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2010/ 2011 01 de Março de 2011 Preparação e Propriedades de Soluções Tampão Alunas: Andreia Sousa n.º 40261 Alexandra Salvado n.º 40267 Bioquímica I 1.º Ano - 2.º Semestre

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\>wxBioquímica I2010/ 2011Preparação e Propriedades de Soluções TampãoAlunas: Andreia Sousa n.º 40261 Alexandra Salvado n.º 4026701 de Março de 20111.º Ano - 2.º SemestrePreparação e Propriedades de Soluções Tampão21. Apresentação, Tratamento e Discussão de Resultados1.1.Estudo da influência do pH na capacidade de uma solução tampãoQuadro 1. Estudo do efeito do pH na capacidade de uma solução tampão de fosfatos0.1M.pHFracção molar H2PO40.910 0.794 0.606 0.495 0.382 0.197

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2010/ 2011

01 de Março de 2011

Preparação e Propriedades de Soluções Tampão

Alunas:

Andreia Sousa

n.º 40261

Alexandra Salvado

n.º 40267

Bioquímica I

1.º Ano - 2.º Semestre

2 Preparação e Propriedades de Soluções Tampão

01 de Março de 2011

1. Apresentação, Tratamento e Discussão

de Resultados

1.1.Estudo da influência do pH na capacidade de uma solução

tampão

Cálculos:

pH

Fracção molar

H2PO4-

Fracção molar HPO4

-

Volume KH2PO4 0,1 M (mL)

Volume K2HPO4 0,1 M (mL)

pHi

c

pHiexp

pHf

c

pHfexp

∆pHc

∆pHexp

5.9 0.910 0.091 9.10 0.91 5.89 5.76 5.52 5.59 -0.37 -0.17

6.3 0.794 0.206 7.94 2.06 6.31 6.15 6.16 6.04 -0.15 -0.11

6.7 0.606 0.394 6.06 3.94 6.70 6.52 6.61 6.42 -0.09 -0.10

6.9 0.495 0.505 4.95 5.05 6.90 6.73 6.81 6.65 -0.09 -0.08

7.1 0.382 0.619 3.82 6.19 7.10 6.88 7.01 6.79 -0.09 -0.09

7.5 0.197 0.800 1.97 8.03 7.49 7.28 7.37 7.13 -0.12 -0.15

7.9 0.089 0.911 0.89 9.11 7.90 7.62 7.68 7.43 -0.22 -0.19

Quadro 1. Estudo do efeito do pH na capacidade de uma solução tampão de fosfatos

0.1M.

3 Preparação e Propriedades de Soluções Tampão

01 de Março de 2011

Concentrações

Fracção Molar

Volumes

Volume K2HPO4 Volume KH2PO4

pH inicial (pHic)

H2PO4-

HPO42- + H+

Ci cf

pH = 5.9

4 Preparação e Propriedades de Soluções Tampão

01 de Março de 2011

pH final (pHfc)

H2PO4-

HPO42- + H+

Ci cf

pHc

Concentrações

Fracção Molar

Volumes

Volume K2HPO4 Volume KH2PO4

pH inicial (pHic)

pHic = 6,31

pH

pH = 6,3

pH final (pHfc)

pHfc =6,16

5 Preparação e Propriedades de Soluções Tampão

01 de Março de 2011

Concentrações

Fracção Molar

Volumes

Volume K2HPO4 Volume KH2PO4

pH inicial (pHic)

pHic = 6,7

pH

Concentrações

Fracção Molar

Volumes

Volume K2HPO4 Volume KH2PO4

pH inicial (pHic)

pHic = 6,9

pH

pH = 6,7

pH final (pHfc)

pHfc =6,61

pH = 6,9

pH final (pHfc)

pHfc =6,81

6 Preparação e Propriedades de Soluções Tampão

01 de Março de 2011

Concentrações

Fracção Molar

Volumes

Volume K2HPO4 Volume KH2PO4

pH inicial (pHic)

pHic = 7,10

pH

Concentrações

Fracção Molar

Volumes

Volume K2HPO4 Volume KH2PO4

pH inicial (pHic)

pHic = 7,49

pH

pH final (pHfc)

pHfc =7,01

pH = 7,1

pH = 7,5

pH final (pHfc)

