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Relatório da Oficina IV ETAPA: Análise Morfológica Construção de Cenários Parciais por Tema do APL da Cerâmica Vermelha do Norte Goiano – 12 de agosto de 2014 – Uruaçu - GO Antônio Luís Aulicino, PhD i MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA - MME Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral – SGM MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO - MCTI Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação – SETEC Centro de Tecnologia Mineral – CETEM ASSOCIAÇÃO DOS CERAMISTAS DO NORTE GOIANO – ASCENO PROCESSO PROSPECTIVO DO APL CERÂMICA VERMELHA DO NORTE GOIANO Objetivo: “Ser competitivo e sustentável (econômico, social, legal e ambiental), trazendo benefícios para a sociedade” Horizonte: 2034 IV ETAPA: ANÁLISE MORFOLÓGICA CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PARCIAIS POR TEMA DO APL CERÂMICA VERMELHA DO NORTE GOIANO RELATÓRIO Oficinas – Orientação: Antônio Luís Aulicino, PhD – IDS, especiliasta em Processo Prospectivo Uruaçu - GO Agosto 2014

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Relatório da Oficina IV ETAPA: Análise Morfológica Construção de Cenários Parciais por Tema do APL da Cerâmica Vermelha do Norte Goiano – 12 de agosto de 2014 – Uruaçu - GO Antônio Luís Aulicino, PhD

i

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA - MME Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral – SGM

MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO - MCTI

Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação – SETEC Centro de Tecnologia Mineral – CETEM

ASSOCIAÇÃO DOS CERAMISTAS DO NORTE GOIANO – ASCENO

PROCESSO PROSPECTIVO DO APL CERÂMICA VERMELHA DO NORTE GOIANO

Objetivo: “Ser competitivo e sustentável (econômico, social, legal e ambiental),

trazendo benefícios para a sociedade”

Horizonte: 2034

IV ETAPA: ANÁLISE MORFOLÓGICA

CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PARCIAIS POR TEMA DO APL CERÂMICA VERMELHA DO NORTE GOIANO

RELATÓRIO

Oficinas – Orientação: Antônio Luís Aulicino, PhD – IDS, especiliasta em Processo Prospectivo

Uruaçu - GO Agosto 2014

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APRESENTAÇÃO O Processo Prospectivo Territorial é a antecipação para orientar a ação, com apropriação dos participantes, que significa a participação de representantes da sociedade para adquirir conhecimento, tanto da metodologia quanto da situação atual do APL Cerâmica Vermelha do Norte Goiano, e, em conjunto, propor seu futuro para 2034. A figura 1 mostra com base nos autores BERGER (1998), GIGET (1998), GODET (2001), JOUVENEL (2008), e AULICINO (2006), e a experiência prática de elaborar o processo prospectivo de Antônio Luís Aulicino.

Figura 1: Esquema das Etapas de Execução do Processo Prospectivo utilizada pelo IDS A figura 1 mostra, inicialmente, a definição da prospectiva: a Antecipação para orientar a Ação com a Apropriação, conforme GODET (2001). Nesse conceito, a Antecipação, para nós, é a soma das Perspectivas e das Possibilidades. Enquanto a Ação proporciona o Reposicionamento da Organização e/ou da Região. Nessa abordagem, durante todo o processo deve proporcionar a apropriação das pessoas. A outra etapa é a avaliação constante do processo prospectivo, desde o seu início, durante a elaboração e após seu término, no que se refere a curto, médio e longo prazo, com o intuito de verificar os impactos e resultados desse processo. Segue a descrição das seis etapas de maneira resumida para executar o processo prospectivo, considerando que a Governança já foi explicada e como uma etapa que antecede a todas as que serão descritas, nos capítulos seguintes essas etapas serão aprofundadas:

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A identificação das Perspectivas possui 3 etapas, sendo estas: I. Análise Conjuntural é um retrato dinâmico de uma realidade presente e não uma simples descrição

de fatos ocorridos em um determinado local e período, conforme ALVES (2011). Nessa análise, considera as informações obtidas na retrospectiva, e a identificação das variáveis- chave e dos atores-chave nas diversas oficinas realizadas. Antes de iniciar esta etapa a Governança deve ser definida como a escolha das pessoas que integrarão os Comitês de Direção e Técnico Prospectivo;

II. Análise Estrutural consiste em analisar de maneira profunda as variáveis-chave e os atores-chave do ambiente externo identificadas, por sua ação direta e também por intermédio de combinações de influências indiretas sobre o ambiente próximo da Organização e/ ou da Região, e identificar as inter-relações e a relevância dessas variáveis para explicar o sistema, conforme GODET (2001). Além disso, é nessa etapa que serão identificadas as variáveis-chave motrizes e as variáveis-chave de inovação, alta motricidade e alta dependência; e

III. Árvores de Competência de Marc GIGET (1998) elaboram as dinâmicas passadas, presentes e futuras da região de sua árvore de habilidades, que começa pela vocação, competências e seus conhecimentos (as raízes), mas também seus processos, sua execução e sua organização (o tronco), até as linhas de produtos e/ou serviços (os frutos), levando em conta as mudanças do ambiente e identificando as forças e fraquezas do presente em relação ao passado. Depois imaginar um futuro desejável diante das ameaças e oportunidades do ambiente e construir uma árvore de competência do futuro, sabendo que o processo prospectivo permite isso ao considerar que o futuro possui incertezas e está aberto para muitos futuros possíveis e realizáveis.

A identificação das Possibilidades, isto é, construir cenários que mostre as diversas possibilidades futuras para serem construídas. Esta possui uma etapa: IV. Análise Morfológica é a combinação das diversas hipóteses identificadas no aprofundamento das

variáveis-chave e dos atores-chave motrizes, conforme GODET (2001. O Reposicionamento possui uma etapa: V. Construção de Cenários ou Maquetes, nesta etapa, escolhe-se os cenários e os descrevem-se,

tanto parciais quanto os globais, conforme JOUVENEL (2009). Após a escolha do cenário, que deverá ser possível, realizável e próximo do desejável, define as ações estratégicas, e no caso de regiões, além das ações as políticas públicas. Esta etapa de definição das ações e/ou políticas utiliza-se o roadmapping.

