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RELATÓRIO

DE

ACTIVIDADES

2010

Polícia de Segurança Pública

Relatório de Actividades 2010

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MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA

POLÍCIA DE SEGURANÇA PÚBLICA

DIRECÇÃO NACIONAL

Largo da Penha de França, n.º 1

1170 – 298 Lisboa

Tel: 218 111 000

Fax: 218 147 705

[email protected]

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

2010

Gabinete de Estudos e Planeamento

Direcção Nacional da PSP

15 de Abril de 2011



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Índice

Lista de quadros, figuras e gráficos….…………………………………………………………………….…..........9 Lista de siglas e abreviaturas……………………………………………….......................................................14 Prefácio .................................................................................................................................................................. 17 I. Introdução ........................................................................................................................................................... 19 1. Nota inicial .......................................................................................................................................................... 19 2. Caracterização institucional ................................................................................................................................. 20

2.1. Compromisso de honra ................................................................................................................................ 21 2.2. Missão ......................................................................................................................................................... 22 2.3. Atribuições .................................................................................................................................................. 22 2.4. Limite de intervenção .................................................................................................................................. 24 2.5. Principais serviços prestados........................................................................................................................ 25 2.6. Valores institucionais ................................................................................................................................... 26 2.7. Código de ética ............................................................................................................................................ 27 2.8. Heráldica policial ......................................................................................................................................... 28

3. Estrutura organizacional ...................................................................................................................................... 29 3.1. Quadro legal da organização e funcionamento institucional ......................................................................... 29 3.2. Matriz orgânica............................................................................................................................................ 31 3.3. Estrutura geral ............................................................................................................................................. 31

3.3.1. Direcção nacional ................................................................................................................................. 32 3.3.2. Dispositivo territorial ............................................................................................................................ 33 3.3.3. Estabelecimentos de ensino policial ..................................................................................................... 37

4. Envolvente transaccional..................................................................................................................................... 38 4.1. Ambiente .................................................................................................................................................... 38

4.1.1. Interno ................................................................................................................................................. 40 4.1.2. Externo ................................................................................................................................................ 41

4.2. Destinatários ............................................................................................................................................... 41 4.2.1. Cliente externo..................................................................................................................................... 42 4.2.2. Cliente interno ..................................................................................................................................... 43

5. Linhas de acção estratégica ................................................................................................................................. 43 5.1. Orientações estratégicas da politica pública de segurança............................................................................ 44

5.1.1. Orientações estratégicas específicas ..................................................................................................... 45 5.1.2. Carta de missão .................................................................................................................................... 47

5.2. Visão estratégica ......................................................................................................................................... 47 5.3. Objectivos estratégicos ................................................................................................................................ 48 5.4. Objectivos operacionais ............................................................................................................................... 49

5.4.1. Objectivos operacionais prioritários ..................................................................................................... 50 5.4.2. Outros objectivos / orientações operacionais ....................................................................................... 52

5.5. Acção estratégica integrada ......................................................................................................................... 52 II. Auto-avaliação do serviço.................................................................................................................................... 55 1. Avaliação de resultados por objectivos ................................................................................................................ 55

1.1. Análise dos objectivos no âmbito do QUAR .................................................................................................. 55 1.1.1. Objectivos operacionais ....................................................................................................................... 56

1.1.1.1. Objectivos operacionais de eficácia ............................................................................................... 56 1.1.1.2. Objectivos operacionais de eficiência ............................................................................................ 61 1.1.1.3. Objectivos operacionais de qualidade ........................................................................................... 64 1.1.1.4. Recursos humanos e financeiros afectos ....................................................................................... 66

1.1.1.4.1. Humanos ............................................................................................................................... 67 1.1.1.4.2. Financeiros ............................................................................................................................ 68

1.1.1.1.1.1.1 Despesas com pessoal ...................................................................................... 69 1.1.1.1.1.1.2 Aquisições de Bens e Serviços ........................................................................... 69 1.1.1.1.1.1.3 Outras Despesas Correntes ............................................................................... 69

1.1.1.5. Avaliação ...................................................................................................................................... 70 1.2. Análise dos outros objectivos operacionais prioritários ................................................................................ 72



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1.3. Análise de outros objectivos / orientações operacionais............................................................................... 76 1.4. Objectivos operacionais partilhados pelas unidades orgânicas ..................................................................... 95

2. Análise dos resultados operacionais por unidade orgânica................................................................................... 97 2.1. Actividades operacionais ............................................................................................................................. 97

2.1.1. Área operacional ................................................................................................................................ 100 2.1.1.1. Programas gerais de prevenção e policiamento ........................................................................... 107

2.1.1.1.1. Modelo integrado de policiamento de proximidade ............................................................. 107 2.1.1.1.2. Escola Segura ...................................................................................................................... 109 2.1.1.1.3. Apoio 65 - Idosos em Segurança .......................................................................................... 113 2.1.1.1.4. Apoio às vítimas de crime – Violência Doméstica ................................................................. 114 2.1.1.1.5. Comércio Seguro ................................................................................................................. 115 2.1.1.1.6. Táxi seguro .......................................................................................................................... 116 2.1.1.1.7. Abastecimento Seguro ........................................................................................................ 118 2.1.1.1.8. Farmácia Segura .................................................................................................................. 120 2.1.1.1.9. Sistema de perdidos e achados ............................................................................................ 120

2.1.1.2. Acções específicas de prevenção e policiamento ......................................................................... 121 2.1.1.2.1. Operação “Polícia sempre presente - Carnaval em Segurança 2010” .................................... 122 2.1.1.2.2. Operação “Polícia sempre presente - Páscoa em Segurança 2010” ....................................... 125 2.1.1.2.3. Operação “Polícia sempre presente - Verão Seguro 2010” ................................................... 128 2.1.1.2.4. Operação “Polícia sempre presente - Festas Seguras 2010” ................................................. 130 2.1.1.2.5. Operação “Escola Segura II” - Início do ano escolar 2010/2011 ............................................ 132 2.1.1.2.6. Operação “Recreio Seguro II - A violência não entra na escola” ............................................ 133 2.1.1.2.7. Operação “Pela vida, Trave” ................................................................................................ 134

2.1.1.3. Outras acções relevantes de policiamento .................................................................................. 135 2.1.1.3.1. Operações de tipo “Rusga” .................................................................................................. 136 2.1.1.3.2. Operações “Stop” ................................................................................................................ 136 2.1.1.3.3. Operações de fiscalização .................................................................................................... 137 2.1.1.3.4. Operações especiais de prevenção criminal ......................................................................... 138 2.1.1.3.5. Operações na área do ambiente .......................................................................................... 139

2.1.1.4. Manutenção e reposição da ordem pública ................................................................................. 141 2.1.1.4.1. Acções desenvolvidas no âmbito da segurança de altas entidades ....................................... 141 2.1.1.4.2. Acções desenvolvidas no âmbito da realização de eventos desportivos ................................ 142 2.1.1.4.3. Acções no âmbito do exercício do direito de reunião e manifestação ................................... 143 2.1.1.4.4. Acções de reposição da ordem em zonas urbanas sensíveis ................................................. 143 2.1.1.4.5. Incidentes táctico-policiais ................................................................................................... 143

2.1.1.5. Grandes eventos ......................................................................................................................... 144 2.1.1.5.1. Visita de Sua Santidade o Papa Bento XVI ............................................................................ 144 2.1.1.5.2. Cimeira NATO ...................................................................................................................... 145

2.1.1.6. Exercícios e Simulacros ............................................................................................................... 146 2.1.1.6.1. Cimeira NATO 2010 – Exercício NATEX 2010 ........................................................................ 147 2.1.1.6.2. Exercício MUSAREX 2010 - Lisboa ........................................................................................ 148 2.1.1.6.3. Exercício CPX – Plano especial de emergência de protecção civil para risco sísmico e tsunamis do Algarve .......................................................................................................................................... 148 2.1.1.6.4. EUPFT - Treino de Forças de Polícia da União Europeia ........................................................ 149

2.1.1.7. Acções no âmbito da Segurança Rodoviária................................................................................. 149 2.1.1.7.1. Fiscalização ......................................................................................................................... 150 2.1.1.7.2. Sinistralidade rodoviária ...................................................................................................... 152

2.1.1.8. Cooperação policial..................................................................................................................... 153 2.1.2. Informações policiais .......................................................................................................................... 156 2.1.3. Investigação criminal .......................................................................................................................... 157 2.1.4. Armas e explosivos ............................................................................................................................. 159 2.1.5. Segurança privada .............................................................................................................................. 161 2.1.6. Sistemas de informação e comunicações ............................................................................................ 163

2.2. Actividades de apoio operacional ............................................................................................................... 166 2.2.1. Recursos humanos ............................................................................................................................. 166

2.2.1.1. Gestão de recursos humanos – perspectiva operacional .............................................................. 168 2.2.1.2. Potencial humano – acção formativa e psicológica ...................................................................... 171



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2.2.1.2.1. Actividades formativas ........................................................................................................ 173 2.2.1.2.2. Vertente de psicologia ......................................................................................................... 174 2.2.1.2.2.1. Psicologia de selecção ...................................................................................................... 174 2.2.1.2.2.2. Psicologia clínica ............................................................................................................... 176 2.2.1.2.2.3. Psicologia criminal ............................................................................................................ 178

2.2.1.3. Saúde e assistência na doença .................................................................................................... 178 2.2.1.3.1. Beneficiários........................................................................................................................ 181

2.2.2. Logística e finanças............................................................................................................................. 181 2.2.2.1. Logística ..................................................................................................................................... 182 2.2.2.2. Gestão financeira ........................................................................................................................ 185

2.2.2.2.1. Gestão orçamental .............................................................................................................. 186 2.2.2.2.2. Execução financeira e orçamental........................................................................................ 187 2.2.2.2.3. Actividades no âmbito das novas competências ................................................................... 188 2.2.2.2.4. Actividades prioritárias planeadas e executadas .................................................................. 189

3. Serviços de controlo interno.............................................................................................................................. 191 3.1. Inspecção .................................................................................................................................................. 191 3.2. Deontologia e disciplina ............................................................................................................................. 196

4. Apoio à direcção ............................................................................................................................................... 197 4.1. Assuntos Jurídicos...................................................................................................................................... 197 4.2. Estudos e planeamento ............................................................................................................................. 199 4.3. Informática ................................................................................................................................................ 202 4.4. Relações públicas....................................................................................................................................... 204

4.4.1. Actividades da banda de música ......................................................................................................... 206 4.4.2. Efemérides da PSP .............................................................................................................................. 206

4.5. Apoio geral ................................................................................................................................................ 208 4.6. Assistência religiosa ................................................................................................................................... 209

5. Ensino policial ................................................................................................................................................... 210 5.1. Formação superior - ISCPSI ........................................................................................................................ 210 5.2. Formação inicial técnica - EPP .................................................................................................................... 212

6. Análise dos recursos previstos e utilizados......................................................................................................... 214 6.1. Recursos humanos afectos às actividades .................................................................................................. 214

6.1.1. Distintivos do pessoal com funções policiais ....................................................................................... 214 6.1.2. Mapas de recursos humanos .............................................................................................................. 215

6.2. Recursos materiais..................................................................................................................................... 221 6.2.1. Quadro específico de material técnico-policial .................................................................................... 221 6.2.2. Quadro global de meios-auto ............................................................................................................. 221

6.3. Recursos financeiros .................................................................................................................................. 223 6.3.1. Execução e controlo financeiro ........................................................................................................... 223

6.3.1.1. Despesa ...................................................................................................................................... 223 6.3.1.2. Receita ....................................................................................................................................... 225

7. Formação profissional ....................................................................................................................................... 226 7.1. Plano de formação da PSP para 2010 ......................................................................................................... 226

7.1.1. Plano de formação de tiro - Análise ao 1.º ano do ciclo bienal ............................................................. 229 7.2. Formação co-financiada ............................................................................................................................. 231

7.2.1. Plano de Formação co-financiado pelo POPH ...................................................................................... 231 7.2.2. Plano de Formação co-financiado pelo Programa RUMOS................................................................... 232 7.2.3. Projecto co-financiado Centro Novas Oportunidades .......................................................................... 233

7.3. Projecto de Cooperação com os PALOP ...................................................................................................... 234 7.4. Projecto E-learning .................................................................................................................................... 234 7.5. Reestruturação dos procedimentos de gestão da formação ....................................................................... 235 7.6. Colaboração com entidades externas ......................................................................................................... 237 7.7. Actividade desportiva ................................................................................................................................ 238 7.8. Outros projectos ........................................................................................................................................ 240

8. Apreciação dos serviços prestados .................................................................................................................... 240 8.1. Inquérito de satisfação aos parceiros institucionais .................................................................................... 241

8.1.1. Metodologia ...................................................................................................................................... 241 8.1.2. Resultados ......................................................................................................................................... 242



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8.1.3. Síntese conclusiva dos resultados dos inquéritos de satisfação ........................................................... 251 9. Avaliação do sistema do controlo interno .......................................................................................................... 253 10. Causas de incumprimento de actividades ou projectos .................................................................................... 254 III. Balanço Social - Breve caracterização dos recursos humanos ............................................................................ 256 1. Caracterização dos recursos humanos ............................................................................................................... 257

1.1. Trabalhadores segundo a modalidade de vinculação e género ............................................................... 257 1.2. Trabalhadores segundo o escalão etário e género ................................................................................. 260 1.3. Trabalhadores segundo o nível de antiguidade e género ........................................................................ 262 1.4. Trabalhadores segundo o nível de escolaridade e género ...................................................................... 264 1.5. Trabalhadores portadores de deficiência segundo o escalão etário e género ......................................... 267 1.6. Trabalhadores admitidos e regressados em 2010 segundo o modo de ocupação do posto de trabalho ou modalidade de vinculação............................................................................................................................ 268 1.7. Saída de trabalhadores nomeados ou em comissão de serviço segundo o motivo de saída e género ...... 268 2. Postos de trabalho previstos e não ocupados segundo a dificuldade de recrutamento .............................. 269

3. Relações profissionais e disciplina ..................................................................................................................... 271 3.1. Relações profissionais .................................................................................................................................... 271 3.2. Disciplina ....................................................................................................................................................... 272 IV. Avaliação final.................................................................................................................................................. 273 1. Apreciação qualitativa e quantitativa de resultados ........................................................................................... 273 2. Conclusões prospectivas ................................................................................................................................... 274 3. Menção proposta pelo Director Nacional .......................................................................................................... 274



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Lista de quadros, figuras e gráficos

Quadros

Quadro 1 - Dispositivo territorial da PSP – 2010 37

Quadro 2 - Análise das envolventes internas e externas – PSP 40

Quadro 3 - Orientações estratégicas da política pública de segurança prosseguidas pela PSP em 2010

46

Quadro 4 - Visão, vectores e eixos estratégicos da PSP – 2010 49

Quadro 5 - Objectivos estratégicos da PSP – 2010 50

Quadro 6 - Alinhamento dos objectivos operacionais prioritários com os objectivos estratégicos institucionais – 2010

51

Quadro 7 - Outros objectivos/orientações operacionais 2010 53

Quadro 8 - Correlação entre objectivos estratégicos e operacionais e as perspectivas 54

Quadro 9 - Objectivo operacional n.º 01 – QUAR 2010 58








Quadro 17 - Recursos Humanos – evolução dos pontos planeados e executados 68

Quadro 18 - Execução financeira anual – 2010 70

Quadro 19 - Resultados agregados – QUAR 2010 72

Quadro 20 - Outros objectivos operacionais prioritários 2010 74

Quadro 21 - Actividades programadas e associadas aos outros objectivos/orientações operacionais traçados para 2010

78

Quadro 22 - Objectivos partilhados pelas diversas unidades orgânicas da PSP - 2010 97

Quadro 23 - Actividades operacionais planeadas e resultados qualitativos alcançados - 2010 102

Quadro 24 - Estabelecimentos de ensino e alunos abrangidos pelo programa escola segura (ano lectivo 2009/2010)

112

Quadro 25 - Evolução e distribuição dos alarmes registados pelo STS – 2007/2010 119

Quadro 26 - Evolução e distribuição do número de alarmes registados pelo Sistema de abastecimento Seguro – 2007/2010

121

Quadro 27 - Evolução dos registos na plataforma de perdidos e achados da PSP – 2009/2010

122

Quadro 28 - Sinistralidade rodoviária registada pela PSP – 2009/2010 154

Quadro 29 - Participação em missões internacionais de paz e segurança 155

Quadro 30 - Actividades inerentes à investigação criminal e resultados qualitativos – 2010 158

Quadro 31 - Diligências de investigação criminal efectuadas e resultados alcançados - 2010 160



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Quadro 32 .- Actividades planeadas e resultados qualitativos – armas e explosivos 2010 161

Quadro 33 - Actividades de gestão de Recursos Humanos planeadas e resultados alcançados

170

Quadro 34 - Actividades planeadas e resultados qualitativos - formação 2010 173

Quadro 35 - Selecção e reavaliação 2010 176

Quadro 36 - Acções de formação em contexto de selecção – 2010 177

Quadro 37 - Acções e cursos ministrados no domínio da psicologia clínica – 2010 178

Quadro 38 - Outras actividades desenvolvidas no âmbito da psicologia clínica 178

Quadro 39 - Actividades programadas e associadas a outros objectivos /orientações operacionais traçados para 2010 e não monitorizados

180

Quadro 40 - Beneficiários do Subsistema de Saúde da PSP – 31 de Dezembro de 2010 182

Quadro 41 - Actividades logísticas planeadas e resultados qualitativos alcançados 183

Quadro 42 - Projectos inscritos em PIDAC – 2010 186

Quadro 43 - Actividades de gestão financeiras Beneficiários do Subsistema de Saúde da PSP - 30 de Junho de 2009

191

Quadro 44 - Acções inspectivas planeadas e realizadas - 2010 193

Quadro 45 - Evolução das reclamações apresentadas – 2007/2010 194

Quadro 46 - Evolução do recurso a armas de fogo por elementos policiais – 2007/2010 195

Quadro 47 - Actividades de âmbito deontológico planeadas e resultados qualitativos – 2010 198

Quadro 48 - Actividades de âmbito Jurídico planeadas e resultados qualitativos – 2010 198

Quadro 49 - Actividades de estudo e planeamento planeadas e resultados qualitativos 200

Quadro 50 - Actividade de funcionalidade informática e resultados qualitativos alcançados 203

Quadro 51 - Actividades de formação policial superior e resultados qualitativos - 2010 211

Quadro 52 - Actividades de formação policial técnica e resultados qualitativos alcançados 213

Quadro 53 - Outras actividades formativas desenvolvidas em 2010 214

Quadro 54 - Acções de formação que decorreram na EPP – 2010 214

Quadro 55 - Evolução do mapa de pessoal com funções policiais da PSP – 2001/2010 216

Quadro 56 - Distribuição do pessoal com funções policiais da PSP, pelo dispositivo territorial 218

Quadro 57 - Mapa de pessoal com funções não policiais da PSP – 2001/2010 219

Quadro 58 - Distribuição do pessoal com funções não policiais da PSP, pelo dispositivo territorial – 2010

220

Quadro 59 - Distribuição do pessoal com funções policiais e não policiais da PSP, pelo dispositivo territorial – 2010

221

Quadro 60 - Quadro específico de material técnico – 2010 222

Quadro 61 - Quadro global de meios auto da PSP – 2010 223

Quadro 62 - Execução financeira anual – 2010 225

Quadro 63 - Execução da receita – 2010 226

Quadro 64 - Formação técnico-policial – acções previstas e realizadas - 2010 228

Quadro 65 - Formação desenvolvida pela Direcção Nacional e unidades de polícia - 2010 229

Quadro 66 - Formação em tiro policial, por unidade - 2010 231

Quadro 67 - Formação ministrada no âmbito do POPH - 2010 232



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Quadro 68 - Formação ministrada nos comandos no âmbito do POPH – 2010 233

Quadro 69 - Formação ministrada no âmbito do RUMOS - 2010 234

Quadro 70 - Elementos inscritos no CNO - 2010 235

Quadro 71 - Cooperação com os PALOP - 2010 235

Quadro 72 - Acções de formação no formato e-learning - 2010 236

Quadro 73 - Pedidos de averbamento de acções formativas - 2010 238

Quadro 74 - Formação ministrada às Polícias Municipais – 2010 238

Quadro 75 - Formação externa ministrada a elementos da PSP - 2010 239

Quadro 76 - Actividade desportiva associada à actividade policial 240

Quadro 77 - Inquérito de satisfação - Resultados agregados do 1º bloco de questões 246



Quadro 80 - Resultados de satisfação directa com os serviços prestados 251

Quadro 81 - Satisfação com informação disponibilizada e tempo de resposta às solicitações 252

Quadro 82 - Trabalhadores segundo a modalidade de vinculação 259

Quadro 83 - Grupo/cargo/carreira distribuído por género 260

Quadro 84 - Trabalhadores segundo o escalão etário 262

Quadro 85 - Trabalhadores segundo o nível de antiguidade e o género 264

Quadro 86 - Nível de antiguidade distribuído por género 265

Quadro 87 - Nível de escolaridade distribuído por género 266

Quadro 88 - Trabalhadores segundo a escolaridade 266

Quadro 89 - Trabalhadores portadores de deficiência por intervalos de idade 268

Quadro 90 - Trabalhadores portadores de deficiência por género 268

Quadro 91 - Trabalhadores admitidos e regressados 269

Quadro 92 - Saídas de trabalhadores nomeados ou em comissão de serviço 270

Quadro 93 - Postos de trabalho previstos e não ocupados 271

Quadro 94 – Relações profissionais 273

Quadro 95 - Vertente disciplinar 273

Figuras

Figura 1 - Compromisso de honra 22

Figura 2 - Missão da PSP 23

Figura 3 - Limite de intervenção policial 25

Figura 4 - Valores institucionais 27

Figura 5 - Estrutura geral da PSP 33

Figura 6 - Estrutura orgânica da Direcção Nacional 34

Figura 7 - Comandos Territoriais de Polícia 35

Figura 8 - Estrutura dos comandos territoriais de polícia 36

Figura 9 - Clientes da PSP 43



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Figura 10 - Modelo de actuação policial 99

Figura 11 - Estruturas de apoio às vítimas de crime - 2010 116

Figura 12 - Efemérides da PSP 208

Figura 13 - Distintivos do pessoal com funções policiais da PSP 215

Gráficos

Gráfico 1 - Objectivos operacionais ns.º 1, 2 e 3 (Eficácia - QUAR 2010) - Resultados face às metas

62

Gráfico 2 - Objectivos operacionais ns.º 4, 5 e 6 (Eficiência - QUAR 2010) - Resultados face às metas

64

Gráfico 3 - Objectivos operacionais ns.º 7 e 8 (Qualidade - QUAR 2010) - Resultados face às metas

67

Gráfico 4 - Taxa de realização de objectivos operacionais prioritários previstos na Directiva Operacional n.º 1/2010

76

Gráfico 5 - Acções de sensibilização e formação desenvolvida em 2010 110

Gráfico 6 - Acções de sensibilização, formação e demonstração por áreas -2010 113

Gráfico 7 - Distribuição dos alarmes registados pelo sistema táxi seguro - 2010 119

Gráfico 8 - Distribuição dos alarmes registados pelo Sistema Abastecimento Seguro 2010 120

Gráfico 9 - Volume dos registos na plataforma de perdidos e achados na PSP 122

Gráfico 10 - Resultados das operações de fiscalização – Carnaval em segurança 2010 125

Gráfico 11 - Tipo de infracções detectadas – carnaval em segurança 2010 125

Gráfico 12 - Índices de sinistralidade rodoviária registada – carnaval em segurada 2010 126

Gráfico 13- - Resultados das operações de fiscalização – Páscoa em segurança 2010 128

Gráfico 14 - Tipo de infracções rodoviárias detectadas - Páscoa em segurança 2010 128

Gráfico 15 - Índices de sinistralidade rodoviária registada - Páscoa em segurança 2010 129

Gráfico 16 - Resultados das operações de fiscalização - Verão Seguro 2010 130

Gráfico 17 - Tipo de Infracções detectadas - Verão Seguro 2010 130

Gráfico 18 - Índices de sinistralidade rodoviária registados - - Verão Seguro 2010 131

Gráfico 19 - Resultados das operações de fiscalização – Festas Seguras 2010 132

Gráfico 20 - Tipos de Infracções detectadas - Festas Seguras 2010 133

Gráfico 21 - Índices de sinistralidade rodoviária registada - Festas Seguras 2010 133

Gráfico 22 - Recursos humanos e materiais empenhados – Pela vida, trave 136

Gráfico 23 - Resultados da operação – Pela vida, trave 136

Gráfico 24 - A evolução de acções relevantes de policiamento – 2002/2010 137

Gráfico 25 - Detenções efectuadas no âmbito de operações de tipo “rusga” 137

Gráfico 26 - Tipo de infracções detectadas no âmbito de operações STOP 138

Gráfico 27 - Detenções efectuadas no âmbito de operações STOP 138

Gráfico 28 - Tipo de infracções detectadas no âmbito das fiscalizações realizadas - 2010 139

Gráfico 29 - Resultado das operações especiais de prevenção criminal 139



13 de 275

Gráfico 30 - Resultados das operações realizadas na área do ambiente - 2010 141

Gráfico 31 - Resultados das operações realizadas na defesa da floresta contra incêndios – 2010

142

Gráfico 32 - Acções de segurança pessoal desenvolvidas pela PSP – 2010 143

Gráfico 33 - Acções de policiamento a eventos desportivos – 2009/2010 143

Gráfico 34 - Acções de reposição da ordem em zonas urbanas sensíveis – 2009/2010 144

Gráfico 35 - Acções de fiscalização de trânsito no âmbito da segurança rodoviária – 2009/2010

152

Gráfico 36 - Infracções ao Código da Estrada e legislação complementar registadas – 2009/2010

152

Gráfico 37 Evolução dos números de candidatos seleccionados pelo Gabinete de Psicologia – 2000/2010

176

Gráfico 38 - Evolução de consultas de psicologia clínica - 2001/2010 177

Gráfico 39 - Acções inspectivas planeadas e realizadas - 2010 193

Gráfico 40 - Outras actividades realizadas – Inspecção 2010 194

Gráfico 41 - Tipos de reclamação apresentadas – 2009/2010 195

Gráfico 42 - Resultados da avaliação ao recurso a arma de fogo – 2009/2010 196

Gráfico 43 - Legislação de interesse policial tratada - 2010 202

Gráfico 44 - Peso relativo de cada categoria profissional no universo do pessoal policial 217

Gráfico 45 - Peso relativo de cada rubrica orçamental face à despesa de funcionamento 225

Gráfico 46 - Peso relativo do tipo de receita executada, face ao valor arrecadado – 2010 226

Gráfico 47 - Satisfação com a imagem da PSP 243

Gráfico 48 - Desempenho global da PSP no conjunto dos serviços prestados 244

Gráfico 49 - Cortesia demonstrada pelos profissionais da PSP 244

Gráfico 50 - Capacidade, flexibilidade e autonomia dos profissionais da PSP para resolver situações inopinadas

245

Gráfico 51 - Inquérito de satisfação - Resultados agregados do 2º bloco de questões 246

Gráfico 52 - Inquérito de satisfação - Resultados agregados do 3º bloco de questões 248

Gráfico 53 - Resultados de satisfação directa com os serviços prestados 250

Gráfico 54 - Satisfação com informação disponibilizada e tempo de resposta às solicitações 251

Gráfico 55 - Resultados globais dos inquéritos de satisfação 253

Gráfico 56 - Grupo/cargo/carreira distribuído por género 261

Gráfico 57 - Trabalhadores segundo o escalão etário 262

Gráfico 58 - Pirâmide etária da PSP 263

Gráfico 59 - Distribuição dos elementos por antiguidade 264

Gráfico 60 - Grupos de trabalhadores segundo a escolaridade 267

Gráfico 61 - Diferença entre o mapa de pessoal e existências de pessoal não policial 271

Gráfico 62 - Diferença entre o mapa de pessoal e existências de pessoal policial 272



14 de 275

Lista de siglas e abreviaturas

AECP Associação Europeia dos Colégios de Polícia

AFIS Automated Fingerprint Identification System

AMA Agência de Modernização Administrativa

ANF Associação Nacional de Farmácias

ANPC Autoridade Nacional de Protecção Civil

ANSR Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária

APAV Associação Portuguesa de Apoio à Vítima

ASAE Autoridade de Segurança Alimentar e Económica

BriPA Brigadas de Protecção Ambiental

CCA Conselho de Coordenação da Avaliação

CCPA Centros de Cooperação Policial e Aduaneira

CD Comando Distrital de Polícia

CEGER Centro de Gestão da Rede Informática do Governo

CEPOL Colégio Europeu de Polícia

CFA Curso de Formação de Agentes

CFCMI Curso de Formação Comum para Missões Internacionais

CFMI Centro de Formação para Missões Internacionais

CFS Curso de Formação de Subchefes

CI Corpo de Intervenção

CIEXSS Centro de Inactivação de Explosivos e Segurança em Subsolo

CISM Conseil International du Sport Militaire

CMP Comando Metropolitano de Polícia

CNO Centro Novas Oportunidades

COD Contra Ordenações Directas

COI Contra Ordenações Indirectas

CPLP Comunidade dos Países de Língua Portuguesa

CRP Comando Regional de Polícia

CSP Corpo de Segurança Pessoal

CT Carreira de Tiro

CTP Comando Territorial de Polícia

DECIF Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Florestais

DF Departamento de Formação

DGAIEC Direcção Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo

DGCI Direcção Geral de Contribuições e Impostos

DIC Departamento de Investigação Criminal

DIP Departamento de Informações Policiais

DO Departamento de Operações

DSAD Departamento de Saúde e Assistência na Doença



15 de 275

DSIC Departamento de Sistemas de Informação e Comunicações

DSP Departamento de Segurança Privada

EIC Esquadra de Investigação Criminal

EPAV Equipas de Proximidade e Apoio à Vítima

EPES Equipas do Programa Escola Segura

EPP Escola Prática de Polícia

FEDER Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional

FSS Forças e Serviços de Segurança

GAJ Gabinete de Assuntos Jurídicos

GCS Gabinete Coordenador de Segurança

GEP Gabinete de Estudos e Planeamento

GESDD Gestão de Deontologia e Disciplina

GESDOC Gestão Documental;

GIVeRH Gestão Integrada de Vencimentos e Recursos Humanos

GNR Guarda Nacional Republicana

GOC Grupo Operacional Cinotécnico

GOE Grupo de Operações Especiais

IGAC Inspecção-Geral das Actividades Culturais

IGAI Inspecção-Geral da Administração Interna

IGJ Inspecção Geral de Jogos

INPI Instituto de Propriedade Industrial

ISCPSI Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna

MAI Ministério da Administração Interna

NEP Normas de Execução Permanente

OEI Objectivos Estratégicos Institucionais

ONU Organização das Nações Unidas

OPC Órgão de Polícia Criminal

OSCE Organização para a Segurança e Cooperação na Europa

PALOP Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa

PFT Plano de Formação de Tiro

PIDDAC Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central

PIPP Plano Integrado de Policiamento de Proximidade

PJ Polícia Judiciária

POAP Programa Operacional da Administração Pública

POPH Programa Operacional do Potencial Humano

PRACE Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado

PSAP Public Safety Answering Points

PSP Polícia de Segurança Pública

QREN Quadro de Referência Estratégico Nacional

QUAR Quadro de Avaliação e Responsabilização



16 de 275

RASI Relatório Anual de Segurança Interna

RCC Rede Comum de Conhecimento

RIGORE Rede Integrada de Gestão Orçamental dos Recursos do Estado

RNPSP Rede Nacional da Polícia de Segurança Pública

RNSI Rede Nacional de Segurança Interna

SAD Saúde e Assistência na Doença

SAS Sistema Abastecimento Seguro

SCOT Sistema de Contra-Ordenações de Trânsito

SEF Serviço de Estrangeiros e Fronteiras

SEI Sistema Estratégico de Informação, Gestão e Controlo Operacional

SIADAP Sistema Integrado de Gestão e Avaliação do Desempenho na Administração Pública

SIADAP 1 Subsistema de Avaliação de Desempenho dos Serviços da Administração Pública

SIGAE Sistema Integrado de Gestão de Armas e Explosivos

SIGESTE Sistema de Gestão do Transporte de Explosivos

SIISPA Sistema Integrado de Informação Sobre Perdidos e Achados

SIRESP Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal

SNS Serviço Nacional de Saúde

SQE Sistema de Queixa Electrónica

SSI Sistema de Segurança Interna

STS Sistema Táxi Seguro

SWOT Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threats

TIP Técnicas de Intervenção Policial

UCAT Unidade de Coordenação Anti-Terrorismo

UE União Europeia

UEP Unidade Especial de Polícia

UPT Unidades de Polícia Técnica



17 de 275

Prefácio

No âmbito do ciclo anual de gestão dos serviços da Administração Pública, de acordo

com o previsto no art.º 1º, n.º 1, do Decreto-Lei n.º 183/96, de 27 de Setembro, e na Lei

n.º 66-B/2007, de 28 de Dezembro, a Polícia de Segurança Pública (PSP) elaborou o

presente Relatório de Actividades, referente ao ano civil transacto, o qual contém, de

modo sucinto, a globalidade das actividades relevantes realizadas em 2010, reportando

também os resultados atingidos, face ao proposto no respectivo Plano de Actividades.

A componente operacional - decorrente dos objectivos delineados para 2010 - merece

especial destaque, fruto da natureza primordial do serviço prestado pela PSP, mas o

presente Relatório inclui outras componentes relevantes, como a execução financeira e

orçamental e uma breve súmula do Balanço Social, constituindo um importante

instrumento de análise e avaliação da execução global do Plano de Actividades, na

medida em que dá conta do nível de execução e do grau de cumprimento dos objectivos

previamente traçados. A título inovador, apresenta-se ainda o primeiro inquérito de

satisfação realizado para avaliar a qualidade dos serviços prestados, nos termos do art.º

15º, n.º 2, al. a), da Lei n.º 66-B/2007, de 28 de Dezembro, acção que reflecte o

compromisso da PSP com uma filosofia de demanda permanente pela qualidade dos

serviços.

O ano de 2010, à semelhança dos anteriores, caracterizou-se pelo intenso

empenhamento da Instituição em proporcionar ao público um ambiente de tranquilidade,

a par da segurança de eventos de maior ou menor dimensão, que se realizaram de

forma regular por todo o país e exigiram um planeamento objectivo e uma execução

proficiente. O sucesso alcançado exigiu a adequada definição das prioridades de

actuação policial e a optimização dos recursos disponíveis, beneficiando também da

excelência da acção formativa desenvolvida ao longo de 2010, a qual, elevando o

potencial humano, permitiu, mesmo num ambiente de contenção orçamental, a

prestação ao cidadão de serviços cada vez mais qualificados.

O ano de 2010 confirmou a manutenção de elevados níveis de desempenho, a par da

inovação no processo produtivo interno, tendo como objectivo manter Portugal um país

seguro em liberdade, indo ao encontro dos desígnios nacionais: Melhor Segurança

Interna e Mais Segurança Rodoviária.



18 de 275

O presente Relatório demonstra o sucesso da estratégia e dos objectivos definidos no

Plano de Actividades da PSP para o ciclo de gestão de 2010, procedendo, pela primeira

vez, ao alinhamento dos objectivos estratégicos e operacionais a partilhar pelas diversas

unidades orgânicas da PSP.

Os resultados apresentados neste Relatório evidenciam a PSP, como uma polícia

moderna e integral, de elevado grau de eficácia e fortemente pró-activa, merecedora da

confiança e credibilidade dos cidadãos e das instituições, buscando sempre a excelência

dos seus serviços e a proximidade aos cidadãos.

Os dados sobre (i) os índices de criminalidade registados pela PSP e (ii) os resultados

operacionais alcançados em 2010, foram alvo de análise mais aprofundada no Relatório

Anual de Segurança Interna (RASI) da PSP.

Assinala-se, ainda, a vontade de prosseguir o processo de modernização em curso,

continuando a apostar nas novas tecnologias e no desenvolvimento de novos projectos

e metodologias, tendo em vista dotar a PSP de mecanismos e instrumentos de gestão

que lhe permitam prestar um serviço policial cada vez mais marcado pela qualidade,

eficiência e eficácia, indo ao encontro das legítimas expectativas do cidadão e das

instituições.

Lisboa, Direcção Nacional da Polícia de Segurança Pública, 2011

O Director Nacional

Guilherme José Costa Guedes da Silva

Superintendente-Chefe



19 de 275

I. Introdução

A PSP é um serviço público distinto, decorrente da sua missão variada e da dimensão e

especificidade da sua estrutura orgânica, bem como do universo do seu potencial

humano, cuja prossecução das atribuições legais leva a interagir com uma panóplia

diversificada de clientes externos e a inserir-se em vários sistemas transaccionais de

produção, quão operador judiciário e agente de protecção civil, entre outros, e a integrar

parceiros que envolvem diferentes tipos de comunidades, como a escolar, e instituições,

como as Autarquias Locais, no tecido urbano português.

De seguida, passa-se a descrever a PSP, assinalando a missão e as atribuições legais

prosseguidas, os principiais serviços prestados ao cidadão e ao país, a envolvente

externa e interna, as linhas de acção estratégica e operacional apontadas para a

exequibilidade em 2010, de forma a criar sempre um valor público acrescentado de

segurança em Portugal.

1. Nota inicial

No âmbito do ciclo anual de gestão da PSP, o n.º 1 do art.º 1.º do Decreto-Lei n.º

183/96, de 27 de Setembro, estabelece a obrigatoriedade de se proceder à elaboração

do Relatório de Actividades, referente ao ano pretérito.

No cumprimento do citado imperativo legal, e considerando a faculdade prevista no n.º 2

do art.º 2.º do referido diploma, a estrutura do presente Relatório plasma-se nas

seguintes partes:

Parte I – Introdução;

Parte II – Auto-Avaliação do serviço;

Parte III – Balanço Social - Breve caracterização dos recursos humanos;

Parte IV – Avaliação final.

A estruturação do Relatório de Actividades decorre das normas previstas na legislação

em vigor aplicável.

Decreto-Lei n.º 183/96, de 27 de Setembro, sobre o Plano e Relatório de Actividades;



20 de 275

Lei n.º 66-B/2007, 28 de Dezembro, relativa ao Sistema Integrado de Gestão e

Avaliação do Desempenho na Administração Pública;

Decreto-Lei n.º 190/96, de 09 de Outubro, sobre o Balanço Social.

O Relatório de Actividades incorpora o Balanço Social, além da auto-avaliação do

serviço, sendo que, no âmbito do Quadro de Avaliação e Responsabilização (QUAR), se

evidenciam os resultados alcançados e os desvios verificados.

Assim, a estrutura do presente Relatório tem em linha de conta a integração neste do

Balanço Social, ainda que em formato condensado, e do Relatório de Auto-Avaliação do

Desempenho desta Polícia (e decorrente da exequibilidade do QUAR), por força do

disposto nos art.os 8.º, n.º 1, alínea e), e 15.º, n.º 2, da Lei n.º 66-B/2007, de 28 de

Dezembro.

O presente Relatório de Actividades, uma vez aprovado pela tutela, irá ser divulgado às

unidades orgânicas e disponibilizado, para consulta, a todos os interessados, no Portal

Interno da PSP e no Portal Externo ([email protected]), nos termos do n.º 1, art.º 4.º, do

Decreto-Lei n.º 183/96, de 27 de Setembro.

Cada parte agrega vários capítulos, aonde se descreve matéria específica, como os

programas especiais de prevenção e policiamento.

2. Caracterização institucional

A PSP é um serviço público policial, com atribuições específicas, orgânica própria e

quadro privativo de pessoal, prosseguindo a sua missão em meio urbano e em

proximidade ao cidadão.

O ambiente interno da PSP é moldado pela realidade de ser um corpo policial, regido

por normativo próprio, incluindo o disciplinar, constituído por um universo de 22.277

funcionários policiais, além de 717 funcionários com funções não policiais, reportado a

31 de Dezembro de 2010, com carreiras específicas e inseridas num dispositivo

orgânico disperso pelo país, executando uma pluralidade de actividades.

mailto:[email protected]



21 de 275

2.1. Compromisso de honra

Figura n.º 1

Compromisso de Honra

JURO

- Com orgulho e fé nos seus destinos, amar a Pátria como

primeira das virtudes;

- Como expressão da vontade do povo, amar a Lei e a minha

profissão;

- Como atributo imprescindível da autoridade, amar a verdade;

- Como base da Ordem Social, amar a Justiça;

- Ao Serviço da Ordem, ser prudente sem fraqueza, firme sem

violência, sereno e valoroso no perigo;

- Respeitar os direitos e garantias individuais e zelar pelas

liberdades democráticas;

- Assumir, nobre e lealmente, as minhas responsabilidades;



22 de 275

Figura n.º 2 Missão da PSP

ASSEGURAR A LEGALIDADE

DEMOCRÁTICA

GARANTIR OS DIREITOS DO

CIDADÃO

AFIRMAR A SEGURANÇA

INTERNA

MMIISSSSÃÃOO DDAA PPSSPP

PROMOVER

A

SEGURANÇA

EM

LIBERDADE

2.2. Missão

A PSP é uma força de segurança, uniformizada e armada, com natureza de serviço

público e dotada de autonomia administrativa, que tem por missão assegurar a

legalidade democrática, garantir

a segurança interna e o livre

exercício dos direitos

fundamentais dos cidadãos,

bem como o normal

funcionamento das instituições

democráticas, no quadro da

lei.

As suas atribuições resultam

especialmente, da Lei n.º

53/2007, de 31 de Agosto,

bem como da legislação sobre

a segurança interna, o estado de

sítio e de emergência, a investigação criminal e a protecção civil.

Por certo, a missão da PSP visa a promoção da segurança em liberdade.

2.3. Atribuições

No âmbito da promoção da cidadania e da segurança, à PSP compete, essencialmente,

garantir a segurança interna e assegurar o normal funcionamento das instituições

democráticas e o pleno exercício de direitos, liberdades e garantias dos cidadãos.

As atribuições genéricas da PSP, previstas na lei, são as seguintes:

Garantir as condições de segurança que permitam o exercício dos direitos e

liberdades e o respeito pelas garantias dos cidadãos, bem como o pleno

funcionamento das instituições democráticas, no respeito pela legalidade e pelos

princípios do Estado de Direito;

Garantir a ordem e a tranquilidade públicas e a segurança e a protecção das

pessoas e dos bens;

Prevenir a criminalidade em geral, em coordenação com os demais forças e serviços

de segurança;

Fonte: Gabinete de Estudos e Planeamento – DN/PSP.



23 de 275

Prevenir a prática dos demais actos contrários à lei e aos regulamentos;

Desenvolver as acções de investigação criminal e contra-ordenacional que lhe sejam

atribuídas por lei, delegadas pelas autoridades judiciárias ou solicitadas pelas

autoridades administrativas;

Velar pelo cumprimento das leis e regulamentos relativos à viação terrestre e aos

transportes rodoviários e promover e garantir a segurança rodoviária,

designadamente através da fiscalização, do ordenamento e da disciplina do trânsito;

Garantir a execução de actos administrativos emanados da autoridade competente

que visem impedir o incumprimento da lei ou a sua violação continuada;

Participar no controlo da entrada e saída de pessoas e bens no território nacional;

Proteger, socorrer e auxiliar os cidadãos e defender e preservar os bens que se

encontrem em situações de perigo, por causas provenientes da acção humana ou

da natureza;

Manter a vigilância e a protecção de pontos sensíveis, nomeadamente infra-

estruturas rodoviárias, ferroviárias, aeroportuárias e portuárias, edifícios públicos e

outras instalações críticas;

Garantir a segurança nos espectáculos, incluindo os desportivos, e noutras

actividades de recreação e lazer;

Prevenir e detectar situações de tráfico e consumo de estupefacientes ou outras

substâncias proibidas, através da vigilância e do patrulhamento das zonas

referenciadas como locais de tráfico ou consumo;

Assegurar o cumprimento das disposições legais e regulamentares referentes à

protecção do ambiente, bem como prevenir e investigar os respectivos ilícitos;

Participar, nos termos da lei e dos compromissos decorrentes de acordos, tratados e

convenções internacionais, na execução da política externa, designadamente em

operações internacionais de gestão civil de crises, de paz, e humanitárias, no âmbito

policial, bem como em missões de cooperação policial internacional e no âmbito da

União Europeia (UE) e na representação do País em organismos e instituições

internacionais;

Contribuir para a formação e informação em matéria de segurança dos cidadãos;

Prosseguir as demais atribuições que lhe sejam cometidas por lei.



24 de 275

DIREITOS,

LIBERDADES

E

GARANTIAS

DO CIDADÃO

MEDIDAS LEGAIS

DE

POLÍCIA

REGRAS GERAIS

DA

ACÇÃO POLICIAL

AAAccctttuuuaaaçççãããooo

Figura n.º 3 Limite de intervenção policial

As atribuições específicas são as seguintes:

Licenciar, controlar e fiscalizar o fabrico, armazenamento, comercialização, uso e

transporte de armas, munições e substâncias explosivas e equiparadas que não

pertençam ou se destinem às Forças Armadas e demais Forças e Serviços de

Segurança (FSS), sem prejuízo das competências de fiscalização legalmente

cometidas a outras entidades;

Licenciar, controlar e fiscalizar as actividades de segurança privada e respectiva

formação, em cooperação com as demais FSS e com a Inspecção-Geral da

Administração Interna (IGAI);

Garantir a segurança pessoal dos membros dos órgãos de soberania, de altas

entidades nacionais e estrangeiras e de outros cidadãos, sujeitos a situação de

ameaça relevante;

Assegurar o ponto de contacto permanente para intercâmbio internacional de

informações relativas aos fenómenos de violência associada ao desporto.

2.4. Limite de intervenção

A PSP na sua actuação em 2010 obedeceu às regras reguladoras da actividade de

polícia (figura n.º 3), em especial na prevenção dos crimes, e no respeito pelos direitos,

liberdades e garantias dos cidadãos.

No âmbito das suas

atribuições, a PSP recorre

às medidas de polícia

legalmente previstas,

incluindo as

administrativas, as contra-

ordenacionais e as

processuais penais, não

impondo restrições ou

meios de coerção, além

do estritamente

necessário.

A sua actuação limita-se Fonte: Gabinete de Estudos e Planeamento – DN/PSP.



25 de 275

tão só à manutenção da ordem pública, não dirimindo conflitos de natureza privada entre

as partes litigantes.

2.5. Principais serviços prestados

Em 2010, a PSP desenvolveu um conjunto de acções de policiamento urbano em

diferentes contextos sócio-demográficos e adoptou estratégias sectoriais e medidas de

prevenção criminal concretas, que foram desde os programas de policiamento de

proximidade até ao policiamento direccionado para áreas urbanas mais problemáticas.

Pretendeu-se, desta forma, dar respostas objectivas e consentâneas. Tudo isso se

materializou num variado conjunto de serviços prestados à comunidade,

designadamente:

Patrulhamento (apeado, auto e ciclo) na via pública;

Atendimento específico de turistas nas Esquadras de Turismo;

Fiscalização rodoviária genérica e selectiva;

Manutenção da ordem pública;

Investigação da criminalidade;

Inactivação de engenhos explosivos improvisados;

Licenciamento de uso e porte e detenção de armas e de munições;

Fiscalização do fabrico, armazenamento, comercialização, uso e transporte de

substâncias explosivas e equiparadas;

Licenciamento e fiscalização das actividades de segurança privada;

Segurança pessoal aos membros dos órgãos de soberania e de altas entidades

nacionais ou estrangeiras;

Segurança às instalações diplomáticas estrangeiras em território nacional;

Segurança às infra-estruturas aeroportuárias;

Segurança nos espectáculos desportivos e equiparados;

Segurança em transportes públicos, sobretudo ferroviários e metropolitano;

Participação em Missões de Paz;

Cooperação na área da formação com os Países de Língua Oficial Portuguesa;

Aplicação de programas especiais de policiamento e operações de policiamento

sazonais, mormente:



26 de 275

Figura n.º 4

Valores institucionais

Fonte: Gabinete de Estudos e Planeamento - DN/PSP.

CREDIBILIDADE

ASSERTIVA

RESPONSABILIDADE

ÉTICA

COMPETÊNCIA

TÉCNICA

VVAALLOORREESS

IINNSSTTIITTUUCCIIOONNAAIISS

EESSTTRRUUTTUURRAANNTTEESS

- Turismo Seguro;

- Escola Segura;

- Recreio Seguro;

- Apoio 65 - Idosos em Segurança;

- Apoio às vítimas de crime - Violência Doméstica;

- Comércio Seguro;

- Verão Seguro;

- Natal em Segurança;

- Páscoa em Segurança;

- Carnaval em Segurança;

- Táxi Seguro;

- Abastecimento Seguro;

- Farmácia Segura.

2.6. Valores institucionais

A actuação da PSP rege-se por um trio de valores - responsabilidade ética, credibilidade

assertiva e competência técnica -, os quais são estruturantes do serviço policial (figura

n.º 4), tendo em vista:

1.º O respeito pela dignidade

humana na actuação;

2.º A equidade e diligência

na prestação do serviço;

3.º A assertividade no

atendimento ao público;

4.º A disponibilidade

permanente para o

serviço;

5.º A lealdade e dedicação à

causa pública;

6.º A legalidade e legitimidade na

acção;

7.º A proactividade na detecção e resolução de situações problemáticas;

8.º A proximidade à comunidade local;



27 de 275

9.º A qualidade e eficiência dos actos administrativos praticados;

10.º A adopção de boas práticas.

Ademais, os profissionais policiais da PSP, no exercício das funções que lhes estão

atribuídas, têm de respeitar as regras do Código Deontológico do Serviço Policial,

registado pela Resolução do Conselho do Ministros n.º 37/2002, de 28 de Fevereiro.

Agimos ainda de acordo com um conjunto de valores em que acreditamos, tais como:

Transparência, Humanidade, Lealdade, Responsabilidade, Disciplina, Dedicação,

Honestidade, Justiça, Camaradagem, Isenção, Humildade e Solidariedade.

2.7. Código de ética

A consagração de padrões ético-profissionais de conduta comuns a todos os membros

das forças de segurança é condição indispensável para um exercício credível e eficiente

do serviço policial, enquanto parte integrante do Estado de direito democrático.

Na sua actuação, os membros das forças de segurança devem absoluto respeito pela

Constituição da República Portuguesa, pela Declaração Universal dos Direitos do

Homem, pela Convenção Europeia dos Direitos do Homem, pela legalidade comunitária,

pelas convenções internacionais, pela lei e pelos princípios éticos presentes no Código

Deontológico do Serviço Policial.

O Código Deontológico do Serviço Policial, visa promover a qualidade do serviço policial

e reforçar o prestígio e a dignidade das forças de segurança, bem como contribuir para a

criação das condições objectivas e subjectivas que, no âmbito da acção policial,

garantam o pleno exercício dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos.

A adopção, por parte dos profissionais da PSP, do Código Deontológico do Serviço

Policial, vem ao encontro da Resolução n.º 690, da Assembleia Parlamentar do

Conselho da Europa, de 8 de Maio de 1979, e da Resolução n.º 34/169, da Assembleia

Geral das Nações Unidas, de 17 de Dezembro de 1979, transposta para a legislação

nacional, através da Resolução do Conselho de Ministros n.º 37/2002, de 28 de

Fevereiro.

A deontologia policial deve pautar uma conduta profissional eticamente consonante com

a dignidade das funções de polícia e limitadora da discricionariedade no exercício dos

poderes de autoridade, tendo em vista o respeito pelos direitos, liberdades e garantias

dos cidadãos.



28 de 275

Os profissionais da PSP devem, no exercício das suas funções, adoptar os princípios

presentes no Código Deontológico do Serviço Policial:

Princípios fundamentais;

Respeito pelos direitos fundamentais da pessoa humana;

Respeito pelos direitos fundamentais da pessoa detida;

Isenção e imparcialidade;

Integridade, dignidade e probidade;

Correcção na actuação;

Adequação, necessidade e proporcionalidade do uso da força;

Obediência;

Responsabilidade;

Sigilo;

Cooperação na administração da justiça;

Solidariedade na acção;

Preparação individual.

2.8. Heráldica policial

O uniforme e todos os seus componentes, transmitem uma linguagem interpretada como

um barómetro qualitativo das capacidades funcionais, profissionais e competência dos

elementos policiais, bem como móbil motivacional para o culto de uma procura saudável

e necessária de constantes actualizações de conteúdos, voluntarismo e disponibilidade

para abraçar novas especializações, visto tal culto poder, em abstracto, conduzir a que o

mesmo se distinga positivamente dos seus pares.

Esta distinção, quando consubstanciada num símbolo, transporta-nos para o âmbito da

Emblemática, da Heráldica, dos Brasões e das Insígnias. Sendo esta já uma realidade

na PSP, seja na área dos Brasões de Armas, seja nos distintivos em uso nas

especialidades do Grupo de Operações Especiais (GOE), Corpo de Intervenção (CI),

Centro de Inactivação de Explosivos e Segurança em Subsolo (CIEXSS), Grupo

Operacional Cinotécnico (GOC) e Corpo de Segurança Pessoal (CSP), importa relevar

outras área e actividades.



29 de 275

Para tal, sob proposta do Departamento de Operações (DO) e por despacho de Sua

Excelência o Director Nacional criou-se um Grupo de Trabalho apoiado pelo Gabinete

de Heráldica do Exército, pertencente à Direcção de História e Cultura Militar visando:

Identificar as valências/especialidades existentes na PSP que, em razão da sua

especial relevância sejam merecedoras de atribuição de distintivos, para além dos

já existentes e legalmente aprovados;

Propor os distintivos correspondentes;

Estabelecer as regras de proposta de novos distintivos, sempre que as realidades

se alterem em razão da criação de outras valências/especialidades consideradas

de especial relevância, nomeadamente os critérios de análise e mecanismos de

aprovação.

As actividades do Grupo em causa encontram-se em desenvolvimento.

3. Estrutura organizacional

A PSP é um serviço público com uma estrutura orgânica específica, objecto de

reestruturação entre 2007 e 2009.

3.1. Quadro legal da organização e funcionamento institucional

Além de um vasto rol de leis da República, à PSP aplica-se um conjunto especial de

normativos legais, de onde se destacam:

Regulamento Disciplinar da PSP, aprovado pela Lei n.º 7/90, de 20 de Fevereiro;

Liberdade sindical e negociação colectiva, aprovada pela Lei n.º 14/2002, de 19 de

Fevereiro;

Orgânica da Polícia de Segurança Pública, aprovada pela Lei n.º 53/2007, de 31 de

Agosto;

Lei de organização da investigação criminal, aprovada pela Lei n.º 49/2008, de 27 de

Agosto;

Lei de Segurança Interna, aprovada pela Lei n.º 53/2008, de 29 de Agosto;

Lei de Bases da Protecção Civil, aprovada pela Lei n.º 27/2006, de 03 de Julho;

Sistema Integrado de Operações de Protecção e Socorro, aprovado pelo Decreto-Lei

n.º 134/2006, de 25 de Julho;



30 de 275

Serviços Sociais da PSP, aprovados pelo Decreto-Lei n.º 42 794, de 1959, de 31 de

Dezembro;

Regulamento da Escola Prática de Polícia, aprovado pelo Decreto-Regulamentar n.º

26/2009, de 02 de Outubro;

Estatuto do Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna, aprovado

pelo Decreto-Lei, n.º 275/2009, de 02 de Outubro;

Estatuto do Pessoal Policial da Polícia de Segurança Pública, aprovado pelo

Decreto-Lei n.º 299/2009, de 14 de Outubro;

Orgânica do Ministério da Administração Interna, aprovada pelo Decreto-Lei n.º

203/2006, de 27 de Outubro;

Regulamento do fardamento e os uniformes do pessoal com funções policiais da

PSP, aprovado pela Portaria n.º 634/2010, de 09 de Agosto;

Regulamento de admissão e frequência do Curso de Licenciatura em Ciências

Policiais, aprovado pela Portaria n.º 101/95, de 2 de Fevereiro;

Regulamento do concurso para admissão ao Curso de Formação de Agentes da

PSP, aprovado pela Portaria n.º 122/2000, de 29 de Março;

Estrutura nuclear da Direcção Nacional da PSP e as competências das respectivas

Unidades Orgânicas, aprovadas pela Portaria n.º 383/2008, de 29 de Maio;

Número máximo de unidades orgânicas flexíveis da Direcção Nacional da PSP,

aprovado pela Portaria n.º 416/2008, de 11 de Junho;

Estrutura dos Comandos Territoriais de Polícia e as respectivas Subunidades,

aprovadas pela Portaria n.º 434/2008, de 18 de Junho, alterada pela Portaria n.º

2/2009, de 02 de Janeiro;

A forma de designação e eleição dos membros do Conselho de Deontologia e

Disciplina da PSP e o respectivo regulamento de funcionamento, aprovado pela

Portaria n.º 1284/2008, de 10 de Novembro;

A forma de designação e eleição dos membros do Conselho Superior de Polícia da

PSP e o respectivo regulamento de funcionamento, aprovado pela Portaria n.º

1285/2008, de 10 de Novembro;

Recrutamento para os cargos de comandante e de 2.º comandante das unidades

territoriais da PSP, aprovado pelo Despacho n.º 17 566/2008, de 18 de Junho;



31 de 275

Unidades orgânicas flexíveis da Direcção Nacional da PSP e as correspondentes

atribuições e competências, aprovadas pelo Despacho (extracto) n.º 11 714/2010, de

20 de Julho (republica o Despacho n.º 19 935/2008, de 17 de Julho).

3.2. Matriz orgânica

A estrutura interna da PSP assenta na matriz hierarquizada, contemplada nos

art.os 20.º, n.º 1, alínea a), e 21.º, n.º 1, da Lei n.º 4/2004, de 15 de Janeiro,

articulando-se os serviços da Direcção Nacional em unidades orgânicas nucleares,

departamentalizadas, e em unidades flexíveis, do tipo divisão. A restante estrutura

nuclear possui uma estrutura orgânica bastante específica e diversa do demais aparelho

de Estado, cuja estrutura interna, igualmente hierarquizada, está delineada pela

Lei n.º 53/2007, de 31 de Agosto, que aprovou a nova orgânica da PSP - são as

Unidades de Polícia e os Estabelecimentos de Ensino Policial.

Na sequência do Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado

(PRACE), a estrutura orgânica da PSP foi objecto de profunda racionalização e

optimização, dando origem à actual modulação.

3.3. Estrutura geral

A PSP (figura n.º 5) compreende a Direcção Nacional, as unidades de polícia e os

estabelecimentos de ensino policial.

As unidades de polícia são os comandos territoriais de polícia e a unidade especial de

polícia.

Os estabelecimentos de ensino policial são o Instituto Superior de Ciências Policiais e

Segurança Interna (ISCPSI) e a Escola Prática de Polícia (EPP), com enquadramento

legal próprio, previsto, respectivamente no Decreto-Lei, n.º 275/2009, de 02 de Outubro

e no Decreto-Regulamentar, n.º 26/2009, de 02 de Outubro.

Os Serviços Sociais da PSP são uma pessoa colectiva pública, com estatuto próprio e,

logo, um planeamento autónomo de actividades.



32 de 275

Figura n.º 5 Estrutura Geral da Polícia de Segurança Pública


3.3.1. Direcção nacional

A Direcção Nacional (figura n.º 6) compreende: o director nacional e os directores

nacionais adjuntos; o Conselho Superior de Polícia; o Conselho de Deontologia e

Disciplina; a Junta Superior de Saúde; a Inspecção; as unidades orgânicas: (i) de

operações e segurança, (ii) de recursos humanos e (iii) de logística e finanças.

Na dependência do director nacional funcionam ainda o Departamento de Apoio Geral, o

Gabinete de Assuntos Jurídicos, o Gabinete de Estudos e Planeamento, o Gabinete de

Deontologia e Disciplina, o Gabinete de Imprensa e Relações Públicas, o Gabinete de

Sistemas de Informação e o Centro de Assistência Religiosa.


Direcção Nacional Serviços Sociais

UEPComandos

Distritais (16)

ComandosMetropolitanos

(2)

ComandosRegionais (2)

EE

Açores

Madeira Porto

Lisboa Aveiro

Beja

Braga

(…)

CI

GOC

CIEXSS

GOE

CSP

Unidades de Polícia

ISCPSI

EPP



33 de 275

Figura n.º 6 Estrutura orgânica da Direcção Nacional


3.3.2. Dispositivo territorial

As atribuições da PSP são prosseguidas em todo o território nacional, com exclusão das

áreas legalmente atribuídas a outras forças de segurança.

O dispositivo territorial da PSP encontra-se estruturado em comandos regionais,

metropolitanos e distritais (figura n.º 7), os quais se agrupam da seguinte forma:

Comandos regionais de polícia

Comando Regional dos Açores, com sede em Ponta Delgada;

Comando Regional da Madeira, com sede no Funchal.

Comandos metropolitanos de polícia

Comando Metropolitano de Lisboa;

Comando Metropolitano do Porto.

Director NacionalGabinete do

Director

Estudos e

Planeamento

Apoio

Jurídico

Relações

Públicas

Sistemas de

Informação

Assistência

Religiosa

Deontologia

e Disciplina

Apoio Geral

InspecçãoDNA

UO LF

Logística

Gestão

Financeira

DNA

UO RH

Recursos

Humanos

Formação

SAD

DNA

UO OS

Operações

Informações

Investigação

Criminal

Armas e

Explosivos

Segurança

PrivadaSistemas de

Informação e

Comunicações

Órgãos

Consultivos

Conselho

Superior de

Polícia

Conselho de

Deontologia e

Disciplina

Junta Superior

de Saúde

Direcção NacionalDirector Nacional



34 de 275

Comandos distritais de polícia com sede em Aveiro, Beja, Braga, Bragança, Castelo

Branco, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Leiria, Portalegre, Santarém, Setúbal, Viana

do Castelo, Vila Real e Viseu.

Os Comandos Territoriais de Polícia (CTP) são unidades territoriais que funcionam na

dependência directa do director nacional e prosseguem as atribuições legais da PSP na

respectiva área de responsabilidade.

Figura n.º 7 Comandos Territoriais de Polícia


A estrutura organizacional dos comandos territoriais de polícia compreende o comando,

os serviços e as subunidades (figura n.º 8).

Por sua vez, as subunidades dos comandos territoriais de polícia integram a divisão

policial e a esquadra, sendo que as divisões policiais compreendem a área operacionais

e a área administrativa e as esquadras possuem a vertente operacional.

Comandos

Regionais de

Polícia

Comandos

Metropolitanos

de Polícia

Açores

Madeira

Lisboa

Porto

Aveiro

Évora

Santarém

Braga

Faro

Setúbal

Coimbra

Leiria

Vila Real

Viseu

Guarda

Viana do

Castelo

Beja

Castelo

Branco

Portalegre

Bragança

Comandos

Distritais de

Polícia

Comandos Territoriais de Polícia

Direcção Nacional

Comandos

Regionais de

Polícia

Comandos

Metropolitanos

de Polícia

Açores

Madeira

Lisboa

Porto

Aveiro

Évora

Santarém

Braga

Faro

Setúbal

Coimbra

Leiria

Vila Real

Viseu

Guarda

Viana do

Castelo

Beja

Castelo

Branco

Portalegre

Bragança

Comandos

Distritais de

Polícia


Direcção Nacional

Comandos

Regionais de

Polícia

Comandos

Metropolitanos

de Polícia

Açores

Madeira

Lisboa

Porto

Aveiro

Évora

Santarém

Braga

Faro

Setúbal

Coimbra

Leiria

Vila Real

Viseu

Guarda

Viana do

Castelo

Beja

Castelo

Branco

Portalegre

Bragança

Comandos

Distritais de

Polícia


Direcção Nacional

Comandos

Regionais de

Polícia

Comandos

Metropolitanos

de Polícia

Comandos

Regionais de

Polícia

Comandos

Metropolitanos

de Polícia

Comandos

Regionais de

Polícia

Comandos

Metropolitanos

de Polícia

Açores

Madeira

Lisboa

Porto

Aveiro

Évora

Santarém

Braga

Faro

Setúbal

Coimbra

Leiria

Vila Real

Viseu

Guarda

Viana do

Castelo

Beja

Castelo

Branco

Portalegre

Bragança

Comandos

Distritais de

Polícia


Direcção Nacional

Açores

Madeira

Açores

Madeira

Lisboa

Porto

Aveiro

Évora

Santarém

Braga

Faro

Setúbal

Coimbra

Leiria

Vila Real

Viseu

Guarda

Viana do

Castelo

Beja

Castelo

Branco

Portalegre

Bragança

Comandos

Distritais de

Polícia


Direcção Nacional

Lisboa

Porto

Aveiro

Évora

Santarém

Braga

Faro

Setúbal

Coimbra

Leiria

Vila Real

Viseu

Guarda

Viana do

Castelo

Beja

Castelo

Branco

Portalegre

Bragança

Lisboa

Porto

Aveiro

Évora

Santarém

Braga

Faro

Setúbal

Coimbra

Leiria

Vila Real

Viseu

Guarda

Viana do

Castelo

Beja

Castelo

Branco

Portalegre

Bragança

Aveiro

Évora

Santarém

Braga

Faro

Setúbal

Coimbra

Leiria

Vila Real

Viseu

Guarda

Viana do

Castelo

Beja

Castelo

Branco

Portalegre

Bragança

Comandos

Distritais de

Polícia


Direcção Nacional

Comandos

Distritais de

Polícia


Direcção Nacional


Direcção Nacional



35 de 275

Figura n.º 8 Estrutura dos comandos territoriais de polícia


Actualmente, após a conclusão da reestruturação resultante da alteração da área de

responsabilidade da PSP, o dispositivo territorial dos comandos territoriais de polícia

passou a ser constituído por 57 divisões e 425 esquadras, sendo que estas subunidades

operacionais se encontram estruturadas segundo a tipologia descrita no quadro n.º 1.

