
dados da Embrapa Pantanal, os municípios pantaneiros de
Corumbá, Coxim, Rio Verde, Aquidauana, Miranda e Porto
Murtinho concentram um rebanho de 2,4 milhões de cabeças.
CENÁRIO
A soja ocupou uma área de 1.760.000 hectares no Estado, com
uma produção de 5.170.000 toneladas da oleaginosa (safra
2010/2011), ocupando a 5ª posição no ranking dos estados
produtores. No mercado externo, foi responsável pela arrecadação
de US$ 695,5 milhões, conferindo ao Estado a sexta posição no
ranking dos principais estados brasileiros exportadores do grão. O
principal importador da soja foi a China.
Soja
Comissão Técnica de
AGRICULTURA E POLÍTICA AGRÍCOLA
A Comissão Técnica de Agricultura e Política Agrícola atuou no
levantamento de informações, na elaboração de pesquisas e
publicações e participou de reuniões e articulações em busca de
melhorias para os agricultores.
Milho
Com uma área plantada de 46.000 hectares da safra de verão e 979.400
hectares na safra de inverno, o milho teve produção nas duas safras de
3.530.400 toneladas em 2011. Mato Grosso do Sul é o 3° maior produtor na
safra de inverno e o 8º na produção total. No mercado externo, Mato
Grosso do Sul se posicionou como o quarto estado brasileiro que mais
exportou o grão, atrás apenas dos estados de Mato Grosso, Paraná e Goiás.
Foram 487,2 mil toneladas de milho em grão que geraram receita na ordem
de US$ 138,9 milhões. Os países que se destacaram na compra do milho
foram Japão, Irã e Taiwan.
Medida contra perdas
As chuvas de março de 2011 causaram uma grande queda na colheita de
soja no Estado. A estimativa foi de uma perda de 50% de toda a safra da
oleaginosa, com prejuízo financeiro de 1,5 bilhão de reais. Para amenizar as
perdas, a Famasul buscou intermediar reuniões entre produtores e instituições
financeiras para negociação de dívidas. Com apoio da Aprosoja, a instituição
também buscou o apoio do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).
Como resultado, o ministério tomou medidas de emergências como
recuperação de pontes nas estradas atingidas pelas chuvas, e o Banco do Brasil
prorrogou as dívidas dos produtores.
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Relatório de Atividades 2011
67
Em março, a Famasul reuniu lideranças rurais, representantes de
sindicatos rurais e Secretaria de Estado de Produção e Turismo (Seprotur)
para tratar da qualificação da soja entregue pelos produtores para as trades e
cerealistas. O encontro foi motivado diante das reclamações sobre a
desqualificação do grão na hora da entrega ao armazém. Segundo os
produtores, produto com 15% a 20% de ardido (quando a soja inicia o
processo de fermentação) estaria recebendo classificação de 25% a 30%. A
reunião teve como objetivo orientar os produtores de soja quanto às
negociações do grão.
Soja ardida
Por meio de uma solicitação da Famasul, Aprosoja/MS e OCB/MS o
Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) aprovou, no início de março,
a ampliação do período de plantio do milho safrinha para 20 de março em
27 municípios sul-mato-grossenses. O pedido foi feito diante do atraso na
colheita da soja pelo excesso de chuva, que poderia atrasar o plantio
do milho.
Milho safrinha
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)
antecipou o período previsto no zoneamento agrícola para cultivo da soja
em Mato Grosso do Sul. A portaria n. 346 previa que o plantio da
oleaginosa para a safra 2011/2012 poderia ser realizado a partir de 1º de
outubro na maioria dos municípios do Estado, sendo que anteriormente a
temporada de plantio iniciava no dia 20 do mesmo mês. A antecipação do
Zoneamento Agrícola de Risco Climático para a cultura de soja foi
proposta ao MAPA pela Famasul e Aprosoja/MS. A partir do novo
zoneamento, o período indicado para o cultivo de soja foi de 1º de outubro a
31 de dezembro. Ao modificar os prazos previstos no zoneamento da soja,
o MAPA considerou o ciclo da soja e suas necessidades de umidade e
temperatura para obtenção de boa produtividade.
Antecipação do plantio da soja
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Relatório de Atividades 2011
69
Comissão Técnica de
AGROENERGIAPara contribuir na evolução do setor agroenergético, a Famasul conta com
a Comissão Técnica de Agroenergia, que tem seu empenho focado na
disseminação de conhecimento aos produtores, na articulação e na negociação
para implementar melhorias que possam alavancar a produção de açúcar e
álcool no Estado de Mato Grosso do Sul.
70
usinassucroalcooleiras22
trabalhadores30 mil
de toneladas produzidasde cana-de-açúcar33,7 milhões
hectares deárea plantada490 mil
de toneladas produzidasde açúcar1,6milhão
de litros produzidosde etanol1,7bilhão
Mato Grosso do Sul produziu, em 2011, 33,7 milhões de toneladas,
numa área de 490 mil hectares destinada à colheita, ocupando o 5º lugar no
ranking nacional. São 22 usinas que empregam aproximadamente 30 mil
trabalhadores. A produção de açúcar cresceu 150%, saindo de 640 mil
toneladas na safra 2008/09, para 1,6 milhão de toneladas na safra 2011/12.
Na produção de etanol, o crescimento foi de 70% passando de 1 bilhão de
litros na safra 2008/09 para 1,7 bilhão de litros na safra 2011/12.
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Relatório de Atividades 2011
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Canasul
Realizado pela primeira vez fora da capital de Mato Grosso do Sul, o
Canasul tornou-se parte do calendário de eventos do agronegócio no país.
Em sua quinta edição, o evento aconteceu em Dourados. Foram R$ 8,1
milhões fechados em rodadas de negócios.
O evento, que partiu de uma iniciativa da Comissão Técnica de
Agroenergia da Famasul, contou com a apoio da prefeitura de Dourados, da
Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul (Biosul),
da Famasul, do governo do Estado e do Sebrae/MS.
Mosca-dos-estábulos
O controle da mosca-dos-estábulos foi tema de Workshop em novembro,
reunindo técnicos, pesquisadores e representantes da Famasul, da Biosul e
da Embrapa. O evento tratou das pesquisas e medidas apontadas para o
controle do inseto que pode ocasionar a diminuição de peso do bovino de 15
a 20%, provocando a queda de até 60% na produção de leite do animal. O
inseto prolifera-se de forma rápida, e o acúmulo de matéria orgânica em
combinação com as altas temperaturas são fatores que contribuem para o
desenvolvimento da mosca.
72
Produção local
A Comissão trabalhou, ao longo do ano, na disseminação de informações
e práticas junto aos produtores, para mostrar a viabilidade de produção de
cana no Estado. Com isso, a Famasul quer estimular os produtores rurais a
ampliarem o fornecimento da matéria-prima para as usinas no Estado,
evitando, assim, a terceirização por parte das indústrias do setor.
