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Minuta de Ata Completa da 11ª Reunião Ordinária do Comitê da Bacia Hidrográfica do
Rio Grande, realizada em Andradas - MG, em 17/11/2016.
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Relação dos Membros da Plenária - Presentes
Entidade Nome
IGAM Januária da Fonseca
Malaquias
Secretaria de Estado de
Agricultura, Pecuária e
Abastecimento – MG
Leonel Sátiro de Lima
DAEE Hélio Cesar Suleiman
CETESB Marcus Vinicius L. Silva
CETESB Amauri da Silva Moreira
Secr. Agricultura e
Abastecimento - SP Michel Golfetto Calixto
Secr. Saúde Est. São
Paulo
Rosângela Rodriguez
Martins
P.M. de Carmo do Rio
Claro Evaldo Bento de Melo
P.M. de Cambuí Renato de Oliveira Aguiar
P.M. de Andradas Antonio Carlos Sales
P.M. de Uberaba Marco Túlio M.B. Prata
P.M. de Catanduva Patrícia Cláudia D. Salles
COPASA Luiz Eduardo C. Gomes
CODAU Ivone Aparecida Borges
DMAE – Poços de Caldas Jerusa Franco Silva
Ribeiro
SABESP Alex Henrique Veronez
SeMAE – S.J.Rio Preto –
SP Luiz Guilherme P. Braga
ASSEMAE Aparecido Hojaij
FIEMG Odorico Pereira de Araújo
ALCOA Renato Nogueira Pizol
FIESP Paulo Cassim
CIESP S.J. Rio Preto Débora Riva Tavanti
Morelli
CIESP- Ribeirão Preto Adriano Melo
Vale Fertilizantes S.A. Giovani Luiz de Melo
Sind. Prod. Rurais
Uberaba Gustavo Ribeiro Mendes
Sind. Prod. Rurais Cássia Domingos Inácio Salgado
Sindicato Rural Rib.
Preto
Genésio Abadio Paula e
Silva
SIRVARIG Caio Penna Martins
Ass. Forn. Cana da
Região de Catanduva Thaísa Helena Serpa
CEMIG Geração e
Transmissão
Dênio Drummond
Procópio
Internacional Paper
Brasil Wanderlei Eduardo Peron
CHIMAY Empr. Part. Igor Mendonça de Rezende
FIEMG – Regional Vale
do Rio Grande Threyse K. Barbosa Silva
CREA - MG Maria Isabela de Souza
Universidade Fed. Lavras Gilberto Coelho
Ass. Eng. Arq.
Agrônomos Região de
Franca
Ângela Maria Pimenta
IEA – TM Ricardo Caetano de Lima
Grupo Ec. Geração
Verde Ricardo Urias de Souza
AEARSA Wander Rodrigues
Machado
SODERMA Paulo Finotti
GEA Marcos José Lomonico
ABES Marco Aurélio Ribeiro
ADISMIG José Edilberto Silva
Resende
AEARSI Celem Mohalem
APS – Ass. Poços
Sustentável Terezinha Couto
Instituto SuperAção Stella Souza Guida
IRIS – Inst. Rio Sto.
Antônio Adriano Valério Resende
ANGÁ Pollyana Custódio Duarte
ASSEA- Ass. Eng. Arq.
Agr. de Andradas Ângela M.M.M. Santos
Grupo Ecológico Olho
D´água Benedito Martins Filho
Instituição Ed. Ecol.
Amigos Rio Canoas Ricardo Faleiros de Sousa
ABAS Cristiane Guiroto
Relação dos Membros da Plenária
Com Ausência Justificada
Entidade Nome
Ministério Minas e
Energia João Daniel A. Cascalho
FAFRAM Rosângela K. J. Bonichelli
FIEMG – Regional Sul Carlos Renato Viana
CONVIDADOS
João Cabrera Filho Fábio F. M. Sousa
Laura B.S. Lima Rita de Cássia Sarafian
Gleiciele A. Silva Inácio Cláudio Daher Garcia
Wagner M.C. Villela Renato Pizzi Rossetti
Edgar Machado Tânia Regina Dias da Silva
Aída Andreazza Célia Alves da Silva
Daniel Thá Hormando M.M. Hedo
Ângela Maria Luz Constantino T. Fraga
Maria Lúcia D. Oliveira Ceci K. B. de Cáprio
João da Silva Ferrão Rodnei Barbosa Correa
Paulo Mauad Galhardo
Rosana de Lourdes T.
Ramos
Jeremias Samuel da Mota Eduardo Barcellos Dutra
Carmen Lúcia Vergueiro Shirley Zogby Paula e Silva
Flávia Darre Barbosa Márcio R. R. Freitas
Aos dezessete dias do mês de novembro de 2016, nas
dependências da Casa Geraldo Vinícola Campino –
Fazenda São Geraldo – Jaguari, Andradas/MG,
realizou-se, em segunda chamada, a 11ª Reunião
Ordinária do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio 5 Grande, registrando-se a participação de 79 pessoas,
entre representantes dos Municípios, da Sociedade
Civil, dos Usuários de Recursos Hídricos, e dos
Governos dos Estados de São Paulo e Minas Gerais,
Minuta de Ata Completa da 11ª Reunião Ordinária do Comitê da Bacia Hidrográfica do
Rio Grande, realizada em Andradas - MG, em 17/11/2016.
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conforme “Relação dos Membros do Plenário 10
Presentes” apresentada e Convidados. 1.
Composição da Mesa Dirigente: Após a recepção
aos presentes através da Secretária Executiva do CBH
Grande, Maria Isabela de Souza, representante do
CREA- MG convidou os presentes para dar início à 15
11ª Reunião Ordinária do Comitê da Bacia
Hidrográfica do Rio Grande. Informando o quórum
de 37 conselheiros votantes em 2ª chamada, às
09h30min. Convido para compor a Mesa o Sr. Hélio
César Suleiman, Presidente do CBH Grande 20
representando o Departamento de Águas e Energia
Elétrica (DAEE - SP). Justifico a ausência da Sra.
Mônika Bergamaschi, 1ª Vice-Presidente do CBH
Grande e representante da Associação Brasileira do
Agronegócio – ABAG, da região de Ribeirão Preto – 25
SP, a mesma está em compromisso de trabalho;
convido o Sr. Odorico Pereira de Araújo, 2º Vice-
Presidente do CBH Grande e representante da
Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais –
FIEMG; eu, Maria Isabela de Souza, Secretária 30
Executiva do CBH Grande e representante do
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de
Minas Gerais (CREA – MG). Convido para compor a
Mesa a Sra. Januária da Fonseca Malaquias,
Coordenadora da Câmara Técnica de Integração – 35
CTI, do CBH Grande e representando o Instituto
Mineiro de Gestão das Águas – IGAM; convido o Sr.
Adriano Melo, Coordenador da Câmara Técnica
Institucional e Legal – CTIL, do CBH Grande e
representando o Centro das Indústrias do Estado de 40
São Paulo – CIESP. Convido para a compor a Mesa a
Sra. Ângela Maria Martins Marques dos Santos,
Secretária Assistente e representando a Associação
dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de
Andradas – MG (ASSEA). 2.0 Abertura: passando a 45
palavra ao Presidente, Sr. Hélio que deu as boas-
vindas, agradecendo ao conselheiro Antônio Carlos
Sales pela organização do espaço em Andradas.
Dando início aos trabalhos nesse momento declaro
aberta a 11ª Reunião Ordinária do Comitê da Bacia 50
Hidrográfica do Rio Grande, e, abro a palavra à
Mesa Diretora, 2º Vice-Presidente Odorico que
cumprimentou os presentes, agradeceu ao Conselheiro
Antônio Carlos Sales pelo local disponibilizado para a
reunião e desejou que o trabalho seja produtivo. O Sr. 55
Hélio cumprimentou os Coordenadores: da Câmara
Técnica de Integração, a Januária que representa o
Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM,
Coordenador da CTI, o Advogado Dr. Adriano Melo,
representante CIESP, que coordena a Câmara Técnica 60
Institucional e Legal. Cumprimentou a Sra. Ângela
Marques, Secretária assistente, passando-lhe a palavra,
onde a mesma cumprimentou os presentes ressaltando
a importância geográfica da escolha de Andradas para
essa reunião. O Sr. Presidente solicitou que os 65
coordenadores das Câmaras técnicas se apresentassem
a Plenária. Januária da Fonseca Malaquias, do IGAM
e Coordenadora da CTI, cumprimentou aos presentes
informando a retomada do IGAM com uma postura
proativa diante da gestão de recursos hídricos, 70
colocando-se bastante otimista no desempenho da
integração entre os Estados. O Sr. Adriano Melo,
CIESP Ribeirão Preto e Coordenador da CTIL
cumprimentou os presentes informando da
necessidade em se criar rotinas para os trabalhos do 75
CBH Grande e que nos próximos anos o trabalho a ser
desenvolvido contará com a dedicação de todos os
membros da CTIL. 3.0 Expediente da Secretaria
Executiva: reforçou a informação de 37 membros
votantes. Com a apresentação da pauta, feita uma 80
abertura, às 9:10 Apresentação do Plano Integrado
de Recursos Hídricos do Grande pelo GT-Plano e
pela ANA, às 9:45 Discussão e Encaminhamentos,
às 10:15 Assuntos a Deliberar. Dentre os assuntos,
temos a apreciação da Ata da Reunião anterior, 6ª 85
Reunião Extraordinária, Ribeirão Preto – SP,
Deliberação CBH Grande nº 28/2016 “Ad
Referendum”) “Aprova a celebração do Pacto para a
Gestão Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia
Hidrográfica do Rio Grande”; Deliberação CBH 90
Grande nº 33/2016 (“Ad Referendum”) “Dispõe
sobre a criação, composição e atribuições da
Comissão Eleitoral para o processo de preenchimento
das vagas remanescentes do Comitê da Bacia
Hidrográfica do Rio Grande, Gestão 2016/2020”; 95
Deliberação CBH Grande nº XXX/2016 – “Aprova
o Relatório Anual de Atividades de 2016 do Comitê de
Bacia Hidrográfica do Rio Grande – CBH Grande”;
Deliberação CBH Grande nº XXX/2016 – “Aprova
o Diagnóstico Integrado de Recursos Hídricos do 100
CBH Grande – PIRH Grande e dá outras
Providências.” Em seguida, vai ser apresentado o
Programa Nacional de Fortalecimento dos Comitês
de Bacias Hidrográficas – PROCOMITÊS _ ANA;
Discussão e Encaminhamentos; Alguns Informes; 105
Outros Assuntos e previsão de Encerramento para
as 13:00h. Convidada a Coordenadora do GT-Plano
para as suas considerações, Sra. Débora Riva Tavanti
cumprimentou os presentes e apresentou um histórico
detalhado sobre o trabalho do GT Plano no 110
acompanhamento da elaboração do PIRH Grande.
Apresentação do Plano Integrado de Recursos
Hídricos do Grande pelo GT-Plano e pela ANA Edgar Machado, da Agência Nacional das Águas -
ANA: cumprimentou os presentes e iniciou a 115
apresentação ressaltando sobre o acompanhamento
que é feito pela ANA na elaboração do plano junto a
empresa ENGECORPS. Reafirmando a informação da
Débora, fez um breve histórico que ao longo do ano de
2015 e inicio desse ano, foi discutido no âmbito do GT 120
o Diagnóstico preliminar que foi apresentado por meio
das notas técnicas, de acordo com os temas que elas
abordam, e a partir do momento que a ENGECORPS
foi contratada, dentro do Plano de Trabalho deles
estava incluído uma etapa de consolidação com todas 125
aquelas informações que estavam materializadas nas
notas técnicas, e eventualmente foram solicitadas
algumas atualizações, outras complementações, e até
mesmo alguns dados novos que a ENGECORPS
Minuta de Ata Completa da 11ª Reunião Ordinária do Comitê da Bacia Hidrográfica do
Rio Grande, realizada em Andradas - MG, em 17/11/2016.
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levantou. Então esse material foi apresentado no 130
documento do Diagnóstico consolidado, e discutido no
âmbito do GT também, já nesse ano de 2016. O foco é
na criação de bases que forneçam subsídios para as
próximas etapas do Plano, Prognóstico, Plano de
Ações e o Manual Operativo, e em termos de 135
conteúdo o nosso Diagnóstico aborda a caracterização
temática da Bacia, é basicamente uma compilação das
notas técnicas envolvendo aspectos físicos, bióticos,
sócio-econômicos, legais, institucionais e,
complementarmente, uma análise integrada dos planos 140
de bacias afluentes, do ponto de vista de suas
potencialidades, dos problemas e ações propostas,
abordamos também no Diagnóstico, em termos de
revisão do conteúdo, a disponibilidade hídrica
quantitativa e qualitativa. Ressaltando que para 145
elaboração do Plano do Grande foi usada uma
metodologia bastante inovadora, principalmente em
termos de escala, de trabalho de 1:50.000. As
informações sobre quantidade e qualidade de água,
suas demandas foram espacializadas nessas 150
microbacias, bem como a análise integrada do
Diagnóstico. Gerando a análise das demandas hídricas
e a partir do confronto entre a disponibilidade e as
demandas, os balanços hídricos, tanto quantitativo
quanto qualitativo, fechando o Diagnóstico com a 155
análise integrada dos temas que o compõem.
