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RELATÓRIO ANUAL 2017 50 anos pelo desenvolvimento do Brasil

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    RELATRIO ANUAL 2017

    50 anos pelo desenvolvimento do Brasil

  • 04 APRESENTAO

    06 MENSAGEM DO PRESIDENTE

    P A R T E I

    10 DINMICA DO SETOR BANCRIO 2017

    14 Cenrio econmico

    15 Crdito

    16 Juros e spread

    17 Taxa de inadimplncia e endividamento

    18 Captao de recursos

    19 Margem de juros (crdito e ttulos)

    20 Resilincia do setor bancrio ndice de Basileia

    P A R T E I I

    22 A FEBRABAN

    25 Misso, viso e valores

    25 Principais produtos e servios

    26 Planejamento estratgico

    27 Pblicos de relacionamento

    28 Parcerias e compromissos

    29 Dilogos com a sociedade

    30 50 anos da FEBRABAN

    31 GOVERNANA

    31 Estrutura de governana

    34 Capital humano

    38 Eficincia no uso de recursos

    76 SUMRIO DE CONTEDO DA GRI

    79 CRDITOS

    40 DESTAQUES INSTITUCIONAIS 2017

    40 Planos econmicos

    41 Regulao prudencial, riscos e economia

    44 Estudos sobre o setor bancrio

    46 Autorregulao

    48 Ambiente regulatrio

    49 Ambiente de crdito

    53 Ambiente operacional

    55 Relacionamento com clientes

    58 Relaes trabalhistas

    61 Novas tecnologias

  • 62 RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

    63 Economia Verde e novos negcios

    66 Publicaes FEBRABAN 2017

    SFN e a Economia Verde

    70 Programas de responsabilidade

    socioambiental

    72 INSTITUTO FEBRABAN DE EDUCAO (INFI)

    73 Educao corporativa

    73 Educao financeira

    74 Prmio INFI-FEBRABAN de Economia Bancria

    74 Certificao

  • ESTE RELATRIO, DIVIDIDO EM DUAS PARTES, TRAZ OS DESTAQUES DO SETOR BANCRIO EM 2017 E AS PRINCIPAIS ATIVIDADES DA FEBRABAN QUE CONTRIBURAM COM O FORTALECIMENTO DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL (SFN)

    A P R E S E N T A O

    RELATRIO ANUAL 20174

  • A Federao Brasileira de Bancos (FEBRABAN) publica, pelo dcimo ano consecutivo, seu relatrio anual e tem como inspirao as diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI). A edio 2017 foi elaborada com base na GRI Standards. Os indicadores aqui relatados se referem apenas FEBRABAN e no ao seu setor de atuao, a no ser quando indicado o contrrio. GRI 102-52 | 102-54

    Esta edio traz o desempenho da FEBRABAN e de suas atividades relativas ao exerccio de 1 de janeiro a 31 de dezembro de 2017. O documento referente ao exerccio de 2016 foi publicado em 2017. GRI 102-50 | 102-51

    Para a definio do contedo deste relatrio, a FEBRABAN tomou como base temas priorizados em seu Planejamento Estratgico de 2017, os quais refletem demandas, desafios e expectativas dos representantes das instituies financeiras associadas, bem como assuntos de interesse de seus demais stakeholders. GRI 102-6 | 102-46

    Entre esses temas, destacam-se planos econmicos, regulao prudencial, autorregulao bancria, imagem pblica do setor, relaes trabalhistas, impactos da revoluo digital, melhoria do ambiente de crdito, relacionamento com clientes, responsabilidade socioambiental e outros aspectos relevantes para a atuao da FEBRABAN no atendimento s demandas de seus diversos stakeholders (indicados na pgina 27). GRI 102-40 | 102-44 | 102-46 | 102-47

    A FEBRABAN tambm mantm engajamento contnuo com seus stakeholders por meio de suas reas estratgicas e de seus canais de atendimento, entre eles o Fale Conosco e a Central Conte Aqui, e busca sempre aprimorar servios e avaliar os impactos nas atividades de seus pblicos prioritrios. GRI 102-42 | 102-43 | 103-2

    Este relatrio apresenta inicialmente os principais destaques do setor bancrio e contm dados de operaes de crdito, transaes com cartes, captao de recursos, investimentos em tecnologia, entre outros, que demonstram a solidez financeira e a competncia na gesto de riscos das instituies.

    Posteriormente, este documento aborda o perfil organizacional, a estrutura de governana e as principais aes institucionais da Federao Brasileira de Bancos, bem como as atividades de responsabilidade socioambiental e do Instituto FEBRABAN de Educao (INFI).

    Em relao ao relatrio anterior, ressalta-se que no houve reformulaes de informaes de escopo e limites de tpicos materiais nem qualquer alterao quanto estrutura organizacional da FEBRABAN, bem como em sua cadeia de fornecedores. GRI 102-10 | 102-48 | 102-49

    Dvidas, comentrios, sugestes ou crticas relacionados a este documento podem ser encaminhados para o e-mail [email protected]. GRI 102-53

    Na pgina 74, encontra-se o sumrio de contedo da GRI. GRI 102-55

    5APRESENTAO

    http://[email protected]

  • M E N S A G E M D O P R E S I D E N T E G R I 1 0 2 - 1 4

    A FEBRABAN ORGULHA-SE DE TER PARTICIPAO EM EPISDIOS DECISIVOS DA HISTRIA DO BRASIL

    RELATRIO ANUAL 20176

  • Em 2017, mais precisamente no dia 9 de novembro, a FEBRABAN completou meio sculo de existncia. So 50 anos de histria de bons servios prestados ao Pas, sociedade brasileira e ao setor bancrio. Durante esse perodo, o Brasil passou por altos e baixos, por momentos de entusiasmo e de pessimismo. Em todos eles, os bancos tiveram um papel importante.

    Esse foi um ano em que o Brasil comeou a se recuperar de uma das mais profundas e longas recesses de sua histria econmica. No ltimo trimestre de 2017, a economia cresceu a uma taxa de 2,2%. As estimativas do PIB para 2018 apontam para crescimento entre 2,5% e 3%.

    Para 2018, o mercado espera aumento na oferta de crdito e queda nos juros, no spread bancrio e na inadimplncia. A pesquisa mais recente da FEBRABAN, com 26 associadas, registrou expectativa de aumento de 3,9% na carteira de crdito total, impulsionado pelos emprstimos a pessoas fsicas, com elevao em torno de 8,3%. No caso dos emprstimos com recursos livres para pessoas jurdicas, o crdito deve crescer 4%.

    Em 2017, as taxas de juros nos emprstimos do crdito livre s pessoas fsicas e s empresas caram, respectivamente, 14,8 e 7,1 pontos percentuais. Assim, no total, tiveram queda de 10,6, mais do que a variao da Selic, que foi reduzida em 7,25 pontos percentuais.

    Embora os juros tenham cado mais do que a Selic em pontos percentuais, ainda esto em patamares elevados. Isso porque a Selic apenas um dos componentes da taxa de juros final ao consumidor, e no o mais importante. A queda sustentvel das taxas de juro depende de um conjunto de fatores, entre os quais os custos associados inadimplncia e aos custos operacionais, tributrios e regulatrios. Para exemplificar, os custos da inadimplncia no Brasil so quatro vezes maiores e os custos tributrios, 50% mais elevados do que a mediana dos custos de um conjunto de pases relevantes analisados pela empresa de consultoria Accenture. O somatrio desses custos impostos atividade de crdito no Pas, segundo estatsticas do Banco Central, chega a 75% do spread bancrio.

    Os bancos esto adotando medidas, nas suas esferas de competncia, para reduzir custos e assim baixar os juros e os spreads bancrios. Porm, as medidas de maior impacto, como melhorar a recuperao de garantias oferecidas por emprstimos, simplificar e reduzir a intrincada tributao, bem como aprimorar as informaes sobre clientes, dependem de uma ao conjunta de toda a sociedade, que envolve instituies, reguladores, governo, Congresso Nacional e Judicirio.

    Continuamos na liderana dos esforos de modernizao tecnolgica, aumentando eficincia, qualidade, comodidade e segurana dos servios que prestamos aos nossos clientes. Entre as iniciativas recentes adotadas pelo setor bancrio, destaca-se a nova plataforma de cobrana de boletos, que fortaleceu o combate a fraudes e aumentou as convenincias para os clientes. O resultado dos investimentos em tecnologia, inclusive em termos de comodidade para os usurios e consumidores dos servios e produtos bancrios, visvel no aumento das transaes via mobile banking (os aplicativos para celular), que superaram aquelas realizadas pelos canais tradicionais de atendimento.

    GRI 102-14

    MENSAGEM DO PRESIDENTE 7

  • Assim como se preocupa com o bem-estar e satisfao de seus clientes, o setor d ateno especial queles que tornam isso possvel: os colaboradores que trabalham nos bancos. Nossa Conveno Coletiva um bom exemplo de entendimento entre trabalhadores e empregadores praticada h mais de 20 anos sem nenhuma interveno estatal, gerou bons salrios para os bancrios, bem maiores do que o salrio mdio do Pas, longos perodos de permanncia no emprego (em mdia dez anos), participao nos lucros e muitas outras vantagens no previstas em lei. Acreditamos que a nova Lei Trabalhista vai ajudar o Pas a criar mais e melhores empregos, aumentar a produtividade e reduzir a informalidade e a litigiosidade. A reforma preserva os direitos previstos na Constituio e na Consolidao das Leis do Trabalho (CLT) e, ao mesmo tempo, d a empregadores e empregados a possibilidade de negociar novas relaes de trabalho que sejam mais adequadas para ambas as partes.

    Um importante desafio para o Pas enfrentar a reforma da Previdncia, essencial para reduzir privilgios e desequilbrios, principalmente para conter o aumento da dvida pblica e abrir espao ao investimento pblico e ao custeio das despesas necessrias em reas fundamentais, como a educao, a segurana e a sade.

    O ano de 2017 foi mais um perodo de intenso trabalho do setor na cooperao entre as instituies financeiras e as autoridades responsveis pelo combate lavagem de dinheiro. Os bancos continuam como a principal fonte de comunicaes de suspeitas e irregularidades na movimentao de dinheiro ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), com bom aproveitamento dessas informaes: 17% dessas comunicaes transformaram-se em abertura de investigao. Para tanto, os bancos empregam recursos tecnolgicos de altssima qualidade, adotam regras rgidas de controle e contratam profissionais cada vez mais qualificados e atentos.

    Outro destaque na atuao da FEBRABAN e dos bancos foi o acordo, assinado em dezembro de 2017, para solucionar as demandas sobre os Planos Vero, Bresser e Collor II. Esse acordo trar benefcios para a sociedade brasileira, o sistema judicial, os poupadores e os bancos. As demandas sobre esses planos econmicos so o caso maior e mais complexo em tramitao no Judicirio brasileiro. Envolveram, aproximadamente, 1 milho de aes individuais e cerca de mil aes civis pblicas.

    Para a sociedade brasileira, o acordo alcanado demonstra que a mediao e a conciliao so melhores mecanismos para resolver conflitos do que as disputas judiciais. Outro importante benefcio para todos o reconhecimento, no acordo, de que a legislao que editou esses planos, seguida fielmente pelos bancos, constitucional. O acordo traz principalmente uma resposta efetiva a centenas de milhares de poupadores, que h longo tempo esperam soluo adequada para suas demandas.

    GRI 102-14

    8 RELATRIO ANUAL 2017

  • Para os bancos, o principal benefcio foi a possibilidade de eliminar um risco potencial grave gerado por essas demandas, j que o acordo tem a capacidade de encerrar as aes civis pblicas no prescritas ainda em tramitao e que poderiam servir de veculo para que mais pessoas ingressassem na Justia.

    Em 2017, o setor tambm avanou em pontos importantes de seu compromisso com os consumidores de produtos e servios bancrios. Aproveitamos para destacar o importante papel dos ouvidores, na mediao e na resoluo de conflitos e como indutores de mudanas nas respectivas instituies financeiras.