Cingindo a análise às esquadras de competência genérica, que constituem o balcão

privilegiado de acesso do cidadão ao serviço policial, aberto 24 horas por dia, e com

atendimento personalizado, muitas delas dotadas de um gabinete de apoio à vítima de

crime, verifica-se que, após a reestruturação das áreas de jurisdição das forças de

segurança e a subsequente revisão global do dispositivo das subunidades1 (divisões e

esquadras), a PSP viu acrescida em 3 o número de esquadras de competência genérica

- de 214 passou-se a 217 esquadras, sendo que a estas acrescem outras esquadras de

competência especializada (quadro n.º 1), por exemplo de trânsito, de investigação

criminal, de intervenção e fiscalização policial e de segurança aeroportuária.

1 Portaria n.º 2/2009, de 2 de Janeiro.

Área Operacional

Esquadra

Serviços

Comando Territorial de Polícia

Subunidades

Divisão Policial

Área Administrativa Área OperacionalÁrea Operacional

Esquadra

Serviços


Subunidades

Divisão Policial

Área Administrativa Área OperacionalÁrea OperacionalÁrea Operacional

Esquadra

Serviços


SubunidadesServiços

Comando Territorial de PolíciaComando Territorial de Polícia

Subunidades

Divisão PolicialDivisão Policial

Área Administrativa Área OperacionalÁrea Administrativa Área OperacionalÁrea Operacional



36 de 275

Policial

(*)Trânsito

Investigação

Criminal

Segurança

Aeroportuária

Segurança a

Instalações

Segurança a

Transportes

Públicos

TotalPolicial

(*)Trânsito

Sinistralidade

Rodoviária

Investigação

Criminal

Intervenção e

Fiscalização

Policial

Segurança

Aeroportuária

Segurança a

Instalações

Segurança a

Transportes

Públicos

Segurança

FerroviáriaTurismo Total

Comandos Regionais de Polícia

Açores 3 ―― ―― 1 ―― ―― 4 23 3 ― 3 3 3 ― ― ― ― 35

Madeira 3 ―― ―― 1 ―― ―― 4 12 3 ― 3 3 2 ― ― ― ― 23

Comandos Metropolitanos de Polícia

Lisboa 12 1 1 1 1 1 17 75 15 (a) 1 17 14 2 (b) 9 (c) 4 ― 2 139

Porto 8 1 1 1 ―― ―― 11 38 8 1 10 10 (d) 1 ― ― 1 1 70

Comandos Distritais de Polícia

Aveiro 2 ―― ―― ―― ―― ―― 2 6 2 ― 2 2 ― ― ― ― ― 12

Beja ― ―― ―― ―― ―― ―― ― 2 1 ― 1 1 ― ― ― ― ― 5

Braga 2 ―― ―― ―― ―― ―― 2 5 2 ― 2 2 ― ― ― ― ― 11

Bragança ― ―― ―― ―― ―― ―― ― 2 1 ― 1 1 ― ― ― ― ― 5

Castelo Branco 1 ―― ―― ―― ―― ―― 1 2 2 ― 2 2 ― ― ― ― ― 8

Coimbra 2 ―― ―― ―― ―― ―― 2 3 2 ― 2 2 ― ― ― ― ― 9

Évora ― ―― ―― ―― ―― ―― ― 2 1 ― 1 1 ― ― ― ― ― 5

Faro 2 ―― ―― 1 ―― ―― 3 7 2 ― 2 3 (e) 1 ― ― ― ― 15

Guarda ― ―― ―― ―― ―― ―― ― 2 1 ― 1 1 ― ― ― ― ― 5

Leiria 2 ―― ―― ―― ―― ―― 2 8 2 ― 2 2 ― ― ― ― ― 14

Portalegre 1 ―― ―― ―― ―― ―― 1 2 2 ― 2 2 ― ― ― ― ― 8

Santarém 2 ―― ―― ―― ―― ―― 2 7 2 ― 2 2 ― ― ― ― ― 13

Setúbal 4 ―― ―― ―― ―― ―― 4 14 4 ― 4 4 ― ― ― ― ― 26

Viana do Castelo ― ―― ―― ―― ―― ―― ― 3 1 ― 1 1 ― ― ― ― ― 6

Vila Real 1 ―― ―― ―― ―― ―― 1 2 2 ― 2 2 ― ― ― ― ― 8

Viseu 1 ―― ―― ―― ―― ―― 1 2 2 ― 2 2 ― ― ― ― ― 8

Total 46 2 2 5 1 1 57 217 58 2 62 60 9 9 4 1 3 425

Portaria n.º 2/2009, de 02 de Janeiro.


Subunidades do dispositivo territorial dos Comandos Territoriais de Polícia

(e) Das 3 Esquadras, 1 é Esq.ª de Intervenção e Fiscalização Aeroportuária (Div.ª Segurança Aeroportuária Faro).

(*) Competência genérica.

Estrutura

dos


Divisões Esquadras

(c) Das 9 Esquadras, 1 é Esq.ª de Segurança e Controlo (Div.ª Segurança a Instalações Lisboa).

(d) Das 10 Esquadras, 1 é Esq.ª de Intervenção e Fiscalização de Trânsito ( Div.ª Trânsito Porto) e outra é Esq.ª de Intervenção e Fiscalização Aeroportuária ( Div.ª Segurança Aeroportuária Porto) .

(a) Das 15 Esquadras, 1 é Esq.ª de Apoio, 1 é Esq.ª de Fiscalização Técnica e 1 é Esq.ª de Motociclistas (Div.ª Trânsito Lisboa).

(b) Das 2 Esquadras, 1 é Esq.ª de Comando da Divisão (Div.ª de Segurança Aeroportuária Lisboa).

Quadro n.º 1 Dispositivo territorial da PSP – 2010



37 de 275

Para além dos comandos territoriais de polícia, as unidades de polícia compreendem

ainda a Unidade Especial de Polícia (UEP), a qual, por sua vez, integra as seguintes

subunidades operacionais: Corpo de Intervenção (CI); Grupo de Operações

Especiais (GOE); Corpo de Segurança Pessoal (CSP); Centro de Inactivação de

Explosivos e Segurança em Subsolo (CIEXSS) e o Grupo Operacional Cinotécnico

(GOC).

3.3.3. Estabelecimentos de ensino policial

Os estabelecimentos de ensino policial da PSP desenvolvem as suas actividades de

acordo com as atribuições previstas em estatutos próprios.

O ISCPSI é um instituto policial de ensino superior universitário que tem por missão

formar oficiais de polícia, promover o seu aperfeiçoamento permanente e realizar,

coordenar ou colaborar em projectos de investigação e desenvolvimento no domínio

das ciências policiais.

Aberto à comunidade universitária nacional e internacional, o ISCPSI colabora em

projectos de investigação académica e, no quadro das suas competências,

desenvolve ainda outras actividades, designadamente no âmbito da Academia

Europeia de Polícia, da Associação Europeia dos Colégios de Polícia (AECP) e de

outras redes e instituições que desenvolvem a sua actividade no âmbito da formação

superior universitária policial.

O director do ISCPSI depende directamente do director nacional da PSP.

A EPP é um estabelecimento de ensino policial, na dependência do director

nacional, que tem por missão ministrar cursos e estágios de formação,

aperfeiçoamento e actualização de agentes e chefes, e de especialização para todo

o pessoal da PSP.

A EPP criou, no âmbito do Programa Operacional do Potencial Humano (POPH), um

do Centro de Novas Oportunidades (CNO), com o objectivo de promover a

qualificação escolar dos alunos do Curso de Formação de Agentes (CFA) que

ingressam na PSP, bem como servir a região de Torres Novas, tendo em vista a

atribuição de certificação ao nível do 9.º ano e do 12.º ano, sendo certo que os

alunos do CFA são certificados com o 12.ª ano e a população em geral com o 9.º

ano e do 12.º ano.



38 de 275

Sendo um projecto contínuo, o CNO manter-se-á, enquanto existirem inscrições para

o mesmo.

4. Envolvente transaccional

Como serviço público policial complexo, a PSP centra a sua atenção tanto no cliente

externo, como no interno, cujas linhas orientadoras de acção derivam do diagnóstico

efectuado ao ambiente (interno e externo) e nas atribuições prosseguidas.

4.1. Ambiente

O diagnóstico genérico efectuado à PSP, um serviço público, procurou realçar os

pontos fortes (vantagens internas) e os pontos fracos (desvantagens internas), bem

como as tendências mais importantes na envolvente externa, sejam as

oportunidades (vantagens externas), sejam os riscos (desvantagens externas).

Após a identificação desses factores, procedeu-se à sistematização em matriz,

normalmente composta por quatro vectores, designados por pontos fortes

(strengths), pontos fracos (weaknesses), oportunidades (opportunities) e riscos

(threats), vulgo SWOT, a qual concorreu para a compaginação dos objectivos e a

programação de diversas actividades associadas aos mesmos.

Nesse registo, e a título exemplificativo, identificaram-se, na PSP, alguns dos

factores internos e externos (quadro n.º 2), os quais constituíram suporte de

sustentação do processo de gestão por objectivos, cujos resultados se espelham no

presente Relatório.

Por certo, do diagnóstico apurado emergem linhas de acção capitalizadoras dos

pontos fortes da instituição, maximizando as oportunidades e reduzindo os pontos

fracos e evitando a oclusão de riscos ou eliminando o respectivo impacto,

designadamente na expansão do policiamento de proximidade.



39 de 275

Quadro n.º 2 Análise das envolventes internas e externas – PSP

ENVOLVENTE INTERNA

Pontos Fortes Pontos Fracos

a. Matriz hierárquica de comando;

b. Flexibilidade da estrutura organizacional;

c. Controlo inspectivo interno;

d. Normativo deontológico, disciplinar e estatutário próprios;

e. Prontidão operacional elevada;

f. Consolidação do sistema de investigação criminal no dispositivo policial;

g. Expansão do Programa Integrado de Policiamento de Proximidade;

h. Presença nas principais urbes;

i. Atendimento permanente ao público externo (presencial e telefónico);

j. Rede extensa de balcões de atendimento;

k. Subsistemas de saúde e de acção social;

l. Estabelecimentos de ensino superior e técnico-profissional;

m. Qualificação profissional do potencial humano, com formação especializada;

n. Multiplicidade de atribuições legais;

o. Atribuições exclusivas na segurança privada, nas armas e explosivos;

p. Consolidação do Sistema Estratégico de Informações, Gestão e Controlo Operacional;

q. Aplicação de novas tecnologias de informação e comunicação à fiscalização rodoviária;

r. Controlo da execução orçamental;

s. Simplificação de procedimentos no processo produtivo interno;

t. Normalização procedimental e estandardização de processos de trabalho;

u. Uniformização e controlo do recurso às armas de fogo;

v. Cooperação internacional técnico-policial.

a. Ausência de sistema integrado e global de informação e gestão de recursos;

b. Insuficiência de planeamento estratégico sistémico e integrado a longo prazo;

c. Menor mobilidade dos quadros de pessoal;

d. Sistema remuneratório complexo;

e. Envelhecimento do quadro de pessoal;

f. Feminização reduzida do efectivo policial;

g. Conhecimento insuficiente do grau de satisfação pelos serviços prestados;

h. Parcerias com entidades públicas e privadas.

ENVOLVENTE EXTERNA

Oportunidades Ameaças

a. Crescente importância do factor de segurança na sociedade;

b. Reforma do sistema de segurança interna;

a. Crescimento das solicitações externas a requerer colaboração ou a realização de diligências;

b. Multiplicidade de actores na co-produção



40 de 275

ENVOLVENTE EXTERNA

Oportunidades Ameaças

c. Definição das estruturas externas de coordenação;

d. Assunção de atribuições na área da segurança privada;

e. Alargamento das áreas de responsabilidade;

f. Receptividade das comunidades locais às iniciativas policiais;

g. Reconhecimento público do trabalho executado em prol da prevenção criminal;

h. Sucesso dos programas especiais de proximidade, especialmente da Escola Segura;

i. Presença exclusiva nos Açores e Madeira;

j. Informatização do ciclo produtivo interno;

k. Balcão Único Virtual (Verão Seguro-Chave Directa, Queixa Electrónica e Perdidos e Achados);

l. Avaliação do desempenho funcional do serviço e funcionários;

m. Partilha e externalização de serviços;

n. Programação de instalações e de equipamentos para as forças de segurança, especialmente a renovação da frota de patrulha e benfeitorias nas instalações;

o. Apetrechamento dos elementos de patrulha com meios informáticos portáteis;

p. Obtenção de financiamentos externos (QREN).

da segurança, com geometria variável de intervenção;

c. Diversidade de clientes externos;

d. Exposição mediática permanente e imediata;

e. Descontinuidade territorial do dispositivo operacional no continente;

f. Novo paradigma criminal transnacional;

g. Conjuntura económica desfavorável na Europa.


Feito o diagnóstico, e focando a gestão por objectivos na satisfação do cliente

externo - o cidadão -, através da multiplicidade de serviços prestados, verificou-se,

assim, que a PSP possuiu condições de reforçar o seu prestígio junto da opinião

pública e de cumprir cabalmente a missão que lhe está confiada por lei, com

especial empenho na protecção de comunidades e pessoas mais vulneráveis à

acção criminógena, o que aconteceu realmente.

4.1.1. Interno

O ambiente interno da PSP é moldado pela realidade de ser um corpo especial,

regido por normativo próprio, incluindo o disciplinar, constituído por um universo de



41 de 275

22.277 funcionários policiais, reportado a 31 de Dezembro de 2010, com carreiras

específicas e inseridas num dispositivo orgânico disperso pelo país, executando uma

pluralidade de actividades, além de 717 funcionários com funções não policiais,

totalizando 22.994 funcionários com relações jurídicas de emprego público diversas.

4.1.2. Externo

O ambiente externo engloba a protecção do concidadão e a manutenção da ordem

em público na sociedade urbana portuguesa, cada vez mais marcada pela

multiculturalidade, comum na Europa Comunitária, a par da investigação de um

vasto conjunto de ilícitos denunciados e do apoio às vítimas de crime.

Os fenómenos criminais marcaram a sociedade portuguesa nos últimos anos. Os

factores socioculturais potenciadores de violência em Portugal obrigaram a PSP a

desenvolver uma resposta eficaz de controlo e redução do risco de vitimização, pois

punham em causa os mais elevados padrões de liberdade e segurança dos

cidadãos e causam intranquilidade pública.

A PSP desenvolveu as suas acções de policiamento urbano em diferentes contextos

sócio-demográficos e, designadamente através do Programa Integrado de

Policiamento de Proximidade (PIPP), promoveu respostas objectivas e

consentâneas com a natureza do serviço público de qualidade, indo ao encontro das

exigências de prevenção criminal e de ordem pública, bem como de prevenção

rodoviária, formuladas por uma sociedade cada vez mais informada e interventiva.

A crescente complexidade das sociedades contemporâneas e as novas ameaças no

domínio da segurança requerem respostas que só podem ser dadas em articulação

com a sociedade civil, daí a aposta reiterada no modelo de policiamento de

proximidade, orientado para a resolução dos problemas e dos riscos sociais das

comunidades locais.

4.2. Destinatários

Os principais destinatários da actividade policial são (i) os cidadãos e as instituições,

públicas e privadas, que esperam da PSP a prestação de um serviço policial

pautado pela eficácia, eficiência e qualidade, ou seja, o cliente externo, bem como

(ii) os elementos que fazem parte da instituição policial, conforme figura n.º 9, isto é,

o cliente interno.



42 de 275

Comunidades Locais Parceiros institucionais


Cidadão

Funcionários

Cliente

InternoBeneficiáriosFormandos

Externo

Figura n.º 9 Clientes da PSP

4.2.1. Cliente externo

A actividade da PSP, dirigiu-se a todos os cidadãos, sem qualquer distinção,

pautando-se por valores associados às funções, isto é, acção policial assegura que

todos os cidadãos, sem discriminação de raça, religião, sexo ou condição social,

tenham os mesmos direitos, dando uma especial atenção às vítimas e às

comunidades mais vulneráveis à acção criminógena, especialmente a educativa.

Neste contexto, a PSP tem vindo a implementar formas pró-activas de actuação,

procurando adaptar-se à constante evolução das comunidades locais, sempre na

perspectiva da prestação de um serviço público de qualidade que contribua para a

satisfação plena dos justos anseios da sociedade portuguesa, direccionando a sua

actividade para a resolução dos problemas que afectam a segurança dos cidadãos

em geral e em particular os inseridos em grupos de risco.

Efectivamente, o grau de qualidade de um serviço público tem que corresponder ao

grau de exigência e às expectativas de uma sociedade moderna, cada vez mais

consciente e reivindicativa dos seus direitos constitucionais.

Não obstante as necessidades gerais de segurança, constatou-se a necessidade de

enfrentar desafios específicos e segmentados, pelo que existem respostas

direccionadas para certos sectores da sociedade, designadamente as escolares, a

maioria enquadrada em programas especiais, como a Escola Segura.

Além do cidadão em geral e de públicos-alvo específicos, que exigem uma maior

proximidade policial, a PSP desenvolveu toda uma actividade policial que, directa ou

indirectamente, implicava a cooperação e interacção profissional com diversos

organismos públicos, desde os vários operadores judiciários, sobretudo o Ministério

Público, e serviços da Administração Pública, central e desconcentrada, às

Autarquias Locais e aos estabelecimentos de ensino.



43 de 275

Na prossecução da sua missão, a PSP interagiu também com entidades privadas,

desde empresas de segurança privada às instituições de solidariedade social e as

de apoio à vítima de crime.

De igual modo, a execução da actividade policial envolveu outros clientes externos

que prestam um serviço de utilidade pública à sociedade civil, como sejam certas

entidades privadas, envolvidas em parcerias de interesse público. Exemplos desta

relação são os projectos Táxi Seguro, Abastecimento Seguro e Farmácia.

4.2.2. Cliente interno

Os clientes internos são todos os elementos com funções policiais e funções não

policiais que integram os mapas de pessoal da PSP, incluindo os formandos a

frequentarem os cursos ministrados nos estabelecimentos de ensino policial, os que

directamente prestam serviços à PSP, independentemente do vínculo, e, os

sindicatos representativos dos profissionais da PSP.

Os beneficiários do subsistema de saúde e assistência na doença da PSP, titulares

e familiares, são igualmente parte do universo de cliente interno.

5. Linhas de acção estratégica

O presente Relatório de Actividades enquadra-se na avaliação do ciclo de gestão da

PSP relativo a 2010, o qual observou um vasto conjunto de procedimentos previstos

em diplomas legais e contemplou as prioridades e as linhas orientadoras definidas

pelo XVIII Governo Constitucional para a área da segurança pública, todos a seguir

elencados:

Programa do XVIII Governo Constitucional, que enuncia os eixos da estratégia

e a agenda política, destacando-se o que se refere à segurança interna;

Decreto-Lei n.º 155/92, de 28 de Julho, que define o regime de administração

financeira do Estado;

Lei n.º 4/2004, de 15 de Janeiro, que estabelece os princípios e normas a

regular a organização da administração directa do Estado;

Decreto-Lei n.º 183/96, de 27 de Setembro, que define a lavoura do relatório de

actividades, sendo certo que o presente relatório de actividades segue o



44 de 275

modelo preconizado, com as devidas adaptações, dada a especificidade da

organização e funcionamento desta instituição policial;

Lei n.º 51/2005, de 30 de Agosto, que contém o Estatuto de Pessoal Dirigente;

Lei n.º 53/2007, de 31 de Agosto, que aprova a orgânica da PSP;

Lei n.º 66-B/2007, de 28 de Dezembro, que estabelece o Sistema Integrado de

Gestão e Avaliação do Desempenho na Administração Pública (SIADAP);

Lei n.º 12-A/2008, de 27 de Fevereiro, que estabelece o regime de vinculação,

carreiras e remunerações na função pública, na parte referente à planificação

das actividades e dos recursos;

Circular Série A n.º 1275, de 31 de Julho de 2000, da Direcção-Geral do

Orçamento;

Circular Série A n.º 1354, de 04 de Dezembro de 2009, da Direcção-Geral do

Orçamento;

Carta de missão do director nacional da PSP, datada de 18 de Junho de 2008;

Despacho de Sua Excelência o Director Nacional da PSP, datado de 08 de

Outubro de 2009, que define os objectivos estratégicos da PSP para 2010.

5.1. Orientações estratégicas da politica pública de segurança

Fiel à sua missão e à imagem positiva dos anos pretéritos junto da opinião pública, a

PSP estabeleceu, para 2010, um conjunto de objectivos estratégicos e operacionais,

correlacionados entre si, que decorrem, naturalmente, duma estratégia global

definida como prioritária ao nível da Segurança Interna.

De acordo com as políticas públicas de segurança traçadas pelo actual Governo,

esta estratégia assentou em cinco grandes orientações/objectivos estratégicos e, no

que concerne à PSP, foi operacionalizada por referência a três das cinco

orientações programadas (quadro n.º 3).

Assim, das linhas estratégicas fixadas pelo Governo destacam-se, em sede das

atribuições legais prosseguidas pela PSP, as constantes do quadro seguinte (quadro

n.º 3).



45 de 275

PSP

● Enfrentar as causas da criminalidade;

● Aprofundar o policiamento de proximidade e da segurança comunitária, bem como os programas

especiais de protecção de jovens, idosos e outras pessoas particularmente vulneráveis;PSP

● Intensificar as acções sistemáticas de controlo das fontes de perigo; PSP

● Reforçar a coordenação do sistema de segurança interna;

● Aproveitar as novas tecnologias. PSP

Orientações estratégicas prosseguidas pelo MAI - 2010


Quadro n.º 3 Orientações estratégicas da política pública de segurança prosseguidas pela PSP

De acordo com as orientações/objectivos inerentes ao quadro estratégico acima

enunciado, a PSP configurou os seus objectivos estratégicos, que sustentaram os

objectivos e as orientações operacionais para 2010. A partir destes, todas as

unidades orgânicas da instituição policial desenvolveram as suas actividades

específicas, no sentido de os concretizar em pleno, através da realização efectiva ou

do alcance, pelo menos, da meta fixada.

Para tanto, teve-se em boa conta o vasto rol de atribuições legais e a complexidade

do processo produtivo interno, a par da variedade do público-alvo, desde a

protecção das comunidades escolares locais e do atendimento de vítimas de crimes,

ao controlo das fontes de perigo, à fiscalização rodoviária selectiva, ao licenciamento

de uso e porte de armas, sem esquecer o Programa Integrado de Policiamento de

Proximidade (PIPP).

Os objectivos traçados fundaram-se numa visão estratégica concreta, assente em

valores socialmente reconhecidos e apanágios identitários da PSP.

Tudo isto foi efectuado com uma forte associação às novas tecnologias de

informação e assunção plena da qualidade do serviço a prestar, numa óptica de

proximidade ao cidadão.

5.1.1. Orientações estratégicas específicas

De acordo com as linhas orientadoras definidas pelo Programa do Governo para

2009 - 2013, bem como, e sobretudo, a carta de missão outorgada ao director

nacional da PSP, em 18 de Junho de 2008, por Sua Excelência o Ministro da



46 de 275

Administração Interna, as orientações estratégicas para 2010 foram, expressamente,

as seguintes:

Melhorar a capacidade do dispositivo policial, reforçando os meios

operacionais, nomeadamente através da implementação da nova estrutura

orgânica;

Reforçar o policiamento de proximidade, orientado para a protecção dos

cidadãos em geral e, em particular, das pessoas especialmente vulneráveis,

como as crianças, os jovens, os idosos e as vítimas de maus-tratos;

Intensificar o controlo das principais fontes de perigo, com a finalidade de

prevenir, reduzir e reprimir a criminalidade, bem como outros comportamentos

que possam por em causa a segurança e tranquilidade dos cidadãos;

Privilegiar o recurso a novas tecnologias de informação e comunicação,

valorizando a formação dos recursos humanos, desmaterializando actos e

simplificando procedimentos.

A prossecução das orientações estratégicas elencadas foi alcançada,

fundamentalmente, através de um conjunto de medidas operacionais de (i)

prevenção e de combate à criminalidade e de (ii) segurança rodoviária;

Medidas operacionais de prevenção e de combate à criminalidade:

Reforçar a segurança nos distritos com maior incidência e gravidade criminal

(Lisboa, Porto e Setúbal);

Continuar a desenvolver acções de prevenção da criminalidade, destinadas,

nomeadamente, a apreender armas ilegais;

Dinamizar, juntamente com o PIPP, campanhas de sensibilização junto de

certos grupos da sociedade e determinados sectores da actividade económica

que apresentam vulnerabilidades próprias e são, por repetidas vezes, alvo do

mesmo tipo de crime, com o objectivo de aconselhar e promover a adopção de

medidas de auto-protecção, combater a reincidência e evitar a revitimização e,

deste modo, combater este fenómeno;

Incrementar a segurança comunitária e o policiamento de proximidade.

Medidas e actividades operacionais de segurança rodoviária, com vista a reduzir

os índices de sinistralidade rodoviária:

Melhorar a fiscalização;



47 de 275

Promover campanhas de sensibilização e de prevenção rodoviária.

5.1.2. Carta de missão

Ao exercício do cargo de direcção superior de 1.º grau está associada uma carta de

missão, outorgada ao respectivo titular pelo Governo da República, que constitui um

compromisso de gestão, com objectivos definidos explicitamente, quantificáveis e

calendarizados, para atingir até ao final do exercício de funções (art.º 19.º-A,

Estatuto do Pessoal Dirigente, Lei n.º 51/2005, de 30 de Agosto).

A carta de missão articula-se também com o ciclo de gestão de cada serviço público,

principalmente com o SIADAP, na fase de elaboração do plano de actividades

(art.º 8.º, Lei n.º 66-B/2007, de 28 de Dezembro).

Assim sendo, a fixação dos objectivos para 2010, além de ter em conta a missão

legal, as linhas orientadoras da política pública de segurança definidas pelo

Programa do Governo para 2009 - 2013, teve que atender devidamente aos

compromissos assumidos na carta de missão pelo dirigente máximo do serviço, num

quadro de coerência e confluência entre os objectivos fixados no planeamento e os

fixados na carta de missão.

Neste enquadramento, o director nacional da PSP recebeu a sua carta de missão,

em 18 de Junho de 2008, contendo quatro orientações estratégicas e dezasseis

objectivos específicos. Tanto uns, como outros, foram chamados à colação no

planeamento para 2010, aqueles na totalidade2 e estes majorativamente, tendo em

conta a respectiva natureza e directa exequibilidade, numa articulação

necessariamente convergente e complementar.

5.2. Visão estratégica

Para cumprir em pleno a sua missão e corresponder às expectativas do cidadão,

tornou-se, pois, imperativo, em 2010, continuar, com determinação, o percurso de

qualidade tendente a consolidar a PSP, como polícia moderna e prestigiada, com

elevado grau de profissionalismo e pautada pelos mais elevados padrões de

excelência.

2 5.1.1. Orientações estratégicas específicas, pp.47.



48 de 275

O provir institucional induz a consolidação da PSP, como polícia integral e pró-

activa, altamente prestigiada, com elevado grau de profissionalismo, através da

simplificação do ciclo produtivo interno, da melhoria da eficácia da acção policial e

do incremento da proximidade ao cidadão, sobretudo aos estratos sociais mais

vulneráveis à acção criminógena, a par da valorização dos recursos humanos e da

avaliação dos respectivos desempenhos funcionais.

O ideário de inovação e modernização, inerente à cultura organizacional da PSP,

privilegiou em 2010, num quadro de maior visibilidade do policiamento urbano e de

acentuação da prevenção criminal e de controlo das fontes de perigo, os vectores

estratégicos consagrados no quadro abaixo (quadro n.º 4).

Quadro n.º 4 Visão, vectores e eixos estratégicos da PSP – 2010

5.3. Objectivos estratégicos

De acordo com as orientações e os objectivos estratégicos fixados pelo Governo e,

internamente, pelo Director Nacional da PSP, em 08.10.2009, a PSP adoptou, no

âmbito do seu ciclo de gestão para 2010, cinco objectivos estratégicos, resultantes

da aplicação daqueles à realidade orgânica e funcional desta instituição e à

Centralizar a acção no cidadão;

Orientar a acção policial por objectivos;

Apostar na prevenção e combate à criminalidade

Intensificar as acções sistemáticas de controlo das fontes de perigo

Elevar o potencial humano Valorizar a motivação, competência e responsabilidade profissional.

Consolidar a qualidade do serviço prestado;

Fomentar aplicação das tecnologias de informação.

V E C T O R E S E I X O S Fonte: Gabinete de Estudos e Planeamento - DN/PSP.

E

I

X

O

S

Visão Estratégica

Polícia integral pró-activa, votada à cidadania e segurança

Reforçar a segurança

Garantir a qualidade

V

E

C

T

O

R

E

S

P S P



49 de 275

MISSÃOA PSP tem por missão assegurar a legalidade democrática, garantir a segurança interna e

os direitos dos cidadãos, nos termos da Constituição e da lei.

Agimos de acordo com os valores em que acreditamos:

Transparência, Humanidade, lealdade, responsabilidade, disciplina, dedicação,

honestidade, justiça, camaradagem, isenção, humildade e solidariedade.

VALORES

Existimos para Servir

VISÃO


3. Promover a segurança rodoviária;

4. Melhorar a qualidade dos serviços de polícia;

OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS DA PSP - 2010

5. Reforçar a qualificação dos recursos humanos.

1. Aumentar a protecção do cidadão ;

2. Reduzir a criminalidade e a insegurança;

respectiva missão legal, expresso no quadro seguinte (quadro n.º 5), e designados

por objectivos estratégicos da PSP (OEPSP).

Quadro n.º 5 Objectivos estratégicos da PSP – 2010

Os objectivos estratégicos delineados para a PSP serviram de referência para a

definição dos objectivos operacionais traçados para 2010, quer ao nível dos

objectivos QUAR, quer ao nível de outros objectivos/orientações operacionais.

5.4. Objectivos operacionais

A PSP tem vindo paulatinamente a desenvolver um ciclo anual de gestão matricial,

baseado em objectivos a atingir, programas e acções a realizar e recursos a utilizar,

o qual está orientado para resultados. Nesse caminho, a PSP fixou previamente os

seus objectivos operacionais a alcançar em 2010 e nos quais se compaginaram as

suas actividades; decorrendo aqueles dos objectivos estratégicos fixados por Sua

Excelência o Director Nacional.



50 de 275

Assim sendo, o Plano de Actividades para 2010 articulou-se com o SIADAP,

especialmente com o subsistema designado por SIADAP - 1, cujo QUAR integrou

diversos objectivos operacionais, sobretudo de eficácia, além de eficiência e de

qualidade, sujeitos a ulterior avaliação quanto ao grau de realização. Além desses

objectivos operacionais QUAR, integrados no âmbito dos objectivos operacionais

prioritários, foram ainda fixados, adicionalmente, outros objectivos/orientações

operacionais que contribuíram para o cabal cumprimento da missão integral da PSP.

Os objectivos estratégicos desdobraram-se, assim, em vários objectivos

operacionais prosseguidos em 2010, conforme plasmado nos quadros n.os 6 e 7,

sendo que se encontram agrupados em dois grandes grupos - (i) Objectivos

operacionais prioritários e (ii) Outros objectivos/orientações operacionais.

5.4.1. Objectivos operacionais prioritários

Os objectivos operacionais a seguir enumerados traduziram as prioridades da acção

policial para 2010 e estão alinhados com os OEPSP (quadro n.º 6) que, por sua vez,

reportam às orientações estratégicas da política pública de segurança prosseguidas

pela tutela (quadros n.os 3 e 5), sendo certo que, alguns deles, foram inseridos no

âmbito do QUAR 2010, integrado no Subsistema de Avaliação de Desempenho dos

Serviços da Administração Pública (SIADAP 1), regido pela Lei n.º 66-B/2007, de 28

de Dezembro.

Quadro n.º 6 Objectivos operacionais prioritários - 2010

Objectivos estratégicos da

PSP(*)

Objectivos operacionais prioritários

QUAR

1. Aumentar a

protecção do cidadão

1. Desenvolver, difundir e partilhar conhecimentos e boas práticas no âmbito da Investigação Criminal e da Polícia Científica;

2. Aumentar o número de Esquadras de competência territorial abrangidas com o Programa Integrado de Policiamento de Proximidade.

X

2. Reduzir a criminalidade e a insegurança

3. Promover seminários de interesse policial;

4. Promover a continuidade da participação da PSP no Projecto SCEPYLT (Explosives Control and a Protection System to Prevent and Fight Against Terrorism), visando a sua gestão e coordenação;

5. Incrementar em 5% as acções de fiscalização focalizadas no

âmbito das armas, munições e explosivos. X



51 de 275

Objectivos estratégicos da

PSP(*)

Objectivos operacionais prioritários

QUAR

3. Promover a segurança rodoviária

6. Intensificar a fiscalização incidente sobre os principais factores de risco rodoviário (Comandos Regionais - Açores e Madeira);

7. Aumentar em 5% o número de testes de alcoolemia. X

4. Melhorar a qualidade dos serviços de polícia

8. Desenvolver e difundir as actividades formativas;

9. Elaborar Plano Curricular do SEI;

10. Elaborar Manual no âmbito de Procedimentos de Operações e

Segurança;

11. Elaborar Manual no âmbito de Procedimentos de Investigação

Criminal e Polícia Técnica;

12. Elaborar Manual no âmbito de Procedimentos Administrativos da

Deontologia e Disciplina; X

13. Elaborar uma Proposta de Directiva de Instrução Física Regular

no âmbito da Formação;

14. Assegurar a comunicação via rádio no âmbitio do SIRESP;

15. Assegurar a informatização do sistema de base de dados da

biblioteca do ISCPSI; X

16. Atingir 65% de nível de satisfação dos formandos, igual a BOM

(4), no total dos cursos e acções de formação;

17. Destruir 100% das armas consideradas ilegais e inoperacionais,

declaradas perdidas a favor do estado; X

18. Aumentar em 2% a execução processual no âmbito da

Investigação Criminal; X

19. Incrementar em 5% a gestão integrada da informação, com recurso às tecnologias implementadas e em desenvolvimento (Polícia em Movimento e Sistema de Contra-Ordenações de Trânsito) - SCOT (Excepto CR Açores e Madeira);

20. Implementar nos Sistemas de Informação da PSP a nova

Estrutura Organizacional dos Comandos, Divisões e Esquadras (Organigramas).

X

5. Reforçar a qualificação dos recursos humanos

21. Reforçar a formação técnico profissional do efectivo policial. X


(*) Quadro n.º 5.

Todos estes objectivos operacionais prioritários foram alvo de monitorização e

avaliação periódica, sendo certo que apenas os do QUAR 2010 o foram no âmbito



52 de 275

da aplicação denominada por Gestão Integrada da Avaliação de Desempenho da

Administração Pública (GeADAP).

5.4.2. Outros objectivos / orientações operacionais

Além dos objectivos operacionais prioritários, onde se enquadram os do QUAR,

salientam-se, de seguida, os restantes objectivos/orientações operacionais (quadro

n.º 7) eleitos para 2010 e complementares àqueles, e também alinhados com os

OEPSP.

Quadro n.º 7 Outros objectivos / orientações operacionais - 2010

Objectivos estratégicos da PSP (*) Outros objectivos / orientações operacionais

5. Reforçar a qualificação dos recursos

humanos; 1. Incrementar a qualificação profissional do

potencial humano;

4. Melhorar a qualidade dos serviços

de polícia; 2. Optimizar a gestão dos recursos;

1. Aumentar a protecção do cidadão;

3. Firmar a qualidade da acção policial;


2. Reduzir a criminalidade e a

insegurança;

1. Aumentar a protecção do cidadão; 4. Incrementar a cooperação nacional e

internacional;


de polícia;

5. Flexibilizar a estrutura organizacional;

6. Agilizar os procedimentos de gestão financeira;


7. Simplificar procedimentos;


de polícia;

1. Aumentar a protecção do cidadão. 8. Acentuar o controlo interno.


(*) Quadro n.º 5.

Estes objectivos/orientações operacionais compaginam-se em actividades

concretas, previamente programadas, que decorrem das competências atribuídas a

esta instituição policial, descritas, em pormenor, no quadro n.º 8.

5.5. Acção estratégica integrada

Todo o planeamento estratégico e operacional delineado para 2010 e respectiva

execução, teve como referencial os objectivos estratégicos e operacionais inseridos



53 de 275

no mapa estratégico abaixo apresentado (quadro n.º 8), distribuídos por quatro

perspectivas, presididas pela perspectiva do cidadão, na medida em que é este o

centro da acção desta Polícia.

Quadro n.º 8 Correlação entre objectivos estratégicos e operacionais e as perspectivas – 2010

Perspectivas

Objectivos estratégicos da PSP

Aumentar a


Reduzir a criminalidade

e a insegurança

Promover a segurança rodoviária

Melhorar a qualidade

dos serviços de

polícia

Reforçar a qualificação

dos recursos humanos

Cidadão

Aumentar o

número de Esquadras de competência

territorial abrangidas com o

Programa Integrado de Policiamento

de Proximidade (PIPP)

Promover a

continuidade da participação da PSP no Projecto

SCEPYLT (Explosives Control and a

Protection System to Prevent and Fight

Against Terrorism), visando a sua

gestão e coordenação

Intensificar a fiscalização

incidente sobre os principais factores de risco rodoviário (Comandos Regionais -

Açores e Madeira)

Firmar a

qualidade da acção policial

Incrementar em

5% as acções de fiscalização focalizadas no

âmbito das armas, munições e explosivos

Aumentar em 5% o número

de testes de alcoolemia

Incrementar a cooperação nacional e

internacional.

Firmar a qualidade da acção policial.

Firmar a qualidade da acção policial

Formação e Inovação

Simplificar procedimentos. Atingir 65% de nível de

satisfação dos formandos, igual a BOM (4), no

total dos cursos e acções de formação.

Reforçar a formação

técnico profissional do efectivo policial

Incrementar a qualificação profissional do

potencial humano.

Processo Interno

Desenvolver, difundir e partilhar

conhecimentos e boas práticas no

âmbito da Investigação Criminal e da Polícia

Científica

Promover seminários de interesse policial.

Desenvolver e difundir as actividades

formativas

Acentuar o

controlo interno.

Elaborar Plano

Curricular do SEI

Assegurar a

comunicação via rádio no âmbito



54 de 275

Perspectivas

Objectivos estratégicos da PSP

Aumentar a


Reduzir a criminalidade

e a insegurança

Promover a segurança rodoviária

Melhorar a qualidade

dos serviços de

polícia

Reforçar a qualificação

dos recursos humanos

do SIRESP

Assegurar a informatização do sistema de

base de dados da biblioteca do ISCPSI

Destruir 100% das armas

consideradas ilegais e inoperacionais,

declaradas perdidas a favor do estado

Aumentar em 2% a execução processual no

âmbito da Investigação Criminal

Incrementar em 5% a gestão integrada da

informação, com recurso às tecnologias

implementadas e em desenvolvimento

(Polícia em Movimento e Sistema de

Contra-Ordenações de Trânsito) -

SCOT - (Excepto CR Açores e

Madeira)

Implementar nos Sistemas de

Informação da PSP a nova Estrutura

Organizacional dos Comandos, Divisões e

Esquadras (Organigramas)

Optimizar a

gestão dos recursos

Flexibilizar a

estrutura organizacional

Simplificar procedimentos.

Financeira Agilizar os

procedimentos de gestão financeira.

Fonte: Gabinete de Estudos e Planeamento - DN/PSP Legenda: Objectivos Operacionais Prioritários (OOP) (21) (Quadro n.º 6)

Outros Objectivos / Orientações Operacionais (OOOP) (8) (Quadro n.º 7).



55 de 275

II. Auto-avaliação do serviço

Nos termos do n.º 1, art.º 15 da Lei n.º 66-B/2007, de 28 de Dezembro, cada serviço

público executa a sua auto-avaliação relativa ao ano pretérito, num quadro do ciclo

de gestão anual por objectivos.

Após a caracterização da PSP, quanto à missão e estrutura orgânica, e

apresentação das orientações estratégicas e os objectivos operacionais que

presidiram à consecução de uma panóplia de actividades em 2010, segue-se uma

resenha relativa à auto-avaliação desta Polícia, fundada nos resultados alcançados.

A auto-avaliação, reportada ao QUAR de 2010 desta Polícia, integra o presente

Relatório de Actividades, conforme estipula o n.º 2, do citado art.º 15 e diploma legal.

O ano de 2008 marcou uma alteração profunda do paradigma funcional e da

estrutura orgânica da PSP, que se procurou consolidar em 2009. Assim, 2010 foi um

ano de continuidade quanto à prossecução de certas actividades e projectos, por

força de diversos factores, como, por exemplo, a reorganização das subunidades

operacionais dos Comandos Territoriais de Polícia e a reestruturação da

organização dos respectivos serviços internos, a assunção de novas áreas de

responsabilidade, sobretudo nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, com a

subsequente abertura de novas divisões policiais e esquadras quer em 2008, quer

em 2009. Por outro lado, o ano de 2010 constituiu o ano de entrada em vigor do

novo Estatuto de Pessoal da PSP, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 299/2009, de 14 de

Outubro, facto que marcou a vida da Instituição e dos seus profissionais.

1. Avaliação de resultados por objectivos

A consecução dos objectivos operacionais, definidos no âmbito do plano de

actividades da PSP para 2010, e a estratégia seguida, tendo em vista dar

cumprimento às (i) orientações estratégicas da política pública de segurança

traçadas pelo Programa do Governo para 2009 - 2013 e (ii) aos objectivos

estratégicos fixados por Sua Excelência o Director Nacional, permitiram alcançar os

resultados a seguir expostos.

1.1. Análise dos objectivos no âmbito do QUAR

O Relatório de Auto-Avaliação do QUAR integra o presente Relatório, pelo que se

expõe, de seguida, as linhas gerais da avaliação final do mesmo.



56 de 275

Chegados ao final de mais um ao civil, importa, agora, efectuar a devida análise à

avaliação da execução dos objectivos operacionais, e, respectivos indicadores,

presentes no QUAR - 2010 da PSP, referente ao ciclo anual de gestão do ano de

2010.

Os objectivos operacionais QUAR e respectivos indicadores, foram aprovados por

despacho de Sua Excelência o Secretário de Estado da Protecção Civil, datado de

04 de Março de 2010, e imediatamente divulgados publicamente, por via electrónica

no portal externo, conforme legalmente estipulado.

O processo de implementação, operacionalização e monitorização dos objectivos

QUAR - 2010, ocorreu em articulação com os procedimentos previstos na Directiva

Operacional n.º 01/2010, de 27 de Janeiro de 2010, relativa ao planeamento

operacional anual, sendo esta por sua vez divulgada a todo o dispositivo

operacional.

A presente Auto-Avaliação, inserida neste Relatório de Actividades, tem por

objectivo dar a conhecer os principais objectivos operacionais eleitos pela PSP,

durante o ano de 2010, com a firme convicção de que os resultados alcançados

foram extremamente positivos, sendo certo que as metas traçadas foram, quase na

sua totalidade, superadas, apesar dos constrangimentos encontrados, a maioria de

fonte exógena a esta instituição.

1.1.1. Objectivos operacionais

A PSP, através do ciclo anual de gestão matricial que tem vindo a implementar

paulatinamente, baseado em objectivos e orientado para resultados, traduzido em

parâmetros de eficácia, de eficiência e de qualidade, realiza a presente análise à

execução do QUAR - 2010.

1.1.1.1. Objectivos operacionais de eficácia

O conjunto dos objectivos classificados como de eficácia é composto por dois

objectivos operacionais, encontrando-se associado ao primeiro objectivo três

indicadores, sendo que o segundo contempla por sua vez dois indicadores, cuja

avaliação se passa a descrever:



57 de 275

Quadro n.º 9 Objectivo Operacional n.º 01 – QUAR 2010

Objectivos operacionais Meta

Ano

2009

Meta

Ano

2010

Concretização

Desvios

Resultado

Classificação

Superou Atingiu Não atingiu

Eficácia

OB 01 Ponderação 30% X

3,13%

Aumentar o número de

Esquadras de

competência territorial

abrangidas com o

Programa Integrado de

Policiamento de

Proximidade

N.º de Esquadras

abrangidas pelo

Programa Integrado de

Policiamento de

Proximidade

150 160 165 103,13

%

Ind 1

Peso 100%


O primeiro objectivo operacional (eficácia), engloba como indicador o número de

esquadras de competência territorial abrangidas pelo PIPP, dando continuidade ao

esforço realizado nos anos anteriores, caracterizados pela implementação do

projecto-piloto e subsequente esforço de sedimentação do programa.

Os efeitos almejados em termos de benefícios para a população em geral,

principalmente no respeitante a públicos específicos, alvos do programa, foram

positivos. Esta inovação organizacional implementada pela PSP, que contempla

várias componentes relacionais com o cidadão, continuou em 2010 a funcionar de

acordo com o planeado, consolidando o programa, que se transformou num

verdadeiro modelo de policiamento da PSP: Modelo Integrado de Policiamento de

Proximidade (MIPP).

Com este modelo de policiamento, visou a PSP, por um lado, privilegiar uma

actuação policial pró-activa e preventiva, e por outro, uma actuação reactiva,

baseada em metodologias de planeamento operacional, de investigação criminal e

de recolha e tratamento de informações policiais, realçando a importância do

policiamento de proximidade na PSP.

O MIPP encontra-se direccionado para a melhoria da qualidade do serviço prestado

ao cidadão, e, na melhoria de eficácia da actuação policial, com o intuito de ampliar

a prevenção da criminalidade, e ampliar a resolução das causas da criminalidade e

incivilidades.



58 de 275

O modelo apresenta uma natureza transversal, instituindo-se uma lógica de conjunto

aos Programas Especiais e projectos de policiamento de proximidade já

implementados, congregando também todos os programas de origem ministerial

(Escola Segura, Comércio Seguro, Apoio 65 e INOVAR).

Numa análise objectiva, no final do ano de 2010, este indicador atingiu uma taxa de

execução de 103,13%, correspondendo a um alargamento do PIPP em termos

absolutos, a mais 15 subunidades abrangidas pelo programa, comparativamente ao

período homólogo do ano anterior. Assim, no final de 2010, atingiu-se a totalidade de

165 subunidades abrangidas pelo programa, o que resultou num desvio positivo de

3,13%, relativamente ao inicialmente traçado (Meta 2010).

Por decorrer de um objectivo estratégico, plurianual, e responder de forma eficaz à

actuação preventiva adoptada pela PSP, a filosofia de actuação subjacente ao MIPP

continua presente no QUAR – 2011, consubstanciada nos indicadores referentes

aos protocolos a celebrar no âmbito do modelo e às acções e campanhas de

sensibilização a realizar junto de pessoas e sectores especialmente vulneráveis. Os

15 protocolos estipulados e as 4158 acções/campanhas projectadas, neste âmbito,

pretendem dar continuidade prática ao trabalho desenvolvido e afirmar o

compromisso da Instituição com o modelo de proximidade que caracteriza a

actuação da PSP.



Ano

2009

Meta

Ano

2010

Concretização

Desvios

Resultado

Classificação


Eficácia

OB 02 Ponderação de 60% X

11,11%

Reforçar a

formação técnico

profissional do

efectivo policial

N.º de elementos policiais

(utilizadores) formados no

âmbito do SIRESP / N.º total

de elementos policiais

(utilizadores) no âmbito do

SIRESP * 100

79 90% 100% 111,11%

Ind 2

Peso 20%

% de elementos policiais

afectos à área de investigação

criminal, formados com o

curso de Investigação

Criminal

X

-1,34%

Ind 3

69% 95% 93,73% 98,66%



59 de 275

Peso 20%

X

5,57%

Ind 4 N.º de horas de formação em

técnicas de intervenção

policial realizadas / N.º de

horas de formação em técnicas

de intervenção policial

programadas * 100

121.263 100% 105,57% 105,57%

Peso 30%

N.º de horas de formação em

Gestão de Ocorrências

X

60,99%

Ind 5

N.A. 27.600 44.434 160,99%

Peso 30%


No objectivo n.º 2 (eficácia), encontram-se corporizadas quatro vertentes formativas

importantes no desenvolvimento das competências técnicas do efectivo com funções

policiais, representadas por quatro indicadores (n.ºs 2, 3, 4 e 5), as quais incorporam

respectivamente, o número de elementos/utilizadores formados no âmbito do

SIRESP, a percentagem de profissionais afectos à área de investigação criminal

formados com o respectivo curso, o número de horas de formação em técnicas de

intervenção policial e o número de horas de formação em gestão de ocorrências,

tendo em conta o plano de formação previamente estabelecido e programado.

A PSP, no intuito de reforçar as competências e qualificações dos seus profissionais,

no âmbito da actividade operacional policial, projectou formar 90% dos utilizadores

do SIRESP (indicador n.º 2), tendo logrado formar 100%, com um desvio positivo

de 10%. No que concerne à percentagem de profissionais afectos à área de

investigação criminal habilitados com o respectivo curso (indicador n.º 3), em que

se projectara uma ambiciosa taxa de 95% para 2010, atingiu-se uma percentagem

de 93,73%, ou seja, um grau de concretização de 98,66% da meta delineada, com

um desvio negativo de 1,34%.

Quanto ao número de horas de formação em técnicas de intervenção policial

(indicador n.º 4), área em que a PSP tem investido significativamente e que em

2009 contabilizara 121.263 horas, atingiu-se em 2010 um grau de concretização de

105,57%, com um desvio positivo de 5,57% face ao programado.

Relativamente ao indicador n.º 5, inerente ao número de horas de formação em

gestão de ocorrências, o elevado valor estipulado como meta – 27.600 horas – foi

ainda largamente superado, atingindo-se as 44.434 horas de formação,



60 de 275

correspondentes a um nível de concretização de 160,99%, associado a um desvio

positivo de 60,99%.

No âmbito da formação, que visou o desenvolvimento e harmonização de saberes,

nas vertentes técnico-policiais acima indicadas, salienta-se o elevado nível dos

vários indicadores de medida, que constituem o objectivo n.º 2 (eficácia), os quais

contabilizaram taxas de execução entre os 98,66% e os 160,99%.



Ano

2009

Meta

Ano

2010

Concretização Desvios

Resultado

Classificação


Eficácia


0,00%

Destruir 100%

das armas

consideradas

ilegais e

inoperacionais,

declaradas

perdidas a favor

do estado

N.º de armas destruídas / N.º

total de armas consideradas

ilegais e inoperacionais

perdidas a favor do Estado *

100

1.103 100% 100% 100%

Ind 6

Peso 100%

O terceiro objectivo operacional (eficácia), engloba como único indicador a

percentagem de armas destruídas, face ao total de armas ilegais ou inoperacionais

declaradas perdidas a favor do Estado. A ambiciosa meta de destruição da

totalidade das armas nestas condições foi alcançada, atingindo-se o grau de

concretização de 100%, num indicador em que o carácter auspicioso da meta não

permitia superação.



61 de 275

Gráfico n.º 1 Objectivos operacionais n.ºs 1, 2 e 3 (Eficácia QUAR) – Resultados face às metas

1.1.1.2. Objectivos operacionais de eficiência

A componente de eficiência do QUAR – 2010, contempla um conjunto de três

objectivos operacionais, que por sua vez adquirem sentido prático através de quatro

indicadores. No que concerne à análise destes objectivos, salienta-se a acentuada

produtividade, no que diz respeito à eficiência do serviço. A evolução denotada em

75% dos indicadores traduziu-se na produção de maior e melhor segurança para os

cidadãos, em áreas de relevo para a segurança da comunidade.



Ano

2009

Meta

Ano

2010

Concretização

Desvios

Resultado

Classificação


Eficiência


2,61%

Incrementar em

5% as acções de

fiscalização

focalizadas no

âmbito das

armas, munições

e explosivos

N.º de acções de fiscalização

a realizar aos locais de

fabrico, depósito e consumo

de explosivos 1.644 1.726 1.776 102,90%

Ind 7

Peso 50%


a realizar no sector das

armas e munições

X

0,83%

Ind 8

1.036 1.088 1.097 100,83%

Peso 50%




62 de 275

Relativamente ao número de acções de fiscalização a realizar aos locais de fabrico,

depósito e consumo de explosivos (Indicador n.º 7), o quadro apresentado permite

confirmar o incremento de 132 operações face ao ano anterior, atingindo-se em

2010 as 1.776 acções, superando inclusivamente a meta estipulada e alcançando

um grau de concretização de 102,90%.

No que concerne à fiscalização específica no sector das armas e munições

(indicador n.º 8), área em que a PSP continuou a apostar em 2010, os recursos

disponíveis permitiram a realização de 1.097 acções, a que corresponde uma taxa

de concretização de 100,88% e um desvio positivo em relação à meta definida para

2010 de 0,83%.

Quadro n.º 13

Objectivo Operacional n.º 05 – QUAR 2010


Ano

2009

Meta

Ano

2010

Concretização

Desvios

Resultado

Classificação


Eficiência


2,32%

Aumentar em 2%

a execução

processual no

âmbito da

Investigação

Criminal

[N.º de processos concluídos / (N.º

total de processos abertos + N.º de

processos pendentes 2009)]*100 72,59% 74,59% 76,32% 102,32%

Ind 9

Peso 100%


No âmbito da investigação criminal, a PSP apostou em 2010, no incremento dos

índices de execução processual, avaliados pela comparação entre o número de

processos abertos e o número de processos efectivamente concluídos (indicador

n.º 9). A meta estipulada foi de 74,59%, tendo sido atingida uma taxa de

concretização de 102,32%, correspondente a um desvio positivo de 2,32%.

A superação deste objectivo, indicador e meta é extremamente relevante, em

especial se considerarmos que a PSP organiza mais de 50% do total de inquéritos

criminais em Portugal, potenciando este resultado o aumento da confiança dos

cidadãos no sistema de justiça.



63 de 275



Ano

2009

Meta

Ano

2010

Concretização

Desvio

s

Resultado

Classificação


Eficiência


11,00% Aumentar em 5%

o número de

testes de

alcoolemia

N.º de condutores a submeter ao

teste de alcoolemia 253.821 266.512 295.840 111,00%

Ind 10

Peso 100%


No que diz respeito à fiscalização ao nível dos testes de alcoolemia, incidente sobre

um dos principais factores de risco rodoviário, representada no indicador n.º 10,

denotou-se um acréscimo significativo em 2010, em termos de valores absolutos,

efectuando-se, mais 42.019 testes de alcoolemia, face a 2009. Tendo por base o

inicialmente estabelecido (Meta - 2010), atingiu-se uma taxa de execução de

111,00%, associado um desvio positivo de 11%.

Gráfico n.º 2

Objectivos operacionais n.ºs 4, 5 e 6 (Eficiência QUAR) – Resultados face às metas


Ind 7 Ind 8 Ind 9 Ind 10

OB 4 OB 5 OB 6

102,90%

100,83%

102,32%

111%Eficiência



64 de 275

Da análise efectuada ao comportamento de todos os indicadores que constituem a

componente de eficiência do QUAR – 2010, ou seja, aos objectivos n.º 4, 5 e 6, em

relação ao inicialmente projectado (Meta – 2010), verificou-se um elevado grau de

concretização e, inclusivamente, uma superação em três dos quatro indicadores

definidos.

1.1.1.3. Objectivos operacionais de qualidade

No decurso do ano de 2010, a PSP orientou os seus objectivos de qualidade na

perspectiva da melhoria contínua dos serviços, quer a nível interno, quer a nível

externo. Neste âmbito, elegeu dois objectivos, vocacionando o primeiro (Objectivo

n.º 7) para o cliente externo, e o segundo (Objectivo n.º 8) para o cliente interno. Da

análise do processo evolutivo da área de qualidade do QUAR – 2010, retiraram-se

as seguintes análises:



Ano

2009

Meta

Ano

2010

Concretização

Desvios

Resultado

Classificação


Qualidade


389,80%

Melhorar a

qualidade do

acervo

documental do

ISCPSI

N.º de referências

bibliográficas de carácter

geral disponibilizadas / N.º

total de referências


geral existente *100

N.A. 20% 97,95% 489,75%

Ind 11

Peso 50%


bibliográficas sobre

segurança interna

disponibilizadas / N.º total de

referências bibliográficas

sobre segurança interna

existentes *100

X

233,33%

Ind 12

N.A. 30% 100% 333,33%

Peso 50%


O objectivo n.º 7 traduz o esforço da PSP em abrir aos diversos públicos o acervo

bibliográfico do ISCPSI, quer no que concerne a referências bibliográficas de



65 de 275

carácter geral (indicador n.º 11), quer no se refere a referências bibliográficas na

área da segurança interna, (indicador n.º 12).

No que se refere ao indicador n.º 11, que não dispunha de antecedentes de análise

e para o qual foi delineada uma meta de 20%, o trabalho realizado permitiu superar

largamente a meta definida, com um resultado de 97,95%, correspondente a uma

taxa de concretização de 489,75%, a que está associado um desvio positivo de

389,75%.

O indicador n.º 12 apresenta resultados que acompanham o espectro de superação

do anterior, dado que a meta inicialmente delineada (30%) foi largamente superada,

com um resultado de 100%, a que está inerente uma taxa de concretização de

333,33%, e o correspondente desvio positivo de 233,33%.

Assim, demonstrando plena capacidade de integração na sociedade de informação

e mediante a rentabilização de ferramentas tecnológicas, a PSP proporcionou ao

seu público externo, mas também ao interno, um acervo bibliográfico de elevado

interesse e qualidade.

Quadro n.º 16

Objectivo Operacional n.º 08 – QUAR 2010


Ano

2009

Meta

Ano

2010

Concretização

Desvios

Resultado

Classificação


Qualidade


9,09%

Melhorar a

qualidade do

Procedimento

Administrativo da

Deontologia e

Disciplina

Mês da aprovação do

Manual de Procedimentos

Administrativos de

Deontologia e Disciplina N.A. 12 11 109,09%

Ind 13

Peso 100%


No que concerne ao incremento da qualidade em matéria de deontologia e disciplina

(Objectivo n.º 8), área essencial à integridade de uma Instituição como a PSP, sendo

que a aprovação de um manual de procedimentos estava identificada há muito como

um passo relevante para a qualidade do serviço (Indicador n.º 13), a meta



66 de 275

inicialmente estipulada apontava para a aprovação do manual até ao final do mês de

Dezembro de 2010, tendo sido possível elaborar e garantir a aprovação de tal

documento orientador com um mês de antecedência, o que corresponde a um índice

de concretização de 109,09%, ao qual está associado um desvio positivo de 9,09%.

Gráfico n.º 3

Objectivos operacionais n.ºs 7 e 8 (Qualidade QUAR) – Resultados face às metas


O gráfico anterior permite visualizar a análise efectuada ao comportamento dos

resultados alcançados nos indicadores que constituem os objectivos n.ºs 7 e 8,

comparativamente ao inicialmente esperado (Meta - 2010). Os resultados atingidos

nos objectivos que concorrem para a componente de qualidade são extremamente

elevados, variando entre 109,09% no indicador n.º 13 (objectivo n.º 8) e 489,75% no

indicador n.º 11 (objectivo n.º 7).

1.1.1.4. Recursos humanos e financeiros afectos

No intuito de promover o cumprimento dos objectivos operacionais, sobretudo dos

constantes do QUAR de 2010, a PSP mobilizou o seu potencial humano e aplicou os

meios financeiros disponíveis, no sentido de os rentabilizar da melhor forma

possível.

Ind 11 Ind 12 Ind 13

OB 7 OB 8

489,75%

333,33%

109,09%

Qualidade



67 de 275

1.1.1.4.1. Humanos

A área dos recursos humanos ficou marcada por movimentos oscilantes, verificados

ao longo do ano, os quais derivaram de promoções, pré-aposentações,

aposentações e outras situações similares.

A definição de estratégicas e critérios para manter actualizada e operante a gestão

de recursos humanos traduz-se, no essencial, por trabalhar para e com as pessoas,

não descurando a visão estratégica e os objectivos da organização nas suas

diversas vertentes, designadamente a promoção e valorização das pessoas, através

da sua integração organizacional e da frequência de acções formativas.

Quadro n.º 17

RH - Evolução dos pontos planeados e executados (QUAR 2010)

Meios disponíveis

Recursos Humanos Pontuação Planeados Executados Desvio

Dirigentes - Direcção Superior 20 160 160 0

Dirigentes - Direcção Intermédia e Chefes de equipa

16 1.168 1.168 0

Técnico Superior 12 768 765 -3

Coordenador Técnico 9

Assistente Técnico 8 2.472 2.467 -5

Encarregado geral operacional 7

Encarregado operacional 6

Assistente operacional 5 1.130 1.129 -1

Superintendente-chefe 20

Superintendente 18 144 142 -2

Intendente 16 288 283 -5

Subintendente 14 1.022 1.019 -3

Comissário 13 1.963 1.959 -4

Subcomissário 12 5.796 5.794 -2

Chefe Principal 11 836 807 -29

Chefe 10 26.540 26.540 0

Agente principal 9 120.807 120.796 -11

Agente 8 42.592 42.572 -20

Total: 205.686 205.602 -84

Fonte: Departamento de Recursos Humanos – DN/PSP



68 de 275

1.1.1.4.2. Financeiros

No ano de 2010, a gestão orçamental não foi uma tarefa fácil, uma vez que o

plafond atribuído inicialmente à PSP para funcionamento, no montante de

635 000 000€, estava suborçamentado, não sendo suficiente para que pudessem

ser assumidos todos os compromissos que decorreram do desenvolvimento das

suas actividades.

Ao nível da execução orçamental/financeira, a insuficiência de dotação criou

constrangimentos, obrigando à realização de permanentes alterações orçamentais

que permitissem cabimentar os encargos previstos com as aquisições de bens e

serviços. Tal situação agravou-se a partir do segundo semestre do ano, tendo sido

necessário desencadear vários pedidos de reforço orçamental junto da Tutela, de

molde a superar o deficit existente, ao nível dos agrupamentos Despesas com

Pessoal, que incluía os Encargos com a Saúde e de Bens e Serviços.

Das alterações solicitadas, apenas foram autorizadas as descativações/reforços

necessárias para as Despesas com o Pessoal, as quais não foram contudo

suficientes para regularizar junto da Caixa Geral de Aposentações os montantes

relativos aos descontos dos beneficiários e da entidade patronal, relativos a

Novembro e Dezembro, transitando o respectivo encargo para o ano seguinte. Tal

situação também ocorreu relativamente aos encargos com a saúde e com a

aquisição de bens e serviços, onde por falta de dotação, os encargos assumidos e

não pagos oneraram o orçamento de 2011

Relativamente à receita arrecadada, constatou-se que a sua cobrança foi regular ao

longo do ano, não tendo existido atrasos significativos na entrega dos montantes

devidos pelas entidades externas que provocassem dificuldades de tesouraria.

