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Minuta de Ata Completa da 11ª Reunião Ordinária do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Grande, realizada em Andradas - MG, em 17/11/2016. Página 1 Relação dos Membros da Plenária - Presentes Entidade Nome IGAM Januária da Fonseca Malaquias Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento MG Leonel Sátiro de Lima DAEE Hélio Cesar Suleiman CETESB Marcus Vinicius L. Silva CETESB Amauri da Silva Moreira Secr. Agricultura e Abastecimento - SP Michel Golfetto Calixto Secr. Saúde Est. São Paulo Rosângela Rodriguez Martins P.M. de Carmo do Rio Claro Evaldo Bento de Melo P.M. de Cambuí Renato de Oliveira Aguiar P.M. de Andradas Antonio Carlos Sales P.M. de Uberaba Marco Túlio M.B. Prata P.M. de Catanduva Patrícia Cláudia D. Salles COPASA Luiz Eduardo C. Gomes CODAU Ivone Aparecida Borges DMAE Poços de Caldas Jerusa Franco Silva Ribeiro SABESP Alex Henrique Veronez SeMAE S.J.Rio Preto SP Luiz Guilherme P. Braga ASSEMAE Aparecido Hojaij FIEMG Odorico Pereira de Araújo ALCOA Renato Nogueira Pizol FIESP Paulo Cassim CIESP S.J. Rio Preto Débora Riva Tavanti Morelli CIESP- Ribeirão Preto Adriano Melo Vale Fertilizantes S.A. Giovani Luiz de Melo Sind. Prod. Rurais Uberaba Gustavo Ribeiro Mendes Sind. Prod. Rurais Cássia Domingos Inácio Salgado Sindicato Rural Rib. Preto Genésio Abadio Paula e Silva SIRVARIG Caio Penna Martins Ass. Forn. Cana da Região de Catanduva Thaísa Helena Serpa CEMIG Geração e Transmissão Dênio Drummond Procópio Internacional Paper Brasil Wanderlei Eduardo Peron CHIMAY Empr. Part. Igor Mendonça de Rezende FIEMG Regional Vale do Rio Grande Threyse K. Barbosa Silva CREA - MG Maria Isabela de Souza Universidade Fed. Lavras Gilberto Coelho Ass. Eng. Arq. Agrônomos Região de Franca Ângela Maria Pimenta IEA TM Ricardo Caetano de Lima Grupo Ec. Geração Verde Ricardo Urias de Souza AEARSA Wander Rodrigues Machado SODERMA Paulo Finotti GEA Marcos José Lomonico ABES Marco Aurélio Ribeiro ADISMIG José Edilberto Silva Resende AEARSI Celem Mohalem APS Ass. Poços Sustentável Terezinha Couto Instituto SuperAção Stella Souza Guida IRIS Inst. Rio Sto. Antônio Adriano Valério Resende ANGÁ Pollyana Custódio Duarte ASSEA- Ass. Eng. Arq. Agr. de Andradas Ângela M.M.M. Santos Grupo Ecológico Olho D´água Benedito Martins Filho Instituição Ed. Ecol. Amigos Rio Canoas Ricardo Faleiros de Sousa ABAS Cristiane Guiroto Relação dos Membros da Plenária Com Ausência Justificada Entidade Nome Ministério Minas e Energia João Daniel A. Cascalho FAFRAM Rosângela K. J. Bonichelli FIEMG Regional Sul Carlos Renato Viana CONVIDADOS João Cabrera Filho Fábio F. M. Sousa Laura B.S. Lima Rita de Cássia Sarafian Gleiciele A. Silva Inácio Cláudio Daher Garcia Wagner M.C. Villela Renato Pizzi Rossetti Edgar Machado Tânia Regina Dias da Silva Aída Andreazza Célia Alves da Silva Daniel Thá Hormando M.M. Hedo Ângela Maria Luz Constantino T. Fraga Maria Lúcia D. Oliveira Ceci K. B. de Cáprio João da Silva Ferrão Rodnei Barbosa Correa Paulo Mauad Galhardo Rosana de Lourdes T. Ramos Jeremias Samuel da Mota Eduardo Barcellos Dutra Carmen Lúcia Vergueiro Shirley Zogby Paula e Silva Flávia Darre Barbosa Márcio R. R. Freitas Aos dezessete dias do mês de novembro de 2016, nas dependências da Casa Geraldo Vinícola Campino Fazenda São Geraldo Jaguari, Andradas/MG, realizou-se, em segunda chamada, a 11ª Reunião Ordinária do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio 5 Grande, registrando-se a participação de 79 pessoas, entre representantes dos Municípios, da Sociedade Civil, dos Usuários de Recursos Hídricos, e dos Governos dos Estados de São Paulo e Minas Gerais,

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Minuta de Ata Completa da 11ª Reunião Ordinária do Comitê da Bacia Hidrográfica do

Rio Grande, realizada em Andradas - MG, em 17/11/2016.

Página 1

Relação dos Membros da Plenária - Presentes

Entidade Nome

IGAM Januária da Fonseca

Malaquias

Secretaria de Estado de

Agricultura, Pecuária e

Abastecimento – MG

Leonel Sátiro de Lima

DAEE Hélio Cesar Suleiman

CETESB Marcus Vinicius L. Silva

CETESB Amauri da Silva Moreira

Secr. Agricultura e

Abastecimento - SP Michel Golfetto Calixto

Secr. Saúde Est. São

Paulo

Rosângela Rodriguez

Martins

P.M. de Carmo do Rio

Claro Evaldo Bento de Melo

P.M. de Cambuí Renato de Oliveira Aguiar

P.M. de Andradas Antonio Carlos Sales

P.M. de Uberaba Marco Túlio M.B. Prata

P.M. de Catanduva Patrícia Cláudia D. Salles

COPASA Luiz Eduardo C. Gomes

CODAU Ivone Aparecida Borges

DMAE – Poços de Caldas Jerusa Franco Silva

Ribeiro

SABESP Alex Henrique Veronez

SeMAE – S.J.Rio Preto –

SP Luiz Guilherme P. Braga

ASSEMAE Aparecido Hojaij

FIEMG Odorico Pereira de Araújo

ALCOA Renato Nogueira Pizol

FIESP Paulo Cassim

CIESP S.J. Rio Preto Débora Riva Tavanti

Morelli

CIESP- Ribeirão Preto Adriano Melo

Vale Fertilizantes S.A. Giovani Luiz de Melo

Sind. Prod. Rurais

Uberaba Gustavo Ribeiro Mendes

Sind. Prod. Rurais Cássia Domingos Inácio Salgado

Sindicato Rural Rib.

Preto

Genésio Abadio Paula e

Silva

SIRVARIG Caio Penna Martins

Ass. Forn. Cana da

Região de Catanduva Thaísa Helena Serpa

CEMIG Geração e

Transmissão

Dênio Drummond

Procópio

Internacional Paper

Brasil Wanderlei Eduardo Peron

CHIMAY Empr. Part. Igor Mendonça de Rezende

FIEMG – Regional Vale

do Rio Grande Threyse K. Barbosa Silva

CREA - MG Maria Isabela de Souza

Universidade Fed. Lavras Gilberto Coelho

Ass. Eng. Arq.

Agrônomos Região de

Franca

Ângela Maria Pimenta

IEA – TM Ricardo Caetano de Lima

Grupo Ec. Geração

Verde Ricardo Urias de Souza

AEARSA Wander Rodrigues

Machado

SODERMA Paulo Finotti

GEA Marcos José Lomonico

ABES Marco Aurélio Ribeiro

ADISMIG José Edilberto Silva

Resende

AEARSI Celem Mohalem

APS – Ass. Poços

Sustentável Terezinha Couto

Instituto SuperAção Stella Souza Guida

IRIS – Inst. Rio Sto.

Antônio Adriano Valério Resende

ANGÁ Pollyana Custódio Duarte

ASSEA- Ass. Eng. Arq.

Agr. de Andradas Ângela M.M.M. Santos

Grupo Ecológico Olho

D´água Benedito Martins Filho

Instituição Ed. Ecol.

Amigos Rio Canoas Ricardo Faleiros de Sousa

ABAS Cristiane Guiroto

Relação dos Membros da Plenária

Com Ausência Justificada

Entidade Nome

Ministério Minas e

Energia João Daniel A. Cascalho

FAFRAM Rosângela K. J. Bonichelli

FIEMG – Regional Sul Carlos Renato Viana

CONVIDADOS

João Cabrera Filho Fábio F. M. Sousa

Laura B.S. Lima Rita de Cássia Sarafian

Gleiciele A. Silva Inácio Cláudio Daher Garcia

Wagner M.C. Villela Renato Pizzi Rossetti

Edgar Machado Tânia Regina Dias da Silva

Aída Andreazza Célia Alves da Silva

Daniel Thá Hormando M.M. Hedo

Ângela Maria Luz Constantino T. Fraga

Maria Lúcia D. Oliveira Ceci K. B. de Cáprio

João da Silva Ferrão Rodnei Barbosa Correa

Paulo Mauad Galhardo

Rosana de Lourdes T.

Ramos

Jeremias Samuel da Mota Eduardo Barcellos Dutra

Carmen Lúcia Vergueiro Shirley Zogby Paula e Silva

Flávia Darre Barbosa Márcio R. R. Freitas

Aos dezessete dias do mês de novembro de 2016, nas

dependências da Casa Geraldo Vinícola Campino –

Fazenda São Geraldo – Jaguari, Andradas/MG,

realizou-se, em segunda chamada, a 11ª Reunião

Ordinária do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio 5 Grande, registrando-se a participação de 79 pessoas,

entre representantes dos Municípios, da Sociedade

Civil, dos Usuários de Recursos Hídricos, e dos

Governos dos Estados de São Paulo e Minas Gerais,

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Minuta de Ata Completa da 11ª Reunião Ordinária do Comitê da Bacia Hidrográfica do

Rio Grande, realizada em Andradas - MG, em 17/11/2016.

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conforme “Relação dos Membros do Plenário 10

Presentes” apresentada e Convidados. 1.

Composição da Mesa Dirigente: Após a recepção

aos presentes através da Secretária Executiva do CBH

Grande, Maria Isabela de Souza, representante do

CREA- MG convidou os presentes para dar início à 15

11ª Reunião Ordinária do Comitê da Bacia

Hidrográfica do Rio Grande. Informando o quórum

de 37 conselheiros votantes em 2ª chamada, às

09h30min. Convido para compor a Mesa o Sr. Hélio

César Suleiman, Presidente do CBH Grande 20

representando o Departamento de Águas e Energia

Elétrica (DAEE - SP). Justifico a ausência da Sra.

Mônika Bergamaschi, 1ª Vice-Presidente do CBH

Grande e representante da Associação Brasileira do

Agronegócio – ABAG, da região de Ribeirão Preto – 25

SP, a mesma está em compromisso de trabalho;

convido o Sr. Odorico Pereira de Araújo, 2º Vice-

Presidente do CBH Grande e representante da

Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais –

FIEMG; eu, Maria Isabela de Souza, Secretária 30

Executiva do CBH Grande e representante do

Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de

Minas Gerais (CREA – MG). Convido para compor a

Mesa a Sra. Januária da Fonseca Malaquias,

Coordenadora da Câmara Técnica de Integração – 35

CTI, do CBH Grande e representando o Instituto

Mineiro de Gestão das Águas – IGAM; convido o Sr.

Adriano Melo, Coordenador da Câmara Técnica

Institucional e Legal – CTIL, do CBH Grande e

representando o Centro das Indústrias do Estado de 40

São Paulo – CIESP. Convido para a compor a Mesa a

Sra. Ângela Maria Martins Marques dos Santos,

Secretária Assistente e representando a Associação

dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de

Andradas – MG (ASSEA). 2.0 Abertura: passando a 45

palavra ao Presidente, Sr. Hélio que deu as boas-

vindas, agradecendo ao conselheiro Antônio Carlos

Sales pela organização do espaço em Andradas.

