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Relatórioe Contas
Consolidado
Índice
INTRODUÇÃO 1Brisa 2007 2Perfil Brisa 3Estratégia Empresarial 5Principais Indicadores 6Mensagem do Presidente 7Enquadramento Macroeconómico 9
CONCESSÕES DOMÉSTICAS 13Concessão Brisa 14Concessão Atlântico 16Concessão Brisal 17Concessão Douro Litoral 18Novas Concessões Rodoviárias 19
TRÁFEGO E MOBILIDADE 21Tráfego 22Excelência de Serviço 25Sistemas de Pagamento 27Segurança Rodoviária 28
SERVIÇOS RODOVIÁRIOS 29Via Verde 30Controlauto 32Brisa Assistência Rodoviária 33 Brisa Access Electrónica Rodoviária 34MCall 35
INFRA-ESTRUTURAS DE TRANSPORTE 36BEG 37TIIC 38 Aeroportos 39Comboio de Alta Velocidade 40
ACTIVIDADE INTERNACIONAL 41Concessões Rodoviárias 42Cobrança Electrónica de Portagens 43Mercados e Concursos 44
SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL 46Recursos Humanos 48Ambiente 49Prevenção Rodoviária 50Inovação 51Desenvolvimento Social 52
RELATÓRIO FINANCEIRO 53
NOTA FINAL 66
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E ANEXOS 69
GOVERNO DA SOCIEDADE 140
ANEXOS: ESTATÍSTICAS DE TRÁFEGO 162
No ano que marcou o10º aniversário desde a sua entrada em Bolsa, a Brisa aumentousignificativamente a suabase de negócios, emPortugal e no Estrangeiro.
. Relatório e Contas 2007
Introdução
01
JANEIROBrisa constitui TIIC (Transport Infrastructure InvestmentCompany), um veículo de investimento em infra--estruturas, criado em parceria com o MillenniumInvestment Banking e a Compagnie Benjamin deRothschild
FEVEREIROBrisa reforça posição accionista de 15% para 26% naKTS, empresa que procede à cobrança electrónica deportagens na República Checa
MARÇOMinistério das Finanças aprova aquisição de 40% daAEA - Auto-Estradas do Atlântico
ABRILBrisa paga dividendo de 28 cêntimos por acção
MAIOVia Verde atinge 2 milhões de identificadores
JUNHOBrisa ganha concessão Northwest Parkway nos EstadosUnidosBrisal inaugura o seu primeiro sublanço, 32 km que ligao Louriçal à Marinha Grande
JULHOBrisa inaugura Ponte da Lezíria no Carregado e conclui aA10
SETEMBROBrisa alarga Conselho de Administração e elege doisnovos membros
OUTUBROBrisa assina memorando com a Gazprom para omercado russo de concessões rodoviárias
NOVEMBROBrisa comemora 10 anos de cotação em Bolsa
DEZEMBROAdjudicação da concessão Douro Litoral ao consórcioliderado pela Brisa
Brisa 2007
01 INTRODUÇÃO 2
A Brisa - Auto-estradas de Portugal foi fundada em1972. Em 36 anos transformou-se numa das maioresoperadoras de auto-estradas com portagens no mundoe a maior empresa de infra-estruturas de transporte emPortugal.
Hoje, a Brisa tem uma capitalização bolsista na ordemdos 6 000 milhões de euros e as suas acções sãocotadas na Euronext Lisboa, onde integra o seuprincipal índice, o PSI-20. Faz ainda parte do Euronext100 – o índice que reúne as maiores empresas deFrança, Holanda, Bélgica e Portugal – e do FTSE4Good,o índice de referência em responsabilidade social.
A principal área de negócio desenvolvida pela Brisa é aconstrução e a exploração de auto-estradas comportagem, quer através de investimentos directos emPortugal, quer através das suas participadas nacionais einternacionais.
Os restantes negócios explorados pela empresacomplementam a sua área principal e consistem naprestação de serviços associados à segurança ou àcomodidade da circulação rodoviária, em auto-estradae em circuito urbano.
Brasil, América do Norte e Espanha concentram amaioria dos investimentos internacionais da Brisa:
- No Brasil, detém 18% do capital da Companhia deConcessões Rodoviárias (CCR), a maior operadora deauto-estradas da América Latina;
- Nos Estados Unidos, detém 90% do capital daconcessão Northwest Parkway;
- Em Espanha detém 1% da Abertis, uma das maioresoperadoras europeias do sector.
Perfil Brisa
3 . Relatório e Contas 2007
“A construção e exploração de auto-estradas com portagem originam
89% dos proveitos de exploração.”
A Brisa está presente em vários pontos do globo:
Em Portugal – 4 concessões, 17 auto-estradasNos EUA – 1 concessão, Northwest Parkway
No Brasil através da CCR – 7 concessõesNa República Checa – cobrança electrónica de portagens
Na Holanda – cobrança electrónica de portagens
3 903 km de auto-estradas no total
01 INTRODUÇÃO 4
AUTO-ESTRADAS INTERNACIONAL SERVIÇOS
CONCESSÃOPRINCIPAL
100%
BRISAL - AUTO-ESTRADASDO LITORAL
70%
AUTO-ESTRADASDO ATLÂNTICO
50%
AUTO-ESTRADASDO DOURO-LITORAL
55%
CCR18%
NORTHWESTPARKWAY
90%
ABERTIS1%
KTS26%
MOVENIENCE30%
BEG100%
VIA VERDE75%
BAR100%
MCALL100%
SMA/EFACEC20%
BAER92,5%
CONTROLAUTO60%
Tecnologia inovadoraVia Verde
Com esta modalidade de pagamento electrónico, que debita automaticamentena conta bancária a taxa de portagem correspondente, a Brisa provou a suasuperioridade tecnológica e contribuiu definitivamente para uma mobilidade
mais cómoda, fácil e segura.Uma ideia simples, pioneira a nível internacional, adoptada já em muitos outros
países que reconhecem o capital de inovação da Brisa.
Estratégia Empresarial
5 . Relatório e Contas 2007
Na prossecução dos seus objectivos, a Brisa vaicontinuar a desenvolver a sua estratégia, a qual assentanos seguintes vectores:
� EXCELÊNCIA OPERACIONAL
Com o objectivo de caminhar no sentido da excelência,a Brisa iniciou em 2007 um projecto interno de carácterplurianual e transversal a toda a organização, oPrograma Best. Os principais objectivos deste programasão a excelência no serviço aos clientes, a melhoriacontínua da eficiência das operações e o crescimentosustentável.
� PRESENÇA GLOBAL NO SECTOR DE AUTO-ESTRADAS
Tendo em vista as inúmeras oportunidades de negócioem todo o mundo, no domínio das concessõesrodoviárias, a estratégia de internacionalização da Brisa
estende-se à escala global e assenta em quatroprincípios-base:
� DIVERSIFICAÇÃO EM INFRA-ESTRUTURAS DE TRANSPORTE
No mercado nacional a Brisa pretende capitalizar assuas competências de gestão de projectos, gestão emanutenção de infra-estruturas e gestão de contratosde concessão de longa duração, noutros sectores deinfra-estruturas. Neste sentido, definiu como prioridadeestratégica a entrada no sectores de infra-estruturasaeroportuárias, através do Projecto do Novo Aeroportode Lisboa (NAL) e da privatização da ANA, S.A., e deinfra-estruturas de transporte ferroviárias, participandono projecto do Comboio de Alta Velocidade.
Diversificação emInfra-estruturasde transporte
Presença Globalno sector de
Auto-Estradas
ExcelênciaOperacional
- Maximizar o valor dos activos actuais- Disseminar as melhores práticas a novas concessões
- Alargar o enfoque geográfico- Ordem de prioridade dos mercados- Reforçar competências-chave, com o objectivo- de aumentar a competitividade internacional
- Reforçar competências para captar valor noutros- sectores de infra-estruturas de transporte- (prioridade aos sectores aeroportuário e ferroviário)
Projectos
Posicionamento
Participação- Estratégica, podendo ser minoritária- Igual ao maior accionista - controlo conjunto- Alavancando nas competências da Brisa
- “Constituição de Parcerias” - Flexível de acordo com características de cada mercado - Parceiros com forte presença local - Complementaridade com as competências da Brisa
- Foco em auto-estradas- Balanço adequado entre mercado primário- (construção, seguida de exploração) e- secundário (aquisição de participações em- concessionárias existentes)
Mercados
- Situação económica atractiva- Risco político e económico aceitáveis- Potencial de crescimento, tanto no curto, como- no médio e longo prazo
Principais indicadores de desempenho
01 INTRODUÇÃO 6
REDE
2003 2004 2005 2006 2007
Número de auto-estradas em concessão directa 11 11 11 11 16
Número de quilómetros das auto-estradas em concessão directa 1 106 1 106 1 106 1 106 1 346
Número de quilómetros em concessão directa abertos ao tráfego 1 007 1 007 1 063 1 074 1 135
Número de quilómetros abertos ao tráfego incl. participadas em Portugal e no Brasil 2 285 2 619 2 675 2 696 2 757
Número de quilómetros abertos ao tráfego, ajustados à % de participação 1 275 1 283 1 340 1 352 1 479
EXPLORAÇÃO (montantes em milhões de euros)
2003 POC 2004 IFRS 2005 IFRS 2006 IFRS 2007 IFRS
Proveitos totais de exploração 560 574 577 586 646
Receitas de portagens 502 523 509 511 576
Percentagem das portagens nos proveitos totais de exploração 90% 91% 88% 87% 89%
EBITDA1 403 424 418 418 460
Margem do EBITDA, % 72% 74% 72% 71% 71%
EBIT2 275 315 296 294 281
Margem do EBIT, % 49% 55% 51% 50% 44%
Resultado líquido do exercício atribuível a detentores do capital 152 191 298 167 2591 Resultados antes de ganhos e perdas financeiros, impostos e amortizações
2 Resultados antes de ganhos e perdas financeiros e impostos
BALANÇO (montantes em milhões de euros)
2003 POC 2004 IFRS 2005 IFRS 2006 IFRS 2007 IFRS
Capital social, inteiramente subscrito1 600 600 600 600 600
Capital próprio e interesses minoritários 1 348 1 535 1 625 1 566 1 691
Passivo 3 181 2 566 2 687 2 873 3 668
Activo líquido total 4 529 4 101 4 312 4 439 5 359
Capital próprio / Activo líquido total, % 30% 37% 38% 35% 32%
Rendimento do capital próprio (ROE), %2 11,5% 14,2% 19,4% 10,3% 16,5%
Rendimento do activo (ROA), %3 3,3% 4,2% 7,3% 3,9% 5,8%
1 Com o valor nominal de um euro cada acção2 ROEn = Resultado lìquido (n) / Capital Próprio (n-1)3 ROAn = Resultado lìquido (n) / Activo (n-1)
DÍVIDA
2003 POC 2004 IFRS 2005 IFRS 2006 IFRS 2007 IFRS
Dívida financeira líquida, milhões de euros 2 198 2 232 2 069 2 364 3 208
Dívida financeira líquida / EBITDA 5,5 5,3 4,9 5,7 7,0
EBITDA / Encargos financeiros 3,9 4,5 4,9 5,2 4,1
ACÇÃO
2003 POC 2004 IFRS 2005 IFRS 2006 IFRS 2007 IFRS
Número de acções emitidas, milhões 600 600 600 600 600
Cotação no final do ano, euros 5,30 6,75 7,16 9,45 10,05
Capitalização bolsista no final do ano, milhões de euros 3 180 4 050 4 296 5 670 6 030
Resultado líquido por acção, cêntimos (de euro) 25 32 50 28 43
PER no final do ano 21 21 14 34 23
Mensagem do Presidente
7 . Relatório e Contas 2007
2007 foi um ano de forte crescimento, que permite encarar com convicção o novo ciclo estratégico que se anuncia, nomercado doméstico e no mercado internacional.
No ano que marcou o décimo aniversário desde a sua entrada na Bolsa, a Brisa aumentou significativamente a sua base denegócios em Portugal e no Estrangeiro. As receitas de tráfego, que constituem 89% dos proveitos da empresa, aumentaramcerca de 13%, suportadas por um crescimento de 2,6% na rede homóloga. Esta inversão de tendência, face ao climaadverso dos anos mais recentes, reflecte uma melhoria da situação económica portuguesa, bem como a diluição do impactosobre o tráfego, das novas auto-estradas sem portagens reais (SCUT).
No dia 8 de Julho, a Brisa viveu um momento histórico com a abertura ao tráfego da Ponte da Lezíria, na A10, que liga asduas margens do Tejo, entre a A1, no Carregado, e a A13, em Benavente, finalizando assim a construção da sua redeprincipal, com 11 auto-estradas, numa extensão total de 1 089 quilómetros.
Para além da concessão principal, 2007 fica marcado pelo reforço da actividade através de três outras concessões, a Brisal,as Auto-Estradas do Atlântico e a Douro Litoral, as quais irão ter um impacto decisivo no crescimento da Brisa.
A Brisal, que detém a concessão do Litoral Centro, inaugurou, a 3 de Junho de 2007, os seus primeiros 32 km de um totalde 92 km, os quais estarão concluídos no final do primeiro semestre de 2008.
Durante o ano de 2007 foi formalizada a aquisição de mais 40% da Auto-Estradas do Atlântico, duas auto--estradas, comuma extensão total de 170 km, que são complementares às redes Brisa e Brisal. Com esta aquisição, a Brisa passou aconsolidar nas suas contas 50% desta concessão.
Destaque ainda para a adjudicação da concessão do Douro Litoral, com um total de 126 km, ao consórcio Auto-estradasdo Douro Litoral, o que vem reforçar o posicionamento da Brisa no seu mercado nacional, quer pelas regiões que estaconcessão serve, quer pelo facto de assegurar a interligação de três auto-estradas – A1, A3 e A4.
As concessões Brisal e Douro Litoral demonstram o dinamismo e a competência da Brisa e confirmam-na como a referênciano sector de infra-estruturas de transporte em Portugal. De salientar que em três concursos públicos internacionais, lançadospelo Estado Português para adjudicação de novas concessões de auto-estradas com portagem, a Brisa ganhou dois.
As competências, adquiridas e desenvolvidas em Portugal, são vantagens competitivas que a Brisa decidiu explorar atravésda implementação de uma estratégia de internacionalização, iniciada no Brasil.
A aquisição da concessão Northwest Parkway, formalizada em Novembro último, é o facto mais relevante do ano, na áreainternacional. A concessão possui um elevado potencial pelo seu posicionamento estratégico nos Estados Unidos daAmérica e no Estado do Colorado, além da dimensão apropriada para uma primeira operação. O acompanhamento globalda actividade deste mercado é feito a partir do recém-aberto escritório da Brisa, em Atlanta, na Geórgia.
A abertura de representações da Brisa no estrangeiro, para um acompanhamento de proximidade, foi completada com oescritório de Viena, na Áustria, vocacionado para os mercados da Europa Central e de Leste, da Rússia e da Turquia.
A cobrança electrónica de portagens é outro vector de expansão internacional da Brisa, que já tem concretizações na
República Checa, através da parceria KTS, para a cobrança de portagens a pesados, e na Holanda, através da Movenience,para cobrança de portagens no Westerschelde Tunnel, a única infra-estrutura rodoviária com portagens naquele país.
2007 é, por isto, também um ponto de viragem na área internacional, com uma actividade sustentada pelo arranque dediversas operações, quer no sector das concessões rodoviárias, quer no sector da cobrança electrónica de portagens, emPortugal, na Europa e na América do Norte.
Crescimento sustentávelO crescimento sustentado do negócio incorpora a busca do equilíbrio da actividade económica da empresa com osrespectivos impactes sociais e ambientais.
Para isso, a Brisa continuou a desenvolver projectos iniciados em anos anteriores, como também elevou o nível do seuempenho através de novos projectos e novas iniciativas. A adesão da Brisa ao World Business Council for SustainableDevelopment e a adesão ao UN Global Compact são expressões institucionais do reforço dos seus compromissos.
Merecem destaque, aqui, os projectos desenvolvidos no âmbito da estratégia de sustentabilidade da Brisa, cujas orientaçõesfundamentais são a excelência no serviço ao cliente, a melhoria contínua das operações e o crescimento sustentável.
A empresa investiu de forma consistente em novos desenvolvimentos dos seus sistemas de gestão de riscos e de gestão daqualidade, na nova geração do seu modelo de inovação tecnológica e no aprofundamento da gestão das relações com osclientes.
Merece destaque, no plano ambiental, a adopção de uma política específica para a conservação e promoção dabiodiversidade, e a assinatura do compromisso Brisa pela Biodiversidade. Esta iniciativa, que envolve várias partesinteressadas e cinco projectos, com âmbitos e impactes diferenciados, irá concretizar-se ao longo dos próximos cinco anos.
Um novo ciclo estratégico2007 exigiu muito da Brisa e os resultados do trabalho desenvolvido foram reconhecidos pelos mercados, como se podeconstatar pela apreciação de 6,4% do valor da acção Brisa em 2007, o que conjugado com o dividendo se traduz numretorno total de 9,4%.
A Brisa entra agora num novo ciclo estratégico, operando várias concessões em várias geografias, posicionando-se comoum dos protagonistas mundiais do sector das infra-estruturas de transporte.
A produtividade e a eficiência operacional, a inovação e a tecnologia, e as capacidades de engenharia e de gestão, sãocompetências fulcrais que a empresa tem desenvolvido ao longo dos anos, e que a distinguem entre as empresas líderes dosector de concessões, à escala global. Estas competências são vantagens competitivas muito concretas, que a Brisa está aaproveitar para a implementação da sua estratégia de crescimento.
Entretanto, a Brisa irá continuar a ser um parceiro para o desenvolvimento de Portugal, um parceiro do Estado e dasempresas do sector, nos grandes desafios fixados para o País, como a execução do Plano Rodoviário Nacional, odesenvolvimento do Novo Aeroporto de Lisboa ou a concretização do projecto do Comboio de Alta Velocidade.
A Brisa tem uma visão ambiciosa, cujo objectivo é conseguir o crescimento sustentado com criação de valor, conciliandocrescimento com rendibilidade, reforçando os negócios actuais e assegurando um retorno adequado dos novosinvestimentos.
O Presidente do Conselho de Administração
Vasco de Mello
01 8INTRODUÇÃO
Enquadramento Macroeconómico
9 . Relatório e Contas 2007
Em 2007, as economias mundiais foram atingidas pordiversos choques – crise do subprime nos Estados Unidos,instabilidade dos mercados financeiros e aumento dospreços das matérias-primas, nomeadamente do petróleo– que conduziram a um abrandamento económicoinesperado mas controlado.
� A RECUPERAÇÃO NA ZONA EURO
Crescimento económico >> 2,4 a 2,8%1
Taxa de inflacção >> 3,2%2
A recuperação económica da Zona Euro verificada em 2006(+2,9%) e no primeiro semestre de 2007, registou umabrandamento no segundo semestre de 2007, como con-sequência dos choques referidos anteriormente, manten-do, no entanto, um crescimento económico robusto.
O aumento das taxas de juro, o acesso ao crédito maisdificultado e a valorização do Euro limitaram o cresci-mento do PIB em 2007 na Zona Euro. A inflação man-teve-se acima da barreira dos 2%, devido ao rápidoaumento dos preços da energia e dos bens alimentares,o que contribuiu para que o BCE continuasse a suapolítica de aumento da taxa de referência, que passoude 3,5% no início do ano para 4% no final. No merca-do de trabalho, em 2007, mantiveram-se tanto aexpansão estável que se vem registando ao nível da cri-ação de emprego, como a redução da taxa de desem-prego (para 6,8%), ainda que o ritmo de descida tenhadiminuído gradualmente ao longo do ano.
1 Conforme Boletim Mensal de Dezembro de 2007 do Banco Central Europeu.2 Valor provisional, medido através do Índice Europeu de Preços do Consumidor.
TAXA DE CRESCIMENTO DO PIB (%)
4,0
3,5
3,0
2,5
2,0
1,5
1,0
0,0
-0,5
-1,0
2003 2004 2005 2006 2007
EUA
Zona Euro
Portugal
� A ECONOMIA PORTUGUESA
Na economia portuguesa manteve-se o clima decontenção orçamental mas o crescimento económicoaumentou:
Crescimento económico >> 1,9%3
Taxa de inflacção >> 2,4%4
3 Conforme Boletim Económico do Banco de Portugal, Inverno de 2007 (valor estimado).4 Estimativa do Boletim económico do Banco de Portugal, Inverno de 2007 (valorestimado).
O crescimento de 1,9%, embora modesto, é significativoquando comparado com os 1,2% verificados em 2006.Esta evolução do PIB foi sustentada pelo crescimento dasexportações (7%), do consumo privado (1,2%) e, comespecial relevância, do investimento privado (2,6%). Ataxa de inflação baixou para 2,4% (3% em 2006),aproximando-se do nível registado na zona euro. A taxade desemprego mantém-se elevada (7,7%) e não temseguido a tendência de decréscimo verificada na zonaeuro.
01 INTRODUÇÃO 10
TAXA DE CRESCIMENTO DO PIB EM PORTUGAL (%)
2001
2,50%
2,00%
1,50%
1,00%
0,50%
0,00%
-0,50%
-1,00%
2002 2003 2004 2005 2006 2007
2,00%
0,80%
-0,80%
1,50%
0,90%
1,20%
1,90%
11 . Relatório e Contas 2007
Um dos factores com maior influência no tráfegorodoviário, as vendas de veículos novos, registaram umaevolução positiva (+4,3%) com a venda de veículosligeiros a aumentar 4,3% e a de pesados a aumentar6,4%. Com estes resultados as vendas voltaram a níveisde 2005, depois de em 2006 se ter registado umaredução de 4,8%. Em 2007, venderam-se em Portugal270 mil veículos ligeiros e 6 mil veículos pesados.
� O ABRANDAMENTO NOS EUA
Nos EUA, o abrandamento económico verificado em2007, patente na redução da taxa de crescimento doPIB para 2,2% (2,9% em 2006), obrigou a ReservaFederal a reequacionar a restritiva política monetáriaque vinha praticando, consubstanciada em sucessivassubidas da taxa de juro, e a baixar a taxa de referênciaem 100 pontos base, para 4,25%. A inflação manteve--se controlada abaixo dos 3%, apesar das pressõesexercidas pelo preço dos factores energéticos, comespecial relevância para o petróleo.
� A ESCALADA DO PETRÓLEO
A média das cotações do Brent de Janeiro a Dezembro de2007 situou-se, em USD 73, 11,4% acima da média de2006 e 33,3% em relação a 2005. No entanto, este forteaumento foi atenuado pela depreciação do Dólar face aoEuro ao longo de 2007, o que resultou num aumento dacotação média do Brent, em euros, de 2% em 2007.
No segundo semestre de 2007, a instabilidade noMédio Oriente e a quebra nas reservas americanascontribuíram para que o barril de petróleo batessesucessivos recordes nos últimos dois meses do anotransacto, sendo que a 31 de Dezembro de 2007 opetróleo fechou o ano acima dos USD 90 por barril.
Como consequência, o aumento dos combustíveis nãose fez esperar, sobretudo da gasolina e do gasóleo.
TAXA DE CRESCIMENTO DA VENDA DE VEÍCULOS LIGEIROS (%)
6%
Portugal4%
3%
0%
-2%
-4%
-6%
2004 2005 2006 2007
EU15
EVOLUÇÃO DO PMVP DOS COMBUSTÍVEIS RODOVIÁRIOS
1.50
1.40
1.30
1.20
1.10
1.00
0.90
0.80
2006
Gasolinas
Gasóleo
Média
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
2007
� OS COMBUSTÍVEIS RODOVIÁRIOS
Como reflexo da evolução do preço do Brent e do
aumento do peso da fiscalidade sobre os produtos
petrolíferos, os preços das gasolinas e do gasóleo
registaram aumentos médios de 3,5% e 3,3%,
respectivamente, de 2007 face ao período homólogo. O
preço médio dos combustíveis teve um comportamento
crescente ao longo do ano, tendo registado em Dezembro
valores 16% acima dos preços de venda em Janeiro.
Entre Janeiro e Novembro de 2007, a venda de
combustíveis aumentou 0,4% com a venda de gasóleo
a aumentar 2,3% e a gasolina a sofrer uma quebra de
5%. Manteve-se assim a tendência decrescente da
quota de mercado das gasolinas face ao gasóleo, que
em 2007 foram de 25% e 75%, respectivamente.
� A INSTABILIDADE NAS BOLSAS
A crise do subprime que se iniciou no segundo semestre
de 2007 causou grande instabilidade nos mercados
financeiros. Não obstante este efeito generalizado e
prolongado, as bolsas encerraram o ano com ganhos,
com destaque para as bolsas de São Paulo (+45%),
Frankfurt (+21%), Nova Iorque (+6%) e Londres (+3%).
Em Portugal, o PSI-20 encerrou o ano com ganhos
próximos dos 16%.
01 INTRODUÇÃO 12
. Relatório e Contas 2007
ConcessõesDomésticas
02
O mercado de concessões rodoviárias em Portugal temactualmente 14 concessões e mais de 2 600 kmconcessionados. Relativamente ao número de kmconcessionados, a Brisa detém uma quota próxima dos50%, através de quatro concessões rodoviárias:
1. 100% da concessão Brisa, uma rede que integra 11 auto-estradas, num total de 1 106 kmconcessionados, de acordo com o contrato deconcessão, termina em 2032;
2. 70% da concessão Brisal, que detém a auto-estradaA17 - Litoral Centro, com 92 km, cujo termo évariável entre os 22 e os 30 anos;
3. 50% da Auto-estradas do Atlântico, que detém aconcessão de duas auto-estradas, num total de 170 km. Termina em 2028;
4. 55% da Auto-estradas do Douro-Litoral, umaconcessão de 3 auto-estradas que compreende umtotal de 129 km, concessionados durante 27 anos.
A concessão Brisa cobre o país de Norte a Sul e de Lestea Oeste, sendo o principal eixo rodoviário nacional. Estaconcessão principal rege-se pelo contrato celebradocom o Estado Português, que contempla a exploraçãodirecta de 11 auto-estradas repartidas por 1 089 km.
� CONCLUSÃO DA REDE DE AUTO-ESTRADAS
A conclusão da rede Brisa foi realizada com a aberturaao tráfego da ponte da Lezíria, uma nova ligação entreo norte e o sul do país. O troço inaugurado, o último daA10, corresponde a um investimento na ordem dos 243 milhões de euros, dos quais 80% são financiadospela Brisa e 20% pelo Estado Português. Esta obra, paraalém de ligar o norte e o sul do país é também umsímbolo da engenharia portuguesa, uma vez que foiprojectada e executada por empresas nacionais.
Com esta conclusão, a rede Brisa apresenta-se comouma rede madura, onde apenas falta concluir a ligação
Concessão Brisa
02 CONCESSÕES DOMÉSTICAS 14
Indicadores económicos Vendas totais: 573,0 milhões de euros
Resultado EBITDA: 425,8 milhões de euros
Margem EBITDA: 74,3%
Número de trabalhadores: 1 603
CARACTERÍSTICAS DA CONCESSÃO BRISA
Auto-estradas Extensão (km)
Com portagem Sem portagem Total 2x2 vias 2x3 vias 2x4 vias
A1 – Auto-estrada do Norte 277,8 17,4 295,2 202 85,9 7,3
A2 – Auto-estrada do Sul 225,2 9,0 234,2 216,3 17,9
A3 – Auto-estrada Porto-Valença 99,7 8,4 108,1 105,0 3,1
A4 – Auto-estrada Porto-Amarante 48,3 3,0 51,3 51,3
A5 – Auto-estrada da Costa do Estoril 16,9 8,1 25,0 3,8 21,2
A6 – Auto-estrada Marateca-Elvas 139,0 18,8 157,9 157,9
A9 – Circular Regional Externa de Lisboa 34,4 34,4 34,4
A10 – Auto-estrada Bucelas-Carregado-IC3 39,8 39,8 7,4 32,4
A12 – Auto-estrada Setúbal-Montijo 24,2 24,2 5,2 19,0
A13 – Auto-estrada Almeirim-Marateca 78,7 78,7 78,7
A14 – Auto-estrada Figueira da Foz-Coimbra Norte 27,9 12,1 39,9 39,9
Total 1 011,9 76,8 1 088,7 862,3 216,0 10,4
ao novo aeroporto de Lisboa, uma ligação que constado contrato de concessão da Brisa e que servirá o novoaeroporto quando este estiver totalmente construído.
� ALARGAMENTO, EXPANSÃO ECONSERVAÇÃO
O contrato da concessão principal prevê o alargamento donúmero de vias de uma auto-estrada sempre que o seuTráfego Médio Diário (TMD) atingir um limite préestabelecido, de forma a assegurar a fluidez e a qualidadede circulação. De acordo com estes limites, sempre que oTMD seja superior a 35 000 veículos, a auto-estrada deveráser alargada de 2 para 3 vias em cada sentido. Caso o TMDseja superior a 60 000 veículos o número de vias passará de3 para 4 em cada faixa de rodagem.
Estas obras devem efectuar-se no prazo de dois anos,ficando, no entanto, dependentes das necessáriasaprovações técnicas e ambientais, incluindo a Declaraçãode Impacte Ambiental, pelas autoridades competentes.
Actualmente estão em curso alargamentos ao longo decerca de 57 km de auto-estradas, na sua maioria naAuto-Estrada do Norte (A1).
ALARGAMENTOS EM FASE DECONSTRUÇÃO EM 2007
Auto-estradas Extensão (km) Tipo
A1 - Auto-estrada do Norte
Sublanço Santarém / Torres Novas 26,9 2x3 vias
Sublanço Condeixa / Coimbra (Sul) 7,7 2x3 vias
Sublanço Estarreja / Feira 16,8 2x3 vias
A3 - Auto-estrada Porto / Valença
Sublanço Águas Santas (A3 / A4) / Maia 5,3 2x4 vias
Para além dos alargamentos anteriormentemencionados, a rede foi alvo de diversas intervenções,tanto no âmbito das grandes reparações como noâmbito da expansão, destacando-se as seguintes obras:
- A1 – AE do Norte: Inicio da Construção do Nó II deVila Franca de Xira – 2ª fase, no sublanço Alverca / VilaFranca de Xira;
- A13 – AE Almeirim / Marateca: reformulação do Nó doIC10 com a EN 118, no sublanço Almeirim / Salvaterra deMagos.
Ao nível da conservação, durante o ano de 2007, naconcessão principal, realizaram-se várias empreitadasde beneficiação e reforço do pavimento, ao longo decerca de 85 km.
EMPREITADAS DE BENEFICIAÇÃOE REFORÇO DO PAVIMENTO
Auto-estrada Sublanços
A1 Torres Novas / Fátima
A1 Mealhada / Aveiro Sul (foi iniciada a empreitada)
A3 Cruz / Braga Sul / Braga Oeste
A3 Ramos da concessão no Nó de Famalicão
A4 Campo / Baltar / Paredes
A5 Estádio Nacional / Linda-a-Velha (complexidade de
execução devido ao elevado tráfego)
A9 Estádio Nacional / Túnel de Carenque
A14 A14 – Trecho no sublanço Vila Verde / Sta Eulália
A2-A6-A13 Alcácer do Sal e Grândola Sul / Grândola Norte
Destaque ainda para a realização da campanha anual deauscultação de pavimentos, onde são avaliados osparâmetros funcionais, nomeadamente, atrito, textura,regularidade longitudinal e capacidade estrutural. Estainformação é posteriormente introduzida no sistema deGestão de Pavimentos, servindo de apoio aos estudos debeneficiação e reforço dos mesmos.
� INVESTIMENTO TOTAL NA REDE
Durante o ano de 2007, o valor do investimento na redeBrisa foi cerca de 200 milhões de euros. Grande parte desseinvestimento – 110,6 milhões de euros – destinou-se àconstrução de novos lanços. Uma vez que, deste montante,cerca de 20% é financiado pelo Estado Português, omontante efectivamente dispendido pela Brisa foi cerca de88,5 milhões de euros.
15 . Relatório e Contas 2007
INVESTIMENTO DIRECTO NA CONCESSÃO PRINCIPAL
Tipo de investimento 2003 2004 2005 2006 2007
Novos lanços 114,0 175,5 154,3 200,9 110,6
Grandes reparações 10,8 4,1 11,1 11,4 17,9
Projectos complementares 17,9 41,5 64,2 56,8 54,5
Outros 8,3 10,0 39,6 31,5 17,9
Total 151,0 231,1 269,2 300,1 200,9
A concessão Auto-Estradas do Atlântico, num total de170 km, distribui-se por duas auto-estradas: A8 e A15.
Esta concessão encontra-se totalmente construída masainda longe de uma fase madura.
Registando um forte crescimento orgânico, a concessãoAtlântico resgistou um crescimento de tráfegoadicional, em 2007, em virtude do tráfego induzidopela abertura da Brisal.
Durante o ano de 2007 destaca-se o investimentoefectuado na modernização dos equipamentos deportagem, em todas as praças de portagem. As
intervenções foram realizadas ao longo de 25 ViasVerdes de entrada, 25 Vias Verdes de saída, 35 viasmanuais de entrada e 63 vias manuais de saída.
Concessão Atlântico
02 CONCESSÕES DOMÉSTICAS 16
Indicadores económicos Vendas totais: 66,4 milhões de euros
Resultado EBITDA: 44,0 milhões de euros
Margem EBITDA: 66,3%
Número de trabalhadores: 311
CARACTERÍSTICAS DA CONCESSÃO ATLÂNTICO
Auto-estrada Extensão (km)
Totais Sem portagem Com portagem 2x2 vias 2x3 vias
A8 – Auto-estrada Lisboa / Leiria 129,8 26,0 103,8 88,1 41,4
A15 - Auto-estrada Caldas da Rainha / Santarém 40,2 0 40,2 40,2 0
Totais 170,0 26,0 144,0 128,6 41,4
17 . Relatório e Contas 2007
A concessão Brisal explora a A17, num total de 92 km
que liga a A8 na Marinha Grande à SCUT da Costa da
Prata, em Mira. Em 2007 foram abertos os primeiros
sublanços, numa extensão de 32 km entre a Marinha
Grande e o Louriçal (IC8).
Os restantes 60 km serão abertos à circulação no final
do primeiro semestre de 2008. De salientar que face à
previsão inicial verificou-se um adiamento da abertura
em quatro meses, em virtude do processo de aprovação
ambiental por parte do Estado Português.
Após esta abertura, a concessão Brisal beneficiará do
tráfego induzido pela concessão Atlântico e,
consequentemente reforçará o aumento do tráfego na
rede Atlântico.
Durante o ano de 2007, o investimento na concessão
Brisal ascendeu a 250 milhões de euros.
Concessão Brisal
Indicadores económicos Vendas totais: 2,5 milhões de euros
Resultado EBITDA: - 4,6 milhões de euros
Margem EBITDA: N/A
Número de trabalhadores: 2
CARACTERÍSTICAS DA CONCESSÃO BRISAL
Extensão (km)
Totais Sem Com Em Em Em
Auto-estrada portagem portagem projecto construção operação
IC8 – Louriçal – Pombal (entregue ao Estado em Dezembro 2006) 12,5 12,5 - - 12,5
A17 – Marinha Grande – Louriçal 32,3 - 32,3 - - 32,3
A17 – Louriçal – Mira 60,4 - 60,4 - 60,4 -
A concessão Douro Litoral compreende um total de
129 km, dos quais 76,2 com portagem, e foi adjudicada
ao consórcio liderado pela Brisa em finais de Dezembro de
2007, por um período de 27 anos.
Esta concessão, próxima da cidade do Porto servirá uma
área urbana com elevada densidade populacional, onde
se desenvolvem várias actividades industriais. A concessão
reveste-se de uma importância ainda maior ao interligar
três auto-estradas da rede Brisa, a A1 (Auto-Estrada do
Norte), a A3 (Auto-estrada Porto / Valença) e a A4 (Auto-
-estrada Porto-Amarante).
O investimento estimado desta concessão ascende a quasemil milhões de euros, dos quais 207 milhões correspondema um pagamento efectuado ao concedente na data deassinatura do Contrato de Concessão.
Durante o ano de 2008 serão encetados os estudos eprojectos dos troços que serão construídos nos anosseguintes, bem como se iniciará, a partir de Março, aoperação de um conjunto de sublanços sem portagem,com uma extensão de 52,7 km.
A abertura total ao tráfego desta concessão é esperadadurante o ano de 2011.
Concessão Douro Litoral
02 CONCESSÕES DOMÉSTICAS 18
CARACTERÍSTICAS DA CONCESSÃO DOURO LITORAL
Extensão (km)
Auto-estrada Total Sem Com Em Em Em
portagem portagem projecto construção operação
A43 – Gondomar / Aguiar de Sousa (IC24) 8,5 - 8,5 8,5 - -
A41 – Picoto (IC2) / Nó da Ermida (IC25) 33,0 - 33,0 33,0 - -
A32 – Oliveira de Azeméis / IP1 (S.Lourenço) 34,7 - 34,7 34,7 - -
N14 - Ameal (IC23) / Leça do Balio (IP4) 4,0 4,0 4,0
A1 / IC1 - Coimbrões (IC23) / Ponte da Arrábida (Norte) 4,3 4,3 4,3
A1 / IC2 - Nó de Sto Ovídio (IC2) / Coimbrões (IC1) 2,6 2,6 2,6
A20 / IP1 - Carvalhos (IC2) / VCI (IP1) 8,1 8,1 8,1
A20 / IC23 - Nó de Franco (IC1) / Nó VCI (IP1) 8,7 8,7 8,7
A28 / IC1 - Ponte da Arrábida (Norte) / Sendim (IP4) 6,1 6,1 6,1
A41 / IC24 - Espinho (IC1) / Picoto(IC2) 5,6 5,6 5,6
A43 / IC29 - Ponte do Freixo (Norte) / Gondomar 8,1 8,1 8,1
A44 / IC23 - Coimbrões (IC2) / Ponte do Freixo (Sul) 5,1 5,1 5,1
128,8 52,7 76,2 76,2 52,7
A abertura total ao tráfego desta concessão é esperada durante o ano de 2011.
19 . Relatório e Contas 2007
A conclusão e adjudicação de importantes concessões e olançamento de novos projectos dinamizaram fortementeo sector rodoviário em 2007. Para além do Túnel doMarão, onde a Brisa se encontra numa fase de short-list,o Estado Português definiu sete novas concessões queirão a concurso público e cujas propostas iniciais seesperam durante o ano de 2008. A Brisa, no âmbito dasua estratégia para o mercado nacional, vai analisarcuidadamente estes concursos públicos e marcar a suapresença, tendo sempre em vista a criação de valor para oaccionista.
� AUTO-ESTRADA DO TÚNEL DO MARÃO
A auto-estrada do Túnel do Marão, com uma extensãototal de 29 km, apresenta-se no final de 2007 na fase deshort-list, com o consórcio AEdM (Auto-estradas do
Marão), liderado pela Brisa, a integrar a lista dos 2concorrentes que apresentarão uma proposta final noinício de 2008. A decisão encontra-se prevista para finaisdo 1º semestre de 2008.
Neste contexto é importante salientar que, uma vezconcluída e aberta a concessão Túnel do Marão, a mesmaservirá como um prolongamento da Auto-estrada A4(Auto-estrada Porto-Amarante), entre Amarante e Vila Real,o que reforçará o tráfego nesta auto-estrada da rede Brisa.
� PLANO RODOVIÁRIO NACIONAL
Entre processos já iniciados e outros anunciados parabreve, quase 1 500 km de novas concessões, com mais de900 km de novas estradas:
Novas Concessões Rodoviárias
- Auto-estrada Transmontana, entre Vila Real e Bragança(fronteira), com propostas entregues em finais deFevereiro de 2008;
- Douro Interior, 261 km de novas estradas que sedesenvolverão em Trás-os-Montes e na Beira Interior;
- Baixo Alentejo, uma concessão nos distritos de Beja,Évora e Setúbal, com propostas previstas para meadosde Março de 2008;
- Baixo Tejo, 70 km na Península de Setúbal (32 km denova construção e 38 km já em serviço), cuja entrega de
propostas está prevista para o início de Abril de 2008;- Auto-estradas do Centro, entre Coimbra, Aveiro e Viseu,
uma concessão cujo concurso deve iniciar-se em Marçode 2008;
- Litoral Oeste, quase 100 km na região de Leiria / Tomar(80 km de nova construção), a concurso em Março de2008;
- Alto Alentejo, 110 km de novas vias no distrito dePortalegre.
02 CONCESSÕES DOMÉSTICAS 20
NOVAS CONCESSÕES RODOVIÁRIAS
Concessões Construção de novas vias Conservação Vias parade vias em construção e
Perfil AE Sem Perfil AE Total serviço (km) conservação (km)
Transmontana 130 0 130 47 177
Douro Interior 18 243 261 11 272
Baixo Alentejo 124 0 124 220 344
Baixo Tejo 22 10 32 38 70
AE Centro 168 23 191 153 344
Litoral Oeste 19 61 80 19 99
Alto Alentejo 0 110 110 29 139
Total 481 447 928 517 1 445
. Relatório e Contas 2007
Tráfego eMobilidade
03
CIRCULAÇÃO NA REDE COM PORTAGEM
Decomposição Evolução 2007
Circulação Homóloga 2,6%
Circulação Total 3,2%
Esta evolução é consequência de um melhor desempenhoda economia portuguesa, principalmente no últimosemestre, bem como a total absorção dos efeitos deconcorrência das concessões SCUT da Costa da Prata eNorte Litoral sobre a A1 – Auto-estrada do Norte e a A3– Auto-estrada Porto / Valença. A abertura dos novossublanços da A10, entre Arruda dos Vinhos e Benavente,o que aumentou a extensão da concessão e introduziunovo tráfego na rede, contribuiu para um acréscimo decirculação de 0,6%. Ainda assim, mantiveram-se algunsfactores inibidores de crescimento, como o aumento dopreço dos combustíveis e a manutenção do efeito deconcorrência da Concessão do Grande Porto sobre a A4 –Auto-estrada Porto / Amarante, cujo efeito negativo seanulará em 2008.
O tráfego em 2007 confirmou definitivamente o actualperíodo de crescimento sustentado, após um períodode fraco crescimento económico e de impactospontuais da concorrência, conforme se pode verificarno gráfico seguinte:
Tráfego
03 TRÁFEGO E MOBILIDADE 22
CRESCIMENTO DA CIRCULAÇÃO TRIMESTRAL 2004 - 2007
6,0%
4,0%
2,0%
0,0%
-2,0%
-4,0%
-6,0%
1 T-
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Durante 2007 verificou-se um assinalável crescimentoda circulação, embora as diferentes concessões tenhamapresentado diferentes níveis de tráfego e crescimentoem virtude da sua maturidade. Neste sentido salienta-sea inversão da tendência negativa dos últimos anos narede homóloga.
CRESCIMENTO DO TRÁFEGO NASCONCESSÕES RODOVIÁRIAS
Concessão Crescimento Comentário
do TMD
Brisa 2,6% Concessão madura
Atlântico 8,1% Concessão não madura
Brisal - 32 km abertos em Junho de 2007
Douro Litoral - Em projecto
� TRÁFEGO NA CONCESSÃO BRISA
A circulação total da rede de auto-estradas comcobrança de portagem Brisa correspondeu a 77,8 x 108
veículos x km em 2007, o que equivale a um acréscimode 3,2% face à circulação registada no ano anterior.
� ANÁLISE POR AUTO-ESTRADA
A evolução da circulação veio alterar os pesos relativos
de cada auto-estrada na rede com portagem da Brisa.
Assim, as auto-estradas A13 e A4 são agora as que
revelam os maiores ganhos e perdas, respectivamente,
verificando-se importantes variações face a 2006.
Em virtude do seu crescimento ou representatividade
merecem especial destaque as seguintes auto-estradas
da rede Brisa:
Na A1 (Auto-estrada do Norte), apesar do tráfegoperdido para os novos sublanços da A10, o já referidodesempenho favorável da economia e a total absorçãodo efeito de concorrência da SCUT da Costa de Prata,contribuiram para variações positivas da circulação apartir do final do quarto trimestre de 2006.
23 . Relatório e Contas 2007
CIRCULAÇÃO E PESO RELATIVO DE CADA AUTO-ESTRADA
Auto-estrada Veíc. km Peso Variação(108) Relativo 2006-2007
A1 - Auto-estrada do Norte 37,3 47,9% 2,5%
A2 - Auto-estrada do Sul 14,1 18,2% 4,7%
A3 - Auto-estrada Porto / Valença 6,6 8,5% 2,7%
A4 - Auto-estrada Porto / Amarante 4,5 5,7% -8,6%
A5 - Auto-estrada da Costa do Estoril 4,2 5,3% 1,0%
A6 - Auto-estrada Marateca / Caia 2,9 3,7% 3,3%
A9 - CREL - Circular Regional Exterior de Lisboa 3,5 4,5% 5,2%
A10 - Auto-estrada Bucelas / Carregado / IC3 0,8 1,0% 594,6%
A12 - Auto-estrada Setúbal / Montijo 2,0 2,5% 1,0%
A13 - Auto-estrada Almeirim / Marateca 1,5 1,9% 9,5%
A14 - Auto-estrada Figueira da Foz / Coimbra (Norte) 0,6 0,7% 3,6%
TOTAL 77,8 100,0% 3,2%
TAXA DE CRESCIMENTO DA CIRCULAÇÃO TRIMESTRAL NA A1 2004 - 2007
6,0%
4,0%
2,0%
0,0%
-2,0%
-4,0%
-6,0%
-8,8%
-10,0%
-12,0%
4,3%3,9%
0,4%
-2,3%
-4,7%
-9,4% -9,4%
-7,4%
-4,9%
-0,9% -0,8%
2,2%
1,4%1,8%
4,1%
2,3%
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Na A2 (Auto-estrada do Sul), o ano de 2007 caracterizou-se por uma recuperação muito positiva dos ritmos decrescimento, sendo que a circulação cresceu 4,7%.
A A3 (Auto-estrada Porto / Valença), durante o ano de2007 deixou de sofrer efeitos de concorrência por parteda SCUT do Norte Litoral. A partir de meados de 2007verificou-se um forte crescimento, particularmente nossublanços a norte de Ponte de Lima.
Na A4 (Auto-estrada Porto / Amarante) permaneceram aolongo de 2007 os efeitos negativos da concorrênciainduzida pelos novos sublanços da SCUT do GrandePorto, efeitos que só diminuirão ao longo de 2008.
A A5 (Auto-estrada da Costa do Estoril) apresentou umcrescimento de apenas 1% face a 2006, uma vez que asua capacidade se encontra próxima da saturação.
Na A9 (CREL), a abertura ao tráfego dos novos sublançosda A10, permitiu novas ligações entre a A1 e toda aregião a sul do Tejo à zona ocidental da Grande Lisboa,o que sustentou um crescimento acima de 5%.
Por último, merecem especial destaque as auto-estradasA10 – Auto-estrada Bucelas / Carregado / IC3 e a A13 – Auto-estrada Almeirim / Marateca, onde os fortescrescimentos reflectem a alternativa de novos percursos ea captação de novos clientes que antes não circulavam narede (atracção de tráfego que anteriormente circulava naPonte Marechal Carmona e rede circundante).
� ANÁLISE POR CLASSE DE VEÍCULO
A distribuição do tráfego pelas diversas classes não sofreuuma alteração significativa, o que é particularmentepositivo, tendo em consideração que durante o ano de2007 ocorreu a anulação dos descontos que até entãoeram dados aos veículos pesados.
De acordo com os dados do quadro anexo, verifica-seque a classe 1 cresceu à custa da classe 2, cujo pesobaixou cerca de 1% entre 2005 e 2007. As classes 3 e 4,mais relacionadas com as actividades económicas, têmdemonstrado maior estabilidade na sua evolução,mantendo o seu peso relativo.
ESTRUTURA DE TRÁFEGO POR CLASSE DE VEÍCULO
Classe 2005 2006 2007
1 80,0% 80,8% 80,9%
2 14,3% 13,6% 13,3%
3 0,9% 0,8% 0,8%
4 4,8% 4,8% 4,9%
� TRÁFEGO NA CONCESSÃO ATLÂNTICO
Durante o ano de 2007 a concessão Atlântico registou umaumento de 8%, uma vez que o tráfego médio diárioaumentou de 15 089 para 16 303 veículos. O crescimentodurante o ano transacto traduz o carácter não madurodesta concessão e o potencial de crescimento que amesma apresenta. Para além deste facto, a aberturacompleta da Brisal terá um efeito positivo no tráfegodesta concessão ao longo dos próximos anos.
Variação percentualAtlântico TMD face a 2006
A8 20 488 8,2%
A15 5 497 6,2%
Concessão Atlântico 16 303 8,0%
� TRÁFEGO NA CONCESSÃO BRISAL
No ano de 2007 assistimos à abertura ao tráfego doprimeiro troço da Brisal, entre a Marinha Grande e oLouriçal, no dia 3 de Junho. Neste troço de 32,3 km, otráfego médio diário registado foi de 4 528 veículos.Deste valor não podemos ainda inferir o nível detráfego desta concessão, uma vez que estamos peranteum único troço aberto há pouco mais de 6 meses.
Brisal TMD
A17 4 528
03 TRÁFEGO E MOBILIDADE 24
Conforme anteriormente referido, a Brisa tem em cursoum projecto denominado BEST, o qual define as grandeslinhas de orientação da empresa. A excelência é um dosvalores fundamentais eleitos neste Projecto. A Excelênciade Serviço, é assim um elemento estruturante na suaestratégia, o que explica o acentuado desenvolvimentodesta área nos últimos anos de actividade.
� GESTÃO ACTIVA DE TRÁFEGO
Tendo em vista a prestação de um serviço de elevadaqualidade na assistência, socorro, patrulhamento,protecção e informação ao cliente, a gestão ecoordenação de operações nas auto-estradas éassegurada a partir do Centro de CoordenaçãoOperacional (CCO), que se localiza junto à sede daBrisa, em Carcavelos, e que coordena todos os meiosnecessários à gestão activa de tráfego. No decorrer de2007 o sistema de Gestão no âmbito da CoordenaçãoOperacional foi certificado na norma NP EN ISO 9001:2000, com os objectivos de melhorar a satisfação dosclientes, a execução dos processos, facilitar o acesso anovas oportunidades de negócio e aumentar asatisfação e motivação dos colaboradores.
O CCO faz a gestão activa de tráfego em estreitacolaboração com 12 Centros Operacionais, distribuídospor todo o país e por toda a rede de auto-estradas Brisa eBrisal, e está preparado para abranger futuras redes,como por exemplo, a da concessão do Douro Litoral. Agestão e a coordenação de meios a partir deste Centrocobrem os variados aspectos da actividade corrente,destacando-se em particular a colaboração na emissão depareceres e a implementação de planos de Gestão deTráfego.