Em termos de investimento (PIDDAC), foram inscritos em 2010, cinco projectos co-

financiados pelo FEDER, nomeadamente: Sistemas de Informação e Comunicações

da PSP; Sistema Integrado de Receita; Plataforma Integrada de Contratação

Pública; Sistema Integrado de Gestão de Segurança Privada; e Apoio ao Sistema de

Vigilância. Das Fronteiras Externas Aeroportuárias.

A execução financeira e material destes projectos, com excepção do primeiro, ficou

aquém do programado, em resultado dos atrasos verificados nos processos de

contratação pública e também porque a partir de 19 de Novembro de 2010 não foi

possível à PSP assumir compromissos por conta do orçamento do mesmo ano,



69 de 275

conforme determinou o despacho conjunto de Suas Excelências os Ministros de

Estado e das Finanças e da Administração Interna. Assim, no fim do ano de 2010 foi

solicitado à entidade gestora do programa comunitário (Agência para a

Modernização Administrativa), a reprogramação temporal e financeira dos

respectivos projectos, de forma a transitarem para 2011.

Em 2010, o orçamento global corrigido da PSP foi de 703 941 723€, dos quais, uma

incontornável parcela de cerca de 93% se destinou a suportar as despesas com

pessoal, nomeadamente “remunerações certas e permanentes”, “ abonos variáveis “

e “segurança social”, que incluiu as despesas c/ a saúde, e cerca de 7% destinou-se

a despesas de funcionamento corrente e de capital/outros.

Em termos globais, a execução financeira foi de 701 618 264€ (pagamentos

líquidos) e repartiu-se em quatro agrupamentos económicos, conforme quadro 18,

sendo o mais significativo, o agrupamento «Despesas com o Pessoal», cifrando-se a

taxa de execução financeira anual nos 99,67%.

Quadro n.º 18

Execução financeira anual – 2010

Nota: Valores em euros (€) Fonte: Departamento de Gestão Financeira – DN/PSP.

Agrupamentos

Despesas Orçamento Corrigido Pagamentos

Líquidos Taxa de Execução

1.1.1.1.1.1.1 Despesas com pessoal 657 951 242 656 527 737 99,78%

01

Remunerações Certas e Permanentes 490 052 326 489 085 481

Abonos Variáveis e Eventuais 39 825 631 39 618180

Segurança Social + Saúde 128 073 285 127 824 076

1.1.1.1.1.1.2 Aquisições de Bens e Serviços 44 277 984 43 453 520 98,17%

02 Aquisição de bens 13 12 5871 12 700 686

Aquisição de serviços 31152113 30 752 834

1.1.1.1.1.1.3 Outras Despesas Correntes 578 474 543 926 94,0%

03+04+06 Juros + Transferências + Outras Desp. Correntes 578 474 543 926

Despesas de Capital 1 134 023 1 093 081 96,39%

07 Despesas de Capital

1 134 023

1 093 081

TOTAl 703 941 723 701 618 264 99,67%



70 de 275

No cumprimento das respectivas atribuições, a PSP teve como preocupação

fundamental, a gestão eficaz e eficiente dos recursos disponíveis, com vista à

consecução dos objectivos fixados.

1.1.1.5. Avaliação

A presente Auto-Avaliação (QUAR) tem por objectivo dar a conhecer os principais

objectivos eleitos pela PSP, durante o ano de 2010, com a grande convicção de que

os resultados alcançados foram extremamente positivos.

De acordo com a análise casuística, efectuada aos resultados do cômputo geral dos

objectivos operacionais do QUAR/2010, e respectivos indicadores, os resultados são

extremamente positivos. De facto, dos treze indicadores que em conjunto edificavam

o QUAR, verifica-se que em apenas um deles a meta delineada não foi alcançada, o

indicador respeitante à destruição da totalidade das armas ilegais e inoperacionais

declaradas perdidas a favor do Estado foi atingido e não admitia superação, e as

metas de todos os outros indicadores foram superadas, atingindo-se no indicador n.º

11, uma taxa de concretização de 489,75%, bem demonstrativa do empenhamento

da PSP na prossecução dos objectivos constantes do QUAR.

A análise dos resultados obtidos, conjugada ainda com os factos inopinados no

decorrer do ciclo anual de gestão, permite concluir que o desempenho global foi

claramente positivo. Ao nível de avaliação final do serviço o resultado foi de Bom,

fundamentada na superação da esmagadora maioria dos objectivos definidos no

QUAR, para o que contribuiu o interesse, o empenhamento e a cooperação de todos

os elementos desta Polícia e demais parceiros institucionais, atingindo-se uma taxa

final de execução na ordem de 162,33%, conforme expressa o quadro n.º 19

(demonstrativo dos resultados agregados).

No que diz respeito à audição e participação na avaliação, a avaliação do

QUAR - 2010 teve em atenção a envolvente interna. Deste modo, promoveu-se

activamente a participação dos trabalhadores da organização, uma vez que os

objectivos e respectivos indicadores de desempenho foram construídos e

monitorizados com base em informação produzida pelos responsáveis das diversas

áreas de actuação da PSP.



71 de 275

Quadro n.º 19 Resultados agregados – QUAR 2010

Ministério: Ministério da Administração Interna

Organismo: Polícia de Segurança Pública

Missão: Assegurar a legalidade democrática, promover a segurança interna e garantir os direitos dos cidadãos

Objectivos Estratégicos

OE 1 Aumentar a protecção do cidadão

OE 2 Reduzir a criminalidade e a insegurança

OE 3 Promover a segurança rodoviária

OE 4 Melhorar a qualidade dos serviços de polícia

OE 5 Reforçar a qualificação dos recursos humanos

Objectivos operacionais

Meta

Ano

2009

Meta

Ano

2010

Concretização

Desvios

Resultado Classificação


Eficácia 40% 114,10%


3,13% Aumentar o número de Esquadras de competência territorial abrangidas com o Programa

Integrado de Policiamento de Proximidade

N.º de Esquadras abrangidas

pelo Programa Integrado de

Policiamento de

Proximidade

150 160 165 103,13%

Ind 1

Peso 100%


11,11%

Reforçar a formação técnico profissional do efectivo policial

N.º de elementos policiais

(utilizadores) formados no

âmbito do SIRESP / N.º total de

elementos policiais

(utilizadores) no âmbito do

SIRESP * 100

79 90% 100% 111,11%

Ind 2

Peso 20%

% de elementos policiais

afectos à área de investigação

criminal, formados com o curso

de Investigação Criminal

X

-1,34%

Ind 3

69% 95% 93,73% 98,66%

Peso 20%

X

5,57%

Ind 4 N.º de horas de formação em

técnicas de intervenção policial

realizadas / N.º de horas de

formação em técnicas de interv.

policial programadas * 100

121.263 100% 105,57% 105,57%

Peso 30%

N.º de horas de formação em


X

60,99% Ind 5

N.A. 27.600 44.434 160,99%

Peso 30%


0,00% Destruir 100% das armas consideradas ilegais e inoperacionais, declaradas perdidas a favor

do estado

N.º de armas destruídas / N.º

total de armas consideradas

ilegais e inoperacionais

perdidas a favor do Estado *

100

1.103 100% 100% 100%

Ind 6

Peso 100%

Eficiência 35% 104,26%


2,90%

Incrementar em 5% as acções de fiscalização focalizadas no âmbito das armas, munições e

explosivos


aos locais de fabrico, depósito e

consumo de explosivos 1.644 1.726 1.776 102,90%

Ind 7

Peso 50%

N.º de acções de fiscalização no

sector das armas e munições

0,83% Ind 8

1.036 1.088 1.097 100,83%

Peso 50%


2,32% Aumentar em 2% a execução processual no âmbito da Investigação Criminal

[N.º processos concluídos / (N.º

de processos abertos + N.º de

processos pendentes

2009)]*100

72,59% 74,59% 76,32% 102,32%

Ind 9

Peso 100%



72 de 275

Objectivos operacionais

Meta

Ano

2009

Meta

Ano

2010

Concretização

Desvios

Resultado Classificação



11,00% Aumentar em 5% o número de testes de alcoolemia

N.º de condutores a submeter ao

teste de alcoolemia 253.821 266.512 295.840 111,00% Ind 10

Peso 100%

Qualidade 25% 320,80%


389,80%

Melhorar a qualidade do acervo documental do ISCPSI



geral disponibilizadas / N.º

total de referências


geral existente *100

N.A. 20% 97,95% 489,75%

Ind 11

Peso 50%


bibliográficas sobre

segurança interna

disponibilizadas / N.º total

de referências bibliográficas

sobre segurança interna

existentes *100

X

233,33%

Ind 12

N.A. 30% 100% 333,33%

Peso 50%


9,09% Melhorar a qualidade do Procedimento Administrativo da Deontologia e Disciplina

Mês da aprovação do

Manual de Procedimentos

Administrativos da

Deontologia e Disciplina

N.A. 12 11 109,09%

Ind 13

Peso 100%

Resultados agregados

Eficácia Eficiência Qualidade

40% 35% 25%

45,64% 36,49% 80,20%

Avaliação final do serviço Bom Satisfatório Insuficiente

162,33%

1.2. Análise dos outros objectivos operacionais prioritários

Em 2010, a PSP desenvolveu um conjunto de outras actividades consideradas

prioritárias e previstas no Plano de Actividades 2010, mas, por razões de ordem

metodológica e doutrinária, não enquadradas no âmbito dos objectivos operacionais

QUAR 2010, sendo, no entanto, também objecto de análise quantitativa

pormenorizada e alvo de monitorização ao longo do ano, tendo por base a sua

correlação com os objectivos operacionais traçados na Directiva Operacional n.º

01/2010, 27 de Janeiro de 2010.



73 de 275

Neste espaço, procede-se a uma apreciação quantitativa dos resultados alcançados

no âmbito dos objectivos operacionais prioritários previstos na Directiva Operacional

para 2010 (quadro n.º 20), que tem por base o grau de cumprimento das metas

fixadas para os 20 indicadores associados aos 14 objectivos operacionais fixados.

Quadro n.º 20 Outros objectivos operacionais prioritários - 2010

Directiva operacional n.º 01/2010

Monitorização e avaliação final Total acumulado até Dezembro 2010

Objectivo Indicador 1 Departamento Responsável

Meta Ano 2010

Grau de concretização

Taxa Realização

[%]

Tipo de Incremento

Desvio relativo à Meta

Desvio relativo à Taxa de

Realização [%]

Promover seminários de interesse institucional

N.º de seminários realizados

ISCPSI 2 7 350,00% Positivo + 5 + 250,00%

Objectivo Indicador 2 Departamento

Responsável

Meta Ano 2010

Grau de

concretização

Taxa Realização

[%]

Tipo de

Incremento



Realização [%]

Atingir 65% de nível de satisfação dos formandos, igual a Bom (4), no total dos cursos e acções de formação

Índice de satisfação dos formandos ( a medir por questionário de satisfação)

ISCPSI 65% 90% 138,46% Positivo + 25% + 38,46%


Meta Ano 2010


Taxa Realização

[%]

Tipo de Incremento



Realização [%]

Desenvolver, difundir e partilhar conhecimentos e boas práticas no âmbito da Investigação e da Polícia Cientifica

Realizar até ao final de

Dezembro de 2010, o II Fórum de Polícia Técnica

DIC 12 9 133,33% Negativo -3 + 33,33%

Indicador 4 Departamento Responsável

Meta Ano 2010


Taxa Realização

[%]

Tipo de Incremento



Realização [%]

Realizar até ao final de Junho de 2010 o I Seminário de Investigação Criminal

DIC 6 3 200,00% Negativo -3 + 100%


Meta Ano 2010


Taxa Realização

[%]

Tipo de Incremento



Realização [%]

Elaborar Manual no âmbito de Procedimentos de Investigação Criminal e Polícia Técnica

Elaborar até final de Dezembro de 2010

DIC 12 0 0,0% Negativo - 12 -12

-100% #DIV/0!


Meta Ano 2010


Taxa Realização

[%]

Tipo de Incremento



Realização [%]

Desenvolver e difundir as actividades formativas

Elaborar um folheto referente à actividade formativa, a divulgar externamente até final de Dezembro de 2010

DF 12 10 120,00% Negativo

-2 + 20,00%


Meta Ano 2010


Taxa Realização

[%]

Tipo de Incremento



Realização [%]

Elaborar um portefólio referente à actividade formativa, a divulgar internamente até final de Dezembro de 2010

DF 12 10 120,00% Negativo

-2 + 20,00%


Meta Ano 2010


Taxa Realização

[%]

Tipo de Incremento



Realização [%]



74 de 275

Elaborar uma Proposta de Directiva de Instrução Física Regular no âmbito da Formação


DF 12 7 171,43% Negativo -5 + 71,43%


Meta Ano 2010


Taxa Realização

[%]

Tipo de Incremento



Realização [%]

Assegurar a comunicação via rádio no âmbito do SIRESP

N.º de emissores-receptores (ER) fixos , móveis e portáteis programados / N.º emissores-receptores (ER) fixos, móveis e portáteis, entregues à PSP

DSIC 85% 90,50% 106,47% Positivo 5,50% + 6,47%


Meta Ano 2010


Taxa Realização

[%]

Tipo de Incremento



Realização [%]

Reforçar a formação técnico profissional do efectivo policial

N.º de horas de formação em SEI

DF 18.000 39.813 221,18% Positivo + 21.813 + 121,18%


Meta Ano

2010


Taxa Realização

[%]

Tipo de Incremento

Desvio relativo

à Meta


Realização [%]

N.º de Chefes dos Núcleos de Sistemas de Informação e Comunicações formados com o curso específico de comunicações / N.º total de Chefes dos Núcleos de Sistemas de Informação e Comunicações * 100

DSIC 80% 62,00% 77,50% Positivo -18,00% -22,50%


Meta Ano 2010


Taxa Realização

[%]

Tipo de Incremento



Realização [%]

N.º de elementos policiais formados na área de cifra

DSIC 40 49 122,50% Positivo + 9 + 22,50%


Meta Ano 2010


Taxa Realização

[%]

Tipo de Incremento



Realização [%]

N.º de operadores técnicos de manutenção em comunicações formados no âmbito do SIRESP / N.º total de operadores técnicos de manutenção em comunicações * 100

DSIC 90% 82,00% 91,11% Positivo - 8,00% - 8,89%


Meta Ano 2010


Taxa Realização

[%]

Tipo de Incremento



Realização [%]

Promover a continuidade da participação da PSP no Projecto SCEPYLT (Explosives Control and a Protection System to Prevent and Fight Against Terrorism), visando a sua gestão e

coordenação

(N.º de horas dispensadas / N.º total de horas solicitadas) * 100

DAE 100% 100% 100,00% Positivo 0% 0,00%

Objectivo (*) Indicador 15 Departamento Responsável

Meta Ano 2010


Taxa Realização

[%]

Tipo de Incremento



Realização [%]

Elaborar Plano Curricular do SEI

Elaborar até final de Junho de 2010

DO 6 12 50,00% Negativo + 6 -50,00%


Meta Ano

2010


Taxa Realização

[%]

Tipo de Incremento

Desvio relativo

à Meta


Realização [%]



75 de 275

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

110%

120%

130%

140%

150%

160%

170%

180%

190%

200%

210%

350%

138,46%

133,33%

200%

0%

120% 120%

171,43%

106,47%

221,18%

78%

122,50%

91,11%100%

50%

0%

198,98%248,28%

164,19%

0%

Elaborar Manual no âmbito de Procedimentos de Operações e Segurança


DO 12 0 0,0% Negativo - 12

-100%


Meta Ano 2010


Taxa Realização

[%]

Tipo de Incremento



Realização [%]

Intensificar a fiscalização incidente sobre os principais factores de risco

rodoviário (Comandos regionais - Açores e Madeira)

N.º de operações de fiscalização de trânsito a realizar no Comando Regional dos Açores

DO 683 1.359 198,98% Positivo + 676 + 98,98%


Meta Ano

2010


Taxa Realização

[%]

Tipo de Incremento

Desvio relativo

à Meta


Realização [%]

N.º de operações de fiscalização de trânsito a realizar no Comando Regional da Madeira

DO 522 1.296 248,28% Positivo + 774 + 148,28%


Meta Ano 2010


Taxa Realização

[%]

Tipo de Incremento



Realização [%]

Incrementar em 5% a gestão integrada da informação, com recurso às tecnologias implementadas e em desenvolvimento (Polícia em Movimento e Sistema de Contra-Ordenações de Trânsito) - SCOT

N.º de Autos elaborados no SCOT Mobilidade

DO 70.013 114.954 164,19% Positivo + 44.941 + 64,19%


Meta Ano 2010


Taxa Realização

[%]

Tipo de Incremento



Realização [%]

Implementar nos Sistemas de Informação da PSP a nova Estrutura Organizacional dos Comandos, Divisões e Esquadras

(Organigramas)

Implementar até final de Junho de 2010

DO 6 0 0,0% Negativo - 6

100%

(*) Objectivo reformulado mediante aprovação de S. Exa. o Director Nacional, passando a integrar: NEP SEI; Regulamento

Formação SEI; Plano curricular com módulos, carga horária e conteúdos programáticos.

Dos 20 indicadores e metas traçadas para as actividades planeadas no âmbito da

directiva operacional para 2010, verifica-se (gráfico n.º 4) que 70% dos indicadores

atingiram ou superaram as metas propostas (14 em 20 indicadores).

Gráfico n.º 4

Taxa de realização Objectivos operacionais prioritários previstos na Directiva Operacional n.º 01/2010



76 de 275

A apreciação quantitativa dos objectivos operacionais prioritários aqui apresentados,

surge na sequência de um processo que visa implementar, de forma gradual, um

maior rigor metodológico que permita mensurar e monitorizar, tanto quanto possível,

a actividade policial desenvolvida pela PSP, independentemente dos objectivos

operacionais, indicadores, metas e as actividades a eles associados serem ou não

incluídos no QUAR.

1.3. Análise de outros objectivos / orientações operacionais

Elencados e analisados os objectivos operacionais considerados prioritários para

2010 e que, independentemente de serem ou não integrados no QUAR, foram

monitorizados, apresentam-se, de seguida, os resultados qualitativos de outros

objectivos / orientações operacionais (quadro n.º x) tidos por relevantes e

complementares àqueles e também alinhados com os OEPSP.

Os outros objectivos / orientações operacionais, complementares dos objectivos

operacionais prioritários, estão directamente associados às diversas actividades,

desenvolvidas em 2010, parte significativa descrita no quadro n.º x, as quais

procuraram dar respostas às necessidades dos clientes internos e externos, tendo

em vista atingir um serviço público de excelência.

Por outro lado, os outros objectivos / orientações operacionais constituíram, cada um

por si ou conjuntamente, a fonte indicativa de configuração dos objectivos sectoriais

de cada serviço interno e dos objectivos individuais dos funcionários sem funções

policiais a prestar serviço na PSP, com vista à avaliação dos respectivos

desempenhos funcionais.

As acções desenvolvidas, tendo em vista a concretização das actividades previstas

no plano de actividades para 2010, e decorrentes dos outros objectivos / orientações

operacionais, permitiram alcançar os resultados constantes do quadro seguinte.



77 de 275

Quadro n.º 21 Actividades programadas e associadas aos outros objectivos/orientações operacionais traçados para 2010

1. Incrementar a qualificação profissional do potencial humano

Actividades programadas Unidade Orgânica

Responsável

Calendarização e

Meta

Grau de Realização / Execução (Superada /

Realizada / Não realizada)

Avaliação e justificação dos

desvios

a) Ministrar o curso de mestrado integrado em Ciências Policiais (modelo de Bolonha) e o subsequente estágio para oficiais de polícia;

ISCPSI Realizar até ao final de

2010 Superada Nada a referir

b) Realizar o Estágio de Comando e Direcção para oficiais de países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP);

ISCPSI Realizar até ao final

de 2010 Superada Nada a referir

c) Efectuar, no âmbito do programa anual da Academia Europeia de Polícia (CEPOL), três cursos relativos a (i) ordem pública, gestão de multidões e tecnologias de segurança; (ii) prevenção criminal e segurança urbana (iii) e simpósio científico sobre gestão de grandes eventos públicos;



d) Realizar dois seminários e conferências internacionais no âmbito da segurança interna;



e) Ministrar um Curso de Formação de Chefes (CFC) destinado ao preenchimento de 200 vagas, a iniciar em 02 de Novembro de 2009 e a findar durante o ano de 2010;

EPP Realizar a partir de Abril de 2009 até

Março de 2010

Realizada

Apesar do seu começo

estar inicialmente previsto para Abril de 2009, por despacho de Sua Excelência o Director Nacional da PSP, o curso teve o seu início em 02 de Novembro de 2009 e terminou em 30 de Julho de 2010. Ainda por Despacho de Sua Excelência o Director Nacional da PSP o número de vagas foi alargado de 50 para

200.



78 de 275


f) Organizar e ministrar o 8.º Curso de Formação de Agentes (CFA), que se iniciará, provavelmente, em Abril/Maio de 2010 (dependente da publicação atempada de Despacho Conjunto do Ministério da Administração Interna (MAI) / Ministério das Finanças e da Administração Pública (MFAP) que fixará o número de vagas), tendo em vista o ingresso na PSP no ano de 2010, dos formandos aprovados;

EPP A iniciar em

Abril/Maio de 2010 Não realizada

Por motivos políticos, o despacho conjunto do MAI e do MFAP a fixar as vagas, apenas

foi assinado em 07 de Abril de 2010. Assim e tendo em conta a duração normal das actividades concursais, o 8º CFA apenas teve início em 03 de Janeiro de 2011.

g) Certificar, através do Centro de Novas Oportunidades para a formação de adultos, criado na EPP, 40% dos adultos encaminhados para o processo de reconhecimento, validação e certificação de competências, durante o 1.º trimestre, com vista a aumentar as qualificações base da população policial e civil adulta;

EPP Realizar até 31 de

Dezembro de 2010

Realizada parcialmente

No 1.º trimestre de 2010 inscreveram-se no CNOMAIPSP 13 pessoas que não concluíram o seu processo até 31 de

Dezembro. Alguns foram suspensos e outros estão agora a terminar o seu processo. Refira-se que o CNO da PSP muito embora esteja aberto à população civil tem como principal objectivo a certificação de elementos policiais tendo proposto a sua deslocação dos vários comandos e unidades da PSP para a EPP para processo de RVCC. Tal facto ocorreu pela 1.ª vez em Setembro de 2010 com um grupo de 30 Agentes, os quais foram certificados com o nível secundário até 31 de Dezembro de 2010. A acrescentar a estes dados, há ainda a referir a certificação de mais 16 adultos com inscrições efectivadas antes do primeiro trimestre de 2010.



79 de 275


h) Ministrar acções de formação técnica especializada, tendo em vista a aquisição de novas competências na área técnico-policial, mormente de (i) investigação criminal, (ii) trânsito, (iii) técnicas de intervenção policial; (iv) gestão de ocorrências; (v) cursos de especialização da UEP (GOE, CI e CIEXSS) e (vi) tiro policial;

DF Realizar até ao final

de 2010 Superada

i) Dotar todo o pessoal policial em serviços operacionais de investigação criminal com a respectiva formação;

DIC / DF Realizar até ao final

de 2010 Realizada

j) Aprofundar a vertente formativa associada às novas tecnologias, criando cursos no formato de e-learning, optimizando as potencialidades da plataforma de e-learning da Rede Nacional de Segurança Interna (RNSI);


de 2010 Superada

k) Manter a PSP enquanto entidade formadora certificada, tendo em vista ministrar os cursos de formação pedagógica de formadores;


de 2010 Superada

l) Elaborar, no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), um Plano de Formação Co-financiado;


de 2010 Realizada

m) Criar recursos didácticos e material pedagógico de apoio à formação; DF Realizar ao longo de

2010 Superada

n) Formar, na área das comunicações, 80% dos Chefes dos Núcleos de Sistemas de Informação e Comunicações dos Comandos Territoriais de Polícia (CTP), bem como dar formação a 80% (50 formandos) dos elementos afectos à área de cifra.

DSIC Realizar até ao final

de 2010 Realizada



80 de 275

2. Optimizar a gestão de recursos


Responsável

Calendarização e

Meta



Avaliação e justificação dos desvios

a) Fixar os objectivos operacionais prioritários anuais que suportam o Quadro de Avaliação e Responsabilização (QUAR), no âmbito do Sistema Integrado de Gestão e Avaliação do Desempenho na Administração Pública (SIADAP), acompanhando a respectiva execução e realizando a avaliação final;

GEP Realizar até ao final

de 2010 Realizada

b) Promover a avaliação do desempenho, dos funcionários, no quadro do SIADAP; DRH Realizar ao longo de

2010 Realizada

c) Criar um subsistema específico para a avaliação do pessoal com funções policiais;

DRH Realizar até ao final

de 2010 Realizada

d) Intensificar a afectação do pessoal policial ao exercício de funções eminentemente policiais;


de 2010 Não realizada

Não foi possível a referida intensificação pelo seguinte:

O número de pessoal não policial foi substancialmente reduzido e por isso é claramente

insuficiente face às necessidades;

Em determinadas tarefas, os elementos policiais são mais qualificados e dada

a complexidade crescente das funções de apoio por via do uso das TIC e dos instrumentos de gestão, a população policial mostra-se mais apta;

Por outro lado muitos elementos policiais não reúnem as condições físicas e

intelectuais que possibilitem o regresso ao desempenho de actividades operacionais;



81 de 275

2. Optimizar a gestão de recursos O efectivo civil encontra-se muito envelhecido (cerca de 2/3 acima dos 50

anos) e 25% possui apenas o 4º ano de escolaridade

e) Suprir os aspectos críticos identificados nas aplicações (i) de Gestão Integrada de Vencimentos e Recursos Humanos e (ii) de Gestão Documental;


de 2010 Realizada

parcialmente

Está em execução. Envolve uma acção concertada entre o DRH, o GSI e a LUSODATA. A natureza dos aspectos requer uma intervenção estruturante na medida em que decorreram várias

alterações legislativas e que têm de reflectir-se nas referidas aplicações.

f) Concluir o processo de reforma do serviço de saúde; DSAD Realizar até ao final

de 2010

g) Executar os projectos de obras não planeados e considerados urgentes e inadiáveis;

DL Realizar ao longo de

2010 Realizada

h) Aperfeiçoar o grau de prontidão operacional do material em serviço na PSP; DL Realizar ao longo de

2010 Realizada

i) Estabelecer programas de visitas de assistência técnica e de apoio adicional de manutenção às unidades orgânicas;

DL Realizar até ao final

de 2010 Realizada

j) Elaborar o mapa anual de necessidades de equipamentos e a previsão de encargos daí resultantes;


de 2010 Realizada

k) Definir o mapa de necessidades de fardamento a suportar pelo Orçamento de Estado (OE) e pelo Fundo de Fardamento (FF) e planear as aquisições;


de 2010 Superada

l) Controlar a recepção, armazenamento e distribuição dos equipamentos e dos artigos de fardamento, gerindo os respectivos stocks;


de 2010 Realizada

m) Criar manual de responsabilidade de gestão do material, nas vertentes do planeamento, aquisição, armazenamento, distribuição, recolha e abate;


de 2010 Realizada

n) Rever a legislação referente ao Plano de Uniformes e ao Fundo de Fardamento; DL Realizar até ao fim

de 2010 Realizada



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2. Optimizar a gestão de recursos

o) Registar as viaturas no SIBAP e manter actualizado o Sistema de Gestão de Viaturas (SIGVIAT);


2010 Realizada

p) Elaborar um estudo sobre viabilidade do AOV na PSP e tentar saber que modalidades existem em outras polícias da Europa;



Por falta de meios

humanos

q) Aprofundar a modernização dos sistemas de telecomunicações da PSP e a adaptação de tecnologias emergentes às crescentes necessidades do dispositivo;


de 2010 Realizada

r) Renovar e ampliar o parque dos terminais telefónicos, através da aquisição e instalação de 25 novas centrais telefónicas de pequena e média capacidade; de 100 telefones analógicos, de 40 telefones digitais e de 5 telefones satélite, bem como mediante a aquisição de 60 terminais telecopiadores de Grupo 3 e 15 de Grupo 4;

DSIC Realizar ao longo de

2010 Realizada

s) Assegurar, no âmbito da PSP, o funcionamento interoperacional com a RNSI e com o Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP), bem como o funcionamento de sistemas específicos de segurança e de emergência, designadamente o 112;


2010 Realizada

t) Programar, no âmbito do SIRESP, 90% dos novos emissores-receptores (E/R) fixos, móveis e portáteis entregues à PSP; formar 90% dos operadores e técnicos de manutenção das comunicações; formar 90% dos utilizadores; instalar 90% dos terminais E/R´s fixos (esquadras) e móveis (viaturas); desprogramar e reprogramar 100% de terminais no acto de assistência técnica pela empresa e, no sector da logística de aprovisionamento, recepcionar (100%), preparar e distribuir 90% de terminais para operação na rede e respectivos acessórios (bolsas, baterias, carregadores, micro-auriculares, etc.);


2010 Realizada

u) Participar activamente na implementação do Centro Operacional 112.pt Sul e, eventualmente, do Centro Operacional 112.pt Norte, nomeadamente no Centro de Instalação 112 e na formação dos operadores de Despacho dos PSAP‟S a integrar;

DSIC Implementar durante

2010 Realizada

v) Optimizar o Sistema Estratégico de Informação, Gestão e Controlo Operacional (SEI).

DIP Realizar ao longo de

2010

Propôs-se e criou-se o NCSEI.Recrutaram-se recursos e desenvolveram-se actividades consideradas adequadas à prossecução deste objectivo.



83 de 275

3. Firmar a qualidade da acção policial


Responsável

Calendarização e

Meta




a) Consolidar o Plano Integrado de Policiamento de Proximidade; DO Realizar ao longo de

2010 Superada

b) Consolidar, de forma gradual, a estrutura operacional das Brigadas de Investigação de Acidentes Rodoviários, dinamizando a sua intervenção e monitorizando os resultados obtidos;

DO Realizar até ao final

de 2010 Superada

c) Aumentar, em 5% face a 2009, o número (i) de fiscalização de trânsito e (ii) de condutores a submeter ao teste de alcoolemia, tendo em vista reduzir os índices de sinistralidade rodoviária;

DO Realizar ao longo do

ano 2010 Superada

d) Promover, no âmbito da prevenção rodoviária, acções de formação e sensibilização na comunidade escolar;

DO Realizar ao longo do

ano 2010 Superada

e) Melhorar a qualidade do atendimento policial nas subunidades policiais, especialmente das vítimas de violência doméstica;


de 2010 Superada

f) Gerir, activamente os grandes eventos, mormente os desportivos, afastando os riscos e desenvolvendo acções que potenciem o clima de segurança, incluindo o acompanhamento de claques;

DIP Realizar até ao final

de 2010 Realizada

g) Proceder à avaliação sistemática do risco associado à segurança de grandes eventos e à protecção de altas entidades a cargo da PSP;


2010 Realizada

h) Dinamizar a actividade da rede de postos de controlo da PSP; DIP Realizar até ao final

de 2010 Realizada

i) Promover acções específicas de pesquisa e análise de informações policiais e acompanhamento de fenómenos geradores de insegurança, com vista à prevenir, conter e neutralizar situações que representam riscos para a segurança, a liberdade e o bem-estar dos cidadãos;


de 2010 Realizada

j) Implementar modelos de análise e avaliação de risco, de forma a garantir a produção de produtos informacionais adequados ao apoio e fundamentação da decisão, diminuindo os índices de incerteza das decisões tomadas pelos vários níveis decisórios;


de 2010 Realizada

k) Consolidar e manter a comunicação operacional em toda a estrutura de investigação criminal – rede de analistas criminais;

DIC Ao longo do ano

2010 Realizada

Através da criação de contactos ao



84 de 275

nível dos NIC‟s

l) Dinamizar a partilha de informação policial operacional, ao nível regional e nacional, entre as subunidades da PSP;


de 2010 Realizada

m) Aprofundar a cooperação no âmbito do combate ao terrorismo, de modo a permitir à PSP o cumprimento do seu papel no Sistema de Segurança Interna e na Unidade de Coordenação Anti-Terrorismo (UCAT);


de 2010 Realizada

n) Disponibilizar permanentemente o acervo legislativo actualizado, relativo às matérias de interesse policial, a todo o pessoal da PSP, via internet (portal interno);

GEP Realizar ao longo de

2010 Realizada

o) Assegurar o apoio técnico-jurídico à actividade operacional da PSP; GAJ Realizar até ao final

de 2010 Realizada

p) Promover orientações sobre procedimentos a adoptar pelos serviços da PSP em matérias de natureza técnico-jurídica;

GAJ Realizar até ao final

de 2010 Realizada

q) Garantir a actualização, diversidade e interconexão do acervo legislativo referente à informação jurídica relacionada com matérias de interesse policial a todo o pessoal da PSP, por acesso interno electrónico, permanentemente disponível (intranet);


2010 Realizada

r) Disponibilizar ao dispositivo nacional de investigação criminal informação útil e pertinente, com vista à optimização do desempenho desta actividade - mais 5% face a 2009;

DIC Realizar ao longo de

2010 Superada

Produziram-se 565 documentos informacionais (inclui IC‟s,

difusões através da internet e através de correio electrónico)

s) Processar semestralmente os resultados da actividade de investigação criminal, incluindo polícia técnica, dos CTP;

DIC Realizar até ao fim

de cada semestre de

2010

Superada

Produziram-se

também relatórios trimestrais

t) Incrementar acções e implementar normas de coordenação entre investigações em curso no dispositivo;

DIC Realizar até ao final

de 2010 Realizada

u) Definir especificações técnicas dos meios auto; DL / DO Realizar até ao final


Por falta de

meios humanos

v) Elaborar proposta de Directiva de Instrução Física Regular no seio da PSP, tendo em vista contribuir para um melhor desempenho operacional e o bem-estar físico dos efectivos da PSP;


de 2010 Superada

w) Intensificar acções inspectivas em relação ao licenciamento e controlo das armas e explosivos;

DAE Realizar até ao final

de 2010 Realizada

Elementos foram afectados à realização de outros objectivos administrativos e formação



85 de 275

x) Coordenar e apresentar propostas de candidatura a fundos comunitários e recolha de informações técnicas adicionais tendo em vista a sua aprovação superior e submissão ao sistema;


2010 Realizada

y) Compilar e actualizar Normas de Execução Permanente (NEP), relativas ao licenciamento, fiscalização, procedimento contra-ordenacional e peritagem em matéria de armas e explosivos;

DAE Realizar até ao final

de 2010 Superada

z) Promover campanhas informativas (internas e externas) e divulgar as actividades da PSP, bem como conselhos preventivos à população, publicando folhetos e panfletos;

GIRP Realizar até ao final

de 2010

aa) Promover a edição, publicação e divulgação da revista Polícia Portuguesa; GIRP Realizar ao longo de

2010

bb) Coordenar as actuações públicas da Banda de Música da PSP, junto de diferentes públicos, em todo o território nacional;

GIRP Realizar ao longo de

2010

cc) Promover a imagem institucional da PSP, actualizando, diariamente, os conteúdos

no seu sítio, www.psp.pt, nomeadamente nas áreas de notícias, trânsito e

actividade operacional;

GIRP Realizar ao longo de

2010

dd) Implementar o museu na PSP, assegurando a catalogação, a conservação e a exposição de objectivos de valor histórico e artístico ímpar.

DAG Realizar até ao final

de 2010

Realizada

parcialmente

Procedeu-se à catalogação e inventariação e

exposição de alguns objectos; Não se procedeu à exposição de todos os objectos por absoluta falta

de espaço para o efeito.

http://www.psp.pt/



86 de 275

4. Incrementar a cooperação nacional e internacional


Responsável

Calendarização e

Meta




a) Ampliar as relações de cooperação com os restantes órgãos de polícia criminal, especialmente na área da droga, da perícia científica e da formação específica;

DO Realizar ao longo de

2010 Superada

b) Fortalecer a cooperação com as entidades vocacionadas para o apoio às

vítimas de crime; DO

Realizar ao longo de

2010 Superada

c) Reforçar a cooperação técnica na vertente internacional, sobretudo no domínio da formação das polícias congéneres da CPLP;

DF / ISCPSI Realizar ao longo de


d) Manter, no âmbito da formação externa, os planos de cooperação com os PALOP, através da execução dos acordos celebrados entre a DGAI e o IPAD e estes países;

DF Realizar ao longo de

2010 Realizada

e) Reforçar a cooperação internacional no domínio da participação nos grupos de trabalho e troca de informações, nomeadamente com a Europol, Interpol, Shengen e Sistema dos Pontos Nacionais de Informações de Futebol;


2010 Realizada

f) Desenvolver o intercâmbio internacional em termos de informações,

especialmente via gabinetes nacionais da Interpol e SIRENE; DIP

Realizar ao longo de

2010 Realizada

g) Aprontar a Unidade Constituída de Polícia, para actuação em cenários internacionais.

DO Aprontar até ao fim

de 2010 Superada



87 de 275

5. Flexibilizar a estrutura organizacional


Responsável

Calendarização e

Meta




a) Dar continuidade ao processo de reinstalação dos serviços; DAG Realizar ao longo do

ano de 2010 Superada

O DAG procedeu nos termos acordados e na data estabelecida, à reinstalação

dos Juristas dos Recursos Humanos.

b) Criar uma estrutura comunicacional na área de recursos humanos - REDE - mais adaptada e flexível entre os serviços congéneres dos CTP, numa 1.ª fase nos Comandos de Lisboa e Porto;

DRH Realizar no 3.º e 4.º

trimestre de 2010 Realizada

c) Implementar um Centro de Documentação que permita o controlo do fluxo de informação e o arquivo de documentos relativos aos recursos humanos;

DRH Realizar no 1.º

Trimestre de 2010 Realizada

d) Adequar o funcionamento das Unidades de Polícia Técnica (UPT) à actividade de comparação lofoscópica, nomeadamente no que respeita às novas capacidades decorrentes da implementação e utilização dos equipamentos Automated Fingerprint Identification System (AFIS);

DIC Realizar até ao final

de 2010 Realizada

Celebraram-se dois protocolos com a PJ no

âmbito do funcionamento deste sistema

e) Reestruturar e consolidar o papel do canal técnico de informações na actividade global da PSP;

DIP Realizar ao longo do

ano de 2010 Não realizada

Não se executou o curso de formação planeado, em virtude da cimeira NATO

f) Consolidar a estrutura orgânica e o processo produtivo no Departamento de Segurança Privada e os núcleos de segurança privada em cada Comando;

DSP Realizar ao longo do

ano de 2010 Realizada

g) Implementar, ao nível da Direcção Nacional, equipas de fiscalização com competência para actuar em todo o território nacional e, ao nível dos CTP, criar equipas de fiscalização pertencentes aos Núcleos de Segurança Privada dos respectivos CTP.

DSP Realizar ao longo do

ano de 2010 Realizada

Embora tenha sido limitado pelo Despacho 20/GDN/2009.



88 de 275

6. Agilizar os procedimentos de gestão financeira


Responsável

Calendarização e

Meta

Grau de Realização /

Execução (Superada /



a) Agilizar os circuitos documentais, de forma a obter-se uma melhor e eficaz informação, reduzindo-se os meios documentais utilizados;

DGF Realizar até ao final

de 2010

b) Aumentar a eficiência das cobranças, através da implementação do Sistema Integrado de Receitas (SIREC), em que a receita cobrada atingirá padrões de execução muito próximos dos 100%, face à receita potencial;

DGF Realizar ao longo do

ano de 2010

c) Desmaterializar, através da emissão de facturação electrónica a produzir no âmbito do SIREC, os processos da receita;


ano de 2010

d) Implementar o “SIC PLUS”, que permitirá o acesso a toda a informação contida no SIC, de modo a ser trabalhada de forma célere, segundo as necessidades reais, a fim de se extrair indicadores que sirvam de suporte à tomada da decisão;


ano de 2010

e) Imprimir maior rigor na análise associada à atribuição dos meios financeiros, aferindo mecanismos associados à definição de prioridades;


de 2010

f) Desenvolver a aplicação “Acompanhamento Financeiro de Contratos da PSP”, cuja informação se pretende venha a ser extensível a todas as Unidades Orgânicas;


de 2010

g) Elaborar a conta de gerência relativa a 2009 e respectivo envio ao Tribunal de Contas, no prazo legalmente estipulado;

DGF Prazo estipulado

para 2010

h) Maior celeridade nos pedidos de reembolso do IVA, junto dos Serviços de Finanças;


de 2010

i) Elaborar as alterações orçamentais necessárias ao cabimento e compromissos dos diversos processos de despesa;


de 2010

j) Consolidar o procedimento de transferência electrónica da facturação dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e das entidades convencionadas do Subsistema de Saúde e Assistência na Doença (SAD);

DSAD Consolidar até ao final

de 2010

k) Controlar mensalmente a execução orçamental da despesa pública, especialmente os gastos com a saúde.

DSAD Controlar ao longo de

2010



89 de 275

7. Simplificar procedimentos


Responsável

Calendarização e

Meta





a) Aprofundar e optimizar a engenharia dos processos produtivos internos, efectuando a Gestão Documental (GESDOC), por via informática, e baseada num único classificador documental, em todo o dispositivo;

DAG Realizar ao longo de

2010 Realizada

parcialmente

Agilizaram-se procedimentos, difundiram-se orientações por todo o dispositivo por forma a que, nesta área, se aplicasse sempre o classificador MAI;

O DAG não foi mais longe por falta do equipamento necessário à desmaterialização documental.

Só em meados deste mês de Março de 2011 foi iniciada o projecto-piloto que prevê a desmaterialização documental no centro de documentação do DAG, por

forma a permitir à secretaria-geral e outros serviços do DAG, ao DRH e ao GSI da DN agir nos termos preconizados no objectivo traçado. Para o efeito já deu formação aos elementos da secretaria-geral e Centro de correspondência.

b) Ultimar a gestão arquivista dos documentos recebidos e produzidos e da subsequente conservação documental na fase activa e semi-activa;

DAG Realizar ao longo de

2010 Realizada

Os documentos recebidos e produzidos nos vários Comandos



90 de 275

7. Simplificar procedimentos e Subunidades da PSP estão a ser conservados na fase activa e

semi-activa, nos termos preconizados na Portaria Arquivística da PSP.

c) Consolidar um serviço de atendimento e apoio telefónico - HelpDesk - aos agentes e funcionários da PSP, para tratar de assuntos e processos, cuja competência é assegurada pelo Departamento de Recursos Humanos;

DRH Realizar ao longo de

2010 Realizada

d) Potenciar a utilização dos sistemas de informação RH, ajustando-os às necessidades do serviço e incrementar e alargar a sua utilização;

DRH Realizar ao longo de

2010 Realizada

e) Implementar um espaço de atendimento ao público e diversificar os meios de comunicação postos à disposição dos interessados;

DRH 2.º Trimestre de

2010 Realizada

f) Definir e adoptar as melhores práticas no atendimento ao público; DRH 2.º Trimestre de

2010 Realizada

g) Assegurar, no âmbito da PSP, o funcionamento interoperacional com a RNSI, bem como com outros sistemas externos que interajam com os sistemas de informação da PSP;

GSI Realizar até ao final

de 2010 Realizada

h) Assegurar a manutenção correctiva e evolutiva das aplicações administrativas e de suporte, assim como das aplicações de apoio às missões operacionais;


de 2010 Realizada

i) Manter uma área de HelpDesk de 1.ª linha (24 horas x 365 dias), de apoio aos utilizadores de serviços de informática;


de 2010 Realizada

j) Actualizar e executar o Plano Estratégico de Sistema de Informação (PESI), de acordo com os objectivos estratégicos da PSP;


de 2010 Realizada

k) Continuar a desenvolver um HelpDesk, através do qual serão comunicadas as avarias de equipamento e dúvidas relativas à exploração das comunicações, visando-se, diminuir os custos com comunicações telefónicas;


de 2010 Realizada

l) Simplificar os processos de natureza administrativa, inerentes ao serviço de saúde da PSP;

DSAD Realizar até ao final

de 2010

m) Concluir e consolidar o procedimento de modernização administrativa, tendente ao descongestionamento dos serviços centrais do Subsistema de saúde e assistência na doença da PSP e ao reforço das atribuições e competências dos CTP, Unidade Especial de Polícia e Estabelecimentos de Ensino, com recurso aos sistemas de


de 2010



91 de 275


informação e às novas tecnologias de informação e comunicação;

n) Digitalizar, na área dos serviços de saúde, a correspondência relativa à entrada e saída dos serviços, que não seja a facturação;


de 2010

o) Diversificar os canais de atendimento presencial e virtual ao público interno e externo, consolidando o modelo de balcão único virtual, sobretudo o Verão Seguro – Chave Directa;


2010 Superada

p) Assegurar o atendimento telefónico e electrónico personalizado e permanente aos cidadãos;


de 2010 Superada

q) Continuar a desenvolver os processos (i) de aquisição centralizada de bens e serviços, com intervenção da Unidade Ministerial de Compras (UMC) do MAI ou da DAC/DL, consoante decisão daquela UMC, quanto às áreas em que irá intervir, (ii) de renovação de contratos de prestação de serviços em vários domínios, cuja necessidade se continua a verificar e efectuar nova contratação, na sequência de pedidos apresentados por todas as unidades orgânicas da PSP;


2010 Superada

Superado claramente, tendo em conta o volume de processos/recursos humanos e materiais associados

r) Implementar a plataforma de contratação pública conjunta, associada à aplicação de gestão do aprovisionamento e de gestão de stocks em todo o dispositivo da PSP;


2010 Não realizada

Calendário de implementações definido pelo GERAP, não tendo o DL/ DAC qualquer intervenção nesse calendário (implementado pela GERFIP)

s) Acompanhar os procedimentos com vista à aquisição dos meios auto e colaborar com a DGIE nesse sentido;


2010 Realizada

t) Modernizar as aplicações de Gestão e Controlo da Frota Auto; DL Modernizar até ao

final de 2010 Realizada

u) Desenvolver um sistema de informação relativo às instalações oficinais, equipamentos oficinais e ferramentas;



Por falta de

meios humanos

v) Desenvolver e integrar um módulo de Segurança Privada no SEI; DSP Realizar ao longo de

2010 Não realizada

Por motivos externos ao DSP

w) Acentuar o recurso às novas tecnologias, consolidando, em definitivo, o Sistema de Contra-Ordenações de Trânsito (SCOT), incluindo Contra-Ordenações Indirectas (COI) e a consulta a informação relevante residente em diferentes bases de dados;


2010 Superada

x) Fomentar o recurso prioritário à aplicação do Sistema Integrado de Gestão de Armas e Explosivos (SIGAE);

DAE Realizar ao longo de

2010 Realizada

Correcção de erros SIGAE



92 de 275


y) Criar um portal de Armas e Explosivos para informação e interacção com o cidadão;


2010 Superada

z) Aumentar, em 5%, o n.º de processos de concessão e renovação de licenças para uso e porte de arma das classes B1, C, D, E e F desmaterializados;


2010 Superada

aa) Implementar a recolha automática e completa dos dados estatísticos necessários à avaliação e análise científica da actividade policial, através do SEI;


2010 Não realizada

Acesso directo a réplica do SEI não disponibilizado

pelo GSI

bb) Por em prática o conceito de serviços partilhados com outras unidades ou CTP, de harmonia com a LOF/PSP;


de 2010 Realizada

Todos os pedidos de apoio solicitados pelos diferentes comandos, departamentos e gabinetes foram, com elevado sentido de oportunidade, satisfeitos na totalidade.

cc) Implementar o novo sistema de registo e digitalização dos documentos recebidos via CTT ou entregues em mão no Centro de Correspondência;


de 2010 Realizada

Não só, na Direcção Nacional, mas também, em todos os Comandos a nível nacional.

dd) Instalar e carregar a nova base de dados da Biblioteca do ISCPSI e da PSP; ISCPSI Realizar ao longo de


ee) Assegurar o funcionamento da Biblioteca da PSP, nos termos da LOF/PSP; DAG Realizar ao longo de

2010 Realizada

Por razões de proximidade, ficou acordado com o Exm.º Sr.

Director Nacional e Director do ICPSI que esta incumbência seria, numa primeira mão assegurada pelo

Instituto, o DAG só actuaria quando lhe fosse solicitado.

ff) Manter a certificação electrónica de assinaturas digitais do cliente interno. GEP Realizar ao longo de 2010 Realizada



93 de 275

8. Acentuar o controlo interno


Responsável

Calendarização e

Meta





a) Realizar inspecções temáticas e simplificadas, de acordo com o planeado, aos serviços internos, nas áreas de actividade operacional, armas e explosivos, gestão patrimonial, justiça e disciplina e recursos humanos e segurança privada, para aferir da legalidade de procedimentos e aperfeiçoar os serviços prestados;

Inspecção Realizar até ao final

de 2010 Superada

b) Dar continuidade às inspecções aos Comandos nas área da segurança privada e armas e explosivos, verificando o cumprimento das directivas internas;

Inspecção

Realizar até ao final de 2010

Superada

c) Na vertente operacional é prioritário a verificação do cumprimento de NEP´s e Directivas, assim como a verificação e controlo dos livros de registo, bem como, em todas as acções inspectivas, a realizar junto das unidades territoriais, a verificação da execução do PIPP;


de 2010 Superada

d) Melhorar a prática operacional do recurso excepcional às armas de fogo em acto de serviço, pela via do controlo interno do seu uso e da formulação de orientações precisas;


de 2010 Superada

e) Uniformizar o procedimento disciplinar e incrementar a celeridade processual; GDD Realizar até ao final

de 2010 Superada

f) Melhorar os mecanismos de controlo interno vigentes no sentido de, em tempo útil, identificar eventuais desconformidades no domínio da gestão financeira;

DGF Realizar ao longo

de 2010

g) Melhorar o nível das pendências processuais; GDD Realizar até ao final


Foi transferido o elemento que tinha mais experiência na análise dos

recursos.

Reorganização com os meios humanos disponíveis.

h) Criar e implementar um Regulamento de Auditoria, tendente a aperfeiçoar e enformar processualmente a actuação do Núcleo de Auditoria;


de 2010

i) Intensificar os procedimentos de auditoria interna às entidades do regime convencionado, regime livre e SNS, relacionados com o controlo interno


de 2010



94 de 275

8. Acentuar o controlo interno

associado à conferência, processamento e pagamento de facturação, emitida por aquelas entidades prestadoras de serviços, com vista ao apuramento de possível sobre facturação e à recuperação dos respectivos encargos pelo subsistema de saúde da PSP;

j) Implementar mecanismos de controlo sobre o processamento de vencimentos e abonos;

DRH Realizar ao longo do ano de 2010


k) Criar mecanismos de controlo, em formato digital, para os armazéns de material técnico policial.

DL Realizar ao longo do ano de 2010

Realizada




95 de 275

1.4. Objectivos operacionais partilhados pelas unidades orgânicas

As actividades programadas e associadas ao cumprimento dos objectivos estratégicos e

operacionais fixados para 2010, foram executadas pelas diversas unidades orgânicas da

PSP, de acordo com as competências legalmente atribuídas.

Por certo, a prossecução de um mesmo objectivo implicou, não raras vezes, a

coordenação e colaboração entre diferentes serviços e valências policiais.

Deste modo, os objectivos estratégicos e operacionais da PSP, elencados para 2010,

acabaram por ser partilhados pelas diversas unidades orgânicas que integram a

estrutura geral desta instituição policial, conforme demonstra o quadro seguinte (quadro

n.º 22), sendo certo que as actividades programadas e associadas aos objectivos estão

em consonância com as linhas de acção orientadas para a missão desta Polícia.



96 de 275

DO DIP DIC DAE DSP DSIC DRH DF DSAD DL DGF GDN I DAG GAJ GEP GDD GIRP GSI GAR CI GOE CSP CIESS GOC CRA CRM CM L CM P CDA CDB CDB CDB CDCB CDC CDE CDF CDG CDL CDP CDS CDS CDVC CDVR CDV EPP ISCPSI

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Objectivos Estratégicos da PSP (OEPSP) ( 5 );

Objectivos Operacionais Prioritários (OOP) ( 21 );

Outros Objectivos / Orientações Operacionais (OOOO) ( 8 ).

16. Atingir 65% de nível de satisfação dos formandos, igual a BOM (4), no total dos cursos e acções de formação;

20. Implementar nos Sistemas de Informação da PSP a nova Estrutura Organizacional dos Comandos, Divisões e Esquadras (Organigramas);

Legenda:

6. Agilizar os procedimentos de gestão financeira;

7. Simplificar procedimentos.

5. Reforçar a qualificação dos recursos humanos

2. Optimizar a gestão dos recursos;

19. Incrementar em 5% a gestão integrada da informação, com recurso às tecnologias implementadas e em desenvolvimento (Polícia em Movimento e Sistema de Contra-

Ordenações de Trânsito) - SCOT (Excepto CR Açores e Madeira);

21. Reforçar a formação técnico profissional do efectivo policial;


1. Incrementar a qualificação profissional do potencial humano.

5. Flexibilizar a estrutura organizacional;

18. Aumentar em 2% a execução processual no âmbito da Investigação Criminal;

9. Elaborar Plano Curricular do SEI;

10. Elaborar Manual no âmbito de Procedimentos de Operações e Segurança;

11. Elaborar Manual no âmbito de Procedimentos de Investigação Criminal e Polícia Técnica;

17. Destruir 100% das armas consideradas ilegais e inoperacionais, declaradas perdidas a favor do estado;

3. Promover a segurança rodoviária


7. Simplificar procedimentos.

6. Intensificar a fiscalização incidente sobre os principais factores de risco rodoviário (Comandos Regionais - Açores e Madeira);

7. Aumentar em 5% o número de testes de alcoolemia;

4. Incrementar a cooperação nacional e internacional;

8. Acentuar o controlo interno.

2. Reduzir a criminalidade e a insegurança

3. Firmar a qualidade da acção policial.

5. Incrementar em 5% as acções de fiscalização focalizadas no âmbito das armas, munições e explosivos;

4. Promover a continuidade da participação da PSP no Projecto SCEPYLT (Explosives Control and a Protection System to Prevent and Fight Against Terrorism), visando

a sua gestão e coordenação;

3. Promover seminários de interesse policial;


R EC U R SOS HU M A N OSLOGÍ ST IC A E

F IN A N ÇA S

ÁREA OPERACIONAL

1. Aumentar a protecção do cidadão

ÁREA DE APOIO OPERACIONAL

OPER A ÇÕES E SEGU R A N ÇA

2. Aumentar o número de Esquadras de competência territorial abrangidas com o Programa Integrado de Policiamento de Proximidade;

OBJECTIVOS DA PSP - 2010

1. Desenvolver, difundir e partilhar conhecimentos e boas práticas no âmbito da Investigação Criminal e da Polícia Científica;


E s t r u t u r a G e r a l d a P S P

ENSINO

POLICIA

L

SER V IÇOS D E C ON TR LO E A POIO À GESTÃ O

UNIDADE ESPECIAL DE

POLÍCIACOMANDOS TERRITORIAIS DE POLÍCA

Direcção Nacional

4. Melhorar a qualidade dos serviços de polícia

14. Assegurar a comunicação via rádio no âmbito do SIRESP;

15. Assegurar a informatização do sistema de base de dados da biblioteca do ISCPSI;

8. Desenvolver e difundir as actividades formativas;

12. Elaborar Manual no âmbito de Procedimentos Administrativos da Deontologia e Disciplina;

13. Elaborar Proposta de Directiva de Instrução Física Regular no âmbito da Formação;

Quadro n.º 22 Objectivos partilhados pelas diversas unidades orgânicas da PSP - 2010



97 de 275

2. Análise dos resultados operacionais por unidade orgânica

As actividades desenvolvidas pela PSP, durante o ano de 2010, procuraram ir ao

encontro dos objectivos delineados para as diversas áreas de intervenção. Nesse

sentido (i) definiram-se e implementaram-se práticas de racionalização procedimental,

de optimização de recursos humanos e materiais, de agilização dos procedimentos de

gestão financeira, de qualificação profissional do potencial humano, de controlo de

armas e explosivos, a par da acentuação do controlo interno e intensificação da

fiscalização da actividade de segurança privada, as quais contribuíram para uma acção

policial eficaz e eficiente e num registo pró-activo, (ii) além de se ter dado continuidade a

um conjunto de acções e programas gerais e específicos de prevenção e policiamento.

Assim, ao longo do ano de 2010, a PSP desenvolveu um vasto conjunto de actividades,

desde a área operacional à formação e à gestão logística e financeira, entre outras, que

se enquadram em dois grandes grupos, ou seja, actividades exclusivamente

operacionais e actividades de apoio e suporte operacional, para além do ensino policial

(técnico e universitário).

2.1. Actividades operacionais

No plano operacional, em 2010, a PSP consolidou alguns dos resultados operacionais

que, de forma relevante, se haviam manifestado nos últimos anos.

As actividades operacionais prosseguidas pela PSP em 2010 desdobraram-se num

vasto conjunto de acções de prevenção e policiamento urbano, que foram desde o

policiamento de proximidade até ao patrulhamento direccionado às áreas urbanas mais

marcadas pela prática de comportamentos criminais, marginais, desviantes, ou

designados como “incivilidades”.

Em 2010, pretendeu-se optimizar o modelo de actuação policial vigente na PSP (figura

n.º 10). Por um lado, estabeleceram-se os critérios que permitissem gerir recursos

humanos e materiais de forma mais eficaz; por outro, adequou-se as respostas e níveis

de intervenção policial às situações operacionais concretas, tendo sempre presente que

a resposta policial deve ser pautada pela eficácia, eficiência e celeridade, quanto aos

objectivos a atingir em cada operação, seja no plano da intervenção policial reactiva e

repressiva, seja no plano preventivo e fiscalizador.



98 de 275

NÍV

EIS

DE

INT

ER

VE

NÇ

ÃO

SIT

UA

ÇÃ

O

1º POLICIAMENTO DE PROXIMIDADE

Patrulhamento apeado, CP’s, Equipas de Proximidade, Programas Especiais Situação

normal

2º PREVENÇÃO

(actuação primária)

Equipas de Intervenção Rápida, CP, Brigadas Prevenção Criminal

Pequenos incidentes

Baixa agressividade

3º REACÇÃO

(actuação secundária)

EIR, CP’ s, BPC’ s

Incidentes agressivos

Poucos intervenientes

4º REACÇÃO/REPOSIÇÃO

ORDEM PÚBLICA

Unidade Especial de Polícia (UEP)

Alteração de ordem pública

Muitos intervenientes

5º INTERVENÇÃO

TÁCTICA

(UEP)

Incidente

Táctico - policial

Os recursos da PSP, sendo limitados, tiveram que ser utilizados de forma criteriosa,

garantindo a melhor resposta com o menor dispêndio de esforço: todas as valências da

PSP foram postas ao serviço da comunidade, de forma proporcional no uso dos meios.

Fonte: Departamento de Operações – DN/PSP.

O princípio da adequação da resposta à situação é garantia de gestão criteriosa de

meios, permitindo reagir de forma eficaz - apenas activação dos meios necessários - e

eficiente - os meios accionados atingem os resultados pretendidos.

Salvaguardando os programas especiais de prevenção e policiamento de proximidade e

o policiamento e intervenção em áreas e períodos temporais sazonais de maior

incidência criminal, definiu-se, como prioritário, a realização de operações e acções

policiais específicas - nalguns casos efectuadas em cooperação e colaboração com

outras FSS -, que exigiram a presença de um considerável número de elementos e

valências no terreno.

Com estas missões específicas de sensibilização, prevenção e fiscalização, visou-se

contribuir não só para o aumento da sensação e sentimento de segurança do cidadão,

como também para a diminuição da oportunidade da prática de actos contrários à lei.

A PSP preocupou-se em aumentar a presença de elementos policiais em operações

planeadas em diversos espaços geográficos urbanos e em períodos de maior incidência

criminal.

No sentido de se dotaram as forças de segurança de meios tecnológicos cada vez mais

consentâneos com a evolução tecnológica global, em 2010, deu-se continuidade aos

Figura n.º 10 Modelo de actuação policial



99 de 275

projectos de segurança inovadores, implementados, por iniciativa do Ministério da

Administração Interna (MAI), em 2008, sendo que alguns deles se direccionam para

públicos-alvo específicos, como é o caso dos projectos Polícia em Movimento/SCOT,

Sistema Táxi Seguro (STS) e Sistema Abastecimento Seguro (SAS), respectivamente.

As novas tecnológicas de informação e comunicação possibilitaram que se desse

continuidade ao projecto Polícia em Movimento, agora denominado SCOT, e o qual

dotou as forças de segurança de meios tecnológicos que permitem racionalizar os

processos de fiscalização na área do trânsito e sinistralidade rodoviária. Deste modo,

continuou-se a desburocratizar determinados procedimentos de cariz administrativo,

inerentes à intervenção policial. Por outro lado, e à semelhança de 2009, consolidaram-

se os projectos Táxi Seguro e Abastecimento Seguro; assim, aumentou-se a eficácia e

celeridade de resposta policial, quando, consoante a situação, seja accionado um

alarme por um taxista ou responsável por um posto de abastecimento de combustíveis.

Estes projectos, associados a outros, cujos processos de planeamento e implementação

já se tinham iniciado em 2007, como sejam o Sistema Queixa Electrónica (SQE) e o

Sistema Integrado de Informação sobre Perdidos e Achados (SIISPA), reflectem a

intenção de se desenvolver novas estratégias de proximidade ao cidadão, potenciando

as novas tecnologias de informação e dando respostas inovadoras e concretas a

problemas de insegurança específicos e a novas exigências sociais.

Tendo em vista a melhoria da qualidade do serviço público prestado ao cidadão e o

estabelecimento de objectivos estratégicos e operacionais, desde 2005, que se tem

vindo a implementar o Policiamento de Proximidade e de Prevenção da Criminalidade,

de forma a promover boas práticas.

O desenvolvimento e implementação ao longo dos últimos anos de um Programa

Integrado de Policiamento de Proximidade (PIPP), actualmente denominado por Modelo

Integrado de Policiamento de Proximidade (MIPP), é um caminho estratégico que a PSP

adopta, no contexto de uma polícia integral, em especial na vertente de prevenção da

criminalidade, para a qual é necessário consolidar protocolos de procedimento,

articulação e coordenação entre as valências de prevenção/proximidade, ordem pública,

investigação criminal e de informações policiais, tendo como principal objectivo melhorar

a eficácia da PSP no cumprimento da sua missão.

Durante o ano de 2010, deram-se passos importantes no sentido de se consolidar o

MIPP, não só enquanto conjunto de programas (Escola Segura, Comércio Seguro,



100 de 275

Violência Doméstica, Idosos em Segurança), mas sobretudo enquanto modelo global de

policiamento, onde todos os programas já existentes estão integrados e geridos de

acordo com uma estratégia geral de policiamento e não de forma casuística.

As acções de policiamento preventivo e repressivo da criminalidade e da sinistralidade

rodoviária são, portanto, uma das actividades mais importantes e envolventes desta

Polícia, à semelhança da investigação criminal e da fiscalização da segurança privada e

das armas e explosivos, e às quais estão afectos a maioria dos recursos humanos e

materiais.

Decorrente do processo de reestruturação do dispositivo territorial das Forças de

Segurança, ocorrido durante 2008, a PSP viu aumentar a sua área de actuação,

principalmente ao nível dos Comandos Metropolitanos de Polícia de Lisboa e Porto e do

Comando Distrital de Polícia de Setúbal, sendo que, associado à redefinição das áreas

geográficas e consequente aumento da área espacial sob jurisdição da PSP está

também associado um aumento demográfico, estimando-se que, a população residente

na área sobre responsabilidade desta força de segurança tenha aumentado em mais de

700.000 habitantes, não contabilizando os fluxos migratórios diários, resultantes das

deslocações para o trabalho e a actividade turística e de lazer nos grandes centros

urbanos.

Face à nova conjuntura, a PSP, durante o ano de 2010, respondeu com

profissionalismo, eficácia, eficiência e proactividade, apostando na visibilidade e na

melhoria da qualidade do serviço prestado ao cidadão, através da implementação de

projectos e grupos de trabalho visando a modernização dos mecanismos de resposta à

crescente demanda de segurança, liberdade e justiça por parte da comunidade.

