relatÓrio - bioquimica
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UNIVERSIDADE DE VILA VELHA - UVVODONTOLOGIA
RELATÓRIO DE BIOQUÍMICA
VILA VELHA – ES2013/1
ALEXANDRE GOTARDI VIANA
ANDRÉ GUIMARÃES
ANA NATHIELEN PINTO
LUCAS LONGO TÓFANO
TAIRINE PRESTES
RELATÓRIO DE BIOQUÍMICA
Relatório da disciplina de Bioquímica, aula 03, Efeito Tamponante da Saliva, Curso Odontologia, da Universidade de Vila Velha.
VILA VELHA – ES2013/1
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SUMÁRIO:
Introdução .......................................................................................... 4
Objetivos da experiência .................................................................... 5
Materiais e Métodos ........................................................................... 6
Resultados ......................................................................................... 9
Discussão ........................................................................................... 13
Conclusão .......................................................................................... 14
Referências bibliográficas .................................................................. 16
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1. INTRODUÇÃO
A cárie é uma doença multifatorial e existente em um inter-relacionamento
complexo entre fatores do hospedeiro, placa bacteriana sobre o dente, dieta e
flúor durante certo tempo. Todos os carboidratos de uma dieta, como a
sacarose, glicose, frutose e lactose, são utilizados no metabolismo energético
da placa bacteriana, assim como o amido pode ser usado, após sua clivagem
chegando à maltose, pelas amilases salivares – também denominada ptialina -
e bacterianas (MOIMAZ; GARBIN; AGUIAR; SILVA, 2002).
Contudo, a saliva é um fator crucial na prevenção da cárie, devido ao seu
teor alcalino. Entre suas funções, destaca-se a capacidade tampão. Além de
enzimas que facilitam a digestão, a saliva contém anticorpos, que combatem as
bactérias, e outras substâncias, como o efeito tampão, que reequilibram o pH
bucal, evitando a desmineralização dentária. (MOIMAZ; GARBIN; AGUIAR;
SILVA, 2002).
Dessa forma, há uma irrevogável importância relativa ao teor de acidez em
que o fluido salivar está entrelaçado. Enquanto que, se houver um aumento da
acidez, possivelmente ocorrerão ferimentos da parede interna bucal, além de
tornar-se mais suscetível à cárie; caso haja um aumento da basicidade da
boca, o que tornará o meio salivar nutritivo para a proliferação bacteriana.
Logo, é fato que, para uma melhor saúde bucal, é fundamental que haja um
equilíbrio entre acidez e basicidade salivar, processo cuja responsabilidade é
do Tampão, ou Efeito Tamponante, cuja substancia principal é o ácido
carbônico/bicarbonato.
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2. OBJETIVOS DA EXPERIÊNCIA:
Sendo assim, este trabalho teve como intuito, analisar as características
bioquímicas do fluido salivar, bem como verificar a capacidade de
tamponamento salivar perante aos determinados estímulos de diferentes
sabores de chicletes Trident, em dois meios salivares distintos, isto é, em
dois voluntários diferentes.
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3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1Materiais utilizados no procedimento:
Copos plásticos, os quais foram substituídos pelos béqueres;
Tubos de ensaio;
Pipetas de 10 mL;
Micropipeta de 10 mL juntamente com a ponteira de 1 mL;
Proveta de 10 mL;
Unidades de fitas de pH;
Goma de mascar tipo “Trident” (sem açúcar);
Solução de 0,005 mol/L de HCl
Segue abaixo a tabela usada na folha de instruções da aula 03 – efeito
tamponante da saliva.
3.2Método do procedimento experimental:
Dentre os equipamentos laboratoriais utilizados para a realização do
procedimento bioquímico estão dois béqueres, utilizados para a coleta dos
fluidos salivares de cada voluntário, uma micropipeta de 1 mL juntamente com
ponteiras de 1 mL, utilizadas para adicionar o HCl, pela turma já preparado,
duas pipetas de 10 mL, provetas de 10 mL cada, utilizadas para a medição da
quantidade de produto salivar excretado pelas glândulas.
