relatório anual de gestão - saude.ba.gov.br · fundacao de hematologia e hemoterapia da bahia 30...
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BAHIA
Fevereiro de 2012
Relatório Anual de Gestão
GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA
SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA
Jaques Wagner
GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA
Otto Alencar
VICE-GOVERNADOR
Jorge Solla
SECRETÁRIO DA SAÚDE
PRESIDENTE DO CONSELHO ESTADUAL DE SAÚDE
SUB - SECRETÁRIA
Suzana Ribeiro
CHEFIA DE GABINETE
Washington Luís Silva Couto
UNIDADES GESTORAS
FUNDO ESTADUAL DE SAÚDE
Eduardo José Farias Borges dos Reis
SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO DOS SISTEMAS E REGULAÇÃO DA ATENÇÃO À SAÚDE (SUREGS)
Andrés Castro Alonso Filho
SUPERINTENDÊNCIA ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE (SAIS)
Gisélia Santana Souza
SUPERINTENDÊNCIA DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA, CIÊNCIA E TECNOLOGIA EM SAÚDE (SAFTEC)
Alfredo Boa Sorte
SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA E PROTEÇÃO DA SAÚDE (SUVISA)
Alcina Andrade
SUPERINTENDÊNCIA DE RECURSOS HUMANOS DA SAÚDE (SUPERH)
Telma Dantas Teixeira de Oliveira
FUNDAÇÃO DE HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA DO ESTADO DA BAHIA - HEMOBA
Roberto Soares Schlindwein
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO......................................................................................... 06
PARTE I A SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA: ESTRUTURA ORGANIZATIVA............................................................................................. 12
PARTE II PRINCIPAIS REALIZAÇÕES DA SESAB POR LINHA DE AÇÃO.................... 16
1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES................................................................. 17
2. SÍNTESE DA APLICAÇÃO DOS RECURSOS FINANCEIROS........................ 18
3. LINHA DE AÇÃO 1 – GESTÃO DEMOCRÁTICA, SOLIDÁRIA E EFETIVA DO SUS................................................................................................................ 21
3.1 COMPROMISSO 1 - GESTÃO ESTRATÉGICA, PARTICIPATIVA E EFETIVA DO SUS................................................................................................................ 23
3.2 COMPROMISSO 2 – IMPLEMENTAÇÃO DA REGIONALIZAÇÃO VIVA E SOLIDÁRIA DO SUS NO ESTADO DA BAHIA ................................................ 26
3.3 COMPROMISSO 3 - ORGANIZAR O ACESSO AO SUS ATRAVÉS DAS AÇÕES DE REGULAÇÃO, CONTROLE E AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE................................................................................................................. 27
4. LINHA DE AÇÃO 2 – GESTÃO DO TRABALHO E DA EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE................................................................................ 30
4.1 COMPROMISSO 4 - INSTITUIR UMA POLÍTICA ESTADUAL DE GESTÃO DO TRABALHO E DA EDUCAÇÃO PERMANENTE NO SUS BAHIA, COM ÊNFASE NA DESPRECARIZAÇÃO................................................................... 32
5. LINHA DE AÇÃO 3 – VIGILÂNCIA DE RISCOS E AGRAVOS À SAÚDE INDIVIDUAL E COLETIVA.................................................................................................... 40
5.1 COMPROMISSOS 5 - VIGILÂNCIA DA SAÚDE, COM INTEGRAÇÃO E OPERAÇÃO DAS PRÁTICAS NAS ESFERAS DE GESTÃO ESTADUAL E MUNICIPAL DO SUS........................................................................................... 41
6 LINHA DE AÇÃO 4 –ATENÇÃO À SAÚDE COM EQUIDADE E INTEGRALIDADE................................................................................................ 52
6.1 COMPROMISSO 6 - ATENÇÃO BÁSICA COM INCLUSÃO SOCIAL E EQUIDADE - “SAÚDE DA FAMÍLIA DE TODOS NÓS” ............................................................................................................................. 54
6.2 COMPROMISSO 7 - ATENÇÃO ESPECIALIZADA REGIONALIZADA, RESOLUTIVA E QUALIFICADA BASEADA EM LINHAS DE CUIDADO E CONSIDERANDO AS NECESSIDADES DE SAÚDE DA POPULAÇÃO....................................................................................................... 57
6.3 COMPROMISSO 8 – ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DAS POPULAÇÕES DE MAIOR VULNERBILIDADE SOCIAL E SITUAÇÕES ESPECIAIS DE AGRAVO COM VISTAS À REDUÇÃO DE INIQUIDADES ............................... 70
6.4 COMPROMISSO 9 - ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA PARA TODOS OS BAIANOS............................................................................................................. 77
6.5 COMPROMISSO 10 - ASSISTÊNCIA HEMATOLÓGICA E HEMOTERÁPICA DESCENTRALIZADA E REGIONALIZADA........................................................ 81
7. LINHA DE AÇÃO 5 – INFRA-ESTRUTURA DA GESTÃO E DOS SERVIÇOS DE SAÚDE NO SUS - BAHIA............................................................................. 86
7.1 COMPROMISSO 11 - EXPANSÃO E A MELHORIA DA INFRA-ESTRUTURA ADMINSITRATIVA E DOS SERVIÇOS DE SAÚDE DO SUS – BAHIA ............ 86
8.
LINHA DE AÇÃO 6 – PRODUÇÃO DE INSUMOS ESTRATÉGICOS E DESENVOLVIMENTO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO EM SAÚDE.. 92
8.1 COMPROMISSO 12 – EXPANSÃO DA BASE CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DO SUS................................................................................................................ 92
9. LINHA DE AÇÃO 7 – PROMOÇÃO DA SAÚDE, INTERSETORIALIDADE E PROTEÇÃO DA SOCIEDADE............................................................................ 94
9.1 COMPROMISSO 13 – POLÍTICAS TRANSVERSAIS PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE, SEGURANÇA ALIMENTAR E PROTEÇÃO DA SOCIEDADE 94
PARTE III AVALIAÇÃO DA PROGRAMAÇÃO ANUAL DE SAÚDE 2011 99
PARTE IV PRESTAÇÃO DE CONTAS DO FUNDO ESTADUAL DE SAÚDE – FESBA 123
6
APRESENTAÇÃO
O Relatório de Gestão – RAG da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia - SESAB
no ano de 2011 está sistematizado em quatro partes: a primeira apresenta a
estrutura organizativa da SESAB; a segunda mostra as principais realizações desta
secretaria no ano de 2011, por Linha de Ação e compromisso assumido, definidos
no planejamento estratégico e explicitados no Plano Estadual de Saúde (PES 2008
– 2011) e na Programação Anual de Saúde (PAS) 2011; na terceira traz a análise da
execução das metas1 da PAS para o alcance dos objetivos do Plano de Saúde e a
quarta parte apresenta a prestação de contas do Fundo Estadual de Saúde –
FESBA.
Para cada compromisso há correspondência no orçamento em um ou mais
programas do Plano Plurianual (PPA 2008-2011)2 e as ações estratégicas aos
projetos/atividades com seus respectivos códigos. Cada capítulo se inicia com a
definição da Linha de Ação, apresentando os órgãos/setores da secretaria
responsável por sua execução, o valor orçado inicial e atual desta e o consolidado
da execução por programa do PPA e fonte de recurso.
A linha de ação vem especificada no inicio do capítulo com número e sombreamento
colorido; o compromisso é identificado por número, e à direita, entre colchetes,
apresentam-se os programas do PPA 2008-2011, que subsidiam orçamentariamente
cada linha. Ao discorrer sobre as realizações orçamentárias no texto de cada
capítulo (linha de ação), identificam-se em nota de rodapé os projetos/atividades do
PPA, os quais correspondem às ações estratégicas desenvolvidas pela SESAB.
O orçamento da SESAB foi constituído por:
1 No Anexo 09 encontra-se o quadro de metas por programa, projeto e atividade do PPA 2008 – 2011.
2O Plano Plurianual 2008-2011, construído por Programas (instrumento de organização da atuação governamental que articula um conjunto de ações que concorrem para a concretização de um objetivo comum preestabelecido, visando à solução de um problema ou o atendimento de determinada necessidade ou demanda da sociedade), Projetos (expresso por número ímpar) / Atividades (expresso por numero par), define os produtos (bens ou serviços que resultam da ação).
7
� 22 PROGRAMAS, onde 06 são comuns a todo o Estado, 13 são específicos
da Secretaria da Saúde e 03 das Secretarias Compartilhadas;
� 125 ações, onde 12 são Atividades Comuns (ex.: Manutenção, REDA,
Encargos, Pessoal) e 90 são Atividades e Projetos Finalísticos.
Dos 22 programas que constam no orçamento da SESAB, 21 ancoram
orçamentariamente o planejamento estratégico da SESAB, com base na Matriz
Estratégica do SUS – Bahia, constituída por sete Linhas de Ação e 13
compromissos – quadro 01 e 02. O quadro 03 mostra as fontes de recursos
utilizadas pela SESAB.
8
QUADRO 01
COMPROMISSOS POR LINHA DE AÇÃO DA SESAB BAHIA, 2011
LINHA DE AÇÃO COMPROMISSO
Gestão Democrática, Solidária e Efetiva do
SUS
1 Estabelecer uma Gestão Participativa, Estratégica e Efetiva do SUS
2 Implantar uma Regionalização Viva e Solidária em Saúde
3 Organizar o Acesso ao SUS com Ações de Controle, Avaliação e Regulação em Saúde
Gestão doTrabalho e da Educação
Permanente em Saúde 4
Instituir uma Política Estadual de Gestão do Trabalho e da Educação Permanente no SUS Bahia, com ênfase na desprecarização
Vigilância de Riscos e Agravos à Saúde
Individual e Coletiva 5
Vigilância da Saúde, com Integração das Práticas nas Esferas de Estadual e Municipal do SUS
Atenção à Saúde com Equidade e
Integralidade
6 Atenção Básica com Inclusão Social e Equidade - “Saúde da Família de todos nós”
7 Atenção Especializada Regionalizada, Resolutiva e Qualificada baseada em linhas de cuidado e considerando as necessidades de saúde da população
8 Atenção Integral à saúde das populações de maior vulnerabilidade social e situações especiais de agravos com vistas à redução de iniqüidades
9 Assistência Farmacêutica para todos os baianos
10 Assistência Hematológica e Hemoterápica Descentralizada e Regionalizada
Infra-estrutura da Gestão e dos Serviços
de Saúde do SUS - Bahia
11 Expansão e Melhoria da Infra-estrutura administrativa e dos Serviços de Saúde do SUS – Bahia
Produção de Insumos Estratégicos e
Desenvolvimento da Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde
12 Promover a Expansão da Base Científica e Tecnológica do SUS – Bahia
Promoção da Saúde, Intersetorialidade e
Proteção da Sociedade 13
Políticas transversais para a promoção da saúde, segurança alimentar e proteção da sociedade
FONTE: SESAB/Gasec/Cope
9
QUADRO 02 PROGRAMAS DO PLANO PLURIANUAL 2008 – 2011 POR COMPROMISSO DA MATRIZ ESTRATÉGICA DO SUS BAHIA, 2011
LINHA DE
AÇÃO COMPROMISSO PROGRAMA DO PPA
NÚMERO DE PROJETOS/ ATIVIDADES
01
01
123 - Gestão Estratégica, Participativa e Efetiva em Saúde
134 - Integração e Operação das Práticas de Vigilância da Saúde
213 – Gestão da Política de Comunicação de Governo
215 – Participação e Controle Social
21
02 126 - Regionalização Viva e Solidária em Saúde
03 125 - Regula Saúde: Acesso Organizado e Resolutivo ao SUS
02 04
123 - Gestão Estratégica, Participativa e Efetiva em Saúde
124 - O SUS é uma Escola: Política Estadual de Educação Permanente em Saúde
129 - Reorganização da Atenção Especializada
7
03 05 134 - Integração e Operação das Práticas de Vigilância da Saúde
9
04
06 128 - Expansão e Qualificação da Atenção Básica com Inclusão Social
50
07 129 - Reorganização da Atenção Especializada
130 - Reorganização da Atenção às Urgências
08 131 - Atenção Integral à Saúde de Populações Estratégicas e em Situações Especiais de Agravo
09 132 - Assistência Farmacêutica
10 133 - Qualidade do Sangue, Assistência Hematológica e Hemoterápica
10
05 11
135 - Expansão e Melhoria da Infra-estrutura de Saúde
208 – Adequação do Parque Predial Administrativo do Estado
14
06 12 293 - Inova Bahia: Desenvolvimento da Base Científica, Tecnológica e de Inovação
3
07 13
131 - Atenção Integral à Saúde de Populações Estratégicas e em Situações Especiais de Agravo
134 - Integração e Operação das Práticas de Vigilância da Saúde
172 - Esgotamento Sanitário, drenagem e manejo das águas
197 - Infra-estrutura para o Sistema Penitenciário
198 - Ressocialização: Direito do Preso
301 - Popularização da Ciência
9
FONTE: SESAB/Gasec/Cope
11
QUADRO 3 FONTE DE RECURSOS UTILIZADOS PELA SESAB BAHIA, 2011
Fonte SECRETARIA DA SAUDE - SESAB
FUNDO ESTADUAL DE SAUDE - FES/BA
00 RECURSOS ORDINÁRIOS NÃO VINCULADOS DO TESOURO
01 CONTRAPARTIDA DE RECURSOS ORDINARIOS
21 OPERACOES DE CREDITO INTERNAS
25 OPERACOES DE CREDITO EXTERNAS
30 RECUR VINC AS ACOES E SERV PUBLICOS DE SAUDE
31 CONTRIBUIÇÕES E/OU AUXILIOS ORG. FEDERAIS
38 TAXAS E MULTAS VINCULADAS AO FUNDO EST. DE SAUDE
47 CONTRIB. DO FUNDO NAC.DE SAUDE/FONTE CONVENIO
49 TRANSFERENCIA DO FUNDO NACIONAL DE SAUDE - FESBA
66 TRANSFERENCIAS DE ORGAOS E FUNDOS INTERNACIONAIS
80 ATENCAO BASICA
81 MAC-MEDIA E ALTA COMPLEXIDADE
82 VIGILANCIA EM SAUDE
83 ASSISTENCIA FARMACEUTICA
84 GESTAO DO SUS
85 INVESTIMENTO
FUNDACAO DE HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA DA BAHIA
30 RECUR VINC AS ACOES E SERV PUBLICOS DE SAUDE
40 RECEITA DIRETA ARRECADADA POR ENTIDADE DA ADM INDIRETA
59 RDB DE CONVÊNIOS - ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
61 CONTRIBUIÇÕES E/OU AUXILIOS ORGAOS ENT. FEDERAIS
12
PARTE I
A SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA: ESTRUTURA
ORGANIZATIVA
13
A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB) é órgão da estrutura
administrativa do Governo Estadual, criada pela Lei nº. 2.321, de 11 de abril de 1966
e modificada pelas Leis nº. 7.435, de 30 de dezembro de 1998, nº. 8.888, de 24 de
novembro de 2003 e nº. 9.831, de 01 de dezembro de 2005 e pela Lei nº 11.055 de
26 de Junho de 2008.
A SESAB tem por finalidade a formulação da política estadual de saúde, a gestão do
Sistema Estadual de Saúde e a execução de ações, em consonância com as
disposições das Leis Federais nº. 8.080, de 19 de setembro de 1990 e 8.142 de
Dezembro de 1990, que constituem o SUS. A seguir apresentamos a estrutura
organizativa da SESAB (Figura 01):
A. Administração Direta:
• Gabinete do Secretário – GASEC e órgãos vinculados (Coordenação de
Projetos Especiais; Coordenação de Controle Interno – CCI e Assessoria de
Comunicação Social – ASCOM e Assessorias Especiais);
• Diretoria de Auditoria do SUS/BA;
• Diretoria Executiva do Fundo Estadual de Saúde - FESBA;
• Diretoria Geral – DGE e Diretorias Regionais de Saúde – DIRES;
• Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde – SUVISA, incorporando
à sua estrutura funcional a Diretoria de Informação em Saúde – DIS; Diretoria
de Vigilância e Atenção à Saúde do Trabalhador; Diretoria de Vigilância
Epidemiológica – DIVEP; Diretoria de Vigilância Sanitária e Ambiental –
DIVISA; Laboratório Central de Saúde Pública Professor Gonçalo Moniz –
LACEN.
• Superintendência de Recursos Humanos da Saúde – SUPERH, composta
pela Diretoria de Administração de Recursos Humanos – DARH, Diretoria de
Gestão da Educação e do Trabalho em Saúde – DGETS, Escola Estadual de
Saúde Pública – EESP e Escola de Formação Técnica em Saúde Prof.
Aristides Novis – EFTS.
• Superintendência de Gestão dos Sistemas e Regulação da Atenção à Saúde
- SUREGS, incorporando à sua estrutura funcional a Diretoria de Gestão e
14
Programação em Saúde – DIPRO; Diretoria de Controle das Ações e Serviços
de Saúde – DICON; Diretoria de Regulação da Assistência à Saúde – DIREG.
• Superintendência de Assistência Farmacêutica, Ciência e Tecnologia em
Saúde – SAFTEC, incorporando em sua estrutura funcional a Diretoria de
Assistência Farmacêutica – DASF, a Diretoria de Ciência e tecnologias em
Saúde – DITEC e a Diretoria de Obras Públicas – DIOPS;
• Superintendência de Atenção Integral à Saúde – SAIS, com a Diretoria de
Atenção Básica – DAB, Diretoria de Atenção Especializada - DAE, Diretoria
de Gestão do Cuidado em Saúde – DGC e Diretoria de Gestão e Controle da
Rede Própria – DGRP.
B. Administração Indireta:
• Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia – HEMOBA.
15
FIGURA 01 - ORGANOGRAMA DA SESAB
16
PARTE II
PRINCIPAIS REALIZAÇÕES POR LINHA DE AÇÃO
17
1.CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
Saúde enquanto direito de todos. Esta é uma das premissas que têm norteado as
ações do Estado na área, cumprindo dessa forma o seu dever constitucional de
assegurar que todo e qualquer cidadão baiano tenha acesso às ações e serviços de
saúde.
As iniciativas e intervenções na área da saúde têm por objetivo, garantir o acesso à
saúde, ofertando serviços de excelência, que atenda efetivamente as necessidades da
população. Necessidades individuais e coletivas, diferenciadas em cada ciclo de vida
(criança, adolescente, adulto e idoso), gênero (masculino e feminino) e nos grupos
populacionais, cujos determinantes e condicionantes, sejam eles, sócio-econômico,
político e cultural refletem no modo como as pessoas procuram os serviços de saúde.
O Governo do Estado vem intervindo para a consolidação do sistema de saúde
brasileiro, o Sistema Único de Saúde – SUS, concebendo-o como imprescindível, para
a garantia do acesso universal, com qualidade, integral (com ações de promoção,
prevenção, cura e reabilitação), humanizado (respeito à dignidade das pessoas) e
resolutivo.
Há que se considerar ainda a constituição tripartite do SUS, ou seja, as
responsabilidades dos três entes federados (Governo Federal, Estadual e Municipal) na
implementação deste. Ressalta-se o papel do Estado de coordenador e formulador das
políticas de saúde, bem como as suas responsabilidades no que tange a gestão do
SUS, a exemplo do financiamento, planejamento, regulação, controle e avaliação no
âmbito estadual.
Para tanto, no seu planejamento estratégico a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia
– SESAB definiu sete linhas de ação para a gestão do sistema estadual de saúde, a
saber: Gestão Democrática, Solidária e Efetiva do SUS; Gestão do Trabalho e da
Educação Permanente em Saúde; Vigilância de Riscos e Agravos à Saúde Individual e
Coletiva; Atenção à Saúde com Equidade e Integralidade; Infra-estrutura da gestão e
dos serviços de saúde do SUS – Bahia; Produção de Insumos Estratégicos e
18
Desenvolvimento da Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde; e, Promoção da
Saúde, Intersetorialidade e Proteção da Sociedade.
Nesse contexto, a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia – SESAB tem coordenado
e fomentado a constituição das redes de atenção à saúde, a exemplo da rede de
urgência e emergência, da rede cegonha, das redes de neurologia, oftalmologia,
cardiologia, nefrologia, traumato-ortopedia, oncologia e queimados. Além disso, tem
garantido o repasse regular e automático aos municípios baianos, como contrapartida
estadual para a Saúde da Família, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência –
Samu 192, a Assistência Farmacêutica, dentre outros.
2. SÍNTESE DA APLICAÇÃO DOS RECURSOS FINANCEIROS
É importante registrar o aumento dos recursos financeiros do Estado na área da saúde,
nos últimos cinco anos. Desde 2007, já são mais de R$ 13 bilhões aplicados em
parceria com o Governo Federal e somente em 2011, foram gastos cerca de R$ 3,4
bilhões, um incremento de 11,6% em relação ao ano de 2010, quando foram aplicados
R$ 3 bilhões, conforme demonstra o Gráfico 01.
GRÁFICO 01 RECURSOS APLICADOS EM SAÚDE BAHIA, 2007 – 2011*
Fonte: SESAB/Fesba/Sicof Gerencial – posição de 02 de fevereiro de 2012.
19
Em 2011, merecem destaque os R$1,75 bilhões aplicados na assistência ambulatorial
e hospitalar, R$ 63,27 milhões na Atenção Básica, com destaque para a contrapartida
estadual para a Saúde da Família, R$ 42,7 milhões na qualificação dos profissionais de
nível médio e superior, R$ 21,5 milhões na área de vigilância epidemiológica e sanitária
e cerca de R$ 11 milhões na assistência ao portador de deficiências.
É importante registrar que 64% dos recursos aplicados em saúde pela gestão estadual
da saúde na Bahia, são recursos próprios. Ou seja, dos R$ 3,4 bilhões aplicados,
apenas R$ 1,2 bilhão foram de repasses e transferências constitucionais do Ministério
da Saúde - MS. No entanto, houve um incremento de 14% nos repasses, em relação
ao ano de 2010, quando foram transferidos R$ 1,06 bilhão.
No que se refere ao cumprimento da Emenda Constitucional 29, que define o
percentual mínimo de aplicação dos recursos financeiros em saúde por cada ente
federado, o Governo do Estado, por cinco anos consecutivos ultrapassa o percentual
mínimo de 12%, conforme determina a emenda, das Receitas Líquidas de Impostos –
RLI aplicados no setor saúde. Foram aplicados R$ 2,1 bilhões com recursos
provenientes do tesouro estadual, conforme evidenciado na Tabela 01.
TABELA 01 APLICAÇÃO DA EMENDA CONSTITUCIONAL – EC 29 BAHIA, 2003 – 2011
ANO
RECEITA LIQUIDA DE IMPOSTO -
RLI
APLICAÇÃO MÍNIMA
% RECURSOS APLICADOS (R$1.000,00)
%
2003 6.767.004 676.700 10 723.402 10,69 2004 7.679.842 921.581 12 930.678 12,12 2005 8.531.091 1.023.731 12 1.036.372 12,15 2006 9.694.826 1.163.379 12 1.179.483 12,17 2007 10.642.092 1.277.051 12 1.352.936 12,71 2008 12.247.925 1.469.751 12 1.572.385 12,84 2009 12.155.265 1.458.632 12 1.687.967 13,89 2010 14.024.226 1.682.907 12 1.931.511 13,77 2011 16.026.201 1.923.144 12 2.154.555 13,44
Fonte: SESAB/Fesba/Sicof Gerencial.
Quanto a aplicação dos recursos financeiros por Linha de Ação, pode-se observar que
a execução orçamentária e financeira foi de aproximadamente 97% (valor empenhado),
com destaques para as linhas de ação 2 e 4 que se referem a gestão do trabalho e
atenção à saúde, cuja execução foi de 99,1% e 97,8%, respectivamente. (TABELA 02)
20
TABELA 02 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA POR LINHA DE AÇÃO BAHIA, 2011
Linha de Ação¹ Orçado Inicial Orçado Atual Empenhado (%) Liquidado (%)
Linha 1 18.994.000,00 13.423.051,00 11.692.085,12 87,1 11.634.666,78 99,5
Linha 2 797.618.000,00 877.720.186,00 869.741.309,37 99,1 869.741.308,87 100,0
Linha 3 90.536.000,00 42.164.891,00 35.588.863,20 84,4 35.586.063,20 100,0
Linha 4 1.570.282.782,00 1.912.703.338,00 1.870.444.297,21 97,8 1.867.700.034,76 99,9
Linha 5 104.533.000,00 115.932.207,00 83.766.579,97 72,3 78.765.489,75 94,0
Linha 6 584.000,00 1.945.575,00 1.789.052,98 92,0 1.789.052,98 100,0
Linha 7 4.220.000,00 3.753.056,00 3.054.834,27 81,4 2.956.291,32 96,8
TOTAL 2.586.767.782,00 2.967.642.304,00 2.876.077.022,12 96,9 2.868.172.907,66 99,7 Fonte: Fesba - DOP / Sicof Gerencial ¹ Linha de Ação 1: Gestão Democrática, Solidária e Efetiva do SUS; 2 – Gestão do Trabalho e da Educação Permanente em Saúde; 3 – Vigilância de Riscos e Agravos à Saúde Individual e Coletiva; 4 – Atenção à Saúde com Equidade e Integralidade; 5 - Infra-estrutura da gestão e dos serviços de saúde do SUS – Bahia; 6 - Produção de Insumos Estratégicos e Desenvolvimento da Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde; 7 – Promoção da Saúde, Intersetorialidade e Proteção da Sociedade. Nessas linhas de ação estão as atividades concernentes ao pagamento de
pessoal do grupo ocupacional da saúde (linha 2); e para (linha 4) a manutenção
da rede própria da SESAB, ao pagamento da rede credenciada de serviços de
saúde, bem como as transferência regulares e automáticas aos municípios para a
Atenção Básica, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU 192,
Assistência Farmacêutica, e para o funcionamento da rede de hematologia e
hemoterapia, coordenada pela Fundação Hemoba.
Nos anexos de 1 a 7 apresentação a execução orçamentária e financeira por
linha de ação e seus respectivos programas, projetos, atividades e fonte de
recursos em conformidade com o Plano Plurianual 2008 – 2011 e com a Lei
Orçamentária Anual - LOA 2011.
É importante registrar que não estão contabilizados os valores aplicados por linha
de ação, os recursos do Programa 502: Ações de Apoio Administrativo do Poder
Executivo e do Programa 900: Operação Especial, cujo montante aplicado foi de
aproximadamente R$ 516,5 milhões (valor liquidado). No anexo 08 apresentamos
a execução orçamentária e financeira destes programas.
21
3. LINHA DE AÇÃO I - GESTÃO DEMOCRÁTICA, SOLIDÁRIA E EFETIVA DO
SUS
A gestão do SUS é única em cada esfera de governo, ou seja, no âmbito federal o
Ministério da Saúde é o gestor do sistema, no âmbito estadual a Secretaria de Saúde
do Estado e no âmbito municipal as Secretarias Municipais. Por seu caráter sistêmico
as ações e os serviços devem estar integrados e em continua articulação, exigindo
dessa forma um planejamento conjunto entre os gestores dos três entes.
Nessa perspectiva, tem-se trabalhado para fortalecer a parceria com os municípios e
com o Governo Federal, para ampliar e qualificar a rede de atenção a saúde,
interiorizando as ações e serviços de saúde, garantindo o acesso de toda a população,
ainda que seja nos lugares mais longínquos de nosso estado, a uma saúde digna e de
qualidade.
Assumiu-se então, no planejamento estratégico os compromissos de estabelecer um
gestão estratégica, participativa e efetiva, de implementar uma regionalização viva e
solidária e de fortalecer a regulação, o controle e avaliação do SUS no Estado.
Planejamento esse, construído com ampla participação social nos momento de
construção do Plano Plurianual - PPA participativo, nas conferências municipais e
estadual de saúde e nas oficinas para construção do Plano Estadual de Saúde - PES
2008 – 2011.
Neste contexto, esta linha articula os diversos órgãos estratégicos que compõem a
esfera administrativa central da SESAB, a saber: Gabinete do Secretário da Saúde (e
seus órgãos de assessoramento), Diretoria Geral, Fundo Estadual de Saúde, Auditoria
do SUS-Bahia, Coordenação de Controle Interno – CCI, Coordenação de Ouvidoria do
SUS-Bahia, Superintendência de Gestão dos Sistemas e Regulação da Atenção à
Saúde – SUREGS e Superintendência de Recursos Humanos – SUPERH através da
Diretoria de Gestão da Educação e do Trabalho em Saúde – DGTES.
22
As ações programadas para a consecução dos objetivos estratégicos determinados
nesta linha de ação estão distribuídas em 06 programas, 05 projetos e 16 atividades,
onde foram alocados recursos na ordem de R$ 13,4 milhões, financiados com recursos
do tesouro estadual e Fundo Nacional de Saúde - FNS. Deste total, cerca de R$ 11,6
milhões foram empenhados até o término do exercício, uma execução de cerca de 87%
(empenhado) do valor orçado atual conforme mostra a Tabela 03.
TABELA 03 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA POR PROGRAMA DA LINHA DE AÇÃO DA GESTÃO DEMOCRÁTICA,SOLIDÁRIA E EFETIVA DO SUS
BAHIA, 2011
Programa¹ Orçado Inicial Orçado Atual Empenhado (%) Liquidado (%)
123 7.782.000,00 3.325.476,00 1.927.146,87 58,0 1.887.450,16 97,9
125 4.893.000,00 5.484.625,00 5.463.751,47 99,6 5.463.751,47 100,0
126 1.274.000,00 865.307,00 693.081,81 80,1 693.081,81 100,0
134 280.000,00 489.500,00 464.621,47 94,9 464.621,47 100,0
213 4.675.000,00 3.077.059,00 2.977.024,61 96,7 2.963.084,90 99,5
215 90.000,00 181.084,00 166.458,89 91,9 162.676,97 97,7
TOTAL 18.994.000,00 13.423.051,00 11.692.085,12 87,1 11.634.666,78 99,5
Fonte: Fesba - DOP / Sicof Gerencial
¹ Programa 123: Gestão Estratégica, Participativa e Efetiva em Saúde; Programa 125: Regula Saúde: Acesso Organizado e Resolutivo ao SUS; Programa 126: Regionalização Viva e Solidária em Saúde; Programa 134: Integração e Operação das Práticas de Vigilância da Saúde; Programa 213 – Gestão da Política de Comunicação do Governo; Programa 215 – Participação e controle social.
No anexo 01 são apresentadas a execução orçamentária e financeira por programa,
projeto, atividade e fonte de recursos desta linha de ação, em conformidade com a Lei
Orçamentária Anual – LOA 2011.
23
3.1. COMPROMISSO 1 - GESTÃO ESTRATÉGICA, PARTICIPATIVA E EFETIVA DO SUS3
[PROGRAMA 1234, 1345, 2136, 2157]
Estabelecer uma gestão estratégica, participativa e efetiva do SUS é um dos
compromissos assumidos pelo Governo do Estado, entendendo-se que, para tanto, é
imprescindível o fortalecimento institucional, a participação e o controle social,
fiscalização da qualidade das ações e serviços de saúde e aplicação dos recursos no
âmbito do SUS-BA, bem como da qualificação da gestão da informação em saúde para
tomada de decisão no Estado da Bahia.
Fortalecimento Institucional
Garantir a eficácia e a efetividade da gestão da saúde do Estado. Para tanto, buscou-
se em 2011, fortalecer e consolidar as parcerias existentes, bem como conquistar
novos parceiros para qualificar e apoiar os processos de gestão da SESAB.
Nesse contexto, pode-se destacar a prorrogação até 2014, do Termo de Cooperação
Técnica firmado entre a com a Organização Pan-Americana da Saúde - OPAS, com a
interveniência do Ministério da Saúde, o que possibilitou também a continuidade das
ações com o Consórcio Hospitalar da Catalunha - CHC por meio do projeto para
acompanhamento na compra de serviços hospitalares e suporte no processo de
definições estratégicas. 3 Ações Estratégicas explicitadas no PES 2008 – 2011 para o cumprimento do compromisso I:
Disseminação de informações técnico–científicas em epidemiologia e saúde; o gerenciamento integrado e operação dos Sistemas de Informação de interesse para a Vigilância da Saúde; a efetivação do Controle Social no SUS-Bahia; o Projeto MobilizaSUS; a ampliação, descentralização e qualificação da rede de ouvidorias do SUS-Bahia; a modernização, desenvolvimento organizacional e controle administrativo da gestão do SUS-Bahia; a implementação do Planejamento e da Avaliação no âmbito do SUS-Bahia; a implementação de estratégias de comunicação social no âmbito do SUS-Bahia, a implementação das ações de Auditoria no SUS para todo o Estado da Bahia e a cooperação técnica para implantação e implementação do componente municipal do Sistema Nacional da Auditoria do SUS.
4 Programa 123 – Gestão Estratégica, Participativa e Efetiva em Saúde. 5 Programa 134 – Integração e Operação das Práticas de Vigilância da Saúde 6 Programa 213 – Gestão da Política de Comunicação do Governo. 7 Programa 215 – Participação e controle social.
24
Destaca-se também o convênio firmado com o International Finance Corporation – IFC,
para a estruturação de estudos relativos ao projeto Inova Saúde, que prevê, dentre
outras a melhoria da qualidade da gestão de equipamentos e produtos médicos das
unidades da rede própria estadual.
Tem-se trabalhado também para fortalecer a parceria com os municípios com a
consolidação dos Colegiados de Gestão Microrregional – CGMR e a ampliação do
número de convênios firmados, e com o Governo Federal, para ampliar e qualificar a
rede de atenção a saúde, interiorizando as ações e serviços de saúde, garantindo o
acesso de toda a população, ainda que seja nos lugares mais longínquos de nosso
estado, a uma saúde digna e de qualidade.
No âmbito do planejamento destaca-se a implementação do Plano Estadual de Saúde
2008 – 2011 nas diversas regiões do Estado, através das Diretorias Regionais de
Saúde, bem como o cadastramento dos municípios no Sistema de Apoio a Construção
dos Relatórios Anuais de Gestão – Sargsus. Atualmente, cerca de 70% dos municípios
estão cadastrados no sistema.
Participação social8
Com relação à participação social, é importante registrar a realização da 8ª
Conferência Estadual de Saúde - Conferes, da qual participaram mais de 2.500
pessoas, representantes de 416 municípios da Bahia, tendo como eixo central de
discussão o “Acesso e o acolhimento com qualidade no SUS”. Nessa conferência,
foram eleitos 172 delegados para participar da 14ª Conferência Nacional de Saúde,
como representantes do Estado.
Ainda, no que se refere à participação e o controle social, foram eleitos os membros do
Conselho Estadual de Saúde – CES, que passou a contar com 32 membros titulares e
32 suplentes, representantes de entidades e movimentos sociais e de órgãos e
instituições governamentais.
8Corresponde ao Projeto/Atividade 4492 no PPA 2008 – 2011.
25
O Projeto MobilizaSUS, implantado em parceria com a Secretaria de Educação - SEC e
com o Conselho de Secretários Municipais de Saúde - Cosems, vem trabalhando
intersetorialmente, com a área da educação e com o Ministério Público do Estado para
formar redes sociais de fortalecimento e defesa do SUS.
Para tanto, foi realizado o curso intitulado “SUS de todos nós: conhecer para
fortalecer”, ofertado para os conselheiros municipais de saúde das diversas regiões do
Estado, além de terem sido promovidos espaços de socialização e debate para gestão
democrática e controle social no SUS, tendo sido mobilizados cerca de 1.100 pessoas.
Deve-se destacar ainda as 23 Ouvidorias do SUS em funcionamento e mantidas pelo
Estado nas diversas regiões. Estas se constituem em dispositivo de fortalecimento da
participação social. Qualquer cidadão pode ter acesso ouvidoria, e fazer denúncias,
reclamações, sugestões, elogios ou buscar orientações. A rede de ouvidorias do SUS
estadual recebeu, em 2011, 2.854 solicitações, além de terem sido orientadas 1.718
pessoas.
Modernização Gerencial9
O Governo do Estado tem investido na qualificação da capacidade de gestão da SUS.
Ações vêm sendo desenvolvidas na área de licitações e contratos, nas áreas de
controle patrimonial e dos serviços de fornecimento de água, energia elétrica e
telefonia, bem como na fiscalização da aplicação dos recursos financeiros, seja nos
contratos de serviços terceirizados, ou nos sistemas municipais de saúde.
Entre essas ações cabe citar a ampliação do número de itens no Sistema de Registro
de Preços da SESAB para 425 entre materiais de consumo, equipamentos e materiais
permanentes, buscando uma maior agilidade nos procedimentos de aquisição, a
redução do volume de estoque, do número de licitações e do fracionamento de
despesas e a realização em setembro do curso de fiscalização de contratos, numa
parceria entre a SESAB e a Secretaria de Administração do Estado da Bahia – SAEB,
9 Corresponde ao Projeto/Atividade 4485 no PPA 2008 – 2011
26
para aperfeiçoamento de 75 fiscais responsáveis pelo controle dos contratos
terceirizados.
A Auditoria do SUS10 no Estado, parte do Sistema Nacional de Auditoria - SNA do
SUS, a qual tem por finalidade fiscalizar a aplicação dos recursos em saúde realizou
3.271 auditorias nos sistemas municipais de saúde, em prestadores credenciados e
nas ações e serviços de saúde em 2011, um incremento de 9% em relação a 2010,
quando foram realizadas 2.996 auditorias.
3.2. COMPROMISSO 2 – IMPLEMENTAÇÃO DA REGIONALIZAÇÃO VIVA E SOLIDÁRIA DO
SUS NO ESTADO DA BAHIA
[PROGRAMA 126]11
No que se refere à regionalização, tem-se buscado com o fortalecimento dos
Colegiados de Gestão Microrregional - CGMR, implantados em 2008, qualificar a
gestão do SUS nas diversas regiões do Estado. Os CGMR são foros permanentes de
pactuação, constituído por gestores municipais da área da saúde, e com representação
da gestão estadual, numa dada região de saúde.
