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Finibanco RELATÓRIO E CONTAS 2004 Finibanco, S.A. Sede: Rua Júlio Dinis, 157 Porto Capital Social: EUR 100.000.000 Matriculado na Conservatória do Registo Comercial sob o n.º 10.487 Pessoa Colectiva n.º 505 087 286

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Finibanco

RELATÓRIO E CONTAS 2004

Finibanco, S.A.

Sede: Rua Júlio Dinis, 157 Porto Capital Social: EUR 100.000.000

Matriculado na Conservatória do Registo Comercial sob o n.º 10.487 Pessoa Colectiva n.º 505 087 286

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Índice

Órgãos SociaisPrincipais IndicadoresApresentação do Relatório

Relatório de Gestão do Grupo1 Enquadramento Macroeconómico

1.1 Economia Internacional1.2 Enquadramento Nacional1.3 Mercado de Capitais

2 Actividade do Finibanco, SA2.1 Linhas de Acção2.2 Banca Comercial

2.2.1 Banca de Empresas2.2.2 Banca de Negócios e Particulares2.3 Banca de Investimentos

2.3.1 Private Banking2.3.2 Gestão de Activos e Desintermediação2.3.3 Mercado de Capitais2.4 Área Financeira e Internacional2.5 Gestão do Risco2.6 Área de Operações, Organização e Sistemas de Informação2.7 Recursos Humanos2.8 Análise Económica e Financeira

2.8.1 Balanço2.8.2 Demonstração de Resultados

3 Aplicação de Resultados

4 Nota Final

Demonstrações FinanceirasNotas às Demonstrações FinanceirasRelatório da AndersenCertificação Legal de Contas e Relatório do Auditor ExternoRelatório e Parecer do Fiscal Único

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Órgãos Sociais

Mesa da Assembleia Geral

Presidente António Moreira Barbosa de MeloVice-Presidente Vitorino Pereira d’Almeida Borges Allen Brandão

Ana Beatriz Magalhães Reis Prado de Castro

Conselho de Administração

Presidente Álvaro Pinho da Costa LeiteVice-Presidente Humberto da Costa Leite

Vogal Armando EstevesVogal Daniel Bessa Fernandes CoelhoVogal Joaquim Mendes Cardoso

Fiscal Único

Efectivo Ernst & Young Audit & Associados SROC, SArepresentada por João Carlos Miguel Alves

Suplente Óscar Manuel Machado de Figueiredo

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Apresentação do Relatório

Concluído que foi mais um exercício da actividade do nosso Banco, aqui estamos, como nos compete,nos termos da lei e do contrato de sociedade que nos rege, a prestar contas e a dar notícia do modocomo evoluíram os negócios e os empreendimentos que nele desenvolvemos.

Como acontecimento marcadamente importante refira-se, antes de mais, o aumento de capital doFinibanco, SA, feito pelo Finibanco-Holding no final do primeiro semestre, de oitenta milhões para cemmilhões de euros, através da emissão de vinte milhões de novas acções, do valor nominal de um eurocada.

O aumento de capital efectuado veio sustentar o processo de crescimento do nosso Banco, permitindoalargar a rede de Balcões que o apoia e colocar os “rácios” de solvabilidade em posições consentâneascom os nossos objectivos e com as normas sobre a matéria superiormente estabelecidas.

Em matéria de organização interna, extinguiu-se a Direcção de Crédito e Leasing Imobiliário,incorporando-se o seu conteúdo funcional na Direcção de Gestão de Crédito; extinguiram-se ainda oComité de Investimentos Imobiliários e a Comissão de Negócios; ajustou-se a estrutura orgânica efuncional da Banca de Negócios e Particulares, agrupando-a em gerências de zona para lhe conferirmaior operacionalidade

Em Março de 2004 formalizou-se o processo de adesão do Finibanco ao acordo constitutivo do sistemade liquidação Pexsettle, firmado em conjunto com a OPEX (Sociedade Gestora do Mercado PEX) e comas restantes Instituições interessadas naquele projecto.

A actividade do Finibanco continuou a desenvolver-se apoiada fundamentalmente na sua redetradicional, constituída agora por noventa e seis Balcões, prevendo-se que no próximo exercício possaultrapassar a cifra de cento e dez.

A rede de Promotores de Negócios, que se tem afirmado como importante veículo de captação derecursos e de colocação de outros produtos, foi alargada por força da nomeação de setenta e trêsnovos promotores, passando a ser largamente superior às quatro centenas o número daqueles que seencontram em efectivo funcionamento.

Por sua vez o Homebanking tem vindo a merecer o melhor acolhimento por parte dos nossos Clientes,quer Particulares, quer Empresas, e constituirá seguramente num futuro próximo um apoio cada vezmais importante para o desenvolvimento da nossa actividade.

Do ponto de vista conjuntural o exercício começou por mostrar ligeiros sinais de inversão do cicloeconómico depressivo, que foram perturbados pela guerra no Iraque e pelo atentado em Espanha, evoltou depois a manifestar uma ténue tendência de melhoria, para acabar de novo abalado pelainstabilidade política que se instalou no país.

Estes factos, e ainda o posicionamento das taxas de juro em níveis extraordinariamente baixos, quemuito dificultaram a sua adequada gestão de modo a fazer repercutir aquele efeito, reflectiram-seinevitavelmente na evolução dos negócios, no âmbito restrito dos resultados operacionais, emotivaram a tomada de um conjunto de medidas para vencer as contrariedades sentidas.

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Assim foi que nos munimos de especiais cautelas em matéria de assumpção de riscos, praticando umagestão marcadamente conservadora no crédito novo, com o objectivo de reduzir o efeito dos níveis deprovisionamento, cada vez mais exigentes, e de produzir uma sensível melhoria na qualidade dacarteira.

Com o esforço conjugado de todas estas acções e outras medidas tomadas, foi possível concluir oexercício com um crescimento do volume de negócios acima da média do mercado e obter resultadossuperiores em 26% aos do ano precedente, não obstante o efeito provocado pelos 16 Balcões abertosno último ano e meio.

Álvaro Pinho da Costa LeitePresidente do Conselho de Administração

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RELATÓRIO DE GESTÃO

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1. Enquadramento Macroeconómico

1.1 Economia Internacional

A actividade económica mundial acelerou significativamente em 2004, confirmando oamadurecimento da recuperação iniciada dois anos antes, num contexto de incerteza acrescida,associada à subida do preço do barril do petróleo. O crescimento económico terá atingido um piconos primeiros meses do ano, desacelerando posteriormente em sintonia com o menor dinamismodos EUA e da China, os dois principais motores do crescimento mundial nos últimos anos.

Projecções sobre a economia mundial (taxas de variação, em %)2003 2004 2005

PIB Mundial 3,9 5,0 4,3Economias Avançadas 2,1 3,6 3,9 Área Euro 0,5 2,2 2,2 EUA 3,0 4,3 3,5Países em Desenvolvimento 6,1 6,6 5,9 China 9,1 9,0 7,5

Volume do Comércio 5,1 8,8 7,2 Importações

Economias Avançadas 3,7 7,6 5,6Países em Desenvolvimento 11,1 12,8 11,9

ExportaçõesEconomias Avançadas 2,6 8,1 6,3Países em Desenvolvimento 10,9 10,8 10,6

Preços no ConsumidorEconomias Avançadas 1,8 2,1 2,1Países em Desenvolvimento 6,1 6,0 5,5

Fonte: FMI, World Economic Outlook, Setembro de 2004

No conjunto de 2004, de acordo com as estimativas de Outono do Fundo Monetário Internacional(FMI), a taxa de crescimento do produto mundial acelerou de 3,9% em 2003 para 5,0%,favorecendo o aumento dos fluxos comerciais. O crescimento económico do conjunto daseconomias mais avançadas situou-se em 3,6% e o dos países em desenvolvimento nos 6,6%,acelerando 2,1% e 6,1% em relação ao ano anterior, respectivamente.

Estas estimativas configuram um cenário para 2004 mais favorável do que o inicialmente previsto,sobretudo devido ao excepcional dinamismo dos EUA no primeiro semestre do ano e aocrescimento acima das expectativas da China e da Índia. O FMI estima que a taxa de crescimentodo produto interno bruto (PIB) chinês desacelere marginalmente de 9,1% de 2003 para 9,0% em2004, o que lhe permitirá manter o estatuto de motor do crescimento mundial. O contributo daChina para o crescimento económico mundial deverá situar-se ligeiramente abaixo de 23%,superando o estimado para os EUA no mesmo período (18%).

As pressões inflacionistas mantiveram-se contidas a nível global, observando-se um aumento doritmo de crescimento dos preços no consumidor em 2004, que estará associado ao robustecimentoda actividade económica e, sobretudo, à subida do preço de algumas matérias-primas chave, comoé o caso do petróleo, que aumentou em média 33%. As previsões apontam para a manutenção doritmo de crescimento de preços em 2005, num contexto de ampla capacidade instalada e de umligeiro abrandamento do ritmo de crescimento, situação que fornece alguma margem de manobrapara a manutenção das políticas monetárias acomodatícias na generalidade dos países dereferência.

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Petróleo e Outras Matérias-Primas

Nos últimos 2 anos o preço do barril do petróleo aumentou de cerca de 25 dólares para próximo de40 dólares, após ter atingido um máximo histórico superior a 52 dólares por barril em meados deOutubro passado. Mais significativo, o preço médio do barril do petróleo aumentou 33% em 2004,após acréscimos de 36,5% e de 16,8% em 2003 e 2002, respectivamente.

Embora em termos percentuais as variações de preço observadas não sejam tão significativascomo as que se verificaram em episódios anteriores, o mais recente dos quais em 1999 e 2000quando o barril do petróleo mais do que duplicou de valor, em termos absolutos representam ospreços nominais mais elevados de sempre. Esta situação invoca os receios de um novo choquepetrolífero e foi um dos temas que condicionaram a evolução dos mercados financeiros em 2004.

Petróleo e outras matérias-primas continuam a subir

90

100

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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

CommoditiesPetróleo Brent (USD / Barril)

Fonte: Datastream

Se o petróleo subiu de preço em 2003 por causas associadas ao lado da oferta, nomeadamentepela incerteza dos efeitos da guerra no Iraque na produção de petróleo do Médio Oriente, em 2004foram desequilíbrios de procura que assumiram um papel de destaque - embora tenham persistidoalguns problemas no lado da oferta, desde a instabilidade no Iraque, ao caso da Yucos na Rússia eaos problemas na Venezuela e na Nigéria.

O amadurecimento da recuperação económica e, em especial, o vigoroso crescimento económico(acima das estimativas) dos EUA e da China, conduziram a uma situação em que a procura decombustíveis fósseis rapidamente ultrapassou a oferta disponível, num contexto de reduzidacapacidade produtiva instalada não utilizada e de baixas reservas estratégicas dos países dereferência, pelos padrões históricos. Por outro lado, a ampla liquidez nos mercados financeiros terálevado o petróleo e outras matérias-primas a serem consideradas como activos de referência,tendo sido procuradas por motivos especulativos.

Relativamente ao impacto da subida do preço do petróleo nas economias mais avançadas, osdesenvolvimentos tecnológicos dos últimos anos permitiram uma menor dependência do petróleopara a produção de energia e um consumo mais eficiente desta, o que as tornou menos expostas aum "choque petrolífero".

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Segundo os estudos mais recentes da OCDE e do FMI, uma subida sustentada de 10 dólares porbarril, idêntica à que ocorreu entre 2003 e 2004, reduz o crescimento económico global entre 0,2%a 0,6%. As mais recentes projecções do FMI apresentam uma revisão em –0,5 pontos percentuaispara o crescimento mundial em 2005, face às estimativas apresentadas pela instituição em Abril.

Tal como em 2002 e 2003, o preço do ouro subiu substancialmente no decurso de 2004, de 417,25dólares por onça troy no último dia de 2003 para pouco mais de 438 dólares por onça troy no finaldo ano transacto, após ter atingido um máximo de mais de quinze anos de 452 dólares na primeirametade de Dezembro último. Dos vários factores que pesaram no preço do ouro, a depreciação dodólar, o acréscimo de procura para fins industriais e a procura especulativa são talvez os maisimportantes.

Queda do Dólar e Apreciação do Euro

O superior dinamismo económico relativo evidenciado pelos EUA, ao estimular as importações,agravou ainda mais o desequilíbrio das contas externas norte-americanas, com a estimativa para odéfice da balança de transacções correntes (BTC) em 2004 a superar os 5% do PIB. Por outrolado, a política orçamental expansionista da administração Bush, ao dar prioridade aos estímulos àeconomia, agravou ainda mas o défice orçamental, para próximo dos 5%, aumentando ainda maisas necessidades de financiamento do país.

Défices gémeos agravam-se

-4,2-3,8

-4,5-4,8

-5,4

1,3

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-4,0-4,6

-4,9-6,0

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-3,0

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1,0

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2000 2001 2002 2003 2004 P

Saldo BTC (em % do PIB)

Saldo da Execução Orçamental (em % do PIB)

Fonte: FMI, World Economic Outlook, Setembro 2004

Normalmente, défices gémeos na ordem dos 5% estão associados a crises cambiais. Até aomomento este cenário extremo tem sido evitado, ocorrendo antes um movimento de correcção dodólar. O problema é que a depreciação do dólar ainda não teve impacto nas contas externas,assistindo-se antes a um agravamento do défice da balança de transacções correntes.Responsáveis da Reserva Federal norte-americana referem-se a esta problemática salientando queos problemas dos desequilíbrios externos dos EUA não podem ser resolvidos pela via cambial, pelomenos a médio prazo, pois existe uma situação de falta de procura global.

Por outro lado, nem todos os países estão a suportar o ajuste do dólar na mesma magnitude.Embora o dólar tenha perdido apenas 6% face às divisas dos principais parceiros comerciais e aactual correcção seja ainda de limitada amplitude quando comparada com a do ciclo económicoprecedente, quando se atenta ao caso específico do euro, as variações são mais expressivas.

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O euro apreciou-se cerca de 12% face ao dólar em 2004, o que eleva para cerca de 60% aapreciação da divisa europeia desde os seus mínimos de 0,82 euros por dólar em finais de Outubrode 2000.

Taxas de Intervenção

Após um período caracterizado pela intensificação dos riscos geopolíticos, o ano de 2004 marca oregresso a uma normalidade aparente e ao referido amadurecimento da expansão económica emcurso. Como consequência, marca também o início do reposicionamento das condições monetáriasa uma situação de maior crescimento, num contexto em que as pressões inflacionistas estãocontidas e limitadas a um número reduzido de bens.

Política monetária ajusta-se a uma situação de maior crescimento

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

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3,5

4,0

4,5

5,0

Jan Abr Jul Out Jan Abr Jul Out

Fed funds target rate (EUA)

Base rate (RU)

2004

Fonte: Datastream

O processo de ajustamento das taxas de intervenção a uma situação de maior crescimento foiiniciado pelo Banco de Inglaterra em Novembro de 2003, quando subiu a sua taxa base em 25pontos base, para 3,75%, após esta ter atingido um mínimo de 3,5% no Verão de 2003.Posteriormente, e já em 2004, o Banco de Inglaterra procedeu a mais quatro subidas da sua taxabase, para os actuais 4,75%.

Nos EUA, o comité de política monetária (FOMC) da Reserva Federal (Fed) optou por iniciar oprocesso de ajustamento da política monetária a uma situação de maior crescimento económico nodia 30 de Junho, ao subir em 25 pontos base para 1,25% a fed funds target rate, num movimentoamplamente sinalizado e antecipado. Quatro mexidas, em outras tantas reuniões do FOMC,conduziram a “fed funds” aos 2,25% no final de 2004, ainda assim um nível historicamente baixo eque representa a manutenção de uma política monetária acomodatícia.

Economia da Zona Euro

As estimativas de crescimento para a zona euro apontam para um robustecimento da actividade,de uma taxa de crescimento de 0,5% em 2003 para 2,2% em 2004, o que representa umresultado superior ao das projecções divulgadas em 2003 e nos primeiros meses de 2004. Estesuperior dinamismo decorre de um significativo impulso da procura externa nos primeiros meses doano, em linha com a melhoria das condições económicas a nível global.

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Variação trimestral do PIB (em %) e taxas de contribuição (em pp)

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0,0

0,5

-0,6

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0,2

-0,7

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0,3 0,3

1,0

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-0,4

-0,2

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0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

2003 2ºT 3ºT 4ºT 2004 2ºT 3ºT 4ºT

Procura doméstica

Procura externa (líquida)

Fonte: Eurostat e; GESE (cálculos)

Com o avançar do ano, as condições económicas deterioraram-se e assistiu-se a um abrandamentodo crescimento económico, na medida em que a procura interna falhou em dar o necessárioimpulso num contexto de recuo da procura externa. No terceiro trimestre de 2004 o crescimentoreduziu-se praticamente à acumulação de existências, sendo que, excluindo estas do cálculo,verificar-se-ia uma quebra trimestral do PIB de 0,4% e uma taxa de variação homóloga de apenas0,5%.

A inflação, medida pela variação homóloga do índice harmonizado de preços no consumidor,manteve-se próxima do valor de referência de 2,0%, tendo terminado o ano em 2,4%. Tal comono ano anterior, a tendência ascendente dos preços esteve associada ao aumento dos custos daenergia e de outras matérias-primas industriais e, em menor escala, aos bens alimentares etabaco. Excluindo estas voláteis componentes, o acréscimo dos preços reduz-se para 1,8%.Embora persistam alguns riscos à estabilidade de preços, o excesso de capacidade produtivainstalada e a folga no mercado de trabalho devem continuar a limitar os efeitos de segunda ordemna fixação de preços e salários, na economia em geral.

A política económica permaneceu largamente acomodatícia, com o Banco Central Europeu (BCE) amanter inalterada a sua taxa de referência nos 2,0%, pese embora os esforços dos EstadosMembros em cumprir os compromissos dos respectivos Pactos de Estabilidade e Crescimento. Odéfice orçamental para o conjunto da UE12 terá aumentado de 2,7% em 2003 para os 2,9% em2004. A Alemanha prepara-se para voltar a exceder o limite de 3%, pelo quarto ano consecutivo, ea França apenas deverá conseguir atingir os 3% à custa de medidas excepcionais.

1.2 Enquadramento Nacional

A actividade económica em Portugal caracterizou-se em 2004 pela interrupção do processo deajustamento dos desequilíbrios dos agentes económicos nacionais. Este processo, que se verificavadesde 2001, traduziu-se nos últimos anos na forte contracção da procura interna, na redução dosdesequilíbrios externos e no aumento da taxa de poupança.

Em 2004 verificou-se, com maior incidência ao longo do primeiro semestre, um aumentoinesperado da procura interna e uma descida da taxa de poupança, bem como um contributo maisnegativo da procura externa, em resultado de um forte aumento das importações.

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Tanto o aumento da procura interna como o das importações e a deterioração dos termos de troca(muito por causa da evolução desfavorável do preço do petróleo) implicaram um agravamento dodéfice conjunto das balanças corrente e de capital, de 3,6% do PIB em 2003, para 5,4% em 2004.

Depois da queda de 1,3% do PIB em 2003, a economia portuguesa deverá ter registado umcrescimento de 1,1% em 2004.

Projecções económicas para Portugal2003 2004e 2005p

Consumo Privado -0,7 2,2 1,5

Consumo Público 0,5 0,6 0,0

FBCF -9,6 1,8 1,7

Procura Interna -2,5 1,9 1,2

Exportações 4,1 6,8 7,5

Procura Global -1,0 3,0 2,6

Importações -0,5 8,2 5,2

PIB -1,3 1,1 1,6

Balança Corrente + Capital (% PIB) -3,6 -5,4 -5,3

IHPC 3,3 2,5 2,1

Fonte: Banco de Portugal, Boletim Económico, Dezembro de 2004

Notas: e - estimado; p - previsto

A recuperação da actividade económica não foi homogénea ao longo do ano, tendo-se verificado oimpacto positivo de factores temporários, que ocorreram no segundo trimestre, cujo posteriordesaparecimento implicou uma desaceleração pronunciada da actividade na segunda metade doano. Este perfil de aceleração/desaceleração da actividade ficou a dever-se a um conjunto defactores anómalos e de natureza temporária que favoreceram o crescimento da economia nosegundo trimestre de 2004. Em particular, são de salientar o efeito de base provocado pela fortequeda do PIB, em termos reais, no segundo trimestre de 2003 (-2,2%), a realização em Portugaldo Campeonato da Europa de Futebol, e bem assim o maior número de dias úteis durante estetrimestre, em comparação com o período homólogo.

O consumo privado registou um crescimento significativo em 2004, após a contracção verificadaem 2003, se bem que o padrão intra-anual sugere um maior crescimento na primeira metade doano e uma moderação do dinamismo na segunda.

O forte abrandamento que se verificou no consumo privado desde 2000 reflectiu a compensaçãode alguns efeitos de substituição intertemporal (que terão contribuído para antecipar algumconsumo nos anos anteriores, em particular no caso dos bens duradouros), o maior peso dosencargos com o serviço da dívida e os efeitos do abrandamento da actividade económica norendimento disponível.

O crescimento do consumo privado em 2004 foi visível nos indicadores qualitativos e quantitativos.Quanto aos qualitativos, os inquéritos de conjuntura ao comércio e os indicadores de confiança dosconsumidores apresentaram níveis crescentes desde o segundo trimestre de 2003, se bem quetenham recuado no último trimestre de 2004. No que respeita aos indicadores quantitativos, asvendas de veículos ligeiros de passageiros, incluindo todo-o-terreno, aumentaram 4,1% em 2004,após terem registado uma quebra de 16,1% em 2003. O Índice do Volume de Vendas do Comércioa Retalho (que não considera as vendas de veículos automóveis, motociclos e combustíveis) subiuem termos homólogos 5,2% em Dezembro, tendo registado uma variação média de 3% em 2004.

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A formação bruta de capital fixo deverá ter registado um crescimento de cerca de 2% em 2004,após quedas de 4,9 e 9,6% em 2002 e 2003, respectivamente. Por tipo de bens, a FBCF emmaterial de transporte recuperou para taxas de variação positivas, com as vendas de veículoscomerciais ligeiros e de comerciais pesados a apresentarem crescimentos de 3,2 e 23,9%,respectivamente (-12,9 e -21% em 2003). A FBCF em construção deverá ter registado umcomportamento ainda negativo, corroborado pelas vendas de cimento para o mercado interno, quecaíram 1,7% no conjunto de 2004, depois de terem caído 16,8% em 2003. Este comportamentoprende-se com a evolução do investimento público – traduzindo a diminuição das transferências decapital da União Europeia, no âmbito do III Quadro Comunitário de Apoio – e com a evolução doinvestimento das famílias em habitação, onde o elevado nível de endividamento e a necessidade defazer face às obrigações decorrentes do serviço da dívida, apesar de as taxas de juro seencontrarem em mínimos históricos, limitaram o crescimento.

Balança de Pagamentos

A forte aceleração da procura interna ao longo do primeiro semestre teve como efeito o robustocrescimento das importações, o que impediu que o maior dinamismo da procura global setransmitisse de forma mais directa ao crescimento do PIB. Esse crescimento das importações, decerca de 8,2%, terá estado associado aos referidos factores temporários e ofuscou o elevadodinamismo revelado pela procura externa relevante para a economia portuguesa, com acontinuação do crescimento das exportações de bens e serviços, estimada em 6,8% em 2004.

Concomitantemente, as necessidades de financiamento da economia portuguesa face ao exterior,que correspondem ao défice conjunto das balanças corrente e de capital, aumentaram de 3,6% doPIB, em 2003, para cerca de 5,4%, em 2004. A deterioração evidenciada em 2004, queinterrompeu o processo de redução desde 2001, reflectiu não apenas uma perda nos termos detroca relacionada com a subida do preço do petróleo mas também com o referido crescimentoanómalo do volume de importações.

Mercado de Trabalho

O emprego total, beneficiando do crescimento do produto ao longo do primeiro semestre, mostrouuma variação ligeiramente positiva face ao período homólogo. No entanto, esta evolução escondeuma alteração das características do emprego, já que se verificou uma criação líquida de empregoassociado a trabalhadores por conta própria sem trabalhadores ao serviço e de trabalhadores porconta de outrem com vínculo de trabalho temporário, que mais do que compensou a perda líquidade postos de trabalho com vínculo contratual permanente. A taxa de desemprego aumentou deforma significativa em 2004, sobretudo no terceiro trimestre, tendo-se situado nos 6,8%, face a6,1% do trimestre homólogo e a 6,3% do trimestre anterior. De acordo com o Instituto deEmprego e Formação Profissional, o número de desempregados inscritos nos Centros de Empregoaumentou 3,3% e o número de ofertas de emprego diminuiu 7,3% em 2004.

De acordo com o Banco de Portugal, as remunerações por trabalhador no sector privado daeconomia terão aumentado em média 3,7% em 2004, subindo cerca de meio ponto percentualface a 2003. No entanto, o aumento da produtividade aparente do trabalho em cerca de 1 pontopercentual permitiu que o crescimento dos custos unitários em trabalho abrandasse entre 1 e 1,5pontos percentuais face a 2003, o que foi insuficiente para reduzir os diferenciais positivos, decerca de 1,5 pontos percentuais, entre os crescimentos deste indicador para Portugal e para aZona Euro.

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Comportamento dos Preços

No que respeita ao comportamento dos preços, a inflação média anual, medida pelo ÍndiceHarmonizado de Preços no Consumidor, ascendeu 2,5% em 2004, ligeiramente superior à do IPC.Esta diferença é explicada pelo maior impacto que a realização do Campeonato Europeu de Futebolteve no IHPC, cuja estrutura considera as despesas efectuadas por não residentes e, deste modo,contempla um maior peso das despesas efectuadas em serviços de alojamento e hotelaria. Na taxade inflação global, destaca-se o contributo desfavorável da componente de serviços que, nãoobstante a dissipação do efeito da subida do IVA em meados de 2003, se mantém em valorespróximos de 4%.

Inflação aproxima-se do valor de referência

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

4,5

5,0

5,5

Jan.01 Jul.01 Jan.02 Jul.02 Jan.03 Jul.03 Jan.04 Jul.04

Homóloga (em %)

Média (em %)

Fonte: Datastream

Endividamento do Sector Privado Não Financeiro

No que concerne ao endividamento do sector privado não financeiro, verificou-se no final de 2004um aumento assinalável para cerca de 118% do rendimento disponível, face a 111% em 2003.Este valor é elevado em termos internacionais e implica uma crescente sensibilidade docomportamento das famílias portuguesas face a alterações das taxas de juro, pelo facto de oscréditos serem essencialmente concedidos a taxas de juro indexadas a taxas do mercadomonetário.

O aumento do endividamento prendeu-se com o elevado ritmo de crescimento do stock de dívidapara aquisição de habitação, cujo fluxo registou, no primeiro semestre de 2004, um crescimentohomólogo de 11,5%. Este crescimento deve estar relacionado com o alongamento dos prazos paraamortizações dos empréstimos no sistema bancário e ainda com o benefício de um regime detributação mais favorável sobre as transacções imobiliárias, desde o segundo semestre de 2003,que resultou numa diminuição substancial dos respectivos custos de transacção.

A dívida contraída por particulares para consumo e outros fins que não a habitação acelerou aolongo do primeiro semestre, em linha com o crescimento do consumo privado. No entanto, algumarestritividade na oferta de crédito por parte das instituições bancárias, face aos riscos associados àsituação económica geral, contribuiu para o fraco crescimento deste agregado em 2004.

O comportamento dos depósitos foi, por seu turno, afectado pela diminuição da poupança correntedas famílias, dado o maior crescimento do consumo privado do que o do rendimento disponível.

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Paralelamente, a fraca remuneração dos depósitos (com remuneração real negativa dos depósitosa prazo) também contribuiu para a canalização das disponibilidades para outros activos financeiroscom rendibilidades esperadas superiores.

