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Relatório e Contas Consolidado Grupo

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Relatório e ContasConsolidado

Grupo

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Consolidated AnnualReport & Accounts

Grupo

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Índice

03 Relatório do Conselho de Administração

05 Mensagem do Presidente do Conselho de Administração

06 Enquadramento Geral

06 Macroeconómico07 Regulamentar09 Sectorial e de Mercado

16 Enquadramento da Actividade

16 Alterações na Estrutura Societária17 Existência de Sucursais17 Negócios Entre as Sociedades e os Seus Gerentes ou Administradores17 Organigrama Corporativo18 Perímetro de Consolidação19 Unidades de Negócio23 Recursos Humanos

24 Análise da Actividade

24 Indicadores de Desempenho26 Principais Acções Desenvolvidas28 Análise Operacional e Financeira

34 Factos Relevantes Após o Termo do Exercício e Perspectivas Futuras

34 Aplicação de Resultados

35 Demonstrações Financeiras e Notas

35 Relatório de Auditoria

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Relatório do Conselhode Administração

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04 Relatório do Conselho de Administração

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Mensagem do CEO Enquadramento Geral Enquadramento da Actividade Análise da Actividade 05

Mensagem do Presidente do Conselho de Administração

O ano de 2010 foi o ano da consolidação do projecto da Iberwind. Os novos parques construídos e ligados à rede em 2009, num total de 142 MWs, estiveram em produção todo o ano, e assim, o portfolio de 681 MWs atingiu uma produção total de 1710 GWh, com base em 2511 horas equivalentes.

Ficou portanto demonstrada a alta qualidade do portfolio da Iberwind consequência de: sítios com boa diversifi cação e alta disponibilidade de recurso; adequada diversifi cação de tecnologias com a necessária massa crítica; excelente nível de operação proporcionada por uma equipe altamente profi ssional, e custos de exploração optimizados.

Em 2011 seremos a 1ª empresa eólica em Portugal a fazer o repowering de um dos seus parques (Lagoa Funda), o que demonstrará a permanente capacidade de potenciar o valor do seu portfolio.

Continuamos a acreditar que o rigor e profi ssionalismo serão a melhor forma de contribuir para uma solução energética que seja diversifi cada quanto às suas fontes e economicamente equilibrada.

João Talone

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06 Relatório do Conselho de Administração

Exmos. Accionistas,

Nos termos do Art. 66º do Código das Sociedades Comerciais e dos Estatutos, submetemos a apreciação o Relatório de Gestão, Balanço e Contas Consolidadas referentes ao Exercício de 2010.

Enquadramento Geral

Macroeconómico

Em 2008 e 2009 os governos da generalidade dos países foram fortemente incentivados a tomar medidas de estímulo à economia como forma de combate à crise económica e fi nanceira que se tinha instalado em várias regiões do Mundo, com particular incidência nos Estados Unidos e na Europa. Em 2010, os países europeus, nomeadamente os que têm economias mais fragilizadas, começaram a ser fortemente penalizados em termos de acesso ao crédito externo, face ao défi ce público e dívida externa que exibiam, fruto em larga escala das medidas tomadas nos dois anos anteriores.

Os investidores passaram a segregar os países da Zona Euro consoante o défi ce público que apresentavam, bem como os montantes das suas dívidas soberana e externa e a capacidade que demonstravam para proceder aos seus reembolsos, exigindo remunerações diversas consoante a análise de risco que faziam de cada país.

Portugal foi assim forçado pelos mercados a tomar medidas extraordinárias para o ajuste rápido dos desequilíbrios orçamentais, o que foi feito através da implementação de sucessivos pacotes de medidas de austeridade. Essas medidas levaram a que o défi ce orçamental de 9,4% registado em 2009 fosse reduzido para 6,9% em 2010, com a aspiração de se chegar a um défi ce de 4,6% já em 2011.

As diferentes regiões do Mundo não se apresentam contudo todas da mesma forma. A China que em 2010 deve ter crescido cerca de 11%, passou a ser segunda maior economia do Mundo, logo a seguir aos Estados Unidos, país que embora tenha evidenciado algum crescimento no segundo semestre de 2010, continua a exibir um défi ce orçamental e comercial extraordinariamente elevado.

Mas não foi só a China que cresceu. A Índia com um crescimento de cerca de 6% e o Brasil com um crescimento em torno dos 5% são mais dois exemplos de países situados em diferentes

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Mensagem do CEO Enquadramento Geral Enquadramento da Actividade Análise da Actividade 07

continentes, que exibiram em 2010 crescimentos assinaláveis das suas economias. Aliás, a economia mundial cresceu em 2010 cerca de 3,5%, o que compara muito positivamente com a variação da economia da União Europeia, que não terá ido além dos 1,8%, apesar dos crescimentos expressivos ocorridos na Alemanha e na Suécia.

Portugal tem um défi ce comercial estrutural que ronda os 10% do Produto Interno Bruto. Cerca de metade desse défi ce deve-se à sua muito defi citária balança energética. Ora como até à data o país continua sem encontrar os recursos naturais que lhe assegurem o abastecimento das matérias-primas mais convencionalmente usadas na produção das formas de energia indispensáveis aos actuais padrões de vida humana, resta pois, por um lado, ser energeticamente muito mais efi ciente e por outro, usar tanto quanto possível e de forma inteligente, o vento, o sol e o mar, recursos teoricamente inesgotáveis e que em Portugal existem de forma abundante.

Regulamentar

Em 15 de Abril de 2010 foi aprovado em Conselho de Ministros a Resolução nº 29/2010, que estabelece a Estratégia Nacional para a Energia para o horizonte de 2020 (ENE2020). Esta adapta e actualiza a anterior estratégia defi nida pela Resolução do Conselho de Ministros nº 169/2005. A nova estratégia aposta fundamentalmente no reforço da utilização de energias renováveis e da promoção integrada da efi ciência energética.

A Directiva Europeia 2009/28/CE, relativa à promoção da utilização de energia proveniente de fontes renováveis, estabeleceu que cada Estado-Membro deveria aprovar e apresentar à Comissão Europeia um Plano Nacional de Acção para as Energias Renováveis (PNAER), até 30 de Junho de 2010. Nesse sentido, foi elaborado nesse mesmo mês o PNAER nacional onde são fi xados os objectivos nacionais relativos à quota de energia proveniente de fontes renováveis nos diversos sectores em 2020, bem como as respectivas trajectórias de penetração, além das medidas sectoriais para alcançar esses objectivos.

Na sequência da elaboração do PNAER, foi publicado em 31 de Dezembro de 2010 o Decreto-Lei n.º 141/2010, onde se estabeleceram as metas nacionais intercalares de utilização de energia renovável no consumo fi nal bruto de energia e no sector dos transportes. Defi niu-se ainda os respectivos métodos de cálculo e estabeleceu-se o mecanismo de emissão de garantias de origem para a electricidade.

Para o ano 2020, a meta de utilização de energia proveniente de fontes renováveis no consumo fi nal bruto de energia foi fi xada em 31%. A meta fi xada para as fontes de electricidade renovável em 2020 é de 55,3%, para o sector dos transportes de 10% do consumo total e para o aquecimento e arrefecimento de 30,6%.

Como principais medidas previstas para atingir o objectivo relativo à electricidade, salienta-se o objectivo de potência instalada em energia eólica em 2020 de 6.875 MW (dos quais 75 MW em offshore), de 1.500 MW de energia solar e de 9.548 MW de energia hidroeléctrica (dos quais 750 MW de pequenas centrais hidroeléctricas com potência inferior a 10 MW).

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08 Relatório do Conselho de Administração

Uma das formas de operacionalizar a implementação de nova potência eólica passa pelo incentivo ao sobre-equipamento das centrais eólicas existentes ou em licenciamento. Assim, em 20 de Maio de 2010 foi publicado o Decreto-Lei n.º 51/2010, que veio possibilitar esta medida. Este diploma prevê a possibilidade de instalação de até 20% de capacidade suplementar nos parques eólicos, obrigando simultaneamente à instalação de dispositivos de suporte a cavas de tensão no Parque Eólico, bem como a um desconto na tarifa aplicável à produção total do parque de 0,12% por cada 1% de sobre-equipamento efectuado.

Ainda em 30 de Julho de 2010 foi publicada a Portaria n.º 596/2010, que aprova os novos Regulamentos das Redes de Distribuição e de Transporte. Estes novos Regulamentos vêm incorporar novos requisitos técnicos no que refere à ligação e operação das centrais de produção de energia eléctrica. Salientam-se as seguintes mudanças no que refere às centrais eólicas:

As instalações deverão permanecer ligadas à rede durante cavas de tensão •

decorrentes de defeitos na rede. Para isso deverão passar a estar dotadas de dispositivos específi cos para esse efeito. O Decreto-Lei n.º 51/2010 prevê como contrapartida para o investimento nestes dispositivos a possibilidade de instalação até 20% de sobre-equipamento ou, na sua impossibilidade, a atribuição de um adicional de 1,6 €/MWh durante um período de 7 anos;

Chão Falcão

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Mensagem do CEO Enquadramento Geral Enquadramento da Actividade Análise da Actividade 09

As instalações deverão ser dotadas da capacidade de receber ordens de paragem •

ou de mudança na potência máxima injectável na rede, de forma automática e a partir das instalações do Operador de Rede;

Novos requisitos no que se refere à produção de energia reactiva, em termos de •

quantidade de energia a produzir, períodos nos quais esta deve ser produzida, tolerâncias reduzidas em relação a desvios e períodos de contabilização dos desvios e ainda o terminar com o pagamento aos promotores da energia reactiva em excesso. De uma forma simplifi cada, o anterior requisito de produção de 40% de energia reactiva durante os períodos de vazio é substituída por 0% no caso da rede de Distribuição e 20% na rede de Transporte.

Sectorial e de Mercado

No ano de 2010 foram instalados nos países da UE mais 55.363 MW de potência em unidades geradoras de energia eléctrica, das quais 9.295 MW foram de energia eólica. A potência instalada em energia eólica em 2010 foi 10% inferior à instalada em 2009 e representa 17% das centrais construídas no ano em causa. Interessa ainda assinalar, que em 2010, nos países da UE, os sectores nuclear e de combustíveis e óleos tiveram um balanço negativo quando se entra em linha de conta com as potências instaladas e descomissionadas. No gráfi co seguinte evidenciam-se as potências instaladas e abatidas por tecnologia de produção. É de salientar que, desde 2007, este foi o primeiro ano no qual a tecnologia eólica não foi a que mais cresceu.

Serra de Escusa

Capacidade Instalada e Abatida em MW na UE em 2010

Nova Capacidade Instalada

Capacidade Abatida

4.056,0

-1.550,0

28.280,0

12,000,0

9.295,0

573,0 405,0 208,0 200,0 149,0 145,0 25,0 0 0

0 0 -107,0 -45,0 0 -26,0 0 0-535,0

0 0 -25,0

25,0

0

GásNatural

Fotovoltaico Eólica Carvão Biomassa Energia Solar

Hídricas Turfa Desperdícios Nuclear Mini--Hídricas

Geotérmica Ondas Combustíveise Óleos

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10 Relatório do Conselho de Administração

As energias renováveis foram responsáveis em 2010, pela instalação na UE de 22.645 MW, ou seja, aproximadamente 41% da nova capacidade instalada. Apesar de, em termos percentuais, ter havido um decréscimo comparativamente ao ano anterior, nunca tinha havido um crescimento tão grande em termos de MW instalados. Para além disso, foi o quinto ano consecutivo no qual as energias renováveis foram responsáveis por mais de 40% da nova capacidade instalada.

A instalação anual de potência eólica na Europa Comunitária tem-se desenvolvido de forma crescente e sistemática ao longo dos últimos quinze anos. A média de crescimento anual ao longo destes anos cifra-se em 18%, assumindo como referências os 814 MW instalados em 1995 e os 9.295 MW instalados em 2010. No ano em análise, a Espanha foi o país que mais cresceu em termos de potência eólica instalada, seguido da Alemanha, França, Reino Unido e Itália.

Repartição das Tecnologias utilizadas na nova Capacidade Instalada em 2010 na UE

Turfa 0%

Gás Natural 51%

Eólica 17%

Mini-Hídricas 0%Geotérmica 0%

Fotovoltaico 22%

Biomassa 1%Desperdícios 0%

Hídricas 1%

Energia Solar 1%

Carvão 7%

Nuclear 0%

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Mensagem do CEO Enquadramento Geral Enquadramento da Actividade Análise da Actividade 11

Potência Eólica em MW instalada Anualmente na UE

Quotas de Mercado de Potência Eólica Instalada em 2010 nos Países da UE

Outros (816 MW) 9%

Dinamarca (327 MW) 4%

Belgica (350 MW) 4%

Portugal (363 MW) 4%

Polónia (382 MW) 4%

Roménia (448 MW) 5%

Suécia (604 MW) 6%

Itália (948 MW) 10%

Reino Unido (926 MW) 10%

Espanha (1.516 MW) 16%

Alemanha (1.493 MW) 16%

França (1.086 MW) 12%

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

814 9791.277

1.700

3.225 3.209

4.428

5.9135.462

5.8386.204

7.592

8.535 8.268

10.486

9.295

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12 Relatório do Conselho de Administração

Em termos acumulados, a potência eólica instalada na UE ascendia no fi nal de 2010 a 84.278 MW e a Alemanha continuava a ser o país com a maior capacidade eólica instalada, logo seguida da Espanha, Itália, França e Reino Unido.

Total da Potência Eólica Instalada em MW na UE

Quotas de Mercado de Potência Eólica Acumulada nos Países da UE

Outros (5.034 MW) 6%Grécia (1.208 MW) 1%Irlanda (1.428 MW) 2%Suécia (2.163 MW) 3%Holanda (2.244 MW) 3%

Dinamarca (3.752 MW) 4%

Portugal (3.898 MW) 5%

Reino Unido (5.204 MW) 6%

França (5.660 MW) 7%

Itália (5.797 MW) 7%

Alemanha (27.214 MW) 32%

Espanha (20.676 MW) 25%

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

2.497 3.476 4.753 6.4539.678

12.88717.315

23.098 24.491

34.372

40.500

48.031

56.517

64.719

74.983

84.278

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Mensagem do CEO Enquadramento Geral Enquadramento da Actividade Análise da Actividade 13

Portugal, com os seus 3.898 MW, é o sexto país da UE com maior potência eólica instalada, tendo terminado o ano com uma produção de energia eléctrica, tendo como base a utilização deste recurso, de 9.024 GWh, o que representa um acréscimo de 20% face a 2009.

Em 2010, a energia eólica em Portugal contribuiu de forma signifi cativa para a performance do sector energético e para o cumprimento das metas de produção de energia através de Fontes Renováveis, assegurando cerca de 17% do fornecimento de energia eléctrica. Desta forma, Portugal é o segundo país da UE com maior índice de utilização de energia eólica no consumo de electricidade, logo a seguir à Dinamarca (24%).

Distribuição Geográfi ca da Potência Instalada a nível Europeu

Portugal3.898

Espanha20.676

França5.660

Suíça42

Luxemburgo42

Bélgica911

Holanda2.244

Reino Unido5.204

Rep.Irlanda1.428

Ilhas Faroe4

Alemanha27.214

Dinamarca3.752

Noruega441

Suécia2.163

Rep. Checa215

Áustria1.011

Itália5.797

Hungria295

Croácia89

Eslováquia3

Polónia1.107

Roménia462

Bulgária375

Grécia1.208

Ucrânia87

Turquia1.329

Lituânia154

Letónia31

Estónia149

Finlândia197

Rússia9

Chipre82

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14 Relatório do Conselho de Administração

Portugal teve ainda durante o ano de 2010 uma taxa de crescimento de capacidade eólica instalada a rondar os 11%. Dos 269 parques eólicos instalados ao longo do país, só 13 têm uma capacidade instalada superior a 50 MW. 65 parques eólicos têm uma potência instalada inferior a 2 MW e a maioria, que representa 154 parques eólicos, tem potências a variar entre os 2,1 MW e os 25 MW. Por último, 37 parques eólicos têm potências a variar entre os 25,1 MW e os 50 MW. A esmagadora maioria da capacidade instalada em Portugal está localizada no Continente (98,7%) e a sua distribuição por Distritos do Continente e pelas Regiões Autónomas está esquematizada no quadro seguinte.

Potência Instalada por Distritos e Regiões Autónomas em 2010

800

700

600

500

400

300

200

100

0Coimbra Vila

RealCasteloBranco

Vianado

Castelo

Lisboa Leiria Guarda Braga Faro SantarémViseuVi Bragança Aveiro R. A.Madeira

Beja Setúbal R. A.Açores

Évora PortalegrePorto

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Mensagem do CEO Enquadramento Geral Enquadramento da Actividade Análise da Actividade 15

Por último, em 2010 e em termos nacionais, a IBERWIND continua a liderar a quota de mercado dos promotores, com 18% da capacidade instalada. As quotas de mercado dos restantes promotores, em território português, são as que fi guram no gráfi co seguinte.

Quotas de Mercado dos Promotores em Portugal em 2010

OUTROS 18,1%

ENERSIS 2,6%

ACCIONA 3,0%

TECNEIRA 3,1%

ENEOP2 11,5%

EDF EN Portugal 4,2 %

ELECTRABEL 5,5 %

IBERWIND 18,0%

ENERNOVA 15,3%

GENERG 11,2%

EEVM 7,5%

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16 Relatório do Conselho de Administração

Enquadramento da Actividade A Iberwind – Desenvolvimento e Projectos S.A. é uma sociedade anónima, constituída em 28 de Outubro de 2008, e tem como actividade principal o apoio técnico de consultoria à criação, desenvolvimento, expansão e modernização de empresas industriais, comerciais e de serviços, a prestação de serviços de gestão e de natureza contabilística e económica e ainda o desenvolvimento, avaliação e realização de estudos e de projectos de energias renováveis.

Em 14 de Novembro de 2008, um consórcio liderado pela Magnum Capital Industrial Partners adquiriu, através da sua participada Iberwind – Desenvolvimento e Projectos S.A., a maioria dos activos eólicos anteriormente detidos pelo Grupo Enersis, assim como o portfolio de empresas prestadoras de serviços que garantiam a gestão, operação e supervisão destes mesmos activos.

Alterações na Estrutura Societária

Durante o exercício de 2010 não se verifi caram alterações na estrutura societária. Assim, a 31 de Dezembro de 2010 o Capital Social da Iberwind – Desenvolvimento e Projectos S.A. estava repartido da seguinte forma:

NomeValor do capital

detido (EUR)Acções no fi m

do exercício% de

Participação

Convento III S.À.R.L. 32.350 32.350 64,70%Espírito Santo Infrastructure Fund I - Fundo Capital de Risco S.A. 3.185 3.185 6,37%Espírito Santo Capital - Sociedade de Capital de Risco S.A. 795 795 1,59%Fundo Albuquerque - Fundo de Capital de Risco 3.585 3.585 7,17%Gotan - SGPS, S.A. 3.585 3.585 7,17%Wind Source - SGPS, S.A. 2.655 2.655 5,31%Madre - SGPS, Soc. Unipessoal Lda. 2.655 2.655 5,31%Ivory Investments, SGPS - S.A. 1.190 1.190 2,38%Total 50.000 50.000 100

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Mensagem do CEO Enquadramento Geral Enquadramento da Actividade Análise da Actividade 17

Existência de Sucursais

Não existem quaisquer sucursais no Grupo IBERWIND.

Negócios entre as Sociedades e os seus Gerentes ou Administradores

Não existem negócios entre as Sociedades do Grupo IBERWIND e os seus Gerentes ou Administradores.

Organigrama Corporativo

A 31 de Dezembro de 2010, o organigrama corporativo do Grupo, liderado pela Iberwind – Desenvolvimento e Projectos S.A., é conforme se representa abaixo:

IBERWIND, S.A.

WINDVENTURE, S.A.

IBERWIND II PROD, LDA.

HIDROMARÃO, S.A.

MONTE AGRAÇO, LDA.

ENTREVENTOS, S.A.

PESB, S.A.

PESL, S.A.

PE MALHADAS, S.A.

PPS, S.A.

PESM, S.A.

PEVB, LDA.

PE TREVIM, LDA.

PEL, LDA.

ENERFLORA, LDA.

PECF, LDA.

MULTIWAVE, S.A.

100,000%

100,000% 49,000%

100,000%

75,000%

66,503%

100,000%

100,000%

99,998%

95,000%

99,850%

99,972%

99,932%

100,000%

100,000%

100,000%

0,002%

5,000%

0,150%

0,028%

0,068%

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18 Relatório do Conselho de Administração

O consolidado do Grupo IBERWIND inclui integralmente a sociedade-mãe Iberwind – Desenvolvimento e Projectos S.A, e as suas subsidiárias, em conformidade com as disposições legais em vigor em Portugal.