Permitindo, a partir dos diversos temas abordados no
Diagnóstico a seleção de algumas variáveis que
causam impacto tanto na quantidade de água, quanto
na qualidade, organizando em agendas temáticas, de 160
acordo com as características dos temas envolvidos,
sendo 5 agendas no total: ‘agenda laranja’ para o tema
de agropecuária, ‘agenda marrom’ para saneamento,
‘agenda cinza’ para a indústria e mineração, ‘agenda
verde’ para conservação ambiental, ‘agenda azul’ para 165
recursos hídricos. Por fim, ao final dessa análise das 5
agendas, as informações foram consolidadas em 2
mapas-sínteses, que tentam captar o que de fato tem
causado impacto nos recursos hídricos da Bacia.
Sendo um processo interativo feito por meio de um 170
software estatístico, que estabelece, comparando as
variáveis um peso respectivo para cada uma de acordo
com o grau de impacto que ela teria sobre os recursos
hídricos dentro daquela respectiva agenda. Essas
informações especializadas nas microbacias 175
constituem a base da informação utilizada no Plano,
podendo organizá-las tanto por UGH, ou por regiões
críticas. Finalizando a apresentação com informações
dos pontos críticos na Bacia que podem ser
observados no material no Plano disponibilizados no 180
site pirhgrande.ana.gov.br. Neste momento o
Sr. Presidente convidou a Coordenadora do GT-Plano,
a Débora, para fazer parte da Mesa e a Aída
Andreazza, que é Engenheira Civil, Mestra em
Ecologia, da ENGECORPS e que está como 185
Coordenadora do Plano Integrado pela empresa. O
Presidente solicitou que os questionamentos sejam
feitos em bloco e com inscrição com nome e Entidade
que representa. Foram inscritos: Benedito Martins
Filho, Grupo Ecológico Olho D`agua. Ângela 190
Pimenta. João Ferrão, ADISMIG. Renato Aguiar,
Prefeitura de Cambuí, Polyanna Custódio Duarte,
ONG Angá: “no 1º item, logo após a introdução, na
questão da caracterização biótica, eu gostaria de saber,
há um mapa sobre as áreas de ictiofauna, e não foi 195
considerado o Atlas da Biodiversidade Minas Gerais,
o Atlas da Biodiversitas, considerou-se um outro mapa
de áreas prioritárias onde foi colocado os dados da
Biodiversitas, mas especificamente o mapa da
biodiversidade da Biodiversitas em relação à 200
ictiofauna não foi considerado. O que eu vi foi alguns
dados do Turvo, deixa eu ver o mapa aqui, será que dá
para colocar o mapa para a gente, ou melhor, só para
contextualizar, não?” Débora: “Polyanna, com licença,
você está falando com relação à apresentação dele 205
(Edgar) ou o produto todo que está disponível?”
Polyanna: “O produto todo.” Débora: “Tá, do
relatório, a Versão III, que está disponível no site”
Polyanna: “A que está disponível para os membros do
Comitê, não do GT. O mapa da Biodiversitas usa uma 210
variável a ictiofauna. Mas tem um mapa específico
para a ictiofauna, onde são considerados 4 outros
trechos de rios que não foram colocados no mapa da
área de ictiofauna aqui da Bacia do Grande, então
acaba com que submostrado, se bem que foi 215
considerado berçário, tem a reprodução, mas o Atlas
considera vários outros tipos de pressão para a
ictiofauna que não foi considerado, então você acaba
como que submostrou 4 áreas que não foram
colocadas, que são extremamente importantes, 220
inclusive são alvo de deliberação do COPAM Minas
Gerais, se eu não me engano a 55/2002. Uma outra
coisa também é a questão dos ecossistemas aquáticos,
a gente considera não só a questão de ictiofauna ou de
bentônicos, a gente também tem que considerar 225
algumas outras espécies, um outro grupo como aves,
que usam o ambiente. E tem uma espécie criticamente
ameaçada que é o Aracuá Pintado, ele é um tipo de
Jacú, lembra o Jacú, ele é criticamente ameaçado e só
ocorre no Turvo, especificamente. Então tem um 230
registro muito importante, eu posso passar depois o
trabalho, já é publicado, de um professor da UFMG,
eu posso passar o link, porque é assim, a gente no
Paranaíba nós temos um caso, por exemplo, que é o
Pato Mergulhão, que é considerado no Plano do 235
Paranaíba como um todo. Então você tem de colocar
sobre o manejo. A última coisa, há uma divergência
em relação à questão de geração de energia, quando
você apresenta os dados lá na Tabela, coloca que o
Turvo e o Pardo não têm ameaças, mas quando você 240
considera o mapa da ictiofauna de espécies raras e
endêmicas, tem uma pressão, são espécies raras e
endêmicas, têm que ser consideradas na hora de
instalar o empreendimento. Então, ou foi considerado
só as Unidades de Conservação, como pressão, ou tem 245
que colocar que áreas prioritárias, os peixes têm uma
pressão sobre a instalação de um empreendimento
hidrelétrico.” Edgar: “Bom, em relação ao estudo da
Biodiversitas, a gente está inclusive com o Relatório
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aberto aqui, ele foi uma das principais fontes de 250
informação em relação ao tema da ictiofauna do
Diagnóstico, aquelas áreas que foram mapeadas,
alguns trechos de rios que foram críticos,
principalmente para a reprodução, elas estão citadas
no Relatório.” Polyanna: “Eu posso fazer intervenção 255
já? Porque eu olhei no mapa fazendo a comparação,
são 4 áreas, no mapa de área prioritária tem os
números 95, 96, 108 e 109. Quando você vai
especificamente na área do mapa de ictiofauna, são os
trechos 31, 30...” Edgar: “Qual mapa você está 260
falando?” Polyanna: “De áreas prioritárias, do
Diagnóstico completo. Abre lá, por isso que eu pedi
para abrir para não dar confusão. Vai em Diagnóstico
Geral, se eu não me engano é a página 28. Ou 33.”
Odorico pede a palavra: “Odorico, FIEMG, 265
representante, Vice-Presidente do Comitê, eu só
queria fazer um questionamento, eu acho, Polyanna,
que o seu questionamento é muito pertinente e ao
mesmo tempo, muito complexo. Eu acho que esse
tema que você está colocando, eu acho que ele é de 270
extrema..., tem que ter um extremo cuidado para estar
fazendo alguma análise nessa plenária aqui. Eu acho
que você deveria ser convidada para estar participando
(Edgar sugere o encaminhamento para o GT) da
próxima reunião para que possa atender à sua 275
solicitação e ver o que pode ser feito. Eu acho que é
muito complexo, eu entendo o seu...” Polyanna
interrompe: “Eu entendo que é complexo, Odorico a
gente tem uma deliberação que a gente vai aprovar
hoje. Eu acho que a gente tem...” Sr. Presidente: “Eu 280
sei Polyanna, no momento da deliberação..., eu acho
que o que está em pauta aqui agora é acerca dos
trabalhos, então assim, a deliberação ainda não está
colocada em discussão. Então, eu acho que talvez num
momento oportuno, você se coloque, positiva ou 285
negativamente, você vai ter um tempo para isso, e a
sugestão, é uma solicitação, que se a gente for
começar a trabalhar os temas muito mais específicos,
considerando que há um GT – Plano para o tema, que
isso foi feito consultas, eu gostaria até que...” 290
Polyanna interrompe o Sr. Presidente: “eu gostaria até
de saber como é que foi feita a consulta, por exemplo,
para os conselheiros fora do GT e como eles
contribuíram...” Sr. Presidente: “Tá bom, Polyanna,
calma, tá, a Coordenadora te responde como isso..., 295
então é isso que a gente gostaria, acho que as
perguntas deveriam ter vindo nesse sentido e nas
questões mais técnicas, depois você passa o seu nome,
por gentileza, com o contato e venha para o GT, tá
bom? A consulta, o questionamento é mais sobre a 300
consulta...” Débora: “Polyanna, nós..., a gente estava
acertando aqui e eu acho que a forma, não é, porque as
oficinas ocorreram em cada um dos afluentes, então
nós tivemos 14 oficinas, agora eu não lembro o mês
que foi, se foi agosto, julho, mas tiveram 14 oficinas 305
que era o momento de levar as contribuições e, as
pessoas que estão na base nos comitês trazerem essas
informações, mas não quer dizer que agora a gente vá
falar para você, não, não vai entrar no relatório e não
vai dar para contribuir. Só que eu não vejo essa 310
pertinência de discussão nesse momento, então eu
queria pedir para você encaminhar para o GT, pode
ser para o meu e-mail pessoal ou para a Secretaria
Executiva, e aí na próxima reunião do GT a gente vê
essa possibilidade de alterar. Se tiver estudo que 315
contribua e tudo o mais, então mande, várias pessoas,
conforme a gente ia apresentando em outras plenárias
ou nas câmaras, iam mandando material para
contribuir, então extremamente válido o seu
posicionamento, mas a gente gostaria de ter esse 320
acervo também para dar uma olhada, então se você
puder encaminhar, inclusive mandar também as suas
considerações conforme você foi falando aqui, então a
figura tal, da página tal, só para a gente ver certinho
do que se trata. É porque, em função da pauta, não há 325
tempo de abrir o documento e fazer essa correção
como a gente faz no GT. Não cabe ao plenário, senão
vai desmotivar, o pessoal vai levantar e vai embora,
então eu acho que a melhor forma, só para eu
organizar, para dar andamento e não parar a plenária, 330
que aqui não é o momento, eu queria solicitar que
você me encaminhasse e também à Secretaria
Executiva, e na próxima reunião do GT é até
pertinente a sua participação, está aberto aí para a
gente receber essas contribuições.” Polyanna: “Aí eu 335
não entendo porque se foi colocada uma apresentação
no Comitê a respeito do Diagnóstico, aí você não vai
poder contribuir na medida que tem algum..., aí
submostrou, não é, acho que teria que abrir e mostrar,
eu tenho o dado aqui e, olha, o dado da Biodiversitas 340
não foi considerado para a área de ictiofauna, é fato,
eu posso abrir aqui o mapa para vocês e fazer
comparação... É fato, então eu vou fazer essa
avaliação, quando que que vai voltar para o GT?
Porque nós estamos aprovando o conteúdo aqui 345
também... A partir do momento que faz a avaliação da
deliberação, a gente está aprovando o Diagnóstico
aqui, tudo bem que lá no finalzinho pode ter algumas
modificações, mas muito pequenas... Porque se você
inserir esses dados, por exemplo, da parte de 350
ictiofauna, você faz um novo planejamento para
determinada região da Bacia.” Sr. Presidente:
“Polyanna, de novo, a gente entende isso, então o que
a Débora está colocando e eu coloquei para você
também e coloco para o plenário, nós temos uma 355
pauta extensa, e assim, não que o assunto não seja
pertinente, é que ele está ‘atemporal’, como a Débora
bem lembrou, foram feitas 14 oficinas regionais, onde,
nas 14 oficinas, foi apresentado um produto, e foi
levantado esses questionamentos, não que..., o assunto 360
é importante, entretanto ele está atemporal, é a ú nica
coisa que a gente gostaria que você entendesse, então
assim, agora, se você puder deixar esse assunto, ou
para a hora que você for na deliberação você se
posiciona realmente em termos da deliberação, e as 365
contribuições, eu acho que você já está bem alinhada
com todas as marcações, encaminhar, tanto para a
empresa avaliar e colocar e te dar um retorno, que a
gente não tem deixado ninguém sem respostas, então é
Minuta de Ata Completa da 11ª Reunião Ordinária do Comitê da Bacia Hidrográfica do
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isso, simplesmente um pedido para a gente não 370
prolongar mais esse assunto do que ele já está aqui no
tempo.” Polyanna: “Eu vou só fazer uma colocação
rapidinho: nós somos um Comitê de Bacia federal; se
a gente, dentro de plenária, não discutir nosso Plano
que é o nosso instrumento de gestão principal...” Sr. 375
Presidente: “É que há fórum específico para isso,
Polyanna, é isso que eu quero que você entenda...”