2.1.1. Área operacional

Durante 2010, (i) reforçaram-se as operações específicas de prevenção e policiamento

de carácter sazonal; (ii) deu-se continuidade ao modelo integrado de policiamento de

proximidade ao cidadão, expandindo os programas especiais e definindo as estratégias

pró-activas de prevenção e investigação criminal que levaram à realização de diversas

operações policiais ao longo do ano, algumas delas em colaboração com outros serviços

policiais; (iii) desenvolveram-se acções no âmbito da segurança rodoviária,

designadamente de fiscalização rodoviária e acções de sensibilização, bem como de (iv)

fiscalização a estabelecimentos comerciais.



101 de 275

Tendo por base uma análise essencialmente qualitativa e abrangente das actividades

operacionais prioritárias planeadas para 2010, verifica-se que praticamente todas elas

foram realizadas, senão mesmo superadas (quadro n.º 23).

Quadro n.º 23 Actividades operacionais planeadas e resultados qualitativos alcançados - 2010

Actividades planeadas para 2010 Calendarização

e Meta

Consolidar o Plano Integrado de Policiamento de Proximidade; Realizar ao longo de

2010

Grau de Realização / Execução (Superada / Realizada / Não realizada) Superada


Consolidar, de forma gradual, a estrutura operacional das Brigadas de Investigação de Acidentes Rodoviários, dinamizando a sua intervenção e monitorizando os resultados obtidos;




Aumentar, em 5% face a 2009, o número (i) de fiscalização de trânsito e (ii) de condutores a submeter ao teste de alcoolemia, tendo em vista reduzir os índices de sinistralidade rodoviária;


Grau de Realização / Execução (Superada / Realizada / Não realizada)

Superada


Promover, no âmbito da prevenção rodoviária, acções de formação e sensibilização na comunidade escolar;


2010



Melhorar a qualidade do atendimento policial nas subunidades policiais, especialmente das vítimas de violência doméstica;


2010


Superada


Definir especificações técnicas dos meios auto; Realizar até ao final de

2010

Grau de Realização / Execução (Superada / Realizada / Não realizada) Não superada


Em parceria com o DL.

Ampliar as relações de cooperação com os restantes órgãos de polícia criminal, especialmente na área da droga, da perícia científica e da formação específica;





102 de 275


Fortalecer a cooperação com as entidades vocacionadas para o apoio às vítimas de crime;




Aprontar a Unidade Constituída de Polícia, para actuação em cenários internacionais;

Realizar ao longo de 2010



Diversificar os canais de atendimento presencial e virtual ao público interno e externo, consolidando o modelo de balcão único virtual, sobretudo o Verão Seguro – Chave Directa;




Assegurar o atendimento telefónico e electrónico personalizado e permanente aos cidadãos; Realizar ao longo de

2010


Superada


Acentuar o recurso às novas tecnologias, consolidando, em definitivo, o Sistema de Contra-Ordenações de Trânsito (SCOT), incluindo as Contra-Ordenações Indirectas (COI) e a consulta a informação relevante residente em diferentes bases de dados;



Superada


Elaborar Projecto de Portaria e NEP sobre os símbolos das especializações no âmbito da Heráldica e Simbologia Policial;




Implementar a revisão do processo de Planeamento da Actividade Operacional; Realizar até ao final de

2010



Dinamizar os desenvolvimentos na elaboração do Manual de Operações da PSP; Realizar até ao final de

2010



Elaboração das Directivas Operacionais para a Visita de Sua Santidade o Papa Bento XVI e Cimeira NATO;




103 de 275


Superada


Finalizar com a UEP uma NEP para Reacção Táctica em casos de Entidades com grau de ameaça 4 ou 5, a apresentar superiormente e testa a sua execução;




Aperfeiçoar as metodologias de recolha de dados relativos aos programas especiais de policiamento, especialmente o programa “Escola Segura”;


Grau de Realização / Execução (Superada / Realizada / Não realizada) Não Superada


Consolidação, actualização e dinamização dos projectos de base tecnológica – Táxi- Seguro;

Abastecimento Seguro e Farmácia Segura; Realizar até ao final de

2010



Em termos mais escalpelizados, as actividades realizadas mais relevantes foram as

seguintes:

Planeamento da participação da PSP no exercício MUSAREX 2010;

Planeamento da participação da PSP na operação TRAM;

Apresentação institucional da PSP no encerramento do Curso de Guardas Prisionais

2010;

Apresentação institucional da PSP no encerramento do curso PJM 2010;

Representação da PSP nas reuniões do Conselho Nacional de Protecção Civil;

Representação da PSP na reunião do Conselho Florestal Nacional;

Representação da PSP na reunião da Plataforma Nacional para Redução do Risco

de Catástrofes;

Planeamento das operações incluídas na Actividade Operacional 2010 e de visitas

de AEs;

Planeamento da visita de Sua Santidade o Papa Bento XVI;

Planeamento da Cimeira Nato;



104 de 275

Foram promovidas 4.158 acções de Informação/sensibilização pelo elementos

afectos ao PES, junto das comunidades educativas, das quais 1.467 na temática de

Prevenção e Educação Rodoviária. No âmbito do PIPP foram promovidas 2.220

acções, o que perfaz a totalidade de 6.378 acções;

Definição de uma metodologia de recolha e respectiva matriz das actividades

desenvolvidas no âmbito do Programa Escola Segura (PES) no que se refere às

acções de Informação/Sensibilização, possibilitando determinar as diversas áreas

temáticas que foram abordadas;

Procedeu-se à normalização da informação residente na BD do Sistema Táxi Seguro

(STS);

Desenvolveram-se vários testes operacionais no âmbito do piloto "Farmácia

Segura", o qual se encontra incorporado no STS;

Proposta de reestruturação das BRIPAs (aguarda-se despacho, ainda que autorize

apenas parcialmente os objectivos propostos);

Programas de co-financiamento - Finalização do projecto para aquisição de 5 raios-x

à UEP, os quais já foram entregues;

MPOS - Foram compilados e revistos os TOMOS, os quais foram encaminhado para

o ISCPSI, para aperfeiçoamento;

Produção e desenvolvimento de Estudos referentes ao Dispositivo;

SCOTT:

o Consolidação das contra-ordenações directas;

o Integração do SCOT com os TPA, com o Objectivo de facilitar a operação de

pagamento automático evitando o preenchimento de informação via manual por

parte dos elementos;

o Possibilidade de registo do pagamento dos bloqueamentos em SCOT Mobilidade e

emissão de Guias de Receita;

o Registo da informação necessária para alinhamento com as fichas de controlador

(contextualização do teste e dados de estupefacientes);

o Nova caracterização dos alcoolímetros (alcoolímetro, série, Despacho de

aprovação, data de verificação IPQ;

o Revisão da Notificação da Contraprova e Inibição de Conduzir;

o Preenchimento automático da descrição sumária em função do Código de

Infracção e dos dados registados para o teste (TAS e pedido contra-prova);



105 de 275

o Na apreensão de documentos e veículos as moradas das entidades de destino

passaram a ser preenchidas automaticamente;

o Possibilidade da apreensão isolada de documentos e emissão da Guia de

Substituição;

o Existência de campo facultativo destinado à menção de arquivo interno;

o Entrada em produção da Versão 3.0 (SCOT Indirectas).

Polícia Automático:

o Instalação do equipamento em mais 3 veículos do Comando Distrital de Faro, no

âmbito do projecto "Algarve Seguro";

o Correcção de anomalias e Instalação de Equipamento GPS;

o Credenciação dos Operadores do sistema;

o Implementação nos Concelhos de Lisboa, Porto e Sintra do projecto tecnológico

de localização via sms de viaturas rebocadas.

SEI:

o Novo plano curricular e uma nova forma de governação do sistema;

o Implementação da consola de Despacho no SEI;

o Consolidação da figura dos Oficiais de Ligação SEI (NEP);

o SICO - Sistema de Informação dos Certificado de Óbito (a decorrer);

o Interligação do SEI com a DGPJ (em testes);

o Integração GivRH - SEI - Despacho 20/GDN/2009 (a decorrer em conjunto com o

DRH e GSI).

Videovigilância:

o Actualização dos processos existentes;

o Renovação e pedidos de autorização de alguns deles;

o Proposta de directiva (em fase final).

Portal Operacional / Estatística:

o Desenvolvimento de um Portal Estatístico que melhor sirva os Comandos e a DN

(a decorrer);

o Actualizado permanente dos quadros estatísticos dos Comandos, estando

disponíveis no Portal Interno para consulta (neste momento apenas disponível

para DO).

Grupos de Trabalho:



106 de 275

o Participação no GT "Articulação de Dispositivos Tácticos em Cenários de

Alteração de Ordem Pública";

o Grupo de trabalho de Coordenação Permanente para acompanhamento das

questões relacionadas com os autos de contra-ordenação;

o Conselho de Segurança Rodoviária;

o Sistema de Informação de Acidentes de Viação;

o Acesso à base de dados do Registo de Infracções do Condutor;

o Desenvolvimento do Projecto SCOT;

o Comissão Nacional de Mercadorias Perigosas;

o Implementação do Tacógrafo Digital;

o Coordenação de 1 Grupo de Trabalho de Elaboração de Manual de

Procedimentos de Operações e Segurança da PSP;

o Alargamento do Polícia Automático;

o Georreferenciarão dos acidentes de viação;

o Igualdade dos Géneros;

o Plataforma e-Iearning para Missões Internacionais;

o Revisão de Tratados e Protocolos Internacionais;

o Revisão estatística PSP - DGPJ;

o Grupo de Aplicação da Lei, da Presidência do Conselho da UE;

o Coordenação global com a DGAI/MAI das actividades dos Grupo SIS/Sirene, do

grupo Terrorismo, do Grupo Multidisciplinar Criminalidade Organizada/GENVAL,

do Grupo de Informação de Dados, do Grupo Horizontal Drogas, do Grupo

Europol, do Ponto Nacional de Informações de Futebol, da Rede Europeia de

Prevenção Criminal, Grupo Atlas, Rede Europeia de Protecção de Figuras

Públicas, assim como na Rede Europeia de Unidades de Inactivação de

Engenhos Explosivos, assegurando ainda, sempre que necessário, ligação ao

pontos de contacto na PSP do Sistema de Alerta Rápido em caso de

roubo/furto/extravio de explosivos.

Protocolos e Legislação:

o Protocolo· com a Casa da Moeda, no âmbito da Prestação de Serviços Relativos

à recepção, envelopagem e expedição das Notificações por infracção ao Código

da Estrada;

o Protocolo com a ANSR e CEGER, no âmbito da Certificação electrónica para

envio de lotes de contra-ordenações;



107 de 275

o Protocolo com a ANSR, no âmbito da cedência de Maios aéreos disponibilizados

pela EMA;

o Protocolo com a APS relativo ao envio de informação semanal actualizada relativo

a veículos sem seguro;

o Protocolo com a O.G. Finanças no âmbito do pedido de apreensão de veículos

penhorados;

o Protocolo para implementação de uma plataforma SMS de informação ao cidadão

sobre localização de veículos rebocados;

o Regime Jurídico de prevenção e combate à VO, aprovado pela Lei 112/2009, bem

como foi incorporado no ANPVO do SEI o Estatuto da vítima (cfr. Portaria nº. 229-

A/2010);

o Protocolo com o ISCSEM - Instituto Superior das Ciências da Saúde Egas Moniz;

o Protocolo com a Universidade Fernando Pessoa, do Porto;

o Protocolo com o IDT, no âmbito da prevenção da toxicodependência.

Seguidamente, e ainda no plano operacional, apresentam-se, em pormenor, os diversos

programas e acções especiais de prevenção e policiamento e os respectivos dados

relativos à actividade operacional levada a cabo pela PSP, em 2010, em cada um deles

e nos seus diversos domínios de intervenção.

2.1.1.1. Programas gerais de prevenção e policiamento

Os programas gerais/especiais de policiamento de proximidade e as medidas de

prevenção criminal direccionadas para públicos-alvo específicos, que apresentam, no

universo social, maior vulnerabilidade, seja do ponto de vista sócio-familiar, seja

decorrente da actividade profissional exercida, assumem particular relevância, na

medida em que reduzem a oportunidade da prática de crimes, contribuindo para reduzir

um tipo de criminalidade associada a contextos sociais e profissionais específicas e logo

para fazer crescer o sentimento de segurança.

2.1.1.1.1. Modelo integrado de policiamento de proximidade

Em 2010, o Programa Integrado de Policiamento de Proximidade

(PIPP) consolidou-se de forma definitiva, passando a constituir um

Modelo Integrado de Policiamento de Proximidade (MIPP),

implementado em todo o território nacional.



108 de 275

Os elementos das subunidades abrangidas pelo MIPP, incluindo as Equipas de

Proximidade e de Apoio à Vítima (EPAV) e as Equipas de Proximidade e Escola Segura

(EPES), recebem formação específica para o desempenho das funções que lhes são

atribuídas.

As EPAV são responsáveis pela segurança e policiamento de proximidade, em cada

sector da área de responsabilidade das subunidades e, de acordo com o diagnóstico de

segurança efectuado em cada CTP: pela prevenção e vigilância em áreas comerciais,

vigilância em áreas residenciais maioritariamente habitadas por cidadãos idosos,

prevenção da violência doméstica, apoio às vítimas de crime e acompanhamento pós-

vitimação, identificação de problemas que possam interferir na situação de segurança

dos cidadãos e pela detecção de cifras negras.

As EPES são responsáveis pela segurança e vigilância nas áreas escolares, prevenção

da delinquência juvenil, detecção de problemas que possam interferir na situação de

segurança dos cidadãos e pela detecção de cifras negras no seio das comunidades

escolares.

Com este modelo de policiamento de proximidade, que agrega os programas de origem

ministerial, como são a Escola Segura, o Comércio Seguro, o Apoio 65 - Idosos em

Segurança e o Programa Apoio à Vítima - Violência doméstica, visa-se, por um lado,

privilegiar uma actuação policial pró-activa e preventiva e, por outro, uma actuação

reactiva, baseada em metodologias de planeamento operacional, de investigação

criminal e de recolha e tratamento de informações policiais, sendo que, sempre que

possível e tendo em vista solucionar os problemas da comunidade, procura-se envolver

a própria sociedade na prevenção e combate ao crime.

Durante 2010, realizaram-se cerca de 8.000 acções de sensibilização e formação, junto

de vários públicos estratégicos, as quais foram desenvolvidas por 990 elementos

policiais, apoiados por 341 veículos e que se distribuem da seguinte forma (gráfico n.º

5).



109 de 275

Gráfico n.º 5 Acções de sensibilização e formação desenvolvidas em 2010


2.1.1.1.2. Escola Segura

No âmbito deste programa, a PSP continuou a garantir a segurança

nos estabelecimentos de ensino, situados na sua área de

responsabilidade, reforçando os efectivos policiais afectos ao

programa Escola Segura com meios complementares, quando a

análise das situações assim o aconselhavam.

Com efeito, as Equipas da PSP afectas ao Programa Escola Segura foram apoiadas por

elementos policiais dos carros patrulha, brigadas de intervenção rápida, brigadas de

investigação criminal e brigadas de trânsito e segurança rodoviária, nos diversos

Comandos da PSP, tendo em vista a garantia da segurança de todos os membros da

comunidade educativa.

Durante o ano de 2010, em colaboração com

as autarquias e as escolas, desenvolveram-se,

nos estabelecimentos de ensino, acções de

sensibilização e formação direccionadas para

diversos escalões etários e níveis de ensino,

nomeadamente nas áreas: toxicodependência

e alcoolismo; segurança rodoviária; auto-

protecção; prevenção de riscos e segurança

das comunidades escolares.

665

71

4.158

2.220

805

Acções de sensibilização junto dos Comerciantes

Acções de sensibilização junto de vítimas de Violência Doméstica

Acções de sensibilização junto da População Estudantil

Acções de sensibilização realizadas no âmbito do PIPP

Acções de sensibilização junto da População Idosa



110 de 275

As equipas da PSP afectas ao Programa Escola Segura (EPES), constituem, o primeiro

nível de actuação policial visível junto da população escolar, desempenhando, quer

acções de prevenção criminal, quer acções pedagógicas e de sensibilização, tais como:

Garantir a segurança, visibilidade e protecção de pessoas e bens nas áreas

escolares;

Promover uma boa relação e troca de informação permanente entre a Polícia e os

membros da comunidade educativa;

Desenvolver, de forma sistemática, acções de sensibilização e de formação junto da

comunidade escolar;

Sinalizar situações de jovens em risco, com comportamentos delinquentes,

consumos de substâncias estupefacientes ou álcool ou prática reiterada de

incivilidades ou crimes, no sentido dos mesmos serem encaminhados para as

entidades competentes;

Efectuar o diagnóstico da situação de segurança das imediações dos

estabelecimentos de ensino na sua área de responsabilidade e informar as

autoridades competentes, através da cadeia de comando, para a sua resolução;

Apoiar as vítimas de crimes e proceder ao seu encaminhamento pós-vitimação para

as entidades competentes;

Procurar a colaboração do público, indo ao seu encontro, reunindo-se com os

conselhos executivos, associações de pais e associações de estudantes,

procurando a adesão destes para o esforço colectivo de segurança;

Fornecer informações úteis aos alunos e restantes membros da comunidade

educativa que permitam estabelecer relações de confiança e diálogo e um clima

favorável à prevenção.

No entanto, outras estruturas policiais colaboram nestas acções de sensibilização, que,

não raras vezes, se materializam na demonstração e realização de exercícios de

prevenção levados a cabo pelo GOC, pelo CI e pelo GOE.

No ano lectivo 2009/2010, o programa Escola Segura permitiu zelar pela segurança dos

espaços escolares, situados na área de jurisdição territorial da PSP, abrangendo 3.417

estabelecimentos de ensino, público e privado, do 1º, 2º e 3º ciclos, ensino secundário e



111 de 275

2008/2009 2009/2010 VA (*) 2008/2009 2009/2010 VA (*)

Aveiro 40.279 49.374 9.095 108 140 32

Beja 8.641 9.075 434 28 15 -13

Braga 46.374 48.981 2.607 115 127 12

Bragança 14.069 15.003 934 31 46 15

Castelo Branco 18.438 19.489 1.051 57 55 -2

Coimbra 21.559 20.403 -1.156 78 75 -3

Évora 9.692 9.883 191 30 31 1

Faro 30.331 37.115 6.784 71 93 22

Guarda 8.945 8.736 -209 24 24 0

Leiria 39.309 46.732 7.423 110 185 75

Portalegre 8.518 9.344 826 20 21 1

Setúbal 70.609 56.679 -13.930 174 171 -3

Santarém 31.797 39.339 7.542 107 113 6

Viana do Castelo 11.714 14.577 2.863 27 51 24

Viseu 22.133 9.705 -12.428 65 49 -16

Vila Real 20.143 19.618 -525 44 39 -5

Lisboa 347.788 582.614 234.826 904 916 12

Porto 135.885 180.854 44.969 442 564 122

Açores 41.593 54.721 13.128 231 284 53

Madeira 43.001 57.544 14.543 219 418 199

Total 970.818 1.289.786 318.968 2.885 3.417 532

Fonte: Departamento de Operações - DN/PSP.

(*) Diferença absoluta entre os valores registados nos anos lectivos 2008/2009 e 2009/2010.

N.º de alunos N.º de escolasComandos

Territoriais de

Políca

ensino universitário, frequentados por 1.289.786 alunos, o que representa um aumento

face ao ano lectivo anterior, conforme demonstra o quadro seguinte (quadro n.º 24).

Quadro n.º 24 Estabelecimentos de ensino e alunos abrangidos pelo Programa Escola Segura

Ano lectivo 2009/2010

Neste domínio, a PSP promoveu, numa perspectiva mais pedagógica e de interacção

com as comunidades educativas, 4.158 acções de sensibilização, formação e

demonstrações, em diferentes domínios, levadas a cabo por 369 elementos policiais,

apoiados por 184 viaturas, conforme demonstra o gráfico n.º 6.



112 de 275

Gráfico n.º 6 Acções de sensibilização, formação e demonstração, por áreas - 2010


Além destas acções de sensibilização, estabeleceram-se ainda os seguintes

protocolos/parcerias de intervenção a nível nacional:

Parceria com o Instituto Profissional do Terço no CM do Porto;

Parceria com a Associação Movimento Juvenil ao Programa Escolhas no CD de

Faro;

Protocolo de cooperação – A escolinha de Prevenção Rodoviária no CD de

Portalegre;

Em articulação com a Direcção de Serviços de Saúde e Protecção Animal –

divulgação de apresentação referente a animais;

Protocolo com a Associação Infante do Prémio Infante D. Henrique, no CM de

Lisboa;

Protocolo no âmbito do Programa Escolha Pró-bairro/Assoma-te;

Protocolo com o Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT), no âmbito do

Projecto de Intervenção “Nós e os Outros”;

Protocolo com o Governo Civil do Porto e diversos agrupamentos de escolas na

criação de uma rede de escolas de referência para a educação rodoviária.

422

5

11

133

315

713

152

90

2

79

135

1.467

105

62

225

43

69

130

0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600

Álcool e drogas

Ameaças de bomba

Animais de companhia

Auto Protecção

Bombas de Carnaval

Bullying

Cidadania

Delinquência Infantil

Igualdade de Género

Utilização da Internet

Prevenção criminal

Prevenção e educação rodoviária

Programa Escola Segura


Segurança Infantil

Violência na escola

Violência doméstica e no namoro

Outras



113 de 275

Finalmente, no âmbito do programa escola segura decorreram ainda operações

específicas, coincidentes com o final do ano lectivo 2009/2010 e o início do ano lectivo

2010/2011, privilegiando as seguintes vertentes:

Visibilidade e proximidade;

Prevenção de ilícitos criminais e contra-ordenacionais;

Prevenção de incivilidades;

Fiscalização de trânsito;

Segurança rodoviária;

Fiscalização de estabelecimentos e outras áreas, frequentados por menores;

Acções de sensibilização e formação.

2.1.1.1.3. Apoio 65 - Idosos em Segurança

O Programa Apoio 65 - Idosos em Segurança é um programa

especial de policiamento de proximidade, baseado em três grandes

linhas: (i) implementação do modelo de acção policial ajustado às

necessidades e características específicas da população idosa; (ii)

participação activa das comunidades locais e colaboração directa

com as instituições que prestam apoio a esta população; (iii) divulgação de conselhos de

segurança junto da população idosa.

As pessoas idosas, em razão da idade e muitas vezes fruto do próprio isolamento social,

são normalmente mais vulneráveis e fragilizadas, necessitando com frequência do apoio

de terceiros, de entre os quais a PSP, o que pode reduzir o sentimento de insegurança

comum à maior parte das pessoas naquelas condições.

A acção policial junto da população idosa, inserida num contexto preventivo, é efectivada

quer através da realização de acções de sensibilização, onde são prestados vários

conselhos de segurança, quer através de visitas domiciliárias com acompanhamento a

idosos, durante as suas deslocações de maior risco, designadamente às instituições

bancárias, quer ainda mediante o reforço do policiamento dos locais habitualmente

frequentados por idosos.

O contacto directo e personalizado, que os elementos policiais estabelecem com os

cidadãos idosos, permite também a sinalização de situações de carência económica, de

necessidades de assistência médica e social.



114 de 275

No desenvolvimento do Programa Idosos em Segurança, a PSP tem vindo a realizar

parcerias formais e informais com autarquias, entidades de apoio e regulação social,

entidades de saúde e instituições particulares, no sentido de prestar o apoio e

encaminhamento adequados aos cidadãos idosos.

Deste modo, em 2010, reforçou-se o policiamento nas áreas maioritariamente habitadas

e frequentadas por idosos, estabelecendo uma relação de empatia e confiança entre os

idosos e a PSP e facilitando também os

contactos com diversas entidades.

Foram estabelecidas novas parcerias

formais e informais entre a PSP e as

autarquias, entidades de apoio social,

entidades de saúde e instituições

particulares de solidariedade social.

No âmbito deste programa, realizaram-se 805 acções de sensibilização/formação junto

deste público, tendo para o efeito sido empenhados 369 elementos policiais.

2.1.1.1.4. Apoio às vítimas de crime – Violência Doméstica

Durante o ano de 2010, continuou-se a desenvolver a estrutura de

prevenção da violência doméstica e de apoio às vítimas de crime,

enquadrada no PIPP, mediante a criação e formação de novas EPAV de

crime, ao nível das Esquadras da PSP e, ainda, de equipas

especializadas em investigação de crimes relacionados com violência

doméstica, delinquência juvenil e crimes contra idosos.

No âmbito do III Plano Nacional Contra a Violência Doméstica (2007-

2010), a PSP desenvolve medidas em concreto.

Ao nível da prevenção, as EPAV, constituem uma primeira linha de intervenção, de

sinalização, protecção e segurança, atendimento, apoio, encaminhamento e

acompanhamento pós-vitimação.

Simultaneamente, as equipas de investigação criminal da PSP, o nível nacional,

constituem uma segunda linha de intervenção, responsável pela gestão do local do

crime, recolha dos meios de prova, inquirição de testemunhas, apreensão de objectos

(designadamente armas) entre outras diligências consideradas relevantes no âmbito do

inquérito.



115 de 275

Decorrente da necessidade de uma estratégia global de intervenção na prevenção e

combate da violência doméstica, a PSP tem vindo a desenvolver parcerias e

estabelecido protocolos com várias entidades de apoio, de forma a garantia os direitos

das vítimas e dos cidadãos em geral, visando o desenvolvimento de um trabalho

conjunto com técnicos especializados.

Figura n.º 11 Estrutura de apoio às vítimas de crime - 2010


Por outro lado, o modelo padronizado de Auto de Notícia/Denúncia, implementado em

2006 para as ocorrências relacionadas com violência doméstica, bem como o formulário

sobre Avaliação de Risco de Ocorrências de Violência Doméstica, foram inseridos no

SEI, o que permitiu aperfeiçoar a recolha e análise de dados estatísticos, contribuindo

para (i) a melhoria da qualidade do atendimento das vítimas de crime e para (ii)

consolidar a investigação criminal, além (iii) de contribuir para a celeridade do processo

judicial.

Em 2010, a PSP realizou 71 acções de sensibilização/formação junto deste público,

afectando 621 elementos policiais a estas equipas especializadas.

2.1.1.1.5. Comércio Seguro

Em 2010, a PSP manteve uma acção policial de carácter preventivo,

através do reforço do policiamento de proximidade nas áreas

comerciais previamente identificadas como mais propícias ao

cometimento de crimes, a par de um contacto mais personalizado

entre os elementos policiais e os comerciantes.



116 de 275

Esta interacção social entre a Polícia e o comerciante permitiu uma troca de informações

relevantes para a prevenção da criminalidade neste sector.

Por outro lado, têm-se criado mecanismos de coordenação e estabelecido protocolos de

procedimentos entre o policiamento de proximidade, a ordem pública e a investigação

criminal, tendo em vista a criação de condições que diminuam a oportunidade da prática

de crimes nestes espaços comerciais e o reforço do sentimento de segurança dos

comerciantes e cidadãos em geral.

Em 2010, a PSP, realizou 650 acções de sensibilização/formação junto deste público,

afectando 369 elementos policiais a estas equipas especializadas.

2.1.1.1.6. Táxi seguro

Os programas especiais de prevenção e intervenção policial

activa e reactiva em áreas de actuação específicas são

potencialmente optimizados em termos de recursos e resultados

operacionais, quando integram, na sua arquitectura estrutural,

novas funcionalidades decorrentes da aplicação e utilização das

novas tecnologias de informação e comunicação.

No âmbito da sua actuação operacional, e apesar de certos condicionalismos de ordem

económica, a PSP tem acompanhado a evolução tecnológica, presente em diferentes

domínios da sociedade. Nesse sentido, tem conseguido, por intermédio da tutela,

conciliar, em alguns programas especiais de policiamento, as vertentes segurança

versus tecnologia, como são exemplo os dois projectos inovadores já implementados,

denominados Táxi Seguro e Abastecimento Seguro.

O Táxi Seguro é um sistema inovador de dissuasão, prevenção e combate à

criminalidade praticada contra os condutores de veículos Táxi.

Assente, no recurso às novas tecnologias,

através do uso do GSM e do GPS, este

sistema de segurança aos condutores de

veículos táxi permite à PSP determinar, a

partir do momento em que o condutor dá

o alerta, a localização do táxi - em

qualquer ponto do país - e seguir o seu

itinerário, em tempo real, assim como, o

O Sistema Táxi Seguro



117 de 275

acesso ao som ambiente do interior do veículo.

Estes mecanismos de comunicação directa entre o condutor e a PSP possibilitam que a

instituição policial percepcione com precisão o grau de perigosidade de cada situação

em concreto e, deste modo, desencadeiem as acções operacionais mais eficazes.

Concebido e desenvolvido pela Fundação Vodafone Portugal em parceria com o MAI, a

sua implementação envolve a participação da PSP e de diversas Câmaras Municipais,

sendo que, de acordo com o despacho3 de Sua Excelência o Ministro de Estado e da

Administração Interna, a gestão do STS é da competência da PSP.

O STS encontra-se em exploração real, desde o dia 01 de Julho de 2006.

Actualmente, o STS abrange 1.318 táxis aderentes e encontra-se implementado nos

seguintes locais:

Área Metropolitana de Lisboa:

Amadora, Loures, Lisboa, Odivelas, Oeiras, Sintra, Vila Franca de Xira, Torres

Vedras.

Área Metropolitana do Porto:

Arouca, Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim, Santa

Maria da Feira, Santo Tirso, São João da Madeira, Trofa, Valongo, Vila do Conde

e Vila Nova de Gaia.

Península de Setúbal:

Almada, Barreiro, Montijo, Seixal e Setúbal.

Relativamente aos alarmes registados pelo STS (gráfico n.º 7 e quadro n.º 25), verifica-

se que, em 2010, foram accionados 68 alarmes reais (+17 face a 2009, +33,3%). Em

média, são accionados 5 ou 6 alarmes reais por mês.

3 Despacho n.º 12 226/2006, de 01 de Junho, Regula a organização e funcionamento do Sistema Táxi Seguro, publicado no Diário da

República n.º 113, II Série, em 12/06/2006.



118 de 275

51

1.026

615

2009

33,3%Alarmes reais

2151.187

2007Ano

Alarmes falsos

V% (**)Alarmes STS

4.459

2008 VA (*)

21,0%

2010

1.241

87 100 68 17


(**) Variação percentual relativamente ao ano anterior.

— — —

(*) Diferença absoluta entre os valores registados em 2009 e 2010.

Alarmes de teste — —

Gráfico n.º 7 Distribuição dos alarmes registados pelo STS - 2010


A análise global dos alarmes registados pelo STS, em 2010, revela ainda que os taxistas

accionaram, por negligência, 1.241 falsos alarmes (+215 face a 2009, +21%). Em média,

são accionados 103 falsos alarmes por mês.

Quadro n.º 25

Evolução e distribuição dos alarmes registados pelo STS - 2007 / 2010

Durante 2010, realizaram-se 11 acções de sensibilização/formação junto deste

público-alvo.

2.1.1.1.7. Abastecimento Seguro

À semelhança do STS, o SAS faz parte de um

conjunto de programas de segurança,

desenvolvidos pela tutela em parceria com

entidades externas; tem como objectivo

fundamental, através da modernização tecnológica das forças de segurança, dar

respostas objectivas a problemas de criminalidade violenta registada em sectores de

838

317

8651 12 5

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

Área Metropolitana de Lisboa

Área Metropolitana do Porto

Península de Setúbal

Falsos

Reais



119 de 275

actividade profissional mais problemáticos do ponto de vista da segurança, que, em

concreto, ocorrem nos postos de abastecimento de combustíveis.

Este sistema não permite assinalar outro tipo de ocorrências fora do universo dos postos

de abastecimento de combustíveis.

O SAS constitui mais uma valência da aplicação informática que suporta a Central

Pública, e assenta em mecanismos técnicos de funcionamento e em procedimentos

semelhantes ao do STS, diferindo no que diz respeito ao público-alvo, por se visar a

prevenção, detecção e combate à criminalidade nos postos de abastecimento de

combustíveis, enquanto o STS se encontra direccionado para a segurança dos

condutores de táxi.

O SAS permite a ligação directa dos postos de abastecimento de combustíveis às forças

de segurança e, deste modo, enquanto sistema de recepção de alarmes, potencia a

detecção e reacção operacional a este tipo de criminalidade que urge prevenir, conter e

combater de forma eficiente e eficaz.

Actualmente, o SAS, em funcionamento desde 2 de Julho de 2007, abrange 168 postos

de abastecimento de combustíveis localizados nos distritos de Aveiro, Braga, Coimbra,

Évora, Faro, Guarda, Leiria, Lisboa, Portalegre, Porto, Santarém, Setúbal, Viana do

Castelo, Vila Real e Viseu.

Relativamente aos alarmes registados pelo SAS (gráfico n.º 8 e quadro n.º 26), verifica-

se que, em 2010, foram accionados 184 alarmes falsos (-11 alarmes face a 2009, -5,6%)

e 19 alarmes reais (-10 alarmes face a 2009, -34,5%).

Gráfico n.º 8 Distribuição dos alarmes registados pelo SAS - 2010


Em média, por mês, são accionados 15 falsos alarmes e 1 ou 2 alarmes reais.

184

19

0 50 100 150 200

Alarmes Falsos

Alarmes Reais



120 de 275

195

49

184

—


Alarmes SAS

Ano2007 2008

-5,6%

—

VA (*) V% (**)

-34,5%Alarmes reais 1 37 -10

2010

19

2009

29


Alarmes falsos 41 207 -11


Alarmes de teste 71 232 —

Quadro n.º 26 Evolução e distribuição do número de alarmes registados pelo SAS - 2007 / 2010

2.1.1.1.8. Farmácia Segura

No âmbito do protocolo Farmácia Segura, celebrado a 16 de Maio 2006, entre a

Associação Nacional de Farmácias (ANF) e o MAI, que visa a planificação e a realização

de projectos relacionados com o estudo, promoção e incremento de medidas de

segurança, no âmbito das farmácias, associadas na ANF, realizaram-se 188 acções de

sensibilização/formação junto deste público-alvo.

Ultimam-se procedimentos de natureza técnica para que seja possível (i) proceder-se a

testes comunicacionais e (ii) permitir à ANF iniciar o processo de adesão.

2.1.1.1.9. Sistema de perdidos e achados

O Sistema Integrado de Informação sobre Perdidos e Achados (SIISPA) visa, através da

Word Wide Web, facultar aos cidadãos o acesso fácil a um registo de bens achados e

entregues. Este sistema, partilhado, através da Rede Nacional de Segurança Interna,

pela GNR e PSP, permite que os cidadãos, em adequadas condições de segurança,

efectuem consultas de modo a que os bens só possam ser reclamados por quem de

direito.

A segunda fase do projecto, a iniciar em Junho de 2010, tem como objectivo endereçar

os objectivos descritos no Simplex, isto é, dotar o SIISPA, lançado no dia 31 de Janeiro

de 2008, com novas funcionalidades, com vista a eliminar procedimentos, documentos

em circulação e prestação de novos serviços aos cidadãos. A concretização da medida

envolve as seguintes acções:

Cobertura de todo o território;

Alargar e agilizar os procedimentos que permitem a actualização mais célere da base

de dados para consulta;



121 de 275

SIISPA Centro Registo 2009 2010

Entrega Lei 718 8.034

Entregue 9.080 31.448

Pendente 32.380 40.582

Transferido 214 —


Melhorar o “BackOffice” de apoio, em particular com a imagem de objectos achados,

facilitando a comunicação dentro das forças e entre os serviços envolvidos;

Permitir aos cidadãos a funcionalidade de declarar no sítio electrónico a perda do bem,

aliado a um sistema de alerta e notificação dos interessados via e-mail, logo que

objecto seja inserido no sistema;

Eliminar o maior número de documentos internos relativos a todo o processo de

apresentação, autos e destino.

Em 2010, a plataforma dos perdidos e achados, registou, no que concerne à PSP, o

seguinte volume de registos (gráfico n.º 9).

Gráfico n.º 9 Volume de registos na plataforma de perdidos e achados da PSP - 2010


Quadro n.º 27 Evolução dos registos na plataforma de perdidos e achados da PSP – 2009 / 2010

2.1.1.2. Acções específicas de prevenção e policiamento

Durante o ano de 2010, intensificaram-se as operações policiais nas áreas de actuação

da PSP, com especial incidência nos períodos temporais tradicionalmente considerados

de maior risco, como sejam as épocas de Carnaval, da Páscoa, do Verão e do Natal.

8.034

31.448

40.582

0 5000 10000 15000 20000 25000 30000 35000 40000 45000

Entrega de Lei

Entrgue

Pendente



122 de 275

Nesses períodos desenvolveram-se programas e acções específicas de prevenção e

policiamento, materializadas através de operações policiais específicas quer de

prevenção criminal, com a utilização dos meios humanos e materiais disponíveis, em

locais específicos, previamente identificados, quer de fiscalização e prevenção

rodoviária.

Tanto as operações de fiscalização e prevenção rodoviária, como as acções

direccionadas para a fiscalização de estabelecimentos comerciais e de locais de fabrico

e armazenamento de armas e munições, além do policiamento de proximidade em áreas

específicas, só foram possíveis de concretizar, mediante a racionalização de recursos

humanos e materiais, os quais, nesses períodos do ano, reforçam os recursos

normalmente afectos a este tipo de funções, executadas ao longo do ano, tendo em

vista a segurança das pessoas e bens.

À semelhança de anos anteriores, a PSP realizou as operações policiais de carácter

sazonal a seguir relatadas.

Os resultados obtidos revelam a eficácia e a capacidade de resposta operacional da

PSP, bem como transmitem um maior sentimento de segurança à sociedade.

2.1.1.2.1. Operação ―Polícia sempre presente - Carnaval em Segurança 2010‖

No período compreendido entre 11 e 17 de Fevereiro de 2010, inclusive, os Comandos

da PSP, através de ajustado emprego dos meios humanos e materiais de que dispõem,

adequaram e concentraram a sua capacidade operacional, de forma a incrementar o

sentimento de segurança dos cidadãos nas áreas comerciais, turísticas e sistemas de

transporte públicos ou outros locais de grande concentração de pessoas, assegurando

nesses locais, um elevado índice de visibilidade policial.

Numa atitude proactiva de prevenção de incidentes, mormente com o manuseamento

dos artefactos pirotécnicos, a PSP, promoveu acções de fiscalização aos

estabelecimentos comerciais que se encontram nas imediações dos estabelecimentos

escolares, principalmente após recolha de alguma informação, onde existam suspeitas

de comercializarem de forma ilegal produtos pirotécnicos e afins, bem como outros

habitualmente frequentados por menores.

O conceito da Operação Polícia Sempre Presente – Carnaval em Segurança 2010, teve

por base a conjugação de uma vertente de prevenção e dissuasão da criminalidade,

dando especial enfoque à componente proximidade e visibilidade policial, para



123 de 275

aumento do sentimento de segurança nas zonas de maior afluência de cidadãos e onde

se verifiquem maior índices de ocorrências, conferindo prioridade aos seguintes

vectores:

Detecção e identificação/detenção de indivíduos na posse e/ou na utilização ilegal

de armas, de estupefacientes, artigos furtados/roubados, com mandados judiciais

pendentes e em situação ilegal no país, que se encontrem em áreas comerciais,

turísticas, junto dos terminais de transportes públicos e nas áreas de diversão

nocturna;

Dar maior visibilidade à PSP nas áreas atrás indicadas.

Do mesmo modo, pretendeu-se aumentar a capacidade operacional, através de

adequada rentabilização de meios humanos e materiais disponíveis.

Os Comandos, desenvolveram, junto das comunidades educativas, acções de

sensibilização necessárias à adopção, por parte destes, de procedimentos preventivos,

de auto-protecção, de forma a evitar/prevenir comportamentos de risco.

No âmbito rodoviário, para execução desta operação, os Comandos tiveram em

consideração o aspecto visibilidade policial como factor de prevenção/dissuasão da

sinistralidade rodoviária, conferindo prioridade aos seguintes vectores:

Privilegiar os principais eixos viários de acesso às cidades, locais de maior

afluência de viaturas, locais onde se tenham registado maior número de

acidentes, junto às zonas comerciais, turísticas e de diversão nocturna;

Dar maior visibilidade à Polícia nas áreas atrás indicadas;

Utilizar aparelhos e viaturas de controlo de velocidade e alcoolímetros;

Utilizar equipamentos do programa da POLÍCIA EM MOVIMENTO.

Realizaram operações de fiscalização em dias e períodos específicos, envolvendo 5.275

elementos policiais e 2.697 recursos materiais.

No âmbito destas operações policiais de cariz sazonal (gráfico n.º 10), foram detectadas

2.796 infracções e detidos 450 indivíduos.



124 de 275

Gráfico n.º 10 Resultados das operações de fiscalização - Carnaval em Segurança 2010


Na sequência das acções de fiscalização realizadas, detectaram-se as infracções a

seguir mencionadas (gráfico n.º 11).

Gráfico n.º 11 Tipo de infracções detectadas - Carnaval em Segurança 2010


Os índices de sinistralidade rodoviária registados pela PSP, no período do Carnaval

(gráfico n.º 12), revelam que, na sua área de jurisdição, se registaram 1.242 acidentes,

289 feridos e 1 morto.

450

2.796

0 500 1000 1500 2000 2500 3000

Detenções

Infrações



125 de 275

Gráfico n.º 12 Índices de sinistralidade rodoviária registada - Carnaval em Segurança 2010


2.1.1.2.2. Operação ―Polícia sempre presente - Páscoa em Segurança 2010‖

Por ocasião da Páscoa verifica-se uma maior movimentação rodoviária não só no

interior das cidades, mas também de e para os locais de naturalidade dos cidadãos para

as comemorações tradicionais, o que origina elevados fluxos de trânsito nas principais

vias de acesso aos centros urbanos.

Também nesta época do ano é tradicional verificar-se um significativo aumento do fluxo

de turistas para o nosso País, sobretudo espanhóis, utilizando os principais eixos

rodoviários nacionais, nomeadamente as auto-estradas, IP‟s e IC‟s, para chegarem aos

centros urbanos do litoral.

Assim, no período compreendido entre 28 de Março e 05 de Abril de 2010, inclusive, os

Comandos da PSP, através do ajustado emprego dos meios humanos e materiais de

que dispõem, adequaram e concentraram a sua capacidade operacional, de forma a

incrementar o sentimento de segurança dos cidadãos nas áreas comerciais/turísticas,

sistemas de transporte públicos e outros locais de grande concentração de pessoas,

assegurando nesses locais, elevados índices de visibilidade.

Na componente de segurança rodoviária, durante o mesmo período, os Comandos

intensificaram as acções de regularização e de fiscalização de trânsito, com especial

visibilidade, particularmente nas principais saídas e entradas dos centros urbanos, nos

períodos de maior fluxo de trânsito e em zonas de diversão nocturna.

Na componente da prevenção da vitimação junto dos idosos, durante este período, os

Comandos desenvolveram acções de sensibilização de grande impacto ao nível local

junto deste grupo, direccionadas para as questões da prevenção da vitimação, em

1.242

1

289

0 200 400 600 800 1000 1200 1400

Acidentes

Mortos

Feridos



126 de 275

parceria com entidades locais (governos civis, autarquias, lares de idosos, associações

ou clubes recreativos, etc.).

Foi ainda considerado que, em 26 de Março de 2010, foi levada a cabo a nível nacional

a primeira Operação Quadrimestral pelos Comandos pelo que foi incitado a que, no

seguimento desta, o esforço de policiamento nesta operação fosse continuado, de modo

a manter os níveis de eficácia e eficiência policiais, bem como, continuasse a ser

desenvolvida, em conjugação, a Operação Pela Vida, Trave!

O conceito da Operação Polícia Sempre Presente - Páscoa em Segurança 2010

assentou em três pilares fundamentais:

Visibilidade policial;

Âmbito rodoviário;

Prevenção.

Durante a Operação Polícia Sempre Presente - Páscoa em Segurança 2010, e no

âmbito da Directiva Operacional n.º 12/2010, foi levada a cabo a Operação “Sistina”

cujos objectivos foram, em 01 de Abril de 2010 e no período das 00H00 às 06H00, a

PSP, em estreita coordenação com a GNR, executar uma operação de fiscalização

rodoviária e controlo da criminalidade a nível nacional, com vista ao controlo dos

comportamentos de risco dos condutores e das condições de circulação dos veículos,

detecção de armas e explosivos, bem como de estupefacientes e outras matérias ilegais

em circulação.

Realizaram-se 672 operações/acções/parcerias, tendo estado envolvidos 4.405


Em termos de resultados salientam-se as 2.532 infracções detectadas e os 328

indivíduos detidos (gráfico n.º 13).



127 de 275

Gráfico n.º 13 Resultados das operações de fiscalização - Páscoa em Segurança 2010


Na sequência das acções de fiscalização realizadas, detectaram-se as infracções

rodoviárias a seguir mencionadas (gráfico n.º 14).

Gráfico n.º 14 Tipo de infracções rodoviárias detectadas - Páscoa em Segurança 2010


Os dados apurados pela PSP (gráfico n.º 15), no que concerne aos índices de

sinistralidade rodoviária registados no período da Páscoa, demonstram que, na sua área

de jurisdição, se registaram 1.306 acidentes, 2 vítimas mortais e 345 feridos.

328

2.532

0 500 1000 1500 2000 2500 3000

Detenções

Infracções

143

139

153

59

15

1.022

1.001

0 200 400 600 800 1000 1200

Uso do telemóvel durante o exercício da condução

Não utilização de cinto de segurança

Falta de inspecção periódica obrigatória

Falta de seguro de responsabilidade civil

Não utilização de dispositivo de retenção de criança

Estacionamento

Outras



128 de 275

Gráfico n.º 15 Índices de sinistralidade rodoviária registada - Páscoa em Segurança 2010


2.1.1.2.3. Operação ―Polícia sempre presente - Verão Seguro 2010‖

No Verão, o nosso país torna-se destino de milhares de estrangeiros que anualmente

escolhem Portugal como local privilegiado de férias, tanto nas áreas balneares, como

nos grandes centros urbanos, procurando geralmente zonas de interesse histórico,

monumental, de lazer, de restauração e de actividade desportiva.

Por outro lado, as férias escolares originam maior movimentação de viaturas e pessoas

junto de centros de diversão nocturna, potenciando consumo de bebidas alcoólicas e

substâncias psicotrópicas e, consequentemente, a adopção de outros comportamentos

de risco para a ocorrência de acidentes ou para ampliar as suas consequências.

A PSP, no período de 21 de Junho a 15 de Setembro de 2010, através de ajustado

emprego dos meios humanos e materiais de que dispôs, adequou e concentrou a sua

capacidade operacional, de forma a incrementar o sentimento de segurança em zonas

balneares, áreas turísticas e comerciais, residenciais e parques de estacionamento

dessas zonas e nos principais eixos rodoviários sob sua responsabilidade, assegurando

nesses locais um elevado índice de visibilidade.

Do mesmo modo, desenvolveu, junto do cidadão, as actividades informativas

necessárias à adopção, por parte destes, de procedimentos preventivos necessários à

sua protecção pessoal e dos seus bens, bem como das suas residências, durante o

período de férias, executando a habitual “Operação Férias”.

1.306

2

345

0 200 400 600 800 1000 1200 1400

Acidentes

Mortos

Feridos



129 de 275

O conceito da Operação Polícia Sempre Presente – Verão Seguro 2010 visou incidir a

acção policial com elevada prioridade nos seguintes vectores:

Segurança nas praias e zonas balneares;

Segurança em outros locais de grande afluxo turístico;

Operação “PSP - Portugal, Safer Place”, procurando transmitir a imagem aos

estrangeiros de Portugal ser um destino seguro de férias;

“Operação Férias” visando a segurança das residências das pessoas que se

ausentam por motivos de férias e comunicam esse facto à PSP.

Durante este período, a PSP realizou 3.058 operações, tendo estado envolvidos 26.794


Em termos de resultados, constata-se que, neste período, detectaram-se 26.114

infracções rodoviárias e detiveram-se 2.161 indivíduos (gráfico n.º 16).

Gráfico n.º 16 Resultados das operações de fiscalização - Verão Seguro 2010




Gráfico n.º 17 Tipo de infracções detectadas - Verão Seguro 2010


2.161

26.114

0 5000 10000 15000 20000 25000 30000

Detenções

Infracções rodoviárias

2.134

937

1.329

375

932

20.407

0 5000 10000 15000 20000 25000

Uso do telemóvel durante o exercício da condução

Não utilização de cinto de segurança

Falta de inspecção periódica obrigatória

Falta de seguro de responsabilidade civil


Outras



130 de 275

Os índices de sinistralidade rodoviária registados pela PSP, no período do Verão (gráfico

n.º 18), revelam que, na sua área de jurisdição, se registaram 13.777 acidentes, 3.974

feridos e 39 mortes.

Gráfico n.º 18 Índices de sinistralidade rodoviária registados - Verão Seguro 2010


2.1.1.2.4. Operação ―Polícia sempre presente - Festas Seguras 2010‖

Pretendeu-se, no final do ano, numa atitude proactiva e dissuasora, diminuir os índices

de criminalidade e sinistralidade rodoviária registados na área da PSP.

No período compreendido entre 06 de Dezembro de 2010 e 02 de Janeiro de 2011, os

Comandos da PSP, através de ajustado emprego dos meios humanos e materiais de

que dispõem, adequaram e concentraram a sua capacidade operacional, de forma a

incrementar o sentimento de segurança dos cidadãos nas áreas comerciais, sistemas de

transporte públicos e outros locais de grande concentração de pessoas, assegurando

nesses locais, um elevado índice de visibilidade.

Noutra importante vertente da actuação policial, promoveram e implementaram acções

de fiscalização do trânsito nas suas principais vias de acesso e/ou nos principais eixos

viários, em especial nas zonas de acumulação ou maior incidência de acidentes.

O conceito da “Operação sempre presente – Festas Seguras 2010” visou a conjugação

de uma vertente de prevenção e dissuasão, dando especial enfoque à:

Proximidade e visibilidade policial;

Detecção e identificação de vigilantes de segurança privada;

Fiscalização de estabelecimentos;

Detecção e Identificação/Detenção de indivíduos na posse ilegal de armas;

13.777

39

3.974

0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 16000

Acidentes

Mortos

Feridos



131 de 275

Incremento da visibilidade nas áreas residenciais;

Realização de contactos locais com comerciantes e fundamentalmente…

Realização de contactos locais, através dos elementos afectos ao PIPP - “Escola

Segura”, no sentido dos agrupamentos escolares divulgarem e promoverem junto

dos estabelecimentos de ensino o concurso “Vamos dar nome à Mascote da

PSP”, destinado aos alunos do 1.º ciclo do ensino básico;

Implementação de boas-práticas designadamente ao nível de distribuição dos

folhetos de informação/sensibilização criados pela PSP sobre prevenção, bem

como outros eventualmente já desenvolvidos localmente pelos Comandos.

No âmbito rodoviário foram privilegiados os principais eixos viários de acesso centros

urbanos, locais de maior afluência de viaturas e de maior conflitualidade entre o trânsito

rodoviário e o pedonal, Zonas de Acumulação de Acidentes (ZAA) e Pontos Negros,

junto às zonas comerciais, estabelecimentos de ensino e de diversão nocturna.

Intensificou-se a utilização dos aparelhos de fiscalização, nomeadamente cinemómetros

“radar” fixos e instalados em viaturas, e alcoolímetros, bem como através da utilização

de equipamentos tecnológicos, designadamente “Polícia Automático” e SCOT.

Sensibilização dos condutores, durante as acções de fiscalização para a importância da

utilização dos sistemas de retenção e segurança e de praticarem uma condução

responsável e atenta, de forma a evitar o flagelo dos atropelamentos nas e, em especial,

fora das passagens de peões.

Realizaram-se 1.050 operações, tendo estado envolvidos 15.701 elementos policiais e

7.484 recursos materiais.

Em termos de resultados, salienta-se que, neste período, detectaram-se 14.535

infracções rodoviárias e detiveram-se 1.139 indivíduos (gráfico n.º 19).

Gráfico n.º 19 Resultados das operações de fiscalização - Festas Seguras 2010


1.139

14.535

0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 16000

Detenções

Total Infracções rodoviárias



132 de 275



Gráfico n.º 20 Tipo de infracções detectadas - Festas Seguras 2010


Os índices de sinistralidade rodoviária registados pela PSP, neste período (gráfico n.º

21), revelam que, na sua área de jurisdição, se registaram 5.360 acidentes, 13.693

feridos e 15 mortes.

Gráfico n.º 21 Índices de sinistralidade rodoviária registada - Festas Seguras 2010


2.1.1.2.5. Operação ―Escola Segura II‖ - Início do ano escolar 2010/2011

Decorreu no período compreendido entre 08 e 21 de Setembro de 2010, com o objectivo

de continuar a garantir a missão de segurança nas imediações dos estabelecimentos de

ensino e percursos casa-escola-casa, de forma a reduzir os índices de criminalidade e

delinquência e melhorar o sentimento de segurança dos diversos membros da

319

628

421

564

47

30

12.526

0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000

Falta de seguro

Falta de Inspecção

Cinto de Segurança (não utilização ou inexistente)

Uso de telemóvel durante a condução


Condução sem habilitação legal (não detenção)

Outras

5.360

15

13.693

0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 16000

Acidentes

Mortos

Feridos



133 de 275

comunidade educativa: alunos, professores, pais/encarregados de educação e auxiliares

de acção educativa.

Foram efectuadas 104 detenções por diversos tipos de crime, tendo ainda sido

apreendidas 334 doses de produtos estupefacientes.

Foram fiscalizadas 15.433 viaturas, tendo sido submetidos ao teste de alcoolemia 1.314

condutores, dos quais 1.286 apresentaram uma TAS inferior a 0,5 g/l de álcool no

sangue, 11 com valores compreendidos entre 0,5 >=0,8 e 17 com valores entre 0,8 e 1,2

g/l de sangue.

Esta operação privilegiou igualmente o desenvolvimento de tipo rusga em cafés e salões

de jogos nas proximidades dos estabelecimentos escolares, procurando a detecção de

venda de álcool e tabaco a menores, tendo sido detectadas 69 infracções.

Estiveram envolvidos 2.941 elementos policiais.

2.1.1.2.6. Operação ―Recreio Seguro II - A violência não entra na escola‖

No período compreendido entre 03 de Maio de 2010 e 18 de Junho de 2010, os

Comandos da PSP, através de ajustado emprego dos meios humanos e materiais,

nomeadamente PIPP - Escola Segura, EIC‟s e EIR‟s, adequaram e concentraram a sua

capacidade operacional, de forma a incrementar o sentimento de segurança nas

imediações dos espaços escolares, prevenindo a violência e criminalidade – por

exemplo de pequenos furtos (carteiras, telemóveis, mochilas, acessórios de roupa), junto

às escolas especialmente do 2.º e 3.º ciclo – e promovendo um combate sistemático e

determinado ao pequeno tráfico de droga e venda ilegal de álcool e tabaco, bem como

detectando e sinalizando o consumo de substâncias psicotrópicas, estupefacientes e

álcool, promovendo os correspondentes processos contra-ordenacionais e o

encaminhamento para as Comissões de Dissuasão de Toxicodependência.

Numa perspectiva pedagógica e de prevenção foram realizadas 1.507 acções de

informação/sensibilização, sendo de realçar 1.040 acções junto de estabelecimentos

escolares.

Foram efectuadas 270 detenções por diversos tipos de crime, tendo ainda sido

apreendidas 2.143 doses de produtos estupefacientes.

Foram fiscalizadas 18.481 viaturas, tendo sido submetidos ao teste de alcoolemia 2.880

condutores, dos quais 2.791 apresentaram uma TAS inferior a 0,5 g/l de álcool no



134 de 275

sangue, 67 com valores compreendidos entre 0,5 >= 0,8 e 22 com valores entre 0,8 e

1,2 g/l de sangue.

Uma das vertentes que mereceu especial atenção foi a fiscalização rodoviária, tendo

sido detectadas 3.843 infracções.

Esta operação privilegiou igualmente o desenvolvimento de tipo rusga em cafés e salões

de jogos nas proximidades dos estabelecimentos escolares, procurando a detecção de

venda de álcool e tabaco a menores, tendo sido detectadas 218 infracções.

Estiveram envolvidos 6.076 elementos policiais.

2.1.1.2.7. Operação ―Pela vida, Trave‖

A PSP realizou durante os meses de Março, Abril e Maio (fase 1) e Outubro, Novembro

e Dezembro (fase 2) a operação “Pela Vida, Trave”, a qual teve como objectivo

primordial: “Salvar vidas humanas, evitando os atropelamentos mortais!”.

Esta foi uma Operação Nacional que visou, em primeiro lugar, diminuir o número de

mortos nas áreas urbanas em consequência de atropelamentos, e em segundo lugar,

mostrar aos automobilistas e peões que queremos responsabilizar os infractores para

que se adoptem comportamentos de civismo e de vivência em sociedade que importam

destacar.

Assim, foi dado especial relevância às seguintes infracções rodoviárias:

Desrespeito da sinalização luminosa (sinal vermelho e amarelo);

Desrespeito do sinal vertical STOP;

Excesso de velocidade dentro das áreas urbanas;

Desrespeito da utilização da passadeira (na óptica do peão);

Desrespeito do peão na passadeira (na óptica do condutor).

No âmbito desta operação, empenharam-se (gráfico n.º 22), durante as duas fases,

33.655 elementos policiais e 32.347 recursos materiais.



135 de 275

Gráfico n.º 22 Recursos humanos e materiais empenhados – ―Pela Vida, Trave‖


Em termos de resultados, salienta-se que, nestas duas fases da operação, fiscalizaram-

se 255.409 viaturas, detectaram-se 69.518 infracções, apreenderam-se 1.164 viaturas e

detiveram-se 1.912 indivíduos (gráfico n.º 23).

Gráfico n.º 23 Resultados da operação – ―Pela Vida, Trave‖


2.1.1.3. Outras acções relevantes de policiamento

Além das operações de prevenção e policiamento já elencadas, há a registar ainda

outras operações policiais de prevenção e combate à criminalidade, realizadas em 2010,

designadamente (i) operações de tipo “rusga”, (ii) operações de stop, (iii) operações de

fiscalização, envolvendo diversas valências policiais, e que contribuíram para prevenir e

reprimir práticas ilícitas e (iv) operações especiais de prevenção criminal.

Estas operações têm verificado uma tendência crescente nos últimos anos, conforme se

pode observar pelo gráfico seguinte (gráfico n.º 24).

20.996

19.457

12.659

12.890

0 5000 10000 15000 20000 25000 30000 35000 40000

Elementos Policiais

Recursos Materiais

Elementos Policiais Recursos Materiais

1.ª Fase 20996 19457

2.ª Fase 12659 12890

131.972

36.439

528

934

123.437

33.079

636

978

0 50000 100000 150000 200000 250000 300000

Viaturas Fiscalizadas

Infracções Detectadas

Apreensões Viaturas

Detenções

Viaturas Fiscalizadas Infracções Detectadas Apreensões Viaturas Detenções

1.ª Fase 131972 36439 528 934

2.ª Fase 123437 33079 636 978



136 de 275

Gráfico n.º 24 Evolução de acções relevantes de policiamento - 2002 / 2010


2.1.1.3.1. Operações de tipo ―Rusga‖

Com a Operação “Rusga” desencadearam-se operações policiais direccionadas para o

combate do tráfico de estupefacientes, posse ilegal de armas e detecção de indivíduos

com situações ou pedidos judiciais (mandados ou notificações) pendentes.

Em 2010, foram realizadas 2.494 operações deste género, tendo sido detidas 1.326

pessoas (gráfico n.º 25).

Gráfico n.º 25 Detenções efectuadas no âmbito de operações de tipo ―Rusga‖


2.1.1.3.2. Operações ―Stop‖

No âmbito de Operações “Stop”, desenvolveram-se várias acções policiais direccionadas

para a prevenção e fiscalização do cumprimento da legislação rodoviária.

Foram realizadas 21.524 operações desta natureza, tendo sido fiscalizadas 1.188.855

viaturas, das quais 4.765 foram apreendidas. Detectaram-se 225.395 infracções (gráfico

n.º 26) e detiveram-se 8.571indivíduos (gráfico n.º 27).

9.346 10.576 9.792

12.887 13.265 17.421 19.006

22.96427.014

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

RUSGA

FISCALIZAÇÃO

STOP

LEI 5/2006

SOMATÓRIO

374

326

68

57

229

272

0 50 100 150 200 250 300 350 400

Tráfico de estupefacientes

Mandado de detenção

Posse de arma proíbida

Posse de arma ilegal

Estrangeiro em situação irregular (ilegal)

Outros motivos



137 de 275

Gráfico n.º 26 Tipo de infracções detectadas no âmbito de operações ―Stop‖


Gráfico n.º 27 Detenções efectuadas no âmbito de operações - ―Stop‖


2.1.1.3.3. Operações de fiscalização

A PSP realizou, no domínio da Operações “Fiscalização” diversas operações policiais

direccionadas para prevenção e fiscalização de estabelecimentos comerciais e outras

actividades inseridas na área de competência da PSP.

Foram realizadas 2.681 operações deste género e fiscalizados 8.410 estabelecimentos,

tendo sido alcançados os seguintes resultados (gráfico n.º 28).

3.284

1.114

4.173

0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500

Falta de habilitação legal para conduzir

Outros motivos

Condução sob efeito do alcool



138 de 275

Gráfico n.º 28 Tipo de infracções detectadas no âmbito das acções de fiscalização realizadas - 2010


2.1.1.3.4. Operações especiais de prevenção criminal

Relativamente às operações especiais de prevenção criminal, os seus objectivos são o

de efectuar o controlo, detecção, verificando a regularidade da situação de armas, seus

componentes ou munições ou substancias ou produtos a que se refere a Lei n.º 5/2006,

de 23 de Fevereiro, reduzindo o risco de prática de ilícitos.

Foram realizadas 315 operações que contaram com a colaboração de 11.617 elementos

(entre PSP e outras entidades), tendo sido empregues mais de 2.547 meios materiais.

Como resultados, salientam-se as 204 armas apreendidas e as 405 detenções

efectuadas, conforme expressa o gráfico n.º 29.

Gráfico n.º 29 Resultados das operações especiais de prevenção criminal - 2010


481

86

279

845

308

2.511

0 500 1000 1500 2000 2500 3000

Falta de Alvarás/Licenças

Condições de higiene

Direitos de autor e direitos conexos

Funcionamento fora de horário

Jogos

Outros motivos

405

204

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450

Detenções

Armas Apreedidas



139 de 275

2.1.1.3.5. Operações na área do ambiente

A temática da preservação da natureza e da conservação dos recursos naturais tem sido

uma preocupação crescente na sociedade contemporânea de todo o mundo.

Os atentados contra os bens naturais obrigam a que sejam tomadas medidas de

prevenção e fiscalização, não só pelas entidades competentes, mais directamente

envolvidas nestas matérias, mas também pela PSP.

O contributo da PSP nesta área ocorre tanto numa perspectiva preventiva e pedagógica,

como numa atitude fiscalizadora e dissuasora de práticas tipificadas como infracções à

legislação ambiental vigente, operacionalizada através de um conjunto de acções de

fiscalização de ilícitos ambientais direccionadas para pedreiras, extracção de areias,

veículos automóveis e oficinas automóveis, espécies animais protegidas e diversos

ilícitos ambientais de cariz eminentemente urbano.

Estas operações visam, fundamentalmente, o seguinte:

Aumentar a capacidade operacional, através de adequada rentabilização dos

meios humanos e materiais de que a PSP dispõe (em especial, equipas afectas

às Brigadas de Protecção Ambiental e Brigadas de intervenção rápida), de forma

a incrementar a fiscalização às infracções à legislação ambiental;

Dar particular relevo à fiscalização sobre procedimentos/acções violadoras de

normativos legais relativos à protecção ambiental, através da realização de

operações de fiscalização de ilícitos ambientais direccionados para a fiscalização

de pedreiras, extracção de areias, de veículos automóveis e oficinas automóveis,

de espécies animais protegidas e de diversos ilícitos ambientais de cariz

eminentemente urbano;

Desenvolver, junto dos operadores industriais e comerciais, actividades

informativas de sensibilização e de fiscalização necessárias à adopção, por parte

destes, de procedimentos preventivos para o não cometimento de infracções e

ilícitos ambientais, nomeadamente através da distribuição de folhetos de

sensibilização;

Desenvolver, junto dos operadores circenses, actividades informativas de

sensibilização necessárias à adopção por parte destes, de procedimentos

preventivos e de auto-protecção para o não cometimento de infracções às normas

para circulação e protecção de animais em circos e outros, bem como acções de

fiscalização nos circos.