Ao nível dos patrulhamentos efectuados pela BrisaAssistência Rodoviária (BAR), o CCO promove a respectivafiscalização, em colaboração com os Gestores dos CentrosOperacionais, de modo a maximizar o nível, qualidade etipo dos serviços prestados, através da minimização dotempo de resposta.
A actividade do CCO está suportada pelo equipamentode telemática rodoviária instalado na rede de auto-
-estradas, num total de cerca de 170 painéis demensagem variável (PMV’s), possibilitando umainformação dinâmica e em tempo real aos clientes, e decerca de 500 câmaras, o que permite uma cobertura darede de 78,5%. Refira-se que estas últimas contribuemcom cerca de 8% na detecção de incidências.
O facto de o CCO possuir uma base de dados de todasas incidências que ocorrem na rede, permite a análise eo tratamento estatístico dos dados relevantes para aoperação, permitindo a construção de indicadores degestão, bem como a possibilidade de melhoria contínuado sistema.
� INFORMAÇÃO E SATISFAÇÃO DOCLIENTE
A informação de carácter operacional gerida pelo CCO,essencial para assegurar a gestão das operações, écomplementada pela informação de carácter externo,destinada a assegurar um esclarecimento adequado, útil ecompleto do cliente na utilização da rede de auto-estradas.
Esta informação é prestada através de vários canais decomunicação com o cliente:
•• Telefone:• Número Azul da Brisa - 808 508 508 – número de
contacto permanente, 24 horas por dia, 365 dias porano;
• Linha de Apoio a Clientes da Via Verde – 707 500 900– número de contacto para os clientes Via Verde;
• Serviço de informação e assistência para automobilistassurdos, através de SMS.
•• Correio electrónico:• e-mail para apoio a clientes da Brisa:
[email protected];• e-mail para apoio a investidores da Brisa:
[email protected];• e-mail para apoio a investidores da VVP:
[email protected];• e-mail para apoio a clientes da Brisa:
Excelência de Serviço
25 . Relatório e Contas 2007
•• Sítio na Internet – www.brisa.pt e www.viaverde.pt
•• 15 Postos de atendimento ao longo da rede de auto--estradas e nos principais centros urbanos quegarantem o atendimento de todos os clientes Brisa eVia Verde
•• 33 Quiosques de informação situados em Áreas deServiço, Lojas e Centros Operacionais da Brisa, quedisponibilizam acesso aos sítios de Internet e linhas deatendimento telefónico da Brisa e da Via Verde.
A Brisa tem vindo a atribuir uma importância crescenteaos níveis de satisfação dos seus clientes com aqualidade do serviço prestado. A partir do início de2007, os indicadores de satisfação adoptados pelaBrisa para avaliação da qualidade do serviço prestado,estão integrados no SIG (Sistema de Informação deGestão).
Para além da auscultação do nível de satisfação do cliente,o Serviço de Apoio a Clientes centraliza, desde 2005, arecepção e gestão de todas as exposições, contendosugestões, reclamações e pedidos de informação enviadospelos clientes Brisa, com o objectivo de garantir maiorcontrolo na qualidade do atendimento prestado e maiorceleridade na gestão e conclusão dos processos. Em 2007,foram processadas 20 744 exposições pelo Serviço aoCliente, o que traduz um aumento de 9% face a 2006.Este aumento, bem mais ligeiro do que os 71%verificados no ano 2006 face a 2005, demonstra aestabilização do serviço prestado.
Em 2007 foi construída uma nova plataforma paratratamento de exposições, com o intuito de agilizar otratamento e resposta às exposições dos clientes.
A nova plataforma permite, de uma forma fácil e acessívela todos os colaboradores e direcções da empresa, garantiro cumprimento dos procedimentos internos e,simultaneamente, ser capaz de gerir e controlareficazmente as reclamações da Brisa, tendo em contatodos os estados por que passam no ciclo de vida.
� REDE DE LOJAS E ÁREAS DE SERVIÇO
Com o objectivo de promover uma maior proximidade como cliente, a Brisa desenvolveu em parceira com a Via Verde,uma rede de 8 lojas de atendimento a clientes. As lojasbaseiam-se nos conceitos de acessibilidade e deproximidade e completam o atendimento aos clientesdisponível por telefone e Internet, através de uma maiorpresença física. Estrategicamente colocadas no caminho docliente, as lojas prestam um serviço integral a clientes Brisa
e / ou Via Verde – baseado no conceito de one-stop-shop –garantindo a resolução de todos os assuntos de uma só vez.
As 25 áreas de serviço ao longo das auto-estradas assegu-ram uma cobertura integral da rede, com uma distânciamédia entre as mesmas de cerca de 40 quilómetros. Todasas áreas de serviço na rede Brisa são compostas por duasmeias áreas, uma em cada um dos sentidos.
Elementos base da área de serviço
• zonas de estacionamento de veículos ligeiros epesados;
• zona de abastecimento de combustíveis, óleos elubrificantes;
• zona de venda de material auto;• zona de estação de serviço / lavagem;• zona de loja / minimercado;• zona de restauração;• zona de repouso;• parque infantil;• instalações sanitárias.
Apesar de estarem subconcessionadas a terceiros, aBrisa exerce um rigoroso controlo e gestão da qualidadedas áreas de serviço. Ao longo de 2007 as acções defiscalização que a Brisa promoveu junto dossubconcessionários das áreas de serviço foramreestruturadas, mantendo ainda assim uma basecomum idêntica ao sistema anterior. Todo o sistemacontinua a manter o objectivo de verificar ocumprimento contratual que se estabelece com oscessionários e também como forma de avaliar o nível deserviço prestado em cada unidade.
O sistema desenvolvido compõe-se por:
• vistorias diárias efectuadas pela Brisa AssistênciaRodoviária – avaliação de um conjunto de 13indicadores;
• vistorias “Cliente Mistério”, funcionalidade testadacom sucesso em 2007 e que será implementada em2008;
• vistorias Brisa para avaliação de infra-estruturas(pavimentos, edifícios, etc), com periodicidadeanual;
• vistorias no âmbito da Qualidade e HigieneAlimentar, realizadas por uma empresa externa(actualmente a SGS Portugal, S.A.).
No ano 2007 entraram nas Áreas de Serviço da redeBrisa 32 595 824 viaturas, o que representa uma médiade 665 221 viaturas por cada meia área de serviço.
10 2603 TRÁFEGO E MOBILIDADE
Durante o ano de 2007 a forma de pagamentoprivilegiada, medida em valor das transacçõesefectuadas, foi o sistema Via Verde. As transacçõesefectuadas com este sistema atingiram uma penetraçãode 57%.
FORMAS DE PAGAMENTO
(VALOR DAS TRANSACÇÕES EFECTUADAS)
Analisando apenas a concessão Brisa, verificamos quede um total de 223 631 382 transacções efectuadas,60,3% foram realizadas pelo sistema Via Verde.
A Brisa continuou a fazer esforços no sentido deautomatizar a cobrança de portagens, tendo em vista o
aumento da qualidade de serviço e a racionalidadeeconómica. Em 2007 destaca-se a introdução dosistema de free-flow na A10 (Auto-estrada Bucelas /Carregado / IC3), um novo sistema de cobrança deportagens para os clientes Via Verde, que dispensa aexistência de uma barreira física de portagem na via.
Este novo sistema de cobrança de portagens funcionaatravés de um pórtico sobre a auto-estrada, onde seencontram instaladas as antenas de leitura dosidentificadores. A comodidade e a circulação sãogarantidas, uma vez que os automobilistas quepossuem Via Verde não têm necessidade de abrandar avelocidade, como aconteceria se tivesse de passar poruma barreira de portagem tradicional.
No sentido de automatizar a cobrança de portagenssalienta-se ainda o trabalho e os testes realizados,tendo em vista a introdução de uma via manual mas decariz automático. A denominada via automática deveráser implementada no futuro próximo, representandonão apenas um maior nível de serviço nas praças deportagem como também potenciando ganhos deeficiência, uma vez que o mesmo substituirá viasmanuais.
Pagamentos a Dinheiro 23%
Cartão Multibanco 20%
Via Verde 57%
57%20%
23%
27 . Relatório e Contas 2007
Sistemas de pagamento
Segurança Rodoviária
01 TRÁFEGO E MOBILIDADE 28
Durante o ano de 2007, a Brisa continuou o esforço deredução da sinistralidade, sendo de destacar odecréscimo dos seus indicadores da sinistralidade emrelação a 2006.
Não obstante a evolução positiva, a Brisa, considerandoo papel importante que a sinalização rodoviáriadesempenha na segurança dos utilizadores das suasauto-estradas, continuará a investir nesta área, tendoem conta a segurança e a comodidade da condução.
� SINISTRALIDADE
A taxa de sinistralidade, que em 2006 tinha registadoum aumento de 8% em relação a 2005, assinalou umaevolução positiva, uma vez que durante o ano de 2007este indicador desceu 19% relativamente a 2006.
Os restantes indicadores de segurança rodoviáriaapresentaram evolução positiva, sobretudo os que serelacionam com a gravidade dos acidentes:
• 16,3% na taxa de acidentes com feridos graves • +5,1% na taxa de acidentes com mortos• -13,4% na taxa de acidentes com feridos ligeiros
� PREVENÇÃO RODOVIÁRIA
Para além das campanhas de prevenção rodoviáriadesenvolvidas, a Brisa, de uma forma continuada,procede ao reforço das características de segurança dasua rede. Destas acções salientam-se:
• A instalação de seis atenuadores de impacto paraprotecção de divergências consideradas perigosas;
• Utilização de materiais de elevada qualidade, comoas telas de alta retro-reflexão que melhoram apercepção nocturna do condutor;
• Instalação de marcadores luminosos verdes nosacessos às Vias verdes da portagem de Plena Viapara melhor orientação dos condutores no acessoàquelas vias;
• Análise das zonas de concentração de acidentes,com intervenções na A3 e na A4 através dainstalação de sinalização activa para delineamentoluminoso dos locais e beneficiações localizadas depavimentos;
• Remoção da vegetação na proximidade dasedificações junto às auto-estradas e desbaste deárvores e arbustos para diminuição da massacombustível, de acordo com a legislação sobre aprevenção de fogos florestais.
03
Taxa de sinistralidade
de 54,32 acidentespor cada 100 milhões de quilómetros percorridos
para cerca de 44,02 acidentespor cada 100 milhões de quilómetros percorridos.
(10^8 veículo x km)
Este indicador sofreu uma redução de 19,0% durante o anotransacto para o apesar do aumento da circulação total
registada na rede Brisa em 2006.
. Relatório e Contas 2007
ServiçosRodoviários
04
A Brisa detém a totalidade do capital ou o controlomaioritário de um conjunto de empresas de serviçosrodoviários que complementam a sua actividadeprincipal e consistem na prestação de serviçosassociados à segurança ou à comodidade da circulaçãorodoviária, em auto-estrada e em circuito urbano.
Do ponto de vista da gestão, o grande objectivo damaioria destas empresas (exceptuando a Controlauto) éo de apoiar as concessões rodoviárias, através de umaforte especialização e ganhos de eficiência operativos.Neste sentido, a concessão Brisa é o seu principalcliente, embora estas empresas prestem cada vez maisserviços a outras entidades externas.
A comodidade da condução nas auto-estradas da Brisadeve-se muito à possibilidade de cobrança electrónicade portagens pela Via Verde.
O pagamento electrónico, efectuado através de umacomunicação rádio entre a unidade de bordo (a OBU) eo equipamento instalado na via (RSE), foidisponibilizado a outras operadoras de auto-estradasem Portugal, promovendo a interoperabilidade entre asdiversas redes.
A Via Verde é utilizada em mais de 1 400 km de auto--estradas e pontes, e gere quase 62% das transacçõesrealizadas em portagens em Portugal. Nas áreasurbanas, o valor sobe para os 70%.
Actualmente, o sistema equipa a rede de portagens de:
• Brisa Auto-Estradas de Portugal S.A.• AEA - Auto-estradas do Atlântico S.A.• AENOR - Auto-estradas do Norte S.A.• Mafratlântico - Vias Rodoviárias E.M.• Brisal - Auto-estradas do Litoral S.A. • Lusoponte - Concessionária para a travessia do Tejo
S.A.
Via Verde
04 SERVIÇOS RODOVIÁRIOS 30
Indicadores económicos Vendas totais: 22,9 milhões de euros
Resultado EBITDA: 3,4 milhões de euros
Margem EBITDA: 14,7%
Número de trabalhadores: 117
Durante o ano de 2007 destaca-se o aumento dastransacções em parques de estacionamento egasolineiras. Com mais de 4,2 milhões de movimentosem 2007, os parques de estacionamento representamjá 2,2% do total de transacções electrónicas cobradas.
2007 ficou ainda marcado pelo lançamento deprodutos inovadores, como o Via Verde / Ndrive, assimcomo de novos serviços como o Via Dupla (Split Billing)e o arranque do piloto do Via Verde Pré-pago, os quaisvisam dar resposta às necessidades dos clientes,conforme têm vindo a ser identificadas ao longo dosúltimos anos.
31 . Relatório e Contas 2007
NÚMERO DE ADERENTES VIA VERDE
1 253 758
1 432 2101 580 298
1 685 708 1 832 110
1 973 9372 106 936
0
500 000
1 000 000
1 500 000
2 000 000
2 500 000
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
“Com mais de 2,1 milhões deutilizadores e mais de 188 milhões de
transacções de portagens em redesviárias, a Via Verde apresentou um
crescimento anual da ordem dos 6%.”
OportunidadeO desenvolvimento da
interoperabilidade de sistemas ETC(Electronic Toll Collection) na Europa,previsto para os próximos anos, abre
novas perspectivas para o negócio daVia Verde no âmbito de cobranças
electrónicas no espaço Europeu.
A Controlauto efectua a inspecção técnica deautomóveis e verifica as suas condições de segurança.
Em 2007 abriu um novo centro de inspecção na cidadedo Porto, aumentando a sua rede para um total de 46centros, implementou um serviço de atendimentotelefónico para marcações e informações através de umnúmero único, e continuou as acções de remodelação euniformização da marca nos diversos centros.
Durante o ano que passou foi efectuada a auditoria deacompanhamento na certificação na norma NP EN ISSO9001:2000, obtida em 2006.
Controlauto
04 SERVIÇOS RODOVIÁRIOS 32
Indicadores económicos Vendas totais: 18,9 milhões de euros
Resultado EBITDA: 5,2 milhões de euros
Margem EBITDA: 27,8%
Número de trabalhadores: 366
“Detida em 59,6% pela Brisa,a Controlauto efectuou cerca
de 1,17 milhões de serviços na suarede de inspecção em todo o país.”
A Brisa Assistência Rodoviária (BAR) presta serviços devigilância, patrulhamento, socorro e protecção em viasrodoviárias, bem como de desempanagem e / oupronto-socorro (reboque) automóvel.
A empresa, participada a 100 % pela Brisa Auto-Estradas de Portugal, S.A., foi criada em Abril de 2002a partir do Serviço de Apoio a Clientes da Brisa Auto--estradas, pelo que a sua equipa tem mais de 30 anosde experiência no sector. No final de 2007, a BAR contacom 15 centros de operação, 283 técnicosespecializados e 82 viaturas equipadas, registando umtotal de 106 mil intervenções no âmbito da prestaçãode serviços rodoviários.
A juntar à actividade desenvolvida na rede de auto--estradas concessionada à Brisa, a BAR expandiu aprestação de serviços a outras concessionárias,atingindo uma ampla cobertura nacional no âmbito daactividade de patrulhamento e assistência. Nestemomento, o âmbito de intervenção da BAR estende-setambém à concessão Brisal e Atlântico, num total decerca de 1 300km.
Potenciando as suas competências técnicas, a BARdesenvolve ainda outras actividades, com destaquepara a prestação de serviços a companhias de seguros,para assistência automóvel ou assistência em viagem.
Em 2007, os proveitos da BAR ascenderam a 12,1 milhões de euros. A facturação externa atingiucerca de 10% daquele valor, representando umadiminuição face ao ano anterior, justificada, no entanto,pelo facto de 50% dos proveitos nos serviços prestadosna rede concessionada à AEA terem passado a serconsiderados receita interna.
Brisa Assistência Rodoviária
33 . Relatório e Contas 2007
Indicadores económicos Vendas totais: 12,1 milhões de euros
Resultado EBITDA: 0,9 milhões de euros
Margem EBITDA: 7,4%
Número de trabalhadores: 288
CertificaçãoDesde 2004, a BAR possui Certificação do Sistema de Gestão da Qualidade, de acordo
com a Norma ISO 9001 / 2000. A partir de Junho de 2007, a BAR possui Certificação de Serviços, no âmbito
das normas NP 4445-2:2006 (Desempanagem Nível 2- Superior)e NP 4444:2006 (Reboque de Veículos Ligeiros).
A Brisa Access Electrónica Rodoviária (BAER) resultou deum spin off de actividades desenvolvidas na Brisa Auto--Estradas, S.A., que transferiu os meios humanos emateriais que garantiam a actividade de assistência emanutenção de todos os equipamentos e sistemaselectrónicos da área de portagens da concessionária.
A fusão teve na sua origem a reorientação estratégica dasáreas de fornecimento e manutenção de equipamentos aoperadores de infra-estruturas de mobilidade, e aprestação de serviços a automobilistas.
Ao longo de 2007, a BAER obteve proveitos operacionaisno montante de 10,7 milhões de euros, 67% dos quaisrelativos à prestação de serviços e 33% respeitantes àvenda de equipamentos. A empresa finalizou o ano comum resultado líquido de 830 mil euros.
Em 2007 a BAER procedeu à instalação e à manutenção desistemas integrados com o sistema Via Verde em mais 7parques de estacionamento, sistema que no final de 2007,conta com 53 parques em funcionamento. A BAER tevetambém um papel relevante na instalação dos sistemas detelemática na nova Travessia do Tejo no Carregado, bem
como na instalação do primeiro sistema Via Verde emsecção corrente, “free-flow”. Beneficiando da experiênciaadquirida neste sistema a BAER deu também suporte àinstalação experimental do primeiro sistema em regime de“free-flow” numa SCUT, em que a cobrança das taxas deportagem é suportada pela combinação de duastecnologias: Via Verde e reconhecimento de matrículas.
O envolvimento da BAER nestas duas instalações tem uminteresse estratégico assinalável em virtude de estessistemas de cobrança se apresentarem como emergentesno panorama rodoviário português.
Brisa Access Electrónica Rodoviária
04 SERVIÇOS RODOVIÁRIOS 34
Indicadores económicos Vendas totais: 10,7 milhões de euros
Resultado EBITDA: 1,4 milhões de euros
Margem EBITDA: 13,0%
Número de trabalhadores: 49
A MCall especializou-se na prestação de serviços deatendimento remoto (call centers) multi-canal – telefone,e-mail, SMS, fax e Internet.
Além das empresas do grupo Brisa (70% da suafacturação), a Mcall estendeu os seus serviços deatendimento ao cliente, telemarketing, vendas,inquéritos e cobranças a outros clientes.
Em 2007, a MCall continuou a apostar nos serviços demaior complexidade e valor acrescentado, dos quais sesalientam o atendimento para marcação de inspecçãoautomóvel na Controlauto, a gestão de pedidos deassistência de deficientes auditivos (via SMS), as acçõesde prevenção, recuperação e cobrança da VVP e oatendimento do número azul da Brisa, um serviçodisponível 24 horas, que encaminha emergências eassistências e faculta indicações sobre tráfego,percursos e taxas de portagem.
Mcall
35 . Relatório e Contas 2007
Indicadores económicos Vendas totais: 2 027 milhares de euros
Resultado EBITDA: 283 milhares de euros
Margem EBITDA: 14,1%
Número de trabalhadores: 47
“A Mcall facturou mais de 2 milhões deeuros, 30% dos quais em serviços
prestados a empresas externas.”
Infra--estruturas
de Transporte
. Relatório e Contas 200705
Brisa Engenharia e Gestão
37 . Relatório e Contas 2007
O alargamento dos negócios da Brisa a outras infra--estruturas de transporte surge com o objectivo de captarvalor noutras áreas em que as competências-base sãosemelhantes às do sector rodoviário.
O caso particular da BEG (Brisa Engenharia e Gestão),empresa de Gestão de Projectos, reflecte estacomplementaridade, uma vez que a Empresa detém jáum vasto currículo na gestão de projectos no sectorferroviário e, por exemplo, no transporte e distribuição deágua. Para além da BEG enquadram-se neste sector ofundo de investimento TIIC, destinado a vários tipos deinfra-estruturas, bem como o projecto do Novo Aeroportode Lisboa e o Comboio de Alta Velocidade.
O investimento da Brisa noutras infra-estruturas detransporte surge assim com o objectivo para captar valornoutros sectores de infra-estruturas de transporte.
Neste sentido, a definição de prioridades privilegia osector das infra-estruturas de transporte ferroviárias eaeroportuárias. Com vista à entrada neste último sector,através do Projecto do Novo Aeroporto de Lisboa (NAL) eprivatização da ANA, salienta-se o facto de, no final de2007, a Brisa, em conjunto com outros parceiros, terconstituído o único consórcio anunciado até à data(Asterion).
A gestão de infra-estruturas de transporte, essencial-mente rodoviárias e ferroviárias, é a área principal deactividade da Brisa Engenharia e Gestão (BEG), sobretudonas vertentes de coordenação de projectos, de gestão deprocessos expropriativos, de supervisão e gestão de obrae de coordenação de segurança.
Principais clientes:
• BRISA - Auto-Estradas de Portugal• BRISAL, Auto-Estradas do Litoral• Estradas de Portugal • Autarquias • REFER
Em finais de 2007, a BEG, detida a 100% pela Brisa, tinha252 colaboradores altamente qualificados e experientesnas suas áreas de actuação.
Ao nível da qualidade, a BEG manteve a acreditação doseu Laboratório, sediado na Maia, pela Norma NP EN IS0 / IEC 17025:2000, conservou a certificação deGestor Geral da Qualidade atribuída pelo LaboratórioNacional de Engenharia Civil (LNEC), e obteve acertificação do sistema de Gestão Integrado de Qualidadee Ambiente, de acordo com as normas, respectivamente,NP EN IS0 9001:2000 e ISO 14001:2004.
Indicadores económicos Vendas totais: 21,3 milhões de euros
Resultado EBITDA: 0,8 milhões de euros
Margem EBITDA: 3,8%
Número de trabalhadores: 252
Transport InvestmentInfrastructure
Company (TIIC)
01 38
A Brisa, em conjunto com dois parceiros financeiros(Millennium Investment Banking e Compagnie Benjamin deRothschild), está a constituir um fundo de investimento eminfra-estruturas de transporte. Este veículo destina-se aexplorar oportunidades de investimento complementaresàs desenvolvidas pelos próprios promotores, nos mercadosda União Europeia, América do Norte e América Latina.
Este fundo, complementar à actividade da Brisa,distingue-se dos demais na medida em procura criar valor
nas suas participadas, quer na área financeira quer na áreaoperacional. A combinação de parceiros operacionais efinanceiros constitui este factor de diferenciação.
A capitalização alvo será de 500 milhões de euros, dosquais 50 milhões subscritos pela Brisa. O período deinvestimento, durante o qual serão aplicados os fundosdisponibilizados pelos accionistas, será de 5 anos.
05 INFRA-ESTRUTURAS DE TRANSPORTE
A Brisa definiu como parte integrante da sua visão ser umgestor de infra-estruturas de transporte, com presençaglobal. Como tal, a entrada no sector das concessõesaeroportuárias é uma prioridade estratégica para a Brisa.
Nesse sentido, o projecto do Novo Aeroporto de Lisboa(NAL) e a privatização da ANA, S.A. estão a sermeticulosamente preparados. Para tal, a Brisa constituiu oúnico consórcio anunciado até à data (Asterion), cujosmembros garantem um posicionamento bastantecompetitivo no concurso internacional que se antevê.
De facto, o consórcio é composto por empresas líderesnacionais no sector de infra-estruturas / construção,nomeadamente a Brisa, a Mota-Engil e a Somague e nosector da Banca, a Caixa Geral de Depósitos, o MilleniumBCP e o Banco Espírito Santo. A Brisa detém umaparticipação de destaque neste consórcio.
O consórcio tem como principais factores diferenciadoreso conhecimento do mercado nacional, o compromissototal com o desenvolvimento do País e sua projecção anível internacional, o conhecimento extensivo no sectorde infra-estruturas e reconhecidas capacidades deconstrução e financeira. Adicionalmente, o consórcio nãodescura a possibilidade de convidar outro parceiro, desdeque este seja diferenciador e decisivo para garantir avitória no concurso.
Nesta fase, após a decisão do Governo relativamente àlocalização do aeroporto em Alcochete, o consórcioaguarda pela definição dos contornos e prazos doconcurso público internacional.
Principais eventos 2007
39 . Relatório e Contas 2007
Aeroportos
Comboio de AltaVelocidade
01 40
Um dos projectos de grande dimensão agendados na áreadas infra-estruturas de transporte é o Comboio de AltaVelocidade. Inicialmente o projecto apresentado consistiaem cinco parcerias público – privadas, tendo a informaçãorecente mostrado que será provavelmente adaptado,
tendo em consideração a escolha da margem sul do rioTejo para a localização do novo aeroporto de Lisboa. ABrisa está interessada neste projecto mas nenhumconsórcio será apresentado até que sejam conhecidosmais detalhes sobre o projecto.
05 INFRA-ESTRUTURAS DE TRANSPORTE
. Relatório e Contas 2007
ActividadeInternacional
06
O crescimento da Brisa é também realizado através da suavertente internacional. Presente em diversos países, a Brisabaseia o seu crescimento internacional na vastaexperiência acumulada ao longo dos seus 36 anos deactividade e nas competências-chave de desenvolvimentode concessões rodoviárias e de soluções de integração esistemas de cobrança electrónica de portagens. Em 2007,no sentido de ser cada vez mais global, salienta-se o factode a Brisa ter alargado o seu enfoque geográfico à Rússia,Turquia e Austrália.
As parcerias com empresas locais ou empresas jáimplantadas nos diferentes mercados são o métodopreferencial para a eventual entrada nestes novosmercados.
� BRASIL: CCR - COMPANHIA DECONCESSÕES RODOVIÁRIAS
Participada em 18% pela Brisa, a CCR é responsávelpela gestão de 1 452 km de auto-estradas através dasconcessionárias AutoBAn e ViaOeste, em São Paulo;NovaDutra, Ponte Rio-Niterói e ViaLagos, no Rio deJaneiro; e RodoNorte, no Paraná. Para além daactividade nas concessões rodoviárias a CCR é tambémresponsável pela construção e exploração da Linha 4 doMetro de São Paulo, uma infra-estrutura ferroviária.
A transferência de tecnologia da Brisa para a CCR, tantode gestão como da exploração de infra-estruturas, veioimpulsionar o desenvolvimento e a projecção daconcessionária no mercado brasileiro e no planointernacional.
Esta transferência é ainda reforçada através da troca deexperiências e de sinergias para consolidar e expandir osnegócios em curso e desenvolver novas oportunidades noBrasil e em países terceiros.
� ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA:NORTHWEST PARKWAY
Esta concessão estende-se por 18 km, dos quais 14 jáconstruídos e em operação, sendo parte integrante dacintura rodoviária de Denver, Colorado, um dos Estadoscom perspectivas de maior crescimento nos EstadosUnidos. A sua duração é de 99 anos e envolve uminvestimento na ordem dos 375 milhões de euros.
A Brisa é o principal accionista, detendo 90% da destaconcessionária, sendo os restantes 10% detidos pela CCR.
Esta foi a primeira concessão ganha pela Brisa no mercadonorte-americano e constitui um importante marco noprocesso de criação de valor e de internacionalização daBrisa. Salienta-se que esta concessão regista apenasreceitas de dois meses de actividade – Novembro eDezembro.
Concessões Rodoviárias
06 ACTIVIDADE INTERNACIONAL 42
Indicadores económicos Vendas totais: 883,0 milhões de euros
Resultado EBITDA: 534,6 milhões de euros
Margem EBITDA: 60,5%
Indicadores económicos Vendas totais: 604,4 milhares de euros
Resultado EBITDA: -18,0 milhares de euros
Margem EBITDA: -3%
“Dentro de cinco a dez anos a Brisaespera que 50% do valor da empresa
seja proveniente dos negócios nomercado internacional.”
� REPÚBLICA CHECA: KTS
A KTS foi a empresa escolhida para o fornecimento eexploração de um sistema de cobrança electrónica deportagens para veículos pesados. O consórcio, detido pelaBrisa em 26%, foi constituído em parceria com a Kapsch,empresa austríaca, que detém a restante parte do capital,para participar em concursos de cobrança electrónica deportagens lançados na Europa Central.
A República Checa foi a primeira oportunidade da Brisaestar presente nos países da Europa Central, onde as taxasde crescimento económico têm sido muito significativas.
� HOLANDA: MOVENIENCE
Criada em 2007, a Movenience tem a seu cargo a cobrançaelectrónica de portagens no túnel de Westerschelde.
É detida em 30% pela Brisa Internacional, em 60% pelaWST (Westershelde Tunnel) e em 10% pela NedMobiel eestá numa posição privilegiada para responder às actuaistendências de gestão da mobilidade, com recurso asistemas de cobrança electrónica de portagens noBenelux.
Cobrança Electrónicade Portagens
43 . Relatório e Contas 2007
A Brisa conta com três escritórios internacionais - emAtlanta, nos EUA, em Viena de Áustria e em São Paulo noBrasil - e marca presença em várias regiões:
� AMÉRICA LATINA
A Brisa está presente no mercado latino-americanoatravés da CCR, em que detém uma posição de 18%. Opotencial de oportunidades, sobretudo ao nível deconcursos para concessão de auto-estradas e negóciosrelacionados, tornam o Brasil um mercado bastanteapetecido. O México e o Chile também apresentam umpotencial de crescimento muito atractivo na área dasconcessões privadas.
No ano transacto, a actividade na América Latina focou--se nos seguintes projectos:
2ª fase das Concessões Federais, Brasil: O leilão para a2ª fase de concessão das auto-estradas federais do Brasildecorreu em Outubro de 2007, envolvendo 7 lotes deestradas, num total de 2 700 km, na zona Sul e Sudestedo Brasil. A CCR participou no concurso mas não ganhounenhum dos lotes. No entanto, as licitações vencedorasforam consideradas demasiado agressivas para osprojectos em questão.
FARAC, México: Em Outubro de 2007 abriu o concursopara o FARAC, o primeiro pacote de auto-estradasfederais no México. O projecto consistia na operação emanutenção de 4 estradas, com uma extensão total decerca de 558 km. Em Julho, a Brisa participou no leilão,em consórcio com a CCR e com a empresa mexicanaHermes, licitando contra outros 6 consórcios.
� EUROPA
Os países com maior crescimento como a Polónia, aHungria, a República Checa, a Eslováquia, a Roménia e aBulgária são os mercados preferenciais na Europa Centrale de Leste. A privatização de operadores estatais constituineste momento a área mais promissora. Recentemente, ede forma a captar oportunidades a médio / longo prazo,
a Brisa estendeu o seu espectro de acção à Rússia e àTurquia, países que apresentam um enorme potencial deprojectos que se enquadram totalmente na sua estratégia.
Na Europa, em 2007, a Brisa focou-se nos seguintesprojectos:
- A1 e A2, Polónia: Dois concursos para a construção dasestradas A1 (Secção Strykow - Pyrzowice) com 180quilómetros e A2 (Secção Strykow - Konotopa) com 95quilómetros, em consórcio com a inglesa BilfingerBerger. As estradas estão valorizadas em 1 170 milhõesde euros e 617,5 milhões de euros, respectivamente. Oconsórcio Brisa foi pré-qualificado para a fase final doconcurso em Dezembro de 2006. Este projecto aguardaevolução no processo em 2008.
- M6 Fase II, Hungria: Concurso para uma auto-estradacom 80 km, sendo as portagens pagas aoconcessionário através do sistema de vinheta em vigorno país. O concurso foi aberto em Abril de 2007, tendosido submetidas “Expressões de Interesse” por parte de5 consórcios, entre os quais a Brisa, em conjunto com aAlpine. A Brisa não foi apurada.
- Cobrança Electrónica de Portagens, Eslováquia:Concurso para a cobrança electrónica de portagens, em 2 700 km de estradas do país. Participaram 8 consórcios,entre os quais a Brisa através da KTS, onde detém umaparticipação de 26%, em conjunto com a austríacaKapsch, que conta com 74% do capital. A Brisa encontra-se entre os consórcios pré-qualificados. O valor atribuídoao projecto é de 400 milhões de euros.
� EUA
A dimensão significativa deste mercado e a elevadanecessidade de investimento em infra-estruturasconstituem a motivação para o interesse da Brisa. Aaposta tem sido feita sobretudo nos estados da Florida, doTexas, da Geórgia e da Carolina do Sul. Apesar disso, acadência de lançamento dos projectos tem sido abaixodas expectativas.
Mercados e Concursos
06 ACTIVIDADE INTERNACIONAL 44
Em 2007, a actividade no mercado americano focou-senos seguintes projectos:
- Northwest Parkway, Colorado: O processo deatribuição iniciou-se em 2006, tendo a Brisa (90%) e aCCR (10%), sido pré-qualificadas ainda nesse ano. EmAbril de 2007 o consórcio foi apontado como preferredbidder e a concessão foi atribuída.
- North Tarrant Express, Texas: Em Março de 2007, aBrisa, em consórcio com a Balfour Beatty Capital,apresentou uma proposta, tendo sido pré-qualificadaem Agosto. O projecto está avaliado em cerca de 1,5 mil milhões de euros. Neste momento aguardaresposta do Departamento de Transportes do Texas.
� OUTROS MERCADOS
O mercado do Sudeste Asiático, dinamizado porambiciosos planos de investimento em auto-estradas, eo mercado australiano também se encontram sob oolhar atento da Brisa, que decidiu alargar os seushorizontes, geográficos e temporais.
Nestes mercados, durante o ano de 2007, a actividade daBrisa focou-se nos seguintes projectos:
- Brisbane Airport Link, Austrália: A convite daBabcock & Brown, a Brisa integrou, em Novembro de2007, o consórcio já pré-qualificado para o concurso.Além da Brisa e da Babcock & Brown, o grupo contaainda com a Bilfinger Berger. O projecto envolve aconstrução e exploração de um túnel com cobrança deportagens, numa extensão de cerca de 6 km, na cidadede Melbourne, com um investimento na ordem dos 1,9 mil milhões de euros.
- Dakar-Diamniadio Toll Road, Senegal: A auto--estrada Dakar-Diamniadio é um projecto greenfieldcom uma extensão de 34 km, 12 km dos quaisfinanciados pelo Estado e os restantes 22 através deuma parceria público-privada. O investimento privadoestimado é de 63,9 milhões de euros. A Brisa, emconjunto com a MSF, Mota-Engil e BES constituiu umconsórcio, já pré-qualificado, concorrendo contra aAutoroute du Maroc e a Eiffage.
45 . Relatório e Contas 2007
SustentabilidadeEmpresarial
. Relatório e Contas 200707
Sustentabilidade Empresarial
47 . Relatório e Contas 2007
A responsabilidade social na Brisa é assumida numaperspectiva de longo prazo, com o objectivo de criar valorpara os accionistas e para a comunidade através docrescimento a nível económico, com progresso social equalidade ambiental. O posicionamento como parceiropara o desenvolvimento sustentável é mais do que umamera declaração de boas intenções, é uma orientaçãoestratégica da empresa para a gestão do risco e para acriação de novas oportunidades.
A empresa publica, desde 2003, um Relatório Anual deSustentabilidade, no qual comunica a sua política eanalisa a sua performance, nas 3 vertentes - económica,ambiental e social – de forma integrada. O Relatório deSustentabilidade 2007, disponível no site da Brisa(www.brisa.pt), apresenta a informação aqui abordadacom maior detalhe e profundidade, de acordo com anorma internacional do GRI - Global Reporting Initiative.
Consciente dos impactes da sua actividade de construçãoe gestão de infra-estruturas, a Brisa propõe-se quantificare analisar qualitativamente esses impactes, de modo aque estes sejam plenamente compatíveis com odesenvolvimento sustentável.
Para esse efeito, identificam-se cinco vectoresfundamentais que reflectem as áreas mais importantes deinfluência da actividade da empresa: Recursos Humanos,Ambiente, Prevenção Rodoviária, Inovação e Qualidade eDesenvolvimento Social.
O reconhecimento externo da performance e boaspráticas é visível, a nível nacional e internacional, pela suaparticipação activa nas organizações de referência,inclusão em índices especializados e classificação emrankings de sustentabilidade. Em 2007, destaca-se:
BCSD Portugal – Membro desde 2004, a Brisa assumiua presidência em 2007;WBCSD - World Business Council for SustainableDevelopment – Adesão em 2007;United Nations Global Compact – Adesão em 2007;Índice FTSE4Good – Renovação da presença no Índice;S&P Global Infrastructure Index.
Resposta a outros analistas e benchmarks de referência:Triodos, Dow Jones Sustainability Index, Heidrick &Struggles, entre outros.
Clientes
Opiniãopublica
Accionistas
Concorrentes
Mercados financeiros
Estado
Planeta terra
Fornecedores
Parceiros
Inovação equalidade
Ambiente
Segurança
Recursoshumanos
Desenvolvimentosocial
Colaboradores
Comunidades locais
Em 2007, a Direcção de Recursos Humanos levou a cabouma série de iniciativas inovadoras e de grande impactona organização.
No final do ano iniciaram-se as actividades preparatóriasao lançamento do Código de Ética do Grupo e foioperacionalizado o projecto Ser Solidário, no qual oscolaboradores do Grupo são chamados a doarmensalmente, pelo menos, 1 € do seu salário para umainstituição de solidariedade, ao qual se juntará umacontribuição significativa da Empresa no final do ano. Oprojecto Aprender a Empreender, que leva às escolas apromoção dos valores da responsabilidade social e doempreendedorismo e do qual a Brisa é membro fundador,contou com a participação de 25 voluntários da empresa.
Consciente da sua responsabilidade e do seu papel noDesenvolvimento Sustentável, a Brisa tomou a iniciativa desensibilizar os Quadros Superiores para os conceitos deResponsabilidade Social e do Desenvolvimento Sustentável.Realizaram-se para esse efeito 16 acções das quaisresultaram 1 976 horas de formação e 257 participações.
A implementação do Projecto Colombo teve comoobjectivo a captação de ideias inovadoras que, uma vezimplementadas, proporcionem melhorias, quer a níveloperacional, quer ao nível da satisfação dos clientes.Participaram neste projecto 453 colaboradores, quecontribuíram com 1 231 ideias.
Para permitir a optimização e eficácia dos fluxos deinformação associados a algumas rotinas de recursoshumanos e aos respectivos dados pessoais foiimplementado o Portal do Colaborador, acessível emtodos os locais através da intranet. No domínio do melhoracesso à informação foram desenvolvidos os alicerces danova intranet da Empresa, com uma estrutura maisamigável e com uma gama de serviços e acessos maisalargada.
Em 2007 o investimento em formação ascendeu os 500 mil euros, tendo envolvido 2 725 colaboradores, 10 801 participações e 52 704 horas de formação.
COLABORADORES POR EMPRESA
2007
Empresa Totalgeral
BRISA ACCESS ELECTRÓNICA RODOVIÁRIA 49
BRISA ASSISTÊNCIA RODOVIÁRIA 289
BRISA AUTO-ESTRADAS 1 603
BRISA ENGENHARIA E GESTÃO 252
BRISA INTERNACIONAL 1
BRISAL 2
CONTROLAUTO 366
MCALL 47
VIA VERDE PORTUGAL 117
ATLÂNTICO (50%) 156
BRISA PARTICIPAÇÕES E EMPREENDIMENTOS 4
NORTHWEST PARKWAY 7
BRISA NORTH AMERICA 2
Total Geral 2 895
Recursos Humanos
07 SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL 48
49 . Relatório e Contas 2007
A Brisa definiu uma nova estratégia de Biodiversidade,assente em 6 parcerias estratégicas, que contemplam odesenvolvimento de acções de investigação e educação,integradas na actividade da empresa. O investimento totalperfaz 2,5 milhões de euros, aplicados num horizonte tem-poral de 5 anos.
1. Protocolo Business & Biodiversity - No âmbito daPresidência Portuguesa da União Europeia, foi assinado umprotocolo em que a Brisa assume um compromisso com apromoção da Biodiversidade. Neste protocolo, ficou delin-eada a estratégia da Brisa nesta matéria, com referênciaespecífica às várias parcerias a desenvolver.
2. Protocolo Quercus - Prevê-se a realização de acções quepromovam a biodiversidade no Parque Natural do TejoInternacional e na Zona de Protecção Especial para Aves doTejo Internacional, Rio Erges e Ponsul; a intervenção comefeito positivo sobre vários habitats, montado de sobro,tamujais, galerias ribeirinhas, zonas húmidas em geral, einúmeros grupos faunísticos; e a promoção de espaços devisitação e educação ambiental.
3. APENA (Associação Portuguesa de EngenhariaNatural) - Estabelecimento de um prémio bienal desti-nado a premiar projectos de Engenharia Natural; apoioà realização de acções técnicas de formação, infor-mação e demonstração e à publicação de manuais ououtras obras de natureza técnica no domínio daEngenharia Natural; contratualização de estudosespecíficos no domínio da Engenharia Natural, de modoa assegurar a geração e incorporação de know-how
especializado por parte da Brisa.
4. BCSD Portugal - Promover, em conjunto com o BCSDPortugal, a divulgação dos princípios e das melhores práti-cas da relação empresas-biodiversidade, designadamenteatravés do apoio à edição de publicações, à organização deeventos e ao desenvolvimento de case studies sobre otema.
5. Fundação da Faculdade de Ciências da Universidade deLisboa - Desenvolver projectos, em conjunto com aFundação da Faculdade de Ciências da Universidade deLisboa, no sentido de conhecer a caracterização dosimpactos causados pelas auto-estradas sobre os ecossis-temas.
6. Companhia das Lezírias - Desenvolvimento dos Projectos“EVOA – Espaço de visitação e observação de aves Pontada Erva / Salinas de Saragoça”. Este projecto, para além dasfortes componentes de sensibilização ambiental e lazer, visaservir de base a projectos de investigação sobre as espéciesde avifauna do estuário.
Desenvolvimento do Projecto “A Biodiversidade emMontado” - Este projecto actua sobre o montado de sobroe visa aumentar a sua produtividade, garantir a substituiçãodas árvores que chegam ao termo de explorabilidade emorrem, e compatibilizar a sua conservação com a pastorí-cia extensiva de gado bovino.
O investimento total em ambiente ascendeu a 5,9 milhõesde euros.
Ambiente
PROGRAMA DE AMBIENTE
6. Companhia das LezíriasEVOASustentabilidade do Montado
Integração de 6 áreas de actuação
1. ICNBProtocolo Business& Biodeversity
3. APENAPrémio bienalEstudos específicos
5. FCULProtocolo
4. WBCSDPublicaçãoAs empresas ea biodiversidade
2. QuercusProgramas deFormação
ProjectoBrisa
Biodiversidade
A Brisa foi a primeira empresa nacional a tornar-sesignatária da Carta Europeia da Segurança Rodoviária,tendo durante o ano de 2007 recebido estaorganização na sua Sede, em Carcavelos, no sentido deevidenciar o cumprimento dos seus compromissos e deaprofundar as mais valias oriundas desta parceria.
Das diversas iniciativas que fazem da Brisa o maiorinvestidor privado português em prevenção rodoviária,destaca-se o Programa Primeiro a Segurança,desenvolvido desde 2005. Este Programa divide-se emduas componentes: uma dirigida aos automobilistas,através da realização de campanhas de sensibilização,outra, dirigida aos alunos do 1º Ciclo do Ensino Básicoatravés de programas educativos.
Em 2007, na componente de comunicação aoautomobilista realizou-se, para além das habituaiscampanhas de Verão e de Natal, uma campanhainstitucional dedicada à segurança. Todas as campanhasforam suportadas por outdoors e spots de rádio. Acampanha institucional foi ainda apoiada por um spottelevisivo.
A componente educativa do programa Primeiro aSegurança atingiu no final do ano 2007, um total de 254visitas de estudo, 29 781 alunos e 11 804 educadores,incluindo pais e professores. O número de criançasabrangidas aumentou 94% de 2006 para 2007, tendo onúmero de visitas aumentado de 111 para 143.
Prevenção Rodoviária
07 SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL 50
PROGRAMA PRIMEIRO A SEGURANÇA
25 000
20 000
15 000
10 000
5 000
0
Crianças Educadores
10 119
19 662
7 313
4 492
2006
2007
51 . Relatório e Contas 2007
Assente no conceito-chave de Rede de Inovação, a Brisafunciona como catalizadora da inovação junto com osseus parceiros, contando com cerca de 60 investigadoresa colaborar nos seus projectos exploratórios, tendodesenvolvido um total de 18 artigos publicados em 2007.
Esta fase é complementada pelas fases de desenvolvimen-to e investimento, perfazendo um número total de cercade 100 projectos em curso. O orçamento de investimentoem tecnologia desenvolvida na rede atingiu os 27 milhõesde euros, em 2007.
Brisa empresa de média intensidade tecnológica A Brisa é uma empresa de média intensidade tecnológica,na vertente de investimento em Investigação eDesenvolvimento (I&D), destacando-se da média das empre-sas nacionais. O rácio de despesa em I&D / VAB na Brisa éde 0,9%.
De acordo com o estudo da Comissão Europeia “Towardsa European Research Area Science, Technology andInnovation - Key Figures 2007”, desenvolvido em maiordetalhe no Relatório de Sustentabilidade, o rácio I&D /VAB respeitante às empresas portuguesas é de 0,26%,para o ano 2005.
A Brisa tem contribuído para a riqueza do país por substi-tuição das importações, dinamizando o conhecimento e aindústria nacional. De forma a dar sustentabilidade e con-tinuidade à rede que está criada a empresa tem vindo adesenvolver uma estratégia de internacionalização da tec-nologia. Está, por isso, a constituir uma rede de parceriascom empresas globais e a concorrer em diversos merca-dos. Actualmente, a Brisa está presente na RepúblicaCheca (KTS) e na Holanda (Movenience).
Destaca-se também a participação da Brisa nodesenvolvimento do Programa VII - Vehicle-InfrasctrutureIntegration no âmbito do consórcio OmniAir. Este projectoprocura a interoperabilidade dos sistemas de cobrançaelectrónica de portagens entre auto-estradas dos EstadosUnidos, tendo ainda, como objectivo mais ambicioso, atransmissão de informação entre veículos e a infra--estrutura rodoviária, reduzindo, assim a sinistralidade.
Entrando nestes mercados, com o fornecimento detecnologia, a Brisa irá proporcionar a internacionalizaçãode empresas que integrem a rede de parceiros nacionais.
Inovação
2003 2004 2005 2006 2007
Despesa total em I&D (euros) 2 039 226 2 741 504 5 358 911 6 804 288 4 669 838
VAB 491 240 942 417 429 344 784 112 746 858 632 076 498 001 621
Despesa em I&D / VAB (%) 0,42% 0,66% 0,68% 0,79% 0,9%
O desenvolvimento económico e social do País estáestreitamente ligado à existência de infra-estruturas detransporte. Os investimentos nestas infra-estruturas têmum papel crucial na promoção do crescimentoeconómico. Estes investimentos proporcionamexternalidades positivas, quer para as famílias quer para asempresas. No caso das famílias contribui para o aumentodo seu bem-estar. Quanto às empresas permite aobtenção de ganhos de produtividade, contribuindo,também, para a promoção, quer do emprego, quer doinvestimento privado. O impacto destes investimentostraduz-se também numa base fiscal mais alargada e,portanto, em benefícios fiscais futuros para o Estado.
Em 2007, foi completada uma análise científica por uminvestigador universitário sobre os impactos económicos esociais, da implantação da sua rede de auto-estradas.Neste estudo independente é possível concluir que oinvestimento da brisa gera benefícios significativos para aeconomia portuguesa em termos de emprego, deinvestimento privado e de produto, representando,portanto, uma importante fonte de promoção dodesenvolvimento de longo prazo.
INVESTIMENTO POR REGIÕES
Para além dos impactos indirectos positivos da actividadeda empresa no desenvolvimento económico e social dopaís, a Brisa tem seguido uma política de donativos eactividade filantrópica com uma expressão crescente. Em2007, a totalidade deste investimento somou 864 mil €.
A informação completa e detalhada de cada área daestratégia de sustentabilidade da empresa encontra-se noRelatório de Sustentabilidade 2007, disponível na internet(www.brisa.pt). Este relatório segue a norma GRI – GlobalReporting Initiative e apresenta uma evolução significativaface aos anos anteriores, contando com 60 indicadoresauditados externamente.
Alentejo 1 278
Algarve 418
Norte 1 620
Centro 1 912
Lisboa e Vale do Tejo 1 107
Milhões de euros
Desenvolvimento Social
07 SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL 52
. Relatório e Contas 2007
RelatórioFinanceiro
08
A presente análise económico-financeira tem por base ascontas consolidadas, cujo perímetro de consolidaçãoengloba, no final de 2007, 24 empresas.
No que se refere a práticas contabilísticas, as contasconsolidadas do Grupo Brisa são expressas emInternational Financial Reporting Standards (IFRS), normascontabilísticas internacionais que vieram substituir asnormas contabilísticas nacionais definidas no Plano Oficialde Contabilidade (POC).
Relatório Financeiro
08 RELATÓRIO FINANCEIRO 54
PERÍMETRO E MÉTODO DE CONSOLIDAÇÃO
Empresa % Método
Brisa Auto-Estradas de Portugal, S.A. 100% Integral
Brisa Serviços Viários, SGPS 100% Integral
Via Verde Portugal, S.A. 75% Integral
Brisa Assistência Rodoviária, S.A. 100% Integral
Brisa Access Electrónica Rodoviária, S.A. 92,50% Integral
Street Park, Gestão de Estacionamentos, S.A. 30,83% Equival. patrimonial
Brisa Engenharia e Gestão, S.A. 100% Integral
Mcall, Serviços de Telecomunicações, S.A. 100% Integral
Controlauto, S.A. 59,55% Integral
Iteuve Portugal, Lda 59,55% Integral
Controlauto Açores, S.A. 23,82% Equival. patrimonial
Brisa Internacional, SGPS 100% Integral
Brisa Participações e Empreendimentos, Lda 100% Integral
CCR - Companhia de Concessões Rodoviárias 17,90% Equival. patrimonial
COR - Companhia Operadora de Rodoviárias 25% Equival. patrimonial
Brisa Access Europe, GmbH 100% Integral
Brisa United States, LLC 100% Integral
Brisa North America, Inc. 100% Integral
Northwest Parkway, LLC 90% Integral
Via Oeste, SGPS, S.A. 100% Integral
Auto-Estradas do Atlântico, S.A. 50% Proporcional
Brisa Finance, BV 100% Integral
Brisal, Auto-Estradas do Litoral, S.A. 70% Integral
Auto-Estradas do Douro Litoral, S.A. 55% Integral
� PROVEITOS OPERACIONAIS
Durante o exercício de 2007, os proveitos operacionaisconsolidados ascenderam a 647 milhões de euros, o querepresenta um crescimento de 10% em relação aos586 milhões de euros registados no final do ano anterior.