É importante registrar que as pactuações nesse espaço devem ser homologadas na
Comissão Intergestores Bipartite - CIB, outra instância colegiada, deliberativa do SUS,
cuja formação se dá com representação da gestão municipal e estadual.
Atualmente o Estado da Bahia conta com 28 CGMR em funcionamento. Esse espaço,
tem permitido um melhor acompanhamento e avaliação da implementação do Pacto
pela Saúde, e do processo de programação regional, principalmente no que tange a
implementação da Programação Pactuada e Integrada - PPI, instrumento de gestão do
SUS.
Em 2011 foi implantada uma equipe de apoio institucional, formada por técnicos e
gestores da SESAB para apoiar os municípios no cumprimento das pactuações 10
Corresponde ao Projeto/Atividade 2838 do PPA 2008 – 2011. 11 Programa 126: Regionalização Viva e Solidária em Saúde.
27
firmadas no processo de implementação da PPI. Há que se destacar também a
aprovação na CIB dos critérios e parâmetros para gestão dos recursos de média e alta
complexidade, da metodologia para atualização da PPI, e definição dos tetos
financeiros junto ao governo federal para os municípios.
Ressalte-se ainda a implementação do Observatório Baiano de Regionalização,
ferramenta de acompanhamento dos CGMR, o curso de regulação, controle, avaliação
e auditoria em setembro para os gestores municipais, bem como a realização do II
Encontro Estadual de Regionalização da Saúde e da II Mostra de Experiência dos
CGMR em novembro, para discutir a implantação do Decreto Presidencial n.
7.508/2011 que regulamenta a Lei 8.080 de 1990, a lei orgânica da saúde.
Quanto ao Pacto pela Saúde, 266 municípios aderiram à iniciativa, sendo que 67
assumiram a responsabilidade pelo comando único do SUS em seu território. Dessa
forma, os municípios explicitaram o compromisso com a oferta de ações e serviços de
saúde para atender a população residente na sua totalidade.
3.3.COMPROMISSO 3 – ORGANIZAR O ACESSO AO SUS ATRAVÉS DAS AÇÕES DE
REGULAÇÃO, CONTROLE E AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE
[PROGRAMA 125]12
Em continuidade ao processo de conformação dos complexos reguladores nas
macrorregiões de saúde, trabalhou-se neste ano para organizar os fluxos de pacientes
na rede de atenção a saúde, de acordo as necessidades de saúde, nas diversas
regiões do Estado.
Neste ínterim, é importante destacar a organização do processo de trabalho na área de
regulação, controle e avaliação do município de referência do Extremo Sul da Bahia,
além de terem sido assessorados 88 municípios, com treinamento e apoio técnico, para
qualificar os processos de regulação em saúde.
12 Programa 125: Regula Saúde: Acesso Organizado e Resolutivo ao SUS.
28
A Central Estadual de Regulação – CER teve seu quadro de pessoal ampliado em 26%
saindo de 330 no ano de 2010 para 417 profissionais em 2011, além de ter sido
implantado os núcleos de saúde do trabalhador e de judicialização. Esta, conta com 17
veículos para transporte inter-hospitalar, 15 unidades convencionais e duas unidades
avançadas.
Em 2011, foram atendidas pela CER 39.901 solicitações (Gráfico 02), 9.465
transportes, dos quais 1.419 em unidades avançadas com pacientes de maior
gravidade e risco. Além disso, foram realizados 411 transportes em unidades de
suporte avançado contratadas e 92 em UTI aérea, tendo sido aplicados cerca de R$2,1
milhões.
GRÁFICO 02
ATENDIMENTOS REALIZADOS PELA CENTRAL ESTADUAL DE REGULAÇÃO - CER
BAHIA, 2003 - 2011
Fonte: SESAB/Suregs
O Governo do Estado interveio para a regularização dos contratos e convênios com
prestadores de serviços credenciados ao SUS e no controle dos recursos financeiros
aplicados na compra de serviços pelo sistema. Em 2011, foram avaliados 49 serviços
especializados, e 27 prestadores de serviço quanto aos recursos financeiros aplicados
na compra de serviços do SUS.
29
Foram capacitados 179 profissionais de saúde dos municípios e da rede própria
hospitalar estadual para o desenvolvimento de ações de controle e avaliação dos
serviços de saúde, com destaque para os técnicos de municípios que deverão assumir
o comando único, e para os profissionais que operacionalizam os sistemas de
informação da rede estadual, com o objetivo de ampliar o faturamento das unidades
hospitalares.
30
4. LINHA DE AÇÃO 2 – GESTÃO DO TRABALHO E DA EDUCAÇÃO PERMANENTE
EM SAÚDE
Esta Linha de Ação articula os diversos órgãos estratégicos da SESAB sob a
coordenação da Superintendência de Recursos Humanos da Saúde, principal
responsável pelos compromissos constantes desta linha que é composta pela Diretoria
de Administração de Recursos Humanos – DARH, Diretoria de Gestão da Educação e
do Trabalho em Saúde – DGETS, Escola Estadual de Saúde Pública – EESP e Escola
de Formação Técnica e Saúde Prof. Aristides Novis – EFTS.
Esta linha de ação concentra 02 objetivos estratégicos voltados para o fortalecimento
da gestão do trabalho na saúde de forma descentralizada e em rede, e instituição de
uma política estadual de educação permanente de saúde. Faz-se presente em 03
programas de governo e teve inicialmente alocados recursos de R$ 877,7 milhões
distribuídos entre sete atividades e quatro fontes de recursos, demonstrados de forma
sintética na Tabela 04.
TABELA 04 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA POR PROGRAMA DA LINHA DE AÇÃO DA GESTÃO DO TRABALHO
E DA EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE
BAHIA, 2011 Programa¹ Orçado Inicial Orçado Atual Empenhado (%) Liquidado (%)
123 1.484.000,00 529.675,00 385.100,90 72,7 385.100,90 100,0
124 36.510.000,00 45.014.653,00 41.931.924,20 93,2 41.931.923,70 100,0
129 759.624.000,00 832.175.858,00 827.424.284,27 99,4 827.424.284,27 100,0
TOTAL 797.618.000,00 877.720.186,00 869.741.309,37 99,1 869.741.308,87 100,0 Fonte: Fesba - DOP / Sicof Gerencial ¹ Programa 123: Gestão Estratégica, Participativa e Efetiva em Saúde; Programa 124: O SUS é uma Escola: Política Estadual de
Educação Permanente em Saúde; Programa 129: Reorganização da Atenção Especializada.
No anexo 02 apresentamos a execução orçamentária e financeira desta linha de ação,
por programa, projeto, atividade e fonte de recursos em conformidade com a LOA
2011.
31
Neste contexto, é importante registrar a implementação da Política de Gestão do
Trabalho e da Educação Permanente em Saúde, a qual toma por base os princípios e
diretrizes do SUS: universalidade do acesso às ações e serviços de saúde,
integralidade da atenção, eqüidade na distribuição dos recursos e dos serviços de
acordo com as necessidades de saúde dos diversos grupos populacionais,
descentralização, regionalização e a participação na gestão das políticas e no controle
social do sistema em todos os níveis.
Além disso, considerando a especificidade das ações contempladas pela política,
agregam-se aos princípios gerais do SUS os seguintes princípios e diretrizes:
o O trabalhador é compreendido como sujeito histórico, considerando suas
dimensões políticas, culturais e sociais, expressas nas relações que
estabelece no cotidiano de vida e trabalho;
o Valorização do trabalhador e geração de ambiência favorável à motivação,
comprometimento e desempenho das pessoas;
o Democratização das relações de trabalho promovendo uma gestão
participativa e solidária;
o Educação permanente como estratégia que considera o trabalho como
princípio educativo, onde o aprender e o ensinar se incorporam ao cotidiano
do trabalho;
o A metodologia da problematização como dispositivo que favorece a
apropriação ativa de conhecimentos e experiências que subsidiem a
reorientação da formação, das práticas e dos processos de trabalho;
o Utilização de tecnologias educacionais inovadoras, a exemplo de Educação à
Distância, visando a capilarização dos processos de qualificação profissional
dos trabalhadores da saúde.
o Estruturação da gestão do trabalho visando a regulação, regulamentação e
desprecarização do trabalho em saúde;
o Estruturação da gestão da educação na saúde visando à introdução de
mudanças curriculares nos cursos superiores da área e a implementação de
propostas inovadoras de educação permanente em saúde.
32
o Ênfase na constituição de redes integradas de Educação-Trabalho, visando à
redução da distância entre o ensino e os cenários de prática no campo da
saúde.
o Cooperação técnica com os municípios para o desenvolvimento das ações
estratégicas na área de Gestão do Trabalho e da Educação na saúde, com
ênfase no apoio à implementação da Educação Permanente dos
trabalhadores do SUS.
o Criação de espaços permanentes de negociação com as organizações
representativas dos profissionais e trabalhadores de saúde para
estabelecimento de acordos e pactos relacionados à desprecarização dos
vínculos e melhoria das condições e relações de trabalho;
o Fortalecimento da co-gestão do processo de formulação, implementação e
avaliação das ações educativas e da gestão do trabalho na saúde,
desenvolvida pelas instâncias gestoras do SUS, quais sejam, o Conselho
Estadual de Saúde, a CIB-BA e instâncias correlatas ao nível regional
(CGMR).
4.1.COMPROMISSO 4 - INSTITUIR UMA POLÍTICA ESTADUAL DE GESTÃO DO
TRABALHO E DA EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE, COM ÊNFASE NA
DESPRECARIZAÇÃO
[PROGRAMA 12313, 12414, 12915]
No ano de 2011, com a implementação do Plano de Carreira, Cargo e Vencimentos –
PCCV da SESAB, mas especificamente com o Programa de Avaliação de
Desempenho, instituído pelo Decreto Estadual n. 13.191 de agosto de 2011, deu-se
mais um importante passo para a qualificação da gestão do trabalho em saúde no
Estado.
13 Programa 123: Gestão Estratégica, Participativa e Efetiva em Saúde; 14 Programa 124: O SUS é uma Escola: Política Estadual de Educação Permanente em Saúde; 15 Programa 129: Reorganização da Atenção Especializada.
33
O decreto regulamenta a avaliação de desempenho individual e institucional e a
concessão de variação de Gratificação de Incentivo ao Desempenho – GID. No âmbito
da avaliação individual, serão utilizados indicadores de cumprimento da jornada de
trabalho, escalas, registro e controle de freqüência dos profissionais.
Há que se destacar ainda, a ampliação do número de profissionais convocados através
de concurso público. O concurso realizado no ano de 2008, que previa o
preenchimento de 830 vagas nas diversas especialidades, já convocou 4.269
profissionais. Somente em 2011, foram convocados 3.072 profissionais, conforme a
Tabela 05.
TABELA 05 PROFISSIONAIS CONVOCADOS – CONCURSO PÚBLICO BAHIA, 2010 - 2011
GRUPO CARGO 2010 2011
Nível Superior
Assistente Social 4 25 Enfermeiro 45 588 Farmacêutico 24 88 Farmacêutico-Bioquímico 5 5 Fisioterapeuta 3 72 Fonoaudiólogo 8 4 Medico Veterinário 1 4 Nutricionista 14 27 Odontologo-Buco-Maxilo-Facial 6 8 Psicólogo 5 9 Regulador da Assistência 8 63 Sanitarista - Vigilância Sanitária e Ambiental 0 6 Sanitarista - Saúde do Trabalhador 0 8 Sanitarista - Vigilância Epidemiológica 3 38 Terapeuta Ocupacional 4 13 Médico 539 1426
Nível Médio Técnico de Enfermagem 405 679 Técnico de Radiologia 34 5 Técnico de Patologia 19 4
TOTAL 1.127 3.072 Fonte: SESAB/Superh
No que se refere à modernização da gestão do trabalho na saúde, investiu-se na
implantação de um sistema de informação sobre a força do trabalho do SUS na Bahia,
de modo a facilitar o dimensionamento e o planejamento na área, em particular nos
processos de provimento, lotação, movimentação e qualificação dos trabalhadores. Na
fase de projeto-piloto foram dimensionadas seis unidades assistenciais, envolvendo
7.646 trabalhadores. Atualmente, esse projeto esta sendo avaliado e formatado para a
34
próxima etapa de implantação, que contemplará nove unidades da rede própria
estadual.
Concomitantemente, vem sendo implantado nessas unidades o Programa de Atenção
Integral a Saúde do Trabalhador, que tem o objetivo de ofertar ações de promoção e
proteção à saúde do trabalhador, bem como a prevenção dos agravos relacionados ao
trabalho. Além disso, o Programa de Inclusão Digital para o pessoal da SESAB, voltado
para a qualificação na área de informática, bem como os processos de formação de
recepcionistas, capacitaram 113 servidores em 2011.
Destacam-se ainda as ações desenvolvidas de apoio à implementação da gestão do
trabalho e da educação nos municípios, que aderiram ao Programa de Qualificação e
Estruturação da Gestão do Trabalho e da Educação do SUS – ProgeSUS. Este tem
como objetivo desenvolver ações conjuntas entre os entes federados com vistas à
criação e/ou fortalecimento e modernização dos setores de gestão do trabalho e da
educação no SUS, visando sua efetiva qualificação. Atualmente, 33 municípios estão
implementando o programa.
QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL - EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE16
O Governo do Estado vem empreendendo esforços para a implementação da Política
Estadual de Gestão do Trabalho e da Educação Permanente no SUS, por meio da
Escola Estadual de Saúde Pública – EESP e da Escola de Formação Técnica em
Saúde – EFTS, articulando o sistema de saúde e as instituições formadoras.
Nesta perspectiva, destaca-se a implantação da Universidade Aberta do SUS –
UNASUS, cuja sede inaugurada em fevereiro, se constitui em uma estratégia político-
pedagógica de integração educação-trabalho e desenvolvimento institucional, capaz de
potencializar a implementação dessa política.
16 Corresponde ao Projeto/Atividade 4381 no PPA 2008 – 2011
35
Qualificação de Pessoal de Nível Superior
No que se refere à formação profissional, foram realizadas pela Escola Estadual de
Saúde Pública – EESP oficinas para formação de mediadores de aprendizagem para a
4ª edição do Projeto Estágio de Vivências no SUS, do qual participaram 450
estudantes, de 30 municípios, de todas as categorias profissionais que constituem a
área da saúde. Esse projeto possibilita aos estudantes uma maior aproximação com o
mundo do trabalho no SUS, buscando dessa forma, adequar o processo formativo as
necessidades do sistema.
Destacam-se ainda a contratação de 99 estudantes para estágio na central de
transplantes, na Diretoria de Gestão da Educação e do Trabalho na Saúde da Sesab e
para o desenvolvimento do programa de estágio intitulado “O cotidiano do SUS
enquanto princípio educativo”.
Além disso, foram realizadas, no período de julho a setembro, oficinas de educação
permanente realizadas nos municípios de Jequié, Ilhéus, Vitória da Conquista,
Guanambi e Barreiras com 97 participantes e de acompanhamento pedagógico do
programa de estágio com os estagiários e profissionais do Hospital Geral de Vitória da
Conquista – HGVC, onde participaram 41 pessoas.
Nos cursos, seminários, oficinas e encontros realizados pela EESP, cerca de 2.200
profissionais participaram, com destaque para os 411 profissionais dos cursos de pós-
graduação, conforme o Quadro 04. Além disso, foram realizadas sete sessões
temáticas com 326 participantes.
36
QUADRO 04 QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL – EESP BAHIA, 2011
Fonte: SESAB/Superh/Eesp
MODALIDADE AÇÃO VAGAS OFERTADAS
ESPECIALIZAÇÃO
Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva com ênfase em Gestão do Trabalho e Educação Permanente em Saúde – R3 (concluído em agosto/2011)
10
Gestão do Trabalho e Educação Permanente em Saúde – SESAB (conclusão - fevereiro/2012) 236
Curso de Especialização em Gestão do Trabalho e Educação na Saúde – PROGESUS (concluído em agosto/2011)
45
Curso de Especialização em Gestão de Sistemas de Saúde para Auditores do SUS-Ba (conclusão - abril/2012)
120
ATUALIZAÇÃO
Curso de Vigilância Sanitária e Saúde Ambiental 94
Curso Básico de Regulação, Controle, Avaliação e Auditoria do SUS 35
Curso de Princípios de Epidemiologia para o Controle de Enfermidades 100
Curso da Dengue em EAD 45
APERFEIÇOAMENTO
Curso Piloto de Formação de Mediadores de Educação Permanente em Saúde 210
Curso Nacional de Qualificação de Gestores do SUS 302
Capacitação em Atenção Integral às Doenças Prevalentes da Infância – AIDPI neonatal
22
SEMINÁRIO
12º Seminário da Residência Médica em parceria com a Comissão Estadual de Residência Médica
332
III Seminário de Residência Multiprofissional e em Área Profissional de Saúde
159
OFICINA
Oficina de Capacitação Técnico-pedagógica para os Mediadores do Curso de Especialização em Planejamento e Gestão Orçamentária - financeira do SUS
16
Oficina de capacitação para Orientadores de TCC do Curso de Especialização em Gestão de Sistemas de Saúde para Auditores do SUS/BA
31 Oficinas de Apoio Pedagógico - UNASUS 325
ENCONTRO
I Encontro do Coletivo Baiano dos Residentes Multiprofissionais e em Área Profissional de Saúde da Bahia
95
Encontro Multiprofissional de Atenção Integral à Saúde da Mulher organizado pela Residência de Medicina de Família e Comunidade
22
37
No programa de residência médica e multiprofissional, encontram-se em formação 925
residentes com bolsas de estudo fornecidas pela SESAB, o que significa um aumento
de 11% em relação a 2010, quando 833 residentes estavam em formação, conforme o
Gráfico 03. Foram aplicados mais de R$ 26 milhões em bolsas de residência nos 16
programas de residências multiprofissionais e 61 especialidades de residências para
profissionais médicos.
GRÁFICO 03 RESIDENTES EM FORMAÇÃO PELA SESAB BAHIA, 2006 – 2011
Fonte: SESAB/EESP
Em parceria com o Instituto Anísio Teixeira, da SEC, da Companhia de Processamento
de Dados e da Ufba, mais especificamente da Escola de Enfermagem da Universidade
Federal da Bahia, a Eesp vem implementando o Projeto Educação à Distância - EAD –
SUS, como estratégia de ampliação e democratização do acesso a processos
educativos e de comunicação.
Atualmente, estão em funcionamento, com base nesse projeto, os cursos de Gestão do
Trabalho e Educação Permanente em Saúde, de Gestão de Sistemas de Saúde para
Auditores do SUS-BA, de Formação de Mediadores de Educação Permanente em
Saúde, de Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva com Ênfase em Gestão da
Educação e do Trabalho na Saúde, de combate a dengue na Atenção Básica e os
cursos de segurança da informação e o módulo de ambientação para formação de
mediadores de aprendizagem.
38
O Ambiente Virtual de Aprendizagem possui 5.145 pessoas cadastradas e vem sendo
organizado para atender as necessidades do curso de formação de mediadores de
aprendizagem em educação permanente e de aperfeiçoamento em metodologia do
trabalho científico em saúde.
Qualificação de Pessoal de Nível Médio17
A Escola de Formação Técnica em Saúde – EFTS é uma escola pública do Estado da
Bahia que atua na educação profissional de nível médio em saúde. Pela escola, foram
formados e qualificados nos cursos ofertados por esta escola, 7.058 profissionais de
nível médio, com destaque para os cursos técnico e de aperfeiçoamento em prevenção
da mortalidade materna e infantil para os Agentes Comunitários de Saúde - ACS, além
do curso de habilitação profissional de Técnico de Saúde Bucal, conforme Tabela 06.
TABELA 06 PROFISSIONAIS DE NÍVEL MÉDIO QUALIFICADOS – EFTS BAHIA, 2011
CURSO CONCLUÍDO EM ANDAMENTO
Formação de Agentes Comunitários de Saúde - ACS 2.254 1.043
Técnico em Enfermagem - 95
Auxiliar de Enfermagem 45 -
Técnico em Saúde Bucal 20 352
Auxiliar Saúde Bucal 84 268
Complementação para Técnico em Enfermagem (Unidades de Saúde/Urgência e Emergência) 88 122
Qualificação Redução da Mortalidade Materna e Infantil para ACS 4.485
Qualificação em Gerenciamento da Manutenção de Equipamentos Médicos-Assistenciais e de Apoio - 28
Aperfeiçoamento para Técnicos em Laboratório em Saúde Pública 36 -
Aperfeiçoamento de Agentes Locais da Vigilância Sanitária e Ambiental 46 -
TOTAL 7.058 1.908 Fonte: SESAB/Superh
Encontram-se ainda em processo formativo, 1.908 profissionais, com destaque para
1.043 no curso técnico para ACS de 19 municípios das diversas regiões do Estado, 95
no curso técnico de enfermagem, 352 no curso técnico em saúde bucal, 28 no curso de
17 Corresponde ao Projeto/Atividade 2570 no PPA 2008 – 2011
39
aperfeiçoamento em gerenciamento em manutenção de equipamentos médicos
assistenciais e 268 no curso de auxiliar de saúde bucal.
A escola vem promovendo desde 2007 a formação técnico-política e pedagógica dos
profissionais que atuam como docentes nos municípios. Mais de 4.000 profissionais
estão habilitados para atuar como docentes nesses cursos. Nesse contexto, a EFTS
tem ampliado as ações de monitoramento e avaliação dos processos educativos junto
aos municípios, tendo apoiado 205 municípios em 2011.
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5.LINHA DE AÇÃO III - VIGILÂNCIA DE RISCOS E AGRAVOS À SAÚDE
INDIVIDUAL E COLETIVA
Os objetivos estratégicos dessa linha de ação estão relacionados ao fomento e
desenvolvimento da política estadual de promoção à saúde e ao fortalecimento e
estruturação das ações de vigilância da saúde, promovendo a integração e a operação
das práticas nas esferas de gestão estadual e municipal do SUS.
As ações necessárias para a concretização dos objetivos estão identificadas no único
programa dessa linha de ação, programa 134 – Integração das Práticas de Vigilância
da Saúde, o qual é composto por 09 atividades. Em 2011, foram aplicados R$ 35,6
milhões, com destaques para a área de vigilância epidemiológica onde foram aplicados
R$ 11 milhões e Laboratórios de Saúde Pública R$12,7 milhões, conforme a Tabela 07.
TABELA 07 EVOLUÇÃO DOS GASTOS DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE BAHIA, 2008 - 2011
ÁREA 2008 2009 2010 2011
Vigilância Epidemiológica 8.952.247,47 11.961.300,28 8.778.757,37 11.070.444,86
Imunização 7.195.759,80 7.926.268,38 45.540.025,66 6.969.541,72
Vigilância Sanitária 2.327.166,94 3.153.518,38 3.386.747,83 3.128.895,72
Vigilância Ambiental 194.918,11 801.979,88 395.987,32 229.214,35
Informação em Saúde 246.875,01 145.926,20 219.072,48 193.770,20
Saúde do Trabalhador 431.252,62 611.901,14 615.305,16 487.108,20
Qualificação profissional 108.599,73 295.096,07 725.410,00 760.590,20
Laboratórios de Saúde Publica
7.897.850,54 11.002.278,41 13.380.215,00 12.746.497,95
TOTAL 27.354.670,22 35.898.268,74 73.041.520,82 35.586.063,20
Fonte: SESAB/Fesba *Dados do SICOF – posição de 28 de janeiro de 2011
No anexo 03 apresentamos a execução orçamentária e financeira desta linha de ação,
por programa e atividade em conformidade com a LOA 2011.
41
5.1.COMPROMISSO 5 - VIGILÂNCIA DA SAÚDE, COM INTEGRAÇÃO E OPERAÇÃO
DAS PRÁTICAS NAS ESFERAS DE GESTÃO ESTADUAL E MUNICIPAL DO SUS
[PROGRAMA 13418]
Na área de vigilância e proteção da saúde, o Governo do Estado, vem desenvolvendo
ações para a implementação do Programa Estadual de Imunização, de vigilância
epidemiológica de doenças e agravos à saúde, de vigilância de produtos e serviços de
interesse da saúde, de vigilância ambiental em saúde, ambientes e processos de
trabalho, bem como de diagnóstico laboratorial de interesse para a saúde pública e
desenvolvimento de processos formativos em vigilância da saúde.
Um sistema estadual de vigilância em saúde se constitui hoje em uma rede extensiva e
descentralizada de equipamentos públicos geradores de informações em saúde para
identificar e controlar os riscos e processos coletivos de adoecimento em todo território
estadual. Nesse sentido, instituiu-se a Coordenação de Vigilância das Emergências de
Saúde Pública, uma estrutura que organiza e implementa respostas rápidas aos surtos,
epidemias, calamidades públicas e outros eventos de interesse sanitário.
Assim, foi desenvolvido um conjunto de ações e programas para o enfrentamento dos
problemas de saúde pública, com destaque para os processos formativos em vigilância
em saúde, onde foram qualificados 1.796 profissionais para atuarem no controle das
doenças e agravos transmissíveis e não-transmissíveis.
Dengue
A atuação do Estado foi ampliada pela incorporação de novas tecnologias de
informação geográfica, com vistas ao reconhecimento de áreas com maior
concentração de fatores de risco para dengue. O diagnóstico destas áreas torna-se
imprescindível para subsidiar tomadas de decisões dos gestores e técnicos e,
conseqüentemente, controle e monitoramento.
18
Integração e Operação das Práticas de Vigilância da Saúde.
42
O Comitê Estadual de Mobilização para o Combate à Dengue foi reestruturado,
criando-se o Comitê Estadual de Mobilização Social de Prevenção e Controle da
Dengue, o que possibilitou uma atuação político-social mais consistente na área, com
destaque para a construção do Plano Estadual de Mobilização Social.
O plano estadual de contingência vem sendo continuamente discutido e readequado,
visando integrar e responsabilizar as diversas áreas que têm interface com o controle
da dengue. Em 2011, foram confirmados 104 casos de dengue pelo sorotipo DENV4,
das quais 99 amostras são provenientes de Salvador, sendo confirmado um caso por
este sorotipo em cada um dos seguintes municípios: Dias D’Ávila, Feira de Santana,
Guanambi, Lauro de Freitas e Wanderley. Até então, esse sorotipo não havia circulado
na Bahia.
Diante destes eventos, foram desencadeadas e intensificadas diversas ações pela
SESAB e Secretaria Municipal de Saúde de Salvador, com destaques para: instalação
de Sala de Situação para o monitoramento diário das ações propostas; busca ativa de
outros casos nas áreas próximas aos casos confirmados de DENV4; intensificação das
atividades de eliminação e/ou tratamento químico dos criadouros do vetor da dengue
(Aedes aegypti) identificados; e, aplicação de inseticida utilizando equipamentos
costais nas áreas com casos confirmados de dengue.
Meningite
Em 2011, foram confirmados 718 casos de Meningites e 84 óbitos. Do total de casos,
18% (129 casos) são do tipo Meningocócica, com ocorrência de 40 óbitos (letalidade
de 31%). Verifica-se a redução de 26,2% no número de casos de meningite
meningocócica na Bahia e o aumento na letalidade de 25,7% em 2010 para 31% em
2011.
Com relação ao surto de meningite que ocorreu no Complexo Hoteleiro em Costa de
Sauípe, onde foram confirmados sete casos de meningite meningocócica em setembro
de 2011, dos quais quatro pacientes faleceram, é importante registrar que a partir do
conhecimento do surto, a SESAB juntamente com as Secretarias Municipais de Saúde
43
- SMS de Camaçari, Mata de São João e Entre Rios, iniciou a quimioprofilaxia de 1.300
pessoas que tiveram contato direto com os trabalhadores que adoeceram.
Destacam-se também as ações de educação em saúde, em que foram dados
esclarecimentos quanto à situação epidemiológica, sinais e sintomas da doença, bem
como utilização da vacina.
Programa de Imunização19
Existem 3.105 salas de vacinas cadastradas na Bahia pelo Cadastro Nacional de
Estabelecimentos de Saúde - Cnes. Foram aplicados cerca de R$ 7 milhões para o
desenvolvimento do Programa de Imunização.
A Central de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos do Estado da Bahia –
Ceadi distribuiu, em 2011, 17,8 milhões de doses de imunobiológicos para serem
utilizados na rotina, campanhas e intensificação vacinal. Foram distribuídos ainda 8,4
milhões de seringas e agulhas, 30 caixas para acondicionamento de material
perfurocortante, 85 termômetros digitais, 100 termômetros analógicos de cabo extensor
e 50 mil cartazes para as campanhas da influenza, pólio e seguimento de sarampo.
Destaca-se ainda, a implantação da vacina pneumocócica 10 valente e a aquisição e
distribuição das vacinas para meningite tipo C e para a Influenza AH1N1.
Doenças Imunopreveníveis20
O Estado vem acompanhando as notificações e investigações das Doenças
Imunopreveníveis através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação -
Sinan, avaliando e monitorando as coberturas vacinais através do Sistema de
Informação de Avaliação do Programa de Imunizações, além de realizar bloqueio
vacinal, busca ativa de casos suspeitos, monitoramento das gestantes vacinadas
inadvertidamente contra a rubéola e vigilância da síndrome da rubéola congênita,
19 Corresponde ao Projeto/Atividade 2499 no PPA 2008 – 2011. 20 Corresponde ao Projeto/Atividade 2494 no PPA 2008 – 2011.
44
através de unidades sentinelas que atuam como sinalizadoras no monitoramento de
determinado agravo, fenômeno ou doença.
Como parte dos esforços para manter a erradicação da poliomielite, além da vacinação
de rotina para crianças de zero a quatro anos de idade, foram realizadas as tradicionais
campanhas anuais para essa faixa etária. No ano de 2011, a primeira etapa das
campanhas atingiu uma média percentual de 92,9 % de cobertura, enquanto na
segunda etapa foi alcançada uma meta percentual de cobertura de 97,1%.
Quanto ao Tétano Neonatal, nenhum caso foi notificado. No que se refere às Hepatites
Virais, resultados positivos já podem ser observados com as ações desenvolvidas para
o controle dessas doenças. Investiu-se para garantir o acesso à vacina contra a
hepatite B para menores de 20 anos e de pessoas com maior susceptibilidade ao risco,
além de ter sido disponibilizado as imunoglobulinas para as maternidades, juntamente
com as vacinas para os recém-nascidos, filhos de mães portadoras do vírus da
hepatite, para profissionais de saúde vítimas de acidentes com materia cortantes e
para vítimas de abuso sexual. Em 2011 a cobertura da vacina contra hepatite B em
menores de 24 anos alcançou 88,9%.
Doenças e Agravos não Transmissíveis – Dant21
No panorama das Doenças e Agravos não Transmissíveis, percebe-se tendência
crescente na taxa de internação hospitalar por Diabetes Mellitus - DM, enquanto que a
taxa de internação hospitalar por acidente vascular cerebral (AVC), apresentou pouca
flutuação em 2009 e 2010, manteve-se de 4,7/10.000 hab. em 2011. Com relação às
neoplasias, os dados preliminares apontam incremento na proporção de óbitos no
período.
A SESAB tem intensificado o acompanhamento dos indicadores estaduais referentes à
taxa de internações por Acidente Vascular Cerebral - AVC, taxa de internações por
diabetes e suas complicações, e o número de hipertensos e diabéticos cadastrados no
Sistema informatizado de cadastro e acompanhamento de portadores na rede básica – 21 Corresponde ao Projeto/Atividade 2494 no PPA 2008 – 2011.
45
SIS - Hiperdia. Neste ínterim destaca-se a parceria com o Departamento de Informática
do SUS – DATASUS, que tem contribuído para melhoria do gerenciamento dos
sistemas de informação junto aos municípios.
O Centro de Referência Estadual para Assistência ao Diabetes e Endocrinologia –
Cedeba vem executando um Projeto de Capacitação e Educação em Diabetes, além
de promover sessões de atualização científica em DM e Hipertensão Arterial – HA. Os
municípios vêm sendo acompanhados no desenvolvimento de ações de prevenção e
controle do diabetes, hipertensão e diagnóstico precoce do sobrepeso e obesidade,
além disso, vem sendo realizado capacitações para os profissionais que atuam no
Programa Medicamento em Casa.
É importante registrar ainda que o Cedeba vem participando de pesquisas
multicêntricas nacionais, atuando como ambulatório de referência para a atenção
básica e encontra-se em processo de certificação como centro colaborador da
Organização Mundial de Saúde – OMS. Além disso, o serviço tem atuado na formação
profissional com residência médicas.
As causas externas são a segunda causa de morte no estado e, em seu conjunto,
constituem um sério problema e desafio para a saúde pública, sendo que os homicídios
constituem a primeira causa de morte, seguidos das mortes por acidentes de
transportes, óbitos por causa de intenção indeterminada e os afogamentos. No estado
da Bahia, um terço dos municípios já notifica a violência doméstica, sexual e outras
violências no Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan, totalizando
9.373 notificações.
Em relação à Vigilância das Doenças e Agravos não Transmissíveis, dos 43 municípios
prioritários da Região Metropolitana de Salvador - RMS e/ou com população acima de
50 mil habitantes, 30 realizaram notificação de violência doméstica e sexual. O registro
dessas informações no sistema de saúde é um dos objetivos do Observatório de
Acidentes e Violências. Este funciona em parceria com órgãos do setor saúde,
educação e segurança no âmbito da administração pública federal, estadual e
municipal.
46
A SESAB realizou diversas oficinas para implantação da ficha de notificação da
violência doméstica e sexual nas unidades da rede SUS, além de ter elaborado boletins
epidemiológicos sobre a ocorrência desses agravos no Estado subsidiando as ações
desenvolvidas pela segurança pública e educação. Destaca-se ainda ações e projetos
voltados para o fortalecimento da Rede de Atenção a Pessoa em Situação de Violência
e a articulação intersetorial para as ações de prevenção, como:
• Projeto Superando Barreiras para Prover Atenção Integral a Mulheres que
Sofrem Violência Sexual, realizado em parceria com o MS visando à
implementação de serviço para atendimento a mulheres vítimas de violência em
hospitais. Nessa perspectiva, foram capacitados 77 profissionais da maternidade
Tsylla Balbino e Albert Sabin e do Hospital João Batista Caribé.
• Rodas de conversa sobre violência como problema de saúde pública:
compartilhar entendimentos e construir acordos para a atuação da SESAB, onde
foram realizadas cinco oficinas visando organizar e instrumentalizar a
intervenção da gestão no desenvolvimento de ações de promoção à saúde,
prevenção de agravos e atenção as pessoas em situação de violência no Estado
da Bahia.
No que se refere à vigilância das neoplasias, além do monitoramento sistemático dos
casos de câncer, foi realizado também o acompanhamento da doença através do
Sistema Integrador do Instituto Nacional do Câncer - Inca em 12 unidades hospitalares
na Bahia. Em Salvador, o Registro Hospitalar de Câncer encontra-se em atividade no
Hospital Aristides Maltez, Hospital Martagão Gesteira, Hospital Santa Izabel, Hospital
Santo Antonio, Hospital São Rafael, Hospital Universitário Professor Edgar Santos
(Hospital das Clínicas) e no Centro Estadual de Oncologia – Cican.
No interior do Estado os registros são feitos em Feira de Santana, no Hospital Dom
Pedro de Alcântara (Santa Casa de Misericórdia), em Itabuna no Hospital Manoel
Novaes, em Vitória da Conquista no Hospital Geral de Vitória da Conquista, em
Teixeira de Freitas no Hospital Municipal de Teixeira de Freitas e em Ilhéus no Hospital
São José.
47
Vigilância Sanitária e Ambiental22
A vigilância de riscos sanitários nas áreas de alimentos, medicamentos e prestação de
serviços tem permitindo ao setor da saúde antecipar-se às ocorrências de surtos,
epidemias, e outras situações de interesse epidemiológico. Somente em 2011, foram
realizadas inspeções sanitárias em 2.294 estabelecimentos e concedidas 1.025
licenças sanitárias, conforme a Tabela 08.
TABELA 08 AÇÕES DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA ESTADUAL BAHIA, 2008 - 2011
AÇÃO 2008 2009 2010 2011*
Inspeções realizadas 2.070 2.649 2.694 2.762
Estabelecimentos Inspecionados 1.778 2.359 2.294 2.553
Licenças sanitárias liberadas 492 722 1.137 1.025
Projeto arquitetônico analisados 115 243 273 198
Planos de gerenciamento de resíduos analisados 39 43 1 8
Fonte: SESAB/Suvisa
*Dados preliminares até outubro.
As ações de vigilância ambiental em saúde na Bahia estão relacionadas com a
qualidade da água para consumo humano, com a saúde de populações expostas ou
sob risco de exposição a solo contaminado e com a qualidade do ar. Essas ações
buscam identificar condicionantes e determinantes do meio ambiente que afetam a
saúde.
Nesse contexto, 16 municípios baianos (Curaçá, Eunápolis, Juazeiro, Andorinha,
Campo Formoso, Cravolândia, Irajuba, Carinhanha, Glória, Cairu, São Felipe, Antônio
Gonçalves, Cruz das Almas, Jeremoabo, Piatã e Filadélfia) implementaram ações de
Vigilância em Saúde Ambiental relacionada à qualidade da água para consumo
humano - Vigiagua.
22 Corresponde ao Projeto/Atividade 4419 no PPA 2008 – 2011
48
Para a Vigilância em Saúde de populações expostas a contaminantes químicos -
Vigipeq foram disponibilizados recursos materiais e apoio técnico para atendimento
integral ao paciente exposto à contaminação por chumbo, em Santo Amaro, além de
terem sido desenvolvidas ações de acompanhamento das atividades de mineração de
urânio em Caetité, bem como das medidas de remediação dos danos ambientais e à
saúde dos moradores de área de responsabilidade da Braskem.
