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RELACIONAMENTO ENTRE IFES E FUNDAÇÕES DE APOIO A atuação do TCU Pelotas, abril de 2015

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Page 1: RELACIONAMENTO ENTRE IFES E FUNDAÇÕES DE APOIO A atuação do TCU Pelotas, abril de 2015

RELACIONAMENTO ENTRE IFES E FUNDAÇÕES DE APOIO

A atuação do TCU

Pelotas, abril de 2015

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Relacionamento das Instituições Federais de Ensino Superior com suas fundações de

apoio – Acórdão TCU nº 3.559-2014-Plenário

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1 – Notas introdutórias

2 – Fundamentos

3 – O Acórdão 3559/2014

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NOTAS INTRODUTÓRIAS1- Problematizaçãoa) Volume recursos: Quadro Região SulFavorecido Localidade Despesa Executada PagoFUNDACAO DE AMPARO A PESQUISA E EXTENSAO UNIVERSITARIA FLORIANÓPOLIS 137.710.799,76 66.777.188,02FUNDACAO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANA PARA O DESE CURITIBA 103.093.054,05 92.221.320,50FUNDACAO DE APOIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RGS PORTO ALEGRE 96.583.671,71 66.599.422,12FUNDACAO DE APOIO UNIVERSITARIO PELOTAS 46.460.574,72 40.982.158,17FUNDACAO DE APOIO A TECNOLOGIA E CIENCIA SANTA MARIA - RS 33.154.762,98 21.592.887,05FUNDACAO DE APOIO HOSPITAL ENSINO RIO GRANDE RIO GRANDE 28.690.265,82 25.444.825,66FUNDACAO DE ENSINO E ENGENHARIA DE SANTA CATARINA FLORIANÓPOLIS 25.175.278,76 8.777.773,02FUND CENTROS DE REFERENCIA EM TECNOLOGIAS INOVADORAS FLORIANÓPOLIS 19.217.932,16 5.743.101,11FUNDACAO DE PESQUISAS FLORESTAIS DO PARANA CURITIBA 15.486.189,08 8.404.968,96FUNDACAO DE ESTUDOS E PESQUISAS SOCIO ECONOMICAS FLORIANÓPOLIS 13.752.472,31 5.772.692,78

Fonte: Siga Brasil, Senado Federal. Despesas executadas em 2014. Extraído em 20/3/2015

b) Problemas históricos

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NOTAS INTRODUTÓRIAS

2 – Atuação do TCU na UFPELa) Acórdão 599/2008b) Monitoramentos: Acórdãos 872/2011 e

4513/2013

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FUNDAMENTOSDefinição de Recursos Públicos

Acórdão 2731/2008-P: 9.1. firmar o entendimento de que a expressão “recursos públicos” a que se refere o art. 3º, caput, da Lei 8.958/1994 abrange não apenas os recursos financeiros aplicados nos projetos executados com fundamento na citada lei, mas também toda e qualquer receita auferida com a utilização de recursos humanos e materiais das Instituições Federais de Ensino Superior, tais como: laboratórios, salas de aula; materiais de apoio e de escritório; nome e imagem da instituição; redes de tecnologia de informação; documentação acadêmica e demais itens de patrimônio tangível ou intangível das instituições de ensino utilizados em parcerias com fundações de apoio, sendo obrigatório o recolhimento de tais receitas à conta única do Tesouro Nacional;

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FUNDAMENTOSA Importância da TRANSPARÊNCIA

- Lei 12.527/2011 (Lei da Transparência)Art. 2o Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, às entidades privadas sem fins lucrativos que recebam, para realização de ações de interesse público, recursos públicos diretamente do orçamento ou mediante subvenções sociais, contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros instrumentos congêneres

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FUNDAMENTOS Importância da TRANSPARÊNCIA

- Lei 8.958/1994, art. 4º-A (FAP)Art. 4º-A. Serão divulgados, na íntegra, [...]na internet: (Incluído pela Lei nº 12.349/2010)I - os instrumentos contratuais de que trata esta Lei, [...];II - os relatórios semestrais de execução dos contratos de que trata o inciso I, [...];III - a relação dos pagamentos efetuados a servidores ou agentes públicos [...];IV - a relação dos pagamentos de qualquer natureza efetuados a pessoas físicas e jurídicas [...];V - as prestações de contas dos instrumentos contratuais de que trata esta Lei [...].

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FUNDAMENTOS Importância da TRANSPARÊNCIA

- Decreto 7.423/2010, art. 12, par. 2º (IFES)Art. 12. Na execução de contratos, convênios, acordos ou ajustes firmados nos termos da Lei nº 8.958, de 1994, e deste Decreto, envolvendo a aplicação de recursos públicos, as fundações de apoio submeter-se-ão ao controle finalístico e de gestão do órgão colegiado superior da instituição apoiada.[...]§ 2o Os dados relativos aos projetos, incluindo sua fundamentação normativa, sistemática de elaboração, acompanhamento de metas e avaliação, planos de trabalho e dados relativos à seleção para concessão de bolsas, abrangendo seus resultados e valores, além das informações previstas no inciso V, devem ser objeto de registro centralizado e de ampla publicidade pela instituição apoiada, tanto por seu boletim interno quanto pela internet.

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FUNDAMENTOS Convênios x Contratos

• Prestação de Contas de Contratos: obrigatório mas com lacunas na regulação (prazo para apresentação, sanções, devolução de saldos de recursos, obrigatoriedade do SICONV)

• Vem ocorrendo progressivo abandono instrumento convenial (Acórdão 3559/2014)

• Qual o objetivo de escolher contrato em vez do convênio? Fugir aos controles mais rígidos da prestação de contas? Fugir do SICONV?