    Alm de fortalecer as ouvidorias dos bancos, por meio de um acordo de cooperao com a Secretaria Nacional do Consumidor do Ministrio da Justia, a FEBRABAN, em reconhecimento pela efetividade e o alcance do site consumidor.gov.br, anunciou seu compromisso em usar essa plataforma oficial para a mediao de conflitos que envolvam suas associadas.

    Foi um ano de aniversrios. No ano em que comemoramos 50 anos de atuao da FEBRABAN, celebramos tambm dez anos de realizao do Caf com Sustentabilidade. Desde o passo inicial em 2007, reunimos mais de 2.500 pessoas, inspiradas por mais de 140 palestrantes, para debater uma lista extensa de assuntos. Sensibilizamos executivos de bancos e outros membros da sociedade civil para estimular o desenvolvimento de princpios e estudos sobre a sustentabilidade aplicada atividade bancria. Os temas ligados sustentabilidade tm papel cada vez mais relevante nas decises de autoridades, consumidores e investidores, permitem minimizar riscos e criam oportunidades de negcio.

    No foi pouco o que conseguimos nesses 50 anos de trabalho representando um setor sem o qual no h consumo, produo e investimento sustentveis. Ainda temos muito a fazer. No conseguiramos alcanar os sucessos j obtidos sem a atuao decidida dos lderes dessa indstria e dos dirigentes que moldaram o setor, que trouxeram sua experincia executiva e sua capacidade de vencer os grandes desafios. As conquistas que alcanamos, a coragem e o otimismo para enfrentar as incertezas do futuro no seriam possveis sem contar com a capacidade de uma das categorias profissionais mais qualificadas do mercado brasileiro, a dos bancrios.

    Nosso setor e a FEBRABAN, ao encerrar mais um ano de intensa atividade, reafirmam o compromisso de continuar contribuindo de forma decidida para construir um Brasil mais rico, mais justo, mais democrtico e mais sustentvel.

    Confira, ao longo desta publicao, os detalhes de nossas estratgias e iniciativas de 2017.

    Murilo Portugal

    GRI 102-14

    9MENSAGEM DO PRESIDENTE

  • P A R T E I

    DINMICA DO SETOR BANCRIO 2017

    CENRIO ECONMICO

    CRDITO

    JUROS E SPREAD

    TAXA DE INADIMPLNCIA E ENDIVIDAMENTO

    CAPTAO DE RECURSOS

    MARGEM DE JUROS (CRDITO E TTULOS)

    RESILINCIA DO SETOR BANCRIO NDICE DE BASILEIA

  • 478,8

    2014

    504,5

    2015

    541,6

    2016

    595,6

    2017

    21,5

    2014

    19,2

    2015

    18,6

    2016

    19,5

    2017

    PATRIMNIO LQUIDO DO SETOR BANCRIO (R$ BILHES)*

    65,8

    2014

    82,8

    2015

    64,8

    2016

    82,9

    2017

    LUCRO LQUIDO DO SETOR BANCRIO (R$ BILHES)*

    2017

    13,90

    2014

    14,10

    2015

    15,37

    2016

    11,30

    R$ 3,09 TRI 13,4 BI

    OPERAES DE CRDITO (R$ TRILHES) TRANSAES COM CARTES DE CRDITO E DBITO (BILHES)

    3,02

    2014

    3,21

    2015

    3,10

    2016

    3,09

    2017

    10,3

    2014

    11,4

    2015

    12,4

    2016

    13,4

    2017

    INVESTIMENTO EM TECNOLOGIA (R$ BILHES)

    RETORNO SOBRE PATRIMNIO LQUIDO DO SETOR BANCRIO (%)

    * Valores revistos para critrios de segmentao B1 e B2 do BACEN.

    * Valores revistos para critrios de segmentao B1 e B2 do BACEN.

    12 RELATRIO ANUAL 2017

  • R$ 1.230 BI 153,9 MI

    VALOR DAS TRANSAES COM CARTES DE CRDITO E DBITO (R$ BILHES)*

    CONSUMIDORES COM RELACIONAMENTOS ATIVOS NO SISTEMA (MILHES)

    979

    2014

    1.076

    2015

    1.144

    2016

    1.230

    2017

    138,6

    2014

    143,6

    2015

    146,9

    2016

    153,9

    2017

    INTERNET BANKING

    2014 2015 2016 2017

    15,818,0 17,714,8

    MOBILE BANKING

    2014 4,7

    2015 11,2

    2016 21,9

    2017 25,9

    TRANSAES EM CANAIS DIGITAIS (BILHES)

    BOLETOS ELETRNICOS ACUMULADOS NO DDA (BILHES)

    1,2

    2014

    1,4

    2015

    1,8

    2016

    2,2

    2017

    * Valores dos anos anteriores foram revistos pela Associao Brasileira das Empresas de Cartes de Crdito e Servios (ABECS).

    1 4 5 811 43 678 000005 86 6

    13DINMICA DO SETOR BANCRIO 2017DINMICA DO SETOR BANCRIO 2017

  • Em 2017, a atividade econmica no Pas seguiu em trajetria de retomada gradual, evidenciada por quatro aumentos trimestrais consecutivos do PIB na margem, e encerrou com crescimento de 1,0% aps dois anos de forte retrao.

    Considerado esse contexto e consideradas as perspectivas mais positivas em relao continuidade da recuperao, as projees de mercado para o crescimento anual do PIB em 2018 e 2019 situam-se em torno de 2,75% ao ano, o que traduz perspectivas mais favorveis no mdio prazo.

    Do lado da oferta, destaca-se o resultado positivo da indstria de transformao, que aumentou 2,4% no ltimo ano aps recuar 17% no acumulado de 2014 a 2016, segundo a Pesquisa Industrial Mensal (PIM-IBGE). Tambm impulsionaram o PIB de 2017 os setores da agropecuria, com alta de 13%; e de servios, ainda que modestamente, com avano de 0,3%. O comrcio varejista ampliado (inclui as vendas de veculos e de materiais de construo) cresceu 4%, primeira alta desde 2013, segundo Pesquisa Comercial Mensal (PMC-IBGE).

    No mbito da demanda, destacou-se a melhora consistente do consumo das famlias, com elevao de 1% no PIB de 2017. A evoluo do consumo evidencia principalmente o aumento gradual do poder de compra, impulsionado por reduo da inflao, condies mais favorveis no mercado de trabalho e no crdito e liberaes extraordinrias de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Servio (FGTS).

    Ainda em relao demanda, os investimentos (Formao Bruta de Capital Fixo FBCF) voltaram a crescer no 4T17 na base anual, o que no ocorria desde o 1T14, com alta de 3,8% ao ano. A FBCF registrou recuperao na margem ao longo de todo o ano de 2017, o que repercutiu melhora gradativa na importao e na produo de bens de capital, bem como evoluo na produo de insumos de construo civil e de mquinas e equipamentos associados ao setor. Tal evoluo, em conjunto com indicadores de confiana de empresrios, sugere que os investimentos continuaro reagindo aps a forte retrao de 2014 a 2016.

    Por fim, a taxa de desemprego, divulgada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios Contnua (PNAD Contnua IBGE), atingiu 11,8% no ltimo trimestre de 2017, aps superar 13,5% durante o ano. Embora a reduo da taxa de desocupao reflita em boa parte um aumento de ocupados em categorias informais, revela tambm reverso expressiva na dinmica de criao de empregos no mercado formal. Quanto renda do trabalhador, a queda da inflao em curso segue favorecendo a recuperao gradual de seu poder aquisitivo. De acordo com dados da PNAD Contnua, o rendimento mdio real habitual de todos os trabalhos aumentou 1,6% no 4T17 ante o 4T16, e a massa salarial cresceu 3,6% nessa mesma comparao.

    CENRIO ECONMICO

    14 RELATRIO ANUAL 2017

  • O saldo total das operaes de crdito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) declinou 0,6% em 2017, aps recuo nominal de 3,5% em 2016.

    Em 2017, as variaes foram de -3,0% no crdito direcionado e +1,7% no crdito livre, este basicamente por conta do desempenho do segmento de pessoas fsicas (PF), com +5,2%, ante queda no segmento de pessoas jurdicas (PJ), (-2,0%). No crdito direcionado, o saldo de PF cresceu (+6,2%), enquanto de PJ recuou (-11,6%).

    De modo geral, a carteira de PF seguiu mostrando maior dinamismo ao longo do ano, em contexto de melhora gradativa do mercado de trabalho, forte reduo da inflao e dos juros, importante desalavancagem de dvidas das famlias e consequente recuperao gradual do consumo e do varejo.

    Destacaram-se na evoluo do saldo de crdito s pessoas fsicas em 2017: o aumento no saldo de emprstimos no crdito consignado (+7,9%), aquisio de veculos (+4,3%), carto de crdito vista (+11,8%), financiamento imobilirio (+5,7%) e crdito rural (+8,4%). J os saldos de cheque especial (-6,9%) e de carto de crdito rotativo (-14%) recuaram.

    Em 2017, o crdito bancrio s pessoas jurdicas sofreu com a ociosidade ainda elevada na indstria, com a recuperao mais lenta dos investimentos e com o processo mais demorado de desalavancagem e restruturao das dvidas das empresas. Vale citar, porm, que boa parte da queda foi compensada pelo grande aumento de captaes no mercado de capitais, consideradas tanto as emisses domsticas quanto externas.

    Como destaques ainda positivos no crdito bancrio s pessoas jurdicas, ressaltam-se: crescimento dos saldos nas modalidades de desconto de duplicatas (+51,1%), antecipao de recebveis de carto (+555,7%) e financiamento a importaes (+9,3%) e exportaes (+2,7%). Entretanto, houve forte queda em modalidades muito representativas, como capital de giro (-8,8%), conta garantida (-11,7%) e repasse externo (-7,0%), o que puxou o crdito pessoa jurdica com recursos livres para o terreno negativo. Nas modalidades direcionadas, houve retrao do crdito rural (-16,9%), de financiamentos imobilirios (-16,2%) e do saldo do BNDES (-11,8%), impactado por liquidaes de operaes e pelas novas polticas da instituio.

    CRDITO

    15DINMICA DO SETOR BANCRIO 2017DINMICA DO SETOR BANCRIO 2017

  • A taxa mdia de juros das operaes de crdito ficou em 25,6% ao ano no fim de 2017, recuo de 6,6 pontos percentuais (p.p.) em relao ao ano anterior, em linha com o ciclo da poltica monetria e queda da Selic. Houve reduo de 11,9 p.p. no segmento de recursos livres e de 1,5 p.p. no mbito das operaes com recursos direcionados. Destaca-se, no crdito livre, a queda de 17,3 p.p. nas taxas para pessoa fsica e de -6,6 p.p. para pessoa jurdica.

    Vale lembrar que o BC divulga, desde abril de 2017 (com dados desde 2013), o Indicador de Custo do Crdito (ICC), que permite avaliar o custo mdio considerando o efeito das taxas contratadas no passado. Por razes metodolgicas, a taxa de juros no crdito com recursos livres muito impactada por modalidades com prazos de vencimento diferentes.

    Portanto, para uma viso mais completa do custo do crdito e dos spreads bancrios, devem-se combinar taxas, concesses, saldos e prazos das operaes. O ICC a medida mais exata para base de clculo.

    Considerando-se as medidas do ICC no fim de 2017, o spread do crdito livre para pessoa fsica ficou em 37,0% a.a. e para pessoa jurdica, em 12,8% a.a. J no direcionado, o spread para PF ficou em 3,3% a.a. e 3,6% a.a. para PJ.

    JUROS E SPREAD

    CRDITO RURALEm relao ao segmento de crdito rural, no ano agrcola 2016/2017 (1 de

    julho de 2016 a 30 de junho e 2017), segundo dados do BACEN, o nmero total de operaes contratadas foi de 2,10 milhes, ante 2,33 milhes na safra anterior.