Informação em saúde23
Buscando dar agilidade aos sistemas de informação em saúde e garantir uma maior
confiabilidade das informações produzidas, investiu-se no aumento da captação de
notificações de nascimentos, óbitos e agravos de notificação, na melhoria da qualidade
dos dados e na disseminação das informações técnico científicas em epidemiologia e
saúde, através de publicações periódicas para apoiar os profissionais e gestores no
desenvolvimento das ações de saúde pública.
Nesse contexto, destaca-se a manutenção da Rede Interagencial de Informações em
Saúde – RIPSA, cujo processo de implantação se iniciou em 2007, que tem como
objetivo o aprimoramento das informações para a gestão em saúde. Nessa
perspectiva, foram lançados os Indicadores de Dados Básicos - IDB, em dezembro de
2010 e 2011, com informações estratégicas, acerca das doenças e agravos que
acometem a população no Estado, bem como dos recursos aplicados no ano, para a
tomada de decisão dos gestores e trabalhadores municipais e estaduais.
As ações desenvolvidas incluem à melhoria da cobertura dos Sistemas de Informação
em Saúde - SIS, à qualificação das informações, e pelo aumento da disponibilização de
informação e indicadores de saúde. Da mesma forma, a disseminação das informações
técnico científicas em epidemiologia e saúde foi intensificada, através da elaboração de
publicações, tais como boletins temáticos, informes técnicos, perfis epidemiológicos da
população baiana, além da divulgação de informações na Internet.
Foram publicados 08 documentos em 2011, a saber: Anuário Estatístico de
Informações de Saúde; Indicadores Demográficos, Sociais e de Saúde; Boletins
23 Corresponde ao Projeto/Atividade 4383 no PPA 2008 – 2011
49
Temáticos de Informação em Saúde - BIS; Boletim de Informação em Saúde – Infosis;
Folheto dos Indicadores de Dados Básicos de Informação para a Ripsa- Bahia; e
Manuais de orientação para profissionais de saúde e população em cinco edições.
Além disso, foram desenvolvidas campanhas publicitárias e online, para prevenção do
HIV/AIDS, para o dia do Doador de Sangue, para o dia do doador de órgãos, dia
mundial do diabetes, entre outras.
No que se refere à qualificação dos profissionais para o fortalecimento da gestão da
informação em saúde para tomada de decisão, foram capacitados 671 pessoas.
Destaca-se ainda, o monitoramento das atividades desenvolvidas para a
operacionalização dos sistemas de base populacional (Sinan, Sistema de Informação
de Nascidos Vivos - Sinasc e Sistema de Informação sobre Mortalidade - SIM), o apoio
técnico aos níveis regional e municipal na operacionalização desses e a capacitação de
técnicos da SESAB para acesso às bases de dados, tabulação e cálculo de alguns dos
indicadores mais utilizados em saúde pública.
Saúde do Trabalhador24
A vigilância dos ambientes e processos de trabalho e a implantação da rede de
atenção à saúde do trabalhador têm contribuído para a identificação de riscos e a
prevenção de acidentes e doenças. A Rede Estadual de Saúde do Trabalhador -
Renast é composta por um Centro de Referência Estadual em Saúde do Trabalhador –
Cesat e 14 Centros de Referência Regionais, além de 395 unidades sentinelas em 203
municípios do Estado. Estas unidades notificaram 3.394 agravos/doenças relacionados
ao trabalho.
No total, 8.827 trabalhadores foram atendidos na Rede de Centros de Referência
Estadual e Regionais (Cesat e Cerest). Quanto às inspeções realizadas em ambientes
e processos de trabalho, o CESAT realizou 90 inspeções. Já os 14 Cerest realizaram
213 inspeções. Com as ações desenvolvidas na área de saúde do trabalhador, em
2011, cerca de 30 mil trabalhadores foram potencialmente beneficiados, conforme a
Tabela 09.
24 Corresponde ao Projeto/Atividade 2474 no PPA 2008 – 2011
50
TABELA 09 TRABALHADORES POTENCIALMENTE BENEFICIADOS – RENAST BAHIA, 2009 - 2011
UNIDADE 2009 2010 2011
CESAT 17.700 11.500 20.100
CEREST 16.800 14.340 13.555 TOTAL 34.500 25.840 30.055
Fonte: SESAB/Suvisa
Rede Estadual de Laboratórios de Saúde Pública25
A Rede Estadual de Laboratórios de Saúde Pública - Relsp possibilita a integralidade
da atenção à saúde na medida em que aumenta a cobertura dos serviços de vigilância
laboratorial, fortalece a gestão compartilhada e solidária e amplia a capacidade
tecnológica dos municípios com a implantação de métodos analíticos que possibilitem o
esclarecimento de diagnósticos de interesse para a saúde pública.
Atualmente existem seis Laboratórios Municipais de Referência Regional - LMRR
implantados em Salvador, Senhor do Bonfim, Vitória da Conquista, Teixeira de Freitas,
Bom Jesus da Lapa e Serrinha, nove Laboratórios Regionais de Vigilância da
Qualidade da Água para consumo humano e dois Laboratórios Regionais de Vigilância
Entomológica nas Diretorias Regionais de Saúde - Dires. Quanto ao controle da
qualidade da água, foram monitorados 25 municípios em 2011, tendo sido analisadas
5.108 amostras, conforme Tabela 10.
TABELA 10 CONTROLE DE QUALIDADE DA ÁGUA BAHIA, 2009 - 2011
Ano Municípios monitorados
Amostras analisadas
Amostras insatisfatórias
2009 21 4.316 1.279
2010 20 5.667 2.102
2011 25 5.108 1.883
Fonte: SESAB/Suvisa
Em 2011, foram aplicados pelo Governo do Estado, R$ 12,7 milhões na Relsp, o que
permitiu dentre outras coisas, a realização de aproximadamente um milhão de análises
25 Corresponde ao Projeto/Atividade 2471 no PPA 2008 – 2011
51
laboratoriais pelo Laboratório Central Professor Gonçalo Moniz – Lacen, conforme o
Gráfico 04.
GRÁFICO 04 PRODUÇÃO DO LACEN BAHIA, 2008 - 2011
Fonte: SESAB/Suvisa
52
6.LINHA DE AÇÃO 4 – ATENÇÃO Á SAÚDE COM EQUIDADE E INTEGRALIDADE
Considerando as especificidades do setor saúde e o arcabouço jurídico-normativo do
SUS, que define suas diretrizes [Descentralização, Hierarquização, Regionalização e
Participação e Controle Social], a gestão da saúde na Bahia, assumiu o compromisso
de promover uma atenção a saúde com equidade e integralidade.
Ofertar ações e serviços de saúde com equidade, por reconhecer que as
desigualdades sociais, se explicitam, em dificuldade de acesso, por parte de uma
parcela significativa da população, que historicamente foi excluída do escopo de
abrangência das políticas sociais. Dessa forma, o sistema de saúde, deve se organizar
de tal forma que seus recursos estejam disponíveis nas diversas regiões, em
atendimento as necessidades de saúde da população.
O sistema de saúde deve articular ainda com outros setores/órgãos e instituições
governamentais e da sociedade civil, de modo a garantir a integralidade da atenção à
saúde, ou seja, para além da oferta de serviços de cura e reabilitação, ações de
prevenção de doenças e de promoção da saúde devem ser ofertadas.
Faz-se necessário, portanto, a construção de redes de atenção à saúde, integrando e
articulando os serviços em todos os níveis de complexidade num determinado território.
Redes de serviços constituídas e fortalecidas, que integram o SUS, primam não
somente pelo acesso universal, mas também pela integralidade da atenção à saúde, ou
seja, pela garantia de que todo e qualquer cidadão tenha acesso a uma saúde digna e
de qualidade, atendendo a totalidade de suas necessidades.
Esta Linha de Ação “Atenção à Saúde com Equidade e Integralidade” se configura
numa linha de força que articula e integra os diversos setores/órgãos, sob a
coordenação da Superintendência de Atenção Integral a Saúde – SAIS, através da
Diretoria da Atenção Básica – DAB, Diretoria de Gestão e Controle da Rede Própria –
DGRP, Diretoria de Atenção Especializada – DAE e Diretoria de Gestão do Cuidado –
53
DGC; Fundação HEMOBA; e Superintendência de Assistência Farmacêutica,
Tecnologia e Ciência – SAFTEC, através de sua diretoria de Assistência Farmacêutica
– DASF, para a construção de redes de atenção à saúde.
Foram aplicados na execução das ações desta linha de ação, cerca de R$1,87 bilhões,
Tabela 11, cerca de 97% do valor orçado atual, em seis programas do PPA 2012 –
2015, para o alcance dos objetivos do Plano Estadual de Saúde (PES) 2012 – 2015,
mas especificamente nas áreas de atenção básica, atenção às urgências e
emergências, a assistência hematológica e hemoterápica, a assistência farmacêutica,
bem como para os serviços de média e alta complexidade e na rede hospitalar
estadual.
TABELA 11 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA POR PROGRAMA DA LINHA DE AÇÃO DA ATENÇÃO À SAÚDE COM
EQUIDADE E INTEGRALIDADE BAHIA, 2011
Programa¹ Orçado Inicial Orçado Atual Empenhado (%) Liquidado (%)
128 59.496.000,00 58.951.621,00 56.754.802,71 96,3 56.754.802,71 100,0
129 1.300.521.750,00 1.625.009.681,00 1.602.814.246,80 98,6 1.600.437.945,55 99,9
130 28.919.000,00 20.842.165,00 20.240.991,27 97,1 20.240.991,27 100,0
131 14.647.000,00 14.461.823,00 12.305.263,37 85,1 12.286.863,37 99,9
132 150.962.077,00 170.978.240,00 157.595.436,71 92,2 157.595.436,71 100,0
133 15.736.955,00 22.459.808,00 20.733.556,35 92,3 20.383.995,15 98,3
TOTAL 1.570.282.782,00 1.912.703.338,00 1.870.444.297,21 97,8 1.867.700.034,76 99,9 Fonte: Fesba - DOP / Sicof Gerencial ¹ Programa 128: Expansão e Qualificação da Atenção Básica com Inclusão Social; Programa 129: Reorganização da Atenção
Especializada; Programa 130: Reorganização da Atenção ás Urgências; Programa 131: Atenção Integral à Saúde de Populações Estratégicas e em Situações Especiais de Agravo; Programa 132: Assistência Farmacêutica; Programa 133: Qualidade do Sangue, Assistência Hematológica e Hemoterápica.
No anexo 04 apresentamos a execução orçamentária e financeira desta linha de ação,
por programa, projeto, atividade e fonte de recursos em conformidade com a LOA
2011.
54
6.1.COMPROMISSO 06 – ATENÇÃO BÁSICA COM INCLUSÃO SOCIAL E
EQUIDADE - “SAÚDE DA FAMÍLIA DE TODOS NÓS”
[PROGRAMA 12826]
A atenção básica se caracteriza por ser um conjunto de ações de saúde, de prevenção
de riscos e agravos, promoção da saúde, diagnóstico, tratamento, cura e reabilitação,
no âmbito individual e coletivo.
Pensada como a principal porta de entrada no SUS, a Saúde da Família, deve ser
responsável por solucionar a maioria dos problemas de saúde da população, sendo
entendida, pelo Governo do Estado, como uma estratégia de reorganização do modelo
de atenção do SUS na Bahia, no sentido de organizar o caminho dos usuários dentro
dos outros níveis de complexidade do sistema.
Mais especificamente na Saúde da Família, compete ao Ministério da Saúde - MS
definir as diretrizes e as normas de funcionamento, aos Estados acompanhar e pactuar
estratégias, diretrizes e normas de implementação e gestão da Saúde da Família no
Estado e aos municípios assegurar o funcionamento das equipes com qualidade,
expandindo, qualificando e gerindo sua rede de serviços e ações de saúde.
Em sintonia com a Política Nacional de Atenção Básica, o Governo do Estado vem
cumprindo com suas responsabilidades, no financiamento, no apoio técnico e estímulo
a adoção da Saúde da Família pelos municípios, no planejamento, monitoramento e
avaliação, bem como na qualificação dos profissionais que atuam na gestão e na
assistência a saúde.
Em 2011, foram repassados cerca de R$ 52,3 milhões (valor liquidado), como incentivo
estadual27 para manutenção das equipes da Saúde da Família, um aumento de 34% se
comparado ao ano de 2010, de acordo com o Gráfico 05.
26
Programa 128: Expansão e Qualificação da Atenção Básica com Inclusão Social. 27 Corresponde ao Projeto/Atividade 2740 no PPA 2008 – 2011.
55
GRÁFICO 05 INCENTIVO FINANCEIRO DA SAÚDE DA FAMÍLIA BAHIA, 2007 - 2011*
Fonte: SESAB/Fesba * Dados preliminares de 28 de dezembro de 2011.
A Bahia conta com 2.744 equipes de saúde da família e 1.900 equipes de saúde bucal
implantadas, cobrindo 61,88% e 44,78% da população, respectivamente conforme o
Gráfico 06. Cada equipe de saúde da família é composta por médico, enfermeiro,
auxiliar e/ou técnico de enfermagem e Agentes Comunitários de Saúde, enquanto que
as equipes de saúde bucal são constituídas por profissional dentista, auxiliar e/ou
técnico em saúde bucal.
GRÁFICO 06 NÚMERO DE EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA E SAÚDE BUCAL IMPLANTADAS BAHIA, 2007 – 2011*
Fonte:SESAB/Sais/Dad – Dados do Ministério da Saúde
*Dados preliminares de outubro.
56
É importante registrar ainda, que o Governo do Estado tem oferecido apoio aos
municípios baianos, para ampliar o número de equipes de saúde da família, bem como
das equipes de saúde bucal e dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família - Nasf. Com o
apoio institucional, tem-se buscado ainda qualificar a gestão e o trabalho das equipes,
na consolidação da rede de atenção a saúde nos âmbitos municipal e regional.
Os Nasf criados para ampliar a abrangência, o escopo e a resolutividade das ações da
Atenção Básica, podem ser compostos por profissionais de diferentes áreas de
conhecimento. Até 2011 encontram-se implantados 116 Nasf, que devem atuar de
maneira integrada e apoiando os profissionais das equipes de Saúde da Família,
atuando diretamente no apoio matricial às equipes das unidades nas quais estão
vinculados.
Desprecarização das relações de trabalho dos ACS28
Os Agentes Comunitários de Saúde - ACS são profissionais cuja regulamentação
federal definiu sua atuação exclusivamente no âmbito do SUS. Tal característica
representa uma importante demonstração de quão fundamentais são para garantia do
direito à saúde. São profissionais envolvidos diretamente na efetivação das políticas
públicas de saúde e no fortalecimento do SUS, especialmente na Bahia onde
constituem mais de 30 mil trabalhadores.
A garantia e efetivação dos direitos trabalhistas dos profissionais da saúde ocorreram
com a formulação da Política Estadual para Desprecarização dos Vínculos de Trabalho
dos Agentes Comunitários de Saúde. Para tanto, a SESAB apoiou tecnicamente os
municípios na elaboração das leis municipais de regularização do vínculo empregatício
desses profissionais, na produção de cartilhas para orientação à sociedade e de
cartilha de bolso para cada agente. Apenas três municípios ainda não aprovaram lei
municipal para regularizar o vínculo desses trabalhadores.
É importante registrar também, a realização de cursos de formação para essa
categoria, realizados de forma descentralizada pela Escola de Formação Técnica em
28 Corresponde ao Projeto/Atividade 2745 no PPA 2008 – 2011
57
Saúde - Efts, uma das escolas técnicas do SUS. Somente em 2011, passaram por
curso de qualificação 6.739 ACS.
Construção de Unidades de Saúde da Família29
O Governo do Estado vem investindo, através da formalização de convênios com os
municípios, na construção de Unidades de Saúde da Família - USF, cujo objetivo é
expandir e qualificar a atenção básica no Estado. Desde 2007, já foram entregues
cerca de 400 USF (construídas e reformadas), em 296 municípios, e atualmente,
encontram-se vigentes 146 convênios para construção de USF, com investimento
previsto de R$ 3 milhões. Somente em 2011, foram investidos R$ 7,6 milhões em obras
de construção e concluídas obras de 14 unidades.
6.2. COMPROMISSO 07 - ATENÇÃO ESPECIALIZADA REGIONALIZADA,
RESOLUTIVA E QUALIFICADA BASEADA EM LINHAS DE CUIDADO E
CONSIDERANDO AS NECESSIDADES DE SAÚDE DA POPULAÇÃO
[PROGRAMA 12930 , 13031]
No âmbito da atenção especializada tem-se trabalhado para a interiorização de ações e
serviços na área de oftalmologia, oncologia, traumato-ortopedia, cardiologia, neurologia
e nefrologia. A conformação dessas redes se dá em articulação com os municípios,
tendo o Governo do Estado desenvolvido um trabalho de apoio técnico e financeiro
para sua organização.
Na área de oncologia, atualmente estão habilitados serviços nos municípios de
Salvador, Feira de Santana, Itabuna, Ilhéus, Teixeira de Freitas, Vitória da Conquista, e
em processo de habilitação em Irecê, Juazeiro e Ibotirama. A rede estadual de
oncologia é constituída de 11 Unidades de Alta Complexidade em Oncologia – Unacon,
com capacidade de atendimento de 1.000 casos novos por ano e um Centro de
29 Corresponde ao Projeto/Atividade 3349 no PPA 2008 – 2011 30 Programa 129: Reorganização da Atenção Especializada. 31 Programa 130: Reorganização da Atenção às Urgências.
58
Referência de Alta Complexidade em Oncologia – Cacon cuja capacidade de
atendimento é de 3.000 novos casos por ano.
Em 2011, foram habilitados pelo MS serviços nos municípios de Teixeira de Freitas e
Vitória da Conquista. Vem sendo discutido também o processo de integração entre o
Hospital da Bahia, o Hospital Português e o complexo formado pelo Centro Estadual de
Oncologia - Cican e o Hospital Geral Roberto Santos - HGRS com a possibilidade de
serem ofertados mais dois serviços de radioterapia pelo SUS. Atualmente cinco
unidades ofertam serviços de radioterapia, três de Oncopediatria e três de
Oncohematologia.
É importante registrar ainda a celebração de convênio entre o Fundo Nacional de
Saúde - FNS e a SESAB para implantação de uma Unacon no hospital regional de
Juazeiro. Nesse contexto, tem-se como perspectiva para os próximos anos a
habilitação de unidades em Irecê, Juazeiro e Barreiras, além da duplicação da
capacidade de produção em radioterapia com a entrega de novos aparelhos para o
Hospital Aristides Maltez e complexo Cican/HGRS em Salvador, Hospital Dom Pedro
de Alcântara em Feira de Santana, Hospital Regional de Juazeiro e Santa Casa de
Misericórdia de Itabuna.
É importante registrar que até outubro o Cican realizou 388.779 procedimentos
ambulatoriais, tendo sido aplicados R$ 3,2 milhões para o funcionamento da unidade,
no que se refere à aquisição de materiais de consumo. Esse centro ganhou ainda, três
novos mamógrafos para ampliar a realização de exames de rastreamento do câncer de
mama e estereotaxia, teve ainda re-estruturado a parte de atendimento ao público do
laboratório de análises clínicas com a criação de salas privativas para a coleta de
exames e vem implementando o controle de qualidade externo dos exames de
patologia clínica.
Quanto à rede cardiovascular, temos serviços disponíveis a toda população nos
municípios de Vitória da Conquista, Feira de Santana, Teixeira de Freitas, Itabuna e
Salvador, como previsão de expansão para o município de Barreiras com a habilitação
do Hospital do Oeste. No município de Juazeiro, os procedimentos de Alta
59
Complexidade em Cardiologia são realizados pelo Hospital Promatre através de
contrato temporário com a SESAB, no valor de R$ 600 mil.
A rede estadual de traumatologia e ortopedia é constituída por 13 unidades em
Salvador e Teixeira de Freitas. Em 2011, o Hospital do Subúrbio foi habilitado pelo MS
e o Hospital Prado Valadares em Jequié encontra-se em processo de habilitação. Na
área de nefrologia, a rede que é constituída por 31 serviços habilitados em 18
municípios das diversas regiões do Estado deve ser ampliada nos próximos anos para
outros seis municípios, a saber: Itaberaba, Irecê, Teixeira de Freitas, Ribeira do
Pombal, Itapetinga e Valença.
Na área de neurologia, nove municípios com 21 serviços habilitados como Unidades de
Assistência de Alta Complexidade em Neurologia, já ofertam serviços especializados a
população. Os investimentos na área permitiram a implantação de equipes
neurocirúrgicas nos municípios de Feira de Santana, Vitória da Conquista, Itabuna,
Jequié, Barreiras e Teixeira de Freitas, além da abertura das primeiras residências em
neurocirurgia no Hospital São Rafael – HSR, Hospital Geral do Estado – HGE e
Hospital Geral Roberto Santos - HGRS.
A rede de oftalmologia em processo de estruturação deverá ser formada por unidades
de 12 municípios baianos. Para tanto, encontra-se em avaliação pelo MS a solicitação
de habilitação da Unidade de Atenção Especializada em Oftalmologia de Alta
Complexidade, os serviços Day Horc e Beira Rio em Itabuna, Oftalmodiagnose e no
Hospital Universitário Professor Edgar Santos – Hupes em Salvador.
No que se refere à produção de alta complexidade das redes acima citadas, em 2011,
destacam-se a realização de 288.013 procedimentos de radioterapia, 1.500 cirurgias
cardiovasculares, 698 procedimentos de alta complexidade em traumatologia e
ortopedia, 360.815 consultas oftalmológicas, 518.010 hemodiálises e 17.233
internamentos em neurologia, conforme Tabela 12.
60
TABELA 12 PROCEDIMENTOS POR ESPECIALIDADE – REDES ESPECIALIZADAS DE ALTA COMPLEXIDADE BAHIA, 2007 – 2011*
ESPECIALIDADE PROCEDIMENTO 2007 2008 2009 2010 2011*
ONCOLOGIA Cirurgias Oncológicas 6.019 4.856 3.533 3.614 2.351
Quimioterapia 81.070 76.473 81.021 83.325 69.802
Radioterapia 314.210 307.054 295.287 319.173 288.013
CARDIOLOGIA Consultas Cardiológicas 310.694 339.126 336.824 288.220 174.556
Cirurgias Cardiovasculares ¹ 1.880 2.052 2.339 2.078 1.500
TRAUMATOLOGIA E ORTOPEDIA
Média Complexidade 44.398 272.563 282.270 250.377 144.632
Alta Complexidade 873 693 941 1.081 698
OFTALMOLOGIA Consulta Oftalmológica 651.499 662.035 651.240 769.280 360.815
NEFROLOGIA Consulta em Nefrologia 26.897 30.634 27.461 30.631 23.706
Hemodiálise 516.378 572.317 620.738 642.277 518.010
Diálise Peritoneal 4.548 4.460 4.923 4.469 588
NEUROLOGIA Consultas Neurológicas 128.686 139.587 161.819 151.011 89.241
Consultas Neurocirúrgicas 21.842 14.551 18.202 23.222 14.968
Internamentos ² 8.046 20.194 24.938 27.597 17.233 Fonte: SESAB/Sais/Dae *Dados preliminares até setembro de 2011. ¹Cirurgias de Alta Complexidade/ excluindo marca-passo ² Incluem internamentos Neurológicos e Neurocirúrgicos
Foram realizados também 2.594 procedimentos cirúrgicos de Ortotrauma, 194 de
neurocirurgia, 118 de bariátricas, 170 de alta complexidade em cardiologia, em
mutirões de cirurgias pela SESAB, tendo sido aplicados R$ 13,6 milhões.
É importante registrar ainda que o Programa Saúde em Movimento, criado em 2009, já
atendeu a 241 mil pacientes de 378 municípios e realizou mais de 48 mil cirurgias de
catarata e 36 mil de pterígio, continua em ritmo acelerado. O programa que oferta 42
procedimentos entre tratamento e prevenção da cegueira, desenvolveu em 2011,
atividades nos municípios de Barreiras, Cabrália, Luís Eduardo Magalhães e Teixeira
de Freitas atendendo cerca de 69 mil pacientes e realizando mais de 14 mil cirurgias.
Em 2011, o programa, passou também a ofertar serviços para a prevenção do câncer
de mama e já realizou 2.760 mamografias e 203 ultrassonografias. A previsão é que
sejam realizados cerca de um milhão de mamografias, em mulheres acima de 50 anos
de idade.
61
Há que se destacar também a manutenção dos postos de atendimento do Call Center
para atendimento as demandas da população, como agendamentos, orientações
acerca do Programa Saúde em Movimento, bem como para a avaliação da satisfação
do usuário, registro e encaminhamento de intercorrências das cirurgias de catarata.
Além disso, o serviço de Call Center funciona ininterruptamente no atendimento ao
disque dengue.
No que se refere à assistência complementar de média e alta complexidade, foram
aplicados ainda cerca de R$ 493 milhões na rede de serviços credenciada ao SUS.
São 1.088 unidades credenciadas. Além disso, com os investimentos de R$9,5 milhões
que vem sendo realizados, desde 2009, na contratação de serviço diagnósticos e
terapêuticos foi possível a realização de 505 procedimentos de
Colangiopancreatografia Endoscópica Retrógrada - CPRE, técnica para estudar os
ductos da vesícula biliar, pâncreas e fígado, 9.192 sessões de medicina hiperbárica e
971 angiografias, dentre outros procedimentos de apoio diagnóstico.
Os centros de referência estadual cumprem um papel importante na rede de atenção
especializada, mas especificamente nas áreas de saúde do idoso, das pessoas com
deficiência, das pessoas portadoras de diabetes e hipertensão, na saúde do
trabalhador, no atendimento a vitimas de acidentes com animais peçonhentos, bem
como no diagnóstico de doenças e agravos transmissíveis.
Nessa perspectiva, o Centro Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa –
Cedap realizou 122.307 procedimentos ambulatoriais e o Centro Antiveneno da Bahia –
Ciave distribuiu 40.665 ampolas de soro anti-peçonhentos para todas as regiões do
Estado, além de ter atendido a 7.300 pacientes quanto à orientação diagnóstica,
terapêutica e acompanhamento de casos de envenenamento. Esse passou ainda por
uma re-estruturação administrativa, e teve o Centro de Testagem e Aconselhamento –
CTA reaberto. O Ciave implantou 17 bancos de antídotos nos hospitais de referência
do Estado.
O Governo do Estado tem garantido ainda a assistência financeira para atendimento
em saúde fora do estado, custeando passagens e hospedagens para pacientes e
62
acompanhantes que precisem de tratamento especializado disponível em outros
estados. Foram atendidos com a iniciativa 1.098 pacientes em 2011, tendo sido
aplicados R$ 4,3 milhões.
Internação Domiciliar – ID32
O serviço de Internação Domiciliar, implantado em 2008, serviu de modelo para o
Programa Melhor em Casa implantado recentemente pelo Ministério da Saúde. Esse
serviço disponibiliza um conjunto de ações em domicílio, atenção aos pacientes com
quadro clínico que exija cuidados e necessidade de tecnologia especializada, mas que
não demande internação hospitalar.
Com 26 equipes atuando em 10 dos maiores municípios baianos, o serviço já atendeu
a mais de 3,6 mil pessoas. Em 2011, foram admitidos 1.368 pacientes, um incremento
de 18,4% em relação a 2010, quando 1.244 pacientes foram inseridos no programa. É
importante registrar que todos os profissionais que atuam nos serviços passaram por
processo de qualificação, no que concerne ao suporte básico e avançado de vida para
atendimento as emergências clínicas.
Transplantes de Órgãos e Tecidos
As intervenções do Governo do Estado na área têm por objetivo ampliar o número de
transplantes de órgãos e tecidos, para atender uma quantidade maior de pacientes,
que aguardam, nas filas de espera. Para tanto, as ações de sensibilização da
sociedade acerca da importância da doação de órgãos e tecidos são realizadas
continuamente, a exemplo do Projeto dia D Transplante na Escola, realizado em
parceria entre a SESAB e a Secretaria de Educação - SEC, com o objetivo de levar aos
alunos a importância de ser um doador de órgãos.
Destacam-se ainda, os investimentos realizados para a interiorização dos transplantes
de órgãos com a implementação das Organizações de Procura de Órgãos - OPO, uma
estratégia do MS para ampliar o número de doação e transplantes. Foram aplicados
32 Corresponde ao Projeto/Atividade 4378 no PPA 2008 – 2011
63
em parceria com o Ministério da Saúde R$ 140 mil para implantação de seis OPO no
Hospital Geral do Estado, Hospital Geral Roberto Santos, Hospital Ernesto Simões
Filho, Hospital Geral Clériston Andrade, Hospital Geral de Vitória da Conquista e
Hospital Municipal de Teixeira de Freitas.
É importante registrar ainda a realização de cursos e treinamentos acerca da captação
de órgãos e tecidos para os profissionais de saúde dos hospitais da capital e do interior
do Estado, bem como para os profissionais que atuam nas Unidades de Saúde da
Família - USF de Salvador e região metropolitana. Em 2011 foram treinados 620
profissionais das equipes dos municípios de São Francisco do Conde, Mata de São
João, Candeias, Catú e Santo Antônio de Jesus.
A SESAB conta ainda com o apoio da Governadoria/Casa Militar com a
disponibilização da aeronave para as equipes que se deslocam para realizar captação
de órgãos e tecidos em Juazeiro, Vitória da Conquista, Barreiras, Feira de Santana,
Ilhéus, Itabuna, Teixeira de Freitas e Porto Seguro. Além disso, foram firmados
convênios com as empresas de ônibus, para agilizar o transporte de órgãos e tecidos.
Atualmente, existem 32 equipes transplantadoras credenciadas no Estado, que
realizaram 371 transplantes em 2011, conforme o Gráfico 07. Para tanto, foram
realizadas 52 captações de múltiplos órgãos e 54 de córnea. É importante registrar
ainda a realização da primeira captação de córnea realizada no Hospital Geral Ernesto
Simões Filho - HGESF.
GRÁFICO 07 TRANSPLANTES REALIZADOS BAHIA, 2007 – 2011
Fonte: SESAB/Sais/DAE
64
Rede Hospitalar
O Estado da Bahia possui atualmente 467 hospitais com leitos de internação
disponíveis ao SUS, sendo que 19 são classificados como hospital dia (oferta serviços
de internação parcial), 58 hospitais especializados e 390 como hospitais gerais. São
29.962 leitos de internação existentes, não contabilizados os leitos complementares, os
leitos de urgência e emergência e os leitos de observação e repouso, dos quais 24.787,
ou seja, 82,7% estão disponíveis ao SUS.
Com a municipalização do hospital geral de Jeremoabo, a rede própria33 hospitalar
estadual passou a ter 40 unidades em 20 municípios, com cerca de 5,5 mil leitos,
sendo que 50% dessas estão localizadas em Salvador e Região Metropolitana e os
outros 50% no interior do Estado, mas especificamente em Vitória da Conquista, Feira
de Santana, Jequié, Ilhéus, Porto Seguro, Juazeiro, Ribeira do Pombal, Castro Alves,
Ibotirama, Ipiaú, Guanambi e Santa Rita de Cássia.
Atendendo a Constituição Federal de 1988, o Governo do Estado, vem transferindo a
gestão de algumas das unidades hospitalares para a gestão municipal. Tomando
como exemplo, o que foi feito com os hospitais da rede estadual localizados em Paulo
Afonso, Itamarajú, Paramirim, Macaúbas, Barreiras (Eurico Dultra), Irecê e Coaraci, a
Secretaria Municipal de Saúde - SMS de Jeremoabo passou a gerir, em 2011, a
unidade hospitalar localizada no município. É importante registrar que todo o processo
de transferência se dá com apoio técnico e financeiro da SESAB, para garantir a
continuidade da assistência prestada à população.
A rede estadual vem passando por um intenso processo de readequação, desde a
redefinição de seu conjunto de unidades, com a municipalização de algumas daquelas
de menor porte e abrangência territorial à redefinição do perfil de atendimento. Outro
processo é a interiorização de serviços de alta complexidade e leitos de terapia
intensiva, e toda a requalificação de estrutura física, de equipamentos e contratação de
pessoal. Foram aplicados cerca de R$ 1,1 bilhão na manutenção da rede própria
33
Correspondem as Atividades 2640, 2641 e 4594 do PPA 2008 – 2011, para o gerenciamento das unidades da rede própria estadual sob gestão direta e indireta. Além das unidades hospitalares a rede própria da SESAB é constituída de sete centros de referência e cinco unidades de emergência.
65
estadual, tendo sido realizado 182.370 internamentos, conforme evidenciado no
Gráfico 08 e cerca de 23 milhões de procedimentos ambulatoriais.
GRAFICO 08 INTERNAÇÃO HOSPITALAR DA REDE PROPRIA - GESTÃO DIRETA E INDIRETA BAHIA 2008 – 2011*
Fonte: SESAB/Sais *Dados projetados com base na produção do período de janeiro a setembro de 2011.
Há que se destacar ainda a contratualização de leitos de retaguarda para desafogar os
estabelecimentos da rede própria estadual em Salvador, além da contratualização de
38 Hospitais de Pequeno Porte – HPP, de 30 hospitais filantrópicos (21
contratualizados pelo Governo Federal e 09 pelo Governo do Estado) - Mapa 01. Além
disso, em 2011, foram aplicados cerca de R$ 12,7 milhões na contratualização de leitos
de retaguarda o que possibilitou a realização de 10.493 internamentos. Atualmente
estão disponíveis os leitos no Hospital Martagão Gesteira.
66
MAPA 01 HOSPITAIS FILANTRÓPICOS E DE PEQUENO PORTE CONTRATUALIZADOS BAHIA, 2011*
Fonte: SESAB/Suregs
*Dados preliminares de outubro.
Para qualificar a gestão das unidades hospitalares da rede estadual, foi celebrado
acordo de cooperação técnica com o Consórcio Hospitalar da Cataluña, instituição com
sede na Espanha, com expertise na área de administração de serviços de saúde. O
acordo celebrado em 2010, com vigência até 2012, tem por objetivos: formular acordos
de gestão para duas unidades da rede própria estadual, o Instituto de Perinatologia da
Bahia – Iperba e Hospital Geral do Estado – HGE; e, aperfeiçoar os contratos de
67
gestão para outras duas unidades, a Maternidade de Referência José Maria de
Magalhães Neto e o Hospital Regional Luis Eduardo Magalhães.
Uma das iniciativas que vem sendo implementadas é a organização das unidades, para
trabalharam na lógica de gestão por resultados. Para tanto, estão sendo implantados
os planos operativos anuais, com metas e indicadores de impacto, pactuados com os
gestores e trabalhadores dessas unidades, e firmados mediante assinatura de um
termo de compromisso de gestão. Todas as 34 unidades sob gestão direta assinaram o
termo em 2011.
Outro aspecto importante a ser observado, na assistência prestada nas unidades
hospitalares da rede estadual, diz respeito à humanização. Nessa perspectiva, o
programa PermanecerSUS, implantado em oito unidades da rede estadual, que visa
promover o acolhimento a usuários e acompanhantes nas unidades de emergência,
vem sendo fortalecido e conta atualmente 94 estudantes, os quais realizaram cerca
10.000 acolhimentos, orientações e encaminhamentos.
No que se refere à qualificação dos profissionais que atuam na área hospitalar, vem
sendo realizado um curso de especialização em administração hospitalar, em parceria
com a Universidade Federal da Bahia - Ufba, no qual estão sendo formados 420
profissionais das diversas regiões do Estado. Merecem destaques ainda, o curso de
prevenção e controle de intoxicações exógenas e o seminário de urgências
toxicológicas promovido em julho, pelo Centro Antiveneno da Bahia - Ciave ofertado
para os profissionais que atuam nos municípios da região de Itaberaba.
Foram realizados ainda cursos, seminários e demais eventos, com destaque para o
curso de ventilação mecânica e terapia intensiva, realizado em outubro e novembro,
onde foram trabalhados com os profissionais do Hospital Geral Roberto Santos -
HGRS, os principais cuidados com os pacientes em estado crítico, especialmente os
que respiram com a ajuda de aparelhos. Além disso, ainda nesta unidade, em julho,
foram desenvolvidas ações de conscientização, acerca dos cuidados a serem tomados
para a prevenção de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho.
68
Rede de Urgência e Emergência
A rede tem por objetivo articular e integrar todos os equipamentos de saúde,
objetivando ampliar e qualificar o acesso humanizado e integral aos usuários em
situação de urgência e emergência nos serviços de saúde, de forma ágil e oportuna.
Nesse contexto, o Governo do Estado, vem desenvolvendo ações de prevenção de
acidentes e violências, das lesões e morte no trânsito, de ampliação da atenção básica,
de qualificação das unidades hospitalares de urgência, e de contratualização de leitos
de retaguarda, para desafogar as unidades de urgência. Destacam-se ainda, o fomento
e o apoio aos municípios na implantação das Unidades de Pronto Atendimento - UPA
24h e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - Samu 192.
No que se refere às UPA 24h, foram aprovadas pelo Ministério da Saúde 49 unidades,
das quais cinco já estão em funcionamento nos municípios de Vera Cruz, Caetité,
Candeias, Bom Jesus da Lapa e Salvador no Subúrbio Ferroviário, as demais em
diversas fases de implantação. Essas unidades se caracterizam por serem
estabelecimentos de complexidade intermediária entre as UBS/Saúde da Família e a
rede hospitalar.