Polyanna: “Hélio, mas é na plenária, estamos todos
reunidos aqui...” Sr. Presidente: “Você está coberta de
razão, calma, o que eu estou dizendo para você é que 380
esse assunto, primeiro que ele é de um nível técnico
que a gente não vai ter como abordar aqui agora, é
isso que eu estou dizendo para você. É só isso, ele está
num nível técnico que nós não temos condições de
abordar agora. Então, eu estou pedindo para você um 385
momento, não um momento para a frente mas, num
momento oportuno, momento adequado, num fórum
mais adequado. Então, que ninguém vai deixar você
sem a resposta ou sem a discussão, está posto, está
gravado, então isso está registrado. Esse 390
posicionamento está posto, o que a gente está
colocando para você é: devido à complexidade, existe
fóruns, existe momentos mais oportunos. Então, é só
isso.” “Wagner Villela, eu sou..., estou Coordenador
de Planos lá da Agência Nacional de Águas. Acho que 395
é mais uma palavra, viu Polyanna, no sentido de
tranquilizar, no meu ponto de vista você tem toda a
razão, mas vai ter um momento..., essas demandas
suas só servem a um propósito de estar no Diagnóstico
ou a um propósito principal: você discordar antes de 400
eu acabar uma frase, é você nem querer conversar, fica
muito difícil. Serve a um propósito, principalmente
para a definição de áreas com restrição de uso. Você
trabalha com isso, você sabe. Nada impede que
mesmo não estando nesse que já foi longamente 405
discutido e você identificou que tem uma lacuna a ser
preenchida, que no momento que seja demandada essa
lacuna que você está preenchendo, seja
complementada. O que eu estou querendo te dizer é
que isso, se a gente for..., é a experiência de outros 410
trabalhos que a gente fez, a cada momento, a cada
reunião, atualizando os dados de plano e novas
informações que forem chegando, a gente não termina
nunca nem o Diagnóstico. Então é uma etapa, essa sua
contribuição vai ser fundamental agora no Plano de 415
Ações, na montagem. Vai ter um programa que é para
identificações estudo de áreas com restrição de uso,
sujeito da restrição de uso. Essa informação sua
encaixa perfeitamente nesse momento. Para você não
ficar preocupada disso não ser atendido ou de ficar só 420
no ar, mas eu acho que tem um momento que é muito
pertinente que é exatamente na etapa que a gente está
começando agora. Está bom? Não sei se te atende, não
sei se para você fica ok...” Polyanna: “Ok, eu vou
concordar tá, ficou registrado aqui, se tiver algum 425
problema, posteriormente a gente vai conversar, mas
eu assim, eu não acho que tem que menosprezar a
situação, o único e exclusivamente..., área de restrição
é um ponto muito importante no Plano, porque você
vai interferir em várias outras situações, inclusive 430
licenciamento. Então você tem..., apesar do Plano ser
Plano de Recursos Hídricos, você tem uma certa
interferência no licenciamento. Por isso que eu insisti
nessa questão, nós estamos com um Plano de Gestão
da Bacia e é aquela situação, tudo que está escrito..., 435
não, não está escrito, então nós não vamos seguir isso.
Então, se é um amadurecimento, que nem o Edgar
falou, a gente tem outras situações e outras bacias com
brigas ferrenhas, inclusive tem pelo menos 10 anos.
Então assim, se tem o compromisso aqui de que vai 440
incluir os dados, tudo bem, a questão é ah, vai incluir
e não inclui, depois dá aquelas brigas ferrenhas para a
frente.” Sr. Presidente: “Como diz o Wagner, não sei
se te tranquiliza ou não, mas fique tranquila porque
primeiro que a Diretoria tem um cuidado muito grande 445
com relação à questão do Plano e a gente não iria
aprovar um documento que nós não tivéssemos
condições de cumprir ou que não tivesse pertinência.
Segundo, que a Coordenação do GT-Plano, está na
mão de uma pessoa extremamente competente. 450
Terceiro, que nós temos agora, eu acho que pela
própria formação da Mesa, você está vendo que além
do GT-Plano, nós estamos alocados com as duas
câmaras técnicas, então fique tranquila, que vai sair do
jeito que tem que ser. “Então passe as suas 455
contribuições...” Edgar, da ANA, interrompe: “Eu
reitero que ela envie, pode enviar por escrito e tal,
para a Débora ou para mim, ou para os dois também,
para a gente receber essa contribuição tua no momento
ali da definição das ações, definição de áreas de 460
restrição, a gente leva em consideração essa
contribuição que veio dela.” Sr. Presidente: “Podemos
avançar?” “Meu nome é Ângela, sou representante da
ASSEA, que é a Associação dos Engenheiros aqui de
Andradas. Engenheiros e companheiros, eu, para ser 465
mais rápida eu escrevi porque eu costumo falar um
pouco demais. Então, eu vou ler essa manifestação:
‘Senhores Conselheiros, Diretoria Colegiada e
demais presentes a essa plenária. Nesta reunião, com
orgulho e satisfação, é colocado o Diagnóstico 470
Preliminar do Plano Integrado de Recursos Hídricos
do Comitê da Bacia do Rio Grande para aprovação
desta plenária. Inicialmente gostaria de parabenizar o
Grupo de Trabalho do Plano, que diligentemente
analisou e discutiu o alentado volume de 552 páginas 475
que compõe o documento Produto Parcial PPI-02 do
Diagnóstico. Agradecer à ANA e em especial aos seus
técnicos, que não pouparam esforços para estarem
presentes nas reuniões do Grupo de Trabalho.
Gostaria, a título de contribuição, talvez não para 480
incorporação neste Diagnóstico Preliminar, mas ao
que se segue, no Prognóstico, que alguns pontos
pudessem ser abordados. São eles: uso do solo por
passivos ambientais; temos, como é do conhecimento
da comunidade das bacias, alguns passivos 485
ambientais. Entre eles, a título de exemplos, podemos
citar: Barragens de contenção de mineração na
região de Nazareno, lagos de contenção de indústrias
de alumínio em Poços de Caldas, depósitos de
Minuta de Ata Completa da 11ª Reunião Ordinária do Comitê da Bacia Hidrográfica do
Rio Grande, realizada em Andradas - MG, em 17/11/2016.
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produtos químicos de caracterização desconhecida, 490
que foram transportados do Estado de São Paulo para
Inconfidentes, e outros mais. Vale destacar que aqui
na Bacia do Rio Pardo, nos limites dos municípios de
Poços de Caldas, Andradas e Caldas, bem pertinho
daqui, a menos de 40 quilômetros, temos a 495
paralisação das atividades de extração de urânio das
Indústrias Nucleares Brasileiras – INB. Trata-se de
área de mineração, planta industrial utilizada na 1ª
transformação do minério, estoque da denominada
“Torta 2” proveniente de São Paulo. Em resumo: no 500
que tange à antiga planta industrial, temos uma
barragem de rejeitos líquidos cuja crista é voltada
para o Rio Verde, que corre para o Distrito de
Pocinhos do Rio Verde, em Caldas, para desaguar no
Rio Pardo. No tocante à mineração, podemos, a 505
grosso modo, indicar 2 vales atulhados de rejeito e
estéreo, provindos da lavra e que, por conter pirita e
seus minerais, a geração de drenagem ácida
carreando os demais elementos radioativos. Esta
drenagem é levada à antiga cava, de 1quilômetro de 510
largura por 200 metros de diâmetro. Nesta cava existe
um lago de 26 metros de profundidade, de água ácida
e rejeitos do efluente de tratamento, rico em cal e
metais pesados. Estima-se que 60% deste lago já se
encontra assoreado. Estas águas, após dito 515
tratamento, é vertida para a Barragem de Águas
Claras, localizada na Bacia do Ribeirão das Antas,
claramente indicado como um rio federal, cuja
denominação também pode ser Lambari, considerado
neste Diagnóstico como um rio federal, que por sua 520
vez deságua no Rio Pardo. Quanto aos depósitos da
denominada “Torta 2”, que é o resíduo rico em tório,
urânio e outros radiativos, estes se encontram
estocados em piscinões de concreto no solo, ou em
bombonas seladas em galpões. (O Sr. Presidente avisa 525
à Sra. Ângela que ela só tem 3 minutos para
conclusão). Ângela: “Estou terminando aqui. Esse
material utilizado na antiga USAM, Usina Santo
Amaro, de São Paulo, que processava areia
monazítica, para a estação de terras raras. 530
Importante ressaltar, senhores, que atualmente já se
cogita captar água do Rio Pardo para abastecimento
da cidade de Ribeirão Preto. O uso do solo para
acondicionamento de rejeitos em situação de
perenidade, traz um risco potencial para as águas 535
tanto superficiais como subterrâneas, que deveria ser
objeto de gestão por parte do Comitê. Não é
necessário citar o caso de Mariana e a ausência de
gestão dos comitês envolvidos.” “Senhor Presidente,
eu solicito um pouquinho mais de tempo, visto que 540
não vai dar via discussão por minha parte, como fez
Polyanna, rapidamente eu vou ler o segundo... de
demanda.” Sr. Presidente: “Eu gostaria que você
concluísse, pelo seguinte, nós temos mais 1, 2 ,3, 4 e
de novo, nós temos uma pauta, então conclua o que 545
você..., eu acho que o documento já foi protocolado,
então conclua com o encaminhamento, fazendo o
favor.” Ângela: “Por favor, o encaminhamento é que
isso seja apreciado na próxima fase já do
Prognóstico... O que..., aqui é um tema bastante 550
complexo, que é o das águas minerais ou potáveis de
mesa, como água subterrânea. Ela não foi computada
no Balanço Hídrico. Em que pese a dominialidade, em
que pese a questão do diploma de outorga de lavra, eu
gostaria de sugerir e entender como se retira 555
exploração de água mineral e de mesa do ciclo
hidrológico, estou nessa dúvida faz muito tempo,
talvez uma dúvida que tenha surgida aí no confronto
como geóloga, e eu gostaria só de dizer aos senhores
que nós já tivemos conflitos na Bacia com a 560
exploração da Bonafonte, aqui nessa Bacia, nós
tivemos desabastecimento na cidade de Jacutinga,
porque a empresa Danone fez uma exploração..., isso
é de domínio público, por isso está aqui, é caso de
Promotoria, em que houve rebaixamento do Rio 565
Taquaraçu, que era manancial e foi depressionado,
então a influência dos nossos aquíferos, que são
aquíferos fissurados, de pequena profundidade, eles
têm uma relação com o freático muito rápida, portanto
eu não entendo como esse tipo de exploração..., e esse 570
único exemplo, gente, e nós na Região Sudeste somos
responsáveis por 46% das águas minerais do Brasil.
Somente essa exploração se dá retirando das nossas
águas subterrâneas, 146.600.000 litros de água dita ‘de
mesa’, como uma exploração de mineração comercial. 575
Só para encerrar: a Resolução do CNRH nº 76/2007,
de 16/10/2007, estabelece diretrizes gerais para a
integração entre a gestão de recursos hídricos e a
gestão de águas minerais, termais, gasosas, potáveis,
de mesa, ou destinadas a fins balneários. Eu gostaria 580
que essa Resolução, no aspecto institucional, com um
programa talvez, seja debatida nessa instância tão
importante que é a instância de um comitê federal.
Muito obrigado!” Wagner Villela, da ANA: “Bom,
vou responder, eu aqui de novo, porque ontem a gente 585
conversou, o CAL (Antonio Carlos Salles) apresentou,
viu Ângela, exatamente essa proposição, e..., o CAL
apresentou exatamente esse documento, essa
proposição e a gente discutiu ontem no Grupo as
formas de encaminhamento disso, eu vou começar de 590
trás para a frente, bem resumidamente, não vou entrar
em detalhes, questão de água mineral de mesa e água
subterrânea, isso está um inferno legal, isso é mudança
de lei federal, a gente não tem autonomia nenhuma
para mexer, e existe de forma geral, questão da água 595
subterrânea, eu posso te afirmar com toda a certeza
que a ANA botou no Diagnóstico do Grande a melhor
informação que existe, disponível no Brasil. Qual é o
problema: informação disponível no Brasil de água
subterrânea é insuficiente para rodar balanços hídricos 600
inclusive comparando com água mineral, com
qualquer outra coisa. Esse é um tema que está em
discussão inclusive no Conselho Nacional de Recursos
Hídricos. Então, como recomendação, essa questão de
água mineral o Comitê tem capacidade, no meu 605
entendimento, até o dever de alertar as autoridades
para esses casos que você lançou e o Plano pode
abarcar isso como recomendações. A questão de
mineração: essa foi uma discussão até extensa ontem,
Minuta de Ata Completa da 11ª Reunião Ordinária do Comitê da Bacia Hidrográfica do
Rio Grande, realizada em Andradas - MG, em 17/11/2016.
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mas assim a gente ouve, tem uns dados, tem ali a 610
comissão de Poços de Caldas, o que a gente conversou
ontem, há necessidade de se organizar todas essas
informações, de saúde, de monitoramento, de
relatórios técnicos, e de fato montar um documento
para isso ter encaminhamento. Que as informações 615
que sempre chegam e que chegaram durante o Plano,
são sempre muito ‘picadas’. Ah, tem um estudo da
UNICAMP, tem um outro estudo, desde que eu pisei a
1ª vez na Bacia, eu ouvi você e o CAL sempre falarem
dessa questão de radioatividade. Relatório que 620
contemple de fato para o Comitê dar o
encaminhamento, o Plano não vai conseguir fazer esse
relatório. Agora, eu acho que o Plano tem condição de
priorizar um estudo nesse sentido de complementação
de lacunas, e de formatação de um relatório para dar 625
consequência a estas demandas. Acho que esse é o
melhor encaminhamento. Ok? Não sei se atendeu...