Em novembro, entidades como Famasul, Fundação MS e Secretaria de
Estado de Desenvolvimento Agrário da Produção, da Indústria, do
Comércio e do Turismo (Seprotur) estiveram reunidas com a Ecoagro, uma
empresa de estruturação financeira direcionada ao agronegócio. Na pauta,
o fomento para produção local.
Em Mato Grosso do Sul o grupo de pesquisa da Embrapa desenvolveu
58 testes em 38 propriedades rurais, referentes às moscas, e os resultados
indicaram 97,4% de resistência das moscas quanto aos piretroides, venenos
que trabalham com intuito de manter os canais de sódio abertos nas
membranas neurais dos insetos. Porém, segundo dados da Embrapa, o
processo de higienização dos pastos e o manejo adequado dos subprodutos,
com o controle dos focos de criação, representam 90% de sucesso.
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Relatório de Atividades 2011
A retomada do crescimento do setor lácteo em Mato Grosso do Sul
começa a se desenhar no cenário econômico do Estado. Com o apoio da
Comissão Técnica da Pecuária de Leite, os produtores conseguiram
conquistas relevantes em 2011.
Comissão Técnica de
empregos gerados74 mil
Conseleite/MS
Em 2011, o trabalho efetivo do Conselho Paritário entre
Produtores e Indústrias de Mato Grosso do Sul
(Conseleite/MS) ganhou peso com a publicação das
resoluções com os valores de referência para o leite padrão,
acima do padrão e abaixo do padrão, de acordo com os
parâmetros de ágio e deságio que levam em conta a qualidade e
o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor. As
resoluções têm sido fonte de consulta para os órgãos que
acompanham o preço do leite e tornaram-se referência na
negociação de preços entre indústria e produtores.
73
de litros de leiteproduzidos por ano
500 milhões
PECUÁRIA DE LEITE
74
O Conseleite/MS é uma parceria entre Sindicato das Indústrias de
Laticínios de Mato Grosso do Sul (Silems), Famasul, Secretaria de Estado de
Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do
Turismo (Seprotur), Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite (CSCPL) e
Universidade Federal do Paraná (UFPR).
A comissão também atuou na cobrança por medidas mais rígidas para
produção do leite no Estado. Através de atuação na Câmara Setorial da
Cadeia Produtiva do Leite, foi oficializado, em dezembro, o pedido de adoção
de uma normativa estadual, nos parâmetros da normativa nacional 62, do
MAPA. O objetivo é fazer com que os produtores do Estado possam atender
as demandas das novas indústrias instaladas em MS, como a Brasil Foods.
A avicultura em Mato Grosso do Sul ocupa o 8º lugar no ranking
nacional. São abatidas, aproximadamente, 590 mil aves/dia, oriundas de
1.291 aviários e 602 integrados, gerando mais de 12 mil postos de trabalho,
demonstrando sua importância social e econômica para o estado, uma vez
que o segmento é desenvolvido exclusivamente por pequenos produtores da
agricultura familiar. Em 2011 as exportações apresentaram discreto
aumento em volume, em relação a 2010. No entanto, o faturamento cresceu
cerca de 27%, motivado pela valorização do produto no mercado
internacional, gerando ao Estado receita de US$ 312,7 milhões.
Avicultura
Outros setores
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Relatório de Atividades 2011
Custo de Produção
O segmento avícola de Mato Grosso do Sul contou com um importante
instrumento de orientação quanto às negociações e investimento. Com atuação
técnica da Famasul, foram elaborados estudos de levantamento de custos da
produção dos aviários nas três principais regiões produtoras do Estado:
Dourados, Sidrolândia e Aparecida do Taboado. A metodologia foi
desenvolvida pela Empresa Brasileira de Agropecuária (Embrapa) e foi
utilizada pela Federação da Agricultura e Pecuária do Paraná (Faep).
De acordo com o levantamento, itens como mão de obra e maquinário têm
encarecido a atividade. As indústrias do setor energético e de celulose têm
absorvido grande parte da mão de obra, reduzindo a disponibilidade de
trabalhadores qualificados. Outro fator que encarece o custo de produção do
estado é a falta de indústrias de maquinário, que obriga os produtores a
comprar em outros estados encarecendo o custo total.
Silvicultura
Segundo dados da Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e
Consumidores de Florestas Plantadas (REFLORE/MS), o Estado encerrou o
ano de 2011 com uma área plantada de florestas na ordem de 450 mil hectares.
Mato Grosso do Sul foi responsável por 8% de toda área plantada de
Eucalyptus no Brasil. Entre todos os estados brasileiros, foi o que apresentou o
75
76
maior crescimento da cultura, cerca de 30%, seguido de longe por
Minas Gerais, que apresentou crescimento de 7,7% nos plantios de
Eucalyptus. As exportações de celulose geraram ao Estado receita
na ordem de US$ 421,2 milhões, registrando aumento de 4,98%
em relação ao valor exportado em 2010, sendo o 4º produto na
pauta de exportação.
Ações
A Comissão Nacional de Silvicultura e Agrossilvicultura da
CNA e a Famasul, viabilizaram, em fevereiro, a vinda do professor
da Universidade de Toronto (Canadá) e consultor para a área da
silvicultura, Laércio Couto, para falar sobre o crescimento do setor.
Laércio é também consultor de empresas como Suzano e Duratex.
Participaram do encontro dirigentes estaduais e empresários. Na
ocasião, foram debatidas a legislação, a evolução de Mato Grosso
do Sul nos processos de plantio, a colheita e a instalação de
indústrias no Estado, como International Paper, Eldorado
Celulose e Fibria.
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Relatório de Atividades 2011
Comissão Técnica de
ASSUNTOS FUNDIÁRIOS
E INDÍGENAS
Ao longo do ano, a Comissão Técnica de Assuntos Fundiários e
Indígenas esteve presente em debates, eventos e audiências no Estado e em
Brasília, buscando uma solução pacífica e definitiva para os conflitos
indígenas ocorridos em Mato Grosso do Sul. Também acompanhou os
processos relativos às questões fundiárias e buscou articulação nacional na
bancada estadual e federal, no Supremo Tribunal Federal e na CNA.
77
Informação, apoio e defesa
Ao longo do ano, a Famasul esteve presente nas regiões onde as
invasões indígenas aconteceram para orientar os sindicatos rurais e
atuar em defesa dos produtores. Em maio, a Famasul organizou uma
reunião na Câmara Municipal de Sidrolândia, com representantes de
comunidades indígenas, do Ministério Público Federal (MPF), da
Fundação Nacional do Índio (Funai) e proprietários rurais com o
objetivo de buscar, junto às partes envolvidas, uma solução para a
insegurança vivida no município em função das invasões. O Conselho
Estadual dos Direitos Indígenas admitiu, na ocasião, que as invasões são
feitas para pressionar atitudes de órgãos como a Funai, com uma
solução para o impasse jurídico na região.