Dando início aos trabalhos nesse momento declaro

aberta a 11ª Reunião Ordinária do Comitê da Bacia 50

Hidrográfica do Rio Grande, e, abro a palavra à

Mesa Diretora, 2º Vice-Presidente Odorico que

cumprimentou os presentes, agradeceu ao Conselheiro

Antônio Carlos Sales pelo local disponibilizado para a

reunião e desejou que o trabalho seja produtivo. O Sr. 55

Hélio cumprimentou os Coordenadores: da Câmara

Técnica de Integração, a Januária que representa o

Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM,

Coordenador da CTI, o Advogado Dr. Adriano Melo,

representante CIESP, que coordena a Câmara Técnica 60

Institucional e Legal. Cumprimentou a Sra. Ângela

Marques, Secretária assistente, passando-lhe a palavra,

onde a mesma cumprimentou os presentes ressaltando

a importância geográfica da escolha de Andradas para

essa reunião. O Sr. Presidente solicitou que os 65

coordenadores das Câmaras técnicas se apresentassem

a Plenária. Januária da Fonseca Malaquias, do IGAM

e Coordenadora da CTI, cumprimentou aos presentes

informando a retomada do IGAM com uma postura

proativa diante da gestão de recursos hídricos, 70

colocando-se bastante otimista no desempenho da

integração entre os Estados. O Sr. Adriano Melo,

CIESP Ribeirão Preto e Coordenador da CTIL

cumprimentou os presentes informando da

necessidade em se criar rotinas para os trabalhos do 75

CBH Grande e que nos próximos anos o trabalho a ser

desenvolvido contará com a dedicação de todos os

membros da CTIL. 3.0 Expediente da Secretaria

Executiva: reforçou a informação de 37 membros

votantes. Com a apresentação da pauta, feita uma 80

abertura, às 9:10 Apresentação do Plano Integrado

de Recursos Hídricos do Grande pelo GT-Plano e

pela ANA, às 9:45 Discussão e Encaminhamentos,

às 10:15 Assuntos a Deliberar. Dentre os assuntos,

temos a apreciação da Ata da Reunião anterior, 6ª 85

Reunião Extraordinária, Ribeirão Preto – SP,

Deliberação CBH Grande nº 28/2016 “Ad

Referendum”) “Aprova a celebração do Pacto para a

Gestão Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia

Hidrográfica do Rio Grande”; Deliberação CBH 90

Grande nº 33/2016 (“Ad Referendum”) “Dispõe

sobre a criação, composição e atribuições da

Comissão Eleitoral para o processo de preenchimento

das vagas remanescentes do Comitê da Bacia

Hidrográfica do Rio Grande, Gestão 2016/2020”; 95

Deliberação CBH Grande nº XXX/2016 – “Aprova

o Relatório Anual de Atividades de 2016 do Comitê de

Bacia Hidrográfica do Rio Grande – CBH Grande”;

Deliberação CBH Grande nº XXX/2016 – “Aprova

o Diagnóstico Integrado de Recursos Hídricos do 100

CBH Grande – PIRH Grande e dá outras

Providências.” Em seguida, vai ser apresentado o

Programa Nacional de Fortalecimento dos Comitês

de Bacias Hidrográficas – PROCOMITÊS _ ANA;

Discussão e Encaminhamentos; Alguns Informes; 105

Outros Assuntos e previsão de Encerramento para

as 13:00h. Convidada a Coordenadora do GT-Plano

para as suas considerações, Sra. Débora Riva Tavanti

cumprimentou os presentes e apresentou um histórico

detalhado sobre o trabalho do GT Plano no 110

acompanhamento da elaboração do PIRH Grande.

Apresentação do Plano Integrado de Recursos

Hídricos do Grande pelo GT-Plano e pela ANA Edgar Machado, da Agência Nacional das Águas -

ANA: cumprimentou os presentes e iniciou a 115

apresentação ressaltando sobre o acompanhamento

que é feito pela ANA na elaboração do plano junto a

empresa ENGECORPS. Reafirmando a informação da

Débora, fez um breve histórico que ao longo do ano de

2015 e inicio desse ano, foi discutido no âmbito do GT 120

o Diagnóstico preliminar que foi apresentado por meio

das notas técnicas, de acordo com os temas que elas

abordam, e a partir do momento que a ENGECORPS

foi contratada, dentro do Plano de Trabalho deles

estava incluído uma etapa de consolidação com todas 125

aquelas informações que estavam materializadas nas

notas técnicas, e eventualmente foram solicitadas

algumas atualizações, outras complementações, e até

mesmo alguns dados novos que a ENGECORPS

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Minuta de Ata Completa da 11ª Reunião Ordinária do Comitê da Bacia Hidrográfica do

Rio Grande, realizada em Andradas - MG, em 17/11/2016.

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levantou. Então esse material foi apresentado no 130

documento do Diagnóstico consolidado, e discutido no

âmbito do GT também, já nesse ano de 2016. O foco é

na criação de bases que forneçam subsídios para as

próximas etapas do Plano, Prognóstico, Plano de

Ações e o Manual Operativo, e em termos de 135

conteúdo o nosso Diagnóstico aborda a caracterização

temática da Bacia, é basicamente uma compilação das

notas técnicas envolvendo aspectos físicos, bióticos,

sócio-econômicos, legais, institucionais e,

complementarmente, uma análise integrada dos planos 140

de bacias afluentes, do ponto de vista de suas

potencialidades, dos problemas e ações propostas,

abordamos também no Diagnóstico, em termos de

revisão do conteúdo, a disponibilidade hídrica

quantitativa e qualitativa. Ressaltando que para 145

elaboração do Plano do Grande foi usada uma

metodologia bastante inovadora, principalmente em

termos de escala, de trabalho de 1:50.000. As

informações sobre quantidade e qualidade de água,

suas demandas foram espacializadas nessas 150

microbacias, bem como a análise integrada do

Diagnóstico. Gerando a análise das demandas hídricas

e a partir do confronto entre a disponibilidade e as

demandas, os balanços hídricos, tanto quantitativo

quanto qualitativo, fechando o Diagnóstico com a 155

análise integrada dos temas que o compõem.

Permitindo, a partir dos diversos temas abordados no

Diagnóstico a seleção de algumas variáveis que

causam impacto tanto na quantidade de água, quanto

na qualidade, organizando em agendas temáticas, de 160

acordo com as características dos temas envolvidos,

sendo 5 agendas no total: ‘agenda laranja’ para o tema

de agropecuária, ‘agenda marrom’ para saneamento,

‘agenda cinza’ para a indústria e mineração, ‘agenda

verde’ para conservação ambiental, ‘agenda azul’ para 165

recursos hídricos. Por fim, ao final dessa análise das 5

agendas, as informações foram consolidadas em 2

mapas-sínteses, que tentam captar o que de fato tem

causado impacto nos recursos hídricos da Bacia.

Sendo um processo interativo feito por meio de um 170

software estatístico, que estabelece, comparando as

variáveis um peso respectivo para cada uma de acordo

com o grau de impacto que ela teria sobre os recursos

hídricos dentro daquela respectiva agenda. Essas

informações especializadas nas microbacias 175

constituem a base da informação utilizada no Plano,

podendo organizá-las tanto por UGH, ou por regiões

críticas. Finalizando a apresentação com informações

dos pontos críticos na Bacia que podem ser

observados no material no Plano disponibilizados no 180

site pirhgrande.ana.gov.br. Neste momento o

Sr. Presidente convidou a Coordenadora do GT-Plano,

a Débora, para fazer parte da Mesa e a Aída

Andreazza, que é Engenheira Civil, Mestra em

Ecologia, da ENGECORPS e que está como 185

Coordenadora do Plano Integrado pela empresa. O

Presidente solicitou que os questionamentos sejam

feitos em bloco e com inscrição com nome e Entidade

que representa. Foram inscritos: Benedito Martins

Filho, Grupo Ecológico Olho D`agua. Ângela 190

Pimenta. João Ferrão, ADISMIG. Renato Aguiar,

Prefeitura de Cambuí, Polyanna Custódio Duarte,

ONG Angá: “no 1º item, logo após a introdução, na

questão da caracterização biótica, eu gostaria de saber,

há um mapa sobre as áreas de ictiofauna, e não foi 195

considerado o Atlas da Biodiversidade Minas Gerais,

o Atlas da Biodiversitas, considerou-se um outro mapa

de áreas prioritárias onde foi colocado os dados da

Biodiversitas, mas especificamente o mapa da

biodiversidade da Biodiversitas em relação à 200

ictiofauna não foi considerado. O que eu vi foi alguns

dados do Turvo, deixa eu ver o mapa aqui, será que dá

para colocar o mapa para a gente, ou melhor, só para

contextualizar, não?” Débora: “Polyanna, com licença,

você está falando com relação à apresentação dele 205

(Edgar) ou o produto todo que está disponível?”

Polyanna: “O produto todo.” Débora: “Tá, do

relatório, a Versão III, que está disponível no site”

Polyanna: “A que está disponível para os membros do

Comitê, não do GT. O mapa da Biodiversitas usa uma 210

variável a ictiofauna. Mas tem um mapa específico

para a ictiofauna, onde são considerados 4 outros

trechos de rios que não foram colocados no mapa da

área de ictiofauna aqui da Bacia do Grande, então

acaba com que submostrado, se bem que foi 215

considerado berçário, tem a reprodução, mas o Atlas

considera vários outros tipos de pressão para a

ictiofauna que não foi considerado, então você acaba

como que submostrou 4 áreas que não foram

colocadas, que são extremamente importantes, 220

inclusive são alvo de deliberação do COPAM Minas

Gerais, se eu não me engano a 55/2002. Uma outra

coisa também é a questão dos ecossistemas aquáticos,

a gente considera não só a questão de ictiofauna ou de

bentônicos, a gente também tem que considerar 225

algumas outras espécies, um outro grupo como aves,

que usam o ambiente. E tem uma espécie criticamente

ameaçada que é o Aracuá Pintado, ele é um tipo de

Jacú, lembra o Jacú, ele é criticamente ameaçado e só

ocorre no Turvo, especificamente. Então tem um 230

registro muito importante, eu posso passar depois o

trabalho, já é publicado, de um professor da UFMG,

eu posso passar o link, porque é assim, a gente no

Paranaíba nós temos um caso, por exemplo, que é o

Pato Mergulhão, que é considerado no Plano do 235

Paranaíba como um todo. Então você tem de colocar

sobre o manejo. A última coisa, há uma divergência

em relação à questão de geração de energia, quando

você apresenta os dados lá na Tabela, coloca que o

Turvo e o Pardo não têm ameaças, mas quando você 240

considera o mapa da ictiofauna de espécies raras e

endêmicas, tem uma pressão, são espécies raras e

endêmicas, têm que ser consideradas na hora de

instalar o empreendimento. Então, ou foi considerado

só as Unidades de Conservação, como pressão, ou tem 245

que colocar que áreas prioritárias, os peixes têm uma

pressão sobre a instalação de um empreendimento

hidrelétrico.” Edgar: “Bom, em relação ao estudo da

Biodiversitas, a gente está inclusive com o Relatório

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Rio Grande, realizada em Andradas - MG, em 17/11/2016.

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aberto aqui, ele foi uma das principais fontes de 250

informação em relação ao tema da ictiofauna do

Diagnóstico, aquelas áreas que foram mapeadas,

alguns trechos de rios que foram críticos,

principalmente para a reprodução, elas estão citadas

no Relatório.” Polyanna: “Eu posso fazer intervenção 255

já? Porque eu olhei no mapa fazendo a comparação,

são 4 áreas, no mapa de área prioritária tem os

números 95, 96, 108 e 109. Quando você vai

especificamente na área do mapa de ictiofauna, são os

trechos 31, 30...” Edgar: “Qual mapa você está 260

falando?” Polyanna: “De áreas prioritárias, do

Diagnóstico completo. Abre lá, por isso que eu pedi

para abrir para não dar confusão. Vai em Diagnóstico

Geral, se eu não me engano é a página 28. Ou 33.”

Odorico pede a palavra: “Odorico, FIEMG, 265

representante, Vice-Presidente do Comitê, eu só

queria fazer um questionamento, eu acho, Polyanna,

que o seu questionamento é muito pertinente e ao

mesmo tempo, muito complexo. Eu acho que esse

tema que você está colocando, eu acho que ele é de 270

extrema..., tem que ter um extremo cuidado para estar

fazendo alguma análise nessa plenária aqui. Eu acho

que você deveria ser convidada para estar participando

(Edgar sugere o encaminhamento para o GT) da

próxima reunião para que possa atender à sua 275

solicitação e ver o que pode ser feito. Eu acho que é

muito complexo, eu entendo o seu...” Polyanna

interrompe: “Eu entendo que é complexo, Odorico a

gente tem uma deliberação que a gente vai aprovar

hoje. Eu acho que a gente tem...” Sr. Presidente: “Eu 280

sei Polyanna, no momento da deliberação..., eu acho

que o que está em pauta aqui agora é acerca dos

trabalhos, então assim, a deliberação ainda não está

colocada em discussão. Então, eu acho que talvez num

momento oportuno, você se coloque, positiva ou 285

negativamente, você vai ter um tempo para isso, e a

sugestão, é uma solicitação, que se a gente for

começar a trabalhar os temas muito mais específicos,

considerando que há um GT – Plano para o tema, que

isso foi feito consultas, eu gostaria até que...” 290

Polyanna interrompe o Sr. Presidente: “eu gostaria até

de saber como é que foi feita a consulta, por exemplo,

para os conselheiros fora do GT e como eles

contribuíram...” Sr. Presidente: “Tá bom, Polyanna,

calma, tá, a Coordenadora te responde como isso..., 295

então é isso que a gente gostaria, acho que as

perguntas deveriam ter vindo nesse sentido e nas

questões mais técnicas, depois você passa o seu nome,

por gentileza, com o contato e venha para o GT, tá

bom? A consulta, o questionamento é mais sobre a 300

consulta...” Débora: “Polyanna, nós..., a gente estava

acertando aqui e eu acho que a forma, não é, porque as

oficinas ocorreram em cada um dos afluentes, então

nós tivemos 14 oficinas, agora eu não lembro o mês

que foi, se foi agosto, julho, mas tiveram 14 oficinas 305

que era o momento de levar as contribuições e, as

pessoas que estão na base nos comitês trazerem essas

informações, mas não quer dizer que agora a gente vá

falar para você, não, não vai entrar no relatório e não

vai dar para contribuir. Só que eu não vejo essa 310

pertinência de discussão nesse momento, então eu

queria pedir para você encaminhar para o GT, pode

ser para o meu e-mail pessoal ou para a Secretaria

Executiva, e aí na próxima reunião do GT a gente vê

essa possibilidade de alterar. Se tiver estudo que 315

contribua e tudo o mais, então mande, várias pessoas,

conforme a gente ia apresentando em outras plenárias

ou nas câmaras, iam mandando material para

contribuir, então extremamente válido o seu

posicionamento, mas a gente gostaria de ter esse 320

acervo também para dar uma olhada, então se você

puder encaminhar, inclusive mandar também as suas

considerações conforme você foi falando aqui, então a

figura tal, da página tal, só para a gente ver certinho

do que se trata. É porque, em função da pauta, não há 325

tempo de abrir o documento e fazer essa correção

como a gente faz no GT. Não cabe ao plenário, senão

vai desmotivar, o pessoal vai levantar e vai embora,

então eu acho que a melhor forma, só para eu

organizar, para dar andamento e não parar a plenária, 330

que aqui não é o momento, eu queria solicitar que

você me encaminhasse e também à Secretaria

Executiva, e na próxima reunião do GT é até

pertinente a sua participação, está aberto aí para a

gente receber essas contribuições.” Polyanna: “Aí eu 335

não entendo porque se foi colocada uma apresentação

no Comitê a respeito do Diagnóstico, aí você não vai

poder contribuir na medida que tem algum..., aí

submostrou, não é, acho que teria que abrir e mostrar,

eu tenho o dado aqui e, olha, o dado da Biodiversitas 340

não foi considerado para a área de ictiofauna, é fato,

eu posso abrir aqui o mapa para vocês e fazer

comparação... É fato, então eu vou fazer essa

avaliação, quando que que vai voltar para o GT?