A 14 de Dezembro de 2010, a Iberwind II Produção, Sociedade Unipessoal, Lda. adquiriu às empresas PESM - Parque Eólico da Serra das Meadas, S.A. e PEVB - Parque Eólico Vila do Bispo, Lda., as participações que estas detinham nas seguintes sociedades:

De referir ainda que, na mesma data, a sociedade Iberwind II Produção, Sociedade Unipessoal, Lda. mudou a sua sede para o Concelho de Rio Maior.

A 31 de Dezembro de 2010, com efeitos reportados a 1 de Janeiro de 2010, por meio de fusão por transferência global do seu património, foram incorporadas na sociedade Iberwind II Produção, Sociedade Unipessoal, Lda., as subsidiárias PEP – Parque Eólico da Polvoeira, Lda., Parque Eólico Chiqueiro, Lda., Parque Eólico Cabeça Alta, Lda., Companhia das Energias Renováveis da Serra dos Candeeiros, Lda., Lismore – Consultoria, Investimento e Serviços, Lda. e Parque Eólico da Serra de Leomil, S.A..

Perímetro de Consolidação

As participações detidas a 31 de Dezembro de 2010 são apresentadas abaixo, identifi cando-se ainda o método de consolidação aplicado nas demonstrações fi nanceiras consolidadas integradas no presente relatório.

Empresa Participada % de Participação

Valor da Participação

PESM - Parque Eólico da Serra das Meadas, S.A. PEP – Parque Eólico da Polvoeira, Lda. 0,193% € 2.550PESM - Parque Eólico da Serra das Meadas, S.A. Parque Eólico Chiqueiro, Lda. 2,000% € 100PESM - Parque Eólico da Serra das Meadas, S.A. Parque Eólico Cabeça Alta, Lda. 2,000% € 100PESM - Parque Eólico da Serra das Meadas, S.A. Companhia das Energias Renováveis da Serra dos Candeeiros, Lda. 0,067% € 2.550Parque Eólico Vila do Bispo, Lda. Lismore – Consultoria, Investimento e Serviços, Lda. 1,961% € 100

Empresa Método Localização % do Capital Detido Grupo

WINDVENTURE, S.G.P.S., S.A. Método Integral Porto Salvo 100,000%Iberwind II Produção, Sociedade Unipessoal, Lda. Método Integral Rio Maior 100,000%Multiwave Networks Portugal – Sist. Avanç.Telec. S.A. Método Integral Maia 49,000%PEVB - Parque Eólico Vila do Bispo, Lda. Método Integral Vila do Bispo 100,000%PECF - Parque Eólico de Chão Falcão, Lda. Método Integral Porto Mós 100,000%PEL - Parque Eólico da Lousã, Lda. Método Integral Penela 100,000%PESB - Parque Eólico da Serra de Bornes, S.A. Método Integral Alfândega-da-Fé 100,000%Monte Agraço - Energias Alternativas, Lda. Método Integral Sobral de Monte Agraço 75,000%Hidromarão - Sociedade Produtora de Energia, S.A. Método Integral Vila Real 100,000%Enerfl ora - Produção de Energia Eléctrica, Lda. Método Integral Mafra 100,000%Entreventos - Energias Renováveis, S.A. Método Integral Coimbra 66,503%PESL - Parque Eólico da Serra do Larouco, S.A. Método Integral Montalegre 100,000%Parque Eólico de Malhadas – Góis, S.A. Método Integral Góis 100,000%PESM - Parque Eólico da Serra das Meadas, S.A. Método Integral Lamego 100,000%Parque de Pampilhosa da Serra, S.A. Método Integral Pampilhosa da Serra 100,000%Parque Eólico de Trevim, Lda. Método Integral Lousã 100,000%

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Mensagem do CEO Enquadramento Geral Enquadramento da Actividade Análise da Actividade 19

Unidades de Negócio

O Grupo IBERWIND comporta na sua actividade um conjunto de actividades diversas que se podem caracterizar da seguinte forma:

Promoção e exploração de Parques Eólicos em Portugal;•

Desenvolvimento de sistemas de telecomunicação aplicados à operação e manutenção •

de Parques Eólicos de produção de electricidade a partir de fontes renováveis;

Prestação interna de serviços de valor acrescentado, nomeadamente, operação e •

manutenção dos empreendimentos em exploração, estudos e projectos de construção de Parques Eólicos de aproveitamento de fontes de energias renováveis; e

Prestação interna de serviços de gestão administrativa.•

No que se refere a unidades de negócio em exploração, o Grupo IBERWIND tem actualmente

em exploração 31 Parques Eólicos, conforme esquematizado de seguida:

Parques Eólicos

Empreendimentos > Capacidade instalada (MWs)

1 Vila Lobos > 10,0 17 Serra de Escusa > 2,0 2 Igreja Nova > 7,2 18 Malhadizes > 12,0 3 Cabeço Alto > 11,7 19 Arcela > 11,5 4 Lomba da Seixa I > 13,0 20 S. Mamede > 6,9 5 S. Cristóvão > 5,3 21 Degracias > 20,0 6 Lagoa Funda > 9,0 22 Rabaçal > 2,0 7 Bigorne > 7,0 23 Candeeiros > 111,0 8 Jarmeleira > 0,9 24 Freita > 18,4 9 Meroicinha > 9,0 25 Pampilhosa > 114,0 10 Lomba da Seixa II > 12,0 26 Lousã I > 35,0 11 Malhadas > 9,9 27 Chiqueiro > 4,0 12 Nª. Srª. da Vitória > 12,0 28 S. Macário > 11,5 13 Serra de Todo o Mundo > 10,0 29 Leomil > 16,1 14 Borninhos > 2,0 30 Lousã II > 50,0 15 Chão Falcão > 80,5 31 Serra de Bornes > 60,0 16 Achada > 6,9

Total > 680,8

Vila RealBraga

Viana do Castelo

Porto

Aveiro

Coimbra

Leiria

Santarém

Lisboa

Setúbal Évora

Beja

Faro

Portalegre

ViseuGuarda

CasteloBranco

Bragança

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20 Relatório do Conselho de Administração

Os detalhes dos Parques Eólicos em exploração são apresentados no quadro abaixo, indicando a respectiva empresa promotora:

O Grupo IBERWIND registou, nos últimos anos, elevadas taxas de crescimento da sua potência instalada, sendo que no fi nal de 2010, a potência instalada ascendia a 680,75 MW.

Parques Eólicos Localização Capacidade Instalada 1ª Produção Empresa Promotora

Achada Torres Vedras 6,9 MW 2005 PESM - Parque Eólico da Serra das Meadas, S.A.

Arcela Sobral de Monte Agraço 11,5 MW 2005 Monte Agraço - Energias Alternativas, Lda.

Bigorne Lamego 7,0 MW 2002 PESM - Parque Eólico da Serra das Meadas, S.A.

Borninhos Macedo de Cavaleiros 2,0 MW 2004 PESB - Parque Eólico da Serra de Bornes, S.A.

Cabeço Alto Montalegre 11,7 MW 2000 PESL - Parque Eólico da Serra do Larouco, S.A.

Candeeiros Rio Maior 111,0 MW 2005 Iberwind II Produção, Sociedade Unipessoal, Lda.

Chão Falcão Porto de Mós/ Batalha/ Alcanena 80,5 MW 2005/2008/2009 PECF - Parque Eólico de Chão Falcão, Lda.

Chiqueiro Pampilhosa da Serra 4,0 MW 2007 Iberwind II Produção, Sociedade Unipessoal, Lda.

Degracias Soure 20,0 MW 2005 Entreventos - Energias Renováveis, S.A.

Freita Arouca 18,4 MW 2006 Iberwind II Produção, Sociedade Unipessoal, Lda.

Igreja Nova Mafra 7,2 MW 1999 Enerfl ora - Produção de Energia Eléctrica, Lda.

Jarmeleira Mafra 0,85 MW 2002 Enerfl ora - Produção de Energia Eléctrica, Lda.

Lagoa Funda Vila do Bispo 9,00 MW 2002 PEVB - Parque Eólico de Vila do Bispo, Lda.

Leomil Moimenta da Beira 16,1 MW 2007 Iberwind II Produção, Sociedade Unipessoal, Lda.

Lomba da Seixa I Montalegre 13,0 MW 2001 PESL - Parque Eólico da Serra do Larouco, S.A.

Lomba da Seixa II Montalegre 12,0 MW 2004 PESL - Parque Eólico da Serra do Larouco, S.A.

Lousã I Lousã 35,0 MW 2006 Parque Eólico de Trevim, Lda.

Lousã II Lousã/ Castanheira de Pera 50,0 MW 2009 Parque Eólico de Trevim, Lda.

Malhadas Góis 9,9 MW 2004 Parque Eólico de Malhadas-Góis, S.A.

Malhadizes Penela 12,0 MW 2005 PEL - Parque Eólico da Lousã, Lda.

Meroicinha Vila Real 9,0 MW 2003 Hidromarão - Sociedade Produtora de Energia, S.A.

Nª.Sr.ª da Vitória Nazaré 12,0 MW 2004 Iberwind II Produção, Sociedade Unipessoal, Lda.

Pampilhosa Pampilhosa da Serra 114,0 MW 2005 Parque de Pampilhosa da Serra - Energia Eólica, S.A.

Rabaçal Soure 2,0 MW 2005 Entreventos - Energias Renováveis, S.A.

S. Macário S. Pedro do Sul 11,5 MW 2007 Iberwind II Produção, Sociedade Unipessoal, Lda.

S. Mamede Mafra 6,9 MW 2006 Enerfl ora - Produção de Energia Eléctrica, Lda.

S. Cristóvão Lamego 5,3 MW 2001/2007 PESM - Parque Eólico da Serra das Meadas, S.A.

Serra de Escusa Mafra 2,0 MW 2005 Enerfl ora - Produção de Energia Eléctrica, Lda.

Serra de Bornes Macedo Cavaleiros/ Alfândega da Fé 60,0 MW 2009 PESB - Parque Eólico da Serra de Bornes, S.A.

Serra de Todo o Mundo Cadaval 10,0 MW 2004 Iberwind II Produção, Sociedade Unipessoal, Lda.

Vila Lobos Lamego/ Resende 10,0 MW 1998 PESM - Parque Eólico da Serra das Meadas, S.A.

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Mensagem do CEO Enquadramento Geral Enquadramento da Actividade Análise da Actividade 21

Cabeço Alto

680,8 680,8

539,4524,8461,2

317,9

106,072,1

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Potência Eólica Instalada no Grupo IBERWIND [MW]:

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22 Relatório do Conselho de Administração

Apresenta-se, de seguida, o Balanço Ambiental do Grupo IBERWIND:

A operação e manutenção dos activos eólicos são efectuadas tendo em vista a melhoria do desempenho dos referidos parques, garantindo uma rápida intervenção nos equipamentos sempre que alguma anomalia ocorra.

Balanço Ambiental 2005 2006 2007 2008 2009 2010Produção Total Eólica Iberwind (GWh) 450 900 1.008 1.261 1.480 1.710% Produção Eléctrica sem emissão de CO2 100% 100% 100% 100% 100% 100%% Produção Iberwind na Produção Total em Portugal 1,1% 2,0% 2,3% 3,0% 3,2% 3,4%Consumo Doméstico Equivalente (Habitantes) 450.000 900.300 1.008.500 1.261.100 1.479.800 1.710.000Barris de Petrólio Evitados 270.000 540.200 605.000 756.700 887.900 1.025.700Toneladas Equivalentes de Petrólio Evitadas 38.700 77.400 86.800 108.500 127.300 147.000Emissões Evitadas de CO2 (Toneladas/Ano) 200.000 400.000 444.000 555.000 843.500 975.000* valores aproximados

Indicador de Operação e Manutenção 2005 2006 2007 2008 2009 2010Parques Eólicos Sob Gestão 24 27 28 29 31 31Nº Aerogeradores Controlados 223 249 260 267 331 331Disponibilidade Média dos Aerogeradores 97,7% 97,5% 93,7% 94,9% 96,8% 97,1%

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Mensagem do CEO Enquadramento Geral Enquadramento da Actividade Análise da Actividade 23

Recursos Humanos

Durante o ano de 2009, com a reestruturação efectuada, os Recursos Humanos que se encontravam dispersos pelas diversas sociedades do Grupo foram sendo progressivamente transferidos para a empresa Iberwind – Desenvolvimento e Projectos S.A., passando esta a ser a empresa encarregue da operação e manutenção dos Parques Eólicos, bem como de toda a parte administrativa, exercendo a prestação de serviços de assessoria contabilística e de gestão a todas as empresas do Grupo IBERWIND.

Ainda no ano de 2009 foi efectuado um redimensionamento da estrutura de Recursos Humanos do Grupo IBERWIND, visando adaptá-la à nova realidade operacional do Grupo, passando-se dos 114 colaboradores no fi nal de 2008 para 78 colaboradores no fi nal de 2009, sendo que destes 71 faziam parte da Iberwind – Desenvolvimento e Projectos S.A. e 7 da Multiwave Networks Portugal – Sistemas Avançados de Telecomunicações, S.A..

No fi nal do ano de 2010, o número de colaboradores ascende a 67, todos pertencentes à Iberwind – Desenvolvimento e Projectos S.A., sendo que a redução verifi cada face ao fi nal de 2009 resulta essencialmente da transferência de colaboradores para o Grupo Novabase, em função do contrato de outsourcing de sistemas / tecnologias de informação celebrado entre a Iberwind – Desenvolvimento e Projectos S.A. e aquele Grupo em meados de 2010.

Candeeiros

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24 Relatório do Conselho de Administração

Análise da Actividade

Indicadores de Desempenho

170,0

160,0

150,0

140,0

130,0

120,0

110,0

100,02008

+18%

2009 2010

Vendas de Electricidade(Milhões de Euros)

+18%

116,9

138,3

157,6+14%

1.8001.600

1.2001.000

800

400200

02008

+17%

2009 2010

Produção(GWh)

+17%

1.261

1.480

1.710+16%

600

1.400

800,0

400,0

200,0

0,02008

+26%

2009 2010

Capacidade Instalada(MW)

+26%

539,4

680,8 680,8

=

600,0

98,0%

96,0%

94,0%

93,0%2008

+1,9 p.p.

2009 2010

Disponibilidade Global do Portfolio(%)

+1,9 p.p.

94,9%

96,8%97,1%

+0,3 p.p.97,0%

95,0%

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Mensagem do CEO Enquadramento Geral Enquadramento da Actividade Análise da Actividade 25

2.600

2.400

2.0002008*

-1%

2009* 2010

Horas Equivalentes Potência Instalada*(Horas)

-1%

2.402 2.381

2.511+5%

2.200

* 2008 e 2009 exclui PE’s Chão Falcão II e III, Lousã II e Bornes

120

80

02008

-32%

2009 2010

Nº Colaboradores

-32%114

7867

-14%

40

140

130

1002008

+13%

2009 2010

EBITDA*(Milhões de Euros)

103,7

117,6

136,9 +16%

120

* Ajustado para efeitos de comparação

110

90,0%

88,0%

78,0%2008

-3 p.p.

2009 2010

Margem EBITDA*

87%

84%

86%+2 p.p.

84,0%

* Ajustado para efeitos de comparação

80,0%

82,0%

86,0%

1.500,0

1.000,02008

+3%

2009 2010

Activo Líquido(Milhões de Euros)

1.257,41.292,9

1.202,4

-7%1.250,0

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26 Relatório do Conselho de Administração

Principais Acções Desenvolvidas

Os actuais Accionistas do Grupo IBERWIND defi niram, aquando da sua aquisição, no fi nal de 2008, um conjunto de objectivos e orientações de natureza estratégica:

Alcançar uma organização efi ciente, fl exível e ajustada à dimensão dos activos sob •

gestão, assim como aos objectivos de desenvolvimento de pipeline;

Desenvolver uma gestão • state-of-the-art dos Parques Eólicos, procurando maximizar a produção de energia nos mesmos, assim como assegurar os melhores níveis de disponibilidade do mercado e um custo efi ciente de operação e manutenção;

Assegurar uma gestão fi nanceira apropriada para mitigar os riscos e permitir o acesso •

a longo prazo de fundos de baixo custo, incluindo fi nanciamento atractivo de todos os parques do portfolio do Grupo; e

Gerar opções de valor em países atractivos em termos de energia eólica na Europa.•

Ao nível do primeiro objectivo estratégico importa assinalar o signifi cativo redimensionamento da estrutura de Recursos Humanos do Grupo IBERWIND, que passou de 114 colaboradores no fi nal de 2008 para 67 colaboradores no fi nal de 2010. Ainda na área dos Recursos Humanos, foi realizada durante o ano de 2010 a primeira actividade de Team Building do Grupo, que contou com uma forte presença dos colaboradores, e cujo principal objectivo passou por fomentar o espírito e coesão da equipa IBERWIND.

Ainda no que respeita ao primeiro objectivo estratégico, cumpre realçar a reestruturação corporativa levada a cabo em 2009 e 2010 no Grupo IBERWIND, através da qual se reduziu signifi cativamente o número de sociedades (de 29 para 17), através de fusão por incorporação de 12 sociedades, permitindo simplifi car a estrutura organizativa, administrativa e fi nanceira do Grupo e, bem assim, aumentar a respectiva efi ciência operacional e obter algumas poupanças em termos de custos.

Por fi m, e ainda no âmbito do primeiro objecto estratégico, importa mencionar a parceria celebrada em 2010 com o Grupo Novabase, resultando na transferência para este da área de sistemas / tecnologias de informação do Grupo IBERWIND, o qual acarretará um conjunto relevante de vantagens, desde logo na garantia de upgrade contínuo do sistema (software) de supervisão dos Parques Eólicos do Grupo, na eliminação / mitigação do risco de perda de know-how técnico e na melhoria do nível de segurança da infra-estrutura informática e da qualidade do nível de serviço (cobertura 24h x 7 dias), com evidente benefício da efi ciência operacional do Grupo IBERWIND.

Quanto ao segundo objectivo estratégico, em 2010 prosseguiu-se o desenvolvimento e implementação de algumas acções e procedimentos iniciados em 2009, tendo em vista a melhoria da efi ciência na operação e manutenção de todos os Parques Eólicos do Grupo IBERWIND, tendo ainda sido organizado um centro de melhores práticas com o intuito de melhorar o nível de desempenho daqueles. O resultado destas acções e procedimentos é bem visível na melhoria signifi cativa e sustentada do nível de disponibilidade técnica

Borninhos

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Mensagem do CEO Enquadramento Geral Enquadramento da Actividade Análise da Actividade 27

global do portfolio, de 94,9% em 2008 para 97,1% em 2010, bem evidenciada no gráfi co anteriormente apresentado. A este respeito, importa dar nota da participação do Grupo IBERWIND, em conjunto com outros sete relevantes players europeus do sector eólico, numa análise benchmarking realizada pela consultora McKinsey, tendo o portfolio do Grupo IBERWIND sido classifi cado como um dos melhores no conjunto dos vários critérios defi nidos no âmbito da análise.

Ainda ao nível do segundo objectivo estratégico, cumpre salientar a obtenção, durante o ano de 2010, do licenciamento do processo de repowering (substituição) do Parque Eólico de Lagoa Funda, o qual trará um conjunto relevante de vantagens para o Grupo IBERWIND na medida em que permitirá não só aumentar o nível de produtividade do portfolio do Grupo, através do aproveitamento de um local com excelente recurso eólico, transformando um dos Parques Eólicos com menor produtividade do portfolio num dos melhores, mas também constituir um exemplo para processos similares a ocorrer futuramente não só no Grupo IBERWIND mas também noutros promotores eólicos em Portugal.

Em matéria de gestão fi nanceira, consubstanciado no terceiro objectivo estratégico defi nido, cumpre salientar a distribuição aos Accionistas em 2010 de um montante de 33,5 milhões de Euros, assim como a negociação de um fi nanciamento de 10 milhões de Euros tendo em vista a concretização do repowering do Parque Eólico de Lagoa Funda, operação fi nanceira cujo fecho ocorreu já no início do mês de Fevereiro de 2011.

Quanto ao último objectivo defi nido, o Conselho de Administração decidiu, no fi nal de 2009 suspender temporariamente o processo de internacionalização do Grupo IBERWIND, tendo em consideração a difícil conjuntura económica e fi nanceira existente em Portugal e na Europa.

Pampilhosa

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28 Relatório do Conselho de Administração

Análise Operacional e Financeira

No ano de 2010 registaram-se níveis de desempenho superiores aos do ano anterior. O aumento verifi cado ao nível da produção deve-se em larga medida ao facto de 2010ter sido o primeiro ano em que os Parques Eólicos de Bornes, Lousã II e Chão Falcão II e III estiveram em exploração o ano inteiro, mas também a um melhor desempenho geral dos restantes Parques Eólicos do Grupo IBERWIND.