    Quanto ao volume financeiro da safra 2016/2017, o montante foi de R$ 153,5 bilhes, ante R$ 165,8 bilhes em 2015/2016, dos quais a maior parte foi destinada a operaes de custeio (59,6%) e de investimento (23,1%).

    importante destacar a tendncia de crescimento no volume de recursos oriundos da emisso de Letras de Crdito do Agronegcio (LCA). Na safra 2016/2017, esses ttulos representaram 11,2% do total de operaes contratadas (R$ 17,1 bilhes), ante 8,1% do perodo anterior (R$ 13,4 bilhes).

    Cabe salientar que, desde o ano agrcola 2015/2016, passou a vigorar o direcionamento dos recursos captados pela emisso de LCA para o financiamento da agricultura.

    Ainda assim, a maior parcela dos volumes (R$ 48,3 bilhes ou 31,5% do total) provm dos recursos obrigatrios, com taxas de juros fixas estabelecidas para o financiamento. O saldo total da carteira de crdito rural, em julho de 2017, foi R$ 241,8 bilhes, ante R$ 234,0 bilhes em julho de 2016.

    16 RELATRIO ANUAL 2017

  • Em 2017, a inadimplncia (acima de 90 dias) da carteira de PJ apresentou recuo de 3,5% para 2,9% e a carteira de PF, de 3,9% para 3,5%. A taxa total passou de 3,7% para 3,2%.

    Os atrasos (de 15 a 90 dias) tambm diminuram em relao a dezembro de 2016, de 4,5% para 4,4% no total, e alcanaram 2,2% em pessoas jurdicas (-0,9 p.p.) e 6,3% em pessoas fsicas (+0,5 p.p.).

    Observa-se que atrasos e inadimplncia no crdito registraram alta entre 2015 e meados de 2017, momento mais agudo da recesso econmica, com nveis historicamente elevados. A reverso a partir de 2017 confirmou-se ao longo do ano, com a retomada gradual do crescimento do varejo e da indstria.

    TAXA DE INADIMPLNCIA E ENDIVIDAMENTO

    TAXA DE INADIMPLNCIA E ENDIVIDAMENTO

    DEZ. 2012 DEZ. 2013 DEZ. 2014 DEZ. 2015 DEZ. 2016 DEZ. 2017

    1,5

    2,5

    2,0

    3,0

    3,5

    4,0

    4,5

    5,0

    5,5

    Fonte: Banco Central.

    4,4

    3,2

    4,5

    3,7

    Atraso (entre 15 e 90 dias) total (%)

    Inadimplncia (acima de 90 dias) total (%)

    17DINMICA DO SETOR BANCRIO 2017DINMICA DO SETOR BANCRIO 2017

  • O sistema bancrio segue contando com recursos estveis em volume suficiente para financiar suas atividades, tanto de curto como de longo prazo.

    A estrutura de captao dos bancos brasileiros no sofreu grande alterao em 2017, sendo ainda predominantemente via depsitos a prazo, de poupana e vista, que respondem por pouco mais de 30% do total captado, bem como emisso de letras financeiras, imobilirias e do agronegcio, alm de repasses do BNDES e captaes no mercado aberto.

    Em 2017, houve continuidade do processo de migrao das operaes compromissadas, sobretudo dos depsitos a prazo, como efeito da Resoluo 4.527/2016, que vedou a realizao, a prorrogao ou a renovao de operaes compromissadas com ttulos de emisso ou o aceite de instituies ligadas ou integrantes do mesmo conglomerado prudencial.

    Essa categoria apresentou crescimento de 19,4% em relao a 2016, ante +13,6% no ano anterior. Adicionalmente, o movimento de reduo da taxa bsica de juros da economia favoreceu a recuperao da captao de recursos via poupana, com elevao de 9% em 2017, ante +1,3% no perodo anterior.

    CAPTAO DE RECURSOS

    Depsitos vista Depsitos de poupana Depsitos a prazo Fundos (FIF total)

    Fonte: Banco Central do Brasil.

    VOLUME DE CAPTAES (R$ BILHES)

    1.162

    1.5951.370

    1.8702.114

    2.4432.791

    3.1013.307

    3.5383.830

    4.401 5.094

    2005 2007 2009 2011 2013 20152006 2008 2010 2012 2014 2016 2017

    18 RELATRIO ANUAL 2017

  • MARGEM DE JUROS (CRDITO E TTULOS)

    MARGEM DE JUROS (CRDITO E TTULOS) %

    Segundo o Relatrio de Estabilidade Financeira do Banco Central do Brasil, de dezembro de 2017, a margem bruta de juros que representa a diferena entre o retorno da carteira de crdito e ttulos e o custo de captao manteve-se praticamente estvel ao longo do segundo semestre.

    Apesar da reduo da rentabilidade das operaes de crdito, decorrente de menores taxas cobradas nas novas operaes em consonncia com a reduo da taxa Selic, esse efeito mais do que compensado pela reduo dos custos de captao, o que resultou algum ganho na margem bruta de crdito.

    Entretanto, ao considerar a margem bruta de juros mais abrangente (crdito mais ttulos), a queda do spread na intermediao de ttulos e valores mobilirios praticamente anula esse ganho.

    Margem bruta (crdito + ttulos) Margem lquida (crdito + ttulos) Custo de captao

    JUN.2011

    DEZ.DEZ. JUN.2014

    JUN.2016

    JUN.2012

    DEZ. DEZ.DEZ. DEZ. JUN.2017

    JUN.2013

    JUN.2015

    DEZ.

    12,0

    9,6

    7,2

    4,8

    2,4

    0,0

    19DINMICA DO SETOR BANCRIO 2017DINMICA DO SETOR BANCRIO 2017

  • EVOLUO DO NDICE DE BASILEIA

    566.617 595.578

    A estabilidade financeira depende da resilincia das instituies para absorver riscos e choques. Nesse sentido, o sistema bancrio apresenta slidos ndices de capitalizao e baixa alavancagem, tanto em relao regulao atual quanto s regras de Basileia III.

    Em 2017, o sistema bancrio operou com ndices de capital bastante superiores aos requerimentos regulatrios, mesmo ao se considerar o ambiente econmico adverso no ano, refletido no desempenho dos indicadores de rentabilidade.

    O ndice de Basileia (Capital Total) dos bancos brasileiros teve elevao, em 2017, de 17,4% para 18,2%, o que confirma a adaptao dos bancos brasileiros aos novos requisitos prudenciais de Basileia III, cujo cronograma se estende at 2022.

    No que se refere ao Capital Principal, de maior qualidade, os bancos registraram ndice de 13,52% em dezembro de 2017, ante 12,72% no mesmo ms de 2016, o que tambm refora a solidez dessas instituies.

    RESILINCIA DO SETOR BANCRIO NDICE DE BASILEIA

    18,2

    16,4 16,416,9

    16,115,5

    16,716,3 16,3 16,5

    17,2 17,4

    411.510 434.786 428.430 444.919461.988 478.827 500.405 504.567

    541.057 541.621

    JUN.2012

    JUN.2013

    JUN.2014

    JUN.2015

    JUN.2016

    JUN.2017

    DEZ.2012

    DEZ.2013

    DEZ.2014

    DEZ.2015

    DEZ.2016

    DEZ.2017

    Patrimnio Lquido (R$ milhes)* ndice de Basileia (%)

    Fonte: Banco Central do Brasil.* Conforme segmentao BACEN B1 e B2.

    20 RELATRIO ANUAL 2017

  • 21DINMICA DO SETOR BANCRIO 2017

  • P A R T E I I

    MISSO, VISO E VALORES

    PRINCIPAIS PRODUTOS E SERVIOS

    PLANEJAMENTO ESTRATGICO

    PBLICOS DE RELACIONAMENTO

    PARCERIAS E COMPROMISSOS

    DILOGOS COM A SOCIEDADE

    50 ANOS DA FEBRABAN

    A FEBRABAN

  • Organizao sem fins lucrativos, a Federao Brasileira de Bancos (FEBRABAN) a principal entidade representativa do setor. Seu quadro de associados conta com 122 instituies financeiras, que respondem por 97% do patrimnio lquido e 98% dos ativos totais de todo o segmento no Brasil. GRI 102-1 | 102-4 | 102-5 | 102-6 | 102-7

    A FEBRABAN finalizou o ano de 2017 com 112 funcionrios, alm de seis estagirios/aprendizes e 14 profissionais terceirizados. Sua estrutura contempla sete diretorias executivas, formadas por profissionais que atuam em contato direto com os representantes de bancos e instituies financeiras. GRI 102-7 | 102-8

    Ressalta-se que a FEBRABAN possui 426 fornecedores cadastrados, que abrangem contratos de prestao de servios (consultoria, assessoria e auditoria); e fornecimento de bens e materiais para todas as suas reas de atuao. Essas empresas, em sua grande maioria, so nacionais e esto localizadas em So Paulo, no Rio de Janeiro e em Braslia. GRI 102-9

    Localizada na cidade de So Paulo, a FEBRABAN tem entre seus objetivos permanentes: representar seus associados em todas as esferas do governo, interagir com autoridades e instituies na elaborao e no aperfeioamento do sistema normativo, desenvolver iniciativas para melhorar a produtividade do setor bancrio e direcionar esforos para viabilizar o acesso da populao a produtos e servios financeiros, de modo que contribua para o fortalecimento do mercado e o crescimento do Brasil. GRI 102-3 | 102-6 | 102-16

    Comprometida com princpios de tica e integridade, a FEBRABAN mantm o Programa de Conformidade com a Legislao de Defesa da Concorrncia com vistas a sensibilizar associados e colaboradores sobre a importncia do compliance na preveno de infraes de ordem econmica, bem como suas consequncias adversas. A ntegra do documento est disponvel em portal.febraban.org.br. GRI 102-16 | 102-3 | 103-3

    A FEBRABAN MANTM O COMPROMISSO DE CONSTRUIR UM BRASIL MAIS RICO, MAIS JUSTO, MAIS DEMOCRTICO E MAIS SUSTENTVEL

    A F E B R A B A N

    RELATRIO ANUAL 201724

    http://portal.febraban.org.br/

  • PRINCIPAIS PRODUTOS E SERVIOS GRI 102-2 | 102-7 | 102-11

    Produo de estudos e notas tcnicas relativas a projetos de lei no Congresso Nacional Coordenao de iniciativas judiciais para a defesa do setor Posicionamento nas mdias sobre temas de interesse dos associados Representao do setor com as autoridades e entidades nacionais e internacionais Elaborao de propostas regulatrias que visam eficincia do sistema e minimizao de riscos Divulgao de informaes sobre produtos e servios bancrios Coordenao de estudos, pesquisas e iniciativas para melhoria da imagem do setor, do atendimento e das relaes com os consumidores Implantao e gesto da autorregulao dos bancos Implantao de aes de responsabilidade social, sustentabilidade e de incluso social Capacitao dos associados Negociao do contrato coletivo de trabalho do setor Realizao de eventos de interesse dos associados e da sociedade Desenvolvimento de novos negcios voltados para a economia de baixo carbono

    MISSO Contribuir para o desenvolvimento econmico, social e sustentvel do Pas, representando os seus associados e buscando a melhoria contnua do sistema financeiro e de suas relaes com a sociedade.

    VISO Manter um sistema financeiro saudvel, tico e eficiente condio essencial para o desenvolvimento econmico, social e sustentvel do Pas.

    VALORES Promover valores ticos, morais e legais Valorizar as pessoas, o trabalho e o empreendedorismo Incentivar prticas de cidadania e responsabilidade socioambiental Atuar com profissionalismo e transparncia Defender o dilogo, o respeito e a transparncia nas relaes com

    clientes e com a sociedade Valorizar a diversidade e a incluso social

    MISSO, VISO E VALORES GRI 102-16

    A FEBRABAN 25

  • Elaborado anualmente, o planejamento estratgico envolve a definio de temas, projetos, oramento e metas, e sua aprovao pelo Conselho Diretor.