Porque nós estamos aprovando o conteúdo aqui 345

também... A partir do momento que faz a avaliação da

deliberação, a gente está aprovando o Diagnóstico

aqui, tudo bem que lá no finalzinho pode ter algumas

modificações, mas muito pequenas... Porque se você

inserir esses dados, por exemplo, da parte de 350

ictiofauna, você faz um novo planejamento para

determinada região da Bacia.” Sr. Presidente:

“Polyanna, de novo, a gente entende isso, então o que

a Débora está colocando e eu coloquei para você

também e coloco para o plenário, nós temos uma 355

pauta extensa, e assim, não que o assunto não seja

pertinente, é que ele está ‘atemporal’, como a Débora

bem lembrou, foram feitas 14 oficinas regionais, onde,

nas 14 oficinas, foi apresentado um produto, e foi

levantado esses questionamentos, não que..., o assunto 360

é importante, entretanto ele está atemporal, é a ú nica

coisa que a gente gostaria que você entendesse, então

assim, agora, se você puder deixar esse assunto, ou

para a hora que você for na deliberação você se

posiciona realmente em termos da deliberação, e as 365

contribuições, eu acho que você já está bem alinhada

com todas as marcações, encaminhar, tanto para a

empresa avaliar e colocar e te dar um retorno, que a

gente não tem deixado ninguém sem respostas, então é

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Minuta de Ata Completa da 11ª Reunião Ordinária do Comitê da Bacia Hidrográfica do

Rio Grande, realizada em Andradas - MG, em 17/11/2016.

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isso, simplesmente um pedido para a gente não 370

prolongar mais esse assunto do que ele já está aqui no

tempo.” Polyanna: “Eu vou só fazer uma colocação

rapidinho: nós somos um Comitê de Bacia federal; se

a gente, dentro de plenária, não discutir nosso Plano

que é o nosso instrumento de gestão principal...” Sr. 375

Presidente: “É que há fórum específico para isso,

Polyanna, é isso que eu quero que você entenda...”

Polyanna: “Hélio, mas é na plenária, estamos todos

reunidos aqui...” Sr. Presidente: “Você está coberta de

razão, calma, o que eu estou dizendo para você é que 380

esse assunto, primeiro que ele é de um nível técnico

que a gente não vai ter como abordar aqui agora, é

isso que eu estou dizendo para você. É só isso, ele está

num nível técnico que nós não temos condições de

abordar agora. Então, eu estou pedindo para você um 385

momento, não um momento para a frente mas, num

momento oportuno, momento adequado, num fórum

mais adequado. Então, que ninguém vai deixar você

sem a resposta ou sem a discussão, está posto, está

gravado, então isso está registrado. Esse 390

posicionamento está posto, o que a gente está

colocando para você é: devido à complexidade, existe

fóruns, existe momentos mais oportunos. Então, é só

isso.” “Wagner Villela, eu sou..., estou Coordenador

de Planos lá da Agência Nacional de Águas. Acho que 395

é mais uma palavra, viu Polyanna, no sentido de

tranquilizar, no meu ponto de vista você tem toda a

razão, mas vai ter um momento..., essas demandas

suas só servem a um propósito de estar no Diagnóstico

ou a um propósito principal: você discordar antes de 400

eu acabar uma frase, é você nem querer conversar, fica

muito difícil. Serve a um propósito, principalmente

para a definição de áreas com restrição de uso. Você

trabalha com isso, você sabe. Nada impede que

mesmo não estando nesse que já foi longamente 405

discutido e você identificou que tem uma lacuna a ser

preenchida, que no momento que seja demandada essa

lacuna que você está preenchendo, seja

complementada. O que eu estou querendo te dizer é

que isso, se a gente for..., é a experiência de outros 410

trabalhos que a gente fez, a cada momento, a cada

reunião, atualizando os dados de plano e novas

informações que forem chegando, a gente não termina

nunca nem o Diagnóstico. Então é uma etapa, essa sua

contribuição vai ser fundamental agora no Plano de 415

Ações, na montagem. Vai ter um programa que é para

identificações estudo de áreas com restrição de uso,

sujeito da restrição de uso. Essa informação sua

encaixa perfeitamente nesse momento. Para você não

ficar preocupada disso não ser atendido ou de ficar só 420

no ar, mas eu acho que tem um momento que é muito

pertinente que é exatamente na etapa que a gente está

começando agora. Está bom? Não sei se te atende, não

sei se para você fica ok...” Polyanna: “Ok, eu vou

concordar tá, ficou registrado aqui, se tiver algum 425

problema, posteriormente a gente vai conversar, mas

eu assim, eu não acho que tem que menosprezar a

situação, o único e exclusivamente..., área de restrição

é um ponto muito importante no Plano, porque você

vai interferir em várias outras situações, inclusive 430

licenciamento. Então você tem..., apesar do Plano ser

Plano de Recursos Hídricos, você tem uma certa

interferência no licenciamento. Por isso que eu insisti

nessa questão, nós estamos com um Plano de Gestão

da Bacia e é aquela situação, tudo que está escrito..., 435

não, não está escrito, então nós não vamos seguir isso.

Então, se é um amadurecimento, que nem o Edgar

falou, a gente tem outras situações e outras bacias com

brigas ferrenhas, inclusive tem pelo menos 10 anos.

Então assim, se tem o compromisso aqui de que vai 440

incluir os dados, tudo bem, a questão é ah, vai incluir

e não inclui, depois dá aquelas brigas ferrenhas para a

frente.” Sr. Presidente: “Como diz o Wagner, não sei

se te tranquiliza ou não, mas fique tranquila porque

primeiro que a Diretoria tem um cuidado muito grande 445

com relação à questão do Plano e a gente não iria

aprovar um documento que nós não tivéssemos

condições de cumprir ou que não tivesse pertinência.

Segundo, que a Coordenação do GT-Plano, está na

mão de uma pessoa extremamente competente. 450

Terceiro, que nós temos agora, eu acho que pela

própria formação da Mesa, você está vendo que além

do GT-Plano, nós estamos alocados com as duas

câmaras técnicas, então fique tranquila, que vai sair do

jeito que tem que ser. “Então passe as suas 455

contribuições...” Edgar, da ANA, interrompe: “Eu

reitero que ela envie, pode enviar por escrito e tal,

para a Débora ou para mim, ou para os dois também,

para a gente receber essa contribuição tua no momento

ali da definição das ações, definição de áreas de 460

restrição, a gente leva em consideração essa

contribuição que veio dela.” Sr. Presidente: “Podemos

avançar?” “Meu nome é Ângela, sou representante da

ASSEA, que é a Associação dos Engenheiros aqui de

Andradas. Engenheiros e companheiros, eu, para ser 465

mais rápida eu escrevi porque eu costumo falar um

pouco demais. Então, eu vou ler essa manifestação:

‘Senhores Conselheiros, Diretoria Colegiada e

demais presentes a essa plenária. Nesta reunião, com

orgulho e satisfação, é colocado o Diagnóstico 470

Preliminar do Plano Integrado de Recursos Hídricos

do Comitê da Bacia do Rio Grande para aprovação

desta plenária. Inicialmente gostaria de parabenizar o

Grupo de Trabalho do Plano, que diligentemente

analisou e discutiu o alentado volume de 552 páginas 475

que compõe o documento Produto Parcial PPI-02 do

Diagnóstico. Agradecer à ANA e em especial aos seus

técnicos, que não pouparam esforços para estarem

presentes nas reuniões do Grupo de Trabalho.

Gostaria, a título de contribuição, talvez não para 480

incorporação neste Diagnóstico Preliminar, mas ao

que se segue, no Prognóstico, que alguns pontos

pudessem ser abordados. São eles: uso do solo por

passivos ambientais; temos, como é do conhecimento

da comunidade das bacias, alguns passivos 485

ambientais. Entre eles, a título de exemplos, podemos

citar: Barragens de contenção de mineração na

região de Nazareno, lagos de contenção de indústrias

de alumínio em Poços de Caldas, depósitos de

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produtos químicos de caracterização desconhecida, 490

que foram transportados do Estado de São Paulo para

Inconfidentes, e outros mais. Vale destacar que aqui

na Bacia do Rio Pardo, nos limites dos municípios de

Poços de Caldas, Andradas e Caldas, bem pertinho

daqui, a menos de 40 quilômetros, temos a 495

paralisação das atividades de extração de urânio das

Indústrias Nucleares Brasileiras – INB. Trata-se de

área de mineração, planta industrial utilizada na 1ª

transformação do minério, estoque da denominada

“Torta 2” proveniente de São Paulo. Em resumo: no 500

que tange à antiga planta industrial, temos uma

barragem de rejeitos líquidos cuja crista é voltada

para o Rio Verde, que corre para o Distrito de

Pocinhos do Rio Verde, em Caldas, para desaguar no

Rio Pardo. No tocante à mineração, podemos, a 505

grosso modo, indicar 2 vales atulhados de rejeito e

estéreo, provindos da lavra e que, por conter pirita e

seus minerais, a geração de drenagem ácida

carreando os demais elementos radioativos. Esta

drenagem é levada à antiga cava, de 1quilômetro de 510

largura por 200 metros de diâmetro. Nesta cava existe

um lago de 26 metros de profundidade, de água ácida

e rejeitos do efluente de tratamento, rico em cal e

metais pesados. Estima-se que 60% deste lago já se

encontra assoreado. Estas águas, após dito 515

tratamento, é vertida para a Barragem de Águas

Claras, localizada na Bacia do Ribeirão das Antas,

claramente indicado como um rio federal, cuja

denominação também pode ser Lambari, considerado

neste Diagnóstico como um rio federal, que por sua 520

vez deságua no Rio Pardo. Quanto aos depósitos da

denominada “Torta 2”, que é o resíduo rico em tório,

urânio e outros radiativos, estes se encontram

estocados em piscinões de concreto no solo, ou em

bombonas seladas em galpões. (O Sr. Presidente avisa 525

à Sra. Ângela que ela só tem 3 minutos para

conclusão). Ângela: “Estou terminando aqui. Esse

material utilizado na antiga USAM, Usina Santo

Amaro, de São Paulo, que processava areia

monazítica, para a estação de terras raras. 530

Importante ressaltar, senhores, que atualmente já se

cogita captar água do Rio Pardo para abastecimento

da cidade de Ribeirão Preto. O uso do solo para

acondicionamento de rejeitos em situação de

perenidade, traz um risco potencial para as águas 535

tanto superficiais como subterrâneas, que deveria ser

objeto de gestão por parte do Comitê. Não é

necessário citar o caso de Mariana e a ausência de

gestão dos comitês envolvidos.” “Senhor Presidente,

eu solicito um pouquinho mais de tempo, visto que 540

não vai dar via discussão por minha parte, como fez

Polyanna, rapidamente eu vou ler o segundo... de

demanda.” Sr. Presidente: “Eu gostaria que você

concluísse, pelo seguinte, nós temos mais 1, 2 ,3, 4 e

de novo, nós temos uma pauta, então conclua o que 545

você..., eu acho que o documento já foi protocolado,

então conclua com o encaminhamento, fazendo o

favor.” Ângela: “Por favor, o encaminhamento é que

isso seja apreciado na próxima fase já do

Prognóstico... O que..., aqui é um tema bastante 550

complexo, que é o das águas minerais ou potáveis de

mesa, como água subterrânea. Ela não foi computada

no Balanço Hídrico. Em que pese a dominialidade, em

que pese a questão do diploma de outorga de lavra, eu

gostaria de sugerir e entender como se retira 555

exploração de água mineral e de mesa do ciclo

hidrológico, estou nessa dúvida faz muito tempo,

talvez uma dúvida que tenha surgida aí no confronto

como geóloga, e eu gostaria só de dizer aos senhores

que nós já tivemos conflitos na Bacia com a 560

exploração da Bonafonte, aqui nessa Bacia, nós

tivemos desabastecimento na cidade de Jacutinga,

porque a empresa Danone fez uma exploração..., isso

é de domínio público, por isso está aqui, é caso de

Promotoria, em que houve rebaixamento do Rio 565

Taquaraçu, que era manancial e foi depressionado,

então a influência dos nossos aquíferos, que são

aquíferos fissurados, de pequena profundidade, eles

têm uma relação com o freático muito rápida, portanto

eu não entendo como esse tipo de exploração..., e esse 570

único exemplo, gente, e nós na Região Sudeste somos

responsáveis por 46% das águas minerais do Brasil.

