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2015 Deolinda Ribas Desfile de Virtudes – Confecções, Unipessoal, Ldª 04-08-2015 RELATÓRIO DA ADMINISTRADORA DA INSOLVÊNCIA (art.º 155.º CIRE) Tribunal da Comarca de Braga V. N. Famalicão- Inst. Central 2.ª Sec. Comércio – J3 Processo n.º 3815/15.1T8VNF

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2015

Deolinda Ribas

Desfile de Virtudes –

Confecções, Unipessoal, Ldª

04-08-2015

RELATÓRIO DA ADMINISTRADORA DA INSOLVÊNCIA (art.º 155.º CIRE)

Tribunal da Comarca de Braga

V. N. Famalicão- Inst. Central

2.ª Sec. Comércio – J3

Processo n.º 3815/15.1T8VNF

2

Índice

ÍNDICE ........................................................................................................................ 2

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 3

2. IDENTIFICAÇÃO E APRESENTAÇÃO GERAL DA INSOLVENTE .......................... 4

2.1. IDENTIFICAÇÃO DA INSOLVENTE ........................................................... 4

2.2. COMISSÃO DE CREDORES ..................................................................... 4

2.3. A ADMINISTRADORA DA INSOLVÊNCIA .................................................. 4

2.4. DATAS DO PROCESSO .......................................................................... 5

3. ANÁLISE DOS ELEMENTOS INCLUÍDOS NO DOCUMENTO REFERIDO NA

ALÍNEA C) DO N.º 1 DO ARTIGO 24ª ......................................................................... 5

3.1. DOCUMENTOS DISPONIBILIZADOS ........................................................ 5

3.2. EXPLICITAÇÃO DA ACTIVIDADE DA INSOLVENTE NOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS . 6

3.3. ESTABELECIMENTOS ONDE EXERCIA A ACTIVIDADE ................................. 9

3.4. CAUSAS DA INSOLVÊNCIA .................................................................... 9

4. ANÁLISE DO ESTADO DA CONTABILIDADE, DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO

DE CONTAS E DE INFORMAÇÃO FINANCEIRA ......................................................... 10

5. PERSPECTIVAS DE MANUTENÇÃO DA EMPRESA .......................................... 12

5.1. SITUAÇÃO DA EMPRESA .................................................................... 12

5.2. DA CONVENIÊNCIA DE SE APROVAR UM PLANO DE INSOLVÊNCIA ............ 12

5.3. CENÁRIOS POSSÍVEIS E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA OS CREDORES ........ 13

6. OUTROS ELEMENTOS IMPORTANTES PARA A TRAMITAÇÃO ULTERIOR DO PROCESSO

........................................................................................................................ 15

6.1. DA APREENSÃO DE BENS ................................................................... 15

6.2. DIMENSÃO DA EMPRESA ENQUANTO SOCIEDADE ACTIVA ...................... 15

6.3. DO INCIDENTE DE QUALIFICAÇÃO DA INSOLVÊNCIA .............................. 16

7. INVENTÁRIO (ART.S 153.º E 155º/2 CIRE) .................................................... 17

8. LISTA PROVISÓRIA DE CREDORES (ART. 155º CIRE) .................................... 17

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1. INTRODUÇÃO

Pela credora Felicidade da Silva Carvalho Alves, foi requerida a insolvência

de “Desfile de Virtudes – Confecções, Unipessoal, Ldª.”, tendo sido proferida

sentença em 17 de Junho de 2015.

Nos termos do art.º 155.º do CIRE, o administrador da insolvência deve

elaborar um relatório contendo:

a) A análise dos elementos incluídos no documento referido na alínea c)

do n.º 1 do artigo 24.º;

b) A análise do estado da contabilidade do devedor e a sua opinião

sobre os documentos de prestação de contas e de informação

financeira juntos aos autos pelo devedor;

c) A indicação das perspectivas de manutenção da empresa do

devedor, no todo ou em parte, da conveniência de se aprovar um

plano de insolvência, e das consequências decorrentes para os

credores nos diversos cenários figuráveis;

d) Sempre que se lhe afigure conveniente a aprovação de um plano de

insolvência, a remuneração que se propõe auferir pela elaboração do

mesmo;

e) Todos os elementos que no seu entender possam ser importantes para

a tramitação ulterior do processo.

Ao relatório devem ser anexados o inventário e a lista provisória de credores.

Assim, nos termos do art.º 155.º do CIRE, vem a administradora apresentar o

seu relatório.