pHfc =7,37

7 Preparação e Propriedades de Soluções Tampão

01 de Março de 2011

Concentrações

Fracção Molar

Volumes

Volume K2HPO4 Volume KH2PO4

pH inicial (pHic)

pHic = 7,90

pH

pH = 7,9

pH final (pHfc)

pHfc =7,68

8 Preparação e Propriedades de Soluções Tampão

01 de Março de 2011

5,5

5,6

5,7

5,8

5,9

6

6,1

6,2

6,3

6,4

6,5

6,6

6,7

6,8

6,9

7

7,1

7,2

7,3

7,4

7,5

7,6

7,7

7,8

7,9

5,76 6,15 6,52 6,73 6,88 7,28 7,62

pH

Fracção molar de HPO42-

pHic e pHi

exp versus fracção molar de HPO42-

pH inicial calculado

pH inicial experimental

Gráfico 1. Gráfico que representa pHic versus fracção molar de HPO2-

4 (pontos unidos por uma linha a cheio) e pHi

exp versus fracção molar de HPO2-4 (pontos individuais). Ambos os conjuntos

de pontos são para o intervalo de valores de pH entre 5.9 e 7.9.

Os valores de pH experimentais foram em todos os casos mais baixos que o pH

calculado. Pode-se então concluir que ocorreram erros na medição dos volumes –

foram medidos volumes menores do que o devido. Tendo em conta que o erro ocorrido

manteve-se “constante” em todas as medições - a diferença entre o pH experimental e

o pH calculado é idêntica em todas – é possível considerar que a escolha do material

para a medição pode não ter sido a mais apropriada (devido ao erro associado ao

material - dever-se-ia ter optado por um material cujo erro associado fosse o menor).

9 Preparação e Propriedades de Soluções Tampão

01 de Março de 2011

pHfc pHf

exp

5.52 5.59

6.16 6.04

6.61 6.42

6.81 6.65

7.01 6.79

7.37 7.13

7.68 7.43

Gráfico 2 Gráfico que representa pH final calculado e pH final experimental versus pH inicial calculado.

Após a adição de 0,1 mL de HCl registaram-se os valores

finais do pH. Através do Quadro 2 é possível observar que houve

alguma discrepância entre os valores de pH calculados e

experimentais. No entanto, como foi referido anteriormente, os

erros na medição mantiveram-se e por isso, no final, a variação

de pH experimental, na maioria dos casos, foi aproximadamente

igual à calculada, como se pode comprovar no gráfico abaixo

(Gráfico 2).

Numa solução tampão o ácido e a sua base conjugada encontram-se em

equilíbrio. Quando se adiciona pequenas quantidades de ácido ou base a variação de

pH é quase insignificante.

O valor de pH para o qual se considera efectivo um sistema tampão é o valor

que tiver menos variação de pH, ou seja, é o valor para o qual o ácido e a sua base

0

0,03

0,06

0,09

0,12

0,15

0,18

0,21

0,24

0,27

0,3

0,33

0,36

0,39

5,89 6,31 6,7 6,9 7,1 7,49 7,9

|Δp

H|

pHic

ΔpH experimental e ΔpH calculado versus pHc

i

Δ pH final calculado

Δ pH final experimental

Quadro 2 Quadro com os valores de pH finais, calculados e experimentais.

10 Preparação e Propriedades de Soluções Tampão

01 de Março de 2011

conjugada têm a mesma concentração, já que é quando reagem e neutralizam de igual

modo tanto as bases como os ácidos adicionados, respectivamente. Através da

equação de Henderson-Hasselbalch concluímos então que a capacidade tamponante é

máxima quando o pH é igual ao pKa.

Pode-se comprovar o que foi dito anteriormente no gráfico, pois quando o pH é

mais perto de 6.89 (que é o valor de pKa) a variação que ocorreu por se adicionar HCl

foi muito mais pequena do que para os outros valores de pH, tanto para a esquerda

como para a direita do gráfico – quanto mais longe o valor de pH estiver do de pKa

mais efeito tem o HCl, pois mais variação ocorre. Logo, existe uma menor capacidade

tampão do sistema.

1.2.Preparação de uma solução tampão de fosfatos por diferentes

métodos

Quando se preparam soluções tampão o pH nem sempre é o que se esperava.