    Desse processo, cinco temas estratgicos foram priorizados para a atuao da FEBRABAN em 2018:

    Imagem pblica do setor Relaes trabalhistas Impacto da revoluo digital no negcio bancrio Tributao do sistema bancrio Melhoria do ambiente de crdito

    Outros temas relevantes:

    Planos econmicos e ndice de correo monetria Regulao prudencial Qualidade dos servios bancrios/Relacionamento com clientes Segurana bancria, preveno fraude e compliance Responsabilidade socioambiental Autorregulao bancria Aumento da eficincia Educao profissional e financeira

    Os projetos so priorizados com base em quatro critrios: alinhamento estratgico, benefcios, mandatoriedade e complexidade de implantao.

    Como ltima etapa do processo de planejamento estratgico, as metas para FEBRABAN e para as diretorias internas passam pela aprovao do Comit de Metas da Diretoria Executiva e do Conselho Diretor. A Diretoria de Planejamento e Gesto de Projetos monitora a evoluo do portflio e o cumprimento de metas.

    Ressalta-se que h duas categorias de metas:

    Qualitativas: avaliadas em pesquisas de satisfao com os participantes das comisses tcnicas, Diretoria Executiva e usurios de servios da FEBRABAN e instituies ligadas, conduzidas por empresa de consultoria independente. Quantitativas: estabelecidas com base em resultados observveis objetivamente e avaliadas pelas diretorias internas, revisadas pelo PMO e aprovadas pela Diretoria Executiva e pelo Conselho Diretor.

    Ao longo de 2018, sero examinadas oportunidades de aperfeioamento do processo de planejamento estratgico, com base em experincias do setor bancrio.

    PLANEJAMENTO ESTRATGICO GRI 102-11 | 102-15 | 102-43 | 102-44 | 102-47 | 103-1

    RELATRIO ANUAL 201726

  • SINDICATOS

    OUTROS SETORES ECONMICOS

    ASSOCIAES DE CLASSE

    FORMADORES DE OPINIO

    PODERES CONSTITUDOS

    ENTIDADES REPRESENTATIVAS

    DA SOCIEDADE

    FUNCIONRIOSASSOCIADOS

    SOCIEDADE

    ORGANISMOS INTERNACIONAIS

    IMPRENSA

    REGULADORES DO SISTEMA FINANCEIRO

    DEMANDAS ECOMPROMISSOS

    DO SETOR FINANCEIRO

    PBLICOS DE RELACIONAMENTO GRI 102-40 | 102-42

    A FEBRABAN 27

  • A FEBRABAN participa como membro de associaes e organizaes nacionais ou internacionais relacionadas ao seu setor de atuao e/ou mantm parcerias e compromissos que defendam temas comuns. Entre elas, destacam-se as instituies a seguir.

    Federao Latino-Americana de Bancos (FELABAN), na qual representa o setor financeiro brasileiro, o maior da regio, em vrios comits.

    Comit Gestor do Cadastro Empresa Pr-tica, responsvel por analisar pedidos de incluso de empresas no cadastro e deliberar sobre a admisso, bem como por promover atualizao dos requisitos para integr-lo. Comit Nacional de Educao Financeira (CONEF), no qual o objetivo definir planos, programas e aes e coordenar a execuo da Estratgia Nacional de Educao Financeira (ENEF). Estratgia Nacional de Combate Corrupo e Lavagem de Dinheiro (ENCCLA), a principal rede de articulao para arranjo e discusses em conjunto com diversos rgos de diferentes esferas para a formulao de polticas pblicas voltadas ao combate desses crimes.

    Institute of International Finance (IIF), que rene representantes da indstria financeira, de seguradoras, escritrios de advocacia, consultorias e reguladores, entre outros, de todos os pases do mundo.

    International Banking Federation (IBFED), que agrega bancos da Europa, sia, frica, Oceania, Amrica do Norte e Amrica do Sul o Brasil o nico pas convidado a participar dessa federao.

    Sustainable Banking Networking (SBN), organizao integrada por associaes/federaes bancrias e bancos centrais de pases emergentes. United Nations Environment Program/Finance (UNEP FI), programa no qual a FEBRABAN atua como federao de suporte. Associao Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA), que rene diversas instituies, como bancos, gestoras, corretoras, distribuidoras e administradoras. Servio Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), que tem, entre suas atividades, planejar, coordenar e orientar programas tcnicos, projetos e atividades de apoio s micro e pequenas empresas, em conformidade com as polticas nacionais de desenvolvimento, particularmente aquelas relativas s reas industrial, comercial e tecnolgica.

    PARCERIAS E COMPROMISSOS GRI 102-12 | 102-13

    RELATRIO ANUAL 201728

  • Por meio de portais e canais de informao e interao, de participao e realizao de eventos, de conduo e divulgao de estudos e estatsticas do setor bancrio, entre outros, a FEBRABAN dissemina conhecimento e marca seu posicionamento sobre assuntos de interesse das instituies financeiras e de seus demais stakeholders.

    Entre essas atividades, destaca-se o Congresso e Exposio de Tecnologia da Informao das Instituies Financeiras (CIAB), reconhecido pelo debate de importantes temas e pelo lanamento de inovaes que simplificam as transaes bancrias e deixam os servios mais intuitivos e prticos para o cliente.

    Em 2017, o CIAB teve como tema central Ser Digital e abordou tecnologias disruptivas, experincias do cliente com novos produtos e solues e novas oportunidades de negcios para as instituies financeiras.

    Ressalta-se que, durante o evento, tambm ocorreu o Fintech Day, competio que envolveu 21 startups de servios financeiros; e o 1 Hackathon CIAB (maratona de programao), com mais de 400 programadores inscritos.

    Destaca-se que outros eventos, como o Seminrio de Relacionamento com Clientes (SEMARC), o Congresso Internacional de Gesto de Riscos e o Congresso de Preveno Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo, atraem cada vez mais participantes especializados nesses segmentos.

    Em 2017, a FEBRABAN promoveu 44 eventos, com 27.278 participantes, aumento de 29% e 22,6%, respectivamente em relao ao ano anterior, o que contribuiu para o fortalecimento de sua imagem e do setor que representa.

    A FEBRABAN trabalha incessantemente para atingir os melhores resultados. Aps o trmino dos eventos, realiza pesquisas interativas ou por aplicativos para avaliar a percepo dos participantes quanto ao contedo tcnico dos painis e organizao, bem como para planejar aes de melhoria em futuras edies. Em 2017, o ndice de satisfao foi de 95% (timo e bom). GRI 102-43 | 102-44

    Ressalta-se ainda a divulgao de temas de interesse dos bancos e da sociedade em geral por meio de workshops, coletivas de imprensa, entrevistas, entre outros, para fortalecer a imagem do setor.

    A presena positiva da FEBRABAN na cobertura da imprensa subiu 17% em relao ao ano anterior: passou de 2.375 para 2.462 notcias em 2017.

    DILOGOS COM A SOCIEDADE GRI 102-40 | 102-42 | 102-43 | 102-44

    O CIAB 2017 bateu recordes de pblico:

    mais de 21 mil visitantes, 3,74 mil

    congressistas (dos quais 120 eram estrangeiros

    de 38 diferentes pases) e 280 palestrantes,

    que debateram a transformao digital

    do setor bancrio

    CONFIRA TODAS AS AES DA FEBRABAN EM

    portal.febraban.org.br

    A FEBRABAN 29

    http://portal.febraban.org.br

  • Criada em 1967 para apoiar os bancos na interlocuo com o setor pblico em um momento de profunda mudana na economia, a FEBRABAN participou de episdios decisivos da histria do Brasil.

    A atuao da FEBRABAN e do setor bancrio brasileiro permitiu interligar a sociedade e a economia com um sofisticado e eficiente sistema de pagamentos em todo o territrio nacional, entre outras iniciativas que envolveram coragem, segurana, criatividade, muita tecnologia e, sobretudo, o elemento humano.

    Para celebrar essa trajetria, a entidade produziu um selo comemorativo e fez o lanamento do livro FEBRABAN 50 anos, com os detalhes da atuao dos bancos neste meio sculo de histria do Pas.

    A edio alm do relato objetivo da histria da organizao e de informaes pouco conhecidas sobre o que tornou o setor bancrio um fator de estabilidade contra as crises no Pas complementada por crnicas de Igncio de Loyola Brando, com um olhar sensvel sobre a onipresena dos bancos na vida e na imaginao das pessoas, como a histria de um engenheiro que, ao lado de uma rvore centenria na Amaznia, conecta-se por meio de um aplicativo bancrio s demandas da vida contempornea.

    O livro FEBRABAN 50 anos encontra-se disponvel em portal.febraban.org.br/50anos.

    50 ANOS DA FEBRABAN

    RELATRIO ANUAL 201730

    http://portal.febraban.org.br/50anos

  • A estrutura de governana da FEBRABAN rene conselhos, compostos por representantes dos bancos associados e de outros setores econmicos, e diretorias formadas por profissionais que atuam em contato direto com esses segmentos.

    A FEBRABAN lidera 26 comisses tcnicas, das quais 15 so comisses executivas e 11, comisses setoriais, que desenvolvem estudos e atividades que orientam as prticas da entidade e de seus associados.

    Esses fruns funcionam permanentemente sob a coordenao de um diretor da entidade e de um diretor setorial, pertencentes ao quadro de funcionrios de um dos associados, e supervisionados pela Diretoria Executiva. Alm desses, h subcomisses e grupos de trabalho para exame de temas especficos com foco no aprimoramento da governana do sistema bancrio em benefcio da sociedade.

    Faz parte tambm da estrutura geral da FEBRABAN a Federao Nacional dos Bancos (FENABAN), o brao sindical do sistema financeiro, que representa os associados em todas as questes trabalhistas e nas negociaes dos acordos coletivos de mbito nacional.

    As instituies integrantes dos Conselhos e da Diretoria Executiva esto disponveis em portal.febraban.org.br, em Nossa Estrutura.

    CONSELHOS E DIRETORIAS LIDERAM O APRIMORAMENTO DA GOVERNANA DO SISTEMA BANCRIO EM BENEFCIO DA SOCIEDADE

    G O V E R N A N A

    ESTRUTURA DE GOVERNANA GRI 102-18

    GOVERNANA 31

    http://portal.febraban.org.br

  • ASSEMBLEIA GERAL Mxima instncia decisria, delibera sobre propostas dos rgos de administrao. Formada por representantes das instituies associadas FEBRABAN.

    CONSELHO DIRETOR Estabelece a orientao geral das atividades da FEBRABAN e sua correta execuo. composto por representantes das instituies associadas, rene o mnimo de 18 e o mximo de 30 integrantes, com mandato de trs anos.

    CONSELHO FISCAL Examina as demonstraes financeiras, as cartas e o relatrio anual de gesto. Fiscaliza a gesto administrativa. Acompanha a auditoria interna contratada. composto por trs membros efetivos e trs suplentes, com mandatos de trs anos.

    DIRETORIA EXECUTIVA Cumpre as deliberaes da Assembleia Geral e do Conselho Diretor e responsvel pela administrao e gesto das atividades da FEBRABAN. composta por um presidente e um vice-presidente executivo, indicados pelo Conselho Diretor, bem como por at 15 diretores eleitos entre administradores estatutrios das Associadas Nvel I1; e por at cinco diretores representantes das Associadas Nvel II2, com mandato de trs anos.

    1. Instituies financeiras bancrias, com atuao no territrio nacional. 2. Entidades financeiras ou empresas com atividade congnere ou complementar atividade bancria.

    CONSELHO CONSULTIVO Manifesta-se sobre temas por convocao do seu presidente. composto por 16 conselheiros: sete do sistema bancrio pblico e privado e nove de outros setores produtivos, da sociedade civil e com reconhecido saber em reas de interesse da entidade, com mandato de 18 meses.