A Administradora da Insolvência

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2. IDENTIFICAÇÃO E APRESENTAÇÃO GERAL DA INSOLVENTE

2.1. IDENTIFICAÇÃO DA INSOLVENTE

SOCIEDADE Desfile de Virtudes – Confecções, Unipessoal, Ldª

NIPC 510 922 317

SEDE Rua Fontes Pereira de Melo, n.º 71, Calendário, 4760-

337 Vila Nova de Famalicão

MATRICULA Conservatória do Registo Comercial de Vila Nova de

Famalicão

OBJECTO SOCIAL Confecção de outro vestuário exterior em série.

Confecção de vestuário interior. Actividades de

acabamento de artigos de vestuário. Comércio a

retalho de vestuário para adultos, em

estabelecimentos especializados.

CAPITAL SOCIAL € 5.000,00

Sócio-gerente Maria Natália Veloso Moreira

Quota € 5.000,00

% 100 %

FORMA DE OBRIGAR Com a intervenção de um gerente.

2.2. COMISSÃO DE CREDORES

Não nomeada.

2.3. A ADMINISTRADORA DA INSOLVÊNCIA

Deolinda Ribas

NIF/NIPC: 175620113

Rua Bernardo Sequeira, 78, 1.º - Apartado 3033 – 4710-358 Braga

5

Telef: 253 609310 – 253 609330 – 917049565 - 962678733

E-mail: [email protected]

2.4. DATAS DO PROCESSO

Declaração de Insolvência:

Data e hora da prolação: 17-06-2015 pelas 17h15m

Publicado no portal Citius – 22 de Junho de 2015

Fixado em 30 dias o prazo para reclamação de créditos.

Assembleia de Credores art.º 155.º CIRE: 13-08-2015 pelas 14:00 horas

3. ANÁLISE DOS ELEMENTOS INCLUÍDOS NO DOCUMENTO REFERIDO NA ALÍNEA C) DO N.º 1 DO ARTIGO 24ª

3.1. DOCUMENTOS DISPONIBILIZADOS

Dispõe a al ínea c) do n.º 1 do artigo 24ª do CIRE que o devedor

deve juntar, entre outros, documento em que se expl icita a

actividade ou actividades a que se tenha dedicado nos úl timos

três anos e os estabelecimentos de que seja titular, bem como o

que entenda serem as causas da situação em que se encontra.

Procurando dar cumprimento ao disposto no nº 1 do artigo 24º

do CIRE, a devedora procedeu à junção dos seguintes

documentos:

a) Publ icação correspondente à constituição da sociedade;

b) Declaração de IVA referente a Março de 2015;

c) Password de acesso à área reservada do portal das

finanças;

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d) Mapa de pessoal;

e) Relação de credores;

f) Factura de aquis ição da máquina de costura que integra o

imobil izado da insolvente;

g) Mapa de depreciações e amortizações do ano de 2014;

h) Fichas dos funcionários que se encontravam ao serviço da

empresa.

Pela requerente, foram juntos os seguintes documentos:

a) Contrato de trabalho;

b) Certidão permanente;

c) Recibo de vencimentos;

d) Carta de resolução do contrato de trabalho da requerente

e da ex-funcionária Maria de Fátima Araújo Couto;

e) Declarações de desemprego da requerente e da ex-

funcionária Maria de Fátima Araújo Couto.

3.2. EXPLICITAÇÃO DA ACTIVIDADE DA INSOLVENTE NOS

ÚLTIMOS TRÊS ANOS

Em referência à actividade a que a sociedade se tenha

dedicado nos últimos três anos de actividade e tendo por base

os elementos que foi possível compilar , a mesma dedicou-se à

confecção de outro vestuário exterior em série , confecção de

vestuário interior , actividades de acabamento de artigos de

vestuário e comércio a retalho de vestuário para adultos, em

estabelecimentos especial izados .

CAE Principal 14131 – Confecção de outro vestuário exterior em

série

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CAE Secundário 14140 – Confecção de vestuário interior

Aquelas que serão as causas da insolvência deveriam resul tar,

de uma forma rigorosa, de uma anál ise à informação

contabil í stica da sociedade.

Tendo em conta que a sociedade apenas laborou no ano de

2014, não é possível a real ização de uma anál ise comparativa

dos seus resultados e dos respectivos custos e perdas.

Verif ica-se que a sociedade apresentou os seguintes resul tados

no ano de 2014:

VOLUME DE NEGÓCIOS

Ano 2014

Volume de Negócios € 41.482,76

EVOLUÇÃO DOS CUSTOS E PERDAS

Rubricas 2014

CMV € 856,06

FSE € 5.568,48

Custos com o Pessoal € 38.599,42

Outros Custos e Perdas € 152,24

Totais € 45.176,20

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RESULTADO LÍQUIDO

Ano 2014

Total (€ 3.652,37)

O resul tado l íquido referente ao exercício económico de 2014 é

negativo, verificando-se a fal ta de rentabil idade da insolvente .

