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RELATÓRIO ANUAL DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DAS EMPRESAS DE ENERGIA ELÉTRICA 2014

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RELATÓRIO ANUAL

DE RESPONSABILIDADE

SOCIOAMBIENTAL DAS

EMPRESAS DE ENERGIA

ELÉTRICA

2014

RELATÓRIO ANUAL

DE RESPONSABILIDADE

SOCIOAMBIENTAL DAS

EMPRESAS DE ENERGIA

ELÉTRICA

2014

O ano de 2014 foi de grandes desafios para a Transmissora Sul Litorânea de Energia S.A (TSLE) no sentido de cumprir os prazos

de construção das Linhas de Transmissão e Subestações associadas, dentro dos rigorosos critérios técnicos e de respeito ao meio

ambiente e às comunidades abrangidas.

Com base na competência de seu corpo técnico e colaboradores, os esforços foram bem-sucedidos. No dia 19 de dezembro de

2014 a TSLE conseguiu colocar em operação comercial a Linha 525 kV Povo Novo - Marmeleiro 2, com 152 km de extensão e

323 torres, a Linha 525 kV Marmeleiro 2 – Santa Vitória do Palmar 2, com 48 km de extensão e 99 torres, e três subestações de

525kV: Santa Vitória do Palmar 2, Marmeleiro 2 e Povo Novo. Este setor do empreendimento, definido como Trecho Sul, tem a

particularidade de incluir a construção de 28 torres com circuito duplo, sendo 18 delas situadas em área alagada da Lagoa Mirim

que obrigaram a soluções de engenharia e de construção diferenciadas e desafiadoras.

Além da complexidade inerente aos empreendimentos, foram enfrentadas adversidades técnicas, ambientais e climatológicas

não previstas. Foi um ano com chuvas acima da média e obras realizadas em áreas temporariamente alagadas, exigindo medidas

extras de segurança e para o transporte de funcionários e materiais.

Todo o processo de licenciamento junto à Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler (FEPAM/RS) foi

cumprido, sendo obtidas todas as licenças ambientais pertinentes, incluindo a Licença Ambiental de Operação das Linhas e

as renovações das Autorizações Gerais das subestações Santa Vitória do Palmar 2, Marmeleiro 2 e Povo Novo, integrantes do

Trecho Sul. Foi ainda obtida em 12/11/2014 a Autorização para os testes pré-operacionais das Linhas deste Trecho Sul, antes da

entrada efetiva em operação comercial que só ocorreu após a emissão da Licença de Operação em 15/12/2014.

Adicionalmente, conquistou-se para a LT 525 kV Nova Santa Rita – Povo Novo, definida como Trecho Norte, uma retificação

na Licença Ambiental de Instalação que estava sob intervenção do Ministério Público do Rio Grande do Sul, e que autorizou os

transplantes e o manejo florestal de espécies imunes ao corte, permitindo a continuidade das obras.

Para 2015, está prevista a conclusão das obras da LT 525 kV Nova Santa Rita – Povo Novo, a realização dos testes pré-

operacionais e a entrega para a operação comercial após a emissão da Licença Ambiental de Operação. Prevê-se também a

conclusão dos testes na Subestação de Marmeleiro 2, envolvendo os Compensadores Síncronos, com sua entrega em definitivo

para a operação comercial.

Com a energização da LT 525 kV Nova Santa Rita – Povo Novo e a entrega dos Síncronos na Subestação Marmeleiro 2, previstos

para fevereiro de 2015, a missão precípua da TSLE terá sido integralmente cumprida no primeiro trimestre de 2015, contribuindo

para a melhoria e integração da demanda nacional e regional de energia elétrica num momento particularmente desafiador

para todo o sistema brasileiro.

Todas as ações referidas, coadunam-se com a filosofia da TSLE e sua responsabilidade socioambiental na implantação e operação

do empreendimento, que tem a missão de fortalecer e ampliar o Sistema Interligado Nacional (SIN), viabilizando a conexão da

energia elétrica gerada pelo Complexo Eólico Campos Neutrais, no Rio Grande do Sul.

A empresa registra, pois, seu reconhecimento e agradecimento a todos que, por sua qualificação e dedicação, contribuíram

para o bom desempenho da TSLE, propiciando a prestação de um serviço essencial e de qualidade para as comunidades

abrangidas, e respeitando e valorizando sempre as dimensões social e ambiental envolvidas.

A DIREÇÃO

Mensagemda Diretoria

7Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica | 20146

Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica | 2014

1 - Dimensão Geral 1.1 - A Empresa ............................................................................................................................................................................... 11 1.1.1 - Perfil ................................................................................................................................................................................ 11 1.1.2 - Identidade organizacional ............................................................................................................................................... 12 1.1.3 - Linha do Tempo .............................................................................................................................................................. 14 1.2 - Responsabilidade com Partes Interessadas .............................................................................................................................. 16 1.3 - Indicadores de Desempenho Operacional e de Produtividade ................................................................................................. 17

2 - Dimensão Governança Corporativa 2.1 - Estrutura Administrativa ......................................................................................................................................................... 21 2.2 - Auditoria Independente .......................................................................................................................................................... 21 2.3 - Organograma ......................................................................................................................................................................... 22

3 - Dimensão Econômico-Financeira 3.1 - Indicadores Econômico-Financeiros ........................................................................................................................................ 25Detalhamento da DVA – Demonstração do Valor Adicionado 3.2 - Resultado Econômico-Financeiro............................................................................................................................................. 26

4 - Dimensão Social e Setorial 4.1 - Indicadores Sociais Internos ..................................................................................................................................................... 29 4.2 - Outras informações sociais relevantes ...................................................................................................................................... 32 4.2.1 - Mapa da região abrangida pela Linhas de Transmissão e Subestações............................................................................ 32 4.2.2 - Importância e benefícios do empreendimento ................................................................................................................ 32 4.2.3 - Geração Eólica e o papel integrador das Linhas de Transmissão ..................................................................................... 32 4.2.4 - Relação com os proprietários de terras ........................................................................................................................... 35

5 - Dimensão Ambiental 5.1 - Indicadores Ambientais .......................................................................................................................................................... 37 5.2 - Indicadores de Desempenho Ambiental para Empresas de Distribuição e/ou Transmissão de Energia Elétrica .......................39 5.3 - Licenças ambientais ............................................................................................................................................................... 40 5.4 - Programas Ambientais ........................................................................................................................................................... 41 5.4.1 - Acompanhamento Ambiental ......................................................................................................................................... 41 5.4.2 - Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) ................................................................................................ 43 5.4.3 - Programa de Manejo e Conservação da Vegetação Nativa .............................................................................................. 43 5.4.4 - Programa de Gestão de Resíduos ................................................................................................................................... 44 5.4.5 - Monitoramento da Fauna ............................................................................................................................................... 46 5.4.6 - Educação Ambiental ....................................................................................................................................................... 48 5.4.7 - Patrimônio Arqueológico e Paleontológico ..................................................................................................................... 48 6 - Balanço Social ............................................................................................................................................................................... 51

7 - Limites de Escopo ......................................................................................................................................................................... 55

8 - Declaração de Validação do Relatório ........................................................................................................................................... 57

9Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica | 20148

1. DIMENSÃO GERAL1.1 - A Empresa

1.1.1 - Perfil

Constituída em 10 de julho de 2012, com o propósito específico de construção, operação e manutenção das instalações de

transmissão caracterizadas no Anexo 6 do Edital do Leilão nº 05/2012 – ANEEL, compostas por:

• Linha de Transmissão Nova Santa Rita - Povo Novo, em 525 kV circuito simples, com extensão aproximada de 268 km, com

origem na SE Nova Santa Rita e término na SE Povo Novo;

• Linha de Transmissão Povo Novo – Marmeleiro1, em 525 kV circuito simples, com extensão aproximada de 154 km, com

origem na SE Povo Novo e término na SE Marmeleiro 2, sendo os 15 km (28 torres) localizados nas margens da Lagoa Mirim

(próximo dos limites da Estação Ecológica do Taim) em circuito duplo;

• Linha de Transmissão Marmeleiro - Santa Vitória do Palmar, em 525 kV circuito simples, com extensão aproximada de 48

km, com origem na SE Marmeleiro 2 e término na SE Santa Vitória do Palmar 2;

• Subestação 525/230 kV Povo Novo (PNO) de 672 MVA, incluindo seccionamento da LT 230kV Camaquã 3 – Quinta da TSBE;

• Subestação 525 kV Marmeleiro 2 (MRO2), com dois compensadores síncronos de 110 Mvar;

• Subestação 525/138 kV Santa Vitória do Palmar 2 (SPA2) de 75 MVA, com dois módulos 138kV de saída de linha para

conexão da LT 138kV da CEEE-D entre Santa Vitória do Palmar e Marmeleiro que será secionada;

• Ampliação da Subestação Nova Santa Rita 525kV (NSR), com inclusão da saída da LT 525kV para Povo Novo.

São ainda de responsabilidade da Transmissora a implementação das instalações de transmissão de rede básica na Subestação

Povo Novo, que corresponde a um trecho de Linha de Transmissão de 230 kV, circuito duplo, com extensão aproximada de 2

km, compreendidas entre o ponto de seccionamento da Linha de Transmissão em 230 kV Camaquã 3 – Quinta (de propriedade

da empresa TSBE) e a Subestação Povo Novo, as entradas de linha correspondentes na Subestação Povo Novo, e a aquisição

dos equipamentos necessários às modificações, substituições e adequações nas entradas de linha das subestações Camaquã 3

e Quinta.

O sistema da Transmissora Sul Litorânea de Energia S.A. integra a Rede Básica do Sistema Interligado Nacional, cuja coordenação

da operação é do Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS, com o qual foi celebrado o respectivo Contrato de Prestação

de Serviços de Transmissão – CPST nº 037/2012.

