relatoiro farmacia hospitalar
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FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DE FLORIANO – FAESF/PI
CURSO: FARMACIA/BIOQUIMICA
DISCIPLINA: ESTAGIO SUPERVISIONADO EM FARMACIA HOSPITALAR
PROFESSOR: MARCUS AURELIO
Heitor Ribeiro Abreu
Relatório em Farmácia Supervisionado em Farmácia Hospitalar
Floriano, julho de 12
FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DE FLORIANO – FAESFPI
Heitor Ribeiro Abreu
RELATORIO DE ESTAGIO SUPERVISIONADO EM
FARMACIA HOSPITALAR
Relatório de estágio supervisionado apresentado à
Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão
Preto como parte da exigência para conclusão do
programa de estágio curricular.
Prof: Marcus Aurelio
Floriano, julho de 12
1. Introdução
Farmácia Hospitalar é uma unidade clínica, administrativa e econômica,
dirigida por profissional farmacêutico, ligada hierarquicamente à direção
clínica do hospital, integrada funcionalmente com as demais unidades de
assistência ao paciente. Enquadram-se nesta definição também as farmácias
de casa de saúde, clínicas ou qualquer outra unidade de saúde que realizem
internações”(adaptado CFF/1997).
A Farmácia Hospitalar também se enquadra como um órgão de
abrangência assistencial, técnico-científica e administrativa, onde se
desenvolvem atividades ligadas à produção, armazenamento, controle,
dispensação e distribuição de medicamentos e correlatos às unidades
hospitalares.
É igualmente responsável pela orientação de pacientes internos e
ambulatoriais, visando sempre a eficácia da terapêutica, além da redução dos
custos, voltando-se também para o ensino e a pesquisa, propiciando assim um
vasto campo de aprimoramento profissional.
Um Serviço de Farmácia em um hospital é o apoio clínico integrado,
funcional e hierarquicamente, em um grupo de serviços que dependem
diretamente da Direção Central e estão em constante e estreita relação com
sua administração.
A principal razão de ser da Farmácia é servir ao paciente, objetivando
dispensar medicações seguras e oportunas. Sua missão compreende tudo o
que se refere ao medicamento, desde sua seleção até sua dispensação,
velando a todo momento por sua adequada utilização no plano assistencial,
econômico, investigativo e docente. O farmacêutico tem, portanto, uma
importante função clínica, administrativa e de consulta.
1.1 Atuação de um profissional farmacêutico
O medicamento adquire hoje uma dimensão especial no contexto global da
medicina e o farmacêutico hospitalar é o profissional que, habilitado com o grau
de especialista, é responsável pela problemática do medicamento a nível
hospitalar. Está incluído numa carreira – Técnicos Superiores de Saúde –
reservada aos que possuem licenciatura e habilitação profissional adequadas.
Assim, o ingresso na carreira farmacêutica hospitalar implica a posse de um
grau como título de habilitação profissional – estágio em farmácia hospitalar e
saúde pública, regulamentado, elaborado em serviços acreditados, com a
duração de três anos – o qual visa a profissionalização e especialização para o
exercício profissional e confere o grau de especialista.
A sua carreira desenvolve-se pelas categorias de assistente, assistente
principal, assessor e assessor superior, às quais correspondem funções de
diferente natureza e de crescente complexidade e responsabilidade.
Dada a natureza e especificidade das suas funções, constituem um corpo
especial da área da saúde. Assim, o seu perfil profissional orienta-o para o
exercício em áreas profissionais específicas, preconizadas a nível mundial
como sendo parte integrante do exercício farmacêutico hospitalar: organização
e gestão, distribuição e informação, farmacotecnia, controlo de qualidade,
fármaco vigilância, ensaios clínicos em meio hospitalar, farmacocinética,
radiofarmácia, atividades complementares da designada farmácia clínica e
cuidados farmacêuticos, sem esquecer o seu importante papel como
formadores.
Os serviços onde exercem, são departamentos com autonomia científica,
técnica e de gestão dos órgãos de administração hospitalar, perante os quais
respondem pelo resultado do seu exercício. A direção dos Serviços
Farmacêuticos é confiada ao técnico superior de saúde farmacêutico, ao qual
cabe a coordenação e representação do serviço junto do Conselho de
Administração.
A presença dos farmacêuticos nos hospitais portugueses, é conhecida de
há longa data, mas a década de 50 constitui um marco histórico para a
Farmácia Hospitalar em Portugal.