No que diz respeito aos reagentes utilizados para a realização do
procedimento laboratorial bioquímico, encontramos a fita de pH, filamento de
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papel capaz de verificar com o Maximo de exatidão o pH da substancia, no
caso, as salivas, tanto a que não sofreu a com a adição da goma de mascar,
quanto a que sofreu com a adição da goma “Trident”.
3.3Determinação do índice de fluxo salivar:
Para determinar o índice de fluxo salivar, houve um fundamental critério
para a escolha dos voluntários que participariam do processo, que ambos
estivessem de jejum a 45 (quarenta e cinco) minutos e higienizados, para
assim, haver a coleta integral da saliva e estimular o pH.
Depois de escolher dois participantes, estipulou-se que um deles mascaria
1 (um) grama de uma goma de mascar sem açúcar da marca “Trident” por
cerca de 1 (um) minuto, para então desprezar a saliva produzida, e junto com
ela os resíduos de alimentos ou outros que estivessem na boca. Assim,
determinou-se que o demais participante imitasse o anterior, de modo a
comparar a produção salivar de um individuo que masca uma goma, com outro
que é estimulado visualmente a produção de fluido salivar, desprezando a
primeira quantidade de saliva gerada durantes o primeiro minuto.
Após descartadas as salivas produzidas no primeiro minuto, o teste acerca
da capacidade de tamponamento do fluido salivar realmente começou. Os
participantes mascariam por 5 (cinco) minutos e, durante esse período,
eliminariam as suas respectivas salivas diversas vezes dentro do béquer.
Lembrando que apenas um dos voluntários estariam literalmente mascando a
goma, haja vista que o outro estaria apenas imitando.
Feito, depois de 5 (cinco) minutos passados e salivas coletadas,
consequentemente, calculou-se o Índice do fluxo salivar, onde se mediu o
volume da saliva coletada e o dividiu pelo tempo de coleta (5 minutos).
Correlacionar os dados obtidos no decorrer do teste com os parâmetros
previamente conhecidos:
Interpretação:
Medianamente suscetível à cárie = 0,7 a 1,0 ml/min.
Mais suscetível à cárie = menor de 0,7 ml/min.
Menos suscetível à cárie = maior de 1,0 ml/min.
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3.4Determinação do pH da saliva:
Adicionaram-se as amostras de fluidos salivares coletadas, isto é, tanto do
participante com o chiclete, quanto o participante sem a goma, em um tubo de
ensaio, para assim, determinar o pH da amostra através do auxilio das fitas de
pH.
3.5Avaliação do poder tamponante da saliva
Depois de coletados os dados necessários para a verificação dos pH iniciais
das amostras salivares dos participantes, adicionou-se as mesmas amostras,
as quais já se encontravam nos tubos de ensaio, uma solução de 0,005 mol/L
de HCl, ácido levemente forte. Por fim, homogeneizou-se através de agitação
por inversão e se verificou o pH final das amostras de salivas
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4. RESULTADOS:
A tabela a seguir tem como intuito retratar os dados coletados e gerados a
partir das amostras salivares dos dois respectivos indivíduos do Grupo 2, o que
fez a utilização do chiclete e o que não fez.
ParâmetrosValores sem
chicleteValores com
chicleteVolume da saliva (1min) - -
Volume da saliva (5 min) 1,0 mL 13,2 mL
Índice de fluxo salivar 0,2 mL 2,64 mL
pH inicial 7,0 7,0
pH final(após HCl 0,005 mol/l) 5,8 6,8
Verificou-se que o volume salivar gerado no tempo de 5 (cinco) minutos
pelo integrante que não mascou chiclete, foi de 1,0 mL. Já o outro integrante
que mascou chiclete, gerou, no mesmo período de tempo, 13,2 mL.
Para cálculo de índice de fluxo salivar, foi necessário dividir o volume salivar
pelo tempo de geração do mesmo, ou seja, o volume de fluxo salivar dos
respectivos representantes foi dividido por 5 (cinco), correspondente ao tempo
de excreção salivar. Logo, o Índice de fluxo salivar do integrante que não
mascou chiclete foi de 0,20 mL. Contraposta a isto, o integrante de mascou a
goma, obteve um Índice de fluxo salivar de 2,64 mL.
A partir destes dados, foi possível verificar o pH inicial e o pH final das
amostras pelo grupo coletadas. O pH inicial da saliva do integrante que não
mascou chiclete, foi de 7,0, diferente do pH inicial da saliva do integrante que
mascou chiclete, constando 7,5 de pH bucal.