“Isso, e pode entrar inclusive, se é identificado como
uma prioridade, como uma prioridade que ela é.”
Ângela: “Wagner, me permita discordar com relação à 630
ausência de dados com relação à explotação de águas
minerais ditas sobre o diploma de outorga de lavra. O
DNPM, no seu Plano Duodecenal de 2010/2030 fez
um levantamento dessas outorgas de lavras e
captações, porque uma outorga pode conter mais de 635
uma captação, tanto que eu citei os dados aí do Plano
Duodecenal, enviei até para a representante da
ABHAS, ela tem esse material, quer dizer, existe um
banco de dados no DNPM que permite dizer o quanto
se explota de água. Não vamos nem falar dos 640
clandestinos, então dá para quantificar. Agora, a gente
de alguma forma..., eu acho que a Resolução CNRH
deve ser fomentada, para que haja integração dessas
políticas, se a gente não fizer, acho que a gente passa
em branco como se não existisse. É o que passa a 645
impressão, lendo as 552 páginas, Wagner, é um
trabalho exaustivo mas de repente a água de mesa não
entra e ela tem uma relação muito direta, foi o caso
que eu citei, uma super explotação deixa uma cidade
inteira sem água, as bombas tiveram que ser retiradas 650
do Taquaruçu e serem passadas para outra fonte, quer
dizer, uma cidade ficou desabastecida, por uma
atividade industrial importante, não estou dizendo que
não seja, mas nós não podemos mais adotar
simplesmente essa postura de o diploma não se refere 655
à outorga do sistema hídrico e então, nós ficamos
quietos. Não é questão de polemizar mas é uma
questão de encarar essa situação no sentido de
‘conserto’, quando vier uma lei federal, olha, a Bacia
do Grande se adiantou e fez um ‘conserto’, inclusive 660
com a ‘76’, olha que coisa interessante, é um ganho,
acho que faltou isso, simplesmente faltou e
176.000.000 de litros/ano para um empreendimento
não é pouca coisa numa bacia desse tamanho que é a
do Taquaruçu. Por outro lado, na hora que a gente vai 665
fazer cobrança, o instrumento de cobrança que é um
instrumento importante de gestão, como nós vamos
explicar que 176.000.000 de litros não vão pagar
porque não é o diploma de outorga de recursos
hídricos, não dá, a população não vai entender, 670
entendeu? Agora, se existe um ‘conserto’, ah não, mas
nós estamos trabalhando para isso, a própria
Associação Brasileira de Águas Subterrâneas já
mandou projeto para o Congresso, isso entra lá e vê
quantos anos fica, mas a gente está aqui com uma 675
iniciativa para resolver nossos conflitos, nós vamos ter
conflitos, então isso Wagner que eu estou pedindo,
que não seja no Diagnóstico Preliminar, que eu
entendo toda a discussão, foi exaustiva, mas que a
gente considere isso como uma proposta de que nós 680
entendemos esse problema. Com relação à INB, eu
conheço a maioria dos técnicos que batalham lá, está
parado, está congelado, ninguém está preocupado com
o descomissionamento, se os Estados de São Paulo e
de Minas entenderem que esta é uma questão 685
pertinente e está registrada no seu Plano, eu tenho
certeza de que nós vamos acelerar
descomissionamento para que a gente possa ter um
pouco mais de tranquilidade. Quem monitora aquela
barragem, como monitora? O que que está saindo, 690
existem “N” dados, a INB tem e a CNEM tem, só não
forneceram.” João Ferrão, da ADISMIG: “... 20 anos
parada sem o descomissionamento. Primeiro: essa
questão aí, agora eu estive conversando com o
Odorico antes da reunião e ele me disse que está tudo 695
certo, essa é a conversa que está se fazendo. Mas a
minha sugestão para a ANA, é que ela faça o seguinte,
está faltando documento, peça à INB, e peça a uma
outra que a Ângela colocou, que é a ALCOA, que
parou as suas atividades e que também tem que fazer o 700
Plano de Descomissionamento, que ela dê informação
à ANA porque ela contaminando as suas águas. Essa é
a minha posição, nós temos que buscar esses dados
para quem tem, é muito grande o processo, eu disse
para o Adriano, na reunião lá, olha, vocês aqui de 705
Ribeirão Preto já devem estar recebendo um
pouquinho de radioativos aqui também, porque essa
contaminação é forte, ah, negociaram com os chineses
para levar essa ‘Torta 2’ e essa coisa toda, acabou, não
tem negócio com a China, a China não quer mais, 710
então tem que se ver isso, é problema dos 2 Estados,
de Minas Gerais sim, mas de São Paulo também,
obrigado.” Maria Isabela: “Seu João, eu posso
considerar esse como o encaminhamento do Sr.?”
João Ferrão: “Não senhora, o encaminhamento que eu 715
quero fazer é outro.” Maria Isabela: “O Sr. quer fazer
de uma vez?” O Sr. João fala sem microfone e não há
captação de áudio, por isso fica sem registro a sua
resposta. Sr. Presidente: “O próximo inscrito... Sr.
Benedito...” Benedito Martins Filho, Grupo Ecológico 720
Olho D´agua: “Eu pertenço a uma ONG em Mococa,
onde a gente produz e distribui voluntariamente em
torno de 30.000 mudas/ano para reflorestamento. Isso
há 12 anos. E nós somos abastecidos por um rio
federal, que é o Rio Canoas, que nasce em Guaranésia 725
e deságua no Rio Pardo. E ontem..., da Bacia do Rio
Canoas, somente Mococa trata esgoto, Arceburgo não
trata, Monte Santo, Guaranésia, Milagres, ninguém
trata esgoto. Então nós recebemos praticamente esgoto
Minuta de Ata Completa da 11ª Reunião Ordinária do Comitê da Bacia Hidrográfica do
Rio Grande, realizada em Andradas - MG, em 17/11/2016.
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para ser limpo, para ser consumido. Agora, ontem 730
tivemos a informação que será construída uma linha
de 500 KW de Estreito, que fica entre Pedregulho e
Franca, até Atibaia, que vai passar nessa área de
manancial de Mococa. Pasmem, 5 milhões de árvores
serão suprimidas. Está sendo pensado nisso, isso serve 735
como um alerta. E nós estamos parando de produzir
mudas devido à taxação do CREA, que está
impossibilitando nosso trabalho voluntário. Inclusive,
nós já paramos, nós só estamos distribuindo o restante.
Em Mococa tem georreferenciada, arredondando, de 740
1.000 nascentes, 950 estão desprotegidas. Obrigado.”
Maria Isabela: “Sr. Benedito, qual é o
encaminhamento?” Benedito: “Se está sendo pensado
nesses 5 milhões de árvores que estão sendo
destruídas, com todos os impactos que isso causa.” 745
Maria Isabela: “Obrigada.” Edgar: “Isso não tem
sido..., bom, até então nós..., nem conhecimento disso
nós tínhamos. E segundo ponto, é que houve um
assunto que está muito mais próximo de uma agenda
de licenciamento, de uma agenda ambiental, de 750
impacto, provavelmente deve ter medidas
compensatórias relacionadas a uma intervenção desse
tipo, do que de uma agenda de recursos hídricos que é
a agenda do Plano.” Wagner: “Não é uma questão de
influenciar, lógico que influencia, a gente priorizou no 755
Plano, desde o começo da construção, discussão do
Termo de Referência, a gente focar em ações que o
Sistema de Recursos Hídricos tenha governabilidade
de resolver, que a gente tenha a caneta, que tenha
dinheiro para resolver. Que não esteja muito distante 760
da gestão de quem está aqui e nem de quem está nos
órgãos gestores de recursos hídricos. Um exemplo
claro dessa discussão nossa, acho que..., eu sou da
área de Agrárias, nada é mais importante para recursos
hídricos, no meu ponto de vista, do que conservação 765
de solo e vegetação. Qual é o problema? A gente não
consegue..., se a gente coloca isso no Plano, identifica,
coloca solução, a gente não consegue resolver. A
gente não tem competência e nem capacidade para
resolver. Aonde que a gente consegue atuar com 770
conservação, com recuperação? É um programa
piloto, é um produtor de águas, por exemplo, uma
recomendação para o órgão ambiental, identificar
áreas críticas. Quer informação importante como
subsídio, de repente até para conseguir recursos de 775
uma eventual compensação, é importante mas a
capacidade do Comitê, do IGAM, do DAEE, da
CETESB, da ANA, de intervir nisso, com toda a
certeza é zero. Então, a gente procurou focar sempre
nos temas que a gente tem governabilidade e 780
capacidade. “Mas vai ser muito bem vinda essa
informação porque é uma informação que, de repente,
ao invés de problema, pode ser a solução para recursos
hídricos, fonte de captação de recursos.” Sr.
Presidente: “Wagner, poderia ter incluído também, 785
agora na fase de Prognóstico, que vai começar definir
as metas e ações, estar definido, dar uma olhada nesse
assunto com propriedade e ver se isso caberia alguma
ação, alguma meta, para ser proposto no Plano. Antes
de abrir a palavra para os próximos inscritos, o CAL 790
me fez um pedido, na realidade um comunicado, o
Prefeito Municipal de Andradas, o Prefeito Rodrigo
está presente, e gostaria de dar uma boa vinda para a
gente aqui, por favor, Prefeito.” Senhor Rodrigo,
Prefeito Municipal de Andradas, cidade anfitriã: 795
“Desejo aí que seja um bom dia, desejo que sejam
benvindos à nossa cidade, quero cumprimentar o
Hélio, o Presidente e a todos os componentes,
certamente essas discussões são muito pertinentes,
relevantes, principalmente tratando aqui do assunto da 800
INB, temos aqui o Prefeito de Andradas e o Prefeito
de Caldas, que são as duas cidades diretamente ligadas
a essa questão, que nos preocupa, que se levantam
muitas questões quanto a isso, que causaria..., hoje a
gente tem incidência de câncer na região, a gente tem 805
tantas coisas que de uma maneira ou de outra
poderiam estar relacionadas a esse produto que está lá
acondicionado, então são ações que nos interessam
diretamente mas com certeza, interessam a todos que
estão aí na Bacia, que tem essa relevância. Eu quero 810
aqui parabenizar o CAL, pela indicação de Andradas
para sediar, acredito que vocês serão muito bem
assistidos aí, o município está sempre de portas
abertas para recebê-los enquanto visitantes, enquanto
Comitê, enquanto família que quiser vir aqui fazer 815
turismo em nosso município, também o nosso Vice-
Prefeito eleito João Luiz Magalhães, que também é da
área da Engenharia, que atua também como Presidente
do Comitê Mogi Pardo, é uma pessoa que vai nos
auxiliar e nós estamos também aqui com o Prefeito de 820
Santa Rita de Caldas e com o Prefeito de Divisa Nova
que são duas cidades e a gente está numa reunião aqui
do Consórcio de Saúde, coincidentemente no mesmo
local e a gente fez questão de vir dar uma palavrinha,
mais uma vez agradecer e falar que nós temos essa 825
visão muito voltada nestas questões ambientais,
sobretudo a preservação das nossas águas, que são de
uma relevância enorme, a nossa região hoje aqui tem
um consórcio de resíduos sólidos, nós estamos
depositando nosso lixo num aterro sanitário, estamos 830
evoluindo nesse processo de tratamento de esgoto,
caminhando para essa situação seja sanada, porque a
gente tem uma grande preocupação com os recursos
hídricos e com aquilo que um dia, com certeza, será
finito se a gente não cuidar. Então, muito obrigado 835
pela oportunidade, mais uma vez benvindos, CAL
muito obrigado, os parabéns aí aos prefeitos, muito
obrigado. Um bom dia a todos.” Sr. Presidente:
“Ângela Pimenta.” Ângela Maria Pimenta, Associação
dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos da Região 840
de Franca: “Então, a colocação que eu ia fazer você já
respondeu, todos já colocaram e eu só vou reforçar
então. Eu acho que a agenda, quer dizer, todo o
trabalho, eu não li todo, eu não tive..., a respeito das
oficinas, da oficina que teve lá em Franca, eu sou da 845
AEAARF, eu a estou representando, Associação dos
Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Franca, e
também sou de ONG, a Associação Paulo Duarte, que
faz parte também da ligação patrimonial. E o que eu
Minuta de Ata Completa da 11ª Reunião Ordinária do Comitê da Bacia Hidrográfica do
Rio Grande, realizada em Andradas - MG, em 17/11/2016.