A última etapa é a: VI. Avaliação do Processo Prospectivo por meio dos Resultados e Impactos verifica se houve

resultados e impactos e se eles contribuíram ou não tanto para melhoria do processo prospectivo quanto para atingir os objetivos definidos, sendo efetuada durante todo o processo, e depois de seu término, conforme AULICINO (2006).

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SUMÁRIO

Identificação dos Temas para elaborar a Análise Morfológica para Construção dos Cenários Parciais e Cenários Globais...........................................................................

1

1. Conceito de Análise Morfológica............................................................................. 1

2. Identificação de Temas para Agrupar as Variáveis-chave para Construção de Cenários Parciais para depois construir os Cenários Globais.................................

2

3. Relação das hipóteses definidas para as variáveis-chave motrizes, quando foram aprofundadas até momentos anteriores à Oficina. Portanto, há necessidade de revisá-las para a construção dos Cenários Parciais.................................................

3

4. Construção de Cenários............................................................................................ 8

5. Construção de Cenários Parciais por Tema.............................................................. 9

5.1. Participantes por tema que revisaram as hipóteses e construíram os cenários parciais..................................................................................................................

9

5.2. Construção dos Cenários Parciais do Tema 1: Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação para a Sustentabilidade..................................................

10

5.3. Construção dos Cenários Parciais do Tema 2: Desenvolvimento de Pessoas....... 12

5.4. Construção dos Cenários Parciais do Tema 3: Agregação e Adensamento de Valor à Cadeia Produtiva......................................................................................

14

5.5. Construção dos Cenários Parciais do Tema 4: Formalização e Representação.... 16

6. Referência Bibliográfica Base para Apresentação da Palestra e das Oficinas......... 19

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Variáveis-chave motrizes e as respectivas dimensões.................................. 1

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Esquema das Etapas de Execução do Processo Prospectivo utilizada pelo IDS.............. ii

Figura 2: Esquema de Integração e Interação entre os Temas e as Variáveis-chave....................... 3

Figura 3: Construção de Cenários Parciais para o Tema 1: Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação para a Sustentabilidade............................................................. 10

Figura 4: Construção de Cenários Parciais para o Tema 2: Desenvolvimento de Pessoas.............. 12

Figura 5: Construção de Cenários Parciais para o Tema 3: Agregação e Adensamento de Valor à Cadeia Produtiva.............................................................................................................. 14

Figura 6: Construção de Cenários Parciais para o Tema 4: Formalização e Representação........... 16

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Identificação dos Temas para elaborar a Análise Morfológica para Construção dos Cenários

Parciais por Tema1 A Análise Morfológica necessita da identificação das variáveis-chave motrizes, que ocorreu na Análise do Impacto Cruzado, última fase da II Etapa – Análise Estrutural. Essas variáveis são as 22 relacionadas abaixo por ordem decrescente de influência/motriz:

Tabela 1: Variáveis-chave motrizes e as respectivas dimensões

Variáveis Motrizes - Nome Longo e Curto Dimensão 1. Melhorar a Qualidade (QDE) Tecnológico 2. Investimento em Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e

Inovação (IPDTI) Tecnológico

3. Investir em formação e capacitação (IFC) Social 4. Agregar valor ao produto (VA) Econômico 5. Falta de Gestão Profissional: Administração capacitada

(ADMINISTRA) Social

6. Desenvolvimento PDI no APL (DPDIAPL) Tecnológico 7. Legalização da atividade ceramista (LEGALCER) Legal 8. Fortalecimento da ASCENO (FA) Político 9. Falta de conhecimento da matéria prima:caracterização

tecnológica e Planejamento da produção (MATPRIMA) Tecnológico

10. Fortalecer o Associativismo e Cooperativismo (FAC) Social 11. Falta de financiamento (FALTAFIN) Econômico 12. Divulgar ACV dos Produtos (DACVP) Meio ambiente 13. Melhoria do grau de escolaridade (MGE) Social 14. Dinamização do setor público (DSP) Político 15. Buscar Legalização da Jazida (LEGALJAZ) Legal 16. Mão de obras desqualificada (MOD) Social 17. Levantamento /mapeamento das reservas de matéria prima para a

indústria cerâmica (LMGRAVS) Econômico

18. Infraestrutura precária máquinas e equipamentos (IPME) Econômico 19. Produtos substitutos - Novos Materiais (PSNM) Econômico 20. Desconhecimento / Descumprimento das NRs (DNRs) Legal 21. Falta de Infraesrutura Laboratorial (FIL) Tecnológico 22. Divulgar a Marca (MA) Econômico

1. Conceito de Análise Morfológica

A Análise Morfológica é a combinação do agrupamento de subsistemas das variáveis-chave da análise estrutural e as questões-chave da estratégia dos atores será objeto da análise morfológica. O termo morfologia vem do grego clássico “morphê”, que significa o estudo de formas. Johann Wolfgang von Goethe, (1749-1832), de Frankfurt, escritor alemão e pensador, foi o primeiro a utilizar a Morfologia como um método explícito científico, para denotar os princípios de formação e tranformação de corpos orgânicos, conforme Tom RITCHEY (2007-2009). Depois foi Fritz Zwicky nasceu na Varna, a Bulgária, em 1898, filho de comerciante suíço. Com 6 anos de idade ele foi enviado para Suíça, casa dos avós, em Glarus, para a estudar. Persuadiu seu pai e estudou engenharia, aperfeiçoando-se em Astronomia. Professor de Astronomia (1942-1968), no California Institute of Technology. Durante os anos 1940, generaliza o conceito de Morfologia, tanto para anatomia, geologia, botânica e biologia quanto para generalizar estrutura materiais e

1 GODET, M., «Manuel de prospective stratégique, tome 2: l’art et la méthode », Dunod, Paris, 2001. GIGET, M., "Arbres technologiques et arbres de compétences. Deux concepts à finalité distinte", Futuribles, nº 137, novembre 1989.