Somente essa exploração se dá retirando das nossas

águas subterrâneas, 146.600.000 litros de água dita ‘de

mesa’, como uma exploração de mineração comercial. 575

Só para encerrar: a Resolução do CNRH nº 76/2007,

de 16/10/2007, estabelece diretrizes gerais para a

integração entre a gestão de recursos hídricos e a

gestão de águas minerais, termais, gasosas, potáveis,

de mesa, ou destinadas a fins balneários. Eu gostaria 580

que essa Resolução, no aspecto institucional, com um

programa talvez, seja debatida nessa instância tão

importante que é a instância de um comitê federal.

Muito obrigado!” Wagner Villela, da ANA: “Bom,

vou responder, eu aqui de novo, porque ontem a gente 585

conversou, o CAL (Antonio Carlos Salles) apresentou,

viu Ângela, exatamente essa proposição, e..., o CAL

apresentou exatamente esse documento, essa

proposição e a gente discutiu ontem no Grupo as

formas de encaminhamento disso, eu vou começar de 590

trás para a frente, bem resumidamente, não vou entrar

em detalhes, questão de água mineral de mesa e água

subterrânea, isso está um inferno legal, isso é mudança

de lei federal, a gente não tem autonomia nenhuma

para mexer, e existe de forma geral, questão da água 595

subterrânea, eu posso te afirmar com toda a certeza

que a ANA botou no Diagnóstico do Grande a melhor

informação que existe, disponível no Brasil. Qual é o

problema: informação disponível no Brasil de água

subterrânea é insuficiente para rodar balanços hídricos 600

inclusive comparando com água mineral, com

qualquer outra coisa. Esse é um tema que está em

discussão inclusive no Conselho Nacional de Recursos

Hídricos. Então, como recomendação, essa questão de

água mineral o Comitê tem capacidade, no meu 605

entendimento, até o dever de alertar as autoridades

para esses casos que você lançou e o Plano pode

abarcar isso como recomendações. A questão de

mineração: essa foi uma discussão até extensa ontem,

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mas assim a gente ouve, tem uns dados, tem ali a 610

comissão de Poços de Caldas, o que a gente conversou

ontem, há necessidade de se organizar todas essas

informações, de saúde, de monitoramento, de

relatórios técnicos, e de fato montar um documento

para isso ter encaminhamento. Que as informações 615

que sempre chegam e que chegaram durante o Plano,

são sempre muito ‘picadas’. Ah, tem um estudo da

UNICAMP, tem um outro estudo, desde que eu pisei a

1ª vez na Bacia, eu ouvi você e o CAL sempre falarem

dessa questão de radioatividade. Relatório que 620

contemple de fato para o Comitê dar o

encaminhamento, o Plano não vai conseguir fazer esse

relatório. Agora, eu acho que o Plano tem condição de

priorizar um estudo nesse sentido de complementação

de lacunas, e de formatação de um relatório para dar 625

consequência a estas demandas. Acho que esse é o

melhor encaminhamento. Ok? Não sei se atendeu...

“Isso, e pode entrar inclusive, se é identificado como

uma prioridade, como uma prioridade que ela é.”

Ângela: “Wagner, me permita discordar com relação à 630

ausência de dados com relação à explotação de águas

minerais ditas sobre o diploma de outorga de lavra. O

DNPM, no seu Plano Duodecenal de 2010/2030 fez

um levantamento dessas outorgas de lavras e

captações, porque uma outorga pode conter mais de 635

uma captação, tanto que eu citei os dados aí do Plano

Duodecenal, enviei até para a representante da

ABHAS, ela tem esse material, quer dizer, existe um

banco de dados no DNPM que permite dizer o quanto

se explota de água. Não vamos nem falar dos 640

clandestinos, então dá para quantificar. Agora, a gente

de alguma forma..., eu acho que a Resolução CNRH

deve ser fomentada, para que haja integração dessas

políticas, se a gente não fizer, acho que a gente passa

em branco como se não existisse. É o que passa a 645

impressão, lendo as 552 páginas, Wagner, é um

trabalho exaustivo mas de repente a água de mesa não

entra e ela tem uma relação muito direta, foi o caso

que eu citei, uma super explotação deixa uma cidade

inteira sem água, as bombas tiveram que ser retiradas 650

do Taquaruçu e serem passadas para outra fonte, quer

dizer, uma cidade ficou desabastecida, por uma

atividade industrial importante, não estou dizendo que

não seja, mas nós não podemos mais adotar

simplesmente essa postura de o diploma não se refere 655

à outorga do sistema hídrico e então, nós ficamos

quietos. Não é questão de polemizar mas é uma

questão de encarar essa situação no sentido de

‘conserto’, quando vier uma lei federal, olha, a Bacia

do Grande se adiantou e fez um ‘conserto’, inclusive 660

com a ‘76’, olha que coisa interessante, é um ganho,

acho que faltou isso, simplesmente faltou e

176.000.000 de litros/ano para um empreendimento

não é pouca coisa numa bacia desse tamanho que é a

do Taquaruçu. Por outro lado, na hora que a gente vai 665

fazer cobrança, o instrumento de cobrança que é um

instrumento importante de gestão, como nós vamos

explicar que 176.000.000 de litros não vão pagar

porque não é o diploma de outorga de recursos

hídricos, não dá, a população não vai entender, 670

entendeu? Agora, se existe um ‘conserto’, ah não, mas

nós estamos trabalhando para isso, a própria

Associação Brasileira de Águas Subterrâneas já

mandou projeto para o Congresso, isso entra lá e vê

quantos anos fica, mas a gente está aqui com uma 675

iniciativa para resolver nossos conflitos, nós vamos ter

conflitos, então isso Wagner que eu estou pedindo,

que não seja no Diagnóstico Preliminar, que eu

entendo toda a discussão, foi exaustiva, mas que a

gente considere isso como uma proposta de que nós 680

entendemos esse problema. Com relação à INB, eu

conheço a maioria dos técnicos que batalham lá, está

parado, está congelado, ninguém está preocupado com

o descomissionamento, se os Estados de São Paulo e

de Minas entenderem que esta é uma questão 685

pertinente e está registrada no seu Plano, eu tenho

certeza de que nós vamos acelerar

descomissionamento para que a gente possa ter um

pouco mais de tranquilidade. Quem monitora aquela

barragem, como monitora? O que que está saindo, 690

existem “N” dados, a INB tem e a CNEM tem, só não

forneceram.” João Ferrão, da ADISMIG: “... 20 anos

parada sem o descomissionamento. Primeiro: essa

questão aí, agora eu estive conversando com o

Odorico antes da reunião e ele me disse que está tudo 695

certo, essa é a conversa que está se fazendo. Mas a

minha sugestão para a ANA, é que ela faça o seguinte,

está faltando documento, peça à INB, e peça a uma

outra que a Ângela colocou, que é a ALCOA, que

parou as suas atividades e que também tem que fazer o 700

Plano de Descomissionamento, que ela dê informação

à ANA porque ela contaminando as suas águas. Essa é

a minha posição, nós temos que buscar esses dados

para quem tem, é muito grande o processo, eu disse

para o Adriano, na reunião lá, olha, vocês aqui de 705

Ribeirão Preto já devem estar recebendo um

pouquinho de radioativos aqui também, porque essa

contaminação é forte, ah, negociaram com os chineses

para levar essa ‘Torta 2’ e essa coisa toda, acabou, não

tem negócio com a China, a China não quer mais, 710

então tem que se ver isso, é problema dos 2 Estados,

de Minas Gerais sim, mas de São Paulo também,

obrigado.” Maria Isabela: “Seu João, eu posso

considerar esse como o encaminhamento do Sr.?”

João Ferrão: “Não senhora, o encaminhamento que eu 715

quero fazer é outro.” Maria Isabela: “O Sr. quer fazer

de uma vez?” O Sr. João fala sem microfone e não há

captação de áudio, por isso fica sem registro a sua

resposta. Sr. Presidente: “O próximo inscrito... Sr.

Benedito...” Benedito Martins Filho, Grupo Ecológico 720

Olho D´agua: “Eu pertenço a uma ONG em Mococa,

onde a gente produz e distribui voluntariamente em

torno de 30.000 mudas/ano para reflorestamento. Isso

há 12 anos. E nós somos abastecidos por um rio

federal, que é o Rio Canoas, que nasce em Guaranésia 725

e deságua no Rio Pardo. E ontem..., da Bacia do Rio

Canoas, somente Mococa trata esgoto, Arceburgo não

trata, Monte Santo, Guaranésia, Milagres, ninguém

trata esgoto. Então nós recebemos praticamente esgoto

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Rio Grande, realizada em Andradas - MG, em 17/11/2016.

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para ser limpo, para ser consumido. Agora, ontem 730

tivemos a informação que será construída uma linha

de 500 KW de Estreito, que fica entre Pedregulho e

Franca, até Atibaia, que vai passar nessa área de

manancial de Mococa. Pasmem, 5 milhões de árvores

serão suprimidas. Está sendo pensado nisso, isso serve 735

como um alerta. E nós estamos parando de produzir

mudas devido à taxação do CREA, que está

impossibilitando nosso trabalho voluntário. Inclusive,

nós já paramos, nós só estamos distribuindo o restante.

Em Mococa tem georreferenciada, arredondando, de 740

1.000 nascentes, 950 estão desprotegidas. Obrigado.”

Maria Isabela: “Sr. Benedito, qual é o

encaminhamento?” Benedito: “Se está sendo pensado

nesses 5 milhões de árvores que estão sendo

destruídas, com todos os impactos que isso causa.” 745

Maria Isabela: “Obrigada.” Edgar: “Isso não tem

sido..., bom, até então nós..., nem conhecimento disso

nós tínhamos. E segundo ponto, é que houve um

assunto que está muito mais próximo de uma agenda

de licenciamento, de uma agenda ambiental, de 750

impacto, provavelmente deve ter medidas

compensatórias relacionadas a uma intervenção desse

tipo, do que de uma agenda de recursos hídricos que é

a agenda do Plano.” Wagner: “Não é uma questão de

influenciar, lógico que influencia, a gente priorizou no 755

Plano, desde o começo da construção, discussão do

Termo de Referência, a gente focar em ações que o

Sistema de Recursos Hídricos tenha governabilidade

de resolver, que a gente tenha a caneta, que tenha

dinheiro para resolver. Que não esteja muito distante 760

da gestão de quem está aqui e nem de quem está nos

órgãos gestores de recursos hídricos. Um exemplo

claro dessa discussão nossa, acho que..., eu sou da

área de Agrárias, nada é mais importante para recursos

hídricos, no meu ponto de vista, do que conservação 765

de solo e vegetação. Qual é o problema? A gente não

consegue..., se a gente coloca isso no Plano, identifica,

coloca solução, a gente não consegue resolver. A

gente não tem competência e nem capacidade para

resolver. Aonde que a gente consegue atuar com 770

conservação, com recuperação? É um programa

piloto, é um produtor de águas, por exemplo, uma

recomendação para o órgão ambiental, identificar

áreas críticas. Quer informação importante como

subsídio, de repente até para conseguir recursos de 775

uma eventual compensação, é importante mas a

capacidade do Comitê, do IGAM, do DAEE, da

CETESB, da ANA, de intervir nisso, com toda a

certeza é zero. Então, a gente procurou focar sempre

nos temas que a gente tem governabilidade e 780

capacidade. “Mas vai ser muito bem vinda essa

informação porque é uma informação que, de repente,

ao invés de problema, pode ser a solução para recursos

hídricos, fonte de captação de recursos.” Sr.