    CONSELHO DE AUTORREGULAO Possui carter normativo e de administrao do Sistema de Autorregulao Bancria. Edita normativos e estabelece diretrizes, polticas, regras e procedimentos de autorregulao. composto por representantes dos bancos associados e da sociedade civil, com mandato de trs anos.

    COMISSES TCNICAS Desenvolvem estudos e atividades, bem como encaminham solues que envolvem demandas de seus associados e do setor financeiro nacional.

    So compostas por Comisses Executivas e Comisses Setoriais, sob a responsabilidade, respectivamente, de um diretor da FEBRABAN e de um diretor setorial (titular e suplente).

    RELATRIO ANUAL 201732

  • DIRETORIAS

    COMISSES TCNICAS

    DIRETORIA DE REGULAOPRUDENCIAL, RISCOS E ECONOMIACOMISSES Ambiente de crdito Gesto de riscos Assuntos contbeis Auditoria interna Compliance Negcios internacionais Preveno lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo

    COMISSES Assuntos do BNDES Crdito consignado Crdito rural Financiamento de veculos Inovao Operaes de tesouraria

    Preveno fraude Produtos Bancrios PF Produtos bancrios PJ Relaes com poder pblico Segurana bancria Tecnologia e automao bancria

    DIRETORIA DE NEGCIOS E OPERAES

    Ambiente de crdito Assuntos jurdicos Crdito consignado Financiamento de veculos Gesto de riscos Inovao Operaes de tesouraria Preveno fraude Produtos bancrios PF Produtos bancrios PJ Recursos humanos Relaes com poder pblico Segurana bancria Tecnologia e automao bancria Tributria

    COMISSES EXECUTIVAS

    COMISSES SETORIAIS

    Assuntos contbeis Assuntos do BNDES Auditoria interna Compliance Comunicao Crdito rural Negcios internacionais Ouvidorias e relaes com clientes Preveno lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo Responsabilidade social e sustentabilidade SACs

    DIRETORIA DEAUTORREGULAOCOMISSES Ouvidoria e relaes com clientes SACs

    DIRETORIA DE EVENTOS

    DIRETORIA DE ADMINISTRAO, FINANAS E TI

    DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E GESTO DE PROJETOS

    DIRETORIA DE COMUNICAOCOMISSO Comunicao

    DIRETORIA DE RELAESDO TRABALHOCOMISSO Recursos Humanos

    DIRETORIA DE RELAESINSTITUCIONAISCOMISSO Responsabilidade social e sustentabilidade

    DIRETORIA JURDICACOMISSES Assuntos jurdicos Tributria

    GOVERNANA 33

  • A FEBRABAN considera o desenvolvimento de seus funcionrios fundamental para o bom desempenho da organizao. Por meio de treinamentos e programas de capacitao e avaliao de desempenho, incentiva a todos para que deem o seu melhor em suas reas de atuao. GRI 103-2

    Todos os funcionrios trabalham na sede da Federao (So Paulo) e so contratados por tempo indeterminado e em perodo integral. Compem tambm essa estrutura estagirios, aprendizes e colaboradores terceirizados. GRI 102-8

    Com base nas metas estabelecidas no planejamento estratgico, o processo de anlise de desempenho engloba avaliao anual, feedback informal quando necessrio, e formal, e abrange 100% dos funcionrios. GRI 404-3

    Todos os funcionrios CLT tm disposio um conjunto de benefcios composto por assistncia mdica, previdncia privada complementar, seguro de vida, assistncia funeral e vales (refeio, alimentao e transporte). GRI 401-2

    O Portal RH permite acessar dados cadastrais e consultar documentos, demonstrativos de pagamentos, calendrio de frias, informe de rendimentos e histrico salarial, entre outros. GRI 103-2 | 103-3

    Em 2017, a estrutura da FEBRABAN era composta por 112 funcionrios CLT (60 mulheres e 52 homens), 100% cobertos por acordos de negociao coletiva; seis estagirios/aprendizes (trs mulheres e trs homens), em um total de 118 colaboradores; alm de 14 profissionais terceirizados (nove mulheres e cinco homens). GRI 102-7 | 102-8 | 102-41

    Ressalta-se que tambm fazem parte dessa estrutura o Instituto FEBRABAN de Educao (INFI), com 16 funcionrios CLT (onze mulheres e cinco homens); e a Central de Exposio de Derivativos (CED), com trs funcionrios CLT (uma mulher e dois homens). Todos so contratados em regime integral e 100% cobertos por acordos de negociao coletiva, bem como usufruem dos benefcios e recebem avaliao de desempenho. GRI 102-7 | 102-8 | 102-41 | 401-2 | 404-3

    Em 2017, quatro profissionais usufruram de licena-maternidade/paternidade (duas mulheres e dois homens) e permaneceram no trabalho por, pelo menos, um ano aps o trmino do direito, o que corresponde taxa de retorno e reteno de 100% em ambos os casos. GRI 401-3

    Com o objetivo de manter profissionais tecnicamente capacitados para execuo de suas atividades, em 2017 foram disponibilizadas 1.278 horas de treinamento para os funcionrios da FEBRABAN, das quais foram 699 para mulheres e 579 para homens, o que totalizou a mdia de 11,41 horas/funcionrio. Entre os homens, a mdia ficou em 11,13 horas/funcionrio e entre as mulheres, em 11,65, o que demonstra equilbrio entre os gneros. GRI 404-1

    Para o INFI, o total de horas de treinamento disponibilizadas foi de 233 para as 11 mulheres alocadas, com o nmero mdio de 21,18 horas. GRI 404-1

    CAPITAL HUMANO

    RELATRIO ANUAL 201734

  • INDIVDUOS RESPONSVEIS PELA GOVERNANA, POR GNERO 2017 GRI 405-1TOTAL MULHERES % HOMENS %

    Conselho Consultivo 14 1 7 13 93Conselho Diretor 19 1 5 18 95Diretoria Executiva 14 1 7 13 93

    PERFIL DO PBLICO INTERNO 2017 GRI 102-8FEBRABAN INFI CED

    Fora de trabalho Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres Homens

    Funcionrios CLT (trabalham em perodo integral)

    60 52 11 5 1 2

    Estagirios e aprendizes (trabalham meio perodo ou tempo parcial)

    3 3 - - - -

    Total 63 55 11 5 1 2

    NMERO DE COLABORADORES POR CATEGORIA FUNCIONAL E POR GNERO 2017* GRI 102-8Categoria funcional FEBRABAN INFI CED

    Total Mulheres % Homens % Total Mulheres % Homens % Total Mulheres % Homens %

    Diretoria 14 1 7 13 93 1 - - 1 100 1 - - 1 100

    Gerncia 12 3 25 9 75 1 - - 1 100 - - - - -

    Coordenao 1 1 100 - - - - - - - - - - - -

    Tcnico 40 22 55 18 45 1 1 100 - - 2 1 50 1 50

    Administrativo 45 33 73 12 27 13 10 77 3 23 - - - - -

    Total 112 60 47 52 53 16 11 69 5 31 3 1 34 2 66

    NMERO TOTAL E PERCENTUAL DE COLABORADORES POR CATEGORIA FUNCIONAL E POR FAIXA ETRIA 2017* GRI 405-1

    FEBRABAN INFI CED

    Categoria funcional

    Abaixo de 30 anos

    De 30 a 50 anos

    Acima de 50 anos

    Abaixo de 30 anos

    De 30 a 50 anos

    Acima de 50 anos

    Abaixo de 30 anos

    De 30 a50 anos

    Acima de50 anos

    Total % Total % Total % Total % Total % Total % Total % Total % Total %

    Diretoria - - 4 29 10 71 - - - - 1 100 - - - - 1 100

    Gerncia - - 7 58 5 42 - - - - 1 100 - - - - - -

    Coordenao - - 1 100 - - - - - - - - - - - - - -

    Tcnico e Administrativo

    23 27 52 61 10 12 6 43 8 57 - - - - 2 100 - -

    * No fazem parte dessa estatstica aprendizes e estagirios, pois possuem contratos temporrios.

    * No fazem parte dessa estatstica aprendizes e estagirios, pois possuem contratos temporrios.

    35GOVERNANA

  • NMERO DE FUNCIONRIOS CONTRATADOS E TAXA DE NOVAS CONTRATAES*

    FEBRABAN INFI

    Faixa etria Mulheres Homens Mulheres (%)

    Homens (%)

    Mulheres Homens Mulheres (%)

    Homens (%)

    Abaixo de 30 anos

    2 1 15,38 16,67 - - - -

    De 30 a 50 anos

    8 3 19,05 11,54 2 - 33,33 -

    Acima de 50 anos

    - 1 - 5,00 - - - -

    NMERO TOTAL DE FUNCIONRIOS DESLIGADOS E TAXA DE ROTATIVIDADE*

    FEBRABAN INFI

    Faixa etria Mulheres Homens Mulheres (%)

    Homens (%)

    Mulheres Homens Mulheres (%)

    Homens (%)

    Abaixo de 30 anos

    1 1 7,69 16,67 - - - -

    De 30 a 50 anos

    7 3 16,67 11,54 1 - 17,00 -

    Acima de 50 anos

    3 1 60,00 5,00 - - - -

    NMERO TOTAL E TAXAS DE NOVAS CONTRATAES DE EMPREGADOS E ROTATIVIDADE DE EMPREGADOS POR FAIXA ETRIA E GNERO 2017 GRI 401-1

    * No fazem parte dessa estatstica aprendizes e estagirios, pois possuem contratos temporrios.Observao: em 2017, para a CED, no houve movimentao quanto ao nmero de contratados e/ou desligados.

    * No fazem parte dessa estatstica aprendizes e estagirios, pois possuem contratos temporrios.

    RELATRIO ANUAL 201736

  • FEBRABANHORAS DE TREINAMENTO DISPONIBILIZADAS*

    Categoria funcional

    Total de horas para funcionrios, por categoria funcional

    Total de horas para mulheres, por categoria funcional

    Total de horas para homens,por categoria funcional

    Gerncia 129 13 116

    Tcnico 831 460 371

    Administrativo 318 226 92

    Total 1.278 699 579

    MDIA DE HORAS DE TREINAMENTO FREQUENTADAS

    Categoria funcional

    Mdia de horas por funcionrio, por categoria funcional

    Mdia de horas para mulheres

    Mdia de horas para homens

    Gerncia 10,75 4,33 12,89

    Tcnico 20,78 20,91 20,61

    Administrativo 7,07 6,85 7,67

    Total 11,41 12,89 11,13

    INFI*

    Horas de treinamento disponibilizadas Mdia de horas de treinamento frequentadas

    Categoria funcional

    Total de horas para funcionrios

    Total de horas para mulheres, por

    categoria funcional

    Mdia de horas por funcionrio, por

    categoria funcional

    Mdia de horas para mulheres

    Gerncia - - - -

    Tcnico 34 34 34 34

    Administrativo 199 199 15,31 19,90

    Total 233 233 14,56 21,18

    NMERO MDIO DE HORAS DE TREINAMENTO POR FUNCIONRIO, DISCRIMINADO POR CATEGORIA FUNCIONAL E GNERO 2017 GRI 404-1

    * O INFI consolida os dados de horas de treinamento para funcionrios CLT. Observao: em 2017, no participaram funcionrios homens.

    * A FEBRABAN consolida os dados de horas de treinamento para funcionrios CLT.

    37GOVERNANA

  • A FEBRABAN adota medidas de ecoeficincia em suas dependncias a fim de otimizar o uso de gua, energia, papel, entre outros.

    Em um edifcio, a FEBRABAN ocupa trs andares com um total de 2.190 m de rea til. A maior parte dos gastos em energia eltrica referente ao uso de ar-condicionado para abastecer as estaes de trabalho e as salas de reunies.