PROVEITOS OPERACIONAIS CONSOLIDADOS
Milhões de euros 2006 2007 Variação
Receitas de portagem 510,2 575,7 12,8%
Áreas de serviço 10,8 11,9 10,9%
Serviços 41,6 41,1 -1,2%
Outros proveitos 23,3 17,8 -23,8%
Receitas totais 585,9 646,5 12,8%
Nota: Os Serviços incluem vendas associadas
Numa análise por áreas de negócio verifica-se que, paraeste crescimento, contribuiu principalmente a concessãoBrisa, bem como a integração da concessão Atlântico.
AUMENTO DAS RECEITAS OPERACIONAISPOR ÁREA DE NEGÓCIO (milhões de euros)
� RECEITAS DE PORTAGEM
No total do volume dos proveitos operacionais assumeparticular importância o desempenho das receitas deportagem, as quais registaram um valor de 576 milhõesde euros, o que corresponde a um acréscimo de cercade 65,5 milhões de euros face ao período homólogo(+12,8%).
+4,8%
Brisa
+5,7%+0,4%
-0,1% -0,5% +10,3%
Atlântico Brisal ServiçosRodoviários
ÁreaInternacional
Total
28
33
3
-0.1-3
60.5
EVOLUÇÃO DAS RECEITAS DE PORTAGEMCONSOLIDADOS 2003 - 2007 (milhões de euros)
Numa análise por área de negócio, verifica-se que para ocrescimento das receitas de portagem se deveu aoaumento do Tráfego Médio Diário (TMD) na redehomóloga de 2,6%. Este aumento teve a sua origem narecuperação da economia portuguesa (crescimento do PIB)e a estabilização dos efeitos de concorrência originadospelo desenvolvimento de redes de auto-estrada semportagem (SCUTS).
Para além do crescimento da rede Brisa (mais 31,6milhões de euros) do ponto de vista homólogo,salienta-se o impacto de abertura da A10 em 2007, aconsolidação de 50% da concessão Atlântico (mais30,8 milhões de euros), bem como o impacto daconcessão Brisal (mais 2,5 milhões de euros), a partir deJunho de 2007, e a inclusão da concessão NorthwestParkway (mais 0,6 milhões de euros).
CRESCIMENTO DAS RECEITAS DE PORTAGEM
POR ÁREA DE NEGÓCIO (milhões de euros)
No que diz respeito às receitas por auto-estrada,verifica-se que as auto-estradas da concessão principalperderam peso, nomeadamente a Auto-estrada doNorte (A1), em virtude de um portfolio de auto-estradasmais diversificado. De salientar ainda que o impacto daAuto-estrada Lisboa / Leiria (A8) e da Auto-estradaCaldas da Rainha / Santarém (A15) corresponde apenasa 50% do total de receitas destas auto-estradas.
+0,7%
Brisa
+2,7%
+6,0%+0,5%
+0,1%
Atlântico Brisal NorthwestParkway
Tarifa Total
ConcessãoBrisa +6,2%
NovosLanços
+0,2%
+12,8%
+2,6%
Mix
600.0
580.0
560.0
540.0
520.0
500.0
480.0
460.02003 2004 2005 2006 2007
55 . Relatório e Contas 2007
Ao nível da concessão Brisal (A17) há que considerarque as receitas registadas em 2007 correspondem,apenas, a um total de 32 km desde Junho de 2007.Também a concessão Northwest Parkway registasomente receitas de dois meses de actividade -Novembro e Dezembro.
RECEITAS POR AE (milhões de euros)
AE Receita %
A1 248,9 43,2%
A2 100,5 17,5%
A3 45,9 8,0%
A5 30,5 5,3%
A4 30,1 5,2%
A8 (50%) 27,8 4,8%
A9 27,7 4,8%
A6 23,4 4,1%
A12 12,3 2,1%
A13 11,8 2,1%
A10 5,9 1,0%
A14 4,4 0,8%
A15 (50%) 3,3 0,6%
A17 2,5 0,4%
NWP 0,6 0,1%
Total 575,7 100%
� OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS
Nos proveitos operacionais, as receitas das áreas deserviços cresceram 11%, em linha com o crescimento dotráfego e das receitas de portagem.
No que diz respeito aos serviços rodoviários, queatingiram um volume de 42 milhões de euros, salienta-seum ligeiro decréscimo, face ao período homólogo,motivado pela consolidação da concessão Atlântico, oque resultou na eliminação de metade de serviçosprestados por associadas da Brisa que, em 2006, nãoeram considerados como intra-grupo.
RECEITAS DE SERVIÇOSRODOVIÁRIOS (milhões de euros)
Serviços Rodoviários 2006 2007 Var %
Inspecções Automóveis 21,7 23,4 7,8%
Cobranças Electrónicas 5,0 4,7 -6,0%
Assistência Técnica (*) 12,0 10,9 -9,2%
Assistência Rodoviária 1,9 1,3 -31,6%
Outros 1,0 0,8 -20,0%
Total 41,6 41,1 -1,2%
(*) Inclui venda de equipamentos
Analisando as empresas de uma forma individual, asreceitas das empresas de serviços rodoviários, excluindoefeitos de anulação intra-grupo, aumentaram 9%. Paraeste efeito contribuiu positivamente a Controlauto,uma vez que as suas receitas aumentaram 1,7 milhõesde euros, bem como a Via Verde que registou umaumento de 15% face ao período homólogo.
RECEITAS DAS EMPRESAS DE SERVIÇOSRODOVIÁRIOS (milhões de euros)
Serviços Rodoviários 2006 2007 Var.
Via Verde 20,0 22,9 15%
Controlauto 21,8 23,6 8%
Brisa Engenharia e Gestão 22,2 21,8 -2%
Brisa Assistência Rodoviária 11,6 12,1 4%
Brisa Access Electrónica Rodoviária 8,1 10,7 32%
Mcall 1,2 1,1 -8%
Total 84,9 92,2 9%
� CUSTOS OPERACIONAIS
Os custos operacionais consolidados em amortizações eprovisões cresceram, em 2007, cerca de 11% comparativa-mente com os valores registados no ano anterior, tendoatingido um volume de 187 milhões de euros.
CUSTOS OPERACIONAISCONSOLIDADOS (milhões de euros)
2006 2007 Var %
Fornecimentos e serviços externos 76,2 89,8 17,8%
Custos com pessoal 85,4 86,5 1,3%
Outros custos 6,5 10,7 64,6%
Subtotal 168,1 187,0 11,2%
Amortizações e Provisões 123,9 178,1 43,7%
Total operacional 292,0 365,1 25,0%
O crescimento dos custos operacionais é explicado pelocrescimento de custo da concessão principal de 4,6%, dosquais 1,2 p.p. se referem a novos concursos, bem como ainclusão de 50% da concessão Atlântico (+5,4%) e custoscom o início de actividade na concessão Brisal (+0,6%). Aárea Internacional contribui também para este aumento,através da Northwest Parkway (+0,6%).
08 RELATÓRIO FINANCEIRO 56
CRESCIMENTO DOS CUSTOS OPERACIONAISPOR ÁREA DE NEGÓCIO (milhões de euros)
� ESTRUTURA DE CUSTOS OPERACIONAIS
Nos custos operacionais há a realçar o bom desempenhoda função de custos com pessoal com um crescimento de1,3%, reflectindo o esforço efectuado de 2004 a 2006 naprocura de ganhos de eficiência a nível de capitalhumano.
No final de 2007, o número total de colaboradores doGrupo Brisa, excluindo a concessão Atlântico, era de 2 729,o que representa uma diminuição de 11 colaboradores faceao período homólogo.
CRESCIMENTO DOS CUSTOS COM PESSOAL POR ÁREA DE NEGÓCIO (milhões de euros)
Em virtude do maior esforço com o crescimento daactividade operacional, mercê da consolidação daconcessão Brisal e Atlântico (5,2 milhões de euros), e doscustos com concursos e prospecção de novas concessões(2,1 milhões de euros), custos acrescidos com amanutenção (1,8 milhões de euros), os FSE’s registaram umvalor de 90M€ em 2007, o que corresponde a umcrescimento de 17,8%.
CRESCIMENTO DOS FSE POR ÁREA DE NEGÓCIO (milhões de euros)
Na estrutura de custos da Brisa, a rubrica amortizações,regista um peso relativo de 49%. Esta rubrica atingiuum valor de 178 milhões euros devido, essencialmente,à entrada em exploração da A10 e do primeiro sublançoda A17, bem como à incorporação de 50% dasamortizações da A8 e da A15.
� MARGENS OPERACIONAIS EM 2007
A margem EBITDA consolidada foi de 71,1% (-0,2 p.p.),ligeiramente inferior ao período homólogo, muitoinfluenciada pelos novos negócios, uma vez que ao nívelda concessão Brisa esta margem se situa nos 75,6%.
O EBIT diminuiu em volume, bem como a respectivamargem, tanto em termos consolidados, como ao nível daconcessão Brisa, em virtude do aumento dasamortizações como consequência das aberturas de novoslanços na concessão Brisa e das novas concessões.
O crescimento das amortizações deve também serdestacado, na medida em que teve um impacto negativono EBIT, que atingiu o valor de 281,4 milhões de euros,registando uma diminuição de 4,3% face a 2006.
MARGENS CONSOLIDADAS (milhões de euros)
2006 2007 Variação
Proveitos Operacionais 585,9 646,5 10,3%
EBITDA 417,8 459,5 10,0%
Margem EBITDA 71,3% 71,1% -0,2pp
Amortizações e Provisões 123,9 178,1 43,6%
EBIT 293,9 281,4 -4,3%
Margem EBIT 50,2% 43,5% -6,6pp
+4,6%
BrisaHomólogo
+6,2%+0,6%
+1,2%
+2,8%
Atlântico Brisal NorthwestParkway
Concursos eprospecção
Total
Internacional+4%
ConcessãoBrisa 7%
Conservaçãoe Manut.
+2,4%
+17,8%
3,6
4,7
0,50,9
2,1
1,8
13,6
-3,6%
+4,5%
+0,2%+0,2%
+11,3%
BrisaHomólogo
Atlântico
Brisal NorthwestParkway
Total-3,1
+3,8
+0,2
+0,2
+1,1
+3,4%
BrisaHomólogo
+1,2%
+5,4%
+0,6%+11,2%
NovosConcursos
Atlântico Brisal NorthwestParkway
Total
+0,6%
5,8
2,0
9,1
1,0
18,9
1,0
ConcessãoBrisa +4,6%
57 . Relatório e Contas 2007
Num contexto em que a actividade da Brisa passou de umaúnica concessão para multi-concessão (multi-negócio), aanálise de resultados merece uma desagregação porsegmento de negócio.
EBITDA POR ÁREA DE NEGÓCIO (milhões de euros)
Área de negócio EBITDA Variação EBITDA% Variação
Brisa 432,8 +7% 75,6 +0,6 p.p.
Atlântico 22,0 +19% 66,3 +3,6 p.p.
Brisal -4,6 N/A N/A N/A
Serviços rodoviários 13,7 +35% 14,8 +2,9 p.p.
Internacional 0,9 -83% 16,1 -48,9 p.p.
EBIT POR ÁREA DE NEGÓCIO (milhões de euros)
Área de negócio EBIT Variação EBIT% Variação
Brisa 291,3 +2% 50,8 2,0 p.p.
Atlântico 10,7 +57% 32,1 +9,2 p.p.
Brisal -13,3 N/A N/A N/A
Serviços rodoviários 4,7 -23% 5,1 +2,1 p.p.
Internacional -0,7 N/A N/A N/A
A concessão principal registou ganhos de eficiênciaoperacionais, tendo registado um crescimento de 1 pontopercentual na margem EBITDA de 75% para 76%. Nestenegócio, o efeito do acréscimo de amortizações resultounuma diminuição de 2% da margem EBIT (essencialmentedevido à entrada de exploração da A10).
A nível da concessão Atlântico, verifica-se uma melhoriaconsiderável do seu desempenho operacional, com umganho de 3 pontos percentuais na margem EBITDA e de 9pontos percentuais na sua margem EBIT, reflectindo queesta concessão está a atingir, a um bom ritmo, a sua fasede maturidade, sendo de esperar que as suas margensoperacionais se aproximem nos próximos anos daconcessão principal.
A concessão Brisal, estando ainda numa fase de arranque(ficando totalmente concluída e aberta ao tráfego durante2008), apresenta margens operacionais negativas em 2007que decorrem dos custos iniciais de exploração.
A área de serviços registou durante 2007 um acréscimo deeficiência nas suas estruturas operacionais, reflectindo-senuma melhoria da margem EBITDA em 3 pontospercentuais e de 1 ponto percentual na margem EBIT.
A análise da área internacional deve ser realizada tendo emconsideração os resultados relativos a investimentos, pois aprincipal contribuição deste negócio para as contas
consolidadas ocorre através da equivalência patrimonial daCCR (Brasil). Assim, podemos verificar que a CCR teve umimpacto positivo nas contas consolidadas da Brisa em 2007,com um acréscimo de 10 milhões de euros (+30%) face a2006. Nas margens operacionais (EBITDA e EBIT) temos oefeito da consolidação proporcional do consórcio deconservação e manutenção da auto-estrada Nova Dutra e,já em finais de 2007, o início da exploração da concessãoNorthwest Parkway em Denver, EUA (ainda com resultadosinexpressivos dado que as contas anuais de 2007incorporam cerca de dois meses desta concessão).
� RESULTADOS FINANCEIROS
RESULTADOS FINANCEIROS
Milhões de euros 2006 2007 Var %
PROVEITOS FINANCEIROS 17,3 20,5 18,7%
Juros obtidos de aplicações financeiras 7,3 4,7 -35,1%
Outros proveitos financeiros 10,0 15,8 57,9%
CUSTOS FINANCEIROS -87,6 -123,4 40,8%
Juros suportados -80,1 -113,0 41,1%
Outros juros e custos financeiros -7,5 -10,4 38,1%
RESULTADO DE INVESTIMENTOS 10,5 44,4 323,5%
Ganhos em Investimentos 35,1 45,7 30,3%
Perdas em Investimentos -24,6 -1,3 -94,6%
RESULTADOS FINANC. CONSOLIDADOS -59,8 -58,4 -2,3%
No final do exercício de 2007 os Resultados FinanceirosConsolidados atingiram um valor negativo de 58,4 milhões de euros. No exercício anterior, osResultados Financeiros haviam registado um valor de -59,8 milhões de euros. A ligeira melhoria dosresultados financeiros decorre essencialmente de umaumento no resultado de investimentos que foiparcialmente compensado por um aumento dos custosfinanceiros.
Numa análise por área de negócio, a Concessão Brisa, aConcessão Brisal, a Concessão Atlântico a e área deServiços atingiram um resultado financeiro conjuntonegativo de 95,5 milhões de euros. A ÁreaInternacional apresentou um resultado financeiropositivo de 40,1 milhões de euros.
08 RELATÓRIO FINANCEIRO 58
RESULTADOS FINANCEIROS CONSOLIDADOS PORÁREA DE NEGÓCIO (milhões de euros)
Os proveitos financeiros cresceram, essencialmente, emvirtude do acréscimo dos ganhos com a Put Option(12,9 milhões de euros em 2007 contra 6,6 milhões deeuros em 2006) que atingiu a maturidade em13/12/2007.
Os custos financeiros registam uma subida significativaem 2007, em virtude do aumento da dívida consolidadae da subida das taxas de juro. Nos juros suportados, oaumento de 80,1 milhões de euros para 113,0 milhõesde euros, é consequência da consolidação a 50% dasAuto-Estradas do Atlântico (14,4 milhões de euros), doaumento dos custos financeiros da Brisal (5,8 milhõesde euros), da consolidação da Northwest Parkway (1,8milhões de euros), do aumento dos custos financeirosda Brisa, bem como devido à subida das taxas de juro edo saldo médio da dívida (5,9 milhões de euros) e àdiminuição do montante de encargos financeiroscapitalizados por conta de actividades de investimentona Concessão Principal (6,6 milhões de euros em 2007contra 11,6 milhões de euros em 2006).
Numa análise por área de negócio, os custos financeirosconsolidados na concessão principal foram 61% do totaldos custos financeiros consolidados em 2007. AConcessão Atlântico e a Concessão Brisal representaram,respectivamente, 18% e 9% do total destes custos. Porseu lado a área Internacional e a área de Serviçosregistaram um peso de 7% e 5%, respectivamente.
CUSTOS FINANCEIROS CONSOLIDADOS
POR ÁREA DE NEGÓCIO
Conforme anteriormente referido, os Resultados deInvestimentos atingiram 44,4 milhões de euros, emvirtude do impacto dos resultados da CCR e daapreciação do Real. Comparativamente a 2006, osResultados de Investimento aumentaram cerca de 30 milhões de euros, uma vez que em 2006 tinham sidoregistadas duas menos valias – uma decorrente daalienação da participação financeira na EDP (9 milhõesde euros) e outra decorrente da alienação daparticipação financeira na ONI (15 milhões de euros).
� RESULTADO LÍQUIDO
O resultado antes de imposto registou um valor de223 milhões de euros (-4,7% face a igual período de 2006)devido ao efeito combinado do EBITDA que teve um bomdesempenho com um crescimento na ordem dos 10% e osresultados financeiros apresentaram um valor superior em1,4 milhões de euros face a 2006, tendo sido o acréscimodas amortizações que contribuiu decisivamente para odecréscimo no resultado antes de imposto.
RESULTADO LÍQUIDO CONSOLIDADO
Milhões de euros 2006 2007 Var.
Proveitos Operacionais 585,9 646,5 10,3%
EBITDA 417,8 459,5 10,0%
Margem EBITDA 71,3% 71,1% -0,2pp
EBIT 293,9 281,4 -4,3%
Margem EBIT 50,2% 43,5% -6,6pp
Resultados antes de impostos 234,1 223,0 -4,7%
Imposto 65,8 -31,7 S/S
Interesses minoritários 1,2 -4,6 S/S
Resultado líquido 167,0 259,4 55,3%
Concessão Principal 61%
Concessão Atlântico 18%
Concessão Litoral Centro 9%
Área Internacional 7%
Serviços 5%
61%18%
9%
7% 5%
-€ 60,5
ConcessãoPrincipal
ConcessãoBrisal
ConcessãoAtlântico
Serviços ÁreaInternacional
ResultadoFinanceiro
0
-20
-40
-60
-80
-100
-€ 11,1
-€ 21,4
-€ 5,5
-€ 40,1
-€ 58,4
59 . Relatório e Contas 2007
Na sequência deste EBT, para o resultado líquido final de259,4 milhões de euros em 2007 (um crescimento de55% face a 2006), contribuiu um valor negativo deimposto sobre o rendimento de 31,7 milhões de euros.Este montante foi influenciado pelo impacto de 106milhões de euros, decorrente do efeito contabilístico,associado à utilização do crédito fiscal, concedido àempresa em exercícios anteriores por via doenquadramento fiscal da operação de titularização dereceitas de portagem futuras realizada em 2007. Paraalém deste efeito é ainda de salientar um valor negativode interesses minoritários de 4,6 milhões de eurosdecorrentes essencialmente dos resultados negativos daconcessão Brisal que foram incorporados a 100% emcustos e proveitos, sendo que o Grupo Brisa detém 70%do capital desta concessão.
� INVESTIMENTO
O ano de 2007 registou um investimento na ordem dos871 milhões de euros, em virtude da construção denovos lanços (concessão Brisa e Brisal) e da aquisição denovas concessões (concessão Atlântico e NorthwestParkway).
INVESTIMENTO TOTAL (milhões de euros)
2007
Tangível (1) 465
Concessão Principal 201
- Novos Lanços 111
- Grandes Reparações 18
- Alargamentos 56
- Outros 16
Brisal (Litoral Centro) 250
Atlântico (Investimentos na Rede A8/A15) 2
Outros Investimentos 12
Intangível (2) 406
Douro Litoral 1
Atlântico (aquisição de 40% Equity) 54
Northwest Parkway (aquisição) 351
TOTAL (1)+(2) 871
Na concessão principal foram investidos 201 milhões deeuros, sendo de salientar a conclusão da A10 e acontinuação da implementação do plano dealargamentos.
Adicionalmente, 2007 assistiu também ao investimentoefectuado na concessão Brisal, no montante de250 milhões de euros, no sentido de prosseguir aconstrução da A17.
No que diz respeito aos investimentos em intangíveis,assumiram particular relevo o investimento na aquisiçãode 40% da Concessão Atlântico (54 milhões de euros)e na aquisição da Northwest Parkway (351 milhões deeuros).
� ACTIVO CONSOLIDADO
O activo líquido total atingiu, no final do exercício de2007, 5 539 milhões de euros, valor superior em 21%ao registado no final de 2006. O acréscimo do activolíquido deveu-se, essencialmente, ao aumento dosactivos fixos tangíveis reversíveis (+513 milhões deeuros) e dos activos intangíveis (+487 milhões de euros).O crescimento registado na primeira rubrica éessencialmente explicado pela conclusão da A10 e doprimeiro lanço da A17 e pela incorporação de 50% dosactivos da concessão Atlântico. Por sua vez, ocrescimento inerente à segunda rubrica deve-se,essencialmente, ao reconhecimento de intangíveis nasconcessões Atlântico e Northwest Parkway.
08 RELATÓRIO FINANCEIRO 60
� ACTIVO POR ÁREA DE NEGÓCIO
No que diz respeito à distribuição do activo e do passivopor áreas de negócio, podemos verificar que aconcessão principal representa cerca de 70% doBalanço do Grupo, com as outras concessões arepresentarem um valor bastante mais relevante do querepresentavam em 2006.
ACTIVOS POR ÁREA DE NEGÓCIO
Concessão Principal 70%
Concessão Atlântico (50%) 4%
Concessão Litoral Centro 11%
Área Internacional 13%
Serviços 2%
70%4%
11%
13%
2%
61 . Relatório e Contas 2007
ACTIVO CONSOLIDADO (milhões de euros)
2006 2007 Var. %
Activos não correntes 4 073,9 5 084,7 24,8%
Activos intangíveis 380,0 866,7 128,1%
Activos fixos tangíveis 54,3 57,1 5,2%
Activos fixos tangíveis reversíveis 3 048,3 3 564,6 16,9%
Investimentos 255,5 195,4 -23,5%
Goodwill 31,6 29,4 -6,9%
Outros investimentos 3,0 2,0 -32,3%
Activos financeiros disponíveis para venda 135,2 139,1 2,9%
Activos por impostos diferidos 194,4 194,4 0,0%
Outros activos não correntes 34,1 35,9 5,3%
Activos correntes 365,2 274,4 -24,9%
Existências 5,6 6,1 8,6%
Clientes e outros devedores 123,3 148,0 20,0%
Caixa e equivalentes 204,7 113,1 -44,7%
Outros activos correntes 31,6 7,3 -76,9%
Activo líquido total 4 439,1 5 359,0 20,7%
� PASSIVO CONSOLIDADO
A nível do Passivo, é de realçar o acréscimo da dívida demédio e de longo prazo devido ao financiamento denovas concessões.
Ao nível do passivo por área de negócio verifica-se umarepartição semelhante à do activo, com a concessãoprincipal a registar uma percentagem superior a 70%.
PASSIVOS POR ÁREA DE NEGÓCIO (milhões de euros)
� DÍVIDA FINANCEIRA
No final de 2007, a dívida consolidada líquida deaplicações financeiras da Brisa ascendia a 3 207,6milhões de euros registando uma variação de 35,7%em relação aos 2 364,3 milhões de euros registados nofinal de 2006.
O aumento da dívida consolidada decorre, essencialmente,do aumento da dívida relativa a projectos financiados emregime de project finance, isto é, sem recurso dosfinanciadores à Brisa Auto-Estradas. O montante de dívidarelativa a estes projectos ascendeu a 859 milhões de eurosem 2007, o que representa um aumento de 195,5% faceaos 291 milhões de euros registados em 2006.
DÍVIDA CONSOLIDADA POR CONCESSÃO (milhões de euros)
2006 2007 Variação
Brisa Auto-Estradas (*) 2 278,3 2 461,7 8,1%
Brisal 290,7 440,9 51,6%
Auto-Estradas do Atlântico (50%) 0,0 208,2 n / a
Northwest Parkway 0,0 209,9 n / a
Dívida Total 2 569,0 3 320,0 29,3%
Disponibilidades 204,7 113,1 -44,7%
Dívida Líquida 2 364,3 3 207,6 35,7%
* Inclui cerca de 40 milhões de euros de dívida de outras subsidiárias.
Não considerando a dívida das subsidiárias em regimede project finance o endividamento da BrisaAuto-Estradas aumentou somente 8,1% atingindo os2 461,7 milhões de euros no final de 2007, face aos2 287,3 milhões de euros em 2006. Este aumento éexplicado essencialmente pelo investimento naconclusão da concessão principal.
Concessão Principal 72%
Concessão Atlântico (50%) 7%
Concessão Litoral Centro 13%
Área Internacional 6%
Serviços 2%
72%
13%
6% 2%
7%
08 RELATÓRIO FINANCEIRO 62
PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO (milhões de euros)
2006 2007 Var. %
Capital próprio 1 539,5 1 626,5 5,7%
Interesses minoritários 26,5 64,8 144,9%
Capital próprio e interesses minoritários 1 566,0 1 691,3 8,0%
Passivos não correntes 2 376,9 3 189,1 34,2%
Empréstimos 2 222,4 3 059,1 37,6%
Provisões 4,3 4,4 4,2%
Outros passivos não correntes 148,5 124,2 -16,4%
Passivos por impostos diferidos 1,8 1,4 -21,0%
Passivos correntes 496,2 478,6 -3,5%
Fornecedores 20,5 20,9 2,0%
Empréstimos 346,6 261,6 -24,5%
Outros credores 70,0 68,4 -2,3%
Outros passivos correntes 59,1 127,7 116,1%
Total passivo 2 873,1 3 667,7 27,7%
Total passivo e capital próprio 4 439,1 5 359,0 20,7%
EVOLUÇÃO DA DÍVIDA BRISA (milhões de euros)
A dívida consolidada da Brisa apresentava a seguinterepartição por instrumentos:
DÍVIDA CONSOLIDADA PORINSTRUMENTO (milhões de euros)
2006 2007 Variação
Obrigações 1 168,2 1 128,3 -3,4%
Titularização de créditos 0,0 397,4 100,0%
Empréstimos Bancários 1 161,9 1 759,5 51,4%
BEI 1 021,2 1 245,7 22,0%
Outros 140,7 513,7 N/A
Papel Comercial 227,8 25,5 -88,8%
Linhas Curto Prazo 11,0 10,1 -9,0%
Total 2 569,0 3 320,7 29,3%
Disponibilidades 204,7 113,1 -44,7%
Dívida Líquida 2 364,3 3 207,6 35,7%
De salientar que a Brisa tem um contrato definanciamento com o Banco Europeu de Investimento,de 200 milhões de euros para financiamento de obrasde alargamento (Brisa XIV, assinado em Fevereiro de2006), e à data de elaboração deste relatório, a Brisaainda não tinha solicitado qualquer desembolso aoabrigo deste, mantendo-se assim disponível.
Em 17 de Dezembro de 2007, a Brisa Auto-Estradas dePortugal concretizou uma operação de titularização decréditos futuros no valor de 400 milhões de euros, aoabrigo do regime estabelecido no Decreto-Lei n.º453/99, de 5 de Novembro, na sequência da qual cedeuuma carteira de créditos correspondentes a taxas deportagem a cobrar nas auto-estradas de que éconcessionária.
2 600
2 400
2 200
2 000
1 800
1 600
1 400
1 200
1 000
2 278.3 2 461.8
+ 8,1%
2006 2007
O Deutsche Bank actuou como arranger/dealer daoperação, tendo os créditos sido adquiridos pela TAGUS -Sociedade de Titularização de Créditos, S.A. (“TAGUS”)que, para o efeito, procedeu à emissão de obrigaçõestitularizadas denominadas “€ 400 000 000 Asset BackedFloating Rate Securitisation Notes due 2012”. Estasobrigações, às quais foi atribuído pela Comissão doMercado de Valores Mobiliários o código alfanuméricolegalmente exigido (200712TGSBRSNXXN0024), foramadmitidas à lista oficial (“official list”) e à negociação nomercado regulamentado da Bolsa de Valores da Irlanda(“Irish Stock Exchange” ou “ISE”).
As receitas de portagem futuras necessárias paraassegurar a realização pela TAGUS dos pagamentostrimestrais de juros e anuais de capital devidos aosdetentores das obrigações e os pagamentos devidosaos demais credores da emissão de obrigações, serãoafectas pela Brisa Auto Estradas de Portugal a estaoperação ao longo dos exercícios de 2008 a 2012.
O encaixe financeiro que esta operação proporcionou foiutilizado para refinanciar a totalidade da dívida de curtoprazo, a qual foi contraída essencialmente para adquirir aparticipação na concessão Northwest Parkway nosEstados Unidos (em Novembro), para capitalizar a Brisal epara finalizar a construção da concessão principal (aolongo do ano). Com a realização desta operação e, numcenário de cada vez maior instabilidade nos mercadosfinanceiros com a consequente degradação das condiçõesde obtenção de crédito, a Brisa Auto Estradas de Portugalencontra-se numa posição de liquidez muito confortávelnão apresentado necessidades de refinanciamentosignificativas até 2013.
Considerando o impacto dos instrumentos derivadoscontratados, no final de 2007, cerca de 58% da dívidatinha taxa de juro fixa, 1% indexação à inflaçãoPortuguesa, 5% indexação à inflação Europeia, 5%com o risco de taxa de juro limitado pela introdução deum cap e 31% tinha taxa variável.
63 . Relatório e Contas 2007
Devido ao peso relativamente baixo do endividamentosujeito ao regime de taxa de juro variável, a exposição daBrisa a subida das taxas de juro de mercado é bastantereduzida.
ESTRUTURA POR MODALIDADE
DE TAXA DE JURO 2007
No final de 2007 o custo médio ponderado da dívida(incluindo o impacto dos instrumentos financeirosderivados) era de 5,24%, registando uma subida emrelação ao valor de 4,33% verificado no final de 2006.Esta variação é explicada pela subida das taxas de jurode curto prazo e pelo aumento dos spreads de crédito(devido principalmente à crise que teve início nomercado de crédito hipotecário norte-americano).
CUSTO MÉDIO PONDERADO POR CONCESSÃO
2006 TMP 2007 TMP
Brisa Auto-Estradas 4,25% 4,90%
Brisal 6,14% 6,07%
Auto-Estradas do Atlântico (50%) - 6,26%
Northwest Parkway - 6,05%
Total 4,33% 5,24%
Fixa 53%
Fixa Revisível 5%
Variável 31%
Variável (Euribor c/Cap) 5%
Variável (Inflacção Europeia c/Cap) 5%
Variável (Inflacção Portuguesa) 1%
53%
5%
31%
5%5% 1%
Relativamente à notação de Rating A3 da Moody’s amesma permanece inalterada desde 2003, tendo oOutlook sido revisto para Negative em Novembro de2007. Em Novembro de 2007 e em Janeiro de 2008, aS&P reviu o Rating de “A” para “A-” e de “A-“ para“BBB+”, respectivamente.
RATING
Agência de Rating Rating Outlook
S&P BBB+ Negative
Moody’s A3 Negative
� GESTÃO DOS RISCOS FINANCEIROS
A Brisa, à semelhança da generalidade das empresas,encontra-se exposta a um conjunto de riscos financeirosque resultam da sua actividade. Merecem destaque osriscos de liquidez e de taxa de juro decorrentes dopassivo financeiro, o risco de taxa de câmbio resultantedo investimento na Companhia de ConcessõesRodoviárias, no Brasil, e na Northwest Parkway, nosEstados Unidos, e o risco de crédito a que a empresafica exposta na sequência da contratação de operaçõesde cobertura de risco e de aplicações financeiras.
A Direcção Financeira da Brisa assegura a gestãocentralizada das operações de financiamento, dasaplicações dos excedentes de tesouraria, dastransacções cambiais assim como a gestão do risco decontraparte do Grupo. Adicionalmente, é responsávelpela identificação, quantificação e pela proposta eimplementação de medidas de gestão/mitigação dosriscos financeiros a que o Grupo se encontra exposto.
Todas as operações de gestão de risco financeiro queenvolvam a utilização de instrumentos financeiros derivados
08 RELATÓRIO FINANCEIRO 64
PERFIL DE AMORTIZAÇÃO CONSOLIDADO (milhões de euros)
700.0
600.0
500.0
400.0
300.0
200.0
100.0
0.0
NWP
AEA
Brisal
Brisa
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031
Nota: O plano de amortização da dívida da Northwest Parkway constitui uma estimativa, uma vez que o perfil de amortização da dívida é variável dependendo da libertação decash flow por esta concessão.
são submetidas à aprovação prévia do AdministradorFinanceiro ou mesmo da Comissão Executiva.
Merecem particular destaque as medidas de mitigaçãode risco financeiro que têm sido adoptadas ao nível daparticipação em concursos de adjudicação ou processosde aquisição de novas concessões rodoviárias. O projectfinance tem sido o esquema de financiamento utilizadonesses projectos, com o objectivo claro de separar emtermos operacionais, financeiros e jurídicos a actividadeda Brisa Auto-estradas de Portugal, que decorre docontrato de concessão original, da actividade inerente aestes novos projectos. Para cada projecto é constituídauma empresa com uma estrutura de financiamentoprópria e sem recurso por parte dos credores a cashflows ou activos da Brisa Auto-estradas, para além dasnormais garantias de stand-by equity dadas ao abrigodestes projectos e cujos montantes são conhecidos àpartida. Assim, o risco assumindo pela Brisa encontra-selimitado ao montante dos Capitais Próprios atribuídosao projecto e às garantias acima mencionadas.
� PRINCIPAIS INDICADORES DEPERFORMANCE
Durante o ano de 2007 verificou-se um aumento dorendimento do capital próprio (ROE) e do rendimento
do activo (ROA). O crescimento destes dois indicadoresfoi motivado essencialmente pelo aumento dos lucrosno exercício de 2007.
Ao nível da dívida consolidada salienta-se o aumento dorácio da dívida líquida/EBITDA, que em 2007 atingiu umvalor de 7,0x, em virtude do aumento da dívida. Dedestacar também o rácio do EBITDA/encargosfinanceiros que em 2007 atingiu um valor de 4,1x,devido ao aumento da dívida consolidada, bem comoda subida das taxas de juro.
Ao nível da acção salienta-se o aumento do resultadolíquido por acção e do PER, em virtude do aumento doresultado líquido.
De destacar também o rácio da concessão principal, oqual registou um valor de 56,7% em 2007, o quecorresponde a uma ligeira diminuição de 1,9 p.p., bemcomo o gearing que no ano de 2007 ascendeu a 201%,face a 151% no período homólogo.
No que diz respeito à Brisa individual salienta-se aestabilidade da dívida financeira líquida, em virtude damaturidade da concessão Brisa.
65 . Relatório e Contas 2007
INDICADORES FINANCEIROS CONSOLIDADOS
2003 2004 2005 2006 2007Indicadores Financeiros POC IFRS IFRS IFRS IFRS
Rendimento do capital próprio (ROE), % 11,3% 12,4% 18,3% 10,7% 15,3%
Rendimento do activo (ROA), % 3,3% 4,7% 6,9% 3,8% 4,8%
Dívida financeira líquida 2 198 2 232 2 069 2 364 3 208
Dívida financeira líquida/EBITDA 5,5 5,3 4,9 5,7 7,0
EBITDA/Encargos financeiros 3,9 4,5 4,9 5,2 4,1
2003 2004 2005 2006 2007Acção POC IFRS IFRS IFRS IFRS
Cotação no final do ano, euros 5,30 6,75 7,16 9,45 10,05
Capitalização bolsista no final do ano, milhões de euros 3 180 4 050 4 296 5 670 6 030
Resultado líquido por acção, cêntimos (de euro) 25 32 50 28 43
PER no final do ano 21 21 14 34 23
INDICADORES FINANCEIROS INDIVIDUAIS
2003 2004 2005 2006 2007Indicadores Financeiros POC POC POC POC POC
Rendimento do capital próprio (ROE), % 11,5% 13,7% 23,6% 11,5% 17,8%
Rendimento do activo (ROA), % 3,4% 4,1% 7,2% 3,7% 5,4%
Dívida financeira líquida 2 161 2 193 1 958 2 090 2 025
Dívida financeira líquida/EBITDA 5,5 5,2 4,7 5,1 4,7
EBITDA/Encargos financeiros 4,2 4,2 4,2 4,1 4,0
Nota Final
. Relatório e Contas 200709
O ano de 2007 foi caracterizado pela recuperação daactividade económica em Portugal o que contribuiudecisivamente para o assinalável crescimento dacirculação de tráfego nas diversas concessões, apesar daescalada dos preços dos combustíveis.
Na Assembleia Geral Anual de Março foram feitasalgumas alterações estatutárias, de entre as quais damosrelevo ao facto de, a partir dessa data, a cada acção passara corresponder um voto.
No sentido de dar um maior envolvimento de accionistasde referência que, com a sua visão e experiência podemcontribuir para o reforço da capacidade competitiva daBRISA, realizou-se em 12 de Setembro uma AssembleiaGeral em que foi deliberado o alargamento do Conselhode Administração de 11 para 13 membros e asubsequente eleição de dois novos administradores nãoexecutivos em representação de dois accionistas dereferência. Pela Babcock & Brown foi eleito Martin Rey epela Cinveste, SGPS foi eleito Pedro Bordalo Silva.
O empenho, a competência e o profissionalismo de todosos colaboradores, assim como a cooperação e o apoio dasentidades públicas e governamentais e a confiança dosaccionistas foram factores indispensáveis para a execuçãoda estratégia da empresa. A todos manifestamos o nossoreconhecimento e os nossos maiores agradecimentos.
No termos da alínea c) do nº 1 do artigo 245º do Códigode Valores Mobiliários.
Em cumprimento das disposições legais e estatutárias oConselho de Administração submete à apreciação dosaccionistas o Relatório de Gestão o Balanço e Contasreferentes ao exercício de 2007, na firme convicção deque, tanto quanto é do seu conhecimento, a informaçãonele contida foi elaborada em conformidade com asnormas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagemverdadeira e apropriada do activo e do passivo daempresa, da situação financeira e dos seus resultados edas empresas incluídas no seu perímetro da consolidação,expõe fielmente a evolução dos negócios, dodesempenho e da posição da empresa e das empresasincluídas no perímetro da consolidação, contém umadescrição dos principais riscos e incertezas com que sedefrontam.
São Domingos de Rana, 26 de Fevereiro de 2008
Nota final
67 . Relatório e Contas 2007
O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Vasco de Mello
Pedro Rocha e Melo
Daniel Amaral
João Azevedo Coutinho
João Bento
António de Sousa
António Nogueira Leite
Isídro Fainé Casas
Luís Manuel de Carvalho Telles de Abreu
António Ressano Garcia Lamas
João Vieira de Almeida
Martin Rey
Pedro Bordalo Silva
09 NOTA FINAL 68
. Relatório e Contas 2007
DemonstraçõesFinanceiras
10
10 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 70
BALANÇOS CONSOLIDADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E 2006(Valores expressos em milhares de euros)
Notas 2007 2006
Activos não correntes:
Activos fixos tangíveis reversiveis 13 3 564 576 3 048 292
Outros activos fixos tangíveis 14 57 100 54 287
Goodwill 15 29 436 31 630
Outros activos intangíveis 16 866 692 379 966
Investimentos em associadas 17 195 404 255 522
Outros investimentos 18 2 039 3 013
Activos financeiros disponíveis para venda 19 139 063 135 205
Activos por impostos diferidos 20 194 411 131 834
Outros activos não correntes 21 35 938 34 113
Total de activos não correntes 5 084 659 4 073 862
Activos correntes:
Existencias 6 055 5 574
Clientes e outros devedores 22 147 964 123 324
Outros activos correntes 23 7 250 31 575
Caixa e equivalentes 24 113 119 204 733
Total de activos correntes 274 388 365 206
Total do activo 5 359 047 4 439 068
Capital próprio:
Capital 25 600 000 600 000
Acções próprias 26 (108 920) (89 969)
Ajustamentos de partes de capital em filiais e associadas 335 349
Reserva legal e outras 27 379 462 370 603
Reserva de justo valor 19 84 917 81 059
Ajustamentos de conversão cambial e coberturas (11 949) (21 317)
Resultados transitados 423 319 431 736
Resultado liquido consolidado 259 357 167 047
Capital próprio atribuível a accionistas 1 626 521 1 539 508
Interesses minoritários 28 64 815 26 471
Total de capital próprio 1 691 336 1 565 979
Passivos não correntes:
Empréstimos 29 3 059 102 2 222 379
Provisões 30 4 437 4 258
Outros passivos não correntes 31 124 208 148 490
Passivos por impostos diferidos 20 1 385 1 753
Total de passivos não correntes 3 189 132 2 376 880
Passivo corrente:
Fornecedores 20 922 20 515
Empréstimos 29 261 634 346 618
Fornecedores de imobilizado 68 368 69 275
Outros passivos correntes 32 127 655 59 801
Total de passivos correntes 478 579 496 209
Total do passivo e capital próprio 5 359 047 4 439 068
O anexo faz parte integrante do balanço em 31 de Dezembro de 2007.
O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS Nº 1351 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
71 . Relatório e Contas 2007
DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DOS RESULTADOS DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM DEZEMBRO DE 2007 E 2006(Valores expressos em milhares de euros)
Notas 2007 2006
Proveitos operacionais:
Prestações de serviços 7 622 638 559 573
Outros proveitos operacionais 7 23 416 26 351
Reversão de amortizações e ajustamentos 30 417 -
Total de proveitos operacionais 6 646 471 585 924
Custos operacionais:
Custo das vendas (4 307) (3 381)
Variação da produção (205) 462
Fornecimentos e serviços externos (89 745) (76 193)
Custos com o pessoal (86 466) (85 351)
Amortizações e ajustamentos 13, 14,15,16 e 30 (177 910) (123 835)
Provisões e perdas por imparidade 30 (193) (84)
Outros custos operacionais (6 233) (3 631)
Total de custos operacionais 6 (365 059) (292 013)
Resultado operacional 281 412 293 911
Custos e perdas financeiros 9 (123 371) (87 593)
Proveitos e ganhos financeiros 9 20 543 17 308
Resultados relativos a investimentos 9 44 420 10 489
Resultado antes de impostos 223 004 234 115
Impostos sobre o rendimento 6 e 10 31 727 (65 818)
Resultado líquido do exercício 254 731 168 297
Atribuível a:
Detentores do capital 259 357 167 047
Interesses minoritários 28 (4 626) 1 250
Resultado por acção:
Básico 11 0.44 0.28
Diluído 11 0.44 0.28
O anexo faz parte integrante da demonstração de Resultados do exercício findo em 31 de Dezembro de 2007.
O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS Nº 1351 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
10 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 72
DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DOS FLUXOS DE CAIXA DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E 2006(Valores expressos em milhares de euros)
Notas 2007 2006
ACTIVIDADES OPERACIONAIS:
Recebimentos de clientes 696 973 627 301
Pagamentos a fornecedores (124 590) (101 394)
Pagamentos ao pessoal (81 410) (95 114)
Fluxos gerados pelas operações 490 973 430 793
Recebimento/(Pagamento) do imposto sobre o rendimento 927 (818)
Outros pagamentos relativos à actividade operacional (54 234) (55 766)
Fluxos das actividades operacionais (1) 437 666 374 209
ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:
Recebimentos provenientes de:
Activos tangíveis 1 003 1 078
Investimentos financeiros 9 15 156 197 648
Subsídios de investimento 2 040 43 194
Dividendos 38 910 25 985
Juros e proveitos similares 9 035 4 221
66 144 272 126
Pagamentos respeitantes a:
Investimentos 17 (57 415) (94 757)
Activos tangíveis e intangíveis (801 118) (525 662)
(858 533) (620 419)
Fluxos das actividades de investimento (2) (792 389) (348 293)
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:
Recebimentos provenientes de:
Empréstimos obtidos 4 281 149 1 250 717
Aumentos de capital por minoritários 28 565 13 361
Instrumentos financeiros 14 322 13 933
Venda de acções próprias 1 599 70 501
4 325 635 1 348 512
Pagamentos respeitantes a:
Empréstimos obtidos (3 736 048) (1 070 846)
Juros e custos similares (149 232) (105 960)
Dividendos 12 (165 361) (161 128)
Instrumentos financeiros (18 766) (26 497)
Aquisição de acções próprias 26 (20 229) (126 473)
(4 089 636) (1 490 904)
Fluxos das actividades de financiamento (3) 235 999 (142 392)
Efeito cambial (4) (1 279) 457
Efeito da alteração do perímetro de consolidação (5) 5 27 379 -
Variação de caixa e seus equivalentes (6) = (1) + (2) + (3) + (4) + (5) (92 624) (116 019)
Caixa e seus equivalentes no início do exercício 24 195 691 311 710
Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 24 103 067 195 691
O anexo faz parte integrante da demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo em 31 de Dezembro de 2007.
O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS Nº 1351 ONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
73 . Relatório e Contas 2007
DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DEZEMBRO DE 2007 E 2006(Valores expressos em milhares de euros)
Ajustamentos de Ajustamentospartes de capital Reserva Reserva de conversão
Acções em filiais e legal e de justo cambial e Resultados Resultado InteressesNotas Capital próprias associadas outras valor coberturas transitados líquido minoritários Total
Saldo em 1 de Janeiro de 2006 600 000 (27 090) (1 152) 236 403 51 153 (5 854) 461 645 297 814 12 331 1 625 250
Aplicação do resultado consolidado de 2005:
Transferência para reserva legal - - - 16 366 - - - (16 366) - -
Transferência para outras reservas - - - 150 292 - - - (150 292) - -
Dividendos distribuídos - - - - - - - (160 675) (473) (161 148)
Transferência para resultados transitados - - - - - - (29 519) 29 519 - -
(Aquisição)/Alienação de acções próprias 26 - (62 879) - 9 175 - - - - - (53 704)
Variação nas reservas de conversão cambial - - - - - (15 463) - - - (15 463)
Aumento/(diminuição) do justo valor dos instrumentos financeiros
de cobertura, liquído de imposto - - - 76 - - - - - 76
Aumento/(diminuição) do justo valor
dos investimentos financeiros
disponíveis para venda - - - - 29 906 - - - - 29 906
Plano de incentivos - - - (40 605) - - - - - (40 605)
Plano de pensões - ganhos/perdas actuarias - - - 397 - - - - - 397
Outros - - 1 501 (1 501) - - (390) - 13 363 12 973
Resultado consolidado líquido do exercício de 2006 - - - - - - - 167 047 1 250 168 297
Saldo em 31 de Dezembro de 2006 600 000 (89 969) 349 370 603 81 059 (21 317) 431 736 167 047 26 471 1 565 979
Saldo em 1 de Janeiro de 2007 600 000 (89 969) 349 370 603 81 059 (21 317) 431 736 167 047 26 471 1 565 979
Aplicação do resultado consolidado de 2006:
Transferência para reserva legal - - - 8 773 - - - (8 773) - -
Transferência para outras reservas - - - 1 889 - - - (1 889) - -
Dividendos distribuídos - - - - - - - (164 802) (549) (165 351)
Transferência para resultados transitados - - - - - - (8 417) 8 417 - -
(Aquisição)/Alienação de acções próprias 26 - (18 951) - 321 - - - - - (18 630)
Variação nas reservas de conversão cambial - - - - - 9 368 - - - 9 368
Aumento/(diminuição) do justo valor dos instrumentos financeiros
de cobertura, liquído de imposto - - - (1 590) - - - - - (1 590)
Aumento/(diminuição) do justo valor dos investimentos financeiros
disponíveis para venda 19 - - - - 3 858 - - - - 3 858
Plano de incentivos 36 - - - 296 - - - - - 296
Plano de pensões - ganhos/perdas actuarias 35 - - - (830) - - - - - (830)
Outros - - (14) - - - 43 519 43 505
Resultado consolidado líquido do exercício de 2007 - - - - - - - 259 357 (4 626) 254 731
Saldo em 31 de Dezembro de 2007 600 000 (108 920) 335 379 462 84 917 (11 949) 423 319 259 357 64 815 1 691 336
O anexo faz parte integrante da demonstração das alterações do capital próprio do exercício findo em 31 de Dezembro de 2007.
O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS Nº 1351 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
1. NOTA INTRODUTÓRIA
A Brisa – Auto-Estradas de Portugal, S.A. (“Empresa” ou“Brisa”) tem sede em Cascais e foi constituída em 28 deSetembro de 1972. O universo empresarial da Brisa(“Grupo”) é formado pelas empresas subsidiárias e associ-adas indicadas nas Notas 4 e 17. As principais actividadesdesenvolvidas pelo Grupo são descritas na Nota 6.
2. PRINCIPAIS POLÍTICASCONTABILÍSTICAS
2.1 Bases de apresentaçãoAs demonstrações financeiras consolidadas forampreparadas no pressuposto da continuidade dasoperações, a partir dos livros e registos contabilísticos dasempresas incluídas na consolidação (Nota 4), ajustados noprocesso de consolidação, de modo a estarem de acordocom as disposições das Normas Internacionais de RelatoFinanceiro, efectivas para os exercícios iniciados em 1 deJaneiro de 2007 conforme adoptadas na União Europeia.Devem entender-se como fazendo parte daquelasnormas, quer as Normas Internacionais de RelatoFinanceiro (“IFRS”) emitidas pelo International AccountingStandards Board (“IASB”), quer as Normas Internacionaisde Contabilidade (“IAS”) emitidas pelo InternationalAccounting Standards Committee (“IASC”) e respectivasinterpretações – IFRIC e SIC, emitidas pelo InternationalFinancial Reporting Interpretation Committee (“IFRIC”) eStanding Interpretation Committee (“SIC”). De ora emdiante, o conjunto daquelas normas e interpretaçõesserão designadas genericamente por “IFRS”.
No exercício findo em 31 de Dezembro de 2007 foiadoptada a IFRS 7 – Instrumentos financeiros – Divulgação,a qual passou a ser efectiva para os exercícios iniciados em1 de Janeiro de 2007.
Sempre que aplicável, a informação financeira relativa aoexercício findo em 31 de Dezembro de 2006, incluída nopresente anexo para efeitos comparativos, é divulgadanos termos do IFRS 7.