1 Para o licenciamento ambiental, após a Licença Ambiental de Operação – LO (emitida pela FEPAM em 15/12/2014), entende-se como empreendimento

único a LT 525 kV Povo Novo – Marmeleiro 2 – Santa Vitória do Palmar 2, integrando conceitualmente as LTs “Povo Novo-Marmeleiro” e “Marmeleiro-Santa

Vitoria do Palmar” e as três subestações: PNO, MRO2 e SPA2.

11Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica | 201410

1.1.2 - Identidade Organizacional

Missão

Ser referência entre as transmissoras de energia elétrica do sul do Brasil.

Visão

Estimular o desenvolvimento regional através da transmissão de energia elétrica de forma sustentável e perene.

Valores

• Acionistas: atender com agilidade, qualidade e transparência.

• Colaboradores e parceiros: valorização, qualificação e segurança.

• Ética: valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade.

• Sustentabilidade: compromisso social, econômico e ambiental.

13Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica | 201412

1.1.3 - Linha do Tempo

Junho

Setembro

Novembro

Dezembro

Criação da TSLE.

Assinatura do contrato de concessão ANEEL nº

020/2012, lote A do leilão ANEEL 005/2012.

Abertura de processo junto à FEPAM/RS para

solicitação da LP do Trecho Norte da LT (Nova

Santa Rita – Povo Novo), processo RAS e da LP

do Trecho Sul da LT (Povo Novo – Marmeleiro

e Marmeleiro – Santa Vitória do Palmar),

processo de EIA/RIMA com entrega dos Estudos

Ambientais.

Recebimento da Autorização Geral das SE PNO,

MRO2 e SPA2.

Realização das Audiências Públicas para a

comunidade.

Recebimento da FEPAM das Licenças Ambientais

Prévias: LP 123/2013 (LT Trecho Norte) e LP

227/2013 (Trecho Sul).

Início das indenizações (faixa de servidão/

subestações).

Recebimento da FEPAM das Autorizações Gerais

das Subestações: Povo Novo (PNO), Marmeleiro

(MRO2), Santa Vitória do Palmar (SPA2) e Nova

Santa Rita (Ampliação G).

Recebimento das Licenças Ambientais de

Instalação: LI 784/2013-DL (LT Trecho Norte) e LI

814/2013-DL (LT Trecho Sul).

Início das obras / Programas Ambientais nas

Subestações e nas Linhas de Transmissão.

Solicitação junto à FEPAM

da Licença Ambiental de

Operação da LT Povo Novo

– MRO2 – Santa Vitoria do

Palmar 2 (27/06/2014).

Recebimento da Renovação

das Autorizações Gerais

(emitidas pela FEPAM) das

subestações Santa Vitoria

do Palmar 2 (nº 459/2014-

DL); Marmeleiro 2 (nº

460/2014-DL) e Povo Novo (nº

461/2014-DL).

Recebimento da FEPAM

da “retificação” da Licença

Ambiental de Instalação

da LT Trecho Norte (LI nº.

896/2014).

Realização dos Testes Pré-

operacionais da LT Povo Novo

– Marmeleiro 2 – Santa Vitoria

do Palmar 2 entre 08 e 12/

dezembro/2014.

Recebimento da FEPAM

da Licença Ambiental de

Operação (LO 7181/2014) da

LT Povo Novo – Marmeleiro

2 – Santa Vitoria do Palmar

2 (15/12/2014). Entrou em

operação comercial em

19/12/2014.

Organização da

documentação com vistas à

solicitação da LO da LT 525 kV

Nova Santa Rita – Povo Novo.

Conclusão das obras das

subestações PNO, SPA2 e

MRO2 e NSR (ampliação G)

Abreviaturas

ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica

EIA/RIMA – Estudo e Relatório de Impacto Ambiental

FEPAM/RS – Fundação Estadual de Proteção Ambiental

Henrique Luiz Roessler – RS

LI – Licença Ambiental de Instalação

LP – Licença Ambiental Prévia

LT – Linha de Transmissão

MRO2 – Marmeleiro

NSR – Nova Santa Rita

PNO – Porto Novo

SPA2 – Santa Vitória do Palmar

RAS – Relatório Ambiental Simplificado

SE – Subestação

TSLE - Transmissora Sul Litorânea de Energia S.A.

20122013

2014

15Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica | 201414

1.2 - Responsabilidade com Partes interessadas

A TSLE busca um bom relacionamento com as partes interessadas, comunicando-se com estes de forma clara, organizada e

transparente.

1.3 - Indicadores de Desempenho Operacional e de Produtividade

Partes interessadas Detalhamento Canais de Comunicação

ACIONISTAS E INVESTIDORES

- Eletrosul Centrais Elétricas S.A.- Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica - CEEE - GT

Por meio de um comitê gestor formado por representantes dos acionistas, com reuniões mensais para transparência e integridade das informações, disponibilização de informativos contábeis e de andamento da obra.

CLIENTES

A concessionária atende ao SIN - Sistema Integrado Nacional, gerenciado pela ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico. O empreendimento entrou em operação em 19/12/2014.

Não houve no período.

FORNECEDORES

- Eletrosul Centrais Elétricas S.A.- Elecnor do Brasil Ltda.- Consórcio Alstom/Weg/Santa Rita – Marmeleiro e Santa Vitória do Palmar- Consórcio Construtor Minuano - CCM(Isolux Projetos e Instalações Ltda e - Engevix Engenharia S.A.) - Cotesa Engenharia Ltda.- Profill Engenharia e Ambiente - Engemab Serviços de Engenharia e Meio Ambiente Ltda.

Por meio de um comitê gestor, formado por representantes dos acionistas, com reuniões mensais.

EMPREGADOS, COLABORADORES, ESTAGIÁRIOS, PARCEIROS

A empresa não possui funcionários próprios. São todos tercerizados.

São realizadas reuniões semanais ou quando houver necessidade. A comunicação é permanente, direta ou via e-mail, permitindo que os colaboradores sejam informados quanto às ações desenvolvidas pela Empresa.

ÓRGÃOS E PROGRAMAS PÚBLICOS

- ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica. - ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico. - MME - Ministério de Minas e Energia.

O relacionamento é formal, por meio de correspondência protocolada. Em alguns casos utiliza-se e-mail e, em seguida, as dúvidas ou comunicações são formalizadas por documento oficial.

ORGANIZAÇÕES SOCIAIS, AMBIENTAIS E COMUNIDADES

Não há nenhum compromisso direto com associações ou ONGs. Os contratos são feitos especificamente para o desenvolvimento de alguns projetos, visando atender às condicionantes ambientais da LO - Licença de Operação.

Ofícios, e-mails, reuniões esporádicas, de acordo com o desenvolvimento do projeto. Entrega dos documentos necessários para a obtenção e manutenção das licenças ambientais.

SEGURADORAS Seguro Patrimonial Tokio Marine. Ofícios e outros documentos.

ENTIDADES DE PESQUISAParceria com a Eletrosul para a elaboração e execução de projetos de pesquisa em P&D.

Não houve no período, pois a empresa estava em fase pré-operacional.

Dados Técnicos(insumos, capacidade de produção, vendas, perdas)

NÚMERO DE EMPREGADOS PRÓPRIOS -

NÚMERO DE EMPREGADOS TERCERIZADOS 4.200

NÚMERO DE ESCRITÓRIOS COMERCIAIS 2

SUBESTAÇÕES - CONSTRUÍDAS (EM UNIDADES)- AMPLIADAS (EM UNIDADES)- COM AUTORIZAÇÃO PARA AMPLIAÇÃO

311

LINHAS DE TRANSMISSÃO - CONSTRUÍDAS (EM KM)- EM CONSTRUÇÃO (EM KM)

200268

17Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica | 201416

As instalações de transmissão são compostas por:

Linha de Transmissão do Trecho Norte, Nova Santa Rita - Povo Novo, em 525 kV circuito simples, com extensão aproximada de

268 km, origem na Subestação Nova Santa Rita e término na Subestação Povo Novo. Atravessa os municípios de Nova Santa Rita,

Triunfo, Charqueadas, Eldorado do Sul, Guaíba, Mariana Pimentel, Barão do Triunfo, Cerro Grande do Sul, Camaquã, Chuvisca,

Cristal, São Lourenço do Sul, Pelotas, Capão do Leão e Rio Grande, todos no Estado do Rio Grande do Sul. As obras da Linha

iniciaram em novembro de 2013 sendo concluídas em dezembro de 2014. O lançamento de cabos e comissionamento foi finalizado

em fevereiro de 2014.

• Linha de Transmissão do Trecho Sul, Povo Novo – Marmeleiro, em 525 kV circuito simples, com extensão aproximada de 154

km, origem na Subestação Povo Novo e término na Subestação Marmeleiro 2, sendo os 15 km dentro da Estação Ecológica

doTaim, em circuito duplo. Abrange os municípios de Rio Grande e Santa Vitória do Palmar. A linha teve as obras iniciadas em

outubro de 2013 e sua conclusão ocorreu em dezembro de 2014. Entrou em operação comercial em 19 de dezembro de 2014.

• Linha de Transmissão do Trecho Sul Marmeleiro 2 - Santa Vitória do Palmar 2, em 525 kV circuito simples, com extensão

aproximada de 48 km, com origem na Subestação Marmeleiro 2 e término na Subestação Santa Vitória do Palmar 2. Situa-se

integralmente no município de Santa Vitória do Palmar. A linha teve as obras iniciadas em outubro de 2013 e sua conclusão

ocorreu em dezembro de 2014. Entrou em operação comercial em 19 de dezembro de 2014.

