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Seminário "Tecnologia Assistiva" realizado pelo Instituto de Estudos Avançados da USP, Polo Ribeirão Preto. Palestra do Prof. Dr. Eduardo Jorge Valadares 10/04/2012.

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Page 1: IEA - Desenvolvimento Tecnológico em saúde no Brasil
Page 2: IEA - Desenvolvimento Tecnológico em saúde no Brasil

Desenvolvimento tecnológico de equipamentos em saúde no Brasil com ênfase

na área assistiva

SEMINÁRIO SOBRE TECNOLOGIAS ASSISTIVAS

Eduardo Jorge Valadares OliveiraCoordenador Geral de Equipamentos e Materiais de Uso em Saúde

Departamento do Complexo Industrial e Inovação em SaúdeSecretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos

Ministério da Saúde

Ribeirão Preto, 10 de Abril de 2012

Page 3: IEA - Desenvolvimento Tecnológico em saúde no Brasil

AGENDA

Cadeia de Valor da Saúde

Uso do Poder de Compras Público

a. Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo – PDP

b. Compensações Tecnológicas

c. Margens de Preferência

d. Cooperação com o Setor Privado

1

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Page 4: IEA - Desenvolvimento Tecnológico em saúde no Brasil

Cadeia de Valor da Saúde

Page 5: IEA - Desenvolvimento Tecnológico em saúde no Brasil

Saúde como promotor da cidadania bem como de investimentos, inovação, emprego e renda

Representa 8,8% do PIB

Emprega 10% da força de trabalho nacional

Gastos superam US$ 100 bilhões/ano

Significante fonte de receitas

Importante alvo de P&D

DADOS GERAIS

Page 6: IEA - Desenvolvimento Tecnológico em saúde no Brasil

demanda em saúde

consumo em saúde

déficit da balança comercial do setor

saúde

CENÁRIO ATUAL

Crescimento populacional

Transição demográfica com envelhecimento da população

Aumento da renda

Avanços tecnológicos na área da saúde

Page 7: IEA - Desenvolvimento Tecnológico em saúde no Brasil

0,19 0,26 0,30 0,34 0,37 0,41 0,38 0,44 0,510,81 0,93 1,221,54

2,012,64 2,58

3,353,69

-0,30 -0,68 -0,92 -1,20-1,64

-2,22 -2,20-2,91 -3,18

-6

-4

-2

0

2

4

6

2003 2005 2007 2009 2011

Bilh

ões d

e U

S$

Balança Comercial de Equipamentos e Materiais de Uso em Saúde (2003-2011)

EXPORTAÇÃO IMPORTAÇÃO BALANÇA COMERCIAL

Fonte: Análise DECIIS/SCTIE/MS, dados SECEX/MDIC.

BALANÇA COMERCIAL – EQUIPAMENTOS E MATERIAIS

Page 8: IEA - Desenvolvimento Tecnológico em saúde no Brasil

Fonte: Análise CGEMS/DECIIS/SCTIE, dados GESCON.

Demanda reprimida R$ 10 bilhões em 3 anos

GASTOS COM EQUIPAMENTOS – CONVÊNIOS

Page 9: IEA - Desenvolvimento Tecnológico em saúde no Brasil

Indústria de base Químicae Biotecnológica

• Medicamentos• Fármacos• Vacinas• Hemoderivados• Reagentes para Diagnóstico

Indústria de base Mecânica, Eletrônica e

de Materiais

Hospitais AmbulatóriosServiços de Diagnóstico

Serviços em Saúde

Setores Industriais

• Equipamentos Mecânicos• Equipamentos Eletrônicos• Próteses e Órteses• Materiais

Fonte: Gadelha, 2003.

ESTADO: PROMOÇÃO+REGULAÇÃO

DIAGRAMA DO COMPLEXO ECONÔMICO-INDUSTRIAL DA SAÚDE

Page 10: IEA - Desenvolvimento Tecnológico em saúde no Brasil

Grupo Executivo do Complexo Industrial da Saúde (Gecis)

• Criado pelo Decreto Presidencial de 12 de maio de 2008• Objetivo: promover medidas e ações concretas para implementação do marco

regulatório brasileiro. • Instalado em ago/08 – 16 reuniões realizadas, sendo a última no dia 05 de abril 2011• Participantes: MS (coordenador), MCT, MDIC, MPOG, MF, MRE, Casa Civil,

ANVISA, FIOCRUZ, FINEP, BNDES, INMETRO, INPI e ABDI.• Fórum de Articulação: 22 representantes da sociedade civil, notadamente do

setor empresarial.• Grupos de trabalho

• Concluídos: GT Ações Transversais; GT Desoneração Mercosul e GT Compras Governamentais; GT Revisão da 978/08; GT Regulamentação de Biofármacos (consulta pública 49); GT para acompanhamento dos Termos de Compromisso-contínuo

• Em andamento: GT para proposição de prioridades no âmbito do Acordo de Cooperação MDIC/MS/INMETRO/ANVISA/FIOCRUZ