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inter-relações estruturais mais abstratas entre fenômenos, conceitos e idéias, conforme Tom RITCHEY (2007-2009). Segundo Tom RITCHEY (2007-2009), a Análise Morfológica pode ser empregada no: • desenvolvimento de cenários e laboratórios de modelagem de cenário; • desenvolvimento de alternativas de estratégias; • análise de riscos; • relacionamento de meios e fins em espaços de política complexos; • desenvolvimento de modelos para posicional ou análise de agentes sociais; • avaliação de estruturas organizacionais para diferentes tarefas; • apresentação de relações altamente complexas na forma de compreensíveis e modelos visuais.

Alguns anos depois Michel Godet, nasceu na França, em 1948, Professor de Prospectiva, no Conservatoire National des Arts e Métiers (CNAM), quando elaborava uma processo prospectivo sobre a evolução técnica de armamento, nos anos 1980, quando a utilização da análise morfológica era pouco utilizada, verificou que sua contribuição seria útil nesse processo. Daí em diante, a utilização de análise morfológica começou a ser reutilizada na construção de cenários. Para ele, na lógica do método de construção de cenários, a análise morfológica não é uma etapa indispensável, conforme (GODET (2001). A limitações da Análise Morfológica são:

• A conseqüência da escolha de componentes; omitir um componente, ou eliminar um componente essencial para o futuro, corre o risco de deixar de fora uma série de possibilidades futuras; e

• A acumulação de combinações pode amarrar a análise. Necessita ter um critério de seleção, excluir ou dar preferência a certas configurações e limitar o exame para o subespaço útil definido.

2. Identificação de Temas para Agrupar as Variáveis-chave para Construção de Cenários

Parciais para depois construir os Cenários Globais A identificação de temas consiste em agrupar as variáveis-chave motrizes de acordo com suas afinidades para facilitar a construção de cenários parciais e, posteriormente, globais, por meio a Análise Morfológica, para atender o objetivo: “Ser competitivo e sustentável (econômico, social, legal e ambiental), trazendo benefícios para a sociedade”, no horizonte 2034. Inicialmente, as variáveis-chave motrizes foram agrupadas por dimensão e depois reagrupadas, definindo-se um tema para cada agrupamento, gerando o seguinte esquema:

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Figura 2: Esquema de Integração e Interação entre os Temas e as Variáveis-chave.

Ao analisar os temas e as respectivas variáveis-chave motrizes, na figura 2, verifica-se que a situação do Brasil, no que se refere ao Índice de Produtividade Total dos Fatores (PTF), apresentado no início do Processo Prospectivo, no dia 24 de janeiro de 2014, que mostra a necessidade do Brasil entrar na era do conhecimento, em que os brasileiros não estão preparados, em termos de competência (conhecimento, habilidade e atitude), para executar os investimentos que devem ser realizados para o desenvolvimento do país.

O mesmo ocorre com o APL Cerâmica Vermelha do Norte Goiano, quando um dos temas, logo após o Tema 1: Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação para a Sustentabilidade, é o Tema 2: Desenvolvimento de Pessoas. Isto vem comprovar que não adianta investir se não houver pessoas preparadas para as competências exigidas pelos novos investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação. 3. Relação das hipóteses definidas para as variáveis-chave motrizes, quando foram aprofundadas

até momentos anteriores à Oficina. Portanto, há necessidade de revisá-las para a construção dos Cenários Parciais dos seguintes temas:

Agregação e Adensamento de Valor à

Cadeia Produtiva

4. Agregar valor ao produto (VA) 11. Falta de financiamento

(FALTAFIN) 17. Levantamento /mapeamento das

reservas de matéria prima para a indústria cerâmica (LMGRAVS)

18. Infraestrutura precária máquinas e equipamentos (IPME)

20. Desconhecimento / Descumprimento das NRs (DNRs)

22. Divulgar a Marca (MA)

Formalização e Representação

7. Legalização da atividade ceramista (LEGALCER) 8. Fortalecimento da ASCENO (FA) 14. Dinamização do setor público (DSP) 15. Buscar Legalização da Jazida (LEGALJAZ) 19. Produtos substitutos - Novos Materiais (PSNM)

Desenvolvimento de Pessoas

3. Investir em formação e capacitação (IFC)

5. Falta de Gestão Profissional: Administração capacitada (ADMINISTRA)

10. Fortalecer o Associativismo e Cooperativismo (FAC)

13. Melhoria do grau de escolaridade (MGE)

16. Mão de obras desqualificada (MOD)

PDI para a Sustentabilidade

1. Melhorar a Qualidade (QDE) 2. Investimento em Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e

Inovação (IPDTI) 6. Desenvolvimento PDI no APL (DPDIAPL) 9. Falta de conhecimento da matéria prima:caracterização tecnológica

e Planejamento da produção (MATPRIMA) 12. Divulgar ACV dos Produtos (DACVP) 21. Falta de Infraestrutura Laboratorial (FIL)

APL

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Tema 2 - Desenvolvimento de Pessoas Entidade Responsável: ASCENO

Diversas Hipóteses Variável por ordem de Influência

Nome Curto Hipótes 1 Hipótes 2 Hipótes 3

3 Investir em formação e capacitação

(IFC)

Se não houver treinamento e capacitação dos funcionários das Indústrias vinculadas à ASCENO haverá perda de qualidade dos produtos, do volume de produção consequentemente perda de mercado colocando em risco o desenvolvimento territorial por falta de diversificação e qualidade dos produtos.

O não estabelecimento de parceria com instituições de ensino para a formação de pessoal implicará na não disponibilidade de pessoal para suprir as demandas de mão de obra local podendo levar à paralização de algumas indústrias.

5 Falta de Gestão Profissional: Administração capacitada (ADMINISTRA)

Implantar a gestão profissional nas empresas do APL da Cerâmica Vermelha do Norte Goiano tornará estas empresas produtivas e rentáveis.

Melhorar a prática de planejar, organizar, dirigir e controlar as ações das empresas de cerâmica vermelha propiciará um ambiente de sobrevivência do negócio.