Política Orçamental

No que respeita à política orçamental, o défice do Sector Público Administrativo situou-se em 2,9%do PIB em 2004, ligeiramente acima do previsto no OE2004, mas beneficiando de um montante dereceitas extraordinárias acima do que estava implícito (2% do PIB face a 1,1%). Estas medidasincluíram transferências de empresas públicas para o sistema de segurança social dos funcionáriospúblicos (Caixa Geral de Aposentações), como contrapartida pelo pagamento por esta entidade daspensões dos ex-funcionários, num montante de 1,2% do PIB, e ainda vendas de património doEstado, num montante de 0,8% do PIB.

Quanto ao rácio da dívida pública, o Ministério das Finanças estima que tenha atingido 61,6% doPIB no final de 2004, aumentando em cerca de 1,6 pontos percentuais face ao valor registado nofinal de 2003.

1.3 Mercado de Capitais

A evolução dos principais índices accionistas em 2004 pode ser dividida em três períodosdistintos. Um primeiro, coincidente com o primeiro semestre do ano e caracterizado por umaelevada volatilidade, um segundo em que a maioria dos principais índices se precipitaram paraos mínimos do ano e, finalmente, um terceiro marcado por uma evolução ascendente dosíndices.

Índices atingem máximos no final do ano

86

90

94

98

102

106

110

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

DAX30 NASDAQ

Fonte: Datastream

A elevada volatilidade do primeiro semestre está associada aos diversos factores que afectaram osmercados financeiros, dos quais se destacam, pelo lado macroeconómico, a acentuada subida dopreço do petróleo e as expectativas da alteração da “stance” da política monetária nos EUA e, nocampo geopolítico, a situação do Iraque, os atentados terroristas em Madrid e o início do processoeleitoral nos EUA.

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Com o início do segundo semestre, e após o Fed ter procedido à primeira subida de taxas deintervenção do corrente ciclo económico, os principais índices ocidentais começaram a acumularperdas, com os mínimos a serem atingidos em meados de Agosto. Esta tendência viria a inverter-se no final de Agosto, marcando o início da recuperação do segmento accionista, em reacção auma “earnings season” favorável nos EUA e, posteriormente, à descida do preço do petróleo. Dosfactores que influenciaram os mercados nesta metade do ano, destacam-se ainda a depreciação dodólar, o processo eleitoral nos EUA e o abrandamento do crescimento económico nos dois lados doatlântico e posterior revitalização da economia norte-americana.

O último dia de Dezembro, além de marcar mais um mês e trimestre de valorizações, marcoutambém o segundo ano consecutivo de ganhos para as principais praças internacionais, commuitos dos máximos do ano dos principais índices europeus e norte-americanos a serem atingidosnos últimos dias de negociação.

Evolução de alguns índices de referência em 20042004 Mínimo do ano Máximo do ano

31-Dez Variação* valor Variação* data valor Variação* data

EUADow Jones 10783,0 3,1 9750,0 -6,7 25-Out 10854,5 3,8 28-DezNasdaq 2175,4 8,6 1752,5 -12,5 12-Ago 2178,3 8,7 30-Dez

UE12IBEX35 9080,8 17,4 7578,3 -2,1 13-Ago 9100,7 17,6 29-DezDAX30 4256,1 7,3 3647,0 -8,0 13-Ago 4261,8 7,5 28-DezPSI20 7600,2 12,6 6747,4 0,0 01-Jan 7952,5 17,9 08-MarCAC40 3821,2 7,4 3484,8 -2,1 13-Ago 3844,1 8,0 17-NovMIB30 312,2 16,9 263,5 -1,4 13-Ago 312,3 16,9 28-DezEUROSTOXX50 2951,2 6,9 2580,0 -6,5 13-Ago 2959,7 7,2 08-Mar

EmergentesMSCI Russia ($) 479,9 4,1 408,2 -11,5 28-Jul 626,7 35,9 12-AbrISE100 24971,7 34,1 15922,4 -14,5 17-Mai 24971,7 34,1 29-DezHang Seng 14230,1 13,2 10967,7 -12,8 17-Mai 14266,4 13,4 29-DezMERVAL 1375,4 28,3 839,9 -21,6 17-Mai 1389,5 29,6 29-DezBOVESPA 26196,0 17,8 17604,0 -20,8 10-Mai 26196,0 17,8 30-Dez

OutrosNIkkey225 11488,8 7,6 10365,4 -2,9 10-Fev 12163,9 13,9 26-AbrFTSE100 4814,3 7,5 4287,0 -4,2 26-Jul 4820,1 7,7 30-DezMSCI World 852,5 9,5 754,9 -3,0 13-Ago 853,2 9,6 30-Dez

* Face a 31 de Dezembro de 2003, em %

Fonte: Datastream, Reuters e; GESE

Nos EUA, o Nasdaq findou o ano nos 2175,44 pontos, com uma valorização anual de 8,6%. Porseu turno, a evolução do Dow Jones Industrial Average foi mais moderada, ao subir 3,1% para10.783,0 pontos, no mesmo período. Na Europa, destaque para o desempenho do IBEX35 deEspanha e do MIB30 de Itália, cujas variações anuais atingiram 17,4 e 16,9%,respectivamente. O DAX30, o CAC40 e o FT100 registaram subidas mais moderadas, ainda quesignificativas, de 7,3%, 7,4% e 7,5%, respectivamente.

Em Portugal, o PSI20 apresentou uma valorização de 12,6%, terminando o exercício em apreçonos 7.600,16 pontos, num comportamento que teve por base, não apenas subidas significativasnas cotações das empresas de maior capitalização, com destaque para a Sonae (62,12%),Brisa (27,36%) e Portugal Telecom (14,04%), mas também e especialmente, no âmbito dasempresas de pequena e média dimensão, com ênfase para a Impresa (65,71%) e Sonaecom(60,34%), entre outras.

Em termos de capitalização bolsista, saliente-se que os índices accionistas dos principaismercados internacionais em análise registaram também valorizações significativas, com o HangSeng, Ibex35 e Dow Jones a liderarem, com acréscimos de, respectivamente, 36,4%, 26,4% e19,6%.

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No segmento obrigacionista, e não obstante os agentes económicos continuarem a descontarnovas subidas de taxas de intervenção ao longo de 2005, num contexto de manutenção de umsignificativo dinamismo económico e do esgotamento da capacidade produtiva instalada, astaxas de juro de médio e longo prazo permaneceram em níveis historicamente baixos.

Evolução das yields a 10 anos (em %)

3,50

3,75

4,00

4,25

4,50

4,75

5,00

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

USA - "treasuries" a 10 anos

Alemanha - "bund" a 10 anos

Fonte: Datastream

Parte da explicação deste fenómeno reside na mudança de regime, que ocorreu no final do séculopassado, para uma situação de inflação mais reduzida relativamente a posições cíclicas idênticas.Esta situação é particularmente ilustrada pelo comprometimento na concretização de determinadosobjectivos para a inflação, por algumas das principais autoridades monetárias, onde o BancoCentral Europeu é exemplo por excelência.

Prémios de risco em queda

100

150

200

250

300

350

Jan Abr Jul Out Jan Abr Jul Out

AAA BAA

2004

Fonte: Reserva Federal dos EUA

No entanto, existem fortes evidências de que os reduzidos níveis de taxas de juro decorram deuma excessiva tomada de risco nos mercados financeiros, motivada pela ampla liquidez queresultou da adopção de uma política monetária extremamente expansionista. Este excessivoapetite pelo risco pode ser inferido pelo forte estreitamento dos diferenciais de crédito, peloaumento da actividade de ofertas públicas, de fusões e aquisições e mesmo de transacçõesespeculativas no mercado imobiliário.

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Mercado Nacional

No exercício em apreço, a emissão líquida de valores mobiliários em Portugal totalizou 9.018milhões de euros, um decréscimo de 18,8% quando efectuada uma análise comparativa com oexercício transacto, traduzindo a postura das Instituições Financeiras (IF), Monetárias (IFM) e NãoMonetárias (IFNM), de um menor recurso ao financiamento através do mercado de capitais, apesarde os segmentos de Administrações Públicas (AP) e do Sector Não Financeiro (SNF) teremapresentado um maior dinamismo.

No segmento accionista, as emissões registaram um decréscimo, correspondendo a 70% dosmontantes emitidos no exercício de 2003, com o aumento das emissões concretizadas porempresas cotadas (68,2%) a não compensar a diminuição das emissões líquidas efectuadas porentidades não cotadas (-56,9%). No âmbito das emissões realizadas por empresas cotadas, que secifraram em 1.620 milhões de euros, saliente-se que se inverteu a tendência de queda dos últimosanos.

Em termos sectoriais, o Sector Não Financeiro assumiu uma ponderação de 98,8% no total, reflexode um acréscimo francamente exponencial face ao registado em 2003. A este nível, será dedestacar o aumento de capital da EDP, que correspondeu à emissão de 656.537.715 acções, numencaixe ligeiramente superior a 1,2 mil milhões de euros. As Instituições Financeiras Monetáriascotadas não realizaram qualquer emissão líquida accionista, ascendendo o total de emissõesefectuadas por Instituições Financeiras Não Monetárias cotadas a 20 milhões de euros.Adicionalmente, saliente-se que ocorreram duas Ofertas Públicas de Venda (Media Capital eSporting Lisboa SAD), num valor global de 265 milhões de euros, e três Ofertas Públicas deAquisição (Portucel, Somague e Grão-Pará), no montante total de 365 milhões de euros. Asemissões líquidas efectuadas por entidades não cotadas atingiram 1.518 milhões de euros, o quecompara com 3.519 milhões de euros referentes ao exercício anterior.

Fo nte: B anc o de P o rtugal; No v04

Mercado Primário

9.489

6.0456.626

4.482

5.876

3.138

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

2002 2003 2004

Títulos de Dívida Acções

M€

Fo nte: B anco de P o rtugal; No v04

Emissões de Empresas Cotadas

573

307

132

931

0 32 020

1.600

0

250

500

750

1.000

1.250

1.500

1.750

2.000

2002 2003 2004

IFM IFNM SNF

M€

Relativamente ao segmento de títulos de dívida, o montante emitido ascendeu a 5.876 milhões deeuros, apresentando uma diminuição de 11,3% face ao período homólogo. Esta performancereflecte o menor recurso ao financiamento através de títulos da dívida realizado pelas InstituiçõesFinanceiras Monetárias e Não Monetárias, assim como pelo Sector Não Financeiro, não obstante oaumento registado a nível das Administrações Públicas. Em termos de prazos, saliente-se umainversão da tendência dos últimos anos, com as emissões líquidas de curto prazo a assumirem amaior ponderação (6.293 milhões de euros), sendo negativas as emissões líquidas a médio e longoprazo (-417 milhões de euros), segmento em que, em termos líquidos, foram preponderantes asemissões a taxa fixa, versus emissões a taxa indexada.

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As emissões de valores mobiliários concretizadas e a sua inerente admissão à negociação, aliadas àevolução das cotações, tiveram como efeito líquido o aumento de 8,2% na capitalização bolsistatotal, que ascendeu a 170.036 milhões de euros no final do exercício de 2004.

Mercado Secundário

No exercício em análise, o volume de transacções de valores mobiliários, nos mercadosregulamentados e não regulamentados, ascendeu a 166.004 milhões de euros, uma subida de7,5% face ao ano transacto. Esta performance traduz essencialmente os aumentos registados nossegmentos de Mercados de Bolsa, Mercado Especial de Dívida Pública (MEDIP) e Mercados NãoRegulamentados. Nos Mercados de Bolsa, destaque para o acréscimo de 39,6% verificado novolume transaccionado no Mercado de Cotações Oficiais (MCO), que mais do que anulou asreduções de 80,9% e 40,5% apresentadas, respectivamente, no volume de transacções doSegundo Mercado (SM) e Sessões Especiais (SE). A nível dos Mercados Não Regulamentados,destaque para o Mercado de Estruturados (ME), cuja actividade teve início a 1 de Outubro de2004, que movimentou 83 milhões de euros no exercício em questão.

No âmbito das Sessões Normais (SN), saliente-se o segmento accionista, cujo volumetransaccionado, ao representar 93,3% do total, ascendeu a 27.745 milhões de euros, reflectindoum aumento de 45,8% quando efectuada uma análise comparativa com o exercício anterior.Paralelamente, refira-se que o volume transaccionado no segmento obrigacionista registou umdecréscimo de 48,4%, totalizando 654 milhões de euros. Os restantes segmentos do mercadomovimentaram 1.332 milhões de euros, 84,1% dos quais referentes a warrants, o que demonstra oforte dinamismo assumido por este mercado desde a sua constituição, em Outubro de 2000.

O volume de transacções nas Sessões Especiais (SE) totalizou 408 milhões de euros, face aos 686milhões de euros registados no período homólogo de 2003. No exercício em apreço, concretizaram-se duas Ofertas Públicas de Venda (OPV’s) e três Ofertas Públicas de Aquisição (OPA’s), comdestaque para a OPA lançada pela Semapa sobre a Portucel, que movimentou 361 milhões deeuros.

Fo nte : Euro ne xt Lis bo a (S es s õ es No rm ais )

Volume de Transacções

19.024

1.268 1.402

27.745

654 1.332

0

6.000

12.000

18.000

24.000

30.000

2003 2004

Acçõ es Obrigaçõ es Outro s

M€

Fo nte: Euro next Lis bo a, M ercado s R egulam entado s

Capitalização Bolsista

91.180

62.380

3.376

112.724

53.689

2.713

0

25.000

50.000

75.000

100.000

125.000

2003 2004

Acçõ es Obrigaçõ es Outro s

M€

No final do exercício de 2004, a capitalização bolsista dos valores mobiliários admitidos ànegociação na Euronext Lisboa cifrou-se, como se disse, em 170.036 milhões de euros, o quereflecte uma variação positiva de 8,2% face ao final de 2003, e evidencia os acréscimos de,respectivamente, 7,9% e 194,1%, verificados na capitalização do MCO e MSC, assim como a járeferida constituição do Mercado de Estruturados, não obstante a redução de 5,7% apresentadaem termos da capitalização bolsista do SM.

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Saliente-se que o segmento accionista, cuja capitalização bolsista, incluindo mercadosregulamentados e não regulamentados, atingiu 113.264 milhões de euros, continuou a assumir amaior ponderação (66,6%) em termos da capitalização bolsista global, e registou um aumento de24% relativamente ao período homólogo. Para esta performance foi determinante a já referidaevolução das cotações, que mais do que compensou o efeito líquido das inclusões/exclusões ànegociação. Paralelamente, refira-se que a capitalização bolsista do segmento obrigacionista caiu13,9%, totalizando 53.689 milhões de euros e representando 31,6% do total. No segmento Outros,merece destaque a capitalização bolsista dos warrants, que totalizou 1.625 milhões de euros e quetem registado, nos últimos anos, uma tendência decrescente.

2. Actividade do Finibanco, SA

2.1 Linhas de Acção

No decurso do exercício de 2004, o Finibanco, no cumprimento do seu objecto social, desenvolveuiniciativas e concretizou acções de que no presente Relatório se dá notícia.

A nível interno, procedeu-se à concentração de alguns Serviços operacionais e executivos,desenvolveram-se aplicativos informáticos visando maior automatização dos serviços epromoveram-se apertados programas de redução de custos, designadamente através darenegociação de contratos de prestação de serviços.

Graças a este conjunto de medidas foi possível conter o aumento dos custos de estrutura em níveisaceitáveis (4,2%), não obstante o impacto que a abertura de onze novos Balcões necessariamenteneles produziu.

Visando a optimização da base de capital, privilegiou-se os segmentos de negócio menosconsumidores de capital, designadamente a desintermediação financeira, que apesar dos esforçosdesenvolvidos não evidenciou em 2004 a performance do exercício anterior, e o Crédito àHabitação, menos exigente em matéria de capitais próprios, que cresceu 15,1%, enquanto ocrédito total a clientes evoluiu 9,8%.

No seguimento da política que vinha sendo adoptada na área do crédito, as operações emapreciação, foram objecto de cuidadosa análise em matéria de risco, obedecendo a critérios dedecisão cada vez maior apertados, em resultado do que a evolução dos indicadores de qualidadedos activos tem vindo a evidenciar substancial melhoria.

Deu-se continuidade à acção de preparação do Finibanco para a adopção do Acordo de Basileia II,com o concurso de conceituadas empresas de consultoria e com o empenhado apoio de equipasinternas, visando:

• A avaliação de riscos e de cálculo de requisitos mínimos de capital;

• O desenvolvimento de métodos e procedimentos para minimizar o risco operacional;

• A rigorosa gestão do crédito vencido e das provisões;

• A permanente melhoria do funcionamento dos sistemas informáticos de apoio à gestão do risco.

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Tendo em vista o objectivo de crescimento sustentado do nosso Banco, a dinamização da áreacomercial tem vindo a merecer atenção redobrada:

• Investindo na melhoria do sistema de objectivos e incentivos, designado SOI, através do qual seprocura motivar os agentes comerciais, estabelecendo uma correlação entre os prémios aatribuir e o grau de realização dos objectivos fixados;

• Corroborando o esforço desenvolvido, prioritariamente na conveniente preparação doselementos de primeira linha da área comercial, mas extensível também aos restantescolaboradores, submetendo-os a acções de formação diversificadas, que abrangem as áreasnevrálgicas da actividade bancária;

• Disponibilizando a toda a população do Grupo o acesso aos programas de formação via Internet– designada por e-learning – em colaboração com o Instituto de Formação Bancária.

A par da aposta nos recursos humanos cuidou-se também do alargamento das redes dedistribuição:

• Abriram-se onze novos Balcões;

• Contrataram-se 73 novos Promotores de Negócios;

• Criaram-se novas funcionalidades no NetBanking, designadamente o extracto integrado e ocorreio electrónico personalizado;

• Lançou-se o projecto da nova Banca Telefónica, que estará disponível em 2005.

Como é sabido, a conjuntura económica não evoluiu no exercício em análise, de molde a justificaro crescimento da actividade bancária a níveis que se possam considerar satisfatórios.

Não obstante todas as dificuldades encontradas e sem prejuízo de se pensar que mesmo assimteria sido possível fazer melhor, regista-se com satisfação que os Recursos de Clientes, incluindo adesintermediação, cresceram 8,8% e que o Crédito sob gestão, incluindo o securitizado, evoluiu9%, valores relativos que traduzem o crescimento superior à média do mercado na área da BancaTradicional.

2.2 Banca Comercial

Apoiada nas redes de distribuição disponíveis, a Banca Comercial desenvolveu a sua acção norespeito pelas normas estabelecidas no Regulamento Geral de Crédito e em todo o restantenormativo de enquadramento de actuação.

Orientando a sua actividade em diversas iniciativas com prioridades previamente estabelecidas,visando a melhoria constante da carteira de crédito existente e do relacionamento com os clientes,a Banca de Negócios e Particulares e a Banca de Empresas desenvolveram esforços no sentido doincremento dos negócios, respeitando as delimitações definidas aquando da sua criação epreservando o espírito de grande complementaridade e de colaboração que as tem caracterizado.

No desenvolvimento da sua actividade, a Banca Comercial angariou recursos e fezdesintermediação num montante que se cifrou em cerca de 1.853,7 milhões de euros, com umcrescimento de 8,8%.

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O crédito concedido pela Banca Comercial distribuiu-se pelos seguintes Sectores maisrepresentativos:

• Crédito a Particulares 28,0%• Comércio, Restaurantes e Hotéis 21,6%• Construção, Obras Públicas e Actividades Imobiliárias 18,6%• Serviços 6,7%• Têxteis, Vestuário e Calçado 3,9%• Produtos Metálicos, Máquinas e Materiais de Transporte 3,6%• Madeira, Cortiça e Papel 2,2%• Indústria Química e Actividades Conexas 2,1%• Alimentação, Bebidas e Tabaco 1,9%• Empresários em Nome Individual 1,9%

O restante crédito encontra-se disseminado por dez outros Sectores, com pesos relativos quevariam entre 0,1% (Electricidade, Água e Gás) e 1,5% (Intermediação Financeira, Seguros ePensões).

A estrutura da distribuição por Sectores é muito semelhante à do exercício anterior e, comexcepção do Sector dos Têxteis, Vestuário e Calçado que, em obediência a instruções dimanadasnesse sentido, reduziu a sua importância relativa, todos os restantes apresentam variações quenão são dignas de registo.

2.2.1 Banca de Empresas

A Banca de Empresas trabalha o universo das Empresas e Empresários em Nome Individual comum volume de vendas superior a três milhões de euros anuais.

Analisa, trata e dá seguimento às solicitações de crédito e de outras operações que lhe sãoapresentadas, no total respeito pelas normas dos Regulamentos instituídos, gere o risco que lhes éinerente e faz o acompanhamento do crédito concedido.

No desenvolvimento da sua actividade, a Banca de Empresas angariou 42,1% do total da carteirade crédito e 17,6% dos recursos, situação que representa um aumento de peso relativo de ambasas componentes. No exercício anterior a posição era de 38,7% e 15,7%, respectivamente.

2.2.2 Banca de Negócios e Particulares

Trabalhando em complementaridade com a Banca de Empresas, a Banca de Negócios eParticulares desenvolve a sua actividade junto de clientes particulares, institucionais e pequenas emédias empresas e empresários em nome individual, com volume de negócios anual até trêsmilhões de euros.

Trata-se da estrutura orgânica da área comercial especialmente vocacionada para a prestação deserviços personalizados junto de clientela com particularidades próprias e muito variadas.

No desenvolvimento da sua actividade, a Banca de Negócios e Particulares foi responsável por57,9% do crédito concedido e por 82,4% dos recursos angariados, situação ligeiramente inferior àverificada no ano transacto, em que aquela estrutura era responsável por 61,3% do crédito e84,3% dos recursos.

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2.3 Banca de Investimentos

2.3.1 Private Banking

A actividade de Private Banking desenvolveu-se em obediência à estratégia definida visando aconsolidação do negócio e manutenção de elevados níveis de qualidade de serviço.

Privilegiou-se o apoio a clientes existentes não se descurando, contudo, a captação de novos,tarefas em que se empenharam os serviços de aconselhamento patrimonial internacional e aassessoria de investimentos.

Apesar da incerteza experimentada no último quadrimestre, por força, nomeadamente, dassubstanciais alterações de natureza fiscal, foi possível continuar a apresentar aos nossos clientessoluções interessantes em matéria de aconselhamento patrimonial e estratégico.

A experiência muito positiva adquirida na área específica da gestão discricionária de carteiras deinvestimento continuou a ser desenvolvida, mas agora no âmbito da responsabilidade da Finivalor-Sociedade Gestora de Fundos Mobiliários, SA.

O apoio creditício teve como sempre uma importância residual, tendo-se privilegiado as operaçõesque, pela sua natureza, traduzem menor exposição ao risco de crédito.

Para o ano de 2005 anima-nos uma forte ambição de crescimento, mas este ficará certamentemuito condicionado pelo comportamento dos mercados e pela implementação de um conjunto demedidas de apoio ao desenvolvimento desta actividade.

2.3.2 Gestão de Activos e Desintermediação

Durante 2004 os mercados accionistas mundiais evoluíram positivamente com valorizações sólidas.Como noutro ponto deste Relatório se refere, a recuperação da economia global tornou-seevidente, com um crescimento de 5%, e trouxe dados macroeconómicos encorajadores, assumindoos EUA e a China o principal contributo, com a melhor performance dos últimos 30 anos. Asempresas registaram um crescimento de 20% em termos médios, nos seus resultados, situaçãoque em 2003 os mercados accionistas já tinham antecipado, baseados nos bons indicadoreseconómicos, que foram confirmados em 2004, gerando maior optimismo e consequentes ganhos.

Nos primeiros dez meses do exercício em análise, os mercados norte americanos transaccionaramcom alguma volatilidade dentro de um curto intervalo. Algumas tentativas de subida não foramsuportadamente acompanhadas, devido a factores variados como o preço do petróleo, oterrorismo, a instabilidade no Iraque, as eleições presidenciais e a subida das taxas de juro.

Em Junho a Reserva Federal iniciou a sua politica de subida de taxas de juro, tendo o FederalFunds Rate passado do nível mais baixo dos últimos 29 anos, de 1% para 1,25%, e posteriormentesubido mais 4 vezes, até ao final do ano. Em Outubro os mercados iniciaram um “rally” que durouaté fim de Dezembro, propulsionado pela vitória de Bush e pela queda de aproximadamente 20%do preço de petróleo.

Os mercados europeus acompanharam os mercados norte americanos, em termos de tendência ede performance. A correlação entre estes e os mercados da Inglaterra e da Alemanha foi de 0,65 e0,78, respectivamente.

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O Japão mostrou-se mais volátil e menos correlacionado. Em Abril o mercado já se tinha valorizado17%, com os investidores a acreditarem que esta economia estava finalmente a sair de um períodode estagnação. Contudo, a subida não era sustentada e o mercado acabou por perder os ganhosalcançados, em consequência das mesmas preocupações que contribuíram negativamente para aqueda de outros mercados, designadamente as subidas do preço de petróleo e das taxas de juro.No entanto, o mercado japonês terminou o ano com uma valorização de 11,3%.

Valorização Mercados Capitais

12,64%

17,37%

7,40%

7,34%

7,54%

3,15%

17,81%

7,61%

8,99%

8,59%

0,00% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00%

PSI20

IBEX

CAC

DAX

FTSE

BRAZIL

JAPÃO

DOW JONES

SP500

NASDAQ

2004

Concluindo, em termos gerais, 2004 foi um ano relativamente calmo e de pouca volatilidade. Osmercados compensaram os investidores com retornos acima da média, apesar de haver algumaspreocupações quanto à sustentabilidade do crescimento, por força das subidas das taxas de juro,do preço de petróleo e das matérias-primas e ainda por causa da vulnerabilidade do dólar.

Finibanco – Representatividade dos Fundos na Finivalor

A evolução dos valores líquidos globais dos fundos geridos pela Finivalor e comercializados na rededo Finibanco, caracterizou-se por alguns desequilíbrios, a exemplo do que se passou com aactividade económica em 2004. Não obstante, os proveitos resultantes dessa poucahomogeneidade foram muito positivos.

Nos fundos imobiliários, o crescimento atingiu 11,2%, cabendo ao Finipredial a parte maisimportante desse incremento, em consequência do facto de o Finimobiliário ser um fundo fechado.

80.000

100.000

120.000

140.000

160.000

180.000

200.000

2000 2001 2002 2003 2004

Fundos M ob iliá rios Fundos Im ob iliários

(m ilhares de euros)

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Por esse motivo, as variações registadas neste Fundo correspondem à rendibilidade, que se cifrouem 4,01%.Nos fundos mobiliários o crescimento anual foi reduzido (1,48%), mas assistiu-se à transferênciade fundos de baixo risco para fundos de médio/alto risco, e este facto teve notórias repercussõespositivas nas comissões arrecadadas pela sociedade.

Dos seis fundos mobiliários geridos pela Finivalor, três apresentaram taxas de crescimento dosvalores sob gestão na casa dos 20%, e os restantes registaram quedas nos seus valores líquidosglobais, que se situam entre 3,73% e 6,62%.

A rentabilidade destes fundos variou entre 1,81% (Finirendimento) e 21,32% (Finicapital).

Os activos sob gestão cresceram, em média, 9,48% graças ao comportamento do FiniPPR/E, queevoluiu cerca de 28,7%.

2.3.3 Mercado de Capitais

No ano em análise mereceu especial destaque o aumento de capital social do Finibanco-Holding,de 80.000.000 de euros para 100.000.000 de euros, mediante a emissão de 20.000.000 novasacções, de valor nominal unitário de 1 euro, reservada a Accionistas, e a aplicação do factor 0,25 àquantidade de direitos de subscrição detidos no momento da subscrição.