As subestações do empreendimento são compostas por:

• Subestação 525/230 kV Povo Novo, com pátio de 525kV no arranjo disjuntor e meio, para conexão da LT para Nova Santa Rita

com reator 150 MVAr da LT para Marmeleiro 2 com reator manobrável de 50 MVAr e do trafo 525/230kV de 672 MVA e do

pátio de 230kV, no arranjo barra dupla a quatro chaves, com quatro vãos para conexão do trafo, interligação de barras e duas

saídas para a LT 230kV, a ser secionada entre Camaquã 3 e Quinta. Localiza-se no munícipio de Rio Grande. Suas obras foram

iniciadas em março de 2013 tendo sua conclusão em dezembro de 2014.

• Subestação 525kV Marmeleiro 2, com pátio de 525kV no arranjo disjuntor e meio, para conexão da LT para Povo Novo com

reator 100 MVAr, da LT para Santa Vitória do Palmar 2, do reator de barra de 100 MVAr e do trafo 525/15kV para conexão de

dois compensadores síncronos, cada um com 110 MVAr. A subestação localiza-se no munícipio de Santa Vitória do Palmar.

Teve as obras iniciadas em março de 2013 sendo sua conclusão (parcial) ocorrida em dezembro de 2014.

• Subestação 525/138kV Santa Vitória do Palmar 2, com pátio de 525kV no arranjo disjuntor e meio, para conexão da LT para

Marmeleiro 2 com reator manobrável 50 MVAr, e do trafo 525/138kV de 75 MVA e do pátio 138kV no arranjo barra dupla a

quatro chaves, com quatro vãos para conexão do trafo, interligação de barras e duas saídas para a LT 138kV a ser secionada

entre Santa Vitória do Palmar e Marmeleiro da CEEE-D. Teve as obras iniciadas em março de 2013 sendo sua conclusão (parcial)

ocorrida em dezembro de 2014.

• Ampliação da Subestação 525kV Nova Santa Rita da Eletrosul (Ampliação G), no pátio de 525kV em arranjo disjuntor e meio,

para conexão da LT Povo Novo com reator de 50 MVAr. A subestação localizada no munícipio de Nova Santa Rita teve as obras

iniciadas em março de 2013 e sua conclusão ocorreu em dezembro de 2014.

19Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica | 201418

2. DIMENSÃO GOVERNANÇA CORPORATIVA2.1 - Estrutura Administrativa

A estrutura da Administração da TSLE S/A é formada pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal e pela Diretoria. O

Conselho de Administração é composto por quatro membros efetivos e quatro suplentes, eleitos na Assembleia Geral, com

mandato de três anos, admitida a reeleição por igual período. Terminado o prazo do mandato, os membros do Conselho de

Administração permanecerão nos cargos até a posse dos sucessores. A escolha do seu Presidente dar-se-á pela maioria de seus

membros, não cabendo a quaisquer dos conselheiros voto de qualidade. O Conselho Fiscal integra a sociedade em caráter

permanente, o qual exercerá as atribuições impostas por lei. É composto por quatro membros efetivos e quatro suplentes,

sendo admitida a reeleição.

A Diretoria é composta por dois membros, acionistas ou não, eleitos pelo Conselho de Administração, residentes no País, sendo

um Diretor Administrativo/Financeiro e um Diretor Técnico. O mandato dos membros da Diretoria é de três anos, sendo admitida

a reeleição. A TSLE é uma sociedade anônima de capital fechado, composta integralmente por ações ordinárias nominativas

subscritas pelos referidos acionistas, tendo como acionista majoritária a Eletrosul Centrais Elétricas S.A., como demonstrado na

tabela a seguir.

2.2 - Auditoria Independente

A auditoria independente é selecionada anualmente por meio de cotações e mediante a escolha da melhor proposta. O auditor

que atestou a fidedignidade das Demonstrações Contábeis da TSLE, no ano de 2014, foi a Audiconsult Auditores Associados.

Capital Social

ACIONISTA AÇÕES ORDINÁRIAS SUBSCRITAS R$ %

Eletrosul Centrais Elétricas S. A. 142.800.000 142.800.000,00 51

Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica - CEEE - GT

137.200.000 137.200.000,00 49

Total 280.000.000 280.000.000,00 100

21Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica | 201420

2.3 – Organograma

Atualmente a empresa conta com uma estrutura interna composta por dois diretores, Administrativo/Financeiro e Técnico,

conforme o organograma apresentado a seguir, sendo que o setor Financeiro/Contábil, Secretaria e Engenharia são terceirizados.

Diretor Administrativo / Financeiro

Setor Financeiro / Contábil

Secretaria

Diretor Técnico

Engenharia

23Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica | 201422

3. DIMENSÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA3.1 - Indicadores Econômico-financeiros - Detalhamento da DVA - Demonstração de Valor Adicionado

Indicadores Econômico-financeiros - Detalhamento da DVA

Geração de Riqueza (R$ Mil)2014

∆%2013

R$ Mil % R$ Mil %

RECEITA OPERACIONAL (Receita bruta de vendas de energia e serviços) 495.343 100,00% 48,16% 334.339 100,00%

Receita de O&M 259 0,05% - - -

Receita com Ativo Financeiro 54.314 10,96% 404,40% 10.768 3,22%

Receita de Construção 440.770 88,98% 36,22% 323.571 96,78%

Outras receitas do Serviço - - - - -

(-) INSUMOS (insumos adquiridos de terceiros: compra de energia, material, serviços de terceiros etc.) 446.234 90,09% 37,22% 325.189 97,26%

Resultado Não Operacional

= VALOR ADICIONADO BRUTO 49.109 9,91% 436,71% 9.150 2,74%

( - ) QUOTAS DE REINTEGRAÇÃO (depreciação, amortização) 1 0,00% - - -

= VALOR ADICIONADO LÍQUIDO 49.108 9,91% 436,70% 9.150 2,74%

+ VALOR ADICIONADO TRANSFERIDO (Receitas financeiras) 5.705 1,15% 64,50% 3.468 1,04%

= VALOR ADICIONADO A DISTRIBUIR 54.813 11,07% 334,40% 12.618 3,77%

Distribuição da Riqueza - Por Partes Interessadas

2014∆%

2013

R$ Mil % R$ Mil %

PESSOAL 1.176 2,15% 20,99% 972 7,70%

GOVERNO (impostos, taxas e contribuições e encargos setoriais) 1.595 2,91% -25,08% 2.129 16,87%

FINANCIADORES 49.225 89,80% 524,21% 7.886 62,50%

ACIONISTAS 2.817 5,14% 72,72% 1.631 12,93%

= VALOR ADICIONADO DISTRIBUÍDO (TOTAL) 54.813 100% 334% 12.618 100%

25Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica | 201424

Em função da adoção da ICPC-01 - Contratos de Concessão, a TSLE passou a reconhecer os custos e receitas de construção,

conforme requerido pela ICPC-01, OCPC-05 e CPC 17, da receita de operação e manutenção e da receita com o ativo financeiro,

visando o atendimento das Normas Internacionais de Contabilidade IFRS (Internacional Financial Reporting Standards), conforme

as Leis nº 11.638/07 e nº 11.941/09.

A Demonstração do Valor Adicionado tem como principal atribuição a identificação e divulgação do valor da riqueza gerada

por uma entidade, e como essa riqueza foi distribuída entre os diversos elementos/setores que contribuíram, direta ou

indiretamente, para a sua geração, como uma remuneração aos esforços dos empregados pelo fornecimento da mão-de-obra,

dos investidores pelo fornecimento do capital, dos financiadores pelo empréstimo dos recursos e do governo pelo fornecimento

da lei e da ordem, infraestrutura socioeconômica e serviços de apoio. Constitui-se, portanto, em uma fonte rica em informações,

permitindo vislumbrar as relações intersociais e apontar como determinada entidade agrega valor a economia do país ou da

região onde está inserida.

Conforme Contrato de Concessão, a prestação do servido de transmissão se dará mediante o pagamento de Receita Anual

Permitida (RAP) a partir da data da disponibilização das instalações para a operação comercial, reajustado anualmente no mês

de julho de cada ano, pelo IPCA.

A TSLE apresentou no exercício de 2014 um Resultado Operacional Líquido de R$ 47,7 milhões e um Lucro de R$ 2,8 milhões.

Distribuição da Riqueza - Governo e Encargos Setoriais

2014 2013

R$ Mil % R$ Mil %

TRIBUTOS/ TAXAS/ CONTRIBUIÇÕES

PIS 25 1,40% - -

COFINS 116 6,48% - -

IRPJ 1.040 58,07% 1.423 67%

CSLL 374 20,88% 512 24%

ENCARGOS SOCIAIS VINCULADOS A FOLHA DE PAGAMENTO 196 10,94% 194 9%

OUTROS

ENCARGOS SETORIAIS

RGR 40 2,23% - -

TFSEE - - - -

P&D - - - -

= VALOR DISTRIBUÍDO (TOTAL) 1.791 - 2.129 -

3.2 – Resultado Econômico-financeiro

Outros indicadores2014

∆%2013

R$ Mil R$ Mil

Receita Operacional Bruta (R$ Mil)

Deduções da Receita (R$ Mil)

Receita Operacional Líquida (R$ Mil) 495.162 48,10% 334.339

Custos e Despesas Operacionais do Serviço (R$ Mil) -447.411 37,09% -326.355

Receitas Irrecuperáveis (R$ Mil) - - -

Resultado do Serviço (R$ Mil) 47.751 498,08% 7.984

Resultado Financeiro (R$ Mil) -43.520 885,06% -4.418

Outras Despesas (R$ Mil) - - -

IRPJ/ CSSL (R$ Mil) -1.414 -26,93% -1.935

Lucro Líquido (R$ Mil) 2.817 72,72% 1.631

Juros sobre o Capital Próprio (R$ Mil) - - -

Dividendos Distribuídos (R$ Mil) - - -

Custos e Despesas Operacionais por MWh vendido (R$ Mil) - - -

Riqueza (valor adicionado líquido) por Empregado (R$ Mil) - - -

Riqueza (valor a distribuir) por Receita Operacional (%) - - -

EBITDA ou LAJIDA (R$ Mil) 47.750 498,07% 7.984

Margem do EBITDA ou LAJIDA (%) 9,64% 303,82% 2,39%

Liquidez Corrente 0,08 -60,00% 0,20

Liquidez Geral 1,45 33,03% 1,09

Margem Bruta (lucro líquido / receita operacional bruta) (%) 0,57% 16,58% 0,49%

Margem líquida (lucro líquido / receita operacional líquida) (%) 0,57% 16,58% 0,49%