O Samu 192 conta atualmente com 298 unidades para atendimento pré-hospitalar
distribuídas no Estado, sendo que 60 são Unidades de Suporte Avançado – USA, das
quais 46 estão habilitadas pelo Ministério da Saúde - MS e 238 Unidades de Suporte
Básico – USB, com 146 dessas habilitadas. A USA é equipada com material e equipe
multiprofissional (Médico, Enfermeiro, Técnico de Enfermagem e Condutor), preparada
para atender aos casos de maior gravidade, enquanto que a USB conta com técnico de
enfermagem e condutor para atendimento aos demais casos.
O serviço ofertado pelo Samu 192 é regulado por uma Central de Regulação Médica de
Urgências - CR, conta com equipes formadas por profissionais médicos reguladores,
enfermeiros e Técnicos Auxiliares de Regulação Médica, que são responsáveis pelo
acolhimento das demandas através do serviço de telefonia 192 e encaminhamentos,
deslocamento da equipe ao local da ocorrência, até o final do atendimento ao usuário.
69
Existem atualmente 19 CR em funcionamento, distribuídas nas regiões
Barreiras/Ibotirama, Bom Jesus da Lapa, Juazeiro, Paulo Afonso, Senhor do Bonfim,
Vitória da Conquista/Itapetinga, Guanambi, Brumado, Jequié, Eunápolis/Porto Seguro,
Teixeira de Freitas, Santo Antonio de Jesus/Cruz das Almas, Camaçari e Metropolitano
de Salvador, além dos serviços nos municípios de Ilhéus, Itabuna e Feira de Santana,
abrangendo 243 municípios contemplados com o Samu 192, sendo que em 174 o
serviço já está em funcionamento.
Foram aplicados pelo Governo do Estado, cerca de R$ 20 milhões referentes à
contrapartida estadual34 de manutenção do Samu 192, contemplando 74 municípios
habilitados pelo Ministério da Saúde e segundo critérios estabelecidos na Comissão
Intergestores Bipartite - CIB, órgão colegiado e deliberativo do SUS, com
representantes da gestão municipal e estadual.
O Estado vem promovendo a qualificação dos profissionais que atuam na rede de
urgência e emergência, com destaques para a capacitação inicial para implantação do
Samu 192 nos municípios da região de Santo Antônio de Jesus e Cruz das Almas,
tendo sido capacitados cerca de 180 profissionais35, e para o curso de técnicos
motociclistas promovido em parceria com a Policia Militar da Bahia – Esquadrão Águia
e o 19º Batalhão de Caçadores do Exército, com 36 profissionais capacitados, dos
municípios de Juazeiro,Salvador,Santa Maria da Vitória, Camaçari, Senhor do Bonfim,
Feira de Santana e Simões Filho.
34 Corresponde ao Projeto/Atividade 2631do PPA 2008 – 2011; 35 Corresponde ao Projeto/Atividade 2632 do PPA 2008 – 2011;
70
6.3. COMPROMISSO 08 – ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DAS POPULAÇÕES DE MAIOR
VULNERABILIDADE SOCIAL E SITUAÇÕES ESPECIAIS DE AGRAVO COM VISTAS À
REDUÇÃO DE INIQUIDADES
[PROGRAMA 13136]
O Governo do Estado vem apoiando os municípios no desenvolvimento das ações de
atenção a saúde por ciclos de vida e gênero, bem como para ampliar os serviços de
saúde bucal, saúde mental e para atendimento as populações em situação de maior
vulnerabilidade social e situações especiais de agravo.
Saúde da Mulher37
No que se refere ao acompanhamento das ações de promoção da atenção integral à
saúde da mulher, o apoio do Governo do Estado tem por objetivo promover ações de
humanização da atenção Obstétrica, de atenção às mulheres em situação de violência,
de prevenção e controle do câncer de colo de útero e mama e de planejamento
familiar. Em 2011, foram monitorados 325 municípios, quanto ao desenvolvimento das
ações de saúde da mulher.
Saúde da Criança e do Adolescente38
No ano de 2011, 394 municípios foram monitorados quanto ao desenvolvimento das
ações de saúde da criança. É importante registrar ainda o treinamento de 30
profissionais dos municípios de Salvador, Juazeiro, Itabuna, Feira de Santana e Vitória
da Conquista, além de técnicos da SESAB. Quanto à triagem neonatal, foram
realizados exames de triagem neonatal de 171.294 crianças, em 2.785 postos de
coleta dos 417 municípios, conforme evidenciado na Tabela 13.
36 Programa 131: Atenção Integral à Saúde de Populações Estratégicas e em Situações Especiais de
Agravo. 37 Corresponde ao Projeto/Atividade 2752 no PPA 2008 – 2011 38 Corresponde ao Projeto/Atividade 2760 no PPA 2008 – 2011
71
TABELA 13 PROGRAMA DE TRIAGEM NEONATAL BAHIA 2002 – 2011* 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
MUNICÍPIOS 391 402 408 414 417 417 417 417 417
POSTOS DE COLETA 950 1.241 1.304 1.825 2.132 2.342 2.728 2.750 2.785
Fonte: SRTN/APAE-SSA - Relatórios PNTN *Dados preliminares até outubro de 2011.
No que se refere à saúde do adolescente, destacam-se em 2011, o desenvolvimento
das ações de saúde do adolescente em 308 municípios onde foram qualificados mais
de 1.000 profissionais de saúde.
Saúde Materno-infantil
Destaca-se a Realização do Seminário de Atenção Integral a Saúde Materna e Infantil:
Tecendo a Rede Cegonha, com o lançamento oficial da Rede Cegonha na Bahia e
instituição do Fórum Estadual de discussão sobre a Rede Cegonha. A Bahia foi o
primeiro estado a aderir oficialmente à rede. O evento contou com 600 participantes de
158 municípios da Bahia.
Com a implantação da Rede Cegonha serão investidos cerca de R$ 265 milhões para
aquisição de equipamentos, construção de maternidades, de Centros de Parto normal
– CPN, bem como para a manutenção de Unidades de Cuidados Intermediários – UCI
para os recém nascidos, leitos de mãe canguru e de Unidades de Terapia Intensiva –
UTI. Nessa perspectiva, em 2011, institui-se o grupo condutor da rede formada por
gestores municipais, estaduais e do Governo Federal, além de ter sido inaugurado o
primeiro CPN em Salvador.
Iniciou-se também a implantação do Programa de Triagem em Papel de Filtro para
Gestante, em parceria com a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – Apae
em Salvador, como uma das estratégias da Rede Cegonha, para ampliar o acesso a
cobertura a exames pré-natais. Foram capacitados cerca de 120 profissionais das
72
regiões de Paulo Afonso, Senhor do Bonfim e Juazeiro para atendimento as gestantes
de alto risco.
No que se refere à humanização da atenção obstétrica e neonatal, em parceria com o
MS foram distribuídos 40 KITS contendo camas de pré-parto, parto e pós-parto,
poltronas para acompanhante, biombos, berços hospitalares, e mesas de cabeceira
para as Maternidades Climério de Oliveira, Tsylla Balbino, Albert Sabin, Professor José
Maria de Magalhães Netto, IPERBA e para os hospitais: Geral Roberto Santos, Geral
de Camaçari, Geral Clériston Andrade, Municipal Esaú Matos, Geral Prado Valadares,
Geral de Ipiau, Geral Santa Tereza, Geral de Jeremoabo, do Oeste e Geral Luiz
Eduardo Magalhães.
Foram distribuídos ainda 1.665 equipamentos para diversas unidades hospitalares,
como parte do projeto de redução das desigualdades na região nordeste e Amazônia
legal do Ministério da Saúde.
O Comitê Estadual de Estudos da Mortalidade Materna foi reativado, o qual tem por
objetivo formular políticas públicas de redução da mortalidade materna. Além disso, foi
liberado pelo Ministério da Saúde o credenciamento de oito novos serviços para
realização de laqueadura tubária e vasectomia nos municípios de Paulo Afonso,
Medeiros Neto, Ipirá, Juazeiro, Monte Santo, Una, Jaborandi e Rui Barbosa.
Atualmente, são 35 serviços em funcionamento no Estado.
Destacam-se também o apoio financeiro na realização do Congresso de Assistência
Multidisciplinar à Gestante realizado em parceria com a Associação Bahiana de
Medicina - ABM com a participação de 150 profissionais de saúde da rede estadual e a
implantação do Sistema de Informações sobre o Acompanhamento de Pré-Natal -
Sisprenatal em seis unidades hospitalares.
Foram realizados nove cursos, tendo sido capacitados 277 profissionais de saúde que
atuam no Hospital Geral Clériston Andrade, Hospital da Criança e Hospital da Mulher
(Feira de Santana), Unidade Municipal Materno Infantil (Teixeira de Freitas), Hospital
Geral Prado Valadares (Jequié), Hospital Municipal Esaú Matos (Vitória da Conquista),
73
Hospital Geral Roberto Santos, Maternidade de Referência José Maria de Magalhães
Netto, Maternidade Tsylla Balbino, Maternidade Albert Sabin e IPERBA (Salvador),
Hospital Municipal de Juazeiro (Juazeiro) e Hospital Geral de Camaçari (Camaçari).
Saúde do Idoso39
O Centro de Referência Estadual de Atenção à Saúde do Idoso cadastrou, em 2011,
1.154 idosos nos ambulatórios especializados, realizou cerca de 32 mil consultas, nos
ambulatórios de demência, de movimentos involuntários, psicossocial, de reabilitação,
nonagenário e de apoio. No Programa de Medicamentos Excepcionais – Promex,
foram cadastrados 1.519 pacientes e atendidos a 49.717 pessoas para o tratamento de
patologias com alzheimer, dislipidemia, distonia, parkinson e osteoporose.
É importante registrar ainda a re-ativação do serviço de densitometria óssea que já
realizou 704 exames e a re-inauguração do serviço de odontologia, em novembro, que
deverá realizar procedimentos de média complexidade, além de procedimentos
básicos, considerando a dificuldade de atendimento na rede básica do município de
Salvador.
Saúde Bucal40
Entre as 1.900 equipes de saúde bucal existentes em 395 municípios, 10 são Unidades
Odontológicas Móveis – UOM, entregues em 2011, em parceria com o Ministério da
Saúde. No que tange à média complexidade, a SESAB vem apoiando tecnicamente os
municípios na ampliação dos Centros de Especialidades Odontológicas - CEO e dos
Laboratórios Regionais de Próteses Dentárias - LRPD. Atualmente, com a implantação
do serviço em Pojuca e Itamaraju, encontram-se em funcionamento 72 CEO em 66
municípios, além disso, 33 municípios possuem LRPD implantados.
Considerando a necessidade de ampliação do acesso da população a próteses
dentárias, foi aprovado o plano de expansão dos LRPD na Bahia que contemplará 68
39 Corresponde ao Projeto/Atividade 2762 no PPA 2008 – 2011 40 Corresponde ao Projeto/Atividade 4417 no PPA 2008 – 2011
74
municípios com maior população em situação de extrema pobreza, critério adotado
pelo Plano Brasil sem Miséria.
Há que se destacar ainda, a qualificação de aproximadamente 1.500 profissionais de
saúde bucal (cirurgiões dentistas, técnicos e auxiliares de saúde bucal) no que se
refere ao atendimento odontológico para pacientes com necessidades especiais, a
atualização em biossegurança, ao câncer de boca, a gestão e assistência nas UOM e
nos CEO.
Saúde Mental41
Atualmente a Bahia está 43% acima da média nacional no número de Centros de
Atenção Psicossocial - Caps por habitante. É o quinto Estado no Brasil com 183
serviços em atividades em 144 municípios, um incremento de mais de 100% se
comparado ao ano de 2006 quando apenas 88 Caps estavam em funcionamento,
conforme o Gráfico 09.
GRÁFICO 09 CAPS EM FUNCIONAMENTO BAHIA, 2006 – 2011*
88
112
138
166177
183
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
2006 2007 2008 2009 2010 2011
Fonte: SESAB/Sais
Em 2011, foram realizadas três turmas do curso introdutório sobre os princípios e
diretrizes da reforma psiquiátrica, para as equipes dos Caps de 35 municípios com
vista à qualificação do cuidado prestado aos usuários. Além disso, 25 municípios foram
apoiados tecnicamente para a implantação de novos serviços. Estão sendo
41 Corresponde ao Projeto/Atividade 2788 no PPA 2008 – 2011;
75
credenciados serviços nos municípios de Governador Mangabeira, Santa Rita de
Cássia, Morro do Chapéu, Cipó e Valente, além da contratualização do Caps para
atendimento aos usuários de álcool e outras drogas em Salvador, sob gestão da
SESAB.
Saúde da Pessoa com Deficiência42
Atualmente, 14 municípios com 32 serviços prestam atendimento à pessoa com
deficiência. A rede de reabilitação física foi ampliada com a habilitação pelo MS do
Centro Multiprofissional de Reabilitação Física - CEMPRE em Camaçari e outros cinco
serviços (03 de reabilitação visual e 02 de saúde auditiva), nos municípios de Salvador,
Itapetinga e Irecê, aguardam aprovação.
O Centro Estadual para Reabilitação de Deficiências – Cepred vem realizando
pesquisas de inovação tecnológica para reabilitação, com 16 pesquisas em
andamento. Além disso, vem sendo utilizado um protótipo de equipamento eletrônico
de comunicação alternativo aumentativo em parceria com a Federação das Indústrias
do Estado da Bahia - Fieb, a Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado da Bahia –
Fapesb e a empresa de computadores Distak.
Em 2011, foram cadastrados 6.403 novos usuários no Cepred para atendimento nos
serviços de atenção à saúde auditiva, de reabilitação física e de atenção a pessoa com
ostomia. Foram realizados 195.858 procedimentos. Além disso, com um investimento
de aproximadamente R$ 11 milhões, foram concedidas 143.556 órteses, próteses,
meios auxiliares de locomoção e bolsas de ostomias, conforme o Gráfico 10.
42 Corresponde ao Projeto/Atividade 2779 no PPA 2008 – 2011.
76
GRÁFICO 10 CONCESSÕES DE ÓRTESES, PRÓTESES, MEIOS AUXILIARES DE LOCOMOÇÃO E BOLSAS OSTOMIAS – Cepred. BAHIA, 2006 – 2011*
Fonte: SESAB/Sais
Saúde das populações de maior vulnerabilidade social
No que diz respeito às ações para a população indígena, podemos destacar a
realização de seminário para integração das ações e serviços de saúde, contando com
a participação de 70 trabalhadores de saúde de 30 municípios e Dires. Além disso, a
SESAB, participou de audiência promovida pela Federação Indígena dos Povos Pataxó
e Tupinambá do extremo sul da Bahia, onde comprometeu-se a empenhar-se na
construção e reforma de unidades básicas de saúde nas áreas indígenas em parceria
com as secretarias municipais.
Em relação à saúde da população negra foi realizada a primeira oficina de Pactuação
de Acesso aos Serviços de Referência Microrregionais de Atenção às Pessoas com
Doença Falciforme com um total de 70 trabalhadores de saúde. Destaca-se ainda a
implantação de serviços de referências de atenção integral às pessoas com doença
falciforme nos municípios de Barreiras, Cruz das Almas, Ilhéus e Jequié, bem como a
implantação do Protocolo de Gestação de Alto Risco para mulheres com Doença
Falciforme nas Maternidades do Hospital Geral Roberto Santos, José Maria de
Magalhães Neto e Climério de Oliveira.
77
6.4. COMPROMISSO 09 – ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA PARA TODOS OS
BAIANOS
[PROGRAMA 13243]
A Política Estadual de Assistência Farmacêutica do Governo do Estado busca garantir
o acesso e promover o uso racional de medicamentos. Para tanto, foram aplicados
cerca de R$ 157,6 milhões na aquisição e distribuição de medicamentos básicos aos
municípios, para o fornecimento de medicamentos de alto custo, para a implantação do
Programa Medicamento em Casa e da Rede Baiana de Farmácias Populares,
conforme evidenciado no Gráfico 11.
GRÁFICO 11 RECURSOS APLICADOS NA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BAHIA, 2006 – 2011*
Fonte: SESAB/Fesba
Somente na assistência farmacêutica básica foram aplicados R$ 51,2 milhões,
utilizados para atender a todos os municípios com o fornecimento de medicamentos
para o tratamento das doenças e agravos de menor gravidade, com destaque para o
fornecimento de insumos para o controle de Diabetes Mellitus com a distribuição de
insulina, aparelhos glicosímetros e tiras reagentes.
43
Programa 132: Assistência Farmacêutica.
78
Para a assistência farmacêutica especializada foram aplicados, em parceria com o
Governo Federal, R$ 95,5 milhões, para o atendimento de 70.789 pacientes, o que
representa um incremento de 17% em relação a 2010. É importante registrar que nos
últimos cinco anos, foram aplicados mais de R$ 459,1 milhões em medicamentos
especializados, possibilitando dentre outras coisas que a fila para aquisição de
medicamentos para patologias como Hepatite fosse zerada, e que o número de
pacientes atendidos fosse ampliado em 95%.
No que se refere à estruturação, organização e qualificação dos serviços farmacêuticos
no âmbito das Secretarias Municipais de Saúde foram desenvolvidos cursos de
capacitação para profissionais de saúde e campanhas educativas, além de ter sido
implantado um sistema de gestão de informações sobre medicamento, em todos os
municípios baianos e nas unidades de referência do componente especializado.
Para o desenvolvimento das ações relacionadas à promoção do uso racional de
medicamentos, foi estruturado o Centro de Informações de Medicamentos do Estado
da Bahia que respondeu, até setembro, 88% das solicitações de informações sobre
medicamentos. Conjuntamente, foram desenvolvidas ações para o fortalecimento da
Comissão Estadual de Farmácia e Terapêutica, o que tem permitido promover
avaliações tecnológicas no âmbito da assistência farmacêutica.
É importante registrar, que mais de 3.090 profissionais dos municípios baianos
participaram de atividades, seminários e cursos para qualificação da gestão na área e
da promoção do uso racional de medicamentos. Além disso, os municípios baianos
foram contemplados com computadores, para uso do Sistema Integrado para o
Gerenciamento da Assistência Farmacêutica - Sigaf, software que integra, via web,
toda a assistência farmacêutica municipal e estadual. Realizamos no ano de 2011,
cerca de 24 capacitações no SIGAF, qualificando assim os profissionais que operam o
sistema nos municípios.
A Relação Estadual de Medicamentos Essenciais foi distribuída para todos os
municípios, profissionais da rede SESAB e do Ministério Público. Além disso, o elenco
de referência de 37 itens pactuados foi ampliado para 162 itens do Elenco Estadual,
79
enquanto que o elenco de referência municipal cresceu de 64 para 326 itens, um
aumento de 410% dos itens pactuados.
Iniciou-se ainda a construção da Política Estadual de Práticas Integrativas e
Complementares - Pepic, uma ação conjunta com diversas áreas da SESAB, a qual no
campo da Assistência Farmacêutica deverá contemplar no campo da fitoterapia as
diretrizes para implantação das Centrais de Beneficiamento e das Oficinas de
Manipulação, das Farmácias Vivas nos municípios, bem como para qualificação dos
profissionais de saúde e dos usuários SUS sobre o tema.
Medicamento em Casa44
Implantado em 2008, o programa Medicamento em Casa é responsável por fornecer
medicamentos no domicílio dos pacientes hipertensos e diabéticos e a mulheres no
programa de planejamento familiar, que cumpram os critérios de inclusão. Atualmente,
128 municípios assinaram o termo de compromisso de adesão ao programa e 26.287
usuários, já foram atendidos, dos quais 16.415 iniciaram acompanhamento em 2011.
O programa Medicamento em Casa seguiu este ano realizando também capacitações
com os 152 profissionais médicos, enfermeiros e farmacêuticos, vinculados ao
programa dos municípios participantes, totalizando 608 profissionais capacitados desde
a sua implantação.
Rede Baiana de Farmácia Popular do Brasil45
A Rede Baiana de Farmácia Popular do Brasil – RBFPB, programa de parceria com o
Governo Federal, vem possibilitando a ampliação do acesso a medicamentos
essenciais, a custo reduzido, com a orientação e supervisão do profissional
farmacêutico, com o objetivo de garantir o uso racional de medicamentos e um
atendimento personalizado ao paciente.
44 Corresponde ao Projeto/Atividade 4487 no PPA 2008 – 2011 45 Corresponde ao Projeto/Atividade 2802 no PPA 2008 – 2011
80
Uma parceria estabelecida entre a SESAB e a Empresa Baiana de Alimentos – Ebal
em 2007 tem permitido a expansão do programa com a instalação da maioria das
unidades em lojas da Cesta do Povo. Com a unidade inaugurada este ano em
Salvador, atualmente essa rede é composta por 27 farmácias, o que torna a Bahia o
segundo Estado com mais unidades do programa em funcionamento. Desde então, já
são mais de um milhão de atendimentos realizados, dos quais 294 mil em 2011,
conforme Gráfico 12.
GRÁFICO 12 ATENDIMENTOS REALIZADOS – REDE BAIANA DE FARMÁCIA POPULAR BAHIA, 2007 - 2011
Fonte: SESAB/Saftec
Bahiafarma46
Com a recriação da Fundação Baiana de Pesquisa Científica, Desenvolvimento
Tecnológico, Fornecimento e Distribuição de Medicamentos - Bahiafarma, a Bahia
agora faz parte do grupo de estados com tecnologia para produzir medicamentos para
o SUS. A Fundação Bahiafarma vai voltar a produzir medicamentos e contará com
duas unidades produtivas em Simões Filho e Vitória da Conquista. Os medicamentos
que serão produzidos para insuficiência renal serão distribuídos gratuitamente pelo
SUS nacional.
46 Corresponde ao Projeto/Atividade 2807 no PPA 2008 – 2011.
81
Integrada ao Complexo Industrial da Saúde, a Bahiafarma, por meio de convênio com o
Ministério da Saúde e parceria com o Laboratório Farmacêutico Cristália, iniciou em
2011 a implementação do projeto de produção e transferência de tecnologia de dois
medicamentos (Carbegolina e Sevelamer), propiciando impulso a economia e o
desenvolvimento regional e beneficiando pacientes com problemas hormonais e com
insuficiência renal.
Avança a Bahiafarma, em conjunto com a empresa Biocen de Cuba, para a produção
de vacinas anti-ácaros e produtos de diagnóstico envolvendo a saúde da mulher em
Vitoria da Conquista. A parceria é apoiada pelo Ministério da Saúde e pelo Comitê de
Cooperação Brasil e Cuba. Ao final de 2011, a Bahiafarma conquistou o prédio no
Centro Industrial de Aratu para funcionamento da sua sede administrativa e de ampla
unidade produtiva.
6.5. COMPROMISSO 10 - ASSISTÊNCIA HEMATOLÓGICA E HEMOTERÁPICA
DESCENTRALIZADA E REGIONALIZADA
[PROGRAMA 13347]48
A Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia – Hemoba é o órgão responsável
pela política do sangue no Estado e pela ampliação da oferta de hemocomponentes
com a garantia de qualidade para atender a demanda da população baiana, além
prestar atendimento hematológico aos usuários portadores de doenças benignas do
sangue.
Com o objetivo de ampliar a assistência hematológica e hemoterápica de forma
descentralizada e regionalizada, o Estado da Bahia, através da Fundação Hemoba,
investiu em 2011, mais de R$ 40,7 milhões, conforme Gráfico 13.
47
Programa 133: Qualidade do Sangue, Assistência Hematológica e Hemoterápica. 48 A Fundação Hemoba também recebe recursos provenientes do Programa 502: Ações de Apoio
Administrativo do Poder Executivo e do Programa 900: Operação Especial.
82
GRÁFICO 13 RECURSOS APLICADOS NA FUNDAÇÃO HEMOBA BAHIA, 2007 – 2011*
32.868.534
40.786.836
28.306.426
22.322.76320.498.846
0
5.000.000
10.000.000
15.000.000
20.000.000
25.000.000
30.000.000
35.000.000
40.000.000
45.000.000
2007 2008 2009 2010 2011*
Recursos Aplicados
Fonte: SESAB/Fundação Hemoba.
A Fundação Hemoba conta hoje com 25 unidades captadoras de sangue e produtoras
de hemocomponentes, distribuídas em pontos estratégicos do Estado, contemplando
todas as macrorregiões de saúde. Destas, 19 são Unidades de Coleta e Transfusão -
UCT, quatro Unidades de Coleta - UC (uma delas, Unidade Móvel) e dois
Hemocentros Regionais, localizados em Salvador e Eunápolis.
Em outubro de 2011, foi incorporada à hemorrede uma nova unidade de coleta,
instalada no Hospital do Subúrbio, em Salvador. Dentro do projeto de expansão deu-se
início às obras de construção do Hemocentro Regional de Barreiras, o qual deverá
ampliar a atenção hemoterápica e hematológica naquela macrorregião.
Foram investidos na expansão e modernização da Hemoba cerca de R$ 2,8 milhões.
Somente na construção do Hemocentro de Barreiras aplicou-se mais de R$ 679 mil.
Outros R$ 350,8 mil foram utilizados para reforma de oito unidades da hemorrede,
além dos recursos aplicados na modernização do parque de equipamentos, com a
aquisição de novas centrífugas refrigeradas, agitadores de plaquetas, condicionadores
de ar, entre outros, além da aquisição de equipamentos para a continuidade da
implantação do Sistema Informatizado do Ciclo do sangue – Hemovida.
83
Durante o exercício de 2011, foram informatizadas mais quatro unidades
hemoterápicas: UCT de Camaçari, Paulo Afonso e Itapetinga e a UC Hospital do
Subúrbio, totalizando 16 unidades da Hemorrede com o sistema Hemovida implantado,
atingindo 84,8% do sangue coletado.
No processo de descentralização da produção de plaquetas, outras unidades do
interior foram qualificadas, com equipamentos e treinamentos. Em 2011 mais duas
unidades foram beneficiadas, as UCT de Feira de Santana e de Santo Antônio de
Jesus, totalizando dez unidades produtoras de plaquetas no estado, proporcionando
maior segurança na atenção à dengue. O processo de acreditação do Hemocentro
Coordenador, em Salvador, continua avançando, através do Programa de Gestão da
Qualidade, o qual deverá ser estendido para as demais unidades.
A Bahia tem fornecido, rotineiramente, a partir de abril de 2009, o plasma excedente
para a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia - Hemobrás, para a
produção de hemoderivados, após aprovação pelo Ministério da Saúde e Laboratório
Francês do Sangue - LFB, que qualificaram o plasma produzido na Hemoba como de
excelente qualidade para a indústria. Consolidando essa rotina, firmou-se em outubro,
um termo de cooperação técnica entre a Fundação Hemoba e a Hemobrás,
oficializando assim, esse processo. Até o final do exercício, foram enviadas mais de 10
mil bolsas de plasma fresco congelado.
Nessa perspectiva, cabe destacar a expansão da rede, a substituição gradativa de
equipamentos para coleta e processamento de sangue, ingressos de novos
funcionários, além da atualização técnica dos profissionais da HEMOBA, objetivando
maior eficiência nas ações realizadas pela Fundação. Em 2011 a Hemorrede realizou
aproximadamente 90,8 mil coletas, o que permitiu a produção de 202,9 mil bolsas de
hemocomponentes, de acordo com o Gráfico 14.
84
GRÁFICO 14 COLETA E PRODUÇÃO DE HEMOCOMPONENTES DA HEMORREDE BAHIA, 2007 – 2011*
87.938 90.77184.732
77.01175.402
150.112 148.651
185.223198.079 202.945
0
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
2007 2008 2009 2010 2011*
Bolsas Coletadas Bolsas produzidas
Fonte: SESAB/Hemoba/Hemoprod.
A assistência hematológica da Fundação Hemoba é um serviço de referência na Bahia,
atendendo diariamente portadores de hemopatias benignas, realizando transfusões,
além de outros serviços de saúde especializados. O ambulatório conta com uma
equipe multidisciplinar para o atendimento aos pacientes. Em 2011, foram realizados
mais de 102,7 mil atendimentos e procedimentos nas diversas áreas. A Hemoba realiza
também treinamentos para profissionais da rede de assistência, principalmente
relacionados à doença falciforme, hemofilia e transfusão.
A Fundação Hemoba vem Investindo também, na disseminação da cultura de doação
voluntária de sangue, realizando campanhas educativas, divulgação de material
informativo, ações de promoção e prevenção à saúde e oficinas de multiplicadores com
vários segmentos da sociedade, além de atividades de mobilização social junto à
mídia. Foram realizadas 13 campanhas e concedidas mais de 36 entrevistas a diversas
emissoras de rádio e televisão da capital e interior do estado. O blog da Fundação foi
reativado a partir do segundo semestre, tendo sido postado nesse período, mais de
161 matérias, além da criação de conta institucional no “facebook”, fortalecendo a
participação nas redes sociais.
85
Buscando despertar na população o compromisso social e desenvolver a consciência
da fidelização na comunidade para a doação de sangue, a Hemoba vem trabalhando
em projetos como: “Doador do Futuro”, campanha de verão “Chicleteiro Sangue Bom”,
“Hemoba e o Meio Ambiente”, “Viver Hemoba”, “Dia Nacional do Doador”, “Hemoba
Solidário”, “Hemoba itinerante”, campanha de Doação de Medula Óssea, campanha de
final de ano “Seja um amigo secreto de alguém”, dentre outros, direcionados para a
prática da doação voluntária.
86
7. LINHA DE AÇÃO – 5: INFRA-ESTRUTURA DA GESTÃO E DOS SERVIÇOS DE
SAÚDE DO SUS - BAHIA
Nesta linha de ação estão agregadas ações que visam expansão e melhoria da infra-
estrutura da rede de serviços de saúde do Estado da Bahia. Tem como responsável a
Superintendência de Assistência Farmacêutica, Tecnologia e Ciência – SAFTEC,
através da Diretoria de Tecnologia e Ciências da Saúde – DITEC e da Diretoria de
Obras e Projetos em Saúde - DIOPS, cujo objeto de intervenção é a reestruturação da
rede de serviços do estado, incorporando e reconstruindo tecnologias que dinamizem o
setor saúde; e Diretoria Geral da SESAB – DG.
As ações programadas para o alcance dos objetivos estratégicos estão distribuídas em
02 programas de governo, 14 projetos e 02 atividades, concentradas no FESBA. A
execução orçamentária e financeira desta linha de ação foi de aproximadamente 72%
tendo sido aplicado R$ 83,8 milhões (valor empenhado) do montante orçado de R$
115,9 milhões. No anexo 5 apresentamos a execução orçamentária e financeira desta
linha de ação, por programa, projeto, atividade e fonte de recursos do PPA 2008 –
2011 e da LOA 2011.
6.1. COMPROMISSO 11 - EXPANSÃO E MELHORIA DA INFRA-ESTRUTURA
ADMINISTRATIVA E DOS SERVIÇOS DE SAÚDE DO SUS - BAHIA49
[PROGRAMA 13550, 20851]
Em cumprimento ao compromisso assumido pelo Governo do Estado em expandir e
melhorar a infra-estrutura dos serviços de saúde, a SESAB interveio na ampliação da
49
Considerando a especificidade desta Linha de Ação, por ter suas ações voltadas para obras de melhoria e expansão da infra-estrutura, serão apresentadas as principais intervenções nas unidades de saúde da rede própria estadual, bem como alguns dos investimentos em unidades municipais, através de convênios. 50 Programa 135: Expansão e Melhoria da Infra-estrutura de Saúde; 51 Programa 208: Adequação do Parque predial e administrativo do Estado.
87
rede estadual de serviços de saúde e na adequação, reforma, construção e ampliação
de unidades de saúde da rede própria, possibilitando diretamente a ampliação do
acesso às ações e serviços de saúde com qualidade, bem como proporcionando ao
trabalhador melhores condições de trabalho.
Foram aplicados cerca de R$ 78,7 milhões (valor liquidado) em ações de ampliação e
qualificação das unidades de saúde, como obras de reformas, reparos e construção de
novas unidades, além da modernização do parque tecnológico, com a aquisição de
veículos e equipamentos.
Nos últimos cinco anos, o montante investido na expansão e melhoria da rede
assistencial, chega a aproximadamente R$ 546 milhões, o que possibilitou a criação de
mais de 1.218 novos leitos hospitalares na rede própria estadual, além das obras de
reforma, ampliação e re-qualificação, com aquisição de novos equipamentos, em
grande parte das unidades da SESAB. Foram ampliados em cerca de 85% o número
de leitos de UTI disponíveis ao SUS. São 403 novos leitos de UTI no Estado,
distribuídos em 98 neonatal, 35 infantil e 270 adulto.
O Governo do Estado apoiou financeiramente os municípios através de convênio
realizado entre a SESAB e as prefeituras municipais. O total de recursos investidos
soma mais de R$ 14,7 milhões na construção e/ou reforma de USF e hospitais
municipais, bem como para aquisição de equipamentos. Nesse contexto, 206
municípios receberam apoio na adequação da infra-estrutura física e tecnológica das
unidades de saúde.
Em 2011, interveio ainda para a melhoria da infra-estrutura da rede física de 28
unidades da rede própria estadual, além de diretorias da SESAB. Foram realizados
serviços de manutenção no Cemitério Quinta dos Lázaros, no Centro de Referência
Estadual para Assistência ao Diabetes e Endocrinologia – Cedeba e no Centro
Estadual de Oncologia. Foram realizadas ainda pequenas reformas no Hospital Juliano
Moreira, no Hospital Manoel Vitorino e no Lacen.
No período foram concluídas as obras no Hospital Geral de Camaçari, Unidade de
Emergência Pirajá em Salvador, 7ª Dires de Itabuna, Hospital Geral Clériston Andrade,
88
Maternidade Tsylla Balbino, Maternidade Albert Sabin, no Hospital de Itaparica e na
sede da SESAB, mas especificamente no setor de recursos humanos e no Fundo
Estadual de Saúde - Fesba. O Quadro 05 mostra as principais intervenções do estado
para melhoria da infra-estrutura da rede própria.
QUADRO 05 INTERVENÇÕES NA REDE PRÓPRIA ESTADUAL – EXPANSÃO E MELHORIA BAHIA, 2011
UNIDADE (Capital) DESCRIÇÃO DO SERVIÇO REALIZADO
Hospital São Jorge • Reforma geral da unidade em andamento com ampliação de leitos.
Maternidade Albert Sabin • Serviços de manutenção e estruturação (contenção de encosta, limpeza e proteção do talude, reforma do muro).
Hospital Geral do Estado • Realização de obras de manutenção (recuperação da passarela na cobertura, recuperação da cobertura da UTI).
• Aquisição de dois Craniotomo e um Sistema de Anestesia.
Hospital Couto Maia • Reforma geral da unidade (pintura e reforma do núcleo de vigilância epidemiológica)
Almoxarifado Central - ALCEN • Reforma de estruturação e modernização do complexo do ALCEN
Hospital Menandro de Faria • Reforma e adaptação das salas de semi-intensiva da unidade.
Hospital Octávio Mangabeira • Recuperação estrutural da unidade (Manutenção elétrica, recuperação de sanitários das alas A e C).
• Aquisição de uma Termodesinfectora.
Hospital Geral Roberto Santos • Obra de construção do anexo do Hospital (10% da obra). • Adequação física e estrutural para instalação de
equipamento de hemodinâmica (80% da obra). • Aquisição de uma termodesinfectora, um craniotomo, um
sistema de videoendoscopia alta, um sistema de videoendoscopia baixa, cinco ventiladores pulmonares (Adulto e Pediátrico) e 40 berços pequenos.
Unidade de Emergência de Plataforma
• Recuperação parcial.
UNIDADE (Interior) DESCRIÇÃO DO SERVIÇO REALIZADO
Hospital Geral Luis Viana Filho – Ilhéus
• Reforma da rede elétrica da unidade e adequação da sala de Raio X.
Hospital de Mairi • Adequação de sala para instalação de aparelho de Raio X.
Hospital Geral Clériston Andrade – Feira de Santana
• Recuperação das instalações físicas do Berçário, Lactário, Centro Cirúrgico, Necrotério, acesso ao Necrotério – em andamento.
Hospital de Itaparica • Reforma da unidade (pintura e adequação da sala de Raio X).
89
Hospital Geral de Vitória da Conquista
• Recuperação da cobertura da unidade (99% da obra). • Aquisição de um sistema de videoendoscopia alta e um
sistema de videoendoscopia baixa.
Hospital Luis Eduardo Magalhães – Porto Seguro
• Readequação física para instalação de aparelho de Raio X.
Hospital Prado Valadares – Jequié
• Reforma Geral da unidade com destaque para reforma da UTI.
• Aquisição de um sistema de anestesia.
Hospital de Guanambi • Ampliação 05 leitos UTI Adulto. • Aquisição de 20 berços médios e um mamógrafo.
Fonte: SESAB/Saftec/Diops
Estão em andamento às obras de reforma do berçário, lactário, centro cirúrgico e
necrotério do Hospital Geral Clériston Andrade, reforma do Núcleo de Vigilância
Epidemiológica do Hospital Couto Maia, reforma e ampliação Hospital Geral Prado
Valadares, do Almoxarifado Central - Alcen e do 2º pavimento do Hospital Manoel
Vitorino.
Com os investimentos na rede hospitalar o Hospital Geral Prado Valadares em Jequié,
passou a realizar cirurgias por videoartroscopia e neurocirurgias oncológica. Esta
unidade passou a ofertar também serviços de infectologia á população, que ganhou
ainda a primeira farmácia satélite no pronto socorro e teve a Unidade de Terapia
Intensiva reformada.
O Hospital Geral de Vitória da Conquista, agora com neurocirurgia, realizou a primeira
cirurgia de hipófise no sistema público da região sudoeste, ganhou novo aparelho de
Raio X e teve o programa de Internação Domiciliar reforçado com a aquisição de novos
veículos. Desde sua implantação nesta unidade, o programa de Internação Domiciliar
já avaliou 161 pacientes e admitiu 110.