Balanços Históricos

Activos Fixos Tangíveis

Ano 2014

Total € 568,75

Existências/Inventários

Ano 2014

Total € 53,40

Passivo

Ano 2014

Total € 4.431,12

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3.3. ESTABELECIMENTOS ONDE EXERCIA A ACTIVIDADE

A sociedade tem a sua sede registada na residência da sócia-

gerente, s ita na Rua Fontes Pereira de Melo, n.º 71, Calendário,

4760-337 Vila Nova de Famal icão.

3.4. CAUSAS DA INSOLVÊNCIA

A empresa não se apresentou voluntariamente à insolvência.

Deste modo, indicam-se os motivos justif icativos que foram

possíveis apurar da actual situação de insolvência da sociedade,

elencadas na petição inicial :

A insolvente foi constituída em Janeiro de 2014, tendo-se

dedicado à confecção de vestuário;

A sociedade encontrava-se com dificuldades de tesouraria

desde, pelo menos, Julho de 2014, não tendo efetuado o

pagamento dos montantes correspondentes ao subsídio de

férias e tendo atrasado constantemente os pagamentos dos

vencimentos dos meses de Outubro, Novembro e Dezembro

de 2014;

A insolvente não tem funcionários ao serviço e não se

encontra a laborar;

O activo resume-se a uma máquina de costura de valor

reduzido, sendo que o ativo da sociedade nunca incorporou

qualquer outro bem.

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Assim, o montante das dívidas e perante a insuficiência de

recursos financeiros, determinou que a insolvente se visse

totalmente impossibil i tados de cumprir com as suas obrigações.

4. ANÁLISE DO ESTADO DA CONTABILIDADE, DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS E DE INFORMAÇÃO FINANCEIRA

No relatório apresentado ao abrigo do art.º 155.º do CIRE, deve a

Administradora da insolvência efectuar uma anál ise do estado da

contabil idade do devedor e a sua opinião sobre os documentos

de prestação de contas e de informação financeira juntos pelo

devedor.

A contabil idade da empresa foi processada, sob a

responsabil idade técnica do TOC Manuel António com o NIF 187

190 860.

Em termos gerais, a contabil idade tem de transmitir uma imagem

verdadeira e apropriada da real idade económica e financeira da

sociedade e tem de ser compreensível para o conjunto de

entidades com as quais se relaciona, nomeadamente

investidores, empregados, mutuantes, fornecedores, cl ientes,

Estado e outros.

Nos termos do art.º 115.º do CSC, as sociedades comerciais são

obrigadas a dispor de contabil idade organizada nos termos da lei

comercial e fiscal e não são permitidos atrasos na execução da

contabil idade superiores a 90 dias.

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Da anál ise dos documentos juntos relativos ao exercício de 2014,

verifica-se que a contabil idade da sociedade satisfaz os

princípios de natureza comercial e fiscal e permitem apurar,

àquela data, a respectiva verdadeira posição financeira, o que,

foram apresentadas.

EXACTIDÃO DO BALANÇO APRESENTADO

De acordo com o que foi verificado, concluímos que foram

adoptados os procedimentos contabil í sticos que decorrem do

SNC Sistema de Normal ização Contabil ística.

SITUAÇÃO DA ESCRITURAÇÃO COMERCIAL

As contas do exercício 2014 foram depositadas na

Conservatória do Registo Comercial , conforme determinado

por lei.

CRITÉRIOSVALORIMÉTRICOS

Existências/ Inventários

As existências encontram-se valorizadas ao custo de aquisição,

respeitando o princípio contabil í stico do custo histórico.

Imobil izações Corpóreas

Não resul ta dos elementos facultados que as imobil izações

corpóreas não tenham sido contabil izadas pelo respectivo

valor de aquisição. Os valores apresentados no balanço não

incluem reaval iações efectuadas ao abrigo dos diplomas

legais bem como reaval iações extraordinárias, conforme

referido nos diplomas legais ut i l izados na reaval iação de

imobil izado.

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5. PERSPECTIVAS DE MANUTENÇÃO DA EMPRESA

5.1. SITUAÇÃO DA EMPRESA

A empresa não apresentou voluntariamente à insolvência e não

se encontra a laborar.

A grave crise económica que se faz sentir a nível internacional e

nacional, conjugada com a diminuição do volume de facturação

e a l imitação da concessão de crédito bancário, originou que a

insolvente ficasse sem capacidade para fazer face às suas

responsabil idades.

Não sendo expectável a recuperação, a curto prazo, da crise em

que a sociedade se encontra mergulhada e sendo actualmente

deficitária a actividade desenvolvida pela requerida, a esta só

lhe resta aderir ao pedido da insolvência.