Rentabilidade do Patrimônio Líquido (lucro líquido/ patrimônio líquido) (%) 0,99% -79,11% 4,74%

Estrutura de Capital Capital próprio (%) Capital de terceiros oneroso (%) (empréstimos e financiamentos)

31%69%

287,50%-25,00%

8%92%

Inadimplência de Clientes (contas vencidas até 90 dias / Receita Operacional bruta nos últimos 12 meses) (%) 0,00 - 0,00

27Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica | 201426

4 - DIMENSÃO SOCIAL E SETORIAL

4.1 – Indicadores Sociais Internos

Indicadores Sociais Internos

Empregados/ empregabilidade/ administradores2014 2013

a) Informações gerais

Número total de empregados - -

Empregados até 30 anos de idade (%) - -

Empregados com idade entre 31 e 40 anos (%) - -

Empregados com idade superior a 50 anos (%) - -

Número de mulheres em relação ao total de empregados (%) - -

Empregados negros (pretos e pardos) – em relação ao total de empregados (%) - -

Estagiários em relação ao total de empregados (%) - -

b) Remuneração, benefícios e carreira 2014 (R$ MIL)

2013 (R$ MIL)

Remuneração - -

Folha de pagamento bruta - -

Encargos sociais compulsórios - -

Benefícios - -

Transporte - -

Alimentação - -

Saúde - -

Outros (Capacitação profissional) - -

c) Participação nos resultados 2014 2013

Divisão da maior remuneração pela menor remuneração em espécie paga pela empresa (inclui participação nos resultados e bônus) - -

Divisão da menor remuneração da empresa pelo salário mínimo vigente (inclui participação nos resultados e programa de bônus) - -

29Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica | 201428

d) Perfil da remuneração – Identificar a percentagem de empregados em cada faixa de salários Faixas (R$) 2014 2013

Até R$ 1.000,00 - -

De R$ 1.000,01 a R$ 2.000,00 - -

De R$ 2.000,01 a R$ 3.000,00 - -

Acima de R$ 3.000,00 - -

Por Categorias (salário médio no ano corrente) – R$ - -

Cargos de diretoria 56.335 55.667

Cargos administrativos - -

Cargos de produção - -

e) Saúde e segurança no trabalho 2014 2013

Média de horas extras por empregado/ano - -

Número total de acidentes de trabalho com empregados - -

Número total de acidentes de trabalho com terceirizados / contratados - -

Média de acidentes de trabalho por empregado/ano - -

Acidentes com afastamento temporário de empregados e/ou de prestadores de serviço (%) - -

Acidentes que resultaram em mutilação ou outros danos à integridade física de empregados e/ou de prestadores de serviço, com afastamento permanente do cargo (incluindo LER) (%) - -

Acidentes que resultaram em morte de empregados e/ou de prestadores de serviço (%) - -

Índice TF (taxa de freqüência) total da empresa no período, para empregados - -

Índice TF (taxa de freqüência) total da empresa no período, para terceirizados/ contratados - -

Investimentos em programas específicos para portadores de HIV (R$ Mil) - -

Investimentos em programas de prevenção e tratamento de dependência (drogas e álcool) (R$ MIL) - -

f) Desenvolvimento profissional 2014 2013

Perfil da escolaridade - discriminar, em porcentagem, em relação ao total dos empregados(%) - -

Ensino fundamental - -

Ensino médio - -

Ensino superior incompleto - -

Ensino superior - -

Pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado) - -

Analfabetos na força de trabalho (%) - -

Valor investido em desenvolvimento profissional e educação (%) - -

g) Comportamento frente a demissões 2014 2013

Número de empregados ao final do período - -

Número de admissões durante o período - -

Número de demissões durante o período - -

Reclamações trabalhistas iniciadas por total de demitidos no período (%) - -

Reclamações trabalhistas - -

Montante reinvindicado em processos judiciais (R$ Mil) - -

Valor provisionado no passivo - -

Número de processos existentes - -

Número de empregados vinculados nos processos - -

h) Administradores 2014 2013

Remuneração e/ou honorários totais (R$ Mil) (A) 676 668

Número de Diretores (B) 2 2

Remuneração e/ou honorários médios A/B 338 334

Honorários de Conselheiros de Administração (R$ Mil) (C ) 170 170

Número Conselheiros de Administração (D) 8 8

Honorários médios C/D 21 21

A empresa TSLE não tem funcionários próprios, são todos terceirizados, por meio de contratos de empreitada global com

três grandes fornecedores na parte de obra e mais três contratos nos setores administrativo/financeiro/contábil, fundiário e

ambiental.

31Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica | 201430

4.2 – Outras informações sociais relevantes

4.2.1 – Mapa da região abrangida pela Linha de Transmissão e Subestações

Nova Santa Rita TriunfoCharqueadasEldorado do Sul GuaíbaMariana Pimentel Barão do Triunfo Cerro Grande do SulCamaquãChuviscaCristalSão Lourenço do Sul PelotasCapão do Leão Rio Grande Santa Vitória do Palmar

12345678910111213141516

4.2.2 – Importância e benefícios do empreendimento

O empreendimento da TSLE faz parte de um conjunto de obras de Linhas de Transmissão que permite o aumento do intercâmbio

eletroenergético entre as regiões Sul-Sudeste e contribui para a melhoria da qualidade do abastecimento de energia na região.

Estes reforços possibilitam um incremento significativo da transferência de geração de acordo com a diversidade hidrológica

entre as referidas regiões.

Durante o ano de 2014, o empreendimento da TSLE mobilizou um contingente de mão-de-obra que gerou 4.200 empregos

terceirizados diretos (3.500) diretos e indiretos (700). As obras, em suas diversas etapas, exigiram profissionais, técnicos e

engenheiros com diferentes habilitações e competências, além da expertise de outras equipes multidisciplinares que atuaram

nos programas ambientais, sociais e educacionais. Durante a construção, as empresas encarregadas dessa atividade tiveram

poucos acidentes, todos de baixa gravidade.

4.2.3 - Geração eólica e o papel integrador das Linhas de Transmissão

A TSLE transmite a energia eólica produzida no “Complexo Eólico Campos Neutrais”, localizado nos municípios de Santa Vitória

do Palmar e Chuí, no RS. A energia mecânica produzida pelos ventos é limpa, abundante e renovável e é obtida por meio de

aerogeradores−aforçadoventoécaptadaporhélicesligadasaumaturbina,queacionaumgeradorelétrico.Aquantidade

de energia transferida varia em função da densidade do ar, da área coberta pela rotação das hélices e da velocidade do vento.

As Linhas de Transmissão e Subestações fazem parte do Sistema Integrado Nacional (SIN) brasileiro, considerado um dos mais

avançados do mundo. Isto é possível porque o SIN utiliza os benefícios da diversidade hidrológica entre as regiões, permitindo

transferir excedentes de energia elétrica gerados por usinas hidráulicas em uma região com níveis de armazenamentos elevados,

para outras regiões com deficiência energética.

Com tamanho e características que permitem considerá-lo único em âmbito mundial, segundo a Agência Nacional de Energia

Elétrica (ANEEL), o sistema de geração e transmissão de energia elétrica do Brasil é caracterizado pela forte predominância de

usinas hidrelétricas (66,6%) e termoelétricas (28,1%), com múltiplos concessionários, responsáveis por 94,7% da energia elétrica

total gerada. A geração eólica contribui com 3,7%, a termonuclear por 1,5% e a solar fotovoltaica por 0,1%.

O mapa a seguir ilustra a integração entre os sistemas de produção e transmissão para o suprimento do mercado consumidor

de energia elétrica do Brasil.

A Linha de Transmissão e as Subestações da TSLE estão localizadas nos seguintes municípios

Aerogeradores da empresa Eólicas do Sul, em Santa Vitória do Palmar (RS)

33Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica | 201432

Fonte: ONS – Operador Nacional do Sistema Elétrico

4.2.4 - Relação com os proprietários de terras

A TSLE priorizou, desde o começo de suas atividades, um relacionamento atento, sensível e respeitoso para com as comunidades

residentes nas áreas onde viriam a ser construídas a sua Linha de Transmissão e as Subestações. A chamada faixa de servidão

– a área de 60 metros por onde passa a LT – abrange uma quantidade grande de propriedades privadas com diferentes tipos

de benfeitorias, costumes e cultura.

Apesar dos benefícios socioeconômicos decorrentes da implantação de uma LT para determinada comunidade e para o Sistema

Interligado Nacional como um todo, há sempre um impacto e reação inicial dos moradores potencialmente atingidos por

qualquer interferência em suas propriedades: seja pelo traçado da linha, pelas obras de construção, ou mesmo pela alteração

provocada em benfeitorias e que exijam reparo ou compensação de danos.

Ao final de 2014, o balanço da situação fundiária do empreendimento apresentou um resultado bastante positivo: 99% das

áreas de propriedade privada estavam equacionadas, sendo que, de um total de 1.146 propriedades, 1.130 já haviam sido

indenizadas, 11 encontravam-se em negociação e apenas três registravam ainda embargos judiciais.