Para a análise do pH final das salivas de ambos os integrantes após uma
brusca mudança da acidez bucal, adicionou-se a saliva 3 mL de HCl 0,005
mol/L e homogeneizou-se através de agitação por inversão. O pH final da
saliva do voluntário que não mascou chiclete, foi de 5,0, diferente do pH final
da saliva igual a 7,0 do voluntário, o qual mascou o chiclete.
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Interpretação:Medianamente suscetível à cárie = 0,7 a 1,0 ml/min.
Mais suscetível à cárie = menor de 0,7 ml/min.Menos suscetível à cárie = maior de 1,0 ml/min.
Com base nos experimentos laboratoriais e nas informações através
dele adquiridas, e correlacionando-as com os dados previamente informados,
pode se verificar que o voluntário que mascava a goma “Trident” (sem açúcar)
é menos suscetível à cárie.
Este fato se dá pelo simples motivo, os chicletes sem açúcares
estimulam a formação de saliva, as quais tem a função de proteger o esmalte
dentário. Desse modo, havendo uma maior produção de fluido salivar, haverá
uma maior neutralização do caráter ácido, tornanso o meio bucal menos
suscetível à proliferação de bactérias e cáries.
O fluido salivar, em pH ideal, é rico em propriedades remineralizantes,
como bicarbonato, cálcio e fosfato, que reconstituem os tecidos do dente,
independente do sabor. No entanto, a variabilidade dos sabores dos chicletes
exercem influência na mudança de acidez do fluido salivar, isto é, nos valore de
pH e, consequentemente, da boca.
O ato de mascar chiclete por si só também retira o excesso e impurezas da
superfície dele, prevenindo a formação da cárie. Caso a goma venha a ter
açúcar, este efeito se perde pois a substância corrói o dente como outro
alimento qualquer.
Para melhores visualizações, os dados obtidos foram anotados, tabulados e
dispostos em gráficos para serem analisados segundo os parâmetros de
avaliação ilustrados na tabela abaixo.
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TABELA DE AVALIAÇÃO DO PODER TAMPONANTE DA SALIVA
SEM CHICLETE COM CHICLETE MÉDIA DOS GRUPOS
EM mLGrupos
1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 Sem Com
VOLUME SALIVAR
1,0 mL
1,0 mL
3,0 mL
1,0 mL
2,5 mL
8,2 mL
13,2 mL
5,1 mL
7,0 mL
6,5 mL
1,7 mL
8,0 mL
INDICE DE FLUXO
SALIVAR- - - - -
1,64 mL/m
2,64 mL/m
1,1 mL/m
1,4 mL/m
1,3 mL/m
0,34 mL/m
1,6 mL/m
PH INICIAL 7,0 7,0 7,0 7,0 7,0 8,0 7,5 10,0 6,0 9,0 7,5 7,0
PH FINAL (APÓS HCl 0,005 mol/L)
7,0 5,0 7,0 6,0 7,0 7,0 7,0 7,0 5,0 8,0 5,8 6,8
O gráfico a seguir representa o pH da saliva com e sem chiclete nos
cinco diferentes grupos, visando representar a capacidade do poder
tamponante da saliva nos mesmos.
GRUPO 1 GRUPO 2 GRUPO 3 GRUPO 4 GRUPO 50
2
4
6
8
10
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PH INICIAL VALORES SEM CHICLETE
PH FINAL VALORES SEMCHICLETE (após HCl 0,005mol/L)
PH INICIAL COM CHICLETE
PH FINAL COM CHICLETE (após HCl 0,005mol/L)
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Ademais, o gráfico a seguir retrata a média do pH Inicial e do pH final
dos fluidos salivares contendo gomas de mascar e dos que não continham
gomas de mascar dos grupos anteriormente apresentados, objetivando
transcreve o caráter tamponante do líquido salivar.
SEM CHICLETE COM CHICLETE0
1
2
3
4
5
6
7
8
PH INICIALPH FINAL (APÓS HCL 0,005 mol/L)
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5. DISCUSSÃO:
A intenção de incluir um aluno que apenas imite o ato de mascar a goma de
chiclete se dá no objetivo de comparar a quantidade de volume salivar do
participante que masca, com o participante que apenas imita.