Presidente: “Wagner, poderia ter incluído também, 785

agora na fase de Prognóstico, que vai começar definir

as metas e ações, estar definido, dar uma olhada nesse

assunto com propriedade e ver se isso caberia alguma

ação, alguma meta, para ser proposto no Plano. Antes

de abrir a palavra para os próximos inscritos, o CAL 790

me fez um pedido, na realidade um comunicado, o

Prefeito Municipal de Andradas, o Prefeito Rodrigo

está presente, e gostaria de dar uma boa vinda para a

gente aqui, por favor, Prefeito.” Senhor Rodrigo,

Prefeito Municipal de Andradas, cidade anfitriã: 795

“Desejo aí que seja um bom dia, desejo que sejam

benvindos à nossa cidade, quero cumprimentar o

Hélio, o Presidente e a todos os componentes,

certamente essas discussões são muito pertinentes,

relevantes, principalmente tratando aqui do assunto da 800

INB, temos aqui o Prefeito de Andradas e o Prefeito

de Caldas, que são as duas cidades diretamente ligadas

a essa questão, que nos preocupa, que se levantam

muitas questões quanto a isso, que causaria..., hoje a

gente tem incidência de câncer na região, a gente tem 805

tantas coisas que de uma maneira ou de outra

poderiam estar relacionadas a esse produto que está lá

acondicionado, então são ações que nos interessam

diretamente mas com certeza, interessam a todos que

estão aí na Bacia, que tem essa relevância. Eu quero 810

aqui parabenizar o CAL, pela indicação de Andradas

para sediar, acredito que vocês serão muito bem

assistidos aí, o município está sempre de portas

abertas para recebê-los enquanto visitantes, enquanto

Comitê, enquanto família que quiser vir aqui fazer 815

turismo em nosso município, também o nosso Vice-

Prefeito eleito João Luiz Magalhães, que também é da

área da Engenharia, que atua também como Presidente

do Comitê Mogi Pardo, é uma pessoa que vai nos

auxiliar e nós estamos também aqui com o Prefeito de 820

Santa Rita de Caldas e com o Prefeito de Divisa Nova

que são duas cidades e a gente está numa reunião aqui

do Consórcio de Saúde, coincidentemente no mesmo

local e a gente fez questão de vir dar uma palavrinha,

mais uma vez agradecer e falar que nós temos essa 825

visão muito voltada nestas questões ambientais,

sobretudo a preservação das nossas águas, que são de

uma relevância enorme, a nossa região hoje aqui tem

um consórcio de resíduos sólidos, nós estamos

depositando nosso lixo num aterro sanitário, estamos 830

evoluindo nesse processo de tratamento de esgoto,

caminhando para essa situação seja sanada, porque a

gente tem uma grande preocupação com os recursos

hídricos e com aquilo que um dia, com certeza, será

finito se a gente não cuidar. Então, muito obrigado 835

pela oportunidade, mais uma vez benvindos, CAL

muito obrigado, os parabéns aí aos prefeitos, muito

obrigado. Um bom dia a todos.” Sr. Presidente:

“Ângela Pimenta.” Ângela Maria Pimenta, Associação

dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos da Região 840

de Franca: “Então, a colocação que eu ia fazer você já

respondeu, todos já colocaram e eu só vou reforçar

então. Eu acho que a agenda, quer dizer, todo o

trabalho, eu não li todo, eu não tive..., a respeito das

oficinas, da oficina que teve lá em Franca, eu sou da 845

AEAARF, eu a estou representando, Associação dos

Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Franca, e

também sou de ONG, a Associação Paulo Duarte, que

faz parte também da ligação patrimonial. E o que eu

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Rio Grande, realizada em Andradas - MG, em 17/11/2016.

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acho..., só reforçando, essa agenda verde coloca 850

questões mais das Unidades de Conservação, eu não

entendi muito com os mapas, não ficou muito clara

essa parte agrícola, do agronegócio principalmente, e

eu cito o caso lá do Triângulo Mineiro, então foi feito

um levantamento uma época, por uma ONG de Belo 855

Horizonte, a Quatro Cantos do Mundo, um exemplo

que a Polyanna citou também, e a ONG Angá

apresentou, lá de Uberaba, o caso de uma espécie de

pássaro que estava entrando em extinção pela questão

do uso da área, que deveria ser restrita e não estava 860

sendo, usada pela cana-de-açúcar, então a questão do

agrotóxico também que entra nessa composição, eu

acho que é válido o que foi colocado então, que vocês

responderam para a Polyanna, para essa questão das

águas, que são várias questões então, e essa 865

urgentíssima que eu vejo, que é ser polêmica, da

questão radioativa, eu sou geóloga também de

formação, então eu acho que isso tem que estar

colocado no Diagnóstico, ao meu ver, não que é

propriedade de ter, estar em detalhes, porém se a gente 870

omite, ou não coloca, que não é o caso tá, está

colocado mas não dá uma ênfase, e até entrar no

estudo que você falou de prioridade, poderá até ser, a

plenária achar conveniente que seja, então eu acho que

é uma coisa assim que tem que estar colocada no 875

Diagnóstico, que isso existe na Bacia, esses tópicos e

que eles são relevantes para a questão do Comitê estar

analisando, agora se vai virar um Plano de Ação cada

item desse, aí já é uma outra questão da prorrogação,

da sequência, da proposição e tudo. E eu vejo que é 880

assim urgente que o Comitê aprenda também a fazer

isso como um passo a passo, que vai reforçar inclusive

as outorgas também de uma forma a mais, porque se a

gente fica que a ANA não pode estar fazendo porque

tem..., então quem é que vai fazer esse encontro, esse 885

link, é igual os próprios mapas que estão aí, eu sinto

que talvez..., é como eu falei eu não olhei ainda o

Plano com tanto detalhe, mas um mapa de

superposição é muito importante também um mapa

que possa estar mostrando, no conjunto, em si, como 890

fazer esse encontro das informações. Então é uma

sugestão também que é para Plano de Ação. Acho que

é isso que eu anotei aqui, me disponho a estar ligando

essas informações da ONG Quatro Cantos do Mundo,

porque foram informações muito detalhadas com 895

relação à produção, o impacto da cana-de-açúcar. Na

nossa região nós temos o impacto tanto da cana quanto

do café também. E aí já entra na questão das águas

subterrâneas, então essa é uma questão a ser colocada,

é isso que eu penso, não sei como você chama hidro..., 900

(encaminhamento, diz o Sr. Presidente),

encaminhamento, é esse, eu reforço que já foi

colocado e dou muita força para que..., acho que é

importante que isso aconteça em termos de

Diagnóstico, para ele passar na deliberação.” Sr. 905

Presidente: “Ela vai encaminhar uns trabalhos para ser

apreciado pelo Grupo Técnico..., Edgar, vai fazer o

encaminhamento de uns documentos para ser

analisado, para ver onde que se encaixa, obrigado

Ângela. Você vai encaminhar para o pessoal da ANA, 910

não é? O próximo é Renato Aguiar.” “Bom dia,

Renato de Oliveira Aguiar, Prefeitura de Cambuí. Meu

questionamento, nosso Comitê de Bacia do Sapucaí

fez uma contribuição para o pessoal que está

elaborando o Plano no sentido que se desse uma 915

atenção especial, uma análise especial em relação à

área de maior altitude da Bacia do Rio Grande, que

coincide com a divisa de bacia com o PCJ, Sistema

Cantareira, que é região do entorno da Pedra de São

Domingos, que engloba 4 municípios: Camanducaia, 920

Paraisópolis, Gonçalves e Córrego do Bom Jesus. A

gente fez a contribuição no sentido que se analisasse a

possibilidade de indicação de restrição de uso de solo

daquele local, a totalidade desse local todo é acima de

1.800 metros sofrendo uma pressão muito grande 925

devido ao chacreamento da zona rural e culturas

arbóreas em área de preservação, o que é permitido

em alguns casos. Então, a gente fez a indicação e eu

queria saber se essa indicação foi acatada, ou se não

foi, o porquê, e a gente reconhece que a questão do 930

Plano tem muito pouca governabilidade, mas vai

contribuir para articular outros atores e outros

instrumentos naquela região, já estão discutindo essa

questão, de uma melhor preservação daquela área, que

volto a dizer, é cabeceira, ali que de fato começa o 935

Sistema Cantareira da Grande São Paulo e a divisa

com a nossa Bacia do Rio Grande. “Então a gente

queria saber se essa contribuição foi acatada e de que

forma. E também aproveitar, talvez não seja o

momento, uma outra questão, se não for o momento, 940

vocês desconsiderem, mas talvez não tenha um outro

momento, só uma dúvida, é que ficou acordado lá

atrás que esse Plano do Grande ia servir de base para

atualização dos Planos Estaduais dos Comitês

Estaduais, e no caso do nosso Comitê do Sapucaí já 945

tem o Plano, muito desatualizado mas tem, e que

aqueles comitês que não tivessem o Plano, seria de

alguma dado a base para que se criasse os planos das

bacias estaduais, então se for o momento e puder

rapidamente responder para a gente, muito obrigado.” 950

Wagner, da ANA: “Bom, a primeira: com relação a...,

a gente recebeu a proposta lá de criação de uma

Unidade de Conservação, e aí o que eu te adianto, vai

ser utilizada ou seja, foi acatada, em que sentido?

Desde o Paranapanema, a gente está fazendo, está 955

entrando como prioridade, então o Paranapanema já

deve ser contratado, terminou o Plano agora no

começo do ano, a gente vai contratar um estudo para

identificação na Bacia do Paranapanema de áreas

prioritárias para recursos hídricos. É uma outra lógica. 960

Para que a gente precisa identificar? Como é que eu

vou pedir um Programa de Pagamento por Serviços

Ambientais se eu não sei onde é prioritário

implementar? Eu tenho áreas importantes de recarga

de aquífero na Bacia, eu tenho áreas de nascentes, eu 965

tenho áreas com maior produção de sedimentos, aonde

que entra a sua contribuição? Dentro desses critérios

de priorização, essas áreas que já têm justificativa, já

entram com certeza num patamar de consideração

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Rio Grande, realizada em Andradas - MG, em 17/11/2016.

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mais relevada. Eu não vou te falar aqui que a hora que 970

terminar o GT-Plano, o Comitê vai indicar exatamente

aquela área. A gente não sabe se tem área mais

prioritária do que ela. Esse é que é o problema, mas

ela entra já com diferencial porque eu já tenho uma

base para fazer essa priorização. A segunda questão: a 975

referência do Plano do Grande, nós estamos montando

uma base de dados e parte dela já vai ficar disponível,

que você faz o plano que você quiser afluente, a parte

de diagnóstico, o prognóstico e a base de programas e

ações. No Estado de São Paulo, a maioria dos comitês 980

afluentes já está usando essa base, os recortes,

principalmente para diagnóstico para atualização dos

planos paulistas. Isso para nós da ANA, inclusive foi

uma grata surpresa. Então, boa parte dos planos

paulistas da Bacia do Grande já vão ser atualizados 985

com esse Plano. Quando Minas resolver, nós estamos

elaborando o GD-7 e o GD-8. Foi um acordo com o

IGAM e uma demanda de Minas, mas se o IGAM

definir atualizar os planos mineiros, eu posso te

garantir que muito mais de meio caminho já está 990

andado. Não sei se eu respondi as duas...” Sr.

Presidente: “João Ferrão: “Bom dia a todos, eu queria

inicialmente dizer que essa última pergunta do nosso

amigo responde um pouco do eu queria colocar, mas

eu, na oportunidade da apresentação, da Doutora e de 995

seus colegas da ENGECORPS, eu os cumprimentei

por uma coisa diferenciada dos nossos planos que nós

estamos acostumados a ver. São feitos bonitinhos, o

consultor faz aquilo bonitinho, deixa ali e não sai

mais. O que eles colocaram de inovação, não sei se 1000

por demanda da ANA ou se da própria empresa,

fizeram um Plano de Ação e com inclusive busca de

recursos para implementação daquelas ações. Isso para

mim é a grande inovação e aí eu fiquei pensando e

disse, gente, quando o Brasil fez a reforma da 1005

Constituição em 1.988, o que aconteceu com os

Estados? Eles fizeram novas constituições adequadas

àquela ali. É a questão que você levantou, no meu

entendimento, muito bem. Só que eu acho que na

maioria certamente não tem essa questão, pode ter a 1010

parte técnica do jeitinho que o Wagner colocou, mas é

preciso que também fizesse alguma coisa no sentido

de ter até os recursos e tudo isso, e principalmente,

criação de agências. Eu acho que nós temos que

pensar seriamente e celeremente, criar agências, para 1015

cortar um pouco o ‘cordão umbilical’ com vocês da

ANA e com o pessoal do IGAM, porque na verdade é

a independência financeira disso aí, é muito

importante, no meu modo de entender, que a gente

comece, nós que somos da área, a ver resultados da 1020

nossa atuação como CBH. É muito importante que

você faça alguma coisa e você enxergue os resultados.

Sem isso, a gente não consegue fazer. A segunda

coisa, felizmente o CAL cumpriu um pouco daquilo

que ele me prometeu: era de falar com os 27 prefeitos, 1025

no caso dele que era presidente do CBH do nosso GD-

6, e pegar os prefeitos e mostrar para eles o seguinte,

gente, vocês são importantes para o CBH, vocês é que

definem essa questão de fazer as suas cacimbas lá para

aumentar a água da parte agrária sua, Wagner, os 1030

prefeitos é que têm condições de fazer isso aí, e eles,

nas reuniões, nas plenárias, eu diria que os 27

prefeitos deveriam estar aqui, hoje já é uma mostra

muito boa, vocês são muito bem vindos e parabéns

pelos senhores estarem aqui, ainda que por um pouco 1035

de tempo, mas é muito importante comprem essa

idéia, de que seja. Eu sou de uma ONG que é de

planejamento regional. O Brasil, pela sua extensão,

por tudo isso tem que pensar no desenvolvimento

regional. O município só é fraco, mas se vocês se 1040

unirem, no caso do Sul e Sudeste de Minas Gerais que

é a área objetivo da ADISMIG, são 145 municípios,

tem um PIB que é..., se vocês escolherem aí alguns

Estados, nós somos maiores, produzimos mais que 4

Estados da Federação. Nós temos que ser respeitados 1045

mais e não sermos apenas exportadores de recursos

através dessa carga tributária. Nós temos que dar um

desenvolvimento, nós temos potencialidades, e não

estamos explorando, transformando essas

potencialidades em qualidade de vida para os nossos 1050

residentes, porque nós estamos exportando recursos

para municípios menores e mais fracos. Chega, é

preciso exportar, sim, mas nós precisamos

desenvolver também. Era isso que o CBH tem que

fazer, as nossas águas são importantes, isso é que é o 1055

papel do CBH, sem água a gente não vive, eu talvez

hoje tenha 50% de água, mas vocês que são mais

jovens têm mais do que isso. Nós temos que cuidar da

água. Muito obrigado.” Sr. Presidente: “Passo a

palavra para a Secretária Executiva para o segundo 1060

item de pauta.” Maria Isabela: “Para uma conferência

rápida, eu gostaria que os senhores levantassem aquela

tarjeta que vocês receberam, apenas para conferência

de quórum. O mínimo para a gente continuar seriam

26 membros. 3.1 Leitura e aprovação da Ata da 6ª 1065

Reunião Extraordinária do CBH Grande:

Seguindo a pauta, vamos fazer a apresentação da ata

da 6ª Reunião Extraordinária do CBH Grande, para

que possa ser apreciada e colocada em aprovação.