140 de 275

Assim, em 2010, a PSP continuou a apostar nas actividades desenvolvidas nesta área,

tendo empenhado 857 elementos policiais os quais realizaram 850 operações, tendo

obtido os seguintes resultados (gráfico n.º 30).

Gráfico n.º 30 Resultados das operações realizadas na área do ambiente - 2010


Para além destas operações de carácter geral, a PSP contribuiu ainda para na área

mais específica dos incêndios florestais.

De acordo com a Directiva Operacional n.º 15/2010, de 19 de Abril de 2010, o

Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Florestais (DECIF) organiza-se e

funciona de forma distinta, em conformidade com a Fase de Perigo – Fases Alfa, Bravo,

Charlie, Delta ou Echo e o estado de alerta activado - Estado Normal ou Estado de

Alerta Especial.

Assim, a PSP, no âmbito das suas competências legais e territoriais, deu cumprimento

ao estipulado na legislação em vigor, actuando de acordo com o previsto na referida

Directiva e na Directiva Operacional n.º 2/2010 da ANPC, na parte correspondente.

Esta operação decorreu a nível nacional, na área de competência territorial da PSP,

para se efectuarem:

Acções de sensibilização;

Acções de vigilância;

Acções de fiscalização.

Os Comandos da PSP coordenaram nos termos do art.º 2º, n.º 3, do Decreto-lei n.º

124/2006, as suas acções no âmbito da sensibilização das populações, da vigilância das

614

10

384

0 100 200 300 400 500 600 700

ANCO

AUTOS CRIMINAIS

OUTRO EXPEDIENTE



141 de 275

áreas florestais que se situem na área de competência territorial respectiva e da

fiscalização.

A PSP empenhou 3.251elementos e 1.816 meios materiais, tendo-se obtido os

resultados abaixo apresentados (gráfico n.º 31).

Gráfico n.º 31 Resultados das operações realizadas na defesa da floresta contra incêndios - 2010


2.1.1.4. Manutenção e reposição da ordem pública

No domínio da manutenção e reposição da ordem pública, a PSP, em 2010,

desenvolveu acções de polícia em diferentes áreas de intervenção, tais como:

No âmbito de visitas e segurança a Altas Entidades;

No âmbito da realização de eventos desportivos;

No âmbito da realização de eventos objecto de medidas especiais de protecção e

segurança, designadamente, eventos oficiais, culturais e religiosos;

No âmbito do exercício do direito de reunião e manifestação;

No âmbito das acções de reposição da ordem em Zonas Urbanas Sensíveis

(ZUS);

Incidentes táctico policiais.

2.1.1.4.1. Acções desenvolvidas no âmbito da segurança de altas entidades

Neste âmbito compete à PSP assegurar a segurança pessoal dos membros dos órgãos

de soberania e de altas entidades nacionais e estrangeiras, bem como de outros

cidadãos, quando sujeitos a situação de ameaça relevante.

1.974

677

317

0 500 1000 1500 2000 2500

Acções de Vigilância/Fiscalização

Acções de sensibilização

Autos de Notícia por Contra-Ordenação.



142 de 275

Assim, em 2010, o empenhamento da PSP foi de 3.027 elementos policiais, de acordo

com as missões a seguir descritas (gráfico n.º 32).

Gráfico n.º 32 Acções de segurança pessoal desenvolvidas pela PSP - 2010


2.1.1.4.2. Acções desenvolvidas no âmbito da realização de eventos desportivos

A segurança a policiamentos desportivos representam um considerável empenhamento

da PSP, merecendo especial destaque o facto de estar situado na área de competência

territorial da PSP os principais estádios de futebol, que albergam os jogos de risco

elevado verificados em Portugal.

Assim, durante 2010 foram empenhados 109.789 elementos policiais, os quais

contribuíram para a segurança de mais 27.406 policiamentos (gráfico n.º 33).

Gráfico n.º 33 Acções de policiamento a eventos desportivos – 2009/2010


385

276

581

98

85

4

0 100 200 300 400 500 600 700

AE Estrangeiras

Permanente

Temporária

Juízes

Testemunhas

Arguidos

14.631

12.775

14.399

12.751

11500 12000 12500 13000 13500 14000 14500 15000

Policiamentos Desportivos Futebol

Policiamentos Desportivos Outras Modalidades

2009

2010



143 de 275

2.1.1.4.3. Acções no âmbito do exercício do direito de reunião e manifestação

Procurando assegurar o regular exercício do direito de reunião e manifestação,

nomeadamente, nas vertentes de segurança dos intervenientes, regularização do

trânsito e prevenção geral e manutenção de ordem pública, a PSP garantiu, em 2010, a

segurança em 596 eventos deste género, tendo empenhado 5.597 elementos.

2.1.1.4.4. Acções de reposição da ordem em zonas urbanas sensíveis

No que diz respeito a acções de reposição de ordem, em Zonas Urbanas Sensíveis

(ZUS), foram activados por 13 vezes os mecanismos de ordem pública para fazer face a

situações de alteração de ordem pública, as quais se verificaram 12 vezes na área do

Comando Metropolitano de Lisboa e por 1 vez, no Comando Distrital de Portalegre.

Estas acções resultaram no empenhamento de 239 elementos policiais e tiveram a

duração de 47 horas (gráfico n.º 34).

Gráfico n.º 34 Acções de reposição da ordem em zonas urbanas sensíveis – 2009 / 2010


2.1.1.4.5. Incidentes táctico-policiais

Em 2010 foi classificado como incidente táctico-policial apenas 1 incidente, que ocorreu

na área do Comando Metropolitano de Lisboa. Este incidente, relacionado com violência

doméstica e sequestro da vítima, envolveu armas de fogo e obrigou ao empenhamento

de recursos excepcionais e a adopção de procedimentos específicos, nomeadamente, a

activação de uma equipa de negociadores, que resolveram a situação.

13

239

47

44

712

138

0 100 200 300 400 500 600 700 800

Nº DE ACÇÕES

EFECTIVO EMPENHADO

HORAS DE EMPENHAMENTO

2009

2010



144 de 275

2.1.1.5. Grandes eventos

Anualmente a PSP garante a realização de um vasto conjunto de eventos nacionais e

internacionais, que muito contribuem para o sucesso nacional, pelo que, a título de

exemplo, referem-se, por já serem conhecidos, apenas alguns deles, nomeadamente: a

Liga Sagres e a Liga Vitalis a participação de Clubes Portugueses nas Competições

Europeias de futebol (Liga dos Campeões e Liga Europa). Destacam-se ainda: (i) os

habituais festivais de música, designadamente o Rock in Rio Lisboa e o Super Bock

Super Rock 2010, (ii) o Red Bull Air Race, (iii) a vinda a Portugal de Sua Santidade o

Papa Bento XVI, (iv) a preparação e realização da Cimeira da Assembleia Geral da

Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

De facto, no âmbito da realização de grandes eventos, a PSP conta já com uma vasta

experiência, tendo também durante 2010 colaborado com as autoridades da África do

Sul, apoiando na realização do Mundial de Futebol que se realizou naquele país.

O ano de 2010 foi então marcado por diversos acontecimentos que enalteceram ainda

mais as qualidades do País, sobretudo, em matéria de segurança interna, em especial,

no que diz respeito à realização de grandes eventos e á capacidade demonstrada pela

PSP, em garantir não só a sua segurança como também, a sua eficiente e eficaz

realização.

Neste particular, realça-se a visita de Sua Santidade o Papa Bento XVI e a Cimeira

Nato, eventos que constituíram um desafio sem precedentes, os quais demonstraram a

capacidade de gestão de recursos, que garantiram que em nenhum caso fosse

comprometido a segurança deste eventos.

2.1.1.5.1. Visita de Sua Santidade o Papa Bento XVI

Tratou-se de uma complexa operação global de segurança, nomeadamente no que diz

respeito à mobilização de reforços e articulação com outras entidades, tendo, mais uma

vez, demonstrado a excelente preparação da PSP para gerir estas situações. Realça-se

o facto, de ter acompanhado as acções de planeamento e execução deste evento, uma

delegação de autoridades inglesas, que utilizaram o nosso modelo policial, com estudo

para a visita Papal ao Reino Unido, que também ocorreu em 2010.

Os elementos policiais empenhados nas várias vertentes do policiamento foram

diligentes no cumprimento da missão atribuída, sendo notória uma postura de grande

sobriedade, permanente firmeza e vigília, bem como um rigoroso cuidado com a



145 de 275

apresentação pessoal, compatibilizando os interesses securitários da missão com a

dignidade de um evento desta natureza.

A PSP planeou e conduziu uma operação de considerável envergadura, onde empenhou

de forma planeada e direccionada os seus meios humanos e materiais, tendo o evento

sido um sucesso nacional.

2.1.1.5.2. Cimeira NATO

A Cimeira Nato constituiu-se como o evento de maior relevo, em termos de actuação

policial, no ano de 2010. Portugal, de entre os países que aderiram ao Tratado do

Atlântico Norte, foi o país escolhido para realização da Cimeira que decorreu nos dias 19

e 20 de Novembro de 2010, tendo também sido realizado, em paralelo, uma Cimeira UE-

EUA.

Os trabalhos decorreram nas instalações da FIL – Parque das Nações, tendo participado

dezenas de delegações (cerca de 60) que ficaram alojadas em hotéis situados na cidade

de Lisboa.

A presença e concentração no mesmo espaço físico de tão elevado número de líderes

mundiais, fizeram, deste evento, um dos mais complexos de sempre em termos de

organização e segurança, o que exigiu um significativo esforço de coordenação entre as

Forças de Segurança, entidades civis e Autoridades Militares.

Tais factos, acoplados ao relevante historial de ocorrências relacionadas com alterações

à ordem pública verificadas em praticamente todas as anteriores Cimeiras da NATO,

onde ocorreram protestos violentos, de longa duração e com grande quantidade de

participantes, de onde se destacam grupos radicais altamente organizados que têm por

objectivo perturbar ou mesmo tentar inviabilizar as reuniões, ao colocarem em causa a

segurança dos locais onde as mesmas se realizam, ao impedirem o acesso de

participantes, ou simplesmente cortando importantes vias de comunicação, realça ainda

mais o esforço que foi desencadeado pelas FSS em particular a PSP, no âmbito dos

resultados obtidos.

Assim, a missão da PSP foi completamente alcançada, ou seja, a Cimeira decorreu em

segurança e na máxima tranquilidade, em todos os locais relacionados com esta e/ou

onde permaneçam Altas Entidades, bem como, foi garantida a segurança pessoal das

Altas Entidades nacionais e estrangeiras durante a sua permanência no nosso país, não

havendo incidentes a registar.



146 de 275

Tendo já sido objecto de análise exaustiva, importa apenas fazer referência aos

aspectos gerais mais relevantes que contribuíram para a excelência deste policiamento:

Formação

O processo de formação que a PSP delineou e que permitiu criar rotinas de

entrosamento entre os vários meios e valências da PSP e entre a PSP e a GNR,

especialmente vocacionados para missões de manutenção e reposição da ordem

pública, nomeadamente o Corpo de Intervenção da PSP, Equipas de Intervenção

Rápida e unidades de cavalaria da GNR.

Exercícios

Os exercícios de preparação que permitiram testar, corrigir e aperfeiçoar os

procedimentos de segurança de cada entidade, quer na vertente de posto de comando -

CPX - quer no que respeita à actuação das forças no terreno - LIVEX. Mais relevante

ainda, os exercícios permitiram agilizar os mecanismos de coordenação e estreitar

relações entre todas as entidades com responsabilidades nas áreas de segurança e

socorro.

Salas de Situação

A implementação das salas de situação na Direcção Nacional, e COMETLIS (posto de

comando avançado), constituiu um factor relevante para o sucesso da operação,

permitindo acompanhar permanentemente a evolução da situação no terreno e

contribuindo, assim, para a adequada tomada de decisão operacional.

Cooperação Policial Internacional

Neste ponto, destaca-se a contenção, com a devida antecedência, de indivíduos

violentos referenciados, nas respectivas fronteiras, o que impediu que se deslocassem a

Portugal em número elevado, reduzindo-se, desta forma as probabilidades de ocorrência

de incidentes.

2.1.1.6. Exercícios e Simulacros

Anualmente a PSP organiza e participa em dezenas de exercícios e simulacros que

visam testar as capacidades de resposta e coordenação entre as entidades envolvidas.

Assim, face ao grande volume de actividades, apenas se irão referir as de maior relevo.



147 de 275

2.1.1.6.1. Cimeira NATO 2010 – Exercício NATEX 2010

De acordo com as Directivas Operacionais N.º 36/2010 e N.º 37/2010 da PSP, a

realização do “Exercício NATEX2010” preconizava os seguintes objectivos

fundamentais:

Testar o sistema de comunicações entre Comandos, Unidades e Reserva;

Testar a capacidade de resposta dos Departamentos da DN/PSP, da UEP e do

COMETLIS e respectivos reforços internos e externos, bem como as respostas ao

nível Safety, face à ocorrência de incidente ou acidentes graves relacionados com

o evento e para o efeito superiormente injectados;

Testar o enquadramento e a coordenação de reforços e reservas na resolução de

situações de alteração de ordem ou de emergência face a incidentes ou acidentes

injectados para o efeito;

Conhecimento físico e contacto pessoal dos representantes das diferentes

entidades e troca real de elementos de contacto formais e informais.

O exercício compreendeu, como era determinado pela Directiva Operacional de

referência, duas fases: uma fase CPX e uma fase LIVEX.

O Exercício de Posto de Comando teve lugar, na Sala de Situação da DN/PSP, em

09.11.2010.

A vertente LIVEX do exercício decorreu em dois períodos distintos: entre as 08h30 e as

13h30 de 13.11.2010 e entre as 01h30 e as 03h30 de 14.11.2010. O primeiro período

decorreu em três locais distintos (Feira Internacional de Lisboa, Parque do Trancão e

Parque do Vale do Silêncio) e o segundo período teve como cenário a estação do

metropolitano da Gare do Oriente e zona envolvente.

Participaram nas duas fases do exercício, integrando a célula de resposta na fase CPX e

o Posto de Comando Conjunto na fase LIVEX, as seguintes entidades:

PSP (Direcção Nacional, Comando Metropolitano de Lisboa e Unidade Especial de

Polícia); Sistema de Segurança Interna; Guarda Nacional Republicana; Serviço de

Informações de Segurança; Serviços de Informações Estratégicas de Defesa; Serviço

de Estrangeiros e Fronteiras; Polícia Judiciária; Autoridade Nacional de Protecção

Civil; Estado-Maior General das Forças Armadas; Direcção-Geral da Autoridade

Marítima; Instituto Nacional de Emergência Médica; Regimento de Sapadores

Bombeiros de Lisboa.



148 de 275

Prestaram colaboração no exercício, através da disponibilização de meios e locais para

a realização dos incidentes, as seguintes entidades:

Empresa Metropolitano de Lisboa; Empresa Transtejo; Empresa REFER; Parque

Expo.

2.1.1.6.2. Exercício MUSAREX 2010 - Lisboa

No âmbito do Mecanismo Europeu de Protecção Civil – Módulo de Busca e Salvamento

Médio, o exercício MUSAREX 2010, que foi coordenado pelo Regimento Sapadores

Bombeiros de Lisboa, teve início cerca das 08H10 de 28 de Janeiro de 2010 (Startex) e

terminou cerca das 20H00 do mesmo dia, sendo realizado na sua totalidade dentro das

instalações da antiga Petroquímica, na Rua da Cintura do Porto de Lisboa.

A actuação da PSP resumiu-se à intervenção de cinco binómios cinotécnicos da

Unidade Especial de Polícia, que tiveram por missão assinalar a presença das vítimas

(voluntários de um curso de formação a decorrer no RSB) para posterior intervenção das

equipas de socorro, em matéria de resgate e encaminhamento das vítimas para

assistência.

2.1.1.6.3. Exercício CPX – Plano especial de emergência de protecção civil para risco sísmico e tsunamis do Algarve

A PSP actuou de acordo com os procedimentos definidos no PEERST-ALG,

nomeadamente no que diz respeito à organização da resposta (parte II do plano).

Testar a coordenação e actuação dos agentes de protecção civil, onde se inclui a PSP,

de âmbito local e regional, de acordo com as suas próprias competências previstas nas

respectivas Leis Orgânicas e no Sistema Integrado de Operações de Protecção e

Socorro (SIOPS), de acordo com o Decreto-lei nº 134/2006, de 25 de Julho, (conjunto de

estruturas, normas e procedimentos de natureza permanente e conjuntural que

asseguram que todos os agentes de protecção civil actuam, no plano operacional,

articuladamente sob um comando único, sem prejuízo da respectiva dependência

hierárquica e funcional).

Este exercício representou uma componente importante para a segurança na região do

Algarve, e que teve por principal objectivo a aferição dos procedimentos previstos, antes

do envio do PEERST-ALG, para aprovação pela Comissão Nacional de Protecção Civil.

Este exercício serviu para testar a capacidade de resposta dos Serviços do Comando

Distrital da PSP de Faro, numa situação de catástrofe, onde se prevê a ocorrência de



149 de 275

centenas de pessoas mortas, feridas e desalojadas, bem como a destruição acentuada

de bens e infra-estruturas essenciais ao funcionamento da comunidade na região do

Algarve.

Todo o efectivo assumiu este exercício com empenho, sentido de missão e

responsabilidade, pois a PSP actuou em conjunto e coordenação com dezenas de

outras entidades.

2.1.1.6.4. EUPFT - Treino de Forças de Polícia da União Europeia

À semelhança de anos anteriores (2008 em França e 2009 em Itália), a PSP foi

convidada pela Representação Permanente da Alemanha em Bruxelas para participar

num exercício/formação policial, coordenado pela Polícia Federal Alemã e que se

desenvolveu em Lehnin/Brandenburg (Alemanha).

Pretendeu-se preparar polícias de diferentes nacionalidades para trabalharem em

comum, com os vários níveis de competências requeridos, para se integrarem numa

futura Unidade Constituída de Polícia e levar a cabo com sucesso a missão definida

para essa unidade em concreto.

Para além disso pretendeu-se:

Praticar a coordenação e comunicação durante os exercícios;

Comparar procedimentos técnicos;

Uniformizar esses mesmos procedimentos;

Exercitar a nível táctico uma estrutura de Comando e Controlo para coordenação

no terreno das nações envolvidas nos exercícios;

Estabelecer interacção entre as diversas polícias.

2.1.1.7. Acções no âmbito da Segurança Rodoviária

No domínio da segurança rodoviária, a PSP intensificou a sua actividade de fiscalização,

quer através de acções genéricas quer selectivas, especialmente direccionadas para o

combate aos principais factores de risco de ocorrência dos acidentes, com vista à

mitigação dos seus nefastos resultados, dinamizando o espírito de colaboração com as

demais entidades nacionais envolvidas na estratégia nacional de prevenção rodoviária.

Através das unidades de trânsito em particular, e do restante dispositivo em geral,

reforçou-se a visibilidade policial nas vias rodoviárias sob a responsabilidade da PSP e



150 de 275

intensificou-se as acções de fiscalização rodoviária e de sensibilização, dinamizando as

parcerias com outras entidades.

Acentuou-se ainda o recurso às novas tecnologias, consolidando, em definitivo, o

Sistema de Contra-Ordenações de Trânsito (SCOT), incluindo as Contra-Ordenações

Indirectas (COI) e a consulta a informação relevante residente em diferentes bases de

dados.

No decurso da evolução do projecto Polícia em Movimento, em 2010, consolidou-se no

dispositivo territorial da PSP, o SCOT, com a inclusão de novas funcionalidades, sendo

de destacar, as seguintes:

Melhoramentos na gestão e tramitação das contra-ordenações;

Notificações indirectas.

No âmbito do projecto “Polícia Automático - Leitura electrónica de matrículas”, o qual

constitui uma mais-valia para a eficácia do serviço policial, permitindo, por um lado, a

detecção e apreensão de viaturas furtadas e, por outro, contribuir para o aumento do

sentimento de segurança do cidadão, tendo um forte impacto social, melhorou-se o

sistema e alargou-se o seu âmbito.

No âmbito da interacção da administração com os administrados, com recurso às novas

tecnologias, o Portal de Acidentes Rodoviários - parceria que envolve o MAI, através da

Rede Nacional de Segurança Interna (RNSI) -, criado em 2008, passou a permitir ao

cidadão efectuar online o pedido de emissão de Certidões de Acidente Rodoviário, com

danos materiais, e levantá-lo em quase todos os departamentos policiais, a nível

nacional, contribuindo-se para ganhos de tempo e redução de custos no cidadão e nas

seguradoras.

2.1.1.7.1. Fiscalização

No âmbito das operações realizadas, em 2010, tendo em vista aumentar a segurança

rodoviária, empenharam-se 167.319 elementos policiais, tendo-se alcançado os

seguintes resultados (gráficos n.ºs 35 e 36).



151 de 275

Gráfico n.º 35 Acções de fiscalização de trânsito no âmbito da segurança rodoviária - 2009 / 2010


Do quadro acima importa realçar as seguintes notas:

As operações STOP realizadas em 2010 (21.524) representam um acréscimo de

24,3% relativamente a 2009 em que foram realizadas 17.314 operações;

Do total de autos levantados, 571.629 foram de âmbito contra-ordenacional e

17.721 de âmbito Criminal (álcool e habilitação legal).

É ainda de referir que no sentido de se prevenirem comportamentos de risco e contribuir

para a diminuição dos índices de sinistralidade rodoviária, para além destas acções de

fiscalização, desenvolveram-se ainda, no domínio do PIPP, outras acções de

sensibilização, às quais foram afectos elementos policiais das EPES e das EPAV.

Gráfico n.º 36 Infracções ao código da estrada e legislação complementar registadas - 2009 / 2010


Relativamente ao quadro acima, importa referir o seguinte:

Do total de infracções verificadas, as mesmas subdividem-se no seguinte:

o 9.146 correspondem a contra-ordenações leves;

o 31.553 graves e;

21.524

167.319

1.188.855

589.350

17.314

171.046

1.117.010

515.643

0 200000 400000 600000 800000 1000000 1200000 1400000

OPERAÇÕES

EFECTIVOS EMPENHADOS

CONDUTORES FISCALIZADOS

Nº DE AUTOS

2009

2010

46.226

17.805

10.611

514.708

43.299

17.179

9.791

445.374

0 100000 200000 300000 400000 500000 600000

INFRACÇÕES POR EXCESSO DE VELOCIDADE

INFRACÇÕES POR CONDUÇÃO SOB INFLUÊNCIA DO ÁLCOOL

INFRACÇÕES POR FALTA DE HABILITAÇÃO LEGAL PARA O EXERCÍCIO DA CONDUÇÃO

OUTRAS INFRACÇÕES

2009

2010



152 de 275

o 5. 527 muito graves.

Dos condutores detectados em infracção, por excesso de álcool:

o 8.968 apresentaram uma TAS ≥ 1,20 g/l;

o 4.276 apresentavam uma TAS ≥0,50 e <0,80 g/l;

o 4.561 apresentavam uma TAS ≥0,80 e <1,20 g/l.

Foram efectuados 312.400 testes de álcool, o que representa um aumento de cerca

de 23%, relativamente a 2009.

Do total de condutores em infracção, 8.753 não possuíam qualquer título de

condução, sendo que, destes 6.322 foram detidos no acto da fiscalização.

1.858 condutores não possuíam habilitação suficiente para o tipo de veículo que

conduziam.

A destacar ainda, que 21.170 veículos não possuíam IPO; 7.205 não possuíam

Seguro; 23.436 condutores faziam uso de telemóvel durante a condução e 11.087

não faziam uso de cinto de segurança ou sistemas de retenção.

2.1.1.7.2. Sinistralidade rodoviária

Com base nos dados apurados e à semelhança da tendência registada desde 2005,

também em 2010 se registou, na área de actuação da PSP, um decréscimo global dos

índices de sinistralidade rodoviária, no entanto, ao invés do que vinha a acontecer

verificou-se um aumento no número de vítimas mortais, invertendo-se a tendência que

se vinha a verificar ao longo desta década, sem contabilizar os “Mortos a 30 dias”

iniciada no ano 2010, que indicia um agravamento na contagem do número de vítimas

em relação à contabilização anterior.

Considerando o aumento do número de mortos resultantes de despistes, afigura-se que,

este aumento, não é alheio o facto de a partir de Agosto de 2009, a PSP ter assumido o

controlo das AE´s, IC´s e IP´s nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto.

No quadro seguinte apresenta-se o número total de acidentes de viação e vitimas

registados nos últimos dois anos (quadro n.º 28).



153 de 275

2009 2010 VA (*) 2009 2010 VA (*) 2009 2010 VA (*) 2009 2010 VA (*)

Lisboa 23.575 23.182 -393 38 48 10 204 210 6 5.818 6.465 647

Porto 12.154 11.649 -505 16 14 -2 92 72 -20 2.643 2.964 321

Aveiro 2.533 2.544 11 0 7 7 28 29 1 581 608 27

Beja 484 433 -51 0 0 0 4 3 -1 65 58 -7

Braga 3.708 3.671 -37 10 7 -3 52 47 -5 858 814 -44

Bragança 349 384 35 0 1 1 17 28 11 110 109 -1

Coimbra 2.119 2.040 -79 4 6 2 20 15 -5 713 738 25

Castelo Branco 381 415 34 0 0 0 14 14 0 118 133 15

Évora 296 305 9 4 0 -4 5 8 3 128 110 -18

Faro 3.010 2.691 -319 6 3 -3 35 40 5 480 494 14

Guarda 293 306 13 1 0 -1 0 10 10 55 79 24

Leiria 2.238 2.252 14 6 10 4 37 36 -1 654 616 -38

Portalegre 339 332 -7 1 1 0 11 12 1 78 81 3

Santarém 1.409 1.376 -33 5 5 0 48 33 -15 373 381 8

Setúbal 3.873 3.507 -366 10 11 1 71 68 -3 1.009 1.039 30

Viana do Castelo 348 430 82 0 0 0 1 3 2 152 150 -2

Vila Real 646 744 98 1 0 -1 10 14 4 171 162 -9

Viseu 1.159 1.223 64 2 0 -2 13 10 -3 169 239 70

Total 58.914 57.484 -1.430 104 113 9 662 652 -10 14.175 15.240 1.065

Açores 3696 3665 -31 14 10 -4 95 101 6 787 746 -41

Madeira 2.969 2.672 -297 16 14 -2 112 102 -10 902 1.024 122

Total 6.665 6.337 -328 30 24 -6 207 203 -4 1.689 1.770 81

Total Global 65.579 63.821 -1.758 134 137 3 869 855 -14 15.864 17.010 1.146


Comandos

Territoriais de

Políca


N.º de acidentes N.º de mortos N.º de feridos graves N.º de feridos leves

Quadro n.º 28 Sinistralidade rodoviária registada pela PSP - 2009 / 2010

2.1.1.8. Cooperação policial

Durante o ano de 2010 foram executadas 22 (vinte e duas) rotações de efectivo,

verificando-se uma redução na ordem dos 27% quanto ao efectivo da PSP presente em

Missões Internacionais (31 de Dezembro de 2009 - 88 policias; 31 de Dezembro de 2010

- 64 policias; total: menos 24 policias).

Em termos globais, o empenhamento da PSP foi o seguinte (quadro n.º 29).



154 de 275

Data Intendentes S/Intendentes Comissários Subcomissários Chefes Agentes

31-Dez 3 6 4 5 17 53

Meses Intendentes S/Intendentes Comissários Subcomissários Chefes Agentes Integraram RegressaramTotais

Mensais

JAN 3 4 5 5 17 53 2 3 87

FEV 3 4 7 8 22 53 10 97

MAR 3 4 7 8 22 53 97

ABR 3 3 5 5 21 53 51 58 90

MAI 3 3 5 5 21 53 90

JUN 3 3 5 5 20 40 14 76

JUL 3 2 4 5 18 49 11 6 81

AGO 3 2 4 4 18 49 1 80

SET 2 1 3 4 18 49 3 77

OUT 2 0 3 4 18 49 1 76

NOV 2 0 3 4 18 49 76

DEZ 2 0 3 3 16 40 12 64

74 98


Dispositivo em 31 de Dezembro de 2009

Total

88

Totais parciais em 2010 Rotações

Rotações em 2010

Quadro n.º 29 Participação em missões internacionais de paz e segurança - 2009 / 2010

De seguida, descrevem-se as várias missões que contaram com a colaboração da PSP.

Timor-Leste (UNMIT)

A PSP teve deslocados 106 elementos durante 2010, destacando-se o exercício da

função de Comandante da Polícia da ONU (Police Commissioner) na UNMIT, a qual foi

(e ainda é) exercida por um oficial da PSP, constituindo-se como uma posição

estratégica e prestigiante para Portugal.

Quanto aos restantes elementos do contingente, desenvolvem funções variadas, desde

oficiais de ligação (inclusivamente a nível Ministerial), Comandantes Distritais (incluindo

Díli), no Departamento de Investigação Criminal da Polícia da ONU, como Formadores

do Centro de Formação da PNTL em Díli, bem como o desempenho de funções de

Segurança Pessoal, Investigação Criminal, Apoio à Vítima, Assessoria e

Aconselhamento Policial em diferentes áreas no Comando-Geral da PNTL, Centro de

Instrução, Comandos e Esquadras Policiais da PNTL.

Chade (MINURCAT)

A PSP projectou 29 polícias durante o ano de 2010, sendo que 24 pertencem à

UEP/GOE, os quais exerceram funções de Segurança Pessoal do respectivo RESG

(SRSG), esta Equipa de Segurança Pessoal regressou definitivamente em Dezembro de

2010.



155 de 275

Os elementos que se encontravam nesta missão exerceram funções de Coordenador de

serviços técnicos, de Oficial no Centro de Analises da Missão e actividades operacionais

a nível de Esquadra.

Guiné-Bissau (UNIOGBIS)

A UNIOGBIS integrou (e ainda integra) 2 Oficiais da PSP durante o ano de 2010, tendo

o 1.º sido integrado em 20 de Janeiro de 2010 e o 2.º em 03 de Abril de 2010,

encontrando-se um deles nomeado como Head of Sector Security Reform.

República Democrático do Congo (EUPOL)

A PSP terminou em Setembro 2010 a sua participação na missão em epígrafe, dado que

em 20 de Setembro de 2010 regressaram 2 dos 3 Oficiais que ali se encontravam

destacados, tendo em 30 de Setembro de 2010 regressado o Oficial Superior da PSP

que Chefiou a Missão.

Kosovo (EULEX)

A PSP empenhou 27 elementos da PSP durante o ano de 2010 na Eulex Kosovo, os

quais desenvolveram diversas funções, desde Oficial Conselheiro na investigação de

crimes de natureza étnica a elementos de Segurança pessoal e conselheiros da Polícia

local.

Geórgia (EUMM)

A PSP teve 2 elementos empenhados durante 2010, os quais desenvolveram actividades de

monitorização.

LEWP

No âmbito dos projectos da UE, exercemos a coordenação e a gestão da informação dos

seguintes grupos e Redes:

Grupo para assuntos gerais e avaliação (GENVAL);

Grupo Aplicação da Lei (LEWG);

Grupo Troca de Informações e Protecção de Dados (DAPIX);

Rede AIRPOL;

Rede Europeia de Protecção de Figuras Públicas.



156 de 275

2.1.2. Informações policiais

Durante o ano de 2010, a área de Informações Policiais desenvolveu diversos trabalhos

de análise e coordenação de informações estratégicas e operacionais, no sentido de

dotar os Comandos e outros Departamentos de dados concretos e fiáveis, numa óptica

de optimização dos recursos e proactividade.

Neste contexto, realçam-se, entre outros contributos, a produção de vários relatórios

sobre a criminalidade: mensais, trimestrais, semestral e o anual de 2010, relatórios

especiais de informações sobre fenómenos criminais e relatórios de notícias sobre a

criminalidade em geral e a prevenção do terrorismo, além de relatórios relativos à ordem

pública e à segurança aeroportuária, entre outras.

Implementou-se o Relatório Diário de Ocorrências (RDO), o qual permite a inserção e

recolha de dados local e difusão nacional, com o duplo objectivo de aceder à informação

de forma dinâmica, consolidada e imediata, bem como a redução de custos e recursos,

eliminando gastos em papel e trabalho de compilação por parte do DIP e DO.

No âmbito do plano de segurança da Cimeira da NATO 2010, realizada nos dias 19 e

20NOV10, em Lisboa, assegurou-se a partilha de informações em sede de UCAT,

participando também no Grupo Sectorial de Informações e Cooperação Policial

Internacional (GSICI), ao nível do SSI.

Assegurou-se, igualmente, o empenhamento da Equipa de Segurança Electrónica.

Desenvolveu-se ainda um conjunto de análise de informações policiais (estratégicas e

operacionais), materializadas num conjunto de produtos informacionais, dos quais se

destacam os seguintes:

Briefings periódicos sobre a situação de informações;

Suporte formativo sobre “Acções de Protesto”, visando dotar o efectivo da UEP

com conhecimento específico para garantir a eficácia da capacidade de resposta;

Cenários prospectivos, os quais visaram auxiliar o planeamento, identificar

necessidades de informações, identificar consequências potenciais e contribuir

para as opções tácticas/operacionais.

Realça-se ainda a participação em Grupos de Trabalho institucionais e informais, no

âmbito da Justiça e Assuntos Internos, no Secretariado-geral do Conselho da União

Europeia, designadamente, no combate à violência de fenómenos no desporto e

terrorismo.



157 de 275

O ano de 2010 ficou ainda marcado pela participação do Ponto Nacional de Informações

de Futebol (PNIF) na delegação de cooperação policial portuguesa em missão no

campeonato do mundo de futebol FIFA2010, que decorreu na África do Sul. Garantiu-se

o apoio à missão a partir de Lisboa, e guarneceu-se a estação de trabalho nacional no

Centro de Cooperação Policial Internacional (IPCC) criado em Pretória; o PNIF

alimentou as necessidades informacionais das autoridades sul-africanas e também as

nacionais, garantindo a indispensável troca de informações entre ambas as partes.

Em 2010, o Departamento de Informações Policiais (DIP) esteve também envolvido no

Grupo de Trabalho de preparação e acompanhamento da avaliação Schengen a

Portugal, que decorreu no segundo semestre de 2010 e incluiu quatro vertentes: a

avaliação das fronteiras aéreas, fronteiras marítimas, a cooperação policial e a

protecção de dados.

2.1.3. Investigação criminal

De acordo com o art.º 29.º da Lei Orgânica da PSP, aprovada pela Lei n.º 53/2007, de

31 de Agosto, a investigação criminal constitui, entre outras, uma das áreas previstas na

nova estrutura orgânica da unidade orgânica de operações e segurança e com

autonomia organizacional, tendo-se implementado o Departamento de Investigação

Criminal (DIC).

Assim, durante o ano de 2010, e tendo em consideração o planeamento previsto para a

área de investigação criminal, desenvolveram-se actividades em vários domínios

(quadro n.º 30), desde a formação à adopção de novos procedimentos, com vista à

optimização e consolidação dos serviços de investigação criminal, como se demonstra.

Quadro n.º 30 Actividades inerentes à investigação criminal e resultados qualitativos alcançados - 2010


e Meta

Desenvolver, difundir e partilhar conhecimentos e boas práticas no âmbito da Investigação Criminal e da Policia Cientifica – Realizar até ao final de 2010, 0 II fórum de Polícia Técnica;


Grau de Realização / Execução (Superada / Realizada / Não realizada) Realizada


Foi realizado no dia 24 de Setembro de 2010 na EPP.

Desenvolver, difundir e partilhar conhecimentos e boas práticas no âmbito da Investigação Criminal e da Policia Cientifica – Realizar até Junho de 2010, 0 I seminário de Investigação Criminal;

Realizar até Junho de

2010



158 de 275



Foi realizado no dia 16 de Abril de 2010, nas instalações do ISCSPI.

Elaborar Manual no âmbito de procedimentos de Investigação Criminal e Polícia Técnica;




Para além do objectivo atingido através da divulgação do Manuel de boas práticas

para recolha e apreensão de prova digital, foi também realizada a difusão do guia de recolha de cabeçalhos técnicos de mensagens electrónicas.

Reforçar a formação técnico profissional do efectivo policial, através da formação, que possa atingir 95% dos elementos afectos à investigação criminal com o Curso de Investigação Criminal;




O taxa alcançada foi de 100%, tendo em conta os valores indicados de necessidades de formação, no final do ano de 2009.

Aumentar em 2% a execução processual no âmbito da investigação criminal; Realizar até ao final de

2010



A variação da taxa de execução processual em 2010, teve um aumento de 2,3 %.

Aumentar a taxa de utilização do módulo IC no SEI, nos processos – crime iniciados.



Este objectivo foi largamente ultrapassado porque a taxa de referência era de 21,7% e

foi alcançada a taxa de 65,9%.

A PSP, enquanto OPC, desenvolveu, em 2010, um conjunto de actividades de

investigação criminal e de apoio à investigação criminal que lhe permitiram, nesta área

de intervenção, alcançar os seguintes resultados (quadro n.º 31).



159 de 275

Inquéritos

Inquérito s pendentes em 01 JA N 2010 32.940

Inquérito s entrado s durante 2010 115.151

P ro cesso s co ncluí do s co m pro po sta de acusação / arquivamento 107.551

Inquérito s pendentes em 01 JA N 2011 31.644

C artas precató rias pendentes em 01 JA N 2010 9.762

C artas precató rias entradas durante 2010 76.580

C artas precató rias co ncluí das co m pro po sta de acusação / arquivamento 72.273

C artas precató rias pendentes em 01 JA N 2011 13.035

Buscas

D o miciliárias 2.798

N ão do miciliárias 3.563

Detenções

D as 10.389 detençõ es efectuadas, 3 .438 fo ram em f lagrante delito e 6.951

co m recurso a mandado s judiciais.11.482

Apreensões

A rmas de fo go 1.051

Estupefacientes ( V alo r comercial do est upef acient e apreend ido ) € 4.241.665,13

H ero í na 24.889,3 gr

C o caí na 21.326,5 gr

H axixe ( inclui pó len) 247.138,841 gr

LSD 24 gr

Ecstasy 122,810 gr

Outras 83,939 gr

A preensõ es genéricas: valo res to tais. 6.931.589

Acções e resultados alcançados 2010

Fonte: Departamento de Investigação Criminal - DN/PSP.

Quadro n.º 31 Diligências de investigação criminal efectuadas e resultados alcançados - 2010

2.1.4. Armas e explosivos

A profunda alteração legislativa no regime jurídico das armas e munições de uso civil,

que teve lugar em 2006, tem vindo a constituir um enorme desafio para a PSP.

As competências exclusivas atribuídas à PSP na área das armas e explosivos, e as

responsabilidades daí decorrentes exigem uma actuação pautada por uma cultura de

rigor, de isenção, de transparência e de imparcialidade, que promova a eficácia, a

eficiência e a qualidade dos serviços prestados e, deste modo, contribua para uma

imagem mais consentânea com a missão da PSP, sendo certo que, a actividade de

fiscalização e licenciamento de armas e explosivos, tem elevado impacto na sociedade

portuguesa e no clima de segurança.



160 de 275

Neste sentido, e de acordo com as actividades planeadas (Quadro n.º 32) para 2010,

alcançaram-se, em termos qualitativos, os resultados a seguir elencadas.

Quadro n.º 32 Actividades planeadas e resultados qualitativos alcançados - 2010


e Meta

Promover a continuidade da participação da PSP no Projecto SCEPYLT (Explosives Control and a Protection System to Prevent and Fight Against Terrirism), visando a sua gestão e coordenação;




Destruir 100% das armas consideradas ilegais e inoperacionais, declaradas perdidas a favor do estado;



Superada


Incrementar, em 5%, as acções de fiscalização focalizadas no âmbito das armas, munições e explosivos.




Elementos foram afectados à realização de outros objectivos administrativos e formação.

Ao nível do licenciamento e das acções de fiscalização levadas a cabo pela PSP, em

2010, nesta área de intervenção policial, refere-se ainda o seguinte:

Sendo o licenciamento de armas e explosivos uma competência exclusiva da PSP,

em 2010, procurou-se, à semelhança da prática de anos anteriores, organizar e

concluir, de forma célere e oportuna, os processos de licenciamento e autorização;

No que concerne às armas, a PSP continuou a emitir alvarás, licenças e

autorizações;

Ainda no domínio da concessão, a PSP continua a emitir autorizações no que diz

respeito às importações e exportações de explosivos;

Desenvolveu um conjunto de actividades de fiscalização no domínio das armas e

explosivos, tendo-se levantado diversos autos e processos de contra-ordenação;

Continuou-se a proceder à apreensão e recuperação de armas e explosivos;

Grupo de Trabalho de Alteração do RJAM;

Grupo de Trabalho para Proposta de Informatização das Fichas de Propriedade das

Armas;



161 de 275

Grupo de Trabalho de Proposta de Regulamento da Comissão Europeia (Artigo 10.º

do protocolo da ONU sobre exportação de armas);

Grupo de Trabalho SIGAE;

Grupo de Trabalho na EPP (para introdução de Livretes com o apoio da DIF/DAE e

da EPP);

Elaboraram-se Circulares e actualizaram-se procedimentos sobre matérias

relevantes;

Promoveu-se a qualificação técnica dos recursos humanos, através de acções de

formação especializada no domínio de licenciamento armas e explosivos, das contra-

ordenações e da perícia de armas e explosivos.

2.1.5. Segurança privada

A segurança privada em Portugal constitui um importante sector de actividade

profissional e assume, no quadro da política de segurança interna, um papel

complementar e subsidiário das forças e serviços de segurança do Estado.

A PSP tem, como missão específica, entre outras, licenciar, controlar e fiscalizar as

actividades de segurança privada e respectiva formação, em cooperação com as demais

forças e serviços de segurança e com a Inspecção-Geral da Administração Interna.

As competências resultantes desta missão são exercidas, na sua maioria, pelo

Departamento de Segurança Privada (DSP), conforme resulta da Portaria n.º 383/2008.

Deste modo, e no sentido de se dar uma resposta positiva às novas competências

atribuídas à PSP, neste domínio, em 2010, projectou-se, em termos organizacionais e

operacionais, consolidar a implementação, ao nível da Direcção Nacional, de equipas de

fiscalização com competência para actuar em todo o território nacional e, ao nível dos

Comandos Regionais, Metropolitanos e Distritais de Polícia, criar equipas de fiscalização

pertencentes aos Núcleos de Segurança Privada dos respectivos CTP.

Ainda em 2010 impôs-se o objectivo de incrementar e reforçar os processos produtivos

internos já adoptados parcialmente em 2008 e 2009, fundados no recurso intensivo às

novas tecnologias de informação, desburocratizando, tanto quanto possível, a actividade

policial de licenciamento. Para tal foi dado início ao desenvolvimento e implementação

do Sistema Integrado de Gestão de Segurança Privada (SIGESP).

Em 2010, os objectivos específicos definidos para a área de segurança privada eram:



162 de 275

1. Consolidar a estrutura orgânica e o processo produtivo no DSP e os núcleos de

segurança privada em cada Comando;

2. Implementar, ao nível da Direcção Nacional, equipas de fiscalização com

competência para actuar em todo o território nacional e, ao nível dos CTP, criar

equipas de fiscalização pertencentes aos Núcleos de Segurança Privada dos

respectivos CTP;

3. Desenvolver e integrar um módulo de Segurança Privada no SEI.

Tendo por base os três objectivos enunciados, constata-se o seguinte:

Relativamente ao 1.º objectivo (cumprido a 100%)

Foi redefinido o procedimento de emissão de cartões de vigilante;

Foi redefinido o procedimento de renovação de cartões de vigilante;

Foi redefinido o procedimento de licenciamento de empresas;

Foi implementado o procedimento de “first in, first out” relativo aos pedidos de

emissão e renovação de cartões;

Foi implementado um mecanismo de controlo de prazos de emissão e renovação

de cartões de vigilantes;

Foi implementado um mecanismo de controlo de prazos de resposta na

concessão de autorização de licenciamento de empresas;

Foram monitorizados os tempos médios de licenciamento de empresas e

entidades formadoras:

a) O tempo médio de licenciamento de empresas de segurança privada foi de

44,5 dias seguidos, no ano de 2010;

b) O tempo médio de licenciamento de entidades formadoras no âmbito da

segurança privada foi, também no ano de 2010, de 14,1 dias seguidos.

Relativamente ao 2.º objectivo (embora limitado pelo Despacho 20/GDN/2009, foi

cumprido a 100%)

No DSP existiam, no início de 2010, três equipas de fiscalização pertencentes à

Divisão de Auditoria e Fiscalização. Na senda do reforço da fiscalização foi

criada, durante o ano de 2010, uma quarta equipa;

O Despacho 20/GDN/2009 transfere as competências de fiscalização na área da

segurança privada para as Esquadras de Fiscalização e Intervenção. Desta forma

o cumprimento deste objectivo, relativamente à consolidação da estrutura



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orgânica nos Núcleo de Segurança Privada dos CTP, fica limitado, na medida em

que veio retirar competências de fiscalização aos Núcleos dos CTP.

Relativamente ao 3.º objectivo (não foi cumprido por motivos externos ao DSP)

No PIDDAC foi prevista a verba de 454.245,00 €, para a implementação do

SIGESP no ano de 2010;

No dia 4 de Junho de 2010 foi a aberto o Concurso público n.º 16/DAC/2010 -

"Aquisição de serviços de análise, desenvolvimento e implementação de

um sistema de informação de Segurança Privada" (SIGESP);

Foi concluído dia 9 de Agosto de 2010, pelas 16h00, com um empate técnico

entre três concorrentes. Foi aberto novo concurso público n.º 714/DC/2010 que se

encontra a decorrer.

No âmbito das actividades desenvolvidas pelo DSP, destacam-se ainda as seguintes:

Esteve presente no Kosovo, no âmbito da EULEX, um Oficial da PSP, com a

missão de apoiar a regulamentação do quadro legal de segurança privada;

Esteve presente em Cabo Verde, no âmbito da cooperação técnico-policial do

IPAD, um Oficial da PSP, para regulamentação da Lei de Segurança Privada.

Esta missão decorreu entre 06 de Outubro e 18 de Dezembro de 2010;

Tiveram lugar em 2010 dois cursos de segurança privada com a duração de 60

horas cada, e com um total de 28 formados. Os Cursos foram ministrados no

âmbito do POPH;

Teve lugar uma reunião de coordenação, em videoconferência entre os Dirigentes

do DSP e os Chefes de Núcleo de Segurança Privada dos CTP.

2.1.6. Sistemas de informação e comunicações

Os objectivos delineados, no âmbito dos sistemas de informação e comunicações, para

2010, visavam dar continuidade ao processo de modernização dos sistemas de

telecomunicações da PSP, adaptando-o, de acordo com as necessidades do dispositivo,

às novas tecnologias, no sentido de se proporcionar, às diversas unidades policiais, uma

rede de comunicações mais eficiente que permitisse uma acção policial, imediata e

efectiva, no atendimento às ocorrências.

No sentido de prosseguir com os objectivos fixados, o Departamento de Sistemas de

Informação e Comunicações (DSIC) da Direcção Nacional desta Polícia planeou, entre

outras actividades, (i) a renovação do parque telefónico existente nos vários



164 de 275

departamentos policiais, bem como (ii) a aquisição de bens (sobressalentes) para a

manutenção de equipamentos de telecomunicações.

Das actividades desenvolvidas na área dos sistemas de informação e comunicações

policiais, destacam-se as seguintes:

Actividades desenvolvidas:

Projectos que decorreram em 2010

SIRESP – Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança de Portugal.

No âmbito do projecto SIRESP, programaram-se e entregaram-se 90,50% dos

E/R‟s. Programaram-se 200 E/R‟s para a Cimeira Nato, para reforçar o COMETLIS,

sendo distribuídos a todas as unidades de polícia 10% dos E/R‟s. Importa ainda

referir que no pretérito ano, as unidades de polícia, nomeadamente, COMETPOR,

COMETLIS, DN-DIC, UEP e CD‟s de Coimbra, Bragança, Faro, Braga, Setúbal,

Santarém, Leiria, Viseu e Aveiro já tinham todos os E/R‟s programados e

distribuídos.

Em 2010 ministrou-se formação aos utilizadores dos E/R‟s SIRESP, bem como aos

operadores das Consolas de Despacho SIRESP nos CTP de Porto, Braga, Aveiro,

Coimbra e Leiria.

Central de Alarmes (STS e o SAS).

O DSIC, à semelhança dos anos anteriores, contribuiu para a operacionalização e

expansão do Sistema em questão, nomeadamente através da gestão operacional

do Número Azul e do HelpDesk, instalado no Centro de Comunicações.

Centro de Instalação do Serviço 112 (CI-112).

O CI-112, criado em 2008, mediante despacho conjunto n.º 28 668/2008, de 7 de

Novembro - assinado pelos Ministros da Administração Interna e da Saúde - com

vista a assegurar a gestão e a operacionalização do novo Serviço 112, entrou em

funções em 2009 e tem um representante da PSP.

A operacionalização deste novo Serviço 112, implicou, a migração, de forma

faseada, dos centros de atendimento 112 disseminados pelo território nacional, ou

seja, o DSIC e os CTP, conjuntamente, procederam à migração dos Public Safety

Answering Points (PSAP´S) de Beja, Castelo Branco e Leiria, sendo que, antes

esta migração, o DSIC ministrou formação relativa à utilização da aplicação

I/NetDispatcher, instalada nas máquinas dos centros de despacho dos CTP alvo

dessa migração.



165 de 275

Projectos desenvolvidos no âmbito do planeamento, aquisições e assessoria

técnica

No âmbito do planeamento, aquisições e de assessoria técnica foram

desenvolvidos vários projectos tendo em vista o bom funcionamento das

comunicações da PSP, os quais incluíram o levantamento das necessidades e a

definição das especificações (cadernos de encargos).

Foi ainda assegurado, o pleno funcionamento das comunicações da Rede

Telefónica Governamental (RTG), bem como os níveis de funcionalidade do

Centro de Comunicações do Centro de Crise da Residência Oficial de Sua

Excelência o Primeiro-Ministro da República Portuguesa.

No capítulo de aquisição de equipamentos de comunicações, em 2010, há a registar o

seguinte:

- O processo de aquisição de material eléctrico, essencial às intervenções técnicas

nas instalações da Direcção Nacional e às unidades de polícia, iniciado em 2009,

foi concluído em 2010;

- Os processos de aquisição de diversos equipamentos e materiais planeados para

2010 e essenciais ao bom funcionamento das comunicações da PSP, não foram

executados, de acordo com o procedimento inicialmente previsto;

- Devido a restrições orçamentais, muitos dos projectos relativos à aquisição de

bens, previstos para 2010, acabaram por ser suspensos e, consequentemente,

originado falta de equipamentos e materiais, facto que condiciona a actividade

desenvolvida no domínio da manutenção e exploração das comunicações,

comprometendo-se, deste modo, o bom funcionamento das comunicações no

dispositivo, originando problemas operacionais nos CTP e serviços da Direcção

Nacional.

Projectos permanentes relativos à manutenção dos equipamentos e infra-

estruturas de comunicações

- 382 intervenções em equipamentos rádio e electrónico, incluindo intervenções ao

nível das infra-estruturas de comunicações existentes no país;

- 220 acções de manutenção/reparação de infra-estruturas eléctricas e redes

estruturantes;

- 308 acções de manutenção/reparação de equipamentos de fax e telefónicos;



166 de 275

- Acções de manutenção/reparação, quer de equipamentos terminais (rádios,

telefones, etc.), quer ao nível das infra-estruturas de comunicações e eléctricas,

levadas a cabo pelos técnicos dos destacamentos de manutenção e pelos

rádio-montadores dos Comandos.

Executaram-se ainda procedimentos de segurança e confidencialidade da informação

transportada através das redes de comunicações da PSP.

2.2. Actividades de apoio operacional

O cumprimento da missão pressupôs a realização sistémica de um conjunto de

actividades e de acções derivadas de suporte à componente operacional.

2.2.1. Recursos humanos

Em 2010, e na sequência de alterações estruturais, operadas em 2008 - por força da

nova orgânica da PSP, a área de recursos humanos, à semelhança das restantes áreas

orgânicas, foi, em 2008, alvo de uma reforma estrutural que abrangeu os diversos

departamentos e respectivas unidades orgânicas flexíveis, vulgo divisão, com a fixação

das competências atribuídas a cada unidade orgânica (nuclear ou flexível) - deu-se

continuidade ao processo de sedimentação da nova estrutura e à implementação dos

procedimentos tidos por mais adequados à optimização dos respectivos serviços, quer

na área da gestão dos recursos humanos, quer da formação e dos serviços de saúde e

assistência na doença.

A reestruturação do Departamento de Recursos Humanos (DRH) implicou diversas

acções e mudanças estruturais, visíveis não só a nível da sua nova estrutura funcional e

competências, conforme Despacho n.º 11714/2010 de 20 de Julho de 2010, como

também na gestão de recursos humanos, nomeadamente na inovação das práticas,

métodos e técnicas, no processo de controlo das actividades e custos, na reafectação

por competência dos trabalhadores e na reorganização do espaço físico.

Os objectivos operacionais definidos para a área de recursos humanos da PSP, foram

concretizados e consubstanciam-se na flexibilização, integração e racionalização dos

respectivos serviços e, em parte, assentam num sistema de circulação de informação

desburocratizante, capaz de dar respostas mais céleres e de melhor qualidade, com

economia de meios humanos e materiais. A finalidade última é a optimização dos

serviços prestados e das relações de interdependência funcional existente entre o



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serviço coordenador de toda a actividade de gestão de recursos humanos da PSP – o

DRH - e os serviços congéneres a nível nacional.

Assim, e de acordo com o estabelecido no Plano de Actividades, foram durante o ano de

2010, alcançados os objectivos que nos propusemos e para os quais concorreram as

seguintes acções:

Foi implementada uma nova estrutura funcional e feito o alargamento de

competências, no DRH;

Foi criado um Centro de Documentação (CD) que permitiu o controlo do fluxo de

informação e arquivo de documentos relativos aos recursos humanos;

Foi assegurado um controlo eficaz dos documentos que entram e circulam no

DRH, possibilitando assim a sua fácil pesquisa e o tratamento estatístico do fluxo

de documentação respeitante a cada divisão;

Procedeu-se à criação de um centro de atendimento ao público e foram

diversificados os meios de comunicação postos à disposição dos interessados;

Foram implementados mecanismos de controlo e desenvolvidos indicadores de

reporte da actividade desenvolvida no DRH;

Foram construídos indicadores de gestão: custos e produtividade nos

serviços de RH e apresentadas as respectivas análises estatísticas;

Foi elaborado um relatório de actividade, onde se pode avaliar, o que

fizemos, ou seja a nossa produtividade e os custos de produção;

Foi criada uma estrutura comunicacional - REDE - entre serviços

congéneres a nível nacional, a denominada RedeRH, que contempla dois

circuitos: o Helpdesk e o Funcional;

Foram criados mecanismos na RedeRH que permitem avaliar a sua

implementação, qualidade e eficácia;

Foram divulgadas informações, sob a forma de um Jornal Electrónico a nível

nacional;

Procedeu-se ao desenvolvimento e implementação de mecanismos de

controlo sobre o processamento de vencimentos e abonos;

Foi feito levantamento a nível nacional dos utilizadores das plataformas

tecnológicas, procedeu-se à gestão dos acessos e foram formalizados os

pedidos, inclusive, os já existentes;



168 de 275

Foram feitos levantamentos dos pontos críticos nas aplicações com vista a

uma melhoria na operacionalização dos sistemas de informação na área dos

recursos humanos;

Foi feito um levantamento das necessidades de formação e elaborado o

respectivo Plano de Formação para os utilizadores das aplicações;

Procedeu-se à elaboração de um Manual de Gestão de Documentos para o

arquivo do DRH, concretizando a concepção de um conjunto de regras e

instrumentos de execução e controlo arquivístico, independentemente da

solução lógica ou material adoptada no arquivo activo, nomeadamente

quanto ao controlo da recepção, produção, identificação, classificação,

organização, acondicionamento, instalação, avaliação e selecção das sérias

documentais e, por outro, dedicados ao controlo das condições de acesso,

divulgação/reprodução e circulação dos documentos;

Foi concebida e apresentada a Tabela de Equivalências entre o Plano de

Classificação existente – e o Regulamento Arquivístico (Portaria n.º

1220/2008, de 24 de Outubro), no arquivo do DRH.

Foram criados modelos de documentos a utilizar no serviço de Arquivo a fim de

promover as boas práticas e desta forma controlar a documentação que é

requisitada, responsabilizando os intervenientes em caso de extravio ou dano dos

documentos;

Foram transferidos 17 metros lineares de documentação para o Arquivo do DAG.

A par dos objectivos e actividades delineadas no âmbito do PAERH, e apresentadas no

Plano de Actividades para 2010, desenvolveram-se as actividades que se prendem com

o normal funcionamento da área de recursos humanos nas diversas vertentes que a

compõem, nomeadamente todos os processos administrativos inerentes aos recursos

humanos no que respeita a processos de pré e aposentação, procedimentos concursais,

avaliações de serviço, mobilidade interna, processamentos remuneratórios, resposta a

petições, reclamações e recursos.

2.2.1.1. Gestão de recursos humanos – perspectiva operacional

Ao nível da gestão de recursos humanos, definiram-se como prioritárias, as actividades

a seguir elencadas (quadro n.º 33).



169 de 275

Quadro n.º 33 Actividades de gestão de recursos humanos planeadas e resultados alcançados – 2010


e Meta

Promover a avaliação do desempenho, dos funcionários, no quadro do SIADAP; Realizar ao longo de

2010



Criar subsistema específico para a avaliação do pessoal com funções policiais; Realizar ao longo de

2010



Intensificar a afectação do pessoal policial ao exercício de funções eminentemente policiais;

Realizar até ao final

de 2010

Grau de Realização / Execução (Superada / Realizada / Não realizada) Não realizada


Não foi possível a referida intensificação pelo seguinte:

O número de pessoal não policial foi substancialmente reduzido e por isso é

claramente insuficiente face às necessidades;

Em determinadas tarefas, os elementos policiais são mais qualificados e dada a

complexidade crescente das funções de apoio por via do uso das TIC e dos instrumentos de gestão, a população policial mostra-se mais apta;

Por outro lado muitos elementos policiais não reúnem as condições físicas e intelectuais que possibilitem o regresso ao desempenho de actividades operacionais;

O efectivo civil encontra-se muito envelhecido (cerca de 2/3 acima dos 50 anos) e 25% possui apenas o 4º ano de escolaridade.

Suprir os aspectos críticos identificados nas aplicações de Gestão Integrada de Vencimentos e Recursos Humanos e Gestão Documental;


Grau de Realização / Execução (Superada / Realizada / Não realizada) Realizada Parcialmente


Foram identificados os problemas mas ainda se encontram em resolução. Esta actividade envolve uma acção concertada entre o DRH, o GSI e a LUSODATA. A

natureza dos aspectos requer uma intervenção estruturante na medida em que decorreram várias alterações legislativas e que têm de reflectir-se nas referidas aplicações.

Criar uma estrutura comunicacional na área de recursos humanos – REDE – mais adaptada e flexível entre os serviços congéneres a nível nacional;

Realizar no 3.º e 4.º trimestre de 2010



Implementar um Centro de Documentação que permita o controlo do fluxo de informação e o arquivo de documentos relativos aos recursos humanos;

Realizar no 1.º trimestre de 2010



Consolidar um serviço de atendimento e apoio telefónico – HelpDesk – aos agentes e funcionários da PSP, para tratar de assuntos e processos, cuja competência é assegurada pelo Departamento de Recursos Humanos;




170 de 275



Potenciar a utilização dos sistemas de informação RH, ajustando-os às necessidades do serviço e incrementar e alargar a sua utilização;




Implementar um espaço de atendimento ao público e diversificar os meios de comunicação postos à disposição dos interessados;

2.º Trimestre de 2010



Definir e adoptar as melhores práticas no atendimento ao público; 2.º Trimestre de 2010



Implementar mecanismos de controlo sobre o processamento de vencimentos e abonos;

R


Eventualidade parentalidade: realizada em grande parte.

Processamento de ajudas de custo: realizada na quase totalidade. Controlo do processamento indevido de suplementos remuneratórios e outros abonos: realizada em parte.

Cessação de funções: realizada na íntegra. Processamento mensal dos vencimentos: realizado na íntegra. Gestão das contas correntes CGA e SS: realizadas na íntegra.

Emissão de declaração IRS e Modelo 10: realizados praticamente na íntegra, com apenas um lapso, quanto à declaração do IRS, porquanto o posto do director do DRH se manteve inalterado (intendente), quando deveria ter sido alterado para

superintendente.


Constrangimentos para o não alcance de níveis percentuais superiores:

Ponto 1 (80% de realização): ausência ou demora na análise jurídica sobre processos específicos; falta de formação específica do dispositivo da DPCR;

insuficiência de recursos humanos; e ausência de decisão superior; lapsos dos comandos e DPCR; e

outros de somenos importância. Ponto 2 (90% de realização):

incumprimento de normas por parte dos serviços envolvidos; e

insuficiência de recursos humanos. Ponto 3 (20% de realização):

falta do chefe do núcleo de controlo de remunerações;

ausência de matriz sobre acumulação de suplementos remuneratórios; demora na análise jurídica de determinados processos específicos; falta de formação específica do dispositivo da DPCR;

insuficiência de recursos humanos; ausência de decisão superior; e outros de somenos importância.

Ponto 4 (100% de realização).

Ponto 5 (100% de realização). Ponto 6 (100% de realização). Ponto 7 (98% de realização).



171 de 275

2.2.1.2. Potencial humano – acção formativa e psicológica

O incremento da qualificação profissional do potencial humano na PSP, ocorrido em

2010, visou, primordialmente, a aquisição, desenvolvimento e harmonização de saberes,

de modo a contribuir para a solidificação e aumento da qualidade da actividade policial.

A formação e valorização dos recursos humanos da PSP constituem um dos principais

objectivos e factores essenciais de mudança, que permitem não só o reforço da sua

motivação, como ainda o desenvolvimento de competências e qualificações individuais,

adequando-as às necessidades e missão da PSP.

Nos últimos anos, a PSP tem vindo a incrementar não só o número das suas acções de

formação, como a qualidade das mesmas; esse facto espelha-se no reforço das

competências do seu efectivo, tendo a aposta em 2010 compreendido, as áreas de

técnica e táctica policial, sendo de salientar a implementação do Plano de Formação e

Certificação de Tiro, com execução das actividades inerentes ao primeiro ano do ciclo

bienal que constitui o referido plano.

Como os recursos financeiros disponíveis para a área de formação obrigam a uma

criteriosa racionalização das actividades a realizar, em 2010, desenvolveram-se planos

de formação co-financiados por fundos europeus, os quais permitiram minimizar as

dificuldades financeiras sentidas.

Outro constrangimento limitador da actividade formativa, prende-se com a vertente

logística, sendo de salientar a ausência de salas de formação, condições de alojamento,

refeições e outros espaços para realizar actividades formativas específicas,

constatando-se, cada vez mais, a necessidade de um centro de formação localizado em

Lisboa.

No plano da cooperação técnico-policial externa, a PSP continuou a cooperar

activamente com os PALOP, através da realização de acções de formação e assessoria.

Ao nível da formação, as actividades desenvolvidas direccionaram-se para a concepção

e planeamento das acções de formação, bem como para a prestação de apoio técnico

especializado na área da psicologia, sendo que estas actividades abrangeram as

vertentes do recrutamento e selecção e a psicologia clínica.

Das actividades gerais previamente planeadas para 2010, nesta área de intervenção,

que vão desde a organização, coordenação e planeamento das acções e instrumentos

de formação até às próprias acções de formação, constata-se que, em termos

qualitativos, se obtiveram os seguintes resultados (quadro n.º 34).