Adicionalmente, à data da aprovação destas demon-strações financeiras pelo Conselho de Administraçãoencontram-se emitidas, mas de aplicação obrigatória ape-nas em exercícios seguintes, as seguintes normas ainda nãoadoptadas pelo Grupo:
A IFRIC 12 – Contratos de Concessão, estabelece asdisposições a serem aplicadas na mensuração,reconhecimento, apresentação e divulgação deactividades desenvolvidas ao abrigo de contratos deconcessão de serviços públicos. Apesar de emitida peloIAS 3, a IFRIC 12 não foi ainda adoptada pela UniãoEuropeia, encontrando-se a sua aplicação futura pelaBrisa condicionada por esse facto. A futura adopçãodaquela norma poderá introduzir algumas alterações faceàs disposições e interpretações das normas actualmenteem vigor, cujo impacto nestas demonstrações financeirasconsolidadas, não se encontra ainda totalmente avaliadoa esta data.
Apesar do impacto da adopção em exercícios futuros dasnormas acima mencionadas nas demonstraçõesfinanceiras consolidadas não se encontrar aindacompletamente avaliado, é entendimento dosresponsáveis da Empresa de que o mesmo não serámaterial ao nível da situação patrimonial e resultados dogrupo.
As demonstrações financeiras foram preparadas segundoa convenção do custo histórico, excepto no que respeitaaos instrumentos financeiros. As principais políticascontabilísticas adoptadas são apresentadas a seguir.
2.2 Princípios de consolidaçãoa) Empresas controladasA consolidação das empresas controladas em cadaperíodo contabilístico efectuou-se pelo método deintegração global. Considera-se existir controlo quando oGrupo detém directa ou indirectamente a maioria dosdireitos de voto em Assembleia Geral, ou tem o poder dedeterminar as suas políticas financeiras e operacionais.
A participação de terceiros no capital próprio e no resultadolíquido daquelas empresas é apresentado separadamenteno balanço consolidado e na demonstração dos resultadosconsolidada, respectivamente, na rubrica de Interessesminoritários (Nota 28).
10 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 74
Norma Aplicação
• IFRS 8 - Segmentos operacionais Exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2009
• IFRIC 11 - Transacções com acções próprias Exercícios iniciados em ou após 1 de Março de 2007
• IFRIC 12 - Contratos de concessão Exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2008
• IFRIC 14 - Beneficíos definidos Exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2008
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 (Montantes expressos em milhares de euros)
Quando os prejuízos atribuíveis aos minoritários excedemo interesse minoritário no capital próprio da subsidiária, oGrupo absorve esse excesso e quaisquer prejuízosadicionais, excepto quando os minoritários tenham aobrigação de cobrir esses prejuízos. Se a subsidiáriasubsequentemente reportar lucros, o Grupo apropriatodos os lucros até que a parte minoritária dos prejuízosabsorvidos pelo Grupo tenha sido recuperada.
Os resultados das subsidiárias adquiridas ou vendidasdurante o período estão incluídos nas demonstrações deresultados desde a data da sua aquisição e até à data dasua alienação.
As empresas controladas em 31 de Dezembro de 2007são apresentadas na Nota 4. As transacções e saldossignificativos entre essas empresas foram eliminados noprocesso de consolidação. As mais-valias decorrentes daalienação de empresas participadas, efectuadas dentro doGrupo, são igualmente anuladas.
Sempre que necessário, são efectuados ajustamentos àsdemonstrações financeiras das empresas subsidiáriastendo em vista a uniformização das respectivas políticascontabilísticas com as do Grupo.
Nas situações em que o Grupo detenha, em substância, ocontrolo de outras entidades criadas com um fimespecífico, ainda que não possua participações de capitaldirectamente nessas entidades as mesmas sãoconsolidadas pelo método de consolidação integral.
b) Concentração de actividades empresariaisA concentração de actividades empresariais,nomeadamente a aquisição de subsidiárias é, registadapelo método de compra. O custo de aquisiçãocorresponde ao agregado dos justos valores, à data datransacção, dos activos cedidos, dos passivos incorridosou assumidos e dos instrumentos de capital próprioemitidos, em troca do controlo da adquirida.
Os activos, passivos e passivos contingentes de umasubsidiária são mensurados pelo respectivo justo valor nadata de aquisição. Qualquer excesso do custo deaquisição sobre o justo valor dos activos líquidosidentificáveis é registado como goodwill. Nos casos emque o custo de aquisição seja inferior ao justo valor dosactivos líquidos identificados, a diferença apurada éregistada como ganho na demonstração de resultados doperíodo em que ocorre a aquisição. Os interesses deaccionistas minoritários são apresentados pela respectivaproporção do justo valor dos activos e passivosidentificados.
c) Investimentos em associadasUma associada é uma entidade na qual o Grupo exerceinfluência significativa, mas não detém controlo oucontrolo conjunto, através da participação nas decisõesrelativas às suas políticas financeiras e operacionais.
Os investimentos financeiros na generalidade dasempresas associadas (Nota 17) encontram-se registadospelo método da equivalência patrimonial, exceptoquando são classificados como detidos para venda, sendoas participações inicialmente contabilizadas pelo custo deaquisição, o qual é acrescido ou reduzido da diferençaentre esse custo e o valor proporcional à participação noscapitais próprios dessas empresas, reportados à data deaquisição ou da primeira aplicação do referido método.
De acordo com o método de equivalência patrimonial, asparticipações financeiras são ajustadas periodicamentepelo valor correspondente à participação nos resultadoslíquidos das empresas associadas por contrapartida deganhos ou perdas relativos a investimentos (Nota 9), e poroutras variações ocorridas nos seus capitais próprios porcontrapartida das rubricas de ajustamentos de partes decapital, bem como pelo reconhecimento de perdas deimparidade.
As perdas em associadas em excesso ao investimentoefectuado nessas entidades não são reconhecidas,excepto quando o Grupo preveja que tais custos possamvir a ser assumidos na cobertura de perdas futuras.
Qualquer excesso do custo de aquisição sobre o justovalor dos activos líquidos identificáveis é registado comogoodwill. Nos casos em que o custo de aquisição sejainferior ao justo valor dos activos líquidos identificados, adiferença apurada é registada como ganho nademonstração de resultados do período em que ocorre aaquisição.
Adicionalmente, os dividendos recebidos destas empresassão registados como uma diminuição do valor dosinvestimentos financeiros.
Os ganhos não realizados em transacções com associadassão eliminados proporcionalmente ao interesse do Grupona associada, por contrapartida do investimento nessamesma associada. As perdas não realizadas sãosimilarmente eliminadas, mas somente até ao ponto emque a perda não evidencie que o activo transferido estejaem situação de imparidade.
75 . Relatório e Contas 2007
d) GoodwillO goodwill representa o excesso do custo de aquisiçãosobre o justo valor dos activos e passivos identificáveis deuma subsidiária, associada ou entidade conjuntamentecontrolada, na respectiva data de aquisição.
O goodwill é registado como activo e não é sujeito aamortização, sendo apresentado autonomamente nobalanço ou na rubrica de investimentos em associadas(Notas 15 e 17). Periodicamente e sempre que existamindícios de eventual perda de valor, o goodwill é sujeito atestes de imparidade. Qualquer perda de imparidade éregistada de imediato como custo na demonstração deresultados do período e não pode ser susceptível dereversão posterior.
Na alienação de uma subsidiária, associada ou entidadeconjuntamente controlada, o correspondente goodwill éincluído na determinação da mais ou menos-valia.
Decorrente da excepção prevista no IFRS 1, o Grupoaplicou as disposições do IFRS 3 – Concentração deActividades Empresarias, às aquisições ocorridasposteriormente a 1 de Janeiro de 2004. Os valores degoodwill correspondentes a aquisições posteriores a essadata foram reexpressos na moeda da subsidiária. Asdiferenças de câmbio geradas antes de 1 de Janeiro de2004 foram registadas directamente em resultadostransitados, de acordo com o disposto pelo IFRS 1.
Os valores de goodwill correspondentes a aquisiçõesanteriores a 1 de Janeiro de 2004 foram mantidos deacordo com os valores anteriores, sujeitando-os a testesde imparidade anuais desde aquela data.
Nos casos em que o custo de aquisição é inferior ao justovalor dos activos líquidos identificados, a diferençaapurada é registada como ganho na demonstração deresultados do período em que ocorre a aquisição.
O goodwill relativo a investimentos em filiais sedeadas noestrangeiro encontram-se registados na moeda de reportedessas filiais, sendo convertidos para a moeda de reportedo Grupo (Euros) à taxa de câmbio em vigor na data debalanço. As diferenças cambiais geradas nessa conversãosão registadas na rubrica de reserva de conversão cambial.
2.3 Activos não correntes detidos para vendaActivos não correntes (ou operações descontinuadas) sãoclassificados como detidos para venda se o respectivovalor for realizável através de uma transacção de venda,ao invés de o ser através do seu uso continuado.Considera-se que esta situação se verifica apenas quando:(i) a venda é provável e o activo está disponível para vendaimediata nas suas actuais condições; (ii) a gestão estácomprometida com um plano de venda; e, (iii) éexpectável que a venda se concretize num período dedoze meses.
Activos não correntes (ou operações descontinuadas)classificados como detidos para venda são mensurados aomenor de entre valor contabilístico ou respectivo justovalor deduzido dos custos para a sua venda.
2.4 Activos intangíveisOs activos intangíveis compreendem, essencialmente,direitos contratuais e despesas incorridas em projectosespecíficos com valor económico futuro, encontram-seregistados ao custo de aquisição, deduzido das amortiza-ções acumuladas e perdas de imparidade. Os activosintangíveis apenas são reconhecidos se for provável quedos mesmos advenham benefícios económicos futurospara o Grupo, sejam por este controláveis e o respectivovalor possa ser medido com fiabilidade.
Os activos intangíveis gerados internamente, nomeada-mente, as despesas com investigação e desenvolvimentocorrente são registados como custo quando incorridos.
Os custos internos associados à manutenção e aodesenvolvimento de software são registados como custosna demonstração de resultados quando incorridos,excepto na situação em que estes custos estejamdirectamente associados a projectos para os quais sejaprovável a geração de benefícios económicos futuros parao Grupo. Nestas situações, os valores incorridos sãoclassificados como activos intangíveis.
As amortizações são calculadas, após o início de utilizaçãodos bens, pelo método das quotas constantes, emconformidade com o período de utilidade esperada dosactivos em causa.
Os activos intangíveis para os quais não seja previsível aexistência de um período limitado de geração debenefícios económicos futuros, são designados activosintangíveis de vida útil indefinida. Estes activos não sãoamortizados e estão sujeitos a testes de imparidade anuais.
10 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 76
2.5 Activos fixos tangíveis (não reversíveis)Os activos fixos tangíveis utilizados na produção,prestação de serviços ou para uso administrativo sãoregistados ao custo de aquisição ou produção, incluindoas despesas imputáveis à compra, deduzido dadepreciação acumulada e perdas de imparidade, quandoaplicável.
Os activos fixos tangíveis são depreciados pelo métododas quotas constantes, de acordo com a sua vida útilestimada, a partir da data em que os mesmos seencontram disponíveis para serem utilizados no usopretendido, de acordo com as seguintes vidas úteisestimadas:
Anos
de vida útil
Edifícios e outras construções 10 a 50
Equipamento básico 4 a 10
Equipamento de transporte 4 a 6
Ferramentas e utensílios 4
Equipamento administrativo 3 a 10
2.6 Activos fixos tangíveis reversíveisEm conformidade com os actuais contratos de concessão,os bens directamente relacionados com a actividadeconcessionada revertem, sem qualquer compensação,para o Estado no final dos respectivos contratos deconcessão. Estes bens estão sujeitos ao regime dedomínio público e estão afectos à actividade, podendo seradministrados livremente, nesse âmbito, mas não no quediz respeito ao comércio jurídico privado.
Os activos fixos tangíveis reversíveis são originalmentecontabilizados pelo respectivo valor de custo de aquisiçãoou de construção, incluindo os custos indirectos que lhessejam atribuíveis durante o período de construção.
Decorrente da excepção prevista no IFRS 1, a reavaliaçãodas infra-estruturas de lanços e sublanços que seencontravam em exploração em 31 de Dezembro de1988 foi mantida, designando-se esse valor reavaliadocomo valor de custo considerado para efeitos de IFRS.
Os critérios de inclusão dos custos indirectos no activo fixotangível, durante o período de construção, são osseguintes:
Custos de áreas técnicas
Os custos de áreas técnicas afectas à construção deauto-estradas são adicionados ao custo dos lanços, sub-lanços e áreas de serviço, em estudo e em construção,proporcionalmente ao valor do respectivo investimentodirecto realizado.
Encargos financeiros
Os encargos financeiros são calculados pela aplicação deuma taxa média do custo do financiamento, ao valoracumulado do investimento em lanços, sublanços e áreasde serviço que se encontram em estudo e em construção,deduzido dos montantes recebidos do Estado e dosfundos comunitários a fundo perdido.
As depreciações dos activos fixos tangíveis reversíveis sãocalculadas sobre o valor de aquisição e de construção, daseguinte forma:
Lanços e sublanços (excluindo a camada de desgaste dos
pavimentos flexíveis), áreas de serviço e projectos
complementares em exploração
Segundo o método das quotas constantes, com base noperíodo a decorrer até ao final da concessão, a partir domês de entrada em exploração.
Pavimentos flexíveis – camada de desgaste
Segundo o método das quotas constantes num períodode oito anos (tempo médio de vida útil estimado para acamada de desgaste dos pavimentos flexíveis), porduodécimos a partir do mês de entrada em exploraçãodos respectivos lanços e sublanços, devendo, em qualquercircunstância, estarem completamente depreciados nofinal do período da concessão.
Reparações de lanços e sublanços
Os encargos com reparações e manutenção de naturezacorrente são registados como custo do exercício em queocorrem.
As grandes reparações e beneficiações, que consistemessencialmente na substituição da camada de desgaste,são depreciadas em quotas constantes durante umperíodo de oito anos, devendo, em qualquer circunstânciaestarem completamente amortizadas no final do períododa concessão.
Equipamento básico de exploração
O equipamento básico de exploração é depreciado deacordo com o método das quotas constantes, com basena sua vida útil estimada, a partir do ano de entrada emfuncionamento, devendo, em qualquer circunstância,estar completamente depreciado no final do período daconcessão.
77 . Relatório e Contas 2007
As taxas de depreciação praticadas correspondem àsseguintes vidas úteis estimadas:
Anos
de vida útil
Rede de comunicações 10
Equipamento de portagem 5
Equipamento complementar 4 a 20
2.7 Locações
Os contratos de locação são classificados como: (i)locações financeiras, se através deles forem transferidossubstancialmente todos os riscos e vantagens inerentes àsua posse; e, (ii) locações operacionais, se através delesnão forem transferidos substancialmente todos os riscos evantagens inerentes à sua posse.
A classificação das locações em financeiras ouoperacionais é feita em função da substância e não daforma do contrato.
Os activos fixos tangíveis adquiridos mediante contratosde locação financeira, bem como as correspondentesresponsabilidades, são contabilizados pelo métodofinanceiro, reconhecendo o activo fixo tangível, asdepreciações acumuladas correspondentes e as dívidaspendentes de liquidação de acordo com o planofinanceiro contratual. Adicionalmente, os juros incluídosno valor das rendas e as depreciações do activo fixotangível são reconhecidos como custos na demonstraçãode resultados do exercício a que respeitam.
Nas locações consideradas como operacionais, as rendasdevidas são reconhecidas como custo na demonstraçãode resultados numa base linear durante o período docontrato de locação.
2.8 Imparidade de activos não correntes,excluindo goodwillÉ efectuada uma avaliação de imparidade à data dobalanço e sempre que seja identificado um evento oualteração nas circunstâncias que indiquem que omontante pelo qual o activo se encontra registado possanão ser recuperado. Em caso de existência de indícios, oGrupo procede à determinação do valor recuperável doactivo, de modo a determinar a eventual extensão daperda de imparidade.
Nas situações em que o activo individualmente não geracash-flows de forma independente de outros activos, aestimativa do valor recuperável é efectuada para aunidade geradora de caixa a que o activo pertence.
Activos intangíveis de vida útil indefinida são sujeitos atestes de imparidades anualmente ou sempre que severifica existirem indícios de que a mesma exista.
Sempre que o montante pelo qual o activo se encontraregistado é superior à sua quantia recuperável, éreconhecida uma perda de imparidade, registada nademonstração de resultados na rubrica Outros custosoperacionais.
A quantia recuperável é a mais alta de entre o preço devenda líquido (valor de venda, deduzido dos custos paravender) e do valor de uso. O preço de venda líquido é omontante que se obteria com a alienação do activo numatransacção entre entidades independentes e conhecedo-ras, deduzido dos custos directamente atribuíveis à alien-ação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixafuturos estimados decorrentes do uso continuado do acti-vo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantiarecuperável é estimada para cada activo, individualmenteou, no caso de não ser possível, para a unidade geradorade fluxos de caixa à qual o activo pertence.
A reversão de perdas de imparidade reconhecidas emexercícios anteriores é registada quando existem indíciosde que as perdas de imparidade reconhecidas já nãoexistem ou diminuíram. A reversão das perdas deimparidade é reconhecida na demonstração de resultadoscomo Outros proveitos operacionais. Contudo, a reversãoda perda de imparidade é efectuada até ao limite daquantia que estaria reconhecida (líquida de amortização)caso a perda de imparidade não se tivesse registado emexercícios anteriores.
2.9 Activos, passivos e transacções em moedaestrangeiraAs transacções em outras divisas que não Euro, sãoregistadas às taxas em vigor na data da transacção. Emcada data de balanço, os activos e passivos monetáriosexpressos em moeda estrangeira são convertidos paraEuros utilizando-se as taxas de câmbio vigentes naqueladata. Activos e passivos não monetários, registados deacordo com o seu justo valor denominado em moedaestrangeira, são transpostos para Euros utilizando-se parao efeito a taxa de câmbio em vigor na data em que o justovalor foi determinado.
10 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 78
As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis,originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio emvigor na data das transacções e as vigentes na data dascobranças, pagamentos ou à data do balanço, sãoregistadas como proveitos e custos na demonstraçãoconsolidada de resultados do exercício, excepto aquelasrelativas a itens não monetários cuja variação de justovalor seja registada directamente em capital próprio(Ajustamentos de conversão cambial), em particular:
• As diferenças de câmbio provenientes da conversãocambial de saldos intra-grupo de médio e longo prazoem moeda estrangeira, que na prática se constituamcomo uma extensão dos investimentos financeiros;
• As diferenças de câmbio provenientes de operaçõesfinanceiras de cobertura de risco cambial deinvestimentos financeiros expressos em moedaestrangeira, tal como preconizado no IAS 21 e desdeque cumpram o critério de eficiência estabelecido noIAS 39.
A conversão das demonstrações financeiras de empresassubsidiárias e associadas expressas em moeda estrangeiraé efectuada considerando a taxa de câmbio vigente à datado balanço, para conversão de activos e passivos, a taxade câmbio histórica para a conversão dos saldos dasrubricas de capital próprio e a taxa de câmbio média doperíodo, para a conversão das rubricas da demonstraçãode resultados e dos fluxos de caixa.
Os efeitos cambiais dessa conversão, posteriores a 1 deJaneiro de 2004, são registados no capital próprio, narubrica Ajustamentos de conversão cambial, sendotransferidos para resultados financeiros aquando daalienação dos correspondentes investimentos.
De acordo com o IAS 21, o goodwill e as correcções dejusto valor apuradas na aquisição de entidadesestrangeiras consideram-se denominados na moeda dereporte dessas entidades, sendo convertidos para Euros àtaxa de câmbio em vigor na data do balanço. Asdiferenças cambiais assim geradas são registadas narubrica Ajustamentos de conversão cambial.
São contratados instrumentos financeiros derivados decobertura, no sentido de diminuir a exposição ao risco dataxa de câmbio.
2.10 Custos de financiamentoOs custos com empréstimos são reconhecidos nademonstração de resultados do período a que respeitam.
Os encargos financeiros de empréstimos obtidosdirectamente relacionados com a aquisição, construçãoou produção de activos fixos tangíveis reversíveis sãocapitalizados, fazendo parte do custo do activo. Acapitalização destes encargos começa após o início dapreparação das actividades de construção oudesenvolvimento do activo e é interrompida após o iníciode utilização ou final de produção ou construção doactivo, ou quando o projecto em causa se encontrasuspenso. Quaisquer proveitos financeiros gerados porempréstimos obtidos antecipadamente e correspondentesa um investimento específico, são deduzidos aos custosfinanceiros elegíveis para capitalização.
2.11 SubsídiosOs subsídios estatais são reconhecidos de acordo com oseu justo valor, quando existe uma garantia razoável queirão ser recebidos e que a Empresa irá cumprir com ascondições exigidas para a sua concessão.
Os subsídios à exploração, nomeadamente para formaçãode colaboradores, são reconhecidos na demonstração deresultados de acordo com os custos incorridos.
Os subsídios ao investimento, relacionados com aaquisição de activos fixos tangíveis, são deduzidos aovalor desses activos e reconhecidos na demonstração deresultados em quotas constantes de forma consistente eproporcional com as depreciações dos activos a cujaaquisição se destinaram.
2.12 ExistênciasAs mercadorias e matérias-primas encontram-seregistadas ao custo de aquisição, o qual é inferior aorespectivo valor de mercado, utilizando-se o custo médiocomo método de custeio.
Os produtos acabados e semi-acabados, os subprodutos etrabalhos em curso encontram-se valorizados ao customédio de produção, que inclui o custo das matérias-primasincorporadas, mão-de-obra e gastos gerais de fabrico (con-siderando as depreciações dos equipamentos produtivoscalculada em função de níveis normais de utilização), oqual é inferior ao valor realizável liquido. Este correspondeao preço de venda normal deduzido dos custos para com-pletar a produção e dos custos de comercialização.
São registados ajustamentos por depreciação deexistências, pela diferença entre o seu valor de custo e orespectivo valor de realização, no caso deste ser inferior aocusto.
79 . Relatório e Contas 2007
2.13 Resultado das operaçõesO resultado das operações inclui a totalidade dos custos eproveitos das operações, quer sejam recorrentes ou nãorecorrentes, incluindo os custos com reestruturações e oscustos e proveitos associados a activos operacionais(activos fixos tangíveis e outros activos intangíveis). Incluiainda, as mais ou menos-valias apuradas na venda deempresas incluídas na consolidação pelo método deconsolidação integral ou proporcional. Assim, excluem-sedos resultados operacionais os custos líquidos definanciamento, os resultados apurados com associadas(Nota 17), com os outros investimentos financeiros (Nota18) e os impostos sobre o rendimento (Nota 10).
2.14 ProvisõesAs provisões são reconhecidas apenas quando existe umaobrigação presente (legal ou implícita) resultante de umevento passado, seja provável que para a resolução dessaobrigação ocorra uma saída de recursos e o montante daobrigação possa ser razoavelmente estimado. Asprovisões são revistas na data de cada balanço e sãoajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essadata.
As provisões para custos de reestruturação sãoreconhecidas sempre que exista um plano formal edetalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sidocomunicado às partes envolvidas.
2.15 Instrumentos financeirosActivos e passivos financeiros são reconhecidos quando seconstitui parte na respectiva relação contratual.
Caixa e equivalentes a caixa
Os montantes incluídos na rubrica de Caixa e equivalentesde caixa correspondem aos valores disponíveis em caixa,depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicaçõesde tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e quepossam ser imediatamente mobilizáveis cominsignificante risco de alteração de valor.
Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, arubrica de Caixa e equivalentes de caixa compreendetambém os descobertos bancários incluídos na rubrica deOutros empréstimos, no balanço.
Contas a receber
As contas a receber não têm implícito juro e sãoapresentadas pelo respectivo valor nominal, deduzidas deperdas de realização estimadas.
Investimentos
Os investimentos classificam-se como segue:
- Investimentos detidos até à maturidade- Activos mensurados ao justo valor através de resultados- Activos financeiros disponíveis para venda
Os investimentos detidos até à maturidade sãoclassificados como investimentos não correntes, exceptose o seu vencimento for inferior a doze meses da data dobalanço, sendo registados nesta rubrica os investimentoscom maturidade definida e para os quais não existe aintenção e capacidade de os manter até essa data.
Os activos mensurados ao justo valor através deresultados são classificados como investimentos correntes.
Os activos financeiros disponíveis para venda sãoclassificados como activos não correntes.
Todas as compras e vendas destes investimentos sãoreconhecidas à data dos respectivos contratos de comprae venda, independentemente da data de liquidaçãofinanceira.
Os investimentos são inicialmente registados pelo seuvalor de aquisição, que é o justo valor do preço pago,excluindo despesas de transacção.
Após o reconhecimento inicial, os activos mensurados aojusto valor através de resultados e os activos financeirosdisponíveis para venda são reavaliados pelos seus justosvalores por referência ao seu valor de mercado à data dobalanço, sem qualquer dedução relativa a custos datransacção que possam vir a ocorrer até à sua venda. Nassituações em que os investimentos sejam eminstrumentos de capital próprio não admitidos à cotaçãoem mercados regulamentados, e para os quais não épossível estimar com fiabilidade o seu justo valor, osmesmos são mantidos ao seu custo de aquisição deduzidode eventuais perdas de imparidade.
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração nojusto valor dos activos financeiros disponíveis para vendasão registados no capital próprio, na rubrica de Reserva dejusto valor até o investimento ser vendido, recebido ou dequalquer forma alienado, ou nas situações em que seentende existir perda de imparidade, momento em que oganho ou perda acumulada é registado(a) nademonstração de resultados.
10 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 80
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração nojusto valor dos activos mensurados ao justo valor atravésde resultados são registados(as) na demonstração deresultados do exercício.
Os investimentos detidos até à maturidade são registadosao custo amortizado através da taxa de juro efectiva,líquido de amortizações de capital e juros recebidos.
Passivos financeiros e instrumentos de capital
Os passivos financeiros e os instrumentos de capitalpróprio são classificados de acordo com a substânciacontratual, independentemente da forma legal queassumam. Os instrumentos de capital próprio sãocontratos que evidenciam um interesse residual nosactivos do Grupo, após dedução dos passivos.
Os instrumentos de capital próprio emitidos sãoregistados pelo valor recebido, líquido de custossuportados com a sua emissão.
Empréstimos bancários
Os empréstimos são registados no passivo pelo valornominal recebido, líquido de despesas com a emissãodesses empréstimos. Os encargos financeiros, calculadosde acordo com a taxa de juro efectiva, incluindo prémiosa pagar, são contabilizados de acordo com o princípio deespecialização dos exercícios, sendo adicionados ao valorcontabilístico do empréstimo caso não sejam liquidadosdurante o exercício.
Contas a pagar
As contas a pagar não vencem juros e são registadas peloseu valor nominal.
Instrumentos financeiros derivados e contabilidade de
cobertura
O Grupo tem como política recorrer a instrumentosfinanceiros derivados com o objectivo de efectuar acobertura dos riscos financeiros a que se encontraexposto, decorrentes de variações nas taxas de juro etaxas de câmbio. Neste sentido, o Grupo não recorre àcontratação de instrumentos financeiros derivados comobjectivos especulativos.
O recurso a instrumentos financeiros obedece às políticasinternas aprovadas pelo Conselho de Administração.
Os instrumentos financeiros derivados são mensuradospelo respectivo justo valor. O método de reconhecimentodepende da natureza e objectivo da sua contratação.
Contabilidade de cobertura
A possibilidade de designação de um instrumentofinanceiro derivado como sendo um instrumento decobertura obedece às disposições do IAS 39,nomeadamente, quanto à respectiva documentação eefectividade.
As variações no justo valor dos instrumentos financeirosderivados designados como cobertura de justo valor sãoreconhecidas como resultado financeiro do período, bemcomo as alterações no justo valor do activo ou passivosujeito aquele risco.
As variações no justo valor dos instrumentos financeirosderivados designados como cobertura de cash-flow sãoregistadas em Outras reservas na sua componenteefectiva e, em resultados financeiros na sua componentenão efectiva. Os valores registados em Outras reservas sãotransferidos para resultados financeiros no período emque o item coberto tem igualmente efeito em resultados.
Relativamente aos instrumentos financeiros derivadosdesignados como de cobertura de um investimentolíquido numa entidade estrangeira, as respectivasvariações são registadas como Ajustamentos deconversão cambial na sua componente eficiente. Acomponente não eficiente daquelas variações éreconhecida de imediato como resultado financeiro doperíodo. Caso o instrumento de cobertura não seja umderivado, as respectivas variações decorrentes dasvariações de taxa de câmbio são registadas na rubrica deAjustamentos de conversão cambial.
A contabilização de cobertura é descontinuada quando oinstrumento de cobertura atinge a maturidade, é vendidoou exercido, ou quando a relação de cobertura deixa decumprir os requisitos exigidos no IAS 39.
Instrumentos de negociação
Relativamente aos instrumentos financeiros derivadosque, embora contratados com o objectivo de efectuarcobertura económica, de acordo com as políticas degestão de risco do Grupo, não cumpram todas asdisposições do IAS 39 no que respeita à possibilidade dequalificação como contabilidade de cobertura, asrespectivas variações no justo valor são registadas nademonstração de resultados do período em que ocorrem.
81 . Relatório e Contas 2007
Acções próprias
As acções próprias são contabilizadas pelo seu valor deaquisição como um abatimento ao capital próprio. Osganhos ou perdas inerentes à alienação das acçõespróprias são registadas em Outras reservas.
Justo valor dos instrumentos financeiros
O justo valor dos activos e passivos financeiros édeterminado da seguinte forma:
• O justo valor de activos e passivos financeiros comcondições padronizadas e transaccionados emmercados activos é determinado com referência aosvalores de cotação;
• O justo valor de outros activos e passivos financeiros(excepto instrumentos financeiros derivados) édeterminado de acordo com modelos de avaliaçãogeralmente aceites, com base em análise de cash-flowsdescontados, tendo em consideração preçosobserváveis em transacções correntes no mercado;
• O justo valor de instrumentos financeiros derivados édeterminado com referência a valores de cotação. Nocaso de não estarem disponíveis valores de cotação ojusto valor é determinado com base em análise de cash-flows descontados, os quais incluem pressupostos nãosuportados em preços ou taxas observáveis no mercado.
2.16 Responsabilidade com pensõesO Grupo assumiu o compromisso de conceder aos seusempregados prestações pecuniárias a título decomplementos de pensões de reforma, os quaisconfiguram um plano de benefícios definidos, tendo sidoconstituídos para o efeito fundos de pensões autónomos.
A fim de estimar as suas responsabilidades pelo pagamen-to das referidas prestações, são obtidos periodicamentecálculos actuariais das responsabilidades determinadas deacordo com o Projected Unit Credit Method. Os ganhos eperdas actuariais são registados no capital próprio e os cus-tos com os benefícios concedidos são registados nademonstração dos resultados do período em que ocorrem.
Os custos por responsabilidades passadas sãoreconhecidos imediatamente nas situações em que osbenefícios se encontrem a ser pagos, caso contrário sãoreconhecidos em quotas constantes durante o períodomédio estimado até à data em os direitos sejamadquiridos pelos colaboradores (na maioria dos casos nadata de reforma caso estejam ao serviço do Grupo).
As responsabilidades por pensões reconhecidas à data debalanço representam o valor presente das obrigações porplanos de benefícios definidos, ajustado de ganhos ouperdas actuariais e/ou de responsabilidades por serviçospassados não reconhecidas e reduzido do justo valor dosactivos líquidos do fundo de pensões.
As contribuições efectuadas pelo Grupo para planos decontribuição definida são registados como custo na dataem que são devidos.
2.17 Pagamentos baseados em acçõesOs benefícios concedidos a colaboradores ao abrigo dePlanos de incentivos de aquisição de acções ou de opçãosobre acções são registados de acordo com as disposiçõesdo IFRS 2 – Pagamentos com base em acções.
De acordo com a IFRS 2, os benefícios concedidos a seremliquidados com base em acções próprias (instrumentos decapital próprio), são reconhecidos pelo justo valor na datade atribuição. O justo valor determinado na data daatribuição do benefício, é reconhecido como custo deforma linear ao longo do período em que o mesmo éadquirido pelos beneficiários, decorrente de prestação deserviços. Por sua vez, os benefícios concedidos com baseem acções, mas liquidados em dinheiro, conduzem aoreconhecimento de um passivo valorizado pelo justo valorna data do balanço.
2.18 Activos e passivos contingentesOs passivos contingentes não são reconhecidos nasdemonstrações financeiras consolidadas, sendodivulgados no respectivo anexo, a menos que apossibilidade de uma saída de fundos afectandobenefícios económicos futuros seja remota, caso em quenão são objecto de divulgação.
Os activos contingentes não são reconhecidos nasdemonstrações financeiras consolidadas, mas divulgadosno seu anexo, quando é provável a existência de umbenefício económico futuro.
2.19 Rédito e especialização de exercíciosOs proveitos decorrentes de vendas são reconhecidos nademonstração consolidada de resultados quando os riscose benefícios inerentes à posse dos activos são transferidospara o comprador e o montante dos proveitos possa serrazoavelmente quantificado. As vendas são reconhecidaslíquidas de impostos, descontos e outros custos inerentesà sua concretização pelo justo valor da contraprestaçãorecebida ou a receber.
10 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 82
Os proveitos decorrentes da prestação de serviços sãoreconhecidos na demonstração consolidada de resultadoscom referência à fase de acabamento da prestação deserviços à data do balanço.
Os dividendos de investimentos financeiros sãoreconhecidos como proveitos no período em que sãoatribuídos.
Os juros e proveitos financeiros são reconhecidos deacordo com o princípio da especialização dos exercícios ede acordo com a taxa de juro efectiva aplicável.
Os custos e proveitos são contabilizados no período a quedizem respeito, independentemente da data do seupagamento ou recebimento. Os custos e proveitos cujovalor real não seja conhecido são estimados.
Os custos e os proveitos imputáveis ao período corrente ecujas despesas e receitas apenas ocorrerão em períodosfuturos, bem como as despesas e as receitas que jáocorreram, mas que respeitam a períodos futuros e queserão imputadas aos resultados de cada um dessesperíodos, pelo valor que lhes corresponde, são registadosnas rubricas de Outros activos correntes e Outros passivoscorrentes (Notas 23 e 32).
2.20 Imposto sobre o rendimentoO imposto sobre o rendimento do período é calculadocom base nos resultados tributáveis das empresasincluídas na consolidação e considera a tributaçãodiferida.
O imposto corrente sobre o rendimento é calculado combase nos resultados tributáveis (os quais diferem dosresultados contabilísticos) das empresas incluídas naconsolidação, de acordo com as regras fiscais em vigor nolocal da sede de cada empresa do Grupo.
Os impostos diferidos referem-se a diferenças temporáriasentre os montantes dos activos e dos passivos para efeitosde registo contabilístico e os respectivos montantes paraefeitos de tributação, bem como os resultantes debenefícios fiscais obtidos e de diferenças temporáriasentre o resultado fiscal e contabilístico.
Os activos e passivos por impostos diferidos sãocalculados e periodicamente avaliados utilizando-se astaxas de tributação que se espera estarem em vigor à datada reversão das diferenças temporárias.
Os activos por impostos diferidos são registadosunicamente quando existem expectativas razoáveis delucros fiscais futuros suficientes para os utilizar.
Anualmente é efectuada uma reapreciação das diferençastemporárias subjacentes aos activos por impostosdiferidos, no sentido de os reconhecer ou ajustar emfunção da expectativa actual de recuperação futura.
2.21 Julgamentos críticos/estimativas na aplicaçãodas politicas contabilísticas A preparação das demonstrações financeiras emconformidade com os princípios de reconhecimento emensuração dos IFRS requer que o Conselho deAdministração formule julgamentos, estimativas epressupostos que poderão afectar o valor dos activos epassivos apresentados, em particular depreciações eprovisões, as divulgações de activos e passivoscontingentes à data das demonstrações financeiras, bemcomo os seus proveitos e custos.
Essas estimativas são baseadas no melhor conhecimentoexistente em cada momento e nas acções que seplaneiam realizar, sendo permanentemente revistas combase na informação disponível. Alterações nos factos ecircunstâncias podem conduzir à revisão das estimativas,pelo que os resultados reais futuros poderão diferirdaquelas estimativas.
As estimativas e pressupostos significativos formuladospelo Conselho de Administração na preparação destasdemonstrações financeiras incluem, nomeadamente, ospressupostos utilizados na avaliação de responsabilidadescom pensões, impostos diferidos, vidas úteis dos activostangíveis e análise da imparidade.
2.22 Eventos subsequentesOs eventos ocorridos após a data do balanço queproporcionem informação adicional sobre condições queexistiam à data do balanço, são reflectidos nasdemonstrações financeiras consolidadas.
Os eventos ocorridos após a data do balanço queproporcionem informação sobre condições que ocorramapós a data do balanço, se materiais, são divulgados noanexo às demonstrações financeiras consolidadas.
3. ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS,ESTIMATIVAS E ERROS
Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2007não ocorreram alterações de políticas contabilísticas, faceàs consideradas na preparação da informação financeirarelativa ao exercício de 2006, nem foram registados errosmateriais relativos a exercícios anteriores.
83 . Relatório e Contas 2007
4. EMPRESAS INCLUÍDAS NACONSOLIDAÇÃO
As empresas incluídas na consolidação, suas sedes sociaise proporção de capital detido em 31 de Dezembro de2007, são as seguintes:
(a) Estas empresas filiais foram incluídas na consolidaçãopelo método de consolidação integral.
(b) A AEA foi consolidada, pela primeira vez no exercíciofindo em 31 de Dezembro de 2007, pelo método deconsolidação proporcional, decorrente do facto deexistir, entre a Brisa e o accionista detentor dosrestantes 50% do seu capital, um acordo escrito queestabelece uma gestão partilhada.
10 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 84
PercentagemEmpresa Sede efectiva ActividadeBrisa - Auto-Estradas de Portugal, S.A. (a) Cascais Empresa mãe exploração de("Brisa") auto-estradas
Brisa - Serviços Viários, SGPS, S.A. (a) Cascais 100% Gestão de ("Brisa Serviços") participações sociais
Controlauto - Controlo Técnico Automóvel, S.A. (a) Paço de Arcos 59,552% Controlo técnico("Controlauto") automóvel
Iteuve Portugal, Lda. (a) Cascais 59,552% Controlo técnico ("Iteuve") automóvel
Via Verde Portugal - Gestão de Sistemas Electrónicos Cascais 75% Gestão de sistemasde Cobrança, S.A. (a) ("Via Verde Portugal") electrónicos de cobrançaBrisa Internacional, SGPS, S.A. (a) Cascais 100% Gestão de participações("Brisa Internacional") sociaisBrisa Participações e Empreendimentos, Ltda. (a) São Paulo 100% Gestão de participações("BPE") Brasil sociaisBrisa Finance B.V. (a) Amesterdão 100% Obtenção e gestão ("Brisa Finance") Holanda de fundosBrisa Assistência Rodoviária, S.A. (a) Cascais 100% Assistência e ("Brisa Assistência") desempanagem móvelBrisa Engenharia e Gestão, S.A. (a) Cascais 100% Gestão de projectos("Brisa Engenharia") de engenhariaBrisa Access, Electrónica Rodoviária, S.A. (a) Cascais 92,5% Gestão de equipamentos("BAER") electrónicosMcall - Serviços de Telecomunicações, S.A. (a) Porto Salvo 100% Prestação de serviços("Mcall") de telecomunicaçõesBrisal - Auto-Estradas do Litoral, S.A. (a) Cascais 70% Construção, conservação e("Brisal") exploração de auto-estradasVia Oeste, SGPS, S.A. (a) Cascais 100% Gestão de participações("Via Oeste") sociaisAuto-Estradas do Atlântico - Concessões Rodoviárias de Torres Vedras 50% Construção, conservação ePortugal, S.A. (b) ("AEA") exploração de auto-estradasBrisa Access Europe, GmbH (a) Viena 100% Gestão de equipamentos("Brisa Europe") Áustria electrónicosBrisa United States, LLC (a) Atlanta 100% Gestão de participações("BUS") USA sociaisBrisa North America, INC (a) Atlanta 100% Gestão de participações("BNA") USA sociaisNorthwest Parkway Holding, LLC (a) Denver 100% Gestão de participações("NWP - HOLDING") USA sociaisNorthwest Parkway Operations, LLC (a) Denver 100% Operação de("NWP - OPERATIONS") USA auto-estradasNorthwest Parkway, LLC (a) Denver 90% Construção, conservação e("NWP") USA exploração de auto-estradasAEDL - Auto-Estradas do Douro Litoral, S.A. (a) Castelo de Paiva 55% Construção, conservação e("AEDL") exploração de auto-estradas
5. ALTERAÇÕES OCORRIDAS NOPERÍMETRO DE CONSOLIDAÇÃO
No exercício findo em 31 de Dezembro de 2007ocorreram as seguintes alterações no perímetro daconsolidação:
• Consolidação pela primeira vez da AEA, pelo métodoproporcional, decorrente: (i) da aquisição de umaparticipação adicional de 40%; e (ii) da celebração como outro accionista de um acordo estabelecendo a gestãoe controlo conjunto;
• Aquisição da totalidade do capital da sociedade dedireito Austríaco, Hectec, cuja denominação foiposteriormente alterada para Brisa Access Europe,Gmbh.
Adicionalmente, no exercício findo em 31 de Dezembrode 2007, foram constituídas as seguintes sociedades:
• BUS, BNA, NWP – Holding, NWP Operations, detidas a100% e da NWP, detida a 90%, todas elas sediadas nosEstados Unidos da América e relacionadas com aconcessão da Northwest Parkway (Nota 36).
• AEDL, detida a 55%, e detentora da concessão doDouro Litoral.
De referir ainda a fusão na Controlauto das seguintessociedades por si integralmente participadas:
• Satev – Sociedade Assistência e Veículos, Lda.• Toitorres - Toitorres Inspecções, S.A.• CTV – Controle Técnico de Veículos, S.A.
O impacto das alterações ocorridas no perímetro daconsolidação no balanço consolidado em 31 deDezembro de 2007, é o seguinte:
Activos não correntes:
Activos fixos tangíveis reversiveis 210 845
Outros activos fixos tangíveis 199
Investimentos em associadas 2
Outros activos não correntes 10 376
Total de activos não correntes 221 422
Activos correntes:
Clientes e outros devedores 2 134
Outros activos correntes 2 490
Caixa e equivalentes 27 389
Total de activos correntes 32 013
Total do activo 253 435
Passivos não correntes:
Empréstimos 199 858
Total de passivos não correntes 199 858
Passivo corrente:
Fornecedores 2 300
Empréstimos 18 126
Fornecedores de imobilizado 71
Outros passivos correntes 7 076
Total de passivos correntes 27 573
Total do passivo 227 431
Valor líquido 26 004
O impacto das alterações ocorridas no perímetro deconsolidação em caixa e equivalentes era o seguinte:
Caixa e equivalentes 27 389
Descobertos bancários (10)
27 379
85 . Relatório e Contas 2007
As referidas alterações no perímetro da consolidaçãotiveram os seguintes impactos na demonstraçãoconsolidada dos resultados do exercício findo em 31 deDezembro de 2007:
Proveitos operacionais:
Prestações de serviços 32 039
Outros proveitos operacionais 776
Reversão de amortizações e ajustamentos 396
Total de proveitos operacionais 33 211
Custos operacionais:
Fornecimentos e serviços externos (4 779)
Custos com o pessoal (3 852)
Amortizações e ajustamentos (11 566)
Outros custos operacionais (565)
Total de custos operacionais (20 762)
Resultado operacional 12 449
Custos e perdas financeiros (13 190)
Proveitos e ganhos financeiros 1 067
Resultado antes de impostos 326
Impostos sobre o rendimento (1 692)
Resultado líquido do exercício (1 366)
6. SEGMENTOS DE NEGÓCIO
As principais actividades desenvolvidas pelo Grupo são asseguintes:
• Concessões rodoviárias - as quais compreendem aconstrução, conservação e exploração de auto-estradase respectivas áreas de serviço, em regime de concessão;
• Serviços - os quais incluem, nomeadamente, inspecçõesautomóveis, gestão de cobranças electrónicas,assistência e desempanagem móvel, gestão deequipamentos electrónicos e gestão de projectos deengenharia.
No que respeita às concessões rodoviárias, a actividadeactualmente desenvolvida pelas empresas do Grupoenquadra-se nos seguintes contratos:
Contrato de concessão da Brisa
Através do Decreto-Lei nº 467/72, de 22 de Novembro,foram definidas as bases de concessão à Brisa daconstrução, conservação e exploração de auto-estradas.Desde então as bases de concessão têm sido objecto derevisão periódica, com introdução de alterações que seprojectam no clausulado do contrato de concessão.
O Decreto-Lei nº 294/97 de 24 de Outubro, o Decreto-Leinº 287/99 de 28 de Julho e o Decreto-Lei nº 314 A/2002 de26 de Dezembro, aprovaram as bases de concessão actual-mente em vigor, das quais, pela sua importância e impactona situação económica e financeira da Brisa, são dedestacar:
• A extensão total da rede de auto-estradasconcessionada foi fixada em 1 105,8 quilómetros, dosquais 1 093 estão abertos ao tráfego, sendo que 77quilómetros não se encontram sujeitos a portagens.
• O termo do prazo de concessão foi fixado em 31 deDezembro de 2032 e os bens directamente relacionadoscom a concessão, que se encontram identificados nasdemonstrações financeiras como imobilizaçõescorpóreas reversíveis, reverterão para o Estado no finaldo mesmo.
• As comparticipações financeiras do Estado para osinvestimentos realizados a partir de 1 de Julho de 1997são de 20% do custo de construção elegível. Ao valorglobal das comparticipações financeiras devidas peloEstado serão deduzidas as verbas recebidas de outrasentidades, designadamente no quadro definanciamentos da União Europeia, que se destinem acomparticipar no investimento em imobilizaçõescorpóreas reversíveis.
• Montantes correspondentes às comparticipaçõesfinanceiras devidas pelo Estado são contabilizados numaconta-corrente exclusivamente afecta a esse efeito,procedendo-se à verificação e regularização dorespectivo saldo com periodicidade semestral, devendoa Brisa apresentar, no prazo de 60 dias após cadasemestre, à Direcção Geral do Tesouro, o saldo daconta-corrente, fundamentado em memória justificativae confirmado por parecer do Conselho Fiscal, medianteparecer prévio favorável da Inspecção Geral de Finanças(Nota 22).
• No respeitante aos benefícios fiscais, as situações maisrelevantes são como segue: - A isenção do Imposto do Selo e de Derrama, a qual
terminou em 31 de Dezembro de 2005.- No que diz respeito ao Imposto sobre o Rendimento
das Pessoas Colectiva e em relação à actividade exerci-da no âmbito do contrato de concessão, a Empresapode deduzir à colecta, até à sua concorrência, umaimportância correspondente a 50% dos investimentosem imobilizações corpóreas reversíveis, na parte nãocomparticipável pelo Estado, realizados entre 1995 e2002, inclusive. A dedução acima referida foi efectua-da nas liquidações respeitantes aos exercícios de 1997a 2007 (Notas 10 e 20).
10 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 86
• O capital da Empresa terá de ser aumentado quando arelação entre o capital próprio, deduzidos os resultadosdo exercício a distribuir e o passivo, deduzidos osproveitos diferidos, com base no último balanço anualaprovado seja inferior a 25%.
• Nos últimos cinco anos da concessão poderá o Estado,mediante determinadas condições que garantam oequilíbrio financeiro, proceder ao seu resgate.
• A fiscalização da concessão é da competência doMinistério das Finanças, para as questões financeiras, e doMinistério da tutela do sector rodoviário para as demais.
Contrato de concessão da Brisal
Através do Decreto-Lei n.º 215-B/2004, de 16 deSetembro, foram definidas e aprovadas as bases deconcessão à Brisal da concepção, projecto, construção,financiamento, conservação e exploração dos lanços deauto-estrada e conjuntos viários associados, designadapor Litoral Centro, das quais, pela sua importância eimpacto na situação económica e financeira da Brisal, sãode destacar:
• Os capitais próprios da Brisal terão de ser reforçados,pela via de aumento de capital ou pela entrada deprestações acessórias, sempre que as receitas deportagem não atinjam os níveis estabelecidos no acordode suporte de tráfego e o rácio anual de cobertura doserviço da dívida apresente um valor inferior ao mínimoestabelecido, no contrato de concessão;
• O prazo e o termo da concessão tem uma duraçãovariável, terminando no momento em que o VAL dasreceitas atinja o VAL máximo estabelecido, estando noentanto este prazo sujeito a um mínimo e máximo deduração de 22 anos e 30 anos, respectivamente;
• Decorridos 25 anos após a assinatura do contrato deconcessão poderá o Estado, mediante determinadascondições que garantam o equilíbrio financeiro,proceder ao respectivo resgate;
• A fiscalização da concessão é da competência doMinistério das Finanças para as questões financeiras, e doMinistério da tutela do sector rodoviário para as demais.
Contrato de Concessão da AEA
Através do Decreto-Lei nº 393–A/98, de 4 de Dezembro,foram definidas e aprovadas as bases da concessãoatribuída à AEA dos lanços de auto-estrada e conjuntosviários associados na zona Oeste de Portugal, das quais,pela sua importância e impacto na situação económica efinanceira da AEA, são de destacar:
• A extensão total da rede de auto-estradasconcessionada foi fixada em 170 quilómetros, os quaisestão abertos ao tráfego, sendo que 26 quilómetros nãose encontram sujeitos a portagens;
• O termo do prazo de concessão foi fixado em 21 deDezembro de 2028 e os bens directamente relacionadoscom a concessão, que se encontram identificados nasdemonstrações financeiras como imobilizaçõescorpóreas reversíveis, reverterão para o Estado no finaldo mesmo;
• Nos últimos cinco anos da concessão poderá o Estado,mediante determinadas condições que garantam oequilíbrio financeiro, proceder ao seu resgate;
• A fiscalização da concessão é da competência doMinistério das Finanças, para as questões financeiras, edo Ministério da tutela do sector rodoviário para asdemais.
Contrato de Concessão da AEDL
Através do Decreto-Lei nº 392/2007, de 27 de Dezembro,foram definidas e aprovadas as bases da concessãoatribuída à AEDL da concepção, projecto, construção,aumento do número de vias, financiamento, conservaçãoe exploração com cobrança de portagem aos utentes doslanços de auto-estrada e conjuntos viários associados,designada por Douro Litoral, das quais, pela suaimportância e impacto na situação económica e financeirada AEDL, são de destacar:
• A extensão total da rede de auto-estradasconcessionada foi fixada em 76,2 quilómetros, os quaisainda não se encontravam abertos ao tráfego em 31 deDezembro de 2007.