SITUAÇÃO FUNDIÁRIA DO EMPREENDIMENTO – Dezembro 2014

Setor do empreendimento

QUANTIDADE DE PROPRIEDADESAVANÇO FÍSICO

%TOTAL INDENIZADAS EM NEGOCIAÇÕES

COM EMBARGOS JUDICIAIS

1 LT 525kV Santa Vitória - Marmeleiro 66 66 0 0 100

2 LT 525kV Marmeleiro - Povo Novo 232 229 2 1 99

3 LT 525kV Nova Santa Rita - Povo Novo 845 832 9 2 98

4 Subestações 3 3 0 0 100

Total 1.146 1.130 11 3 99

35Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica | 201434

5 - DIMENSÃO AMBIENTAL

5.1 – Indicadores Ambientais

Recuperação de áreas degradadas Meta 2014 2013

Área preservada e/ou recuperada por manejo sustentável de vegetação sob as linhas de transmissão (em ha)

222 há 155,4 ha (70%) 44,4ha (20%)

Área preservada / total da área preservada na área de concessão exigida por lei (%) 140ha Total (100%) Total

Quantidade de acidentes por violação das normas de segurança ambiental Nenhum Nenhum Nenhum

Número de atuações e/ou multas por violação de normas ambientais Nenhum Nenhum Nenhum

Geração e tratamento de resíduos Meta 2014 2013

Efluentes

Volume total de efluentes (estimativa total de toda obra) 277.120 litros 207.814 litros (75% do total)

69.280 litros (25% do total)

Volume total de efluentes com tratamento 100% 75% (do total) finalizado

25% (do total)Nenhum

Percentual de efluentes tratados (%) 100% 75% do total 25% (do total)

Sólidos

Quantidade anual (em toneladas) de resíduos sólidos gerados (lixo, dejetos, entulho, etc.) – Fase de instalação 134.000 kg 100.500 kg

(75% do total)33.500kg (25%

do total)

A questão ambiental está intimamente ligada com a geração e distribuição de energia. E o empreendimento da TSLE objetiva

transmitir energia elétrica gerada pelo Parque Eólico Campos Neutrais - uma fonte renovável e sustentável - do extremo sul

do Rio Grande do Sul. Assim sendo, a dimensão ambiental possui especial relevância, em todas as etapas de construção,

implantação e operação da linha de transmissão e das subestações objeto da concessão da ANEEL.

A responsabilidade social e ambiental da TSLE foi aplicada desde os estudos técnicos exigidos para o licenciamento das atividades.

Em decorrência disto, a empresa gerenciou suas atividades de implantação de forma a identificar a ocorrência de impactos

ambientais, buscando ações adequadas para reduzir e/ou minimizar, ao máximo, possíveis danos relacionados com a operação

do empreendimento. A filosofia da empresa visa também difundir práticas e conhecimentos socioambientais adquiridos, e

ampliar ações positivas neste setor da infraestrutura básica nacional.

Uma das evidências da consciência ambiental da TSLE ficou expressa na definição do traçado de sua linha de transmissão, cuja

diretriz foi desviar remanescentes de florestas nativas e cursos hídricos, objetivando diminuir ao máximo os impactos ambientais

sobre estas áreas. De forma equivalente, foram tomados cuidados especiais com as ocupações urbanas, de modo que o traçado

da linha não apresentasse interferência sobre nenhum núcleo urbano, e tampouco afetasse territórios indígenas.

37Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica | 201436

Indicadores de desempenho Unidades de medidaObjetivo doIndicador

Ações da empresa

Supressão vegetal - Fase de implantação

m² de área suprimida.

Medir as áreas, objeto de supressão vegetal, seja para a

construção de subestações, seja para abertura de faixa de servidão.

403 ha referente à supressão necessária para implantação de

acessos, praças de torres e vão de lançamento de cabos da Linha de

Transmissão.

Incidências de queimadasNúmero de ocorrências e áreas degradadas por queimadas por

ano.

Medir a eficiência das ações preventivas e corretivas de

queimadas.Nenhuma ocorrência.

Vazamento de óleo Pontos de vazamento por mês.

Medir a eficiência das ações preventivas e corretivas dos

vazamentos de óleos de equipamentos.

Nenhuma ocorrência.

Todo o processo de construção e manutenção do empreendimento da TSLE é realizado por empresas terceirizadas, por meio de contratos de EPC (Engineering, Procurement and Construction Contracts), onde estão inclusos o consumo de combustível, energia, água, a destinação correta de resíduos sólidos e dos efluentes gerados. A empresa tem conhecimento da importância desse fator e monitora todo o processo construtivo.

5.2 – Indicadores de Desempenho Ambiental para Empresas de Distribuição e/ou Transmissão de Energia Elétrica.

A seguir são apresentados os Indicadores de Desempenho Ambiental utilizados na gestão do empreendimento da TSLE.

Percentual de resíduos encaminhados para reciclagem sem vínculo com a empresa % 26.800 kg 20.100 kg(75% do total)

6.700kg (25% do total)

Percentual de resíduos reciclados por unidade ou entidadevinculada à empresa (projeto específico) % Nenhum Nenhum Nenhum

Uso de recursos no processo produtivo e em processos gerenciais da organização Meta 2014 2013

Consumo total de energia do empreendimento (fase instalação)

- hidrelétrica (em kWh) 15% do total 10% do total 5% do total

- combustíveis fósseis 85% do total 65% do total 20% do total

Consumo total de água – fase de instalação (em m³)

- abastecimento (rede pública) 8.000 m³ 75% do total 25% do total

- fonte subterrânea (poço) Nenhum Nenhum Nenhum

- captação superficial (cursos d’água) Nenhum Nenhum Nenhum

Consumo total de água (em m³) 8.000 m³ 75% do total 25% do total

Educação e conscientização ambiental – Trabalhadores Fase de implantação Meta 2014 2013

Número de empregados treinados nos programas de educação ambiental 1.520 funcionários 75% do total 25% do total

Percentual de empregados treinados nos programas de educação ambiental / total de empregados

100 % 75% do total 25% do total

Número de horas de treinamento ambiental / total de horas de treinamento 3.040 horas 75% do total 25% do total

Educação ambiental - Comunidade

Número de unidades de ensino fundamental e médio atendidas 05 escolas 04 escolas 01 escola

Número de alunos atendidos 120 100 20

39Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica | 201438

5.3 – Licenças ambientais

A estrutura geral do licenciamento ambiental do empreendimento da TSLE está alicerçada nas seguintes autorizações:

• Linha de Transmissão - Trecho Norte: a instalação deste setor do empreendimento é autorizada pela Licença de Instalação

784/2013-DL, emitida pela FEPAM/RS em 08/11/2013. Em 03/12/2014 a FEPAM/RS emitiu a Licença de Instalação (LI)

896/2014-DL, retificando alguns termos da LI anterior e incluindo autorização para manejo das espécies imunes ao corte no

RS. No início de janeiro/2015 será formalizada a solicitação da Licença Ambiental de Operação (LO) deste empreendimento,

com emissão prevista para março/2015.

• Linha de Transmissão - Trecho Sul: a instalação deste setor do empreendimento é autorizada pela LI 814/2013-DL, emitida

pela FEPAM/RS em 30 de setembro de 2013. Em 15/12/2014 foi emitida a LO 7181-DL.

• Subestação Povo Novo – PNO (município de Rio Grande): a instalação desta subestação obteve a Autorização Ambiental

nº 424/2013-DL, emitida pela FEPAM/RS em 04/07/2013. Em 18/09/2014 recebeu-se da FEPAM/RS a renovação desta

Autorização (AutGer 461/2014-DL), válida até 18/09/2015.

• Subestação Santa Vitória do Palmar – SPA2 (município de Santa Vitória de Palmar): a instalação desta Subestação está

alicerçada na Autorização Ambiental nº 496/2013-DL, emitida pela FEPAM/RS em 21/08/2013. Em 18/09/2014 recebeu-se

da FEPAM/RS a renovação desta Autorização (AutGer 459/2014-DL), válida até 18/09/2015.

• Subestação Marmeleiro – MRO2 (município de Santa Vitória do Palmar): a instalação desta subestação tem como base a

Autorização Ambiental nº 501/2013-DL, emitida pela FEPAM/RS em 22/08/2013. Em 18/09/2014 recebeu-se da FEPAM/RS

a renovação desta Autorização (AutGer 460 / 2014-DL), válida até 18/09/2015.

• Subestação Nova Santa Rita – NSR (Ampliação G – município de Nova Santa Rita): a ampliação desta subestação é decorrente

da Autorização Ambiental nº 741/2013-DL, emitida pela FEPAM/RS em 10/12/2013, válida até 11/12/2014, período em que

se concluiu este setor do empreendimento.

5.4 - Programas Ambientais

A seguir descreve-se o escopo básico dos programas ambientais desenvolvidos na implantação da linha de transmissão – trechos

norte e sul – e das subestações Nova Santa Rita (NSR), Povo Novo (PNO), Marmeleiro (MRO2) e Santa Vitória do Palmar (SPA2).

5.4.1 - Acompanhamento Ambiental

O Programa de Acompanhamento Ambiental justifica-se pela necessidade de sistematização dos procedimentos visando à

otimização das técnicas recomendadas para utilização durante a fase de implantação do empreendimento, tornando possível

a prevenção ou mitigação de possíveis impactos. Além disto, é necessária a criação de um procedimento que permita garantir

a implementação das medidas de proteção ambiental preconizadas no PBA (Plano Básico Ambiental) e nas condicionantes das

licenças ambientais relacionadas ao empreendimento, respeitando a legislação pertinente.

Este programa, também denominado de Supervisão Ambiental, realiza inspeções diárias em todas as frentes de obras,

objetivando acompanhar e orientar os responsáveis pela construção do empreendimento - e demais prestadores de serviços

envolvidos - sobre os aspectos técnicos e ambientais previstos no PBA, nas condicionantes das Licenças de Instalação, bem

como outras normativas legais pertinentes à temática ambiental. É o instrumento gerencial para o monitoramento de todas as

atividades das obras, contendo as diretrizes técnicas relacionadas com toda a implantação do empreendimento.

41Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica | 201440

O Acompanhamento Ambiental utiliza a seguinte metodologia: Detalhamento dos Programas Ambientais propostos; Elaboração

de diretrizes e procedimentos para a contratação da implantação dos programas ambientais; Acompanhamento das ações/

programas ambientais relacionadas ao desenvolvimento das obras de implantação do empreendimento; e Elaboração e aplicação

de treinamento e conscientização ambiental para os trabalhadores (detalhado a seguir, em “Programa de Conscientização

Ambiental”). Os treinamentos contemplam os profissionais responsáveis diretamente pelo Programa de Acompanhamento

Ambiental e também os demais colaboradores das obras de instalação da Linha de Transmissão.

5.4.1.1 - Controle de poluição do ar: controle da emissão de poeira e fumaça

As empreiteiras responsáveis pela implantação do empreendimento da TSLE devem controlar as emissões decorrentes da

queima de combustíveis fósseis e o nível de poeira em suspensão durante todas as etapas das obras. Este programa visa

diminuir os impactos negativos na qualidade do ar em áreas próximas ocupadas, proporcionar conforto aos trabalhadores,

colaborar na manutenção da qualidade do ar e prevenir acidentes no interior das obras. Durante a etapa de implantação do

empreendimento, os trabalhadores da obra são orientados sobre as medidas mitigadoras e de controle relacionadas à qualidade

do ar, constantes no Programa.

A metodologia empregada nos treinamentos está descrita no item treinamento e capacitação ambiental da mão de obra

das construtoras. As construtoras e empreiteiras contratadas pela TSLE são orientadas à minimizar as emissões, através de

utilização de veículos novos e/ou com procedimentos frequentes de manutenção. Também devem ser observadas as condições

atmosféricas favoráveis à dispersão dos poluentes e de poeira, e sempre atender reclamações oriundas da população vizinha ao

empreendimento.

5.4.1.2 - Controle do ruído e restrições de horários

A execução das obras atende às exigências de controle de ruído existentes na Legislação Brasileira, respeitando as restrições

de horário definidas em diplomas municipais. Na ausência de legislação municipal mais restritiva sobre o assunto, define-se o

período entre as 8h e às 20h como o horário-limite para operação de máquinas e equipamentos a serviço das obras.

5.4.1.3 - Controle de fontes de contaminação do solo e da água

Tem como objetivo evitar a contaminação do solo e da água por óleos e graxas, oriundos da utilização de equipamentos como

geradores, compressores e bombas, por produtos químicos diversos e por águas residuais, não só de efluentes domésticos, mas

também de atividades de concretagem e lavagem de caminhões betoneiras. O controle de fontes de contaminação do solo e

água também é realizado através de acompanhamento dos procedimentos de abastecimento de combustível e manutenção de

equipamentos e do monitoramento dos locais com possível presença de óleos, graxas, demais produtos químicos, observando-

se também alterações nas águas residuais situadas no entorno das obras.

5.4.1.4 - Minimização dos riscos de acidentes com a população local durante as atividades de lançamento dos cabos e Medidas

de Segurança para proteção das rodovias transpassadas pela Linha de Transmissão

Esta medida compreende o conjunto de providências e procedimentos destinados a garantir a segurança da população residente

ou que transita nos locais de execução das obras quanto aos eventuais riscos de acidentes envolvendo o lançamento dos cabos.

Compreende o acompanhamento de profissionais durante o lançamento de cabos e a comunicação (rádio e direta) com as

comunidades rurais localizadas próximas das áreas das torres durante todo o processo de lançamento dos cabos.

5.4.1.5 - Integração e educação ambiental da mão de obra das construtoras

A Educação Ambiental aos trabalhadores envolvidos assegura que estes realizem as suas atividades adotando procedimentos

adequados, considerando cuidados necessários com o meio ambiente, com as relações com as comunidades e com a preservação

dos Patrimônios Arqueológicos, Cultural e Histórico. A integração realizada ocorre no início das atividades e abrange conteúdos

técnicos e didáticos específicos. Os diálogos ambientais periódicos são direcionados a todos os trabalhadores e equipes gerenciais

das construtoras contratadas e enfatiza aspectos e/ou procedimentos identificados como problemáticos nas frentes de obras.

5.4.1.6 - Relatórios de Supervisão Ambiental

Durante a fase de implantação do empreendimento da TSLE são gerados “Relatórios de Supervisão Ambiental” que integram os

registros do andamento dos Programas Ambientais e das Condicionantes presentes nas Licenças Ambientais. A entrega periódica

destes relatórios ao órgão ambiental licenciador (FEPAM/RS) ocorre bimestralmente. Para a implementação deste programa

é composta uma equipe técnica fixa de dois profissionais da área ambiental: engenheiro florestal, biólogo ou engenheiro

sanitarista/ambiental e dois auxiliares de campo que acompanham as frentes de trabalho. O público-alvo do Programa é

constituído por empresas construtoras e de supervisão contratadas para a construção da Linha de Transmissão; colaboradores

envolvidos (engenheiros, técnicos e funcionários) na implantação do empreendimento; empresas e profissionais (consultores)

envolvidos na execução dos demais programas ambientais.

As atividades exigem o registro permanente das ocorrências e informações obtidas, gerando um banco de dados sobre o

empreendimento. No acompanhamento das ações ambientais, essas informações são compatibilizadas por meio dos seguintes

instrumentos gerenciais: Relatórios finais após a conclusão de uma atividade, etapa, projeto ou programa; Relatórios mensais

de acompanhamento de todas as atividades realizadas (programas ambientais, planilhas, etc.) na implantação da Linha de

Transmissão; Indicadores ambientais com base na definição de itens de controle para verificação da evolução do processo de

Acompanhamento Ambiental.

5.4.2 – Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (PRDA)

O objetivo deste programa é a recuperação e/ou recomposição das áreas degradadas pelas obras de implantação da Linha de

Transmissão, de forma a se obter a revegetação das áreas utilizadas durante as obras de construção, visando à proteção dos solos

e dos corpos d’água contra os processos erosivos e o assoreamento. As obras de implantação do empreendimento promovem

algumas modificações (temporárias) nas condições ambientais junto à base de torres e acessos, promovidas pelo trânsito de

máquinas e a ocupação das áreas dos canteiros de obras. Portanto, a recuperação ambiental evita a formação de processos

erosivos, possibilitando a retomada do uso original das áreas afetadas parcialmente pela implantação do empreendimento

5.4.3 - Programa de Manejo e Conservação da Vegetação Nativa

Durante a implantação da Linha de Transmissão e as suas estruturas associadas - canteiro de obras, acessos etc. - é necessária

a supressão de vegetação de porte florestal (natural ou implantada). De forma a mitigar este impacto, foi gerado o Programa

de Manejo e Conservação da Flora, que inclui procedimentos a serem observados durante a etapa de intervenção em vegetação

43Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica | 201442

nativa situada na área destinada para construção do empreendimento (acessos, praças de torres, lançamento de cabos, canteiro

de obras e das subestações), propondo alternativas sustentáveis para o manejo da vegetação presente nestes locais.

5.4.3.1 - Levantamento das áreas de vegetação nativa passíveis de intervenção

De posse do projeto final das áreas de intervenção (torres, subestações e passagem de cabos), foi realizado o levantamento

da vegetação nativa a ser impactada diretamente pelo empreendimento através do Inventário Florestal. Este levantamento foi

realizado tendo em vista a solicitação de autorização de supressão vegetal e a estimativa de reposição florestal, definida pela

FEPAM/RS.

5.4.3.2 - Podas e Transplantes de espécimes imunes ao corte

Durante o levantamento das áreas a serem suprimidas, foi realizada vistoria técnica buscando identificar indivíduos de espécies

imunes ao corte pela Legislação Ambiental do RS (figueiras, corticeiras e butiás) e espécies com o transplante recomendado,

como palmeiras e epífitas. Estes indivíduos foram caracterizados e sinalizados (marcados com fita zebrada), anotando-se sua

localização geográfica. Este levantamento subsidiou as atividades de transplante para locais próximos, porém compatíveis com a

presença da Linha de Transmissão. Durante os transplantes são adotadas medidas visando aumentar a possibilidade de sucesso.

Visando o menor impacto sobre estes espécimes da flora nativa, priorizou-se (quando possível e compatível com a construção/

operação da Linha de Transmissão) as ações de poda, retirando parte do vegetal incompatível com o empreendimento e

mantendo o restante dos vegetais. Todos os indivíduos foram observados e monitorados periodicamente, durante alguns

meses, visando avaliar a eficiência das ações e, quando necessário, ações de reforço foram realizadas.

5.4.3.3 - Acompanhamento da supressão vegetal

Durante as atividades de supressão vegetal foram realizadas vistorias de modo a certificar o cumprimento da Autorização de

Supressão Vegetal, garantindo a supressão somente das áreas demarcadas e o correto transplante dos indivíduos imunes ao

corte ou com transplante sugerido.

5.4.3.4 - Atendimento à Legislação Ambiental

A TSLE busca o atendimento pleno a toda legislação ambiental nacional (especialmente o novo código florestal) e estadual

vigente. Os indicadores ambientais e de desempenho que utiliza são: a correlação da área de vegetação efetivamente suprimida

em relação aos valores inicialmente previstos; a execução dos trabalhos dentro dos prazos previstos, com datas de início e fim

de cada atividade planejada; e a taxa de sucesso dos procedimentos de transplante.

5.4.4 - Programa de Gestão de Resíduos

A gestão dos resíduos sólidos gerados durante a implantação da Linha de Transmissão é necessária, pois diminui os riscos de

contaminação do solo e dos recursos hídricos. Para isto, deve acontecer o manuseio e a disposição adequados dos mesmos. O

gerenciamento dos resíduos sólidos consiste em um conjunto de procedimentos de gestão, planejamento e implantação a partir

de bases técnicas e científicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar a geração de resíduos, maximizar a reutilização/

reciclagem, e possibilitar o devido encaminhamento dos mesmos, de forma adequada, para destinação final.