Page 11: IEA - Desenvolvimento Tecnológico em saúde no Brasil

• Política CIS e Articulação MINISTÉRIOS / ABDI

• Regulação Sanitária/Qualidade ANVISA INMETRO

• Compras Públicas/Acesso Casa Civil MPOG MS

• Propriedade Intelectual INPI ANVISA

• Financiamento BNDES FINEP MS MPOG

• Política Comercial e Tributária MDIC MF MRE

• Suporte Tecnológico MCT INMETRO FIOCRUZ

• Incorporação Tecnológica MS

• Cooperação Internacional MRE (e demais participantes)

ARTICULAÇÃO INTERSETORIAL: ÁREAS DE CONCENTRAÇÃO

Page 12: IEA - Desenvolvimento Tecnológico em saúde no Brasil

Mercado brasileiro sofre forte dependência de importações

Falta incentivo e especialização à indústria nacional

Fomento ao Complexo Econômico-Industrial da Saúde

PROCISPDP

COMPRAS

MERCADO

Page 13: IEA - Desenvolvimento Tecnológico em saúde no Brasil

Principais Características:

Grande diversidade de produtos, complexidade e risco.

spin offs ou refinamentos de tecnologias existentes em outros setores industriais.

Produtos com ciclo de vida curto (18 – 24 meses).Obsolescência antes de se conhecer todos os seus

potenciais benefícios ou malefícios. Mercados relativamente pequenos.

Setor altamente fragmentado e especializado com numerosos nichos de produção.

Múltiplos competidores. Intensa participação de micro e pequenas empresas.

Inovação Tecnológica, Crescimento Econômico, Regulação, Competitividade e Gastos com Saúde.

Page 14: IEA - Desenvolvimento Tecnológico em saúde no Brasil

O Cenário Atual…

Mudanças tecnológicas intensas;

Ativo incremento na complexidade dos produtos;

Segurança, confiabilidade, baixos custos;

Maior participação da sociedade nas decisões sobre a atenção a saúde;

Mercado global significa “regulação global”.

Inovação Tecnológica, Crescimento Econômico, Regulação, Competitividade e Gastos com Saúde.

Page 15: IEA - Desenvolvimento Tecnológico em saúde no Brasil

Tendências Tecnológicas: Miniaturização

Dispositivos inteligentes

Minimamente invasivos

Biotecnologia

Produtos combinados

Órgãos artificiais

Tecnologia da Informação

Uso doméstico

Tecnologias Assistivas

Inovação Tecnológica, Crescimento Econômico, Regulação, Competitividade e Gastos com Saúde.

Page 16: IEA - Desenvolvimento Tecnológico em saúde no Brasil

Desafios para a Inovação:Salvo raras exceções, a indústria ainda não atribui valor estratégico ao investimento em tecnologia.Período: 2001 – 2003:

Tx, de inov. Geral: 55,2% Tx, de inov. Produto: 51,3% Tx, de inov. Process.: 22,9%

Gastos em P&D (2003) de 97 empresas brasileiras

Investimento em P&D interno: R$ 26,5 miIntensidade tecnológica:1,34 %

Fonte: IBGE

Intensidade tecnológica (EUA): 12,9 %Intensidade tecnológica (EU): 6,35 % Fonte: Eucomed

Inovação Tecnológica, Crescimento Econômico, Regulação, Competitividade e Gastos com Saúde.

Page 17: IEA - Desenvolvimento Tecnológico em saúde no Brasil

Estrutura Regulatória Ideal

INOVAÇÕESINCREMENTAIS

Desafios para a Inovação: Indução do Processo Regulatório

“Efeito Colateral” Positivo do Processo

Regulatório!

Page 18: IEA - Desenvolvimento Tecnológico em saúde no Brasil

Internalização de Normas no Brasil (ABNT)

Internacionais

Setoriais

Nacionais

CB 26• Empresas;• Consumidores;• Governo;• Neutro.

ConsultaPública

Norma InternacionalInternalizada(Ex.: ABNT NBR ISO...)

Norma Setorial/NacionalInternalizada(Ex.: ABNT NBR ...)

OK, Aprovado!

Reprovado!

DEMANDA!!