Em dezembro, a Famasul prestou apoio e orientação jurídica aos
produtores rurais cujas propriedades foram atingidas pela Portaria
Funai n. 524, de 9 de dezembro de 2011, que identifica e delimita a Terra
Indígena Pananbi-Lagoa Rica, com aproximadamente 12.196 hectares,
nos municípios de Douradina e Itaporã. A Comissão Técnica de
Assuntos Fundiários e Indígenas também auxiliou os produtores das
cidades de Bonito, Aral Moreira, Miranda e Iguatemi.
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Federação da Agricultura e Pecuária de MS - FAMASUL
Relatório de Atividades 2011
Propostas
Questões fundiárias em Dourados – MS
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por iniciativa do Comitê
Executivo do Fórum de Assuntos Fundiários, realizou, em maio, no
município de Dourados, o seminário “Questões Fundiárias em Dourados –
MS”. A Famasul foi convidada a participar e mobilizou os produtores para
o evento que contou com uma audiência pública com a comunidade
indígena da região e proprietários rurais e com a realização de dois painéis
sobre demarcação e indenização de terras. O seminário foi aberto tanto a
membros dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário que atuam na área,
como a produtores e organizações da sociedade civil envolvidas nos temas
tratados. Estiveram ainda presentes representantes da Corregedoria
Nacional de Justiça, da Fundação Nacional do Índio (Funai), da Advocacia-
Geral da União (AGU), do Tribunal de Justiça de MS (TJMS), do Ministério
do Desenvolvimento Agrário (MDA), do Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária (Incra), da Assembleia Legislativa e do
Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3).
Em junho, a Famasul e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
com o professor Denis Rosenfield, debateram, em Brasília, com a bancada
federal, alternativas para resolução dos conflitos originados pela disputa de
terras em Mato Grosso do Sul. No mês seguinte, em uma audiência com o
ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, juntamente com a bancada
federal e com a Assembleia Legislativa de MS, a Famasul entregou uma
proposta de resolução para as disputas de terras entre indígenas e
produtores rurais do Estado.
Através da Portaria n. 60, de 30 de junho de 2011, o Conselho Nacional
de Justiça (CNJ) criou, no âmbito do Fórum de Assuntos Fundiários, a
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Reserva indígena do Buriti
Em novembro, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região concedeu
liminar impedindo a fixação de marcos nas propriedades que são objeto da
tentativa de ampliação da reserva indígena Buriti, situada nos municípios de
Sidrolândia e Dois Irmãos do Buriti. Com a medida, fica suspensa a fixação
de marcos pela Fundação Nacional do Índio (Funai), visando expandir os
limites da reserva, que atualmente é de 2.090 hectares.
A área concentra um dos conflitos fundiários de maior extensão no
Estado, com 14 propriedades invadidas no entorno da reserva. Ao ingressar
no TRF com agravo de instrumento, os sindicados rurais de Sidrolândia e
de Dois Irmãos do Buriti alegaram que a reserva já havia sido demarcada
anteriormente e que, portanto, conforme posicionamento do Supremo
Tribunal Federal no julgamento do caso Raposa Serra do Sol (RR), não mais
poderia ter seus limites revistos. O desembargador Peixoto Junior acatou a
tese dos sindicatos e utilizou-se do entendimento manifestado pelo STF e
considerou também os efeitos danosos que a colocação de marcos nas
propriedades pode gerar como a “privação de posse” e “danos de difícil
reparação”. O desembargador também fez referência à data da
promulgação da Constituição Federal como marco temporal para a
caracterização de “terras ocupadas por indígenas”, tal como foi
considerado no caso de Roraima.
Comissão Sobre Questões Indígenas em Mato Grosso do Sul. Para compor
essa comissão, que é formada por membros do Conselho Nacional de
Justiça (CNJ), do Ministério Público Federal (MPF) e de lideranças
indígenas, a Famasul foi convidada a indicar também dois representantes.
Em agosto, a Famasul levou as questões fundiárias e os conflitos
indígenas como temas em destaque a uma palestra voltada para oficiais
superiores do Exército Brasileiro, alunos do curso de Altos Estudos
Militares da Escola de Comando e Estado Maior do Exército.
A situação de insegurança causada pelas invasões indígenas no Mato
Grosso do Sul também foi pauta de reunião da Frente Parlamentar do
Agronegócio (FPA), em Brasília, no mês de outubro. O encontro contou
com a presença de membros da bancada federal e da Assembleia Legislativa
de MS, além do presidente da Aprosoja/MS, Almir Dalpasquali. A Famasul
levou a discussão para o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF),
Cesar Peluzo, a fim de buscar uma solução definitiva, que seja favorável para
produtores e indígenas.
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Federação da Agricultura e Pecuária de MS - FAMASUL
Relatório de Atividades 2011
A Comissão Técnica de Meio Ambiente e Recursos Hídricos tem como
principal objetivo atuar nas questões relacionadas ao uso de recursos
naturais, assessorando o homem do campo em questões fundamentais
como a sustentabilidade ambiental e os critérios legislativos pertinentes.
Comissão Técnica de
MEIO AMBIENTEE RECURSOS HÍDRICOS
81
A cidade de Bonito foi sede, em maio, do Fórum Parque Nacional da
Serra da Bodoquena – Situação Atual e Regularização Fundiária, promovido
pelos sindicatos rurais dos municípios de Bonito, Bodoquena, Jardim e Porto
Murtinho, com a participação da Famasul. O evento reuniu representantes
de outras entidades, tais como Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Ministérios Públicos Federal e
Estadual, e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
(ICMBio), além de produtores rurais. O Fórum teve como objetivo atualizar
as informações a respeito da regularização do Parque Nacional da Serra da
Bodoquena e estimular a concretização dessa reserva ambiental e a
regularização das propriedades atingidas com a criação do parque.
Através de Decreto do Poder Executivo Federal, em setembro de 2000,
foram declaradas como de utilidade pública, áreas destinadas à criação do
Parque Nacional da Serra da Bodoquena, localizadas nos municípios de
Bonito, Bodoquena, Miranda e Porto Murtinho, abrangendo
aproximadamente 76,4 mil hectares.
Em outubro de 2011, foi proferida sentença no Processo da Ação Judicial
proposta em 2005 pela Famasul, tendo sido declarada a caducidade do Decreto
que criou o Parque Nacional da Serra da Bodoquena em relação às áreas que
não foram adquiridas pela União, que representam aproximadamente 83% da
área originalmente instituída. Também foi determinado que os órgãos de
fiscalização não se abstenham de deferir projetos de manejo de exploração
nessas áreas. Tal decisão poderá ser objeto de recurso, mas representou uma
grande vitória para o setor rural de Mato Grosso do Sul.