Com o intuito de caracterizar o desempenho das unidades de negócio de produção de electricidade em exploração, apresenta-se, de seguida, a análise histórica da produção dos Parques Eólicos do Grupo IBERWIND (são revelados dados históricos anuais anteriores à aquisição das Sociedades, e dos Parques Eólicos, por parte do Grupo IBERWIND, na medida em que tal é considerado relevante, do ponto de vista estritamente operacional, para o entendimento do desempenho e ou para a criação de expectativas futuras sobre tais unidades de negócio).

Achada

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Mensagem do CEO Enquadramento Geral Enquadramento da Actividade Análise da Actividade 29

PE’s 2005 2006 2007 2008 2009 2010Achada 12,0 20,6 20,0 22,1 21,7 22,4Arcela 8,2 25,6 26,3 30,2 28,9 31,3Bigorne 14,9 15,2 14,0 15,0 14,8 15,4Borninhos 5,0 4,8 4,8 5,0 4,7 4,6Cabeço Alto 25,9 25,6 23,8 23,0 24,7 24,8Candeeiros 63,9 237,9 284,1 326,0 320,7 338,9Chão Falcão 57,4 72,1 66,9 82,1 133,1 186,0Chiqueiro -- -- 2,6 8,9 7,9 8,4Degracias 16,6 45,8 39,9 47,1 48,1 50,7Freita -- 20,9 38,3 42,2 43,3 46,6Igreja Nova 16,3 15,2 15,1 17,0 15,9 17,3Jarmeleira 1,9 2,0 2,1 2,2 2,2 2,2Leomil -- -- 2,4 32,0 35,4 33,6Lagoa Funda 14,2 12,6 11,7 14,4 14,5 15,5Lomba da Seixa I 23,3 22,9 22,0 22,1 23,1 22,6Lomba da Seixa II 25,6 23,0 23,4 23,4 22,5 23,0Lousã I -- 1,0 31,6 60,9 64,1 71,7Lousã II -- -- -- 0,8 93,0 135,3Malhadas 25,1 26,0 22,5 28,5 27,1 26,7Malhadizes 22,9 26,9 22,5 29,4 28,2 27,7Meroicinha 19,8 20,0 19,9 26,2 25,1 24,5N.ª Sr.ª da Vitória 22,7 21,9 21,9 23,3 23,3 26,7Pampilhosa 6,7 181,4 207,6 265,0 263,9 268,7Rabaçal 2,2 5,5 4,6 5,5 5,6 5,9S. Mamede -- 10,3 11,5 14,1 13,8 15,2S. Cristóvão 7,2 6,6 7,6 12,3 12,5 11,5S. Macário -- -- 5,7 24,8 25,3 26,8Serra de Bornes -- -- -- -- 80,5 168,6Serra de Escusa 3,4 3,9 4,0 4,6 4,5 3,9Serra de Todo o Mundo 26,8 25,1 25,5 29,0 27,3 29,1Vila Lobos 28,1 27,4 25,8 25,4 23,9 24,0Total 449,9 900,2 1.008,1 1.261,1 1.479,8 1.709,6

Evolução Histórica da Produção de Electricidade dos Parques Eólicos do Grupo IBERWIND Produção 2004 - 2010 [GWh]

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30 Relatório do Conselho de Administração

Na análise operacional comparativa da produção anual dos anos de 2009 e 2010 do conjunto de Parques Eólicos do Grupo IBERWIND, verifi ca-se um aumento de 229,8 GWh (ou + 16%) na produção de electricidade, justifi cada pelos motivos anteriormente expostos.

Na análise económica e fi nanceira das contas consolidadas do Grupo IBERWIND os Resultados Operacionais consolidados, na ordem de 72,9 milhões de Euros, revelam um desempenho positivo das Sociedades do Grupo. Para a formação deste resultado concorrem um total de:

Proveitos operacionais de 161,5 milhões de Euros, cuja contribuição por natureza de proveito é apresentada no gráfi co seguinte:

Conforme se observa no gráfi co acima, o peso relativo das vendas de electricidade na totalidade de proveitos operacionais do Grupo IBERWIND é muito relevante, ascendendo em 2010 a 157,9 milhões de Euros e representando cerca de 98% da totalidade dos proveitos operacionais. Destacam-se dos demais Parques Eólicos do Grupo os desempenhos obtidos nos Parques Eólicos de Candeeiros e Pampilhosa, que per si representam cerca de 35% das vendas de electricidade.

Custos operacionais de • 88,6 milhões de Euros, em que deverão ser evidenciadas as seguintes rubricas:

Fornecimentos e Serviços Externos, no montante de i. 14,2 milhões de Euros, assumindo particular relevância os custos relativos à manutenção dos Parques Eólicos (7,5 milhões de Euros), às rendas dos terrenos onde estão instalados os Parques Eólicos e à Sede (1,7 milhões de Euros) e aos prémios de apólices de seguros contratados (1,6 milhões de Euros);

Distribuição dos Proveitos Operacionais [%]

OutrosProveitos 2%

Prestaçõesde Serviços 0,01%

Vendas deElectricidade

98%

Candeeiros 19%

Outros 32 %

Pampilhosa 16%

Chão Falcão 11%

Serra de Bornes

10%

Lousã II 8%

Lousã I 4%

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Mensagem do CEO Enquadramento Geral Enquadramento da Actividade Análise da Actividade 31

Custos com o pessoal, no montante de ii. 3,1 milhões de Euros que resulta dos vencimentos e respectivos encargos sociais dos Recursos Humanos do Grupo;

Imparidade de activos não depreciáveis, no valor de iii. 2 milhões de Euros, resultante da reclassifi cação de diferimentos de rendas (1 milhão de Euros) e de taxas municipais (1 milhão de Euros) à Câmara Municipal da Castanheira de Pera;

Outros custos, no montante global de iv. 5,7 milhões de Euros, resultante, essencialmente, de Impostos, onde se incluem 4,6 milhões de Euros referentes a importâncias pagas em taxas municipais ao abrigo do DL n.º 339-C/2001;

Amortizações do Exercício, no valor de v. 60,6 milhões de Euros que representam o desgaste dos activos eólicos em exploração; e

Imparidade de activos depreciáveis, no valor de vi. 2,5 milhões de Euros referente a equipamento básico do Parque Eólico de Lagoa Funda.

No que se refere ao Resultado Financeiro do exercício, desfavorável em 75,8 milhões de Euros, assumem particular relevância as seguintes rubricas:

Proveitos fi nanceiros de • 660 mil euros provenientes de juros de aplicações fi nanceiras;

Custos fi nanceiros de • 46,6 milhões de Euros, resultantes essencialmente de:

Juros suportados com empréstimos de entidades fi nanceiras na ordem dos i. 33,7 milhões de Euros (31,9 milhões de Euros na Iberwind II Produção, 298 mil Euros na Entreventos e 1,5 milhões de Euros relativos à aplicação de custo amortizado);

Juros suportados nos suprimentos obtidos junto dos Accionistas (remunerados a ii. condições normais de mercado), no valor de 12,2 milhões de Euros; e

Comissões bancárias no valor de iii. 726 mil Euros.

Concorrem ainda para o Resultado Financeiro, 29,8 milhões de Euros de prejuízo líquido decorrente do instrumento fi nanceiro de protecção de taxa de juro (Swap) contratado pela Iberwind II Produção, Sociedade Unipessoal, Lda. para mitigar o risco identifi cado e que se encontra a ser reconhecido em resultados pelos montantes calculados das taxas de juro fi xa a pagar, e variável a receber.

As Sociedades do Grupo IBERWIND, com excepção das sociedades com accionistas minoritários (Entreventos e Monte Agraço) são tributadas segundo o regime especial de tributação de Grupo de Sociedades. Em 2010, o Imposto sobre o Rendimento do Exercício evidenciava o montante de Imposto corrente de 11,8 milhões de Euros negativos, e o Imposto diferido activo de 1,6 milhões de Euros.

Na sequência do relevado anteriormente o Grupo IBERWIND apresenta um Resultado Líquido Consolidado do exercício, negativo, em 13,1 milhões de Euros.

Igreja Nova

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32 Relatório do Conselho de Administração

No que se refere à estrutura patrimonial do Grupo IBERWIND, esta é caracterizada pela apresentação de um elevado nível de alavancagem fi nanceira, justifi cado pela necessidade de investimento associado à actividade que o Grupo exerce.

Com a adopção das International Financial Reporting Standards (IFRS), os passivos fi nanceiros em Balanço foram inicialmente mensurados ao justo valor e subsequentemente reconhecidos através do custo amortizado. Utilizou-se o método da taxa efectiva, que é a taxa que desconta os pagamentos ou recebimentos de caixa futuros estimados durante a vida esperada do empréstimo.

Na sequência da operação de refi nanciamento ocorrida em Junho de 2009, o Grupo IBERWIND passou a ter um empréstimo obrigacionista, cujo valor nominal em dívida a 31 de Dezembro de 2009 era de 965,4 milhões de Euros, sendo o seu justo valor de 951,3 milhões de Euros, reconhecido na rubrica “Outros instrumentos fi nanceiros”, correntes e não correntes. Em 31 de Dezembro de 2010, o valor nominal do empréstimo obrigacionista ascendia a 914,8 milhões de Euros, sendo o seu justo valor de 902,1 milhões de Euros.

Encontra-se também incluído na rubrica de “Empréstimos e descobertos bancários” (correntes) o montante em dívida de 9,0 milhões de Euros, respeitante à linha de fi nanciamento revolving de apoio à tesouraria.

Adicionalmente, o Grupo IBERWIND manteve em 2010 o empréstimo bancário contratado em regime Project Finance pela sua subsidiária Entreventos - Energias Renováveis, S.A., cujo valor nominal em dívida a 31 Dezembro de 2010 era de 12,7 milhões de Euros (valor contabilístico na mesma data era de 12,3 milhões de Euros).

Os compromissos assumidos pelas sociedades operacionais do Grupo IBERWIND no âmbito do Programa Operacional da Economia (POE), reconhecidos ao justo valor, ascendem a 3,5 milhões de Euros, e são apresentados na rubrica “Outros instrumentos fi nanceiros” (corrente e não corrente). O valor nominal deste passivo fi nanceiro é de 3,9 milhões de Euros.

A rubrica corrente de “Credores e outros passivos” respeita, na sua maioria, ao valor de mercado do instrumento fi nanceiro de protecção de taxa de juro (Swap) contratada pela Iberwind II Produção, Sociedade Unipessoal, Lda., que ascende a 31 de Dezembro de 2010 a 69,2 milhões de Euros. Inclui ainda 28,1 milhões de Euros de juros de suprimentos obtidos junto dos Accionistas.

A rubrica não corrente de “Credores e outros passivos” respeita, na sua grande maioria, ao valor dos empréstimos sob a forma de suprimentos obtidos junto dos Accionistas da Iberwind – Desenvolvimento e Projectos S.A., remunerados a taxas normais de mercado e sem prazo de reembolso defi nido, sendo o seu valor no fi nal de 2010 de 96,8 milhões de Euros.

Os “Subsídios ao investimento”, não reembolsáveis, atribuídos a empresas do Grupo ascendem, a 31 de Dezembro de 2010, a cerca de 23,1 milhões de Euros, entre passivos correntes e não correntes.

Lousã II

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Mensagem do CEO Enquadramento Geral Enquadramento da Actividade Análise da Actividade 33

Nas contas patrimoniais activas do Grupo IBERWIND é relevante evidenciar que os “Activos fi xos tangíveis” são representativos de 76% do total do Activo e incorporam os investimentos em infra-estruturas e no desenvolvimento dos projectos para a construção dos Parques Eólicos.

O “Goodwill” registado a 31 de Dezembro de 2010 mantém o mesmo valor de 2009 (207,8 milhões de Euros).

Na rubrica corrente de “Devedores e outros activos”, os principais valores a destacar são os seguintes:

i. 2,0 milhões de Euros de “Imparidade de activos não depreciáveis”, resultado da reclassifi cação de diferimentos de rendas (1 milhão de Euros) e de taxas municipais (1 milhão de Euros) à Câmara Municipal da Castanheira de Pera, para adiantamentos;

ii. 953 mil Euros referentes ao contrato de partilha da linha eléctrica do Parque Eólico de Lousã II por parte do Parque Eólico de Vale do Chão; e

4,6iii. milhões de Euros referentes a pagamentos antecipados de rendas e de taxas municipais no âmbito do DL n.º 339-C/2001.

Nota fi nal para evidenciar que ao longo do exercício as sociedades do Grupo IBERWIND cumpriram com pontualidade todas as obrigações legais, nomeadamente para com o Estado, Segurança Social e Outras Entidades.

N.ª Sr.ª da Vitória

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34 Relatório do Conselho de Administração

Factos Relevantes Após o Termo do Exercício e Perspectivas Futuras

Tendo em atenção a disponibilidade revelada e expectável dos Parques Eólicos em exploração e que a produção de energia do próximo exercício será a correspondente à de um ano médio, antevê-se uma continuação da melhoria dos resultados consolidados do Grupo IBERWIND e da sua situação fi nanceira.

Aplicação de Resultados

A Iberwind – Desenvolvimento e Projectos S.A. não distribui resultados com base nas contas consolidadas.

A conta de resultados líquidos individuais da sociedade-mãe Iberwind – Desenvolvimento e Projectos S.A., apresentava, no exercício fi ndo em 31 de Dezembro de 2010, um prejuízo de 1.789.403,94 Euros. O Conselho de Administração, tendo em consideração as disposições legais (Art. 32º e 33º do C.S.C.) e o contrato de sociedade, propõe que o prejuízo do exercício seja integralmente transferido para a conta de Resultados Transitados.

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Mensagem do CEO Enquadramento Geral Enquadramento da Actividade Análise da Actividade 35

Agradecimentos

Não pode a Administração terminar sem uma palavra de agradecimento:

Aos Colaboradores;•

Aos Accionistas;•

Ao Fiscal Único;•

À EDP Serviço Universal, S.A.;•

À Associação Portuguesa de Energias Renováveis – APREN.•

Lisboa, 22 de Fevereiro de 2011

O Conselho de Administração

João Luís Ramalho de Carvalho TalonePresidente

António João de Sousa Marques Gellweiler Arnaldo Navarro MachadoVice-Presidente Vice-Presidente

António da Silva Parente Enrique de LeyvaVogal Vogal

João Peres Coelho Borges Gracinda Augusta Figueiras RaposoVogal Vogal

José Diogo Araújo e Silva José Antonio Marco IzquierdoVogal Vogal

Luís Nuno Lima de Carvalho Valença Pinto Luís Miguel Bastos Mendes Rezende Vogal Vogal

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DemonstraçõesFinanceiras e Notas

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38 Relatório do Conselho de Administração

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Demonstrações Financeiras e Notas 39

Valores em Euros Nota Dez/10 Dez/09Vendas e prestações de serviços 9 157.951.050 122.982.829 Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 9 - - Fornecimentos e serviços externos 10 (14.208.319) (15.989.426)Custos com o pessoal 11 (3.062.303) (3.695.164)Imparidade de activos não depreciáveis 12 (2.000.000) (806.366)Provisões 12 (600.000) (37.678)Outros proveitos 13 3.573.092 7.336.244 Outros custos 13 (5.651.101) (12.620.130)Amortizações 14 (60.596.190) (50.206.069)Imparidade de activos depreciáveis 14 (2.515.301) (2.690.252)Resultados operacionais 72.890.926 44.273.987 Proveitos fi nanceiros 15 10.489.714 19.777.976 Custos fi nanceiros 15 (86.285.197) (106.742.094)Dividendos recebidos 15 - - Resultado antes de impostos (2.904.557) (42.690.131)Imposto sobre o rendimento 16 (10.183.929) 3.684.919 Resultado líquido do exercício (13.088.486) (39.005.212)Atribuível a accionistas (13.559.689) (39.481.101)Atribuível a interesses minoritários 17 471.203 475.889 Resultado líquido do exercício (13.088.486) (39.005.212)Outros itens do rendimento integral:

Reserva de justo valor - derivados cobertura 30 (18.481.435) (18.472.902)Efeito fi scal associado 30 6.426.696 4.895.319 Outros itens do rendimento integral (12.054.739) (13.577.583)Rendimento integral do exercício (25.143.224) (52.582.794)Atribuível a accionistas (25.614.428) (53.058.684)Atribuível a interesses minoritários 17 471.203 475.889 Rendimento integral do exercício (25.143.224) (52.582.794)Resultado por acção (básico e diluído) - Euros 18 (271,19) (789,62)

DEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO INTEGRAL CONSOLIDADOEM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009

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40 Relatório do Conselho de Administração

BALANÇO CONSOLIDADOEM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009Valores em Euros Nota Dez/10 Dez/09ACTIVO

Activos não correntes

Activos fi xos tangíveis 19 918.140.505 980.227.707 Goodwill 20 207.813.779 207.813.779 Investimentos em participadas e associadas 21 - - Outros investimentos 22 - - Activos detidos para venda 23 - - Devedores e outros activos 24 - - Activos por impostos diferidos 25 27.062.045 25.176.171

1.153.016.328 1.213.217.656 Activos correntes

Activos detidos para venda 23 - - Outros investimentos 22 - - Inventários 26 - - Clientes 27 28.247.360 35.116.782 Devedores e outros activos 24 11.201.949 14.707.900 Caixa e seus equivalentes 28 10.605.366 29.832.034

50.054.674 79.656.716 Activo total 1.203.071.002 1.292.874.372 CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

Capital e reservas

Capital social 29 50.000 50.000 Prestações acessórias de capital 29 21.057.250 21.057.250 Reserva legal 30 - - Reservas de justo valor e outras 30 (48.421.995) (36.367.256)Resultados acumulados 30 (41.098.060) (1.616.959)Resultado líquido do exercício (13.559.689) (39.481.101)

(81.972.494) (56.358.066)Interesses minoritários 17 8.818.783 8.584.153 Capital próprio total (73.153.710) (47.773.913)PASSIVO

Passivos não correntes

Provisões 31 712.450 184.450 Empréstimos e descobertos bancários 32 11.361.889 12.251.065 Outros instrumentos fi nanceiros 33 856.647.699 906.995.967 Credores e outros passivos 35 118.866.256 153.501.766 Passivos por impostos diferidos 25 118.041.450 113.916.838

1.105.629.744 1.186.850.085 Passivos correntes

Fornecedores 34 2.850.692 2.549.243 Empréstimos e descobertos bancários 32 9.889.176 11.404.026 Outros instrumentos fi nanceiros 33 48.989.460 48.646.250 Credores e outros passivos 35 108.865.641 91.198.681

170.594.968 153.798.200 Passivo total 1.276.224.712 1.340.648.285 Capital Próprio e Passivo total 1.203.071.002 1.292.874.372

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Demonstrações Financeiras e Notas 41

DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES DOS CAPITAIS PRÓPRIOS CONSOLIDADOS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009

Valores em EurosCapital

social

Prestações acessórias de capital

Reservas de justo valor

e outrasResultados

acumulados

Resultado líquido do exercício Sub-Total

Interesses minoritários Total

Capital próprio em 31 de Dez. de 2008 50.000 47.047.250 (22.789.674) - (1.616.959) 22.690.618 8.725.740 31.416.358

Rendimento integral:

Resultado líquido do período - - - - (39.481.101) (39.481.101) 475.889 (39.005.212)

Variações na reserva de justo valor - derivados cobertura - líquidas de imposto

- - (13.577.583) - - (13.577.583) - (13.577.583)

Rendimento integral total do período - - (13.577.583) - (39.481.101) (53.058.684) 475.889 (52.582.794)Aplicação do resultado líquido do exercício anterior - - - (1.616.959) 1.616.959 - - -

Distribuição de lucros - - - - - - (523.477) (523.477)

Restituição de prestações acessórias - (25.990.000) - - - (25.990.000) (93.999) (26.083.999)

Capital próprio em 31 de Dez. de 2009 50.000 21.057.250 (36.367.256) (1.616.959) (39.481.101) (56.358.066) 8.584.153 (47.773.913)

Rendimento integral:

Resultado líquido do período - - - - (13.559.689) (13.559.689) 471.203 (13.088.486)

Variações na reserva de justo valor - derivados cobertura - líquidas de imposto

- - (12.054.739) - - (12.054.739) - (12.054.739)

Rendimento integral total do período - - (12.054.739) - (13.559.689) (25.614.428) 471.203 (25.143.224)Aplicação do resultado líquido do exercício anterior - - - (39.481.101) 39.481.101 - - -

Distribuição de lucros - - - - - - (195.646) (195.646)

Restituição de prestações acessórias - - - - - - (41.274) (41.274)

Outros movimentos - - - - - - 347 347

Capital próprio em 31 de Dez. de 2010 50.000 21.057.250 (48.421.995) (41.098.060) (13.559.689) (81.972.493) 8.818.783 (73.153.710)

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42 Relatório do Conselho de Administração

Valores em Euros Nota Dez/10 Dez/09Actividades operacionais

Recebimentos de clientes 174.435.165 130.565.404 Pagamentos a fornecedores (21.226.961) (18.518.737)Pagamentos ao pessoal (2.173.535) (3.218.586)(Pagamentos)/Recebimentos do imposto sobre o rendimento (927.405) (2.128.148)Outros (pagamentos)/recebimentos relativos à actividade operacional (4.828.001) 9.739.981 Fluxos das actividades operacionais 145.279.263 116.439.914

Actividades de Investimento

Recebimentos provenientes de:

Activos fi xos tangíveis e intangíveis 241.948 1.888.225 Subsídios de investimento 24 - 4.242.665 Pagamentos respeitantes a:

Investimentos fi nanceiros 15 - (873.991)Activos fi xos tangíveis e intangíveis (15.083.644) (98.600.634)Fluxos das actividades de investimento (14.841.697) (93.343.734)

Actividades de Financiamento

Recebimentos provenientes de:

Empréstimos obtidos - 1.089.536.207 Juros e proveitos similares 1.347.026 756.548 Pagamentos respeitantes a:

Empréstimos obtidos (54.276.744) (1.008.963.830)Prestações suplementares de capital 17 e 29 (41.274) (26.083.999)Empréstimos obtidos dos accionistas 36 (33.500.000) (11.010.000)Juros e custos similares (62.997.597) (73.735.923)Dividendos 17 (195.646) (523.477)Fluxos das actividades de fi nanciamento (149.664.234) (30.024.474)

Variações de caixa e seus equivalentes (19.226.668) (6.928.295)Caixa e seus equivalentes no início do período 28 29.832.034 36.760.328 Caixa e seus equivalentes no fi m do período 28 10.605.366 29.832.034

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA CONSOLIDADOS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009

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Demonstrações Financeiras e Notas 43

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009

(Nas notas, todos os montantes são apresentados em euros, salvo se indicado o contrário.)