Fundo2003 2004 Tx. Cres. 2003 2004 2003 2004

Fundos Mobiliários 176.337 178.938 1,48% 10.605 10.747Finirendimento 132.021 127.090 -3,74% 6.227 6.436 2,87% 1,81%

Finibond 7.081 6.612 -6,62% 641 542 18,86% 7,23%

Finiglobal 23.399 28.818 23,16% 1.438 1.649 9,67% 2,97%

Finicapital 3.757 5.178 37,82% 493 515 19,42% 21,32%

Acções Internacionais 6.648 7.937 19,39% 626 631 12,65% 3,17%

PPA Finibanco 3.431 3.303 -3,73% 1.180 974 18,54% 17,96%

Fundos Imobiliários 127.100 141.384 11,24% 2.673 2.907

Finimobiliário 74.325 77.306 4,01% 992 949 3,43% 4,01%

Finipredial 52.775 64.078 21,42% 1.681 1.958 3,83% 3,75%

Patrimónios 33.877 37.089 9,48%

Gestão de Carteiras 18.156 16.927 -6,77% nd nd na na

FiniPPR/E 15.502 19.948 28,68% nd nd na na

Outros (1) 219 214 -2,28% nd nd na na

Total 337.314 357.411 5,96%

Participantes RendibilidadesVLGF (103 Eur)

(1) - Estes valo res não incluem as verbas investidas em Fundos da Sociedade no montante de 1,706 milhões de euros em 2003 e de 1,349 milhões de euros em 2004.

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Nesta Oferta Pública de Subscrição, organizada pelo Finibanco, que decorreu entre o dia 24 deMaio e o dia 8 de Junho de 2004, foram subscritas 18.670.674 acções, representativas de 93,35%do total de acções a emitir, ficando disponíveis para rateio 1.329.326 acções, para as quais foramapresentados pedidos de subscrição de acções sobrantes, num total de 36.297.313.Todas as acções representativas do capital social do Finibanco Holding se encontram admitidas àcotação no Mercado de Cotações Oficiais da Euronext Lisbon.

Ainda no domínio de equity, foi concluída a Oferta Pública de Aquisição sobre as acções da EstorilPraia-Futebol, SAD, passando o oferente a deter, no final da operação, uma participação, directaou indirecta, de 80,55% do capital social e dos direitos de voto daquela Sociedade.

Com vista à obtenção de funding de médio e longo prazo, foram estruturadas e colocadas 4 novasemissões de obrigações de caixa, por subscrição pública, para o Finibanco, a saber:

“FNB Cabaz de Acções 04/07”

Empréstimo com duração de 3 anos e rentabilidade indexada a um cabaz de 5 acções.A sua rentabilidade efectiva bruta poderá variar entre 0,99% e 6,26%.

“FNB Taxa Garantida 10% 04/09”

Obrigações de caixa “FNB Taxa Garantida 10% 04/09” com prazo máximo de 5 anos, mas podendoser reembolsadas antecipadamente, a partir do 2º ano.O reembolso antecipado está dependente da “performance” da Euribor a 12 meses.Sendo sempre de 10% no final a remuneração do obrigacionista, o produto torna-se tanto maisatractivo quanto mais depressa se verificar a call option.

“FNB Cabaz Europa 04/07”

Empréstimo obrigacionista emitido no mês de Abril de 2004, para um horizonte temporal de 3anos.A rentabilidade, com um mínimo de 3%, está indexada à média dos valores de fecho do índiceaccionista DJ Eurostoxx 50.

“FNB Cupão Semestral 04/09”

Empréstimo obrigacionista “FNB Cupão Semestral 04/09”, que remunera o seu detentor a uma taxafixa de 4,5%, nos 2 primeiros cupões, e a uma taxa indexada à Euribor a 6 meses, nos cupõesseguintes.Embora tenha um prazo de 5 anos, pode ser reembolsado antecipadamente a partir do segundoano.

No decurso do exercício foram reembolsados os empréstimos obrigacionistas

• “FNB Rentabilidade Assegurada 2001”• “FNB Wall Street 01/04”• “FNB Cabaz Global 00/04”• “FNB Taxa Crescente 00/04”

de acordo com as condições previamente estipuladas nas respectivas fichas técnicas.Do mesmo modo, foi efectuado o reembolso parcial das obrigações “FNB Rendimento Mais 02/05”.O montante total reembolsado de obrigações de caixa do Finibanco e de obrigações clássicas,emitidas pela Holding, ascendeu a 27.960 mil euros e a 25.000 mil euros, respectivamente.

No que diz respeito a Private Placements, foram, também, organizados empréstimosobrigacionistas para a Indústrias Jomar-Madeiras e Derivados, S.A. e para a Madeiporto-Madeiras eDerivados, S.A.

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No que concerne a Papel Comercial, o Finibanco interveio, de entre outros, nos seguintesProgramas:

EMITENTE MONTANTE DO PROGRAMA (EUR)Incompol-Indústria de Componentes, S.A. 2.493.989,49Construtora do Tâmega, S.A. / Construt. Tâmega, S.G.P.S., S.A. 11.700.000,00

2.4 Área Financeira e Internacional

O ano de 2004 foi caracterizado pela elevada estabilidade das taxas de juro interbancárias de curtoprazo, particularmente no segundo semestre, e pela acentuada instabilidade no mercado cambial.A actividade do Finibanco nesta área pautou-se por uma adequada gestão dos riscos de liquidez,cambial e de taxa de juro, privilegiando sempre o uso da prudência na sua actuação nos mercadoscambial e monetários em que se encontra envolvido.

A gestão do risco de liquidez assentou fundamentalmente nos seguintes vectores:

• Cultivo de boa imagem no mercado• Diversificação de contrapartes interbancárias• Aumento de linhas de negócio• Criteriosa gestão dos recursos captados junto de clientes Institucionais

Paralelamente, o encaixe resultante do aumento do volume de crédito securitizado veio permitir aobtenção de funding com características de elevada estabilidade, contribuindo para a redução dosgaps de liquidez.

A gestão do risco cambial baseou-se no estrito cumprimento dos apertados limites instituídosinternamente, quer por moeda, quer por posição agregada, e foi desenvolvida em obediência acritérios conservadores.

A gestão do risco de taxa de juro foi caracterizada pelo cumprimento de limites estabelecidos parao grau de exposição da carteira bancária a este risco, por recurso a modelos de repricing e deduração para quantificar impactos, quer ao nível de conta de resultados, quer do valor de mercadodos Capitais Próprios do Banco. Pontualmente, recorreu-se à negociação de swaps de taxa de juropara efectuar o hedging do risco de taxa de juro, numa óptica de microcobertura do risco.

Paralelamente, acentuou-se a comercialização do produto “Finicâmbio” com o desenvolvimento denovos canais de distribuição.

Efectuou-se a renegociação de acordos importantes para a actividade do Banco, designadamentepara a negociação de derivados no âmbito do ISDA-International Swaps and DerivativesAssociation, e efectuaram-se contactos com outros Bancos no sentido de incrementar as relaçõescomerciais.

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Evolução da taxa Euribor a 6 meses em 2004

1,9

1,95

2

2,05

2,1

2,15

2,2

2,25

2,3

02-0

1-20

04

16-0

1-20

04

30-0

1-20

04

13-0

2-20

04

27-0

2-20

04

12-0

3-20

04

26-0

3-20

04

09-0

4-20

04

23-0

4-20

04

07-0

5-20

04

21-0

5-20

04

04-0

6-20

04

18-0

6-20

04

02-0

7-20

04

16-0

7-20

04

30-0

7-20

04

13-0

8-20

04

27-0

8-20

04

10-0

9-20

04

24-0

9-20

04

08-1

0-20

04

22-1

0-20

04

05-1

1-20

04

19-1

1-20

04

03-1

2-20

04

17-1

2-20

04

31-1

2-20

04

Evolução diária do EUR/USD em 2004

1,15

1,2

1,25

1,3

1,35

1,4

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2.5 Gestão do Risco

O Finibanco mantém uma política conservadora na assunção dos riscos, expressa num nívelmáximo de alocação de fundos próprios, calculados por método interno em função do perfil docliente, não sendo, em princípio, permitidas operações que exijam níveis superiores.

Em função destes princípios, são rejeitadas todas as operações que não satisfaçam os diversospadrões de risco e outras que não se enquadrem na estratégia definida.

O conhecimento em profundidade dos níveis de exposição e a gestão integrada dos riscosassumidos, tornam-se fundamentais para a prossecução dos objectivos estabelecidos, contribuindopara a criação de valor para os Accionistas.

O modelo de gestão implementado baseia-se na separação das funções de medição, de decisão ede controlo dos riscos, tendencialmente compatíveis com as recomendações do Comité de Basileia.

As categorias de risco consideradas são as seguintes: risco de crédito, de mercado (nas suascomponentes risco taxa de juro, cambial, cotações e índices) e de liquidez.

Neste âmbito continuamos a acompanhar o processo de revisão dos requisitos de capital,elaborado pelo Comité de Supervisão Bancária de Basileia (Acordo de Basileia II). Este processo derevisão, reconhecendo algumas limitações ao actual acordo, propõe uma maior relação entre osperfis de risco assumidos e os requisitos de capital, aproximando os conceitos de capitalregulamentar e de capital económico, permitindo às Instituições Financeiras a utilização deparâmetros calculados internamente para a sua determinação. Estabelece ainda um requisitoadicional de capitais para os riscos operacionais, reforça o papel das autoridades de supervisão(Pilar II Processo de Supervisão) e reafirma a necessidade de prestar mais e melhor informaçãoaos mercados (informação qualitativa e quantitativa) sobre a gestão do risco das InstituiçõesFinanceiras (Pilar III Disciplina de Mercado).

A nova regulamentação traz às instituições financeiras maiores responsabilidades já que asmetodologias mais avançadas dependem da capacidade de desenvolvimento de modelos internosválidos, que sejam sensíveis aos riscos específicos de cada instituição. O Finibanco, com o apoio deconsultores externos, já tem em curso o processo de desenvolvimento desses modelos.

Risco de Crédito

O risco de crédito encontra-se associado à possibilidade de incumprimento efectivo da contraparte,que se consubstancia no não pagamento integral ou parcial e pontualmente, quer do capital emdívida, quer dos juros correspondentes aos empréstimos efectuados. Representa a componente derisco com maior relevo na actividade do Finibanco.

Os objectivos, políticas e estratégias da gestão do risco de crédito encontram-se consubstanciadasem documento próprio emanado do Conselho de Administração e configuram as linhas mestras deactuação nesta área. Nele se referem, nomeadamente, segmentos, sectores e produtos alvo, bemcomo a tipologia das operações a privilegiar, sempre assentes nos princípios da diversificação,segurança, rendibilidade, liquidez, avaliação do risco de crédito e colegialidade na decisão decrédito.

A gestão do risco de crédito no Finibanco tem como base os princípios instituídos no RegulamentoGeral de Crédito e a independência nas diversas fases do processo creditício: análise, aprovação,acompanhamento das operações e monitorização da carteira.

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A análise do risco de crédito tem por base a avaliação do cliente, o “rating”, o produto, asgarantias/colaterais, a maturidade da operação e a consonância com as estratégias de negóciodefinidas. São estabelecidos limites de exposição por contraparte. Pretende-se constituir umacarteira sã, que tenha subjacente decisão fundamentada em apreciação que pondere, de formaequilibrada, os factores subjectivos e objectivos.

Para a classificação e avaliação do risco dos clientes-empresas, dispomos de aplicativo específico,que inclui as componentes qualitativa e quantitativa, com avaliação da posição do sector em que aempresa se insere.

Para o crédito ao consumo, crédito à habitação, cartões de crédito e pequenos negócios, aavaliação do perfil de risco dos clientes é efectuada através do sistema de “Credit Scoring”, commódulos específicos para cada tipo de crédito.

No ano de 2004, foi implementado um sistema electrónico de gestão e concessão de crédito.

O Finibanco utiliza um sistema de “pricing” e risco que visa dar transparência aos preços praticadose que tem por base o risco de cada um, calculado por metodologia interna e traduzido em fundospróprios alocados à operação, as contrapartidas obtidas e a rentabilidade-objectivo para os capitaispróprios alocados.

Para o acompanhamento das operações de crédito, está criado um órgão que se denominaGabinete de Acompanhamento de Crédito. Através dele pretende-se identificar antecipadamenteclientes com elevada propensão ao incumprimento das suas responsabilidades e prevenir situaçõesde degradação. Está a desenvolver-se internamente software específico de suporte a esta unidade.

No processo de monitorização, para além do acompanhamento individualizado por operação e porcliente, procede-se à análise regular da qualidade e da estrutura da carteira de crédito. Exerce-sevigilância sobre a concentração de responsabilidades, nomeadamente, sectorial, geográfica, porcliente, por produto, por notação de “rating” e por maturidade, entre outras. Procede-se àavaliação dos activos recebidos como garantias/colaterais das operações de crédito, por forma agarantir as coberturas desejadas. Paralelamente, analisa-se a evolução do crédito vencido, o graude cobrabilidade estimado e a adequação das provisões constituídas.

Desenvolveu-se um modelo interno de avaliação da qualidade da carteira de crédito que, partindoda análise das características das operações de crédito, se concretiza na alocação de capitaleconómico por unidade de negócio e na utilização da metodologia RAROC, para determinação darespectiva rendibilidade.

Estão disponíveis sistemas de alerta para situações atípicas, destinados à estrutura comercial.Dispõe-se, ainda, de informação diária, via intranet, das situações de incumprimento.

Nos casos de incumprimento, e cumpridos os prazos limite de permanência nesta condição noâmbito das Direcções Comerciais, procede-se à transferência dos créditos para o Serviço deRecuperação e Contencioso, órgão que empreende todas as acções necessárias à recuperação docrédito.

No âmbito do Acordo Basileia II, com implementação prevista para o final de 2006, continuou-se alançar as bases para o desenvolvimento de metodologias internas, rigorosas quanto aos riscosassumidos em cada operação e adaptadas às suas características específicas. A criação deestruturas de informação com capacidade de armazenamento e de sistematização de dadosrelativos aos clientes e às operações, que permitam o tratamento estatístico do risco e a suaposterior validação, foram os passos dados no decurso do exercício.

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Com o apoio de entidades externas, deu-se início a um processo de desenvolvimento eimplementação de um modelo estatístico de avaliação e quantificação do risco de crédito, comdeterminação das probabilidades de incumprimento e medição das perdas esperadas e nãoesperadas.

Nesta medida, prevê-se que durante o exercício de 2005 sejam apurados os componentes de risco“Probabilidade de incumprimento” (PD na terminologia de Basileia II), “Perda, dado oincumprimento” (LGD) e “Exposição no incumprimento” (EAD), por grupos homogéneos,conducentes a uma melhor compreensão do risco de crédito existente. O Finibanco passará adispor de “outputs” baseados em modelos estatísticos para avaliação das perdas esperadas (quedeverão ser cobertas por provisões) e das perdas não esperadas (cobertas pelo capital económico).

Risco de Mercado

O risco de mercado consiste na possibilidade de ocorrerem perdas nas posições patrimoniais eextrapatrimoniais em função de movimentos adversos dos preços de mercado (taxas de juro,câmbios e cotações e índices).

A avaliação interna da exposição ao risco de mercado utiliza um sistema interno do cálculo do VaR– “Value at Risk” – segundo as directrizes do BIS, nomeadamente, distribuição normal de variaçõesdos preços, avaliação da perda potencial num horizonte temporal de duas semanas e 99% de graude confiança. Igualmente são impostos limites às posições, sendo estas monitorizadas diariamente,nuns casos, e semanalmente noutros.

Mil Euro

VaR 31-Dez-04Risco de Cotações e Índices 1.334,7Risco Cambial 15,9

1.350,6

Relativamente ao risco da taxa de juro são igualmente realizadas análises de sensibilidade queestimam o impacto na margem financeira, a 12 meses, de uma alteração de 100 pontos base nastaxas de juro de mercado. Durante todo o ano de 2004, a sensibilidade da margem financeira foisempre inferior ao limite estabelecido para a exposição a este risco.

Procede-se ainda à análise de “gaps” de taxas de juro dos activos e passivos (desfasamento entreos prazos de revisão de taxas de juro), que permite detectar concentrações de risco de taxa dejuro nos diversos prazos.

No exercício de 2005, o tratamento do risco de taxa juro continuará a merecer particular atenção.Tendo sido tomada a decisão de concentrar num só aplicativo a avaliação, a quantificação e agestão do risco de taxa de juro de todo o balanço, este será desenvolvido, quer na vertente derisco de preço, quer na vertente de risco de reinvestimento, com a introdução de modelos deDuração de Resultados e Situação Líquida.

Risco de Liquidez

O risco de liquidez consiste no risco de perdas resultantes da incapacidade de fazer face acompromissos assumidos, por indisponibilidade de fundos líquidos ou dificuldades na sua obtençãoa preços de mercado, nos mercados monetários.

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A gestão da liquidez de curto prazo incide na análise de todos os fluxos previstos para umdeterminado horizonte temporal e na avaliação dos meios disponíveis para fazer face a eventuaisnecessidades de liquidez, que podem passar pela disponibilidade de linhas de crédito ou peladetenção em carteira de instrumentos financeiros de elevada liquidez.

A avaliação do risco de liquidez de médio e longo prazo é efectuada tendo por base adesagregação de todos os activos e passivos pelos prazos residuais, determinando os “gaps”directos e acumulados (“gap” de liquidez). Efectuam-se análises de sensibilidade da liquidezprojectando cenários quanto ao comportamento das massas de balanço. Igualmente se controlaperiodicamente a previsão de endividamento nos mercados monetários, face à evolução dos “gaps”de liquidez. O órgão gestor do risco de liquidez elabora planos de contingência para fazer face aeventuais dificuldades devidas a causas internas ou externas (comportamento dos mercados).

No âmbito da gestão do risco de liquidez, e no que respeita à cobertura de activos de médio elongo prazo, o Finibanco continua a recorrer à emissão de obrigações de caixa e de obrigaçõessubordinadas.

No ano de 2004 prosseguiu o programa de titularização de activos (sobre operações de crédito aoconsumo) iniciado no ano anterior.

Risco Operacional

O risco operacional consiste no risco de perdas resultantes de falhas internas ao nível dos sistemas,procedimentos ou recursos humanos, ou da ocorrência de acontecimentos externos.

Ao nosso nível a mitigação do risco operacional passa pelo estabelecimento claro de normas,procedimentos e mecanismos de controlo, devidamente documentados e individualmentedivulgados. À Direcção de Auditoria e Controlo Interno cabe a tarefa de proceder à análise eavaliação do cumprimento desse normativo.

O Serviço de Controlo e Formalização, órgão estrutural que tem por objectivo tratar, acompanhar esupervisionar todas as acções processuais inerentes ao controlo e formalização dos contratos decrédito, assegura a devida articulação com as estruturas operacionais e de negócio.

Para minimizar os riscos de erro humano, para além das acções de formação presenciais, que sãofeitas, encontra-se disponível na Intranet, um manual de formação bancária que permite umaconsulta imediata, abordando os diversos temas relacionados com a actividade bancária adequadosà realidade. Todo o normativo interno se encontra também disponível na Intranet.

No exercício em análise prosseguiu-se o levantamento, por unidade orgânica, das situações derisco que possam ocorrer, a identificação dos factores de risco e a implementação das medidaspara os eliminar ou minimizar. Este trabalho prosseguiu com o início do desenvolvimento de ummodelo quantitativo de apuramento de perdas relacionadas com o risco operacional. Emconsequência, está a ser desenvolvida uma aplicação que, apoiada em modelos estatísticos quetrabalham sobre uma base de dados histórica com as perdas verificadas e os factores de risco queas originaram, possibilitará a alocação de capital económico por categoria de risco operacional,acompanhando as metodologias mais avançadas, preconizadas no Acordo Basileia II em matéria demedição de riscos operacionais.

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2.6 Área de Operações, Organização e Sistemas de Informação

Previstos no plano anual da Área de Sistemas de Informação para o exercício de 2004 foram nestedomínio realizados importantes investimentos, quer ao nível de infraestruturas, quer das aplicaçõesoperacionais, de gestão e de controlo.

No âmbito das infraestruturas, procedeu-se à implementação do plano de migração de WindowsNT para Windows 2003, em consequência do que se promoveu a substituição de todos osequipamentos construtores de domínios.Deu-se continuidade à acção anteriormente desenvolvida no sentido de proceder à robotização dastarefas de back ups unattended, com vista a reduzir substancialmente a intervenção manual quenelas se fazia.

Procedeu-se ainda à migração para Windows 2000 da infraestrutura de suporte a canais nãopresenciais, operação que abrange o NetBanking e a Banca Telefónica.

No que respeita ao desenvolvimento aplicacional, mereceu particular atenção a inclusão de novasfuncionalidades no NetBanking e o reforço da segurança das operações efectuadas por esta via,através da implementação de um cartão de coordenadas aplicável a todas as transacções emovimentos que tragam implícita qualquer alteração de património.

Foram também efectuados aperfeiçoamentos em diversos aplicativos funcionais, com vista àmelhoria da produtividade e ao reforço da qualidade do serviço prestado, como é o caso da gestãode pagamentos a correspondentes e da adaptação dos sistemas internos aos requisitos da DirecçãoGeral do Tesouro.

Foram realizadas também novas aplicações relacionadas com o controlo de gestão, das quaismerecem especial referência a alocação automática de clientes a gestores de conta, em função decritérios objectivos, e a entrada em “velocidade de cruzeiro” do workflow do Sistema de Concessãode Crédito.

Concentrou-se grande esforço no desenvolvimento do Projecto Basileia II, abrangendo riscosfinanceiros e operacionais.

Tomou-se na devida conta e deu-se natural cumprimento às recomendações formuladas pelosauditores, designadamente no que respeita às melhores práticas de segregação de funções e àimplementação continuada de políticas de segurança.

2.7 Recursos Humanos

No exercício em análise assistiu-se ao crescimento do número de trabalhadores do Finibanco, queascendeu a 878. O aumento global cifrou-se em 43 trabalhadores, maioritariamente por força daabertura de onze novos Balcões.

A aposta na motivação, qualificação e desenvolvimento dos quadros, tem constituído o mote dagestão dos recursos humanos do Banco. Neste âmbito deu-se continuidade ao enfoque colocado naformação, privilegiando-se o recurso à formação interna, que foi dinamizada pela reorganização dasua estrutura, quer em termos materiais quer de staff, e não se descurou o recurso às parcerias jáexistentes com entidades externas.

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Conscientes de que, num mercado cada vez mais globalizado, a competitividade das empresaspassa, acima de tudo, pela melhor preparação, qualificação e valorização permanente do seuactivo mais precioso – o elemento humano –, os esforços desenvolvidos orientaram-se no sentidode incrementar as competências dos empregados indispensáveis para atingir aquele desiderato,dotando-os de flexibilidade e polivalência funcional e mentalizando-os para a adaptação àmudança.

Neste contexto, para além do programa de acolhimento e integração, organizado internamente edestinado aos elementos admitidos, mantivemos uma estreita colaboração com o Instituto deFormação Bancária, na especialização das técnicas bancárias.

No domínio da formação de acolhimento e integração, perspectivando necessidades futurasresultantes do crescimento global do Banco e da expansão da rede comercial, realizaram-sediversas edições do Programa de Formação para Estagiários, assente em três grandes vectores:

• Formação em sala sobre técnicas, operações bancárias e organização interna, tendo comosuporte o manual de formação do Banco;

• Conhecimento da estrutura orgânica, com uma passagem pelos serviços centrais;

• Formação em ambiente de trabalho, colocando os jovens nos Balcões e preparando-os para oinício da sua carreira.

Ainda no âmbito desta realidade e sabendo que a Internet se assume hoje como um repositório deinformação que pode ser pesquisado em qualquer local, a qualquer hora e de acordo com o ritmode cada um, o Finibanco adoptou também o sistema de formação on-line/e-learning. Assim,negociou-se um protocolo para utilização de uma plataforma fornecida pelo Instituto de FormaçãoBancária, através do qual são ministrados alguns cursos de relevante interesse para a actividade daInstituição, nomeadamente Meios de Pagamento, Produtos Bancários e Financeiros, DireitoBancário e Crédito, cuja entrada em funcionamento se perspectiva venha a ocorrer ao longo doprimeiro semestre de 2005.

No plano motivacional, o Finibanco procurou corresponder aos anseios e expectativas dos seustrabalhadores, proporcionando-lhes oportunidades de evolução de carreira, apostando noenriquecimento das funções e na atribuição de maiores responsabilidades e autonomia funcional,acompanhadas de esquemas de incentivos e de melhorias salariais associadas ao desempenho.Merece referência especial o desenvolvimento de um mecanismo de suporte à gestão dodesempenho, designado Sistema de Objectivos e Incentivos (SOI), destinado à rede comercial,cuja primeira fase de estudo se encontra concluída e cuja implementação ocorrerá durante oprimeiro semestre de 2005, sistema que constituirá, sem dúvida, um instrumento de gestão deprimordial importância.

Na linha de orientação que visa dar suporte à estratégia global de crescimento do nosso Bancoprosseguiram-se práticas criteriosas de recrutamento de elementos, essencialmente para as novasunidades de negócio criadas, e adoptaram-se medidas reorganizativas e de redimensionamento deefectivos em alguns órgãos estruturais, agilizando-se procedimentos e circuitos no sentido de lhesconferir maior eficácia organizacional.

Merecem ainda referência especial as preocupações sociais, quer junto dos colaboradores, ondenos temos procurado manter vigilantes, aprovando-se medidas de cariz social, nomeadamente afixação de taxas bonificadas para os créditos, quer na comunidade, através do apoio a programasdestinados aos jovens, criando estágios curriculares e apoiando a inserção na vida activa,disponibilizando estágios profissionais.

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Neste âmbito merece referência especial o PEJENE-Programa de Estágios de Jovens Estudantes doEnsino Superior nas Empresas, organizado pela Fundação da Juventude; a Licenciatura em GestãoBancária, ministrada pelo Instituto Superior de Gestão Bancária; a Licenciatura em Psicologia Socialdo Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa; o Curso Geral Bancário, ministradopelo Instituto de Formação Bancária em colaboração com o IEFP e o Curso Técnico de Banca eSeguros, ministrado pelo Instituto de Educação Técnica de Seguros.

2.8 Análise Económica e Financeira

2.8.1 Balanço

O Activo líquido do Finibanco atingiu 1.697 milhões de euros, havendo crescido 9% em 2004.

Os Outros créditos sobre IC's registaram um aumento de 13,3 milhões de euros, enquanto asDisponibilidades diminuíram em 6,1 milhões de euros.