A razão para tal é que o pH é medido em relação à actividade do par ácido-base e não

pela concentração do ácido ou da base conjugada. Assim, quando queremos preparar

uma solução com um pH exacto muitas das vezes é necessário acertá-lo gota a gota.

No caso dos cálculos do grupo 4, que foi o que os operadores realizaram, o volume de

NaOH igual a 13,42 mL não resultou no valor de pH esperado (7,2), visto que

ultrapassou esse valor (7,4). Não se pôde adicionar HCl para fazer descer o pH porque

iria reagir com o NaOH o que, numa solução tampão não é permitido, visto que não é

suposto os reagentes reagirem. Então a solução é repetir o procedimento e adicionar

menos quantidade volúmica de NaOH. Experimentou-se, então, realizar esta parte do

procedimento com um volume de 12 mL e pH também ainda não era o esperado, mas

como não o ultrapassava foi-se adicionando, gota-gota, NaOH até perfazer o pH de

7,2. Para agitar melhor a solução e para se observar o efeito do aumento do pH mais

rapidamente utilizou-se uma barra magnética.

11 Preparação e Propriedades de Soluções Tampão

01 de Março de 2011

Grupo 1

Método 1 – Toda a molaridade provém do ácido.

A relação entre a concentração do ácido e da base é igual para todos.

pH tampão fosfatos 0,05 M

Método 2 – Toda a molaridade provém da base conjugada

12 Preparação e Propriedades de Soluções Tampão

01 de Março de 2011

pH tampão fosfatos 0,05 M

Grupo 2

Método 1 – Toda a molaridade provém do ácido.

[

13 Preparação e Propriedades de Soluções Tampão

01 de Março de 2011

pH tampão fosfatos 0,10 M

Método 2 – Toda a molaridade provém da base conjugada

[

pH tampão fosfatos 0,05 M

Grupo 3

Método 1 – Toda a molaridade provém do ácido.

[

14 Preparação e Propriedades de Soluções Tampão

01 de Março de 2011

pH tampão fosfatos 0,15 M

Método 2 – Toda a molaridade provém da base conjugada

[

pH tampão fosfatos 0,15 M

Grupo 4

Método 1 – Toda a molaridade provém do ácido.

[

15 Preparação e Propriedades de Soluções Tampão

01 de Março de 2011

pH tampão fosfatos 0,20 M

Método 2 – Toda a molaridade provém da base conjugada

[

pH tampão fosfatos 0,20 M

16 Preparação e Propriedades de Soluções Tampão

01 de Março de 2011

1.3. Estudo da influência da molaridade na capacidade de uma

solução tampão

Quadro 3 Estudo do efeito da molaridade na capacidade de uma solução tampão de fosfatos (pH7,2) – registo dos resultados calculados e experimentais.

Solução pHic pHi

exp pH f*c pHf*exp pHc pHexp

Tampão de Fosfatos (pH = 7,2) 0,05M

7,2 7,19 7,01 6,87 -0,19 -0,32

Tampão de Fosfatos (pH = 7,2) 0,10 M

7,2 7,26 7,18 7,05 -0,02 -0,21

Tampão de Fosfatos (pH = 7,2) 0,15M

7,2 7,27 7,2 7,13 0 -0,14

Tampão de Fosfatos (pH = 7,2) 0,20M

7,2 7,21 7,20 7,15 0 -0,06

Na apresentação desta tabela é de salientar que não se mediu o pH da água

destilada devido à falta de tempo com que nos deparámos. No entanto, teoricamente

sabemos que o pH da água destilada deveria ser 7, mas experimentalmente o pH

deveria ser um pouco mais baixo devido ao seu contacto com o ar (que contem CO2),

pois ocorre a reacção: H2O + CO2 H2CO3. Ao adicionar HCl o pH deveria descer

ainda mais, o que causaria uma variação de pH negativa (sendo a maior variação de

todos os casos, já que não é uma solução tampão) tanto teórica como

experimentalmente.

17 Preparação e Propriedades de Soluções Tampão

01 de Março de 2011

Gráfico 3 Gráfico que representa pH final calculado e pH final experimental versus molaridade da solução tampão.

Nos restantes casos, soluções tampão, a variação de pH variou com diferentes

concentrações de fosfatos. Ao adicionar HCl, foram adicionados iões H+ à solução que

contribuíram para o gasto da base conjugada e para a formação de ácido, fazendo o

pH descer ligeiramente.