• O prazo de concessão tem uma duração de 27 anos acontar da data da assinatura do contrato de concessão.
• Os capitais próprios da Empresa terão que serreforçados, sempre que o rácio anual de cobertura doserviço da dívida apresente um valor inferior ao mínimoestabelecido, no Facility Agreement.
• Nos últimos cinco anos da concessão poderá o Estado,mediante determinadas condições que garantam oequilíbrio financeiro, proceder ao seu resgate.
• A fiscalização da concessão é da competência doMinistério das Finanças para as questões económicas efinanceiras, e do Ministério da tutela do sectorrodoviário para as demais.
87 . Relatório e Contas 2007
Os resultados de cada um dos segmentos de negócioantes mencionados, nos exercícios findos em 31 deDezembro de 2007 e 2006, foram os seguintes:
10 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 88
Concessões 2007 rodoviárias Serviços Outros Eliminações Total
Proveitos operacionais
Externos 598 128 43 213 5 130 - 646 471
Intra-segmentos 11 077 50 261 16 (61 354) -
609 205 93 474 5 146 (61 354) 646 471
Custos operacionais
Externos 295 804 66 429 2 826 - 365 059
Intra-segmentos 39 128 5 713 1 (44 842) -
334 932 72 143 2 827 (44 842) 365 059
Resultado do segmento 274 273 21 331 2 320 (16 512) 281 412
Resultados não distribuídos por segmento:
Resultados das actividades de investimento 44 420
Resultado das actividades de financiamento (102 828)
Resultados antes de impostos 223 004
Imposto sobre o rendimento 31 727
Interesses minoritários 4 626
Resultado líquido do exercício 259 357
Outras informações:
Concessões
rodoviárias Serviços Outros Total
Dispêndios de capital fixo 823 351 3 155 184 291 1 010 797
Depreciações e amortizações em resultados 168 265 8 449 1 191 177 905
Concessões 2006 rodoviárias Serviços Outros Eliminações Total
Proveitos operacionais:
Externos 533 816 43 491 8 617 - 585 924
Intra-segmentos 4 823 40 414 - (45 236) -
538 639 83 905 8 617 (45 236) 585 924
Custos operacionais:
Externos 229 795 58 578 3 641 - 292 013
Intra-segmentos 26 804 5 981 36 (32 821) -
256 599 64 559 3 677 (32 821) 292 013
Resultado do segmento 282 040 19 345 4 940 (12 415) 293 911
Resultados não distribuídos por segmento:
Resultados das actividades de investimento 10 489
Resultado das actividades de financiamento (70 285)
Resultados antes de impostos 234 115
Imposto sobre o rendimento (65 818)
Interesses minoritários (1 250)
Resultado líquido do exercício 167 047
Outras informações:
Concessões
rodoviárias Serviços Outros Total
Dispêndios de capital fixo 613 620 5 736 5 574 624 930
Depreciações e amortizações em resultados 119 162 3 941 1 182 123 835
89 . Relatório e Contas 2007
Os activos e passivos dos segmentos e a respectivareconciliação com o total consolidado, em 31 deDezembro de 2007 e 2006, são como segue:
Segmentos geográficos
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e2006, a actividade operacional da Empresa e das suassubsidiárias foi realizada essencialmente no mercadonacional.
Concessões 2007 rodoviárias Serviços Outros Total
Activos:
Activos do segmento 4 509 693 129 472 524 477 5 163 642
Investimentos em associadas 194 989 160 255 195 404
Total do activo consolidado 5 359 045
Passivos:
Passivos do segmento 3 600 216 67 471 21 3 667 708
Concessões 2006 rodoviárias Serviços Outros Total
Activos:
Activos do segmento 3 854 732 96 031 205 626 4 156 389
Investimentos em associadas 232 390 15 774 34 515 282 679
Total do activo consolidado 4 439 068
Passivos:
Passivos do segmento 2 796 370 63 027 13 692 2 873 089
7. PROVEITOS OPERACIONAIS
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e2006, os proveitos operacionais distribuíam-se comosegue:
(a) Consórcio responsável pela operação da auto-estrada“Rodovia Presidente Dutra”, que liga S. Paulo ao Riode Janeiro no Brasil.
8. LOCAÇÕES OPERACIONAIS
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006foram reconhecidos custos de 1 899 milhares de Euros e1 393 milhares de Euros, respectivamente, relativos arendas de contratos de locação operacional.
As rendas de contratos de locação operacional em vigorem 31 de Dezembro de 2007 e 2006, apresentam osseguintes vencimentos:
2007 2006
2007 - 1 623
2008 1 816 1 336
2009 1 224 783
2010 645 252
Após 2011 177 -
3 862 3 994
10 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 90
2007 2006
Prestação de serviços:
Portagens 575 674 510 845
Inspecções automóveis 23 450 21 701
Áreas de serviço 11 934 10 763
Gestão de projectos de engenharia 3 372 7 513
Cobranças electrónicas 4 713 4 961
Assistência e desempanagem móvel 1 264 1 865
Gestão de equipamentos electrónicos 1 036 1 433
Outras prestações de serviços 1 195 492
622 638 559 573
Outros proveitos operacionais:
Vendas 6 077 3 035
Resultado do consórcio COPER (a) 4 726 8 557
Indemnizações recebidas em obras 3 353 2 794
Aluguer de equipamentos 695 3 253
Compensação por perdas de exploração 2 456 2 456
Reversão de provisões e ajustamentos 739 2 127
Outros 5 787 4 129
23 833 26 351
9. RESULTADOS FINANCEIROS
Os custos e perdas financeiros dos exercícios findos em 31de Dezembro de 2007 e 2006, têm a seguintecomposição:
Os proveitos e ganhos financeiros dos exercícios findos em31 de Dezembro de 2007 e 2006, têm a seguintecomposição:
91 . Relatório e Contas 2007
2007 2006
Juros suportados (112 980) (80 071)
Diferenças de câmbio desfavoráveis (291) (88)
Perdas na valorização de instrumentos financeiros derivados:
Instrumentos de taxa de juro (Nota 33) (4 103) (4 179)
Outros custos e perdas financeiros (5 997) (3 255)
(123 371) (87 593)
2007 2006
Juros obtidos 7 246 9 655
Diferenças de câmbio favoráveis 247 321
Ganhos na valorização de instrumentos financeiros derivados:
Instrumentos de taxa de juro (Nota 33) - 413
Put option (Nota 33) 12 919 6 552
Outros proveitos e ganhos financeiros 131 367
20 543 17 308
Os resultados relativos a investimentos dos exercíciosfindos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, têm aseguinte composição:
(a) No exercício findo em 31 de Dezembro de 2006, foialienada a totalidade da participação na EDP, a qual teveo seguinte impacto nas demonstrações financeiras doexercício:
Valor de mercado da participação no ínicio
do período (Nota 19) 190 327
Variação do justo valor registado em reservas 16 413
Custo histórico da participação 206 740
Valor da venda (197 648)
Perdas na alienação 9 092
(b) No exercício findo em 31 de Dezembro de 2006 foialienada a totalidade da participação na ONI por 2Euros, a qual teve o seguinte impacto nasdemonstrações financeiras do exercício:
Custo histórico da participação 75 270
Perdas de imparidade acumuladas (Nota 30) (59 900)
Perdas na alienação 15 370
10 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 92
2007 2006
Ganhos em empresas do grupo e associadas:
CCR 42 789 32 166
Outros 48 325
42 837 32 491
Rendimentos de participações em capital:
Abertis 2 681 2 493
Outros 205 113
2 886 2 606
Perdas em empresas do grupo e associadas:
Auto-Estradas do Atlântico, S.A. - (100)
Controlauto Açores (8) -
KTS (4) -
Movenience (79) -
Street Park (3) (46)
(94) (146)
Outros resultados em investimentos:
Perdas na alienação da participação na EDP (a) - (9 092)
Perdas na alienação da participação na ONI (b) - (15 370)
Outros (1 209) -
(1 209) (24 462)
44 420 10 489
10. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO
Na sequência da publicação dos Decretos-Lei nº 287/99 enº 294/97, de 28 de Julho e 24 de Outubro,respectivamente, verificou-se uma alteração dosbenefícios de que a Brisa gozava, em sede de Impostosobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC). Aactividade da Brisa, enquadrável no âmbito do respectivocontrato de concessão, deixou de estar isenta de IRC,passando a Empresa a poder deduzir à colecta, até à suaconcorrência, uma importância correspondente a 50%dos investimentos em imobilizações corpóreas reversíveis,na parte não comparticipável pelo Estado, realizados entre1995 e 2000, inclusive. Esta dedução poderia vir a serefectuada nas liquidações respeitantes aos exercícios de1997 a 2005.
Nos termos do Decreto-Lei nº 287/99, de 28 de Julho, osinvestimentos que servem de base para o cálculo dadedução à colecta foram alargados aos realizados em2001 e 2002, sendo apenas considerados, neste caso, osinvestimentos que foram objecto de alteração noprograma de abertura de tráfego que consta da base VIIanexa ao Decreto-Lei nº 287/99 de 28 de Julho. Adedução correspondente a estes investimentos poderiaser efectuada na colecta de IRC até 2007.
Adicionalmente, a Empresa ficou isenta do Imposto doSelo e de Derrama até 31 de Dezembro de 2005, norespeitante à actividade desenvolvida no âmbito docontrato de concessão, nos termos do Decreto-Lei nº271/99 de 16 de Julho.
A Empresa encontra-se sujeita a IRC à taxa normal de25%, que pode ser incrementada pela Derrama até à taxamáxima de 1,5% do lucro tributável, resultando numataxa de imposto agregada máxima de 26,5%.
De acordo com a legislação em vigor, as declaraçõesfiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte dasautoridades fiscais durante um período de quatro anos(dez anos para a Segurança Social até 2000, inclusive ecinco anos após 2001), excepto quando tenham havidoprejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefíciosfiscais, ou estejam em curso inspecções, reclamações ouimpugnações casos estes em que, dependendo dascircunstâncias, os prazos são alargados ou suspensos.Assim, as declarações fiscais da Empresa dos anos de2004 a 2007 ainda poderão estar sujeitas a revisão. OConselho de Administração entende que eventuaiscorrecções resultantes de revisões/inspecções fiscaisàquelas declarações de impostos não terão um efeitosignificativo nas demonstrações financeiras em 31 deDezembro de 2007.
Os prejuízos fiscais são reportáveis durante um período deseis anos após a sua ocorrência e susceptíveis de deduçãoa lucros fiscais gerados durante esse período.
Os impostos sobre o rendimento reconhecidos nosexercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006,são como segue:
2007 2006
Imposto corrente (Nota 32) 20 539 10 165
Impostos diferidos (Nota 20) (52 266) 55 653
(31 727) 65 818
93 . Relatório e Contas 2007
A reconciliação do resultado antes de impostos com oimposto do exercício, é como segue:
A constituição de 106 000 milhares de Euros decorre daoperação de titularização de créditos futuros concretizadaem Dezembro de 2007 (Nota 29). Em resultado destaoperação, e por força do disposto no Decreto-Lei n.º219/2001, de 4 de Agosto, os 400 000 milhares deEuros foram acrescidos para efeitos do apuramento dolucro tributável da Brisa em sede do Imposto sobre oRendimento das Pessoas Colectivas (IRC), referente ao
exercício de 2007. Até à maturidade da operação ocorreráa reversão gradual do correspondente activo por impostodiferido acima referido através da dedução noapuramento do lucro tributável de cada exercício em sedede IRC das receitas correspondentes aos créditostitularizados.
10 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 94
2007 2006
Actividade da Regime Actividade da Regimeconcessão geral concessão geral
Resultado antes de impostos 231 737 (8 733) 234 543 (428)
Variações patrimoniais positivas 356 101 2 183 -
Variações patrimoniais negativas - (18 062) - (13 780)
Proveitos não tributáveis:
Ganhos realizadas em outros activos (377) (348) (1 073) (40 465)
Valorização de instrumentos financeiros - (4 370) - (4 630)
Resultados de associadas - (2 886) - -
Reversão de provisões - (9 165) (1 198) (69 300)
Equivalência patrimonial - (42 837) - (28 679)
Outros - (7 520) - -
(377) (67 126) (2 271) (143 074)
Custos não dedutíveis para efeitos fiscais:
Diferenças entre amortizações económicas e fiscais 896 16 284 880 3 541
Constituição de provisões 1 546 8 907 1 002 -
Valorização de instrumentos financeiros 17 011 1 384 17 537 -
Equivalência patrimonial - 94 - 146
Mais e menos valias 168 90 904 75 587
Titularização de créditos 400 000 - - -
Outros 2 305 2 717 153 9 344
421 926 29 476 20 476 88 618
Lucro tributável 653 642 (64 344) 254 931 (68 664)
Taxa de imposto sobre o rendimento em Portugal 26.5% 26.5% 27.5% 27.5%
Imposto calculado 173 215 (17 051) 70 106 (18 883)
Efeito da existência de taxas de imposto diferentes - (60) - 2 107
Tributação Autonoma - 250 - 220
Utilização de perdas fiscais anteriormente não reconhecidas - (698) - (717)
Consituição de perdas fiscais reportáveis em exercícios futuros - 19 281 - 21 065
Derrama - 1 097 - -
Utilização de benefício fiscal (155 496) - (63 733) -
Efeito da constituição/ reversão de impostos diferidos (44 192) (8 074) 68 029 (12 376)
Imposto sobre o rendimento (26 473) (5 254) 74 402 (8 584)
Adicionalmente, decorrente da colecta apurada no exercí-cio findo em 31 de Dezembro de 2007, a Empresa podeutilizar a totalidade de beneficio fiscal gerado em exercíciosanteriores, nos termos do Decreto-Lei nº 287/99 de 28 deJulho, antes referido, relativamente ao qual numa parcelade 89 112 milhares de Euros não se encontrava reconheci-da anteriormente face à incerteza quanto à sua realização.
11. RESULTADO POR ACÇÃO
O resultado por acção, básico e diluído, dos exercíciosfindos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, foi calculadotendo em consideração os seguintes montantes:
12. DIVIDENDOS
Conforme deliberação da Assembleia Geral deAccionistas realizada em 28 de Março de 2007, noexercício findo em 31 de Dezembro de 2007 foram pagosdividendos de 0,28 Euros por acção (0,27 Euros por acçãoem 2006), relativos ao resultado líquido do exercício findoem 31 de Dezembro de 2006.
Relativamente ao exercício findo em 31 de Dezembro de2007, o Conselho de Administração propõe um dividendode 0,31 Euros por acção, o qual deverá ser pago em Abrilde 2008.
95 . Relatório e Contas 2007
2007 2006
Resultado por acção básico
Resultado para efeito de cálculo dos resultado líquido por acção básico (resultado líquido do exercício) 259 357 167 047
Número médio ponderado de acções para efeito de cálculo do resultado líquido por acção básico 587 862 969 588 579 114
Resultado líquido por acção básico 0,44 0,28
Resultado por acção diluído
Resultado para efeito de cálculo dos resultado líquido por acção diluído (resultado líquido do exercício) 259 357 167 047
Número médio ponderado de acções para efeito de cálculo do resultado líquido por acção diluído 587 862 969 588 579 114
Resultado líquido por acção diluído 0,44 0,28
13. ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS REVERSÍVEIS
Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007e 2006 o movimento ocorrido no valor dos activos fixostangíveis reversíveis, bem como nas respectivas depreci-ações acumuladas, foi o seguinte:
10 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 96
2007
Equipamento Áreas de serviço, AdiantamentosLanços básico de monumentos e Activos fixos por conta de
de auto-estradas exploração esculturas em curso activos fixos Total
Activo bruto:
Saldo inicial 3 552 580 93 124 11 090 447 472 1 910 4 106 176
Variação de perímetro 273 060 - - 1 170 - 274 770
Adições 44 206 3 797 - 404 424 3 898 456 143
Abates (2 326) (5 564) - - - (7 890)
Transferências 473 600 3 923 - (476 021) (1 501) 1
Custos financeiros capitalizados - - - 18 111 - 18 111
Comparticipações financeiras (5 252) - - (20 477) - (25 729)
Transferências comparticipações (47 729) (548) - 48 277 - -
Saldo final 4 288 139 94 732 11 090 423 314 4 307 4 821 582
Depreciações e perdas de imparidades acumuladas:
Saldo inicial 1 023 623 31 280 2 981 - - 1 057 884
Variação de perímetro 63 926 - - - - 63 925
Reforços 128 305 13 955 312 - - 142 573
Reduções (1 829) (5 548) - - - (7 377)
Transferências 1 - - - - 1
Saldo final 1 214 026 39 687 3 293 - - 1 257 006
Valor líquido 3 074 113 55 045 7 797 423 314 4 307 3 564 576
2006
Equipamento Áreas de serviço, AdiantamentosLanços básico de monumentos e Activos fixos por conta de
de auto-estradas exploração esculturas em curso activos fixos Total
Activo bruto:
Saldo inicial 3 304 082 56 259 10 712 271 378 4 314 3 646 745
Adições 30 458 5 410 378 466 552 149 502 947
Alienações - (4 153) - - - (4 153)
Abates - (17 040) - - (2 553) (19 593)
Transferências 250 489 52 648 - (303 132) - 5
Custos financeiros capitalizados - - - 16 761 - 16 761
Comparticipações financeiras (14 653) - - (21 883) - (36 536)
Transferências comparticipações (17 796) - - 17 796 - -
Saldo final 3 552 580 93 124 11 090 447 472 1 910 4 106 176
Depreciações e perdas de imparidades acumuladas:
Saldo inicial 925 232 45 301 2 673 - - 973 206
Reforços 98 391 4 876 308 - - 103 575
Reduções - (18 897) - - - (18 897)
Saldo final 1 023 623 31 280 2 981 - - 1 057 884
Valor líquido 2 528 957 61 844 8 109 447 472 1 910 3 048 292
Activos tangíveis reversíveis - lanços e sublanços deauto–estradas em exploração
Os custos dos lanços e sublanços em exploração, porauto-estrada, em 31 de Dezembro de 2007 e 2006,bem como as respectivas depreciações acumuladas,têm a seguinte composição:
97 . Relatório e Contas 2007
2007
A3 A4 A5 A6 A8/A15 A10 A12 A13 A14 A17A1 A2 Porto/ Porto/ Costa do Marateca/ Lisboa A9 Bucelas/ Setúbal/ Almeirim/ Fig. Foz/ Marinha Total
Norte Sul Valença Amarante Estoril Caia Leiria CREL Carregado/ IC3Montijo Marateca Coimbra Grande/Mira 2007
Valor bruto
Estudos 16 439 21 395 12 224 4 622 4 568 7 353 - 5 760 10 773 1 394 6 799 2 489 2 784 96 600
Aquisição de terrenos 50 132 24 217 72 063 37 507 44 590 12 814 - 30 651 13 901 13 846 10 764 8 912 10 172 329 569
Obras 687 703 857 474 436 875 188 623 175 148 286 643 277 710 201 990 535 673 67 546 235 451 112 717 170 607 4 234 160
Outros custos 7 792 1 596 1 603 760 3 114 181 - 222 28 532 19 9 030 735 5 143 58 727
762 066 904 682 522 765 231 512 227 420 306 991 277 710 238 623 588 879 82 805 262 044 124 853 188 706 4 719 056
Custos das áreas técnicas 32 030 23 655 20 176 8 281 7 617 11 963 - 7 740 8 146 2 553 4 919 7 090 3 134 137 304
Encargos financeiros 74 853 32 043 27 284 11 537 10 060 16 047 - 19 249 20 633 4 259 5 896 3 790 9 184 234 835
Comparticipações financeiras (155 684) (210 033) (132 473) (71 088) (68 179) (76 725) (4 088) (100 012) (130 893) (18 563) (54 601) (21 335) - (1 043 674)
Custo histórico bruto 713 265 750 347 437 752 180 242 176 918 258 276 273 622 165 600 486 765 71 054 218 258 114 398 201 024 4 047 521
Reavaliação 190 813 34 173 - - - - - - - 15 172 - - - 240 158
Expropriações - - - - - - - - - - - - - 460
Custo bruto 904 078 784 520 437 752 180 242 176 918 258 276 273 622 165 600 486 765 86 226 218 258 114 398 201 024 4 288 139
Depreciação acumulada 417 606 197 603 143 496 71 251 56 360 78 117 73 496 54 644 29 218 33 612 30 981 21 719 5 923 1 214 026
Valores contabilisticos líquidos reavaliados 486 472 586 917 294 256 108 991 120 558 180 159 200 126 110 956 457 547 52 614 187 277 92 679 195 101 3 074 113
2006
A3 A4 A5 A6 A10 A12 A13 A14A1 A2 Porto/ Porto/ Costa do Marateca/ A9 Bucelas/ Setúbal/ Almeirim/ Fig. Foz/ Total
Norte Sul Valença Amarante Estoril Caia CREL Carregado/ IC3Montijo Marateca Coimbra 2006
Valor bruto
Estudos 16 274 21 391 12 092 4 618 4 354 7 351 5 758 7 589 1 394 6 730 2 362 89 913
Aquisição de terrenos 48 170 24 032 71 578 37 488 44 185 12 814 30 109 10 812 13 828 10 583 8 907 312 506
Obras 673 463 854 563 431 449 185 340 169 806 286 618 201 713 292 517 67 504 232 335 110 629 3 505 937
Outros custos 7 429 1 555 1 460 622 2 995 181 222 15 233 19 9 030 465 39 211
745 336 901 541 516 579 228 068 221 340 306 964 237 802 326 151 82 745 258 678 122 363 3 947 567
Custos das áreas técnicas 32 030 23 655 20 174 8 281 7 617 11 963 7 740 7 548 2 553 4 919 7 090 133 570
Encargos financeiros 74 852 32 043 27 284 11 537 10 060 16 047 19 249 11 839 4 259 5 896 3 790 216 856
Comparticipações financeiras (158 785) (206 676) (146 552) (73 807) (68 097) (79 171) (101 489) (60 110) (19 335) (49 790) (22 317) (986 129)
Custo histórico bruto 693 433 750 563 417 485 174 079 170 920 255 803 163 302 285 428 70 222 219 703 110 926 3 311 864
Reavaliação 190 813 34 173 - - - - - - 15 172 - - 240 158
Expropriações - - - - - - - - - - - 558
Custo bruto 884 246 784 736 417 485 174 079 170 920 255 803 163 302 285 428 85 394 219 703 110 926 3 552 580
Depreciação acumulada 393 728 173 645 130 981 66 610 51 533 70 314 50 285 14 274 31 536 22 746 17 971 1 023 623
Valores contabilisticos líquidos reavaliados 490 518 611 091 286 504 107 469 119 387 185 489 113 017 271 154 53 858 196 957 92 955 2 528 957
O investimento verificado em activos tangíveis reversíveisnos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e2006, resultou de:
2007 2006
Investimento directo:
Obras 405 988 450 341
Aquisição de terrenos 14 150 12 684
Outros 32 146 36 967
Comparticipações financeiras (25 729) (36 536)
426 555 463 456
Investimento indirecto 21 970 19 716
448 525 483 172
Activos tangíveis reversíveis em curso
O movimento ocorrido nos activos tangíveis reversíveis emcurso nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007e 2006, foi como segue:
10 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 98
2007
Saldo Variação de Saldoinicial perímetro Adições Transferências final
Lanços de auto-estradas:
Infraestruturas 404 578 1 710 328 964 (435 075) 300 177
Custos das áreas técnicas 4 979 - 819 (3 733) 2 065
Encargos financeiros 26 328 - 15 619 (17 978) 23 969
Comparticipações financeiras (31 114) - (17 331) 48 299 (146)
404 771 1 710 328 071 (408 487) 326 065
Projectos complementares:
Infraestruturas 35 118 - 56 584 (1 085) 90 617
Custos das áreas técnicas 537 - 321 (2) 856
Encargos financeiros 1 519 - 2 492 - 4 011
Comparticipações financeiras (1 715) - (3 146) (22) (4 883)
35 459 - 56 251 (1 109) 90 601
Grandes reparações 7 166 - 17 554 (18 152) 6 568
Áreas de serviço:
Infraestruturas 53 - - 4 57
Custos das áreas técnicas 19 - - - 19
Encargos financeiros 4 - - - 4
76 - - 4 80
447 472 1 710 401 876 (427 744) 423 314
Os lanços e sublanços ainda não abertos ao tráfego emrelação aos quais já se incorreu em despesas com estudose/ou construção, são os seguintes:
Os encargos financeiros incluídos em activos fixostangíveis reversíveis, são como segue:
2007 2006
Saldo inicial 244 971 228 210
Aumentos do exercício (Nota 13) 18 111 16 761
Saldo final 263 082 244 971
Os encargos financeiros acima indicados foram incluídosnas seguintes categorias:
2007 2006
Sublanços em exploração 234 835 216 856
Áreas de serviço em exploração 263 264
Activos fixos tangíveis em curso 27 984 27 851
263 082 244 971
Em 31 de Dezembro de 2007, o Grupo tinha assumidocompromissos relativos a estudos e construção de lançosde auto-estrada a executar até 2008, no valor de 711749 milhares de Euros, dos quais 136 940 milhares deEuros se encontram pendentes de execução.
99 . Relatório e Contas 2007
2006
Saldo Saldoinicial Adições Transferências final
Lanços de auto-estradas:
Infraestruturas 235 183 400 332 (230 937) 404 578
Custos das áreas técnicas 2 867 2 863 (751) 4 979
Encargos financeiros 19 128 14 820 (7 620) 26 328
Comparticipações financeiras (27 095) (21 724) 17 705 (31 114)
230 083 396 291 (221 603) 404 771
Projectos complementares:
Infraestruturas 38 371 52 099 (55 352) 35 118
Custos das áreas técnicas 845 93 (401) 537
Encargos financeiros 2 295 1 942 (2 718) 1 519
Comparticipações financeiras (1 648) (159) 92 (1 715)
39 863 53 975 (58 379) 35 459
Grandes reparações 1 356 11 164 (5 354) 7 166
Áreas de serviço:
Infraestruturas 53 - - 53
Custos das áreas técnicas 19 - - 19
Encargos financeiros 4 - - 4
76 - - 76
271 378 461 430 (285 336) 447 472
Projectos Extensão (Kms) Data de início Investimento directo já incorrido
de construção Até 2006 2007 Total
A17 - Litoral Centro 60,40 2º semestre de 2004 102 169 194 889 297 058
14. OUTROS ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o movimento ocorrido no valor dos activos fixos tangíveis,bem como nas respectivas depreciações acumuladas, foi o seguinte:
10 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 100
2007
Terrenos Edifícios Adiantamentose recursos outras Equipamento Equipamento Equipamento Ferramentas Activos fixos por conta denaturais construções básico de transporte administrativo e utensílios em curso activos fixos Total
Activo bruto:
Saldo inicial 10 902 29 330 21 270 8 710 30 652 281 5 127 12 106 284
Variações do perímetro de consolidação - 6 - - 704 10 - - 720
Efeito da conversão cambial - - - 4 18 - - - 22
Adições 1 135 1 311 1 429 1 976 1 706 15 3 819 - 11 391
Alienações - - (444) (4 188) (52) - - - (4 684)
Abates - - (492) (148) (4 619) (22) - - (5 281)
Transferências - 100 (46) - (73) - (48) (12) (79)
Saldo final 12 037 30 747 21 717 6 354 28 336 284 8 898 - 108 373
Depreciações e perdas de
imparidades acumuladas:
Saldo inicial - 9 181 13 161 5 856 23 561 238 - - 51 997
Variações do perímetro de consolidação - 1 - - 512 8 - - 521
Efeito da conversão cambial - - - 3 12 - - - 15
Reforços - 1 304 1 971 1 010 3 349 28 - - 7 662
Reduções - - (635) (3 520) (4 665) (22) - - (8 842)
Transferências - - - - (80) - - - (80)
Saldo final - 10 486 14 497 3 349 22 689 252 - - 51 273
Valor líquido 12 037 20 261 7 220 3 005 5 647 32 8 898 - 57 100
2006
Terrenos Edifícios Adiantamentose recursos outras Equipamento Equipamento Equipamento Ferramentas Activos fixos por conta denaturais construções básico de transporte administrativo e utensílios em curso activos fixos Total
Activo bruto:
Saldo inicial 10 783 26 075 19 400 9 497 26 979 297 4 049 45 97 125
Efeito da conversão cambial - - - (1) (4) - - - (5)
Adições 119 1 172 2 351 919 4 244 5 3 455 - 12 265
Alienações - - (536) (1 516) (100) - - - (2 152)
Abates - - (173) (189) (467) (21) - - (850)
Transferências - 2 083 228 - - - (2 377) (33) (99)
Saldo final 10 902 29 330 21 270 8 710 30 652 281 5 127 12 106 284
Depreciações e perdas de
imparidades acumuladas:
Saldo inicial - 7 596 11 906 5 986 20 826 227 - - 46 541
Efeito da conversão cambial - - - (1) (3) - - - (4)
Reforços - 1 158 1 862 1 270 3 257 32 - - 7 579
Reduções - - (606) (1 399) (519) (21) - - (2 545)
Transferências - 427 (1) - - - - - 426
Saldo final - 9 181 13 161 5 856 23 561 238 - - 51 997
Valor líquido 10 902 20 149 8 109 2 854 7 091 43 5 127 12 54 287
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o valor líquidocontabilístico dos bens adquiridos com o recurso alocação financeira era como segue:
2007 2006
Terrenos e recursos naturais 1 719 1 719
Equipamentos de transportes 107 148
1 826 1 867
15. GOODWILL
Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007e 2006, o movimento ocorrido nos valores do goodwill,foram os seguintes:
2007 2006
Saldo inicial 31 630 31 630
Aumentos 1 907 -
Perdas de imparidade (Nota 30) (4 101) -
Saldo final 29 436 31 630
O aumento ocorrido no exercício resultou da aquisição daBrisa Europe.
Os valores do goodwill são sujeitos a testes de imparidadeanualmente, ou sempre que existam indícios de que osmesmos possam estar em imparidade.
As análises de imparidade são efectuadas atendendo aosfluxos de caixa descontados de cada uma das unidadesgeradoras de caixa a que se encontram afectos, tendo porbase as projecções financeiras mais recentes aprovadospelos respectivos Conselhos de Administração.
No exercício findo em 31 de Dezembro de 2007, decor-rente das análises efectuadas, foi reconhecida uma perdade imparidade relativamente à totalidade do valor doGoodwil apurado na aquisição da Tyco, incorporada emexercícios anteriores na BEG através de um processo defusão.
101 . Relatório e Contas 2007
16. OUTROS ACTIVOS INTANGÍVEIS
Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007e 2006, o movimento ocorrido nos activos intangíveis,bem como nas respectivas amortizações acumuladas eperdas por imparidade, foram os seguintes:
10 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 102
2007
Propriedade Activos intangíveisindustrial Software em curso Total
Activo bruto:
Saldo inicial 410 896 2 137 36 781 449 814
Efeito da conversão cambial 1 660 - - 1 660
Adições 505 183 747 1 425 507 355
Transferências 36 944 268 (37 134) 78
Saldo final 954 682 3 152 1 073 958 907
AAmmoorrttiizzaaççõõeess ee ppeerrddaass ddee imparidades acumuladas
Saldo inicial 69 789 59 - 69 848
Efeito da conversão cambial 431 - - 431
Amortização do exercício 21 077 780 - 21 857
Transferências - 79 - 79
Saldo final 91 297 918 - 92 215
Valor líquido 863 385 2 234 1 073 866 692
2006
Propriedade Activos intangíveisindustrial Software em curso Total
Activo bruto:
Saldo inicial 411 244 - 18 293 429 537
Efeito da conversão cambial (378) - - (378)
Adições 30 - 18 488 19 361
Transferências - 1 294 - 1 294
Saldo final 410 896 2 137 36 781 449 814
Amortizações e perdas de imparidades acumuladas:
Saldo inicial 57 809 - - 57 809
Efeito da conversão cambial (106) - - (106)
Amortização do exercício 12 108 59 - 12 167
Alienações e abates (22) - - (22)
Saldo final 69 789 59 - 69 848
Valor líquido 341 107 2 078 36 781 379 966
As adições ocorridas no exercício findo em 31 deDezembro de 2007 incluem essencialmente: (i) 152 636milhares de Euros, decorrentes do processo de afectação,nos termos do IFRS 3, do valor de compra da participaçãona AEA ao justo valor dos activos líquidos adquiridos,correspondendo à parcela atribuída ao contrato deconcessão da AEA (adicionalmente ao justo valor dosrestantes activos líquidos reconhecidos), e (ii) 352 420milhares de Euros, relativos ao valor pago pela concessãoda Northwest Parkway, LLC (“NWP”).Adicionalmente aos valores mencionados acima, em 31de Dezembro de 2007, o valor bruto dos activosintangíveis inclui, essencialmente, os valores relativos a:
(i) Pagamento pela Brisa ao Estado (entidade concedente)como contrapartida do direito de cobrar portagens naCREL a partir de 1 de Janeiro de 2003, nos termos doDecreto-Lei nº 314 A/2002, de 26 de Dezembro,deduzido da parcela anteriormente recebida aquandoda abolição dessas mesmas portagens e que, em 31 deDezembro de 2002, ainda não tinha sido reconhecidacomo proveito – 236 318 milhares de Euros;
(i) Encargos assumidos pela Brisa na renegociação do
contrato de concessão ocorrido no exercício de 1991,de que resultou o alargamento do período deconcessão inicialmente estabelecido – 101 750milhares de Euros;
(iii) Valor pago pela Brisal ao Estado como contrapartidado direito de concessão da auto-estrada Litoral Centro– 46 745 milhares de Euros.
O valor transferido dos activos intangíveis em cursocorresponde aos gastos com a concepção, projecto econstrução do lanço IC8 – Louriçal (IC1) – Nó de Pombal(A1 – IP1), o qual foi transferido para o concedente apósconcluída a respectiva construção nos termos do nº 2 daBase II do Contrato de Concessão de Concessão, comoparte do pagamento do direito de concessão da auto-estrada IC1.
17. INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS
As empresas associadas que foram registadas pelométodo de equivalência patrimonial em 31 de Dezembrode 2007, são como segue:
103 . Relatório e Contas 2007
Percentagemefectiva da
Empresa Sede participação Actividade
CCR - Companhia de Concessões Rodoviárias São Paulo 17,90% Concessões rodoviárias
("CCR") Brasil
COR - Companhia Operadora de Rodovias São Paulo 25,00% Operação de
("COR") Brasil rodovias
Controlauto Açores, Lda. ("Controlauto Açores") Praia da Vitória 23,82% Controlo técnico automóvel
Street Park - Gestão de Estacionamentos - ACE Torres Vedras 30,83% Gestão de estacionamentos
KTS GmbH, ("KTS") Viena 26,00% Operação de sistemas
Austria electrónicos de cobranças
Movenience, B.V. Borssele 30,00% Operação de sistemas
Holanda electrónicos de cobranças
Os investimentos em associadas apresentam os seguintesmovimentos nos exercícios findos em 31 de Dezembro de2007 e 2006:
2007 2006
Saldo inicial 255 522 181 115
Alteração de perímetro (83 258) -
Aumentos 1 346 68 670
Transferência 1 000 103
Reforço de provisões (Nota 30) 19 -
Variação cambial 13 949 (3 016)
Dividendos recebidos (36 839) (22 735)
Efeito da aplicação do método
de equivalência patrimonial:
Efeito no resultado (Nota 9) 42 743 32 345
Efeito em capital próprio 922 (960)
Saldo final 195 404 255 522
O detalhe dos investimentos em associadas em 31 deDezembro de 2007 e 2006 é como segue:
2007 2006
Controlauto Açores 142 278
CCR 192 867 171 739
COR 55 188
AEA - 83 260
Street Park 55 57
KTS 2 090 -
Movenience, B.V. 195 -
195 404 255 522
Em 31 de Dezembro de 2007, o valor de cotação da CCRascendia a 27,50 Reais (10,54 Euros) por acção. O valor demercado desta participação, fazendo referência a essacotação, corresponde a 760 721 milhares de Euros,enquanto o respectivo valor contabilístico em 31 deDezembro de 2007 era de 115 544 milhares de Euros,acrescido de um goodwill de 77 323 milhares de Euros.
18. OUTROS INVESTIMENTOS
Esta rubrica inclui, essencialmente, investimentosfinanceiros em entidades nas quais não existe influênciasignificativa, e que se encontram valorizados ao custo,deduzido de perdas de imparidade estimadas.
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, esta rubrica incluiinvestimentos nas seguintes entidades:
2007 2006
EFACEC - SMA 1 991 1 991
Kapsch Telematic Services GMBH ("KTS") - 1 000
Outros investimentos 48 22
2 039 3 013
19. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEISPARA VENDA
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e2006, os movimentos ocorridos na valorização dos activosfinanceiros disponíveis para venda, valorizados pelorespectivo justo valor, foram como segue:
2007 2006
Justo valor em 1 de Janeiro 135 205 311 997
Alienações durante o exercício - (190 327)
Aumento no justo valor 3 858 13 535
Justo valor em 31 de Dezembro 139 063 135 205
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, os activosfinanceiros disponíveis para venda apresentam a seguintecomposição:
2007 2006
Valor Valor de Valor de Valorcusto mercado mercado custo
Abertis 54 146 139 063 54 146 135 205
A diferença entre o valor de custo e o valor de mercadoencontra-se registado na rubrica de Reservas de justovalor.
10 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 104
20. IMPOSTOS DIFERIDOS
O detalhe dos activos e passivos por impostos diferidosem 31 de Dezembro de 2007 e 2006, de acordo com asdiferenças temporárias que os originam, é o seguinte:
Nos termos do Decreto-Lei nº 287/99, de 28 de Julho, osinvestimentos que servem de base para o cálculo dadedução à colecta foram alargados aos realizados em2001 e 2002, sendo apenas considerados, neste caso, osinvestimentos que foram objecto de alteração noprograma de abertura de tráfego que consta da base VIIanexa ao Decreto-Lei nº 287/99 de 28 de Julho. Adedução correspondente a estes investimentos pode serefectuada na colecta de IRC até 2007.
Os valores resultantes da aplicação do métodoestabelecido, resumem-se como segue:
• Valor correspondente a 50% dos investimentos em
imobilizações corpóreas reversíveis, na parte não
comparticipável pelo Estado, realizados pela Brisa:
- Entre 31 de Dezembro de 1995 e 2002 777 704
• Montantes deduzidos à colecta de IRC respeitantes a:
- Exercícios de 1997 a 2006 (622 208)
- No exercício findo em 31 de Dezembro de 2007 (155 496)
• Saldo em 31 de Dezembro de 2007 -
105 . Relatório e Contas 2007
Activos por impostos diferidos Activos por impostos diferidos
2007 2006 2007 2006
Provisões não consideradas fiscalmente 86 18 - -
Benefícios de reforma (pensões) 23 - 1 356 1 750
Diferenças entre a base tributável e o valor contabilistico de:
Activos intangíveis 41 11 - -
Activos tangíveis 622 649 - -
Outros activos 969 1 195 - -
Outros passivos - - 28 -
Reavaliações de activos tangíveis - - 1 3
Prejuízos fiscais reportáveis 73 072 53 330 - -
Benefício fiscal - 66 383 - -
Titularização de créditos 106 000 - - -
Instrumentos financeiros derivados 13 598 10 248 - -
194 411 131 834 1 385 1 753
O movimento ocorrido nos activos e passivos porimpostos diferidos nos exercícios findos em 31 deDezembro de 2007 e 2006, foi como segue:
A constituição de 106 000 milhares de Euros decorre daoperação de titularização de créditos futuros concretizadaem Dezembro de 2007 (Nota 51). Em resultado destaoperação, e por força do disposto no Decreto-Lei n.º219/2001, de 4 de Agosto, os 400 000 milhares deEuros foram acrescidos para efeitos do apuramento dolucro tributável da Brisa em sede do Imposto sobre oRendimento das Pessoas Colectivas (IRC), referente aoexercício de 2007. Até à maturidade da operação ocorreráa reversão gradual do correspondente activo por impostodiferido acima referido através da dedução noapuramento do lucro tributável de cada exercício em sedede IRC das receitas correspondentes aos créditostitularizados.
Adicionalmente, decorrente da colecta apurada noexercício findo em 31 de Dezembro de 2007, a Empresapode utilizar a totalidade de beneficio fiscal gerado emexercícios anteriores, nos termos do Decreto-Lei nº 287/99de 28 de Julho, antes referido, relativamente ao qual umaparcela de 89 112 milhares de Euros não se encontravareconhecida anteriormente face à incerteza quanto à suarealização.
10 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 106
2007 2006
Saldo inicial 130 081 185 843
Alteração de perímetro 10 376 -
Saldo inicial ajustado 140 457 185 843
Efeito em resultados:
Utilização / Reforço de prejuízos fiscais reportáveis 9 374 13 515
Diferenças entre a base tributável e o valor contabilistico de:
Activos intangíveis 29 (269)
Activos tangíveis reversíveis (29) -
Outros activos (225) (286)
Outros passivos (25) -
Reavaliações de activos tangíveis 2 (2)
Benefício fiscal:
Constituição 89 112
Utilização / Reversão de benefício fiscal (155 496) (63 270)
Titularização de créditos 106 000 -
Movimento das provisões não aceites fiscalmente 68 3 162
Valorização / desvalorização de instrumentos financeiros 3 350 (8 566)
Benefícios de pensões 106 66
Outros - (3)
Sub-total (Nota 10) 52 266 (55 653)
Efeito em capital próprio:
Benefícios de pensões 308 (109)
52 574 (55 762)
Efeito de conversão cambial
Utilização / Reforço de prejuízos fiscais reportáveis (5) -
Saldo final 193 026 130 081
Em 31 de Dezembro de 2007, os prejuízos fiscaisreportáveis e correspondentes activos por impostosdiferidos, apresentam a seguinte composição:
Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2007 osprejuízos fiscais para os quais não foram registados activospor impostos diferidos, por questões de prudência,podem ser detalhados como segue:
21. OUTROS ACTIVOS NÃO CORRENTES
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, esta rubricadetalha-se como segue:
2007 2006
Suprimentos AEA - 26 087
Pensões (Nota 35) 5 118 6 553
Instrumentos financeiros derivados (Nota 33) 3 610 1 433
Escrow funds 27 199 -
Outros 11 40
35 938 34 113
107 . Relatório e Contas 2007
2007
Prejuízo Activos por Data limitefiscal impostos diferidos de utilização
Com limite de data de utilização
Gerados em 2002 47 190 11 798 2008
Gerados em 2003 30 105 7 526 2009
Gerados em 2004 45 671 11 418 2010
Gerados em 2005 43 644 10 911 2011
Gerados em 2006 82 233 20 558 2012
Gerados em 2007 41 836 10 861 2013
290 679 73 072
2007
Prejuízo Crédito de Data limitefiscal Imposto de utilização
Com limite de data de utilização
Gerados em 2002 4 731 1 183 2008
Gerados em 2003 639 160 2009
Gerados em 2004 4 850 1 212 2010
Gerados em 2005 22 125 5 531 2011
Gerados em 2006 12 750 3 188 2012
Gerados em 2007 33 619 8 405 2013
78 714 19 679
22. CLIENTES E OUTROS DEVEDORES
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 esta rubrica tinha aseguinte composição:
(a) Este montante corresponde a comparticipaçõesfinanceiras a receber do Estado em função dosinvestimentos realizados ao abrigo do contrato deconcessão (Nota 6). Os valores considerados pelaEmpresa como sendo comparticipáveis pelo Estado,relativos aos investimentos efectuados após 31 deDezembro de 2006 ainda não se encontramconfirmados pela Inspecção Geral de Finanças,entidade competente para o efeito. Contudo, oConselho de Administração entende que, dessaconfirmação, não advirão correcções com impactomaterialmente relevante nas demonstraçõesfinanceiras em 31 de Dezembro de 2007.
(b) Este saldo a receber do Estado inclui (ii) 4 036 milharesde Euros relativos às portagens devidas em função dosvalores de tráfego registados na ligação do Nó deBraga Sul à Circular Sul de Braga, nos termos da nº10-A da Base XI do contrato de concessão, conformedisposto no Decreto-Lei nº 287/99, de 28 de Julho e(ii) 710 milhares de Euros relativos ao valor a receberdo Estado por desconto em taxas de portagemconcedido a veículos pesados conforme disposto noDecreto – Lei nº 130/00, de 13 de Janeiro.
As contas a receber de terceiros resultam da actividadeoperacional e encontram-se deduzidas de perdasacumuladas imparidade. Estas são estimadas com base nainformação disponível e experiência passada.
Face à natureza das operações da Empresa não existeconcentração significativa de risco de crédito.
10 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 108
2007 2006
Outros devedores:
Comparticipações financeiras (a) 100 587 74 831
Comparticipações de portagens (b) 4 746 5 316
Adiantamentos a fornecedores 942 405
Pessoal 1 656 1 006
Devedores de cobrança duvidosa - 239
107 931 81 797
Clientes:
Portagens 18 172 11 502
Clientes de cobrança duvidosa 15 112 13 348
33 284 24 850
Outros clientes e devedores 22 708 30 264
Perdas de imparidade acumuladas em contas a receber (Nota 30) (15 959) (13 587)
147 964 123 324
23. OUTROS ACTIVOS CORRENTES
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, esta rubrica tinha aseguinte composição:
24. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o detalhe de caixae seus equivalentes era o seguinte:
A rubrica de caixa e equivalentes a caixa compreende osvalores de caixa, depósitos imediatamente mobilizáveis,aplicações de tesouraria e depósitos a prazo comvencimento a menos de três meses, e para os quais o riscode alteração de valor é insignificante. Em descobertosbancários estão registados os saldos credores de contas dedepósitos à ordem em instituições financeiras.
109 . Relatório e Contas 2007
2007 2006
Estado e outros entes públicos:
Imposto sobre o Rendimento 1 083 13 609
Imposto sobre o Valor Acrescentado - 12 796
Outros - 335
1 083 26 740
Acréscimos de proveitos:
Juros a receber 99 423
Instrumentos financeiros derivados de cobertura (Nota 33) 752 -
Outros acréscimos de proveitos 812 978
1 663 1 401
Custos diferidos:
Seguros 1 725 1 690
Outros custos diferidos 2 779 1 744
4 504 3 434
7 250 31 575
2007 2006
Numerário 397 368
Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 32 944 19 086
Aplicações de tesouraria 79 778 185 279
Caixa e equivalentes de caixa 113 119 204 733
Descobertos bancários (Nota 29) (10 052) (9 042)
103 067 195 691
25. COMPOSIÇÃO DO CAPITAL
O capital em 31 de Dezembro de 2007 encontra-setotalmente subscrito e realizado e está representado por600.000.000 acções com o valor nominal de um Eurocada.
Em 31 de Dezembro de 2007, a José de MelloInvestimentos, SGPS, SA detinha directa e indirectamente,através de empresas suas participadas, uma participaçãode 29,91% no capital da Empresa.
26. ACÇÕES PRÓPRIAS
A legislação comercial relativa a acções próprias obriga àexistência de uma reserva livre de montante igual ao preçode aquisição das acções próprias adquiridas, reserva essaque se torna indisponível enquanto essas acções nãoforem alienadas, tendo sido para o efeito criada umareserva de 108 920 milhares de Euros (Nota 27). Por outrolado, dispõem as regras contabilísticas aplicáveis que osganhos ou perdas na alienação de acções próprias sejamregistados em reservas.
Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007e 2006, verificaram-se os seguintes movimentos comacções próprias:
27. RESERVA LEGAL E OUTRASRESERVAS
Reserva legal
A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5%do resultado líquido anual tem de ser destinado aoreforço da reserva legal até que esta represente pelomenos 20% do capital. Esta reserva não é distribuível anão ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode serutilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas asoutras reservas, ou incorporada no capital.
Outras reservas
Esta rubrica inclui reservas de 187 503 milhares de Eurosdisponíveis para distribuição e, uma reserva de 108 920milhares de Euros, correspondente ao valor das acçõespróprias em carteira (Nota 26), a qual nos termos dalegislação societária se mantém indisponível enquanto asacções próprias forem mantidas.
10 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 110
2007 2006
Milhares de Milhares de N.º de acções Euros N.º de acções Euros
Saldo inicial 11 420 886 89 969 5 074 204 27 090
Aquisições 2 182 336 20 229 15 624 715 126 473
Alienações (55 000) (436) (4 004 823) (22 689)
Alienações no âmbito do plano de incentivos à gestão (Nota 36) (106 250) (842) (5 273 210) (40 905)
Saldo final 13 441 972 108 920 11 420 886 89 969
28. INTERESSES MINORITÁRIOS
Os movimentos desta rubrica durante os exercícios findosem 31 de Dezembro de 2007 e 2006, foram os seguintes:
29. EMPRÉSTIMOS
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, os empréstimosobtidos eram como segue:
111 . Relatório e Contas 2007
2007 2006
Saldo inicial 26 471 12 331
Variações de capitais próprios das empresas filiais 9 415 12 890
Diminuição de percentagem de participação 15 156 -
Aumentos 18 399 -
Resultado do exercício atribuível aos interesses minoritários (4 626) 1 250
Saldo final 64 815 26 471
2007 2006
Correntes Não correntes Correntes Não correntes
Empréstimos por obrigações 41 862 1 094 948 41 575 1 126 610
Titularização de créditos 79 769 317 656
Empréstimos bancários 127 049 1 621 872 91 530 1 070 406
Papel comercial 902 24 626 202 471 25 363
Linhas de curto prazo 2 000 - 2 000 -
Descobertos bancários 10 052 - 9 042 -
261 634 3 059 102 346 618 2 222 379
EMPRÉSTIMOS POR OBRIGAÇÕESEm 31 de Dezembro de 2007 e 2006 os empréstimos porobrigações não convertíveis, podem ser detalhados daseguinte forma:
Emissão de 1998
A emissão obrigacionista de 1998 apresenta comocaracterísticas principais as seguintes:
Empréstimo: Brisa 98 InflationTaxa de juro: Lit / Lio * 2,6%Pagamento de juros: 29 de Maio de cada anoCondições de reembolso: Três prestações iguais em valor
nominal em 29 de Maio de2006, 2007 e 2008.
Lit – Índice de preços referente ao penúltimo mês anteriorao da data de pagamento de cupão.Lio – Índice de preços referente ao penúltimo mês anteriorà data da subscrição.
Esta emissão, realizada em Maio de 1998, assume formaescritural e encontra-se cotada na Bolsa Euronext Lisboa eno mercado PEX.
Cada obrigação tem valor nominal e individual de 4,99Euros, com um prazo de dez anos e vence juros à taxaanual fixa de 2,6%, sendo o respectivo serviço da dívida(capital e juros) actualizado pelas variações do índice depreços (*) entre (i) o penúltimo mês anterior ao da data devencimento de cada prestação de juros e capital (Lit) e, (ii)o verificado em Março de 1998 (Lio). Os juros vencem-seanual e postecipadamente e o capital é reembolsável emtrês parcelas iguais em valor nominal nas datas devencimento dos últimos três cupões.