O Grupo IBERWIND (“GRUPO”) é constituído pela Iberwind – Desenvolvimento e Projectos, S.A. (“IBERWIND”) e Subsidiárias (Nota 4).

A Iberwind – Desenvolvimento e Projectos, S.A. (adiante designada apenas por Empresa ou IBERWIND), é uma sociedade anónima, constituída em 28 de Outubro de 2008, e tem como actividade principal o apoio técnico de consultoria à criação, desenvolvimento, expansão e modernização de empresas industriais, comerciais e de serviços, a prestação de serviços de gestão e de natureza contabilística e económica e o desenvolvimento, avaliação e realização de estudos e de projectos de energias renováveis.

Sede Social: Lagoas Park, Edifício 5 A, 4.º, Porto SalvoCapital Social: Euros 50.000N.I.P.C.: 508772206

A actividade do GRUPO consiste na produção e comercialização de energia eólica.

No seu conjunto, o GRUPO tem ao dispor uma capacidade instalada de 680,75 MW, dos quais 145,4 MW entraram em fase de produção durante o exercício de 2009.

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1. Resumo das principais políticas contabilísticas

As principais políticas contabilísticas aplicadas na elaboração destas demonstrações fi nanceiras encontram-se descritas abaixo. Estas políticas têm vindo a ser aplicadas consistentemente a todos os anos apresentados, após a conversão para as IFRS (1 de Janeiro de 2006), salvo indicação em contrário.

1.1. Bases de preparaçãoAs demonstrações fi nanceiras foram preparadas em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro adoptadas pela União Europeia (“IFRS” – anteriormente designadas Normas Internacionais de Contabilidade – “IAS”) emitidas pelo “International Accounting Standards Board” (“IASB”) e Interpretações emitidas pelo “International Financial Reporting Interpretations Committee” (“IFRIC”) ou pelo anterior “Standing Interpretations Committee” (“SIC”). De ora em diante, o conjunto destas normas e interpretações serão designadas genericamente por “IFRS”.

As demonstrações fi nanceiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos do GRUPO, e tomando por base o custo histórico, com excepção dos activos e passivos registados ao seu justo valor.

A preparação de demonstrações financeiras exige a utilização de estimativas e julgamentos relevantes, cujas principais asserções se encontram divulgadas na Nota 3.

As demonstrações fi nanceiras consolidadas do exercício fi ndo em 31 de Dezembro de 2010 foram aprovadas pelo órgão de gestão e autorizadas para a emissão em 22 de Fevereiro de 2011.

1.2. Alterações de Políticas Contabilísticas Não ocorreram durante o período alterações de políticas contabilísticas ou correcções de erros materiais de exercícios anteriores.

1.3. Princípios de consolidaçãoAs demonstrações fi nanceiras consolidadas refl ectem os activos, passivos e resultados da IBERWIND e das suas subsidiárias (“GRUPO”), e os resultados atribuíveis ao GRUPO referente às participações fi nanceiras em

associadas. As políticas contabilísticas foram aplicadas de forma consistente por todas as empresas do GRUPO.

Subsidiárias

Subsidiárias são todas as empresas sobre as quais o GRUPO exerce controlo. Controlo normalmente é presumido quando o GRUPO detém o poder de exercer a maioria dos direitos de voto. Poderá ainda existir controlo quando o GRUPO detiver o poder, directa ou indirectamente, de gerir a política fi nanceira e operacional de determinada empresa, de obter benefícios das suas actividades, mesmo que a percentagem que detém sobre os seus capitais próprios seja inferior a 50%.

As empresas subsidiárias são consolidadas integralmente, a partir da data em que o controlo é transferido para GRUPO, sendo excluídas da consolidação a partir da data em que o controlo cessa.

O capital próprio e o resultado líquido destas empresas correspondentes à participação de terceiros nas mesmas são apresentados, separadamente, nas rubricas de interesses minoritários, respectivamente, no balanço consolidado e na demonstração de resultados consolidada.

Os interesses minoritários incluem a proporção dos terceiros no justo valor dos activos e passivos identifi cáveis à data de aquisição das subsidiárias, sendo actualizados em função na sua proporção em movimentos ocorridos em capital próprio.

Os resultados das subsidiárias adquiridas ou vendidas durante o exercício estão incluídos nas demonstrações de resultados desde a data da sua aquisição ou até à data da sua venda.

Após 1 de Janeiro de 2010, com a introdução da norma IFRS 3 (revista), numa operação de aquisição por patamares que resulte na aquisição de controlo, a reavaliação de qualquer participação anteriormente adquirida é reconhecida, aquando do cálculo do Goodwill, por contrapartida de resultados. Por seu lado, no momento de uma venda parcial, da qual resulte a perda de controlo, qualquer participação remanescente é reavaliada ao mercado na data da venda e o ganho ou perda resultante dessa reavaliação é registado por contrapartida de resultados.

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Demonstrações Financeiras e Notas 45

Já nas aquisições/diluições de interesses minoritários sem perda de controlo, as diferenças entre o valor de aquisição e o justo valor dos interesses minoritários adquiridos são registados por contrapartida de reservas. Até 31 de Dezembro de 2009 eram registadas por contrapartida de Goodwill.

Sempre que necessário são efectuados ajustamentos às demonstrações fi nanceiras das subsidiárias para adequar as suas políticas contabilísticas às usadas pelo GRUPO. As transacções internas, saldos, ganhos não realizados em transacções e dividendos distribuídos entre empresas do GRUPO são eliminados. As perdas não realizadas são também eliminadas, excepto se a transacção revelar evidência de imparidade de um activo transferido.

Nas situações em que o GRUPO detenha, em substância, o controlo de outras empresas, ainda que não possua participações de capital directamente nessas empresas, as mesmas são consolidadas pelo método de consolidação integral. As entidades nessas situações, quando aplicável, são incluídas Nota 4.

Empreendimentos Conjuntos

Uma entidade conjuntamente controlada é um empreendimento conjunto em que cada empreendedor tem um interesse e que através de acordo contratual entre os empreendedores se estabelece o controlo conjunto sobre a actividade económica da entidade.

As entidades conjuntamente controladas são incluídas nas demonstrações fi nanceiras consolidadas pelo método de consolidação proporcional, sendo os activos, passivos, proveitos e custos das entidades conjuntamente controladas reconhecidos rubrica a rubrica nas demonstrações fi nanceiras consolidadas, na proporção do controlo atribuível ao GRUPO.

As transacções, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas são eliminados, no processo de consolidação, na proporção do controlo atribuível ao GRUPO.

As participações fi nanceiras em empreendimentos conjuntos encontram-se detalhadas na Nota 5.

Associadas

São classifi cados como associadas as empresas sobre as quais o GRUPO detém o poder de exercer infl uência signifi cativa sobre as suas políticas fi nanceiras e operacionais, embora não detenha o seu controlo. Normalmente, é presumido que o GRUPO exerce infl uência signifi cativa quando detém o poder de exercer entre 20% e 50% dos direitos de voto das associadas.

Os investimentos em associadas são contabilizados pelo método da equivalência patrimonial, desde o momento em que o GRUPO adquire infl uência signifi cativa até ao momento em que esta termina.

Segundo o método de equivalência patrimonial, as participações fi nanceiras são registadas pelo seu custo de aquisição, ajustado pelo valor correspondente à participação do GRUPO nas variações dos capitais próprios, incluindo o resultado líquido do período, das associadas, por contrapartida de ganhos ou perdas do período, bem como de dividendos recebidos.

É feita uma avaliação dos investimentos em associadas quando existem indícios de que a participação possa estar em imparidade, sendo registadas as perdas que se demonstrem existir.

São objecto de reversão as perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores que deixam de existir.

Quando a participação do GRUPO nas perdas de associadas iguala ou ultrapassa o seu investimento e de quaisquer outros interesses de médio e longo prazo nessa associada, o método da equivalência patrimonial é interrompido, excepto se o GRUPO tiver a obrigação legal ou construtiva de reconhecer essas perdas ou tiver realizado pagamentos em nome da associada.

As participações fi nanceiras em empresas associadas encontram-se detalhadas na Nota 6.

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46 Relatório do Conselho de Administração

Goodwill

O GRUPO regista as aquisições de empresas subsidiárias, empreendimentos conjuntos e associadas ocorridas após 1 de Janeiro de 2006 pelo método de compra. O custo de aquisição equivale ao justo valor, determinado à data da compra, dos activos, instrumentos de capital cedidos e passivos incorridos ou assumidos, adicionado dos custos directamente atribuíveis à aquisição.

Após 1 de Janeiro de 2010, com a introdução da norma IFRS 3 (revista), o registo dos custos directamente relacionados com a aquisição de uma subsidiária, empreendimentos conjuntos e associadas, passam a ser directamente imputados a resultados. O goodwill resultante da aquisição de participações em empresas é defi nido como a diferença entre o custo de aquisição e o justo valor proporcional da situação patrimonial adquirida.

O goodwill positivo é registado no activo pelo seu valor de custo e não é amortizado, de acordo com o IFRS 3 – Concentrações de Actividades empresariais. O goodwill negativo é reconhecido directamente em resultados no período em que a aquisição ocorre.

O valor recuperável do goodwill registado no activo é revisto anualmente, independentemente da existência de indícios de imparidade. As eventuais perdas de imparidade determinadas são reconhecidas na demonstração de resultados.

Até 31 de Dezembro de 2009, os preços de aquisição contingentes eram determinados com base na melhor estimativa de pagamentos prováveis podendo as alterações posteriores ser registadas por contrapartida de goodwill. Após 1 de Janeiro de 2010, o goodwill não é corrigido em função da determinação fi nal do valor do preço contingente pago, sendo este impacto reconhecido por contrapartida de resultados.

1.4. Activos fi xos tangíveisOs activos fi xos tangíveis adquiridos até à data de transição para IFRS encontram-se registados tendo por base a opção prevista pela IFRS 1, pelo seu custo considerado (“deemed cost”), o qual corresponde ao custo de aquisição, reavaliado, quando aplicável, de acordo com as disposições legais até

aquela data, deduzido das amortizações acumuladas e das perdas por imparidade.

Os activos fi xos tangíveis adquiridos após aquela data encontram-se apresentados ao custo de aquisição deduzido de depreciações e perdas por imparidade. O custo de aquisição inclui todos os dispêndios directamente atribuíveis à aquisição dos bens e respectiva disponibilização no local e condições de operacionalidade pretendidos.

Os custos subsequentes são incluídos na quantia escriturada do bem ou reconhecidos como activos separados, conforme apropriado, somente quando é provável que benefícios económicos futuros fl uirão para o GRUPO e o respectivo custo possa ser mensurado com fi abilidade. Os demais dispêndios com reparações e manutenção são reconhecidos como um gasto no período em que são incorridos.

Os activos fi xos tangíveis em curso refl ectem activos fi xos ainda em fase de construção, encontrando-se registados ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade, sendo amortizados a partir do momento em que os projectos de investimentos estejam prontos para uso.

As amortizações são calculadas sobre o valor de custo considerado ou custo de aquisição, sendo utilizado método das quotas constantes, de acordo com os seguintes períodos de vida útil esperada dos bens:

Os valores residuais dos activos e as respectivas vidas úteis são revistos e ajustados, se necessário, na data do balanço.

Quando existe indicação de que um activo possa estar em imparidade, o IAS 36 exige que o seu valor recuperável seja estimado, devendo ser reconhecida uma perda por imparidade sempre que o valor líquido de um activo

Vida útil (anos)

Edifícios e outras construções 20Equipamentos 8 e 20Equipamento de transporte 4 a 5Ferramentas e utensílios 5 a 8Equipamento administrativo 3 a 8

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exceda o seu valor recuperável. As perdas por imparidade são reconhecidas em resultados do período.

O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o seu preço de venda líquido e o seu valor de uso, sendo este calculado com base no valor actual dos fl uxos de caixa futuros estimados que se esperam vir a obter do uso continuado do activo e da sua alienação no fi m da sua vida útil.

Os ganhos ou perdas provenientes do abate ou alienação são determinados pela diferença entre os recebimentos das alienações e a quantia escriturada do activo, e são reconhecidos na demonstração dos resultados, como outros proveitos ou outros custos operacionais.

1.5. Imparidade de activos não correntesOs activos não correntes que não têm uma vida útil defi nida não estão sujeitos a amortização, mas são objecto de testes de imparidade anuais. Os activos sujeitos a amortização são revistos quanto a imparidade sempre que os eventos ou alterações nas circunstâncias indicarem que o valor pelo qual se encontram escriturados possa não ser recuperável.

Uma perda por imparidade é reconhecida pelo montante do excesso da quantia escriturada do activo face ao seu valor recuperável. A quantia recuperável é a mais alta de entre o justo valor de um activo deduzidos os gastos para venda e o seu valor de uso. Para realização de testes por imparidade, os activos são agrupados ao mais baixo nível no qual se possam identifi car separadamente fl uxos de caixa (unidades geradoras de fl uxos de caixa a que pertence o activo), quando não seja possível fazê-lo individualmente, para cada activo.

A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando se con-clui que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. Esta análise é efectuada sempre que existam indícios que a perda por imparidade anteriormente reconhecida tenha revertido. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração de resultados como outros proveitos operacionais. Contudo, a reversão da perda por imparidade só é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não se tivesse registado em períodos anteriores.

1.6. Investimentos FinanceirosO GRUPO classifi ca os seus investimentos nas seguintes categorias: i) activos fi nanceiros ao justo valor através de resultados, ii) activos fi nanceiros disponíveis para venda, iii) investimentos detidos até à maturidade e iv) empréstimos concedidos e contas a receber. A classifi cação depende do objectivo de aquisição do investimento. A Administração determina a classifi cação no momento do reconhecimento inicial dos investimentos e reavalia essa classifi cação em cada data de relato.

A sua classifi cação depende do propósito que conduziu à aquisição. Todas as aquisições e alienações destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos respectivos contratos de compra e venda, indepen-dentemente da data de liquidação fi nanceira.

Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, sendo o justo valor equivalente ao preço pago, incluindo despesas de transacção. A mensuração subsequente depende da categoria em que o investimento se insere, como segue:

1.6.1. Empréstimos concedidos e contas a receberOs empréstimos concedidos e contas a receber são activos fi nanceiros não derivados com pagamentos fi xos ou determináveis e que não são cotados num mercado activo. São originados quando o GRUPO fornece dinheiro, bens ou serviços directamente a um devedor, sem intenção de negociar a divida. Sendo incluídos nos activos correntes, sempre que a maturidade à data de balanço for inferior a 12 meses.

Empréstimos concedidos e contas a receber são incluídos no balanço em Clientes e Outros devedores (Notas 27 e 24).

1.6.2. Activos fi nanceiros ao justo valor através de resultadosEsta categoria é subdividida em duas: activos fi nanceiros detidos para negociação e aqueles que são designados ao justo valor, através de resultados desde o seu início. Um activo fi nanceiro é classifi cado nesta categoria se adquirido principalmente com o objectivo de venda a curto prazo ou se assim designado pelos gestores. Os activos desta categoria são classifi cados como correntes se forem detidos para negociação ou realizáveis no período até 12 meses da data de balanço. Estes investimentos são mensurados ao justo valor através da demonstração de resultados.

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1.6.3. Investimentos fi nanceiros detidos até à maturidadeOs investimentos fi nanceiros detidos até à maturidade são activos fi nanceiros não derivados, com pagamentos fi xos ou determináveis e maturidades fi xas, que o GRUPO tem intenção e capacidade para manter até à maturidade, sendo registados ao custo amortizado, pelo método da taxa de juro efectiva.

1.6.4. Activos fi nanceiros disponíveis para vendaOs activos fi nanceiros disponíveis para venda são activos fi nanceiros não derivados que são designados nesta categoria ou não são classifi cados em nenhuma das outras categorias. São incluídos em activos não correntes, excepto se os gestores entenderem alienar o investimento num prazo até 12 meses após a data do balanço.

Estes investimentos fi nanceiros são contabilizados ao valor de mercado, entendido como o respectivo valor de cotação à data de balanço. Se não existir mercado activo, o justo valor é determinado através da aplicação de técnicas de avaliação, que incluem o uso de transacções comerciais recentes, a referência a outros instrumentos com características semelhantes, a análise de fl uxos de caixa descontados e modelos de avaliação de opções modifi cados para incorporar as características específi cas do emitente. Sempre que as expectativas de médio prazo de mercado apontem para valorizações signifi cativamente abaixo da cotação na data de balanço, são registadas perdaspor imparidade refl ectindo essas perdas permanentes, momento em que as perdas potenciais acumuladas são transferidas de reservas de justo valor para a demonstração de resultados.

Caso não exista um valor de mercado ou não o seja possível determinar, os investimentos em causa são mantidos ao custo de aquisição. São constituídas provisões para redução de valor nos casos que se justifi quem. As mais e menos valias potenciais resultantes são registadas directamente em reservas de justo valor até que o investimento fi nanceiro seja vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, momento em que o ganho ou perda acumulado anteriormente reconhecido no capital próprio é incluído no resultado líquido do período.

Uma perda por imparidade reconhecida relativamente a activos fi nanceiros disponíveis para venda é revertida se a perda tiver sido causada por eventos externos específi cos de natureza excepcional que não se espera que se

repitam mas que acontecimentos externos posteriorestenham feito reverter, sendo que nestas circunstâncias a reversão não afecta a demonstração de resultados, registando-se a subsequente fl utuação positiva do activo em reservas de justo valor.

1.7. Instrumentos fi nanceiros derivadosO GRUPO utiliza instrumentos fi nanceiros derivados com o objectivo de gerir riscos fi nanceiros a que se encontra sujeita (Nota 2).

Nas operações que qualifi quem como instrumentos de coberturas efi cazes, as variações no justo valor são inicialmente registadas por contrapartida de capitais próprios e posteriormente reclassifi cadas para a rubrica de resultados fi nanceiros, na data do seu vencimento.

Nem todos os derivados contratados pelo GRUPO, apesar de corresponderem a instrumentos efi cazes na cobertura económica de riscos, qualifi cam como instrumentos de cobertura contabilística de acordo com as regras e requisitos do IAS 39. Nestes casos são registados no balanço pelo justo valor, sendo as respectivas variações reconhecidas em resultados fi nanceiros.

O justo valor dos instrumentos fi nanceiros derivados encontra-se incluído nas rubricas de Devedores e outros activos e Credores e outros passivos (Notas 24 e 35).

1.8. Imposto sobre o rendimentoO imposto sobre o rendimento inclui imposto corrente e imposto diferido.

O imposto corrente sobre o rendimento é determinado com base nos resultados líquidos, ajustados em conformidade com a legislação fi scal vigente à data de balanço.