Page 19: IEA - Desenvolvimento Tecnológico em saúde no Brasil

PESQUISAS ESTRATÉGICAS PARA A POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE

Page 20: IEA - Desenvolvimento Tecnológico em saúde no Brasil

Pesquisas Estratégicas para o Sistema de Saúde

Esforço para priorização com base na Política Nacional de Saúde (pactuada no Conselho Nacional de Saúde)

Transformação do Conhecimento em riqueza social

Superação de padrões fragmentado de atuação

Articulação com os 16 objetivos estratégicos do Plano Nacional de Saúde (CNS/MS)

Page 21: IEA - Desenvolvimento Tecnológico em saúde no Brasil

Objetivos Estratégicos do Ministério da Saúde

Page 22: IEA - Desenvolvimento Tecnológico em saúde no Brasil

Objetivos Estratégicos do Ministério da Saúde

Page 23: IEA - Desenvolvimento Tecnológico em saúde no Brasil

Convergência - Pesquisas e Objetivos Estratégicos

Page 24: IEA - Desenvolvimento Tecnológico em saúde no Brasil

Exemplos de Ações

Page 25: IEA - Desenvolvimento Tecnológico em saúde no Brasil

Regulação (em parceria com a ANVISA e o INMETRO)

Cooperação técnica e econômica

Compras governamentais

Atração de investimentos

PRODUTOS ESPERADOS

Fomento ao desenvolvimento tecnológico, produção e inovação

COORDENAÇÃO-GERAL DE EQUIPAMENTOS E MATERIAIS DE USO EM SAÚDE

ADERÊNCIAPROGRAMAS

SAS/MS

ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

Page 26: IEA - Desenvolvimento Tecnológico em saúde no Brasil

Uso do Poder de Compras Público

Page 27: IEA - Desenvolvimento Tecnológico em saúde no Brasil

A otimização das compras públicas acontece por meio de:

Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo, com transferência de tecnologia

Compensações Tecnológicas, vinculadas a demandas específicas (Lei 12.349/2010)

Margens de Preferência, pela regulamentação da Lei 12.349/2010

USO DO PODER DE COMPRAS PÚBLICO

Page 28: IEA - Desenvolvimento Tecnológico em saúde no Brasil

Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo – PDP

Page 29: IEA - Desenvolvimento Tecnológico em saúde no Brasil

Criação de um cinturão tecnológico de proteção ao SUS visando:

Fortalecer os produtores públicos e ampliar seu papel de regulação de mercado

Fomentar o desenvolvimento da capacidade produtiva da indústria nacional

Estimular a produção local de produtos de alto custo ou de grande impacto sanitário e social

Estimular o desenvolvimento de novos produtos

Ampliar o acesso da população a tecnologias estratégicas

PARCERIAS PARA O DESENVOLVIMENTO PRODUTIVO

Page 30: IEA - Desenvolvimento Tecnológico em saúde no Brasil

30 produtos finais, sendo 28 medicamentos, DIU e produtos para diagnóstico in vitro

29 parcerias formalizadas*

9 grupos de doenças abrangidas

32 parceiros envolvidos, sendo 10 laboratórios públicos e 22 privados

*Sem considerar as três parcerias firmadas para produção de vacinas (Influenza Sazonal, Pneumocócica e Meningocócica), tendo economia estimada em R$ 800 milhões.

USO ATUAL DO PODER DE COMPRA DA SAÚDE: R$ 4 bilhões/ano em compras públicas

R$ 1,7 bilhão/ano a economia média estimada

US$ 700 milhões/ano a economia de divisas esperada

PARCERIAS FIRMADAS

Page 31: IEA - Desenvolvimento Tecnológico em saúde no Brasil

Produtos médicos das Portarias n° 978/2008 e 1.284/2010

Produção de tecnologias sensíveis

Indução do desenvolvimento regional

Inclusão de novos produtores públicos

Financiamento da estrutura produtiva pelo Ministério da Saúde

AMPLIAÇÃO DA PARCERIAS – PRODUTOS MÉDICOS

Page 32: IEA - Desenvolvimento Tecnológico em saúde no Brasil

Compensações Tecnológicas

Page 33: IEA - Desenvolvimento Tecnológico em saúde no Brasil

Induzir o desenvolvimento da capacidade produtiva da indústria nacional

Estimular a produção local de produtos de alto custo ou de grande impacto sanitário e social

Estimular o desenvolvimento de fornecedores de partes e peças

Estimular e atrair centros de PD&I para o país

Ampliação da oferta de Serviços de Radioterapia, como, por exemplo, aceleradores lineares

USO DE POLÍTICAS DE OFFSET – LEI N° 12.349/2010

Page 34: IEA - Desenvolvimento Tecnológico em saúde no Brasil

Margens de Preferência

Page 35: IEA - Desenvolvimento Tecnológico em saúde no Brasil

Lançamento previsto para início de junho, na Feira HOSPITALAR 2012

GRUPO I Produtos produzidos nacionalmente e que sofrem concorrência

predatória: até 25% de margem (ex: luvas, seringas, equipos, coils, etc.) a partir dos estudos contratados pelo MF

GRUPO II Produtos produzidos nacionalmente e com integração produtiva mínima

de 60%: até 20% de margem a partir dos estudos contratados pelo MF

GRUPO III Produtos montados no Brasil: 5% de margem , restrita a 2 anos, a partir

dos estudos contratados pelo MF

PROPOSTA PARA AS MARGENS DE PREFERÊNCIA

Page 36: IEA - Desenvolvimento Tecnológico em saúde no Brasil

Obrigado!

Eduardo Jorge Valadares [email protected]