(*) Índice de Preços no Consumidor Portugal NacionalTotal incluindo habitação, divulgado pelo InstitutoNacional de Estatística (INE).
Em 31 de Dezembro de 2007 a taxa de juro nominal destaemissão era de 3,445%. Incorporando o custo incorridorelativo ao prémio de reembolso acumulado, a taxa decusto total, respeitante aos últimos doze meses, é de6,032% O montante por amortizar (valor nominal maisprémio de reembolso) em 31 de Dezembro de 2007, é de33 056 milhares de Euros.
Emissão de 2003
A emissão obrigacionista de 500 000 milhares de Euros foirealizada em 26 de Setembro de 2003, com cotação naBolsa de Valores do Luxemburgo. O prazo da emissão é dedez anos com vencimentos anuais de juros a uma taxa de4,797%. O reembolso do capital será realizado numaúnica prestação na maturidade em 26 de Setembro de2013. Este empréstimo obrigacionista constitui a primeiraemissão no âmbito do Euro Medium Term NotesProgramme (EMTN), no montante máximo de 2 milmilhões de Euros datado de 21 de Março de 2003. Trata-se de um programa que permite à Empresa uma grandeflexibilidade no acesso ao mercado internacional dedívida.
Emissão de 2006
A emissão obrigacionista de 600 000 milhares de Euros foirealizada no final de 2006 (com liquidação a 5 deDezembro). Este empréstimo por obrigações, com umamaturidade de 10 anos, tem uma taxa de juro fixa de4,5% e foi emitida com um preço de 99,637%, o quecorrespondeu a uma taxa de juro Euro mid swap a 10anos de 3,926% acrescida de um spread de 0,62%.
10 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 112
Empresa Valor nominal 2007 2006
emitente Emissão da emissão Corrente Não corrente Corrente Não corrente Vencimento Taxa de juro
Brisa Finance 2003 500 000 6 372 498 873 6 385 498 667 Sep/13 4.797%
Brisa 2006 600 000 1 992 596 075 1 997 595 721 Dec/16 4.500%
Brisa 1998 74 850 33 498 - 33 193 32 222 May/08 Var.
41 862 1 094 948 41 575 1 126 610
Tratou-se da primeira emissão efectuada por umaempresa privada Portuguesa ao abrigo da nova legislaçãosobre valores mobiliários representativos de dívida,introduzida pelo Estado Português em 7 de Novembro de2005 através do Decreto-Lei 193/2005, com o objectivode facilitar a captação de financiamentos por empresasPortuguesas junto de investidores não residentes. Asobrigações estão sujeitas a lei Portuguesa e foramadmitidas à cotação na Bolsa do Luxemburgo.
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o valor de mercadodas duas emissões de obrigações admitidas à cotação naLuxembourg Stock Exchange, era o seguinte:
TITULARIZAÇÃO DE CRÉDITOS Em 17 de Dezembro de 2007, a Brisa Auto-Estradas dePortugal concretizou uma operação de titularização decréditos futuros no valor de 400 000 milhares de Euros, aoabrigo do regime estabelecido no Decreto-Lei n.º 453/99,de 5 de Novembro, na sequência da qual cedeu umacarteira de créditos correspondentes a taxas de portagema cobrar nas auto-estradas de que é concessionária.
O Deutsche Bank actuou como arranger/dealer daoperação, tendo os créditos sido adquiridos pela TAGUS –Sociedade de Titularização de Créditos, S.A. (“TAGUS”)que, para o efeito, procedeu à emissão de obrigaçõestitularizadas denominadas “?400,000,000 Asset BackedFloating Rate Securitisation Notes due 2012”. Estasobrigações, foram admitidas à lista oficial (“official list”) eà negociação no mercado regulamentado da Bolsa deValores da Irlanda (“Irish Stock Exchange” ou “ISE”).
As receitas de portagem futuras necessárias paraassegurar a realização pela TAGUS dos pagamentostrimestrais de juros e anuais de capital devidos aosdetentores das obrigações e os pagamentos devidos aosdemais credores da emissão de obrigações, serão afectaspela Brisa a esta operação ao longo dos exercícios de2008 a 2012.
113 . Relatório e Contas 2007
2007 2006
Empresa Emissão Valor nominal Valor Valor de Valor Valor de
emitente da emissão da emissão contabilístico mercado (a) contabilístico mercado (a) Vencimento Taxa de juro
Brisa Finance 2003 500 000 505 245 497 518 505 052 512 468 Sep/13 4.797%
Brisa 2006 600 000 598 067 549 726 597 718 597 198 Dec/16 4.500%
1 103 312 1 047 244 1 102 770 1 109 666
(a) Fonte: Bloomberg
EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOSEm 31 de Dezembro de 2007 e 2006, os empréstimosbancários obtidos tinham o seguinte detalhe:
10 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 114
2007 2006
Montante Utilizado Montante Utilizado
Entidade Montante Curto Médio eAmortizações
Montante Médio e longofinanciadora Contratado Prazo longo prazo Maturidade Periodicidade Taxa de Juro Contratado Curto prazo prazo
Banco Europeu de Investimento 11 223 810 - Jul/08 Anual 2.47% 11 223 17 1 603
Banco Europeu de Investimento 34 916 1 220 2 643 Oct/10 Anual 8.61% 34 916 1 123 3 859
Banco Europeu de Investimento 29 928 4 271 11 458 Mar/11 Anual 7.14% 29 928 4 181 14 623
Banco Europeu de Investimento 74 820 - - Jun/06 Anual - 74 820 9 082 -
Banco Europeu de Investimento 137 169 10 304 29 393 Sep/11 Anual 3.72% 137 169 10 335 39 191
Banco Europeu de Investimento 132 181 13 379 13 218 Jun/09 Anual 4.51% 132 181 13 443 26 436
Banco Europeu de Investimento 74 820 6 341 31 394 Dec/13 Anual 4.93% 74 820 6 359 37 674
Banco Europeu de Investimento 49 880 4 233 25 007 Dec/14 Anual 4.66% 49 880 5 477 27 929
Banco Europeu de Investimento 62 350 5 340 36 371 Sep/15 Anual 4.81% 62 350 5 342 41 567
Banco Europeu de Investimento 74 820 6 350 37 504 Dec/14 Anual 4.93% 74 820 6 342 43 754
Banco Europeu de Investimento 89 784 7 634 52 374 Dec/15 Anual 3.98% 89 784 7 607 59 856
Banco Europeu de Investimento 54 868 4 664 36 579 Jun/16 Anual 4.93% 54 868 4 651 41 151
Banco Europeu de Investimento 54 868 5 139 36 579 Sep/16 Anual 3.91% 54 868 5 194 41 151
Banco Europeu de Investimento 45 000 3 788 37 500 Dec/18 Anual 3.53% 45 000 3 818 41 250
Banco Europeu de Investimento 15 000 1 272 12 500 Dec/18 Anual 3.29% 15 000 1 273 13 750
Banco Europeu de Investimento 350 000 29 970 320 833 Jun/19 Anual 5.08% 350 000 628 350 000
Banco Europeu de Investimento 100 000 652 100 000 Jun/23 Anual 4.54% 100 000 - -
Banco Europeu de Investimento 200 000 - - Jun/23 Anual - 200 000 - -
Banco Europeu de Investimento 263 874 1 061 256 781 Dec/31 Semestral 5.05% 263 874 4 042 147 388
Sindicato bancário internacional 262 726 1 739 181 269 Dec/29 Semestral 5.23% 262 726 1 279 137 994
Banco Europeu de Investimento 209 495 5 465 93 681 Nov/21 Semestral 4.490% - - -
Sindicato bancário 47 500 530 20 658 Jun/07 Bullet 8.320% - - -
Sindicato bancário 17 458 6 201 - Dec/08 Bullet 5.134% - - -
Sindicato bancário 209 495 6 338 75 338 Nov/16 Semestral 6.180% - - -
RBS 168 437 - 168 437 Variável Variável Var. - - -
RBS 40 587 - 40 587 Variável Variável Var. - - -
RBS 101 468 - 879 Variável Variável Var. - - -
Millennium BCP 4 482 - - Jun/07 Semestral - 4 482 672 -
Banco Santander Totta 3 000 348 889 Sep/09 Trimestral 4.75% 3 000 665 1 230
2 920 148 127 049 1 621 872 2 125 707 91 530 1 070 406
Os empréstimos indicados são reembolsáveis nosseguintes anos:
2007 2006
2007 - 91 530
2008 127 049 103 058
2009 114 100 102 477
2010 105 648 89 179
2011 102 787 88 433
2012 104 319 76 228
após 2012 1 195 018 611 031
1 748 921 1 161 936
PAPEL COMERCIAL E DESCOBERTOS BANCÁRIOSEm 31 de Dezembro de 2007 e 2006, os restantesempréstimos obtidos tinham o seguinte detalhe:
Em 31 de Dezembro de 2007, a Brisa mantinhacontratados cinco programas de papel comercial, nomontante nominal máximo de 625 000 milhares de Euros,dos quais, nesta data, não estavam a ser utilizados.
115 . Relatório e Contas 2007
Entidade financiada 2007 2006 Moeda
Outros empréstimos
Papel comercial BRISA - 200 159 EUR
Papel comercial Controlauto 25 528 27 676 EUR
Linhas de curto prazo Controlauto 2 000 2 000 EUR
27 528 229 835
Descobertos bancários (Nota 24)
Linhas de descoberto bancário BRISA 374 3 174 EUR
Linhas de descoberto bancário BRISA Engenharia e Gestão 887 412 EUR
Linhas de descoberto bancário Iteuve 1 3 EUR
Linhas de descoberto bancário Controlauto 3 813 2 055 EUR
Linhas de descoberto bancário BRISA Assistência Rodoviária 23 - EUR
Linhas de descoberto bancário BRISA Access Electrónica Rodoviária 243 - EUR
Linhas de descoberto bancário Via Verde Portugal 4 711 3 398 EUR
10 052 9 042
37 580 238 877
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, os empréstimosencontram-se denominados nas seguintes moedas:
Os empréstimos denominados em moeda externa vencemjuros a taxa de mercado e foram convertidos para Eurostomando por base a taxa de câmbio à data de balanço.
30. PROVISÕES E PERDAS DEIMPARIDADE ACUMULADAS
O movimento ocorrido nas provisões e nas perdas deimparidade acumuladas durante os exercícios findos em31 de Dezembro de 2007 e 2006, foi o seguinte:
10 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 116
2007 2006
Valores em Valores em Valores em Valores emmilhares de milhares de milhares de milhares de
divisa Euros divisa Euros
Euros 3 315 164 2 559 899
Francos Suiços (CHF) 8 970 5 571 14 144 9 098
3 320 735 2 568 997
2007
Efeito dasSaldo alterações Saldo
Rubricas inicial do perímetro Efeito Cambial Reforço Utilização Redução final
Perdas de imparidade:
Contas a receber (Nota 22) 13 587 1 040 - 2 108 (359) (417) 15 959
Goodwill - - - 4 101 - - 4 101
Outros 8 573 - 696 - - (289) 8 980
22 160 1 040 696 6 209 (359) (706) 29 040
Provisões:
Processos judiciais em curso 4 258 - - 161 - (33) 4 386
Investimentos em associadas (Nota 17) - - - 19 - - 19
Outros - - - 32 - - 32
4 258 - - 212 - (33) 4 437
26 418 1 040 696 6 421 (359) (739) 33 477
2006
Efeito dasSaldo alterações Saldo
Rubricas inicial do perímetro Efeito Cambial Reforço Utilização Redução final
Perdas de imparidade:
Contas a receber (Nota 22) 13 402 - - 1 036 (851) - 13 587
Outros investimentos (Nota 9) 59 900 - - - (59 900) - -
Outros 7 180 - - 1 393 - - 8 573
80 482 - - 2 429 (60 751) - 22 160
Provisões:
Processos judiciais em curso 5 117 - - 72 - (931) 4 258
Investimentos em associadas (Nota 17) - - - - - - -
Outros 1 197 - - - - (1 197) -
6 314 - - 72 - (2 128) 4 258
86 796 - - 2 501 (60 751) (2 128) 26 418
As perdas de imparidade estão deduzidas ao valor docorrespondente activo.
A provisão para processos judiciais em curso destina-se afazer face a responsabilidades estimadas com base eminformações dos consultores legais, decorrentes deprocessos intentados contra o Grupo por acidentes deviação, prejuízos causados pela construção de auto-estradas e de processos laborais. O valor total dasindemnizações reclamadas, em 31 de Dezembro de 2007,ascendia a, aproximadamente, 29 000 milhares deEuros, e a respectiva provisão corresponde à melhorestimativa sobre o montante a que poderão ascenderessas responsabilidades.
31. OUTROS PASSIVOS NÃO CORRENTES
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 esta rubrica tinha aseguinte composição:
(a) Esta rubrica compreende 73 670 milhares de Euros decompensações obtidas do Estado pela não cobrançade portagens em alguns sublanços das áreasmetropolitanas do Porto, deduzido do montante de 29468 milhares de Euros foi transferido para proveitos,encontrando-se o montante de 2 456 milhares deEuros, relativo ao exercício findo em 31 de Dezembrode 2007, registado na rubrica de Outros proveitos eganhos operacionais.
(b) Esta rubrica compreende os montantes entregues porsubconcessionários de áreas de serviço por conta derendas futuras, tendo a Empresa reconhecido comoproveito no exercício findo em 31 de Dezembro de2007, 2 469 milhares de Euros.
117 . Relatório e Contas 2007
2007 2006
Justo valor de instrumentos derivados (Nota 33):
Instrumentos de cobertura 3 320 -
Instrumentos de taxa de juro 26 173 34 299
Compensação por perdas de exploração (a) 41 746 44 202
Receitas antecipadas de áreas de serviço (b) 18 844 21 313
Plano de incentivos (Nota 36) 24 656 41 482
Fornecedores de imobilizado 2 966 2 202
Coper 5 397 4 992
Benefícios de reforma 88 -
Outros 1 018 -
124 208 148 490
32. OUTROS PASSIVOS CORRENTES
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, esta rubrica tinha aseguinte composição:
(a) Valor adicional a pagar pelo preço da participaçãoAEA, em virtude de não ter sido iniciada até 31 deDezembro de 2007, a cobrança de taxas de portagemna concessão Costa da Prata.
10 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 118
2007 2006
Justo valor de instrumentos financeiros derivados (Nota 33):
Instrumentos de cobertura - 13 742
Instrumentos financeiros de negociação 25 136 -
Put Option - 4 370
25 136 18 112
Acréscimos de custos:
Plano de incentivos (Nota 36) 18 686 -
Remunerações a liquidar 17 541 15 638
Outros custos a pagar 7 936 1 297
44 163 16 935
Proveitos diferidos:
Compensação por perdas de exploração 2 456 2 456
Receitas antecipadas de áreas de serviço 4 768 2 469
Outros proveitos diferidos 2 335 6 299
9 559 11 224
Estado e outros entes públicos
Imposto sobre o Valor Acrescentado 18 486 5 412
Contribuições para a Segurança Social 1 508 1 415
Retenções de imposto sobre o rendimento 890 867
Imposto sobre o rendimento:
Estimativa de imposto (Nota 10) 20 539 -
Pagamentos por conta (19 795) -
Retenção de terceiros (2 292) -
Imposto a pagar 5 992 -
Outros 6 48
25 334 7 742
Outros credores:
Auto Estrada do Oeste (a) 15 954 -
Outros 7 509 5 788
23 463 5 788
127 655 59 801
33. INSTRUMENTOS FINANCEIROSDERIVADOS
O Grupo tem contratados um conjunto de instrumentosfinanceiros derivados destinados a minimizar os riscos deexposição a variações de taxa de juro e de taxa de câmbio.
A contratação deste tipo de instrumentos é efectuadatendo em conta os riscos que afectam os activos epassivos e após a verificação de quais os instrumentosexistentes no mercado que se revelam mais adequados àcobertura desses riscos.
Estas operações, cuja contratação é sujeita a aprovaçãoprévia por parte da Comissão Executiva, sãopermanentemente monitoradas, nomeadamente atravésda análise de diversos indicadores relativos a estesinstrumentos, em particular a evolução do seu valor demercado e a sensibilidade dos cash-flows previsionais e dopróprio valor de mercado a alterações nas variáveis-chaveque condicionam as estruturas, com o objectivo de avaliaros seus efeitos financeiros.
O registo dos instrumentos financeiros derivados éefectuado de acordo com as disposições do IAS 39 sendomensuradas pelo seu justo valor, considerando para tal,modelos matemáticos, como por exemplo option pricingmodels e discount cash flows models para instrumentosnão cotados (instrumentos over-the-counter). Estesmodelos baseiam-se, essencialmente, em informação demercado.
Os instrumentos financeiros derivados maioritariamenteutilizados pelo Grupo consistem em forwards cambiais,swaps de taxa de câmbio e de taxa de juro.
Procede-se à qualificação dos mesmos enquantoinstrumentos de cobertura ou instrumentos detidos paranegociação, em observância às disposições do IAS 39(Nota 2.15).
A contabilidade de cobertura é aplicável aos instrumentosfinanceiros derivados que são eficientes no que respeita aoefeito de anulação das variações de justo valor ou cashflows dos activos/passivos subjacentes. A eficiência de taisoperações é verificada numa base trimestral. A contabili-dade de cobertura abrange três tipos de operações:
- Coberturas de justo valor- Coberturas de cash-flow- Coberturas de investimento líquido numa entidade
estrangeira
Instrumentos de cobertura de justo valor são instrumentosfinanceiros derivados que cobrem o riscos de taxa decâmbio e/ou taxa de juro. As variações no justo valordestes instrumentos são registadas na demonstração deresultados. O activo/passivo subjacente à operação decobertura também é valorizado ao justo valor na partecorrespondente ao risco que se está a cobrir, sendo asrespectivas variações registadas na demonstração deresultados.
Instrumentos de cobertura de cash flows sãoinstrumentos financeiros derivados que cobrem o risco detaxa de câmbio de compras ou vendas futuras dedeterminados activos e também os cash flows associadosao risco de taxa de juro. A parcela efectiva das variaçõesde justo valor das coberturas de cash flows é reconhecidaem capitais próprios na rubrica Ajustamentos deconversão cambial e coberturas, enquanto a parte nãoeficiente é imediatamente registada na demonstração deresultados.
Instrumentos de cobertura de investimento líquido numaentidade estrangeira são instrumentos financeirosderivados de taxa de câmbio, que cobrem o riscoassociado aos efeitos patrimoniais resultantes daconversão das demonstrações financeiras das entidadesestrangeiras. As variações no justo valor destas operaçõesde cobertura são registadas na rubrica de Ajustamentosde conversão cambial e coberturas nos capitais próprios,até que o investimento objecto da cobertura seja vendidoou liquidado.
Instrumentos detidos para negociação (trading) sãoinstrumentos financeiros derivados que, emboracontratados no âmbito da política de gestão de riscos doGrupo não são enquadráveis em termos de contabilidadede cobertura, quer porque não foram designadosformalmente para o efeito ou, simplesmente, porque nãosão eficientes do ponto de vista da cobertura de acordocom o estabelecido no IAS 39.
A determinação do justo valor dos instrumentosfinanceiros derivados tem por base avaliações efectuadaspor instituições financeiras.
119 . Relatório e Contas 2007
Coberturas de cash-flow
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o Grupo tinhacontratados os seguintes instrumentos derivados de taxade câmbio ou de taxa de juro:
Coberturas de investimentos financeiros
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o Grupo tinhacontratados os seguintes instrumentos financeirosdestinados a cobrir o efeito da variação de câmbio nosinvestimentos no Brasil e Estados Unidos:
10 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 120
Montante Justo valor
Tipo de operação Maturidade subjacente 2007 2006
Forward BRL/Euro 24 de Janeiro de 2007 1 796 - (676)
Swap BRL/Euro 18 de Abril de 2007 11 000 - (8 448)
Forward BRL/Euro 24 de Abril de 2007 3 253 - (1 241)
Forward BRL/Euro 24 de Abril de 2007 1 663 - (40)
Forward BRL/Euro 3 de Setembro de 2007 7 826 - (2 246)
Forward BRL/Euro 3 de Setembro de 2007 6 097 - (916)
Forward BRL/Euro 5 de Setembro de 2007 5 007 - (63)
Forward BRL/Euro 4 de Setembro de 2007 5 008 - (51)
Forward USD/Euro 18 de Janeiro de 2008 24 550 92 -
Forward USD/Euro 21 de Fevereiro de 2008 24 546 112 -
Forward USD/Euro 25 de Março de 2008 25 001 548 -
115 747 752 (13 681)
2007 2006Tipo de operação Maturidade Montante Justo Montante Justo
subjacente valor subjacente Valor
Swap cambial CHF/Euro 15 de Junho de 2007 - - 1 867 (61)
Swap tx. juro Var./Fixa 21 de Dezembro de 2027 250 300 (3 320) - -
250 300 (3 320) 1 867 (61)
Derivados não qualificados como de cobertura (negociação)
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o Grupo tinhaainda contratado um derivado de taxa de juro com oobjectivo de efectuar a cobertura de cash flows associadoao financiamento contraído pela Brisal, o qual naqueladata, não cumpria todos os requisitos para poder serdesignado contabilisticamente como instrumento decobertura:
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, no âmbito dagestão do risco de taxa de juro do seu passivo financeiro,a Brisa tinha contratado diversos swaps em que recebetaxa fixa e paga taxa de juro variável e inflação europeia,como se segue:
As variações no justo valor destes instrumentos denegociação são registadas directamente nasdemonstrações de resultados dos períodos em que severificam.
121 . Relatório e Contas 2007
2007 2006Tipo de operação Maturidade Montante Justo Montante Justo
subjacente valor subjacente Valor
Swap tx. juro Var./Fixa 30 de Junho de 2010 250 077 3 610 161 589 1 433
Montante Justo valor
Tipo de operação Maturidade subjacente 2007 2006
Swap Tx fixa./Tx. var. 12/09/27 45 000 (8 474) (6 023)
Swap Tx fixa./Tx. var. 13/09/29 45 000 (8 487) (5 946)
Swap Tx fixa./Tx. var. 12/09/27 30 000 (5 636) (3 994)
Swap Tx fixa./Tx. var. 13/09/29 30 000 (5 594) (3 956)
Swap Tx fixa./inflação 12/09/27 25 000 (4 017) (2 569)
Swap Tx fixa./inflação 13/09/29 25 000 (4 485) (2 562)
Swap Tx fixa./inflação 12/09/27 20 000 (3 178) (2 032)
Swap Tx fixa./inflação 13/09/29 20 000 (3 601) (2 064)
Swap Tx fixa./inflação 12/12/16 15 000 (1 999) (1 335)
Swap Tx fixa./inflação 12/12/16 15 000 (1 834) (1 248)
Swap Tx fixa./inflação 13/12/16 15 000 (2 009) (1 247)
Swap Tx fixa./inflação 13/12/16 15 000 (1 996) (1 324)
300 000 (51 310) (34 299)
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o justo valor dosinstrumentos financeiros derivados está apresentado nasseguintes rubricas do balanço:
No exercício findo em 31 de Dezembro de 2007 e emresultado da análise da inefectividade do Swap de taxa dejuro contratado na NWP, foi reconhecido em resultadosfinanceiros o montante de 507 milhares de Euros.
10 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 122
Outros activos correntes Outros activos não correntes(Nota 23) (Nota 21)
2007 2006 2007 2006
Instrumentos de cobertura:
Coberturas de investimentos financeiros 752 - - -
Instrumentos de negociação:
Instrumentos de taxa de juro - - 3 610 1 433
752 - 3 610 1 433
Outros passivos correntes Outros passivos não correntes(Nota 32) (Nota 31)
2007 2006 2007 2006
Instrumentos de cobertura:
Coberturas de cash-flow - 61 3 320 -
Coberturas de Investimentos financeiros - 13 681 - -
Instrumentos de negociação:
Instrumentos de taxa de juro 25 136 - 26 173 34 299
Put option - 4 370 - -
25 136 18 112 29 493 34 299
34. ACTIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o conjunto deempresas englobadas na consolidação tinha prestadogarantias bancárias a terceiros, como segue:
(a) Este montante diz respeito a garantias bancáriasprestadas pela Brisa à Brisal, para garantir ocumprimento do Acordo de Subscrição e Realização deCapital desta.
(b) Este montante diz respeito a garantias bancáriasprestadas pela Brisa e pela Brisal a diversos tribunais noâmbito de processos de expropriação de imóveis.
35. RESPONSABILIDADES POR PENSÕES
Plano de benefício definido
A Brisa e algumas empresas participadas têm em vigor umplano complementar de pensões de reforma, invalidez esobrevivência, através do qual os empregados, queatinjam a idade de reforma ao serviço da Empresa e dealgumas das suas participadas e que tenham pelo menosdez anos de antiguidade, bem como aqueles que compelo menos cinco anos de antiguidade fiquem na situaçãode invalidez, têm direito a uma pensão de reformacomplementar à pensão garantida pela Segurança Social.
O benefício definido no plano de pensões corresponde a7% da remuneração ilíquida à data da reforma, acrescidode 0,5% por cada ano de trabalho após o décimo ano.Também de acordo com o plano em vigor, ocomplemento da pensão de reforma não poderá excederem 17% o valor da remuneração ilíquida à data dereforma e o somatório desta pensão com a atribuída pelaSegurança Social também não poderá ultrapassar essaremuneração ilíquida.
Este plano confere ainda, em determinadas condições, emcaso de morte do beneficiário, o direito a uma pensãocomplementar de sobrevivência ao cônjuge sobrevivo, aosfilhos ou aos equiparados, que corresponderá a 50% dapensão complementar de reforma que o beneficiárioestiver a receber.
As responsabilidades decorrentes do esquema suprareferido foram transferidas para um fundo de pensõesautónomo e são apuradas semestralmente com base emestudos actuariais, elaborados por peritos independentes,sendo o último disponível reportado a 31 de Dezembro de2007.
Os estudos actuariais reportados a 31 de Dezembro de2007 e 2006, utilizaram a metodologia denominada porProjected Unit Credit e assentaram nos seguintespressupostos e bases técnicas actuariais:
2007 2006
Taxa técnica de juro 4,85% 4,5%
Taxa anual de rendimento do fundo 4,85% 6,0%
Taxa anual de crescimento salarial 3,0% 3,0%
Taxa anual de crescimento de pensões 0% 0%
Adicionalmente, os pressupostos demográficosconsiderados em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, foramos seguintes:
2007 2006
Tábuas de mortalidade TV 88/90 TV 73/77
Tábua de invalidez EKV 80 EKV 80
123 . Relatório e Contas 2007
2007 2006
Garantias prestadas:
Brisal (a) 56 694 96 683
EP - Estradas de Portugal (Base XX do Contrato de Concessão da BAE e
Base LXVIII do Contrato de Concessão da Brisal) 59 202 45 115
Garantias bancárias a favor de tribunais (b) 5 513 20 068
Outras garantias prestadas a terceiros 15 636 11 358
137 045 173 224
De acordo com os referidos estudos actuariais, os custoscom complementos de pensões de reforma nos exercíciosfindos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, são comosegue:
2007 2006
Custos com serviços correntes 253 214
Custo financeiro do período 218 232
Ganhos e perdas actuariais 1 161 (529)
Rendimento do fundo (109) (342)
1 523 (425)
Decorrente da politica adoptada pela Empresa (Nota2.16), conforme permitido pelo IAS 19, os ganhos eperdas actuariais são registados directamente em reservas.
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 o diferencial entre ovalor actual das responsabilidades e o valor de mercadodos activos do fundo era o seguinte:
2007 2006
Valor actual das responsabilidades projectadas 5 360 3 886
Valor de mercado do fundo (10 390) (10 439)
(5 030) (6 553)
O excesso do valor de mercado dos activos do fundo faceao valor actual das responsabilidades encontra-seregistado como activo não corrente (Notas 21 e 31).
Os activos do fundo, bem como a taxa de rendibilidade nadata do balanço pode ser detalhada como segue:
Plano de contribuição definida
Os administradores e directores têm o benefício de umcomplemento de pensão de reforma de contribuiçãodefinida, tendo a Empresa assumido o compromisso deentregar a uma companhia de seguros 10% da respectivaremuneração base anual. O valor dos prémios registadosem custos com pessoal nos exercícios findos em 31 deDezembro de 2007 e 2006, foi de 521 milhares de Euros e493 milhares de Euros, respectivamente.
36. PLANO DE INCENTIVOS
Em Assembleia Geral realizada em 10 de Março de 2006,foi conferida autorização ao Conselho de Administraçãopara proceder à criação de um novo plano de incentivos àgestão mediante a aprovação de um regulamento deaquisição de acções. Deste modo, foram definidas ascondições do novo Plano Geral de Incentivos eRegulamento de Aquisição de Acções (“Plano”), nostermos do qual os beneficiários puderam adquirir acçõesda Brisa ao preço de mercado, com recurso a créditobancário. No decorrer do exercício findo em 31 deDezembro de 2007 o respectivo plano foi alargado anovos colaboradores.
10 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 124
Taxa de rendibilidade Justo valor dos activos
2007 2006 2007 2006
Acções e outros instrumentos de capital próprio -2.8% 11.2% 2 846 2 675
Obrigações e outros instrumentos de passivo 2.1% 0.8% 5 571 6 166
Fundos imobiliários e Hedge Funds 3.2% 5.3% 1 601 1 546
Liquidez 372 52
10 390 10 439
Decorrente do exercício da totalidade dos direitos deaquisição de acções da Brisa, foram adquiridas pelosbeneficiários do Plano, durante o exercício findo em 31 deDezembro de 2006, 5 105 000 acções pelo valor de 40789 milhares de Euros, correspondente a um preço demercado de 7,99 Euros. Adicionalmente, decorrente doalargamento do Plano, durante o exercício findo em 31 deDezembro de 2007 foram adquiridas pelos respectivosbeneficiários do Plano, 106 250 acções pelo valor de 1063 milhares de Euros, correspondente a um preço demercado de 10 Euros por acção (Nota 26).
Nos termos do Plano, as referidas acções não podem sertransaccionadas enquanto não for confirmado,decorrente de uma avaliação do desempenho, o direito devender e de usufruir dos potenciais ganhos, o queocorrerá nos seguintes momentos:
• Administradores- Na totalidade em Abril de 2008
• Restantes colaboradores- 20% em Abril de 2009- 30% em Abril de 2010- 50% em Abril de 2011
Ao abrigo do Plano é estabelecido um mecanismo degarantia para os participantes, que se traduz nocompromisso de eventual recompra das acções pelaEmpresa, quer por via de não serem confirmados osdireitos de vender as acções, quer decorrente da suadesvalorização.
Nos termos do IAS 32 e do IFRS 2, adicionalmente aoregisto da venda das acções próprias acima referido, astransacções associadas a este plano de incentivostraduziram-se nos seguintes impactos nas demonstraçõesfinanceiras em 31 de Dezembro de 2007:
- Reconhecimento de um passivo financeiro cujo valorinicial de 41 851 milhares de Euros foi registado porcontrapartida de reservas, correspondente ao valorpresente da responsabilidade pela recompra das acçõesnos termos acima mencionados. Em 31 de Dezembro de2007, decorrente da correspondente actualizaçãofinanceira, aquele passivo ascende a 43 342 milhares deEuros (Notas 31 e 32).
- Reconhecimento do benefício, que nos termos do IFRS 2é entendido como sendo concedido aos colaboradores eadministradores, inerente à valorização das acções aatribuir no futuro. O registo deste benefício, decorrenteda caracterização do plano como “benefício concedidocom base em acções e liquidado com instrumentos decapital próprio” nos termos da IFRS 2, traduziu-se noreconhecimento de um custo com o pessoal e de umaumento no capital próprio. Este registo deverá repetir-se ao longo do período que decorre até a confirmaçãodo direito de venda das acções pelos beneficiários, tendopor base a mensuração do justo valor do benefício noinício do plano. No exercício findo em 31 de Dezembrode 2007, o custo com o pessoal e correspondenteaumento do capital próprio ascendeu a 1 030 milharesde Euros.
37. GESTÃO DE RISCOS FINANCEIROS
Princípios GeraisA Brisa, à semelhança da generalidade das empresas,encontra-se exposta a um conjunto de riscos financeirosque resultam da sua actividade. Merecem destaque: osriscos de liquidez e de taxa de juro, decorrentes do passivofinanceiro; o risco de taxa de câmbio, resultante doinvestimento na Companhia de Concessões Rodoviárias,no Brasil, e na Northwest Parkway, nos Estados Unidos; eo risco de crédito a que a empresa fica exposta,designadamente na sequência da contratação deoperações de cobertura de risco e de aplicaçõesfinanceiras.
A Direcção Financeira da Brisa assegura a gestãocentralizada das operações de financiamento, dasaplicações dos excedentes de tesouraria, das transacçõescambiais assim como a gestão do risco de contraparte doGrupo. Adicionalmente, é responsável pela identificação,quantificação e pela proposta e implementação demedidas de gestão/mitigação dos riscos financeiros a queo Grupo se encontra exposto.
Todas as operações de gestão de risco financeiro,nomeadamente as que envolvem a utilização deinstrumentos financeiros derivados são submetidas àaprovação prévia do Administrador Financeiro ou daComissão Executiva.
De seguida analisam-se de forma mais detalhada osprincipais riscos financeiros a que a empresa se encontraexposta e as principais medidas implementadas no âmbitoda sua gestão.
125 . Relatório e Contas 2007
Risco de taxa de juroA política de gestão de risco de taxa de juro tem porobjectivo a minimização do custo da dívida sujeito àmanutenção de um nível baixo de volatilidade dosencargos financeiros. No início de 2007, cerca de 60% dopassivo financeiro tinha taxa de juro fixa (fixa e fixarevisível), o que, conjugado com a indexação de cerca de8% à inflação (2% portuguesa e 6% europeia) e 6% àEuribor com cap, assegura uma baixa sensibilidade doscustos financeiros às subidas das taxas de juro. Apenas26% da dívida total se encontrava a taxa variável, o queexplica o impacto limitado nos custos financeiros da Brisadecorrentes da subida substancial das taxas de juro, comespecial incidência nos prazos curtos, verificada em 2007.
Caso as taxas de juro de mercado tivessem sido superioresem 1% durante os exercícios findos em 31 de Dezembrode 2007 e 2006, os custos financeiros daqueles exercíciosteriam aumentado em aproximadamente 9 700 milharesde Euros e 6 800 milhares de Euros, respectivamente.
No final de 2007 a Brisa tinha contratados swaps em querecebe taxa de juro fixa e paga um rendimento variávelindexado à Inflação Europeia com um montante nominaltotal de 150 milhões de euros. A contratação destes
derivados foi efectuada com um duplo objectivo:aumentar a correlação dos encargos financeiros com asreceitas operacionais, procurando assim baixar avolatilidade do cash-flow operacional deduzido deencargos financeiros e aumentar o grau de diversificaçãodo passivo financeiro da empresa. É provável que o nívelde indexação da dívida à inflação venha a serincrementado, nomeadamente se o crescentedesenvolvimento dos mercados financeiros vier aproporcionar oportunidades de indexação à InflaçãoPortuguesa (à qual as receitas da Brisa se encontramindexadas) a custos competitivos.
Risco cambialA exposição da Brisa a risco cambial resultaessencialmente do investimento efectuado no Brasil naCCR e, mais recentemente, nos Estados Unidos na NWP.Estas exposições em termos contabilísticos materializam-se na Brisa Internacional que detém de forma indirecta asparticipações na CCR e na NWP.
Os activos e passivos monetários denominados em moedaestrangeira, convertidos para Euros em 31 de Dezembrode 2007 e 2006, são como segue:
10 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 126
Activos Passivos
2007 2006 2007 2006
Dólares Americanos (USD) 17 562 - 2 845 -
Real Brasileiro (BRL) 10 232 6 284 926 1 918
Franco Suiço (CHF) - - 1 507 3 764
27 794 6 284 5 278 5 682
Adicionalmente, os activos e passivos não monetáriosdenominados em moeda estrangeira, convertidos paraEuros em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, são conformesegue:
A gestão do risco cambial assenta numa permanentequantificação e monitorização das exposições financeira econtabilística relevantes. A exposição financeira consisteno valor de mercado das participações e dos dividendos areceber pela Brisa Internacional (que no caso da CCRatingem montantes expressivos: BRL 110 milhões quecorresponderam a 40,5 milhões de euros em 2007) e aexposição contabilística resulta do valor contabilístico dasparticipações e da sua contribuição para os resultadosconsolidados da Brisa.
No que diz respeito à exposição ao BRL, em termos depolítica financeira, está definido e aprovado pelaComissão Executiva um limite máximo para apercentagem dos Capitais Próprios Consolidados cujovalor pode estar exposto a flutuações com origemcambial. A Direcção Financeira tem a incumbência decontratar as coberturas necessárias para que o limiteaprovado não seja ultrapassado. Em 31 de Dezembro de2007, o valor da exposição cambial ao BRL era inferior aolimite aprovado e não existiam quaisquer coberturas derisco cambial contratadas para esta moeda.
Adicionalmente, os activos e passivos não monetáriosdenominados em moeda estrangeira, convertidos paraEuros em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, são conformesegue:
Em relação à exposição ao USD resultante doinvestimento na NWP, na medida em que existe aintenção de proceder, no curto prazo, a alienação de cercade 50% da participação inicialmente adquirida, foidecidido cobrir o risco cambial da proporção do capitalque a Brisa tenciona vender. Estas coberturas foramimplementadas na data de aquisição da participaçãoatravés da contratação de forwards cambiais de curtoprazo que, à medida que vão vencendo, têm vindo a sersubstituídos através da contratação de instrumentosfinanceiros derivados da mesma natureza.
127 . Relatório e Contas 2007
Activos Passivos
2007 2006 2007 2006
Dólares Americanos (USD) 381 197 - 214 243 -
Real Brasileiro (BRL) 208 543 187 456 3 948 4 992
Franco Suiço (CHF) - - 4 064 5 334
589 740 187 456 222 255 10 326
No quadro seguinte é evidenciado o impacto emresultados e reservas que resultariam de uma valorizaçãoou desvalorização de 10% do Dólar Americano e do RealBrasileiro, decorrente da exposição em 31 de Dezembrode 2007 e 2006 em termos dos activos e passivosindicados acima:
No entender do Conselho de Administração a análise desensibilidade acima exposta, tendo por base a posição nasdatas indicadas, pode não ser representativo da exposiçãoao risco de câmbio a que a Empresa se encontra sujeita aolongo do exercício.
Risco de créditoO risco de crédito está relacionado com os saldos areceber de clientes e outros devedores. Apesar delimitado, face às características da actividade principaldesenvolvida (concessões rodoviárias), este risco émonitorizado numa base regular nos diversos negócioscom objectivo de:
- acompanhar a evolução do nível de saldos a receber;- analisar a recuperabilidade dos valores a receber numa
base regular.
O movimento nas perdas de imparidade das contas areceber encontra-se divulgado na Nota 30.
Em 31 de Dezembro de 2007, é entendimento doConselho de Administração que as perdas por imparidadeestimadas em contas a receber se encontramadequadamente relevadas nas demonstraçõesfinanceiras.
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, as contas a receberde terceiros incluem saldos vencidos conforme segue,para as quais não foram registadas perdas por imparidadepor o Conselho de Administração considerar que asmesmas são realizáveis:
2007 2006
Saldos vencidos
Até 90 dias 3 442 8 588
De 90 a 180 dias 14 471 15 420
De 180 a 360 dias 18 085 7 450
Mais de 360 dias 75 696 53 123
111 694 84 581
Estes saldos incluem comparticipações financeiras areceber do Estado no montante de 101 115 milhares deEuros e 73 128 milhares de Euros no exercício findo em31 de Dezembro de 2007 e 2006, respectivamente.
Risco de contraparteAs aplicações de excedentes financeiros e a generalidadedas operações com instrumentos financeiros derivadosexpõem a empresa a risco de incumprimento dascontrapartes nessas operações. De forma a mitigar esterisco a Direcção Financeira controla permanentemente osníveis de exposição a cada entidade e, em função dosrespectivos níveis de rating, estão definidos limites decrédito para as contrapartes.
Os limites são revistos periodicamente e, na sequência dacrise de liquidez nos mercados financeiros vivida durantea segunda metade de 2007, a Direcção Financeira optoupor tornar ainda mais restritiva a sua exposição ao risco decontraparte procedendo à redução, ou mesmoeliminação, dos limites que estavam estabelecidos para asinstituições financeiras com um nível de solidez financeiramenos robusto.
10 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 128
USD BRL CHF
2007 2006 2007 2006 2007 2006
Resultados (129) - 4 537 3 765 (575) (724)
Reservas 10 967 - 16 080 9 719 - -
10 838 - 20 617 13 484 (575) (724)
Risco de liquidezA política de financiamento e de gestão do risco deliquidez é pautada pelos seguintes objectivos:
• Assegurar um calendário de vencimento de dívidaescalonado ao longo do tempo.
• Manter o endividamento de curto prazo inferior a 15%do endividamento total.
• Continuar a alongar a maturidade média da dívida paraa tornar mais consistente com os activos de longo prazodetidos pela Brisa.
Enquadrada no cumprimento dos objectivos anteriores, aBrisa procede a um acompanhamento atento dosmercados de financiamento seleccionandocriteriosamente as alternativas mais eficientes. Duas dasmais importantes operações de financiamentoconcretizadas recentemente foram:
• No final de 2006, a colocação de uma emissão deobrigações no montante de 600 000 milhares de Euros.Este empréstimo tem uma maturidade de 10 anos euma taxa de juro fixa de 4,5%. Tratou-se da primeiraemissão efectuada por uma empresa privadaPortuguesa ao abrigo da nova legislação sobre valoresmobiliários representativos de dívida, introduzida peloEstado Português em 7 de Novembro de 2005 atravésdo Decreto-Lei 193/2005, com o objectivo de facilitar acaptação de financiamentos por empresas Portuguesasjunto de investidores não residentes. As obrigaçõesestão sujeitas a lei Portuguesa e foram admitidas àcotação na Bolsa do Luxemburgo.
• Em Dezembro de 2007, foi concretizada uma operaçãode titularização de créditos futuros no valor de 400 000milhares de Euros, ao abrigo do regime estabelecido noDecreto-Lei n.º 453/99, de 5 de Novembro, nasequência da qual a Brisa cedeu uma carteira de créditoscorrespondentes a taxas de portagem a cobrar nasauto-estradas de que é concessionária (Nota 29). Estaoperação permitiu que, numa situação particularmentedifícil nos mercados de crédito internacionais (com omercado obrigacionista praticamente fechado paranovas emissões), a Brisa tenha conseguido refinanciar atotalidade da dívida de curto prazo que tinha sidocontraída essencialmente para financiar o investimentona concessão Northwest Parkway nos Estados Unidosconcluído em Novembro de 2007, para capitalizar aBrisal e para finalizar a construção em curso daconcessão principal.
A gestão do risco de liquidez assume particular relevânciaao nível dos novos projectos em que a Brisa temparticipado nos últimos anos. Tanto na Brisal como naconcessão Northwest Parkway e, mais recentemente, naAuto-estradas do Douro Litoral foram contratadasoperações de financiamento em regime de projectfinance, normalmente com prazos muito longos e planosde amortização escalonados ao longo do tempo porforma a coincidirem com as projecções de libertação decash-flow das respectivas concessões.
A Brisa mantém um financiamento contratado junto doBanco Europeu de Investimentos (Brisa XIV de 200milhões de euros) que pode ser desembolsadogradualmente e que assegura financiamento de longoprazo para grande parte do investimento planeado nospróximos anos que, ao nível da concessão principal, serestringe essencialmente a obras de alargamento.
Para reforçar a flexibilidade financeira, no final de 2007 aBrisa tinha contratados com o sistema bancárioprogramas para emissão de Papel Comercial no montantetotal de 425 milhões de euros dos quais 150 milhões deeuros com garantia de subscrição. A empresa tem comopolítica manter contratadas com o sistema bancário linhasde curto prazo estáveis em montante superior ao dosprogramas de Papel Comercial sem garantia desubscrição. Em 31 de Dezembro de 2007 o montante delinhas de curto prazo contratadas com o sistema bancárioascendia a cerca de 520 milhões de euros.
A Brisa dispõe de um Euro Medium-Term Notes programe(EMTN) de 2 000 000 milhares de Euros dos quais 900000 milhares de Euros estavam por utilizar em 31 deDezembro de 2007.
129 . Relatório e Contas 2007
A maturidade dos passivos financeiros em 31 deDezembro de 2007 e 2006 é conforme segue:
Project FinanceO Grupo Brisa tem como política concorrer a novasconcessões de infra-estruturas rodoviárias, querdomésticas quer internacionais, integrada em consórcios.Nos projectos de greenfield domésticos tem sidoprivilegiada a parceria com empresas do sector deconstrução, as quais assumem o risco de construçãoinerente a esses projectos.
O project finance tem sido o esquema de financiamentoutilizado nesses projectos, com o objectivo claro deseparar em termos operacionais, financeiros e jurídicos a
actividade da Brisa, que decorre do contrato de concessãooriginal, da actividade inerente a estes novos projectos.
Para cada projecto é constituída uma empresa com umaestrutura de financiamento própria e sem recurso porparte dos credores a cash flows ou activos da Brisa (paraalém das normais garantias de stand-by equity dadas aoabrigo destes projectos e cujos montantes são conhecidosà partida). Assim, o risco assumindo pela Brisa encontra-se limitado ao montante dos Capitais Próprios alocados aoprojecto e às garantias acima mencionadas.
10 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 130
2007
Até 1 ano 1 a 2 anos 2 a 3 anos Mais de 3 anos Total
Empréstimos 261 634 198 228 189 068 2 671 806 3 320 736
Compensação por perdas de exploração 2 456 2 455 2 456 36 835 44 202
Receitas antecipadas de áreas de serviço 4 768 2 469 2 469 13 906 23 612
Plano de incentivos 18 686 4 939 7 940 11 777 43 342
Instrumentos derivados 25 137 26 173 - 3 320 54 630
Fornecedores 20 922 - - - 20 922
Fornecedores de imobilizado 68 368 411 201 2 354 71 334
Outros passivos 76 608 1 018 - 5 485 83 111
478 579 235 693 202 134 2 745 483 3 661 889
2006
Até 1 ano 1 a 2 anos 2 a 3 anos Mais de 3 anos Total
Empréstimos 346 618 140 636 106 602 1 975 141 2 568 997
Compensação por perdas de exploração 2 456 2 456 2 455 39 291 46 658
Receitas antecipadas de áreas de serviço 2 469 2 469 2 469 16 375 23 782
Plano de incentivos - 18 323 4 908 18 251 41 482
Instrumentos derivados 18 112 17 201 17 098 - 52 411
Fornecedores 20 515 - - - 20 515
Fornecedores de imobilizado 69 275 35 35 2 132 71 477
Outros passivos 36 764 - - 4 992 41 756
496 209 181 120 133 567 2 056 182 2 867 078
38. PARTES RELACIONADAS
As transacções e saldos entre a Brisa e as empresas dogrupo, que são partes relacionadas, foram eliminadas noprocesso de consolidação, não sendo alvo de divulgaçãona presente nota.
Os saldos e transacções entre o Grupo e as empresasassociadas, relacionadas, controladas conjunta eindividualmente com poder de decisão estão detalhadosabaixo. Os termos e condições praticadas entre a Brisa eestas partes relacionadas são substancialmente idênticosaos que normalmente seriam contratados, aceites epraticados entre entidades independentes em operaçõescomparáveis.
Os principais saldos a receber e a pagar em 31 deDezembro de 2007 e 2006, com entidades relacionadas,apresentam o seguinte detalhe:
Adicionalmente, as principais transacções realizadas nosexercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006com entidades relacionadas, foram como segue:
(a) Inclui transacções com a José de Mello, SGPS, S.A. ecom as empresas por si controladas.
131 . Relatório e Contas 2007
Contas a receber Contas a pagar
2007 2006 2007 2006
Grupo Efacec 497 229 2 472 7 157
M Dados - Sistemas de Informação, S.A. - - (28) 693
Sagies - Sociedade de Análise e Gestão de Instalações e Equipamentos Sociais, SA. - - 96 37
Imopólis - Soc. Gest. de Fundos de Investim. Imobiliário, S.A. - - 1 125
497 229 2 541 8 012
Activos Proveitos Custoafixos tangíveis operacionais operacionais
2007 2006 2007 2006 2007 2006
Grupo Efacec 1 479 10 509 393 668 12 344 11 434
Imopólis - Sociedade Gestora de Fundos de I
Investimento Imobiliário, S.A. - - - - 897 475
M Dados - Sistemas de Informação, S.A. 38 1 573 - - 221 1 176
Sagies - Sociedade de Análise e Gestão de instalações
e Equipamentos Sociais, S.A. - - - - 293 255
Grupo José de Mello, SGPS, S.A. (a) - - 63 19 - 31
1 517 12 082 456 687 13 755 13 371
As remunerações dos membros dos órgãos sociais dasempresas do Grupo nos exercícios findos em 31 deDezembro de 2007 e 2006, pode ser apresentada comosegue:
2007 2006
Administradores executivos:
Remuneração fixa 3 880 4 042
Remuneração variável 1 645 5 052
Benefícios definidos 332 493
Administradores não executivos:
Remuneração fixa 469 420
6 326 10 007
39. EVENTOS SUBSEQUENTES
Através do Decreto-Lei nº 392-A/2007,de 27 deDezembro, foram aprovadas as bases da concessão daconcepção, projecto, construção, aumento do número devias, financiamento, conservação e exploração dos lançosde auto-estrada e conjuntos viários associados, designadapor concessão Douro Litoral, cujo contrato de concessão,a concessionária “AEDL – Auto-Estradas do Douro Litoraloutorgou com o Estado Português em 14 de Janeiro de2008.
O Anexo 22 ao contrato de concessão, estabelece umacordo celebrado em 14 de Janeiro de 2008, entre oEstado Português e a concessionária AEDL, em que entreoutras matérias, a concessionária assume o compromissode pagar ao Concedente na data da assinatura doreferido acordo de 207 561 milhares de Euros, a titulo dedireitos relacionados com a adjudicação da concessão.
Em 16 de Janeiro de 2008 foi constituída a sociedade“GEIRA, S.A.”, cujo objecto social é a gestão, operação emanutenção de infraestruturas rodoviárias e na qual a ViaOeste detém uma participação de 50% no respectivocapital social.
10 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 132
40. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRAS
As demonstrações financeiras do exercício findo em 31 deDezembro de 2007 foram aprovadas pelo Conselho deAdministração em 26 de Fevereiro de 2008. Contudo asmesmas estão ainda sujeitas a aprovação pela AssembleiaGeral de Accionistas, nos termos da legislação comercialem vigor em Portugal.