172 de 275

Quadro n.º 34 Actividades planeadas e resultados qualitativos alcançados - 2010


e Meta

Aprofundar a vertente formativa associada às novas tecnologias, criando cursos no formato de e-learning, optimizando as potencialidades da plataforma de e-learning da Rede Nacional de Segurança Interna (RNSI);




Manter a PSP enquanto entidade formadora certificada, tendo em vista ministrar os cursos de formação pedagógica de formadores;




Criar recursos didácticos e material pedagógico de apoio à formação; Realizar até ao final de

2010



Conceber o Portefólio da Formação da PSP e disponibilizar em formato digital na Plataforma e no Portal da Formação;




Conceber o Folheto de divulgação das Actividades do Departamento e difundir através da Plataforma e-learning e do Portal da Formação;




Elaborar uma Proposta de Directiva de Instrução Física Regular no âmbito da Formação;




Realizar 90.510 horas de formação em Técnicas de Intervenção; Realizar até ao final de

2010



Realizar 126.000 horas de formação em Tiro Policial; Realizar até ao final de

2010





173 de 275

Realizar 27.600 horas de formação em Gestão de Ocorrências; Realizar até ao final de

2010



Realizar 18.000 horas de formação em SEI. Realizar até ao final de

2010



2.2.1.2.1. Actividades formativas

Em termos formativos, a PSP, durante o ano de 2010, desenvolveu as actividades

inerentes às seguintes competências:

Elaborar o plano de formação da PSP;

Gerir todas as etapas do ciclo de formação, com excepção da formação inicial,

nomeadamente planeamento, programação, organização, acompanhamento,

avaliação e controlo;

Conceber e desenvolver conteúdos formativos para plataformas digitais, no âmbito

da PSP e do MAI;

Colaborar na elaboração e reestruturação dos diversos cursos de formação

ministrados nos estabelecimentos de ensino da PSP;

Gerir ou coordenar a realização de quaisquer acções de formação externas, em

território nacional ou no estrangeiro;

Certificar ou reconhecer todas as acções de formação internas ou externas;

Coordenar a actividade desportiva realizada na PSP;

Assegurar a prestação de serviços de psicologia clínica ao pessoal da PSP;

Realizar a avaliação dos candidatos ao ingresso na PSP, mediante testes

psicotécnicos e psicológicos;

Prestar apoio técnico às acções de recrutamento e selecção de pessoal;



174 de 275

Prestar apoio aos serviços da PSP em matéria de psicologia criminal;

Prestar apoio psicológico ao pessoal a às suas famílias, resultante da vivência de

situações críticas.

Em 2010, desenvolveram-se ainda os seguintes projectos:

Plano de Formação 2010 (PF2010);

Implementação do Plano de Formação e Certificação de Tiro (PFT) reestruturado;

Projectos Co-financiados;

Projecto de Cooperação com os PALOP;

Projecto E-learning; - conceptualização de novos cursos;

Projecto de Reestruturação e Consolidação dos Procedimentos de Gestão da

Formação na PSP (regulamentação de cursos, averbamentos);

Colaboração Com Entidades Externas (PM‟s, DGSP);

Actividade Desportiva (Interna e Externa).

2.2.1.2.2. Vertente de psicologia

Ao nível da vertente de psicologia, em 2010, desenvolveram-se diversas actividades,

quer no âmbito dos processos de selecção e reavaliação, quer no domínio da psicologia

clínica e psicologia criminal.

2.2.1.2.2.1. Psicologia de selecção

No âmbito dos processos de selecção e reavaliação, a Divisão de Psicologia da PSP,

durante o ano de 2010, desenvolveu as actividades expressas no quadro seguinte.



175 de 275

N.º Candidatos

27.º Curso de Formação de Oficiais de Polícia 392

14.º Curso de Formação de Agentes 2.105

Missões de Paz 34

Curso de Segurança Pessoal – CSP/UEP 252

Curso de Ordem Pública – CI/UEP 83

Avaliação de Condutores 253

Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia – Polícia Municipal 64

Câmara Municipal de Guimarães – Polícia Municipal 96

Câmara Municipal da Amadora – Polícia Municipal 17

Câmara Municipal de Moimenta da Beira – Polícia Municipal 3

Instituto de Gestão do Património – IGESPAR 11

Subtotal 3.310

Curso de Formação de Oficiais de Polícia 70

Reavaliação do efectivo do C. M . Lisboa 950

Subtotal 1.020

4.330T o t a l

Fonte: Departamento de Formação - DN/PSP.

Selecção e reavaliação

S e l e c ç ã o

R e a v a l i a ç ã o

2.775 2.820

869

3.300

1.196

4.614

2.517

1.753

3.666

5.366

4.330

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Quadro n.º 35 Selecção e reavaliação - 2010

O gráfico a seguir apresentado (gráfico n.º 37) ilustra a evolução de candidatos

seleccionados, entre 2000 e 2010.

Gráfico n.º 37 Evolução do n.º de candidatos seleccionados pelo Gabinete de Psicologia - 2000 / 2010

Fonte: Departamento de Formação – DN/PSP.



176 de 275

CR Madeira 4 8

CR Açores 4 12

EPP 6 80

Total 14 100

Acções de formaçãoLocal e âmbito de

realização da acção

Horas de

formação

N.º de

formandos

Formação de entrevistadores

Fonte: Departamento de Formação - DN/PSP

263

1.336

1.505

1.788

2.211

2.6103.209

3.937

5.371

7.170

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

8.000

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Em contexto de selecção, realizaram-se as seguintes acções de formação (quadro n.36)

Quadro n.º 36 Acções de formação em contexto de selecção - 2010

2.2.1.2.2.2. Psicologia clínica

No campo da Psicologia Clínica (gráfico n.º 38), foram efectuadas, em 2010, 7.170

consultas, isto é, mais 1.799 consultas do que as registadas em 2009, o que representa

um aumento de 33,5%.

Gráfico n.º 38 Evolução de consultas de psicologia clínica 2001 / 2010

Fonte: Departamento de Formação – DN/PSP.

Na vertente da psicologia clínica, há ainda a referir 29 intervenções em situação de

crise, que totalizaram 1.044 horas e a elaboração de 206 relatórios de avaliação

psicológica e informações clínicas.

Neste domínio de intervenção e no que concerne à área da formação, desenvolveram-se

várias acções formativas em diversos Comandos e na EPP, com incidência nos cursos

descritos no seguinte quadro.



177 de 275

Curso de Investigação Criminal 194 745

EPP 51 160

Missões de Paz / EPP 8 60

UEP/CSP 6 80

CMP Porto 15 90

CDP Faro 3 18

Como lidar com personalidades difíceis UEP/CSP 6 80

Delinquência Juvenil CMP Lisboa – 1.ª Divisão 3 30

Lei Tutelar Educativa CMP Lisboa – 1.ª Divisão 3 30

Desenvolvimento da Criança CMP Lisboa – 1.ª Divisão 3 40

Total 292 1.333


Local e âmbito de realização

da acção

Horas de

formação

N.º de

formandosAcções / cursos de formação

Psicologia criminal

Gestão do Stress

Técnicas de gestão de conflitos em

ocorrências e gestão de stress

Autópsias psicológicas 68

Entrevistas em contexto de selecção 550

Preparação de provas das selecções/reavaliação efectuadas 900

Tratamento dos resultados das selecções/reavaliação efectuadas 900

Cotação de provas das selecções/reavaliação efectuadas 800

Leitura de provas em leitor óptico das selecções/reavaliação efectuadas 900

Avaliação de condutores (aplicação de provas e entrevistas) 1.012

Estágios académicos 1.200

Estágios profissionais (tutória em acompanhamento e supervisão) 3.120

Comparências em tribunal (pessoal da Divisão) 40

Preparação e elaboração de formações 280

Discussão técnica e supervisão de casos clínicos 1.578

Telemóvel de Serviço – linha verde – 800212312 – Disponibilidade de dois

Psicólogos – 24 Horas dor dia

Total 11.348

Outras actividadesVolume

de horas


Quadro n.º 37 Acções e cursos ministrados no domínio da psicologia clínica - 2010

Decorrente da actividade desenvolvida em psicologia clínica há ainda a registar um

conjunto de outras actividades, como se demonstra (quadro n.º 38).

Quadro n.º 38 Outras actividades desenvolvidas no âmbito da psicologia clínica - 2010



178 de 275

2.2.1.2.2.3. Psicologia criminal

No âmbito da Psicologia Criminal, desenvolveram-se ainda as seguintes actividades de

apoio à investigação criminal:

Enquadramento psicológico dos elementos da Divisão de Investigação Criminal e

das Equipas de Investigação Criminal do Comando Metropolitano de Polícia de

Lisboa;

Apoio a inquirições a vítimas de crimes e interrogatórios a suspeitos agressores, na

Divisão de Investigação Criminal do Comando Metropolitano de Polícia de Lisboa;

Encaminhamento e estabilização emocional de vítimas de crimes, na Divisão de

Investigação Criminal do Comando Metropolitano de Lisboa, no âmbito de

inquirições e interrogatórios;

Apoio a diligências em âmbito processual;

Apoio Psicossocial e Aconselhamento Psicológico no Estabelecimento Prisional de

Évora;

Emissão de pareceres no âmbito do programa de risco e avaliação da

perigosidade.

2.2.1.3. Saúde e assistência na doença

No sentido de promover práticas de qualidade, de exigência, de rigor e eficiência dos

serviços, a PSP continuou em 2010, a apostar no aperfeiçoamento do novo modelo de

gestão organizacional, para agilizar mecanismos e difundir boas práticas de prestação

de serviços de saúde e assistência clínica aos funcionários da PSP.

Na área da saúde e assistência na doença, promoveram-se práticas profissionais de

excelência que reforçassem o prestígio do subsistema de saúde da PSP e

desenvolveram-se diversos procedimentos e actividades de relevo, conforme se expõe

de seguida (quadro n.º 39).



179 de 275

Quadro n.º 39 Actividades programadas e associadas a outros objectivos/orientações operacionais

traçados para 2010 e não monitorizados

Optimizar a gestão de recursos


Responsável

Calendarização e

Meta

Grau de Realização / Execução

(Superada / Realizada /

Não realizada)

Avaliação e justificação

dos desvios

w) Concluir o processo de reforma do serviço de saúde;

DSAD Realizar até ao final de

2010

50 % de Realização 4)

Agilizar os procedimentos de gestão financeira

Actividades programadas

Unidade Orgânica

Responsável

Calendarização

e Meta

Grau de Realização / Execução (Superada / Realizada

/ Não realizada)

Avaliação e

justificação dos desvios

l) Consolidar o procedimento de transferência electrónica da facturação dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e das entidades convencionadas do Subsistema de Saúde e Assistência na Doença (SAD);

DSAD Consolidar até ao final

de 2010 Realizada 5)

m) Controlar mensalmente a execução orçamental da despesa pública, especialmente os gastos com a saúde.

DSAD Controlar ao

longo de 2010

Realizada

Simplificar procedimentos


Unidade Orgânica

Responsável

Calendarização

e Meta


/ Não realizada)

Avaliação e

justificação dos desvios

gg) Simplificar os processos de natureza administrativa, inerentes ao serviço de saúde da PSP;

DSAD Realizar

até ao final

Realizada

4) Foi elaborada em 10 de Março de 2008, a informação n.º 032/DIR/2008, para a reorganização do dispositivo de assistência na

doença da área de Lisboa – Projecto Final que foi objecto de despacho de Sua Ex.ª o Director Nacional da PSP que determinou que o processo ficasse a aguardar novos desenvolvimentos da Tutela no que concerne ao acesso aos Postos Clínicos. Em 2009 por despachos individuais de Sua Ex.ª o Ministro da Administração Interna foi autorizado a utilização dos Postos Clínicos pelos elementos com funções policiais na situação de pré-aposentação e aposentação, os cônjuges ou equiparados do pessoal com funções policiais e o pessoal civil com funções não policiais do Mapa de Pessoal da PSP.

Em 2010, para se fazer face ao aumento de potenciais utilizadores da rede de Postos Clínicos da Polícia de Segurança Pública foi

proposta a contratação de doze médicos e alteração de quatro contratos de prestação de serviços médicos, processo este que se encontra no Departamento de Logística da DN/PSP, serviço competente para proceder à contratação.

Ainda no âmbito da Reforma do Serviço de Saúde foi proposto pelo DSAD a constituição de um Grupo de Trabalho para elaboração de um projecto de novo Regulamento de Serviços de Saúde da PSP. Acresce referir que o Grupo de Trabalho já foi constituído e é coordenado pelo Gabinete de Estudos e Planeamento da DN/PSP.

5) Acresce referir ainda que, respeitante a esta actividade, estão a ser desenvolvidos esforços junto da Tutela relativamente à

implementação das medidas 185 e 189 do Simplex`09.



180 de 275

Simplificar procedimentos

de 2010

hh) Concluir e consolidar o procedimento de modernização administrativa, tendente ao descongestionamento dos serviços centrais do Subsistema de saúde e assistência na doença da PSP e ao reforço das atribuições e competências dos CTP, Unidade Especial de Polícia e Estabelecimentos de Ensino, com recurso aos sistemas de informação e às novas tecnologias de informação e comunicação;

DSAD Realizar

até ao final de 2010

70% de Realizaçã

o

6)

ii) Digitalizar, na área dos serviços de saúde, a correspondência relativa à entrada e saída dos serviços, que não seja a facturação;

DSAD Realizar

até ao final de 2010

Não Realizad

a

7)

Acentuar o controlo interno


Unidade Orgânica

Responsável

Calendarização

e Meta


/ Não realizada)

Avaliação e

justificação dos

desvios

l) Criar e implementar um Regulamento de Auditoria, tendente a aperfeiçoar e enformar processualmente a actuação do Núcleo de Auditoria;

DSAD


50 % de Realizaçã

o

8)

m) Intensificar os procedimentos de auditoria interna às entidades do regime convencionado, regime livre e SNS, relacionados com o controlo interno associado à conferência, processamento e pagamento de facturação, emitida por aquelas entidades prestadoras de serviços, com vista ao apuramento de possível sobre facturação e à recuperação dos respectivos encargos pelo subsistema de saúde da PSP;

DSAD


Realizada

6) Foram descentralizadas as atribuições e competências nos CTP, Unidade Especial de Polícia e Estabelecimentos de Ensino,

nomeadamente as relacionadas com a introdução de todos os dados no sistema de informação “AS-400” relativos aos processos de

comparticipações no âmbito do regime livre escolha, inscrição e manutenção da qualidade de beneficiários e emissões de declarações de substituição dos cartões do SAD/PSP.

7) Para realizar esta actividade é necessário instalar um “Modulo de Scanner” nas duas fotocopiadoras existentes neste

Departamento, o qual ainda não foi possível. De referir que esta actividade, bem como a implementação da aplicação

“GesDoc - Gestão Documental” irão decorrer no início do ano de 2011, tendo para o efeito o Departamento de

Formação ministrado formação sobre o referido software a todos os colaboradores do DSAD.

8) Foi criado pelo DSAD um Regulamento de Auditoria Interna tendente a aperfeiçoar e enformar processualmente a actuação do Núcleo de Auditoria, actualmente Secção de Verificação. No entanto, o Regulamento apesar de aprovado

ainda não foi implementado.



181 de 275

N.º de beneficiários

Titulares 36.579

Cônjuges e membros de união de facto 15.799

Descendentes equiparados 20.406

Ascendentes e equiparados 93

Tutelados 40

Extraordinários 574

Total 73.491

Saúde e Assistência na Doença

Fonte: Departamento de Saúde e Assistência na Doença - DN/PSP.

2.2.1.3.1. Beneficiários

Com a entrada em vigor do Decreto-Lei n.º 158/2005, de 20 de Setembro, o

Departamento de Saúde e Assistência na Doença (DSAD) da PSP procedeu à

reinscrição do universo dos seus beneficiários, processo esse concluído.

Com a entrada em vigor da Portaria n.º 1.620/2007, de 26 de Dezembro, o DSAD da

PSP procedeu à inscrição de novos beneficiários extraordinários, entre os quais

cônjuges e descendentes ou equiparados.

Assim, no que se refere ao número de beneficiários do SAD (quadro n.º 40), titulares,

familiares ou equiparados, verifica-se que, em 31 de Dezembro de 2010, se

encontravam validados no sistema de informação AS-400, 73.491 beneficiários.

Quadro n.º 40 Beneficiários do Subsistema de Saúde da PSP - 31 de Dezembro de 2010

Respeitando a tipologia estabelecida, verifica-se que, a 31 de Dezembro de 2010, a

categoria de titulares representa 49,77% (36.579) do total dos beneficiários deste

subsistema de saúde.

2.2.2. Logística e finanças

A componente logística e a componente financeira constituem pilares essenciais para

assegurar a excelência do serviço prestado pela PSP aos cidadãos e a cabal execução

das atribuições prosseguidas, e assim foi em 2010, sendo que, a consecução da sua

missão, dependeu bastante da resposta dada pelo suporte logístico-financeiro, conforme

se irá descrever.



182 de 275

2.2.2.1. Logística

No âmbito do apoio logístico à actividade operacional, ao longo do ano de 2010,

procurou-se, tanto quanto possível, adoptar um modelo de gestão consentâneo com a

realidade organizacional e funcional da PSP e as verbas orçamentais disponibilizadas,

sempre com a preocupação de melhorar a qualidade do serviço prestado.

A componente logística engloba os assuntos referentes a obras e instalações, material

auto, equipamento e fardamento, armamento e material policial, os quais, ao longo de

2010, foram objecto de intervenção, desde logo para melhorar o grau de prontidão

operacional do material em serviço e, sobretudo, criar melhores condições de prestação

de serviço ao potencial humano interno e obter melhores resultados na prossecução das

atribuições próprias e delegadas na PSP (quadro n.º 41).

Em 01 Julho de 2010, assistiu-se à extinção do fundo de fardamento, e em 09 Agosto do

mesmo ano é aprovada a Portaria nº 634/2010 que veio alterar o plano de uniformes da

PSP.

As verbas existentes no fundo de fardamento foram devolvidas aos elementos policiais,

no entanto não foram suficientes para o pagamento integral dos créditos existentes nas

contas correntes individuais. O processo, para o pagamento integral, transitou para o

ano 2011.

Estas alterações, principalmente a extinção do fundo de fardamento, sendo criado em

contrapartida uma comparticipação de fardamento a pagar aos elementos policiais,

criaram algumas dificuldades de tesouraria, e consequentemente a degradação do Stock

de fardamento existente para venda ao pessoal policial.

Também em 2010, foram iniciados estudos para alteração do modelo actual de

fornecimento de fardamento, mas as especificidades nesta matéria da PSP, têm

impedido outros desenvolvimentos, mantendo-se o método até agora utilizado.

Quadro n.º 41 Actividades logísticas planeadas e resultados qualitativos alcançados – 2010


e Meta

Obras e infra-estruturas

Executar os projectos de obras não planificadas e consideradas urgentes e inadiáveis;




100%



183 de 275

Armamento e Material Técnico Policial

Aperfeiçoar o grau de prontidão operacional do material em serviço na PSP; Realizar até ao final

de 2010


Avaliação e justificação dos desvios 100%

Elaborar o mapa anual de necessidades de equipamentos e a previsão de encargos daí resultantes;




Criar manual de responsabilidade de gestão do material, nas vertentes do planeamento, aquisição, armazenamento, distribuição, recolha e abate;




Equipamento e Fardamento

Definir o mapa de necessidades de fardamento a suportar pelo Orçamento de Estado (OE) e pelo Fundo de Fardamento (FF) e planear as aquisições;



Avaliação e justificação dos desvios Actividade superada, uma vez que foi realizada antes da data estipulada.

Controlar a recepção, armazenamento e distribuição dos equipamentos e dos artigos de fardamento, gerindo os respectivos stocks;




100%

Rever a legislação referente ao Plano de Uniformes e ao Fundo de Fardamento; Realizar até ao final

de 2010



Material Auto

Estabelecer programas de visitas de assistência técnica e de apoio adicional de manutenção às unidades orgânicas;



Avaliação e justificação dos desvios De acordo com as necessidades constatadas ao longo do ano.

Registar as viaturas no SIBAP e manter actualizado o Sistema de Gestão de Viaturas (SIGVIAT);



Avaliação e justificação dos desvios Processo dinâmico



184 de 275

Elaborar um estudo sobre viabilidade do AOV na PSP e tentar saber que modalidades existem em outras polícias da Europa;



Avaliação e justificação dos desvios Meios humanos insuficientes

Definir especificações técnicas dos meios auto; Realizar até ao final

de 2010



Acompanhar os procedimentos com vista à aquisição dos meios auto e colaborar com a DGIE nesse sentido;




Modernizar as aplicações de Gestão e Controlo da Frota Auto; Realizar até ao final

de 2010



Desenvolver um sistema de informação relativo às instalações oficinais, equipamentos oficinais e ferramentas;




Criar mecanismos de controlo, em formato digital, para os armazéns de material técnico policial;




Aquisições, Contratos e Gestão Patrimonial

Continuar a desenvolver os processos (i) de aquisição centralizada de bens e serviços, com intervenção da Unidade Ministerial de Compras (UMC) do MAI ou da DAC/DL, consoante decisão daquela UMC, quanto às áreas em que irá intervir, (ii) de renovação de contratos de prestação de serviços em vários domínios, cuja necessidade se continua a verificar e efectuar nova contratação, na sequência de pedidos apresentados por todas as unidades orgânicas da PSP;




Superado claramente, tendo em conta o volume de processos/recursos humanos e

materiais associados.

Implementar a plataforma de contratação pública conjunta, associada à aplicação de gestão do aprovisionamento e de gestão de stocks em todo o dispositivo da PSP.




Calendário de implementações definido pelo GERAP, não tendo o DL/ DAC qualquer intervenção nesse calendário (implementado pela GERFIP).



185 de 275

2.2.2.2. Gestão financeira

No ano de 2010, a gestão financeira constituiu uma missão de elevada dificuldade, uma

vez que o plafond atribuído inicialmente à PSP para funcionamento, no montante de 635

000 000€, estava suborçamentado, não sendo suficiente para que pudessem ser

assumidos todos os compromissos que decorreram do desenvolvimento das suas

actividades.

Ao nível da execução orçamental/financeira, a insuficiência de dotação criou

constrangimentos, obrigando à realização de permanentes alterações orçamentais que

permitissem cabimentar os encargos previstos com as aquisições de bens e serviços.

Tal situação agravou-se a partir do segundo semestre do ano, tendo sido

desencadeados vários pedidos de reforço orçamental junto da Tutela, de molde a

superar o deficit existente, ao nível dos agrupamentos Despesas com Pessoal, que

incluía os Encargos com a Saúde e de Bens e Serviços.

Das alterações solicitadas, apenas foram autorizadas as descativações/reforços

necessárias para as Despesas com Pessoal, que não foram contudo suficientes para

regularizar junto da Caixa Geral de Aposentações os montantes relativos aos descontos

dos beneficiários e da entidade patronal, relativos a Novembro e Dezembro, transitando

o respectivo encargo para o ano seguinte. Tal situação também ocorreu relativamente

aos encargos com a saúde e com a aquisição de bens e serviços, onde por falta de

dotação, os encargos assumidos e não pagos oneraram o orçamento de 2011.

Em termos de investimento (PIDDAC), foram inscritos em 2010, cinco projectos co-

financiados pelo FEDER, nomeadamente:

Quadro n.º 42

Projectos inscritos em PIDDAC - 2010 Código

Designação do Projecto Dotação Inicial

Dotação Corrigida

Pagamentos

Saldo

7091- Sistemas de Informação e Comunicações da PSP

0

2 340 853

2 340 853

0

7487- Sistema Integrado de Receitas 541 441 507 841 45 000 384 720

7495- Plataforma Integrada Contratação Pública

429 424 384 720 0 384 720

7495- Sistema Integrado Gestão Segurança Privada

454 245 410 178 0 410 178

7515- Apoio Sistema Vigilância Fronteiras Ext. Aeroportuárias

256 500 256 470 256 470 0



186 de 275

O quadro apresentado permite verificar que a execução financeira e material destes

projectos, com excepção do primeiro, ficou aquém do programado, devido a atrasos

verificados nos processos de contratação pública e também porque, a partir de 19 de

Novembro de 2010, não foi possível à PSP assumir compromissos por conta do

orçamento do mesmo ano, conforme determinou o despacho conjunto de Suas

Excelências os Ministros de Estado e das Finanças e da Administração Interna.

Consequentemente, no fim do ano de 2010, foi solicitado à entidade gestora do

programa comunitário a reprogramação temporal e financeira dos respectivos projectos,

de forma a transitarem para 2011.

2.2.2.2.1. Gestão orçamental

No ciclo de gestão de 2010, o orçamento global corrigido da PSP foi de 703 941 723€.

Deste montante, cerca de 93% destinou-se a suportar as despesas com pessoal,

nomeadamente “remunerações certas e permanentes”, “abonos variáveis“ e “segurança

social”, que incluiu as despesas com saúde, e cerca de 7%

destinou-se a despesas de funcionamento corrente e de capital/outros. Em termos

globais, a execução financeira foi de 701 618 264€ (pagamentos líquidos) e repartiu-se

em quatro agrupamentos económicos, sendo o mais significativo, o agrupamento

«despesas com o pessoal», com uma taxa de execução de 99,67%.

Ao nível do investimento inscrito no PIDDAC, a PSP apenas apresentou execução

financeira nos projectos “Sistemas de Informação e Comunicação da PSP” e

“Sistema Integrado de Receitas”.

No que respeita à execução da componente receita, durante o ano de 2010 foi cobrado

o montante de 72 488 939€, do qual 63 193 659€ foram destinados ao pagamento de

despesas correntes de funcionamento e serviços remunerados, 9 064 717€ foram

consignados a despesas com o Sistema de Assistência na Doença (SAD) e 230 563€,

provenientes de Fundos Comunitários destinava-se a financiar projectos no âmbito da

formação e das novas tecnologias.

A conjuntura económica pouco favorável e o deficit resultante fundamentalmente da

suborçamentação da despesa, impediram que fossem assumidos e liquidados em 2010

todos os compromissos, obrigando a que as despesas não liquidadas em 2010

transitassem para o ano de 2011



187 de 275

2.2.2.2.2. Execução financeira e orçamental

A conjuntura económica do país obrigou a uma execução orçamental rigorosa, pautada

essencialmente para a necessidade da redução da despesa pública. Esta situação obrigou a um

acompanhamento rigoroso das dotações, para que ao nível das Unidades de Polícia fossem

atribuídas as verbas necessárias para que a sua operacionalidade não fosse posta em causa.

Este processo foi difícil uma vez que não foram autorizados todos os pedidos de reforços

solicitados junto da Tutela e também porque a partir de 19 de Novembro e até ao final do ano

não foi possível assumir novos compromissos, conforme determinou o despacho conjunto do

Ministro de Estado das Finanças e da Administração Interna.

Esta limitação obrigou a que transitasse para o ano seguinte, facturação por pagar de montante

significativo, que agravou o orçamento de 2011.

Ao nível da execução financeira e orçamental foram ainda desenvolvidas as seguintes

actividades:

Controlo e acompanhamento permanente das despesas públicas, através da

normalização de procedimentos difundidos por todos os intervenientes, nomeadamente a

preparação e divulgação da Directiva Financeira que teve como finalidade atribuir aos

diversos centros de custo as dotações necessárias ao desenvolvimento das suas

actividades.

Atribuição dos meios financeiros, com maior rigor, de forma a reduzir as despesas com

acções passíveis de adiamento em favor das imprescindíveis, atendendo aos

confrangimentos orçamentais;

Agilização dos circuitos documentais internos, dando-se preferência à utilização do

correio electrónico e à disponibilização da informação, através de pastas partilhadas

entre os serviços que mantiveram uma relação mais estreita com este Departamento;

Elaboração da conta de gerência relativa ao ano económico de 2009, através da

utilização da aplicação “ Sic-Plus – Módulo conta de Gerência”,

Abertura do Orçamento Transitório em Janeiro 2010 e conversão da execução face ao

orçamento aprovado, em Abril de 2010.

Preparação durante o mês de Setembro do projecto do orçamento para 2011, que incluiu

também o orçamento do PIDDAC, tendo por base o plafond atribuído pela Tutela e a

utilização de plataforma disponibilizada para o efeito pela Direcção Geral do Orçamento

(SOE- Sistema do Orçamento de Estado);



188 de 275

Realização de dois pedidos de reembolso do IVA referente às aquisições efectuadas pela

PSP ao abrigo do Decreto-Lei nº 113/90, de 5 de Abril, com a actualização introduzida

pela Lei nº 55/B-2004, de 30 de Dezembro, tendo sido arrecada no ano em curso o

montante de 1 249 418,61€;

Elaboração da base de dados relativa a remunerações pagas pela Secção de

Contabilidade, através do SIC, a todos os prestadores de serviços e respectivas

retenções de IRS e IRC, destinadas a integrarem o “ MOD 10”, cujo preenchimento e

envio da informação consolidada para o Ministério das Finanças, está a cargo do

Departamento de Recursos Humanos;

Prestação trimestral à Direcção Geral do Orçamento, através da aplicação informática “

SIGO” da informação relativa aos encargos assumidos e não pagos no trimestre por falta

de dotação;

Entrega dos descontos judiciais junto dos tribunais e serviços de Finanças.

Centralização no DGF do pagamento das rendas respeitantes a instalações policiais,

face á necessidade de proceder à retenção do IRS/IRC, cujas entregas passaram a ser

efectuadas por via de Documento Único de Cobrança (DUC).

2.2.2.2.3. Actividades no âmbito das novas competências

No âmbito da Auditoria Interna, foram desenvolvidas as seguintes actividades:

Continuação do acompanhamento da execução financeira dos contratos relativos

à aquisição de bens alimentares para as messes e bares da PSP e à manutenção

e assistência técnica de fotocopiadoras e dos jornais para a DN;

Produção de indicadores relativos ao consumo de bens alimentares e à fixação da

tabela de preços a praticar nos bares da PSP;

Participação na elaboração de processos conducentes à renovação dos seguintes

contratos e obtenção dos correspondentes despachos de autorização:

Contrato nº 20/2008 – Fornecimento de Bens Alimentares para a PSP;

Contrato nº 1/2008 – Assistência Técnica a fotocopiadoras de marca

“ Nashuatec instaladas na PSP;

Ajuste Directo nº 234/2009 – Aquisição de jornais e revistas para a PSP;



189 de 275

Estudo relativo aos reforços alimentares com vista à fixação dos preços para

2010.

Elaboração de “Proposta de Projecto de Despacho Conjunto “ relativo a reforço

alimentar a fornecer ao pessoal policial da UEP e aos alunos e docentes dos

estabelecimentos de ensino policial.

No âmbito da Assessoria Técnico-Financeira, destacam-se os seguintes principais

trabalhos:

Acompanhamento da execução financeira, pedidos de pagamento e elaboração

de dossiers contabilísticos relativos aos quatro projectos de formação profissional

co-financiados pela EU, designadamente “POAP – Programa Operacional de

Administração Pública – Rumos; Formação dos Funcionários da Administração

Pública e Centro de Novas Oportunidades (CNO);

Acompanhamento financeiro dos projectos no âmbito do Programa Operacional

de Factores de Competitividade o qual incluiu também os pedidos de

reprogramação dos mesmos;

Acompanhamento da cobrança da receita efectuada pela PSP.

Foram ainda desenvolvidas outras actividades, podendo referir-se as seguintes:

Implementação da ferramenta informática “SIC-Plus”;

Participação no Estudo Funcional das Receitas efectuado pela empresa Deloitte

no âmbito do projecto “ Sistema Integrado de Receitas”;

Conclusão do estudo relativo à cedência de alojamentos ao pessoal da PSP, de

que se aguarda despacho superior;

Prestação de informação ao Tribunal de Contas sobre as medidas que

internamente foram desenvolvidas pela PSP, em função das recomendações

expressa nos respectivos relatórios de auditoria;

2.2.2.2.4. Actividades prioritárias planeadas e executadas

No âmbito dos procedimentos e actividades prioritárias planeadas e executadas em

2010, em matéria de gestão financeira, alcançaram-se, para além dos resultados

decorrentes das actividades já enunciadas, os seguintes resultados qualitativos (quadro

n.º 43).



190 de 275

Quadro n.º 43 Actividades de gestão financeira planeadas e resultados qualitativos alcançados - 2010

Agilizar os procedimentos de gestão financeira


Responsável

Calendarização e

Meta


(Superada / Realizada / Não realizada)


n) Agilizar os circuitos documentais, de forma a obter-se uma melhor e eficaz informação, reduzindo-se os meios documentais utilizados;

DGF Realizar até ao final de 2010

Superada

o) Aumentar a eficiência das cobranças, através da implementação do Sistema Integrado de Receitas (SIREC), em que a receita cobrada atingirá padrões de execução muito próximos dos 100%, face à receita potencial;


do ano de 2010

n/realizado

Em execução

em 2011

p) Desmaterializar, através da emissão de facturação electrónica a produzir no âmbito do SIREC, os processos da receita;


do ano de 2010

n/realizada

q) Implementar o “SIC PLUS”, que permitirá o acesso a toda a informação contida no SIC, de modo a ser trabalhada de forma célere, segundo as necessidades reais, a fim de se extrair indicadores que sirvam de suporte à tomada da decisão;


do ano de 2010

realizada

r) Imprimir maior rigor na análise associada à atribuição dos meios financeiros, aferindo mecanismos associados à definição de prioridades;

DGF Realizar até ao

final de 2010

realizada

s) Desenvolver a aplicação “Acompanhamento Financeiro de Contratos da PSP”, cuja informação se pretende venha a ser extensível a todas as Unidades Orgânicas;


final de 2010

realizada

t) Elaborar a conta de gerência relativa a 2009 e respectivo envio ao Tribunal de Contas, no prazo legalmente estipulado;

DGF Prazo estipulado

para 2010

realizada

u) Maior celeridade nos pedidos de reembolso do IVA, junto dos Serviços de Finanças;


final de 2010

realizada

v) Elaborar as alterações orçamentais necessárias ao cabimento e compromissos dos diversos processos de despesa;


final de 2010

realizada

Acentuar o controlo interno


Responsável

Calendarização e

Meta


(Superada / Realizada / Não realizada)


n) Melhorar os mecanismos de controlo interno vigentes no sentido de, em tempo útil, identificar eventuais desconformidades no domínio da gestão financeira;


de 2010

Superada



191 de 275

3. Serviços de controlo interno

Nos termos do art.º 25.º, n.º 7, da Lei n.º 53/2007, de 31 de Agosto, a PSP possui um

serviço interno de controlo, designado por Inspecção, sobre a actuação dos demais

serviços internos, bem como um serviço interno de deontologia e disciplina.

3.1. Inspecção

A Inspecção tem como objectivos principais a pesquisa e detecção de problemas e suas

causas, com a consequente divulgação de medidas correctivas tendentes a eliminar ou

reduzir eventuais desvios dos padrões de eficácia, eficiência e de qualidade

superiormente definidos.

Compete à Inspecção da PSP exercer o controlo interno nos domínios operacional,

administrativo, financeiro e técnico, com vista a verificar, acompanhar, avaliar e informar

sobre a actuação de todo o dispositivo, assegurando a qualidade do serviço prestado ao

cidadão, a legalidade, a eficácia e a eficiência da actividade operacional, da gestão de

pessoal, orçamental e patrimonial.

Para cumprir o plano anual, definiram-se, ao nível da Inspecção, os seguintes objectivos

estratégicos:

● Promover a qualidade na acção policial;

● Defender os direitos humanos e optimizar a relação polícia/cidadão;

● Actuar dentro da legalidade, regularidade financeira e boa gestão de recursos da

PSP;

● Estreitar as relações de cooperação da PSP com os restantes órgãos de Polícia;

● Colaborar com as entidades judiciárias nos termos da Lei;

● Primar em todas as circunstâncias por uma rigorosa objectividade, imparcialidade,

adopção de uma conduta responsável e competente, actuando com transparência,

rigor, isenção e cortesia.

Para prosseguir o controlo interno, foram definidas pela Inspecção seis áreas de

intervenção em 2010, a saber:

Operacional;

Recursos Humanos;

Logística e Financeira;

Formação;



192 de 275

Inspecções OperacionalRecursos

Humanos

Cadastro e

Inventário

dos Bens do

Estado ( C I BE)

FormaçãoSegurança

Privada

Deontologia

e

Disciplina

Armas

e

Explosivos

Total

Previstas 4 6 5 2 3 2 6 28

Realizadas 4 1 2 2 6 2 6 23

VA ( * ) 0 -5 -3 0 3 0 0 -5

Fonte: Inspecção - DN/PSP.

(*) Diferença absoluta entre o número de inspecções previstas e realizadas, em 2010.

4

6

5

2

3

2

6

4

1

2 2

6

2

6

0

-5

-3

0

3

0 0

-6

-4

-2

0

2

4

6

8

1 2 3 4 5 6 7

Previstas

Realizadas

VA (*)

Deontologia e Disciplina;

Armas e Explosivas e Segurança Privada.

Dentro dos condicionalismos resultantes da escassez de recursos humanos afectos à

actividade inspectiva e dada a complexidade de certas inspecções temáticas e a

realização prioritária de procedimentos disciplinares, a Inspecção procurou, tanto quanto

possível, seguir o plano previamente aprovado, com dinamismo, muito rigor,

objectividade e imparcialidade, tendo sido apreciadas as medidas correctivas propostas.

Efectivamente, a Inspecção, apesar de ter desenvolvido 23 acções inspectivas (- 6, face

a 2009), em várias áreas (quadro n.º 44), não conseguiu, pelas razões já evocadas,

atingir as 28 inspecções previstas para 2010 (-5 inspecções).

Quadro n.º 44 Acções inspectivas planeadas e realizadas - 2010

A não realização de todas as inspecções previstas (gráfico n.º 39) e actividades

planeadas deveu-se, fundamentalmente, a factores exógenos ao serviço.

Gráfico n.º 39 Acções inspectivas planeadas e realizadas - 2010

Fonte: Inspecção – DN/PSP.

(*) Diferença absoluta entre o número de inspecções previstas e realizadas, em 2010.



193 de 275

Ano 2007 2008 2009 2010 VA ( * ) V% ( ** )

Reclamações 1059 1230 1502 1.306 -196 -13,05%




291

1.306

40

200

400

600

800

1000

1200

1400

Relatórios sobre o uso de arma de fogo

Reclamações analisadas Processos de promoção por distinção

2010

No âmbito das suas áreas de intervenção, é de referir que, em 2010, a Inspecção

recebeu e avaliou 291 relatórios sobre o uso de armas de fogo, analisou 1.306

reclamações e organizou 4 processos de promoção por distinção (gráfico n.º 40).

Gráfico n.º 40 Outras actividades realizadas – Inspecção 2010


Relativamente às reclamações apresentadas pelos cidadãos (quadro n.º 45), que têm

origens variadas, mas incidem fundamentalmente no sector do trânsito, há a registar, em

2010, uma diminuição de 13,05 % ( -196 reclamações face a 2009).

Quadro n.º 45 Evolução das reclamações apresentadas – 2007/ 2010

No entanto, verifica-se (gráfico n.º 41), no item relacionamento interpessoal, um aumento

significativo do número de reclamações (de 128, em 2009 para 171, em 2010; + 33,59

%), indicador indiciador de atendimentos, posturas e procedimentos menos positivos de

alguns profissionais de polícia.



194 de 275

589

128170

615578

171144

413

0

100

200

300

400

500

600

700

Trânsito Relacionamento interpessoal

Condições e meios disponibilizados

Diversos

2009

2010

Ano 2007 2008 2009 2010 VA ( * ) V% ( ** )

Recurso a armas de

fogo269 250 282 291 9 3,19%




Gráfico n.º 41 Tipos de reclamação apresentadas - 2009/2010


Na sequência da análise das reclamações enviadas pelos Comandos à Inspecção,

efectuaram-se várias recomendações, no sentido de se alterarem procedimentos

comportamentais por parte dos elementos envolvidos, bem como na observação de

alguns procedimentos internos por parte da PSP no relacionamento com o cidadão.

Propôs-se a melhoria da celeridade e qualidade de resposta aos cidadãos e restantes

entidades, que no caso particular do Comando Metropolitano de Lisboa - conforme

estipula o art. 38.º, do Decreto-Lei n.º 135/99, de 22 de Abril – passasse a estar a cargo

dos Comandantes de Divisão, sem prejuízo dos competentes canais hierárquicos,

proposta essa, aprovada e já implementada naquele Comando, com resultados muito

positivos em termos de celeridade.

No que concerne ao recurso das armas de fogo, constata-se que, em 2010, os

elementos policiais recorreram ao seu uso com maior frequência que em 2009,

registando-se um aumento de 3,19% (quadro n.º 46).

Quadro n.º 46 Evolução do recurso a armas de fogo por elementos policiais – 2007/ 2010



195 de 275

269

0 112

268

3 119

0

50

100

150

200

250

300

Validados Não validados Validados / Recomendação

Validação suspensa

2009

2010

Em 2010, das 291 situações em que houve recurso a armas de fogo, 268 foram

validadas (gráfico n.º 42).

Gráfico n.º 42

Resultados da avaliação ao recurso a arma de fogo - 2009/2010


A análise dos Relatórios de Uso das Armas de Fogo (RUAF), permitiu ainda constatar

que, em 2010, houve um aumento de disparos efectuados (de 658, em 2009, para 709,

em 2010; + 7,75 %) e um decréscimo de suspeitos armados envolvidos (de 29, em 2009,

para 21, em 2010; - 27,59 %).

Mantêm-se oportuna a recomendação no sentido de se cumprirem os prazos legais

relativos à elaboração dos RUAF, bem como os prazos de resposta aos cidadãos e o

envio à Inspecção das reclamações apresentadas.

Durante 2010 realizaram-se ainda as seguintes acções não planeadas:

● Elaboração do Plano de Prevenção Riscos Corrupção e Infracções Conexas;

● Um Inspector nomeado por despacho ministerial para Coordenador de Segurança

na estrutura de Missão para a realização da Cimeira NATO e da Cimeira EU-EUA;

● Apoio a inspecções temáticas da IGAI:

Auditoria Temática PI 15/2010 (actividade policial na área de trânsito (reboques

de viaturas);

- PI 13/2010 (Questionário para o levantamento do Controlo Operacional);

- PI 2/2010 – cooperação com a IGAI no âmbito da Auditoria Temática à

afectação da PSP e GNR a diligências solicitadas pelo Ministério Público e

Tribunais. Procedeu-se ao levantamento do enquadramento legal e construção da



196 de 275

matriz, por áreas de interesse e tipos de diligência, que veio a ser adoptada pela

referida auditoria da IGAI;

- 4 Processos de nomeação por distinção (afectação estimada: três Inspectores,

por uma semana);

● Monitorização do Despacho 31/GDN/2010 de 30SET (redução de

custos/consumos);

● Um Inspector nomeado para instrutor de processo disciplinar.

No âmbito das suas competências e tendo por base o diagnóstico efectuado -

pormenorizado no relatório de actividades específico da Inspecção - e visando-se obter

melhor e maior qualidade do serviço, legalidade, optimização dos recursos, eficiência e

eficácia policial, a Inspecção propõe:

● Que a Inspecção seja dotada de um quadro de Inspectores, considerando-se o

número de seis como mínimo aceitável;

● Que se dê prioridade à melhoria das instalações policiais de forma a dotá-las de

melhores condições de trabalho e de atendimento público, pese embora os

condicionalismos de ordem financeira;

● Que os mecanismos de controlo interno existentes sejam melhorados e criados

novos mecanismos de controlo, tendo em vista um melhor e mais eficaz controlo, bem

como a simplificação dos processos;

● Que sejam planeadas pelo Departamento de Formação, acções de actualização

das diferentes áreas funcionais, designadamente nos Núcleos de Deontologia e

Disciplina, em coordenação com o GDD em matéria de direito disciplinar e legislação

conexa; na área dos explosivos e organização processual contra-ordenacional, em

coordenação com o DAE;

● Que seja melhorada a eficácia do SEI e restantes aplicações informáticas.

As conclusões e recomendações de acções de inspecção sectoriais permitem concluir

que o sistema de controlo interno é essencial ao bom funcionamento e à difusão de boas

práticas, bem como à detecção e correcção célere de procedimentos indevidos.

3.2. Deontologia e disciplina

Tendo em atenção a dimensão deontológica e ética, imanente ao exercício das funções

policiais, bem como a disciplina necessária ao normal funcionamento da instituição



197 de 275

policial, os serviços de deontologia e disciplina pugnaram, durante 2010, pelo

desenvolvimento das actividades prioritárias a seguir enumeradas (quadro n.º 47).

Quadro n.º 47 Actividades de âmbito deontológico planeadas e resultados qualitativos alcançados- 2010


e Meta

Elaborar Manual no âmbito de Procedimentos Administrativos da Deontologia e Disciplina.




4. Apoio à direcção

Na dependência do Director Nacional funcionam vários serviços destinados a apoiar o

exercício do comando e direcção, com uma natureza transversal às demais unidades

orgânicas.

4.1. Assuntos Jurídicos

O serviço de consulta e apoio jurídico da Direcção Nacional da PSP desenvolveu, em

2010, as actividades a seguir elencadas (quadro n.º 48).

Quadro n.º 48 Actividades de âmbito jurídico planeadas e resultados qualitativos alcançados – 2010


e Meta

Exercer o patrocínio do MAI e da PSP no âmbito do contencioso administrativo, sempre que os actos impugnados tenham sido praticados por órgãos da PSP;




Acompanhar e participar em outros processos de natureza administrativa, judicial ou outra em que a PSP seja parte interessada;




Colaborar com os órgãos do Ministério Público competentes nos processos administrativos e judiciais em que estejam em causa os interesses próprios da PSP ou do Estado, através desta;



Realizada



198 de 275


Preparar a intervenção dos membros da Direcção Nacional em processos de recurso administrativo;



Realizada


Emitir pareceres, prestar informações e proceder a estudos de natureza jurídica; Realizar até ao final de

2010



Assegurar o apoio técnico-jurídico à actividade operacional da PSP; Realizar até ao final de

2010



Promover orientações sobre procedimentos a adoptar pelos serviços da PSP em matérias de natureza técnico-jurídica.



Realizada


Na área de actividade inerente à consultadoria jurídica e de acompanhamento de

processos de natureza judicial, destacam-se, em pormenor, os seguintes tipos de

processo:

Acções administrativas;

Providências cautelares;

Acções de responsabilidade civil;

Acções em Tribunais de Trabalho;

Processos-crime;

Processos de Contra-ordenação;

Injunções;

Intimações para prestação de informações e passagem de certidões;

Intimações para a defesa de direitos, liberdades e garantias.

A actividade prosseguida pelo Gabinete de Assuntos Jurídicos (GAJ) é aferida pelo

número de processos abertos anualmente, em todas as áreas de intervenção,



199 de 275

particularmente com reflexos ao nível dos processos judiciais e dos processos relativos

à emissão de pareceres de natureza jurídica.

Durante o ano de 2010, foram abertos 236 processos, distribuídos da seguinte forma:

Pareceres Jurídicos – 150 Processos (63,5%);

Processos e acções de natureza judicial - 86 Processos (36,5%):

- Em Tribunais Administrativos e Fiscais - 66 Processos;

- Em Tribunais Judiciais - 19 Processos;

- Noutras instâncias - 1 Processo.

Em 2010, registou-se um acentuado aumento do número de processos relativos a

pareceres jurídicos (de 115, em 2009, passou-se para 150 processos, em 2010 -

+ 30,4%), o que reflecte um significativo aumento da intervenção do GAJ na preparação

das decisões proferidas especialmente ao nível do Director Nacional e dos Directores

Nacionais Adjuntos da PSP.

No ano de 2010, a taxa de sucesso obtida nos processos de contencioso administrativo

e outros processos judiciais, nomeadamente nos Tribunais Administrativos de Círculo,

nos Tribunais Administrativos e Fiscais e nos Tribunais Centrais Administrativos, foi de

95,7%, ou seja, das 70 decisões transitadas em julgado, 67 obtiveram decisões

favoráveis e apenas 3 tiveram decisões desfavoráveis.

As decisões transitadas em julgado foram, assim, largamente favoráveis às posições

defendidas pela PSP, o que reflecte a capacidade e experiência profissional dos Juristas

que prestam serviço no GAJ.

4.2. Estudos e planeamento

Na área de (i) estudos técnicos e análises prospectivas sobre matérias policiais e de (ii)

planeamento e gestão de actividades ao longo de 2010, desenvolveram-se esforços,

tendo em vista a observância dos propósitos traçados para o pretérito ano, realizando-se

as actividades a seguir enumeradas (quadro n.º 49).

Quadro n.º 49 Actividades de estudo e planeamento e resultados qualitativos alcançados – 2010


e Meta

Efectuar o planeamento anual e global de actividades, alinhando os recursos, e produzir o respectivo relatório;


2010




200 de 275


Fixar os objectivos operacionais prioritários anuais que suportam o QUAR, no âmbito do SIADAP, acompanhando a respectiva execução e realizando a avaliação final;



Realizada


Desenvolver os instrumentos adequados à institucionalização do planeamento estratégico integrado e plurianual;




Incrementar uma análise estatística integrada e multifactorial sobre temáticas relativas à actividade global da PSP ou de interesse policial, bem como de indicadores de apoio à gestão e decisão;





Apoiar o processo decisório da PSP, produzindo pareceres e memorandos sobre matérias de interesse policial;




Garantir a actualização, diversidade e interconexão do acervo legislativo referente à informação jurídica relacionada com matérias de interesse policial a todo o pessoal da PSP, por acesso interno electrónico, permanentemente disponível (intranet);




Manter o acervo histórico-legislativo sobre a vida institucional da PSP actualizado e disponibiliza-lo a todo o pessoal da PSP, via internet (portal interno);



Realizada


Disponibilizar publicações em formato de livro electrónico sobre colectâneas de legislação, comentado e anotado, referente a assuntos policiais, ao cliente interno;




Gerir e participar na concepção, implementação e avaliação de projectos, em particular de modernização administrativa, associando as novas tecnologias de informação;



Realizada



201 de 275

27

3

4

7

1

12

1

396

4

90

58

24

2

46

2

3150

3

1

113

25

0 20 40 60 80 100 120 140 160

Acordãos

Acordo Colectivo de Trabalho

Avisos

Circulares PSP

Declarações

Declarações de Rectificação

Decretos do Presidente da República

Decretos Regulamentares

Decretos-Lei

Deliberações

Despachos

Despachos PSP

Diplomas Regionais

Directivas PSP

Leis

Leis Orgânicas

NEP´s

Portarias

Pareceres do Ministério Público

Recomendação

Regimento da Assembleia da República

Resoluções da Assembleia da República

Resoluções do Conselho de Ministros


Fomentar a certificação da qualidade dos serviços prestados ao cliente externo e do processo produtivo interno;




Coordenar e apresentar propostas de candidatura a fundos comunitários e recolha de informações técnicas adicionais tendo em vista a sua aprovação superior e submissão ao sistema;




Gerir a certificação electrónica de assinaturas digitais do cliente interno. Realizar até ao final de

2010


Realizada


Na página electrónica referente a legislação, em sede do Portal Interno, foram

introduzidos, durante o ano de 2010, os diplomas legais abaixo quantificados (gráfico n.º

43) e devidamente elaboradas todas as alterações, que os mesmos produziram ou não

noutros diplomas, num total de 576.

Gráfico n.º 43

Legislação de interesse policial tratada - 2010




202 de 275

4.3. Informática

No ano de 2008 e de acordo com as determinações da tutela, os sistemas de

informação da PSP foram alvo de um processo de mudança tecnologia, o que implicou

redireccionar todo um repositório de saberes acumulado pelo serviço responsável por

esta valência, materializado através de um intenso plano de formação para cerca de

90% dos técnicos que não estavam afectos às áreas da Microinformática, com vista à

reconversão do seu saber tecnológico.

Assim, em 2010, deu-se continuidade ao processo iniciado em 2008 e, desenvolveram-

se as actividades (quadro n.º 50) que garantiram a funcionalidade dos recursos

informáticos necessários e de suporte à actividade policial.

Quadro n.º 50 Actividades de funcionalidade informática e resultados qualitativos alcançados - 2010


e Meta

Actualizar o Plano Estratégico de Sistema de Informação (PESI) de acordo com os objectivos estratégicos da PSP;




Esta é uma tarefa contínua, sendo que os tempos de resposta à resolução dos problemas se enquadram dentro dos objectivos traçados.

Executar o PESI de acordo com o estabelecido; Realizar até ao final de

2010


Realizada


Todos os projectos foram desenvolvidos de acordo com o estabelecido no Plano Estratégico de Sistemas de Informação (PESI).

Elaborar, em colaboração com as demais unidades competentes, estudos de análise e de desenvolvimento de aplicações com vista à simplificação do tratamento da informação entre os serviços;



Superada


Sendo uma tarefa contínua e dinâmica, foi superada com a concretização/superação dos objectivos traçados para os diversos projectos que esta actividade engloba.

Elaborar os pareceres necessários à selecção de equipamentos Informáticos e sistemas de informação;



Realizada


Respondeu-se atempadamente a todas as solicitações.

Assegurar a gestão do Data Center da PSP e dos vários servidores nele residente, em regime de gestão total ou de simples hospedagem;



Superada


Esta é uma tarefa contínua, sendo que todos os objectivo traçados no âmbito desta actividade foram alcançados. Para além destes e fruto da chegada de novos equipamentos, houve necessidade de reestruturar o centro de dados, tendo esta

tarefa sido executada sem qualquer prejuízo/consequências para o utilizador final.



203 de 275

Assegurar o funcionamento e administração das infra-estruturas bem como a manutenção dos equipamentos Informáticos;



Realizada


Todas as tarefas inerentes a esta actividade foram asseguradas atempadamente, sendo que sempre que necessário foram tomadas medidas preventivas de forma a

garantir o bom funcionamento dos equipamentos Informáticos assim como uma administração eficiente dos mesmos.

Assegurar a Gestão dos Utilizadores; Realizar até ao final de

2010



Todas as solicitações deste âmbito foram realizadas com eficiência e dentro dos

prazos previstos.

Administrar os sistemas operativos instalados nos diversos servidores que suportam os sistemas de informação residentes no data center da PSP;




Esta é uma tarefa contínua; todos os objectivos traçados foram alcançados. Para garantir os níveis de qualidade do serviço prestado, os Administradores têm que se

auto-actualizar/formar permanentemente, dada a falta de formação nesta área, pelo que esta tarefa se considera superada.

Administrar os sistemas de Gestão de Base de Dados utilizados na PSP; Realizar até ao final de

2010



Esta é uma tarefa contínua; todos os objectivos traçados foram alcançados; dada a

constante evolução e crescimento dos sistemas de informação da PSP, nomeadamente o SEI, que carecem de respostas permanentes, a Administração de Base de Dados, sempre respondeu com eficácia, recorrendo a auto-formação e busca

de conhecimento para cujas tarefas existe escassez de formação na PSP, facto que muito contribuiu para que esta tarefa tenha sido superada.

Garantir a segurança dos sistemas de informação residentes na PSP; Realizar até ao final de

2010


Superada


Não ocorreu nenhuma situação de quebra de segurança.

Assegurar o suporte de serviços operacionais e associados à gestão de serviços técnicos e dos seus ambientes 24 horas x 365 dias (Helpdesk de 1 linha), garantindo dessa forma um apoio permanente aos utilizadores dos sistemas de informação residentes na PSP;




Esta é uma tarefa contínua; todos os objectivos traçados foram alcançados; no entanto, face à escassez de recursos, os elementos adstritos a esta área, para

alcançarem os objectivos, foram obrigados a assegurar, fora do seu horário de serviço (em regime de stand by), os períodos das 24H00 às 08H00 da manhã durante a semana, domingos e feriados.

Promover acções de formação e colaborar na formação dos utilizadores; Realizar até ao final de

2010



No que dependeu do GSI todos os objectivos traçados foram alcançados.

Administrar os sistemas integrados de Informação e aplicações Informáticas; Realizar até ao final de

2010


Superada



204 de 275


Esta é uma tarefa contínua, sendo que os objectivos inicialmente traçados para esta actividade não só foram alcançados mas também superados em virtude das diversas

intervenções preventivas realizadas nesta área.

Assegurar, no âmbito da PSP, o funcionamento interoperacional com a rede Nacional de segurança Interna (RNSI), bem como com outros sistemas externos que interajam com os sistemas de informação da PSP;


2010


Superada


Durante 2010 foram asseguradas as integrações com o IMTT, INCM, ANSR, PJ, INTERPOL relativamente a informação sobre acidentes de viação, viaturas furtadas, documentos SIGAE e também foram implementadas novas integrações não previstas

inicialmente tais como:

ANSR envio de testes de álcool e estupefacientes via webservice;

Policia Judiciária – INTERPOL – envio veículos furtados para a Base de Dados da

Interpol via a PJ;

DGPJ – Direcção Geral da Politica da Justiça - envio de processos crime para a

Base de Dados da entidade via webservice;

SMS Reboques – disponibilização na PSP (via webservice) de uma pesquisa

„rápida‟ sobre o estado de um veículo através da introdução da matrícula;

MAI - Reestruturação do webservice de processos-crime de Violência Doméstica

Policia Automático – Reestruturação dos dados a disponibilizar para o polícia automático sobre os veículos furtados/apreender;

DGCI – Direcção Geral Contribuições e Impostos – a PSP desenvolveu um webservice a disponibilizar às entidades externas para o envio pedidos de

apreensão de veículos à PSP.

Assegurar a manutenção correctiva e evolutiva das Aplicações Administrativas e de Suporte como também das Aplicações de Apoio à Missão;



Superada


Executados os trabalhos pedidos. Fez-se um grande esforço na área da gestão das viaturas policiais e do controlo dos equipamentos informáticos, bem como se realizaram diversos trabalhos urgentes na

área da gestão do fardamento, nomeadamente na área do plano de necessidades anual para aquisição de fardamento, cálculo de stocks mínimos e alterações no circuito de requisição e fornecimento.

Coordenar e apoiar os Elementos de ligação Informática (ELIS) dos Comandos. Realizar até ao final de

2010


Realizada


Todos os objectivos que esta actividade serve de suporte foram alcançados.

4.4. Relações públicas

No domínio da comunicação, informação e relações públicas, em 2010, pretendeu-se

dar continuidade às actividades que tem vindo a contribuir para a optimização dos fluxos

de comunicação interna (funcionários) e externa (entidades públicas e privadas). Assim,

desenvolveram-se acções tendentes a promover a (i) imagem e cultura organizacional

da PSP, junto dos agentes e funcionários, bem como os (ii) valores institucionais, junto

dos públicos-alvo e sectores específicos da sociedade, nomeadamente, através do

contacto com os órgãos de comunicação social, quando se afigurou necessário prestar

esclarecimentos sobre a actividade desenvolvida por esta organização policial.



205 de 275

Asseguraram-se as funções conducentes ao bom funcionamento dos serviços e

processos produtivos (i) de comunicação interna, (ii) de comunicação externa e (iii) da

realização de actos sociais relevantes para a imagem institucional da PSP,

designadamente o Dia da PSP, concertos abertos ao público e manutenção do sítio da

PSP.

No que concerne ao relacionamento com os media, salienta-se o elevado número de

comunicados de imprensa difundidos pela PSP, no cômputo global de 1571, dos quais

1500 foram elaborados pelos Comandos de Polícia e 71 pela Direcção Nacional.

No domínio das relações públicas, a PSP, em 2010, empenhou-se ainda em várias

actividades, de que se destacam as seguintes:

Participação no evento “Portugal Tecnológico 2010” que teve lugar na FIL, em

Lisboa, de 22 a 26 de Setembro;

Participação na KidZania, através de uma Esquadra de Polícia;

Venda da edição exclusiva da PSP do Relógio Tissot;

Parceria com a SIMBA, empresa de brinquedos, na execução das miniaturas para

venda em espaços comerciais do Grupo Jerónimo Martins, em conjunto com

acções das Equipas do Projecto Escola Segura

Execução de publicações como os folhetos “Portugal Safer Place” e o Planning da

PSP 2010;

Recolha e limpeza de fardas policiais (actuais e antigas);

Restauro de 13 volumes com encadernação da I e II série da Revista “Polícia

Portuguesa”, bem como encadernação das últimas 46 revistas da II série que

estavam em falta, e encadernação das revistas já editadas da III série;

Realização de reportagens fotográficas sobre diversos eventos da PSP;

Publicação dos números 11 e 12 da III Série da Revista “Polícia Portuguesa”;

Satisfação de pedidos de informação, veiculados via correio electrónico, pelos

cidadãos que directamente o solicitaram;

Actualização, diária, dos conteúdos do portal externo, em www.psp.pt, nas áreas

de notícias, trânsito e actividade operacional, bem como das redes sociais,

criadas em 2009, como o “Youtube”, “Flickr” e o “Twiter”;

Criação de conta no “Facebook”;

http://www.psp.pt/



206 de 275

4.4.1. Actividades da banda de música

A Banda de Música da PSP continua a atingir níveis de desempenho elevados e em

consonância com os objectivos e a missão que lhe está atribuída. No ano de 2010, este

núcleo artístico da Instituição realizou um total de 78 actuações, com um número

estimado de 15.997 ouvintes, distribuídos de norte a sul do território continental e ainda

da Região Autónoma dos Açores.

4.4.2. Efemérides da PSP

Com foro de tradição anciã, a PSP e as suas unidades de polícia, bem como os

estabelecimentos de ensino, comemoram anualmente o respectivo Dia, realizando

diversas actividades de índole cultural e policial, abertas à comunidade e envolvendo o

pessoal a prestar serviço nas mesmas, conforme plasmado na figura n.º 12.

No ano 2010, observaram-se tais efemérides, através da realização de diversas

iniciativas que aproximaram a PSP à comunidade local e deram a conhecer melhor a

missão e o trabalho realizado em prol da cidadania e da segurança.



207 de 275

Figura n.º 12 Efemérides da PSP

Direcção Nacional

Direcção Nacional

PELA ORDEM E PELA PÁTRIA

2 JULHO

S. MIGUEL ARCANJO PATRONO

DA PSP

29 SETEMBRO


Comandos Territoriais de Polícia Comandos Regionais de Polícia Comandos Metropolitanos de Polícia

Açores

PELA CONCÓRDIA PUGNAMOS

9 MAIO

Madeira

VIRTUDE E VALOR

1 SETEMBRO

Lisboa

RES NON VERBA

11 MARÇO

Porto

TUDO POR TODOS

6 AGOSTO


Aveiro

NOSTRUM SERVARE POPULUM

1 MARÇO

Beja

SERVINDO CUMPRIMOS

24 JUNHO

Braga

JUSTUM AC TENACEM

30 MAIO

Bragança

FIRMES E VIGILANTES

24 JULHO

Castelo Branco

AEQUO ANIMO

29 OUTUBRO

Coimbra

SUB LEGE LIBERTA

18 JULHO

Évora

VIGILÂNCIA E DEDICAÇÃO

1 AGOSTO

Faro

SERENOS E ACTUANTES

31 OUTUBRO

Guarda

PRO BONO PUBLICO

22 OUTUBRO

Leiria

VIGILANTES PELA

SEGURANÇA

17 JUNHO

Portalegre

Santarém

OS FORTES SÃO

SERENOS

17 MAIO

Setúbal

JUSTOS E LEAIS

24 FEVEREIRO

Viana do Castelo

A VÓS OUTROS AQUI SE ESTÃO

GUARDANDO

18 JULHO

Vila Real

Viseu

PARA BEM SERVIR

9 JANEIRO

Unidade Especial de Polícia

Corpo de Intervenção Grupo de Operações

Especiais Corpo de Segurança

Pessoal

Centro de Inactivação de Explosivos e

Segurança em Subsolo

Grupo Operacional Cinotécnico

A

FORTIORI

28 MARÇO

VLTIMA RAZÃO

29 MARÇO

PRONTIDÃO

E LEALDADE

29

DEZEMBRO

05 JANEIRO

03 ABRIL

PRA CÁ DO MARÃO

21 ABRIL

PAX TRANQUILITAS

ET ORDINIS

15 JUNHO



208 de 275

4.5. Apoio geral

No âmbito das actividades de apoio geral a prestar aos serviços da Direcção Nacional

da PSP e às demais unidades de polícia, o Departamento de Apoio Geral (DAG)

executou, na sua plenitude, todas as actividades contempladas no seu plano de

actividades sectorial de 2010, quer no que diz respeito à gestão documental e aplicação

do respectivo classificador, bem como a partilha de serviços com outras unidades ou

CTP, a implementação do novo sistema de registo e digitalização dos documentos

recebidos via CTT ou entregues em mão no Centro de Correspondência e ainda a

ultimação da gestão arquivista dos documentos recebidos e produzidos e da

subsequente conservação documental na sua fase activa e semi-activa, sendo que no

âmbito da reinstalação do pessoal, foi a Divisão de Assessoria de Recursos Humanos

instalada em novo espaço, nos termos e prazo planeados.