O imposto diferido é calculado com base na responsabilidade de balanço, sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos activos e passivos e a respectiva base de tributação. Para a determinação do imposto diferido é utilizada a taxa fi scal (decretada) que se espera estar em vigor no período em que as diferenças temporárias serão revertidas.

São reconhecidos impostos diferidos activos sempre que existe razoável segurança de que serão gerados lucros futuros contra os quais os activos poderão ser utilizados.

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Demonstrações Financeiras e Notas 49

Os impostos diferidos activos são revistos periodicamente e reduzidos sempre que deixe de ser provável que os mesmos possam ser utilizados.

Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do exercício, excepto se resultarem de valores registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.

1.9. Clientes e outros activos correntesOs saldos de Clientes e Outros activos correntes são contabilizados pelo valor nominal deduzido de perdas por imparidade necessárias para os colocar ao seu valor realizável líquido esperado.

As Perdas por imparidade são registadas quando existe uma evidência objectiva de que a totalidade dos montantes em dívida, conforme as condições originais das contas a receber, não será recebida.

1.10. Caixa e equivalentes de caixaA rubrica de Caixa e equivalentes de caixa inclui: i) caixa, ii) depósitos bancários e iii) outros investimentos de curto prazo, com maturidade até 3 meses, que possam ser imediatamente mobilizáveis sem risco signifi cativo de fl utuações de valor. Para efeitos da demonstração de fl uxos de caixa esta rubrica inclui também os descobertos bancários, os quais são apresentados no Balanço, no passivo corrente, na rubrica Empréstimos.

1.11. Capital SocialAs acções são classifi cadas no capital próprio.

Os custos directamente atribuíveis à emissão de novas acções ou outros instrumentos de capital próprio são apresentados como uma dedução, líquida de impostos, ao valor recebido resultante dessa emissão.

1.12. Passivos fi nanceirosUm instrumento é classifi cado como passivo fi nanceiro quando existe uma obrigação contratual da sua liquidação ser efectuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro activo fi nanceiro, independentemente da sua forma legal.

1.12.1. EmpréstimosOs empréstimos são inicialmente reconhecidos ao justo valor, líquido de custos de transacção incorridos, sendo subsequentemente apresentados ao custo amortizado.

Qualquer diferença entre os recebimentos (líquidos de custos de transacção) e o valor de reembolso é reconhecido na demonstração de resultados ao longo do período do empréstimo, utilizando o método da taxa efectiva.

Os empréstimos são classifi cados no passivo corrente, excepto quando exista um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo por, pelo menos, 12 meses após a data do balanço.

1.12.2. Empréstimos não remunerados atribuídos por entidade governamentaisOs empréstimos não remunerados atribuídos por entidades governamentais são reconhecidos ao justo valor no balanço, utilizando o método dos cash-fl ow descontados a uma taxa corrente de mercado à data de 1 de Janeiro de 2006 (data de transição para IFRS).

A diferença entre o valor descontado e o valor do empréstimo recebido líquido de reembolsos efectuados até à data é registada na rubrica Credores e outros passivos.

1.13. Encargos fi nanceiros com empréstimosOs encargos fi nanceiros relacionados com empréstimos são geralmente reconhecidos como custos líquidos defi nanciamento, de acordo com o princípio da especialização dos exercícios. Os encargos fi nanceiros de empréstimos directamente relacionados com a aquisição, construção ou produção de activos fi xos, são capitalizados, fazendo parte do custo do activo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das actividades de construção ou desenvolvimento do activo e é interrompida após o início de utilização ou quando o projecto em causa se encontra suspenso.

Quaisquer proveitos fi nanceiros gerados por empréstimos, directamente relacionados com um investimento específi co, são deduzidos aos encargos fi nanceiros elegíveis para capitalização.

1.14. ProvisõesSão reconhecidas provisões sempre que (i) exista uma obrigação legal ou construtiva, como resultado de acontecimentos passados, (ii) seja provável que um exfl uxo de recursos será necessário para liquidar a obrigação, e (iii)

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possa ser efectuada uma estimativa fi ável do montante da obrigação.

Quando uma provisão é apurada tendo em consideração os fl uxos de caixa futuros necessários para liquidar tal obrigação, a mesma é registada pelo valor actual dos mesmos.

Não são reconhecidas provisões para perdas operacionais futuras. As provisões são revistas na data de balanço e são ajustadas de modo a refl ectir a melhor estimativa a essa data. As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas pelo GRUPO sempre que exista um plano formal e detalhado de reestruturação.

1.15. Fornecedores e outros passivos correntesOs saldos de fornecedores e outros passivos correntes são registados pelo seu valor nominal.

1.16. SubsídiosOs subsídios do Governo só são reconhecidos após existir segurança que estão cumpridas as condições inerentes aos mesmos e que os subsídios serão recebidos.

Os subsídios à exploração, recebidos com o objectivo de compensar o GRUPO por custos incorridos, são registados na demonstração dos resultados de forma sistemática durante os períodos em que são reconhecidos os custos que aqueles subsídios visam compensar.

Os subsídios ao investimento recebidos com o objectivo de compensar o GRUPO por investimentos efectuados em activos fi xos tangíveis são reconhecidos em resultados durante a vida útil estimada do respectivo activo subsidiado. 1.17. Distribuição de dividendosA distribuição de dividendos aos detentores do capital é reconhecida como um passivo nas demonstrações fi nanceiras do período em que os dividendos são aprovados pelos accionistas, até ao momento da sua liquidação fi nanceira.

1.18. Rédito e especialização dos exercíciosOs proveitos decorrentes de vendas são reconhecidos na demonstração de resultados quando os riscos e benefícios inerentes à posse dos activos são transferidos para o comprador e o montante dos proveitos possa ser

razoavelmente quantifi cado. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização, pelo justo valor do montante recebido ou a receber.

Os proveitos decorrentes da prestação de serviços são reconhecidos na demonstração de resultados com referência à fase de acabamento da prestação de serviços à data do balanço.

A receita com os dividendos é reconhecida quando é atribuído o direito de os receber.

Os juros recebidos são reconhecidos pelo princípio da especialização do exercício, tendo em consideração o montante em dívida e a taxa efectiva durante o período até à maturidade.

Os custos e proveitos são registados de acordo com o princípio da especialização de exercícios, segundo o qual os custos e proveitos são reconhecidos à medida que são gerados, independentemente do momento em que são recebidos ou pagos.

As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e os correspondentes custos e proveitos geradas são registadas nas rubricas Clientes e Devedores e outros activos correntes e Fornecedores e Credores e outros passivos correntes (Notas 27, 24, 34 e 35).

1.19. Questões ambientaisO GRUPO toma medidas no sentido de prevenir, reduzir ou reparar os danos causados no ambiente pelas suas actividades.

Os custos decorrentes das actividades ambientais são reconhecidas na rubrica fornecimento e serviços externos (Nota 10) no período em que são incorridos.

1.20. LocaçõesOs contratos de locação são classifi cados como locação fi nanceira se, através deles, forem transferidos para o locatário substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse dos activos correspondentes. Os restantes contratos são classifi cados como locações operacionais. A classifi cação das locações é feita em função da substância e não da forma legal do respectivo contrato.

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Demonstrações Financeiras e Notas 51

Os activos adquiridos mediante contratos de locação fi nanceira, bem como as correspondentes responsabilidades para com o locador, são contabilizados pelo método fi nanceiro, de acordo com o plano fi nanceiro contratual. Os juros incluídos no valor das rendas e as amortizações do activo fi xo tangível são reconhecidos na demonstração de resultados do período a que respeitam.

Os pagamentos efectuados pela Empresa de contratos de locação operacionais são reconhecidos na demonstração de resultados do período a que respeitam.

1.21. Activos e passivos contingentesOs passivos contingentes em que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros não seja provável não são reconhecidos nas demonstraçõesfi nanceiras, sendo os mesmos divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objecto de divulgação. São reconhecidas provisões para passivos contingentes que satisfaçam as condições previstas na Nota 1.14.

Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações fi nanceiras, mas divulgados no anexo quando seja provável a existência de um benefício económico futuro (Nota 40).

1.22. Eventos subsequentesOs eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são refl ectidos nas demonstrações fi nanceiras.

Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados, se materiais, no anexo às demonstrações fi nanceiras (Nota 39).

1.23. Relato por segmentosSegmento de negócio é um componente distinguível do GRUPO comprometido em fornecer um produto individual, e que está sujeito a riscos e retornos diferentes dos de outros segmentos de negócio (Nota 8).

Segmento geográfi co é um componente distinguível do GRUPO comprometido em fornecer um produto dentro de um ambiente económico particular, e que está sujeito a riscos e retornos diferentes dos componentes que operam em outros ambientes económicos (Nota 8).

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52 Relatório do Conselho de Administração

1.24. Novas normas, alterações e interpretações a normas existentesAs novas normas, interpretações e alterações a normas existentes abaixo identifi cadas, são de aplicação obrigatória pelo IASB, para os exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2010:

Normas Data de Aplicação (a)

IAS 27 (revisão) Demonstrações fi nanceiras separadas e consolidadas 1 de Julho de 2009

IAS 39 (revisão)Instrumentos fi nanceiros - itens elegíveis para cobertura 1 de Julho de 2009

IFRS 2 (alteração) Pagamentos baseados em acções no grupo - transacções pagas em dinheiro 1 de Janeiro de 2010

IFRS 3 (revisão)Concentração de actividades 1 de Julho de 2009

IFRS 5 (Melhoria anual 2008)Activos detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas 1 de Julho de 2009

IFRIC 9 - Derivados embutidos e IAS 39 - Instrumentos fi nanceiros Reconhecimento e mensuração 1 de Julho de 2009

IFRIC 12Serviços de concessão 30 de Março de 2009

IFRIC 16Cobertura de investimentos em operações estrangeiras 1 de Julho de 2009

IFRIC 17Distribuições em espécie aos accionistas 1 de Julho de 2009

IFRIC 18Transferência de activos pelos clientes 1 de Julho de 2009

Projecto de melhorias anual das normas de 2009IAS 1 - Apresentação das demonstrações fi nanceiras 1 de Janeiro de 2010IAS 7 - Demonstração fl uxos de caixa 1 de Janeiro de 2010IAS 17 - Locações 1 de Janeiro de 2010IAS 18 - Rédito 1 de Julho de 2009IAS 36 - Imparidade de activos 1 de Janeiro de 2010IAS 38 - Activos intangíveis 1 de Janeiro de 2010IAS 39 - Instrumentos fi nanceiros: reconhecimento e mensuração 1 de Julho de 2009IFRS 2 - Pagamentos baseados em acções 1 de Julho de 2009IFRS 5 - Activos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas 1 de Janeiro de 2010IFRS 8 - Segmentos operacionais 1 de Janeiro de 2010(a) Exercícios iniciados em ou após

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Demonstrações Financeiras e Notas 53

A introdução destas normas, interpretações e alterações não tiveram impactos relevantes nas demonstrações fi nanceiras do GRUPO.

Adicionalmente, à data de aprovação destas demonstrações fi nanceiras pela Administração encontram-se emitidas (em alguns casos, normas ainda não aprovadas pela Comissão Europeia), mas de aplicação obrigatória apenas em exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2011, as seguintes novas normas, alterações e interpretações efectuadas a normas existentes, ainda não adoptadas pelo GRUPO:

Normas Data de aplicação (a)

IAS 24 (alteração)Partes Relacionadas 1 de Janeiro de 2011

IAS 32 (alteração)Instrumentos Financeiros - Apresentação - classifi cação de direitos emitidos 1 de Fevereiro de 2010

IFRIC 14 (alteração) - IAS 19 Limitação aos activos decorrentes de planos de benefi cios defi nidos e a sua interacção com requisitos de contribuições minimas

1 de Janeiro de 2011

IFRS 9 (novo) Instrumentos Financeiros - Classifi cação e mensuração 1 de Janeiro de 2013

IFRIC 19 Regularização de passivos fi nanceiros com instrumentos de capital 1 de Julho de 2010

Projecto de melhorias anual de normas de 2010IAS 1 - Apresentação das demonstrações fi nanceiras 1 de Janeiro de 2011IAS 27 - Demonstrações fi nanceiras separadas e consolidadas 1 de Janeiro de 2011IAS 34 - Relato fi nanceiro intercalar 1 de Janeiro de 2011IFRS 1 - Adopção pela primeira vez 1 de Janeiro de 2011IFRS 3 - Concentrações de actividades empresariais 1 de Janeiro de 2011IFRS 7 - Instrumentos Financeiros - Divulgações 1 de Janeiro de 2011IFRIC 13 - Programas de fi delização de clientes 1 de Janeiro de 2011(a) Exercícios iniciados em ou após

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54 Relatório do Conselho de Administração

2. Gestão do Risco Financeiro

A actividade está exposta a uma variedade de factores de risco: i) risco de liquidez, ii) risco de fl uxos de caixa e de justo valor associado à taxa de juro e (iii) risco de tarifa.

2.1. Risco de liquidez A gestão do risco de liquidez implica a manutenção a um nível sufi ciente a caixa e depósitos bancários, a viabilidade da consolidação da dívida fl utuante através de um montante adequado de facilidades de crédito e a habilidade de liquidar posições de mercado. Relacionado com a dinâmica dos negócios subjacentes, o departamento fi nanceiro pretende manter a fl exibilidade da dívida fl utuante, mantendo as linhas de crédito disponíveis.

2.2. Risco de fl uxos de caixa e de justo valor associado à taxa de juroComo o GRUPO não tem activos remunerados com juros signifi cativos, o lucro e os fl uxos de caixa operacionais são substancialmente independentes das alterações da taxa de juro de mercado.

O risco da taxa de juro advém de empréstimos de longo prazo. Os empréstimos emitidos com taxas variáveis

expõem o GRUPO ao risco de fl uxos de caixa associado à taxa de juro. Os empréstimos emitidos com taxas fi xas expõem-na ao risco do justo valor associado à taxa de juro.

O GRUPO gere o risco de fl uxos de caixa associado à taxa de juro transformando swaps de taxas de juro variáveis em swaps de taxas de juro fi xas. Os swaps de taxas de juro têm o efeito económico de converter os empréstimos a taxas de juros variáveis em empréstimos a taxas de juros fi xas. Geralmente, o GRUPO efectua empréstimos a longo prazo com taxas de juro variáveis e realiza swaps para os transformar em taxas de juro fi xas, que são inferiores às contratadas em empréstimos a taxas de juros fi xas. Nos swaps de taxas de juro, acorda com outras partes em trocar, em intervalos específi cos (semestralmente), a diferença entre o valor da taxa de juro fi xa contratada e o valor da taxa de juro variável.

Em 31 de Dezembro de 2010, o desenvolvimento dos activos e passivos fi nanceiros com exposição a risco de taxa de juro em função da maturidade ou data de refi xação é apresentado no quadro seguinte:

Valores em Euros até 1 mês 1-3 meses 3-12 meses 1-5 anos Mais de 5 anos Total

Activos

Correntes

Caixa e seus equivalentes (Nota 28) 4.450.366 - 6.155.000 - - 10.605.366 Total Activos não fi nanceiros 4.450.366 - 6.155.000 - - 10.605.366

Passivos

Não Correntes

Empréstimos bancários (Nota 32) - - - 4.794.725 6.567.164 11.361.889 Empréstimos obrigacionistas (Nota 33) - - - 196.500.569 657.427.713 853.928.282 Correntes

Empréstimos bancários (Nota 32) - - 9.889.176 - - 9.889.176 Empréstimos obrigacionistas (Nota 33) - - 48.174.273 - - 48.174.273 Total passivos fi nanceiros - - 58.063.449 201.295.294 663.994.878 923.353.620

Gap 4.450.366 - (51.908.449) (201.295.294) (663.994.878) (912.748.254)

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Demonstrações Financeiras e Notas 55

Já em 31 de Dezembro 2009, tem a seguinte apresentação:

A qualidade de risco de crédito do GRUPO, em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, face a activos fi nanceiros (caixa e seus equivalentes) cujas contrapartes são instituições fi nanceiras (notação de crédito Standard and Poor’s) é apresentada pelo seguinte quadro:

Adicionalmente, a generalidade das operações com instrumentos fi nanceiros derivados são contratadas ao abrigo do “ISDA Master Agreements”, fl exibilizando a transferência dos instrumentos em mercado.

2.3. Risco de tarifaO sector da produção de electricidade em regime especial, a partir de fontes de energia renováveis

encontra-se regulamentado do ponto de vista tarifário, pelo que, o risco de fl utuações tarifárias é controlável.

O GRUPO obteve o conjunto de licenças necessárias que lhe possibilitaram enquadrar os seus empreendimentos no DL 198/88, de 27 de Maio (na redacção dada pelo DL 168/99, de 18 de Maio, alterada pelo DL 339-C/2001, de 29 de Dezembro), que prevê um regime tarifário mais favorável que o contido no âmbito do DL 33-A/2005, de 16 de Fevereiro.

Valores em Euros até 1 mês 1-3 meses 3-12 meses 1-5 anos Mais de 5 anos Total

Activos

Correntes

Caixa e seus equivalentes (Nota 28) 29.832.034 - - - - 29.832.034 Total Activos não fi nanceiros 29.832.034 - - - - 29.832.034

Passivos

Não Correntes

Empréstimos bancários (Nota 32) - - - 4.269.384 7.981.680 12.251.065 Empréstimos obrigacionistas (Nota 33) - - - 195.499.335 708.095.064 903.594.399 Correntes

Empréstimos bancários (Nota 32) - - 11.404.026 - - 11.404.026 Empréstimos obrigacionistas (Nota 33) - - 47.741.206 - - 47.741.206 Total passivos fi nanceiros - - 59.145.232 199.768.719 716.076.745 974.990.696 Gap 29.832.034 - (59.145.232) (199.768.719) (716.076.745) (945.158.662)

Valores em Euros Dez/10 Dez/09

Rating

AA- - 7.866 A+ - 97.946 A - 28.280 A- 2.556.315 29.692.941 BBB+ 8.044.436 -

10.600.751 29.827.034

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56 Relatório do Conselho de Administração

3. Estimativas e julgamentos relevantes

3.1. EstimativasA preparação de demonstrações fi nanceiras exige que a gestão efectue julgamentos e estimativas que afectam os montantes de proveitos, custos, activos, passivos e divulgações à data do balanço. Estas estimativas são determinadas pelos julgamentos da gestão, baseado: (i) na melhor informação e conhecimento de eventos presentes, suplementada, em alguns casos, em relatos de peritos independentes e (ii) nas acções que o GRUPO considera poder vir a desenvolver no futuro. Todavia, na data de desfecho das operações, os resultados das mesmas poderão ser diferentes destas estimativas.

A gestão estima que as responsabilidades que possam advir da obrigação de desmantelamento dos parques eólicos no fi nal da sua vida útil serão compensadas com o valor residual dos equipamentos, razão pela qual não considerou qualquer valor residual para os equipamentos nem qualquer provisão para desmantelamento.

3.2. Imposto sobre o RendimentoO GRUPO reconhece passivos para liquidações adicionais de impostos que possam ser provenientes de revisões pelas autoridades fi scais. Quando o resultado fi nal destes assuntos é diferente dos valores inicialmente registados, as diferenças terão impacto no imposto sobre o rendimento e nas provisões para impostos diferidos, no período em que tais diferenças são identifi cadas.

3.3. Justo valor dos instrumentos fi nanceirosO justo valor é baseado em cotações de mercado. Na ausência de cotação é determinado com base na utilização de preços de transacções recentes, semelhantes e realizadas em condições de mercado ou com base em metodologias de avaliação, baseadas em técnicas de fl uxos de caixa futuros descontados. Estas metodologias podem requerer a utilização de pressupostos ou julgamentos na estimativa do justo valor.

Por conseguinte, a utilização de diferentes metodologias e/ou diferentes pressupostos/julgamentos na aplicação de determinado modelo, pode originar resultados fi nanceiros diferentes dos reportados.

3.4. Imparidade de activos não correntesOs activos fi xos tangíveis são revistos para efeitos de imparidade quando existem indícios que indicam que o seu valor líquido não é recuperado. Por outro lado, o Goodwill é revisto para efeitos de imparidade um ano após a data de aquisição e, subsequentemente, sempre que existam indícios que o seu valor liquido não é recuperável. Considerando as incertezas quanto ao valor de recuperação do valor líquido dos activos fi xos tangíveis e Goodwill, pelo facto de se basear na melhor informação disponível à data, as alterações de pressupostos poderão ter impacto na determinação do nível da imparidade e consequentemente nos resultados do GRUPO.

3.5. Revisão da vida útil dos activos associados à produçãoO GRUPO revê regularmente a vida útil dos activos associados à produção de energia eléctrica, de modo a harmonizá-la com as mensurações técnicas e económicas das respectivas instalações, tendo em consideração a sua capacidade tecnológica e restrições regulamentares em vigor.