S. Domingos de Rana, 26 de Fevereiro de 2008
O Técnico Oficial de Contas nº 1351Abel Silva
O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOVasco Maria Guimarães José de MelloJoão Pedro Stilwell Rocha e MeloDaniel Pacheco AmaralJoão Pedro Ribeiro de Azevedo CoutinhoJoão Afonso Ramalho Sopas Pereira BentoAntónio José Fernandes de SousaAntónio do Pranto Nogueira LeiteIsidre Fainé CasasMartin Wolfgang Johannes ReyLuís Manuel de Carvalho Telles de AbreuAntónio Ressano Garcia LamasJoão Vieira de AlmeidaPedro Jorge Bordalo Silva
133 . Relatório e Contas 2007
1. Em cumprimento das disposições legais e estatutáriasaplicáveis, o Conselho Fiscal emite o presente Relatórioe Parecer sobre o Relatório de gestão e restantesdocumentos de prestação de contas consolidadas daBrisa - Auto-Estradas de Portugal, SA, apresentados peloConselho de Administração, relativamente ao exercíciode 2007.
2. O Conselho Fiscal, ao longo do exercício em análise,acompanhou a gestão da empresa e a evolução dosseus negócios, tendo efectuado reuniões comregularidade, nas quais, em regra, contou com apresença do Administrador com o pelouro financeiro.Participou ainda da reunião do Conselho deAdministração que aprovou o Relatório de gestão e teveacesso às actas das reuniões deste órgão, bem como atoda a documentação considerada necessária, quer daempresa mãe, quer das sociedades dependentes.
3. O Conselho Fiscal verificou o cumprimento do Contratode Concessão, em particular no que se refere às Basesde natureza financeira, tendo emitido em 2007 ospareceres previstos na Base XI sobre os movimentosregistados na conta corrente com o Estado, relativos àscomparticipações financeiras deste no custo deconstrução das auto-estradas.
4. O Conselho Fiscal considera que o Relatório doConselho de Administração e as Demonstraçõesfinanceiras consolidadas referentes ao exercício findoem 31 de Dezembro de 2007 (Balanço consolidado,Demonstrações dos resultados consolidados e dasalterações no capital próprio e a Demonstraçãoconsolidada dos fluxos de caixa e o Anexo àsdemonstrações financeiras consolidadas), sãoadequados à compreensão da situação patrimonial daempresa no fim do exercício e à forma como seformaram os resultados e se desenrolou a actividade.
5. De acordo com a legislação em vigor o Revisor Oficialde Contas já não integra o Conselho Fiscal. Ao longo doano, durante as reuniões que efectuou e em váriasoutras ocasiões, o Conselho Fiscal manteve com oRevisor uma profícua colaboração.
6. O Conselho Fiscal apreciou a Certificação Legal dasContas Consolidadas, emitida nos termos da legislaçãoem vigor pelo Revisor Oficial de Contas, a qual mereceuo seu acordo e tomou conhecimento do respectivoRelatório anual do Revisor Oficial de Contas sobre afiscalização efectuada.
7. O Conselho Fiscal dedicou particular atenção a umaoperação, realizada pela Brisa, de titularização decréditos futuros nos termos do Decreto Lei 453/99 de 5de Novembro, no valor de 400 milhões de euros. Nasequência desta operação cedeu créditoscorrespondentes a taxas de portagem a cobrar nasauto-estradas de que é concessionária. Estas receitas deportagem futuras serão afectas a esta operação aolongo dos exercícios de 2008 a 2012. Com o encaixefinanceiro resultante a Brisa refinanciou a sua dívida decurto prazo encontrando-se numa posição de liquidezmuito confortável. Por outro lado esta operaçãooriginou o aumento do lucro tributável em montanteigual ao do encaixe recebido e, consequentemente, oaumento dos activos por impostos diferidos de 106milhões de euros proporcionando a utilização datotalidade do benefício fiscal gerado em exercíciosanteriores nos termos do Decreto Lei 287/99 de 28 deJulho, dos quais 89,1 milhões de euros não estavamreconhecidos.
Relatório e parecer do ConselhoFiscal sobre os documentos de
prestação de contas consolidadas
10 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 134
8. O Conselho Fiscal manifesta o seu apreço pelacolaboração recebida do Conselho de Administração edos Serviços.
PARECER
Em consequência do acima referido, o Conselho Fiscal é deparecer que estão reunidas as condições para que aAssembleia-Geral da Brisa - Auto-Estradas de Portugal, SA,aprove o Relatório do Conselho de Administração e asContas consolidadas do exercício de 2007.
São Domingos de Rana, 27 de Fevereiro de 2008
O CONSELHO FISCALPedro Infante de la Cerda Ribeiro da Cunha (Presidente)Tirso Olazábal Cavero (Vogal)Francisco Xavier Alves (Vogal)
135 . Relatório e Contas 2007
INTRODUÇÃO
1. Examinámos as demonstrações financeirasconsolidadas da BRISA - Auto-Estradas de Portugal,S.A., as quais compreendem o Balanço consolidado em31 de Dezembro de 2007 (que evidencia um total de5.359.047 milhares de euros e um total de capitalpróprio de 1.691.336 milhares de euros, incluindo umresultado líquido de 259.357 milhares de euros), asdemonstrações consolidadas dos resultados e dasalterações no capital próprio e a demonstraçãoconsolidada dos fluxos de caixa do exercício findonaquela data e o Anexo às demonstrações financeirasconsolidadas.
RESPONSABILIDADES
2. É da responsabilidade do Conselho de Administração apreparação de demonstrações financeiras consolidadasque apresentem de forma verdadeira e apropriada aposição financeira do conjunto das empresas incluídasna consolidação, o resultado consolidado das suasoperações, as alterações no capital próprio e os fluxosde caixa consolidados, bem como a adopção depolíticas e critérios contabilísticos adequados e amanutenção de sistemas de controlo internoapropriados.
3. A nossa responsabilidade consiste em expressar umaopinião profissional e independente, baseada no nossoexame daquelas demonstrações financeiras.
ÂMBITO
O exame a que procedemos foi efectuado de acordo comas Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoriada Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quaisexigem que o mesmo seja planeado e executado com oobjectivo de obter um grau de segurança aceitável sobrese as demonstrações financeiras consolidadas estãoisentas de distorções materialmente relevantes. Para tantoo referido exame incluiu:
- a verificação de as demonstrações financeiras dasempresas incluídas na consolidação terem sidoapropriadamente examinadas e, para os casossignificativos em que não tenham sido, a verificação,numa base de amostragem, do suporte das quantias edivulgações nelas constantes e a avaliação dasestimativas, baseadas em juízos e critérios definidos peloConselho de Administração, utilizadas na suapreparação;
- a verificação das operações de consolidação e daaplicação do método de equivalência patrimonial;
- a apreciação sobre se são adequadas as políticascontabilísticas adoptadas, a sua aplicação uniforme e asua divulgação, tendo em conta as circunstâncias;
- a verificação da aplicabilidade do princípio dacontinuidade; e
- a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, aapresentação das demonstrações financeirasconsolidadas.
5. O nosso exame abrangeu também a verificação daconcordância da informação financeira constante dorelatório consolidado de gestão com as demonstraçõesfinanceiras consolidadas.
6. Entendemos que o exame efectuado proporciona umabase aceitável para a expressão da nossa opinião.
OPINIÃO
Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeirasconsolidadas apresentam de forma verdadeira eapropriada, em todos os aspectos materialmenterelevantes, a posição financeira consolidada da BRISA -Auto-Estradas de Portugal S.A. em 31 de Dezembro de2007, o resultado consolidado das suas operações, asalterações no capital próprio e os fluxos consolidados decaixa no exercício findo naquela data, em conformidadecom as Normas Internacionais de Relato Financeiro(IAS/IFRS) adoptadas pela União Europeia.
Certificação Legal das Contas
10 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 136
ÊNFASE
Sem afectar a opinião expressa no parágrafo anterior,chamamos a atenção para a seguinte situação:
Conforme mencionado nas notas 10, 20 e 29 do Anexoàs demonstrações financeiras consolidadas, a BRISA, noâmbito da reestruturação da dívida, concretizou emDezembro de 2007 uma operação de titularização decréditos futuros nos termos do DL 453/99 de 5 deNovembro, no valor de 400 milhões de euros. Estaoperação originou o aumento do lucro tributável nomesmo montante e o aumento dos activos por impostosdiferidos de 106 milhões de euros e, em consequência,proporcionou a utilização da totalidade do benefício fiscalgerado em exercícios anteriores nos termos do DL 287/99de 28 de Julho, dos quais 89.112 milhares de euros nãose encontravam reconhecidos.
Lisboa, 26 de Fevereiro de 2008
ALVES DA CUNHA, A. DIAS & ASSOCIADOS
Sociedade de Revisores Oficiais de Contas
representada por José Duarte Assunção Dias
137 . Relatório e Contas 2007
INTRODUÇÃO
1. Para os efeitos do artigo 245º do Código dos ValoresMobiliários, apresentamos o nosso Relatório deAuditoria sobre a informação financeira consolidadacontida no relatório de gestão e as demonstraçõesfinanceiras consolidadas anexas do exercício findoem 31 de Dezembro de 2007 da Brisa – Auto-Estradas de Portugal, S.A. (“Empresa”), as quaiscompreendem o balanço consolidado em 31 deDezembro de 2007, que evidencia um total de5.359.047 milhares de Euros e capitais próprios de1.691.336 milhares de Euros, incluindo um resultadolíquido de 259.357 milhares de Euros, asdemonstrações consolidadas dos resultados, dosfluxos de caixa e das alterações no capital próprio doexercício findo naquela data e o correspondenteanexo.
RESPONSABILIDADES
2. É da responsabilidade do Conselho deAdministração: (i) a preparação de demonstraçõesfinanceiras consolidadas que apresentem de formaverdadeira e apropriada a posição financeira doconjunto das empresas incluídas na consolidação, oresultado consolidado das suas operações e os seusfluxos consolidados de caixa; (ii) que a informaçãofinanceira histórica seja preparada de acordo com asNormas Internacionais de Relato Financeiro tal comoadoptadas na União Europeia (“IAS/IFRS”) e que sejacompleta, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita,conforme exigido pelo Código dos ValoresMobiliários; (iii) a adopção de políticas e critérioscontabilísticos adequados e a manutenção desistemas de controlo interno apropriados; (iv) ainformação de qualquer facto relevante que tenhainfluenciado a actividade do conjunto das empresasincluídas na consolidação, a sua posição financeiraou os seus resultados.
3. A nossa responsabilidade consiste em examinar ainformação financeira contida nos documentos deprestação de contas acima referidos, incluindo averificação se, para os aspectos materialmenterelevantes, é completa, verdadeira, actual, clara,objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dosValores Mobiliários, competindo-nos emitir um
relatório profissional e independente baseado nonosso exame.
ÂMBITO
4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordocom as Normas Técnicas e as Directrizes deRevisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais deContas, as quais exigem que este seja planeado eexecutado com o objectivo de obter um grau desegurança aceitável sobre se as demonstraçõesfinanceiras consolidadas estão isentas de distorçõesmaterialmente relevantes. Este exame incluiu averificação, numa base de amostragem, do suportedas quantias e informações divulgadas nasdemonstrações financeiras e a avaliação dasestimativas, baseadas em juízos e critérios definidospelo Conselho de Administração, utilizadas na suapreparação. Este exame incluiu, igualmente, averificação das operações de consolidação e de teremsido apropriadamente examinadas as demonstraçõesfinanceiras das empresas incluídas na consolidação, aapreciação sobre se são adequadas as políticascontabilísticas adoptadas, a sua aplicação uniforme ea sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias,a verificação da aplicabilidade do princípio dacontinuidade das operações, a apreciação sobre se éadequada, em termos globais, a apresentação dasdemonstrações financeiras consolidadas, e aapreciação, para os aspectos materialmenterelevantes, se a informação financeira é completa,verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. O nossoexame abrangeu também a verificação daconcordância da informação financeira consolidadaconstante do relatório de gestão com os restantesdocumentos de prestação de contas consolidadas.Entendemos que o exame efectuado proporcionauma base aceitável para a expressão da nossaopinião.
OPINIÃO
5. Em nossa opinião, as demonstrações financeirasconsolidadas referidas no parágrafo 1 acima,apresentam de forma verdadeira e apropriada, emtodos os aspectos materialmente relevantes, aposição financeira consolidada da Brisa – Auto-Estradas de Portugal, S.A. em 31 de Dezembro de
Relatório de AuditoriaContas Consolidadas
10 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 138
2007, o resultado consolidado das suas operações eos seus fluxos consolidados de caixa no exercíciofindo naquela data, em conformidade com asnormas internacionais de relato financeiro tal comoadoptadas na União Europeia e a informação nelasconstante é, nos termos das definições incluídas nasdirectrizes mencionadas no parágrafo 4 acima,completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.
ÊNFASE
6. Conforme mencionado em maior detalhe nas Notas10, 20 e 29 do anexo às demonstrações financeirasconsolidadas, a Empresa celebrou em 17 deDezembro de 2007 um contrato de titularização decréditos futuros, pelo valor global de 400.000milhares de Euros, mediante o qual recebeu aquelemontante e cedeu direitos aos créditos futuroscorrespondentes a taxas de portagem a cobrar nasauto-estradas de que é concessionária. Em 31 deDezembro de 2007, a correspondenteresponsabilidade encontra-se reconhecida no passivoe será liquidada mediante a afectação de receitasfuturas de portagens dos exercícios de 2008 a 2012.Esta cedência de créditos futuros permitiu autilização de um crédito fiscal concedido à Empresaem anos anteriores, no montante de 89.112 milharesde Euros e deu origem ao reconhecimento nasdemonstrações financeiras anexas de um proveito de106.000 milhares de Euros, correspondente ao activopor impostos diferidos que se estima resultar dasdiferenças entre o resultado fiscal e o contabilísticodos exercícios a findar em 31 de Dezembro de 2008a 2012.
Lisboa, 26 de Fevereiro de 2008
DELOITTE & ASSOCIADOS, SROC S.A.Representada por João Luís Falua Costa da Silva
139 . Relatório e Contas 2007
Governo daSociedade
. Relatório e Contas 200711
MODELO DE GOVERNAÇÃODeclaração de Cumprimento
De acordo com o Regulamento CMVM nº 7 / 2001, com aredacção dos Regulamentos nº 10 / 2005, nº11 / 2003 e nº3 / 2006, a BRISA, com a excepção das duas situaçõesabaixo identificadas, cumpre todas as Recomendações daCMVM sobre o Governo das Sociedades.
1. A sociedade tem um Gabinete de Apoio ao Investidor,(descrito na pág. 58) que assegura a comunicação com osanalistas, investidores e público em geral.
2. A sociedade, na Assembleia-geral realizada a 10 deSetembro de 2001, eliminou todas as disposiçõesestatutárias que limitavam o livre exercício do direito devoto. Neste momento o voto pode ser exercido,directamente, conforme descrito nas páginas 60 e 61, porrepresentação, por correspondência e por Internet.
3. A sociedade tem implementado (descrito pág. 55) umefectivo sistema de controlo de risco.
4. Não existem quaisquer barreiras à livre transmissão detítulos ou ao êxito de eventuais ofertas públicas deaquisição (conforme descrito na pág. 62).
5. A gestão efectiva da sociedade (conforme descrito napág. 73) é assegurada por uma Comissão Executivacomposta por cinco vogais do Conselho de Administração,dos quais três são independentes.
- 5-A. Nos termos da legislação vigente, nas sociedadescom uma estrutura governativa como a da BRISA(Conselho de Administração e Conselho Fiscal) oConselho de Administração é um órgão colegial cujosmembros exercem as suas funções a título pessoal,independentemente de quem os tenha designado ouproposto. No caso da BRISA o Conselho deAdministração é composto por treze membros, dosquais cinco integram a Comissão Executiva.
6. O Conselho de Administração é composto por 13elementos, dos quais 7 são independentes.
7. O Conselho de Administração constituiu duas comissõesde controlo interno (descritas na pág. 55) cada umacomposta por três administradores não executivos.
8. Não se procede à discriminação individual dasremunerações dos membros do Conselho deAdministração (conforme recomendação da CMVM), porse considerar que a forma adoptada é a que maisadequadamente reflecte a sua natureza colegial, em quetodos os seus membros são de igual modo responsáveispela vida da sociedade. De qualquer modo, na pág. 73 aremuneração agregada dos membros do Conselho deAdministração é divulgada, de modo a identificar não só ovalor global dos vogais executivos e o dos não executivos,como também a parte que é variável e a que é fixa.
- 8-A. A Comissão de Vencimentos solicitou a divulgaçãoda seguinte declaração na Assembleia-geral Anual de2006: “Os membros do órgão de administração devemdesempenhar as suas funções de forma diligente ecriteriosa, no interesse da sociedade, tendo em conta osinteresses dos seus accionistas, colaboradores e demais“stakeholders”.
- É do interesse da sociedade e dos seus accionistas criaras condições e os incentivos adequados, mobilizadoresdo bom desempenho de funções por parte do Conselhode Administração, de acordo com os critérios acimareferidos.
- Assim, a remuneração constitui um instrumento degestão essencial para o enquadramento e motivação dodesempenho dos dirigentes ao nível das empresas.
- A definição e aplicação dos critérios subjacentes àfixação das remunerações dos Administradores,cometida à Comissão de Fixação de Vencimentos, devedeste modo ser coerente e homogénea, levando, porum lado, em linha de conta o nível de remuneraçõesactualmente praticado em empresas europeiascongéneres, e por outro, o grau de cumprimento dosobjectivos estratégicos definidos para a empresa e acriação de valor para os accionistas.
- Neste sentido, a remuneração deverá contemplar umacomponente fixa que visa remunerar o esforçodesenvolvido ao longo de cada exercício do respectivomandato, aplicável aos membros executivos e nãoexecutivos do Conselho de Administração, e umacomponente variável a ser atribuída numa perspectivada globalidade do mandato, com o objectivo de alinharos interesses dos membros executivos do Conselho deAdministração e dos accionistas.”
A atribuição da componente variável fica dependente daavaliação do cumprimento de objectivos de desempenhodefinidos anualmente, tendo em conta os seguintesindicadores: EBITDA, EBIT, RESULTADOS LÍQUIDOS, ROE eROA.
9. A Comissão de Vencimentos (conforme descrito na pág. 59) é composta por três membros independentes daadministração, de acordo com os critérios estabelecidos nonº 9 do Capítulo I do Anexo ao Regulamento da CMVM nº7 / 2001.
10. A criação de Planos de Incentivos à Gestão, (conformedescrito na pág. 58) foi sempre sujeita à aprovação daAssembleia-geral.
10-A. A sociedade está a preparar a criação de um sis-tema formal interno de comunicação de eventuaisirregularidades.
Governo da Sociedade
141 . Relatório e Contas 2007
1 - Organograma empresarialO organograma empresarial relevando a organizaçãofuncional da Brisa é o que se apresenta seguidamente:
Capítulo I
11 GOVERNO DA SOCIEDADE 142
Brisa Assistência RodoviáriaRui Roque
Brisa Access Electrónica RodoviáriaGuilherme Magalhães
Brisa Engenharia e GestãoPedro Carvalho
ControlautoValdemar Mendes
MCALLMargarida Charters
Via Verde PortugalJoão Pecegueiro
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
COMISSÃO EXECUTIVAVasco de MelloPedro Rocha e MeloDaniel AmaralJoão Azevedo CoutinhoJoão Bento
APOIO AO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOCarlos Salazar de Sousa
António de SousaAntónio Nogueira Leite
Isidro Fainé CasásLuís Telles de Abreu
António LamasJoão Vieira de Almeida
Martin ReyPedro Bordalo Silva
SECRETÁRIO DA SOCIEDADETiago Melo
SERVIÇOS AUTO-ESTRADAS INTERNACIONAL
CENTRO CORPORATIVO
AdministrativaMaria Conceição Gomes
Auditoria InternaCristina Oliveira
Planeamento e ControloAna Cláudia Gomes
FinanceiraJoão Pereira Vasconcelos
JuridicaLuís Geraldes
Organizção e QualidadeAmadeu Rolim
Planeamento estratégicoManuel Melo Ramos
Relações Investidores,Com. SustentabilidadeLuís Eça Pinheiro
Recursos HumanosHenrique Pulido
Sistemas de InformaçãoLuís Pinheiro
Inovação e TécnologiaJorge Sales Gomes
Novos EmpreendimentosManuel Lamego
Clientes e Portagens Vasco da Cunha
Circulação, Segurança e Ambiente Victor Santiago
Coordenação Operacional Luís Roda
Gestão de Empreendimentos Joaquim Almeida Mendes
Brisal - Auto-estradas do Litoral Manuel LamegoJoaquim Almeida Mendes
Auto-Estradas do Atlântico José Braga
Áreas Operacionais
Concessionárias Participadas Nacionais
Brisa Access Europe - ÁustriaGuilherme MagalhãesFrancisco M. Rebelo
Brisa Participaçõese Empreendimentos - BrasilAntónio Sousa
Brisa North America - EUAVitor Saltão
ConcessionáriasParticipadasInternacionais
(Brasil)CCR - Companhia deConcessões RodoviáriasLuis Rebelo Silva
(EUA)Northwest ParkwayPedro Costa
InternacionalLuis Delgado
Auto-Estradas do Douro Litoral João Portela
2 - COMISSÕES INTERNAS
O Conselho de Administração constituiu, de entre os seus
membros, as seguintes Comissões Internas:
Comissão para o Acompanhamento do Governo
Societário e da Sustentabilidade, constituída pelo Dr. João
Vieira de Almeida (Presidente), Prof. António Lamas e
Prof. António Nogueira Leite. Todos os membros desta
Comissão são Administradores não executivos e apenas o
Prof. António Nogueira Leite é considerado não
independente nos termos da alínea b) do nº 2 do art,1º do
Regulamento CMVM 7 / 2001, na medida em que
desempenha funções no órgão de administração de uma
empresa do Grupo José de Mello, que por sua vez detém
uma participação superior a 10% do capital social da
BRISA.
Esta Comissão tem como principais atribuições
acompanhar a observância das regras e normas que
compõem o sistema de governo das empresas integradas
no grupo Brisa e o desempenho das políticas de
desenvolvimento sustentável nas suas três dimensões,
económica, ambiental e social; avaliar periodicamente os
resultados dessas regras e políticas; acompanhar as
actividades da Direcção de Comunicação Relações com os
Investidores e Sustentabilidade (DIS) que se prendam com
as matérias que são da competência desta Comissão,
acompanhar a elaboração do Relatório de Gestão,
pronunciando-se sobre os capítulos dedicados à
sustentabilidade e governo societário; acompanhar a
aplicação do Código de Ética e propor as medidas que
considere adequadas à sua permanente actualização e
efectivo cumprimento em todas as empresas do Grupo
BRISA; propor ao Conselho de Administração as reformas
e iniciativas que entenda convenientes para alcançar os
seus objectivos. Durante o ano de 2007, esta Comissão
reuniu cinco vezes.
Comissão de Auditoria e Gestão de Riscos, composta pelo
Prof. António de Sousa (Presidente), Dr. Luís Telles de
Abreu e Prof. António Nogueira Leite. Todos os membros
desta Comissão são Administradores não executivos e
apenas o Prof. António Nogueira Leite é considerado não
independente nos termos da alínea b) do nº 2 do art,1º do
Regulamento CMVM 7 / 2001, na medida em que
desempenha funções no órgão de administração de uma
empresa do Grupo José de Mello, que por sua vez detém
uma participação superior a 10% do capital social da
BRISA.
Esta Comissão tem como principais atribuições: o
acompanhamento regular do Gabinete de Auditoria
Interna (GAI) e dos Auditores Externos da empresa;
pronunciar-se sobre a nomeação e destituição dos
Auditores Externos; avaliar e dar parecer sobre os
procedimentos internos em matéria de auditoria;
acompanhar as relações estabelecidas entre os Auditores
externos e os demais órgão da sociedade; supervisionar a
suficiência adequação e eficaz funcionamento do sistema
de controlo interno; zelar pelo cumprimento por parte dos
membros do Conselho de Administração, das normas do
mercado de valores aplicáveis à sua conduta. Durante o
ano de 2007, esta Comissão reuniu três vezes.
Estas duas comissões têm a capacidade para consultar
todos os documentos e registos e realizar diligências junto
dos serviços das empresas que integram o grupo Brisa,
bem como contratar serviços externos e promover a
realização de auditorias independentes.
3 - ÓRGÃOS DE CONTROLO DO RISCO
Existem na Empresa órgãos de apoio à administração para
a detecção e prevenção de riscos relevantes, não só na
construção e exploração das auto-estradas mas também
na área ambiental, jurídica e financeira.
Estes órgãos funcionam na prevenção e no controlo dos
riscos inerentes da actividade de construção,
nomeadamente na supervisão das normas impostas para
a construção de auto-estradas, com especial destaque
para a higiene e segurança. Para esta área foi
desenvolvida uma política própria, materializada na
homologação e aplicação de um Manual para a
Implementação da Segurança e Saúde no Trabalho da
Construção, através de uma estrutura criada para o efeito,
a qual supervisiona e assegura a coordenação central e
local dos planos de segurança e saúde e das actividades
de risco.
Do ponto de vista da operação, a Brisa dispõe dos meios
necessários e suficientes para manter todos os
equipamentos de segurança da AE, em perfeitas
condições de utilização. Existe um Manual de Operação e
Manutenção, que no capítulo de Segurança de Clientes e
Instalações, estabelece as normas e procedimentos que a
área de operação tem de respeitar e fazer cumprir no
decorrer da sua actividade diária. Dispõe, para além disso,
de um sistema que regista e trata a informação das
ocorrências verificadas nas auto-estradas, o que permite,
para além do adequado tratamento estatístico de toda a
143 . Relatório e Contas 2007
informação, a atempada identificação de situações quepossam carecer de medidas correctivas.
Acresce, ainda, que a Brisa tem em operação, desdeo início de 2004, o Centro de CoordenaçãoOperacional, que está integrado num vasto Projectode Telemática e Segurança Rodoviária, que ficouconcluído em 2006. O investimento final foi da ordemdos 32 milhões de euros e permite reunir numa únicainstalação, toda a informação proveniente da redeBrisa, bem como efectuar toda a coordenação dasoperações, dispondo e gerindo, um sistema demonitorização de tráfego, que inclui cerca de 500câmaras de vídeo cobrindo toda a rede, 34 estaçõesde recolha de informação meteorológica, 150 painéiselectrónicos de mensagem variável, um grande ecrãde 10x3 metros, totalmente digital, sistemas paragestão de tráfego, canais de acesso público àinformação e sistemas para detecção de incidências.Toda esta infra-estrutura permite melhorar ascondições de segurança e a eficiência na assistência,e as condições de circulação, disponibilizandoinformação actualizada e oportuna aos clientes e aosserviços de apoio complementar.
Relativamente ao ambiente, a coordenação de estudosintegra uma especialização que pretende evitar e minimizaros riscos ambientais na fase inicial dos projectos eacompanha a tramitação dos processos de avaliaçãoambiental. Este acompanhamento é continuado na fase deobra, através de recursos que são especificamente afectosao cumprimento do Programa de Monitorização da fase deobra, das medidas minimizadoras ou compensatórias eainda dos Procedimentos de Gestão Ambiental.
Por outro lado, a Direcção de Gestão da Conservação temcomo uma das suas prioridades operacionais a detecçãode situações de risco ambiental, actuando de formapreventiva na gestão de medidas minimizadoras do seuimpacte negativo, nas auto-estradas em exploração.
Do ponto de vista financeiro, acresce mencionar queexiste um órgão de Controlo de Gestão de Riscos que éresponsável pela monitorização e gestão dos riscos deliquidez, de taxa de juro e cambial.
A Brisa encontra-se exposta a um conjunto de riscosfinanceiros decorrentes da sua actividade. Assumemparticular relevância, a este nível, o risco de liquidez e detaxas de juro decorrentes da carteira de dívida, o risco detaxa de câmbio resultante do investimento no Brasil e orisco de contraparte a que a empresa fica exposta nasequência da celebração de operações de cobertura derisco e de eventuais aplicações financeiras. A DirecçãoFinanceira assegura a gestão centralizada das operaçõesde financiamento, das aplicações dos excedentes detesouraria e das transacções cambiais, assim como agestão do risco de contraparte do grupo Brisa.Adicionalmente, o Departamento de Gestão de Risco daDirecção Financeira é responsável pela identificação,quantificação e pela proposta de medidas de gestão /mitigação dos riscos financeiros a que o grupo seencontra exposto, conforme descrito detalhadamente nocapítulo sobre gestão de risco financeiro.
4 - A ACÇÃO DA BRISA EM 2007
As acções da Brisa valorizaram-se 6,4% durante o ano ea 31 de Dezembro a cotação atingiu os €10,05.
11 GOVERNO DA SOCIEDADE 144
COTAÇÃO DA ACÇÃO BRISA AO LONGO DE 2007
8,00
8,50
9,00
9,50
10,00
10,50
11,00
Jan-07 Fev-07 Mar-07 Abr-07 Mai-07 Jun-07 Jul-07 Ago-07 Set-07 Out-07 Nov-07 Dez-07
145 . Relatório e Contas 2007
EVOLUÇÃO DA COTAÇÃO DA ACÇÃO BRISA EM RELAÇÃO A ÍNDICES DE MERCADO
-10%
-5%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
Jan-07 Fev-07 Mar-07 Abr-07 Mai-07 Jun-07 Jul-07 Ago-07 Set-07 Out-07 Nov-07 Dez-07
Brisa
Eurostoxx 50
Euronext 100
PSI20
O valor médio diário transaccionado de 11,4 milhões deeuros representou um aumento de 23% relativamentea 2006, facto a que não foi estranha a subida de 20%do preço médio da acção Brisa durante o ano para€9,82. O volume médio diário de 1,17 milhões deacções transaccionadas correspondeu apenas a umligeiro aumento de cerca de 1% relativamente a 2006.
Em 1 de Janeiro de 2007 há que salientar que a acção BrisaPrivatização e a acção Brisa Privados, maioritariamentedetida por dois accionistas de referência, sem liquidez nemvolume de transacção expressivo, foram agregadas, numaúnica linha de negociação (Brisa Privatização). No dia 21 deDezembro de 2007, esta linha de negociação passou a seridentificada apenas como Brisa.
O peso da Brisa Privatização no PSI-20 era de cerca de 9%
no final de 2007 e a acção é também uma componente
do índice Euronext 100.
No dia 2 de Janeiro de 2007, foi concretizada afungibilidade das duas linhas de negociação que asacções da Brisa tinham desde a sua entrada em Bolsa pormotivos relacionados com o benefício fiscal. Este benefícioque era aplicável às acções privatizadas, terminou no finaldo ano de 2006, ou seja 5 anos após a data da última fasede privatização da Brisa que ocorreu em Julho de 2001.
Em termos nacionais, o índice PSI20 continua a ser umareferência para as principais empresas tendo a Brisabeneficiado com as novas regras de cálculo do mesmoque entraram em vigor a partir do início do 2º semestre.No entanto, desde o início do ano, a Brisa aumentousubstancialmente a sua posição tendo sido durante o anode 2007 de 8,60% ocupando o 6º lugar em termos depeso no índice.
No quadro seguinte apresenta-se a cotação da acção Brisanas datas de divulgação de resultados durante o ano de2007.
Valores (€) Abertura Máximo Mínimo Fecho
Resultados anuais 2006 – 26 Fevereiro 10,14 10,24 10,14 10,20
Pagamento dividendos – 27 Abril 9,52 9,60 9,52 9,57
Resultados 1º trimestre – 27 Abril 9,52 9,60 9,52 9,57
Resultados 1º semestre – 25 Julho 10,28 10,45 10,21 10,35
Resultados 3º trimestre – 30 Outubro 9,65 9,73 9,60 9,65
5 - POLÍTICA DE DIVIDENDOS
A política de dividendos é da competência da Assembleia-geral, que a todo o momento a pode alterar. Contudo, oConselho de Administração da Brisa tem procurado seguiruma política de distribuição de dividendos no sentido deremunerar de forma efectiva e crescente os seusaccionistas. Neste sentido, o dividendo pago por acção temvindo a crescer e assim deverá continuar, na medida docrescimento dos resultados da empresa. Esta política temvindo a ser validada pela Assembleia-geral e é divulgadaanualmente de forma clara no seu relatório e contas.
Nestes termos, a proposta do Conselho de Administraçãosobre a distribuição de dividendos está descrita no final docapítulo Proposta de Aplicação de Resultados.
O dividendo é pago anualmente, até 30 dias depois dasua aprovação em Assembleia-geral.
Nos três últimos exercícios a distribuição de dividendospor acção foi a seguinte:
2006 - 28 cêntimos por acção2005 - 27 cêntimos por acção2004 - 27 cêntimos por acção
6 - PLANO DE INCENTIVOS À GESTÃO
A Brisa considera que os planos de incentivos à gestãoconstituem uma ferramenta da maior importância naavaliação e estímulo do desenvolvimento da actividadedos seus quadros a médio e longo prazo em prol dacriação de valor para os accionistas. Desde modo, naAssembleia-geral Anual da Brisa, realizada em 10 deMarço de 2006, foi conferida autorização ao Conselho deAdministração para proceder à criação de um novo planode incentivos à gestão (Plano) que possibilite oestabelecimento de mecanismos que permitam aosbeneficiários do Plano (Beneficiários), em função daavaliação anual do seu desempenho, proceder à aquisiçãodirecta de acções próprias da Brisa, ao preço de mercadodo dia da aquisição.
Nos termos daquela autorização, o Conselho deAdministração da Brisa definiu as condições do referidoplano de incentivos, mediante a aprovação de umRegulamento de Aquisição de Acções (Regulamento) nostermos do qual os Beneficiários poderão adquirir acçõesda Brisa ao preço de mercado, com recurso a créditobancário em condições estabelecidas para este efeito.
O número de Beneficiários, incluindo colaboradores eadministradores executivos, abrangidos pelo Plano foi de127. O número de acções próprias Brisa necessárias parafazer face ao exercício pleno dos direitos de aquisiçãoatribuídos ascende a 5 105 000 a 7,99€ relativo ao exercí-cio de 2006 e 106 250 a 10,00€ relativo ao exercício de2007.
7 - NEGÓCIOS OU OPERAÇÕESREALIZADAS ENTRE MEMBROS DASOCIEDADE
Durante o exercício de 2007, não foram realizadosnegócios ou operações com significado económico entrea sociedade por um lado e, por outro, os membros dosórgãos de administração e fiscalização, titulares departicipações qualificadas ou sociedades que seencontrem em relação de domínio ou de grupo.
8 - GABINETE DE APOIO AO INVESTIDOR
A Direcção de Investidores, Comunicação e Sustentabili-dade (DIS) é responsável pela comunicação da empresacom accionistas, analistas e público em geral. Assegura, deigual modo o relacionamento com as entidades gestoras esupervisoras, nomeadamente a Euronext, a Comissão deMercado de Valores Mobiliários e a Interbolsa.
O representante para as relações com o mercado é o Dr.Luís d’Eça Pinheiro, igualmente Director da DIS (Direcçãode Investidores e Sustentabilidade).
ResearchTem sido prosseguido um esforço no sentido de seralargada a base de bancos que fazem cobertura deresearch da Brisa. Para tal salientam-se os contactoscontinuados com vários analistas, no sentido de aumentare obter revisões periódicas.
Durante o ano de 2007 o Millennium bcp reiniciou acobertura da Brisa assim como a JPMorgan. Para alémdestes, salienta-se ainda a revisão do price target porparte de várias casas de investimento, nomeadamente, aCaixa BI, o BPI, o Santander, a Ibersecurities, o Dresdner, aLisbon Brokers, a Fidentiis, a Morgan Stanley e a ExaneBNP Paribas.
11 GOVERNO DA SOCIEDADE 146
Evidenciamos no quadro abaixo os relatórios com osrespectivos price targets. De salientar que cerca de 68%,têm o price target acima do valor de mercado da Brisa nofinal de 2007, €10,05 por acção.
Comparativamente ao ano de 2006 o price target médioaumentou de 9,35€ para 10,58€ em 2007, o que setraduz num aumento de 13,2%.
Note-se que durante este período o título Brisa registouuma apreciação de 6,35%.
PRICE TARGETS
Banco Price target 2007 Recomendação
Caixa BI 12,00 € Accumulate
Dresdner 11,80 € Buy
Ibersecurities 11,60 € Buy
Santander 11,50 € Buy
BPI 11,35 € Buy
Lisbon Brokers 11,00 € Buy
Banif 10,85 € Neutral
JP Morgan 10,60 € Sell
Millennium Bcp 10,45 € Reduce
Goldman Sachs 10,20 € Buy
Dexia 10,20 € Buy
HSBC 10,10 € Buy
Fidentiis 10,10 € Buy
Morgan Stanley 10,00 € -
UBS 9,90 € Neutral
BNP Paribas 9,35 € Buy
Deutsche Bank 8,70 € -
Sítio na Internet – www.brisa.ptA Brisa tem disponível um conjunto alargado deinformações no seu sítio na Internet. O objectivo é dar aconhecer melhor a empresa facultando aos investidores,analistas e público em geral, o acesso permanente ainformação relevante e actualizada. Podem assim serconsultadas informações da área institucional e daactividade empresarial, bem como informações relevantespara os investidores que estão disponíveis na zonadedicada às relações com investidores. Entre estas,destacam-se as apresentações da empresa, oscomunicados relevantes divulgados, os relatórios e contas,
o calendário financeiro, a lista de accionistas de referênciae os órgãos sociais. Dispõe ainda de uma possibilidadefacilitadora de contacto célere com o Serviço de Relaçõescom Investidores.
9 - COMPOSIÇÃO DA COMISSÃO DEVENCIMENTOS
A Comissão de Vencimentos é presidida pelo Eng. JorgeManuel Jardim Gonçalves e dela fazem parte igualmenteo Dr. Luís Miguel Cortes Martins e o Eng. Rui Roque dePinho, sendo que nenhum é membro do Conselho deAdministração.
Durante o exercício de 2007 a comissão de vencimentosreuniu duas vezes.
10 - HONORÁRIOS DOS AUDITORESEXTERNOS
Durante o exercício de 2007, o montante da remuneraçãoanual paga aos auditores e a outras pessoas singulares oucolectivas pertencentes à mesma rede, suportada pelasociedade e / ou pessoas colectivas em relação de domínioou de grupo, ascendeu a 550 000 euros (incluindodespesas e remunerações pagas por subsidiárias localizadasno estrangeiro). Este montante repartiu-se, em termospercentuais, na prestação dos seguintes serviços:
a) Serviços de auditoria 39%b) Outros serviços de garantia de fiabilidade 5%c) Serviços de consultoria fiscal 12%d) Outros serviços que não de auditoria e
garantia de fiabilidade 44%
Para os efeitos desta informação, o conceito de rede é odecorrente da Recomendação da Comissão Europeia nº C (2002) 1873, de 16 de Maio de 2002.
Conforme referido neste anexo, o sistema de controlode riscos implementado pela sociedade assegura que aosnossos auditores e sua respectiva rede não sãocontratados serviços que, nos termos da Recomendaçãoda Comissão Europeia nº C (2002) 1873, de 16 de Maiode 2002, possam por em causa a sua independência.
147 . Relatório e Contas 2007
Capítulo II
1 - EXERCÍCIO DO DIREITO DE VOTO EREPRESENTAÇÃO DOS ACCIONISTAS
Mesa da Assembleia GeralA composição da Mesa da Assembleia Geral é a seguinte:
Presidente: António Manuel de Carvalho Ferreira VitorinoVice-Presidente Francisco de Sousa da CâmaraSecretário: Tiago Severim de Melo Alves dos Santos
A Brisa considera importante o envolvimento dos seusaccionistas na actividade da empresa. Para esse efeitodisponibiliza ao Presidente da Mesa da AssembleiaGeral todos os meios necessários à realização dasAssembleias Gerais, de modo a potenciar a participaçãoactiva de todos os accionistas, como o atesta o elevadograu de participação, que se tem fixado acima dos 50%.
A divulgação de informações financeiras e dosdocumentos preparatórios das suas reuniões gerais éassegurada, também, pela Internet e pode ser acedidapelo endereço www.brisa.pt. A Brisa utiliza, ainda, osmeios técnicos mais inovadores na contagem electrónicade votos, dispondo dos mecanismos necessários para ouso do voto por correspondência, por representação e porInternet.
A informação necessária para a correcta avaliação daspropostas postas à discussão e votação nas Assembleias-gerais está à disposição dos investidores na sede daSociedade ou ainda no sítio da Empresa www.brisa.ptdentro do prazo estipulado pela lei.
Os accionistas podem fazer-se representar na Assembleia-geral, nos termos da lei e dos Estatutos, mediante simplescarta, com assinatura, dirigida ao Presidente da Mesa daAssembleia-geral e recebida na sede da Sociedade até aoterceiro dia útil anterior à data de realização da Assembleia-geral, podendo o Presidente da Mesa da Assembleia-geral,quando tiver dúvidas sobre a veracidade das assinaturas,exigir o respectivo reconhecimento notarial.
As pessoas colectivas são representadas por a quemlegalmente couber a respectiva representação ou porquem for indicado mediante simples carta, comassinatura, dirigida ao Presidente da Mesa da Assembleia-geral e recebida na sede da Sociedade até ao terceiro diaútil anterior à data de realização da Assembleia-geral.
2 - VOTO POR CORRESPONDÊNCIA
Os accionistas que o pretendam podem votar porcorrespondência, desde que, até ao décimo dia após apublicação da convocatória da Assembleia-geral, façamchegar à sede da Sociedade uma comunicação dirigida aoPresidente da Mesa da Assembleia-geral, com assinaturareconhecida (ou, no caso de pessoa singulares, comassinatura simples acompanhada de fotocópia dorespectivo bilhete de identidade), da qual conste amorada para onde devam ser enviados os boletins de votoe demais documentação.
Seguidamente, a Sociedade envia aos accionistas emcausa os respectivos boletins de voto e demaisdocumentação, devendo esses accionistas remeter àSociedade, de modo a que seja por esta recebida até aoterceiro dia útil anterior ao da realização da Assembleia-geral, um envelope contendo a declaração dointermediário financeiro a quem estiver cometido oserviço de registo das respectivas acções (emitida nostermos acima referidos), e um outro envelope, fechado,contendo os boletins de voto devidamente preenchidos.
Em alternativa os accionistas poderão ainda retirar do sitewww.brisa.pt, o boletim de voto e enviá-lo para a BRISA,de modo a que seja recebido até ao terceiro dia útilanterior à data de realização da Assembleia-geral, umenvelope contendo a fotocópia do bilhete de identidade ea declaração do intermediário financeiro a quem estivercometido o serviço de registo das respectivas acções(emitida nos termos acima referidos), e um outroenvelope, fechado, contendo os boletins de votodevidamente preenchidos.
11 GOVERNO DA SOCIEDADE 148
Os accionistas que assim o pretendam podem tambémdelegar na Sociedade o pedido de emissão da declaraçãodo intermediário financeiro a quem estiver cometido oserviço de registo das respectivas acções, devendo para oefeito fazer chegar à sede da Sociedade, até ao décimodia após a publicação da convocatória da Assembleia-geral, documento conferindo os necessários poderes àSociedade (podendo os accionistas recorrer ao formulárioque, para este fim e a partir do dia de publicação daconvocatória da Assembleia Geral, disponível no sítio daInternet www.brisa.pt).
3 - VOTO ELECTRÓNICO
Os accionistas podem ainda votar através do sítio daInternet www.brisa.pt, desde que, até ao décimo dia apósa publicação da convocatória da Assembleia-geral, façamchegar à sede da Sociedade uma comunicação (elaboradade acordo com o modelo constante daquele sítio daInternet) dirigida ao Presidente da Mesa da Assembleia-geral, com assinatura reconhecida (ou, no caso de pessoassingulares, com assinatura simples acompanhada defotocópia do respectivo bilhete de identidade), da qualconste uma palavra-chave seleccionada pelo accionista eum endereço electrónico para onde pretenda que sejaenviada a palavra-chave a ser disponibilizada pelaSociedade (a qual, em conjunto com aquela outra,permitirá aceder ao respectivo boletim de voto no járeferido sítio da Internet www.brisa.pt). Estes accionistas
podem exercer o seu direito de voto durante doze dias acontar das 0 horas do décimo quarto dia a contar da datade publicação da convocatória da Assembleia-geral. Sósão considerados os votos dos accionistas relativamenteaos quais seja recebida, até ao terceiro dia útil anterior aoda realização da Assembleia-geral, a declaração dointermediário financeiro a quem estiver cometido oserviço de registo das respectivas acções, emitida nostermos acima referidos.
4 - PRAZO DE BLOQUEIO DAS ACÇÕES
O prazo mínimo de bloqueio das acções para efeitos deexercício do direito de voto na assembleias-gerais é de 5dias úteis antes da respectiva reunião.
5 - RECEPÇÃO DAS DECLARAÇÕES DEVOTO
Os votos por correspondência ou os votos electrónicospodem ser recebidos até ao 3º dia útil anterior à data daAssembleia-geral.
6 - NÚMERO DE ACÇÕES POR VOTO
A cada acção corresponde um voto.
149 . Relatório e Contas 2007
Capítulo III
1 - CÓDIGO DE ÉTICA
A Brisa tem um Código de Ética que regula as normasde conduta de todos os colaboradores e daAdministração. Este documento reúne os valores quesão fundamentais para a Empresa, os princípios e asregras a observar pelos seus colaboradores em todas asactividades que integram o Grupo BRISA. Os valoresfundamentais – responsabilidade, profissionalismo,integridade, independência e confidencialidade – sãodefinidos como os principais valores a salvaguardar.
O Código regula ainda a prática de outros deveres comoo tratamento igual e diligente para com todos os clientes,o cumprimento das regras impostas pela legislação doTrabalho, de Higiene, Saúde e Segurança. Deve ainda serobservado o princípio da não discriminação baseada emascendência, sexo, raça, língua, convicções políticas esindicalização.
O Código de Ética está acessível no já referido sítio daInternet www.brisa.pt.
2 - AUDITORIA INTERNA
A BRISA tem na sua estrutura organizacional um Gabinetede Auditoria Interna que desenvolve a sua actividade nosentido de avaliar a eficácia e eficiência do sistema decontrolo interno e dos processos de negócio ao nível detodo o Grupo BRISA de forma independente esistemática, verificar se os activos ao nível do Grupo estãodevidamente registados e suficientemente protegidoscontra eventuais riscos e perdas, examinar e avaliar o rigor,a qualidade e a aplicação dos controlos operacionais,contabilísticos e financeiros, promovendo um controloeficaz e a um custo razoável, propor medidas que semostrem necessárias para fazer face a eventuaisdeficiências do sistema de controlo interno.
3 - TRANSMISSÃO DE ACÇÕES
Não existem na sociedade quaisquer medidas que visemimpedir o êxito de ofertas públicas de aquisição. Nãoexistem cláusulas defensivas e proteccionistas que visem aerosão no património da Sociedade. É livre a transmissãode acções e a apreciação que os accionistas fazem dodesempenho dos titulares dos órgãos da Sociedade, nãoexistindo assim qualquer limitação ao livre exercício dovoto por parte de todos os accionistas.
11 GOVERNO DA SOCIEDADE 150
1 A) COMPOSIÇÃO DO ÓRGÃO DEADMINISTRAÇÃO
O Conselho de Administração da BRISA eleito para oexercício de 2005 – 2007 é constituído por treze elementos,dos quais cinco integram a Comissão Executiva.
Presidente Vasco Maria Guimarães José de Mello*
Vice-Presidente João Pedro Stilwell Rocha e Melo*
Vogal Daniel Pacheco Amaral*
Vogal João Pedro Ribeiro de Azevedo Coutinho*
Vogal João Afonso Ramalho Sopas Pereira Bento*
Vogal António José Fernandes de Sousa
Vogal António Nogueira Leite
Vogal Isídro Fainé Casas
Vogal Martin Wolfgang Johannes Rey
Vogal Luís Manuel de Carvalho Telles de Abreu
Vogal António Ressano Garcia Lamas
Vogal João Vieira de Almeida
Vogal Pedro Jorge Bordalo Silva
* Comissão Executiva
Dos treze membros, e tendo como referência o conceitode administrador independente como o daquele que nãoé representante nem está ligado a accionistas dominantesda empresa, no actual elenco da Conselho deAdministração, os seguintes sete seguintes sãoindependentes:
Daniel Pacheco Amaral
João Pedro Ribeiro de Azevedo Coutinho
João Afonso Ramalho Sopas Pereira Bento
António José Fernandes de Sousa
Luís Manuel de Carvalho Telles de Abreu
António Ressano Garcia Lamas
João Vieira de Almeida
1 B) FUNÇÕES DESEMPENHADAS PELOSMEMBROS DO ÓRGÃO DEADMINISTRAÇÃO EM OUTRASSOCIEDADES
Cargos sociais desempenhados pelo Presidente doConselho de Administração da BRISA Auto-Estradas dePortugal, S.A., Vasco Maria Guimarães José de Mello:
José de Mello, SGPS, S.A.Presidente do Conselho de Administração e da Comissão
Executiva
AEDL Auto Estradas do Douro Litoral, S.A.Presidente do Conselho de Administração
EDP - Energias de Portugal, S.A.Vogal do Conselho Geral e de Supervisão
CRP - Centro Rodoviário PortuguêsPresidente do Conselho Geral
Sogefi, Sociedade de Gestão e Financiamentos, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração
BCSD Conselho Empresarial para o DesenvolvimentoSustentávelPresidente do Conselho
CMVM - Comissão do Mercado de Valores MobiliáriosMembro do Conselho Consultivo
Cargos sociais desempenhados pelo Vice - Presidente doConselho de Administração da BRISA Auto-Estradas dePortugal, S.A., João Pedro Stilwell Rocha e Melo:
Via Verde Portugal, S.A.Presidente do Conselho de Administração
Via Oeste, SGPS, S.A.Presidente do Conselho de Administração
Brisa Internacional, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração
Brisa Serviços Viários, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração
Brisal Auto-Estradas do Litoral, S.A.Vogal do Conselho de Administração
APCAP - Associação Portuguesa das SociedadesConcessionárias de Auto-Estradas com PortagensVogal do Conselho de Administração
MCall Serviços de Telecomunicações, S.A.Presidente do Conselho de Administração
151 . Relatório e Contas 2007
Capítulo IV
José de Mello - Sociedade Gestora de ParticipaçõesSociais, S.A.Vogal do Conselho de Administração e Membro da Comissão
Executiva
José de Mello Participações II, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração
José de Mello Serviços, Lda.Gerente
Window Blue, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração
Associação Comercial de LisboaMembro da Direcção
Cargos desempenhados pelo Vogal do Conselho de
Administração da BRISA, Daniel Pacheco Amaral:
Brisa Internacional, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração
Brisa Serviços Viários, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração
Brisal Auto-Estradas do Litoral, S.A.Vogal do Conselho de Administração
Via Oeste, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração
Cargos sociais desempenhados pelo Vogal do Conselho
de Administração da BRISA Auto-Estradas de Portugal,
S.A., João Pedro Ribeiro de Azevedo Coutinho:
BRISA Access Electrónica Rodoviária, S.A.Presidente do Conselho de Administração.