Três farmacêuticos hospitalares, de reconhecido mérito, lideram o processo
de definição dos objetivos da Farmácia Hospitalar. São os primeiros
profissionais que se preocupam com a formação, promovendo reuniões de
caráter alargado. É esta preocupação com a necessidade de atualização e
adquirir conhecimentos, que torna determinante a presença do farmacêutico no
Hospital, como elemento indispensável e insubstituível nos cuidados de saúde.
Em 1968 (DL 48357) são criadas as carreiras farmacêuticas. O DL 275/71
equipara a carreira farmacêutica à carreira médica, o que vem reforçar a
importância deste grupo profissional, na área da saúde. O DL 414/91 passa a
incluir os farmacêuticos hospitalares na carreira técnica superior de saúde,
integrando-os nos corpos especiais. Em 1999, com o DL 501, o perfil
profissional do farmacêutico hospitalar é alargado, incluindo-se nesta área de
atividade a responsabilidade da radiofarmácia.
2. Hospital Regional Tibério Nunes – Floriano/PI
Praça Idelfonso Ramos, s/n Centro, manguinha - Floriano – PI Tel: (89)
35221333;
Atualmente o hospital conta com cerca de 300 profissionais incluindo
médicos, enfermeiros, farmacêuticos, técnicos, auxiliares, motoristas e
profissionais de serviços de apoio;
O hospital é mantido por recursos públicos;
O atual diretor do hospital é o Médico Dr. Pedro Atem Junior;
O hospital regional Tibério Nunes atua na missão de desenvolver uma
assistência diferenciada à saúde baseada numa permanente excelência,
contribuindo para uma melhoria cada vez maior na saúde da população.
Os valores de trabalho e humanidade que segundo o referido hospital dão o
caráter diferenciado no atendimento são a Ética, Humanismo,
Responsabilidade Social, Competência Pessoal, Comprometimento
Institucional, Compromisso com a Qualidade;
O hospital ocupa uma área central de aproximadamente 70 metros
quadrados, com atendimento 24hs por dia , atendendo aproximadamente 80
pacientes por dia.
O hospital conta com atendimento obstétrico, pediatria, cirurgiões,
oftalmologia, anestesia, ortopedista entre outros.
O hospital atende não só a cidade de Floriano, mas todos os municípios
circunvizinhos, sendo referencia para a maioria dos referidos municípios.
3. Objetivos
O principal objetivo deste trabalho é descrever as atividades realizadas
durante o estagio em farmácia hospitalar, na central de distribuição de
medicamentos do Hospital Regional Tibeiro Nunes. As atividades aqui
realizadas visam o conhecimento das áreas de atuação do profissional
farmacêutico no âmbito hospitalar proporcionando uma visão geral do campo
de trabalho e das relações ali envolvidas.
4. A farmácia central do Hospital Regional Tibério Nunes –
Desenvolvimento.
A farmácia do hospital abriga antibióticos, analgésicos, soluções parenterais
e medicamentos de uso controlado.
A liberação do medicamento é feito mediante a requisição prescrita do
medico. Há duas formas de dispensaçao de medicamentos, a primeira
chamada de dispensação coletiva onde os técnicos de enfermagem fazem a
leiutura de todos os medicamentos do setor num intervalo de 12hs e monta-os
numa só folha de pedidos. A segunda é a dispensação por dose individual,
onde a prescrição feita pelo medico é entregue diretamente na farmácia.
A farmácia apesar de ter uma padronização de medicamentos, sofre
constantemente falta de determinados medicamentos quando há a
necessidade de indicação medica.
O hospital enfrenta uma grave deficiência resultante da perda de
medicamento quando estes são despachados por dose coletiva.
Durante todo o estagio os técnicos da farmácia foram atenciosos e solícitos
durante todas as atividades realizadas na farmácia.
Foi verificado que mesmo após as entregas das prescrições de
medicamento a farmácia libera medicamentos e objetos de uso hospitalar
quando estes forem solicitados independentemente de prescrição ou não.
As atividades desenvolvidas eram voltadas para os medicamentos
existentes na farmácia, como tipos, dose, nome comercial, nome genéricos e
similares entre outros.