Activo líquidoActivo líquidoActivo líquidoActivo líquido mil euros % mil euros % mil euros %

Disponibilidades 102,210 6.6 96,118 5.7 (6,092) (6.0)

Crédito s/ outras IC's 52,070 3.3 65,356 3.9 13,286 25.5

Crédito s/ Clientes 1,202,445 77.2 1,319,904 77.8 117,459 9.8

Carteira de títulos 115,281 7.4 60,814 3.6 (54,467) (47.2)

Imobilizações financeiras 2,021 0.1 2,021 0.1 0 0.0

Imobilizações 27,651 1.8 29,872 1.8 2,221 8.0

Acções próprias 0 0.0 0 0.0 0 -

Outros activos e contas de regularização 55,669 3.6 123,401 7.3 67,732 121.7

TotalTotalTotalTotal 1,557,3471,557,3471,557,3471,557,347 100.0 1,697,4861,697,4861,697,4861,697,486 100.0 140,139 9.0

Dez-03Dez-03Dez-03Dez-03 Dez-04Dez-04Dez-04Dez-04 2004/20032004/20032004/20032004/2003

(mil euros)Carteira de crédito a Clientes 31-12-2003 31-12-2004

e provisões

Carteira de crédito a Clientes (bruta) 1,234,422 1,353,922

(-) Crédito Provisionado a 100% (17,969) (19,450)

1,216,453 1,334,472

Crédito vencido total 40,487 36,152

(-) Crédito provisionado a 100% (17,969) (19,450)

22,518 16,703

Crédito vencido há mais de 90 dias 36,703 31,861

(-) Crédito provisionado a 100% (17,969) (19,450)

18,735 12,411

Provisões totais para crédito(*) 43,728 47,008

(-) Crédito provisionado a 100% (17,969) (19,450)

25,759 27,558

Crédito vencido em percentagem do crédito total

Rácio de crédito vencido total 1.9% 1.3%

Rácio de crédito vencido há mais de 90 dias 1.5% 0.9%

Cobertura por provisões totais para crédito

do crédito vencido total 114.4% 165.0%

do crédito vencido há mais de 90 dias 137.5% 222.0%

Crédito com incumprimento (**) / Crédito total 3.3% 2.7%

Crédito com incumprimento, líquido / Crédito total líquido 0.7% 0.2%

Nota:Não há créditos com garantia do Estado(*) Inclui as provisões para crédito vencido, créditos de cobrança duvidosa, riscos gerais de crédito

e risco país associadas à carteira de clientes(**)

De acordo com o critério definido pelo Banco de Portugal o crédito em incumprimento engloba o

crédito vencido há mais de 90 dias e o crédito de cobrança duvidosa reclassificado como vencido

para efeitos de provisionamento nos termos da alínea a) do nº1 do nº 4 do Aviso 3/95

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A rubrica Crédito a clientes líquido de provisões, cresceu 117,5 milhões de euros, correspondentesa um acréscimo de 9,8%. O crédito a cliente líquido de provisões reforçou o seu peso no activolíquido, passando de 77,2% para 77,8% no final do exercício.

Os Indicadores de qualidade do crédito evidenciaram uma melhoria significativa, confirmada pelo“rácio” do crédito em incumprimento, calculado segundo a definição do Banco de Portugal, que sesituou em 2,7% do crédito total contra 3,3% em 31 de Dezembro de 2003. O crédito vencido totalregistou uma redução de 4,3 milhões de euros (-10,7% face a 2003) e a sua cobertura porprovisões foi reforçada em 20,4%, situando-se em 130% no final do exercício.

O rácio de crédito vencido atingiu 2,7% do total da carteira de crédito, e diminuiu 18,6% face a2003. O crédito vencido há mais de 90 dias também evoluiu positivamente, passando de 3,0%para 2,4%.

A carteira de crédito vencido total, deduzido dos créditos totalmente provisionados, registou umaevolução positiva, passando a representar 1,3% da carteira total (era de 1,9% em Dezembro de2003). O rácio de crédito vencido há mais de 90 dias era de 1,5% e é agora de 0,9%. A coberturapor provisões do crédito total deduzido do totalmente provisionado, está em 165%, e é de 222%para o crédito vencido há mais de 90 dias.

A Carteira de títulos registou um decréscimo de 54,5 milhões de euros, em consequência daalteração de contabilização dos empréstimos obrigacionistas da empresa mãe (45 milhões de eurosem 2003), que passou a ser feita na rubrica Outros activos (29,8 milhões de euros em 2004) e dadiminuição da carteira de títulos de rendimento variável.A Carteira de títulos líquida de provisões ascendia a 60,8 milhões de euros, dos quais as obrigaçõese outros títulos de rendimento fixo representam 50,3%.

O imobilizado líquido apresentou um aumento de 2,2 milhões de euros, correspondendo-lhe umcrescimento de 8%, reflexo do custo da abertura de 11 novos Balcões e da preparação de outroscom lançamento previsto para o início de 2005.

Os Outros activos (83,9 milhões de euros) e Contas de regularização (39,5 milhões de euros)somaram 123,4 milhões de euros, registando um acréscimo de 67,7 milhões de euros em termoshomólogos. Esta rubrica reflecte o impacto da alteração de contabilização dos empréstimosobrigacionistas (29,8 milhões de euros) detidos e emitidos pela empresa mãe e um crédito que aesta foi efectuado no montante de 21,7 milhões de euros, na sequência da operação de venda doFini International (Cayman).

A rubrica Outros activos inclui as aplicações por recuperação de créditos, no montante de 30,8milhões de euros (30,4 milhões de euros em 2003).

A rubrica Débitos para com Instituições de Crédito registou uma diminuição de 16,1 milhões deeuros.

PassivoPassivoPassivoPassivo mil euros % mil euros % mil euros %

Débitos p/ com Instituições de Crédito 65,311 4.2 49,196 2.9 (16,115) (24.7)

Débitos p/ com Clientes 1,259,476 80.9 1,371,833 80.8 112,357 8.9

Obrigações em circulação 45,210 2.9 62,639 3.7 17,429 38.6

Outros passivos e contas de regularização 26,165 1.7 33,066 1.9 6,901 26.4

Provisões 15,006 1.0 13,894 0.8 (1,112) (7.4)

Passivos Subordinados 62,944 4.0 62,944 3.7 0 0.0

Capitais próprios 80,527 5.2 101,180 6.0 20,653 25.6

Lucro Exercicio 2,708 0.2 2,734 0.2 26 1.0

TotalTotalTotalTotal 1,557,3471,557,3471,557,3471,557,347 100.0 1,697,4861,697,4861,697,4861,697,486 100.0 140,139 9.0

Dez-03Dez-03Dez-03Dez-03 Dez-04Dez-04Dez-04Dez-04 2004/20032004/20032004/20032004/2003

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Os Depósitos de clientes registaram um crescimento de 8,9% atingindo 1.372 milhões de euros.

Os Recursos de clientes (depósitos + obrigações em circulação + empréstimos subordinados),cresceram 9,5% e representaram 88,3% do Activo líquido no final do exercício.O saldo da rubrica de Obrigações em circulação aumentou 17,4 milhões de euros e passou afinanciar 3,7% do Activo líquido.

Os Passivos subordinados representam 3,7% do total do passivo e situação líquida e atingem 62,9milhões de euros. Em 2004 não foram emitidos nem amortizados quaisquer empréstimossubordinados.

As Provisões registaram uma diminuição de 1.112 mil de euros, situando-se em 13,9 milhões deeuros. A redução verificada nesta rubrica resulta da reafectação de provisões para outros riscos eencargos existentes em 2003, no montante de 2,8 milhões de euros, para provisões para créditovencido. As provisões para riscos gerais de crédito representam 93,5% do total e o restante refere-se essencialmente a provisões para impostos diferidos.

Os Capitais próprios ascendem a 101,2 milhões de euros, tendo registado um crescimento de 20,7milhões de euros relativamente ao período homólogo. Para este acréscimo contribuiu o aumentode capital, no montante de 20 milhões de euros, realizado em Junho de 2004.

O rácio de Solvabilidade situa-se em 9,8%, tendo registado um aumento de 1,6 pontos percentuaisrelativamente ao exercício anterior, em consequência do referido reforço dos capitais próprios.

2.8.2 Demonstração de Resultados

O Produto bancário ascendeu a 80,4 milhões de euros, correspondendo-lhe um crescimento de6,7% relativamente a 2003, ou seja, mais 5,1 milhões de euros.

A Margem financeira aumentou 2,3% contribuindo esta componente em 70,8% para o produtobancário.

Dez-03Dez-03Dez-03Dez-03 Dez-04Dez-04Dez-04Dez-04 2004/20032004/20032004/20032004/2003

Demonstração de ResultadosDemonstração de ResultadosDemonstração de ResultadosDemonstração de Resultados mil euros % mil euros % mil euros %

Margem financeira 55,675 73.9 56,946 70.8 1,271 2.3

Outros resultados correntes 19,674 26.1 23,474 29.2 3,800 19.3

Rendimento de títulos 30 0.0 158 0.2 128 426.7

Comissões líquidas 12,802 17.0 14,416 17.9 1,614 12.6

Resultados em operações financeiras 591 0.8 3,224 4.0 2,633 445.5

Outros proveitos líquidos 6,251 8.3 5,676 7.1 (575) (9.2)

Produto bancário Produto bancário Produto bancário Produto bancário 75,34975,34975,34975,349 100.0100.0100.0100.0 80,42080,42080,42080,420 100.0100.0100.0100.0 5,0715,0715,0715,071 6.76.76.76.7

Provisões líquidas 19,711 26.2 20,353 25.3 642 3.3

Encargos de estrutura 52,362 69.5 56,572 70.3 4,210 8.0

Gastos administrativos 46,582 61.8 49,820 61.9 3,238 7.0

Amortizações 5,780 7.7 6,752 8.4 972 16.8

Resultados extraordinários (13) (0.0) 169 0.2 182 -

Resultados antes de impostosResultados antes de impostosResultados antes de impostosResultados antes de impostos 3,2633,2633,2633,263 4.34.34.34.3 3,6643,6643,6643,664 4.64.64.64.6 401401401401 12.312.312.312.3

Impostos sobre os lucros 555 0.7 930 1.2 375 67.6

Lucro do períodoLucro do períodoLucro do períodoLucro do período 2,7082,7082,7082,708 3.63.63.63.6 2,7342,7342,7342,734 3.43.43.43.4 26262626 1.01.01.01.0

Cash-flow antes de impostosCash-flow antes de impostosCash-flow antes de impostosCash-flow antes de impostos 28,75428,75428,75428,754 38.238.238.238.2 30,76930,76930,76930,769 38.338.338.338.3 2,0152,0152,0152,015 7.07.07.07.0

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Os Outros resultados correntes apresentam um crescimento de 19,3% (+3,8 milhões de euros),por força do aumento dos resultados em operações financeiras e das comissões líquidas, nosmontantes de 2,6 milhões de euros e de 1,6 milhões de euros, respectivamente.

Os Resultados em operações financeiras cifraram-se em 3,2 milhões de euros e cresceram 2,6milhões face a 2003, por força do bom desempenho da área de negociação.

As Comissões líquidas aumentaram 12,6%, situando-se em 14,4 milhões de euros. As comissõesassociadas à actividade comercial subiram 15,1%, representando 63,8% das comissões totais. Ascomissões provenientes de cartões e transferência de valores, registaram um incremento de 21,3%face a 2003.

Os Outros proveitos líquidos ascenderam a 5,7 milhões de euros e patenteiam um decréscimo facea 2003, em resultado da diminuição dos proveitos da recuperação de créditos abatidos (646 mileuros).

Os Encargos de estrutura representam 70,3% do Produto Bancário, reflectindo o reforço operadono quadro de pessoal e nos custos de funcionamento, por força da abertura dos novos Balcõesfeita em 2004 e da preparação dos que se espera abrir no início de 2005.

Em 2004 foram constituídas Provisões, líquidas de anulações, no montante de 20,4 milhões deeuros, 93,4% das quais destinadas à cobertura de riscos de crédito. A rubrica Provisões para títulosinclui o reforço efectuado para Obrigações Subordinadas da Aqua Finance nº1 Limited (operaçãode securitização), no montante de 3,8 milhões de euros.

As Provisões constituídas em 2004 representam 25,3% do Produto bancário e registam umaumento de 3,3% face a 2003.

Os Resultados antes de impostos cresceram 12,3% relativamente a 2003. A dotação para Impostosobre lucros aumentou 375 mil euros, traduzindo-se numa taxa de tributação de 25,4%.

Os Resultados líquidos foram de 2,7 milhões de euros e o “Cash-Flow”, antes de impostos, situou-se em 30,8 milhões de euros, representando um crescimento de 7,0% face a 2003.

2.8.3 Planos para a Adopção das Normas de Relato Financeiro (IAS/IFRS)

Com o apoio de consultores externos, o Grupo Finibanco encetou, no decurso de 2004, uma sériede procedimentos com vista à implementação dos IAS/IFRS

• Identificação das principais divergências e impactos ao nível das políticas contabilísticas;

• Discussão das alternativas previstas, quando aplicável;

• Identificação das áreas mais afectadas pela sua implementação;

• Cálculo dos impactos da introdução dos IAS, tendo por base as regras do “first time adoption”.

De entre as áreas mais afectadas com a introdução dos IAS, destaca-se a área de Crédito ondeforam já desenvolvidas medidas conducentes à preparação de sistemas que permitam a obtençãoda informação necessária ao registo do custo amortizado.

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No cálculo da Imparidade no Crédito utilizar-se-á a informação gerada pelo Projecto Basileia II enomeadamente as “Probabilidades de Incumprimento” (PD), as “Perdas dado o Incumprimento”(LGD) e os prazos de recuperação que permitirão o desconto dos Cash-Flows.

Deu-se início à preparação do plano funcional e técnico sobre as modificações necessárias nosprocessos e sistemas de informação e logo que concluída a fase de implementação serão revistasas demonstrações financeiras consolidadas convertidas.

3. Aplicação de Resultados

No exercício de 2004 o Finibanco, SA obteve um lucro de 2.733.852,98 euros, para o qual, emcumprimento de instruções que nos foram superiormente transmitidas, se propõe a seguinteaplicação:

Para Reserva Legal (10%) 273.385,30 euros

Para Reservas Livres 2.460.467,68 euros

Total 2.733.852,98 euros

4. Nota Final

Para terminar o presente Relatório, queremos expressar algumas palavras de agradecimento queentendemos de toda a justiça dever dirigir:

• Às Autoridades Monetárias e Financeiras, pela compreensão e pelo diálogo que souberamcolocar nos contactos havidos;

• Aos Órgãos Sociais, Mesa da Assembleia Geral e Revisor Oficial de Contas e Auditor Ernst &Young Audit & Associados-SROC, SA, pelo prestimoso apoio, nunca regateado;

• Aos Colaboradores do Finibanco, pelo empenhamento e dedicação que colocaram nodesempenho das suas funções;

• Ao Conselho de Administração do Finibanco-Holding SA, pelo interesse demonstrado noacompanhamento da nossa actividade e pela confiança com que nos privilegiou.

Porto, 21 de Fevereiro de 2005O Conselho de Administração

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASem 31 de Dezembro de 2004

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FINIBANCO, S.A.

BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003

(Montantes expressos em milhares de Euros)

2004 2003Valor Amortizações Valor Valor

ACTIVO Notas bruto e provisões líquido líquido PASSIVO E CAPITAIS PRÓPRIOS Notas 2004 2003

1. Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais 51.1 62,113 - 62,113 56,154 1. Débitos para com Instituições de Crédito2. Disponibilidades à vista sobre Instituições de Crédito 51.2 34,005 - 34,005 46,056 a) À vista 18.1 1,045 3,3163. Outros créditos sobre Instituições de Crédito 14.1 65,356 - 65,356 52,070 b) A prazo ou com pré-aviso 18.1 48,151 61,9954. Créditos sobre Clientes 14.2 e 24 1,353,922 34,018 1,319,904 1,202,445 2. Débitos para com clientes5. Obrigações e outros títulos de rendimento fixo a) Depósitos de poupança 18.2 32,233 30,678 a) Emissores públicos 10.1 e 24 14,982 - 14,982 14,537 b) Outros débitos b) Outros emissores 10.1 e 24 29,188 13,609 15,579 64,860 ba) À vista 18.2 453,315 450,2396. Acções e outros títulos de rendimento variável 10.2 e 24 33,824 3,570 30,254 35,883 bb)A prazo 18.2 886,285 778,5597. Participações 10.3 2,021 - 2,021 2,021 3. Débitos representados por títulos8. Partes de capital em empresas coligadas - - - - a)Obrigações em circulação 19 62,639 45,2099. Imobilizações incorpóreas 11 9,651 8,325 1,326 1,704 4. Outros passivos 31.2 9,570 7,58310. Imobilizações corpóreas 11 59,054 30,508 28,546 25,947 5. Contas de regularização 27.2 23,496 18,583 Das quais: [Imóveis] [24.414] [10.654] [13.760] [11.518] 6. Provisões para riscos e encargos13. Outros activos 31.1 e 24 84,529 591 83,938 33,157 b) Outras provisões 24 13,894 15,00615. Contas de regularização 27.1 39,462 - 39,462 22,513 8. Passivos subordinados 22 62,944 62,944

9. Capital subscrito 29 100,000 80,00011. Reservas 1,180 52714. Lucro do exercício 2,734 2,708

Total do Activo 1,788,107 90,621 1,697,486 1,557,347 Total do Passivo e dos Capitais Próprios 1,697,486 1,557,347

RUBRICAS EXTRAPATRIMONIAISPassivos eventuais 23 90,977 102,400 Dos quais: [Cauções e activos dados em garantia] [11.032] [10.845]

Compromissos 23 111,309 88,742

As notas anexas fazem parte integrante do balanço em 31 de Dezembro de 2004.

A TÉCNICA OFICIAL DE CONTAS, O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO,

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FINIBANCO, S.A.

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003

(Montantes expressos em milhares de Euros)

CUSTOS Notas 2004 2003 PROVEITOS Notas 2004 2003

1. Juros e custos equiparados 51.4 49,337 41,820 1. Juros e proveitos equiparados 51.3 106,283 97,4952. Comissões 1,201 835 Dos quais:3. Prejuízos em operações financeiras 51.5 60,040 58,772 [De títulos de rendimento fixo] [3.787] [4.811]4. Gastos gerais administrativos 2. Rendimento de títulos

a) Custos com o pessoal 31,063 27,505 a) Rendimento de acções, de quotas e de outrosDos quais: títulos de rendimento variável 33 -

[Salários e vencimentos] [24.468] [21.815] b) Rendimento de participações 125 30[Encargos sociais] [6.477] [5.372] 3. Comissões 15,617 13,636 Dos quais: 4. Lucros em operações financeiras 51.5 63,264 59,363 [Com pensões] 49 [2.143] [1.405] 5. Reposições e anulações respeitantes a correcções de

b) Outros gastos administrativos 18,758 19,077 valor relativas a créditos e provisões para passivos5. Amortizações do período 11 6,752 5,781 eventuais e para compromissos 24 10,364 6,1786. Outros custos de exploração 39.1 322 232 7. Outros proveitos de exploração 39.1 6,221 6,6667. Provisões para crédito vencido e para outros riscos 25 30,717 25,889 9. Ganhos extraordinários 39.2 990 92510. [Resultado da actividade corrente] [3.717] [3.458]11. Perdas extraordinárias 39.2 820 93713. Impostos sobre lucros 41 930 55514. Outros impostos 223 18215. Lucro do exercício 2,734 2,708

202,897 184,293 202,897 184,293

As notas anexas fazem parte integrante da demonstração de resultados do exercício de 2004.

A TÉCNICA OFICIAL DE CONTAS, O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO,

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FINIBANCO, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS POR FUNÇÕES

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003

(Montantes expressos em milhares de Euros)

2004 2003

Margem financeira 56,946 55,675

Provisões para Riscos de Crédito (19,005) (14,521)

Margem financeira líquida 37,941 41,154

Comissões líquidas 14,415 12,801

Outros resultados de exploração líquidos 5,676 6,252

Margem de serviços 20,091 19,053

Rendimento de títulos 158 30

Resultados em operações financeiras 3,224 591

Provisões para depreciação de títulos (3,588) (5,838)

Resultado antes de custos de transformação 57,826 54,990

Custos com o pessoal (31,063) (27,505)

Outros gastos administrativos (18,758) (19,077)

Amortizações do exercício (6,752) (5,781)

Custos de transformação (56,573) (52,363)

Resultado operacional 1,253 2,627

Outras provisões 2,240 648

Outros resultados extraordinários 171 (12)

Resultado antes de impostos 3,664 3,263

Impostos sobre lucros (930) (555)

Lucro do exercício 2,734 2,708

Lucro por acção (em Euros) 0.027 0.034

A TÉCNICA OFICIAL DE CONTAS, O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO,

As notas anexas fazem parte integrante da demonstração de resultados do exercício de 2004.

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2004 2003

ACTIVIDADES OPERACIONAIS:

Juros e comissões recebidos 120,728 114,495 Juros e comissões pagos (44,911) (39,734)Pagamentos ao pessoal (28,216) (24,739)Pagamentos de impostos (1,148) (714)Recuperação de crédito e juros anulados de exercícios anteriores 1,390 2,037 Fluxo das operações financeiras 5,089 537 Contribuições para o Fundo de Pensões (3,500) (2,515)Outros recebimentos e pagamentos operacionais (13,706) (20,015)

Fluxo líquido proveniente dos proveitos e custos 35,726 29,352

Diminuições (aumentos) em:Disponibilidades à vista sobre instituições de crédito 12,051 (5,492)Outros créditos sobre instituições de crédito (13,286) 101,311 Créditos sobre clientes (135,225) (140,075)Obrigações e outros títulos de rendimento fixo 45,774 9,042 Acções e outros títulos de rendimento variável 5,757 (29,195)Outros activos (66,000) (5,961)

Fluxo líquido proveniente dos activos operacionais (150,929) (70,370)

Aumentos (diminuições) em:Débitos para com instituições de crédito (16,114) (31,221)Débitos para com clientes 112,357 46,478 Outros passivos 3,892 (130)

Fluxo líquido proveniente dos passivos operacionais 100,135 15,127

Fluxos das actividades operacionais (1) (15,068) (25,891)

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:

Diminuições (aumentos) de imobilizado incorpóreo (594) (1,086)Diminuições (aumentos) de imobilizado corpóreo (8,379) (4,402)Mais (menos) valias líquidas realizadas na venda de imobilizado (41) 6 Dividendos recebidos e outros proveitos 125 30

Fluxos das actividades de investimento (2) (8,889) (5,452)

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:

Emissões de dívida titulada e subordinada 45,390 (36,972)Amortizações de dívida titulada (27,961) 52,968 Aumentos (diminuições) de Capital 20,000 -Juros de dívida titulada (5,459) (3,137)Dividendos pagos (1,500) (1,460)Impacto nas Reservas da Implementação da DC 25 (555) -

Fluxos das actividades de financiamento (3) 29,915 11,399

Aumento de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) 5,959 (19,944)Caixa e seus equivalentes no início do período (Nota 51.1) 56,154 76,098 Caixa e seus equivalentes no fim do período (Nota 51.1) 62,113 56,154

As notas anexas fazem parte integrante da demonstração de fluxos de caixa do exercício de 2004.

A TÉCNICA OFICIAL DE CONTAS, O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO,

FINIBANCO, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DE FLUXOS DE CAIXA

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003

(Montantes expressos em milhares de Euros)

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASem 31 de Dezembro de 2004

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FINIBANCO, S.A. ANEXO I

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em milhares de Euros - m€ - excepto quando expressamente indicado)

- 1 -

INTRODUÇÃO

O Finibanco, S.A. (Finibanco ou Banco) é uma sociedade anónima de capitais privados, com sede socialno Porto, constituída por escritura pública outorgada em 28 de Junho de 2001 no Cartório Notarial deVale de Cambra, actualmente com o capital social de Euros 100.000.000 representada por 100.000.000acções nominativas, tituladas, e cujo objecto social é a “realização de todas as operações permitidas aosbancos”.

O Finibanco, S.A. resultou da transferência de uma parte autónoma do estabelecimento bancário comtodo o seu aviamento, da sociedade anteriormente denominada Finibanco, S.A., hoje Finibanco-Holding,SGPS S.A.. Esta transferência inseriu-se no processo de reestruturação do Grupo Finibanco realizadocom efeitos a partir de 1 de Julho de 2001, pelo qual o Finibanco foi transformado em sociedade gestorade participações sociais, com a denominação Finibanco-Holding, SGPS S.A. e foi criado um novo bancopara substituição do anterior, também denominado Finibanco, S.A., que tomou a generalidade dopatrimónio e negócio bancário daquele, e que é detido a 100% pelo Finibanco-Holding, SGPS S.A., queocupa o topo da hierarquia do Grupo. Consequentemente, as transacções do Banco são influenciadaspelo Grupo em que se insere.

O Finibanco integra o denominado Grupo Finibanco que é composto por um grupo de empresasmultiespecializadas que oferecem um extenso leque de produtos e serviços financeiros para empresas einvestidores, institucionais e particulares.

Para a realização das suas operações, o Banco conta com uma rede nacional de 96 balcões, com umaSucursal nas Ilhas Cayman e uma Sucursal Financeira Exterior na Madeira.

O Banco obtém os seus principais recursos através dos mercados monetários interbancários e depósitos,os quais aplica, juntamente com os seus capitais próprios e equiparados, principalmente na concessãode crédito a clientes, em aplicações em outras instituições financeiras e em títulos de investimento e denegociação.

O Finibanco é detentor de unidades de participação do fundo a seguir identificado, cuja sociedadegestora é uma entidade do Grupo Finibanco:

Fundo Sede Actividade

% de unidades

de participação detidas

em 31 de Dezembro

de 2004

Finifundo Acções Internacionais Lisboa Fundo de Investimento Mobiliário 14,86 %

No cumprimento das normas emanadas pelo Banco de Portugal relativamente aos elementos parapublicação oficial explicitam-se a seguir, pela ordem especificada na Instrução 4/96, de 17 de Junho de1996, as informações sobre as rubricas mencionadas no Balanço e na Demonstração de Resultados.

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FINIBANCO, S.A. ANEXO I

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em milhares de Euros - m€ - excepto quando expressamente indicado)

- 2 -

1. Não foram efectuados quaisquer ajustamentos aos valores publicados no exercício anterior.

2. Não existem situações de ambiguidade ou incorrecção quanto à sua relevação contabilística.

3. BASES DE APRESENTAÇÃO E RESUMO DAS PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

Bases de Apresentação

As demonstrações financeiras foram preparadas com base nos registos contabilísticos do Banco e foramprocessadas de acordo com o Plano de Contas para o Sistema Bancário, estabelecido pelo Banco dePortugal na sequência da competência que lhe foi atribuída pelo nº 1 do Art. 115º do Regime Geral dasInstituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 deDezembro.

As demonstrações financeiras das Sucursais são combinadas com as da Sede, o que representa a suaactividade global, eliminando os saldos comuns. Os saldos dos respectivos balanços e demonstrações deresultados, incluindo activos fixos, situação líquida e resultados, são convertidos em Euros com base nocâmbio médio indicativo do Banco de Portugal à data do balanço.

Principais políticas contabilísticas

Os princípios contabilísticos mais significativos, utilizados na preparação das demonstrações financeiras,foram os seguintes:

3.1 Especialização do exercício

Os proveitos e custos reconhecem-se em função do período de vigência das operações de acordocom o princípio contabilístico da especialização de exercícios, isto é, são registados à medida quesão gerados, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos. Porém, quandouma operação activa se encontra vencida há mais de três meses sem garantias reais, o Bancosuspende o reconhecimento dos respectivos juros, que apenas são registados como proveitos nomomento em que são cobrados, sendo igualmente anulados todos os juros anteriormentereconhecidos e não pagos.

3.2 Obrigações, acções e outros títulos de rendimento fixo ou variável

As obrigações, acções e outros títulos de rendimento fixo ou variável correspondem a:

i) Títulos de negociação

São considerados títulos de negociação aqueles que são adquiridos com o objectivo devenda num prazo que não pode exceder seis meses e em que a natureza e volume dostítulos em carteira a transaccionar não oferecem dúvidas quanto à sua negociabilidade,face às condições de mercado.

As obrigações e outros títulos de rendimento fixo são registados pelo valor de aquisição ereavaliados diariamente com base no valor de mercado, acrescido do montante dos juroscorridos. Na ausência de valor de mercado, tais títulos são valorizados ao mais baixo docusto de aquisição acrescido dos juros corridos, ou ao valor presumível de mercado. Asdiferenças negativas ou positivas, que resultam da aplicação dos critérios anteriores, sãoregistadas como custos ou proveitos.

As acções são registadas ao valor de mercado ou, na sua ausência, ao menor dos valoresde aquisição ou presumível de mercado. As diferenças de valorização relativas a acçõesque integram a composição dos índices BVL30 e PSI20 e a acções que apresentemliquidez adequada são registadas como custos ou proveitos. As diferenças de valorizaçãorelativas a outras acções são registadas em “Conta de regularização” do activo ou dopassivo, consoante se trate de perdas ou de ganhos potenciais, dando as perdas lugar àconstituição de provisões (Notas 3.10, 10.2 e 24).