O Hospital geral de Camaçari passou a funcionar com energia limpa, com a
implantação do gás natural, em parceria com a Companhia de Gás da Bahia -
Bahiagás. O uso deste tipo de energia, limpa, eficiente e segura, além de uma maior
economia, traz ganhos ambientais, com a eliminação da fumaça e fuligem originadas
na queima de óleo.
90
Destaca-se ainda o início da construção da UPA anexa ao Hospital Geral Roberto
Santos - HGRS e do Hospital Regional de Seabra, na Chapada; a reforma das UTI do
HGE, a ampliação da UTI do Hospital Regional de Guanambi; e da farmácia do
Hospital Especializado Manoel Vitorino - HEMV.
Foram investidos através de convênios R$ 604 mil na construção de uma unidade
assistencial de saúde em Lençóis, de uma unidade de referência em hemodiálise que
integrará o complexo hospitalar regional de Teixeira de Freitas e na construção do
centro de parto normal no município de Ibirapuã. Além disso, foi formalizado convênio
com o município de Brumado para construção de Unidade de Terapia Intensiva – UTI
do Hospital Professor Magalhães Neto, com investimento previsto de R$ 674 mil.
No que se refere a reformas e ampliação de unidades de saúde através de convênios
com os municípios, foram investidos cerca de R$ 5,3 milhões em 23 municípios com
destaques para Itiruçu, Valença, Amargosa, Ipirá, Irajuba, Nova Ibiá, Coração de Maria,
Camamú, Piritiba e Santo Estevão, além do convênio com a Ufba para implantação do
Hospital Dia do setor de endoscopia.
Aquisição de equipamentos52
Foram investidos cerca de R$ 32 milhões no aparelhamento de unidades de saúde,
aquisição de equipamentos e material permanente, com destaque para o Sistema de
Ressonância Magnética, destinada ao Hospital Ana Nery; o aparelho de Tomógrafo 64
Cortes, destinado ao Hospital Estadual da Criança; e seis Mamógrafos, destinados ao
Centro Estadual de Oncologia – CICAN, Hospital de Santa Tereza, Hospital do Oeste e
Hospital Regional de Guanambi. A Tabela 14 mostra os principais equipamentos
adquiridos em 2011.
52 Corresponde ao Projeto/Atividade 2867 no PPA 2008 – 2011
91
TABELA 14 EQUIPAMENTOS ADQUIRIDOS BAHIA, 2011
Fonte: SESAB/Dge
Foram investidos também cerca de R$ 1,4 milhão através de convênios para a
aquisição de equipamentos nos municípios de Itapetinga, Cordeiros, Fátima, Uibaí,
Senhor do Bonfim, Sítio do Quinto, Várzea do Poço, além da Universidade Estadual do
Sudoeste Baiano – UESB, da Universidade Federal da Bahia – UFBA para a
Maternidade Climério de Oliveira e do Centro Espírita Caminho da Redenção para
implantação da casa de parto normal, como parte da implantação da Rede Cegonha.
No que se refere à modernização da frota de veículos foram investidos cerca de R$ 10
milhões na aquisição de 166 veículos, 158 ambulâncias convencionais, três caminhões
baú refrigerados, para trabalharem no programa de imunizações e cinco veículos do
tipo pickup, para atuar na área de vigilância sanitária e ambiental. Destaque-se que nos
últimos cinco anos, foram investidos cerca de R$ 50 milhões na aquisição de veículos,
entre eles ambulâncias e UTI móvel para a SESAB e os municípios, além das 18
ambulâncias financiadas pelo Desenbahia para os municípios.
EQUIPAMENTO N VALOR (R$1.000,00)
Ventilador Pulmonar Adulto e Pediátrico 13 4.668 Sistema de Ressonância Magnética 1 2.290 Sistema de Anestesia 31 2.253 Foco Cirúrgico (luz alógena, fixo e móvel) 65 1.916 Impressora 632 1.677 Tomográfico 64 Cortes 1 1.610 Cama Hospitalar Elétrica 100 1.154 Cardioversor / Desfibrilador 30 1.066 Sistema de Videoendoscopia Alta 4 916 Mamógrafo 6 843 Ventilador Pulmonar de Transporte 33 799 Aspirador Cirúrgico Portátil 38 523 Outros 673 4.930
TOTAL 1627 24.645
92
8. LINHA DE AÇÃO - 6: PRODUÇÃO DE INSUMOS ESTRATÉGICOS E
DESENVOLVIMENTO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO EM SAÚDE
Esta linha de ação tem por objetivos promover a expansão da base científica e
tecnológica do SUS – Bahia, incorporando a inovação tecnológica nas unidades da
rede SUS do Estado, desenvolver conhecimento científico para a tomada de decisão,
bem como aprimorar a produção e difusão de conhecimentos científicos no Estado.
Tem como responsável a Superintendência de Assistência Farmacêutica, Tecnologia e
Ciência – SAFTEC através da Diretoria de Tecnologia e Ciência da Saúde – DITEC, da
Diretoria de Assistência Farmacêutica – DASF, da Diretoria de Obras e Projetos em
Saúde - DIOPS e a parceria do Fundo Estadual de Saúde – FESBA.
As ações programadas para a consecução dos objetivos estratégicos determinados
nessa linha de ação estão distribuídas em um programa de governo, um projeto e duas
atividades, concentradas no FESBA. No anexo 06 apresentamos a execução
orçamentária e financeira desta linha de ação por programa, projeto, atividade e fonte
de recursos do PPA 2008 – 2011 e da LOA 2011.
8.1. COMPROMISSO 12 - EXPANSÃO DA BASE CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DO SUS –
BAHIA
[Programa 29353]
O Governo do Estado tem investido na expansão da base científica e tecnológica do
SUS, buscando incorporar a inovação em saúde nas unidades que compõe a rede de
serviços da SESAB. Para tanto, vem sendo implantado o Projeto Piloto para a
Tecnovigilância de equipamentos médico-hospitalares utilizados na UTI e Centro
Cirúrgico do Hospital Ernesto Simões Filho, com o objetivo de estabelecer boas
práticas de gestão de produtos médicos estratégicos, tendo sido finalizados os
relatórios e o questionário sobre a situação atual do hospital.
No decorrer deste ano foram desenvolvidas ações de adequação e padronização de
produtos hospitalares, realizado pela Comissão de Padronização de Produtos 53
Programa 293: Inova Bahia – Desenvolvimento da Base Científica e Tecnológica e de Inovação.
93
Hospitalares – CPH. Esta consolidou a padronização dos descritivos de curativos e
similares para toda a rede própria, concluiu a padronização de aventais hospitalares,
adequou à padronização dos dispositivos perfuro - cortantes à NR 32 do Ministério do
Trabalho e fomentou a discussão para padronização de outros produtos, bem como
para o desenvolvimento de ações de tecnovigilância nas unidades.
Ainda, no que se refere a implantação de boas práticas de gerenciamento de
equipamentos e produtos médicos estratégicos na rede própria, realizou-se o curso de
Gerenciamento dos equipamentos médicos hospitalares, treinamentos para o uso dos
equipamentos novos adquiridos e visitas técnicas em diversas unidades para avaliação
da situação dos equipamentos em uso.
Destacam-se também o convênio firmado com o International Finance Corporation –
IFC, para a estruturação de estudos relativos ao projeto Inova Saúde, que prevê,
dentre outras, a melhoria da qualidade da gestão de equipamentos e produtos médicos
das unidades da rede própria estadual.
Dentre outras ações realizadas em 2011, destacam-se:
• Realização do III Encontro Estadual de Comitês de Ética em Pesquisa em Saúde
do Estado da Bahia com 120 participantes (o Estado da Bahia, conta com 29
Comitês de Ética aplicada a pesquisas com seres humanos. Desses, 04 são da
Secretaria de Saúde do Estado da Bahia: Centro de Diabetes e Endocrinologia
do Estado da Bahia (CEDEBA), Hospital Ana Nery, Hospital Juliano Moreira e
Secretaria de Saúde do Estado da Bahia – CEP/SESAB);
• Realização da VIII Oficina de Monitoramento do fluxo das pesquisas realizadas
em Unidades de Saúde da rede própria da SESAB, com 11 participantes, com o
objetivo de discutir a importância do monitoramento das pesquisas nas Unidades
da SESAB;
• Encontro para discussão do Programa de Pesquisa para o SUS - PPSUS com
40 participantes.
•
94
9. LINHA DE AÇÃO – 7: PROMOÇÃO DA SAÚDE, INTERSETORIALIDADE E
PROTEÇÃO DA SOCIEDADE
Na perspectiva da promoção da saúde, a SESAB tem buscado fortalecer a articulação
entre as políticas transversais por meio de suas Superintendências (SUVISA, SAIS), e
órgãos congêneres (SECTI, SEAP, SEDES), com o objetivo de promover ações
intersetoriais visando à melhoria da qualidade de vida da população. Para tanto, tem-se
trabalhado com ações de controle e vigilância de fatores de risco, principalmente no
que se refere às violências, a alimentação e nutrição, ao meio ambiente, a habitação, e
as condições de moradia, bem como o acesso ao esgotamento sanitário e água potável
de qualidade.
As ações programadas para a consecução dos objetivos estratégicos determinados
nessa linha de ação estão distribuídas em 06 programas de governo, 03 projetos e 06
atividades, concentradas no FESBA. No anexo 07 apresentamos a execução
orçamentária e financeira desta linha de ação, por programa, projeto, atividade e fonte
de recursos do PPA 2008 – 2011 e da LOA 2011.
9.1. COMPROMISSO 13: POLÍTICAS TRANSVERSAIS PARA A PROMOÇÃO DA
SAÚDE, SEGURANÇA ALIMENTAR E PROTEÇÃO DA SOCIEDADE
[Programas 131, 134, 172, 197, 198, 301]54
A SESAB vem apoiando a implementação de políticas intersetoriais de melhoria
habitacional para erradicação da Doença de Chagas. Esta estratégia propõe
intervenções para melhoria física das habitações, articuladas com os demais setores,
visando o controle da transmissão da doença em áreas de risco do Estado da Bahia.
54
Programa 131 – Atenção Integral à Saúde de Populações Estratégicas; Programa 134 – Integração e Operação das Práticas de Vigilância da Saúde; Programa 172 – Esgotamento Sanitário, Drenagem e Manejo de Águas Pluviais; Programa 197 – Infra-Estrutura para o Sistema Penitenciário; Programa 198 - Ressocialização do Direito do Preso; Programa 301 – Popularização da Ciência.
95
Para o ano de 2011, estavam previstas 87 melhorias habitacionais. Entretanto,
ocorreram atrasos no pagamento das parcelas de alguns convênios, o que dificultou a
plena realização das atividades. Sobre isso, a Companhia de Desenvolvimento Urbano
do Estado da Bahia - CONDER esclareceu que o atraso ocorreu devido a falta de
repasse de recursos financeiro por parte do Banco Nacional do Desenvolvimento -
BNDES, onde estão alocados os convênios. Dessa forma, a CONDER está, junto a
Secretaria de Planejamento - SEPLAN, adotando providências na busca de nova fonte
de recurso para dar continuidade às ações.
Vale ressaltar que o Estado da Bahia é considerado livre da transmissão da Doença de
Chagas pelo Triatoma Infestans desde o ano de 2006.
Quanto ao Programa Estadual de Controle do Tabagismo - PECT e outros fatores de
risco de câncer, foram desenvolvidas ações em 15 municípios no Estado, sendo eles:
Salvador, Feira de Santana, Alagoinhas, Santo Antonio de Jesus, Valença, Vitória da
Conquista, Jequié, Paulo Afonso, Porto Seguro, Santa Cruz Cabrália, Maracás, Belo
Campo, Ipupiara, Ipiaú e Lauro de Freitas.
Dentre as ações desenvolvidas em 2011 destacam-se:
• Planejamento e realização de atividades voltadas à comemoração do Dia
Mundial sem Tabaco;
• Apoio técnico e operacional a diversas instituições para a realização de
atividades voltadas à comemoração do Dia Mundial sem Tabaco;
• Esclarecimentos junto à mídia (rádios locais e canais de TV) sobre o tema
Tabagismo;
• Atendimento e orientação aos municípios interessados em implantar o
tratamento do fumante;
• Atendimento aos fumantes através do Disque Saúde;
• Apoio às unidades que realizam o tratamento do fumante na capital e no interior
(envio de material educativo, remanejamento de medicamentos, orientações
diversas através de reuniões, e-mail e telefax);
96
• Atendimento à demanda espontânea de instituições, profissionais e estudantes
da área de saúde, educação e outras por informações/orientações e
fornecimento de material educativo;
• Atendimento e encaminhamento às solicitações do INCA (relatórios, dados
técnicos, envio de planilhas do tratamento do fumante).
• Orientações a população, através do Disque Saúde, tendo sido atendidos 107
pessoas.
Para a consolidação do Observatório de Vigilância de Acidentes e Violência, que tem
como objetivo registrar, sistematizar e disponibilizar dados estatísticos acerca das
violências e acidentes ocorridos no âmbito do Estado da Bahia foi instalado o núcleo de
coleta de dados sobre violência e acidentes baseados nas notícias dos principais
jornais da capital. Além disso, foi feita a atualização do site do Observatório Estadual
da Violência na Internet (www.saude.ba.gov.br/observatorio).
No mesmo período foram implantados Núcleos de Prevenção da Violência e Promoção
da Saúde nos 12 municípios considerados prioritários (Arataca, Barreiras, Campo
Alegre de Lourdes, Curaçá, Eunápolis, Gandu, Ibicaraí, Ipirá, Itagibá, Juazeiro,
Planaltino, Prado, Simões Filho, Salvador, Feira de Santana, Vitória da Conquista,
Itabuna e Juazeiro). Cada Núcleo implantado deve realizar notificação de violência
doméstica, sexual e outras no Sistema de Informações de Agravos de Notificação -
SINAN, além de possuir projeto de Promoção da Saúde e Prevenção da Violência e
Acidente e Cultura da Paz.
Analisando-se os dados do SINAN observamos que 80 municípios com população
menor que 50.000 habitantes estão realizando notificação de violência doméstica,
sexual e outras, além dos 30 municípios com população acima de 50 mil, totalizando
110 municípios notificantes. Foram realizadas 9.373 notificações de violência no
período.
Destacam-se ainda:
97
• Monitoramento dos Projetos de violência e atividade física nos municípios de
Eunápolis e Porto Seguro;
• Realização do IV Inquérito sobre Acidentes e Violências no município de
Salvador nos hospitais: Hospital Geral do Estado (HGE) e Hospital Ernesto
Simões Filho (HESF);
• Elaboração de boletim epidemiológico sobre violência doméstica e sexual na
Bahia no ano de 2010;
• Manutenção das páginas eletrônicas do Observatório de Acidentes e Violências;
• Elaboração do Relatório Sobre a Morbi-mortalidade de Motociclistas por
Acidentes de Transportes no período de 1996 à 2010; e
• Participação nas atividades da Semana Nacional do Trânsito promovida pelo
Departamento Estadual de Trânsito - DETRAN, Departamento de Infra-estrutura
e Transporte do Estado da Bahia - DERBA e pela Superintendência de Trânsito
e Transporte do Salvador - TRANSALVADOR.
No que se refere ao Programa Bolsa Família, foram descentralizados recursos para as
Diretorias Regionais de Saúde – DIRES, para realização de oficinas e supervisões
regionais, participação no Comitê Gestor Estadual do Bolsa Família juntamente com a
Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social - SEDES e Secretaria Estadual de
Educação - SEC, e atuação de forma intersetorial para o acompanhamento das
condicionalidades de saúde no programa.
Neste período, foram realizadas duas oficinas para construção coletiva da Política
Estadual de Alimentação e Nutrição, bem como a Oficina de planejamento com as
referências regionais com vistas ao desenvolvimento de ações estratégias para
fortalecimento do Programa Bolsa Família.
Em consonância com a Política Nacional de Alimentação e Nutrição, a implementação
das ações de vigilância alimentar e nutricional se consubstancia num conjunto de
intervenções do Estado que contribuem para a promoção do acesso universal aos
alimentos, estimulam e promovem práticas alimentares e estilos de vida saudáveis,
fomentam a prevenção e o controle de distúrbios nutricionais e doenças associadas à
98
alimentação e nutrição e promove o desenvolvimento de atividades de educação
permanente.
Em 2011, a SESAB participou ativamente do Conselho de Segurança Alimentar e
Nutricional – CONSEA e contribuiu para a organização e apoio às 19 Conferências
Territoriais e Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional. Além disso, vem sendo
discutida a implantação do Centro Estadual de Referência em Antropometria bem como
a realização de um curso técnico de nutrição para qualificação dos profissionais dos
municípios.
Destacam-se ainda:
• Qualificação de 31 técnicos das regionais para atuar no apoio técnico aos
municípios;
• Fluxo do Programa Nacional de Vitamina A - em construção;
• III Oficina de formação de tutores na Estratégia Nacional para Alimentação
Complementar Saudável (ENPACS) em Juazeiro para 38 participantes de 18
municípios e 16 DIRES;
• Serviço de Terapia Nutricional em implantação nas unidades hospitalares da
rede própria da SESAB;
• Levantamento de informações - série histórica dos indicadores do Pacto pela
saúde por região de saúde com vistas à elaboração de estratégias de
intervenção em parceria com a SEDES.
99
PARTE III
AVALIAÇÃO DA PROGRAMAÇÃO ANUAL DE SAÚDE 2011
100
1. AVALIAÇÃO DA PROGRAMAÇÃO ANUAL DE SAÚDE (PAS) 2011
O Sistema de Planejamento do Sistema Único de Saúde – PlanejaSUS é representado
pela atuação contínua, articulada, integrada e solidária do planejamento das três
esferas de gestão do SUS, com o objetivo de possibilitar a consolidação da cultura de
planejamento de forma transversal às demais ações desenvolvidas no Sistema Único
de Saúde.
Conforme estabelece a Portaria n.º 3.085/2006, o funcionamento do PlanejaSUS tem
como base a formulação e revisão periódica dos instrumentos que compõem o elenco
básico dos produtos resultantes do processo de planejamento. São instrumentos
básicos inerentes a todo o Sistema de Planejamento do SUS e, portanto, às três
esferas de gestão: o Plano de Saúde (PS), as suas respectivas Programações Anuais
de Saúde (PAS) e os Relatórios Anuais de Gestão (RAG).
A PAS trata-se de um dos instrumentos do processo de planejamento da SESAB, que
operacionaliza as intenções expressas no PS, das ações que, no ano específico, irão
garantir o alcance dos objetivos e o cumprimento das metas do PS em concordância
com as metas anuais pretendidas e dos recursos orçamentários necessários a cada
ano de sua vigência, possuindo como base legal para sua elaboração as normas do
Ministério da Saúde (Portaria Nº 3.085/GM/2006, Portaria Nº 3.332/GM/2006), a Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA) do respectivo
exercício.
É importante ressaltar que os resultados ou impactos da PAS são objetos de
acompanhamento da SESAB, de modo a assegurar a dinamicidade e continuidade do
processo, ofertando informações periódicas acerca do andamento da PAS, tanto para
orientar eventuais redirecionamentos que se fizerem necessários quanto para indicar a
necessidade de se ampliar ou inserir outras ações, assim como subsidiar a tomada de
decisão.
101
2. METODOLOGIA
O processo de monitoramento da PAS pela SESAB se dá mensalmente com o
acompanhamento da execução das metas físicas e a cada trimestre quando é
realizada uma avaliação da execução das ações programadas para o exercício, cujo
produto, Relatório de Prestação de Contas, é apresentado ao Conselho Estadual de
Saúde – CES.
O acompanhamento mensal ocorre por meio do envio pelas áreas técnicas da SESAB,
das informações concernentes ao acompanhamento das metas físicas do PPA a
Coordenação de Projetos Especiais – COPE e ao Fundo Estadual de Saúde – FESBA.
Essas informações são utilizadas para alimentação do Sistema de Planejamento de
Governo (SIPLAN) que facilita a análise integrada do desempenho físico e
orçamentário das metas.
No acompanhamento trimestral, é realizado uma avaliação do desempenho das metas
e o desempenho orçamentário e financeiro, fazendo uma breve análise sobre a
situação atual e dos recursos aplicados. Além disso, são descritas as principais
atividades desenvolvidas no trimestre, descrevendo também a evolução dos
indicadores de resultado, os principais obstáculos e facilitadores que influenciaram o
desenvolvimento da ação e as perspectivas quanto ao seu desenvolvimento até o final
do exercício.
Com base nesses instrumentos é construído o relatório de prestação de contas
trimestral. Estes relatórios apresentados ao Conselho Estadual de Saúde (CES). No
ano de 2011, dos três relatórios apresentados, dois já foram aprovados sem ressalvas
[Resolução CES n. 10/2011, Resolução CES n. 11/2011] e o relatório do terceiro
trimestre, encontra-se em fase de avaliação pelo CES.
No processo de avaliação da PAS, por cada linha de ação, os compromissos e
objetivos específicos do PES são detalhados no intuito de melhor avaliar o
desempenho institucional. Para cada compromisso/objetivo específico acrescentou-se
102
o desempenho (%) do resultado das metas da LOA e monitoradas pelo SIPLAN em
2011.
O valor que expressa o desempenho de cada objetivo foi obtido a partir do percentual
médio de alcance das metas estabelecidas para as ações que compõem cada um dos
objetivos específicos do PES. Deste modo, a soma da nota obtida (em percentual) de
cada uma das ações de um determinado objetivo configura-se no numerador do cálculo
para o desempenho deste objetivo. Já o denominador é a soma do número de ações
que compõe o objetivo específico em questão.
Os compromissos/objetivos específicos serão avaliados de forma quantitativa, a partir
de uma classificação de desempenho. Esta classificação possui quatro situações e já
vem sendo adotada pela COPE, a saber:
• Precário: Percentual de Alcance da meta em até 25%;
• Insatisfatório: Percentual de Alcance da meta entre 26% a 50%;
• Razoável: Percentual de Alcance da meta entre 51% a 75%;
• Satisfatório: Percentual de Alcance da meta acima de 76%.
Os resultados obtidos são descritos nos tópicos a seguir deste documento.
Exemplo do cálculo do desempenho do objetivo
Desempenho do Objetivo (%): (% I1) + (% I2) + (% I3)
_________________________________
Nº absoluto de Indicadores do Objetivo
Fonte: SESAB/COPE
103
3. LINHA DE AÇÃO: GESTÃO DEMOCRÁTICA, SOLIDÁRIA E EFETICA DO SUS
De acordo com o Plano Estadual de Saúde – PES 2008 - 2011, esta Linha de Ação é
composta por três Compromissos: Gestão estratégica, participativa e efetiva do SUS-
Bahia; Regionalização viva e solidária do SUS no Estado da Bahia; e Regulação,
controle e avaliação do acesso aos serviços de saúde do SUS Bahia.
3.1 Compromisso 1 - Gestão estratégica, participativa e efetiva do SUS-Bahia –
apresentou um desempenho satisfatório em 2011 alcançando 90,5% das suas metas
(Apêndice I). Ressalta-se que a avaliação deste compromisso está atrelada ao
desempenho de quatro objetivos específicos – na medida em que o resultado de cada
compromisso corresponde à média percentual dos resultados de cada meta distribuída
entre os objetivos que o compõe. A seguir, os objetivos serão discutidos
separadamente.
Objetivo 1.1 - Fortalecer a participação e o controle social
Este objetivo específico possui as seguintes ações: Incentivo ao Controle social nas
ações de saúde e Implementação de Ouvidorias em Saúde.
Ambas as metas alcançaram resultado satisfatório, acima de 75% do que foi pactuado
para 2011. Em relação ao controle social, foi realizado o apoio aos 417 municípios nas
Conferências Municipais de Saúde. Houve também a 8ª Conferência Estadual de
Saúde - CONFERES com a participação de cerca de 1.960 delgados eleitos nas
conferências municipais.
No que se refere às ouvidorias em saúde, há que se destacar que mais de 90% dos
recursos programados foram provenientes da fonte 84 referente ao bloco de gestão do
SUS. Nesse contexto, priorizou-se neste exercício a utilização desses recursos para a
realização da CONFERES, evento legalmente instituído de participação ativa da
sociedade na formulação de políticas. No entanto, foram utilizados recursos para
capacitações, oficinas e diversos encontros para a qualificação da rede de Ouvidorias
do Estado.
104
Objetivo 1.2 - Fortalecer capacidade de gestão, desenvolvimento institucional e
comunicação social do SUS-Bahia:
Para este objetivo estão relacionadas às seguintes ações: a) Modernização gerencial
da SESAB; b) Modernização da frota de veículos da SESAB; c) Sistematização,
Padronização, e Monitoramento dos processos de trabalho da SESAB; d) Controle e
acompanhamento em gestão administrativa da SESAB; e) Desenvolvimento Integrado
de Planejamento e Avaliação em Saúde; f) Publicidade Institucional. O desempenho
deste objetivo foi satisfatório com percentual de 81,95%.
A ação – Modernização gerencial da SESAB – não foi executada em 2011 já que se
encontra em processo de implantação o Sistema de Informações para implementação
do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos – PCCV, nas unidades da rede própria
da SESAB.
No que se refere à modernização da frota de veículos da SESAB, foram adquiridos 166
veículos (158 Ambulâncias, três caminhões e cinco pickup), atendendo assim, o
alcance da meta que foi pactuada para 2011.
No que se refere às ações [c, d, e] citadas acima, alcançaram as metas pactuadas com
destaque para o processo de monitoramento de três setores da SESAB, a inspeção de
cinco unidades gestoras e a implementação de oito instrumentos de planejamento e
avaliação também alcançaram a meta pactuada para 2011.
Ainda com relação à ação [e] de planejamento e avaliação, é importante registrar a
manutenção da cooperação técnica com a Organização Panamericana de Saúde -
OPAS para fortalecimento da gestão e qualificação dos instrumentos de planejamento
e a aplicação de recursos financeiros para implementação do Plano de Saúde via
Diretorias Regionais de Saúde - DIRES. Destacou-se ainda o apoio ao PPA
Participativo e as Conferências de Saúde.
Com relação à ação [f] que trata da publicidade institucional, dois motivos
comprometeram a realização das quinze ações divulgadas. O primeiro motivo refere-se
ao adiamento no cronograma da Secretaria da Fazenda para a descentralização dos
recursos o qual fez com que as campanhas fossem executadas a partir do mês de
julho, o segundo motivo refere-se a algumas campanhas como: Descentralização dos
105
Hospitais e Bahia Unida Contra a Dengue, que comprometeram em torno de 50% do
orçamento.
Objetivo Específico 1.3 - Fortalecer a gestão da informação em saúde para a
tomada de decisão no Estado da Bahia
Para este objetivo estão relacionadas às seguintes ações: a) Operação do Sistema de
Informação de interesse para a Saúde; b) Disseminação de informações técnico –
científicas em epidemiologia e saúde. O desempenho deste objetivo foi satisfatório com
percentual de 102,1%.
Neste objetivo há que se destacar no âmbito da disseminação de informações técnico –
científicas, a elaboração de 12 documentos referentes à saúde do trabalhador, sobre a
situação epidemiológica do Estado, além de publicações da Revista Baiana de Saúde
Pública (RBSP).
Objetivo 1.4 - Fortalecer a fiscalização da qualidade das ações e serviços de
saúde e da aplicação dos recursos no âmbito do SUS-BA
Este objetivo contempla uma ação: a) Implementação das ações de Auditoria no SUS
para todo o Estado da Bahia cuja meta alcançou um resultado de 100% com 3.271
ações de auditorias realizadas em 2011.
3.2.Compromisso 2 - Regionalização viva e solidária do SUS no Estado da Bahia –
alcançou um índice de 93% na avaliação de desempenho. Resultado este distribuído
entre os três objetivos específicos deste compromisso. São eles:
Objetivo 2.1 - Elaborar os instrumentos de planejamento para consolidar a gestão
regionalizada da atenção à saúde no Estado da Bahia
Este objetivo traz a seguinte ação: a) Monitoramento da Programação Pactuada e
Integrada - PPI de ações de Média e Alta Complexidade em saúde. Em 2011, esta
ação alcançou o desempenho de 100% em relação ao monitoramento da PPI,
resultado da atividade continua de monitoramento e avaliação da implementação deste
instrumento de gestão.
106
Para tanto, destacam-se: a reestruturação do Grupo de Trabalho de acompanhamento
da PPI; a criação de fluxo para as solicitações de remanejamento dos
agregados/serviços/leitos-especialidades programados na PPI através dos Colegiados
de Gestão Microrregional - CGMR; e, o remanejamento do limite financeiro federal de
Média e Alta Complexidade – MAC do Estado.
Objetivo Específico 2.2: Implementar o processo de regionalização do SUS no
Estado da Bahia
A ação acompanhamento da implementação dos Colegiados de Gestão Microrregional
- CGMR está contemplada neste objetivo. O desempenho alcançado foi de 100 % em
relação aos 28 colegiados acompanhados, ação continua de fortalecimento. Para tanto,
foram realizadas oficinas para qualificação dos membros efetivos e coordenadores dos
colegiados, para aplicação do instrumento de avaliação da PPI, além da apresentação
da proposta do Observatório Baiano de Regionalização.
Objetivo Específico 2.3: Monitorar e avaliar o processo de regionalização no
Estado da Bahia
Este objetivo possui duas ações: a) Implementação do Processo de Programação
Regional da Saúde; e b) Acompanhamento e Avaliação do Pacto pela Saúde. Ambas
as ações alcançaram um desempenho satisfatório de 100% e 147%, respectivamente.
A primeira ação de implementação de 28 equipes de apoio institucional foi possível
com a realização de seminários, oficinas e reuniões de apoio ao processo de
programação regional. Enquanto a segunda obteve resultados positivos em relação a
assinatura dos Termos de Compromisso de Gestão – TCG junto aos entes municipais.
Foram assinados cerca de 147 termos de gestão, superando em 47% a meta pactuado
em 2011.
3.3.Compromisso 3 - Regulação, controle e avaliação do acesso aos serviços de
saúde do SUS Bahia – apresentou um desempenho razoável de 60,6%. O
desempenho deste compromisso está atrelado aos resultados obtidos entre os três
objetivos específicos que vão ser discutidos separadamente.
107
Objetivo Específico 3.1: Implementar a política estadual de regulação, de forma
regionalizada
Alicerçado em duas ações: Implementação de Complexos Reguladores Estadual e
Regionais e Assessoria aos municípios na implementação do sistema de regulação da
Saúde. Este objetivo alcançou o desempenho de 93,75% em 2011.
No que diz respeito à primeira ação, o cumprimento da meta esta atrelada a execução
de ações de treinamento, organização das redes assistenciais para conformação dos
complexos, além de apoio aos municípios para definição de fluxos e protocolos de
acesso aos serviços.
Objetivo Específico 3.2: Implementar ações de controle e avaliação dos serviços
de saúde credenciados ao SUS-BA
As ações que conformam este objetivo são: a) Monitoramento e Avaliação dos recursos
financeiros aplicados na compra de serviços pelo SUS-BA; b) Implementação da
Educação Permanente e da qualificação profissional nas ações de controle e avaliação
em saúde; e c) Implementação do Sistema de Cirurgias eletivas. Este objetivo alcançou
o desempenho de 34,3% em 2011.
Objetivo Específico 3.3: Garantir a assistência financeira à pessoa para
Tratamento Fora do Domicílio interestadual
O alcance deste objetivo foi de 73,2%, tendo sido atendidos 1.098 pessoas através da
ação de Assistência financeira à pessoa para Tratamento Fora do Domicílio. Os
recursos financeiros aplicados nesta ação se refere ao pagamento com deslocamentos
dos pacientes e acompanhantes que necessitam fazer qualquer procedimento médico
fora do nosso Estado, desde que o mesmo não esteja disponível na rede SUS – Bahia.
4. LINHA DE AÇÃO: GESTÃO DO TRABALHO E DA EDUCAÇÃO PERMANENTE
EM SAÚDE
Compromisso 4 - Política Estadual de Gestão do Trabalho e da Educação
Permanente no SUS Bahia, com ênfase na desprecarização – o qual obteve um
desempenho satisfatório de 87,9% distribuídos entre quatro objetivos específicos
visualizados a seguir:
108
Objetivo Específico 4.1: Implementar mecanismos descentralizados e
regionalizados de gestão do trabalho e da educação permanente no SUS–Bahia
Este objetivo obteve desempenho satisfatório de 85%. Suas ações são: a)
Implementação da Gestão do Trabalho e de Educação Permanente em Saúde nos
municípios; e b) Implementação da Política Nacional de Humanização (HumanizaSUS)
no estado da Bahia.
Objetivo Específico 4.2: Implementar alternativas gerenciais que permitam a
garantia do cumprimento dos direitos trabalhistas dos servidores da saúde e a
melhoria das suas condições de trabalho e remuneração
Este objetivo específico está alicerçado a seguinte ação: a) Administração de Pessoal e
encargos do Grupo Ocupacional de saúde, o qual obteve desempenho de 100% em
2011. Esta ação refere-se ao pagamento de pessoal do grupo ocupacional da saúde.
Objetivo Específico 4.3: Ordenar o processo de formação e qualificação de
pessoal de nível médio em saúde
A partir dos resultados apresentados neste objetivo, verifica-se uma superação da meta
pactuada em 16,4% e está relacionado ao desenvolvimento de cursos para formação
de técnicos e pós – técnicos na área da saúde, com resultado de 7.058 técnicos
formados em 2011.
Objetivo Específico 4.4: Ordenar o processo de formação e qualificação de
pessoal de nível superior em saúde
Na execução deste objetivo o desempenho foi satisfatório com 76,4%. Três ações vêm
sendo realizadas para o alcance deste, a saber: Reordenamento da Formação
Profissional em Saúde, Qualificação e Pós – graduação na Área da Saúde e
Ampliação e Ordenamento das Residências em Saúde.
Com a ação de qualificação, 1.620 profissionais foram qualificados. Não possível
ampliar este número em 2011, pela necessidade de elaboração de Termo Aditivo ao
contrato da FAPEX, executora do programa UNASUS-BA, responsável pela realização
dos cursos em parceria e sob a gestão da Escola Estadual de Saúde Pública - EESP.
109
5.LINHA DE AÇÃO: VIGILÂNCIA DE RISCOS E AGRAVOS À SAÚDE INDIVIDUAL E
COLETIVA
Nesta linha de ação, o Compromisso 5 - Vigilância da Saúde com integração das
práticas na esfera estadual e municipal do SUS apresentou desempenho de 85,04%
em 2011. Este compromisso possui dois objetivos específicos descritos a seguir:
Objetivo Específico 5.1: Fortalecer a gestão solidária e participativa do Sistema
Estadual de Vigilância da Saúde
Para este objetivo específico tem-se a ação de Desenvolvimento de processos
formativos integrados em Vigilância da Saúde a qual obteve desempenho satisfatório
de 135,7%. Foram realizados 08 cursos na área de vigilância epidemiológica de riscos
e agravos à saúde, 01 na área de vigilância sanitária, 08 em saúde do trabalhador e 02
em informação em saúde, totalizando 19 cursos no ano.
Objetivo Específico 5.2: Ampliar e aprimorar as ações de vigilância de riscos e
agravos em saúde em articulação com os componentes municipal e federal do
SUS
Este objetivo específico obteve o desempenho satisfatório de 79,4% distribuído entre
as seguintes ações: a) Implementação da vigilância epidemiológica de doenças e
agravos à saúde; b) Implementação das ações do Programa Estadual de Imunizações
nos municípios; c) Implementação da vigilância de produtos e serviços de interesse da
saúde; d) Desenvolvimento de Ações de Vigilância Ambiental em Saúde; e) Vigilância
de Ambientes e Processos de Trabalho; f) Atenção Integral à saúde do trabalhador; g)
Realização de oficinas sobre higiene e saúde do trabalhador na Captura de Marisco; h)
Distribuição de materiais de proteção à saúde do trabalhador de Captura de marisco; e,
i) Diagnóstico Laboratorial de interesse para a Saúde Pública
Em relação à ação implementação da vigilância epidemiológica que traz como meta –
Investigar oportunamente 70% de doenças e agravos de notificação obrigatória obteve
o resultado de 66,8% investigações encerradas oportunamente em 2011. Porém, são
dados preliminares, indicando que no encerramento do banco de dados do SINAN
2011 o resultado vai ser superior a meta de 70%.
110
Na Implementação das ações de imunização a meta de cobertura vacinal adequada
para vacina tetravalente em menores de 01 ano foi alcançada em 207 municípios, 62%
da meta pactuada para 2011. No entanto, este resultado refere-se ao dado preliminar
visto que no período avaliado 113 municípios ainda não tinham encaminhado
informações.
No que se refere à realização de oficina sobre higiene e saúde do trabalhador na
captura de Marisco, não houve a capacitação dos 150 marisqueiros devido ao atraso
do inicio das atividades. A BahiaPesca executora da ação buscou uma instituição sem
fins lucrativos que possuísse expertise na atividade. Após identificação da instituição,
houve a organização de toda a questão burocrática para celebração de contrato, como
recolhimento de assinaturas, publicação do Diário Oficial do Estado, empenho,
liquidação e pagamento. Este último só foi autorizado pela Secretaria da Fazenda –
SEFAZ em 29/12/2011.
6.LINHA DE AÇÃO: ATENÇÃO À SAÚDE COM EQUIDADE E INTEGRALIDADE
6.1.Compromisso 6 - Atenção Básica com inclusão social e equidade – “Saúde da
família de todos nós” – apresentou um desempenho de 96,9% em 2011.