Foram feitas algumas sugestões de alteração, com a 1070

inclusão da representante da ASSEA na Lista de

Presença, Sra. Ângela M.M.M. Santos; um outro

ponto na linha 11, uma observação, ‘essa reunião tinha

o início previsto por Edital de Convocação para as

11:15 horas, porém devido ao atraso ocorrido nas 1075

reuniões que a antecederam, optou-se pela abertura

por volta das 12:00 horas e em seguida, deu-se o

intervalo para o almoço, retomando-se os trabalhos às

13:25 horas. Foram essas 2 alterações.” Sr. Presidente

colocou em aprovação, Aprovado. 3.2 1080

DELIBERAÇÕES: Deliberação CBH-Grande Nº

28/2016, de 10 de agosto de 2016 (Ad Referendum)

aprova a celebração do Pacto para a Gestão

Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia

Hidrográfica do Rio Grande.” Após as considerações 1085

feitas pelos coordenadores da CTIL e CTI foi

Aprovada por unanimidade. Deliberação CBH

Grande Nº 33/2016 – (Ad Referendum) “Dispõe

sobre a criação, composição e atribuições da

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Rio Grande, realizada em Andradas - MG, em 17/11/2016.

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Comissão Eleitoral para o processo de 1090

preenchimento das vagas remanescentes do Comitê

da Bacia Hidrográfica do Rio Grande – CBH

Grande – Gestão agosto de 2016 a agosto de 2020 ”.

Após considerações dos coordenadores da CTIL e

CTI foi Aprovada por unanimidade com a 1095

substituição do membro da ADISMIG. Deliberação

CBH Grande (Nº a ser colocado /2016) de 17 de

novembro de 2016 – “Aprova o Relatório Anual de

Atividades de 2016 do Comitê da Bacia

Hidrográfica do Rio Grande – CBH Grande”. Após 1100

as considerações dos coordenadores da CTIL e CTI e

membros da mesa a minuta da Deliberação foi

Aprovada recebendo o número de 34/2016.

Deliberação CBH Grande 35 / 2016 – “Aprova o

Diagnóstico Integrado de Recursos Hídricos do 1105

CBH Grande – PIRH Grande e dá outras

providências.” Após as considerações feitas pelos

coordenadores da CTIL e CTI foi colocada em

votação recebendo um voto contrário à deliberação

sendo do Sr. Leonel Sátiro de Lima (Poder Público 1110

Estadual - Secretaria de Agricultura, Abastecimento e

Pecuária de Minas Gerais) e uma abstenção da Sr.ª

Polyanna (Organização Civil - Angá). Então,

deliberação aprovada com um voto contra e uma

abstenção. 3º Item da Pauta: convidado o 1115

representante da Agência Nacional das Águas – ANA

para falar sobre o PROCOMITÊS – Programa de

Fortalecimento dos Comitês de Bacias

Hidrográficas, que será o Sr. Márcio Freitas.” Sr.

Presidente: “Márcio, seja bem vindo”. Márcio: “Bom 1120

dia a todos, é a primeira vez que eu venho ao Comitê,

queria agradecer o convite. O convite foi feito em

nome do Nelson, que é o Coordenador da área que eu

trabalho, a SICS, que é a coordenação que faz, dentro

da Superintendência de Apoio ao Sistema de Recursos 1125

Hídricos, que é responsável pelo apoio aos comitês de

bacia. O que eu vou apresentar, basicamente são os

antecedentes do programa, o que nós temos hoje em

termos de organização dos comitês de bacia no Brasil,

e qual é a ideia do Programa, o PROCOMITÊS, que já 1130

foi lançado no ENCOB, que agora ele já se encontra

em fase de implementação, e é importante então a

gente comunicar aos membros do Comitê do Grande e

fundamentalmente aos comitês que compõem o

Grande, que são os beneficiários do Programa 1135

especialmente. Só para situar, o Programa vem dentro

do contexto que já foi comentado, que é o Pacto

Nacional pela Gestão das Águas e dentro desse

contexto nós tivemos já em 2013 o lançamento do

PROGESTÃO, que é um programa de apoio à gestão 1140

de recursos hídricos voltado para os sistemas

estaduais, e tivemos em 2015, em outubro, na verdade

assim, sempre houve uma demanda à ANA para que

de alguma forma contribuísse para o fortalecimento

dos comitês de bacia. Então isso vem dentro de um 1145

encadeamento, em outubro de 2015 no 17º ENCOB a

ANA apresentou o 1º conceito do Programa para o

debate, no Encontro seguinte, em julho de 2016 já foi

anunciado oficialmente o Programa, foi apresentado,

aqueles que participaram devem ter assistido a palestra 1150

do Nelson lá, onde foi colocado, que de julho a

outubro nós trabalhamos na estruturação do Programa

que foi lançado por essa Resolução da ANA,

1.190/2016, que já publica o regulamento do

Programa. Então, qual é a base estrutural do 1155

Programa? Qual é a base conceitual do Programa?

Nós temos hoje 210 comitês de bacia estaduais

instalados, distribuídos dessa forma no território

nacional. Nós temos 129, 63% dos comitês de bacia,

129 deles trabalhando com um instrumento 1160

fundamental que vocês discutiram aqui hoje, que é o

Plano de Bacia. Então nós temos 91 comitês com

planos elaborados, 38 com planos em elaboração, 37

com cobrança implementada, e 7% com cobrança

aprovada, quer dizer, o instrumento cobrança nós 1165

temos só em 3% dos comitês de bacia existentes no

país, que são em grande número, como se tem

colocado e muito distribuídos nas regiões Sul Sudeste

e Centro Oeste, e Nordeste, onde nós temos os

maiores conflitos de água e a maior concentração 1170

populacional do país também. Qual é o problema que

nós identificamos, embora a gente tenha um número

grande de comitês e eles cubram o território mais

crítico do país em termos de gestão de recursos

hídricos, nós temos um ritmo de implementação dos 1175

instrumentos de gestão e da própria estruturação dos

comitês muito lento. Se nós entrarmos e verificarmos

quais desses comitês têm regimento aprovado, quais

tem mandato vigente, diretoria eleita, vaga preenchida

na representação, quais têm planos de trabalho 1180

aprovados, quantos têm..., então desde questões mais

formais, como essas de regimento interno, plano de

trabalho, plano de comunicação, até questões mais

fundamentais como são as questões de plano de

comunicação, entendimento pelos agentes da 1185

sociedade de qual é o papel do Comitê, integração do

comitê com a sociedade da bacia, representação

significativa dos usuários de águas, das populações,

então nós temos um problema de fundamentação do

comitê, de estruturação do comitê naquilo que a lei 1190

propôs quando criou os comitês de bacia. E a

percepção geral que se tem, inclusive a partir de

alguns estudos que foram feitos no país ao nível de

entendimento da população em relação ao papel dos

comitês, a gente vai verificar que tem baixa 1195

efetividade na implementação dos instrumentos, está

demonstrado até naquele slide anterior, nós temos uma

dificuldade para o sistema comunicar a relevância do

Sistema Nacional de Recursos Hídricos para a própria

sociedade, assimetrias de qualificação de 1200

representação, isso a gente percebe e com certeza os

senhores têm essa vivência, a dificuldade de se ter

representantes e representados devidamente com esse

conhecimento, com essa capacidade de representação

que os segmentos trazem ao Comitê, isso é um 1205

processo de amadurecimento que naturalmente

acontece, mas a intenção do Programa é justamente

acelerar esse processo, um aperfeiçoamento da

representatividade do exercício de representação e

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Rio Grande, realizada em Andradas - MG, em 17/11/2016.

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fundamentar o papel político dos comitês, não só 1210

internamente mas também para a sociedade de uma

maneira geral, basicamente buscando a melhora da

efetividade da gestão e da comunicação da relevância

do tema ‘água’. Então, o desafio mais amplo é

aperfeiçoar a governança do sistema, fortalecer os 1215

órgãos gestores, estabelecer um processo de

acompanhamento, avaliação e responsabilização dos

entes do sistema, e fundamentalmente uma coisa que a

gente vivencia, por exemplo, na discussão do Plano,

que é o diálogo com outras políticas, com a política 1220

ambiental, com a política de planejamento urbano,

com a política de desenvolvimento agrário. É

fundamental a gente reforçar dentro daquilo que é o

papel da política de recursos hídricos. Então,

fundamentalmente o Programa está montado em cima 1225

dessas fragilidades identificadas, e tem como objetivo

geral contribuir para o aperfeiçoamento da atuação dos

comitês de bacia, a sua consolidação como espaço

efetivo da formulação da política de recursos hídricos,

em consonância com os fundamentos dos princípios 1230

da descentralização e participação preconizados pela

Lei das Águas. Os objetivos específicos estão

vinculados diretamente àquelas questões das

fragilidades, então para cada uma das fragilidades, nós

temos um objetivo específico do Programa que busca 1235

justamente atender e reforçar aquele papel identificado

como carente ainda de um fortalecimento dentro do

sistema. Cada um desses objetivos específicos tem um

componente do Programa voltado para atender este

objetivo específico, e combater, de certa forma, anular 1240

aquela fragilidade que a gente identificou lá naquela

ponta. Então nós temos, por exemplo, o

reconhecimento dos comitês pela sociedade é baixo,

limitando a sua capacidade de atuação política. Nós

precisamos promover ações de comunicação que leve 1245

o conhecimento dos comitês. Temos um componente

que é um componente comunicação para promover o

conhecimento. Isso depois é detalhado em indicadores

específicos, vai ter que ter um Plano de Comunicação,

vai ter que ter uma ação específica do Comitê para 1250

poder atender esse objetivo específico. Eu não vou me

ater exatamente, mas temos esses indicadores também

mais detalhados hoje, mas só para vocês terem uma

ideia. Então, por exemplo, um Programa de

Capacitação Continuada para os membros dos 1255

comitês, para os novos membros cada vez que nós

temos renovação da representação, é importante que

essa nova representação se capacite também no

sentido de entender bem o papel dos comitês dentro da

Política e do Sistema Nacional de Recursos Hídricos, 1260

e assim fundamentalmente nós termos uma base de

dados e informações sempre atualizadas, que esse é

um problema que nós vivenciamos no país como um

todo, é muito difícil nós termos informação atualizada

disponível na hora que a gente precisa, quer dizer, eu 1265

entrar hoje lá e saber quem são os membros do Comitê

do Pardo, quando foi eleito, quando será a próxima

eleição, quais são os instrumentos que já estão

definidos lá e aprovados no Plano de Bacia, se ele está

sendo revisto ou não, quer dizer, nós teríamos um 1270

retrato bem detalhado de todo o processo no país

inteiro. O Programa então, como eu comentei, já teve

o regulamento publicado pela resolução de outubro, 3

de outubro de 2016, bastante recente, e já temos o

contrato, o formulário para o diagnóstico preliminar, o 1275

modelo de adesão e todo o procedimento para adesão

ao Programa já estabelecido e divulgado aos Estados.