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acho..., só reforçando, essa agenda verde coloca 850
questões mais das Unidades de Conservação, eu não
entendi muito com os mapas, não ficou muito clara
essa parte agrícola, do agronegócio principalmente, e
eu cito o caso lá do Triângulo Mineiro, então foi feito
um levantamento uma época, por uma ONG de Belo 855
Horizonte, a Quatro Cantos do Mundo, um exemplo
que a Polyanna citou também, e a ONG Angá
apresentou, lá de Uberaba, o caso de uma espécie de
pássaro que estava entrando em extinção pela questão
do uso da área, que deveria ser restrita e não estava 860
sendo, usada pela cana-de-açúcar, então a questão do
agrotóxico também que entra nessa composição, eu
acho que é válido o que foi colocado então, que vocês
responderam para a Polyanna, para essa questão das
águas, que são várias questões então, e essa 865
urgentíssima que eu vejo, que é ser polêmica, da
questão radioativa, eu sou geóloga também de
formação, então eu acho que isso tem que estar
colocado no Diagnóstico, ao meu ver, não que é
propriedade de ter, estar em detalhes, porém se a gente 870
omite, ou não coloca, que não é o caso tá, está
colocado mas não dá uma ênfase, e até entrar no
estudo que você falou de prioridade, poderá até ser, a
plenária achar conveniente que seja, então eu acho que
é uma coisa assim que tem que estar colocada no 875
Diagnóstico, que isso existe na Bacia, esses tópicos e
que eles são relevantes para a questão do Comitê estar
analisando, agora se vai virar um Plano de Ação cada
item desse, aí já é uma outra questão da prorrogação,
da sequência, da proposição e tudo. E eu vejo que é 880
assim urgente que o Comitê aprenda também a fazer
isso como um passo a passo, que vai reforçar inclusive
as outorgas também de uma forma a mais, porque se a
gente fica que a ANA não pode estar fazendo porque
tem..., então quem é que vai fazer esse encontro, esse 885
link, é igual os próprios mapas que estão aí, eu sinto
que talvez..., é como eu falei eu não olhei ainda o
Plano com tanto detalhe, mas um mapa de
superposição é muito importante também um mapa
que possa estar mostrando, no conjunto, em si, como 890
fazer esse encontro das informações. Então é uma
sugestão também que é para Plano de Ação. Acho que
é isso que eu anotei aqui, me disponho a estar ligando
essas informações da ONG Quatro Cantos do Mundo,
porque foram informações muito detalhadas com 895
relação à produção, o impacto da cana-de-açúcar. Na
nossa região nós temos o impacto tanto da cana quanto
do café também. E aí já entra na questão das águas
subterrâneas, então essa é uma questão a ser colocada,
é isso que eu penso, não sei como você chama hidro..., 900
(encaminhamento, diz o Sr. Presidente),
encaminhamento, é esse, eu reforço que já foi
colocado e dou muita força para que..., acho que é
importante que isso aconteça em termos de
Diagnóstico, para ele passar na deliberação.” Sr. 905
Presidente: “Ela vai encaminhar uns trabalhos para ser
apreciado pelo Grupo Técnico..., Edgar, vai fazer o
encaminhamento de uns documentos para ser
analisado, para ver onde que se encaixa, obrigado
Ângela. Você vai encaminhar para o pessoal da ANA, 910
não é? O próximo é Renato Aguiar.” “Bom dia,
Renato de Oliveira Aguiar, Prefeitura de Cambuí. Meu
questionamento, nosso Comitê de Bacia do Sapucaí
fez uma contribuição para o pessoal que está
elaborando o Plano no sentido que se desse uma 915
atenção especial, uma análise especial em relação à
área de maior altitude da Bacia do Rio Grande, que
coincide com a divisa de bacia com o PCJ, Sistema
Cantareira, que é região do entorno da Pedra de São
Domingos, que engloba 4 municípios: Camanducaia, 920
Paraisópolis, Gonçalves e Córrego do Bom Jesus. A
gente fez a contribuição no sentido que se analisasse a
possibilidade de indicação de restrição de uso de solo
daquele local, a totalidade desse local todo é acima de
1.800 metros sofrendo uma pressão muito grande 925
devido ao chacreamento da zona rural e culturas
arbóreas em área de preservação, o que é permitido
em alguns casos. Então, a gente fez a indicação e eu
queria saber se essa indicação foi acatada, ou se não
foi, o porquê, e a gente reconhece que a questão do 930
Plano tem muito pouca governabilidade, mas vai
contribuir para articular outros atores e outros
instrumentos naquela região, já estão discutindo essa
questão, de uma melhor preservação daquela área, que
volto a dizer, é cabeceira, ali que de fato começa o 935
Sistema Cantareira da Grande São Paulo e a divisa
com a nossa Bacia do Rio Grande. “Então a gente
queria saber se essa contribuição foi acatada e de que
forma. E também aproveitar, talvez não seja o
momento, uma outra questão, se não for o momento, 940
vocês desconsiderem, mas talvez não tenha um outro
momento, só uma dúvida, é que ficou acordado lá
atrás que esse Plano do Grande ia servir de base para
atualização dos Planos Estaduais dos Comitês
Estaduais, e no caso do nosso Comitê do Sapucaí já 945
tem o Plano, muito desatualizado mas tem, e que
aqueles comitês que não tivessem o Plano, seria de
alguma dado a base para que se criasse os planos das
bacias estaduais, então se for o momento e puder
rapidamente responder para a gente, muito obrigado.” 950
Wagner, da ANA: “Bom, a primeira: com relação a...,
a gente recebeu a proposta lá de criação de uma
Unidade de Conservação, e aí o que eu te adianto, vai
ser utilizada ou seja, foi acatada, em que sentido?
Desde o Paranapanema, a gente está fazendo, está 955
entrando como prioridade, então o Paranapanema já
deve ser contratado, terminou o Plano agora no
começo do ano, a gente vai contratar um estudo para
identificação na Bacia do Paranapanema de áreas
prioritárias para recursos hídricos. É uma outra lógica. 960
Para que a gente precisa identificar? Como é que eu
vou pedir um Programa de Pagamento por Serviços
Ambientais se eu não sei onde é prioritário
implementar? Eu tenho áreas importantes de recarga
de aquífero na Bacia, eu tenho áreas de nascentes, eu 965
tenho áreas com maior produção de sedimentos, aonde
que entra a sua contribuição? Dentro desses critérios
de priorização, essas áreas que já têm justificativa, já
entram com certeza num patamar de consideração
Minuta de Ata Completa da 11ª Reunião Ordinária do Comitê da Bacia Hidrográfica do
Rio Grande, realizada em Andradas - MG, em 17/11/2016.
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mais relevada. Eu não vou te falar aqui que a hora que 970
terminar o GT-Plano, o Comitê vai indicar exatamente
aquela área. A gente não sabe se tem área mais
prioritária do que ela. Esse é que é o problema, mas
ela entra já com diferencial porque eu já tenho uma
base para fazer essa priorização. A segunda questão: a 975
referência do Plano do Grande, nós estamos montando
uma base de dados e parte dela já vai ficar disponível,
que você faz o plano que você quiser afluente, a parte
de diagnóstico, o prognóstico e a base de programas e
ações. No Estado de São Paulo, a maioria dos comitês 980
afluentes já está usando essa base, os recortes,
principalmente para diagnóstico para atualização dos
planos paulistas. Isso para nós da ANA, inclusive foi
uma grata surpresa. Então, boa parte dos planos
paulistas da Bacia do Grande já vão ser atualizados 985
com esse Plano. Quando Minas resolver, nós estamos
elaborando o GD-7 e o GD-8. Foi um acordo com o
IGAM e uma demanda de Minas, mas se o IGAM
definir atualizar os planos mineiros, eu posso te
garantir que muito mais de meio caminho já está 990
andado. Não sei se eu respondi as duas...” Sr.
Presidente: “João Ferrão: “Bom dia a todos, eu queria
inicialmente dizer que essa última pergunta do nosso
amigo responde um pouco do eu queria colocar, mas
eu, na oportunidade da apresentação, da Doutora e de 995
seus colegas da ENGECORPS, eu os cumprimentei
por uma coisa diferenciada dos nossos planos que nós
estamos acostumados a ver. São feitos bonitinhos, o
consultor faz aquilo bonitinho, deixa ali e não sai
mais. O que eles colocaram de inovação, não sei se 1000
por demanda da ANA ou se da própria empresa,
fizeram um Plano de Ação e com inclusive busca de
recursos para implementação daquelas ações. Isso para
mim é a grande inovação e aí eu fiquei pensando e
disse, gente, quando o Brasil fez a reforma da 1005
Constituição em 1.988, o que aconteceu com os
Estados? Eles fizeram novas constituições adequadas
àquela ali. É a questão que você levantou, no meu
entendimento, muito bem. Só que eu acho que na
maioria certamente não tem essa questão, pode ter a 1010
parte técnica do jeitinho que o Wagner colocou, mas é
preciso que também fizesse alguma coisa no sentido
de ter até os recursos e tudo isso, e principalmente,
criação de agências. Eu acho que nós temos que
pensar seriamente e celeremente, criar agências, para 1015
cortar um pouco o ‘cordão umbilical’ com vocês da
ANA e com o pessoal do IGAM, porque na verdade é
a independência financeira disso aí, é muito
importante, no meu modo de entender, que a gente
comece, nós que somos da área, a ver resultados da 1020
nossa atuação como CBH. É muito importante que
você faça alguma coisa e você enxergue os resultados.
Sem isso, a gente não consegue fazer. A segunda
coisa, felizmente o CAL cumpriu um pouco daquilo
que ele me prometeu: era de falar com os 27 prefeitos, 1025
no caso dele que era presidente do CBH do nosso GD-
6, e pegar os prefeitos e mostrar para eles o seguinte,
gente, vocês são importantes para o CBH, vocês é que
definem essa questão de fazer as suas cacimbas lá para
aumentar a água da parte agrária sua, Wagner, os 1030
prefeitos é que têm condições de fazer isso aí, e eles,
nas reuniões, nas plenárias, eu diria que os 27
prefeitos deveriam estar aqui, hoje já é uma mostra
muito boa, vocês são muito bem vindos e parabéns
pelos senhores estarem aqui, ainda que por um pouco 1035
de tempo, mas é muito importante comprem essa
idéia, de que seja. Eu sou de uma ONG que é de
planejamento regional. O Brasil, pela sua extensão,
por tudo isso tem que pensar no desenvolvimento
regional. O município só é fraco, mas se vocês se 1040
unirem, no caso do Sul e Sudeste de Minas Gerais que
é a área objetivo da ADISMIG, são 145 municípios,
tem um PIB que é..., se vocês escolherem aí alguns
Estados, nós somos maiores, produzimos mais que 4
Estados da Federação. Nós temos que ser respeitados 1045
mais e não sermos apenas exportadores de recursos
através dessa carga tributária. Nós temos que dar um
desenvolvimento, nós temos potencialidades, e não
estamos explorando, transformando essas
potencialidades em qualidade de vida para os nossos 1050
residentes, porque nós estamos exportando recursos
para municípios menores e mais fracos. Chega, é
preciso exportar, sim, mas nós precisamos
desenvolver também. Era isso que o CBH tem que
fazer, as nossas águas são importantes, isso é que é o 1055
papel do CBH, sem água a gente não vive, eu talvez
hoje tenha 50% de água, mas vocês que são mais
jovens têm mais do que isso. Nós temos que cuidar da
água. Muito obrigado.” Sr. Presidente: “Passo a
palavra para a Secretária Executiva para o segundo 1060
item de pauta.” Maria Isabela: “Para uma conferência
rápida, eu gostaria que os senhores levantassem aquela
tarjeta que vocês receberam, apenas para conferência
de quórum. O mínimo para a gente continuar seriam
26 membros. 3.1 Leitura e aprovação da Ata da 6ª 1065
Reunião Extraordinária do CBH Grande:
Seguindo a pauta, vamos fazer a apresentação da ata
da 6ª Reunião Extraordinária do CBH Grande, para
que possa ser apreciada e colocada em aprovação.
Foram feitas algumas sugestões de alteração, com a 1070
inclusão da representante da ASSEA na Lista de
Presença, Sra. Ângela M.M.M. Santos; um outro
ponto na linha 11, uma observação, ‘essa reunião tinha
o início previsto por Edital de Convocação para as
11:15 horas, porém devido ao atraso ocorrido nas 1075
reuniões que a antecederam, optou-se pela abertura
por volta das 12:00 horas e em seguida, deu-se o
intervalo para o almoço, retomando-se os trabalhos às
13:25 horas. Foram essas 2 alterações.” Sr. Presidente
colocou em aprovação, Aprovado. 3.2 1080
DELIBERAÇÕES: Deliberação CBH-Grande Nº
28/2016, de 10 de agosto de 2016 (Ad Referendum)
aprova a celebração do Pacto para a Gestão
Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia
Hidrográfica do Rio Grande.” Após as considerações 1085
feitas pelos coordenadores da CTIL e CTI foi
Aprovada por unanimidade. Deliberação CBH
Grande Nº 33/2016 – (Ad Referendum) “Dispõe
sobre a criação, composição e atribuições da
Minuta de Ata Completa da 11ª Reunião Ordinária do Comitê da Bacia Hidrográfica do
Rio Grande, realizada em Andradas - MG, em 17/11/2016.