3.6. Registo de provisõesO GRUPO analisa de forma periódica eventuais obrigações que resultem de eventos passados e que devam ser objecto de reconhecimento ou divulgação. A subjectividade inerente à determinação da probabilidade e montante de recursos internos necessários para liquidação das obrigações poderá conduzir a ajustamentos signifi cativos no futuro, quer por variação dos pressupostos utilizados, quer pelo futuro reconhecimento de provisões anteriormente divulgados como passivos contingentes (Nota 1.14).

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Demonstrações Financeiras e Notas 57

4. Empresas incluídas na consolidação pelo método integral - Subsidiárias

EMPRESA INCLUIDAS NA CONSOLIDAÇÃO PELO MÉTODO INTEGRAL Percentagem directa e indirecta no capital detido pela IBERWIND

% do capital efectivamente

detidoDenominação social Sede Directa Indirecta Total

Empresa mãe

IBERWIND - Desenvolvimento e Projectos, S.A. Porto Salvo

Subsidiárias

WINDVENTURE - SGPS, S.A. Porto Salvo 100,00% 0,00% 100,00% 100,00%IBERWIND II Produção - Soc. Unip., Lda. Rio Maior 0,00% 100,00% 100,00% 100,00%PESM - Parque Eólico da Serra das Meadas, S.A. Lamego 0,00% 100,00% 100,00% 100,00%PESL - Parque Eólico da Serra do Larouco S.A. Montalegre 0,00% 100,00% 100,00% 100,00%ENERFLORA - Produção de Energia Eléctrica, Lda. Mafra 0,00% 100,00% 100,00% 100,00%PEVB - Parque Eólico Vila do Bispo, Lda. Vila do Bispo 0,00% 100,00% 100,00% 100,00%PECF - Parque Eólico de Chão Falcão, Lda. Porto Mós 0,00% 100,00% 100,00% 100,00%PEL - Parque Eólico da Lousã, Lda. Penela 0,00% 100,00% 100,00% 100,00%Parque Eólico de Trevim, Lda. Lousã 0,00% 100,00% 100,00% 100,00%PESB - Parque Eólico da Serra de Bornes, S.A. Alfândega-da-Fé 0,00% 100,00% 100,00% 100,00%HIDROMARÃO-Sociedade Produtora de Energia, S.A. Vila Real 0,00% 100,00% 100,00% 100,00%Monte Agraço-Energias Alternativas, Lda. Monte Agraço 0,00% 75,00% 75,00% 75,00%ENTREVENTOS-Energias Renováveis, S.A. Coimbra 0,00% 66,50% 66,50% 66,50%Parque de Pampilhosa da Serra, S.A. Pampilhosa da Serra 0,00% 100,00% 100,00% 100,00%Parque Eólico de Malhadas Góis, S.A. Góis 0,00% 100,00% 100,00% 100,00%Multiwave Networks Portugal-Sist.Avança.Teleco., S.A. Maia 0,00% 49,00% 49,00% 49,00%

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58 Relatório do Conselho de Administração

5. Empresas incluídas na consolidação pelo método proporcional – Empreendimentos conjuntos

Não existem quaisquer participações em empreendimentos conjuntos.

6. Empresas incluídas na consolidação pelo método da equivalência patrimonial - Associadas

Não existem quaisquer participações em empresas associadas.

7. Alterações no perímetro de consolidação

Com efeitos reportados a 1 de Janeiro de 2010, verifi cou-se a fusão das seguintes empresas na Iberwind II Produção – Sociedade Unipessoal, Lda.:

Com efeitos reportados a 1 de Janeiro de 2009, verifi cou-se a fusão das seguintes empresas na empresa mãe do GRUPO – Iberwind – Desenvolvimento e Projectos, S.A. e na Iberwind II Produção – Sociedade Unipessoal, Lda.:

8. Relato por segmentos

A informação por segmentos é apresentada em relação aos segmentos de negócio do GRUPO. Uma vez que a actividade do GRUPO se desenvolve unicamente em Portugal, não foi identifi cado qualquer segmento geográfi co.

% Efectiva

PEP - Parque Eólico da Polvoeira, Lda. 100,00%Comp. das Energias Ren. Serra dos Candeeiros, Lda. 100,00%Parque Eólico de Cabeça Alta, Lda. 100,00%Parque Eólico do Chiqueiro, Lda. 100,00%Parque Eólico da Serra de Leomil, S.A. 100,00%LISMORE - Consultoria, Investi. e Serviços, Lda. 100,00%

% Efectiva

HE70-Energias Renováveis Reunidas, SGPS,S.A. (a) 100,00%Fespect - Serviços de Consultoria, S.A. (a) 100,00%Renewable Energy Systems Sistemas Energéticos, S.A. (a) 100,00%TELENER - Serv. Telecomunicações S.A. (b) 100,00%ENERPRO - Projectos de Energias Renovaveis Lda. (b) 100,00%ENERMAIS - Produção de Energia Eléctrica Lda. (b) 100,00%

(a) Empresas incorporadas por fusão na IBERWIND II Produção

(b) Empresas incorporadas por fusão na IBERWIND

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Demonstrações Financeiras e Notas 59

Dez/10 Dez/09Energia Serviços Energia Serviços

Eólica Partilhados Eliminações Consolidado Eólica Partilhados Eliminações Consolidado

RÉDITOS

Vendas e prestação de serviços externas 157.940.250 8.502.491 (8.491.691) 157.951.050 122.729.501 12.866.384 (12.613.056) 122.982.829

Vendas e prestação de serviços inter-segmentais - (8.491.691) 8.491.691 - - (12.613.056) 12.613.056 -

Réditos totais 157.940.250 10.800 - 157.951.050 122.729.501 253.328 - 122.982.829

Resultados operacionais externos 70.197.946 2.614.368 78.613 72.890.926 44.829.975 1.006.440 (1.562.428) 44.273.987

Resultados operacionais inter-segmentais 78.613 - (78.613) - 9.828 (1.572.256) 1.562.428 -

Resultados operacionais totais 70.276.559 2.614.368 - 72.890.926 44.839.803 (565.816) - 44.273.987

Resultados fi nanceiros externos (63.026.814) (12.768.669) - (75.795.483) (69.264.584) (17.699.534) - (86.964.118)

Resultados fi nanceiros inter-segmentais - - - - - - - -

Resultados fi nanceiros totais (63.026.814) (12.768.669) - (75.795.483) (69.264.584) (17.699.534) - (86.964.118)

Imposto sobre o rendimento externo (12.732.391) 2.535.908 12.553 (10.183.929) 4.304.546 (1.033.670) 414.043 3.684.919

Imposto sobre o rendimento inter-segmental 12.553 - (12.553) - (2.605) 416.648 (414.043) -

Imposto sobre o rendimento total (12.719.838) 2.535.908 - (10.183.929) 4.301.941 (617.022) - 3.684.919

Resultados actividades ordinárias (5.470.093) (7.618.393) - (13.088.486) (20.122.840) (18.882.372) - (39.005.212)

Interesses minoritários 471.203 - - 471.203 475.889 - - 475.889

Resultados líquidos do período (5.941.296) (7.618.393) - (13.559.689) (20.598.729) (18.882.372) - (39.481.101)

OUTRAS INFORMAÇÕES

Activos do segmento 1.131.847.208 274.801.230 (203.577.436) 1.203.071.002 1.192.989.932 297.313.916 (197.429.476) 1.292.874.372

Activos inter-segmentais (36.578.274) (166.999.162) 203.577.436 - (1.148.798) (196.280.678) 197.429.476 -

Total dos Activos 1.095.268.934 107.802.069 - 1.203.071.002 1.191.841.134 101.033.238 - 1.292.874.372

Passivos do segmento 1.149.630.491 243.726.452 (117.132.231) 1.276.224.712 1.192.920.646 258.620.745 (110.893.105) 1.340.648.285

Passivos inter-segmentais (1.081.873) (116.050.359) 117.132.231 - (1.151.850) (109.741.255) 110.893.105 -

Total dos passivos 1.148.548.619 127.676.094 - 1.276.224.712 1.191.768.796 148.879.489 - 1.340.648.285

Nos exercícios fi ndos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 os activos, passivos e resultados do GRUPO referem-se a dois segmentos de negócio: (i) Produção de energia eólica e (ii) Serviços partilhados.

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60 Relatório do Conselho de Administração

9. Vendas e prestação de serviços e custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a rubrica Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas é inexistente.

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a rubrica Vendas e prestação de serviços decompõe-se como segue:

Em 2009, as vendas relativas às extensões de Chão Falcão II e III, Lousã II e Bornes, porque anteriores à assinatura do Auto de Recepção da Obra, no montante total de Euros 15.573.225, foram deduzidas ao valor dos activos fi xos tangíveis (Nota 19).

10. Fornecimentos e serviços externos

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a rubrica Fornecimentos e serviços externos decompõe-se como segue:

A rubrica de Subcontratos - outros, em 2010, refere-se à contratação de serviços de Outsourcing de gestão e controlo de produção eólica e de sistemas de informação.

Em 2009, na rubrica de Trabalhos especializados incluía o valor de Euros 4.016.318, referente ao reconhecimento no exercício do custo de montagem do refi nanciamento efectuado pelo GRUPO substituído em 2009 pelo “Projecto HAMMER” (Nota 32).

Adicionalmente, incluem (i) Euros 462.216 (Euros 1.811.178 em 2009) referente a serviços de assessoria, (ii) Euros 268.338 (Euros 288.875 em 2009) relativos à subcontratação de serviços de manutenção/supervisão de parques eólicos e (iii) Euros 289.784 (Euros 183.052

Valores em Euros Dez/10 Dez/09Vendas

Vila Lobos 2.257.232 2.237.505 S. Cristóvão 1.152.372 1.220.361 Bigorne 1.459.269 1.370.655 Achada 1.866.520 1.802.426 Cabeço Alto 2.412.599 2.389.966 Lomba da Seixa I 2.213.886 2.240.588 Lomba da Seixa II 2.223.168 2.150.632 Igreja Nova 1.619.762 1.505.780 Jarmeleira 208.854 199.200 Serra de Escusa 391.833 445.028 S. Mamede 1.466.518 1.376.855 Lagoa Funda 1.612.985 1.518.815 N. Sra. da Vitória 2.422.994 2.199.690 Chão Falcão 18.040.153 9.418.841 Malhadizes 2.545.593 2.541.899 Lousã I 6.941.426 6.271.892 Lousã II 12.688.642 3.253.747 Borninhos 459.598 459.213 Bornes 15.224.774 2.179.746 Candeeiros 29.248.522 27.920.843 Meroicinha 2.216.590 2.240.214 Arcela 2.960.934 2.745.256 Todo o Mundo 2.610.340 2.580.424 Chiqueiro 845.465 796.327 Degracias 4.592.516 4.412.552 Rabaçal 610.948 537.384 Pampilhosa 24.884.617 24.182.794 Malhadas 2.519.754 2.512.711 Leomil 3.336.793 3.440.956 Freita 4.323.308 4.082.867 S. Macário 2.582.286 2.494.335 Prestação de serviços

Gestão - 217.578 Outros 10.800 35.750

157.951.050 122.982.829

Valores em Euros Dez/10 Dez/09Subcontratos

Manutenção 7.508.865 4.527.249 Outros subcontratos 358.507 55.500 Fornecimentos e serviços

Água, electricidade e combustíveis 509.658 447.460 Material de escritório 59.759 35.833 Rendas e alugueres 1.692.632 1.623.008 Comunicação 212.011 236.318 Seguros 1.581.344 1.487.930 Deslocações e estadas 53.260 102.398 Honorários 203.568 264.486 Conservação e reparação 338.742 315.958 Trabalhos especializados 1.564.061 6.680.914 Outros fornecimentos e serviços 125.913 212.373

14.208.319 15.989.426

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Demonstrações Financeiras e Notas 61

em 2009) referente a custos decorrentes de monitorizações ambientais.

11. Custos com pessoal

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 o GRUPO apresenta os seguintes Custos com pessoal:

O quadro do pessoal, em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, resume-se como segue:

Dos 11 administradores, apenas 1 é remunerado.

12. Imparidade de activos não depreciáveis e Provisões

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 a rubrica Imparidade de activos não depreciáveis decompõe-se como segue:

Já a rubrica Provisões tem a seguinte discriminação:

Em 2010, a constituição da provisão no valor de Euros 600.000 resulta de liquidações adicionais de IVA que o GRUPO recebeu e contestou.

13. Outros proveitos e custos operacionais

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a rubrica Outros proveitos decompõe-se como segue:

Em 2010, a rubrica de Rendimentos suplementares inclui o valor de Euros 750.000 referente à alienação da plataforma de gestão e controlo de produção eólica – SCADA.

Em 2010, a rubrica de Correcções relativas a exercícios anteriores inclui (i) Euros 586.636 (Euros 391.342 em 2009) relativas a indemnizações recebidas por perdas de produção (ii) Euros 140.372 (Euros 344.735 em 2009) de custos com pessoal e (iii) Euros 170.045 relativos a seguros. Em 2009, esta rubrica incluía ainda Euros 299.238 relativos a juros de suprimentos.

Valores em Euros Dez/10 Dez/09Remuneração dos orgãos sociais 280.536 250.000Remuneração dos colaboradores 2.150.871 2.557.114 Encargos sobre remunerações 450.808 621.237 Outros custos com o pessoal 180.088 266.813

3.062.303 3.695.164

Dez/10 Dez/09Administradores 11 11 Colaboradores 65 74

76 85

Valores em Euros Dez/10 Dez/09Goodwill (Nota 20) - 712.917 Clientes (Nota 27) - 3.665 Valores a receber (Nota 24) 2.000.000 89.784

2.000.000 806.366

Valores em Euros Dez/10 Dez/09Impostos (Nota 31) 600.000 - Processo judicial em curso (Nota 31) - 37.678

600.000 37.678

Valores em Euros Dez/10 Dez/09Rendimentos suplementares 855.064 - Trabalhos para o próprio grupo - 2.345.057 Ganhos em activos fi xos tangíveis e intangíveis 63.807 34.174 Excesso estimativa para IRC 43.645 2.044.452 Subsídios para investimentos (Nota 35) 1.454.395 1.553.640 Correcções relativas a exercícios anteriores 1.137.207 1.171.544 Outros proveitos operacionais 18.973 187.378

3.573.092 7.336.244

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62 Relatório do Conselho de Administração

Por seu lado, a rubrica Outros custos tem a seguinte decomposição:

Em 2009, as Taxas pagas no âmbito do Decreto-Lei n.º 339-C/2001 relativos às extensões de Chão Falcão II e III, Lousã II e Bornes, anteriores à assinatura do Auto de Recepção da Obra, no montante total de Euros 389.331, foram acrescidos ao valor dos activos fi xos tangíveis (Nota 19).

A rubrica Outros impostos, em 2009, inclui os montantes (i) Euros 4.939.763 referente ao refi nanciamento efectuado a 4 de Junho de 2009 (Notas 10 e 32) e (ii) Euros 399.264 relativo a pagamentos de imposto de selo referente ao reembolso de suprimentos.

Já a rubrica Perdas em activos fi xos tangíveis e intangíveis inclui o valor de Euros 294.522 (Euros 177.567 em 2009) relativo a sinistros, pelo valor não coberto pelo seguro. Em 2009, esta rubrica inclui ainda o valor de Euros 383.690 referente ao abate das obras efectuadas em edifícios arrendados (Nota 19) em razão da rescisão do contrato de arrendamento, sendo que em Outros custos operacionais, encontra-se registado o valor de Euros 314.767 referente a indemnização paga.

A rubrica Correcções relativa a exercícios anteriores inclui (i) Euros 73.152 (Euros 153.064 em 2009) referente aperdas por penalidades/disponibilidades, (ii) Euros 108.084, em 2010, referente a sinistros. Adicionalmente, em 2009, incluía ainda Euros 1.159.357 de regularizações de saldos e projectos e Euros 143.412 referente a correcção de vendas de electricidade de 2008.

14. Amortizações e imparidade de activos depreciáveis

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a rubrica Amortizações decompõe-se como segue:

Por outro lado, nos exercícios fi ndos a 31 de Dezembro de 2010 e 2009, as perdas por imparidade de activos depreciáveis são as seguintes:

A imparidade registada nos exercícios de 2010 e 2009 refere-se ao empreendimento Lagoa Funda.

15. Resultados fi nanceiros e dividendos recebidos

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a rubrica Proveitos fi nanceiros decompõe-se como segue:

Em 2010, a rubrica de Outros juros inclui o valor de Euros 26.363 (Euros 750.986 em 2009) referente à especialização

Valores em Euros Dez/10 Dez/09Taxas - DL 339-C/2001 (Nota 38) 4.620.851 3.718.695 Outros impostos 137.287 5.819.050 Donativos 1.000 11.370 Quotizações 40.600 40.892 Perdas em activos fi xos tangíveis e intangíveis 333.780 601.299 Perdas em instrumentos fi nanceiros 11.890 - Multas e Penalidades 985 2.970 Insufi ciência Estimativa para IRC 45.921 39.689 Correcções relativas a exercícios anteriores 351.961 1.601.236 Outros custos operacionais 106.826 784.929

5.651.101 12.620.130

Valores em Euros Dez/10 Dez/09Edifícios e outras construções 39.775 223.794 Equipamento básico 54.238.416 44.658.541 Equipamento de transporte 244.487 245.414 Ferramentas e utensílios 73.829 58.118 Equipamento administrativo 132.968 222.702 Outros activos fi xos tangíveis 5.866.715 4.797.500

60.596.190 50.206.070

Valores em Euros Dez/10 Dez/09Imparidade de activos depreciáveis (Nota 19) 2.515.301 2.690.252

2.515.301 2.690.252

Valores em Euros Dez/10 Dez/09Juros de aplicações fi nanceiras 659.576 756.709 Outros juros 134.277 772.542 Ganhos com “swaps” 9.695.861 18.230.083 Ganhos no justo valor de instrumentos fi nanceiros (Nota 24) - 18.642

10.489.714 19.777.976

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Demonstrações Financeiras e Notas 63

de juros da subsidiária Pampilhosa, em razão do contrato “depósito-garantia”, celebrado com a entidade Vestaspor, que se vence em Dezembro de 2011.

Por seu lado, a rubrica Custos fi nanceiros tem a seguinte decomposição:

A rubrica de Juros de empréstimos bancários/obrigacionistas, para além dos juros nominais, inclui o valor de Euros 1.517.731 (Euros 943.521 em 2009) referente à aplicação do custo amortizado (Notas 32 e 33).

No exercício de 2009 foram capitalizados juros de empréstimos bancários/obrigacionistas no montante de Euros 1.439.779 (Nota 19).

Em 2009 a rubrica de Comissões bancárias inclui Euros 320.530 relativos a comissões por quebra de contrato (Nota 32).

As rubricas de Ganhos com swaps e Perdas com swaps refl ectem os montantes resultantes das taxas de juro fi xas, a pagar, e variáveis, a receber.

16. Imposto sobre o rendimento

As Empresas do GRUPO são tributadas em IRC – Imposto Sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas, sujeita a uma taxa de 25%, que pode ser incrementada até ao máximo de 1,5% pela Derrama, conduzindo a uma taxa de imposto agregada de 26,50%.

A Lei 12-A/2010 de 30 de Junho de 2010, aprovou um conjunto de medidas adicionais de consolidação orçamental previstas no Programa de Estabilidade eCrescimento (PEC) nomeadamente a introdução de uma Derrama Estadual, correspondente a 2,5% dos lucros tributáveis superiores a 2 milhões de Euros. Consequentemente, a taxa de imposto total aplicável em Portugal às entidades cujo lucro tributável excede aquele montante passou a ser de 29% (26,5% + 2,5%).

Em 2010 e 2009, a maioria das Empresas são tributadas segundo o Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades, do qual, em 2010, a IBERWIND é a empresa dominante. Em 2009 existiu dois Grupos Fiscais: (i) IBERWIND e WINDVENTURE e (ii) IBERWIND PRODUÇÃO e respectivas subsidiárias participadas em mais de 90%. Segundo este regime, o lucro tributável do grupo é determinado pela soma algébrica dos lucros e prejuízosfi scais das empresas que o integram. Nos termos da legislação em vigor os prejuízos fi scais são reportáveis durante um período de quatro anos (seis anos para os apurados nos exercícios iniciados até 1 de Janeiro de 2010) após a sua ocorrência e susceptíveis de dedução aos lucros fi scais gerados durante esse período.

Por seu lado, os dividendos são considerados no apuramento da matéria colectável do ano em que são recebidos, caso as participações detidas sejam inferiores a 10% ou os activos detidos por período inferior a um ano, excepto se o custo de aquisição for superior a Euros 20.000.000.