Permanecer com baixo índice de gestão profissional dos empreendedores do APL criará um ambiente de concorrência predatória e aumentará o risco de extinção do negócio. As empresas que não formarem gestores e capacitá-los continuamente conduzirão a uma concorrência desleal e poderão encerrar suas atividades.

10 Fortalecer o Associativismo e Cooperativismo (FAC)

Aplicar a metodologia do associativismo e cooperativismo como instrumento de gestão sustentável proporcionará o desenvolvimento do setor.

Institucionalizar a cooperação e associação poderá limitar o desenvolvimento do APL fortalecendo algumas empresas em detrimento de outras.

A Cooperação e associação instituída de forma desorganizada impedirá o desenvolvimento setorial levando ao desaparecimento de algumas indústrias do setor.

13 Melhoria do grau de escolaridade

(MGE)

Se não houver melhoria no grau de escolaridade dos indivíduos, a produtividade e a sustentabilidade do APL de Cerâmica Vermelhado Norte Goiano ficarão comprometidas.

Se houver a melhoria no grau de escolaridade dos indivíduos nos municípios do Norte Goiano, haverá a possibilidade de melhoramento da produtividade e do alcance da sustentabilidade da região

16 Mão de obras desqualificada

(MOD)

Sem melhorar a qualificação técnica e comercial dos indivíduos nos municípios do Norte Goiano, a produtividade e a sustentabilidade ficarão comprometidas.

Se houver a melhoria da qualificação dos indivíduos nos municípios do Norte Goiano, haverá, na região, possibilidade de melhorias da produtividade e comercialização dos produtos gerados

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com sustentabilidade.

Tema 3 - Agregação e Adensamento de Valor à Cadeia Produtiva Entidades Responsáveis: Rede APL Goiana/SECTEC-GO, GGM/SIC-GO, CPRM/Superintendência Goiânia, DIPLAM/DNPM/Sede/MME, DTTM/SGM/MME,

CGTS/SETEC/MCTI e GTP APL/CGAPL/SDP/MDIC Diversas Hipóteses Variável por ordem de

Influência Nome Curto Hipótes 1 Hipótes 2 Hipótes 3 Hipótes 4

4 Agregar valor ao produto (VA)

O processo produtivo da Cerâmica Vermelha do Norte Goiano não terá estudos para aumentar o valor agregado, havendo uma redução até ser eliminado do mercado.

O Valor Agregado dos Produtos Cerâmicos Vermelhos Norte Goiano continua no ritmo atual.

O valor agregado dos produtos Cerâmicos do Norte Goiano terá grande incentivo principalmente com a caracterização das argilas existentes e implantação de laboratório de ensaios cerâmicos

11 Falta de financiamento (FALTAFI

N)

As empresas se profissionalizarão e estarão preparadas para buscar e obter financiamentos com recursos públicos, contribuindo assim para o desenvolvimento da região

As empresas em processo de profissionalização, e de preparação para buscar e obter novos financiamentos

As empresas não se profissionalizarão e continuarão sem acesso a financiamentos públicos, inibindo o desenvolvimento da região

17

Levantamento /mapeamento das reservas de matéria prima para a indústria cerâmica

(LMGRAVS)

O estudo de novas jazidas de argilas de várzeas para suprir a demanda das indústrias instaladas é imprescindível para a continuidade operacional do parque industrial do setor.

Caso não ocorra a viabilização de jazidas de argila de sequeiro para mistura com as de várzea, fatalmente ocorrerá falta de matéria prima para a indústria tradicional.

A realização de investimentos em pessoal técnico para a descoberta de novos depósitos, de laboratoristas e de processos levará a auto sustentabilidade da indústria.

Estudos para a adaptação das indústrias atualmente instaladas para a elaboração de novos produtos

18 Infraestrutura precária máquinas e equipamentos

(IPME)

O setor cerâmico continua trabalhar sem controle de suas maquinas e equipamentos, com equipamentos que não atendem as condições mínimas de segurança, o que pode acarretar em acidentes de trabalho e prejuízo tanto financeiro quanto de pessoal. O setor cerâmico passa a gerir sua empresa com responsabilidade e auto nível de profissionalismo, buscando otimizar os cuidados com as maquinas e equipamentos e investir cada vez mais em segurança no trabalho.

O APL cerâmica vermelha Norte Goiano demora em se adaptar na instalação de controles de suas máquinas e equipamentos, por desconhecer as normas vigentes e principalmente por buscar informações vitais para sair do marasmo vivido hoje e buscar uma otimização de seu ciclo produtivo.

20 Desconhecimento / Descumprimento das NRs

(DNRs)

Não cumprir às normas e criar um ambiente de auto destruição

Simplesmente cumprir a norma e manter o mercado com as atuais ofertas e produtos

Investir em inovação de processos e produtos, ampliando escala de produção e alcançando novos mercados

22 Divulgar a Marca (MA)

Com o avanço do marketing e a sua segmentação as marcas investirão maciçamente no conhecimento dos hábitos de seus usuários para se fazerem presente quase que naturalmente no modo de vida dos

Nada ocorrerá, será mantido o status quo da marca da Cerâmica Vermelha do Norte Goiano

A marca “Cerâmica Vermelha do Norte Goiano” desaparecerá, porque nada foi efetuado

A marca no ano de 2034 da “Cerâmica Vermelha do Norte Goiano” foi divulgada por todo o Brasil

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usuários. O certo é que perderemos cada vez mais nossa privacidade.

e no Exterior, em razão de sua qualidade e durabilidade

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Tema 4 - Formalização e Representação Entidade Responsável: ASCENO

Diversas Hipóteses Variável por ordem de Influência

Nome Curto Hipótes 1 Hipótes 2 Hipótes 3

7. Legalização da atividade ceramista

(LEGALCER)

Se não houver a regularização das jazidas DNPM e não forem atendidas as exigências legais nos órgãos ambientais corre-se o risco de fechamento das minas

Não havendo atendimento às exigências trabalhistas, a exemplo de legalidade dos profissionais, empresários e segurança e saúde no trabalho, o investimento da indústria pode ser paralisado.