No que tange à Direcção Nacional, durante o ano de 2010, foram ainda executadas,

entre outras, as seguintes actividades:

Recepção de cerca de 405.000 cartas não registadas e de 6.072 registadas,

vindas dos CTT., e de cerca de 113.500 Ofícios e Comunicações de Serviço,

oriundos dos diversos Comando/Departamentos/Gabinetes, bem como 1.350

faxes provenientes dos oficiais de dia;

Registo de cerca de 43.066 documentos, vindos de diversas entidades externas e

de pessoas particulares, os quais, por sua vez, foram microfilmados e distribuídos

aos seus destinos;

Remessa de 83.536 cartas e 197 encomendas;

Criação, dentro dos prazos acordados, de 2 novos gabinetes para o DRH;

Prestação de serviços partilhados na UEP, sempre que solicitados;

Realização da manutenção, conservação e limpeza dos edifícios da Direcção

Nacional, manutenção e conservação de jardins no edifício da Penha de França e

Estabelecimentos de Ensino Policial Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna Escola Prática de Polícia

VICTORIA DISCENTIUM GLORIA DOCENTIUM

15 OUTUBRO

AD AUGUSTA PER ANGUSTA

16 JANEIRO



209 de 275

da Unidade Especial de Polícia, no que concerne ao Departamento de

Investigação Criminal e ao Gabinete de Psicologia;

Realização de 27.991 fotocópias e 298.158 cópias relativos a trabalhos de maior

qualidade e complexidade, tendo, por vezes, acabamentos de encadernação.

Dada a ocupação de todas as instalações da Direcção Nacional, observa-se, ao nível

das tarefas relativas a obras e limpeza, uma incapacidade de resposta para as

necessidades de alguns departamentos, sendo certo que, 50% dos edifícios estão em

elevado grau de degradação, especialmente o Edifício Nobre da Direcção Nacional da

PSP.

As actividades de apoio geral realizadas ao longo de 2010 permitiram, apesar dos

condicionalismos existentes, (i) o enquadramento administrativo, para efeitos

operacionais e de disciplina, do pessoal, bem como a administração e o controlo das

instalações, dos equipamentos e demais material, e a recepção, expedição e arquivo de

toda a correspondência da Direcção Nacional, (ii) a prestação de apoio administrativo a

outras unidades da PSP e assegurar (iii) o funcionamento da Biblioteca, do Arquivo

Central, do Museu e da Banda da PSP.

4.6. Assistência religiosa

O Centro de assistência religiosa, assim designado a partir do Decreto-Lei n.º 251/2009,

de 23 de Setembro, implementou e promoveu, durante o ano de 2010, diversas

actividades, de forma a garantir a assistência religiosa e dar apoio espiritual ao pessoal

da PSP e aos seus familiares, através de acompanhamento pessoal, actos de culto e

actividades de cariz social, tendo em conta que as exigências da actividade policial

podem ser geradoras de situações com dificuldades a nível pessoal, relacional e

funcional, que requerem apoio alargado, que na perspectiva dum humanismo integral

implica ter em conta a dimensão espiritual.

Tendo sempre presente os princípios da liberdade religiosa, estas actividades

procuraram:

- Proporcionar assistência moral e espiritual às pessoas da PSP que dela careceram;

- Dedicar tempo para atendimento e aconselhamento pessoal e familiar;

- Garantir cerimónias religiosas nos acontecimentos festivos, sempre que solicitado,

estando presente nas celebrações ou dando apoio à distância;



210 de 275

- Acompanhar pessoas e famílias em situações de crise, de luto ou de dor;

- Visitar, sempre que possível e oportuno, pessoal doente, ferido ou detido;

- Ajudar na preparação e celebração de sacramentos;

- Servir de elemento de ligação com as instituições eclesiásticas em assuntos

específicos;

- Apoiar actividades de convívio e actividades culturais, particularmente as das

associações de aposentados;

- Cumprir o protocolado com os Serviços Sociais, integrando a Equipa Multidisciplinar de

Acção Social.

5. Ensino policial

As actividades de ensino policial planeadas e realizadas em 2010, visaram, tendo por

base os cursos e respectivas acções de formação ministradas e os estágios e

conferências organizadas, dar resposta às necessidades, quer em termos de recursos

humanos, quer de conhecimentos específicos inerentes à actividade policial, além da

cooperação internacional, designadamente com os países da CPLP.

5.1. Formação superior - ISCPSI

O ISCPSI, enquanto instituto policial de ensino superior universitário, que tem por

missão formar oficiais de polícia e promover o seu aperfeiçoamento permanente, além

de potenciar projectos de investigação no domínio das ciências policiais, continuou, no

ano lectivo 2009/2010, e à semelhança dos anos lectivos anteriores, a formar oficiais

destinados a integrar o quadro de pessoal com funções policiais da PSP.

Assim, no quadro das suas atribuições, realizou, em 2010, as seguintes actividades

prioritárias (quadro n.º 51).

Quadro n.º 51 Actividades de formação policial superior e resultados qualitativos alcançados – 2010


e Meta

Ministrar o curso de mestrado integrado em Ciências Policiais (modelo de Bolonha) e o subsequente estágio para oficiais de polícia;





211 de 275


Durante o ano lectivo 2009/2010, o ISCPSI ministrou o mestrado e o estágio para Oficiais de Polícia superando de forma excelente a tarefa que lhe estava atribuída tendo sido a taxa de aproveitamento/sucesso de 98%.

Realizar o Estágio de Comando e Direcção para oficiais da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)




Realizou-se de 20 de Setembro a 1 de Outubro o Estágio para oficiais com funções de Direcção e Chefia do CPLP. Participaram 24 oficiais;

Efectuar, no âmbito do programa anual da Academia Europeia de Polícia (CEPOL), três cursos relativos a (i) ordem pública, gestão de multidões e tecnologias de segurança; (ii) prevenção criminal e segurança urbana (iii) e simpósio científico sobre gestão de grandes eventos públicos;



Realizaram-se 3 cursos no âmbito do programa anual da Academia Europeia de Polícia( CEPOL), a saber:

- CEPOL 78/2010 – Research Symposium – Policing Major Public Events – 13 a 16 Setembro – 27 participantes;

- CEPOL 95/2010 – Transnational Terrorism – 25 a 28 de Outubro – 16 participantes; e,

- CEPOL 97/2010 – Civil Crisis Management – 14 a 16 de Dezembro – 26 participantes.


Nada a referir.

Realizar dois seminários e conferências internacionais no âmbito da segurança interna;


2010


Seminários e conferências realizadas:

- Conferência internacional subordinada ao tema: Polícia e informações na prevenção do terrorismo – 4 de Maio;

- IV Conferência ISCPSI/Universidade do Minho: A União Europeia e o terrorismo transnacional – 02 de Junho de 2010;

- III Colóquio de Segurança Interna: Direitos Humanos e a segurança interna – 9 e 10 de Dezembro.


O objectivo inicial foi superado se for considerado a organização conjunta entre o

ISCPSI e a Universidade do Minho.

Reforçar a cooperação técnica na vertente internacional, sobretudo no domínio da formação das polícias congéneres da CPLP.



Frequentaram o Curso de mestrado integrado em Ciências Policiais 33 alunos oriundos da CPLP;

Colaboração com a delegação do Departamento de Apoio à Mulher e Crianças Vítimas de Violência, da Polícia da República de Moçambique, que visitou o nosso país entre os dias 23 a 30Janeiro.

Visita de estudo ao ISCPSI de 8 oficiais Responsáveis pela Formação e Recursos Humanos, de serviços congéneres dos PALOP, em 14 de Outubro;

Briefing aos Oficiais da Polícia Nacional de Angola, Sr. Superintendente-Chefe Aristófanes Vila Cardoso dos Santos, Director Provincial da Ordem Pública do CP de Luanda e Superintendente Caetano Quiar, Chefe Adjunto do Posto de Comando central/CGPN, em 24 Novembro;


Nada a referir



212 de 275

5.2. Formação inicial técnica - EPP

A EPP, enquanto estabelecimento de ensino policial com a missão de ministrar cursos e

estágios de formação, aperfeiçoamento e actualização de agentes e chefes, e de

especialização para todo o pessoal da PSP, desenvolveu, em 2010, as seguintes

actividades (quadro n.º 52).

Quadro n.º 52 Actividades de formação policial técnica e resultados qualitativos alcançados – 2010


e Meta

Ministrar um Curso de Formação de Chefes (CFC) a iniciar em Outubro de 2009 e a decorrer durante o ano de 2010;

Realizar a partir de Abril de 2009 até Março de 2010



Em virtude dos prazos legais do concurso de admissão ao CFC, e por Despacho de

Sua Excelência o Director Nacional, o curso teve o seu início a 02 de Novembro de 2009 e terminou em 20 de Julho de 2010. Ainda por Despacho de Sua Excelência o Director Nacional o número de vagas para o curso foi alargado de 50 para 200.

Organizar e ministrar o 8.º Curso de Formação de Agentes (CFA), que se iniciará, provavelmente, em Abril/Maio de 2010 (dependente da publicação atempada de Despacho Conjunto do Ministério da Administração Interna (MAI) / Ministério das Finanças e da Administração Pública (MFAP) que fixará o número de vagas), tendo em vista o ingresso na PSP no ano de 2010, dos formandos aprovados;

A iniciar em Abril/Maio de 2010

Grau de Realização / Execução (Superada / Realizada / Não realizada) Não Realizada


Por motivos políticos, o despacho conjunto do MAI e do MFAP a fixar as vagas apenas foi assinado em 07 de Abril de 2010. Assim e tendo em conta a duração

normal das actividades concursais, o 8.º CFA apenas teve início em 03 de Janeiro de 2011.

Certificar, através do Centro de Novas Oportunidades para a formação de adultos, criado na EPP, 40% dos adultos encaminhados para o processo de reconhecimento, validação e certificação de competências, até 31 de Dezembro de 2010.

Realizar até 31 de Dezembro de 2010




No primeiro trimestre do ano de 2010 inscreveram-se no CNOMAIPSP 13 pessoas que não concluíram o seu processo até 31 de Dezembro. Alguns foram suspensos e outros

estão agora a terminar o seu processo. Refira-se que o CNO da PSP muito embora esteja aberto à população civil tem como principal objectivo a certificação de elementos policiais tendo proposto a sua deslocação

dos vários comandos e unidades da PSP para a EPP para processo de RVCC. Tal facto ocorreu pela primeira vez em Setembro de 2010 com um grupo de 30 Agentes tendo os mesmos 30 elementos sido certificados com o nível secundário até 31 de Dezembro de

2010.

A acrescentar a estes dados, há ainda a referir a certificação de mais 16 adultos com

inscrições efectivadas antes do primeiro trimestre de 2010.

É de referir que a realização de cursos de formação de agentes e de chefes está

condicionada por opções políticas e estratégicas de gestão de recursos humanos na

administração pública e na PSP, o que explica que os cursos de formação para ingresso

nas carreiras de agente e de chefe não sejam realizados com a desejável e adequada

periodicidade. Tais decisões condicionam, igualmente, o planeamento e execução das

restantes actividades formativas de actualização e de especialização.



213 de 275

Curso/Eventos Curso/Acção Inicio Fim Formandos

Curso de Investigação Criminal 15 º Curso 22-02-2010 01-04-2010 150

Curso de Investigação Criminal 16 º Curso 12-04-2010 20-05-2010 129

Estágio/Curso de Actualização de Formadores de TIP 1ª Acção 31-05-2010 22-06-2010 11

Curso de Investigação Criminal 17º Curso 07-06-2010 15-07-2010 112

Estágio/Curso de Actualização de Formadores de TIP 2ª Acção 05-07-2010 23-07-2010 9

Campeonato de Tiro 2010 1ª Acção 13-07-2010 15-07-2010 83

Curso de Investigação Criminal 18º Curso 06-09-2010 14-10-2010 138

Formadores - TIP (CM SANTAREM) 1ª Acção 06-09-2010 17-09-2010 12

Curso de Técnicas de Peritagem e Lic. Adm. Explosivos 1ª Acção 06-09-2010 13-09-2010 25

Formação de Formadores - TIP 6º Curso 13-09-2010 22-12-2010 29

Curso de Técnicas de Relacionamento Interno 1ª Acção 13-09-2010 17-09-2010 15

CNO 1ª Acção 13-09-2010 29-10-2010 30

Curso de Comunicação Organizaconal 1ª Acção 20-09-2010 24-09-2010 15

II Fórum de Policia Técnica da PSP 1ª Acção 24-09-2010 24-09-2010 150

Curso de Técnicas de Peritagem e Lic. Adm. Explosivos 2ª Acção 24-09-2010 01-10-2010 25

Curso de Condução Defensiva 1ª Acção 04-10-2010 08-10-2010 10

Curso de Exploração das Comunicações 1ª Acção 11-10-2010 26-10-2010 13


Curso de Gestão de Projectos Policiais 1ª Acção 18-10-2010 22-10-2010 15

Curso de Formação de Formadores - PIPP 1ª Acção 18-10-2010 26-10-2010 28


Curso de Gestão de Projectos Policiais 2ª Acção 25-10-2010 29-10-2010 15

Formadores - TIP (CM SANTAREM) 2ª Acção 25-10-2010 08-11-2010 14

Curso de Contablidade Pública 1ª Acção 25-10-2010 29-10-2010 15


SCOT- Indirectas 1ª Acção 25-10-2010 26-10-2010 70



Curso de Segurança Privada 1ª Acção 02-11-2010 12-11-2010 14

Curso Técnicas de Peritagem e Lic.Admi. Armas 1ª Acção 04-11-2010 19-11-2010 27

Curso Gestão Local do Crime 1ª Acção 08-11-2010 20-11-2010 14

Acção de Formacao às EIR'S (Nato) 1ª Acção 08-11-2010 09-11-2010 104

Acção de Formacao às EIR'S (Nato) - Formadores 1ª Acção 08-11-2010 09-11-2010 5

Acção de Formacao às EIR'S (Nato) 2ª Acção 10-11-2010 11-11-2010 96

Acção de Formacao às EIR'S (Nato) - Formadores 2ª Acção 10-11-2010 11-11-2010 5

Curso Gestão Local do Crime 2ª Acção 22-11-2010 03-12-2010 14

Curso de Contablidade Pública 2ª Acção 22-11-2010 26-11-2010 15

Curso de Segurança Privada 2ª Acção 22-11-2010 03-12-2010 14


Curso de Regimes de Contratos Publicos 1ª Acção 24-11-2010 30-11-2010 27

Total 1.517

ACÇÕES DE FORMAÇÃO QUE DECORRERAM NA EPP EM 2010

Em 2010, decorreram ainda na EPP as acções de formação a seguir elencadas.

Quadro n.º 53

Outras actividades formativas desenvolvidas em 2010

Outras actividades desenvolvidas em 2010 Calendarização

e Meta

Já durante o ano de 2010 foi superiormente definido que a EPP deveria ministrar ou realizar nas suas instalações as acções de formação constantes no mapa seguinte

Realizar durante 2010



Foram realizadas todas as acções de formação previstas, envolvendo um total de1.517 formandos.

Quadro n.º 54



214 de 275

6. Análise dos recursos previstos e utilizados Durante o ano transacto, a utilização dos recursos internos, sobretudo dos humanos,

visou obter a melhor optimização da aplicação dos meios do processo produtivo.

6.1. Recursos humanos afectos às actividades

A PSP dispõe de mapas de pessoal, a maioria com funções policiais, regido por estatuto

específico.

6.1.1. Distintivos do pessoal com funções policiais

A PSP está organizada hierarquicamente em todos os níveis da sua estrutura,

obedecendo os funcionários do quadro de pessoal com funções policiais à hierarquia de

comando e o pessoal sem funções policiais às regras gerais de hierarquia da função

pública. Os funcionários com funções policiais encontram-se agrupados por carreiras

(oficiais, chefes e agentes de polícia) e por funções (por exemplo: Director Nacional e

Director Nacional Adjunto), identificados pelos seguintes distintivos (figura n.º 13).

Figura n.º 13 Distintivos do pessoal com funções policiais da PSP

FUNÇÕES DE DIRECÇÃO

Director Nacional da PSP

Director Nacional Adjunto

CARREIRA DE OFICIAIS

Superintendente-Chefe

Superintendente

Intendente

Subintendente

Comissário

Subcomissário

CARREIRA DE CHEFES CARREIRA DE AGENTES

Chefe Principal

Chefe

Agente Principal

Agente




215 de 275

Categoria 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010( a)

Superintendente-Chefe 10 6 4 10 5 3 9 6 6 5 -1 -16,7% 0,02% -61,5% 13

Superintendente 22 18 18 11 9 8 1 3 2 30 28 1400,0% 0,13% -48,3% 58

Intendente 2 0 0 0 31 28 28 43 44 33 -11 -25,0% 0,15% -66,0% 97

Subintendente 108 88 86 78 92 89 90 98 92 97 5 5,4% 0,44% -35,3% 150

Comissário 133 130 145 143 164 130 126 128 125 152 27 21,6% 0,68% -29,3% 215

Subcomissário 338 380 394 403 389 425 442 437 463 483 20 4,3% 2,17% -7,1% 520

Chefe Principal ( g) 2.123 2.027 1.990 1.916 1.853 1.779 1.736 1.776 1.722 76 -1.646 -95,6% 0,34% -88,5% 662

Chefe ( g) 388 367 530 543 523 818 811 735 743 2.654 1.911 257,2% 11,91% 0,2% 2.650

Agente Principal 13.978 13.543 12.939 12.939 12.718 12.478 12.198 12.610 12.286 13.423 1.137 9,3% 60,25% -2,1% 13.706

Agente 4.388 4.863 4.792 4.792 5.029 4.993 5.871 5.177 5.997 5.324 -673 -11,2% 23,90% -9,4% 5.874

Total 21.490 21.422 20.898 20.835 20.813 20.751 21.312 21.013 21.480 22.277 797 3,7% 100% -7,0% 23.945

(f) Mapa de pessoal com funções policiais da PSP para 2010, aprovado por Sua Excelência o Ministro da Administração Interna, em 30 de Dezembro de 2009;

(g) Com a aprovação no novo Estatuto de Pessoal da PSP (Decreto-Lei n.º 299/2009, de 14 de Outubro) - entrou em vigor em 2010 - a Categoria de Chefe passou a designar-se por

Chefe Principal e a de Subchefe por Chefe.

Fonte: Departamento de Recursos Humanos - DN/PSP.

(a) O total engloba o pessoal policial dirigente (67) e os elementos em comissão de serviço no âmbito da LVCR (719). Não estão contabilizados os 115 cadetes não policiais;

(b) Diferença absoluta entre os valores registados em 2009 e 2010;

(c) Variação percentual relativamente ao ano anterior;

(e) Desvios registados em 2010, relativamente ao previsto no mapa de pessoal com funções policiais aprovado para 2010;

(d) Peso relativo do efectivo real de cada categoria profissional face ao total global do efectivo do pessoal com funcões policiais da PSP, existente a 31 de Dezembro de 2010;

Ano Efectivo existente a 31 de Dezembro VA( b )

V%( c)

PR( d )

Desvios( e)

Mapa de

Pessoal ( f )

6.1.2. Mapas de recursos humanos

De acordo com os mapas de pessoal da PSP, aprovados por Sua Excelência o Ministro

da Administração Interna, para 2010, o efectivo da PSP, com funções policiais, distribui-

se por diversas categorias e postos, totalizando, 23.945 funcionários policiais.

Quadro n.º 55 Evolução do mapa de pessoal com funções policiais da PSP - 2001 / 2010

Os dados apurados mostram que, entre 2001 e 2006, se registou um decréscimo

progressivo do pessoal com funções policiais, tendência contrariada em 2007, 2009 e

2010, sendo que, em 2010, houve um aumento global de 3,7% (+797 elementos

policiais, face a 2009).

É de realçar que, em 2010, registaram-se, em todas as categorias profissionais, excepto

na categoria de Chefe, valores inferiores aos previstos no mapa de pessoal com funções

policiais da PSP, aprovado por Sua Excelência o Ministro da Administração Interna, em

30 de Dezembro de 2009.

Os maiores desvios percentuais, entre o efectivo real existente e o previsto no mapa de

pessoal aprovado para 2010, ocorreram na categoria/posto de (i) Chefe Principal

(-88,5%), (ii) Intendente (-66%) e (iii) Superintendente-Chefe (-61,5%), sendo que, em

termos globais, o desvio entre o pessoal previsto e o existente em 2010 foi de -7%

(-1.668 elementos policiais).



216 de 275

0,02%

0,13%

0,15% 0,44%

0,68%2,17%0,34%

11,91%

60,25%

23,90% Superintendente-Chefe

Superintendente

Intendente

Subintendente

Comissário

Subcomissário

Chefe Principal

Chefe

Agente Principal

Agente

Relativamente ao peso de cada categoria profissional face ao universo do pessoal

policial, constata-se que a categoria de Agente Principal é a mais representativa

(60,25%), seguindo-se a de Agente (23,90%) e a de Chefe (11,91%).

Gráfico n.º 44

Peso relativo de cada categoria profissional no universo do pessoal policial – 2010

O pessoal com funções policiais da PSP encontrava-se, a 31 de Dezembro de 2010,

distribuído pelas diversas unidades de polícia e estabelecimentos de ensino, bem como

a Direcção Nacional, de acordo com o quadro seguinte (quadro n.º 56), sendo certo que

em 2010, por força da aprovação dos novos mapas de pessoal da PSP, por Sua

Excelência o Ministro da Administração Interna, o efectivo dos CTP foi alvo de

reafectação.



217 de 275

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4 14 11 25 33 21 108 4 186 190 483 47 530 828

Unidade Especial de Polícia 1 3 5 9 23 41 147 147 635 233 868 1.056



Açores 1 1 3 5 22 32 1 97 98 471 303 774 904

Madeira 1 2 4 4 12 23 2 76 78 477 174 651 752


Lisboa 1 2 2 23 25 160 213 18 873 891 3.771 3.306 7.077 8.181

Porto 2 3 14 18 71 108 10 408 418 2.399 676 3.075 3.601


Aveiro 1 1 3 10 15 4 63 67 436 15 451 533

Beja 1 1 5 7 1 27 28 141 34 175 210

Braga 1 1 4 11 17 5 64 69 458 19 477 563

Bragança 1 1 2 5 9 3 30 33 147 4 151 193

Castelo Branco 1 2 2 6 11 2 30 32 191 6 197 240

Coimbra 1 1 5 10 17 5 59 64 397 8 405 486

Évora 1 1 1 5 8 30 30 169 5 174 212

Faro 1 1 6 18 26 1 114 115 605 120 725 866

Guarda 1 1 1 4 7 26 26 130 2 132 165

Leiria 1 1 3 15 20 2 71 73 452 18 470 563

Portalegre 1 1 2 6 10 5 25 30 151 2 153 193

Santarém 1 4 12 17 2 53 55 352 3 355 427

Setúbal 1 3 6 27 37 7 124 131 779 282 1.061 1.229

Viana do Castelo 1 1 1 4 7 23 23 156 5 161 191

Vila Real 1 1 2 5 9 1 24 25 179 6 185 219

Viseu 1 1 3 7 12 2 31 33 210 11 221 266

ISCPSI 1 2 2 5 7 17 17 17 86 34 120 154

Escola Prática de Polícia 1 1 3 7 17 29 1 56 57 148 11 159 245

5 30 33 97 152 483 800 76 2.654 2.730 13.423 5.324 18.747 22.277


Total por Categoria

Estabelecimentos de Ensino Policial

Pessoal com funções policiais existente a 31 de Dezembro de 2010

Direcção Nacional

Estrutura Geral


Quadro n.º 56 Distribuição do pessoal com funções policiais da PSP pelo dispositivo territorial – 2010

Ao efectivo da PSP com funções policiais, acrescem ainda os funcionários com funções

não policiais, que se encontram distribuídos de acordo com o quadro seguinte (quadro

n.º 57) o qual também reflecte o mapa de pessoal da PSP com funções não policiais,

aprovado por Sua Excelência o Ministro da Administração Interna, para 2010.



218 de 275

Categoria 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010( a)

Técnico Superior 9 26 50 62 66 68 72 73 83 78 -5 -6,02% 10,88% -37,6% 125

Assistente Técnico 354 345 362 367 363 365 343 298

Coordenador Técnico 15 18 17 16 15 14 13 11

Assistente Operacional 182 286 274 266 254 241 222 211 205 226 21 10,24% 31,52% -9,6% 250

Inspectora de Finanças 1 — — ― ―

Especialista Informatica 10

Técnico Informatica 35

Técnico-Adjunto Informatica

Técnico de diagnóstico 1 — —

Médico Cont Resolut. Termo

Certo

21 -21 -100%

Docente Cont. Resolut. Termo

Certo

31 -31 -100%

Médico Cont. Resolut. Termo

Incerto

26 -26 -100%

Cont. Resolut. Termo Certo 24 -24 -100%

Médicos 20 20 — 2,79% -55,6% 45

Docentes 39 39 — 5,44% 14,71% 34

Total 598 715 749 755 744 734 696 670 775 717 -58 -7,48% 100% -24,6% 951

37

460338 -29 -8,58% 43,10%

-2 -4,26%

VA( b )

V%( c)

PR( d )

Desvios( e)

Ano Efectivo existente a 31 de Dezembro

46

(a) O total engloba 14 elementos dirigentes civis;

(f) Mapa de pessoal com funções não policiais da PSP para 2010, aprovado por Sua Excelência o Ministro da Administração Interna, em 30 de Dezembro de 2009;


46 6,28%

-32,8%338

21,6%

—

38 40 46 44 46

Mapa de

Pessoal ( f )

(b) Diferença absoluta entre os valores registados em 2009 e 2010;

(c) Variação percentual relativamente ao ano anterior;

(d) Peso relativo do efectivo real de cada categoria profissional face ao total global do efectivo do pessoal com funcões não policiais da PSP, existente a 31 de Dezembro de 2010;

(e) Desvios registados em 2010, relativamente ao previsto no mapa de pessoal com funções não policiais aprovado para 2010;

—— —

46 47

Quadro n.º 57 Mapa de pessoal com funções não policiais da PSP - 2001 / 2010

Relativamente ao pessoal com funções não policiais, verifica-se que,

independentemente da natureza do vínculo jurídico de emprego, em 2010, encontravam-

se a exercer funções na PSP 717 funcionários o que representa, em termos absolutos,

um decréscimo de -58 funcionários face a 2009.

O número real de funcionários ficou aquém do previsto no mapa de pessoal com

funções não policiais que era de 951, representando um desvio de -24,6%.

O pessoal com funções não policiais da PSP encontrava-se, a 31 de Dezembro de 2010,

distribuído pelas diversas unidades de polícia e estabelecimentos de ensino, bem como

a Direcção Nacional, de acordo com o quadro seguinte (quadro n.º 58).



219 de 275

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Unidade Especial de Polícia 1 4 5

Comandos Territoriais de Políca


Açores 2 21 16 1 40

Madeira 5 10 15


Lisboa 3 6 55 3 5 72

Porto 6 7 22 2 1 4 42


Aveiro 1 6 8 15

Beja 1 11 3 15

Braga 4 5 9

Bragança 5 4 9

Castelo Branco 5 2 1 8

Coimbra 2 12 4 1 19

Évora 7 3 10

Faro 11 1 4 16

Guarda 8 3 11

Leiria 3 15 1 5 24

Portalegre 6 2 1 9

Santarém 2 15 1 9 27

Setúbal 1 14 1 15 1 2 34

Viana do Castelo 4 2 6

Vila Real 11 3 14

Viseu 8 4 1 13

ISCPSI 3 2 15 39 59

Escola Prática de Polícia 3 5 21 1 30

78 298 11 226 0 10 35 0 0 0 0 0 0 20 39 717


Total por Categoria

Pessoal com funções não policiais existente a 31 de Dezembro de 2010


Direcção Nacional


Estrutura Geral

Quadro n.º 58 Distribuição do pessoal com funções não policiais da PSP, pelo dispositivo - 2010

Em 2010, o pessoal a prestar serviço na PSP, com funções policiais e com funções não

policiais, distribuiu-se por toda a estrutura orgânica de modo expresso no quadro n.º 59.



220 de 275

VA (a) PR (b) VA (a) PR (b) VA (a) PR (b)

828 3,72% 215 29,99% 1.043 4,54%

Unidade Especial de Polícia 1.056 4,74% 5 0,70% 1.061 4,61%

C

oComandos Territoriais de PolíciaC

oComandos Regionais de Polícia

Açores 904 4,06% 40 5,58% 944 4,11%

Madeira 752 3,38% 15 2,09% 767 3,34%


Lisboa 8.181 36,72% 72 10,04% 8.253 35,89%

Porto 3.601 16,16% 42 5,86% 3.643 15,84%


Aveiro 533 2,39% 15 2,09% 548 2,38%

Beja 210 0,94% 15 2,09% 225 0,98%

Braga 563 2,53% 9 1,26% 572 2,49%

Bragança 193 0,87% 9 1,26% 202 0,88%

Castelo Branco 240 1,08% 8 1,12% 248 1,08%

Coimbra 486 2,18% 19 2,65% 505 2,20%

Évora 212 0,95% 10 1,39% 222 0,97%

Faro 866 3,89% 16 2,23% 882 3,84%

Guarda 165 0,74% 11 1,53% 176 0,77%

Leiria 563 2,53% 24 3,35% 587 2,55%

Portalegre 193 0,87% 9 1,26% 202 0,88%

Santarém 427 1,92% 27 3,77% 454 1,97%

Setúbal 1.229 5,52% 34 4,74% 1.263 5,49%

Viana do Castelo 191 0,86% 6 0,84% 197 0,86%

Vila Real 219 0,98% 14 1,95% 233 1,01%

Viseu 266 1,19% 13 1,81% 279 1,21%

ISCPSI 154 0,69% 59 8,23% 213 0,93%

Escola Prática de Polícia 245 1,10% 30 4,18% 275 1,20%

22.277 100% 717 100% 22.994 100%

96,88% 3,12% 100%

Estrutura Geral

Recursos humanos existentes, por unidade policial - 2010

Pessoal com funções policiais Pessoal com funções não policiais Total Global

(b) Peso relativo face aos totais globais, por comando e natureza das funções (policiais e não policiais), existente em 2010.


Total Global

PR (b)

Direcção Nacional


(a) Valores absolutos existentes em 2010, por Comando;


Quadro n.º 59 Distribuição do pessoal com funções policiais e não policiais, pelo dispositivo - 2010

Em termos globais, verifica-se que os recursos humanos previstos nos mapas de

pessoal aprovados para a PSP e passíveis de ser afectos à prossecução dos objectivos

eleitos e das actividades previstas para 2010 foram inferiores ao inicialmente planeado.

Dos 24.896 funcionários previstos (23.945 com funções policiais e 951 com funções não

policiais), apenas 22.994 (22.277 com funções policiais e 717 com funções não policiais)

foram, efectivamente, afectos às actividades programadas, ou seja, menos 1.902

funcionários.



221 de 275

Radares Alcoolímetros Sonómetros Balanças Outro

64 898 124 48 1.134

Material técnico-policial específico

Total

Fonte: Departamento de Logística - DN/PSP.

6.2. Recursos materiais

Os recursos materiais de suporte à actividade operacional da PSP, sobretudo os meios

auto, afiguraram-se vitais ao pleno cumprimento da missão legal atribuída a esta

instituição policial.

A prossecução das actividades de cariz exclusivamente policial previstas para 2010,

exigiu todo um conjunto de outros equipamentos, tais como material técnico policial,

armamento e fardamento, além de instalações próprias para o efeito, como as

esquadras.

6.2.1. Quadro específico de material técnico-policial

Para o cumprimento da sua missão legal, a PSP dispôs, em 2010, de diversos tipos de

material técnico-policial e dentre estes, assumiram particular relevo os radares, os

alcoolímetros, os sonómetros e as balanças, por serem essenciais ao reforço de

segurança e prevenção rodoviária.

O material técnico-policial específico indicado no quadro abaixo (quadro n.º 60)

encontrou-se distribuído pelas diversas unidades policiais, de acordo com as

necessidades operacionais de cada uma, dispondo as mesmas, de acordo com a sua

dimensão e grandeza do serviço prestado, doutro tipo de material técnico específico e

adequado à natureza das funções exercidas pela PSP em diversos domínios de

actuação policial, nomeadamente de (i) armamento e equipamento de ordem pública, (ii)

de fiscalização rodoviária, (iii) de investigação criminal, (iv) de inactivação de explosivos

e segurança em subsolo e (v) cinotécnico.

Quadro n.º 60 Quadro específico de material técnico – 2010

6.2.2. Quadro global de meios-auto

Os meios auto existentes na PSP, em 2010, encontravam-se distribuídos pelo

dispositivo policial, de acordo com as principais necessidades operacionais, decorrentes

da natureza e atribuições de cada serviço, como ilustra o quadro global de

equipamentos auto a seguir apresentado (quadro n.º 61).



222 de 275

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Unidade Especial de Polícia

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Comandos Territoriais de Políca


Açores 3 1 4 5 6 2 35 2 7 7 4 8 64 14 34 18 37 1 2 8 1 6 4 2 1 2 4 282

Madeira 6 1 1 4 4 2 1 19 3 2 2 3 2 6 45 21 20 34 1 3 4 3 5 3 2 1 2 6 206


Lisboa 2 3 3 10 18 1 66 21 1 212 4 21 1 5 20 2 6 39 500 42 203 36 19 6 2 2 34 4 1 2 21 23 1 8 2 1 3 2 9 40 1.396

Porto 1 1 1 2 4 11 1 4 13 10 1 86 5 1 6 27 1 1 3 16 1 230 95 81 17 1 1 18 3 1 1 17 7 2 1 2 1 6 5 30 715


Aveiro 1 2 1 7 3 14 1 1 1 7 36 3 18 14 3 5 1 7 2 1 1 20 149

Beja 1 2 3 6 1 1 2 13 2 14 3 2 3 1 1 2 8 65

Braga 1 1 3 5 4 3 18 3 1 4 32 4 14 7 2 5 1 7 2 1 118

Bragança 2 1 3 6 1 1 3 15 8 1 3 2 1 1 1 49

Castelo Branco 2 2 3 7 2 1 2 4 17 11 9 4 3 1 1 2 71

Coimbra 1 1 3 1 8 6 16 1 1 1 6 25 2 13 16 3 1 3 7 2 1 1 1 2 10 132

Évora 2 3 3 8 1 1 3 19 10 9 2 6 2 1 2 1 1 2 76

Faro 2 1 1 3 2 1 2 2 3 42 2 2 3 14 1 5 38 24 13 4 6 1 7 1 6 6 1 3 3 30 229

Guarda 1 2 1 2 6 1 2 12 7 6 3 2 1 2 48

Leiria 2 1 1 3 3 7 8 18 2 2 1 5 40 8 15 10 2 5 1 1 7 1 2 6 151

Portalegre 3 1 2 5 2 3 13 3 7 4 1 2 1 2 1 50

Santarém 1 3 1 8 5 1 15 1 1 2 3 1 31 12 16 5 4 1 4 1 1 1 4 2 4 128

Setúbal 1 2 5 1 9 5 38 1 1 1 5 90 17 34 6 8 1 1 8 1 4 6 2 1 1 3 9 261

Viana do Castelo 2 1 2 3 6 1 1 2 18 7 5 2 2 1 1 1 55

Vila Real 2 4 7 1 5 19 10 3 4 3 1 1 1 1 62

Viseu 1 3 1 6 1 11 2 1 4 19 9 4 4 2 1 3 72

ISCPSI 4 1 3 4 2 1 1 1 1 1 19

Escola Prática de Polícia 4 3 2 1 2 2 4 2 1 3 1 1 2 1 1 1 1 32

126 2 5 5 6 11 1 2 5 2 25 6 145 5 1 45 161 5 73 1 3 2 3 3 1 2 4 2 631 13 57 3 48 121 4 9 48 172 13 1 2 1.300 108 575 275 163 18 7 13 129 1 99 1 1 4 22 107 86 1 19 6 14 17 1 6 3 1 2 3 3 1 1 32 30 1 168 4.992

Fonte: Departamento de Logística - DN/PSP.

Quadro global de meios auto da PSP

Total por tipo de meio auto

Direcção Nacional


Estabelec. de Ensino Policial

Estrutura Geral

Quadro n.º 61 Quadro global de meios auto da PSP - 2010



223 de 275

6.3. Recursos financeiros

A PSP foi objecto de atribuição de recursos próprios, em 2010, e obteve também receita

própria. A gestão dos recursos foi concretizada nos termos que a seguir, de forma muito

sucinta, se descrevem.

6.3.1. Execução e controlo financeiro

A seguir, descreve-se, a estrutura da despesa e a respectiva execução anual, bem como

a caracterização da receita havida em 2010.

6.3.1.1. Despesa

O orçamento final corrigido da PSP fixou-se, no final de 2010, em 703.941.723,00 €,

sendo que, o plafond inicial atribuído, para despesas de funcionamento, estava estimado

em 708.194.079,00 €.

Deste montante, convém referir que cerca de 93,5% destinou-se a suportar despesas

com pessoal, nomeadamente Remunerações Certas e Permanentes, Abonos Variáveis

e Segurança Social, que inclui as despesas com a saúde. Significa isso que, para as

despesas de funcionamento corrente e de capital, apenas sobrou cerca de 6,5% das

verbas atribuídas.

Em termos globais, a execução financeira, relativa a despesas de funcionamento, foi de

701.618.264,00 € (pagamentos líquidos) e repartiu-se em quatro agrupamentos

económicos, sendo, o mais significativo, o agrupamento despesas com o pessoal.

O quadro n.º 62 e o gráfico n.º xx descrevem a taxa e o peso relativo de execução

financeira, por agrupamentos de despesas e a sua estrutura orçamental.



224 de 275

Despesas com pessoal 657.951.242,00 € 656.527.737,00 € 99,78%

Remunerações Certas e Permanentes 490.052.326,00 € 489.085.481,00 €

Abonos Variáveis e Eventuais 39.825.631,00 € 39.618.180,00 €

Segurança Social + Saúde 128.073.285,00 € 127.824.076,00 €

Aquisições de Bens e Serviços 44.277.984,00 € 43.453.520,00 € 98,17%

Aquisição de bens 13.125.871,00 € 12.700.686,00 €

Aquisição de serviços 31.152.113,00 € 30.752.834,00 €

Outras Despesas Correntes 578.474,00 € 543.926,00 € 94,00%

03+04+06Juros + Transferências + Outras Desp.

Correntes578.474,00 € 543.926,00 €

Despesas de Capital 1.134.023,00 € 1.093.081,00 € 96,39%

703.941.723,00 € 701.618.264,00 € 99,67%TOTAl

Fonte: Departamento de Gestão Financeira - DN/PSP.

2

7 Despesas de Capital 1.134.023,00 € 1.093.081,00 €

Agrupamentos DespesasOrçamento

Corrigido

Pagamentos

líquidos

Taxa de

Execução

1

69,71%

5,65%

18,22%

1,81%4,38%

0,08%

0,16%Remunerações Certas e Permanentes

Abonos Variáveis e Eventuais

Segurança Social + Saúde

Aquisição de bens

Aquisição de serviços

Juros + Transferências + Outras Desp. Correntes

Despesas de Capital

Quadro n.º 62 Execução financeira anual – 2010

Gráfico n.º 45 Peso relativo de cada rubrica orçamental, face à despesa de funcionamento - 2010

Fonte: Departamento de Gestão Financeira – DN/PSP.

Ao nível do investimento inscrito no PIDDAC, a PSP, apenas apresentou execução

financeira nos projectos “7091-Sistemas de Informação e Comunicação da PSP” e

“7487- Sistema Integrado de Receitas“.



225 de 275

Valor arrecadadoPeso da Receita(por agrupamento)

Receita da PSP 63.193.659,00 € 87,18%

Receita da PSP Consignada ao SAD 9.064.717,00 € 12.50%

Fundos da UE (FSE) 230.563,00 € 0,32%

Total 72.489.939,00 € 100%

Tipo de receita

Fonte: Departamento de Gestão Financeira - DN/PSP.

87,18%

12,50%0,32%

Receita da PSP Receita da PSP Consignada ao SAD Fundos da UE (FSE)

6.3.1.2. Receita

No que respeita à execução da componente receita, durante o ano de 2010, arrecadou-

se uma receita global no montante de 72.489.939,00 €, da qual 63.193.659,00 € foram

aplicados no pagamento de despesas correntes de funcionamento e serviços de

segurança remunerados, e 9.064.717,00 € foram consignados a despesas com o SAD.

Os restantes 230.563,00 €, provenientes de Fundos Comunitários, destinaram-se a

financiar projectos no âmbito da formação e das novas tecnologias, conforme se verifica

pelo quadro n.º 63 e gráfico n.º 46.

Quadro n.º 63 Execução da receita - 2010

Gráfico n.º 46 Peso relativo do tipo de receita executada, face ao valor arrecadado – 2010

Fonte: Departamento de Gestão Financeira – DN/PSP.



226 de 275

7. Formação profissional

Identificadas, para 2010, as necessidades de formação e aperfeiçoamento profissional,

planeou-se um conjunto de planos direccionados para áreas específicas, tendo em vista

incrementar a qualificação profissional do potencial humano e, consequentemente, a

eficiência e eficácia dos serviços de polícia.

Durante o ano de 2010, foi executado um conjunto de acções de formação integradas

nos planos e projectos de formação a seguir descritos:

Plano de Formação 2010;

Implementação do Plano de Formação e Certificação de Tiro reestruturado;

Projectos Co-financiados;

Projecto de Cooperação com os PALOP;

Projecto E-learning - conceptualização de novos cursos;

Projecto de reestruturação e consolidação dos procedimentos de Gestão da

Formação na PSP (regulamentação de cursos, averbamentos);

Colaboração com Entidades Externas (PM, DGSP);

Actividade desportiva (Campeonato de Tiro e participação nos campeonatos

organizados pela Comissão de Educação Física e Desporto Militar);

7.1. Plano de formação da PSP para 2010

O plano de formação da PSP, concebido para 2010, visou prosseguir objectivos

orientados, fundamentalmente, para a consolidação do bom desempenho no âmbito da

actividade operacional policial.

Neste sentido, foram consideradas, em termos estritos de formação técnico-policial, seis

vertentes:

Investigação criminal;

Trânsito;

Técnicas de intervenção policial.




227 de 275

Previsto Realizado VA (*) V% (**)

Investigação Criminal 290 290 0 0,0%

Investigação Criminal Modular 400 333 -67 -16,8%

Curso de Trânsito 75 0 -75 -100,0%

Investigação de Acidentes de Trânsito 20 28 8 40,0%

Formação de Formadores de TIP 25 21 -4 -16,0%

Estágio de Actualização de Formadores de TIP c o m M ó d u lo d e In te rv e n ç ã o R á p id a 60 35 -25 -41,7%

TIP em Ambiente Desportivo: SPOTTING 16 30 14 87,5%

Formação Comum para Missões Internacionais 30 0 -30 -100,0%

Preparação Específica para Missões Internacionais 60 33 -27 -45,0%

Formação Formadores PIPP 25 25 0 0,0%

Especialização GOE 25 0 -25 -100,0%

Especialização CI 110 83 -27 -24,5%

Especialização CIEXSS 20 0 -20 -100,0%

Actualização CIEXSS 80 0 -80 -100,0%

Formação Pedagógica de Formadores 70 91 21 30,0%

Formação Schengen 150 0 -150 -100,0%

Pentatlo Policial Nacional 135 0 -135 -100,0%

Campeonato Nacional de Tiro 86 91 5 5,8%

Campeonatos Mundiais CISM 6

Subtotal 1.683 1.060 -623 -37,0%

Cursos não previstos no PF 2010 0 372 372 0,0%

Total 1.683 1.432 -251 -14,9%


CursosTotal de Formandos

Executado

(*) Variação absoluta entre o previsto e o realizado.

(**) Variação percentual do realizado relativamente ao previsto.

Curso de Especialização da UEP (GOE, CI, CIEXSS)

Plano de Formação de Tiro (PFT)

Quadro n.º 64 Formação técnico-policial – acções previstas e realizadas - 2010

Em relação ao número de formandos previstos no Plano de Formação para 2010,

apenas foi possível formar 1.432 dos 1.683 formandos previstos (quadro n.º 65), o que

corresponde a uma variação percentual de execução de -14,9%.

As acções de formação ministradas na PSP são desenvolvidas a nível nacional (quadro

n.º 65), através dos núcleos de formação das unidades policiais, as quais em estreita

colaboração e seguindo as linhas orientadoras estabelecidas pelo DF da Direcção

Nacional, desencadeiam um conjunto de acções de formação técnico-policial.

A política de formação prosseguida pela PSP tem-se orientado, por um lado, pela

formação de formadores a nível central, os quais desdobram a formação posteriormente

a nível local, e, por outro lado, tem-se apostado na constituição de uma bolsa de



228 de 275

Estrutura da PSPVolume de

FormandosVolume de Horas

Direcção Nacional 124 4.539


Açores 522 17.798

Madeira 566 15.730


Lisboa 3.055 82.330

Porto 2.353 41.831


Aveiro 154 4.328

Beja 177 4.009

Braga 610 8.928

Bragança 134 3.681

Castelo Branco 124 3.334

Coimbra 377 7.771

Évora 260 4.898

Faro 420 12.568

Guarda 282 3.504

Leiria 987 11.932

Portalegre 112 3.000

Santarém 305 6.776

Setúbal 1.433 18.142

Viana do Castelo 232 4.347

Vila Real 294 4.745

Viseu 646 9.564

UEP 455 16.148


EPP 430 20.516

ISCPSI 98 4.553

Total 14.150 314.972


formadores qualificados, os quais se encontram à disposição para executarem

actividades formativas.

Quadro n.º 65

Formação desenvolvida pela Direcção Nacional e unidades de polícia - 2010

Coligindo a formação ministrada, tanto a nível central, como a nível local, conclui-se que,

durante o ano de 2010, a PSP ministrou formação a 14.150 funcionários, o que

representa cerca de 63,5% do efectivo policial.



229 de 275

Ao analisar a distribuição do volume de formação ministrado (314.972 horas de

formação) pelo número de formandos que acederam à formação, verifica-se que, em

média, cada funcionário beneficiou de cerca de 22 horas de formação, valor que é

aumentado, quando se adiciona a formação em tiro policial.

Neste âmbito - formação em tiro policial - e considerando uma média de 6 horas de

formação por elemento, registou-se, em 2010, um volume total de 115.350 horas de

formação, decorrentes da participação de 18.508 Sessão de Formação e Avaliação

(SAF) e de 717 na Sessão de Avaliação e Aperfeiçoamento (SAA).

7.1.1. Plano de formação de tiro - Análise ao 1.º ano do ciclo bienal

Um dos projectos mais relevantes prosseguidos em 2010, prende-se com a avaliação do

PFT, agora reestruturado e que iniciou o seu ciclo bienal em 2010, com a sujeição de

todo o efectivo policial à Sessão de Formação e Avaliação.

Do diagnóstico efectuado, salienta-se o seguinte:

Apesar da carga horária do actual PFT ser menor que a do anterior, persistem

ainda alguns obstáculos relacionados, particularmente, com aspectos de ordem

logística;

Um dos principais obstáculos diagnosticados prende-se com o facto de não

existirem carreiras de tiro (CT) suficientes que permitam a todos os comandos por

em prática o PFT previsto, pelo que se mantém a dependência das estruturas

pertencentes a entidades externas;

De forma a suprir estas dificuldades, foram construídas as designadas CT do MAI.

No entanto, algumas das prioridades sugeridas por esta Polícia não foram

satisfeitas - a título de exemplo, refere-se o CM Porto, que, tendo sido identificado

como primeira prioridade, continua sem CT. Considerando-se que este é o segundo

maior comando do país, existem efectivas dificuldades em cumprir o PFT;

Também no CM Lisboa, existem algumas dificuldades em realizar a totalidade do

PFT, uma vez que as CT‟s da UEP não permitem uma afectação suficiente para

que o CM Lisboa possa cumprir na íntegra o PFT, sendo que o ideal passaria pela

construção de uma CT para cada divisão;



230 de 275

Direcção Nacional 649 510 78,6% 86 56 12 18


Açores 884 841 95,1% 41 26 10 5

Madeira 749 694 92,7% 34 31 2 1


Lisboa 8.398 7.280 86,7% 202 187 15 0

Porto 3.600 2.089 58,0% 65 32 5 28


Aveiro 550 427 77,7% 77 31 7 39

Beja 209 174 83,2% 11 11 0 0

Braga 556 506 91,0% 9 9 0 0

Bragança 189 158 83,6% 8 0 0 8

Castelo Branco 248 216 87,1% 18 15 2 1

Coimbra 485 464 95,7% 35 26 9 0

Évora 206 176 85,4% 17 9 7 1

Faro 871 806 92,5% 65 57 5 3

Guarda 158 151 95,6% 8 6 1 1

Leiria 562 531 94,5% 20 17 2 1

Portalegre 189 177 93,6% 13 13 0 0

Santarém 444 389 87,6% 24 21 0 3

Setúbal 1.241 1.145 92,3% 45 40 5 0

Viana do Castelo 186 176 94,6% 0 0 0 0

Vila Real 220 196 89,1% 20 15 3 2

Viseu 262 248 94,7% 15 13 1 1

UEP 1.049 867 82,7% 6 4 2 0


EPP 232 188 81,0% 10 10 0 0

ISCPSI 116 100 86,0% 0 0 0 0

Total 22.253 18.509 83,2% 829 629 88 112

N.º de

elementos sem

aproveitamento

na SAA

N.º de elementos

sem aproveitamento

na SFA não

submetidos à SAA


Estrutura da PSP Efectivo

N.º de

elementos

submetidos à

SFA

% de

elementos

submetidos à

SFA

N.º de

elementos sem

aproveitamento

na SFA

N.º de

elementos com

aproveitamento

na SAA

As carreiras de tiro móveis (CTM‟s) que permitem apoiar o tiro realizado nos vários

comandos, também ainda não permitem suprir todas as necessidades, até porque a

sua utilização se limita a dois atiradores em simultâneo;

Em termos de execução do 1.º ano do ciclo bienal do PFT, constata-se que 18.509

elementos realizaram a SFA, o que equivale a uma percentagem de cerca de 83% da

totalidade do efectivo policial.

Dos 18.509 elementos que efectuaram a SFA, apenas 829 não obtiveram

aproveitamento, o que corresponde a uma percentagem de 4,47%. Dos elementos

sujeitos à SAA, apenas 88 elementos não obtiveram aproveitamento.

Face ao exposto, apresenta-se seguidamente um quadro resumo do PFT.

Quadro n.º 66 Formação em tiro policial, por unidade - 2010



231 de 275

Aprovadas Concluídas Início Fim

Comando e Liderança 3 3 11-10-2010 26-11-2010 45 1.350 100%

Técnicas de Relacionamento Interno 1 1 13-09-2010 17-09-2010 15 450 100%

Comunicação Organizacional 1 1 20-09-2010 24-09-2010 15 450 100%

Gestão de Projectos Policiais 2 2 18-10-2010 29-10-2010 30 900 100%

Contabilidade Pública 2 1 22-11-2010 26-11-2010 15 450 50%

Segurança Privada 2 2 02-11-2010 25-11-2010 28 1.680 100%

Segurança Rodoviária: técnicas de

condução defensiva5 5 04-10-2010 05-11-2010 50 1.500 100%

Investigação Criminal 4 4 12-04-2010 20-05-2010 100 18.000 100%

Gestão do Local do Crime 4 4 06-10-2010 02-11-2010 56 3.360 100%

Investigação de Acidentes de Viação 1 1 07-10-2010 03-12-2010 25 5.900 100%

Regime Dos Contractos Públicos 2 2 02-11-2010 30-11-2010 50 1.500 100%

Informações Policias: prevenção da

criminalidade1 0 _ _ 0 2.700 0%

Licenciamento , Peritagem e

Fiscalização de Armas1 1 04-11-2010 19-11-2010 25 1.750 100%

Licenciamento, Peritagem e

Fiscalização de Explosivos2 2 06-09-2010 01-10-2010 50 1.750 100%

CIFRA 5 5 19-04-2010 17-09-2010 50 1.500 100%

Exploração das Comunicações 3 3 11-10-2010 29-11-2010 45 1.350 100%

Total 39 37 599 44.590 94,9%

N.º de acções Taxa de

execução

Data N.º de

formandos


N.º de horasDesignação

7.2. Formação co-financiada

Por a formação do potencial humano ser central no aperfeiçoamento do desempenho

profissional e no sentido de tirar o melhor proveito de oportunidades existentes, a PSP

candidatou-se a fundos comunitários, conforme se demonstrará.

Assim, durante o ano de 2010, e apesar de se manterem alguns dos constrangimentos

há muito identificados pelo Departamento de Formação, desenvolveram-se três planos

de formação co-financiados, abrangendo um total de 2.113 formandos e um volume

global de 104.332 horas de formação.

7.2.1. Plano de Formação co-financiado pelo POPH

Com a aprovação do novo quadro comunitário de apoio (QCA IV), a PSP continuou a ter

a oportunidade de desenvolver acções de formação com o apoio dos fundos estruturais,

nomeadamente, através do POPH, o qual prevê que, através de um dos seus eixos de

intervenção, sejam financiadas acções de formação especificamente para a

Administração Pública.

Assim, durante o ano de 2010, e dando continuidade ao plano de formação POPH,

iniciado em 2009, ministraram-se acções de formação em vários domínios, tendo-se

concluído 163 acções, como demonstram os quadros seguintes (quadros n.ºs 67 e 68).

Quadro n.º 67 Formação ministrada no âmbito do POPH – 2010



232 de 275


Código da Estrada e Legislação 18 18 05-07-2010 26-11-2010 252 7.560 100%

Policiamento de Proximidade 18 18 07-06-2010 03-12-2010 252 6.048 100%

Gestão de Ocorrências 18 18 21-06-2010 26-11-2010 180 12.420 100%

Técnicas de Intervenção Policial 18 18 17-05-2010 03-12-2010 180 12.600 100%

Direito Policial 18 18 06-09-2010 29-11-2010 252 7.560 100%

Utilizadores SIRESP 18 18 24-06-2010 26-11-2010 144 1.152 100%

Gestão e Manutenção de Material das

Comunicações18 18 13-09-2010 29-11-2010 144 1.152 100%

Total 126 126 1.404 48.492 100%


execução

Data


N.º de

formandosN.º de horasDesignação

Quadro n.º 68 Formação ministrada nos Comandos no âmbito do POPH - 2010

É de salientar que, em termos de número de formandos, este plano / projecto de

formação teve uma taxa de execução de 64.7%, ou seja, dos 3.096 elementos previstos,

2.003 frequentaram os cursos do POPH, tendo sido aprovados 23 dos 29 cursos

previstos.

Importa salientar que, a PSP conseguiu financiar cursos estruturantes e de longa

duração, nomeadamente, os de Investigação Criminal e de Acidentes de Viação.

7.2.2. Plano de Formação co-financiado pelo Programa RUMOS

Considerando que as unidades de polícia sediadas nas regiões autónomas não

poderiam beneficiar do plano de formação co-financiado pelo POPH, na medida em que

apenas se aplica às regiões de Portugal Continental, recorreu-se, no que respeita ao

CRP da Madeira, ao programa RUMOS, sendo que, quanto ao CRP dos Açores, a

impossibilidade permanece.

Deste modo, e apesar da duplicação da carga administrativa (POPH e RUMOS),

efectuou-se um plano de formação anual financiado pelo RUMOS, o qual tem aplicação

exclusiva no CR da Madeira. Este plano anual, projectado em 2009, teve início em

Setembro de 2010 e foi concluído em Novembro de 2010.

Do plano traçado, em 2009, concluíram-se, em 2010, com uma taxa de execução de

100%, face às acções aprovadas, os cursos descritos no quadro resumo a seguir

apresentado.



233 de 275


Informática para utilizadores 2 2 18-10-2010 12-11-2010 40 1.200 100%

PIPP 2 2 20-09-2010 23-09-2010 30 720 100%

Código da Estrada e Legislação 3 3 11-10-2010 22-11-2010 54 1.620 100%

Gestão de Ocorrências 2 2 15-11-2010 26-11-2010 28 1.932 100%

Fiscalização Técnica de Armas e

Explosivos1 1 11-10-2010 15-10-2010 10 350 100%

Suporte Básico de Vida 4 4 28-09-2010 09-11-2010 32 192 100%

Técnicas de Intervenção Policial 3 3 11-10-2010 26-11-2010 45 3.150 100%

Total 17 17 239 9.164 100%

N.º de

formandos


ExecuçãoDesignação

DataN.º de horas


Quadro n.º 69 Formação ministrada no âmbito do RUMOS - 2010

A taxa de execução destes cursos, em termos de número de formandos, foi de 37,28%,

devido ao facto de não ter sido autorizada a transição para 2011 de 29 acções previstas

para 2010, sendo essas anuladas.

7.2.3. Projecto co-financiado Centro Novas Oportunidades

Com o CNO da PSP, criado na EPP, pretendeu-se, por um lado, servir a região de

Torres Novas e, por outro, atribuir a certificação do 12.º ano aos alunos do curso de

formação de Agentes que entretanto ingressaram em 2009. Ao longo de 2010, a

actividade do CNO da PSP alargou-se a nível nacional com o projecto “RVCC + Gestão

de Ocorrências”, através do qual elementos da PSP de todo o País puderam ser

certificados ao nível do 12.º ano e adquirir competências em gestão de ocorrências.

Com vista a financiar o funcionamento do CNO, apresentou-se um projecto de co-

financiamento ao POPH, o qual foi aprovado. Deste modo, este tornou-se um projecto

com uma dupla vertente: a pedagógica de certificação dos elementos, bem como a

financeira, inserida no POPH.

Sendo um projecto contínuo, o CNO manter-se-á, enquanto existirem inscrições para o

mesmo, sendo que, em 2010, estiveram inscritos 110 elementos (quadro n.º 70).



234 de 275

Projectos N.º de elementos N.º de horas Volume

Projecto RVCC e Gestão de Ocorrências 30 215 6.450

Exclusivamente RVCC 80 60 4.800

Total 110 275 11.250


Oficiais Chefes Agentes Total

Angola 12 9 2 4 15

Cabo-Verde 3 1 2 4 7

Guine 5 6 2 3 11

Moçambique 1 1 0 0 1

Total 21 17 6 11 34

PaísesN.º de

acções

N.º de formadores envolvidos


Quadro n.º 70 Elementos inscritos no CNO - 2010

7.3. Projecto de Cooperação com os PALOP

A PSP tem vindo a cooperar activamente com os PALOP, especialmente a partir de

1980, sendo esta cooperação mais visível ao nível da formação de Oficiais de Polícia da

República de Cabo Verde, no ISCPSI.

Desde então, e para além da formação de Oficiais de Polícia oriundos dos PALOP

ministrada em estabelecimentos de ensino da PSP, tem-se incrementado a cooperação

técnico-policial, principalmente no que concerne à formação contínua, de especialização

e progressão de quadros policiais dos PALOP e, paralelamente, ao nível da assessoria

técnica em diversos domínios.

Durante 2010, verificou-se, assim, um considerável volume de acções e actividades de

cooperação com os PALOP, como espelha o quadro seguinte.

Quadro n.º 71 Cooperação com os PALOP - 2010

7.4. Projecto E-learning

A plataforma de e-Learning da PSP surge não apenas como uma aposta na

modernização da Instituição, mas também como símbolo da confiança depositada nos



235 de 275

Acção de FormaçãoN.º

Horas/Acção

N.º de

Formandos

Volume

FormaçãoFormação Regime

SIISPA (Sistema Integrado sobre

Perdidos e Achados)65 772 50.180 Externa e-learning

SQE (Sistema de Queixa

Electrónica)10 335 3.350 Externa e-learning

Concepção de Recursos Didácticos 40 25 1.000 Interna e-learning

Sistemas e Redes

Telecomunicações a)45 25 1.112 Externa e-learning

Total 160 1.157 55.642


a)

Este curso foi realizado na plataforma e-learning da Portugal Telecom (PT)

seus elementos e na capacidade destes se adaptarem às novas tecnologias, ao mesmo

tempo que as colocam ao serviço das suas necessidades formativas.

A plataforma de e-learning constitui, actualmente, um espaço de partilha de recursos

(recursos didácticos, evitando custos de impressão) e de acompanhamento follow-up

(por exemplo, com recurso aos debates) de formandos e formadores, nalguns dos

cursos realizados presencialmente, registando-se, neste âmbito, um total de 880

utilizadores.

Apesar do processo de implementação da plataforma ter vindo a ser lento, esta surge

como meio alternativo à formação presencial, constituindo-se como um elemento de

comunicação e informação cada vez mais abrangente, registando-se um crescente

aumento do seu uso por parte do universo policial (3.018 utilizadores regulares).

Durante o ano de 2010, desencadearam-se as seguintes acções em formato e-learning:

Quadro n.º 72 Acções de formação no formato e-learning – 2010

7.5. Reestruturação dos procedimentos de gestão da formação

Ao longo dos últimos anos, a área de Recursos Humanos da PSP tem vindo a ser alvo

de um processo de profundas alterações no seu funcionamento.

Neste domínio, e em concreto na área da formação, constatou-se ser necessário alterar

e regulamentar alguns processos ligados á gestão da formação, de forma a garantir a

uniformização de procedimentos e um maior controlo efectivo da informação.



236 de 275

No domínio dos mecanismos de gestão da formação, durante 2010, desenvolveram-se

as seguintes actividades:

Instrumentos de controlo e de avaliação que garantem a qualificação da PSP

enquanto entidade formadora e a inerente qualidade formativa concebida e

executada;

Organização modular da formação, visando a possibilidade da frequência de

módulos específicos adequados às funções desempenhadas pelos elementos que

os frequentem;

Ministrar formação pedagógica de formadores, visando melhorar as capacidades

formativas dos elementos da PSP que exercem essas funções;

Incrementar e consolidar a formação policial específica contínua e de

especialização, visando garantir os necessários níveis de operacionalidade,

nomeadamente o plano de formação de tiro (e o respectivo processo de avaliação e

certificação), as técnicas de intervenção policial e a formação em técnica do serviço

policial;

Dinamizar a prática do tiro desportivo e policial na sua vertente competitiva interna

e no âmbito de competições externas em que a PSP se faça representar.

Consequentemente, constatou-se uma maior qualidade nos processos pedagógicos e

administrativos relacionados com o seguinte:

Gestão da certificação, publicação e averbamentos de ocorrências relacionadas

com a formação;

Gestão das solicitações de estágios e do fornecimento de dados para fins

académicos;

Elaboração de formulários e modelos de documentos uniformes para todo o

dispositivo;

Incremento da intranet (Portal da Formação da PSP), como ferramenta de

comunicação com as várias unidades policiais;

Gestão da formação no âmbito da Cooperação Técnico Policial;

Gestão de múltiplos projectos co-financiados, bem como apoio ao GEP e outros

departamentos neste âmbito.



237 de 275

Tipo de ocorrências N.º de pedidos

Autoformação 619

RVCC 162

Manuais 89

Comunicações 25

Total 895


Designação N.º de acções Tipo de

formação

N.º de

formandos

N.º de horas /

acção

Volume

de

horas

18.º Curso de Formação Polícias Municipais (EPP) 1 Inicial 51 131 6.681

18.º Curso de Formação Polícias Municipais (CR Açores) 1 Inicial 28 131 3.668

Polícia da Câmara Municipal de Vila do Conde 2 Contínua 24 4 96

Polícia da Câmara Municipal de Matosinhos 2 Contínua 24 4 96

Polícia da Câmara Municipal de Paredes 2 Contínua 17 4 68

Polícia da Câmara Municipal de Sintra 2 Contínua 24 4 96

Polícia da Câmara Municipal de Santo Tirso 1 Contínua 12 4 48

Polícia da Câmara Municipal de Oeiras 3 Contínua 37 4 148

Polícia da Câmara Municipal de Oeiras 3 Contínua 29 3 87

Polícia da Câmara Municipal de Oeiras 1 Contínua 16 3.5 56

Polícia da Câmara Municipal de Oeiras 1 Contínua 12 2.5 30

Total 19 274 11.074


Ao nível dos pedidos de averbamento de ocorrências de formação, o Departamento de

Formação, registou, em 2010, um total de 895 pedidos, conforme se infere do quadro

seguinte.