Fórum Parque Nacional da Serra da Bodoquena
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Federação da Agricultura e Pecuária de MS - FAMASUL
Relatório de Atividades 2011
A Comissão Técnica de Meio Ambiente acompanhou a evolução dos
debates e aprovações na Câmara dos Deputados e Senado Federal relativos
à proposta do Código Florestal Brasileiro. A Famasul buscou junto às
bancadas estadual e federal o apoio dos parlamentares para aprovação do
novo texto, proposto pelo deputado Aldo Rabelo (PCdoB/SP), para
regulamentar a situação de instabilidade no campo, corrigindo a condição
de ilegalidade em função das constantes alterações na legislação.
Em abril, o setor produtivo foi responsável por uma grande
manifestação pública no Congresso Nacional. Mato Grosso do Sul marcou
presença com uma caravana de 15 ônibus, de 13 municípios, com cerca de
800 produtores sul-mato-grossenses. Ao total, foram 15 mil produtores do
Brasil envolvidos na manifestação.
A votação do Novo Código Florestal na Câmara dos Deputados
aconteceu em maio e teve aprovação da maioria dos parlamentares da
bancada de Mato Grosso do Sul. Foram 410 votos favoráveis, 63 votos
contra e uma abstenção. Depois de aprovado em quatro comissões e no
plenário do Senado, em dezembro, com 59 votos a favor e sete votos
contrários ao texto-base, a proposta retornou à Câmara dos Deputados
para a última fase de análise no Congresso Nacional, antes de seguir para
sanção presidencial.
Para auxiliar no entendimento da sociedade sobre as mudanças
propostas pelo Novo Código, a Famasul atuou junto a universidades e
entidades, levando informação por meio de palestras e debates na capital e
em cidades do interior, em parceria com os Sindicatos Rurais. Em
Código florestal
O prazo para regularização de poços tubulares recebeu nova alteração
da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, da Ciência e Tecnologia
(SEMAC). Pela nova resolução, publicada em 3 de novembro de 2011, o
protocolo da documentação necessária à obtenção do Certificado de
Registro de Poço poderá ser entregue até 31 de dezembro de 2012.
A resolução da SEMAC que regulamenta o cadastramento de poços foi
objeto de várias discussões da Comissão de Meio Ambiente e Recursos
Hídricos, visando melhorar a legislação em vigor e torná-la exequível.
Regularização de poços tubulares
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outubro, esteve presente na IV Semana de Engenharia Ambiental,
promovida pela UFMS. O evento reuniu acadêmicos, pesquisadores,
profissionais, empresas e entidades do setor público e privado. Na
Uniderp, o tema foi apresentado para alunos dos cursos de Agronomia,
Biologia e Medicina Veterinária.
Averbação de Reserva Legal
Em dezembro de 2011, foi publicado no Diário Oficial da União o
Decreto n. 7.640, que prorroga para 11 de abril de 2012 o prazo para que os
produtores averbem as áreas de reserva legal em suas propriedades rurais. O
prazo inicial era 22 de julho de 2008. Sendo aprovado o novo Código
Florestal, o decreto perderá o efeito, assim como outras Leis que regulam a
questão, já que um dos itens no projeto é o aumento de prazo para as
regularizações ambientais para aqueles que aderirem ao Cadastro
Ambiental Rural (CAR). Essa alteração é uma das principais lutas do setor
produtivo, pela qual a Famasul e as entidades parceiras têm feito forte
mobilização em suas bancadas.
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Federação da Agricultura e Pecuária de MS - FAMASUL
Relatório de Atividades 2011
Comitês das Bacias Hidrográficas dos Rios Ivinhema (CBH Rio Ivinhema) e Miranda (CBH Miranda)
Desde quando iniciaram as ações preliminares que culminaram com a
criação do CBH Rio Ivinhema (segundo Comitê de Bacia de MS, e
localizado na área de maior produção agrícola), a Famasul tem assessorado
os Sindicatos Rurais dos Municípios com área física relacionada ao Rio
Ivinhema (Anaurilândia, Angélica, Antonio João, Batayporã, Caarapó,
Deodápolis, Douradina, Dourados, Fátima do Sul, Glória de Dourados,
Itaporã, Ivinhema, Jateí, Juti, Laguna Carapã, Maracaju, Naviraí, Nova
Alvorada do Sul, Nova Andradina, Novo Horizonte do Sul, Ponta Porã, Rio
Brilhante, Sidrolância, Taquarussu e Vicentina), bem como outras
entidades parceiras, inclusive tendo participado das assembleias
deliberativas para eleição de representantes dos segmentos que compõem o
referido Comitê, para o mandato 2011/2012. Também orientou as
entidades parceiras que compuseram a Comissão Provisória responsável
pela instalação do CBH Rio Ivinhema, durante a elaboração do respectivo
Regimento Interno.
A Famasul assessorou os sindicatos e entidades parceiras na
participação das assembleias deliberativas para eleição de representantes
dos segmentos que compõem o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio
Miranda (CBH Rio Miranda) para o mandato 2011/2013, em especial
órgãos da Administração Pública Estadual e Municipal, Sociedade Civil e
Usuários e na participação das reuniões do Comitê da Bacia Hidrográfica
do Rio Paranaíba (CBH Rio Paranaíba).
A participação em Comitês de Bacia Hidrográfica se faz muito importante
para o setor produtivo, uma vez que este é o Parlamento das Águas, o qual
decide os usos nas Bacias. Como usuários de água, a Famasul entende ser
indispensável a presença de produtores rurais nesses fóruns de discussão.
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Projeto Biomas
Com o slogan “Seis biomas e um único objetivo:
construir soluções para proteção e uso sustentável no
campo – um estudo inédito que vai propor modelos
inovadores de produção envolvendo o plantio de
árvores nas propriedades rurais”, o projeto foi
lançado em 24 de fevereiro de 2010, na sede da CNA.
Com o objetivo de disseminar o Projeto e as
informações pertinentes a ele, em 2011, no Congresso
Internacional da Carne, a Famasul trouxe para Campo
Grande a maquete do Projeto Biomas e toda a sua
estrutura. Durante o evento, muitas apresentações
sobre o Projeto foram feitas aos participantes.
Conselho Estadual de Recursos Hídricos de Mato Grosso do Sul e Conselho Nacional de Recursos Hídricos
A Famasul é membro do Conselho Estadual de Recursos
Hídricos de Mato Grosso do Sul, como representante do
segmento usuários, desde 2007. Participou, em 2011, de uma
das discussões mais importante do Conselho: a elaboração do
Plano Estadual de Recursos Hídricos.