Adotar uma política de sensibilização dos atores responsáveis pelos licenciamentos e fiscalizações levará ao reconhecimento das potencialidades e limitações das pequenas empresas em relação aos procedimentos legais.

8. Fortalecimento da ASCENO (FA)

Agir individualmente, ou seja, cada empresa buscando suas alternativas de crescimento enfraquece a Asceno.

Reforçar a consciência de associativismo/cooperativismo e estruturar ações que supram as necessidades das empresas coletivamente trará o fortalecimento da Asceno.

A Asceno sairá fortalecida com a ruptura do atual paradigma de individualismo e com ação coletiva contra a informalidade e pela melhoria da qualidade dos produtos por meio de: cumprimento das normas técnicas; criação da central de comercialização dos produtos em outras regiões; implantação de laboratório de ensaios de matérias primas de produtos na região; qualificação da mão de obra e dos empresários; e a criação de uma marca forte do produto cerâmico do Norte de Goiás, bem como um logo que identifique a ASCENO como um produtor de excelência no setor de cerâmica vermelha.

14. Dinamização do setor público (DSP)

Se houver prioridade nos investimentos das políticas para o desenvolvimento dos arranjos produtivos, o setor cerâmico do norte de Goiás poderá se fortalecer.

A retração das políticas públicas em prol dos APLs poderá prejudicar o desenvolvimento do setor cerâmico do Norte de Goiás.

A possível perda de foco, de desarticulação, desinteresse ou falta de compromisso dos atores locais (ceramistas da Asceno-GO) nos relacionamentos institucionais acarretará ao setor a falta de apoio dos órgãos governamentais.

15. Buscar Legalização da Jazida (LEGALJAZ)

Manter a atividade totalmente informal sem acesso a oportunidades de crescimento

Manter a atividade formal somente em algumas exigências da lei, limitando o acesso a credito e comercialização para entidades públicas.

Manter a atividade totalmente formalizada com acesso a todos os meios de incentivo ao crescimento do negócio, criando competitividade e oportunidade e desenvolvimento

19. Produtos substitutos - Novos Materiais

(PSNM)

Ao se manter o processo atual de produção em atendimento às necessidades locais sem inovar e criar novos produtos corre-se o risco de o produto cerâmico ficar obsoleto e ser substituído por outros.

Investir em novas tecnologias de produção e em produtos de valor agregado visando atender outros mercados trará melhores resultados em médio e longo prazo fortalecendo a indústria ceramista do norte goiano.

Investir em plantas modernas com automatismo e produção em alta escala, criando centro de comercialização em outros estados promoverá o desenvolvimento da indústria regional.

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4. Construção de Cenários

Cenário é uma ferramenta para ordenar as percepções sobre ambientes futuros alternativos nos quais as conseqüências de sua visão vão acontecer. O nome cenário deriva do termo teatral “cenário”, de peças de teatro ou filmes, segundo SCHWARTZ (2000:15). Os cenários são construídos a partir das hipóteses estabelecidas para cada uma das variáveis-chave. Esta atividade marca a última fase do processo prospectivo. O cenário é constituído considerando 3 elementos, segundo François de Jouvenel (2009) e Michel Godet (2001): • A BASE: corresponde a representação da situação atual apreendida ao longo do tempo. É igual

para todos os cenários que serão construídos. • A DESCRIÇÃO deve explicar como vai atingir a situação futura a partir da situação atual, sob

o efeito de quais fatores e de quais atores. A descrição é construída levando em conta uma série de conjecturas sobre o futuro, apoiadas nas hipóteses definidas para as variáveis.

• A IMAGEM FINAL é uma fotografia da situação desejada no horizonte previsto, neste caso, 2034. Ela serve para representar o resultado esperado do objetivo do processo prospectivo, neste caso: “Ser competitivo e sustentável (econômico, social, legal e ambiental), trazendo benefícios para a sociedade”. Ela pode ser escrita, mas também pode ser representada sob a forma de mapa ou imagem.

As considerações práticas na construção de cenários, conforme François de Jouvenel (2009): • Um cenário pode utilizar somente uma hipótese por variável-chave; • A mesma hipótese pode ser utilizada em diferentes cenários; • Cada um dos cenários deve ter coerência e conter os mesmos ingredientes e, por conseguinte,

incluem uma hipótese de cada variável; • Os cenários devem ser construídos na reunião do Comitê Local Técnico Prospectivo; • Os cenários devem ser contrastantes e confrontantes; • Há necessidade de saber, precisamente, qual é o encadeamento das hipóteses que estrutura cada

um dos cenários, para isso necessita identificar as variáveis mais motrizes. Esse encadeamento deve ser efetuado de forma individualizada, graficamente, codificando o quadro morfológico por cores, setas coloridas, etc.;

• Algumas vezes, ao analisar as hipóteses propostas de uma variável, verifica-se que elas não cobrem todas as possibilidades e faltou uma, que pode ser útil ao cenário. Deve ser acrescentada e registrada na ficha da variável;

• Outras vezes, verificam-se hipóteses não utilizadas no cenário. Analisar essas hipóteses e verificar se há possibilidade de construir um cenário interessante.

De acordo com François de Jouvenel (2009), o procedimento de construção de cenários dentro dum sistema complexo com muitas variáveis: • Recomenda-se ter uma fase intermediária. Dividir o conjunto de variáveis motrizes (influentes)

em subconjunto de variáveis entorno de um mesmo tema ou de um mesmo grupo de atores; A partir dos subconjuntos de variáveis construir cenários parciais ou micro-cenários para depois construir os cenários globais;

• Neste caso haverá duas fases, uma intermediária, que construirá micro-cenários ou cenários parciais; e a outra é a construção dos cenários globais que trata os cenários parciais como hipóteses, cujo encadeamento construirá os cenários globais;

• Os cenários parciais ou micro-cenários devem ser descritos, com muito mais detalhe que as hipóteses, mas não tão extenso quanto os cenários globais. Dessa maneira, facilita a descrição dos cenários globais no final do processo;

• Os cenários parciais ou micro-cenários devem ser contrastantes e confrontantes.