As principais categorias de resíduos gerados nas operações diárias dos canteiros de obras são: resíduos orgânicos, resíduos

de saúde provenientes de ambulatórios, lodo de fossas sépticas ou banheiros químicos, sucata metálica, pilhas e baterias

automotivas, lâmpadas fluorescentes, resíduos de concreto, óleo usado, materiais diversos contaminados com óleos e

lubrificantes (EPIs – Equipamentos de Proteção Individual, panos, embalagens), materiais recicláveis não contaminados (papel,

papelão, plástico, madeira), entre outros. A gestão de resíduos sólidos contempla a execução de cinco etapas, listadas a seguir.

Caracterização e triagem: A gestão dos resíduos deverá considerar a classificação definida na NBR 10.004. A quantificação

dos resíduos se dará a partir do controle de geração dos mesmos e do preenchimento de formulários contendo informações tais

como: descrição do resíduo, quantidade, origem, forma de acondicionamento e destino a que será submetido.

Acondicionamento: Para o acondicionamento dos resíduos existem basicamente cinco dispositivos que podem ser utilizados:

bombonas, bags, tonéis, baias e caçambas estacionárias. A identificação dos recipientes de armazenamento é importante

para a correta separação dos resíduos no canteiro de obras. O padrão de adotado é o da Resolução CONAMA n° 275/01, de

fácil visualização, com validade nacional. O acondicionamento é diferenciado para os diferentes tipos de resíduos, respeitando

as suas características e as classes a que pertencem. Em relação aos resíduos perigosos, o armazenamento é objeto da NBR

12235/1992, e deve estar de acordo com as condições exigíveis na mesma. Durante as obras de execução do empreendimento,

é delimitada uma área específica para acomodação de contêineres, tonéis e bombonas diferenciados para depósito de resíduos

perigosos. Os recipientes para armazenamento de resíduos perigosos são localizados afastados de margens de córregos, rios

e lagos, da rede viária e de locais que apresentem risco de gerar faíscas ou vapores reativos que possam atingir os resíduos

armazenados. A remoção de contêineres contendo resíduos perigosos (Classe D) é efetuada por empresa habilitada para

esta função. A disposição final deste material é em aterro de resíduos industriais perigosos, licenciado pelo órgão ambiental

responsável.

45Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica | 201444

Destinação: A destinação dos resíduos segue as diretrizes dispostas a seguir.

Resíduos de solo são reciclados e utilizados na própria obra. Podem ser reutilizados em aterros e terraplenagem nas obras

que necessitem de material para tal fim, desde que sejam devidamente autorizadas por órgão competente, ou em aterros de

inertes devidamente licenciados. A destinação dos resíduos de argamassa, produtos cerâmicos ou produtos de cimento (pré-

moldados) atendem a requisitos específicos, bem como o reaproveitamento de madeira das obras, o destino dos restos de

metal e ferragens, das embalagens de papel, papelão e plástico, dos óleos, tintas, vernizes e produtos químicos em geral, o lixo

orgânico comum (resíduos produzidos durante as refeições) e dos resíduos de saúde.

Treinamento introdutório para todos empregados admitidos, com ênfase no Gerenciamento de Resíduos Sólidos. Todos os

trabalhadores estão, portanto, envolvidos na boa prática de manejo de resíduos. Recipientes de coleta são dispostos nas áreas

internas dos canteiros, de acordo com os tipos preferenciais de resíduos a serem gerados em cada locação. Quando ocorre a

desmobilização dos canteiros de obras e alojamentos, são realizadas ações de limpeza e remoção de entulhos, dispostos em

local apropriado e licenciado.

Equipe técnica: A equipe técnica deste programa é composta por biólogo/engenheiro sanitarista ambiental e o público-

alvo é composto pelo conjunto de empresas contratadas para implantar o empreendimento e seus respectivos trabalhadores.

Os indicadores ambientais e de desempenho são: Quantificação dos volumes destinados para aterro e para reciclagem de

cada classe de resíduos; Comprovantes de destinação de resíduos e Licenças Ambientais das empresas para as quais foram

destinados os resíduos. Este programa tem relação direta com o Programa de Conscientização Ambiental e com o Programa de

Acompanhamento Ambiental, considerando as diretrizes e técnicas recomendadas para serem empregadas na implantação da

Linha de Transmissão.

5.4.5 - Monitoramento Fauna

O monitoramento da fauna visa o reconhecimento da diversidade local e a definição de seus padrões de distribuição espacial

ao longo das áreas de influência deste empreendimento. Os métodos aplicados objetivam identificar a presença de espécies

bioindicadoras raras, endêmicas ou ameaçadas de extinção, bem como identificar as principais rotas de movimentação da

Para o grupo das aves, são realizadas campanhas sazonais (uma em cada estação do ano), e incluindo colocação de coletes

com rádios transmissores em 15 indivíduos de duas espécies Coscoroba e o Tahã, enviando os dados georreferenciados (com

coordenadas geográficas precisas), através de sinal de celular, para um computador que organiza espacialmente e analisa

as informações de altura e rota de deslocamento. O equipamento utilizado neste monitoramento especial representa uma

inovação tecnológica, pouco utilizada no Brasil (por isso os equipamentos de telemetria são importados da Polônia). Durante

avifauna através das diferentes fitofisionomias das áreas próximas da LT. Esta ação-base visa contribuir para a correta gestão

ambiental do empreendimento, evitando prejuízos ecológicos desnecessários.

As informações geradas através deste programa são destinadas prioritariamente ao empreendedor, à Fundação Estadual de

Proteção Ambiental Henrique Luis Roessler (FEPAM/RS), ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)

e à comunidade residente próxima à área do empreendimento. Como resultado adicional, estes dados são de grande valia ao

meio acadêmico-científico, pois acrescenta informações preciosas sobre a fauna local.

As atividades de monitoramento iniciaram antes do início das obras e se estenderão por um período de um ano visando

favorecer a comparação do cenário com e sem o empreendimento. Os grupos a serem monitorados deverão ser herpetofauna,

avifauna e mastofauna, com maior ênfase em avifauna limnícola, mamíferos fossoriais (ctenomídeos) e mamíferos voadores

(quirópteros). No sul do empreendimento da TSLE, este programa foi direcionado à Estação Ecológica do Taim, que representa

um importante sítio de preservação de fauna. Este esforço concentrado nos limites desta estação ecológica potencializará os

resultados, uma vez que o local pode ser usado como modelo de preservação, extrapolando seus resultados para outras áreas

atingidas pelo empreendimento.

47Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica | 201446

os monitoramentos sazonais são gerados relatórios técnicos parciais e, ao final do monitoramento, será elaborado um Relatório

Técnico final analisando a possível interferência da Linha de Transmissão na fauna local.

5.4.6 - Educação Ambiental

Este programa objetiva desenvolver a prática de Educação Ambiental (EA) nas áreas atravessadas pela LT, difundindo nas

comunidades localizadas em sua Área de Influência Direta (AID), conhecimentos e hábitos sustentáveis, de acordo com suas

atividades e com o ambiente onde vivem. Sempre que possível, deve promover a integração com o Programa Nacional de

Educação Ambiental (ProNEA), com o Sistema Brasileiro de Informação sobre Educação Ambiental (SIBEA), com o Órgão

Gestor da Política Estadual de Educação Ambiental e Secretarias Municipais de Educação e Meio Ambiente dos 16 municípios

localizados próximos deste empreendimento.

Para tal, realiza-se um conjunto de ações e atividades que promovam ao público-alvo do programa a construção e reflexão, de

forma individual ou coletiva, de valores, atitudes e competências voltadas: à conservação dos meios biótico e físico associados; à

melhoria da qualidade ambiental; à boa convivência com o empreendimento; e para a minimização dos impactos previstos pelos

estudos ambientais. Visa também promover ações de educação ambiental junto aos trabalhadores da obra e às comunidades

do entorno do empreendimento, para a construção de noções sobre cuidados ambientais e convivência adequada com a Linha

de Transmissão da TSLE.

5.4.7 Patrimônio Arqueológico e Paleontológico

As prospecções arqueológicas visam estudar e preservar os registros e informações da ocupação humana do período pré-

colonial. Já as prospecções paleontológicas visam avaliar e preservar registros fossilíferos (de vidas existentes no passado

geológico) presentes no subsolo dos locais afetados diretamente pelo empreendimento da TSLE. Parte do conhecimento gerado

nestas investigações é compartilhado com as comunidades residentes na área de influência do empreendimento, através da

denominada Educação Patrimonial. No Trecho Norte da Linha de Transmissão foram concluídas as prospecções arqueológicas em todas as bases das torres e vãos

de lançamento de cabos, com identificação de 12 sítios arqueológicos. O relatório foi entregue e aprovado pelo Instituto do

Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). O salvamento destes sítios ocorreu entre fevereiro e maio de 2014 e atestou

registros de baixa magnitude, todos relatados ao IPHAN, que emitiu a aprovação do Relatório Final deste programa. No Trecho

Norte não foram necessárias prospecções paleontológicas.

No Trecho Sul da Linha de Transmissão, foram concluídas as prospecções arqueológicas em todas as bases das torres e vãos,

sem a identificação de sítios arqueológicos. O relatório foi entregue e aprovado pelo IPHAN. As prospecções paleontológicas

foram realizadas neste setor do empreendimento atestando a ausência de registros fossilíferos nos ambientes perpassados pela

LT. O Relatório Final foi entregue e aprovado pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), instituição responsável

pela tutela do subsolo nacional.

Nas subestações Santa Vitória do Palmar (SPA2), Marmeleiro (MRO2), Povo Novo (PNO) e Nova Santa Rita (NSR), foram também

concluídas as prospecções arqueológicas, sem a identificação de sítios arqueológicos. Os relatórios foram entregues e aprovados

pelo IPHAN. As prospecções paleontológicas não foram necessárias neste setor do empreendimento.

49Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica | 201448

6 - BALANÇO SOCIAL

1 - Base de Cálculo 2014 (Mil reais)2013 Valor (Mil reais)

(Reapresentado)

Receita líquida (RL) 495.162 334.339

Resultado operacional (RO) 47.751 7.984

Folha de pagamento bruta (FPB) 1.176 1.166

2 - Indicadores Sociais Internos Valor (mil)

% sobre FPB

% sobre RL

Valor (mil)

% sobre FPB

% sobre RL

Alimentação - - - - - -

Encargos sociais compulsórios 196 16,67% 0,04% 194 17,00% 0,01%

Previdência privada - - - - - -

Saúde - - - - - -

Segurança e saúde no trabalho - - - - - -

Educação - - - - - -

Cultura - - - - - -

Capacitação e desenvolvimento profissional - - - - - -

Creches ou auxílio-creche - - - - - -

Participação nos lucros ou resultados - - - - - -

Outros - - - - - -

Total - Indicadores sociais internos - - - - - -

3 - Indicadores Sociais Externos Valor (mil)

% sobre RO

% sobre RL

Valor (mil)

% sobre RO

% sobre RL

Educação - - - - - -

Cultura - - - - - -

Saúde e saneamento - - - - - -

Balanço Social modelo IBASE

Empresa Transmissora Sul Litorânea de Energia S. A.

CNPJ Nº 16.383.969/0001-29

DEMONSTRAÇÃO DO BALANÇO SOCIAL

EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2014

(em milhares de reais)

51Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica | 201450

6 - Informações relevantes quanto ao exercício da cidadania empresarial 2014 2015

Relação entre a maior e a menor remuneração na empresa

0,00 0,00

Número total de acidentes de trabalho 0 0

Os projetos sociais e ambientais desenvolvidos pela empresa foram definidos por:

(x ) direção( ) direção e gerências

( ) todos(as) empregados(as)

(x ) direção( ) direção e gerências

( ) todos(as) empregados(as)

Os padrões de segurança e salubridade no ambiente de trabalho foram definidos por:

( ) direção e gerências

( ) todos(as) empregados(as)

( ) todos(as) + Cipa

( ) direção e gerências

( ) todos(as) empregados(as)

( ) todos(as) + Cipa

Quanto à liberdade sindical, ao direito de negociação coletiva e à representação interna dos(as) trabalhadores(as), a empresa:

( ) não se envolve

( ) segue as normas da OIT

( ) incentiva e segue a OIT

( ) não se envolve

( ) segue as normas da OIT

( ) incentiva e segue a OIT

A previdência privada contempla: ( ) direção( ) direção e gerências

( ) todos(as) empregados(as)

( ) direção( ) direção e gerências

( ) todos(as) empregados(as)

A participação dos lucros ou resultados contempla:

( ) direção( ) direção e gerências

( ) todos(as) empregados(as)

( ) direção( ) direção e gerências

( ) todos(as) empregados(as)

Na seleção dos fornecedores, os mesmos padrões éticos e de responsabilidade social e ambiental adotados pela empresa:

( ) não são considerados

( ) são sugeridos ( x) são exigidos( ) não são considerados

( ) são sugeridos ( x) são exigidos

Quanto à participação de empregados(as) em programas de trabalho voluntário, a empresa:

( ) não se envolve

( ) apóia( ) organiza e incentiva

( ) não se envolve

( ) apóia( ) organiza e incentiva

Número total de reclamações e críticas de consumidores(as):

na empresa ______

no Procon ______

na Justiça ______

na empresa ______

no Procon ______

na Justiça ______

% de reclamações e críticas atendidas ou solucionadas:

na empresa _______%

no Procon _______%

na Justiça _______%

na empresa _______%

no Procon _______%

na Justiça _______%

Valor adicionado total a distribuir (em mil R$):

Em 2014: R$54.813 Em 2013: R$12.618

Distribuição do Valor Adicionado (DVA):

2,91% governo 2,15% colaboradores(as)5,14% acionistas 89,80 % terceiros

15,34% governo9,24% colaboradores(as)12,93% acionistas62,50% terceiros

7 - Outras Informações

2014 (Mil reais)2013 Valor (Mil reais)

(Reapresentado)

3 - Indicadores Sociais Externos Valor (mil)

% sobre RO

% sobre RL

Valor (mil)

% sobre RO

% sobre RL

Esporte - - - - - -

Combate à fome e segurança alimentar - - - - - -

Outros - - - - - -

Total das contribuições para a sociedade - - - - - -

Tributos (excluídos encargos sociais) - - - - - -

Total - Indicadores sociais externos - - - - - -

4 - Indicadores Ambientais Valor (mil)

% sobre RO

% sobre RL

Valor (mil)

% sobre RO

% sobre RL

Investimentos relacionados com a produção/ operação da empresa

- - - - - -

Investimentos em programas e/ou projetos externos - - - - - -

Total dos investimentos em meio ambiente - - - - - -

Quanto ao estabelecimento de “metas anuais” para minimizar resíduos, o consumo em geral na produção/ operação e aumentar a eficácia na utilização de recursos naturais, a empresa

( ) não possui metas ( ) cumpre de 51 a 75%( ) cumpre de 0 a 50%( ) cumpre de 76 a 100%

( ) não possui metas ( ) cumpre de 51 a 75%( ) cumpre de 0 a 50%( ) cumpre de 76 a 100%

5 - Indicadores do Corpo Funcional 2014 Valor (Mil reais) 2013 Valor (Mil reais) (Reapresentado)

Nº de empregados(as) ao final do período

Nº de admissões durante o período

Nº de empregados(as) terceirizados(as) 4.200 1.345

Nº de estagiários(as)

Nº de empregados(as) acima de 45 anos

Nº de mulheres que trabalham na empresa

% de cargos de chefia ocupados por mulheres

Nº de negros(as) que trabalham na empresa

% de cargos de chefia ocupados por negros(as)

Nº de pessoas com deficiência ou necessidades especiais

53Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica | 201452

7 – LIMITES DE ESCOPOA elaboração do presente relatório teve como base o “Manual de Elaboração do Relatório Anual de Responsabilidade

Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica”, preparado pela ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica, de dezembro

de 2006.

Devido ao fato da TRANSMISSORA SUL LITORÂNEA DE ENERGIA S.A. - TSLE ser uma empresa transmissora de energia que ainda

estava em construção no ano de 2014, alguns itens presentes no manual não se aplicam à sua condição. A seguir são descritos

os conteúdos não aplicáveis e sua referida justificativa.

• Não se aplicam as informações referentes aos clientes e consumidores, assim como aqueles referentes ao gerenciamento de

impactos da empresa na comunidade do entorno (governo e sociedade), pois a empresa iniciou parcialmente sua operação

comercial em 19 de dezembro de 2014.

• Não se aplicam as informações de energia gerada, comprada, perdas elétricas globais e energia vendida.

• Na dimensão econômico-financeira, não se aplicam as informações quanto à inadimplência, visto que a empresa tem

cumprido com todos os seus compromissos de repasse dos encargos setoriais.

• Quadro de indicadores sociais internos: não se aplicam os investimentos em programa de participação nos resultados da

empresa, bem como ações em poder dos empregados visto que a empresa possui apenas colaboradores terceirizados; a

empresa não faz investimentos em programas específicos para portadores de HlV ou programas de prevenção e tratamento

de dependências (drogas e álcool); não há preparação para a aposentadoria dos funcionários ou investimentos em

previdência complementar, pois tais diretrizes e procedimentos são estabelecidas em contrato como de responsabilidade

das empresas contratadas.

• Quadro de indicadores sociais externos: não se aplica a seção destinada a clientes e consumidores, com informações

como perfil dos consumidores, índice de satisfação e reclamações do atendimento, visto que a empresa não atende aos

consumidores finais.

• Os indicadores do setor elétrico, tais como Universalização, Tarifa de Baixa Renda, e Programa de Eficiência Energética –

PEE, não são aplicáveis à TSLE, sendo estes indicadores comuns às geradoras e distribuidoras de energia.

55Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica | 201454

8 – DECLARAÇÃO DE VALIDADE DO RELATÓRIO

A Transmissora Sul Litorânea de Energia S. A., com sede em Florianópolis, capital do Estado de Santa Catarina, à Rua Deputado

Antônio Edu Vieira, nº 999, bairro Pantanal, Contratos de Concessão de Serviço Público de Transmissão de Energria Elétrica

nº 020/2012 – ANEEL, referente ao lote A do Leilão 005/2012, inscrita no CNPJ sob o n° 16.383.969/0001-29, por meio dos

representantes legais eleitos pelo Conselho de Administração, declara para os devidos fins que são válidas as informações

constantes no Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental da Transmissora Sul Litorânea de Energia S. A., relativas ao

ano de 2014.

Por ser verdade e para que se produzam os efeitos legais, firma a presente declaração.

Florianópolis, abril de 2015.

Wilton Braz PereiraDiretor Administrativo/Financeiro

Carlos Manuel Macedo de MatosDiretor Técnico

57Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica | 201456

Diretor Administrativo/Financeiro: Wilton Braz Pereira

Diretor Técnico: Carlos Manuel Macedo de Matos

Coordenação Geral: Angela Leite

Coordenação Ambiental: Biólogo Marco Perotto

Produção Editorial e Gráfica: IMIA Consultoria e Projetos e Redactor Comunicação

Fotografias: Acervos das empresas TSLE, Cotesa, Eletrosul, Eólicas do Sul e Profill.

Rua Deputado Antônio Edu Vieira, nº 999 - sala Z - Pantanal

CEP 88040-901- Florianópolis - SC

FICHA TÉCNICA

Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica | 201458

R. Deputado Antônio Edu Vieira, nº 999 | Sala Z

Pantanal CEP 88040-901| Florianópolis | SC