O processo eleitoral, que teve início em 1º de setembro de
2011, acontece em 2012, e a Famasul está cadastrada e
habilitada para participar dele.
Na mesma linha, a Famasul também participa do Conselho
Nacional de Recursos Hídricos, como suplente da CNA, com o
objetivo de acompanhar e participar da elaboração das Políticas
pertinentes a Recursos Hídricos.
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Federação da Agricultura e Pecuária de MS - FAMASUL
Relatório de Atividades 2011
Outras Questões
JURÍDICASA Famasul orienta e assessora os Sindicatos Rurais em
demandas relacionadas ao direito sindical, trabalhista, agrário,
ambiental, tributário, administrativo, previdenciário e
processual civil. Atua também na elaboração e
acompanhamento dos processos eleitorais dos Sindicatos
Rurais, no assessoramento jurídico de processos de
renegociações de dívidas de produtores rurais junto aos
bancos, na negociação da convenção coletiva de trabalho e do
piso salarial anual do empregado rural e nos processos
administrativos e judiciais referentes à cobrança da
Contribuição Sindical Rural.
87
O acompanhamento das questões sindicais de interesse dos Sindicatos
Rurais filiados à Famasul é realizado pela Unidade Jurídica. Dentre elas,
destaca-se a orientação de demandas relacionadas à regularidade sindical,
ao enquadramento sindical de associados e à alteração estatutária. Destaca-
se que, em 2011, foram orientados e acompanhados 19 Sindicatos durante
seus processos eleitorais.
Regularidade e Processos Eleitorais dos Sindicatos Rurais
A Famasul obteve sentença favorável na ação de declaração de
inconstitucionalidade da cobrança da Contribuição Previdenciária Rural
(Funrural), em maio de 2011. A decisão judicial, que beneficiou cerca de 20
mil produtores rurais do Estado enquadrados no sistema sindical CNA, foi
proferida pela 2ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande/MS e
considerou inconstitucional a referida contribuição sobre a receita bruta
decorrente da comercialização de produtos rurais.
Em julho, a União protocolou recurso de apelação contra tal decisão, o
qual se encontra no Tribunal Regional Federal da 3ª Região aguardando
decisão. A orientação da Federação é de que o pagamento do Funrural não
seja suspenso, mas depositado em juízo. A sentença não contempla pedidos
de restituição, os quais devem ser solicitados individualmente.
Registro de imóvel rural
Em outubro, a Famasul ajuizou mandado de segurança contra o
Superintendente Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária em Mato Grosso do Sul (INCRA), requerendo a concessão de
medida liminar para que as transações imobiliárias não fossem prejudicadas
pela demora no fornecimento de certidão de regularidade do
georreferenciamento expedida pelo referido Instituto.
O georreferenciamento é a descrição do imóvel rural em suas
características, limites e confrontações. A transferência de um imóvel rural,
seja por doação, herança ou compra e venda, depende dessa análise. Devido
aos atrasos nos procedimentos de georreferenciamento, os quais estão
Funrural
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Federação da Agricultura e Pecuária de MS - FAMASUL
Relatório de Atividades 2011
Nos casos de pedido de recuperação judicial de frigoríficos, com plantas
em Mato Grosso do Sul, a Famasul acompanhou, ao longo do ano, os atos
processuais e as Assembleias de Credores dos Frigoríficos Independência e
Fribrasil, monitorando e prestando informações aos produtores.
Negociação com frigoríficos
emperrando procedimentos de compra, venda e transferência de
propriedades rurais no Estado, a Famasul solicitou que sejam acolhidos
registros imobiliários sem a necessidade do aval do INCRA.
Em novembro foi publicado Decreto Presidencial n. 7.620,
prorrogando o prazo de exigência de georreferenciamento das
propriedades com área inferior a 500 hectares. Até o final do ano, a decisão
judicial sobre o pedido proposto pela Famasul não havia sido publicada.
ITR
Neste ano, a Famasul continuou participando de reuniões e palestras
nos Sindicatos Rurais, orientando os produtores em relação à
municipalização da fiscalização do Imposto Territorial Rural (ITR), visto
que alguns municípios de nosso Estado apresentaram equívocos quanto à
competência que lhes foi delegada através de convênios firmados com a
Secretaria da Receita Federal.
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Certificação Digital Rural
Em função das dificuldades dos produtores rurais em adquirir a
certificação das autoridades certificadoras credenciadas pelo Instituto
Nacional de Tecnologia da Informação (ITI) até o dia 31 de dezembro de
2011, a Famasul requereu da Superintendência Regional da Caixa
Econômica Federal em Mato Grosso do Sul a prorrogação do prazo
estabelecido, bem como solicitou à CNA que o pedido em questão também
fosse requerido à Presidência da Caixa Econômica Federal, em Brasília.
Em 23 de dezembro, por meio da Carta Circular 566, a Caixa
Econômica Federal prorrogou o prazo para utilização da certificação
digital emitida no modelo ICP-Brasil, como forma exclusiva de acesso ao
canal eletrônico de relacionamento Conectividade Social para o dia 30 de
junho de 2012.
O piso salarial do empregado rural de Mato Grosso do Sul teve reajuste
de 10,7%. O percentual foi acertado em junho entre representantes da
Famasul e da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do MS
(Fetagri/MS). Com o reajuste, o piso salarial do trabalhador rural de R$
561,00 passou para R$ 621,00. Para os trabalhadores rurais que recebiam
acima de um e abaixo de dois salários mínimos estabelecido para a categoria
(ou seja, entre R$ 561,00 e R$ 1.122,00) o percentual de reajuste ficou em
7%. Acima de dois pisos salariais, o reajuste ficou facultado a acerto entre
empregado e empregador.
Piso salarial
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Federação da Agricultura e Pecuária de MS - FAMASUL
Relatório de Atividades 2011
A Famasul tem atuação, ainda, em conselhos
nacionais, estaduais e municipais, em várias esferas que
visam o crescimento econômico e sustentável do Estado.