    Ressalta-se que a FEBRABAN realiza anlise mensal do consumo de energia e, periodicamente, promove aes para sua reduo, como substituio de 200 lmpadas fluorescentes por lmpadas de LED em 2017. Para o prximo ano, est prevista a troca de mais 400 unidades.

    Em busca da modernizao e reduo no consumo de energia eltrica, o condomnio onde a FEBRABAN est localizada instalou 118 painis fotovoltaicos em sua cobertura para atender a todas as demandas de reas comuns. A obra foi finalizada em dezembro de 2016 e aguarda liberao para gerao de energia. GRI 302-4

    Em 2017, o consumo de energia teve aumento de 18% em relao ao perodo anterior, devido instalao de sistema de ar-condicionado com alta disponibilidade para operao ininterrupta dos servidores. GRI 302-4

    EFICINCIA NO USO DE RECURSOS GRI 103-2 | 103-3

    CONSUMO DE ENERGIA (GJ) GRI 302-1

    1.244,62

    2017

    1.055,34

    2014

    1.114,58

    2013

    1.025,79

    20150,00

    200,00

    400,00

    600,00

    800,00

    1.000,00

    1.200,00

    1.400,00

    1.019,10

    2016

    38 RELATRIO ANUAL 2017

  • Para melhor gesto do uso de energia, a FEBRABAN tambm passou a contabilizar o consumo de combustvel dos dois automveis de propriedade da empresa. Em 2017, foram 1.575,84 litros de gasolina (50,77 GJ), ante 1.560,05 (50,26 GJ) no ano anterior. GRI 103-2 | 103-3 | 302-1

    Em 2017, tambm foram instalados medidores independentes de gua em cada andar, o que permite o acompanhamento do consumo e incentiva o uso consciente desse recurso.

    Em relao ao descarte correto de materiais, em 2017, a FEBRABAN destinou mdias digitais (fitas, CDs, DVDs) de forma segura e ecologicamente correta por meio de uma empresa especializada.

    Nesse sentido, a FEBRABAN tambm iniciou projeto voltado otimizao da produo documental, que resultar na reduo de impresses e cpias ao subsidiar os usurios na identificao dos documentos de valor legal e/ou histrico que justifique seu arquivamento, de forma a contribuir para um desenvolvimento sustentvel.

    Vale mencionar ainda que, com o objetivo de flexibilizar a participao remota de funcionrios da FEBRABAN e dos representantes dos associados em reunies externas, foi implantado um moderno sistema que permite a realizao de videoconferncias, audioconferncias e webconferncias a partir da prpria estao do usurio, o que gera reduo de tempo, de custos de deslocamento e de recursos, alm de proporcionar maior participao nas reunies.

    Desde a implantao dessas novas solues em abril de 2017, foram realizadas 761 videoconferncias e 754 audioconferncias e webconferncias.

    39GOVERNANA

  • A FEBRABAN INTERAGE COM RGOS PBLICOS E PRIVADOS PARA APERFEIOAR REGRAS, DESENVOLVER SISTEMAS DE LTIMA GERAO E SOLUES INOVADORAS EM BENEFCIO DO SETOR BANCRIO, DOS CONSUMIDORES E DE TODA A SOCIEDADE

    D E S T A Q U E S I N S T I T U C I O N A I S 2 0 1 7

    Sob mediao da Advocacia-Geral da Unio e superviso do Banco Central do Brasil (BACEN), a FEBRABAN e outras entidades, entre as quais a Frente Brasileira pelos Poupadores (FEBRAPO), o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC) e a Confederao Nacional do Sistema Financeiro (CONSIF), assinaram, em dezembro de 2017, o maior acordo judicial da histria.

    O acordo pe fim disputa que envolveu a correo de aplicaes nas cadernetas de poupana durante a entrada em vigor dos planos econmicos Bresser (1987), Vero (1989) e Collor II (1991). O Collor I no foi includo, uma vez que o Superior Tribunal de Justia j decidiu que no h diferena a ser paga para esse plano.

    PLANOS ECONMICOS

    RELATRIO ANUAL 201740

  • GOVERNANA 41

    Planos econmicos: o acordo deve encerrar mais de um milho de processos judiciais. Os

    poupadores recebero os valores reclamados com a correo monetria integral, acrescidos de juros

    remuneratrios at a data do ajuizamento da ao

    REGULAO PRUDENCIAL, RISCOS E ECONOMIA

    RESOLUO BANCRIAA reforma da legislao referente resoluo bancria (liquidao e estabilizao)

    um dos projetos prioritrios na reformulao da arquitetura do sistema financeiro internacional no mbito do G-20 e o Brasil se comprometeu a atend-la. Em virtude da relevncia desse tema, este foi inserido como um dos pontos prioritrios da agenda BC+, no pilar Legislao mais moderna.

    Para aprimorar as normas relativas resoluo bancria, o BACEN vem trabalhando em um projeto de lei que confere segurana jurdica mais efetiva atuao exercida pelos supervisores.

    Essa reviso ir assegurar a estabilidade financeira e mitigar os impactos negativos de uma resoluo bancria para o funcionamento da economia, de forma que preserve ao mximo o valor dos ativos para minimizar eventuais prejuzos aos depositantes, credores e funcionrios. A proposta busca ainda aprimorar os mecanismos de garantia a depositantes.

    Ressalta-se que essa reforma, alm de atender ao compromisso internacional assumido pelo Brasil, promover, por meio do BACEN, o desenvolvimento de instrumentos mais eficientes para lidar de forma efetiva com crises financeiras e mitigar o impacto nas finanas pblicas, alm de impedir o uso de recursos dos contribuintes antes que sejam esgotadas todas as fontes privadas de recursos disponveis.

    Para a sociedade brasileira, representa uma demonstrao de que a mediao e a conciliao so melhores mecanismos para resolver conflitos do que as demandas judiciais.

    Para os bancos, o principal benefcio a possibilidade de encerrar a maior parte desse passivo e a eliminao de diversos controles de acompanhamento dos processos.

    importante ressaltar que, no acordo, h o reconhecimento expresso de que todas as regras dos planos so vlidas e constitucionais e que as instituies financeiras agiram em conformidade com a Constituio e com as demais normas legais, regulamentares e assentos administrativos dos tribunais.

    A FEBRABAN, atuante em todo o processo dessa tramitao, disponibilizou o portal www.pagamentodapoupanca.com.br para que os poupadores possam aderir ao acordo com mais agilidade e rapidez. GRI 103-2

    41DESTAQUES INSTITUCIONAIS 2017

    http://www.pagamentodapoupanca.com.br

  • BASILEIA III GRI 102-15 As regras de Basileia III tm por objetivo corrigir as deficincias regulamentares

    anteriores crise financeira internacional de 2007-2009, alm de reduzir a vulnerabilidade sistmica e promover um sistema bancrio mais resiliente. O processo de implementao dos normativos foi iniciado em janeiro de 2013 e se estender at janeiro de 2022.

    Os ajustes foram realizados em duas etapas. A primeira centrou-se em melhorar o capital regulatrio; elevar os nveis de

    capital para permitir o fortalecimento do sistema bancrio, adicionar elementos macroprudenciais na estrutura regulatria, restringir a alavancagem excessiva dos bancos e introduzir indicadores de controle do risco de liquidez.

    A segunda, finalizada em dezembro de 2017, complementou o aprimoramento regulatrio global e procurou restaurar a credibilidade no clculo dos ativos ponderados pelo risco (RWA), aumentar a granularidade e a sensibilidade ao risco, alm de promover maior comparabilidade entre os bancos.

    O Comit de Basileia aprovou as reformas finais de Basileia III, entre as quais esto: reviso da abordagem padronizada de risco de crdito; restrio ao uso da abordagem avanada para determinadas classes de ativos; reviso do risco de CVA (Credit Valuation Adjustment); reviso dos requisitos de capital para risco operacional; e introduo de um buffer de taxa de alavancagem para os bancos globais sistemicamente importantes (G-SIBs).

    A FEBRABAN acompanha a introduo das normas no Brasil e atua para que o acordo seja implementado estritamente dentro das regras definidas, mas com o menor custo possvel para os bancos locais e para que, dentro do possvel, sejam respeitadas as particularidades e caractersticas do sistema bancrio nacional.

    O Brasil tem cumprido tempestivamente as recomendaes de Basileia III e implementou o arcabouo regulatrio de capital, a identificao e a definio do capital adicional para as instituies domesticamente importantes (D-SIBs), os requisitos de liquidez de curto prazo e de longo prazo e o indicador de alavancagem. As normas brasileiras de capital j foram avaliadas pelo Regulatory Consistency Assessment Programme (RCAP) do Comit de Basileia e receberam nota mxima de aderncia s regras.

    Em 2017, o destaque foi a avaliao da aderncia das regras de liquidez de curto prazo, medidas pelo Liquidity Coverage Ratio (LCR). Com um ndice mdio de 224%, segundo o relatrio do RCAP, mais que o dobro do mnimo requerido e que chegar a 100% a partir de 2019, as regras brasileiras receberam nota mxima de aderncia em todos os componentes do LCR.

    Seguindo o cronograma de Basileia, o BACEN implementar, em 2018, as normas de Limite de Exposio ao Cliente e de exposio ao risco de crdito de contraparte (SA-CCR), que entraro em vigor em 2019. Tambm entraro em vigor as regras de mensurao do risco de taxa de juros no banking book (IRRBB) e o ndice de liquidez de longo prazo (NSFR), j normatizadas.

    RELATRIO ANUAL 201742

  • GESTO DE RISCO GRI 102-15Em 2017, destaca-se que o Conselho Monetrio Nacional

    (CMN) editou a Resoluo 4.557/2017 estabelecendo o gerenciamento integrado de risco e de capital (GIR) para as instituies supervisionadas pelo BACEN. A norma traz requisitos a serem observados de maneira proporcional ao perfil de riscos e ao segmento em que cada instituio esteja enquadrada de acordo com os termos da Resoluo 4.553/2017 outra inovao regulatria que dividiu o Sistema Financeiro Nacional em cinco segmentos, com base no tamanho e na exposio internacional das instituies.

    A GIR responsvel por consolidar, em um nico normativo, as regras de gesto de capital e riscos, anteriormente tratadas em cinco resolues que abordavam separadamente os riscos operacional, de crdito, de mercado, de liquidez, bem como de gerenciamento de capital.

    Nesse sentido, requerida a figura do Chief Risk Officer (CRO), com a responsabilidade de implementar a estrutura de gesto de riscos e o acompanhamento do seu desempenho, bem como a criao de comits de risco. A independncia dos membros varia conforme o segmento/porte da instituio.

    A GIR estabelece ainda a implementao de um programa de testes de estresse, dotado de governana prpria e com clara definio do papel da alta administrao na formulao de diretrizes. Os resultados desse programa devem ser considerados na tomada de decises estratgicas da instituio.

    PREVENO LAVAGEM DE DINHEIRO E AO FINANCIAMENTO DO TERRORISMO (PLD FT)

    Em 2017, a FEBRABAN intensificou seus esforos para aprimorar os sistemas de preveno lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, com destaques para a criao da Comisso Executiva de PLD FT, a reviso e atualizao do normativo da autorregulao bancria (SARB 11), a participao no Private Sector Dialogue (entre reguladores dos Estados Unidos e bancos da Amrica Latina), e na Estratgia Nacional de Combate Corrupo e Lavagem de Dinheiro (ENCCLA).

    A FEBRABAN interage com rgos pblicos e privados, inclusive internacionais, especialmente nas propostas de aperfeioamento das regras de preveno lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, com o objetivo de tornar mais geis e eficazes os controles e o compartilhamento de experincias.