Página 11
Comissão Eleitoral para o processo de 1090
preenchimento das vagas remanescentes do Comitê
da Bacia Hidrográfica do Rio Grande – CBH
Grande – Gestão agosto de 2016 a agosto de 2020 ”.
Após considerações dos coordenadores da CTIL e
CTI foi Aprovada por unanimidade com a 1095
substituição do membro da ADISMIG. Deliberação
CBH Grande (Nº a ser colocado /2016) de 17 de
novembro de 2016 – “Aprova o Relatório Anual de
Atividades de 2016 do Comitê da Bacia
Hidrográfica do Rio Grande – CBH Grande”. Após 1100
as considerações dos coordenadores da CTIL e CTI e
membros da mesa a minuta da Deliberação foi
Aprovada recebendo o número de 34/2016.
Deliberação CBH Grande 35 / 2016 – “Aprova o
Diagnóstico Integrado de Recursos Hídricos do 1105
CBH Grande – PIRH Grande e dá outras
providências.” Após as considerações feitas pelos
coordenadores da CTIL e CTI foi colocada em
votação recebendo um voto contrário à deliberação
sendo do Sr. Leonel Sátiro de Lima (Poder Público 1110
Estadual - Secretaria de Agricultura, Abastecimento e
Pecuária de Minas Gerais) e uma abstenção da Sr.ª
Polyanna (Organização Civil - Angá). Então,
deliberação aprovada com um voto contra e uma
abstenção. 3º Item da Pauta: convidado o 1115
representante da Agência Nacional das Águas – ANA
para falar sobre o PROCOMITÊS – Programa de
Fortalecimento dos Comitês de Bacias
Hidrográficas, que será o Sr. Márcio Freitas.” Sr.
Presidente: “Márcio, seja bem vindo”. Márcio: “Bom 1120
dia a todos, é a primeira vez que eu venho ao Comitê,
queria agradecer o convite. O convite foi feito em
nome do Nelson, que é o Coordenador da área que eu
trabalho, a SICS, que é a coordenação que faz, dentro
da Superintendência de Apoio ao Sistema de Recursos 1125
Hídricos, que é responsável pelo apoio aos comitês de
bacia. O que eu vou apresentar, basicamente são os
antecedentes do programa, o que nós temos hoje em
termos de organização dos comitês de bacia no Brasil,
e qual é a ideia do Programa, o PROCOMITÊS, que já 1130
foi lançado no ENCOB, que agora ele já se encontra
em fase de implementação, e é importante então a
gente comunicar aos membros do Comitê do Grande e
fundamentalmente aos comitês que compõem o
Grande, que são os beneficiários do Programa 1135
especialmente. Só para situar, o Programa vem dentro
do contexto que já foi comentado, que é o Pacto
Nacional pela Gestão das Águas e dentro desse
contexto nós tivemos já em 2013 o lançamento do
PROGESTÃO, que é um programa de apoio à gestão 1140
de recursos hídricos voltado para os sistemas
estaduais, e tivemos em 2015, em outubro, na verdade
assim, sempre houve uma demanda à ANA para que
de alguma forma contribuísse para o fortalecimento
dos comitês de bacia. Então isso vem dentro de um 1145
encadeamento, em outubro de 2015 no 17º ENCOB a
ANA apresentou o 1º conceito do Programa para o
debate, no Encontro seguinte, em julho de 2016 já foi
anunciado oficialmente o Programa, foi apresentado,
aqueles que participaram devem ter assistido a palestra 1150
do Nelson lá, onde foi colocado, que de julho a
outubro nós trabalhamos na estruturação do Programa
que foi lançado por essa Resolução da ANA,
1.190/2016, que já publica o regulamento do
Programa. Então, qual é a base estrutural do 1155
Programa? Qual é a base conceitual do Programa?
Nós temos hoje 210 comitês de bacia estaduais
instalados, distribuídos dessa forma no território
nacional. Nós temos 129, 63% dos comitês de bacia,
129 deles trabalhando com um instrumento 1160
fundamental que vocês discutiram aqui hoje, que é o
Plano de Bacia. Então nós temos 91 comitês com
planos elaborados, 38 com planos em elaboração, 37
com cobrança implementada, e 7% com cobrança
aprovada, quer dizer, o instrumento cobrança nós 1165
temos só em 3% dos comitês de bacia existentes no
país, que são em grande número, como se tem
colocado e muito distribuídos nas regiões Sul Sudeste
e Centro Oeste, e Nordeste, onde nós temos os
maiores conflitos de água e a maior concentração 1170
populacional do país também. Qual é o problema que
nós identificamos, embora a gente tenha um número
grande de comitês e eles cubram o território mais
crítico do país em termos de gestão de recursos
hídricos, nós temos um ritmo de implementação dos 1175
instrumentos de gestão e da própria estruturação dos
comitês muito lento. Se nós entrarmos e verificarmos
quais desses comitês têm regimento aprovado, quais
tem mandato vigente, diretoria eleita, vaga preenchida
na representação, quais têm planos de trabalho 1180
aprovados, quantos têm..., então desde questões mais
formais, como essas de regimento interno, plano de
trabalho, plano de comunicação, até questões mais
fundamentais como são as questões de plano de
comunicação, entendimento pelos agentes da 1185
sociedade de qual é o papel do Comitê, integração do
comitê com a sociedade da bacia, representação
significativa dos usuários de águas, das populações,
então nós temos um problema de fundamentação do
comitê, de estruturação do comitê naquilo que a lei 1190
propôs quando criou os comitês de bacia. E a
percepção geral que se tem, inclusive a partir de
alguns estudos que foram feitos no país ao nível de
entendimento da população em relação ao papel dos
comitês, a gente vai verificar que tem baixa 1195
efetividade na implementação dos instrumentos, está
demonstrado até naquele slide anterior, nós temos uma
dificuldade para o sistema comunicar a relevância do
Sistema Nacional de Recursos Hídricos para a própria
sociedade, assimetrias de qualificação de 1200
representação, isso a gente percebe e com certeza os
senhores têm essa vivência, a dificuldade de se ter
representantes e representados devidamente com esse
conhecimento, com essa capacidade de representação
que os segmentos trazem ao Comitê, isso é um 1205
processo de amadurecimento que naturalmente
acontece, mas a intenção do Programa é justamente
acelerar esse processo, um aperfeiçoamento da
representatividade do exercício de representação e
Minuta de Ata Completa da 11ª Reunião Ordinária do Comitê da Bacia Hidrográfica do
Rio Grande, realizada em Andradas - MG, em 17/11/2016.
Página 12
fundamentar o papel político dos comitês, não só 1210
internamente mas também para a sociedade de uma
maneira geral, basicamente buscando a melhora da
efetividade da gestão e da comunicação da relevância
do tema ‘água’. Então, o desafio mais amplo é
aperfeiçoar a governança do sistema, fortalecer os 1215
órgãos gestores, estabelecer um processo de
acompanhamento, avaliação e responsabilização dos
entes do sistema, e fundamentalmente uma coisa que a
gente vivencia, por exemplo, na discussão do Plano,
que é o diálogo com outras políticas, com a política 1220
ambiental, com a política de planejamento urbano,
com a política de desenvolvimento agrário. É
fundamental a gente reforçar dentro daquilo que é o
papel da política de recursos hídricos. Então,
fundamentalmente o Programa está montado em cima 1225
dessas fragilidades identificadas, e tem como objetivo
geral contribuir para o aperfeiçoamento da atuação dos
comitês de bacia, a sua consolidação como espaço
efetivo da formulação da política de recursos hídricos,
em consonância com os fundamentos dos princípios 1230
da descentralização e participação preconizados pela
Lei das Águas. Os objetivos específicos estão
vinculados diretamente àquelas questões das
fragilidades, então para cada uma das fragilidades, nós
temos um objetivo específico do Programa que busca 1235
justamente atender e reforçar aquele papel identificado
como carente ainda de um fortalecimento dentro do
sistema. Cada um desses objetivos específicos tem um
componente do Programa voltado para atender este
objetivo específico, e combater, de certa forma, anular 1240
aquela fragilidade que a gente identificou lá naquela
ponta. Então nós temos, por exemplo, o
reconhecimento dos comitês pela sociedade é baixo,
limitando a sua capacidade de atuação política. Nós
precisamos promover ações de comunicação que leve 1245
o conhecimento dos comitês. Temos um componente
que é um componente comunicação para promover o
conhecimento. Isso depois é detalhado em indicadores
específicos, vai ter que ter um Plano de Comunicação,
vai ter que ter uma ação específica do Comitê para 1250
poder atender esse objetivo específico. Eu não vou me
ater exatamente, mas temos esses indicadores também
mais detalhados hoje, mas só para vocês terem uma
ideia. Então, por exemplo, um Programa de
Capacitação Continuada para os membros dos 1255
comitês, para os novos membros cada vez que nós
temos renovação da representação, é importante que
essa nova representação se capacite também no
sentido de entender bem o papel dos comitês dentro da
Política e do Sistema Nacional de Recursos Hídricos, 1260
e assim fundamentalmente nós termos uma base de
dados e informações sempre atualizadas, que esse é
um problema que nós vivenciamos no país como um
todo, é muito difícil nós termos informação atualizada
disponível na hora que a gente precisa, quer dizer, eu 1265
entrar hoje lá e saber quem são os membros do Comitê
do Pardo, quando foi eleito, quando será a próxima
eleição, quais são os instrumentos que já estão
definidos lá e aprovados no Plano de Bacia, se ele está
sendo revisto ou não, quer dizer, nós teríamos um 1270
retrato bem detalhado de todo o processo no país
inteiro. O Programa então, como eu comentei, já teve
o regulamento publicado pela resolução de outubro, 3
de outubro de 2016, bastante recente, e já temos o
contrato, o formulário para o diagnóstico preliminar, o 1275
modelo de adesão e todo o procedimento para adesão
ao Programa já estabelecido e divulgado aos Estados.
Fundamentalmente, eu vou ser bem breve aqui, depois
eu fico à disposição para alguma dúvida, mas a ideia é
que ele tenha abrangência nacional, duração de 5 anos, 1280
ele é muito similar à estrutura do PROGESTÃO, mas
voltado especificamente para os comitês. Quais são os
comitês elegíveis, esse “elegível” é elegível em termos
da disponibilização do recurso, que depois eu vou
explicar melhor, mas são aqueles criados até a 1285
publicação do regulamento, portanto até outubro de
2016. Esses são os comitês que podem se candidatar, o
que não impede que comitês criados posteriormente
possam entrar também, só que eles não vão trazer
impacto financeiro ao Programa. A adesão é 1290
voluntária e requer manifestação formal do comitê
interessado e do respectivo Estado. Então o processo,
depois isso aparece mais claro na transparência,
começa no comitê aderindo ao Programa, isso vai ao
Estado e este adere ao Programa, e o recurso é 1295
conveniado, é repassado ao Estado, que repassa ao
comitê. O aporte financeiro é condicionado às metas,
então aquelas metas lá que nós temos, eu explico
depois com calma isso, vocês podem questionar à
vontade, nós temos..., isso foi muito bem pensado e 1300
discutido e foi a maneira que a gente encontrou de
viabilizar alguns problemas que a gente encontra
nisso. O principal problema, a principal razão de a
gente passar isso aos Estados, é não atropelar o
sistema. Nós não temos como fazer uma ligação..., não 1305
devemos fazer uma ligação direta Governo Federal /
Comitê de Bacia. Nós temos um sistema que é
descentralizado que tem os Estados, os Estados têm os
seus Conselhos, os Estados têm seus órgãos gestores
de recursos hídricos, estão previstas as Agências de 1310
Bacia, foi muito bem colocado aqui, nós precisamos
fortalecer o sistema como um todo, nós não podemos
atalhar e fazer uma ligação direta Governo Federal /
Bacia Hidrográfica. Esses recursos têm um caráter
complementar, então a ideia não é que eles sejam 1315
suficientes para alavancar a estruturação dos comitês
mas que eles forneçam um elemento a mais, além
daqueles que o comitê já dispõe, para que o comitê
possa ter..., se estruturar e se fortalecer. Aplicação
exclusiva dos recursos em favor dos comitês, o 1320
recurso é passado aos Estados, mas os Estados só
podem aplicar os recursos nos comitês de bacia, e tem
diferentes níveis, isso eu vou explicar rapidamente
também, nós temos hoje diferentes níveis de
estruturação dos comitês dentro do sistema, por 1325
exemplo, tem comitês que são recentes, foram criados,
não têm nem regimento interno, nem tiveram ainda
processo eleitoral. Tem outros comitês, como esses da
Bacia aqui de São Paulo, que já tem toda a estrutura
Minuta de Ata Completa da 11ª Reunião Ordinária do Comitê da Bacia Hidrográfica do
Rio Grande, realizada em Andradas - MG, em 17/11/2016.