As declarações anuais de rendimentos estão sujeitas a revisão e eventual ajustamento por parte das autoridades fi scais durante um período de 4 anos. Contudo, no caso de serem apresentados prejuízos fi scais estes podem ser sujeitos a revisão pelas autoridades fi scais por um período de 4 anos (6 anos para prejuízos fi scais apurados nos exercícios iniciados até 1 de Janeiro de 2010). A Administração/Gerência entende que eventuais correcções àquelas declarações em resultado de revisões/inspecções por parte das autoridades fi scais não terão efeito signifi cativo nas demonstrações fi nanceiras a 31 de Dezembro de 2010 e 2009.

Valores em Euros Dez/10 Dez/09Juros de empréstimos bancários / obrigacionista 33.734.113 41.482.194 Juros de mora e compensatórios 3 1.837 Juros de suprimentos obtidos (Nota 36) 12.223.453 14.129.175 Diferenças de Câmbio Desfavoráveis - 10 Comissões bancárias 725.752 1.538.550 Serviços fi nanceiros - 2.160.828 Perdas com “swaps” 39.542.645 32.579.114 Projecto Martel (Nota 32) - 14.833.402 Outros 59.232 16.985

86.285.197 106.742.094

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64 Relatório do Conselho de Administração

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a rubrica de impostos apresenta o seguinte detalhe:

A reconciliação da taxa efectiva de imposto é evidenciada como se segue:

(a) Este valor respeita essencialmente a:

(b) Este valor respeita, essencialmente à diferença da taxa efectiva da derrama municipal (entre 0% e 1,5%), aos 2 milhões de Euros não sujeitos a derrama estadual (2,5%) e à constituição de imposto diferido de prejuízos fi scais (taxa utilizada 25%).

17. Interesses minoritários

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o valor da rubrica Interesses minoritários incluída no capital próprio, refere-se às seguintes empresas subsidiárias:

O movimento na rubrica Interesses minoritários durante os exercícios de 2010 e 2009 foi o seguinte:

18. Resultado por acção

O Resultado por acção, em 2010 e 2009, básico e diluído, é apurado conforme segue:

Valores em Euros Dez/10 Dez/09 Imposto corrente (Nota 35) (11.787.275) (4.383.391) Imposto diferido (Nota 25) 1.603.346 8.068.310

(10.183.929) 3.684.919

Valores em Euros Dez/10 Dez/09Resultado antes de impostos (2.904.557) (42.690.131)

Imposto esperado 29,00% (842.321) 26,50% (11.312.885)

Diferenças permanentes (a) -50,35% 1.462.406 -16,74% 7.145.635

Ajustamentos à colecta - Tributações autónomas

-2,21% 64.259 -0,14% 58.728

Actualização taxa imposto (Nota 25) -325,05% 9.441.340 0,00% -

Diferenças na taxa de imposto (b) -2,01% 58.245 -0,99% 423.602

-350,62% 10.183.929 8,63% (3.684.919)

Valores em Euros Dez/10 Dez/09Imparidade de activos não depreciáveis (Nota 12)

2.000.000 806.366

Imparidade de activos depreciáveis (Nota 14) 2.515.301 - Provisões (Nota 12) 76.770 37.678 Mais /(Menos) valias fi scais 58.162 (14.934)Menos /(Mais) valias contabilísticas (Nota 13) (24.094) 14.934 Sinistros (Nota 13) 294.522 177.567 Prejuízos fi scais não recuperados/(recuperados)

742.332 26.789.190

Benefícios Fiscais - Majoração quotizações (20.000) (20.000)IRC de exercícios anteriores e juros compensatórios (Notas 13 e 15)

45.924 41.525

Correcções relativas a exercícios anteriores (Nota 13)

54.918 1.765.931

Excesso de estimativa para imposto (Nota 13) (43.645) (2.044.452)Multas e penalidades (Nota 13) 985 2.970 Valores tributados em anos anteriores (688.203) (688.203)Outros 29.808 96.087

5.042.779 26.964.660 Impacto fi scal 1.462.406 7.145.635

Valores em Euros Dez/10 Dez/09Monte Agraço-Energias Alternativas, Lda. 2.916.795 2.936.236 ENTREVENTOS-Energias Renováveis, S.A. 5.901.989 5.647.917

8.818.783 8.584.153

Valores em Euros Dez/10 Dez/09Saldo Inicial 8.584.153 8.725.740 Resultado líquido do exercício 471.203 475.889 Reembolso de Prestações Suplementares / Acessórias (41.274) (93.999)

Lucros distribuidos (195.646) (523.477)Outros 347 -

8.818.783 8.584.153

Dez/10 Dez/09Resultado atribuível aos accionistas (13.559.689) (39.481.101)Número médio ponderado de acções (Nota 29) 50.000 50.000 Resultado básico por acção (271,19) (789,62)

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Demonstrações Financeiras e Notas 65

19. Activos fi xos tangíveis

No decurso do exercício fi ndo em 31 de Dezembro de 2010, o movimento ocorrido no valor dos activos fi xos tangíveis, bem como nas respectivas amortizações e perdas de imparidade, foi o seguinte:

Valores brutos de aquisição

Movimento

Valores em Euros Saldo Inicial Reforço Alienações Transf. e abates Saldo fi nal

Terrenos 89.576 - - - 89.576 Edifícios e outras construções 3.121.171 5.942 - (2.891.888) 235.225 Equipamentos 1.205.520.094 1.059.507 (293.716) 2.680.700 1.208.966.585 Adiantamentos por conta de imobilizações 74.739 33.200 - (4.739) 103.200

1.208.805.579 1.098.649 (293.716) (215.927) 1.209.394.585

Amortizações acumuladas e perdas por imparidade

Movimento

Valores em Euros Saldo Inicial Reforço Alienações Transf. e abates Saldo fi nal

Edifícios e outras construções 797.210 39.775 - (755.411) 81.574 Equipamentos 227.780.662 63.071.717 (271.121) 591.249 291.172.506

228.577.872 63.111.492 (271.121) (164.162) 291.254.081

Valor contabilístico

Movimento

Valores em Euros Saldo Inicial Reforço Alienações Transf. e abates Saldo fi nal

Terrenos 89.576 - - - 89.576 Edifícios e outras construções 2.323.960 (33.833) - (2.136.477) 153.650 Equipamentos 977.739.432 (62.012.210) (22.594) 2.089.451 917.794.078 Adiantamentos por conta de imobilizações 74.739 33.200 - (4.739) 103.200

980.227.707 (62.012.843) (22.594) (51.764) 918.140.505

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66 Relatório do Conselho de Administração

O Reforço de amortizações e perdas por imparidade compreende o montante de Euros 2.515.301 de perdas por imparidade (Nota 14).

Já no decurso do exercício fi ndo em 31 de Dezembro de 2009, o movimento ocorrido no valor dos activos fi xos tangíveis, bem como nas respectivas amortizações e perdas de imparidade, foi o seguinte:

Valores brutos de aquisição

Movimento

Valores em Euros Saldo Inicial Reforço Alienações Transf. e abates Saldo fi nal

Terrenos 9.976 79.600 - - 89.576 Edifícios e outras construções 3.625.142 239.562 - (743.533) 3.121.171Equipamentos 1.033.771.846 50.092.509 (377.676) 122.033.415 1.205.520.094Imobilizações em curso 70.728.546 67.718.554 - (138.447.100) -Adiantamentos por conta de imobilizações 74.739 177.411 - (177.411) 74.739

1.108.210.248 118.307.637 (377.676) (17.334.630) 1.208.805.579

Amortizações acumuladas e perdas por imparidade

Movimento

Valores em Euros Saldo Inicial Reforço Alienações Transf. e abates Saldo fi nal

Edifícios e outras construções 909.381 223.794 - (335.964) 797.210Equipamentos 175.600.143 52.672.528 (333.042) (158.967) 227.780.662

176.509.524 52.896.322 (333.042) (494.931) 228.577.872

Valor contabilístico

Movimento

Valores em Euros Saldo Inicial Reforço Alienações Transf. e abates Saldo fi nal

Terrenos 9.976 79.600 - - 89.576 Edifícios e outras construções 2.715.761 15.769 - (407.569) 2.323.960Equipamentos 858.171.703 (2.580.019) (44.633) 122.192.382 977.739.432Imobilizações em curso 70.728.546 67.718.554 - (138.447.100) -Adiantamentos por conta de imobilizações 74.739 177.411 - (177.411) 74.739

931.700.725 65.411.315 (44.633) (16.839.700) 980.227.707

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Demonstrações Financeiras e Notas 67

Em 2009, o valor líquido das transferências e abates inclui (i) Euros 15.573.225 referente à anulação da facturação (Nota 9), liquido de custos operacionais associados, Euros 389.331 (Nota 13), dos empreendimentos em fase de teste, (ii) Euros 1.020.543 referente à anulação de margem criada internamente pela facturação das empresas de serviços partilhados às empresas com empreendimentos em fase de construção e (iii) Euros 383.690 referente ao abate das obras efectuadas em edifícios arrendados em razão da rescisão do contrato de arrendamento (Nota 13).

Adicionalmente, foram capitalizados durante o exercício de 2009 os valores de Euros 1.439.779 referente a juros de empréstimos bancários/obrigacionistas (Nota 15).

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 os bens adquiridos em regime de locação fi nanceira discriminam-se como segue:

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, as responsabilidades ainda não liquidadas relativas a contratos de locação fi nanceira são resumidas do seguinte modo:

20. Goodwill

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a rubrica Goodwill tinha a seguinte decomposição:

O movimento na rubrica de Goodwill nos exercícios de 2010 e 2009 foi o seguinte:

Conforme referido nas políticas contabilísticas (Nota 1.3.), o Goodwill não é amortizado mas sujeito a testes anuais para determinar eventuais perdas por imparidade.

O GRUPO procede, em cada período de relato, ao cálculo da quantia recuperável dos activos das subsidiárias, através da determinação do valor de uso, de acordo com o método dos fl uxos de caixa descontados. Para o efeito, em 2010 e 2009, utilizou-se o modelo fi nanceiro que esteve na base do refi nanciamento ocorrido.

Os principais pressupostos utilizados no cálculo foram os seguintes:

Valores em Euros Dez/10 Dez/09Equipamento de transporte

Valor contabilístico no início do período 297.695 534.756 Novos contratos 447.841 247.490 Valor contabilístico no início do período de contratos terminados no período (11.902) (239.044)

Amortizações do exercício (179.022) (245.507)Valor contabilístico no fi nal do período 554.612 297.695

Valores em Euros Dez/10 Dez/09Rendas contratadas

até 1 ano 180.653 115.748 de 1 a 2 anos 127.198 108.479 de 2 a 3 anos 132.649 47.882 de 3 a 4 anos 103.657 49.749 de 4 a 5 anos 77.957 15.709 Valor actual das responsabilidades por locação fi nanceira (Nota 35) 622.113 337.568

Juros futuros 46.061 14.372

Valores em Euros Dez/10 Dez/09Saldo Inicial 207.813.779 208.520.444 Regularizações, transferências e abates - 6.252 Perdas por imparidade (Nota 12) - (712.917)

207.813.779 207.813.779

Pressupostos 2010 2009Taxa de infl ação 2,520% 2,520%Taxa de desconto 7,368% 7,214%

Valores em Euros Dez/10 Dez/09Energia Eólica 200.442.121 200.442.121 Serviços Partilhados 7.371.657 7.371.657

207.813.779 207.813.779

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68 Relatório do Conselho de Administração

A taxa de desconto apresentada foi calculada com base na metodologia WACC (Weighted Average Cost of Capital) e é líquida de impostos. A correspondente taxa antes de imposto é 8,47% (8,229% em 2009). Os pressupostos utilizados para o apuramento da taxa de desconto foram:

21. Investimentos em participadas e associadas

Como foi referido na Nota 6, em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, não existe quaisquer Investimentos em participadas e associadas.

22. Outros investimentos

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 não existem Outros investimentos.

Em 2010 e 2009, o movimento na rubrica de Outros investimentos foi o seguinte:

Pressupostos 2010 2009Taxa juro sem risco 4,75% 4,75%Prémio de risco de mercado 6,02% 5,40%Taxa de imposto 28,75% 26,50%

Valores em Euros Dez/10 Dez/09Saldo Inicial - 10.000 Regularizações, transferências e abates - (10.000)

- -

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Demonstrações Financeiras e Notas 69

23. Activos detidos para venda

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 não existem Activos detidos para venda.

24. Devedores e outros activos

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a rubrica de Devedores e outros activos tinha a seguinte composição:

Dez/10 Dez/09Valores em Euros Não corrente Corrente Não corrente Corrente

Estado e outros entes públicos

Imposto sobre o Rendimento (Nota 35) - 772.418 - 567.930 Imposto sobre o Valor Acrescentado - 2.005.968 - 4.197.283 Outros - 2.843 - 2.843 Devedores diversos

Windbrokers Europe B.V. - 15.000 - - NOVA BASE IMS - 99.896 - - Parque Eólico de Vale do Chão - 952.858 - - Costa Duarte - 313.631 - - Justo valor do CAP (Nota 35) - 60.637 - 72.526 Cauções prestadas - 52.225 - 52.476 Adiantamentos a fornecedores - 2.076.338 - 99.738 Perdas por imparidade (Nota 12) - (2.060.000) - (60.000)Diversos (Inferiores a Euros 10.000) - 69.014 - 114.098Perdas por imparidade (Nota 12) - (29.784) - (54.578)Acréscimos e diferimentos

Juros a receber (Nota 15) - 71.691 - 737.777 Rendas - 4.102.474 - 5.258.509 Seguros - - - 3.736 Taxas - 520.848 - 1.728.630 Sinistros - 544.489 - 739.685 Manutenção - 1.398.032 - 1.171.832 Outros - 233.372 - 75.414

- 11.201.949 - 14.707.900

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70 Relatório do Conselho de Administração

Durante o exercício de 2009 foi recebido o montante de Euros 11.050.000 referente a reembolsos de IVA.

Em 2010, procedeu-se à reclassifi cação de Euros 2.000.000 de diferimentos de Rendas (Euros 1.000.000) e Taxas (Euros 1.000.000) à Câmara Municipal da Castanheira de Pêra para Adiantamentos. A movimentação da rubrica de Perdas por imparidade, durante o exercício de 2010, foi a seguinte:

A perda por imparidade registada em 2010 respeita integralmente a adiantamentos efectuados à Câmara Municipal de Castanheira de Pêra.

Já em 2009, a movimentação da rubrica de Perdas por imparidade foi a seguinte:

Saldo Aumentos Saldo

Valores em Euros inicial (Nota 12) Utilização fi nal

Adiantamentos a fornecedores 60.000 2.000.000 - 2.060.000 Devedores diversos 54.578 - (24.793) 29.784

114.578 2.000.000 (24.793) 2.089.784

Saldo Aumentos Saldo

Valores em Euros inicial (Notas 11 e 12) fi nal

Adiantamentos a fornecedores - 60.000 60.000 Devedores diversos 24.793 29.784 54.578

24.793 89.784 114.578

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Demonstrações Financeiras e Notas 71

25. Activos e passivos por impostos diferidos

Em 31 de Dezembro de 2010 o movimento ocorrido nos Activos e passivos por impostos diferidos, foi o seguinte:

Os montantes refl ectidos em Outras rubricas relativos a Prejuízos fi scais, correspondem: (i) à base de imposto apurado por empresas do Grupo fi scal, Euros 38.977.730, cujo imposto associado (Euros 9.744.432) foi reclassifi cado de Imposto sobre o rendimento, em Credores e outros passivos (Nota 35) para Activos por impostos diferidos e (ii) Euros 2.151.668 referente ao consumo de prejuízos fi scais pelo Grupo em 2009.

Demonstração Resultados Outras rubricas

Valores em Euros Saldo inicial Aumentos Reduções Alt. Taxa (a) Aumentos Reduções Alt. Taxa (a) Saldo fi nal

Base de activos por impostos diferidos

Prejuizos fi scais a reportar 37.381.327 19.948.444 (1.115.511) - 1.142.858 (42.272.256) - 15.084.862Justo valor do “Swap” 49.479.260 4.401 - - 18.481.435 - - 67.965.096Activos fi xos tangíveis 3.448.982 2.814.222 (667.776) - - - - 5.595.428Empréstimos bancários 299.083 497.142 - - - - - 796.225Provisões tributadas - 523.230 - - - - - 523.230Transações intra-grupo 6.511.690 - (380.091) - - - - 6.131.599

97.120.343 23.787.440 (2.163.378) - 19.624.293 (42.272.256) - 96.096.442Base de passivo por impostos diferidos

Reavaliação de activos imobilizados (346.018.696) - 21.905.600 - - - - (324.113.096)Justo valor do “Swap” (7.488) - 7.488 - - - - - Activos fi xos tangíveis (83.612.682) (2.814.222) 149.840 - - - - (86.277.063)Empréstimos bancários (235.997) - - - - 47.199 - (188.798)

(429.874.863) (2.814.222) 22.062.928 - - 47.199 - (410.578.957)Valores refl ectidos no balanço

Activos por impostos diferidos 25.176.171 6.090.822 (580.139) 230.844 5.599.127 (10.568.064) 1.113.283 27.062.045 Passivos por impostos diferidos (113.916.839) (809.089) 6.343.092 (9.672.184) - 13.570 - (118.041.450)

(a) Actualização resultante da introdução da Derrama Estadual (Nota 16).

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72 Relatório do Conselho de Administração

Já em 31 de Dezembro de 2009 foi o seguinte:

Os montantes refl ectidos em Outras rubricas relativos a Prejuízos fi scais, correspondem à reposição de prejuízos fi scais não utilizados em 2008 que haviam sido reclassifi cados para Credores e outros passivos – Estado, Euros 5.678.626, (Nota 35) e à base de imposto apurado por empresas do Grupo fi scal, Euros 12.707.863, cujo imposto associado (Euros 3.176.966) foi reclassifi cado de Imposto sobre o rendimento, em Credores e outros passivos (Nota 35) para Activos por impostos diferidos.

26. Inventários

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 não existem Inventários.

27. Clientes

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a rubrica de Clientes decompõe-se como segue:

Demonstração Resultados Outras rubricas

Valores em Euros Saldo inicial Aumentos Reduções Aumentos Reduções Saldo fi nal

Base de activos por impostos diferidos

Prejuizos fi scais a reportar 11.970.521 44.210.774 (11.770.731) 5.678.626 (12.707.862) 37.381.327 Justo valor do “Swap” 31.032.293 - (25.934) 18.472.902 - 49.479.260 Activos fi xos tangíveis 1.208.330 2.258.017 (17.365) - - 3.448.982 Empréstimos bancários 686.424 299.083 (686.424) - - 299.083 Transações intra-grupo 5.250.741 1.562.428 (301.478) - - 6.511.690

50.148.308 48.330.302 (12.801.932) 24.151.527 (12.707.862) 97.120.343Base de passivo por impostos diferidos

Reavaliação de activos imobilizados (368.811.910) - 22.793.214 - - (346.018.696) Justo valor do “Swap” - (7.488) - - - (7.488) Activos fi xos tangíveis (57.524.837) (26.952.247) 864.403 - - (83.612.682) Empréstimos bancários (292.427) - 56.430 - - (235.997)

(426.629.175) (26.959.736) 23.714.047 - - (429.874.863)Valores refl ectidos no balanço

Activos por impostos diferidos 13.109.744 12.144.368 (3.215.951) 6.314.975 (3.176.966) (25.176.171) Passivos por impostos diferidos (113.056.731) (7.144.330) 6.284.223 - - (113.916.839)

Valores em Euros Dez/10 Dez/09

Clientes conta corrente

EDP Serviço Universal, S.A. 28.214.689 35.069.873 Outros (inferiores a Euros 50.000) 36.336 50.574 Perdas por imparidade (Nota 12) (3.665) (3.665)

28.247.360 35.116.782

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Demonstrações Financeiras e Notas 73

28. Caixa e seus equivalentes

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a rubrica Caixa e seus equivalentes tinha a seguinte composição:

29. Capital social e Prestações acessórias de capital

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o capital social da IBERWIND, encontra-se totalmente subscrito e realizado, representado por 50.000 acções com o valor nominal unitário de 1 Euros, sendo detido pelas entidades seguidamente identifi cadas:

Valores em Euros Dez/10 Dez/09Numerário 4.615 5.000 Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 325.751 232.034

Outros depósitos bancários 10.275.000 29.595.000 10.605.366 29.832.034

Dez/10 Dez/09Valores em Euros % Valor Nominal % Valor Nominal

Convento III, S.À.R.L. 64,70 32.350 64,70 32.350 Espírito Santo Infrastructure Fund - Fundo Capital de Risco, S.A. 6,37 3.185 6,37 3.185 Espírito Santo Capital - Sociedade de Capital de Risco, S.A. 1,59 795 1,59 795 Fundo Albuquerque - Fundo de Capital de Risco 7,17 3.585 7,17 3.585 Gotan - SGPS, S.A. 7,17 3.585 7,17 3.585 Windsource - SGPS, S.A. 5,31 2.655 5,31 2.655 Madre - SGPS, Soc. Unipessoal, Lda. 5,31 2.655 5,31 2.655 Ivory Investments - SGPS, S.A. 2,38 1.190 2,38 1.190

100,00 50.000 100,00 50.000

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74 Relatório do Conselho de Administração

Já as Prestações acessórias de capital, tinham a seguinte decomposição:

A IBERWIND procedeu à restituição de prestações acessórias em Agosto e Dezembro de 2009, nos valores de Euros 17.000.000 e Euros 8.990.000, respectivamente, conforme resulta da Demonstração das Alterações dos Capitais Próprios.