Objetivo Específico 6.1: Expandir a Estratégia de Saúde da Família no Estado da
Bahia, apoiando os municípios no financiamento, organização dos serviços e
desprecarização dos vínculos dos trabalhadores
Este objetivo específico possui três ações: A primeira refere-se ao Incentivo financeiro
estadual para Estratégia de Saúde da Família cuja meta de co-financiar 2.783 equipes
de saúde da família, alcançou um resultado de 98,3% com 2.737 equipes co-
financiadas. A manutenção e a garantia do repasse estadual destas equipes estão
condicionadas ao monitoramento e à avaliação regular realizada pela Diretoria de
Atenção Básica – DAB da SESAB, podendo sofrer avaliações favoráveis e/ou
desfavoráveis ocasionando na suspensão ou cancelamento do co-financiamento do
recurso estadual.
A segunda ação - Incentivo à Ampliação e Desprecarização do trabalho de Agentes
Comunitários de Saúde e de Combate às Endemias obteve o resultado de 25.991
111
agentes de saúde regularizados, 96,3% da meta pactuada para 2011. Esta meta é
acumulativa e depende da execução dos gestores municipais, tendo o Estado apoiado
e fomentado o seu desenvolvimento.
A terceira e última ação - Cooperação, Acompanhamento e Avaliação da Atenção
Básica em Saúde nos municípios obteve como resultado 401 municípios monitorados,
96,2% da meta pactuada em 2011.
6.2.Compromisso 7 – Atenção especializada, regionalizada, resolutiva e qualificada
baseada em linhas de cuidado e considerando as necessidades de saúde da
população – teve um alcance na avaliação de desempenho satisfatório de 76% em
2011.
Objetivo Específico 7.1: Redefinir e implantar o modelo de atenção à saúde na
Atenção Especializada do Estado da Bahia
Este objetivo específico possui oito ações: a) Reorganização das Redes de Atenção
Especializada; b) Implantação da Internação Domiciliar nos municípios; c)
Reestruturação da Rede de Atenção às Urgências; d) Ampliação da assistência pré-
hospitalar móvel do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência -192; e) Qualificação
profissional da Assistência de Urgência e Emergência; f) Ampliação do número de
Transplantes do Estado; g) Operação da Rede de Serviços de Saúde Credenciada ao
SUS; h) Assistência Complementar para Serviços de Saúde de Média e Alta
Complexidade. O desempenho obtido neste objetivo foi de 76,7% em 2011.
A primeira ação (Redes de atenção especializada) alcançou a meta pactuada em 2011.
No entanto, ressaltamos que este é um processo continuo e a conformação dessas
redes se dá em articulação com os municípios, tendo o Governo do Estado
desenvolvido um trabalho de apoio técnico e financeiro para sua organização.
Em relação à implantação da Internação Domiciliar nos municípios, 10 municípios
foram beneficiados, 76,9% da meta pactuada para 2011. A ampliação do Programa
encontra-se em discussão devido a implantação do Programa Melhor em Casa pelo
Ministério da Saúde, o qual deverá aportar recursos para esta finalidade.
A reestruturação da Rede de Atenção às Urgências encontra-se em andamento,
considerando a publicação da nova política de atenção às urgências, regulamentada
112
pela Portaria Ministerial 1600/2011 e as específicas de cada componente de atenção
às urgências (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU, Unidade de Pronto
Atendimento - UPA, Sala de Estabilização - SE, Atenção domiciliar, Atenção
Hospitalar), publicadas desde julho de 2011.
Em 2011, 95 municípios receberam recursos de custeio para manutenção do Serviço
de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU 192 o que corresponde a 86,4% da meta
pactuada para o referente ano. Foram repassados recursos financeiros pelo Fundo
Estadual de Saúde – FESBA para custeio do SAMU 192, considerando os municípios
com o serviço em funcionamento e habilitados pelo Ministério da Saúde.
Com relação à qualificação profissional da Assistência de Urgência e Emergência,
houve necessidade de reprogramação da meta física em virtude da adoção de medidas
e práticas relativas à suspensão das despesas estabelecidas pelo Decreto Estadual nº
12.588, de 11 de fevereiro de 2011 e Portaria Conjunta 001/2011 da Secretaria de
Administração do Estado da Bahia – SAEB, SEFAZ e Secretaria de Planejamento -
SEPLAN bem como para adequação a nova política de atenção às urgências. Deste
modo, foram qualificados 393 profissionais, 65,5% da meta pactuada em 2011.
Objetivo Específico 7.2: Redefinir e implantar o modelo de gestão da saúde na de
Atenção Especializada do Estado da Bahia
O objetivo 7.2 obteve 100% no desempenho de 2011. Com a ação de Gerenciamento
das Unidades Ambulatoriais e Hospitalares sob Administração Indireta foi possível
garantir o funcionamento de 19 unidades de saúde.
Objetivo Específico 7.3: Operacionalizar a rede de Atenção Especializada do
Estado da Bahia
Este objetivo apresentou desempenho satisfatório, 100%, em 2011. Suas ações são:
Gerenciamento das unidades ambulatoriais e hospitalares sob administração direta e
Implementação do Plano Estratégico de Atenção Hospitalar. Em relação à segunda
ação, o Plano Estratégico de Atenção Hospitalar foi concluído, entretanto o referido
Plano necessita ainda ser aprovado na Comissão Intergestores Bipartite – CIB.
113
6.3. Compromisso 8 - Atenção integral à saúde das populações de maior
vulnerabilidade social e situações especiais de agravo com vistas à redução de
iniqüidades – obteve desempenho de 86,6% em 2011. A análise de cada um dos
objetivos do compromisso 8 e a descrição das ações estratégicas encontram-se a
seguir.
Objetivo Específico 8.1: Ampliar o acesso às ações e serviços de saúde às
populações em situação de maior vulnerabilidade (negra-quilombola, indígena,
assentados e acampados, pessoas privadas de liberdade, albinos e LGBTT)
Os resultados apresentados por este objetivo tiveram desempenho de 86,5% entre
suas respectivas ações, a saber; a) Operação dos Serviços de Saúde no Sistema
Prisional; b) Aparelhamento de Unidades de Tratamento do Portador de Transtorno
Mental em Conflito com a Lei; c) Assistência ao Portador de Transtorno Mental em
conflito com a Lei; d) Promoção, Prevenção e Assistência à saúde no sistema
penitenciário; e) Assistência ao portador de transtorno mental em conflito com a lei -
Locação de Mão de Obra; f) Atenção à saúde da Criança e Adolescente portadores de
transtornos mentais e em situações de risco; g) Desenvolvimento de Atenção ao
Portador de Doenças Falciforme e Outras Hemoglobinopatias; h) Desenvolvimento da
Atenção à Saúde no Sistema Penitenciário; i) Desenvolvimento da Atenção à Saúde
das Populações em Situações Específicas de Vida.
Em relação à promoção, prevenção e assistência à saúde no sistema prisional, em
2011 foram assistidos 6.696 internos com alcance de 95,7% da meta pactuada.
Na Atenção à saúde da Criança e Adolescente portadores de transtorno mentais e em
situações de risco foram atendidas 7.777 crianças / adolescentes com resultado de
100% da meta pactuada em 2011. O recurso foi utilizado nas Unidades de Atendimento
dos adolescentes em cumprimento de medidas sócio-educativas, houve em torno de
13.000 procedimentos realizados, a maior parte das despesas desta ação foram
realizadas com o orçamento da Fundação da Criança e do Adolescente.
No que se refere à Atenção ao Portador de Doenças Falciforme e outras
Hemoglobinopatias, alcançou-se 100% da meta pactuada para 2011. Houve uma
articulação com o município de Cruz das Almas para implantação do serviço de
114
atenção as pessoas com doença falciforme para atendimento a região, assim como o
apoio técnico aos municípios de Ilhéus e Itabuna para qualificação dos serviços
existentes.
Objetivo Específico 8.2: Implantar políticas de atenção integral à saúde por ciclo
de vida e gênero
O resultado auferido por este objetivo foi de 96,5% em 2011, com quatro ações sendo
desenvolvidas, a saber: a) Implementação da Política Estadual de Atenção Integral à
Saúde da Mulher; b) Implementação da Política Estadual de Atenção Integral à Saúde
da Criança; c) Implementação da Política Estadual de Atenção Integral à Saúde do
Adolescente e Jovem; d) Implementação da Política Estadual de Atenção Integral à
Saúde da Pessoa Idosa
No que se refere a estas ações, foram realizados atendimentos nos 417 municípios
com desenvolvimento de ações de apoio técnico específico, bem como processos de
qualificação dos profissionais (técnicos e gestores).
Objetivo Específico 8.3: Desenvolver Políticas de Atenção à Saúde que sejam
transversais as ações no Ciclo de Vida, Gênero e Raça
Este objetivo específico está alicerçado nas seguintes ações: Desenvolvimento da
Atenção à Saúde Bucal, Implementação da Política Estadual de Atenção Integral à
Saúde Mental e Desenvolvimento da Prevenção e Atenção Oncológica.
No que se refere à Atenção a Saúde Bucal, em 2011 foram implantados 394 serviços
de saúde bucal alcançando 94,5% da meta pactuada neste referente ano. Enquanto
que na área de saúde mental, serviços foram implantados em sete municípios. A
implantação desses serviços é de responsabilidade dos municípios, cabendo ao
Estado, apoiar tecnicamente e fomentar a ampliação da rede, bem como coordenar o
processo de conformação.
Objetivo 8.4: Qualificar e ampliar a atenção às pessoas em situações especiais de
agravo
115
Este objetivo apresentou desempenho de 88,05% a partir da análise de suas ações. A
primeira ação corresponde a implementação da Política de Atenção Integral às
Pessoas com Deficiências, onde foram implementados 03 serviços de reabilitação o
que corresponde a 75% da meta pactuada para este ano. Foi habilitado pelo MS o
Centro Multiprofissional de Reabilitação Física - CEMPRE em Camaçari e outros cinco
serviços (03 de reabilitação visual e 02 de saúde auditiva), nos municípios de Salvador,
Itapetinga e Irecê, aguardam aprovação.
A segunda ação corresponde à concessão de Órteses, Próteses, Meios Auxiliares de
Locomoção e Bolsas de Ostomias com resultado de 143.556 equipamentos distribuídos
com percentual de 101,1% sobre a meta pactuada em 2011.
6.4.Compromisso 9 - Assistência Farmacêutica para todos nós – obteve um
desempenho razoável de 66,7%. Este Compromisso do PES está ancorado em um
único objetivo.
Objetivo Específico 9.1: Ampliar e qualificar a Assistência Farmacêutica,
promovendo o uso racional de medicamentos no Estado da Bahia
Este objetivo é composto pelas seguintes ações: a) Promoção do Uso Racional de
Medicamentos; b) Desenvolvimento do serviço "Medicamento em casa"; c) Ampliação
do acesso ao programa de medicamentos de dispensação em caráter excepcional e
nutricêuticos; d) Estruturação dos Serviços Farmacêuticos da SESAB; e)
Desenvolvimento de Ações voltadas para o Fortalecimento da Fitoterapia no Estado; f)
Implementação da Rede Baiana de Farmácias Populares; e) Ampliação da Assistência
Farmacêutica Básica.
No que se refere à ação [a], foram realizados 05 treinamentos no que se refere ao uso
racional de medicamentos e 24 capacitações para utilização do sistema integrado para
gerenciamento da assistência farmacêutica SIGAF, além de darmos prosseguimento
ao processo de estruturação do Centro de Informações de medicamentos do Estado da
Bahia.
Em relação ao serviço “Medicamento em Casa”, 128 municípios assinaram o termo de
compromisso de adesão ao programa. Desde sua implantação 26.287 usuários foram
atendidos. Somente em 2011, 16.415 novos usuários foram beneficiados.
116
No acesso ao programa de medicamentos de dispensação em caráter excepcional e
nutricêuticos, 70.789 usuários do SUS foram beneficiados com este programa. O valor
informado considera os usuários beneficiados contabilizando através dos Cadastros de
Pessoa Física - CPF.
No que se refere à estruturação dos serviços farmacêuticos da SESAB, houve
necessidade de remanejamento de parte do recurso desta atividade para o projeto
4487, para a execução do contrato de apoio logístico ao Medicamento em Casa, não
havendo portanto execução desta meta do exercício 2011.
No desenvolvimento da ação voltada para o fortalecimento da fitoterapia, viabilizou-se
a participação de servidor em eventos nacionais para qualificação do mesmo com vista
à implantação programa no Estado. Porém, em decorrência da dificuldade de
celebração do convênio com a UFBA a execução da meta ficou prejudicada.
Foi inaugurada a unidade de Farmácia Popular na UFBA. Atualmente 27 unidades
estão em funcionamento.
Em relação à ampliação da assistência farmacêutica básica, os medicamentos estão
disponíveis para distribuição aos 417 municípios da Bahia. No entanto, o recolhimento
dos mesmos na Central Farmacêutica da Bahia - Cefarba é de responsabilidade dos
municípios.
6.5.Compromisso 10 - Assistência hematológica e hemoterápica descentralizada e
regionalizada - teve um desempenho razoável de 61,4%. A seguir encontra-se uma
análise de cada um dos objetivos referente a este compromisso.
Objetivo Específico 10.1: Consolidar a rede de serviços hematológicos e
hemoterápicos do Estado da Bahia
Este objetivo apresentou percentual de 46,4% em 2011, com base no cálculo entre os
resultados obtidos na execução das sete ações deste compromisso. Estas ações
seriam:
117
a) Construção de Unidades Hematológicas e Hemoterápicas, cuja obra do
Hemocentro Regional de Barreiras foi iniciada no mês de junho, portanto, esta
em processo de conclusão.
b) Ampliação de Unidades Hemoterápicas e/ou Hematológicas, esta ação não foi
executada em 2011.
c) Aquisição de Veículos e de Unidades Móveis de Coleta de Sangue encontra-
se em processo de elaboração do edital para licitação de mais uma unidade
móvel (Hemóvel).
d) Aquisição de equipamentos para informatização de unidades hematológicas e
hemoterápicas. Esta ação encontra-se em fase final de licitação no processo de
aquisição de novos equipamentos, principalmente com recursos de convênios.
e) Reforma de Unidades Hemoterápicas e Hematológicas – Hemorrede. A
Reforma foi concluída em 2011.
f) Equipamento de Unidades Hemoterápicas e Hematológicas – Hemorrede.
Foram equipadas 21 unidades, o que corresponde a 91,3% da meta pactuada
em 2011. Estes equipamentos foram adquiridos por meio de convênios: 1347/08
e 2029/08 para dez Unidades de Coleta e Transfusão – UCT.
Objetivo Específico 10.2: Atender a demanda estadual por hemocomponentes e hemoderivados
Este objetivo específico alcançou o desempenho satisfatório de 82,85% em 2011 e
está alicerçado nas ações de Produção de hemocomponentes e Disseminação da
cultura da doação voluntária de sangue.
A primeira ação refere-se à produção de 202.334 bolsas de hemocomponentes o que
corresponde a 80,9% da meta pactuada em 2011. Enquanto que a segunda obteve
6.784 doadores fidelizados, 84,8% da meta pactuada em 2011. Os dados são
referentes a coleta de onze Unidades de Coleta e Transfusão UCT que estão
informatizadas. Esta meta não é acumulativa. Considera-se doador fidelizado, aquele
que doa sangue por duas ou mais vezes num período de um ano.
118
Objetivo Específico 10.3: Qualificar a Assistência Hematológica e Hemoterápica no Estado da Bahia
As ações vinculadas ao presente objetivo são de Qualificação de profissionais da
Rede de unidades hematológicas e hemoterápicas, onde foram realizadas 467
capacitações, 77,8% da meta pactuada; assistência hematológica onde 102.746
usuários atendidos, o que corresponde a 93,4% da meta pactuada e de Gerenciamento
dos serviços de hemovigilância, a qual vem sendo executada por outra ação.
7. LINHA DE AÇÃO: INFRA-ESTRUTURA DA GESTÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE
DO SUS - BAHIA
O Compromisso 11 - Expansão e melhoria da infra-estrutura administrativa e dos
serviços de saúde do SUS – Bahia – apresentou um desempenho razoável de 70,9%
em 2011. Este resultado está condicionado ao resultado alcançado no desenvolvimento
das treze ações que compõe dois objetivos específicos que serão analisados a seguir:
Objetivo Específico 11.1: Estruturar a rede de serviços públicos de atenção à
saúde
Este objetivo obteve desempenho satisfatório de 79,3%, o qual é constituído pelas
seguintes ações:
a)Apoio à Construção de Unidades de Saúde da Família. A meta pactuada para
esta ação corresponde ao repasse de recursos através de convênios para a
construção de 150 unidades de saúde da família, portanto, essa meta foi
alcançada no final de 2011 conforme pactuado. No entanto, a execução da obra
é de responsabilidade dos municípios, estando a sua grande maioria em
andamento.
b) Apoio à Construção de Unidades de Saúde possui a seguinte meta: construir
03 unidades de saúde em 2011. Deste modo, a meta quantitativa reduzida para
119
20% da prevista originalmente, corresponde a conclusão de 3 (três) unidades
das 15 (quinze) identificadas no orçamento.
A redução observada deve-se notadamente em face do baixo atendimento por
proponentes no que concerne ao saneamento dos projetos, implicando no
direcionamento do crédito não aproveitado para alocação em outra ação, com
finalidade especifica, como por exemplo, a construção de Unidades de Saúde da
Família, considerando que a ampliação da atenção básica possibilita o
encaminhamento seguro de pacientes para serem atendidos em unidades que
prestam serviços de média e/ou alta complexidade. Através desse projeto foram
construídas Unidades de Saúde nos Municípios de Lençóis, Ibirapuã e Brumado,
relativas aos convênios 107/2005, 160/2010 e 087/2010, respectivamente.
c) Recuperação de unidade de emergência – Qualisus foram investidos em 02
unidades de saúde (Hospital São Jorge e Hospital Menandro de Farias), o que
corresponde a 28,6% da meta pactuada para 2011. As outras unidades
encontram-se em andamento.
d) Construção de unidades de saúde - estão em andamento às obras do
Hospital de Seabra, do Hospital Geral Roberto Santos, Hospital Geral Dom
Rodrigo de Menezes e da Unidade Básica de Saúde - UBS. Concluído projeto de
unidades básicas de saúde em Salvador. Realizado pagamento de obras do
Hospital do Subúrbio, do Hospital Estadual da Criança e das Unidades de Pronto
Atendimento - UPA em Barreiras e Itabuna.
e) Aparelhamento de unidades de saúde - devido as especificidades de cada
unidade e/ou serviço de saúde não foi possível equipar todas as unidades. No
entanto, das 46 unidades aparelhadas previstas, 42 foram equipadas em 2011.
Os equipamentos e materiais permanentes adquiridos estão sendo distribuídos
às unidades hospitalares.
Objetivo Específico 11.2: Organizar a Infra-estrutura para a gestão do SUS no
Estado da Bahia
120
O resultado deste objetivo foi de 25%, considerando que as ações de implantação de
unidade de assistência aos servidores no Edifício Sede da SESAB e de construção da
instituição de educação permanente em saúde, encontram-se em andamento.
8. LINHA DE AÇÃO: PRODUÇÃO DE INSUMOS ESTRATÉGICOS E
DESENVOLVIMENTO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO EM SAÚDE
Compromisso 12 - Expansão da base científica e tecnológica do SUS-Bahia – obteve
desempenho satisfatório de 76,2%, considerando os três objetivos específicos.
Objetivo Específico 12.1: Implantar o Arranjo Produtivo Local [APL] de insumos
estratégicos para o SUS no Estado da Bahia
A meta - construção de 01 unidade de produção de medicamentos correspondente a
esta ação, não foi executada em 2011.
Objetivo Específico 12.2: Promover a incorporação de inovação tecnológica nas unidades da Rede SUS do Estado da Bahia
Este objetivo possui uma ação de apoio aos municípios na adequação da infraestrutura
física e tecnológica. Em 2011, o percentual alcançado foi de 100% no que se refere ao
atendimento a 278 municípios para a adequação física e tecnológica.
Objetivo Específico 12.3: Apoiar a produção e difusão de conhecimentos
científicos no Estado da Bahia
Este objetivo obteve percentual de 90% em 2011. Suas ações seriam: Incorporação de
Inovação Tecnológica nas Unidades de Saúde cujo convênio foi firmado com o
International Finance Corporation – IFC para a estruturação de estudos relativos ao
projeto Inova Saúde, que prevê, dentre outras a melhoria da qualidade da gestão de
equipamentos e produtos médicos das unidades da rede própria estadual.
Com relação à segunda ação de Incentivo ao desenvolvimento de Pesquisas
Científicas, Tecnológicas e de Inovação no Âmbito da Saúde, fora, realizados eventos
como encontros e oficinas para o desenvolvimento de pesquisas na área da saúde no
Estado.
121
9. LINHA DE AÇÃO: PROMOÇÃO DA SAÚDE, INTERSETORIALIDADE E
PROTEÇÃO DA SOCIEDADE
Compromisso 13 - Políticas transversais para a Promoção da Saúde, Segurança
Alimentar e Proteção da Sociedade. Este compromisso apresentou desempenho de
50% em 2011 devido aos resultados obtidos entre seus dois objetivos específicos que
serão analisados a seguir:
Objetivo Específico 13.1: Promover ações intersetoriais para a consolidação de
Políticas Saudáveis com vistas à Promoção da Saúde
A ação de Desenvolvimento de Projeto Científico de Apoio à Promoção da Saúde, cuja
execução é de responsabilidade da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação –
SECTI, não foi executada em 2011 devido à necessidade de prorrogação do prazo do
Convênio Firmado com a Universidade do Estado da Bahia – UNEB, já que não foi
possível a conclusão do projeto no exercício 2011. O processo está em análise na
Procuradoria Jurídica desta Universidade.
Objetivo Específico 13.2: Promover ações intersetoriais para consolidar as
políticas públicas de promoção de hábitos de vida saudáveis, segurança
alimentar e proteção da sociedade
Este objetivo obteve desempenho razoável de 62,5% com base no desenvolvimento
das ações de:
a) Ações Qualificação das Ações de Vigilância Alimentar e Nutricional cuja meta
foi alcançada em 2011, com 417 municípios atendidos nas ações de vigilância
alimentar e nutricional.
b) Apoio à Execução de Obras de Saneamento. Das quatro obras previstas no
orçamento para serem executadas no exercício de 2011 na região do SISAL,
somente 1 (uma) no Município de Serrinha recebeu aporte financeiro, portanto
25% do quantitativo previsto. Financeiramente, do valor orçado R$500.000,00 foi
executado R$696.203,14, portanto, 39% além do previsto foi aplicado através do
Projeto ‘Apoio ao Esgotamento Sanitário’. Apesar de somente uma obra ter sido
122
contemplada, foram necessárias alterações orçamentárias visando o acréscimo
de valor ao originalmente previsto por conta do desenvolvimento da obra.
123
PARTE IV - PRESTAÇÃO DE CONTAS DO FUNDO ESTADUAL DE SAÚDE - FESBA
124
INTRODUÇÃO
O SUS é a reunião de todas as ações e serviços de saúde públicos e privados contratados
para garantir o acesso à promoção, prevenção e assistência a saúde da população. Previsto na
Constituição Federal de 1988 e regulamentado por Leis orgânicas (Lei 8080/90 e 8142/91), o
SUS é gerido pelo poder público e financiado com recursos da união, estados e municípios e
fiscalizados pelos Conselhos de Saúde, que assegura o controle social mediante a participação
da sociedade no exame das ações do estado em relação à elaboração, execução, controle e
fiscalização das políticas de saúde.
O exercício da fiscalização impõe o dever de prestar contas, assim o gestor do SUS, em cada
esfera de governo, apresenta, trimestralmente, ao Conselho de Saúde correspondente, em
audiência pública, para análise e divulgação, relatório detalhado contendo, dentre outros,
dados sobre a origem e aplicação dos recursos utilizados, as auditorias concluídas ou iniciadas
no período, bem como sobre a oferta e produção de serviços na rede assistencial própria,
contratada ou conveniada ao SUS, e os resultados atingidos no período.
Assim, com o propósito de atender a legislação no que diz respeito a prestar contas e ser
fiscalizado, obrigações inerentes ao Estado Democrático de Direito para quem administra
recursos públicos, é que o FESBA apresenta a prestação de contas do 4º trimestre do exercício
financeiro de 2011, instrumento necessário para a execução dos princípios e objetivos do SUS,
garantindo o controle social das políticas públicas, através de participação efetiva da sociedade
em sua formulação, como também na fiscalização da aplicação dos recursos públicos obtidos
com a arrecadação de receitas públicas.
125
1. ORÇAMENTO
O Orçamento inicialmente programado para a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia -
SESAB, aprovado na LOA 2011 – Lei Orçamentária Anual nº 12.041 de 29 de dezembro de
2010, foi superior a R$ 3,1bilhões. Durante o exercício financeiro ocorreram modificações
orçamentárias com aporte de recursos da ordem de R$ 342,8 milhões de reais, resultando no
valor orçado atual de R$ 3,5 bilhões de reais, conforme Tabela 15.
Ao final do exercício, foram contabilizadas 1.440 modificações no orçamento que visaram
atender as solicitações demandadas pelas superintendências e diretorias, dentre estas, 25
suplementações de créditos financiados pelo superávit financeiro de 2010, cujas propostas
constam no Sistema Informatizado de Planejamento - SIPLAN, alcançando a cifra de R$ 116,9
milhões. Essas alterações envolveram as fontes: 25 – Operações de Créditos Externas,
resultado de saldos remanescentes das contas operativas do Projeto Saúde Bahia, 31 –
Contribuições e ou Auxílios de Órgãos e Entidades Federais - Administração Direta, 47 - Fundo
Nacional de Saúde – FNS/Convênios, 49 – Transferências do Fundo Nacional de Saúde para o
Fundo Estadual de Saúde, 66 – Transferências de órgãos e Fundos Internacionais, fonte 80 –
Recursos Vinculados Transferências SUS – Bloco Atenção Básica, 81 – Recursos Vinculados
Transferências SUS – Bloco Atenção de MAC Ambulatorial e Hospitalar, 82 – Recursos
TABELA 15
126
Vinculados Transferências SUS – Bloco Vigilância em Saúde, 83 – Recursos Vinculados
Transferências SUS – Bloco Assistência Farmacêutica, 84 – Recursos Vinculados
Transferências SUS – Bloco de Gestão do SUS, 85 – Recursos Vinculados Transferências
SUS – Bloco de Investimentos na Rede de Serviços SUS – todas alocadas, na orçamentária
FESBA, além das fontes 40 – Receita Diretamente Arrecadada por Entidade da Administração
Indireta e 61 – Contribuições e/ou Auxílios de Órgãos e Entidades Federais – Administração
Indireta, na orçamentária HEMOBA. Foram contabilizadas, ainda, 15 modificações
orçamentárias por excesso de arrecadação nas fontes 30, 60 – Contribuições do Fundo de
Investimento Econômico e Social da Bahia e 81 na orçamentária FESBA e na fonte 61 na
orçamentária HEMOBA. As modificações ora relatadas estão evidenciadas por unidade
orçamentária e por tipo na Tabela 16.
No quarto trimestre pode-se observar na orçamentária FESBA, que do superávit da fonte 82
(5,4 milhões) destinou-se à aquisição de kits/testes de laboratório; despesas com contratos de
manutenção de equipamentos; campanha mundial contra a AIDS, bem como outras despesas
destinadas ao cumprimento do Plano de Trabalho das Ações de Vigilância da Saúde.
TABELA 16
127
Ocorreram ainda créditos por Excesso de Arrecadação nas fontes 30 (87,2 milhões) com a
finalidade de atender despesas com manutenção dos hospitais da Rede sob Administração
Direta e Terceirizada do Estado; auxílio transporte e alimentação e despesa com pessoal; 60
(23 milhões) em substituição da fonte 21 para aquisição de ambulâncias e de equipamentos
para as unidades de saúde; 81 (124,3 milhões) para manutenção dos hospitais da rede sob
administração direta e terceirizada e rede credenciada.
Na Orçamentária HEMOBA, foram contabilizados créditos por excesso de arrecadação nas
fontes 30 (2,6 milhões) para despesa de pessoal e 40 (615 mil) destinadas às despesas com
produção de bolsas de hemocomponentes.
As variações supracitadas estão evidenciadas, por fonte de recurso, na tabela 17 abaixo e no
ANEXO 04.
A tabela 17 acima demonstra a variação orçamentária por fonte de recurso enquanto que as
variações por projeto e atividades podem ser observadas nos anexos de 01 a 03. Saliente-se
que as modificações verificadas no valor orçado das ações referem-se, apenas, a Créditos
Suplementares e Reprogramaçõs Intrassistema. As demais alterações que constam da tabela
16 não alteram o valor final da ação, sendo ajustes rotineiros que se revelaram necessários
quando da efetiva execução das ações.
TABELA 17
128
Destaque-se que no orçamento de 2011, com o intuito de adequar a Programação
Orçamentária à Portaria nº 204/GM de 29.01.2007, do Ministério da Saúde, que regulamenta o
financiamento e a transferência dos recursos federais para as ações de saúde, na forma de
blocos de financiamento, a fonte 48 – Transferência do FNS - Fundo Nacional de
Saúde/SUS/Receita de Prestação de Serviços de Saúde foi desdobrada em seis novas fontes,
correspondentes a cada um dos blocos citados, conforme quadro abaixo:
Fontes Blocos
80 Transferências SUS – Bloco Atenção Básica
81 Transferências SUS – Bloco Atenção de MAC Ambulatorial e Hospitalar
82 Transferências SUS – Bloco Vigilância em Saúde
83 Transferências SUS – Bloco Assistência Farmacêutica
84 Transferências SUS – Bloco Gestão SUS
85 Transferências SUS – Bloco Investimentos na Rede de Serviços SUS
2. EXECUÇÀO ORÇAMENTÁRIA
O orçamento atualizado da SESAB, de R$ 3,51 bilhões, consolida a programação de receitas e
despesas de duas unidades gestoras: FESBA e HEMOBA. O orçamento do FESBA apresenta
a previsão de receitas e fixação de despesas no valor aproximado de R$ 3,47 bilhões, incluídas
as transferências do tesouro estadual para cumprimento do percentual da receita vinculada à
saúde, estabelecido pela Emenda Constitucional 29/00; transferências do MS, e outras
transferências de fontes do estado e da união, enquanto o orçamento do HEMOBA,
corresponde ao valor de R$ 42,96 milhões de reais, evidenciado no anexo 04.
2.1 Execução da Receita
Da receita orçamentária estimada, no valor aproximado de R$ 3,17 bilhões, foi executado o
valor de R$ 3,20 bilhões, sendo 3,16 bilhões no FESBA e R$ 37,4 milhões na HEMOBA,
129
correspondentes a 101,01% da totalidade receita prevista, conforme especificado na tabela 18.
Fonte: FESBA/DIFIN/Coordenação de Prestação de Contas - SG
2.1.1. Transferências Corrente e Capital - Repasses por Blocos de Financiamento
A Secretaria da Saúde, através do FESBA, contabilizou até dezembro de 2011 receita
superior a R$ 1,10 bilhões, procedentes dos recursos transferidos do Ministério da
Saúde/FNS sob a forma de Blocos de Financiamentos, conforme determina a Portaria
204/2007 do MS/FNS que disciplina o financiamento da saúde, com detalhamento do
ingresso dessa receita por componentes, conforme tabela 19.
TABELA 18
130
Fonte: FESBA/DIFIN/Coord. de Prestação de Contas – SG
Neste exercício financeiro, cada bloco está representado por uma fonte específica, conforme
determina a legislação do SUS. Além dos recursos repassados pelo FNS/MS através dos
Blocos de Financiamento e registrados nas fontes 80, 81, 82, 83, 84 e 85, no valor de R$ 1,09
bilhões, também foi contabilizado pelo FESBA o valor de R$ 3,43 milhões relativo à receita da
Farmácia Popular, igualmente transferido pelo FNS, e escriturados na fonte 49 (extra bloco),
totalizando uma receita próxima a R$ 1,10 bilhões até o final do quarto trimestre de 2011.
2.1.2. Receita Patrimonial
Durante o exercício de 2011, a SESAB arrecadou receita patrimonial aproximada de R$ 20,19
milhões, provenientes de remuneração de depósitos bancários aplicados no mercado
financeiro, relativo a recursos de programas de saúde financiados pelo Fundo Nacional de
Saúde e outras entidades nacional e internacional, conforme tabela 20.
TABELA 19
131
Fonte: FESBA/DIFIN/Coord. de Prestação de Contas - SG
2.1.3 – Outras Receitas (Convênios com a União, Receita de Serviços, Multas e juros,
Outras Restituições e Receitas diversas).
A título de outras receitas correntes foi arrecadado o valor de R$ 21,25 milhões, conforme
tabela 21.
Fonte: FESBA/DIFIN/Coord. de Prestação de Contas - SG
TABELA 20
TABELA 21
132
2.2. Contrapartida estadual para financiamento das ações de saúde
Os recursos financeiros do tesouro estadual, destinados ao cumprimento do percentual mínimo
estabelecido pela EC 29/00 continuam administrados pela Secretaria da Fazenda, e por isso
divulga a aplicação em saúde no estado, no seu sítio www.sefaz.ba.gov.br . Neste quarto
trimestre a aplicação divulgada aponta 13,44%, em cumprimento a EC N° 29/00, este, inferior
ao mesmo período do exercício de 2010 que apontou uma aplicação de 13,77%, conforme a
seguir:
133
Fonte:www.sefaz.ba.gov.br
2.3. Execução da Despesa
A soma total do orçamento atualizado ultrapassou até dezembro a quantia de R$ 3,51 bilhões.
Deste total foi empenhado pela SESAB mais de R$ 3,41 bilhões, representando 97,23% da
despesa fixada. A despesa liquidada de janeiro a dezembro foi de aproximadamente R$ 3,40
bilhões, correspondendo a 99,70% da despesa empenhada e os pagamentos apresentaram o
valor de R$ 3,25 bilhões, representando uma execução de 95,46% em relação aos valores
liquidados. Do total empenhado pela SESAB no referido período, a unidade orçamentária
FESBA empenhou 97,25% do seu orçamento e a unidade orçamentária HEMOBA, 95,80%,
conforme demonstrado na tabela 22.
134
Toda a execução orçamentária e financeira da despesa em suas diferentes classificações e
estágios, realizada pelas unidades orçamentárias (FESBA e HEMOBA) encontra-se detalhada
neste relatório, por fontes de recursos, subfunção, programas, projetos, atividades (meio e
finalísticas), grupo de natureza, categoria da despesa, modalidade de aplicação e elementos
de despesa nos anexos de 04 a 13.
Dando continuidade ao processo de transparência do gasto público na área da saúde, a
SESAB apresenta neste documento o detalhamento da despesa acumulada até
dezembro/2011, agrupadas nas sete linhas de ações e nas duas unidades orçamentárias por
programas, projetos e atividades finalísticas, ações compartilhadas com outras secretarias de
governo que receberam recursos orçamentários vinculados à função 10 - Saúde, como também
ações de apoio administrativo (atividades meio - programa 502), todas evidenciadas nos
anexos 14 a 22.
Da despesa executada nesse período, merece destaque o desempenho realizado na fonte 30,
cujo valor empenhado foi superior a R$ 1,85 bilhões, representando 98,66% do total orçado na
referida fonte (R$ 1,88 bilhões, aproximadamente). O segundo melhor desempenho é da fonte
81, cujo valor da despesa empenhada foi superior a R$ 1,05 bilhões, correspondendo a
99,86% do valor orçado para essa fonte (R$ 1,06 bilhões), conforme demonstrado na tabela 23
e Gráfico 15.
TABELA 22
135
Fonte: FESBA/DIFIN/Coord. de Prestação de Contas - SG
TABELA 23
136
0
500.000.000
1.000.000.000
1.500.000.000
2.000.000.000
2.500.000.000
3.000.000.000
3.500.000.000
00 01 30 80 81 82 83 84 85 TOTAL
Fonte de Recurso
Orçado Atual Empenhado Liquidado
Fonte: Fesba - DOP / Sicof Gerencial de 16/01/12
Como se observa na tabela 09, somadas todas as fontes, a execução global do orçamento
alcançou marca superior a R$ 3,4 bilhões, ou seja, 97,23% do recurso orçado para todo
exercício de 3,51 bilhões. É importante salientar que da execução apresentada, R$ 220,6
milhões refere-se a Despesas de Exercícios Anteriores – DEA.
As despesas da SESAB podem, também, ser analisadas, em detalhe, por fonte de recursos
que visa identificar a origem do financiamento das ações governamentais. O anexo 04
evidencia a execução em todas as suas fases das despesas e ainda por unidade orçamentária
por fontes, até dezembro/2011.
Com o propósito de evidenciar como estão sendo destinados os recursos de todas as fontes,
identificamos a classificação por subfunção onde foram empenhadas e alocados as despesas,
conforme a tabela 24.
GRÁFICO
15
BAHIA, JANEIRO – DEZEMBRO, 2011
EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA POR FONTE DE RECURSO
137
TA
BE
LA
24
138
Destaque-se as ações adotadas pela SEFAZ/SEPLAN como forma de melhor controle e gestão
do Sistema Financeiro do Estado, firmados através dos Decretos 12.583 de 09 de fevereiro de
2011 e 12.654 de 28 de fevereiro de 2011. Estes decretos estabelecem procedimentos
específicos sobre a execução orçamentária e financeira no âmbito da administração direta,
suas autarquias, fundos, fundações e empresas estatais dependentes para o exercício de
2011, estabelecendo várias medidas restritivas de movimentação orçamentária, a exemplo de
impossibilidade de suplementações para DEA (art. 3º), das regras para alteração do
Cronograma Mensal de Desembolso (art. 5º), das restrições para antecipações de QCM –
Quadro de Cotas Mensais (art. 6º), das restrições para suplementações com utilização de
excesso de arrecadação ou superávit financeiro (art. 7º) e das restrições com Despesas com
Pessoal (art. 9º).