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FINIBANCO, S.A. ANEXO I

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em milhares de Euros - m€ - excepto quando expressamente indicado)

- 3 -

ii) Títulos de investimento

Os títulos de investimento são aqueles que são adquiridos com o objectivo de venda mascuja detenção, em regra, ultrapassa seis meses.

Os títulos emitidos a valor descontado encontram-se valorizados ao seu valor dereembolso (valor nominal). A diferença entre este e o custo de aquisição é consideradacomo receita com proveito diferido. Mensalmente os juros corridos são levados àsrespectivas subcontas de proveitos.

As obrigações e outros títulos de rendimento fixo são registados ao custo de aquisição. Osjuros corridos são contabilizados como proveitos a receber. A diferença entre o custo deaquisição e o valor de reembolso dos títulos - que constitui o prémio ou desconto verificadoaquando da compra - é repercutida nos resultados de modo escalonado ao longo doperíodo que decorre até à data de vencimento do título.

A diferença entre o custo de aquisição (corrigido das parcelas do prémio ou do descontoreconhecidas nos resultados) e o valor de mercado, se for positiva, dá origem àconstituição de uma provisão (Nota 3.10, 10.1 e 24).

O valor dos títulos com capitalização dos juros incorpora a periodificação dos mesmos.

As acções e outros títulos de rendimento variável, incluindo unidades de participação emFundos de Investimento são registados ao custo de aquisição. Sempre que o valor demercado (ou presumível de mercado, no caso de títulos não cotados) for inferior ao custode aquisição, tem lugar a constituição de uma provisão (Notas 3.10, 10.2 e 24).

3.3 Participações de capital

As participações de capital encontram-se registadas nas demonstrações financeiras individuais aocusto de aquisição. Sempre que se estimam perdas permanentes no valor de realização destasparticipações financeiras são constituídas as correspondentes provisões.

3.4 Imobilizações incorpóreas

O Banco tem por política registar nesta rubrica os custos com a aquisição e implementação desistemas de tratamento automático de dados, custos notariais, de registo e comissõesrespeitantes a aumentos de capital, bem como os custos com estudos e projectos elaborados porterceiros cujo impacto se repercuta para além do exercício em que são gerados.

As imobilizações incorpóreas são amortizadas por duodécimos, em três anos, pelo método dasquotas constantes.

3.5 Imobilizações corpóreas

Conforme referido na Nota Introdutória, o Banco foi constituído com o trespasse da actividadebancária do anterior Finibanco, S.A.. As imobilizações corpóreas transferidas no processo deconstituição do Banco encontram-se registadas ao custo de aquisição, o qual tinha sido reavaliadoao abrigo das disposições legais aplicáveis no ex-Finibanco, S.A., actual Finibanco-Holding, SGPSS.A.

As amortizações dos bens adquiridos anteriormente a 31 de Dezembro de 1994 são calculadaspelo método das quotas constantes, às taxas máximas fiscalmente aceites como custo. Oimobilizado corpóreo adquirido após aquela data é amortizado por duodécimos pelo método dasquotas constantes, a taxas próximas das mínimas fiscalmente aceites como custo até 31 deDezembro de 1999 e às taxas máximas para os bens adquiridos a partir de 2000.

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FINIBANCO, S.A. ANEXO I

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em milhares de Euros - m€ - excepto quando expressamente indicado)

- 4 -

As taxas definidas legalmente têm subjacente, para os diferentes tipos de imobilizado, os períodosde vida útil a seguir indicados:

Anos

Imóveis de serviço próprio

Edifícios 50

Benfeitorias 8

Obras em edifícios arrendados 10

Equipamento:

Instalações 20

Mobiliário e material 10

Equipamento informático 4 a 8

Outras imobilizações corpóreas 8 a 16

Nos termos da lei, uma percentagem equivalente a 40% do aumento das amortizações que resultadas reavaliações registadas pelo Banco não é considerada como custo para efeitos fiscais.

Os imóveis recebidos em dação em cumprimento de crédito vencido são registados na rubrica"Outros activos" pelo valor acordado no contrato de dação, o qual corresponde ao valor da dívidaexistente ou da avaliação do imóvel, dos dois o menor, à data da dação em cumprimento docrédito, sendo mantidos no activo até serem vendidos. Estes imóveis são objecto de avaliaçõesperiódicas que dão lugar à constituição de provisões sempre que o valor decorrente dessasavaliações for inferior ao valor por que se encontram contabilizados.

3.6 Despesas com custo diferido

Os custos com campanhas de publicidade, com a abertura de novos balcões, com odesenvolvimento de projectos associados à Banca Telefónica/ "Homebanking", Datawarehouse,Rede de Agentes e Estudos e de Planeamento Estratégico e ainda com a emissão deempréstimos obrigacionistas são registados no activo, na rubrica “Contas de regularização" (Nota27.1) e amortizados por duodécimos em três anos.

O montante registado como custo na demonstração de resultados do período findo em 31 deDezembro de 2004 relativo à amortização destes encargos ascendeu a m€ 9.899.

3.7 Transacções em moeda estrangeira e produtos derivados

As operações em moeda estrangeira são registadas segundo o sistema "multi-currency", isto é,nas respectivas moedas de denominação.

Sempre que estas operações conduzem a variações dos saldos líquidos das diferentes moedas,há lugar a movimentação das contas da posição cambial, à vista ou a prazo, cujo conteúdo ecritério de reavaliação se descrevem de seguida.

Posição à vista

A posição à vista numa moeda é dada pelo saldo líquido dos activos e passivos nessa moeda,acrescidos dos montantes das operações à vista a aguardar liquidação e das operações a prazoque se vençam nos dois dias úteis subsequentes. A posição cambial à vista é reavaliada combase nos câmbios oficiais de divisas do dia, divulgados a título indicativo pelo Banco de Portugal,dando origem à movimentação da conta de posição cambial (moeda nacional) por contrapartidade contas de custos ou proveitos.

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FINIBANCO, S.A. ANEXO I

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em milhares de Euros - m€ - excepto quando expressamente indicado)

- 5 -

Posição a prazo

A posição a prazo numa moeda é dada pelo saldo líquido das operações a prazo a aguardarliquidação, com exclusão das que se vençam nos dois dias úteis subsequentes. Todos oscontratos relativos a estas operações são reavaliados às taxas de câmbio a prazo do mercado ou,na ausência destas, através do seu cálculo com base no diferencial das taxas de juro dasrespectivas moedas para o prazo residual de cada operação. As diferenças entre os contravaloresem Euros às taxas de reavaliação aplicadas e os contravalores em Euros às taxas contratadasrepresentam o custo ou o proveito da reavaliação da posição a prazo, sendo registadas numaconta de reavaliação da posição cambial por contrapartida de contas de custos ou proveitos.

Operações swap

As operações “swap” de divisas não são consideradas na reavaliação das posições cambiais àvista e a prazo. Os prémios ou descontos resultantes da diferença entre o câmbio à vista e ocâmbio a prazo contratado são amortizados durante o período de vida da operação, sendoreconhecido o respectivo custo ou proveito.

Os contratos de “swap” de taxa de juro, de negociação e de cobertura, são registados pelo valorteórico das operações em rubricas extrapatrimoniais.

Os juros a receber e a pagar relativos aos “swaps” de cobertura são reconhecidos em contas deregularização do activo e do passivo, respectivamente, por contrapartida das rubricas de juros dademonstração de resultados.

De acordo com a Instrução nº 6/98, de 15 de Maio, do Banco de Portugal, os contratos de “swap”de negociação são reavaliados mensalmente com base no diferencial actualizado dos fluxosfuturos de pagamentos e recebimentos. O montante apurado na reavaliação é relevado emresultados, nas rubricas de lucros e prejuízos em operações financeiras, por contrapartida decontas de regularização do activo ou do passivo.

Contratos de futuros

As operações sobre contratos de futuros, realizadas com finalidade de negociação e por contaprópria, são registadas em “Contas extrapatrimoniais” pelo valor nocional. Esse registo é anuladona data de fecho das posições. Essas posições são reavaliadas diariamente com base nascotações de mercado ou no preço de fecho (tratando-se de posições encerradas), sendo os lucrose as perdas relevadas em resultados do exercício por contrapartida de contas de “Devedores” (nocaso de se tratar de lucros) e de “Credores” (no caso de se tratar de perdas). Por sua vez, ossaldos destas contas são anulados por contrapartida dos movimentos financeiros originados pelaregularização das variações das cotações do mercado.

3.8 Provisões para crédito, títulos e juros vencidos

São constituídas provisões para crédito, títulos e juros vencidos que se destinam a cobrir os riscosde não cobrança de créditos com prestações de capital ou juros vencidos não regularizados(Notas 14, 10.1 e 24). A constituição destas provisões é efectuada nos termos do Aviso do Bancode Portugal nº 3/95, de 30 de Junho, dependendo de eventuais garantias existentes e sendo o seumontante crescente em função do tempo decorrido desde a entrada em incumprimento.

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FINIBANCO, S.A. ANEXO I

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em milhares de Euros - m€ - excepto quando expressamente indicado)

- 6 -

3.9. Provisão para créditos de cobrança duvidosa

Destina-se a fazer face aos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos concedidosa clientes que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejamafectos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas (Notas 14 e 24). De acordo como Aviso nº 3/95, consideram-se como créditos de cobrança duvidosa, os seguintes:

a) As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique,relativamente às prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintescondições:

i) Excederem 25% do capital em dívida, acrescido dos juros vencidos;ii) Estarem em incumprimento há mais de:

Seis meses, nas operações com prazo inferior a 5 anos;Doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a 5 e inferior a 10anos;Vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a 10 anos.

A parte vincenda dos créditos atrás referidos deve ser reclassificada – apenas para efeitosde provisionamento – como crédito vencido.

b) Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a reclassificação previstano parágrafo anterior, o crédito e juros vencidos de todas as operações, relativamente a essecliente, excederem 25% do total, acrescido dos juros vencidos.

Os créditos de cobrança duvidosa são provisionados com base no seguinte:

- Às prestações de capital reclassificadas como vencidas, aplicam-se as taxas previstas para ocrédito vencido, considerando-se como início do prazo de contagem a data do primeiroincumprimento registado no crédito em causa.

- Os restantes casos ficam sujeitos à aplicação de metade das taxas de provisionamentoaplicáveis aos créditos vencidos, contando-se como início do prazo, a data de verificação dacondição referida na alínea b).

3.10 Provisões para depreciação de títulos e para outros activos

São constituídas provisões para depreciação de títulos que se destinam a fazer face à totalidadedas perdas potenciais apuradas segundo os critérios valorimétricos adoptados para as obrigações,acções e outros títulos de rendimento fixo ou variável (Notas 10.1, 10.2, 24 e 31).

3.11 Provisão para risco país

Destinam-se a fazer face aos problemas de realização dos activos financeiros e extrapatrimoniaissobre residentes de países considerados de risco. A provisão para risco país encontra-seregistada no activo como dedução das rubricas “Créditos sobre clientes” e “Obrigações e outrostítulos de rendimento fixo”. As necessidades de provisões são determinadas em função dasclasses de risco e dos níveis de provisionamento definidos pelo Banco de Portugal, pela instruçãonº94/96 do manual de instruções do Banco de Portugal e ainda das Cartas Circulares103/02/DSBDR 2002.11.27 e 51/04/DSBDR de 2004.06.22.

3.12 Provisões para riscos gerais de crédito

Encontra-se incluída no passivo, na rubrica “Provisões para riscos e encargos - Outras provisões”,destinando-se a fazer face a riscos de não realização do crédito concedido, garantias e avalesprestados e outros activos.O montante a provisionar é calculado por aplicação de uma percentagem de 1% sobre o créditoconcedido, incluindo o representado por aceites, garantias e outros instrumentos de naturezaanáloga, mas excluindo o crédito vencido, excepto quanto a:

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FINIBANCO, S.A. ANEXO I

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em milhares de Euros - m€ - excepto quando expressamente indicado)

- 7 -

i) Operações de crédito ao consumo, relativamente às quais as provisões a constituirdevem corresponder a 1,5 % dos respectivos valores;

ii) Operações de crédito garantidas por hipoteca sobre imóvel ou operações de locaçãofinanceira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destina à habitação domutuário, relativamente às quais as provisões a constituir devem corresponder a0,5% dos respectivos valores.

A sua determinação cumpre o disposto no Aviso nº 3/95, de 30 de Junho, emitido pelo Banco dePortugal, com as alterações introduzidas pela Instrução nº 6/2001 do Banco de Portugal de 15 deMarço, e ainda pelo Aviso 8/2003, de 8 de Fevereiro, encontrando-se o Finibanco a provisionar àspercentagens acima referidas, o diferencial entre os limites de crédito aprovados e os limites decrédito utilizados pelos seus clientes.

3.13. Provisões para menos valias latentes em participações financeiras

A partir de 30 de Junho de 2002 (inclusivé), a constituição de provisões para menos valias latentesem participações financeiras é efectuada nos termos dos Avisos 3/95 e 4/2002, de 30 de Junho e25 de Junho, respectivamente, ambos do Banco de Portugal. Foi mantido o regime de constituiçãode provisões aplicável às participações financeiras que:

- tenham apresentado resultados negativos em três exercícios, seguidos ou interpolados, nosúltimos cinco anos e,

- se encontrar-se em situação de insolvência, tenham cessado a actividade, tenham sido objectode alguma providência de recuperação de empresas ou tenham sido declaradas em estado defalência.

e, adicionalmente, tornada obrigatória a constituição de provisões para menos valias latentes nasdemais participações financeiras. Quando o montante da menos valia latente numa participaçãofinanceira exceder 15% do valor de inscrição no balanço, há lugar à constituição de uma provisãocorrespondente a, pelo menos 40% daquele excesso, sendo o montante não provisionadodaquele excesso deduzido aos fundos próprios. São excluídas deste regime as participaçõesfinanceiras cujo valor de inscrição no balanço da participante seja, nos termos do Aviso 12/92integralmente deduzido aos respectivos fundos próprios.

O Aviso 4/2002 de 25 de Junho, estabeleceu um regime transitório aplicável às participaçõesfinanceiras registadas em 31 de Dezembro de 2001. No âmbito deste regime, a constituição deprovisões para as menos valias latentes apuradas naquele conjunto de participações financeiras éefectuado de forma gradual até 2006, se se tratarem de participações financeiras em empresasnão sujeitas à supervisão do Banco de Portugal ou do Instituto de seguros de Portugal, e até 2011se se tratar de empresas sujeitas à supervisão daquelas entidades. As provisões constituídas em2002 e 2003 poderão ser registadas contra reservas, bem assim como as constituidas em 2004pela redacção dada pelo Aviso 4/2004 de 11 de Agosto

3.14 Pensões de reforma

Em conformidade com o Acordo Colectivo de Trabalho que vigora para o sector bancário, o Bancoé o responsável pelo pagamento de pensões de reforma, invalidez e sobrevivência aos seusempregados ou às suas famílias.

As pensões pagas são função do tempo de serviço prestado pelos trabalhadores e da respectivaretribuição à data da reforma, conforme definido no Acordo Colectivo de Trabalho.

Para cobertura destas responsabilidades, o Banco dispõe de um Fundo de Pensões.

O Banco procede à avaliação das responsabilidades por serviços passados dos seustrabalhadores, tendo em consideração a posição que assumiu no Acordo Colectivo de TrabalhoVertical – A.C.T.V., no qual prevê que a sua responsabilidade é determinada apenas a partir dadata de admissão no Banco e não na data de admissão dos seus trabalhadores no sectorbancário. Consequentemente, a parcela de responsabilidades afecta ao período entre a data deadmissão no sector bancário e a data de admissão no Finibanco será imputável às anterioresentidades financeiras, pelo que estas responsabilidades por serviços passados não são

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FINIBANCO, S.A. ANEXO I

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em milhares de Euros - m€ - excepto quando expressamente indicado)

- 8 -

asseguradas pelo Fundo de Pensões do Finibanco em 31 de Dezembro de 2004. Esta posição ésuportada por pareceres da Direcção Jurídica do Finibanco e de peritos independentes (Nota 49).

Em Novembro de 2001 o Banco de Portugal, através do seu Aviso nº 12/2001, veio introduzir umconjunto de alterações ao regime de cálculo, registo e financiamento das responsabilidades compensões de reforma e sobrevivência. As alterações e os aspectos mais significativos deste novoregime são:

i) O custo do exercício com pensões de reforma inclui o custo dos serviços correntes e ocusto dos juros deduzido do rendimento esperado.

ii) Os desvios actuariais e financeiros podem não afectar o resultado do exercício, sendoregistados numa rubrica de flutuação de valores, desde que o respectivo montante nãoexceda o maior dos seguintes montantes:

. 10% do valor actual das responsabilidades por pensões em pagamento e dasresponsabilidades por serviços passados de pessoal no activo, reportado ao finaldo exercício que serve de referencia para o calculo dos desvios;

. 10% do valor dos activos do fundo de pensões, reportado ao final do exercício queserve de referencial para o calculo dos desvios.

O Banco utilizou esta faculdade de diferimento, tendo registado em flutuação de valores omontante de m.Euros 714 (Nota 49).

iii) O novo Aviso do Banco de Portugal não permite a inclusão de decrementos por invalidezno cálculo das responsabilidades com pensões para os empregados no activo.

O Banco utilizava esta metodologia, pelo que o impacto desta alteração à data de 31 deDezembro de 2004, no montante de m.Euros 1.328 está registado como um custo diferido,amortizando-se anualmente 10% do respectivo saldo, tal como previsto no Aviso 7/2002.

iv) O acréscimo de responsabilidades por reformas antecipadas pode ser registado em custosdiferidos e amortizado num período de 10 anos.

As contribuições efectuadas que ainda não foram relevadas como custo, estão registadas emContas de regularização do activo (Nota 27.1).

Na Nota 49 é apresentado o nível de cobertura das responsabilidades com pensões de reforma.Estas responsabilidades não incluem os encargos com os Serviços de Assistência Médico Social(SAMS).

3.15 Impostos sobre lucros

O Finibanco está sujeito ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimentodas Pessoas Colectivas (CIRC). Porém, a Sucursal Financeira Exterior na Região Autónoma daMadeira, ao abrigo do artigo 33º do Estatuto dos Benefícios Fiscais, beneficia de isenção de IRCaté 31 de Dezembro de 2011.

O Finibanco reconhece nas suas demonstrações financeiras os impostos diferidos passivos queresultam de diferenças temporárias entre os resultados contabilísticos e aqueles que sãoapurados para efeitos fiscais, quando estes representam encargos efectivos a pagar no futuro,existindo em 31 de Dezembro de 2004 uma provisão para esse efeito, no montante de m€. 790,incluída no passivo na rubrica “Provisões para riscos e encargos – outras provisões” (Nota 24).

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FINIBANCO, S.A. ANEXO I

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em milhares de Euros - m€ - excepto quando expressamente indicado)

- 9 -

3.16 Locação financeira

Como locatário

De acordo com o Decreto-Lei nº 410/89, de 29 de Novembro, o imobilizado corpóreo utilizado emregime de locação financeira é amortizado de acordo com o procedimento descrito na (Nota 3.5).As rendas são constituídas pelo encargo financeiro e pela amortização financeira do capital. Osencargos financeiros são imputados aos períodos durante o prazo de locação a fim de produziruma taxa de juro periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo para cada período.

Como locador

Os activos detidos sob locação financeira são registados no balanço como créditos concedidospelo valor do desembolso líquido efectuado na data de aquisição dos bens locados. As rendas sãoconstituídas pelo proveito financeiro e pela amortização financeira do capital. O reconhecimentodo resultado financeiro reflecte uma taxa de retorno periódica constante sobre o capital em dívida.

3.17 Fundo de garantia de depósitos

Conforme previsto no Decreto-Lei nº 298/92 de 31 de Dezembro, foi criado em Novembro de 1994o Fundo de Garantia de Depósitos cujo objectivo é o de garantir os depósitos constituídos nasinstituições de crédito, nomeadamente bancos que nele participam, de acordo com os limitesestabelecidos no Regime Geral das Instituições de Crédito. A contribuição inicial para o Fundo,fixada por Portaria do Ministério das Finanças, foi efectuada pelo ex-Finibanco, S.A. através daentrega de numerário e títulos de depósito e foi amortizada em 60 meses a partir de Janeiro de1995.

No exercício de 2004, conforme permitido pelo Banco de Portugal e práticas do Sector, o Bancoreconheceu como custo o montante correspondente a 50% da contribuição relativa ao exercício de2004 m.Euros 188. Os 50% remanescentes foram reflectidos em “Rubricas extrapatrimoniais”como um compromisso irrevogável (Nota 23), de desembolso obrigatório em qualquer momentoque o Fundo o solicite.

3.18 Operações de securitização

Em Novembro de 1999 o Grupo Finibanco efectuou uma operação de securitização envolvendo oex-Finibanco, S.A., actual Finibanco Holding, S.G.P.S., S.A., a “Finicrédito – Instituição Financeirade Crédito, S.A.” e a “Leasecar – Comércio e Aluguer de Veículos e Equipamentos, S.A.” nomontante de aproximadamente m.Euros 133.000.

Os montantes envolvidos na securitização não estão sujeitos a devolução, tendo sido opagamento inicial deduzido à rubrica de “Crédito interno”.

Durante os primeiros três anos de vigência da operação de securitização o Grupo Finibancoprocedeu, com periodicidade mensal, à alienação de novos créditos por forma a que, duranteaquele período a carteira de crédito securitizada do Grupo Finibanco se mantivesse em valoresaproximados de m.Euros 133.000.

Adicionalmente, pelo serviço administrativo de gestão e cobrança da carteira securitizada, oBanco recebe anualmente um “Servicing Fee”.

Durante o exercício de 2004, o Finibanco registou como proveitos m.Euros 215 e m.Euros 1.192,respectivamente, relativos à remuneração dos certificados residuais e das obrigaçõessubordinadas que mantém na sua carteira associadas a esta operação.

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FINIBANCO, S.A. ANEXO I

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em milhares de Euros - m€ - excepto quando expressamente indicado)

- 10 -

4. Não existem derrogações dos critérios valorimétricos definidos pelo Plano de Contas em vigor.

5. A avaliação efectuada ao Balanço não difere, significativamente, das avaliações que têm por base oúltimo preço de mercado conhecido antes da data de encerramento de contas.

6. O Finibanco não detém sociedades cuja precentagem no capital seja igual ou superior a 20%.

7. OBRIGAÇÕES E OUTROS TÍTULOS DE RENDIMENTO FIXO

Relativamente à rubrica 5 do activo (obrigações e outros títulos de rendimento fixo) vence em 2005 omontante de m€ 1.248.

8. O Finibanco não possui créditos concedidos a empresas associadas ou participadas.

9. CRÉDITOS CONCEDIDOS A EMPRESAS COLIGADAS

Em 31 de Dezembro de 2004 os créditos sobre empresas do Grupo Finibanco são como segue:

Rubrica do activo

2 3 4 5 Totais

Título-Soc. Financ. de Corretagem, SA - - 1 - 1

Finibanco Holding, S.G.P.S., S.A. - - - 29.750 29.750

Finicrédito – Instituição Financeira de Crédito, S.A. - 51.220 - 5.000 56.220

Leasecar – Com. e Alug. de Veículos e Equip, S.A. - - 4.506 - 4.506

- 51.220 4.507 34.750 90.477

Rubricas do activo:

Número Designação

2 Disponibilidades à vista sobre instituições de crédito

3 Outros créditos sobre instituições de crédito

4 Créditos sobre clientes

5 Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

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FINIBANCO, S.A. ANEXO I

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em milhares de Euros - m€ - excepto quando expressamente indicado)

- 11 -

10. INVENTÁRIO DA CARTEIRA DE TÍTULOS

O inventário da carteira de títulos em 31 de Dezembro de 2004 é apresentado no Anexo II destas Notas.

Adicionalmente, a composição da carteira por rubrica de balanço é como segue:

10.1. Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

31.12.2004 31.12.2003

A. Emissores públicos:

Títulos cotados

De investimento

Obrigações de emissores públicos nacionais 5.308 4.783

Obrigações de emissores públicos estrangeiros 9.674 9.815

Provisão para depreciação de títulos - (61)

Total 14.982 14.537

B. Outros emissores:

Títulos cotados

De investimento

Obrigações de outros emissores nacionais 4.364 4.364

Títulos subordinados – emissores nacionais 1.000 1.000

Provisões para depreciação de títulos (38) (36)

5.326 5.328

Títulos não cotados:

De investimento

Obrigações de outros emissores nacionais 2.503 48.007

Títulos subordinados – emissores nacionais 5.000 5.000

Títulos subordinados – emissores estrangeiros 16.000 16.000

Provisões para depreciação de títulos (13.250) (9.475)

10.253 59.532

Títulos e juros vencidos 321 321

Provisões para títulos e juros vencidos (321) (321)

Provisões para risco pais - -

- -

Total 15.579 64.860

O movimento ocorrido nas provisões para títulos e juros vencidos e para depreciação de títulosdurante o exercício de 2004 está descrito na (Nota 24).

Em 31 de Dezembro de 2004, a rubrica “Obrigações de outros emissores nacionais – nãocotados” inclui m€. 1.247 relativos a tomadas de papel comercial, cujo prazo de vencimento é de 6meses, e cuja taxa de juro é de 3,75%.

A rubrica “Títulos subordinados – emissores estrangeiros” refere-se a títulos reembolsáveis até2006.

Os restantes títulos de rendimento fixo em 31 de Dezembro de 2004 eram remunerados a taxasentre os 1,76% e 6,625%.

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FINIBANCO, S.A. ANEXO I

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em milhares de Euros - m€ - excepto quando expressamente indicado)

- 12 -

10.2. Acções e outros títulos de rendimento variável

31.12.2004 31.12.2003

Títulos cotados:

De negociação:

Acções 2.514 -

Provisão para depreciação de títulos (8) -

2.506 -

Títulos cotados:

De investimento:

Acções 7.932 9.195

Unidades de participação 4.649 5.065

Outros valores 17.145 -

Provisão para depreciação de títulos (1.978) (2.114)

27.748 12.146

Títulos não cotados:

De investimento:

Acções 691 4.428

Outros valores 893 20.893

Provisões para depreciação de títulos (1.584) (1.584)

- 23.737

Total 30.254 35.883

O movimento ocorrido nas provisões para depreciação de títulos durante o exercício de 2004 estádescrito na (Nota 24).

Em 31 de Dezembro de 2004, a rubrica “Unidades de participação tem m€ 4.649, dos quais m€2.155 são relativos a fundos geridos por empresas detidas a 100% pelo grupo Finibanco.

Em 31 de Dezembro de 2004, a situação patrimonial desses Fundos é resumida como segue:

Descrição

Unidades de

Participação

detidas

Unidades de

Participação

emitidas

Activo

Líquido

Valor

Patrimonial

do Fundo

Resultado

Líquido

Com cotação oficial

Finifundo Acções Internacionais 304.875 2.051.281 8.023 7.937 158

10.3. Participações

31.12.2004 31.12.2003

Em Instituições de Crédito no País:

UNICRE - Cartão Internacional de Crédito, S.A. 374 374

SIBS - Soc. Interbancária de Serviços, S.A. 1.639 1.639

2.013 2.013

Em outras empresas no Estrangeiro:

SWIFT – Society for Worldwide Interbank Financ. 8 8

Total 2.021 2.021

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FINIBANCO, S.A. ANEXO I

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em milhares de Euros - m€ - excepto quando expressamente indicado)

- 13 -

11. MOVIMENTO OCORRIDO NAS IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS E CORPÓREAS NO EXERCÍCIO DE2004

Os saldos em 31 de Dezembro de 2004, bem como o movimento ocorrido no exercício findo nesta datasão apresentados no Anexo III destas Notas.