Participações emCÂMARAS, COMISSÕES
e CONSELHOS
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Câmara
Câmara de Mediação e Arbitragem Empresarial de CG/MS;
Câmara Setorial de Logística de Armazenagem e Transporte;
Câmara Setorial Consultiva para o setor Sucroalcooleiro;
Câmara Setorial Consultiva da Avicultura e Estrutiocultura;
Câmara Setorial Consultiva da Bovinocultura e Bubalinocultura;
Câmara Setorial da Ovinocultura;
Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite;
Câmara Setorial Consultiva de Apicultura;
Câmara Setorial Consultiva do Programa de Desenvolvimento Florestal;
Câmara Setorial Consultiva da Suinocultura;
Comissões Comissão Estadual de Emprego;
Comissão Executiva Estadual da CANECC;
Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador;
Comissão Nacional Aquicultura da CNA;
Comissão Nacional de Assuntos Fundiários e Indígenas;
Comissão Nacional de Aves e Suínos;
Comissão Nacional da Cana-de-Açúcar;
Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte;
Comissão Nacional de Caprinos e Ovinos;
Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas;
Comissão Nacional de Pecuária de Leite;
Comissão Nacional de Relações do Trabalho e Previdência Social;
Comissão Nacional de Silvicultura e Agrossilvicultura;
Comissão sobre Questões Indígenas em Mato Grosso do Sul;
Comissão Organizadora do 9º Encontro de Fiscalização e Seminário
Nacional sobre Agrotóxicos – ENFISA;
Comissões Municipais e Regionais de Estatísticas Agropecuárias –
COMEAS e COREAS – Grupo de Coordenação de Estatísticas
Agropecuárias de MS;
Comitê Assessor Externo da Embrapa Gado de Corte;
Comitê Estadual de Controle da Ferrugem Asiática da Soja.
92
Câmara Setorial Consultiva do Algodão;
Câmara Setorial de Biodiesel do Estado do MS;
Câmara Técnica de Assunto Legais e Institucionais do CERH;
Câmara Técnica Permanente de Instrumento Gestão de Recursos
Hídricos do CERH.
Conselhos
Conselho Estadual Universitário (UFMS);
Conselho Administrativo da Fundação MS para Pesquisa e Difusão de
Tecnologias Agropecuárias;
Federação da Agricultura e Pecuária de MS - FAMASUL
Relatório de Atividades 2011
93
Conselho Consultivo do Parque Nacional da Serra da Bodoquena;
Conselho de Consumidores da Área de Concessão da Enersul;
Conselho de Administração da Junta Comercial de MS (JUCEMS);
Conselho de Desenvolvimento Industrial – CDI;
Conselho de Previdência Social em Campo Grande-MS;
Conselho de Recursos Fiscais (Tribunal Administrativo Tributário);
Conselho Diretor Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável;
Conselho do Tribunal Administrativo Tributário de Mato Grosso do
Sul – TAT;
Conselho Estadual de Controle Ambiental;
Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável;
Conselho Estadual de Investimentos Financiáveis pelo FCO;
Conselho Estadual de Recursos Administrativos no Âmbito de
Defesa Sanitária;
Conselho Estadual de Recursos Hídricos;
Conselho Estadual de Sanidade Animal;
Conselho Estadual de Serviços Públicos;
Conselho Fiscal da Fundação MS para Pesquisa e Difusão de
Tecnologias Agropecuárias;
Conselho Jurídico da CNA;
Conselho Municipal de Sanidade Animal;
Conselho Municipal da Juventude – CMJ;
Conselho Nacional de Recursos Hídricos;
Conselho Técnico Científico da Fundação MS para Pesquisa e Difusão de
Tecnologias Agropecuárias.
Outras participações
CORECON – Gestão do ISE;
Fórum Nacional de Pecuária de Corte;
Grupo de Estudo Conselho Regional Administração (Reforma Tributária e
suas Consequências);
Núcleo Estadual de Apoio aos APLs;
Ouvidoria Agrária Estadual.
Além da articulação, da busca por informações
exclusivas sobre os setores produtivos e da defesa dos
interesses do homem do campo, a Famasul tem atuação
estratégica na viabilização e implementação de programas
e projetos que promovam a melhoria contínua da
produção no Estado, aliando conceitos de tecnologia,
modernidade e sustentabilidade.
Programas e
PROJETOS
Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC)
Aliar a produção de alimentos e bioenergia com redução dos gases de
efeito estufa e, assim, difundir a agricultura sustentável. Esse é o foco do
Programa ABC – Agricultura de Baixa Emissão de Carbono, instituído pelo
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). As ações do
Programa ABC, que estão inseridas no Plano Agrícola e Pecuário
2010/2011, incentivam processos tecnológicos que diminuem os efeitos
dos gases de efeito estufa no campo. De acordo com o MAPA, o plano
R$ 2 bilhões em técnicas
R$ 1 milhão por beneficiário
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Federação da Agricultura e Pecuária de MS - FAMASUL
Relatório de Atividades 2011
prevê a aplicação de R$ 2 bilhões em técnicas e garante recursos a
agricultores e cooperativas, com limite de financiamento de R$ 1 milhão
por beneficiário. O crédito será financiado com taxa de juros de 5,5% ao
ano, e prazo de reembolso de 12 anos.
Em agosto, a Famasul sediou um seminário de sensibilização do
programa. Entre as estratégias possíveis para ampliar a sustentabilidade da
agropecuária sul-mato-grossense, a recuperação de pastagens é tida como a
necessidade mais urgente, conforme apontou o seminário. As demais
alternativas apontadas como formas redutoras da emissão de gases, tais
como o sistema de plantio direto e a produção consorciada entre as
atividades agrícolas como lavoura-pecuária-floresta, já estão em pleno
andamento no Estado. O seminário contou com representantes de todos
os integrantes do grupo gestor: Famasul, Seprotur, OCB/MS, Fetagri-MS,
Banco do Brasil, Embrapa e Governo Federal.
Em outubro, foi assinado entre o Banco do Brasil e o Governo do
Estado, na Governadoria, o Termo de Mútua Cooperação Técnica e
Financeira e de Contratos de Financiamentos do Programa ABC.
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MIP
Avaliar dados estratégicos de cada setor no desenvolvimento do Estado,
antecipar cenários e auxiliar na construção de políticas públicas. Esses sãos
os principais resultados que a metodologia da Matriz de Insumo Produto
(MIP) pode trazer. O encontro sobre a adoção da ferramenta em Mato
Grosso do Sul aconteceu em novembro e reuniu representantes da
Aprosoja/MS, da Famasul, da OCB/MS, da Seprotur e das Universidades
Federais de Mato Grosso (UFMT) e Mato Grosso do Sul (UFMS).
A metodologia da MIP é mundial e já vem sendo utilizada em outros
estados. São dados relativos a 78 setores e 110 produtos. O objetivo é
contribuir para que todos os setores produtivos possam ser analisados de
forma isolada, com dados separados por produtos, e de forma interligada,
analisando a relação entre produção, indústria, comércio e exportação. Para
que a metodologia seja aplicada em Mato Grosso do Sul, as entidades vão
traçar uma proposta de parceria com o governo do Estado, que detém
dados estratégicos para a pesquisa.
REED
Para incentivar a conservação das florestas e buscar alternativas
financeiras para o produtor rural na região do Parque Nacional da Serra da
Bodoquena, em Mato Grosso do Sul, a Famasul e a Carbon Care
International (CCI) firmaram parceria para construção de um projeto
inédito no Estado. Trata-se do projeto REED Plus, uma sigla internacional
que trata da Redução de Emissão de Desmatamento e da Degradação. O
objetivo é buscar mecanismos para a captação de recursos para os
produtores que ainda não foram indenizados, desde a criação do parque.