Vale salientar que as decisões da SEFAZ e SEPLAN, a respeito da repartição mensal do
Cronograma Financeiro da SESAB para ações finalística, excluí-se aquelas finalística de
custeio e de pessoal. Para o grupo de investimentos, onde se destacam os projetos de
construção, reforma e ampliação, o cronograma das fontes próprias do Estado (30 e 00)
concentrou aproximadamente 50% da programação para o último semestre de 2011, ficando
as ações programadas para o primeiro semestre deste ano sem cronograma financeiro. Para
os meses de abril a novembro deste mesmo ano, o percentual médio mensal do cronograma
financeiro estabelece o percentual médio de execução das ações em 6%.
Depreende-se dessa subdivisão que por medidas internas o Estado restringiu a aplicação de
recursos orçamentários no grupo de investimentos para o ano de 2011, o que afetou
sobremaneira a execução orçamentária desses projetos financiados com recursos da fonte do
tesouro no decorrer deste exercício.
DESPESAS COM AÇÕES DE APOIO ADMINISTRATIVO
Esta linha de programação concentra ações tipicamente administrativas que, embora
necessárias à consecução dos objetivos estratégicos das linhas de ação e programas
específicos, por questões técnicas, são apropriadas em um programa distinto denominado de
apoio administrativo (Programa 502) e tem a finalidade de prover os órgãos dos meios
139
necessários para a implementação dos seus programas de trabalho, logo concentrando as
ações comuns de manutenção dos serviços técnicos e administrativos; administração de
pessoal e encargos do grupo administrativo, inclusive REDA e terceirização; promoção e
divulgação da ação governamental, manutenção dos serviços de informática, etc.
No final do exercício de 2011, o orçamento que foi inicialmente previsto no valor de R$ 583,8
milhões para o atendimento das ações administrativas da SESAB e HEMOBA, sofreu redução
para R$ 545,2 milhões com a finalidade de financiar despesas referentes às ações finalísticas
de saúde. No período, foram executados 98,9% do valor orçado, ou seja, cerca de R$ 539,4
milhões foi empenhado, conforme demonstrado na tabela 25.
O desempenho orçamentário e financeiro por programa apresentou no Programa 502
execução de 98,9% na orçamentária FESBA e 99,6% na orçamentária HEMOBA e no
Programa 900 (Operações Especiais), executado apenas pela HEMOBA, apresentou 96% ,
conforme evidenciado na tabelas 26 e anexo 21.
TABELA 25
140
Somente as despesas com pessoal e encargos do grupo administrativo e REDA, das duas
unidades orçamentárias, foram de aproximadamente R$ 344,6 milhões de reais, Anexo 14,
tendo sido excluído desse grupo, as despesas com pessoal e encargos do grupo ocupacional,
as quais estão inseridas no grupo de atividades finalísticas, na linha de ação Gestão do
Trabalho e Educação Permanente em Saúde.
Apenas a atividade 2014 – Operação Especial/Cumprimento de Sentença Judicial, da
Fundação HEMOBA e integrante deste grupo de ações, não apresentou execução até o
presente momento.
4. PROGRAMAÇÃO E EXECUÇÃO DE DESPESA COM AÇÕES COMPARTILHADAS COM
OUTRAS SECRETARIAS
Várias ações que impactam diretamente sobre as condições de saúde da população são
desenvolvidas conjuntamente pela SESAB e outras secretarias e entidades do Estado, tais
como: Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária - SEAGRI/BAHIAPESCA;
Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos - SJCDH/SAP; Secretaria de
TABELA 26
141
Desenvolvimento da despesa empenhada para as compartilhadas Social e Combate à Pobreza
- SEDES/FUNDAC, Secretaria da Ciência, Tecnologia e Inovação - SECTI/STC, entre outras. É
importante considerar que desde o orçamento 2010 a SESAB deixou de compartilhar ações
com a CERB (SEMA), CONDER (SEDUR), PM/Ba (SSP). Cabe ressaltar, que a maioria dessas
ações foram contempladas no PES e estão inseridas na Linha de Ação 7 (Promoção da Saúde,
Intersetorialidade e Proteção da sociedade).
O orçamento das compartilhadas se relacionam com 5 programas de governo, 02 projetos e 07
atividades. Os recursos inicialmente programados para este grupo de ações ultrapassam R$
4,6 milhões, porém devido à baixa execução e à necessidade de aporte de recursos nas ações
executadas pelas unidades da SESAB, houve redução para aproximadamente R$ 3,8 milhões.
O orçamento das compartilhadas evidenciou uma execução da despesa empenhada em torno
dos R$ 2,6 milhões, representando 68,4% do orçamento. Nota-se que dos 09
projetos/atividades programados para este grupo de ações, apenas uma não apresentou
execução orçamentária, outros ainda demonstraram uma baixa execução.
A execução consolidada da despesa por fontes e programas encontra-se evidenciada de forma
sintética nas tabelas 27 e 28, enquanto o anexo 22 demonstra de forma analítica a execução
por secretarias, programas, projetos/atividades e fontes.
TABELA 27
142
Em relação à execução por programa, um deles (301 – Popularização da Ciência) permaneceu
sem apresentar nenhuma despesa até o término do exercício, conforme demonstrado na
tabela 28 acima.
5. EXECUÇÃO DE DESPESAS COM CONVÊNIOS
5. CONVÊNIOS FEDERAIS - TRANSFERÊNCIAS CORRENTE E CAPITAL
5.1. Convênios celebrados com o Governo Federal
No decorrer do ano de 2011 ingressaram no FESBA recursos na ordem de R$ 226 mil
liberados pelo MS/Fundo Nacional de Saúde – FNS, oriundos da fonte 47, para execução de
convênios destinados a investimentos para a construção de unidades básica de saúde.
O repasse de recursos neste ano foi muito aquém do previsto. Vários fatores contribuíram para
esta situação, sendo os principais: a mudança nos critérios para repasse de recursos das
parcelas dos convênios em execução, de acordo com a Portaria Interministerial 342/08; a
demora na aprovação das prestações de contas parciais e consequentemente a não liberação
TABELA 28
143
de novas parcelas; a existência de convênios bloqueados; e a não liberação de recursos dos
termos de convênios assinados.
A SESAB, através da Diretoria de Convênios e a Coordenação de Engenharia e Arquitetura,
continuam trabalhando para reforçar o acompanhamento técnico junto ao Ministério de Saúde
com vistas a sanar as pendências técnicas relacionadas a ajustes nos projetos arquitetônicos.
Apesar das ações desenvolvidas, sete convênios ainda permanecem bloqueados.
Trinta e duas propostas de projetos de convênios foram enviadas por meio do SICONV –
Sistema de Informações de Convênios representando aproximadamente 70 milhões de reais,
Tal aporte visa: construção de hospitais na capital e no interior do estado; construção de
maternidade; ampliação de hospitais com a construção de casa de parto; implantação e ou
ampliação de leitos de UTI neonatal e materno, com vistas a melhoria do atendimento da
atenção materno-infantil através da rede cegonha. Até o final do ano, 12 propostas foram
aprovadas; destas, seis são contratos de repasse, referente a obras os quais já foram
iniciados a elaboração dos projetos arquitetônicos e seis são convênios voltados para
capacitação de recursos humanos e equipamentos e materiais permanentes. As outras 20
propostas continuam sendo monitoradas através do acompanhamento dos pareceres emitidos
via sistema, visando sua conclusão e aprovação.
Dos 32 convênios em execução no exercício de 2011, apenas 3.1% teve recursos repassados,
62,5% teve liberação do valor total em anos anteriores, 9,4% com a aprovação da prestação de
contas parcial aguardando a liberação de parcela 6,2% estão aguardando aprovação da
prestação de contas parcial e a liberação de parcelas e os 18,7% restantes estão em processo
para posterior liberação dos recursos financeiros, cujo detalhamento encontra-se evidenciado
no anexo 23.
144
6. EXECUÇÃO DE DESPESAS COM CONVÊNIOS
6.1. Convênios celebrados com o Governo Federal
Desde 2008, a SESAB vem empreendendo esforços visando dar agilidade à execução dos
convênios, considerando a ampliação significativa da captação de recursos federais ao longo
deste período. Agilizar a execução desses convênios vem se configurando como um grande
desafio visto que envolve os diversos setores da área técnica e administrativa da SESAB.
Neste ano as ações desenvolvidas foram voltadas para o acompanhamento dos processos de
execução em suas diversas etapas. Com relação aos convênios e ou contratos de repasse
referentes a obras, pode-se sinalizar que o cancelamento das licitações e a realização de nova
licitação, atrasou sobremaneira o início de execução das obras das UPAS, construção da
Escola de Formação de Técnica e a construção do anexo do Hospital Roberto Santos. Com
referência aos demais convênios os processos de licitações são apontados como um dos
responsáveis por essa morosidade, aliados aos planos de trabalhos que não atendem as
necessidades do momento, tanto no que diz respeito às especificações dos equipamentos,
como os valores orçados, ou até mesmo a ações que vem requerendo, em alguns casos, a
solicitação de alteração de plano de trabalho. Durante o ano foram encaminhadas solicitação
de alteração de plano de trabalho de cinco convênios e deste até o momento um convênio teve
a solicitação aprovada.
As ações articuladas com as áreas técnica e administrativa da SESAB continuam sendo
intensificadas e aprimoradas as ações inerentes aos processos de acompanhamento,
avaliação da execução dos convênios e contratos de repasse com vistas a melhorar a
execução dos referidos instrumentos de captação de recursos. Neste ano, três convênios
cumpriram o objeto e foram encaminhadas as prestação de contas finais e dois convênios
cumpriram o objeto e estão em fase de elaboração da prestação de contas, conforme
demonstra o quadro 06. .
145
OBJETO QUANT. OBSERVAÇÃO
Aquisição de Equipamentos e Materiais Permanentes 02 Prestado contas
Construção de Hospital 01 Prestado contas
Implementação do Sistema Integrado de Bibliotecas em Saúde 01 Em fase de elaboração
da prestação de contas
Capacitação de recursos humanos 01 Em fase de elaboração
da prestação de contas
TOTAL 05
Vale ressaltar que a SESAB, vem aprimorando o processo de elaboração da prestação de contas
dos convênios com a conferência, análise e validação da documentação, resultando na redução
do tempo para aprovação e do número de notificações do Ministério da Saúde.
Ao longo do ano o FESBA acompanhou 50 convênios: 32 em execução, 4 aprovados como
Contrato de repasse com a Caixa Econômica Federal com recursos a serem liberados a partir
das medições das obras; 10 aguardando liberação de recursos; e 4 contratos de repasse
aguardando aprovação dos projetos arquitetônicos conforme demonstrado no gráfico 16. No
que diz respeito à prestação de contas, 3 convênios foram analisados, validados e
encaminhados para o MS, totalizando 53 convênios.
Quadro 06
BAHIA, JANEIRO – DEZEMBRO/2011
CONVÊNIOS PRESTADOS CONTAS E EM FASE FINAL
146
64%
8%
20%
8%
Em execução
Aprovados com Contrato de repasse da CEF
Assinado Termo - aguardando liberação de recursos
Assinado Contrato - aguardando aprovação/CEF
Fonte: Fesba/DICONV/Coordenação de Convênios Federais
Da despesa programada na Fonte 47 de R$ 39.5 milhões foi liquidado o valor de R$ 3,4
milhões, representando uma execução orçamentária de 10% em relação ao valor orçado.
A baixa execução orçamentária tem como causas: a frustração da receita oriunda das
propostas de convênios aprovadas e sem liberação de recursos; a não liberação de parcelas
de convênios com prestação de contas parcial; e o incremento na execução de convênios
valores menores.
• Verifica-se que ao longo deste ano houve um aumento no percentual de execução de 53%
dos convênios, em relação ao percentual apresentado no final de 2010, conforme demonstrado
no anexo 23.
GRÁFICO
16
BAHIA, JANEIRO – DEZEMBRO, 2011
PERCENTUAL DA SITUAÇÃO DOS CONVÊNIOS FEDERAIS CELEBRADOS
147
6.2 – CONVÊNIOS ESTADUAIS VIGENTES/CELEBRADOS
Ao final do exercício de 2011 encontram-se vigentes 378 (trezentos e setenta e oito) convênios,
sendo 330 (trezentos e trinta) provenientes de exercícios anteriores e 48 (quarenta e oito)
celebrados no exercício de 2011, conforme demonstrativo abaixo:
CONVÊNIOS VIGENTES E CELEBRADOS EM 2011
DE COOPERAÇÃO TÉCNICA, ADMINISTRATIVA E CIENTÍFICA
DESCRIÇÃO
ATÉ 2010
CELEBRADOS EM 2011
VIGENTES EM 31/12/2011
ESTÁGIOS CURRICULARES
50
07
47
CESSÃO DE PESSOAL
23 16 36
ESQUELETOS 06 01 06
SIMPAS 11 00 09
OUTROS 04 02 05
TOTAL 94 26 103
DE COOPERAÇÃO TÉCNICA E FINANCEIRA
DESCRIÇÃO
ATÉ 2010
CELEBRADOS EM 2011
VIGENTES EM 31/12/2011
SANEAMENTO 04 00 04
CUSTEIO 12 07 19
EQUIPAMENTO E MATERIAL
PERMANENTE
148
28 08 32
REFORMA 31 06 35
OBRA/CONSTRUÇÃO DE UNIDADE
DE SAÚDE
05
01
06
PSF/CONSTRUÇÃO DE UNIDADE
BÁSICA DE SAÚDE DA FAMILIA
201
00
179
TOTAL 281 22 275
TOTAL GERAL 375 48 378
Os convênios de cooperação técnica, administrativa e científica não envolvem repasse de
recursos financeiros, são instrumentos firmados onde a SESAB é partícipe, disponibilizando
servidores especializados para Municípios com o objetivo de aprimorar a assistência à saúde
prestada pelo SUS. Dentre os convênios que não envolvem repasse, estão também aqueles
onde a SESAB coloca à disposição das instituições de ensino seus hospitais e centros de
saúde para que os alunos possam realizar estágios curriculares obrigatórios não remunerados.
Esses estágios, realizados em grandes hospitais da rede própria, permitem que a formação
dos futuros profissionais da saúde seja, consideravelmente, mais aprimorada.
Os demais, de cooperação técnica e financeira, o Estado/SESAB, partícipe concedente,
repassa recursos financeiros para que sejam executados por Municípios e Instituições
Filantrópicas, sem fins lucrativos, que prestem serviços de atenção à saúde, somando com o
Estado objetivando o fortalecimento e aprimoramento do Sistema Único de Saúde – SUS,
bem como avançar na gestão descentralizada da saúde.
Em 2011 foram celebrados 48 (quarenta e oito) convênios, sendo 16 (dezesseis) de cessão
de pessoal. Esses instrumentos caracterizam-se pela prestação recíproca de colaboração
técnica e administrativa, mediante a cessão de servidores dos quadros de pessoal da SESAB e
outros entes da administração pública, principalmente a disposição de servidores da Secretaria
149
de Saúde para exercer funções nos Municípios, contribuindo com a melhora da gestão do SUS
no Estado da Bahia. Demonstramos no quadro abaixo os Municípios e entidades beneficiadas.
CONVÊNIOS CELEBRADOS NO EXERCÍCIO DE 2011
CESSÃO DE PESSOAL
NÚMERO
DE
ORDEM
NÚMERO
DO CONVÊNIO
MUNICIPIO/ENTIDADE
01 004 PIRITIBA
02 006 SAEB
03 019 ITABUNA
04 023 LAURO DE FREITAS
05 025 CAMAÇARI
06 027 UFBA
07 029 ARAÇÁS
08 030 AOSID
09 031 VITÓRIA DA CONQUISTA
10 032 JEQUIÉ
11 034 MORRO DO CHAPEU
12 035 JEQUIÉ
13 036 IBIPITANGA
14 042 NOVA FÁTIMA
15 043 ÉRICO CARDOSO
16 044 SAEB
150
Também, sem envolver repasse de recurso financeiro, a SESAB/DICONV celebrou 07 (sete)
convênios com o objetivo de estabelecer a cooperação técnico-científica, visando a realização
de ações de ensino aprendizagem, através de estágios curriculares obrigatórios
supervisionados e práticas de ensino curriculares não remunerados, para alunos matriculados
em cursos técnicos e de nível superior, na área de saúde, em instituições de ensino que
enumeramos no quadro a seguir.
CONVÊNIOS CELEBRADOS NO EXERCÍCIO DE 2011
ESTÁGIOS CURRICULARES
Nº DE
ORDEM
Nº. CONVÊNIO
ENTIDADE/ESCOLA
01 001 RMLJ – Educação Profissional LTDA – Mantenedora do CTM
02 002 GRUPO NOBRE DE ENSINO – mantenedora da FAN Faculdade Nobre
03 005 CEPETE – Centro de Pesquisa e Educação Tecnológica - Sociedade Simples
04 007 Escola Técnica em Saúde Maria Pastor
05 014 Escola Técnica de Enfermagem Siloé
06 015 Escola Técnica de Enfermagem do Clube das Mães 13 de Maio
07 017 Colégio Sete – Serviços Empresariais do Trabalho/Educação – Centro Profissionalizante
Ainda sobre instrumentos firmados sem envolvimento de recursos, é importante citar o
Convênio 016/11, celebrado com a UNIVASF – Fundação Universidade do Vale do São
Francisco para a cessão de ossos/esqueletos, visando proporcionar aos acadêmicos dos
151
cursos de medicina, enfermagem, ciências biológicas e outros da área de saúde, o
aperfeiçoamento prático dos conteúdos teóricos, através de estudo de esqueletos humanos
procedentes de cadáveres não reclamados, cedidos pela Administração do Cemitério Quintas
dos Lázaros.
Sobre os convênios que tratam de repasse de recursos financeiros, neste exercício, em
atendimento a exigência legal e deliberação do Conselho Estadual de Saúde, a Diretoria de
Convênios - DICONV procedeu a alteração nos textos dos instrumentos, acrescentando aos
termos dos convênios, como CONCEDENTE, o Fundo Estadual de Saúde – FESBA e o
respectivo CNPJ como órgão responsável pelos repasses financeiros efetuados. Adotamos
também, a identificação de cada Fundo Municipal de Saúde - FMS como órgão municipal que
receberá os recursos repassados pela SESAB a título de convênio. Toda a documentação,
exigida no processo administrativo objetivando a celebração dos instrumentos, conterá dados
relativos aos Fundos Municipais de Saúde, identificação do gestor do FMS, bem como o
proponente responsável pela elaboração do Plano de Trabalho e o gestor do executivo
municipal.
Nos quadros a seguir, elencamos todos os convênios de Cooperação Técnica e Financeira
celebrados no exercício de 2011, identificando-os por objeto, valor total e valor repassado no
exercício em análise. Inicialmente aqueles cujo objeto é a aquisição de equipamentos e
materiais permanentes.
152
CONVÊNIOS CELEBRADOS NO EXERCÍCIO DE 2011
COOPERAÇÃO TÉCNICO FINANCEIRA
OBJETO: AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS E MATERIAIS PERMANENTES
Nº. ORDEM
Nº.
CONVÊNIO MUNICIPIO/ENTIDADE
VALOR TOTAL
VALOR REPASSADO
01 009
UFBA – Universidade Federal da Bahia
105.000,00 105.000,00
02 018
Centro Espírita Caminho da Redenção
297.385,78 197.385,78
03 020 PM Várzea do Poço 19.800,00 19.800,00
04 038 Fundação Lourdes de Lucas 245.000,00 0,00
05 040
Hospital Manoel Martins de Souza no Município de Iguaí
67.500,00 0,00
06 045 PM Bom Jesus da Serra 63.000,00 0,00
07 047 PM Igaporã 126.866,70 0,00
08 048 PM Eunápolis 788.095,80 0,00
TOTAL
1.712.648,28 322.185,78
Ressaltamos alguns dos convênios celebrados: Convênio nº. 020/2011, celebrado com o
Município de Várzea do Poço, possibilitou o repasse de recursos para a aquisição de uma
Processadora Automática para filmes de mamografia, permitindo que o Município colocasse
em funcionamento um mamógrafo, equipamento adquirido através de convênio com o
Ministério da Saúde instalado e impossibilitado de funcionar. Esse aparelho vai permitir o
exame e diagnóstico da população feminina residente num raio de 220 km de distância,
possibilitando o atendimento de uma demanda reprimida de, aproximadamente, 1.200
mamografias/ano.
153
É relevante informar que foi celebrado o Convênio nº. 018/2011 com o Centro Espírita
Caminho da Redenção, entidade filantrópica de reconhecido trabalho em prol da população
carente de Salvador, notadamente do bairro de São Marcos. O referido convênio tem como
objeto a aquisição de equipamentos e materiais de consumo para permitir o funcionamento do
Centro de Parto Normal ‘Marieta de Souza Pereira’, já completamente construído, unidade de
saúde que integra o Programa do Governo Federal ‘Rede Cegonha’. O Estado, através da
Secretaria de Saúde, aplicará ali R$297.385,78 (duzentos e noventa e sete mil, trezentos e
oitenta e cinco reais e setenta e oito centavos).
Também, foram beneficiadas as populações dos Municípios de Igaporã, Bom Jesus da Serra e
Eunápolis com a aquisição de equipamentos para os Hospitais localizados nos municípios
citados.
O Convênio nº 048/2011, celebrado com o Município de Eunápolis, vai permitir a implantação
de 10 (dez) leitos de UTI no Hospital Professor José Maria de Magalhães Neto. Esse convênio
é de grande importância para o Estado considerando que Eunápolis é o Município de grande
porte, mais próximo de Porto Seguro, cidade turística de referência nacional e internacional
que recebe visitantes que circulam nas rodovias BR 101 e 367, aumentando significativamente
a ocorrência de acidentes graves, cujos envolvidos, na maioria dos casos, necessitam de
atendimento que demanda leitos de UTI.
O referido Hospital já atende urgência e emergência durante 24 horas, em todos os níveis de
complexidade, principalmente, acidentes provocados por veículos e traumas decorrentes da
violência interpessoal em toda a região. Atende pacientes procedentes dos Municípios de Porto
Seguro, Santa Cruz Cabrália, Itabela, Itamaraju e Guaratinga, correspondendo a uma
população de 274.000 habitantes, aproximadamente, quando nas ocorrências graves os
pacientes são deslocados para Eunápolis.
No quadro a seguir, identificamos os convênios de repasse financeiro objetivando o
financiamento de despesas de custeio.
154
CONVÊNIOS CELEBRADOS NO EXERCÍCIO DE 2011
COOPERAÇÃO TÉCNICA E FINANCEIRA –
OBJETO: MELHORIAS DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE - CUSTEIO
Nº. ORDEM
Nº.
CONVÊNIO MUNICIPIO/ENTIDADE VALOR TOTAL
VALOR REPASSADO
01 008 UFBA – Universidade Federal da Bahia
125.019,60 125.019,60
02 010 UFBA – Universidade Federal da Bahia
591.653,50 0,00
03 021 Voluntárias Sociais da Bahia
2.724.831,48 522.150,91
04 022 Liga Bahiana Contra o Câncer
900.000,00 900.000,00
05 026 PM Carinhanha 230.000,00 230.000,00
06 028 UFBA – Universidade Federal da Bahia
361.690,30 0,00
07 033 Biofábrica Moscamed Brasil
450.960,00 150.960,00
TOTAL 5.384.154,88 1.792.230,51
O Governo do Estado, através da Secretaria de Saúde, preocupado com a clientela carente
(adulto e pediatria) portadora de câncer, firmou o Convênio nº 022/2011 de Cooperação
Técnica e Financeira com a Liga Baiana Contra o Câncer, para repasse de recursos
destinados à aquisição de material de consumo contribuindo com a manutenção do Hospital
Aristides Maltez, entidade com percentual de 100% de seus leitos destinados a pacientes do
SUS.
155
Os convênios firmados são fundamentais para o Programa de Governo que trata da Saúde da
Mulher, de prevenção e tratamento do câncer de mama e ovário. O INCA preconiza que
mulheres acima de 40 (quarenta) anos realizem uma mamografia por ano e é de fundamental
importância que a Secretaria Estadual de Saúde contribua para que isso aconteça.
O Convênio nº. 028/11, também, acrescentou esforços da SESAB na melhoria do atendimento
ao paciente com câncer. Foi celebrado com a Universidade Federal da Bahia, para custeio,
cujo objeto é a ampliação do Serviço de Citogenética e Imunofenotipagem de Neoplasias
Malignas, Aconselhamento Genético e Identificação de Mutações em Pacientes de Alto Risco
para Câncer de Mama e Ovário Hereditário. Esse serviço funciona no Hospital Universitário
Professor Edgard Santos e realiza, mensalmente, procedimentos de aconselhamento genético
e identificações de mutações na população considerada de risco para câncer hereditário de
mama e ovário, proporcionando às mulheres que procuram o atendimento obter medidas de
prevenção, representando assim a redução de custos com o tratamento, além de, mais
importante, redução de sofrimento das pacientes, através do diagnóstico precoce.
Vale ressaltar a celebração do Convênio nº 033/2011, cujo repasse de recursos vai permitir a
execução do Projeto “Aedes Transgênico – Testes em campo da linhagem transgênica do
mosquito Aedes Aegypti”, no Município de Juazeiro. Esse projeto vai permitir a eliminação de
criadouros, adoção de medidas comunitárias de conscientização da população e,
principalmente, fazer testes em campo aberto de métodos de controle do mosquito transmissor
da dengue.
Dos convênios celebrados este ano, distinguem-se pela relevância, aqueles formalizados com
a Universidade Federal da Bahia, demonstrados nos quadros acima, cujo valor total atingiu
R$3.656.316,49 (três milhões, seiscentos e cinqüenta e seis mil, trezentos e dezesseis reais e
quarenta e nove centavos), incluindo custeio e equipamento.
Quanto às obras, foi celebrado o Convênio nº 046/2011 com o Município de Brumado,
objetivando a construção do Módulo de UTI do Hospital Professor Magalhães Neto, no valor de
R$674.911,44 (seiscentos e setenta e quatro mil, novecentos e onze reais e quarenta e quatro
centavos).
156
O Município de Brumado dispõe de um hospital municipal onde atende urgência e emergência
24 horas. Após ampliação, com aumento para 120 leitos de internação, a unidade atenderá a
demanda reprimida de cirurgias eletivas e cirurgias de emergência da microrregião, evitando o
deslocamento desses pacientes para os municípios de Vitória da Conquista e Salvador,
reduzindo a superlotação dos hospitais da rede própria nos referidos municípios.
O convênio possibilita a construção do módulo do Centro Cirúrgico do referido Hospital, que irá
refletir em um aumento de 85% do número de cirurgias realizadas na microrregião.
Convênios importantes foram celebrados entre a SESAB e a Universidade Federal da Bahia -
UFBA, com a Associação Obras Sociais Irmã Dulce – AOSID - Hospital Santo Antônio, e com a
Liga Baiana Contra a Mortalidade Infantil - Hospital Martagão Gesteira, com o objetivo de
possibilitar reformas em unidades de atendimento nessas instituições.
A seguir enumeramos os convênios com seus respectivos valores.
CONVÊNIOS CELEBRADOS NO EXERCÍCIO DE 2011
COOPERAÇÃO TÉCNICA E FINANCEIRA –
OBJETO: REFORMA DE UNIDADES DE SAUDE
Nº.
ORDEM
Nº.
CONVÊNIO MUNICIPIO/ENTIDADE VALOR TOTAL
VALOR REPASSADO
01 011 Universidade Federal da Bahia
898.146,32 318.146,32
02 012 Universidade Federal da Bahia
1.793.815,00 193.815,00
03 013 Universidade Federal da Bahia
59.935,57
157
179.135,57
04 024 Associação Obras Sociais Irmã Dulce – AOSID – Hospital Santo Antônio
108.223,85 108.223,85
05
037
Liga Baiana Contra a Mortalidade Infantil – Hospital Martagão Gesteira
1.145.000,00
0,00
06 039
Associação Obras Sociais Irmã Dulce – Hospital Santo Antônio AOSID
1.977.623,35 0,00
TOTAL
6.101.944,09 680.120,74
Dos convênios celebrados com a UFBA, dois destinam-se a recuperação e adequação de
espaços físicos do Hospital Universitário Professor Edgard Santos: o Serviço de Medicina
Nuclear/Cintilografia, o Auditório, o Refeitório do Serviço de Anatomia Patológica e a
construção da rampa de acesso ao Laboratório Central, além da reforma do local onde será
implantado o Serviço de Hospital Dia do Setor de Endoscopia. Ainda com a UFBA, foi firmado
o Convênio nº 13/2011, através da Faculdade de Odontologia, visando a reestruturação e
adequação física do Serviço de Radiologia daquela Faculdade. O total do compromisso
assumido com a Universidade Federal da Bahia atinge o montante de R$2.871.096,89 (dois
milhões, oitocentos e setenta e um mil, noventa e seis reais e oitenta e nove centavos)
Com a Associação Obras Sociais Irmã Dulce – AOSID, mantenedora do Hospital Santo
Antônio, foram celebrados 2 (dois) convênios no valor total de R$2.085.847,20 (dois milhões,
oitenta e cinco mil, oitocentos e quarenta e sete reais e vinte centavos). Um objetivando a
execução de reforma da 10ª (décima) Sala do Centro Cirúrgico e outro para reforma e
ampliação do Centro de Cuidados Terapêuticos do citado Hospital.
158
Objetivando a realização de reforma e reestruturação das instalações físicas, estrutura
metálica, rede elétrica, telhado do Hospital Martagão Gesteira, unidade de saúde que
disponibiliza 100% de seus atendimentos aos pacientes de pediatria, vinculados ao Sistema
Único de Saúde – SUS, foi firmado o Convênio nº 037/2011 entre a SESAB e a Liga Álvaro
Bahia Contra a Mortalidade Infantil no montante de R$1.145.000,00 (um milhão, cento e
quarenta e cinco mil reais). Todos os convênios vigentes e celebrados estão evidenciados no
anexo 24.
6.3 - CONVÊNIOS ESTADUAIS – EXECUÇÃO FINANCEIRA
Durante o exercício de 2011, o Fundo Estadual de Saúde – FESBA aplicou recursos
financeiros no montante de R$ 20.099.180,20 (vinte milhões, noventa e nove mil, cento e
oitenta reias e vinte centavos) através dos convênios celebrados vigentes. No quadro abaixo,
demonstramos os valores aplicados por trimestre em cada ação prevista no orçamento,
conforme tabela 29.
TABELA 29
159
É importante ainda informar que só no 1º semestre de 2011 o FESBA descentralizou recursos
orçamentários no montante de R$ 461.217,08 (quatrocentos e sessenta e hum mil, duzentos e
dezessete reais e oito centavos) sendo para UESB R$ 447.280,78 (quatrocentos e quarenta e
sete mil, duzentos e oitenta reais e setenta e oito reais) e para o Instituto de Artesanato
Visconde de Mauá R$ 13.936,30 (treze mil, novecentos e trinta e seis reais e trinta centavos)
correspondentes as ações, conforme quadro abaixo:
AÇÃO TRIMESTRE TOTAL NO 1º SEMESTRE
CÓDIGO/DESCRIÇÃO 1º 2º
3351 – Apoio ao Equipamento de Unidade de Saúde
0,00
447.280,78
447.280,78
3354 – Melhoria da Assistência à Saúde
0,00
13.936,30
13.936,30
TOTAL 0,00 461.217,08 461.217,08
Informações complementares poderão ser obtidas e analisadas no ANEXO 25 onde se
encontram evidenciados todos os convênios identificados pelos números, municípios e
entidades beneficiados bem como o valor repassado. Também, é possível identificar o
montante aplicado por ação de governo e tipo de convênio.
6.4 - DO ACOMPANHAMENTO DOS CONVÊNIOS
Nos convênios que objetivam obras – construções, ampliações e reformas – as vistorias são
realizadas por técnicos da Diretoria de Obras e Projetos em Saúde - DIOPS/SAFTEC/SESAB
e/ou Diretorias Regionais de Saúde/DIRES, visando o acompanhamento, controle e conclusão
das obras pactuadas, demonstrando em Relatórios Técnicos de Engenharia - RTE parciais e
finais, as etapas de cumprimento do objeto pactuado das respectivas unidades de saúde.
O acompanhamento do objeto pactuado referente à construção de UBPSF, firmados entre a
SESAB e as municipalidades conveniadas apresentam as seguintes informações:
160
No 4º trimestre de 2011 foram realizadas 128 vistorias técnicas nos convênios vigentes,
voltadas para construção de UBPSF; Construções, Reformas, Ampliações, Adequações
Físicas de Unidades de Saúde; e Equipamentos. Cabe ressaltar, que a partir do último
trimestre de 2011 houve a inclusão de mais um engenheiro para a realização das inspeções
das obras conveniadas, as quais, se encontram pulverizadas em todas as regiões do Estado,
que em razão da sua extensão territorial exige uma logística mais apurada, no que tange ao
deslocamento dos técnicos.
Observamos um incremento na quantidade de vistorias realizadas no 4º trimestre de 2011,
comparada aos trimestres anteriores, considerando a permanente preocupação da
DICONV/FESBA, quanto ao efetivo e contínuo acompanhamento da execução dos convênios,
visando atender a demanda significativa de vistorias técnicas, bem como o aprimoramento e
rapidez dos recursos necessários à efetivação das mesmas, tais como: diárias dos técnicos e
motorista, veículos e combustíveis. Refletindo na redução do descompasso entre o quantitativo
de obras conveniadas e as imprescindíveis visitas técnicas.
6.5 - Prestação de contas dos convênios estaduais
Tramitaram para análise da coordenação de prestação de contas durante o exercício
de 2011, cerca de 289 processos com 205 volumes referentes a compromissos
firmados durante os exercícios de 2005 a 2010. Desses 289 processos, 28 foram
notificados por não terem atendido plenamente a legislação, 154 aguardam análise e
apresentação da prestação de contas das demais parcelas e 107 encontram-se para
análise de parcelas finais pelo Controle Interno.
Em cumprimento a Resolução 086/2003, foi enviada ao Tribunal de Contas do Estado –
TCE, no primeiro trimestre de 2011, 168 processos de prestação de contas.
Os 168 processos de prestação de contas com 25 volumes enviados ao Tribunal de Contas do
Estado – TCE em cumprimento a Resolução 086/2003, referem-se a convênios firmados
durante os exercícios de 2007 a 2009.
Dos convênios firmados no exercício de 2007 e 2008 (02) se encontram em processo
161
de tomada de contas por não terem apresentado a prestação de contas do recurso
financeiro recebido: Associação de Travestis de Salvador – ATRAS (recurso - total),
Prefeitura Municipal de Juazeiro (recurso - total).
Permanece pendente para deliberação da Diretoria do FESBA o processo
0300090488515 de 23/10/2009 com planilha anexa, referente à solicitação de Tomada
de Contas dos convênios firmados no exercício de 2002 a 2010, sem apresentação de
prestação de contas das parcelas finais e/ou totais.
7. EXECUÇÃO FINANCEIRA
7.1. Considerações Gerais
Até o encerramento do quarto trimestre de 2011 foram aplicados através das duas unidades
orçamentárias que compõem a SESAB mais R$ 3,40 bilhões, destinados a diversos elementos
de gastos, distribuídos em despesas correntes e de capital, e por grupo de despesa: pessoal e
encargos sociais; outras despesas correntes, investimentos, etc, dentre os quais destacamos:
vencimentos e vantagens para servidores permanentes e temporários, salário família, material
de consumo, passagens e despesas com locomoção, contratos de terceirização, consultoria,
contratação de serviços com pessoa física e jurídica, transferências, obras e instalações,
equipamentos, entre outros, devidamente detalhados por elemento de despesa no anexo 13, e
respectivamente por grupo, natureza, categoria e modalidade das despesas, evidenciados
pelos anexos 10 a 12.
A SESAB investiu em 2011 cerca de R$ 79,3 milhões em despesas de capital, aplicados pela
unidade orçamentária FESBA, recursos esses que financiaram o andamento de obras e
reformas de Unidades Básicas de Saúde da Família em diversos municípios, quitação de
despesas de exercícios anteriores, serviços prestados por pessoa jurídica, aquisição e
distribuição de equipamentos para diversas unidades de saúde e restituição de saldo de
convênio celebrado com o MS.
162
Até o final do quarto trimestre as despesas com aquisição de material de consumo para custeio
das unidades de saúde indicam uma aplicação de R$, 198,2 milhões. Do total aplicado, 94,8%
representam a execução do FESBA e 5,2% da Fundação HEMOBA. Alguns gastos se
destacam pelo volume de recursos aplicados, como: compra de medicamentos; aquisições de
material de penso; materiais de laboratório; material para prevenção e reabilitação de
deficientes (órtese e prótese); produtos químicos e biológicos; artigos de limpeza e
desinfecção; entre outros, demonstrados na tabela 30.
A evolução dos recursos aplicados nesse tipo de gasto nos últimos seis anos e seis meses do
corrente exercício está evidenciada no gráfico 17. Note-se, que no período de 2005 a 2008
houve uma ascensão dessa despesa, principalmente em 2008. No exercício seguinte ocorreu
uma significativa redução, em virtude do elevado suprimento do estoque nas diversas unidades
gestoras da SESAB, no final de 2008. Ao compararmos os triênios contemplados no gráfico
abaixo, observa-se que o montante aplicado no último triênio (2008 – 2010) representa 13,2%
a mais se confrontado ao triênio anterior (2005 a 2007), e até este trimestre indica uma
representação a menor de 14,33% considerando-se o total aplicado em 2010.