12. TÍTULOS SUBORDINADOS

O Finibanco detém na sua carteira de títulos de Investimento, títulos subordinados cujo montanteascende a m€ 22.000 (ver Anexo II). Deste montante, m€ 16.000 referem-se a obrigações subordinadasdetidas pelo Finibanco no âmbito do processo de securitização de créditos descrita na Nota 48.

13. ACTIVOS CEDIDOS COM ACORDO DE RECOMPRA

Não existem activos cedidos com acordo de recompra.

14. OUTROS CRÉDITOS SOBRE INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO E CRÉDITOS SOBRE CLIENTES

O desenvolvimento das rubricas “Outros créditos sobre Instituições de Crédito” e “Créditos sobre clientes”é como segue:

14.1. “Outros créditos sobre Instituições de crédito”

31.12.2004 31.12.2003

Aplicações no Banco de Portugal:

Títulos de depósito - 45

- 45

Aplicações em outras instituições de crédito:

No país 51.507 48.972

No estrangeiro 13.849 3.053

65.356 52.025

65.356 52.070

Em 31 de Dezembro de 2004 esta rubrica apresenta a seguinte estrutura de acordo com osprazos residuais de vencimento:

31.12.2004 31.12.2003

Até 3 meses 40.380 31.344

De 3 meses a 1 ano 24.976 18.351

De 1 a 5 anos - -

Indeterminado - 2.375

Total 65.356 52.070

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FINIBANCO, S.A. ANEXO I

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em milhares de Euros - m€ - excepto quando expressamente indicado)

- 14 -

14.2. “Créditos sobre clientes”

31.12.2004 31.12.2003

Crédito a curto prazo

Interno

Desconto 110.053 101.875

Créditos titulados por efeitos 123.143 109.671

Créditos em conta corrente 76.375 68.769

Descobertos em depósitos à ordem 15.979 24.516

Outros créditos 36.954 31.263

Ao exterior 5.380 9.886

367.884 345.980

Crédito a médio e longo prazos

Interno

Desconto 11.374 12.005

Créditos titulados por efeitos 17.131 21.555

Créditos em conta corrente 364.235 344.614

Empréstimos 426.200 380.931

Ao exterior 28.805 19.136

847.745 778.241

Locação financeira mobiliária 25.519 17.159

Locação financeira imobiliária 76.622 52.555

102.141 69.714

949.886 847.955

1.317.770 1.193.935

Crédito e juros vencidos

Crédito e juros vencidos 35.601 39.911

Juros vencidos a regularizar 224 256

Outros créditos vencidos 255 255

Despesas de crédito vencido 72 65

36.152 40.487

1.353.922 1.234.422

Provisões para crédito

Para crédito de cobrança duvidosa 6.710 4.748

Para crédito vencido 27.086 26.942

Para risco país 222 287

(34.018) (31.977)

1.319.904 1.202.445

No exercício de 2004, o Finibanco procedeu à anulação de créditos vencidos totalmenteprovisionados no montante de m€ 15.725 (Nota 24).

A rubrica crédito interno, inclui créditos restruturados no montante de m€ 15.452, para os quais oBanco dispõe de provisões no montante de m€ 3.348.

O movimento ocorrido nas provisões para crédito vencido no exercício de 2004 está descrito na(Nota 24).

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FINIBANCO, S.A. ANEXO I

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em milhares de Euros - m€ - excepto quando expressamente indicado)

- 15 -

Em 31 de Dezembro de 2004 esta rubrica apresenta a seguinte estrutura de acordo com osprazos residuais de vencimento:

31.12.2004 31.12.2003

Até 3 meses 447.818 437.694

De 3 meses a 1 ano 374.292 342.540

De 1 a 5 anos 184.129 157.505

Superior a 5 anos 347.012 296.683

Indeterminado 671 -

Total 1.353.922 1.234.422

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FINIBANCO, S.A. ANEXO I

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em milhares de Euros - m€ - excepto quando expressamente indicado)

- 16 -

A repartição sectorial do crédito concedido pelo Finibanco pode ser resumido como segue:

Crédito – Concentração por sectores 31-12-04 31-12-03

Sectores Valor % Valor %

Agricultura, Silvicultura Pescas 16.532 1,25 10.779 0,90

Indústrias Extractivas 17.999 1,37 16.876 1,41

Alimentação, Bebidas e Tabacos 24.545 1,86 21.136 1,77

Têxteis, Vestuário e Calçado 51.558 3,91 53.836 4,51

Madeira, Cortiça e Papel 29.177 2,21 22.809 1,91

Papel, Artes Gráficas e Editoriais 11.900 0,90 9.480 0,79

Indústria Química e Actividades Conexas 27.134 2,06 23.857 2,00

Produtos Minerais não Metálicos 15.271 1,16 13.378 1,12

Metalúrgicas de Base 4.150 0,31 3.424 0,29

Produtos Metálicos, Máquinas e Mat. Transporte 47.649 3,62 41.314 3,46

Fabricação de Mobiliário e Outras Ind. Transformadoras 15.822 1,20 13.626 1,14

Electricidade, Água e Gás 1.349 0,10 1.438 0,12

Construção, Obras Públicas e Actividade Imobiliária 244.938 18,59 219.167 18,36

Comércio, Restaurantes e Hotéis 283.936 21,55 265.190 22,21

Transportes, Actividades Conexas 17.817 1,35 18.013 1,51

Serviços 88.686 6,73 76.453 6,40

Intermediação Financeira, Seguros e Pensões 19.206 1,46 14.894 1,25

Empresários em Nome Individual 25.344 1,92 24.071 2,02

Particulares 369.078 28,01 336.155 28,16

Outros 5.679 0,44 8.039 0,67

TOTAL 1.317.770 100% 1.193.935 100%

Crédito Vencido – Concentração por sectores 31-12-04 31-12-03

Sectores Valor % Valor %

Agricultura, Silvicultura Pescas 429 1,19 372 0,92

Indústrias Extractivas 440 1,22 22 0,05

Alimentação, Bebidas e Tabacos 871 2,41 58 0,14

Têxteis, Vestuário e Calçado 3.791 10,49 4.852 11,98

Madeira, Cortiça e Papel 93 0,26 124 0,31

Papel, Artes Gráficas e Editoriais 101 0,28 93 0,23

Indústria Química e Actividades Conexas 2 0,01 478 1,18

Produtos Minerais não Metálicos 83 0,23 244 0,60

Metalúrgicas de Base 69 0,19 129 0,32

Produtos Metálicos, Máquinas e Mat. Transporte 1.055 2,92 1.160 2,87

Fabricação de Mobiliário e Outras Ind. Transformadoras 445 1,23 436 1,08

Construção, Obras Públicas e Actividade Imobiliária 5.833 16,13 4.290 10,60

Comércio, Restaurantes e Hotéis 9.966 27,57 11.422 28,20

Transportes, Actividades Conexas 804 2,22 940 2,32

Serviços 2.319 6,41 2.413 5,96

Intermediação Financeira, Seguros e Pensões 8 0,02 4.039 9,98

Empresários em Nome Individual 944 2,61 757 1,87

Particulares 8.438 23,34 8.209 20,28

Outros 461 1,27 449 1,11

TOTAL 36.152 100% 40.487 100%

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FINIBANCO, S.A. ANEXO I

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em milhares de Euros - m€ - excepto quando expressamente indicado)

- 17 -

15. REAVALIAÇÃO DE IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

Em 31 de Dezembro de 2004, o efeito acumulado das reavaliações do imobilizado corpóreo sintetiza-secomo segue:

Imóveis Equipamento Outros Total

Custo de aquisição 5.275 6.229 331 11.835

Reavaliação 251 453 21 725

Custo reavaliado 5.526 6.682 352 12.560

Depreciação ao custo 4.574 4.543 222 9.339

Depreciação da reavaliação 230 382 18 630

Depreciação total 4.804 4.925 240 9.969

Valor líquido a custo de aquisição 701 1.686 109 2.496

Reavaliação incluída no imobilizado

corpóreo líquido 21 71 3 95

Valor líquido reavaliado 722 1.757 112 2.591

16. TRESPASSES, DESPESAS DE ESTABELECIMENTO E DESPESAS DE INVESTIGAÇÃO E DEDESENVOLVIMENTO

Em 31 de Dezembro de 2004 encontram-se registados m€ 148 relativos a despesas de constituição daSociedade e m€ 61 relativos a trespasses, também expressos na Nota 11.

17. Não foram introduzidas quaisquer correcções ao activo imobilizado, motivados por alterações de carácterfiscal.

18. DÉBITOS PARA COM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO E DÉBITOS PARA COM CLIENTES

O desenvolvimento em 31 de Dezembro de 2004 das rubricas “Débitos para com Instituições de crédito”e Débitos para com clientes” é como segue:

18.1. “Débitos para com Instituições de crédito”

31.12.2004 31.12.2003

À vista:

No País 673 540

No Estrangeiro 372 2.776

Total 1.045 3.316

A prazo ou com pré-aviso:

Recursos de outras instituições monetárias

Mercado monetário interbancário - 20.000

Outros 30.359 19.965

30.359 39.965

Recursos de outras instituições de crédito

No país 2.625 5.380

No estrangeiro 15.167 16.650

17.792 22.030

Total 48.151 61.995

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FINIBANCO, S.A. ANEXO I

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em milhares de Euros - m€ - excepto quando expressamente indicado)

- 18 -

Em 31 de Dezembro de 2004 esta rubrica apresenta a seguinte estrutura, de acordo com osprazos residuais de vencimento:

31.12.2004 31.12.2003

Até 3 meses 43.651 61.995

De 3 meses a 1 ano 4.500 -

Total 48.151 61.995

18.2. “Débitos para com clientes”

31.12.2004 31.12.2003

Depósitos de poupança 32.233 30.678

Outros débitos:

À vista 453.315 450.239

A prazo:

Depósitos de residentes 590.961 441.261

Outros não residentes 290.709 331.032

Outros recursos:

Cheques e ordens a pagar 4.609 6.261

Outros recursos 6 5

886.285 778.559

Em 31 de Dezembro de 2004 esta rubrica apresenta a seguinte estrutura de acordo com osprazos residuais de vencimento:

Depósitos de

poupança

Débitos

a prazo

Até 3 meses 10.727 673.795

De 3 meses a 1 ano 20.434 212.196

De 1 a 5 anos 1.072 294

Totais 32.233 886.285

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FINIBANCO, S.A. ANEXO I

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em milhares de Euros - m€ - excepto quando expressamente indicado)

- 19 -

19. VENCIMENTO A CURTO PRAZO E DETALHE DE DÉBITOS REPRESENTADOS POR TÍTULOS

Em 31 de Dezembro de 2004, o montante da rubrica do passivo "Débitos representados por títulos" comvencimento num período de 12 meses ascende a m€ 17.249.

O detalhe da rubrica "Débitos representados por títulos" em 31 de Dezembro de 2004 é como segue:

Descrição

Valor

nominal Remuneração

Reembolso e

Pagamento de juros

Emitidos em anos anteriores

Obrigações de caixa “FNB Utilities

Europa – Capital Garantido” 5.710 A 19 de Março de 2005

Obrigações de caixa “FNB

Rendimento Mais 02/05 5.039 B 7 de Maio de 2005

Obrigações de caixa

“Finicupão 02/05” 6.500 C 17 de Dezembro de 2005

Emitidos em 2004

Obrigações de caixa “FNB Cabaz

de Acções 04/07” 4.710 D 26 de Janeiro de 2007

Obrigações de caixa “FNB Taxa

Garantida 10% 04/09” 19.000 E 1 de Março de 2009

Obrigações de caixa “FNB Cupão

Semestral 04/09” 17.130 F 7 de Abril de 2009

Obrigações de caixa “FNB Cabaz

Europa 04/07” 4.550 G 7 de Abril de 2007

Total 62.639

A - 60% da soma ponderada das diferenças entre a média aritmética das cotações de fecho de cadaacção nos dias 19 de Março, Junho, Setembro e Dezembro de cada um dos período depagamento de remuneração e a cotação do fecho de cada acção dois dias úteis antes da data deliquidação, com um mínimo de 0% e um máximo de 20% de sete utilities da Europa.

B - 1º Cupão em 2003: 4,8% calculados sobre 33,3% do valor nominal de cada obrigação; 2º cupãoem 2004: 5% calculados sobre 33,3% do valor nominal de cada obrigação; 3º cupão em 2005 deacordo com a seguinte fórmula:66,7%*VN*(4,75% + Máx{0;[Índicem-Índicei)/ Índicei*100%]}, em que VN – Valor nominal de cadaObrigação, Índicem – Média aritmética dos valores de fecho do Índice DJ Global Titans 50 nos dias7 de cada mês, com ínicio em 7 de Junho de 2002 e fim 5 dias úteis antes da data de reembolso( 36 observações) e Índicei – Valor de fecho do Índice DJ Global Titans 50 em 7 de Maio de 2002.

C - A taxa anual nominal é obtida através da seguinte formula:3,3% + 1,5%* n/N, em que:n – é o número de dias em que a Euribor a 6 meses se situa no Intervalo de Variação;N – é o número total de dias do período fixadoIntervalo de Variação:

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FINIBANCO, S.A. ANEXO I

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em milhares de Euros - m€ - excepto quando expressamente indicado)

- 20 -

1º ano ]2,75%; 3,50%[, 2º ano ]3,00%; 3,75%[ e 3º ano ]3,25%; 4,00%[.Por Euribor a 6 meses entende-se a taxa patrocinada pela Federação Bancária Europeia emassociação Cambista Internacional, na Base Actual/360 e divulgada cerca das 11 horas deBruxelas, na página EURIBOR01 da Reuters, ou noutra que a substitua.

D - A remuneração será paga no fim da vida útil do empréstimo.Considerando o seguinte cabaz de referência:

Acção Bloomberg BolsaAltria Group MO UN NYSEBayer AG Bay GY Deutsche BorseSony Corp 6758 JT Tokyo Stock ExchangeGlaxoSmithKline GSK LN London Stock ExchangeIntel Corporation INTC UQ Nasdaq Stock Market,

O cupão será igual a:Taxa N20% se 510% se 4 5% se 3 3% se 2, 1 ou 0,

onde N é o número de acções do cabaz de referência cuja cotação, na data de referência final, formaior ou igual do que 95% da sua cotação de fecho em 26 de Janeiro de 2004.

E - A remuneração será sempre de 10% sobre o valor nominal e será paga na data de amortização doempréstimo, quer a amortização ocorra no final dos 5 anos, quer se verifique a amortizaçãoantecipada.

F - 1º e 2º semestre = 4,5%3º semestre = Taxa do cupão anterior + 2,5% - Euribor 6 meses4º semestre = Taxa do cupão anterior + 2,5% - Euribor 6 meses5º semestre = Taxa do cupão anterior + 3,5% - Euribor 6 meses6º semestre = Taxa do cupão anterior + 3,5% - Euribor 6 meses7º semestre = Taxa do cupão anterior + 4,5% - Euribor 6 meses8º semestre = Taxa do cupão anterior + 4,5% - Euribor 6 meses9º semestre = Taxa do cupão anterior + 5,5% - Euribor 6 meses10º semestre = Taxa do cupão anterior + 5,5% - Euribor 6 meses

G - A remuneração, que será paga no final da vida do empréstimo, terá um mínimo de 3% e seráindexada à média aritmética dos valores de fecho trimestrais do indice Eurostoxx50, como segue:

Max[3%; 66%*MaxAno i=1a3( Observ Ano i )], ondeObserv Ano i = (Índice K – Índice 0) / Índice 0Índice – Eurostoxx 50, tal como divulgado na Bloomberg (SX5E Index)Índice K – Média aritmética dos valores de fecho do Índice nos dias 7 dos meses de Julho,Outubro, Janeiro e Abril, com início em 7 de Julho de 2004 e fim no dia 7 de Abril do ano a querespeita a observação, com excepção do último valor que será apurado 5 dias úteis antes dovencimento. Deste modo teremos 4 datas de refência no 1º ano, 8 no 2º ano e 12 no 3º.Índice 0 – Valor de fecho do Índice no dia 7 de Abril de 2004.

Em 31 de Dezembro de 2004, o Grupo tinha negociado swaps para cobertura do risco associado àremuneração variável dos empréstimos obrigacionistas emitidos.

20. DÉBITOS PARA COM EMPRESAS ASSOCIADAS E PARTICIPADAS

O Finibanco não possui débitos para com empresas associadas e participadas.

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FINIBANCO, S.A. ANEXO I

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em milhares de Euros - m€ - excepto quando expressamente indicado)

- 21 -

21. DÉBITOS PARA COM EMPRESAS COLIGADAS

Em 31 de Dezembro de 2004 os débitos com empresas do Grupo Finibanco, são como segue:

Rubrica do passivo

1 2 3 8 Totais

Finibanco-Holding, SGPS S.A. 2.728 - - - 2.728

Título, S.A. - 4.155 - - 4.155

Finivalor , S.A. - 3.628 - - 3.628

Finimóveis, S.A. - 75 - - 75

Leasecar , S.A. - - - - -

Finicrédito, S.A. 6 - - - 6

Finisegur S.A. - 219 - - 219

Fini International - 5 - - 5

2.734 8.082 - - 10.816

Rubricas do passivo:

Número Designação

1 Débitos para com instituições de crédito

2 Débitos para com clientes

3 Débitos representados por títulos

8 Passivos subordinados

22. PASSIVOS SUBORDINADOS

Em 31 de Dezembro de 2004 as condições das emissões dos títulos subordinados a que estes saldos sereportam têm as seguintes características:

Descrição

Valor

Nominal Remunerações

Reembolso e

Pagamento

de juros

Emitidos em anos anteriores:

Obrigações de caixa subordinadas “VARFIX” 9.976 A 7 de Dezembro de 2008

Obrigações de caixa subordinadas “FNB

Investimento Mais 03/10” 25.000 B 9 de Junho de 2010

Obrigações de caixa subordinadas “FNB

Intervalos Crescentes Mais 03/11” 27.968 C 17 de Dezembro de 2011

Total 62.944

A - Média aritmética da Lisbor 6 meses mais 1% arredondada para a centésima superior. No entanto

se a taxa Lisbor ou Euribor for superior a 4.4% a remuneração transforma-se numa taxa fixa de

5.4% até ao final do empréstimo.

B - 1º e 2º cupões em 2004 e 2005: 5%; 3º,4º,5º,6º e 7º cupões em 2006, 2007, 2008, 2009 e 2010:

taxa anual nominal que resultar da fórmula Taxa*n/N, em que

n – é o número de dias úteis no período de cada cupão em que a Euribor 12 meses se situa

dentro do intervalo fixado;

N – é o número de dias úteis total no período de cada cupão;

Taxa e Intervalo – encontram-se definidos da seguinte forma :

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FINIBANCO, S.A. ANEXO I

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em milhares de Euros - m€ - excepto quando expressamente indicado)

- 22 -

3º cupão taxa 6% [0; 3,75%], 4º cupão taxa 6,5% [0; 4,25%],5º cupão taxa 7% [0; 4,75%], 6º

cupão taxa 7,5% [0; 5,25%] e 7º cupão taxa 8 % [0;5,75%].

C - 1º e 2º cupões em 2004 e 2005 : taxa fixa = 4,25% p.a.

Cupões seguintes:

Cupões Taxa

3º (2006) 5,00%, se Euribor 12 m <= 5,55% ; 1% se Euribor 12 m > 5,55%

4º (2007) 5,50%, se Euribor 12 m <= 5,80% ; 1% se Euribor 12 m > 5,80%

5º (2008) 5,50%, se Euribor 12 m <= 6,05% ; 1% se Euribor 12 m > 6,05%

6º (2009) 5,75%, se Euribor 12 m <= 6,30% ; 1% se Euribor 12 m > 6,30%

7º (2010) 6,00%, se Euribor 12 m <= 6,55% ; 1% se Euribor 12 m > 6,55%

8º (2011) 6,00%, se Euribor 12 m <= 6,80% ; 1% se Euribor 12 m > 6,80%

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FINIBANCO, S.A. ANEXO I

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em milhares de Euros - m€ - excepto quando expressamente indicado)

- 23 -

23. RUBRICAS EXTRAPATRIMONIAIS

Em 31 de Dezembro de 2004 e 2003 o detalhe das rubricas extrapatrimoniais é como segue:31.12.2004 31.12.2003

Passivos eventuais:

Garantias e avales prestados 73.701 86.583

Créditos documentários abertos 6.244 4.972

Cauções e activos dados em garantia 11.032 10.845

90.977 102.400

Compromissos perante terceiros:

Contratos a prazo de depósitos - -

Linhas de crédito irrevogáveis 109.210 86.831

Responsabilidades com o Fundo de Garantia de Depósitos 2.099 1.911

111.309 88.742

Garantias recebidas 775.905 709.222

Operações cambiais, de taxas de juro e sobre cotações:

Operações cambiais à vista 41.182 15.125

Operações cambiais a prazo 33.297 21.004

Operações de swaps de moeda 373.467 226.440

Operações de swaps de taxa de juro 1.167.321 418.233

Operações de swaps de cotações 40.018 10.078

Operações a prazo s/instrumentos financeiros 8.839 9.454

Opções 89 -

1.664.213 700.334

Responsabilidades por prestação de serviços:

Depósito e guarda de valores 3.760.454 229.468

Cobrança de valores 53.400 45.603

Valores administrados pela Instituição 6.434 16.651

3.820.288 291.722

Serviços prestados por terceiros:

Por depósito e guarda de valores 3.347.507 -

Por cobrança de valores 54.779 50.255

3.402.286 50.255

Garantias reais:

Activos recebidos em garantia 865.073 790.849

Outras contas extrapatrimoniais:

Consignações 49 69

Créditos abatidos ao activo 58.217 43.087

Juros vencidos 1.188 1.482

Rendas vincendas e valores residuais de contratos de locação

financeira 134.125 91.949

Obrigações de caixa emitidas 125.583 108.154

Contas diversas 18.799 18.074

337.961 262.815

Na sua actividade corrente, o Banco aplica alguns instrumentos financeiros derivados, registados emextrapatrimoniais, quer para satisfazer as necessidades dos seus clientes, quer para gerir as suaspróprias posições de risco de taxa de juro ou outros riscos de mercado. Estes instrumentos "fora debalanço" envolvem graus variáveis de risco de crédito (máxima perda contabilística potencial devida aeventual incumprimento das contrapartes das respectivas obrigações contratuais) e de risco de mercado(máxima perda potencial devida à alteração de valor de um instrumento financeiro em resultado devariações de taxas de juro e/ou de câmbio).

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FINIBANCO, S.A. ANEXO I

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em milhares de Euros - m€ - excepto quando expressamente indicado)

- 24 -

Os montantes nocionais das operações de derivados são utilizados para calcular os fluxos a trocar nostermos contratuais, eventualmente em termos líquidos, e embora constituam a medida de volume maisusual nestes mercados, não correspondem a qualquer quantificação do risco de crédito ou de mercadodas respectivas operações. Para derivados de taxa de juro ou de câmbio, o risco de crédito é medidopelo custo de substituição a preços correntes de mercado dos contratos em que se detém uma posiçãopotencial de ganho (valor positivo de mercado) no caso de a contraparte entrar em incumprimento.

Os contratos "forwards" representam compromissos para comprar ou vender um determinado activo(nomeadamente instrumentos do mercado monetário ou divisas) numa data futura a um preçopreviamente acordado. Este instrumento é sujeito a risco de mercado e a risco de crédito.

Os "swaps" de moeda correspondem geralmente a uma troca de fluxos financeiros em duas diferentesdivisas e respectivas taxas de referência cujo capital é trocado no início e novamente trocado no sentidoinverso no termo do contrato, a taxas previamente especificadas. Este instrumento é sujeito a risco demercado e a risco de crédito.

Os “swaps” da taxa de juro correspondem quer a operações de cobertura quer a operações denegociação relativas a uma troca de juros na mesma moeda entre duas taxas variáveis onde não severifica troca de capitais, os quais estão sujeitos a risco de mercado e a risco de crédito.

Em 31 de Dezembro de 2004, a rubrica “Valores administrados pela instituição” refere-se aos créditosgeridos pelo Finibanco, no âmbito da operação de securitização.

Em 31 de Dezembro de 2004, a actividade desenvolvida pelo Grupo Finibanco em operações dederivados, traduzia-se pelos seguintes valores:

Valor nocional dos contratos Justo valor 1

Cobertura Negociação Total Cobertura Negociação Total

Contratos de taxa de câmbio

Transaccionados em mercado de balcão (OTC)

Cambiais a prazo – Compras (1) - 17.275 17.275 - (97) (97)

Cambiais a prazo – Vendas - 16.022 16.022 - 1.355 1.355

Swaps cambiais:

Compras 186.890 - 186.890 - n.d. -

Vendas 186.577 - 186.577 - n.d. -

Contratos sobre taxa de juro

Transaccionados em mercado de balcão (OTC)

Swaps (interest rate swaps)

Compras (2) 105.572 478.089 583.661 1.386 598 1.984

Vendas 105.572 478.089 583.661 - - -

Contratos sobre cotações

Transaccionados em mercado de balcão (OTC)

Swaps de cotações

Compras 20.009 - 20.009 809 - 809

Vendas 20.009 - 20.009 - - -

Transaccionados em Bolsa

Futuros (carteira própria) - 8.839 8.839 - 56 56

Opções

Compras - 27 27 - 3 3

Vendas - 62 62 - 16 16

624.629 998.403 1.623.032

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FINIBANCO, S.A. ANEXO I

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em milhares de Euros - m€ - excepto quando expressamente indicado)

- 25 -

(1) O justo valor das posiçoes cambiais a prazo resulta da reavaliação das posições

detidas de acordo com a taxa de cambio a prazo para o periodo remanescente

(2) Apresentação do justo valor apenas para as posições detidas para negociação

n.d. Não disponível

Em 31 de Dezembro de 2004, a repartição do valor contabilístico por maturidades residuais era:

Até De 3 a De 6 meses De 1 a Mais de3 meses 6 meses a 1 ano 5 anos 5 anos Total

OPERAÇÕES DE COBERTURA

Contratos sobre taxa de câmbioTransaccionados em mercado de balcão (OTC)

Cambiais a prazo - Compras - - - - - -Cambiais a prazo - Vendas - - - - - -Swaps cambiais

Compras 180.915 5.975 - - - 186.890Vendas 180.998 5.579 - - - 186.577

Contratos sobre taxa de juroTransaccionados em mercado de balcão (OTC)

Swaps (interest rate swaps)

Compras - - 6.498 46.106 52.968 105.572Vendas - - 6.498 46.106 52.968 105.572

Contratos sobre cotaçõesTransaccionados em mercado de balcão (OTC)

Swaps de cotações

Compras - 10.749 - 9.260 - 20.009Vendas - 10.749 - 9.260 - 20.009

361.913 33.052 12.996 110.732 105.936 624.629

OPERAÇÕES DE NEGOCIAÇÃO

Contratos sobre taxa de câmbioTransaccionados em mercado de balcão (OTC)

Cambiais a prazo - Compras - 17.275 - - - 17.275Cambiais a prazo - Vendas 10.693 5.329 - - - 16.022Swaps cambiais

Compras - - - - - -Vendas - - - - - -

Contratos sobre taxa de juroTransaccionados em mercado de balcão (OTC)

Swaps (interest rate swaps)

Compras - - - 478.089 - 478.089Vendas - - - 478.089 - 478.089

Contratos sobre cotaçõesTransaccionados em Bolsa

Futuros (carteira própria) 8.839 - - - - 8.839Opções (carteira própria) 89 - - - - 89

19.621 22.604 - 956.178 - 998.403

381.534 55.656 12.996 1.066.910 105.936 1.623.032

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FINIBANCO, S.A. ANEXO I

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em milhares de Euros - m€ - excepto quando expressamente indicado)

- 26 -

24. PROVISÕES PARA CRÉDITO, TÍTULOS E OUTROS ACTIVOS

O movimento ocorrido nas provisões no exercício de 2004 foi o seguinte:

Saldos em

31.12.03

Dotações Utilizações Anulações/

Reposições

Transf. Saldos em

31.12.04

Provisões para crédito sobre clientes:- Para crédito de cobrança

Duvidosa (Nota 14.2) 4.748 5.601 - 3.639 - 6.710

- Para crédito vencido (Nota 14.2) 26.942 15.869 15.725 - - 27.086- Provisões para risco país (Nota 14.2) 287 175 - 240 - 222

31.977 21.645 15.725 3.879 - 34.018

Provisões para depreciação de títulos:

- Para depreciação de títulos de rendimento fixo (Nota 10.1) 9.572 3.832 - 116 - 13.288

- Para títulos e juros vencidos 321 - - - - 321

- Provisões para risco país - - - - - -

9.893 3.832 - 116 - 13.609

Provisões para depreciação de títulos:

- De rendimento variável (Nota 10.2) 3.698 2.445 - 2.573 - 3.570

Provisões para outras aplicações 480 215 - 104 - 591

Provisões para riscos e encargos 15.006 2.580 - 3.692 - 13.894

Totais Gerais 61.054 30.717 15.725 10.364 - 65.682

Em 31 de Dezembro de 2004 a rubrica “Provisões para riscos e encargos” inclui o montante de m€ 790respeitante a impostos diferidos.