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5. Construção de Cenários Parciais por Tema

Os cenários parciais por tema foram construídos considerando as variáveis-chave que o integram e as hipóteses de cada variável-chave motriz foram revisadas e/ou acrescentadas conforme a necessidade verificada em cada construção de cenários parciais.

Algumas hipóteses foram modificadas ou acrescentadas em relação àquelas definidas nas tabelas, por tema, do item 3, adequando a necessidade para construir cenário que se confrontam e se contrastam.

Os participantes foram divididos em grupos para revisarem as hipóteses e construírem os cenários parciais, apresentando em plenária para aprovação geral.

5.1. Participantes por tema que revisaram as hipóteses e construíram os cenários parciais:

Tema 1: Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação para a Sustentabilidade Participantes: Adalberto, Benedito, Eduardo e Enir

Tema 2: Desenvolvimento de Pessoas Participantes: Amado, José Augusto e Nathalia

Tema 3: Agregação e Adensamento de Valor à Cadeia Produtiva Participantes: Belmonte, Elzivir e Tércio

Tema 4: Formalização e Representação Participantes: Cleib, Lúcio e Sebastião

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5.2. Construção dos Cenários Parciais do Tema 1: Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação para a Sustentabilidade Participantes: Adalberto, Benedito, Eduardo e Enir

Figura 3: Construção de Cenários Parciais para o Tema 1: Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação para a Sustentabilidade

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Os cenários parciais construídos, conforme figura 3, do tema: “Dinamizar a Região por meio da Ciência, Tecnologia e Inovação”, necessitariam ser descritos de maneira detalhada antes da construção os cenários globais, mas em razão da disponibilidade das pessoas e a falta de pessoais disponíveis na estrutura da Governança e não foi possível. Nos Cenários Globais estes cenários parciais serão as hipóteses deste tema. Inicialmente, os cenários parciais são descritos por meio da combinação das hipóteses. Cenário Parcial 1.1 (1.2; 2.1; 6.3; 9.3; 12.4; 21.5) (����): Diante da necessidade de preservação/conservação ambiental, há uma tendência de agregação do valor do produto,

aumentando sobre maneira o rigor com a qualidade, visando atendimento a novas demandas de normas que exigirão maior desempenho dos produtos. . Instituir e implantar novos mecanismos e instrumentos de fomento e financiamento para o APLs, implementar o uso destes mecanismos pelas totalidades das empresas e instituições de ensino, pesquisa, inovação e serviços tecnológicos do APL de Cerâmica Vermelha do Norte Goiano, bem como ampliar os investimentos públicos e privados para PD&I de forma regular, continuada e crescente para o APL de Cerâmica Vermelha do Norte Goiano, conduzirá para realização das ações e atividades voltadas ao desenvolvimento de PD&I do setor de cerâmica vermelha do norte goiano que se constitui em base fundamental para o desenvolvimento sustentável e competitivo do Arranjo Produtivo de Cerâmica Vermelha do Norte Goiano. A criação e implantação de Centro Tecnológico de Cerâmica Vermelha no norte goiano gerará o conhecimento e caracterização de matéria prima e insumos para indústria de cerâmica do APL, inovação e desenvolvimento tecnológico de processo e produtos, difusão do conhecimento, capacitação, treinamento, treinamento e certificação profissionais de pessoas fundamentais para o desenvolvimento sustentável do APL Cerâmica Vermelha do Norte Goiano. Com o conhecimento prévio da qualidade dos depósitos de argila de várzea e de sequeiro, os ceramistas poderão melhorar a qualidade de seus produtos, além de diversificar suas atividades para novos produtos e novos mercados. Usar a Ferramenta de ACV para possibilitar oferta de produtos sustentáveis. A implantação regional de laboratório cerâmico, devidamente, equipado possibilitará o controle de qualidade dos produtos e facilitará sua certificação.

Cenário parcial 1.2 (1.4; 2.3; 6.2; 9.1; 12.5; 21.3) (����): Os processos continuarão na situação atual sem melhorias, podendo ser o Fim das indústrias e do APL. Se não

houver participação e envolvimento dos atores locais e espaços destinados ao conhecimento teórico/cientifico – Laboratório Fixo – Porangatu e Laboratório Móvel de Cerâmica Vermelha, não haverá desenvolvimento sustentável da região norte. Se não houver inovação, não haverá agregação de valor e ganho de competitividade no APL de cerâmica vermelha do norte goiano. Sem o adequado conhecimento do volume, bem como da caracterização tecnológica das reservas de argila de várzea e de sequeiro, o desenvolvimento do polo de cerâmica vermelha do Norte Goiano estará comprometido. A não utilização de ACV comprometerá a qualidade dos produtos. Se não houver investimento em pessoal técnico (laboratorista) comprometido com a qualidade, os produtos permanecerão sem evolução.

Cenário parcial 1.3 (1.2; 2.4; 6.3; 9.3; 12.4; 21.4) (����): Diante da necessidade de preservação/conservação ambiental, há uma tendência de agregação do valor do produto,

aumentando sobre maneira o rigor com a qualidade, visando atendimento a novas demandas de normas que exigirão maior desempenho dos produtos. Em 2034 a região norte do Estado de Goiás que é privilegiada com a matéria prima – argila de várzea terá os Laboratórios de Fixo e móvel estruturados com cursos direcionados para formação técnica aos atores locais da cadeia produtiva de cerâmica vermelha. A criação e implantação de Centro Tecnológico de Cerâmica Vermelha no norte goiano gerará o conhecimento e caracterização de matéria prima e insumos para indústria de cerâmica do APL, inovação e desenvolvimento tecnológico de processo e produtos, difusão do conhecimento, capacitação, treinamento, treinamento e certificação profissionais de pessoas fundamentais para o desenvolvimento sustentável do APL Cerâmica Vermelha do Norte Goiano. Com o conhecimento prévio da qualidade dos depósitos de argila de várzea e de sequeiro, os ceramistas poderão melhorar a qualidade de seus produtos, além de diversificar suas atividades para novos produtos e novos mercados. Usar a Ferramenta de ACV para possibilitar oferta de produtos sustentáveis. O laboratório estará implantado em 2034 e em pleno funcionamento contribuindo no desenvolvimento das indústrias do APL Cerâmica Vermelha do Norte Goiano, sendo uma referência Nacional e Internacional.