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pronta, têm Planos de Bacia, já estão discutindo 1330
cobrança, então nós temos estágios de estruturação
dos comitês muito distintos, e o Programa considera
essa distinção. A ideia é que a capacitação, aquele
componente de capacitação se vincule ao
PROGRAMA DESENVOLVE RH, que é um 1335
programa que já existe em nível federal, a ANA
coordena, então tudo isso está encadeado. Esses são os
componentes: funcionamento dos comitês,
capacitação, comunicação, cadastro das instâncias
colegiadas, implementação dos instrumentos de gestão 1340
e o acompanhamento e avaliação. Como eu comentei
antes, é similar à questão do PROGESTÃO, quer
dizer, é um pagamento por meta atingida, não é um
recurso colocado sem uma vinculação a uma meta, ele
está vinculado a uma meta, e atingida à meta, o 1345
recurso é desembolsado. Os recursos serão
depositados anualmente em uma conta específica
vinculada ao contrato, e os recursos serão calculados
proporcionalmente ao alcance das metas pactuadas. A
adesão e participação se dá a partir da participação 1350
formal do comitê, da adesão do Estado, da solicitação
de inscrição no PROCOMITÊS por meio de ofício
encaminhado à ANA, pela entidade estadual,
concordando com o regulamento e informando o rol
de comitês interessados e que aderiram ao Programa. 1355
E aí a assinatura do contrato, entre a entidade estadual
e a ANA, tendo o Conselho Estadual de Recursos
Hídricos, por isso que eu digo, ele é um programa que
reforça a estrutura que nós temos hoje em cada
Estado, quer dizer, o Conselho Estadual de Recursos 1360
Hídricos tem um papel fundamental nesse programa
também. Nós não atropelamos nenhuma instância
decisória do sistema. E os comitês deverão estar
criados até a data da publicação do regulamento. Os
requisitos são: o ato legal de criação, regimento 1365
interno da entidade estadual que vai receber o recurso,
os atos legais de criação dos comitês de bacia que vão
participar do Programa, a negociação e aprovação das
metas contratuais e a comprovação pela entidade
estadual, de sua regularidade fiscal, aí nós temos um 1370
aspecto burocrático que é o Estado tem que estar apto
para receber recurso federal para poder receber o
recurso. Então, as metas do PROCOMITÊS em cada
comitê serão definidas previamente a assinatura dos
contratos, o processo de certificação começa no ano 1375
seguinte, igual ao PROGESTÃO, e tem um calendário
anual de certificação das metas e uma calendário anual
de certificação do alcance das metas. Cada um tem seu
papel dentro do sistema, tem atribuições para a ANA,
para os comitês de bacia que é fundamentalmente 1380
estabelecer as suas metas dentro do Programa, para os
Conselhos Estaduais que vão aprovar o quadro de
metas para o Estado como um todo, e para as
entidades estaduais que é prestar contas do recurso
implantado, mas não prestar contas no sentido fiscal, e 1385
sim no sentido dos objetivos e metas propostos e
alcançados. Os recursos financeiros são calculados
então com base nesses dois critérios. A gente está
numa discussão interna buscando ampliar um pouco
esse recurso, mas o que está garantido hoje são R$ 1390
50.000,00 por comitê, anuais, durante 5 anos, então
anualmente cada comitê que aderir ao Programa vai
receber R$ 50.000,00 tendo um teto de R$ 500.000,00
por unidade da Federação, quer dizer, aquelas
unidades da Federação, que é o caso de Minas e São 1395
Paulo, que têm mais de 10 comitês, vão ficar restritos
aos R$ 500.000,00. Então, não dará cinquenta mil por
comitê, se todos os comitês aderirem. Dá um recurso
um pouco menor. Nós temos dois Estados com adesão
assinada, o Espírito Santo que foi o 1º e o Rio Grande 1400
do Norte. Esses dois já aderiram, já fizeram até o
passo 5, estão hoje no passo 5, Santa Catarina já
aderiu, só não tem ainda publicado o decreto que é a
2ª etapa, que é o Decreto de Adesão estar publicado no
Diário Oficial e assinado pelo Governador, adesão do 1405
Estado, então os comitês aderem, o Estado adere, é
feito um ofício à ANA, se abre o processo e se faz aí
então oficinas, hoje está acontecendo uma em Santa
Catarina, uma oficina com os comitês de bacia
discutindo o estabelecimento das metas ou tentando 1410
para que o comitê estabeleça suas metas, dentro do
Programa, que vão dar, a partir da aprovação das
metas, a partir da assinatura do contrato, que é após a
verificação da regularidade fiscal do Estado, o comitê
já recebe, o Estado já recebe o 1º desembolso dessa 1415
parcela de R$ 50.000,00 ou de R$ 500.000,00, para o
início do Programa que vai ser certificado só no ano
seguinte. Cada comitê que aderir ao Programa no
primeiro ano já recebe com um ‘imput’ inicial, uma
verba, e aí trabalha até o ano seguinte para a prestação 1420
de contas, e o Conselho vai certificar o cumprimento
das metas, a ideia é que alguns comitês criem uma
comissão para acompanhar isso, e o próprio Conselho
tem uma comissão para acompanhar também, ao final
do ano essa certificação anual é encaminhada para a 1425
ANA e, mediante a comprovação de atingimento das
metas é liberada mais uma parcela. O Programa
começa com cada comitê se enxergando dentro
daqueles níveis que estão colocados, o estágio de
estruturação que o comitê se encontra hoje. Cada 1430
comitê vai se enxergar, ou no Nível 1 ou no Nível 2,
ou no 3, ou no 4, ou no 5. Aqui certamente a maioria
está no Nível 4, então nós já partiríamos daquela
situação do comitê já estar ou com plano ou com
enquadramento discutido, e a partir daí é que o comitê 1435
vai estabelecer suas metas para 5 anos. Se eu sou um
comitê recém-criado, a minha 1ª meta vai ser ter um
regimento interno, um processo eleitoral, ter um
registro das atas e deliberações, etc. Se eu sou um
comitê que está lá em N4, que eu já tenho o plano, a 1440
minha meta vai ser ou a revisão do plano ou o
processo de enquadramento, ou enfim, algum
aperfeiçoamento da estruturação dos instrumentos ou
atingir o Nível 5 que é instalar a cobrança. A ideia é
que o Programa tenha algumas metas obrigatórias. A 1445
ideia é ao final de 5 anos tenhamos todos os comitês
pelo menos no Nível 4. Mesmo o comitê recém-
criado, daqui a 5 anos, a ideia é ele já esteja com o
Plano de Bacia aprovado, com enquadramento
Minuta de Ata Completa da 11ª Reunião Ordinária do Comitê da Bacia Hidrográfica do
Rio Grande, realizada em Andradas - MG, em 17/11/2016.
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discutido, pelo menos isso, senão a cobrança. 1450
Naqueles comitês que a gente chama de bacias
compartilhadas, dos comitês que são rios de domínio
da União, a nossa meta é que quem está hoje em 3 ou
4 chegue no nível 5, instale a cobrança. Mas como o
estabelecimento dessa meta é uma prerrogativa às 1455
vezes do próprio Estado de entender politicamente se
a cobrança é necessária e etc, a gente não está
trazendo essa obrigatoriedade para os comitês
estaduais. É desejável, mas não é obrigatório. É
desejável que tenha cobrança em todo o sistema, mas 1460
naturalmente é uma prerrogativa local decidir chegar
nesse estágio e quando vai chegar e se é necessário
chegar nesse estágio ou não. É isso, eu fico à
disposição para algum esclarecimento. A ideia é só dar
uma notícia, informar que o Programa já está andando, 1465
e que a adesão está aberta e que é importante que
vocês discutam e se apropriem desse Programa e
participem. “É isso, eu fico então à disposição.” Sr.
Presidente: “Venha e sente-se à Mesa, por favor.
Vamos abrir para manifestação do plenário, gostaria 1470
que se fizesse as inscrições, então, Januária, Celem,
quem mais? Mais alguém se inscrevendo? Hélio.”
Januária da Fonseca Malaquias, representante do
IGAM e Coordenadora da CTI: “Januária do IGAM,
órgão gestor mineiro, a gente já acompanha, parte 1475
desse Diagnóstico já foi levantado, foi contribuição
dos órgãos gestores, eu acho que é muito válido esse
PROCOMITÊS, porque a experiência que a gente tem
com o PROGESTÃO, apesar de Minas já estar bem
avançado mas ainda assim motiva a gente a crescer 1480
mais e aprimorar mais a forma de trabalhar. Então eu
acho que é uma oportunidade muito válida que a gente
vai ter. A questão de Minas é um pouco complicada,
não é, porque são 35 comitês, a gente tem o Verde
Grande que é interestadual, e a gente está com um teto 1485
limitado que é de R$ 500.000,00. Aí quando eu estava
na fase de levantamento de dados, conversando com o
pessoal da Agência, eles até falaram, olha, Minas é um
caso que a gente vai ter uma certa dificuldade com a
questão do recurso porque, além de vocês terem o 1490
FHIDRO, apesar de todas as dificuldades para
conseguir fazer com que ele seja aplicado, você já tem
um aporte de recursos, então R$ 500.000,00
teoricamente não significaria muita coisa, então a
gente pensa para Minas, investir em Plano de 1495
Comunicação, aprimorar os Programas de
Capacitações, entre essas outras intenções. Qual é a
minha dúvida, se essas ações ou sugestões que a ANA
já até passou informalmente por contato telefônico,
em conversas, também em encontros e eventos, se ela 1500
vai ser..., se quando a gente for articular com os
comitês, se a ANA vai estar presente para poder
apoiar, que a situação que pode passar é que o órgão
gestor quer pegar o recurso e fazer aquilo que ele
melhor entender para os comitês, sem a sua anuência, 1505
então eu queria saber se a ANA vai dar esse apoio
para a gente na identificação, o que a gente planeja
fazer, a gente vai discutir junto com o comitê, o que é
melhor nesse momento, mas a ANA vai estar presente,
existe mesmo essa intenção no caso de Minas que são 1510
muitos comitês, de pegar esses recurso e desenvolver
num programa só ou em mais de um?” Márcio Freitas:
“as metas do Programa são elegíveis pelos comitês,
mas tem algumas coisas que são fixas no Programa. A
gente entende, por exemplo, que tem um Plano de 1515
Comunicação e aí vejam, não é um Plano de
Comunicação específico para o Plano de Bacia ou
para o enquadramento, é um Plano de Comunicação
permanente do Comitê com a sociedade. Ter
documentação, ter uma série de coisas ali são itens 1520
obrigatórios que você pode jogar no tempo, mas não
pode abrir mão de tê-los. A ideia de repassar os
recursos para o Estado, além das questões que eu já
coloquei, que é trazer cada ente do sistema o seu
papel, não ter a pretensão de substituir ninguém, a 1525
ideia também é da escala. Quer dizer, eu não tenho
problema nenhum de, por exemplo, Minas Gerais,
contrate um modelo de Plano de Comunicação ou uma
empresa para fazer o Plano de Comunicação de 35
comitês. Não tem problema nenhum, é uma maneira 1530
de otimizar o recurso, quer dizer, em vez de cada
comitê ir lá e contratar um Plano de Comunicação, o
Estado define, olha eu vou fazer um Plano de
Comunicação ou eu vou fazer um Programa de
Capacitação único para todos os comitês, quer dizer, a 1535
gente ganha escala, otimiza o recurso e viabiliza com
celeridade às vezes muito maior do que se fosse fazer
pontualmente esse trabalho. Então, essa prerrogativa o
Estado tem e a ANA estará sim, sempre que for
chamada, junto ao processo. Essa situação que eu 1540
coloquei para vocês, quer dizer, nós estamos agora...,
o Nelson inclusive não veio porque ele está na Oficina
em Santa Catarina. Semana que vem nós estaremos no
Espírito Santo. Fazendo o quê? Justamente discutindo
com o órgão estadual e os comitês de bacia e com o 1545
próprio Conselho, porque como o Conselho tem que
aderir também formalmente, a reunião, por exemplo,
do Espírito Santo, é uma oficina com os comitês em
um dia e a reunião com o Conselho Estadual, no outro.