25. CLASSIFICAÇÃO DE TÍTULOS DE NEGOCIAÇÃO OU DE INVESTIMENTO

O critério seguido para o enquadramento dos títulos, em títulos de negociação ou de investimento, é opreconizado na Nota 3.2. deste Anexo.

26. TÍTULOS A VENCIMENTO

São registados como Títulos a Vencimento os títulos adquiridos com a intenção de os manter até aovencimento.

Não existem títulos a vencimento que tenham sido alienados ou transferidos durante este exercício, eantes do seu vencimento, para outras rubricas de títulos.

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FINIBANCO, S.A. ANEXO I

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em milhares de Euros - m€ - excepto quando expressamente indicado)

- 27 -

27. CONTAS DE REGULARIZAÇÃO

O detalhe das contas de regularização em 31 de Dezembro de 2004 é como segue:

27.1. CONTAS DE REGULARIZAÇÃO (Activo)

31.12.2004 31.12.2003

Proveitos a receber:

De aplicações:

Crédito 7.039 6.624

Instituições de crédito 288 280

Títulos 414 1.054

De imobilizações financeiras 283 -

Operações de “swaps” 4.953 3.097

Despesas com custo diferido:

Campanhas de publicidade 324 694

Implementação e formação relativa a novos balcões 38 83

Projectos vários 1.895 1.504

Custos diferidos com Fundos de Pensões 2.610 1.648

Outros custos diferidos 828 785

Outras contas de regularização 11.792 1.200

Outras contas internas (liquido) 8.998 5.544

Total 39.462 22.513

Os proveitos a receber de operações de “swaps” em 31 de Dezembro de 2004 no montante m€4.953 referem-se aos juros a receber referentes aos swaps de cobertura das obrigações emitidaspelo Banco e pelos juros a receber referentes a swaps de negociação.

A rubrica “Despesas com custo diferido – Projectos vários” compreende os encargos incorridoscom projectos associados ao desenvolvimento do “Homebanking” / Banca Telefónica“Datawarehouse”, Projecto rede de promotores, Projecto Internet, Projecto CRM e encargosincorridos com estudos de Planeamento Estratégico.

A rubrica “Despesas com custo diferido – Outros custos diferidos” compreende os encargosincorridos com rendas pagas antecipadamente por balcões arrendados, prémios de seguros eoutros custos mensualizados.

No exercício de 2004 o movimento nas rubricas mais significativas de “Despesas com custodiferido” foi como segue:

Descrição

Saldos

líquidos em

31.12.2003

Aquisições Amortizações

Saldos

líquidos em

31.12.2004

Campanhas de publicidade 694 539 909 324

Implementação e formação

relativa a novos balcões 83 10 55 38

Projectos vários 1.504 1.451 1.060 1.895

Custos diferidos com Fundos de

Pensões 1.648 1.283 321 2.610

Outros custos diferidos 785 7.597 7.554 828

4.714 10.880 9.899 5.695

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FINIBANCO, S.A. ANEXO I

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em milhares de Euros - m€ - excepto quando expressamente indicado)

- 28 -

27.2 CONTAS DE REGULARIZAÇÃO (Passivo)

31.12.2004 31.12.2003

Custos a pagar:

De recursos alheios:

Depósitos 4.557 3.911

Responsabilidades representadas por títulos 1.778 2.045

De títulos subordinados 784 781

De operações de “swap” 3.847 905

De outros custos a pagar 673 666

Instituições de crédito 147 360

De custos administrativos 3.846 3.187

15.632 11.855

Receitas com proveito diferido 3.054 3.823

Flutuação de valores 727 -

Outras contas de regularização 4.083 2.905

Total 23.496 18.583

Os saldos das rubricas “Responsabilidades representadas por títulos” e “De títulos subordinados”referem-se à remuneração calculada a 31 de Dezembro 2004, para as obrigações emitidas peloFinibanco .

Em 31 de Dezembro 2004, o saldo da rubrica “De custos administrativos” integra a provisão paraférias e subsídio de férias a pagar no exercício seguinte.

Os custos a pagar de operações de “swap” em 31 de Dezembro de 2004 no montante dem€3.847, referem-se aos juros a pagar referentes aos “swaps” de cobertura das obrigaçõesemitidas pelo Banco e aos juros a pagar referentes a “swaps” de negociação.

O saldo da rubrica “Receitas com proveito diferido” inclui em 31 de Dezembro de 2004, um saldode aproximadamente m€ 1.239 relativos à periodificação das operações de desconto.

Em 31 de Dezembro de 2004 a rubrica “Outras contas de regularização” inclui o montante dem€ 382 referente a cobranças de capital e juros efectuadas pelo Banco relativas a créditossecuritizados, as quais foram liquidadas em Janeiro de 2005.

28. INFORMAÇÕES ADICIONAIS SOBRE A RUBRICA DE TÍTULOS

28.1 Montantes ainda não imputados a resultados respeitantes a:31.12.2004 31.12.2003

Títulos de investimento adquiridos por valor superior ao seu

valor de reembolso 443 611

Títulos de investimento adquiridos por valor inferior ao seu

valor de reembolso 12 14

28.2. Diferença entre o valor por que estão contabilizados os títulos de investimento e o que lhes

corresponderia caso a avaliação se fizesse com base nos valores de mercado;31.12.2004 31.12.2003

Valor contabilizado dos títulos de investimento 50.069 34.366

Valor de mercado desses títulos 50.105 33.286

Diferença (36) 1.080

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FINIBANCO, S.A. ANEXO I

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em milhares de Euros - m€ - excepto quando expressamente indicado)

- 29 -

28.3. Diferença entre o valor por que estão contabilizados os títulos de negociação e o que lhes

corresponderia caso a avaliação se fizesse com base no custo de aquisição;31.12.2004 31.12.2003

Valor contabilizado dos títulos de negociação 2.502 -Valor ao custo de aquisição 2.461 -Diferença 41 -

29. CAPITAL SUBSCRITO

Em 31 de Dezembro de 2004, o capital subscrito do Finibanco ascende a m€ 100.000 estandorepresentado por 100.000.000 de acções, nominativas tituladas, de valor nominal de um euroencontrando-se integralmente realizado. Em Junho de 2004 ocorreu um aumento de capital de m€80.000 para m€ 100.000.

30. Não existem partes de capital beneficiárias, obrigações convertíveis nem títulos ou direitos similares.

31. OUTROS ACTIVOS E OUTROS PASSIVOS

O desenvolvimento das rubricas “Outros activos” e “Outros passivos” é como segue:

31.1. “Outros activos”

31.12.2004 31.12.2003

Aplicações por recuperação de créditos 30.442 30.811

Devedores 23.934 2.056

Aplicações conta caução 114 198

Devedores por operações s/ futuros e opções 187 470

Outras disponibilidades 6 4

Ouro, metais preciosos e numismática 96 98

Outras imobilizações financeiras 29.750 -

84.529 33.637

Provisões para outros activos (591) ( 480 )

Total 83.938 33.157

A rubrica “Aplicações por recuperação de créditos” corresponde a activos recebidos por dação emcumprimento, os quais estão registados próximos dos valores das avaliações.

A rubrica “Devedores” inclui em 31 de Dezembro de 2004 um montante de m€ 234 relativos apagamentos efectuados antecipadamente à Sociedade detentora dos créditos abrangidos pelaoperação de securitização relativo a capitais e juros associadas.

Em 31 de Dezembro de 2004 o saldo da rubrica “Devedores por operações sobre futuros eopções” refere-se a margens depositadas em instituições financeiras estrangeiras para realizaçãode operações de futuros.

31.2. “Outros passivos”

31.12.2004 31.12.2003

Credores 6.275 4.452

Outras exigibilidades 3.295 3.131

Total 9.570 7.583

O saldo da rubrica “Outras exigibilidades” em 31 de Dezembro de 2004 inclui m€ 2.295 referentesa impostos retidos a entregar ao Estado.

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FINIBANCO, S.A. ANEXO I

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em milhares de Euros - m€ - excepto quando expressamente indicado)

- 30 -

32. FUNDOS ADMINISTRADOS PELO BANCO

Os fundos que o Finibanco administra em nome próprio mas por conta de outrem, sem representaçãopatrimonial ascendem a 31 de Dezembro de 2004 a m€ 6.434 (ver Nota 23).

33. OPERAÇÕES A PRAZO AINDA NÃO VENCIDAS À DATA DE BALANÇO

Esta informação encontra-se incluída na nota 23.

34. NÚMERO MÉDIO DE EFECTIVOS DO BANCO

Em 31 de Dezembro de 2004, o número médio de efectivos do Finibanco por categorias profissionais, erao seguinte:

31.12.2004 31.12.2003

Administração 3 4

Direcção 71 72

Chefia 170 155

Técnicos 226 204

Administrativos 253 234

Outros 15 13

Total 738 682

35. REMUNERAÇÃO DOS ORGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO

Em 31 de Dezembro de 2004 o valor total das remunerações atribuídas pelo Finibanco aos orgãos deadministração e fiscalização, registado na rubrica “Custos com o Pessoal”, foi de m€ 919.

36. O Finibanco não dispõe de serviço de gestão e representação de terceiros com dimensão significativa.

37. ACTIVOS E PASSIVOS EXPRESSOS EM MOEDA ESTRANGEIRA

Em 31 de Dezembro de 2004, o montante global dos elementos do activo e passivo do Finibancoexpressos em moeda estrangeira, convertidos na moeda em que as contas anuais são estabelecidas, écomo segue:

Activos Passivos

Caixa e disponibilidades sobre Instituições de

crédito

8.374 Débitos para com instituições de crédito 18.393

Outros créditos sobre instituições de crédito 27.654 Débitos para com clientes 22.460

Créditos sobre clientes 15.296 Outros passivos e contas de regularização 9.329

Acções e outros títulos de rendi. variàvel 1.424 Posição cambial 2.837

Outros activos e contas de regularização 271

53.019 53.019

38. ELEMENTOS DA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS E DO BALANÇO VENTILADOS POR LINHADE NEGÓCIO E POR MERCADOS GEOGRÁFICOS.

Os elementos da Demonstração de Resultados e do Balanço ventilados por linha de negócios éapresentado no Anexo IV destas Notas.

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FINIBANCO, S.A. ANEXO I

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em milhares de Euros - m€ - excepto quando expressamente indicado)

- 31 -

39. DETALHE DE ALGUMAS RUBRICAS DA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

O detalhe das principais rubricas da Demonstração de Resultados relativas aos exercícios de 2004 e2003 é como segue:

39.1. OUTROS PROVEITOS E CUSTOS DE EXPLORAÇÃO

31.12.2004 31.12.2003

Outros proveitos de exploração:

Reembolso de despesas 1.768 1.588

Outros 1.915 2.786

Prestação de serviços diversos 2.538 2.292

Total 6.221 6.666

Outros custos de exploração:

Quotizações e donativos 116 86

Outros 206 146

Total 322 232

39.2. GANHOS E PERDAS EXTRAORDINÁRIOS

Estas rubricas têm a seguinte composição relativamente aos exercícios de 2004 e 2003:

31.12.2004 31.12.2003

Ganhos extraordinários:

Mais valias na realização de valores imobilizados 74 6

Indemnização por incumprimento de contratos 14 5

Ganhos relativos a exercícios anteriores 618 220

Outros ganhos extraordinários 284 694

Total 990 925

Perdas extraordinárias:

Menos valias na realização de valores imobilizados 116 -

Multas e outras penalidades legais 16 2

Prejuízos por extravio roubo ou falsificação de documentos

4 36

Perdas relativas a exercícios anteriores 427 486

Outras perdas extraordinárias 257 413

Total 820 937

40. ENCARGOS IMPUTADOS E PAGOS RELATIVOS A PASSIVOS SUBORDINADOS

O montante dos encargos imputados e dos encargos pagos no exercício de 2004 e 2003 relativos apassivos subordinados é como segue:

31.12.2004 31.12.2003

Encargos imputados 2.980 2.976

Encargos pagos 2.977 2.297

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FINIBANCO, S.A. ANEXO I

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em milhares de Euros - m€ - excepto quando expressamente indicado)

- 32 -

41. CARGA FISCAL

Em 31 de Dezembro de 2004 a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre oslucros e o lucro antes de impostos, foi a seguinte:

31.12.2004 31.12.2003

Dotação para impostos sobre os lucros 930 555

Lucro do exercício adicionado da dotação para impostos

sobre os lucros 3.664 3.263

Carga fiscal 25,38% 17,01%

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção porparte das autoridades fiscais durante um período de cinco anos no que diz respeito ao exercício de 2000e de quatro anos no que se refere aos exercícios de 2001 e seguintes (dez anos para a SegurançaSocial, Imposto Municipal de Sisa e Imposto sobre as Sucessões e Doações), pelo que as declaraçõesfiscais de 2001 e 2004 poderão ser, assim, sujeitas a revisão.

Adicionalmente, de acordo com o artigo 57º do Código do IRC, a Direcção Geral dos Impostos poderáefectuar as correcções que considere necessárias para a determinação do lucro tributável sempre que,em virtude de relações especiais entre o contribuinte e outra pessoa, sujeita ou não a IRC, tenham sidoestabelecidas condições diferentes das que seriam normalmente acordadas entre pessoasindependentes, conduzindo a que o resultado apurado seja diverso do que se apuraria na ausênciadessas relações.

No entanto, a Administração entende que as eventuais correcções, se algumas, resultantes de diferentesinterpretações da legislação vigente por parte das autoridades fiscais não deverão ter um efeitosignificativo nas demonstrações financeiras anexas.

42. A proporção em que o imposto sobre lucros incide sobre os resultados correntes e os resultadosextraordinários é a mesma.

43. INCLUSÃO EM CONTAS CONSOLIDADAS

As contas do Banco são objecto de consolidação no Finibanco-Holding, SGPS SA, com sede na RuaJúlio Dinis, 157 Porto.

44. O Finibanco não detém empresas filiais instaladas noutros Estados Membros da Comunidade Europeia,dispensadas da fiscalização e da publicação da Demonstração de Resultados.

45. IMOBILIZADO EM LOCAÇÃO FINANCEIRA

O valor do Imobilizado em regime de locação financeira encontra-se relevado na rubrica deimobilizações, estando o valor em dívida às empresas de locação financeira relevado na conta de“Fornecedores de imobilizado em regime de locação financeira”.

46. Não existem compensações entre saldos devedores e credores, em contas de terceiros e em contasinternas de regularização, com excepção da conta 59 – Outras Contas Internas.

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FINIBANCO, S.A. ANEXO I

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em milhares de Euros - m€ - excepto quando expressamente indicado)

- 33 -

47. TRANSACÇÕES COM EMPRESAS DO GRUPO

Em 31 de Dezembro de 2004 os montantes provenientes das transacções com empresas com as quais oFinibanco tem uma ligação de coligação são como segue:

Rubrica de custos

1 2 3 4 Totais

Leasecar, S.A. 2 - - 517 519

Finimóveis, S.A. - - - 275 275

Finivalor , S.A. 65 - - - 65

Título, S.A. 23 - - - 23

Finisegur 1 - - - 1

Fini International (Cayman) 5 - - - 5

Finibanco-Holding, SGPS S.A. 43 - - 719 762

139 - - 1.511 1.650

Rubricas de custos

Nº Designação1 Juros e custos equiparados2 Comissões3 Prejuízos em operações financeiras4 Gastos gerais administrativos

Rubrica de proveitos

1 2 3 7 Totais

Leasecar, S.A. 196 1 - 13 210

Finivalor, SA - - - 135 135

Finicrédito , S.A. 1.826 - 16 13 1.855

Título, S.A. 106 - 2 - 108

Fini International Cayman) 1 - - - 1

Finibanco-Holding, SGPS S.A. 1.208 - 364 - 1.572

3.337 1 382 161 3.881

Rubricas de proveitos

Nº Designação1 Juros e proveitos equiparados2 Rendimento de títulos3 Comissões7 Outros proveitos de exploração

48. INFORMAÇÕES SOBRE OPERAÇÕES DE TITULARIZAÇÃO

Em Novembro de 1999 o ex - Finibanco, SA actual Finibanco-Holding, SGPS S.A. (“ Finibanco Holding”)efectuou, conjuntamente com a Finicrédito – Sociedade Financeira para Aquisições a Crédito, S.A.(“Finicrédito”) actual Finicrédito – Instituição Financeira de Crédito, SA e a Leasecar - Comercio eAluguer de Veículos e Equipamentos, S.A. (“Leasecar”) uma operação de titularização da qual se destacao seguinte:

Data da realização da operação: 99/11/04Montante: m€ 133.785Duração do programa: 8 anosRevolving: 3 anosIdentificação do programa: Aqua Finance nº 1 LimitedNatureza dos activos cedidos:

Tipo de activos: Crédito ao consumo e Leasing Mobiliário

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FINIBANCO, S.A. ANEXO I

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em milhares de Euros - m€ - excepto quando expressamente indicado)

- 34 -

Duração média ponderada remanescente: 26,8 mesesTaxa de juro média ponderada dos activos: 8,9%Rating médio da carteira cedida: AAA 87,86%; AA 8,57%; A 3,57%

Características dos instrumentos de dívida emitidos

Denominação do instrumento Montante emitido Montante detido Taxa de juro

Obrigações classe A1 123.000 - Euribor 1M+0,45%Obrigações classe A2 12.000 - Euribor 1M+0,65%Obrigações classe A3 5.000 - Euribor 1M+0,85%Obrigações subordinadas 16.000 16.000 Euribor 1M+8%Certificados residuais 893 893 Não definida

Data e forma de reembolso:

A partir do final do período de revolving e conforme ritmo de amortização de capital efectuado conformeprioridade abaixo estabelecida

Hierarquia em termos de subordinação / reembolso dos vários instrumentos Rating atribuído

Obrigações classe A1 AAAObrigações classe A2 AAObrigações classe A3 AObrigações subordinadas -Certificados residuais -

Montante total dos activos adquiridos pelo veículo que suportam a emissão dos instrumentos:

Para além dos activos cedidos pelo Finibanco S.A., actual Finibanco Holding, no montante de m€ 59.159,foram igualmente cedidos activos pela Finicrédito no montante de m€ 46.618 e pela Leasecar nomontante de m€ 28.007.

Compromissos assumidos e/ou interesses a reter pela instituição ou por outra instituição doGrupo

Montantes a título de:

Disponibilidades de caixa do emitente: n.a.Linhas de Liquidez: n.a.Outros financiamentos: n.a.Garantias: n.a.Proveitos residuais: n.a.Swaps de taxa de juro: O Finibanco é parte num swap de taxa de juro no montante correspondente aocapital vincendo dos contratos securitizados e diferenciando os contratos em taxa de juro fixa eindexada.Recompra dos activos remanescentes: n.a.Outros n.a.

n.a. Não aplicável

Entidades que intervêm na operação

Nome da entidade País da sede Tipo de entidade Função desempenhada

Finibanco SA Portugal Inst. Credito Cedente/Servidor/InvestidorAqua Finance No.1, Ltd Inglaterra Outra Emitente/CessionárioFinicredito SFAC, SA Portugal Inst. Credito Cedente/ServidorLeasecar, SA Portugal Outra Cedente/ServidorABN AMRO Bank, NV Portugal Inst. Credito CessionárioABN AMRO Bank, NV Inglaterra Inst. Credito GestorABN AMRO Bank, NV Portugal Inst. Credito Contraparte de swapsBankers Trust Luxemb Inglaterra Inst. Credito Agente Pagador

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FINIBANCO, S.A. ANEXO I

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em milhares de Euros - m€ - excepto quando expressamente indicado)

- 35 -

Bankers Trust Co., Ltd Inglaterra Inst. Credito Trustee/Banco AgenteAbacus Asset Management Ltd Inglaterra Outra Serviços FinanceirosOgier & Le Masurier Inglaterra Consultor Consultor LegalClifford Chance Inglaterra Consultor Consultor LegalClifford Chance Alemanha Consultor Consultor LegalAbreu & Marques e Associados Portugal Consultor Consultor LegalStandard & Poor`s Inglaterra Agencia Rating RatingFithch IBCA Inglaterra Agencia Rating RatingInvestidores Institucionais - - Investidores

Princípios e políticas contabilísticas seguidos

Quanto à descontinuidade do reconhecimento no Balanço dos activos cedidos: Os créditos foramexpurgados das contas patrimoniais do Finibanco, tendo transitado para as correspondentes contasextrapatrimonais

Quanto ao provisionamento dos activos cedidos: O Finibanco aplica as regras de provisionamentoconstantes da Instrução nº 27/2000 do Banco de Portugal.

49. INFORMAÇÃO SOBRE A COBERTURA DE RESPONSABILIDADES POR PENSÕES DE REFORMA ESOBREVIVÊNCIA

Em conformidade com o Acordo Colectivo de Trabalho celebrado com os sindicatos e vigente para oSector Bancário, o Finibanco assumiu o compromisso de atribuir aos seus empregados ou às suasfamílias prestações pecuniárias a título de reforma por velhice, reforma antecipada, invalidez ousobrevivência. Estas prestações consistem numa percentagem, crescente com o número de anos deserviço do trabalhador, aplicada à tabela salarial negociada anualmente para o pessoal no activo.

Baseado em pareceres de peritos independentes e na cláusula de adesão do Finibanco ao ACTV, nãosão consideradas no cálculo das responsabilidades a parcela relativa ao período entre a data deadmissão de cada funcionário no sistema bancário e a data de admissão no Finibanco, quando aplicável.O estudo actuarial para efeitos de calculo das responsabilidades por serviços passados reportados a 31de Dezembro de 2004 e 2003 foi efectuado pela CGD Pensões – Sociedade Gestora de Fundos dePensões, SA.

Os principais pressupostos actuariais e financeiros utilizados no estudo actuarial para efeitos de cálculodas responsabilidades por serviços passados reportados a 31 de Dezembro de 2004 e 2003 foram:

31.12.2004 31.12.2003

Esquema de benefícios O estabelecido no ACTV

do Sector Bancário

O estabelecido no ACTV

do Sector Bancário

Método actuarial Projected Unit Credit

Method

Projected Unit Credit

Method

Tábua de Mortalidade TV 73/77 TV 73/77

Tábua de Invalidez EKV 80 EKV 80

Taxa anual de crescimento salarial 3% 3%

Taxa anual de crescimento do fundo 6% 6%

Taxa de crescimento das pensões 2% 2%

Taxa de revalorização das remunerações na

Segurança Social

2% 2%

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FINIBANCO, S.A. ANEXO I

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em milhares de Euros - m€ - excepto quando expressamente indicado)

- 36 -

Os cálculos foram efectuados em grupo fechado decompondo-se em 31 de Dezembro de 2004 e 2003 daseguinte forma:

31.12.2004 31.12.2003

1.Empregados no activo 816 814

2.Pensionistas 8 5

3.Total (1+2) 824 819

4.Ex – participantes com direitos adquiridos 275 255

5.Total (3+4) 1.099 1.074

Acréscimo anual de responsabilidades

31.12.2004 31.12.2003

1.Custos com serviços correntes 2.449 1.679

2.Custo de juros 978 754

3.Rendimento esperado dos activos do fundo 983 752

4.Perdas (ganhos) actuariais (154) 550

5.Acréscimo anual de responsabilidades (1+2-3+4) 2.290 2.231

Responsabilidades por serviços passados e respectiva cobertura

31.12.2004 31.12.2003

1.Colaboradores e direitos adquiridos 16.529 13.518

2.Reformados e pensionistas 291 345

3.Total das responsabilidades (1+2) 16.820 13.863

4.Valor do Fundo de pensões 18.103 13.937

5.Nível de financiamento (4/3) 107,6% 100,5%

O Finibanco usou a faculdade permitida no novo Aviso do Banco de Portugal, de diferir no activo oaumento das responsabilidades relativo à não inclusão de decrementos por invalidez no cálculo dasresponsabilidades por serviços passados, bem como o diferimento de desvios actuariais (corredor) emflutuação de valores. Consequentemente, os custos registados pelo Finibanco em 2004 e 2003 relativosa responsabilidades com pensões foram como segue:

31.12.2004 31.12.2003

1.Em custos com o pessoal 2.127 1.382

2.Em perdas(ganhos)extraordinários pela amortização de

2.1.diferenças entre pressupostos e os valores

Realizados - -

2.2.alterações dos pressupostos actuariais e nos

Planos 97 152

3.Total (1+2.1+2.2) 2.224 1.534

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FINIBANCO, S.A. ANEXO I

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em milhares de Euros - m€ - excepto quando expressamente indicado)

- 37 -

O movimento registado no Fundo durante o exercício de 2004 foi o seguinte:

31.12.2004 31.12.2003

1.Fundo de Pensões no início do exercício 13.937 10.865

2.Rendimento líquido do fundo 685 570

3.Contribuição entregue ao fundo 3.500 2.515

4.Pensões de sobrevivência pagas pelo fundo 19 8

5.Outras variações líquidas - (5)

6.Valor do fundo de pensões no fim do exercício

(1+2+3-4+5) 18.103 13.937

O Finibanco apresenta ainda no passivo um saldo diferido registado na rubrica “Flutuação de valores”de m.€ 714.

Responsabilidades por serviços passados ainda não reconhecidos como custo

31.12.2004 31.12.2003

1.Perdas (ganhos) actuariais resultantes de diferenças

entre os pressupostos actuarias e financeiros utilizados

e os valores efectivamente realizados:

1.1.Reconhecidos como flutuação de valores (714) 253

1.2.Reconhecidos como despesas com custo diferido - -

1.3.Reconhecidos como receitas com proveito diferido - -

2.Perdas (ganhos) actuariais resultantes de alterações dos

pressupostos 873 1.574

3.Responsabilidades a amortizar (1.2+1.3+2) 873 1.574

50. INFORMAÇÕES SOBRE PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS

Valor de Balanço

EmpresaValor de

Aquisição ProvisãoValor

LíquidoValor

Presumível (*)

Mais(Menos)

Valia

UNICRE – Cartão internacionalde crédito, SA

374 - 374 554 180

SIBS – Sociedade Interbancáriade Serviços, SA

1.638 - 1.638 2.756 1.118

SWIFT – Society For WorldwideInterbank Financial

8 - 8 15 7

(*) Valor presumível da transacção foi determinado conforme segue:Unicre e SIBS – preço da última cedência directa de acções;Swift – pela aplicação do factor 1,5 à parte correspondente da situação líquida da participada em 31/12/2003

51. OUTRAS INFORMAÇÕES

51.1. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS

O detalhe em 31 de Dezembro de 2004 e 2003 da rubrica “Caixa e disponibilidades em BancosCentrais” é como segue:

31.12.2004 31.12.2003

Caixa 29.323 23.232

Disponibilidades à ordem no Banco de Portugal 32.790 32.922

Total 62.113 56.154

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FINIBANCO, S.A. ANEXO I

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em milhares de Euros - m€ - excepto quando expressamente indicado)

- 38 -

Os depósitos à ordem no Banco de Portugal incluem os depósitos que visam satisfazer asexigências legais de constituição de disponibilidades mínimas de caixa. De acordo com o Aviso doBanco de Portugal nº 7/94 de 19 de Outubro, o coeficiente a aplicar ascende a 2% dos passivoselegíveis. Estes depósitos passaram a ser remunerados a partir de 1 de Janeiro de 1999.