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5.3. Construção dos Cenários Parciais do Tema 2: Desenvolvimento de Pessoas Participantes: Amado, José Augusto e Nathalia

Figura 4: Construção de Cenários Parciais para o Tema 2: Desenvolvimento de Pessoas

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Os cenários parciais construídos, conforme figura 4, do tema: “Desenvolvimento de Pessoas”, necessitariam ser descritos de maneira detalhada antes da construção os cenários globais, mas em razão da disponibilidade das pessoas e a falta de pessoais disponíveis na estrutura da Governança e não foi possível. Nos Cenários Globais estes cenários parciais serão as hipóteses deste tema. Inicialmente, os cenários parciais são descritos por meio da combinação das hipóteses. Cenário Parcial 2.1 (3.2; 5.3; 13.1;16.1) (����): O não estabelecimento de parceria com instituições de ensino para a formação de pessoal implicará na não

disponibilidade de pessoal para suprir as demandas de mão de obra local podendo levar à paralização de algumas indústrias. Permanecer com baixo índice de gestão profissional dos empreendedores do APL criará um ambiente de concorrência predatória e aumentará o risco de extinção do negócio. Se não houver melhoria no grau de escolaridade dos indivíduos, a produtividade e a sustentabilidade do APL de Cerâmica Vermelhado Norte Goiano ficarão comprometidas. Sem melhorar a qualificação técnica e comercial dos indivíduos nos municípios do Norte Goiano, a produtividade e a sustentabilidade ficarão comprometidas.

Cenário parcial 2.2 (3.3; 5.1; 10.1; 13.3; 16.2) (����): Se houver treinamento e capacitação haverá ganho na qualidade dos produtos / do volume de produção e do

mercadopromovendo o desenvolvimento local e do APL. Implantar a gestão profissional nas empresas do APL da Cerâmica Vermelha do Norte Goiano tornará estas empresas produtivas e rentáveis. Aplicar a metodologia do associativismo e cooperativismo como instrumento de gestão sustentável proporcionará o desenvolvimento do setor. A universalização de ensino fundamental e médio no norte goiano. Se houver a melhoria da qualificação dos indivíduos nos municípios do Norte Goiano, haverá, na região, possibilidade de melhorias da produtividade e comercialização dos produtos gerados com sustentabilidade.

Cenário parcial 2.3 (5.2; 10.1; 13.1; 16.2) (����): Melhorar a prática de planejar, organizar, dirigir e controlar as ações das empresas de cerâmica vermelha

propiciará um ambiente de sobrevivência do negócio. Aplicar a metodologia do associativismo e cooperativismo como instrumento de gestão sustentável proporcionará o desenvolvimento do setor. Se não houver melhoria no grau de escolaridade dos indivíduos, a produtividade e a sustentabilidade do APL de Cerâmica Vermelhado Norte Goiano ficarão comprometidas. Se houver a melhoria da qualificação dos indivíduos nos municípios do Norte Goiano, haverá, na região, possibilidade de melhorias da produtividade e comercialização dos produtos gerados com sustentabilidade.

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5.4. Construção dos Cenários Parciais do Tema 3: Agregação e Adensamento de Valor à Cadeia Produtiva Participantes: Belmonte, Elzivir e Tércio

Figura 5: Construção de Cenários Parciais para o Tema 3: Agregação e Adensamento de Valor à Cadeia Produtiva

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Os cenários parciais construídos, conforme figura 5, do tema: “Agregação e Adensamento de Valor à Cadeia Produtiva”, necessitariam ser descritos de maneira detalhada antes da construção os cenários globais, mas em razão da disponibilidade das pessoas e a falta de pessoais disponíveis na estrutura da Governança e não foi possível. Nos Cenários Globais estes cenários parciais serão as hipóteses deste tema. Inicialmente, os cenários parciais são descritos por meio da combinação das hipóteses. Cenário Parcial 3.1 (4.1; 11.3; 17.2; 18.1; 20.1; 22.3) (����): O processo produtivo da Cerâmica Vermelha do Norte Goiano não terá estudos para aumentar o valor

agregado, havendo uma redução até ser eliminado do mercado. As empresas não se profissionalizarão e continuarão sem acesso a financiamentos públicos, inibindo o desenvolvimento da região. Caso não ocorra a viabilização de jazidas de argila de sequeiro para mistura com as de várzea, fatalmente ocorrerá falta de matéria prima para a indústria tradicional. O setor cerâmico continua trabalhar sem controle de suas maquinas e equipamentos, com equipamentos que não atendem as condições mínimas de segurança, o que pode acarretar em acidentes de trabalho e prejuízo tanto financeiro quanto de pessoal. Não cumprir às normas e criar um ambiente de auto destruição. A marca “Cerâmica Vermelha do Norte Goiano” desaparecerá, porque nada foi efetuado.

Cenário parcial 3.2 (4.2; 11.2; 17.1; 18.2; 20.2; 22.2) (����): O Valor Agregado dos Produtos Cerâmicos Vermelhos Norte Goiano continua no ritmo atual.

Algumas empresas em processo de profissionalização, e de preparação para buscar e obter novos financiamentos. O estudo de novas jazidas de argilas de várzeas para suprir a demanda das indústrias instaladas é imprescindível para a continuidade operacional do parque industrial do setor. O APL cerâmica vermelha Norte Goiano demora em se adaptar na instalação de controles de suas máquinas e equipamentos, por desconhecer as normas vigentes e principalmente por buscar informações vitais para sair do marasmo vivido hoje e buscar uma otimização de seu ciclo produtivo. Simplesmente cumprir a norma e manter o mercado com as atuais ofertas e produtos. Nada ocorrerá, será mantido o status quo da marca da Cerâmica Vermelha do Norte Goiano.