Uma grande dificuldade que eu como aluno tive no decorrer do estagio foi em
entender as prescrições e medicamentos solicitados pelos médicos, visto que
suas prescrições não são computadorizadas ficando a cargo deles escreverem
com má caligrafia os medicamentos.
Em suma a rotina da farmácia não se equipara com os grandes centros de
saúde, no entanto suas atividades são básicas e essenciais para o
funcionamento do hospital e das terapias ali solicitadas. Em síntese foram
realizadas atividades apenas de entregas de medicamentos, não funcionando a
dispensação propriamente dita, pois não existe farmacêutico plantonista na
referida unidade.
5. Discussão
As atividades aplicadas e desenvolvidas neste estágio, com
acompanhamento do farmacêutico responsável, procuraram a todo o momento
desenvolver a prática em relação a teoria.
A organização de materiais e medicamentos no estoque e feito com
bastante atenção pois facilita o trabalho quanto mais organizado mais rápido
fica o atendimento.
Recebimento das transferências de produtos entre estoques, Recebimento
de materiais médico-hospitalares adquiridos pelo hospital são importantes para
o reabastecimento do estoque porem, acham que deveria ser mais vezes
durante o dia mais dificultaria o trabalho, ter que para e conferir varias vezes no
dia o estoque.
Montagem dos materiais e medicamentos (adulto e pediátrico) e feito de
maneira manual
Controle de validade e contagem dos medicamentos e materiais médico-
hospitalares é feito todas semanas para garantir sempre a eficácia do
medicamento nunca deixam vencer nada para não obter mais gasto..
Separação de solicitações de materiais e medicamentos para cirurgias.
Para facilitar a utilização dos medicamentos nos horários recomendados, a
dispensação ocorre por meio da “fita selada”, com identificação
solicitações de materiais e medicamentos através receitas médicas
(psicotrópicos) As primeiras dificuldades aparecem rápido, quando a leitura de
receituários, que muitas vezes, possuem uma grafia de difícil entendimento,
tendo que recorrer a um farmacêutico, que já estão acostumados a estas
difíceis grafias.
6. Conclusão
O estagio realizado no HRTN o objetivo esperado, proporcionando uma
visão bastante ampla acerca de algumas das funções e responsabilidades do
profissional farmacêutico na área hospitalar.
As cargas horárias, divididas conforme a complexidade das rotinas, foi
suficiente para conhecer o funcionamento de cada setor visitado.
O conhecimento teórico, adquirido previamente em cada disciplina do
curso, foram de fundamental importância no desempenho de cada atividade
realizada, contribuindo para o bom aproveitamento do estágio.
A relação interpessoal com todos os funcionários deu-se de maneira
bastante agradável e respeitosa, possibilitando o amadurecimento pessoal e
profissional, onde este desenvolve a imprescindível tarefa de medicar os
pacientes com a responsabilidade de uma dispensaçao de medicamentos
segura e eficaz( apesar de que não havia dispensação na farmácia)
desenvolvendo um trabalho de responsabilidade social e humana trabalhando
em conjunto com diversos profissionais que formam uma equipe
multiprofissional tendo em vista um só foco, a recuperação do paciente em seu
tratamento acompanhando todos os processos e atuando positivamente em
desenvolvimento de melhorias.
Através das orientações a mim passadas sobre a organização e
funcionamento de uma Farmácia Hospitalar vêm a importância de redução de
custos, pois ela é responsável por um terço dos custos hospitalares no Brasil.
7. Referencias bibliograficas
AVALLLINI, Míriam Elias; BISSON, Marcelo Polaco. Farmácia Hospitalar: um
enfoque em sistemas de saúde. São Paulo: Manole, 2002.218 pág. 20/10/2011.
Dicionário de especialidades Farmacêuticas: DEF 2008/2009. Ed. São Paulo.
RANG, H. P DALE, M. M: RITTER, J.M Farmacologia. 4º ed. Rio de Janeiro:
Guanabara, 2001.703 pág. 20/10/2011.
ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, www.anvisa.gov.br
Disponível acesso 22/06/2012.
GOMES, Carlos Alberto Pereira. Assistência Farmacêutica no Brasil: Análise e
Perspectivas. Disponível em: Acesso em 22/06/2012.
CARTILHA da Comissão Assessora de Farmácia Hospitalar. Publicação do
Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. Abril, 2007.
Disponível em: Acesso em 22/06/2012.
HOSPITAL das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto.
Disponível em: Acesso em 22/06/2012.