Quer dizer, o próprio Conselho também precisa se 1550
apropriar do Programa e o próprio Conselho pode ser
inclusive objeto da capacitação que a gente está
pensando. É importante que os membros do Conselho
Estadual e a gente sabe que o Conselho Estadual
também tem uma dinâmica de renovação de seus 1555
membros e muitas vezes são membros de áreas muito
pouco afim com a área de recursos hídricos, então é
fundamental que eles também participem no programa
de capacitação. “Mas obviamente essa é uma
prerrogativa do próprio Conselho e do Estado como 1560
um todo.” “Celem Mohalem, da Associação Ecológica
Amigos do Rio Sapucaí, também Secretário Executivo
do Comitê do Sapucaí. Em primeiro lugar é reclamar e
implorar, e trazer um lençol, desse limite de R$
500.000,00 por unidade da Federação. Realmente 1565
quem tem mais comitês está saindo extremamente
prejudicado. A outra pergunta é: na hora que vocês
vão ranquear os comitês, os comitês que já têm a
cobrança implementada vão receber também? A
Minuta de Ata Completa da 11ª Reunião Ordinária do Comitê da Bacia Hidrográfica do
Rio Grande, realizada em Andradas - MG, em 17/11/2016.
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cobrança implementada...” Márcio Freitas: “Sim, 1570
também. Podem receber também, sim.” Celem: “acho
que é uma falha do sistema, e segundo e último lugar,
é a dificuldade desse dinheiro chegar lá na ponta, nós
tínhamos lá, por exemplo, no Sapucaí, um convênio
com o Estado até outubro de 2015. Então o recurso 1575
estava lá à disposição de uma entidade diretamente
ligada ao Comitê. O Comitê pedia, solicitava o
recurso, dentro do Plano de Trabalho e as coisas eram
liberadas. A hora que isso terminou e esse modelo de
convênio o Estado parece que não quer fazer mais, 1580
devido à dificuldade de prestação de contas.
Principalmente o Estado, o IGAM, o órgão gestor,
assumiu isso, ‘eu vou fazer a gestão do recurso’. Só
que até hoje, nós estamos há um ano nesse processo e
não chegou um centavo para nenhum comitê de 1585
Minas, então eu vejo de novo o problema parado.
Quer dizer, o dinheiro não chega na ponta, que não vai
chegar lá nos comitês.” Márcio Freitas: “Esse
problema do recurso, de fato é um problema. Nós
temos cronicamente no país, por conta da própria 1590
estruturação dos órgãos de controle e de toda a
burocracia que a gente tem em relação a recurso, uma
dificuldade muito grande em gastar o recurso
disponibilizado, isso acontece com comitê de bacia,
com órgão gestor, com a ANA, acontece com todas as 1595
estruturas do país. Isso não tem muita solução, quer
dizer, a gente vai ter que tentar agilizar e ganhar
expertise, nessa utilização dos recursos e na forma de
prestação de contas. Não tem como a gente escapar
disso. O que nós tentamos no Programa foi facilitar 1600
um pouco isso. Porque primeiro, eu não posso passar
para o comitê, o comitê não tem CNPJ, então não
posso passar recursos direto da União para o comitê.
Segundo, eu também não quero, como eu coloquei, eu
quero reforçar o papel dos entes componentes do 1605
Sistema Nacional de Recursos Hídricos. Então é
fundamental que o Estado se aproprie disso, que o
Estado faça essa gestão, todas as razões que a gente já
comentou aqui. Agora, a capacidade de cada Estado
em fazer uso do recurso e conseguir gastar dentro do 1610
ano fiscal, dentro daquelas situações todas, é uma
coisa que nós temos que exercitar e tentar ganhar, não
tem muita saída para isso, eu pelo menos não enxergo.
Em relação à questão do ranqueamento dos comitês, a
ideia é a seguinte, quer dizer, não basta..., a gente tem 1615
essa experiência, não basta eu atingir um determinado
estágio, hoje mesmo aqui o pessoal estava
comentando, ah eu já tenho um Plano de Bacia, mas o
meu Plano precisa ser atualizado. Todos esses
instrumentos são dinâmicos, eu tenho que rever tarifa, 1620
eu já tenho tarifa implantada, talvez eu tenha que fazer
um novo estudo para rever o sistema de arrecadação, o
sistema de cobrança, a metodologia de cálculo da
tarifa, a metodologia de correção, então sempre tem o
que fazer, mesmo eu já estando num determinado 1625
estágio, então a ideia é que esse recurso sirva para a
manutenção do estágio alcançado e se possível,
elevação desse nível já alcançado. Agora, isto é um
pacto também. A discussão de quanto vai dos recursos
para cada comitê, foi calculado daquela forma, olha 1630
R$ 50.000,00 para cada comitê, com um teto de R$
500.000,00. Nós também estamos chorando lá na
ANA, a gente também acha que é pouco e estamos
tentando aumentar o recurso. Há uma esperança de
que a gente consiga mas eu não posso anunciar, o que 1635
está garantido hoje é isso. Pode ser que a gente
consiga aumentar, tem até um número que seria R$
750.000,00. Isso permitiria uma distribuição..., agora a
distribuição entre os comitês pode ser discutida no
Conselho Estadual. Ela pode ser discutida junto ao 1640
órgão gestor... Como fazer, é uma prerrogativa do
Estado dizer, olha, eu vou privilegiar os comitês que
estão em formação, ou eu vou privilegiar o Comitê...,
isso é uma discussão que está em aberto, é possível se
chegar a isso, agora o próprio comitê é que faz o 1645
ranqueamento e que estabelece as metas. E depois isso
é pactuado no Conselho. “Não sei se eu fui claro ou se
me estendi demais, se eu esqueci alguma coisa, mas eu
estou à disposição ainda.” Sr. Presidente: “Acho
que..., eu tinha me inscrito mas você acabou 1650
respondendo, e antes de fazer qualquer pergunta, eu
acho que eu precisava ler a Resolução para poder
entender melhor e ver como a gente pode articular
isso, muito obrigado, Márcio. Mais uma vez, muito
obrigado. 4.0 – Informes. 4.1 Informes das 1655
Câmaras Técnicas – Informes da CTIL: Adriano
Melo: “São duas questões bem rápidas, pelo adiantar
da hora, primeiro se tem algum representante do Poder
Público Municipal de Minas Gerais presente aqui?
Duas pessoas. Para a composição da Câmara Técnica 1660
Institucional e Legal tem uma vaga disponível para
esse segmento, então é consultar se vocês teriam
interesse em participar, se uma das duas prefeituras
teria interesse em participar da Câmara Técnica
Institucional e Legal do CBH Grande. Não. Fica então 1665
aberta, acho que a Deliberação já está publicada, mas
está faltando um representante do Poder Público
Municipal de Minas Gerais. Se alguém conhecer,
quiser indicar, será bem vindo a Câmara Técnica. 4.2
– Informes da Secretaria Executiva: Maria Isabela: 1670
fez a entrega de certificados de posse para os
conselheiros que ainda não os tinham recebido. Eu
gostaria de passar a palavra ao plenário para perguntar
se algum membro do plenário teria algum informe,
nós não estamos ainda em outros assuntos, Renato? 1675
Ok, muito obrigado. Renato, da Prefeitura de Cambuí.
Seja bem vindo à CTIL. Obrigado. Coordenador, deu
as boas vindas a ele já? Então está bom. “Isabela
continua.” “Só para lembrar, alguém se esqueceu de
assinar a Lista de Presença? É muito importante, por 1680
favor. 4.2 - Outros Assuntos. “Convido o CAL para
dar o comunicado, um dos mais importantes do dia.”
Antonio Carlos Salles, Prefeitura de Andradas (CAL):
“Pessoal, boa tarde já pelo passar da hora, em 1º lugar
eu queria, agradecendo a presença de todos através do 1685
nosso Prefeito, que se encontra aqui em outra reunião,
agradecer de coração a presença de vocês, por esse
trabalho desde ontem, do GT e também a reunião
plenária aqui em Andradas, eu espero que tenham sido
Minuta de Ata Completa da 11ª Reunião Ordinária do Comitê da Bacia Hidrográfica do
Rio Grande, realizada em Andradas - MG, em 17/11/2016.
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bem feitas todas as reuniões, discutiram vários 1690
assuntos de grande importância, e então eu gostaria
aqui de estar colocando novamente o nome de
Andradas quando for para ser aprovado o Plano
Diretor de Recursos Hídricos do Grande à noite.
Durante o dia degustação, porque ontem nós fomos 1695
prejudicados pelo horário, e hoje o pessoal vai viajar,
mas eu acredito que antes disso vamos fazer uma
degustação, e em homenagem a todos aqui
componentes do Grande, então eu acho que é um lugar
propício para a gente estar aprovando aqui o nosso 1700
Plano Diretor, mesmo porque a gente já toma umas
antes, então já fica tudo, tudo já tranquilo e à noite a
gente aprova com bastante alegria, depois vamos
brindar aí o Espumante típico que ganhou
internacional aqui no Município de Andradas. Então 1705
está lançado, Presidente, novamente o nome de
Andradas para quando da aprovação e queria também
agora convidar vocês para o almoço que vai estar
sendo servido já, a adesão por pessoa de R$ 20,00,
tanto os conselheiros como os convidados. E também 1710
já fica convidado quem quiser ir agora antes do
almoço degustar uns vinhos, depois tem na sequência
aqui do corredor, tem um ponto de venda de todos os
vinhos da Casa Geraldo, para vocês conhecerem daqui
para lá, porque eu acho que grande parte do balcão 1715
para lá não conhece, para vocês conhecerem,
degustarem, e se quiserem comprar tem a sala de
compras e o almoço está à disposição de vocês.” Sr.
Presidente: “Gente, apesar da fala do CAL, não
encerramos ainda, mas 5 minutinhos estamos 1720
encerrando. O CAL..., nós não encerramos “não.”
Adriano: “A minha parte é menos de 5 minutos, é bem
rápida. Surgiu uma proposta por parte da Ângela, para
nominar, que foi acatada, comprada pela CTIL,
apresentada para a Diretoria que também aprovou, e 1725
agora a gente vai submeter isso..., apresentar isso para
a plenária, na verdade, que é a elaboração de um
roteiro para o andamento dos assuntos dentro do
Colegiado. Então é estabelecer os prazos, estabelecer
as formas, as deliberações, vocês viram as últimas, 1730
todas elas estavam tabuladas de uma mesma maneira,
então a ideia é apresentar uma maneira de fazer a
circulação dessas informações desses processos e
procedimentos, dentro do Colegiado. Então é uma
atribuição que a CTIL, por aprovação da Presidência 1735
vai fazer e vai submeter à plenária nas próximas
ordinárias ou extraordinárias que houver. É isso,
obrigado.” Sr. Presidente: “Obrigado Adriano, eu acho
que fica uma normativa, fica um regimento adequado,
uma forma de a gente não ter entraves. Finalizando a 1740
reunião então, proposta de agenda de próxima reunião
e município. Não pode ser Minas, tem que ser São
Paulo. Eu ia colocar São José do Rio Preto, eu sei que
é difícil para o pessoal, que eles preferem mais
Ribeirão Preto.” Adriano: “Eu gostaria de fazer uma 1745
solicitação, (Hélio pergunta se o Adriano consultou a
base), o CBH Mogi nunca recebeu nenhuma plenária
do CBH Grande...” Sr. Presidente: “Mas o Marcus já
conversou comigo, o Prefeito já conversou, e eles
pediram um tempinho que o momento não é propício, 1750
por isso que eu não estou apertando o Marcus, nós já
tivemos essa conversa já, e não é por falta de
interesse, é por problemas internos. Vai ser numa
próxima, não é Marcus? A hora que tiver um
momento oportuno, o Prefeito tem interesse em 1755
resolver e tal mas... Ribeirão Preto ou São José do
Rio Preto? Ribeirão Preto, quem se manifesta? São
José do Rio Preto? Então, próxima reunião, Ribeirão
Preto. Meados de abril? Ou início de maio, primeira
quinzena de maio? Então, poderia ser junto com o GT-1760
Plano, o que você acha? 1ª quinzena de maio, então a
gente não marca a data, mas propõe uma 1ª quinzena
de maio que tem uma reunião do GT-Plano, tentar ser
próximo da reunião do GT porque aí pode ficar aberto
para quem tiver discussões e quiser acompanhar 1765
também, a gente faz o convite, vai ser lá em Ribeirão,
nós temos estrutura, vai ser dia 4? 4 de maio o GT,
então provavelmente dia 5 de maio, porque a gente já
faz a reunião, já aproveita o GT e faz, porque quem
tiver que deslocar, o faz de uma vez só. Abro a palavra 1770
para a Mesa Diretora..., na realidade para o plenário
para as considerações finais, alguém? Mesa Diretora?
Encerramento: Gente, então muito obrigado, e um
bom 2017 com muita paz, com muita união, com
muita luz, que Deus os proteja e guie os seus passos 1775
sempre, muito obrigado!” Esta ata foi transcrita na
íntegra por Antonio Roberto de Jesus, do
Departamento de Águas e Energia – DAEE de São
José do Rio Preto – SP e vai assinada pela Secretária
Executiva Maria Isabela de Souza e pelo Presidente do 1780
CBH Grande, Hélio Cesar Suleiman.
1785
MARIA ISABELA DE SOUZA
Secretária Executiva CBH-Grande
HÉLIO CESAR SULEIMAN
Presidente CBH-Grande