• Não pode ser considerado apenas falha formal (antecipação de recursos, não realização de pesquisa de mercado, não obediência ao processo de liquidação de despesa): pode ser fonte de desvios

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FUNDAMENTOS Projeto diferente de Atividade Permanente

• Conceito orçamentário de Projeto:PORTARIA Nº 42, DE 14 DE ABRIL DE 1999, DO MOG – DOU de 15.4.99[...]Art. 2º Para os efeitos da presente Portaria, entendem-se por:[...]b) Projeto, um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de governo;

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FUNDAMENTOS Projeto diferente de Atividade Permanente

• Projetos: Ensino, Pesquisa, Extensão, DI, CT e estímulo à inovação (art. 1º, caput, da Lei 8.958/1994)

• Requisitos do art. 6º do Decreto 7.423/2010• Categorizar os tipos de projetos:

Recursos consignados OGU X Recursos arrecadados pela FAP em nome da IFES

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FUNDAMENTOS Categorias de projetos

Recursos do OGU Recursos captados pela FAP

a) Do orçamento da IFES ou descentralização

c) Prestação de serviços

b) Editais ou chamadas públicas (FINEP, CAPES)

d) Projetos de PDCT (captação de empresas)

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FUNDAMENTOS Definição de Desenvolvimento Institucional

• Conceito de DI: art. 1º, § 1º da Lei 8.958/1994: § 1o Para os fins do que dispõe esta Lei, entendem-se por desenvolvimento institucional os programas, projetos, atividades e operações especiais, inclusive de natureza infraestrutural, material e laboratorial, que levem à melhoria mensurável das condições das IFES e demais ICTs, para cumprimento eficiente e eficaz de sua missão, conforme descrita no plano de desenvolvimento institucional, vedada, em qualquer caso, a contratação de objetos genéricos, desvinculados de projetos específicos. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)

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ACÓRDÃO 3559/2014Questão 1: As Ifes e as FAPs atendem aos requisitos de

transparência no tocante aos projetos, planos de trabalho e seleções para concessão de bolsas?

• Achado II.1: Inobservância dos requisitos de transparência na prestação de informações acerca dos projetos apoiados, planos de trabalho e seleções para concessão de bolsas

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ACÓRDÃO 3559/2014Questão 2: Há individualização dos projetos realizados com a participação de fundações de apoio (objeto definido, contas

bancária e contábil específicas e elaboração prévia e detalhada do plano de trabalho ou projeto básico)?

• Conta bancária e contabilização atendidos

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ACÓRDÃO 3559/2014Questão 3 – As contratações relativas a projetos classificados

como de desenvolvimento institucional estão correlacionadas ao PDI da instituição apoiada e obedecem às condições e restrições

impostas pela Lei 8.958/1994?

• II.3 Ausência de correlação entre projetos classificados na modalidade ‘desenvolvimento institucional’ e o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da Ifes;

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ACÓRDÃO 3559/2014Questão 4 – Há controles internos estabelecidos pelas Ifes para

reduzir a probabilidade de ocorrência de irregularidades: na subcontratação das parcelas mais relevantes do objeto dos contratos com fundações de apoio; na gestão das licitações

realizadas pelas fundações para a contratação de bens e serviços; e na gestão dos contratos celebrados com as

fundações?’

• II.4 Deficiências nos controles das Ifes quanto à gestão dos contratos celebrados com as FAPs e quanto ao acompanhamento das licitações por elas empreendidas

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ACÓRDÃO 3559/2014Questão 5 – Quanto à participação de pessoal nos projetos das

IFES apoiados por fundações: Quais são os critérios de seleção e as formas de pagamento? Há normatização e fiscalização da atuação de coordenadores de projeto com vistas a impedir favorecimento a cônjuges e parentes nas contratações ou

concessões de bolsas?

• Deficiências em relação aos controles e rotinas instituídos pelas Ifes em relação à seleção e formas de remuneração de pessoal para participação em projetos apoiados por FAPs.

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ACÓRDÃO 3559/2014Questão 6 – A arrecadação de recursos para os projetos

executados com a participação de fundações de apoio observa os dispositivos legais e regulamentares?

• II.6 Impropriedades no processo de arrecadação de recursos para execução de projetos apoiados, no tocante a recolhimento, controle e conciliação dos valores

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ACÓRDÃO 3559/2014Questão 7 – A análise das prestações de contas é realizada de

acordo com os dispositivos da legislação? Quais os regulamentos e controles internos instituídos pelas Ifes para os processos de

prestações de contas?

• II.7 Deficiências na sistemática de análise e controle das prestações de contas

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NOVOS NORMATIVOS

• Convênios ECTI (Decreto 8.240/2014) – aplicável quando há participação de terceiro (empresa ou organização social)

• Licitações das FAP: Decreto 8.241/2014

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OUTROS PONTOS• Nada na informalidade• Destinação dos saldos e do ressarcimento• Contratação de terceirizados: IFES pode

providenciar• Destinação do patrimônio em caso de

extinção da FAP

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OUTROS PONTOS

• OS HUs – ADESÃO EBSERH• ACÓRDÃOS DE 2015 – 1403 (UNB), 1391

(UFPI)• BOAS PRÁTICAS (Resolução da UFPB)• Recomendação: normatizar, aderir à norma,

apoio da Alta Administração, controle da FAP