Através da análise do quadro e do gráfico acima representados (Quadro 3,Gráfico

3, respectivamente) pode-se concluir que quanto maior a concentração de fosfatos,

mais pequena é a variação de pH. Assim, podemos dizer que a molaridade tem

consequências na capacidade tampão: quanto maior a molaridade da solução, maior a

capacidade tampão. Isto deve-se ao facto de quando a molaridade é maior o número

de moles em solução também é maior – haverá maior o número de iões que

neutralizam o ácido e consequentemente haverá menor variação de pH.

0

0,02

0,04

0,06

0,08

0,1

0,12

0,14

0,16

0,18

0,2

0,22

0,24

0,26

0,28

0,3

0,32

0,34

0,05 0,1 0,15 0,2

|Vari

ação

de p

H|

Molaridade da Solução tampão

ΔpH experimental e ΔpH calculado versus molaridade da solução tampão

Δ pHc

Δ pHexp

18 Preparação e Propriedades de Soluções Tampão

01 de Março de 2011

1.4. Estudo da influência da temperatura no valor de pH de uma

solução tampão

Quadro 4 Estudo do efeito da temperatura no valor de pH de uma solução tampão – registo de resultados.

Solução Tampão

Condições Usadas

Temperatura (ºC)

pHexp

Tampão de

Fosfatos (pH 7,2)

0,1 M

1 – Gelo

2 7,29

2- Temperatura Ambiente

20 7,19

3 – Banho Termostatizado

37 7,17

Como é visível no quadro acima apresentado (Quadro 4) o valor de pH aumenta

com a diminuição de temperatura. Como referido anteriormente, o pH é medido em

relação à actividade do par ácido-base por isso, com o aumento da temperatura, a

actividade dos iões H+ aumenta e consequentemente o pH ( ) diminui.

Quando a temperatura diminui a actividade dos iões H+ diminui e portanto o pH

aumenta. Nesta actividade laboratorial, por falta de tempo, as soluções 1 e 3 só

estiveram colocadas no gelo e em banho de água, respectivamente, durante cerca de

15 minutos e não os 30 minutos devidos, também não foi possível realizar o

procedimento com o Tris-HCl.

2. Bibliografia

Simões, José A. Martinho, Guia do laboratório de Química e Bioquímica, 2ª

edição, Lidel, Lisboa, 2008;

Voet, D. e Voet, J.G. (1995) Biochemistry, 2ª ed., John Wiley & Sons: New York,

pp. 56-62 & 105-119.

19 Preparação e Propriedades de Soluções Tampão

01 de Março de 2011

3. Questionário

3.1. Quais são os critérios gerais mais importantes a considerar na escolha de uma solução

tampão a ser usada em experiencias bioquímicas? Justifique sucintamente.

A escolha de uma solução tampão deve ser feita em relação aos seguintes

critérios: o intervalo de pH que se vai estudar; deve ser impermeável relativamente às

membranas celulares (muito solúvel em água e pouco solúvel noutros solventes); não

deve interferir nos processos biológicos; não deve absorver radiação visível ou UV; não

deve formar compostos insolúveis (precipitação); de ter uma contribuição mínima para

a composição iónica (força iónica do meio influencia processos biológicos); a influência

da temperatura na alteração do pH deve ser limitada e o pKa deve distar pouco do pH.

3.2 Muitos protocolos de purificação de proteínas requerem que todos os procedimentos

sejam realizados a 4ºC para se minimizar a inactivação das proteínas. No caso de se

trabalhar com uma proteína muito sensível ao valor de pH do meio, a preparação das

soluções tampão e o acerto final do seu valor de pH são realizadas numa câmara

frigorífica. Justifique o procedimento anterior.

Como foi provado nesta actividade laboratorial, a temperatura afecta o valor de

pH logo, se se está a trabalhar com uma enzima que é muito sensível ao pH, deve-se

preparar a solução tampão nas condições em que a proteína está activa, para quando

a solução estiver em contacto com ela não sofrer (ou sofrer poucas) alterações e a

proteína não ser desactivada/desnaturada.

Assim, como a proteína está activa aos 4ºC prepara-se a solução tampão num

frigorífico à mesma temperatura para evitar mudanças no valor de pH e a inactivação

da mesma.