5.2. DA CONVENIÊNCIA DE SE APROVAR UM PLANO DE

INSOLVÊNCIA

Após recolhas de elementos sobre a sociedade, não foi possível

reunir condições para vir a ser apresentado um Plano de

Insolvência.

Assim, tendo em conta as informações supra referidas, apenas se

poderá concluir pela impossibi l idade de manutenção da

empresa.

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Nada foi junto aos autos que permita sustentar a inversão

daquela situação.

Assim sendo, entende-se por inexequível um qualquer plano de

recuperação.

5.3. CENÁRIOS POSSÍVEIS E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA OS

CREDORES

A assembleia de credores de apreciação do relatório del ibera

sobre o encerramento ou manutenção da actividade do

estabelecimento ou estabelecimentos compreendidos na massa

insolvente.

A signatária encetou dil igências no sentido de averiguar a

existência de bens no património da insolvente, nomeadamente

através da anál ise da contabil idade, deslocação à sede da

insolvente e contactos com a gerência, bem como junto da

Conservatória do Registo Predial e Automóvel e Repartição de

Finanças, tendo sido local izado o(s) bem(ns) infra descrito(s) no

inventário.

Assim, como resultado das dil igências efectuadas resul ta que a

massa insolvente será insuficiente para a satisfação das custas do

processo e das restantes dívidas da massa insolvente, si tuação da

qual se dá, desde já, conhecimento nos termos e para os efeitos

no disposto nos artºs 232.º e 230º, n.º 1, al . d), a f im de, caso assim

se entenda, ser declarado encerrado o presente processo de

insolvência.

Assim, considerando que:

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1. De acordo com a percepção recolhida pela Administradora

de Insolvência, e tendo em atenção as anál ises já referidas

e expl icitadas acima, afigura-se que a Insolvente não tem

qualquer capacidade económica ou financeira de poder vir

a solver os seus compromissos;

2. Não existe por parte dos Credores ou qualquer legitimado

intenção de apresentação de um Plano de Insolvência;

a Administradora da Insolvência propõe, nos termos do art.º 156.º

do CIRE:

a) O encerramento definitivo do estabelecimento onde a

insolvente prestava a sua actividade (n.º 2 do art.º 156.º

do CIRE);

b) O encerramento do processo de insolvência por

insuficiência da massa (artºs 232.º e 230º, n.º 1, al . d)).

c) A notif icação da AT -Autoridade Tributária e Aduaneira –

Serviço de Finanças - , para que, proceda oficiosamente à

cessação imediata da actividade da Insolvente, em sede

de IVA e de Imposto sobre o Rendimento de Pessoas

Colectivas (I .R.C.), de acordo com do nº 3 , do art. 65º do

C.I .R.E. (com a redacção da Lei nº 16/2012, de 20 de

Abril ).

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6. OUTROS ELEMENTOS IMPORTANTES PARA A TRAMITAÇÃO ULTERIOR DO PROCESSO

6.1. DA APREENSÃO DE BENS

A signatária deslocou-se em 30 de Junho de 2015 à sede da

insolvente, tendo verificado que esta corresponde à garagem da

habitação da gerente da insolvente, tendo sido local izado o

único bem pertencente à insolvente.

6.2. DIMENSÃO DA EMPRESA ENQUANTO SOCIEDADE ACTIVA

A insolvente obteve, em 2014, um resul tado l íquido no montante

de (€ 3.652,37).

Aceita-se e tem-se como plausível o facto que a conjuntura

económica interna cada vez mais adversa, contr ibui

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decisivamente para uma diminuição da actividade da sociedade

devedora.

6.3. DO INCIDENTE DE QUALIFICAÇÃO DA INSOLVÊNCIA

Caso disponha de elementos que justifiquem a abertura do

incidente de qual ificação da insolvência, na sentença que

declarar a insolvência, o juiz declara aberto o incidente de

qual ificação, com caráter pleno ou l imitado – cfr. al . i) doa rt.º

36.º do CIRE.

Nos presentes autos a sentença que decretou a insolvência não

foi declarado, desde logo, aberto aquele incidente.

Para o efeito, regista-se, desde já a inexistência de indícios que

fossem do conhecimento da administradora e passíveis de

determinar a qual ificação da insolvência como culposa, contudo

aguarda-se os esclarecimentos sol icitados quanto às mercadorias

registadas na contabil idade.

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7. INVENTÁRIO (ART.S 153.º E 155º/2 CIRE)

Bens Móveis

Rua Fontes Pereira de Melo, N.º 71, Calendário - Vila Nova de Famalicão

8. LISTA PROVISÓRIA DE CREDORES (ART. 155º CIRE)

Em anexo

Verba 1

Descrição Fotografia Valor

1 Máquina de costura “JACK 2000” n.º

130838136

150,00€