Cenário parcial 3.3 (4.3; 11.1; 17.3; 18.3; 20.3; 22.4) (����): O valor agregado dos produtos Cerâmicos do Norte Goiano terá grande incentivo principalmente com a

caracterização das argilas existentes e implantação de laboratório de ensaios cerâmicos. As empresas se profissionalizarão e estarão preparadas para buscar e obter financiamentos com recursos públicos, contribuindo assim para o desenvolvimento da região. A realização de investimentos em pessoal técnico para a descoberta de novos depósitos, de laboratoristas e de processos levará a auto sustentabilidade da indústria. O setor cerâmico passa a gerir sua empresa com responsabilidade e auto nível de profissionalismo, buscando otimizar os cuidados com as maquinas e equipamentos e investir cada vez mais em segurança no trabalho. Investir em inovação de processos e produtos, ampliando escala de produção e alcançando novos mercados. A marca no ano de 2034 da “Cerâmica Vermelha do Norte Goiano” foi divulgada por todo o Brasil e no Exterior, em razão de sua qualidade e durabilidade.

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5.5. Construção dos Cenários Parciais do Tema 4: Formalização e Representação Participantes: Cleib, Lúcio e Sebastião

Figura 6: Construção de Cenários Parciais para o Tema 4: Formalização e Representação

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Os cenários parciais construídos, conforme figura 4, do tema: “Formalização e Representação”, necessitariam ser descritos de maneira detalhada antes da construção os cenários globais, mas em razão da disponibilidade das pessoas e a falta de pessoais disponíveis na estrutura da Governança e não foi possível. Nos Cenários Globais estes cenários parciais serão as hipóteses deste tema. Inicialmente, os cenários parciais são descritos por meio da combinação das hipóteses. Cenário Parcial 4.1 (7.3; 8.3; 14.1; 15.3; 19.3) (����): Adotar uma política de sensibilização dos atores responsáveis pelos licenciamentos e fiscalizações levará ao

reconhecimento das potencialidades e limitações das pequenas empresas em relação aos procedimentos legais. A Asceno sairá fortalecida com a ruptura do atual paradigma de individualismo e com ação coletiva contra a informalidade e pela melhoria da qualidade dos produtos por meio de: cumprimento das normas técnicas; criação da central de comercialização dos produtos em outras regiões; implantação de laboratório de ensaios de matérias primas de produtos na região; qualificação da mão de obra e dos empresários; e a criação de uma marca forte do produto cerâmico do Norte de Goiás, bem como um logo que identifique a ASCENO como um produtor de excelência no setor de cerâmica vermelha. Se houver prioridade nos investimentos das políticas para o desenvolvimento dos arranjos produtivos, o setor cerâmico do norte de Goiás poderá se fortalecer. Manter a atividade totalmente formalizada com acesso a todos os meios de incentivo ao crescimento do negócio, criando competitividade e oportunidade e desenvolvimento. Investir em plantas modernas com automatismo e produção em alta escala, criando centro de comercialização em outros estados promoverá o desenvolvimento da indústria regional.

Cenário parcial 4.2 (7.2; 8.1; 14.3; 15.1; 19.1) (����): Não havendo atendimento às exigências trabalhistas, a exemplo de legalidade dos profissionais, empresários e

segurança e saúde no trabalho, o investimento da indústria pode ser paralisado. Agir individualmente, ou seja, cada empresa buscando suas alternativas de crescimento enfraquece a Asceno. A possível perda de foco, de desarticulação, desinteresse ou falta de compromisso dos atores locais (ceramistas da Asceno-GO) nos relacionamentos institucionais acarretará ao setor a falta de apoio dos órgãos governamentais. Manter a atividade totalmente informal sem acesso a oportunidades de crescimento. Ao se manter o processo atual de produção em atendimento às necessidades locais sem inovar e criar novos produtos corre-se o risco de o produto cerâmico ficar obsoleto e ser substituído por outros.

Cenário parcial 4.3 (7.3; 8.2; 14.1; 15.3; 19.2) (����): Adotar uma política de sensibilização dos atores responsáveis pelos licenciamentos e fiscalizações levará ao

reconhecimento das potencialidades e limitações das pequenas empresas em relação aos procedimentos legais. Reforçar a consciência de associativismo/cooperativismo e estruturar ações que supram as necessidades das empresas coletivamente trará o fortalecimento da Asceno. Se houver prioridade nos investimentos das políticas para o desenvolvimento dos arranjos produtivos, o setor cerâmico do norte de Goiás poderá se fortalecer. Manter a atividade totalmente formalizada com acesso a todos os meios de incentivo ao crescimento do negócio, criando competitividade e oportunidade e desenvolvimento. Investir em novas tecnologias de produção e em produtos de valor agregado visando atender outros mercados trará melhores resultados em médio e longo prazo fortalecendo a indústria ceramista do norte goiano.

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Em resumo, a descrição de cenários no processo prospectivo, François de Jouvenel (2009), deve ter os seguintes cuidados: • Recomenda-se ter mais de um redator e a redação seja validada pelos participantes do Comitê Local

Técnico Prospectivo; • Torna-se importante que os redatores tenham base mínima científica para descrever os cenários; • Resumindo as regras para descrição:

� É preciso descrever a situação atual, todo o percurso da situação atual para chegar à situação final, e a própria situação final desejada;

� É necessário ser fiel à estrutura do cenário estabelecido; � É preciso levar em consideração o conjunto de variáveis envolvidas; � É preciso mencionar para cada evolução quais são os MOTORES (atores e fatores); � É preciso, se possível, que o cenário seja atrativo e bem escrito;

É importante que a descrição seja validada pelos integrantes do Comitê Local Técnico Prospectivo, inicialmente, por e-mail e depois uma reunião para validar todas as descrições. Neste caso, a descrição será efetuada somente para o Cenário Global realizável, desejável e possível. Os outros cenários contribuirão para realizar as Análises de Riscos e definir as ações no Cenário Global escolhido para mitigar os possíveis riscos verificados.

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