Fundamentalmente, eu vou ser bem breve aqui, depois

eu fico à disposição para alguma dúvida, mas a ideia é

que ele tenha abrangência nacional, duração de 5 anos, 1280

ele é muito similar à estrutura do PROGESTÃO, mas

voltado especificamente para os comitês. Quais são os

comitês elegíveis, esse “elegível” é elegível em termos

da disponibilização do recurso, que depois eu vou

explicar melhor, mas são aqueles criados até a 1285

publicação do regulamento, portanto até outubro de

2016. Esses são os comitês que podem se candidatar, o

que não impede que comitês criados posteriormente

possam entrar também, só que eles não vão trazer

impacto financeiro ao Programa. A adesão é 1290

voluntária e requer manifestação formal do comitê

interessado e do respectivo Estado. Então o processo,

depois isso aparece mais claro na transparência,

começa no comitê aderindo ao Programa, isso vai ao

Estado e este adere ao Programa, e o recurso é 1295

conveniado, é repassado ao Estado, que repassa ao

comitê. O aporte financeiro é condicionado às metas,

então aquelas metas lá que nós temos, eu explico

depois com calma isso, vocês podem questionar à

vontade, nós temos..., isso foi muito bem pensado e 1300

discutido e foi a maneira que a gente encontrou de

viabilizar alguns problemas que a gente encontra

nisso. O principal problema, a principal razão de a

gente passar isso aos Estados, é não atropelar o

sistema. Nós não temos como fazer uma ligação..., não 1305

devemos fazer uma ligação direta Governo Federal /

Comitê de Bacia. Nós temos um sistema que é

descentralizado que tem os Estados, os Estados têm os

seus Conselhos, os Estados têm seus órgãos gestores

de recursos hídricos, estão previstas as Agências de 1310

Bacia, foi muito bem colocado aqui, nós precisamos

fortalecer o sistema como um todo, nós não podemos

atalhar e fazer uma ligação direta Governo Federal /

Bacia Hidrográfica. Esses recursos têm um caráter

complementar, então a ideia não é que eles sejam 1315

suficientes para alavancar a estruturação dos comitês

mas que eles forneçam um elemento a mais, além

daqueles que o comitê já dispõe, para que o comitê

possa ter..., se estruturar e se fortalecer. Aplicação

exclusiva dos recursos em favor dos comitês, o 1320

recurso é passado aos Estados, mas os Estados só

podem aplicar os recursos nos comitês de bacia, e tem

diferentes níveis, isso eu vou explicar rapidamente

também, nós temos hoje diferentes níveis de

estruturação dos comitês dentro do sistema, por 1325

exemplo, tem comitês que são recentes, foram criados,

não têm nem regimento interno, nem tiveram ainda

processo eleitoral. Tem outros comitês, como esses da

Bacia aqui de São Paulo, que já tem toda a estrutura

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Rio Grande, realizada em Andradas - MG, em 17/11/2016.

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pronta, têm Planos de Bacia, já estão discutindo 1330

cobrança, então nós temos estágios de estruturação

dos comitês muito distintos, e o Programa considera

essa distinção. A ideia é que a capacitação, aquele

componente de capacitação se vincule ao

PROGRAMA DESENVOLVE RH, que é um 1335

programa que já existe em nível federal, a ANA

coordena, então tudo isso está encadeado. Esses são os

componentes: funcionamento dos comitês,

capacitação, comunicação, cadastro das instâncias

colegiadas, implementação dos instrumentos de gestão 1340

e o acompanhamento e avaliação. Como eu comentei

antes, é similar à questão do PROGESTÃO, quer

dizer, é um pagamento por meta atingida, não é um

recurso colocado sem uma vinculação a uma meta, ele

está vinculado a uma meta, e atingida à meta, o 1345

recurso é desembolsado. Os recursos serão

depositados anualmente em uma conta específica

vinculada ao contrato, e os recursos serão calculados

proporcionalmente ao alcance das metas pactuadas. A

adesão e participação se dá a partir da participação 1350

formal do comitê, da adesão do Estado, da solicitação

de inscrição no PROCOMITÊS por meio de ofício

encaminhado à ANA, pela entidade estadual,

concordando com o regulamento e informando o rol

de comitês interessados e que aderiram ao Programa. 1355

E aí a assinatura do contrato, entre a entidade estadual

e a ANA, tendo o Conselho Estadual de Recursos

Hídricos, por isso que eu digo, ele é um programa que

reforça a estrutura que nós temos hoje em cada

Estado, quer dizer, o Conselho Estadual de Recursos 1360

Hídricos tem um papel fundamental nesse programa

também. Nós não atropelamos nenhuma instância

decisória do sistema. E os comitês deverão estar

criados até a data da publicação do regulamento. Os

requisitos são: o ato legal de criação, regimento 1365

interno da entidade estadual que vai receber o recurso,

os atos legais de criação dos comitês de bacia que vão

participar do Programa, a negociação e aprovação das

metas contratuais e a comprovação pela entidade

estadual, de sua regularidade fiscal, aí nós temos um 1370

aspecto burocrático que é o Estado tem que estar apto

para receber recurso federal para poder receber o

recurso. Então, as metas do PROCOMITÊS em cada

comitê serão definidas previamente a assinatura dos

contratos, o processo de certificação começa no ano 1375

seguinte, igual ao PROGESTÃO, e tem um calendário

anual de certificação das metas e uma calendário anual

de certificação do alcance das metas. Cada um tem seu

papel dentro do sistema, tem atribuições para a ANA,

para os comitês de bacia que é fundamentalmente 1380

estabelecer as suas metas dentro do Programa, para os

Conselhos Estaduais que vão aprovar o quadro de

metas para o Estado como um todo, e para as

entidades estaduais que é prestar contas do recurso

implantado, mas não prestar contas no sentido fiscal, e 1385

sim no sentido dos objetivos e metas propostos e

alcançados. Os recursos financeiros são calculados

então com base nesses dois critérios. A gente está

numa discussão interna buscando ampliar um pouco

esse recurso, mas o que está garantido hoje são R$ 1390

50.000,00 por comitê, anuais, durante 5 anos, então

anualmente cada comitê que aderir ao Programa vai

receber R$ 50.000,00 tendo um teto de R$ 500.000,00

por unidade da Federação, quer dizer, aquelas

unidades da Federação, que é o caso de Minas e São 1395

Paulo, que têm mais de 10 comitês, vão ficar restritos

aos R$ 500.000,00. Então, não dará cinquenta mil por

comitê, se todos os comitês aderirem. Dá um recurso

um pouco menor. Nós temos dois Estados com adesão

assinada, o Espírito Santo que foi o 1º e o Rio Grande 1400

do Norte. Esses dois já aderiram, já fizeram até o

passo 5, estão hoje no passo 5, Santa Catarina já

aderiu, só não tem ainda publicado o decreto que é a

2ª etapa, que é o Decreto de Adesão estar publicado no

Diário Oficial e assinado pelo Governador, adesão do 1405

Estado, então os comitês aderem, o Estado adere, é

feito um ofício à ANA, se abre o processo e se faz aí

então oficinas, hoje está acontecendo uma em Santa

Catarina, uma oficina com os comitês de bacia

discutindo o estabelecimento das metas ou tentando 1410

para que o comitê estabeleça suas metas, dentro do

Programa, que vão dar, a partir da aprovação das

metas, a partir da assinatura do contrato, que é após a

verificação da regularidade fiscal do Estado, o comitê

já recebe, o Estado já recebe o 1º desembolso dessa 1415

parcela de R$ 50.000,00 ou de R$ 500.000,00, para o

início do Programa que vai ser certificado só no ano

seguinte. Cada comitê que aderir ao Programa no

primeiro ano já recebe com um ‘imput’ inicial, uma

verba, e aí trabalha até o ano seguinte para a prestação 1420

de contas, e o Conselho vai certificar o cumprimento

das metas, a ideia é que alguns comitês criem uma

comissão para acompanhar isso, e o próprio Conselho

tem uma comissão para acompanhar também, ao final

do ano essa certificação anual é encaminhada para a 1425

ANA e, mediante a comprovação de atingimento das

metas é liberada mais uma parcela. O Programa

começa com cada comitê se enxergando dentro

daqueles níveis que estão colocados, o estágio de

estruturação que o comitê se encontra hoje. Cada 1430

comitê vai se enxergar, ou no Nível 1 ou no Nível 2,

ou no 3, ou no 4, ou no 5. Aqui certamente a maioria

está no Nível 4, então nós já partiríamos daquela

situação do comitê já estar ou com plano ou com

enquadramento discutido, e a partir daí é que o comitê 1435

vai estabelecer suas metas para 5 anos. Se eu sou um

comitê recém-criado, a minha 1ª meta vai ser ter um

regimento interno, um processo eleitoral, ter um

registro das atas e deliberações, etc. Se eu sou um

comitê que está lá em N4, que eu já tenho o plano, a 1440

minha meta vai ser ou a revisão do plano ou o

processo de enquadramento, ou enfim, algum

aperfeiçoamento da estruturação dos instrumentos ou

atingir o Nível 5 que é instalar a cobrança. A ideia é

que o Programa tenha algumas metas obrigatórias. A 1445

ideia é ao final de 5 anos tenhamos todos os comitês

pelo menos no Nível 4. Mesmo o comitê recém-

criado, daqui a 5 anos, a ideia é ele já esteja com o

Plano de Bacia aprovado, com enquadramento

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discutido, pelo menos isso, senão a cobrança. 1450

Naqueles comitês que a gente chama de bacias

compartilhadas, dos comitês que são rios de domínio

da União, a nossa meta é que quem está hoje em 3 ou

4 chegue no nível 5, instale a cobrança. Mas como o

estabelecimento dessa meta é uma prerrogativa às 1455

vezes do próprio Estado de entender politicamente se

a cobrança é necessária e etc, a gente não está

trazendo essa obrigatoriedade para os comitês

estaduais. É desejável, mas não é obrigatório. É

desejável que tenha cobrança em todo o sistema, mas 1460

naturalmente é uma prerrogativa local decidir chegar

nesse estágio e quando vai chegar e se é necessário

chegar nesse estágio ou não. É isso, eu fico à

disposição para algum esclarecimento. A ideia é só dar

uma notícia, informar que o Programa já está andando, 1465

e que a adesão está aberta e que é importante que

vocês discutam e se apropriem desse Programa e

participem. “É isso, eu fico então à disposição.” Sr.

Presidente: “Venha e sente-se à Mesa, por favor.

Vamos abrir para manifestação do plenário, gostaria 1470

que se fizesse as inscrições, então, Januária, Celem,

quem mais? Mais alguém se inscrevendo? Hélio.”

Januária da Fonseca Malaquias, representante do

IGAM e Coordenadora da CTI: “Januária do IGAM,

órgão gestor mineiro, a gente já acompanha, parte 1475

desse Diagnóstico já foi levantado, foi contribuição

dos órgãos gestores, eu acho que é muito válido esse

PROCOMITÊS, porque a experiência que a gente tem

com o PROGESTÃO, apesar de Minas já estar bem

avançado mas ainda assim motiva a gente a crescer 1480

mais e aprimorar mais a forma de trabalhar. Então eu

acho que é uma oportunidade muito válida que a gente

vai ter. A questão de Minas é um pouco complicada,

não é, porque são 35 comitês, a gente tem o Verde

Grande que é interestadual, e a gente está com um teto 1485

limitado que é de R$ 500.000,00. Aí quando eu estava

na fase de levantamento de dados, conversando com o

pessoal da Agência, eles até falaram, olha, Minas é um

caso que a gente vai ter uma certa dificuldade com a

questão do recurso porque, além de vocês terem o 1490

FHIDRO, apesar de todas as dificuldades para

conseguir fazer com que ele seja aplicado, você já tem

um aporte de recursos, então R$ 500.000,00

teoricamente não significaria muita coisa, então a

gente pensa para Minas, investir em Plano de 1495

Comunicação, aprimorar os Programas de

Capacitações, entre essas outras intenções. Qual é a

minha dúvida, se essas ações ou sugestões que a ANA

já até passou informalmente por contato telefônico,

em conversas, também em encontros e eventos, se ela 1500

vai ser..., se quando a gente for articular com os

comitês, se a ANA vai estar presente para poder

apoiar, que a situação que pode passar é que o órgão

gestor quer pegar o recurso e fazer aquilo que ele

melhor entender para os comitês, sem a sua anuência, 1505

então eu queria saber se a ANA vai dar esse apoio

para a gente na identificação, o que a gente planeja

fazer, a gente vai discutir junto com o comitê, o que é

melhor nesse momento, mas a ANA vai estar presente,

existe mesmo essa intenção no caso de Minas que são 1510

muitos comitês, de pegar esses recurso e desenvolver

num programa só ou em mais de um?” Márcio Freitas:

“as metas do Programa são elegíveis pelos comitês,

mas tem algumas coisas que são fixas no Programa. A

gente entende, por exemplo, que tem um Plano de 1515

Comunicação e aí vejam, não é um Plano de

Comunicação específico para o Plano de Bacia ou

para o enquadramento, é um Plano de Comunicação

permanente do Comitê com a sociedade. Ter

documentação, ter uma série de coisas ali são itens 1520

obrigatórios que você pode jogar no tempo, mas não

pode abrir mão de tê-los. A ideia de repassar os

recursos para o Estado, além das questões que eu já

coloquei, que é trazer cada ente do sistema o seu

papel, não ter a pretensão de substituir ninguém, a 1525

ideia também é da escala. Quer dizer, eu não tenho

problema nenhum de, por exemplo, Minas Gerais,

contrate um modelo de Plano de Comunicação ou uma

empresa para fazer o Plano de Comunicação de 35

comitês. Não tem problema nenhum, é uma maneira 1530

de otimizar o recurso, quer dizer, em vez de cada

comitê ir lá e contratar um Plano de Comunicação, o

Estado define, olha eu vou fazer um Plano de

Comunicação ou eu vou fazer um Programa de

Capacitação único para todos os comitês, quer dizer, a 1535

gente ganha escala, otimiza o recurso e viabiliza com

celeridade às vezes muito maior do que se fosse fazer

pontualmente esse trabalho. Então, essa prerrogativa o

Estado tem e a ANA estará sim, sempre que for

chamada, junto ao processo. Essa situação que eu 1540

coloquei para vocês, quer dizer, nós estamos agora...,

o Nelson inclusive não veio porque ele está na Oficina

em Santa Catarina. Semana que vem nós estaremos no

Espírito Santo. Fazendo o quê? Justamente discutindo

com o órgão estadual e os comitês de bacia e com o 1545

próprio Conselho, porque como o Conselho tem que

aderir também formalmente, a reunião, por exemplo,

do Espírito Santo, é uma oficina com os comitês em

um dia e a reunião com o Conselho Estadual, no outro.