163
Fonte: FESBA /DIFIN/Coord. Prestação de Contas - SG
Do valor global liquidado no elemento 30 (material de consumo) até o encerramento do quarto
trimestre do exercício de 2011, no valor de R$ 198,2 milhões, cerca de R$ 112,7 milhões foram
utilizados na aquisição de medicamentos e material de penso, conjuntamente, representando
56,89% da despesa liquidada, sendo esses os gastos mais significativos deste elemento. O
investimento feito com materiais de laboratório e materiais para prevenção e reabilitação de
deficientes físicos, comprometeu 17,66%, do total liquidado até dezembro de 2011, conforme
demonstração constante da tabela 30.
GRÁFICO
17
BAHIA, 2005 - 2011
EVOLUÇÃO DO GASTO DO ELEMENTO 30 – MATERIAL DE CONSUMO
164
Fonte: FESBA /DIFIN/Coord. Prestação de Contas - SG
TABELA 30
165
7.2. Da Disponibilidade
A Unidade Orçamentária FESBA apresenta no final deste quarto trimestre, disponibilidade
financeira conciliada no valor aproximado de R$ 87,31 milhões, demonstrados por fontes de
recursos e evidenciado na tabela 31. A diferença existente entre o saldo do razão (Sistema
SICOF) e o saldo de conta (extratos bancários), são pendências bancárias, correspondentes as
ordens bancárias que até o último dia do encerramento do mês de dezembro não tinham sido
creditadas na conta do credor, além de outros fatos não regularizados.
O valor disponibilizado é resultado dos saldos bancários conciliados e controlados na unidade
orçamentária FESBA, uma vez que os saldos das contas relativas às fontes 00 a 39 (Tesouro
Estadual), são conciliados e controlados pelo DEPAT/SEFAZ, bem como as contas das fontes
contabilizadas pela HEMOBA, que são conciliadas pela Fundação. O anexo 26 mostra de
forma analítica os saldos bancários conciliados pelo FESBA até dezembro de 2011.
Visando preservar o poder de compra da moeda, enquanto não são utilizados na manutenção,
implantação, expansão e melhoria dos serviços públicos de saúde oferecida pela Rede
Estadual e credenciada ao SUS, bem como enquanto não efetuados os repasse dos recursos
às unidades gestoras da SESAB e de outras setoriais que compartilham do nosso orçamento,
informe-se que cerca de 91,72% dos recursos financeiros disponíveis em 31 de dezembro, em
torno de R$ 80,09 milhões, encontram-se aplicados financeiramente em instituições bancárias
oficiais.
166
7.3. Da Dívida inscrita em Restos a Pagar – RP 2010 – 2011 Dívida Flutuante
Consideram-se Restos a Pagar (RP) as despesas empenhadas no exercício e não pagas até o
final do mesmo, à exceção dos Serviços da Dívida a Pagar, que devem ser registrados em
conta específica. A Lei Federal nº 4.320/64 classifica os Restos a pagar em processado e não
processados.
Os Restos a Pagar processados constituem os compromissos que ao final do exercício
financeiro já se encontravam em processo de pagamento, ou seja, o credor já havia cumprido a
sua obrigação com a entrega do material e/ou prestação de serviço, restando apenas a
efetivação do desembolso financeiro por parte do Estado. Já os Restos a Pagar não
processados são aqueles em que houve o empenho, em função do início o fato gerador da
despesa, porém o estágio da liquidação não foi realizado.
Portanto, considerando que ao final do exercício financeiro de 2010, foi contabilizado pela
SESAB dívidas de Restos a Pagar no valor aproximado de R$ 68 milhões, sendo cerca de R$
67,7 milhões relativos à RP Processados e não Processados do FESBA, e R$ 0,3 mil da
TABELA 31
167
Fundação HEMOBA, resultado dos empenhos efetuados pelas unidades gestoras da SESAB
porém não pagos até 31 de dezembro de 2010, em diversos elementos de despesas.
Da dívida total inscrita no exercício passado de R$ 68,08 milhões, mais de R$ 66,5 milhões
foram quitados até dezembro de 2011 e cancelados outros R$ 899 mil, representando uma
redução em torno de 99,12%. Além dos valores pagos e cancelados nesse período, ainda resta
saldo a pagar no valor de R$ 599 mil a ser quitado ou cancelado a partir do exercício de 2012,
representando apenas 0,88% do inicialmente inscrito, conforme tabela 32.
Informamos que as despesas empenhadas e não pagas até o final do exercício,
corresponderam a R$ 165,05 milhões, o que significa um acréscimo divida flutuante da SESAB
neste valor, a titulo de Restos a Pagar de 2011, conforme a Tabela 33.
TABELA 32
168
7.4. Outras Dívidas – Despesas de Exercícios Anteriores
As despesas de exercícios anteriores (DEA) são despesas com registro na contabilidade, no
sistema de compensação, no exercício de sua competência, ou seja, na ocorrência do fato
gerador, porém orçadas, empenhadas, liquidadas e pagas em exercícios futuros. Com o
propósito de quitar dívidas com despesas realizadas em DEA (elemento 92) foi inicialmente
programado no orçamento de 2011 recursos na ordem de R$ 1,3 milhões. A fim de regularizar
essa divida, até o final deste quarto trimestre foi necessário o reforço das dotações
TABELA 33
169
orçamentárias para esse elemento despesa em R$ 220,36 milhões, passando ao final desse
trimestre o valor programado para esse elemento para R$ 221,66 milhões.
Durante o primeiro trimestre, além da fonte 30 já existente, foram incluídas dotações de novas
fontes sendo: 00, 47, 80, 81, 82, 83, 84 e 85 na orçamentária FESBA e dotações nas fontes 30,
40 e 61 inseridas na unidade HEMOBA, conforme tabela 34.
Do total atualizado até dezembro R$ 221,66 milhões, foram empenhadas despesas em torno
de R$ 220,6 milhões, o que representa uma execução de 99,52% dos recursos apropriados
para pagar compromissos assumidos em exercícios anteriores, relacionados à: prestação de
serviços (pessoa jurídica); indenizações/restituições; aquisição de material de consumo;
despesas com concessionárias de serviços públicos; aquisição de equipamentos; obras e
instalações, entre outras.
A tabela 34 evidencia esse gasto por unidade orçamentária, estágio da despesa e fonte de
recurso.
TABELA 34
170
O desempenho da despesa empenhada em DEA até o final do 4° trimestre, por fonte de
recurso, utilizada pelas duas unidades orçamentárias da SESAB está evidenciado no gráfico
18. Note-se que grande parte dos recursos aplicados nesse elemento foram executados pelas
fontes 30 e 81 respectivamente, que juntas, representam mais de 78,58% do total empenhado
até dezembro de 2011.
As despesas de exercícios anteriores (DEA) registrada na contabilidade, no sistema de
compensação, ao final do exercício de 2011 corresponde ao valor de R$ 72,77 milhões, que
indica acréscimos da fixação de despesa para o exercício 2012, que poderá provocar o
empenhamento dessas despesas orçamentárias no exercício de 2012 nesta categoria,
conforme quadro abaixo:
GRÁFICO
18 BAHIA, JANEIRO A DEZEMBRO / 2011
DISTRIBUIÇÃO DO GASTO DO ELEMENTO 92 – DESPESAS DE EXERCICIOS
171
7.6. Outros Passivos Financeiros - Depósitos
O Passivo Financeiro compreende os compromissos exigíveis cujos pagamentos independem
de autorização legislativa. É representado pelas Dívidas de Curto Prazo, a chamada Dívida
Flutuante. A movimentação sintética abaixo mostra os Depósitos e as Obrigações em
Circulação como componentes do Passivo Financeiro e aponta um acréscimo de 9,89% do
grupo em relação ao saldo do inicio do exercício, salientamos que este indicativo é em razão
172
da não regularização de pagamentos sobre as folhas de pagamentos até o final do mês de
dezembro/11, conforme demonstração na tabela 35.
TABELA 35
173
8. RECURSOS PARA A MANUTENÇÃO E INVESTIMENTO DA REDE DE SERVIÇOS DE
SAÚDE
Cumprindo a execução orçamentária e financeira programada para esse exercício, o Governo
do Estado, através da Secretaria da Saúde, investiu mais de R$ 3,40 bilhões até dezembro de
2011, incluindo as duas unidades orçamentárias, garantindo assim, as condições
imprescindíveis à manutenção, implantação, expansão e melhoria dos serviços públicos de
saúde oferecida pela Rede Estadual e credenciada ao SUS, bem como efetuando o repasse
dos recursos às unidades gestoras da SESAB e de outras setoriais que compartilham do nosso
orçamento, garantindo assim o pagamento dos servidores e fornecedores desta setorial.
O valor total liquidado pela orçamentária FESBA até o final do quarto trimestre foi de R$ 3,36
bilhões, aproximadamente. Deste, mais de R$ 1,16 bilhões foi aplicado em pessoal e
encargos; cerca de R$ 2,12 bilhões em outras despesas correntes e R$ 77,17 milhões
investidos em despesas de capital, enquanto a Fundação HEMOBA investiu aproximadamente
R$ 40,7 milhões, sendo R$ 15,4 milhões em despesas com pessoal e encargos, em torno de
R$ 23,1 milhões em outras despesas correntes e R$ 2,1 milhões em investimentos, conforme
demonstrado na tabela 36.
Quando comparadas a execução total da despesa liquidada no exercício de 2010 de R$ 3,05
bilhões, com a despesa liquidada no exercício de 2011 de R$ 3,40 bilhões, verifica-se um
acréscimo neste exercício de 354,2 milhões a mais do que no exercício anterior,
correspondente ao percentual de 11,60%, conforme evidenciados na tabela 36. O
detalhamento desse gasto relativo ao exercício de 2011 encontra-se no anexo 10.
174
Fazendo-se comparação da execução da despesa por grupo, considerando a despesa
empenhada, tomando-se como parâmetro os quartos trimestres dos exercícios 2007 a 2011,
verifica-se que as despesas do grupo 4 – Investimentos, nos quartos trimestres dos exercícios
que compreende os anos de 2007 e 2011 tem uma execução aquém das realizadas nos
quartos trimestres 2008, 2009 e 2010. Conforme tabela 37.
Fonte: FESBA/DIFIN/Coordenação de Prestação de Contas/Sicof Gerencial,
É significativo o aumento de recursos que o Governo do Estado vem realizando em todas as
áreas da saúde a partir de 2007. Os dados apresentados no gráfico 19, evidenciam essa
realidade. Para tanto, basta analisar os recursos aplicados nos períodos compreendido entre
TABELA 36
TABELA 37
175
2007 a 2011, onde se verifica um incremento de 71,10% no total da despesa empenhada em
2011, se comparado ao exercício de 2007.
Registre-se o aumento das despesas correntes realizadas no exercício de 2011 em relação
aos exercícios anteriores. Em direção oposta, a despesa de capital que teve uma execução
muito tímida, em razão das limitações impostas pelos Decretos 12.583 de 09 de fevereiro de
2011 e 12.654 de 28 de fevereiro de 2011.
Fonte: FESBA/DIFIN/Coordenação de Prestação de Contas/Sicof Gerencial,
GRÁFICO
19 BAHIA, 2007 - 2011
Comparativo da Execução Trimestral da Despesa Liquidada Por
176
8.1. Rede Própria
Foi aplicado pela Secretaria da Saúde no transcurso do exercício de 2011, recursos no valor
aproximado de R$3,41 bilhões designados para o custeio e manutenção de 78 unidades
gestoras da rede própria sob administração direta, sendo 28 hospitais, 31 diretorias regionais e
outras 19 unidades diversas, entre elas as unidades de emergências e os centros estaduais de
referência, financiados pelas fontes 00, 01, 25, 30, 31, 40, 47, 49, 60, 61, 81, 82, 83, 84 e 85. A
Fundação HEMOBA aplicou aproximadamente cerca de R$ 40,08 milhões, financiados pelas
fontes 00, 30, 40 e 61 e foi descentralizado recursos para outras secretarias no total de R$
32,87 referentes as fontes 00, 01, 30, 40, 47, 61, 80 e 82) conforme demonstrado na tabela
38.
Do total da despesa realizada, R$ 1,24 bilhões foram financiados com recursos transferidos do
FNS – Bloco de Financiamento e Convênios e R$ 2,15 bilhões com recursos do Tesouro
Estadual e R$ 20,68 milhões com recursos da Fundação Hemoba arrecadados diretamente.
Estão incluídas neste valor, gastos com pessoal e encargos dos servidores permanentes e
temporários; contratos de terceirização (Vigilância, limpeza, informática, alimentação, gases
hospitalares, entre outros); contratos de gerenciamento das unidades de saúde sob gestão
indireta; contratação de serviços médicos complementares; despesas de capital (obras,
aquisição de equipamentos e veículos); todas as transferências regulares e voluntárias e
demais despesas realizadas pelo FESBA, assim como, as descentralizações repassadas para
gestoras internas (saúde) ou de outros órgãos governamentais (externas) para custear
despesas correntes e de capital em ações e serviços de saúde.
177
TA
BE
LA
38
178
É pertinente mostrar detalhadamente a execução da despesa de R$ 13,98 milhões,
evidenciando o valor empenhado por cada uma das 31 DIRES, com seus respectivos
percentuais, ainda indicando as fontes de financiamento, conforme tabela 39.
Também achamos conveniente evidenciar detalhadamente a execução da despesa
empenhada de R$ 184,3 milhões, por cada um dos 21 Hospitais, considerando ainda as fontes
de recursos que as financiaram, conforme tabela 40.
TABELA 39
179
8.2. Gestão Plena Estadual
No o final do quarto trimestre do exercício de 2011 foram desembolsados aproximadamente
267,9 milhões destinados ao pagamento de unidades que prestam serviços de saúde ao SUS
(rede credenciada) nos municípios não habilitados na gestão plena do sistema, assegurando à
população baiana o atendimento ambulatorial e hospitalar. A tabela 41 evidencia essa
execução.
TABELA 40
180
Fonte: FESBA/DIFIN/Coord. Pagamentos Coletivos
É oportuno explicar que as oscilações mensais existentes, as vezes aumentando ou diminuindo
o total de um mês para o outro, deve-se a data de recebimento, pelo FESBA do processo de
pagamento enviado pela SUREGS/DICON; portanto, a exemplo o montante informado no mês
de junho não inclui o pagamento do SIA e AIH que estão computados no mês de julho.
8.2.2. Retenção e recolhimento dos prestadores de serviços do SUS
Em relação as retenções e recolhimentos dos impostos e outros consignações compulsórias e
facultativas sobre os pagamentos realizados aos prestadores de serviços do SUS da rede
credenciada, finalizamos o exercício de 2011 com 180 credores, sediados em 94 municípios do
Estado da Bahia com descontos de ISS, IR, INSS, empréstimos e sentenças judiciais.
TABELA 41
181
Com a implantando do sistema de banco de dados criado exclusivamente para gerenciar os
recolhimentos de ISS, observe-se que considerando o saldo advindo do exercício anterior de
R$ 209.8 mil, acrescidos das retenções até o quarto trimestre de R$ 2,1 milhões, totalizando a
movimentação de valores retidos de R$ 2,3 milhões, dos quais recolhemos R$ 1,9 milhões a
várias Prefeituras, restando a recolher RS 343 mil, destacando-se as maiores 05 (cinco)
recebedoras: Itabuna, Barreiras, Camacan, Seabra e Salvador, conforme evidenciado na
tabela 42.
Da mesma forma o IRRF cujo saldo advindo do exercício anterior era de R$ 45.2 mil,
acrescidos das retenções do quarto trimestre de R$ 1,3 milhões, totalizam valores retidos de
R$ 1,4 milhões, os quais recolhemos R$ 1,2 milhões aos cofres públicos do Estado da Bahia,
restando a recolher RS 171 mil também evidenciado na tabela 42.
Vale ainda destacar os descontos dos empréstimos concedidos TCU – Acordão e sentenças
judiciais aplicados sobre os prestadores de serviços do SUS, no montante R$ 13,7 milhões, R$
14 mil e R$ 74 mil, respectivamente, deduzidos dos valores brutos devidos aos mesmos,
também evidenciado na tabela 42.
Registre-se que os recolhimentos de ISS são recursos transferidos aos municípios, e, conforme
disposição do art. 156, III, da Constituição Federal e art. 6º, III da Emenda Constitucional nº
29/00, esta receita tem vinculação de 15% para a aplicação em despesas com saúde.
TABELA 42
182
8.2.3 Recolhimento glosas dos prestadores de serviços do SUS
A Coordenação de Pagamentos Coletivos intensificou e melhorou a identificação destes
processos e até o final deste quarto trimestre de 2011, já fez retornar ao cofre público estadual
o montante de R$ 769,71 mil, conforme tabela 43.
8.3. Gestão Terceirizada
Durante o exercício de 2011 a SESAB realizou despesas em torno de R$ 498,4 milhões para
administração das 18 unidades hospitalares e ambulatoriais da rede própria que estão sob
gestão terceirizada. Destas, seis estão localizadas em Salvador: Hospital do Subúrbio,
Maternidade de Referência - Prof José Maria de Magalhães Neto, Hospital São Jorge, Hospital
Eládio Laserre, Hospital Prof. Carvalho Luz e a Unidade de Emergência de São Caetano; e
outras 12 unidades situadas no interior do estado: Hospital do Oeste, Hospital de Juazeiro,
Hospital de Santo Antônio de Jesus, Hospital Santa Tereza, Hospital Eurídice Santana,
Hospital de Castro Alves, HLEM de Mairi e Porto Seguro, Hospital Regional Dantas Bião,
Hospital de Ibotirama e o Hospital de Itaparica. Do universo de unidades de saúde que
atualmente encontram-se sob gestão indireta, sete são geridas por Organizações Sociais
devidamente habilitadas, e onze são administradas por empresas especializadas. O anexo 27
evidencia o detalhamento dessas despesas.
TABELA 43
183
8.4. Programa Sua Nota é Um Show de Solidariedade
O Programa de Educação Fiscal – Sua Nota é um Show de Solidariedade é coordenado pela
SEFAZ em parceria com outras secretarias de governo. A implantação dessa ação resultou na
premiação de recursos financeiros repassados às instituições filantrópicas de saúde e
assistência social. O resultado obtido foi a melhoria na infra-estrutura dessas instituições
através da aquisição de equipamentos e materiais permanentes, realização de obras, reformas
e ampliações de instalações, aquisições de bens duráveis e de consumo, compatíveis com as
atividades desenvolvidas pelas mesmas, melhorando assim a qualidade de vida de milhares de
baianos e ao mesmo tempo estimulando o exercício da cidadania, pelo simples ato de solicitar
a nota e/ou cupom fiscal das compras e serviços adquiridos pelo contribuinte.
No 4º trimestre de 2011, foram beneficiados com a liberação dos recursos do Programa Sua
Nota é um Show de Solidariedade, 27 Instituições, contemplando 25 municípios, com um total
de R$ 1.044.515,11, conforme tabela anexa.
A aquisição de equipamentos continua sendo a preferência da maioria das instituições,
conforme demonstrativo anexo.
Com o objetivo de verificar a aplicação dos recursos repassados, realizamos visita técnica as
Instituições: Santa Casa de Misericórdia de Nazaré, Santa Casa de Misericórdia de Cachoeira,
Hospital e Maternidade de Santo Amaro, Hospital São José, Hospital São Bernardo.
Encontra-se com prestação de contas em atraso as instituições: Santa Casa de Misericórdia
de Itapetinga, Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Ilhéus e Associação de Proteção a
Maternidade e a Infância de Castro Alves, já notificadas.
Estão com pendências na prestação de contas as Instituições: Santa Casa de Misericórdia de
Conceição do Almeida e Associação Assistencial de Xique-Xique – Hospital Julieta Viana.
184
A 25ª etapa, 2ª fase, da Campanha Sua Nota é um Show de Solidariedade, referente ao
período 01 de maio a 31 de agosto de 2011, 30 instituições participaram e todas apresentaram
os planos de trabalho/planos de aplicação dentro do prazo estabelecido.
Cadastrada mais uma instituição o Hospital Humberto Castro Lima, com participação prevista
para 26ª etapa.
Durante o exercício de 2011, o Governo do Estado, através da SESAB, aplicou nesse
Programa quase R$ 3,73 milhões, beneficiando 14 instituições no primeiro trimestre, 22
instituições no segundo trimestre, 23 instituições no terceiro trimestre e 27 neste quarto
trimestre. Do total aplicado pelas entidades beneficiadas, cerca de 67,37% foram utilizados
para aquisição de equipamentos; 14,70% para aquisição de medicamentos e penso; 25,37%
para quitação de contas de água e luz e 3,56% aplicados em reformas, conforme evidenciado
na tabela 44 e anexo 28.
185
TABELA 44
186
9. TRANSFERÊNCIA FUNDO A FUNDO
9.1. Incentivos
Até este quarto trimestre foram transferidos R$ 78,68 milhões a vários fundos municipais
habilitados a receberem incentivos estaduais para custeio do SAMU; manutenção de equipes:
Agentes Comunitários de Saúde e Programa de Saúde na Família e manutenção de Hospitais
de Pequeno Porte, conforme tabela 45.
Fonte: FESBA/DIFIN/Coord. Pagamentos Coletivos
9.2. Outras Transferências
A SESAB/FESBA transferiu aos municípios da Bahia, até dezembro/2011, o valor de R$ 91,3
milhões; R$ 1,8 milhões à União e outros R$ 6,43 milhões foram destinados à instituições
TABELA 45
187
privadas sem fins lucrativos (entidades filantrópicas), nas modalidades 20, 40, 41 e 50,
evidenciados no anexo 12.
9.3. Fundos Municipais com CNPJ próprios
A partir da edição do Decreto Federal 1.232/94, as transferências fundo a fundo foram
instituídas no âmbito do SUS, como modalidade preferencial de repasse de recursos financeiro
entre os entes federados. Na Bahia esse fato somente é concretizado a partir da publicação do
Decreto Estadual 10.334 de 17 de Abril de 2007, porém, teve como principal obstáculo à
época, inexistência de fundos de saúde na grande maioria dos municípios baianos.
Para apoiar os municípios a superar essa dificuldade; ou seja, viabilizar as transferências fundo
a fundo no Estado, o Fundo Estadual de Saúde - FESBA, através de sua Diretoria Financeira -
DIFIN, vem trabalhado desde então no intuito de fortalecer os fundos municipais de saúde, por
isso vem realizando vários eventos, e desde o ano de 2008 tem representação constante nas
reuniões dos colegiados microrregionais, com pauta específica para falar sobre a organização
dos fundos e alimentação do SIOPS, conforme determina a legislação do SUS. Em 2010 foram
realizadas oficinas, contemplando 126 municípios. No primeiro semestre de 2011 houve
realização de oficinas.
Atualmente todos os Fundos Municipais de Saúde do estado da Bahia estão inscritos no CNPJ
na condição de matriz e natureza contábil de Fundo Publico. O desafio agora é consolidar a
gestão desses fundos e a alimentação na estrutura das SMS sob a liderança dos respectivos
Secretario Municipal de Saúde.
10. REPASSES PARA HOSPITAIS DE REFERÊNCIA DO SUBSISTEMA DE VIGILÂNCIA
EPIDEMIOLÓGICA
O FESBA vem cumprindo o que determina a Portaria nº 2.031/07 do secretário estadual de
saúde, transferindo recursos através da atividade 2494 – Vigilância Epidemiológica de Doenças
188
e Agravos, destinados aos hospitais filantrópicos de referência do Subsistema de Vigilância
Epidemiológica, conforme demandado pela Superintendência de Vigilância à Saúde, até o
quarto trimestre de 2011 foi transferido o montante de R$ 126 mil, conforme tabela 46.
11. SIOPS – SISTEMA DE INFORMAÇÕES DE ORÇAMENTOS PÚBLICOS DE SAÚDE
O Núcleo Estadual de Apoio ao SIOPS funciona nas dependências do Fundo Estadual de
Saúde – FESBA, e sua ação principal está voltada ao acompanhamento, apoio e orientação
aos 417 municípios da Bahia, dando-lhes o suporte necessário à alimentação e transmissão
dos dados referentes às despesas com ações e serviços públicos de saúde para que esses
adequadamente demonstrem o cumprimento do percentual mínimo instituído pela EC-29 de
2000. Essa estratégia visa atenuar a dependência desses entes, em relação às empresas de
assessoria contábil, atribuindo assim, mais autonomia aos gestores municipais.
Com uma atuação sistemática no apoio aos municípios baianos, o Núcleo, que conta com uma
Câmara Técnica de avaliação e instrução, tem expressiva atuação na promoção de
mecanismos que visam cada vez mais intensificar a participação dos nossos municípios na
alimentação do sistema. Pelo seu desempenho, no que tange ao suporte técnico aos gestores
municipais, vem obtendo o reconhecimento por parte da Coordenação Nacional do SIOPS,
TABELA 46
189
colocando a Bahia entre os estados mais atuantes em relação á alimentação do Sistema
SIOPS desde a sua implantação até a presente data.
Sendo uma das principais atribuições do Núcleo Estadual, o acompanhamento e
monitoramento dos 417 municípios baianos na alimentação e transmissão do SIOPS, a tabela
47 demonstra a situação atual desses municípios. A transmissão dos dados relativos aos
exercícios de 2007 e 2008 não sofreu alteração, entretanto os dados informados até o término
dos exercícios de 2009 e 2010, sofreram alterações neste quarto trimestre de 2011, em relação
as informações constantes do relatório anual de 2010.
O FESBA/SIOPS mantém contato contínuo com os gestores dos municípios que ainda estão
em débito com a transmissão do SIOPS para que esses procedam à devida atualização dos
dados relativos aos semestres pendentes, como forma de dar cumprimento à Lei
Complementar 101/2000 e tornar possível o acompanhamento por parte dos membros do CES,
e toda sociedade. Os municípios que deixaram de transmitir qualquer período até o primeiro
semestre de 2011, foram comunicados e/ou notificados, modificando a situação demonstrada
em dezembro de 2010.
Até este quarto trimestre de 2011, apenas 3 municípios não regularizaram a situação de
regularização de autenticação e transmissão do SIOPS de 2009, Candeal, Gongogi e Ubatã,
409 regularizaram a autenticação e transmissão relativa ao exercício de 2010, restando 08 a
cumprir a legislação, conforme quadro abaixo, identificando os Município e a DIRES de
jurisdição:
TABELA 47
190
MUNICIPIO DIRES
AURELINO LEAL (7ª)
BIRITINGA (12ª)
GONGOGI (7ª)
GUAJERU (19ª)
NOVO TRIUNFO (11ª)
OUROLÂNDIA (16ª)
SEABRA (27ª)
UBATÃ (7ª)
No primeiro semestre foi realizada a 1ª reunião da Câmara Técnica do SIOPS, sessão solene
de abertura do calendário de 2011 que teve como palestrantes, César Augusto Frantz do
Ministério da Saúde com o tema “Monitoramento e Controle no SIOPS dos Recursos do SUS
em Ações e Serviços de Saúde, na Forma de Blocos de Financiamento” e os técnicos André
Santos Andrade e Daniel de Matos Brito Santos, representantes do Fundo Estadual de Saúde
de Sergipe, que apresentaram as experiências obtidas pelo FES-SE em relação a autonomia
dos recursos do SUS.
Ao longo da gestão 2007-2011, o FESBA, através do Núcleo Estadual realizou e se fez
participar de vários eventos onde a temática fosse o SIOPS e/ou Fortalecimento do Fundo
Municipal de Saúde/SUS. Nessas ações programadas foram capacitados em 2010 1.092
técnicos da área de saúde das três esferas de governo. Em 2011 foram realizados eventos de
capacitação do SIOPS e FMS nos CGRMs de Itaberaba, Alagoinhas, Juazeiro e Paulo Afonso
envolvendo técnicos municipais, conforme tabela 48.
191
O anexo 29 apresenta os indicadores estaduais do SIOPS 2004 a 2010.
TABELA 48
192
Considerações finais
O objetivo maior da gestão do sistema único de saúde é garantir ao cidadão acesso as ações e
serviços de saúde, de forma integral, gratuita, igualitária e equânime. Neste contexto, o
governo do Estado da Bahia, através do FESBA apresenta este relatório, descrevendo as
ações desenvolvidas no período de janeiro a dezembro de 2011, assegurando assim o direito
da população às informações de uma gestão colegiada, participativa e solidária.
O FESBA é o órgão responsável pela consolidação dos dados da execução orçamentária e
financeira da Secretaria Estadual de Saúde, incluindo aí as duas unidades orçamentárias: o
próprio FESBA (Administração Direta) e a Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia -
HEMOBA (Administração Indireta), e, consequentemente, pela elaboração das prestações de
contas encaminhadas trimestralmente aos órgãos de controle interno, externo e social.
Portanto, este relatório, elaborado pelo FESBA, apresenta a prestação de contas dos recursos
recebidos e aplicados em ações e serviços de saúde no período de janeiro a dezembro de
2011, submetido à análise e aprovação do Conselho Estadual de Saúde, no desempenho do
seu exercício Constitucional de fiscalização e acompanhamento dos recursos públicos
aplicados nas ações do Sistema Único de Saúde - SUS, conforme recomenda a legislação
pertinente e vigente.
Não obstante esse esforço inicial em disponibilizar neste documento, as informações com a
amplitude desejada, é importante salientar a esse colegiado a total disposição da equipe
técnica deste FESBA para suprir possíveis lacunas relacionadas ao produto deste trabalho, em
quaisquer que sejam os itens que eventualmente signifiquem prejuízos ao bom entendimento
dos dados apresentados neste relatório.
193
LISTA DE TABELAS
TABELA 01 APLICAÇÃO DA EMENDA CONSTITUCIONAL – EC 29 19
TABELA 02 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA CONSOLIDADO POR LINHA DE AÇÃO
20
TABELA 03 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA POR PROGRAMA DA LINHA DE AÇÃO DA GESTÃO DEMOCRÁTICA,SOLIDÁRIA E EFETIVA DO SUS, 2011
22
TABELA 04 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA POR PROGRAMA DA LINHA DE AÇÃO DA GESTÃO DO TRABALHO E DA EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE, 2011
30
TABELA 05 PROFISSIONAIS CONVOCADOS – CONCURSO PÚBLICO 33
TABELA 06 PROFISSIONAIS DE NÍVEL MÉDIO QUALIFICADOS – EFTS 38
TABELA 07 EVOLUÇÃO DOS GASTOS DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE 40
TABELA 08 AÇÕES DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA ESTADUAL 47
TABELA 09 TRABALHADORES POTENCIALMENTE BENEFICIADOS – RENAST, 2009 – 2011.
50
TABELA 10 CONTROLE DE QUALIDADE DA ÁGUA, 2009 - 2011 50
TABELA 11 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA POR PROGRAMA DA LINHA DE AÇÃO DA ATENÇÃO À SAÚDE COM EQUIDADE E INTEGRALIDADE
53
TABELA 12 PROCEDIMENTOS POR ESPECIALIDADE – REDES ESPECIALIZADAS DE ALTA COMPLEXIDADE
60
TABELA 13 PROGRAMA DE TRIAGEM NEONATAL, 2002 – 2011 71
TABELA 14 EQUIPAMENTOS ADQUIRIDOS, 2011 91
TABELA 15 PLANO DE APLICAÇÃO DOS RECURSOS, 2011 125
TABELA 16 MODIFICAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS, 2011 126
TABELA 17 VARIAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS POR FONTE, 2011 127
TABELA 18 DEMONSTRATIVO DA RECEITA REALIZADA, 2011 129
TABELA 19 REPASSE MS/FNS – POR BLOCO DE FINANCIAMENTO 130
TABELA 20 DEMONSTRAÇÃO DOS RENDIMENTOS DE APLICAÇÃO FINANCEIRA
131
194
TABELA 21 DEMONSTRAÇÃO DE ARRECADAÇÃO DE OUTRAS RECEITAS CORRENTES
131
TABELA 22 DEMONSTRAÇÃO DA EXECUÇÃO DA DESPESA 134
TABELA 23 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA POR FONTE DE RECURSO 135
TABELA 24 DEMONSTRAÇÃO DA EXECUÇÃO DA DESPESA EMPENHADA 137
TABELA 25 DESPESAS COM AÇÕES DE APOIO ADMINISTRATIVO – FONTE DE RECURSO
139
TABELA 26 DESPESAS COM AÇÕES DE APOIO ADMINISTRATIVO – POR PROGRAMA
140
TABELA 27 DESPESAS COM AÇÕES DE SAÚDE PELAS COMPARTILHADAS – POR FONTE
141
TABELA 28 DESPESAS COM AÇÕES DE SAÚDE PELAS COMPARTILHADAS – POR PROGRAMA
142
TABELA 29 CONVÊNIOS ESTADUAIS - DESEMBOLSO POR AÇÃO 158
TABELA 30 COMPARATIVO DA DESPESA COM MATERIAL DE CONSUMO POR SUB-ELEMENTO
164
TABELA 31 SALDOS DAS CONTAS BANCÁRIAS DA ORÇAMENTÁRIA FESBA 166
TABELA 32 DEMONSTRATIVO DA MOVIMENTAÇÃO DA DÍVIDA INSCRITA EM RESTOS A PAGAR 2010
167
TABELA 33 DEMONSTRATIVO DA MOVIMENTAÇÃO DA DÍVIDA INSCRITA EM RESTOS A PAGAR 2011
168
TABELA 34 DEPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES – RECURSOS DESTINADOS AO PAGAMENTO POR FONTE
169
TABELA 35 MOVIMENTAÇÃO DO GRUPO DE CONTAS A TÍTULO “DEPÓSITOS” DO FESBA
172
TABELA 36 COMPARATIVO DA EXECUÇÃO DA DESPESA POR GRUPO 174
TABELA 37 COMPARATIVO DA EXECUÇÃO DA DESPESA POR GRUPO – 2007 A 2011
174
TABELA 38 DEMONSTRAÇÃO DA EXECUÇÃO – UNIDADES GESTORAS POR FONTE
177
TABELA 39 DEMONSTRAÇÃO DA EXECUÇÃO – DIRES POR FONTE 178
TABELA 40 DEMONSTRAÇÃO DA EXECUÇÃO – HOSPITAIS POR FONTE 179
195
TABELA 41 RECURSOS APLICADOS NA GESTÃO PLENA - REDE CREDENCIADA
180
TABELA 42 RETENÇÕES E RECOLHIMENTOS DOS PRESTADORES DO SUS 181
TABELA 43 ACOMPANHAMENTO DE GLOSAS EFETUADAS PELO FESBA 182
TABELA 44 RECURSOS APLICADOS - PROGRAMA SUA NOTA É UM SHOW 185
TABELA 45 TRANSFERÊNCIAS FUNDO A FUNDO / CONTRAPARTIDA ESTADUAL
186
TABELA 46 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGIGA 188
TABELA 47 ALIMENTAÇÃO E TRANSMISSÃO DO SISTEMA SIOPS 189
TABELA 48 NÚMERO DE TÉCNICOS CAPACITADOS PELO SIOPS 191
196
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 01 RECURSOS APLICADOS EM SAÚDE, 2007 – 2011 18
GRÁFICO 02 ATENDIMENTOS REALIZADOS PELA CENTRAL ESTADUAL DE REGULAÇÃO - CER
28
GRÁFICO 03 RESIDENTES EM FORMAÇÃO PELA SESAB 37
GRÁFICO 04 PRODUÇÃO DO LACEN 51
GRÁFICO 05 INCENTIVO FINANCEIRO DA SAÚDE DA FAMÍLIA
55
GRÁFICO 06 NÚMERO DE EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA E SAÚDE BUCAL IMPLANTADAS, 2007 – 2011
55
GRÁFICO 07 TRANSPLANTES REALIZADOS 63
GRÁFICO 08 INTERNAÇÃO HOSPITALAR DA REDE PROPRIA - GESTÃO DIRETA E INDIRETA, 2008 – 2011
65
GRÁFICO 09 CAPS EM FUNCIONAMENTO 74
GRÁFICO 10 CONCESSÕES DE ÓRTESES, PRÓTESES, MEIOS AUXILIARES DE LOCOMOÇÃO E BOLSAS OSTOMIAS – Cepred, 2006 – 2011
75
GRÁFICO 11 RECURSOS APLICADOS NA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA, 2006 – 2011
77
GRÁFICO 12 ATENDIMENTOS REALIZADOS – REDE BAIANA DE FARMÁCIA POPULAR, 2007 - 2011
80
GRÁFICO 13 RECURSOS APLICADOS NA FUNDAÇÃO HEMOBA, 2007 – 2011 82
GRÁFICO 14 COLETA E PRODUÇÃO DE HEMOCOMPONENTES DA HEMORREDE, 2007 – 2011
84
GRÁFICO 15 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA POR FONTE DE RECURSO 136
GRÁFICO 16 PERCENTUAL DA SITUAÇÃO DOS CONVÊNIOS FEDERAIS CELEBRADOS 146
GRÁFICO 17 EVOLUÇÃO DO GASTO DO ELEMENTO 30 – MATERIAL DE CONSUMO 163
GRÁFICO 18 DISTRIBUIÇÃO DO GASTO DO ELEMENTO 92 – DESPESAS DE EXERCICIOS 170
GRÁFICO 19 COMPARATIVO DA EXECUÇÃO TRIMESTRAL DA DESPESA LIQUIDADA POR GRUPO 175
197
LISTA DE QUADROS
QUADRO 01 - COMPROMISSOS POR LINHA DE AÇÃO DA SESAB 07
QUADRO 02 - PROGRAMAS DO PLANO PLURI-ANUAL 2008 – 2011 POR COMPROMISSO DA MATRIZ ESTRATÉGICA DO SUS – BAHIA
08
QUADRO 03 - FONTE DE RECURSOS UTILIZADOS PELA SESAB 10
QUADRO 04 - QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL – EESP 36
QUADRO 05 - INTERVENÇÕES NA REDE PRÓPRIA ESTADUAL – EXPANSÃO E MELHORIA
88
QUADRO 06 - CONVÊNIOS PRESTADOS CONTAS E EM FASE FINAL 145