Quadro n.º 73 Pedidos de averbamento - 2010

7.6. Colaboração com entidades externas

No âmbito da colaboração com entidades externas e à semelhança de anos anteriores,

quer em termos de formação ministrada, quer em termos de formação recebida,

continuaram-se a desenvolver acções formativas, destacando-se, neste domínio, as

ministradas pela PSP às diversas Policias Municipais (quadro n.º 74).

Quadro n.º 74 Formação ministrada às Polícias Municipais - 2010

Para além da colaboração com entidades externas e de toda a actividade formativa

ministrada ao seu efectivo, a PSP desenvolveu ainda, sob a alçada do Departamento de

Armas e Explosivos e no âmbito das competências que lhe estão atribuídas, em matéria



238 de 275

Oficiais Chefes Agentes Civis

Curso de Técnicas Jornalísticas 30 CENJOR 12 0 0 0 12 360

Curso Violência é Qualificar, Prevenir e Intervir 40 APAV 9 6 2 0 17 680

Curso Sistema de Segurança Electrónica da Informação

(SEIF)12 GNS 0 2 6 0 8 96

Curso Geral de Segurança de Matérias Classificadas 15 GNS 17 12 25 0 54 810

Curso de Aperfeiçoamento em Potencialização de

recursos Humanos – Vector Liderança 382 Escola de Fuzileiros 5 1 0 0 6 492

Curso de Operadores de Prevenção de Alcoolismo e

Toxicodependência (COPTAD – Oficias)60 ESSM 5 0 0 5 300

Curso Suporte Básico de Vida 12 SRPCB dos Açores 0 4 4 0 8 96

Conhecimento do Euro 3 Banco Portugal – Açores 2 3 17 4 26 78

Actividades desenvolvidas pela ETA no Interior e Exterior

do Território Espanhol6 Escola da GNR 48 0 0 0 48 288

Planos de Inspecção e Manutenção de Edifícios 12 IST 0 0 0 1 1 12

Liderança 60 Escola de Fuzileiros 9 1 0 1 11 660

Curso de Formação Tacógrafos Digitais 35 IMTT 4 1 0 0 5 175

Planeamento Avaliação e Desenvolvimento

Organizacional144 Secretária-geral MAI 1 0 0 1 2 288

Operadores de Radar MICOTEC - Santarém 0 0 4 0 4 0

Curso de Preparação da Aplicação dos Novos

Regulamentos Comunitários de Segurança Social I6 ISS 0 0 1 2 3 18

Formação ―Eu e os Outros‖ 14 EB2/3 de Matosinhos 2 4 2 0 8 112

Estágio de Protecção de Altas Entidades 80Escola Nacional de Polícia

de Saint-Malo - França1 1 0 0 2 160

Seminário ―O Sistema de Coordenação Operacional‖ 6 Escola da Polícia Judiciária 24 0 0 0 24 144

Total 617 139 35 61 9 244 4.769

Volume

N.º de formandosLocal de realização da

acção


Acção de FormaçãoVolume

de

horas

Total

de controlo e fiscalização de armas, os cursos de formação técnica e cívica a 6.818

candidatos a licença de uso e porte de arma de fogo, num volume total de 68.804 horas

de formação.

No âmbito de formação externa recebida, destacam-se os cursos constantes no quadro

seguinte (quadro n.º 75).

Quadro n.º 75

Formação externa ministrada a elementos da PSP - 2010

7.7. Actividade desportiva

A nível interno e com o objectivo de se proporcionar uma competição entre as Unidades

de Polícia e confrontar os elementos policiais com situações dinâmicas relacionadas

com a actividade policial, realizou-se, entre os dias 13 e 15 de Julho de 2010, na EPP, o

Campeonato Nacional de Tiro da PSP.

As provas que decorrem da matriz do PFT, incluíram as modalidades de tiro de precisão,

para áreas corporais seleccionados e de reacção policial.



239 de 275

Pontos Penalização PontuaçãoTempo

(segundos)Classificação %

CM Lisboa 979 70 909 379 1º. 100

CR Açores 957 80 877 465 2º. 78.6361

CD Setúbal 983 40 943 513 3º. 76.6425

CD Guarda 957 70 887 510 4º. 72.5152

CD Braga 876 115 761 450 5º. 70.5095

CD Aveiro 954 130 824 497 6º. 69.1268

UEP 900 150 750 468 7º. 66.8176

CD Bragança 873 100 773 487 8º. 66.1799

CD Viseu 935 100 835 532 9º. 65.4410

CD Faro 834 140 694 457 10º. 63.3167

CR Madeira 982 110 872 584 11º. 62.2557

Direcção Nacional 833 120 713 488 12ª. 60.9179

CD Portalegre 844 130 714 504 13º. 59.0667

CD Viana Castelo 902 140 762 584 14º. 54.4023

CD Vila Real 834 260 574 460 15º. 52.0271

CD Évora 789 160 629 513 16º. 51.1221

EPP 720 170 550 513 17º. 44.7014

CD Beja 787 170 617 578 18º. 44.5074

CD Leiria 784 230 554 545 19º. 42.3827

CD Santarém 792 240 552 544 20º. 42.3073

CM Porto 767 235 532 533 21.º 41.6159

ISCPSI 707 190 517 590 22.º 36.5354

CD Coimbra 548 250 298 538 23.º 23.0945



ResultadoPontuação

O campeonato contou com a participação de 23 equipas e a presença de 102 elementos

policiais, dos quais 92 participaram na qualidade de atiradores, registando-se os

resultados expressos no quadro seguinte (quadro n.º 76).

Quadro n.º 76 Actividade desportiva associada a dinâmicas inerentes à actividade policial - 2010

No âmbito da cooperação institucional, a PSP, em 2010, participou nalgumas provas

organizadas pela Comissão de Educação Física e Desporto Militar, obtendo, em

algumas delas, resultados honrosos, dos quais se salientam: o 1.º lugar no campeonato

de Voleibol de Praia, o 3.º lugar no campeonato de Orientação e o 4.º lugar no Duatlo.

É de referir que a participação da PSP neste tipo de actividade tem estado

extremamente condicionada pela falta de verbas, nomeadamente, para fazer face ao

pagamento das ajudas de custo aos participantes nos campeonatos.



240 de 275

7.8. Outros projectos

No âmbito de uma parceria entre a Direcção-Geral da Administração Interna, a

Comissão para a Cidadania e Igualdade do Género, a Guarda Nacional Republicana e a

Polícia de Segurança Pública, foi ministrada - durante o último trimestre de 2010 –

formação, em Violência Doméstica, a 69 formandos dos Comandos Regionais dos

Açores e da Madeira e dos Comandos Distritais de Beja, Évora, Faro, Setúbal e

Portalegre, num total de 1.104 horas de formação.

Sob proposta da Secretaria-geral do Ministério da Administração Interna, a PSP

disponibilizou-se, no âmbito do Programa de Estágios Profissionais na Administração

Central (PEPAC), para acolher recém-licenciados de diferentes áreas académicas. Das

17 candidaturas apresentadas para um total de 14 vagas disponibilizadas,

seleccionaram-se 12. Destas, 2 solicitaram a cessação de funções, mantendo-se 10 a

frequentar o estágio que decorrerá até ao final do 1.º semestre de 2011.

8. Apreciação dos serviços prestados

A apreciação, por parte dos utilizadores, internos ou externos, da qualidade e

quantidade dos serviços prestados pela PSP, constitui, entre outros critérios, uma forma

de percepção do impacto do desempenho organizacional - que se espera ser do agrado

dos utilizadores - e permitirá, em conjugação com outro tipo de análises, identificar e

calendarizar acções de melhoria adequadas.

A excelência da qualidade da acção policial, que faz mover esta Polícia em todas as

suas áreas de intervenção, será tanto mais alcançada quanto mais se basear em

estudos, análises e avaliações rigorosas e objectivas dos serviços prestados.

Não sendo possível proceder à avaliação de todos os serviços prestados pela PSP, em

2010, recorreu-se pela primeira vez, à realização de um inquérito de satisfação aos

parceiros institucionais.



241 de 275

8.1. Inquérito de satisfação aos parceiros institucionais

Nos termos do Quadro de Avaliação e responsabilização da Administração Pública, a

PSP decidiu consultar as instituições públicas com que se relaciona, de modo a fazer a

hetero-avaliação dos serviços prestados, para que de uma forma mais transparente, os

seus clientes e o público em geral pudessem medir o seu desempenho.

A promoção do inquérito acima enunciado identifica a PSP com a nova cultura de

avaliação e responsabilização no sector público, cujo desiderato reside numa

permanente melhoria dos serviços.

8.1.1. Metodologia

A realização do inquérito foi aprovada por despacho de Sua Excelência o Director

Nacional, tendo sido determinada a aplicação de questionários de satisfação, a fim de

dar continuidade ao processo de auto-avaliação da PSP, de modo a permitir também

reflectir os resultados no Relatório de Actividades de 2010.

Nesse sentido, foi solicitado às unidades de polícia e aos serviços da Direcção Nacional,

o envio dos questionários aos seus parceiros institucionais.

As questões apresentadas permitiam dois tipos de respostas: Resposta fechada – para

avaliação do grau de satisfação, convidando o respondente a indicar o nível de

avaliação correspondente ao seu grau de satisfação; Resposta aberta – associada a

cada questão, seria dada ao parceiro institucional a possibilidade de apresentar os

motivos de insatisfação ou sugestões de melhoria.

A escala de satisfação obedecia a uma escala de avaliação composta por 5 níveis (1 =

Muito Insatisfeito, 2 = Insatisfeito, 3 = Pouco Satisfeito, 4 = Satisfeito, 5 = Muito

Satisfeito).

Os inquéritos por questionário foram remetidos aos clientes externos por correio

electrónico, através do envio para preenchimento de um ficheiro em Excel, solicitando-se

também, preferencialmente, a devolução após preenchimento, pela mesma via, mas

desta feita directamente para a Direcção Nacional, de modo a não condicionar a

resposta face à maior proximidade com as unidades de polícia.

O prazo sugerido aos parceiros institucionais para envio dos questionários à PSP, foi o

de 14 de Janeiro de 2011. Das respostas recebidas, resultaram 262 inquéritos validados,

cujos resultados são apresentados no campo seguinte.



242 de 275

8.1.2. Resultados

As questões formuladas incidiram sobre a imagem global da organização, o

envolvimento e participação, a acessibilidade da informação e, por último mas não

menos importante, a qualidade global dos serviços prestados pela PSP.

Imagem Global da Organização

Gráfico n.º 47 Satisfação com a imagem da PSP

De um modo geral, a frequência maior recaiu sobre a categoria “satisfeito”, com 142

respostas, que representam no universo estudado 55% dos inquiridos, seguindo-se 105

respostas no item “muito satisfeitos”, correspondentes a 40% do universo de inquiridos,

e 13 respostas no nível “pouco satisfeito”, o que representa apenas 5% do universo.

A título de sugestão de melhoria relativamente à Imagem da PSP, apenas um

questionário indica como sugestão a utilização de fardamento mais prático e dinâmico.

0; 0%0; 0%

13; 5%

142; 55%

105; 40%

A imagem da PSP

Pouco satisfeito

Satisfeito

Muito Satisfeito



243 de 275

Gráfico n.º 48

Desempenho global da PSP no conjunto dos serviços prestados

O desempenho global da PSP, no conjunto dos serviços prestados, teve como resposta

predominante “satisfeito”, com 50% dos inquiridos, o que corresponde a 125 inquéritos

validados. O nível “muito satisfeito” figura em segundo lugar, com 45% das respostas do

universo, seguindo-se o item “pouco satisfeito”, com 5% do universo, materializado em

13 respostas validadas e, finalmente, do item insatisfeito com apenas 1 resposta.

Como propostas de melhoria, apenas um parceiro sugeriu o alargamento dos serviços.

Gráfico n.º 49

Cortesia demonstrada pelos profissionais da PSP

0%Insatisfeito 0%

Pouco Satisfeito

5%

Satisfeito 50%

Muito satisfeito

45%

O Desempenho Global da PSP no conjunto de Serviços Prestados

0%

Insatisfeito 0%

Pouco Satisfeito

3%

Satisfeito 31%

Muito Satisfeito

66%

A cortesia demonstrada pelos profissionais da PSP que lidam com os seus serviços, para resolver problemas e

situações



244 de 275

Nesta questão, o item “muito satisfeito” é o mais frequentado de todo o questionário,

com 174 respostas validadas num universo de 262 inquéritos validados, o que

corresponde a 66% das respostas nesta pergunta. Segue-se o item “satisfeito”, com 80

respostas, o que corresponde a 31% do universo das respostas, e o item “pouco

satisfeito”, que representa 3% do universo. Por fim, figura apenas uma resposta no item

“insatisfeito”.

Gráfico n.º 50

Capacidade, flexibilidade e autonomia dos profissionais da PSP para resolver situações inopinadas

Nesta questão, à semelhança da segunda, as respostas repartem-se entre 134 no item

“satisfeito”, correspondentes a 51% do universo, e 103 no item “muito satisfeito”, que

representa 39% do universo de respostas da questão. O item “pouco satisfeito”

representa 8%, com 20 respostas, e o “insatisfeito” representa 1%, com 3 respostas. Por

seu turno, o nível “muito insatisfeito”, aparece nesta pergunta pela primeira vez, com 2

respostas validadas.

Muito Insatisfeito

1%Insatisfeito 1%

Pouco Satisfeito

8%

Satisfeito 51%

MuitoSatisfeito

39%

A capacidade, flexibilidade e autonomia dos profissionais da PSP para resolver situações inopinadas



245 de 275

Quadro n.º 77 Resultados agregados do 1.º Bloco de Questões

Satisfação com…

Muito Insatisfeito

Insatisfeito Pouco

satisfeito Satisfeito

Muito Satisfeito

A imagem da PSP

13

142

105

O desempenho Global da PSP no conjunto de serviços prestados

1

13

125

113

A cortesia demonstrada pelos profissionais da PSP que lidam

com os seus serviços, para resolver problemas e situações

1

7

80

174

A capacidade, flexibilidade e autonomia dos profissionais da

PSP para resolver situações inopinadas

2

3

20

134

103

Envolvimento e participação

No sentido de facilitar a interpretação conjugada das respostas às três dimensões

analisadas neste parâmetro, apresentamos o gráfico completo com os resultados

obtidos, adicionando seguidamente os comentários interpretativos.

Gráfico n.º 51

Resultados agregados do 2.º Bloco de Questões

2

23

165

72

2 5 8

123 124

1 313

124 121

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180 As vias para apresentação de sugestões

A existência de interlocutores responsáveis pelas relações com os serviços

A possibilidade de utilização de vários canais de comunicação (telefone, e-mails, reuniões)



246 de 275

Na questão referente às “vias para apresentação de sugestões”, o nível “satisfeito”

apresentou 165 respostas validadas, num universo de 262 inquéritos, o que corresponde

a cerca de 64% das respostas. Seguiu-se o item “muito satisfeito”, com 72 respostas, o

que corresponde a cerca de 28% do universo das respostas, e, em terceiro lugar, o item

“pouco satisfeito”, que representa 9% do universo com 23 perguntas validadas. Apesar

de representar menos de 1% do universo, há ainda a registar duas respostas no nível

“insatisfeito”.

Na segunda questão, respeitante à “existência de interlocutores responsáveis pelas

relações com os serviços”, salienta-se o item “muito satisfeito”, com 124 respostas

validadas, que correspondem a cerca de 47% do universo, seguindo-se o item

“satisfeito”, com 123 respostas, representando cerca de 47% das respostas. O nível

“pouco satisfeito” representa 3% do universo, com 8 perguntas validadas, o item

“insatisfeito” mereceu 5 respostas validadas (1,9%) e, finalmente, o Item “muito

insatisfeito”, registou duas respostas, cuja representação é inferior a 1%.

No que concerne à “possibilidade de utilização de vários canais de comunicação

(telefone, e-mails, reuniões)”, que consubstanciava a terceira questão, o nível “satisfeito”

apresenta 124 respostas validadas (47%), seguindo-se o item “muito satisfeito”, que com

121 respostas, representa cerca de 46% do universo. O nível “pouco satisfeito”

representa 5% do universo com 13 respostas validadas, o item “insatisfeito” mereceu 3

respostas validadas (1,4%) e, finalmente, o Item “muito insatisfeito” registou uma

resposta, cuja representação é inferior a 1%.

Quadro n.º 78


Satisfação com… Muito Insatisfeito

Insatisfeito Pouco satisfeito

Satisfeito Muito Satisfeito

As vias para apresentação de sugestões

2

23

165

72

A existência de interlocutores responsáveis pelas relações com os serviços

2

5

8

123

124

A possibilidade de utilização de vários canais de comunicação (telefone, e-mails, reuniões)

1

3

13

124

121



247 de 275

Acessibilidade

A apresentação descritiva deste parâmetro é concretizada nos mesmos termos do

anterior, mediante a visualização do gráfico completo dos resultados obtidos, seguida do

respectivo texto interpretativo.

Gráfico n.º 52


No que concerne à “acessibilidade da informação prestada”, 153 parceiros inquiridos

afirmaram-se “satisfeitos”, o que corresponde a cerca de 58,4% das respostas,

seguindo-se o item “muito satisfeito”, com 86 respostas, o que corresponde a cerca de

32,8% do universo, e o item “pouco satisfeito” que representa 7,25% do universo com 19

perguntas validadas. No item “insatisfeito”, figuram 3 respostas validadas, que

representam 1,14% do universo e, finalmente, no item “muito insatisfeito”, foi registada

uma resposta cuja representação é inferior a 1%.

1

3

19

153

86

1

3

16

118

124

1

4

164

68

3

14

167

78

3

2

11

147

99

0 50 100 150 200

Muito Insatisfeito

Insatisfeito

Pouco satisfeito

Satisfeito

Muito Satisfeito

O atendimento telefónico geral e encaminhamento de chamadas

Os canais de comunicação utilizados para envio e recepão de documentos

O acesso à documentação e encaminhamento para os serviços competentes

Os canais de informação disponibilizados para contacto com a PSP

A acessibilidade da informação prestada



248 de 275

Na questão relativa aos “canais de informação disponibilizados para contacto com a

PSP”, figuram no item “muito satisfeito” 124 respostas validadas, que correspondem a

cerca de 47% das respostas nesta pergunta, seguindo-se o item “satisfeito”, com 123

respostas, o que corresponde a cerca de 47% do universo das respostas, e o item

“pouco satisfeito”, que representa 3% do universo com 8 perguntas validadas. No nível

“insatisfeito” registaram-se 5 respostas validadas (1,9%) e, finalmente, no item “muito

insatisfeito”, registaram-se duas respostas, cuja representação é inferior a 1%.

Na terceira questão, referente ao “acesso à documentação e encaminhamento para os

serviços competentes”, o item “satisfeito” mereceu 164 respostas validadas num

universo de 262 inquéritos, o que corresponde a cerca de 62,6% das respostas,

seguindo-se o item “muito satisfeito”, com 68 respostas, o que corresponde a cerca de

26%, e o item “pouco satisfeito”, que representa 10% do universo com 25 respostas

validadas. No grau “insatisfeito”, foram recebidas 4 respostas, que representam 1,5% do

universo e, finalmente, no grau “muito insatisfeito”, foi registada uma resposta, cuja

representação é inferior a 1%.

Na quarta questão, respeitante aos “canais de comunicação utilizados para envio e

recepção de documentos”, salienta-se o elevado nível de parceiros “satisfeitos”, com 167

respostas validadas, correspondentes a 63,7%, seguindo-se o item “muito satisfeito”,

com 78 respostas, o que corresponde a cerca de 30% do universo e o item “pouco

satisfeito”, que representa 5,34% do universo com 14 respostas validadas. Finalmente,

no item “insatisfeito”, foram registadas 3 respostas, que representam 1,14% do universo.

Na quinta e última questão deste parâmetro, referente ao “atendimento telefónico geral e

encaminhamento de chamadas”, o nível “satisfeito” mereceu 147 respostas, o que

corresponde a cerca de 56,1% do universo, seguindo-se o item “muito satisfeito”, com 99

respostas (37,8%), e o item “pouco satisfeito”, que representa 4,2% do universo com 11

respostas validadas. No item “insatisfeito” foram contabilizadas 2 respostas, que

representam menos de 1% do universo e, finalmente, no item “muito insatisfeito”,

registaram-se 3 respostas, que representam 1,14% do universo.

A título de propostas de melhoria, foi sugerido que se atendessem as pessoas com

maior celeridade.



249 de 275

Quadro n.º 79 Resultados agregados do 3.º Bloco de Questões

Satisfação com… Muito

Insatisfeito Insatisfeito

Pouco satisfeito

Satisfeito Muito

Satisfeito

A acessibilidade da informação prestada 1

3

19

153

86

Os canais de informação disponibilizados para contacto com a PSP

1

3

16

118

124

O acesso à documentação e encaminhamento para os serviços competentes

1

4

25

164

68

Os canais de comunicação utilizados para envio e recepção de documentos

3

14

167

78

O atendimento telefónico geral e encaminhamento de chamadas

3

2

11

147

99

Serviços

A avaliação deste parâmetro foi concretizada através de uma pergunta directa, referente

ao grau de satisfação com os serviços prestados, cujos resultados são apresentados no

primeiro gráfico e no primeiro quadro. Esta questão foi complementada com duas

questões adicionais, respeitantes à informação disponibilizada e ao tempo de resposta

às solicitações, cujos resultados são apresentados de forma agregada no gráfico e no

quadro devidamente identificados.

Gráfico n.º 53

Resultados de satisfação directa com os serviços prestados

0; 0%6; 2%

15; 6%

119; 45%

122; 47%

Os serviços prestados

Muito Insatisfeito

Insatisfeito

Pouco satisfeito

Satisfeito

Muito Satisfeito



250 de 275

Relativamente aos “serviços prestados” pela PSP, de uma forma geral, a frequência

maior recaiu sobre a categoria “muito satisfeito”, com 122 respostas, representativas de

47% universo estudado. Em segundo lugar, figura o grau “satisfeito”, com 119 respostas,

que representam 45% do universo das respostas, tendo sido registadas 15 respostas no

item “pouco satisfeito”, que representa apenas 6% e, finalmente 6 respostas no item

“insatisfeito”, que corresponde a 2% do universo.

Quadro n.º 80

Resultados de satisfação directa com os serviços prestados


Insatisfeito Insatisfeito

Pouco

satisfeito

Satisfeito

Muito Satisfeito

Os serviços prestados

6 15 119 122

Gráfico n.º 54

Satisfação com informação disponibilizada e tempo de resposta às solicitações

No que concerne à “informação disponibilizada”, o item ―muito satisfeito” mereceu 122

respostas validadas, num universo de 262 inquéritos, o que corresponde a cerca de 47%

do total, seguindo-se o item “satisfeito”, com 119 respostas, representativas de 45,4% do

universo. O nível “pouco satisfeito” representa 8% do universo, com 21 respostas,

A informação …

O tempo de resposta às …0

50

100

150

2 21

144

95

6 7 18

118113

A informação disponibilizada

O tempo de resposta às solicitações



251 de 275

validadas, e o item “insatisfeito”, com 2 respostas validadas, representa menos de 1% do

universo.

Na segunda questão, respeitante ao “tempo de resposta às solicitações”, o nível mais

relevante foi o de “satisfeito”, que mereceu 118 respostas validadas, (cerca de 45%),

seguindo-se o item “muito satisfeito”, com 113 respostas, o que corresponde a 43,1% do

universo, e o item “pouco satisfeito”, que representa 7% do universo com 18 apreciações

validadas. No item “insatisfeito” foram registadas 7 respostas validadas (2,7%) e,

finalmente, no item “muito insatisfeito”, registaram-se 6 respostas, cujo nível de

representatividade é de 2,3% do universo.

Quadro n.º 81

Satisfação com informação disponibilizada e tempo de resposta às solicitações


Insatisfeito Insatisfeit

o

Pouco

satisfeito

Satisfeito

Muito Satisfeito

A informação disponibilizada

2 21 144 95

O tempo de resposta às solicitações

7 18 118 113

8.1.3. Síntese conclusiva dos resultados dos inquéritos de satisfação

A apreciação dos parceiros institucionais é, de um modo geral, muito favorável à PSP. A

imagem da Instituição, o desempenho global e as qualidades dos seus profissionais,

bem como os múltiplos recursos colocados à disposição dos parceiros, merecem da

parte destes uma avaliação extremamente positiva.

As fragilidades apontadas, por seu turno, mesmo não sendo quantitativamente elevadas,

deverão constituir objecto de análise interna e estímulo de melhoria dos serviços.

Em síntese, podemos observar que, em 262 inquéritos com 3.642 respostas validadas,

somente 62 foram contabilizadas entre os níveis de “insatisfeito” e “muito insatisfeito”, o

que representa 1,7% do universo dos parceiros institucionais. A esta percentagem, pode

acrescentar-se 6,47% de parceiros “pouco satisfeitos” (236 respostas), sem que se

afecte, de forma relevante, o excepcional valor de 91,81% de parceiros declaradamente

“satisfeitos” e “muito satisfeitos” com os serviços prestados pela PSP.



252 de 275

O gráfico 55 proporciona uma visualização, célere e esclarecedora, dos resultados

globais do primeiro inquérito desta natureza promovido pela PSP.

Gráfico n.º 55 Resultados globais dos Inquéritos de Satisfação

Muito Satisfeito; 1597

Satisfeito; 1747

Pouco Satisfeito; 236

Insatisfeito; 45

Muito Insatisfeito; 17

0 500 1000 1500 2000



253 de 275

9. Avaliação do sistema do controlo interno

No intuito de prosseguir a delicada e crucial actividade de controlo interno, identificaram-

se seis áreas de intervenção, a auditar em 2010 através de 28 acções inspectivas a

realizar pela Inspecção da PSP, nomeadamente a área operacional, recursos humanos,

a área Logística e Financeira, formação, deontologia e disciplina, e a conjugação para

este fim das vertentes de armas e explosivas e segurança privada.

Os condicionalismos inerentes à escassez de recursos, mormente meios humanos

afectos à actividade inspectiva, afectaram significativamente esta área, mas ainda assim

foi possível concretizar 23 acções de inspecção (algumas das quais com elevada

complexidade), com dinamismo e acentuado rigor.

No âmbito das suas competências, em 2010, a Inspecção recebeu e avaliou 291

relatórios sobre o uso de armas de fogo, analisou 1.306 reclamações e organizou 4

processos de promoção por distinção.

No que respeita ao sempre presente tema das reclamações apresentadas pelos

cidadãos, que têm origens variadas, mas incidem fundamentalmente no sector do

trânsito, há a registar, em 2010, uma diminuição de 13,05%, passando de 1.502 em

2009, para 1306 reclamações em 2010.

Porém, esta redução global do número de reclamações apresenta um dado que

merecerá reflexão, relacionado com o relacionamento interpessoal, factor que revela um

aumento significativo do número de reclamações, o que deve merecer análise e medidas

adequadas. Na sequência da análise das reclamações recebidas, realizaram-se várias

recomendações, no sentido de se alterarem procedimentos e melhorar o relacionamento

com o cidadão.

No que concerne ao recurso das armas de fogo, constata-se que, em 2010, os

elementos policiais recorreram ao seu uso com maior frequência que em 2009,

registando-se um aumento de 3,19%. Em termos globais, das 291 situações em que

houve recurso a armas de fogo, 268 foram validadas.



254 de 275

10. Causas de incumprimento de actividades ou projectos

A multiplicidade de actividades desenvolvidas em 2010 e os resultados alcançados são,

como vem sendo demonstrado ao longo do presente relatório, extremamente

abrangentes e positivos. As situações de algumas actividades ou projectos

inicialmente planeados e não executados, ou realizados mas sem conseguir alcançar

os resultados preconizados, ficaram a dever-se, fundamentalmente, a causas

exógenas à vontade da PSP, nomeadamente, ao défice de recursos humanos, quer

face ao mapa de pessoal, quer face às ainda mais exigentes necessidades reais, bem

como à escassez de recursos materiais e financeiros.

De modo específico e quanto aos profissionais previstos para o desenvolvimento das

actividades planeadas, ou seja, tendo por base o Mapa de Pessoal de 2010, verifica-

se um défice de 1.929 profissionais, um valor considerável e cuja ausência acarreta

dificuldades naturais para concretizar todos os projectos previstos, no contexto

(expectável) de preenchimento do mapa de pessoal, não obstante o esforço hercúleo

realizado nesse sentido.

No quer concerne aos recursos financeiros, salienta-se o facto de a PSP ter iniciado o

ano em situação de suborçamentação, verificando-se que, apesar do reforço

orçamental, o mesmo não foi suficiente para responder às necessidades de todas as

actividades. Ao nível do investimento inscrito no PIDDAC, a PSP apenas apresentou

execução financeira nos projectos “Sistemas de Informação e Comunicação da PSP”

e “Sistema Integrado de Receitas”.

A conjuntura económica desfavorável e o défice resultante, fundamentalmente, da

suborçamentação da despesa, impediram que fossem assumidos e liquidados todos

os compromissos, obrigando a que as despesas não liquidadas em 2010 transitassem

para o ano de 2011.

Nesta componente, salienta-se também que a prestação de um serviço de qualidade

implica, não poucas vezes, a requalificação de instalações e equipamentos, assim

como a disponibilização de formação destinada a garantir qualificações acrescidas

aos profissionais da Instituição, pelo que as dificuldades orçamentais poderão

constituir-se como obstáculo à prestação de um serviço de melhor qualidade.



255 de 275

Assim, afiguram-se-nos de natureza essencialmente exógena, e não endógena, os

factores que justificam o incumprimento pontual de algumas das actividades ou

projectos previstos para 2010.

Em termos globais, enfatiza-se uma vez mais a abrangência e multiplicidade das

actividades operacionais e de apoio à actividade operacional, desenvolvidas pela PSP

ao longo de 2010, projectadas por referência à sua missão e às competências

legalmente atribuídas, com resultados muito meritórios. No que respeita ao QUAR,

enaltece-se a ambição e enquadramento alargado dos objectivos, indicadores e metas

estipulados, bem como os excelentes resultados alcançados, num processo de

envolvimento e esforço de toda a organização.



256 de 275

III. Balanço Social - Breve caracterização dos recursos humanos

O presente capítulo consubstancia uma súmula do Balanço Social da PSP, assumindo

como data de referência o dia 31 de Dezembro de 2010, elaborado nos termos do

disposto do Decreto-lei n.º 190/96, de 9 de Outubro, diploma que regulamenta a

elaboração do Balanço Social da Administração Pública.

A PSP é uma organização de elevada abrangência e dimensão, na qual desempenham

funções 23.109 profissionais, a esmagadora maioria com funções policiais, outros com

funções não policiais, mas todos prestam um contributo relevante para a prossecução

dos objectivos da instituição e, por conseguinte, para o Estado Português.

Os dados sobre a caracterização dos recursos humanos da PSP, permitem, por um

lado, um olhar analítico sobre o potencial humano de uma instituição, que se quer

prestadora de um serviço público de excelência, e, por outro, são essenciais para um

futuro ajustamento das políticas de pessoal aos desafios e novas missões que se

colocam à PSP, enquanto instituição, e aos seus elementos, enquanto servidores da

comunidade.

Os dados relativos à caracterizar os recursos humanos da PSP permitem não só

caracterizá-la social e profissionalmente, como identificar os seus pontos fortes e os

seus pontos fracos e corrigir as estratégias adoptadas, tendo presente a sua missão e

visão.

Da análise e avaliação dos dados, facultados em pormenor pelo Balanço Social, importa

efectuar uma reflexão sobre a estratégia a adoptar relativamente à gestão de recursos

humanos nos seus diversos domínios.

Uma análise mais apurada, a realizar no âmbito do Balanço Social, permitirá aquilatar

importantes aspectos de natureza quantitativa e qualitativa, fundamentais para uma

melhor gestão provisional de recursos humanos, tendo em vista aumentar os seus

padrões de qualidade de serviço e eficácia operacional.



257 de 275

1. Caracterização dos recursos humanos

A abrangência de missões da PSP reflecte-se na ampla diversidade das funções

desempenhadas pelo seu efectivo, e conforme já se referiu anteriormente, os

profissionais ao serviço da Instituição encontram-se integrados num mapa de pessoal

que contempla os elementos com funções policiais e os funcionários com funções não

policiais.

Para efeitos da caracterização do pessoal que presta serviço na PSP, consideraram-se

os funcionários que, independentemente da relação jurídica de emprego, integram o

mapa de pessoal com funções policiais e funções não policiais.

Em 31 de Dezembro de 2010, a PSP contava para a prossecução das suas atribuições,

com 22.325 elementos com funções policiais e 784 funcionários com funções não

policiais, contabilizando deste modo um universo global de 23.109 profissionais.

Ao considerarmos todo o universo de pessoal da PSP, independentemente da

modalidade de vinculação e da relação jurídica de emprego, constatamos que 96,6%

desempenha funções policiais e 3,4% exerce funções não policiais.

1.1. Trabalhadores segundo a modalidade de vinculação e género

Em 31 de Dezembro de 2010, o efectivo da PSP integrava dois mapas de pessoal

distintos: o “Pessoal com funções policiais” e o “Pessoal com funções não policiais”. De

igual modo, e por via do amplo leque de missões a cargo da PSP, um número

significativo de elementos com funções policiais encontra-se a prestar serviço em vários

órgãos de soberania ou diversas instituições e entidades públicas. Alguns polícias

encontram-se ainda a desempenhar funções em organismos internacionais ou

integrados em missões de cooperação técnica ou de manutenção de paz.

Assim, como se pode verificar no quadro 82, do total do efectivo evidenciam-se os

elementos afectos às funções policiais (polícias), constituindo 96,6% dos recursos

humanos da instituição.



258 de 275

Relativamente ao pessoal com funções não policiais, nele encontram-se as categorias

de Técnico Superior, Assistente Técnico, Assistente Operacional, Informático, Docente

Universitário e Médico, constituindo 3,05% do efectivo total.

O pessoal dirigente é constituído por Oficiais da PSP e Técnicos Superiores, totalizando

em ambas as situações 81 pessoas, que representam 0,35% do total de efectivos.

A nível da modalidade de vinculação, verifica-se que a maioria dos elementos (93,3%)

encontra-se em regime de Nomeação Definitiva, a que correspondem os polícias a

desempenhar serviço na PSP, seguida da Comissão de Serviço no Âmbito da LVCR que

serão policiais a prestar serviço em entidades externas, especialmente nas Polícias

Municipais e noutros órgãos ou serviços da administração central ou local do Estado e,

do Contrato de Trabalho em Funções Públicas por Tempo Indeterminado com 3,11% e

3,1% respectivamente.

Quadro n.º 82 Trabalhadores segundo a modalidade de vinculação

Dirigente Superior 8 8

Dirigente Intermédio 59 14 73

Técnico Superior 64 64

Assistente Técnico 309 309

Assistente Operacional 226 226

Informático 45 45

Doc. Ens. Universitário 39 39

Médico 20 20

Polícia de Segurança Pública 21.491 115 719 22.325 96,60%

Total 21.558 115 717 719 23.109 100%

0,35%

3,05%

Nomeação

definitiva

Nomeação

transitória por

tempo

determinado

C. trabalho em

funções

públicas por

tempo

indeterminado

Comissão

de serviço

no âmbito

da LVCR

TotalGrupo/cargo/carreira %

Modalidade de vinculação



259 de 275

No que respeita à distribuição dos elementos pelo grupo/cargo/carreira pelo género,

verifica-se que, da totalidade dos elementos que prestam serviço na instituição, 90,5%

são do género masculino e 9,5% do género feminino.

Pode-se também constatar que, à excepção das categorias de assistente operacional e

assistente técnico, com respectivamente 97,3% e 87% de elementos femininos, os

indivíduos do género masculino são em maior número.

Os oito dirigentes superiores são do género masculino e nos dirigentes intermédios

verifica-se que 86,3% são também homens.

Em relação ao pessoal policial, 92,7% dos 22.325 elementos são do género masculino e

7,3% são do género feminino.

Na categoria de técnico superior, 65,6% são homens e 34,3% são mulheres e no que

concerne aos informáticos 57,8% são do género masculino e 42,2% são do género

feminino.

Quadro n.º 83 Grupo/cargo/carreira distribuído por género

M % F %

Dirigente Superior 8 100% 0 0% 8 0,03%

Dirigente Intermédio 63 86,30% 10 13,70% 73 0,32%

Técnico Superior 42 65,60% 22 34,40% 64 0,28%

Assistente Técnico 40 13% 269 87% 309 1,34%

Assistente Operacional 6 2,70% 220 97,30% 226 0,98%

Informático 26 57,80% 19 42,20% 45 0,19%

Doc. Ens. Universitário 28 71,80% 11 28,20% 39 0,17%

Médico 18 90% 2 10% 20 0,09%

Polícia de Segurança Pública 20689 92,70% 1636 7,30% 22325 96,60%

Total 20920 90,50% 2189 9,50% 23109 100%

GéneroGrupo/cargo/carreira %Total



260 de 275

Gráfico n.º 56 Grupo/cargo/carreira distribuído por género

No gráfico n.º 56, é visível a predominância do género masculino relativamente à

ocupação nos cargos dirigentes e no pessoal policial. As mulheres estão em maior

número nas categorias de assistente técnico e assistente operacional. A carreira de

informático é aquela onde existe maior equilíbrio de género.

1.2. Trabalhadores segundo o escalão etário e género

No que diz respeito à distribuição dos trabalhadores por escalão etário, pode-se constatar

que o hiato com maior número de ocorrências é o que compreende colaboradores com

idades incluídas entre os 40 e os 44 anos, com 19,7% do pessoal.

De seguida, em termos de representatividade, surgem os seguintes intervalos de idades:

35 a 39 e 30 a 34 anos, com 18,4% e 14,75%, respectivamente.

Por oposição a estas faixas predominantes, é de salientar o reduzido número de

elementos nos escalões etários de menos de 20 anos e 20 a 24 anos, que representam

apenas 0,11% e 1,78%, respectivamente, do efectivo total.

O envelhecimento da pirâmide etária é uma questão crucial, dado o grau de desempenho

físico e intelectual necessário aos operacionais da PSP. A importância deste factor é

ainda mais acentuada dada a natureza da actividade policial que se desenrola em regime

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Perc

enta

gem

de

elem

ento

sGrupo/cargo/carreira distribuído por género

M

F



261 de 275

de turnos e, por esta via, ter associado um elevado grau de penosidade, numa actividade

que requer um razoável grau de destreza, capacidade e resistência físicas.

Em relação aos elementos com 65 ou mais anos de idade, estes são maioritariamente

assistentes operacionais das carreiras gerais dos funcionários públicos.

O índice de envelhecimento é de 4,92% (percentagem de elementos com 55 ou mais

anos).

Quadro n.º 84 Trabalhadores segundo o escalão etário

Gráfico n.º 57 Distribuição dos trabalhadores segundo o escalão etário

Dirigente Superior 2 2 1 3 8

Dirigente Intermédio 1 10 18 14 19 10 1 73

Técnico Superior 1 2 11 16 11 20 3 64

Assistente Técnico 1 17 28 45 92 99 24 3 309

Assistente Operacional 1 4 6 21 24 43 56 46 25 226

Informático 7 13 8 14 3 45

Doc. Ens. Universitário 3 8 6 7 6 5 2 1 1 39

Médico 1 1 9 6 3 20

Polícia de Segurança Pública 26 412 2.363 3.398 4.194 4.453 3.279 3.367 826 7 22325

Total 26 412 2365 3409 4253 4557 3391 3563 1014 86 32 1 23109

% 0,11% 1,78% 10,23% 14,75% 18,40% 19,70% 14,65% 15,40% 4,50% 0,35% 0,13% 0,004% 100,00%

Avençados 5 5 1 2 4 5 6 28

Total60-64

anos

65-69

anos

mais de

70 anos

Grupo/cargo/carreira menos

de 20

anos

20-24

anos

25-29

anos

30-34

anos

Escalão etário

35-39

anos

40-44

anos

45-49

anos

50-54

anos

55-59

anos

26

412

2365

3409

4253

4557

3391 3563

1014

86 32 10

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

menos de 20 anos

20-24 anos

25-29 anos

30-34 anos

35-39 anos

40-44 anos

45-49 anos

50-54 anos

55-59 anos

60-64 anos

65-69 anos

mais de 70 anos

N.º

de

trab

alha

dore

s

Intervalos de idades

Trabalhadores segundo o escalão etário



262 de 275

Gráfico n.º 58 Pirâmide etária da PSP

Na pirâmide etária da PSP (gráfico n.º 58), verifica-se que em relação à idade, esta

encontra-se envelhecida, pois nos homens o intervalo que predomina é o de 40 a 44

anos, e nas mulheres é o hiato de 45 a 49 anos de idade.

Em relação à distribuição dos efectivos por género, os homens são em maior número em

todos os intervalos, comparativamente ao género feminino.

1.3. Trabalhadores segundo o nível de antiguidade e género

Na antiguidade, sobressai o intervalo entre os 10 e os 14 anos de serviço, com 5.865

elementos, que representa mais de 1/4 do total do efectivo, e o intervalo de 25 a 29 anos

com 18,5% do total.

De salientar, ainda, os intervalos de idade que contemplam os elementos que possuem

até 9 anos de serviço, que perfazem ambos 19%.

4500 4250 4000 3750 3500 3250 3000 2750 2500 2250 2000 1750 1500 1250 1000 750 500 250 0 250 500 750

menos de 20 anos

20 a 24 anos

25 a 29 anos

30 a 34 anos

35 a 39 anos

40 a 44 anos

45 a 49 anos

50 a 54 anos

55 a 59 anos

60 a 64 anos

65 a 69 anos

mais de 70 anos

N.º de elementos

Inte

rval

os

de

idad

es

Pirâmide etária da PSP

F

M



263 de 275

Quadro n.º 85

Trabalhadores segundo o nível de antiguidade e género

Gráfico n.º 59 Distribuição dos elementos por antiguidade

No gráfico n.º 59, é possível visualizar em termos quantitativos, o número de elementos

policiais e não policiais, distribuído por antiguidade, donde ressaltam os 5865 indivíduos

Dirigente Superior 2 4 1 1 8

Dirigente Intermédio 3 6 12 22 18 9 3 73

Total Dirigentes 3 0 6 14 26 19 10 3 0 81

% de Dirigentes por Antiguidade 3,70% 0 7,40% 17,30% 32,10% 23,50% 12,30% 3,70% 0 100%

Técnico Superior 1 12 17 11 12 6 4 1 64

Assistente Técnico 20 48 48 56 75 56 6 309

Assistente Operacional 3 139 17 14 33 16 4 226

Informático 9 9 8 8 9 2 45

Doc. Ens. Universitário 13 9 5 2 4 3 1 2 39

Médico 9 10 1 20

Total Civis 13 13 185 93 94 122 108 68 7 703

% de Civis por Antiguidade 1,80% 1,80% 26,30% 13,20% 13,40% 17,40% 15,40% 9,70% 1% 100%

Polícia de Segurança Pública 2.226 2132 5674 3847 3024 4127 1245 31 19 22325

% de PSP por Antiguidade 10% 9,50% 25,40% 17,20% 13,50% 18,50% 5,60% 0,14% 0,09% 100%

Total 2.242 2.145 5.865 3.954 3.144 4.268 1.363 102 26 23.109

% Total 9,70% 9,30% 25,40% 17,10% 13,60% 18,50% 5,90% 0,40% 0,10% 100%

TotalGrupo/cargo/carreira

Nível de antiguidade em anos

Até 5 5 a 9 10 a 14 25 a 2915 a 19 20 a 24 30 a 34 35 a 3940 ou

mais

2242 2145

5865

3954

3144

4268

1363

102 260

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

Até 5 5 a 9 10 a 14 15 a 19 20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 ou mais

Distribuição dos elementos por antiguidade



264 de 275

cuja antiguidade se encontra no intervalo dos 10 a 14 anos e os 4268 colaboradores

englobados no hiato de 25 a 29 anos de antiguidade.

Quadro n.º 86 Nível de antiguidade distribuído por género

No quadro n.º 86, verifica-se que, no que concerne à totalidade do pessoal policial e não

policial, no género masculino e no género feminino, a antiguidade predominante

encontra-se no intervalo dos 10 aos 14 anos de serviço, com 25,6% e 23%,

respectivamente. Em segundo lugar, no caso dos homens surge o intervalo dos 25 aos

29 anos de antiguidade, com 19,30%; e no caso das mulheres existem 21,2% de

trabalhadoras cujo tempo de serviço se encontra no intervalo dos 20 aos 24 anos.

1.4. Trabalhadores segundo o nível de escolaridade e género

No quadro n.º 87, é patente que nos elementos policiais e não policiais do género

masculino a escolaridade predominante é o 12º ano, com 40,70%, seguido do 9º e do

11ºano, com 26,40% e 14,30%, respectivamente.

No género feminino, verifica-se que 38,90% das trabalhadoras possuem o 12º ano de

escolaridade, 23% são detentoras do 11º ano e 19,3% estão habilitadas com o 9º ano ou

equivalente.

M % F %

até 5 anos 2054 9,80% 188 8,60% 2242 9,70%

5 a 9 anos 1964 9,30% 181 8,30% 2145 9,30%

10 a 14 anos 5360 25,60% 505 23% 5865 25,40%

15 a 19 anos 3683 17,60% 271 12,40% 3954 17,00%

20 a 24 anos 2680 12,80% 464 21,20% 3144 13,60%

25 a 29 anos 4020 19,30% 248 11,30% 4268 18,50%

30 a 34 anos 1101 5,30% 262 12% 1363 5,90%

35 a 39 anos 39 0,20% 63 2,90% 102 0,40%

40 ou mais anos 19 0,10% 7 0,30% 26 0,10%

Total 20920 100% 2189 100% 23109 100%

AntiguidadeGénero

Total %



265 de 275

Quadro n.º 87

Nível de escolaridade distribuído por género

Em relação ao nível de escolaridade, distribuído por carreira/grupo, verifica-se que

41,44% do pessoal com funções policiais tem habilitações literárias ao nível do 12º ano,

seguido do 9º ano com 26,12%.

No que concerne ao pessoal civil, constata-se que 25,3% possuem somente 4 anos de

escolaridade, seguidos de 18,10% com o 12º ano ou equivalente. No que diz respeito

aos dirigentes, observa-se que 91,40% possuem licenciatura, 7,40% mestrado e 1,20%

bacharelato.

As habilitações literárias com menor representação no conjunto dos 23.109 elementos

são as correspondentes a graus académicos: 3,34% de licenciados, 0,18% de

mestrados e 0,004 doutorados.

M % F %

Menos de 4 anos de escolaridade 0 0,00% 10 0,50% 10 0,04%

4 anos de escolaridade 1200 5,70% 174 7,90% 1374 5,95%

6 anos de escolaridade 1908 9,10% 88 4% 1996 8,64%

9º ano ou equivalente 5524 26,40% 423 19,30% 5947 25,73%

11º Ano 3009 14,30% 504 23,00% 3513 15,20%

12º ano ou equivalente 8527 40,70% 852 38,90% 9379 40,59%

Bacharlato 49 0,23% 21 1% 70 0,30%

Licenciatura 671 3,20% 101 4,60% 772 3,34%

Mestrado 28 0,13% 13 0,60% 41 0,18%

Doutoramento 4 0,02% 3 0,14% 7 0,03%

Total 20920 100% 2189 100% 23109 100%

EscolaridadeGénero

Total %



266 de 275

Quadro n.º 88 Trabalhadores segundo a escolaridade

Gráfico n.º 60

Grupos de trabalhadores segundo a escolaridade

Dirigente Superior 7 1 8

Dirigente Intermédio 1 67 5 73

Total de dirigentes por

escolaridade1 74 6 81

% de Dirigentes por

escolaridade1,20% 91,40% 7,40% 100%

Técnico Superior 1 2 56 4 1 64

Assistente Técnico 12 41 98 42 110 6 309

Assistente Operacional 10 166 34 13 1 2 226

Informático 1 4 14 13 1 11 1 45

Doc. Ens. Universitário 1 28 5 5 39

Médico 19 1 20

Total de civis por

escolaridade10 178 76 115 58 127 2 120 11 6 703

% de civis por

escolaridade1,40% 25,30% 10,80% 16,40% 8,30% 18,10% 0,30% 16,80% 1,60% 1% 100%

Polícia Segurança

Pública1.196 1.920 5.832 3.455 9.252 67 578 24 1 22.325

% de Polícias por

escolaridade5,36% 8,60% 26,12% 15,48% 41,44% 0,30% 2,58% 0,10% 0,004% 100%

Total 10 1.374 1.996 5.947 3.513 9.379 70 772 41 7 23.109

% do Total 0,04% 5,95% 8,64% 25,73% 15,20% 40,59% 0,30% 3,34% 0,18% 0,03% 100%

Escolaridade

TotalGrupo/cargo/carreira /

Habilitação Literária

Menos de 4

anos de

escolaridade

4 anos de

escolaridade

6 anos de

escolaridade

9.º ano ou

equivalente

12.º ano ou

equivalenteDoutoramento

11.º ano ou

equivalenteBacharelato Licenciatura Mestrado

1,20%

91,40%

7,40%

1,40%

25,30%

10,80%

16,40%

8,30%

18,10%

0,30%

16,80%

1,60%

1%

5,36%

8,60%

26,12%

15,48%

41,44%

0,30%

2,58%

0,10%

0,004%

Menos de 4 anos de escolaridade

4 anos de escolaridade

6 anos de escolaridade

9.º ano ou equivalente



Bacharelato

Licenciatura

Mestrado

Doutoramento

Escolaridade por grupo de elementos

% de Polícias % de Civis % de Dirigentes



267 de 275

1.5. Trabalhadores portadores de deficiência segundo o escalão etário e género

Em relação aos funcionários portadores de deficiência, verifica-se que existem 152

elementos actualmente na PSP (quadro n.º 89).

No que concerne à sua distribuição pelos intervalos de idades, é visível um maior número

de ocorrências no intervalo dos 50 aos 54 anos, com 41 elementos. O grupo de indivíduos

onde existe um maior número de trabalhadores portadores de deficiência, é nos

elementos com funções policiais, com 134 ocorrências.

Quadro n.º 89 Trabalhadores portadores de deficiência por intervalos de idade

Quadro n.º 90

Trabalhadores portadores de deficiência por género

Através da análise do quadro, constata-se que, de uma forma aritmética, por cada 1.000

elementos do sexo feminino, existem 14,6 colaboradores portadores de deficiência,

enquanto por cada 1.000 homens existem 5,7 trabalhadores portadores de deficiência.

Dirigente Superior

Dirigente Intermédio

Técnico Superior 1 1 2

Assistente Técnico 3 3 5 11

Assistente Operacional 1 1 2

Informático 1 1

Doc. Ens. Universitário

Médico 1 1 2

Polícia de Segurança Pública 6 19 28 36 37 7 1 134

Outro Pessoal

Total 6 20 30 39 41 13 2 1 152

Grupo/cargo/carreira

Número de portadores de deficiência por escalão etário

Menos

de 2020-24 25-29 30-34 35-39 40-44 45-49 50-54

Total55-59 60-64 65-69

70 ou

mais

Género Masculino Feminino

Total de portadores de deficiência 120 32

N.º de portadores de deficiência por género

Portadores de deficiência por cada

1000 elementos5,7 14,6



268 de 275

1.6. Trabalhadores admitidos e regressados em 2010 segundo o modo de ocupação do posto de trabalho ou modalidade de vinculação

Em relação aos trabalhadores admitidos e regressados em 2010, verificou-se a

(re)entrada de 199 elementos, sendo que a esmagadora maioria foi pessoal com

funções policiais, contabilizando 192 elementos. Na coluna relativa a outras situações,

encontram-se sobretudo os elementos que regressaram da situação de adido.

No que diz respeito à distribuição por género, verificou-se a admissão/reentrada de 191

homens e 8 mulheres.

Quadro n.º 91 Trabalhadores admitidos e regressados

1.7. Saída de trabalhadores nomeados ou em comissão de serviço segundo o motivo de saída e género

No ano 2010, ocorreram 713 saídas de elementos nomeados ou em comissão de

serviço na PSP. Também é possível aferir que do número de saídas, 61 foram devido a

falecimentos. O número elevado de outras situações, justifica-se com a dificuldade em

conformar a realidade da PSP com as terminologias típicas da função pública. Assim,

este valor diz respeito a indivíduos que na sua maioria se encontram na situação de pré-

aposentação, adido-requisitado ou comissão de serviço.

Quanto ao género, refira-se que saíram da PSP 679 homens e 35 mulheres, nomeadas

ou em comissão de serviço.

Procedimento

concursal

Cedência de

interesse

público

Mobilidade

interna a órgãos

ou serviços

Regresso de

licença

Comissão de

serviço CEAGP

Outras

situações

Dirigente Superior

Dirigente Intermédio


Assistente Técnico 1 1

Assistente Operacional

Informático

Doc. Ens. Universitário 4 4

Médico

Polícia Segurança Pública 17 3 11 3 158 192

Total 17 3 11 3 165 199

Grupo/cargo/carreira

Trabalhadores admitidos e regressados durante o ano, por grupo/carreira e género, segundo o modo de ocupação do

posto de trabalho ou modalidade de vinculação

Total



269 de 275

Quadro n.º 92

Saídas de trabalhadores nomeados ou em comissão de serviço

Os dados referentes a recursos humanos permitem constatar que o índice de rotação do

pessoal policial e não policial (número de recursos humanos em 31 de Dezembro/

número de recursos em 1 de Janeiro + entradas + saídas) é de 0,94.

Em relação à taxa de reposição do pessoal policial e não policial (n.º de admissões x

100/número de saídas) verifica-se que é de 26,7%. Ou seja, por cada 100 elementos

que saíram da instituição só entraram 26,7.

2. Postos de trabalho previstos e não ocupados segundo a dificuldade de recrutamento

Em relação aos postos de trabalho previstos e não ocupados, e tomando como ponto de

análise o Mapa de Pessoal de 2010, é observável que dos 1.929 postos de trabalho não

ocupados, 1.668 são vagas para efectivos policiais.

O quadro seguinte é elucidativo da situação acima referida, salientando-se que já ao

longo do presente relatório se referiram as repercussões e dificuldades acrescidas para

a PSP, e para a comunidade, resultantes do défice de efectivos da Instituição.

MorteReforma

AposentaçãoLimite idade

Conclusão

s/sucesso

período

experimenta

Cessação

mútuo

acordo

Exoneração

pedido

trabalhador

Aplicação

pena

disciplinar

expulsiva

Fim situação

mobilidade

interna

Fim situação

cedência

interesse

público

Cessação

comissão

serviço

Outros

Dirigente Superior 0

Dirigente Intermédio 0

Técnico Superior 0

Assistente Técnico 0

Assistente

Operacional0

Informático 0

Doc. Ens.

Universitário0

Médico 0

Polícia Segurança

Pública61 4 2 5 640 712

Outro Pessoal 1 1

Total 61 4 2 1 0 0 5 0 0 0 640 713

Grupo/cargo/carreira Total

Saídas de trabalhadores nomeados ou em comissão de serviço



270 de 275

Quadro n.º 93 Postos de trabalho previstos e não ocupados

Gráfico n.º 61

Diferença entre o Mapa de Pessoal e existências do pessoal não policial

No gráfico n.º 61, é visível a diferença entre as existências de pessoal a 31 de Dezembro

de 2010 e o valor previsto no mapa de pessoal para o mesmo ano. Em todos eles, existe

discrepância, que é mais vincada percentualmente nas carreiras que exigem formação

superior.

Não abertura

procedimento

concursal

Impugnação

procedimento

concursal

Falta de

autorização

da entidade

competente

Procedimento

concursal

improcedente

Procedimento

concursal em

desenvolvime

nto

Dirigente Superior

Dirigente

Intermédio


Assistente

Técnico151 151

Assistente

Operacional24 24

Médico 25 25

Polícia Segurança

Pública1668 1668

Outro Pessoal

Total 1929 1929

Grupo/cargo/

carreira

Postos de trabalho previstos e não ocupados durante o ano

Total

125

460

250

45

64

309

226

20

Técnico Superior Assistente Técnico Assistente Operacional Médico

Diferença entre MP 2010 e existência do pessoal não policial

MP Existência



271 de 275

Gráfico n.º 62

Diferença entre o Mapa de Pessoal e existências do pessoal policial

No gráfico apresentado, é visível a diferença entre as existências das três carreiras do

pessoal policial a 31 de Dezembro de 2010 e o valor previsto no Mapa de Pessoal para o

mesmo ano. Em todos eles existe discrepância, que é mais vincada a nível percentual,

nos Oficiais e Chefes, com repercussões muito negativas em termos de enquadramento.

3. Relações profissionais e disciplina

Nesta componente, analisam-se de forma muito sucinta, as relações profissionais,

designadamente no que respeita à sindicalização dos trabalhadores, bem como a vertente

disciplinar da Instituição.

3.1. Relações profissionais

Existem na PSP, 14.715 elementos que descontam mensalmente de forma directa e

automática do seu vencimento um determinado montante para efeitos de pagamento de

quotas de sindicatos.

1053

3312

19580

800

2730

18747

0

5000

10000

15000

20000

25000

Oficial Chefe Agente

Diferença entre MP 2010 e existência de pessoal policial

MP Existência



272 de 275

Contudo, não se pode assumir como sindicalizados apenas os trabalhadores que têm

descontos no vencimento, pois existem muitos elementos com débito directo bancário e

outros com pagamentos directos em tesouraria.

Quadro n.º 94 Relações Profissionais

3.2. Disciplina

Em relação à disciplina, foram instaurados 1.754 processos disciplinares em 2010 e

transitaram do ano 2009 para 2010 um somatório de 3.906 processos disciplinares,

resultando num total de 5.660 pastas.

Durante o ano em análise, foram decididos 1.850 processos, que resultaram em 1.478

arquivamentos, 235 multas, 87 repreensões escritas, 39 suspensões e 11 demissões.

Para o ano de 2011, verifica-se que transitaram 3.810 processos, o que revela um

decréscimo de 96, comparativamente ao número de processos transitados do ano de

2009 para 2010, dado que no decorrer de 2010, o número de processos decididos (1.850)

foi superior ao número de processos instaurados (1.754).

Quadro n.º 95 Vertente disciplinar

Relações Profissionais Número

Trabalhadores sindicalizados 14.715

Elementos pertencentes a comissões de trabalhadores

Total de votantes para comissões de trabalhadores

Disciplina Número

Processos transitados do ano anterior 3.906

Processos instaurados durante o ano 1.754

Processos transitados para o ano seguinte 3.810

Processos decididos - total: 1.850

* Arquivados 1.478

* Repreensão escrita 87

* Multa 235

* Suspensão 39

* Demissão (Trabalhadores nomeados) 11

* Despedimento por facto imputável ao trabalhador (CTFP) 0

* Cessação da comissão de serviço 0



273 de 275

IV. Avaliação final

De modo sucinto, e tendo por base os objectivos, as actividades e os resultados

alcançados ao longo de 2010, bem como os meios humanos, materiais e financeiros

afectos - tudo plasmado no presente Relatório, que antecede a avaliação final - traça-se,

agora, a avaliação final; confirma-se, à semelhança de 2008, elevados níveis de

desempenho e uma gradual melhoria da qualidade da acção policial, desenvolvida pela

PSP, enquanto polícia integral, que, para tanto, investiu na inovação e na proactividade

e, sobretudo, na formação do potencial humano e na optimização de boas práticas,

sempre na perspectiva de servir o cidadão e as instituições, contribuindo para um

Portugal Seguro, com Melhor Segurança Interna e Mais Segurança Rodoviária.

Num contexto particularmente difícil, caracterizado por constrangimentos de vária

ordem, os objectivos estratégicos e operacionais e as actividades desenvolvidas,

alcançaram resultados acima das expectativas, contribuindo para uma avaliação final

muito positiva.

1. Apreciação qualitativa e quantitativa de resultados

Tendo em consideração tudo o que antecede esta avaliação, a apreciação qualitativa e a

quantitativa dos resultados alcançados em 2010, desde logo, os que decorrem dos

objectivos operacionais prioritários contemplados no QUAR e dos outros objectivos

operacionais complementares àqueles, bem como os resultantes dos programas e

acções específicas de prevenção e policiamento e os programas integrados de

policiamento de proximidade, entre outros, é amplamente positiva, sendo certo que,

apesar da sua elevada ambição e exigência, quase todos os objectivos do QUAR foram

superados.

Os resultados alcançados revelam, por um lado, a mobilização da organização em torno

dos objectivos estratégicos traçados pela tutela e, por outro, os efeitos do processo de

modernização e simplificação do processo produtivo interno, dando-se, deste modo,

uma resposta cabal e célere aos novos desafios à segurança ocorridos no pretérito ano.



274 de 275

2. Conclusões prospectivas

O plano de melhoria a implementar em 2011, está expresso de forma significativa, tanto

no Plano de Actividades para 2011, como no QUAR para 2011, ambos desta Polícia,

instrumentos de gestão aprovados por despachos, respectivamente, de Sua Excelência

o Ministro da Administração Interna, datado de 16/11/2010, e de Sua Excelência o

Secretário de Estado da Protecção Civil, datado de 22/02/2011, encontrando-se já em

execução.

3. Menção proposta pelo Director Nacional

Nos termos do disposto no n.º 1 do art.º 18.º da Lei n.º 66-B/2007, de 28 de Dezembro, e

face aos resultados operacionais obtidos pela PSP ao longo de 2010, mormente no

âmbito do QUAR, alvo de auto-avaliação, expressa no capítulo II do presente Relatório,

propõe-se que à PSP seja atribuída a avaliação final de desempenho de, pelo menos,

Bom. De facto, dos treze indicadores que em conjunto edificavam o QUAR,

consensualmente classificados como extremamente ambiciosos, e apesar das

dificuldades que o país atravessa e às quais a PSP não é imune, verifica-se que em

apenas dois deles a meta delineada não foi alcançada, um indicador não admitia

superação, e as metas de todos os outros indicadores foram superadas, atingindo-se

num dos indicadores uma taxa de concretização de 489,75%, bem demonstrativa do

empenhamento da PSP na prossecução dos objectivos constantes do QUAR.

A taxa final de execução do QUAR – 2010 da PSP foi de 160,53%.

A análise dos resultados obtidos, conjugada ainda com os factos inopinados no decorrer

do ciclo anual de gestão, permite concluir que o desempenho global foi claramente

positivo, para o que contribuiu o interesse, o empenhamento e a cooperação de todos os

elementos desta Polícia e demais parceiros institucionais.

A superação a níveis muito elevados, de muitos dos objectivos, resultou do bom

planeamento estratégico e operacional e da optimização dos recursos disponíveis,

mobilizados de acordo com as necessidades e prioridades operacionais, tendo em vista

manter e reforçar o sentimento de segurança pública.



275 de 275

O carácter pioneiro da realização do inquérito de satisfação dos parceiros institucionais,

no que à PSP diz respeito, merece também especial destaque na avaliação do ano

2010, dado que reflecte o compromisso desta Instituição, com mais de 23.000

profissionais, com uma visão e estratégia de melhoria contínua da qualidade dos

serviços prestados ao Estado e à comunidade.

Face a todos os pontos relatados, à abrangência da actividade desenvolvida e ao nível

global de cumprimento dos objectivos inseridos no QUAR de 2010, no valor de 160,53%,

em que os objectivos de eficácia correspondem a 45,64%, os de eficiência a 34,69% e

os de qualidade a 80,20%, a menção acima enunciada espelha o esforço acrescido da

instituição na produção de uma segurança cidadã e na gestão do risco em todas as

áreas urbanas sob a sua jurisdição, assumindo-se como uma polícia integral ao serviço

dos cidadãos.

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