Logo, será constatado que o individuo que está realmente mascando
produzirá mais fluido salivar que o outro participante imitador, haja vista que,
além de estar com algum alimento na boca, estimulando a excitação glandular
salivar, isto é, o popular “água na boca”, o mesmo alimento estará reagindo
com o produto salivar, de modo a desequilibrar o pH ideal da boca.
Vale lembrar que, só o fato de ter algum sabor excitante na boca, já é o
bastante para influenciar na produção salivar.
De fato, para que haja equilíbrio de pH, há substâncias necessárias que
contribuem para o efeito tamponante do fluido salivar. Além de enzimas que
facilitam a digestão, o fluido salivar é constituído de anticorpos, os quais
combatem as bactérias, e outras substâncias com efeito tampão que
reequilibram o pH bucal, evitando a desmineralização dentária. Sendo os
tampões salivares de maior importância, o sistema ácido
carbônico/bicarbonato.
Tal reestruturação do pH bucal é fundamental, haja vista que há uma
irrevogável necessidade do pH salivar estar o perto da neutralidade. Esse pH
neutro é devido capacidade de mineralização dentária, que em meio acido não
ocorre, pelo contrário, é destruída tornando o meio bucal mais suscetível a
proliferação de bactérias e de cáries.
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6. CONCLUSÃO:
Chegando ao final deste relatório, é nossa pretensão efetuar uma
retrospectiva da evolução do mesmo, tendo em conta os objetivos do
estudo, questões debatidas, metodologia utilizada e principais conclusões.
No final desta ultima parte ficam as recomendações que nós pensamos
serem pertinentes. Deste modo, o nosso experimento foi constituído por
uma coleta de saliva, medidas de pH com fitas apropriadas, aprendendo
como diversas maneiras a identificar o pH do meio, juntamente com a
importância da saliva, seu capacidade de tamponamento e a necessidade
do equilíbrio do pH bucal.
Estamos conscientes que atingimos os objetivos, inicialmente propostos,
tendo em conta os resultados obtidos através do experimento realizado.
Dentre as principais conclusões que tirou-se deste estudo, podemos
enfatizar que o ato da mastigação aumenta o índice de fluxo salivar, haja
vista que excita as glândulas salivares a excretarem liquido salivar,
objetivando a clivagem primária dos alimentos ingeridos. Além disso, o ato
de mascar chiclete por si só, também retira o excesso e impurezas da
superfície, prevenindo a formação da cárie. Entretanto, caso a goma venha
a ter açúcar na sua constituição, este efeito se perde, pois a substância
causadora da do sabor doce pode ser utilizado pelas bactérias como fonte
de energia. Desta forma, os chicletes Trident (sem açúcar) são menos
suscetíveis a proliferação bacteriana.
Ademais, o sabor da goma de mascar influencia na mudança da acidez
do fluido salivar. Como comprovado em laboratório através deste
experimento, os meios bucais nos quais as gomas de marcas de sabores
refrescantes, com o sabor “menta”, apresentaram uma alteração do pH,
muito mais elevado do que os sabores convencionais, isto é, os de fruta,
como melancia e morango.
Logo, a saliva é uma substancia rica em propriedades remineralizantes,
as quais reconstituem os tecidos do dente, independente do sabor, sendo
executadas, porém, com êxito, em pH ideal, isto é, em torno de 6.5, quase
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neutro. Por isso, a sua principal função é proteger o esmalte dentário, assim
como auxiliar na clivagem alimentar e na lubrificação do tubo digestório.
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ARANHA, F. L. Bioquímica Odontológica, 1ª ed., Editora Sarvier, 1996.
CAMPBELL, M.K. Bioquímica, 3 a ed., Artmed Editora, 2000
NICOLAU, J.; CRIVELLO, O. Fundamentos da Bioquímica Oral. 1a .
Ed., Editora Guanabara Koogan, 2008.
MOIMAZ, S. A. S.; GARBIN, C. A. S.; AGUIAR, A. A. DE A.; SILVA, M. B.
Capacidade Tampão da Saliva frente a diversos estímulos gustativos. Vol.
14, nº 1, jan./jun., 2002
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