O conceito de REED é adotado pela Organização das Nações Unidas
(ONU) e prevê remunerar ações contra o desmatamento e, assim,
contribuir para diminuir as emissões de gases de efeito estufa. O pagamento
é feito através da venda de créditos de carbono. Pelo projeto serão
levantados dados sobre o estoque de carbono do Parque da Bodoquena e
região do entorno. Em dezembro, a Famasul sediou reunião de
apresentação do projeto para a Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa), a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul,
a Fundação Neotrópica e o Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade (ICMBio).
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Federação da Agricultura e Pecuária de MS - FAMASUL
Relatório de Atividades 2011
Sucessão Familiar
A Famasul e o SENAR/MS realizaram em 2011 três turmas do curso
“Governança e sucessão familiar: transformando herdeiros em sócios”. Ao
total, foram capacitadas 82 pessoas. O curso aborda os desafios enfrentados
pelas empresas familiares, pois à medida que as gerações se sucedem, o
número de membros da família cresce, e o controle do negócio que estava
concentrado nas mãos de um gestor passa a ser dividido entre os filhos e os
netos. O curso trabalha as teorias de governança com foco na realidade das
empresas rurais. A partir da terceira geração, é natural que o lucro gerado
pela empresa passe a ser repartido em um número maior de sócios, o que
não implica necessariamente em um crescimento proporcional do capital
da família.
Voltado para produtores rurais e gestores de empresas rurais, o curso é
dividido em cinco módulos. No primeiro módulo são apresentados os
conceitos e aplicações nas empresas familiares da governança e sucessão
corporativa. O segundo módulo trata dos aspectos legais que envolvem a
governança em empresas familiares. O terceiro faz uma avaliação a respeito
das finanças e o crescimento do negócio familiar. O quarto módulo aborda
a importância do planejamento como ferramenta para a gestão estratégica
do empreendimento. No último módulo é feita uma abordagem
comportamental em torno do processo sucessório, bem como seus
desafios e conflitos.
97
O fortalecimento da cadeia produtiva da carne brasileira, a variedade e
qualidade da pecuária nacional e as exigências do mercado internacional
foram os principais temas tratados no Congresso Internacional da Carne, de
7 a 9 de junho. O evento teve seis painéis abordando os temas mais atuais do
setor no momento, 32 palestras e mesas-redondas, sendo 11 delas
ministradas por palestrantes de outros países. O congresso teve 1,4 mil
participantes de 19 estados e de 11 países, com a presença de especialistas de
todas as áreas da cadeia da carne: produtores, setor de insumo, indústria,
Congresso Internacional da Carne
98
A disseminação do conhecimento é fundamental para a
evolução social e econômica do Estado. E é por isso que a Famasul
investe na realização e apoio de eventos que estimulem novas
práticas para o homem do campo e que incentivem a formulação de
políticas públicas para o crescimento de Mato Grosso do Sul.
EVENTOS
Federação da Agricultura e Pecuária de MS - FAMASUL
Relatório de Atividades 2011
setor público. Entre eles, o ex-ministro da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA), Pratini de Moraes. Além da carne bovina, o
evento trouxe também debates sobre os rebanhos suíno e ovino.
O Congresso Internacional da Carne foi uma realização do
International Meat Secretariat (IMS/Opic), em conjunto com a
Famasul. O evento teve o apoio do Governo do Estado de Mato
Grosso do Sul, do SENAR/MS, do Sebrae, da Fundação
Educacional para o Desenvolvimento Rural (FUNAR), do Fórum
Permanente da Pecuária de Corte da CNA e do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Contou, ainda, com
o patrocínio de John Deere, Marfrig, AllFlex, Safe Trace, Valefert e
Banco do Brasil e o apoio do Convention Visitor Bureau.
99
32 palestras 1,4 mil participantes
Em agosto, foi realizada a Bienal dos Negócios da Agricultura Brasil
Central, no Centro de Cultura e Eventos Professor Ricardo Freua Bufáiçal
(UFG), em Goiânia (GO). O evento reuniu representantes do agronegócio
de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás, juntamente com o Distrito
Federal, no objetivo de fortalecer o setor e demonstrar o potencial de
crescimento da atividade na região Centro-Oeste. Em sua quarta edição, a
Bienal foi promovida pelas federações de agricultura e pecuária dos estados
e teve como tema “O futuro do agronegócio no Brasil Central”. O evento
contou com uma estrutura de feira, com vitrine para empresas do setor,
além de uma programação de painéis e palestras sobre temas da atualidade
do agronegócio brasileiro.
A Bienal debateu as principais cadeias produtivas do Brasil Central –
algodão, cana-de-açúcar, soja e milho –, tratou dos sistemas de produção
integrados, além de temas relacionados ao ambiente de negócios, como a
reforma tributária, o sistema de crédito e os modelos de negócios que se
ajustam ao Brasil Central. O público do evento foi de 800 participantes.
Mato Grosso do Sul esteve presente com uma caravana de 90 pessoas, entre
produtores rurais, lideranças e entidades ligadas ao agronegócio.
Bienal dos Negócios da Agricultura Brasil Central
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Federação da Agricultura e Pecuária de MS - FAMASUL
Relatório de Atividades 2011
Com palestras sobre cenários e tendências da agricultura e pecuária, o
Seminário “MS Agro – Desafios para Competitividade do Agronegócio”
reuniu, em novembro, 200 participantes entre produtores rurais,
empresários, acadêmicos, representantes de instituições públicas e privadas
e lideranças do setor. Promovido pela Famasul e pelo SENAR/MS, o
seminário, gratuito, teve como palestrantes o engenheiro agrônomo, mestre
em Economia Agrícola e sócio-diretor da Agroconsult, André Pessoa; o
engenheiro agrônomo, professor da Universidade de São Paulo (USP) e
coordenador científico do Centro de Estudos Avançados e Economia
Aplicada (CEPEA), Geraldo Sant´Anna de Camargo Barros; e o professor
e pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada
(CEPEA/USP), Sérgio de Zen. O Seminário contou com o apoio da
Aprosoja, Bolsa Brasileira de Mercadorias (BB&M), Banco do Brasil,
Sebrae/MS e Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB/MS).
MS Agro
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Treinamento de comunicação para lideranças rurais
Em outubro, a Famasul viabilizou para os dirigentes e membros dos
sindicatos rurais do Estado, o curso de Comunicação e Voz, ministrado pela
fonoaudióloga e especialista nas duas áreas, Maria Aparecida da Mota Stier.