BRISA Internacional SGPS, S.A.Presidente do Conselho de Administração
Brisa Serviços Viários, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração
Brisal Auto-Estradas do Litoral, S.A.Vogal do Conselho de Administração
Via Oeste, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração
AEDL - Auto-Estradas do Douro Litoral, S.A.Vogal do Conselho de Administração
CCR - Companhia de Concessões Rodoviárias, S.A.(Brasil)Vogal do Conselho de Administração
Cargos sociais desempenhados pelo Vogal do Conselho
de Administração da BRISA Auto-Estradas de Portugal,
S.A., João Afonso Ramalho Sopas Pereira Bento:
BRISAL Auto-Estradas do Litoral, S.A.Presidente do Conselho de Administração
BRISA Engenharia e Gestão, S.A.Presidente do Conselho de Administração
BRISA Assistência Rodoviária, S.A.Presidente do Conselho de Administração.
Brisa Internacional, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração
Brisa Serviços Viários, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração
Via Oeste, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração
AEDL - Auto-Estradas do Douro Litoral, S.A.Presidente da Comissão Executiva
EFACEC Capital, S.G.P.S., S.A.Vogal do Conselho de Administração
APCAP - Associação Portuguesa das SociedadesConcessionárias de Auto-Estradas ou Pontes comPortagens.Presidente do Conselho de Administração
International Bridge, Tunnel and Turnpike AssociationMember of the Board of Directors (Vogal do Conselhode Administração).
Cargos sociais desempenhados pelo Vogal do Conselho
de Administração da BRISA Auto-Estradas de Portugal,
S.A., António José Fernandes de Sousa:
JP Morgan ChaseSenior Advisor e Membro do seu European Advisory Board
STRATORG - Gabinete de Gestão de Empresas, S. A.Presidente
ECS Sociedade de Capital de Risco, S.A.Administrador
ECS Capital, SGPS, S. A.Administrador
Universidade Nova de LisboaProfessor Convidado
Cargos sociais desempenhados pelo Vogal do Conselho
de Administração da BRISA Auto-Estradas de Portugal,
S.A., António do Pranto Nogueira Leite:
OPEX, Sociedade Gestora de Mercado de ValoresMobiliários Não Regulamentado, S.A.Presidente do Conselho Geral.
CUF, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração
CUF - Quimicos Industriais, S.A.Vogal do Conselho de Administração
CUF - Adubos, S.A.Vogal do Conselho de Administração
José de Mello Saúde, SGPS, S.A.,Vogal do Conselho de Administração
SEC - Sociedade de Explosivos Civis, S.A.Vogal do Conselho de Administração
Efacec Capital, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração
Comitur, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração
11 GOVERNO DA SOCIEDADE 152
Comitur Imobiliária, S.A.Vogal do Conselho de Administração
Expocomitur - Promoções e Gestão Imobiliária, S.A.Vogal do Conselho de Administração
Herdade do Vale da Fonte - Sociedade Agrícola, Turísticae Imobiliária, S.A.Vogal do Conselho de Administração
Sociedade Imobiliária e Turística do Cojo, S.A.Vogal do Conselho de Administração
Sociedade Imobiliária da Rua das Flores, n.º 59, S.A.Vogal do Conselho de Administração
Reditus, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração
Banif Investment, S.A.Vice-Presidente do Conselho Consultivo
Instituto de Gestão do Crédito PúblicoMembro do Conselho Consultivo
Instituto Português de Relações InternacionaisVogal da Direcção
Cargos sociais desempenhados pelo Vogal do Conselho
de Administração da BRISA Auto-Estradas de Portugal,
S.A, Isídro Fainé Casas:
ABERTIS INFRAESTRUCTURAS, S.A.Presidente do Conselho de Administração
TELEFÓNICA, S.A.Vice-Presidente do Conselho de Administração
BPI - Banco Português de Investimento SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração.
CRITERIA CAIXACORP, S.A.Vogal do Conselho de Administração
CAIFOR, S.A.Vogal do Conselho de Administração
REPSOL YPF, S.A.Vogal do Conselho de Administração
HISUSA - Holding de Infraestructuras y ServiciosUrbanos, S.A.Vogal do Conselho de Administração, em representação da
CRITERIA CAIXACORP, S.A.
Port Aventura, S.A.Vogal do Conselho de Administração
Cargos sociais desempenhados pelo Vogal do Conselho
de Administração da BRISA Auto-Estradas de Portugal,
S.A, Dr. Martin Wolfgang Johannes Rey:
Babcock & Brown GmbH, AustriaVogal do Conselho de Administração
Babcock & Brown S.a.r.l, FrançaVogal do Conselho de Administração
Babcock & Brown Wind Partner France SAS, FrançaVogal do Conselho de Administração
Babcock & Brown France (Fruges II) SAS, FrançaDebuty General Manager
Babcock & Brown GmbH, AlemanhaVogal do Conselho de Administração
Babcock & Brown Windpark Verwaltungs GmbHVogal do Conselho de Administração
CBRail GmbHVogal do Conselho de Administração
Goniatit GmbHVogal do Conselho de Administração
Babcock & Brown Windpark Management GmbHVogal do Conselho de Administração
Babcock & Brown Renewable Management GmbVogal do Conselho de Administração
Renerco AG, AlemanhaVogal do Conselho de Administração
Nordex AG, AlemanhaVogal do Conselho de Administração
ZAAB Energy AG, AlemanhaVogal do Conselho de Administração
Windpark Holding Management GmbH, AlemanhaVogal do Conselho de Administração
Wohnungsbaugesellschaft JADE mbH, AlemanhaVogal do Conselho de Administração
BBEIF Founder Partner Limited, GuernseyVogal do Conselho de Administração
BBEIF GP Limited, GuernseyVogal do Conselho de Administração
Babcock & Brown Management Holdings (Guernsey)Limited, GuernseyVogal do Conselho de Administração
Babcock & Brown S.r.l., ItáliaVogal do Conselho de Administração
Babcock & Brown Property S.r.l., ItáliaVogal do Conselho de Administração
Babcock & Brown Italian Infrastructure S.r.l., ItáliaVogal do Conselho de Administração
Babcock & Brown SGR S.p.A., ItáliaVogal do Conselho de Administração
Babcock & Brown European Investments S.a.r.l,LuxemburgoVogal do Conselho de Administração
Babcock & Brown Z Portfolio S.a.r., LuxemburgoVogal do Conselho de Administração
Babcock & Brown (DIFC) Limited, EUAVogal do Conselho de Administração
Babcock & Brown NGW Holding Limited, InglaterraVogal do Conselho de Administração
153 . Relatório e Contas 2007
Cargos sociais desempenhados pelo Vogal do Conselho
de Administração da BRISA Auto-Estradas de Portugal,
S.A, Luís Manuel de Carvalho Telles de Abreu:
Telles de Abreu e Associados - Sociedade deAdvogados, R.L.Administrador
Imobiliária 1928, LimitadaGerente
Actaris Imobiliária, S.A.Presidente da Mesa da Assembleia Geral
Caraimo - Propriedade, Investimento e Administração deBens Mobiliários e Imobiliários, S.A.Presidente da Mesa da Assembleia Geral
Cimertex Sociedade de Máquinas e Equipamentos, S.A.Presidente da Mesa da Assembleia Geral
Cinca - Companhia Industrial de Cerâmica, S.A.Presidente da Mesa da Assembleia Geral
Dafer - Sociedade de Gestão do Hotel Infante deSagres, S.A.Presidente da Mesa da Assembleia Geral
Empresa Predial Ferreira & Filhos, S.A.Presidente da Mesa da Assembleia Geral
Gamobar, SGPS, S.A.Presidente da Mesa da Assembleia Geral
José Luís Ferreira da Costa, S.G.P.S., S.A.Presidente da Mesa da Assembleia Geral
Prainha - Empreendimentos Imobiliários, S.A.Presidente da Mesa da Assembleia Geral
Prainhamar - Exploração Hoteleira, S.A.Presidente da Mesa da Assembleia Geral
Rasa - Sociedade de Administração de Bens, S.A.Presidente da Mesa da Assembleia GeralReal Seguros, S.A.Presidente da Mesa da Assembleia Geral
Real Vida Seguros, S.A.Presidente da Mesa da Assembleia Geral
Sagrotel - Sociedade Imobiliária, S.A.Presidente da Mesa da Assembleia Geral
Sociedade Agrícola da Romaneira, S.A.Presidente da Mesa da Assembleia Geral
Tecniforma - Oficinas Gráficas, S.A.Presidente da Mesa da Assembleia Geral
Viagens Abreu, S.A.Presidente da Mesa da Assembleia Geral
Asorg - Assessoria e Organização, S.A.Secretário da Mesa da Assembleia Geral
Encontrarse - Associação de Apoio às Pessoas comPerturbação Mental GraveSecretário da Mesa da Assembleia Geral
Quinta dos Cónegos - Sociedade Imobiliária, S.A.Vogal do Conselho de Administração
Cargos sociais desempenhados pelo Vogal do Conselho
de Administração da BRISA Auto-Estradas de Portugal,
S.A., António Ressano Garcia Lamas:
Parques de Sintra - Monte da Lua S.A.Presidente do Conselho de Administração
Cargos sociais desempenhados pelo Vogal do Conselho
de Administração da BRISA Auto-Estradas de Portugal,
S.A., João Vieira de Almeida:
Portucale, SGFTC, S.A.Vogal do Conselho de Administração
Associação Crianças sem FronteirasVogal do Conselho Fiscal
Federação Portuguesa de RâguebiVogal do Conselho Jurisdicional
BRISA Internacional, SGPS, S.A.Presidente da Mesa da Assembleia Geral
Banco Finantia, S.A.Presidente da Mesa da Assembleia Geral
Grow - Sociedade Gestora de Patrimónios, S.A.Presidente da Mesa da Assembleia Geral
PPPS - Consultoria em Saúde, S.A.Presidente da Mesa da Assembleia Geral
SGFI, S.A. - Sociedade Gestora de Fundos deInvestimento Imobiliário, S.A.Presidente da Mesa da Assembleia Geral
Route to Market, S.A.Presidente da Mesa da Assembleia Geral
Imopolis - Sociedade Gestora de Fundos de InvestimentoImobiliário, S.A.Presidente da Mesa da Assembleia Geral
Fundação do GilPresidente do Conselho Fiscal
Associação de Curling de PortugalPresidente da Direcção
José de Mello Saúde, S.A.Secretário da Mesa da Assembleia Geral
Banif - InvestimentoMembro do Conselho Consultivo
VAS - Vieira de Almeida Serviços, LdaGerente
11 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 154
Cargos sociais desempenhados pelo Vogal do Conselho
de Administração da BRISA Auto-Estradas de Portugal,
S.A., Pedro Jorge Bordalo Silva:
CINVESTE, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração
CINVESTE FINANCE, SGPS, LDA.Gerente
CINVESTE FINANCE, GESTÃO DE VALORESMOBILIÁRIOS, LDA.Gerente
MPBS - IMOBILIÁRIA, S.A.Vogal do Conselho de Administração
LSMS, INVESTIMENTOS, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração
LAS, INVESTIMENTOS, SGPS, LDA.GerenteCINVESTE, ARTE E MOBILIÁRIO, S.A.Vogal do Conselho de Administração
ISRARBER, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração
SÃO MIGUEL - INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS, S.A.Vogal do Conselho de Administração
ECOMAR, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração
BENBECULA - REPRESENTAÇÕES E LOGÍSTICA, S.A.Vogal do Conselho de Administração
LOMOND - LOGÍSTICA E DISTRIBUIÇÃO, S.A.Vogal do Conselho de Administração
HSF - ENGENHARIA, S.A.Presidente do Conselho de Administração
KEBAB EXPRESS - SERVIÇOS DE RESTAURAÇÃO, S.A.Vogal do Conselho de Administração
GUEMONTE - SOCIEDADE CIVIL IMOBILIÁRIA E DEINVESTIMENTOS, S.A.Presidente do Conselho de Administração
BORDALO & COMPANHIA, S.A.Vogal do Conselho de Administração
ECOMAR, S.A. (Angola)Vogal do Conselho de Administração
NEVIS - SERVIÇOS E LOGÍSTICA, LDA. (Angola)Vogal do Conselho de Administração
NESS INVESTIMENTOS, S.A. (Angola)Vogal do Conselho de Administração
ACIL, S.A. (Angola)Vogal do Conselho de Administração
1 C) QUALIFICAÇÕES PROFISSIONAIS EFUNÇÕES EXERCIDAS NOS ÚLTIMOS 5ANOS PELOS MEMBROS DO CONSELHODE ADMINISTRAÇÃO
Vasco Maria Guimarães José de Mello, Presidente doConselho de Administração e da Comissão Executiva daBrisa Auto-Estradas de Portugal S.A..
Exerce funções no Conselho de Administração da BRISAdesde 2000.
Licenciado em Gestão de Empresas pelo American Collegeof Switzerland, em 1978. De 1978 a 1979, frequenta o“Training Program” no Citigroup, em Nova Iorque.
Em 1980, desempenhou funções no Banco Crefisul deInvestimento, do Grupo Citicorp, em São Paulo, Brasil. Em1985 assumiu o cargo de Administrador Delegado daCUF Finance (Genebra, Suíça), dedicada à gestão depatrimónios. Em 1988, passou a desempenhar o cargo deAdministrador da UIF - União Internacional Financeira.Entre 1991 e 2000 foi Administrador e Presidente doConselho de Administração do Banco Mello, do BancoMello de Investimentos e da Companhia de SegurosImpério, bem como Vice-Presidente da José de Mello,SGPS. Foi ainda membro do Conselho Estratégico dos CTT- Correios de Portugal, S.A..Foi vogal do Conselho de Administração da ONI, SGPS(2000-2002).Foi Vice-Presidente do Conselho Superior do BancoComercial Português (2000-2007).Vogal do Conselho de Supervisão do Bank Millennium -Polónia (2005-2007).Vogal do Conselho de Administração da Abertis,Barcelona (2003-2007).
João Pedro Stilwell Rocha e Melo, Vice-Presidente doConselho de Administração e vogal da ComissãoExecutiva da Brisa - Auto-Estradas de Portugal, S.A..
Exerce funções no Conselho de Administração da BRISAdesde 2002.
Licenciado em Engenharia Mecânica, pelo InstitutoSuperior Técnico, em 1985.
Pós-Graduação em Gestão de Empresas (MBA), pelaUniversidade Nova de Lisboa, com a colaboração daWharton School, da Universidade da Pensilvânia, em1986. Curso de “International Capital Markets Course”,na Universidade de Oxford, em 1991.
155 . Relatório e Contas 2007
Programa de formação em Gestão “Leadership for TopManagers” - IMD International, em 2002.
Foi Administrador da Mello Valores - Sociedade Financeirade Corretagem e Director Geral do Banco Mello deInvestimentos. Entre 1997 e 2000 foi Presidente daComissão Executiva do Banco Mello de Investimentos,Administrador do Banco Mello e Administrador daCompanhia de Seguros Império. Foi ainda Vice-Presidentedo Conselho de Administração do BCP Investimento.
Daniel Pacheco Amaral, Vogal do Conselho deAdministração e da Comissão Executiva da Brisa - Auto-Estradas de Portugal, S.A.
Exerce funções no Conselho de Administração da BRISAdesde 1998.
Licenciado em Economia pelo Instituto Superior deCiências Económicas e Financeiras (ISCEF), em 1969.
Foi Director da Associação Portuguesa de Economistas,que antecedeu a actual Ordem dos Economistas.
Desempenhou funções como Vogal do Conselho deAdministração de três empresas imobiliárias participadaspelo Grupo BCP / BPA - Cofipsa, Salgipor eEmpreendimentos Imobiliários Colombo. Foi ainda Vogaldo Conselho de Administração da Companhia Previdente,S.A. e Vogal do Conselho de Administração da Engil -Sociedade de Construção Civil, S.A.
João Pedro Ribeiro Azevedo Coutinho, Vogal doConselho de Administração e da Comissão Executiva daBrisa - Auto-Estradas de Portugal, S.A.
Exerce funções no Conselho de Administração da BRISAdesde 1999.
Licenciado em Administração e Gestão de Empresas, naUniversidade Católica Portuguesa, em 1982.
Programa de formação em gestão de “Leadership for TopManagers”, IMD International, em 2002.
Foi Auditor Sénior na Coopers & Lybrand, Auditores, Lda.,Director responsável pelas áreas de engenharia financeira,corporate finance, fusões e aquisições e mercado decapitais na DECA, Decisão Estratégica, ConsultoresAssociados em Gestão, S.A., Director responsável pelasáreas de investimento e engenharia financeira e mercado
primário de capitais da RAR - Sociedade de Investimentose Engenharia Financeira S.A., Director do Deutsche Bank,em Portugal, onde exerceu as funções de responsável pelaDivisão de Investment Banking, vogal do Conselho deAdministração da DB Vida, S.A. e vogal da ComissãoExecutiva do Banco Mello de Investimento.
João Afonso Ramalho Sopas Pereira Bento, Vogal doConselho de Administração e da Comissão Executiva daBrisa - Auto-Estradas de Portugal, S.A.
Exerce funções no Conselho de Administração da BRISAdesde 2001.
Licenciado em Engenharia Civil, pelo Instituto SuperiorTécnico (IST), em 1983.
Mestrado em Engenharia de Estruturas, pela mesmauniversidade, em 1987. Doutorado em Engenharia Civil(PhD in Civil Engineering) pelo Imperial College of Science,Technology & Medicine, da Universidade de Londres, em1992.
Agregação em Engenharia Civil - Sistemas Inteligentes,pelo IST, em 1999.
É Professor Catedrático Convidado de Sistemas de Apoioao Projecto, do Departamento de Engenharia Civil eArquitectura do IST e Membro da Academia deEngenharia.
Foi vogal do Conselho de Administração da EDP S.A.entre 2000 e 2003, da Adamastor Capital, SGPS, S.A., de2002 a 2004 e da Brisatel S.A. de 2000 e 2001.
Foi presidente da ASECAP - Associação Europeia de Auto-Estradas com Portagem, entre 2005 e 2007, tendo sidodesignado seu presidente honorário em Maio de 2007
11 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 156
António José Fernandes de Sousa, Vogal do Conselhode Administração da Brisa Auto-Estradas de Portugal S.A..
Exerce funções no Conselho de Administração da Brisadesde 2002.
Licenciado em Administração e Gestão de Empresas, naUniversidade Católica Portuguesa em 1977.
Doutorado em Gestão de Empresas, área de PlaneamentoEstratégico, na Wharton School da University ofPennsylvania, em 1983.
Foi Secretário de Estado Adjunto e do Comércio Externo,entre 1991-1993, Secretário de Estado Adjunto e dasFinanças, no período de 1993-1994, Governador doBanco de Portugal, entre 1994 e 2000 e Presidente doConselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos,de 2000 a 2004.
António Nogueira Leite, Vogal do Conselho deAdministração da Brisa Auto-Estradas de Portugal S.A..
Exerce funções no Conselho de Administração da Brisadesde 2002.
Licenciado em Economia, pela Universidade CatólicaPortuguesa, em 1983. “Masters of Science in Economics”,na University of Illinois at Urbana-Champaign, em 1986.
Ph.D. em Economics na University of Illinois at Urbana-Champaign em 1988.
Equivalência ao grau de Doutor em Economia(especialidade: Microeconomia), concedida pelaFaculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa.
Agregação na Universidade Nova em 1992 ondeactualmente é Professor Catedrático Convidado.
Exerceu funções como Presidente do Conselho deAdministração da Bolsa de Valores de Lisboa em 1999.Foi, ainda, Secretário de Estado do Tesouro e das Finançasdo XIV Governo Constitucional, de Outubro de 1999 aSetembro de 2000. Por inerência de funções, foiGovernador Suplente do Banco Europeu deInvestimentos, Banco Europeu para a Reconstrução eDesenvolvimento e do Banco Inter-Americano deDesenvolvimento. Foi representante de Portugal noConselho Económico e Financeiro da União Europeia.
Isidro Fainé Casas, Vogal do Conselho de Administraçãoda Brisa Auto-Estradas de Portugal S.A..
Exerce funções no Conselho de Administração da BRISAdesde 2003.
Diplomado em “Alta Dirección” pelo IESE, é Doutoradoem Ciências Económicas, académico numerário da “RealAcademia de Ciencias Económicas y Financieras” eacadémico numerário da "Real Acadèmia de Doctors".Detém ainda um ISMP em “Business Administration” pelaUniversidade de Harvard.
Exerceu funções como Director de Investimentos doBanco Atlântico, em 1964, como Administrador do Bancode Asunción, no Paraguai em 1969 e enquanto Directorde Pessoal da Banca Riva Y Garcia em 1973. Foi aindaConselheiro, Director Geral da Banca Jover, 1974 eDirector Geral do Banco Unión, S.A., em 1978.
Martin Wolfgang Johannes Rey, Vogal do Conselho deAdministração da BRISA Auto-Estradas de Portugal, S.A..
Exerce funções desde Setembro de 2007.
Licenciado em Direito pela Universidade de RheinischeFriedrich-Wilhelms em Bona, tendo ainda feito estudosem gestão na Universidade de Hagen.
Integrou o Grupo Babcock em 2003. Antes dessa datadesempenhou várias funções directivas na BayerischeHypo-und Vereinsbank (HVB).
Actualmente é membro da Comissão Executiva daBabcock & Brown, com funções de coordenação dasoperações do Grupo na Europa.
Não tem acções BRISA.
Luís Manuel de Carvalho Telles de Abreu, Vogal doConselho de Administração da Brisa Auto-Estradas dePortugal S.A..
Exerce funções no Conselho de Administração da BRISAdesde 2003.
Licenciado em Direito, na Faculdade de Direito daUniversidade de Coimbra, em 1963.
Vogal do Conselho Distrital do Porto da Ordem dosAdvogados, de 1978 a 1980 e de 1981 a 1983.
157 . Relatório e Contas 2007
Vogal do Conselho Geral da Ordem dos Advogados de1990 a 1992.
Conselho Superior da Ordem dos Advogados de 2005 a2007.
É administrador da Telles de Abreu, Lucena e Associados -Sociedade de Advogados.
António Ressano Garcia Lamas, Vogal do Conselho deAdministração da Brisa Auto-Estradas de Portugal S.A.
Exerce funções no Conselho de Administração da BRISAdesde 2003.
Licenciado em Engenharia Civil pelo Instituto SuperiorTécnico (IST) em 1969.
Master of Science (MSc), em Estruturas Metálicas em1974 e Doutor em Engenharia de Estruturas (PhD), em1979, pelo Imperial College of Science and Technology,Universidade de Londres.
Agregação em Engenharia Civil (Estruturas) pelo IST, em1984, onde é Professor Catedrático.
É investigador do ICIST - Instituto de Estruturas, Territórioe Construção e coordenador dos cursos de pós-graduação e mestrado do IST sobre Recuperação eConservação do Património Construído e sobre EstruturasMetálicas e Mistas.
Foi Presidente do IPPC - Instituto Português do PatrimónioCultural, de 1987 a 1990, Consultor do Ministério doAmbiente e Recursos Naturais para a área do AmbienteUrbano e representante da Ministra do Ambiente eRecursos Naturais no Comissariado e na Comissão deAcompanhamento do Plano de Urbanização da EXPO´98,de 1993 a 1995. Foi também Presidente da JuntaAutónoma de Estradas e da JAE Construção S.A., deJunho de 1998 a Julho de 1999 e desde essa data, até 30de Agosto de 2000, Presidente do Conselho deAdministração do Instituto das Estradas de Portugal, quesucedeu à JAE.
João Vieira de Almeida, Vogal do Conselho deAdministração da Brisa Auto-Estradas de Portugal S.A.
Exerce funções no Conselho de Administração da BRISAdesde 2003.
Licenciado em Direito, pela Universidade CatólicaPortuguesa, em 1985, inscrito na Ordem dos AdvogadosPortugueses e na Ordem dos Advogados do Brasil. Foivogal do Conselho Distrital e do Conselho Geral daOrdem dos Advogados Portugueses.
É sócio e Presidente da Direcção da Vieira de Almeida &Associados - Sociedade de Advogados; R:L., co-responsável pela Área de M&A e Corporate Finance.
Pedro Jorge Bordalo Silva, Vogal do Conselho deAdministração da BRISA Auto-Estradas de Portugal, S.A.
Exerce funções desde Setembro de 2007.
Curso de Production Management do Sheridan Instituteof Technology de Toronto, Canadá (1980).
Administrador do Grupo Lusomundo, incluindo, entreoutras, Lusomundo Audiovisuais, Lusomundo Media eJornal de Notícias (1998-2002);
Administrador da Cinveste, SGPS, S.A. (desde 2002).
11 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 158
159 . Relatório e Contas 2007
Nº de acções % capital % voto
José de Mello SGPS, SA
José de Mello Investimentos SGPS, SA 94 655 688 15,78% 16,14%
Wblue 3 024 078 0,50% 0,52%
Impegest 8 552 368 1,43% 1,46%
Egadi 15 009 362 2,50% 2,56%
Orla 57 116 819 9,52% 9,74%
Vasco de Mello e Pedro Rocha e Melo 1 085 121 0,18% 0,18%
Total 179 443 436 29,91% 30,59%
Abertis Infraestruturas S.A.
Abertis Portugal, SGPS, SA 87 643 700 14,61% 14,94%
Isidro Fainé Casas 1 200 0,00% 0,00%
Total 87 644 900 14,61% 14,94%
Babcock & Brown Limited
Hidroeléctrica de Dornelas, Lda 60 000 000 10,00% 10,23%
Veryotherco - Consultoria e Serviços, SA 54 225 0,01% 0,01%
Afonso Manuel Proença 12 500 0,00% 0,00%
Total 60 066 725 10,01% 10,24%
Luis Augusto da Silva
Cinveste SGPS SA 25 407 626 4,23% 4,33%
Cinveste Finance 4 503 934 0,75% 0,77%
Pedro Bordalo Silva 26 000 0,00% 0,00%
Total 29 937 560 4,99% 5,10%
Banco Privado Português
Kendall Develops S.L. 29 688 679 4,95% 5,06%
Clients BPP 1 049 180 0,17% 0,18%
Total 30 737 859 5,12% 5,24%
Peter Doherty
Capital Partners PTY LTD 20 165 497 3,36% 3,44%
Caixa de Aforros de Vigo, Ourense e Pontevedra (CAIXANOVA) 12 000 000 2,00% 2,05%
LISTA DE TITULARES DE PARTICIPAÇÕESQUALIFICADAS NOS TERMOS DOART,20º DO CMVM
11 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 160
Nome Saldo 31-12-06 Compra Venda Saldo 31-12-2007
Vasco de Mello 584 352 - 9 Ago. 553 12123 798 - 10,30 €
10 Ago.7 433 - 10,25 €
Pedro Rocha e Melo 532 000 - - 532 000
Daniel Amaral 538 700 - 5 Out. 525 00013 700 – 9,20 €
João Azevedo Coutinho 482 580 - - 482 580
João Bento 467 190 - - 467 190
António Fernandes de Sousa 1 520 - - 1 520
António Nogueira Leite 0 - - 0
Isidro Fainé 1 200 - - 1 200
Luis Telles de Abreu 0 - - 0
António Lamas 0 - - 0
João Vieira de Almeida 0 - - 0
Martin Rey 0 - - 0
Pedro Bordalo Silva - - - 26 000
Pedro Infante de la Cerda Ribeiro da Cunha - - -
Tirso Olazábal Cavero - - - -
Francisco Xavier Alves
LISTA DE TRANSACÇÕES DE ACÇÕES PRÓPRIAS
Data ISIN Nº Acções Mercado Natureza Preço Total de acções MotivoUnitário (€) detidas após
a transacção
03-05-2007 PTBRI0AM0000 333 613 Bolsa Compra 9,70 11 754 499 Reforço da carteira de Acções Próprias
07-05-2007 PTBRI0AM0000 25 000 Bolsa Venda 9,75 11 729 499 Redução da carteira de Acções Próprias
23-05-2007 PTBRI0AM0000 30 000 Bolsa Venda 9,77 11 699 499 Redução da carteira de Acções Próprias
27-06-2007 PTBRI0AM0000 106 250 Bolsa Venda 10,00 11 593 249 Plano de Incentivos a Gestão
17-08-2007 PTBRI0AM0000 301 000 Bolsa Compra 9,42 11 894 249 Reforço da carteira de Acções Próprias
20-08-2007 PTBRI0AM0000 43 317 Bolsa Compra 9,49 11 937 386 Reforço da carteira de Acções Próprias
21-08-2007 PTBRI0AM0000 25 000 Bolsa Compra 9,40 11 962 386 Reforço da carteira de Acções Próprias
31-08-2007 PTBRI0AM0000 150 000 Bolsa Compra 9,38 12 112 386 Reforço da carteira de Acções Próprias
11-09-2007 PTBRI0AM0000 320 000 Bolsa Compra 9,14 12 432 386 Reforço da carteira de Acções Próprias
12-09-2007 PTBRI0AM0000 277 355 Bolsa Compra 9,21 12 709 741 Reforço da carteira de Acções Próprias
13-09-2007 PTBRI0AM0000 382 387 Bolsa Compra 9,08 13 092 128 Reforço da carteira de Acções Próprias
17-09-2007 PTBRI0AM0000 149 844 Bolsa Compra 9,07 13 241 972 Reforço da carteira de Acções Próprias
25-09-2007 PTBRI0AM0000 200 000 Bolsa Compra 8,98 13 441 972 Reforço da carteira de Acções Próprias
AQUISIÇÕES / ALIENAÇÕES DE VALORES MOBILIÁRIOS DA SOCIEDADE DETIDOS PELOSMEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS DURANTE O EXERCÍCIO DE 2007
ARTº 447 nº 5 do Código das Sociedades Comerciais e alínea c) do nº1 do Capítulo IV do Anexo do Regulamento CMVM nº 7 / 2001
2 - COMISSÃO EXECUTIVA
Nos termos estatutariamente definidos, as reuniões doConselho de Administração têm uma periodicidade mínimatrimestral, a gestão executiva da sociedade está atribuída auma Comissão Executiva composta de 5 membros.
3 A) DELIMITAÇÃO DOS PODERES ENTREO PRESIDENTE DO CONSELHO DEADMINISTRAÇÃO E O DA COMISSÃOEXECUTIVA
De acordo com o modelo governativo adoptado naBRISA, o Presidente do Conselho de Administração éPresidente da Comissão Executiva.
3 B) LISTA DE MATÉRIAS VEDADAS ÀCOMISSÃO EXECUTIVA
À Comissão Executiva foram atribuídos os mais amplospoderes de gestão com excepção dos que por força legalou estatutária estão reservados ao Conselho deAdministração. Nestes termos, estão reservados aoConselho de Administração os seguintes poderes:
• Definição das grandes linhas de orientação estratégicaa que deve obedecer a gestão da Sociedade
• A cooptação de administradores• O pedido de convocação de Assembleias-gerais• Relatórios e Contas Trimestrais e Anuais• Prestação de cauções e garantias pessoais ou reais pela
sociedade• Mudança de sede e aumentos de capital, nos termos
previstos no contrato de sociedade• Projectos de fusão, de cisão e transformação da
sociedade
Contudo, quaisquer assuntos de relevante interesse para aEmpresa, mesmo que delegados na Comissão Executiva,podem ser submetidos ao Conselho de Administração, pordeliberação da Comissão Executiva ou do seu Presidente.
3 C) INFORMAÇÃO AOS MEMBROS DOÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO
Todos os membros do Conselho de Administração têmpleno acesso às matérias tratadas e às decisões tomadasem sede de Comissão Executiva. Para além disso, nasreuniões do Conselho de Administração é por norma feitoum ponto de situação dos aspectos mais importantes daactividade da sociedade.
3 D) LISTA DE INCOMPATIBILIDADES
Não está definida uma lista de incompatibilidadesaplicáveis aos membros do órgão de administração.
3 E) NÚMERO DE REUNIÕES
No exercício de 2007, o Conselho de Administração reuniuoito vezes com uma participação média dos seus membrosde cerca de 90% e a Comissão executiva reuniu cinquenta euma vezes, também com uma participação média de 90%.
A Comissão para o acompanhamento do governosocietário e da sustentabilidade reuniu cinco vezesdurante o exercício de 2007.
A Comissão de auditoria e gestão de risco reuniu trêsvezes durante o exercício de 2007.
4 - REMUNERAÇÃO
A política de remuneração dos membros do Conselho deAdministração consta da declaração da Comissão deVencimentos citada a pág 77.
Remuneração(Política de remuneração)
Membros Executivos:Remuneração fixa: 1 818 589 EurosRemuneração variável: 1 290 000 EurosBenefícios definidos: 244 860 Euros
Membros não Executivos:Remuneração fixa: 469 334 Euros
Os valores acima expressos constituem a totalidade dasquantias pagas no exercício de 2007, os administradores daBRISA Auto-Estradas de Portugal, S.A. não auferemqualquer retribuição ou quaisquer outros benefícios pordesempenharem funções em quaisquer outras empresas doGrupo BRISA. Não se procede à discriminação individual dasremunerações dos membros do Conselho de Administração(conforme recomendação da CMVM), por se considerar quea forma adoptada é a que mais adequadamente reflecte asua natureza colegial, em que todos os seus membros sãode igual modo responsáveis pela vida da sociedade.
161 . Relatório e Contas 2007
Estatísticasde Rede e
Tráfego
. Relatório e Contas 200712
163 . Relatório e Contas 2007
A1. AUTO-ESTRADA DO NORTE
Circulação (a) TMDA Variação
Sublanço 2006 2007 2006 2007 Circulação TMDA
ALVERCA - V. F. XIRA NÓ 2 2,0 1,8 77 706 72 087 -7,2% -7,2%
V.F.XIRA NÓ 2 - V. F. XIRA 1,2 1,1 81 787 76 289 -6,7% -6,7%
V. F. XIRA - NÓ A1 / A10 1,3 1,1 67 280 61 503 -8,6% -8,6%
NÓ A1 / A10 - CARREGADO 0,2 0,2 67 303 69 425 3,1% 3,2%
CARREGADO - A. CIMA 2,8 2,8 48 535 49 782 2,6% 2,6%
A. CIMA - CARTAXO 1,6 1,6 37 606 39 219 4,3% 4,3%
CARTAXO - SANTARÉM 1,1 1,1 37 753 39 335 4,2% 4,2%
SANTARÉM - NÓ A1 / A15 0,2 0,2 42 104 43 438 3,2% 3,2%
NÓ A1 / A15 - T. NOVAS 3,9 4,0 39 649 40 841 3,0% 3,0%
T. NOVAS - FÁTIMA 2,1 2,2 28 384 29 278 3,2% 3,2%
FÁTIMA - LEIRIA 1,6 1,7 28 860 29 910 3,6% 3,6%
LEIRIA - POMBAL 2,7 2,7 30 657 31 374 2,3% 2,3%
POMBAL - CONDEIXA 3,1 3,3 30 951 32 451 4,8% 4,8%
CONDEIXA - COIMBRA S. 1,0 1,0 35 791 37 128 3,7% 3,7%
COIMBRA S. - COIMBRA N. 1,0 1,0 31 377 32 579 3,8% 3,8%
COIMBRA N. - MEALHADA 1,3 1,4 30 868 32 052 3,8% 3,8%
MEALHADA - AVEIRO S. 2,6 2,7 30 012 31 063 3,5% 3,5%
AVEIRO S. - ALBERGARIA 1,4 1,5 26 444 27 331 3,4% 3,4%
ALBERGARIA - ESTARREJA 1,8 1,9 47 747 50 343 5,4% 5,4%
ESTARREJA - FEIRA 1,6 1,7 26 185 27 456 4,9% 4,9%
FEIRA - NÓ IC24 1,1 1,2 30 771 32 990 7,2% 7,2%
NÓ IC24 - CARVALHOS 0,9 1,0 33 710 35 672 5,8% 5,8%
A1 36,4 37,3 35 879 36 762 2,5% 2,5%
(a) Circulação em 108 veic.km
A2. AUTO-ESTRADA DO SUL
Circulação (a) TMDA Variação
Sublanço 2006 2007 2006 2007 Circulação TMDA
FOGUETEIRO - COINA 1,6 1,7 49 727 51 949 4,5% 4,5%
COINA - PALMELA 1,4 1,5 33 831 35 205 4,1% 4,1%
PALMELA - NÓ DE SETÚBAL 0,3 0,3 34 646 35 881 3,6% 3,6%
NÓ DE SETÚBAL- MARATECA 1,6 1,6 25 160 25 967 3,2% 3,2%
MARATECA - NÓ DA A2 0,2 0,2 22 864 23 669 3,5% 3,5%
NÓ DA A2 - ALCÁCER 1,6 1,7 18 153 19 191 5,7% 5,7%
ALCÁCER-GRÂNDOLA N. 1,4 1,4 16 386 17 301 5,6% 5,6%
GRÂNDOLA N.-GRÂNDOLA S. 0,7 0,8 12 973 13 609 4,9% 4,9%
GRÂNDOLA S. - ALJUSTREL 1,2 1,2 10 218 10 781 5,5% 5,5%
ALJUSTREL - CASTRO VERDE 1,0 1,0 10 090 10 562 4,7% 4,7%
CASTRO VERDE - ALMODÔVAR 1 0,7 0,7 11 149 11 690 4,9% 4,9%
ALMODÔVAR - S.B.MESSINES 1,4 1,4 11 318 11 877 4,9% 4,9%
S.B.MESSINES - PADERNE 0,5 0,5 11 119 11 681 5,1% 5,1%
A-2 13,5 14,1 16 425 17 202 4,7% 4,7%
(a) Circulação em 108 veic.km
Concessão Brisa
10 ESTATÍSTICAS DE TRÁFEGO 164
A3. AUTO-ESTRADA PORTO / VALENÇA
Circulação (a) TMDA Variação
Sublanço 2006 2007 2006 2007 Circulação TMDA
MAIA - STº TIRSO 2,3 2,4 50 034 51 164 2,3% 2,3%
STº TIRSO - FAMALICÃO 0,9 0,9 43 806 44 554 1,7% 1,7%
FAMALICÃO - CRUZ 0,7 0,7 22 057 22 665 2,8% 2,8%
CRUZ - BRAGA S. 0,5 0,5 18 880 19 337 2,4% 2,4%
BRAGA S. - CELEIRÓS 0,1 0,1 8 254 8 239 -0,2% -0,2%
BRAGA S. - BRAGA O. 0,6 0,6 7 710 7 786 1,0% 1,0%
BRAGA O. - EN 201 0,3 0,3 8 586 8 801 2,5% 2,5%
EN 201 - P. DE LIMA S. 0,0 0,0 11 293 11 691 3,5% 3,5%
P. LIMA S. - P. LIMA N. 0,6 0,7 8 518 9 061 6,4% 6,4%
P. LIMA N. - EN 303 0,2 0,3 8 265 8 808 6,6% 6,6%
EN 303 - VALENÇA 0,1 0,1 14 837 15 332 3,3% 3,3%
A-3 6,4 6,6 17 623 18 098 2,7% 2,7%
(a) Circulação em 108 veic.km
A4. AUTO-ESTRADA PORTO / AMARANTE
Circulação (a) TMDA Variação
Sublanço 2006 2007 2006 2007 Circulação TMDA
ERMESINDE - VALONGO 0,7 0,6 44 077 41 370 -6,1% -6,1%
VALONGO - CAMPO 0,8 0,7 42 836 39 100 -8,7% -8,7%
CAMPO - BALTAR 0,8 0,7 34 880 31 086 -10,9% -10,9%
BALTAR - PAREDES 0,7 0,6 30 875 26 884 -12,9% -12,9%
PAREDES - GUILHUFE 0,3 0,2 27 546 23 561 -14,5% -14,5%
GUILHUFE - PENAFIEL 0,2 0,2 26 835 23 066 -14,0% -14,0%
PENAFIEL - IP9 0,7 0,6 23 927 20 628 -13,8% -13,8%
IP9 - AMARANTE MD 0,8 0,8 15 402 15 879 3,1% 3,1%
A-4 4,9 4,5 27 767 25 387 -8,6% -8,6%
(a) Circulação em 108 veic.km
A5. AUTO-ESTRADA DA COSTA DO ESTORIL
Circulação (a) TMDA Variação
Sublanço 2006 2007 2006 2007 Circulação TMDA
E. NACIONAL - OEIRAS 1,7 1,7 129 743 1 29 730 0,0% 0,0%
OEIRAS - CARCAVELOS 1,0 1,0 83 370 84 472 1,3% 1,3%
CARCAVELOS - ESTORIL 0,8 0,8 55 190 56 226 1,9% 1,9%
ESTORIL - ALCABIDECHE 0,6 0,6 36 383 37 066 1,9% 1,9%
A-5 4,1 4,2 72 392 73 101 1,0% 1,0%
(a) Circulação em 108 veic.km
165 . Relatório e Contas 2007
A6. AUTO-ESTRADA MARATECA / CAIA
Circulação (a) TMDA Variação
Sublanço 2006 2007 2006 2007 Circulação TMDA
NÓ DA A2 - V. NOVAS 0,6 0,7 9 120 9 435 3,5% 3,5%
V. NOVAS - MONTEMOR O. 0,6 0,6 8 520 8 811 3,4% 3,4%
MONT. O. - MONT. E. 0,2 0,2 7 833 8 101 3,4% 3,4%
MONT. ESTE - ÉVORA O. 0,4 0,4 6 902 7 141 3,5% 3,5%
ÉVORA O. - ÉVORA E. 0,2 0,2 3 334 3 436 3,0% 3,0%
ÉVORA E. - ESTREMOZ 0,4 0,5 4 053 4 194 3,5% 3,5%
ESTREMOZ - BORBA 0,1 0,1 3 103 3 196 3,0% 3,0%
BORBA - ELVAS 0,3 0,3 3 152 3 231 2,5% 2,5%
A-6 2,8 2,9 5 520 5 703 3,3% 3,3%
(a) Circulação em 108 veic.km
A9. CREL - CIRCULAR REGIONAL EXTERIOR DE LISBOA
Circulação (a) TMDA Variação
Sublanço 2006 2007 2006 2007 Circulação TMDA
E. NACIONAL - QUELUZ 0,5 0,5 39 530 40 646 2,8% 2,8%
QUELUZ - RAD. PONTINHA 0,9 1,0 40 892 43 892 7,3% 7,3%
R. PONTINHA - R. ODIVELAS 0,7 0,7 26 897 28 839 7,2% 7,2%
R. ODIVELAS - LOURES 0,3 0,4 27 008 28 956 7,2% 7,2%
LOURES - ZAMBUJAL 0,3 0,3 23 272 25 561 9,8% 9,8%
ZAMBUJAL - NÓ A9 / A10 0,5 0,5 15 177 16 768 10,5% 10,5%
NÓ A9 / A10 - ALVERCA 0,2 0,1 16 511 11 281 -31,7% -31,7%
A-9 3,3 3,5 26 506 27 876 5,2% 5,2%
(a) Circulação em 108 veic.km
A10. AUTO-ESTRADA BUCELAS / CARREGADO / IC3
Circulação (a) TMDA Variação
Sublanço 2006 2007 2006 2007 Circulação TMDA
NÓ A9 / A10 - ARRUDA 0,1 0,3 3 962 11 278 184,7% 184,7%
ARRUDA - NÓ A1 / A10 (1) 0,0 0,3 657 7 751
NÓ A1 / A10 - BENAVENTE(2) 0,1 5 793
BENAVENTE - NÓ A10 / A13 0,0 0,0 445 1 470 230,1% 230,1%
A-10 Rede Homóloga 0,1 0,3 2 142 6 203 189,6% 189,6%
A-10 Rede Total 0,1 0,8 594,6%
(a) Circulação em 108 veic.km
(1) Os dados de 2006 referem-se aos últimos 14 dias do ano
(2) Os dados de 2007 referem-se aos últimos 177 dias do ano
10 ESTATÍSTICAS DE TRÁFEGO 166
A12. AUTO-ESTRADA SETÚBAL / MONTIJO
Circulação (a) TMDA Variação
Sublanço 2006 2007 2006 2007 Circulação TMDA
P. NOVO - MONTIJO 0,7 0,7 20 292 20 445 0,8% 0,8%
NÓ DE SETÚBAL - P. NOVO 0,7 0,7 19 747 19 823 0,4% 0,4%
NÓ DE SETÚBAL- SETÚBAL 0,6 0,6 30 312 30 959 2,1% 2,1%
A-12 2,0 2,0 22 233 22 462 1,0% 1,0%
(a) Circulação em 108 veic.km
A13. AUTO-ESTRADA ALMEIRIM / MARATECA
Circulação (a) TMDA Variação
Sublanço 2006 2007 2006 2007 Circulação TMDA
ALMEIRIM - SALVATERRA 0,5 0,5 4 833 4 939 2,2% 2,2%
SALVATERRA - NÓ A10 / A13 0,2 0,2 4 630 4 846 4,7% 4,7%
NÓ A10 / A13 - STº ESTEVÃO 0,2 0,2 4 492 5 394 20,1% 20,1%
STº ESTEVÃO - PEGÕES 0,3 0,4 4 707 5 393 14,6% 14,6%
PEGÕES - NÓ A2 / A6 / A13 0,2 0,2 4 662 5 315 14,0% 14,0%
A-13 Rede Total 1,4 1,5 4 701 5 147 9,5% 9,5%
(a) Circulação em 108 veic.km
A14. AUTO-ESTRADA FIGUEIRA DA FOZ / COIMBRA (NORTE)
Circulação (a) TMDA Variação
Sublanço 2006 2007 2006 2007 Circulação TMDA
STª EULÁLIA - MONTEMOR 0,1 0,1 4 904 5 016 2,3% 2,3%
MONTEMOR - LIG. EN 335 0,2 0,2 5 201 5 342 2,7% 2,7%
LIG. EN 335 - ANÇÃ 0,2 0,2 5 379 5 538 3,0% 3,0%
ANÇÃ - COIMBRA NORTE 0,1 0,1 7 903 8 409 6,4% 6,4%
A-14 0,6 0,6 5 655 5 857 3,6% 3,6%
(a) Circulação em 108 veic.km
Circulação (a) TMDA Variação
Rede Brisa 2006 2007 2006 2007 Circulação TMDA
Rede Homóloga 75,4 77,4 21 002 21 551 2,6% 2,6%
Rede Total 75,4 77,8 3,2%
(a) Circulação em 108 veic.km
167 . Relatório e Contas 2007
A8. AUTO-ESTRADA LISBOA / LEIRIA
Circulação (a) TMDA Variação
Sublanço 2006 2007 2006 2007 Circulação TMDA
Loures - CREL 0,2 0,26 44 319 47 145 6,4% 6,4%
CREL - Lousa 1,5 1,57 52 129 55 392 6,3% 6,3%
Lousa - Malveira 0,4 0,44 47 556 50 660 6,5% 6,5%
Malveira - Enxara 0,8 0,82 26 764 28 752 7,4% 7,4%
Enxara - Torres Vedras Sul 0,9 0,94 25 326 27 219 7,5% 7,5%
Torres Vedras Sul - Torres Vedras Norte 0,4 0,46 19 787 21 311 7,7% 7,7%
Torres Vedras Norte - Ramalhal 0,2 0,19 21 469 23 097 7,6% 7,6%
Ramalhal - Campelos 0,5 0,59 15 397 17 025 10,6% 10,6%
Campelos - Bombarral 0,4 0,48 14 937 16 494 10,4% 10,4%
Zona Industrial - Tornada (Pagante) 0,1 0,13 9 606 10 331 7,5% 7,5%
Tornada - Alfeizerão 0,3 0,33 10 764 12 016 11,6% 11,6%
Alfeizerão - Valado de Frades 0,5 0,53 10 703 11 923 11,4% 11,4%
Valado de Frades - Pataias 0,3 0,31 10 652 11 901 11,7% 11,7%
Pataias - Marinha Grande Sul 0,4 0,40 10 232 11 508 12,5% 12,5%
Marinha Grande Sul - Marinha Grande Este 0,2 0,20 9 478 10 330 9,0% 9,0%
Marinha Grande Este - Leiria Sul 0,1 0,12 8 087 7 776 -3,8% -3,8%
A-8 7,2 7,76 18 930 20 488 8,2% 8,2%
(a) Circulação em 108 veic.km
A15. AUTO-ESTRADA LISBOA / SANTARÉM
Circulação (a) TMDA Variação
Sublanço 2006 2007 2006 2007 Circulação TMDA
Arnoia - A dos Negros (Pagante) 0,1 0,07 4 266 4 546 6,6% 6,6%
A dos Negros - A dos Francos 0,2 0,18 5 330 5 637 5,8% 5,8%
A dos Francos - Rio Maior Oeste 0,1 0,10 4 335 4 585 5,8% 5,8%
Rio Maior Oeste - Rio Maior Este 0,1 0,05 4 149 4 482 8,0% 8,0%
Rio Maior Este - Malaqueijo 0,2 0,17 5 752 6 118 6,4% 6,4%
Malaqueijo - Nó A1 / A15 0,2 0,24 5 759 6 107 6,0% 6,0%
A-15 0,8 0,81 5 177 5 497 6,2% 6,2%
Circulação (a) TMDA Variação
2006 2007 2006 2007 Circulação TMDA
Total Rede Atlântico 7,9 8,57 15 089 16 303 8,0% 8,0%
(a) Circulação em 108 veic.km
Concessão BrisalA17. AUTO-ESTRADA LITORAL CENTRO
Circulação (a) TMDA Variação
Sublanço 2006 2007 2006 2007 Circulação TMDA
MARINHA GRANDE - LEIRIA NORTE 0,10 4 360 N / A N / A
LEIRIA NORTE - MONTE REAL 0,05 4 997 N / A N / A
MONTE REAL - MONTE REDONDO 0,05 4 737 N / A N / A
MONTE REDONDO - GUIA 0,06 4 525 N / A N / A
GUIA - LOURIÇAL (IC8) 0,05 4 263 N / A N / A
A-17 Rede Total 0,31 4 528 N / A N / A
(a) Circulação em 108 veic.km
Concessão Northwest ParkwayNORTHWESTH PARKWAY
TMDA Variação
2006 2007 TMDA
PARKWAY 11 329 12 483 10,2
Concessão Atlântico