    Nesse sentido, para saques de valores elevados, o BACEN publicou a Circular 3.839/2017, a qual determina novos procedimentos para aumentar o controle sobre movimentaes financeiras em espcie. As regras para saques superiores a

    A FEBRABAN recebeu, em 2017, o

    Prmio de Mrito COAF e o Prmio

    ENCCLA, que reconhecem seu

    comprometimento com o trabalho de preveno

    corrupo e lavagem de dinheiro

    DESTAQUES INSTITUCIONAIS 2017 4343

  • R$ 50 mil incluem preenchimento de formulrio e comunicao prvia de, no mnimo, trs dias teis de antecedncia retirada do dinheiro para que o banco faa provisionamento do valor. As informaes sero automaticamente encaminhadas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF).

    Na ENCCLA, entre as aes que contaro com a participao direta da FEBRABAN em 2018, ressaltam-se a elaborao e a aprovao do Plano Nacional de Combate Corrupo, a consolidao da estratgia para fortalecer a Preveno Primria da Corrupo, a implementao de medidas de restrio e controle do uso de dinheiro em espcie, o aperfeioamento dos estudos sobre a utilizao de moedas virtuais para fins de lavagem de dinheiro, alm da apresentao de propostas para regulamentao e/ou adequaes legislativas, eventualmente.

    Em 2017, o volume de comunicaes de operaes suspeitas ao COAF ultrapassou 63 mil, aumento de 12,5% em relao ao ano anterior

    ESTUDOS SOBRE O SETOR BANCRIO GRI 203-1

    Faz parte dos objetivos da FEBRABAN incentivar a produo de trabalhos em torno de temas relevantes tanto para o setor financeiro quanto para o Pas.

    O Convnio FEBRABAN Faculdades de Economia uma parceria, atualmente em seu terceiro ano, entre a FEBRABAN e quatro faculdades de economia. Foram produzidos 32 trabalhos sobre diversos temas, como financiamento de longo prazo, novas tecnologias, papel do judicirio no crdito, crdito direcionado e regulao.

    Alm do convnio, outros estudos foram desenvolvidos em 2017, com destaque para o tema de spread bancrio. Vale citar que o spread bancrio divulgado pelo BACEN equivale diferena entre as taxas de aplicao que os bancos cobram por seus emprstimos e as taxas de captao que eles pagam aos seus clientes para obter esses recursos. O spread no representa a rentabilidade ou o lucro oriundo dessas operaes, muito embora seja frequente essa interpretao.

    Para se chegar ao lucro dos bancos com as operaes de crdito, necessrio que sejam deduzidos todos os custos dessas operaes (perdas com a inadimplncia e custos operacionais, por exemplo). De acordo com os dados oficiais do BACEN, 75% do spread corresponde a esses custos e apenas 25% representam os lucros.

    Por exemplo: em dezembro de 2017, a taxa mdia dos emprstimos apurada pelo BACEN foi de 25,6%, o que gerou spread de 18,9 p.p. Desse total, o lucro das instituies

    RELATRIO ANUAL 201744

  • financeiras foi de 4,73 p.p. (25% de 18,9 p.p.). Os 75% restantes corresponderam aos custos dessas operaes.

    A concluso dos estudos que o Brasil tem spreads bancrios elevados, mas que decorrem principalmente dos altos custos da intermediao financeira em nosso Pas. A pesquisa recente realizada pela consultoria Accenture, a pedido da FEBRABAN, mostrou que o Brasil tem de fato os maiores spreads quando comparado com uma amostra relevante de pases, mas que a rentabilidade dos bancos (considerando apenas os cinco maiores em cada pas) est alinhada com a desses outros pases.

    Em 2016, os cinco maiores bancos que atuam no Brasil tiveram rentabilidade mdia de 16,2%, abaixo da obtida pelos maiores bancos chilenos (17,8%) e muito prxima obtida na frica do Sul (15,2%), na Colmbia (14,8%) ou na Turquia (14,5%). Se dessa rentabilidade descontarmos a taxa bsica de juros de cada pas (no Brasil a taxa Selic), a posio dos bancos brasileiros nesse ranking de rentabilidade cai para o 7 lugar em uma lista de 13 pases.

    Outro estudo, sobre concentrao e concorrncia no setor bancrio, revela que esse setor, em geral, tende a ser concentrado tanto em pases desenvolvidos como nos chamados emergentes comparveis ao Brasil por se tratar de um setor intensivo de capital.

    No Brasil, o nvel considerado moderado. Os cinco maiores bancos que atuam no Pas respondem por 69% dos ativos e 85% dos depsitos totais do setor. Na frica do Sul, os cinco maiores bancos possuem 89% dos ativos; na Austrlia, 82%; no Chile, 73%; no Mxico, 71%; e na Colmbia, 67%. Uma particularidade do setor bancrio brasileiro, no presente nos demais pases comparveis, a forte presena de bancos estatais, que tm uma fatia de mercado de 54% no crdito e de 48% no total de depsitos.

    A concentrao econmica tambm est presente em setores intensivos em capital e/ou nos quais so importantes as chamadas economias de escala. Na economia brasileira, no setor de Petrleo e Gs, as cinco maiores empresas concentram quase 90% dos ativos; no setor de Papel e Celulose, as cinco maiores possuem cerca de 80% dos ativos; e no setor de TI e Telecom, as cinco maiores tm concentrao de 75%.

    Visando o tema da ampliao de crdito para pequenas e mdias empresas (PME), foi elaborado estudo pela FIPE com o diagnstico e a proposio de medidas que fomentem a ampliao de crdito para PME. O referido estudo foi apresentado Diretoria Executiva em novembro de 2017 e realizado workshop entre FIPE e integrantes da comisso.

    DESTAQUES INSTITUCIONAIS 2017 4545

  • O Sistema de Autorregulao Bancria (SARB) reflete o compromisso e o empenho dos bancos com seus clientes em construir relaes ainda mais transparentes, ticas e eficientes, em benefcio dos consumidores, do setor e de toda a sociedade.

    Em 2017, a FEBRABAN lanou o SARB 18, com diretrizes e regras para tratamento e negociao de dvidas de pessoa fsica. O normativo inova ao contemplar consumidores adimplentes que, embora estejam pagando regularmente suas dvidas, esto excessivamente endividados.

    O compromisso dos bancos tambm inclui medidas como a divulgao dos canais oferecidos para negociao de dvidas e o acesso facilitado a informaes sobre evoluo da dvida e prazo para retirada do nome do consumidor dos cadastros de inadimplentes, alm da atuao na preveno do superendividamento.

    As novas regras, aliadas s polticas de crdito responsvel, contribuiro para a construo de maior confiana nas relaes de consumo e para o resgate da capacidade financeira do consumidor.

    importante destacar que, alm da edio de normativos, existem aes voltadas orientao e capacitao das signatrias. Nesse sentido, os e-learnings constituem valiosos instrumentos de internalizao das regras pactuadas na autorregulao bancria e de capacitao de profissionais. Atualmente, so 13 contedos disponveis aos bancos. Para 2018, est previsto o e-learning sobre SARB 18.

    Outro avano importante foi a definio de novo fluxo interno de comunicao, por meio do qual os relatrios de conformidade das instituies financeiras signatrias passaro a subsidiar as atividades das respectivas auditorias internas. Essa medida, aliada aprovao de novos critrios para a abertura de averiguaes preliminares, fortalecer o monitoramento de condutas e o processo de superviso das normas pactuadas na Autorregulao.

    Por fim, merecem destaque as aes voltadas discusso do modelo de autorregulao bancria que completa dez anos em 2018. Alm do dilogo permanente com o regulador e os rgos de defesa do consumidor, foram promovidos debates e seminrios sobre a importncia da autorregulao na disseminao de boas prticas de mercado e na preveno de conflitos. Foi tambm contratada uma consultoria independente para a realizao de um profundo diagnstico do atual modelo/estrutura da autorregulao. As recomendaes sero discutidas e implementadas ao longo de 2018.

    AUTORREGULAO GRI 102-15 | 103-2 | 103-3

    O SARB 18 prev atendimento especial queles que tiveram sua capacidade de pagamento reduzida em razo de desemprego, doena grave e divrcio

    46 RELATRIO ANUAL 2017

  • MONITORAMENTO DOS SACS E AUDITORIA DAS AGNCIAS GRI 102-43 | 102-44 | 103-3

    A auditoria dos SACs realizada por meio de monitoramento de ligaes de clientes, anlise dos registros internos de atendimento e avaliao de indicadores como estrutura de menu, informao de protocolo, tempo de espera, informao e cumprimento de prazo de resposta.

    Em 2017, foram observados altos ndices de resolutividade no primeiro contato com o consumidor (79%) e adequao de 98% nos quesitos informao e cumprimento de prazo.

    Ressalta-se que, por meio da atualizao dos SARB 001/2008 e SARB 003/2008, as instituies financeiras tambm se comprometeram a reduzir, de dez para cinco dias teis, o prazo mximo para atendimento de 50% das demandas recebidas pelas ouvidorias; e de cinco para trs dias teis em 80% das demandas o prazo mximo de resposta nos SACs.

    A auditoria foi realizada em 2.100 agncias, em cinco regies do Pas, 21 capitais, oito regies metropolitanas e 15 cidades com mais de 400.000 habitantes, com ndice de conformidade de 94%.

    PAINEL SETORIAL DE ATENDIMENTO GRI 102-43 | 102-44 | 103-3Aperfeioado constantemente, em 2017 o Painel Setorial

    contou com nova sistemtica de comparao e relativizao entre o nmero de atendimento nos canais com a quantidade de clientes e de transaes realizadas no sistema bancrio.

    Em 2017, o ndice de satisfao de consumidores nos SACs dos bancos subiu para 90,8%. Houve reduo de 17% das recla-maes recebidas no Procon e de 6% da entrada de aes cveis.

    CENTRAL CONTE AQUI GRI 102-43 | 102-44 | 103-3A Autorregulao da FEBRABAN coloca disposio dos

    consumidores a Central Conte Aqui para que possam reportar eventual descumprimento de normas do SARB por parte das instituies financeiras participantes.

    As demandas so encaminhadas ao banco que as motivou para tratamento individualizado. O prazo regulamentado de resposta ao cliente (15 dias) foi atendido em 97% dos 1.976 casos registrados.

    Os temas mais recorrentes foram: atendimento (46%), operaes de crdito (16%) e conta-corrente (14%). Esses e outros casos podem ser registrados em conteaqui.org.br.

    47DESTAQUES INSTITUCIONAIS 2017

    http://conteaqui.org.br

  • De cada dez demandas registradas no consumidor.gov.br, oito so resolvidas na plataforma sem que o consumidor tenha de recorrer ao Procon ou Justia

    Em 2017, vrias iniciativas contriburam para o aperfeioamento do mercado no mbito regulatrio e/ou legislativo, entre as quais se destacam: a aprovao do Estatuto da Segurana Privada na Comisso de Assuntos Sociais do Senado Federal, o qual permitir a padronizao de produtos, servios, rotinas, processos, instalaes e investimentos em equipamentos e tecnologia; a aprovao do Projeto de Lei 212 no Senado Federal, que altera a lei do cadastro positivo e aguarda votao na Cmara dos Deputados; e a publicao da Lei 16.624, que revoga a obrigatoriedade de envio de carta com Aviso de Recebimento (AR) para as negativaes no Estado de So Paulo.

    Alm dessas, merece destaque a publicao da Lei 13.476, que regula a chamada garantia guarda-chuva. Desde agosto de 2017, passou a ser permitido que uma nica garantia seja utilizada para amparar diversas operaes de crdito j contratadas ou a serem concedidas. As novas regras para registro de bens devem trazer mais segurana e menos custo a essas transaes.

    Vale mencionar tambm o aperfeioamento da Lei 11.105/2005 (Recuperao Judicial). Em dezembro de 2017, foi encaminhado ao BACEN estudo elaborado pela GO Associados com vistas a demonstrar impactos de eventual mudana no Estatuto Legal da Alienao/Cesso Fiduciria. O Grupo de Trabalho do Ministrio da Fazenda j finalizou a minuta, na qual foram includas 16 sugestes apresentadas pela FEBRABAN.