30. Reservas e Resultados acumulados

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, as Reservas e Resultados acumulados tinham a seguinte decomposição:

A rubrica de Reserva legal não teve movimento em 2010 e 2009.

A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de ser destinada ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital.

Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital.

O movimento ocorrido em 2010 e 2009, na rubrica Reserva de justo valor e outras é de seguida apresentado:

Dez/10 Dez/09Valores em Euros % Valor Nominal % Valor Nominal

Convento III, S.À.R.L. 64,70 13.624.041 64,70 13.624.041 Espírito Santo Infrastructure Fund - Fundo Capital de Risco, S.A. 6,37 1.341.347 6,37 1.341.347 Espírito Santo Capital - Sociedade de Capital de Risco, S.A. 1,59 334.810 1,59 334.810 Fundo Albuquerque - Fundo de Capital de Risco 7,17 1.509.805 7,17 1.509.805 Gotan - SGPS, S.A. 7,17 1.509.805 7,17 1.509.805 Windsource - SGPS, S.A. 5,31 1.118.140 5,31 1.118.140 Madre - SGPS, Soc. Unipessoal, Lda. 5,31 1.118.140 5,31 1.118.140 Ivory Investments - SGPS, S.A. 2,38 501.163 2,38 501.163

100,00 21.057.250 100,00 21.057.250

Valores em Euros Dez/10 Dez/09Reserva legal - - Reservas de justo valor e outras (48.421.995) (36.367.256)Resultados acumulados (41.098.060) (1.616.959)

(89.520.055) (37.984.215)

Valores em Euros Dez/10 Dez/09Reservas de justo valor e outras

Saldo inicial (36.367.256) (22.789.674)Reconhecimento no exercício

Swap (Notas 25 e 35) (18.481.435) (18.472.902)Imposto diferido associado (Nota 25) 6.426.696 4.895.319

(48.421.995) (36.367.256)

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Demonstrações Financeiras e Notas 75

A movimentação verifi cada em Resultados acumulados é demonstrada no seguinte quadro:

O prejuízo apurado no exercício de 2009, no montante de Euros 39.481.101 foi integralmente transferido para Resultados acumulados, conforme resulta da Demonstração das Alterações dos Capitais Próprios.

31. Provisões

Em 2010 a rubrica de Provisões tem o seguinte movimento:

Já em 2009, o movimento ocorrido na rubrica de Provisões foi o seguinte:

Valores em Euros Dez/10 Dez/09Resultados acumulados

Saldo inicial (1.616.959) - Reconhecimento no exercício (39.481.101) (1.616.959)

(41.098.060) (1.616.959)

Valores em EurosSaldo

inicial

Aumentos

(Nota 12)

Diminuições

Utilização

Saldo

fi nal

Impostos 74.772 600.000 - 674.772 Outras provisões 109.678 - (72.000) 37.678

184.450 600.000 (72.000) 712.450

Valores em EurosSaldo

inicial

Aumentos

(Nota 11 e 12)

Diminuições

Utilização

Saldo

fi nal

Impostos 74.772 - - 74.772 Outras provisões 475.000 109.678 (475.000) 109.678

549.772 109.678 (475.000) 184.450

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76 Relatório do Conselho de Administração

32. Empréstimos e descobertos bancários

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os Empréstimos e Descobertos bancários têm a seguinte decomposição:

Os Empréstimos obtidos de instituições bancárias em vigor a 31 de Dezembro de 2010 e 2009, vencem-se em 2019, sendo reembolsáveis em prestações semestrais, vencendo juros a uma taxa indexada à Euribor a 6 meses acrescida de uma margem. Encontram-se registados ao custo amortizado, considerando não existir diferença relevante para o valor de mercado, dado se tratarem de empréstimos que vencem juros a uma taxa indexada à Euribor.

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os Empréstimos bancários apresentavam o seguinte plano previsto de reembolso (valor nominal):

Dez/10 Dez/09Valores em Euros Não corrente Corrente Não corrente Corrente

Empréstimos obtidos de instituições bancárias 11.361.889 9.889.176 12.251.065 11.404.026 11.361.889 9.889.176 12.251.065 11.404.026

Valores em Euros Dez/10 Dez/09até 1 ano 9.975.112 11.493.576 de 1 a 2 anos 1.076.617 975.112 de 2 a 3 anos 1.199.754 1.076.617 de 3 a 4 anos 1.329.548 1.199.754 de 4 a 5 anos 1.474.317 1.329.548 mais de 5 anos 6.679.354 8.153.671

21.734.702 24.228.278

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Demonstrações Financeiras e Notas 77

O GRUPO em 31 de Dezembro de 2010, tinha contratadas linhas de crédito (Nota 2 – Gestão Risco Financeiro) disponíveis e não utilizadas como segue:

O acréscimo verifi cado na linha contratada “Working Capital” e Garantias, face a 2009, no valor de Euros 863.639 respeita à amortização efectuada no valor de Euros 1.600.000 liquida da utilização para constituição de garantia bancária a favor da DGCI no valor de Euros 736.361 (Nota 38).

Já em 31 de Dezembro de 2009, as linhas de crédito disponíveis e não utilizadas são as seguintes:

Conforme referido em notas anteriores, o GRUPO procedeu, em 4 de Junho de 2009, ao refi nanciamento da sua dívida, passando a ter um empréstimo obrigacionista, estando este reconhecido na rubrica de Outros instrumentos fi nanceiros (Nota 33).

Com o refi nanciamento realizado os custos de montagem associados ao anterior fi nanciamento foram desreconhecidos e por conseguinte contabilizados em custos do exercício de 2009. Os montantes foram os seguintes:

Valores em Euros Apoio Tesouraria “Working Capital” e Garantias Serviço Dívida Total

Iberwind 1.000.000 - - 1.000.000 Iberwind Produção - 11.263.639 54.000.000 65.263.639 Entreventos - 2.000.000 1.500.000 3.500.000 Total 1.000.000 13.263.639 55.500.000 69.763.639

Valores em Euros “Working Capital” e Garantias Serviço Dívida Total

Iberwind Produção 10.400.000 54.000.000 64.400.000 Entreventos 2.000.000 1.500.000 3.500.000 Total 12.400.000 55.500.000 67.900.000

Natureza do Custo Valores em Euros Nota

Fornecimento de serviços externos 4.016.318 10Impostos 4.939.763 13Serviços fi nanceiros 13.109.382 15Outros custos fi nanceiros 1.142.125 15Custos pela quebra contrato 902.426 15

24.110.014

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78 Relatório do Conselho de Administração

33. Outros instrumentos fi nanceiros

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a rubrica Outros instrumentos fi nanceiros tem a seguinte composição:

Os Empréstimos obrigacionistas vencem-se em 2025,sendo reembolsáveis em prestações semestrais vencendo juros a uma taxa indexada à Euribor a 6 meses acrescida de uma margem. Encontram-se valorizados ao custo amortizado, considerando não existir diferença relevante para o valor de mercado, dado de tratarem de empréstimos que vencem juros a uma taxa indexada à Euribor.

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os Empréstimos obrigacionistas apresentam os seguintes planos de reembolso (valor nominal):

Por outro lado, os Outros empréstimos obtidos respeitam a subsídios reembolsáveis, atribuídos pelo IAPMEI, no âmbito do Programa Energia, e que se encontram registados ao justo valor.

Dez/10 Dez/09Valores em Euros Não corrente Corrente Não corrente Corrente

Empréstimos obrigacionistas 853.928.282 48.174.273 903.594.399 47.741.206 Outros empréstimos obtidos 2.719.416 815.187 3.401.568 905.044

856.647.699 48.989.460 906.995.967 48.646.250

Valores em Euros Dez/10 Dez/09até 1 ano 49.551.411 49.165.213 de 1 a 2 anos 48.031.335 49.617.076 de 2 a 3 anos 54.154.664 48.110.620 de 3 a 4 anos 48.650.224 54.244.138 de 4 a 5 anos 50.647.981 48.730.653 mais de 5 anos 663.738.899 715.568.045

914.774.514 965.435.745

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Demonstrações Financeiras e Notas 79

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os Outros empréstimos obtidos apresentam os seguintes planos de reembolso (valor nominal):

A diferença entre o valor nominal e o valor de Balanço dos Outros empréstimos obtidos no montante Euros 341.014 (Euros 493.352 em 2009) encontra-se relevada na rubrica Credores e outros passivos (Nota 35).

34. Fornecedores

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a rubrica de Fornecedores decompõe-se:

Valores em Euros Dez/10 Dez/09até 1 ano 833.339 924.347 de 1 a 2 anos 833.339 833.339 de 2 a 3 anos 833.339 833.339 de 3 a 4 anos 833.339 833.339 de 4 a 5 anos 542.261 833.339 mais de 5 anos - 542.261

3.875.617 4.799.964

Valores em Euros Dez/10 Dez/09Fornecedores conta corrente

Mota Engil 77.800 77.800 Enercon 205.780 - Linklaters 52.586 - Vestaspor 381.931 1.089.446 EPME 63.346 56.727 NOVABASE Consulting 249.582 - Nordex Energy Gmbh 1.234.250 773.216 Diversos (Inferiores a Euros 50.000) 585.415 552.054

2.850.692 2.549.243

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80 Relatório do Conselho de Administração

35. Credores e outros passivos

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a rubrica de Credores e outros passivos decompõe-se como se segue:

Dez/10 Dez/bValores em Euros Não corrente Corrente Não corrente Corrente

Estado e outros entes públicos

Imposto sobre o Rendimento - 1.430.263 - 107.600 Retenções na fonte - 291.208 - 209.249 Imposto sobre o Valor Acrescentado - 954.493 - 374.574 Contribuições para a Segurança Social - 36.473 - 85.426 Entidades relacionadas (Nota 36) 96.781.750 - 130.281.750 - Fornecedores de imobilizado

Novabase Consulting - 67.232 - - CSO-Chief Security Offi cers - - - 51.583 Nordex - 586.238 - 15.252.180 Diversos (Inferiores a Euros 10.000) - 7.000 - 14.096 Credores diversos

Justo valor de “Swap” - 69.151.041 - 50.841.864 Junta de Freguesia de Magueija - - - 10.693 EDP Distribuição - 183.371 - - Parque Eólico Vale do Chão - 787.486 - - Diversos (Inferiores a Euros 10.000) - 6.384 - 31.785 Fornecedores de Leasing (Nota 19) 441.460 180.653 221.819 115.748 Acréscimos e diferimentos

Remunerações a liquidar - 804.925 - 928.642 Juros a liquidar - 29.694.311 - 17.465.308 Auditoria e revisão de contas (Nota 37) - 22.943 - 20.860 Rendas - 61.280 - 94.080 Taxas - DL 339-C/2001 (Nota 13) - 745.065 - 898.123 Manutenção - 555.758 - 986.749 Outros acréscimos de custos - 1.489.109 - 1.663.130 Subsídios ao investimento 21.643.046 1.454.395 22.998.196 1.553.640 Justo valor de outros instrumentos fi nanceiros (Nota 33) - 341.014 - 493.352 Outros Rendimentos a reconhecer - 15.000 - -

118.866.256 108.865.641 153.501.766 91.198.681

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Demonstrações Financeiras e Notas 81

A rubrica Imposto sobre o rendimento, em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, decompõe-se como segue:

O montante relativo a Imposto sobre o rendimento do período, encontra-se líquido de Euros 9.744.432 (Euros 3.176.966 em 2009), de imposto sobre prejuízos fi scais que, em razão da tributação da maioria das empresas segundo o Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades foi reclassifi cado de activos por impostos diferidos para esta rubrica (Nota 16 e 25).

No exercício fi ndo a 31 de Dezembro de 2009, o saldo de Euros 15.252.180 com o fornecedor de imobilizado Nordex, corresponde a facturas recepcionadas referente aos 4 empreendimentos que concluíram a construção no ano.

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o justo valor dosinstrumentos fi nanceiros derivados decompõe-se com segue:

2010 2009Saldo Devedor Saldo Credor Líquido Saldo Devedor Saldo Credor Líquido

Imposto sobre o rendimento do período (Nota 16) (4.792) 2.051.620 (2.056.412) - 1.206.426 (1.206.426)Imposto sobre o rendimento a receber 94.879 - 94.879 6.960 - 6.960 Pagamentos por conta e adicionais por conta - (403.500) 403.500 419.165 - 419.165 Pagamentos especiais por conta 630.521 (6.291) 636.812 564.762 - 564.762 Retenções na fonte 51.809 (211.567) 263.376 675.869 - 675.869 772.418 1.430.263 (657.845) 1.666.756 1.206.426 460.330

Tipo Taxa Média Montante Data Efectiva

Data Termo

Valor de Mercado

Dez-2010

Valor de Mercado

Dez-2009

Negociação

ENTREVENTOS-Energias Renováveis, S.A. CAP 6,000% 12.376.560 15/Dez/05 15/Dez/15 60.637 72.526 Cobertura

IBERWIND II Produção - Soc. Unip., Lda SWAP 4,247% 910.031.625 15/Dez/06 16/Jun/25 (69.151.041) (50.841.864)(69.090.404) (50.769.338)

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82 Relatório do Conselho de Administração

O justo valor do Cap referente a 31 de Dezembro de 2010, no montante de Euros 60.637 (Euros 72.526 em 2009), sendo positivo, encontra-se incluído na rubrica Devedores e outros activos (Nota 24).

A valorização dos instrumentos fi nanceiros derivados é baseada em cotações indicadas por entidades externas. Estas entidades utilizam informação de mercados e técnicas de desconto de fl uxos de caixa futuros geralmente aceites.

A rubrica de Juros a liquidar, em 31 de Dezembro de 2010 inclui o montante de Euros 28.145.278 (Euros 15.948.548 em 2009) referente a juros de suprimentos (Nota 36).

Por outro lado, nos exercícios fi ndos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a rubrica Subsídios ao investimento, apresentou o seguinte movimento:

36. Saldos e transacções com parte relacionadas

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os valores a pagar e receber de partes relacionadas tinham a seguinte decomposição:

Os Empréstimos a pagar, em 2010 e 2009, respeitam a suprimentos obtidos, remunerados de acordo com as condições normais de mercado.

Durante o exercício fi ndo em 31 de Dezembro de 2010 as transacções efectuadas com partes relacionadas foram as seguintes:

Já no exercício fi ndo em 31 de Dezembro de 2009 as transacções efectuadas com partes relacionadas podem ser discriminadas como segue:

Valores em Euros Dez/10 Dez/09Saldo inicial 24.551.836 26.105.476 Reconhecimento em resultados (Nota 13) (1.454.395) (1.553.640)

23.097.441 24.551.836

Dez/10 Dez/09A pagar

EmpréstimosA pagar

Empréstimos

Valores em Euros Nota 35 Nota 35Accionistas

Convento III, S.À.R.L. 62.617.792 84.292.292 Espírito Santo Infrastructure Fund - Fundo Capital de Risco, S.A. 6.164.997 8.298.947

Espírito Santo Capital - Sociedade de Capital de Risco, S.A. 1.538.830 2.071.480

Fundo Albuquerque - Fundo de Capital de Risco 6.939.251 9.341.201

Gotan - SGPS, S.A. 6.939.251 9.341.201 Windsource - SGPS, S.A. 5.139.111 6.917.961 Madre - SGPS, Soc. Unipessoal, Lda. 5.139.111 6.917.961 Ivory Investments - SGPS, S.A. 2.303.406 3.100.706

96.781.750 130.281.750

Custos fi nanceiros

Valores em Euros Nota 15Accionistas

Convento III, S.À.R.L. 7.908.574 Espírito Santo Infrastructure Fund - Fundo Capital de Risco, S.A. 778.634

Espírito Santo Capital - Sociedade de Capital de Risco, S.A. 194.353

Fundo Albuquerque - Fundo de Capital de Risco 876.422 Gotan - SGPS, S.A. 876.422 Windsource - SGPS, S.A. 649.065 Madre - SGPS, Soc. Unipessoal, Lda. 649.065 Ivory Investments - SGPS, S.A. 290.918

12.223.453

Custos fi nanceiros

Valores em Euros Nota 15Accionistas

Convento III, S.À.R.L. 9.141.576 Espírito Santo Infrastructure Fund - Fundo Capital de Risco, S.A. 900.028

Espírito Santo Capital - Sociedade de Capital de Risco, S.A. 224.654

Fundo Albuquerque - Fundo de Capital de Risco 1.013.062 Gotan - SGPS, S.A. 1.013.062 Windsource - SGPS, S.A. 750.259 Madre - SGPS, Soc. Unipessoal, Lda. 750.259 Ivory Investments - SGPS, S.A. 336.274

14.129.175

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Demonstrações Financeiras e Notas 83

37. Custos suportados com Auditoria e Revisão legal de contas

Nos exercícios fi ndos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os custos suportados com serviços prestados, pelos actuais auditores/revisores, foram os seguintes:

38. Compromissos

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, as responsabilidades assumidas, perante terceiros, por garantias bancárias,tinham a seguinte composição:

As garantias prestadas a favor do IAPMEI – Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas, no montante de Euros 1.446.403 (Euros 2.133.227 em 2009) decorrem do recebimento dos incentivos fi nanceiros concedidos ao abrigo do Programa Operacional de Economia – Sistema de Incentivos à Modernização Empresarial (Nota 33).

As garantias prestadas a favor da EDP/REN, no montante de Euros 470.492 (Euros 470.492 em 2009), constituem a caução necessária para garantir a conclusão das obras de instalação para a recepção de energia eléctrica.

A garantia prestada a favor da DGCI refere-se ao processo de que resultaram as liquidações adicionais de IVA referidas na Nota 12.

Com o objectivo de repartir os benefícios globais das centrais eólicas, nos termos do n.º 33 do anexo II do Decreto-Lei n.º 189/88, com a redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 339-C/2001, as empresas que exploram parques eólicos, devem aos municípios, em cuja área estejam implantadas, uma renda, mensal, correspondente a 2,5% da energia eléctrica produzida.

Nestes termos, 2,5% da energia eléctrica que venha a ser produzida reverterá a favor dos municípios (Nota 13).

O fi nanciamento obrigacionista e o empréstimo bancário em regime de Project Finance contratados pelo GRUPO incluem as garantias habituais neste tipo de fi nanciamentos, ou seja, o penhor de acções/quotas e/ou penhor de contas bancárias e activos relacionados com os projectos fi nanciados, bem como o cumprimentode rácios. A 31 de Dezembro de 2010 e 2009, estes fi nanciamentos totalizavam, respectivamente Euros 927.509.216 e Euros 979.064.023 (valores nominais – Notas 32 e 33).

39. Eventos subsequentes

Não se registaram quaisquer eventos subsequentes que devam ser relatados.

40. Activos e passivos contingentes

Não se verifi cam quaisquer activos e passivos contingentes que devam ser relatados.

Valores em Euros Dez/10 Dez/09

Serviços de Revisão Legal de Contas 65.049 91.452 Serviços de Auditoria 3.744 3.000

68.793 94.452

Valores em Euros Dez/10 Dez/09

IAPMEI 1.446.403 2.133.227EDP 398.027 398.027REN 72.465 72.465DGCI 736.361 -Petrogal 25.000 27.993

2.678.256 2.631.712

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84 Relatório do Conselho de Administração

Porto Salvo, 22 de Fevereiro de 2011

A Administração

João Luís Ramalho de Carvalho TalonePresidente

António João de Sousa Marques GellweilerVice-Presidente

Arnaldo Navarro MachadoVice-Presidente

João Peres Coelho BorgesVogal

José Diogo Araújo e SilvaVogal

Luis Nuno Lima de Carvalho Valença PintoVogal

Gracinda Augusta Figueiras RaposoVogal

Enrique de LeyvaVogal

Luís Miguel Bastos Mendes RezendeVogal

José António Marco IzquierdoVogal

António da Silva ParenteVogal

Rita Maria de Eça DiasTécnico Ofi cial de Contas

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Demonstrações Financeiras e Notas 85

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Relatório de Auditoria

www.iberwind.pt

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