Um grupo de 30 pessoas participou do treinamento cujo objetivo foi
desenvolver habilidades de falar em público com técnica e naturalidade,
visando qualificar a manifestação das lideranças e favorecer o fluxo de
informações com o público e a mídia. A formação enfocou aspectos como
técnicas vocais, correção dos vícios de linguagem, utilização correta da voz
e da postura corporal e técnicas para elaboração de palestras.
Sindicatos rurais recebem orientação sobre certificação digital
A Famasul promoveu em novembro uma palestra ministrada pelo
Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de
Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado de MS
(Sescon/MS) para presidentes e representantes de 49 sindicatos rurais do
Estado, cujo tema foi a certificação digital como forma exclusiva de acesso
ao novo canal Conectividade Social ICP, obrigatória a partir de 1º de julho
de 2012 para todos os empregadores – pessoa física e/ou jurídica de
diversos segmentos, inclusive do agronegócio.
Entre as principais mudanças, tal exigência permitirá o acesso
totalmente online ao canal mencionado, eliminando, assim, a necessidade de
instalação de softwares nos computadores e permitindo a simplificação do
processo de envio de informações referente ao FGTS e outros produtos
sociais à Caixa Econômica Federal (CEF).
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Federação da Agricultura e Pecuária de MS - FAMASUL
Relatório de Atividades 2011
Lideranças rurais de MS
participam das comemorações
dos 60 anos da CNA
Um grupo de 70 lideranças rurais de Mato Grosso do Sul participou, em
novembro, das comemorações dos 60 anos da Confederação CNA e dos 20
anos de criação do SENAR/MS. A data foi marcada por um seminário
reunindo 1,5 mil pessoas entre autoridades federais, parlamentares,
lideranças rurais e de outras atividades, embaixadores e ministros, em
Brasília.
O seminário “Os Desafios do Brasil como 5ª Potência Mundial e o Papel
do Agronegócio” foi aberto pela presidente da CNA, Kátia Abreu, e pelo
ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho. O encerramento contou
com a presença da Presidente da República, Dilma Rousseff. O economista
e ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga; o professor Mauro
Lopes, presidente do Centro de Estudos Agrícolas da FGV; André Esteves,
CEO do BTG Pactual; e o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal
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Congresso Brasileiro de Economia
O presidente da Famasul e do Conselho Deliberativo do Sebrae/MS,
Eduardo Riedel, participou em setembro do XIX Congresso Brasileiro de
Economia, realizado em Bonito (MS). No painel “Agronegócio,
Agricultura Familiar e a Heterogeneidade Estrutural do Setor Agrícola
Brasileiro”, Riedel traçou um panorama sobre a importância do
agronegócio para a economia nacional.
Na exposição, a Famasul enfatizou junto aos economistas a evolução do
Produto Interno Bruto do setor e contextualizou a relevância da produção
agrícola e pecuária brasileira em âmbito mundial.
Meio Ambiente
Em dezembro, foi realizada pela Famasul uma confraternização que
contou com a participação de 90 representantes de entidades ligadas à
proteção do meio ambiente, membros de Fóruns Ambientais de Mato
Grosso do Sul (CECA, CERH, Comitês das Bacias Hidrográficas dos Rios
Miranda e Ivinhema), objetivando estreitar o relacionamento com seus
parceiros institucionais e fortalecer ações conjuntas.
Showtec
Com o tema “Gestão na Agropecuária, um fator decisivo para o
Sucesso”, o Showtec 2011 ocorreu nos dias 1º, 2 e 3 de fevereiro na sede da
Fundação MS, em Maracaju (MS). Cerca de 13.000 pessoas prestigiaram os
três dias do evento. Foram mais de 560 tecnologias apresentadas
diretamente aos produtores por mais de 100 empresas e de 45 palestras,
através dos Giros Tecnológicos e Roteiros de Visitações. Além do público
do estado, o evento reuniu também visitantes dos estados da Bahia, São
Paulo, Paraná, Mato Grosso, Minas Gerais e Goiás, bem como de países
vizinhos como Bolívia, Paraguai e até mesmo dos Estados Unidos.
O Showtec foi realizado pela Fundação MS, com a promoção do
Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento
Agrário da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo (Seprotur) e
da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), e da
Famasul, com o apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, da Embrapa, da Prefeitura de Maracaju, do Sicredi, da
Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB/MS), da Aprosoja, do
Banco do Brasil, do CREA/MS e do Sebrae.
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Federação da Agricultura e Pecuária de MS - FAMASUL
Relatório de Atividades 2011
A Famasul recebeu, ao longo do ano, visitas técnicas de profissionais e
empresários nacionais e internacionais. O objetivo foi disseminar o
trabalho voltado ao desenvolvimento do agronegócio em Mato Grosso do
Sul e seu potencial econômico.
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Visitas
TÉCNICAS
Embaixada brasileira
Um grupo de 18 diplomatas brasileiros atuantes na América, Europa,
Oriente Médio e Ásia esteve em novembro na sede da Famasul para conhecer a
realidade da agropecuária do Centro-Oeste. O grupo participa do curso
“Imersão no agronegócio brasileiro”, promovido pelo ministério das Relações
Exteriores e pelo MAPA. Na sede da Famasul, os diplomatas assistiram a uma
apresentação especial do professor da Esalq/USP, Sérgio de Zen.
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Acre
Em junho, o vice-governador do Acre, César Messias, e uma comitiva de
empresários e produtores acreanos visitaram Mato Grosso do Sul para
conhecer a tecnologia em aquicultura e viabilizar parcerias para o
desenvolvimento da piscicultura. O presidente da Federação da Agricultura
e Pecuária do Acre (Faeac), Assuero Doca Vernoez, também acompanhou a
comitiva que contou ainda com o presidente da Assembleia Legislativa do
Acre e o secretário de estado de Indústria, Comércio, Ciência e Tecnologia,
Anderson Mariano.
Federação da Agricultura e Pecuária de MS - FAMASUL
Relatório de Atividades 2011
Chile e Coreia
Em agosto, a Famasul recebeu uma delegação chilena que veio ao
Mato Grosso do Sul com o objetivo de fomentar novas possibilidades do
escoamento dos produtos brasileiros e, assim, aumentar o fluxo
comercial entre Brasil e Ásia por meio de Iquique e seu sistema de
serviços logísticos. Um grupo de coreanos também visitou o Estado
tratando de investimentos em logística para escoamento de produção,
facilitando, dessa forma, a importação dos produtos brasileiros pela
Coreia do Sul.
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Austrália e EUA
Um grupo de 17 empresários rurais da Austrália esteve na Famasul em
novembro. Essa foi a segunda vez que o grupo visitou o Brasil em 2011. Além
de apresentar o trabalho realizado em prol do agronegócio, a Famasul
mostrou os resultados obtidos na produção de agricultura e pecuária. A
pecuária e a agricultura também foram pautas da visita de um grupo de
americanos em novembro.