51.2 DISPONIBILIDADES À VISTA SOBRE INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

O detalhe da rubrica “Disponibilidades à vista sobre instituições de crédito” em 31 de Dezembro de

2004 e 2003 é como segue:

31.12.2004 31.12.2003

Disponibilidades sobre Instituições de

Crédito no País:

Depósitos à ordem 30 158

Cheques a cobrar 25.160 33.602

Disponibilidades sobre Instituições de

Crédito no Estrangeiro:

Depósitos à ordem 3.356 5.107

Cheques a cobrar 5.459 7.189

Total 34.005 46.056

Os cheques a cobrar sobre instituições de crédito no país em 31 de Dezembro de 2004 foramcompensados na Câmara de Compensação nos primeiros dias úteis de Janeiro de 2005.

Em 31 de Dezembro de 2004, os depósitos à ordem eram remuneradas a taxas de juro vigentesno mercado.

51.3 RESERVAS

31.12.2004 31.12.2003

Reserva Legal 469 199

Reservas Livres 711 328

Total 1.180 527

De acordo com o disposto no Decreto Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, o banco deveráconstituir um fundo de reserva legal até à concorrência do seu capital social. Para tal, sãoanualmente transferidos para esta reserva o equivalente a 10% dos lucros de cada exercício, atéperfazer o referido montante. Esta reserva só pode ser utilizada para cobrir prejuízos acumuladosou para aumentar capital.

O movimento ocorrido nas reservas durante o exercício de 2004 foi o seguinte:

Reservas em 31 de Dezembro de 2003 527

Aplicação do Resultado Líquido de 2003 2.708

Distribuição de dividendos em 2004 ( 1.500 )

Cobertura de resultados transitados (*) ( 555 )

Total 1.180

(*) Montante resultante da adopção da Directriz Contabilística 25 em 01.01.2004 aos contratos deALD

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FINIBANCO, S.A. ANEXO I

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em milhares de Euros - m€ - excepto quando expressamente indicado)

- 39 -

51.4 JUROS E PROVEITOS EQUIPARADOS

O detalhe da rubrica “Juros e proveitos equiparados” nos exercícios de 2004 e 2003 é comosegue:

31.12.2004 31.12.2003

Juros de disponibilidades 521 595

Juros de aplicações:

Instituições de crédito 1.813 3.708

Crédito 78.271 73.912

Títulos 4.200 7.807

Crédito vencido 2.181 2.369

Outros juros e proveitos equiparados 19.297 9.104

Total 106.283 97.495

Em 31 de Dezembro de 2004, o saldo da rubrica “Outros juros e proveitos equiparados” inclui,m€. 17.807 referentes aos juros relacionados com “swaps” afectos à cobertura de débitosrepresentados por títulos e de passivos subordinados emitidos pelo Finibanco e a “swaps” denegociação e m€. 1.466 relativos a juros de “swaps” de moeda.

51.5 JUROS E CUSTOS EQUIPARADOS

O detalhe da rubrica “Juros e custos equiparados” nos exercícios de 2004 e 2003 é como segue:

31.12.2004 31.12.2003

Juros de recursos alheios:

Instituições de crédito 1.257 1.430

Depósitos 27.375 29.700

Responsabilidades representados por títulos 2.215 1.534

Juros de capitais próprios e equiparados 2.980 2.976

Outros juros e custos equiparados 15.510 6.180

Total 49.337 41.820

Em 31 de Dezembro de 2004, os saldos das rubricas “Juros de recursos alheios –Responsabilidades representadas por títulos” e “Juros de capitais próprios e equiparados”,reflectem os montantes pagos e a pagar relacionados com os débitos representados por títulos ecom os passivos subordinados emitidos pelo Finibanco (Notas 19 e 22).

Em 31 de Dezembro de 2004, o saldo da rubrica “Outros juros e custos equiparados” inclui, ummontante de m€. 15.105 relativo aos juros incorridos relacionados com os “swaps” (Outros)subjacentes à cobertura de débitos representados por títulos e dos passivos subordinadosemitidos pelo Finibanco e a “swaps” de negociação.

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FINIBANCO, S.A. ANEXO I

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em milhares de Euros - m€ - excepto quando expressamente indicado)

- 40 -

51.6 LUCROS E PREJUÍZOS EM OPERAÇÕES FINANCEIRAS

O detalhe das rubricas “ Lucros em operações financeiras” e “ Prejuízos em operaçõesfinanceiras” em 31 de Dezembro de 2004 e 2003 é como segue:

31.12.2004 31.12.2003Lucros em operações financeiras:Lucros e diferenças de reavaliação da posição cambial 44.576 55.892Lucros e diferenças de reavaliação em aplicações 6.750 243Lucros em operações extrapatrimoniais 11.918 1.771Outros 20 1.457

Total 63.264 59.363

Prejuízos em operações financeiras:Prejuízos e diferenças de reavaliação da posição cambial 44.576 55.263Prejuízos e diferenças de reavaliação em aplicações 2.136 170Prejuízos em operações extrapatrimoniais 13.328 3.058Outros - 281Total 60.040 58.772

A TÉCNICA OFICIAL DE CONTAS

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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ANEXO II

Valor médio de Valor Valor Mais eNatureza e espécie dos títulos Quantidade aquisição de do balanço menos valias

(euro) cotação ( em moeda ) (euro) Bruto Liquído

B. TITULOS - NEGOCIAÇÃO

Valores de rendimento variável

Emitidos por residentes

- Acções

SONAE INDUSTRIA, SGPS 30,070 EUR 5.00 4.44 EUR 4.85 EUR 133,438.33 12,401.17 133,438.33 133,438.33

EDP, SA. 113,500 EUR 1.00 2.22 EUR 2.23 EUR 253,105.00 - 253,105.00 253,105.00

PT MULTIMÉDIA, SGPS NOM. 50,000 EUR 0.50 17.75 EUR 18.49 EUR 924,500.00 - 924,500.00 924,500.00

Emitidos por não residentes

- Acções

CARREFOUR 10,600 EUR 2.50 37.31 EUR 35.04 EUR 371,424.00 - 371,424.00 371,424.00

BAY MOT WERKE (BMW) 7,000 EUR 1.00 32.91 EUR 33.20 EUR 232,400.00 - 232,400.00 232,400.00

CRAY INC. 30,000 USD 0.01 3.45 USD 4.66 USD 140,949.90 ( 844.21) 103,479.85 102,635.64

DT LUFTHANSA AG 4,800 10.34 EUR 10.55 EUR 50,640.00 - 50,640.00 50,640.00

AK STEEL HOLDING CORP 400 USD 0.01 4.60 USD 14.47 USD 2,504.00 2,410.98 1,838.34 1,838.34

ALLOY INC 49 USD 0.01 4.16 USD 8.07 USD 277.34 86.70 203.61 203.61

BE AEROSPACE INC. 800 USD 0.01 7.11 USD 11.64 USD 7,752.00 1,145.29 5,691.21 5,691.21

TOP TANKERS INC. 600 USD 0.010 11.24 USD 16.25 USD 9,183.04 416.24 6,741.83 6,741.83

WHEATON RIVER MINERALS 1,000 2.20 USD 3.26 USD 3,000.00 190.88 2,202.48 2,202.48

DREAMWORKS 300 USD 0.010 27.77 USD 37.51 USD 11,346.00 ( 68.28) 8,329.78 8,261.50

HURCO COMPANIES INC. 600 11.12 USD 16.50 USD 9,089.00 595.40 6,672.78 6,672.78

NICOR INC. 400 USD 2.500 26.86 USD 36.94 USD 14,776.00 - 10,847.96 10,847.96

RIGHTNOW TECHONOLOGIES 600 USD 0.001 10.85 USD 16.15 USD 8,868.00 603.48 6,510.54 6,510.54

MINE SAFETY APPLIANCES 200 37.45 USD 50.70 USD 10,202.00 ( 45.52) 7,489.91 7,444.39

SYNERON MEDICAL LTD. ORD SHARES 400 19.15 USD 30.60 USD 10,432.00 1,327.36 7,658.76 7,658.76

INTERCHANGE CORP. 500 USD 0.00001 20.28 USD 18.14 USD 13,815.00 ( 3,483.59) 10,142.43 6,658.84

MONARCH CASINO & RESORT INC. 300 USD 0.010 24.78 USD 40.55 USD 10,125.00 1,497.69 7,433.37 7,433.37

MARKET AXESS HOLDINGS INC. 400 USD 0.001 16.67 USD 17.01 USD 9,080.00 ( 1,670.95) 6,666.18 4,995.23

ALTRIA GROUP INC. 300 USD 0.333 39.99 USD 61.10 USD 18,330.00 - 13,457.16 13,457.16

MANNATECH INCORPORATED 200 USD 0.0001 15.45 USD 19.04 USD 4,210.00 ( 295.13) 3,090.82 2,795.68

PORTAL PLAYER INC. 300 USD 0.0001 21.14 USD 24.68 USD 8,640.00 ( 907.42) 6,343.15 5,435.73

SYNAPTICS INCORPORATED 300 USD 0.001 24.95 USD 30.58 USD 10,197.00 ( 751.05) 7,486.23 6,735.19

SIMPLETECH INC. 800 USD 0.001 3.75 USD 4.60 USD 4,087.71 ( 299.32) 3,001.04 2,701.71

U S XPRESS ENTERPRISES 800 USD 0.010 20.41 USD 29.30 USD 22,240.00 880.99 16,327.73 16,327.73

UNITED THERAPEUTICS CORP. 300 USD 0.010 33.25 USD 45.15 USD 13,587.00 ( 30.83) 9,975.04 9,944.20

MAN GROUP PLC 13,623 USD 0.18 19.24 GBP 14.72 GBP 200,530.56 - 284,420.34 284,420.34

B. TITULOS - INVESTIMENTO

Títulos de rendi. fixo - de emissores públicos

De dívida pública portuguesa - A médio e longo prazos

O.T. - AGOSTO 2007 4,875% 60,000,000 EUR 0.01 0.0106 EUR 0.01054 EUR 622,444.55 - 622,444.55 622,444.55 O.T. - SET 2013 5,45% 255,000,000 EUR 0.01 0.0112 EUR 0.01120 EUR 2,735,629.41 - 2,735,629.41 2,735,629.41 O.T. - JUN 2011 5,15% 120,000,000 EUR 0.01 0.0099 EUR 0.01052 EUR 1,188,917.64 - 1,188,917.64 1,188,917.64 O.T. - FEV 2007 6,625% 25,000,000 EUR 0.01 0.0109 EUR 0.01078 EUR 259,186.10 - 259,186.10 259,186.10 O.T. - JUN 2014 4,375% 50,000,000 EUR 0.01 0.0100 EUR 0.01059 EUR 501,719.51 - 501,719.51 501,719.51

- Emissores Publicos Estrangeiros - A médio e longo prazos

BTPS 5% 2008 450,000 EUR 1.00 1.0074 EUR 1.06960 EUR 451,571.62 - 451,571.62 451,571.62 BELGIAN 0297 4,75% 09/2006 4,500,000 EUR 1.00 1.0402 EUR 1.03880 EUR 4,579,465.45 - 4,579,465.45 4,579,465.45 REP. AUSTRIA 5,875% 07/2006 4,500,000 EUR 1.00 1.0776 EUR 1.05150 EUR 4,642,645.41 - 4,642,645.41 4,642,645.41

De rendimento fixo - de outros emissores

Emitidos por residentes - A médio e longo prazos

POLIMAIA/89 Tx 5,1784% 5,000 EUR 1.50 1.50 - - EUR 7,482.69 - 7,482.69 7,482.69 UIF. 1998/2008 324,218,633 EUR 0.01 0.01 EUR 0.00998 EUR 3,242,186.33 - 3,242,186.33 3,234,405.08 BRISA- Ob. Indexadas à Inflação 1998/2006/2008 225,000 EUR 4.99 4.98 EUR 6.46205 EUR 1,121,831.53 - 1,121,831.53 1,121,831.53 SOMAGUE (OB.C/WARRANTS) 1998/2005 Tx. 4,7646% 138 EUR 4.99 4.99 EUR 4.91515 EUR 688.34 - 688.34 678.29 SOARES DA COSTA 2000/2007 Tx. 5,6% 400,000 EUR 3.13 3.13 - - EUR 1,250,000.00 - 1,250,000.00 1,250,000.00 BNC/97 - (Subordinadas ) OBCX 1997/2007 Tx. 5,625% 99,759,579 EUR 0.01 0.01 EUR 0.00970 EUR 997,595.79 - 997,595.79 967,667.92 FINICREDITO 02/09 (Subordinadas) Ob.Cx. 100,000 EUR 50.00 50.00 - - EUR 5,000,000.00 - 5,000,000.00 5,000,000.00 INCOMPOL-Industria de Componentes, Lda. 25 EUR 49,879.79 49,879.79 - - EUR 1,246,994.74 - 1,246,994.74 1,246,994.74

Emitidos por não residentes - Por outros não residentes - A médio e longo prazos AQUA FINANCE - (Subordinadas ) 1 EUR 16,000,000.00 16,000,000.00 - - EUR 16,000,000.00 - 16,000,000.00 2,749,693.66

Valores de rendimento variável

Emitidos por residentes

- Acções PROCAPITAL - Investimentos imobiliários, SA. 76,940 EUR 4.99 8.98 - - EUR 690,907.53 - 690,907.53 0.00 MATUR 50 EUR 4.99 0.50 - - EUR 24.94 - 24.94 24.94 SONAE SGPS 1,000,000 EUR 1.00 0.76 EUR 1.07 EUR 923,235.36 - 923,235.36 923,235.36 PT MULTIMÉDIA, SGPS NOM. 140,522 EUR 0.50 16.55 EUR 18.49 EUR 2,535,827.47 - 2,535,827.47 2,535,827.47 COFINA, SGPS 69,710 EUR 0.50 3.02 EUR 3.64 EUR 214,009.70 - 214,009.70 214,009.70 GESCARTÃO, SGPS 84,650 EUR 5.00 9.75 EUR 10.60 EUR 883,746.00 - 883,746.00 883,746.00

- Unidades de Participação

FINIFUNDO ACÇÕES INTERNACIONAIS 304,875 EUR 4.9999 7.07 EUR 3.8643 EUR 2,154,709.49 - 2,154,709.49 1,178,128.46

Emitidos por não residentes

- Acções AEGON NV 150,000 EUR 0.12 10.31 EUR 10.03 EUR 1,513,500.00 - 1,513,500.00 1,504,500.00 AHOLD KON. 60,000 EUR 0.25 5.86 EUR 5.70 EUR 381,000.00 - 381,000.00 342,000.00 REPOWER SYSTEMS AG 34,176 19.21 EUR 13.39 EUR 594,305.63 - 594,305.63 457,616.64 BRISTOL MYERS SQUIBB 50,000 USD 0.10 18.21 USD 25.62 USD 1,200,200.00 - 881,139.42 881,139.42 AU OPTRONICS CS ADS (10 COM) 400 12.19 USD 14.32 USD 6,644.00 - 4,877.76 4,205.27

- Unidades de Participação CS MULTIFUND (Lux) Constellation Global B 121,582 EUR 10.00 20.51 EUR 13.80 EUR 2,493,989.49 - 2,493,989.49 1,677,831.60

- Outros Valores AQUA FINANCE 1 EUR 893,000.00 893,000.00 - - EUR 893,000.00 - 893,000.00 0.00 MULTI-STRATEGY PPF LTD. 17,145,300 EUR 1.00 1.00 EUR 1.035 EUR 17,145,300.00 - 17,145,300.00 17,145,300.00

D. IMOBILIZAÇÕES FINANCEIRAS

Participações

- Em Instituções de Crédito no País UNICRE - Cartão Internacional de Crédito, SA. 5,000 EUR 4.99 74.82 - - EUR 374,098.42 - 374,098.42 374,098.42 SIBS - Sociedade Interbancária de Serviços, SA. 20,000 EUR 4.99 81.92 - - EUR 1,638,351.57 - 1,638,351.57 1,638,351.57

- Em Outras Empresas no Estrangeiro S.W.I.F.T. - Society For Worldwide Interbank Financial Telecommunication 6 EUR 123.95 1,363.42 - - EUR 8,180.49 - 8,180.49 8,180.49

Outras imobilizações financeiras

FINIBANCO HOLDING 02/05 4,000,000 EUR 5.00 5.00 - - EUR 20,000,000.00 - 20,000,000.00 20,000,000.00 FINIBANCO HOLDING 04/09 1,950,000 EUR 5.00 5.00 - - EUR 9,750,000.00 - 9,750,000.00 9,750,000.00

TOTAL 13,159.88 109,430,080.24 92,571,650.49

A TÉCNICA OFICIAL DE CONTAS, O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO,

FINIBANCO S.A.

Valor

nominal

Valor de Balanço em Euros

INVENTARIO DE TITULOS E DE PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

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ANEXO III

( em mEur)

Amortizações Abates Valor

DESCRITIVO Transf. do Regulariz. líquido

Amortizações Reavaliações Exercício (líquido) 2004/12/31

Valor Bruto Acumuladas Aquisições (líquido)

IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS

. Trespasses 61 0 0 0 0 0 0 0 61

. Despesas de estabelecimento 148 137 0 0 0 11 0 0 0

. Custos plurianuais 0 0 0 0 0 0 0 0 0

. Despesas de investigação e desenvolvimento 0 0 0 0 0 0 0 0 0

. Sistemas de tratamento automático de dados 8,654 7,248 381 0 172 934 0 0 1,025

. Outras 0 0 0 0 0 0 0 0 0

IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

. Imóveis de serviço próprio 5,470 360 2,884 0 100 183 0 0 7,911

. Obras em edifícios arrendados 14,736 8,657 823 0 229 1,455 0 0 5,676

. Outros imóveis 0 0 0 0 0 0 0 0 0

. Equipamento 24,813 13,105 3,571 0 0 3,173 0 215 11,891

. Património artístico 1,198 0 0 0 0 0 0 0 1,198

. Imobilizado em regime de locação financeira 5,074 3,084 19 0 0 908 0 12 1,089

. Outras imobilizações corpóreas 960 400 129 0 7 88 0 0 608

IMOBILIZAÇÕES EM CURSO

. Imobilizações incorpóreas 226 0 213 0 ( 172) 0 27 0 240

. Imóveis 329 0 173 0 ( 329) 0 0 0 173

. Equipamento 0 0 0 0 0 0 0 0 0

. Património artístico 0 0 0 0 0 0 0 0 0

. Outras imobilizações corpóreas 0 0 0 0 0 0 0 0 0

. Adiantamentos por conta de imobilizações 22 0 0 0 ( 7) 0 15 0 0

TOTAIS 61,691 32,991 8,193 0 0 6,752 42 227 29,872

A TÉCNICA OFICIAL DE CONTAS, O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO,

Saldo do exercício anterior

FINIBANCO, S.A.IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS E CORPÓREAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

Aumentos

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ANEXO IVSEGMENTAÇÃO POR LINHAS DE NEGÓCIO

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(valores em mil euros)

Corporate Trading & Corretagem Banca de Banca Pagamentos e Custódia Gestão de Outros Operações Total

Finance Sales (Retalho) Retalho Comercial Liquidações Activos intra-segmentos

Juros e proveitos equiparados 0 32,305 0 80,464 43,380 0 0 0 0 -49,866 106,283

Juros e custos equiparados 0 24,082 0 47,374 27,748 0 0 0 0 -49,867 49,337

Comissões líquidas 620 377 921 5,173 3,966 1,714 1,645 0 0 0 14,416

Rendimento de títulos 0 158 0 0 0 0 0 0 0 0 158

Lucros em operações financeiras 0 63,264 0 0 0 0 0 0 0 0 63,264

Prejuizos em operações financeiras 0 60,040 0 0 0 0 0 0 0 0 60,040

Provisões para crédito vencido e 0 3,588 0 10,173 6,592 0 0 0 0 0 20,353

Outros riscos (Líquidas)

Outros proveitos de exploração líquidos 0 0 0 4,430 1,088 157 0 0 0 0 5,675

Resultado líquido do exercício 2,734

Crédito s/ clientes (Liq.) 0 0 0 784,202 569,720 0 0 0 0 0 1,319,904

Crédito Bruto 0 0 0 784,202 569,720 0 0 0 0 0 1,353,922

Provisões -34,018

Débitos para com clientes 0 15,539 0 1,069,976 286,318 0 0 0 0 0 1,371,833

Activo líquido Total 1,697,486

A TÉCNICA OFICIAL DE CONTAS, O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO,

FINIBANCO, S.A.

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CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTASE RELATÓRIO DE AUDITORIA

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RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO

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EXTRACTO DA ACTA NÚMERO OITO

Aos sete dias do mês de Março, do ano de dois mil e cinco, pelas dez horas, na sede social, sita à rua de Júlio Dinis,

número cento e cinquenta e sete, nesta cidade do Porto, reuniu a Assembleia Geral Anual da sociedade comercial

FINIBANCO, SA, pessoa colectiva número quinhentos e cinco milhões, oitenta e sete mil e duzentos e oitenta e seis, com

o capital social de cem milhões de euros, integralmente realizado, e matriculada na Conservatória do Registo Comercial do

Porto, sob o número dez mil, quatrocentos e oitenta e sete.----------------------------------------------------------------------

Constituída a Mesa pelo Presidente, Senhor Professor Doutor António Moreira Barbosa de Melo, pelo Vice-Presidente

Senhor Doutor Vitorino Pereira d’Almeida Borges Allen Brandão e pelo Secretário do FINIBANCO, S.A., Senhor Doutor

António Alfredo Martins Manso Gigante, aquele verificou a presença do Accionista Único, FINIBANCO-HOLDING SGPS,

S.A., detentor da totalidade do capital social e aqui representado pelo seu Administrador, Senhor Doutor Jorge Manuel de

Matos Tavares de Almeida, o qual apresentou a respectiva carta de representação, que foi mandada arquivar pelo Senhor

Presidente da Mesa.-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Encontravam-se também presentes os Membros do Conselho de Administração do FINIBANCO, SA, Senhores, Presidente

Álvaro Pinho da Costa Leite, Vice-Presidente Engenheiro Humberto da Costa Leite e Vogais, Professor Doutor Daniel

Bessa Fernandes Coelho, Doutor Armando Esteves e Joaquim Mendes Cardoso, e o Fiscal Único, Ernst & Young Audit &

Associados, SROC, SA, representado pelo Senhor Doutor João Carlos Miguel Alves.---------------------------------------------------

O Senhor Doutor Jorge Manuel de Matos Tavares de Almeida propôs que a Assembleia se constituísse e deliberasse

sobre a Ordem de Trabalhos seguinte:-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

PONTO UM: Discutir e votar o relatório de gestão, balanço e contas relativos ao exercício de dois mil e quatro e

fiscalização da sociedade;---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

PONTO DOIS: Discutir e votar a proposta de aplicação de resultados;-----------------------------------------------------------------------

PONTO TRÊS: Proceder à apreciação geral da administração;---------------------------------------------------------------------------------

…………

O Senhor Presidente da Mesa da Assembleia, depois de cumprimentar todos os presentes, informou de que, uma vez que

o capital social estava representado a cem por cento, a Assembleia se poderia constituir sem a observância de

formalidades prévias, designadamente de convocatória, se assim fosse decidido pelo representante do Accionista Único.---

Posto o facto à consideração da Assembleia, esta, com o voto favorável do representante do Accionista Único, decidiu, nos

termos do artigo número cinquenta e quatro do Código das Sociedades Comerciais, aceitar a sua constituição e deliberar

sobre a Ordem de Trabalhos proposta.----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Encontrando-se assim verificados todos os pressupostos para a regular constituição e funcionamento da Assembleia

Geral, o Presidente da Mesa, Senhor Professor Doutor António Moreira Barbosa de Melo, declarou a Assembleia

regularmente constituída e em condições de funcionar.-------------------------------------------------------------------------------------------

Entrando na Ordem de Trabalhos, o Senhor Presidente da Mesa solicitou à Administração do Finibanco, SA, que se

pronunciasse sobre o Primeiro Ponto. Tomou então a palavra o Presidente do Conselho de Administração, Senhor Álvaro

da Costa Leite, para referir, com o detalhe adequado, os factos mais importantes que caracterizaram o exercício de dois

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mil e quatro, salientando que, não obstante a conjuntura não ter sido favorável, foi ainda assim possível ao Finibanco

registar um lucro de cerca de dois vírgula sete milhões de euros, idêntico ao do exercício anterior, após constituída uma

dotação para impostos sobre lucros, no montante de novecentos e trinta mil euros.-----------------------------------------------------

Como mais ninguém quis usar da palavra, o Senhor Presidente pôs à votação o primeiro ponto, que foi aprovado pelo

representante do Accionista Único.----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Entrando no Segundo Ponto da Ordem de Trabalhos, foi apresentada pela Administração a seguinte------------------------------

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

No exercício de dois mil e quatro o Finibanco obteve um lucro de dois milhões, setecentos e trinta e três mil, oitocentos e

cinquenta e dois euros e noventa e oito cêntimos, para o qual, em cumprimento de instruções que nos foram

superiormente transmitidas, se propõe a seguinte aplicação:------------------------------------------------------------------------------------

Para Reserva Legal (dez por cento), duzentos e setenta e três mil, trezentos e oitenta e cinco euros e trinta cêntimos;--------

Para Reservas Livres, dois milhões, quatrocentos e sessenta mil, quatrocentos e sessenta e sete euros e sessenta e oito

cêntimos;-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Total, dois milhões, setecentos e trinta e três mil, oitocentos e cinquenta e dois euros e noventa e oito cêntimos.---------------

Como ninguém quis usar da palavra, o Senhor Presidente pôs à votação o segundo ponto, que foi aprovado pelo

representante do Accionista Único.----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Passando ao Terceiro Ponto da Ordem de Trabalhos, o representante do Accionista Único pediu a palavra para propor um

voto de louvor ao Conselho de Administração do Finibanco, proposta que ele próprio aprovou quando o Senhor Presidente

da Mesa a pôs à votação.----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

…………

Esgotada a Ordem de Trabalhos, o Presidente, Senhor Professor Doutor António Moreira Barbosa de Melo, agradeceu a

presença de todos e para todos formulou votos de felicidades pessoais e profissionais.-------------------------------------------------

Nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente da Mesa deu a sessão por encerrada, lavrando-se a presente Acta que

vai ser assinada pelo Presidente da Mesa da Assembleia, pelo representante do Accionista Único e pelo Secretário do

Finibanco, SA, que a redigiu.------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

António Alfredo Martins Manso Gigante, Secretário do Finibanco, SA, certifica, nos termos da alínea f) do nº 1do artº 446-B do Código das Sociedades Comerciais, que a transcrição extraída da Acta nº 8 supra, exarada noLivro de Actas da Assembleia Geral do Finibanco, SA, a folhas 18 a 20, é verdadeira, completa e actual e que,da parte restante da referida Acta, nada consta que amplie, restrinja, modifique ou condicione a fracção aquicertificada.

O Secretário do Finibanco, SA

António Alfredo Martins Manso Gigante