    Ressalta-se ainda que o Projeto de Lei 7.920/2017 prev que os documentos apresentados em papel possam ser destrudos aps a sua digitalizao, o que permitir diminuio de custos e reduo de espaos fsicos em arquivos, o que contribui com a sustentabilidade ambiental.

    AMBIENTE REGULATRIO

    FALE CONOSCO GRI 102-43 | 102-44 | 103-3Com a reformulao do Fale Conosco, o consumidor pode

    optar por encaminhar a demanda FEBRABAN ou instituio financeira, que acessa o canal e responde diretamente.

    J os assuntos direcionados FEBRABAN so enviados para as diretorias internas. Em ambos os casos, o prazo para resposta de dez dias teis.

    Em 2017, o Fale Conosco recepcionou 4.056 demandas, das quais 2.737 foram para a FEBRABAN.

    CONSUMIDOR.GOV.BR GRI 102-43 | 102-44Para facilitar o atendimento populao, a FEBRABAN

    tambm passou a direcionar as demandas individuais de consumidores relacionadas a produtos e servios bancrios, recebidas nos canais internos (Conte Aqui e Fale Conosco) ao Consumidor.gov.br, portal de resoluo de conflitos. A iniciativa foi oficializada em um acordo de cooperao assinado em dezembro de 2017 com a Secretaria Nacional do Consumidor (SENACON).

    Com esse acordo, a FEBRABAN ratifica seu apoio a essa ao inovadora, que aproxima consumidores e fornecedores, soluciona conflitos e promove a concorrncia entre as empresas pela qualidade do atendimento.

    RELATRIO ANUAL 201748

    http://consumidor.gov.br

  • AMBIENTE DE CRDITO

    BUSCA E APREENSO DE BENS MVEIS ALIENADOSEm 2017, foi aprovada pela Comisso de Assuntos Econmicos do

    Senado a proposta de retomada extrajudicial de bens mveis em caso de alienao fiduciria deles (Projeto de Lei 478/2017).

    A proposta elaborada pela FEBRABAN, sob o prisma do Direito Constitucional e do consumidor, propicia principalmente a desjudicializao da retomada de veculos, menor nmero de aes judiciais sem discusso jurdica relevante, mais eficcia na cobrana de dvidas vencidas, lquidas e certas, mais segurana jurdica do credor e melhora na oferta de crdito.

    A votao do projeto no plenrio do Senado est prevista para 2018.

    PORTAL MEDIAO DIGITALO Conselho Nacional de Justia (CNJ), o Banco Central do Brasil

    e a FEBRABAN assinaram, em dezembro de 2017, termo de cooperao tcnica que visa incentivar a soluo de conflitos por meio do Portal Mediao Digital (cnj.jus.br/mediacaodigital), bem como estabelecer medidas que possibilitem o intercmbio de informaes de interesse das instituies financeiras.

    Pela plataforma eletrnica, o cliente poder solucionar o conflito diretamente com a instituio financeira, que enviar a resposta por meio da prpria ferramenta. Aps o recebimento da proposta, o cliente ter trs opes: aceitar, negar ou encaminhar para mediao pessoal nos Ncleos Permanentes de Mtodos Consensuais de Soluo de Conflitos, distribudos pelos tribunais em todo o Pas.

    O Portal Mediao Digital facilita

    o dilogo entre as partes para a

    realizao de um acordo de forma

    consensual e on-line e evita a

    judicializao das demandas

    PORTABILIDADE ELETRNICA DE CRDITO Em 2017, as solicitaes de portabilidade de operaes de crdito de uma instituio

    financeira para outra, por iniciativa do cliente, evoluram de forma expressiva.Desde a entrada em operao do Sistema CTC (em maio de 2014) at o fim de 2017

    atingiu-se a marca de 11,2 milhes de solicitaes (4,9 milhes no decorrer do ano). Desse contingente, 99,7% so referentes ao produto crdito consignado, sendo a maior parte dessa modalidade destinada aos beneficirios do INSS (72%).

    Nos ltimos meses, o nmero de pedidos de transferncia tem alcanado mdia aproximada superior a 400 mil por ms.

    Alm disso, no mbito da governana da portabilidade, os Comits Gestor e de Governana seguem atuantes na aplicao dos mecanismos de autorregulao do sistema.

    Em 2017, foram concludos trs ciclos de apurao (380 operaes crticas analisadas) do nvel de adeso das instituies financeiras s regras institudas pelo Documento Correlato de Boas Prticas e Procedimentos Operacionais, que passou por uma reviso em seus dispositivos com vistas a proporcionar ainda mais agilidade ao monitoramento das operaes. A portabilidade tambm vem sendo acompanhada pelo BACEN.

    DESTAQUES INSTITUCIONAIS 2017 4949

  • PORTAIS DE CRDITO CONSIGNADO A FEBRABAN aprimorou, ao longo de 2017, o projeto voltado estruturao de um

    modelo de avaliao para aplicao em empresas que processam operaes de crdito consignado (portais).

    O trabalho, executado por uma consultoria contratada, teve como objetivo construir um processo complementar de anlise de fornecedores ao praticado pelas instituies financeiras.

    Na primeira etapa, foram desenvolvidos os parmetros do modelo, com a definio de requisitos para anlise, tais como aspectos qualitativos (constituio da empresa, processos e controles, gesto da qualidade, segurana da informao) e quantitativos (indicadores de desempenho referentes a contratos fora do prazo, ocorrncia de fraudes, reclamaes, liquidao antecipada de contratos, entre outros).

    Na etapa seguinte, como parte do processo de validao, foram avaliados 20 fornecedores indicados pelas instituies financeiras, a maioria pertencente a uma parcela representativa do segmento.

    O relatrio final indicou os prs e contras de cada empresa e os processos relevantes a serem aprimorados e atestou a efetividade da avaliao.

    A FEBRABAN entende que esse projeto poder contribuir para aumentar o nvel de satisfao com os servios prestados pelos correspondentes aos clientes das instituies financeiras.

    LINHAS DE CRDITO BNDES Em 2017, cabe destacar o relacionamento prximo e colaborativo entre a FEBRABAN

    e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social (BNDES) para realizao de iniciativas atreladas s operaes indiretas (isto , aquelas em que h repasse de recursos para as instituies financeiras).

    Entre essas aes, est a racionalizao no nmero geral de linhas de financiamento indiretas ofertadas pelo BNDES (de 74 para 24, reduo superior a dois teros), o que permitiu a eliminao na sobreposio de apoios com a mesma finalidade e maior efetividade na gesto de recursos pelos agentes financeiros.

    Tambm em 2017, as operaes indiretas passaram a ter participao de 58,7% do volume financeiro total de desembolsos do BNDES, ante 54,6% no ano anterior. Merecem destaque os produtos BNDES Automtico, com R$ 15,2 bilhes financiados, ante R$ 12,8 bilhes no ano anterior, e BNDES Finame, com R$ 19,6 bilhes ante R$ 17,6 bilhes no ano anterior.

    Alm disso, a ampliao do crdito para micro, pequenas e mdias empresas alavancou o volume de desembolsos em programas como o BNDES Giro (antigo BNDES Progeren). Em 2017, foram liberados R$ 7,1 bilhes para financiamento de capital de giro, valor 164% superior ao do ano anterior.

    No decorrer do ano, tambm foram realizadas discusses conjuntas sobre implementao da Taxa de Longo Prazo (TLP), novo referencial para remunerao de contratos de financiamento do BNDES, com entrada em vigor a partir de 2018.

    CADASTRO POSITIVO Os bancos tm o maior interesse em melhorar as informaes para aprimorar o processo

    de concesso de crdito e sempre se comprometeram a contribuir com o desenvolvimento de ferramentas e processos que auxiliem na maior quantidade e na melhor qualidade de informaes sobre nveis de endividamento, histrico de crdito e potenciais novos clientes, o

    RELATRIO ANUAL 201750

  • que torna mais eficiente o processo de concesso de crdito e reduz os problemas da assimetria de informaes.

    Em especial no que se refere ao projeto de aperfeioamento do cadastro positivo, includo na agenda BC+, a FEBRABAN vem colaborando com os reguladores na busca de um aperfeioamento da legislao em vigor.

    No fim de 2017, o Senado aprovou o Projeto de Lei 212/2017 que altera a lei do cadastro positivo e aguarda votao na Cmara dos Deputados, com diversos aprimoramentos ao atual marco legal, com destaque para a introduo do modelo de opt out para ingresso dos consumidores no cadastro positivo e o fim da responsabilidade solidria entre os participantes do sistema em caso de ocorrncia de alguma falha.

    No sistema de opt out, todos os consumidores sero includos automaticamente nos cadastros, mas apenas para a produo de scores de crdito por parte das empresas gestoras de bancos de dados (GBDs). Aqueles que no quiserem participar podero se comunicar com as fontes e/ou com as GBDs para solicitar a sua excluso. Espera-se, com isso, aumento expressivo do nmero de integrantes, o que fundamental para o efetivo funcionamento dos modelos de crdito e do sistema de cadastro positivo.

    Outra mudana importante foi o fim da responsabilidade solidria e a sua substituio pela responsabilidade objetiva. Pelo sistema anterior, todos os integrantes poderiam ser penalizados em caso de falha (um vazamento de dados, por exemplo), mesmo se no tivessem nenhuma responsabilidade. Agora, cada um passar a responder nica e objetivamente pelas suas falhas eventuais e no pelas de terceiros. O PL ainda precisa ser aprovado pela Cmara dos Deputados para entrar em vigor.

    SISTEMA DE LIQUIDAO DE CARTES (SLC)Para atender s exigncias da Circular BACEN 3.765/2015, foi

    desenvolvido o Sistema de Liquidao de Cartes (SLC), cuja implantao em produo foi efetivada em novembro de 2017.

    Assim, toda compensao e liquidao das transaes de cartes de crdito e dbito so efetuadas por meio de uma grade nica, com integrao de todos os participantes do mercado, at a realizao final do crdito relativo transao de carto na conta-corrente ou de pagamentos do estabelecimento comercial.

    Para esse projeto, est prevista a entrada de subcredenciadores e de marketplaces, os quais passaro a realizar tambm o crdito de transaes de cartes de seus clientes via grade nica.

    Desde a implantao

    do SLC, foram processadas mais

    de 213 milhes de transaes,

    que representam R$ 186 bilhes

    em volume financeiro

    DESTAQUES INSTITUCIONAIS 2017 5151

  • CMARA REGISTRADORA DE ATIVOS FINANCEIROS (CRAF)Com a remodelao, a Cmara de Cesso de Crdito (C3) passou

    a ter nova denominao: Cmara Registradora de Ativos Financeiros (CRAF), desenvolvida pela Cmara Interbancria de Pagamentos (CIP) em conjunto com os bancos.

    A nova verso do sistema tem mais funcionalidades no que se refere ao registro das operaes de cesses e/ou bloqueios a favor do Fundo Garantidor de Crdito realizadas na CRAF.

    Para atender aos requisitos, foi necessrio aumentar o tamanho do registro de informaes dos contratos que compem as carteiras cedidas ou bloqueadas, com a incluso de novos campos, de forma que pudessem englobar dados de ativos financeiros no objeto de depsito centralizado, bem como informaes relativas a transaes, nus e gravames incidentes sobre cada ativo.

    Entre essas alteraes, destaca-se a necessidade de as instituies bancrias comunicarem diariamente o que ocorreu com a parcela de cada contrato, isto , se foi paga em dia, em atraso ou se foi baixada. Tais eventos serviro para sincronizar a informao financeira constante da CRAF com as posies dos registros informados pelas instituies participantes para o Sistema de Riscos do Banco Central (SCR).

    Outro quesito o controle de operaes fora de padro (OFP). Foi atribuda CRAF a verificao e, se for o caso, o reporte ao rgo regulador das operaes de determinada carteira de ativos que estiverem fora do padro do mercado.

    A CRAF responsvel por fiscalizar os atos praticados pelos part