Quer dizer, o próprio Conselho também precisa se 1550

apropriar do Programa e o próprio Conselho pode ser

inclusive objeto da capacitação que a gente está

pensando. É importante que os membros do Conselho

Estadual e a gente sabe que o Conselho Estadual

também tem uma dinâmica de renovação de seus 1555

membros e muitas vezes são membros de áreas muito

pouco afim com a área de recursos hídricos, então é

fundamental que eles também participem no programa

de capacitação. “Mas obviamente essa é uma

prerrogativa do próprio Conselho e do Estado como 1560

um todo.” “Celem Mohalem, da Associação Ecológica

Amigos do Rio Sapucaí, também Secretário Executivo

do Comitê do Sapucaí. Em primeiro lugar é reclamar e

implorar, e trazer um lençol, desse limite de R$

500.000,00 por unidade da Federação. Realmente 1565

quem tem mais comitês está saindo extremamente

prejudicado. A outra pergunta é: na hora que vocês

vão ranquear os comitês, os comitês que já têm a

cobrança implementada vão receber também? A

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cobrança implementada...” Márcio Freitas: “Sim, 1570

também. Podem receber também, sim.” Celem: “acho

que é uma falha do sistema, e segundo e último lugar,

é a dificuldade desse dinheiro chegar lá na ponta, nós

tínhamos lá, por exemplo, no Sapucaí, um convênio

com o Estado até outubro de 2015. Então o recurso 1575

estava lá à disposição de uma entidade diretamente

ligada ao Comitê. O Comitê pedia, solicitava o

recurso, dentro do Plano de Trabalho e as coisas eram

liberadas. A hora que isso terminou e esse modelo de

convênio o Estado parece que não quer fazer mais, 1580

devido à dificuldade de prestação de contas.

Principalmente o Estado, o IGAM, o órgão gestor,

assumiu isso, ‘eu vou fazer a gestão do recurso’. Só

que até hoje, nós estamos há um ano nesse processo e

não chegou um centavo para nenhum comitê de 1585

Minas, então eu vejo de novo o problema parado.

Quer dizer, o dinheiro não chega na ponta, que não vai

chegar lá nos comitês.” Márcio Freitas: “Esse

problema do recurso, de fato é um problema. Nós

temos cronicamente no país, por conta da própria 1590

estruturação dos órgãos de controle e de toda a

burocracia que a gente tem em relação a recurso, uma

dificuldade muito grande em gastar o recurso

disponibilizado, isso acontece com comitê de bacia,

com órgão gestor, com a ANA, acontece com todas as 1595

estruturas do país. Isso não tem muita solução, quer

dizer, a gente vai ter que tentar agilizar e ganhar

expertise, nessa utilização dos recursos e na forma de

prestação de contas. Não tem como a gente escapar

disso. O que nós tentamos no Programa foi facilitar 1600

um pouco isso. Porque primeiro, eu não posso passar

para o comitê, o comitê não tem CNPJ, então não

posso passar recursos direto da União para o comitê.

Segundo, eu também não quero, como eu coloquei, eu

quero reforçar o papel dos entes componentes do 1605

Sistema Nacional de Recursos Hídricos. Então é

fundamental que o Estado se aproprie disso, que o

Estado faça essa gestão, todas as razões que a gente já

comentou aqui. Agora, a capacidade de cada Estado

em fazer uso do recurso e conseguir gastar dentro do 1610

ano fiscal, dentro daquelas situações todas, é uma

coisa que nós temos que exercitar e tentar ganhar, não

tem muita saída para isso, eu pelo menos não enxergo.

Em relação à questão do ranqueamento dos comitês, a

ideia é a seguinte, quer dizer, não basta..., a gente tem 1615

essa experiência, não basta eu atingir um determinado

estágio, hoje mesmo aqui o pessoal estava

comentando, ah eu já tenho um Plano de Bacia, mas o

meu Plano precisa ser atualizado. Todos esses

instrumentos são dinâmicos, eu tenho que rever tarifa, 1620

eu já tenho tarifa implantada, talvez eu tenha que fazer

um novo estudo para rever o sistema de arrecadação, o

sistema de cobrança, a metodologia de cálculo da

tarifa, a metodologia de correção, então sempre tem o

que fazer, mesmo eu já estando num determinado 1625

estágio, então a ideia é que esse recurso sirva para a

manutenção do estágio alcançado e se possível,

elevação desse nível já alcançado. Agora, isto é um

pacto também. A discussão de quanto vai dos recursos

para cada comitê, foi calculado daquela forma, olha 1630

R$ 50.000,00 para cada comitê, com um teto de R$

500.000,00. Nós também estamos chorando lá na

ANA, a gente também acha que é pouco e estamos

tentando aumentar o recurso. Há uma esperança de

que a gente consiga mas eu não posso anunciar, o que 1635

está garantido hoje é isso. Pode ser que a gente

consiga aumentar, tem até um número que seria R$

750.000,00. Isso permitiria uma distribuição..., agora a

distribuição entre os comitês pode ser discutida no

Conselho Estadual. Ela pode ser discutida junto ao 1640

órgão gestor... Como fazer, é uma prerrogativa do

Estado dizer, olha, eu vou privilegiar os comitês que

estão em formação, ou eu vou privilegiar o Comitê...,

isso é uma discussão que está em aberto, é possível se

chegar a isso, agora o próprio comitê é que faz o 1645

ranqueamento e que estabelece as metas. E depois isso

é pactuado no Conselho. “Não sei se eu fui claro ou se

me estendi demais, se eu esqueci alguma coisa, mas eu

estou à disposição ainda.” Sr. Presidente: “Acho

que..., eu tinha me inscrito mas você acabou 1650

respondendo, e antes de fazer qualquer pergunta, eu

acho que eu precisava ler a Resolução para poder

entender melhor e ver como a gente pode articular

isso, muito obrigado, Márcio. Mais uma vez, muito

obrigado. 4.0 – Informes. 4.1 Informes das 1655

Câmaras Técnicas – Informes da CTIL: Adriano

Melo: “São duas questões bem rápidas, pelo adiantar

da hora, primeiro se tem algum representante do Poder

Público Municipal de Minas Gerais presente aqui?

Duas pessoas. Para a composição da Câmara Técnica 1660

Institucional e Legal tem uma vaga disponível para

esse segmento, então é consultar se vocês teriam

interesse em participar, se uma das duas prefeituras

teria interesse em participar da Câmara Técnica

Institucional e Legal do CBH Grande. Não. Fica então 1665

aberta, acho que a Deliberação já está publicada, mas

está faltando um representante do Poder Público

Municipal de Minas Gerais. Se alguém conhecer,

quiser indicar, será bem vindo a Câmara Técnica. 4.2

– Informes da Secretaria Executiva: Maria Isabela: 1670

fez a entrega de certificados de posse para os

conselheiros que ainda não os tinham recebido. Eu

gostaria de passar a palavra ao plenário para perguntar

se algum membro do plenário teria algum informe,

nós não estamos ainda em outros assuntos, Renato? 1675

Ok, muito obrigado. Renato, da Prefeitura de Cambuí.

Seja bem vindo à CTIL. Obrigado. Coordenador, deu

as boas vindas a ele já? Então está bom. “Isabela

continua.” “Só para lembrar, alguém se esqueceu de

assinar a Lista de Presença? É muito importante, por 1680

favor. 4.2 - Outros Assuntos. “Convido o CAL para

dar o comunicado, um dos mais importantes do dia.”

Antonio Carlos Salles, Prefeitura de Andradas (CAL):

“Pessoal, boa tarde já pelo passar da hora, em 1º lugar

eu queria, agradecendo a presença de todos através do 1685

nosso Prefeito, que se encontra aqui em outra reunião,

agradecer de coração a presença de vocês, por esse

trabalho desde ontem, do GT e também a reunião

plenária aqui em Andradas, eu espero que tenham sido

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bem feitas todas as reuniões, discutiram vários 1690

assuntos de grande importância, e então eu gostaria

aqui de estar colocando novamente o nome de

Andradas quando for para ser aprovado o Plano

Diretor de Recursos Hídricos do Grande à noite.

Durante o dia degustação, porque ontem nós fomos 1695

prejudicados pelo horário, e hoje o pessoal vai viajar,

mas eu acredito que antes disso vamos fazer uma

degustação, e em homenagem a todos aqui

componentes do Grande, então eu acho que é um lugar

propício para a gente estar aprovando aqui o nosso 1700

Plano Diretor, mesmo porque a gente já toma umas

antes, então já fica tudo, tudo já tranquilo e à noite a

gente aprova com bastante alegria, depois vamos

brindar aí o Espumante típico que ganhou

internacional aqui no Município de Andradas. Então 1705

está lançado, Presidente, novamente o nome de

Andradas para quando da aprovação e queria também

agora convidar vocês para o almoço que vai estar

sendo servido já, a adesão por pessoa de R$ 20,00,

tanto os conselheiros como os convidados. E também 1710

já fica convidado quem quiser ir agora antes do

almoço degustar uns vinhos, depois tem na sequência

aqui do corredor, tem um ponto de venda de todos os

vinhos da Casa Geraldo, para vocês conhecerem daqui

para lá, porque eu acho que grande parte do balcão 1715

para lá não conhece, para vocês conhecerem,

degustarem, e se quiserem comprar tem a sala de

compras e o almoço está à disposição de vocês.” Sr.

Presidente: “Gente, apesar da fala do CAL, não

encerramos ainda, mas 5 minutinhos estamos 1720

encerrando. O CAL..., nós não encerramos “não.”

Adriano: “A minha parte é menos de 5 minutos, é bem

rápida. Surgiu uma proposta por parte da Ângela, para

nominar, que foi acatada, comprada pela CTIL,

apresentada para a Diretoria que também aprovou, e 1725

agora a gente vai submeter isso..., apresentar isso para

a plenária, na verdade, que é a elaboração de um

roteiro para o andamento dos assuntos dentro do

Colegiado. Então é estabelecer os prazos, estabelecer

as formas, as deliberações, vocês viram as últimas, 1730

todas elas estavam tabuladas de uma mesma maneira,

então a ideia é apresentar uma maneira de fazer a

circulação dessas informações desses processos e

procedimentos, dentro do Colegiado. Então é uma

atribuição que a CTIL, por aprovação da Presidência 1735

vai fazer e vai submeter à plenária nas próximas

ordinárias ou extraordinárias que houver. É isso,

obrigado.” Sr. Presidente: “Obrigado Adriano, eu acho

que fica uma normativa, fica um regimento adequado,

uma forma de a gente não ter entraves. Finalizando a 1740

reunião então, proposta de agenda de próxima reunião

e município. Não pode ser Minas, tem que ser São

Paulo. Eu ia colocar São José do Rio Preto, eu sei que

é difícil para o pessoal, que eles preferem mais

Ribeirão Preto.” Adriano: “Eu gostaria de fazer uma 1745

solicitação, (Hélio pergunta se o Adriano consultou a

base), o CBH Mogi nunca recebeu nenhuma plenária

do CBH Grande...” Sr. Presidente: “Mas o Marcus já

conversou comigo, o Prefeito já conversou, e eles

pediram um tempinho que o momento não é propício, 1750

por isso que eu não estou apertando o Marcus, nós já

tivemos essa conversa já, e não é por falta de

interesse, é por problemas internos. Vai ser numa

próxima, não é Marcus? A hora que tiver um

momento oportuno, o Prefeito tem interesse em 1755

resolver e tal mas... Ribeirão Preto ou São José do

Rio Preto? Ribeirão Preto, quem se manifesta? São

José do Rio Preto? Então, próxima reunião, Ribeirão

Preto. Meados de abril? Ou início de maio, primeira

quinzena de maio? Então, poderia ser junto com o GT-1760

Plano, o que você acha? 1ª quinzena de maio, então a

gente não marca a data, mas propõe uma 1ª quinzena

de maio que tem uma reunião do GT-Plano, tentar ser

próximo da reunião do GT porque aí pode ficar aberto

para quem tiver discussões e quiser acompanhar 1765

também, a gente faz o convite, vai ser lá em Ribeirão,

nós temos estrutura, vai ser dia 4? 4 de maio o GT,

então provavelmente dia 5 de maio, porque a gente já

faz a reunião, já aproveita o GT e faz, porque quem

tiver que deslocar, o faz de uma vez só. Abro a palavra 1770

para a Mesa Diretora..., na realidade para o plenário

para as considerações finais, alguém? Mesa Diretora?

Encerramento: Gente, então muito obrigado, e um

bom 2017 com muita paz, com muita união, com

muita luz, que Deus os proteja e guie os seus passos 1775

sempre, muito obrigado!” Esta ata foi transcrita na

íntegra por Antonio Roberto de Jesus, do

Departamento de Águas e Energia – DAEE de São

José do Rio Preto – SP e vai assinada pela Secretária

Executiva Maria Isabela de Souza e pelo Presidente do 1780

CBH Grande, Hélio Cesar Suleiman.

1785

MARIA ISABELA DE SOUZA

Secretária Executiva CBH-Grande

HÉLIO CESAR SULEIMAN

Presidente CBH-Grande